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Epicuro

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(notícias, livros e acadêmico) (Setembro de 2019)
Epicuro
Filosofia helenística

Busto de Epicuro, fim do século III. Cópia romana do original grego no Museu
Britânico
Nome completo Ἐπίκουρος
Escola/Tradição: Epicurismo
Data de nascimento: 341 a.C.
Local: Samos
Morte 270 a.C. (71 anos)
Local: Atenas
Principais interesses: Hedonismo, Atomismo
Ideias notáveis aponia, ataraxia, clinâmen
Trabalhos notáveis Fundador do Epicurismo
Influências: Demócrito, Pirro
Influenciados: Hermarco, Lucrécio, Thomas Hobbes, Jeremy Bentham, John Stuart
Mill, Thomas Jefferson, Friedrich Nietzsche, Karl Marx, Michel Onfray, Adriano,
Metrodoro de Lâmpsaco (o jovem), Filodemo, Amafinio, Cátio
Epicuro de Samos (em grego clássico: Ἐπίκουρος, Epikouros, "aliado, camarada"; 341
a.C., Samos — 271 ou 270 a.C., Atenas) foi um filósofo grego do período
helenístico. Seu pensamento foi muito difundido em numerosos centros epicuristas
que se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde
Lucrécio foi seu maior divulgador.

Vida
Epicuro nasceu na Ilha de Samos, em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu para
Teos, na costa da Ásia Menor.[1] Quando criança estudou com o platonista Pânfilo
por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Certa vez, ao ouvir a
frase de Hesíodo, "todas as coisas vieram do caos", ele perguntou: "E o caos veio
de quê?". Retornou para a terra natal em 323 a.C. Sofria de cálculo renal, o que
contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.

Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo em Samos, que não lhe foi de muito
agrado. Por isso foi mandado para Téos pelo seu pai. Com Nausífanes de Téos,
discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria
atomista — da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco,
Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica,
chamada O Jardim, onde residia com alguns amigos, na cidade de Atenas. Lecionou em
sua escola até a morte, em 270 a.C., cercado de amigos e discípulos e tendo sua
vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.

Filosofia e obra
O propósito da filosofia para Epicuro era atingir a felicidade,[2] estado
caracterizado pela aponia, a ausência de dor (física) e ataraxia ou
imperturbabilidade da alma. Ele buscou na natureza as balizas para o seu
pensamento: o homem, a exemplo dos animais, busca afastar-se da dor e aproximar-se
do prazer. Estas referências seriam as melhores maneiras de medir o que é bom ou
ruim. Utilizou-se da teoria atômica de Demócrito para justificar a constituição de
tudo o que há. Das estrelas à alma, tudo é formado de átomos, sendo, porém de
diferentes naturezas. Dizia que os átomos são de qualidades finitas, de quantidades
infinitas e sujeitos a infinitas combinações.

A morte física seria o fim do corpo (e do indivíduo), que era entendido como
somatório de carne e alma, pela desintegração completa dos átomos que o constituem.
Desta forma, os átomos, eternos e indestrutíveis, estariam livres para constituir
outros corpos. Essa teoria, exaustivamente trabalhada, tinha a finalidade de
explicar todos os fenômenos naturais conhecidos ou ainda não e principalmente
extirpar os maiores medos humanos: o medo da morte e o medo dos deuses

Naqueles tempos, Epicuro percebeu que as pessoas eram muito supersticiosas e haviam
se afastado da verdadeira função das religiões e dos deuses. Os deuses, segundo
ele, viviam em perfeita harmonia, desfrutando da bem-aventurança (felicidade)
divina. Não seria preocupação divina atormentar o homem de qualquer forma. Os
deuses deveriam ser tomados como foram em tempos remotos, modelos de bem-
aventurança que servem como modelo para os homens e não seres instáveis, com
paixões humanas, que devem ser temidos.

Desta forma, procurou tranquilizar as pessoas quanto aos tormentos futuros ou após
a morte. Não há por que temer os deuses nem em vida e nem após a vida. E, além
disso, depois de mortos, como não estaremos mais de posse de nossos sentidos, será
impossível sentir alguma coisa. Então, não haveria nada a temer com a morte.

No entanto, a caminho da busca da felicidade, ainda estão as dores e os prazeres.


Quanto às dores físicas, nem sempre seria possível evitá-las. Mas Epicuro faz
questão de frisar que elas não são duradouras e podem ser suportadas com as
lembranças de bons momentos que o indivíduo tenha vivido. Piores e mais difíceis de
lidar são as dores que perturbam a alma. Essas podem continuar a doer mesmo muito
tempo depois de terem sido despertadas pela primeira vez. Para essas, Epicuro
recomenda a reflexão. As dores da alma estão frequentemente associadas às
frustrações. Em geral, oriundas de um desejo não satisfeito.

Encontra-se, aqui, um dos pontos fundamentais para o entendimento dessa curiosa


doutrina, que também foi tomada por seus seguidores e discípulos como um evangelho
ou boa nova, o equacionamento entre dores e prazeres. Das 300 obras escritas pelo
filósofo, restaram apenas três cartas que versam sobre a natureza, sobre os
meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos, fragmentos de outras obras
perdidas. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener sob o
título de Epicurea em 1887, mas, mais tarde, Hermann Diels descobriu que os
fragmentos eram, na verdade, de Leucipo.[3]

A certeza
Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi
recebido passivamente na sensação pura e, por consequência, nas ideias gerais que
se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade
sensitiva).

O atomismo
Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranquilidade do espírito. O
atomismo, acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que
modificado. A representação vulgar do mundo com seus deuses, o medo dos quais fez
com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas
filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições, segundo Epicuro.

