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Comércio Internacional – Políticas Comerciais 1 de 55

COMÉRICIO INTERNACIONAL

Cap 1. POLÍTICAS COMERCIAIS

• Protecionismo e Livre-Cambismo

1. Livre-Cambismo

a. Estímulo a todas as formas de liberdade ao comércio

b. País especializa-se na produção de determinados produtos de bens e


serviços e destina parta desta produção ao mercado externo

c. A base do comércio internacional é a divisão do trabalho

d. O livre cambismo beneficia as economias estáveis, com a finalidade


de crescimento por igual

e. Para países em desenvolvimento há o modelo protecionista

f. Necessidades do intercâmbio internacional


i. Para adquirir bens e serviços que não podem ser produzidos
internamente
ii. Para adquirir bens e serviços cujos custos de produção são
menores
iii. Estado deve limitar-se à manutenção de leis e da ordem e
remover obstáculos quanto ao comércio e aos preços, não
devendo intervir e eliminando as barreiras

g. Economia de escala

2. Protecionismo

a. Estado controla as atividades econômicas: políticas de barreiras,


manipulação fiscal, regulamentos orientados ao desenvolvimento
econômico

b. Pretende-se proteger o mercado interno, tornando-se mais caro a


compra de produtos importados e promove a exportação

c. Finalidade para a indústria doméstica firmar-se e obter


competitividade internacional (proteção a indústria doméstica)

d. Proteção a indústria essencial à defesa (independência a outros países


de produtos para segurança)

e. Economia de divisas
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f. Proteção a deslealdade comercial – Dumping (vende mais barato fora


do que dentro do país)

g. EUA, Japão e URSS são exemplos de governos que se


desenvolveram utilizando esta posição

h. Hoje EUA e UE protegem-se com relação aos produtos agrícolas.


Este é o maior impasse da Rodada Doha

i. Hoje se prega o Livre comércio, mas há o protecionismo em setores

j. Assumiu expressão preponderantemente não tarifária

• Comércio Internacional e Crescimento Econômico

 O crescimento das economias dependem do comércio internacional

 Constroem-se parcerias entre economias e criam-se barreiras para outras

1. Modelo da substituição das importações

 Acarreta no crescimento da indústria nacional

2. Economia exportadora

 Conseqüências são o crescimento tecnológico e um dinamismo no


mercado, alavancando as exportações e gerando divisas para o país

• Barreiras Tarifárias e Não Tarifárias

1. Barreiras Tarifárias

a. Imposição de alíquotas seletivas ou proibitivas


i. Ad valorem: 10% de $800
ii. Específicas: $0,1/Litro
iii. Mistas ou compostas: não aplicável

b. Efeitos da BT
i. Preços dos produtos importados aumentam
ii. Entrada de importados diminui
iii. Aumenta produção nacional
iv. Aumenta receita do governo

2. Barreiras Não Tarifárias

a. São mais eficazes do que as BT, mas menos transparentes

b. Controladas diretas ou indiretas pelo governo que tendem a restringir


ou alterar o volume, a composição por produtos e o destino do
comércio internacional (bonecas com composição química)
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i. Exemplos: Direito antidumping, compensatório e salvaguarda


(não é prática desleal, usada em casos extremos quando um
dos setores está mal e há uma grande quantidade de produtos
importados entrando), licenciamento e controle de preços
(para produtos controlados), controle sanitário e inspeção pré-
embarque, bandeira nacional (ser obrigado a usar
embarcações de uma determinada bandeira) e similares (se
produz algo similar internamente, não pode importar)
 Diretas: proibição à importação, cotas de importação,
procedimento administrativo (com a finalidade de
complicar o desembaraço aduaneiro)
 Indiretas: subsídios (prática desleal que consiste no
conjunto de recursos públicos para empresas privadas
para produção de produtos voltados à exportação),
restrições creditícias ao setor importador por parte do
setor financeiro e tarifas discriminatórias de
transportes (valores cobrados a mais em uma
importação do que é cobrado normalmente)

c. Não há interesse econômico nas BNT

d. Países em desenvolvimento visam um equilíbrio na balança de


pagamentos (BP) através do controle de despesas com as
importações. Complemento ao I.I

e. Países desenvolvidos têm o caráter protecionista

2. Restrições quantitativas às importações e o GATT

a. Só podem ser aplicadas quando em dificuldades geradas na BP

b. Há um prazo para sua aplicação e só podem ser usadas para países


em desenvolvimento

c. O GATT administra sobre o assunto


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Cap 2. O SISTEMA MULTILATERAL DE COMÉRCIO

• GATT

 Acordo geral sobre tarifas e comércio, com finalidade de negociação


multilateral de comércio em substituição ao bilateralismo

 A primeira rodada foi a de Genebra

 Houve três exceções

a. Restrição à importação por razões de queda da reserva (Balanço de


Pagamento)

b. Assistência governamental para promover o desenvolvimento


econômico (indústria e BP) condicionada à aprovação das partes
contratantes – subsídio

c. Cláusula de salvaguarda: se as concessões do GATT implicassem em


aumentos inesperados de importação

 Principal organismo internacional relacionado à negociação da redução de


barreiras comerciais e as relações comerciais internacionais

 Países debatem e resolvem seus problemas comerciais e negociam uma


ampliação das oportunidades no comércio mundial

1. Princípios do GATT

a. Reciprocidade ou nação mais favorecida (NMF)

b. Não distinção entre produtos nacionais e importados, isto é, sem


discriminação – tratamento nacional

c. Eliminação de barreiras não tarifárias, quando necessário o uso de


tarifas aduaneiras

d. Transparência

2. Resumo do texto do GATT

a. Tratamento geral da nação mais favorecida


i. Todas as vantagens acordadas por uma parte contratante,
serão estendidas a todo produto similar para os demais
contratantes
ii. A exceção da regra é quando dois ou mais países estabeleçem
um bloco formal, nesse caso podem se beneficiar de
privilégios, isto ocorre no também no Sistema Geral de
Preferências (SGP)
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b. Lista de concessões: é a definição das alíquotas máximas que cada


membro pode exigir no comércio internacional

c. Finalidade de impedir ou controlar a instituição de barreiras


destinadas a substituir os direitos alfandegários, mas se necessitar
usar, que use as BT. Não pode usar a RQ

d. Contratos técnicos

• Acordos comerciais de caráter regional – Blocos Econômicos

 Garantem maior facilidade no comércio entre as partes acordadas sem criar


barreiras (os direitos alfandegários e outras barreiras são retiradas para todo
o comércio entre os membros) aos demais países

a. Área de livre comércio: cada membro mantém sua política comercial


individual e sua tarifa aduaneira com relação a terceiros países

b. União aduaneira adota uma tarifa externa comum

• Negociações multilaterais de comércio

 As 6 primeiras rodadas buscaram a diminuição dos direitos aduaneiros

1. Rodada Tóquio (73-79)

a. Reduziu as tarifas em média 30%

b. Regulamentação das BNT (incentivo ao seu uso em função das


distorções do BP)

c. Área de agricultura não foi substancialmente atingida por estas


negociações

2. Rodada Uruguai (86-94)

a. Incorporação de assuntos de agricultura, têxtil e confecções.


Finalidade de reduzir os seus subsídios

b. Mais redução tarifária

c. Mecanismo de soluções de controvérsias e de monitoramento das


políticas

d. Redução do tratamento diferencial ao país em desenvolvimento

e. Surgimento da OMC

f. Tratamento de assuntos relacionados a serviço


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3. Rodada Doha

a. São discutidos assuntos sobre agricultura, serviços, acesso a mercado


com nova etapa de redução tarifária para produtos industrializados,
aprofundamento das regras antidumping, subsídios, acordos regionais
e propriedade intelectual, novos temas com investimentos
concorrenciais, transparência em compras governamentais,
facilitação de comércio e comércio de eletrônicos, além de meio
ambiente

b. Os países em desenvolvimento, através das negociações da rodada,


deverão ter aumentada as suas participações no crescimento do
comércio internacional de acordo com suas necessidades de
desenvolvimento econômico

• Organização Mundial do Comércio (OMC)

1. Principais funções

a. Administração do sistema multilateral com 151 membros

b. Gerenciar os acordos, principalmente sobre bens, serviços e direitos


de propriedade intelectual

c. Resolver diferenças intelectuais (solução de controvérsias)

d. Servir de foro para negociações

e. Supervisionar as políticas comerciais nacionais (mecanismo de


exame das políticas comerciais)

f. Cooperar com o BM e FMI em adoção de política econômica

2. Acordos firmados no âmbito da OMC

a. Acordos multilaterais de Bens – Anexo 1A


i. Acordos sobre medidas de investimentos relacionadas ao
comércio – TRIMs
 Facilitar investimentos que cruzem fronteiras para
aumentar crescimento econômico, assegurando a livre
concorrência
 Exceção feita ao tratamento nacional
 Exceção feita a países em desenvolvimento
ii. Acordos sobre medidas sanitárias e fitossanitárias – SPS
 Estabelecer regras e disciplinas de modo a produzir o
menor impacto negativo no comércio (leis, transporte,
inspeções, quarentena, amostragem)
iii. Acordos sobre barreiras técnicas ao comércio - TBT
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 Adotar legislação sobre padrões técnicos relativos à


saúde publica, segurança, proteção ao consumidor ou
ambiental, e não criar obstáculos desnecessários

b. Acordo geral sobre o comércio de serviços – GATS – Anexo 1B


 Estabelece referência multilateral de princípios e regras para
o comércio de serviços
 Definição e alcance
 Transfronteirais (Território  Território): de um
território de um membro para o território de outro
membro (telecomunicações, projetos de engenharia,
transporte)
 Serviço de consumo no exterior (Território 
Nacional de outro Território): dentro de um território
de um membro para o consumo de serviço de qualquer
outro membro (turismo, educação, serviço médico)
 Presença comercial: prestação de serviço de um
membro com presença comercial no território de outro
membro (bancos, seguradoras)
 Presença de PF: prestação de serviço de um membro
com presença de pessoa natural no território de outro
membro (músicos, jogadores, médicos)
 Obrigações gerais e disciplinares
 Não proíbe membros de conferir e acordar vantagens
a países adjacentes

c. Acordo sobre direitos de propriedade intelectual relacionados ao


comércio – TRIPS – Anexo 1C
 Estabelece regras, princípios, e disciplinas para que as
medidas não se transformem em barreiras comerciais
 Dispositivos gerais e princípios básicos
 Dar tratamento não menos favorável aos membros do
que é dado para os nacionais
 Favorecimento a um membro, acarreta favorecimento
aos outros membros (há exceção)

