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em Saúde
Mental
2004 a 2010
Brasília -DF
2010
bbbn
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Legislação em Saúde Mental –
2004 a 2010. Edição XII Colegiado de Coordenadores de Saude Mental. 257 p.
Brasília, Ministério da Saúde. 2010.
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Sumário
APRESENTAÇÃO....................................................................................5
LEIS FEDERAIS.......................................................................................6
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.....................................................7
Lei nº 11.705, de 19 de junho de 2008.....................................................25
DECRETOS.............................................................................................29
Decreto nº 5.912, de 27 de setembro de 2006..........................................30
Decreto nº 6.488, de 19 de junho de 2008...............................................36
Decreto nº 6.117, de 22 de maio de 2007................................................37
PORTARIAS INTERMINISTERIAIS....................................................43
Portaria Interministerial nº 353, de 7 de março de 2005..........................44
Portaria Interministerial nº 1.055 de 17 de maio de 2006........................46
Portaria Interministerial n° 3.347, de 29 de dezembro de 2006 ..............48
Portaria Conjunta nº 6, de 17 de setembro de 2010.................................52
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Portaria nº 2.759 de 25 de outubro de 2007...........................................134
Portaria nº 3.211 de 20 de dezembro de 2007........................................136
Portaria nº 3.237/GM de 24 de dezembro de 2007................................138
Portaria nº 154 de 24 de janeiro de 2008...............................................145
Portaria nº 1.899 de 11 de setembro de 2008.........................................162
Portaria nº 1.954 de 18 de setembro de 2008.........................................164
Portaria nº 2.867 de 27 de novembro de 2008......................................165
Portaria conjunta SAS/SVS nº 02, de 16 de abril de 2009.....................167
Portaria nº 1.190 de 4 de junho de 2009................................................169
Portaria nº 1.191, de 4 de junho de 2009 ..............................................181
Portaria nº 1.195, de 4 de junho de 2009...............................................182
Portaria nº 1.196, de 4 de junho de 2009 ..............................................186
Portaria nº 1.197, de 4 de junho de 2009 ..............................................189
Portaria nº 1.198, de 4 de junho de 2009...............................................191
Portaria nº 2.629, de 28 de outubro de 2009..........................................192
Portaria nº 2.644, de 28 de outubro de 2009..........................................194
Portaria nº 2.647, de 28 de outubro de 2009..........................................196
Portaria nº 404, de 19 de novembro de 2009 ........................................197
Portaria nº 426, de 3 de dezembro de 2009............................................210
Portaria nº 2.841, de 20 de setembro de 2010........................................212
Portaria nº 2.842, de 20 de setembro de 2010 .......................................219
Portaria nº 2.843, de 20 de setembro de 2010........................................225
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APRESENTAÇÃO
Todas as Leis Federais que tocam o campo da saúde mental a partir de 2004 estão aqui
reunidas, assim como os Decretos, as Portarias Interministeriais, as Portarias do Ministério da
Saúde e as Resoluções, Recomendações ou Declarações de Órgãos Colegiados, como o
Conselho Nacional de Saúde ou o Fórum Nacional de Saúde Mental de Crianças e
Adolescentes. A maioria das peças desta edição são seguidas de comentários, que dão o
contexto da publicação do ato normativo e destacam a sua relevância dentro do conjunto da
atual legislação em saúde mental.
Para um melhor aproveitamento deste material, lembramos que leis são, regra geral, da
competência do Poder Legislativo e são sancionadas pelos chefes dos poderes executivos -
Presidente da República, Governador(a) de Estado, Prefeito(a). Decretos são atos
administrativos de competência exclusiva do chefe do executivo, para atender situações
previstas em leis. Portarias são instrumentos pelos quais ministros, secretários de governo ou
outras autoridades públicas editam instruções sobre a organização e normas de execução de
serviços. Resoluções, deliberações e recomendações são diretrizes ou regulamentos adotados
por uma assembléia de caráter deliberativo.
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Leis
Federais
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LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006
OPRESIDENTE DA REPÚBLICA
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad;
prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e
dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico
ilícito de drogas e define crimes.
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos
capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas
periodicamente pelo Poder Executivo da União.
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura,
a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas
drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece
a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito
de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos
no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo
predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas.
TÍTULO II
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CAPÍTULO I
III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-os
como fatores de proteção para o uso indevido de drogas e outros comportamentos
correlacionados;
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário
visando à cooperação mútua nas atividades do Sisnad;
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I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a assumir
comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros
comportamentos correlacionados;
III - promover a integração entre as políticas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção
social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao
tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito
Federal, Estados e Municípios;
CAPÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO E DA ORGANIZAÇÃO
Art. 6 º (VETADO)
Art. 8º (VETADO)
CAPÍTULO III
(VETADO)
Art. 9 º (VETADO)
CAPÍTULO IV
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Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social que
atendam usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do
respectivo sistema municipal de saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a
identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da União.
Art. 17. Os dados estatísticos nacionais de repressão ao tráfico ilícito de drogas integrarão
sistema de informações do Poder Executivo.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
DA PREVENÇÃO
Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso indevido de drogas, para efeito desta Lei,
aquelas direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a promoção e o
fortalecimento dos fatores de proteção.
Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas devem observar os seguintes
princípios e diretrizes:
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IX - o investimento em alternativas esportivas, culturais, artísticas, profissionais, entre outras,
como forma de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida;
XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas.
CAPÍTULO II
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VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais
específicas.
Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios desenvolverão programas de atenção ao usuário e ao dependente de drogas,
respeitadas as diretrizes do Ministério da Saúde e os princípios explicitados no art. 22
desta Lei, obrigatória a previsão orçamentária adequada.
Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuação nas áreas da
atenção à saúde e da assistência social, que atendam usuários ou dependentes de drogas
poderão receber recursos do Funad, condicionados à sua disponibilidade orçamentária e
financeira.
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal,
estiverem cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de segurança,
têm garantidos os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo respectivo sistema
penitenciário.
CAPÍTULO III
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente,
bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor.
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, portar ou trouxer consigo, para
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe
plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de
causar dependência física ou psíquica.
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo
máximo de 5 (cinco) meses.
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§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão
aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput , nos incisos
I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente
a:
I - admoestação verbal;
II - multa.
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6 o do art. 28, o juiz,
atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca
inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a
capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior
salário mínimo.
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante
à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair,
fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar,
remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer
fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências
legais.
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelas autoridades de polícia
judiciária, que recolherão quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de
levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas
necessárias para a preservação da prova.
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§ 1º A destruição de drogas far-se-á por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
guardando-se as amostras necessárias à preservação da prova.
§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além das
cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto n o 2.661, de 8 de julho
de 1998, no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional
do Meio Ambiente - Sisnama.
§ 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art.
243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor.
CAPÍTULO II
DOS CRIMES
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e
quinhentos) dias-multa.
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece,
tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto
químico destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração,
guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de
drogas.
Pena detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
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Pena detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil
e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1 o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um
sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja
primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre
organização criminosa.
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer
título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento
ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois
mil) dias-multa.
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não,
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o , e 34 desta Lei:
Pena reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e
duzentos) dias-multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática
reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1
o , e 34 desta Lei:
Pena reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000
(quatro mil) diasmulta.
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à
prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o , e 34 desta Lei:
Pena reclusão, de 2 (dois ) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos)
dias-multa.
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou
fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano
potencial a incolumidade de outrem:
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Pena detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da
habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade
aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias multa.
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão
de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo
referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços,
se:
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou
qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o
processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na
recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de
um terço a dois terços.
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art.
59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a
conduta social do agente.
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que
dispõe o art. 42 desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo
as condições econômicas dos acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5
(cinco) vezes o maior salário-mínimo.
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de crimes serão impostas sempre
cumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica do
acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo.
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Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o , e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e
insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas
penas em restritivas de direitos.
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional
após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de
caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha
sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este
apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo,
poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado.
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias
previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade
de encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de saúde com
competência específica na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o
disposto no art. 26 desta Lei.
CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO PENAL
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo
disposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo
Penal e da Lei de Execução Penal.
§ 1º O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso
com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts.
60 e seguintes da Lei n o 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados
Especiais Criminais.
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante,
devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste,
assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e
providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários.
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§ 4º Concluídos os procedimentos de que trata o § 2 o deste artigo, o agente será submetido a
exame de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária entender
conveniente, e em seguida liberado.
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei n o 9.099, de 1995, que dispõe sobre os Juizados
Especiais Criminais, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena prevista
no art. 28 desta Lei, a ser especificada na proposta.
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e § 1 o , e 34 a 37 desta Lei, o
juiz, sempre que as circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos protetivos de
colaboradores e testemunhas previstos na Lei n o 9.807, de 13 de julho de 1999.
Seção I
Da Investigação
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente,
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista
ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1 o deste artigo não ficará impedido de
participar da elaboração do laudo definitivo.
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver
preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o
Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária,
remetendo os autos do inquérito ao juízo:
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências complementares:
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado deverá ser encaminhado ao
juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento;
II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores de que seja titular o agente, ou
que figurem em seu nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3
(três) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
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Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são
permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério
Público, os seguintes procedimentos investigatórios:
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que
sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de
colaboradores.
Seção II
Da Instrução Criminal
I - requerer o arquivamento;
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que
entender pertinentes.
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa
prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 2 º As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei
n o 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.
§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10
(dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação.
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Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e
julgamento, ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do
assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais.
§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1 o , e
34 a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do
denunciado de suas atividades, se for funcionário público, comunicando ao órgão respectivo.
§ 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos 30 (trinta) dias
seguintes ao recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para
atestar dependência de drogas, quando se realizará em 90 (noventa) dias.
Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato
para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e
relevante.
Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias,
ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.
§ 1º Ao proferir sentença, o juiz, não tendo havido controvérsia, no curso do processo, sobre a
natureza ou quantidade da substância ou do produto, ou sobre a regularidade do respectivo
laudo, determinará que se proceda na forma do art. 32, § 1 o , desta Lei, preservando-se, para
eventual contraprova, a fração que fixar.
Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o , e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá
apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido
na sentença condenatória.
CAPÍTULO IV
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§ 1º Decretadas quaisquer das medidas previstas neste artigo, o juiz facultará ao acusado que, no
prazo de 5 (cinco) dias, apresente ou requeira a produção de provas acerca da origem lícita do
produto, bem ou valor objeto da decisão.
§ 2º Provada a origem lícita do produto, bem ou valor, o juiz decidirá pela sua liberação.
§ 4º A ordem de apreensão ou seqüestro de bens, direitos ou valores poderá ser suspensa pelo
juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata possa comprometer as
investigações.
Art. 61. Não havendo prejuízo para a produção da prova dos fatos e comprovado o interesse
público ou social, ressalvado o disposto no art. 62 desta Lei, mediante autorização do juízo
competente, ouvido o Ministério Público e cientificada a Senad, os bens apreendidos poderão
ser utilizados pelos órgãos ou pelas entidades que atuam na prevenção do uso indevido, na
atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e na repressão à produção não
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no interesse dessas atividades.
§ 2º Feita a apreensão a que se refere o caput deste artigo, e tendo recaído sobre dinheiro ou
cheques emitidos como ordem de pagamento, a autoridade de polícia judiciária que presidir o
inquérito deverá, de imediato, requerer ao juízo competente a intimação do Ministério Público.
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repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no interesse
dessas atividades.
§ 5º Excluídos os bens que se houver indicado para os fins previstos no § 4 o deste artigo, o
requerimento de alienação deverá conter a relação de todos os demais bens apreendidos, com a
descrição e a especificação de cada um deles, e informações sobre quem os tem sob custódia e o
local onde se encontram.
§ 6º Requerida a alienação dos bens, a respectiva petição será autuada em apartado, cujos autos
terão tramitação autônoma em relação aos da ação penal principal.
§ 8º Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre o respectivo laudo, o juiz, por
sentença, homologará o valor atribuído aos bens e determinará sejam alienados em leilão.
§ 9º Realizado o leilão, permanecerá depositada em conta judicial a quantia apurada, até o final
da ação penal respectiva, quando será transferida ao Funad, juntamente com os valores de que
trata o § 3 o deste artigo.
§ 10. Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos contra as decisões proferidas no
curso do procedimento previsto neste artigo.
§ 11. Quanto aos bens indicados na forma do § 4 o deste artigo, recaindo a autorização sobre
veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao equivalente
órgão de registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento,
em favor da autoridade de polícia judiciária ou órgão aos quais tenha deferido o uso, ficando
estes livres do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, até o trânsito em julgado da
decisão que decretar o seu perdimento em favor da União.
Art. 63. Ao proferir a sentença de mérito, o juiz decidirá sobre o perdimento do produto, bem ou
valor apreendido, seqüestrado ou declarado indisponível.
§ 1º Os valores apreendidos em decorrência dos crimes tipificados nesta Lei e que não forem
objeto de tutela cautelar, após decretado o seu perdimento em favor da União, serão revertidos
diretamente ao Funad.
§ 2º Compete à Senad a alienação dos bens apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo
perdimento já tenha sido decretado em favor da União.
22
encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua destinação nos
termos da legislação vigente.
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá firmar convênio com os Estados, com o
Distrito Federal e com organismos orientados para a prevenção do uso indevido de drogas, a
atenção e a reinserção social de usuários ou dependentes e a atuação na repressão à produção
não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na liberação de equipamentos e de
recursos por ela arrecadados, para a implantação e execução de programas relacionados à
questão das drogas.
TÍTULO V
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
TÍTULO VI
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1 o desta Lei, até que seja atualizada a
terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes,
psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS n o 344, de 12 de
maio de 1998.
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei n o 7.560, de 19 de dezembro de 1986, em
favor de Estados e do Distrito Federal, dependerá de sua adesão e respeito às diretrizes básicas
contidas nos convênios firmados e do fornecimento de dados necessários à atualização do
sistema previsto no art. 17 desta Lei, pelas respectivas polícias judiciárias.
Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão criar estímulos fiscais
e outros, destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na prevenção do uso indevido
de drogas, atenção e reinserção social de usuários e dependentes e na repressão da produção não
autorizada e do tráfico ilícito de drogas.
23
Art. 69. No caso de falência ou liquidação extrajudicial de empresas ou estabelecimentos
hospitalares, de pesquisa, de ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de saúde que
produzirem, venderem, adquirirem, consumirem, prescreverem ou fornecerem drogas ou de
qualquer outro em que existam essas substâncias ou produtos, incumbe ao juízo perante o qual
tramite o feito:
§ 2º Ressalvada a hipótese de que trata o § 3 o deste artigo, o produto não arrematado será, ato
contínuo à hasta pública, destruído pela autoridade sanitária, na presença dos Conselhos
Estaduais sobre Drogas e do Ministério Público.
Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se
caracterizado ilícito transnacional, são da competência da Justiça Federal.
Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que não sejam sede de vara federal serão
processados e julgados na vara federal da circunscrição respectiva.
Art. 72. Sempre que conveniente ou necessário, o juiz, de ofício, mediante representação da
autoridade de polícia judiciária, ou a requerimento do Ministério Público, determinará que se
proceda, nos limites de sua jurisdição e na forma prevista no § 1 o do art. 32 desta Lei, à
destruição de drogas em processos já encerrados.
Art. 73. A União poderá celebrar convênios com os Estados visando à prevenção e repressão do
tráfico ilícito e do uso indevido de drogas.
Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a sua publicação.
24
Guido Mantega
Jorge Armando Felix
Comentário:
Atual lei sobre drogas do Brasil. Revogou as leis 6368/76 e 10409/2002 e incorporou princípios
e diretrizes semelhantes aos do SUS e da Política Nacional de Saúde Mental, no que diz respeito
às ações de atenção. Um dos aspectos mais importantes é a exclusão da pena de prisão para o
usuário de drogas, o que aproxima o uso pessoal de drogas de uma questão de saúde pública.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei altera dispositivos da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
institui o Código de Trânsito Brasileiro, com a finalidade de estabelecer alcoolemia 0 (zero) e de
impor penalidades mais severas para o condutor que dirigir sob a influência do álcool, e da Lei
no 9.294, de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de
produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos
termos do § 4o do art. 220 da Constituição Federal, para obrigar os estabelecimentos comerciais
em que se vendem ou oferecem bebidas alcoólicas a estampar, no recinto, aviso de que constitui
crime dirigir sob a influência de álcool.
§ 1o A violação do disposto no caput deste artigo implica multa de R$ 1.500,00 (um mil e
quinhentos reais).
§ 3o Não se aplica o disposto neste artigo em área urbana, de acordo com a delimitação
dada pela legislação de cada município ou do Distrito Federal.
25
bebidas ou alimentos, deverá afixar, em local de ampla visibilidade, aviso da vedação de que
trata o art. 2o desta Lei.
§ 1o A União poderá firmar convênios com Estados, Municípios e com o Distrito Federal,
a fim de que estes também possam exercer a fiscalização e aplicar as multas de que tratam os
arts. 2o e 3o desta Lei.
.............................................................................................
...................................................................................” (NR)
“Art. 165.Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;
...................................................................................” (NR)
“Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às penalidades
previstas no art. 165 deste Código.
26
Parágrafo único. Órgão do Poder Executivo federal disciplinará as margens de tolerância para
casos específicos.” (NR)
.............................................................................................
§ 2o A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser caracterizada pelo agente de
trânsito mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais
de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor.
§ 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88
da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta
quilômetros por hora).
§ 2o Nas hipóteses previstas no § 1 o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a
investigação da infração penal.” (NR)
“Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a
penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem
prejuízo das demais sanções penais cabíveis.” (NR)
VII - (VETADO)
“Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por
litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência:
27
.............................................................................................
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de
alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.” (NR)
Art. 6o Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta Lei, as bebidas potáveis que
contenham álcool em sua composição, com grau de concentração igual ou superior a meio grau
Gay-Lussac.
Art. 7o A Lei no 9.294, de 15 de julho de 1996, passa a vigorar acrescida do seguinte art.
o
4 -A:
“Art. 4o-A. Na parte interna dos locais em que se vende bebida alcoólica, deverá ser afixado
advertência escrita de forma legível e ostensiva de que é crime dirigir sob a influência de álcool,
punível com detenção.”
Art. 9o Fica revogado o inciso V do parágrafo único do art. 302 da Lei no 9.503, de 23 de
setembro de 1997.
Comentário:
Esta lei ficou mais conhecida por Lei Seca. Reduziu a zero o índice de alcoolemia no Código
Brasileiro de Trânsito e proibiu a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos localizados
na zona rural das estradas federais.
28
Decretos
29
DECRETO Nº 5.912, DE 27 DE SETEMBRO DE 2006.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,
incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei n o 11.343, de 23
de agosto de 2006,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Art.1º O Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD, instituído pela Lei no
11.343, de 23 de agosto de 2006, tem por finalidade articular, integrar, organizar e coordenar as
atividades relacionadas com:
CAPÍTULO II
30
I- acompanhar e atualizar a política nacional sobre drogas, consolidada pela SENAD;
II-exercer orientação normativa sobre as atividades previstas no art. 1o;
III-acompanhar e avaliar a gestão dos recursos do Fundo Nacional Antidrogas - FUNAD e o
desempenho dos planos e programas da política nacional sobre drogas;
IV-propor alterações em seu Regimento Interno; e
V-promover a integração ao SISNAD dos órgãos e entidades congêneres dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.
31
d) dois de organizações do Terceiro Setor, de abrangência nacional, de comprovada atuação na
área de redução da demanda de drogas.
§ 1o Cada membro titular do CONAD, de que tratam os incisos III a VII, terá seu respectivo
suplente, que o substituirá em suas ausências e impedimentos, todos designados pelo Ministro
de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
§ 2o Em suas ausências e impedimentos, o Presidente do CONAD será substituído pelo
Secretário Nacional Antidrogas, e este, por um suplente por ele indicado e designado na forma
do § 1o.
Art. 6º Os membros titulares e suplentes referidos nos incisos III a VII do art. 5o terão mandato
de dois anos, permitida uma única recondução.
Art. 7º Os membros referidos nos incisos III a VII do art. 5o perderão o mandato, antes do prazo
de dois anos, nos seguintes casos:
I- por renúncia; e
II-pela ausência imotivada em três reuniões consecutivas do Conselho.
Parágrafo único. No caso de perda do mandato, será designado novo Conselheiro para a função.
Art.9o O CONAD deliberará por maioria simples de votos, cabendo ao seu Presidente utilizar o
voto de qualidade para fins de desempate.
Art.10. O CONAD formalizará suas deliberações por meio de resoluções, que serão publicadas
no Diário Oficial da União.
Parágrafo único. Observado o disposto no art. 3o, as deliberações do CONAD serão cumpridas
pelos órgãos e entidades integrantes do SISNAD, sob acompanhamento da SENAD e do
Departamento de Polícia Federal, em suas respectivas áreas de competência.
Art.12.O CONAD definirá em ato próprio, mediante proposta aprovada pela maioria absoluta de
seus integrantes e homologada pelo seu Presidente, as normas complementares relativas à sua
organização e funcionamento.
CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO CONAD
Art.13. São atribuições do Presidente do CONAD, entre outras previstas no Regimento Interno:
I - convocar e presidir as reuniões do colegiado; e
II - solicitar estudos, informações e posicionamento sobre temas de relevante interesse público.
32
CAPÍTULO IV
DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES QUE COMPÕEM O SISNAD
Art. 14. Para o cumprimento do disposto neste Decreto, são competências específicas dos
órgãos e entidades que compõem o SISNAD:
I - do Ministério da Saúde:
a) publicar listas atualizadas periodicamente das substâncias ou produtos capazes de causar
dependência;
b) baixar instruções de caráter geral ou específico sobre limitação, fiscalização e controle da
produção, do comércio e do uso das drogas;
c) autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais dos quais possam ser extraídas ou
produzidas drogas, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo
predeterminados, mediante fiscalização, ressalvadas as hipóteses de autorização legal ou
regulamentar;
d) assegurar a emissão da indispensável licença prévia, pela autoridade sanitária competente,
para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar,
exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou
adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as
demais exigências legais;
e) disciplinar a política de atenção aos usuários e dependentes de drogas, bem como aos seus
familiares, junto à rede do Sistema Único de Saúde - SUS;
f) disciplinar as atividades que visem à redução de danos e riscos sociais e à saúde;
g) disciplinar serviços públicos e privados que desenvolvam ações de atenção às pessoas que
façam uso ou sejam dependentes de drogas e seus familiares;
h) gerir, em articulação com a SENAD, o banco de dados das instituições de atenção à saúde e
de assistência social que atendam usuários ou dependentes de drogas;
II - do Ministério da Educação:
33
a) articular e coordenar as atividades de prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção
social de usuários e dependentes de drogas;
b) propor a atualização da política nacional sobre drogas na esfera de sua competência;
c) gerir o FUNAD e o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas; e
V - dos órgãos formuladores de políticas sociais, identificar e regulamentar rede nacional das
instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atendam usuários ou dependentes de
drogas e respectivos familiares.
Parágrafo único.As competências específicas dos Ministérios e órgãos de que trata este artigo se
estendem, quando for o caso, aos órgãos e entidades que lhes sejam vinculados.
Art. 15. No âmbito de suas respectivas competências, os órgãos e entidades de que trata o art. 2o
atentarão para:
I- o alinhamento das suas respectivas políticas públicas setoriais ao disposto nos princípios e
objetivos do SISNAD, de que tratam os arts. 4o e 5o da Lei no 11.343, de 2006;
II - as orientações e normas emanadas do CONAD; e
III - a colaboração nas atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
usuários e dependentes de drogas.
CAPÍTULO V
§1º Respeitado o caráter sigiloso das informações, fará parte do banco de dados central de que
trata este artigo base de dados atualizada das instituições de atenção à saúde ou de assistência
social que atendam usuários ou dependentes de drogas, bem como das de ensino e pesquisa que
participem de tais atividades.
§2º Os órgãos e entidades da administração pública federal prestarão as informações de que
necessitar o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas, obrigando-se a atender
tempestivamente às requisições da SENAD.
Art. 18. As instituições com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social que
atendam usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do
respectivo sistema municipal de saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a
identidade das pessoas, conforme orientações emanadas do CONAD.
34
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 19. Os membros do CONAD não farão jus a nenhuma remuneração, sendo seus serviços
considerados de relevante interesse público.
Art. 20. As despesas com viagem de conselheiros poderão correr à conta do FUNAD, em
conformidade com o disposto no art. 5o da Lei no 7.560, de 19 de dezembro de 1986, sem
prejuízo da assunção de tais despesas pelos respectivos órgãos e entidades que representem.
Art. 21. Este Decreto entra em vigor em 8 de outubro de 2006, data de início da vigência da Lei
no 11.343, de 2006.
Art. 22. Ficam revogados os Decretos nos 3.696, de 21 de dezembro de 2000, e 4.513, de 13 de
dezembro de 2002.
Comentário:
Regulamentação da lei 11.343. Reforça a responsabilidade do Ministério da Saúde na definição
das políticas de atenção aos usuários de álcool e outras drogas e das ações de redução de danos
35
DECRETO Nº 6.488, DE 19 DE JUNHO DE 2008.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 276 e 306 da Lei n o 9.503, de 23 de
setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro,
DECRETA:
§ 1oAs margens de tolerância de álcool no sangue para casos específicos serão definidas
em resolução do Conselho Nacional de Trânsito-CONTRAN, nos termos de proposta formulada
pelo Ministro de Estado da Saúde.
§2oEnquanto não editado o ato de que trata o § 1 o, a margem de tolerância será de duas
decigramas por litro de sangue para todos os casos.
§3oNa hipótese do § 2o, caso a aferição da quantidade de álcool no sangue seja feito por
meio de teste em aparelho de ar alveolar pulmonar (etilômetro), a margem de tolerância será de
um décimo de miligrama por litro de ar expelido dos pulmões.
Art.2oPara os fins criminais de que trata o art. 306 da Lei no 9.503, de 1997 - Código de
Trânsito Brasileiro, a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia é a seguinte:
I-exame de sangue: concentração igual ou superior a seis decigramas de álcool por litro
de sangue; ou
36
DECRETO Nº 6.117, DE 22 DE MAIO DE 2007.
DECRETA:
Art.1º Fica aprovada a Política Nacional sobre o Álcool, consolidada a partir das
conclusões do Grupo Técnico Interministerial instituído pelo Decreto de 28 de maio de 2003,
que formulou propostas para a política do Governo Federal em relação à atenção a usuários de
álcool, e das medidas aprovadas no âmbito do Conselho Nacional Antidrogas, na forma do
Anexo I.
Art. 2º A implementação da Política Nacional sobre o Álcool terá início com a implantação
das medidas para redução do uso indevido de álcool e sua associação com a violência e
criminalidade a que se refere o Anexo II.
37
ANEXO I
I - OBJETIVO
5. Para os efeitos desta Política, é considerada bebida alcoólica aquela que contiver 0.5
grau Gay-Lussac ou mais de concentração, incluindo-se aí bebidas destiladas, fermentadas e
outras preparações, como a mistura de refrigerantes e destilados, além de preparações
farmacêuticas que contenham teor alcoólico igual ou acima de 0.5 grau Gay-Lussac.
IV - DIRETRIZES
38
4 - utilizar a lógica ampliada do conceito de redução de danos como referencial para as
ações políticas, educativas, terapêuticas e preventivas relativas ao uso de álcool, em todos os
níveis de governo;
5 - considerar como conceito de redução de danos, para efeitos desta Política, o conjunto
estratégico de medidas de saúde pública voltadas para minimizar os riscos à saúde e à vida,
decorrentes do consumo de álcool;
7 - estimular que a rede local de cuidados tenha inserção e atuação comunitárias, seja
multicêntrica, comunicável e acessível aos usuários, devendo contemplar, em seu planejamento
e funcionamento, as lógicas de território e de redução de danos;
39
19 - fomentar o desenvolvimento de tecnologia e pesquisa científicas relacionadas aos
danos sociais e à saúde decorrentes do consumo de álcool e a interação das instituições de
ensino e pesquisa com serviços sociais, de saúde, e de segurança pública;
ANEXO II
Conjunto de medidas para reduzir e prevenir os danos à saúde e à vida, bem como as situações
de violência e criminalidade associadas ao uso prejudicial de bebidas alcoólicas na população
brasileira:
1.2. Apoiar pesquisa nacional sobre o consumo de álcool, medicamentos e outras drogas e
sua associação com acidentes de trânsito entre motoristas particulares e profissionais de
transporte de cargas e de seres humanos.
3.1. Ampliar o acesso ao tratamento para usuários e dependentes de álcool aos serviços do
Sistema Único de Saúde (SUS);
3.2. Articular, com a rede pública de saúde, os recursos comunitários não governamentais
que se ocupam do tratamento e da reinserção social dos usuários e dependentes de álcool.
5.1. Intensificar a fiscalização quanto ao cumprimento do disposto nos arts. 79, 81, incisos
II e III, e 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente;
40
5.2. Intensificar a fiscalização e incentivar a aplicação de medidas proibitivas sobre venda
e consumo de bebidas alcoólicas nos campos universitários;
7.1. Difundir a alteração promovida no Código de Trânsito Brasileiro pela Lei no 11.275,
de 7 de fevereiro de 2006, quanto à comprovação de estado de embriaguez;
7.3. Recomendar a revisão dos conteúdos sobre uso de álcool e trânsito nos cursos de
formação de condutores e para a renovação da carteira de habilitação;
7.4. Recomendar a inclusão do tema álcool e trânsito na grade curricular da Escola Pública
de Trânsito;
7.5. Elaborar medidas para a proibição da venda de bebidas alcoólicas nas faixas de
domínio das rodovias federais.
8.2. Articular a realização de curso de prevenção do uso do álcool para educadores da rede
pública de ensino;
41
8.4. Articular a realização de curso de capacitação para conselheiros tutelares, dos direitos
da criança e do adolescente, de saúde, educação, antidrogas, assistência social e segurança
comunitária;
9.3.2. Estimular o fornecimento gratuito de água potável nos estabelecimentos que vendem
bebidas alcoólicas;
Comentário:
Decreto que institui a Política Nacional sobre o Álcool. Lista princípios, diretrizes e medidas
para reduzir o consumo do álcool e suas conseqüências negativas a partir de ações específicas e
intersetoriais. Grande parte das medidas previstas no decreto são decorrentes das discussões de
Grupo de Trabalho Interministerial, coordenado pelo Ministério da Saúde.
42
Portarias
Interministeriais
43
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 353, DE 7 DE MARÇO DE 2005
Art. 1º Fica instituído o Grupo de Trabalho de Saúde Mental e Economia Solidária, a ser
composto por representantes (um titular e um suplente) das instituições e instâncias abaixo, sob
coordenação da primeira:
I - Ministério da Saúde;
II - Ministério do Trabalho e Emprego;
III - Colegiado Nacional de Coordenadores de Saúde Mental;
IV - Rede de Gestores de Políticas Públicas de Fomento à Economia Solidária;
V - Fórum Brasileiro de Economia Solidária;
VI - Rede de Experiências de Geração de Renda e Trabalho em Saúde Mental; e
VII - Usuários de Saúde Mental inseridos em Experiências de Geração de Renda e
Trabalho vinculados a Serviços de Saúde Mental.
