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i i Lição 9 19 a 26 de agosto

Apelo pastoral de Paulo

Sábado à tarde Ano Bíblico: Jr 30-32

VERSO PARA MEMORIZAR: “Eu lhes suplico, irmãos, que se tomem como eu, pois eu me tornei
como vocês. Em nada vocês me ofenderam" (Gl 4:12, NVI).

LEITURAS DA SEMANA: Gl 4:12-20; ICo 11:1; Fp 3:17; ICo 9:19-23; 2Co 4:7-12

C
omo temos visto até aqui, Paulo não mediu as palavras para com os gálatas.
No entanto, sua linguagem forte simplesmente refletia a paixão inspirada que
ele sentia em relação ao bem-estar espiritual da igreja que havia fundado. Além
da questão teológica crucial com a qual Paulo estava lidando, a carta aos Gálatas
também mostra, em sentido amplo, como é importante a doutrina correta. Se o
que acreditamos não fosse importante, se a exatidão doutrinária não tivesse tan­
ta importância, por que Paulo teria sido tão fervoroso e tão determinado em sua
carta? A verdade é que aquilo em que acreditamos importa muito, especialmen­
te em toda a questão do evangelho.
Em Gálatas 4:12-20, Paulo continuou seu discurso, embora tivesse mudado um
pouco sua abordagem. Paulo havia apresentado uma série de argumentos deta­
lhados e teologicamente sofisticados para persuadir os gálatas de seus erros, e en­
tão, ele fez um apelo mais pessoal e pastoral. Ao contrário dos falsos mestres que
não tinham nenhum interesse verdadeiro nos gálatas, Paulo revelou genuína pre­
ocupação, aflição, esperança e amor de um bom pastor por seu rebanho rebelde.
Ele não estava somente corrigindo a teologia, mas procurando ministrar àqueles
a quem amava.

O dia 16 de setembro será o Dia Mundial do Desbravador. Aproveite a ocasião para celebrar e
fortalecer esse ministério em sua igreja!

Jul • Ago • Set 2017 109


Domingo, 20 de agosto Ano Bíblico: Jr 33-35

O coração de Paulo
1. Leia Gaiatas 4:12-20. Qual é a essência da mensagem de Paulo nesses versos?
Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Paulo fez um apelo pastoral aos gálatas, lembrando-lhes como eles o ha­
viam recebido pela primeira vez, exortando para que fossem como ele e
não fizessem dele um inimigo.
B. ( ) Paulo disse que os gálatas haviam ido longe demais em seus erros.

indicação inicial da preocupação que pesava fortemente sobre o coração de


APaulo é seu apelo pessoal no verso 12.0 apelo ocorreu imediatamente após a
insistência de Paulo para que os gálatas se tornassem como ele era. Infelizmente,
o significado da palavra ro g a r ou s u p lic a r não é totalmente transmitido em algu­
mas traduções. A palavra em grego é d e o m a i. Embora possa ser traduzida por “su­
plico” (ARA) ou “rogo" (ARC), a palavra grega tem um sentido mais forte de deses­
pero (2Co 5:20; 8:4; 10:2). Paulo estava realmente dizendo: “Eu imploro a vocês!”
A preocupação de Paulo não era simplesmente com ideias teológicas e pontos
de vista doutrinários. Seu coração estava ligado à vida das pessoas conduzidas a
Cristo por meio de seu ministério. Ele se considerava mais do que apenas um ami­
go; era seu pai espiritual, e os conversos eram seus filhos. Mais do que isso, Paulo
comparou sua preocupação a respeito dos gálatas com a preocupação e angús­
tia que acompanham a mãe no parto (G14:19). Paulo pensava que seu "trabalho”
anterior, quando ele havia fundado a igreja, tinha sido suficiente para um “parto
seguro”. Mas, visto que os gálatas haviam se desviado da verdade, Paulo estava ex­
perimentando as dores de parto mais uma vez a fim de garantir seu bem-estar.

2. Qual era o objetivo de Paulo para os gálatas? De todo o seu “trabalho” em fa­
vor deles, qual resultado ele queria ver? G l 4:19

Tendo primeiramente descrito os gálatas como sendo formados no ventre, Paulo
então falou deles como se fossem mulheres grávidas. A palavra traduzida como “for­
mado” era usada na medicina para se referir ao desenvolvimento de um embrião.
Por meio dessa metáfora, Paulo descreveu o que significa ser cristão, tanto indivi­
dualmente quanto coletivamente, na igreja. Seguir a Cristo é mais do que simples­
mente uma profissão de fé; envolve uma transformação radical à semelhança de
Cristo. Paulo “não estava esperando algumas pequenas alterações nos gálatas, mas
uma transformação tal que, ao olhar para eles, seria como ver Cristo” (Leon Mor­
ris, G a la tia n s [Gálatas], Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1996, p. 142).
1 | ” I — . s i-------- r—i------------------- n — -------- |---------------- !—|-------j— ;------1
0 caráter de Cristo é manifestado em sua vida? Em quais áreas você precisa crescer?

