Você está na página 1de 56

caderno do

PROFESSOR

BIOLOGIA
ensino médio
1a SÉRIE
volume 1 - 2009

bio_1a_1bp.indd 1 8/4/09 3:01:25 PM


Coordenação do desenvolvimento dos Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Conteúdos Programáticos e dos Cadernos dos Arte: Geraldo de Oliveira Suzigan, Gisa Picosque,
Professores Jéssica Mami Makino, Mirian Celeste Martins e
Ghisleine Trigo Silveira Sayonara Pereira
Educação Física: Adalberto dos Santos Souza,
Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches
Neto, Mauro Betti e Sérgio Roberto Silveira
AUTOrES
LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges,
Ciências Humanas e suas Tecnologias Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini
Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles
Luís Martins e Renê José Trentin Silveira Fidalgo
Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet
Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu
Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,
Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo, José Luís Marques López Landeira e João Henrique
Governador Regina Célia Bega dos Santos e Sérgio Adas Nogueira Mateos
José Serra História: Paulo Miceli, Diego López Silva,
Matemática
Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e
Raquel dos Santos Funari Matemática: Nílson José Machado, Carlos
Vice-Governador Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz
Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério
Alberto Goldman Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e
Secretária da Educação Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Walter Spinelli
Maria Helena Guimarães de Castro Schrijnemaekers
Caderno do Gestor
Secretária-Adjunta Ciências da Natureza e suas Tecnologias Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice
Iara Gloria Areias Prado Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Murrie
Chefe de Gabinete Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene
Equipe de Produção
Fernando Padula Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta
Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Coordenação Executiva: Beatriz Scavazza
Coordenadora de Estudos e Normas Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Assessores: Alex Barros, Antonio Carlos Carvalho,
Pedagógicas Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo Beatriz Blay, Carla de Meira Leite, Eliane Yambanis,
Valéria de Souza Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Heloisa Amaral Dias de Oliveira, José Carlos
Augusto, Luiza Christov, Maria Eloisa Pires Tavares,
Coordenador de Ensino da Região Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,
Paulo Eduardo Mendes, Paulo Roberto da Cunha,
Metropolitana da Grande São Paulo Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida
Pepita Prata, Renata Elsa Stark, Solange Wagner
José Benedito de Oliveira Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Locatelli e Vanessa Dias Moretti
Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo
Coordenadora de Ensino do Interior Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Equipe Editorial
Aparecida Edna de Matos Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Coordenação Executiva: Angela Sprenger
Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume
Presidente da Fundação para o Assessores: Denise Blanes e Luis Márcio Barbosa
Desenvolvimento da Educação – FDE Física: Luis Carlos de Menezes, Sonia Salem,
Projeto Editorial: Zuleika de Felice Murrie
Fábio Bonini Simões de Lima Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã
Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Edição e Produção Editorial: Conexão Editorial,
Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Edições Jogo de Amarelinha, Aeroestúdio, Verba
Oliveira, Maxwell Roger da Purificação Siqueira e Editorial e Occy Design (projeto gráfico)
Yassuko Hosoume APOIO
Química: Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de FDE – Fundação para o Desenvolvimento
EXECUÇÃO Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença da Educação
de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi,
Coordenação Geral Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Maria Fernanda CTP, Impressão e Acabamento
Maria Inês Fini Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Concepção
Guiomar Namo de Mello
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais
Lino de Macedo
secretarias de educação do país, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegi-
Luis Carlos de Menezes dos* deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei no 9.610/98.
Maria Inês Fini * Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que não
Ruy Berger estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.

GESTÃO Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas


Fundação Carlos Alberto Vanzolini
São Paulo (Estado) Secretaria da Educação.
Presidente do Conselho Curador: Caderno do professor: biologia, ensino médio - 1a série, volume 1 /
Antonio Rafael Namur Muscat S239c
Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe,
Presidente da Diretoria Executiva: Felipe Bandoni de Oliveira, Ghisleine Trigo Silveira, Lucilene Aparecida
Mauro Zilbovicius Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar
Diretor de Gestão de Tecnologias Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira.–
aplicadas à Educação: São Paulo : SEE, 2009.
Guilherme Ary Plonski
ISBN 978-85-7849-189-5
Coordenadoras Executivas de Projetos:
Beatriz Scavazza e Angela Sprenger 1. Biologia 2. Ensino Médio 3. Estudo e ensino I. Fini, Maria Inês. II.
Oliveira, Felipe Bandoni de. III. Silveira, Ghisleine Trigo. IV. Limp, Lucilene
COOrdEnAÇÃO TéCnICA Aparecida Esperante. V. Pereira, Maria Augusta Querubim Rodrigues. VI.
Santana, Olga Aguilar. VII. Cunha, Paulo Roberto da. VIII. Silveira, Rodrigo
CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas
Pedagógicas Venturoso Mendes da. IX. Título.

bio_1a_1bp.indd 2 8/4/09 3:01:25 PM


Prezado(a) professor(a),

Dando continuidade ao trabalho iniciado em 2008 para atender a uma das


prioridades da área de Educação neste governo – o ensino de qualidade –, en-
caminhamos a você o material preparado para o ano letivo de 2009.

As orientações aqui contidas incorporaram as sugestões e ajustes sugeri-


dos pelos professores, advindos da experiência e da implementação da nova
proposta em sala de aula no ano passado.

Reafirmamos a importância de seu trabalho. O alcance desta meta é con-


cretizado essencialmente na sala de aula, pelo professor e pelos alunos.

O Caderno do Professor foi elaborado por competentes especialistas na


área de Educação. Com o conteúdo organizado por disciplina, oferece orien-
tação para o desenvolvimento das Situações de Aprendizagem propostas.

Esperamos que você aproveite e implemente as orientações didático-peda-


gógicas aqui contidas. Estaremos atentos e prontos para esclarecer dúvidas
ou dificuldades, assim como para promover ajustes ou adaptações que au-
mentem a eficácia deste trabalho.

Aqui está nosso novo desafio. Com determinação e competência, certa-


mente iremos vencê-lo!

Contamos com você.

Maria Helena Guimarães de Castro


Secretária da Educação do Estado de São Paulo

bio_1a_1bp.indd 3 8/4/09 3:01:26 PM


SUMáRiO
São Paulo faz escola – Uma Proposta Curricular para o Estado 5

Ficha do Caderno 7

Orientação sobre os conteúdos do bimestre 8

Tema 1 – Produção e obtenção de matéria orgânica 11

Situação de Aprendizagem 1 – As plantas e os animais crescem 11

Proposta de Avaliação 18

Proposta de Situação de Recuperação 20

Situação de Aprendizagem 2 – Produtores, consumidores, decompositores 21

Proposta de Avaliação 33

Proposta de Situação de Recuperação 34

Tema 2 – Fluxo de matéria e energia na natureza 35

Situação de Aprendizagem 3 – Energia e matéria passam pelos seres vivos 35

Proposta de Avaliação 42

Proposta de Situação de Recuperação 43

Situação de Aprendizagem 4 – As muitas voltas do carbono 44

Proposta de Avaliação 49

Proposta de Situação de Recuperação 50

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para


a compreensão do tema 51

Considerações finais 55

bio_1a_1bp.indd 4 8/4/09 3:01:26 PM


SãO PaUlO Faz ESCOla – UMa PROPOSTa
CURRiCUlaR PaRa O ESTadO

Prezado(a) professor(a),

É com muita satisfação que apresento a todos a versão revista dos Cadernos do
Professor, parte integrante da Proposta Curricular de 5a a 8a séries do Ensino Fun-
damental – Ciclo II e do Ensino Médio do Estado de São Paulo. Esta nova versão
também tem a sua autoria, uma vez que inclui suas sugestões e críticas, apresentadas
durante a primeira fase de implantação da proposta.

Os Cadernos foram lidos, analisados e aplicados, e a nova versão tem agora a


medida das práticas de nossas salas de aula. Sabemos que o material causou excelen-
te impacto na Rede Estadual de Ensino como um todo. Não houve discriminação.
Críticas e sugestões surgiram, mas em nenhum momento se considerou que os Ca-
dernos não deveriam ser produzidos. Ao contrário, as indicações vieram no sentido
de aperfeiçoá-los.

A Proposta Curricular não foi comunicada como dogma ou aceite sem restrição.
Foi vivida nos Cadernos do Professor e compreendida como um texto repleto de sig-
nificados, mas em construção. Isso provocou ajustes que incorporaram as práticas e
consideraram os problemas da implantação, por meio de um intenso diálogo sobre o
que estava sendo proposto.

Os Cadernos dialogaram com seu público-alvo e geraram indicações preciosas para


o processo de ensino-aprendizagem nas escolas e para a Secretaria, que gerencia esse
processo.

Esta nova versão considera o “tempo de discussão”, fundamental à implantação


da Proposta Curricular. Esse “tempo” foi compreendido como um momento único,
gerador de novos significados e de mudanças de ideias e atitudes.

bio_1a_1bp.indd 5 8/4/09 3:01:26 PM


Os ajustes nos Cadernos levaram em conta o apoio a movimentos inovadores, no
contexto das escolas, apostando na possibilidade de desenvolvimento da autonomia
escolar, com indicações permanentes sobre a avaliação dos critérios de qualidade da
aprendizagem e de seus resultados.

Sempre é oportuno relembrar que os Cadernos espelharam-se, de forma objetiva,


na Proposta Curricular, referência comum a todas as escolas da Rede Estadual, reve-
lando uma maneira inédita de relacionar teoria e prática e integrando as disciplinas
e as séries em um projeto interdisciplinar por meio de um enfoque filosófico de Edu-
cação que definiu conteúdos, competências e habilidades, metodologias, avaliação e
recursos didáticos.

Esta nova versão dá continuidade ao projeto político-educacional do Governo de


São Paulo, para cumprir as 10 metas do Plano Estadual de Educação, e faz parte das
ações propostas para a construção de uma escola melhor.

O uso dos Cadernos em sala de aula foi um sucesso! Estão de parabéns todos os que
acreditaram na possibilidade de mudar os rumos da escola pública, transformando-a
em um espaço, por excelência, de aprendizagem. O objetivo dos Cadernos sempre será
apoiar os professores em suas práticas de sala de aula. Posso dizer que esse objetivo foi
alcançado, porque os docentes da Rede Pública do Estado de São Paulo fizeram dos
Cadernos um instrumento pedagógico com vida e resultados.

Conto mais uma vez com o entusiasmo e a dedicação de todos os professores, para
que possamos marcar a História da Educação do Estado de São Paulo como sendo
este um período em que buscamos e conseguimos, com sucesso, reverter o estigma que
pesou sobre a escola pública nos últimos anos e oferecer educação básica de qualidade
a todas as crianças e jovens de nossa Rede. Para nós, da Secretaria, já é possível antever
esse sucesso, que também é de vocês.

Bom ano letivo de trabalho a todos!

Maria inês Fini


Coordenadora Geral
Projeto São Paulo Faz Escola

bio_1a_1bp.indd 6 8/4/09 3:01:26 PM


FiCHa dO CadERnO
interdependência da vida
nome da disciplina: Biologia

área: Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Etapa da educação básica: Ensino Médio

Série: 1a

Período letivo: 1o bimestre de 2009

Temas e conteúdos: A interdependência da vida

Os seres vivos e suas interações

bio_1a_1bp.indd 7 8/4/09 3:01:26 PM


ORiEnTaçãO SObRE OS COnTEúdOS dO biMESTRE
Caro(a) professor(a), Conhecimentos priorizados

Elaboramos este Caderno com a inten- A Ecologia é um campo de conhecimento


ção de contribuir com o seu trabalho em sala que ganhou destaque e notoriedade nas últimas
de aula. Para isso, propomos Situações de décadas. Trata-se, portanto, de uma área de co-
Aprendizagem que possibilitam a participa- nhecimento com a qual os alunos ingressantes
ção efetiva dos alunos. Ao elaborá-las, con- no Ensino Médio apresentam certa familiarida-
sideramos que o público-alvo são os alunos de. Apesar dessa familiaridade, é necessário ga-
que estão ingressando no Ensino Médio, o rantir uma aprendizagem eficiente, caminhando
que nos traz o desafio extra de competir com por uma sequência didática que tenha significa-
diversas outras instituições na disputa pela do e de uma maneira que seja possível ao aluno
atenção desses estudantes. acompanhar, com entusiasmo, as descobertas
trazidas pelos conhecimentos novos. O sucesso
Nesse sentido, propomos começar o estu- está também nas escolhas, porque, se essa esco-
do da Biologia pela Ecologia, por ser um tema lha estiver voltada para temas que fazem com
próximo da vida do aluno, já que seus concei- que os alunos compreendam e participem do
tos e conhecimentos estão vinculados a pro- mundo social, familiar e escolar, teremos chan-
blemáticas sociais, econômicas e ambientais ces de contribuir para uma aprendizagem mais
que afetam a todas as pessoas e, portanto, têm significativa, sem excluir, a priori, os conteúdos
a possibilidade de manter vivos a vontade de mais difíceis, mas escolhendo aqueles que são
saber e o entusiasmo com as descobertas. realmente necessários e estão estreitamente vin-
culados aos objetivos que temos para os nos-
Uma relação saudável com o saber e o co- sos alunos. Pensando assim, neste Caderno, os
nhecimento é, em nossa opinião, uma condi- conceitos gerais desenvolvidos estão relaciona-
ção necessária para a formação de cidadãos dos com a matéria orgânica e sua produção na
capazes de enfrentar os desafios e as exigên- natureza; a transferência de matéria e energia
cias de uma sociedade em contínua transfor- na natureza; o ecossistema e suas características
mação. básicas; a cadeia e a teia alimentar.

