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Sociedade Civil
9 788570 184993
A Educação e a Sociedade Civil
Senado Federal
MESA
Biênio 2013/2014
SUPLENTES DE SECRETÁRIO
1a Edição
Brasília – 2013
Edição do Senado Federal
Diretora-Geral: Doris Marize Romariz Peixoto
Secretária-Geral da Mesa: Claudia Lyra Nascimento
ISBN: 978-85-7018-499-3
CDD 379.81
A Educação
18 Lei n. 4.024/1961
21 Lei n. 9.394/1996
42 Lei n. 9.795/1999
46 Lei n. 11.161/2005
47 Lei n. 12.612/2012
48 Lei n. 12.799/2013
49 Decreto n. 5.154/2004
51 Decreto n. 5.622/2005
59 Decreto n. 5.773/2006
O Estudante
76 Lei n. 10.219/2001
80 Lei n. 10.260/2001
89 Lei n. 11.096/2005
96 Lei n. 11.180/2005
98 Lei n. 11.788/2008
103 Lei n. 12.155/2009
105 Decreto n. 5.493/2005
Os Professores
110 Lei n. 9.424/1996
112 Lei n. 11.273/2006
114 Lei n. 11.738/2008
116 Lei n. 12.772/2012
129 Decreto n. 3.276/1999
As Instituições de Ensino
132 Lei n. 9.536/1997
133 Lei n. 10.861/2004
138 Lei n. 10.870/2004
140 Lei n. 11.988/2009
141 Lei n. 12.031/2009
142 Lei n. 12.089/2009
143 Lei n. 12.711/2012
Dispositivos Constitucionais
Pertinentes
Constituição
da República Federativa do Brasil
CAPÍTULO II – Dos Direitos Sociais Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao
Distrito Federal legislar concorrentemente
Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, sobre:
a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, ...............................................................................
a segurança, a previdência social, a proteção IX – educação, cultura, ensino e desporto;
à maternidade e à infância, a assistência aos ...............................................................................
desamparados, na forma desta Constituição.
CAPÍTULO IV – Dos Municípios
Art. 7o São direitos dos trabalhadores urbanos ...............................................................................
e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social: Art. 30. Compete aos Municípios:
............................................................................... ...............................................................................
XXV – assistência gratuita aos filhos e de- VI – manter, com a cooperação técnica e
pendentes desde o nascimento até 5 (cinco) financeira da União e do Estado, programas
anos de idade em creches e pré-escolas; de educação infantil e de ensino fundamental;
............................................................................... ...............................................................................
no “caput” deste artigo, serão considerados os Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de
sistemas de ensino federal, estadual e municipal educação, de duração decenal, com o objetivo
e os recursos aplicados na forma do art. 213. de articular o sistema nacional de educação
§ 3o A distribuição dos recursos públicos em regime de colaboração e definir diretrizes,
assegurará prioridade ao atendimento das objetivos, metas e estratégias de implementação
necessidades do ensino obrigatório, no que se para assegurar a manutenção e desenvolvimen-
refere a universalização, garantia de padrão to do ensino em seus diversos níveis, etapas e
de qualidade e equidade, nos termos do plano modalidades por meio de ações integradas dos
nacional de educação. poderes públicos das diferentes esferas federa-
§ 4o Os programas suplementares de ali- tivas que conduzam a:
mentação e assistência à saúde previstos no I – erradicação do analfabetismo;
11
II – universalização do atendimento escolar; destinarão parte dos recursos a que se refere
III – melhoria da qualidade do ensino; o caput do art. 212 da Constituição Federal à
IV – formação para o trabalho; manutenção e desenvolvimento da educação
V – promoção humanística, científica e básica e à remuneração condigna dos traba-
tecnológica do País. lhadores da educação, respeitadas as seguintes
VI – estabelecimento de meta de aplicação disposições:
de recursos públicos em educação como pro- I – a distribuição dos recursos e de respon-
porção do produto interno bruto. sabilidades entre o Distrito Federal, os Estados
............................................................................... e seus Municípios é assegurada mediante a
criação, no âmbito de cada Estado e do Dis-
CAPÍTULO VI – Do Meio Ambiente trito Federal, de um Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambien- Valorização dos Profissionais da Educação –
te ecologicamente equilibrado, bem de uso FUNDEB, de natureza contábil;
comum do povo e essencial à sadia qualidade II – os Fundos referidos no inciso I do caput
de vida, impondo-se ao Poder Público e à co- deste artigo serão constituídos por 20% (vinte
letividade o dever de defendê-lo e preservá- lo por cento) dos recursos a que se referem os
para as presentes e futuras gerações. incisos I, II e III do art. 155; o inciso II do caput
§ 1o Para assegurar a efetividade desse di- do art. 157; os incisos II, III e IV do caput do
reito, incumbe ao Poder Público: art. 158; e as alíneas a e b do inciso I e o inciso
............................................................................... II do caput do art. 159, todos da Constituição
............................................................................... Federal, e distribuídos entre cada Estado e seus
VI – promover a educação ambiental em Municípios, proporcionalmente ao número de
todos os níveis de ensino e a conscientização alunos das diversas etapas e modalidades da
pública para a preservação do meio ambiente; educação básica presencial, matriculados nas
............................................................................... respectivas redes, nos respectivos âmbitos de
atuação prioritária estabelecidos nos §§ 2o e 3o
CAPÍTULO VII – Da Família, da Criança, do art. 211 da Constituição Federal;
do Adolescente, do Jovem e do Idoso III – observadas as garantias estabelecidas
............................................................................... nos incisos I, II, III e IV do caput do art. 208 da
Constituição Federal e as metas de universaliza-
Art. 227. É dever da família, da sociedade e ção da educação básica estabelecidas no Plano
do Estado assegurar à criança, ao adolescente Nacional de Educação, a lei disporá sobre:
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à a) a organização dos Fundos, a distribuição
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao la- proporcional de seus recursos, as diferenças e
zer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, as ponderações quanto ao valor anual por aluno
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar entre etapas e modalidades da educação básica
e comunitária, além de colocá-los a salvo de e tipos de estabelecimento de ensino;
toda forma de negligência, discriminação, b) a forma de cálculo do valor anual mínimo
exploração, violência, crueldade e opressão. por aluno;
A Educação e a Sociedade Civil
no art. 212 da Constituição Federal suportará, sua totalidade a partir do terceiro ano.
no máximo, 30% (trinta por cento) da comple- § 5o A porcentagem dos recursos de cons-
mentação da União, considerando-se para os tituição dos Fundos, conforme o inciso II do
fins deste inciso os valores previstos no inciso caput deste artigo, será alcançada gradativa-
VII do caput deste artigo; mente nos primeiros 3 (três) anos de vigência
IX – os valores a que se referem as alíneas a, dos Fundos, da seguinte forma:
b, e c do inciso VII do caput deste artigo serão I – no caso dos impostos e transferências
atualizados, anualmente, a partir da promulga- constantes do inciso II do caput do art. 155; do
ção desta Emenda Constitucional, de forma a inciso IV do caput do art. 158; e das alíneas a e
preservar, em caráter permanente, o valor real b do inciso I e do inciso II do caput do art. 159
da complementação da União; da Constituição Federal:
13
a) 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis últimos três anos, tenham recebido recursos
centésimos por cento), no primeiro ano; públicos, poderão continuar a recebê-los, salvo
b) 18,33% (dezoito inteiros e trinta e três disposição legal em contrário.
centésimos por cento), no segundo ano;
c) 20% (vinte por cento), a partir do terceiro Art. 62. A lei criará o Serviço Nacional de
ano; Aprendizagem Rural (SENAR) nos moldes
II – no caso dos impostos e transferências da legislação relativa ao Serviço Nacional de
constantes dos incisos I e III do caput do art. Aprendizagem Industrial (SENAI) e ao Serviço
155; do inciso II do caput do art. 157; e dos Nacional de Aprendizagem do Comércio (SE-
incisos II e III do caput do art. 158 da Consti- NAC), sem prejuízo das atribuições dos órgãos
tuição Federal: públicos que atuam na área.
a) 6,66% (seis inteiros e sessenta e seis cen- ...............................................................................
tésimos por cento), no primeiro ano;
b) 13,33% (treze inteiros e trinta e três cen- Art. 79. É instituído, para vigorar até o ano de
tésimos por cento), no segundo ano; 2010, no âmbito do Poder Executivo Federal, o
c) 20% (vinte por cento), a partir do terceiro Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza,
ano. a ser regulado por lei complementar com o ob-
§ 6o (Revogado). jetivo de viabilizar a todos os brasileiros acesso
§ 7o (Revogado). a níveis dignos de subsistência, cujos recursos
serão aplicados em ações suplementares de
Art. 61. As entidades educacionais a que se nutrição, habitação, educação, saúde, reforço
refere o art. 213, bem como as fundações de de renda familiar e outros programas de rele-
ensino e pesquisa cuja criação tenha sido au- vante interesse social voltados para melhoria
torizada por lei, que preencham os requisitos da qualidade de vida.
dos incisos I e II do referido artigo e que, nos ...............................................................................
A Educação e a Sociedade Civil
14
Emenda Constitucional n. 53
de 19 de dezembro de 2006
Dá nova redação aos arts. 7o, 23, 30, 206, 208, 211 e 212 da Constituição Federal e ao art. 60 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
15
Emenda Constitucional n. 67
de 22 de dezembro de 2010
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- Art. 2o Esta Emenda Constitucional entra em
nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da vigor na data de sua publicação.
Constituição Federal, promulgam a seguinte
Emenda ao texto constitucional: Brasília, em 22 de dezembro de 2010.
Art. 1o Prorrogam-se, por tempo indetermi- MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
nado, o prazo de vigência do Fundo de Com- – Deputado Marco Maia, Presidente –
bate e Erradicação da Pobreza a que se refere Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto,
o caput do art. 79 do Ato das Disposições 2o Vice-Presidente – Deputado Odair Cunha,
Constitucionais Transitórias e, igualmente, 3o Secretário – Deputado Nelson Marquezelli,
o prazo de vigência da Lei Complementar 4o Secretário.
no 111, de 6 de julho de 2001, que “Dispõe MESA DO SENADO FEDERAL − Senador
sobre o Fundo de Combate e Erradicação da Jo s é S ar n e y , P re s i d e nt e – S e n a d o ra
Pobreza, na forma prevista nos arts. 79, 80 e Serys Slhessarenko, 2a Vice-Presidente − Senador
81 do Ato das Disposições Constitucionais Heráclito Fortes, 1o Secretário − Senador Mão
Transitórias”. Santa, 3o Secretário.
A Educação e a Sociedade Civil
16
A Educação
Lei n. 4.024/1961
de 20 de dezembro de 19611
20
Lei n. 9.394/1996
de 20 de dezembro de 1996
Art. 19. As instituições de ensino dos diferen- Art. 22. A educação básica tem por finalidades
tes níveis classificam-se nas seguintes categorias desenvolver o educando, assegurar-lhe a forma-
administrativas: ção comum indispensável para o exercício da
I – públicas, assim entendidas as criadas ou cidadania e fornecer-lhe meios para progredir
incorporadas, mantidas e administradas pelo no trabalho e em estudos posteriores.
Poder Público;
II – privadas, assim entendidas as mantidas Art. 23. A educação básica poderá organizar-
e administradas por pessoas físicas ou jurídicas -se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos,
de direito privado. alternância regular de períodos de estudos,
grupos não-seriados, com base na idade, na
Art. 20. As instituições privadas de ensino se competência e em outros critérios, ou por
enquadrarão nas seguintes categorias:14 forma diversa de organização, sempre que o
I – particulares em sentido estrito, assim interesse do processo de aprendizagem assim
entendidas as que são instituídas e mantidas o recomendar.
por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas § 1o A escola poderá reclassificar os alunos,
de direito privado que não apresentem as ca- inclusive quando se tratar de transferências
racterísticas dos incisos abaixo; entre estabelecimentos situados no País e no
II – comunitárias, assim entendidas as que exterior, tendo como base as normas curricu-
são instituídas por grupos de pessoas físicas ou lares gerais.
por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive § 2o O calendário escolar deverá adequar-se
cooperativas educacionais, sem fins lucrativos, às peculiaridades locais, inclusive climáticas e
que incluam na sua entidade mantenedora econômicas, a critério do respectivo sistema
representantes da comunidade; de ensino, sem com isso reduzir o número de
III – confessionais, assim entendidas as que horas letivas previsto nesta Lei.
são instituídas por grupos de pessoas físicas ou
por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem Art. 24. A educação básica, nos níveis funda-
a orientação confessional e ideologia específicas mental e médio, será organizada de acordo com
A Educação
26
II – maior de trinta anos de idade; todo o currículo escolar, em especial nas áreas
III – que estiver prestando serviço militar de educação artística e de literatura e história
inicial ou que, em situação similar, estiver brasileiras.
obrigado à prática da educação física;
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, Art. 27. Os conteúdos curriculares da edu-
de 21 de outubro de 1969; cação básica observarão, ainda, as seguintes
V – (vetado); diretrizes:
VI – que tenha prole. I – a difusão de valores fundamentais ao
§ 4o O ensino da História do Brasil levará interesse social, aos direitos e deveres dos ci-
em conta as contribuições das diferentes cultu- dadãos, de respeito ao bem comum e à ordem
ras e etnias para a formação do povo brasileiro, democrática;
especialmente das matrizes indígena, africana II – consideração das condições de escola-
e européia. ridade dos alunos em cada estabelecimento;
§ 5o Na parte diversificada do currículo será III – orientação para o trabalho;
incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta IV – promoção do desporto educacional e
série, o ensino de pelo menos uma língua es- apoio às práticas desportivas não-formais.
trangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo
da comunidade escolar, dentro das possibilida- Art. 28. Na oferta de educação básica para
des da instituição. a população rural, os sistemas de ensino
§ 6o A música deverá ser conteúdo obri- promoverão as adaptações necessárias à sua
gatório, mas não exclusivo, do componente adequação às peculiaridades da vida rural e de
curricular de que trata o § 2o deste artigo. cada região, especialmente:
§ 7o Os currículos do ensino fundamental e I – conteúdos curriculares e metodologias
médio devem incluir os princípios da proteção apropriadas às reais necessidades e interesses
e defesa civil e a educação ambiental de forma dos alunos da zona rural;
integrada aos conteúdos obrigatórios. II – organização escolar própria, incluindo
adequação do calendário escolar às fases do
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino ciclo agrícola e às condições climáticas;
fundamental e de ensino médio, públicos e pri- III – adequação à natureza do trabalho na
vados, torna-se obrigatório o estudo da história zona rural.
e cultura afro-brasileira e indígena.16
§ 1o O conteúdo programático a que se
refere este artigo incluirá diversos aspectos SEÇÃO II – Da Educação Infantil
da história e da cultura que caracterizam a
formação da população brasileira, a partir Art. 29. A educação infantil, primeira etapa
desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da educação básica, tem como finalidade o
da história da África e dos africanos, a luta desenvolvimento integral da criança de até 5
dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicoló-
cultura negra e indígena brasileira e o negro gico, intelectual e social, complementando a
e o índio na formação da sociedade nacional, ação da família e da comunidade.17
resgatando as suas contribuições nas áreas
social, econômica e política, pertinentes à Art. 30. A educação infantil será oferecida
história do Brasil. em:18
§ 2o Os conteúdos referentes à história e I – creches, ou entidades equivalentes, para
cultura afro-brasileira e dos povos indígenas crianças de até três anos de idade;
brasileiros serão ministrados no âmbito de
A Educação
17
Lei no 12.796/2013.
18
16
Lei no 11.645/2008. Lei no 12.796/2013.
27
II – pré-escolas, para as crianças de 4 (qua- tolerância recíproca em que se assenta a vida
tro) a 5 (cinco) anos de idade. social.
§ 1o É facultado aos sistemas de ensino
Art. 31. A educação infantil será organizada desdobrar o ensino fundamental em ciclos.
de acordo com as seguintes regras comuns:19 § 2 o Os estabelecimentos que utilizam
I – avaliação mediante acompanhamento e progressão regular por série podem adotar no
registro do desenvolvimento das crianças, sem ensino fundamental o regime de progressão
o objetivo de promoção, mesmo para o acesso continuada, sem prejuízo da avaliação do pro-
ao ensino fundamental; cesso de ensino-aprendizagem, observadas as
II – carga horária mínima anual de 800 normas do respectivo sistema de ensino.
(oitocentas) horas, distribuída por um mí- § 3o O ensino fundamental regular será
nimo de 200 (duzentos) dias de trabalho ministrado em língua portuguesa, assegura-
educacional; da às comunidades indígenas a utilização de
III – atendimento à criança de, no mínimo, suas línguas maternas e processos próprios de
4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e aprendizagem.
de 7 (sete) horas para a jornada integral; § 4o O ensino fundamental será presencial,
IV – controle de frequência pela instituição sendo o ensino a distância utilizado como com-
de educação pré-escolar, exigida a frequência plementação da aprendizagem ou em situações
mínima de 60% (sessenta por cento) do total emergenciais.
de horas; § 5o O currículo do ensino fundamental
V – expedição de documentação que per- incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate
mita atestar os processos de desenvolvimento dos direitos das crianças e dos adolescentes,
e aprendizagem da criança. tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de
julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança
e do Adolescente, observada a produção e dis-
SEÇÃO III – Do Ensino Fundamental tribuição de material didático adequado.
§ 6o O estudo sobre os símbolos nacionais
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, será incluído como tema transversal nos cur-
com duração de 9 (nove) anos, gratuito na rículos do ensino fundamental.
escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos
de idade, terá por objetivo a formação básica Art. 33. O ensino religioso, de matrícula fa-
do cidadão, mediante: 20 cultativa, é parte integrante da formação básica
I – o desenvolvimento da capacidade de do cidadão e constitui disciplina dos horários
aprender, tendo como meios básicos o pleno normais das escolas públicas de ensino fun-
domínio da leitura, da escrita e do cálculo; damental, assegurado o respeito à diversidade
II – a compreensão do ambiente natural e cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer
social, do sistema político, da tecnologia, das formas de proselitismo.21
artes e dos valores em que se fundamenta a § 1o Os sistemas de ensino regulamenta-
sociedade; rão os procedimentos para a definição dos
III – o desenvolvimento da capacidade de conteúdos do ensino religioso e estabelecerão
A Educação e a Sociedade Civil
28
Art. 34. A jornada escolar no ensino funda- II – adotará metodologias de ensino e de
mental incluirá pelo menos quatro horas de avaliação que estimulem a iniciativa dos es-
trabalho efetivo em sala de aula, sendo progres- tudantes;
sivamente ampliado o período de permanência III – será incluída uma língua estrangeira
na escola. moderna, como disciplina obrigatória, escolhi-
§ 1o São ressalvados os casos do ensino no- da pela comunidade escolar, e uma segunda, em
turno e das formas alternativas de organização caráter optativo, dentro das disponibilidades
autorizadas nesta Lei. da instituição.
§ 2o O ensino fundamental será ministrado IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia
progressivamente em tempo integral, a critério como disciplinas obrigatórias em todas as séries
dos sistemas de ensino. do ensino médio.
§ 1o Os conteúdos, as metodologias e as
formas de avaliação serão organizados de tal
SEÇÃO IV – Do Ensino Médio forma que ao final do ensino médio o educando
demonstre:
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educa- I – domínio dos princípios científicos e tec-
ção básica, com duração mínima de três anos, nológicos que presidem a produção moderna;
terá como finalidades: II – conhecimento das formas contemporâ-
I – a consolidação e o aprofundamento dos neas de linguagem;
conhecimentos adquiridos no ensino funda- III – revogado.
mental, possibilitando o prosseguimento de § 2o Revogado.
estudos; § 3o Os cursos do ensino médio terão equi-
II – a preparação básica para o trabalho e a valência legal e habilitarão ao prosseguimento
cidadania do educando, para continuar apren- de estudos.
dendo, de modo a ser capaz de se adaptar com § 4o Revogado.
flexibilidade a novas condições de ocupação ou
aperfeiçoamento posteriores;
III – o aprimoramento do educando como SEÇÃO IV-A – Da Educação Profissional
pessoa humana, incluindo a formação ética e Técnica de Nível Médio23
o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico; Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção
IV – a compreensão dos fundamentos cien- IV deste Capítulo, o ensino médio, atendida a
tífico-tecnológicos dos processos produtivos, formação geral do educando, poderá prepará-lo
relacionando a teoria com a prática, no ensino para o exercício de profissões técnicas.24
de cada disciplina. Parágrafo único. A preparação geral para
o trabalho e, facultativamente, a habilitação
Art. 36. O currículo do ensino médio obser- profissional poderão ser desenvolvidas nos
vará o disposto na Seção I deste Capítulo e as próprios estabelecimentos de ensino médio ou
seguintes diretrizes:22 em cooperação com instituições especializadas
I – destacará a educação tecnológica bási- em educação profissional.
ca, a compreensão do significado da ciência,
das letras e das artes; o processo histórico de Art. 36-B. A educação profissional técnica de
transformação da sociedade e da cultura; a nível médio será desenvolvida nas seguintes
língua portuguesa como instrumento de co- formas: 25
municação, acesso ao conhecimento e exercício
da cidadania;
A Educação
23
Lei no 11.741/2008.
24
Lei no 11.741/2008.
22
Leis nos 11.684/2008 e 11.741/2008. 25
Lei no 11.741/2008.
29
I – articulada com o ensino médio; mas articulada concomitante e subseqüente,
II – subseqüente, em cursos destinados a quando estruturados e organizados em etapas
quem já tenha concluído o ensino médio. com terminalidade, possibilitarão a obtenção
Parágrafo único. A educação profissional de certificados de qualificação para o trabalho
técnica de nível médio deverá observar: após a conclusão, com aproveitamento, de cada
I – os objetivos e definições contidos nas etapa que caracterize uma qualificação para o
diretrizes curriculares nacionais estabelecidas trabalho.
pelo Conselho Nacional de Educação;
II – as normas complementares dos respec-
tivos sistemas de ensino; SEÇÃO V – Da Educação de Jovens e
III – as exigências de cada instituição de Adultos
ensino, nos termos de seu projeto pedagógico.
Art. 37. A educação de jovens e adultos será
Art. 36-C. A educação profissional técnica de destinada àqueles que não tiveram acesso ou
nível médio articulada, prevista no inciso I do continuidade de estudos no ensino fundamen-
caput do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida tal e médio na idade própria.28
de forma:26 § 1o Os sistemas de ensino assegurarão
I – integrada, oferecida somente a quem já gratuitamente aos jovens e aos adultos, que
tenha concluído o ensino fundamental, sendo o não puderam efetuar os estudos na idade re-
curso planejado de modo a conduzir o aluno à gular, oportunidades educacionais apropriadas,
habilitação profissional técnica de nível médio, consideradas as características do alunado, seus
na mesma instituição de ensino, efetuando-se interesses, condições de vida e de trabalho,
matrícula única para cada aluno; mediante cursos e exames.