Parágrafo único. O Grupo de Trabalho ora instituído poderá convidar outros ministérios e
instituições para participar de suas atividades de acordo com os temas que serão objeto de
discussão e proposição.
44
bolsa-trabalho e inclusão social pelo trabalho, realizadas no âmbito do processo de reforma
psiquiátrica;
IV - propor mecanismos de apoio financeiro para as experiências de geração de renda e
trabalho;
V - propor atividades de formação, capacitação e produção de conhecimento na
interface saúde mental e economia solidária, bem como do marco jurídico adequado;
VI - estabelecer condições para a criação de uma Rede Brasileira de Saúde Mental e
Economia Solidária; e
VII - propor mecanismos de parceria interinstitucional, no âmbito nacional e
internacional.
Art. 3º Fixar o prazo mínimo de 15 (quinze) dias úteis para que o coordenador do Grupo
de Trabalho convoque seus membros para as reuniões.
Art. 4º Estabelecer o prazo de 2 (dois) meses, a partir da publicação desta Portaria, para
que os titulares das instituições e instâncias relacionadas no artigo 1º indiquem seus respectivos
membros, titulares e suplentes.
Art. 5º Estabelecer o prazo de seis 6 (seis) meses, prorrogáveis uma única vez, para o
Grupo de Trabalho apresentar suas conclusões aos dois Ministérios.
HUMBERTO COSTA
Ministro de Estado da Saúde
RICARDO BERZOINI
Ministro de Estado do Trabalho e Emprego
Comentário:
45
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.055 DE 17 DE MAIO DE 2006.
R E S O L V E M:
46
transtornos decorrentes do abuso de álcool e outras drogas, bem como das pessoas
envolvidas em situações de violência;
II - produzir informações qualificadas, estudos e pesquisas sobre a interface direitos
humanos e saúde mental, que possam contribuir para a efetiva proteção e promoção dos direitos;
III - desenvolver mecanismos de monitoramento das instituições que lidam com pessoas
com transtornos mentais; e
IV - criar mecanismos para acolher e encaminhar demandas oriundas de pessoas com
transtornos mentais e organizações da sociedade civil.
Art. 3º Definir que o Núcleo deva ter, em sua gestão, composição paritária de
representantes do governo e da sociedade civil.
Art. 4º Estabelecer que o Grupo de Trabalho seja integrado por representantes do
Governo Federal e da sociedade civil, e que tenha duração de 60 (sessenta) dias a contar da data
de publicação desta Portaria.
JOSÉ AGENOR
ÁLVARES DA SILVA
Ministro de Estado da
Saúde, interino
PAULO DE TARSO
VANNUCHI
Secretário Especial dos
Direitos Humanos da
Presidência da República
47
PORTARIA INTERMINISTERIAL N° 3.347, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006
Art. 1º Instituir o Núcleo Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental composto por
instituições governamentais, universitárias e da sociedade civil.
Art. 3º Definir que o Núcleo será conduzido por um Comitê Executivo integrado por
Núcleos Universitários e por representantes da Secretaria Especial de Direitos Humanos,
Ministério da Saúde e Ministério do Desenvolvimento Social e por um representante de
entidades de Direitos Humanos, escolhido por seus pares do Grupo de Trabalho instituído pela
Portaria Interministerial nº 1.055, de 17 de maio de 2006.
48
I - Núcleo de Estudos da Violência - Universidade de São Paulo;
II - Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense; e
III - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).
ANEXO
DIRETRIZES PARA O FUNCIONAMENTO DO NÚCLEO BRASILEIRO DE DIREITOS
HUMANOS E SAÚDE MENTAL
Apresentação:
Objetivos Gerais:
I - aprimorar os canais de comunicação entre o Poder Público e a sociedade, para
garantir a democratização e a transparência das informações no que diz respeito à interface
saúde mental e direitos humanos;
II - fiscalizar a legalidade dos atos praticados pela administração pública e pela
iniciativa privada no que diz respeito à interface saúde mental e direitos humanos;
III - exigir condições adequadas de internação, custódia e detenção das pessoas com
transtornos mentais e o cumprimento da legislação nacional e internacional de direitos humanos,
no que se refere a esta população;
IV - contribuir para o aperfeiçoamento e a ampliação dos mecanismos de promoção e
proteção dos direitos, combatendo o estigma, a intolerância, a discriminação, a exclusão social e
os maus tratos às pessoas com transtornos mentais;
V - desenvolver mecanismos de monitoramento das instituições que lidam com pessoas
com transtornos mentais, incluídas as crianças e adolescentes, pessoas com transtornos
decorrentes do abuso de álcool e outras drogas, bem como aquelas privadas de liberdade;
VI - contribuir para o aprimoramento das legislações e normas capazes de garantir o
direito integral à saúde de toda a sociedade, incluindo a população prisional ou internada em
instituições para o cumprimento de medidas sócio-educativas e hospitais de custódia e
tratamento psiquiátrico;
49
VII - produzir informações qualificadas, estudos e pesquisas sobre a interface saúde
mental e direitos humanos que possam contribuir para a efetiva proteção dos direitos das
pessoas com transtornos mentais, disponibilizando os dados colhidos à sociedade civil; e
VIII - criar e fomentar redes de proteção de direitos das pessoas com transtornos
mentais, com a participação direta de representantes dos usuários do SUS e da sociedade em
geral.
Objetivos específicos:
I - Realizar vistorias periódicas nos serviços de saúde mental em geral e fiscalizar as
instituições de internação assegurando a existência de condições adequadas de internação,
custódia e detenção e o cumprimento da legislação nacional e internacional de direitos
humanos;
II - Receber sugestões, reclamações e denúncias, visando à melhoria dos serviços de
saúde mental, recomendando as medidas cabíveis nos casos de violação de direitos;
III - Apurar a procedência das reclamações e denúncias recebidas e propor a instauração
de sindicâncias e inquéritos, sempre que cabíveis;
IV - Criar indicadores e instrumentos de análise dos sistemas de informação existentes
sobre as violações de direitos, agravos e óbitos por causas violentas, das pessoas com
transtornos mentais em instituições de internamento;
V - Apoiar estudos de impacto sobre a saúde mental das pessoas em regime de privação
de liberdade, em especial em Regime Disciplinar Diferenciado - RDD; e
VI - Solicitar relatórios periódicos às áreas de vigilância epidemiológica e sanitária, ao
Ministério Público e a outros sistemas de informação.
OUVIDORIA
A função da Ouvidoria em Saúde Mental e Direitos Humanos será a de fiscalizar a
legalidade dos atos praticados pela administração pública no que diz respeito à interface saúde
mental e direitos humanos, bem como a de receber denúncias e sugestões dos cidadãos/usuários
dos serviços de saúde mental, visando à melhoria e humanização da rede pública e privada,
incluindo as instituições de internação e recomendando as medidas cabíveis nos casos de
violação de direitos humanos.
MONITORAMENTO
Acesso às informações:
I - o monitoramento como eixo estratégico de trabalho do Núcleo deve privilegiar ações
como as vistorias, a análise de informações sobre as instituições de internação, bem como a
elaboração de indicadores de violações de direitos humanos; e
II - para o exercício de sua função o Núcleo de Direitos Humanos e Saúde Mental
deverá ter acesso irrestrito a todas as instituições que lidam com pessoas com transtornos
mentais, especialmente aquelas onde existam pessoas privadas de liberdade. Ademais, deverá
ser garantido o seu acesso a todas as dependências do estabelecimento, a qualquer hora e sem
aviso prévio, como também a autorização para verificar os registros (resguardados os devidos
cuidados com o sigilo profissional) e realizar as entrevistas que julgar necessárias.
ARTICULAÇÃO EM REDE
Para garantir a eficácia das instâncias de monitoramento de direitos humanos é preciso
construir um mecanismo que possa receber e encaminhar com rapidez denúncias de qualquer
parte do país. Devido as grandes dimensões de nosso território isso só será possível se
trabalharmos em rede e na articulação com os diferentes segmentos envolvidos com o controle
social, tais como o Ministério Público, os Conselhos de Saúde e de Direitos, além dos
Conselhos Profissionais.
50
Estratégias para a divulgação do núcleo e ampliação da rede de monitoramento e
controle social:
I - produzir e distribuir materiais informativos (como cartilhas e folhetos) dirigidos aos
trabalhadores de saúde, usuários e população em geral informando sobre o papel do Núcleo de
Saúde Mental e Direitos Humanos, orientando sobre o papel do Ministério Público e dos
Conselhos de Saúde, divulgando a existência dos órgãos e conselhos fiscalizadores das
profissões e abordando de forma clara a legislação do SUS e os direitos dos usuários;
II - sensibilizar os gestores, prestadores de serviço, profissionais de saúde, usuários do
SUS e a sociedade em geral quanto à importância do monitoramento em saúde mental e direitos
humanos;
III - promover campanha nacional de esclarecimento sobre o papel e as atribuições do
Núcleo de Saúde Mental e Direitos Humanos;
IV - capacitar pessoas interessadas em compor a rede de monitoramento e controle
social; e
V - criar mecanismos de comunicação permanente entre os diferentes nós da rede de
monitoramento e controle social.
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO
O Núcleo deve privilegiar as seguintes ações:
I - buscar a inclusão do tema dos direitos humanos e saúde mental nos programas de
graduação, pós-graduação e extensão;
II - apoiar a realização de pesquisas sobre o tema;
III - produzir informações a respeito das condições sociais, culturais e econômicas dos
usuários de serviços de saúde mental, visando à elaboração de políticas públicas inclusivas;
IV - produzir informações qualificadas sobre os serviços de saúde mental, incluídas as
instituições de internação;
V - colaborar com a criação de um sistema nacional de informação, visando à
divulgação da situação dos direitos humanos das pessoas com transtornos mentais em geral,
incluídas as pessoas com transtornos decorrentes do abuso de álcool e outras drogas e as pessoas
privadas de liberdade.
51
PORTARIA CONJUNTA Nº 6, DE 17 DE SETEMBRO DE 2010
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a Lei Orgânica da Saúde, que define
entre as atribuições da União sua participação na formulação e na execução da política de
formação e desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;
Considerando a Lei 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das
pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;
Art. 1º Instituir, no âmbito dos Ministérios da Saúde e da Educação, como parte do Programa de
Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde, o PET-Saúde no âmbito da Atenção em
Saúde Mental (PET-Saúde/Saúde Mental), destinado a fomentar a formação de grupos de
aprendizagem tutorial na área da Atenção em Saúde Mental, álcool e outras drogas.
Parágrafo único. O PET-Saúde/Saúde Mental tem como pressuposto a educação pelo trabalho,
caracterizando-se como instrumento para qualificação em serviço dos profissionais da saúde,
bem como de iniciação ao trabalho e vivências direcionadas aos estudantes dos cursos de
graduação na área da saúde, de acordo com as necessidades do SUS.
52
regionais;
VII - fomentar a articulação entre ensino e serviço na área da atenção em saúde mental, álcool e
outras drogas; e
VIII - fomentar o papel da atenção em saúde mental, álcool e outras drogas na análise da
situação de saúde, como instrumento de gestão, articulando-se em um conjunto de ações que se
destinam a controlar determinantes, riscos e danos à saúde da população.
Parágrafo único. Poderão participar do PET-Saúde/Saúde Mental, nas modalidades descritas nos
incisos I e II do artigo 3º os estudantes e professores de:
III - IES privadas que desenvolvam atividade curricular em serviço junto à sociedade, atestada
pelo respectivo gestor municipal ou estadual ao qual se vincular o serviço.
53
Art. 4º As bolsas e os incentivos serão repassados considerando se a proporção de 1 (um) tutor
acadêmico para 3 (três) preceptores e 12 (doze) estudantes que serão definidos a partir de cada
grupo de estudantes, sob orientação do respectivo grupo de tutor e preceptores, sendo:
I - uma bolsa mensal para cada tutor acadêmico que se dedicar às atividades de ensino e
pesquisa relacionados à atenção em saúde mental e álcool e outras drogas;
II - uma bolsa mensal para cada preceptor que se dedicar às atividades educativas com 4
(quatro) estudantes de graduação dos cursos da área da saúde;
III - uma bolsa mensal para cada estudante, relacionada à atividade de iniciação ao trabalho,
condicionada à produção de conhecimento relevante na área da atenção em saúde mental, álcool
e outras drogas; e
IV - uma bolsa mensal para o tutor coordenador, no caso de projetos que apresentem proposta
de três ou mais grupos PET-Saúde/Saúde Mental, desde que o tutor coordenador não seja tutor
acadêmico ou preceptor.
Art. 5º O valor repassado referente às bolsas deverá ser destinado àqueles que exercem funções
de tutoria acadêmica, preceptoria, e monitoria estudantil, conforme as seguintes determinações:
54
II - participar durante a sua permanência no PET-Saúde/Saúde Mental em atividades de ensino,
pesquisa e extensão;
III - manter bom rendimento no curso de graduação;
IV - publicar ou apresentar em evento de natureza científica um trabalho acadêmico por ano,
individualmente ou em grupo, fazendo referência à sua condição de bolsista do PET-
Saúde/Saúde Mental nas publicações e trabalhos apresentados; e
V - cumprir as exigências estabelecidas no Projeto PET Saúde/Saúde Mental aprovado pelos
Ministérios da Saúde e da Educação.
Art. 6º Os projetos deverão ser elaborados em conformidade com os editais a serem publicados,
observada esta Portaria.
ALBERTO BELTRAME
Comentário:
Institui o PET Saúde Mental, um Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde,
que tem o objetivo de fomentar a formação de grupos de aprendizagem tutorial na área da
Atenção em Saúde Mental, álcool e outras drogas.
55
Portarias
Ministério
da Saúde
56
PORTARIA Nº 52/GM Em 20 DE JANEIRO DE 2004
RESOLVE:
HUMBERTO COSTA
ANEXO
Programa Anual de Reestruturação da Assistência Psiquiátrica Hospitalar no SUS 2004
1. O processo de mudança do modelo assistencial deve ser conduzido de modo a garantir
uma transição segura, onde a redução dos leitos hospitalares possa ser planificada e
acompanhada da construção concomitante de alternativas de atenção no modelo comunitário.
Aprofundando estratégia já estabelecida em medidas anteriores da política de saúde mental do
SUS, a redução dos leitos deve conduzir à diminuição progressiva dos hospitais de maior porte,
levando em conta sua localização em regiões de maior densidade de leitos hospitalares, e deve
estar ancorada num processo permanente de avaliação da qualidade do atendimento hospitalar
prestado, o que vem sendo realizado anualmente através do PNASH-Psiquiatria. Na mesma
direção estratégica, a recomposição das diárias hospitalares deve ser instrumento da política de
redução racional dos leitos e qualificação do atendimento. A estratégia deve garantir também
que os recursos financeiros que deixarem progressivamente de ser utilizados no componente
57
hospitalar possam ser direcionados às ações territoriais e comunitárias de saúde mental, como os
centros de atenção psicossocial, serviços residenciais terapêuticos, ambulatórios, atenção básica
e outros. Finalmente, é necessário assegurar que o processo seja conduzido, na melhor tradição
do SUS, através de pactuações sucessivas entre gestores (municipais, estaduais e federal),
prestadores de serviços e instâncias de controle social.
2. Os hospitais psiquiátricos com mais de 160 leitos contratados/conveniados pelo SUS
deverão reduzir progressivamente seus leitos contratados/conveniados, de acordo com limites
máximos e mínimos que atendam às necessidades de garantia da adequada assistência aos
usuários do SUS, com base em planificação local e regional .
3. Para esta finalidade, os hospitais passam a ser agrupados segundo classes de acordo
com o porte, conforme o quadro. Os limites máximos e mínimos de redução anual (expressos
em módulos de 40 leitos que serão descritos no item 4), aplicáveis às diversas classes
hospitalares, em cada grupo, estão definidos a seguir:
Hospitais Psiquiátricos por Grupos de Classes e Limites de Redução
GRUPOS CLASSESNº LEITOS MÍNIMO MÁXIMO
II 121 – 160
IV 201 – 240
V 241 – 280
IX 401 - 440
XI 481 - 520
XIV acima de
V 600 ¾ ¾
58
3.1. A classe XIV comporta grupo de 8 (oito) hospitais acima de 600 leitos contratados,
que terá tratamento à parte, tendo em vista sua complexidade e atipicidade. Para os hospitais
desta classe, poderão ser pactuados limites maiores de redução de leitos.
4. Ficam estabelecidos MÓDULOS ASSISTENCIAIS de atendimento hospitalar, cada
um com 40 leitos. Desta forma, busca-se a redução progressiva do porte hospitalar, de modo a
situarem-se os hospitais, ao longo do tempo, em classes de menor porte. O módulo igual a 40
leitos passa a ser a unidade adotada para este programa de reestruturação. As exigências técnicas
de equipe mínima e arquitetura para cada módulo são aquelas já definidas em normas anteriores,
especialmente a Portaria nº 251/GM, de 31/01/2002.
5. Retificação/ajuste do número de leitos por módulos assistenciais.
5.1 Os hospitais que tenham leitos que excedam os limites dos módulos (múltiplos de 40)
terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar de 1º/01/2004, para fazerem esta primeira
reestruturação, reduzindo os leitos que superem o limite dos módulos. Assim, por exemplo, um
hospital com 168 leitos SUS deverá ajustar-se para 160 leitos SUS (4 módulos); ou um hospital
de 416 leitos SUS, deverá ajustar-se para 400 leitos SUS (10 módulos).
5.2 Após este período de retificação/ajuste, cada hospital passará a fazer parte da classe
imediatamente acima, de acordo com o total de módulos assistenciais, conforme definido no
item 6.
5.3. Esta retificação do número de leitos não será exigida aos hospitais das Classes I e II.
6. Redução dos leitos dos hospitais das Classes III a XIII
As reduções mínimas previstas no item 3 deverão ser iniciadas a partir de 1º/5/2004. A
redução de leitos será objeto de pactuação entre prestadores e gestores municipais e estaduais, e
formalizada conforme definido no item 9. A participação da instância estadual justifica-se em
vista da abrangência regional dos hospitais, e do estabelecimento das medidas de reintegração
social dos pacientes egressos.
Hospitais até 160 leitos não precisarão reduzir seus portes nesta etapa, a menos que
reduções neste grupo estejam previstas e pactuadas em planos municipais ou micro-regionais de
saúde mental.
7. Nova Classificação Hospitalar e Recomposição das Diárias Hospitalares
Fica estabelecida nova classificação dos hospitais psiquiátricos, baseada no número de
leitos contratados/conveniados ao SUS, com novos valores de remuneração das diárias
hospitalares, nas quais estão incorporados o incentivo de qualificação do atendimento prestado,
aferido pelo PNASH, e também o incentivo pela redução dos leitos.
59
entre 3
II 121 – 160 e4 32,80 34,00
Não
¾ ¾ 25,15 ¾
classificados
60
Ajustamento referido no item 10, voltarão a ser remunerados conforme os valores definidos na
Portaria nº 77/SAS, de 1º/02/2002, a partir de 1º/5/2004.
9. Os recursos financeiros restantes após a redução de leitos, em cada etapa e a cada nova
redução, permanecerão nos tetos municipais e estaduais, quando em gestão plena do sistema,
para utilização na rede local, micro-regional e regional de serviços de saúde mental, de modo a
apoiar o financiamento da implantação e manutenção de CAPS, serviços residenciais
terapêuticos e outros serviços de saúde mental nos municípios de destino dos pacientes
desinstitucionalizados, bem como custear equipes para suporte à desinstitucionalização.
10. Os gestores locais de saúde, durante a primeira etapa do Programa (janeiro a abril de
2004) firmarão Termo de Compromisso e Ajustamento com os prestadores públicos e privados,
definindo as atribuições de ambas as partes (prestadores e gestores públicos) na garantia do
adequado atendimento aos pacientes que necessitem cuidados em saúde mental, em seu âmbito
de atuação. Os prestadores deverão comprometer-se a cumprir as exigências de equipe mínima e
demais determinações técnicas contidas na Portaria nº 251/GM, de 31/01/2002. Os gestores
municipais do âmbito de referência do hospital, bem como o gestor estadual, deverão assegurar
a adequada realização do plano de reintegração social dos pacientes desinstitucionalizados, bem
como assegurar o atendimento em saúde mental na rede extra-hospitalar nos territórios
implicados. Este Termo de Ajustamento definirá a planificação caso a caso dos leitos a serem
reduzidos.
11. Este Programa Anual - 2004 é parte integrante da política de saúde mental do SUS,
cujo objetivo é a consolidação do processo de reforma psiquiátrica. Ele trata do componente
hospitalar especializado, de sua reestruturação, das mudanças de seu financiamento, do
redirecionamento dos recursos financeiros para atenção extra-hospitalar, da construção de
planos municipais, micro-regionais e estaduais de desinstitucionalização e de implantação de
rede de atenção comunitária. O Programa articula-se com outras áreas da reforma psiquiátrica,
especialmente: atenção em saúde mental no hospital geral, saúde mental na atenção básica,
urgência e emergência em saúde mental, consolidação da rede de CAPS I, II, III, i e AD,
programa De Volta para Casa, expansão das residências terapêuticas e outros, que são objeto de
normas e documentos específicos. A base teórico-conceitual e política do Programa está contida
nos seguintes documentos: Lei nº 10.216/2001, Relatório Final da III Conferência Nacional de
Saúde Mental, Lei nº 10.708/2003, legislação geral do SUS, Portaria nº 251/GM, de 31/01/2002
e outros textos normativos.
11.1. Fica estabelecido o prazo de 90 (noventa) dias para que a Secretaria de Atenção à
Saúde apresente proposta de reorganização da atenção em saúde mental em hospital geral e de
mudança dos mecanismos de financiamento aplicáveis a esta modalidade.
12. Este Programa deverá ter vigência de 12 meses, contados a partir de 1º de maio de
2004, com uma etapa preliminar de janeiro a abril de 2004, e será acompanhado por Comissão
de Avaliação e Acompanhamento nomeada pelo Ministério da Saúde, integrada por
representantes de:
- Ministério da Saúde;
- Prestadores Privados;
- Prestadores Filantrópicos;
- CONASS;
- CONASEMS;
- Trabalhadores de saúde;
- Conselho Nacional de Saúde; e
61
- Entidade da sociedade civil vinculada ao tema dos direitos humanos.
12.1. Nos Estados com grande concentração de leitos psiquiátricos – São Paulo, Rio de
Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás, Bahia e Alagoas - a Secretaria de Estado da
Saúde, através da área técnica de saúde mental, constituirá Grupo Técnico de Avaliação e
Acompanhamento, do qual fará parte um representante do Ministério da Saúde, encarregado de
acompanhar o desenvolvimento do Programa, em articulação com a Comissão de Avaliação e
Acompanhamento de âmbito federal.
Comentário:
62
PORTARIA Nº 53/GM Em 20 DE JANEIRO DE 2004
R E S O L V E:
Art. 1º Incluir na Tabela do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de
Saúde SIH-SUS o grupo 63.100.06-1 - Internação em Psiquiatria RPH, com os procedimentos
abaixo:
63.001.58.6 – Tratamento Psiquiátrico em Hospital Classe I - RPH
63
63.001.62.4 – Tratamento Psiquiátrico em Hospital Classe V - RPH
64
21,64 2,50 2,45 26,59 006 00 01
Parágrafo único. Os valores constantes deste artigo terão vigência a partir da competência
fevereiro de 2004, podendo sofrer as modificações previstas no artigo 4º , a partir da
competência maio de 2004.
Art. 2º Definir que aos valores constantes do artigo 1º será acrescentado o valor de R$
1,20 (um real e vinte centavos), para aqueles hospitais que tiverem obtido pontuação igual ou
superior a 81% no PNASH-Psiquiatria.
Art. 3º Manter os valores atuais para o procedimento abaixo:
63.001.56.0 – Tratamento Psiquiátrico em hospitais não classificados de acordo com os indicadores de
qualidade aferidos pelo PNASH – Psiquiatria
Art. 4º Definir que os hospitais que não cumprirem as exigências definidas na Portaria nº
52/GM, de 20 de janeiro de 2004, deixarão de ser remumerados através dos procedimentos
constantes no artigo 1º desta Portaria, voltando a ser remunerados de acordo com a Portaria nº
77/SAS de 1º/02/2002, a partir de 01 de maio de 2004.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a
partir de 1º de fevereiro de 2004.
HUMBERTO COSTA
65
PORTARIA Nº 358/GM Em 9 DE MARÇO DE 2004
R E S O L V E:
HUMBERTO COSTA
ANEXO I
Limite Mensal
UF (R$) Limite Anual (R$)
66
Bahia 116.598,05 1.399.176,60
67
ANEXO II
UF Município Valor mensal (R$) Valor anual (R$)
68
MG UBERABA 16.311,77 195.741,24
69
RJ VASSOURAS 26.973,43 323.681,16
70
SP OURINHOS 25.830,95 309.971,40
SAO BERNARDO DO
SP 12.004,60 144.055,20
CAMPO
71
PORTARIA Nº 595/GM Em 8 DE ABRIL DE 2004
R E S O L V E:
HUMBERTO COSTA
72
PORTARIA Nº 1174/GM Em 15 DE JUNHO DE 2004
R E S O L V E:
Art. 1º Destinar incentivo financeiro, da ordem de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), para
cada CAPS I, R$ 30.000,00 (trinta mil reais), para cada CAPS II, R$ 50.000,00 (cinqüenta mil
reais), para cada CAPS III, e R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para cada CAPSi, habilitado pelo
Ministério da Saúde no Distrito Federal, nos Estados e nos municípios, no exercício de 2004,
para realizar os procedimentos definidos pela Portaria nº 189/SAS, de 20 de março de 2002.
§ 1º Os incentivos de que trata o caput deste artigo serão transferidos em parcela única,
fundo a fundo, ao Distrito Federal, aos Estados e aos municípios, sem onerar os respectivos
tetos da assistência de média e alta complexidade.
§ 2º O incentivo de que trata o caput deste artigo não se aplica aos CAPS que foram
implantados no Distrito Federal, nos Estados e nos municípios, mediante celebração de
convênio desses com fundações, ONGs ou instituições filantrópicas, pois se destina a apoiar
financeiramente apenas a implantação de serviços de natureza jurídica pública.
Art. 2º Estabelecer que os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, correrão por
conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o programa de trabalho 1312 -
Atenção à Saúde de Populações Estratégicas em situações especiais de agravo:
I - 10.846.1312.0844.0001 - Apoio a serviços extra-hospitalares para transtornos de saúde
mental e transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
Parágrafo único. Para fazer face às despesas previstas nesta Portaria, estão alocados
recursos da ordem de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais) no item orçamentário
supracitado.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
HUMBERTO COSTA
73
PORTARIA Nº 1608/GM Em 3 DE AGOSTO DE 2004
R E S O L V E:
Art. 1º Constituir Fórum Nacional sobre Saúde Mental da Infância e Juventude, com as
seguintes atribuições:
I - funcionar como espaço de articulação intersetorial e discussão permanente sobre as
políticas para esta área;
II - estabelecer diretrizes políticas nacionais para o ordenamento do conjunto de práticas
que envolvam o campo da atenção à saúde mental infanto-juvenil;
III - promover a integração, a articulação e a interlocução entre as diversas instituições
que atuam no campo da atenção à saúde mental dessa população; e
74
IV - produzir conhecimento e informações que subsidiem as instituições responsáveis
pelas políticas públicas nessa área, nos diversos âmbitos de gestão.
Art. 2º O Fórum Nacional sobre Saúde Mental da Infância e Juventude será composto por
representantes das seguintes instâncias:
I - Área Técnica de Saúde Mental - DAPE/SAS, que o coordenará;
II - Área Técnica de Saúde Mental – Política de Álcool e Outras Drogas - DAPE/SAS;
III - Área Técnica de Saúde da Criança - DAPE/SAS;
IV - Área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem - DAPE/SAS;
V - Área Técnica de Saúde da Pessoa com Deficiência - DAPE/SAS;
VI - Departamento de Ações Programáticas Estratégicas - SAS;
VII - Departamento de Atenção Básica - SAS;
VIII - Programa Nacional de DST/AIDS/SVS;
IX - Representantes dos Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil, sendo um
representante por região brasileira;
X - Fórum Nacional de Coordenadores de Saúde Mental;
XI - Representantes de Coordenadores de Saúde Mental, sendo um representante por
região brasileira;
XII - Conselho Nacional de Saúde;
XIII - Ministério da Justiça;
XIV - Ministério da Educação;
XV - Ministério da Cultura;
XVI - Ministério dos Esportes;
XVII - Conselho Nacional de Procuradores -Promotoria de Defesa à Saúde, do Ministério
Público;
XVIII - Associação de Magistrados e Promotores de Justiça da Infância e Juventude;
XIX - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
XX - Secretaria Especial de Direitos humanos - SEDH/PR;
XXI – Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente -
CONANDA/SEDH/PR;
XXII - Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência -
CORDE/SEDH/PR;
XXIII - Federação Brasileira de Entidades para Excepcionais - FEBIEX;
XXIV - Federação Nacional das APAES;
XXV - Federação Nacional das Instituições Pestallozzi;
XXVI - Associação Brasileira de Autismo;
XXVII - Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal;
XXVIII - Comissão de Seguridade Social e Saúde da Câmara dos Deputados;
75
XXIX - Associação Juízes para a Democracia - AJD;
XXX - Fórum Nacional de Conselheiros Tutelares;
XXXI - Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria da Infância e Adolescência -
ABENEPI; e
XXXII - dois representantes de Movimentos Nacionais de Crianças e Jovens, a serem
definidos na primeira reunião deste Fórum.
Parágrafo único. As representações terão assento permanente no fórum, o qual poderá
convocar a participação de outros segmentos representativos e de convidados.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
HUMBERTO COSTA
Comentário:
Constitui o Fórum Nacional de Saúde Mental Infanto-Juvenil, com a finalidade de construir,
coletiva e intersetorialmente, as bases, princípios e diretrizes de uma política pública de saúde
mental especificamente dirigida a este segmento. Veja as Recomendações do Fórum nesta
publicação.
76
PORTARIA Nº 1935/GM Em 16 DE SETEMBRO DE 2004
R E S O L V E:
77
§ 3º O incentivo de que trata esta Portaria destina-se a apoiar financeiramente apenas a
implantação de serviços de natureza jurídica pública.
Art. 3º Estabelecer que os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, corram por conta
do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o programa de trabalho 1312 - Atenção à
Saúde de Populações Estratégicas em situações especiais de agravo: 10.846.1312.0844.0001 -
Apoio a serviços extra-hospitalares para transtornos de saúde mental e transtornos decorrentes
do uso de álcool e outras drogas.
§ 1º Para fazer face às despesas previstas nesta Portaria, estão alocados recursos da ordem
de R$ 2.550.000,00 (dois milhões quinhentos e cinqüenta mil reais) no item orçamentário
supracitado, no exercício de 2004, para os incentivos referentes aos CAPS I, CAPS II, CAPS III
e CAPSi.
