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Apostila TJ PR - Técnico Judiciário - Editora Aprovare (2017) PDF
Apostila TJ PR - Técnico Judiciário - Editora Aprovare (2017) PDF
- TÉCNICO JUDICIÁRIO -
Editora Aprovare
2017
www.editoraaprovare.com.br
contato@editoraaprovare.com.br
TODOS OS DIREITOS DESTE MATERIAL SÃO RESERVADOS. Nenhuma parte desta publicação poderá
ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Aprovare. A viola-
ção dos direitos autorais é crime previsto na Lei 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
É com grande satisfação que a Editora Aprovare, especialista em apostilas e livros jurídicos para
concursos públicos, traz ao público a presente “Apostila Teórica Completa para Técnico Judiciário do
Concurso Público do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná”, escrita por uma competente equipe de
professores especialistas.
Trata-se de material didático exclusivo: completo, minucioso e atualizado. A apostila foi totalmente
estruturada de acordo com o Edital 001/2017 e contempla todas as disciplinas arroladas no aludido
documento.
Cabe ressaltar que o Conteúdo Programático traz as seguintes disciplinas como requisitos: Língua
Portuguesa, Matemática, Noções de Direito e Legislação, Informática e Atualidades.
O certo é que o candidato que se prepara com o material da Aprovare terá acesso ao melhor mate-
rial do mercado para o certame que se aproxima e pode confiar no seu conteúdo, pois foi elaborado de
acordo com a metodologia testada e aprovada em outros concursos públicos.
Trata-se, pois, de um material imprescindível para que o candidato possa ter um adequado roteiro
de estudos e uma preparação de qualidade para encarar a prova vindoura.
Dito isso, desejamos bons estudos a todos os candidatos a esta nobre carreira pública.
① LÍNGUA PORTUGUESA
② MATEMÁTICA
④ INFORMÁTICA
⑤ ATUALIDADES
01 ORTOGRAFIA
02 POR QUE, POR QUE, PORQUE, PORQUE
03 ETIMOLOGIA
04 ACENTUAÇÃO
05 SINTAXE
06 PROBLEMAS DE CONSTRUÇÃO DE FRASES
07 CONCORDÂNCIA
08 REGÊNCIA
09 PONTUAÇÃO
10 COLOCAÇÃO DOS PRONOMES
11 SEMÂNTICA
12 MORFOLOGIA
13 ESTRUTURA DAS PALAVRAS
14 FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
15 CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
16 COMPREENSÃO TEXTUAL
17 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
18 FIGURAS DE LINGUAGEM
NOTA: O Conteúdo Programático previsto no Edital é fechada, concorrendo com a terminação -mos para
do Concurso focou seus temas na compreensão e indicar a primeira pessoa do plural. Tudo isso ocor-
interpretação de textos. Para tal, faz-se necessário re quando estamos falando. Como, entretanto, repre-
que o candidato tenha um conhecimento geral dos sentar esses sons diferentes na escrita? Se a cada som
temas de Língua Portuguesa. Por isso, esta apostila correspondesse uma letra diferente, levaríamos um
aborda diversos assuntos desta disciplina, que cer- tempão para nos alfabetizar, tentando reter dezenas
tamente serão de suma importância para a prova. de sinais gráficos.
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NÃO SE USA HÍFEN nas locuções de qualquer tipo. Primeiro elemento (= prefixos “circum-” e “pan-”) +
cão de guarda em cima Segundo elemento (iniciado por vogal, “h”, “m”, “n”).
fim de semana (locução por isso (locução adverbial) circum-escolar pan-africano
substantiva) circum-hospitalar pan-helenismo
cor de açafrão abaixo de circum-murado pan-mágico
cor de vinho (locução acerca de circum-navegação pan-negritude
adjetiva)
cada um a fim de (locução Primeiro elemento (= prefixos “hiper-”, “inter-” e “super-”)
prepositiva) + Segundo elemento (iniciado por “r”).
ele próprio a fim de que hiper-requintado super-revista
nós mesmos (locução ao passo que inter-resistente
pronominal)
à parte logo que (locução Após os prefixos “ex-” (no sentido de estado anterior ou
conjuntiva) efeito de cessar), “sota-”, “soto-”, “vice-”, “vizo-”.
ex-aluno sota-piloto
Em palavras derivadas de prefixos/falsos prefixos, ex-diretor soto-mestre
tais como: aero, agro, anti, ante, aquém, arqui, auto,
bio, circum, co, contra, des, eletro, entre, ex, extra, geo, ex-hospedeiro vice-presidente
hidro, hiper, infra, in, inter, intra, macro, maxi, micro, ex-primeiro-ministro vice-reitor
mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseu- ex-presidente vizo-rei
do, retro, semi, sobre, sota, soto, sub, super, supra, tele, ex-rei
ultra, vice, vizo, etc.
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Em palavras derivadas com os sufixos de origem - Pronomes pessoais de tratamento (Vossa Se-
tupi-guarani -açu, -guaçu e -mirim, usa-se hífen. nhoria, Vossa Excelência);
- Cidades, países, estados, províncias , etc. A letra C acompanhada da cedilha (,) também é
(Curitiba, São Paulo, Texas); empregada em palavras derivadas da sílaba –tivo:
- Datas comemorativas, períodos ou eventos E, também, quando se retira a letra R para haver a
marcantes da história, movimentos filosóficos e derivação de outra palavra, observe:
políticos (Páscoa, Socialismo, Eleições, Copa do
- Armar = Armação
Mundo);
- Reclamar =
- Identificação de cargos (Diretor, Supervisor,
Técnico, Gerente, etc.); - Reclamação Fundir = Fundição
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O duplo S é utilizado entre vogais, quando a pala- Quando se usar o prefixo ANTE (anterior, antes),
vra obtiver som de S, caso contrário o som passar a ser como em antevéspera, antebraço e anteontem.
de “Z”. Observe o exemplo a seguir:
Mexer, mexerica, mexicano (exceções: encher, me- - Substantivos terminados em -agem, -igem e
cha, etc.) -ugem, como vagem, ferrugem, fuligem, mensagem e
viagem. Não observa a regra o substantivo pajem.
O X também é utilizado em palavras de origem
africana e indígena, bem como palavras aportuguesa-
- Em palavras terminadas em -ágio, égio, -ígio, ógio
das de origem árabe ou indiana, incorporadas à língua
e úgio, como pedágio, régio, vestígio, relógio e refúgio.
inglesa e por meio dessa trazida até nós:
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Língua Portuguesa
- Existem casos em que por que representa uma se- Ex.: “Ninguém entende o porquê de tanta confu-
quência preposição + pronome relativo, equivalendo a são”.
pelo qual, pelos quais, pelas quais, pela qual . 2)Por quê : será usado em final de frase.
- O túnel por que deveríamos passar desabou on- Ex.: “Ela não me telefonou nem me disse por quê “.
tem. = pelo qual
3)Por que : será usado quando o “que” puder ser
- É difícil a situação por que passamos.= pela qual substituído por “qual”, ou no início de frases interro-
Utiliza-se a forma por que também em frases inter- gativas
rogativas diretas. Ex.: “As causas por que luto são nobres”.
- Por que não vais? - Por que você saiu tão cedo? Por que você não veio trabalhar ontem?
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Oxítonos:
04 ACENTUAÇÃO
As palavras em que a sílaba mais forte é a última
A acentuação é um fenômeno que se manifesta são acentuadas quando terminadas em:
tanto na língua falada quanto na escrita. No âmbi-
to da fala, marcamos a acentuação das palavras de -a(s): guaraná, atrás, (ele) será, (tu) serás, Amapá,
forma automática, com uma sutil elevação de voz. Pará; -e(s): tevê, clichê, cortês, português, pajé, convés;
Eventualmente, ocorrem dúvidas quanto à pronúncia -o(s): complô, robô, avô, avós, após, quiproquó(s); -em,
que são na verdade dúvidas quanto à acentuação de -ens: armazém, armazéns, também, (ele) provém (eles)
determinada palavra, como nos exemplos: rubrica ou detêm.
rúbrica, Nobel ou Nóbel. Na língua escrita, a acentua-
ção das palavras decorre basicamente da necessidade Observação:
de marcar aqueles vocábulos que, sem acento, pode-
riam ser lidos ou interpretados de outra forma. As palavras tônicas que possuem apenas uma sí-
laba (monossílabos) terminadas em a, e e o seguem
A acentuação gráfica compreende o uso de quatro também esta regra: pá, pé pó, (tu) dás, três, mês, (ele)
sinais: a) o agudo (‘), para marcar a tonicidade das vo- pôs, má, más; assim também os monossílabos verbais
gais a (paráfrase, táxi, já), i (xícara, cível, aí) e u (cú- seguidos de pronome: dá-la, tê-lo, pô-la, etc.
pula, júri, miúdo); e a tonicidade das vogais abertas e
(exército, série, fé) e o (incólume, dólar, só); b) o grave
ENCONTROS VOCÁLICOS
(`), exclusivamente para indicar a ocorrência de crase,
i. é, a ocorrência da preposição a com o artigo feminino
a ou os demonstrativos a, aquele(s), aquela(s), aquilo. Ditongos abertos tônicos:
c) o circunflexo (^), para marcar a tonicidade da vogal
a nasal ou nasalada (lâmpada, câncer, espontâneo), e Os ditongos ei, eu, oi têm a primeira vogal acentua-
das vogais fechadas e (gênero, tênue, português) e o da graficamente quando for aberta e estiver na sílaba
(trôpego, bônus, robô); d) e acessoriamente o til (~), tônica: papéis, réis, mausoléu, céus, corrói, heróis.
para indicar a nasalidade (e em geral a simultânea to-
nicidade) em a e o (cristã, cristão, pães, cãibra; cora-
ções, põe(s), põem). Ditongos ue e ui antecedidos por g ou q:
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Língua Portuguesa
Tem como função primeira a de indicar a nasali- •Antes dos pronomes demonstrativos (isso, esse,
zação das vogais a e o, mas eventualmente acumula este, esta, essa), por exemplo: Era a isso que nos refe-
também a função de marcar a tonicidade (chã, manhã, ríamos; Quando aderir a esse plano, a internet ficará
cristã, cãibra). Acrescente-se, por fim, que as regras mais barata.
para acentuação gráfica valem igualmente para no-
•Antes de nomes de cidade que não utilizam o arti-
mes próprios (América, Brasília, Suécia, Pará, Chuí, go feminino, por exemplo: Fomos à Itália.
Maceió, etc.) e para abreviaturas de palavras acentua-
das (página – pág., páginas – págs., século – séc.). •Palavras repetidas: dia a dia, frente a frente, cara a
cara, gota a gota, ponta a ponta, por exemplo: Ficamos
A acentuação de palavras estrangeiras ainda não cara a cara na festa de final de ano; Dia a dia nos co-
aportuguesadas segue as regras da língua a que per- nhecemos melhor.
tencem: détente, habitué, vis-à-vis (francês).
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Língua Portuguesa
FRASES FRAGMENTADAS
Mais um exemplo de frase inaceitável na língua es-
A fragmentação de frases consiste em pontuar uma crita culta:
oração subordinada ou uma simples locução como se
fosse uma frase completa. Decorre da pontuação er- Errado: No discurso de posse, mostrou determina-
rada de uma frase simples. Embora seja usada como ção, não ser inseguro, inteligência e ter ambição.
recurso estilístico na literatura, a fragmentação de fra- O problema aqui decorre de coordenar palavras
ses devem ser evitada nos textos oficiais, pois muitas (substantivos) com orações (reduzidas de infinitivo).
vezes dificulta a compreensão. Ex.:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou
Errado: O programa recebeu a aprovação do por transformá-la em frase simples, substituindo as
Congresso Nacional. Depois de ser longamente de- orações reduzidas por substantivos:
batido. Certo: O programa recebeu a aprovação do
Congresso Nacional, depois de ser longamente deba- Certo: No discurso de posse, mostrou determina-
tido. Certo: Depois de ser longamente debatido, o pro- ção, segurança, inteligência e ambição. Ou empregar
grama recebeu a aprovação do Congresso Nacional. a forma oracional reduzida uniformemente: Certo: No
discurso de posse, mostrou ser determinado e seguro,
Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente ter inteligência e ambição.
submetido ao Presidente da República, que o aprovou.
Consultadas as áreas envolvidas na elaboração do tex-
to legal. Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso
paralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equi-
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente valente) a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao
submetido ao Presidente da República, que o aprovou, se apresentar, de forma paralela, estruturas sintáticas
consultadas as áreas envolvidas na elaboração do tex- distintas:
to legal.
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e
o Papa.
ERROS DE PARALELISMO
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cida-
Uma das convenções estabelecidas na linguagem des (Paris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma
escrita consiste em apresentar ideias similares numa possibilidade de correção é transformá-la em duas fra-
forma gramatical idêntica, o que se chama de parale- ses simples, com o cuidado de não repetir o verbo da
lismo. Assim, incorre-se em erro ao conferir forma não primeira (visitar):
paralela a elementos paralelos. Vejamos alguns exem-
plos: Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma.
Nesta última capital, encontrou-se com o Papa.
Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos
Ministérios economizar energia e que elaborassem Errado: O projeto tem mais de cem páginas e muita
planos de redução de despesas. complexidade.
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Errado: Neste momento, não se devem adotar me- A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade
didas precipitadas, e que comprometam o andamento de identificar-se a que palavra se refere um pronome
de todo o programa. que possui mais de um antecedente na terceira pessoa.
Pode ocorrer com:
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo
anterior aqui podemos ou suprimir a conjunção:
a) pronomes pessoais:
Certo: Neste momento, não se devem adotar medi- Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretaria-
das precipitadas, que comprometam o andamento de do que ele seria exonerado.
todo o programa.
Ou estabelecer forma paralela coordenando ora- Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu
ções adjetivas, recorrendo ao pronome relativo que e secretariado.
ao verbo ser:
Ou então, caso o entendimento seja outro:
Certo: Neste momento, não se devem adotar me-
didas que sejam precipitadas e que comprometam o Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a
andamento de todo o programa. exoneração deste.
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A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os O piloto gosta de automóveis; prefere, porém, des-
quais, as quais, que marcam gênero e número. locar-se em aviões.
Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu Alternativas: relacionam pensamentos que se ex-
costumava trabalhar. Se o entendimento é outro, en- cluem. As conjunções alternativas mais utilizadas são:
tão: Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu ou, quer...quer, ora...ora, já...já.
costumava trabalhar. Há, ainda, outro tipo de ambi-
guidade, que decorre da dúvida sobre a que se refere O Presidente irá ao encontro (ou) de automóvel, ou
a oração reduzida: Ambíguo: Sendo indisciplinado, o de avião. Conclusivas: relacionam pensamentos tais
Chefe admoestou o funcionário. que o segundo contém a conclusão do enunciado no
primeiro. São: logo, pois, portanto, consequentemente,
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo aci- por conseguinte, etc.
ma, deve-se deixar claro qual o sujeito da oração re-
duzida. Claro: O Chefe admoestou o funcionário por A inflação é o maior inimigo da Nação; logo, é meta
ser este indisciplinado. Ambíguo: Depois de exami- prioritária do governo eliminá-la.
nar o paciente, uma senhora chamou o médico. Claro: Explicativas: relacionam pensamentos em sequên-
Depois que o médico examinou o paciente, foi chama- cia justificativa, de tal modo que a segunda oração ex-
do por uma senhora. plica a razão de ser da primeira. São: que, pois, por-
que, portanto.
TIPOS DE ORAÇÕES E EMPREGO DE
Aceite os fatos, pois eles são o espelho da realidade.
CONJUNÇÕES
As conjunções são palavras invariáveis que ligam Períodos Subordinados e Conjunções Subordina-
orações, termos da oração ou palavras. Estabelecem tivas:
relações entre orações e entre os termos sintáticos, que
podem ser de dois tipos: As conjunções subordinativas unem duas orações
de natureza diversa: a que é introduzida pela con-
a) de coordenação de ideias de mesmo nível, e junção completa o sentido da oração principal ou lhe
de elementos de idêntica função sintática; acrescenta uma determinação. As orações subordina-
das desenvolvidas (i. é, aquelas que apresentam verbo
b) de subordinação, para estabelecer hierarquia em uma das formas finitas, indicativo ou subjuntivo)
entre as ideias, e permitir que uma oração com- e as conjunções empregadas em cada modalidade de
plemente o sentido da outra. subordinação são as seguintes:
Por esta razão, o uso apropriado das conjunções é Substantivas: desempenham funções de substanti-
de grande importância: seu emprego indevido gera vo, ou seja, sujeito, objeto direto, objeto indireto, pre-
imprecisão ou combinações errôneas de ideias. dicativo.
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Podem ser introduzidas pelas conjunções integran- b) Concessivas: embora, conquanto, ainda que,
tes que, se, como; pelos pronomes relativos, que, quem, posto que, se bem que, etc. O orçamento foi aprovado,
quantos; e pelos pronomes interrogativos quem, (o) embora os preços estivessem altos.
que, quanto(a)(s), qual (is), como, onde, quando. De
acordo com a função que exercem, as orações são clas- c) Condicionais: se, caso, contanto que, sem que,
sificadas em: uma vez que, dado que, desde que, etc. O Presidente
baixará uma medida provisória se houver necessi-
a) subjetivas: É surpreendente que as transforma- dade. Informarei o Secretário sobre a evolução dos
ções ainda não tenham sido assimiladas. Quem não acontecimentos contanto que ele guarde sigilo daquilo
tem competência não se estabelece. que ouvir.
b) objetivas diretas: O Ministro anunciou que os d) Conformativas: como, conforme, consoante, se-
recursos serão liberados. gundo, etc.
c) objetivas indiretas: A liberação dos recursos de- Despachei o processo conforme determinava a pra-
pende de que o Ministro a autorize. xe em vigor.
d) predicativas: O problema do projeto foi que nin- e) Comparativas: que, do que (relacionados a mais,
guém previu todas as suas consequências. menos, maior, menor, melhor, pior); qual (relacionado
a tal); como ou quanto (relacionados a tal, tanto, tão);
Adjetivas: desempenham a função de adjetivo, res- como se; etc.
tringindo o sentido do substantivo a que se referem,
ou simplesmente lhe acrescentando outra caracterís- Nada é tão importante como (ou quanto) o respeito
tica. São introduzidas pelos pronomes relativos que, aos direitos humanos. f) Consecutivas: que (relacio-
o (a) qual, quem, quanto, cujo, como, onde, quando. nado com tal, tão, tanto, tamanho); de modo que, de
Podem ser, portanto: maneira que; etc.
e) restritivas: Só poderão inscrever-se os candida- O descontrole monetário era tal que não restou ou-
tos que preencheram todos os requisitos para o con- tra solução senão o congelamento.
curso.
g) Finais: para que ou por que, a fim de que, que,
etc.
f) não-restritivas (ou explicativas):
O pai trabalha muito para (ou a fim de ) que nada
O Presidente da República, que tem competência
falte aos filhos.
exclusiva nessa matéria, decidiu encaminhar o projeto.
Observe que o fato de a oração adjetiva restringir, h) Proporcionais: à medida ou proporção que, ao
ou não, o substantivo (nome ou pronome) a que se re- passo que, etc.
fere repercute na pontuação. Na frases de a), a oração
adjetiva especifica que não são todos os candidatos que As taxas de juros aumentavam à proporção (ou me-
poderão inscrever-se, mas somente aqueles que preen- dida) que a inflação crescia.
cherem todos os requisitos para o concurso. Como se
verifica pelo exemplo, as orações adjetivas restritivas i) Temporais: quando, apenas, mal, até que, assim
não são pontuadas com vírgula em seu início. Já em b) que, antes ou depois que, logo que, tanto que, etc. O
temos o exemplo contrário: como só há um Presidente acordo será celebrado quando alcançar-se um enten-
da República, a oração adjetiva não pode especificá-lo, dimento mínimo. Apenas iniciado o mandato, o go-
mas apenas agregar alguma característica ou atributo vernador decretou a moratória da dívida pública do
dele. Este segundo tipo de oração vem, obrigatoria- Estado.
mente, precedido por vírgula anteposta ao prenome
relativo que a introduz.
Orações Reduzidas:
Adverbiais: que cumprem a função de advérbios.
A mesma classificação das orações subordinadas
As conjunções que com mais frequência conectam es-
desenvolvidas vale para as reduzidas, aquelas em que
sas orações vêm listadas ao lado da denominação de
o verbo está em uma das três formas nominais (infi-
cada modalidade. As orações adverbiais são classifi-
nitivo, particípio e gerúndio). Mencionemos alguns
cadas de acordo com a ideia expressa por sua função
exemplos:
adverbial:
a) Causais: porque; como, desde que, já que, vis- a) substantivas: são sempre reduzidas de infinitivo
to, uma vez que (antepostos). O Coronel assumiu o (pois este é a forma nominal substantiva do verbo): É
comando porque o General havia falecido. Como o obrigatório revisar o texto. O Chefe prefere refazer ele
General havia falecido, o Coronel assumiu o comando. mesmo o texto. Eu gosto de reler todos os textos.
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Essa acomodação formal se chama “flexão” e se dá São muito frequentes os erros de pessoalização
quanto a gênero e número (nos adjetivos – nomes ou dos verbos haver e fazer em locuções verbais (ou seja,
quando acompanhados de verbo auxiliar). Nestes ca-
pronomes), números e pessoa (nos verbos). Daí a divi-
sos, os verbos haver e fazer transmitem sua impessoa-
são: concordância nominal e concordância verbal.
lidade ao verbo auxiliar:
Quando o sujeito for composto, ou seja, possuir b) Concordância facultativa com sujeito mais pró-
mais de um núcleo, o verbo vai para o plural e para ximo: quando o sujeito composto figurar após o verbo,
a pessoa que tiver primazia, na seguinte ordem: a 1a pode este flexionar-se no plural ou concordar com o
elemento mais próximo.
pessoa tem prioridade sobre a 2a e a 3a; a 2a sobre a
3a; na ausência de uma e outra, o verbo vai para a 3a Venceremos eu e você. – ou: Vencerei eu e você. –
pessoa. ou, ainda:
Eu e Maria queremos viajar em maio. Eu, tu e João Vencerá você e eu.
somos amigos. O Presidente e os Ministros chegaram
logo. c) Quando o sujeito composto for constituído de
palavras sinônimas (ou quase), formando um todo
Observação: Por desuso do pronome vós e respec- indiviso, ou de elementos que simplesmente se refor-
tivas formas verbais no Brasil, tu e ... leva o verbo para çam, a concordância é facultativa, ou com o elemento
a 3a pessoa do plural: Tu e o teu colega devem (e não mais próximo ou com a ideia plural contida nos dois
deveis) ter mais calma. ou mais elementos:
Analisaremos a seguir algumas questões que costu- A sociedade, o povo une-se para construir um país
mam suscitar dúvidas quanto à correta concordância mais justo. – ou então: A sociedade, o povo unem-se
verbal. para construir um país mais justo.
