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EIV Construtora MRV PDF
EIV Construtora MRV PDF
Junho | 2013
Empreendimento
Local
Objetivo do EIV
Data
Junho | 2013
1. Introdução ............................................................................................................................. 8
2. Objetivo ................................................................................................................................. 9
3. Dados do Projeto – EIV ........................................................................................................ 10
3.1. Identificação do Empreendedor.................................................................................. 10
3.2. Identificação do Empreendimento.............................................................................. 10
3.3. Identificação da Empresa Responsável pela Elaboração deste EIV ............................ 10
3.4. Equipe Responsável pela Confecção do Documento .................................................. 11
3.4.1. Coordenação Técnica .............................................................................................. 11
3.4.2. Responsabilidade Técnica ....................................................................................... 11
4. Diagnóstico Urbano Ambiental ........................................................................................... 12
4.1. Aspectos Gerais de Localização ................................................................................... 12
4.1.1. Aspecto Histórico .................................................................................................... 12
4.1.2. Meio Físico .............................................................................................................. 14
4.1.2.1. Bioma e Ecossistema do Município de Novo Hamburgo .................................. 14
4.1.2.2. Clima .................................................................................................................. 15
4.1.2.3. Geomorfologia ................................................................................................... 19
4.1.2.4. Geologia ............................................................................................................. 19
4.1.2.5. Hidrogeologia .................................................................................................... 21
4.1.2.6. Patrimônio Histórico e Cultural ......................................................................... 23
5. Caracterização do Empreendimento ................................................................................... 24
5.1. Localização do Empreendimento ................................................................................ 24
5.2. Edificações Residenciais .............................................................................................. 26
5.2.1. Detalhes do Projeto................................................................................................. 28
5.2.1.1. Estacionamento ................................................................................................. 29
5.2.1.2. Condicionantes Municipais................................................................................ 29
5.2.1.3. Serviços de Apoio .............................................................................................. 29
5.3. Público Alvo do Empreendimento .............................................................................. 29
5.3.1. Justificativa da Localização ...................................................................................... 30
O presente Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV foi concebido por exigência da Comissão de
Parcelamento do Solo do Plano Diretor Urbanístico e Ambiental – PDUA do Município de Novo
Hamburgo | RS, para obtenção da diretriz urbanística especial – DUE, visando à implantação
de um condomínio residencial plurifamiliar.
A Lei 1.216/2004, que institui o Plano Diretor Urbanístico e Ambiental – PDUA do Município
de Novo Hamburgo, em seu artigo 86 salienta que as intervenções urbanísticas desenvolvidas
no território, privadas ou públicas, que causarem impacto no entorno, dependerão de
elaboração prévia de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV.
O EIV é um instrumento de controle do PDUA que prevê as intervenções urbanísticas, de
impacto no entorno, que possam ser permitidas desde que realizadas ações de
compatibilização, de mitigação e de controle dos impactos negativos. Conforme prevê o Art.
87 do PDUA, o EIV deve ser precedido por um termo de referência, a ser emitido pelo Poder
Executivo Municipal (parágrafo 1˚); o EIV irá embasar a emissão das DUE’s para o
empreendimento (parágrafo 2˚); o EIV poderá vetar a intervenção urbanística para o
empreendimento (parágrafo 3˚).
O Estatuto da Cidade estabelece normas de ordem pública e interesse social, que regulam o
uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos
cidadãos, bem como o equilíbrio ambiental, sendo que a partir do Estatuto da Cidade foi
legalmente instituída a política urbana, que tem como objetivo principal ordenar o
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante a garantia
do direito às cidades sustentáveis, à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à
infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer para as
presentes e futuras gerações, bem como demais diretrizes aplicáveis.
Em consonância com a legislação, este EIV foi precedido de um termo de referência, bem
como segue as recomendações gerais constantes na Lei Federal n° 10.257/2001, que
regulamenta o Estatuto da Cidade.
De acordo com o Mapa de Biomas do Brasil (IBGE) o município de Novo Hamburgo encontra-se
localizado em área de dois biomas distintos, sendo parte do território em área do Bioma
Pampa e parte em área de Mata Atlântica.
Quanto aos ecossistemas, a área do município localizada no Bioma Mata Atlântica situa-se na
região fitogeográfica denominada de Floresta Estacional Semidecidual, entre a vertente leste
do Planalto Sul-riograndese e a leste da Depressão Central e seus patamares. Esta região
fitogeográfica é encontrada principalmente em áreas de clima úmido e temperaturas médias
mensais inferiores a 15º C durante quatro meses do ano, causadoras da estacionalidade
fisiológica das plantas. A característica Semidecidual é identificada pela existência de 20 a 50%
de árvores caducifólias no conjunto florestal, na época desfavorável. Apresenta, hoje em dia,
reduzidos grupamentos residuais. No município de Novo Hamburgo verifica-se especialmente
a presença das formações de Terras Baixas, nas áreas originalmente inundáveis pelo Rio dos
Sinos, com altitude não superior a 30 metros, e de formações sub montanha, em áreas
localizadas na bacia do Rio dos Sinos com altitude superior a 30 metros.
Em relação as áreas situadas no Bioma Pampa, verifica-se que estas são caracterizadas pela
presença de formações pioneiras, em área de Contato (Tensão Ecológica) entre Região de
Savana e de Floresta Estacional Decidual. Estas formações apresentam fitofisionomia bastante
alterada, apresentando dominância da Savana nos interflúvios de relevo conservado e solos
rasos, representada por um tapete graminoso rizomatoso e hemicriptófito remanescente,
sendo que as áreas de floresta estacional são encontradas nos vales encaixados e vertentes
formadas pelas drenagens menores, constituída principalmente por espécies fanerófitas.
De acordo com a classificação do IBGE o município de Novo Hamburgo, assim como boa parte
do Estado do Rio Grande do Sul, apresenta clima caracterizado como Mesotérmico Brando,
com médias entre 10ºC e 15ºC, caracterizado como superúmido sem seca ou subseca.
Segundo o sistema de Köeppen, o estado do Rio Grande do Sul se enquadra na zona
fundamental temperada ou "C" e no tipo fundamental "Cf" ou temperado úmido. No estado
este tipo "Cf" se subdivide em duas variações específicas, ou seja, "Cfa" e "Cfb", sendo que o
município de Novo Hamburgo encontra-se em área de clima do tipo "Cfa" (Clima subtropical
úmido).
A variedade "Cfa" se caracteriza por apresentar chuvas durante todos os meses do ano e
possuir a temperatura do mês mais quente superior a 22°C, e a do mês mais frio superior a
3°C. A variedade "Cfb" também apresenta chuvas durante todos os meses do ano, tendo a
temperatura do mês mais quente inferior a 22°C e a do mês mais frio superior a 3°C.
O município apresenta precipitação pluviométrica média anual em torno de 1650 mm de e
temperatura média anual de 19,5 ˚C.
300
250
200
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Preciptação Média Mensal
14
12
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Velocidade dos Ventos (km/h)
Umidade Relativa do Ar
Meses
(%)
Jan 70,33
Fev 71,67
Mar 69,39
Abr 75,7
Mai 78,14
Jun 80,37
Jul 77,88
Ago 74,75
Set 75,27
Out 75,37
Nov 67,07
85
80
75
70
65
60
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Umidade Relativa do Ar (%)
40
35
30
25
20
15
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Temp Mínima Temp Máxima Tem Compensada
4.1.2.3. Geomorfologia
4.1.2.4. Geologia
4.1.2.5. Hidrogeologia
O Município de Novo Hamburgo situa-se na Encosta Inferior do Nordeste, no Vale do Rio dos
Sinos, com altitude média de 57 metros acima do nível do mar. A área de estudo está inserida
na bacia hidrográfica do Rio dos Sinos. A bacia hidrográfica do rio dos sinos está inserida na
macro região hidrográfica do Guaíba, situada entre os paralelos 29° e 30° e possui uma área de
3.820 km2, correspondendo a 4,5% da bacia hidrográfica do Guaíba e 1,5% da área total do
Estado do Rio Grande do Sul, com uma população aproximada de 975.000 habitantes, sendo
que 90,6% ocupam as áreas urbanas e 9,4% estão nas áreas rurais. Esta bacia é delimitada a
leste pela Serra Geral, pela bacia do Caí a oeste e ao norte, e ao sul pela bacia do Gravataí. Seu
curso d’água principal tem uma extensão aproximada de 190 km, e uma precipitação
pluviométrica anual de 1.350 mm. Suas nascentes estão localizadas na Serra Gaúcha, no
Município de Caraá, que está a cerca de 60 metros de altitude, correndo no sentido leste-oeste
até a cidade de São Leopoldo onde muda seu curso para a direção norte-sul, desembocando
no delta do rio Jacuí entre a Ilha Grande dos Marinheiros e Ilha das graças, a uma altitude total
de 12 metros. Seus principais formadores são o rio Rolante e Paranhana, além de diversos
arroios.