II – concomitante, oferecida a quem ingres- § 2o O Poder Público viabilizará e estimu-
se no ensino médio ou já o esteja cursando, lará o acesso e a permanência do trabalhador
efetuando-se matrículas distintas para cada na escola, mediante ações integradas e comple-
curso, e podendo ocorrer: mentares entre si.
a) na mesma instituição de ensino, apro- § 3o A educação de jovens e adultos deverá
veitando-se as oportunidades educacionais articular-se, preferencialmente, com a educação
disponíveis; profissional, na forma do regulamento.
b) em instituições de ensino distintas,
aproveitando-se as oportunidades educacionais Art. 38. Os sistemas de ensino manterão
disponíveis; cursos e exames supletivos, que compreen-
c) em instituições de ensino distintas, me- derão a base nacional comum do currículo,
diante convênios de intercomplementaridade, habilitando ao prosseguimento de estudos em
visando ao planejamento e ao desenvolvimento caráter regular.
de projeto pedagógico unificado. § 1o Os exames a que se refere este artigo
realizar-se-ão:
Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação I – no nível de conclusão do ensino funda-
profissional técnica de nível médio, quando mental, para os maiores de quinze anos;
A Educação e a Sociedade Civil
30
CAPÍTULO III – Da Educação Profissional e regulares, oferecerão cursos especiais, abertos
Tecnológica29 à comunidade, condicionada a matrícula à
capacidade de aproveitamento e não necessa-
Art. 39. A educação profissional e tecnológica, riamente ao nível de escolaridade.33
no cumprimento dos objetivos da educação
nacional, integra-se aos diferentes níveis e
modalidades de educação e às dimensões do CAPÍTULO IV – Da Educação Superior34
trabalho, da ciência e da tecnologia.30
§ 1o Os cursos de educação profissional e Art. 43. A educação superior tem por fina-
tecnológica poderão ser organizados por eixos lidade:
tecnológicos, possibilitando a construção de I – estimular a criação cultural e o desenvol-
diferentes itinerários formativos, observadas as vimento do espírito científico e do pensamento
normas do respectivo sistema e nível de ensino. reflexivo;
§ 2o A educação profissional e tecnológica II – formar diplomados nas diferentes áreas
abrangerá os seguintes cursos: de conhecimento, aptos para a inserção em
I – de formação inicial e continuada ou setores profissionais e para a participação no
qualificação profissional; desenvolvimento da sociedade brasileira, e
II – de educação profissional técnica de colaborar na sua formação contínua;
nível médio; III – incentivar o trabalho de pesquisa e
III – de educação profissional tecnológica de investigação científica, visando o desenvolvi-
graduação e pós-graduação. mento da ciência e da tecnologia e da criação e
§ 3o Os cursos de educação profissional difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver
tecnológica de graduação e pós-graduação o entendimento do homem e do meio em que
organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, vive;
características e duração, de acordo com as IV – promover a divulgação de conhecimen-
diretrizes curriculares nacionais estabelecidas tos culturais, científicos e técnicos que consti-
pelo Conselho Nacional de Educação. tuem patrimônio da humanidade e comunicar
o saber através do ensino, de publicações ou de
Art. 40. A educação profissional será desen- outras formas de comunicação;
volvida em articulação com o ensino regular V – suscitar o desejo permanente de aperfei-
ou por diferentes estratégias de educação con- çoamento cultural e profissional e possibilitar
tinuada, em instituições especializadas ou no a correspondente concretização, integrando
ambiente de trabalho.31 os conhecimentos que vão sendo adquiridos
numa estrutura intelectual sistematizadora do
Art. 41. O conhecimento adquirido na edu- conhecimento de cada geração;
cação profissional e tecnológica, inclusive no VI – estimular o conhecimento dos pro-
trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reco- blemas do mundo presente, em particular os
nhecimento e certificação para prosseguimento nacionais e regionais, prestar serviços especia-
ou conclusão de estudos.32 lizados à comunidade e estabelecer com esta
Parágrafo único. (Revogado). uma relação de reciprocidade;
VII – promover a extensão, aberta à parti-
Art. 42. As instituições de educação pro- cipação da população, visando à difusão das
fissional e tecnológica, além dos seus cursos conquistas e benefícios resultantes da criação
cultural e da pesquisa científica e tecnológica
29
Lei no 11.741/2008. geradas na instituição.
A Educação
30
Lei no 11.741/2008.
31
Decreto no 5.154/2004 (Regulamento). 33
Lei no 11.741/2008.
32
Lei no 11.741/2008. 34
Decreto no 5.773/2006 (Regulamento).
31
Art. 44. A educação superior abrangerá os temporária de prerrogativas da autonomia, ou
seguintes cursos e programas:35 em descredenciamento.
I – cursos seqüenciais por campo de saber, § 2o No caso de instituição pública, o Poder
de diferentes níveis de abrangência, abertos a Executivo responsável por sua manutenção
candidatos que atendam aos requisitos esta- acompanhará o processo de saneamento e
belecidos pelas instituições de ensino, desde fornecerá recursos adicionais, se necessários,
que tenham concluído o ensino médio ou para a superação das deficiências.
equivalente;
II – de graduação, abertos a candidatos que Art. 47. Na educação superior, o ano letivo
tenham concluído o ensino médio ou equiva- regular, independente do ano civil, tem, no
lente e tenham sido classificados em processo mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico
seletivo; efetivo, excluído o tempo reservado aos exames
III – de pós-graduação, compreendendo finais, quando houver.
programas de mestrado e doutorado, cursos § 1o As instituições informarão aos in-
de especialização, aperfeiçoamento e outros, teressados, antes de cada período letivo, os
abertos a candidatos diplomados em cursos programas dos cursos e demais componentes
de graduação e que atendam às exigências das curriculares, sua duração, requisitos, qualifi-
instituições de ensino; cação dos professores, recursos disponíveis e
IV – de extensão, abertos a candidatos que critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir
atendam aos requisitos estabelecidos em cada as respectivas condições.
caso pelas instituições de ensino. § 2o Os alunos que tenham extraordinário
Parágrafo único. Os resultados do processo aproveitamento nos estudos, demonstrado
seletivo referido no inciso II do caput deste ar- por meio de provas e outros instrumentos
tigo serão tornados públicos pelas instituições de avaliação específicos, aplicados por banca
de ensino superior, sendo obrigatória a divul- examinadora especial, poderão ter abreviada
gação da relação nominal dos classificados, a a duração dos seus cursos, de acordo com as
respectiva ordem de classificação, bem como normas dos sistemas de ensino.
do cronograma das chamadas para matrícula, § 3o É obrigatória a freqüência de alunos e
de acordo com os critérios para preenchimento professores, salvo nos programas de educação
das vagas constantes do respectivo edital. a distância.
§ 4o As instituições de educação superior
Art. 45. A educação superior será ministrada oferecerão, no período noturno, cursos de
em instituições de ensino superior, públicas ou graduação nos mesmos padrões de qualidade
privadas, com variados graus de abrangência mantidos no período diurno, sendo obrigató-
ou especialização. ria a oferta noturna nas instituições públicas,
garantida a necessária previsão orçamentária.
Art. 46. A autorização e o reconhecimento
de cursos, bem como o credenciamento de Art. 48. Os diplomas de cursos superiores re-
instituições de educação superior, terão prazos conhecidos, quando registrados, terão validade
limitados, sendo renovados, periodicamente, nacional como prova da formação recebida por
A Educação e a Sociedade Civil
39
Lei no 12.796/2013. 41
Leis nos 12.056/2009, 12.796/2013 e Decreto no
40
Lei no 12.014/2009. 3.276/99 (Regulamento).
35
§ 4o A União, o Distrito Federal, os Estados Art. 64. A formação de profissionais de
e os Municípios adotarão mecanismos facilita- educação para administração, planejamento,
dores de acesso e permanência em cursos de inspeção, supervisão e orientação educacional
formação de docentes em nível superior para para a educação básica, será feita em cursos de
atuar na educação básica pública. graduação em pedagogia ou em nível de pós-
§ 5o A União, o Distrito Federal, os Esta- -graduação, a critério da instituição de ensino,
dos e os Municípios incentivarão a formação garantida, nesta formação, a base comum
de profissionais do magistério para atuar na nacional.
educação básica pública mediante programa
institucional de bolsa de iniciação à docência Art. 65. A formação docente, exceto para a
a estudantes matriculados em cursos de licen- educação superior, incluirá prática de ensino
ciatura, de graduação plena, nas instituições de de, no mínimo, trezentas horas.
educação superior.
§ 6 o O Ministério da Educação poderá Art. 66. A preparação para o exercício do
estabelecer nota mínima em exame nacional magistério superior far-se-á em nível de pós-
aplicado aos concluintes do ensino médio como -graduação, prioritariamente em programas de
pré-requisito para o ingresso em cursos de mestrado e doutorado.
graduação para formação de docentes, ouvido Parágrafo único. O notório saber, reconhe-
o Conselho Nacional de Educação – CNE. cido por universidade com curso de doutorado
§ 7o (Vetado). em área afim, poderá suprir a exigência de título
acadêmico.
Art. 62-A. A formação dos profissionais a que
se refere o inciso III do art. 61 far-se-á por meio Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão
de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em a valorização dos profissionais da educação,
nível médio ou superior, incluindo habilitações assegurando-lhes, inclusive nos termos dos
tecnológicas.42 estatutos e dos planos de carreira do magistério
Parágrafo único. Garantir-se-á formação público:43
continuada para os profissionais a que se refere I – ingresso exclusivamente por concurso
o caput, no local de trabalho ou em instituições público de provas e títulos;
de educação básica e superior, incluindo cursos II – aperfeiçoamento profissional continu-
de educação profissional, cursos superiores ado, inclusive com licenciamento periódico
de graduação plena ou tecnológicos e de pós- remunerado para esse fim;
-graduação. III – piso salarial profissional;
IV – progressão funcional baseada na
Art. 63. Os institutos superiores de educação titulação ou habilitação, e na avaliação do
manterão: desempenho;
I – cursos formadores de profissionais para V – período reservado a estudos, plane-
a educação básica, inclusive o curso normal jamento e avaliação, incluído na carga de
superior, destinado à formação de docentes trabalho;
para a educação infantil e para as primeiras VI – condições adequadas de trabalho.
A Educação e a Sociedade Civil
pondentes aos mínimos estatuídos neste artigo, VII – amortização e custeio de operações de
será considerada a receita estimada na lei do crédito destinadas a atender ao disposto nos
orçamento anual, ajustada, quando for o caso, incisos deste artigo;
37
VIII – aquisição de material didático-escolar Parágrafo único. O custo mínimo de que
e manutenção de programas de transporte trata este artigo será calculado pela União ao
escolar. final de cada ano, com validade para o ano
subseqüente, considerando variações regionais
Art. 71. Não constituirão despesas de manu- no custo dos insumos e as diversas modalidades
tenção e desenvolvimento do ensino aquelas de ensino.
realizadas com:
I – pesquisa, quando não vinculada às ins- Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da
tituições de ensino, ou, quando efetivada fora União e dos Estados será exercida de modo a
dos sistemas de ensino, que não vise, precipu- corrigir, progressivamente, as disparidades de
amente, ao aprimoramento de sua qualidade acesso e garantir o padrão mínimo de qualidade
ou à sua expansão; de ensino.
II – subvenção a instituições públicas ou § 1o A ação a que se refere este artigo obede-
privadas de caráter assistencial, desportivo ou cerá a fórmula de domínio público que inclua
cultural; a capacidade de atendimento e a medida do
III – formação de quadros especiais para a esforço fiscal do respectivo Estado, do Distrito
administração pública, sejam militares ou civis, Federal ou do Município em favor da manuten-
inclusive diplomáticos; ção e do desenvolvimento do ensino.
IV – programas suplementares de ali- § 2o A capacidade de atendimento de cada
mentação, assistência médico-odontológica, governo será definida pela razão entre os re-
farmacêutica e psicológica, e outras formas de cursos de uso constitucionalmente obrigatório
assistência social; na manutenção e desenvolvimento do ensino
V – obras de infra-estrutura, ainda que rea- e o custo anual do aluno, relativo ao padrão
lizadas para beneficiar direta ou indiretamente mínimo de qualidade.
a rede escolar; § 3o Com base nos critérios estabelecidos
VI – pessoal docente e demais trabalhadores nos §§ 1o e 2o, a União poderá fazer a transfe-
da educação, quando em desvio de função ou rência direta de recursos a cada estabelecimento
em atividade alheia à manutenção e desenvol- de ensino, considerado o número de alunos que
vimento do ensino. efetivamente freqüentam a escola.
§ 4o A ação supletiva e redistributiva não
Art. 72. As receitas e despesas com manuten- poderá ser exercida em favor do Distrito Fe-
ção e desenvolvimento do ensino serão apura- deral, dos Estados e dos Municípios se estes
das e publicadas nos balanços do Poder Público, oferecerem vagas, na área de ensino de sua
assim como nos relatórios a que se refere o § 3o responsabilidade, conforme o inciso VI do art.
do art. 165 da Constituição Federal. 10 e o inciso V do art. 11 desta Lei, em número
inferior à sua capacidade de atendimento.
Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão,
prioritariamente, na prestação de contas de Art. 76. A ação supletiva e redistributiva pre-
recursos públicos, o cumprimento do disposto vista no artigo anterior ficará condicionada ao
no art. 212 da Constituição Federal, no art. 60 efetivo cumprimento pelos Estados, Distrito
A Educação e a Sociedade Civil
do Ato das Disposições Constitucionais Tran- Federal e Municípios do disposto nesta Lei, sem
sitórias e na legislação concernente. prejuízo de outras prescrições legais.
Art. 74. A União, em colaboração com os Art. 77. Os recursos públicos serão destinados
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, às escolas públicas, podendo ser dirigidos a
estabelecerá padrão mínimo de oportunidades escolas comunitárias, confessionais ou filan-
educacionais para o ensino fundamental, basea- trópicas que:
do no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz I – comprovem finalidade não-lucrativa
de assegurar ensino de qualidade. e não distribuam resultados, dividendos,
38
bonificações, participações ou parcela de seu § 1o Os programas serão planejados com
patrimônio sob nenhuma forma ou pretexto; audiência das comunidades indígenas.
II – apliquem seus excedentes financeiros § 2o Os programas a que se refere este artigo,
em educação; incluídos nos Planos Nacionais de Educação,
III – assegurem a destinação de seu patri- terão os seguintes objetivos:
mônio a outra escola comunitária, filantrópica I – fortalecer as práticas sócio-culturais e a
ou confessional, ou ao Poder Público, no caso língua materna de cada comunidade indígena;
de encerramento de suas atividades; II – manter programas de formação de pes-
IV – prestem contas ao Poder Público dos soal especializado, destinado à educação escolar
recursos recebidos. nas comunidades indígenas;
§ 1o Os recursos de que trata este artigo III – desenvolver currículos e programas
poderão ser destinados a bolsas de estudo para específicos, neles incluindo os conteúdos
a educação básica, na forma da lei, para os que culturais correspondentes às respectivas co-
demonstrarem insuficiência de recursos, quan- munidades;
do houver falta de vagas e cursos regulares da IV – elaborar e publicar sistematicamente
rede pública de domicílio do educando, ficando material didático específico e diferenciado.
o Poder Público obrigado a investir prioritaria- § 3o No que se refere à educação superior,
mente na expansão da sua rede local. sem prejuízo de outras ações, o atendimento
§ 2o As atividades universitárias de pesquisa aos povos indígenas efetivar-se-á, nas universi-
e extensão poderão receber apoio financeiro dades públicas e privadas, mediante a oferta de
do Poder Público, inclusive mediante bolsas ensino e de assistência estudantil, assim como
de estudo. de estímulo à pesquisa e desenvolvimento de
programas especiais.
Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia
colaboração das agências federais de fomento à 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Cons-
cultura e de assistência aos índios, desenvolverá ciência Negra’46.
programas integrados de ensino e pesquisa,
para oferta de educação escolar bilingüe e inter- Art. 80. O Poder Público incentivará o de-
cultural aos povos indígenas, com os seguintes senvolvimento e a veiculação de programas de
objetivos: ensino a distância, em todos os níveis e moda-
I – proporcionar aos índios, suas comunida- lidades de ensino, e de educação continuada.47
des e povos, a recuperação de suas memórias § 1o A educação a distância, organizada
históricas; a reafirmação de suas identidades com abertura e regime especiais, será oferecida
étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; por instituições especificamente credenciadas
II – garantir aos índios, suas comunidades e pela União.
povos, o acesso às informações, conhecimentos § 2o A União regulamentará os requisitos
técnicos e científicos da sociedade nacional e para a realização de exames e registro de diplo-
demais sociedades indígenas e não-índias. ma relativos a cursos de educação a distância.
§ 3o As normas para produção, controle e
Art. 79. A União apoiará técnica e financei- avaliação de programas de educação a distân-
ramente os sistemas de ensino no provimento cia e a autorização para sua implementação,
da educação intercultural às comunidades in-
dígenas, desenvolvendo programas integrados
A Educação
45
Lei no 10.639/2003.
de ensino e pesquisa.44 46
Lei no 10.639/2003.
47
Lei no 12.603/2012, Decreto no 5.622/2005 (Regu-
44
Lei no 12.416/2011. lamento) e Decreto no 5.773/2006 (Regulamento).
39
caberão aos respectivos sistemas de ensino, -ão, também, na sua condição de instituições
podendo haver cooperação e integração entre de pesquisa, ao Sistema Nacional de Ciência e
os diferentes sistemas. Tecnologia, nos termos da legislação específica.
§ 4o A educação a distância gozará de tra-
tamento diferenciado, que incluirá:
I – custos de transmissão reduzidos em TÍTULO IX – Das Disposições Transitórias
canais comerciais de radiodifusão sonora e de
sons e imagens e em outros meios de comuni- Art. 87. É instituída a Década da Educação, a
cação que sejam explorados mediante autoriza- iniciar-se um ano a partir da publicação desta
ção, concessão ou permissão do poder público; Lei.49
II – concessão de canais com finalidades § 1o A União, no prazo de um ano a par-
exclusivamente educativas; tir da publicação desta Lei, encaminhará, ao
III – reserva de tempo mínimo, sem ônus Congresso Nacional, o Plano Nacional de
para o Poder Público, pelos concessionários de Educação, com diretrizes e metas para os dez
canais comerciais. anos seguintes, em sintonia com a Declaração
Mundial sobre Educação para Todos.
Art. 81. É permitida a organização de cursos § 2o (Revogado).
ou instituições de ensino experimentais, desde § 3 o O Distrito Federal, cada Estado e
que obedecidas as disposições desta Lei. Município, e, supletivamente, a União, devem:
I – (Revogado);
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as a) (Revogado);
normas de realização de estágio em sua juris- b) (Revogado);
dição, observada a lei federal sobre a matéria.48 c) (Revogado);
II – prover cursos presenciais ou a distância
Art. 83. O ensino militar é regulado em lei aos jovens e adultos insuficientemente escola-
específica, admitida a equivalência de estudos, rizados;
de acordo com as normas fixadas pelos sistemas III – realizar programas de capacitação para
de ensino. todos os professores em exercício, utilizando
também, para isto, os recursos da educação a
Art. 84. Os discentes da educação superior distância;
poderão ser aproveitados em tarefas de ensino IV – integrar todos os estabelecimentos de
e pesquisa pelas respectivas instituições, exer- ensino fundamental do seu território ao sistema
cendo funções de monitoria, de acordo com seu nacional de avaliação do rendimento escolar.
rendimento e seu plano de estudos. § 4o (Revogado).
§ 5o Serão conjugados todos os esforços
Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a objetivando a progressão das redes escolares
titulação própria poderá exigir a abertura de públicas urbanas de ensino fundamental para
concurso público de provas e títulos para cargo o regime de escolas de tempo integral.
de docente de instituição pública de ensino § 6o A assistência financeira da União aos
que estiver sendo ocupado por professor não Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
A Educação e a Sociedade Civil
concursado, por mais de seis anos, ressalvados bem como a dos Estados aos seus Municípios,
os direitos assegurados pelos arts. 41 da Cons- ficam condicionadas ao cumprimento do art.
tituição Federal e 19 do Ato das Disposições 212 da Constituição Federal e dispositivos
Constitucionais Transitórias. legais pertinentes pelos governos beneficiados.
A Educação
41
Lei n. 9.795/1999
de 27 de abril de 199950
Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências.
Art. 3o Como parte do processo educativo Art. 4o São princípios básicos da educação
mais amplo, todos têm direito à educação am- ambiental:
biental, incumbindo: I – o enfoque humanista, holístico, demo-
I – ao Poder Público, nos termos dos arts. crático e participativo;
205 e 225 da Constituição Federal, definir II – a concepção do meio ambiente em sua
políticas públicas que incorporem a dimensão totalidade, considerando a interdependência
ambiental, promover a educação ambiental entre o meio natural, o sócio-econômico e o
em todos os níveis de ensino e o engajamento cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
da sociedade na conservação, recuperação e III – o pluralismo de idéias e concepções
A Educação e a Sociedade Civil
42
VII – a abordagem articulada das questões Nacional de Meio Ambiente – Sisnama, insti-
ambientais locais, regionais, nacionais e globais; tuições educacionais públicas e privadas dos
VIII – o reconhecimento e o respeito à plu- sistemas de ensino, os órgãos públicos da União,
ralidade e à diversidade individual e cultural. dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, e organizações não-governamentais com
Art. 5o São objetivos fundamentais da educa- atuação em educação ambiental.
ção ambiental:
I – o desenvolvimento de uma compreensão Art. 8o As atividades vinculadas à Política
integrada do meio ambiente em suas múltiplas Nacional de Educação Ambiental devem ser
e complexas relações, envolvendo aspectos eco- desenvolvidas na educação em geral e na edu-
lógicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, cação escolar, por meio das seguintes linhas de
econômicos, científicos, culturais e éticos; atuação inter-relacionadas:
II – a garantia de democratização das infor- I – capacitação de recursos humanos;
mações ambientais; II – desenvolvimento de estudos, pesquisas
III – o estímulo e o fortalecimento de uma e experimentações;
consciência crítica sobre a problemática am- III – produção e divulgação de material
biental e social; educativo;
IV – o incentivo à participação individu- IV – acompanhamento e avaliação.
al e coletiva, permanente e responsável, na § 1o Nas atividades vinculadas à Política
preservação do equilíbrio do meio ambiente, Nacional de Educação Ambiental serão res-
entendendo-se a defesa da qualidade ambien- peitados os princípios e objetivos fixados por
tal como um valor inseparável do exercício da esta Lei.
cidadania; § 2o A capacitação de recursos humanos
V – o estímulo à cooperação entre as diversas voltar-se-á para:
regiões do País, em níveis micro e macrorregio- I – a incorporação da dimensão ambiental
nais, com vistas à construção de uma sociedade na formação, especialização e atualização dos
ambientalmente equilibrada, fundada nos prin- educadores de todos os níveis e modalidades
cípios da liberdade, igualdade, solidariedade, de ensino;
democracia, justiça social, responsabilidade e II – a incorporação da dimensão ambiental
sustentabilidade; na formação, especialização e atualização dos
VI – o fomento e o fortalecimento da inte- profissionais de todas as áreas;
gração com a ciência e a tecnologia; III – a preparação de profissionais orientados
VII – o fortalecimento da cidadania, auto- para as atividades de gestão ambiental;
determinação dos povos e solidariedade como IV – a formação, especialização e atualização
fundamentos para o futuro da humanidade. de profissionais na área de meio ambiente;
V – o atendimento da demanda dos diversos
segmentos da sociedade no que diz respeito à
CAPÍTULO II – Da Política Nacional de problemática ambiental.
