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ESTUDO DE GÁLATAS

- 13/04/22: Tema: O evangelho de Paulo

Texto base: Gálatas 1:11-24

Na carta aos Gálatas, Paulo não menciona quais eram os questionamentos que os judaizantes
faziam a ele, mas temos as resposta de Paulo para eles.

E isso nos permite supor quais eram esses questionamentos;

Qual era o Evangelho de Paulo?

De onde ele recebeu essa mensagem? Será que não era uma invenção dele?

Será que ele copiou isso dos apóstolos lá em Jerusalém? Ou pior, será que ele se opôs aos
apóstolos?

A resposta nós encontramos nos versos 11 e 12.

O Evangelho de Paulo nada mais era do que a revelação que ele teve do próprio Senhor Jesus.

Alguns teólogos inclusive acreditam que depois que Paulo teve aquela experiência no caminho
para Damasco, teve os olhos abertos e etc, ele ficou sendo ensinado pelo próprio Senhor Jesus
durante 3 anos. O mesmo tempo em que Jesus estivera com os outros apóstolos.

Paulo recebeu o Evangelho de uma forma tão poderosa que ele mesmo ousou chamar de MEU
EVANGELHO, não porque ele inventou mas por conta da forma sobrenatural e especial que
Jesus se revelou a ele.

Toda autoridade e revelação que ele recebeu veio do próprio Senhor, e Paulo tinha convicção
disso.

Como Paulo viajava muito para Jerusalém e muitas vezes acaba se encontrando com os demais
apóstolos lá, os judaizantes inventavam que ele acomunado com a suposta seita inventada por
Jesus e seus seguidores.

O mais interessante era que eles procuravam queimar o filme de Paulo dizendo que ele pregava
uma mensagem diferente das dos demais apóstolos, que ele aprendia lá com eles e depois
distorcia tudo.

Paulo sendo acusado de tudo isso refutou as acusações mostrando para todos eles como era sua
vida antes de ter se encontrado com Jesus e como foi depois.

Vejamos os versos 13 e 14: Aqui vemos ele se defendendo das falsas acusações mostrando aos
Gálatas que o evangelho que ele pregava não somente para se aparecer ou ficar famoso.

E aqui entra algo que até hoje gera discussões entre os cristãos. Os judaizantes acusavam Paulo
de pregar um evangelho fácil, com uma doutrina muito fraca, e por causa disso afirmavam que
era necessário também seguir a lei para deixar o Evangelho mais sólido e mais sério.
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Muitos cristãos por não entenderem a profundidade do Evangelho da Graça querem misturá-lo
com a Lei para tornar uma comida mais forte.

Pensa Paulo, um religioso que matava os seguidores de Jesus, perseguia a igreja e de repente
aparece defendendo aquilo que antes perseguia.

Somente Jesus para mudar alguém dessa forma, nenhum argumento humano teria a capacidade
mudar a mente de um Judeu religioso.

Nenhuma obra humana é capaz de mudar a mente de um muçulmano, espírita ou seja lá quem
for.

Eu aprendo algo neste contexto muito tremendo. Embora devamos pregar o Evangelho para as
pessoas, existem algumas que só se converterão quando o próprio Jesus se manifestar a elas.

Não fazia sentido Paulo querer ser popular e bem visto por um povo que antes ele mesmo
perseguia.

Nós hoje somos acusados o tempo todo de pregar um evangelho barato pra atrair pessoas e
tentar encher a igreja a qualquer custo.

Não existe evangelho barato, porque se fosse barato ainda assim precisaríamos pagar algo, ele é
totalmente de Graça pra nós.

Precisamos, porém, entender que realmente existem muitos por aí que usam a graça para
justificar sua vida sem compromisso, no pecado, libertina. Isso não é evangelho da graça é
safadeza mesmo.

O Evangelho da Graça não reverencia esforço humano. A Graça sempre aponta para a obra de
Jesus. Tem a ver com o que Jesus fez por mim não com o que eu posso fazer ou devo fazer.

Pra alguém desfrutar do Evangelho da Graça precisa crer em Jesus Cristo. Não existe salvação
automática. Tem gente que ensina que se Jesus morreu por todos, logo todos são salvos sem
precisar crer nele. Isso é do diabo.

Não se preocupe se quando você prega e ensina o Evangelho da Graça para alguém gera
descontentamento e perseguição. Isso acontece desde sempre.

Enquanto os crentes não compreenderem a Graça viverão como escravos da Lei sem desfrutar
da vida abundante que Jesus já nos deu por meio da obra da cruz.

Nos versos 15 e 16 vemos Paulo reafirmando a experiência que teve na sua conversão;

Paulo compreendeu pelo espírito que Deus o separou antes do seu nascimento, e que pela graça
o Senhor o chamou. Não teve intervenção humana nessa experiência.

Ele queria mostrar para os judaizantes que seu apostolado não foi iniciativa nem dele nem de
pessoa alguma, foi o próprio senhor que quis e fez.

Não foi o que ele fez como judeu religioso que era que o qualificou para exercer este envio.

Se ele não escolheu ser salvo, muito menos apóstolo. Foi algo vindo do próprio Deus.

Lá em atos 26:16-18 Paulo testemunha ao rei Agripa como Jesus o encontrou.


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Paulo é enfático que tudo que ele recebeu veio de Cristo, desde a conversão até seu ministério
apostólico. Não foi dado por pessoas, somente por Deus.

Depois que ele se converte ele recebe muita clareza acerca do Evangelho da Graça.

Ele volta a repetir da experiência que teve com Jesus, que o próprio Senhor se revelou a ele que
todo ensino a respeito do Evangelho veio também de Jesus.

Os cristãos legalistas daquele tempo tentaram a todo custo colocar em descrédito a autoridade
apostólica de Paulo afirmando que ele só copiou a mensagem dos apóstolos quando foi pra
Jerusalém.

Todo o momento Paulo se defende dessa forma, mas a partir do verso 18 ele mostra que quase
não teve contato com os irmãos em Jerusalém. E por conta disso era impossível aprender a
doutrina através deles.

Lá em Atos 9:19-20 ele afirma que ficou alguns dias com os discípulos depois da experiência
com Jesus, e logo depois sai pregando o Evangelho.

Logo após isso ele vai pra Arábia e fica por lá durante 3 anos. Isso está em Gálatas 1:17-18 Este
é verso que os teólogos afirmam que Paulo ficou aprendendo com Jesus durante este período.

Os outros apóstolos conheceram Jesus na carne, mas Paulo conheceu Jesus no espírito, pois teve
o privilégio de ter aprendido com o Jesus glorificado.