O futuro empreendimento será localizado junto ao bairro Vila Rosa no Município de Novo
Hamburgo. Como mencionado anteriormente no estudo do meio físico, Novo Hamburgo faz
parte da Região Metropolitana de Porto Alegre, a qual está a aproximadamente 43 km de
distância. As edificações serão construídas sobre uma gleba de 29.007,36 m2 (Matrícula:
64.016), na quadra composta pelas Ruas Vinte e Quatro de Maio, Avaí, Visconde de São
Leopoldo e Rua Pedro Álvares Cabral no bairro Vila Rosa em Novo Hamburgo.
Quadro de Áreas
Zonas Índice de Aproveitamento 2,4
Área Total do Terreno = 29.007,36
CD e SM3 Taxa de Ocupação 75%
Porto Trinidad Porto Marabella
Torres (2UH) Torres (3 UH)
2 2
Pavimento Área Computável 602,53 m Pavimento Área Computável 602,53 m
2 2
Térreo Área Construída 734,06 m Térreo Área Construída 734,06 m
2 2
1° ao 10° Área Computável 602,53 m 1° ao 10° Área Computável 602,53 m
2 2
Andar Área Construída 732,97 m Andar Área Construída 732,97 m
2 2
Área Total Área Computável 6.627,83 m Área Total Área Computável 6.627,83 m
2 2
Por Torre Área Construída 7.973,76 m Por Torre Área Construída 7.973,76 m
Área Construída Área Construída
2 2
Guarita 15,06 m Guarita 15,06 m
2 2
ETE 62,79 m ETE 105,72 m
2 2
Espaços de Lazer 270,27 m Espaços de Lazer 373,96 m
2 2
Lixo 38,94 m Lixo 38,94 m
2 2
Vestiário 12,56 m Vestiário 12,48 m
2 2
DML 3,66 m DML 3,66 m
2 2
Administração 16,25 m Administração 16,25 m
2 2
Subestação 20,05 m Subestação 20,05 m
2 2
Sala de Medidores de Luz 11,80 m Sala de Medidores de Luz 14,57 m
2 2
Total Área Construída 16.398,90 m Total Área Construída 24.521,97 m
Vagas Vagas
2 2
Área Total 3.840,00 m Área Total 5.950,08 m
2 2
Sendo Área Permeável 459,84 m Sendo Área Permeável 640,08 m
2 2
Total Área Computável 13.225,66 m Total Área Computável 19.883,49 m
2 2
Área Pavimentada Permeável 1.669,43 m Área Pavimentada Permeável 3.239,19 m
2 2
Total Área Permeável 1.287,84 m Total Área Permeável 1.615,98 m
Índices de Controle Urbanístico
Taxa de Ocupação 17,93 % Taxa de Ocupação 18,34 %
Índice de Aproveitamento 1,24 Índice de Aproveitamento 1,30
Taxa de Permeabilidade 27,63 % Taxa de Permeabilidade 31,77 %
Vagas Descobertas Vagas Descobertas
Total 322 Total 478
Sendo PNE 4 Sendo PNE 5
Sendo Presas 17 Sendo Presas 45
Unidades (UH) Unidades (UH)
Total 264 Total 396
Os cortes e detalhamentos, bem como a distribuição das edificações, estão nos projetos em
anexo a este EIV.
Dentre a área útil do empreendimento que não tem finalidade residencial, estão inclusas as
seguintes edificações: Guarita, espaço de lazer, área para acondicionamento temporário de
resíduos (Lixo), vestiário, DML, administração, subestação e sala de medidores de luz. Este
conjunto de edificações representam 1.068,32 m2, ou 2,61 % das edificações a serem
construídas.
Novo Hamburgo possui uma área de aproximadamente 223,82 km2, e uma densidade
demográfica de 1.067,4 hab/km2, conforme demonstra o mapa territorial abaixo:
Do ponto de vista ambiental, a área objeto deste estudo possui características antrópicas bem
acentuadas. No passado a área era utilizada para atividades esportivas pelo Esporte Club Novo
Hamburgo – ECNH.
A área abrigou um dos times mais tradicionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Os
investimentos na construção do estádio, denominado como Santa Rosa custou Cr$ 1.250,00,
de acordo com o tesoureiro da época e hoje Patrono do clube, Reinaldo Reisswitz. Com a
venda dos Taquarais, onde o ECNH permaneceria até quase metade da década de 50, o novo
estádio foi pago e ganhou o muro que o cercaria. Sua capacidade era para 17 mil pessoas, e foi
erguido pelo esforço comunitário, sendo inaugurado em 1953 (ECNH, 2013).
Uma grande mobilização comunitária foi realizada para que o Santa Rosa fosse inaugurado. As
obras seguiram pelas décadas seguintes e, em 1976, foram inaugurados os refletores. Sem
receber melhorias significativas por muitos anos, um colegiado de conselheiros que
administrava o clube no final da década de 90, formado por pessoas da comunidade que
cansaram de ver o ECNH ser jogado a própria sorte, realizou importantes melhorias no Santa
Rosa em 1999 e em 2000, como a reformulação do gramado, vestiários e pavilhão social, entre
outros.
Em 2006, o ECNH iniciou as obras em uma nova área de cinco hectare, localizada no bairro
Liberdade. Após a conclusão das obras e relocação do ECNH em nova área, a área foi vendida
para o Centro Universitário Feevale.
16
14
2 3
1
17 11
8 7 9
10
12
13
5 6 15
4
Conforme histórico da área, esta foi ocupada anteriormente pelo Esporte Clube Novo
Hamburgo. Atualmente, ainda permanece o campo de futebol no centro da área e, no seu
entorno, exemplares vegetais porte arbóreo, de espécies nativas e exóticas, com diferentes
portes, além de esporádicas espécies arbustivas, comumente usadas em ajardinamento. As
referidas áreas de vegetação com porte arbóreo são mantidas roçadas e desprovidas de sub-
A tabela abaixo apresenta os dados coletados do censo dos exemplares vegetais com porte
arbóreo de espécies nativas e exóticas.
Quantidades de Espécies
Nativas Exóticas Imunes ao Corte
Vegetais
68 - x -
30 x - -
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Nativas Exóticas Imunes ao Corte
Tabela 8: Relação dos exemplares vegetais com porte arbóreo de espécies nativas e exóticas, com os respectivos dados
dendrométricos de diâmetro altura do peito (DAP), altura em metros e volume (m³), além da identificação de localização por
Coordenadas UTM (posição) de cada exemplar na área do empreendimento.
Coordenadas UTM
DAP Alt Vol
Nº Tipo Nome Comum/ Nome Científico (Localização) –
(cm) (m) (m³)
Datum WGS 84
1 Exótica Liquidambar - Acer rubrum 46 9 0,823 22 J 486817 6716851
2 Exótica Goiaba - Psidium guajava 4 3 0,002 22 J 486805 6716851
3 Exótica Eucalipto - Eucalyptus sp. 91 16 5,723 22 J 486812 6716840
4 Exótica Eucalipto - Eucalyptus sp. 90 16 5,598 22 J 486817 6716844
5 Exótica Ligustro - Ligustrum lucidum 39 6 0,394 22 J 486822 6716790
6 Aroeira-vermelha - Schinus
Nativa 4 2 0,001 22 J 486819 6716789
terebinthifolius
7 Exótica Plátano 53 10 1,213 22 J 486813 6716793
* Exótica - 69 10 2,057 22 J 486813 6716793
* Exótica - 67 10 1,939 22 J 486813 6716793
8 Aroeira-vermelha - Schinus
Nativa 4 2 0,001 22 J 486816 6716765
terebinthifolius
9 Nativa Maricá - Mimosa bimucronata 9 2 0,007 22 J 486818 6716754
10 Exótica Cinamomo - Melia azedarach 13 3 0,022 22 J 486826 6716730
11 Nativa Cedro - Cedrela fissilis 54 11 1,386 22 J 486823 6716721
Nº Coordenadas UTM (WGS 84) DAP (m) Altura (m) Vol (m³)
13* 22 J 486826 6716718 19 5 0,078
28** 22 J 486920 6716670 Figueira sobre exemplar de Eucalyptus sp.
37* 22 J 486947 6716686 11 6 0,031
40* 22 J 486947 6716691 14 4 0,034
Não foram encontradas espécies arbóreas da flora constantes na lista de espécies da flora
ameaçadas de extinção, previstas no anexo I do Decreto Estadual Nº 42.099/2002, ou
constantes no Anexo I da Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente Nº 06/2008.
Entretanto, constatou-se a presença de um exemplar de Bromeliaceae da espécie Vriesea
gigantea, sobre um exemplar de Jacarandá (Jacaranda mimosifolia). Este exemplar consta na
lista de espécies da flora ameaçada de extinção no Estado do Rio Grande do Sul na categoria
vulnerável, sendo que a mesma deverá ser resgatada e realocada quando da supressão da
vegetação.
O estudo de tráfego tem como objetivo avaliar os impactos causados ao tráfego urbano do
Município de Novo Hamburgo em função da implantação do Condomínio Residencial Porto
Marabella e Porto Trinidad. Este estudo foi desenvolvido com base na literatura disponibilizada
pelo Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN (Roteiro para Estudo de Tráfego).
Destacam-se também como polos geradores de tráfego, que geram demanda por malha viária
as indústrias em geral, comércios e serviços locais. Sistemas de recreação e lazer, dentre
outros.