110 0 evangelho em Gálatas


Segunda-feira, 21 de a g o sto _____ Ano Bíblico: Jr 36-38

O desafio da transformação
3. Qual era a necessidade dos gálatas, e o que Paulo pediu a eles? Paulo tinha
autoridade para fazer esse apelo? L e ia G á la ta s 4 :12 e c o m p a r e c o m os se g u in te s
te x to s: I C o 11:1; F p 3:17; 2 T s 3:7-9; A t 2 6 : 2 8 ,2 9

o longo de suas cartas, diversas vezes Paulo encorajou os cristãos a imitar seu
A comportamento. Em cada situação, ele se apresentou como exemplo confiável
que eles deviam seguir. Em 2 Tessalonicenses 3:7-9, Paulo se ofereceu como exem­
plo de como os cristãos de Tessalônica deviam trabalhar para ganhar o próprio
sustento e não ser um fardo para os outros. Em 1 Coríntios 11:1, Paulo exortou os
coríntios a imitá-lo, colocando o bem-estar dos outros em primeiro lugar. Sua pre­
ocupação com os gálatas parece ter sido um pouco diferente.
Em Gálatas 4:12, Paulo não pediu que eles o imitassem. Em vez disso, pediu que
eles se tornassem como ele era; ele estava falando sobre ser e não sobre agir. Por
quê? O problema na Galácia não era comportamento antiético nem estilo de vida
pecaminoso, como na igreja de Corinto. A questão na Galácia estava enraizada na
essência do próprio cristianismo. Era mais sobre a “essência” do que sobre o “com­
portamento”. Paulo não estava dizendo “proceda como eu”, mas “seja o que eu sou”.
A terminologia exata de Gálatas 4:12 ocorre no apelo de Paulo a Herodes Agripa II,
em Atos 26:29, em que Paulo disse: “Peço a Deus que não apenas tu, mas todos os
que hoje me ouvem se tornem como eu, porém sem estas algemas”. Em outras pa­
lavras, Paulo estava se referindo à sua experiência como cristão, um fundamento
que se apoiava unicamente em Cristo, uma fê que confiava no que Jesus havia fei­
to por ele e não em suas obras da lei. Os gálatas estavam dando mais valor ao seu
comportamento do que à sua identidade em Cristo.
Embora Paulo não tenha dito especificamente de que maneira ele queria que
os gálatas se tornassem como ele, o contexto da situação entre os gálatas indica
que essa não foi uma declaração geral que abrangia todos os aspectos e detalhes
de sua vida. Visto que sua preocupação era com a religião dos gálatas, centralizada
na lei, certamente Paulo tinha em mente o maravilhoso amor, alegria, liberdade e
certeza de salvação que ele havia encontrado em Jesus Cristo. À luz da maravilha
insuperável de Cristo, Paulo havia aprendido a considerar tudo o mais como lixo
(Fp 3:5-9) c ansiava que os gálatas tivessem essa mesma experiência.

Existe alguém, além de Jesus, que lhe tenha dado um bom exemplo? Quais qualidades dessa
pessoa você acha exemplares? Como você pode revelar melhor essas qualidades em sua vida?

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I Terça-feira, 22 de agosto Ano Bíblico: Jr 39-41

Eu me tornei como vocês


4. Leia 1 C oríntios 9:19-23. Essa passagem ajuda a entender o que Paulo quis
dizer na últim a parte de Gálatas 4:12? C o m p a r e c o m A t 17:16-34; I C o 8:8-13;
G l 2:11-14. Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Ele começou a viver em pecado como os gálatas.
B. ( ) Ele se tornou como um gentio para ganhá-los para Cristo.
C. ( ) Ele deixou de acreditar que o sacrifício de Jesus fosse suficiente para a
salvação.

