Você está na página 1de 21
eras De HOME LETRAS DE HOE LETRAS DE HOJELETRAS DE HOE LETRA DE MOE A sensibilidade fonolégica 0 inicio da aprendizagem da leitura’ Carla Aparecida Cielo™* ESUNO - © presente trata sveriguar exiséncia de uma elagso trove snaked fneltgen es Ste nl dn operands tera om ‘Stancas em foe de allabatzagho, mediante a aalineaa doo ives de sens liad onaldgce «de recoeago, antes apos a apiagae de un Programa [Se atvidodescopeifias de senslizagto lonlogion azsrnAct— The main purpose of this dy isto verify the existence of sit= ‘leant telatonship tonaen phonological awareness and the fi stage 6 the leaming prowess how to read. The semple was compas of Uieyigh! ‘ubjet. The Hypothes “The increase in phonlowial swarenes,CBtcned ‘hrruph a sete speiic activity fosters the recading at my ung ean ‘af roading” wes oe nc dala. Te conglaion tn Tat ‘ttl metus pono awarenes lends ter permanent ‘eoding activities whe reading. 1 Introdugiio ‘Ao considerar a fala como um fendmeno anterior & eserita, ‘considera-se também que as sucessdes temporais da fala correla rig mri a dest de Manage ater, malas omy do programa Re Ginluao cn ata ta teed ingustce Apo, NO * Pomtifei Unioricade Cate do Rio Grande do Sul MEAS Letras de Hoje. Porte Agra. v.28, #4, 21-60, dezembro 1008 cionamse as sucesatesexpaciais da exenita,n inicio da aquisicho di ulna. Assn, hs uns eomespondenca entre fnemas © gree tas corespondénca que a can devs preberesominat pra pod chegar ao porto de extra sentido co mater esc © proceso de rcoiengao& a passngem dos smbolos gri- guar olan forties co ico aprendizado da leita, Asim, sipcese que quanto maior © nivel de sensibidade fonoldgica ‘de uma cance, quanto maior sun cpscidade de perecer que a esta € sina representa das ldades dalinguagem cra ior sera se domino do recone tlmento das paaveas pea recxifcagio © mais aclente ea che fanaa contrgie dosenido doteato. Deste mad, objetivo do prewente trabalho fio de vere s oaumento ficial do ave de enslidade fnoliea de ma ring elverapoiivaete son aprenizado ini! da etre 2 Pressupostos tedricos De modo geal, a comnicagio lingatticnacoree sem grande dtemanda de tengo por pare So fale sobre a mensngeny de orrendo espoiines eautomaticaent efsindo com rapide? & frclidade Boca. para que falante posse concentar mae na expresso do que ho costecido verbal, indo ale dos nives te tmenlates de predugdoecompreenats(atomatia), sao etlizagos pragan angio e181 Segdo Gombert (199) a copacdae para pensar refi sce tage gt @ Seno nating sn wer que a refer A tomada da propria lingun com cote para ogniin. If pra olber (188) Yavas (,» plow cae linguagen liza ern relagho& propia ngage, relerindo- se una linguagem ca fungi Unie €descever ma lingua, € 8 mE Ceocncis ten ox realign . ciénca forecasts, semana © pragmatic, sede que ths Rbilidade, bem come as habiéades metncoptvas, cao Felscionadas ao peiodo dat operagoes cnereas te Piaget, desen- Yolvendoe copontansamente com Gade e foram emai Corstentes canta sepundsinftnca, male peciicmente em torno dos sete anos. As habiidades metallaguitens podem fam thn ser methods strates de programas de adage expect Gs Fanmer, Heinen © Nesdale, 1986; Colbert, 1988, Yavas, Geraiments, ¢ ness ide gue cians cha 9 primes se mma inca o sprendiando da letra, Pon pars spender et [itesinoesatelecer uma correspondence fla € ec ‘Sinpreendendo que princira pod sr representa araves de Signi semilopicsgrabeoscostitidos por unidades menoea er aleras (Lundberg, Fonte Petersen, 1965) Yavas, TN Hania fs ge, contre a sega ats dds Hinguagen, combinanse de modos diferentes segundo os gm da lings, oiginando novos signs e garantindo economia ¢ ‘it eataidde no shtemmn lingo (Montnet 