Com carinho, convidamos você a experi- As atividades foram planejadas para per-
mentar esta proposta de trabalho e, depois, a mitir ao aluno construir e compreender os
nos contar os resultados. conceitos básicos, e não apenas memorizá-los
mecanicamente, o que, sem dúvida, não con-
Bom trabalho! diz com esta proposta.

bio_1a_1bp.indd 8 8/4/09 3:01:26 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

Competências e habilidades propostas de intervenção solidária na


realidade, respeitando os valores hu-
Além dos conceitos, fatos e teorias, há manos e considerando a diversidade
procedimentos que também precisam ser in- sociocultural.
ternalizados e, portanto, devem fazer parte
das nossas intenções pedagógicas. Respeitar
regras, redigir textos explicativos, conclusi- Metodologia e estratégias
vos ou de opinião, falar em público, estabe-
lecer relações, analisar gráficos, tabelas e Metodologia boa é aquela que consegue
esquemas são habilidades que precisamos fazer o aluno aprender, seja um experimen-
exercitar, porque queremos formar um alu- to, a leitura e interpretação de imagens e
no ativo na sociedade, independentemente outros textos, uma aula expositiva dialo-
do ramo de atividade que ele escolha no fu- gada, uma atividade lúdica ou uma visita
turo. Para um bom desempenho em situa- a um local diferente da sala de aula. Con-
ções que exijam determinadas habilidades, sideramos, portanto, que as modalidades
é preciso que elas sejam desenvolvidas por didáticas devem representar desafios para
meio de atividades em sala de aula, com a a aprendizagem do conteúdo, respeitando
participação do aluno. Nesta proposta foi o nível cognitivo dos alunos, envolvendo
dada muita importância ao uso de diferen- contextos próprios e conhecidos de modo
tes modalidades didáticas, objetivando o a despertar-lhes o interesse e manter a sua
desenvolvimento das competências e habi- atenção durante a aula e as atividades ex-
lidades propostas pelo Exame Nacional do traclasse. Entendemos que há etapas para a
Ensino Médio, que incluem: construção de um conceito e que essa cons-
trução não se faz em uma única aula ou a
f dominar a norma culta da Língua partir de uma única atividade. A garantia
Portuguesa, fazendo uso de diversas da aprendizagem não está condicionada a
linguagens; uma única estratégia de ensino. Uma aula
expositiva dialogada pode atender aos nos-
f construir e aplicar conceitos para com- sos objetivos; uma leitura de imagens, uma
preender a natureza; interpretação de um texto ou de um gráfico
podem ter a mesma função. Escolher uma
f lidar com dados e informações de di- estratégia depende de, conhecendo nossos
ferentes formas, relacionando-os para alunos, avaliarmos qual delas cumprirá me-
construir argumentação consistente; lhor a função daquela etapa no processo de
aprendizagem. E quais são essas etapas? Ba-
f recorrer aos conhecimentos desenvol- sicamente, são cinco etapas no processo de
vidos na escola para elaboração de aprendizagem de um conteúdo:

bio_1a_1bp.indd 9 8/4/09 3:01:26 PM


1. Conhecer as pré-concepções dos alunos cipação nas atividades, dos produtos que rea-
sobre o tema que está em estudo. lizam e até mesmo das intervenções em uma
aula expositiva nos indica se eles estão real-
2. Provocar um desafio para que o aluno mente acompanhando ou se estamos fazendo
repense suas representações e as ques- um discurso paralelo ao seu pensamento, ou
tione. seja, se estamos falando de uma coisa e eles
estão pensando em outra.
3. Estimular a busca de dados para que o
aluno tire conclusões. Ao compararmos o resultado da avaliação
de cada atividade com as representações ini-
4. Sistematizar os conteúdos, organizan- ciais dos alunos sobre o tema, saberemos se
do-os. eles mudaram sua maneira de pensar aproxi-
mando suas representações iniciais dos conhe-
5. Avaliar o processo de aprendizagem. cimentos científicos.

avaliação É importante lembrar que temos outros


objetivos a atender que não são só os referen-
A avaliação do processo de ensino-apren- tes à aprendizagem de conceitos. Queremos
dizagem verifica a eficácia das modalidades também desenvolver, em nossos alunos, habi-
didáticas (metodologias) que empregamos. lidades e competências que também precisam
ser avaliadas. O aluno vence os obstáculos
As atividades de avaliação são boas quan- aos poucos, e é importante acompanhar cada
do nos indicam se os alunos aprenderam e etapa de sua aprendizagem A avaliação deve
o quanto aprenderam. Além disso, elas nos nos mostrar se o aluno evoluiu e o quanto
ajudam a escolher a melhor estratégia para evoluiu, para que percebamos como devere-
retomarmos o conteúdo, se necessário. A ava- mos encaminhar nosso trabalho dali para a
liação contínua que fazemos do processo de frente, mesmo que esse caminho demore mais
aprendizagem dos alunos por meio da parti- do que o previsto.

10

bio_1a_1bp.indd 10 8/4/09 3:01:26 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

TEMa 1 – PROdUçãO E ObTEnçãO dE MaTéRia


ORGâniCa

O desenvolvimento dos seres vivos pres- (água, sais minerais, gases) e outros que obtêm
supõe o consumo contínuo de compostos esses compostos se alimentando de outros se-
orgânicos, como proteínas, aminoácidos, res vivos e os transformam de acordo com suas
açúcares, polissacarídeos, lipídeos, vitami- necessidades. Diferenciar essas estratégias dos
nas, entre outros. seres vivos permitirá aos alunos compreender
as cadeias e as teias alimentares, um mecanis-
Na natureza há uma distinção evidente entre mo básico de interação e interdependência en-
organismos capazes de sintetizar tais compos- tre os seres vivos que constituem os diferentes
tos orgânicos a partir de compostos inorgânicos ambientes e biomas do planeta.

SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 1
AS PLANTAS E OS ANIMAIS CRESCEM

A aprendizagem dos alunos neste 1o bimes- f reconhecer o processo de fotossíntese


tre depende, inicialmente, da construção do e sua relação com o crescimento das
conceito de matéria orgânica a partir do qual plantas;
os estudantes poderão retomar e ampliar ou-
tros conceitos da Ecologia. Nossa intenção é f relacionar a fotossíntese com a presença
fazer os alunos refletirem sobre os materiais de clorofila em certos seres vivos;
que conhecem, que estão à sua volta e que têm
origem na fotossíntese. Utilizamos para isso f relacionar a fotossíntese com a produ-
atividades nas quais eles podem explorar e ção de oxigênio; converter tabelas em
relacionar informações contidas em gráficos, gráficos (e vice-versa);
tabelas e textos.
f interpretar a variação de uma medida
Ao término desta Situação de Aprendiza- ao longo do tempo;
gem, espera-se que os alunos consigam:
f buscar informações em livros didáticos.

11

bio_1a_1bp.indd 11 8/4/09 3:01:26 PM


Tempo previsto: 4 aulas.

Conteúdos e temas: fotossíntese.

Competências e habilidades: converter tabelas em gráficos (e vice-versa); identificar tendências


em séries de dados temporais; buscar informações em livros didáticos; reconhecer o processo
de fotossíntese em vários contextos.

Estratégias: leitura e construção de tabelas e gráficos.

Recursos: textos e gráficos presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno; livros didáticos
de Biologia.

avaliação: releitura de anotações feitas durante a atividade; análise dos gráficos construí-
dos durante a Situação de Aprendizagem; aplicação dos conceitos aprendidos em outras
situações.

Roteiro para aplicação da Situação Reelabore a frase que ele disse, corrigindo
de aprendizagem 1 o que achar necessário.

Etapa 1 – Sondagem inicial e Essa pergunta é uma provocação, e a res-


sensibilização posta é, obviamente, pessoal. Diferentes
alunos observarão diferentes aspectos da
O bimestre está começando e é necessá- frase, mas espera-se que o problema mais
rio chamar a atenção dos alunos para os as- citado seja o verbo “comer”, referindo-se
suntos que serão tratados em sala de aula. à árvore. Utilize essa frase como um “ter-
Com essa intenção, leia em voz alta a ques- mômetro” para avaliar o conhecimento que
tão a seguir e, depois, peça que os estudan- a turma possui sobre o modo de nutrição
tes respondam à pergunta por escrito, em de animais e vegetais; em outras palavras,
seus cadernos. essa questão servirá para investigar se os
alunos sabem que as plantas fazem fotos-
1. “Você escutou o seu primo de sete anos síntese e não tiram seu alimento da terra.
dizer para a sua tia: ‘A árvore é igual a Entretanto, não corrija esse aspecto nesse
um pintinho, mamãe. Os dois comem para momento; peça apenas que os alunos ano-
crescer. A diferença é que o pintinho come tem suas respostas, assim como a data.
milho, e a árvore come terra’.” Você con- Mais tarde, eles reanalisarão essa mesma
corda com essa declaração do seu primo? questão.

12

bio_1a_1bp.indd 12 8/4/09 3:01:26 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

Etapa 2 – Construção de gráficos e tabelas tabela e que os pontos podem ser convertidos
em valores a serem colocados nas linhas da ta-
Explique aos alunos, logo no início dos bela. (Certifique-se de que os alunos saibam
trabalhos, os objetivos do bimestre: eles es- que as linhas são as fileiras horizontais, e as
tudarão como os materiais de que são feitos colunas, as verticais; procure usar sempre essa
os seres vivos e a energia que utilizam fluem nomenclatura ao tratar de tabelas, daqui em
de um organismo para o outro. É importante diante.) Se necessário, exemplifique: o ponto
que os alunos tenham bem claro o que se es- marcado pela seta corresponderia ao valor 8
pera deles. Reforce que várias habilidades ge- no eixo x e ao 500 no y. Como sugestão, re-
ralmente associadas com a Matemática serão comendamos a utilização de uma régua, que
trabalhadas e que elas são também extrema- pode facilitar muito o reconhecimento dos va-
mente importantes para a Biologia. A primei- lores correspondentes aos pontos nos respec-
ra delas é a capacidade de ler e de construir tivos eixos.
tabelas e gráficos, bem como converter cada
um desses tipos de representação de dados em Caso a turma esteja familiarizada com
outro. a leitura e a construção de gráficos e tabe-
las, conduza esta etapa rapidamente e passe
As tabelas e os gráficos a seguir estão pre- à discussão sobre gráficos e seu significado
sentes também no Caderno do Aluno. Com biológico.
base na Tabela 1, os alunos construirão um
gráfico com o tempo no eixo x e a massa no Tempo Massa
eixo y. É possível que alguns estudantes não (dias) (gramas)
tenham familiaridade com esse procedimento; 0 0,5
nesse caso, esclareça os detalhes para a confec- 2 0,5
ção. Cada linha da tabela representa um pon-
4 0,7
to a ser colocado no gráfico. Por exemplo, no
6 1,0
tempo 0, a planta tem massa 0,5 g, e essa infor-
mação deve ir para o gráfico: o valor no eixo 8 3,0
x desse ponto será zero e no eixo y será 0,5. Se 10 5,0
necessário, você poderá construir este primeiro 12 7,0
gráfico com os estudantes, auxiliando-os, mas
14 9,0
explique que essa é uma habilidade que eles de-
16 10,0
vem desenvolver ao longo do bimestre.
18 11,0
Com base no Gráfico 1, os alunos construi- 20 11,0
rão a tabela correspondente. Explique que os Tabela 1 – Mudança na massa de uma planta ao
eixos do gráfico serão os nomes das colunas da longo do tempo.

13

bio_1a_1bp.indd 13 8/4/09 3:01:26 PM


Mudança na massa de um pintinho Mudança na massa de uma planta
ao longo do tempo ao longo do tempo
2500 12.0

2000 10.0

8.0
Massa (mg)

Massa (mg)
1500
6.0
1000
4.0
500
2.0
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Tempo (semanas) Tempo (dias)

Gráfico 1. Gráfico 2.

A produção do gráfico deve ser analisada Depois de discutir os aspectos formais do


criticamente por você e pelos próprios alunos. gráfico, estimule os alunos a pensar sobre o
Peça que os estudantes, em duplas, compa- que significam.
rem o gráfico e a tabela que obtiveram. Eles
deverão verificar se há diferenças, buscando 1. Há semelhanças entre os gráficos? Se sim,
esclarecer por que elas podem ter surgido. indique quais. Se não, justifique o porquê.
Chame a atenção para o cuidado com as es-
calas, os nomes dos eixos e também para o 2. O que aconteceu com a massa dos organis-
capricho com o acabamento. O resultado dos mos ao longo do tempo?
alunos deve ser semelhante ao que se segue:
Aumentou.