O sistema viário de Novo Hamburgo está representado conforme mapa abaixo:
As avenidas e ruas de uma cidade compõem a rede viária, ou sistema viário, e as normas para
deslocamentos de pessoas e veículos formam o sistema de trânsito urbano. A malha viária é
composta por vários tipos de vias urbanas, sendo vias de trânsito rápido (não existente em
Novo Hamburgo), arteriais, coletoras e de acesso local. Também se destacam as Rodovias
(Federais, Estaduais e Estradas Vicinais) e as vias especiais (ferrovias, ciclovias, dentre outras).
O estudo está diretamente associado a área de influência das vias de acesso a gleba até as vias
arteriais mais próximas, vias lindeiras e imóveis lindeiros.
- Vias Arteriais: Vias de ligação entre diferentes regiões da cidade com interseções em
nível e acessibilidade aos lotes no entorno e às outras vias. Em geral, o fluxo veicular é
6.2.1.1. Rodovias
O Município de Novo Hamburgo possui 32 vias arteriais, sendo que 2 delas estão em projeção.
Dentre as vias arteriais que estão dentro da área de influência da gleba e são objetos deste
estudo, é possível salientar, a Avenida Nações Unidas (Entre a Avenida Rincão e a Avenida
Nicolau Becker, Entre a Avenida Nicolau Becker e a Avenida Primeiro de Março, Entre a
Avenida Primeiro de Março e a Estaca 46 do Projeto DNOS, Entre a estaca 46 do Projeto DNOS
e o Prolongamento da Avenida dos Municípios) que se encontra aproximadamente 117 metros
da gleba, A Avenida Nicolau Becker (Entre a Rótula João XXIII e a Avenida Vitor Hugo Kunz) que
se encontra 350 metros da gleba.
A área de influência está relacionada aos trecho das vias de acesso local que serão mais
utilizadas em função da demanda gerada. Fazem parte da área de influência do
empreendimento as vias onde o incremento de tráfego gerado pelo empreendimento utilizará
uma parcela significativa da capacidade da via e cujo tráfego atual já consome
significativamente parte da capacidade viária.
As áreas de acesso local e que fazem parte da área de influência direta do empreendimento
Porto Marabella e Porto Trinidad, são as seguintes:
- Rua Avaí
- Rua Vinte e Quatro de Maio
- Rua Visconde de São Leopoldo
- Rua Pedro Álvares Cabral
Para definição da área de influência desse estudo foram realizados levantamentos de campo e
identificadas as principais interseções do entorno, conforme será possível evidenciar abaixo:
6.2.1.4.1. Interseções
A interseção entre a Rua 24 de Maio e a Rua Visconde de São Leopoldo está representada na
figura abaixo. Os movimentos permitidos estão representados no mapa. Esta interseção não é
semaforizadas e todas as vias encontram-se pavimentadas.
A interseção entre a Rua 24 de Maio e a Rua Avaí está representada na figura abaixo. Os
movimentos permitidos estão representados no mapa. Esta interseção não é semaforizada e
todas as vias encontram-se pavimentadas.
Ambas as vias possuem o tráfego em sentido duplo. A Rua 24 de Maio e a Rua Avaí possuem
uma faixa de tráfego por sentido.
:
Imagem 9: Sentidos dos fluxos da interseção entre as Ruas 24 de Maio e Rua Avaí
Imagem 10: Sentidos dos fluxos da interseção entre as Ruas Avaí e Rua Pedro Álvares Cabral
A interseção entre a Rua Pedro Álvares Cabral e Rua Visconde de São Leopoldo está
representada na figura abaixo. Os movimentos permitidos estão representados no mapa. Esta
interseção não é semaforizada e todas as vias encontram-se pavimentadas.
Ambas as vias possuem o tráfego em sentido duplo. A Rua Pedro Álvares Cabral e a Rua
Visconde de São Leopoldo possuem uma faixa de tráfego por sentido.
Imagem 11: Sentidos dos fluxos da interseção entre as Ruas Pedro Álvares Cabral e Visconde de São Leopoldo
6.2.1.4.2.3. Resultados
800
700
600
500
400
300
200
100
0
07:00 - 08:00 - 09:00 - 10:00 - 11:00 - 12:00 - 13:00 - 14:00 - 15:00 - 16:00 - 17:00 - 18:00 -
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00
5000
4800
4600
4400
4200
4000
3800
3600
3400
3200
3000
2800
2600
2400
2200
2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
Veículos de Duas e Três Rodas Veículos Leves Veículos Pesados
Na Rua Avaí, via de menor tráfego e que conceberá o acesso ao empreendimento, possui baixo
movimento e sentido duplo, e registrou, principalmente nos horários de pico, os seguintes
resultados:
250
200
150
100
50
0
07:00 - 08:00 - 09:00 - 10:00 - 11:00 - 12:00 - 13:00 - 14:00 - 15:00 - 16:00 - 17:00 - 18:00 -
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Veículos de Duas e Três Rodas Veículos Leves Veículos Pesados
Para estimar o tráfego futuro sem o empreendimento, são utilizadas taxas de crescimento
para o tráfego atual. A situação futura com projeto é a soma da situação sem projeto com a
situação com projeto. Com os dois cenários de análise, situação futura sem projeto e com
projeto, é feita uma comparação dos níveis de serviço do sistema viário e estabelecidos os
impactos.
=
Onde:
V: Número de viagens produzidas diariamente
TV: Taxas de Viagens
Dom: Número de Unidades Habitacionais (Domicílios)
Da equação acima se pode verificar que os 660 domicílios deverão produzir 1.009 viagens
diárias em automóveis e 1.254 viagens em transportes coletivos.
6800 Cenário Atual Cenário Com o Projeto Cenário Futuro sem o Projeto (10 Anos)
6589
6600
6417
6400
6200
6000
5800
5580
5600
5400
5200
5000
Viagens
Gráfico 11: Cenário Atual, Cenário com o Projeto, Cenário Futuro sem o Projeto com Relação ao Tráfego da Rua Avaí
2500 Cenário Atual Cenário Com o Projeto Cenário Futuro sem o Projeto (10 Anos)
2035
2000 1863
1500
1026
1000
500
0
Viagens
Na maior parte das interseções de estudo existem faixas para a travessia segura de pedestres,
mas todas elas se encontram em más condições, sem a devida marcação viária. Durante o
diagnóstico foi possível verificar que nas interseções não existem rebaixos do meio fio para
permitir a acessibilidade de portadores de necessidades especiais (PNE).
O mapa abaixo demonstra os pontos onde há passagem em nível para travessia de pedestre e
interseções semaforizadas:
Legenda:
Semáforos
Modalidade urbana é a capacidade que os usuários têm de circular pela cidade atendendo
suas necessidades de trabalho, educação, lazer, cultura e convívio social.
Esta capacidade está relacionada às condições físicas e econômicas de cada indivíduo. Quanto
mais recursos financeiros, maior é a capacidade de mobilidade.
Novo Hamburgo possui atualmente dois tipos de sistema de transporte e circulação, sendo
pelo modal rodoviário – ônibus e mico ônibus, e modal metroviário.
No modal rodoviário municipal o transporte coletivo de passageiros via ônibus ou micro ônibus
é realizado, atualmente, por quatro empresas, são estas: Viação Hamburguesa, Viação
Courocap, Viação Futura e a Viação Feitoria. Por tratar-se de uma área totalmente consolidada
a gleba é atendida por transporte público coletivo e que poderia atender satisfatoriamente o
futuro empreendimento
O atual sistema de transporte público que atende o entorno imediato do empreendimento
está formado por 5 linhas, sendo elas:
Com a Linha Alpes é possível ter acesso ao bairro Roselândia e ao bairro Centro. Esta
linha possui 9,2 km de extensão, na seguinte rota, conforme imagem acima.
A linha circula em dois horários, sendo um no sentido Centro-Bairro e a outra no
sentido Bairro-Centro, conforme indicado abaixo:
- Cohaburgo
Itinerário: 1° de Março – Magalhães Calvet – Pedro Alvares Cabral – Pedro Adams Filho
– 15 de Novembro – 11 de Junho – Rincão – 24 de Maio – 25 de Julho – Marcílio Dias.
Com a Linha Cohaburgo é possível ter acesso ao bairro Operário e ao bairro Rio
Branco. Esta linha possui 10 km de extensão, na seguinte rota, conforme imagem
acima.
A linha circula em vinte horários, sendo nove no sentido Centro-Bairro e onze no
sentido Bairro-Centro, conforme indicado abaixo:
- Linha Erno
Itinerário: 1° de Março – Magalhães Calvet – Nicolau Becker – José do Patrocínio –
Borges de Medeiros – Castro Alves – 25 de Julho – 24 de Maio – 11 de Junho – Rincão.
Com a Linha Erno é possível ter acesso ao bairro Rincão e ao bairro Rincão dos Ilhéus
em Estância Velha. Esta linha possui 5,4 km de extensão, na seguinte rota, conforme
imagem acima.
A linha circula em cinquenta e dois horários, sendo vinte e seis no sentido Centro-
Bairro e vinte e seis no sentido Bairro-Centro, conforme indicado abaixo:
- Linha Rincão/Roselândia
Itinerário: 1° de Março – Magalhães Calvet – Nicolau Becker – José do Patrocínio –
Borges de Medeiros – Castro Alves – 25 de Julho – 24 de Maio – BR 116.