173, Posrch, "Bs Gott, 19658), © econhecimento da palara, enquanto ayno semiciégica aco cums edo cesremondesceidees (Gonber, 199), Ami, para compreender a meme ects omo sos ven ¢ predso antes sprender » recon Seja x relat as corrspondéncaegrotema-fonema e aprender ¢ fidade em analisar os sans em fonemas em seta of fonemas eo gnc. aso etende oreconhecnnnto de gue © signe semwoldgo consist em uma sequence de sone individ, Independentemente de seu referent, A habildade ent analisa 2 ‘ala explictamente em seus components forolgicos € chamada metafonologia ou conscience Tonol6gica (Lewkowice,” 1980, ‘liams, 19RD; Toner, Herriman © Nesdale 188 Balle Bla hig, 191 Cardo Mating 199; Combet. 182), ‘essa forma, quanto mas desenvolvida& conacénciafoncls gicn, mais o sistentnalfeico torne-se um inarumento Taratvel Bara representa lingua oral, uma vex que € leaves da metao Tolga qu se stinge& comprrenate cas correspondencasgrae- taconeina (Bryan Bray, 1987 Balle Blackman, 991: Gon ‘ent 199) Partindo de tl rc, pressspese qe avis de serafiiacsofonslogce ~ no ert tenns de conacenticagho fonoldgis, mas de vim rvel anterior em termos de tim "dare Conta footyco = possan contbulr para suhorar 0 desempe- ‘Hho da erlang dae fase iil do aprendizado da leitara, 21 Metacognisio © termo “metacognicao” referee Aqueas teorlas e princfpios liizados no estudo dos procestos de pensamento ¢, principal ‘mente, 0 monitoramento aive e 2 cansequente regulbeio ¢ onde: ato desses processos. Os processcs de pensamento ocorrem re- Aseria eotco da aprnzagan a letra / 23 ladonados a objets ou dado cogitivon em fungi de algum tbyrivo concreto.(Snacor, 1964; Comber, 199) coma pot fxemplo,eclucionar um problema ow compreender uma mensa- gemescrta. oe-se fcr um pollo entre esse aspect infrspectvo da nigio eo term “pensatnento operaconal” de Page, c Facterlande pela habiidade dos indiviauos em transformer seus os conecimentos a fin de coedecer ds exigencas da trea ey Gin sm cotta Eilat Get imps Oo amtciois frimario 8 metacognico~ que aparece Posteriormente ~, sendo {ue 0 campo da metacogicio é mals retto que o da cogs, fla, arto gu Gard ura clangaapresentaeraghes da lingua oral, possivel- ‘Rente encontaracituldader na aqusiio da ltara (Martin, 1975; Zora, 1985) O fato de todae ae Hnguas se marufestaem rms frm linear de enneados orgina-se do taco voc da in sagem, uma Yee que a producto oral decorenecesaramente 0 tempo « ¢ nesesariament captada Poo cuvido coma sicessSes temporis (Martine 1973) WA aticulago de tas “ouceeoestemporss”¢ caracteristica de todas o inguas © maniestrse er dois panos diferentes p= tmeia ea segunda atculagio dalinguagem, ‘primes attcnagho analia ts experincias, necewidades, emogitse todo oconteado mental que se pretend revela xt cr numa a algun, em unidades menores,eada uma dene posse dora de urs expresto woe ede um cordetda,podendo teaibem figura autre coterie para expr outros persarentos "A autononna das unidades ab taduz em efonomi ingustca, uma vez ques prititaarclago permite x ocorénca ds comm nexgte dentro doe lnites da expertnea comune & dterminada omuidade ings, ows 3 experiencia postal e anaisada {Eemunidades que sto do conheimento de todos os membros, onde ‘ expeciidode sumenta 8 medida em que e aciconam anaes coma, por erempla, un adjtivo a um sbstantvo (Martin, 1975. Poersch, 1981). ‘Cada uma das unidades da primeira aticulago pode ainda ser analiseda ou segmentda em wnidadcs menores, carertes de sign feado proprio, porém pessvels de combinagiese rcembinagies cre a Ene €¢fentineno da sepunca artclago lingttitcn 0 al as pontiac de comblnagioente as unidader mentee € (fie loro a+ unidades revltanes da primelraarculado di thas ene a