álatas 4:12 pode parecer um tanto obscuro. Por que os gálatas deviam se tor­
G nar como Paulo, se ele já se havia tornado como eles? Como vimos na lição de
ontem, Paulo queria que eles se tornassem como ele na sua completa fé e confiança
na total suficiência de Cristo para a salvação. Seu comentário sobre ter se tornado
como eles foi um lembrete de como, embora fosse judeu, ele havia se tornado um
gentio "sem lei" para que pudesse alcançar os gentios da Galácia com o evangelho.
Como o grande missionário para o mundo gentílico, Paulo havia aprendido a pre­
gar o evangelho tanto aos judeus quanto aos gentios. De fato, de acordo com 1 Co­
ríntios 9:19-23, embora o evangelho permanecesse o mesmo, o método de Paulo
variava dependendo das pessoas que ele estava tentando alcançar.
“Paulo foi um pioneiro no que chamamos hoje de contextualização: a necessi­
dade de comunicar o evangelho de tal maneira que ele fale ao contexto total das
pessoas a quem é dirigido" (Timothy George, l h e N e w A m e r ic a n C o m m e n ta r y :
G a la tia n s [O Novo Comentário Americano: Gálatas), Nashville, Tennessee: Bro-
adman & Holman Publishers, 1994, p. 321).
Os comentários de Paulo em 1 Coríntios 9:21 indicam que ele acreditava que
havia limites que estabeleciam até onde a pessoa devia ir na contextualização do
evangelho. Por exemplo, ele citou que, embora a pessoa seja livre para alcançar ju­
deus e gentios de diferentes maneiras, essa liberdade não inclui o direito de ter um
estilo de vida sem lei, pois os cristãos estão sob a “lei de Cristo".
Embora a contextualização nem sempre seja fácil, “à medida que somos capa­
zes de separar a essência do evangelho de seu casulo cultural, a fim de contextua-
lizar a mensagem de Cristo sem comprometer seu conteúdo, também devemos ser
imitadores de Paulo” (Timothy George, G a la tia n s [Gálatas], p. 321,322).

É fácil fazer concessões, não é mesmo? As vezes, quanto mais longa é nossa experiência cristã, mais
fácil se torna fazer concessões. Por que as coisas são assim? Examine a si mesmo com sinceridade.
Sutilmente você tem feito concessões? De que maneira você as tem justificado? Em quais áreas
você precisa mudar? Como fazer isso?

Participe do projeto "Reavivados por Sua Palavra": acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/

112 0 evangelho em Gálatas


1Quarta-feira, 23 de agosto Ano Bíblico: Jr 42-44

Naquele tempo e agora


relacionamento de Paulo com os cristãos da Galácia nem sempre foi tão difícil
O e frio como tinha se tornado. Na verdade, ao refletir sobre a primeira vez em
que pregou o evangelho ali, Paulo falou com entusiasmo sobre a maneira agradá­
vel pela qual eles o trataram. O que mudou essa situação?

5. De acordo com Gálatas 4:13, qual evento parece ter levado Paulo a decidir
pregar o evangelho na Galácia?

Aparentemente, não havia sido a intenção original de Paulo pregar o evangelho


na Galácia. Algum tipo de doença, entretanto, o atingiu na viagem, obrigando-o
a ficar nessa região mais tempo do que o esperado ou a viajar para lá em busca de
recuperação. A natureza exata da enfermidade de Paulo envolve um mistério. Al­
guns têm sugerido que ele tivesse contraído malária; outros (com base na referên­
cia de Paulo à disposição dos gálatas em arrancar os próprios olhos e dar-lhes a
Paulo) sugerem que talvez fosse uma doença nos olhos. Sua doença também pode
estar relacionada ao "espinho na carne” que ele mencionou em 2 Coríntios 12:7-9.
O sofrimento de Paulo foi desagradável e se tornou uma provação para os gála­
tas. Numa cultura em que a doença era frequentemente vista como sinal do de­
sagrado divino (Jo 9:1,2; Lc 13:1-4), a enfermidade de Paulo poderia ter dado aos
gálatas uma desculpa para que o rejeitassem, bem como sua mensagem. No en­
tanto, eles o acolheram com sincera alegria. Por quê? Porque o coração deles ha­
via sido aquecido pela pregação da cruz (G13:1) e pela convicção do Espírito Santo.
Que razão eles poderiam dar, então, para sua mudança de atitude?

6. Por que Deus permitiu que Paulo sofresse? Como Paulo poderia ministrar
aos outros quando ele mesmo estava lutando com seus próprios problemas?
K m 8:28; 2 C o 4:7-12; 12:7-10

Qualquer que fosse a doença de Paulo, certamente foi grave. Essa enfermidade
poderia ter sido facilmente usada como desculpa a fim de culpar Deus por seus pro­
blemas ou simplesmente desistir de pregar o evangelho. Paulo não fez nada disso.
O apóstolo usou sua situação como oportunidade para confiar mais plenamente
na graça de Deus. "Repetidas vezes Deus tem usado as adversidades da vida - do­
ença, perseguição, pobreza, e mesmo desastres naturais e tragédias inexplicáveis
- como ocasiões para mostrar Sua misericórdia e graça, e como meio de promo­
ver o evangelho” (Timothy George, G a l a t i a m [Gálatas], p. 323,324).