Depois dos 3 anos Paulo volta a Jerusalém e se encontrar com Pedro e fica com ele 15 dias.

É impossível qualquer pessoa ser capaz de receber 100% de instrução de um determinado


assunto em apenas 15 dias. Nós precisamos de no mínimo 21 para começar a ter clareza de algo.

Ele não foi visitar os demais apóstolos com o intuito de aprender mais sobre o Evangelho, mas
apenas para se conectar melhor com eles que haviam estado com Jesus na carne e talvez ouvir
algumas histórias dos feitos de Jesus quando estava entre eles.

Sua ausência durante 3 anos, sua visita durante 2 semanas e sua vida durante 14 anos na Síria e
Cilícia serviram de ótimos argumentos para mostrar que seu evangelho não era uma cópia
barata do ensino dos demais apóstolos, mas sim uma real e viva revelação do próprio Jesus.
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- 04/05/22: Tema: A solução de conflitos na igreja

Texto base Gálatas 2:11-16

Existem pessoas que tentam a todo custo não ter conflitos com ninguém e em nenhum momento
de sua vida. Parece ser algo bom e algumas vezes realmente é, porém, o conflito é necessário
em algumas circunstâncias.

É através do conflito que se é possível alinhar coisas que estão fora dos padrões corretos.

Evitar conflitos pode resultar em coisas piores pra frente.

Conflitos são inevitáveis, mas precisamos aprender a lidar com eles de forma adequada dentro
da vida da igreja.

Este texto mostra o conflito mais louco da bíblia.

2 homens de Deus se desentendendo por causa do Evangelho da Graça. Eles foram tão usados
por Deus que o livro de Atos na verdade pode até ser entendido como o livro de Atos dos
Apóstolos Pedro e Paulo rs.

Não podemos pensar que Paulo perdeu seu domínio próprio.

Por qual razão Paulo bateu de frente com Pedro e o resistiu na frente de todo mundo?

Pedro teve uma conduta que estava em desacordo com o Evangelho da Graça, não foi o que
Pedro ensinou algo diferente, mas foi a forma como ele se comportou diante dos gentios.

Ele se separou da comunhão com os irmãos não judeus por causa de alguns judaizantes que
vieram de Jerusalém para a Antioquia.

Então vemos aqui a fonte do conflito:


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Um grupo de judeus fariseus que se converteu chegou na cidade de Antioquia. Embora


houvessem se convertido guardava todas as práticas judaicas. Eles eram pastoreados por Tiago
irmão de Jesus que era pastor em Jerusalém.

Em atos 15 temos o relato destes homens ensinando em Antioquia que crer em Jesus não era o
suficiente, era necessário realizar a circuncisão.

Circuncisão nada mais era do que uma aliança que Deus fez com os judeus iniciando em
Abraão. Todos os homens nascidos judeus deveriam cortar a pele da cabeça do seu pênis, órgão
genital masculino como forma de aliança. A lei estabeleceu que todo menino com 8 dias de vida
deveria fazer isso.

Isso era feito dessa forma para mostrar aos judeus que a aliança deveria ser passada de geração
em geração, e a semente do homem está justamente no órgão genital dele.

Esse ritual foi dado aos judeus de sangue.

Quando Pedro chega em Antioquia, ele come, conversa, tem comunhão com todos os gentios
que se converteram lá.

Só que quando estes homens chegam na cidade o comportamento de Pedro muda, porque ele
fica com MEDO da opinião destes fariseus.

O mais absurdo é que Pedro foi o primeiro apóstolo a pregar aos gentios, teve a visão do rolo
com comidas consideradas impuras que Deus pediu pra ele comer, defendeu o batismo dos
gentios diante da igreja em Jerusalém e agora vemos ele caindo num laço que na verdade era pra
ele mesmo ter resolvido ali.

Talvez por ele pensar que era forte nessa área acabou não vigiando e caindo na armadilha do
diabo.

Todas as vezes que nos julgamos fortes em uma determinada área na nossa vida corremos o
sério risco de cair no laço do diabo.

Pedro provavelmente teve MEDO de ser julgado pelos fariseus. Um homem que disse em atos
que se preocupava em obedecer a Deus e não aos homens agora estava negando a revelação que
tinha recebido.

Quando desprezamos a revelação que recebemos corremos sério risco de tornarmos pessoas
dissimuladas, aquela pessoa que se faz se sonsa. Em outras palavras nos tornamos hipócritas,
fingidas, tudo isso para não ter conflitos.

Pedro outra vez quis livrar sua cabeça diante dos judaizantes. O pior nesse momento era como
os gentios se sentiram com essa atitude.

-Poxa, até ontem Pedro estava aqui com a gente, comendo, ensinando, e a gora que chegaram
seus verdadeiros irmãos ele finge que nem conhece a gente. Será que realmente somos irmãos
em Cristo.

Veja só como isso pode gerar um impacto negativo e até afastar pessoas do Evangelho.

Acredito eu que exista muita gente desviada porque muitos cristão tiveram essa mesma atitude
que Pedro teve.
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O legalismo gera pessoas hipócritas. A atitude Pedro mostrou de certa forma que os gentios só
poderiam ser aceitos com a condição de se enquadrarem nos ritos e costumes judaicos como a
circuncisão.

A pior coisa que pode nos acontecer é ter medo dos irmãos religiosos. Não vou pregar isso
porque pode gerar descontentamento neles.

Toda vez que recebo oportunidade de pregar em algum ministério fora do nosso, independente
do tema, busco evidenciar a Graça de Jesus.

Esses dias fui convidado a pregar sobre um tema que envolvia obediência. Que o tema que
muitos legalistas amam. Orei ao Senhor e Ele me fez lembrar de uma mensagem que o Elias
ministrou sobre a obediência da Fé. Não deu outra. Se gostaram ou não já não é problema meu,
mas que falei e falarei da Graça não tenham dúvidas.

Quando Paulo chega e vê toda essa cena, fica muito indignado.

Porque o legalismo afasta as pessoas da Graça de Cristo. Leva as pessoas se esforçarem para
obedecerem a normas que na verdade são ensinos de homens tentando criar uma lista que
possam levá-los até Deus.

Desde a igreja primitiva, essas tem sido as causas dos conflitos entre os cristãos.

Nós não queremos que as pessoas pensem que elas podem viver de qualquer jeito que tudo é
válido na Graça, não é isso, mas não devemos aceitar que alguns pensem que possuem a régua
para medir a santidade ou os padrões de Deus.

Vendo tudo isso fica a pergunta: Como resolver conflitos assim?