Com a Linha RS 239 Via BR 116 é possível ter acesso ao bairro Rincão e ao bairro São
José. Esta linha possui 8,4 km de extensão, na seguinte rota, conforme imagem acima.
- Linha 1° de Março
Itinerário: Centro – 1° de Março – Magalhães Calvet – Nicolau Becker – José do
Patrocínio – Borges de Medeiros – Castro Alves – 25 de Julho – 5 de Abril.
Além do transporte público municipal, há três empresas que realizam o transporte público
intermunicipal no modal rodoviário, são elas: Viação Central, Viação Citral e Wendling.
O município possui uma Estação Rodoviária, que fica a aproximadamente 2,3 km da área do
futuro empreendimento, a qual possui mais de 200 destinos. O transporte intermunicipal é
realizado pelas empresas: Ouro e Prata, Viação Planalto, Caxiense, VINSA, Expresso Azul, Citral,
Caiense, Central, Socaltur e Wendling.
Em virtude do acrescimento populacional decorrente da ocupação dos condomínios Porto
Marabella e Porto Trinidad inevitavelmente ocorrerá um aumento pela demanda de
equipamentos públicos de transporte. O numero de linhas que atendem atualmente se mostra
insuficiente em relação a demanda gerada pelo empreendimento.
Desta forma, verifica-se que o bairro Vila Rosa poderá necessitar de novos investimentos por
parte do órgão público e demais empresas consorciadas, no incremento e na revitalização dos
sistemas de transporte que deverão atender a área de influência direta ao empreendimento.
Estas ações de maximização das oportunidades da demanda do transporte público deverão ser
articulados com o poder publico municipal visando a discussão de medidas que atenuem esses
problemas, como a implantação de um número maior de linhas, bem como a melhoria das vias
de acesso ao entorno.
- Trecho 1: Possui 0,7 km de extensão, com início no final do trecho existente, indo até a
travessia do Rio dos Sinos.
7.1.1.2. Macrozoneamento
7.1.1.3. Setorização
A gleba está localizada no Setor Miscigenado Tipo 3 – SM3. Este setor possui característica de
ocupação e uso preferencial habitacional multifamiliar, com atividades compatíveis permitidas.
De acordo com o Art. 74 do PDUA a atividade está incluída no grupo 2 – Habitação: Residências
Multifamiliares Verticais, sendo este de uso permitido pelo PDUA.
Uma faixa da gleba, junto a Rua 24 de Maio encontra-se no Corredor de Densificação – CD.
Este corredor esta vinculado às vias arteriais e coletoras do sistema viário, com previsão de
densidade maior ou igual ao setor servido pela via.
De acordo com o regime urbanístico do Corredor de Densificação não há restrição para a
atividade de Residências Multifamiliares Verticais.
Imagem 16: Setorização do Município de Novo Hamburgo (SM3 e CD) – Anexo 6 PDUA
Setor Corredor de
Regime Urbanístico Miscigenado 3 Densificação Porto Trinidad Porto Marabella
SM3 CD
TO % (Máx) 75 75 17,93 18,34
IA (Máx) 2,4 2,4 1,24 1,3
Altura (h) m (Máx) - - 29 29
Recuo de
m (Min) 4 0 - -
Ajardinamento
Lateral S S - -
Afastamentos
Fundos S S - -
A=H/6 (mín)
Frente S S - -
Observações 2/5/6 1/5 - -
É considerado espaço livre do lote a diferença entre a área do terreno e a taxa de ocupação
nominal, resultante da aplicação de recuos de ajardinamento e espaços de ventilação,
iluminação e insolação, definidas e classificadas:
Quanto ao Tipo
Espaço Verde
É considerado espaço verde os espaços cultivados e ajardinados, constituindo a área
permeável do lote.
Constituem espaço cultivado os locais ocupados por espécies vegetais;
Constituem espaço ajardinado os locais ocupados por espécies arbustivas e
gramíneas.
Condições Específicas
Espaço Verde
a. Deve ser localizado em locais onde existirem as espécies vegetais descritas na
definição do presente TÍTULO, ocupando, no mínimo, a metade do Espaço
Livre.
Na ausência das espécies mencionadas, devem ser plantadas, sendo
localizadas de forma a possibilitar a melhor ambientação e insolação;
Na impossibilidade de completar o Espaço Verde no térreo, será este
localizado em jardins suspensos.
b. Serem, os locais cultivados ou plantados, complementados com
ajardinamento;
c. Ser preservado quanto à forma, ocupação e espécie;
d. Ser, o recuo de alargamento, ser ajardinado.
A área ajardinada será desconsiderada devido ao seu caráter provisório.
Espaço Pavimentado
a. Ocupar, no máximo, a metade do Espaço Livre com pisos descritos de acordo
com as suas taxas de impermeabilidade;
b. Serem, os Estacionamentos de Veículos Coletivos descobertos dos Centros
Comerciais e Shoppings; Mercados (super, hiper e macro); Anfiteatros,
Estádios e Ginásios Esportivos e Postos de Abastecimento e Serviços:
Arborizados na proporção de uma árvore para cada 4 vagas;
O bairro Vila Rosa, apesar de possuir uma grande vocação para uso residencial, possui 1.848
residências (incluindo residências horizontais unifamiliares e condomínio verticais e
horizontais multifamiliares), 26 indústrias, 86 comércios e 222 empresas no ramo de prestação
de serviços.
No entorno imediato do empreendimento foram levados os seguintes estabelecimentos
comerciais e de serviços, estabelecimento de uso misto e uso residencial:
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Total Residencial Comercial/Serviços Misto
70
60
50
40
30
20
10
0
Total de Edificações Total de Edificações Total de Edificações Total de Edificações
do Entorno com 1 pavimento de até 2 Pavimentos com mais de 3
pavimentos
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Total de Edificações com 5 Edificações com 7 Edificação com 10 Edificação com 11
Edificações com pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos
mais de 3
pavimentos
Esta tendência à verticalização se potencializa ainda mais em outras áreas próximas a área de
entorno imediato do empreendimento, sendo constatado no estudo condomínios com mais de
11 pavimentos. Neste aspecto pode-se concluir que o bairro passa por um processo de
requalificação natural.
Abaixo está representada na planta a localização do empreendimento Porto Marabella e Porto
Trinidad em relação as alturas diagnosticadas na área de entorno imediato do
empreendimento.
Com estar representação fica claro que a verticalização das edificações do condomínio não
gerará um impacto visual tão significativo na implantação do empreendimento.
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Total Padrão Baixo Padrão Médio Padrão Padrão Alto
Médio/Alto
Com a análise destes dados é possível afirmar que não haverá impacto negativo significativo
pela implantação do empreendimento do ponto de vista socioeconômico. Este
empreendimento possui padrão similar a característica dos empreendimentos locais.
7.2.3.1.1. Objetivo
O objetivo deste laudo é demonstrar com base em uma pesquisa realizada a avaliação dos
valores dos imóveis já implantados na região, especificamente no bairro Vila Rosa, a qual
perfaz a área de influência direta do empreendimento.
7.2.3.1.2. Metodologia
Os dados para a avaliação e diagnóstico do padrão e valor das edificações da região, foram
levantados a partir de uma pesquisa junto ao mercado imobiliário do município de Novo
Hamburgo, no período de 05 de Maio de 2013 a 10 de Junho de 2013.
A média dos valores obtidos com a análise dos 11 imóveis analisados ficou numa faixa entre R$
1.830,00 – 4.100 m2, podendo-se estimar uma média de R$ 2.965,00 m2.
Foram diagnosticados 70 equipamentos públicos e privados que deverão suprir num todo ou
em parte a demanda gerada pelo empreendimento após a sua implantação.
Suas conexões com outros bairros, e pontos importantes de comércio e serviços da cidade são
consideráveis.
Os resultados obtidos através desta análise minuciosa estão compilados nos gráfico abaixo:
45
40
35
30
25
20
15
10
0
Sistemas Públicos Sistemas Privados Principais Comércios e Indústrias
0
Instituições Serviços de Equipamento Equipamentos Sistema de Agências Cemitério
Educacionais Saúde Cultural de Lazer Correios Bancárias
Plúblicas
0
Instituições Agências Bancárias Equipamentos de Lazer Cartórios/Tabelionato Cemitério
Educacionais Privadas
12
10
0
Comércios em Geral Comércio de Comércio de Alimentos Restaurantes Indústrias
Combustíveis
Visando obter a viabilidade técnica para o abastecimento de água tratada a empresa MRV
Engenharia e Participações S/A solicitou a Companhia Municipal de Saneamento – COMUSA
Atestado de Viabilidade Técnica o qual foi deferido e declarado viável, conforme segue:
O Atestado de Viabilidade Técnica para o Abastecimento bem como tratamento dos efluentes
sanitários encontra-se em anexo a este EIV.