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d) O substantivo que se segue à expressão um e sição à concordância lógica, que se faz com o núcleo
outro fica no singular, mas o verbo pode empregar-se sintático do sintagma (ou locução) nominal (a maio-
no singular ou no plural: ria + de...):
Um e outro decreto trata da mesma questão jurídi- A maioria dos condenados acabou (ou acaba-
ca. – ou: Um e outro decreto tratam da mesma questão ram) por confessar sua culpa. Um grande número de
jurídica. Estados aprovaram (ou aprovou) a Resolução da ONU.
e) As locuções um ou outro, ou nem um, nem ou- Metade dos Deputados repudiou (ou repudiaram)
tro, seguidas ou não de substantivo, exigem o verbo as medidas.
no singular:
j) Concordância do verbo ser: segue a regra geral
Uma ou outra opção acabará por prevalecer. Nem (concordância com o sujeito em pessoa e número),
uma, nem outra medida resolverá o problema. mas nos seguintes casos é feita com o predicativo: –
quando inexiste sujeito:
f) No emprego da locução um dos que, admite-se
dupla sintaxe, verbo no singular ou verbo no plural Hoje são dez de julho. Agora são seis horas. Do
(prevalece este no uso atual): Planalto ao Congresso são duzentos metros. Hoje é dia
quinze.
Um dos fatores que influenciaram (ou influenciou)
a decisão foi a urgência de obter resultados concretos. – quando o sujeito refere-se a coisa e está no sin-
A adoção da trégua de preços foi uma das medidas gular e o predicativo é substantivo no plural: Minha
que geraram (ou gerou) mais impacto na opinião pú- preocupação são os despossuídos. O principal erro fo-
blica. ram as manifestações extemporâneas.
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c) possível: em expressões superlativas, este adje- ••Aspirar: no sentido de respirar, é transitivo di-
tivo ora aparece invariável, ora flexionado (embora no reto: Aspiramos o ar puro da montanha. Aspirá-lo. –
português, moderno se prefira empregá-lo no plural): no sentido de desejar ardentemente, de pretender, é
As características do solo são as mais variadas possí- transitivo indireto, regendo a preposição a: O projeto
veis. As características do solo são as mais variadas aspira à estabilidade econômica da sociedade. Aspira
possível. a ela. Aspirar a um cargo. Aspirar a ele.
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••Assistir: no sentido de auxiliar, ajudar, socorrer, (incumbir-lhe) alguma coisa: O Presidente incumbiu
é transitivo direto: Procuraremos assistir os atingidos ao Chefe do Cerimonial preparar a visita do dignitário
pela seca (assisti-los). O direito que assiste ao autor estrangeiro.
de rever sua posição. O direito que lhe assiste... – no
sentido de estar presente, comparecer, ver é transitivo ••Informar: informar alguém (informá-lo) de algu-
indireto, regendo a preposição a: Não assisti à reunião ma coisa: Informo Vossa Senhoria de que as providên-
ontem. Não assisti a ela. Assisti a um documentário cias solicitadas já foram adotadas. – informar a alguém
muito interessante. Assisti a ele. Nesta acepção, o ver- (informar-lhe) alguma coisa: Muito agradeceria infor-
bo não pode ser apassivado; assim, em linguagem cul- mar à autoridade interessada o teor da nova proposta.
ta formal, é incorreta a frase: “A reunião foi assistida
por dez pessoas”. ••Obedecer: obedecer a alguém ou a alguma coisa
(obedecer-lhe): As reformas obedeceram à lógica do
••Atender: O Prefeito atendeu ao pedido do verea- programa de governo. É necessário que as autoridades
dor. O Presidente atendeu o Ministro (atendeu-o) em constituídas obedeçam aos preceitos da Constituição.
sua reivindicação. Ou O Presidente atendeu ao Minis- Todos lhe obedecem.
tro (atendeu a ele) em sua reivindicação.
••Pedir: pedir a alguém (pedir-lhe) alguma coi-
••Avisar: avisar alguém (avisá-lo) de alguma coisa: sa: Pediu ao assessor o relatório da reunião. – pedir
O Tribunal Eleitoral avisou os eleitores da necessidade a alguém (pedir-lhe) que faça alguma coisa: (“Pedir
do recadastramento. a alguém para fazer alguma coisa” é linguagem oral,
vulgar, informal.) Pediu aos interessados (pediu-lhes)
••Comparecer: comparecer a (ou em) algum lugar que (e não *para que) procurassem a repartição do Mi-
ou evento: Compareci ao(ou no) local indicado nas nistério da Saúde.
instruções. A maioria dos delegados compareceu à (ou
na) reunião ••Preferir: preferir uma coisa (preferi-la) a outra
(evite: “preferir uma coisa do que outra”): Prefiro a de-
••Compartilhar: compartilhar alguma (ou de algu- mocracia ao totalitarismo. Vale para a forma nominal
ma) coisa: O povo brasileiro compartilha os (ou dos) preferível: Isto é preferível àquilo (e não preferível do
ideais de preservação ambiental do Governo. que...).
••Consistir: consistir em alguma coisa (consistir de ••Propor-se: propor-se (fazer) alguma coisa ou a
é anglicismo): O plano consiste em promover uma tré- (fazer) alguma coisa: O decreto propõe-se disciplinar
gua de preços por tempo indeterminado. (ou a disciplinar) o regime jurídico das importações.
••Custar: no sentido usual de ter valor, valer: A ••Referir: no sentido de ‘relatar’ é transitivo direto:
casa custou um milhão de cruzeiros. Referiu as informações (referiu-as) ao encarregado.
– no sentido de ser difícil, este verbo se usa na 3a ••Visar: com o sentido de ter por finalidade, a re-
pessoa do sing., em linguagem culta formal: gência originária é transitiva indireta, com a preposi-
ção a. Tem- se admitido, contudo, seu emprego com o
Custa-me entender esse problema. (Eu) custo a en- transitivo direto com essa mesma acepção: O projeto
tender esse problema – é linguagem oral, escrita infor- visa ao estabelecimento de uma nova ética social (visa
mal, etc. a ele). Ou: visa o estabelecimento (visa-o). As provi-
dências visavam ao interesse (ou o interesse) das clas-
Custou-lhe aceitar a argumentação da oposição.
ses desfavorecidas.
(Como sinônimo de demorar, tardar – Ele custou a
aceitar a argumentação da oposição – tb. é linguagem Observação: Na língua escrita culta, os verbos que
oral, vulgar, informal.) regem determinada preposição, ao serem empregados
em orações introduzidas por pronome relativo, man-
••Declinar: declinar de alguma coisa (no sentido de têm essa regência, embora a tendência da língua fala-
rejeitar): Declinou das homenagens que lhe eram devi- da seja aboli-la.
das. implicar: no sentido de acarretar, produzir como
consequência, é transitivo direto – implicá-lo: Ex.: Esses são os recursos de que o Estado dispõe (e
não recursos que dispõe, próprio da linguagem oral ou
O Convênio implica a aceitação dos novos preços escrita informal).
para a mercadoria. (O Convênio implica na aceitação...
– é inovação sintática bastante frequente no Brasil. Apresentou os pontos em que o Governo tem in-
Mesmo assim, aconselha-se manter a sintaxe originá- sistido (e não pontos que o Governo...). Já as orações
ria: implica isso, implica-o...) subordinadas substantivas introduzidas por conjun-
ção integrante (que, como e se) dispensam o emprego
••Incumbir: incumbir alguém (incumbi-lo) de al- da preposição: O Governo insiste que a negociação é
guma coisa: Incumbi o Secretário de providenciar a imprescindível. Não há dúvida que o esforço é funda-
reserva das dependências. – ou incumbir a alguém mental. Lembre como revisar um texto.
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••assinalar as pausas e as inflexões da voz (a en- f) a vírgula também é empregada para indicar a
toação) na leitura; elipse (ocultação) de verbo ou outro termo anterior:
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria,
••separar palavras, expressões e orações que,
os particulares. (A vírgula indica a elipse do verbo re-
segundo o autor, devem merecer destaque;
gulamenta.) Às vezes procura assistência; outras, toma
••esclarecer o sentido da frase, eliminando am- a iniciativa. (A vírgula indica a elipse da palavra ve-
biguidades. zes.)
e) Vocativos, apostos, orações adjetivas não-restri- V – improbidade administrativa, nos termos do art.
tivas (explicativas) devem ser separados por vírgula: 37, § 4o.
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Povo deste grande País! Com nosso trabalho che- a) substitui parênteses, vírgulas, dois-pontos:
garemos lá!
O controle inflacionário – meta prioritária do
Governo – será ainda mais rigoroso. As restrições ao
ASPAS livre mercado – especialmente o de produtos tecnolo-
gicamente avançados – podem ser muito prejudiciais
As aspas têm os seguintes empregos: para a sociedade.
••dão destaque a nomes de publicações, obras de c) indica a substituição de um termo, para evitar
arte, intitulativos, apelidos, etc.: O artigo sobre o pro- repetições: O verbo fazer (vide sintaxe do verbo –), no
cesso de desregulamentação foi publicado no “Jornal sentido de tempo transcorrido, é utilizado sempre na
do Brasil”. A Secretaria da Cultura está organizando 3a pessoa do singular: faz dois anos que isso aconte-
uma apresentação das “Bachianas”, de Villa Lobos. ceu. d) dá ênfase a determinada palavra ou pensamen-
to que segue: Não há outro meio de resolver o pro-
••destacam termos estrangeiros: O processo da blema – promova-se o funcionário. Ele reiterou suas
“détente” teve início com a Crise dos Mísseis em Cuba, ideias e convicções – energicamente.
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Como norma geral, deve-se colocar o pronome áto- No caso, a próclise com o infinitivo é própria da
no antes do verbo, quando antes dele houver uma pa- linguagem oral, ou escrita informal: Devemos lhe di-
lavra pertencente a um dos seguintes grupos: zer ... Evite-se esta colocação na redação oficial. Se, no
caso mencionado, houver palavra que exige a próclise,
a) palavras negativas: não, nada, nunca, jamais, só duas posições serão possíveis para o pronome áto-
nem, nenhum, ninguém. O assessor não lhes forneceu no: antes do auxiliar (próclise) ou depois do infinitivo
detalhes do projeto? Jamais nos afastaremos das pro- (ênclise). Ex.: Não lhe devemos dizer a verdade. Não
messas de campanha; devemos dizer-lhe a verdade.
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“(...) é um produto social, é uma atividade do espí- Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-
rito humano. Não é, assim, independente da vontade se pelo contexto em que são empregados. Não há dú-
do homem, porque o homem não é uma folha seca ao vida, por exemplo, quanto ao emprego da palavra são
sabor dos ventos veementes de uma fatalidade desco- nos três sentidos: a) verbo ser, 3a pess. do pl. do pres.,
nhecida e cega. Não está obrigada a prosseguir na sua b) saudável e c) santo.
trajetória, de acordo com leis determinadas, porque as
línguas seguem o destino dos que as falam, são o que Palavras de grafia diferente e de pronúncia igual
delas fazem as sociedades que as empregam.” (homófonos) geram dúvidas ortográficas. Caso, por
exemplo, de acento/assento, coser/cozer, dos prefixos
Assim, continuamente, novas palavras são criadas ante-/anti-, etc. Aqui o contexto não é suficiente para
(os neologismos) como produto da dinâmica social, e resolver o problema, pois sabemos o sentido, a dúvida
incorporados ao idioma inúmeros vocábulos de ori- é de letra(s).
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Sempre que houver incerteza, consulte a lista ••Aleatório: casual, fortuito, acidental. Alheatório:
adiante, algum dicionário ou manual de ortografia. que alheia, alienante, que desvia ou perturba.
Já o termo paronímia designa o fenômeno que ••Amoral: desprovido de moral, sem senso de mo-
ocorre com palavras semelhantes (mas não idênticas) ral. Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, de-
quanto à grafia ou à pronúncia. É fonte de muitas dú- vasso, indecente.
vidas, como entre descrição (‘ato de descrever’) e dis-
crição (‘qualidade do que é discreto’), retificar (‘corri- ••Ante (preposição): diante de, perante: Ante tal si-
gir’) e ratificar (confirmar). tuação, não teve alternativa. Ante- (prefixo): expressa
anterioridade: antepor, antever, anteprojeto ante-dilu-
Como não interessa aqui aprofundar a discussão viano. Anti- (prefixo): expressa contrariedade; contra:
teórica da matéria, restringimo-nos a uma lista de pa- anticientífico, antibiótico, anti-higiênico, anti-Marx.
lavras que costumam suscitar dúvidas de grafia ou
sentido. Procuramos incluir palavras que com mais ••Ao encontro de: para junto de; favorável a: Foi
frequência provocam dúvidas. ao encontro dos colegas. O projeto salarial veio ao en-
contro dos anseios dos trabalhadores. De encontro a:
••Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada: contra; em prejuízo de: O carro foi de encontro a um
O júri absolveu o réu. muro. O governo não apoiou a medida, pois vinha de
encontro aos interesses dos menores.
••Absorver: embeber em si, esgotar: O solo absor-
veu lentamente a água da chuva. ••Ao invés de: ao contrário de: Ao invés de demi-
tir dez funcionários, a empresa contratou mais vinte.
••Acender: atear (fogo), inflamar. (Inaceitável o cruzamento *ao em vez de.) Em vez de:
em lugar de: Em vez de demitir dez funcionários, a
••Ascender: subir, elevar-se.
empresa demitiu vinte.
••Acento: sinal gráfico; inflexão vocal: Vocábulo
••A par: informado, ao corrente, ciente: O Ministro
sem acento.
está a par (var.: ao par) do assunto; ao lado, junto; além
de.
••Assento: banco, cadeira: Tomar assento num car-
go.
••Ao par: de acordo com a convenção legal: Fez a
troca de mil dólares ao par.
••Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, o
Presidente falou acerca de seus planos. A cerca de: a ••Aparte: interrupção, comentário à margem: O
uma distância aproximada de: O anexo fica a cerca de deputado concedeu ao colega um aparte em seu pro-
trinta metros do prédio principal. Estamos a cerca de nunciamento. À parte: em separado, isoladamente, de
um mês ou (ano) das eleições. Há cerca de: faz aproxi- lado: O anexo ao projeto foi encaminhado por expe-
madamente (tanto tempo): Há cerca de um ano, trata- diente à parte.
mos de caso idêntico; existem aproximadamente: Há
cerca de mil títulos no catálogo. ••Apreçar: avaliar, pôr preço: O perito apreçou irri-
soriamente o imóvel. Apressar: dar pressa a, acelerar:
••Acidente: acontecimento casual; desastre: A der- Se o andamento das obras não for apressado, não será
rota foi um acidente na sua vida profissional. O súbito cumprido o cronograma.
temporal provocou terrível acidente no parque. Inci-
dente: episódio; que incide, que ocorre: O incidente da ••Área: superfície delimitada, região.
demissão já foi superado.
••Ária: canto, melodia.
••Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prá-
tica. ••Aresto: acórdão, caso jurídico julgado: Neste
caso, o aresto é irrecorrível. Arresto: apreensão judi-
••Dotar: dar em doação, beneficiar. cial, embargo: Os bens do traficante preso foram todos
arrestados.
••Afim: que apresenta afinidade, semelhança, rela-
ção (de parentesco): Se o assunto era afim, por que não ••Arrochar: apertar com arrocho, apertar muito.
foi tratado no mesmo parágrafo? A fim de: para, com a
finalidade de, com o fito de: O projeto foi encaminha- ••Arroxar: ou arroxear, roxear: tornar roxo.
do com quinze dias de antecedência a fim de permitir
a necessária reflexão sobre sua pertinência. ••Ás: exímio em sua atividade; carta do baralho. Az
(p. us.): esquadrão, ala do exército.
••Alto: de grande extensão vertical; elevado, gran-
de. Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça ••Atuar: agir, pôr em ação; pressionar. Autuar: la-
processual. vrar um auto; processar.
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••Auferir: obter, receber: Auferir lucros, vantagens. ••Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis. Ci-
Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir: Aferir valores, vil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilidade);
resultados. não militar nem, eclesiástico.
••Augurar: prognosticar, prever, auspiciar: O Presi- ••Colidir: trombar, chocar; contrariar: A nova pro-
dente augurou sucesso ao seu par americano. posta colide frontalmente com o entendimento havido.
••Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no ••Coligir: colecionar, reunir, juntar: As leis foram
mau sentido): Os técnicos agouram desastre na colhei- coligidas pelo Ministério da Justiça.
ta.
••Comprimento: medida, tamanho, extensão, altu-
••Avocar: atribuir-se, chamar: Avocou a si compe- ra.
tências de outrem. Evocar: lembrar, invocar: Evocou
••Cumprimento: ato de cumprir, execução comple-
no discurso o começo de sua carreira. Invocar: pedir (a
ta; saudação.
ajuda de); chamar; proferir: Ao final do discurso, invo-
cou a ajuda de Deus. ••Concelho: circunscrição administrativa ou muni-
cípio (em Portugal).
••Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente
animais). ••Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado.
••Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, in- ••Concerto: acerto, combinação, composição, har-
validar. monização (cp. concertar): O concerto das nações... O
concerto de Guarnieri... Conserto: reparo, remendo,
••Carear: atrair, ganhar, granjear. restauração (cp. consertar): Certos problemas crônicos
aparentemente não têm conserto.
••Cariar: criar cárie. Carrear: conduzir em carro,
carregar. ••Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião. Conjun-
tura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância.
••Casual: fortuito, aleatório, ocasional.
••Contravenção: transgressão ou infração a normas
••Causal: causativo, relativo a causa. estabelecidas.
••Chá: planta, infusão. Xá: antigo soberano persa. ••Degredar: impor pena de degredo, desterrar, ba-
nir.
••Cheque: ordem de pagamento à vista. Xeque:
dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo (pôr em ••Delatar (delação): denunciar, revelar crime ou
xeque). delito, acusar: Os traficantes foram delatados por
membro de quadrilha rival. Dilatar (dilação): alargar,
••Círio: vela de cera. estender; adiar, diferir: A dilação do prazo de entrega
das declarações depende de decisão do Diretor da Re-
••Sírio: da Síria. ceita Federal.
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••Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular. ••Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar.
••Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar. ••Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir.
••Descrição: ato de descrever, representação, defi- ••Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça.
nição.
••Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se.
••Discrição: discernimento, reserva, prudência, re-
cato. ••Encrostar: criar crosta. Incrustar: cobrir de crosta,
adornar, revestir, prender-se, arraigar-se.
••Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.
••Entender: compreender, perceber, deduzir.
••Discriminar: diferençar, separar, discernir.
••Intender: (p. us): exercer vigilância, superinten-
••Despensa: local em que se guardam mantimen- der.
tos, depósito de provisões. Dispensa: licença ou per-
missão para deixar de fazer algo a que se estava obri- ••Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar.
gado; demissão.
••Inúmero: inumerável, sem conta, sem número.
••Despercebido: que não se notou, para o que não
se atentou: Apesar de sua importância, o projeto pas- ••Espectador: aquele que assiste qualquer ato ou
sou despercebido. espetáculo, testemunha.
••Emergir: vir à tona, manifestar-se. Imergir: mer- ••Fluorescente: que tem a propriedade da fluores-
gulhar, afundar (submergir), entrar. cência.
••Emigrar: deixar o país para residir em outro. ••Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, re-
vestir lâminas.
••Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele vi-
ver. ••Folhear: percorrer as folhas de um livro, compul-
sar, consultar.
••Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.
Iminente (iminência): que está prestes a acontecer, ••Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, va-
pendente, próximo. riável.
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••Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar. ••Original: com caráter próprio; inicial, primordial.
Inquirir: procurar informações sobre, indagar, inves-
tigar, interrogar. ••Originário: que provém de, oriundo; inicial, pri-
mitivo.
••Intercessão: ato de interceder. Interse(c)ção: ação
de se(c)cionar, cortar; ponto em que se encontram ••Paço: palácio real ou imperial; a corte. Passo: ato
duas linhas ou superfícies. de avançar ou recuar um pé para andar; caminho, eta-
pa.
••Inter- (prefixo): entre; preposição latina usada em
locuções: inter alia (entre outros), inter pares (entre ••Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discus-
iguais). são: O pleito por mais escolas na região foi muito bem
formulado.
••Intra- (prefixo): interior, dentro de.
••Preito: sujeição, respeito, homenagem: Os alunos
••Judicial: que tem origem no Poder Judiciário ou renderam preito ao antigo reitor.
que perante ele se realiza.
••Preceder: ir ou estar adiante de, anteceder, adian-
••Judiciário: relativo ao direito processual ou à or- tar-se.
ganização da Justiça.
••Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efei-
••Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou to, executar.
obrigação.
••Pós- (prefixo): posterior a, que sucede, atrás de,
••Libertação: ato de libertar ou libertar-se. após: pós-moderno, pós-operatório. Pré- (prefixo): an-
terior a, que precede, à frente de, antes de: pré-moder-
••Lista: relação, catálogo; var. pop. de listra. Listra: nista, pré-primário. Pró (advérbio): em favor de, em
risca de cor diferente num tecido (var. pop. de lista). defesa de. A maioria manifestou-se contra, mas dei
meu parecer pró.
••Locador: que dá de aluguel, senhorio, arrenda-
dor. Locatário: alugador, inquilino: O locador reajus- ••Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre,
tou o aluguel sem a concordância do locatário. distinto.
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••Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do ••Sedento: que tem sede; sequioso (var. p. us.: se-
que o circunda. dente).
••Preposição: ato de prepor, preferência; palavra ••Cedente: que cede, que dá.
invariável que liga constituintes da frase. Proposição:
ato de propor, proposta; máxima, sentença; afirmativa, ••Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir.
asserção.