Como permitir que as provações e os sofrimentos nos levem a depender mais do Senhor?

Jul • Ago • Set 2017 113


n Quinta-feira, 24 de agosto Ano Bíblico: Jr 45-48

Falando a verdade
7. Qual pergunta poderosa Paulo fez em Gálatas 4:16? Você já passou por uma
situação semelhante? lo 3:19; M t 26:64, 65; Jr 36:17-23. Asssinale a alternati­
va correta:
A. ( ) “Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade?”
B. ( ) “Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou?”
C. ( ) “Tornei-me inimigo de vocês por lhes dizer a verdade?”

uitas vezes, a expressão "dizer a verdade” tem conotações negativas, espe­


M cialmente em nossos dias, quando isso pode ser visto como uma tática de
dizer a alguém os fatos de maneira categórica e descontrolada, não poupando ne­
nhum inimigo, nào importando quanto essas informações sejam desagradáveis ou
desnecessárias. Se não fosse pelos comentários de Paulo em Gálatas 4:12-20 e al­
guns outros comentários espalhados ao longo de sua carta (G16:9,10), seria possí­
vel concluir erroneamente que o interesse de Paulo na verdade do evangelho su­
perava qualquer expressão de amor. Mas, como vimos, embora Paulo desejasse
que os gálatas conhecessem a "verdade do evangelho” (G12:5,14), essa preocupa­
ção surgiu por causa de seu amor por eles. Quem não experimentou pessoalmen­
te quanto pode ser doloroso ter que castigar alguém ou falar à pessoa, em termos
claros, verdades que, por algum motivo, ela não quer ouvir? Fazemos isso porque
nos preocupamos com a pessoa, não porque queiramos prejudicá-la, ainda que o
efeito imediato de nossas palavras seja dor ou até mesmo ira e ressentimento con­
tra nós. Mesmo assim, falamos porque sabemos que a pessoa precisa ouvir, não
importando se ela nào queira ouvir.

8. Em Gálatas 4:17-20, o que Paulo disse sobre seus oponentes? O que mais ele
desafiou, além de sua teologia?

Em contraste com a sinceridade do evangelho de Paulo, pelo qual ele assumiu


o risco de ter que enfrentar a ira dos gálatas, seus oponentes estavam ativamente
cortejando o favor dos gálatas, nào por amor a eles, mas por seus próprios moti­
vos egoístas. Não está claro exatamente o que Paulo quis dizer quando declarou
que seus adversários queriam “isolá-los” (v. 17, N VI), embora isso talvez se refira a
uma tentativa de excluí-los dos privilégios do evangelho até que eles se submetes­
sem primeiramente à circuncisão.

Pense em algum incidente em que suas palavras, embora verdadeiras e necessárias, fizeram com
que alguém ficasse irado com você. 0 que você aprendeu com essa experiência? Como ela pode
ajudá-lo na próxima vez que você precisar fazer algo semelhante1

114 0 evangelho em Gálatas


! Sexta-feira, 25 de agosto Ano Bíblico: Jr 49,50

Estudo adicional
" K la s igrejas da Galácia, aberta e claramente o erro estava suplantando a men-
I 1lsagem do evangelho. Cristo, o verdadeiro fundamento da fé, havia sido quase
renunciado pelas obsoletas cerimônias do judaísmo. O apóstolo viu que, para que
os crentes da Galácia fossem salvos das perigosas influências que os ameaçavam,
as mais decisivas medidas deviam ser tomadas, dadas as mais severas advertências.
“Uma importante lição que todo ministro de Cristo deve aprender é a de adap
tar seu trabalho às condições daqueles a quem busca beneficiar. Ternura, paciên­
cia, decisão e firmeza são igualmente necessárias, mas devem ser exercidas com o
devido discernimento. Tratar sabiamente com diferentes classes de mentalidade,
sob circunstâncias e condições variadas, é uma obra que requer sabedoria e men­
te iluminada e santificada pelo Espírito de Deus [...].
“Aos que haviam conhecido na vida o poder de Deus, Paulo apelou para que vol­
tassem ao seu primeiro amor da verdade do evangelho. Com argumentos incontes
táveis, ele expunha perante eles seu privilégio de se tornarem homens e mulheres
livres em Cristo, por cuja graça expiatória todos os que fazem completa entrega a
Ele são revestidos com o manto de Sua justiça. [...]
"As fervorosas palavras de súplica do apóstolo não ficaram sem fruto. O Espí­
rito Santo atuou com forte poder, e muitos cujos pés se haviam desviado para ca­
minhos estranhos, retornaram à sua primeira fé no evangelho. Daí em diante,
ficaram firmes na liberdade com que Cristo os havia libertado” (Ellen G. White,
A to s d o s A p ó s to lo s , p. 385,386,388).