“O Anexo 01 que trata da retenção pluvial no lote deverá ser cumprido. Existe
canalização em canos de concreto de diâmetro 0,40 m que cruzam o lote junto à divisa
sul, da Rua Visconde de São Leopoldo para a Rua Avaí, onde podem estar ligados
extravasores pluvi-cloacal dos lotes lindeiros com frente para a Rua Pedro Alvares
Cabral. Essa canalização deverá ser sondada pelo empreendedor e, em havendo
A gleba objeto deste estudo encontra-se em elevado estado de interferência ambiental, uma
vez que a mesma já abrigou outra atividade, conforme descrito no item “detalhes do projeto –
justificativa de localização”.
Vale salientar que a gleba encontra-se em um contexto regional bem desenvolvido, com
vocação residencial, por isso já possui sistemas demandados por outras obras já concluídas e
em fase de implantação na mesma região. Entre esses sistemas estão: Demanda por coleta
pública de resíduos sólidos urbanos e demanda por sistema de tratamento de efluente
sanitário.
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
Total de Resíduos Gerados Por Dia Total de Resíduos Recicláveis Total de Resíduos Orgânicos e não
Recicláveis
O Estado do Rio Grande do Sul, consume em média 134 l/hab.d de água, o que gera
aproximadamente 100 l/hab.d de esgoto sanitário. Porém o consumo de água e
consequentemente a geração de efluentes sanitários está diretamente associada aos seguintes
fatores: Disponibilidade de água, clima, condições econômicas e o custo da água.
O cálculo da vazão doméstica média de esgoto é dado por:
é
= /
1000
Em que:
Qd médio: Vazão doméstica média de esgoto
Pop: População atendida
Q: Quota per capta de água
R: Coeficiente de retorno (0,8)
A quota per capta de geração de efluentes sanitários esta associada aos seguintes parâmetros:
hábitos higiênicos, instalações e equipamentos hidráulicos-sanitários, a temperatura média e a
disponibilidade de equipamentos domésticos que utilizam água, tais como lavadoras de
roupas, lavadoras de louças, dentre outros.
1000
O valor obtido da equação nos mostra que serão emitidos uma média de 269,28 m3/dia de
efluente sanitário após a implantação do empreendimento.
Cabe salientar que estão sendo consideradas uma população média de 1980 pessoas, ou três
pessoas por apartamento.
Para os cálculos das cargas orgânicas (DBO), está sendo considerada uma taxa per capta de
geração de 54 mg DBO/l.efluente. Esta carga é característica do efluente doméstico bruto.
A carga orgânica resultante e que será acrescentada ao corpo receptor (rede pública
municipal) é de 14.541 mg/L-1.
Cabe salientar que no Art 20 da Resolução CONSEMA 128/2006, estão previstos parâmetros
para o lançamento de efluentes líquidos sanitários, os quais deverão atender os seguintes
parâmetros após o tratamento a ser executado:
Das distintas formas de relacionamento entre seres humanos e o meio que os envolvem,
surgem os problemas ambientais, os quais estão enraizados na continua e crescente crise
Estudo de Impacto de Vizinhança Aprovado em 17/06/2013 às 10:28:01 Folha 102
Segundo os dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, dos anos
de 1920 a 2010, o Município de Novo Hamburgo teve um crescimento populacional
ascendente em curto prazo de tempo em função dos aspectos de crescimento econômico com
a exploração da indústria do couro e do calçado.
300000
250000
200000
150000
100000
50000
0
1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2008 2010
População Urbana População Rural População Total
Imagem 17: Mapa da População Residente em Áreas Urbanas de Novo Hamburgo – Censo IBGE, 2010
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
População Residente na Área de Influência Indireta Adensamento Populacional Previsto População Flutuante Estimada
Com base nas análises realizadas acima, bem como o diagnóstico da população residente em
2010 na área de influência indireta, pode-se considerar que haverá impacto positivo quanto ao
adensamento populacional. Como se sabe em estudos anteriores, a construção civil gera uma
grande quantidade de postos de trabalho, implicando na geração de emprego e renda. A
geração/aumento da renda do trabalhador está diretamente relacionada com o aumento do
fluxo de capital. Tais impactos são considerados positivos, com uma extensão regional, porém
limitados a fase de implantação do empreendimento.
Desta forma, os impactos associados ao sistema viário da área de entorno imediato ao
empreendimento foram considerados como:
- Fase de Implantação:
Impacto considerado positivo (pois gerará renda, emprego, fomento do comércio
local, arrecadação municipal), direto, temporário, curto prazo, reversível, atingirá
diretamente a área de influência direta do empreendimento, de média intensidade e
magnitude.
- Fase de Ocupação:
Impacto considerado positivo (pois gerará renda, emprego, fomento do comércio
local, arrecadação municipal), direto, permanente, curto e médio prazo, irreversível,
Estudo de Impacto de Vizinhança Aprovado em 17/06/2013 às 10:28:01 Folha 108
9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
Bairro Rincão Bairro Bairro Guarani Bairro Rio Bairro Centro Vila Rosa
Operário Branco
Gráfico 24: Gráfico demonstra o acréscimo de 6,49 % sobre a população residente atual da Área de Influência Indireta do
Empreendimento
9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
Bairro Rincão Bairro Bairro Guarani Bairro Rio Bairro Centro Vila Rosa
Operário Branco
Vale salientar que boa parte da população que deverá ocupar o empreendimento é a
população interna da própria cidade, que optam por realocarem-se em espaços com maior
infraestrutura e mais próximos das regiões centrais. Esta população acaba fazendo uso dos
sistemas públicos comunitários, como por exemplo, o Hospital Geral de Novo Hamburgo, o
qual realiza atendimento a todo o Município de Novo Hamburgo.
Este acréscimo representa 6,49% da demanda a ser utilizada dos sistemas de equipamentos
públicos comunitários, concluindo-se que este impacto é negativo, direto, permanente, curto
prazo, irreversível, diretamente causado sobre a área de influência direta e indireta do
empreendimento, porém de intensidade e magnitude baixa.
Com base nas informações levadas no diagnóstico de geração dos resíduos sólidos urbanos
com o crescimento populacional local, foi possível verificar que haverá demanda relativamente
expressiva com relação ao volume de resíduos sólidos urbanos – RSU gerados.
Esta demanda representa aproximadamente 1,4 toneladas de resíduos a serem gerados
diariamente. Isto representa um acrescimento significativo e haverá demanda expressiva pelo
serviço público local, que está estimado em um aumento de 142 % na geração e
consequentemente na demanda pelo serviço público.
Abaixo é possível evidenciar a análise com base nos resíduos sólidos gerados no bairro Vila
Rosa com relação a demanda que será acrescentada no sistema:
Gráfico 25: Resíduos Sólidos Urbanos Gerados e Demanda a ser Gerada pelo Empreendimento (Kg/dia)
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
Resíduos Gerados Atualmente Demanda a ser Acrescentada
Este impacto sobre o sistema de infraestrutura local é atenuado em função de que 40% do
total dos resíduos a serem gerados é material reciclável. Na análise dos aspectos e impactos
ambientais, bem como as medidas mitigadoras e compensatórias, está previsto um plano de
Com base nas informações obtidas no diagnóstico de geração de efluentes líquidos sanitários
com o crescimento populacional local, é possível afirmar que a vazão de aproximadamente
269,28 m3/dia conferirá ao corpo hídrico receptor uma carga orgânica de 14.541 mg/L-1. Este
impacto é considerado bem significativo em relação a demanda atual, como é possível verificar
na relação gráfica abaixo:
250
200
150
100
50
0
Efluentes Gerados Atualmente Demanda a ser Acrescentada
Este impacto poderá ser atenuado em função de que está previsto no projeto do
empreendimento está prevista a instalação de um sistema de tratamento contendo fossa e
filtro biológico conforme recomendações da COMUSA.
Conclui-se desta forma, que o impacto a ser gerado é negativo, direto, permanente, curto
prazo, irreversível, atingindo diretamente as áreas de influência direta e indireta, bem como a
regionalidade como um todo, de intensidade e magnitude média.
Com base no diagnóstico da gleba quanto aos aspectos urbanísticos e construtivos, foi possível
verificar no código de edificações do Município de Novo Hamburgo, que o projeto
arquitetônico apresentado atende satisfatoriamente os índices de permeabilidade natural. A
implantação do condomínio deverá impermeabilizar uma área de 75% do total da gleba a ser
utilizada pelo empreendimento.
Em uma análise de localização com base no levantamento planialtimétrico, foi possível
verificar que há uma tendência de escoamento dos efluentes pluviais da porção leste para a
porção oeste, desaguando o efluente pluvial no leito do arroio Luiz Rau, não impactando
significativamente o sistema de drenagem pluvial do empreendimento.
Conclui-se, desta forma, que o impacto causado, referente a impermeabilização do solo é
negativo, direto, permanente, de curto prazo, irreversível, atingindo diretamente a área de
Com base no diagnóstico realizado sobre as alturas dos empreendimentos, bem como dos
aspectos geográficos e de clima da região, foi possível verificar os aspectos e os impactos a
serem causados em função da ventilação e da insolação do local após a implantação.
Conforme podemos verificar no esquema gráfico abaixo, a implantação das torres
habitacionais do empreendimento não acarretam prejuízo no que diz respeito à ventilação e
insolação. Principalmente por sua implantação se dar no miolo do quarteirão, e suas torres
estarem dispostas de maneira a favorecer a passagem dos ventos predominantes, não estando
perpendicular a estes.