Confrontando. Muitas vezes por achar que determinada pessoa é autoridade de Deus nós não
devemos desrespeitar sua autoridade.

Paulo sabia da autoridade de Pedro. Muitos pensam que o confronto é uma atitude rebelde, mas
não é. Paulo em nenhum momento desdenhou da autoridade apostólica de Pedro.

Nós naturalmente tentaríamos resolver este problema entre eles de outras formas, tipo: irmãos
vamos fazer uma reunião só com os líderes e resolvermos isso entre nós.

Ou fazer vista grossa.

Paulo não se intimidou com nada disso, porque Pedro fez besteira em público, pessoas foram
afetadas publicamente, então era necessário resolver o problema publicamente com todos os
envolvidos.

Embora não gostemos deste tipo de situações em algum momento na nossa jornada teremos que
lidar com elas.

Paulo não defendeu uma preferência pessoal, ele defendeu o Evangelho na sua essência.

Precisamos aprender a separar gostos pessoais. Porque tem muita gente que por gostar de certos
costumes acabam concordando com o errado simplesmente por ter se acostumado a viver
daquela forma e pagar gosto por aquilo.
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Nem sempre o que gostamos é o certo ou o verdadeiro.

A atitude de Paulo evitou catástrofes ainda maiores entre nós igreja e os judeus.

Se hoje tendo a carta aos Gálatas já existe este conflito, imagine se não tivesse.

Toda confrontação deve ser feita com a verdade. Paulo não tive uma opinião firme ou
pensamento forte sobre algo, ele apenas compreendeu a verdade do Evangelho.

Paulo não era rival de Pedro e aproveitou a ocasião para envergonhá-lo. Paulo estava
preocupado com a verdade do Evangelho.

Paulo estava defendendo o ponto central do Evangelho que é pela graça sois salvos mediante a
fé.

A verdade é a receita para lidar com os conflitos. Escolha sempre ficar do lado da verdade
mesmo que isso custe uma amizade, emprego, dinheiro, etc. Naquele dia haverá recompensa
para Paulo por este ato, e conosco não é diferente.

Qual era a verdade neste contexto, de que Deus salva tanto o judeu quanto o gentio da mesma
forma. E que se Jesus não exigiu circuncisão dos gentios quem eram os judeus para fazer tal
exigência. Estavam acrescentando algo no Evangelho e isso não deve ser aceito por nenhum
crente vencedor.

Lá em 2ª Pedro 3:15-16 vemos que ele compreendeu a repreensão de Paulo.

No fim de sua vida Pedro olha para Paulo como um irmão amado e reconhece que o próprio
Jesus o separou como apóstolo.

O amor une. Por isso devemos confrontar em amor.

- 25/05/22: Tema: A prova das Escrituras – Jefferson;

Texto base: Gálatas 3:6-14

Os judaizantes ensinavam que somente através da circuncisão o crente seria salvo. Somente
realizando esse procedimento que se tornariam filhos de Abraão.

Só que Abraão se tornou filho porque creu em Deus. Nós hoje nos tornamos filhos seguindo a
mesma base de Abraão, a FÉ.
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Nós nos tornamos justos apenas pela fé. O mundo ensina que somos justos quando cumprimos
as leis, mas o Evangelho nos ensina que somos justos quando cremos que Jesus cumpriu tudo
por nós.

Gênesis 15:1-6 vemos como Abraão se tornou um homem justo. Não foi por causa da
circuncisão e sim por causa da FÉ.

Ele não precisou cumprir nenhum tipo de lei ou mandamento porque a lei veio mais de 400 anos
depois dele.

Paulo mostra aos Gálatas que nos tornamos filhos de Abraão quando cremos como ele creu.

Parece loucura, mas, Abraão creu no Evangelho. Gálatas 3:8 diz isso.

Todo ser humano que crê em Deus sem depender de si, dos seus méritos é feito filho de Abraão.
Somente pela fé há justificação.

Paulo ensina que a bênção de Abraão é dupla: nos torna justos e nos dá o Espírito Santo. São 2
presentes que recebemos quando cremos em Cristo.

Todo aquele que é justificado por Jesus recebe o Espírito de presente também.

Pra qualquer pessoa se tornar justa e receber o Espírito basta apenas crer, não precisa realizar
obra alguma.

Abraão creu e confiou, por isso se tornou justo.

Nós só podemos nos relacionar com Deus quando nos tornamos justos. Ser justo é o oposto de
ser condenado.

Mas como podemos ser justos? Paulo faz essa pergunta.

Nos versos 11 e 12 Paulo afirma que o justo viverá pela FÉ. Mas também existe a possibilidade
de se observar (guardar, obedecer) os mandamentos de Deus.

São 2 afirmações que mostram 2 tipos de vida. Os 2 veem de Deus só que produzem resultados
diferentes.

O primeiro nos promete vida quando cremos, o segundo quando obedecemos.

O primeiro diz que somos justos e salvos quando cremos, o segundo quando faço obras, aponta
pra uma vida sem depender de Deus pra ser justo.

Daí fica uma pergunta: somos salvos por fé ou por obras?

A resposta é simples e profunda. Tornamos-nos justos apenas pela FÉ porque somos incapazes
de obedecer aos mandamentos da lei.

A lei não procede da FÉ e sim da obediência. Todos os que confiam em si mesmos para poder
se tornar justos fracassam.

O resultado da fé é uma vida de bênção.

O resultado da lei é maldição.


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São 2 caminhos distintos.

Deuteronômio 28 afirma que todos que não guardassem os mandamentos e os obedecesse


seriam amaldiçoados.

Todas as vezes que saímos da dependência de Cristo, querendo se esforçar pra alcançar favor de
Deus, entramos no caminho de maldição.

Isso não significa perder salvação como a grande maioria ensina por aí.

É como se você fosse herdeiro de uma fortuna e por não ter o cartão pra desfrutar dessa fortuna.

O crente debaixo da lei é um herdeiro milionário que vive uma vida miserável.

Todos que erram em um único mandamento, se tornam culpados de todos os outros, e acabam
indo pro caminho de maldição. A verdade é que homem nenhum é capaz de cumprir todos os
mandamentos.

É por isso que Jesus se fez homem, para obedecer os mandamentos no nosso lugar, ir para a
cruz receber a maldição da lei por causa do nossa desobediência.

Através da obediência dEle nos tornamos justos e aceitos. Essa é a verdade do Evangelho.

Agora mesmo que você tropeçar e falhar em alguma das leis você continua sendo justo porque
Cristo já obedeceu no seu lugar.

A função da lei é mostrar o pecado e condenar o pecador.

É por isso que ninguém se torna justo por ela.