No sistemaEpicuro
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Epicuro
Filosofia helenística
Busto de Epicuro, fim do século III. Cópia romana do original grego no Museu
Britânico
Nome completo Ἐπίκουρος
Escola/Tradição: Epicurismo
Data de nascimento: 341 a.C.
Local: Samos
Morte 270 a.C. (71 anos)
Local: Atenas
Principais interesses: Hedonismo, Atomismo
Ideias notáveis aponia, ataraxia, clinâmen
Trabalhos notáveis Fundador do Epicurismo
Influências: Demócrito, Pirro
Influenciados: Hermarco, Lucrécio, Thomas Hobbes, Jeremy Bentham, John Stuart
Mill, Thomas Jefferson, Friedrich Nietzsche, Karl Marx, Michel Onfray, Adriano,
Metrodoro de Lâmpsaco (o jovem), Filodemo, Amafinio, Cátio
Epicuro de Samos (em grego clássico: Ἐπίκουρος, Epikouros, "aliado, camarada"; 341
a.C., Samos — 271 ou 270 a.C., Atenas) foi um filósofo grego do período
helenístico. Seu pensamento foi muito difundido em numerosos centros epicuristas
que se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde
Lucrécio foi seu maior divulgador.

Vida
Epicuro nasceu na Ilha de Samos, em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu para
Teos, na costa da Ásia Menor.[1] Quando criança estudou com o platonista Pânfilo
por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Certa vez, ao ouvir a
frase de Hesíodo, "todas as coisas vieram do caos", ele perguntou: "E o caos veio
de quê?". Retornou para a terra natal em 323 a.C. Sofria de cálculo renal, o que
contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.

Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo em Samos, que não lhe foi de muito
agrado. Por isso foi mandado para Téos pelo seu pai. Com Nausífanes de Téos,
discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria
atomista — da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco,
Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica,
chamada O Jardim, onde residia com alguns amigos, na cidade de Atenas. Lecionou em
sua escola até a morte, em 270 a.C., cercado de amigos e discípulos e tendo sua
vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.

Filosofia e obra
O propósito da filosofia para Epicuro era atingir a felicidade,[2] estado
caracterizado pela aponia, a ausência de dor (física) e ataraxia ou
imperturbabilidade da alma. Ele buscou na natureza as balizas para o seu
pensamento: o homem, a exemplo dos animais, busca afastar-se da dor e aproximar-se
do prazer. Estas referências seriam as melhores maneiras de medir o que é bom ou
ruim. Utilizou-se da teoria atômica de Demócrito para justificar a constituição de
tudo o que há. Das estrelas à alma, tudo é formado de átomos, sendo, porém de
diferentes naturezas. Dizia que os átomos são de qualidades finitas, de quantidades
infinitas e sujeitos a infinitas combinações.

A morte física seria o fim do corpo (e do indivíduo), que era entendido como
somatório de carne e alma, pela desintegração completa dos átomos que o constituem.
Desta forma, os átomos, eternos e indestrutíveis, estariam livres para constituir
outros corpos. Essa teoria, exaustivamente trabalhada, tinha a finalidade de
explicar todos os fenômenos naturais conhecidos ou ainda não e principalmente
extirpar os maiores medos humanos: o medo da morte e o medo dos deuses

Naqueles tempos, Epicuro percebeu que as pessoas eram muito supersticiosas e haviam
se afastado da verdadeira função das religiões e dos deuses. Os deuses, segundo
ele, viviam em perfeita harmonia, desfrutando da bem-aventurança (felicidade)
divina. Não seria preocupação divina atormentar o homem de qualquer forma. Os
deuses deveriam ser tomados como foram em tempos remotos, modelos de bem-
aventurança que servem como modelo para os homens e não seres instáveis, com
paixões humanas, que devem ser temidos.

Desta forma, procurou tranquilizar as pessoas quanto aos tormentos futuros ou após
a morte. Não há por que temer os deuses nem em vida e nem após a vida. E, além
disso, depois de mortos, como não estaremos mais de posse de nossos sentidos, será
impossível sentir alguma coisa. Então, não haveria nada a temer com a morte.

No entanto, a caminho da busca da felicidade, ainda estão as dores e os prazeres.


Quanto às dores físicas, nem sempre seria possível evitá-las. Mas Epicuro faz
questão de frisar que elas não são duradouras e podem ser suportadas com as
lembranças de bons momentos que o indivíduo tenha vivido. Piores e mais difíceis de
lidar são as dores que perturbam a alma. Essas podem continuar a doer mesmo muito
tempo depois de terem sido despertadas pela primeira vez. Para essas, Epicuro
recomenda a reflexão. As dores da alma estão frequentemente associadas às
frustrações. Em geral, oriundas de um desejo não satisfeito.

Encontra-se, aqui, um dos pontos fundamentais para o entendimento dessa curiosa


doutrina, que também foi tomada por seus seguidores e discípulos como um evangelho
ou boa nova, o equacionamento entre dores e prazeres. Das 300 obras escritas pelo
filósofo, restaram apenas três cartas que versam sobre a natureza, sobre os
meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos, fragmentos de outras obras
perdidas. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener sob o
título de Epicurea em 1887, mas, mais tarde, Hermann Diels descobriu que os
fragmentos eram, na verdade, de Leucipo.[3]

A certeza
Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi
recebido passivamente na sensação pura e, por consequência, nas ideias gerais que
se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade
sensitiva).

O atomismo
Epicuro deEpicuro
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Epicuro
Filosofia helenística

Busto de Epicuro, fim do século III. Cópia romana do original grego no Museu
Britânico
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Escola/Tradição: Epicurismo
Data de nascimento: 341 a.C.
Local: Samos
Morte 270 a.C. (71 anos)
Local: Atenas
Principais interesses: Hedonismo, Atomismo
Ideias notáveis aponia, ataraxia, clinâmen
Trabalhos notáveis Fundador do Epicurismo
Influências: Demócrito, Pirro
Influenciados: Hermarco, Lucrécio, Thomas Hobbes, Jeremy Bentham, John Stuart
Mill, Thomas Jefferson, Friedrich Nietzsche, Karl Marx, Michel Onfray, Adriano,
Metrodoro de Lâmpsaco (o jovem), Filodemo, Amafinio, Cátio
Epicuro de Samos (em grego clássico: Ἐπίκουρος, Epikouros, "aliado, camarada"; 341
a.C., Samos — 271 ou 270 a.C., Atenas) foi um filósofo grego do período
helenístico. Seu pensamento foi muito difundido em numerosos centros epicuristas
que se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde
Lucrécio foi seu maior divulgador.