3. Sistema de solução de controvérsias da OMC – Anexo 2

a. Há um documento chamado “ESC” – entendimento sobre solução de


controvérsia, seu objetivo é reforçar a observância das normas
comerciais multilaterais e a adoção de práticas compatíveis com os
acordos negociados

b. Não se busca a punição e sim permitir a solução da contenda por


meio de um acordo entre as partes
i. Conversa amigável
ii. Fase sobre médiação da OMC
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iii. Instalação do relatório “OSC” – Órgão de Solução de


Controvérsias – Painel – na qual deve haver a necessidade do
consenso dos membros
iv. Recomendações
v. Relatório de apelação – rejeitado apenas pelo consenso
vi. OMC autoriza retaliação em caso de recusa da parte
perdedora de restabelecer o equilíbrio

 Multilateralismo são as regras obrigatórias de comercialização com todos os


países membros

 Plurilateralismo são as regras entre os membros que escolheram participar de


um acordo especifico

 Qualquer proposta para ser válida, necessita de adesão de 100% dos


membros

 Regra de origem: só os produtos originários que possuem benefício, os


produtos comprados por um país e revendidos não entram nesta regra
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Cap 3. ORGANIZAÇÕES E ORGANISMOS INTERNACIONAIS RELACIONADOS


AO COMÉRCIO

• Organismos

1. UNCTAD – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e


Desenvolvimento – 1964

a. Órgão central das Nações Unidas para o estudo integrado do


comércio, desenvolvimento e questões conexas nas esferas dos
investimentos, finanças, tecnologia e fomento das empresas e do
desenvolvimento sustentável

b. Função
i. Atua como foro de deliberações intergovernamentais e apóia
a participação dos países em negociações internacionais
ii. Promove investigação e reúne informações subsidiando as
deliberações
iii. Oferece assistência técnica adaptada as necessidades
específicas dos países em desenvolvimento

2. UNCITRAL – a Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial


Internacional – 1966

a. Sua origem foi devido a disparidade entre as leis nacionais que


regulamentavam o comércio internacional e que criavam barreiras

b. O objetivo foi de fomentar a harmonização e unificação progressiva


dos direitos mercantis internacionais

3. OCDE – A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento


Econômico – 1960

a. Tem como base o livre comércio


i. Sua missão é de reforçar a economia dos países membros,
melhorar sua eficácia, promover a economia de mercado,
desenvolver um sistema de trocas livres e contribuir para o
desenvolvimento e industrialização dos países ricos (EUA +
Canadá + UE com 18 países)

b. Tem como objetivo a boa administração dos setores públicos e


privados

c. O país deve ser convidado a participar, ao contrario da OMC que o


país solicita o ingresso

4. OMA – A Organização Mundial de Aduanas – 1996

a. Possui 164 membros


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b. Um dos objetivos é aumentar a efetividade e eficiência aduaneira

c. Ter a uniformização e harmonização dos procedimentos aduaneiros

d. Os membros tem o papel de delegado, e não de observador como na


OMC
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Cap 4. PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONOMICA

• Estágios de integração

 Exceção ao princípio da Nação Mais Favorecida

 Envolve economias e mercados com potencial de complementaridade ou


interdependência

 Normalmente ocorre entre países próximos geograficamente, visando


vantagens a todos

a. Especialização nas economias dos países em desenvolvimento

b. Aumento da capacidade média de produção redução dos custos de


produção e exploração de economia de escala

c. Incremento na produtividade, resultando em maior eficiência

 Modelos de integração econômica

a. Área / Zona de Livre Comércio


i. É um espaço na qual os membros comercializam suas
mercadorias
ii. Adota a margem de preferência tarifária, isto é, margem de
desconto
iii. Elimina ou reduz Direitos Aduaneiros (Impostos) e as
restrições comerciais
iv. Criação de comércio
 BR produz a $10 e AR devido aos impostos a $12
 Tirando os impostos, AR venderia a $7
 A diferença vira investimento
v. Desvio do comércio
 Ar vende a $10 e Ch a $12
 Tira os impostos do Ch que passa a vender a $8
 Não pode, pois senão beneficiaria a ineficiência
vi. Deve obedecer a RO

b. União Aduaneira
i. Situação “a” + TEC, legislação aduaneira harmonizada e de
uma mesma política comercial em relação à terceiros países
ii. No MERCOSUL há uma lista de exceções para cada país, por
isso o MERCOSUL é uma União Aduaneira IMPERFEITA

c. Mercado Comum
i. Situação “b” + livre circulação de pessoas, bens, serviços e
fatores produtivos
ii. A partir deste nível os temas fogem do comércio, não sendo
mais assuntos da OMC
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iii. Devido a livre circulação de pessoas, deverá haver uma


legislação unificada (previdenciária)

d. União Econômica
i. Situação “c” + sistema monetária, cambial e fiscal e uma
política externa e de defesa comum (harmonizam as políticas)

e. Integração Total
i. União econômica, política e jurídica
ii. Existência de um órgão supranacional e de moeda única

 Uma condição a formação dos BE é a retirada das alíquotas entre os


membros do BE e a redução da média dos membros em relação a terceiros
países

• Blocos Econômicos

1. União Européia – 1992

a. Caracteriza-se pela União Monetária e Econômica, além de


instituição da política exterior e de segurança comum

2. ALALC – Associação Latino Americana de Livre Comércio - 1960

a. Caracterizou-se por ser uma zona de preferências comerciais,


objetivando a restrição às barreiras comerciais existentes –
protecionismo (contrário a OMC)

b. Tratamento aos países em desenvolvimento

3. ALADI – Associação Latino America de Integração – 1980

a. Pretende a incrementação do comércio regional, a complementação


econômica e o estabelecimento gradual de um mercado comum latino
americano, a partir da constituição de uma área de regimes
preferênciais

b. Hoje ainda está no nível de área de preferências tarifárias – área de


livre comércio não completo

c. São subgrupos o MERCOSUL e Pacto Andino

4. Pacto Andino – 1969

a. Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela que esta tentando entrar no


MERCOSUL

b. Possui a TEC, mas não por completo

5. NAFTA – Acordo de Livre Comércio da America do Norte – 1994


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a. EUA, Canadá e México

b. Possui exceção de automóveis e salvaguarda

6. ALCA

a. Com participação de 34 países da América, tentativa de criar uma


área de livre comércio, além da discussão de alguns temas
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Cap 5. MERCOSUL

• MERCOSUL

1. Histórico

a. Iniciou-se com BR e AR com finalidade de ALC

b. Em 1990 na Ata e Buenos Aires chamaram UR como observador

c. Em 1991 assinaram o Tratado de Assunção (Projeto) com finalidade


de que no inicio de 1995 estaria implantado o MC. Houve a inclusão
do PAR e UR. Este período foi chamado de Fase de Transição

2. Objetivos do MERCOSUL

a. Livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos (M.O. e


capital)
i. Este item está avançado
 Bens – avançado
 Serviços – avançado
 Fatores produtivos – está parado
ii. Deve-se eliminar os direitos alfandegários e restrições não
tarifárias

b. TEC
i. Item parcialmente avançado, devido as listas de exceções
ainda insistirem em não serem extinguidas e acarretando
ainda tributação interna

c. Política Comercial comum a terceiros países


i. Avançado

d. Coordenação de posição em foros econômicos ou representar o


MERCOSUL em foros
i. Não implantado

e. Coordenação de políticas
i. Serve para que as políticas tomadas individualmente não
prejudiquem os outros países do BE

f. Harmonização das Legislações (Comercial, Trabalhista,


Previdenciária e de capitais)
i. Este item está integrado com o item de Fatores Produtivos,
portanto está parado

 Deve-se eliminar as BT e BNT, embora no campo tarifário não seja


total devido ao regime de adequação

3. Bases Legais
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 Tratado e Protocolos são instrumentos jurídicos do Processo de


Integração

a. Tratado de Assunção – Acordo Quadro – Período de Transição


i. Instrumentos para o período
 Redução tarifária progressiva, lineares e automáticas,
acompanhadas de eliminação das BNT – Programa de
Liberação Comercial
 Coordenação de políticas macroeconômicas que se
realizará gradualmente
 TEC
 Adoção de acordos setoriais, com o fim de otimizar a
utilização e mobilidade dos fatores de produção e
alcançar escalas operativas eficientes
ii. Reconhecem o ritmo do PAR e UR
iii. Durante o período de transição, evitarão negociações que
afetem os outros membros, consultarão uns aos outros e
estenderão vantagens. As decisões serão em consenso
iv. Uso da RO, Salvaguarda e Solução e Controvérsia
v. Não aceitarão importações com Subsídio e Dumping
vi. Só aceitarão adesão depois de 5 anos, de membros da
ALADI, que não faça parte de outro bloco. Necessita de
aprovação em unanimidade
vii. Poderá desvincular-se, mas manterá os direitos e obrigações
no prazo de 2 anos

b. Protocolo de Ouro Preto


i. Deu personalidade jurídica internacional ao MERCOSUL
 O MERCOSUL poderá, no uso de suas atribuições,
praticar todos os atos necessários à realização de seus
objetivos, em especial contratar, adquirir ou alienar
bens imóveis e moveis, comparecer em juízo,
conservar fundos e fazer transferência
 As decisões dos órgãos serão tomadas por consenso e
com a presença de todos os membros
ii. Definiu a estrutura
 Conselho do Mercado Comum (CMC)
 Órgão superior
 Manifesta-se mediante decisões
 Objetiva o cumprimento do Tratado
 Presidência rotativa
 Reuniões pelo menos uma vez a casa semestre
com participação dos Chefes de Estados
 Grupo do Mercado Comum (GMC)
 Órgão executivo
 Manifesta-se médiante resoluções
 Vela pelo Tratado
 Reuniões quantas vezes necessárias
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 Propõe projetos de decisões ao CMC


 Negocia acordos do MERCOSUL
 Aprova orçamentos e prestação de contas
anual
 Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM)
 Manifesta-se mediante diretrizes ou propostas
 Reuniões uma vez por mês
 Comissão Parlamentar Conjunta (CPC)
 Órgão representativo dos parlamentos
 Procurará acelerar os processo internos, no CN
 Coadjuvará na harmonização de legislações
 Está se transformando em um parlamento do
MERCOSUL com finalidade de ser
supranacional
 Foro Consultivo Economico-Social (FCES)
 Órgão de representação da sociedade civil
 Terá função consultiva e manifestar-se-á
mediante recomendações AO GMC
 Secretaria Administrativa do MERCOSUL (SAM)
 Órgão de apoio operacional
 Servirá como arquivo oficial
 Realizará a publicação e a difusão das decisões
 Organizar os aspectos logísticos das reuniões
 Informar aos membros medidas tomadas por
um outro membro