Tempo (dias) Massa (mg) 3. De onde os organismos retiram as substân-


0 100 cias necessárias para aumentar de massa?
2 100 O pintinho retira do alimento que ingere, por
4 140 exemplo, o milho. O milho, por sua vez, reti-
ra da fotossíntese (em última análise, do gás
6 200
carbônico presente no ar). Não é necessário
8 500
que os alunos, neste momento, respondam a
10 1 000
esta pergunta corretamente, pois o conceito de
12 1 500 fotossíntese será trabalhado mais adiante. A
14 1 750 ideia, aqui, é fazê-los refletir sobre o assunto.
16 2 000
18 2 250 Etapa 3 – Pesquisa no livro didático
20 2 250
Peça aos alunos que, utilizando seus livros
Tabela 2 – Mudança na massa de um pintinho ao
longo do tempo. didáticos, procurem respostas para as per-

14

bio_1a_1bp.indd 14 8/4/09 3:01:27 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

guntas a seguir. É fundamental que a ativi- 5. Para que uma planta utiliza a clorofila?
dade seja realizada de maneira absolutamente
individual, de modo que os alunos pratiquem Para a produção de seu próprio alimento.
a busca de informações individualmente. Ob-
serve se eles utilizam o índice do livro para 6. O que é fotossíntese?
acelerar as buscas, se são capazes de encontrar
É a conversão da energia solar em energia
a informação que desejam no meio de outras
química, que será usada pela planta como
informações, se são capazes de inferir o con-
alimento. Os organismos que possuem cloro-
teúdo dos textos baseados nos títulos de capí-
fila, na presença de luz, transformam o gás
tulos e seções. Os estudantes podem também
carbônico do ar em glicose, liberando água e
valer-se de um dicionário para a pesquisa.
oxigênio no processo. Esse é o significado da
palavra fotossíntese: produção de alimento
1. Que substância faz as folhas das plantas
na presença de (ou a partir de) luz.
serem verdes?
7. Baseado no que você entendeu sobre fo-
A clorofila, um pigmento verde, que existe
tossíntese, responda: Que organismos não
nas folhas.
existiriam se não ocorresse fotossíntese?
2. O que é clorofila?
Nenhum organismo, pois as plantas, algas e
Clorofila é a designação de um grupo de pig- outros seres clorofilados não existiriam, e os
mentos presente nos cloroplastos das plantas que se alimentam deles (todos os animais e
e outros mecanismos. A clorofila é capaz de fungos) também não.
absorver a luz solar e canalizar sua energia 8. Qual das questões anteriores foi mais difí-
para a produção de alimento. cil de responder? Por quê?

Essa questão procura chamar a atenção dos


3. Dê três exemplos de organismos que pos-
alunos para a sua capacidade de pesquisar
suem clorofila.
e encontrar informações. Com exceção da
Todas as plantas, com raras exceções, pos- questão 7, todas as outras poderão ser res-
suem clorofila. Exemplos: jequitibá, ipê, ti- pondidas com base no livro didádico. Cabe a
puana. você, professor, a tarefa de avaliar quais são
as dificuldades dos estudantes em relação à
pesquisa. Busque observar quais questões fo-
4. Dê dois exemplos de organismos que pos-
ram mais difíceis de ser respondidas e a razão
suem clorofila e não são plantas.
disso. Por exemplo: Os estudantes têm mais
Algas verdes, algas azuis, protistas (por dificuldades de encontrar respostas para defi-
exemplo, euglena). nições (questão 2) ou exemplos (questão 4)?

15

bio_1a_1bp.indd 15 8/4/09 3:01:27 PM


Chame a atenção deles para o índice, para os (que é adquirida com a prática) para encon-
títulos dos capítulos, para o significado das trar aquilo de que precisamos.
palavras (por exemplo, um livro pode não ter
Caso considere importante e dependendo
um capítulo chamado “Plantas”, mas pode do nível de habilidade da turma, inclua outras
ter um chamado “Reino Vegetal”). Explique perguntas na pesquisa. Algumas possibilidades:
para os estudantes que o livro é um instru- O que é cloroplasto? O que é matéria orgânica?
mento de consulta, mas que nem sempre as
informações estão dispostas da maneira que Depois da pesquisa, peça que os estudan-
necessitamos; é necessária uma habilidade tes anotem no caderno o seguinte esquema:

Fotossíntese
água + gás carbônico = alimento + oxigênio
(na presença de luz)

Etapa 4 – análise de gráficos

Mostre o Gráfico 3 para os estudantes. Se julgar necessário, copie-o na lousa. Leia a legenda
do gráfico, explique o que significam os eixos e mencione as unidades utilizadas. Depois, instrua os
alunos a responder às questões a seguir:

Variação do teor de oxigênio da água de um rio

12
Teor de oxigênio (em mg/l)

10

0 12 24 12 24 12 24

1o dia 2o dia 3o dia

Tempo (em horas)

Gráfico 3.

16

bio_1a_1bp.indd 16 8/4/09 3:01:27 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

1. Sublinhe, no esquema da fotossíntese que 7. Lembrando que se trata de um rio e pen-


você anotou em seu caderno, que parte do sando na fotossíntese, que organismo você
esquema está sendo tratada no Gráfico 3. diria que é responsável pelo aumento de
oxigênio das 6 às 12 horas?
Oxigênio.
As algas, que durante o dia fazem fotossínte-
2. Quanto tempo, em dias, está representado
se e liberam oxigênio.
no Gráfico 3?

Três dias.
8. Por que o teor de oxigênio cai após as 18
3. Descreva, com suas palavras, o que acon- horas? Que organismos podem ser respon-
tece com a quantidade de oxigênio na água sáveis por essa queda?
ao longo de um dia.
Porque quando não há luz as algas param
A quantidade de oxigênio aumenta e depois de fazer fotossíntese. E essa queda ocorre
diminui. porque os outros organismos, como os peixes
e as próprias algas, continuam respirando e
4. Descreva, com suas palavras, o que aconte-
consumindo o oxigênio da água.
ce com o oxigênio da meia-noite às 6 horas
do primeiro dia.
Se nesse ponto da Situação de Aprendiza-
O teor de oxigênio mantém-se relativamente gem a turma já domina a leitura e a interpreta-
constante, em níveis baixos. ção de gráficos, é o momento de explorar com
mais cuidado as questões diretamente relacio-
5. Faça o mesmo para o período das 6 às 12 nadas com a fotossíntese e suas consequências
biológicas. Se achar necessário, acrescente
horas do primeiro dia.
outras perguntas às enumeradas anteriormen-
O teor de oxigênio aumenta até atingir um te, para enriquecer a discussão. Por exemplo:
pico às 12 horas. Que consequências traria um período escuro
prolongado para esse rio? E para uma flores-
ta? E para uma plantação? São questões que
6. Faça o mesmo para o período das 12 às 18
mereceriam ser abordadas, pois permitiriam a
horas do primeiro dia.
extrapolação das discussões para horizontes
O teor de oxigênio cai progressivamente. mais amplos.

17

bio_1a_1bp.indd 17 8/4/09 3:01:28 PM


PROPOSTA DE AVALIAçãO

Parte a O objetivo dessas questões é duplo: por um


lado, permite que você avalie se os estudan-
Os alunos deverão reanalisar criticamente tes compreenderam o que é a fotossíntese
o gráfico que construíram na Etapa 2 (Mu- e, por outro lado, dirige o olhar da turma
dança na massa de uma planta ao longo do para o próprio aprendizado, deixando claro
tempo) e as suas anotações nas Etapas 1 e 2. que um caminho foi percorrido e que suas
ideias estão se modificando. Espera-se que
1. Observe o gráfico que construiu na Etapa 2. os alunos sejam capazes de perceber eventu-
Releia a sua resposta para a questão 3 (De ais erros em suas respostas e consigam ex-
onde os organismos retiram as substân- plicar corretamente que a árvore não “come
cias necessárias para aumentar sua mas- terra”, mas fabrica seu próprio alimento a
sa?). Você modificaria a sua resposta? partir do gás carbônico do ar, na presença
de luz. Em relação à questão 4, vale a pena
2. Se sua resposta mudou, o que você apren- esclarecer aos alunos que o termo “comer”
deu que o fez mudar de opinião? aplicado aos vegetais é inadequado, mas que
a expressão “comer ar” se aproxima mais da
3. Releia a sua resposta à questão 1, da Etapa realidade do processo de fotossíntese.
1 (“Você escutou o seu primo de sete anos
dizer para a sua tia: ‘A árvore é igual a um Parte b
pintinho, mamãe. Os dois comem para
crescer. A diferença é que o pintinho come A Tabela 3 a seguir mostra o resultado de
milho, e a árvore come terra’.” Você con- um experimento em que três lotes de semen-
corda com essa declaração do seu primo? tes de rabanetes foram cultivados em am-
Reelabore a frase que ele disse, corrigindo biente claro e fechado, recebendo as mesmas
o que achar necessário). Você modificaria quantidades de água e sais minerais e em
a sua resposta? atmosferas de gás carbônico controladas.
Os valores em grama (g) representam o peso
4. Você acha “mais correto” dizer que uma seco das plantas, isto é, elas foram pesadas
planta “come terra” ou “come ar”? Expli- depois que toda a água que continham foi
que por quê. eliminada.

18

bio_1a_1bp.indd 18 8/4/09 3:01:28 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

Cultura de rabanetes em atmosfera controlada de CO2 (gás carbônico)

lote 1 2 3

Quantidade de CO2 no ambiente fechado 0,03%* 0% 3%

Peso de sementes no momento em que foram


2,5 2,5 2,5
colocadas para germinar (em gramas)

Peso das plantas 20 dias mais tarde 50 7,3 59


Tabela 3.
* 0,03% de CO2 é a quantidade normal desse gás na atmosfera.

Essa parte da avaliação visa a averiguar se os estudantes são capazes de aplicar o que aprenderam
em outras situações. O desafio dos alunos inclui resolver as questões a seguir.

1. Faça um desenho esquemático que repre- 4. O que você faria para aumentar a produ-
sente como foi montado esse experimento. ção de rabanetes se pudesse construir outro
lote?
O desenho deve conter, de maneira clara,
todas as informações fornecidas, usando-se Uma possibilidade é aumentar ainda mais a
setas e legendas. quantidade de gás carbônico. Cabe esclare-
cer que a produção não aumentaria linear e
2. Compare o peso da matéria seca dos três indefinidamente com o acréscimo desse gás;
lotes depois de 20 dias. O que você pode chegaria um momento em que acrescentar
concluir? mais gás carbônico não faria diferença.

O gás carbônico é elemento importante na 5. Imagine que, em outro lote, as plantas es-
produção de matéria orgânica, fazendo as tão sendo expostas à luz artificial mesmo
plantas de rabanete crescer e aumentar sua durante a noite. Você acha que isso fará
massa, pois em atmosfera rica dessa subs- diferença no peso final das plantas? Justifi-
tância o peso das plantas é maior. que sua resposta.

3. Que substância você imagina que causou a É possível que a produção aumentasse em
diferença no peso final das plantas? virtude do maior tempo para a realização
de fotossíntese; entretanto, assim como em
O gás carbônico, que está em maior quanti- relação ao gás carbônico, existe um nível a
dade no terceiro lote. partir do qual não faz mais diferença.

19

bio_1a_1bp.indd 19 8/4/09 3:01:28 PM


PROPOSTA DE SITUAçãO DE RECUPERAçãO

1. O papel geralmente é feito a partir da ma- Observe se o gráfico construído está com os
deira de pinheiros. Essa espécie vive em dados visíveis, se os alunos obedeceram a
média 80 anos, mas pode ser explorada a uma escala, se colocaram as grandezas em
partir dos 15 anos. A tabela abaixo fornece questão nos dois eixos indicando as unidades
dados sobre o crescimento de um pinheiro. usadas, se fizeram linhas pontilhadas, mais
Esse crescimento foi verificado medindo-se suaves, para indicar os pontos, e se traçaram
o diâmetro do tronco à medida que os anos uma linha cheia passando por eles. Essa li-
foram passando. Construa o gráfico do nha não deve ter a parte quase paralela ao
crescimento para essa árvore com base nos eixo horizontal como nos dois gráficos de
dados da tabela. crescimento analisados nesse tema.

idade diâmetro do tronco Depois, responda às questões:


(anos) (cm)

1 4,1 2. Com base em que informações fornecidas


pelo gráfico você pode afirmar que o pi-
2 7,3 nheiro cresceu?
3 10,8 A linha do gráfico sobe à medida que o tem-
4 14,6 po passa, indicando o crescimento já visível
na leitura da tabela.
5 18,5
3. A que se deve esse crescimento?
6 22,0

7 25,5 Esse crescimento se deve à incorporação de


mais matéria orgânica ao corpo da árvore à
8 28,6 medida que o tempo passa.
9 31,5

10 34,4 4. Qual é a relação do crescimento dos organis-


mos, como o pinheiro, com a fotossíntese?
11 36,6
É a partir do processo da fotossíntese que os
12 38,8
seres clorofilados produzem a matéria orgâ-
13 40,7 nica usada no crescimento, incorporando-se
14 42,3 ao corpo do organismo à medida que o tem-
po passa, fazendo aumentar a sua massa, o
15 43,9
seu tamanho.