Do ponto de vista da insolação, podemos concluir que a implantação das torres residenciais do
empreendimento não foge do que de regra para o local, pois o gabarito adotado já é
recorrente no bairro, o que justifica plenamente sua execução.
Ainda do ponto de vista da altura das edificações, podemos concluir que o bairro Vila Rosa esta
passando por uma revitalização, onde casas residenciais de pequeno porte e baixo padrão de
qualidade, estão aos poucos dando lugar para condomínios verticais de padrão médio, no que
o empreendimento se encaixa perfeitamente.
Conclui-se com base nas informações levantadas que o impacto causado é neutro, direto,
permanente, curto prazo, irreversível, atingindo diretamente a área de influência direta do
empreendimento, porém de magnitude e intensidade baixa.
Desta forma conclui-se com base nas informações levantadas que o impacto causado é
negativo, direto, permanente, curto prazo, irreversível, atingindo diretamente a área de
influência direta do empreendimento, porém de magnitude e intensidade baixa.
Foi possível verificar com base nos diagnósticos realizados no local que há uma tendência a
valorização dos imóveis da região com relação a implantação do Condomínio Porto Marabella
e Porto Trinidad no local. A análise da valorização levou em consideração os resultados obtidos
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
Edificações (m2) Valor Edificações (m2) Valor Valor das Edificações (m2)
Mínimo Máximo Condomínio
- Fase de Implantação:
Impacto considerado negativo, direto, temporário, imediato (curto prazo), reversível,
atingirá diretamente a área de influência direta do empreendimento, de baixa
intensidade e magnitude.
- Fase de Ocupação:
Impacto considerado negativo, direto, permanente, imediato (curto prazo), reversível
desde que adotadas as medidas mitigatórias, atingirá diretamente a área de influência
direta do empreendimento, de média intensidade e magnitude.
Com relação aos impactos associados ao transporte público coletivo de Novo Hamburgo é
possível afirmar com base no diagnóstico realizado que o mesmo é insuficiente para atender a
demanda local.
Neste aspecto vale salientar que, com base em estudos estatísticos, 47% da população
brasileira possui um meio de transporte motorizado tais como: ciclomotores, motocicleta e
automóveis (Pnad/IBGE), porém este dado não leva em consideração o poder aquisitivo da
população brasileira.
Levando-se em consideração os dados estatísticos obtidos bem como a análise do público alvo
do empreendimento, o impacto sobre o sistema de transporte público é atenuado, em função
de que o percentual que utilizará o sistema será relativamente pequeno e muitas vezes
esporádico.
Com base nos estudos realizados nas áreas de influência direta do empreendimento,
especificamente o entorno imediato foi possível avaliar os impactos que serão causados sobre
a paisagem urbana e natural com a implantação do empreendimento.
A análise dos impactos foi realizada tendo como base a avaliação da cobertura vegetal
existente, incluindo o passeio público, o padrão, a altura das edificações e o perfil
arquitetônico dos mesmos.
Esta análise obteve os seguintes resultados:
Toda a intervenção feita pelo homem pode causar impactos ao ambiente assim como no meio
social e econômico, sendo influenciada pelo porte, uso e funcionalidade da obra em questão,
podendo variar de uma pequena a grande significância de impacto, dependendo do tipo de
atividade.
A construção civil no Brasil é responsável por gerar 685.000.000 toneladas de resíduos da
construção civil – RCC mensalmente, incluindo obras de terraplanagem e movimentação de
solos, resíduos inertes como caliça e metralha, o que gera custos altíssimos e coleta,
transporte e disposição final ou reciclagem.
Além da geração de resíduos sólidos, há quantidade significativa de geração de efluentes
líquidos, pelos processos de fabricação de argamassa, lavagem de caminhões, dentre outros
processos.
As emissões atmosféricas são significativas quando se trata de obra civil, pois este impacto
está presente em várias etapas do processo de implantação de um empreendimento. A
Estudo de Impacto de Vizinhança Aprovado em 17/06/2013 às 10:28:01 Folha 120
Impactos Ambientais
Assoreamento de Corpos Hídricos
Contribuição para o Esgotamento
Depleção/Diminuição da Camada
da Disponibilidade de Recursos
Alterações da qualidade do ar
Contribui para a formação de
solo/Ocupação em aterro
superficial e subterrânea
Resíduos Orgânicos no
Compactação do Solo
Ocupação em Aterro
Alteração da fauna
da água superficial
efeito estufa (CO2)
superficial
de Ozônio
naturais
Meio Físico
Aspectos Ambientais
Efluentes Efluentes Orgânicos
X
Líquidos sanitários
8.8.1.2. Significância
- Severidade:
- Frequência:
- Abrangência:
Análise Análise
Aspecto Impacto Resultado Significância
S I S F A
Alteração da Qualidade da
Efluentes Orgânicos
N I Água superficial e 1 3 2 6 Documentado
sanitários
subterrânea
Alteração da qualidade da
Efluentes Oleosos A I 1 1 1 3 Insignificante
água superficial
Efluentes Alteração da qualidade da
N I 2 2 2 6 Documentado
Contaminados água superficial
Emissão de Material
N D/I Alterações da qualidade do ar 2 3 2 7 Significativo
Particulado
Ocupação em Aterro /
Contribuição para o
Sucatas Metálicas N D 1 2 2 5 Documentado
Esgotamento dos Recursos
Naturais
Ocupação em Aterro /
Papel/Papelão/ Contribuição para o
N D 1 2 2 5 Documentado
Plástico/Vidros Esgotamento dos Recursos
Naturais
Ocupação em Aterro /
Resíduos Contribuição para o
N D 1 2 2 5 Documentado
Contaminados Esgotamento dos Recursos
Naturais
Ocupação em Aterro /
Contribuição para o
Resíduos Inertes N D 1 2 2 5 Documentado
Esgotamento dos Recursos
Naturais
Resíduos de Ocupação em Aterro /
Bombonas e Contribuição para o
N D 1 2 2 5 Documentado
Tambores Esgotamento dos Recursos
Contaminados Naturais
Ocupação em Aterro /
Equipamentos de Contribuição para o
N D 1 2 2 5 Documentado
Proteção Individual Esgotamento dos Recursos
Naturais
Consumo de Energia Contribuição para o
N I 3 3 3 9 Significativo
Elétrica Esgotamento dos Recursos
Estudo de Impacto de Vizinhança Aprovado em 17/06/2013 às 10:28:01 Folha 124
25
20
15
10
0
Significativos Documentados Insignificantes
Desta forma conclui-se com base nas informações levantadas nos diagnósticos bem como na
avaliação dos aspectos e impactos ambientais que os impactos causados sobre o meio
ambiente serão considerados negativos, direto, permanente, curto prazo, irreversível,
a) Introdução
b) Objetivos do Empreendimento
- Tráfego
Para atenuar estes impactos propõe-se que sejam adotadas as seguintes medidas de
controle (mitigatórias):
Aspersão com águas no trecho das vias de acesso, através de caminhão pipa, devendo
ser dada atenção especial à manutenção da limpeza das rodas dos equipamento,
quando estes forem circular em vias públicas;
* A sinalização deve advertir os usuários da via pública quanto à existência da obra, delimitar
seu contorno, bem como ordenar o tráfego de veículos e pedestres. Esta sinalização deverá
compreender dois grupos de sinais, quais sejam: Sinalização anterior à obra e sinalização no
local da obra. Deverá ser prevista a instalação de sinalização complementar, visando auxiliar o
conjunto de sinais convencionais, destacando-se placas de desvio de tráfego, placas de
fechamento de vias, indicação de obras nas vias transversais, atenção à mão dupla, todas estas
placas devem indicar a distância em metros até a obra. Colocar dispositivos em pontos
estratégico de grande visibilidade destinados a proteger operários, transeuntes e veículos
durante a execução das obras, ressaltando-se que estes dispositivos devem apresentar sempre
boas condições de uso.
O uso de colete ou tiras refletivas deve ser obrigatório quando o operador estiver a serviço em
vias públicas.
Ao término da implantação da obra, todos os dispositivos de sinalização utilizados no local
devem ser retirados do local.
- Supressão da Vegetação
Deverão conter soluções adequadas para a disposição final dos resíduos sólidos gerados, que
devem ser retirados periodicamente do local de trabalho, conforme prevê o Plano de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
Afim de manter o canteiro de obras em condições de higiene, para maior conforto dos
trabalhadores, deverá ser contatado serviço de empresa especializada em desinsetização e
desratização para controle das pragas urbanas nas instalações da obra.
A empreiteira responsável pela execução da obra deve informar aos moradores do entorno,
através de projeto (antes da implantação do canteiro de obras).
Independente da observância das medidas preventivas recomendadas, durante a execução das
obras a empresa responsável pela supervisão geral do empreendimento deverá realizar
- Poluentes Hídricos
- Poluentes Atmosféricos
- Ruídos
- Resíduos Sólidos
Ao término das obras, deverão ser removidas as seguintes estruturas do canteiro de obras:
− Pisos e bases em concreto ou madeira compensada;
− Cercas;
− Barramentos ou outros obstáculos decorrentes das obras;
− Bueiros provisórios;
− Drenagens provisórias;
− Deverá ser efetuada a vedação satisfatória ou enchimento de fossas e sumidouros;
− Áreas propícias ao acúmulo de águas pluviais devem ser erradicadas;
− A rede natural de drenagem deve ser totalmente desobstruída;
− Resíduos perigosos porventura existentes deverão ser acondicionados e transportados
conforme previsto nas normas técnicas em vigor, levando em consideração as
recomendações do PGRCC, com a devida autorização do órgão ambiental competente.