CMC GMC CCM CPC FCES SAM


Órgão Superior Executivo - Representação Representação Apoio
Parlamentar civil
Manifesta- Decisões Resoluções Diretrizes - Recomendações -
se e
Propostas
Reuniões 1x por Quantas 1x por mês - - -
semestre vezes
com a forem
presença necessárias
dos
Chefes de
Estados
Objetivos Cumprir o Negociar - Harmonizar - Organizar
tratado acordos legislação e toda a parte
criar órgão burocrática
supranacional

c. Protocolo de Olivo (substitui o de Brasília)


i. Sistema de Solução e Controvérsias
 No inicio o membro pode escolher se encaminha o
pedido ao MERCOSUL ou OMC (p.e.), mas assim
que escolher um, automaticamente exclui o outro
 1ª fase: negociação direta – 15 dias da manifestação
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 2ª fase: exame pelo GCM – 30 dias – resultado


 Acata
 Recorre – 3ª fase
 3ª fase: recurso
 Tribunal “AD HOC”, composto por três
membros. Formado excepcionalmente para o
assunto em pauta, o veredicto será definido
pela maioria
 Tribunal permanente, composto de 5 membros.
Sua decisão não cabe recurso. Pode ser
solicitado diretamente, sem passar pelo “AD
HOC”

d. Protocolo de Ushuaia
i. Feito com BOL, CHI e PER

e. Outros acordos
i. P.e.: MERCOSUL x BOL (tarifa zero)

f. Outras Normas
i. Decisões, Resoluções e Diretrizes

4. Princípios

a. NMF e Tratamento Nacional

b. Gradualidade: que o MC seja alcançado gradualmente

c. Flexibilidade: tratamento diferenciado à países menos desenvolvidos


i. P.e: Originalidade: BR/AR/UR: 60% - PAR: 40%

5. Instrumentos

a. NCM e TEC (lista de exceções e convergências)

b. RO

c. Cláusulas de Salvaguarda

6. RO do MERCOSUL

a. Totalmente obtidos
i. Vegetais colhidos
ii. Animais nascidos e criados
iii. Produtos obtidos de animais vivos
iv. Mercadorias obtidas da caça, armadilhas e pesca
v. Minerais
vi. Por barcos com bandeira nacional

b. Insumos não nacionais


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i. Que mude de posição no SH


ii. Salto tarifário de 60%, exceto PAR que é de 40%

7. MECOSUL x BE

a. Venezuela
i. Já solicitou a entrada e o comitê aceitos
ii. Está na fase de aprovação por parte dos Congressos
Nacionais, na qual faltam votar BR e PARA
iii. BR não votou devido as últimas políticas adotas pelo governo
venezuelano de autoritarismo, o que vai a desencontro com a
política do MERCOSUL
iv. Sua entrada é essencial ao setor energético (petróleo e gás)

b. Chile e Bolívia
i. ALC desde 1996

c. África do Sul
i. ALC desde 2000

d. Israel
i. Acordo Quadro desde 2005

e. México e Cuba
i. Aceitou associação desde 2005
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Cap 6. SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS (SGP)E SISTEMA GLOBAL DE


PREFERÊNCIAS COMERCIAIS (SGPC)

• SGP (rico x pobre – ajuda)

 Estabelecido pelos países da OCDE através de acordo com UNCTAD

 Objetivo

a. Concessão de preferências tarifárias sobre determinados produtos


originários e procedentes de países em desenvolvimento

 Acordo unilateral, pois o país desenvolvido escolhe uma lista de produtos e


oferece preferências tarifárias, mas pode revogá-lo a qualquer momento

 Possuem um certificado de origem ou formulário “A”

 É uma exceção ao princípio da NMF

 No BR quem toma conta é a secretaria de Comércio Exterior do Ministério


do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio, através do Deint
(Departamento Estadual de Infra-estrutura e Transporte)

• SGPC (pobre x pobre – facilita)

 Participação exclusiva dos países em desenvolvimento

 Pretende ser um instrumento para a promoção do comércio entre os


membros, desenvolvimento das indústrias e aumento de empregos

 Seguem a RO e possuem um certificado de origem próprio

 É uma exceção ao princípio da NMF

 No BR quem toma conta é a secretaria de Comércio Exterior do MDIC,


através do Deint
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Cap 7. PRATICAS DESLEAIS

• Dumping

 Introdução de uma mercadoria no mercado do país de importação com preço


abaixo daquele praticado no país de exportação nas vendas internas

 O Direito Antidumping terá a forma de uma alíquota (ad valorem, especifica


ou mista), mas sua natureza não será tributária, sendo cobrada ainda que a
importação não esteja sujeita aos Direitos aduaneiros

 Margem de Dumping: o valor cobrado é a diferença de quanto é cobrado no


mercado interno do país exportador e o preço na exportação

 Direito antidumping provisório será para evitar prejuízos enquanto se analisa


a prática de Dumping. Será plicado se evidenciado o nexo causal entre a
existência do Dumping e o dano e desde que a investigação já tenha sido
aberta à 60 dias

 No BR é a Decom (Departamento da SECEX, do MDIC) que investiga o


Dumping, e a CAMEX cabe fixar os Direitos Antidumping

 O Dumping não pode ser aplicado conjuntamente com o Direito


Compensatório

a. Dumping Predatório: quando se tem a intenção de estabelecer p


domínio sobre o mercado

b. Dumping social: existência de um mercado de trabalho doméstico


aviltado (desonrado, humilhado)

 Até sob a modalidade de drawback pode ser considerado uma prática de


Dumping

 O dano será entendido como dano material ou ameaça de dano material à


indústria doméstica já estabelecida ou retardamento na implantação de tal
indústria

• Subsídio

 Os governos concedem subsídio (outorga de benefícios, auxílio ou ajuda)


como uma forma de contribuição financeira representada por empréstimos,
aporte de capitais, doações, garantias, privilégios tributários, etc

 Subsídio acionáveis e não acionáveis

a. Subsídio não acionáveis são os que não se sujeitam a medidas


compensatórias
i. Quando não específico
Comércio Internacional – Praticas Desleais 21 de 55

ii. Para atividades de pesquisa


iii. Regiões desfavorecidas

b. Subsídio acionáveis são os que sujeitam a medida compensatória


i. Quando a legislação limita o acesso ao subsídio, isto é, só um
grupo de empresas têm acesso (ex: uma região geográfica)
ii. Quando as regras para o acesso ao subsídio são subjetivas
iii. E a forma de atuação do Poder Discricionário

 No BR o DECOM é responsável por investigar o montante do subsídio e a


existência do dano e da relação de causalidade existente entre ambos e a
CAMEX cabe fixar os Direitos Compensatórios

 Poderão ser aplicados Direitos Compensatórios com o objeto de compensar


subsídio concedido, direta ou indiretamente, no país exportador, à
fabricação, à produção, à exportação ou ao transporte de qualquer produto,
cuja exportação ao BR cause dano a indústria doméstica

 O subsídio pode ser considerado para aumentar as exportações ou diminuir


as importações, mas não será considerada para que a produção atenda o
mercado interno nos casos:

a. De isenção mesmo para exportação

b. De impostos aos produtos similares destinados ao mercado interno

 Há medida compensatória provisória

 EUA e UE subsidiam sua agricultura para manter o preço baixo


internamente, não caracterizando o subsídio

 SECEX recebe a denúncia, analisa e manda um relatório para a CAMEX que


irá fazer a inscrição no mundo jurídico e através de decisões irá declarar
Antidumping ou Compensatória

 SISCOMEX é onde se declara se há ou não vínculo

 O momento de entrada do produto é o momento que a aduana cobra as


diferenças
Comércio Internacional – Instituições Interventivas no BR 22 de 55

Cap 8. AS INSTITUIÇÕES INTERVENIENTES NO COMÉRCIO EXTERIOR NO


BRASIL

• Instituições

1. Instituições Intervenientes

a. Planejamento e Comando Político


i. Câmara de Comércio Exterior – Camex
ii. Conselho Monetário Nacional – CMN
iii. Ministério das Relações Exteriores – MRE

b. Normatização, Execução e Controle


i. Banco Central do Brasil - BACEN
ii. Secretaria de Comércio Exterior – Secex
iii. Secretaria da Receita Federal do Brasil

 Controles sobre Importações e Exportações

a. Cambial – pelo BACEN

b. Administrativo – pela SECEX


i. estabelece normas (controle administrativo)
ii. cadastramento de importadores e exportadores
iii. autorização para importar e para exportar
iv. exame de similaridade
v. concessão de drawback (isenção e suspensão)

c. Aduaneiro – pela SRF


i. controle sobre cargas e veículos
ii. verificações durante o despacho

1. Conselho Monetário Nacional (CMN)

 É o órgão deliberativo Máximo do Sistema Financeiro Nacional,


compete a ele
i. Estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetárias,
cambiais e creditícias
ii. Regular as condições de constituição, funcionamento e
fiscalização das instituições financeiras e disciplinares os
instrumentos de política monetária

2. Secretaria do Comércio Exterior (SECEX)

 Competências
i. Formular propostas de políticas e programas de comércio
exterior e estabelecer normas necessárias à sua
implementação
Comércio Internacional – Instituições Interventivas no BR 23 de 55

ii. Propor medidas, no âmbito das políticas fiscal e cambial, de


financiamento, de recuperação de créditos à exportação, de
seguro, de transporte e fretes e de promoção comercial
iii. Propor diretrizes que articulem o emprego do instrumento
aduaneiro com os objetivos gerais de política de comércio
exterior, bem como propor alíquotas para o imposto de
importação, e suas alterações
iv. Participar das negociações em acordos ou convênios
internacionais relacionados com o comércio exterior
v. Implementar os mecanismos de defesa comercial
vi. Apoiar o exportador submetido à investigação de defesa
comercial no exterior

a. Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX)


i. Elaborar, acompanhar e avaliar estudos sobre a evolução da
comercialização de produtos e mercados estratégicos para o
comércio exterior brasileiro, com base nos parâmetros de
competitividade setorial e disponibilidades mundiais
ii. Executar programas governamentais na área de comércio
exterior
iii. Autorizar operações de importação e exportação e emitir
documentos, inclusive quando exigidos por acordos bilaterais
e multilaterais assinados pelo BR
iv. Regulamentar os procedimentos operacionais das atividades
relativas ao comércio exterior
v. Administrar o Sistema Integrado de Comércio Exterior –
SISCOMEX, no âmbito da secretaria
vi. Coletar, analisar, sistematizar e disseminar dados e
informações estatísticas de comércio exterior

b. Departamento de negociações internacionais (DEINT)