A maldição da lei inclui: Maldição no corpo, como fome, toda sorte de doenças;

Maldição na família: filhos doentes que vivem pouco, traições, divórcios.

Maldição na mente: pessoa perturbada em todos os aspectos;

Maldição no sustento da família: fracassa no emprego, nos negócios, nunca sobra nada...

Maldição na guerra: o diabo sempre vence essas pessoas.

O diabo é o grande responsável por trazer esse falso ensino de que você precisa guardar os
mandamentos pra ter favor de Deus.

Quando você acredita nisso se torna maldito.

Todo aquele que crê e ensina que é necessário guardar os mandamentos pra ser aceito por Deus
está sob influência do diabo. Não importa se é líder, pator, missionário e etc.

Viver debaixo da lei é terrível por causa disso. É impossível você conseguir obedecer e ser
abençoado.

Viver debaixo da graça crendo no favor nos coloca na posição de herdeiros de Abraão.

Herança é algo que você recebe sem precisar fazer nada. Simplesmente por termos parentesco
com tal pessoa.
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Romanos 4:13 diz que Abraão se tornou herdeiro do mundo.

Essa palavra em grego é kosmos que significa ser dono dos bens e das riquezas deste mundo, é
obter vantagem neste mundo.

Abraão foi literalmente herdeiro do mundo. Foi muito próspero em tudo.

Ser próspero não significa ser multimilionário, mas é ter sempre em abundância, é nunca
padecer necessidade, é sempre ter sobrando pra abençoar outros.

Abraão era saudável mesmo sendo idoso, com 100 anos fez filho. Sara mesmo idosa era muito
linda, porque todos os reis botaram olho comprido nela.

Você mulher que crê que é filha de Abraão pela fé é chamada também de filhas de Sara 1 Pedro
3-6.

Somente os dá fé podem desfrutar dessa herança.

Paulo muito entendido do pentateuco e de toda toráh, é bem lúcido enfático na hora de mostrar
para os Gálatas e judaizantes que somente crendo como Abrão creu nos tornamos justos e
herdeiros da promessa.
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- 15/06/22: Tema: A prova do que a fé faz por nós – Jeferson;

Texto base Gálatas 3:23-29

Paulo passeou no antigo testamento, percorreu mais de 2 mil anos de história para mostrar que
Abraão foi justificado por FÉ e não por lei.

De Abraão até Moisés foram 4 séculos de história.

Hoje a maneira de nos tornarmos justos não mudou continua sendo pela FÉ como aconteceu
com Abraão.

Nós somos participantes de uma aliança que Deus fez com Abraão. A bíblia diz que somos
filhos de Abraão, mas como pode isso se nem judeu nós somos?

Em Gálatas 3:16 Paulo diz algo precioso. Que a promessa foi feita a Abraão e ao seu
descendente, não aos seus descendentes no plural, mas no singular, a um único descendente, e
quem é este? Jesus Cristo.

Portanto, quando recebemos Cristo tornamo-nos verdadeiros filhos de Deus e de Abraão pela
promessa, e por estarmos em Cristo nos tornamos participantes dessa promessa.

Todas as pessoas sem exceção precisam passar pela lei para ter uma experiência com a
promessa da graça.

Só podemos desfrutar da graça conhecendo a lei.

Somente encontrado Moisés, ou seja, a lei, pra compreendermos de fato o que o pecado fez
conosco.

Porque tem gente que pensa que não é tão ruim assim, afinal, é honesto, trabalhador, ajuda o
próximo, nunca fez mal pra ninguém o e etc.

E por ter esse pensamento acaba achando que a graça na verdade é uma recompensa pelo bom
comportamento que tem.

Mas quando olhamos pra lei, conseguimos perceber que embora sejamos capazes de fazer
coisas boas, somos maus na nossa essência.
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O ser humano precisa compreender quão pecador ele se tornou por causa da queda, e somente a
lei tem o poder de revelar isso.

A lei denuncia, mas não tem poder de nos livrar da condenação dela.

Existem muitas pessoas que diz crerem em Cristo mas na verdade teve apenas um experiência
religiosa.

Parte disso é culpa nossa como ministros porque a forma como evangelizamos é totalmente
errada. Pregamos do Jesus que veio melhorar a vida da pessoa.

Mas a verdade é que a vida melhorar é consequência de algo mais importante que deve
acontecer antes, o Senhor nos SALVAR do pecado, nos justificar e nos livrar do juízo.

É através da lei que nós realmente valorizaremos a GRAÇA, porque a lei nos denuncia e nos
pune, a lei é como um tutor que cuida de uma criança e corrige a criança quando ela erra.

A lei também é como uma prisão, que aprisiona todos os que não a obedecem.

A lei nos prendeu até que Cristo viesse para pagar a fiança pra nos libertar e nos fazer filhos de
Deus.

Depois que cremos que Cristo veio para nos salvar e resgatar somos libertos dessa prisão
chamada LEI.

O resultado disso é que nos tornamos um com Ele, somos batizados nEle. Somos batizados
morrendo juntamente com Ele.

Ser batizado nEle é a forma de estar com Ele.

Somos batizados nEle, no corpo dEle que é a igreja, no Espírito dEle.

Somos batizados na divindade, Pai, Filho e Espírito Santo.

O batismo em Cristo nos tira da posição de morte e nos coloca numa posição superior, de vida
na Graça.

Somente em Cristo somos filhos de Abraão.

Deus aceita apenas Jesus como Filho dEle, é por essa razão que quando estamos em Cristo nos
tornamos filhos também.

O fato de Cristo nos fazer filhos de Deus nos tira da posição de réus e nos coloca na posição de
co-herdeiros juntamente com Ele.

Em Jesus somos um, independente do sexo, nacionalidade, classe social.

Somos todos iguais porque todos pecaram e caíram e por conta disso precisamos do mesmo
SALVADOR que é o próprio Jesus.

Isso exclui todo sentimento de superioridade entre nós.

Os judaizantes viviam essa vida fazendo separação através da circuncisão pra separar os
supostos filhos de Abraão dos gentios.
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Jesus fez algo extraordinário na cruz: colocou todos que creem nele na mesma posição, não tem
mais essa de homem ser melhor que mulher, livre ser melhor que escravo.

Pois os judeus homens inferiorizavam as mulheres e os romanos faziam o mesmo com quem era
escravo.

Dentro do corpo de Cristo não existe mais isso desde aquele tempo.

A promessa que Deus fez a Abraão se cumpriu em Cristo que era teu verdadeiro descendente,
em ti todas as famílias da terra serão abençoadas.

A bênção é poder ouvir e crer no evangelho.