Educação Ambiental § 3o As ações de estudos, pesquisas e expe-
rimentações voltar-se-ão para:
SEÇÃO I – Disposições Gerais I – o desenvolvimento de instrumentos e
metodologias, visando à incorporação da di-
Art. 6o É instituída a Política Nacional de mensão ambiental, de forma interdisciplinar,
Educação Ambiental. nos diferentes níveis e modalidades de ensino;
II – a difusão de conhecimentos, tecnologias
Art. 7o A Política Nacional de Educação Am- e informações sobre a questão ambiental;
A Educação
43
ressados na formulação e execução de pesquisas Parágrafo único. Os professores em ativi-
relacionadas à problemática ambiental; dade devem receber formação complementar
IV – a busca de alternativas curriculares e em suas áreas de atuação, com o propósito de
metodológicas de capacitação na área ambiental; atender adequadamente ao cumprimento dos
V – o apoio a iniciativas e experiências locais princípios e objetivos da Política Nacional de
e regionais, incluindo a produção de material Educação Ambiental.
educativo;
VI – a montagem de uma rede de banco de Art. 12. A autorização e supervisão do fun-
dados e imagens, para apoio às ações enume- cionamento de instituições de ensino e de seus
radas nos incisos I a V. cursos, nas redes pública e privada, observarão
o cumprimento do disposto nos arts. 10 e 11
desta Lei.
SEÇÃO II – Da Educação Ambiental no
Ensino Formal
SEÇÃO III – Da Educação Ambiental Não-
Art. 9o Entende-se por educação ambiental na Formal
educação escolar a desenvolvida no âmbito dos
currículos das instituições de ensino públicas e Art. 13. Entendem-se por educação ambien-
privadas, englobando: tal não-formal as ações e práticas educativas
I – educação básica: voltadas à sensibilização da coletividade sobre
a) educação infantil; as questões ambientais e à sua organização e
b) ensino fundamental e participação na defesa da qualidade do meio
c) ensino médio; ambiente.
II – educação superior; Parágrafo único. O Poder Público, em níveis
III – educação especial; federal, estadual e municipal, incentivará:
IV – educação profissional; I – a difusão, por intermédio dos meios de
V – educação de jovens e adultos. comunicação de massa, em espaços nobres,
de programas e campanhas educativas, e de
Art. 10. A educação ambiental será desenvol- informações acerca de temas relacionados ao
vida como uma prática educativa integrada, meio ambiente;
contínua e permanente em todos os níveis e II – a ampla participação da escola, da uni-
modalidades do ensino formal. versidade e de organizações não-governamen-
§ 1o A educação ambiental não deve ser tais na formulação e execução de programas
implantada como disciplina específica no cur- e atividades vinculadas à educação ambiental
rículo de ensino. não-formal;
§ 2o Nos cursos de pós-graduação, extensão III – a participação de empresas públicas e
e nas áreas voltadas ao aspecto metodológico da privadas no desenvolvimento de programas
educação ambiental, quando se fizer necessário, de educação ambiental em parceria com a
é facultada a criação de disciplina específica. escola, a universidade e as organizações não-
§ 3o Nos cursos de formação e especializa- -governamentais;
A Educação e a Sociedade Civil
44
CAPÍTULO III – Da Execução da Política III – economicidade, medida pela relação
Nacional de Educação Ambiental entre a magnitude dos recursos a alocar e o
retorno social propiciado pelo plano ou pro-
Art. 14. A coordenação da Política Nacional de grama proposto.
Educação Ambiental ficará a cargo de um órgão Parágrafo único. Na eleição a que se refere
gestor, na forma definida pela regulamentação o caput deste artigo, devem ser contemplados,
desta Lei. de forma eqüitativa, os planos, programas e
projetos das diferentes regiões do País.
Art. 15. São atribuições do órgão gestor:
I – definição de diretrizes para implementa- Art. 18. (Vetado).
ção em âmbito nacional;
II – articulação, coordenação e supervisão Art. 19. Os programas de assistência técnica
de planos, programas e projetos na área de e financeira relativos a meio ambiente e edu-
educação ambiental, em âmbito nacional; cação, em níveis federal, estadual e municipal,
III – participação na negociação de financia- devem alocar recursos às ações de educação
mentos a planos, programas e projetos na área ambiental.
de educação ambiental.
Art. 17. A eleição de planos e programas, Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de
para fins de alocação de recursos públicos sua publicação.
vinculados à Política Nacional de Educação
Ambiental, deve ser realizada levando-se em Brasília, 27 de abril de 1999; 178o da Indepen-
conta os seguintes critérios: dência e 111o da República.
I – conformidade com os princípios, ob-
jetivos e diretrizes da Política Nacional de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – Paulo
Educação Ambiental; Renato Souza – José Sarney Filho
II – prioridade dos órgãos integrantes do
Sisnama e do Sistema Nacional de Educação; Publicada no DOU de 28/4/1999.
A Educação
45
Lei n. 11.161/2005
de 5 de agosto de 2005
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber tégias que incluam desde aulas convencionais
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono no horário normal dos alunos até a matrícula
a seguinte Lei: em cursos e Centro de Estudos de Língua
Moderna.
Art. 1o O ensino da língua espanhola, de oferta
obrigatória pela escola e de matrícula faculta- Art. 5o Os Conselhos Estaduais de Educação
tiva para o aluno, será implantado, gradativa- e do Distrito Federal emitirão as normas ne-
mente, nos currículos plenos do ensino médio. cessárias à execução desta Lei, de acordo com
§ 1o O processo de implantação deverá estar as condições e peculiaridades de cada unidade
concluído no prazo de cinco anos, a partir da federada.
implantação desta Lei.
§ 2o É facultada a inclusão da língua espa- Art. 6o A União, no âmbito da política nacional
nhola nos currículos plenos do ensino funda- de educação, estimulará e apoiará os sistemas
mental de 5a a 8a séries. estaduais e do Distrito Federal na execução
desta Lei.
Art. 2o A oferta da língua espanhola pelas
redes públicas de ensino deverá ser feita no Art. 7o Esta Lei entra em vigor na data da sua
horário regular de aula dos alunos. publicação.
Art. 3o Os sistemas públicos de ensino implan- Brasília, 5 de agosto de 2005; 184o da Indepen-
tarão Centros de Ensino de Língua Estrangeira, dência e 117o da República.
cuja programação incluirá, necessariamente, a
oferta de língua espanhola. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
Haddad
Art. 4o A rede privada poderá tornar dispo-
nível esta oferta por meio de diferentes estra- Publicada no DOU de 8/8/2005.
A Educação e a Sociedade Civil
46
Lei n. 12.612/2012
de 13 de abril de 2012
A Educação
47
Lei n. 12.799/2013
de 10 de abril de 2013
Dispõe sobre a isenção de pagamento de taxas para inscrição em processos seletivos de ingresso nos
cursos das instituições federais de educação superior.
Art. 1o As instituições federais de educação supe- Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua
rior adotarão critérios para isenção total e parcial publicação.
do pagamento de taxas de inscrição nos processos
seletivos de ingresso em seus cursos, de acordo Brasília, 10 de abril de 2013; 192o da Indepen-
com a carência socioeconômica dos candidatos. dência e 125o da República.
Parágrafo único. Será assegurado isenção
total do pagamento das taxas referidas no caput DILMA ROUSSEFF – José Eduardo Cardozo –
ao candidato que comprovar cumulativamente: Aloizio Mercadante – Miriam Belchior
I – renda familiar per capita igual ou inferior
a um salário mínimo e meio; Publicado no DOU de 11/4/2013.
A Educação e a Sociedade Civil
48
Decreto n. 5.154/2004
de 23 de julho de 2004
Art. 2o A educação profissional observará as I – os objetivos contidos nas diretrizes cur-
seguintes premissas: riculares nacionais definidas pelo Conselho
Nacional de Educação;
I – organização, por áreas profissionais, II – as normas complementares dos respec-
em função da estrutura sócio-ocupacional e tivos sistemas de ensino; e
tecnológica; III – as exigências de cada instituição de
II – articulação de esforços das áreas da ensino, nos termos de seu projeto pedagógico.
educação, do trabalho e emprego, e da ciência § 1o A articulação entre a educação profis-
e tecnologia. sional técnica de nível médio e o ensino médio
dar-se-á de forma:
Art. 3o Os cursos e programas de formação I – integrada, oferecida somente a quem já
inicial e continuada de trabalhadores, referidos tenha concluído o ensino fundamental, sendo o
no inciso I do art. 1o, incluídos a capacitação, curso planejado de modo a conduzir o aluno à
o aperfeiçoamento, a especialização e a atu- habilitação profissional técnica de nível médio,
alização, em todos os níveis de escolaridade, na mesma instituição de ensino, contando com
poderão ser ofertados segundo itinerários matrícula única para cada aluno;
A Educação
49
ou esteja cursando o ensino médio, na qual a intermediárias, que possibilitarão a obtenção
complementaridade entre a educação profis- de certificados de qualificação para o trabalho
sional técnica de nível médio e o ensino médio após sua conclusão com aproveitamento.
pressupõe a existência de matrículas distintas
para cada curso, podendo ocorrer: § 1o Para fins do disposto no caput conside-
a) na mesma instituição de ensino, apro- ra-se etapa com terminalidade a conclusão in-
veitando-se as oportunidades educacionais termediária de cursos de educação profissional
disponíveis; técnica de nível médio ou de cursos de educa-
b) em instituições de ensino distintas, ção profissional tecnológica de graduação que
aproveitando-se as oportunidades educacionais caracterize uma qualificação para o trabalho,
disponíveis; ou claramente definida e com identidade própria.
c) em instituições de ensino distintas, me- § 2o As etapas com terminalidade deve-
diante convênios de intercomplementaridade, rão estar articuladas entre si, compondo os
visando o planejamento e o desenvolvimento itinerários formativos e os respectivos perfis
de projetos pedagógicos unificados; profissionais de conclusão.
III – subseqüente, oferecida somente a quem
já tenha concluído o ensino médio. Art. 7o Os cursos de educação profissional
§ 2o Na hipótese prevista no inciso I do § técnica de nível médio e os cursos de educação
1o, a instituição de ensino deverá, observados profissional tecnológica de graduação condu-
o inciso I do art. 24 da Lei no 9.394, de 1996, zem à diplomação após sua conclusão com
e as diretrizes curriculares nacionais para a aproveitamento.
educação profissional técnica de nível médio, Parágrafo único. Para a obtenção do diplo-
ampliar a carga horária total do curso, a fim de ma de técnico de nível médio, o aluno deverá
assegurar, simultaneamente, o cumprimento concluir seus estudos de educação profissional
das finalidades estabelecidas para a formação técnica de nível médio e de ensino médio.
geral e as condições de preparação para o exer-
cício de profissões técnicas. Art. 8o Este Decreto entra em vigor na data de
sua publicação.
Art. 5o Os cursos de educação profissional
tecnológica de graduação e pós-graduação
organizar-se-ão, no que concerne aos objetivos, Art. 9o Revoga-se o Decreto no 2.208, de 17
características e duração, de acordo com as de abril de 1997.
diretrizes curriculares nacionais definidas pelo
Conselho Nacional de Educação.
Brasília, 23 de julho de 2004; 183o da Indepen-
dência e 116o da República.
Art. 6o Os cursos e programas de educação
profissional técnica de nível médio e os cursos LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
de educação profissional tecnológica de gra- Haddad
duação, quando estruturados e organizados
A Educação e a Sociedade Civil
50
Decreto n. 5.622/2005
de 19 de dezembro de 2005
51
II – realização de exames presenciais. da Educação, em colaboração com os sistemas
§ 1o Os exames citados no inciso II serão de ensino.
elaborados pela própria instituição de ensino
credenciada, segundo procedimentos e critérios Art. 8o Os sistemas de ensino, em regime de
definidos no projeto pedagógico do curso ou colaboração, organizarão e manterão sistemas
programa. de informação abertos ao público com os
§ 2o Os resultados dos exames citados no dados de:
inciso II deverão prevalecer sobre os demais I – credenciamento e renovação de creden-
resultados obtidos em quaisquer outras formas ciamento institucional;
de avaliação a distância. II – autorização e renovação de autorização
de cursos ou programas a distância;
Art. 5o Os diplomas e certificados de cursos e III – reconhecimento e renovação de
programas a distância, expedidos por institui- reconhecimento de cursos ou programas a
ções credenciadas e registrados na forma da lei, distância; e
terão validade nacional. IV – resultados dos processos de supervisão
Parágrafo único. A emissão e registro de e de avaliação.
diplomas de cursos e programas a distância Parágrafo único. O Ministério da Educação
deverão ser realizados conforme legislação deverá organizar e manter sistema de informa-
educacional pertinente. ção, aberto ao público, disponibilizando os da-
dos nacionais referentes à educação a distancia.
Art. 6o Os convênios e os acordos de coope-
ração celebrados para fins de oferta de cursos
ou programas a distância entre instituições de CAPÍTULO II – Do Credenciamento
ensino brasileiras, devidamente credenciadas, de Instruções para Oferta de Cursos e
e suas similares estrangeiras, deverão ser pre- Programas na Modalidade a Distância
viamente submetidos à análise e homologação
pelo órgão normativo do respectivo sistema Art. 9o O ato de credenciamento para a oferta
de ensino, para que os diplomas e certificados de cursos e programas na modalidade a distân-
emitidos tenham validade nacional. cia destina-se às instituições de ensino, públicas
ou privadas.
Art. 7o Compete ao Ministério da Educação, Parágrafo único. As instituições de pesquisa
mediante articulação entre seus órgãos, orga- científica e tecnológica, públicas ou privadas, de
nizar, em regime de colaboração, nos termos comprovada excelência e de relevante produção
dos arts. 8o, 9o, 10 e 11 da Lei no 9.394, de 1996, em pesquisa, poderão solicitar credenciamento
a cooperação e integração entre os sistemas de institucional, para a oferta de cursos ou progra-
ensino, objetivando a padronização de normas mas a distância de:
e procedimentos para, em atendimento ao dis- I – especialização;
posto no art. 80 daquela Lei: II – mestrado;
I – credenciamento e renovação de creden- III – doutorado; e
ciamento de instituições para oferta de educa- IV – educação profissional tecnológica de
A Educação e a Sociedade Civil
52
§ 1o O ato de credenciamento referido no demonstração de suficiência da estrutura física,
caput considerará como abrangência para tecnológica e de recursos humanos.
atuação da instituição de ensino superior na
modalidade de educação a distância, para fim Art. 11. Compete às autoridades dos sistemas
de realização das atividades presenciais obriga- de ensino estadual e do Distrito Federal promo-
tórias, a sede da instituição acrescida dos ende- ver os atos de credenciamento de instituições
reços dos pólos de apoio presencial, mediante para oferta de cursos a distância no nível básico
avaliação in loco, aplicando-se os instrumentos e, no âmbito da respectiva unidade da Federa-
de avaliação pertinentes e as disposições da Lei ção, nas modalidades de:
no 10.870, de 19 de maio de 2004. I – educação de jovens e adultos;
§ 2o As atividades presenciais obrigatórias, II – educação especial; e
compreendendo avaliação, estágios, defesa de III – educação profissional.
trabalhos ou prática em laboratório, confor- § 1o Para atuar fora da unidade da Federação
me o art. 1o, § 1o, serão realizados na sede da em que estiver sediada, a instituição deverá
instituição ou nos pólos de apoio presencial, solicitar credenciamento junto ao Ministério
devidamente credenciados. da Educação.
§ 3o A instituição poderá requerer a am- § 2o O credenciamento institucional previs-
pliação da abrangência de atuação, por meio to no § 1o será realizado em regime de colabo-
do aumento do número de pólos de apoio ração e cooperação com os órgãos normativos
presencial, na forma de aditamento ao ato de dos sistemas de ensino envolvidos.
credenciamento. § 3o Caberá ao órgão responsável pela edu-
§ 4o O pedido de aditamento será instruído cação a distância no Ministério da Educação,
com documentos que comprovem a existência no prazo de cento e oitenta dias, contados da
de estrutura física e recursos humanos ne- publicação deste Decreto, coordenar os demais
cessários e adequados ao funcionamento dos órgãos do Ministério e dos sistemas de ensino
pólos, observados os referenciais de qualidade, para editar as normas complementares a este
comprovados em avaliação in loco. Decreto, para a implementação do disposto
§ 5 o No caso do pedido de aditamento nos §§ 1o e 2o.
visando ao funcionamento de pólo de apoio
presencial no exterior, o valor da taxa será com- Art. 12. O pedido de credenciamento da ins-
plementado pela instituição com a diferença tituição deverá ser formalizado junto ao órgão
do custo de viagem e diárias dos avaliadores responsável, mediante o cumprimento dos
no exterior, conforme cálculo do Instituto seguintes requisitos:52
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais I – habilitação jurídica, regularidade fiscal
Anísio Teixeira – INEP. e capacidade econômico-financeira, conforme
§ 6o O pedido de ampliação da abrangência dispõe a legislação em vigor;
de atuação, nos termos deste artigo, somente II – histórico de funcionamento da institui-
poderá ser efetuado após o reconhecimento do ção de ensino, quando for o caso;
primeiro curso a distância da instituição, exceto III – plano de desenvolvimento escolar, para
na hipótese de credenciamento para educação as instituições de educação básica, que contem-
a distância limitado à oferta de pós-graduação ple a oferta, a distância, de cursos profissionais
lato sensu. de nível médio e para jovens e adultos;
§ 7o As instituições de educação superior IV – plano de desenvolvimento institucional,
integrantes dos sistemas estaduais que preten- para as instituições de educação superior, que
derem oferecer cursos superiores a distância contemple a oferta de cursos e programas a
devem ser previamente credenciadas pelo distância;
A Educação
53
V – estatuto da universidade ou centro uni- Art. 13. Para os fins de que trata este Decreto,
versitário, ou regimento da instituição isolada os projetos pedagógicos de cursos e programas
de educação superior; na modalidade a distância deverão:
VI – projeto pedagógico para os cursos e I – obedecer às diretrizes curriculares na-
programas que serão ofertados na modalidade cionais, estabelecidas pelo Ministério da Edu-
a distância; cação para os respectivos níveis e modalidades
VII – garantia de corpo técnico e adminis- educacionais;
trativo qualificado; II – prever atendimento apropriado a estu-
VIII – apresentar corpo docente com as dantes portadores de necessidades especiais;
qualificações exigidas na legislação em vigor III – explicitar a concepção pedagógica dos
e, preferencialmente, com formação para o cursos e programas a distância, com apresen-
trabalho com educação a distância; tação de:
IX – apresentar, quando for o caso, os ter- a) os respectivos currículos;
mos de convênios e de acordos de cooperação b) o número de vagas proposto;
celebrados entre instituições brasileiras e suas c) o sistema de avaliação do estudante,
co-signatárias estrangeiras, para oferta de cur- prevendo avaliações presenciais e avaliações
sos ou programas a distância; a distância; e
X – descrição detalhada dos serviços de su- d) descrição das atividades presenciais obri-
porte e infra-estrutura adequados à realização gatórias, tais como estágios curriculares, defesa
do projeto pedagógico, relativamente a: presencial de trabalho de conclusão de curso e
a) instalações físicas e infra-estrutura tec- das atividades em laboratórios científicos, bem
nológica de suporte e atendimento remoto aos como o sistema de controle de freqüência dos
estudantes e professores; estudantes nessas atividades, quando for o caso.
b) laboratórios científicos, quando for o caso;
c) pólo de apoio presencial é a unidade Art. 14. O credenciamento de instituição para a
operacional, no País ou no exterior, para o oferta dos cursos ou programas a distância terá
desenvolvimento descentralizado de atividades prazo de validade condicionado ao ciclo avalia-
pedagógicas e administrativas relativas aos cur- tivo, observado o Decreto no 5.773, de 2006, e
sos e programas ofertados a distância; normas expedidas pelo Ministério da Educação.53
d) bibliotecas adequadas, inclusive com § 1o A instituição credenciada deverá iniciar
acervo eletrônico remoto e acesso por meio de o curso autorizado no prazo de até doze meses,
redes de comunicação e sistemas de informa- a partir da data da publicação do respectivo ato,
ção, com regime de funcionamento e atendi- ficando vedada a transferência de cursos para
mento adequados aos estudantes de educação outra instituição.
a distância. § 2o Caso a implementação de cursos autori-
§ 1o O pedido de credenciamento da ins- zados não ocorra no prazo definido no § 1o, os
tituição para educação a distância deve vir atos de credenciamento e autorização de cursos
acompanhado de pedido de autorização de pelo serão automaticamente tornados sem efeitos.
menos um curso na modalidade. § 3 o Os pedidos de credenciamento e
§ 2o O credenciamento para educação a recredenciamento para educação a distância
A Educação e a Sociedade Civil
distância que tenha por base curso de pós- observarão a disciplina processual aplicável aos
-graduação lato sensu ficará limitado a esse processos regulatórios da educação superior,
nível. nos termos do Decreto no 5.773, de 2006, e
§ 3o A instituição credenciada exclusiva- normas expedidas pelo Ministério da Educação.
mente para a oferta de pós-graduação lato § 4o Os resultados do sistema de avaliação
sensu a distância poderá requerer a ampliação mencionado no art. 16 deverão ser considera-
da abrangência acadêmica, na forma de adita-
mento ao ato de credenciamento. 53
Decreto no 6.303/2007.
54
dos para os procedimentos de renovação de II – suspensão do reconhecimento de cursos
credenciamento. superiores ou da renovação de autorização de
cursos da educação básica ou profissional;
Art. 15. Os pedidos de autorização, reconhe- III – intervenção;
cimento e renovação de reconhecimento de IV – desativação de cursos; ou
cursos superiores a distância de instituições V – descredenciamento da instituição para
integrantes do sistema federal devem tramitar educação a distância.
perante os órgãos próprios do Ministério da § 1o A instituição ou curso que obtiver
Educação. 54 desempenho insatisfatório na avaliação de que
§ 1o Os pedidos de autorização, reconhe- trata a Lei no 10.861, de 2004, ficará sujeita ao
cimento e renovação de reconhecimento de disposto nos incisos I a IV, conforme o caso.
cursos superiores a distância oferecidos por § 2o As determinações de que trata o caput
instituições integrantes dos sistemas estaduais são passíveis de recurso ao órgão normativo do
devem tramitar perante os órgãos estaduais respectivo sistema de ensino.
competentes, a quem caberá a respectiva su-
pervisão.
§ 2o Os cursos das instituições integrantes CAPÍTULO III – Da Oferta de Educação
dos sistemas estaduais cujas atividades presen- de Jovens e Adultos, Educação Especial e
ciais obrigatórias forem realizados em pólos de Educação Profissional na Modalidade a
apoio presencial fora do Estado sujeitam-se a Distância, na Educação Básica
autorização, reconhecimento e renovação de
reconhecimento pelas autoridades competentes Art. 18. Os cursos e programas de educação
do sistema federal. a distância criados somente poderão ser im-
§ 3o A oferta de curso reconhecido na mo- plementados para oferta após autorização dos
dalidade presencial, ainda que análogo ao curso órgãos competentes dos respectivos sistemas
a distância proposto, não dispensa a instituição de ensino.
do requerimento específico de autorização,
quando for o caso, e reconhecimento para Art. 19. A matrícula em cursos a distância
cada um dos cursos, perante as autoridades para educação básica de jovens e adultos poderá
competente. ser feita independentemente de escolarização
anterior, obedecida a idade mínima e mediante
Art. 16. O sistema de avaliação da educação avaliação do educando, que permita sua inscri-
superior, nos termos da Lei no 10.861, de 14 de ção na etapa adequada, conforme normas do
abril de 2004, aplica-se integralmente à educa- respectivo sistema de ensino.