i. Negociar e promover estudos e iniciativas internas destinados
ao apoio, informação e orientação da participação brasileira
em negociações de comércio exterior
ii. Desenvolver atividades de comércio exterior, junto a
organismos e participar de acordos internacionais
iii. Coordenar, no âmbito interno, os trabalhos de preparação da
participação brasileira nas negociações tarifárias em acordos
internacionais e opinar sobre a extensão e retirada de
concessões

c. Departamento de Defesa Comercial (DECOM)


i. Examinar a procedência e o mérito de petições de abertura de
investigações de Dumping, de subsídio e de salvaguarda, com
vistas à defesa da produção domestica
ii. Propor a abertura e conduzir investigações para aplicação de
medias antidumping, compensatória e de salvaguarda
iii. Recomendar a aplicação das medidas de defesa comercial
previstas nos correspondentes Acordos da OMC
Comércio Internacional – Instituições Interventivas no BR 24 de 55

iv. Acompanhar as discussões relativas Às normas e à aplicação


dos Acordos de defesa comercial junto à OMC
v. Participar em negociações internacionais relativas à defesa
comercial
vi. Acompanhar as investigações de defesa comercial abertas por
terceiros países contra exportações brasileiras e prestas
assistência À defesa do exportador, em articulação com outros
órgãos governamentais

d. Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio


Exterior (DEPLA)
i. Propor e acompanhar a execução das políticas e dos
programas de comércio exterior
ii. Formular propostas de planejamento da ação governamental,
em matéria de comércio exterior
iii. Desenvolver estudos de mercados e produtos estratégicos
para expansão das exportações brasileiras
iv. Planejar e executar programas de capacitação em comércio
exterior dirigidos às pequenas e medias empresas
v. Planejar a execução e manutenção de Programas de
Desenvolvimento da Cultura Exportadora
vi. Acompanhar, em fóruns e comitês internacionais, os assuntos
relacionados com o desenvolvimento do comércio
internacional e do comércio de eletrônicos
vii. Elaborar e editar o material técnico para orientação da
atividade exportadora
viii. Coletar, analisar, sistematizar e disseminar dados e
informações estatísticas de comércio exterior
ix. Planejar ações orientadas para a logística de comércio
exterior
x. Desenvolver estudos relacionados com a utilização dos
regimes aduaneiros especiais e atípicos
xi. Propor diretrizes para a política de crédito e financiamento as
exportações
xii. Desenvolver e acompanhar, em coordenação com os demais
órgãos envolvidos, a política do Seguro de Crédito á
Exportação
xiii. Acompanhar os assuntos do Comitê de Avaliação de Créditos
ao Exterior
xiv. Prestar apoio técnico e administrativo ao Conselho Nacional
das Zonas de Processamento de Exportação

3. Banco Central do BR (BACEN)

 Promoção da estabilidade do poder de compra da moeda brasileira,


por meio da busca permanente dos seguintes objetivos
i. Zelar pela adequada liquidez da economia
ii. Manter as reservas internacionais do País em nível adequado
iii. Estimular a formação de poupança em níveis adequados às
necessidades de investimento do País
Comércio Internacional – Instituições Interventivas no BR 25 de 55

iv. Zelar pela estabilidade e promover o permanente


aperfeiçoamento do Sistema Financeiro Nacional

 Missão
i. Assegurar a estabilidade do poder de compra da meda
nacional

 Macroprocessos
i. Formulação e gestão das políticas monetária e cambial
ii. Regulamentação e supervisão do Sistema Financeiro
Nacional
iii. Prestação de serviços de suporte às transações financeiras e
ao meio ambiente

 Objetivos estratégicos
i. Promover o aperfeiçoamento do sistema financeiro
ii. Atuar no mercado internacional de capitais, na gestão do
passivo externo
iii. Rever o relacionamento com organismos multilaterais de
desenvolvimento
iv. Aperfeiçoar a administração do meio circulante, as políticas
de natureza administrativa e de comunicação do Banco

4. Secretaria da Receita Federal do BR (SRFB)

 Missão
i. Responsável pela administração dos tributos internos e
aduaneiros da União, com o propósito de promover o
cumprimento voluntário das obrigações tributárias, arrecadar
recursos para o Estado e desencadear ações de fiscalização e
combater à sonegação, de forma a promover a justiça fiscal

 Objetivos
i. Dinamizar a administração tributária, tornando-a capaz de
gerenciar vários tributos, maximizando a utilização de
recursos humanos e materiais
ii. Apresentar a administração tributária como uma
representação única frente ao contribuinte
iii. Definir critérios claros e eficientes de descentralização, com
grande autonomia dos órgãos locais de ponta

 Funções
i. Planejamento, controle, supervisão, avaliação e execução das
atividades de arrecadação, fiscalização, tributação, alem de
promoção de atividades de integração fisco-contribuinte
ii. Arrecadação
 Cobrança, lançamento, restituição e ressarcimento
 Previsão e analise das receitas
Comércio Internacional – Instituições Interventivas no BR 26 de 55

 Remessa de débitos com fins de inscrição na dívida


ativa
 Controle da rede bancária arrecadadora
iii. Fiscalização
 Seleção de contribuintes para ações fiscais
 Exame e verificação dos dados e informações dos
contribuintes sob ação fiscal
 Lançamento do crédito tributário devido, com
intimação ao contribuinte
iv. Tributação
 Revisão, atualização e edição de atos normativos
 Formalização e interpretação da legislação tributária
 Atendimento a consultas sobre a legislação tributária
 Julgamento dos processos fiscais
v. Tecnologia
 Administração do modelo de dados da Organização
 Normatização dos sistemas de informação da RF
 Gerenciamento dos sistemas corporativos
 Planejamento de equipamentos e software
vi. Integração fisco-contribuinte
 Serviços de atendimento ao Público
 Educação fiscal
vii. Compete ao Min. da Fazenda
 A política, administração, fiscalização e arrecadação
tributária e aduaneira
 A fiscalização e controle do comércio exterior

5. Ministério das Relações Exteriores (MRE)

 Funções
i. Auxiliar o PR na formulação da política externa brasileira,
assegurar sua execução e manter relações com governos
estrangeiros e com organismos internacionais
ii. Realizar estudos e pesquisas sobre mercado externo
iii. Atuar na promoção comercial e organizar a participação em
feiras internacionais

6. Câmara de Comércio Exterior (CAMEX)

 Funções
i. Responsável pela formulação, decisão coordenação de
políticas e atividades relativas
ii. Composição: Ministros Des. Ind. E Com Ext (pres), do MRE,
Faz., Agr. e Casa Civil; delibera por consenso (presença de
todos membros)
iii. Fixa alíquotas de importação e exportação
iv. Fixa direitos antidumping, compensatórios e salvaguardas
v. Decide sobre suspensão de direitos provisórios
Comércio Internacional – Instituições Interventivas no BR 27 de 55

7. Aduana

 Papel das Aduanas


i. Garantir cumprimento de acordos internacionais
ii. Evitar riscos à saúde e meio ambiente
iii. Evitar a concorrência comercial desleal
iv. Proteger reservas cambiais
v. Arrecadar tributos federais

8. SISCOMEX????
Comércio Internacional – Classificação de Mercadorias 28 de 55

Cap 9. A CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS

• Sistema Harmonizado

 Método internacional de classificação de mercadorias baseados em uma


estrutura de códigos e respectivas descrições

 Facilita

a. Negociação comercial

b. Elaboração de tarifas de frete

c. Elaboração de estatísticas

 O sistema é ordenado numericamente, crescente e de sofisticação das


mercadorias

 O sistema abrange

a. Nomenclatura: código + descrição

b. Tarifa: código + descrição + tarifa

c. TEC: Tarifa Externa Comum


i. Qualquer produto que entra no MERCOSUL tem alíquotas
iguais

 Nomenclatura

a. 21 seções

b. 96 capítulos

c. Capítulo 77 não é utilizado, reservado para utilizações futuras

d. Capítulos 98 e 99 são usados pelos contratantes

e. Posições e Subposições

• Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NMC)

 Formado pelo BR, AR, PAR e URU

 A nomenclatura usada pelos países são também utilizadas quando


comerciadas com países de fora do MERCOSUL

 Exemplo: NMC 0104.10.11


Comércio Internacional – Classificação de Mercadorias 29 de 55

a. 01 – capítulo

b. 0104 – posição

c. 0104.10 – subposição

d. 0104.10.11 – item e subitem

• Regras Gerais para a interpretação do SH e Regra Geral Complementar da NCM

1. Regra 1

 Os títulos das seções, capítulos e Subcapítulos têm apenas valor


indicativo

 Para efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das


Posições e das Notas de Seções e de Capítulos

 Não podem ser contrarias aos textos das referias Posições e Notas das
regras seguintes

2. Regra 2

a. Regra 2-A
 Qualquer referência a um artigo em determinada Posição
abrange esse artigo mesmo incompleto ou inacabado,
desmontado ou por montar desde que encontre as
características essenciais de um completo ou acabado

b. Regra 2-B
 Qualquer referência a uma matéria em determinada Posição
diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, misturado ou
associada a outras matérias

 Essa regra não pode contrariar a Regra 1 (um relógio desmontado


não pode ser colocado na posição descrita como Relógios montados
por exemplo)

3. Regra 3

a. Regra 3-A
 Posição mais específica prevalece sobre a genérica. Caso haja
mais de um Posição para matérias diferentes, deve-se
considerar ambas

b. Regra 3-B
 Classificação pela característica essencial

c. Regra 3-C
Comércio Internacional – Classificação de Mercadorias 30 de 55

 Classifica-se na Posição situada em último lugar na ordem


numérica, dentre as suscetíveis de validamento se tomarem
em consideração

4. Regra 4

 Classificação pelo artigo mais semelhante

5. Regra 5

a. Regra 5-A
 Estojos especialmente fabricados para determinado artigo,
suscetível de uso prolongado e normalmente vendido com o
artigo sujeitam-se a descrição do produto. Inclui as
embalagens de transporte

b. Regra 5-B
 Excluem da Regra 5-A os estojos suscetíveis de reutilização,
na qual cada contratante irá definir sua política

6. Regra 6

 A classificação de mercadorias nas Subposições de uma mesma


Posição é determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas
Subposições e das Notas de Subposições respectivas. Para fins da
presente regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também
aplicáveis

7. RGC 1

 As regras gerais para interpretação do sistema se aplicarão para


determinar dentro de cada Posição ou Subposição, o Item aplicável e,
dentro desse último, o Subitem correspondente, entendendo-se que
apenas são comparáveis desdobramentos regionais

8. RGC 2

 As embalagens suscetíveis de utilizações repetidas, seguirão seu


próprio regime de classificação sempre que estejam submetidas aos
Regimes Aduaneiros Especiais de Admissão Temporária ou de
Exportação Temporária. Caso contrário, seguirão o regime da
classificação das mercadorias

