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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL
LABORATÓRIO DE SIMULAÇÃO EM ESCOAMENTOS COM SUPERFÍCIE LIVRE - LABESUL
RELATÓRIO 001/2007
RELATÓRIO 001/2007
LABESUL-DEA-CT/UFES
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
VITÓRIA-ES
SUMÁRIO
..........................................................................................................................................1
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................4
2. PROPRIEDADES E PROCESSOS ENVOLVIDOS NA DISPERSÃO DE ÓLEO
EM AMBIENTE MARINHO............................................................................................5
2.1 Propriedades Associadas ao Petróleo......................................................................6
2.1.1 VISCOSIDADE................................................................................................6
2.1.2 DENSIDADE...................................................................................................8
2.2 Processos Físicos.....................................................................................................9
2.2.1 ESPALHAMENTO..........................................................................................9
2.2.2 ADVECÇÃO..................................................................................................13
2.2.3 DIFUSÃO TURBULENTA............................................................................13
2.2.4 EVAPORAÇÃO.............................................................................................14
2.2.5 DISPERSÃO..................................................................................................17
2.2.6 FLOCULAÇÃO.............................................................................................18
2.2.7 EMULSIFICAÇÃO........................................................................................19
2.2.8 DISSOLUÇÃO...............................................................................................21
2.2.9 SEDIMENTAÇÃO.........................................................................................22
2.2.10 INTERAÇÃO COM AS LINHAS DE COSTA...........................................24
2.3 Processos Químicos...............................................................................................24
2.3.1 OXIDAÇÃO...................................................................................................24
2.3.2 OXIDAÇÃO FOTOQUÍMICA......................................................................25
2.4 Processos Biológicos.............................................................................................25
2.4.1 BIODEGRADAÇÃO.....................................................................................25
3. REFERÊNCIAS.........................................................................................................26
Laboratório de Simulação em Escoamentos com Superfície Livre – LABESUL 4
1. INTRODUÇÃO
O óleo quando entra em contato com o ambiente marinho sofre uma variedade
de transformações físicas, químicas e biológicas além do seu transporte no
ambiente. Durante esse processo duas propriedades do óleo serão de grande
importância na caracterização do seu movimento, são elas a viscosidade e a
densidade. Essas propriedades poderão também serem alteradas de acordo
com os processos decorrentes do envelhecimento do óleo e seu contato com o
mar e o ar.
2.1.1 VISCOSIDADE
Andrade:
1 1
cT −
µ = µ0e T T0
cV FWV
( 1− c M FWV ) (2.0)
µ = µ 0e
onde FWV é a fração volumétrica de água na emulsão, cM é uma constante
empírica adimensional, onde Mackay et al. (1980) recomenda o valor de 2,5 e
cV é a constante adicional de Mooney (1951), cujo valor é de 0,65.
µ = µ 0 e ( cE Fem ) (2.1)
cV FWV 1 1
( cE Fem ) + + cT −
( 1−cM FWV ) T T0 (2.2)
µ = µ 0e
2.1.2 DENSIDADE
A maior parte dos óleos e produtos refinados é menos densa que a água,
flutuando livremente na superfície após o derrame. A experiência indica
também que as manchas de óleo que inicialmente flutuam, têm tendência a
permanecer na superfície, excetuando casos em que há uma forte mistura do
óleo com sedimentos, ou quando há combustão, originando a formação de
resíduos altamente densos.
2.2.1 ESPALHAMENTO
Assim, segundo Fay (1969), o espalhamento pode ser dividido em três fases
como se pode apreciar na Figura 3, cada uma delas dominada por duas forças.
onde:
ρw – densidade da água
g – aceleração da gravidade
h – espessura da mancha
Laboratório de Simulação em Escoamentos com Superfície Livre – LABESUL 11
Fase de
espalhament L R D
o
πk12
( )
Gravítica-
inércia
(
1.39 ∆gAt )
2 13
k1 ∆gVt 2 14
8
( ∆gVt ) 1 2
14 16 13
Gravítica- ∆gA 2 t 3 2 ∆gV 2 t 3 2 πk 22 ∆gV 2 1
1.39 12
k 2 12
12
v
viscosa vW vW 16 W t
Tensão 14 14 14
σ 2t 3 σ 2t 3 3πk 22 σ 1
superficial- 1.43 2
k 3 2
ρ v1 2
viscosa ρ W vW ρ W vW 16 W W t
unidimensional
∆ = ( ρ w − ρ0 ) ρ w
Uma vez que a fase inicial é muito curta, muitas vezes não chega sequer a ser
modelada diretamente, sendo hábito calcular a área (A0) e o tempo (t0) em que
esta fase termina, iniciando-se a fase gravitacional-viscosa:
4 1/ 3
k V0
t 0 = 2
k1 ∆gVw
1 / 12
k 22 ∆gV05
R0 =
k1 Vw
A área no final da primeira fase é, assim, muitas vezes assumida como a área
inicial da mancha.
Além disso, a terceira fase é também freqüentemente inaplicável, uma vez que
esta fase só se inicia quando a mancha já é muito fina, resultando muitas vezes
numa divisão em pequenas manchas devido aos efeitos do vento. Desta forma,
os pressupostos de Fay (1969) não são satisfeitos, visto que a mancha deixa
de ser única.