••Subscritar: assinar, subscrever.
••Presar: capturar, agarrar, apresar.
••Sortir: variar, combinar, misturar.
••Prezar: respeitar, estimar muito, acatar.
••Surtir: causar, originar, produzir (efeito).
••Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explí-
cito, determinar; ficar sem efeito, anular-se: O prazo
••Subentender: perceber o que não estava clara-
para entrada do processo prescreveu há dois meses.
mente exposto; supor.
Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; dester-
rar. O uso de várias substâncias psicotrópicas foi pros-
••Subintender: exercer função de subintendente,
crito por recente portaria do Ministro.
dirigir. Subtender: estender por baixo.
••Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular:
A assessoria previu acertadamente o desfecho do caso. ••Sustar: interromper, suspender; parar, interrom-
Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para per-se (sustar-se).
cargo: O chefe do departamento de pessoal proveu os
cargos vacantes. Provir: originar-se, proceder; resultar: ••Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter.
A dúvida provém (Os erros provêm) da falta de leitu-
ra. ••Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha.
••Repressão: ato de reprimir, contenção, impedi- ••Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locu-
mento, proibição. ções: de trás, por trás).
••Repreensão: ato de repreender, enérgica admoes- ••Traz: 3a pessoa do singular do presente do indi-
tação, censura, advertência. cativo do verbo trazer.
••Ruço: grisalho, desbotado. Russo: referente à ••Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam
Rússia, nascido naquele país; língua falada na Rússia. roupas.
••Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta ••Vestuário: as roupas que se vestem, traje.
pela lei ou por contrato para punir sua infração. San-
são: nome de personagem bíblico; certo tipo de guin- ••Vultoso: de grande vulto, volumoso. Vultuoso (p.
daste. us.): atacado de vultuosidade (congestão da face).
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Quanto a determinadas expressões que devem ser Ao nível de/em nível (de):
evitadas, mencionem-se aquelas que formam cacófa-
A locução ao nível tem o sentido de à mesma altura
tos, ou seja, o encontro de sílabas em que a malícia des-
de: Fortaleza localiza-se ao nível do mar. Evite seu uso
cobre um novo termo com sentido torpe ou ridículo.
com o sentido de em nível, com relação a, no que se
Não há necessidade, no entanto, de estender a preo-
refere a. Em nível significa ‘nessa instância’: A deci-
cupação de evitar a ocorrência de cacófatos a um sem são foi tomada em nível Ministerial; Em nível político,
-número de locuções que produzem terceiro sentido, será difícil chegar-se ao consenso. A nível (de) consti-
como por cada, vez passada, etc. Trata-se, sobretudo, tui modismo que é melhor evitar.
de uma questão de estilo e da própria sensibilidade do
autor do texto. Não faz sentido eliminar da língua inú-
meras locuções que só causam espanto ao leitor que Assim:
está à procura do duplo sentido.
Use após a apresentação de alguma situação ou pro-
Essa recomendação vale também para os casos em posta para ligá-la à ideia seguinte. Alterne com: dessa
que a partição silábica (translineação) possa redundar forma, desse modo, diante do exposto, diante disso,
em sentido torpe ou obsceno. consequentemente, portanto, por conseguinte, assim
sendo, em consequência, em vista disso, em face disso.
Apresentamos, a seguir, lista de expressões cujo
uso ou repetição deve ser evitado, indicando com que
sentido devem ser empregadas e sugerindo alternati- Através de/por intermédio de:
vas vocabulares a palavras que costumam constar com Através de quer dizer de lado a lado, por entre: A
excesso. viagem incluía deslocamentos através de boa parte da
floresta. Evite o emprego com o sentido de meio ou
instrumento; nesse caso empregue por intermédio,
A medida que/na medida em que:
por, mediante, por meio de, segundo, servindo-se de,
À medida que (locução proporcional) – à proporção valendo-se de: O projeto foi apresentado por intermé-
que, ao passo que, conforme: Os preços deveriam dio do Departamento. O assunto deve ser regulado
diminuir à medida que diminui a procura. Na medida por meio de decreto. A comissão foi criada mediante
em que (locução causal) – pelo fato de que, uma vez que: portaria do Ministro de Estado.
Na medida em que se esgotaram as possibilidades de
negociação, o projeto foi integralmente vetado. Evite
os cruzamentos – bisonhos, canhestros – *à medida em Bem como:
que, *na medida que... Evite repetir; alterne com e, como (também), igual-
mente, da mesma forma. Evite o uso, polêmico para
certos autores, da locução bem assim como equivalente.
A partir de:
A partir de deve ser empregado preferencialmente
Cada:
no sentido temporal: A cobrança do imposto entra em
vigor a partir do início do próximo ano. Evite repeti-la Este pronome indefinido deve ser usado em função
com o sentido de ‘com base em’, preferindo conside- adjetiva: Quanto às famílias presentes, foi distribuída
rando, tomando-se por base, fundando-se em, basean- uma cesta básica a cada uma. Evite a construção colo-
do-se em. quial foi distribuída uma cesta básica a cada.
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Causar: “Disruptivo”:
Evite repetir. Use também originar, motivar, pro- Aportuguesamento do inglês disruptive (de dis-
vocar, produzir, gerar, levar a, criar. rupt: ‘desorganizar, destruir, despedaçar’), a ser evita-
do dada a existência de inúmeras palavras com o mes-
mo sentido em português (desorganizador, destruti-
Constatar:
vo, destruidor, e o bastante próximo, embora pouco
Evite repetir. Alterne com atestar, apurar, averi- usado, diruptivo). Acrescente-se, ainda, que, por ser
guar, certificar-se, comprovar, evidenciar, observar, de uso restrito ao jargão de economistas e sociólogos,
notar, perceber, registrar, verificar. o uso dessa palavra confunde e não esclarece em lin-
guagens mais abrangentes.
Dado/visto/haja vista:
Os particípios dado e visto têm valor passivo e con- “Ele é suposto saber”:
cordam em gênero e número com o substantivo a que Construção tomada de empréstimo ao inglês he is
se referem: Dados o interesse e o esforço demonstra- supposed to know, sem tradição no português. Evite
dos, optou-se pela permanência do servidor em sua por ser má tradução. Em português: ele deve(ria) sa-
função. ber, supõe-se que ele saiba. em face de. Sempre que a
expressão em face de equivaler a diante de, é prefe-
Dadas as circunstâncias... Vistas as provas apresen-
rível a regência com a preposição de; evite, portanto,
tadas, não houve mais hesitação no encaminhamento
face a, frente a.
do inquérito.
Detalhar: Nem:
Evite repetir; alterne com particularizar, pormeno- Conjunção aditiva que significa ‘e não’, ‘e tampou-
rizar, delinear, minudenciar. co’, dispensando, portanto, a conjunção e: Não foram
feitos reparos à proposta inicial, nem à nova versão do
projeto. Evite, ainda, a dupla negação não nem, nem
Devido a: tampouco, etc. Ex.: Não pôde encaminhar o trabalho
Evite repetir; utilize igualmente em virtude de, por no prazo, nem não teve tempo para revisá-lo: O corre-
causa de, em razão de, graças a, provocado por. to é ...nem teve tempo para revisá-lo.
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Operacionalizar:
Ressaltar:
Neologismo verbal de que se tem abusado. Prefira
Varie com destacar, sublinhar, salientar, relevar,
realizar, fazer, executar, levar a cabo ou a efeito, pôr
distinguir, sobressair.
em obra, praticar, cumprir, desempenhar, produzir,
efetuar, construir, compor, estabelecer.
Tratar (de):
É da mesma família de agilizar, objetivar e outros
cujo problema está antes no uso excessivo do que na Empregue também contemplar, discutir, debater,
forma, pois o acréscimo dos sufixos -izar e -ar é uma discorrer, cuidar, versar, referir-se, ocupar-se de.
das possibilidades normais de criar novos verbos a
partir de adjetivos (ágil + izar = agilizar; objetivo + ar
= objetivar). Viger:
Significa vigorar, ter vigor, funcionar. Verbo defec-
Evite, pois, a repetição, que pode sugerir indigên- tivo, sem forma para a primeira pessoa do singular do
cia vocabular ou ignorância dos recursos do idioma. presente do indicativo, nem para qualquer pessoa do
presente do subjuntivo, portanto.
Opinião/“opinamento”:
O decreto prossegue vigendo. A portaria vige. A lei
Como sinônimo de parecer, prefira opinião a opi- tributária vigente naquele ano (...).
namento. Alterne com parecer, juízo, julgamento,
voto, entendimento, percepção.
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- Vogal temática: serve para indicar a conjugação • O tempo (presente, pretérito ou futuro, com suas
nos verbos. São as seguintes: respectivas variações)
- Tema: é o conjunto radical + vogal temática. • MOS: desinência número-pessoal (indica que o
verbo está na 1a pessoa do plural - NÓS).
- Afixos: são elementos que modificam o sentido do
radical a que se unem, ou seja, elementos de signifi- - Vogal e consoante de ligação: vogal ou consoante
cação secundária. Podem ser prefixos (quando apare- de ligação é um fonema colocado no interior de algu-
cem antes do radical) ou sufixos (depois do radical). mas palavras, ou melhor, utilizado entre morfemas
Exemplos: IMpróprio (prefixo “im”); propriaMENTE com finalidade de facilitar a sua pronúncia.
(sufixo “mente”).
Isso não afeta a significação da palavra. São ele-
- Desinências: aparecem para indicar o gênero e o mentos puramente eufônicos.
número dos nomes e o número, a pessoa, o tempo e o
modo dos verbos. Exemplos: cha-l-eira, cafe-t-eira, cafe-z-al.
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SUBSTANTIVOS
Composição:
Aparece quando uma palavra contém mais de um Substantivos são palavras que nomeiam seres,
radical. Existem dois tipos de composição: sentimentos, estados de espírito, etc. Exemplos: gato
(nome que se dá a um ser vivo). Raiva (nome que se
dá a um sentimento). Alegria (nome que se dá a um
Composição por justaposição: estado de espírito). Podem variar em gênero (masculi-
Quando não é feita nenhuma mudança nas pala- no e feminino): Homem, mulher. Em número (homem,
vras. Exemplos: guarda-chuva, lança-perfume homens). E em grau diminutivo, aumentativo: homen-
zinho, casarão.
Abreviação (redução):
Quanto ao elemento que nomeia, o substantivo
Algumas palavras são longas e que com o passar pode ser:
do tempo acabam ficando mais curtas.
••Comum – é a palavra que dá nome aos elementos
Exemplos: moto (motocicleta), pornô (pornográfi- da mesma espécie, de forma genérica. Exemplos: cida-
co), quilo (de quilograma). de, pessoa e rio.
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2. Varia apenas o último elemento nas seguintes • o ponto e vírgula - os ponto e vírgula.
situações:
• o sem-terra - os sem-terra.
a. Elementos unidos sem hífen:
• o mico-leão-dourado - os micos-leões-dourados.
• os girassóis, as autopeças, as autoescolas
• o arco-íris - os arco-íris.
b. Verbo + substantivo:
• entre outros.
• guarda-roupa - guarda-roupas.
b. Quando o segundo elemento determina o pri- Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
meiro, indicando limitação, finalidade, tipo, semelhan- ••Primitivo – é o adjetivo que dá origem a outros
ça. Neste caso, o segundo elemento funciona como se adjetivos. Exemplos: alegre, bom e fiel.
fosse um adjetivo.
••Derivado – é o adjetivo que deriva de substanti-
• navios-escola, peixes-boi, canetas-tinteiro.
vos ou verbos. Exemplos: alegria e bondade (palavras
derivadas dos exemplos acima, respetivamente) e es-
4. Ficam invariáveis os dois elementos nas seguin- critor (palavra derivada do verbo escrever).
tes situações
••Simples – é o adjetivo formado por apenas um
a. Verbo + advérbio radical. Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujos ra-
• os bota-fora, os pisa-mansinho. dicais são respetivamente: alt, estud e honest.
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Exemplos de Adjetivos Pátrios: brasileiro, carioca to de doze), semestre (conjunto de seis) e centena (con-
e sergipano. junto de cem).
Exemplos de Locuções Adjetivas: de anjo (=angeli- ••Multiplicativos – é a forma dos números que indi-
cal), de mãe (=maternal) e de face (=facial). ca multiplicação. Exemplos: dobro, duplo e sêxtuplo.
PRONOMES VERBO
É a palavra que substitui ou acompanha o substan- É a palavra que exprime ação, estado, mudança de
tivo, indicando a relação das pessoas do discurso e va- estado, fenômeno da natureza e varia em pessoa (pri-
ria em gênero, número e pessoa. meira, segunda e terceira), número (singular e plural),
tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo,
Os pronomes classificam-se em: subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e refle-
xiva).
••Pessoais – Caso reto (quando são o sujeito da ora-
ção): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e Caso oblíquo
Podem-se classificar os verbos em:
(quando são complemento da oração): me, mim, comi-
go, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, consigo, nos, conosco,
1. Verbos regulares: seguem um padrão de conju-
vos, convosco, os, as lhes, se, si, consigo.
gação, sem que se alterem seu radical ou suas termi-
nações.
••Tratamento – Alguns exemplos: Você, Senhor e
Vossa Excelência.
2. Verbos irregulares: sofrem variações no radical
••Possessivos – meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e ou nas terminações quando são conjugados, afastan-
respetivas flexões. do-se do padrão de conjugação.
••Demonstrativos – este, esse, aquele e respetivas 3. Verbos defectivos: verbos que não possuem a
flexões, isto, isso, aquilo. conjugação completa.
••Relativos – o qual, a qual, cujo, cuja, quanto e res- São exemplos de verbos defectivos: abolir, adequar,
petivas flexões, quem, que, onde. colorir, demolir, explodir, falir etc. O verbo adequar,
por exemplo, não possui a 1ª pessoa do singular (eu
••Indefinidos – algum, alguma, nenhum, nenhuma, “adéquo”) e, consequentemente, os tempos que dela
muito, muita, pouco, pouca, todo, toda, outro, outra, derivam). O verbo falir, por sua vez, no presente do
certo, certa, vário, vária, tanto, tanta, quanto, quanta, indicativo, possui somente as pessoas nós e vós (fali-
qualquer, qual, um, uma e respetivas flexões e quem, mos e falis).
alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.
4. Verbos abundantes: apresentam mais de uma
••Interrogativos – qual, quais, quanto, quanta, forma de alguma de suas flexões. Na maioria das ve-
quantas, quem, que. zes, o verbo abundante apresenta variação no particí-
pio. Exemplos:
NUMERAIS
Verbo Particípio regular P a r t i c í p i o
São as palavras que indicam a posição ou o número (-ADO/-IDO) irregular
de elementos. Aceitar Aceitado Aceito
Anexar Anexado Anexo
Os numerais classificam-se em: Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
••Cardinais – é a forma básica dos números, utiliza-
da na sua contagem. Exemplos: um, dois e vinte. Expulsar Expulsado Expulso
Imprimir Imprimido Impresso
••Ordinais – é a forma dos números que indica a
Matar Matado Morto
posição de um elemento numa série. Exemplos: segun-
do, quarto e trigésimo.
• Deve-se usar o particípio regular nas construções
••Fracionários – é a forma dos números que indica de voz ativa (verbos auxiliares: TER/HAVER): Quando
a divisão das proporções. Exemplos: meio, metade e fui conferir, ele já havia imprimido o documento.
um terço.
• Deve-se usar o particípio irregular nas constru-
••Coletivos – é a forma dos números que indica um ções de voz passiva (verbos auxiliares: SER/ESTAR):
conjunto de elementos. Exemplos: uma dúzia (conjun- Quando fui conferir, o documento já estava impresso.
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• Particípios (ADO/IDO): andado, varrido, sumido. 2. Converter o SUJEITO da voz ativa (se houver)
em AGENTE DA PASSIVA;
Na conjugação verbal, todos os tempos derivam do
presente do indicativo, do pretérito perfeito do indica-
tivo e do infinitivo. 3. Passar o verbo da voz ativa para o PARTICÍPIO
(lembre-se de fazer os ajustes de concordância, caso
seja necessário);
Vozes Verbais:
As vozes verbais são: ativa, passiva e reflexiva. 4. Flexionar o verbo auxiliar (SER/ESTAR) no mes-
mo tempo e no mesmo em que estiver flexionado o
1. Voz ativa: verbo tem sujeito agente (que pratica a verbo da voz ativa (oração original), concordando com
ação expressa pelo verbo): o novo sujeito;
O candidato estudou apenas metade do conteúdo. 5. Outros termos, como adjunto adverbial e objeto
A maioria das pessoas compra coisas inúteis. indireto, não sofrem alteração.
Apenas metade do conteúdo foi estudada pelo can- Voz ativa: Amanhã ela comprará tudo.
didato.
Sujeito: ela; objeto direto: tudo; tempo verbal de
Coisas inúteis são compradas pela maioria das pes- comprará: futuro do presente; modo verbal: indicati-
soas. vo; adjunto adverbial: amanhã (não sofre alteração).
Existem dois tipos de voz passiva: analítica e sin- Voz passiva: Amanhã tudo será comprado por ela.
tética.
Note que tudo se tornou sujeito paciente da oração;
• Voz passiva analítica: verbo auxiliar (quase sem- por ela é agente da passiva; o verbo será, auxiliar, está
pre SER/ESTAR) + particípio (concordando em gênero conjugado no futuro do presente do indicativo, como
e número com o sujeito paciente). o verbo comprará; comprado está no particípio, no
masculino e no singular para concordar com o novo
o Todos os anos, o café era colhido por aqueles sujeito, tudo.
quinze homens
Nos dois primeiros exemplos, o termo sublinhado Voz passiva: Prejuízos foram causados pela chuva.
é o agente da passiva, que representa quem pratica a
ação expressa pelo verbo na voz passiva. Trata-se de Prejuízos passou a ser sujeito paciente; pela chuva
um termo não obrigatório. Logo, como se pode notar tornou-se agente da passiva; o verbo auxiliar (foram)
pelo terceiro exemplo, nem sempre haverá agente da está conjugado no pretérito perfeito do indicativo,
passiva. como o verbo causou, mas está na 3ª pessoa do plural
para concordar com seu novo sujeito (prejuízos); o ver-
• Voz passiva sintética: verbo + SE (na função de bo principal, causados, também está na 3ª do plural e
partícula apassivadora). no masculino para concordar com prejuízos.
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Transposição da voz ativa para a voz passiva sin- ••Negação – Exemplos: não, jamais e tampouco.
tética:
••Afirmação – Exemplos: certamente, certo e sim.
Para construir a voz passiva sintética, usamos o
SE na função de partícula apassivadora (ou pronome
••Dúvida – acaso, quiçá e talvez.
apassivador).
INTERJEIÇÕES
ADVÉRBIOS
São palavras que exprimem emoções e sentimen-
São palavras que modificam o verbo, o adjetivo ou tos.
outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo,
modo, intensidade, entre outros. As interjeições podem ser classificadas em:
Os advérbios classificam-se em: •Advertência – Calma!, Devagar!, Sentido!
••Modo – Exemplos: assim, devagar e grande parte •Saudação – Alô!, Oi!, Tchau!
das palavras terminadas em “-mente”.
•Ajuda – Ei!, Ô!, Socorro!
••Intensidade – Exemplos: demais, menos e tão.
•Afugentamento – Fora!, Sai! Xô!
••Lugar – Exemplos: adiante, lá e fora. •Alegria – Eba!, Uhu! Viva!
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•Medo – Credo!, Cruzes!, Jesus! ca, um vídeo e qualquer outro objeto de leitura, como
um quebra-cabeça que precisa ser montado em suas
•Alívio – Arre!, Uf!, Ufa! partes para se chegar à compreensão em sua totalida-
de. Interpretar, por outro lado, é explicar para o leitor
•Animação – Coragem!, Força!, Vamos!
de que modo cada quebra-cabeça pode ser montado”
•Aprovação – Bis!, Bravo!, Isso! (Leffa).
•Desaprovação – Chega!, Francamente! Livra!, Os textos nem sempre apresentam uma linguagem
literal. Deve haver, então, a capacidade de reconhecer
•Concordância –Certo!, Claro!, Ótimo! novos sentidos atribuídos às palavras dentro de uma
produção textual.
•Desejo – Oxalá!, Quisera!, Tomara!
Além disso, para a compreensão do que é conotati-
•Desculpa – Desculpa!, Opa!, Perdão!
vo e simbólico é preciso identificar não apenas a ideia,
•Dúvida – Hã?, Hum?, Ué! mas também ler as entrelinhas, o que exige do leitor
uma interação com o seu conhecimento de mundo. A
•Espanto – Caramba!, Oh!, Xi!, tarefa do leitor competente é, portanto, apreender o
sentido global do texto, utilizando recursos para a sua
•Contrariedade – Credo!, Droga!, Porcaria! compreensão, de forma autônoma.
Há também as Locuções Interjetivas, que são o É relevante ressaltar que, além de localizar informa-
conjunto de palavras que tem valor de conjunção. ções explícitas, inferir informações implícitas e identi-
Exemplos: Cai fora!, Muito obrigada!, Volta aqui! ficar o tema de um texto, nesse tópico, deve-se também
distinguir os fatos apresentados da opinião formulada
acerca desses fatos nos diversos gêneros de texto.
O “interpres” não pode atribuir um significado, Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma lín-
não pode tirar algo de dentro de si para depositar no gua nativa australiana e quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo a
objeto; pode apenas extrair o significado que já está lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele
dentro do animal. estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altu-
ra, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O nativo
Uma atribuição de sentido seria não só uma impos- respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-guruu,
tura, mas seria também negar ao interpres a capaci- “Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas divertidas origens,
dade de leitura; ele não inventa e nem cria, ele apenas pesquisei em alguns dicionários etimológicos. Em nenhum
reproduz o que supostamente preexiste na sua frente. dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia
Em suma, para o “interpres”, o significado emerge do – numa outra versão. dicionário se fala nisso. Só no Aurélio,
próprio objeto em direção ao leitor. nossa pequena Bíblia – numa outra versão. Definição preci-
sa encontrei, como quase sempre, em Partridge: Kangarroo;
Quem interpreta normalmente atua como se es- wallaby.
tivesse a desvendar os sentidos contidos no texto. A
crença de que o sentido é imanente ao objeto faz parte As palavras kanga e walla, significando saltar e pular,
do exercício de quase toda atividade de interpretação. são acompanhadas pelos sufixos rôo e by, dois sons aborígi-
nes da Austrália, significando quadrúpedes. Portanto qua-
Compreender e interpretar são dois conceitos que drúpedes puladores e quadrúpedes saltadores.
se aproximam em alguns aspectos e se distanciam em
outros. Enquanto alguns autores destacam a seme- Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável
lhança entre os dois, a ponto de muitas vezes confun- lingüista e grande amigo de Aurélio Buarque de Holanda,
dir um com o outro, sem perceber a diferença. Paulo gostou de saber da origem “real” do nome canguru.
Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais
Compreender é relacionar. Essas relações precisam bonitinha”. Também acho.
ser estabelecidas em várias direções, locais e globais,
dentro do objeto de leitura e fora dele, dentro do leitor (Millôr Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gra-
e fora dele. Vê-se um texto, uma imagem, uma músi- vata.com/millor)
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(A) as descobertas científicas têm de ser comuni- (E) a revolta diante do espelho.
cadas aos lingüistas.
O leitor deve ser capaz de perceber a diferença en-
(B) os dicionários etimológicos guardam a ori- tre o que é fato narrado ou discutido e o que é opinião
gem das palavras. sobre ele. Essa diferença pode ser ou bem marcada no
texto ou exigir do leitor que ele perceba essa diferença
(C) os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: integrando informações de diversas partes do texto e/
puladores e saltadores. ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil.
Exemplo:
(D) o dicionário Aurélio apresenta tendência re-
ligiosa.
SENHORA (FRAGMENTO)
(E) os nativos desconheciam o significado de
canguru. Aurélia passava agora as noites solitárias.
O tema é o eixo sobre o qual o texto se estrutura. Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma des-
A percepção do tema responde a uma questão essen- culpa qualquer para justificar sua ausência. A menina que
cial para a leitura: “O texto trata de quê?” Em muitos não pensava em interrogá-lo, também não contestava esses
textos, o tema não vem explicitamente marcado, mas fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o
deve ser percebido pelo leitor quando identifica a fun- tema desagradável.
ção dos recursos utilizados, como o uso de figuras de Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a
linguagem, de exemplos, de uma determinada organi- altivez de coração não lhe consentia queixar-se. Além de que,
zação argumentativa, entre outros. ela tinha sobre o amor idéias singulares, talvez inspiradas
pela posição especial em que se achara ao fazer-se moça.
Exemplo:
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada
por Seixas; e pois toda a afeição que lhe tivesse, muita ou
RETRATO pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que
esse amor a poupara à degradação de um casamento de con-
Eu não tinha este rosto de hoje, veniência, nome com que se decora o mercado matrimonial,
assim calmo, assim triste, assim magro, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e redentor.
nem estes olhos tão vazios, Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heróica
dedicação, que entretanto assiste calma, quase impassível, ao
nem o lábio amargo. declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se
deixa abandonar, sem proferir um queixume, nem fazer um
Eu não tinha estas mãos sem força, esforço para reter a ventura que foge.
tão paradas e frias e mortas; Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja
investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda mais o
eu não tinha este coração
da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo moral.
que nem se mostra. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir
nesses limbos.
Eu não dei por esta mudança,
(ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora.
Tão simples, tão certa, tão fácil: São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8)
— Em que espelho ficou perdida O narrador revela uma opinião no trecho:
a minha face? (A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.”
(Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. (B) “...buscava afastar da conversa o tema desa-
Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20) gradável.”
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Reconhecimento de tipos e gêneros textuais: É preciso que o leitor compreenda o texto não
como um simples agrupamento de frases justapostas,
Ao longo de nossa vivência enquanto falantes, te- mas como um conjunto harmonioso em que há laços,
mos a oportunidade de convivermos com uma enorme interligações, relações entre suas partes.
diversidade de textos. Basta sairmos às ruas que tão
logo está confirmada esta ocorrência. São panfletos, A compreensão e a atribuição de sentidos relativos
outdoors, cartazes, dentre outros. a um texto dependem da adequada interpretação de
seus componentes. De acordo com o gênero textual,
Ao enfatizarmos sobre os tipos textuais, esta clas- o leitor tem uma apreensão geral do assunto do tex-
sificação relaciona-se com a natureza linguística ex- to. Em relação aos textos narrativos, o leitor necessita
pressa pelos mesmos. Classificando-se em narrativos, identificar os elementos que compõem o texto – narra-
descritivos e dissertativos. Conforme demonstra os dor, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, es-
exemplos: paço – e quais são as relações entre eles na construção
da narrativa.
Um texto narrativo caracteriza-se pela sucessão de
fatos ligados a um determinado acontecimento, seja A compreensão e a atribuição de sentidos relativos
ele real ou fictício, o qual pressupõe-se de todos os a um texto dependem da adequada interpretação de
elementos referentes à modalidade em questão, como seus componentes, ou da coerência pela qual o texto
narrador, personagens, discurso, tempo e espaço. é marcado. De acordo com o gênero textual, o leitor
tem uma apreensão geral do tema, do assunto do texto
O descritivo pauta-se pela descrição minuciosa de e da sua tese. Essa apreensão leva a uma percepção
uma determinada pessoa, objeto, animal ou lugar, no da hierarquia entre as idéias: qual é a idéia principal?
qual as impressões são retratadas de maneira fiel. O Quais são as idéias secundárias? Quais são os argu-
dissertativo conceitua-se pela exposição de ideias, re- mentos que reforçam uma tese? Quais são os exemplos
forçadas em argumentos lógicos e convincentes acer- confirmatórios? Qual a conclusão?
ca de um determinado assunto. Já os gêneros textuais
estão diretamente ligados às situações cotidianas de Em relação aos textos narrativos, pode ser requeri-
comunicação, fortalecendo os relacionamentos inter- do do aluno que ele identifique os elementos compo-
pessoais por meio da troca de informações. nentes – narrador, ponto de vista, personagens, enre-
do, tempo, espaço – e quais são as relações entre eles
Tais situações referem-se à finalidade que possui na construção da narrativa.
cada texto, sendo estas, inúmeras. Como por exemplo:
SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE
A comunicação feita em meio eletrônico é um gêne-
CONECTORES E DE OUTROS ELEMENTOS DE
ro textual que aproxima pessoas de diferentes lugares,
SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL
permitindo uma verdadeira interação entre as mes-
mas. Existem gêneros textuais do cotidiano jornalísti- As habilidades que podem ser avaliadas relacio-
co, cuja finalidade é a informação. É o caso da notícia, nam-se ao reconhecimento da função dos elementos
da entrevista, do artigo de opinião, do editorial, dentre que dão coesão ao texto. Dessa forma, eles poderão
outros. Há também os chamados instrucionais, como, identificar quais palavras estão sendo substituídas e/
por exemplo, o manual de instrução, a bula de um re- ou repetidas para facilitar a continuidade do texto e a
médio, e outros. Outros que se classificam como cien- compreensão do sentido. Trata-se, portanto, do reco-
tíficos, os quais são oriundos de pesquisas e estudo de nhecimento das relações estabelecidas entre as partes
casos, como a monografia, tese de doutorado, ligados do texto.
à prática acadêmica.
Exemplo:
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A expressão “dessa situação” refere-se ao fato de: sinônimas, mas passam a ser em um determinado
texto por causa do uso. Marcas e pegadas, por
(A) a ciência não ser feminina. exemplo, podem ser usadas como sinônimos em um
trecho como este: “Eram estranhas aquelas pegadas no
(B) a premiação possuir 202 anos. bosque. Nunca vira um animal que deixasse marcas
como aquelas.”.
(C) a língua ser a última coisa que morre em
uma mulher. A antonímia, por sua vez, existe quando duas pala-
vras têm sentidos opostos, como céu - inferno, quente
(D) o pai da medicina ser Hipócrates. - frio, bom - ruim etc. A antonímia também pode ser
contextual, e por isso cumpre ao leitor sempre verificar
(E) o Prêmio Nobel foi concedido a 11 mulheres. se, no texto, palavras que normalmente não se opõem
são assim utilizadas. Para os conceitos de homonímia
e paronímia, remetemos o leitor ao capítulo que trata
de ortografia.
17 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
As palavras podem ser utilizadas nos sentidos de-
notativo ou conotativo. 18 FIGURAS DE LINGUAGEM
• Sentido denotativo (literal): reflete o uso das pa- Trata-se de recursos empregados no uso da língua
lavras de acordo com o seu significado real. para tornar a mensagem mais interessante. As figuras
de linguagem são empregadas em textos em que se faz
o Veja como aquela árvore está verde.
presente a função poética da linguagem, ou seja, textos
o Pode me passar a faca de destrinchar frango? em que o emissor se preocupa em evidenciar a mensa-
gem, em torná-la mais interessante, mais bela.
• Sentido conotativo (figurado): reflete o uso das
palavras com um sentido novo, inesperado. Vejamos as principais figuras de linguagem:
• Aquele cara é um banana. (=bobo) “Viajar é trocar a roupa da alma.” (Mário Quintana)
• Fiz economia para viajar. (=guardou dinheiro) 2. Comparação: consiste na comparação, com o uso
de conectores, entre coisas, pessoas, fatos.
• Ela estuda economia em uma universidade re-
nomada. (=ciência, curso superior) Os filhotes da cadela eram como chumaços de al-
godão.
Em relação ao tema de significação das palavras,
cumpre destacar também os fenômenos de sinonímia 3. Metonímia: é a substituição de uma palavra ou
e antonímia. A sinonímia acontece quando dois ou expressão por outro termo relacionado. Substitui-se,
mais vocábulos têm significado igual ou semelhante. assim, a parte pelo todo, o autor pela obra, efeito pela
Palavras como céu e firmamento, por exemplo, po- causa, o autor pela obra, a marca pelo produto etc.
dem ser consideradas sinônimas. Às vezes, a noção
de sinonímia é contextual, ou seja, certas palavras, Costumava sempre ler Monteiro Lobato para as
tomadas isoladamente, não necessariamente seriam crianças. (=ler a obra, os livros de Lobato).
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O Brasil quer políticos melhores. (= o povo brasi- 10. Inversão ou hipérbato: trata-se do rompimento
leiro). da ordem normal dos termos de uma oração ou de um
período para, no geral, dar destaque ao que é colocado
4. Perífrase: é a substituição de um ser por um fato em primeiro lugar.
ou atributo que o caracteriza. A expressão escolhida
como substituta equivale à substituída. Português, nunca mais estudarei. Já tomei posse no
concurso dos meus sonhos, mesmo...
Milhares de pessoas visitam, todos os anos, a cida-
de maravilhosa. (= Rio de Janeiro). Observação: quando a inversão é de tal ordem que
chega a comprometer a compreensão do que se diz ou
O rei do futebol aposentou-se quando ainda estava escreve, pode receber o nome de sínquise. Exemplo:
no auge. (= Pelé).
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um
povo heroico o brado retumbante”.
5. Sinestesia: é uma mistura, uma fusão dos senti-
dos (audição, visão, paladar, tato e olfato). Ordem direta:
Exalava um perfume doce que se podia sentir a me- As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
tros de distância. (olfato + paladar). retumbante de um povo heroico.
Parou diante da porta e pôde sentir a luz acesa no
11. Anacoluto: rompimento da sequência sintáti-
interior da sala. (tato + visão).
ca da oração, por causa de uma mudança brusca na
organização inicial da frase, que deixa um termo sem
6. Elipse: é a omissão de termos que podem ser su-
função sintática, “solto”.
bentendidos pelo contexto.
A maioria dos políticos de hoje não se pode confiar
Os pais estavam apreensivos; as crianças, ame- neles!
drontadas. (elipse de estavam).
O irmão mais velho viajava sempre durante as fé- 12. Silepse: trata-se da concordância ideológica, ou
rias de verão, ele durante as de inverno. (ele viajava seja, aquela que não se estabelece com um termo da
durante as férias de inverno). oração, mas com uma ideia que está na mente de quem
fala ou escreve.
7. Pleonasmo: emprego de palavras ou expressões De número: A gente vamos sair cedo. (gente é sin-
redundantes para enfatizar uma ideia. gular, mas transmite a ideia de plural. Por isso o verbo
é usado no plural: vamos).
Sim, ele tinha ouvido tudo, tudinho, com seus pró-
prios ouvidos! Pássaro não nasceu pra ficar em gaiola, pois lá fi-
cam logo tristes, mudos.
Cantava para os filhos uma canção de ninar com-
posta pelo seu avô. De pessoa: Dizer que todos os brasileiros não de-
sistimos nunca é uma generalização. (brasileiros é um
Atenção: o pleonasmo pode ser considerado uma
termo de 3ª pessoa do singular, mas desistimos está na
figura de linguagem, como nos casos acima, quando
1ª do plural. Em uma situação como essa, pode-se di-
se presta a, em textos literários, reforçar uma expres-
zer que o emissor realiza a silepse para se incluir entre
são, ou um vício de linguagem. Neste caso, eles devem
os “brasileiros”).
ser evitados na língua, especialmente nas redações de
concursos, vestibulares e provas afins. Exemplos de De gênero: Vossa Excelência será acompanhado até
pleonasmos viciosos: chorar lágrimas, subir para cima, a saída. (a autoridade a que o falante se refere é um
entrar para dentro, armamentos bélicos, água pluvial homem).
das chuvas etc.
Atenção: os casos de silepse, conforme a norma
8. Assíndeto: consiste na união de diversos termos culta, são considerados erros gramaticais. Somente os
coordenados entre si com a supressão do síndeto (con- casos de silepse de gênero e pessoa com pronomes de
tratamento são corretos (e obrigatórios). Lembre-se,
junção).
então, de, sempre que um sujeito for um pronome de
Corriam, brincavam, pulavam, riam sem parar. tratamento, fazer a concordância dos verbos e demais
pronomes da oração em 3ª pessoa (do singular ou do
9. Polissíndeto: é a repetição do conectivo para, no plural, conforme o caso). O gênero da pessoa de quem
geral, transmitir a ideia de ação, de continuidade. se fala, quando se utiliza um pronome de tratamento,
será indicado pelos termos que o acompanham (adjeti-
Corriam, e brincavam, e pulavam, e riam sem pa- vos e particípios, estes quando usados em construções
rar. na voz passiva). Veja um exemplo:
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Língua Portuguesa
Vossa Alteza parece (e não “pareceis”) muito can- 20. Gradação: exposição de uma sequência de
sado (indica que a pessoa com quem se fala é um ho- ideias em sentido ascendente ou descendente.
mem).
Sua atitude foi errada, feia, desprezível!
13. Onomatopeia: uso de palavras que imitem sons
da natureza ou as vozes dos seres. 21. Ironia: consiste em dizer o contrário do que se
pensa, em geral com intenção de ser sarcástico.
“Em cima do meu telhado,
As autoridades já começaram a assumir que pode
Pirulin lulin lulin “faltar uma coisa ou outra” para a Copa do Mundo.
Pelo visto, o evento será maravilhoso. (para dizer que
Um anjo, todo molhado,
será péssimo).
Solução no seu flautim.
22. Eufemismo: suavização de uma expressão que
(Mário Quintana) se evita na língua, normalmente por ser triste ou desa-
gradável.
14. Aliteração: repetição de sons consonantais, no
geral para tentar reproduzir, no texto, poema ou mú- Meu melhor amigo se foi. (= morreu)
sica, um som.
Devem-se adequar as calçadas aos portadores de
“...será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é necessidades especiais. (=portadores de alguma defi-
que mexe com ela?” (Chico Buarque) ciência física).
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02 MATEMÁTICA
01 NÚMEROS REAIS
02 CONJUNTOS NUMÉRICOS
03 OPERAÇÕES
04 PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA
05 LOGARITMO
06 PORCENTAGEM
07 MATEMÁTICA FINANCEIRA
08 GRANDEZAS, RAZÕES E PROPORÇÕES
09 DIVISÕES PROPORCIONAIS
10 MEDIDAS DE TEMPO
11 EQUAÇÕES
12 TRIGONOMETRIA
13 GEOMETRIA
14 FUNÇÕES
15 RACIOCÍNIO LÓGICO - SEQUENCIAL
16 RACIOCÍNIO LÓGICO - SITUAÇÕES LÓGICAS DIVERSAS
17 RACIOCÍNIO LÓGICO - SEQUÊNCIAS LÓGICAS
R: Números Reais
01 NÚMEROS REAIS
N: Números Naturais
U: União
CONCEITO
Z: Números Inteiros
Conjunto de elementos, representado pela letra R,
constituído pelos: Q: Números Racionais
I: Números Irracionais
Números Naturais (N): N = {0, 1, 2, 3,...}
ü Curiosidade:
Números Inteiros (Z): Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}
Os romanos desenvolveram um sistema de nu-
meração utilizando letras de seu próprio alfabeto.
Números Racionais (Q): Q = {...,1/2, 3/4, –5/4...}
Neste sistema, os números de 1 a 10 são repre-
sentados respectivamente pelas letras I, II, III, IV,
Números Irracionais (I): I = {...,√2, √3,√7, 3,141592....}
V, VI, VII, VIII, IX e X. Os outros números são assim
representados:
NÚMEROS INTEIROS
A ordem de Z é dada por … < -2 < -1 < 0 < 1 < 2 < M 1.000
… e faz de Z uma ordenação total sem limite superior
ou inferior. Chama-se de inteiro positivoaos inteiros O sistema utilizado atualmente é chamado de in-
maiores que zero; o próprio zero não é considerado do-arábico.
um positivo.
Os números inteiros negativos, inteiros positivos e Unitário: é um conjunto que possui um único ele-
o zero formam o conjunto dos números inteiros relati- mento.
vos, designados por Z, isto é:
Para representar a união dos conjuntos, utiliza-se a Vazio: conjunto que não possui elementos.
expressão: Representado pelo símbolo Ø ou por { }.
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∈ Pertence
∉ Não pertence
⊂ Está contido
⊃ Contém
⊅ Não contém
No decorrer da história da matemática podemos Como podemos ver, os conjuntos foram “evoluin-
ver de que maneira o entendimento dos números se do” no decorrer do tempo. O que antes era apenas um
desenvolveu. Antigamente apenas a operação de soma conjunto de número positivos se transformou num
se fazia necessária. grupo muito mais completo.
Acima mostramos os símbolos de cada um dos con-
O conjunto dos números utilizados na época era
o que conhecemos como conjunto dos naturais. Esse juntos. Agora apresentaremos alguns símbolos adicio-
conjunto pode ser representado pelo símbolo N e com- nais que representam a exclusão de alguma parte do
preende os seguintes números: conjunto:
N = {0, 1, 2, 3,...}
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Matemática
Seis Sexto
Sete Sétimo
Como podemos ver, estamos somando o núme-
Oito Oitavo ro 4 nove vezes. Logo, ao invés de realizarmos todas
essas operações de soma, podemos encontrar o mes-
Nove Nono mo resultado através de apenas uma única operação:
a multiplicação.Podemos representar essa operação
Dez Décimo através do sinal “x” ou “.”.No exemplo dado teremos
a seguinte multiplicação:
03 OPERAÇÕES
Lemos a operação acima de “9 vezes 4”. Podemos
Na matemática utilizamos algumas operações de chamar o resultado da multiplicação de produto e seus
forma a trabalharmos com os números que possuímos. membros que o compõem de coeficientes. Logo, os nú-
Dessa maneira, após todas as operações necessárias, meros 9 e 4 são coeficientes e o resultado, 36, é o pro-
chegamos num resultado. Nesse capítulo veremos as duto de 9 por 4.
operações de adição, subtração, multiplicação, divi-
Além das propriedades de comutação e associação,
são, potenciação e radiciação.
a multiplicação atenda algumas outras que veremos
logo abaixo:
Adição:
A adição nada mais é do que a soma de dois nú- Distributividade:
meros, de forma a combiná-los em um único núme-
ro. Representamos essa operação pelo símbolo “+” e Elemento neutro:
chamamos cada número somado de parcela, termos
ou somando. A adição atende algumas propriedades: Note que a multiplicação também possui o elemen-
to neutro, porém ele é deferente do utilizado na adição
Comutatividade: e subtração.
Associatividade: Divisão:
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Ela consiste em chutar valores de q e r até satisfa- No exemplo acima multiplicamos o número 4 seis
zer a igualdade da equação. Parece uma técnica de- vezes. Isso é equivalente à expressão abaixo:
morada, mas em muitos caso nós já sabemos por onde
começar nossos chutes. Nesse exemplo, podemos ver
que se utilizarmos teremos a seguinte equação:
Na potenciação chamamos o número 4 de base e o
6 de expoente. Apresentaremos abaixo algumas pro-
priedades e resultados prontos da potenciação.
Veja que já utilizávamos essa técnica desde muito Uma definição que se faz a partir da potenciação
tempo. O que foi feito aqui foi apenas escrever a ima- é o de número quadrado perfeito. Quadrado perfeito
gem acima em forma de uma equação matemática: é um número inteiro não negativo que pode ser re-
presentado por outro número elevado a potência de
2 (elevado ao quadrado). Portanto, mostramos logo
abaixo a lista dos quadrados perfeitos de 1 até 100:
Assim como as operações anteriores, a divisão Saber de cabeça os quadrados perfeitos de 1 até 100
atende às propriedades de comutação, associação, é bastante útil e pode acelerar a resolução de alguns
elemento neutro (zero) e distribuição. Nas unidades exercícios.
posteriores estudaremos como operar com as frações
oriundas da divisão.
Radiciação:
6
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União:
Portanto, todas as propriedades vistas para poten-
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer, temos que
ciação também são válidas para a radiciação. Assim
a união entre tais conjuntos é formada pelo conjunto
como no tópico anterior, colocaremos algumas pro-
dos elementos de A somados aos elementos de B. O
priedades dessa operação.
símbolo de união é ∪, logo tal conjunto é representado
por A ∪ B.
Intersecção:
A ∩ B = {2,4}
Assim como na potenciação, procure sempre obser-
var essas propriedades na resolução dos problemas. Os conceitos de união e intersecção de conjuntos
Desse modo você ficará mais acostumado a trabalhar são muito utilizados no tópico de Estatística, sub-ramo
tanto com potenciação quanto radiciação. da Matemática.