 Esta regra serve para embalagens que vem e vão, se ficarem no país
não entram nesta regra
Comércio Internacional – Valor Aduaneiro 31 de 55

Cap 10. VALOR ADUANEIRO

• Acordo sobre Valoração Aduaneira (função é buscar a BC)

1. 1º Método: Valoração por transação

a. Necessita ser uma venda, caso não ocorra usa-se os outros métodos

b. Deve haver uma transação

c. Deve atender alguns requisitos


i. Não haja restrição de uso (argumento usado pelo vendedor
para dar desconto, ex da ambulância), salvo
 Imposta por Lei ou Administração Pública
 Limite de área geográfica para revenda
 Não afete substancialmente o preço
ii. Preço de revenda sob condição ou contraprestação
(assistência técnica)
iii. Parcela do resultado auferido beneficia o exportador
(pagamento de 50% quando vender)
iv. Quando houver vinculação

 Se todos forem ajustáveis, pode ocorrer

d. Ajuste obrigatório
i. Comissões e corretagem
ii. Custo de embalagens e recipientes
iii. Valor de bens ou de serviços fornecidos
iv. Royalties individualizados
v. Lucro
vi. Seguro
vii. Transporte no país exportador

2. 2º Método: Não pode ser uma transação (doação)

a. Usa-se o valor de uma mercadoria idêntica importada na mesma


quantidade e em tempo recente

b. Pequenas diferenças na aparência não impedirão que sejam


consideradas idênticas

3. 3º Método: Não pode ser uma transação (doação)

a. Usa-se o valor de uma mercadoria similar importada na mesma


quantidade e em tempo recente

 O 4º e 5º método podem ser invertidos a pedido do importador, desde que ele


forneça todas as informações do quinto método

4. 4º Método: Não pode ser uma transação (doação)


Comércio Internacional – Valor Aduaneiro 32 de 55

a. Usar o valor de venda (unitário) de mercado e deduzir o lucro,


impostos, transporte do país importador, isto é, tudo que foi gasto
depois da entrada no país importador

b. A importação deste produto deve ter sido ocorrida no máximo em 90


dias

5. 5º Método: Não pode ser uma transação (doação)

a. Usar o valor do custo unitário da peça, acrescido dos lucros,


impostos, transporte, seguro do país exportador, isto é, incluir todos
os gastos efetuados no país exportador

6. 6º Método: Não pode ser uma transação (doação)

a. Critério razoável

b. Normalmente usa-se a quantidade e tempo do segundo e terceiro


método, devido à falta de opção

 Informações confidenciais usadas para valoração aduaneira serão tratadas


como confidenciais pelas autoridades

 Caso haja retardação na determinação do valor aduaneiro, o mesmo poderá


retirá-la apresentando garantia suficiente para que cubra o pagamento total
dos direitos aduaneiros

 As regras 1, 2 e 3 conserva-se o valor do negócio

 Caso haja duas importações para fazer a comparação, usa-se a menos


onerosa ao importador

 Princípios

a. Neutralidade

b. Equidade

c. Uniformidade

d. Não discriminação de fontes de suprimento

e. Simplicidade

f. Harmonia com realidade comercial

g. Primado do valor de transação

 Vínculos entre importador e exportador


Comércio Internacional – Valor Aduaneiro 33 de 55

a. Uma delas ocupa cargo de responsabilidade ou direção em empresa


da outra

b. São legalmente reconhecidas como associadas em negócios

c. Empregador e empregado

d. Qualquer pessoa que possui, controla ou detém 5% ou mais das ações


ou títulos emitidos com direito a voto de ambas

e. Uma delas, direta ou indiretamente, controla a outra

f. Juntas controlam ou são controladas, direta ou indiretamente,


controladas por terceira pessoa

g. Forem membros da mesma família

 Não integram o valor aduaneiro

a. Encargos com construção, instalação, montagem, manutenção ou


assistência técnica ocorrida depois da importação

b. Custos de transporte e seguros incorridos no território aduaneiro


Comércio Internacional – Regras de Origem 34 de 55

Cap 11. REGRAS DE ORIGEM

• RO

 Finalidade é saber se o produto é originário, não bastando ser procedente

1. Categorias das RO (uso de alíquotas)

a. RO preferenciais
i. Usada pelos acordos, blocos (MERCOSUL), na qual é usada
uma alíquota diferencial para favorecer

b. RO não preferencial
i. Usada para restringir, por exemplo, uma quantidade limite de
produtos de um determinado país (sem favorecimento)

2. RO e Regimes Comerciais

a. Contratuais
i. A RO é contratual, pois todos os países terão que seguir o que
o contrato diz

b. Autônomos
i. Um benefício concedido unilateralmente, sem pedido e só
tem o benefício se originário. Neste caso não há necessidade
de reciprocidade, por ser feito sem negociação (SGP)
ii. Este é uma exceção ao princípio da nação mais favorecida

3. Critérios para qualificação de mercadorias

a. Totalmente obtidos
i. Nasceu é originário
ii. MERCOSUL: nasceu e criado

b. Inteiramente produzidos
i. Mão de obra, peças, matéria prima

c. Produzidos a partir de insumos não originários


i. Para ser aceito terá que ter uma transformação substancial,
não adianta só ter a industrialização
ii. A transformação substancial baseia-se em critérios (basta um
ocorrer)
 Salto tarifário
 Definido pelo bloco
 No MERCOSUL é definido a mudança de
posição no SH
 Valor agregado
 Percentual da valorização da peça montada ou
modificada em relação aos insumos separados
Comércio Internacional – Regras de Origem 35 de 55

 No MERCOSUL este acréscimo deve ser de


60%
 No mundo, basta 50% e para países pobres
40%
 Transformação específica
 É um acordo entre as partes, mesmo não
ocorrendo os casos acima

4. Princípios

a. Acumulação: usado para regras específicas


i. Para considerar um produto originário de um determinado
país é necessário pelo menos 50% dos insumos sendo
nacionais. Para um Bloco pode-se chegar nesta exigência,
usando insumos dos países integrantes do Bloco

b. Certificação de origem: emitidas por uma empresa creditada do


governo, que valida uma produção ou um método como originário

c. Operações insuficientes: alguma operação que não altera o produto


(carne AR defumada no BR)

d. Requisitos específicos: prevalece sobre o genérico

e. De minimus: é a definição de um percentual mínimo de insumos


nacionais

f. Expedição direta: a mercadoria tem que sair da origem e ir direto


para o destino, no máximo em transitório. Embalagem não pode ser
violada, salvo por autoridades

5. OMC e RO

a. Princípios
i. Transparência das regras
ii. Efeitos não restritivos e distorcivos ao comércio internacional
iii. Razoabilidade (administração consistente, uniforme e
imparcial)
iv. Baseado em padrões positivos
Comércio Internacional – Contrato de Comércio Internacional 36 de 55

Cap 12. CONTRATO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL E VENDA DAS


MECADORIAS

• Contrato

1. Introdução e Conceito

 O contrato de compra e venda objetiva regular os Direitos e


Obrigações das partes contratantes, com relação a determinado
objeto, para que o ato jurídico seja feito e a transação rigorosamente
legal

 Defini-se a vidência do contrato, a que legislação ficará subordinada

 Necessidade de três elementos essenciais


i. Proponente: vendedor (exportador)
ii. Proposto: comprador (importador)
iii. Objeto: mercadorias ou bens que se pretende negociar

 Classificação dos contratos em termos jurídicos


i. Consensual: vontade e consentimento mútuo
ii. Bilateral: direitos e obrigações as partes
iii. Oneroso: por gerar obrigações de ordem financeira
iv. Comutativo ou aleatório: por ser um objeto certo, seguro e
definido. Quando não terá que assumir as especificações
oferecidas
v. Típico: por ser uma figura jurídica regulamentada por
diploma legal (legislação específica)

 Há cláusulas comuns, específicas (temperatura, manuseio, liberação)


e aleatórias (que independem das vontades, principalmente contratos
de longo prazo)
i. Cláusula de Força Maior: fundamento natural,
acontecimentos políticos ou administrativos e perturbações de
ordem social
ii. Cláusula de salvaguarda: devido a fatores que prejudiquem de
forma injusta uma das partes

2. Convenção de Viena – 1988

 Iniciativa da UNCITRAL

 Dividido em 4 partes
i. Campo de aplicação
 Se os dois países tiverem ratificado a convenção
ii. Forma de contrato
 A oferta
 Deve ser precisa, indicar o destinatário
 Gera obrigação ao proponente
Comércio Internacional – Contrato de Comércio Internacional 37 de 55

 É eficaz quando chega ao destinatário


 O aceite
 Declaração expressa, escrita ou verbal
 A recusa
 Declaração ao destinatário ou seu silêncio
 Resposta com modificação essencial
iii. Formação do contrato
 Quando o contrato for pessoal, específico e com prazo
da proposta
iv. Obrigações das partes contratantes
 Vendedor entregará a mercadoria e documentos
pertinentes
 Comprador irá receber e pagar mercadoria

3. INCOTERMS

 Definem condições de transferência de posse, meio de transporte


(escolha e providencia), momento de transferência de custos e
despesas. No BR são atualizados pela CCI (Câmara de Comércio
Internacional)

 São usados facultativamente

a. Grupo “E”: coloca a mercadoria a disposição do comprador em seu


estabelecimento. Transferência de riscos ocorre no domicilio do
vendedor
i. EXW – Ex Work
 Não faz desembaraço para exportação
 Maior risco ao comprador

b. Grupo “F”: colocado em um transporte indicado pelo comprador –


Transporte principal não pago. Transferência de riscos ocorre no país
exportador, quando as mercadorias entregues ao meio de transporte,
sem pagamento do transporte principal
i. FCA – Free Carrier
 Entrega da mercadoria desembaraçada ao transporte
designado
ii. FAS – Free Alongside Ship
 Entrega da mercadoria desembaraçada ao lado do
navio
iii. FOB – Free on Board
 Entrega da mercadoria desembaraçada dentro do
navio

c. Grupo “C”: o exportador deve contratar o transporte, mas não


assumir os danos e riscos – Transporte Principal Pago. Transferência
de riscos ocorre no país exportador, quando entregues ao
transportador, com pagamento do transporte principal
i. CFR – Cost and Freight
Comércio Internacional – Contrato de Comércio Internacional 38 de 55