20

bio_1a_1bp.indd 20 8/4/09 3:01:28 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 2
PRODUTORES, CONSUMIDORES, DECOMPOSITORES

O objetivo desta Situação de Aprendiza- f identificar organismos produtores,


gem é que os alunos reconheçam a necessi- consumidores e decompositores em um
dade da presença do Sol para a produção da ambiente;
matéria orgânica pelos seres clorofilados. É
fundamental que eles identifiquem os diferen- f reconhecer a importância da decompo-
tes níveis tróficos e o processo de decomposi- sição para a manutenção do equilíbrio
ção, e verifiquem a importância da atividade no ambiente;
de cada organismo para o todo e não apenas a
sua classificação na cadeia alimentar. f relacionar a decomposição à presença
de fungos e bactérias;
Ao término desta Situação de Aprendiza-
gem, espera-se que os alunos consigam: f associar a decomposição ao processo de
desintegração de cadáveres;
f reconhecer o processo de fotossíntese
no contexto da produção de alimento f conhecer o significado de alguns termos
em um ambiente; técnicos de Ecologia.

f reconhecer esquemas de cadeia e teia


alimentar;

Tempo previsto: 4 aulas.

Conteúdos e temas: fotossíntese; cadeias e teias alimentares; níveis tróficos.


Competências e habilidades: identificar relações alimentares entre seres vivos e representá-las
em esquemas (cadeias e teias alimentares); reconhecer o processo de fotossíntese em vários
contextos; reconhecer o processo de decomposição e sua importância para o ambiente; iden-
tificar o significado lógico de alguns termos técnicos de Ecologia.
Estratégias: construção de esquemas; leitura dirigida de textos; comparação das relações de
espécies em diferentes ambientes.
Recursos: imagens presentes neste Caderno e no Caderno do aluno; livros didáticos de Bio-
logia.
avaliação: resolução de problemas; análise dos esquemas construídos durante a Situação de
Aprendizagem; aplicação dos conceitos aprendidos em outras situações.

21

bio_1a_1bp.indd 21 8/4/09 3:01:28 PM


Roteiro para aplicação da Situação pécies representadas, explicando que todas
de aprendizagem 2 elas habitam as regiões de Cerrado do Brasil
central e até mesmo algumas áreas do Estado
Etapa 1 – Sondagem inicial e de São Paulo. Depois, divida-os em grupos de
sensibilização quatro elementos e peça que montem um es-
quema representando as relações alimentares
Desafie os alunos a construir uma cadeia existentes entre as espécies (quem se alimenta
alimentar. Para isso, mostre a eles as figuras de quem). Oriente-os a fazer o esquema a lápis,
a seguir (1 a 10) e leia o nome de todas as es- pois precisarão modificá-lo ao longo da aula.

©Fabio Colombini

Figura 1 – Buriti.

22

bio_1a_1bp.indd 22 8/4/09 3:01:30 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

©Millard H. Sharp/Photoresearches-Latinstock
Figura 2 – Onça-parda.

©Wagner Santos/Kino

Figura 3 – Pequi.

23

bio_1a_1bp.indd 23 8/4/09 3:01:35 PM


©Tony Genérico/Sambaphoto
Figura 4 – Urutu.

©Haroldo Palo Jr/Kino

Figura 5 – Tamanduá.

24

bio_1a_1bp.indd 24 8/4/09 3:01:39 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

©Ablestock

©Haroldo Palo Jr/Kino


Figura 6 – Borboleta. Figura 7 – Carcará.

©Fabio Colombini

Figura 8 – Sapo.

25

bio_1a_1bp.indd 25 8/4/09 3:01:46 PM


©Haroldo Palo Jr/Kino
Figura 9 – Rato silvestre.

©Fabio Colombini

Figura 10 – Formiga saúva.

26

bio_1a_1bp.indd 26 8/4/09 3:01:48 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

Existem algumas regras para a elabora-


ção do esquema: a primeira é que todos os sapo urutu
organismos devem estar representados; a
segunda é que o esquema deve apresentar borboleta
setas, que significarão “serve de alimento carcará
para”. A seguir, um exemplo de possível res-
posta dos estudantes: pequi
buriti

sapo urutu

borboleta rato saúva


carcará

buriti pequi onça-parda tamanduá

saúva Por último, eles deverão dar um título in-


rato formativo para o diagrama que construíram.

Peça, a seguir, que os alunos circulem, com


onça-parda tamanduá uma caneta de cor diferente (de preferência
verde!) quais espécies da teia alimentar fazem
fotossíntese. Questione os estudantes sobre o
É provável que muitos alunos já estejam motivo de essas espécies (pequi e buriti) não
familiarizados com esse tipo de representa- possuírem setas chegando até elas e o que isso
ção. Informe a todos que esse é um tipo de es- significa. Chame a atenção para o fato de, nes-
quema muito comum em Biologia e que tem se esquema, todas as setas terem origem nes-
o nome técnico de teia alimentar. Comente sas duas espécies.
que esse esquema tem como objetivo repre-
sentar todas as relações alimentares exis- Peça aos estudantes que montem outro
tentes entre as espécies de um determinado tipo de esquema. Utilizando apenas uma linha
ambiente. Depois de informar aos alunos o do caderno, eles deverão representar parte da
nome técnico desse esquema, peça que bus- teia alimentar, partindo do pequi ou do buriti
quem representar todas as relações possíveis, e chegando até a onça-parda, passando pelo
o que resultaria em um esquema com muitas maior número de espécies possível. O resulta-
setas, como o seguinte. do deve ser semelhante ao que segue:

27

bio_1a_1bp.indd 27 8/4/09 3:01:48 PM


pequi borboleta sapo carcará onça-parda

Esclareça que esse esquema também é im- tas significam “serve de alimento para”. Espe-
portante em Biologia e se chama cadeia ali- ra-se que, desta vez, os alunos executem esse
mentar. Os estudantes chegarão a diferentes procedimento muito mais rapidamente.
cadeias; vale a pena anotar três ou quatro
delas na lousa, para uma análise mais deta- f Algas microscópicas
lhada. Depois, peça aos alunos que discutam
oralmente as perguntas a seguir: f Plantas aquáticas

1. Existe alguma cadeia alimentar que não f Crustáceos microscópicos


inicie em um vegetal?
f Caramujo
2. Existe alguma cadeia alimentar que não
termine em um animal? f Tartaruga

3. É possível que uma cadeia alimentar se ini- f Garça


cie em um animal? Por quê?
Esses questionamentos são apenas provoca- f Peixe carnívoro
ções iniciais para estimular os alunos a refle-
tir sobre o papel de plantas e animais em um f Peixe herbívoro
ambiente. Nas etapas subsequentes, os estu-
dantes extrapolarão o que aprenderam nes- Primeiramente, os alunos deverão cons-
ses exemplos simples para outros ambientes truir a teia alimentar, buscando estabelecer o
e tomarão contato com os termos mais téc- máximo de relações possível entre as espécies
nicos da Ecologia. (veja o item Proposta de Avaliação). É possí-
vel que tenham alguma dificuldade com al-
Etapa 2 – Extrapolações para outros gumas delas, seja por não conhecer a espécie
ambientes ou seus hábitos; informe-os de que eles pode-
rão consultar o livro didático ou o dicionário
A partir da lista de espécies a seguir, que se tiverem alguma dúvida. Depois, peça que
será lida em voz alta, os estudantes deverão construam uma cadeia alimentar com algu-
construir uma teia alimentar, como foi feito mas das espécies e que a comparem com as
na etapa anterior. Lembre-os de que todas as construídas na etapa anterior. As seguintes
espécies devem ser representadas e que as se- perguntas deverão ser respondidas:

28

bio_1a_1bp.indd 28 8/4/09 3:01:48 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

1. Observe as espécies que iniciam as cadeias 4. Faça o mesmo para todas as outras espé-
alimentares. O que elas têm em comum? cies das cadeias.

Todas elas são organismos capazes de pro- “Comedores”, “alimentados”, “não-clorofi-


duzir seu próprio alimento por meio da fo- lados” seriam respostas aceitáveis.
tossíntese. Todas elas possuem clorofila e
Não é necessário que os alunos respon-
servem de alimento para outras espécies.
dam de maneira precisa às questões 3 e 4,
2. Observe todas as outras espécies das ca- mas sim que percebam a utilidade de um
deias. O que todas elas têm em comum no termo que designe cada um desses grupos
que diz respeito à alimentação? de espécies. Após ouvir as respostas da tur-
ma, informe-os de que os biólogos utilizam
Todas elas precisam se alimentar de outras
termos técnicos para cada um dos grupos:
espécies; em outras palavras, nenhuma delas
“produtores” para as espécies que produzem
produz seu próprio alimento.
seu próprio alimento, e “consumidores” para
3. Certas palavras servem para designar um as espécies que se alimentam de (ou conso-
grupo grande de elementos, por exemplo, mem) outras. Seguindo esse raciocínio, esses
estudantes: pessoas que estudam; mamí- termos específicos da Ecologia farão mais
feros: animais que mamam. Invente um sentido para os alunos. Vale a pena mencio-
nome que agrupe, sob o seu significado, nar os termos “consumidor primário” (ou
todas as espécies que iniciam as cadeias de primeira ordem) e “consumidor secundá-
alimentares. rio” (de segunda ordem), explicando o que
significam. Para sistematizar toda essa no-
Espera-se que os alunos deem nomes que de-
menclatura, escreva um esquema como o se-
signem alguma característica dos seres em
guinte na lousa, alinhando duas das cadeias
questão; “alimentadores”, “iniciadores”,
alimentares construídas até agora (Etapas 1
“fotossintetizantes”, “clorofilados” seriam
e 2). Peça que os estudantes o copiem no ca-
respostas aceitáveis.
derno, observando as semelhanças:

níveis tróficos
Produtores Consumidores
pequi
Cadeia 1 rato silvestre urutu
buriti
plantas crustáceos
peixe carnívoro
Cadeia 2 aquáticas e algas microscópicos, peixe
ou garça
microscópicas herbívoro ou caramujo

Consumidor Consumidor
primário ou de secundário ou de
primeira ordem segunda ordem

29

bio_1a_1bp.indd 29 8/4/09 3:01:48 PM


A Biologia é conhecida por ser uma dis- lembrar que os termos em si não são tão im-
ciplina com muitos termos técnicos. Esses portantes quanto os significados dos proces-
termos farão mais sentido para os alunos se sos por trás deles: a fotossíntese e o fluxo de
eles conhecerem a origem das palavras e seus energia e matéria nos seres vivos.
significados. Vamos tomar o exemplo das
cadeias alimentares: esses diagramas estão Etapa 3 – decompositores
relacionados ao fato de que os organismos
precisam de alimento, ou trofos, em grego, Esta etapa é constituída de uma leitura diri-
que deu origem a várias palavras relaciona- gida de dois textos, que visam a introduzir aos
das a esse assunto. Os produtores também alunos a ideia de decomposição. Leia em voz
são chamados de seres autótrofos (que pro- alta o texto a seguir. Após a primeira leitura,
duzem seu próprio alimento), enquanto os releia as perguntas que os alunos deverão res-
consumidores são chamados de heterótrofos ponder e, em seguida, releia o texto. Esse pro-
(encontram o alimento no outro); cada um cedimento fará com que os alunos saibam que
dos níveis de uma cadeia alimentar é chama- informações deverão buscar enquanto ouvem
do de nível trófico (por exemplo, os produ- e direcionará a atenção deles para os aspectos
tores estão no primeiro nível trófico). Resta mais importantes do texto.

Texto – Pesquisadores descobrem restos de mamute preservado no gelo

Uma equipe de pesquisadores russos e franceses descobriu restos de um mamute com mais de 18 mil
anos. A expedição encontrou a raridade na Sibéria, em setembro de 2006.
O que chamou a atenção dos pesquisadores foi o grau de preservação de partes do corpo como a
cabeça, uma pata ainda coberta por pele e pelos, vísceras, como estômago e intestino, e ossos ainda
contendo tutano.
Os pesquisadores estão otimistas com relação à continuação dos trabalhos de escavação no próximo
ano. Isso porque, com a chegada do inverno, tiveram que parar o trabalho, mas sabem que o clima pre-
servará a descoberta.

1. O que é um mamute? 3. Que parte do texto dá pistas de como é o


clima desse local?
É um animal já extinto, semelhante a um
elefante (só que maior e mais peludo). “Isso porque, com a chegada do inverno, ti-
veram que parar o trabalho, mas sabem que
2. Em que local foi encontrado o cadáver do o clima preservará a descoberta.”
mamute?
4. Normalmente, o cadáver de um animal
Na Sibéria, região do nordeste da Rússia. como o mamute desapareceria em alguns

30

bio_1a_1bp.indd 30 8/4/09 3:01:48 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

anos. Por que, nesse caso, ele foi preserva- sob gelo e neve. Na realidade, o cadáver do
do por tanto tempo? mamute estava completamente congelado
sob uma camada espessa de gelo. Nessas
Porque o nordeste da Sibéria é uma região condições, o cadáver não apodrece nem se
muito fria, que passa a maior parte do ano “desfaz”.