§ 2º Os incentivos para a implantação dos CAPS ad – Centros de Atenção Psicossocial para
Atendimento de Pacientes com Transtornos causados pelo uso prejudicial e/ou dependência de
álcool e outras drogas - deverão onerar os seguintes programas de trabalho, conforme
estabelecido pela Portaria nº 816/GM, de 30 de abril de 2002:
I - 10.302.0023.4306 – Atendimento Ambulatorial, Emergencial e Hospitalar em regime de
Gestão Plena do Sistema Único de Saúde – SUS; e
II - 10.302.0023.4307 – Atendimento Ambulatorial, Emergencial e Hospitalar prestado
pela Rede Cadastrada no Sistema Único de Saúde – SUS.
Art. 4º Para os gestores que não apresentarem ao Ministério da Saúde os itens constantes
do artigo 1º desta Portaria, permanecem as disposições da Portaria nº 1.174/GM, de 15 de junho
de 2004.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
HUMBERTO COSTA
Comentário:
Esta portaria destina, pela primeira vez, incentivo financeiro antecipado para municípios que
estão em processo de implantação de CAPS. Esta portaria foi superada pela PT MS/GM 245, de
17 de fevereiro de 2005.
78
PORTARIA Nº 2.068/GM Em 24 DE SETEMBRO DE 2004
R E S O L V E:
79
aos estados e ao Distrito Federal, sem onerar os respectivos tetos da assistência de média e alta
complexidade, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por cada módulo com oito vagas,
podendo a residência ter um ou até oito moradores.
§ 2º Os incentivos repassados deverão ser aplicados na melhoria e/ou implantação dos
Serviços Residenciais Terapêuticos, conforme estabelecido no inciso E do art. 2º.
Art. 3º Estabelecer que os recursos orçamentários, objeto desta Portaria correrão por
conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o programa de trabalho 1312 -
Atenção à Saúde de Populações Estratégicas em Situações Especiais de Agravo, nas ações:
I - 10.845.1312.0843 - auxílio reabilitação psicossocial aos egressos de longa internação
psiquiátrica no SUS; e
II -10.846.1312.0844 - apoio a serviços extra-hospitalares para portadores de transtornos
de saúde mental e/ou portadores de transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
Parágrafo único. Para fazer face às despesas previstas nesta Portaria, estão alocados
recursos da ordem de R$ 2.600.000,00 (dois milhões e seiscentos mil reais), nos itens
orçamentários supracitados, referentes aos exercícios de 2004 e 2005, para os incentivos
destinados aos Serviços Residenciais Terapêuticos.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
HUMBERTO COSTA
Anexo
80
Para os serviços residenciais que já estejam em funcionamento preencher o quadro abaixo (um
quadro para cada um dos SRT), além dos dados anteriores:
Comentário:
Destina incentivo financeiro para os municípios em processo de implantação de Serviços
Residenciais Terapêuticos. Norma superada pela PT MS/GM 246, de 17 de fevereiro de 2005.
81
PORTARIA Nº 2.069/GM Em, 24 DE SETEMBRO DE 2004
R E S O L V E:
82
Art. 3º Habilitar 26 (vinte e seis) municípios abaixo relacionados, por serem os
municípios de origem de beneficiários potenciais do Programa “De Volta para Casa”,
atualmente internados em hospitais psiquiátricos em processo de descredenciamento do SUS:
I - Acari (RN)
II - Além Paraíba (mg)
III - Boqueirão (PB)
IV - Cabo de Santo Agostinho (PE)
V - Campo Formoso (BA)
VI - Caruaru (PE)
VII - Cuité (PB)
VIII - Cruzeta (RN)
IX - Currais Novos (RN)
X - Jaboatão dos Guararapes (PE)
XI - Jaguarari (BA)
XII - Juazeiro (BA)
XIII - Lagoa Nova (RN)
XIV - Lagoa Seca (PB)
XV - Limoeiro (PE)
XVI - Massaranduba (PB)
XVII - Olinda (PE)
XVIII - Ouro Branco (RN)
XIX - Patos (PB)
XX - Paulista (PE)
XXI - Petrolina (PE)
XXII - Pirapora (mg)
XXIII - Queimadas (PB)
XXIV - São Lourenço da Mata (PE)
XXV - Senhor do Bonfim (BA)
XXVI - Vitória de Santo Antão (PE)
Art. 4º Habilitar 30 (trinta) municípios abaixo relacionados, por serem municípios de
origem de pacientes egressos do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador:
I - Belmonte
II - Boa Vista do Tupim
III - Brumado
IV - Cachoeira
V - Canavieiras
VI - Coaraci
83
VII - Cruz das Almas
VIII - Dario Moreira
IX - Guanambi
X - Ilhéus
XI - Itapetinga
XII - Itabuna
XIII - Itapitanga
XIV - Jussara
XV - Jequié
XVI - Marcionílio Souza
XVII - Mata de São João
XVIII - Nova Ibiá
XIX - Olindina
XX - Pedrão
XXI - Perdido
XXII - Poções
XXIII - Queimadas
XXIV - Quixabeira
XXV - Ruy Barbosa
XXVI - São Cristovão
XXVII - Serrinha
XXVIII - Teixeira de Freitas
XXIX - Una
XXX - Valença
Art. 5º Habilitar 25 (vinte e cinco) municípios abaixo relacionados, por serem municípios
de origem de beneficiários potenciais do programa “De Volta para Casa”, segundo levantamento
encaminhado ao Ministério da Saúde pelo Colegiado de Coordenadores de Saúde Mental da
Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais:
I - Aimorés
II - Bicas
III - Carandaí
IV - Caratinga
V - Contagem
VI - Divinópolis
VII - Governador Valadores
VIII - Leopoldina
IX - Lima Duarte
84
X - Mariana
XI - Nova Lima
XII - Oliveira
XIII - Ouro Preto
XIV - Passos
XV - Patos de Minas
XVI - Ponte Nova
XVII - Pouso Alegre
XVIII - Sabará
XIX - Santos Dumont
XX - São Sebastião do Paraíso
XXI - São João Nepomuceno
XXII - Sete Lagoas
XXIII - Teófilo Otoni
XXIV - Uberaba
XXV - Viçosa
Art. 6º Estabelecer que os referidos municípios devam encaminhar o pedido de adesão ao
Programa, segundo definido no art. 3º da Portaria nº 2.077/GM, de 31 de outubro de 2003, num
prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação desta Portaria, para formalização de sua adesão
junto à Secretaria de Atenção à Saúde - (SAS) deste Ministério.
Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
HUMBERTO COSTA
85
PORTARIA Nº 2.197/GM Em 14 DE OUTUBRO DE 2004
86
R E S O L V E:
87
específica, porém, dentro de sistemática similar à utilizada para os CAPSad, quanto à proposta
de atenção integral a usuários e familiares, à inserção comunitária e à lógica territorial desses
serviços.
§ 2º A criação do Serviço Hospitalar de Referência para a Atenção Integral aos Usuários
de Álcool e outras Drogas (SHR-ad) não exclui a obrigatoriedade da existência de leitos para
desintoxicação e repouso, conforme previsto pela Portaria nº 336/02/GM, mencionada
anteriormente;
Art. 5º O componente de atenção hospitalar de referência, objeto do inciso III, do artigo
2º desta Portaria, define que os Serviços Hospitalares de Referência para a Atenção Integral aos
Usuários de Álcool e outras Drogas - SHR-ad serão instalados em Hospitais Gerais, e têm como
objetivos:
I - compor rede de atenção integral a usuários de álcool e outras drogas, participando do
sistema de organização e regulação das demandas e fluxos assistenciais, em área geográfica
definida, respeitando as atribuições e competências das instâncias do SUS para a sua
implantação e gerenciamento;
II - compor, na rede assistencial, e em sua estrutura de atendimento hospitalar de urgência
e emergência, a rede hospitalar de retaguarda aos usuários de álcool e outras drogas;
III - atuar respeitando as premissas do SUS e a lógica territorial, salvo em casos de
ausência de recursos assistenciais similares, onde a clientela atendida poderá ultrapassar os
limites territoriais previstos para a abrangência do serviço;
IV - dar suporte à demanda assistencial caracterizada por situações de
urgência/emergência que sejam decorrentes do consumo ou abstinência de álcool e/ou outras
drogas, advindas da rede dos Centros de Atenção Psicossocial para a Atenção a Usuários de
Álcool e outras Drogas (CAPSad), da rede básica de cuidados em saúde (Programa Saúde da
Família, e Unidades Básicas de Saúde), e de serviços ambulatoriais especializados e não-
especializados;
V - oferecer suporte hospitalar, por meio de internações de curta duração para usuários de
álcool e/ou outras drogas, em situações assistenciais para as quais os recursos extra-hospitalares
disponíveis não tenham obtido a devida resolutividade, ou ainda em casos de necessidade
imediata de intervenção em ambiente hospitalar, sempre respeitadas as determinações da Lei nº
10.216, e sempre acolhendo os pacientes em regime de curtíssima e curta permanência;
VI - oferecer, nas situações descritas nos incisos III e IV, do artigo 2° desta Portaria,
abordagem, suporte e encaminhamento adequado aos usuários que, mediante avaliação geral,
evidenciarem indicativos de ocorrência de comorbidades de ordem clínica e/ou psíquica; e
VII - evitar a internação de usuários de álcool e outras drogas em hospitais psiquiátricos.
Art. 6º O componente da rede de suporte social, objeto do inciso II, do artigo 2º desta
Portaria inclui dispositivos comunitários de acolhida e cuidados, que devem ter as seguintes
características:
I - estar articulados à rede de cuidados do SUS (não sendo, porém, componentes dessa
rede, mas instância complementar), são exemplos os grupos de mútua ajuda, entidades
congregadoras de usuários, associações comunitárias e demais entidades da sociedade civil
organizada;
II - configurar, assim, estrutura complementar à rede de serviços disponibilizados pelo
SUS; e
III - respeitar as determinações da Lei nº 10.216, para unidades, não componentes da rede
do SUS, que trabalham com a permanência de pacientes em regime fechado.
88
Art. 7° Determinar que os objetivos descritos no artigo 5º desta Portaria sejam
direcionados prioritariamente a pessoas que fazem uso prejudicial de álcool, em face da
magnitude epidemiológica do seu uso e de suas conseqüências, porém, contemplando
igualmente o conjunto de usuários de álcool e outras drogas que apresente a maior demanda por
cuidados, no território de abrangência de cada serviço.
Parágrafo único. O componente hospitalar do Programa de Atenção Integral a Usuários de
Álcool e outras Drogas obedece às determinações da Lei nº 10.216/2001 que são relativas à
internação hospitalar, considerando em sua lógica de funcionamento somente internações
hospitalares que demandem por curta permanência dos usuários, em suas unidades de
referência.
Art. 8º Inserir, na tabela de procedimentos do SIH-SUS, os seguintes procedimentos
específicos para a atenção hospitalar aos usuários de álcool e outras drogas, e realizados em
Serviço Hospitalar de Referência (SHR-ad) previamente habilitados:
I - tratamento de intoxicação aguda, em Serviço Hospitalar de Referência para a Atenção
Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas - SHRad (tempo de permanência: 24 a 48
horas);
II - tratamento da síndrome de abstinência do álcool, em Serviço Hospitalar de Referência
para a Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas - SHRad (tempo de
permanência: 3 a 7 dias); e
III - tratamento de dependência do álcool, com a presença de intoxicação aguda com
evolução para a instalação de síndrome de abstinência grave, ou ainda outros quadros de
síndrome de abstinência seguidos por complicações clínicas, neurológicas e psiquiátricas, em
Serviço Hospitalar de Referência para a Atenção Integral aos Usuários de Álcool e outras
Drogas - SHRad (tempo de permanência: 3 a 15 dias).
Parágrafo único. Ficam mantidos os procedimentos já contemplados na tabela SIH-SUS,
e relativos à atenção hospitalar a usuários de álcool e outras drogas.
Art. 9° Estabelecer que, em função da existência de diferentes níveis de organização para
as redes assistenciais locais e da variação da incidência e da gravidade dos transtornos
decorrentes do uso de álcool e outras drogas, e, como primeira etapa do programa, deverão ser
habilitados Serviços Hospitalares de Atenção Integral aos Usuários de Álcool e outras Drogas
(SRH-ad), de acordo com as prioridades abaixo estabelecidas:
I - regiões metropolitanas;
II - municípios acima de 200.000 habitantes;
III - municípios que já possuam CAPSad em funcionamento; e
IV - municípios onde já esteja implantado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência -
SAMU/192.
Parágrafo único. Deverão, também, ser levadas em consideração outras necessidades de
ordem epidemiológica e estratégica para a consolidação da rede assistencial aos usuários de
álcool e outras drogas.
Art. 10. Determinar que os recursos orçamentários relativos às ações de que trata esta
Portaria corram por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar os seguintes
Programas de Trabalho:
I - 10.846.1312.0844 - Apoio a Serviços Extra-Hospitalares para Transtornos de Saúde
Mental e Decorrentes do Uso de Álcool e outras Drogas;
II - 10.846.1220.0906 - Atenção à Saúde dos Municípios Habilitados em Gestão Plena do
Sistema e nos Estados Habilitados em Gestão Plena/Avançada; e
89
III - 10.846.1220.0907 - Atenção à Saúde dos Municípios não-Habilitados em Gestão
Plena do Sistema e nos Estados não-Habilitados em Gestão Plena/Avançada.
Art. 11. Determinar à Secretaria de Atenção à Saúde que adote as providências
necessárias ao cumprimento e à regulamentação do disposto nesta Portaria, no que se refere aos
procedimentos a serem realizados pelos Serviços Hospitalares de Referência para a Atenção
Integral aos Usuários de Álcool e outras Drogas (SHR-ad), critérios para habilitação e normas
de funcionamento.
Art. 12. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
HUMBERTO COSTA
Comentário:
90
PORTARIA Nº 245/GM Em 17 DE FEVEREIRO DE 2005
R E S O L V E:
Art. 1º Destinar ao Distrito Federal, aos Estados, e aos Municípios, incentivo financeiro,
para implantação de novos Centros de Atenção Psicossocial - CAPS, observadas as diretrizes da
Portaria nº 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002.
Art. 2º Determinar que as solicitações de incentivo para implantação dos CAPS sejam
apresentadas ao Ministério da Saúde, com cópia para a respectiva Secretaria de Estado da
Saúde, devendo ser instruídas com os seguintes documentos:
Art. 3º Estabelecer que o Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para a
devolução dos recursos recebidos, caso haja o descumprimento do prazo de implantação efetiva
do CAPS, definido nesta Portaria.
Art. 4º Definir que o incentivo de que trata o artigo 1º desta Portaria seja da ordem de:
91
§ 2º Os incentivos repassados deverão ser aplicados na implantação dos Centros de
Atenção Psicossocial, podendo ser utilizados para reforma do local em que funcionará o CAPS,
compra de equipamentos, aquisição de material de consumo e/ou capacitação da equipe técnica
e outros itens de custeio.
§ 3º O incentivo de que trata esta Portaria destina-se a apoiar financeiramente apenas a
implantação de serviços de natureza jurídica pública.
Art. 5º Estabelecer que os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, corram por conta
do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o seguinte programa de trabalho:
10.302.1312.8529 - Serviços Extra-Hospitalares de Atenção aos Portadores de
Transtornos Mentais e Transtornos Decorrentes do Uso de Álcool e Outras Drogas.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, cessando os efeitos da
Portaria nº 1.935/GM, de 16 de setembro de 2004, publicada no DOU nº 180, de 17 de setembro
de 2004, Seção 1, pág. 51.
HUMBERTO COSTA
Comentário:
Define o repasse fundo a fundo do incentivo antecipado para implantação dos novos CAPS aos
estados, municípios e Distrito Federal e estabelece os critérios para transferência.
92
PORTARIA Nº 246/GM Em 17 DE FEVEREIRO DE 2005
R E S O L V E:
Art. 2º Estabelecer, como exigência para que o repasse do incentivo financeiro seja
efetivado, que o gestor responsável pelo Serviço Residencial Terapêutico encaminhe ao
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas - DAPE, Área Técnica de Saúde Mental, da
Secretaria de Atenção à Saúde - SAS, e para a Secretaria de Saúde Estadual correspondente, se
for o caso, os seguintes documentos:
93
Art. 3º Estabelecer que o Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para a
devolução dos recursos recebidos, caso haja o descumprimento do prazo de implantação efetiva
do Serviço Residencial Terapêutico, definido nesta Portaria.
Art. 4º Estabelecer que os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, corram por conta
do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o seguinte programa de trabalho:
10.302.1312.8529 - Serviços Extra-Hospitalares de Atenção aos Portadores de
Transtornos Mentais e Transtornos Decorrentes do Uso de Álcool e Outras Drogas.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, cessando os efeitos da
Portaria nº 2.068, de 24 de setembro de 2004, publicada no DOU nº 186, de 27 de setembro de
2004, Seção 1, pág. 31.
HUMBERTO COSTA
UF:
Nome do município: Nome do gestor responsável pelo SRT:
Nº de casa(s) (módulos): Nº de moradores por módulo:
Natureza Jurídica do SRT: CNPJ:
Endereço completo do SRT: Telefone:
FAX: Nome do técnico responsável/supervisor do SRT:
Telefone de contato: E-mail:
Para os serviços residenciais que já estão em funcionamento, preencher o quadro abaixo (um
quadro para cada um dos SRT), além dos dados anteriores:
Nome do técnico responsável pelo SRT:
Nome do(s) cuidador(es) e horário de trabalho:
Procedência
Tempo
(Hospital,
Nome doData de que
Idade Raça SexoCPF CI abrigo, Possui
Morador Nascimento está no
morador dealgum Benefício
SRT
rua etc)
Aux. Outr
LOAS
Reabilitação o
Comentário:
Esta portaria define o incentivo no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) para a implantação ou
melhoria dos Serviços Residenciais Terapêuticos. O repasse é feito em parcela única e não
onera os tetos estaduais e municipais.
94
PORTARIA Nº 429/GM Em 22 DE MARÇO DE 2005.
R E S OL V E:
Art. 1º Instituir o Comitê Técnico Assessor para a Política do Álcool e de Outras Drogas
do Ministério da Saúde, de caráter consultivo sobre os aspectos técnicos e científicos
necessários ao aprimoramento das políticas sobre o álcool e outras drogas da Área Técnica de
Saúde Mental, do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, da Secretaria de Atenção
à Saúde, visando à inserção de suas diretrizes e prioridades no contexto e na organização do
Sistema Único de Saúde - SUS.
Art 2º O Comitê Técnico Assessor para a Política do Álcool e de Outras Drogas será
composto por membros que representam os segmentos do poder público, da comunidade
científica e da sociedade, oriundos de instituições públicas e privadas envolvidas com atividades
de promoção da saúde, prevenção e tratamento do uso de álcool e outras drogas, bem como
aqueles envolvidos com o tema redução de danos.
Parágrafo único. Os membros deverão declarar a inexistência de conflito de interesses com suas
atividades no debate dos temas inscritos no Comitê, sendo que, na eventualidade da existência
de conflito de interesses, deverão abster-se de participar da sessão e da deliberação sobre o
tema.
Art. 4º O Comitê Técnico Assessor para a Política do Álcool e de Outras Drogas será
coordenado pelo titular da Área Técnica de Saúde Mental, do Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde e/ou por
seu suplente, que terá as seguintes atribuições:
95
II - indicar um assessor técnico da área para desenvolver atividades necessárias para o
funcionamento do Comitê;
III - encaminhar as atas e os relatórios para a apreciação do Ministro da Saúde; e
IV - submeter à apreciação e aprovação do Ministro da Saúde as recomendações oriundas
das reuniões ordinárias e extraordinárias.
Art. 6º O Comitê Técnico Assessor para a Política do Álcool e de Outras Drogas reunir-
se-á três vezes ao ano, ou extraordinariamente, quando convocados pelo seu Coordenador,
sendo que suas reuniões serão realizadas com a presença de, no mínimo, cinqüenta por cento de
seus membros.
§ 1º Os membros desse Comitê terão mandato de 2 (dois) anos consecutivos, sendo que
1/3 (um terço) do total dos membros poderão ser reconduzidos a mais um mandato.
§ 2º Os membros poderão deixar de integrar o Comitê a qualquer tempo, a pedido do
membro integrante ou a critério dos demais membros, mediante a formalização da solicitação de
desligamento feita ao Coordenador.
§ 3º O Comitê Técnico Assessor para a Política do Álcool e de Outras Drogas terá seu
trabalho normatizado por Regimento Interno.
HUMBERTO COSTA
Comentário:
Cria o Comitê Técnico Assessor da Política de Álcool e outras drogas do Ministério da Saúde.
Instância consultiva do SUS para a questão de álcool e outras drogas. Composto de
representantes de diversas instituições e organizações.
96
PORTARIA Nº 1.028/GM DE 1º DE JULHO DE 2005
R E S O L V E:
Art. 1º Determinar que as ações que visam à redução de danos sociais e à saúde,
decorrentes do uso de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, sejam
reguladas por esta Portaria.
Art. 2º Definir que a redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de produtos,
substâncias ou drogas que causem dependência, desenvolva-se por meio de ações de saúde
dirigidas a usuários ou a dependentes que não podem, não conseguem ou não querem
interromper o referido uso, tendo como objetivo reduzir os riscos associados sem,
necessariamente, intervir na oferta ou no consumo.
Art. 3º Definir que as ações de redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de
produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, compreendam uma ou mais das
medidas de atenção integral à saúde, listadas a seguir, praticadas respeitando as necessidades do
público alvo e da comunidade:
I - informação, educação e aconselhamento;
II - assistência social e à saúde; e
III - disponibilização de insumos de proteção à saúde e de prevenção ao HIV/Aids e
Hepatites.
Art. 4º Estabelecer que as ações de informação, educação e aconselhamento tenham por
97
objetivo o estímulo à adoção de comportamentos mais seguros no consumo de produtos,
substâncias ou drogas que causem dependência, e nas práticas sexuais de seus consumidores e
parceiros sexuais.
§ 1º São conteúdos necessários das ações de informação, educação e aconselhamento:
I - informações sobre os possíveis riscos e danos relacionados ao consumo de produtos,
substâncias ou drogas que causem dependência;
II - desestímulo ao compartilhamento de instrumentos utilizados para consumo de
produtos, substâncias ou drogas que causem dependência;
III - orientação sobre prevenção e conduta em caso de intoxicação aguda (“overdose”);
IV - prevenção das infecções pelo HIV, hepatites, endocardites e outras patologias de
padrão de transmissão similar;
V - orientação para prática do sexo seguro;
VI - divulgação dos serviços públicos e de interesse público, nas áreas de assistência
social e de saúde; e
VII - divulgação dos princípios e garantias fundamentais assegurados na Constituição
Federal e nas declarações universais de direitos.
§ 2º As ações de informação, educação e aconselhamento devem, necessariamente, ser
acompanhadas da distribuição dos insumos destinados a minimizar os riscos decorrentes do
consumo de produtos, substâncias e drogas que causem dependência.
Art. 5º Estabelecer que a oferta de assistência social e à saúde, na comunidade e em
serviços, objetive a garantia de assistência integral ao usuário ou ao dependente de produtos,
substâncias ou drogas que causem dependência.
Parágrafo único. São ações necessárias na oferta de assistência social e à saúde, quando
requeridas pelo usuário ou pelo dependente:
I - o tratamento à dependência causada por produtos, substâncias ou drogas;
II - o diagnóstico da infecção pelo HIV e o tratamento da infecção pelo HIV e da AIDS;
III - a imunização, o diagnóstico e o tratamento das hepatites virais;
IV - o diagnóstico e o tratamento das doenças sexualmente transmissíveis (DST); e
V - a orientação para o exercício dos direitos e garantias fundamentais previstos na
Constituição Federal e quaisquer outros relativos à manutenção de qualidade digna da vida.
Art. 6º Definir que as estratégias de redução de danos incluam a disponibilização de
insumos de prevenção ao HIV/Aids e as estratégias da saúde pública dirigidas à proteção da
vida e ao tratamento dos dependentes de produtos, substâncias e drogas que causem
dependência.
Art. 7º Estabelecer que as iniciativas relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas
sejam incluídas nas estratégias de redução de danos, dados os agravos relacionados a esta
substância na população geral e que devam ser articuladas intersetorialmente de forma a
potencializar os efeitos de promoção à saúde.
Art. 8º Definir que as ações de redução de danos devem ser desenvolvidas em todos os
espaços de interesse público em que ocorra ou possa ocorrer o consumo de produtos,
substâncias ou drogas que causem dependência, ou para onde se reportem os seus usuários.
Parágrafo único. As disposições desta Portaria aplicam-se no âmbito do sistema
penitenciário, das cadeias públicas, dos estabelecimentos educacionais destinados à internação
98
de adolescentes, dos hospitais psiquiátricos, dos abrigos, dos estabelecimentos destinados ao
tratamento de usuários ou dependentes ou de quaisquer outras instituições que mantenham
pessoas submetidas à privação ou à restrição da liberdade.
Art. 9º Estabelecer que as ações de redução de danos devem ser desenvolvidas em
consonância com a promoção dos direitos humanos, tendo especialmente em conta o respeito à
diversidade dos usuários ou dependentes de produtos, substâncias ou drogas que causem
dependência.
§ 1º Em todas as ações de redução de danos, devem ser preservadas a identidade e a
liberdade da decisão do usuário ou dependente ou pessoas tomadas como tais, sobre qualquer
procedimento relacionado à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento.
§ 2º A contratação de pessoal para o trabalho com redução de danos, de que trata esta
Portaria, deve dar prioridade aos membros da comunidade onde as ações serão desenvolvidas,
observadas, no âmbito da Administração Pública, as normas de acesso a cargos ou empregos
públicos, levando-se em conta principalmente o acesso à população alvo, independentemente do
nível de instrução formal.
Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
HUMBERTO COSTA
Comentário:
Regulamenta e define ações de redução de danos nos âmbitos da prevenção e atenção à saúde.
99
PORTARIA Nº 1.059/GM DE 4 DE JULHO DE 2005
R E S O L V E:
Art. 1º Destinar ao Distrito Federal, aos estados, e aos municípios, incentivo financeiro,
para o fomento de ações de redução de danos nos Centros de Atenção Psicossocial para o
Álcool e outras Drogas - CAPSad cadastrados e em funcionamento, observadas as diretrizes da
Portaria nº 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002.
Art. 2º Definir que, no âmbito desta Portaria, entende-se ações de redução de danos como
intervenções de saúde pública que visam prevenir as conseqüências negativas do uso de álcool e
outras drogas, tais como:
I - ampliação do acesso aos serviços de saúde, especialmente dos usuários que não têm
contato com o sistema de saúde, por meio de trabalho de campo;
II - distribuição de insumos (seringas, agulhas, cachimbos) para prevenir a infecção dos
vírus HIV e Hepatites B e C entre usuários de drogas;
III - elaboração e distribuição de materiais educativos para usuários de álcool e outras
drogas informando sobre formas mais seguras do uso de álcool e outras drogas e sobre as
conseqüências negativas do uso de substâncias psicoativas;
IV - ampliação do número de unidades de tratamento para o uso nocivo de álcool e outras
drogas;
V - outras medidas de apoio e orientação, com o objetivo de modificar hábitos de
consumo e reforçar o auto-controle.
Art. 3º Determinar que as solicitações de incentivo para o fomento das ações de redução
de danos sejam apresentadas ao Ministério da Saúde, com cópia para a respectiva Secretaria de
Estado da Saúde, devendo ser instruídas com os seguintes documentos:
100
IV - termo de compromisso do gestor local, assegurando o início das ações em até 3 (três)
meses após o recebimento do incentivo financeiro de que trata esta Portaria; e
V - proposta técnica de aplicação dos recursos.
Art. 5º Estabelecer que o Fundo Nacional de Saúde adote as medidas necessárias para a
devolução dos recursos recebidos, caso haja o descumprimento do prazo de início das ações
definido nesta Portaria.
Art. 6º Definir que o incentivo de que trata o artigo 1º desta Portaria seja da ordem de
R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) anuais.
§ 1º O incentivo será transferido, em parcela única anual, aos respectivos fundos, dos
Estados, Municípios e do Distrito Federal, sem onerar os respectivos tetos da assistência de
média e alta complexidade.
§ 2º O incentivo de que trata esta Portaria destina-se a apoiar financeiramente apenas os
serviços de natureza jurídica pública.
Art. 7º Estabelecer que os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, corram por conta
do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o programa de trabalho
10.302.1312.8529 - Serviços Extra-Hospitalares de Atenção aos Portadores de Transtornos
Mentais e Transtornos Decorrentes do Uso de Álcool e outras Drogas.
HUMBERTO COSTA
Comentário:
Cria incentivo financeiro a ser repassado aos Estados e Municípios que desenvolvam ações de
redução de danos vinculadas ao trabalho dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas
(CAPSad).
101
PORTARIA Nº 384 DE 05 DE JULHO DE 2005
Art.2º- Definir que a inclusão de novos procedimentos não altera os valores de repasse
financeiro descritos na Portaria SAS nº189, de 20 de Março de 2002.
JORGE SOLLA
Secretário
Comentário:
Autoriza os CAPS I a cobrar os procedimentos relativos ao atendimento de usuários de álcool e
outras drogas.
102
PORTARIA Nº 395 DE 07 DE JULHO DE 2005
Art 1º - Determinar que os hospitais psiquiátricos dos grupos II a IV (classes III a XIII),
constantes do Anexo I, que não aderiram ao Programa de Reestruturação da Assistência
Psiquiátrica Hospitalar no SUS – 2004, por meio da assinatura de um Termo de Compromisso e
Ajustamento para redução de leitos na 1ª etapa do Programa (ajuste/retificação a módulos de 40
leitos), voltem a ser remunerados conforme os valores definidos na Portaria nº 77/SAS, de 1º de
fevereiro de 2002.
Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a
partir de 1º de agosto de 2005.
JORGE SOLLA
Secretário
103
ANEXO
104
PORTARIA Nº 1.169, DE 7 DE JULHO DE 2005
Destina incentivo financeiro para municípios que desenvolvam projetos de Inclusão Social
pelo Trabalho destinados a pessoas portadoras de transtornos mentais e/ou de transtornos
decorrentes do uso de álcool e outras drogas, e dá outras providências.
105
Art. 4º Estabelecer, como exigência para que o repasse do incentivo financeiro seja
efetivado, que o gestor do município encaminhe ao Departamento de Ações Programáticas e
Estratégicas - DAPE - Área Técnica de Saúde Mental, da Secretaria de Atenção à Saúde, deste
Ministério, e para a Secretaria Estadual correspondente, se for o caso, os seguintes documentos:
Art. 5º Definir os valores a seguir descritos para o incentivo de que trata esta Portaria:
I - R$ 5.000,00 para municípios que possuam entre 10 e 50 usuários de serviços de saúde mental
em projetos de inclusão social pelo trabalho;
II - R$ 10.000,00 - para municípios que possuam entre 51 e 150 usuários de serviços de saúde
mental em projetos de inclusão social pelo trabalho; e
III - R$ 15.000,00 - para municípios que possuam mais de 150 usuários de serviços de saúde
mental em projetos de inclusão social pelo trabalho.