ção superior a distância.
55
nos limites da abrangência definida no ato de Parágrafo único. A manifestação dos conse-
credenciamento da instituição. lhos citados nos incisos I e II, consideradas as
§ 2o Os atos mencionados no caput deverão especificidades da modalidade de educação a
ser comunicados à Secretaria de Educação distância, terá procedimento análogo ao utili-
Superior do Ministério da Educação. zado para os cursos ou programas presenciais
§ 3o O número de vagas ou sua alteração nessas áreas, nos termos da legislação vigente.
será fixado pela instituição detentora de prer-
rogativas de autonomia universitária, a qual
deverá observar capacidade institucional, tec- CAPÍTULO V – Da Oferta de Cursos e
nológica e operacional próprias para oferecer Programas de Pós-Gradução a Distância
cursos ou programas a distância.
Art. 24. A oferta de cursos de especialização a
Art. 21. Instituições credenciadas que não distância, por instituição devidamente creden-
detêm prerrogativa de autonomia universitária ciada, deverá cumprir, além do disposto neste
deverão solicitar, junto ao órgão competente do Decreto, os demais dispositivos da legislação
respectivo sistema de ensino, autorização para e normatização pertinentes à educação, em
abertura de oferta de cursos e programas de geral, quanto:
educação superior a distância. I – à titulação do corpo docente;
§ 1o Nos atos de autorização de cursos su- II – aos exames presenciais; e
periores a distância, será definido o número de III – à apresentação presencial de trabalho
vagas a serem ofertadas, mediante processo de de conclusão de curso ou de monografia.
avaliação externa a ser realizada pelo Ministério Parágrafo único. As instituições credencia-
da Educação. das que ofereçam cursos de especialização a
§ 2o Os cursos ou programas das instituições distância deverão informar ao Ministério da
citadas no caput que venham a acompanhar a Educação os dados referentes aos seus cursos,
solicitação de credenciamento para a oferta quando de sua criação.
de educação a distância, nos termos do § 1o
do art. 12, também deverão ser submetidos ao Art. 25. Os cursos e programas de mestrado
processo de autorização tratado neste artigo. e doutorado a distância estarão sujeitos às
exigências de autorização, reconhecimento
Art. 22. Os processos de reconhecimento e renovação de reconhecimento previstas na
e renovação do reconhecimento dos cursos legislação específica em vigor.55
superiores a distância deverão ser solicitados § 1o Os atos de autorização, o reconheci-
conforme legislação educacional em vigor. mento e a renovação de reconhecimento citados
Parágrafo único. Nos atos citados no caput, no caput serão concedidos por prazo determi-
deverão estar explicitados: nado conforme regulamentação.
I – o prazo de reconhecimento; e § 2o Caberá à Coordenação de Aperfeiçoa-
II – o número de vagas a serem ofertadas, mento de Pessoal de Nível Superior – CAPES
em caso de instituição de ensino superior não editar as normas complementares a este Decre-
detentora de autonomia universitária. to, no âmbito da pós-graduação stricto sensu.
A Educação e a Sociedade Civil
§ 2o Deverão ser respeitados os acordos básica de jovens e adultos que foram autoriza-
internacionais de reciprocidade e equiparação dos excepcionalmente com duração inferior a
de cursos. dois anos no ensino fundamental e um ano e
57
meio no ensino médio deverão inscrever seus das condições de avaliação, de certificação de
alunos em exames de certificação, para fins de estudos e de parceria com outras instituições.
conclusão do respectivo nível de ensino. § 2o Comprovadas, mediante processo ad-
§ 1 o Os exames citados no caput serão ministrativo, deficiências ou irregularidades, o
realizados pelo órgão executivo do respectivo Poder Executivo sustará a tramitação de pleitos
sistema de ensino ou por instituições por ele de interesse da instituição no respectivo sistema
credenciadas. de ensino, podendo ainda aplicar, em ato pró-
§ 2o Poderão ser credenciadas para realizar prio, as sanções previstas no art. 17, bem como
os exames de que trata este artigo instituições na legislação específica em vigor.
que tenham competência reconhecida em
avaliação de aprendizagem e não estejam sob Art. 34. Revogado.56
sindicância ou respondendo a processo admi-
nistrativo ou judicial, nem tenham, no mesmo Art. 35. As instituições de ensino, cujos cursos
período, estudantes inscritos nos exames de e programas superiores tenham completado, na
certificação citados no caput. data de publicação deste Decreto, mais da me-
tade do prazo concedido no ato de autorização,
Art. 32. Nos termos do que dispõe o art. 81 deverão solicitar, em no máximo cento e oitenta
da Lei no 9.394, de 1996, é permitida a orga- dias, o respectivo reconhecimento.
nização de cursos ou instituições de ensino
experimentais para oferta da modalidade de Art. 36. Este Decreto entra em vigor na data
educação a distância. de sua publicação.
Parágrafo único. O credenciamento institu-
cional e a autorização de cursos ou programas Art. 37. Ficam revogados o Decreto no 2.494,
de que trata o caput serão concedidos por prazo de 10 de fevereiro de 1998, e o Decreto no 2.561,
determinado. de 27 de abril de 1998.
Art. 33. As instituições credenciadas para a Brasília, 19 de dezembro de 2005; 184o da In-
oferta de educação a distância deverão fazer dependência e 117o da República.
constar, em todos os seus documentos insti-
tucionais, bem como nos materiais de divul- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
gação, referência aos correspondentes atos de Haddad
credenciamento, autorização e reconhecimento
de seus cursos e programas. Publicado no DOU de 20/12/2005.
§ 1o Os documentos a que se refere o caput
também deverão conter informações a respeito 56
Decreto no 6.303/2007.
A Educação e a Sociedade Civil
58
Decreto n. 5.773/2006
de 9 de maio de 2006
Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação
superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino.
Art. 1o Este Decreto dispõe sobre o exercício Art. 4o Ao Ministro de Estado da Educação,
das funções de regulação, supervisão e ava- como autoridade máxima da educação supe-
liação de instituições de educação superior e rior no sistema federal de ensino, compete, no
cursos superiores de graduação e seqüenciais que respeita às funções disciplinadas por este
no sistema federal de ensino. Decreto:
I – homologar deliberações do CNE em pe-
§ 1o A regulação será realizada por meio de didos de credenciamento e recredenciamento
atos administrativos autorizativos do funciona- de instituições de educação superior;
mento de instituições de educação superior e II – homologar os instrumentos de avaliação
de cursos de graduação e seqüenciais. elaborados pelo INEP;
§ 2o A supervisão será realizada a fim de III – homologar os pareceres da CONAES;
zelar pela conformidade da oferta de educação IV – homologar pareceres e propostas de
superior no sistema federal de ensino com a atos normativos aprovadas pelo CNE; e
legislação aplicável. V – expedir normas e instruções para a exe-
§ 3 o A avaliação realizada pelo Sistema cução de leis, decretos e regulamentos.
Nacional de Avaliação da Educação Superior
– SINAES constituirá referencial básico para Art. 5o No que diz respeito à matéria obje-
os processos de regulação e supervisão da edu- to deste Decreto, compete ao Ministério da
cação superior, a fim de promover a melhoria Educação, por intermédio de suas Secretarias,
de sua qualidade. exercer as funções de regulação e supervisão da
educação superior, em suas respectivas áreas
Art. 2o O sistema federal de ensino superior de atuação.57
compreende as instituições federais de educa- § 1o No âmbito do Ministério da Educação,
A Educação
Art. 53. Da decisão do Secretário caberá re- Art. 58. A avaliação das instituições de edu-
curso ao CNE, em trinta dias. cação superior, dos cursos de graduação e do
Parágrafo único. A decisão administrativa desempenho acadêmico de seus estudantes será
final será homologada em portaria do Ministro realizada no âmbito do SINAES, nos termos da
de Estado da Educação. legislação aplicável.
70
§ 1o O SINAES, a fim de cumprir seus obje- I – o diagnóstico objetivo das condições da
tivos e atender a suas finalidades constitucionais instituição;
e legais, compreende os seguintes processos de II – os encaminhamentos, processos e ações
avaliação institucional: a serem adotados pela instituição com vistas à
I – avaliação interna das instituições de superação das dificuldades detectadas;
educação superior; III – a indicação expressa de metas a serem
II – avaliação externa das instituições de cumpridas e, quando couber, a caracterização
educação superior; das respectivas responsabilidades dos dirigentes;
III – avaliação dos cursos de graduação; e IV – o prazo máximo para seu cumpri-
IV – avaliação do desempenho acadêmico mento; e
dos estudantes de cursos de graduação. V – a criação, por parte da instituição de
§ 2o Os processos de avaliação obedecerão educação superior, de comissão de acompanha-
ao disposto no art. 2o da Lei no 10.861, de 2004. mento do protocolo de compromisso.
§ 1o A celebração de protocolo de compro-
Art. 59. O SINAES será operacionalizado pelo misso suspende o fluxo do processo regulatório,
INEP, conforme as diretrizes da CONAES, em até a realização da avaliação que ateste o cum-
ciclos avaliativos com duração inferior a:68 primento das exigências contidas no protocolo.
I – dez anos, como referencial básico para § 2o Na vigência de protocolo de compro-
recredenciamento de universidades; e misso, poderá ser aplicada a medida prevista
II – cinco anos, como referencial básico para no art. 11, § 3o, motivadamente, desde que, no
recredenciamento de centros universitários caso específico, a medida de cautela se revele
e faculdades e renovação de reconhecimento necessária para evitar prejuízo aos alunos.
de cursos.
§ 1o Revogado. Art. 62. Esgotado o prazo do protocolo de
§ 2o Revogado. compromisso, a instituição será submetida a
§ 3o A avaliação, como referencial básico nova avaliação in loco pelo INEP, para verificar
para a regulação de instituições e cursos, resul- o cumprimento das metas estipuladas, com
tará na atribuição de conceitos, conforme uma vistas à alteração ou à manutenção do conceito.
escala de cinco níveis. § 1o O INEP expedirá relatório de nova
avaliação à Secretaria competente, vedadas a
Art. 60. A obtenção de conceitos insatisfató- celebração de novo protocolo de compromisso.
rios nos processos periódicos de avaliação, nos § 2o A instituição de educação superior de-
processos de recredenciamento de instituições, verá apresentar comprovante de recolhimento
reconhecimento e renovação de reconhecimen- da taxa de avaliação in loco para a nova avalia-
to de cursos de graduação enseja a celebração ção até trinta dias antes da expiração do prazo
de protocolo de compromisso com a instituição do protocolo de compromisso.
de educação superior. 69
Parágrafo único. Caberá, a critério da Art. 63. O descumprimento do protocolo de
instituição, recurso administrativo para revi- compromisso enseja a instauração de processo
são de conceito, previamente à celebração de administrativo para aplicação das seguintes
protocolo de compromisso, conforme normas penalidades previstas no art. 10, § 2o, da Lei no
expedidas pelo Ministério da Educação. 10.861, de 2004:
I – suspensão temporária da abertura de
Art. 61. O protocolo de compromisso deverá processo seletivo de cursos de graduação;
conter: 70 II – cassação da autorização de funcionamen-
to da instituição de educação superior ou do
A Educação
68
Decreto no 6.303/2007. reconhecimento de cursos por ela oferecidos; e
69
Decreto no 6.303/2007. III – advertência, suspensão ou perda de
70
Decreto no 6.303/2007. mandato do dirigente responsável pela ação não
71
executada, no caso de instituições públicas de em conjunto com pedido de autorização de
educação superior. pelo menos um curso superior, observando-
§ 1o A instituição de educação superior será -se as disposições pertinentes deste Decreto,
notificada por ciência no processo, via postal bem como a racionalidade e economicidade
com aviso de recebimento, por telegrama ou administrativas.
outro meio que assegure a certeza da ciência
do interessado, para, no prazo de dez dias, Art. 68. O requerente terá prazo de doze me-
apresentar defesa, tratando das matérias de fato ses, a contar da publicação do ato autorizativo,
e de direito pertinentes. para iniciar o funcionamento do curso, sob
§ 2o Recebida a defesa, o Secretário apre- pena de caducidade.
ciará o conjunto dos elementos do processo e § 1o Nos casos de caducidade do ato au-
o remeterá ao CNE para deliberação, com pa- torizativo e de decisão final desfavorável em
recer recomendando a aplicação da penalidade processo de credenciamento de instituição de
cabível ou o seu arquivamento. educação superior, inclusive de campus fora de
§ 3o Da decisão do CNE caberá recurso ad- sede, e de autorização de curso superior, os inte-
ministrativo, na forma de seu regimento interno. ressados só poderão apresentar nova solicitação
§ 4o A decisão de arquivamento do processo relativa ao mesmo pedido após decorridos dois
administrativo enseja a retomada do fluxo dos anos contados do ato que encerrar o processo.
prazos previstos nos §§ 7o e 8o do art. 10. § 2o Considera-se início de funcionamento
§ 5o A decisão administrativa final será ho- do curso, para efeito do prazo referido no caput,
mologada em portaria do Ministro de Estado a oferta efetiva de aulas.
da Educação.
Art. 69. O exercício de atividade docente na
Art. 64. A decisão de suspensão temporária educação superior não se sujeita à inscrição
da abertura de processo seletivo de cursos de do professor em órgão de regulamentação
graduação definirá o prazo de suspensão, que profissional.
não poderá ser menor que o dobro do prazo Parágrafo único. O regime de trabalho do-
fixado no protocolo de compromisso. cente em tempo integral compreende a presta-
ção de quarenta horas semanais de trabalho na
Art. 65. À decisão de cassação da autorização mesma instituição, nele reservado o tempo de
de funcionamento da instituição de educação pelo menos vinte horas semanais para estudos,
superior ou do reconhecimento de cursos de pesquisa, trabalhos de extensão, planejamento
graduação por ela oferecidos, aplicam-se o e avaliação.
disposto nos arts. 57 ou 54, respectivamente.
Art. 75. As avaliações de instituições e cursos LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
de graduação já em funcionamento, para fins Haddad
de recredenciamento, reconhecimento e reno-
A Educação
73
O Estudante
Lei n. 10.219/2001
de 11 de abril de 2001
Cria o Programa Nacional de Renda Mínima vinculada à educação – “Bolsa Escola”, e dá outras
providências.
lamento do programa instituído pelo art. 1o, o de novos beneficiários no programa de que trata
qual compreenderá: o art. 1o será:
I – o termo de adesão do Município, bem I – condicionada à compatibilidade entre
como as condições para sua homologação pelo a projeção de custo do programa e a lei orça-
Ministério da Educação; mentária anual nos meses de janeiro a junho; 77
II – suspensa nos meses de julho e agosto; e percepção dos benefícios do programa de que
III – condicionada à compatibilidade simul- trata o art. 2o;
tânea entre as projeções de custo do programa III – estimular a participação comunitária no
para os exercícios em curso e seguinte, a lei controle da execução do programa no âmbito
orçamentária do ano em curso e a proposta municipal;
orçamentária para o exercício seguinte nos IV – elaborar, aprovar e modificar o seu
meses de setembro a dezembro. regimento interno; e
V – exercer outras atribuições estabelecidas
Art. 6o Serão excluídas do cálculo do benefício em normas complementares.
pago pela União as crianças:
I – que deixarem a faixa etária definida no Art. 9o A autoridade responsável pela orga-
inciso II do art. 2o; nização e manutenção dos cadastros referidos
II – cuja freqüência escolar situe-se abaixo no § 1o do art. 5o que inserir ou fizer inserir
de oitenta e cinco por cento; documentos ou declaração falsa ou diversa da
III – pertencentes a famílias residentes em que deveria ser inscrita, com o fim de alterar
Município que descumprir os compromissos a verdade sobre o fato, bem assim contribuir
constantes do termo de adesão de que trata o para a entrega da participação financeira da
inciso I do art. 5o, bem assim as demais dispo- União a pessoa diversa do beneficiário final,
sições desta Lei. será responsabilizada civil, penal e adminis-
§ 1o Na hipótese da ocorrência da situação trativamente.
referida no inciso III, o Ministério da Educa- § 1o Sem prejuízo da sanção penal, o bene-
ção fará publicar no Diário Oficial da União ficiário que gozar ilicitamente do auxílio será
o extrato do relatório de exclusão, bem assim obrigado a efetuar o ressarcimento da impor-
encaminhará cópias integrais desse relatório tância recebida, em prazo a ser estabelecido
ao conselho de que trata o inciso IV do art. 2o, pelo Poder Executivo, acrescida de juros equi-
ao Poder Legislativo municipal e aos demais valentes à taxa referencial do Sistema Especial
agentes públicos do Município afetado. de Liquidação e Custódia SELIC para títulos
§ 2o Ao Município que incorrer na situação federais, acumulada mensalmente, calculados
referida no inciso III somente será permitida a partir da data do recebimento, e de um por
nova habilitação à participação financeira da cento relativamente ao mês em que estiver
União nos termos desta Lei quando compro- sendo efetuado.
vadamente sanadas todas as irregularidades § 2o Ao servidor público ou agente de enti-
praticadas. dade conveniada ou contratada que concorra
para ilícito previsto neste artigo, inserindo ou
Art. 7o É vedada a inclusão nos programas fazendo inserir declaração falsa em documento
referidos nesta Lei, por parte dos Municípios, que deva produzir efeito perante o programa,
de famílias beneficiadas pelo Programa de aplica-se, nas condições a serem estabelecidas
Erradicação do Trabalho Infantil, enquanto em regulamento e sem prejuízo das sanções
permanecerem naquela condição. penais e administrativas cabíveis, multa nunca
inferior ao dobro dos rendimentos ilegalmente
A Educação e a Sociedade Civil
Art. 8o O conselho referido no inciso IV do pagos, atualizada, anualmente, até seu paga-
art. 2o terá em sua composição cinqüenta por mento, pela variação acumulada do Índice
cento, no mínimo, de membros não vinculados de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA,
à administração municipal, competindo-lhe: divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro
I – acompanhar e avaliar a execução do de Geografia e Estatística.
programa de que trata o art. 2o no âmbito
municipal; Art. 10. Constituirão créditos da União junto
II – aprovar a relação de famílias cadastra- ao Município as importâncias que, por ação ou
das pelo Poder Executivo municipal para a omissão dos responsáveis pelo programa no
78
âmbito municipal forem indevidamente pagas – Ministério da Educação, as dotações orça-
a título de participação financeira da União nos mentárias constantes da Lei no 10.171, de 5 de
programas de que trata esta Lei, sem prejuízo janeiro de 2001, destinadas às ações referidas
do disposto no artigo anterior. no § 1o do art. 1o desta Lei.
§ 1o Os créditos referidos no caput serão Parágrafo único. No presente exercício, as
lançados na forma do regulamento, e exigíveis despesas administrativas para execução do
a partir da data de ocorrência do pagamento disposto no art. 1o correrão à conta das dotações
indevido que lhe der origem. orçamentárias referidas neste artigo.
§ 2o A satisfação dos créditos referidos no
caput é condição necessária para que o Distrito Art. 14. A participação da União em progra-
Federal e os Municípios possam receber as mas municipais de garantia de renda mínima
transferências dos recursos do Fundo de Par- associados a ações socioeducativas previstos na
ticipação dos Estados e do Distrito Federal e do Lei no 9.533, de 1997, passa a obedecer, exclu-
Fundo de Participação dos Municípios, celebrar sivamente, ao disposto nesta Lei.
acordos, contratos, convênios ou ajustes, bem
como receber empréstimos, financiamentos, Art. 15. A Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998,
avais e subvenções em geral de órgãos ou passa a vigorar com as seguintes alterações:
entidades da administração direta e indireta “Art. 14. Os assuntos que constituem área
da União. de competência de cada Ministério são os
seguintes:
Art. 11. Na análise para homologação dos ter- ...........................................................................
mos de adesão recebidos pelo órgão designado VII – Ministério da Educação:
para este fim, terão prioridade os firmados por ...........................................................................
Municípios: g) assistência financeira a famílias caren-
I – com os quais a União tenha celebrado, no tes para a escolarização de seus filhos ou
exercício de 2000, convênio nos termos da Lei dependentes;
no 9.533, de 10 de dezembro de 1997; ............................................................... ” (NR)
II – pertencentes aos catorze Estados de “Art. 16. Integram a estrutura básica:
menor Índice de Desenvolvimento Humano ...........................................................................
– IDH; VII – do Ministério da Educação o Conselho
III – pertencentes a micro-regiões com IDH Nacional de Educação, o Instituto Benjamin
igual ou inferior a 0,500; Constant, o Instituto Nacional de Educação
IV – com IDH igual ou inferior a 0,500 que de Surdos e até seis Secretarias.
não se enquadrem no inciso anterior; ............................................................... ” (NR)
V – e demais Municípios.
Art. 16. Ficam convalidados os atos praticados
Art. 12. Para efeito do disposto no art. 212 da com base na Medida Provisória no 2.140-01, de
Constituição, não serão considerados despesas 14 de março de 2001.
de manutenção e desenvolvimento do ensino
os recursos despendidos pela União nos termos Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data de
desta Lei, assim como os gastos pelos Estados e sua publicação.
Municípios na concessão de benefícios pecuni-
ários às famílias carentes, em complementação Brasília, 11 de abril de 2001; 180o da Indepen-
do valor a que se refere o art. 4o. dência e 113o da República.
O Estudante
Art. 13. Fica o Poder Executivo autorizado FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – Pedro
a remanejar, da unidade orçamentária 26.298 Malan – Paulo Renato Souza – Martus Tavares
– Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação para a unidade orçamentária 26.101 Publicada no DOU de 12/04/2001.
79
Lei n. 10.260/2001
de 12 de julho de 2001
80
VI – rendimento de aplicações financeiras valor de prestações, taxa de juros, além de outras
sobre suas disponibilidades; e informações julgadas necessárias pelo MEC.
VII – receitas patrimoniais.
VIII – outras receitas.
§ 1o Fica autorizada: SEÇÃO II – Da gestão do FIES
I – (Revogado);
II – a transferência ao FIES dos saldos Art. 3o A gestão do FIES caberá:73
devedores dos financiamentos concedidos no I – ao MEC, na qualidade de formulador da
âmbito do Programa de Crédito Educativo de política de oferta de financiamento e de super-
que trata a Lei no 8.436, de 1992; visor da execução das operações do Fundo; e
III – a alienação, total ou parcial, a institui- II – ao Fundo Nacional de Desenvolvimento
ções financeiras, dos ativos de que trata o inciso da Educação – FNDE, na qualidade de agente
II deste parágrafo e dos ativos representados operador e de administradora dos ativos e
por financiamentos concedidos ao amparo passivos, conforme regulamento e normas
desta Lei. baixadas pelo CMN.
§ 2o As disponibilidades de caixa do FIES § 1o O MEC editará regulamento que dis-
deverão ser mantidas em depósito na conta porá, inclusive, sobre:
única do Tesouro Nacional. I – as regras de seleção de estudantes a serem
§ 3o As despesas do Fies com os agentes financiados pelo FIES;
financeiros corresponderão a remuneração II – os casos de transferência de curso ou ins-
mensal de até 2% a.a. (dois por cento ao ano), tituição, suspensão temporária e encerramento
calculados sobre o saldo devedor dos financia- dos contratos de financiamento;
mentos concedidos, ponderados pela taxa de III – as exigências de desempenho acadê-
adimplência, na forma do regulamento. mico para a manutenção do financiamento,
§ 4o (Revogado). observado o disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art.