Texto – Exposição estreia com múmias rejuvenescidas

Museu egípcio, na cidade do Cairo, abre exposição com 11 múmias rejuvenescidas. Quatro das mú-
mias são dos faraós Ramsés 3o, Ramsés 4o, Ramsés 5o e Ramsés 9o, todos pertencentes à 20a dinastia
(1183-1070 a.C.).
As múmias foram restauradas e “rejuvenescidas” para serem expostas pela primeira vez no centená-
rio do museu. Elas estão em uma sala com ar condicionado, privilégio que não existe nos outros salões
do museu, e sob iluminação mais fraca. O ambiente desperta nos visitantes um respeito quase sagrado.
As vitrines onde repousam as novas múmias estão equipadas com um moderno sistema regulador de
temperatura e umidade, para impedir o desenvolvimento de parasitas e bactérias.
A sala foi desenhada com um céu abobadado, ao estilo das tumbas faraônicas onde as múmias
permaneceram por milênios. Elas foram encontradas na margem oeste do Nilo, que é a “margem da
morte”. Na margem leste, a da vida, ficavam os templos e palácios do Antigo Egito.

1. O que é uma múmia? algumas décadas. Como é possível que a


pele e até mesmo alguns órgãos internos das
São cadáveres humanos que permanecem
múmias permaneçam conservados por tan-
preservados por longos períodos de tempo,
to tempo?
intencionalmente ou não.

2. Onde foram encontradas essas múmias? Porque os egípcios antigos tinham o costume
de embalsamar os corpos dos mortos, isto é,
No Egito, na margem oeste do Nilo.
tratá-los com certos líquidos que evitavam o
3. Com base no que você sabe sobre esse local, apodrecimento. Além disso, o clima seco aju-
compare-o, quanto ao clima, àquele onde da a preservação.
foi encontrado o mamute do texto anterior. 5. Os responsáveis pela conservação das mú-
O Egito é um país de clima muito quente e mias no museu preparam uma sala especial
seco (deserto), contrastando com a Sibéria, para abrigar os cadáveres. Com que tipo de
que é um dos locais mais frios do planeta. organismos eles estão preocupados?

4. Normalmente, as partes moles de um cadá- Com parasitas e bactérias que atuam como
ver de um ser humano desaparecem após decompositores.

31

bio_1a_1bp.indd 31 8/4/09 3:01:49 PM


Em seguida, conduza os alunos a discutir A palavra-chave nessa etapa é decomposi-
o que aconteceria com o mamute ou com os ção. Comente com os alunos que decompor é o
cadáveres humanos se, em vez de terem sido contrário de compor; ou seja, desagregar, que-
mumificados, tivessem sido colocados sobre brar em pedaços menores. Explique-lhes que
o solo de um pasto no Brasil. Peça que façam esse foi justamente o processo interrompido
uma lista em seus cadernos, anotando na pelo frio da Sibéria e pelo processo de mumi-
forma de itens que animais ou plantas apare- ficação, no Egito, o que permitiu a conserva-
ceriam, o que aconteceria com os cadáveres ção dos mamutes e das múmias. Esclareça que
etc. Uma sugestão é que os alunos relacionem as plantas não podem utilizar diretamente a
com observações do que acontece com ani- matéria orgânica, e que os fungos e bactérias
mais mortos no ambiente: Urubus chegam ao são intermediários fundamentais para manter
cadáver e se alimentam dele; formigas chegam; o equilíbrio de um ambiente.
cachorros alimentam-se da carne; chuva amo-
lece os cadáveres, são possíveis respostas dos Por último, peça que os alunos incluam os
estudantes à questão. organismos decompositores na cadeia alimen-
tar que elaboraram nas Etapas 1 e 2. O esquema
Espera-se que os estudantes apontem a deverá apresentar setas saindo de todas as espé-
ação de alguns animais (como urubus, formi- cies, direcionando-se aos fungos e bactérias, já
gas) ou da água reduzindo os restos a pedaços que todos serão decompostos após a morte.
menores, ou transportando-os para outros lo-
cais. De uma forma ou de outra, certifique-se Cabe aqui uma sugestão para as turmas
de que eles notem a progressiva redução de ou alunos que estiverem mais avançados.
tamanho e eventual desaparecimento dos ca- Conduza uma discussão (ou investigação)
dáveres nessa situação. É possível que alguns sobre a relação existente entre os decom-
estudantes mencionem a participação de bac- positores e as formas que utilizamos para
térias e fungos; se isso não acontecer, é neces- conservar alimentos. Peça que os alunos pes-
sário que você, professor, apresente aos alunos quisem como seus avós e bisavós faziam para
o importante papel que esses seres possuem conservar o alimento e instigue-os a encon-
na decomposição da matéria orgânica. Embo- trar as relações entre esses procedimentos e
ra os animais tenham participação nisso, são a interrupção do processo de decomposição
os fungos e bactérias que efetivamente exer- por meio da eliminação de bactérias e fun-
cem a função de decompositores na natureza, gos. Algumas sugestões de métodos a serem
convertendo o material de que é feito o corpo investigados pelos estudantes: utilização de
dos animais e plantas em substâncias que po- geladeira, pasteurização, confecção de doces
dem ser novamente utilizadas pelas plantas, em compotas, preservação em vinagre ou
fechando um ciclo. óleo, preservação em banha etc.

32

bio_1a_1bp.indd 32 8/4/09 3:01:49 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

PROPOSTA DE AVALIAçãO

Parte a

1. (Enem-1999) Um agricultor, que possui Nova campanha de extermínio e, logo de-


uma plantação de milho e uma criação pois da destruição dos pássaros e roedores,
de galinhas, passou a ter sérios problemas uma grande praga de gafanhotos destruiu
com os cachorros-do-mato que atacavam totalmente a plantação de milho e as gali-
sua criação. O agricultor, ajudado pelos vi- nhas ficaram sem alimento.
zinhos, exterminou os cachorros-do-mato
da região. Passado pouco tempo, houve um Analisando o caso acima, podemos perce-
grande aumento no número de pássaros e ber que houve desequilíbrio na teia alimen-
roedores que passaram a atacar as lavouras. tar representada por:

a) milho    gafanhotos    pássaro    galinha    roedores    cachorro-do-mato

pássaro

b) milho cachorro-do-mato
gafanhoto
galinha
roedores

gafanhoto
c) galinha    milho roedores cachorro-do-mato
pássaro

roedores
pássaro
d) cachorro-do-mato gafanhoto milho
galinha

e) galinha    milho    gafanhotos    pássaro    roedores    cachorro-do-mato

2. Imagine que alguém da sua casa esque- te fazem parte de um ambiente urbano,
ceu um prato de comida com arroz, feijão, como a sua casa, podem usar essa comida
frango e salada sobre a pia. É provável que, como alimento? Represente uma teia ali-
dependendo da época do ano, no dia se- mentar envolvendo essa comida e todos os
guinte esse prato esteja cheio de formigas. organismos e elementos que você acredita
Que outros organismos que normalmen- fazer parte dessa teia alimentar.

33

bio_1a_1bp.indd 33 8/4/09 3:01:49 PM


Parte b preenderam o papel dos produtores (devem
figurar nos esquemas sempre como “fonte”
Uma alternativa interessante de avaliação de setas), dos decompositores (sempre “rece-
é a análise dos esquemas de cadeia alimen- bendo” setas), se foram capazes de perceber
tar que os alunos produziram durante esta que existem várias possibilidades de relações
Situação de Aprendizagem. É possível, por alimentares (reveladas pela complexidade e o
meio deles, verificar se os estudantes com- número de setas).

PROPOSTA DE SITUAçãO DE RECUPERAçãO

Parte a foi construído o Gráfico 4 a seguir, que de-


verá ser copiado para o aluno ou exibido na
Os alunos que tiveram dificuldades em lousa. Sobre esse gráfico, os alunos deverão
atingir os objetivos desta Situação de Apren- responder às seguintes questões:
dizagem deverão elaborar uma teia alimentar
da qual eles próprios façam parte. Deverão 1. O que aconteceu com o peso dos vegetais
utilizar as setas corretamente (cada seta indi- ao longo do tempo?
cando que “serve de alimento para”) e men-
cionar pelo menos seis espécies diferentes que 2. Que organismos são os responsáveis por
utilizam em sua alimentação. Depois de cons- essa alteração no peso dos vegetais mortos?
truir a teia alimentar, deverão escolher uma
Evolução do peso seco dos vegetais em
cadeia (indo de um organismo produtor até decomposição sobre o solo em sete meses
eles próprios) e indicar onde estão os produto-
res, os consumidores primários, secundários, 2000
Peso seco de vegetais (em gramas)

terciários e decompositores. 1750

1500

1250
Parte b
1000

750
Os alunos deverão interpretar o resultado 500
de um experimento, que consiste em dispor 250

sobre o solo vegetais recém-cortados (pés de 0


0 30 60 90 120 150 180 210
milho, por exemplo) e analisar o que acon-
Período de decomposição (em dias)
teceu ao longo do tempo. Os vegetais foram
Gráfico 4.
pesados a cada 30 dias e com os resultados

34

bio_1a_1bp.indd 34 8/4/09 3:01:49 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

TEMa 2 – FlUxO dE MaTéRia E EnERGia


na naTUREza

Após reconhecer como os seres vivos biogeoquímicos. Dessa forma, esses elemen-
obtêm compostos orgânicos, os alunos po- tos químicos, em certas situações, compõem
dem compreender como a energia presente os compostos orgânicos que integram os seres
nesses compostos flui pela natureza pelos vivos e, em outras situações, compõem com-
diferentes níveis tróficos. Eles devem, por postos inorgânicos na forma de gases, água ou
exemplo, estabelecer uma relação entre o sais minerais.
montante de energia disponível nos pro-
dutores e aquele efetivamente incorporado Neste Caderno, priorizamos o ciclo do car-
nos consumidores. bono, o que nos permite compreender a dinâ-
mica dos ciclos biogeoquímicos e, também,
Os elementos químicos que compõem a de que forma as atividades humanas podem
matéria dos ecossistemas participam de ciclos interferir nesses processos naturais.

SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 3
ENERGIA E MATÉRIA PASSAM PELOS SERES VIVOS

Nesta Situação de Aprendizagem, os alu- f reconhecer e construir esquemas de ca-


nos irão trabalhar com o conceito de fluxo de deia, teia e pirâmide alimentar;
energia e poderão compreender como a ener-
gia acumulada em determinado nível trófico f familiarizar-se com pirâmides de bio-
é transferida a outro. Da mesma forma, eles massa e energia;
poderão perceber que ao longo desse fluxo
apenas uma parcela dessa energia é aproveita- f extrair informações de esquemas de teia
da pelo nível trófico seguinte, pois outra parte e pirâmide alimentar;
é perdida na forma de calor.
f reconhecer o fluxo de matéria e energia
Ao final desta Situação de Aprendizagem, nos seres vivos por meio do alimento;
espera-se que os alunos consigam:
f identificar a perda de energia e biomas-
f reconhecer o processo de fotossíntese sa em cadeias alimentares.
em contextos variados;

35

bio_1a_1bp.indd 35 8/4/09 3:01:49 PM


Tempo previsto: 4 aulas.

Conteúdo e temas: fluxo de energia e matéria nos seres vivos; ciclo do carbono.

Competências e habilidades: extrair informações de diferentes tipos de esquemas; reconhecer a


continuidade do fluxo de matéria e energia na natureza; reconhecer o processo de fotossíntese
em vários contextos.

Estratégias: interpretação dirigida de diferentes esquemas; resolução de problemas.

Recursos: imagens presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno.

avaliação: resolução de problemas; análise dos esquemas construídos durante a atividade;


aplicação dos conceitos aprendidos em outras Situações de Aprendizagem.

Roteiro para aplicação da Situação Os alunos deverão tentar traçar o caminho


de aprendizagem 3 do calor que sai da xícara e do corpo humano
o mais “para trás” que puderem.
Etapa 1 – Sondagem inicial e
sensibilização Guarde os esquemas e os comentários des-
sa atividade para serem retomados nas aulas
Peça aos alunos que respondam qual é a seguintes.
temperatura do nosso corpo quando estamos
saudáveis. Depois, pergunte-lhes: Se repetir- Etapa 2 – Extração de informação de
mos a medição duas horas depois, o que no- esquemas
taremos? E se fizermos a mesma coisa com a
água quente colocada em uma xícara? Incen- Ajude os alunos a interpretar as informa-
tive-os a levantar hipóteses que expliquem ções da Figura 11, em que vemos os valores
esses resultados. Peça aos alunos que elabo- numéricos referentes à massa dos organismos,
rem um esquema que mostre de onde vem e que aparece expressa em gramas (g) de maté-
para onde vai o calor da água da xícara (por ria seca (aquela que teve toda a água retirada
exemplo, vem do calor do fogão, da queima antes da pesagem). Os valores em vermelho
do gás), e que imaginem como ficaria um es- indicam os valores energéticos (em quilojou-
quema que representasse o que acontece no les1, kJ) a que correspondem os valores em
corpo humano. gramas de matéria orgânica.

