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Câmpus Goiânia
Coordenação de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Parte I (10,0)
1 Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de autoestima que, enquanto contemplava a
2 natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou
3 com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
4 – Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã
5 asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no
6 teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas,
7 criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre…
8 … E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um
9 finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: – Eu, hein?… nem morta!
(Luís Fernando Veríssimo)
4. De acordo com o texto, a princesa é uma mulher moderna por que: (0,2)
a) “É independente, cheia de autoestima” e que presa por sua liberdade
b) Sabe saborear uma rã à sautée, acompanhada “de um finíssimo vinho branco”
c) Espera que a rã se transforme em um príncipe para poder se casar com ele e viver feliz
para sempre
d) É prendada, pois sabe cozinhar, lavar e criar os filhos
1
Imagem para as questões 5 e 6:
Bizarro.com
5. A imagem acima pode ser classificada como (0,2)
a) charge
b) caricatura
c) cartum
d) meme
6. O que podemos inferir ao analisarmos a imagem anterior? Qual a sua opinião sobre a ação do
homem? (1,0)
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8. Na sua opinião, os dois trechos tratam a felicidade da mesma forma? Você concorda com
eles? (1.0)
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3
Releia o trecho:
“Era uma vez/O dia em que todo dia era bom/ Delicioso gosto e o bom gosto/ Das nuvens serem feitas de algodão/ Dava para ser
herói”
9. Na sua opinião, por que a autora utiliza-se da expressão “Era uma vez” em sua música?
(1.0)
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EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com ele.
EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado.
Era uma boca a menos e um patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um
tesouro. E vem louco atrás dele, sedento, atacado da verdadeira hidrofobia. Vive farejando ouro, como um
cachorro da molest’a, como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está enganado. Santo Antônio há de proteger
minha pobreza e minha devoção.
Nesse texto teatral, o emprego das expressões “o peste” e “cachorro da molest’a” contribui para
a) marcar a classe social das personagens.
b) caracterizar usos linguísticos de uma região.
c) enfatizar a relação familiar entre as personagens.
d) sinalizar a influência do gênero nas escolhas vocabulares.
e) demonstrar o tom autoritário da fala de uma das personagens.
Em páginas secas premonitórias, E. Mandel1 apontara tais riscos. O “livre jogo do mercado” (que não é e nunca foi “livre”)
rasgou o ventre das vítimas: milhões de seres humanos nos países ricos e uma carrada maior de milhões nos países pobres. O
centro acabou fabricando a sua periferia intrínseca e apossou-se, como não sucedeu nem sob o regime colonial direto, das
outras periferias externas, que abrangem quase todo o “resto do mundo”.
O emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, inclusive, para indicar que ela
(Fragmento I)
"Meu monstro." É assim que a atriz Salma Hayek se refere ao produtor de cinema americano Harvey Weinstein.
A mexicana, de 51 anos, é mais uma atriz famosa que vem a público acusar o magnata da indústria do entretenimento de
assédio sexual.
"As táticas de persuasão dele iam de falar coisas doces a fazer promessas, até uma vez que, em um ataque de raiva, ele disse
as palavras mais assustadoras: 'Vou te matar, não ache que eu não sou capaz'", conta Hayek em artigo publicado na quarta-
feira no jornal americano The New York Times.
No texto, a artista descreve em detalhes os episódios de agressão e coação que teria vivido ao trabalhar com Weinstein antes
e durante as filmagens de Frida (2002), que rendeu a ela a indicação ao Oscar de Melhor Atriz. [...]
Em vários trechos do relato, Hayek descreve a provação que passou no dia a dia com Weinstein - e os inúmeros "nãos" que
teve que dar diante do assédio constante.
As negativas incluem se recusar a abrir a porta do quarto do hotel à noite, a fazer massagem e a tomar banho com ele, além
de situações mais graves [...]
Segundo a atriz, a sequência de "nãos" despertou a "ira maquiavélica" de Weinstein, que culminou com ameaças de morte. [...]