Perguntas para reflexão


1. Pense na questão do sofrimento e em como Deus pode usá-lo. Como lidamos
com situações em que nada de bom parece ter resultado do sofrimento?
2. Medite na ideia de Cristo sendo formado em nós. O que isso significa? Como
saber se isso está acontecendo conosco? Como evitar o desânimo se essa expe­
riência não estiver acontecendo como pensamos que devia ocorrer?

Resumo: Tendo apresentado argumentos detalhados e teologicamente Sofistica­


dos, Paulo fez um apelo pessoal aos gálatas. Ele pediu que eles ouvissem seu con­
selho, lembrando-lhes da relação positiva da qual já haviam compartilhado e do
amor genuíno e preocupação que ele tinha por eles como seu pai espiritual.

Respostas e atividades da semana: 1. A. 2. Escolha com antecedência um aluno e peça que ele prepare uma respos­
ta para ser apresentada à classe. Promova também uma discussão em grupo: Por que Paulo precisou passar novamen­
te pelas "dores de parto"? 3. Peça a opinião dos alunos. 4 . B. 5. Peça a opinião dos alunos. 6. Peça a opinião dos alunos.
7. C. 8 . Com uma semana de antecedência, escolha um aluno para responder à questão. Peça que ele compartilhe sua
resposta com os colegas na classe.

Jul • Ago • Set 2017 115


Resum o da Lição 9
Apeio pastoral de Paulo
TEXTO-CHAVE: Gálatas 4:12

0 ALUNO DEVERÁ
Con h ecer: Como a carta de Paulo aos Gálatas parte do argumento escriturístico
para o raciocínio fundamentado no apelo pessoal.
Sen tir: O apelo emocional que Paulo fez como pastor, compartilhando suas ansie­
dades e lembrando aos gálatas as experiências que eles tiveram em comum.
Fazer: Beneficiar-se não apenas do discernimento espiritual dos líderes, mas tam­
bém de seu amor e preocupação, e apoiá-los em retribuição.

ESBOÇO
I. Conhecer: Apelo duplo
A. Por que Paulo fez um apelo teológico e outro pessoal?
B. Por que o conhecimento das angústias pastorais de Paulo ajudaria os gálatas a
perceber a gravidade de sua própria crise?

II. Sentir: Ansiedade pastoral


A. Como o relato da história que viveram em comum ajudou Paulo a lembrar aos
gálatas lições importantes?
B. Por que o argumento, o apelo e a ansiedade de Paulo poderiam despertar um re-
avivamento sincero do relacionamento dele com a igreja e a aceitação intelec­
tual da verdade?
C. Comp Paulo contrastou sua preocupação apaixonada pelo bem-estar da igreja
com o desejo dos falsos mestres de procurar vantagens?

III. Fazer: Verdade amável, embora desagradável


A. Devemos estar dispostos a receber tanto as lições que nos repreendem e censu­
ram, como as que nos encorajam e elevam. Como podemos fazer isso?
B. Podemos seguir o exemplo de Paulo e usar os relacionamentos como plataforma
para compartilhar a verdade, mesmo quando isso for desconfortável.
C. Como podemos apoiar os que passaram pelo "parto" espiritual em nosso favor?

RESUMO: Após forte argumento espiritual, Paulo fez um apelo emocional para que os gálatas
permanecessem no evangelho da graça.

Ciclo do aprendizado
M otivação
PASSO 1

Focalizando as Escrituras: Gálatas 4:12


Conceito-chave para o crescimento espiritual: O evangelho que pregamos deve ser o evange­
lho que vivemos. Não há nada mais irresistível do que um cristão que tenha pleno amor por Jesus
Cristo e compromisso com a salvação dos seres humanos perdidos.

116 O evangelho em Gálatas


Para o professor: Comente a realidade social em que grande parte do mundo se encontra hoje,
na qual as palavras e atos raramente se unem para mostrar uma imagem clara de quem as pes­
soas realmente são.