1
Um quilojoule é igual a cerca de 0,240 caloria.

36

bio_1a_1bp.indd 36 8/4/09 3:01:49 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

Peça que os alunos observem a Figura 11 de maneira geral. Depois, um ou mais voluntários
farão uma leitura cuidadosa dos dados que ela mostra.

Esquema do rendimento da produção de matéria pelos vegetais

©Conexão Editorial
consumidor primário (100,5 g)
matéria não
assimilada
85% ou seja (fezes, urina)
produtor 782 g (14 000 kJ) 290 g (5 220 kJ)
(920 g)

7,75%
ou seja 71 g
(1 270 kJ)

vaca: 95 g (2 160 kJ)

matéria não
matéria não assimilada
utilizada 48,5 g (873 kJ)
7,25%
gafanhoto: 5,5 g (125 kJ)

Figura 11 – As massas são expressas em grama de matéria seca por m2 por ano. Valores em vermelho
correspondem aos valores energéticos dessa matéria seca em quilojoules (kJ). O quilojoule é uma medida
de quantidade de energia, assim como a caloria (cal).

Os demais alunos completarão a Tabela 4 a seguir, cuja estrutura será copiada na lousa.

Massa seca (g) Energia (kJ)


Vegetal que passa para a vaca 782 14 000
Vegetal que passa para o gafanhoto 71 1 270
Material não assimilado pela vaca 290 5 220
Corpo do gafanhoto 5,5 125
Material não assimilado pelo gafanhoto 48,5 873
Tabela 4.

1. Quantos gramas de capim a vaca ingeriu? 3. Você diria que a vaca assimila toda a massa
782 gramas. de capim que ela come? Que parte do es-
quema indica isso?
2. Quantos gramas de fezes e urina a vaca eli-
minou? Não. Parte da massa de capim que a vaca
290 gramas. come é eliminada na forma de fezes e urina.

37

bio_1a_1bp.indd 37 8/4/09 3:01:50 PM


4. Que quantidade de energia, contida no ca- lo, use a quantidade de energia assimilada
pim, é comida pelo gafanhoto? pela vaca e uma regra de três, considerando
que 100% correspondem a 14 000 kJ.
1 270 kJ.

5. Que quantidade de energia é eliminada 15,4%. Considerando que 100% do que a


pelo gafanhoto na forma de urina e fezes? vaca come correspondem a 14 000 kJ de
energia, e o que fica no seu corpo é apenas
873 kJ. 2 160 kJ, a resposta vem do cálculo: (2 160
6. Você diria que o gafanhoto assimila toda kJ . 100%) / 14 000 kJ = 15,4%.
a energia contida no capim? Que parte do
esquema indica isso? Em seguida, os alunos deverão observar
a Figura 12 abaixo, que também está no
Não. Parte da energia proveniente do capim Caderno do Aluno. Esclareça que esse
é eliminada pelo gafanhoto na forma de fe- esquema mostra uma etapa do anterior
zes e urina. (apenas a passagem de energia do capim
para a vaca), e que inclui também infor-
7. Calcule que porcentagem da energia que mações sobre a perda de energia (em por-
está no produtor (capim) se transforma em centagem) que acontece quando a vaca se
energia na vaca. Dica: para fazer esse cálcu- alimenta de capim.

A transformação da energia ingerida na forma de alimento por uma vaca

47,3%

Matéria
assimilada Perdas na respiração
Matéria
orgânica
ingerida 62,7%
Matéria do corpo do animal 15,4%
100%
Matéria não
assimilada

37,3%

Figura 12.

38

bio_1a_1bp.indd 38 8/4/09 3:01:50 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

8. Procure nesse esquema o resultado da meiro: o gafanhoto, que se alimenta de plan-


questão 7. Você acertou a resposta? Em tas, serve de alimento para um rato silvestre,
caso negativo, refaça seu cálculo. que por sua vez pode ser ingerido por uma
serpente. Esse esquema consta do Caderno do
O valor a ser encontrado é 15,4%.
Aluno, mas também poderá ser copiado na
9. O que significa a “matéria não assimilada” lousa para facilitar a visualização. Ele tem a
do esquema? forma de uma pirâmide, em que cada degrau
representa a massa total dos organismos de
Significa a parte do capim que é comida e
uma determinada espécie. Esse esquema, re-
eliminada como fezes ou urina.
presentado na Figura 13, também é chamado
10. Como a vaca consegue energia para se de pirâmide de biomassa.
locomover? Em outras palavras, como os
animais conseguem energia? 13. O que acontece com a massa total de or-
ganismos à medida que subimos de nível
A energia que a vaca usa para se locomover
trófico?
e a que todos os animais utilizam vem do
A biomassa dos organismos cai de acordo
alimento.
com o aumento do nível trófico.
11. Observe que grande parte da energia da
vaca é “perdida” durante a respiração. 14. Quantas vezes a massa total (biomassa)
Talvez “perdida” não seja uma boa pala- de ratos silvestres é menor que a de gafa-
vra... Para onde vai essa parte da energia? nhotos?
Dez vezes menor (basta dividir um pelo outro).
Essa energia é utilizada no metabolismo da
vaca: é utilizada para a locomoção, para a
15. Quantas vezes a massa total (biomassa) de
manutenção da temperatura constante do
serpentes é menor que a de ratos silvestres?
corpo etc.
Dez vezes menor.
12. Na Etapa 1, você refletiu sobre o fato de
que nossa temperatura corpórea se man- 16. Por que a massa total de organismos não
tém constante ao longo do tempo. Consi- se mantém constante à medida que os ní-
derando que isso é verdade também para a veis tróficos aumentam? Dica: lembre-se
vaca, de onde vem a energia utilizada para do primeiro esquema.
manter o corpo quente? Porque grande parte da matéria (apro-
ximadamente 9/10 ou 90%) é perdida na
Do alimento.
forma de fezes, urina, ou é convertida em
Por último, os estudantes deverão analisar energia para o metabolismo dos seres ao
outro esquema, que é uma ampliação do pri- longo da cadeia alimentar.

39

bio_1a_1bp.indd 39 8/4/09 3:01:50 PM


Fotos: ©Tony Genérico/Sambaphoto; ©Haroldo Palo Jr/Kino e ©Fabio Colombini
Ilustração: Lie Kobayashi
Figura 13 – Pirâmide de biomassa em um campo de pastagem.

Etapa 3 – Resolução de problemas

1. A Tabela 5 a seguir mostra um exemplo de transferência de energia ao longo de uma cadeia


alimentar.

Quantidade de energia (kcal/m2/ano)

Quantidade disponível
Total assimilado
níveis tróficos para os níveis diferença
pelos organismos
tróficos seguintes
Produtores 21 000 11 000 10 000
Consumidores
9 000 4 800 4 200
primários
Consumidores
3 500 1 500 2 000
secundários
Consumidores
500 100 400
terciários
Tabela 5 – Exemplo de transferência de energia ao longo de uma cadeia alimentar.

40

bio_1a_1bp.indd 40 8/4/09 3:01:51 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

Com base nos dados da Tabela 5, assinale 2. Com base na tabela da questão anterior
a alternativa correta: (Tabela 5), construa uma pirâmide de ener-
gia. A escala a ser utilizada na sua pirâmide
a) A quantidade de energia disponível em é a seguinte: cada 1 000 quilocalorias por
um nível trófico é menor do que aquela metro quadrado por ano (kcal/m2/ano) de-
que será transferida para o nível trófico verão ser representadas por uma barra de
seguinte. 1 cm de comprimento; a única exceção é a
barra correspondente aos produtores, que
b) A perda de energia, ao passar de um ní- não precisa estar em escala, pois será muito
vel trófico para outro, é muito reduzida maior que as outras. Dicas: você deve usar
e possibilita que as cadeias alimentares a coluna “Total assimilado pelos organis-
geralmente apresentem consumidores mos”, e seu esquema deve ficar semelhante
quaternários, ao contrário da que está ao estudado na segunda parte da Etapa 2.
exemplificada.
A pirâmide construída deverá ser semelhan-
te, em termos do formato, à pirâmide vista
c) Considerando-se cada transferência de
na Etapa 2. É importante averiguar o com-
energia de um nível trófico para outro,
primento de cada barra, que deve estar de
podemos afirmar que, quanto mais pró-
acordo com as instruções do problema.
ximo os organismos estiverem do fim da
cadeia alimentar, maior será a energia 3. (Fuvest–2005) Uma lagarta de mariposa
disponível. absorve apenas metade das substâncias
orgânicas que ingere, sendo a outra meta-
d) A coluna “Diferença” envolve a quanti- de eliminada na forma de fezes. Cerca de
dade de energia perdida na forma de ca- 2/3 do material absorvido é utilizado como
lor, em cada nível trófico, utilizada para combustível na respiração celular, enquan-
a manutenção da vida dos seus compo- to o 1/3 restante é convertido em matéria
nentes. orgânica da lagarta.

e) A transferência de energia na cadeia Considerando que uma lagarta tenha inge-


alimentar é unidirecional, tendo início rido uma quantidade de folhas com matéria
pela ação dos decompositores. orgânica equivalente a 600 calorias, quan-
to dessa energia estará disponível para um
Professor, talvez esta questão requeira algu- predador da lagarta?
mas explicações acerca da unidade de medida
utilizada (kcal/m2/ano). Ela informa a quanti-
a) 100 calorias
dade de energia produzida (ou transferida) em
determinada área em determinado tempo.
b) 200 calorias

41

bio_1a_1bp.indd 41 8/4/09 3:01:51 PM


c) 300 calorias lagarta. Construa uma pirâmide que re-
presente a energia assimilada por esses
d) 400 calorias dois organismos durante a alimentação.
Não é necessário representar o produtor
e) 600 calorias na pirâmide, e a escala a ser utilizada
será a de 100 calorias = barra de 1 cm de
4. Com base nos dados da questão anterior, comprimento.
imagine que um sabiá se alimentou da

Sabiá
Lagarta

PROPOSTA DE AVALIAçãO

1. (Fuvest–2001) A tabela a seguir mostra me- b) Explique por que a massa seca diminui
didas, em massa seca por metro quadrado progressivamente em cada nível trófico.
(g/m2), dos componentes de diversos níveis
tróficos em um dado ecossistema. Ela diminui porque a quantidade de maté-
ria orgânica obtida em cada nível é consu-
Níveis Massa seca mida por ele e apenas o que sobra poderá
tróficos (g/m2) ser incorporado e ficar disponível para o
Produtores 809 nível seguinte.

Consumidores primários 37
Consumidores secundários 11 c) Nesse ecossistema, identifique os níveis
tróficos ocupados por cobras, gafanho-
Consumidores terciários 1,5
tos, musgos e sapos.

a) Por que se usa a massa seca por unida- Musgos: produtores; gafanhotos: consumi-
de de área (g/m2), e não a massa fresca, dores primários; sapos: consumidores secun-
para comparar os organismos encontra- dários; cobras: consumidores terciários.
dos nos diversos níveis tróficos?
Porque a quantidade de água nos organismos 2. (Fuvest–2007) A ilustração mostra a pro-
de diferentes níveis tróficos é muito variável dutividade líquida de um ecossistema, isto
e, por isso, a massa seca pode refletir melhor é, o total de energia expressa em quilocalo-
a quantidade de matéria orgânica presente rias por metro quadrado/ano, após a respi-
em cada um dos níveis. ração celular de seus componentes.

42

bio_1a_1bp.indd 42 8/4/09 3:01:51 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

Consumidores terciários
(6 kcal/m2/ano)

Consumidores secundários
(67 kcal/m2/ano)

Consumidores primários
(1 478 kcal/m2/ano)

Produtores (8 833 kcal/m2/ano)

LUZ SOLAR

a) Considerando que, na fotossíntese, a luminosa, ainda que não sejam produtores


energia não é produzida, mas trans- de energia.
formada, é correto manter o nome de
“produtores” para os organismos que b) De que nível(eis) da pirâmide os decom-
estão na base da pirâmide? Justifique. positores obtêm energia? Justifique.

Sim, é correto porque os organismos que es- De todos os níveis tróficos, já que os decom-
tão na base da pirâmide produzem matéria positores são capazes de utilizar os restos
orgânica a partir de substâncias inorgânicas orgânicos de quaisquer organismos perten-
presentes no ambiente, utilizando a energia centes aos diferentes níveis.