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- 06/07/22: Tema: Cinco apelos pela justificação pela fé (parte I) – Jeferson;

Gálatas 4:8 a 5:12

Paulo faz 5 apelos para que os Gálatas voltassem para a base correta e sólida, a justificação pela
fé.

1- VIVAM NA LIBERDADE 4:8-11

Quando não tínhamos Jesus éramos escravos do diabo e dos seus demônios. Portanto, voltar pra
lei significa se colocar novamente sob domínio destes seres malignos.

O diabo vai usar a lei pra tentar nos trazer acusação e condenação.

A base de toda religião é a lei, toda religião exige obediência e boas obras pra agradar suas
divindades.

No mundo primitivo os homens ofereciam seus frutos para obter favor e aplacar a ira dos seus
deuses.

Pode pegar no decorrer da história como isso tem acontecido. Fazer oferendas pra serem
abençoados pra não sofrerem com ira dessas supostas divindades.

Começa com algo simples como frutos e se perceberem que essa divindade não está se
agradando vai aumentando o nível da oferta, matando animais, matando pessoas, até chegar aos
próprios filhos.

O crente que vive debaixo da lei segue esse mesmo caminho dos religiosos. Não sacrificam
pessoas, mas vivem procurando agradar a Deus com esforço próprio.

Isso é escravidão saia dela.

Liberdade é depender da árvore da vida, mas muitos tem escolhido viver como Adão e Eva pela
árvore do conhecimento do bem e do mal.

Os Gálatas foram instruídos a voltarem para a Graça.

2- UM APELO DO CORAÇÃO 4:12-20

O desejo de Paulo era que os Gálatas fossem libertos da influência demoníaca dos falsos
mestres.

Paulo foi liberto das observâncias da lei. Assim como ele foi liberto queria que os irmãos
também fossem.

Em outras palavras Paulo estava dizendo que se fez um gentio para ganha-los. Não que Paulo
estava se desviando da fé mas porque ele deixou de guardar os preceitos mosaicos.

Ele vivia uma vida como se não fosse judeu, ou seja, não vivia preocupado com os rituais e as
festas judaicas, com os costumes e etc. Tudo isso pra mostrar para os Gálatas que não era isso
que os tornavam justos, mas a obra de Jesus na cruz.
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Essa deve ser nossa atitude quando falamos de Jesus aos não crentes. Precisamos mostrar pra
eles que nossa condição é igual a deles mas da mesma forma que Jesus nos alcançou tem poder
de alcançar eles também.

A primeira vez que Paulo foi visitar os Gálatas, foi muito bem recebido, pregou o evangelho e
eles creram.

Na segunda vez trataram Paulo como um inimigo porque ele os repreendeu por conta de terem
dado ouvidos aos judaizantes.

A decisão de Paulo era mostrar a verdadeira intenção do coração dele e dos falsos mestres.

Paulo queria gerar Cristo nos gálatas já os falsos mestres queriam distorcer o ensino e trazer eles
de volta pra lei os afastando de Cristo.

Eles crerem e receberam Jesus, mas o segundo desafio era gerar essa vida dentro dEles para que
pudessem crescer e desfrutar dessa bênção.

Uma coisa é ter Jesus outra coisa diferente é gerar Ele em nós. É esse gerar que nos traz
maturidade.

Ministrar Jesus requer muita paciência e envolve muito sofrimento também. Estamos aqui a
mais de 5 anos ministrando Cristo e vemos ainda muitos irmãos indiferentes com a mensagem.

Mas somos perseverantes, porque mesmo diante de muitas rejeições e abandonos que sofremos
desde que passamos a entender o Evangelho da Graça cremos que Jesus será gerado em todos
aqui na nossa congregação.

3- VIVAM COMO VERDADEIROS FILHOS DE ABRAÃO 4:21-31

Voltamos no contexto de filhos de Abraão, pois como já vimos antes os judaizantes diziam que
somente os que praticavam a circuncisão eram realmente filhos de Abraão.

Paulo tem tanta clareza de como o antigo testamento apontava pra Jesus que trouxe uma
revelação poderosa aos gálatas.

Ele não negou que eles fossem filhos de Abraão, mas faz uma pergunta que muda tudo. Eram
filhos de Abraão através de qual mãe? Sara ou Agar?

Paulo afirma que os legalistas são filhos de Abrão com Agar. Pensa só como os judaizantes
ficaram loucos com esse argumento de Paulo.

As duas mulheres representam a antiga aliança e a nova aliança. Paulo mostrou que não era
mais uma questão de serem filhos de Abraão. O que importa é de qual aliança eles faziam parte?

Agar era uma escrava, todos que nascem de Agar, nascem escravos.

Sara era livre, todos que nascem de Sara só podem nascer através de um milagre pois ela não
podia ter filhos naturalmente falando.

Os verdadeiros descendentes de Abraão não são físicos e sim espirituais.

Os judeus são descentes de Abraão pela carne, mas nós da nova aliança somos por meio de
Cristo no Espírito.
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E Cristo veio da linhagem de Isaque.

Agar aponta para o Sinai e a Jerusalém terrena que está sob o julgo da lei.

Sara representa a igreja e aponta pra Jerusalém celestial que não está mais sob o domínio da lei,
mas sim do Espírito.

Ismael perseguia Isaque, o mesmo aconteceu com Jesus, os religiosos o perseguiam, e hoje
conosco não é diferente.

Até hoje não conheço um pastor que ensina o Evangelho da Graça e não é desprezado e
ridicularizado pelos outros dizendo que somos porta larga, que nossa doutrina é fraca, que
somos do diabo e tudo mais.

Mas isso não importa porque sabemos quem somos em Cristo. Herdeiros e co-herdeiros com
Ele.

O restante o pregador ministrará na próxima semana. Falará do 4º e 5º apelos que Paulo fez aos
Gálatas.

- 27/07/22: Tema: O andar no Espírito – Jefferson;

Texto base: Gálatas 5:16-25

Deus nos criou com o propósito de que vivêssemos uma vida no Espírito. Só que o homem cai,
e Deus por intermédio de Cristo nos dá novamente essa oportunidade de viver essa vida.

Quando recebemos Cristo o Espírito dEle se mistura com o nosso.

O Espírito é recebido pela FÉ. A vida cristã começa no espírito.

Fomos criados pra andarmos no Espírito.

Andar na lei significa viver uma vida sem ser direcionado pelo Espírito, é uma vida
independente.
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A carne não diz respeito apenas ao nosso corpo físico, mas sim de uma vida independente do
Espírito Santo.

Existe em nós um conflito constante entre a carne e o Espírito. Gálatas 5:17 diz isso.

