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Modulação Digital e Espalhamento Espectral

Prof. Rafael Guimarães

Redes sem Fio

Aula 5

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Sumário

Sumário

1 Motivação e Objetivos

2 Espalhamento Espectral
Sequências de Pseudo-Ruı́do
Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)
Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

3 Referências

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Motivação e Objetivos

Sumário

1 Motivação e Objetivos

2 Espalhamento Espectral
Sequências de Pseudo-Ruı́do
Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)
Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

3 Referências

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Motivação e Objetivos

Motivação e objetivos

Motivação
As técnicas de modulação lutam para conseguir maior eficiência de potência e/ou
largura de banda em um canal de ruı́do gaussiano aditivo (AWGN).
Rejeição de interferências intencionais.
Redução do efeito de interferências por múltiplos percursos.
Acesso Múltiplo.

Objetivos
Conceituar e caracterizar as técnicas de Espalhamento Espectral.

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Espalhamento Espectral

Sumário

1 Motivação e Objetivos

2 Espalhamento Espectral
Sequências de Pseudo-Ruı́do
Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)
Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

3 Referências

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Espalhamento Espectral

Espalhamento Espectral

O sinal ocupa uma banda muito maior do que a banda mı́nima


necessária para enviar a informação.
O espalhamento é feito por meio da utilização de um código
independente dos dados de informação
Exclusão do FM → Regra de Carson!
No receptor o sinal original é recuperado através de uma operação de
correlação entre o sinal recebido e uma réplica sincronizada do código
utilizado na transmissão.

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Espalhamento Espectral

Espalhamento Espectral

Os sinais do espectro espalhado são pseudoaleatórios e possuem


propriedades tipo ruı́do quando comparados com dados de informação
digital.
A forma de onda com espalhamento é controlada por uma sequência de
pseudo-ruı́do (PN) ou códido de pseudo-ruı́do, que é uma sequência
binária que parece ser aleatória, mas que pode ser reproduzida de
maneira determinı́stica por receptores intencionados.
Os sinais de espectro espalhado são demodulados no receptor por meio
da correlação cruzada com uma versao da portadora pseudo-aleatória
gerada localmente.
A correlação cruzada com a sequência PN desespalha o sinal e restaura
a mensagem original, enquanto a correlação cruzada com um sinal
indesejado resulta em um sinal que pode ser tratado como ruı́do.

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Espalhamento Espectral

Espalhamento Espectral - Vantagens

Rejeição a interferência intencional (”jamming”) pois as transmissões


alheias na mesma faixa de frequência do sinal de interesse, e
consequentemente descorrelacionadas deste, são fortemente atenuadas
no receptor;
Rejeição a interferência natural devido ao ganho de processamento
inerente ao processo;
Baixa probabilidade de interceptação por dois aspectos: faixa mais larga
a ser monitorada e densidade de potência do sinal a ser detectado
reduzida pelo processo de espalhamento de espectro;
Possibilidade de comunicação multiusuário de acesso aleatório por
endereçamento seletivo que consiste na transmissão de sinais de vários
usuários simultaneamente no tempo, ocupando a mesma faixa de
frequência
Esta é a chamada capacidade de Múltiplo Acesso por Divisão de Código
(CDMA) dos sistemas de espalhamento espectral;
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Espalhamento Espectral

Espalhamento Espectral - Vantagens

Resistência aos efeitos dos múltiplos percursos (quando o sinal


transmitido percorre mais de um caminho até o receptor, devido a
reflexões na superfı́cie, prédios, árvores e atmosfera, produzindo
interferências no sinal recebido).
Uma vez que o receptor intercepte o sinal recebido pelo caminho direto e
obtenha a correlação deste com a sequência de código previamente
conhecida, os outros sinais que chegam por múltiplos percursos, ainda que
possuam o mesmo código, estarão defasados no tempo e,
consequentemente, descorrelacionados com o primeiro;

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Espalhamento Espectral

Espalhamento Espectral - Vantagens

Medidas de distância com alta resolução em sistemas de radar que


utilizam técnicas de espalhamento espectral conseguem resolução
melhor que os convencionais devido ao ganho de processamento inerente
e à capacidade desses sistemas distinguirem pulsos muito próximos
oriundos de reflexões no mesmo alvo, recebidos por múltiplos percursos;
Referência de tempo universal precisa apesar de problemas de múltiplo
percurso
A distinção de pulsos muito próximos recebidos por múltiplos percursos
aliado ao ganho de processamento proporcionado pelas técnicas de
espalhamento espectral, torna possı́vel a um transmissor informar o mesmo
referencial de tempo (com uma precisão tanto maior quanto mais elaborado
for o sistema de espalhamento espectral), a receptores que conheçam o
código utilizado no espalhamento.