PROPOSTA DE SITUAçãO DE RECUPERAçãO

Com base na cadeia alimentar de um lago 2. Suponha que um cientista pesou todas as
representada a seguir (já vista em situações algas e garças que existem no lago. Qual
anteriores), os alunos deverão responder às das duas espécies deve apresentar maior
seguintes questões: biomassa?
As algas.
algas    caramujo    peixe    garça
3. O mesmo cientista observou que existe uma
1. De onde vem o carbono que está no corpo quantidade muito menor de peixes do que
das algas? E o da garça? de caramujos no lago. Explique por que ele
não se surpreendeu com esse resultado.
O carbono das algas vem do gás carbônico Porque a biomassa reduz na medida em que
presente no ar. O da garça vem do corpo dos o nível trófico aumenta; os peixes estão um
peixes. nível acima dos caramujos.

43

bio_1a_1bp.indd 43 8/4/09 3:01:51 PM


4. Agrupando todos os resultados de pesa- Porque a biomassa presente em um nível
gem, o cientista concluiu que a biomassa trófico é convertida em energia para o me-
em um nível trófico é cerca de um décimo tabolismo e é eliminada nas fezes e urina,
(dez vezes menor) do que a biomassa em reduzindo-a ao longo da cadeia alimentar.
um nível anterior. Por que a massa existen-
te em um nível não passa para o outro, já 5. Qual o nome do processo pelo qual as al-
que os seres de um nível se alimentam dos gas produzem seu alimento?
do outro? Fotossíntese.

SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 4
AS MUITAS VOLTAS DO CARBONO

Nesta Situação de Aprendizagem, os alu- f construir esquemas de cadeia alimentar;


nos terão a oportunidade de aplicar o conhe-
cimento que desenvolveram ao longo deste f inserir informações de texto em esque-
bimestre. Os diferentes conceitos serão rela- mas;
cionados e deverão ser reconhecidos pelos es-
tudantes em situações distintas envolvendo a f redigir textos a partir de informações
síntese de matéria orgânica pelos produtores, em esquemas;
a produção de gás carbônico pelos seres vivos
e pelas atividades humanas, bem como os me- f reconhecer o fluxo de matéria nos seres
canismos que permitem o retorno do elemen- vivos;
to químico carbono aos seres vivos.
f reconhecer o Sol como principal fonte
Ao término desta Situação de Aprendiza- de energia na Terra;
gem, espera-se que os alunos consigam:
f reconhecer a inserção do ser humano
f reconhecer o processo de fotossíntese dentro do ciclo biogeoquímico do car-
dentro do contexto do ciclo do car- bono.
bono;

44

bio_1a_1bp.indd 44 8/4/09 3:01:51 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

Tempo previsto: 4 aulas.

Conteúdos e temas: fluxo de energia e matéria nos seres vivos; ciclo do carbono.

Competências e habilidades: resumir informações em esquemas; redigir textos a partir de es-


quemas; reconhecer a continuidade do fluxo de matéria e energia na natureza; reconhecer o
processo de fotossíntese em vários contextos.

Estratégias: interpretação dirigida de diferentes esquemas; elaboração de textos.

Recursos: lista de informações sobre o ciclo do carbono presente neste Caderno e no Caderno
do Aluno.

avaliação: análise dos esquemas construídos durante a Situação de Aprendizagem.

Roteiro para aplicação da Situação de aprendizagem 4

Etapa 1 – Sondagem inicial e sensibilização

Apresente a atividade pedindo aos alunos que leiam o texto a seguir, de Eduardo Galeano.

Texto 3 – Eduardo Galeano

As pessoas feitas de milho fazem o milho. As pessoas criadas da carne e das cores do milho cavam
um berço para o milho e o cobrem de boa terra e o limpam de ervas daninhas e o regam e dizem a ele
palavras de amor. E quando o milho está crescido, as pessoas de milho moem sobre pedra e o erguem e
o aplaudem e o embalam no amor do fogo e o comem, para que nas pessoas do milho o milho continue
caminhando sobre a terra, sem morrer.

GALEANO, Eduardo. As palavras andantes. Porto Alegre: LP&M, 1994.


Copyrights Consultoria Jurídica

As questões a seguir são apenas sugestões Etapa 2 – leitura de textos


para que os alunos aprofundem o entendi-
mento do texto: Nesta etapa, você lerá para os alunos in-
formações sobre o ciclo do carbono e, a par-
1. As pessoas são realmente feitas de milho? tir delas, eles construirão um esquema que
resumirá os trechos mais importantes. Como
2. Em última análise, de onde vem o carbono sugestão, seria indicado que os alunos pri-
que compõe os nossos corpos? meiramente conhecessem as questões a que

45

bio_1a_1bp.indd 45 8/4/09 3:01:51 PM


vão responder (lendo-as atentamente ou sim- de petróleo leva milhões de anos e acon-
plesmente ouvindo-as), pois assim poderão tece quando uma grande quantidade de
direcionar a sua atenção para extrair infor- matéria orgânica (restos de algas, ani-
mações dos pequenos textos que ouvirão. A mais e plantas) acumula-se no fundo
seguir estão as informações a serem lidas e as do oceano ou de um lago e, pouco a
questões para guiar os estudantes na cons- pouco, é soterrada por sedimentos. A
trução do esquema: pressão que uma camada muito grande
de sedimentos exerce por vários milhões
A. A fotossíntese é um processo no qual de anos acaba transformando a matéria
uma planta, na presença de luz, incorpo- orgânica em petróleo.
ra o gás carbônico do ar em açúcares.
G. As fezes dos animais contêm grande
B. Todos os seres vivos são compostos, em quantidade de carbono, na forma de
grande parte, de carbono. matéria orgânica.

C. Quando um coelho come uma folha de H. O motor de um carro usa a energia libe-
alface, parte do carbono da alface passa rada pela queima controlada da gasolina
a fazer parte do corpo do coelho. para gerar movimento. Nesse processo, o
motor lança gás carbônico no ar.
D. Cerca de 70% do nosso corpo é compos-
to de água. Depois dela, as substâncias I. Quando comemos qualquer alimento,
mais abundantes são aquelas compostas parte do carbono presente nesse alimen-
de carbono. to torna-se parte do nosso corpo, en-
quanto outra parte é expelida nas fezes.
Depois de fornecer essas informações, Durante a respiração, parte do carbono
indague os alunos a respeito de como os que assimilamos enquanto comemos é
animais conseguem o carbono que compõe expelida como gás carbônico.
seus corpos.
Neste momento, estimule seus alunos
a pensar sobre quais são as formas pelas
E. Nossa respiração, assim como a de to- quais o carbono é liberado dos compostos
dos os animais e plantas, consome gás orgânicos.
oxigênio e libera gás carbônico.

F. O petróleo e seus derivados (como a ga- J. As árvores captam o gás carbônico do


solina) são compostos, em grande parte, ar e o utilizam para produzir seus tron-
por carbono. O processo de formação cos e folhas.

46

bio_1a_1bp.indd 46 8/4/09 3:01:51 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

K. Nos oceanos existe uma quantidade 1. De que maneira o carbono pode “entrar”,
imensa de algas e animais microscó- ou seja, ser incorporado em uma planta?
picos. Quando morrem, esses seres
Pela fotossíntese.
progressivamente afundam e acabam
depositados no fundo do mar. 2. De que maneira o carbono pode “entrar”
em um animal?
L. A cana-de-açúcar faz fotossíntese, trans-
Por meio da alimentação.
formando o gás carbônico em açúcar.
Esse açúcar pode ser transformado em 3. De que maneira o carbono pode “sair” de
álcool, que pode ser utilizado em mo- uma planta? E de um animal?
tores de carro, da mesma forma que a
Por meio da respiração ou da morte do ve-
gasolina.
getal (quando o carbono gradualmente será
transformado em gás carbônico pelos de-
M. No oceano existem algas microscópi-
compositores). O mesmo vale para um ani-
cas capazes de fazer fotossíntese. Es-
mal, incluindo também a liberação de fezes.
sas algas servem de alimento para uma
grande quantidade de animais, entre 4. Monte um esquema: desenhe uma árvore e,
eles o krill, que é um pequeno crustá- com setas, explique como o carbono pode
ceo. O krill serve de alimento para as entrar e sair da planta.
maiores baleias do planeta, como a
baleia-azul. 5. Imagine um inseto que se alimente dessa
planta. Inclua-o no esquema, explicando
N. Quando uma árvore morre, muitas ve- como o carbono pode entrar e sair dele.
zes fungos e bactérias crescem sobre
ela. Pouco a pouco, eles digerem o car- 6. Imagine um animal predador desse inseto.
bono presente na árvore e, por meio da Da mesma maneira como fez anteriormen-
respiração, liberam gás carbônico no te, inclua-o no esquema.
ambiente.
7. Imagine uma cadeia de seres vivos que co-
O. As plantas, além de fazer fotossíntese, necte a planta que você desenhou inicial-
também respiram. Na respiração, assim mente até você. Desenhe essa cadeia e ex-
como todos os animais, as plantas libe- plique como o carbono entra e sai de todos
ram gás carbônico. os seres vivos do esquema.

47

bio_1a_1bp.indd 47 8/4/09 3:01:51 PM


8. Há decompositores no seu esquema? Em “saídas” de carbono estejam bem represen-
caso negativo, inclua-os, explicando como tadas, como explicitado pelas respostas das
é o fluxo de carbono nesses seres. questões 1 a 3. Uma possível resposta está
Cada aluno imaginará um esquema dife- a seguir:
rente; o importante é que as “entradas” e

Fotos: ©Fabio Colombini; ©Haroldo Palo Jr/Kino e


©R-P/Kino
9. Imagine agora uma sequência de seres, se- Explique aos alunos que o nosso corpo, como o
melhante à do esquema que você fez, mas de todos os seres vivos, é formado (além de água)
que inclua um combustível, e anote-a no principalmente de uma substância, o carbono.
seu caderno. O caminho que o carbono faz Esclareça que o carbono também está presente
de um ser para o outro (e no combustível!) no ar, na forma de gás carbônico, e conduza os
deverá ser indicado por uma seta. alunos a se lembrar da fotossíntese e da incor-
Existe a opção de incluir o petróleo ou o ál- poração desse gás em glicose, realizada pelas
cool de cana na sequência, que cada aluno plantas e outros produtores. A partir daí, recor-
imaginará de forma diferente. O importante de o que é a cadeia alimentar; o importante, nes-
é que a sequência de seres represente adequa- se momento, é que os estudantes percebam que
damente o fluxo de carbono na natureza. o que está sendo transmitido de ser vivo para
ser vivo é o carbono. Se julgar necessário, entre
Etapa 3 – Elaboração de uma narrativa nos detalhes mais químicos sobre esse elemen-
to químico, mas eles não são necessários para
Até aqui, deve ter ficado claro para os estu- a compreensão do conceito central desta ativi-
dantes que “alguma coisa” passa de um ser vivo dade, que é o fluxo de matéria nos seres vivos.
para outro ao longo de uma cadeia alimentar.
Essa “alguma coisa” vai ser formalizada nesta Em seguida, os alunos deverão elaborar
etapa, mas antes do início dos trabalhos, é ne- um texto narrativo descrevendo como é a
cessário que você faça alguns esclarecimentos. viagem do carbono pelos seres vivos. O texto

48

bio_1a_1bp.indd 48 8/4/09 3:01:52 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

deve ser em primeira pessoa (ou seja, o nar- f o primeiro parágrafo tratará sobre a
rador é o átomo de carbono) e iniciar-se no vida do carbono no ar;
ar, com o gás carbônico, passar por um orga-
nismo produtor, dois consumidores e voltar a f o segundo tratará sobre a vida dentro
um produtor. As informações que foram lidas de um produtor;
na etapa anterior podem ser relidas aqui por
você, professor, com a intenção de dar mais f o terceiro tratará sobre a vida dentro
alternativas para os alunos. Animais e plantas dos consumidores;
expelem gás carbônico enquanto respiram; o
corpo de todos os animais e plantas, até mes- f o quarto tratará sobre a volta ao pro-
mo os aquáticos e marinhos, é composto em dutor, explicando o que o futuro pode
grande parte de carbono; fezes de animais reservar para essa porção de carbono;
contêm carbono; fungos e bactérias também
são em grande parte compostos de carbono; f muita atenção aos aspectos formais do
essas são afirmações que os estudantes possi- texto, como ortografia, concordância
velmente poderão incluir em suas narrativas. gramatical, coerência e coesão entre as
frases etc.;
Os alunos deverão respeitar as seguintes
regras para a elaboração dos textos: f o texto deverá ter um título criativo e
relacionado aos acontecimentos que ele
f deverá estar em primeira pessoa, ou narra.
seja, o narrador deverá ser uma porção
de carbono;

PROPOSTA DE AVALIAçãO

Parte a narração, criatividade). Você pode optar por


conduzir, inicialmente, uma avaliação feita
O texto produzido pelos alunos na Etapa 3 pelos próprios alunos, trocando os textos en-
pode ser um excelente instrumento para ava- tre si, indicando claramente que aspectos os
liação. Vários aspectos podem ser analisados alunos-avaliadores deverão analisar. Poste-
para averiguar o desempenho dos alunos, tan- riormente, todo esse material (o texto e a ava-
to na forma (ortografia, concordância, pon- liação feita) pode ser utilizado para verificar
tuação, acabamento etc.), como no conteúdo se os alunos compreenderam como a matéria
(desenvolvimento dos temas, qualidade da flui nos seres vivos.