independentemente do set referenie sw permite ‘struurar a mersagem veral em esruturascrescenterente mais omploat, com base em um ndmero deterninado de elementos ombivels een um nimero dereinado de regres de combina. Ea lingua ou cOdigo linguistico que exerce uma funcao orde nadora sobre o fendmeno da comunicagio,limitando as possibili- ‘dades de combinagto entre os elementos ingustcos, bem como 0 ‘fimero dos mesmos na canettuicso do repertsrio linguistica. As sim, algumas eombinagses S80 possiveis €outras no, ‘0 / Lees deteie + Ca Apaeceia Cos ste fato propordona um aumento nas poss transmissdo da mensager, pos uma mensagem que tivesse de er ‘etmtuada com base em tm muimero ales de stbolos, etre 6s quais houvesse probabiidade de um mero astronmico de cembinacdes, ena intrnsmiseve! por requerer uma Guantidede ‘cesiva de esolhas bindras,o que dispenderia muito tempo © nerpia. Alem disso, impossiblitaia a decodifiacio por parte 40 tuvinle, ume ver gue cada un ds parclros da contunieagh se sia regas proprins de excolhse comnbinoges. ‘Desse mad, pereberse que a segunda articlagio também é scondmica e que lua ao extabelecer um repertno liitado de dlemento e de regrascombinatérias para os memes, alem de uina eventual correspondéncia ene ume combinagao lingistica © ut tu ims sigficados,confee uma relates estblidade fe formas lings (Martine, 1975; Exo, 1976; Poets, 198, Zain 1986, Pocrich 19528). ‘Uma vez que a mensagem verbal pode ser corsiderada uma organizacho cstrutural de unidades linghsteas combinadas ime dite detcminadasveptas © lgadas at conteddo lingastcs, ppdese dizer, ent, que a lguafolada ou escita se processa ‘eds da ullizagio de signs cela, que a communica linguist Ga serealca mediante tas signs. (O sino verbal ¢ ua grande za de duas faces, Uma ests volts dia “para 9 exterior’, para a exprestio, sendo uma realidad fica, Sonar, que pode sr recodificada pratcamente (por lta), ai dnente pel llabeto Brae) ow visulment (pela lingua de sins) Ess face consul o agro semi, ulilad coma finalidade de conato ene falantes 'A outra face do Signo verbal ets voltads “para o interior”, Sendo uma relidade mental cerebral composta pla associagh de lim conceito ama repreentag sonora, frmano o sgn lngie te, reponsivel pelos proceseos de cedifcagho © dewoiieséo Gi ocmrcm ent 0 sigholinglsico eo sigho semioldgico (Fo rch, 1982a, Poerch, 1992). Assim, « decdfiasso ou compre fensio da fala eda excita, bem comd sa prodgho, so gerenc es pl igo ing, ssa forma, podenics consklerar que compreender uma mien- sagem excita, engaanto signa verbal, sgnisea estar reaizando letra, ow sj, 2 letra €considerads compreensio, 6m ato de. ‘encadeado por simbolossmprestos, No ehESRt, como ocorre 3 Ista como se ensina 0 Fconhscmento do: sinbolos pcos ‘So questoes cus pesquises que sstertam ou questions a rea ‘ls Subbed eure ena responder _Asercotatetrotigea #0 rs oe sronzagem deta / 23 Confrme Farr Carey (198) exstem cavfcaies, andes ¢ nfases sre os procesice delete, valdades or pelea go, pera dos questonamentcs de trabalho mas neceney, tadioa’ "almentelitam ae scbabidadesreismportanes pars ava {fo € 0 encing da leitara como sento ms syulntes fabiidadc ooh Feeonhosiento de palaviny vocbulii, fubildades cm cate aias do estado e mihi de velacinde de etre ‘As hablldaes em yocabult, em estrateias de extudo cen velocdade deleituta tm como base os rimbalos impesscs se nel dolar, serena et co um todo, oe in ‘elaconadas com a Iuva que cjetvaseangar® sgmifeale @ -conte‘ido comunicacional, . ie Poném, para ating niveis mais elevados no process de aqui sig da lta com oo nes de consi do spends preio aes aprender a recodiin:no 9 taceiar te onemas 4 gafemas que os fepresentm. A