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Filosofias de Exu: ax Alggo-j

Alexandre de Oliveira Fernandes

Emanoel Luis Roque Soares

A partir da leitura de dois mitos de Exu nos Odus de If, Od Ogb-gnd e Od


gnd-Mj, ambos narrados pelo Bblwo Fbnmi Swnm a Sikiru Salami e
Ronilda Iyakemi Ribeiro (2011), objetivo um metaexerccio reflexivo acerca de uma
filosofia nag a qual denominarei de filosofia exuriana. Proponho-me a um encontro
com um Exu-filsofo, a produzir filosofias, o qual deixa livre os conceitos, permite-os e
os incentiva, rasura toda a verdade que no favorece o exerccio do pensamento, da
surpresa, do acaso, da recognio. Para tanto, persigo a embaraosa questo-problema:
o Ax toda a filosofia de Exu? Os textos analisados permitem uma leitura alicerada
nos valores iorubs, a saber, a importncia do conselho, a manuteno da vida por meio
do eb, o reconhecimento dos prprios limites, a necessidade de se lutar mesmo que a
vitria no esteja no horizonte, contudo, Exu deixa-se entrever como uma energia
ambgua, um Alggo-j, Senhor do sino da discrdia. Que estamos a dizer? A
ausncia do ax de Exu favorece a ocorrncia da desordem, dos mal-entendidos e da
confuso. neste embarao que a narrativa ganha vida, escorrega, dispersa e filosof(i)a.

Palavras chave: Exu, Filosofia, If, Ax

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