49

bio_1a_1bp.indd 49 8/4/09 3:01:52 PM


Parte b Uma indústria, que queima petróleo para
fabricar seus produtos, imaginou que, plan-
O gás carbônico, apesar de ser encontrado tando uma grande quantidade de árvores,
naturalmente na atmosfera, é liberado quando compensaria esse prejuízo ambiental. Escre-
o petróleo ou a gasolina são queimados para va um parágrafo explicando qual a lógica por
produzir energia. Isso tem um lado negativo, trás dessa compensação. Escreva também a
porque a emissão de gás carbônico na atmosfe- sua opinião sobre o assunto, argumentando
ra colabora com o aquecimento global e coloca por que essa compensação funcionaria ou
em risco a sobrevivência de inúmeras espécies. não.

PROPOSTA DE SITUAçãO DE RECUPERAçãO

Os alunos que não obtiveram desempenho atividade complementar


satisfatório na avaliação utilizarão a afirma-
ção a seguir como ponto de partida para uma O jogo Viagem do átomo de nitrogênio é
reflexão sobre o fluxo de matéria e energia nos um ótimo complemento para o trabalho com
seres vivos: A energia que movimenta os carros ciclos biogeoquímicos e fluxo de matéria nos
da sua cidade vem do Sol. seres vivos. Trata-se de uma atividade dinâmi-
ca em que os alunos farão o papel de átomos
Os estudantes deverão reler as informações e percorrerão diferentes “estações” que repre-
sobre o ciclo do carbono presentes na Etapa 2 sentam as diferentes possibilidades de traje-
e escrever um texto coeso, explicando detalha- tória do nitrogênio na natureza. Esse jogo, o
damente qual o caminho da energia solar até respectivo manual para o professor e as ques-
os carros. Deverão explicitar se nesse caminho tões que acompanham a atividade podem
há seres vivos e quais seriam eles. ser acessados gratuitamente da internet (dis-
ponível em: <http://www.icb.usp.br/~bmm/
jogos/nitrogenio%20manual.pdf>) e podem
ser impressos.

50

bio_1a_1bp.indd 50 8/4/09 3:01:52 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

RECURSOS PaRa aMPliaR a PERSPECTiva


dO PROFESSOR E dO alUnO PaRa a COMPREEnSãO
dO TEMa

livros capivaras, onças e homem. Disponível em:


<http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/
BRANCO, Samuel M. Ecologia da cidade. biologia/Cadeia_alimentar-Pratica2808.pdf>.
São Paulo: Moderna, 2006. Acesso em: 2 out. 2008.

. Natureza e seres vivos. São Software com três atividades em que o alu-
Paulo: Moderna, 1990. no simula alterações nos fatores abióticos e
verifica os impactos sobre as populações. Dis-
DIAS, Genebaldo Freire. Educação am- ponível em: <http://rived.proinfo.mec.gov.br/
biental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, modulos/biologia/dinamicapopulacional/>.
1992. Acesso em: 2 out. 2008.

MATTOS, Neide S.; MAGALHãES, Softwares sobre o ciclo do nitrogênio, em


Nícia W.; ABRãO, Salete M. A. M. Nós e o que as diversas substâncias produzidas du-
ambiente. São Paulo: Ática, 1991. rante o ciclo são apresentadas ao aluno. Dis-
ponível em: <http://rived.proinfo.mec.gov.
ODUM, Eugene P. Ecologia. Rio de Janei- br/atividades/biologia/nitrogenio/atividade1/
ro: Guanabara, 1988. bio4_ativ1.htm>. Acesso em: 2 out. 2008.

TOWNSEND, Colin R. et al. Fundamentos Software relacionado ao ciclo do nitro-


em Ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2006. gênio que procura mostrar quais são os ali-
mentos ricos em compostos nitrogenados.
. Ecologia: de indivíduos a ecos- Disponível em: <http://rived.proinfo.mec.gov.
sistemas. Porto Alegre: Artmed, 2007. br/atividades/biologia/nitrogenio/atividade2/
bio4_ativ3.htm>. Acesso em: 2 out. 2008.

Sites Software que tem o objetivo de relacionar


as relações tróficas e o ciclo do nitrogênio.
Com atividades Disponível em: <http://rived.proinfo.mec.gov.
br/atividades/biologia/nitrogenio/atividade5/
Jogo sobre cadeia alimentar em que os bio4_ativ8.htm>. Acesso em: 2 out. 2008.
alunos desempenham o papel das plantas,

51

bio_1a_1bp.indd 51 8/4/09 3:01:52 PM


Sugestões de diversas atividades, como a CARLOS. Disponível em: <http://cdcc.sc.usp.
construção de um ecossistema e uma dramati- br/bio/index.html>. Acesso em: 2 out. 2008.
zação sobre cadeia alimentar. Disponível em:
<http://educar.sc.usp.br/ciencias/ecologia/ Realiza exposições e oficinas sobre educação
ativida.html>. Acesso em: 2 out. 2008. ambiental, além de visitas monitoradas.

Textos e sugestões de atividades desenvol- COMPANHIA ENERGÉTICA DE SãO


vidas pelo Núcleo de Estudos de Educação PAULO. Disponível em: <http://www.cesp.
de Jovens e Adultos e Formação Permanente com.br>. Acesso em: 2 out. 2008.
de Professores. Disponíveis em: <http://www.
nea.fe.usp.br/site/Fichas/BIOM1S22U2F1. Tem um programa de visitas monitoradas
pdf> e <http://www.nea.fe.usp.br/site/Fichas/ por especialistas que explicam todo o processo
BIOM1S22U2A1.pdf>. Acesso em: 2 out. 2008. de funcionamento de suas instalações: usinas,
reservatórios, instalações destinadas à preser-
Para consultas vação do meio ambiente e ações sociais. Infor-
mações pelo e-mail: inform@cesp.com.br.
CANTORES BONS DE BICO. Dispo-
nível em: <http://www.radio.usp.br/especial. COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE
php?id=3&edicao=cantodasaves>. Acesso SANEAMENTO AMBIENTAL. Disponível
em: 12 out. 2008. em: <http://www.cetesb.sp.gov.br>. Acesso
em: 2 out. 2008.
Página da Rádio USP que explica a função do
canto das aves. Programa muito interessante, FUNDAçãO MAR. Disponível em:
em que a narração sobre o comportamento <http://www.fundacaomar.org.br/index.
das aves é intercalado com músicas populares asp>. Acesso em: 2 out. 2008.
sobre o canto das aves, além do próprio canto
e vocalização das aves. Desenvolve projetos de educação ambiental,
preservação do meio ambiente, conservação e
CEBIMAR. Disponível em: <http://www. estudos de mamíferos marinhos.
usp.br/cbm/>. Acesso em: 2 out. 2008.
FUNDAçãO SOS MATA ATLÂNTICA.
Centro de Biologia Marinha da USP, localiza- Disponível em: <http://www.sosmatatlantica.
do em São Sebastião, realiza visitas monitora- org.br>. Acesso em: 2 out. 2008.
das, exposições e minicursos.
O site da Fundação SOS Mata Atlântica traz
CENTRO DE DIVULGAçãO CIEN- informações sobre a fauna, flora e unidades de
TÍFICA E CULTURAL DA USP DE SãO conservação de Mata Atlântica. Há também

52

bio_1a_1bp.indd 52 8/4/09 3:01:52 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

links para outras ONGs e órgãos governa- Atende escolas para visitas monitoradas em
mentais que tratam de questões ambientais. algumas de suas estações de tratamento de
água e de esgoto na região metropolitana de
GUIA INTERATIVO DE AVES UR- São Paulo.
BANAS. Disponível em: <http://www.guia.
ib.unicamp.br>. Acesso em: 2 out. 2008. SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
DO ESTADO DE SãO PAULO. Disponível
INSTITUTO DE BOTÂNICA. Disponí- em: <http://www.ambiente.sp.gov.br>. Aces-
vel em: <http://www.ibot.sp.gov.br>. Acesso so em: 2 out. 2008.
em: 2 out. 2008.
SOCIEDADE PAULISTA DE zOOLÓ-
Recebe escolas para visitas monitoradas e ofe- GICOS. Disponível em: <http://www.spzoo.
rece cursos de educação ambiental. Em 2006, org.br>. Acesso em: 2 out. 2008.
foi inaugurada uma trilha suspensa de 360
metros de comprimento, que passa pelo inte- Contém links para os zoológicos de diversas
rior da Mata Atlântica e termina em uma das cidades paulistas.
nascentes do riacho do Ipiranga.
WWF-BRASIL. Disponível em: <http://
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. www.wwf.org.br>. Acesso em: 2 out. 2008.
Disponível em: <http://www.meioambiente.
gov.br>. Acesso em: 2 out. 2008. O site da WWF-Brasil traz informações bas-
tante atuais sobre problemas e projetos ambien-
PESQUISA NACIONAL DE SANEA- tais, principalmente brasileiros. Há também
MENTO BÁSICO. Disponível em: <http:// informações sobre os biomas brasileiros, além
www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/ de peças publicitárias (vídeo e áudio) de cam-
condicaodevida/pnsb/default.shtm>. Acesso panhas de preservação do meio ambiente que
em: 2 out. 2008. podem ser baixadas e usadas na sensibilização
dos alunos. Disponível em: <http://www.wwf.
Relatório da última pesquisa realizada pelo org.br>. Acesso em: 2 out. 2008.
IBGE em 2000. Contém resultados sobre o
abastecimento de água, o esgotamento sani- zÔO SAFÁRI. Disponível em: <http://
tário, a drenagem urbana e a limpeza urbana www.zoologico.sp.gov.br/zoosafari/>. Acesso
e coleta de lixo. em: 2 out. 2008.

SABESP. Disponível em: <http://www2. Ao lado do zoológico de São Paulo, possi-


sabesp.com.br/html/agendamento/>. Acesso bilita a realização de um percurso de 4 qui-
em: 2 out. 2008. lômetros (cerca de 1 hora) em veículo do

53

bio_1a_1bp.indd 53 8/4/09 3:01:52 PM


zoológico, ou então em carro particular, sen- JARDIM BOTÂNICO DE SãO PAULO.
do possível a interação direta com animais de Av. Miguel Stéfano, 3 031/3 687 – Água Fun-
diversas espécies. da, São Paulo (SP). Agendar visitas de quar-
ta-feira a domingo, das 9h às 17h.
zOOLÓGICO DE SãO PAULO. Dispo-
nível em: <http://www.zoologico.sp.gov.br>. JARDIM zOOLÓGICO DE SãO PAU-
Acesso em: 2 out. 2008. LO. Av. Miguel Stéfano, 4 241 – Água Funda,
São Paulo (SP). Visitas de terça-feira a domin-
Há diversas atividades monitoradas e também go, das 9h às 17h.
a possibilidade de visitação noturna.
SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE.
R. Tabapuã, 81 – Itaim Bibi, São Paulo (SP).
visitas e consultas
SOS MATA ATLÂNTICA. R. Manoel da
ESTAçãO DA LUz. Praça da Luz, 1 Nóbrega, 456 – Paraíso, São Paulo (SP).
– Bom Retiro, São Paulo (SP). Confirmar os
horários e percursos dos trens.
Filmes
HORTO FLORESTAL. R. do Horto, 931
– Tremembé, São Paulo (SP). Agendar visitas Água: um bem limitado. TV Cultura/Sabesp,
de segunda-feira a domingo, das 6h às 18h. 1996.
Passeios monitorados para escolas.

54

bio_1a_1bp.indd 54 8/4/09 3:01:52 PM


Biologia – 1a série, 1o bimestre

COnSidERaçõES FinaiS
Neste Caderno tratamos dos conceitos ceitos, visto que a maioria das questões mos-
mais importantes do início do estudo da Eco- tradas avalia também tais conhecimentos.
logia, dando destaque à fotossíntese, às rela-
ções alimentares entre os seres vivos e ao fluxo Este Caderno possibilita, ainda, que se
de matéria e energia na natureza. ofereça um repertório diversificado de ati-
vidades para os alunos, exigindo que eles
A preocupação maior, porém, foi a de ga- desempenhem um papel tão ativo quanto o
rantir uma sequência didática que lhe facilite a do(a) professor(a) no processo de construção
aprendizagem dos conteúdos novos, incluindo dos conhecimentos. Com os recursos didáti-
a retomada e a ampliação dos conhecimentos cos e metodológicos aqui sugeridos, é possí-
dos alunos. É importante perceber o interes- vel promover uma educação mais dialogada e
se em desenvolver habilidades e atitudes que aumentar consideravelmente as possibilidades
precisam ser vivenciadas tanto quanto os con- de aprendizagem.

55

bio_1a_1bp.indd 55 8/4/09 3:01:52 PM


bio_1a_1bp.indd 56 8/4/09 3:01:53 PM

Você também pode gostar