recoding funn halide dle que envolve a analise de puavras em fonemas et sttese de fonetas em palvias, ot aj suibentende um nivel de serteian de fonalgics~capacidade de econhecer ue o sig semiologca sonsiste om uma sesiénin de sors individuals’ independests, mente de seu relerente (Zain, 198 Cardoso Marines 1991 ‘ese pont, craters don primeira eapas da agugao a Intra, que' habdade em seonhacimento de palavas desea pena seu impertente papel, enfatizando ae relages eee sos felados elas impress ne tighes en sane esombinacoce de les denicaio des abas euro de outa partes dx airs como suviladores 1a Ldenificago sas palavras (ras € Caney, 198 fae 195) Geraert, defies da habildade er reconhecimento de palavtas etd 2 longo dein contin, De um ldo Feconbes {Siento de plavas€simplesnete dens, cm bss ta eri eagle como a hablidade em forse uma epresentnghe lla para una pales ripressa, De eu, ets a rege de gue po hina veal de ma pala noo € nessa prs o su reole- leent,ocorendo apenas o econnecmento ico dasa osimbolo mpreso scons). ‘Outs defrgéesergumenian que orecanhecimento de gala vas deve incur ambas, mcoiiicagio © decay, comide: Fando.a inseparvcs do proces fla de pensar dee ado letra Pare Carey, 158) © recomecineno de palners extn poe ser realizado d- sstamente atavés da aweciagio dt configuragio. grafic da palavn coma representa vail sa memoria rocediment9 90 Ansos 0 He + cata Aseria Cis de aces ieo— ou o reconhecimento de palavrs pode se basear re aplcaio de eras de comespondénciosgrforonoligicn, em ‘que informagso visual € ranformada em inormagtofonoldgie, nts do proceso de reeuperago lence procedimnento de ses50 incet. A habiidade dom bone leltores em reconecer pela tserias munca vistas antes aventa a ponibidade Ge este do tcesto indivto. Por out lado, a lteyulardade ortoprtis dae iin alabias ince que apense a recodicagio nao € safe iene para aessar a informacao fnolopa comet, poende he ‘Ye, eno, dis procedimentos par 0 rconhcimento da pelevte Ode acesso ditto para palavmat famines e 0 de aces indices para palavrasdesconhecidas (Goodman, 1975, Gombert 1093) ‘Alézn diss, ext a hipotese de que os etre inciantes veo nipeoum as palavias por tanslormecio da grafta em pronunea procedimento de ees indreto~ enquanto eitores mals mauros econhecom as polavrasdiretamente do impresso para o sighce dl, sem qualquer medingtofoncligca aparente- procedtment de ceo direto (Ene Wile, 1997, Hasse 1990, Combert. 1992), ‘ éninse da habldade em revonhuciento de pales nao éslé ma consrocéo do sgufcao, nes, primaramente, no a0 de recodiiact, ps 0 reconhecmento ce palvins precede compreensio © cofdicons todas a5 avdades de letare O eco. tthecimento de pelavras nfo apenas deve ser coretamente reallza- do, automatizadoe pido, as também devs envolver a cognicio em nivlssufleietemerte balos, brand a memira operas. tal para que oletior poss stents 8 atvidades de comprecnsio ‘acicino aboato. Ease proceso de reconhecimento trne-se p= Galmerwe automatizado geralmente apos © sgund ou terero ‘aa de escolarizago (Vygotsky, 1959) om on ami ar Deg «Sans (78, apud Farr e Carey, 198) propuseram as seainteseapas relaio- madas com a antomatizagio do proce de reconherinento de paves { Preish: 8 medida em que occreim as comespondéncias entre os fonems «ox rafenas com exatida, as plata fants desonhecidas, passa a faver pate do repertio le cal da memdria de longo prazo, 2. Automalzagio: com 0 mapeamento das comespondéncias {rafforoldias com a prtcae como aumento vena {nr as palavras it eonhecits os families pacsam a ser re covhecldas de forma mals plobl via acess diet, © que to exigeprocessamentofonolgico Asansblldace oncigien onic da aprondizagem uate 31 18. Velocidade: com