Ainda vale a pena comentar sobre algo que nunca
deve ser feito quando trabalhamos com radiciação!
Diferença:
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••r = an - an-1
Consequência:
••an = termo geral / enésimo termo Se tivermos como base b > 0 ,a > 0 e a ≠ 1 e m um
número real qualquer, temos a seguir algumas conse-
••a1 = primeiro termo quências da definição de logaritmo:
••r = razão
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA
Conceito:
Propriedades:
••an = a1 . qn-1
••q = an / an-1
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Matemática
Logaritmo da potência:
Se 0 < a ≠ 1, b > 0, então loga(bn) = n . logab
Neste exemplo, inicialmente temos um logaritmo Abaixo colocamos uma tabela de desconto e por
qualquer representado por uma base “a” e o logarit- quanto devemos multiplicar o valor inicial para obter
mando “x”. o resultado:
A partir daí, tanto “x” quanto “a” passam a ser o 20% 0,8
logaritmando formado pela base “b”. 50% 0,5
75% 0,25
Então, quando dizemos que 40% dos es- Agora a tabela abaixo mostra o fator de multiplica-
tudantes de um curso são homens, quere- ção no caso de lucro:
mos mostrar que se pegarmos o número de ho-
mens e dividir pelo de mulheres, essa razão será Lucro Multiplicação
10% 1,1
.
50% 1,5
Logo, existem 2 homens para cada 5 estudantes do
curso. 100% 2
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Juros: representam a remuneração do capital em- Valor Atual (ou Valor Presente) =
pregado em alguma atividade produtiva. Pode ser Valor Nominal (ou Valor de Face) – Desconto
capitalizados através de dois regimes: Simples e
Compostos.
Pode-se dizer também que Desconto é a diferença
Juros Simples: o juro de cada intervalo de tem- entre Valor Nominal (S) de um título na data de seu
po é calculado sobre o capital inicial empresta- vencimento e o seu Valor Atual (C), na data em que o
do ou aplicado. pagamento é efetuado. Sendo assim:
10
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Matemática
0,10 a.q.: 10 por cento ao quadrimestre. A ideia é relacionarmos duas grandezas de forma
classifica-las como grandezas diretamente ou inversa-
mente proporcionais. Para isso vamos definir, primei-
Taxa Real de Juros: apuração de ganho ou perda
em relação a uma taxa de inflação ou de um custo de ramente, a razão e a proporção entre duas grandezas.
oportunidade, ou seja, é o verdadeiro ganho financei- A razão entre duas grandezas é a divisão entre
ro. elas. Portanto, se você queima 200 calorias a cada 500
Taxa Efetiva de Juros: taxa em que a unidade refe- metros de corrida, a razão será de . Ainda
rencial de seu tempo coincide com a unidade de tem- mais, quando possuímos duas razões iguais, dize-
po dos períodos de capitalização. São exemplos: 2% ao mos que há uma proporção entre elas. Logo, se além
mês capitalizados mensalmente (ou simplesmente 2% da razão entre calorias queimada e distância per-
ao mês), 3% ao trimestre capitalizado trimestralmente corrida dissermos que uma pessoa lê 6 livros a cada
(3% ao trimestre), e assim por diante.
15 semanas, teremos uma proporção, pois .
Taxas Equivalentes: duas taxas são equivalentes A vantagem de se ter uma proporção é que ela per-
se, aplicadas ao mesmo capital P e durante o mesmo mite utilizar algumas propriedades interessantes. Veja
período de tempo, através de diferentes períodos de algumas delas a seguir:
capitalização, produzirem o mesmo montante final.
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Matemática
Por fim, podemos querer dividir essa mesma quan- 1 d = 24 h dias hora 24
tia X em partes proporcionais a certo número e inver-
samente proporcionais a outro número. Assim, para
dividir X em duas partes A e B diretamente propor- Exemplo: Converta 18 minutos em segundos.
cionais a m e n, mas inversamente proporcionais a p Utilizando a tabela acima, percebe que “Para conver-
e q, temos: ter de minutos para segundos”, deve-se multiplicar o
valor por 60. Logo, a conta a ser feita é 18 x 60. Assim,
obtem-se o resultado de 1080 segundos.
Tais conceitos são óbvios. Mas o que é comumente Uma equação pode ser escrita na forma (ax + b =
cobrado em provas de concursos é a conversão entre 0), sendo a e b números racionais, a ≠ 0 e x assumindo
unidades de medida de tempo. Para visualizar melhor, valores racionais, é chamada de equação do 1 grau a
utilize a tabela a seguir: uma incógnita.
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x+3=5
, então
x=5–3
x=2
INEQUAÇÕES DO 1º GRAU
Se adicionarmos (-3) dos dois lados:
Denominamos inequação toda a sentença matemá-
x+3–3=5–3 tica aberta expressa por uma desigualdade. As inequa-
ções utilizam na sua formatação os seguintes sinais de
a+0=2
desigualdades:
a=2
> maior que
2x + 6 = 12
Princípios de Equivalência das Desigualdades:
2x = 12 - 6
Principio Aditivo:
x=6/2
Uma desigualdade não muda de sentido quando
x=3
multiplicamos ou dividimos seus dois membros por
um mesmo número positivo.
Resolução de uma equação:
Resolver uma equação significa determinar o seu Princípio Multiplicativo:
conjunto verdade (raízes da equação), dentro do con-
junto universo considerado. Uma desigualdade não muda de sentido quando
adicionamos ou subtraímos um mesmo número aos
Na resolução de uma equação do 1º grau com seus dois membros.
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EQUAÇÕES SIMULTÂNEAS DO 1º GRAU Uma vez que isso coincide com o resultado do
método de adição, não é necessário para verifi-
Equações simultâneas são verdadeiras para as mes- car. Portanto, a solução é x = 1 e y = 2
mas variáveis ao mesmo tempo. Deve-se resolver as
equações para obter a resposta correta. Os dois mé- EQUAÇÕES DO 2º GRAU
todos básicos para resolução de equações simultâneas
são o método de adição e o método de substituição. Equação do 2º grau é toda expressão matemática
Pode-se combinar os métodos de adição e substituição. que possa ser reduzida à forma:
Portanto, a solução é x = 1 e y = 2
O método de substituição geral é a seguinte: “so- Assim como ocorre nas equações do 2º grau,
lucionar uma das equações para um desconhecido em ss inequações do 2º grau são resolvidas uti-
termos de outro. Em seguida, substitua que na outra lizando o teorema de Bhaskara. O resulta-
equação. Que irá produzir uma equação em um desco- do deve ser comparado ao sinal da inequação,
nhecido, que você pode resolver.” com o objetivo de formular o conjunto solução.
x – y = -1
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Se a soma de dois ângulos mede 90°, estes ângulos A outra altura (conforme gráfico abaixo) é obtida
são denominados complementares, portanto podemos tomando a base como a hipotenusa, a altura relativa a
dizer que o triângulo retângulo possui dois ângulos este lado será o segmento AD, denotado por h e per-
complementares. pendicular à base.
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Matemática
13 GEOMETRIA
INTRODUÇÃO
As Funções trigonométricas básicas são relações São entes geométricos fundamentais: ponto, reta e
entre as medidas dos lados do triângulo retângulo e plano.
seus ângulos. As três funções básicas mais importan-
tes da trigonometria são: seno, cosseno e tangente. O ••Ponto: é adimensional (não possui dimensão),
ângulo é indicado pela letra x. ou seja, não pode ser medido. Em Geometria
Plana nomeia-se os pontos utilizando letras
Função Notação Definição maiúsculas.
medida do cateto oposto
ax ••Espaço: conjunto de todos os pontos.
seno sen(x)
_____
••Figura geométrica: todo e qualquer conjunto
medida da hipotenusa de pontos.
medida do cateto
adjacente a x ••Postulado: toda e qualquer proposição já co-
cosseno cos(x) nhecida e tida como verdadeira.
_____
medida da hipotenusa Teorema: toda e qualquer proposição que necessita
de um postulado para comprovar sua veracidade.
medida do cateto oposto
ax
Reta: conjunto infinito de pontos alinhados, sendo
tangente tan(x) _____ unidimensional, possuindo apenas uma dimensão, a
do comprimento. A reta possui dois sentidos, sendo
medida do cateto infinita nestes dois sentidos de sua direção. Sendo as-
adjacente a x sim, na Geometria trabalha-se mais com segmentos de
reta, porque estes possuem começo, meio e fim. O co-
Tomando um triângulo retângulo ABC, com hipo- meço e fim de cada segmento é determinado por pon-
tenusa H medindo 1 unidade, então o seno do ângulo tos.
sob análise é o seu cateto oposto CO e o cosseno do
mesmo é o seu cateto adjacente CA.
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Medidas de ângulos: para medir ângulos no sis- Ângulos replementares: quando a soma de suas
tema sexagesimal, divide-se a circunferência em 360 medidas é igual a 360°.
graus, cada grau em 60 minutos e cada minuto em 60
segundos. Logo: POLÍGONOS
1 circunferência = 360° Polígono: figura plana formada por 3 ou mais seg-
1° = 60’ (1 grau = 60 minutos) mentos de reta, que são denominados lados. Os pon-
tos de intersecção, como visto, são chamados de vér-
1’ = 60” (1 minuto = 60 segundos) tice. Pode também ser conceituado como ‘uma linha
poligonal fechada’.
Ângulos opostos pelo vértice: os lados de um são
semirretas opostas aos lados do outros, sendo sempre Polígono convexo: caso os lados do polígono sejam
congruentes. prolongados, nunca ficarão no interior da figura ori-
ginal.
Bissetriz de um ângulo: semirreta de origem no
vértice do ângulo que o divide em dois ângulos adja-
Polígono não convexo (côncavo): quando ao se
centes e congruentes.
analisar dois pontos do polígono, o segmento que pos-
suir estes pontos como extremidades contiver pontos
que estão fora do polígono.
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TRIDECÁGONO 13
TETRADECÁGONO 14
PENTADECÁGONO 15
ICOSÁGONO 20
TRIACONTÁGONO 30
PENTACONTÁGONO 50
ENEACONTÁGONO 90
HECTÁGONO 100
40 tetraconta- 4 -tetra-
60 hexaconta- 6 -hexa-
70 heptaconta- 7 -hepta-
80 octaconta- 8 -octa-
90 eneaconta- 9 -enea-
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Mediatriz: toda reta perpendicular ao ponto médio Podem ser paralelogramos, losangos, quadrados e
de um dos lados do triângulo. trapézios.
QUADRILÁTEROS
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V = π x r2 x h
CIRCUNFERÊNCIA
VOLUME
21
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ESTUDO DA RETA
Plano cartesiano:
A geometria analítica teve como principal ideali-
zador o filósofo francês René Descartes ( 1596-1650).
Linha poligonal fechada: Com o auxílio de um sistema de eixos associados a um
plano, ele faz corresponder a cada ponto do plano um
par ordenado e vice-versa.
CIRCUNFERÊNCIA
Linha poligonal não simples aberta:
Equação da circunferência (reduzida):
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FUNÇÃO AFIM
X Y
-4 16
-2 4
0 0
2 4
4 16
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Da mesma forma, após x períodos de 10 minutos, o - Já a função f(x) = log1x não é considerada uma
número n de bactérias será dado por n = 2x. função logarítmica, pois a base “a” é igual a 1 e por
definição precisaríamos ter “a” ≠ 1.
Esse é um exemplo de função com variável no ex-
poente. - A função f(x) = log-5x também não é considerada
uma função logarítmica, pois a base “a” = –5 e por de-
As funções exponenciais do tipo f(x) = b ∙ ax asse- finição teríamos que ter “a” > 0.
melham-se a uma progressão geométrica.
a= q
x=n
Função logarítmica:
• No Intervalo [1, +∞[ o valor da função logarít-
Seja a função exponencial y = ax , com “a” > 0 e “a” mica é positiva.
≠ 1, a sua inversa chama-se função logarítmica e indi-
ca-se y = loga x A partir do gráfico, e de forma generalizada
para qualquer função logarítmica, podemos de-
São exemplos de função logarítmica: duzir também as seguintes características:
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Exemplos:
Proposições Lógicas:
Proposições lógicas são sentenças declarativas, as
quais podem ser afirmativas ou negativas. Aqui usa- 1) Interrogativas:
mos o termo “afirmativas” no sentido do oposto à “Qual seu nome?”
“negação”. Mas, na prática, as proposições fazem afir-
mação do acontecimento ou não de algo. Quanto estas As sentenças interrogativas não são declarativas.
sentenças permitem enunciar julgamento como verda- Estas sentenças requerem uma resposta direta à per-
deiro (V) ou Falso (F), estas declarações são denomina- gunta e não verdadeiro ou falso.
das proposições lógicas.
Seria até estranho a pessoa fazer esta pergunta e re-
ceber como resposta verdadeiro ou falso. Desta forma,
Valorações Lógicas: frases interrogativas não são proposições lógicas.
No raciocínio lógico temos somente dois valores, o
verdadeiro (V) e o falso (F). 2) Exclamativas:
Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao “Viva!!!”; “Que Bom!”; “Legal!”; “Que jogador fe-
mesmo tempo (princípio da não-contradição). nomenal!”
Dizemos que algo é VERDADEIRO quando Frases exclamativas não são proposições lógicas,
ACONTECE, e dizemos que algo é FALSO quando pois não cabe, após o enunciado das mesmas, emitir
NÃO ACONTECE. julgamento verdadeiro ou falso.
Exemplo:
3) Ordens e Pedidos:
1) O idioma oficial do Brasil é o português.
“Faça seu trabalho bem feito”; “Eu quero este rela-
Verdadeiro. tório hoje”.
Por que verdadeiro? Porque acontece... é isso mes- As ordens ou pedidos não possibilitam julgamento
mo. verdadeiro ou falso. O máximo que possibilita é disser
“Sim, senhor”, “não senhor”.
2) A seleção brasileira ganhou a copa de 2014 no
Brasil. Desta forma, as ordens ou pedidos não são
proposições lógicas.
Falso.
Atenção: Cuidado com as ordens ou pedidos, pois mui-
Por quê? Porque não acontece ou não aconteceu. tas vezes pensamos que são proposições lógicas e não são.
Identificação das Proposições
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“Esta frase é falsa”. Se dissermos verdadeiro, então A base de todo raciocínio lógico proposicional é
é verdadeiro que é falsa? Afinal, é verdadeira ou falsa? compreender, memorizar e aplicar as regras dos co-
Se dissermos que é falsa; então é falsa que é falsa, logo nectivos.
é verdadeira. Afinal, é falsa ou verdadeira?
Para facilitar o cálculo proposicional, os conectivos
Desta forma, tais sentenças não são proposições ló- lógicos possuirão símbolos.
gicas.
Exemplo:
5) Sentenças abertas:
A: João é mecânico
“X é negativo”; “Y é um número ímpar”.
B: Maria é professora.
Nestes casos nós temos incógnitas, ou seja, variá-
veis. Variável é toda letra que pode assumir um valor Estas proposições sem conectivos são ditas
numérico. Assim, não podemos julgar como verdadei- SIMPLES. Quando unimos com conectivos, temos as
ro ou falso pelo simples fato de que não dispomos de proposições COMPOSTAS, como segue:
determinação do valor de X ou de Y ou, pelo menos,
seu período de extensão. Dependerá da definição do Se João é mecânico, então Maria é professora.
valor de X e de Y para que seja possível emitir tais jul- Podemo simbolizar por A à B.
gamentos. Algumas bancas como, por exemplo, o CESPE, em
Estas variáveis, nestas condições, são ditas livres, o algumas questões expressa “...considerando que P sig-
que caracteriza uma Sentença Aberta. Assim, tal situa- nifica a expressão ‘João não é mecânico’...”. Uma vez
que a banca expressa “...considerando...”, vamos con-
ção não se caracteriza como proposição lógica.
siderar.
Exemplo: X é par.
Assim, quando virmos P, entenderemos “João não
Mas observe: Uma vez definida a variável, torna-se é mecânico”.
possível emitir verdadeiro ou falso como julgamento.
Além disto, a mesma banca já indicou que pode-
Por exemplo: “X é negativo, se X < 0”. Podemos dizer
mos simbolizar “João não é mecânico e Maria é profes-
“verdadeiro”, pois para X menor que zero ele é nega-
sora” como Q, por exemplo.
tivo. Se podemos emitir o julgamento “verdadeiro”, é
porque esta sentença é proposição lógica. Se puder- Desta forma, se em uma prova a banca indicar ou
mos emitir o julgamento “falso”, também trata-se de perguntar se é possível indicar como P expressões com
proposição lógica. “e” ou “ou”, entendamos que é possível.
Observação: Igualdades ou desigualdades ma- Nesta última entendamos que há duas negações e o
conectivo “e”, pois a enunciar “Nem Ana, nem Pedro
temáticas são proposições lógicas.
foram ao restaurante”, entendemos que Ana não foi ao
2 + 7 < 3 (Falso) restaurante e Pedro não foi a restaurante.
1 + 100 = 101 (Verdadeiro) Os símbolos utilizados para expressar este conecti-
vo são “ ~ ” ou “⌐”.
CONECTIVOS LÓGICOS Assim, seja “A” a proposição “João é mecânico”; en-
tão ~A significa “João não é mecânico”.
Conectivos ou conectores lógicos são elementos
que conectam as proposições e causam um efeito de O diagrama lógico descritivo da negação será o se-
verdade ou falsidade nestas proposições. guinte:
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Matemática
Montando a tabela-verdade:
Suponha que A e B correspondem respectivamente
às proposição simples “João é mecânico” e “Maria é
professora”, respectivamente. A tabela verdade deve
contemplar estas duas proposições.
O mesmo acontece com a expressão “Maria não Vamos ver como montar tal tabela-verdade de uma
tem nenhuma gratidão”; é indicativo, em raciocínio forma rápida e prática. Para montar esta tabela “pense
lógico, que ela possui gratidão. nas metades”.
Tal interpretação dá-se exclusivamente quando a A metade de 8 é 4, então dividiremos A com 4 ver-
banca organizadora elabora uma questão fazendo a re- dadeiros e 4 valores falsos. Para a proposição B, pensa-
lação entre a dupla negação e a interpretação segundo mos na metade de 4 que é 2, logo dividiremos B com 2
o raciocínio lógico. verdadeiros e 2 falsos, na sequência. Com C, devemos
pensar na metade de 2. Se B foi dividido de 2 em 2, C o
Demais situações onde aparecem tais expressões, será de 1 em 1. Então teremos a seguinte tabela:
interpretaremos como o fazemos segundo o senso co-
mum, onde a dupla negação é um reforço da própria
negação. A B C
V V V
V V F
Tabela-verdade:
V F V
Conceito: V F F
A tabela-verdade é um elemento utilizado ampla- F V V
mente no raciocínio lógico proposicional, pois vem em F V F
nosso auxílio quando temos alguma dúvida e ela nos F F V
mostra a VERDADE. Ela descreve todas as possibili-
dades, ou seja, tudo o que pode acontecer. F F F
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O importante sempre é que a tabela-verdade esteja Quando dizemos que João gosta de abacate e bana-
completa, é que existam todas as possibilidades, inde- na, estamos expressando que ele gosta de ambos, ou
pendentemente da ordem na qual foi montada. seja, ambos são verdadeiros.
Eu indico para “pensar nas metades” somente para Se um dos termos for falso, já não poderemos dizer
fazer mais rapidamente a tabela. que João gosta de abacate e banana.
Com a tabela verdade podemos comprovar que, ao A tabela-verdade deste conectivo será a seguinte:
negar uma proposição duas vezes consecutivas, obte-
remos a mesma proposição, ou seja, a dupla negação
A B A˄B
de uma proposição possui valores lógicos idênticos,
sendo dita como equivalente à própria proposição. V V V
Na tabela a seguir, tal condição é demonstrada pelas V F F
colunas com valores em negrito. F V F
F F F
A B ~A ~(~A)
V V F V Resumo: O “e” só será verdadeiro se ambos os ter-
mos forem verdadeiros (V^V = V). Se houver um ter-
V F F V
mo falso, o “e” já será falso, independentemente do
F V V F valor lógico do outro elemento (F ^ .... = F).
F F V F
Conectivos Disjunções:
Conectivo Conjunção: Há dois tipos de disjunções: a inclusiva e a exclusi-
va. Uma inclui a possibilidade do acontecimento da in-
Este conectivo indica que elementos acontecem tersecção, a outra exclui tal possibilidade. A disjunção
juntos, aconteceram juntos, um acontece e outro tam- inclusiva possui a partícula “...ou...”, enquanto que a
bém acontece, etc. Ocorre em proposições compostas exclusiva é expressa pela partícula “ou...ou...”.
unidas pela partícula “e” ou similar, indicando que
ambos elementos acontecem.
Conectivo Disjunção Inclusiva:
Expressa pela partícula “...ou...”, inclui a possibili-
Exemplos:
dade da ocorrência de ambos elementos.
1) João é mecânico e Maria é professora;
Exemplo:
2) João é mecânico, mas Maria é professora;
1) Quem vai viajar para África ou Europa, deve ser
3) João é mecânico, porém Maria é professora; vacinado.
Podem ser utilizados outros termos como “entre- Quem vai viajar somente para a África, deve ser va-
tanto”, “contudo”, etc. cinado. Quem vai viajar somente para Europa, deve
ser vacinado. Quem vai viajar para ambos países, deve
O diagrama que representa tal situação indica a in- ser vacinado. Logo, uma vez que se trata de eventos
tersecção dos conjuntos. independentes, este conectivo indica a união dos con-
juntos. Tanto é que seu símbolo (˅) é parecido com o da
união de conjuntos matemáticos (U).
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Matemática
Assim, no exemplo, os únicos que não necessitam “Como Pedro é alagoano, Pedro é brasileiro”; “Quando
ser vacinados são os que não viajarão para África, nem Pedro é dito alagoano, será brasileiro”; “Caso Pedro
para Europa. for alagoano, será brasileiro”, entre outros.
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Analisando a regra deste conectivo, a única situa- Desta forma, ambos elementos indicam duas con-
ção cujo acontecimento é impossível, é que uma pes- dições lógicas. Ambos são condições suficiente e ne-
soa diga que Pedro é alagoano e não é brasileiro. Isto cessária ao mesmo tempo.