"Destruiu minha alma, porque devo confessar que, naquele momento, dominada por uma espécie de Síndrome de Estocolmo,
eu queria me ver como artista: não só uma atriz capaz, mas alguém que poderia identificar uma história que vale a pena ser
contada e consegue contá-la de forma original", diz Hayek.
Uma cena erótica de Frida, entre Hayek e outra mulher, teria sido uma das condições impostas por Weinstein para produzir o
filme.
"Minha mente entendia que eu tinha que fazer isso, mas meu corpo continuava chorando e convulsionando. Na hora, comecei
a vomitar, e todos me esperavam no set para gravar", lembra.
Hayek recorda que os colegas ficaram surpresos com sua reação.
"[...] Era porque eu ia ficar nua com outra mulher por causa de Harvey Weinstein. Mas não podia dizer isso a eles", esclarece.
[...]
(Texto adaptado de http://www.bbc.com/portuguese/geral-42350716)
(Fragmento II)
Em menos de 72 horas, o ator Kevin Spacey passou de um dos atores mais respeitados do mundo do cinema, teatro e
televisão a pivô de acusações de assédio sexual, com a carreira em frangalhos e pedindo um tempo para se tratar.
Após a primeira acusação, divulgada no domingo, de que teria abordado de forma indevida um ator adolescente há mais de
30 anos, ele revelou ser gay - e foi duramente criticado por ativistas LGBT, por ter, supostamente, usado sua sexualidade
como "cortina de fumaça" para tirar a atenção das alegações de assédio. [...]
No domingo, o site Buzzfeed divulgou as declarações do ator Anthony Rapp, que afirmou ter sido assediado por Spacey em
1986 quando tinha 14 anos. Na ocasião, Spacey tinha 26 anos. [...]
Na terça-feira, o provedor global de filmes Netflix anunciou que suspendera as filmagens da sexta temporada de House of
Cards.
E na quarta, Spacey, hoje com 58 anos, anunciou que estava saindo de cena para se tratar.
As alegações continuam. Segunda a rede TV norte-americana CNN, vários integrantes homens da equipe de House of
Cards reclamaram do ambiente "tóxico" no set por causa do comportamento de Spacey, marcado por assédio e outros abusos.
[...]
A posição do Netflix não é fácil. Já se previa que House of Cards estava com os dias contados desde a saída de seu criador
original, Beau Willemont.
A empresa já estava tendo de lidar com o "pepino" de sua relação próxima com Harvey Weinstein - e um outro escândalo
certamente não ajuda.
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13. Na sua opinião, o que o jornalista quis dizer com “A posição do Netflix não é fácil. [...] A
empresa já estava tendo de lidar com o ‘pepino’ de sua relação próximo a com Harvey
Weinstein – e um outro escândalo certamente não ajuda.” (1,5)
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Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os
antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em
determinados ofícios 5 mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que
exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-se
sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos.
6
Parte II – (10,0)
15.
16.
17.
Sobre o emprego dos conectores (conjunções) destacados no texto, não se pode-se afirmar:
I. e (linha 1) liga dois propósitos que ocorrem numa situação simultânea.
II. mas (linha 4) estabelece uma relação semântica de oposição em relação à ideia
presente em “um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde;”.
III. como (linha 6) é um marcador de comparação entre a tinta e a idade do narrador.
1 A crônica muitas vezes constitui um espaço para reflexão sobre aspectos da sociedade em que vivemos. Eu, na rua, com pressa,
2 e o menino segurou o meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava
3 pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora. Talvez não fosse o Menino de Família, mas também não era um Menino de
4 Rua. É assim que a gente divide. Menino de Família é aquele bem-vestido, com tênis de moda e camisa de marca, que usa relógio
5 e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura
6 a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão. (...). Na verdade não existem meninos De rua. Existem
7 meninos Na rua. E toda vez que um menino está Na rua é porque alguém botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares (...).