A carne é a herança do primeiro Adão que quis viver uma vida independente de Deus.

O Espírito é essa nova vida que recebemos quando cremos em Jesus. Hoje somos morada do
Espírito.

Embora hoje sejamos filhos de Deus nascidos de novo em Cristo nossa natureza que herdamos
do primeiro Adão ainda não foi removida de nós.

É por isso que precisamos subjugar, ou seja, sujeitar ela todos os dias por meio da vida no
Espírito.

Paulo faz questão de trazer um catálogo das obras da carne. Ele não traz todas, mas mostra as
principais e que afetam quatro áreas da vida do homem.

Sexo, religião, relacionamentos e alimentação.

Paulo fala de prostituição, impureza, lascívia dentro da área sexual.

Prostituição é porneia que poder ser traduzida pra nós como fornicação que é a prática sexual de
pessoas não casadas.

Essa palavra também pode significar qualquer comportamento sexual fora dos padrões de Deus,
como adultério, homossexualidade, lesbianismo e até mesmo relação sexual com animais.

Impureza é o comportamento indecente que envolve nudez, gente que ama exibir as partes
íntimas, que assiste pornografia, são ofensas sexuais de caráter público ou particular.

O segundo grupo é o da religião que envolve idolatria, feitiçaria.

Idolatria é adoração a qualquer divindade ou imagens.

Feitiçaria é o envolvimento direto com demônios, é o contato feito através de rituais.

Feitiçaria também envolve você querer aquilo que Deus não quer pra você. Marido de outra,
casa do outro. Tem muito crente com o coração feiticeiro. A feitiçaria acontece no coração.
Lembra de Saul? Quis aquilo que Deus não queria pra ele nem pra nação.

O terceiro é o que mais pega entre os irmãos, relacionamentos. Inimizade, porfias (brigas,
disputas), ciúmes, iras, discórdias , dissensões (divisões), facções (falsas doutrinas) e invejas.

O último grupo é o que envolve alimentação. Isso também pega muito crente: envolve
bebedices e glutonarias.

O homem é feito de espírito, alma e corpo.

As obras da carne atinge as 3 partes do ser do homem.

Prostituição, bebedeira, lascívia, glutonaria estão ligadas ao corpo;


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Inimizades, inveja, ciúmes, iras e etc... estão ligadas a alma.

Idolatria e feitiçaria estão ligadas espírito morto do homem na tentativa de substituir a falta de
Deus dentro dele.

São obras da carne.

O crente que pratica tudo isso não herdará o Reino ou seja, não será recompensado por Jesus.

Muitos irmãos e líderes cristãos quando chegam aqui interpretam que quem pratica isso não é
salvo ou se é salvo vai perder a salvação. É um erro.

Obras da carne não diz respeito apenas às pessoas não nascidas de novo, mas de pessoas que
mesmo depois de terem nascido de novo decidiram continuar vivendo uma vida carnal e não no
Espírito.

Isso é possível? É só olharmos pra nós mesmos pra ver se muitas vezes essas obras ainda não se
manifestam em nós.

Em contra partida temos o fruto do Espírito.

As obras da carne são heranças de Adão, o fruto do Espírito é Herança que recebemos de Cristo,
mas para acessar essa herança precisamos nos encher dEle.

As obras da carne está no plural. Já o fruto do Espírito está no singular. Pois é apenas 1 fruto
que se deriva em manifestação. O fruto é o AMOR, mas ele se estende de várias formas.

Benignidade é o ato de encontrar coisas boas nas pessoas e nas circunstâncias.

Bondade é a disposição de sempre procurar o melhor para o outro.

Fidelidade mostra que Jesus é digno de confiança.

Mansidão é sinônimo de humildade.

Domínio próprio é autocontrole.

O desafio não é lutar contra a carne, mas andar no Espírito.

A vida cristã não é o crente se esforçando pra se manter de pé, mas é o Espírito lutando por mim
através de mim.

Todos nascem com certa medida de algumas virtudes de forma natural, mas a pessoa geralmente
se esforça muito pra expressá-los e muitas vezes se consegue de forma muito superficial porque
não é algo que nasce de dentro pra fora, quando nascemos de novo isso se torna algo espontâneo
porque é algo que vem do Espírito não do esforço próprio.

Como vencer as obras da carne? Qual o caminho da vitória?

Paulo ensina lá no capítulo 5-24-25 que os que são de Cristo crucificam a carne e andam no
Espírito.

O verbo crucificar no grego está no tempo “aoristo”, indicando que isso é algo que nós fazemos
de uma vez por todas no momento da nossa conversão.
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No momento em que cremos em Cristo nós declaramos que a nossa velha natureza foi pra cruz
junto com Ele. Nosso velho homem com os desejos pecaminosos morre na cruz junto com
Jesus.

Isso ocorre porque a nossa fé vem acompanhada de arrependimento do nosso estilo de vida
antigo, ou seja, nós mudamos a nossa ideia acerca do pecado, aquilo que antes era normal fazer
depois que nos convertemos percebemos o quanto nos fazia mal.

Uma vez que nossa carne foi pra cruz, precisamos mortificá-la todos os dias. Isso acontece
quando decidimos diariamente carregar nossa cruz e rejeitar toda ocasião que nos leva a pecar.

É por isso que Paulo diz lá em Gálatas 2:10-20. Já estou crucificado com Cristo...

A morte na cruz não é uma doutrina, um ensino, é um fato, uma verdade espiritual que serve
para todos aqueles que recebem Jesus como salvador.

A vida cristã é caracterizada por duas substituições, ou seja, duas trocas. A primeira troca é
aquela que foi feita na cruz quando Cristo morreu em meu lugar. Ele trocou de lugar comigo.

A segunda é aquela que acontece no nosso dia a dia quando deixamos Jesus viver em nosso
lugar, conquistando por mim vitória sobre o pecado e me guiando para viver a vontade de Deus.

O sague de Jesus já eliminou os nossos pecados, mas não é apenas isso que Deus quer fazer. O
desejo de Deus é resolver a questão da nossa identidade.

Todos nós éramos como uma árvore que só produzia fruto ruim.

Na cruz Jesus eliminou todos esses frutos ruins. Jesus então nos pegou e nos colocou nEle. Ele é
a Videira verdadeira. Deixamos de ser uma árvore ruim que dava frutos ruins e passamos a ter a
natureza da Videira.

Agora ao invés de produzir frutos ruins, passamos a produzir uvas, frutos de vida.

O sangue eliminou o pecado, mas não pode mudar minha natureza, é preciso a cruz para nos
crucificar. O sangue trata com o pecado, mas a cruz trata com o pecador.