Entre os cuidados a serem seguidos pela empreiteira com relação à segurança podem-se citar
os seguintes:
− Munir os operários de ferramentas e equipamentos apropriados a cada tipo de serviço, os
quais devem estar em perfeitas condições de manutenção de acordo com as
recomendações passadas pelo fabricante;
− Dotar os operários de proteção apropriada (capacetes, cintos de segurança, óculos, luvas,
botas, capas, abafadores de ruído, etc.), e tornar obrigatório o seu uso;
− Instruir os operários a não deixarem ferramentas em lugares ou posições inconvenientes,
advertindo-os para que pás, picaretas e outras ferramentas não permaneçam abandonadas
sobre montes de terras, nas bordas de valas, sobre escoramentos, ou quaisquer outros
lugares que não seja almoxarifado, nem mesmo durante os horários de intervalo e almoço;
− Evitar o mau hábito de deixar tábuas abandonadas sem lhes tirar os pregos. São comuns os
registros de problemas de saúde, devido infecção por tétano, causados por acidentes
envolvendo pregos oxidados;
− Zelar pela correta maneira de transportar materiais e ferramentas;
− Evitar o uso de viaturas com os freios em más condições ou com pneus gastos além dos
limites de segurança, pois podem provocar perdas de vidas por atropelamentos ou colisões;
− Atentar para a segurança com os pedestres nas áreas em que a obra se desenvolver
próxima a residências, cercar todas as valas em que a situação local exigir, utilizando
passarelas para as residências e sinalização noturna adequada;
− Efetuar a estocagem de material e de ferramentas nos depósito de tal maneira que permita
a perfeita circulação no almoxarifado;
− Evitar ferramentas em excesso nas prateleiras e quando isso for impossível, adotar como
precaução de segurança informar suas localizações com placas, bandeiras ou qualquer
outro sinal indicativo;
− Manter os operários vacinados contra doenças infecciosas, tais como tétano e febre tifoide.
Alertá-los através de painéis ou banners internos quanto a higiene pessoal com água e
sabão em abundância, como forma de combater as dermatoses;
− Todo o equipamento de proteção individual – EPI a ser utilizado deve possuir o Certificado
de Aprovação – CA, emitido pelo Ministério do Trabalho;
Instalações Sanitárias:
Instalações Vestiário:
Instalações do Refeitório:
Durante a execução das obras e serviços de engenharia, poderão ocorrer sinistros envolvendo
o meio físico e a equipe de trabalho local, tanto quanto outras localidades (do entorno e
distantes) e equipes contratadas para serviços terceirizados.
Entre as possibilidades com maior probabilidade de ocorrência estão:
− Inundações e erosão de grandes proporções;
− Derrame/Vazamento de materiais poluentes e/ou cargas perigosas;
A fim de atuar na contenção das causas dos possíveis sinistros acima relacionados, será
responsabilidade da empreiteira adotar as medidas e procedimentos descritos a seguir:
Poderá ocorrer tanto no local das obras e serviços, quanto durante o transporte dos
mesmos do local de obtenção para a obra, ou em sentido oposto.
São considerados materiais poluentes: Óleos e graxas, resíduos sólidos domésticos e
efluentes sanitários (Canteiro de obras) e de lavagem de equipamentos.
São consideradas cargas perigosas: Combustíveis fósseis e que contenham cimento e
outros produtos químicos.
iii. Incêndios
k) Objetivo
Este Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC tem como objetivo a
caracterização, a quantificação e as formas de manejo dos resíduos gerados em decorrência da
obra civil, visando à redução, o reuso e a reciclagem.
O plano também tem como objetivo descrever a forma de planejamento das ações, definir
responsabilidades e os recursos necessários para desenvolver e implantar as ações necessárias
ao cumprimento das etapas previstas neste plano.
Estudo de Impacto de Vizinhança Aprovado em 17/06/2013 às 10:28:01 Folha 139
m) Responsabilidades
Recursos Internos
Direção
Equipe de Implantação
− Levantar as necessidades e custos e administrar os recursos para garantir a implantação e
eficácia deste Plano;
− Coletar informações necessárias, tais como orçamentos, recursos financeiros e humanos na
condução da implantação e manutenção deste documento;
− Disponibilizar tempo para envolver-se com as atividades, na inspeção regular, na
capacitação pessoal, na correção de problemas bem como no atendimento a não
conformidades na gestão e ações a emergências;
− Criar mecanismos de monitoramento através de ações preventivas e indicadores de gestão
a fim de medir a eficiência/eficácia das ações implantadas neste Plano;
− Comunicar de forma imediata, a ocorrência de qualquer emergência ambiental a alta
direção, bem como a todas as entidades competentes, quando necessário, tais como a
Estudo de Impacto de Vizinhança Aprovado em 17/06/2013 às 10:28:01 Folha 140
Recursos Externos
- Corpo de Bombeiros: Prestar socorro às vítimas; combater emergência conforme
estratégia.
- Defesa Civil: Evacuar e vigiar pessoas e casa; prestar socorro às vítimas.
- Órgãos Ambientais: Acompanhar o combate à emergência; participar do monitoramento
ambiental, da avaliação das consequências em termos ambientais e da restauração das
características iniciais das áreas atingidas e adjacências; acompanhar o recolhimento e a
destinação dos resíduos oriundos da emergência.
- Órgãos de Trânsito: Interditar e/ou desviar o transito rodoviário e as vias próximas ao local
de emergência.
- Prefeitura: Auxiliar na retirada de vítimas e encaminhamento para hospitais; providenciar
apoio, no tocante a recursos humanos e materiais, caso necessário.
Norma ABNT NBR 10.004: Dispõe sobre a classificação dos resíduos sólidos
Norma ABNT NBR 10.007: Dispõe sobre a amostragem de resíduos
Norma ABNT NBR 11.174: Dispõe sobre a armazenagem de resíduos não perigosos
Norma ABNT NBR 12.235: Dispõe sobre a armazenagem de resíduos perigosos
Estudo de Impacto de Vizinhança Aprovado em 17/06/2013 às 10:28:01 Folha 141
o) Definições
p) Planejamento
q) Implantação e Operação
A gestão dos resíduos da construção civil inicia-se da seguinte forma, na seguinte ordem
cronológica:
- Aquisição e distribuição dos dispositivos de coleta;
- Aquisição e distribuição dos dispositivos de sinalização;
- Treinamento com os operários no canteiro de obras (Triagem, Armazenamento e
Descarte Adequado).
Deverá ser avaliado o desempenho da gestão dos resíduos na obra, por meio de relatórios
analíticos periódicos, em relação a limpeza e a ordem no local, a triagem e a destinação dos
resíduos. Pode-se optar por indicadores que atestem a eficiência do sistema de
gerenciamento de resíduos.
Os fornecedores envolvidos na gestão dos resíduos deverão ser qualificados para garantir a
segurança dos processos posteriores a gestão dos resíduos.