AS = 2270( ∆V ) + 40( ∆V )
2 / 3 1/ 2 1/ 3
t W 4 / 3t (2.5)
dAS
= K M AS−1V 4 / 3 (2.6)
dt
2.2.2 ADVECÇÃO
pois os dois processos têm o mesmo efeito, causado por forças de gravidade e
tensão superficial. A turbulência é introduzida nas equações de conservação
através de termos difusivos.
2.2.4 EVAPORAÇÃO
O petróleo é formado por muitos componentes, e por isso possui uma taxa de
evaporação logarítmica, pois cada componente tem diferentes graus de
solubilidade e saturação no ar (PALADINO, 2000). Os constituintes mais leves
(8C) se evaporam totalmente num certo tempo, mas os mais pesados quase
não se evaporam. Os derrames de hidrocarbonetos mais leves podem ter o seu
volume reduzido em 40% em poucas horas, apenas devido à evaporação
(Costa, 1999). A evaporação destes componentes mais voláteis aumenta a
densidade e viscosidade da mancha de óleo, podendo os compostos mais
pesados continuar a sofrer outros processos de envelhecimento
(FERNANDES, 2001).
dVei P sat V
= K ei i i As X i (2.7)
dt RT
Em que,
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t é o tempo
T é a temperatura do óleo
As é a área da mancha
( ) (
Vi = 7 x10 −5 − 2,102 x10 −7 BPi + 1x10 −9 ( BPi )
2
)
A Pressão de Vapor saturado do componente i pode ser dada por:
Onde,
P 0 é a pressão atmosférica
i
Para o coeficiente de transferência de massa K e existem duas formulações
principais:
• Mackay e Matsugu (1973): que mostra que esse coeficiente é dado pela
fórmula:
M i + 29
K ei = 0,029W 0,76 Ds−0,11 Sc i−0,67
Mi
Onde,
K e = 2,5 x10 −3 W 0, 78
dFe K e As B
= exp A − ( T0 + TG Fe ) (2.9)
dt V0 T
2.2.5 DISPERSÃO
dmd 0 ,57
= coil . Dba . f s . FWC . d 00 ,7 . ∆d (2.10)
dt
Em que:
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2
1
Dba = 0 ,0034ρW g H0
2
Onde Ho é a altura da onda.
Fwc é a fração de superfície de mar atingida pela rebentação das ondas por
unidade de tempo, e:
W − Wi
FWC = Cb
TW
dmoil
= 0 ,11moil
( 1+W )
2
(2.11)
dt 1 + 50µ 1 / 2 hσ
2.2.6 FLOCULAÇÃO
2.2.7 EMULSIFICAÇÃO
De acordo com Fingas et al. (1997, 1999) a formação de emulsões não é mais
do que a dispersão de pequenas gotículas de um líquido dentro de outro. Pode-
se, assim, estar na presença de dois tipos de emulsões: óleo-água – que acaba
por ser o processo de dispersão já referido – e água-óleo, também designada
por formação de mousse, em que as gotas de óleo estão dispersas na água,
formando uma emulsão estável e persistente. Uma emulsão estável e
totalmente emulsificada pode conter 80 a 90% de água.
dFwv 2 Fwv
= K w (1 + W ) 1 − final (2.12)
dt Fwv
dFwv
= R1 − R2
dt
sendo:
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R1 =
K1
µ0
(
(1 + W ) Fwvfinal − Fwv )
K2
R2 = Fwv
Asph .Wax . µ 0
2.2.8 DISSOLUÇÃO
Este processo pode ser quantificado através do método de Cohen et al. (1980
apud Fernandes, 2001). Neste método, a taxa de dissolução (g.h-1) é calculada
através de:
dDiss
= Kf s As S (2.13)
dt
em que fs é a fração de superfície coberta por crus (igual ao conteúdo de óleo
na emulsão óleo+água); As é a área da mancha de óleo (m2) e S é a
solubilidade do óleo na água. Huang & Monastero (1982) propuseram que para
um óleo típico, a solubilidade pode ser calculada através de:
S = S 0 eα
2.2.9 SEDIMENTAÇÃO
dm sed E
= 1.3 K a C oil C sed z i As (2.14)
dt Vw
z i = 1.5 H 0
Dba
E=
z i Tw
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dmd
C oil = dt (2.15)
z i Tw
2.3.1 OXIDAÇÃO
2.4.1 BIODEGRADAÇÃO
3. REFERÊNCIAS
FAY, J. A. The Spread of oil slicks on a calm sea. Oil on the Sea, Plenum
Press, New York, 1969, p. 53-63.
MACKAY et al. Oil spill processes and models., Manuscript Report No. EE-8,
Environment Canada, Ottawa, Ontario 1980.
NOAA. ADIOSTM (Automated Data Inquiry for Oil Spill) user’s manual.
Seattle:Hazardous Materials Response and Assessment Division, NOAA.
Prepared for the U. S. Coast Guard Reseach and Development Center, 1994. p.
50
NOAA. ADIOSTM (Automated Data Inquiry for Oil Spill) version 2.0 Seatle:
Hazardous materials Response and Assessment Division, NOAA. Prepared for
the U. S. Coast Guard Research and Development Center, Groton Connecticut,
2000.
Laboratório de Simulação em Escoamentos com Superfície Livre – LABESUL 28