Entrega da mercadoria desembaraçada ao porto de


destino com riscos e danos do comprador e o
vendedor paga custos de fretes necessários
ii. CIF – Cost, Insurance and Freight
 CFR + seguro pago pelo vendedor
iii. CPT – Carriage Paid to...
 CFR, mas para qualquer transporte
iv. CIP – Carriage and Insurance Paid to...
 CIF, mas para qualquer transporte

d. Grupo “D”: exportador deve arcar com todos custos e riscos para
levar ao destino, mas sem arcar com o seguro. Transferência de riscos
ocorre no país de importação, quando são entregues ao transportador,
com pagamento do transporte principal
i. DAF – Delivered at Frontier
 Entrega da mercadoria no destino, sem desembaraço
para importação
 Qualquer meio de transporte
ii. DES – Delivered ex Ship
 DAF, mas para navio
iii. DEQ – Delivered ex Quay
 DES + desembarque, sem riscos e custos de
desembarque
iv. DDU – Delivered Duty Unpaid
 DEQ + custos e riscos de desembarque
v. DDP – Delivered Duty Paid
 Só não desembaraça para o transporte interno
 Maior risco ao Vendedor

 Transportes marítimos e águas internas


i. FAS / FOB / CFR / CIF / DES / DEQ
Comércio Internacional – Formas de Pagamento 39 de 55

Cap 13. FORMAS DE PAGAMENTO NO COMÉRCIO INTERNCAIONAL

• Formas de Pagamento

1. Intervenção Bancária no Mecanismo de Pagamento

 Os bancos mantêm contas entre eles


i. Nostro Account: depósitos de diferentes moedas em bancos
internacionais
ii. Vostro Account: depósitos dos bancos estrangeiros em nossas
contas
iii. Loro Account: refere-se a contas de um terceiro banco

 Exportador  Banco Nacional  Banco estrangeiro  Importador

2. Modalidades de Transferência

a. Cheque: limitados a U$5000; pode ser autenticadas por chave

b. Travellers Checks: mais seguro devido a comparação de assinaturas

c. Ordem de Pagamento via Aérea: carta do banco do remetente ao


destinatário, basta conferir a assinatura para validar

d. Ordem de Pagamento Via telex: necessário a autenticação via chave.


Pouco utilizado (só usa quem não usa o Swift)

e. Ordem de Pagamento Via Swift (Sociedade para Telecomunicações


Financeiras Interbancárias Internacionais): usado para ordem de
pagamento, empréstimos, depósitos, títulos de créditos, cobranças,
reditos documentários, cartões de créditos

f. Vale Postal Internacional: ao receber só ir em uma agência

3. Modalidades de Pagamento

a. Remessa Antecipada: (pouco usada)


i. Parcial ou total com grande risco ao importador
ii. Usado para compras que necessitam da antecipação, ou
quando o importador é conhecido, ou quando a situação
política do país não é estável
iii. Para o BR
 Importador deverá possur
 Fatura “pro forma” (- condição de
pagamento e previsão de embarque
 Licença de importação
 Até 180 dias em relação ao embarque
 Não comprovado o ingresso dos bens, importador
repatria divisas
Comércio Internacional – Formas de Pagamento 40 de 55

 Na exportação
 Prazo de até 360 dias contados da
contratação do cambio
 Maior que 360 dias sob registro do BACEN
 Não ocorrendo embarque, pagamento não
será devolvido

b. Remessa sem saque: (pouco usada)


i. Importador com documentação na mão desembaraça e aí
remete a quantia ao exterior
ii. Exportador tem todo o risco (muita usada para filial e
matriz)
iii. A vantagem é a rapidez (sem trânsito bancário) e menos
custo (bancos cobram menos por esta modalidade)

c. Cobrança:
i. as regras são elaboradas pela Câmara do Comércio
Internacional (Paris)
ii. URC: regras uniformes para cobrança
iii. Partes Intervenientes
 Cedente: passa ao banco a cobrança
 Banco Remetente
 Banco Cobrador: qualquer banco que não seja o
remetente
 Banco Apresentador / Cobrador: que faz a cobrança
ao sacador
 Sacado: recebe a cobrança
iv. Tipos de cobrança
 Cobrança à vista
 Documentos serão entregues mediante
pagamento
 Expedição da mercadoria  banco remetente
(doc de embarque)  banco cobrador
(correspondente)  emissão cobrança
(sacado)  pagamento  transferência da
moeda  liberação da mercadoria na
alfândega
 Cobrança à Prazo
 Documentos serão entregues contra aceite de
um saque ou letra de cambio
 Os documentos são acompanhados de um
saque com vencimento futuro (à prazo)
 “A tantos dias de vista” – só começa a contar
do aceite do importador
 “A tantos dias de data” – começa a contar da
emissão do saque

d. Crédito Documentário (carta de crédito) – o mais usado


Comércio Internacional – Formas de Pagamento 41 de 55

i. Utilização: embarque da mercadoria e entrega dos


documentos ao banco emitente
ii. Liquidação
iii. Cancelamento do saldo: quando a carta de crédito é maior
que o valor da mercadoria
iv. Excessos: quando falta crédito. A diferença é paga
“cobrança” ou “remessa sem saque”. Se houver a cláusula
“ABOUT” permite-se a diferença de até ±10%
v. Discrepância: se não puderem ser sanados, os documentos
serão encaminhados na forma de cobrança documentária
vi. Natureza
 Revogáveis: sem vinculo entre o banco e o
beneficiário, podendo ser modificado sem anuência
do beneficiário
 Irrevogáveis: modificado só com anuência das partes
 Transferíveis: pode ser usado em parte e para mais de
um beneficiário
vii. Red Clause: o beneficiário pode resgatar antecipadamente

e. Cambio
i. Operações Prontas (SPOT): moeda deverá ser entregue em
até 2 dias da realização do negócio
ii. Operações Futuras: contratada no presente para pagamento
no futuro, com taxa pré determinada

f. Arbitragem
i. Compra de moeda numa praça e sua venda em outra no
intuito de obter vantagem
g. SWAP
i. Consiste na compra e venda de cambio pronto com compra e
venda de cambio futuro

4. Tipos de Taxas Cambiais

a. Taxa de repasse e taxa de cobertura (oposto – vende)


i. Taxa pelo qual o BC compra moeda estrangeira dos bancos
comerciais

b. Taxa cruzada (cross-rate)


i. É a comparação da cotação de duas moedas com relação a
uma terceira

c. Taxas livres e taxas oficiais


i. Livres: oferta e procura livre
ii. Oficiais: são determinadas pela autoridade monetária

d. Taxas prontas e taxas futuras


i. Prontas: aplicada em operações de compra e venda de
moeda estrangeira, onde é entregue em 2 dias
ii. Futuras: entregue na data acordada
Comércio Internacional – Formas de Pagamento 42 de 55

e. Taxas fixas e variáveis

5. Formas de controle Cambial e o controle Cambial no BR

 O Poder Publico pode intervir devido ao déficit da BP

 Objetiva limitar os movimentos de capitais para o exterior

 Tipos de controle
i. Restrição de divisas estrangeiras
ii. Restrição quanto a natureza das transações
iii. Restrições de divisas e à natureza das transações

 Hoje no BR há mercado de taxas flutuantes, taxas livres e mercado


paralelo (negro)

 O BC pode intervir comprando e vendendo dinheiro, pois possui a


maior concentração de divisas – Dirty Floatation

 Bandas cambiais: com limites para compra e venda do dólar

6. Modalidades de Financiamento à Importação e à Exportação

 Exportador embarca a mercadoria e fica aguardando o pagamento


ou recebe à vista de um financiador que se torna credor

 Só são exportações financeiras cujos pagamentos são superiores a


180 dias

a. Financiamento à produção exportável (fase pré embarque)


i. Financiamento dos produtos destinados à exportação
ii. Adiantamento por parte do banco que receberá a
documentação da exportação para cobrança do importador –
adiantamento sobre contrato de crédito (ACC)
iii. O ACC pode ser usado para exportação indireta (insumos de
montagem / embalagem)
iv. Podem chegar a 30 dias
 BNDES-Exim: concede financiamento à exportação
 BNDES-Exim pré-embarque: ocorre por instituições
financeiras pré-embarque
 Clientes: ME e EPP
 Itens financiáveis: menos auto e produtos de
menor valor agregado
 Taxas de juros
 Custo financeiro: variação do dólar +
Libor / TJLP
 Spread básico: devido as
características da operação
Comércio Internacional – Formas de Pagamento 43 de 55

 Spread agente: negociado entre a


instituição financeira garantidora da
operação
 Outros encargos
 Garantias: negociação
 Obtenção do financiamento
 BNDES-EXim pós-embarque: 12 a 30 dias
 Clientes: qualquer porte
 Itens financiáveis: menos auto e produtos de
menor valor agregado
 Taxas de juros
 Custo financeiro: variação do dólar +
Libor / TJLP
 Spread básico: devido as
características da operação
 Spread agente: negociado entre a
instituição financeira garantidora da
operação
 Outros encargos
 Garantias: negociação
 Obtenção do financiamento

b. Financiamento à exportação (fase pós-embarque)


i. Financiamento que se destina a custear a comercialização
externa dos bens e serviços exportáveis
ii. Adiantamento sobre cambiais entregues – ACE
 Trata-se de antecipação financeira após o efetivo
embarque das mercadorias exportadoras, amparadas
em contrato de câmbio
 Seu contrato se dá após ACC
 O mecanismo do ACE é equivalente às tradicionais
operações de desconto de duplicatas realizadas no
mercado interno
 As vantagens, análise de risco, definição do juros
cobrados, garantias, níveis de exigências e
penalidades são iguais as do ACC
 Prazo Maximo permitido é de 180 dias
iii. BNDES-Exim (pós embarque)
 Definição: refinanciamento de até 100% do valor
exportado e prazo de até 120 dias
 Clientes: empresas constituídas pelas leis brasileiras
que tem sede e administração no BR
 Itens: menos carro e itens sem valor agregado
 Taxa de desconto
 Custo financeiro – Libor vigente na data do
embarque
 Spread básico: devido as características da
operação
Comércio Internacional – Formas de Pagamento 44 de 55

 Spread agente: negociado entre a instituição


financeira garantidora da operação
 Outros encargos
 FGPC (Fundo de Garantia para a Promoção da
Competitividade)
 Tem por objetivo garantir parte do risco de
crédito das instituições financeiras nas
operações de ME, EPP, médio porte que
venham a utilizar determinadas linhas de
financiamento do BNDES. Isso permite
solicitar garantias menores
iv. Programas de Financiamento às Exportações – PROEX
 Equalização de taxas de juros
 Financiamento
v. Comitê de Crédito às exportações
vi. Registro de operação de crédito

 Remessa no BR
 Comunicado sobre embarque importador providencia remessa de
dinheiro por ordem de pagamento bancário (SWIFT ou TELEX)
 Recebido o valor, exportador remete documentos
Comércio Internacional – Seguros 45 de 55