Todo ser humano nasce pecador. A única forma de deixarmos de sermos pecadores é através da
morte. Mas como podemos morrer? Vamos nos matar?

Claro que não, só precisamos reconhecer que já estamos mortos.

Quando Jesus morreu, fomos incluídos na morte dEle, ou seja, morremos com Ele na cruz.

A lógica de Deus é simples: Um morreu por todos, logo todos morreram.

Jesus morreu por nós, mas nos morremos com ele lá na cruz.

Parece estranho pensar assim, mas isso é uma verdade espiritual poderosa.

Porque somente quando alguém morre, se torna alguém livre da escravidão.

O fruto do Espírito não é uma tentava de nos esforçarmos pra tentar ser alguém que não somos,
é uma questão de uma mudança bem íntima no coração.
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É maravilhoso saber que o sangue de Jesus nos purifica dos pecados, mas Deus quer muito mais
do que pessoas perdoadas, Deus quer filhos que se pareçam com Ele e manifeste sua natureza.

Muito tentam parecer filhos de Deus através da religião, do esforço para obedecer a lei.

Mas só existe uma única forma de nos tornar filhos de Deus: recebendo a natureza do Pai por
meio de Cristo e vivendo no Espírito.

Não vencemos o pecado pelo esforço. Mas entendendo que temos uma nova natureza e
precisamos aprender a viver de acordo com ela.

Nós éramos filhos da serpente e tínhamos a natureza da serpente.

Mas Deus nos amou de tal maneira que resolveu nos fazer filhos dEle.

Na cruz Jesus morreu como serpente, portanto, nós também morremos como serpentes.

Mas Jesus ressuscitou como filho, assim como nós também em Cristo ressuscitamos como
filhos de Deus.

Na cruz fomos perdoados e libertos. Muitos não creem na libertação.

É horrível ver um preso tentando sair de uma cela que já está aberta.

A vitória para nós não é uma conquista, é um presente, nós ganhamos de Cristo porque Ele que
venceu todas as coisas no nosso lugar.

É como se Ele tivesse jogado o campeonato sozinho e na hora de levantar o troféu Ele chamasse
a gente pra levantar.

Todas as vezes que o diabo vier pra te tentar e te levar ao pecado, fique parado, se volte para o
Senhor e que habita em você e diga pra Ele: Senhor eu me rendo e me entrego a ti. Eu não posso
vencer o pecado, mas creio que o Senhor já venceu na cruz em meu lugar e agora vai manifestar
a TUA vitória contra o diabo.

Isso só é possível quando andamos no Espírito. Devemos ser guiados pelo Espírito e também
andar no Espírito.

A carne possui obras, o Espírito produz frutos.

O andar no Espírito não é simplesmente ser controlado por Ele como se fôssemos um robô.

O andar nada mais é do que andar alinhado com o Espírito. Isso significa que o Espírito nos
mostra o caminho que devemos andar e nós quem decidimos andar ou não nesse caminho.

Não se mortifica a carne pra andar no Espírito, nos andamos no Espírito para não fazer as
vontades da carne, são coisas distintas.

Muitos irmãos deixam a vida da igreja por não entenderem isso. Se convertem e tentam com
muito esforço deixar de praticar as obras da carne.

Gastam muito tempo tentando deixar de pecar ao invés de investir tempo se alimentando do
Senhor pra vencer o pecado.
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Somente vivendo a vida no Espírito somos libertos da lei do pecado.

O Elias ministrou uma mensagem poderosa sobre um verdadeiro filho de Deus.

Todos somos verdadeiros filhos de Deus, mas o mundo só vai de fato ver e crer nisso quando
passarmos a viver uma vida no sobrenatural.

O sobrenatural quem faz é o Espírito. Não vem do nosso esforço. É essa vida no Espírito que
nos permite caminhar sobre as águas.

A vida no Espírito nos liberta de viver no esforço pra tentar ser um cristão melhor.

Nós somos melhores sem esforço algum, somente deixando o Espírito nos conduzir.

Viva uma vida na Lei do Espírito, quem faz é Ele em nós e através de nós.

O fato de termos morrido para o pecado e para o mundo não torna o pecado e o mundo
inexistentes. A lei do pecado continua existindo, mas não tem poder sobre nós porque agora
estamos em outra dimensão vivendo na Lei do Espírito de Vida.

- 17/08/22: Tema: A essência do cristianismo – Jeferson;

O ponto central do livro de Gálatas é que Cristo substitui a lei. Deus nunca quis aprisionar seus
filhos debaixo da lei, o objetivo sempre foi que fôssemos cheios de Cristo.

Isso desde o Éden.

Os Gálatas estavam sendo induzidos e seduzidos a transformarem a vida cristã e viverem uma
vida numa religião.

A vida cristã nada mais é do que Cristo.

Tentar transformar Cristo numa religião é invalidar tudo que Ele fez na cruz.
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O cristianismo não é uma religião.

Toda religião possui pelo menos 3 características: o clericalismo, o templo e a lei.

Esses são os conjuntos de normas religiosas.

Paulo destruiu todos esses elementos religiosos.

Nós como cristãos, devemos rejeitar toda religião. O judaísmo é o padrão de todas as demais
religiões que existem.

O judaísmo é a única religião dada por DEUS, por essa razão é o padrão de todas as outras.

Como perceber e identificar conceitos e práticas judaicas na igreja?

O judaísmo possui cinco características básicas como padrão religioso:

1ª O tempo. Era o centro da religião judaica. Na antiga aliança Deus não habitava em qualquer
lugar. Ele habitava na nação de Israel, mas não em qualquer lugar de Israel, mas na cidade de
Jerusalém, mas não em toda a cidade, ele habitava num prédio chamado de templo, e mesmo
neste prédio ele habitava um lugar específico chamado Santo dos Santos.

Qualquer judeu pra adorar a Deus precisa ir ao templo porque era lá onde Deus habitava.

Hoje nós somos templo de Deus. O cristianismo não possui templos ( prédios, salões e etc).

Transformar prédios em templos onde supostamente Deus habita é voltar pra religião.

Deus não mora no prédio da igreja. Quando o culto acaba e vamos embora, Ele vai embora
junto conosco porque nós somos o templo onde Ele mora hoje.

O prédio pra nós é apenas um lugar onde nos reunimos para treinar, celebrar ter comunhão com
os irmãos.

2ª A LEI. Não existe judaísmo sem lei. A lei era o centro da vida do judeu. A lei dos judeus foi
escrita em tábuas de pedra. Mas a lei do Espírito foi escrita em nossos corações.