§ 5o Os saldos devedores alienados ao am- 1o desta Lei;
paro do inciso III do § 1o deste artigo e os dos IV – aplicação de sanções às instituições de
contratos cujos aditamentos ocorreram após ensino e aos estudantes que descumprirem as
31 de maio de 1999 poderão ser renegociados regras do Fies, observados os §§ 5o e 6o do art.
entre credores e devedores, segundo condições 4o desta Lei.
que estabelecerem, relativas à atualização de V – o abatimento de que trata o art. 6o-B.
débitos constituídos, saldos devedores, prazos, § 2 o O Ministério da Educação poderá
taxas de juros, garantias, valores de prestações contar com o assessoramento de conselho, de
e eventuais descontos, observado o seguinte: natureza consultiva, cujos integrantes serão
I – na hipótese de renegociação de saldo designados pelo Ministro de Estado.
devedor parcialmente alienado na forma do in- § 3o De acordo com os limites de crédito
ciso III do § 1o deste artigo, serão estabelecidas estabelecidos pelo agente operador, as insti-
condições idênticas de composição para todas tuições financeiras poderão, na qualidade de
as parcelas do débito, cabendo a cada credor, agente financeiro, conceder financiamentos
no total repactuado, a respectiva participação com recursos do FIES.
percentual no mon-tante renegociado com
cada devedor;
II – as instituições adquirentes deverão CAPÍTULO II – Das Operações
apresentar ao MEC, até o dia 10 de cada mês,
relatório referente aos contratos renegociados e Art. 4o São passíveis de financiamento pelo
O Estudante
liquidados no mês anterior, contendo o número Fies até 100% (cem por cento) dos encargos
do contrato, nome do devedor, saldo devedor,
valor renegociado ou liquidado, quantidade e 73
Leis nos 11.552/2007, 12.202/2010 e 12.431/2011.
81
educacionais cobrados dos estudantes por cada grupo não ultrapasse 5 (cinco) fiadores
parte das instituições de ensino devidamente solidários e não coloque em risco a qualidade
cadastradas para esse fim pelo Ministério da do crédito contratado;
Educação, em contraprestação aos cursos re- III – outras condições especiais para con-
feridos no art. 1o em que estejam regularmente tratação do financiamento do Fies para cursos
matriculados.74 específicos.
§ 1o (Revogado). § 8o As medidas tomadas com amparo no
§ 2o Poderá o Ministério da Educação, em § 7o deste artigo não alcançarão contratos já
caráter excepcional, cadastrar, para fins do firmados, bem como seus respectivos adita-
financiamento de que trata esta Lei, cursos mentos.
para os quais não haja processo de avaliação
concluído. Art. 5o Os financiamentos concedidos com
§ 3o (Revogado). recursos do FIES deverão observar o seguinte: 75
§ 4o Para os efeitos desta Lei, os encargos I – prazo: não poderá ser superior à duração
educacionais referidos no caput deste artigo de- regular do curso, abrangendo todo o período
verão considerar todos os descontos regulares e em que o Fies custear os encargos educacionais
de caráter coletivo oferecidos pela instituição, a que se refere o art. 4o desta Lei, inclusive o
inclusive aqueles concedidos em virtude de seu período de suspensão temporária, ressalvado
pagamento pontual. o disposto no § 3o deste artigo;
§ 5o O descumprimento das obrigações as- II – juros, capitalizados mensalmente, a
sumidas no termo de adesão ao Fies sujeita as serem estipulados pelo CMN;
instituições de ensino às seguintes penalidades: III – oferecimento de garantias adequadas
I – impossibilidade de adesão ao Fies por até pelo estudante financiado ou pela entidade
3 (três) processos seletivos consecutivos, sem mantenedora da instituição de ensino;
prejuízo para os estudantes já financiados; e IV – carência: de 18 (dezoito) meses conta-
II – ressarcimento ao Fies dos encargos edu- dos a partir do mês imediatamente subsequente
cacionais indevidamente cobrados, conforme ao da conclusão do curso, mantido o pagamen-
o disposto no § 4o deste artigo, bem como dos to dos juros nos termos do § 1o deste artigo;
custos efetivamente incorridos pelo agente ope- V – (Revogado);
rador e pelos agentes financeiros na correção VI – risco: as instituições de ensino partici-
dos saldos e fluxos financeiros, retroativamente parão do risco do financiamento, na condição
à data da infração, sem prejuízo do previsto no de devedores solidários, nos seguintes limites
inciso I deste parágrafo. percentuais:
§ 6o Será encerrado o financiamento em caso a) (revogado);
de constatação, a qualquer tempo, de inidonei- b) 30% (trinta por cento) por operação con-
dade de documento apresentado ou de falsidade tratada, sobre parcela não garantida por fundos
de informação prestada pelo estudante à insti- instituídos na forma do inciso III do caput do
tuição de ensino, ao Ministério da Educação, art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de novembro de
ao agente operador ou ao agente financeiro. 2009, para as instituições de ensino inadim-
§ 7o O Ministério da Educação, conforme plentes com as obrigações tributárias federais; e
A Educação e a Sociedade Civil
disposto no art. 3o desta Lei, poderá criar c) 15% (quinze por cento) por operação con-
regime especial, na forma do regulamento, tratada, sobre parcela não garantida por fundos
dispondo sobre: instituídos na forma do inciso III do caput do
I – a dilatação dos prazos previstos no inciso art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de novembro de
I e na alínea b do inciso V do art. 5o desta Lei; 2009, para as instituições de ensino adimplentes
II – o Fies solidário, com a anuência do com as obrigações tributárias federais;
agente operador, desde que a formação de
Leis nos 11.552/2007, 11.941/2009, 12.202/2010,
75
74
Leis nos 11.552/2007 e 12.202/2010. 12.385/2011, 12.431/2011 e 12.712/2012.
82
VII – comprovação de idoneidade cadastral § 9o Para os fins do disposto no inciso III do
do estudante e do(s) seu(s) fiador(es) na assina- caput deste artigo, o estudante poderá oferecer
tura dos contratos e termos aditivos, observado como garantias, alternativamente:
o disposto no § 9o deste artigo. I – fiança;
§ 1o Ao longo do período de utilização II – fiança solidária, na forma do inciso II
do financiamento, inclusive no período de do § 7o do art. 4o desta Lei;
carência, o estudante financiado fica obrigado III – (Revogado).
a pagar os juros incidentes sobre o financia- § 10. A redução dos juros, estipulados na
mento, na forma regulamentada pelo agente forma do inciso II deste artigo, incidirá sobre
operador. o saldo devedor dos contratos já formalizados.
§ 2o É facultado ao estudante financiado, a § 11. O estudante que, na contratação do
qualquer tempo, realizar amortizações extra- Fies, optar por garantia de Fundo autorizado
ordinárias ou a liquidação do saldo devedor, nos termos do inciso III do art. 7o da Lei no
dispensada a cobrança de juros sobre as parcelas 12.087, de 11 de novembro de 2009, fica dis-
vincendas. pensado de oferecer as garantias previstas no
§ 3o Excepcionalmente, por iniciativa do § 9o deste artigo.
estudante, a instituição de ensino à qual esteja
vinculado poderá dilatar em até um ano o prazo Art. 5o-A. As condições de amortização dos
de utilização de que trata o inciso I do caput, contratos de financiamento celebrados no âm-
hipótese na qual as condições de amortização bito do Fundo de Financiamento ao Estudante
permanecerão aquelas definidas no inciso V do Ensino Superior – FIES serão fixadas por
também do caput. meio de ato do Poder Executivo federal.76
§ 4o Na hipótese de verificação de inido-
neidade cadastral do estudante ou de seu(s) Art. 5o-B. O financiamento da educação pro-
fiador(es) após a assinatura do contrato, ficará fissional e tecnológica poderá ser contratado
sobrestado o aditamento do mencionado do- pelo estudante, em caráter individual, ou por
cumento até a comprovação da restauração da empresa, para custeio da formação profissional
respectiva idoneidade ou a substituição do fia- e tecnológica de trabalhadores.77
dor inidôneo, respeitado o prazo de suspensão § 1 o Na modalidade denominada Fies-
temporária do contrato. -Empresa, a empresa figurará como tomadora
§ 5o O contrato de financiamento poderá do financiamento, responsabilizando-se inte-
prever a amortização mediante autorização gralmente pelos pagamentos perante o Fies,
para desconto em folha de pagamento, na forma inclusive os juros incidentes, até o limite do
da Lei no 10.820, de 17 de dezembro de 2003, valor contratado.
preservadas as garantias e condições pactuadas § 2o No Fies-Empresa, poderão ser pagos
originalmente, inclusive as dos fiadores. com recursos do Fies exclusivamente cursos
§ 6o (Vetado). de formação inicial e continuada e de educação
§ 7o O agente financeiro fica autorizado a profissional técnica de nível médio.
pactuar condições especiais de amortização ou § 3o A empresa tomadora do financiamento
alongamento excepcional de prazos, nos termos poderá ser garantida por fundo de garantia de
da normatização do agente operador, respeita- operações, nos termos do inciso I do caput do
do o equilíbrio econômico-financeiro do Fies, art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de novembro de
de forma que o valor inicialmente contratado 2009.
retorne integralmente ao Fundo, acrescido dos § 4o Regulamento disporá sobre os requisi-
encargos contratuais. tos, condições e demais normas para contrata-
O Estudante
§ 8o Em caso de transferência de curso, ção do financiamento de que trata este artigo.
aplicam-se ao financiamento os juros relativos
ao curso de destino, a partir da data da trans- 76
Lei no 12.385/2011.
ferência. 77
Lei no 12.513/2011.
83
Art. 6o Em caso de inadimplemento das pres- licenciatura, terá direito ao abatimento de que
tações devidas pelo estudante financiado, a trata o caput desde o início do curso.
instituição referida no § 3o do art. 3o promoverá § 3o O estudante graduado em Medicina
a execução das parcelas vencidas, conforme que optar por ingressar em programa creden-
estabelecida pela Instituição de que trata o ciado Medicina pela Comissão Nacional de
inciso II do caput do art. 3o, repassando ao Fies Residência Médica, de que trata a Lei no 6.932,
e à instituição de ensino a parte concernente de 7 de julho de 1981, e em especialidades
ao seu risco.78 prioritárias definidas em ato do Ministro de
§ 1o Recebida a ação de execução e antes de Estado da Saúde terá o período de carência
receber os embargos, o juiz designará audiência estendido por todo o período de duração da
preliminar de conciliação, a realizar-se no prazo residência médica.
de 15 (quinze) dias, para a qual serão as partes § 4o O abatimento mensal referido no caput
intimadas a comparecer, podendo fazer-se será operacionalizado anualmente pelo agente
representar por procurador ou preposto, com operador do Fies, vedado o primeiro abatimen-
poderes para transigir. to em prazo inferior a 1 (um) ano de trabalho.
§ 2o Obtida a conciliação, será reduzida a § 5o No período em que obtiverem o abati-
termo e homologada por sentença. mento do saldo devedor, na forma do caput, os
§ 3o Não efetuada a conciliação, terá pros- estudantes ficam desobrigados da amortização
seguimento o processo de execução. de que trata o inciso V do caput do art. 5o.
§ 6o O estudante financiado que deixar de
Art. 6o-A. (Revogado).79 atender às condições previstas neste artigo
deverá amortizar a parcela remanescente do
Art. 6o-B. O Fies poderá abater, na forma saldo devedor regularmente, na forma do inciso
do regulamento, mensalmente, 1,00% (um V do art. 5o.
inteiro por cento) do saldo devedor consoli-
dado, incluídos os juros devidos no período e Art. 6o-C. No prazo para embargos, reconhe-
independentemente da data de contratação do cendo o crédito do exequente e comprovando
financiamento, dos estudantes que exercerem o depósito de 10% (dez por cento) do valor
as seguintes profissões:80 em execução, inclusive custas e honorários de
I – professor em efetivo exercício na rede advogado, poderá o executado requerer que lhe
pública de educação básica com jornada de, no seja admitido pagar o restante em até 12 (doze)
mínimo, 20 (vinte) horas semanais, graduado parcelas mensais.81
em licenciatura; e § 1o O valor de cada prestação mensal, por
II – médico integrante de equipe de saúde ocasião do pagamento, será acrescido de juros
da família oficialmente cadastrada, com atuação equivalentes à taxa referencial do Sistema
em áreas e regiões com carência e dificuldade Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)
de retenção desse profissional, definidas como para títulos federais acumulada mensalmente,
prioritárias pelo Ministério da Saúde, na forma calculados a partir do mês subsequente ao da
do regulamento. consolidação até o mês anterior ao do pagamen-
§ 1o (Vetado). to, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês
A Educação e a Sociedade Civil
§ 2o O estudante que já estiver em efetivo em que o pagamento estiver sendo efetuado.
exercício na rede pública de educação básica § 2o Sendo a proposta deferida pelo juiz,
com jornada de, no mínimo, 20 (vinte) horas o exequente levantará a quantia depositada e
semanais, por ocasião da matrícula no curso de serão suspensos os atos executivos; caso inde-
ferida, seguir-se-ão os atos executivos, mantido
78
Leis nos 12.202/2010 e 12.513/2011. o depósito.
79
Lei no 11.552/2007.
80
Lei no 12.202/2010. 81
Lei no 12.513/2011.
84
§ 3o O inadimplemento de qualquer das lizar em pagamento os créditos securitizados
prestações implicará, de pleno direito, o ven- recebidos na forma do art. 14.
cimento das subsequentes e o prosseguimento
do processo, com o imediato início dos atos Art. 9o Os certificados de que trata o art. 7o
executivos, imposta ao executado multa de 10% serão destinados pelo Fies exclusivamente ao
(dez por cento) sobre o valor das prestações não pagamento às mantenedoras de instituições
pagas e vedada a oposição de embargos. de ensino dos encargos educacionais relativos
às operações de financiamento realizadas com
Art. 6o-D. Nos casos de falecimento ou in- recursos desse Fundo.84
validez permanente do estudante tomador do
financiamento, devidamente comprovados, na Art. 10. Os certificados de que trata o art. 7o
forma da legislação pertinente, o saldo devedor serão utilizados para pagamento das contri-
será absorvido conjuntamente pelo Fies e pela buições sociais previstas nas alíneas a e c do
instituição de ensino.82 parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de 24
de julho de 1991, bem como das contribuições
Art. 6o-E. O percentual do saldo devedor de previstas no art. 3o da Lei no 11.457, de 16 de
que tratam o caput do art. 6o e o art. 6o-D, a março de 2007.85
ser absorvido pela instituição de ensino, será § 1o É vedada a negociação dos certificados
equivalente ao percentual do risco de finan- de que trata o caput com outras pessoas jurídi-
ciamento assumido na forma do inciso VI do cas de direito privado.
caput do art. 5o, cabendo ao Fies a absorção do § 2o (Revogado).
valor restante.83 § 3o Não havendo débitos de caráter previ-
denciário, os certificados poderão ser utilizados
para o pagamento de quaisquer tributos admi-
CAPÍTULO III – Dos Títulos da Dívida nistrados pela Secretaria da Receita Federal do
Pública Brasil, e respectivos débitos, constituídos ou
não, inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados
Art. 7o Fica a União autorizada a emitir títulos ou a ajuizar, exigíveis ou com exigibilidade
da dívida pública em favor do FIES. suspensa, bem como de multas, de juros e de
§ 1o Os títulos a que se referem o caput serão demais encargos legais incidentes.
representados por certificados de emissão do § 4o O disposto no § 3o deste artigo não
Tesouro Nacional, com características definidas abrange taxas de órgãos ou entidades da ad-
em ato do Poder Executivo. ministração pública direta e indireta e débitos
§ 2o Os certificados a que se refere o parágra- relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de
fo anterior serão emitidos sob a forma de coloca- Serviço – FGTS.
ção direta, ao par, mediante solicitação expressa § 5o Por opção da entidade mantenedora, os
do FIES à Secretaria do Tesouro Nacional. débitos referidos no § 3o deste artigo poderão
§ 3o Os recursos em moeda corrente entre- ser quitados mediante parcelamento em até 120
gues pelo FIES em contrapartida à colocação (cento e vinte) prestações mensais.
direta dos certificados serão utilizados exclusi- § 6o A opção referida no § 5o deste artigo
vamente para abatimento da dívida pública de implica obrigatoriedade de inclusão de todos os
responsabilidade do Tesouro Nacional. débitos da entidade mantenedora, tais como os
integrantes do Programa de Recuperação Fiscal
Art. 8o Em contrapartida à colocação direta – Refis e do parcelamento a ele alternativo, de
dos certificados, fica o FIES autorizado a uti- que trata a Lei no 9.964, de 10 de abril de 2000,
O Estudante
82
Lei no 12.513/2011. 84
Lei no 12.202/2010.
83
Lei no 12.513/2011. 85
Leis nos 11.552/2007, 12.202/2010 e 12.385/2011.
85
os compreendidos no âmbito do Parcelamento § 14. O valor de cada prestação será apurado
Especial – Paes, de que trata a Lei no 10.684, pela divisão do débito consolidado pela quanti-
de 30 de maio de 2003, e do Parcelamento dade de prestações em que o parcelamento for
Excepcional – Paex, disciplinado pela Medida concedido, acrescido de juros equivalentes à
Provisória no 303, de 29 de junho de 2006, taxa referencial do Sistema Especial de Liquida-
bem como quaisquer outros débitos objeto de ção e de Custódia – SELIC para títulos federais,
programas governamentais de parcelamento. acumulada mensalmente, calculados a partir
§ 7o Para os fins do disposto no § 6o deste da data da consolidação até o mês anterior ao
artigo, serão rescindidos todos os parcelamen- do pagamento, e de 1% (um por cento) relati-
tos da entidade mantenedora referentes aos vamente ao mês em que o pagamento estiver
tributos de que trata o § 3o deste artigo. sendo efetuado.
§ 8o Poderão ser incluídos no parcelamento § 15. Se o valor dos certificados utilizados
os débitos que se encontrem com exigibilidade não for suficiente para integral liquidação da
suspensa por força do disposto nos incisos III parcela, o saldo remanescente deverá ser liqui-
a V do caput do art. 151 da Lei no 5.172, de dado em moeda corrente.
25 de outubro de 1966 – Código Tributário § 16. O parcelamento independerá de apre-
Nacional, desde que a entidade mantenedora sentação de garantia ou de arrolamento de bens,
desista expressamente e de forma irrevogável mantidos os gravames decorrentes de medida
da impugnação ou do recurso interposto, ou cautelar fiscal e as garantias de débitos transfe-
da ação judicial e, cumulativamente, renuncie a ridos de outras modalidades de parcelamento
quaisquer alegações de direito sobre as quais se e de execução fiscal.
fundam os referidos processos administrativos § 17. A opção da entidade mantenedora
e ações judiciais. pelo parcelamento implica:
§ 9o O parcelamento de débitos relacionados I – confissão irrevogável e irretratável dos
a ações judiciais implica transformação em pa- débitos;
gamento definitivo dos valores eventualmente II – aceitação plena e irretratável de todas as
depositados em juízo, vinculados às respectivas condições estabelecidas;
ações. III – cumprimento regular das obrigações
§ 10. O parcelamento reger-se-á pelo dis- para com o FGTS e demais obrigações tribu-
posto nesta Lei e, subsidiariamente: tárias correntes; e
I – pela Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, IV – manutenção da vinculação ao Prouni
relativamente às contribuições sociais previstas e do credenciamento da instituição e reconhe-
nas alíneas a e c do parágrafo único do art. 11 cimento do curso, nos termos do art. 46 da Lei
da mencionada Lei, não se aplicando o disposto no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
no § 1o do art. 38 da mesma Lei; § 18. O parcelamento será rescindido nas
II – pela Lei no 10.522, de 19 de julho de hipóteses previstas na legislação referida no
2002, em relação aos demais tributos, não se § 10 deste artigo, bem como na hipótese de
aplicando o disposto no § 2o do art. 13 e no descumprimento do disposto nos incisos III
inciso I do caput do art. 14 da mencionada Lei. ou IV do § 17 deste artigo.
§ 11. Os débitos incluídos no parcelamento § 19. Para fins de rescisão em decorrência
A Educação e a Sociedade Civil
88
Lei n. 11.096/2005
de 13 de janeiro de 200591
Institui o Programa Universidade para Todos – PROUNI, regula a atuação de entidades beneficentes
de assistência social no ensino superior; altera a Lei no 10.891, de 9 de julho de 2004, e dá outras
providências.