a automatizacio, os processos de acesso direto a0 significado da palavra vio se consolidando em fengramas especfics na meméria de longo peazo (ereuitos ‘ou redes de conexses neuroniais) No caso de palavras desconhecidas,artificiais ¢ de estrutura fortogratica complexa, provavelmente os leitoresiniciantes ou com ‘algum tipo de problema relacionado com a linguagem relomnarso abordagem de ncesso indireto a0 significado da pave, que passa obcigatoriamente pelo processamento fonologica Bessa forms, pode-se conduir que as estratégias de reconhe- cimento lexical, através da recodificngao fonoligica consciente, Vio ecrescendo & medida em que a crianca val dominando 0 acevo lireto ao significado da palavra, ¢ tormando-se proficcnts cin le tur, Embora a reconhecimento de simbolos gréficos em si nao ‘consitua tuma habilidade que resulte na compreenso das palaras © do texto, a recodificacao nio invalids a compreensio, A hebil ade em recodificagio deveria ser enfaizada currcularmente 103 ‘stdgios inicinis de aprendizado da leitura, e 0 ensino da leitira ‘doveria priotizar as habilidades em reconhecimento de palavras fntes de priorizar a compreensio em si (Farr e Carey, 1986) ‘Além das quatro subsbilidadcs em leiture, existem algumas “habilcades de prontidao paraa leitura",consideradas como parte da habilidade em reconhecimento de palavras, ou sea, antes de aprender a recodifcar, a associat fonemas a prafemas, si0 neces Fas certashabilidedes bisicas que incleer: dlecriminacho visual ¢ ‘auditva, conhecimento das letras do alfabeto e reconinceimento de rimas (Farr e Carey, 1986). Porém, conforme Cardoso-Martins (1995), a sensibilidade as similaridades fonolégicasglabais, isto & ‘s Fimas, nfo contribu significativamente para a allabetizacio emt portugues, ‘Fara que o aprendizado da letura ocorra, a canga deve recor- or ao seu conhecinento da ingua oral para tabalhar com a Lingua feito, 0 que requer a habiidade em manipular explctamente os ‘componentesestruturais da lingua oral (Lundberg, Fost ePelersen, 1988, Golbert, 1988; Yavas, 1989; McCarthey e Raphael, 1993, Stahl e Murray 1954), reaizando uma correspondincia corn excita, Como as ortografias alfabticas se beselam na andlise da fala 2 segmentos scmtoros e na representacio desses segmentos atta~ vs de simbolos grificos, a aliabetizagio pressupos a capacidade de prestaratengio as propriedades fonologicas da fala. isto € 3 ‘apacidade de desvincular © signo semiclogico (¢ palavra en- 32 /Lam a Hee + cara Aenea cio {quanto sexiiéncia de sons) de seu referente (Martine, 1976; Bezer- 12,1980; Zanini, 1986; Cardoso-Martns, 1991), ou sea, a capacida- de de considerar o signo semitogico como objeto de andlise ‘Assim, consoante Goldstein (1976), no se deve supor que o desenvolvimento das habilidades em andlisee sitese de palavras scjp determinado, em grande parte, apenas pela maturacio bio. cofmitiva do individuo e, portanto, no sea passivel de ser modifi ado por atividades especticas controladas, Quanto a recodifca- ho fonolbgica, Vandervelden e Siegel (1995) sugerem que as dife- rengas individuals nessa habilidade e o efito da mesma sobre os estgis iniciais da aquisigio da leitura podem ser modificados shravés de aividades especficas 25 O pope dn enstliade onlin ffs tl albeit Fxiste uma relaglo especifica entse a experiéncia da criango desde cedo com os sons das palavrase seu sucesso posterior com alfbeto e, através dee, com a Ieitura, Quanto mais desenvclvida 3 Sensiilidade foncligica, mais o sistema alfabético parece um modo razofvel para represent a lingua, pols 8 sensiblidade fo- old eapacita os leitoresinilantss a fazer uma melhor utiliza Ho das pistas grafemicas, compreendendo as correspondéncias frafemafonema (Zaninl, 1986, Bryant e Bradley, 1987; Ball e Bla ‘hman, 1971; Gombert, 1992), A.utilzagio da correspondéncia grafo-onolégica na identifica- ho de unidaces lenicais da lingua escrita ¢ falada pressupse 2 [bilidade em identifcar unidades fondmicas dentro da palavra. 