Art. 7º Estabelecer que o Fundo Nacional de Saúde adote as medidas necessárias para a
devolução dos recursos recebidos, caso haja o descumprimento do prazo de aplicação efetiva
definido nesta Portaria.
Art. 8º Definir que serão destinados, para as ações previstas nesta Portaria, recursos da
ordem de R$ 750.000,00 (setecentos e cinqüenta mil reais), para o exercício de 2005, e
1.900.000,00 (hum milhão e novecentos mil reais) para o exercício de 2006, oriundos do
orçamento do Ministério da Saúde, nas seguintes ações:
HUMBERTO COSTA
Comentário:
Esta portaria possui relevância para os programas de inclusão social, que são articulados com a
rede pública de saúde mental, na medida em que cria uma linha específica de financiamento
para equipar iniciativas de geração de trabalho e renda e/ou para capacitar usuários, familiares e
profissionais da saúde mental.
106
PORTARIA Nº 1174/GM DE 7 DE JULHO DE 2005.
R E S O L V E:
Art. 2º Estabelecer que o Programa de Qualificação dos CAPS deva incluir as seguintes
ações: a) supervisão clínico-institucional regular (semanal); b) ações de atenção domiciliar e em
espaços comunitários; c) ações de acompanhamento integrado com a rede de atenção básica em
seu território de referência; d) realização de projetos de estágio e de treinamento em serviço, em
articulação com centros formadores; e) ações de integração com familiares e comunidade; f)
107
desenvolvimento de pesquisas que busquem a integração entre teoria e prática e a produção de
conhecimento, em articulação com centros formadores.
Art. 4º Estabelecer que uma comissão técnica de caráter consultivo, coordenada pelo
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Área Técnica de Saúde Mental,
acompanhe e analise as solicitações de incentivo emergencial para supervisão nos CAPS.
Art. 5º Estabelecer, como exigência para que o repasse do incentivo financeiro seja
efetivado, que o gestor municipal/estadual responsável pelos CAPS encaminhe ao
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – DAPES - Área Técnica de Saúde Mental,
da Secretaria de Atenção à Saúde - SAS, e para a Secretaria de Saúde Estadual correspondente,
se for o caso, os seguintes documentos:
Art. 6º Os incentivos terão o valor total de R$10.000,00 (dez mil reais) para cada CAPS
com solicitação aprovada e serão transferidos aos fundos dos estados, dos municípios, e do
Distrito Federal, em três parcelas de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), R$ 3.000,00 (três mil reais)
e R$ 3.000,00 (três mil reais) nesta ordem, sem onerar os respectivos tetos da assistência de
média e alta complexidade.
Art. 7º O incentivo financeiro, objeto desta Portaria, tem caráter emergencial e, terá
duração de um ano, a contar da publicação da portaria pelo Ministério da Saúde.
108
Art. 8º Recomendar aos municípios que não possuírem profissionais habilitados para
realizarem a supervisão clínico-institucional dos CAPS que apresentem projetos ao Ministério
da Saúde, visando ao desenvolvimento de programas de formação de profissionais habilitados
para a função de supervisores.
Art. 9º Estabelecer que os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, corram por conta
do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar os seguintes programas de trabalho:
HUMBERTO COSTA
Comentário:
Destina incentivo financeiro no valor de R$ 10.000,00 para o desenvolvimento do Programa de
Supervisão Clínico-institucional e Qualificação do Atendimento e da Gestão dos Centros de
Atenção Psicossocial – CAPS e estabelece critérios para a implantação do programa. Além de
prover orientação técnica para as equipes do CAPS, este programa é um valioso dispositivo de
aperfeiçoamento da gestão e de apoio à equipe
109
PORTARIA Nº 1.612/GM DE 9 DE SETEMBRO DE 2005.
R E S O L V E:
Código
Código Descrição
classifica Descrição classificação
Serviço serviço
ção
Serviço Hospitalar de Referência para a Atenção
Integral aos Usuários de Álcool e dar cobertura
outras Drogas - serviço específico de atenção a
usuários que apresentem necessidade de suporte
de atendimento especializado em saúde mental,
ATENÇÃO individualmente e/ou em grupos, e
014 006
PSICOSSOCIAL capacidade operacional para hospitalar para
quadros de intoxicação e / ou
abstinência decorrentes do uso de álcool e outras
drogas, com oferta assistencial à população do
seu território de abrangência, funcionando em
regime de 24 horas diárias. Designação: SHR-ad
110
Art. 3º Definir as compatibilidades do serviço/classificação descrito no artigo 2º desta
Portaria com as categorias profissionais que prestam atendimento em saúde, classificadas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, codificadas de acordo com a tabela de Classificação
Brasileira de Ocupações, conforme o Anexo II desta Portaria.
Art. 4º Incluir, na Tabela do Sistema de Informação Hospitalar SIH/SUS, os
procedimentos específicos para a atenção hospitalar aos usuários de álcool e outras drogas e
realizados em Hospitais de Referência (SHR-ad), conforme segue:
111
Exige habilitação (MS) Sim
Tipo de Financiamento MAC
Valor do SH 75,87
Valor do SP 24,55
Valor do SADT 4,58
Valor Total 105,00
112
Permanência a maior Não
Leitos Clínico
AIH 5 Não
Complexidade Média Complexidade
Exige habilitação (MS) Sim
Tipo de Financiamento MAC
Valor do SH 38,47
Valor do SP 3,80
Valor do SADT 3,73
Valor Total 46,00
113
Sexo Ambos
CID-10 F10.2, F11.2, F12.2, F13.2, F14.2, F15.2, F16.2,
F17.2, F18.2, F19.2
Admite Anestesia Não
Pontos do Ato 018
Permanência 1
Permanência a maior Não
Leitos Clínico
AIH 5 Não
Complexidade Média Complexidade
Exige habilitação (MS) Sim
Tipo de Financiamento MAC
Valor do SH 38,47
Valor do SP 3,80
Valor do SADT 3,73
Valor Total 46,00
SARAIVA FELIPE
114
ANEXO I
1 - Cadastramento
a - regiões metropolitanas;
b - municípios acima de 200.000 habitantes;
c - municípios que já possuam CAPSad, ou CAPS III em funcionamento; e
d - municípios onde já esteja implantado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência -
SAMU/192;
1.2.1 - A abertura de qualquer Serviço Hospitalar de Atenção Integral aos Usuários de Álcool e
outras Drogas (SHR-ad) poderá ser iniciada tanto pelo Gestor do SUS - Secretaria de Saúde do
Estado, do Distrito Federal ou do município em Gestão Plena do Sistema Municipal. Cabe à
Secretaria Estadual de Saúde, conforme já enunciado, o planejamento da rede e a definição do
quantitativo de serviços necessários de acordo com os critérios estabelecidos por esta Portaria e
aprovação da Comissão Intergestores Bipartite - CIB.
115
1.2.3 - O processo de credenciamento de SHR-ad deverá ser composto das seguintes etapas:
I - Requerimento, por parte dos gestores municipais, de acordo com a demanda por SHR-ad em
seus municípios, à Comissão Intergestores Bipartite, por meio do Secretário de Estado da Saúde.
O processo deverá estar instruído com a documentação exigida para cadastramento de serviços,
acrescida de:
III - Remessa do processo, para fins de habilitação pelo gestor federal, para a Área Técnica de
Saúde Mental/DAPE/SAS, que deverá emitir parecer técnico.
a - sob a coordenação do gestor local, compor rede de atenção integral a usuários de álcool e
outras drogas, participando do sistema de organização e regulação das demandas e fluxos
assistenciais, em área geográfica definida, respeitando as atribuições e competências das
instâncias do SUS para a sua implantação e gerenciamento;
b - em nível local ou regional, compor a rede hospitalar de retaguarda aos usuários de álcool e
outras drogas, observando o território, a lógica de redução de danos e outras premissas e
princípios do SUS;
c - dar suporte à demanda assistencial caracterizada por situações de urgência/emergência que
sejam decorrentes do consumo ou abstinência de álcool e/ou outras drogas, advindas da rede dos
Centros de Atenção Psicossocial para a Atenção a Usuários de Álcool e outras Drogas
(CAPSad), da rede básica de cuidados em saúde (Programa Saúde da Família, e Unidades
Básicas de Saúde), e de serviços ambulatoriais especializados e não-especializados;
d - oferecer suporte hospitalar, por meio de internações de curta duração, para usuários de álcool
e/ou outras drogas, em situações assistenciais para as quais os recursos extra-hospitalares
disponíveis não tenham obtido a devida resolutividade, ou ainda em casos de necessidade
imediata de intervenção em ambiente hospitalar, sempre respeitadas as determinações da Lei nº
10.216, e sempre acolhendo os pacientes em regime de curtíssima e curta permanência;
116
e - oferecer abordagem, suporte e encaminhamento adequado aos usuários que, mediante
avaliação geral, evidenciarem indicativos de ocorrência de comorbidades de ordem clínica e/ou
psíquica;
f - evitar a internação de usuários de álcool e outras drogas em hospitais psiquiátricos; e
g - funcionar em regime integral, durante 24 horas diárias, nos sete dias da semana, sem solução
de continuidade entre os turnos, constituindo unidades de 16 leitos, no máximo.
1.3.3 - As atividades relacionadas nos itens acima e seus respectivos desdobramentos deverão
constituir o projeto terapêutico da instituição – para tanto, fica definido que:
117
f - na condição de instrumento de representação de uma filosofia que norteia e permeia todo o
trabalho institucional, imprimindo qualidade e humanização à assistência prestada, deve ser
permanentemente avaliado, implementado e revalidado pela equipe multiprofissional.
a - a área física do SHR-ad deverá se enquadrar aos critérios e normas estabelecidos pela
legislação em vigor ou outros ditames legais que as venham substituir ou complementar, a
saber:
- Resolução nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento para Técnico
para Planejamento, Prorrogação, Elaboração e Avaliação de Projetos Físicos de
Estabelecimentos de Assistência à Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
ANVISA; e
- Resolução nº 5, de 5 de agosto de 1993, do CONAMA - Conselho Nacional de Meio
Ambiente,
b - a área física deve ser adequada, convenientemente iluminada e ventilada, permitindo que os
atendimentos sejam desenvolvidos com organização e segurança;
c -a área física deve contar, no mínimo, com:
- sala para atendimento individual dos usuários;
- enfermarias, que devem constituir espaços mistos, com quartos separados por sexo;
- quartos individuais, quando necessário, respeitando eventuais necessidades e demandas
específicas dos usuários;
- espaço multiuso, ou área livre para atividades terapêuticas ou recreativas;
- posto de enfermagem; e
- é recomendável que exista espaço próprio para refeições,
d - em instalações hospitalares de arquitetura vertical, o SHR-ad deve ficar o mais próximo
possível do andar térreo, facilitando o trânsito dos usuários, possibilitando a integração de
pequena área livre para atividades, e diminuindo o risco aos usuários do serviço;
e - deve ser buscada a compatibilização entre espaços hospitalares concebidos de acordo com a
economia espacial utilizada pela arquitetura hospitalar, e o uso deste mesmo espaço de acordo
com a dinâmica da atenção psicossocial, em uma lógica na qual a humanização do cuidado e a
convivência se apresentam como favorecedores do processo terapêutico.
1.3.5.2 - A equipe pode ser complementada por outros profissionais, de nível superior ou médio,
necessários ao projeto terapêutico. Da mesma forma, outros profissionais componentes da
equipe do hospital geral deverão ser acionados sempre que necessário.
118
ANEXO II
Comentário:
Estabelece critérios para a implantação dos Serviços Hospitalares de Referência para Álcool e
outras Drogas (SHRad), inclui novos procedimentos nos sistemas de informação do SUS
referentes à internação de usuários de álcool e outras drogas e define normas para o
cadastramento dos SHRad.
119
PORTARIA Nº 2.542/GM DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005.
R E S O L V E:
120
VI - um representante da Universidade de Brasília - UnB;
VII - um representante do Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva, da Universidade Federal
do Rio de Janeiro - NESC/UFRJ;
VIII - um representante da Pontifícia Universidade Católica, do Rio Grande do Sul -
PUC-RS;
IX - um representante do Núcleo de Epidemiologia do Instituto Phillipe Pinel, do Rio de
Janeiro;
X - um representante do Centro de Valorização da Vida - CVV.
Art. 3º Estabelecer que o Grupo de Trabalho terá 60 (sessenta) dias, a contar da
publicação desta Portaria, para apresentar proposta para implantação da Estratégia Nacional de
Prevenção ao Suicídio.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
SARAIVA FELIPE
Comentário:
Nesta portaria, pela primeira vez, o Ministério da Saúde assinala que o suicídio é um grave
problema de saúde pública, que pode ser prevenido, e assume o compromisso de desenvolver,
em conjunto com outras entidades de governo e da sociedade civil, estratégias de prevenção a
ser implantadas em todas as unidades federadas.
121
PORTARIA Nº 678/GM DE 30 DE MARÇO DE 2006.
R E S O L V E:
Parágrafo único. A Estratégia objeto deste artigo será desenvolvida por meio do
estabelecimento de parceria entre o Ministério da Saúde e instituições de ensino, pesquisa e
extensão, com o objetivo de formulação e execução de projetos de pesquisa e produção e de
conhecimento para avaliação e aperfeiçoamento dos CAPS e demais serviços da rede pública de
saúde mental, focalizando desde a acessibilidade, a organização dos serviços, a gestão, a
qualidade da atenção, a efetividade, a formação dos profissionais e a produção de qualidade de
vida e cidadania dos usuários envolvidos.
Art. 2º Definir que, para a condução da Estratégia de que trata o artigo 1º desta Portaria, o
Ministério da Saúde buscará o estabelecimento de parceria com os seguintes centros
universitários:
122
Art. 3º Estabelecer que a Secretaria de Atenção à Saúde, ouvidas as Secretarias de
Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde,
no prazo de 60 (sessenta) dias, procederá à elaboração do Termo de Cooperação Técnica e
Científica entre as referidas universidades e o Ministério da Saúde, do qual conste a definição
das ações e responsabilidades de cada instituição.
SARAIVA FELIPE
123
PORTARIA Nº 1.876 DE 14 DE AGOSTO DE 2006
124
estratégias nacionais de prevenção do suicídio; e
Considerando a Portaria nº 2.542/GM, de 22 de dezembro de 2005, que instituiu Grupo
de Trabalho com o objetivo de elaborar e implantar a Estratégia Nacional de Prevenção ao
Suicídio,
R E S O L V E:
125
Art. 4° Determinar à Secretaria de Atenção à Saúde que constitua um Grupo de Trabalho,
a ser instituído por portaria específica, para propor a regulamentação dessas diretrizes no prazo
máximo de 120 (cento e vinte) dias.
Comentário:
Esta portaria apresenta o primeiro produto do GT da Estratégia Nacional de Prevenção do
Suicídio. Oferece uma série de ações, que envolve promoção da qualidade de vida, prevenção
primária, secundária e terciária, tratamento e reabilitação psicossocial, que têm impacto na
redução das taxas de mortes por suicídio e nos danos causados aos familiares, amigos e colegas
de trabalho das vítimas a ser implantadas nas três esferas de gestão.
126
PORTARIA Nº 748, DE 10 DE OUTUBRO DE 2006
CÓDIGO
CÓDIGO DESCRIÇÃO DO
CLASSIFICAÇÃ DESCRIÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO
SERVIÇO SERVIÇO
O DO SERVIÇO
127
período de outubro de 2006 a fevereiro de 2007. Após este período os cadastros que não
forem adequados ficarão com “status” de inconsistentes/pendentes na base de dados do
SCNES local e nacional.
ANEXO II
Conceitos:
Entendem-se como Serviços Residenciais Terapêuticos, moradias ou casas inseridas,
preferencialmente, na comunidade, destinadas a cuidar dos portadores de transtornos mentais,
egressos de internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social e
laços familiares e, que viabilizem sua inserção social.
Para identificação das residências terapêuticas deverão ser observados os critérios abaixo
estabelecidos:
1 – DADOS OPERACIONAIS:
Informar se o comando é de INCLUSÃO, ALTERAÇÃO OU EXCLUSÃO.
CAMPO COM PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO
Obs.O cadastro das residências só poderá ser realizado no cadastro do estabelecimento que tiver
previamente cadastrado o serviço/classificação (014/007); caso haja mais de uma residência
128
vinculada ao mesmo estabelecimento, o SCNES fará automaticamente a numeração seqüencial
no formato SSSCNES.
Onde:
SSS: Número Seqüencial
CNES – Código do CNES do estabelecimento
4 – LOCALIZAÇÃO
5 – CARACTERIZAÇÃO DA RESIDENCIA
5.4 - N º de Cuidadores.
Deverá ser informada a quantidade de profissionais com a ocupação de Cuidador de Saúde,
CBO 199.99, que estão lotados na residência. Poderão ser informados outros profissionais
lotados na residência quando houver CBO compatível com a ocupação dos mesmos.
129
ANEXO III – TABELA DE SERVIÇO/CLASSIFICAÇÃO SCNES REFERENTE A
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
130
06162- MÉDICO PSIQUIATRA
OU 6142-MÉDICO
NEUROLOGISTA
07630- TERAPEUTA
OCUPACIONAL OU 04945 -
PEDAGOGO
07410- PSICÓLOGO, EM
GERAL.
57210 - AUXILIAR DE
ENFERMAGEM OU 7210-
TECNICO DE ENFERMAGEM,
EM GERAL
131
PORTARIA N° 2.488 DE 2 DE OUTUBRO DE 2007
R E S O L V E:
Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos
operacionais e financeiros a partir da competência setembro de 2007.
132
ANEXO I
VALOR (R$)
CÓDIGO PROCEDIMENTOS SIH/SUS
SH SP SADT
63001101 TRATAMENTO PSIQUIATRIA -HOSPITAL GERAL 32,89 3,25 3,17
63001209 TRATAMENTO EM PSIQUIATRIA EM HOSPITAL DIA 31,77 3,14 3,07
63001586 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE I - RPH 36,40 2,95 2,89
63001594 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE II - RPH 32,86 2,95 2,89
63001608 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE III - RPH 29,21 2,90 2,84
63001616 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE IV - RPH 27,53 2,90 2,84
63001624 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE V - RPH 26,68 2,85 2,79
63001632 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE VI - RPH 26,29 2,85 2,79
63001640 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE VII - RPH 25,54 2,80 2,74
63001659 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE VIII - RPH 24,64 2,80 2,74
63001667 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE IX - RPH 24,04 2,75 2,70
63001675 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE X - RPH 23,91 2,75 2,70
63001683 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE XI - RPH 23,37 2,70 2,65
63001691 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE XII - RPH 23,27 2,70 2,65
63001713 TRATAMENTO PSIQUIATRICO EM HOSPITAL CLASSE XIV - RPH 22,69 2,65 2,60
133
PORTARIA Nº 2.759 DE 25 DE OUTUBRO DE 2007
Considerando a Lei nº 10.216, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;
Considerando os princípios gerais do Relatório da III Conferência Nacional de Saúde
Mental, aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde;
Considerando as deliberações da IV Conferência Nacional de Saúde Indígena;
Considerando os debates do II Fórum Amazônico de Saúde Mental e as diretrizes da
Carta de Saúde Mental Indígena na Amazônia Legal;
Considerando a aprovação pelo Ministério da Saúde, pela Organização Panamericana de
Saúde e pela Organização Mundial da Saúde da Carta de Brasília de 2005, que estabelece os
Princípios Orientadores para o Desenvolvimento da Atenção em Saúde Mental nas Américas, e
que ratifica a Declaração de Caracas sobre a necessidade de enfrentar desafios relacionados às
populações mais vulneráveis, como os povos indígenas;
Considerando as deliberações da Reunião Sobre o Plano de Saúde Mental Indígena para
os Distritos Sanitários Especiais Indígenas; e
Considerando a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas,
aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 13 de setembro de 2007,
R E S O L V E:
Art 1º Estabelecer como diretrizes gerais para uma Política de Atenção Integral à Saúde
Mental das Populações Indígenas:
I - apoiar e respeitar a capacidade das diversas etnias e das comunidades indígenas, com
seus valores, economias, tecnologias, modos de organização, de expressão e de produção de
conhecimento, para identificar problemas, mobilizar recursos e criar alternativas para a
construção de soluções para os problemas da comunidade;
II - apoiar a organização de um processo de construção coletiva de consensos e de
soluções, que envolva a participação de todos os atores sociais relevantes, em especial o
movimento social e as lideranças indígenas, que considere e respeite as especificidades e a
cultura de cada comunidade indígena envolvida, que respeite e convoque os conhecimentos da
medicina tradicional das comunidades, e que crie alternativas viáveis e consensuais para a
abordagem dos problemas de saúde destas comunidades;
III - considerar como atores sociais imprescindíveis para a construção deste processo, os
etnólogos e a comunidade acadêmica, na medida em que vem acompanhando sistematicamente
o impacto do contato destas comunidades com as sociedades envolventes, apontando a
complexidade dos problemas das comunidades e das intervenções do Estado brasileiro e
produzindo conhecimento acerca da heterogeneidade destas comunidades;
IV - garantir ações integradas, através da articulação institucional entre as diferentes
esferas de governo (União, Estado e Municípios);
V - garantir acessibilidade, sobretudo através da potencialização das ações de construção
coletiva de soluções para os problemas de saúde mental no nível da atenção básica, e da
potencialização dos CAPS na construção coletiva de ações em seu território, sobretudo em
regiões com grande concentração de comunidades indígenas;
VI - considerar como fundamento das propostas de intervenção a estratégia de pesquisa –
ação participativa, que permita sistematizar informação epidemiológica, assim como os modelos
134
explicativos e sistemas de ação que os indígenas implementam para a superação de seus
problemas;
VII - garantir a criação de um sistema de monitoramento e avaliação das ações, que além
de inquéritos epidemiológicos específicos, inclua estudos qualitativos de avaliação das
estratégias de intervenção, sejam estas intraculturais ou externas à cultura local; e
VIII - garantir que o Programa de Formação Permanente de Recursos Humanos para a
Reforma Psiquiátrica, já em andamento, absorva, especialmente em regiões com grande
concentração de comunidades indígenas, a problemática da saúde mental indígena.
Art. 2º Criar o Comitê Gestor da Política de Atenção Integral à Saúde Mental das
Populações Indígenas, com as seguintes incumbências:
I - elaborar e pactuar com as instâncias implicadas, em 45 (quarenta) dias, uma norma que
regulamente as ações de atenção em Saúde Mental às populações indígenas, onde estejam
implicadas estruturas da Secretaria de Atenção à Saúde - SAS/MS, da Secretaria de Vigilância
em Saúde - SVS/MS, e da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA;
II - coordenar as ações no âmbito do Ministério da Saúde, ouvidas as instâncias
representativas de comunidades indígenas, para o enfrentamento das situações emergenciais da
atenção à saúde mental indígena, como o alcoolismo, o suicídio e outros problemas prevalentes;
e
III - elaborar um sistema de monitoramento e avaliação das ações de atenção em saúde
mental às populações indígenas, em sua implantação e implementação.
Comentário:
Esta peça estabelece as primeiras diretrizes para a atenção à saúde mental da população
indígena, atendendo ao desafio da construção de referenciais ético-políticas para uma atenção à
saúde mental fundada no respeito e na sensibilidade à diversidade e pluralidade de identidades
da população brasileira.
135
PORTARIA Nº 3.211 DE 20 DE DEZEMBRO DE 2007.
R E S O L V E:
Art. 1º Constituir Grupo de Trabalho (GT) sobre Atenção aos Autistas na Rede do
Sistema Único de Saúde - SUS, com as seguintes atribuições:
I - elaborar um diagnóstico da situação atual para atenção às pessoas com autismo na rede
do SUS; e
II - propor medidas para ampliação do acesso e qualificação da atenção oferecida na rede
SUS.
Art. 2º Estabelecer que o Grupo de Trabalho instituído por esta Portaria seja composto
por representantes das Instâncias e Instituições a seguir relacionadas:
136
X- Comissão Intersetorial de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência do Conselho
Nacional de Saúde;
XI - Federação Nacional das APAES;
XII - Federação Nacional das Pestalozzi;
XIII - Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência –
CORDE/SEDH/PR; e
XIV - Ministério da Educação - Secretaria de Educação Especial.
Art. 3º Definir o prazo de 90 (noventa) dias, a partir da data de sua instalação, prorrogável
por mais 30 dias, para apresentação das conclusões do Grupo de Trabalho.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Comentário:
O Grupo de Trabalho sobre Atenção ao Autismo no SUS tem o mérito de reunir e estabelecer o
diálogo entre as diversas entidades que atendem as pessoas portadoras de autismo, as instâncias
governamentais de diferentes setores e os dispositivos da saúde pública, com o objetivo de
ampliar o acesso e qualificar o atendimento ao autismo na rede do Sistema Único de Saúde.
137
PORTARIA Nº 3.237/GM DE 24 DE DEZEMBRO DE 2007
R E S O L V E:
138
Art. 4º O financiamento da assistência farmacêutica básica é responsabilidade das
três esferas de gestão, devendo ser aplicados os valores mínimos definidos nesta Portaria.
Parágrafo único. Valores mínimos aplicados para Medicamentos do Elenco de
Referência:
I - União: R$ 4,10 por habitante/ano;
II - Estados e Distrito Federal: R$ 1,50 por habitante/ano; e
III - Municípios: R$ 1,50 por habitante/ano.
Art. 5º O Ministério da Saúde financiará ainda, com recursos distintos dos valores
indicados no artigo 4º, parágrafo único, a aquisição e a distribuição às Secretarias de Saúde dos
Estados, dos seguintes medicamentos e insumos:
I - medicamento Insulina NPH 100 UI e Insulina Humana Regular 100 UI,
constantes do Elenco de Referência e cujo gasto de referência representa R$ 0,68 habitante/ano;
e
II - contraceptivos e insumos do Programa Saúde da Mulher, constantes do Elenco
de Referência e cujo gasto de referência representa R$ 0,30 habitante/ano.
Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos
financeiros a partir da competência janeiro de 2008.
139
ANEXO I
140
constantes do Elenco de Referência pactuado, nos itens quantitativos e no cronograma de
entrega que o gestor municipal programar.
Art. 9º A transferência dos recursos federais será suspensa nas seguintes situações:
I - quando constatadas irregularidades na utilização dos recursos, obtidas por meio
de auditorias dos órgãos de controle interno e externo, assegurado o direito de defesa; e
II - não-aplicação dos valores mínimos devidos e pactuados nesta Portaria pelo
gestor estadual e/ou municipal, quando denunciada formalmente por um dos gestores ou
constatada por meio de monitoramento e auditorias realizadas por órgãos de controle interno e
externo.
§ 1º O bloqueio dos recursos financeiros será realizado mediante aviso prévio de
60 (sessenta) dias ao gestor, e formalizado por meio de publicação de portaria específica,
devidamente fundamentada.
§ 2º O repasse federal dos recursos financeiros deste componente será
restabelecido tão logo seja comprovada a regularização da situação que motivou a suspensão.
ANEXO II
I – Medicamentos com aquisição pelos Municípios, Distrito Federal e/ou Estados, conforme
pactuação nas Comissões Intergestores Bipartite e Financiamento Tripartite
141
Moraxella catanhalis
Amoxicilina cápsula 500 mg
Anlodipino, besilato de, comprimido 5 e 10 mg
Atenolol comprimido 50 e 100 mg
Uso indicado para tratamento de tracoma em dose
Azitromicina suspensão oral 40 mg/ml única de infecção genital por Chlamydia
trachomatis
Uso indicado para tratamento de tracoma em dose
Azitromicina comprimido 500 mg única de infecção genital por Chlamydia
trachomatis
Beclometasona, dipropionato de, pó, solução inalante ou
aerossol 50 mg/dose e 200 mg/dose
Benzilpenicilina benzatina pó para suspensão injetável
1.200.000 U.I.
Benzilpenicilina benzatina pó para suspensão injetável 600.000
U.I.
Benzilpenicilina procaína + Benzilpenicilina potássica
suspensão injetável 300.000 UI + 100.000 UI
Captopril comprimido 25 mg
Carbamazepina comprimido 200 mg
Carbamazepina xarope 20 mg/ml
Cefalexina sódica ou cefalexina, cloridrato de, suspensão oral 50
mg/ml
Cefalexina sódica ou cefalexina, cloridrato de, cápsula 500 mg
Ciprofloxacino, cloridrato de, comprimido 500 mg
Clomipramina, cloridrato de, comprimido 10 e 25 mg
Clorpromazina, cloridrato de, comprimido 100 e 25 mg
Clorpromazina, cloridrato de, solução oral 40 mg/ml
Dexametasona creme 0,1%
Dexclorfeniramina, maleato de,comprimido 2 mg
Dexclorfeniramina, maleato de, solução oral ou xarope de 0,4
mg/mL
Diazepam comprimido 5 mg
Digoxina comprimido 0,25 mg
Dipirona sódica solução oral 500 mg\ml
Enalapril, maleato de, comprimido 5 e 20 mg
Eritromicina, estearato de, suspensão oral 50mg/ml
Eritromicina, estearato de, comprimido 500 mg
Espironolactona comprimido 25 e 100 mg
Fenitoína sódica comprimido 100 mg
Fenitoína sódica suspensão oral 25 mg/ml
Fenobarbital comprimido 100 mg
Fenobarbital solução oral 40 mg/ml
Furosemida comprimido 40 mg
Glibenclamida comprimido 5mg
Gliclazida comprimido 80 mg Uso indicado para pacientes idosos
Haloperidol comprimido 1e 5 mg
Haloperidol solução oral 2 mg/ml
Hidroclorotiazida comprimido 12,5 e 25 mg
Hidróxido de Magnésio + Hidróxido de Alumínio comprimido
mastigável 200 mg + 200 mg
142
Hidróxido de Magnésio + Hidróxido de Alumínio suspensão
oral 35,6 mg + 37 mg
Ibuprofeno comprimido 200 ou 600 mg
Ibuprofeno suspensão oral 20mg/ml
Isossorbida, dinitrato de, comprimido sublingual 5 mg Uso indicado para casos de crise anginosa
Isossorbida, mononitrato de, comprimido 40 mg
Levotiroxina sódica comprimido 25 mg, 50µg e 100 mg
Loratadina xarope 1 mg\ml
Loratadina comprimido 10 mg
Maytenus ilicifolia cápsulas 350, 380, 420 e 500 mg e suspensão
Nome Popular = Espinheira Santa
oral
Mebendazol comprimido 100 mg
Mebendazol suspensão oral 20 mg/ml
Medicamentos Homeopáticos conforme Farmacopéia
Homeopática Brasileira - 2ª edição
Uso indicado para tratamento de hipertensão em
Metildopa comprimido 250 mg
gestante
Metformina, cloridrato de, comprimido 500 e 850 mg
Metoclopramida, cloridrato de, comprimidos 10 mg
Metronidazol suspensão oral 40 mg/ml
Metronidazol creme vaginal 5,0%
Metronidazol comprimido 250 mg
Miconazol, nitrato de, creme vaginal 2%
Mikania glomerata Sprengl xarope e solução oral Nome Popular = Guaco
Nistatina suspensão oral 100.000 UI\ml
Nortriptilina, cloridrato de, cápsula 10, 25 e 50 mg
Paracetamol solução oral 200 mg/ml
Paracetamol comprimido 500 mg
Permetrina creme 5% e loção 1%
Prednisolona, fosfato sódico de, solução oral 1.34 mg/ml
Prednisona comprimido 20 mg
Prednisona, comprimido 5 mg
Propranolol, cloridrato de, comprimido 10 e 40 mg
Ranitidina, cloridrato de, comprimido 150 mg
Sais para reidratação oral pó para solução oral, composição
conforme descrito na RENAME 2006
Salbutamol, sulfato de, aerossol 100 mg/dose
Sulfametoxazol + Trimetoprima suspensão oral 40 mg + 8
mg/ml
Sulfametoxazol + Trimetoprima comprimido 400 mg + 80 mg
Tiabendazol suspensão oral 50 mg/ml
Tiabendazol comprimido 500 mg
Verapamil, cloridrato de, comprimido 40, 80 e 120 mg
143
III – Medicamentos e Insumos com aquisição e financiamento pelo Ministério da Saúde
Comentário:
144
PORTARIA Nº 154 DE 24 DE JANEIRO DE 2008.