Existem muitos comunicadores. Basta ligar o rádio, assistir à televisão ou navegar na inter­
net para descobrir uma comitiva de apresentadores muito felizes em opinar sobre a última
questão sensacional. Os analistas financeiros se sentem qualificados para denunciar a condição
do sistema educacional. Os políticos dizem uma coisa quando buscam a vitória nas eleições e
depois fazem o oposto quando estão no poder, ao mesmo tempo que aceitam subornos de in­
teresses particulares superficialmente disfarçados.
E há também os perturbados mentais que ocupam programas nacionais de rádio, "vomi­
tando" palavras e palhaçadas calculadas para provocar ódio, conquistar audiência e encher os
bolsos. 0 mundo parece estar sendo levado por uma enxurrada de tolices sem sentido, pesso­
as totalmente incapazes que, não obstante, continuam audaciosas.
Como um comandante militar que lança aviões de combate não detectáveis atrás das li­
nhas inimigas, Deus coloca o cristão no meio do barulho da conversa vazia, para viver e pregar
o evangelho. Que amor maravilhoso por um mundo caído!
Pense nisto: Peça que a classe apresente uma lista dos "grandes comunicadores" que domi­
nam a mídia. O que os mantém nos seus programas? Por que eles têm audiência?
A essência de sua mensagem é positiva ou negativa? Finalmente, eles vivem o
que falam?

C om preensão
PASSO 2

Para o professor: No comentário desta semana, a classe deve analisar cuidadosamente a obe­
diência de Paulo a Deus, sua disposição de se sacrificar para ver Cristo formado nos cristãos e
seus esforços emocionais para levá-los a escolher Cristo. O amor de Paulo pelos perdidos cer­
tamente é inspirador.

Comentário bíblico
I. Alcançando o coração por meio da fé viva
(Recapitule com a classe 1Co 9:19-23; At 14:1-26; Gl 4:12.)
O estudo de terça-feira nos convida a considerar um dos aspectos mais importantes da
missão de compartilhar a verdade: a mensagem contextualizada às pessoas a quem ela é
transmitida tem mais possibilidade de alcançar o coração. 0 entendimento que Paulo tinha
dessa realidade o levou a se tornar "tudo para com todos, para de alguma forma salvar al­
guns" (1Co 9:22, NVI).
Ainda que tivesse o nobre desejo de levar outros a Jesus, Paulo não realizava sua tarefa de
maneira descuidada, especialmente no tocante ao seu entendimento da lei de Deus e dos có­
digos civis. Havia uma razão para a rigorosa lealdade de Paulo a um código de conduta pessoal
irrepreensível. Enquanto Paulo e Barnabé estavam ministrando em Icônio, com grande sucesso,
"os judeus que se haviam recusado a crer incitaram os gentios e irritaram-lhes os ânimos contra
os irmãos" (At 14:2, NVI). O povo da cidade ficou tão dividido que "alguhs estavam a favor dos
judeus, outros a favor dos apóstolos" (v. 4, NVI).
0 apóstolo Paulo não podia se dar ao luxo de ser negligente na maneira de viver sua fé. Por
um lado, seus inimigos mantinham estrita vigilância sobre ele; porém, a razão mais importante
para seu fiel testemunho era seu desejo de agradar a Deus em primeiro lugar.

Jul* Ago • Set 2017 117


Pense nisto: Peça que alguém leia Lucas 15:1-10. Observe o fato de que Jesus enfrentou ata­
ques ilegítimos ao tentar fazer o bem aos que estavam à margem da sociedade
na Sua época. Pergunte: A maneira pela qual Paulo contextualizava o evangelho
refletia o método de Cristo? Havia alguma diferença?

II. Custe o que custar


(Recapitule com a classe Gl 4:19; Jo 3:3; Cl 1:27.)
Paulo usou a metáfora do parto para apresentar a ideia de que ele havia suportado, por
assim dizer, as dores do parto, a fim de conduzir essas pessoas a Cristo. No entanto, como
pretendiam voltar a uma forma de fé legalista, o processo de "nascimento" delas teria que co­
meçar de novo. Paulo estava, sem dúvida, ecoando a linguagem de Jesus, quando Ele falou
com Nicodemos (Jo 3).
O apóstolo persistiu em alcançar os gálatas porque desejava que Cristo fosse plenamen­
te formado e reinasse no coração deles (Gl 2:20). Como o estudo de quarta-feira deixa claro,
Paulo prosseguiu em meio a uma doença pessoal para completar sua tarefa. Em sua carta aos
Colossenses ele usou novamente a linguagem e a metáfora da maternidade para deixar cla­
ro que a formação de Cristo em nós representa a única "esperança de glória" da humanida­
de (Cl 1:27).
Pense nisto: Comente o conceito da formação cristã com seus alunos. Como fica a vida do cris­
tão quando Cristo começa a ser formado dentro dele? O que muda? O que fica
igual? Por que Paulo estava tão motivado a ajudar os cristãos da Galácia a ter uma
fé profunda e permanente em Jesus Cristo como sua única fonte de salvação?
Como ficou a vida de Paulo depois que Cristo "nasceu" no coração dele? Essa mu­
dança na vida dele e a correspondente liberdade que ela trouxe teria sido a força
que o movia a desejar que os outros também tivessem essa experiência?