Vida
Epicuro nasceu na Ilha de Samos, em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu para
Teos, na costa da Ásia Menor.[1] Quando criança estudou com o platonista Pânfilo
por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Certa vez, ao ouvir a
frase de Hesíodo, "todas as coisas vieram do caos", ele perguntou: "E o caos veio
de quê?". Retornou para a terra natal em 323 a.C. Sofria de cálculo renal, o que
contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.

Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo em Samos, que não lhe foi de muito
agrado. Por isso foi mandado para Téos pelo seu pai. Com Nausífanes de Téos,
discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria
atomista — da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco,
Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica,
chamada O Jardim, onde residia com alguns amigos, na cidade de Atenas. Lecionou em
sua escola até a morte, em 270 a.C., cercado de amigos e discípulos e tendo sua
vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.

Filosofia e obra
O propósito da filosofia para Epicuro era atingir a felicidade,[2] estado
caracterizado pela aponia, a ausência de dor (física) e ataraxia ou
imperturbabilidade da alma. Ele buscou na natureza as balizas para o seu
pensamento: o homem, a exemplo dos animais, busca afastar-se da dor e aproximar-se
do prazer. Estas referências seriam as melhores maneiras de medir o que é bom ou
ruim. Utilizou-se da teoria atômica de Demócrito para justificar a constituição de
tudo o que há. Das estrelas à alma, tudo é formado de átomos, sendo, porém de
diferentes naturezas. Dizia que os átomos são de qualidades finitas, de quantidades
infinitas e sujeitos a infinitas combinações.

A morte física seria o fim do corpo (e do indivíduo), que era entendido como
somatório de carne e alma, pela desintegração completa dos átomos que o constituem.
Desta forma, os átomos, eternos e indestrutíveis, estariam livres para constituir
outros corpos. Essa teoria, exaustivamente trabalhada, tinha a finalidade de
explicar todos os fenômenos naturais conhecidos ou ainda não e principalmente
extirpar os maiores medos humanos: o medo da morte e o medo dos deuses

Naqueles tempos, Epicuro percebeu que as pessoas eram muito supersticiosas e haviam
se afastado da verdadeira função das religiões e dos deuses. Os deuses, segundo
ele, viviam em perfeita harmonia, desfrutando da bem-aventurança (felicidade)
divina. Não seria preocupação divina atormentar o homem de qualquer forma. Os
deuses deveriam ser tomados como foram em tempos remotos, modelos de bem-
aventurança que servem como modelo para os homens e não seres instáveis, com
paixões humanas, que devem ser temidos.

Desta forma, procurou tranquilizar as pessoas quanto aos tormentos futuros ou após
a morte. Não há por que temer os deuses nem em vida e nem após a vida. E, além
disso, depois de mortos, como não estaremos mais de posse de nossos sentidos, será
impossível sentir alguma coisa. Então, não haveria nada a temer com a morte.

No entanto, a caminho da busca da felicidade, ainda estão as dores e os prazeres.


Quanto às dores físicas, nem sempre seria possível evitá-las. Mas Epicuro faz
questão de frisar que elas não são duradouras e podem ser suportadas com as
lembranças de bons momentos que o indivíduo tenha vivido. Piores e mais difíceis de
lidar são as dores que perturbam a alma. Essas podem continuar a doer mesmo muito
tempo depois de terem sido despertadas pela primeira vez. Para essas, Epicuro
recomenda a reflexão. As dores da alma estão frequentemente associadas às
frustrações. Em geral, oriundas de um desejo não satisfeito.

Encontra-se, aqui, um dos pontos fundamentais para o entendimento dessa curiosa


doutrina, que também foi tomada por seus seguidores e discípulos como um evangelho
ou boa nova, o equacionamento entre dores e prazeres. Das 300 obras escritas pelo
filósofo, restaram apenas três cartas que versam sobre a natureza, sobre os
meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos, fragmentos de outras obras
perdidas. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener sob o
título de Epicurea em 1887, mas, mais tarde, Hermann Diels descobriu que os
fragmentos eram, na verdade, de Leucipo.[3]

A certeza
Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi
recebido passivamente na sensação pura e, por consequência, nas ideias gerais que
se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade
sensitiva).

O atomismo
Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranquilidade do espírito. O
atomismo, acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que
modificado. A representação vulgar do mundo com seus deuses, o medo dos quais fez
com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas
filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições, segundo Epicuro.

No sistema Epicuro
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Epicuro
Filosofia helenística

Busto de Epicuro, fim do século III. Cópia romana do original grego no Museu
Britânico
Nome completo Ἐπίκουρος
Escola/Tradição: Epicurismo
Data de nascimento: 341 a.C.
Local: Samos
Morte 270 a.C. (71 anos)
Local: Atenas
Principais interesses: Hedonismo, Atomismo
Ideias notáveis aponia, ataraxia, clinâmen
Trabalhos notáveis Fundador do Epicurismo
Influências: Demócrito, Pirro
Influenciados: Hermarco, Lucrécio, Thomas Hobbes, Jeremy Bentham, John Stuart
Mill, Thomas Jefferson, Friedrich Nietzsche, Karl Marx, Michel Onfray, Adriano,
Metrodoro de Lâmpsaco (o jovem), Filodemo, Amafinio, Cátio
Epicuro de Samos (em grego clássico: Ἐπίκουρος, Epikouros, "aliado, camarada"; 341
a.C., Samos — 271 ou 270 a.C., Atenas) foi um filósofo grego do período
helenístico. Seu pensamento foi muito difundido em numerosos centros epicuristas
que se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde
Lucrécio foi seu maior divulgador.

Vida
Epicuro nasceu na Ilha de Samos, em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu para
Teos, na costa da Ásia Menor.[1] Quando criança estudou com o platonista Pânfilo
por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Certa vez, ao ouvir a
frase de Hesíodo, "todas as coisas vieram do caos", ele perguntou: "E o caos veio
de quê?". Retornou para a terra natal em 323 a.C. Sofria de cálculo renal, o que
contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.

Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo em Samos, que não lhe foi de muito
agrado. Por isso foi mandado para Téos pelo seu pai. Com Nausífanes de Téos,
discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria
atomista — da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco,
Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica,
chamada O Jardim, onde residia com alguns amigos, na cidade de Atenas. Lecionou em
sua escola até a morte, em 270 a.C., cercado de amigos e discípulos e tendo sua
vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.

Filosofia e obra
O propósito da filosofia para Epicuro era atingir a felicidade,[2] estado
caracterizado pela aponia, a ausência de dor (física) e ataraxia ou
imperturbabilidade da alma. Ele buscou na natureza as balizas para o seu
pensamento: o homem, a exemplo dos animais, busca afastar-se da dor e aproximar-se
do prazer. Estas referências seriam as melhores maneiras de medir o que é bom ou
ruim. Utilizou-se da teoria atômica de Demócrito para justificar a constituição de
tudo o que há. Das estrelas à alma, tudo é formado de átomos, sendo, porém de
diferentes naturezas. Dizia que os átomos são de qualidades finitas, de quantidades
infinitas e sujeitos a infinitas combinações.

A morte física seria o fim do corpo (e do indivíduo), que era entendido como
somatório de carne e alma, pela desintegração completa dos átomos que o constituem.
Desta forma, os átomos, eternos e indestrutíveis, estariam livres para constituir
outros corpos. Essa teoria, exaustivamente trabalhada, tinha a finalidade de
explicar todos os fenômenos naturais conhecidos ou ainda não e principalmente
extirpar os maiores medos humanos: o medo da morte e o medo dos deuses

Naqueles tempos, Epicuro percebeu que as pessoas eram muito supersticiosas e haviam
se afastado da verdadeira função das religiões e dos deuses. Os deuses, segundo
ele, viviam em perfeita harmonia, desfrutando da bem-aventurança (felicidade)
divina. Não seria preocupação divina atormentar o homem de qualquer forma. Os
deuses deveriam ser tomados como foram em tempos remotos, modelos de bem-
aventurança que servem como modelo para os homens e não seres instáveis, com
paixões humanas, que devem ser temidos.

Desta forma, procurou tranquilizar as pessoas quanto aos tormentos futuros ou após
a morte. Não há por que temer os deuses nem em vida e nem após a vida. E, além
disso, depois de mortos, como não estaremos mais de posse de nossos sentidos, será
impossível sentir alguma coisa. Então, não haveria nada a temer com a morte.

No entanto, a caminho da busca da felicidade, ainda estão as dores e os prazeres.


Quanto às dores físicas, nem sempre seria possível evitá-las. Mas Epicuro faz
questão de frisar que elas não são duradouras e podem ser suportadas com as
lembranças de bons momentos que o indivíduo tenha vivido. Piores e mais difíceis de
lidar são as dores que perturbam a alma. Essas podem continuar a doer mesmo muito
tempo depois de terem sido despertadas pela primeira vez. Para essas, Epicuro
recomenda a reflexão. As dores da alma estão frequentemente associadas às
frustrações. Em geral, oriundas de um desejo não satisfeito.

Encontra-se, aqui, um dos pontos fundamentais para o entendimento dessa curiosa


doutrina, que também foi tomada por seus seguidores e discípulos como um evangelho
ou boa nova, o equacionamento entre dores e prazeres. Das 300 obras escritas pelo
filósofo, restaram apenas três cartas que versam sobre a natureza, sobre os
meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos, fragmentos de outras obras
perdidas. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener sob o
título de Epicurea em 1887, mas, mais tarde, Hermann Diels descobriu que os
fragmentos eram, na verdade, de Leucipo.[3]

A certeza
Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi
recebido passivamente na sensação pura e, por consequência, nas ideias gerais que
se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade
sensitiva).

O atomismo
Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranquilidade do espírito. O
atomismo, acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que
modificado. A representação vulgar do mundo com seus deuses, o medo dos quais fez
com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas
filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições, segundo Epicuro.

No sistema epicurista, os átomos se encontram, fortuitamente, por causa de uma leve


inclinação em sua trajetória (clinâmen), o que os faria chocar-se uns com os outros
para constituir a matéria. Esta é a grande modificação em relação ao atomismo de
Demócrito, segundo o qual o encontro dos átomos é necessário. A inclinação, em
consequência da qual o átomo se desvia, poderia ser por uma vontade, um desejo ou
por afinidade com outro átomo. Precisamente este é o ponto obscuro na teoria
atômica de Epicuro. Provavelmente o filósofo o terá explicado melhor em alguma das
suas obras perdidas. Certo é que esse encontro fortuito dos átomos garante a
liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o jugo da Natureza) e a explicação
dos fenômenos, fazendo com que possam ser explicados racionalmente. Assim, ao
compreender como opera a Natureza, o homem pode livrar-se do medo e das
superstições que afligem o espírito.

Relacionado com o atomismo, segundo o astrofísico suíço Michel Mayor, Epicuro, numa
carta muito famosa, admite a existência de uma infinidade de mundos no cosmos, em
que alguns devem ser habitados e outros não, mas sublinhando que não haverá vida em
todo o lado. Para aquele astrofísico, é interessante poder imaginar há dois mil
anos um filósofo sentado em cima de um calhau à beira-mar a discutir este tipo de
questões, o da existência de vida no cosmos.[4]

O prazer
A doutrina de Epicuro entende que o bem reside no prazer, e, por isso, foi uma
doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo.[5] O prazer de que fala Epicuro é
o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e,
portanto, sobre si mesmo. É o prazer da justa medida e não dos excessos. É a
própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto,
apenas satisfaz uma necessidade (sexo) ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a
uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do
espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que
chamamos de saúde. Entre os prazeres, Epicuro elege a amizade. Por isso, o convívio
entre os estudiosos de sua doutrina era tão importante a ponto de viverem em uma
comunidade, o "Jardim". Ali, os amigos poderiam se dedicar à filosofia, cuja função
principal é libertar o homem para uma vida melhor.[6]