145
Considerando que a Política Nacional de Assistência Farmacêutica - PNAF, estabelecida
por meio da Resolução CNS nº 338, de 6 de maio de 2004, é parte integrante da Política
Nacional de Saúde, envolvendo um conjunto de ações voltadas à promoção, à proteção e à
recuperação da saúde e garantindo os princípios da universalidade, e da integralidade e da
eqüidade; e
Considerando a Portaria nº 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006, que aprova as Diretrizes
Operacionais do Pacto pela Saúde 2006, bem como a Portaria nº 699/GM, de 30 de março de
2006, que regulamenta as Diretrizes Operacionais dos Pactos pela Vida e de Gestão,
R E S O L V E:
Art. 1º Criar os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF com o objetivo de ampliar
a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a
inserção da estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e o processo de territorialização e
regionalização a partir da atenção básica.
Art. 2º Estabelecer que os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF constituídos por
equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, atuem em parceria
com os profissionais das Equipes Saúde da Família - ESF, compartilhando as práticas em saúde
nos territórios sob responsabilidade das ESF, atuando diretamente no apoio às equipes e na
unidade na qual o NASF está cadastrado.
146
Art. 4º Determinar que os NASF devam funcionar em horário de trabalho coincidente
com o das equipes de Saúde da Família, e que a carga horária dos profissionais do NASF
considerados para repasse de recursos federais seja de, no mínimo, 40 horas semanais,
observando o seguinte:
I - para os profissionais médicos, em substituição a um profissional de 40 (quarenta)
horas semanais, podem ser registrados 2 (dois) profissionais que cumpram um mínimo de 20
(vinte) horas semanais cada um; e
II - para as demais ocupações vale a definição do caput deste artigo.
§ 1º A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais,
seguindo os critérios de prioridade identificados a partir das necessidades locais e da
disponibilidade de profissionais de cada uma das diferentes ocupações.
§ 2º Tendo em vista a magnitude epidemiológica dos transtornos mentais, recomenda-se
que cada Núcleo de Apoio a Saúde da Família conte com pelo menos 1 (um) profissional da
área de saúde mental.
§ 3º Os profissionais do NASF devem ser cadastrados em uma única unidade de saúde,
localizada preferencialmente dentro do território de atuação das equipes de Saúde da Família às
quais estão vinculados.
§ 4º As ações de responsabilidade de todos os profissionais que compõem os NASF, a
serem desenvolvidas em conjunto com as equipes de SF, estão descritas no Anexo I a esta
Portaria.
Art. 5º Definir que cada NASF 1 realize suas atividades vinculado a, no mínimo, 8 (oito)
Equipes de Saúde da Família, e a no máximo, a 20 (vinte) Equipes de Saúde da Família.
Art. 6º Definir que cada NASF 2 realize suas atividades vinculado a, no mínimo, 3 (três)
equipes de Saúde da Família.
§ 1º O número máximo de NASF 2 aos quais o Município pode fazer jus para
recebimento de recursos financeiros específicos será de 1 (um) NASF 2.
Art. 7º Definir que seja de competência das Secretarias de Saúde dos Municípios e do
Distrito Federal:
147
I- definir o território de atuação de cada NASF quando as equipes de Saúde da Família às
quais estes NASF estiverem vinculados pertencerem a um mesmo Município ou ao Distrito
Federal;
II - planejar as ações que serão realizadas pelos NASF, como educação continuada e
atendimento a casos específicos;
III - definir o plano de ação do NASF em conjunto com as ESF, incluindo formulários de
referência e contra-referência, garantindo a interface e a liderança das equipes de Saúde da
Família no estabelecimento do cuidado longitudinal dos indivíduos assistidos, bem como de
suas famílias;
IV - selecionar, contratar e remunerar os profissionais para os NASF, em conformidade
com a legislação vigente;
V - manter atualizado o cadastro de profissionais, de serviços e de estabelecimentos sob
sua gestão;
VI - disponibilizar a estrutura física adequada e garantir os recursos de custeio
necessários ao desenvolvimento das atividades mínimas descritas no escopo de ações dos
diferentes profissionais que comporão os NASF;
VII - realizar avaliação de cada NASF, estimulando e viabilizando a capacitação dos
profissionais;
VIII- assegurar o cumprimento da carga horária dos profissionais dos NASF; e
IX- estabelecer estratégias para desenvolver parcerias com os demais setores da sociedade
e envolver a comunidade local no cuidado à saúde da população de referência, de modo a
potencializar o funcionamento dos NASF.
Art. 8º Definir que seja de competência das Secretarias de Saúde dos Estados e do
Distrito Federal:
I - identificar a necessidade e promover a articulação entre os Municípios, estimulando,
quando necessário, a criação de consórcios intermunicipais para implantação de NASF 1 entre
os Municípios que não atinjam as proporções estipuladas no artigo 5º desta Portaria;
II - assessorar, acompanhar e monitorar o desenvolvimento das ações dos NASF, de
acordo com o planejamento, garantindo a interface e a liderança das equipes de Saúde da
Família no estabelecimento do cuidado longitudinal dos indivíduos assistidos, bem como de
suas famílias;
III - realizar avaliação e/ou assessorar sua realização; e
IV - acompanhar a organização da prática e do funcionamento dos NASF segundo os
preceitos regulamentados nesta Portaria.
Art. 10. Definir como valor de transferência para a implantação dos NASF, segundo sua
categoria:
I – NASF 1: o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em parcela única no mês
subseqüente à competência do SCNES com a informação do cadastro inicial de cada NASF 1,
que será repassado diretamente do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde e
ao Fundo de Saúde do Distrito Federal; e
148
II - NASF 2: o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) em parcela única no mês subseqüente
à competência do SCNES com a informação do cadastro inicial de cada NASF, que será
repassado diretamente do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde.
Art. 11. Definir como valor do incentivo federal para o custeio de cada NASF, segundo
sua categoria:
I - NASF 1: o valor de 20.000,00 (vinte mil reais) a cada mês, repassado diretamente do
Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde e ao Fundo de Saúde do Distrito
Federal; e
II - NASF 2: o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a cada mês, repassado diretamente do
Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde.
Art. 12. Definir que os recursos orçamentários de que trata esta Portaria façam parte da
fração variável do Piso de Atenção Básica (PAB variável) e componham o Bloco Financeiro de
Atenção Básica.
Art. 13. Definir que os recursos orçamentários de que trata esta Portaria corram por conta
do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho
10.301.1214.20AD - Piso de Atenção Básica Variável - Saúde da Família.
ANEXO I
149
- identificar, em conjunto com as ESF e a comunidade, as atividades, as ações e as
prática a serem adotadas em cada uma das áreas cobertas;
- identificar, em conjunto com as ESF e a comunidade, o público prioritário a cada uma
das ações;
- atuar, de forma integrada e planejada, nas atividades desenvolvidas pelas ESF e de
Internação Domiciliar, quando estas existirem, acompanhando e atendendo a casos, de acordo
com os critérios previamente estabelecidos;
- acolher os usuários e humanizar a atenção;
- desenvolver coletivamente, com vistas à intersetorialidade, ações que se integrem a
outras políticas sociais como: educação, esporte, cultura, trabalho, lazer, entre outras;
- promover a gestão integrada e a participação dos usuários nas decisões, por meio de
organização participativa com os Conselhos Locais e/ou Municipais de Saúde;
- elaborar estratégias de comunicação para divulgação e sensibilização das atividades
dos NASF por meio de cartazes, jornais, informativos, faixas, folders e outros veículos de
informação;
- avaliar, em conjunto com as ESF e os Conselhos de Saúde, o desenvolvimento e a
implementação das ações e a medida de seu impacto sobre a situação de saúde, por meio de
indicadores previamente estabelecidos;
- elaborar e divulgar material educativo e informativo nas áreas de atenção dos NASF; e
- elaborar projetos terapêuticos individuais, por meio de discussões periódicas que
permitam a apropriação coletiva pelas ESF e os NASF do acompanhamento dos usuários,
realizando ações multiprofissionais e transdisciplinares, desenvolvendo a responsabilidade
compartilhada.
150
- proporcionar Educação Permanente em Atividade Física/Práticas Corporais, nutrição e
saúde juntamente com as ESF, sob a forma de co-participação, acompanhamento
supervisionado, discussão de caso e demais metodologias da aprendizagem em serviço, dentro
de um processo de Educação Permanente;
- articular ações, de forma integrada às ESF, sobre o conjunto de prioridades locais em
saúde que incluam os diversos setores da administração pública;
- contribuir para a ampliação e a valorização da utilização dos espaços públicos de
convivência como proposta de inclusão social e combate à violência;
- identificar profissionais e/ou membros da comunidade com potencial para o
desenvolvimento do trabalho em práticas corporais, em conjunto com as ESF;
- capacitar os profissionais, inclusive os Agentes Comunitários de Saúde - ACS, para
atuarem como facilitadores/monitores no desenvolvimento de Atividades Físicas/Práticas
Corporais;
- supervisionar, de forma compartilhada e participativa, as atividades desenvolvidas pelas
ESF na comunidade;
- promover ações ligadas à Atividade Física/Práticas Corporais junto aos demais
equipamentos públicos presentes no território - escolas, creches etc;
- articular parcerias com outros setores da área adstrita, junto com as ESF e a população,
visando ao melhor uso dos espaços públicos existentes e a ampliação das áreas disponíveis
para as práticas corporais; e
- promover eventos que estimulem ações que valorizem Atividade Física/Praticas
Corporais e sua importância para a saúde da população.
151
- promover ações ligadas às Práticas Integrativas e Complementares junto aos demais
equipamentos públicos presentes no território - escolas, creches etc; e
- realizar atividades clínicas pertinentes a sua responsabilidade profissional.
152
- desenvolver projetos e ações intersetoriais, para a inclusão e a melhoria da qualidade de
vida das pessoas com deficiência;
- orientar e informar as pessoas com deficiência, cuidadores e ACS sobre manuseio,
posicionamento, atividades de vida diária, recursos e tecnologias de atenção para o desempenho
funcional frente às características específicas de cada indivíduo;
- desenvolver ações de Reabilitação Baseada na Comunidade - RBC que pressuponham
valorização do potencial da comunidade, concebendo todas as pessoas como agentes do
processo de reabilitação e inclusão;
- acolher, apoiar e orientar as famílias, principalmente no momento do diagnóstico, para o
manejo das situações oriundas da deficiência de um de seus componentes;
- acompanhar o uso de equipamentos auxiliares e encaminhamentos quando necessário;
- realizar encaminhamento e acompanhamento das indicações e concessões de órteses,
próteses e atendimentos específicos realizados por outro nível de atenção à saúde; e
- realizar ações que facilitem a inclusão escolar, no trabalho ou social de pessoas com
deficiência.
153
Ações de Saúde Mental - Atenção aos usuários é a familiares em situação de risco
psicossocial ou doença mental que propicie o acesso ao sistema de saúde e à reinserção social.
As ações de combate ao sofrimento subjetivo associado a toda e qualquer doença e a questões
subjetivas de entrave à adesão a práticas preventivas ou a incorporação de hábitos de vida
saudáveis, as ações de enfrentamento de agravos vinculados ao uso abusivo de álcool e drogas e
as ações de redução de danos e combate à discriminação.
A atenção em saúde mental deve ser feita dentro de uma rede de cuidados - rede de
atenção em saúde mental - que já inclui a rede de Atenção Básica/Saúde da Família, os Centros
de Atenção Psicossocial- CAPS, as residências terapêuticas, os ambulatórios, os centros de
convivência, os clubes de lazer, entre outros. Os CAPS, dentro da Política de Saúde Mental, são
estratégicos para a organização dessa rede, pois são serviços também territorializados, que estão
circunscritos ao espaço de convívio social dos usuários que os freqüentam - sua família, escola,
trabalho, igreja etc. - e que visam resgatar as potencialidades desses recursos comunitários,
incluindo-os no cuidado em saúde mental. Os NASF devem integrar-se a essa rede, organizando
suas atividades a partir das demandas articuladas junto às equipes de Saúde da Família, devendo
contribuir para propiciar condições à reinserção social dos usuários e a uma melhor utilização
das potencialidades dos recursos comunitários na busca de melhores práticas em saúde, de
promoção da eqüidade, da integralidade e da construção da cidadania.
154
Considerando-se o contexto brasileiro, suas graves desigualdades sociais e a grande
desinformação acerca dos direitos, as ações de Serviço Social deverão se situar como espaço de
promoção da cidadania e de produção de estratégias que fomentem e fortaleçam redes de
suporte social propiciando uma maior integração entre serviços sociais e outros equipamentos
públicos e os serviços de saúde nos territórios adstritos, contribuindo para o desenvolvimento de
ações intersetoriais que visem ao fortalecimento da cidadania.
155
- discutir com as ESF os casos identificados que necessitem de ampliação da clínica em
relação a questões específicas;
- criar, em conjunto com as ESF, estratégias para abordar problemas que se traduzam em
maior vulnerabilidade;
- evitar práticas que levem a medicalização de situações individuais e sociais, comuns à
vida cotidiana;
- desenvolver ações de mobilização de recursos comunitários, buscando desenvolver
espaços de vida saudáveis na comunidade, como oficinas comunitárias, destacando a relevância
da articulação intersetorial (conselhos tutelares, escolas, associações de bairro etc);
- priorizar as abordagens coletivas, identificando os grupos estratégicos para que a
atenção em saúde da criança se desenvolva nas unidades de saúde e em outros espaços na
comunidade;
- ampliar o vínculo com as famílias, tomando-as como parceiras no tratamento e
buscando constituir redes de apoio e integração; e
- realizar visita domiciliar conjunta às equipes Saúde da Família a partir de necessidades
identificadas, a exemplo dos casos de pacientes impossibilitados de deambular.
156
- realizar visita domiciliar em conjunto com as equipes Saúde da Família a partir de
necessidades identificadas, a exemplo dos casos de pacientes impossibilitados de deambular.
157
ANEXO II
II. A proposta elaborada deverá ser aprovada pelos Conselhos de Saúde dos
Municípios e encaminhada à Secretaria Estadual de Saúde ou a sua instância regional para
análise. O Distrito Federal, após a aprovação por seu Conselho de Saúde, deverá encaminhar
sua proposta ao Ministério da Saúde.
III. A Secretaria Estadual de Saúde ou sua instância regional terá o prazo máximo de 30
dias após a data do protocolo de entrada do processo para sua análise e encaminhamento à
Comissão Intergestores Bipartite – CIB. Vencido o prazo fixado, o Município poderá enviar a
solicitação de credenciamento com o protocolo de entrada na SES que comprove a expiração do
prazo diretamente ao Ministério da Saúde.
IV. Após a aprovação, cabe à Secretaria de Saúde dos Estados e do Distrito Federal
informar ao Ministério da Saúde, até o dia 15 de cada mês, o número de NASF que fazem jus ao
recebimento de incentivos financeiros do PAB variável.
158
ANEXO III
Caracterização Geral
Alimentação Nutricionista
Reabilitação Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
159
Serviço Social Assistente Social
Psiquiatra
Terapeuta
Ocupacional
Homeopatia Médico
Homeopata
Acupuntura Médico
Acupunturista
Assistência Farmacêutico
Farmacêutica
Outros:
Infra-estrutura
Material Permanente
160
estiver definido)
Comentário:
Essa portaria traz a recomendação de que cada NASF conte pelo menos um profissional de
saúde mental, o que é considerado uma importante estratégia para o avanço das ações de saúde
mental na atenção primária. A proposta é que os NASF e ESF compartilhem práticas em saúde
nos territórios, melhorando a resolutividade, o acesso e a qualidade da atenção.
161
PORTARIA Nº 1.899 DE 11 DE SETEMBRO DE 2008.
Considerando que a Política Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde tem como
uma de suas prioridades a expansão dos leitos de atenção integral em hospitais gerais, CAPS III,
Serviços Hospitalares de Referência para Álcool e outras Drogas e emergências gerais;
Considerando a necessidade de oferecer suporte hospitalar estratégico para a rede de
atenção psicossocial, no que tange a situações de urgência e emergência decorrentes dos
transtornos mentais, incluindo o uso de álcool e outras drogas, que demandem por internações
de curta duração como parte do manejo terapêutico dos casos;
Considerando a necessidade de estimular gestores estaduais e municipais de saúde a
implantar leitos para internação psiquiátrica em hospitais gerais;
Considerando que a normatização destes leitos ainda é regulada pela Portaria SNAS nº
224, de 29 de janeiro de 1992, fazendo-se necessária sua revisão e atualização, diante do novo
cenário da reestruturação da assistência psiquiátrica no país;
Considerando a Portaria nº 1.612/GM, de 9 de setembro de 2005, que aprova as normas
de funcionamento e credenciamento/habilitação dos Serviços Hospitalares de Referência para a
Atenção Integral aos Usuários de Álcool e outras Drogas;
Considerando a necessidade de se estabelecerem diretrizes para a regulação da porta de
entrada para internações psiquiátricas, componente essencial da organização da resposta da rede
assistencial e mecanismo efetivo de garantia de acessibilidade aos serviços de saúde mental;
Considerando a inclusão do Serviço Móvel de Atenção às Urgências - SAMU na
articulação da rede de atenção em saúde mental e das ações de regulação dos leitos em atenção
integral em Saúde Mental;
Considerando a necessidade de articulação da política de saúde mental às diretrizes da
Política de Urgências e Emergências do Departamento de Atenção Especializada/DAE/SAS e às
políticas de regulação do Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de
Sistemas/DRAC/SAS;
Considerando as deliberações do I Seminário Nacional de Saúde Mental nas Grandes
Cidades, realizado nos dias 17 e 18 de junho de 2008, em Campinas-SP, com a participação de
gestores de Saúde Mental dos 22 (vinte e dois) maiores Municípios do Brasil e dos Estados-sede
desses Municípios, além de profissionais e docentes do campo da Saúde Mental; e
Considerando que as experiências municipais fundadas em uma boa regulação dos leitos
de atenção integral em saúde mental CAPS III, hospitais e emergências gerais, na expansão de
leitos em hospitais gerais, na implantação de CAPS III e na articulação com o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência - SAMU, vêm conseguindo resolutividade na atenção às crises
nos Municípios de grande porte,
R E S O L V E:
Art. 1º Instituir o Grupo de Trabalho sobre Saúde Mental em Hospitais Gerais, destinado
a elaborar diagnóstico da atual situação da implantação dos leitos e sugerir medidas e estratégias
para a expansão e qualificação desses leitos.
Art. 2º O Grupo de Trabalho tem por objetivo propor diretrizes para a regulação da porta
de entrada de internações em psiquiatria, atendendo às prioridades da Política Nacional de
Saúde Mental e às demais políticas da área hospitalar do Ministério da Saúde.
162
Art. 3º Compete ao Grupo de Trabalho sobre Saúde Mental em Hospitais Gerais:
I - promover a discussão sobre as estratégias para expansão dos leitos para internação
psiquiátrica em hospitais gerais, incluindo seus serviços de emergência;
II - discutir os critérios de implantação e implementação dos serviços de emergência, com
vistas a buscar uma maior adesão dos gestores à implantação dos leitos;
III - estabelecer mecanismos de discussão e de definições técnicas sobre o tema dos leitos
para internação psiquiátrica em hospitais gerais e nos serviços de emergência dos hospitais
gerais, de forma coletiva e construtora de consenso, observando as necessidades e
especificidades das diferentes regiões geográficas do País; e
IV - promover a discussão sobre as diretrizes gerais para a regulação das internações
psiquiátricas, incluindo o SAMU e as diretrizes da Política Nacional de Regulação do Ministério
da Saúde.
Art. 4º O Grupo de Trabalho, será composto por representantes, titulares e suplentes dos
seguintes órgão e entidades:
Art. 5º A designação dos membros do Grupo de Trabalho será feita por ato específico da
Secretaria de Atenção à Saúde.
163
PORTARIA Nº 1.954 DE 18 DE SETEMBRO DE 2008.
R E S O L V E:
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a
partir de novembro de 2008.
Comentário:
Esta Portaria atende à reivindicação de beneficiários do Programa de Volta para Casa e à
reivindicação dos participantes do I Seminário Nacional do Programa de Volta para Casa,
ocorrido em Brasília nos dias 08 e 09 de 2007, que assinaram uma carta aberta aos gestores das
três esferas do SUS.
164
PORTARIA Nº 2.867, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2008
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I
e II do parágrafo único do art. 87, da Constituição, e
165
Art. 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios farão jus à parcela mensal
descrita nos Anexos I e II a esta Portaria.
Parágrafo único. O Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para a
transferência, regular e automática, do valor mensal para os respectivos Fundos Estaduais, do
Distrito Federal e Municipais de Saúde.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a
partir da competência novembro de 2008.
Comentário:
166
PORTARIA CONJUNTA SAS/SVS Nº 02, DE 16 DE ABRIL DE 2009
Considerando que a redução de danos é uma estratégia da saúde pública que visa reduzir
os danos sociais e à saúde, decorrentes do uso prejudicial de álcool e outras drogas, regulada
pela Portaria nº 1.028/GM, de 1º de julho de 2005;
Considerando que essa estratégia deve ser desenvolvida por meio de ações de saúde
dirigidas a pessoas que não conseguem ou não querem interromper o referido uso sem,
necessariamente, intervir na oferta ou no consumo;
Considerando que as pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas podem
estar mais vulneráveis à infecção pelo HIV, hepatites B e C e outras doenças, pelo uso
compartilhado de seringas, cachimbos, canudos, comuns no uso de drogas e sexo sem proteção;
Art. 1º Tornar público o Concurso para Seleção de Projetos de Redução de Danos 2009,
a ser regulamentado pelo Edital Conjunto SAS/SVS nº 01, de 16 de abril de 2009, com o
objetivo de apoiar projetos de redução de danos que contribuam para o fortalecimento de
serviços de saúde, redes, fóruns e movimentos sociais prioritários para a resposta ao
enfrentamento da epidemia de DST/AIDS, Hepatites Virais e outros agravos, bem como
minimizar as conseqüências negativas relacionadas ao uso prejudicial do álcool e outras drogas.
Art. 2º Os contratos provenientes das propostas aprovadas poderão ser celebrados com o
UNODC Projeto (AD/BRA/03H34) ou com o Ministério da Saúde, via Fundo Nacional de
167
Saúde, neste caso, devendo onerar os Programas de Trabalho 10.302.1220.20B0.0001 –
Atenção Especializada em Saúde Mental e 10.243.1312.6177.0001 – Implementação de
Políticas de Atenção à Saúde do Adolescente e Jovem.
Art. 3º A seleção dos projetos será realizada por meio de Comitê específico, constituído
a convite do Ministério da Saúde – Secretaria de Atenção à Saúde/Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas/Área Técnica de Saúde Mental e Secretaria de Vigilância em
Saúde/Programa Nacional de DST/AIDS, do Ministério da Saúde.
ALBERTO BELTRAME
Secretário de Atenção à Saúde
168
PORTARIA Nº 1.190 DE 4 DE JUNHO DE 2009
169
educativas;
Considerando a adesão do Brasil ao Programa “Mental Health Gap Action Program”, da
Organização Mundial da Saúde, de 2008, que prevê estratégias para a redução da lacuna
assistencial entre a demanda e a oferta de serviços para atenção em saúde mental em todos os
países do mundo, especialmente os países em desenvolvimento; e
Considerando a pactuação ocorrida na Reunião Ordinária da Comissão Intergestores
Tripartite – CIT, realizada no dia 28 de maio de 2009, resolve:
Art. 3º Estabelecer que as ações do PEAD (2009 – 2010) devem orientar-se segundo as
seguintes diretrizes gerais:
I - direito ao tratamento: todo usuário de álcool e outras drogas tem direito a um
tratamento de qualidade, ofertado pela rede de serviços do SUS, e que considere os diversos
aspectos envolvidos no seu processo de adoecimento;
II - redução da lacuna assistencial: ao SUS cabe a tarefa de garantir o acesso a ações e
serviços de saúde mental, compatíveis com as demandas dos usuários de álcool e outras drogas;
III - respeito e promoção dos direitos humanos e da inclusão social: os usuários de álcool
e outras drogas devem ser tratados com dignidade e respeito e a eles deve ser garantido o real
acesso ao direito à saúde, ao bem-estar físico e mental, ao tratamento de qualidade, à moradia, à
cultura, entre outros;
IV - enfrentamento do estigma: deve haver uma dimensão política de enfrentamento do
estigma associada a toda e qualquer ação proposta para a população usuária de álcool e outras
drogas, tendo em vista que o acesso ao cuidado tem importantes barreiras sociais, oriundas da
compreensão ainda existente de que a estes cidadãos devem ser ofertadas somente políticas
repressivas. O estigma se manifesta também pela desconfiança dos usuários em relação ao
acolhimento e cuidado oferecidos pelo Estado;
V - garantia de acesso a um tratamento de eficácia comprovada: na discussão de modelos
de atenção aos usuários de álcool e outras drogas é preciso incorporar as pesquisas e avaliações
que vêm sendo feitas no país e no exterior, que apontam as melhores estratégias, eficazes e
custo-efetivas, de cuidado para essa população;
170
VI - reconhecimento dos determinantes sociais de vulnerabilidade, risco e dos padrões de
consumo: as políticas públicas voltadas para os usuários de álcool e outras drogas devem levar
em conta a estreita ligação entre a dinâmica social e os processos de adoecimento;
VII - garantia do cuidado em rede, no território, e de atenção de base comunitária: o
cuidado integral aos usuários de álcool e outras drogas deve ser garantido em uma rede
diversificada de ações e serviços de saúde mental, de base comunitária e territorial;
VIII - priorização de ações para crianças, adolescentes e jovens em situações de
vulnerabilidade: há uma tendência de uso de álcool e outras drogas cada vez mais cedo nessa
população, além das altas prevalências de uso de álcool e drogas entre jovens. Esta situação
apresenta-se mais grave quando se considera também o impacto das consequências danosas do
álcool e do crack, por exemplo, na vida afetiva, familiar e social, além dos prejuízos à saúde
nessa população;
IX - enfoque intersetorial: o cuidado à saúde mental da população infanto-juvenil tem
sempre caráter multidisciplinar e intersetorial. As ações de atenção integral à crianças e
adolescentes não se desenvolvem somente no campo das ações clínicas, mas se relacionam com
as questões da família, da comunidade, da escola, da moradia, do trabalho, da cultura, além dos
grandes problemas sociais do mundo contemporâneo - como o tráfico de drogas e a violência;
X - qualificação das redes de saúde: devem ser ampliadas as ofertas de capacitação e
fortalecidos os processos de formação permanente e supervisão para profissionais que lidam
com essa população, de acordo com as demandas identificadas; e
XI - adoção da estratégia de redução de danos: este deve ser um norte ético de todo e
qualquer serviço do SUS, que deve reduzir os danos decorrentes do consumo de álcool e outras
drogas, especialmente relacionados à saúde, mas não exclusivamente. Trata-se de uma diretriz
que toma como base as condições e possibilidades do usuário do SUS, em vez de partir do que
os serviços oferecem.
171
II - EIXO 2 - Qualificação da Atenção - Formação, avaliação, monitoramento e produção
de conhecimento: qualificação da rede de cuidados, com investimento na formação, avaliação,
monitoramento e produção de conhecimento:
a) realização de cursos de Especialização e atualização em saúde mental, com ênfase em
álcool e drogas, para profissionais da atenção básica e Centros de Atenção Psicossocial - CAPS
(incluindo a estratégia de Telessaúde e ensino a distância);
b) criação do Observatório Nacional sobre Álcool, Drogas e Saúde Pública;
c) implantação da Rede de Pesquisa em Saúde Mental;
d) lançamento de publicações sobre álcool e outras drogas dirigidas a públicos
diversificados; e
e) desenvolvimento de ações contínuas de monitoramento e avaliação das ações de saúde
mental, com ênfase nos CAPS e atenção básica.
III - EIXO 3 - Articulação intra e intersetorial, com a sociedade civil e participação social:
apoio à articulação entre as políticas da Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Esporte,
Justiça, Trabalho, Direitos Humanos, Cultura e outras políticas sociais. Apoio a ações com a
participação da sociedade civil, em projetos comunitários que se articulem às redes de saúde
mental:
a) implantação de ações culturais articuladas ao campo da saúde mental (Programa Mais
Cultura/Ministério da Cultura);
b) apoio a iniciativas de Geração de Renda e Inclusão Social pelo trabalho, para pessoas
com transtornos mentais relacionadas ao uso de álcool e outras drogas;
c) criação de Comitê Interministerial para integração de políticas federais para ações
intersetoriais de prevenção e tratamento voltadas para usuários de álcool e drogas;
d) incentivo e qualificação das ações de redução de danos na rede de atenção em saúde
mental, em articulação com a rede ampliada de saúde e proteção social;
e) implantação de Centros de Convivência (Pontos de Acolhimento e Integração Social)
para usuários de álcool e outras drogas, em articulação com as políticas de assistência social e
direitos humanos;
f) fomento à criação de fóruns intersetoriais voltados para crianças e adolescentes em
situação de vulnerabilidade;
g) ampliação da rede de suporte social (instituições sociais de acolhimento, casas de
passagem, grupos de ajuda mútua e outras); e
h) ampliação de ações em articulação com o Programa Nacional de Segurança Pública
com Cidadania - PRONASCI.
172
MEC) e Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (Secretaria de Atenção à Saúde/Secretaria de
Vigilância em Saúde – Ministério da Saúde e Ministério da Educação - MEC); e
f) desenvolvimento de ações de promoção e prevenção em saúde mental na primeira
infância.