Art. 1o Fica instituído, sob a gestão do Minis- Art. 2o A bolsa será destinada:
tério da Educação, o Programa Universidade I – a estudante que tenha cursado o ensino
para Todos – PROUNI, destinado à concessão médio completo em escola da rede pública ou
de bolsas de estudo integrais e bolsas de estudo em instituições privadas na condição de bolsista
parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de integral;
25% (vinte e cinco por cento) para estudantes de II – a estudante portador de deficiência, nos
cursos de graduação e seqüenciais de formação termos da lei;
específica, em instituições privadas de ensino III – a professor da rede pública de ensino,
superior, com ou sem fins lucrativos. para os cursos de licenciatura, normal superior
§ 1o A bolsa de estudo integral será conce- e pedagogia, destinados à formação do magis-
dida a brasileiros não portadores de diploma tério da educação básica, independentemente
de curso superior, cuja renda familiar mensal da renda a que se referem os §§ 1o e 2o do art.
per capita não exceda o valor de até 1 (um) 1o desta Lei.
salário-mínimo e 1/2 (meio). Parágrafo único. A manutenção da bolsa
§ 2o As bolsas de estudo parciais de 50% pelo beneficiário, observado o prazo máximo
(cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco para a conclusão do curso de graduação ou
por cento), cujos critérios de distribuição serão seqüencial de formação específica, dependerá
definidos em regulamento pelo Ministério da do cumprimento de requisitos de desempenho
Educação, serão concedidas a brasileiros não- acadêmico, estabelecidos em normas expedidas
-portadores de diploma de curso superior, cuja pelo Ministério da Educação.
renda familiar mensal per capita não exceda o
valor de até 3 (três) salários-mínimos, mediante Art. 3o O estudante a ser beneficiado pelo
critérios definidos pelo Ministério da Educação. Prouni será pré-selecionado pelos resultados e
§ 3o Para os efeitos desta Lei, bolsa de estu- pelo perfil socioeconômico do Exame Nacional
do refere-se às semestralidades ou anuidades do Ensino Médio – ENEM ou outros critérios a
escolares fixadas com base na Lei no 9.870, de serem definidos pelo Ministério da Educação,
23 de novembro de 1999. e, na etapa final, selecionado pela instituição
§ 4o Para os efeitos desta Lei, as bolsas de de ensino superior, segundo seus próprios
estudo parciais de 50% (cinqüenta por cento) critérios, à qual competirá, também, aferir as
ou de 25% (vinte e cinco por cento) deverão informações prestadas pelo candidato.
ser concedidas, considerando-se todos os Parágrafo único. O beneficiário do Prouni
O Estudante
89
Art. 4o Todos os alunos da instituição, inclusi- na forma desta Lei atinja o equivalente a 8,5%
ve os beneficiários do Prouni, estarão igualmen- (oito inteiros e cinco décimos por cento) da
te regidos pelas mesmas normas e regulamentos receita anual dos períodos letivos que já têm
internos da instituição. bolsistas do Prouni, efetivamente recebida nos
termos da Lei no 9.870, de 23 de novembro de
Art. 5o A instituição privada de ensino supe- 1999, em cursos de graduação ou seqüencial de
rior, com fins lucrativos ou sem fins lucrativos formação específica.
não beneficente, poderá aderir ao Prouni § 5o Para o ano de 2005, a instituição privada
mediante assinatura de termo de adesão, de ensino superior, com fins lucrativos ou sem
cumprindo-lhe oferecer, no mínimo, 1 (uma) fins lucrativos não beneficente, poderá:
bolsa integral para o equivalente a 10,7 (dez in- I – aderir ao Prouni mediante assinatura
teiros e sete décimos) estudantes regularmente de termo de adesão, cumprindo-lhe oferecer,
pagantes e devidamente matriculados ao final no mínimo, 1 (uma) bolsa integral para cada
do correspondente período letivo anterior, 9 (nove) estudantes regularmente pagantes e
conforme regulamento a ser estabelecido pelo devidamente matriculados ao final do corres-
Ministério da Educação, excluído o número pondente período letivo anterior, conforme
correspondente a bolsas integrais concedidas regulamento a ser estabelecido pelo Ministério
pelo Prouni ou pela própria instituição, em da Educação, excluído o número corresponden-
cursos efetivamente nela instalados. te a bolsas integrais concedidas pelo Prouni ou
§ 1o O termo de adesão terá prazo de vi- pela própria instituição, em cursos efetivamente
gência de 10 (dez) anos, contado da data de nela instalados;
sua assinatura, renovável por iguais períodos e II – alternativamente, em substituição ao
observado o disposto nesta Lei. requisito previsto no inciso I deste parágrafo,
§ 2o O termo de adesão poderá prever a oferecer 1 (uma) bolsa integral para cada 19
permuta de bolsas entre cursos e turnos, restrita (dezenove) estudantes regularmente pagantes
a 1/5 (um quinto) das bolsas oferecidas para e devidamente matriculados em cursos efetiva-
cada curso e cada turno. mente nela instalados, conforme regulamento
§ 3o A denúncia do termo de adesão, por a ser estabelecido pelo Ministério da Educação,
iniciativa da instituição privada, não impli- desde que ofereça, adicionalmente, quantidade
cará ônus para o Poder Público nem prejuízo de bolsas parciais de 50% (cinqüenta por cento)
para o estudante beneficiado pelo Prouni, que ou de 25% (vinte e cinco por cento) na propor-
gozará do benefício concedido até a conclusão ção necessária para que a soma dos benefícios
do curso, respeitadas as normas internas da concedidos na forma desta Lei atinja o equiva-
instituição, inclusive disciplinares, e observado lente a 10% (dez por cento) da receita anual dos
o disposto no art. 4o desta Lei. períodos letivos que já têm bolsistas do Prouni,
§ 4o A instituição privada de ensino supe- efetivamente recebida nos termos da Lei no
rior com fins lucrativos ou sem fins lucrativos 9.870, de 23 de novembro de 1999, em cursos de
não beneficente poderá, alternativamente, em graduação ou seqüencial de formação específica.
substituição ao requisito previsto no caput § 6o Aplica-se o disposto no § 5o deste artigo
deste artigo, oferecer 1 (uma) bolsa integral às turmas iniciais de cada curso e turno efeti-
A Educação e a Sociedade Civil
para cada 22 (vinte e dois) estudantes regu- vamente instaladas a partir do 1o (primeiro)
larmente pagantes e devidamente matricula- processo seletivo posterior à publicação desta
dos em cursos efetivamente nela instalados, Lei, até atingir as proporções estabelecidas para
conforme regulamento a ser estabelecido pelo o conjunto dos estudantes de cursos de gradu-
Ministério da Educação, desde que ofereça, ação e seqüencial de formação específica da
adicionalmente, quantidade de bolsas parciais instituição, e o disposto no caput e no § 4o deste
de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte artigo às turmas iniciais de cada curso e turno
e cinco por cento) na proporção necessária efetivamente instaladas a partir do exercício de
para que a soma dos benefícios concedidos 2006, até atingir as proporções estabelecidas
90
para o conjunto dos estudantes de cursos de sem prejuízo do estudante já matriculado,
graduação e seqüencial de formação específica segundo critérios de desempenho do Sistema
da instituição. Nacional de Avaliação da Educação Superior
– SINAES, por duas avaliações consecutivas,
Art. 6o Assim que atingida a proporção es- situação em que as bolsas de estudo do curso
tabelecida no § 6o do art. 5o desta Lei, para o desvinculado, nos processos seletivos seguintes,
conjunto dos estudantes de cursos de graduação deverão ser redistribuídas proporcionalmente
e seqüencial de formação específica da institui- pelos demais cursos da instituição, respeitado
ção, sempre que a evasão dos estudantes bene- o disposto no art. 5o desta Lei.
ficiados apresentar discrepância em relação à § 5o Será facultada, tendo prioridade os
evasão dos demais estudantes matriculados, a bolsistas do Prouni, a estudantes dos cursos
instituição, a cada processo seletivo, oferecerá referidos no § 4o deste artigo a transferência
bolsas de estudo na proporção necessária para para curso idêntico ou equivalente, oferecido
estabelecer aquela proporção. por outra instituição participante do Programa.
Art. 7o As obrigações a serem cumpridas pela Art. 8o A instituição que aderir ao Prouni fica-
instituição de ensino superior serão previstas rá isenta dos seguintes impostos e contribuições
no termo de adesão ao Prouni, no qual deverão no período de vigência do termo de adesão:93
constar as seguintes cláusulas necessárias:92 I – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas;
I – proporção de bolsas de estudo ofereci- II – Contribuição Social sobre o Lucro
das por curso, turno e unidade, respeitados os Líquido, instituída pela Lei no 7.689, de 15 de
parâmetros estabelecidos no art. 5o desta Lei; dezembro de 1988;
II – percentual de bolsas de estudo destinado III – Contribuição Social para Financia-
à implementação de políticas afirmativas de mento da Seguridade Social, instituída pela
acesso ao ensino superior de portadores de Lei Complementar no 70, de 30 de dezembro
deficiência ou de autodeclarados indígenas e de 1991; e
negros. IV – Contribuição para o Programa de
§ 1o O percentual de que trata o inciso II Integração Social, instituída pela Lei Comple-
do caput deste artigo deverá ser, no mínimo, mentar no 7, de 7 de setembro de 1970.
igual ao percentual de cidadãos autodeclara- § 1o A isenção de que trata o caput deste
dos indígenas, pardos ou pretos, na respectiva artigo recairá sobre o lucro nas hipóteses dos
unidade da Federação, segundo o último censo incisos I e II do caput deste artigo, e sobre a re-
da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia ceita auferida, nas hipóteses dos incisos III e IV
e Estatística – IBGE. do caput deste artigo, decorrentes da realização
§ 2o No caso de não-preenchimento das de atividades de ensino superior, proveniente
vagas segundo os critérios do § 1o deste artigo, de cursos de graduação ou cursos seqüenciais
as vagas remanescentes deverão ser preenchidas de formação específica.
por estudantes que se enquadrem em um dos § 2o A Secretaria da Receita Federal do
critérios dos arts. 1o e 2o desta Lei. Ministério da Fazenda disciplinará o disposto
§ 3o As instituições de ensino superior que neste artigo no prazo de 30 (trinta) dias.
não gozam de autonomia ficam autorizadas a § 3o A isenção de que trata este artigo será
ampliar, a partir da assinatura do termo de ade- calculada na proporção da ocupação efetiva das
são, o número de vagas em seus cursos, no limi- bolsas devidas.
te da proporção de bolsas integrais oferecidas
por curso e turno, na forma do regulamento. Art. 9o O descumprimento das obrigações as-
O Estudante
desta Lei, poderão, até 60 (sessenta) dias após a natureza jurídica em sociedade de fins econô-
data de publicação desta Lei, requerer ao Con- micos, na forma facultada pelo art. 7o-A da Lei
selho Nacional de Assistência Social CNAS no 9.131, de 24 de novembro de 1995, passarão a
a concessão de novo Certificado de Entidade pagar a quota patronal para a previdência social
93
de forma gradual, durante o prazo de 5 (cinco) Art. 17. (Vetado).
anos, na razão de 20% (vinte por cento) do valor
devido a cada ano, cumulativamente, até atingir Art. 18. O Poder Executivo dará, anualmente,
o valor integral das contribuições devidas. ampla publicidade dos resultados do Programa.
Parágrafo único. A pessoa jurídica de direito
privado transformada em sociedade de fins Art. 19. Os termos de adesão firmados durante
econômicos passará a pagar a contribuição a vigência da Medida Provisória no 213, de 10 de
previdenciária de que trata o caput deste arti- setembro de 2004, ficam validados pelo prazo
go a partir do 1o dia do mês de realização da neles especificado, observado o disposto no § 4o
assembléia geral que autorizar a transformação e no caput do art. 5o desta Lei.
da sua natureza jurídica, respeitada a gradação
correspondente ao respectivo ano. Art. 20. O Poder Executivo regulamentará o
disposto nesta Lei.
Art. 14. Terão prioridade na distribuição dos
recursos disponíveis no Fundo de Financia- Art. 21. Os incisos I, II e VII do caput do art. 3o
mento ao Estudante do Ensino Superior – FIES da Lei no 10.891, de 9 de julho de 2004, passam
as instituições de direito privado que aderirem a vigorar com a seguinte redação:
ao Prouni na forma do art. 5o desta Lei ou “Art. 3o .............................................................
adotarem as regras de seleção de estudantes I – possuir idade mínima de 14 (quatorze)
bolsistas a que se refere o art. 11 desta Lei. anos para a obtenção das Bolsas Atleta
Nacional, Atleta Internacional Olímpico e
Art. 15. Para os fins desta Lei, o disposto no Paraolímpico, e possuir idade mínima de 12
art. 6o da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002, (doze) anos para a obtenção da Bolsa-Atleta
será exigido a partir do ano de 2006 de todas Estudantil;
as instituições de ensino superior aderentes II – estar vinculado a alguma entidade de
ao Prouni, inclusive na vigência da Medida prática desportiva, exceto os atletas que
Provisória no 213, de 10 de setembro de 2004. pleitearem a Bolsa-Atleta Estudantil;
...........................................................................
Art. 16. O processo de deferimento do termo VII – estar regularmente matriculado em
de adesão pelo Ministério da Educação, nos instituição de ensino pública ou privada, ex-
termos do art. 5o desta Lei, será instruído com clusivamente para os atletas que pleitearem
a estimativa da renúncia fiscal, no exercício de a Bolsa-Atleta Estudantil.” (NR)
deferimento e nos 2 (dois) subseqüentes, a ser
usufruída pela respectiva instituição, na forma Art. 22. O Anexo I da Lei no 10.891, de 9 de
do art. 9o desta Lei, bem como o demonstra- julho de 2004, passa a vigorar com a alteração
tivo da compensação da referida renúncia, constante do Anexo I desta Lei.
do crescimento da arrecadação de impostos
e contribuições federais no mesmo segmento Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de
econômico ou da prévia redução de despesas sua publicação.
de caráter continuado.
A Educação e a Sociedade Civil
O Estudante
95
Lei n. 11.180/2005
de 23 de setembro de 2005
Art. 18. Os arts. 428 e 433 da Consolidação das Brasília, 23 de setembro de 2005; 184o da Inde-
Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto- pendência e 117o da República.
-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passam a
vigorar com a seguinte redação: LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernado
“Art. 428. Contrato de aprendizagem é o Haddad – Luiz Marinho – Luiz Soares Dulci
contrato de trabalho especial, ajustado por
escrito e por prazo determinado, em que o Publicada no DOU de 26/9/2005.
O Estudante
97
Lei n. 11.788/2008
de 25 de setembro de 2008
Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20
de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de
1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida
Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
diretrizes curriculares da etapa, modalidade e comprovado por vistos nos relatórios referidos
área de ensino e do projeto pedagógico do curso. no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por
§ 1o Estágio obrigatório é aquele definido menção de aprovação final.
como tal no projeto do curso, cuja carga ho- § 2o O descumprimento de qualquer dos
rária é requisito para aprovação e obtenção de incisos deste artigo ou de qualquer obrigação
diploma. contida no termo de compromisso caracteriza
§ 2o Estágio não-obrigatório é aquele de- vínculo de emprego do educando com a parte
senvolvido como atividade opcional, acrescida concedente do estágio para todos os fins da
à carga horária regular e obrigatória. legislação trabalhista e previdenciária.
98
Art. 4o A realização de estágios, nos termos dente, indicando as condições de adequação do
desta Lei, aplica-se aos estudantes estrangeiros estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa
regularmente matriculados em cursos superio- e modalidade da formação escolar do estudante
res no País, autorizados ou reconhecidos, obser- e ao horário e calendário escolar;
vado o prazo do visto temporário de estudante, II – avaliar as instalações da parte conce-
na forma da legislação aplicável. dente do estágio e sua adequação à formação
cultural e profissional do educando;
Art. 5o As instituições de ensino e as partes ce- III – indicar professor orientador, da área a
dentes de estágio podem, a seu critério, recorrer ser desenvolvida no estágio, como responsável
a serviços de agentes de integração públicos e pelo acompanhamento e avaliação das ativida-
privados, mediante condições acordadas em des do estagiário;
instrumento jurídico apropriado, devendo IV – exigir do educando a apresentação pe-
ser observada, no caso de contratação com riódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses,
recursos públicos, a legislação que estabelece de relatório das atividades;
as normas gerais de licitação. V – zelar pelo cumprimento do termo de
§ 1o Cabe aos agentes de integração, como compromisso, reorientando o estagiário para
auxiliares no processo de aperfeiçoamento do outro local em caso de descumprimento de
instituto do estágio: suas normas;
I – identificar oportunidades de estágio; VI – elaborar normas complementares e
II – ajustar suas condições de realização; instrumentos de avaliação dos estágios de seus
III – fazer o acompanhamento administrativo; educandos;
IV – encaminhar negociação de seguros VII – comunicar à parte concedente do está-
contra acidentes pessoais; gio, no início do período letivo, as datas de rea-
V – cadastrar os estudantes. lização de avaliações escolares ou acadêmicas.
§ 2o É vedada a cobrança de qualquer valor Parágrafo único. O plano de atividades do
dos estudantes, a título de remuneração pelos estagiário, elaborado em acordo das 3 (três)
serviços referidos nos incisos deste artigo. partes a que se refere o inciso II do caput do
§ 3o Os agentes de integração serão respon- art. 3o desta Lei, será incorporado ao termo de
sabilizados civilmente se indicarem estagiários compromisso por meio de aditivos à medida
para a realização de atividades não compatíveis que for avaliado, progressivamente, o desem-
com a programação curricular estabelecida penho do estudante.
para cada curso, assim como estagiários matri-
culados em cursos ou instituições para as quais Art. 8o É facultado às instituições de ensino
não há previsão de estágio curricular. celebrar com entes públicos e privados convênio
de concessão de estágio, nos quais se explicitem
Art. 6o O local de estágio pode ser selecionado o processo educativo compreendido nas ativida-
a partir de cadastro de partes cedentes, orga- des programadas para seus educandos e as con-
nizado pelas instituições de ensino ou pelos dições de que tratam os arts. 6o a 14 desta Lei.
agentes de integração. Parágrafo único. A celebração de convênio
de concessão de estágio entre a instituição de
ensino e a parte concedente não dispensa a
CAPÍTULO II – Da Instituição de Ensino celebração do termo de compromisso de que
trata o inciso II do caput do art. 3o desta Lei.
Art. 7o São obrigações das instituições de ensi-
no, em relação aos estágios de seus educandos:
O Estudante
II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 § 7o Nas localidades onde não houver oferta
(dois) estagiários; de ensino médio para o cumprimento do
III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) em- disposto no § 1o deste artigo, a contratação
pregados: até 5 (cinco) estagiários; do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência
101
à escola, desde que ele já tenha concluído o Art. 22. Revogam-se as Leis nos 6.494, de 7
ensino fundamental.” (NR) de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março
de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei
Art. 20. O art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art.
dezembro de 1996, passa a vigorar com a se- 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de
guinte redação: agosto de 2001.
“Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão
as normas de realização de estágio em sua Brasília, 25 de setembro de 2008; 187o da Inde-
jurisdição, observada a lei federal sobre a pendência e 120o da República.
matéria.
Parágrafo único. (Revogado).” (NR) LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
Haddad – André Peixoto Figueiredo Lima
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de
sua publicação. Publicada no DOU de 26/9/2008.
A Educação e a Sociedade Civil
102
Lei n. 12.155/2009
de 23 de dezembro de 2009
Dispõe sobre a concessão de Bônus Especial de Desempenho Institucional – BESP/DNIT aos servidores
do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT; altera as Leis nos 11.171,
de 2 de setembro de 2005, 10.997, de 15 de dezembro de 2004, 11.907, de 2 de fevereiro de 2009, e
11.507, de 20 de julho de 2007; e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber § 2o O período de duração das bolsas será
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono limitado à duração do curso, programa ou pro-
a seguinte Lei: jeto de extensão ou programa de permanência
............................................................................... ao qual o participante estiver vinculado, po-
dendo ser por tempo inferior ou mesmo sofrer
Art. 9o Fica o Fundo Nacional de Desenvol- interrupção, desde que justificada.
vimento da Educação – FNDE autorizado
a conceder bolsas para alunos e professores Art. 10. Ficam as instituições federais de edu-
vinculados a projetos e programas de ensino cação superior autorizadas a conceder bolsas a
e extensão voltados a populações indígenas, estudantes matriculados em cursos de gradu-
quilombolas e do campo. ação, para o desenvolvimento de atividades de
§ 1 o As bolsas previstas no caput serão ensino e extensão, que visem: 96
concedidas: I – à promoção do acesso e permanência de
I – até o valor equivalente ao praticado na estudantes em condições de vulnerabilidade
política federal de concessão de bolsas de ini- social e econômica; e
ciação científica, aos alunos; II – ao desenvolvimento de atividades de
II – até 3 (três) vezes o valor equivalente extensão universitária destinadas a ampliar a
ao praticado na política federal de concessão interação das instituições federais de educação
de bolsas de iniciação científica, aos alunos superior com a sociedade.
indígenas;
III – até o valor de 2/3 (dois terços) da Art. 11. (Vetado).
bolsa de mestrado, aos docentes vinculados
aos programas e projetos de formação para o Art. 12. As bolsas previstas nos arts. 10 e 11
exercício das funções de formadores, prepara- adotarão como referência os valores das bolsas
dores e supervisores dos cursos ou atividades correspondentes pagas pelas agências oficiais
de extensão, inclusive apoio à aprendizagem e de fomento à pesquisa, bem como as condições
acompanhamento sistemático das atividades fixadas em regulamento do Poder Executivo,
de alunos e tutores; que disporá, no mínimo, sobre: 97
IV – até o valor de uma bolsa de mestrado, I – os direitos e obrigações dos beneficiários
aos docentes vinculados aos programas e pro- das bolsas;
jetos de extensão, ou para desenvolvimento de II – as normas para renovação e cancelamen-
metodologias de ensino para as atividades de to dos benefícios;
extensão; e III – a periodicidade mensal para recebi-
V – até o valor de uma bolsa de doutorado, mento das bolsas;
O Estudante
Art. 13. As despesas com a execução das ações Brasília, 23 de dezembro de 2009; 188o da In-
previstas nos arts. 9o e 10 desta Lei correrão dependência e 121o da República.
à conta de dotação orçamentária consignada
anualmente aos respectivos órgãos e entidades, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Paulo
considerando os recursos próprios captados, Bernardo Silva – Jose Pimentel – Luis Inácio
observados os limites de movimentação, em- Lucena Adams.
penho e pagamento da programação orçamen-
tária e financeira anual. Publicada no DOU de 23/12/2009 – Seção Extra.
A Educação e a Sociedade Civil
104
Decreto n. 5.493/2005
de 18 de julho de 2005
concessão de bolsa de estudo a ele vinculada tenham sido recusadas no período letivo ime-
para estudante matriculado em instituição diatamente subseqüente ao inadimplemento,
pública e gratuita de ensino superior. nos termos dos arts. 5o e 6o daquela Lei.
105
Parágrafo único. Para efeitos de apuração do Art. 9o A soma dos benefícios concedidos pela
número de bolsas integrais a serem concedidas instituição de ensino superior será calculada
pelas instituições de ensino, os beneficiários de considerando a média aritmética das anualida-
bolsas parciais de cinqüenta por cento ou vinte des ou semestralidades efetivamente cobradas
e cinco por cento são considerados estudantes dos alunos regularmente pagantes, nos termos
regularmente pagantes, sem prejuízo do dis- deste Decreto, excluídos os alunos beneficiários
posto no caput. de bolsas parciais, inclusive os beneficiários das
bolsas adicionais referidas no art. 8o.
Art. 6o As instituições de ensino superior que
aderirem ao PROUNI nos termos da regra pre- Art. 10. A permuta de bolsas entre cursos e
vista no § 4o do art. 5o da Lei no 11.096, de 2005, turnos, quando prevista no termo de adesão, é
poderão oferecer bolsas integrais em montante restrita a um quinto das bolsas oferecidas para
superior ao mínimo legal, desde que o conjunto cada curso e turno, e o número de bolsas re-
de bolsas integrais e parciais perfaça proporção sultantes da permuta não pode ser superior ou
equivalente a oito inteiros e cinco décimos por inferior a este limite, para cada curso ou turno.
cento da receita anual dos períodos letivos
que já têm bolsistas do PROUNI, efetivamente Art. 11. As instituições de ensino superior que
recebida nos termos da Lei no 9.870, de 1999. não gozam de autonomia ficam autorizadas,
a partir da assinatura do termo de adesão ao
Art. 7o As instituições de ensino superior, com PROUNI, a ampliar o número de vagas em
ou sem fins lucrativos, inclusive beneficentes seus cursos, respeitadas as seguintes condições:
de assistência social, poderão converter até I – em observância estrita ao número de
dez por cento das bolsas parciais de cinqüenta bolsas integrais efetivamente oferecidas pela
por cento vinculadas ao PROUNI em bolsas instituição de ensino superior, após eventuais
parciais de vinte e cinco por cento, à razão de permutas de bolsas entre cursos e turnos, ob-
duas bolsas parciais de vinte e cinco por cento servadas as regras pertinentes; e
para cada bolsa parcial de cinqüenta por cen- II – excepcionalmente, para recompor a
to, em cursos de graduação ou seqüenciais de proporção entre bolsas integrais e parciais ori-
formação específica, cuja parcela da anualidade ginalmente ajustada no termo de adesão, única
ou da semestralidade efetivamente cobrada, e exclusivamente para compensar a evasão es-
com base na Lei no 9.870, de 1999, não ex- colar por parte de estudantes bolsistas integrais
ceda, individualmente, o valor de R$ 200,00 ou parciais vinculados ao PROUNI.
(duzentos reais).
Art. 12. Havendo indícios de descumprimento
Art. 8o As instituições de ensino superior, com das obrigações assumidas no termo de adesão,
ou sem fins lucrativos, inclusive beneficentes será instaurado procedimento administrativo
de assistência social, poderão oferecer bolsas para aferir a responsabilidade da instituição de
integrais e parciais de cinqüenta por cento ensino superior envolvida, aplicando-se, se for
adicionais àquelas previstas em seus respectivos o caso, as penalidades previstas.
termos de adesão, destinadas exclusivamente a § 1o Aplica-se ao processo administrativo
A Educação e a Sociedade Civil
PROUNI.