O desejo
Classificação dos desejos segundo Epicuro
Desejos naturais Desejos Inúteis
Necessários Simplesmente naturais Artificiais Irrealizáveis
Para a felicidade (eudaimonia) Para a tranquilidade do corpo (protecção) Para a
vida (nutrição, sono) Variações de prazeres, busca do agradável Exemplo: riqueza,
glória Exemplo: imortalidade
Traduções
Há, em português, tradução de uma dEpicuro
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Epicuro
Filosofia helenística

Busto de Epicuro, fim do século III. Cópia romana do original grego no Museu
Britânico
Nome completo Ἐπίκουρος
Escola/Tradição: Epicurismo
Data de nascimento: 341 a.C.
Local: Samos
Morte 270 a.C. (71 anos)
Local: Atenas
Principais interesses: Hedonismo, Atomismo
Ideias notáveis aponia, ataraxia, clinâmen
Trabalhos notáveis Fundador do Epicurismo
Influências: Demócrito, Pirro
Influenciados: Hermarco, Lucrécio, Thomas Hobbes, Jeremy Bentham, John Stuart
Mill, Thomas Jefferson, Friedrich Nietzsche, Karl Marx, Michel Onfray, Adriano,
Metrodoro de Lâmpsaco (o jovem), Filodemo, Amafinio, Cátio
Epicuro de Samos (em grego clássico: Ἐπίκουρος, Epikouros, "aliado, camarada"; 341
a.C., Samos — 271 ou 270 a.C., Atenas) foi um filósofo grego do período
helenístico. Seu pensamento foi muito difundido em numerosos centros epicuristas
que se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde
Lucrécio foi seu maior divulgador.

Vida
Epicuro nasceu na Ilha de Samos, em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu para
Teos, na costa da Ásia Menor.[1] Quando criança estudou com o platonista Pânfilo
por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Certa vez, ao ouvir a
frase de Hesíodo, "todas as coisas vieram do caos", ele perguntou: "E o caos veio
de quê?". Retornou para a terra natal em 323 a.C. Sofria de cálculo renal, o que
contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.

Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo em Samos, que não lhe foi de muito
agrado. Por isso foi mandado para Téos pelo seu pai. Com Nausífanes de Téos,
discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria
atomista — da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco,
Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica,
chamada O Jardim, onde residia com alguns amigos, na cidade de Atenas. Lecionou em
sua escola até a morte, em 270 a.C., cercado de amigos e discípulos e tendo sua
vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.

Filosofia e obra
O propósito da filosofia para Epicuro era atingir a felicidade,[2] estado
caracterizado pela aponia, a ausência de dor (física) e ataraxia ou
imperturbabilidade da alma. Ele buscou na natureza as balizas para o seu
pensamento: o homem, a exemplo dos animais, busca afastar-se da dor e aproximar-se
do prazer. Estas referências seriam as melhores maneiras de medir o que é bom ou
ruim. Utilizou-se da teoria atômica de Demócrito para justificar a constituição de
tudo o que há. Das estrelas à alma, tudo é formado de átomos, sendo, porém de
diferentes naturezas. Dizia que os átomos são de qualidades finitas, de quantidades
infinitas e sujeitos a infinitas combinações.

A morte física seria o fim do corpo (e do indivíduo), que era entendido como
somatório de carne e alma, pela desintegração completa dos átomos que o constituem.
Desta forma, os átomos, eternos e indestrutíveis, estariam livres para constituir
outros corpos. Essa teoria, exaustivamente trabalhada, tinha a finalidade de
explicar todos os fenômenos naturais conhecidos ou ainda não e principalmente
extirpar os maiores medos humanos: o medo da morte e o medo dos deuses

Naqueles tempos, Epicuro percebeu que as pessoas eram muito supersticiosas e haviam
se afastado da verdadeira função das religiões e dos deuses. Os deuses, segundo
ele, viviam em perfeita harmonia, desfrutando da bem-aventurança (felicidade)
divina. Não seria preocupação divina atormentar o homem de qualquer forma. Os
deuses deveriam ser tomados como foram em tempos remotos, modelos de bem-
aventurança que servem como modelo para os homens e não seres instáveis, com
paixões humanas, que devem ser temidos.

Desta forma, procurou tranquilizar as pessoas quanto aos tormentos futuros ou após
a morte. Não há por que temer os deuses nem em vida e nem após a vida. E, além
disso, depois de mortos, como não estaremos mais de posse de nossos sentidos, será
impossível sentir alguma coisa. Então, não haveria nada a temer com a morte.

No entanto, a caminho da busca da felicidade, ainda estão as dores e os prazeres.


Quanto às dores físicas, nem sempre seria possível evitá-las. Mas Epicuro faz
questão de frisar que elas não são duradouras e podem ser suportadas com as
lembranças de bons momentos que o indivíduo tenha vivido. Piores e mais difíceis de
lidar são as dores que perturbam a alma. Essas podem continuar a doer mesmo muito
tempo depois de terem sido despertadas pela primeira vez. Para essas, Epicuro
recomenda a reflexão. As dores da alma estão frequentemente associadas às
frustrações. Em geral, oriundas de um desejo não satisfeito.

Encontra-se, aqui, um dos pontos fundamentais para o entendimento dessa curiosa


doutrina, que também foi tomada por seus seguidores e discípulos como um evangelho
ou boa nova, o equacionamento entre dores e prazeres. Das 300 obras escritas pelo
filósofo, restaram apenas três cartas que versam sobre a natureza, sobre os
meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos, fragmentos de outras obras
perdidas. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener sob o
título de Epicurea em 1887, mas, mais tarde, Hermann Diels descobriu que os
fragmentos eram, na verdade, de Leucipo.[3]

A certeza
Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi
recebido passivamente na sensação pura e, por consequência, nas ideias gerais que
se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade
sensitiva).

O atomismo
Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranquilidade do espírito. O
atomismo, acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que
modificado. A representação vulgar do mundo com seus deuses, o medo dos quais fez
com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas
filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições, segundo Epicuro.