173
Art. 8º Compete às Secretarias Municipais de Saúde:
I - coordenar e executar as ações do PEAD no âmbito municipal;
II - construir mecanismos de articulação intermunicipal e locorregional;
III - apoiar técnica e financeiramente, no âmbito de sua competência e conforme
pactuações estabelecidas, a ampliação dos serviços dos níveis hospitalar, ambulatorial e de
atenção básica integrantes do PEAD;
IV - contribuir para a ampliação da oferta de serviços da rede integrante do PEAD, no
âmbito de sua competência e conforme pactuações estabelecidas; e
V - monitorar, acompanhar e avaliar, em sua esfera de atuação, as ações desenvolvidas; e
VI - identificar, na rede de saúde mental municipal, a necessidade de expansão das
intervenções de saúde e intersetoriais direcionadas às pessoas que com transtornos associados ao
consumo de álcool e outras drogas, previstas no PEAD 2009-2010.
Parágrafo único. O Comitê de que trata este artigo contará com o apoio de um Grupo
Consultivo Intersetorial para subsidiar a implementação do PEAD de acordo com as parcerias
previstas.
Art. 10 Os recursos financeiros para execução das ações previstas nos Eixos 1 e 2,
constantes do Anexo II a esta Portaria, deverão onerar as seguintes Funcionais
Programáticas/Programas de Trabalho:
I - 10.302.1220.8585 - Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e
Alta Complexidade;
II - 10.302.1220.20B0 - Atenção Especializada em Saúde Mental;
III - 10.301.1312.6233 - Implementação de Políticas de Atenção à Saúde Mental;
IV - 10.243.1312.6177 - Implementação de Políticas de Atenção à Saúde do Adolescente
e Jovem;
V - 10.301.1312.8762 - Implementação de Ações e Serviços às Populações em Localida-
des Estratégicas e Vulneráveis de Agravo;
V - 10.128.1436.8612.0001 - Formação de Profissionais Técnicos de Saúde e
Fortalecimento das Escolas Técnicas/Centros de Formadores do SUS; e
VI - 10.364.1436.8628 - Apoio ao Desenvolvimento da Graduação, Pós Graduação
Stricto e Latu Sensu, em Áreas Estratégicas para o SUS, relativas à Política Nacional de
174
Educação Permanente em Saúde, prevista na Portaria nº 2.813/GM, de 20 de novembro de 2008
e Portaria n. 1996/GM, de 20 de agosto de 2007.
Parágrafo único. As programações orçamentárias por meio das quais serão executadas as
ações intersetoriais relativas aos Eixos 3 e 4, previstos no Anexo II a esta Portaria, serão objeto
de atos normativos específicos.
Art. 11 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a
partir de julho de 2009.
JOSÉ GOMES TEMPORÃO
Comentário:
O PEAD é um plano que prioriza a expansão de estratégias de tratamento e prevenção
relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas. O plano busca alcançar, prioritariamente,
crianças, adolescentes e jovens em situação de grave vulnerabilidade social, por meio das ações
de prevenção, promoção e tratamento dos riscos e danos associados ao consumo prejudicial de
substâncias psicoativas.
175
ANEXO I
Municípios prioritários para as ações do PEAD
U.F. MUNICÍPIO POPULAÇÃO
SP São Paulo 10.990.249
RJ Rio de Janeiro 6.161.047
BA Salvador 2.948.733
DF Brasília 2.557.158
CE Fortaleza 2.473.614
MG Belo Horizonte 2.434.642
PR Curitiba 1.828.092
AM Manaus 1.709.010
PE Recife 1.549.980
RS Porto Alegre 1.430.220
PA Belém 1.424.124
SP Guarulhos 1.279.202
GO Goiânia 1.265.394
SP Campinas 1.056.644
MA São Luís 986.826
RJ São Gonçalo 982.832
AL Maceió 924.143
RJ Duque de Caxias 864.392
RJ Nova Iguaçu 855.500
SP São Bernardo do Campo 801.580
RN Natal 798.065
PI Teresina 793.915
MS Campo Grande 747.189
SP Osasco 713.066
PB João Pessoa 693.082
PE Jaboatão dos Guararapes 678.346
SP Santo André 671.696
MG Uberlândia 622.441
MG Contagem 617.749
SP São José dos Campos 609.229
BA Feira de Santana 584.497
SP Sorocaba 576.312
SP Ribeirão Preto 558.136
MT Cuiabá 544.737
SE Aracaju 536.785
MG Juiz de Fora 520.612
PR Londrina 505.184
RJ Belford Roxo 495.694
PA Ananindeua 495.480
GO Aparecida de Goiânia 494.919
SC Joinville 492.101
RJ Niterói 477.912
RJ São João de Meriti 468.309
176
SP São José do Rio Preto 414.272
SP Mauá 412.753
ES Vila Velha 407.579
RS Caxias do Sul 405.858
SC Florianópolis 402.346
ES Serra 397.226
PE Olinda 394.850
SP Diadema 394.266
SP Carapicuíba 388.532
PB Campina Grande 381.422
RO Porto Velho 379.186
SP Mogi das Cruzes 371.372
SP Piracicaba 365.440
ES Cariacica 362.277
AP Macapá 359.020
MG Montes Claros 358.271
SP Bauru 355.675
SP Itaquaquecetuba 351.493
SP Jundiaí 347.738
RS Pelotas 343.167
MG Ribeirão das Neves 340.033
PR Maringá 331.412
GO Anápolis 331.329
RS Canoas 329.903
SP São Vicente 328.522
SP Franca 327.176
CE Caucaia 326.811
PR Foz do Iguaçu 319.189
ES Vitória 317.817
PE Paulista 314.302
BA Vitória da Conquista 313.898
RJ Petrópolis 312.766
PR Ponta Grossa 311.106
SP Guarujá 304.274
AC Rio Branco 301.398
SC Blumenau 296.151
PE Caruaru 294.558
MG Uberaba 292.377
PR Cascavel 291.747
SP Suzano 279.394
SP Limeira 278.776
PE Petrolina 276.174
U.F. MUNICÍPIO POPULAÇÃO
PA Santarém 275.571
PR São José dos Pinhais 272.530
SP Taubaté 270.918
RS Santa Maria 266.822
RS Gravataí 266.230
SP Barueri 264.619
MG Governador Valadares 261.981
RR Boa Vista 260.930
177
RJ Volta Redonda 259.811
RS Viamão 257.844
RS Novo Hamburgo 255.945
CE Juazeiro do Norte 246.515
TO Palmas 184.018
RS Uruguaiana 127.138
MS Corumbá 99.196
RS Santana do Livramento 84.779
MS Ponta Porã 74.601
AM Tabatinga 47.501
AM São Gabriel da Cachoeira 40.806
RO Guajará-Mirim 40.541
ANEXO II
Plano de Ação
Objetivo Estimular a contratação de pelo menos 1 profissional de saúde mental nas equipes de
1.4 Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF) a serem implantadas nos 100 maiores
municípios do País e Capitais.
Objetivo Fomentar estratégias de implantação de projetos-piloto de casas de passagem/moradias
1.5 assistidas ou outras experiências de acolhimento transitório, em todos os municípios com
mais de 500.000 habitantes.
178
Objetivo Ampliar a supervisão clínico-institucional junto aos CAPSad, CAPSi e CAPS III
2.4 cadastrados no SUS nos Municípios prioritários.
Objetivo Realizar levantamento preliminar para estimar a demanda potencial para tratamento de
2.5 crack nos 100 maiores Municípios brasileiros.
Objetivo Implantar Rede de Pesquisa em Saúde Mental.
2.6
Objetivo Lançar publicação sobre álcool e outras drogas dirigidas aos profissionais da rede de
2.7 atenção à saúde mental e às redes intersetoriais (justiça, assistência social, cultura, trabalho
e outras) e publicação dirigida aos alunos da rede regular de ensino
Objetivo Criar Comitê Interministerial para integração de políticas federais para ações intersetoriais
3.5 voltadas para o tratamento e prevenção ao consumo de álcool e outras drogas.
Objetivo Publicar e divulgar os projetos selecionados por meio do Edital para qualificação das
3.6 ações de redução de danos na rede de atenção em saúde mental (lançado em abril/09).
179
Objetivo Inserir o canal Disque Jovem no Disque Saúde.
3.14
Objetivo Estimular e fortalecer a criação de grupos de protagonismo juvenil.
3.15
Objetivo Ampliar ações em articulação com o PRONASCI (Ministério da Justiça), especialmente
3.16 com o projeto “Drogas e Violência: respostas integradas” (Ministério da Justiça/Gabinete
de Segurança Institucional).
Objetivo Articular o PEAD com o Programa Jovem Atleta (Ministério dos Esportes), Jovem
3.17 Trabalhador (MTE), Inclusão Digital (MCT) e Programa de Proteção a Crianças e
Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM/SEDH) e CRAS/CREAS (MDS).
Objtetivo Fomentar e apoiar, através de Edital, estratégias intersetoriais ativas de ações extra-muros,
3.18 que promovam no território alternativas de convivência, sociabilidade e vínculos, às
pessoas em situação de rua com transtornos mentais e/ou associados ao consumo de
álcool/drogas (30 projetos).
180
PORTARIA Nº 1.191, DE 4 DE JUNHO DE 2009
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a
partir da competência junho de 2009.
181
PORTARIA Nº 1.195, DE 4 DE JUNHO DE 2009
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I
e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Art. 2º Os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, correrão por conta do Ministério da
Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho 10.302.1220.8585 - Atenção à Saúde da
População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir
da competência junho de 2009.
ANEXO
182
BA 291370 INHAMBUPE 71.626,44 5.968,87
BA 291980 MACAUBAS 223.758,00 18.646,50
573.427,56 47.785,63
CE 230100 AQUIRAZ 46.462,80 3.871,90
CE 230523 HORIZONTE 69.165,48 5.763,79
CE 230540 ICO 201.374,28 16.781,19
MONSENHOR
CE 230860 TABOSA 70.513,56 5.876,13
CE 230950 OROS 70.125,00 5.843,75
CE 231025 PA R A I PA B A 204.266,76 17.022,23
CE 231320 TA M B O R I L 146.646,96 12.220,58
808.554,84 67.379,57
SÃO JOSÉ DO
ES 320480 CALÇADO 298.344,00 24.862,00
298.344,00 24.862,00
GO 521850 QUIRINOPOLIS 26.437,20 2.203,10
GO 522140 TRINDADE 63.110,76 5.259,23
89.547,96 7.462,33
MA 210330 CODO 88.883,88 7.406,99
MA 210550 JOAO LISBOA 95.146,68 7.928,89
MA 210860 PINHEIRO 110.505,48 9.208,79
MA 210890 POCAO DE PEDRAS 73.924,56 6.160,38
VITORIA DO
MA 211290 141.910,56 11.825,88
MEARIM
MA 211300 VITORINO FREIRE 92.328,36 7.694,03
602.699,52 50.224,96
MG 310160 ALFENAS 171.562,08 14.296,84
MG 310350 ARAGUARI 14.046,35 1.170,53
MG 310900 BRUMADINHO 26.136,65 2.178,05
MG 316860 TEOFILO OTONI 20.590,65 1.715,89
232.335,73 19.361,31
MS 5 0 0 11 0 AQUIDAUANA 290.583,48 24.215,29
MS 500830 TRES LAGOAS 78.732,00 6.561,00
369.315,48 30.776,29
183
BARRA DO
MT 510180 GARCAS 48.840,00 4.070,00
48.840,00 4.070,00
CONCEICAO DO
PA 150270 82.598,28 6.883,19
ARAGUAIA
SAO FELIX DO
PA 150730 XINGU 56.175,96 4.681,33
PA 150808 TUCUMA 26.490,55 2.207,55
165.264,79 13.772,07
PB 250030 ALAGOA GRANDE 74.586,00 6.215,50
PB 250100 ARARUNA 156.279,72 13.023,31
PB 250150 BANANEIRAS 50.518,92 4.209,91
PB 250180 B AY E U X 153.825,12 12.818,76
PB 250250 BOQUEIRAO 172.309,32 14.359,11
PB 250320 CABEDELO 63.683,16 5.306,93
PB 250370 CAJAZEIRAS 209.378,28 17.448,19
PB 250400 CAMPINA GRANDE 985.995,12 82.166,26
PB 250440 CONCEICAO 82.227,24 6.852,27
PB 250600 ESPERANCA 70.377,60 5.864,80
PB 250630 GUARABIRA 140.054,28 11.671,19
PB 250750 JOAO PESSOA 364.165,44 30.347,12
2.523.400,20 210.283,35
JABOATAO DOS
PE 260790 GUARARAPES 9.116,25 759,69
PE 261450 SURUBIM 47.476,44 3.956,37
56.592,69 4.716,06
RJ 330390 PETROPOLIS 6.545,10 545,43
RJ 330420 RESENDE 81.800,88 6.816,74
SAO JOAO DE
RJ 330510 MERITI 306.575,40 25.547,95
RJ 330570 SUMIDOURO 44.826,30 3.735,53
439.747,68 36.645,64
RN 240940 PAU DOS FERROS 19.247,85 1.603,99
SAO JOSE DE
RN 241220 MIPIBU 187.189,68 15.599,14
206.437,53 17.203,13
184
RO 11 0 0 1 0 GUAJARA-MIRIM 47.245,80 3.937,15
RO 11 0 0 2 8 ROLIM DE MOURA 87.614,28 7.301,19
134.860,08 11.238,34
RR 140010 BOA VISTA 1.397,40 11 6 , 4 5
1.397,40 11 6 , 4 5
RS 430460 CANOAS 118.964,40 9.913,70
RS 431490 PORTO ALEGRE 255.629,28 21.302,44
RS 431870 SAO LEOPOLDO 58.659,48 4.888,29
RS 432260 VENANCIO AIRES 53.841,24 4.486,77
487.094,40 40.591,20
BALNEARIO
SC 420200 31.692,30 2.641,03
CAMBORIU
SC 420830 I TA P E M A 53.288,40 4.440,70
SC 421170 ORLEANS 46.233,84 3.852,82
SC 421420 QUILOMBO 67.607,52 5.633,96
198.822,06 16.568,51
SP 351000 CANDIDO MOTA 90.400,68 7.533,39
SP 351870 GUARUJA 258.927,96 21.577,33
SP 352400 ITUPEVA 46.118,52 3.843,21
SP 352530 JAU 2.884,50 240,38
SP 353650 PA U L I N I A 25.923,20 2.160,27
SP 355395 TARUMA 117.059,28 9.754,94
SP 355700 VOTORANTIM 25.541,05 2.128,42
566.855,19 47.237,93
TO 170950 GURUPI 69.517,80 5.793,15
69.517,75 5.793,15
Total GERAL 8.070.745,14 672.562,10
Comentário:
185
PORTARIA Nº 1.196, DE 4 DE JUNHO DE 2009
Art. 2º Os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, correrão por conta do Ministério
da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho 10.302.1220.8585 - Atenção à Saúde da
População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a
partir da competência junho de 2009.
ANEXO
186
5 2 0 11
GO 0 CAPS i Anápolis Municipal 12.000,00 144.000,00
GO 520870 CAPS ad Goiânia Municipal 12.000,00 144.000,00
GO 520450 CAPS II Caldas Novas Municipal 12.000,00 144.000,00
GO 521880 CAPS II Rio Verde Municipal 12.000,00 144.000,00
48.000,00 576.000,00
MS 500270 CAPS II Campo Grande Municipal 12.000,00 144.000,00
12.000,00 144.000,00
Santa Isabel do
PA 150650 CAPS ad Estadual 12.000,00 144.000,00
Pará
12.000,00 144.000,00
MA 210320 CAPS II Chapadinha Municipal 12.000,00 144.000,00
MA 210530 CAPS ad Imperatriz Municipal 12.000,00 144.000,00
24.000,00 288.000,00
MG 312710 CAPS II Frutal Municipal 12.000,00 144.000,00
3 11 3 4
MG 0 CAPS II Caratinga Municipal 12.000,00 144.000,00
24.000,00 288.000,00
PB 251080 CAPS i Patos Municipal 12.000,00 144.000,00
PB 250370 CAPS i Cajazeiras Municipal 12.000,00 144.000,00
2 5 11 3
PB CAPS i Piancó Municipal 12.000,00 144.000,00
0
36.000,00 432.000,00
PE 260960 CAPS ad Olinda Municipal 12.000,00 144.000,00
Cabo de Santo
PE 260290 CAPS ad Municipal 12.000,00 144.000,00
Agostinho
PE 261070 CAPS ad Paulista Municipal 12.000,00 144.000,00
PE 260600 CAPS II Garanhuns Municipal 12.000,00 144.000,00
48.000,00 576.000,00
PR 410140 CAPS i Apucarana Municipal 12.000,00 144.000,00
PR 410180 CAPS ad Araucária Municipal 12.000,00 144.000,00
PR 411990 CAPS II Ponta Grossa Estadual 12.000,00 144.000,00
36.000,00 432.000,00
RJ 330045 CAPS i Belford Roxo Municipal 12.000,00 144.000,00
RJ 330190 CAPS i Itaboraí Municipal 12.000,00 144.000,00
RJ 330455 CAPS II Rio de Janeiro Municipal 12.000,00 144.000,00
187
60.000,00 720.000,00
RS 430790 CAPS ad Farroupilha Estadual 12.000,00 144.000,00
RS 431490 CAPS II Porto Alegre Municipal 12.000,00 144.000,00
24.000,00 288.000,00
SC 420930 CAPS i Lages Municipal 12.000,00 144.000,00
12.000,00 144.000,00
SP 350160 CAPS i Americana Municipal 12.000,00 144.000,00
SP 355030 CAPS II São Paulo Municipal 12.000,00 144.000,00
Presidente
SP 354140 CAPS ad Municipal 12.000,00 144.000,00
Prudente
SP 352050 CAPS II Indaiatuba Municipal 12.000,00 144.000,00
SP 352250 CAPS II Itapevi Municipal 12.000,00 144.000,00
SP 354890 CAPS ad São Carlos Municipal 12.000,00 144.000,00
SP 350750 CAPS ad Botucatu Municipal 12.000,00 144.000,00
SP 355030 CAPS II São Paulo Municipal 12.000,00 144.000,00
SP 355030 CAPS i São Paulo Municipal 12.000,00 144.000,00
108.000,00 1.296.000,00
TOTAL
505.000,00 6.060.000,00
GERAL
Comentário:
188
PORTARIA Nº 1.197, DE 4 DE JUNHO DE 2009
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os in-
cisosI e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Parágrafo único. O Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para a trans-
ferência, regular e automática, do valor mensal para os respectivos Fundos Estaduais, do Distri -
to Federale Municipais de Saúde.
Art. 2º Os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, correrão por conta do Ministério
daSaúde, devendo onerar o Programa de Trabalho 10.302.1220.8585 - Atenção à Saúde da Po -
pulação paraProcedimentos de Média e Alta Complexidade.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a
partirde julho de 2008.
ANEXO
189
48.027,42 576.329,04
M
210380 CAPS I Dom Pedro Estadual 21.804,00 261.648,00
A
21.804,00 261.648,00
M 3 11 5 1
CAPS I Cássia Estadual 21.804,00 261.648,00
G 0
M
312780 CAPS I Grão Mogol Estadual 21.804,00 261.648,00
G
43.608,00 523.296,00
PA 150040 CAPS I Alenquer Estadual 21.804,00 261.648,00
21.804,00 261.648,00
PB 250690 CAPS I Itabaiana Estadual 21.804,00 261.648,00
21.804,00 261.648,00
PR 410580 CAPSad Colombo Estadual 32.000,00 384.000,00
32.000,00 384.000,00
RJ 330260 CAPS I Mangaratiba Estadual 21.804,00 261.648,00
21.804,00 261.648,00
11 0 0 0 Munici-
RO CAPS II Ariquemes 32.000,00 384.000,00
2 pal
32.000,00 384.000,00
RS 431020 CAPS I Ijuí Estadual 21.804,00 261.648,00
21.804,00 261.648,00
Rio Negri- Munici-
SC 421500 CAPS I 19.184,52 230.214,24
nho pal
19.184,52 230.214,24
Munici-
SP 352340 CAPS II Itatiba 31.213,81 374.565,72
pal
Munici-
SP 355030 CAPS II São Paulo 32.000,00 384.000,00
pal
63.213,81 758.565,72
TO 170220 CAPS I Araguatins Estadual 21.804,00 261.648,00
TO 170700 CAPS I Dianópolis Estadual 21.804,00 261.648,00
43.608,00 523.296,00
TOTAL GERAL 414.354,45 4.972.253,40
190
PORTARIA Nº 1.198, DE 4 DE JUNHO DE 2009
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I
e II, do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Art. 2º Os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, correrão por conta do Ministério da
Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho 10.302.1220.8585 - Atenção à Saúde da
População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir
de setembro de 2008.
191
PORTARIA Nº 2.629, DE 28 DE OUTUBRO DE 2009
Reajusta os valores dos procedimentos para a atenção
em saúde mental em Hospitais Gerais e incentiva in-
ternações de curta duração.
Considerando a necessidade de integrar a rede nacional SAMU 192 à rede de atenção psicosso-
cial;
Considerando a adesão do Brasil ao Plano de Ação Global para Ampliar o Acesso ao Tratamen -
to em Saúde Mental (Mental Health Gap Action Programme - mhGAP), uma estratégia global
para diminuir a lacuna no acesso ao tratamento para transtornos mentais, neurológicos e associa-
dos ao consumo prejudicial de drogas, proposta pela Organização Mundial da Saúde, resolve:
Art. 1º Conceder reajuste nos valores dos procedimentos constantes da Tabela de Procedimen-
tos, Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde, confor-
me especificado a seguir:
Art. 2º Estabelecer incentivo de 10% no valor de Serviço Profissional e Serviço Hospitalar para
o procedimento TRATAMENTO EM PSIQUIATRIA - EM HOSPITAL GERAL (POR DIA)
para internações que não ultrapassarem 20 (vinte) dias, e que informe como motivo de saída
"alta de paciente agudo", com data de entrada do paciente a partir de 1º de novembro de 2009.
192
§ 1º O não-cumprimento dos requisitos definidos neste artigo acarretará a perda do incentivo
adicional previsto.
§ 2º Para receber o incentivo de 10% previsto neste artigo, o hospital não poderá apresentar
mais de uma AIH para o mesmo paciente na mesma competência de produção.
Art. 4º Estabelecer que os recursos orçamentários, previstos nesta Portaria, corram por conta do
orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho 10.302.1220.8585 -
Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir
da competência novembro de 2009.
Comentário:
Esta portaria reajusta os procedimentos para a atenção em saúde mental em Hospitais Gerais. A
partir desta portaria, pela primeira vez, os procedimentos de psiquiatria em HG passam a ser
melhor remunerados do que os procedimentos em Hospitais Psiquiátricos.
193
PORTARIA MS/GM Nº 2.644, DE 28 DE OUTUBRO DE 2009
Art. 1º Estabelecer nova classificação dos hospitais psiquiátricos de acordo com o porte, reagru -
pando as classes definidas na Portaria Nº 52/GM, de 20 de janeiro de 2004, na forma abaixo:
CLASSE ANTERIOR
CLASSE PORTE
(Portaria nº 52/GM, de 20 de janeiro de 2004)
NI Até 160 leitos I e II
N II De 161 a 240 III e IV
N III De 241 a 400 V, VI, VII, VIII
N IV Acima de 400 IX a XIV
Parágrafo único. O número de leitos será considerado a partir dos dados do Cadastro Nacional
de Estabelecimentos de Saúde, que deve ser mantido atualizado permanentemente pelos gesto-
res local e estadual.
Art. 3º Estabelecer incentivo adicional de 10% no valor de Serviço Hospitalar e Serviço Profis -
sional nas classes N I e N II para as internações que não ultrapassarem 20 (vinte) dias e que in-
forme como motivo de saída "alta de paciente agudo", com data de entrada do paciente a partir
de 1º de novembro de 2009.
194
§ 1º O não-cumprimento dos requisitos definidos neste artigo acarretará a perda do incentivo
adicional previsto.
§ 2º As internações com os requisitos definidos neste artigo não deverão ultrapassar 10% do to-
tal dos leitos de cada hospital.
§ 3º Para receber o incentivo de 10% previsto, o hospital não poderá apresentar mais de uma
AIH, para o mesmo paciente, na mesma competência de produção.
Art. 5º Estabelecer que os recursos orçamentários para os reajustes previstos nesta Portaria cor-
ram por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho
10.302.1220.8585 - Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e Alta Com-
plexidade.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir
da competência novembro de 2009.
Comentário:
195
PORTARIA Nº 2.647, DE 28 DE OUTUBRO DE 2009
Art. 2º Estabelecer que os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, corram por conta
do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho
10.302.1220.8585 – Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e Alta
Complexidade.
Art. 3º Determinar que o Fundo Nacional de Saúde adote as medidas necessárias para a
transferência, regular e automática, aos Estados, Distrito Federal e Municípios, dos valores
correspondentes a 1/12 (um doze avos) do valor estabelecido no artigo 1º desta Portaria.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação, com efeitos financeiros a
partir da competência novembro de 2009.
196
PORTARIA Nº 404, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2009
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com vigência a partir da
competência de Novembro de 2009.