8 Resta ver quem os põe na rua. E por quê.”
(COLOSSANTI, Mariana. In: Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1999)
_______ minhas tias chegaram ______ sete horas da manhã e foram direto _____ feira para fazerem
_______ compras de natal.
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a) As /às / à / as
b) As/ as / a / à
c) As / às / a / as
d) Ás / as / à / às
e) Às / as / a / às
4. (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente (0,5)
a) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar.
b) alteza, empreza, francesa, miudeza.
c) cuscus, chimpanzé, encharcar, encher.
d) incenso, abcesso, obsessão, Luís.
e) chineza, marquês, garrucha, meretriz
5. Leia o texto abaixo e marque a alternativa que completa corretamente os espaços em branco.
(0,5)
a) que; Portanto; e
b) e; Por isso; que
c) que; Por isso; e
d) as quais; Porquanto; mas
8
O texto trata da diferença de sentido entre vocábulos muito próximos. Essa diferença é apresentada
considerando-se a(s):
a) alternâncias na sonoridade
b) adequação às situações de uso
c) marcação flexional das palavras
d) grafia na norma-padrão da língua
a) Poesia irreverente; gosto por "irritar" o burguês; crítica social e moral; criação de uma arte
engajada; volta para o "eu".
b) Literatura intimista, voltada para o "eu"; crítica social, política e moral; sentimentalismo;
presença de nacionalismo.
c) Poesia agressiva e irreverente, com formas sem metro; gosto por "irritar" o burguês;
incorporação das vanguardas na arte portuguesa moderna, com crítica aos valores
artísticos antigos; domínio da metafísica e dos sentidos; presença de nacionalismo.
d) Incorporação das vanguardas na arte portuguesa moderna; crítica aos valores artísticos e
morais antigos; literatura nacionalista e intimista; sentimentalismo.
A tirinha acima estabelece uma interessante relação dialógica com o poema de Fernando
Pessoa, Eu sou do tamanho do que vejo
A tira Hagar e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa)
expressam, com linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos
do mundo é condicionada, essencialmente,
9
a) pelo alcance de cada cultura.
b) pela capacidade visual do observador.
c) pelo senso de humor de cada um.
d) pela idade do observador.
e) pela altura do ponto de observação.
9. A Segunda Fase do Modernismo português teve o nome de Presencismo. Seu surgimento deu-
se em 1927 através de qual publicação? (1,0)
a) Revista Orpheu
b) Revista Presença
c) Revista Perseu
d) Revista Terra do Sol
II.
“(...) Começo a conhecer-me. Não existo.
IV.
“(...) Será que em seu movimento
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me
A brisa lembre a partida,
fizeram,
Ou que a largueza do vento
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Lembre o ar livre da ida?
Sou isso, enfim (...)”.
Não sei, mas subitamente
Sinto a tristeza de estar
O sonho triste que há rente
Entre sonhar e sonhar.”
III.
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7. Sobre a Segunda Geração do Modernismo, é correto afirmar: (2,0)
i. Foi caracterizada, no campo da poesia, pelo amadurecimento e pela ampliação das
conquistas dos primeiros modernistas;
ii. Valorização de uma linguagem rebuscada e metalinguística;
iii. Os poetas do período tinham liberdade para escolher formas como o soneto ou o
madrigal, sem que isso significasse uma volta a estéticas do passado, como o
Parnasianismo;
iv. Valorização do conteúdo sonoro e visual, disposição assimétrica dos versos no papel,
possibilidade de diversas leituras através de diferentes ângulos;
v. No plano temático, a abordagem do cotidiano continuou sendo explorada, mas os
poetas voltaram-se também para problemas sociais e históricos, além de manifestarem
inquietações existenciais e religiosas que ampliaram as proposições da fase anterior.
9. A obra de Murilo Mendes situa-se na fase inicial do Modernismo. Quais as principais propostas
estéticas desse período que transparecem no poema? (1,0)
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