No sistema epicsthsrtjsryjsEpicuro
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referências. Conteúdo não verificável poderá ser removido.—Encontre fontes: Google
(notícias, livros e acadêmico) (Setembro de 2019)
Epicuro
Filosofia helenística
Busto de Epicuro, fim do século III. Cópia romana do original grego no Museu
Britânico
Nome completo Ἐπίκουρος
Escola/Tradição: Epicurismo
Data de nascimento: 341 a.C.
Local: Samos
Morte 270 a.C. (71 anos)
Local: Atenas
Principais interesses: Hedonismo, Atomismo
Ideias notáveis aponia, ataraxia, clinâmen
Trabalhos notáveis Fundador do Epicurismo
Influências: Demócrito, Pirro
Influenciados: Hermarco, Lucrécio, Thomas Hobbes, Jeremy Bentham, John Stuart
Mill, Thomas Jefferson, Friedrich Nietzsche, Karl Marx, Michel Onfray, Adriano,
Metrodoro de Lâmpsaco (o jovem), Filodemo, Amafinio, Cátio
Epicuro de Samos (em grego clássico: Ἐπίκουρος, Epikouros, "aliado, camarada"; 341
a.C., Samos — 271 ou 270 a.C., Atenas) foi um filósofo grego do período
helenístico. Seu pensamento foi muito difundido em numerosos centros epicuristas
que se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde
Lucrécio foi seu maior divulgador.

Vida
Epicuro nasceu na Ilha de Samos, em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu para
Teos, na costa da Ásia Menor.[1] Quando criança estudou com o platonista Pânfilo
por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Certa vez, ao ouvir a
frase de Hesíodo, "todas as coisas vieram do caos", ele perguntou: "E o caos veio
de quê?". Retornou para a terra natal em 323 a.C. Sofria de cálculo renal, o que
contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.

Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo em Samos, que não lhe foi de muito
agrado. Por isso foi mandado para Téos pelo seu pai. Com Nausífanes de Téos,
discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria
atomista — da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco,
Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica,
chamada O Jardim, onde residia com alguns amigos, na cidade de Atenas. Lecionou em
sua escola até a morte, em 270 a.C., cercado de amigos e discípulos e tendo sua
vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.

Filosofia e obra
O propósito da filosofia para Epicuro era atingir a felicidade,[2] estado
caracterizado pela aponia, a ausência de dor (física) e ataraxia ou
imperturbabilidade da alma. Ele buscou na natureza as balizas para o seu
pensamento: o homem, a exemplo dos animais, busca afastar-se da dor e aproximar-se
do prazer. Estas referências seriam as melhores maneiras de medir o que é bom ou
ruim. Utilizou-se da teoria atômica de Demócrito para justificar a constituição de
tudo o que há. Das estrelas à alma, tudo é formado de átomos, sendo, porém de
diferentes naturezas. Dizia que os átomos são de qualidades finitas, de quantidades
infinitas e sujeitos a infinitas combinações.

A morte física seria o fim do corpo (e do indivíduo), que era entendido como
somatório de carne e alma, pela desintegração completa dos átomos que o constituem.
Desta forma, os átomos, eternos e indestrutíveis, estariam livres para constituir
outros corpos. Essa teoria, exaustivamente trabalhada, tinha a finalidade de
explicar todos os fenômenos naturais conhecidos ou ainda não e principalmente
extirpar os maiores medos humanos: o medo da morte e o medo dos deuses

Naqueles tempos, Epicuro percebeu que as pessoas eram muito supersticiosas e haviam
se afastado da verdadeira função das religiões e dos deuses. Os deuses, segundo
ele, viviam em perfeita harmonia, desfrutando da bem-aventurança (felicidade)
divina. Não seria preocupação divina atormentar o homem de qualquer forma. Os
deuses deveriam ser tomados como foram em tempos remotos, modelos de bem-
aventurança que servem como modelo para os homens e não seres instáveis, com
paixões humanas, que devem ser temidos.

Desta forma, procurou tranquilizar as pessoas quanto aos tormentos futuros ou após
a morte. Não há por que temer os deuses nem em vida e nem após a vida. E, além
disso, depois de mortos, como não estaremos mais de posse de nossos sentidos, será
impossível sentir alguma coisa. Então, não haveria nada a temer com a morte.

No entanto, a caminho da busca da felicidade, ainda estão as dores e os prazeres.


Quanto às dores físicas, nem sempre seria possível evitá-las. Mas Epicuro faz
questão de frisar que elas não são duradouras e podem ser suportadas com as
lembranças de bons momentos que o indivíduo tenha vivido. Piores e mais difíceis de
lidar são as dores que perturbam a alma. Essas podem continuar a doer mesmo muito
tempo depois de terem sido despertadas pela primeira vez. Para essas, Epicuro
recomenda a reflexão. As dores da alma estão frequentemente associadas às
frustrações. Em geral, oriundas de um desejo não satisfeito.

Encontra-se, aqui, um dos pontos fundamentais para o entendimento dessa curiosa


doutrina, que também foi tomada por seus seguidores e discípulos como um evangelho
ou boa nova, o equacionamento entre dores e prazeres. Das 300 obras escritas pelo
filósofo, restaram apenas três cartas que versam sobre a natureza, sobre os
meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos, fragmentos de outras obras
perdidas. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener sob o
título de Epicurea em 1887, mas, mais tarde, Hermann Diels descobriu que os
fragmentos eram, na verdade, de Leucipo.[3]

A certeza
Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi
recebido passivamente na sensação pura e, por consequência, nas ideias gerais que
se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade
sensitiva).

O atomismo
Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranquilidade do espírito. O
atomismo, acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que
modificado. A representação vulgar do mundo com seus deuses, o medo dos quais fez
com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas
filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições, segundo Epicuro.

No sistema epicurista, os átomos se encontram, fortuitamente, por causa de uma leve


inclinação em sua trajetória (clinâmen), o que os faria chocar-se uns com os outros
para constituir a matéria. Esta é a grande modificação em relação ao atomismo de
Demócrito, segundo o qual o encontro dos átomos é necessário. A inclinação, em
consequência da qual o átomo se desvia, poderia ser por uma vontade, um desejo ou
por afinidade com outro átomo. Precisamente este é o ponto obscuro na teoria
atômica de Epicuro. Provavelmente o filósofo o terá explicado melhor em alguma das
suas obras perdidas. Certo é que esse encontro fortuito dos átomos garante a
liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o jugo da Natureza) e a explicação
dos fenômenos, fazendo com que possam ser explicados racionalmente. Assim, ao
compreender como opera a Natureza, o homem pode livrar-se do medo e das
superstições que afligem o espírito.