Cap 14. SEGUROS

• Seguro Internacional

 Abrange o transporte após embarque, o desembarque e o translado da


mercadoria até o local designado pelo importador

1. Tipos de apólices

a. Viagem: exportações ocasionais

b. Flutuante: cobertura limitada e franquia fixa. Fluxo permanente de


exportação

c. Aberta: para embarque que ocorrem com freqüência e com


características conhecidas
i. Sistema Nacional de Seguro Privado
 Conselho Nacional de Seguro Privado
 SUSEP: fiscaliza o cumprimento das normas do
CNPS
 IRB – BR seguros
 Regula, controla e fiscaliza o Resseguro, Co-
seguro e Retrocessão
 Realiza o resseguro para as seguradoras
 Companhias seguradoras
 Corretos de seguros
2. Tipos de coberturas

a. Básica: cobrem fiscos inerentes ao transporte


i. Clausula mais restrita: acidentes ao veiculo e roubo “c”
ii. Clausula intermediária: acidentes naturais “b”
iii. Clausula mais ampla: todos os riscos “a” + aéreo e terrestre

b. Adicionais
i. Rejeição da mercadoria
ii. Especial de lucro esperado
iii. Especial para seguro de impostos
iv. De transito, devido a demora
v. Held covered: omissão de informação

c. Especiais: greve e guerra

• Seguro de crédito à Exportação

 Garante ao exportador a indenização por perdas liquidas definitivas que


vier a sofrer em conseqüência do não recebimento do credito concedido a
seus clientes no exterior
Comércio Internacional – Seguros 46 de 55

 Esses riscos cobertos são tanto de origem comercial quanto de natureza


política e extraordinária

 Inclui-se seguro contra rescisão de contrato de fabricação, cobertura para


exportação em consignação, feiras, mostras, exposições e similares

 Resumindo, contra riscos comerciais, políticos e extraordinários e são


realizados pela SBCE (Seguro BR de Credito à exportação)
Comércio Internacional – Regimes Aduaneiros 47 de 55

Cap 15. REGIMES ADUANEIROS

• Regimes Aduaneiros

1. Peculiaridade

a. Órgão cedente é a SRF, exceto Drawback (SECEX para suspensão e


isenção e CN para ALC)

b. Território Aduaneiro: todo o território nacional, incluindo mar e


espaço aéreo
i. Zona primária
 Área, terrestre ou aquática, ocupada pelos portos
alfandegários
 Área terrestre ocupada pelos aeroportos
 Áreas adjacentes aos pontos de fronteira
 Despacho
ii. Zona secundário é o restante

c. Importação sem cobertura cambial significa que não houve


transformação de moeda

d. As extinções dos regimes são normalmente


i. Reexportação
ii. Destruição
iii. Transferência para outro Regime
iv. Despacho para consumo
v. Devolução

2. Regimes Aduaneiros Especiais

a. Trânsito Aduaneiro
i. É o regime que permite o transporte de mercadorias, sob
controle aduaneiro, de um ponto a outro do território
aduaneiro, com suspensão de tributos (por tempo
determinado)
ii. A concessão ocorre mediante preenchimento do DTA –
Declaração de Trânsito Aduaneiro
iii. O transporte pode ser efetuado por empresas transportadoras,
previamente habilitadas, em caráter precário
iv. São beneficiários do regime
 Importador
 Exportador
 Depositante, no trânsito de mercadoria estrangeira de
um recinto alfandegado de zona secundária a outro
 Representante, no Brasil, de importador ou exportador
domiciliado no exterior
 Permissionário ou o concessionário de recinto
alfandegado
Comércio Internacional – Regimes Aduaneiros 48 de 55

 Em qualquer caso
 Operador de transporte multimodal
 Transportador
 Agente credenciado a efetuar operações de
unitização ou desutinização da carga em
recinto alfandegado
v. Se extingue na repartição aduaneira de destino, onde se
verificam os documentos, os lacres aplicados e demais
elementos de segurança, e a integridade da carga

b. Admissão Temporária
i. É o regime que permite a importação de bens que devam
permanecer no País durante prazo fixado em contrato com
suspensão de tributos, retornando ao exterior, sem sofrer
modificações que lhes confiram nova individualidade
ii. O objetivo é favorecer a importação de bens para atender a
interesses nacionais de ordem econômica, científica, técnica,
social, cultural etc
 Exposições, feiras, competições, modelo industrial,
testes, veículos de turistas e de brasileiros radicados
no exterior, recipientes envoltórios, embalagens,
moldes, matrizes, equipamentos para pesquisa, etc
iii. São condições básicas para aplicação do regime
 Constituição das obrigações fiscais em termo de
responsabilidade
 Utilização dos bens dentro do prazo fixado e
exclusivamente nos fins previstos
 Identificação dos bens
 Importação sem cobertura cambial
iv. Os bens de Admissão Temporária para utilização econômica
ficam sujeitos ao pagamento do II e IPI, proporcionalmente
ao seu tempo de permanência no território aduaneiro
v. O regime extingue-se nas condições normais (acima)

c. Drawback
i. É o regime que consiste na suspensão ou eliminação de
tributos incidentes sobre insumos importados para utilização
em produto exportado. Funciona como um incentivo às
exportações, pois reduz os custos de produção de produtos
exportáveis
ii. Modalidades
 Isenção: consiste na isenção dos tributos (II, IPI,
ICMS e do AFRMM - Adicional de frete para
renovação da marinha mercante) incidentes na
importação de mercadoria, em quantidade e qualidade
equivalentes, destinada à reposição de outra importada
anteriormente, com pagamento de tributos, e utilizada
na industrialização de produto exportado – prazo de 1
ano + 1 ano
Comércio Internacional – Regimes Aduaneiros 49 de 55

Suspensão: consiste na suspensão dos tributos (II, IPI


e AFRMM) incidentes na importação de mercadoria a
ser utilizada na industrialização de produto que deve
ser exportado
 Restituição: consiste na restituição de tributos (total
ou parcial do II e IPI) pagos na importação de insumo
importado utilizado em produto exportado – prazo de
90 dias
iii. Extinção da Suspensão (casos citados acima)
iv. Observações
 Não poderá ser concedido o regime para
 Importação de mercadorias utilizadas na
industrialização de produto destinado ao
consumo na ZFM e em ALC;

d. Entreposto Aduaneiro
i. É o regime que permite, nas operações de importação e
exportação, o depósito de mercadorias, em local determinado,
com suspensão do pagamento de tributos e sob o controle
fiscal.
ii. Na exportação, existem dois tipos de regime de entreposto
 Comum: aquele que confere o direito de depósito da
mercadoria, destinada ao mercado externo, com
suspensão de tributos – prazo de 2 anos
 Extraordinário: aquele concedido às empresas
comerciais exportadoras (trading companies), cujas
mercadorias adquiridas têm como finalidade,
exclusivamente, a exportação – prazo de 180 dias
 Com direito à utilização dos benefícios fiscais
previstos para incentivos à exportação, antes
do seu efetivo embarque para o exterior
iii. Na importação, a mercadoria admitida no regime poderá ser
nacionalizada pelo importador, consignatário ou adquirente e,
em seu nome, despachada para consumo ou exportada (este
regime subsiste a partir da data do desembaraço aduaneiro das
mercadorias)
 Em até 45 dias do término do prazo de vigência do
regime, se não adotar uma extinção (citadas acima)
será considerada abandonada
iv. As mercadorias admitidas poderão ser submetidas às
seguintes operações
 Exposição, demonstração e teste de funcionamento
 Industrialização nos seguintes recintos
 Aeroporto industrial
 Plataforma portuária industrial
 Porto seco industrial
 Manutenção ou reparo
v. Beneficiário será PJ estabelecido no país
Comércio Internacional – Regimes Aduaneiros 50 de 55

e. Entreposto Industrial sob Regime Informatizado – RECOF


i. É o regime que permite a empresa importar, com ou sem
cobertura cambial, e com suspensão do pagamento de tributos
(II e IPI), sob controle aduaneiro informatizado, mercadorias
que, depois de submetidas a operação de industrialização,
sejam destinadas a exportação – prazo de 1 ano
ii. Beneficiárias são indústrias habilitadas pela SRF
iii. As operações de industrialização citadas limitam-se às
modalidades de montagem, transformação, e beneficiamento,
acondicionamento e reacondicionamento
iv. As destinações das mercadorias são as (citas acima)
v. Parte das mercadorias admitidas no RECOF, no estado em
que foram importadas poderá ser despachada para consumo
vi. É permitida a admissão no RECOF de mercadorias
transferidas de outros regimes aduaneiros especiais, vedado o
procedimento inverso

f. Exportação Temporária
i. É o regime que permite a saída, do País, com suspensão de
imposto de exportação, de mercadoria nacional ou
nacionalizada, solicitada por PJ, condicionada à reimportação
em prazo determinado, no mesmo estado em que foi
exportada – prazo de 1 ano + 1 ano
ii. O objetivo é favorecer os mesmos casos que Admissão
Temporária
iii. Na hipótese de ter havido adição de materiais, os mesmos
devem ser objeto de tributação
iv. A concessão do regime de exportação temporária para
aperfeiçoamento passivo sujeita-se às seguintes condições
básicas:
 Que as mercadorias sejam de propriedade de pessoa
sediada no País
 Que a operação atenda a interesse da economia
nacional

g. Depósito Aduaneiro de Distribuição – DAD


i. É o regime que permite, com suspensão dos tributos
incidentes na importação, mediante termo de
responsabilidade, o entrepostamento de mercadorias
estrangeiras importadas sem cobertura cambial e destinadas à
exportação, à reexportação para terceiros países e a despacho
para consumo. O DAD terá como base operacional unidade
de recinto alfandegado localizado em zona secundária, de
empresas industriais estabelecidas no País e de uso privativo
ii. São admissíveis no regime mercadorias de mesma marca
produzidas e comercializadas por empresas sediadas no
exterior e vinculadas à beneficiária no Brasil, sendo vedada a
admissão de mercadorias usadas, recondicionadas, de
importação suspensa ou proibida, bem como as com prazo de
validade ou de vida útil vencido.
Comércio Internacional – Regimes Aduaneiros 51 de 55

iii. O prazo de 1 ano + 1 ano + 1 ano


iv. O regime de DAD será autorizado, a título precário
v. A autorização é condicionada ao cumprimento dos seguintes
requisitos
 Idoneidade financeira e regular situação fiscal da
empresa interessada
 Prova da vinculação com empresa sediada no exterior,
e prioridades da administração aduaneira
 A efetiva disponibilidade de mão-de-obra fiscal na
repartição jurisdicionante da empresa beneficiária
vi. As empresas beneficiárias deverão, isoladas ou
cumulativamente, ser beneficiária habitual do regime
aduaneiro especial de drawback ou detentora de autorização
para operar o regime de entreposto industrial.
vii. É vedada qualquer operação de industrialização de
mercadoria em DAD, exceto as manipulações destinadas à
conservação, insuscetíveis de adicionar valor. É vedado,
também, a admissão de mercadoria que, por sua natureza,
implique em riscos de explosão, corrosão, contaminação,
intoxicação, combustão ou perigo de grave lesão a pessoas e
ao meio ambiente, salvo quando devidamente autorizada pelo
órgão competente e mediante a existência de instalações
apropriadas

h. Zona Franca de Manaus


i. A ZFM é uma área de livre comércio de importação e de
exportação e de incentivos fiscais especiais (federal / estadual
/ municipal), estabelecida com a finalidade de criar no interior
da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário,
dotado de condições econômicas que permitam seu
desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande
distância em relação aos centros consumidores de seus
produtos
ii. Os incentivos estão assegurados até o ano 2013
iii. É isenta do II e do IPI mercadorias estrangeiras destinadas
 Ao consumo interno
 À industrialização em qualquer grau, inclusive
beneficiamento, excluindo
 Arma, munição, fumo, bebida alcoólica, auto,
perfumaria
 À pesca e à agropecuária
 À instalação e operação de indústrias e serviços de
qualquer natureza
 À estocagem para reexportação
iv. São isentas do IPI todas as mercadorias produzidas na ZFM,
quer se destinem ao seu consumo interno, quer à
comercialização em qualquer ponto do Território Nacional