0 lmportanca da consciéncia das eorrespondéncias grafera-fonema, pra 0 reconhecimento das palavras, demonstra que e588 pOS- vem uma realidade para o sujeto, uma vez que tal conscigncia ft4 mais diretamente correlacionada. com 0 reconhecimento de Palavias verdadeires do que com seqUneias grafémicas sein Ser "ido (Gombe, 1892), Sendo assim, as ciancas necesstam possuirinformagies sobre © fonema e o grafema antes de se tornarem leitores proficient, © {se conhecimento, no inicio da alfabetizacio, pode ser tomado ‘como prognostico para a aprendizager da leitura a0 final do pri- Imeito ano letivo (Ehti e Wilce, 1985; Gomer, 192). Yavas (1985) © Cardoso-Martins (1991) também gbservaram uma correlagao Asus oekgia orcs da oorerctzagen dana 38 postiva entre as variagses na sensbiidade fonolgice de ciangas fm Ldade pesca ea vrlagoes a aprendiagem posterior da leurs eda extra, i somente a co-ocoréncia da habildads em ropresentagto conscente dos fonemas © 0 cresente dominio alfabedics que las mergiz no erinagn a nog de Gua escritaé uma representa da fala (Haase, 199). A tanipulacao da lingungenr exert, dese tod necesita de um certo grade reflex consionte a pelts dis carciectticm esis da tc, dos grafemus © des fonemas (Getafonog) © orherimento das caracteritiasgerais da eelarferese sos cjetivos da mesma 8 ditingSo ene exrever e dese, ch Trlr ver, enter, palavra fe, & now de diccralidade 2a Ientagao de palavras coms do ambiente, quanco sore textualzadas (embalagons de alimentos ou ivtos fan por ‘xemplo). A consnaa grafémic refere-se ao conhecmeni! de Certascaaceistiens das tase dsina ente lt nur No entanto,eonionne Gomibet (19), hi una splda hea aqui: 0 conhecimento das craters isda sea econ lenca gefenica poecem scorer artes do surgimena da con Siena fonologion As dons princes sarge et tomo doe 808 & fnos iim em orn dos 67 ana ods irando em tomo a cap se as ete opera pagearo pc operon ‘pened das operagSes coneets, quando.a enange passat et Iniorconole sobre sows process intctuas ea aber a ie lager guano a expretia, independeniemente do. concilo (aves, 1985 Haat, 159 Hotes 105) Coo o concent dss corespondénciasgrafo-fonoligias eecodificagio) deponde essendtmenie da tenia fonclog {ie épatieamente eae conhecmento que expla as vaiagtes tm taefas de reconhecmento de palavrns comegese a super que ® freiameno da sersibiidade onclogi, staves de suvidades tspecies, con de fto cm a proftdlo para 0 nico do Aprendzado da letra. A’ senaiidadefonolofen pasta‘a se, desa forma, mais do que um mera indicagor da prondso pas © letra, exercendo scbre a mera tm efto poutvo (ome, 194) Conforme Vandervelden e Sep (1985), 0 as atividades de sensbilipago fonda sto interes com atvidades ce recede Arag fonoldgea« com oportunidades de experience telecon as ingn eh, 0 desea da teeaica se toma 34) tetan ce Moe + casa Apes Ce pen oc at pms nee copes at saionce Mish nore e esi ae emaneeneenae a SS BT on eae i Bos es Soc ame eto comer Sameer nearest ees eg ae epee tea ee re te Seo sra es on Sere ao peries center a cee neanmatne Scepeperteet tee tra ed pec eae eee a eee poe aie rmee cra per - epee pe oon eee ee factor edeenmat eer Gieacnereten cen BST iene wats eer pear eee Enbora sea posvel concordat que # éxase do corceito de eens poe coer ee pe eae Pio geentiks ares anor ee eee Ee Ca EE scien mne eed ee ieee eee Stier ook himenape ates ale “eta fcado de esta eeastem fares eridencas