Relacionado com o atomismo, segundo o astrofísico suíço Michel Mayor, Epicuro, numa
carta muito famosa, admite a existência de uma infinidade de mundos no cosmos, em
que alguns devem ser habitados e outros não, mas sublinhando que não haverá vida em
todo o lado. Para aquele astrofísico, é interessante poder imaginar há dois mil
anos um filósofo sentado em cima de um calhau à beira-mar a discutir este tipo de
questões, o da existência de vida no cosmos.[4]

O prazer
A doutrina de Epicuro entende que o bem reside no prazer, e, por isso, foi uma
doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo.[5] O prazer de que fala Epicuro é
o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e,
portanto, sobre si mesmo. É o prazer da justa medida e não dos excessos. É a
própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto,
apenas satisfaz uma necessidade (sexo) ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a
uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do
espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que
chamamos de saúde. Entre os prazeres, Epicuro elege a amizade. Por isso, o convívio
entre os estudiosos de sua doutrina era tão importante a ponto de viverem em uma
comunidade, o "Jardim". Ali, os amigos poderiam se dedicar à filosofia, cuja função
principal é libertar o homem para uma vida melhor.[6]

O desejo
Classificação dos desejos segundo Epicuro
Desejos naturais Desejos Inúteis
Necessários Simplesmente naturais Artificiais Irrealizáveis
Para a felicidade (eudaimonia) Para a tranquilidade do corpo (protecção) Para a
vida (nutrição, sono) Variações de prazeres, busca do agradável Exemplo: riqueza,
glória Exemplo: imortalidade
Traduções
Há, em português, tradução de uma durista, os átomos se encontram, fortuitamente,
por causa de uma leve inclinação em sua trajetória (clinâmen), o que os faria
chocar-se uns com os outros para constituir a matéria. Esta é a grande modificação
em relação ao atomismo de Demócrito, segundo o qual o encontro dos átomos é
necessário. A inclinação, em consequência da qual o átomo se desvia, poderia ser
por uma vontade, um desejo ou por afinidade com outro átomo. Precisamente este é o
ponto obscuro na teoria atômica de Epicuro. Provavelmente o filósofo o terá
explicado melhor em alguma das suas obras perdidas. Certo é que esse encontro
fortuito dos átomos garante a liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o
jugo da Natureza) e a explicação dos fenômenos, fazendo com que possam ser
explicados racionalmente. Assim, ao compreender como opera a Natureza, o homem pode
livrar-se do medo e das superstições que afligem o espírito.

Relacionado com o atomismo, segundo o astrofísico suíço Michel Mayor, Epicuro, numa
carta muito famosa, admite a existência de uma infinidade de mundos no cosmos, em
que alguns devem ser habitados e outros não, mas sublinhando que não haverá vida em
todo o lado. Para aquele astrofísico, é interessante poder imaginar há dois mil
anos um filósofo sentado em cima de um calhau à beira-mar a discutir este tipo de
questões, o da existência de vida no cosmos.[4]

O prazer
A doutrina de Epicuro entende que o bem reside no prazer, e, por isso, foi uma
doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo.[5] O prazer de que fala Epicuro é
o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e,
portanto, sobre si mesmo. É o prazer da justa medida e não dos excessos. É a
própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto,
apenas satisfaz uma necessidade (sexo) ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a
uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do
espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que
chamamos de saúde. Entre os prazeres, Epicuro elege a amizade. Por isso, o convívio
entre os estudiosos de sua doutrina era tão importante a ponto de viverem em uma
comunidade, o "Jardim". Ali, os amigos poderiam se dedicar à filosofia, cuja função
principal é libertar o homem para uma vida melhor.[6]

O desejo
Classificação dos desejos segundo Epicuro
Desejos naturais Desejos Inúteis
Necessários Simplesmente naturais Artificiais Irrealizáveis
Para a felicidade (eudaimonia) Para a tranquilidade do corpo (protecção) Para a
vida (nutrição, sono) Variações de prazeres, busca do agradável Exemplo: riqueza,
glória Exemplo: imortalidade
Traduções
Há, em português, tradução de uma depicurista, os átomos se encontram,
fortuitamente, por causa de uma leve inclinação em sua trajetória (clinâmen), o que
os faria chocar-se uns com os outros para constituir a matéria. Esta é a grande
modificação em relação ao atomismo de Demócrito, segundo o qual o encontro dos
átomos é necessário. A inclinação, em consequência da qual o átomo se desvia,
poderia ser por uma vontade, um desejo ou por afinidade com outro átomo.
Precisamente este é o ponto obscuro na teoria atômica de Epicuro. Provavelmente o
filósofo o terá explicado melhor em alguma das suas obras perdidas. Certo é que
esse encontro fortuito dos átomos garante a liberdade (se assim não fosse, tudo
estaria sob o jugo da Natureza) e a explicação dos fenômenos, fazendo com que
possam ser explicados racionalmente. Assim, ao compreender como opera a Natureza, o
homem pode livrar-se do medo e das superstições que afligem o espírito.