2. Regimes Aduaneiros Atípicos


Comércio Internacional – Regimes Aduaneiros 52 de 55

a. Loja Franca
i. É o regime que permite a estabelecimento instalado em zona
primária de porto ou de aeroporto alfandegado vender
mercadoria nacional ou estrangeira a passageiro em viagem
internacional, contra pagamento em cheque de viagem ou em
moeda estrangeira conversível
ii. As mercadorias permanecerão depositadas, com suspensão de
tributos e sob controle fiscal, convertendo-se a suspensão em
isenção, por ocasião da venda

b. Depósito Especial Alfandegado – DEA


i. É o regime aduaneiro que permite a estocagem de partes,
peças e materiais de reposição ou manutenção, com
suspensão do pagamento de imposto, para veículos,
máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
estrangeiros, nacionalizados ou não, nos casos definidos pelo
Ministro da Fazenda – prazo 5 anos
ii. Serão admitidas no regime somente mercadorias
 Importadas sem cobertura cambial, ressalvados os
casos autorizados pelo Ministro da Fazenda
iii. A mercadoria admitida poderá ter como destinação locais
(citados acima extinção)

c. Depósito Afiançado – DAF


i. É o regime que permite a estocagem, com suspensão do
pagamento de impostos, de materiais importados sem
cobertura cambial, destinados à manutenção e ao reparo de
embarcação ou de aeronave pertencentes a empresa
autorizada a operar no transporte comercial internacional, e
utilizadas nessa atividade (empresas de transporte rodoviário,
marítimo e aéreo estrangeiras) – prazo de 5 anos
ii. A autorização para empresa estrangeira é condicionada a
previsão em ato internacional firmado pelo Brasil, ou a que
seja comprovada a existência de reciprocidade de tratamento

d. Depósito Franco
i. É o regime que permite, em recinto alfandegado, a
armazenagem de mercadoria estrangeira para atender ao fluxo
comercial de países limítrofes com terceiros países
ii. Após 90 dias as mercadorias estarão sujeitas à verificação
aduaneira

e. Depósito Alfandegado Certificado – DAC


i. É o regime que permite considerar exportada, para todos os
efeitos fiscais, creditícios e cambiais, a mercadoria nacional
depositada em recinto alfandegado, vendida a pessoa sediada
no exterior, mediante contrato de entrega no território
nacional e à ordem do adquirente – prazo 1 ano + 1 ano
ii. Exigências para utilização do regime
Comércio Internacional – Regimes Aduaneiros 53 de 55

A mercadoria seja vendida mediante um contrato


DUB – Entregue ou liberado sob custódia da
alfândega
 O depósito da mercadoria deverá ser feito pelo
vendedor, à ordem do comprador
 A mercadoria deverá ser conferida e desembaraçada
para exportação
iii. A admissão no regime ocorrerá com a emissão, pelo
depositário, de conhecimento de depósito alfandegado, que
comprova o depósito, a tradição e a propriedade da
mercadoria
iv. A extinção da aplicação do regime será feita mediante:
 Comprovação do efetivo embarque ou da transposição
da fronteira, da mercadoria destinada ao exterior
 Despacho para consumo
 Transferência para outros regimes aduaneiros:
drawback; admissão temporária, inclusive para as
atividades de pesquisa e exploração de petróleo e seus
derivados (Repetro); loja franca ou entreposto
aduaneiro
Comércio Internacional – Regimes Aduaneiros 54 de 55

EDITAL

1. Políticas comerciais. Protecionismo e livre-cambismo. 1.1. Comércio internacional e


desenvolvimento econômico. 1.2. Barreiras tarifárias e não-tarifárias.
2. A Organização Mundial do Comércio (OMC): textos legais, estrutura, funcionamento. 2.1. O
Acordo sobre o Comércio de Bens (GATT-1994); princípios básicos e objetivos. 2.2. O Acordo
Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS). 2.3. Valor aduaneiro. Acordo sobre a
implementação do Art. VII do GATT-1994. Critérios gerais e princípios básicos do
Acordo. 2.4. Métodos de Valoração.
3. Sistemas preferenciais. 3.1. Sistema Geral de Preferências. 3.2. Sistema Geral de Preferências
de Países em Desenvolvimento.
4. Acordos regionais: estágios de integração econômica. 4.1. União Europeia. 4.2. Integração
econômica nas Américas: ALALC, ALADI, Mercosul Comunidade Andina de Nações; o
Acordo de Livre Comércio da América do Norte.
5. Mercosul. Objetivos e estágio atual de integração comercial. 5.1. Estrutura institucional e
sistema decisório. 5.2. Tarifa externa comum: aplicação; principais exceções. 5.3. Regras de
origem. 5.4. Valoração aduaneira no Mercosul.
6. Práticas desleais de comércio e defesa comercial; medidas antidumping, medidas
compensatórias e salvaguardas comerciais.
7. Sistema administrativo e instituições intervenientes no comércio exterior no Brasil. 7.1. A
Câmara de Comércio Exterior (CAMEX). 7.2 Receita Federal do Brasil. 7.3. Secretaria de
Comércio Exterior (SECEX). 7.4. O Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
7.5. Banco Central do Brasil (BACEN). 7.6. Ministério das Relações Exteriores (MRE).
8. Classificação aduaneira. 8.1. Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de
Mercadorias (SH). 8.2. Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
9. Contrato de Comércio Internacional de Compra e Venda das Mercadorias. 9.1. Convenção
das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias
(Convenção de Viena). 9.2. Termos Internacionais de Comércio (INCOTERMS 2000).
10. Regimes aduaneiros. 10.1. Regimes aduaneiros especiais: Trânsito Aduaneiro, Admissão
Temporária, Drawback, Entreposto Aduaneiro, Entreposto Industrial, Entreposto Industrial sob
Controle Informatizado - RECOF, Exportação Temporária, Depósito Aduaneiro de Distribuição
- DAD, Zona Franca de Manaus. 10.2. Regimes aduaneiros atípicos: Loja Franca, Depósito
Especial Alfandegado - DEA, Depósito Afiançado - DAF, Depósito Franco, Depósito
Alfandegado Certificado - DAC.

COMÉRCIO INTERNACIONAL
1. Políticas comerciais. Protecionismo e livre-cambismo. Comércio internacional e crescimento econômico.
Barreiras
tarifárias e não-tarifárias. 2. O sistema multilateral de comércio. A Organização Mundial do Comércio (OMC):
textos
legais, estrutura, funcionamento. O Acordo sobre o Comércio de Bens (GATT-1994). O Acordo Geral sobre o
Comércio de Serviços (GATS). O Acordo sobre Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio
(TRIPS). O Acordo sobre Medidas de Investimento Relacionadas ao Comércio (TRIMS). O Acordo sobre
Medidas
Sanitárias e Fitossanitárias (SPS). O Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT). O sistema de
solução de
controvérsias da OMC. As negociações na OMC. 3. Organizações e organismos internacionais relacionados ao
comércio. A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). A Comissão das
Nações
Unidas para o Direito Comercial Internacional (UNCITRAL). A Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento
Econômico (OCDE). A Organização Mundial de Aduanas (OMA). 4. Processo de integração econômica.
Estágios de
integração econômica. Formação de blocos econômicos. União Européia. Integração econômica nas Américas:
Comércio Internacional – Regimes Aduaneiros 55 de 55

ALALC, ALADI, Mercosul; Nafta, Pacto Andino e Alca. 5. Mercosul. O comércio intrabloco. Textos legais.
Estrutura
e funcionamento. O sistema de solução de controvérsias. As negociações e os acordos comerciais envolvendo o
Mercosul. 6. Sistema Geral de Preferências (SGP). Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC). 7.
Práticas
desleais no comércio internacional. Medidas de defesa comercial: Antidumping, Compensatórias e de
Salvaguarda.
Defesa comercial na OMC. Defesa comercial no Mercosul. Defesa comercial no Brasil. 8. Instituições
intervenientes no
Comércio Exterior no Brasil. Câmara de Comércio Exterior (CAMEX). Receita Federal do Brasil (RFB).
Secretaria de
Comércio Exterior (SECEX). Banco Central do Brasil (BACEN). Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Órgãos
Gestores e Anuentes e seus controles específicos. 9. Classificação aduaneira. Sistema Harmonizado de
Designação e de
Codificação de Mercadorias (SH). Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). 10. Valor aduaneiro. Acordo
sobre a
implementação do Art. VII do GATT-1994. Critérios gerais e princípios básicos do Acordo. Métodos de
Valoração.
11. Regras de origem. Acordo sobre regras de origem do GATT-1994. 12. Contrato de Comércio Internacional
de
Compra e Venda das Mercadorias. Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda
Internacional
de Mercadorias (Convenção de Viena). Termos Internacionais de Comércio (INCOTERMS 2000). 13. Formas
de
pagamento no comércio internacional. Operações prontas e operações futuras. Arbitragem. Swaps. Modalidades
de
financiamento à exportação e à importação. Câmbio. Tipos de taxas cambiais. Contratação, prazos e liquidação.
Garantias. Controle cambial no Brasil. 14. Seguro no comércio internacional. Seguro de transporte da carga.
Seguro de
crédito à exportação. Resseguro.

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