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Espalhamento Espectral Sequências de Pseudo-Ruı́do

Sumário

1 Motivação e Objetivos

2 Espalhamento Espectral
Sequências de Pseudo-Ruı́do
Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)
Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

3 Referências

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Espalhamento Espectral Sequências de Pseudo-Ruı́do

Sequências PN

Uma sequência de Pseudo-Ruı́do (PN) é uma sequência que tem


caracterı́sticas semelhantes a uma sequência aleatória durante um
perı́odo de tempo
Número de 1’s e 0’s quase igual.
Correlação baixa entre versões deslocadas de sequência.
Correlação cruzada baixa entre duas sequências quaisquer.
O código PN consiste em sequências de 1’s e 0’s, à uma taxa maior que
a taxa dos bits de transmissão, com propriedades ortogonais.

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)

Sumário

1 Motivação e Objetivos

2 Espalhamento Espectral
Sequências de Pseudo-Ruı́do
Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)
Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

3 Referências

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)

SS-DS

Um sistema de Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)


espalha os dados da banda base multiplicando diretamente os pulos de
dados por uma sequência PN.
Um único pulso ou sı́mbolo PN é chamado chip.
No receptor DSSS o ”desespalhamento” é feito multiplicando o sinal
recebido pelo gerador local de sinal PN.

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)

SS-DS

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)

SS-DS

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)

SS-DS

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)

SS-DS

Para a camada DSSS também foram definidos dois tipos de modulação,


para duas taxas de transmissão diferentes.
A taxa de 1 Mbps é baseada na modulação DBPSK (Differential Binary
Phase Shift Keying, ou simplesmente DPSK), transmitindo 1 bit por
sı́mbolo.
Enquanto a taxa de 2 Mbps utiliza a modulação DQPSK (D Quadrature
PSK), transmitindo 2 bits por sı́mbolo.
No entanto, o uso da modulação DQPSK requer uma melhor relação
sinal-ruı́do, ou seja, isso será um limitante para a distância entre os
terminais.
Logo, a taxa de transmissão utilizada será definida pelo fator distância,
resultando em um raio de alcance menor para a taxa de 2 Mbps, e a
partir desse ponto até um raio de alcance um pouco maior, utiliza-se a
taxa de 1 Mbps.
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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)

SS-DS

O padrão 802.11 DSSS define também um código PN de 11 bits para a


codificação dos sı́mbolos, chamado de sequência de Barker.
Cada sequência de 11 bits será utilizada para codificar 1 ou 2 bits, de
acordo com a taxa utilizada, gerando então os sı́mbolos, que serão
transmitidos à taxa de 1 MSps (mega sı́mbolos por segundo).
Os códigos da sequência de Barker serão gerados a partir da seguinte
sequência: +1, -1, +1, +1, -1, +1, +1, +1, -1, -1, -1.

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

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1 Motivação e Objetivos

2 Espalhamento Espectral
Sequências de Pseudo-Ruı́do
Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)
Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

3 Referências

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

SS-FH

O salto de frequência envolve uma mudança periódica de frequência na


transmissão.
O sinal pode ser considerado como uma sequência de rajada de dados
moduladas com frequência (FSK) de portadoras pseudo-aleatórias,
variáveis no tempo.
Ou seja, ao invés de utilizar frequências f1 e f2 pré-definidas, as
frequências utilizadas para se transmitir 0 ou 1 são alterados de acordo
com uma sequência pseudo-aleatória gerada (código PN).
Os dados são enviados através de saltos na portadora do transmissor
para canais aparentemente aleatórios, que são conhecidos apenas pelo
receptor desejado.

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

SS-FH

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

SS-FH

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

SS-FH

Para que este sistema funcione, é necessário que todas as suas estações
estejam sincronizadas e funcionando simultaneamente com a mesma
sequência pseudoaleatória de frequências, para que possa haver
compatibilidade entre elas.
Isto é possı́vel se os geradores de números pseudoaleatórios de todas
elas utilizarem a mesma semente, pois desta forma, a sequência
pseudoaleatória gerada em cada uma delas será a mesma.
É possı́vel que dois sistemas de FH utilizem uma mesma banda de
frequência, pois se eles forem configurados para utilizarem sequências de
hopping diferentes, isto impedirá que ocorra interferência entre eles.

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Espalhamento Espectral Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

SS-FH

A modulação definida para a camada FHSS é o 2-GFSK para a taxa de


1 Mbps, e o 4-GFSK para 2 Mbps, utilizando um canal de 1 Mhz.
O 2-GFSK utiliza 2 frequências possı́veis, transmitindo 1 bit por
sı́mbolo, enquanto o 4-GFSK utiliza 4 frequências possı́veis,
transmitindo então 2 bits por sı́mbolo.

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Referências

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1 Motivação e Objetivos

2 Espalhamento Espectral
Sequências de Pseudo-Ruı́do
Espectro Espalhado de Sequência Direta (SS-DS)
Espectro Espalhado por Salto de Frequência (SS-FH)

3 Referências

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Referências

Referências

Alessandro de Paula Oliveira, notas de aula, ”Modulação PAM,PWN,


PMM, diponı́vel em: http://paginapessoal.utfpr.edu.br/alessandro
Márlio José do Couto Bonfim, notas de aula, ”Técnicas de Modulação”,
disponı́vel em: http://www.eletr.ufpr.br/marlio/te241/aula3.pdf

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