Relacionado com o atomismo, segundo o astrofísico suíço Michel Mayor, Epicuro, numa
carta muito famosa, admite a existência de uma infinidade de mundos no cosmos, em
que alguns devem ser habitados e outros não, mas sublinhando que não haverá vida em
todo o lado. Para aquele astrofísico, é interessante poder imaginar há dois mil
anos um filósofo sentado em cima de um calhau à beira-mar a discutir este tipo de
questões, o da existência de vida no cosmos.[4]

O prazer
A doutrina de Epicuro entende que o bem reside no prazer, e, por isso, foi uma
doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo.[5] O prazer de que fala Epicuro é
o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e,
portanto, sobre si mesmo. É o prazer da justa medida e não dos excessos. É a
própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto,
apenas satisfaz uma necessidade (sexo) ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a
uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do
espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que
chamamos de saúde. Entre os prazeres, Epicuro elege a amizade. Por isso, o convívio
entre os estudiosos de sua doutrina era tão importante a ponto de viverem em uma
comunidade, o "Jardim". Ali, os amigos poderiam se dedicar à filosofia, cuja função
principal é libertar o homem para uma vida melhor.[6]

O desejo
Classificação dos desejos segundo Epicuro
Desejos naturais Desejos Inúteis
Necessários Simplesmente naturais Artificiais Irrealizáveis
Para a felicidade (eudaimonia) Para a tranquilidade do corpo (protecção) Para a
vida (nutrição, sono) Variações de prazeres, busca do agradável Exemplo: riqueza,
glória Exemplo: imortalidade
Traduções
Há, em português, tradução de uma dfendia ardorosamente a liberdade humana e a
tranquilidade do espírito. O atomismo, acreditava o filósofo, poderia garantir
ambas as coisas desde que modificado. A representação vulgar do mundo com seus
deuses, o medo dos quais fez com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à
serenidade. Todas as doutrinas filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas
superstições, segundo Epicuro.

No sistema epicurista, os átomos se encontram, fortuitamente, por causa de uma leve


inclinação em sua trajetória (clinâmen), o que os faria chocar-se uns com os outros
para constituir a matéria. Esta é a grande modificação em relação ao atomismo de
Demócrito, segundo o qual o encontro dos átomos é necessário. A inclinação, em
consequência da qual o átomo se desvia, poderia ser por uma vontade, um desejo ou
por afinidade com outro átomo. Precisamente este é o ponto obscuro na teoria
atômica de Epicuro. Provavelmente o filósofo o terá explicado melhor em alguma das
suas obras perdidas. Certo é que esse encontro fortuito dos átomos garante a
liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o jugo da Natureza) e a explicação
dos fenômenos, fazendo com que possam ser explicados racionalmente. Assim, ao
compreender como opera a Natureza, o homem pode livrar-se do medo e das
superstições que afligem o espírito.

Relacionado com o atomismo, segundo o astrofísico suíço Michel Mayor, Epicuro, numa
carta muito famosa, admite a existência de uma infinidade de mundos no cosmos, em
que alguns devem ser habitados e outros não, mas sublinhando que não haverá vida em
todo o lado. Para aquele astrofísico, é interessante poder imaginar há dois mil
anos um filósofo sentado em cima de um calhau à beira-mar a discutir este tipo de
questões, o da existência de vida no cosmos.[4]

O prazer
A doutrina de Epicuro entende que o bem reside no prazer, e, por isso, foi uma
doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo.[5] O prazer de que fala Epicuro é
o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e,
portanto, sobre si mesmo. É o prazer da justa medida e não dos excessos. É a
própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto,
apenas satisfaz uma necessidade (sexo) ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a
uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do
espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que
chamamos de saúde. Entre os prazeres, Epicuro elege a amizade. Por isso, o convívio
entre os estudiosos de sua doutrina era tão importante a ponto de viverem em uma
comunidade, o "Jardim". Ali, os amigos poderiam se dedicar à filosofia, cuja função
principal é libertar o homem para uma vida melhor.[6]

O desejo
Classificação dos desejos segundo Epicuro
Desejos naturais Desejos Inúteis
Necessários Simplesmente naturais Artificiais Irrealizáveis
Para a felicidade (eudaimonia) Para a tranquilidade do corpo (protecção) Para a
vida (nutrição, sono) Variações de prazeres, busca do agradável Exemplo: riqueza,
glória Exemplo: imortalidade
Traduções
Há, em português, tradução de uma d epicurista, os átomos se encontram,
fortuitamente, por causa de uma leve inclinação em sua trajetória (clinâmen), o que
os faria chocar-se uns com os outros para constituir a matéria. Esta é a grande
modificação em relação ao atomismo de Demócrito, segundo o qual o encontro dos
átomos é necessário. A inclinação, em consequência da qual o átomo se desvia,
poderia ser por uma vontade, um desejo ou por afinidade com outro átomo.
Precisamente este é o ponto obscuro na teoria atômica de Epicuro. Provavelmente o
filósofo o terá explicado melhor em alguma das suas obras perdidas. Certo é que
esse encontro fortuito dos átomos garante a liberdade (se assim não fosse, tudo
estaria sob o jugo da Natureza) e a explicação dos fenômenos, fazendo com que
possam ser explicados racionalmente. Assim, ao compreender como opera a Natureza, o
homem pode livrar-se do medo e das superstições que afligem o espírito.

Relacionado com o atomismo, segundo o astrofísico suíço Michel Mayor, Epicuro, numa
carta muito famosa, admite a existência de uma infinidade de mundos no cosmos, em
que alguns devem ser habitados e outros não, mas sublinhando que não haverá vida em
todo o lado. Para aquele astrofísico, é interessante poder imaginar há dois mil
anos um filósofo sentado em cima de um calhau à beira-mar a discutir este tipo de
questões, o da existência de vida no cosmos.[4]
O prazer
A doutrina de Epicuro entende que o bem reside no prazer, e, por isso, foi uma
doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo.[5] O prazer de que fala Epicuro é
o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e,
portanto, sobre si mesmo. É o prazer da justa medida e não dos excessos. É a
própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto,
apenas satisfaz uma necessidade (sexo) ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a
uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do
espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que
chamamos de saúde. Entre os prazeres, Epicuro elege a amizade. Por isso, o convívio
entre os estudiosos de sua doutrina era tão importante a ponto de viverem em uma
comunidade, o "Jardim". Ali, os amigos poderiam se dedicar à filosofia, cuja função
principal é libertar o homem para uma vida melhor.[6]

O desejo
Classificação dos desejos segundo Epicuro
Desejos naturais Desejos Inúteis
Necessários Simplesmente naturais Artificiais Irrealizáveis
Para a felicidade (eudaimonia) Para a tranquilidade do corpo (protecção) Para a
vida (nutrição, sono) Variações de prazeres, busca do agradável Exemplo: riqueza,
glória Exemplo: imortalidade
Traduções
Há, em português, tradução de uma d

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