III. Fechando o acordo


(Recapitule com a classe Gl 4:16; 2Co 1; 2.)
O apelo emocional é uma das características distintivas do ministério do apóstolo Paulo.
Numa época em que muitos ministros do evangelho têm receio de fazer apelos em sermões, os
apelos "diretos" de Paulo parecem estar ultrapassados. Na verdade, as emoções podem ser to ­
cadas como um instrumento musical, e muitos líderes religiosos se tornaram especialistas nes­
se negócio, mas Paulo não estava sendo hipócrita.
Em Gálatas 4:16, Paulo, amigo íntimo dos cristãos da Galácia, arriscou essa amizade num es­
forço para ajudá-los a "ver" Cristo através da névoa do legalismo que os havia envolvido. Na lin­
guagem moderna ele diria: "Você está irritado comigo porque eu disse a verdade?".
O apelo de Paulo à igreja de Corinto em 2 Coríntios 1 e 2 é ainda mais inquietante. Ao ter sua
autoridade ministerial questionada, Paulo escreveu: "Pois eu lhes escrevi com grande aflição e
angústia de coração, e com muitas lágrimas, não para entristecê-los, mas para que soubessem
como é profundo o meu amor por vocês" (2Co 2:4, NVI).
Paulo desejava que as pessoas conhecessem Jesus; seu amor por elas fortalecia seus ape­
los e os tornava eficazes.
Pense nisto: Por que alguns cristãos têm medo de se arriscar ao pregar o evangelho? Algu­
mas culturas são mais reservadas do que outras. Qual deve ser o papel das nor­
mas culturais em nossa maneira de apelar aos homens e mulheres em nome de
Cristo?

118 O evangelho em Gálatas


^ A p licação
£ OSSVd

“■ Para o professor: Incentive os alunos a responder às perguntas abaixo. Dê tempo para os


que desejarem compartilhar suas respostas.

Perguntas para reflexão


1. Como você aceitou Jesus Cristo como Senhor e Salvador? Foi por meio do incentivo de um
amigo, de um grande sermão que comoveu seu coração ou de um apelo a que você não resis­
tiu? O que o atraiu e fez com que desejasse entregar a vida a Jesus?
2. Paulo frequentemente enfrentava rejeição em seus esforços para ganhar pessoas para
Cristo. 0 medo da rejeição impede você de compartilhar a fé? Como você planeja superar isso?

Pergunta para aplicação


"Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo Seu apelo por
nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus" (2Co 5:20, NVI).
Quais dons ou talentos específicos que você tem podem ser usados por Deus para apelar a ou­
tras pessoas?

Perguntas para testemunhar


1. É evidente que um coro de vozes contraditórias estava confundindo os cristãos da Galá-
cia. Do contrário, Paulo não teria encontrado tanta dificuldade para explicar a lei e como esta
demonstra a fé em Jesus Cristo. Quais desafios a elite intelectual da sociedade apresenta atual­
mente para o cristão que tenta compartilhar o evangelho?
2. Como podemos encontrar o equilíbrio entre construir relacionamentos com os que de­
sejamos conduzir a Cristo e falar a verdade para eles? Qual é o papel do Espírito Santo nesse
processo?

C ria tiv id a d e e a tivid ad e s práticas


Distribua papéis para os alunos e peça que escrevam um ou dois exemplos de apelos para
alcançar o coração das pessoas mencionadas nas seguintes situações:
* OSSVd

A. Um homem frequentemente embriagado passa por sua igreja a cada sábado porque sabe
que certamente obterá uma refeição e algumas pessoas lhe darào dinheiro. Ele nunca entra
para assistir ao culto. Como a igreja deve reagir?
B. Sara visitou sua igreja várias vezes. Ela presta atenção aos cultos e até comprou uma Bíblia
a fim de acompanhar o pregador. Todos querem saber quando ela decidira entregar o cora­
ção a Jesus e ser batizada, mas seu pastor raramente faz apelos. Quando faz, parece que fica
incomodado e se apressa para terminar logo. Como você faria para apelar a Sara?
C. Uma amiga intima sua tem sonegado impostos durante anos. Ela procura todas as bre­
chas para poupar dinheiro, mas passa dos limites. Às vezes, ela brinca com você a respeito
disso e justifica seu comportamento dizendo: "É o meu dinheiro de qualquer maneira. Tudo
que o governo faz é desperdiçá-lo". Como você faria para ajudá-la a perceber que esse com­
portamento é errado? Você mencionaria Deus ou apenas a abordaria da perspectiva legal,
dizendo que ela está transgredindo a lei? Explique.