ALBERTO BELTRAME
ANEXO
197
ITABUNA LTDA
VITORIA DA HOSPITAL AFRANIO
8 BA CONQUISTA 2407221 SESAB PEIXOTO 50
SECRETARIA DE
SAUDE DO HOSPITAL
ESTADO DA BAHIA ESPECIALIZADO
9 BA SALVADOR 0005436 SESAB MARIO LEAL 32
SECRETARIA DE
HOSPITAL DE
SAUDE DO
10 CE FORTALEZA 2480026 SAUDE MENTAL DE 160
ESTADO DO
MESSEJANA
CEARA
HOSPITAL MIRA Y HOSPITAL MIRA Y
11 CE FORTALEZA 2529459 160
LOPEZ LOPEZ
INSTITUICAO INSTITUICAO
ESPIRITA NOSSO ESPIRITA NOSSO
12 CE FORTALEZA 2529424 LAR LAR 150
13 CE FORTALEZA 2529394 IRMANDADE BEN HOSPITAL 120
DA SANTA CASA PSIQUIATRICO SAO
DE MISERICORDIA VICENTE DE PAULO
DE FORTALEZA
CLINICA DE CLINICA DE SAUDE
14 CE FORTALEZA 2529467 SAUDE MENTAL MENTAL DR 103
DR SULIANO LTDA SULIANO
INSTITUTO DE IPC INSTITUTO DE
15 CE FORTALEZA 2664720 PSIQUIATRIA DO PSIQUIATRIA DO 80
CEARA LTDA CEARA
HOSPITAL SAO
VICENTE DE
16 DF TAGUATINGA 0010618 PAULO HSVP 85
CENTRO DE
ATENDIMENTO
INSTITUTO PSQUIATRICO DR
CACHOEIRO DE ESTADUAL DE ARISTIDES A
17 ES ITAPEMIRIM 2547783 SAUDE PUBLICA CAMPOS 35
PAX CLINICA
APARECIDA DE PSIQUIATRICA PAX CLINICA
18 GO GOIANIA 2589672 LTDA PSIQUIATRICA 160
CLINICA DE CLINICA DE
19 GO GOIANIA 2338122 REPOUSO DE REPOUSO DE 160
GOIANIA LTDA GOIANIA
HOSPITAL
ESPIRITA CASA DE
20 GO GOIANIA 2517957 131
EURIPEDES EURIPEDES
BARSANULFO
CLINICA JARDIM CLINICA JARDIM
21 GO GOIANIA 2339188 AMERICA LTDA AMERICA 120
22 GO GOIANIA 2518872 WALTER MASSI CLINICA ISABELA 102
INSTITUTO
INSTITUTO ESPIRITA
ESPIRITA BATUIRA
23 GO GOIANIA 2519186 BATUIRA DE SAUDE 56
DE SAUDE
MENTAL
MENTAL
198
CLINICA CLINICA
24 GO RIO VERDE 2340674 PSIQUIATRICA PSIQUIATRICA 45
PINEL SC LTDA MARAT DE SOUZA
SOCIEDADE DE
BENEFICIENCIA CENTRO DE SAUDE
ALBERGUE S V MENTAL CLODOVEU
25 GO JATAI 2340186 PAULA DE JATAI DE CARVALHO 39
ASSOCIACAO PRO ASSOCIACAO
26 GO RIO VERDE 2340682 CARITAS PROCARITAS 38
GERENCIA DE HOSPITAL NINA
ESTADUAL DE RODRIGUES
QUALIDADE DE
27 MA SAO LUIS 2457768 VIDA 102
FUNDACAO HOSPITAL
SAO SEBASTIAO
28 MG 2146401 SANATORIO PSIQUIATRICO 160
DO PARAISO
GEDOR SILVEIRA GEDOR SILVEIRA
CLINICA SAO JOSE CLINICA SAO JOSE
29 MG LEOPOLDINA 2179148 150
LTDA LTDA
BELO FUNDACAO HOSPITAL GALBA
HORIZONTE HOSPITALAR DO VELLOSO
ESTADO DE MINAS
30 MG 0026913 GERAIS 145
CASA DE SAUDE CASA DE SAUDE
31 MG JUIZ DE FORA 2153076 ESPERANCA SA ESPERANCA SA 145
CASA DE SAUDE
CASA DE SAUDE DR
32 MG JUIZ DE FORA 2221764 DR ARAGAO 140
ARAGAO VILLAR
VILLAR LTDA
CLINICA
CLINICA
33 MG BARBACENA 2098466 MANTIQUEIRA 120
MANTIQUEIRA LTDA
LTDA
CLINICA SAO CLINICA SAO
34 MG JUIZ DE FORA 2153033 120
DOMINGOS SA DOMINGOS SA
35 MG LAVRAS 2111861 CASA DE SAUDE 120
PAULO CASA DE SAUDE
MENICUCCI PAULO MENICUCCI
FUNDACAO HOSPITAL OTTO
BENEFICENTE KRAKAUER
SAO JOAO DA
36 MG PASSOS 2761033 ESCOCIA 120
SANATORIO
CENTRO ESPIRITA
37 MG UBERABA 2195593 ESPIRITA DE 120
UBERABENSE
UBERABA
CASA DE SAUDE
CASA DE SAUDE
38 MG BARBACENA 2138964 SANTA IZABEL 117
SANTA IZABEL LTDA
LTDA
BELO FUNDACAO INSTITUTO RAUL
HORIZONTE HOSPITALAR DO SOARES
ESTADO DE MINAS
39 MG 0026999 GERAIS 109
40 MG DIVINOPOLIS 2159295 CONGREGACAO CLINICA SAO BENTO 87
DAS IRMAS MENNI
199
HOSPITALEIRAS
DO SAG CORACAO
DE JESUS
SANATORIO SANATORIO
41 MG ITUIUTABA 2113791 ESPIRITA JOSE ESPIRITA JOSE DIAS 51
DIAS MACHADO MACHADO
CENTRO ESPIRITA
HOSPITAL NOSSO
42 MS CAMPO GRANDE 0009792 DISCIPULOS DE 160
LAR
JESUS
HOSPITAL HOSPITAL
PSIQUIATRICO DR PSIQUIATRICO DR
ADOLFO BEZERRA ADOLFO BEZERRA
43 MS PARANAIBA 2375885 DE MENEZES DE MENEZES 40
SECRETARIA DE
ESTADO DE
SAUDE DE MATO CIAPS HOSPITAL
44 MT CUIABA 2604396 GROSSO ADAUTO BOTELHO 120
ASSOCIACAO
BENEFICENTE CASA DE SAUDE
45 MT RONDONOPOLIS 2396424 PAULO DE TARSO PAULO DE TARSO 82
CENTRO
INTEGRADO
46 PA BENEVIDES 2328879 ASSISTENCIA CIASPA 56
SOCIAL DO
PARACIASPA
INSTITUTO DE
INSTITUTO DE
47 PB JOAO PESSOA 2399113 PSIQUITRIA DA 160
PSIQUIATRIA
PARAIBA LTDA
CASA DE SAUDE CASA DE SAUDE
48 PB JOAO PESSOA 2707500 SAO PEDRO SAO PEDRO 160
HOSPITAL
SECRETARIA DE PSIQUIATRICO
ESTADO DE COLONIA JULIANO
49 PB JOAO PESSOA 2399067 SAUDE MOREIRA 153
SECRETARIA DE SANATORIO
50 PB JOAO PESSOA 2755823 90
ESTADO DE SAUDE CLIFFORD
COMUNIDADE
ORGANIZACAO
PSICOTERAPEUTICA
51 PE CAMARAGIBE 2346591 HOSPITALAR DE 160
NOSSA SENHORA
PERNAMBUCO LTA
DAS GRACAS
FUNDACAO DE HOSPITAL ULISSES
SAUDE AMAURY DE PERNAMBUCANODA
52 PE RECIFE 0001546 MEDEIROS TAMARINEIRA 160
CLINICA
PSIQUIATRICA CLINICA
SANTO ANTONIO PSIQUIATRICA
53 PE RECIFE 2752778 LTDA SANTO ANTONIO 160
SANATORIO RECIFE
54 PE RECIFE 2777509 SANATORIO RECIFE 159
LTDA
55 PE SERRA 2427435 CLINICA CLINICA 160
TALHADA PSIQUIATRICA SAO PSIQUIATRICA SAO
200
VICENTE LTDA VICENTE
SANATORIO
PSIQUIATRICO DE COMUNIDADE
RECUPERACAO TERAPEUTICA DE
56 PE OLINDA 2344866 LTDA OLINDA 148
CLINICA HOSPITAL
PSIQUIATRICA DE PSIQUIATRICO DE
57 PE CARUARU 2345617 CARUARU LTDA CARUARU 120
FUNDACAO DE HOSPITAL COLONIA
SAUDE AMAURY DE PROFESSOR
58 PE IGARASSU 2347342 MEDEIROS ALCIDES CODICEIRA 120
CLINICA CLINICA
PSIQUIATRICA PSIQUIATRICA
59 PE RECIFE 0001570 104
SANTO ANTONIO DE SANTO ANTONIO DE
PADUA LTDA PADUA
HOSPITAL DA HOSPITAL DA
60 PE GARANHUNS 2639017 101
PROVIDENCIA LTDA PROVIDENCIA
HOSPITAL
AREOLINO DE HOSPITAL AREOLINO
61 PI TERESINA 2323346 ABREU DE ABREU 160
FEP HOSPITAL
ESPIRITA DE
PSIQUIATRIA BOM HOSPITAL BOM
62 PR CURITIBA 0016365 RETIRO RETIRO 160
CASA DE SAUDE CASA DE
63 PR ROLANDIA 2727250 157
ROLANDIA LTDA SC SAUDEROLANDIA
CLINICA SANTA CLINICA SANTA
64 PR UMUARAMA 2594358 150
CRUZ LTDA CRUZ
HOSPITAL PINEL CLINICA DR HELIO
65 PR CURITIBA 0016292 LTDA ROTENBERG 143
IRMANDADE DA
SANTA CASA DE
MISERICORDIA DE HOSPITAL NOSSA
66 PR CURITIBA 0015571 CURITIBA SENHORA DA LUZ 140
67 PR LONDRINA 2578409 VILLA NORMANDA VILLA NORMANDA 65
CLINICA
PSIQUIATRICA
COMUNITARIA SC
LTDA
ALBERGUE HOSPITAL
68 PR LOANDA 2753987 NOTURNO NOSSO PSIQUIATRICO 48
LAR NOSSO LAR
ASSOCIACAO DE ASSOCIACAO DE
CAMPO PESQUISA E PESQUISA E
69 PR 0014001 36
LARGO TRATAMENTO TRATAMENTO
ALCOOLISMO ALCOOLISMO
COMUNIDADE
UNIAO DA CLINICA MEDICA HJ TERAPEUTICA DR
70 PR VITORIA 2568292 LTDA WARRIB MOTTA 33
71 RJ NOVA 2293382 CLINICA DE CLINICA DE 160
FRIBURGO REPOUSO SANTA REPOUSO SANTA
201
LUCIA LTDA LUCIA LTDA
CLINICA DE
REPOUSO EGO CLINICA DE
72 RJ TANGUA 2283697 LTDA REPOUSO EGO 160
CLINICA DE CLINICA DE
73 RJ TRES RIOS 2292661 REPOUSO TRES REPOUSO TRES 160
RIOS RIOS
SEAP RJ SEAP RJ HOSPITAL
COORDENACAO DE DE CUST E TRAT
74 RJ NITEROI 0012823 153
GESTAO EM SAUDE PSIQUIATRICO
PENITENCIARIA HENRIQUE ROXO
CASA DE SAUDE CASA DE SAUDE
SAO JOSE DE SAO JOSE DE
75 RJ VASSOURAS 2273780 VASSOURAS VASSOURAS 138
INSTITUTO DE
DOENCAS
CAMPOS DOS NERVOSAS E SANATORIO
76 RJ GOYTACAZES 2696444 MENTAIS LTDA HENRIQUE ROXO 120
LIGA ESPIRITA DE
CAMPOS DOS CAMPOS MANT DO HOSPITAL JOAO
77 RJ 2696908 120
GOYTACAZES HOSP ABRIGO J VIANA
VIANA
FUNDACAO HOSPITAL
78 RJ NITEROI 0012718 MUNICIPAL DE PSIQUIATRICO DE 120
SAUDE DE NITEROI JURUJUBA
INSTITUICAO CASA DE SAUDE
79 RJ NITEROI 2282186 120
FREDERICO LEOMIL NITEROI
RIO DE CLINICA DA GAVEA
80 RJ JANEIRO 2269406 SA CLINICA DA GAVEA 120
CLINICA DAS
RIO DE AMENDOEIRAS CLINICA DAS
81 RJ JANEIRO 2269643 LTDA AMENDOEIRAS 120
CLINICA DE
RIO DE SANATORIO RIO DE
82 RJ 2295059 REPOUSO SANTA 120
JANEIRO JANEIRO LTDA
ALICE
SAO CLINICA SANTA CLINICA SANTA
83 RJ 2297450 120
GONCALO CATARINA LTDA CATARINA
INSTITUTO DE INSTITUTO DE
RIO DE PSIQUIATRIA DA PSIQUIATRIA DA
84 RJ JANEIRO 2269430 UFRJ IPUB UFRJ IPUB 115
85 RJ MAGE 2278758 SAME SOCIEDADE SAME 104
DE ASSISTENCIA
MEDICA
ESPECIALIZADA
LTDA
SMS RIO INSTITUTO SMS RIO INSTITUTO
RIO DE MUNICIPAL MUNICIPAL PHILIPPE
86 RJ JANEIRO 2288362 PHILIPPE PINEL PINEL 95
CLINICA DE CLINICA DE
RIO DE
87 RJ 2295385 REPOUSO SANTA REPOUSO SANTA 90
JANEIRO
EDWIGES LTDA EDWIGES LTDA
202
CASA DE SAUDE CASA DE SAUDE
88 RJ NITEROI 0012742 ALFREDO NEVES ALFREDO NEVES 80
LTDA LTDA
89 RJ RIO DE 2273403 ASS ESPIRITA HOSPITAL PEDRO DE 60
JANEIRO OBREIROS DO BEM ALCANTARA
HOSPITAL PEDRO
DE ALCANTA R A
SMS RIO HOSPITAL SMS RIO HOSPITAL
MUNICIPAL MUNICIPAL
RIO DE JURANDYR JURANDYR
90 RJ JANEIRO 2273381 MANFREDINI MANFREDINI 53
CASA DE SAUDE
VOLTA VOLTA REDONDA CASA DE SAUDE
91 RJ REDONDA 0025151 SOB INTERVENCAO VOLTA REDONDA 40
SESDEC RJ
SESDEC RJ CENTRO
RIO DE CENTRO
92 RJ 2291304 PSIQUIATRICO RIO 17
JANEIRO PSIQUIATRICO RIO
DE JANEIRO
DE JANEIRO
SECRETARIA
HOSPITAL COLONIA
93 RN NATAL 2408260 ESTADUAL DE 160
DR JOAO MACHADO
SAUDE DO RN
HOSPITAL
SOCIEDADE PSIQUIATRICO
PROFESSOR PROFESSOR
94 RN NATAL 2409186 HEITOR CARRILHO SEVERINO LOPES 160
CLINICA SANTA CLINICA SANTA
95 RN NATAL 2409003 MARIA LTDA MARIA 100
HOSPITAL HOSPITAL
PORTO PSIQUIATRICO SAO PSIQUIATRICO SAO
96 RS ALEGRE 2237806 PEDRO PEDRO 100
HOSPITAL HOSPITAL
PSIQUIATRICO PSIQUIATRICO
97 RS RIO GRANDE 2707640 100
VICENCA MARIA DA VICENCA MARIA DA
FONTOURA LOPES FONTOURA LOPES
HOSPITAL
PASSO PSIQUIÁTRICO HOSPITAL BEZERRA
98 RS 2247054 50
FUNDO BEZERRA DE PASSO FUNDO
MENEZES
CASA DE SAUDE CASA DE SAUDE RIO
99 SC CRICIUMA 2758121 RIO MAINA LTDA MAINA LTDA 160
SECRETARIA DE INSTITUTO DE
100 SC SAO JOSE 2706369 ESTADO DA SAUDE PSIQUIATRIA IPQ 160
INSTITUTO SAO JOSE INSTITUTO SAO
101 SC SAO JOSE 2778866 LTDA JOSE 120
CASA DE SAUDE CASA DE SAUDE
102 SE ARACAJU 0003743 SANTA MARIA LTDA SANTA MARIA 160
CLINICA DE CLINICA DE
103 SE ARACAJU 0003085 REPOUSO SAO REPOUSO SAO 120
MARCELLO LTDA MARCELLO LTDA
104 SP A M PA R O 2082233 SANATORIO ISMAEL SANATORIO ISMAEL 160
203
SECRETARIA DE CAIS CANTIDIO DE
ESTADO DA SAUDE MOURA CAMPOS
105 SP BOTUCATU 2090309 DE SAO PAULO BOTUCATU 160
SECRETARIA DE
ESTADO DA SAUDE CAIS CLEMENTE
106 SP LINS 2081725 DE SAO PAULO FERREIRA DE LINS 160
HOSPITAL ESPIRITA HOSPITAL ESPIRITA
107 SP PELOTAS 2252376 160
DE PELOTAS DE PELOTAS
CLINICA DE
CLINICA NOSSO
108 SP ADAMANTINA 2082446 REPOUSO NOSSO 152
LAR ADAMANTINA
LAR
HOSPITAL
BENEDITA
ASSOCIACAO DAS FERNANDES
109 SP ARACATUBA 2082683 SENHORAS CRISTAS ARACATUBA 150
CENTRO DE
SAO JOSE VALORIZACAO DA CVV FRANCISCA
110 SP DOS CAMPOS 2085569 VIDA JULIA 147
111 SP AMERICANA 2081733 SEARA SERVICO SEARA HOSPITAL 140
ESPIRITA DE PSIQUIATRICO
ASSISTENCIA E
RECUPERACAO DE
AMERI
112 SP SAO PAULO 2077612 CONGREGACAO DAS CASA DE SAUDE 140
IRMAS NOSSA SENHORA
HOSPITALEIRAS D0 DE FATIMA
SAGR COR DE JESUS
HOSPITAL HOSPITAL
113 SP CATANDUVA 2058626 PSIQUIATRICO ESP PSIQUIATRICO 138
MAHATMA GANDHI MAHATMA GANDHI
CLINICA FAZENDA
114 SP A M PA R O 2084317 SANATORIO ISMAEL 120
PALMEIRAS
HOSPITAL
PSIQUIATRICO
ESPIRITA CAIRBAR CASA CAIRBAR
115 SP ARARAQUARA 2079763 SCHUTEL SCHUTEL 120
FUNDACAO DE HOSP COLONIA
SAUDE AMAURY DE VICENTE GOMES DE
116 SP BARREIROS 2319543 MEDEIROS MATOS 120
INSTITUTO DE
REABILITACAO E INSTITUTO INDAIA
117 SP INDAIATUBA 2084244 120
PREVENCAO EM OSCIP
SAUDE INDAIA
118 SP SAO PAULO 2089637 CONGREGACAO DAS CASA DE SAUDE 120
IRMAS HOSPIT DO NSRA DO CAMINHO
SAGRADO CORACAO
DE JESUS
CAISM DR DAVID
SECRETARIA DE
CAPISTRANO DA
119 SP SAO PAULO 2070766 ESTADO DA SAUDE 113
COSTA FILHO DA
DE SAO PAULO
AGUA FUNDA
204
SERVICO DE SAUDE SERVICO DE SAUDE
DR CANDIDO DR CANDIDO
120 SP CAMPINAS 2079003 FERREIRA FERREIRA 112
HOSPITAL FELICIO HOSPITAL FELICIO
121 SP BIRIGUI 2082160 LUCHINI LUCHINI BIRIGUI 89
HOSPITAL ESPIRITA HOSPITAL ESPIRITA
122 SP PENAPOLIS 2078384 JOAO MARCHESI JOAO MARCHESI 78
IRMANDADE DA
ANEXO
SANTA CASA DE
123 SP GARCA 2086263 PSIQUIATRICO SAO 76
MISERICORDIA DE
LUCAS
GARCA
SECRETARIA DE
CAISM PHILIPPE
124 SP SAO PAULO 2077418 ESTADO DA SAUDE 72
PINEL
DE SAO PAULO
ISCMSP CENTRO DE
ATENCAO CAISM SANTA CASA
INTEGRADA A SAUDE DE MISERICORDIA
125 SP SAO PAULO 2688514 MENTAL DE SAO PAULO 65
ASSOCIACAO
REGIONAL ESP DE HOSPITAL ALLAN
PRESIDENTE ASSISTENCIA DA 25 KARDEC PRES
126 SP PRUDENTE 2058774 REGIAO PRUDENTE 60
HOSPITAL SANTA
HOSPITAL STA
MARIA DE
127 SP PIRAPOZINHO 2750554 MARIA DE 59
PIRAPOZINHO SC
PIRAPOZINHO
LTDA
FUNDACAO
FUNDACAO FACULDADE DE
128 SP SAO PAULO 2812703 FACULDADE DE MEDICINAHCFMUSP 59
MEDICINA MECMPAS INST DE
PSIQUIATRIA
CLINICA DE
ESPIRITO CLINICA DE REPOUSO SANTA
SANTO DO REPOUSO SANTA ROSA ESPIRITO
129 SP PINHAL 2081563 ROSA LTDA SC SANTO DO PINHAL 50
HOSPITAL JOAO HOSPITAL JOAO
130 SP SAO PAULO 2078570 EVANGELISTA EVANGELISTA 36
ASSISTENCIA LAR BUSSOCABA
VICENTINA DE SAO ASSISTENCIA
131 SP OSASCO 0008478 PAULO VICENTINA 34
CLINICA DE
L C DE OLIVEIRA REPOUSO SAO
132 TO ARAGUAINA 2370638 160
XAVIER FRANCISCO
ARAGUAINA
15015
HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS - CLASSE N II - de 161 até 240 leitos
n UF MUNICÍPIO CNES RAZAO SOCIAL NOME FANTASIA Nº de leitos
SUS
(CNES)
out/2009
1 BA SALVADOR 0004286 SECRETARIA DA HOSPITAL JULIANO 200
205
SAUDE DO ESTADO
DA BAHIA MOREIRA
CE CASA DE SAUDE CASA DE SAUDE 180
2 CRATO 2415453
SANTA TEREZA LTDA SANTA TEREZA
ES INSTITUTO 185
HOSPITAL ADAUTO
3 CARIACICA 2465752 ESTADUAL DE
BOTELHO
SAUDE PUBLICA
MA CLINICA SAO 240
FRANCISCO DE CLINICA SAO
4 SAO LUIS 2455781 NEURO PSIQUIATRIA FRANCISCO
PI SANATORIO MEDUNA SANATORIO 200
5 TERESINA 2360861 LTDA MEDUNA
PR CENTRO DE 240
HOSPITAL
JANDAIA DO TRIAGEM E OBRAS
6 2573504 REGIONAL DO VALE
SUL SOCIAIS DO VALE DO
DO IVAI
IVAI
7 PR MARECHAL 2810077 HOSPITAL E HOSPITAL 240
CANDIDO MATERNIDADE FILADELFIA
RONDON FILADELFIA LTDA
PR SANATORIO HOSPITAL 240
8 MARINGA 2587289 MARINGA LTDA PSIQUIATRICO DE
MARINGA
PR SECRETARIA DE HOSPITAL COLONIA 240
9 PINHAIS 0018260 ESTADO DA SAUDE ADAUTO BOTELHO
PR CLINICA CLINICA 200
PSIQUIATRICA DE PSIQUIATRICA DE
10 LONDRINA 2578468 LONDRINA LTDA LONDRINA
RJ DUQUE DE SANATORIO DUQUE SANATORIO DUQUE 240
11 CAXIAS 2277778 DE CAXIAS DE CAXIAS
RJ HOSPITAL HOSPITAL 240
12 PARACAMBI 2279592
PARACAMBI LTDA PARACAMBI LTDA
RJ SAO JOAO DE CASA DE SAUDE CASA DE SAUDE 240
13 2274523
MERITI VILAR DOS TELES VILAR DOS TELES
RJ CLINICA VALE DO 200
14 QUATIS 2272490 PARAIBA LTDA CLIVAPA
SEAP RJ SEAP RJ HOSPITAL
RIO DE COORDENACAO DE DE CUST E TRAT
15 RJ 2270722 167
JANEIRO GESTAO EM SAUDE PSIQUIATRICO
PENITENCIARIA HEITOR CARRILHO
SEAP RJ CENTRO
SEAP RJ
TRAT EM
RIO DE COORDENACAO DE
16 RJ 2270188 DEPENDENCIA 161
JANEIRO GESTAO EM SAUDE
QUIMICA ROBERTO
PENITENCIARIA
MEDEIROS
PREFEITURA
CASA DE SAUDE
17 RN MOSSORO 2389215 MUNICIPAL DE 240
SAO CAMILO LELLIS
MOSSORO
CLINICA CLINICA
CAXIAS DO
18 RS 2223589 PROFESSOR PAULO PROFESSOR PAULO 200
SUL
GUEDES LTDA GUEDES LTDA
206
PORTO HOSPITAL ESPIRITA
19 RS 2237180 HEPA 200
ALEGRE DE PORTO ALEGRE
CLINICA DE
CLINICA CRISTALIA
20 SP ITAPIRA 2084279 REPOUSO ITAPIRA 240
ITAPIRA
LTDA
21 SP SANTA RITA 2091275 SECRETARIA DE CAIS CENTRO ATENCAO 240
DO PASSA ESTADO DA SAUDE INTEGRAL SAUDE
QUATRO DE SAO PAULO SANTA RITA PASSA
QUATRO
SOCIEDADE CIVIL
DE ASSISTENCIA INSTITUTO DE
22 SP TUPA 2080656 235
MEDICA SOCIAM PSIQUIATRIA TUPA
LTDA
ASSOCIACAO HOSPITAL
PRESIDENTE ASSISTENCIAL PSIQUIATRICO ESPIRITA
23 SP 2058782 225
PRUDENTE ADOLPHO BEZERRA BEZERRA DE MENEZES
DE MENEZES P PRUDENT
ASSOCIACAO HOSPITAL
PROTETORA DOS PSIQUIATRICO JARDIM
24 SP SOROCABA 2084465 220
INSANOS DE DAS ACACIAS
SOROCABA SOROCABA
ASSOCIACAO
HOSPITALAR HOSPITAL TEREZA
25 SP JAU 2790653 203
TEREZA PERLATTI PERLATTI JAU
DE JAU
FUNDACAO HOSPITAL
26 SP FRANCA 2080117 ESPIRITA ALLAN PSIQUIATRICO ALLAN 200
KARDEC KARDEC FRANCA SP
CASA DE SAUDE
CASA DE SAUDE SANTA
27 SP PETROPOLIS 2275600 SANTA MONICA 200
MONICA LTDA
LTDA
CLINICA DE
CLINICA DE REPOUSO
28 SP TUPA 2083221 REPOUSO DOM 198
DOM BOSCO
BOSCO SC LTDA
SAO JOSE HOSPITAL DR
HOSPITAL BEZERRA DE
29 SP DO RIO 2097648 ADOLFO BEZERRA 197
MENEZES
PRETO DE MENEZES
CASA DE SAUDE CASA DE SAUDE
30 SP RIO CLARO 2083159 BEZERRA DE BEZERRA DE MENEZES 195
MENEZES RIO CLARO
ASSOCIACAO HOSPITAL
31 SP GARCA 2745356 BENEFICENTE PSIQUIATRICO ANDRE 180
ESPIRITA DE GARCA LUIZ
PRESIDENTE SANATORIO SAO HOSPITAL SAO JOAO
32 SP 2096625 180
PRUDENTE JOAO LTDA PRESIDENTE PRUDENTE
6766
HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS - CLASSE N III - de 241 até 400 leitos
n UF MUNICÍPIO CNES RAZAO SOCIAL NOME FANTASIA Nº de
leitos
SUS
207
(CNES)
out/2009
SC CLINICA DE
CLINICA DE REPOUSO
REPOUSO DR JOSE
1 AL MACEIO 2006383 DR JOSE LOPES DE 280
LOPES DE
MENDONCA
MENDONCA
2 ES CACHOEIRO 2548143 CLINICA DE CLINICA DE REPOUSO 400
DE REPOUSO SANTA SANTA IZABEL LTDA
ITAPEMIRIM IZABEL LTDA
SANATORIO
HOSPITAL ESPIRITA DE
3 GO ANAPOLIS 2361779 ESPIRITA DE 320
PSIQUIATRIA ANAPOLIS
ANAPOLIS
CLINICA LA
CLINICA LA RAVARDIERE
4 MA SAO LUIS 2698056 RAVARDIERE 320
LTDA
LIMITADA
FUNDACAO
HOSPITLAR DO
5 MG BARBACENA 2098946 C H P B FHEMIG 320
ESTADO DE MINAS
GERAIS
BELO CLINICA SERRA CLINICA SERRA VERDE
6 MG 0027677 248
HORIZONTE VERDE LTDA LTDA
HOSPITAL
7 PE RECIFE 2777487 PSIQUIATRICO DE HPP 352
PERNAMBUCO LTDA
INSTITUTO DE
INSTITUTO DE
8 PE RECIFE 2752816 PSIQUIATRIA DO 273
PSIQUIATRIA DO RECIFE
RECIFE
ASSOCIACAO SAN
9 PR PIRAQUARA 0018384 JULIAN AMIGOS E ASJA 360
COLABORADORES
CLINICA NOSSA
SAO CLINICA NOSSA
10 RJ 2297515 SENHORA DAS 360
GONCALO SENHORA DAS VITORIAS
VITORIAS LTDA
INSTITUTO DOUTOR
RIO DE INSTITUTO DOUTOR
11 RJ 2270706 FRANCISCO 280
JANEIRO FRANCISCO SPINOLA
SPINOLA
RIO DE SMS RIO IMAS NISE SMS RIO IMAS NISE DA
12 RJ 2280728 280
JANEIRO DA SILVEIRA SILVEIRA
HOSPITAL COLONIA CENTRO DE
13 SC SAO JOSE 2778785 269
SANTANA CONVIVENCIA SANTANA
MENTAL MEDICINA
HOSPITAL MENTAL
14 SP SOROCABA 2081474 ESPECIALIZADA SC 368
SOROCABA
LTDA
15 SP ESPIRITO 2084384 ASSOCIACAO INSTITUTO BEZERRA DE 330
SANTO DO ESPIRITA VICENTE MENEZES ESPIRITO
PINHAL DE PAULO SANTO DO PINHAL
16 SP SAO 2082292 SOCIEDADE HOSPITAL LACAN 320
BERNARDO ASSISTENCIAL
DO CAMPO BANDEIRANTES
17 SP RIBEIRAO 2078031 SECRETARIA DE HOSPITAL SANTA 280
208
ESTADO DA SAUDE TEREZA DE RIBEIRAO
PRETO
DE SAO PAULO PRETO
HOSPITAL ESPIRITA HOSPITAL ESPIRITA DE
18 SP MARILIA 2080990 260
DE MARILIA MARILIA
INSTITUTO
PSIQUIATRICO PROF HOSPITAL TEIXEIRA
19 SP SOROCABA 2083167 254
ANDRE TEIXEIRA LIMA
LIMA LTDA
5874
HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS - CLASSE N IV- acima de 400 leitos
n UF MUNICÍPIO CNES RAZAO SOCIAL NOME FANTASIA Nº de
leitos
SUS
(CNES)
out/2009
RIO DE SMS RIO IMAS SMS RIO IMAS JULIANO
1 RJ 2269996 680
JANEIRO JULIANO MOREIRA MOREIRA
2 SP ARARAS 2082470 CLINICA ANTONIO CLINICA SAYAO ARARAS 639
LUIZ SAYAO
ACOMPANHAMENTO
PSIQUIATRICO
HOSPITAL
HOSPITAL
SALTO DE PSIQUIATRICO SANTA
3 SP 2081547 PSIQUIATRICO 503
PIRAPORA CRUZ SALTO DE
SANTA CRUZ LTDA
PIRAPORA
HOSPITAL HOSPITAL
4 SP SOROCABA 2082616 PSIQUIATRICO VERA PSIQUIATRICO VERA 512
CRUZ SC LTDA CRUZ
FUNDACAO INSTITUTO AMERICO
5 SP ITAPIRA 2085143 ESPIRITA AMERICO BAIRRAL DE 511
BAIRRAL PSIQUIATRIA ITAPIRA
SECRETARIA DE
FRANCO DA COMPLEXO HOSPITALAR
6 SP 2746220 ESTADO DA SAUDE 492
ROCHA JUQUERY
DE SAO PAULO
HOSPITAL HOSPITAL
PSIQUIATRICO VALE PSIQUIATRICO VALE
7 SP PIEDADE 2078236 465
DAS HORTENCIAS DAS HORTENCIAS
SC LTDA PIEDADE
CLINICA
SALTO DE PSIQUIATRICA CLINICA PSIQUIATRICA
8 SP 2082918 415
PIRAPORA SALTO DE SALTO DE PIRAPORA
PIRAPORA SC LTDA
CENTRO DE
CASA SECRETARIA DE
9 SP 2749033 REABILITACAO DE CASA 405
BRANCA ESTADO DA SAUDE
BRANCA
4622
209
PORTARIA Nº 426, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2009
ALBERTO BELTRAME
BA JUAZEIRO 2510189 75 I
210
ASSOCIACAO SANFRANCISCANA
DE ASSITENCIA AO PSICOPATA
DESVALIDO
MG JUIZ DE FORA
2153068 HOSPITAL SAO MARCOS SA 101 I
RJ BOM JESUS DO
ITABAPOANA 2282755 CLINICA DE REPOUSO 320 VI
ITABAPOANA LTDA
SP NOVA 2082659 I
GRANADA IRMANDADE DA SANTA CASA DE 108
MISERICORDIA DE NOVA
GRANADA
211
PORTARIA Nº 2.841, DE 20 DE SETEMBRO DE 2010
212
Considerando a necessidade de intensificar, ampliar e diversificar as ações orientadas
para prevenção, promoção da saúde, tratamento e redução dos riscos e danos associados ao
consumo prejudicial de substâncias psicoativas; e
213
IV - termo de compromisso do gestor local assegurando a contratação dos
profissionais que comporão a equipe mínima prevista no Anexo a esta Portaria;
214
incorporados referente à habilitação anterior, até totalizar o valor mensal de R$ 60.000,00
(sessenta mil reais) para custeio.
Art. 6º Determinar que os recursos orçamentários relativos às ações de que trata esta
Portaria corram por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa
de Trabalho 10.302.1220.20EV - Enfrentamento ao Crack e outras Drogas – Nacional
(Medida Provisória Nº 498, de 29 de julho de 2010) no ano de 2010, e a partir de 2011,
corram por conta do Programa de Trabalho 10.302.1220.20B0 - Atenção Especializada em
Saúde Mental e do Programa de Trabalho 10.302.1220.8585 - Atenção à Saúde da População
para Procedimentos de Média e Alta Complexidade.
Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a
partir da competência setembro de 2010.
ANEXO
Os CAPS AD III deverão ser implantados levando em conta uma população mínima de
cobertura de 200 mil habitantes.
1 - em Município que, tendo ou não CAPS AD II, conte com uma população de 200 mil
habitantes; e
Essa Comissão será composta pelos coordenadores de saúde mental, representantes dos
Municípios referenciados e representantes do Colegiado Gestor Regional.
215
O objetivo da Comissão é definir os fluxos de atenção para os usuários do CAPS AD
III, estruturar as redes municipais de álcool e outras drogas, promover a sustentabilidade do
CAPS AD III e desenvolver parcerias que envolvam apoio técnico (matriciamento) por parte
da equipe do serviço para os Municípios de referência e outras ações que garantam a
continuidade, a efetividade e a qualidade na assistência desse serviço.
A escolha do Município para sediar o CAPS AD III deverá recair sobre aquele que
apresente rede de saúde mais diversificada e estruturada, preferencialmente com Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência - SAMU, Unidades de Pronto Atendimento - UPA, leitos em
Hospital Geral, outras modalidades de CAPS e outros serviços de saúde e de rede intersetorial
de proteção social.
II - CARACTERÍSTICAS GERAIS:
216
III - ATIVIDADES:
e) atendimento à família;
IV - RECURSOS HUMANOS:
217
f) 4 (quatro) profissionais de nível médio: redutor de danos, técnico administrativo,
técnico educacional, artesão e/ou outros.
Para cada período de 12 horas diurnas, nos sábados, domingos e feriados, a equipe deve
ser composta de modo a cobrir todos os turnos por:
Comentário:
218
PORTARIA Nº 2.842, DE 20 DE SETEMBRO DE 2010
219
Art. 2º Os procedimentos específicos para a atenção hospitalar aos usuários de
álcool e outras drogas realizados em Serviços Hospitalares de Referência para a Atenção
Integral aos Usuários de Álcool e outras Drogas - SHR-ad, da Tabela de Procedimentos,
Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde, estão
previstos na Portaria nº 480/SAS/MS, de 20 de setembro de 2010.
Parágrafo único. Ficam mantidos os Procedimentos 03.03.17.003-4 e
03.03.17.004-2 no SIGTAP.
ANEXO
220
c) projetos que ultrapassarem os parâmetros dos itens a e b poderão, em caráter de
excepcionalidade, ser analisados tecnicamente pelo Ministério da Saúde.