Deverão ser requisitos mínimos:
− Licença de Operação
− Cadastro Técnico junto ao IBAMA
Deverão ser qualificados:
− Transportadores
− Unidades de Destinação Final
Fonte
Descrição Tipo de Resíduo
Geradora
Resíduos do Processo de - Solo
Demolição
Demolição - Caliça
- Solo
Escavação, estaqueamento e - Caliça
Fundações
encamisamento - Ferragens
- Equipamentos de Proteção Individual
- Caliça
- Ferragens
Concretagem Estrutura predial
- Equipamentos de Proteção Individual
- Resíduos de Madeira, Serragem, Pó
- Caliça
- Ferragens
Apoios Estrutura predial - Equipamentos de Proteção Individual
- Plásticos
- Resíduos da Pavimentação
- Blocos Cerâmicos
Instalações Elétricas - Conduites, Mangueiras e Metais não Ferrosos
(Fio de Cobre)
- Blocos Cerâmicos
Instalações Hidrosanitárias
- PVC
Reboco Interno/Externo - Argamassa
Revestimentos - Pisos e Azulejos Cerâmicos
Forro de Gesso - Placas e Retalhos de Gesso Acartonado
- Embalagens Vazias Contaminadas
Acabamentos
- Outros Resíduos Contaminados
Pinturas - Tintas, Vernizes e Solventes
- Selantes, Texturas
- Pinceis, Bandejas, Rolos, Desempenadeira
- Equipamentos de Proteção Individual
- Resíduos Minerais não Metálicos
Outros Resíduos - Isopor
- Mantas de Isolamento Térmico
- Telhas
Classificação Classificação
Resíduo Descrição
(CONAMA 307) (NBR 10.004)
Tambores
A Sacos
Identificação Bombonas Container Fardos Caixas
Granel Plásticos
(Fechado)
Caliça x x
Plástico / PVC x
Madeira / Serragem /
x x
Pó de Serra
Papel / Papelão x x
Metal x
Tecidos / EPIs x
Resíduos Orgânicos x
Restos Vegetais x
Resíduos Oleosos x
Embalagens Vazias
x
Contaminadas
Gesso x x
Retalhos de Pedras
(Minerais não x x
Metálicos)
Isopor e Mantas de
x x
Isolamento Térmico
Poliuretano x
Outros Resíduos
x x
Contaminados
Resíduos Cerâmicos x
Telhas x
Vidros x
x) Transporte Interno
Transporte Interno de Resíduos
O transporte será feito por empresa habilitada para tal finalidade, sendo que a mesma deverá
apresentar, na época em que for solicitado este tipo de serviço, sua respectiva Licença
Ambiental e documentação pertinente, e encarregar-se, juntamente com o aterro que
receberá os resíduos, do preenchimento dos formulários exigidos pelos órgãos ambientais;
Cópia dos documentos deve sempre ficar com a empresa (gerador), até que seja emitida a via
carimbada do MTR (abaixo modelo) e outros comprovantes pela central de resíduos
industriais;
Motoristas de veículos transportando resíduos sólidos devem evitar paradas injustificadas ou
não autorizadas ao longo da rota de transporte. Os mesmos deverão possuir cursos de
transporte de cargas perigosas;
Os veículos de transporte de resíduos sólidos devem estar equipados com lona para prevenir
gotejamento ou dispersão ao longo da rota, ser mecanicamente capazes de atuar em
condições adversas de clima, obedecer à capacidade de carga projetada e não serem
Estudo de Impacto de Vizinhança Aprovado em 17/06/2013 às 10:28:01 Folha 149
Tipos de Material ou
Cuidados Requeridos Utilização
Resíduo
Painéis de madeira Poderá ser utilizada para montagem de caixas
Retirada das peças,
provenientes da a fim de acondicionar matérias primas e
mantendo-as separadas
desforma de lajes, insumos, bem como ferramentas e
dos resíduos
pontaletes, sarrafos equipamentos, ou para o acondicionamento
inaproveitáveis.
etc. dos resíduos não perigosos.
Blocos de concreto e Segregação
bloco cerâmicos imediatamente após a sua
Poderão ser utilizados como aterro
parcialmente geração para evitar
danificados descarte.
Segregação
imediatamente após a sua
Resíduos de Pedras Poderão ser utilizados como aterro
geração para evitar
descarte.
Identificar eventual
Solo / Resíduos necessidade do
Poderão ser utilizados como aterro
Vegetais aproveitamento na
própria obra para aterros.
Segregação
imediatamente após a sua Poderá ser utilizada como acondicionamento
Caixas de Papelão
geração para evitar de ferramentas e equipamentos
descarte.
Segregação
Poderão ser utilizados como revestimento de
imediatamente após a sua
Sacos Plásticos bombonas/tambores para acondicionamento
geração para evitar
dos resíduos
descarte.
a) Objetivo
Este Plano de Controle de Poeiras tem como objetivo apresentar as medidas de controle para
a minimização dos impactos ambientais causados em decorrência das atividades de
terraplanagem, bem como o uso de massas cimentícias que possam gerar material particulado
– MP para a atmosfera, podendo gerar incômodo à vizinhança.
A emissão de material particulado é responsável por uma série de problemas respiratórios e
cardíacos, danos à flora e a principalmente a fauna, alteração da qualidade do ar, dentre
outros aspectos.
b) Fundamentação Teórica
Estoques de Terra:
- Se houver estoque temporário de terras, fora dos locais da terraplanagem, deverão
os montes, ser umedecidos periodicamente e cobertos com lona.
a) Objetivo
Este Plano de Monitoramento de Ruídos e Vibrações tem como objetivo monitorar os níveis de
pressão sonora no decorrer da instalação do empreendimento, pois estes processos geram
uma série de ruídos significativos com níveis de emissões distintos e que podem afetar
desfavoravelmente a população circunvizinha ao empreendimento.
b) Metodologia
c) Objetivo
Este plano tem como objetivo promover ações no intuito de implantar um sistema de coleta
seletiva no Condomínio Residencial. Este plano também tem como objetivo descrever as
instalações necessárias para o acondicionamento dos resíduos sólidos gerados.
A política nacional de resíduos sólidos, instituída pela Lei 12.305/2010 determinou alguns
referenciais no sentido de estimular as práticas de prevenção, redução, valoração, reutilização
e reaproveitamento, a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos
gerados em atividades industriais, comerciais, de serviços e em decorrência da atividade
humana.
Este plano procura abordar, fundamentalmente, a promoção de instrumentos de
desenvolvimento social, ambiental e econômico, criando meio de promover a atuação de
catadores de materiais recicláveis e do descarte adequado.
Na construção deste plano foi realizado um diagnóstico com base em estudos de outros
condomínios residenciais quanto aos resíduos gerados. Na planilha abaixo é possível visualizar
os diferentes tipos de resíduos sólidos gerados:
e) Objetivos e Metas
Nesta etapa foram selecionados alguns objetivos e metas a serem alcançados com a
implantação do mesmo. Os objetivos são direcionamentos gerais aos quais o plano deverá
estar vinculado, enquanto as metas devem ser mensuráveis.
Para que o plano seja capaz de otimizar as oportunidades vinculadas ao correto gerenciamento
de resíduos bem como realizar de forma satisfatória a coleta seletiva, é importante que ele
seja fundamentado nos princípios estipulados pela PNRS, levando em conta a redução, a
reutilização e a reciclagem dos resíduos.
O programa de coleta seletiva é um programa simples de ser implantado e que não necessita
da disponibilização de muitos recursos para a sua implementação. O programa consiste em
disponibilizar em um local no interior do condomínio, coletores adequados e que atendam
plenamente a Resolução CONAMA 275, que dispõe sobre as cores dos coletores para cada
tipologia de resíduos.
Os materiais recicláveis serão encaminhados para empresas de reciclagem para que façam a
devida triagem e o envio a diferentes organizações responsáveis pela transformação do
resíduo em matéria prima.
Os materiais que deverão ser encaminhados à reciclagem são os seguintes:
- Papel e papelão
h) Manuseio e Coleta
A gestão do manuseio e coleta dos resíduos deve ser muito bem estruturada, pois é em parte
o processo que irá maximizar as oportunidades de reciclagem e reprocessamento externos. A
separação efetuada corretamente permite a racionalização dos recursos despendidos e facilita
a gestão dos resíduos e o atendimento aos objetivos e metas propostos neste plano.
A mistura dos resíduos pode tornar um resíduo reciclável pode torna-lo inviável no processo
de reciclagem, por ter se tornado um resíduo todo perigoso.
A Resolução CONAMA 275 dispõe sobre as cores utilizadas para a fácil identificação dos
resíduos e por este motivo orienta que os sistemas de coleta seletiva simplifiquem a gestão no
momento da coleta dos resíduos. Abaixo estão listadas as cores e a identificação de cada uma
delas conforme regulamenta a Resolução:
A coleta dos resíduos deve ser feita separando-os de acordo com a sua classificação de cores.
Embalagens de papel/ papelão e plásticas, quando se apresentarem em bom estado de
conservação, isto é sem umidade, devem ser enfardadas ou ensacadas e conduzidas para
armazenamento em local seco, visando à reciclagem.
Toda sucata metálica, ou material deste resíduo não reutilizável deve ser segregado, para
posterior destino final.
Estudo de Impacto de Vizinhança Aprovado em 17/06/2013 às 10:28:01 Folha 159
i) Acondicionamento
j) Armazenamento
NOTA: As dependências, bem como os aspectos construtivos do depósito, já foram alocadas no projeto
arquitetônico do empreendimento.
k) Destinação Final
Ocondomínio providenciará empresas para a retirada segregada dos resíduos sendo que as
mesmas deverão apresentar na época em que for solicitado este tipo de serviço, suas
respectivas Licenças Ambientais.
O condomínio deve fazer com que todas as atividades de gestão de resíduos sejam executadas
de forma técnica, legal, sanitária e ambientalmente aceitável.
Reversibilidade
Temporalidade
Abrangência
Magnitude
Natureza
Duração
Forma
Fase
Medidas Mitigatórias,
Aspectos Impactos
Compensatórias e de Controle
Não Reversível
Implantação
Permanente
Temporário
Reversível
Operação
Negativo
Indireto
Positivo
Neutro
Médio
Média
Direto
Longo
Curto
Baixa
Alta
AID
AII
Aumento do
Adensamento X X X X X X X X X X -
Populacional
Aumento da
Demanda por Implantação de PSF (posto de saúde da
X X X X X X X X X X X X
Sistemas Públicos família) para atender a demanda local.
de Saúde
Adensamento Aumento da
Populacional Demanda por
X X X X X X X X X X X X -
Sistemas Públicos
de Educação
Aumento da
Demanda por
X X X X X X X X X X X Implantação de praça para lazer.
Sistemas Públicos
de Lazer
Fomento do X X X X X X X X X X X -
Guilherme Reisdorfer
Registro Profissional: CREA/RS: 128.422-D
Coordenação do Projeto:
Renata Zapata
Registro Profissional: CRQ-V: 054.066.33