é impossível, pois ser alagoano é suficiente para con-
cluir que se é brasileiro. Então teremos a seguinte ta- Podemos ainda expressar tal conectivo sob a forma
bela-verdade: “Pedro visitar Brasília é condição suficiente e necessá-
ria para visitar a capital do Brasil” ou ainda “Pedro
visitar a capital do Brasil é condição suficiente e neces-
C P C→P sária para Pedro visitar Brasília”.
V V V É possível a pessoa ser alagoana e Com isto, temos que este conectivo só será verda-
brasileira. deiro quando ambos os termos forem idênticos.
V F F É impossível a pessoa ser alagoana e É possível visitar Brasília e visitar a capital do Brasil
não ser brasileira. e ainda é possível não visitar ambas.
F V V É possível a pessoa não ser alagoana e
O que não pode é dizer que foi a uma e não foi a
ser brasileira.
outra.
F F V É possível a pessoa não ser alagoana e
Ao perceber o conectivo dupla implicação, pode-
não ser brasileira.
mos perguntar sobre os termos: São Idênticos? Se sim,
verdadeiro; se não, falso.
Conclusões e Resumo:
Assim, a tabela-verdade será a seguinte:
A única forma da implicação ser falsa é quando te-
mos V à F = F. Assim, como conseqüência, se tivermos C E C↔E
Falso no primeiro termo, já teremos que a implicação
V V V
será verdadeira, independentemente do valor lógico
da condição necessária (F à ... = V). V F F
F V F
Da mesma forma, quando o segundo termo for ver-
F F V
dadeiro, a implicação também será verdadeira, inde-
pendentemente do valor lógico da condição suficiente Resumo: A dupla implicação só é verdadeira quan-
( ... à V = V). do se tem elementos com valores idênticos. Será falsa
nos demais.
Conectivo Dupla Implicação Lógica:
RESUMÃO DAS REGRAS
(Bi-condicional):
Este conectivo indica que os termos são idênticos, Conectivo Regra Conclusão
ou seja, o acontecimento do primeiro acarreta o acon- Negação ~V = F
tecimento do segundo e vice-versa. É uma via de mão (avesso) ~F = V
dupla.
Conjunção V^V=V F^....=F
Considerando B e C como “Pedro visitou Brasília” e D i s j u n ç ã o V˅...=V F˅F=F
“Pedro visitou a capital do Brasil”, respectivamente, en- Inclusiva
tão teremos como B ↔ C, significa “Pedro visitou Brasília
D i s j u n ç ã o Valores distintos Valores iguais =F
se e somente se visitou a capital do Brasil”; “Pedro
Exclusiva =V
visitou Brasília se e só se visitou a capital do Brasil”.
Implicação VàF=F F à...=V
Equivale a dizer que “Se Pedro visitou Brasília, Lógica ... à V = V
então visitou a capital do Brasil e se Pedro visitou a D u p l a Valores iguais =V Valores distintos
capital do Brasil, então visitou Brasília” O diagrama Implicação =F
de conjuntos para tal situação, visto que os termos são Lógica
idênticos, será um só diagrama para ambos os termos.
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A ∧ ( B ∧ C ) = ( A ∧ B) ∧ C Continuando...
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A → B equivale a ~B → ~A SITUAÇÕES-PROBLEMA
Além deste equivalente, é possível determinar ou-
tra equivalência pela dupla negação, pois quando ne- Verdades e Mentiras:
gamos uma proposição duas vezes consecutivas, obte-
mos uma proposição equivalente. Várias questões de concursos pautam-se nas situa-
ções de verdades e mentiras. Para cada tipo de ques-
Assim teremos: tão há uma forma mais rápida de resolução. É o que
veremos.
A → B , com a primeira negação teremos
Similarmente podemos pensar que, se Pedro visi- Um crime foi cometido por uma e apenas uma pes-
ta Brasília, então visita a capital do Brasil e se Pedro soa de um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso,
não visita Brasília, então não visita a capital do Brasil. Edu, Juarez e Tarso. Perguntados sobre quem era o
(B→C) ^(~B→~C). culpado, cada um deles respondeu:
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Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e Supondo que o primeiro falou o que é falso. Veja
que todos os outros disseram a verdade, pode-se con- que, neste caso, Armando é culpado, Edu e Tarso tam-
clui que o culpado é: bém, o que não pode.
Terceiro passo) Caso não perceber que há dois indi- b) azul, preto e branco
víduos que não podem ter o mesmo valor lógico, como c) preto, azul e branco
visto anteriormente.
d) azul, branco e preto
Vamos fazer pelo método do “escorregamento da
falsidade” já que somente um indivíduo mentiu. e) branco, azul e preto
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Quem fala a verdade? Ana. Esta mostrará o cami- d) Ferdinando pediu suco de acerola.
nho. Agora veja qual frase que Ana pode falar e dizer a
verdade ao mesmo tempo. A de azul respondeu: “Ana e) Alcides pediu o hambúrguer.
é a que está de branco”.
Fazendo uma lista:
Esta não pode ser Ana, pois se ela está de azul, ela não
pode dizer que Ana está de branco, pois estaria mentindo.
pre lar
Assim Ana não está de azul.
Alc mis uva
A de branco falou: “Eu sou Maria”. ham ace
Esta também não pode ser Ana, pois dizendo “Eu sou
Maria”, estaria mentindo. Assim, Ana não está de Branco. pre lar
Logo, só resta estar de preto. Ferd mis uva
ham ace
E a de preto disse: “Cláudia é quem está de bran-
co”.
pre lar
Já sabemos que esta é Ana, pois como não está de azul Reg mis uva
nem de branco, tem que estar de preto.
ham ace
Tudo que Ana fala é verdade, logo Cláudia realmente está
de branco. Então resta para Maria estar de azul. Agora, analisam-se as dicas:
Assim, as cores dos vestidos de Ana, Maria e − Reginaldo pediu um misto quente;
Cláudia eram, respectivamente: Preto, azul e branco.
Alternativa C. Se ele pediu um misto, não pediu outro sanduíche. Se ele
pediu misto, os outros não pediram misto. Então colocamos
isto na tabela
Relações entre elementos:
pre lar
Exemplo:
Ferd mis uva
Alcides, Ferdinando e Reginaldo foram a uma lan- ham ace
chonete e pediram lanches distintos entre si, cada qual
constituído de um sanduíche e uma bebida. Sabe-se
pre lar
também que:
Reg mis uva
− os tipos de sanduíches pedidos eram de pre- ham ace
sunto, misto quente e hambúrguer;
a) Alcides pediu o sanduíche de presunto. Como Alcides não pediu laranja, não come hambúrguer,
então comerá presunto.
b) Ferdinando pediu o sanduíche de presunto.
Assim, sobrou Ferdinando para tomar suco de laranja
c) Reginaldo pediu suco de laranja. com hambúrguer.
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Exemplo:
1,2,4,7,11,....
RACIOCÍNIO LÓGICO - SEQUÊNCIAS
17 O que gera tal sequência?
LÓGICAS
1+1=2
As sequências lógicas apresentam-se de diversas
formas: sequência matemática, sequência indutiva uti- 2+2=4
lizando números, letras ou figuras.
4+3=7
Sequências Matemáticas:
7 + 4 = 11
Nas sequências matemáticas há uma repetição e
existe uma quantidade fixa de termos que se repetem. Veja que o número somado está em ordem crescen-
te, então o próximo será
Para efetuar os cálculos, basta dividir o termo que
se quer pelo número de termos que se repetem e veri- 11 + 5 = 16.
ficar o RESTO.
Dados 5 elementos, já teremos segurança que este
é o fator gerador da sequência, desde que o descubra-
Exemplo: mos, claro.
Hoje é terça-feira. Contando a partir de amanhã, Quando a sequência é longa, seja com números ou
qual será o 137º dia? letras, é porque está demorando para dar tal seguran-
ça. Em caso de números, provavelmente haverá opera-
A sequência, a partir de quarta-feira, será
ções matemáticas variáveis (soma e multiplicação con-
juntas, por exemplo). Poderá também haver sequência
Q Q S S D S T / Q Q S S D S T/ ...
pulando um elemento, ou seja, analisando de 2 em 2
Veja que cada bloco é constituído de 7 dias. posições salteadas.
Assim, efetuando a divisão 137/7 = 19 e resto 4. Mas quando esgotam-se as tentativas e não desco-
brimos qualquer operação matemática, há termos que
Assim, teremos 19 blocos inteiros da sequência Q podem estar compondo tais sequências, são eles:
Q S S D S T e será o quarto dia, que será SÁBADO.
* Números primos (2;3;5;7;11;13;17;...)
* Quadrados perfeitos (1;4;9;16;25;...)
Sequências Indutivas:
* Números cuja escrita começa com a mesma le-
Há sequências que apresentam elementos iniciais tra. Por exemplo: 2, 10, 12, 16, ... O próximo seria
e devemos descobrir o que gera tais sequências, deter- 17 porque todos começam com “D”.
minando os termos solicitados.
* Posição do número na sequência. Exemplo: 2,
Estas sequências podem ser formadas por núme- 4, 4, 6, 5, .... Esta sequência é formada por UM
ros, letras, figuras ou até mesmo formadas com a jun- (2 letras), DOIS (4 letras), TRÊS ( 4 letras), QUA-
ção destes elementos. TRO (6 letras) CINCO (5 letras); então a próxi-
ma será SEIS (4 letras). Assim, o próximo núme-
Veremos alguns casos mais comuns. ro será 4.
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Sequências de Letras:
As sequências de letras geralmente estão relacio-
nadas com a sequência do nosso alfabeto de 26 letras,
sejam em ordem crescente ou decrescente.
* Dias da semana: S T Q Q S S D
* Meses do ano: J F M A M J J A S O N D
ANOTAÇÕES
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NOÇÕES DE DIREITO
03
E LEGISLAÇÃO
NOTA: O Conteúdo Programático previsto no Edital VII - o direito de greve será exercido nos termos
abordou diversos dispositivos legais de forma gené- e nos limites definidos em lei específica;
rica, sem especificar os temas que serão objeto de VIII - a lei reservará percentual dos cargos e em-
cobrança no concurso. Por tal razão, dentro dos dis- pregos públicos para as pessoas portadoras de
positivos, optamos por reproduzir apenas os temas deficiência e definirá os critérios de sua admis-
com maior probabilidade de incidência na prova. são;
IX - lei complementar estabelecerá os casos de
contratação, por tempo determinado, para aten-
der à necessidade temporária de excepcional
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO interesse público, atendidos os seguintes prin-
01 cípios:
PARANÁ
a) realização de teste seletivo, ressalvados os ca-
TÍTULO II sos de calamidade pública;
b) contrato com prazo máximo de dois anos;
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
X - a remuneração dos servidores públicos e o
CAPÍTULO I subsídio de que trata o §4o do art. 39 da Consti-
tuição Federal, somente poderão ser fixados ou
DISPOSIÇÕES GERAIS alterados por lei específica, observada a inicia-
tiva privativa em cada caso, assegurada revisão
Art. 27. A administração pública direta, indireta e fun-
anual, sempre na mesma data e sem distinção
dacional, de qualquer dos Poderes do Estado e dos
de índices;
Municípios obedecerá aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabi- XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes
lidade, eficiência, motivação, economicidade e, tam- de cargos, funções e empregos públicos da ad-
bém, ao seguinte: ministração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes dos Es-
I - os cargos, empregos e funções públicas são tados e dos Municípios, dos detentores de man-
acessíveis aos brasileiros que preencham os re- dato eletivo e dos demais agentes políticos e os
quisitos estabelecidos em lei, assim como aos proventos, pensões ou outras espécies remune-
estrangeiros, na forma da lei; ratórias, percebidos cumulativamente ou não,
II - a investidura em cargo ou emprego público incluídas as vantagens pessoais de qualquer na-
tureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
depende de aprovação prévia em concurso pú-
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
blico de provas ou de provas e títulos, de acor-
Federal;
do com a natureza e complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, respeitada XII - os vencimentos dos cargos do Poder Le-
a ordem de classificação, ressalvadas as nomea- gislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
ções para cargo em comissão; superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
IV - durante o prazo previsto no edital de con- XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por
vocação, respeitado o disposto no item anterior, servidor público não serão computados nem
acumulados, para fins de concessão de acrésci-
os aprovados em concurso público de provas ou
mos ulteriores;
de provas e títulos serão convocados, com prio-
ridade sobre novos concursados para assumir XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes
cargo ou emprego; de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
ressalvados o disposto nos incisos XI e XIV des-
V - as funções de confiança exercidas exclusiva- te artigo e nos arts 39 §4o, 150, II, 153, III e 153,
mente por servidores ocupantes de cargo efeti- §2o, I da Constituição Federal;
vo, e os cargos em comissão a serem preenchi-
dos por servidores de carreira nos casos, con- XVI - é vedada a acumulação remunerada de
dições e percentuais mínimos previstos em lei, cargos públicos, exceto quando houver compa-
destinam-se apenas às atribuições de direção, tibilidade de horários, observados em qualquer
chefia e assessoramento; caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
VI - é garantido ao servidor público civil, es-
tadual e municipal, o direito à livre associação b) a de um cargo de professor com outro técnico
sindical; ou científico;
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Noções de Direito e Legislação
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§ 2o. O Estado manterá escola de governo para II - irredutibilidade do subsídio e dos vencimen-
a formação e o aperfeiçoamento dos se rvido- tos dos ocupantes de cargo e emprego público,
res públicos, constituindo-se a participação nos ressalvado o que dispõe o artigo 37, XV, da
cursos um dos requisitos para a promoção na Constituição Federal;
carreira, facultada, para isso, a celebração de
III - garantia de vencimento nunca inferior ao
convênios ou contratos e ntre os entes federados.
salário mínimo para os que percebem remune-
§ 3o. Aplica-se aos servidores ocupantes de car- ração variável;
gos públicos o disposto no art. 7o, IV, VII, VIII,
IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVII I, XIX, XX, XXII IV - décimo terceiro vencimento com base na
e XXX, da Constituição Federal, podendo a lei remuneração integral ou no valor da aposenta-
estabelecer requisitos diferenciados de admis- doria;
são quando a natureza do cargo o exigir. V - remuneração do trabalho noturno superior
§ 4o. O membro de Poder, o detentor de man- à do diurno;
dato eletivo e os Secretários Estaduais e Muni- VI - salário-fam ília pago em razão do depen-
cipais serão remunerados exclusivamente por dente do trabalhador de baixa renda nos termos
subsídio fixado em parcela única, vedado o da lei;
acr éscimo de qualquer gratificação, adicional,
abono, prêmio, verba de representação ou outra VII - duração da jornada normal do trabalho não
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer superior a oito horas diárias e quarenta horas
caso, o disposto no art. 27, X e XI desta Consti- semanais, facultada a co mpensação de horário
tuição. e redução de jornada, nos termos da lei;
§ 5o. A lei poderá estabelecer a relação entre a VIII - repouso semanal remunerado;
maior e a menor remuneração dos servidores IX - remuneração do serviço extraordinário su
públicos, obedecido, em qualquer caso, o dispo perior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
sto no art. 27, XI, desta Constituição. normal;
§ 6o. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judi-
X - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
ciário publicarão anualmente os valores do sub-
menos, um terço a mais do que a remuneração
sídio e da remuneração dos ca rgos e empregos
normal, vedada a transformação do período de
públicos.
férias em tempo de serviço;
§ 7o. Leis estadual e municipal disciplinarão a
XI - licença à gestante, sem prejuízo do cargo ou
aplicação de recursos orçamentários provenien-
emprego e dos vencimentos ou subsídios, com a
tes de economia com despesas correntes em cada
órgão, autarquia e fundações, para aplicação no duração de ce nto e vinte dias;
desenvolvimento de programas de qualidade e XII - licença -paternidade, nos termos fixados
produtividade, treinamento e desenvolvimento, em lei;
modernização, reaparelhamen to e racionaliza-
ção do serviço público, inclusive sob a forma de XIII - proteção do mercado de trabalho da mu-
adicional ou prêmio de produtividade. lher, mediante incentivos e specíficos, nos ter-
mos da lei;
§ 8o. A remuneração dos servidores públicos
organizados em carreira poderá ser fixada nos XIV - redução dos riscos inerentes ao trabalho
termos do § 4o deste artigo. por meio de normas de saúde, higie ne e segu-
rança;
§ 9o. Lei complementar estabelecerá a organi-
zação, as atribuições e o estatuto das carreiras XV - adicional de remuneração para as ativida-
exclusi vas do Estado. des penosas, insalubres ou perigosas, na forma
da lei;
§ 10. A remuneração, sob a forma de subsídio
passa a ser fixada com a diferença de 5% de XVI - proibição de diferença de vencimentos, de
uma para outra classe, aos servidores públicos exercício de funções e de critérios de admissão
integrante s da Carreira Jurídica Especial de por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Advogado dos Poderes Executivo, Legislativo e XVII - adicionais por tempo de serviço, na for-
Judiciário do Estado do Paraná, obedecendo ao ma que a lei estabelecer;
disposto no § 4o do artigo 39 da Constituiç ão
Federal, observado, o contido nos incisos X, XI e XVIII - assistência e previdência sociais, extensi-
XV do artigo 27 desta Constituição. vas aos dependentes e ao cônjuge;
Art. 34. São direitos dos servidores públicos, entre ou- XIX - gratificação pelo exercício de função de
tros: chefia e assessoramento;
I - vencimentos ou proventos não inferiores ao XX - promoção, observando-se rigorosamente
salário mínimo; os critérios de antigüidade e merecimento.
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Noções de Direito e Legislação
Art. 35. Aos servidores públicos titulares de cargos aposentadoria à conta do regime de previdência
efetivos do Estado e dos Municípios, incluídas suas de que trata este artigo.
autarquias e fundações, é assegurado regime de pre-
§ 7o. Lei disporá sobre a concessão do benefício
vidência de caráter contributivo observados critérios
da pensão por morte, que será igual ao valor dos
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
proventos d o servidor falecido ou ao valor de
disposto neste artigo.
proventos a que teria direito o servidor em ati-
I - por invalidez permanente, sendo os proven- vidade na data de seu falecimento, observado o
tos proporcionais ao tem po de contribuição, ex- disposto no § 3o deste artigo.
ceto se decorrente de acidente em serviço, mo- § 8o. Observado o disposto no art. 27, XI, des-
léstia profissional ou doença grave, contagiosa ta Constituição os proventos de aposentadoria
ou incurável, especificada em lei; e as pensões serão revistos na mesma propor-
II - compulsoriamente, aos setenta anos de ida- ção e na mesma data, sempre que se m odifi-
de, com proventos proporcionais ao tempo de car a remuneração dos servidores em atividade,
contribuição; sendo também estendidos aos aposentados e
aos pensionistas quaisquer benefícios ou vanta-
III - voluntariamente, desde que cumprido tem- gens posteriormente concedidos aos servidores
po mínimo de dez anos de efetivo exercício no em atividade, inclusive quando decorrentes da
serviço público e ci nco anos no cargo efetivo transformação ou reclassificação do cargo ou
em que se dará a aposentadoria observadas as função em que se deu a aposentadoria ou que
seguintes condições: serviu de referênci a para a concessão da pen-
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de con- são, na forma da lei.
tri buição, se homem, e cinqüenta e cinco anos § 9o. O tempo de contribuição federal, estadual
de idade e trinta de contribuição, se mulher; ou municipal será contado para efeito de apo-
b) sessenta e cin co anos de idade, se homem, e sentadoria e o tempo d e serviço correspondente
sessenta anos de idade, se mulher, com proven- para efeito de disponibilidade.
tos proporcionais ao tempo de contribuição. § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer for-
§ 1o. Os servidores de abrangidos pelo regi- ma de contagem de tempo de contribuição fic-
me de previdência de que trata este artigo se- tício.
rão aposentados, calculados os seus proventos § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 27, XI desta
a partir dos v alores fixados na forma do § 3o Constituição à soma total dos proventos da ina-
deste artigo. tividade, inclusive quando decorrentes da acu-
§ 2o. Os proventos da aposentadoria e as pensões, mulação de cargos ou emp regos públicos, bem
por ocasião de sua concessão, não poderão exce- como de outras atividades sujeitas a contribui-
der a remuneração do respectivo servidor, no car- ção para o regime geral de previdência social, e
go efetivo em que se deu a aposentadoria ou que ao montante resultante da adição de proventos
serviu de referência para a concessão da pensão. de inativ idade com remuneração de cargo acu-
mulável na forma desta Constituição, cargo em
§ 3o. Os proventos da aposentadoria, por oca- comissão declarado em lei de livre nomeação e
sião da concessão, serão calculados com bas e na exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela
remuneração do servidor no cargo efetivo em Emenda Const itucional 7 de 24/04/2000)
que se der a aposentadoria e, na forma da lei,
corresponderão à totalidade da remuneração. § 12. Além do disposto neste artigo, o regime de
previdência dos servidores públicos titulares de
§ 4o. È vedada a adoção de requisitos e critérios cargo efetivo observará, no que couber, os re-
diferenciado s para a concessão de aposentado- quisitos e critérios fixados p ara o regime geral
ria aos abrangidos pelo regime de que trata este de previdência social.
artigo, ressalvados os casos de atividades exer-
cidas exclusivamente sob condições especia is § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de
cargo em comissão, bem como de outro cargo
que prejudiquem a saúde ou a integridade física
temporário ou de emprego públ ico, aplica-se o
definidos em lei complementar.
regime geral de previdência social.
§ 5o. Os requisitos de idade e de tempo de con-
§ 14. O Estado e os Municípios, desde que insti-
tribuição serão reduzidos em cinco anos, em re-
tuam regime de previdência complementar para
lação ao disposto no § 1o, III, “a”, para o profes-
os seus respecti vos servidores titulares de cargo
sor que comprove exclusivamente tempo de efe-
efetivo, poderão fixar, para o valor das aposen-
tivo exercício das funções de magistério na edu-
tadorias e pensões a serem concedidas pelo re-
cação infantil e no ensino fundamental e médio.
gime de que trata este artigo, o limite máxi mo
§ 6o. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes estabelecido para os benefícios do regime geral
de cargos acumuláveis na forma desta Consti- de previdência social de que trata o art. 201 da
tuição, é vedada a percepção de mais de uma Constituição Federal.