2 - HABILITAÇÃO
2.2 Uma vez emitido o parecer favorável da CIB a respeito da habilitação, este
deverá ser encaminhado ao Ministério da Saúde - Secretaria de Atenção à Saúde - Área Técnica
de Saúde Mental, para fins de habilitação, devendo o processo com a documentação
comprobatória ficar na posse do gestor local do SUS, disponível ao Ministério da Saúde para
fins de supervisão e auditoria.
221
componente hospitalar do Programa de Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas,
na sua área de abrangência, devem observar as seguintes diretrizes:
a) sob a coordenação do gestor local, compor rede de atenção integral a usuários de
álcool e outras drogas, participando do sistema de organização e regulação das demandas e
fluxos assistenciais, em área geográfica definida, respeitando as atribuições e competências das
instâncias do SUS para a sua implantação e gerenciamento;
b) estabelecer mecanismos regulares de comunicação e integração com outros
pontos da rede de saúde mental, preferencialmente os Centros de Atenção Psicossocial - CAPS
e Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF, para potencializar ações de matriciamento,
referência e contrarreferência dos casos;
c) em nível local ou regional, compor a rede hospitalar de retaguarda aos usuários
de álcool e outras drogas, observando o território, a lógica de redução de danos e outras
premissas e princípios do SUS;
d) dar suporte à demanda assistencial caracterizada por situações de
urgência/emergência decorrentes do consumo ou abstinência de álcool e/ou outras drogas,
advindas da rede dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas - CAPSad, da
rede básica de cuidados em saúde (Programa Saúde da Família e Unidades Básicas de Saúde) e
de serviços ambulatoriais especializados e não especializados;
e) oferecer suporte hospitalar, por meio de internações de curta duração, para
usuários de álcool e/ou outras drogas, em situações assistenciais para as quais os recursos extra-
hospitalares disponíveis não tenham obtido a devida resolutividade, ou ainda em casos de
necessidade imediata de intervenção em ambiente hospitalar, sempre respeitadas as
determinações da Lei nº 10.216, de 2001, e sempre acolhendo os pacientes em regime de
curtíssima ou curta permanência;
f) oferecer abordagem, suporte e encaminhamento adequado para a rede hospitalar
de suporte aos usuários que, mediante avaliação geral, evidenciarem indicativos de ocorrência
de comorbidades de ordem clínica e/ou psíquica;
g) evitar a internação de usuários de álcool e outras drogas em hospitais
psiquiátricos; e
h) funcionar em regime integral, durante 24 horas diárias, nos sete dias da semana,
sem interrupção da continuidade entre os turnos.
222
h) deve ser garantida a transferência do usuário para estruturas hospitalares de
maior resolutividade e complexidade, devidamente acreditados pelo gestor local, quando as
condições clínicas impuserem tal conduta;
i) utilização de protocolos técnicos para o manejo terapêutico de intoxicação aguda
e quadros de abstinência decorrentes do uso de substâncias psicoativas, e complicações
clínicas/psíquicas associadas, devendo orientar-se pelas diretrizes “Identificação e manejo dos
transtornos associados ao uso de crack/cocaína”, do Ministério da Saúde;
j) utilização de protocolos técnicos para o manejo de situações especiais, como por
exemplo, a necessidade de contenção física; e
k) estabelecimento de protocolos para a referência e contrarreferência dos usuários,
o que deve obrigatoriamente comportar instrumento escrito que indique o seu destino
presumido, no âmbito da rede local / regional de cuidados.
223
3 - quartos individuais, quando necessário, respeitando eventuais necessidades e
demandas específicas dos usuários e;
4 - posto de enfermagem.
d) em instalações hospitalares de arquitetura vertical, o SHR-ad deve ficar o mais
próximo possível do andar térreo, facilitando o trânsito dos usuários, possibilitando a integração
de pequena área livre para atividades, e diminuindo o risco aos usuários do serviço;
e) deve ser buscada a compatibilização entre espaços hospitalares concebidos de
acordo com a economia espacial utilizada pela arquitetura hospitalar, e o uso deste mesmo
espaço de acordo com a dinâmica da atenção psicossocial, em uma lógica na qual a
humanização do cuidado e a convivência se apresentam como favorecedores do processo
terapêutico.
3.4.1 Para hospitais que implantem até 4 leitos, a equipe mínima será:
a) 1 técnico/auxiliar de enfermagem;
b) 1 profissional de saúde mental de nível superior; e
c) 1 médico clínico do hospital responsável pelos leitos.
Comentário:
224
PORTARIA Nº 2.843, DE 20 DE SETEMBRO DE 2010
225
assistencial entre a demanda e a oferta de serviços para atenção em saúde mental em todos os
países do mundo, especialmente os países em desenvolvimento, resolve:
Art. 2º Estabelecer repasse financeiro mensal para custeio das ações de cada NASF 3
no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais).
II - o repasse será feito a cada mês, tendo como base o número de NASF 3
cadastrados no SCNES;
226
§ 1º Após a data do protocolo de entrada do processo, a SES ou sua instância regional
terá o prazo máximo de 10 (dez) dias, para análise e encaminhamento à Comissão
Intergestores Bipartite - CIB;
Art. 4º Definir que os recursos orçamentários, de que trata esta Portaria, corram, no ano
de 2010, por conta do Programa de Trabalho 10.302.1220.20EV - Enfrentamento ao Crack e
outras Drogas (Medida Provisória Nº 498, de 29 de julho de 2010), e, a partir de 2011, pelo
Programa de Trabalho 10.301.1214.20AD - Piso da Atenção Básica Variável - Saúde da
Família.
Parágrafo único. Os recursos relativos à Atenção básica fazem parte da fração variável
do Piso da Atenção Básica (PAB variável) e compõem o Bloco Financeiro de Atenção Básica,
sendo que a manutenção do repasse dos recursos cumpra as exigências do art. 12, da Portaria
Nº 154/GM/MS, de 24 de janeiro de 2008.
ANEXO
1 - Municípios com porte populacional menor que 20.000 (vinte mil) habitantes;
227
c) profissionais a serem inseridos/contratados;
k) oferecer orientações aos familiares dos usuários atendidos na ESF sobre o consumo
de drogas e o tratamento;
228
m) articular com os CAPS de referência;
q) ações para integrar as práticas de saúde com as outras políticas sociais como
educação, esporte, cultura, lazer, assistência social e trabalho;
c) funcionar em horário de trabalho coincidente com o das ESF, com carga horária de
40 horas semanais, resguardadas as especificidades das categorias profissionais descritas na
Portaria Nº 154/GM/MS, de 24 de janeiro de 2008, sendo que, para os profissionais médicos
psiquiatras, a carga horária poderá ser de 20 horas semanais; e
Da capacitação:
229
a) o Município deverá criar mecanismos de educação permanente para médicos das ESF sobre a
atenção aos problemas relacionados ao crack, álcool e outras drogas, por intermédio de
programas de capacitação existentes nos níveis municipal, estadual e federal; e
b) os profissionais dos NASF 3 e das ESF de referência serão capacitados por meio do
curso a distancia "Sistema para Detecção do Uso Abusivo e Dependência de Substâncias
Psicoativas: Encaminhamento, Intervenção breve, Reinserção social e Acompanhamento"-
SUPERA/SENAD/UNIFESP. O Município deverá garantir o acesso dos profissionais ao
curso, providenciando os recursos necessários (telefone, computador e internet) e a liberação
da carga horária para a participação nas atividades previstas.
Comentário:
230
Resoluções
Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária
Conselho Nacional de Justiça
231
CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA
Art. 2º Recomendar à Secretaria deste Conselho que remeta cópia desta Resolução e do manual,
às Secretarias Estaduais que administram o Sistema Prisional, Secretarias de Saúde, bem como
aos Conselhos Penitenciários Estaduais e ao DEPEN/MJ.
232
CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA
Art. 1º. Aprovar as Diretrizes Anexas à presente Resolução, visando adequar as Medidas de
Segurança às disposições da Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001.
Art. 2º. Recomendar à Secretaria deste Conselho que remeta cópia desta Resolução e do Anexo
que a integra às Secretarias Estaduais que administram o Sistema Prisional, bem como aos
Conselhos Penitenciários Estaduais e ao DEPEN/MJ.
Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação.
ANEXO
233
3. O internado deverá “ter acesso ao melhor tratamento consentâneo às suas necessidades” (art.
2º, § 1º, inciso I), de mesma qualidade e padrão dos oferecidos ao restante da população.
6. A atenção deverá incluir ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a construção
de projetos voltados ao desenvolvimento da cidadania e à geração de renda, respeitando as
possibilidades individuais.
8. Nos Estados onde não houver Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico os pacientes
deverão ser tratados na rede SUS.
9. Os Estados deverão realizar censos jurídicos, clínicos e sociais dos portadores de transtornos
mentais que sejam inimputáveis, a fim de conhecer suas necessidades terapêuticas,
disponibilizar recursos, garantir seu retorno à comunidade de referência e acesso a serviços
territoriais de saúde.
10. A conversão do tratamento ambulatorial em internação só será feita com base em critérios
clínicos, não sendo bastante para justificá-la a ausência de suporte sócio-familiar ou
comportamento visto como inadequado.
11. A medida de segurança só poderá ser restabelecida em caso de novo delito e após sentença
judicial. Os casos de reagudização de sintomatologia deverão ser tratados no serviço de
referência local.
12. A medida de segurança deve ser aplicada de forma progressiva, por meio de saídas
terapêuticas, evoluindo para regime de hospital-dia ou hospital-noite e outros serviços de
atenção diária tão logo o quadro clínico do paciente assim o indique. A regressão para regime
anterior só se justificará com base em avaliação clínica.
13. A fim de garantir o acesso dos egressos dos hospitais de custódia aos serviços residenciais
terapêuticos, deverão ser estabelecidas cotas específicas para estes pacientes nos novos serviços
que forem sendo criados.
14. Como forma de superar as dificuldades de (re)inserção dos egressos nos serviços de saúde
mental da rede, os gestores de saúde locais devem ser convocados, desde o início da medida,
para participarem do tratamento, realizando busca ativa de familiares e
preparando a família e a comunidade para o retorno do paciente.
15. Após a desinternação, desde o primeiro ano, o paciente deve ser assistido no serviço local de
saúde mental, paralelamente ao tratamento ambulatorial previsto em lei, com o objetivo de
construir laços terapêuticos em sua comunidade.
234
16. Os pacientes com longo tempo de internação em hospital de custódia e tratamento
psiquiátrico, que apresentem quadro clínico e/ou neurológico grave, com profunda dependência
institucional e sem suporte sócio-familiar, deverão ser objeto de “política específica de alta
planejada e reabilitação psicossocial assistida” (art.5º da Lei), beneficiados com bolsas de
incentivo à desinternação e inseridos em serviços residenciais terapêuticos.
17. Os portadores de transtornos relacionados ao uso de drogas deverão ser objeto de programas
específicos, de conformidade com a política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral ao
Usuário de Álcool e outras Drogas.
Comentário:
Esta peça traz as primeiras diretrizes para o cumprimento de Medidas de Segurança, a partir da
reorientação do modelo de atenção proposto pela lei 10.216/01. Essas diretrizes já apontam para
as mudanças em curso nos parâmetros assistenciais para as pessoas com transtornos mentais que
cometem crimes. Emanadas pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, estas
diretrizes elegem como princípios norteadores do tratamento das pessoas em medida de
segurança o respeito aos direitos humanos, a desospitalização e a superação do modelo tutelar.
235
CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA
236
de fazer por meio do laço social, através da oferta de recursos simbólicos que viabilizem a
resignificação de sua história, produção de sentido e novas respostas na sua relação com o
outro;
Art. 2° - A abordagem à pessoa com doença mental na condição de autor do fato, réu ou
sentenciado em processo criminal, deve ser objeto de atendimento por programa específico de
atenção destinado a acompanhar o paciente judiciário nas diversas fases processuais, mediando
as relações entre o Poder Judiciário e o Poder Executivo, visando à promoção da
individualização da aplicação das penas e medidas de segurança e no encaminhamento das
questões de execução penal dos pacientes judiciários;
IV - realizar discussões com peritos criminais nos casos em que houver exame de sanidade
mental e cessação de periculosidade, apresentando, em caso de determinação judicial, dados
relativos ao acompanhamento do paciente;
V - emitir relatórios e pareceres ao juiz competente sobre o acompanhamento do paciente
judiciário nas diversas fases processuais;
VI - sugerir à autoridade judicial medidas processuais pertinentes, com base em subsídios
advindos do acompanhamento clínico- social;
VII - prestar ao juiz competente as informações clínicosociais necessárias à garantia dos direitos
do paciente judiciário.
Parágrafo único - Para o cumprimento das responsabilidades de que trata este artigo, serão
realizadas diligências externas, sempre que necessário.
Art. 4º - Em caso de internação, mediante o laudo médico circunstanciado, deve ela ocorrer na
rede de saúde municipal com acompanhamento do programa especializado de atenção ao
paciente judiciário.
237
Parágrafo único - Recomenda-se às autoridades responsáveis que evitem tanto quanto possível a
internação em manicômio judiciário.
Art. 6º - O Poder Executivo, em parceria com o Poder Judiciário, irá implantar e concluir, no
prazo de 10 anos, a substituição do modelo manicomial de cumprimento de medida de
segurança para o modelo antimanicomial, valendo-se do programa específico de atenção ao
paciente judiciário.
§ 1° - Será realizado levantamento trimestral de dados estatísticos sobre as medidas de
seguranças impostas e executadas, de incumbência dos órgãos responsáveis pelos internamentos
e tratamentos impostos.
§ 2° - O levantamento a que se refere o parágrafo anterior será realizado por equipe constituída
pelo Ministério da Justiça, Ministério da Saúde, Ministério do Desenvolvimento Social e
Conselho Nacional de Justiça.
Art. 7º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
GEDER LUIZ ROCHA GOMES
Comentário:
238
Conselho Nacional de Justiça
DA EXECUÇÃO PENAL
Art. 1º A sentença penal condenatória será executada nos termos da Lei 7.210, de 11 de julho de
1984, da lei de organização judiciária local e da presente Resolução, devendo compor o
processo de execução, além da guia, no que couber, as seguintes peças e informações:
239
XII - certidão carcerária;
XIII - cópias de outras peças do processo reputadas indispensáveis à adequada execução da
pena.
240
data do término do cumprimento da pena e das datas de implementação dos lapsos temporais
para postulação dos benefícios previstos em lei, bem como o encaminhamento de duas cópias
do cálculo ou seu extrato ao diretor do estabelecimento prisional, a primeira para ser entregue
ao executado, servindo como atestado de pena a cumprir e a segunda para ser arquivada no
prontuário do executado.
Art. 6º Em cumprimento ao artigo 1º da Lei nº 7.210/84, o juízo da execução deverá, dentre as
ações voltadas à integração social do condenado e do internado, e para que tenham acesso aos
serviços sociais disponíveis, diligenciar para que sejam expedidos seus documentos pessoais,
dentre os quais o CPF, que pode ser expedido de ofício, com base no artigo 11, V, da Instrução
Normativa RFB nº 864, de 25 de julho de 2008.
Art. 7º Modificada a competência do juízo da execução, os autos serão remetidos ao juízo
competente, excetuada a hipótese de agravo interposto e em processamento, caso em que a
remessa dar-se-á após eventual juízo de retratação.
DA GUIA DE RECOLHIMENTO PROVISÓRIA
Art. 8° Tratando-se de réu preso por sentença condenatória recorrível, será expedida guia de
recolhimento provisória da pena privativa de liberdade, ainda que pendente recurso sem efeito
suspensivo, devendo, nesse caso, o juízo da execução definir o agendamento dos benefícios
cabíveis.
Art. 9º A guia de recolhimento provisória será expedida ao Juízo da Execução Penal após o
recebimento do recurso, independentemente de quem o interpôs, acompanhada, no que couber,
das peças e informações previstas no artigo 1º.
§ 1° A expedição da guia de recolhimento provisória será certificada nos autos do processo
criminal.
§ 2° Estando o processo em grau de recurso, sem expedição da guia de recolhimento provisória,
às Secretarias desses órgãos caberão expedi¬-la e remetê-la ao juízo competente.
Art. 10 Sobrevindo decisão absolutória, o respectivo órgão prolator comunicará imediatamente
o fato ao juízo competente para a execução, para anotação do cancelamento da guia.
Art. 11 Sobrevindo condenação transitada em julgado, o juízo de conhecimento encaminhará as
peças complementares, nos termos do artigo 1º, ao juízo competente para a execução, que se
incumbirá das providências cabíveis, também informando as alterações verificadas à autoridade
administrativa.
DO ATESTADO DE PENA A CUMPRIR
Art. 12 A emissão de atestado de pena a cumprir e a respectiva entrega ao apenado, mediante
recibo, deverão ocorrer:
I - no prazo de sessenta dias, a contar da data do início da execução da pena privativa de
liberdade;
II - no prazo de sessenta dias, a contar da data do reinício do cumprimento da pena privativa de
liberdade; e
III - para o apenado que já esteja cumprindo pena privativa de liberdade, até o último dia útil do
mês de janeiro de cada ano.
Art. 13 Deverão constar do atestado anual de cumprimento de pena, dentre outras informações
consideradas relevantes, as seguintes:
I - o montante da pena privativa de liberdade;
II - o regime prisional de cumprimento da pena;
III - a data do início do cumprimento da pena e a data, em tese, do término do cumprimento
integral da pena; e
IV - a data a partir da qual o apenado, em tese, poderá postular a progressão do regime prisional
e o livramento condicional.
241
DA EXECUÇÃO DE MEDIDA DE SEGURANÇA
Art. 14 A sentença penal absolutória que aplicar medida de segurança será executada nos termos
da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, da Lei nº 10216, de 06 de abril de 2001, da lei de
organização judiciária local e da presente resolução, devendo compor o processo de execução,
além da guia de internação ou de tratamento ambulatorial, as peças indicadas no artigo 1º dessa
resolução, no que couber.
Art. 15 Transitada em julgado a sentença que aplicou medida de segurança, expedir-se-á guia de
internação ou de tratamento ambulatorial em duas vias, remetendo-se uma delas à unidade
hospitalar incumbida da execução e outra ao juízo da execução penal.
Art. 16 O juiz competente para a execução da medida de segurança ordenará a formação do
processo de execução a partir das peças referidas no artigo 1º dessa resolução, no que couber.
Art. 17 O juiz competente para a execução da medida de segurança, sempre que possível
buscará implementar políticas antimanicomiais, conforme sistemática da Lei nº 10.216, de 06 de
abril de 2001.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 18 O juiz do processo de conhecimento expedirá ofícios ao Tribunal Regional Eleitoral com
jurisdição sobre o domicílio eleitoral do apenado para os fins do artigo 15, inciso III, da
Constituição Federal.
Art. 19 A extinção da punibilidade e o cumprimento da pena deverão ser registrados no rol de
culpados e comunicados ao Tribunal Regional Eleitoral para as providências do Art. 15, III, da
Constituição Federal. Após, os autos do Processo de Execução Penal serão arquivados, com
baixa na distribuição e anotações quanto à situação da parte.
Art. 20 Todos os Juízos que receberem distribuição de comunicação de prisão em flagrante, de
pedido de liberdade provisória, de inquérito com indiciado e de ação penal, depois de recebida a
denúncia, deverão consultar o banco de dados de Processos de Execução Penal, e informar ao
Juízo da Execução, quando constar Processo de Execução Penal (PEP) contra o preso, indiciado
ou denunciado.
Art. 21 Os Juízos com processos em andamento que receberem a comunicação de novos
antecedentes deverão comunicá-los imediatamente ao Juízo da Execução competente, para as
providências cabíveis.
Art. 22 O Juízo que vier a exarar nova condenação contra o apenado, uma vez reconhecida a
reincidência do réu, deverá comunicar esse fato ao Juízo da Condenação e da Execução para os
fins dos arts. 95 e 117, inciso VI, do Código Penal.
Art. 23 Aplica-se a presente resolução, no que couber, aos sistemas eletrônicos de execução
penal.
Art. 24 Os Tribunais e os juízos deverão adaptar sua legislação e práticas aos termos da presente
resolução no prazo de até 60 dias.
Art. 25 Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 26 Ficam revogadas a Resolução nº 19, de 29 de agosto de 2006, a Resolução nº 29, de 27
de Fevereiro de 2007, a Resolução nº 33, de 10 de abril de 2007, e a Resolução nº 57, de 24 de
junho de 2008
Ministro GILMAR MENDES
Comentário: Recomenda ao juiz de execução criminal a atenção às diretrizes da lei 10.216/01,
quando se tratar de pessoa em medida de segurança.
242
Recomendações
Fórum Nacional de Saúde Mental
Infanto-Juvenil
243
RECOMENDAÇÃO 01 de 2005
Recomenda:
244
residências terapêuticas, moradias assistidas, casas-lares e demais
equipamentos compatíveis com a lógica territorial);
2. Reestruturação de toda rede de atendimento existente no sentido de afiná-
la às atuais diretrizes da política pública de saúde mental;
3. Fortalecimento das redes de apoio comunitárias e familiares;
4. Articulação co-responsável entre os diferentes setores públicos que
compõem a rede assistencial;
245
RECOMENDAÇÃO 02 de 2005
CARTA DE CURITIBA
246
– processo que é conhecido por Movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira – vem
transformando significativamente o modelo de assistência até então vigente, de caráter
manicomial, e vem estabelecendo políticas públicas importantes para a área da infância e da
adolescência. Alguns dos principais dispositivos que atendem à reordenação do modelo
anteriormente existente são os atuais Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que se
caracterizam como serviços de atendimento em saúde mental, com base territorial e
comunitária, e que visam a substituir a lógica de atendimento hospitalocêntrico, permitindo aos
seus usuários os cuidados necessários sem afastá-los da vida cotidiana, o que inclui a família, o
trabalho, os demais círculos sociais, o lazer e o exercício de seus direitos civis. Foram criados
CAPS específicos para o atendimento diário de crianças e adolescentes, os chamados CAPSi,
destinados ao atendimento diário de crianças e adolescentes com transtornos mentais. Os CAPSi
são fundamentais na atenção à saúde dessa população especifica, sem afastá-la de seu ambiente
doméstico e familiar, o que aponta para a possibilidade de maior sucesso nos tratamentos
instituídos.
Também o Fórum, que elabora o presente documento, é um dos produtos da política
resultante desse movimento e fortemente comprometido em discutir e deliberar sobre questões
relativas à saúde mental de crianças e adolescentes, em especial, daqueles que se encontram
institucionalizados.
No campo legal, a partir do advento da Constituição da República de 1988 e, assim,
posteriormente, com a instrumentalização operacional da Doutrina da Proteção Integral, por
meio do Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei Federal sob nº 8.069, de 13 de julho de
1990, a infância e a juventude constituem-se em PRIORIDADE ABSOLUTA, isto é, os seus
direitos e garantias individuais passam a ter caráter fundamental e constitucionalmente
assegurados, transformando-os, assim, em sujeitos de direitos, enfim, cidadãos.
O Fórum discutiu o quadro histórico da desassistência e da ausência de políticas
eficazes de atenção às crianças e adolescentes no Brasil. Foi possível então verificar que o
quadro atual de abandono da infância e da adolescência é o resultado inexorável de um longo,
articulado e eficiente processo de privação global (isto é, de tudo o que é importante para a vida
humana) pelo qual passamos em nossa história. Desde o início do século XX até os dias atuais,
pode-se perceber que a questão da infância e da juventude sempre esteve ligada mais ao
controle social do que aos direitos desta população, sendo a mudança de mentalidade punitiva e
tutelar para promotora de direitos e garantias o principal desafio para o fortalecimento do
Direito da Criança e do Adolescente. Isto é, a consagração teórico-pragmática de todas as
figuras legislativas que sistematicamente compõem esta área de conhecimento.
Assinalou-se também a insuficiência estrutural e infalível de toda e qualquer iniciativa
247
de saber teórico que pretenda explicar, em caráter último e exaustivo, este quadro, e portanto
também a insuficiência de qualquer proposta de ação que se pretenda integralmente resolutiva.
Destacou-se, no plano jurídico, a advertência do quão enganoso e perigoso é o ideário
de que o adolescente é responsável pelo aumento da violência urbana. Considerou-se, também,
que a proposta de redução da idade de maioridade penal de adolescentes é inócua quanto à
promoção da socialização – haja vista que as promessas de socialização por meios repressivos e
punitivos já não se constituem mais objetivos a serem alcançados – como, também, constituem
ameaças à efetivação dos direitos humanos.
É importante diferenciar imputabilidade penal e irresponsabilidade subjetiva. O
adolescente como todo sujeito, é responsável por seus atos, quer sejam infracionais ou não.
Sempre que houver prática de ato infracional por adolescente, será imprescindível o
estabelecimento de procedimento especial para apuração da ação conflitante com a lei, de
acordo com sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento e subjetivamente responsável,
única condição de possibilidade para o estabelecimento de uma medida legal – protetiva ou
sócio-educativa – adequada para a sua plena formação. O certo é que não se apliquem jamais
quaisquer das sanções criminais previstas no Código Penal brasileiro ou mesmo noutras figuras
legislativas especificas, mas, tão somente as medidas legais previstas no Estatuto da Criança e
do Adolescente, vale dizer, medidas protetivas e ou sócio-educativas, as quais são
suficientemente próprias para a resolução e enfrentamento dos casos legais que são
apresentados.
248
· O estabelecimento do compromisso público assumido por este Fórum em se posicionar
contrário a todo e qualquer projeto de lei ou proposta de emenda constitucional que
pretenda reduzir ou mesmo suprimir a idade de maioridade penal, confirmando, assim,
o caráter fundamental o direito individual assegurado no art. 228, da Constituição da
República de 1988.
· O repúdio público a todo e qualquer projeto de lei que pretenda atribuir ou imputar
responsabilidade penal a crianças e adolescentes, no mais das vezes, utilizando-se de
artifícios legislativos para o “combate à violência, ao crime organizado e a crescente
onda de criminalidade”.
249
RECOMENDAÇÃO 03 de 2006
CARTA DE SALVADOR
O Fórum Nacional de Saúde Mental Infanto-Juvenil, instituído pela Portaria GM
1608/2004, do Ministério da Saúde, reunido nos dias 19 e 20 de junho de 2006 na cidade de
Salvador, Bahia, por ocasião de sua quinta reunião ordinária, formulou as seguintes
considerações:
250
evitando a patologização de problemas sociais complexos.
- Garantir maior engajamento e compromisso dos gestores estaduais e
municipais de diversos setores (saúde, assistência, educação, cultura...) no
desenvolvimento da política de saúde mental infanto-juvenil.
- Realizar um projeto piloto na cidade do Rio de Janeiro, em parceria com
organizações da sociedade civil, tais como a CUFA e o Observatório de
Favelas, com o objetivo de desenvolver ações de saúde mental junto à
comunidade, partindo de suas próprias praticas.
- Criar um grupo de trabalho intersetorial para acompanhamento sistemático do
processo de implantação e qualificação dos CAPSis no território nacional,
tendo como uma de suas atividades a elaboração de um instrumento de
avaliação permanente desses serviços (conforme Anexo).
ANEXO
Considerando:
Recomenda:
A criação de Grupo Técnico de Acompanhamento dos CAPSi, sob a coordenação da Área
251
Técnica de Saúde Mental do Ministério da Saúde, com os seguintes objetivos:
1. Garantir uma linha de ação destas unidades de acordo com a Portaria 336/02.
2. Subsidiar tecnicamente a implantação de novos serviços e a consolidação e reorientação
dos já credenciados.
3. Incrementar a articulação dos CAPSi com toda rede assistencial, considerando seu
fundamento intersetorial e lógica de rede ampliada.
4. Garantir atividades regulares de supervisão clínico-institucional.
5. Estimular uma participação mais ativa dos CAPSi na construção das políticas públicas
para saúde mental.
6. Manter um processo permanente de avaliação dos CAPSi em escala nacional.
Este Grupo de Técnico terá sua composição estabelecida pela Área Técnica de Saúde Mental do
Ministério da Saúde.
Salvador, 20/06/2006.
252
RECOMENDAÇÃO 04 de 2006
DECLARAÇÃO DE BRASÍLIA
253
estruturas assistenciais deverão contar com leitos para familiares/responsáveis, em
obediência ao preconizado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
5) Os municípios abaixo de 100.000 habitantes deverão organizar a rede de cuidados para
crianças e adolescentes através dos recursos locais existentes, seguindo o fundamento
intersetorial da política, sendo que, no caso especifico do setor saúde mental, os
dispositivos ambulatoriais, CAPSi e Caps AD, assim como as equipes da atenção básica
(Programa de Saúde da Família/PSF, Programa de Agentes Comunitários de Saúde/PACS
e demais) deverão ser as principais referências pelo acolhimento, atendimento e
articulação necessária na rede de atenção.
6) As instâncias gestoras de saúde mental e CAPSis deverão agenciar ações de integração
junto à rede escolar, à rede de assistência social, saúde geral, instituições do campo do
direito e justiça, cultura e lazer, assim como junto aos conselhos tutelares e de direitos
para efetivação de uma rede ampliada em seu âmbito de gestão, que opere sob os
princípios da atual política pública de saúde mental para crianças e adolescentes.
254
residências médicas de psiquiatria infantil, assim como das residências multiprofissionais,
com ênfase em saúde mental infanto-juvenil.
16) É necessário que as três esferas de gestão do SUS ampliem seus recursos financeiros para
saúde mental de crianças e adolescentes, investindo tanto na expansão da capacidade
instalada quanto no aumento do contingente de recursos humanos e sua qualificação.
Nesse item merece especial destaque o reordenamento do trabalho na rede básica de
saúde, ou seja, a implementação de equipes de apoio e ou de profissionais de referência
em saúde mental.
17) Deverão ser fomentados estudos e pesquisas relacionados aos atuais desafios clínicos e de
gestão no campo da saúde mental infanto-juvenil, assim como estudos de
avaliação/qualificação dos serviços que compõem a rede assistencial.
18) Os gestores de saúde e as Universidades deverão congregar esforços no sentido de
constituir ações de formação e pesquisa afinadas aos princípios da política pública de
255
saúde mental para crianças e adolescentes.
19) O Ministério da Saúde deverá elaborar indicadores de saúde mental infanto-juvenil e
inclui-los no Sistema de Informação da Atenção Básica.
20) Deverá ser organizado, pelo Ministério da Saúde, um “Boletim de Dados e Informações”,
com o objetivo de subsidiar o acompanhamento e análise das ações de saúde mental
infanto-juvenil.
Este Fórum declara, ainda, ser fundamental ampliar o debate sobre ações de promoção da
saúde, analisar as experiências em curso e disseminar o alcance desse trabalho em todas as
políticas públicas dirigidas ao segmento infanto-juvenil.
Além disso, o Fórum definiu como tema para o próximo encontro, previsto para o
primeiro semestre de 2007, aprofundar o debate sobre o fundamento intersetorial na rede de
cuidados em saúde mental dirigido a crianças e adolescentes.
256
Edição fechada em 22/11/2010
257