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INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

A vila dos adventistas


Na semana passada, conhecemos a história de uma pequena vila no nordeste da Índia
cujos moradores tentaram forçar seis famílias adventistas do sétimo dia a sair do vilarejo.
Os moradores fizeram ameaças de morte e vandalizaram o pequeno templo adventista.
Eles conseguiram que a polícia prendesse os adventistas e os mantivesse na prisão durante
dois dias. Após a libertação deles, as autoridades locais exigiram que os moradores da vila
deixassem os adventistas em paz. Mas a história não terminou aí.
As tensões continuaram durante meses após a prisão dos três adventistas. O problema
atingiu o auge quando um respeitado aldeão decidiu se tornar membro da Igreja Adventista.
Os outros moradores ficaram preocupados, temendo que a decisão desse homem influen­
ciasse o restante dos moradores da aldeia. Eles não queriam que a Igreja Adventista cres­
cesse. Por isso, acusaram falsamente o novo converso adventista de praticar magia negra.
Vários jovens subiram no telhado da casa daquele homem e gritaram insultos contra os
adventistas e sua fé. Depois destruíram a casa e o celeiro que ficavam perto. Em seguida,
foram até a plantação, colheram tudo e levaram os produtos para casa.

A morte ronda a vila


Então algo estranho aconteceu. Alguns jovens que participaram do vandalismo come­
çaram a morrer misteriosamente. O nariz de um homem começou a sangrar enquanto
viajava, e ele morreu no caminho de casa.
Amunang, um dos diáconos da igreja, testemunhou o fato. Ele disse: "Aqueles que des­
truíram a casa e zombaram da igreja e de seus membros morreram em um curto período
de tempo e de um modo inexplicável.”

Comando militar
Um segundo incidente incomum também ocorreu naquele ano. A aldeia recebeu aviso
de que os militares precisavam de ajuda para trazer suprimentos. Era costume que os mi­
litares pedissem ajuda aos aldeões para transportar rações, comida e equipamentos. Dessa
vez, no entanto, os militares queriam que isso fosse feito no sábado.
Os adventistas imediatamente apelaram para as autoridades. Explicaram que o sábado
bíblico era o sétimo dia, e eles não iriam trabalhar. As autoridades, porém, não demonstra­
ram simpatia. Então, sem explicação, os militares anunciaram que a jornada de trabalho
havia sido alterada do sábado para domingo.
A mudança de data pegou os moradores da vila de surpresa. Muitos começaram a dizer
uns aos outros: “Talvez Deus tenha respondido às orações dos adventistas.”
No domingo, durante o trabalho, aconteceu um desastre. Enquanto os aldeões carrega­
vam os suprimentos por uma ponte, ela desmoronou sob seus pés. Várias pessoas ficaram
feridas, mas os adventistas foram poupados.
Os moradores da vila começaram a admitir que haviam tentado fazer com que os ad­
ventistas transgredissem o sábado, mas todos acabaram trabalhando no domingo. Eles co­
meçaram a pensar que Deus estava abençoando os adventistas. A notícia se espalhou por
toda a região, e a perseguição aos adventistas parou.
Os líderes da igreja local explicam que não creem que Deus cause morte ou sofrimento,
mas que protege e recompensa aqueles que são fiéis a Ele.

120 0 evangelho em Gálatas


Uma Igreja que cresce
Hoje, 30% dos 1.500 habitantes da aldeia pertencem à Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Um ancião da igreja disse não ter dúvida de que Deus abençoa Seus fiéis. Ele diz: “A igreja
agora tem um bom nome e os moradores a respeitam. Espero que esta alegria no Senhor
continue a se espalhar e abençoar a comunidade.”
A vila fica a pouco mais de duas horas de carro da cidade em que a Escola Adventista de
Nagaland está localizada. Parte da oferta da Escola Sabatina deste trimestre ajudará a cons­
truir um residencial feminino na escola adventista. Isso vai facilitar a vinda de meninas
que moram em aldeias distantes. Assim, elas poderão receber as bênçãos que Deus coloca
sobre aqueles que O amam e obedecem aos Seus mandamentos.

Resumo missionário
• A única escola adventista perto dessa aldeia fica em Dimapur, Nagaland, a maior cida­
de da região.
• A Escola Adventista de Nagaland oferece desde as classes do Jardim da Infância até o En­
sino Médio. Foi fundada em 2007 e tem 205 alunos.
• Muitos estudantes de regiões distantes gostariam de frequentar a escola de Nagaland.
Atualmente, alunos que necessitam de acomodações têm sido levados para as casas dos
professores. Mas eles não têm condições de aceitar todos que desejam ser alunos inter­
nos. Os dormitórios na escola permitirão que os estudantes que moram longe tenham
acesso à educação cristã de qualidade.

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