Não precisamos mais seguir as leis de Moisés, porque somos guiados pelo Espírito que habita
em nós.

Não é mais um vida de decorar regras e obedecer elas, mas uma vida no Espírito que nos
permite ser guiados por Ele, recebendo orientação e direção.

3ª A classe sacerdotal. Na antiga aliança somente os sacerdotes podiam ter comunhão com Deus
e representar o povo. Na nova aliança o Senhor nos constituiu reino e sacerdócio real.

Toda religião existe algum líder que está mais próximo da divindade e somente ele pode falar
com essa divindade. Então todo o povo tem que recorrer a esse líder e o líder repassar o recado
pra Deus.

Catolicismo é assim, espiritismo é assim, toda e qualquer religião funciona dessa forma.

Paulo destrói essa conceito no capitulo 3:28 dizendo que todos somos um em Cristo. Não tem
mais uma classe especial que esteja mais perto de Deus.
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Existem ainda 2 coisas que definem uma religião: as cerimônias exteriores e as obras humanas.

É sobre esses 2 pontos que Paulo trata no final da carta aos Gálatas.

Nos versos 12 e 13 Paulo afirma que os religiosos viviam uma vida de aparência e nem mesmo
eles conseguiam cumprir com aquilo que obrigavam as pessoas a fazerem.

O cristianismo é algo interior e espiritual.

Muitos nos dias de hoje continuam trazendo práticas e cerimônias exteriores na vida cristã.

É um monte de parafernalha, rosa ungida, flores, azeite, moedas, lenço ungido, etc.

Isso tudo é sinal de decadência espiritual. Lá na idade média a mais de 1.500 anos atrás tudo
isso eram acessórios do catolicismo.

O judaizantes se concentravam na circuncisão e faziam disso a base da fé deles.

Paulo então mostra a eles que as coisas exteriores não nos definem e que a circuncisão não vale
de nada, mas o ser nova criatura, ou seja, o nascer de novo em Cristo é que tem muito valor. Gl
6:14-15.

O homem natural sempre rejeita aquilo que vem do Espírito e procura uma religião cheia de
cerimônias externas.

Fazem isso porque participar de cerimônias é fácil e cômoda, não exige fé e em mudança de
coração. Religião é isso, viver uma vida de aparência.

O exterior tem seu valor, mas somente quando reflete aquilo que está dentro de nós.

Toda realidade espiritual uma hora ou outra vai se manifestar de forma exterior.

O batismo nas águas é um exemplo disso. É uma cerimônia que só tem valor quando realmente
expressa uma realidade do coração daquele que creu verdadeiramente.

O cristianismo é humano ou divino? É uma questão do que fazemos ou do que Ele fez por nós?

Paulo mostra que a circuncisão não era apenas algo exterior mas também uma obra humana.

Os judaizantes ensinavam que somente através da circuncisão haveria salvação, ensinavam que
deveríamos merecer o favor de Deus através das boas obras.

Mas como todo religioso é hipócrita eles mesmos não conseguiam obedecer o que mandavam as
pessoas fazerem.

O que eles e o mundo odeiam é o fato de a obra da Cruz nos revelar muitas verdades
desagradáveis acerca de nós mesmos.

A cruz nos mostra que somos pecadores, estamos debaixo da maldição da lei de Deus e que
somos incapazes de nos salvarmos. Se houve a possibilidade de conseguirmos nos salvar Jesus
não precisaria ter vindo.

Muitas pessoas por não compreenderem que tem uma natureza má e caída acham que não são
tão ruins assim.
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É o mesmo exemplo que dei na célula pra um jovem. Tem muita gente que se vê como um carro
lindo, maravilhoso, mas que deu uma raladinha na hora de estacionar.

Na verdade nos aquele carro que deu perda total e que precisa ser totalmente refeito.

Somente quando entendermos que não somos tão bons quanto pensamos que a cruz de Cristo
vai ter um grande valor pra nós.

Se pregarmos bons princípios e alto nível de moralidade, jamais seremos perguidos. Mas se
falarmos de Cristo crucificado por causa de nós, se falarmos que não merecemos mas Ele nos
deu tudo, aí sim somos perseguidos.

A graça anula as tais das boas obras e a cruz destrói o orgulho humano, por causa disso existe
tanta resistência a essa mensagem.

O novo nascimento é a primeira necessidade de qualquer pessoa.

Nós já entendemos que o sangue de Jesus nos perdoa de todos os nossos pecados, mas ser
perdoado não nos faz justos. A justiça de Deus é muito maior que o perdão dEle.

Deus não deseja ter apenas pecadores perdoados. A justificação nos faz novas criaturas, não
apenas um pecador que foi perdoado, mas alguém que morreu na cruz com Cristo e recebeu
uma nova vida sem pecado algum, ou seja, alguém justo.

Todos nós recebemos a vida humana dos nossos pais, mas agora precisamos receber a vida de
Deus através do novo nascimento.

Nascer de novo é receber a vida de Deus dentro de nós.

Os religiosos pensam que a salvação está ligada ao bom comportamento humano.

O evangelho não fala de bom comportamento, mas de uma nova natureza. Levar a natureza do
velho Adão pra cruz e receber a natureza de Deus em nós através do novo nascimento.

No céu só entrarão filhos. Portanto, não importa quão bonzinho somos.

Nós só nascemos de novo por meio da semente de Deus que é sua palavra e pela ação do
Espírito nos trazendo para a vida. É a união do Espírito com a Palavra que a vida de Deus é
gerada em nós.

Existem muitos religiosos dentro das igrejas que nunca nasceram de novo. É por isso que vemos
tantos frequentadores de culto que ficam endemoninhados e muitas vezes achamos que por
causa disso demônio entra em crente.

Se alguém frequenta a igreja há anos e ainda fica endemoninhado, essa pessoa nunca nasceu de
novo, pois o Espírito Santo não divide casa com ninguém.

Não existe aquela ideia de você ter Deus e esse Deus deixar os demônios fazerem um
puxadinho aí dentro.

Quando nascemos naturalmente herdamos tudo do primeiro Adão. Jesus é chamado de último
Adão, portanto quando nascemos de novo recebemos a natureza do último Adão que é o próprio
Jesus.
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A igreja é o verdadeiro Israel de Deus. A igreja do novo testamento é a continuação direta do


povo de Deus do velho testamento.

A igreja não substituiu Israel, mas se tornou participante da herança de Abraão.

Nós somos guiados pela doutrina dos apóstolos que nos mostra que o importante é a cruz de
Cristo e o novo testamento, a nova aliança.

Que vivamos uma vida liberto da lei e cativos pela Graça.

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