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§ 15. Observado o disposto no art. 202 da Cons- Art. 38. Ao servidor será assegurada remoç ão para o
tituição Federal, lei complementar disporá so- domicílio da família, se o cônjuge também for servidor
bre as normas gerais para a instituição de regi- público, ou se a natureza do seu emprego assim o exi-
me de previdência complementar pelo Estado gir, na forma da lei.
e Município, para atender ao s seus respectivos
Art. 39. É vedada a contratação de serviços de terceiros
servidores titulares de cargos efetivos.
para a realização de atividades que possam ser regu-
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa larmente exercida s por servidores públicos.
opção, o disposto nos §§14 e 15 poderá ser apli- Art. 39. É vedada a contratação d e serviços de tercei-
cado ao s ervidor que tiver ingressado no ser- ros para a realização de atividades que possam ser
viço público até a data da publicação do ato de regularmente exercidas por servidores públicos, bem
instituição do correspondente regime de previ- como para cobrança de débitos tributários do Es tado
dência complementar.
e dos Municípios.
Art. 36. São estáveis, após três anos de efetivo exercí- Art. 40. É vedada a participação de servidores públicos
cio os servidores nomeados para cargo de provimento no produto da arrecadação de tributos e multas, inclu-
efetivo em virtude de concurso público. sive da dívida ativa.
§ 1o. O servidor público estável só perderá o Art. 40. Aos terceiros de boa-fé serão indenizados to-
cargo: dos os prejuízos materiais, inclusive perda ou cessa-
I - em virtude de sentença judicial transitada em ção de renda, advindos de ato de exceção ocorrido no
julgado; período revolucionário, desde que também haja resul-
tados em benefício direto ou indireto ao Estado do P
II - mediante processo administrativo em que araná.
lhe seja assegurada ampla defesa;
Parágrafo único. A verificação do direito e do
III - mediante pro cedimento de avaliação perió- valor dos prejuizos deverão ser realizados em
dica de desempenho, na forma de lei comple- pleito administrativo, mediante requerimento
mentar federal, assegurada ampla defesa. do interessado, podendo o P oder Executivo
pagar o débito através de compensação com os
§ 2o. Invalidada por sentença judicial a demis- seus créditos fiscais, inscritos ou não em dívi-
são do servidor estável, será ele reintegrado, e
da ativa. (vide - Com trânsito em julgado) (A
o eventual ocupante da vaga, se estável, recon-
Emenda Constitucional 14/2001 incluiu o art.
duzido ao cargo de origem, sem direito a inde-
40 e determinou a renumeração dos artigos se-
nização, aproveitado em outro cargo ou posto
guintes. O STF julgou inconstitucional a Emen-
em dispon ibilidade com remuneração propor-
da Constitucional 14/2001. - Decisão publicada
cional ao tempo de serviço.
em 08/02/2006.)
§ 3o. Extinto o cargo o u declarada a sua des- Art. 41. É assegurada, nos termos da lei, a participação
necessidade, o servidor estável ficará em dispo- paritária de servidores públicos na gerência de fundos
nibilidade, com remuneração proporcional ao e entidades para as qua is contribuem.
tempo de serviço, até seu adequado aproveita-
mento em outro cargo. Art. 42. O Estado promoverá o bem-estar social e o
aperfeiçoamento físico e intelectual dos serv idores
§ 4o. Como condição para a aquisição da esta- públicos e de suas famílias.
bilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa § 1o. O Estado manterá instituição destinada a
finalidade. concessão e manutenção de benefícios previ-
denciários e de atendimento à saúde dos servi-
Art. 37. Ao servidor público eleito para cargo de di- dores titulares de cargos efetivos, incluídos os
reção sindical são assegurados todos os direitos ine- membros do Poder Judiciário, do Ministério Pú-
rentes ao cargo, a partir do reg istro da candidatura e blico, do Tribunal de contas, os serventu ários
até um ano após o término do mandato, ainda que na da justiça e os militares estaduais.
condição de suplente, salvo se ocorrer exoneração nos
termos da lei. § 2o. Toda prestação de serviços de assistência
e a concessão de benefícios de previdência, des-
§ 1o. São assegurados os mesmos direitos, até tinada aos servidores do Estado e seus depen-
um ano após a eleição, aos candidatos não elei- dentes só poder á ser concedida, majorada ou
tos. estendida mediante efetiva contribuição.
§ 2o. É facultado ao servidor público, eleito para § 3o. O cônjuge ou companheiro de servidora,
a direção de sindicato ou associação de classe, ou o cônjuge ou a companheira de servidor se-
o afastamento do seu cargo, sem prejuízo dos gurados são considerados seus dependentes e
vencimen tos, vantagens e ascensão funcional, terão direito à pensão previdenciária, na forma
na forma que a lei estabelecer. da lei.
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§ 4o. A inscrição ao órgão de previdência e assis- tura e funcionamento do Poder Judiciário do Estado
tência do s servidores de que trata o § 1o é obri- e a carreira de magistratura, observados os s eguintes
gatória, sendo a contribuição social do Estado e princípios:
de seus servidores devidas na forma e percen-
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o
tual fixados em lei, separando-se as c ontribui-
de juiz substituto, mediante concurso público
ções para a previdência e para a assistência.
de provas e títulos, com a participação da Or-
Art. 43. É vedada a cessão de servidores públicos da dem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
administração direta ou indireta do Estado à empresas exigindo-se do bacharel em Di reito, no mínimo,
ou entidades privadas. três anos de atividade jurídica e obedecendo-se,
nas nomeações, à ordem de classificação;
TÍTULO III
II - promoção de entrância para entrância, alter-
nadamente, por antigüidade e merecimento, a
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
tendidas as seguintes normas:
CAPÍTULO III a) é obrigatória a promoção do juiz que figurar
por três vezes consecutivas ou c inco alternadas
DO PODER JUDICIÁRIO em lista de merecimento;
b) a promoção por mereciment o pressupõe
SEÇÃO I dois anos de exercício na respectiva entrância e
integrar o juiz a primeira quinta parte na lista
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS de antigüidade desta, salvo se não houver com
Art. 93. São órgãos do Poder Judiciário no Estado: tais requisito s quem aceite o lugar vago, caso
em que concorrerão os integrantes da segunda
I - o Tribunal de Justiça; quinta parte e assim sucessivamente; (vide )
III - os Tribunais do Júri; c) aferição do merecimento conforme o desem-
IV - os Juízes de Direito; penho e pelos critérios objetivos de produtivi-
dade e presteza no exercício da jurisdição e pela
V - os Juízes Substitutos;
freqüência e aproveitamento em cursos de aper-
VI - os Juizados Especiais; feiçoamento oficiais ou reconhecidos;
VII - os Juízes de Paz. d) a lista de promoção por merecimento será
formada pelos três juízes mais votados pelo ór-
Art. 94. Os tribunais e juízes são independentes e estão
gão competente, cabendo ao Presidente do Tri-
sujeitos somente à lei.
bunal de Justiça o respectivo provimento;
Parágrafo único. No Tribunal de Justiça haverá
e) havendo mais de uma vaga a ser preenchida
um órgão especial, com o mínimo de onze e o
pelo critério de merecimento, a lista será for-
máximo de 25 (vinte e cinco) membros, para o
mada por tantos ju ízes, quantas vagas houver,
exercício de atribuições administrativas e juris-
mais dois;
dicionais, delegadas da competência do tribu-
nal pleno, provendo-se a metad e das vagas por f) na apuração de antigüidade, o Tribunal so-
antiguidade e a outra metade por eleição pelo mente poderá recusar o juiz mais antigo pelo v
tribunal pleno. oto fundamentado de dois terços de seus mem-
bros, conforme procedimento próprio, e assegu-
Art. 95. Um quinto dos lugares do Tribunal de Justi-
rada ampla defesa, repetindo-se a votação até
ça será composto de membros do Minist ério Público,
fixar-se a indicação;
com mais de dez anos de carreira, e de advogados ins-
critos na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do g) a aplicação alternada dos critérios de p romo-
Paraná, de notório saber jurídico e de reputação iliba ção atenderá à ordem numérica dos atos de va-
da, com mais de dez anos de efetiva atividade profis- cância dos cargos a serem preenchidos;
sional.
h) não será promovido o juiz que, injustificada-
§ 1o. Os integrantes do quinto constitucional se- mente, retiver autos em seu poder além do pra-
rão indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de zo legal, não podendo devolvê-los ao cartório
representação das respectivas classe. sem o devido despacho ou decisão.
§ 2o. Recebid as as indicações, o Tribunal forma- III - à promoção e ao provimento inicial precede
rá lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, a remoção, alternadamente, por antigüidade e
que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um merec imento.
de seus integrantes para nomeação.
IV - publicação do edital de remoção ou promo-
Art. 96. Lei de Organização e Divisã o Judiciárias, de ção no prazo de dez dias contados da data de
iniciativa do Tribunal de Justiça, disporá sobre a estru- vacância do cargo a ser preenchido;
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V - o acesso ao Tribunal de Justiça far-se-á por XVII - as custas e emolumentos serão destina-
antigüidade e merecimento, alternadamente, dos exclusivamente ao custeio dos serviços afe-
apurados na última entrância; tos às atividades específicas da Justiça;
VI - previsão de cursos oficiais de preparação, XVIII - o Tribunal de Justiça poderá funcionar des-
aperfeiçoamento e promoção de magistrados, centralizadamente, constituindo Câmaras regio-
constituindo etapa obrigatória do processo de nais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdi-
vital iciamento a participação em curso oficial cio nado à Justiça em todas as fases do processo;
ou reconhecido por escola nacional de formação
XIX - o Tribunal de Justiça instalará a justiça iti-
e aperfeiçoamento de magistrados;
nerante, com a realização de audiências e demais
VII - subsídios fixados por lei, não podendo a funções da ati vidade jurisdicional, nos limites
diferença entre uma e outra categoria ser su- territoriais da respectiva jurisdição, servindo-
perior a dez por cento ou inferior a cinco por se de equipamentos públicos e comunitários.
cento, nem exceder a noventa e cinco por cento
d o subsídio mensal dos Ministros do Supremo Art. 97. Os juízes gozam das seguintes garantias:
Tribunal Federal, obedecido, em qualquer caso, I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será
o disposto nos arts. 37, XI e 39, § 4o da Consti- adquirida após dois anos de exercício, depen-
tuição Federal; dendo a perda do cargo, nesse período, de d
VIII - a aposentadoria dos magistrados e a pen- eliberação do Tribunal de Justiça; e, nos demais
são de seus dependentes observarão o disposto casos, de sentença judicial transitada em julga-
no artigo 35 desta Constituição; do, assegurado, em qualquer hipótese, o direito
a ampla defesa;
IX - o juiz titular residirá na respectiva comarca,
salvo autorização do Tribunal; II - inamovibilidade, salvo por motivo de inte-
resse público, na forma estabelecida na Consti-
X - o ato de remoção disponibilidade e aposen- tuição Federal;
tadoria do magistrado, por interesse público,
fundar -se-á em decisão por voto da maioria III - irredutibilidade de subsídios, re ssalvado o
absoluta do Tribunal de Justiça ou do Conselho disposto nos arts. 37, X e XI, 38, § 4o, 150, II, 153,
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; III e 153, § 2o, I, da Constituição Federal.
X-A - X-A - a remoção a pe dido ou a permuta Parágrafo único. Aos magistrados é vedado:
de magistrados de comarca de igual entrância I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro
atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas cargo ou função, salvo uma de magistério;
a, b, c, e e h do inciso II;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas
XI - todos os julgamentos dos órgãos do Poder ou participação em processo;
Judiciário serão públicos, e fundamentadas to-
das as decisões, sob pena de nulidade, podendo III - dedicar-se à atividade político-partidária.
a lei limitar a presença, em de terminados atos, IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxí-
às próprias partes e a seus advogados, ou so- lios ou contribuições de pessoas físicas, entida-
mente a estes, em casos em que a preservação des públicas ou privadas, ressalvadas as exce-
do direito à intimidade do interessado no sigilo ções previstas em lei;
não prejudique o interesse à informação;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do
XII - as decisões administrativas do Tribunal qual se afastou, antes de decorridos três anos
de Justiça serão motivadas e em sessão públi- do afastamento do cargo por aposentadoria ou
ca, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da exoneração.
maioria absoluta de seus membros;
Art. 98. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia
XIII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, administrativa e financeira.
sendo vedadas as férias coletivas nos juízos e no
Tribunal de Justiça, funcionando, nos dias em § 1o. O Tribunal de Justiça elaborará a propos-
que não houver expediente forense normal, juí- ta orçamentária do Poder Judiciário, dentro dos
zes em plantão permanente; limites estipulados conjuntamente com os de-
mais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
XIV - o número de juízes na unidade jurisdicio-
nal será proporcional à efetiva demanda judicial § 1o-A. Se o Tribunal não encaminhar a respec-
e à respectiva população; tiva proposta orçamentária dentro do prazo es-
tabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o
XV - os servidores receberão delegaç ão para
Po der Executivo considerará, para fins de con-
prática de atos de administração e de atos de
solidação da proposta orçamentária anual, os
mero expediente sem caráter decisório;
valores aprovados na lei orçamentária vigente,
XVI - a distribuição de processos será imediata, ajustados de acordo com os limites estipulados
em todos os graus de jurisdição; na forma do § 1 o deste artigo.
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§ 1o-B. Se a proposta orçamentária de que trata IV - prover, por concursos públicos de provas,
este artigo for encaminhada em desacordo com ou de provas e títulos, vedado concurso interno,
os limites estipulados na forma do § 1o, o Po- os cargos necessários à administração da Justi-
der Executivo procederá aos ajustes necessários ça, exceto os de confiança, assim definidos em
para fins de consolidação da proposta orçamen- lei, que poderão ser providos sem concurso;
tária anual.
V - conceder férias, que não poderão ser coleti-
§ 1o-C. Durante a execução orçam entária do vas, licenças e outros afastamentos a seus mem-
exercício, não poderá haver a realização de des- bros e servidores.
pesas ou a assunção de obrigações que extrapo-
SEÇÃO II
lem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, ex ceto se previamente autoriza- DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
das, mediante a abertura de créditos suplemen- Art. 100. O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e
tares ou especiais. < /p> jurisdição em todo o território do Estado, compõe-se
§ 2o. Os pagamentos devidos pela fazenda esta- de desembargadores, em número fixado em lei, no-
dual ou municipal, em virtude de condenação meados entre os juízes de ú ltima entrância, observan-
judicial, serão feito s exclusivamente na ordem do o disposto nos arts. 95 e 96, V, desta Constituição.
cronológica da apresentação dos precatórios e à Art. 101. Compete privativamente ao Tribunal de Jus-
conta dos respectivos créditos, proibida a desig- tiça, através de seus órgãos:
nação de casos ou de pessoas nas dotações orça-
me ntárias e nos créditos adicionais, abertos para I - propor à Assembléia Legislativa, observado
este fim, à exceção dos de natureza alimentar. o disposto no art. 169 da Constituição Federal:
§ 3o. É obrigat ória a inclusão, no orçamento das a) a alteração do número de seus membros;
entidades de direito público, de dotação neces- b) a criação e a extinção de cargos e a remune-
sária ao pagamento dos seus débitos constantes ração dos seus serviços auxiliares e dos juízos
de precatórios judiciais apresentados até 1 o de que lhe forem vinculados, bem como a fixação
julho, data em que seus valores serão atualiza- do subsídio de seus membros e dos juízes, ob-
dos, fazendo-se o pagamento até o final do exer- servado o que dispõem os arts. 39, § 4o, 150, II,
cício seguinte. 153, III e 153, § 2o, I da Constituição Federal;
§ 4o. As dotações orçamentárias e os créditos c) a criação, extinção ou alteração do número de
abertos serão consignados ao Poder Judiciário, membros dos tribunais inferiores;
recolhendo-se as importâncias respectivas à
repartição competente, cabend o ao Presidente d) a alteração da organização e da divisão judi-
do Tribunal de Justiça determinar o pagamen- ciárias;
to, segundo as possibilidades do depósito, e e) a criação e extinção de comarcas, varas ou dis-
autorizar, a requerimento dos credores, exclu- tritos judiciários;
sivamente para o caso de preterimento do seu
direito de precedência, o seqüestro da quantia II - prover, na forma prevista na Co nstituição
necessária à satisfação do débito. Federal e nesta, os cargos de magistratura esta-
dual, de primeiro e segundo graus, incluídos os
§ 5o. É obrigatória a inclusão, no orçamento das de desembargador, ressalvada a competência
entidades de direito público, de dotação neces- pertinente aos cargos do quinto constitucional;
sária ao pagamento dos seus débitos constantes
de precatórios judiciais apresentados até 1o de III - aposentar os magistrados e os servidores da
julho, data em qu e seus valores serão atualiza- justiça;
dos, fazendo-se o pagamento até o final do exer- IV - conceder licença, férias e outros afastamen-
cício seguinte. tos aos magistrados que lhe forem vinculados;
Art. 99. Compete privativamente aos tribunais de se- V - encaminhar a proposta orçamentária do Po-
gundo grau: der Judiciário;
I - eleger seus órgãos diretivos na forma da lei VI - solicitar, quando cabível, a intervenção fe-
complementar que dispõe sobre o Estatuto da deral no Estado;
Magistratura;
VII - processar e julgar, originariamente:
II - elaborar se u regimento interno, com obser-
a) nos crimes comuns e de responsabilidade,
vância das normas de processo e das garantias
os deputados estaduais, os juízes de direito e
processuais das partes, dispondo sobre a com-
juízes substitutos, os secretários de Estado, os
petência e o funcionamento dos órgãos jurisdi-
membros do Ministério Público e os prefeitos
ciona is e administrativos;
municipais, ressalvada a competência da Justiça
III - organizar sua Secretaria e serviços auxilia- Eleitoral, e, nos crimes comuns, o vice-governa-
res; dor do Estado;
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III - Nível é a subdivisão interna das classes ao to efetivo depende de aprovação prévia em concurso
qual se atribui vencimentos próprios fixados em público de provas ou de provas e títulos, de acordo
lei. com a natureza e a complexidade do cargo na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo
§ 1°. A progressão se dá dentro da mesma classe
em comissão que são de livre nomeação e exoneração.
de um nível para outro imediatamente superior.
Art. 9°. São requisitos básicos para investidura em car-
§ 2°. Haverá no máximo 09 (nove) níveis em
cada classe. go público:
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§ 2°. Durante o prazo referido no caput deste ar- X - para deslocamento à nova sede;
tigo, o aprovado em concurso público de provas XI - para missão ou estudo no exterior.
ou de provas e títulos será convocado para assu-
mir o cargo com prioridade sobre os aprovados § 3°. Admite-se o ato de posse por procuração
em novos concursos. com poderes específicos.
§ 3°. Às pessoas portadoras de deficiência é as- § 4°. Somente haverá posse nos casos de provi-
segurado o direito de se inscrever em concurso mento por nomeação.
público para provimento de cargo cujas atribui- § 5°. No ato da posse o funcionário apresentará
ções sejam compatíveis com a deficiência de que declaração de seus bens, de exercício ou não de
são portadoras, sendo-lhes reservadas 5% (cinco outro cargo, emprego ou função pública.
por cento) das vagas oferecidas no concurso.
§ 6°. É ineficaz o provimento se a posse não
§ 4°. Aos afro-descendentes serão reservadas
ocorrer dentro do prazo estabelecido nesta lei.
10% (dez por cento) das vagas oferecidas no
concurso. § 7°. Somente se dará posse àquele que for jul-
gado apto física e mentalmente para o exercício
Art. 17. Para ser admitido no concurso, o candidato
do cargo.
deverá preencher os requisitos do art. 9º, apresentar
documento de identidade indicado no edital e recolher § 8°. O Presidente do Tribunal de Justiça desig-
a taxa de inscrição que for fixada pela Comissão. nará os funcionários competentes a dar posse.
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§ 4°. O funcionário que retornar à atividade II - maior tempo de serviço público estadual;
por interesse da administração perceberá, em III - maior tempo de serviço público;
substituição aos proventos da aposentadoria,
a remuneração do cargo que voltar a exercer, IV - maior idade.
inclusive com a vantagem de natureza pessoal Art. 33. Não haverá aproveitamento para cargo de na-
incorporada e que percebia anteriormente à tureza superior ao anteriormente ocupado.
aposentadoria.
Parágrafo único. O funcionário aproveitado em
§ 5°. O funcionário de que trata o inciso II do cargo de natureza inferior ao anteriormente
caput deste artigo somente terá os proventos ocupado perceberá a diferença de remuneração
calculados com base nas regras atuais se perma- correspondente.
necer pelo menos 05 (cinco) anos no cargo.
Art. 34. O aproveitamento se dará somente àquele que
§ 6°. Não poderá reverter o aposentado que já for julgado apto física e mentalmente para o exercício
tiver completado 70 (setenta) anos de idade. do novo cargo.
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§ 3°. O funcionário reintegrado por decisão defi- § 5°. O funcionário licenciado nos termos deste
nitiva será ressarcido financeiramente pelo que Estatuto retornará às efetivas atribuições a par-
deixou de perceber como vencimento ou remu- tir do término da licença.
neração durante o período de afastamento. § 6°. O exercício em cargo efetivo nos casos de
§ 4°. Transitada em julgado a decisão definitiva, reintegração, aproveitamento, reversão, recon-
será expedido o decreto de reintegração no pra- dução e readaptação dependerá de prévia satis-
zo máximo de 30 (trinta) dias. fação dos requisitos atinentes a tais formas de
provimento e aptidão física e mental comprova-
Seção VII da em inspeção médica oficial.
§ 7°. O funcionário que, após a posse, não en-
Da Recondução trar em exercício dentro do prazo fixado, será
Art. 36. Recondução é o retorno do funcionário ao car- exonerado.
go anteriormente ocupado e decorrerá de: § 8°. A posse e o exercício poderão ser reunidos
I - inabilitação em estágio probatório relativo a em um só ato.
outro cargo; Art. 39. O exercício é condicionado à vedação de con-
II - reintegração do anterior ocupante. ferir ao funcionário atribuições diversas das do seu
respectivo cargo.
§ 1°. Encontrando-se provido o cargo de origem,
o funcionário será aproveitado em outro, obser- Seção IX
vado o disposto nos arts. 32 a 34 deste Estatuto.