§ 1o A entidade beneficente de assistência Art. 17. O acompanhamento e o controle so-
social que atue no ensino superior e aderir cial dos procedimentos de concessão de bolsas,
ao PROUNI encaminhará ao Ministério da no âmbito do PROUNI, serão exercidos:
107
I – por comissão nacional, com função pre- Art. 18. Este Decreto entra em vigor na data
ponderantemente consultiva sobre as diretrizes de sua publicação.
nacionais de implementação;
II – por comissões de acompanhamento, em Art. 19. Fica revogado o Decreto no 5.245, de
âmbito local, com função preponderante de 15 de outubro de 2004.
acompanhamento, averiguação e fiscalização
da implementação local. Brasília, 18 de julho de 2005; 184o da Indepen-
Parágrafo único. O Ministério da Educação dência e 117o da República.
definirá as atribuições e os critérios para a com-
posição da comissão nacional e das comissões LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
de acompanhamento.
Publicado no DOU de 19/7/2005.
A Educação e a Sociedade Civil
108
Os Professores
Lei n. 9.424/1996
de 24 de dezembro de 199698
Os Professores
(Regulamento).
111
Lei n. 11.273/2006
de 6 de fevereiro de 2006
Art. 5o Serão de acesso público permanente os LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
critérios de seleção e de execução do programa, Haddad
bem como a relação dos beneficiários e dos res-
pectivos valores das bolsas previstas nesta Lei. Publicada no DOU de 7/2/2006.
Os Professores
104
Lei no 11.947/2009.
105
Lei no 11.947/2009.
113
Lei n. 11.738/2008
de 16 de julho de 2008
Regulamenta a alínea “e” do inciso III do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério
público da educação básica.
Os Professores
115
Lei n. 12.772/2012
de 28 de dezembro de 2012
Dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal; sobre a Carreira
do Magistério Superior, de que trata a Lei no 7.596, de 10 de abril de 1987; sobre o Plano de Carreira
e Cargos de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico e sobre o Plano de Carreiras de
Magistério do Ensino Básico Federal, de que trata a Lei no 11.784, de 22 de setembro de 2008; sobre
a contratação de professores substitutos, visitantes e estrangeiros, de que trata a Lei no 8.745 de 9
de dezembro de 1993; sobre a remuneração das Carreiras e Planos Especiais do Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação, de que trata a Lei no 11.357, de 19 de outubro de 2006; altera remuneração do Plano de
Cargos Técnico-Administrativos em Educação; altera as Leis nos 8.745, de 9 de dezembro de 1993,
11.784, de 22 de setembro de 2008, 11.091, de 12 de janeiro de 2005, 11.892, de 29 de dezembro de
2008, 11.357, de 19 de outubro de 2006, 11.344, de 8 de setembro de 2006, 12.702, de 7 de agosto de
2012, e 8.168, de 16 de janeiro de 1991; revoga o art. 4o da Lei no 12.677, de 25 de junho de 2012;
e dá outras providências.
III – Carreira de Magistério do Ensino Bá- § 4o O regime jurídico dos cargos do Plano
sico, Técnico e Tecnológico, composta pelos de Carreiras e Cargos de Magistério Federal é o
cargos de provimento efetivo de Professor instituído pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro
do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, de de 1990, observadas as disposições desta Lei.
que trata a Lei no 11.784, de 22 de setembro § 5o Os cargos efetivos das Carreiras e Car-
de 2008; e gos Isolados de que trata o caput integram os
IV – Cargo Isolado de provimento efetivo, Quadros de Pessoal das Instituições Federais de
de nível superior, de Professor Titular-Livre do Ensino subordinadas ou vinculadas ao Ministé-
Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. rio da Educação e ao Ministério da Defesa que
116
tenham por atividade-fim o desenvolvimento Único de Classificação e Retribuição de Cargos
e aperfeiçoamento do ensino, pesquisa e ex- e Empregos – PUCRCE, de que trata a Lei no
tensão, ressalvados os cargos de que trata o § 7.596, de 1987, passa a pertencer ao Plano de
11 do art. 108-A da Lei no11.784, de 2008, que Carreiras e Cargos de Magistério Federal de que
integram o Quadro de Pessoal do Ministério do trata esta Lei, observada a Tabela de Correlação
Planejamento, Orçamento e Gestão. constante do Anexo II.
Art. 2o São atividades das Carreiras e Cargos Art. 5o A partir de 1o de março de 2013, os
Isolados do Plano de Carreiras e Cargos de Ma- cargos de Professor Titular da Carreira de
gistério Federal aquelas relacionadas ao ensino, Magistério Superior do PUCRCE passam a in-
pesquisa e extensão e as inerentes ao exercício tegrar a Classe de Professor Titular da Carreira
de direção, assessoramento, chefia, coordena- de Magistério Superior do Plano de Carreiras
ção e assistência na própria instituição, além e Cargos de Magistério Federal de que trata
daquelas previstas em legislação específica. esta Lei.
§ 1o A Carreira de Magistério Superior
destina-se a profissionais habilitados em ativi- Art. 6o O enquadramento no Plano de Car-
dades acadêmicas próprias do pessoal docente reiras e Cargos de Magistério Federal não
no âmbito da educação superior. representa, para qualquer efeito legal, inclusive
§ 2o A Carreira de Magistério do Ensino para efeito de aposentadoria, descontinuidade
Básico, Técnico e Tecnológico destina-se a em relação à Carreira, ao cargo e às atribuições
profissionais habilitados em atividades acadê- atuais desenvolvidas pelos seus ocupantes.
micas próprias do pessoal docente no âmbito
da educação básica e da educação profissional e Art. 7o O disposto neste Capítulo aplica-se,
tecnológica, conforme disposto na Lei no 9.394, no que couber, aos aposentados e pensionistas.
de 20 de dezembro de 1996, e na Lei no 11.892,
de 29 de dezembro de 2008.
§ 3o Os Cargos Isolados de provimento CAPÍTULO II – Do Ingresso nas Carreiras
efetivo objetivam contribuir para o desenvol- e Cargos Isolados do Plano de Carreiras e
vimento e fortalecimento de competências e Cargos de Magistério Federal
alcance da excelência no ensino e na pesquisa
nas Instituições Federais de Ensino – IFE. SEÇÃO I – Da Carreira de Magistério
Superior e do cargo isolado de Professor
Art. 3o A partir de 1o de março de 2013, a Car- Titular-Livre do Magistério Superior
reira de Magistério do Ensino Básico, Técnico
e Tecnológico e o Cargo Isolado de Professor Art. 8o O ingresso na Carreira de Magistério
Titular do Ensino Básico, Técnico e Tecnoló- Superior ocorrerá sempre no primeiro nível da
gico, de que tratam os incisos I e II do caput Classe de Professor Auxiliar, mediante aprova-
do art. 106 da Lei no 11.784, de 2008, passam ção em concurso público de provas e títulos.
a pertencer ao Plano de Carreiras e Cargos de § 1o No concurso público de que trata o
Magistério Federal, na forma desta Lei, observa- caput, será exigido o diploma de curso superior
da a Tabela de Correlação constante do Anexo em nível de graduação.
II, deixando de pertencer ao Plano de Carreiras § 2o O concurso público referido no caput
de que trata o art. 105 da Lei no 11.784, de 2008. poderá ser organizado em etapas, conforme
Parágrafo único. O Cargo Isolado de que dispuser o edital de abertura do certame, que
trata o caput passa a denominar-se Professor estabelecerá as características de cada etapa e os
Os Professores
cação desta Lei, se posterior, é permitida a avaliação de desempenho para fins de progres-
aceleração da promoção de que trata este artigo são e de promoção serão estabelecidas em ato
ainda que se encontrem em estágio probatório do Ministério da Educação e do Ministério da
no cargo. Defesa, conforme a subordinação ou vincula-
119
ção das respectivas IFE e deverão contemplar Art. 17. Fica instituída a RT, devida ao docente
as atividades de ensino, pesquisa, extensão e integrante do Plano de Carreiras e Cargos de
gestão, cabendo aos conselhos competentes no Magistério Federal em conformidade com a
âmbito de cada Instituição Federal de Ensino Carreira, cargo, classe, nível e titulação com-
regulamentar os procedimentos do referido provada, nos valores e vigência estabelecidos
processo. no Anexo IV.
§ 5o O processo de avaliação para acesso à § 1o A RT será considerada no cálculo dos
Classe Titular será realizado por comissão es- proventos e das pensões, na forma dos regra-
pecial composta, no mínimo, por 75% (setenta mentos de regime previdenciário aplicável a cada
e cinco por cento) de profissionais externos à caso, desde que o certificado ou o título tenham
IFE, e será objeto de regulamentação por ato sido obtidos anteriormente à data da inativação.
do Ministro de Estado da Educação. § 2o Os valores referentes à RT não serão
§ 6o Os cursos de mestrado e doutorado, para percebidos cumulativamente para diferentes
os fins previstos neste artigo, serão considera- titulações ou com quaisquer outras Retribui-
dos somente se credenciados pelo Conselho ções por Titulação, adicionais ou gratificações
Federal de Educação e, quando realizados no de mesma natureza.
exterior, revalidados por instituição nacional
competente. Art. 18. No caso dos ocupantes de cargos da
Carreira de Magistério do Ensino Básico, Téc-
Art. 15. Os docentes aprovados no estágio nico e Tecnológico, para fins de percepção da
probatório do respectivo cargo que atenderem RT, será considerada a equivalência da titulação
os seguintes requisitos de titulação concorrerão exigida com o Reconhecimento de Saberes e
a processo de aceleração da promoção: Competências – RSC.
I – de qualquer nível da Classe D I para o § 1o O RSC de que trata o caput poderá ser
nível 1 da classe D II, pela apresentação de título concedido pela respectiva IFE de lotação do
de especialista; e servidor em 3 (três) níveis:
II – de qualquer nível das Classes D I e D II I – RSC-I;
para o nível 1 da classe D III, pela apresentação II – RSC-II; e
de título de mestre ou doutor. III – RSC-III.
Parágrafo único. Aos servidores ocupantes § 2o A equivalência do RSC com a titulação
de cargos da Carreira de Magistério do Ensino acadêmica, exclusivamente para fins de percep-
Básico, Técnico e Tecnológico em 1o de março ção da RT, ocorrerá da seguinte forma:
de 2013 ou na data de publicação desta Lei, se I – diploma de graduação somado ao RSC-I
posterior, é permitida a aceleração da promoção equivalerá à titulação de especialização;
de que trata este artigo ainda que se encontrem II – certificado de pós-graduação lato sensu
em estágio probatório no cargo. somado ao RSC-II equivalerá a mestrado; e
III – titulação de mestre somada ao RSC-III
equivalerá a doutorado.
CAPÍTULO IV – Da Remuneração do Plano § 3o Será criado o Conselho Permanente
de Carreiras e Cargos de Magistério Federal para Reconhecimento de Saberes e Competên-
A Educação e a Sociedade Civil
121
§ 1o Considera-se esporádica a participação centes estáveis, com representações da unidade
remunerada nas atividades descritas no inciso acadêmica de exercício do docente avaliado
VIII do caput, autorizada pela IFE, que, no e do Colegiado do Curso no qual o docente
total, não exceda 30 (trinta) horas anuais. ministra o maior número de aulas.
§ 2o Os limites de valor e condições de pa-
gamento das bolsas e remunerações referidas Art. 24. Além dos fatores previstos no art. 20
neste artigo, na ausência de disposição espe- da Lei no 8.112, de 1990, a avaliação especial de
cífica na legislação própria, serão fixados em desempenho do docente em estágio probatório
normas da IFE. deverá considerar:
§ 3o O pagamento da retribuição pecuniária I – adaptação do professor ao trabalho, ve-
de que trata o inciso XI do caput será divulgado rificada por meio de avaliação da capacidade
na forma do art. 4o-A da Lei no 8.958, de 20 de e qualidade no desempenho das atribuições
dezembro de 1994. do cargo;
II – cumprimento dos deveres e obrigações
Art. 22. O Professor poderá solicitar a alte- do servidor público, com estrita observância
ração de seu regime de trabalho, mediante da ética profissional;
proposta que será submetida a sua unidade III – análise dos relatórios que documentam
de lotação. as atividades científico-acadêmicas e admi-
§ 1o A solicitação de mudança de regime de nistrativas programadas no plano de trabalho
trabalho, aprovada na unidade referida no caput, da unidade de exercício e apresentadas pelo
será encaminhada ao dirigente máximo, no caso docente, em cada etapa de avaliação;
das IFE vinculadas ao Ministério da Defesa, ou IV – a assiduidade, a disciplina, o desem-
à Comissão Permanente de Pessoal Docente – penho didático-pedagógico, a capacidade de
CPPD de que trata o art. 26, no caso das IFE iniciativa, produtividade e responsabilidade;
vinculadas ao Ministério da Educação, para V – participação no Programa de Recepção
análise e parecer, e posteriormente à decisão final de Docentes instituído pela IFE; e
da autoridade ou Conselho Superior competente. VI – avaliação pelos discentes, conforme
§ 2o É vedada a mudança de regime de normatização própria da IFE.
trabalho aos docentes em estágio probatório.
§ 3o Na hipótese de concessão de afastamen- Art. 25. A avaliação de desempenho do servi-
to sem prejuízo de vencimentos, as solicitações dor ocupante de cargo do Plano de Carreiras
de alteração de regime só serão autorizadas e Cargos de Magistério Federal em estágio
após o decurso de prazo igual ao do afasta- probatório será realizada obedecendo:
mento concedido. I – o conhecimento, por parte do avaliado,
do instrumento de avaliação e dos resultados
de todos os relatórios emitidos pela Comissão
CAPÍTULO VI – Do Estágio Probatório dos de Avaliação de Desempenho, resguardando-se
Servidores do Plano de Carreiras e Cargos de o direito ao contraditório; e
Magistério Federal II – a realização de reuniões de avaliação com
a presença de maioria simples dos membros da
A Educação e a Sociedade Civil
122
IFE vinculada ao Ministério da Educação que Art. 29. O art. 2o da Lei no 8.745, de 1993, passa
possua em seus quadros pessoal integrante a vigorar com a seguinte redação:
do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério “Art. 2o .............................................................
Federal. ...........................................................................
§ 5o A contratação de professor visitante e de
§ 1o À CPPD caberá prestar assessoramento professor visitante estrangeiro, de que tratam
ao colegiado competente ou dirigente máximo os incisos IV e V do caput, tem por objetivo:
na instituição de ensino, para formulação e I – apoiar a execução dos programas de pós-
acompanhamento da execução da política de -graduação stricto sensu;
pessoal docente, no que diz respeito a: II – contribuir para o aprimoramento de
I – dimensionamento da alocação de vagas programas de ensino, pesquisa e extensão;
docentes nas unidades acadêmicas; III – contribuir para a execução de progra-
II – contratação e admissão de professores mas de capacitação docente; ou
efetivos e substitutos; IV – viabilizar o intercâmbio científico e
III – alteração do regime de trabalho do- tecnológico.
cente; § 6o A contratação de professor visitante e o
IV – avaliação do desempenho para fins de professor visitante estrangeiro, de que tratam
progressão e promoção funcional; os incisos IV e V do caput, deverão:
V – solicitação de afastamento de docentes I – atender a requisitos de titulação e com-
para aperfeiçoamento, especialização, mestra- petência profissional; ou
do, doutorado ou pós-doutorado; e II – ter reconhecido renome em sua área
VI – liberação de professores para progra- profissional, atestado por deliberação
mas de cooperação com outras instituições, do Conselho Superior da instituição
universitárias ou não. contratante.
§ 2o Demais atribuições e forma de fun- § 7o São requisitos mínimos de titulação e
cionamento da CPPD serão objeto de regula- competência profissional para a contratação
mentação pelo colegiado superior ou dirigente de professor visitante ou de professor visi-
máximo das instituições de ensino, conforme tante estrangeiro, de que tratam os incisos
o caso. IV e V do caput:
§ 3 o No caso das IFE subordinadas ao I – ser portador do título de doutor, no mí-
Ministério da Defesa, a instituição da CPPD é nimo, há 2 (dois) anos;
opcional e ficará a critério do dirigente máximo II – ser docente ou pesquisador de reconhe-
de cada IFE. cida competência em sua área; e
III – ter produção científica relevante, pre-
ferencialmente nos últimos 5 (cinco) anos.
CAPÍTULO VIII – Do Corpo Docente § 8 o Excepcionalmente, no âmbito das
Instituições da Rede Federal de Educação
Art. 27. O corpo docente das IFE será consti- Profissional, Científica e Tecnológica, po-
tuído pelos cargos efetivos integrantes do Plano derão ser contratados professor visitante ou
de Carreiras e Cargos de que trata esta Lei e professor visitante estrangeiro, sem o título
pelos Professores Visitantes, Professores Visi- de doutor, desde que possuam comprovada
tantes Estrangeiros e Professores Substitutos. competência em ensino, pesquisa e extensão
tecnológicos ou reconhecimento da qualifi-
Art. 28. A contratação temporária de Profes- cação profissional pelo mercado de trabalho,
sores Substitutos, de Professores Visitantes e de na forma prevista pelo Conselho Superior da
Os Professores
123
visitantes estrangeiros poderá ser autorizada CAPÍTULO X – Do Enquadramento dos
pelo dirigente da instituição, condicionada à Servidores da Carreira de Magistério do
existência de recursos orçamentários e finan- Ensino Básico Federal
ceiros para fazer frente às despesas decorren-
tes da contratação e ao quantitativo máximo Art. 31. A partir de 1o de março de 2013 ou,
de contratos estabelecido para a IFE. se posterior, a partir da data de publicação
§ 10. A contratação dos professores substitu- desta Lei, os servidores ocupantes dos cargos
tos fica limitada ao regime de trabalho de 20 da Carreira de Magistério do Ensino Básico
(vinte) horas ou 40 (quarenta) horas.” (NR) Federal, de que trata o inciso I do art. 122 da Lei
no 11.784, de 2008, poderão ser enquadrados
na Carreira de Magistério do Ensino Básico,
CAPÍTULO IX – Dos Afastamentos Técnico e Tecnológico, de que trata esta Lei, de
acordo com as respectivas atribuições, requisi-
Art. 30. O ocupante de cargos do Plano de tos de formação profissional e posição relativa
Carreiras e Cargos do Magistério Federal, sem na Tabela de Correlação constante do Anexo V.
prejuízo dos afastamentos previstos na Lei no § 1o Para fins do disposto no caput, os ser-
8.112, de 1990, poderá afastar-se de suas fun- vidores ocupantes dos cargos da Carreira de
ções, assegurados todos os direitos e vantagens Magistério do Ensino Básico Federal, de que
a que fizer jus, para: trata a Lei no 11.784, de 2008, deverão solicitar
I – participar de programa de pós-graduação o enquadramento à respectiva IFE de lotação
stricto sensu, independentemente do tempo até 31 de julho de 2013 ou em até 90 (noventa)
ocupado no cargo ou na instituição; dias da publicação desta Lei, se esta ocorrer
II – prestar colaboração a outra instituição posteriormente àquela data, na forma do Termo
federal de ensino ou de pesquisa, por período de Solicitação de Enquadramento constante do
de até 4 (quatro) anos, com ônus para a insti- Anexo VI.
tuição de origem; e § 2o Os servidores de que trata o caput so-
III – prestar colaboração técnica ao Minis- mente poderão formalizar a solicitação referida
tério da Educação, por período não superior no § 1o se atendiam, no momento do ingresso
a 1 (um) ano e com ônus para a instituição de na Carreira de Magistério do Ensino Básico Fe-
origem, visando ao apoio ao desenvolvimento deral, aos requisitos de titulação estabelecidos
de programas e projetos de relevância. para ingresso na Carreira de Magistério do En-
§ 1o Os afastamentos de que tratam os inci- sino Básico, Técnico e Tecnológico, conforme
sos II e III do caput somente serão concedidos a disposto no § 1o do art. 10.
servidores aprovados no estágio probatório do § 3o O enquadramento de que trata o caput
respectivo cargo e se autorizado pelo dirigente dependerá de aprovação do Ministério da
máximo da IFE, devendo estar vinculados a Defesa, que será responsável pela avaliação
projeto ou convênio com prazos e finalidades das solicitações formalizadas, observando o
objetivamente definidos. disposto nos §§ 1o e 2o.
§ 2o Aos servidores de que trata o caput po- § 4o O Ministério da Defesa deliberará sobre
derá ser concedido o afastamento para realização o deferimento ou indeferimento da solicitação
A Educação e a Sociedade Civil
124
publicação do deferimento, vedados, em qual- descontinuidade em relação à Carreira, ao
quer hipótese, efeitos financeiros retroativos. cargo e às atribuições atuais desenvolvidas pelos
§ 6o O servidor que não obtiver o defe- seus titulares.
rimento para o enquadramento na Carreira
de Magistério do Ensino Básico, Técnico e
Tecnológico permanecerá na situação em que CAPÍTULO XI – Da Estrutura
se encontrava antes da publicação desta Lei. Remuneratória do Plano de Carreiras
§ 7o Os cargos a que se refere o caput, en- de Magistério do Ensino Básico Federal
quadrados na Carreira de Magistério do Ensino
Básico, Técnico e Tecnológico do Plano de Car- Art. 32. O art. 137 da Lei no 11.784, de 2008,
reiras e Cargos de Magistério Federal, passam passa a vigorar com a seguinte redação:
a denominar-se Professor do Magistério do “Art. 137. O posicionamento dos aposen-
Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. tados e dos pensionistas nas tabelas remu-
§ 8o O prazo para exercer a solicitação refe- neratórias constantes dos Anexos LXXVII,
rida no § 1o, no caso de servidores em gozo de LXXVIII, LXXIX, LXXXIII, LXXXIV,
licença ou afastamento previstos nos arts. 81 e LXXXV, LXXVII-A, LXXXIII-A, LXXIX-A
102 da Lei no 8.112, de 1990, será estendido em e LXXXV-A desta Lei, respectivamente, será
30 (trinta) dias contados a partir do término referenciado à situação em que o servidor
do afastamento. se encontrava na data da aposentadoria ou
§ 9o Ao servidor titular de cargo efetivo do em que se originou a pensão, respeitadas
Plano de Carreiras de Magistério do Ensino Bá- as alterações relativas a posicionamentos
sico Federal cedido para órgão ou entidade no decorrentes de legislação específica.” (NR)
âmbito do Poder Executivo Federal aplica-se,
quanto ao prazo de solicitação de enquadra- Art. 33. A Lei no 11.784, de 2008, passa a
mento, o disposto no § 1o, podendo o servidor vigorar acrescida dos seguintes dispositivos:
permanecer na condição de cedido. “Art. 124-A. A partir de 1o de março de
§ 10. Os cargos de provimento efetivo da 2013, os cargos do Plano de Carreiras de
Carreira de Magistério do Ensino Básico Fe- Magistério do Ensino Básico Federal ficam
deral cujos ocupantes forem enquadrados na estruturados na forma dos Anexos LXXIV-A
Carreira de Magistério do Ensino Básico, Téc- e LXXX-A, conforme correlação estabeleci-
nico e Tecnológico permanecerão integrando da nos Anexos LXXV-A e LXXXI-A desta
o Quadro de Pessoal das Instituições Federais Lei.”
de Ensino subordinadas ou vinculadas ao Mi- “Art. 132-A. A partir de 1o de março de 2013,
nistério da Defesa. a estrutura remuneratória dos titulares de
§ 11. Os cargos vagos e os que vierem a cargos integrantes do Plano de Carreiras de
vagar da Carreira de Magistério do Ensino Magistério do Ensino Básico Federal será
Básico Federal de que trata a Lei no 11.784, de composta de:
2008, pertencentes aos Quadros de Pessoal das I – Vencimento Básico, conforme valores e
Instituições Federais de Ensino, subordinadas vigências constantes dos Anexos LXXVII-A
ou vinculadas ao Ministério da Defesa, passam e LXXXIII-A; e
a integrar a Carreira do Magistério do Ensino II – Retribuição por Titulação, conforme
Básico, Técnico e Tecnológico e a denominar-se valores e vigência constantes dos Anexos
Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecno- LXXIX-A e LXXXV-A.
lógico, nos respectivos Quadros de Pessoal a Parágrafo único. A partir da data de 1o de
que pertencem. março de 2013, ficam extintas a Gratificação
Os Professores
para outras progressões ou para servidores in- efetivos pertencentes ao Plano de Carreiras e
gressos na Carreira após a data de 1o de março Cargos de Magistério Federal serão concedidos
de 2013. 45 (quarenta e cinco) dias de férias anuais que
poderão ser gozadas parceladamente.