de que ensinn Go tc hme ae Gacy ne er ere eric erie Spomic ne upinde afer A senetintade fonchigiono ote ts sprordlangin ds teane!!38 ‘Quanto as medidas da hebilidade em seeodificagso como me dias validas de uma eitura real, novamente saienta-se que 0 que fcontece quando se 1¢ varia de leit para leitor, que as subabilida- ‘des de lftura esta0 intrineadamente relacionadas, que leturs & ‘compreensio e que a recodificacto ¢ apenas © degrau inicial para Sse chegar a essa comproensdo, Assim, torna-se questionavel © ar ‘hseado tomar a habilidade em recodificagao como indicedora de ‘compreensio, sendo mais seguro analiséla como indicadora das possbilidades de a erianga alingir 0 nivel de acesso indireto 20, ‘ignificedo das palavras esritase, posteriormente, com a automa ‘zacio da habilidade,o nivel de acesso direto ao significado. 26 Pesquisas sobre a relacto entra sensibilidade fonolégien ‘ea fase inicial da alfabetizacto [sistem vétiostrabalhos de pesquisa publicados, cijo objetivo principal for tentar estabelecer tna telgio entre as habiiades Inetatoollgicn e a aquisigo da letra, Com 0 into de ater tina vis geal da diego para onde apontam es resultados dese tas peslsan,segueae un reve epando que ax classifica em igus conform o tipo de teagho que aandlie de seus resulta Hee super exist eve a hablkdaes mntaforolgicas ea fase inicil da aprendizagem da kta, e conform a lplmnentaso de programas deatividades de seebiizato fonoldgia visando a imelnorar tanto o nivel de sensbdade fonologie quanto 3 agus se da lta onforme Yavas (1989) ¢ Haase (1950), enstem guato poss ves lage ete as Rabldades metalnguistcas ea aguisigio da tetas Das hablidades metalingisticas seiam um pré-requisit, ima condiso nessa, tas i sulicente para open dizagem da litus, a. baidades metalingistica se factador, nfo senda wna cong lente para oaprendlzado da kta, ©. as hablldades metalinghatcas rvulatiam do aprendiza- do da nites, letra sera urna condicto necensria © feerte paras aqusiio da etaingusger, © habihdsdes metlingssteassurginam independente- tents da lea, mas atibas correlaconar-se lam por pos- Sulzem a cognigto como font subjacent commurs. om consideradas uum ecesaria net sulle 98 Lntns tle = Cara Apttctn cide ‘ais tipos de relagdes sio analisadas, nesta secgin, enfocando, mais especficamente, a metafonologia ea aquisigio da leltura, Houve um grupo de pesquisas, deotro ta literatura consulta- {da, que considerow a metafonslogia como uma condicso neces tla, mas insuficente pars o aprendizado da leitura, estando entze les os trabathos de Wallach, Wallach, Dezier ¢ Kaplan (1977); Be- zorra (1982), Tunmer, Herriman e Nesdale (1988): Byrne ¢ Fiel- ding Barnsley (1991); Meguinness, Meguinness e Donohue (1985) ¢ Cardoso-Martns (1995). ‘Um outro grupo de estudos, exraido da literatura compulsa- do, convergiu para o fato de que a habilidade metafonoligics seria ‘an flor favorecedor ou auxiiar do aprendizado da leitura, porém io seria um fator necessirio nem stficiente para ocorréncia de lal aprendizado. Nessa linha podem ser citados os trabalhos de Calfee, Lindamood e Lindamood (1973), Ackerman (1973); Will ‘ams (1980); Zifcak (1981); Bhi e Wilce (1988): Bryant e Bradley (1967); Ehai e Wilee (1987); Lundberg, Frost e Petersen (1958), Balt fe Blachman (1981); Lie (1991); Torgeson, Morgan e Davis (1992) ¢ ‘Uheye Shepherd (1993). O terceiro grupo de pesquisa, tomado da bibliografia consul: tada, considerou uma relacao de reciprocidace de induencias entre 8 métafonologia e a fase iniial da aquisigéo da leitura, uma vez {que ambas seri encia do desenvolvimento cognitiva, ppodendorse citar Goldstein (1976) Alegria, Pignot e Morais (1982); ‘Yavas e Haase (1588); Cardoso-Martins (1991), Durguinogl, Nagy eHancin Bhatt (1993) e Vandervelden e Siegel (1995). ‘Anda quanto relagio entre sunsbiidade fonoldpca @aquisigio dla teltara, nenhum dos trabalhos de pesquisa consultados conse ‘sou a metafonologia uma decorréncia do aprendlizado ds litura, Quanto a aplicacio de programas de atividades especificas de sensibilizacao fonologica e seus resultades positives sobre a pro: pia habilidade metatonolégics ¢ ou sabre 8 aquisicio da leitra, Dodemos car o trabalho de Gonez (1990) e os trabalhos jé men= Slonados de Lundberg, Fost ¢ Peiersen (1988); Ball e Blechman (1971); Lie (1991); Tyme Fielding-Ramsley (1991); Torgesen, Morgan © Davis (1992); Uhry e Shepherd (1993) © McGuiness, MeGuiness Donoh (1995) och SS bees apa de pblcagtes nana inte jonais sobre a relagio entre metalinguagem ¢ letra, podemos [erceber que exstem varios estudos demorstrando que 0 conhe- ‘imento das correspondéncias grafo-fonologicas e as habilldades ue envolvem niveis de sensbilidade fonclogica estao intima: ‘mente relacionados & aguisigho das habilidades basicas er letura, ‘Aseria ercicien se tn aprncinagam $e rn (37 ‘que atividades especfias, na rea da metafonologia, produzem {heihoras signficativas no desempenho posterior em leitura, e que { maioria dos trabalhos concorda que a consciéncia fonclogica & ‘no nine, um fator que falta a alfabetizagi, 3. Definicio do problema ‘A revisdo da literatura permitin o estabelecimento dos objett- vos geral e especiticas do presente trabalho. 31 Estabelecimento dos objetivos ona oieivo pl proptnse vec tra dea relagio etre online a fase nical do aprend {ado da leur, em tna © ovo allabetizandos do mince de Sota Mara Tm po pretends verso amen do gu de sensbilidade forligeaebtiso pss a oping de avidases Sspeciicas Em segundo lugar, proceroa'se wenear a extenca ‘Glia conelagho positivnsigeaivaenze gro de sensi dade lonologin eo desempenbo em recoding, Em tec Inga, peendew-se averigia’o aumento do nivel de reese ‘Midi ci que asmenta nivel de seasbiidad fonolegics- inalment, contre os tsltados do estado, veifcose a iidade de un programa de abvidades eapecton: em sensi Linde fonclogin como acted do proses de aprendiaagem da habla decoding. 32 Tonnulagie das hipSteses Com base nos ob sine plese: wnat PO ‘escores de sensibilidade fonolégica (SF) em alfabe- tizandos aumentarn com a apicngSo de atividedes especins (AB) Eaatisticament,exsahipotese seria confirmada se © ganko do grupo experimental (GUE) ome diferente de 20 e lor do {qe ganio do grupo de contole (GCC). A lferena ene © ga ‘tho dé dos grupos devera ser extaisticamentesigniicaliv. Gorede Goes coe ivos acima expostos, formularamse as se- 8 /Levas dene + carapace Cao 322 _Os-escores em sensbilidade fonoldgica ($F) comelacio- pamse positivamente com 0 desempenho em recodifiagio (R) tsa hipétese foi analisadn estatsticnmente através do teste T Student vericandose se havi wa conelagi seca ene 2s duas varidveis FSF R>045 323. Osescores em recodificacdo (R) aumentamn na raza0 di feta do aumento do nivel de sensibiidade fonologica (SF). statis: Feamente esta hipékese seri confirmada se 0 ganho do GE (CGE) foute diferente de zero e maior do que © ganho do GC (GQ), A diferenca entre o ganho dos dois grupos deveria ser estatstica mente sigiicativa GGEH0 e GGE> ccc 33° Discriminasio. operacionalizacio das varidveis es a cite de ae cn ee SES ets etotee nore ares ea cnrascmomsens Se jeemcmmee tee Boiss FT via esis ares caret foe ae ecco pe beeen — any xen opt eps eee Se eee eee mere Aloe postrormente. Os scores em sersbidade fnolegin (7) acescsne eee oe Sates cc ace ease nen Tis pass Rsk anya Asertilded rain 2 rcs da aprantzagon

Você também pode gostar