Art. 35. Anteriormente à aplicação da Tabela
de Correlação do Anexo II, o titular de cargo de Art. 37. Aos servidores de que trata esta Lei,
provimento efetivo da Carreira do Magistério pertencentes ao Plano de Carreiras e Cargos de
Superior do PUCRCE, em 31 de dezembro de Magistério Federal, não se aplicam as disposições
2012, posicionado na Classe de Professor As- do Decreto no 94.664, de 23 de julho de 1987.
126
Art. 38. O quantitativo de cargos de que trata o “Art. 11. ...........................................................
art. 110 da Lei no 11.784, de 2008, vagos na data § 1o Poderão ser nomeados Pró-Reitores
de publicação desta Lei ficam transformados os servidores ocupantes de cargo efetivo da
em cargos de Professor Titular-Livre do Ensino Carreira docente ou de cargo efetivo com
Básico, Técnico e Tecnológico. nível superior da Carreira dos técnico-admi-
nistrativos do Plano de Carreira dos Cargos
Art. 39. Ficam criados 1.200 (mil e duzentos) Técnico-Administrativos em Educação, des-
cargos de Professor Titular-Livre do Magistério de que possuam o mínimo de 5 (cinco) anos
Superior, para provimento gradual condi- de efetivo exercício em instituição federal de
cionado à comprovação da disponibilidade educação profissional e tecnológica.
orçamentária e autorização pelo Ministério do ............................................................... ” (NR)
Planejamento, Orçamento e Gestão.
Art. 43. A parcela complementar de que tra-
Art. 40. Ficam criados 526 (quinhentos e vinte tam os §§ 2o e 3o do art. 15 da Lei no 11.091, de
e seis) cargos de Professor Titular-Livre do 2005, não será absorvida por força dos aumen-
Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, para pro- tos remuneratórios com efeitos financeiros no
vimento gradual condicionado à comprovação período de 2013 a 2015.
da disponibilidade orçamentária e autorização
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Art. 44. Os Anexos I-C, III e IV da Lei no
Gestão. 11.091, de 2005, passam a vigorar na forma dos
Anexos XV, XVI e XVII desta Lei.
Art. 41. A Lei no 11.091, de 12 de janeiro de
2005, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 45. O Anexo XLVII da Lei no 12.702, de
“Art. 10. ........................................................... 7 de agosto de 2012, passa a vigorar na forma
........................................................................... do Anexo XVIII desta Lei.
§ 4o No cumprimento dos critérios estabele-
cidos no Anexo III, é permitido o somatório Art. 46. Os Anexos XX-A, XX-B, XXV-B e
de cargas horárias de cursos realizados pelo XXV-C da Lei no 11.357, de 19 de outubro de
servidor durante a permanência no nível de 2006, passam a vigorar na forma dos Anexos
capacitação em que se encontra e da carga XIX, XX, XXI e XXII desta Lei.
horária que excedeu à exigência para pro-
gressão no interstício do nível anterior, ve- Art. 47. A Lei no 11.784, de 22 de setembro
dado o aproveitamento de cursos com carga de 2008, passa a vigorar acrescida dos Anexos
horária inferior a 20 (vinte) horas-aula. (NR) LXXIV-A, LXXX-A, LXXV-A, LXXXI-A,
......................................................................... ” LXXVII-A, LXXXIII-A, LXXIX-A e LXXXV-
“Art. 12. ........................................................... -A, respectivamente na forma dos Anexos VII,
........................................................................... VIII, IX, X, XI, XII, XIII e XIV desta Lei.
§ 4o A partir de 1o de janeiro de 2013, o
Incentivo à Qualificação de que trata o caput Art. 48. O § 3o do art. 1o da Lei no 8.168, de
será concedido aos servidores que possuírem 16 de janeiro de 1991, passa a vigorar com a
certificado, diploma ou titulação que exceda seguinte redação:
a exigência de escolaridade mínima para in- “Art. 1o ............................................................
gresso no cargo do qual é titular, independen- ...........................................................................
temente do nível de classificação em que esteja § 3o Poderão ser nomeados para cargo de
posicionado, na forma do Anexo IV.” (NR) direção ou designados para função gratifi-
Os Professores
Art. 50. Ficam revogados, a partir de 1o de Brasília, 28 de dezembro de 2012; 191o da In-
março de 2013, ou a partir da publicação desta dependência e 124o da República.
Lei, se posterior àquela data:
I – os arts. 106, 107, 111, 112, 113, 114, DILMA ROUSSEFF – Miriam Belchior
114-A, 115, 116, 117, 120 e os Anexos LXVIII,
LXXI, LXXII, LXXIII, LXXIV, LXXVII, Publicada no DOU de 31/12/2012.
A Educação e a Sociedade Civil
128
Decreto n. 3.276/1999
de 6 de dezembro de 1999
Dispõe sobre a formação em nível superior de professores para atuar na educação básica, e dá outras
providências.
130
As Instituições de Ensino
Lei n. 9.536/1997
de 11 de dezembro de 1997
108
ADIn no 3324-7.
132
Lei n. 10.861/2004
de 14 de abril de 2004
133
tivo, seu aperfeiçoamento, desenvolvimento as visitas por comissões de especialistas das
profissional e suas condições de trabalho; respectivas áreas do conhecimento.
VI – organização e gestão da instituição, § 2o A avaliação dos cursos de graduação
especialmente o funcionamento e representa- resultará na atribuição de conceitos, ordenados
tividade dos colegiados, sua independência e em uma escala com 5 (cinco) níveis, a cada uma
autonomia na relação com a mantenedora, e das dimensões e ao conjunto das dimensões
a participação dos segmentos da comunidade avaliadas.
universitária nos processos decisórios;
VII – infra-estrutura física, especialmente a Art. 5o A avaliação do desempenho dos estu-
de ensino e de pesquisa, biblioteca, recursos de dantes dos cursos de graduação será realizada
informação e comunicação; mediante aplicação do Exame Nacional de
VIII – planejamento e avaliação, especial- Desempenho dos Estudantes – ENADE.
mente os processos, resultados e eficácia da § 1o O ENADE aferirá o desempenho dos
auto-avaliação institucional; estudantes em relação aos conteúdos progra-
IX – políticas de atendimento aos estudantes; máticos previstos nas diretrizes curriculares do
X – sustentabilidade financeira, tendo em respectivo curso de graduação, suas habilidades
vista o significado social da continuidade dos para ajustamento às exigências decorrentes da
compromissos na oferta da educação superior. evolução do conhecimento e suas competências
§ 1o Na avaliação das instituições, as di- para compreender temas exteriores ao âmbito
mensões listadas no caput deste artigo serão específico de sua profissão, ligados à realidade
consideradas de modo a respeitar a diversidade brasileira e mundial e a outras áreas do conhe-
e as especificidades das diferentes organizações cimento.
acadêmicas, devendo ser contemplada, no caso § 2o O ENADE será aplicado periodica-
das universidades, de acordo com critérios mente, admitida a utilização de procedimentos
estabelecidos em regulamento, pontuação amostrais, aos alunos de todos os cursos de
específica pela existência de programas de pós- graduação, ao final do primeiro e do último
-graduação e por seu desempenho, conforme a ano de curso.
avaliação mantida pela Fundação Coordenação § 3o A periodicidade máxima de aplicação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe- do ENADE aos estudantes de cada curso de
rior – CAPES. graduação será trienal.
§ 2o Para a avaliação das instituições, serão § 4o A aplicação do ENADE será acompa-
utilizados procedimentos e instrumentos di- nhada de instrumento destinado a levantar o
versificados, dentre os quais a auto-avaliação e perfil dos estudantes, relevante para a compre-
a avaliação externa in loco. ensão de seus resultados.
§ 3o A avaliação das instituições de educa- § 5o O ENADE é componente curricular
ção superior resultará na aplicação de conceitos, obrigatório dos cursos de graduação, sendo
ordenados em uma escala com 5 (cinco) níveis, inscrita no histórico escolar do estudante so-
a cada uma das dimensões e ao conjunto das mente a sua situação regular com relação a essa
dimensões avaliadas. obrigação, atestada pela sua efetiva participação
ou, quando for o caso, dispensa oficial pelo
A Educação e a Sociedade Civil
Art. 4o A avaliação dos cursos de graduação Ministério da Educação, na forma estabelecida
tem por objetivo identificar as condições de em regulamento.
ensino oferecidas aos estudantes, em especial § 6o Será responsabilidade do dirigente da
as relativas ao perfil do corpo docente, às instituição de educação superior a inscrição jun-
instalações físicas e à organização didático- to ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
-pedagógica. Educacionais Anísio Teixeira INEP de todos os
§ 1o A avaliação dos cursos de graduação alunos habilitados à participação no ENADE.
utilizará procedimentos e instrumentos di- § 7o A não-inscrição de alunos habilitados
versificados, dentre os quais obrigatoriamente para participação no ENADE, nos prazos esti-
134
pulados pelo INEP, sujeitará a instituição à apli- comuns de avaliação e supervisão da educação
cação das sanções previstas no § 2o do art. 10, superior;
sem prejuízo do disposto no art. 12 desta Lei. V – submeter anualmente à aprovação do
§ 8o A avaliação do desempenho dos alunos Ministro de Estado da Educação a relação dos
de cada curso no ENADE será expressa por cursos a cujos estudantes será aplicado o Exa-
meio de conceitos, ordenados em uma escala me Nacional de Desempenho dos Estudantes
com 5 (cinco) níveis, tomando por base padrões – ENADE;
mínimos estabelecidos por especialistas das VI – elaborar o seu regimento, a ser aprovado
diferentes áreas do conhecimento. em ato do Ministro de Estado da Educação;
§ 9o Na divulgação dos resultados da ava- VII – realizar reuniões ordinárias mensais e
liação é vedada a identificação nominal do extraordinárias, sempre que convocadas pelo
resultado individual obtido pelo aluno exami- Ministro de Estado da Educação.
nado, que será a ele exclusivamente fornecido
em documento específico, emitido pelo INEP. Art. 7o A CONAES terá a seguinte composição:
§ 10. Aos estudantes de melhor desem- I – 1 (um) representante do INEP;
penho no ENADE o Ministério da Educação II – 1 (um) representante da Fundação Co-
concederá estímulo, na forma de bolsa de es- ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
tudos, ou auxílio específico, ou ainda alguma Nível Superior – CAPES;
outra forma de distinção com objetivo similar, III – 3 (três) representantes do Ministério da
destinado a favorecer a excelência e a conti- Educação, sendo 1 (um) obrigatoriamente do
nuidade dos estudos, em nível de graduação órgão responsável pela regulação e supervisão
ou de pós-graduação, conforme estabelecido da educação superior;
em regulamento. IV – 1 (um) representante do corpo discente
§ 11. A introdução do ENADE, como um das instituições de educação superior;
dos procedimentos de avaliação do SINAES, V – 1 (um) representante do corpo docente
será efetuada gradativamente, cabendo ao das instituições de educação superior;
Ministro de Estado da Educação determinar VI – 1 (um) representante do corpo técnico-
anualmente os cursos de graduação a cujos -administrativo das instituições de educação
estudantes será aplicado. superior;
VII – 5 (cinco) membros, indicados pelo
Art. 6o Fica instituída, no âmbito do Minis- Ministro de Estado da Educação, escolhidos
tério da Educação e vinculada ao Gabinete do entre cidadãos com notório saber científico,
Ministro de Estado, a Comissão Nacional de filosófico e artístico, e reconhecida competência
Avaliação da Educação Superior – CONAES, em avaliação ou gestão da educação superior.
órgão colegiado de coordenação e supervisão § 1o Os membros referidos nos incisos I e
do SINAES, com as atribuições de: II do caput deste artigo serão designados pelos
I – propor e avaliar as dinâmicas, procedi- titulares dos órgãos por eles representados e
mentos e mecanismos da avaliação institucio- aqueles referidos no inciso III do caput deste
nal, de cursos e de desempenho dos estudantes; artigo, pelo Ministro de Estado da Educação.
II – estabelecer diretrizes para organização e § 2o O membro referido no inciso IV do
designação de comissões de avaliação, analisar caput deste artigo será nomeado pelo Presidente
relatórios, elaborar pareceres e encaminhar da República para mandato de 2 (dois) anos,
As Instituições de Ensino
Art. 13. A CONAES será instalada no prazo Art. 16. Revogam-se a alínea a do § 2o do art.
de 60 (sessenta) dias a contar da publicação 9o da Lei no 4.024, de 20 de dezembro de 1961,
desta Lei. e os arts 3o e e 4o da Lei no 9.131, de 24 de no-
Parágrafo único. Quando da constituição da vembro de 1995.
CONAES, 2 (dois) dos membros referidos no
inciso VII do caput do art. 7o desta Lei serão Brasília, 14 de abril de 2004; 183o da Indepen-
nomeados para mandato de 2 (dois) anos. dência e 116o da República.
Art. 14. O Ministro de Estado da Educação LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
regulamentará os procedimentos de avaliação
do SINAES. Publicada no DOU de 15/4/2004.
As Instituições de Ensino
137
Lei n. 10.870/2004
de 19 de maio de 2004
Institui a Taxa de Avaliação in loco das instituições de educação superior e dos cursos de graduação
e dá outras providências.
de educação superior e autorização, reconhe- prazo de validade de até 5 (cinco) anos, exceção
cimento ou renovação de reconhecimento de feita às universidades, para as quais esse prazo
cursos de graduação. será de até 10 (dez) anos.
§ 1o O valor estabelecido no caput deste Parágrafo único. Os prazos de que trata este
artigo sofrerá acréscimo de R$ 3.480,00 (três artigo serão fixados mediante critérios estabele-
mil, quatrocentos e oitenta reais) por avaliador cidos pelo Ministério da Educação e de acordo
acrescido à composição básica da comissão de com os resultados da avaliação, podendo ser
avaliação, que será de 2 (dois) membros. por ele prorrogados.
138
Art. 5o Os valores fixados para a Taxa de Ava- Brasília, 19 de maio de 2004; 183o da Indepen-
liação in loco somente poderão ser alterados dência e 116o da República.
em decorrência da variação dos custos para a
realização das avaliações, em periodicidade não LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Antonio
inferior a 1 (um) ano. Palocci Filho – Tarso Genro – Guido Mantega
Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua Publicada no DOU de 20/5/2004.
publicação.
As Instituições de Ensino
139
Lei n. 11.988/2009
de 27 de julho de 2009
Cria a Semana de Educação para a Vida, nas escolas públicas de ensino fundamental e médio de
todo o País, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber Art. 4o As matérias, durante a Semana de Edu-
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono cação para a Vida, poderão ser ministradas sob
a seguinte Lei: a forma de seminários, palestras, exposições-
-visita, projeções de slides, filmes ou qualquer
Art. 1o Todas as escolas de ensino fundamental outra forma não convencional.
e médio da rede pública no País realizarão, em Parágrafo único. Os convidados pelas
período a ser determinado pelas Secretarias Secretarias Estaduais de Educação para mi-
Estaduais de Educação, a atividade denominada nistrar as matérias da Semana de Educação
Semana de Educação para a Vida. para a Vida deverão possuir comprovado nível
de conhecimento sobre os assuntos a serem
Art. 2o A atividade escolar aludida no art. 1o abordados.
desta Lei terá duração de 1 (uma) semana e ob-
jetivará ministrar conhecimentos relativos a ma- Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua
térias não constantes do currículo obrigatório, publicação.
tais como: ecologia e meio ambiente, educação
para o trânsito, sexualidade, prevenção contra Brasília, 27 de julho de 2009; 188o da Indepen-
doenças transmissíveis, direito do consumidor, dência e 121o da República.
Estatuto da Criança e do Adolescente, etc.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
Art. 3o A Semana de Educação para a Vida Haddad
fará parte, anualmente, do Calendário Escolar
e deverá ser aberta para a participação dos pais Publicada no DOU de 28/7/2009.
de alunos e da comunidade em geral.
A Educação e a Sociedade Civil
140
Lei n. 12.031/2009
de 21 de setembro de 2009
O Vice-presidente da República, no exercício Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua
do cargo de Presidente da República Faço saber publicação.
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei: Brasília, 21 de setembro de 2009; 188o da Inde-
pendência e 121o da República.
Art. 1o O art. 39 da Lei no 5.700, de 1o de se-
tembro de 1971, passa a vigorar acrescido do JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA – Fer-
seguinte parágrafo único: nando Haddad
“Art. 39. ...........................................................
Parágrafo único: Nos estabelecimentos pú- Publicada no DOU de 22/9/2009.
blicos e privados de ensino fundamental, é
obrigatória a execução do Hino Nacional
uma vez por semana.”
As Instituições de Ensino
141
Lei n. 12.089/2009
de 11 de novembro de 2009
Proíbe que uma mesma pessoa ocupe 2 (duas) vagas simultaneamente em instituições públicas de
ensino superior.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber por uma das vagas, a instituição pública de
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono ensino superior providenciará o cancelamento:
a seguinte Lei: I – da matrícula mais antiga, na hipótese de a
duplicidade ocorrer em instituições diferentes;
Art. 1o Esta Lei visa a proibir que uma mes- II – da matrícula mais recente, na hipótese
ma pessoa ocupe, na condição de estudante, de a duplicidade ocorrer na mesma instituição.
2 (duas) vagas, simultaneamente, no curso de § 2o Concomitantemente ao cancelamento
graduação, em instituições públicas de ensino da matrícula na forma do disposto no § 1o
superior em todo o território nacional. deste artigo, será decretada a nulidade dos
créditos adquiridos no curso cuja matrícula
Art. 2o É proibido uma mesma pessoa ocupar, foi cancelada.
na condição de estudante, simultaneamente, no
curso de graduação, 2 (duas) vagas, no mesmo Art. 4o O aluno que ocupar, na data de início
curso ou em cursos diferentes em uma ou mais de vigência desta Lei, 2 (duas) vagas simultane-
de uma instituição pública de ensino superior amente poderá concluir o curso regularmente.
em todo o território nacional.
Art. 5o Esta Lei entra em vigor após decorridos
Art. 3 A instituição pública de ensino superior
o
30 (trinta) dias de sua publicação.
que constatar que um dos seus alunos ocupa
uma outra vaga na mesma ou em outra insti- Brasília, 11 de novembro de 2009; 188o da In-
tuição deverá comunicar-lhe que terá de optar dependência e 121o da República.
por uma das vagas no prazo de 5 (cinco) dias
úteis, contado do primeiro dia útil posterior à LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Fernando
comunicação. Haddad
§ 1o Se o aluno não comparecer no prazo
assinalado no caput deste artigo ou não optar Publicada no DOU de 12/11/2009.
A Educação e a Sociedade Civil
142
Lei n. 12.711/2012
de 29 de agosto de 2012109
Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de
nível médio e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber letivo para ingresso em cada curso, por turno, no
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono mínimo 50% (cinquenta por cento) de suas vagas
a seguinte Lei:109 para estudantes que cursaram integralmente o
ensino fundamental em escolas públicas.
Art. 1o As instituições federais de educação Parágrafo único. No preenchimento das
superior vinculadas ao Ministério da Educação vagas de que trata o caput deste artigo, 50%
reservarão, em cada concurso seletivo para (cinquenta por cento) deverão ser reservados
ingresso nos cursos de graduação, por curso e aos estudantes oriundos de famílias com renda
turno, no mínimo 50% (cinquenta por cento) igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo (um
de suas vagas para estudantes que tenham salário-mínimo e meio) per capita.
cursado integralmente o ensino médio em
escolas públicas. Art. 5o Em cada instituição federal de ensino
Parágrafo único. No preenchimento das técnico de nível médio, as vagas de que trata o
vagas de que trata o caput deste artigo, 50% art. 4o desta Lei serão preenchidas, por curso
(cinquenta por cento) deverão ser reservados e turno, por autodeclarados pretos, pardos e
aos estudantes oriundos de famílias com renda indígenas, em proporção no mínimo igual à
igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo (um de pretos, pardos e indígenas na população da
salário-mínimo e meio) per capita. unidade da Federação onde está instalada a
instituição, segundo o último censo do Instituto
Art. 2o (Vetado). Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Parágrafo único. No caso de não preenchi-
Art. 3o Em cada instituição federal de ensino mento das vagas segundo os critérios estabele-
superior, as vagas de que trata o art. 1o desta cidos no caput deste artigo, aquelas remanes-
Lei serão preenchidas, por curso e turno, por centes deverão ser preenchidas por estudantes
autodeclarados pretos, pardos e indígenas, que tenham cursado integralmente o ensino
em proporção no mínimo igual à de pretos, fundamental em escola pública.
pardos e indígenas na população da unidade
da Federação onde está instalada a instituição, Art. 6o O Ministério da Educação e a Secretaria
segundo o último censo do Instituto Brasileiro Especial de Políticas de Promoção da Igualda-
de Geografia e Estatística (IBGE). de Racial, da Presidência da República, serão
Parágrafo único. No caso de não pre- responsáveis pelo acompanhamento e avaliação
enchimento das vagas segundo os critérios do programa de que trata esta Lei, ouvida a
estabelecidos no caput deste artigo, aquelas Fundação Nacional do Índio (Funai).
remanescentes deverão ser completadas por
estudantes que tenham cursado integralmente Art. 7o O Poder Executivo promoverá, no
o ensino médio em escolas públicas. prazo de 10 (dez) anos, a contar da publicação
desta Lei, a revisão do programa especial para o
Art. 4o As instituições federais de ensino técnico acesso de estudantes pretos, pardos e indígenas,
de nível médio reservarão, em cada concurso se- bem como daqueles que tenham cursado inte-
gralmente o ensino médio em escolas públicas,
109
Decreto no 7.824/2012 (Regulamento). às instituições de educação superior. 143
Art. 8o As instituições de que trata o art. 1o Brasília, 29 de agosto de 2012; 191o da Indepen-
desta Lei deverão implementar, no mínimo, dência e 124o da República.
25% (vinte e cinco por cento) da reserva de
vagas prevista nesta Lei, a cada ano, e terão o DILMA ROUSSEFF – Aloizio Mercadante –
prazo máximo de 4 (quatro) anos, a partir da Miriam Belchior – Luís Inácio Lucena Adams
data de sua publicação, para o cumprimento – Luiza Helena de Bairros – Gilberto Carvalho
integral do disposto nesta Lei.
Publicada no DOU de 30/08/2012.
Art. 9o Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
A Educação e a Sociedade Civil
144