§ 2°. Na impossibilidade do aproveitamento o Da Freqüência e do Horário de Expediente
funcionário será posto em disponibilidade con- :Art. 40. A jornada de trabalho dos servidores do Po-
forme os arts. 29 a 31 deste diploma legal. der Judiciário é de 8 (oito) horas diárias e de 40 (qua-
renta) horas semanais, facultada a fixação de 7 (sete)
Seção VIII horas initerruptas.
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Art. 41. Em todos os Juízos, Gabinetes, Departamen- Art. 47. Vagará o cargo na data:
tos e Centros do Tribunal de Justiça haverá controle de I - da publicação do ato de aposentadoria, exo-
freqüência dos funcionários por meio de livro-ponto neração, remoção, promoção, demissão ou rea-
ou de outro meio de controle regulamentado pelo Pre- daptação;
sidente do Tribunal de Justiça.
II - do falecimento do ocupante do cargo.
Parágrafo único. É vedado dispensar o funcio-
nário do registro de freqüência, salvo disposi- Seção II
ção legal em contrário ou autorização do Presi-
dente do Tribunal de Justiça. Da Remoção e da Promoção
Art. 42. Os funcionários ocupantes de cargo de pro- Art. 48. Aremoção ou promoção se dá por ato do Presi-
vimento efetivo vinculados a gabinete de magistrado dente do Tribunal de Justiça de acordo com indicação
que se aposentarem devem se apresentar na Divisão do Conselho da Magistratura e com base nas regras
de Recursos Humanos do Departamento Administra- por ele aprovadas, observados os princípios dispostos
tivo na data em que for publicado o decreto de apo- nos artigos 57 a 61 do presente Estatuto.
sentadoria do Desembargador ou do Juiz de Direito
Substituto em Segundo Grau, para que seja iniciado o § 1°. A remoção ou promoção somente se apli-
processo de nova lotação e controle de freqüência. ca aos ocupantes de cargos do Quadro de Pes-
soal de 1º Grau de Jurisdição, aos Secretários do
Art. 43. Em caso de óbito do magistrado, o setor com- Conselho de Supervisão do Juizado Especial,
petente do Departamento Administrativo fará lavrar e aos Secretários de Turma Recursal do Juizado
publicar, no trigésimo dia da data do falecimento, o ato Especial, aos Secretários do Juizado Especial,
de exoneração dos funcionários ocupantes de cargo de aos Oficiais de Justiça do Juizado Especial, aos
provimento em comissão vinculados ao gabinete. Auxiliares de Cartório do Juizado Especial, aos
Parágrafo único. Os funcionários efetivos de- Auxiliares Administrativos do Juizado Especial,
vem se apresentar na Divisão de Recursos Hu- e aos Contadores e Avaliadores do Juizado Es-
manos no terceiro dia após o falecimento, sendo pecial.
exonerados do cargo em comissão eventual- § 2°. A remoção é transferência do funcionário
mente exercido a partir daquela data. de um cargo para outro de mesma natureza em
Art. 44. Nos dias úteis, somente por determinação do outra comarca ou foro de igual entrância e dar-
Presidente do Tribunal de Justiça poderão deixar de se-á alternadamente por antiguidade e mereci-
funcionar os serviços do Judiciário ou ser suspensos, mento.
no todo ou em parte, seus trabalhos. § 3°. A promoção é a passagem do funcionário
Art. 45. Os funcionários regidos por este Estatuto, ocu- de um cargo para outro de mesma natureza e
pantes de cargo de provimento efetivo ou em comis- classe imediatamente superior e dar-se-á alter-
são, poderão ser convocados fora do horário do expe- nadamente por antiguidade e merecimento.
diente sempre que houver interesse da Administração.
§ 4°. A abertura dos editais à remoção e à pro-
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste moção se dará alternadamente e não concorren-
artigo e para os funcionários comissionados de- do interessados ou habilitados a uma ou outra
verá ser observada a vedação do artigo 78, pará- será autorizado concurso de provimento por
grafo único, deste Estatuto. ingresso.
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§ 5°. Os critérios para aferição do merecimento ofício, respeitados os casos em que seja previa-
serão estabelecidos com base nos princípios dis- mente definida em lei a secretaria, o foro ou a
postos nos artigos 57 a 61 do presente Estatuto. comarca ao qual o cargo é afetado.
Art. 49. Vagando cargo, o Presidente do Tribunal au- Art. 53. Relotação é o deslocamento do funcionário, a
torizará a expedição de edital com prazo de 05 (cinco) pedido ou de ofício, de uma repartição ou setor para ou-
dias convocando os interessados à remoção ou à pro- tro, inclusive entre foros, comarcas, ou secretarias, res-
moção. peitados os casos em que seja previamente definida em
§ 1°. Decorrido o prazo legal, os pedidos serão lei a secretaria ou a comarca ao qual o cargo é afetado.
reunidos em uma só autuação e encaminhados
CAPÍTULO IV
à Corregedoria-Geral da Justiça para informa-
ção sobre os antecedentes funcionais.
DA SUBSTITUIÇÃO
§2°. Não será deferido a inscrição a quem tenha
Art. 54. Nos casos de impedimentos superiores a 10
sofrido pena disciplinar nos últimos 02 (dois)
(dez) dias, o funcionário ocupante do cargo de pro-
anos.
vimento em comissão ou de função gratificada será
§ 3°. À remoção ou à promoção somente serão substituído.
admitidos funcionários com mais de 02 (dois)
§ 1°. A substituição depende de ato da adminis-
anos em exercício no cargo e que estejam ao me-
tração e recairá em funcionário ocupante de car-
nos no penúltimo nível de sua classe.
go de provimento efetivo e será por prazo deter-
§ 4°. Vencidas as etapas anteriores, o procedi- minado não superior a 120 (cento e vinte) dias.
mento será relatado pelo Corregedor-Geral da
§ 2°. O Presidente do Tribunal de Justiça defini-
Justiça perante o Conselho da Magistratura, que
rá em regulamento os cargos em comissão que
deliberará sobre a indicação ou não dos preten-
dentes. poderão ser preenchidos temporariamente por
substituição.
§ 5°. Não se aplica remoção ou promoção aos
cargos cuja extinção é prevista em lei à medida Art. 55. O substituto perceberá, além de sua remune-
que vagarem e nem aos cargos que, de livre re- ração, a diferença proporcional ao tempo de substitui-
manejamento, forem redistribuídos pela Admi- ção, calculada como se fosse titular do cargo em comis-
nistração Pública. são ou da função gratificada.
Art. 51. Aexoneração de cargo em comissão ou a dis- I - tenha cumprido o interstício de 03 (três) anos
pensa da função de confiança dar-se-á: de efetivo exercício no nível em que se encon-
trava;
I - a juízo do Presidente do Tribunal de Justiça;
II - não tenha sido apenado nos últimos 02 (dois)
II - a pedido do próprio funcionário. anos;
CAPÍTULO III III - não esteja em licença para o trato de interes-
ses particulares;
DA LOTAÇÃO E DA RELOTAÇÃO
IV - não esteja cumprindo pena privativa de li-
Art. 52. Lotação é o ato de definição da secretaria, do berdade.
setor ou da repartição em que o funcionário exercerá
§ 2°. Progressão por merecimento é a passagem
as suas atribuições.
do funcionário de um nível para o imediatamen-
Parágrafo único. A lotação sempre se dará de te subseqüente, dentro da mesma classe, desde
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§ 1º. Sempre que necessário, a inspeção médica cimento ou a remuneração com as vantagens inerentes
será realizada na residência do funcionário ou ao cargo.
no estabelecimento hospitalar em que se encon-
Art. 114. O funcionário acidentado no exercício de
trar internado.
suas atribuições, ou acometido de doença profissional,
§ 2º. Inexistindo médico do Quadro no local em será posto em licença a requerimento ou de ofício para
que se encontra lotado o funcionário será aceito o respectivo tratamento.
atestado firmado por médico particular.
§ 1º. Entende-se por doença profissional a que se
§ 3º. No caso do parágrafo 2º deste artigo, o deva atribuir, com relação de causa e efeito, às
atestado somente produzirá efeitos depois de condições inerentes ao serviço e aos fatos ocor-
homologado pelo setor médico do Tribunal de ridos em razão do seu desempenho.
Justiça, pelas autoridades ou pelos funcionários § 2º. Acidente é o evento danoso que tenha como
nos termos do art. 106 deste Estatuto. causa, mediata ou imediata, o exercício de atri-
§ 4º. Não homologado o atestado ou indeferido buições inerentes ao cargo.
o pedido de licença, o funcionário reassumirá § 3º. Considera-se também acidente a agressão
imediatamente o exercício de suas atribuições, sofrida e não provocada pelo funcionário no
sendo considerados os dias que deixou de com- exercício de suas atribuições ou em razão delas.
parecer ao serviço como faltas ao trabalho, por
haver alegado doença. § 4º. A comprovação do acidente, indispensá-
vel para a concessão da licença, deve ser feita
§ 5º. O funcionário que no período de 12 (doze) em procedimento próprio, no prazo de 08 (oito)
meses atingir o limite de 30 (trinta) dias de li- dias, prorrogáveis por igual período.
cença para tratamento de saúde, consecutivos
ou não, para a concessão de nova licença, inde- Art. 115. O funcionário que apresentar indícios de le-
pendentemente do prazo de sua duração, será sões orgânicas ou funcionais será submetido à inspe-
submetido à inspeção por junta médica oficial. ção médica e não poderá recusá-la sob pena de sus-
pensão de pagamento dos vencimentos ou da remu-
Art. 109. O funcionário não permanecerá em licen- neração, até que ela seja realizada, e de responder a
ça para tratamento de saúde por prazo superior a 24 processo administrativo disciplinar.
(vinte e quatro) meses, contados ainda que interpola-
damente, exceto nos casos considerados recuperáveis Parágrafo único. Consideram-se doenças deter-
pela junta médica, que poderá prorrogá-lo motivada- minantes do licenciamento compulsório para
mente e por período certo. tratamento de saúde do funcionário a tuber-
culose ativa, a hanseníase, a alienação mental,
Parágrafo único. Decorrido o prazo do caput a neoplasia maligna, a cegueira posterior ao in-
deste artigo, o funcionário será submetido à gresso no serviço público, a paralisia irreversí-
nova inspeção, sendo aposentado se julgado vel e incapacitante, a cardiopatia grave, a doen-
definitivamente inválido para o serviço público ça de Parkinson, a espondiloartrose anquilo-
em geral e não puder ser readaptado. sante, a nefropatia grave, o estado avançado do
Art. 110. Em casos de doenças graves, contagiosas ou mal de Paget (osteíte deformante), a síndrome
não, que imponham cuidados permanentes, poderá da deficiência imunológica adquirida (Aids), a
a junta médica, se considerar o doente irrecuperável, esclerose múltipla, a contaminação de radiação
recomendar como resultado da inspeção a imediata e outras que forem indicadas em lei, de acordo
aposentadoria. com os critérios de estigma, deformação, muti-
lação, deficiência, ou outro fator que lhe confira
Parágrafo único. Na hipótese de que trata o especificidade e gravidade, com base na medici-
caput deste artigo e o parágrafo único do art. na especializada.
109, a inspeção será feita por uma junta médica
de pelo menos 03 (três) médicos. Art. 116. No curso da licença, poderá o funcionário re-
querer inspeção médica, caso se julgue em condições
Art. 111. No processamento das licenças para trata- de reassumir o exercício de suas atribuições ou com
mento de saúde, será observado o devido sigilo sobre direito à aposentadoria.
os laudos e os atestados médicos.
Art. 117. Considerado apto em inspeção médica, o
Art. 112. No curso de licença para tratamento de saú- funcionário reassumirá o exercício, sob pena de serem
de, o funcionário abster-se-á de atividades remunera- computados os dias de ausência como faltas.
das, sob pena de interrupção da licença com perda to-
tal do vencimento ou da remuneração, até que reassu- Seção III
ma o cargo, e de responder a processo administrativo
disciplinar. Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da
Família
Art. 113. Licenciado para tratamento de saúde, por aci-
dente no exercício de suas atribuições ou por doença Art. 118. Será concedida licença ao funcionário por
profissional, o funcionário recebe integralmente o ven- motivo de doença do cônjuge ou de companheiro, dos
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pais, dos filhos, do padrasto ou da madrasta e de en- I - de 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver
teado, ou de dependente que viva às suas expensas e de 0 (zero) a 30 (trinta) dias;
conste na sua ficha funcional, mediante comprovação
II - de 90 (noventa) dias, se a criança tiver de 02
por junta médica oficial.
(dois) meses incompletos a 06 (seis) meses;
§ 1º. A licença somente será deferida se a assis-
III - de 60 (sessenta) dias, se a criança tiver de 07
tência direta do funcionário for indispensável e
(sete) meses incompletos a 02 (dois) anos;
não puder ser prestada simultaneamente com o
exercício do cargo ou mediante compensação de IV - de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 03
horário. (três) anos incompletos a 06 (seis) anos.
§ 2º. A licença será concedida sem prejuízo da § 1°. Considera-se a idade da criança à época de
remuneração, por até 30 (trinta) dias, podendo sua entrega à mãe adotiva.
ser prorrogada por até 30 (trinta) dias, mediante
§ 2°. Findo o prazo de licença, a mãe adotante
laudo de junta médica oficial e, excedendo estes
deverá retornar ao trabalho, sendo improrrogá-
prazos, sem remuneração, por até 90 (noventa)
dias consecutivos ou não, compreendidos no vel a licença.
período de 24 (vinte e quatro) meses, contados Art. 122. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o fun-
ainda que interpoladamente. cionário terá direito à licença-paternidade de 05 (cin-
§ 3º. Durante a fruição da licença por motivo de co) dias consecutivos.
doença em pessoa da família o funcionário não
exercerá nenhuma atividade remunerada, sob Seção V
pena de interrupção da licença e de responder a
processo administrativo disciplinar. Da Licença para Acompanhar o Cônjuge ou o
Companheiro
Seção IV
Da Licença à Gestante, à Paternidade e à Adotante Art. 123. Será concedida licença ao funcionário (a) para
acompanhar cônjuge ou companheiro (a) que for des-
Art. 119. À funcionária gestante será concedida, me- locado (a) de ofício pela administração pública para
diante atestado médico, licença por 180 (cento e oiten- outro ponto do território nacional ou exterior ou para
ta) dias, com percepção de vencimento ou remunera- o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo
ção com demais vantagens legais. e Legislativo.
§ 1°. A funcionária gestante, quando em serviço § 1°. A licença será por prazo indeterminado e
de natureza braçal, será aproveitada em função sem vencimento ou remuneração.
compatível com o seu estado, a contar do pri-
meiro dia do quinto mês de gestação, salvo an- § 2°. No deslocamento do(a) funcionário(a) po-
tecipação por prescrição médica, sem prejuízo derá haver exercício provisório em órgão ou en-
do direito à licença de que trata esta Seção. tidade da administração do Estado do Paraná,
inclusive autárquica ou fundacional, desde que
§ 2°. A licença poderá, a pedido da funcionária para o exercício de atividade compatível com o
gestante, ter início no primeiro dia do nono mês seu cargo.
de gestação, salvo antecipação por prescrição
médica. § 3°. Independentemente do regresso do(a)
cônjuge ou do(a) companheiro(a), o(a) funcio-
§ 3°. Na hipótese de nascimento prematuro, a nário(a) poderá requerer, a qualquer tempo, o
licença terá início a partir do parto. retorno ao exercício de suas atribuições, o que
§ 4°. No caso de natimorto, a funcionária ficará lhe será deferido observados os requisitos dos
licenciada por 30 (trinta) dias a contar do even- arts. 29 a 34 deste Estatuto.
to, decorridos os quais, será submetida a exame
§ 4°. Para acompanhar o (a) cônjuge ou o (a)
médico, e se julgada apta, reassumirá o exercí-
companheiro(a) poderá ser aplicado o disposto
cio de suas atribuições.
no art. 140 deste Estatuto ao invés da licença de
§ 5°. No caso de aborto atestado por médico, a que trata esta Seção.
funcionária terá direito a 30 (trinta) dias de re-
pouso remunerado. Seção VI
Art. 120. Para amamentar o próprio filho até a idade
de 06 (seis) meses, a funcionária lactante terá, durante Da Licença para o Serviço Militar
a jornada de trabalho, duas horas de descanso, que po- Art. 124. Ao funcionário convocado para o serviço mi-
derá ser parcelada em 02 (dois) períodos de uma hora.
litar será concedida licença sem vencimento ou remu-
Art. 121. À funcionária que adotar ou tiver concedida neração na forma e nas condições previstas na legisla-
guarda judicial para fins de adoção será concedida li- ção específica e mediante documento comprovante da
cença nos seguintes prazos: incorporação.
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§ 2°. O funcionário beneficiário de horário espe- tação nas referidas entidades, desde que cadas-
cial não terá direito a qualquer gratificação ou tradas em Ministério da administração pública
aumento de vencimentos ou remuneração por federal nos termos da legislação federal.
trabalho fora do horário normal de expediente.
§ 2º. A licença terá duração igual à do mandato,
§ 3°. Será concedido horário especial ao funcio- podendo ser prorrogada no caso de reeleição, e
nário portador de necessidades especiais quan- será computado o tempo de afastamento para
do atestado por junta médica, independente- todos os efeitos legais, exceto para promoção
mente de compensação de horário, observado o por merecimento.
disposto no §2º deste artigo.
§ 3°. O funcionário investido em mandato clas-
§ 4°. O Presidente do Tribunal de Justiça defini- sista não poderá ser relotado de ofício para lo-
rá os funcionários competentes a deliberar sobre calidade diversa daquela em que exerce o man-
os pedidos de horários especiais. dato.
Seção IX Seção XI
Art. 131. Acritério da administração poderão ser con- Art. 134. O funcionário estável que durante 10 (dez)
cedidas ao funcionário ocupante de cargo efetivo, des- anos não se afastar do exercício de suas funções terá
de que não esteja em estágio probatório, licenças para direito à licença especial de 06 (seis) meses, por decê-
o trato de assuntos particulares pelo prazo de até 02 nio, com percepção de vencimento ou remuneração.
(dois) anos consecutivos. Parágrafo único. Após cada qüinqüênio de efeti-
§ 1°. A licença poderá ser interrompida, a qual- vo exercício, ao funcionário estável que requerer
quer tempo, a pedido do funcionário ou no in- conceder-se-á licença especial de 03 (três) meses
teresse do serviço, devendo o funcionário, nesta com vencimento ou remuneração.
última hipótese, reassumir suas atribuições no Art. 135. Não podem gozar de licença especial, simul-
prazo de 30 (trinta) dias depois de notificado, taneamente, o funcionário e o seu substituto legal; se
sob pena de responder administrativamente por requeridas para períodos coincidentes, ainda que par-
abandono de cargo. cialmente, a preferência para a fruição é daquele que
§ 2º. O tempo de afastamento em razão da frui- tenha mais tempo de serviço público estadual.
ção da licença que se trata esta Seção não será Parágrafo único. Na mesma repartição não po-
computado para qualquer efeito legal. derão usufruir de licença especial, simultanea-
Art. 132. Não será concedida a licença de que trata esta mente, funcionários em número superior à sexta
Seção ao funcionário que esteja respondendo a proces- parte do total do respectivo Quadro de lotação
so administrativo disciplinar. e, quando o número de funcionários for inferior
a 06 (seis), somente 01 (um) deles poderá entrar
Seção X em licença especial. Em ambos os casos, a pre-
ferência será estabelecida na forma prevista no
Da Licença para Desempenho de Mandato Classista caput deste artigo.
Art. 133. É assegurado ao funcionário efetivo licença Art. 136. É vedada a conversão da licença de que trata
com remuneração para o desempenho de mandato em esta Subseção em pecúnia.
associação de classe ou sindicato representativo da ca-
tegoria de funcionários: Seção XII
I - para entidades com até 500 (quinhentos) as- Da Licença para Estudo ou Missão no Exterior
sociados, 01 (um) funcionário;
Art. 137. Somente o funcionário estável e efetivo po-
II - para entidades com 501 (quinhentos e um) derá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial
a 1000 (mil) associados, 02 (dois) funcionários; desde que autorizado pelo Presidente do Tribunal de
III - para entidades com 1001 (mil e um) a 1500 Justiça.
(mil e quinhentos) associados, 03 (três) funcio-
§ 1°. A ausência não excederá a 02 (dois) anos, e
nários;
finda a missão ou o estudo, somente decorrido
IV - para entidades com mais de 1501 (mil e qui- igual período, será permitida nova ausência.
nhentos e um) associados, será liberado mais
§ 2°. Ao funcionário beneficiado pelo dispos-
um dirigente, a cada quinhentos associados ex-
to neste artigo não será concedida exoneração,
cedentes a tal número, até o limite de oito.
bem como as licenças para tratar de interesses
§ 1°. Somente poderão ser licenciados funcioná- particulares, para capacitação ou especial, antes
rios eleitos para cargos de direção ou represen- de decorrido período igual ao da licença.
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§ 3°. As hipóteses, condições e formas para a go efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo
concessão da licença de que trata esta Seção, acrescida de percentual da retribuição do cargo
inclusive no que se refere à percepção de ven- em comissão.
cimentos ou de remuneração do funcionário
§ 3°. A entidade cessionária efetuará o reembol-
estável e efetivo serão disciplinadas em regula-
so das despesas realizadas pelo cedente a qual-
mento a ser editado pelo Presidente do Tribunal
quer título, inclusive no que toca à diferença
de Justiça.
derivada da opção referida no § 2º deste artigo.
Art. 138. O licenciamento de funcionário estável e efe-
§ 4°. A cessão far-se-á a critério do Presidente
tivo para servir em organismo internacional de que o
do Tribunal de Justiça por prazo certo, não su-
Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com
perior a 01 (um) ano, e mediante Portaria publi-
perda total da remuneração.
cada no Diário da Justiça.
CAPÍTULO VII § 5°. A contagem de tempo de serviço do funcio-
nário cedido para fins previdenciários obedece-
DOS AFASTAMENTOS rá às normas contidas na Lei Estadual n.º 12.398
Art. 139. Serão concedidos os seguintes afastamentos de 30.12.1998.
do exercício das atribuições aos funcionários, sem pre-
juízo dos vencimentos ou das remunerações, para: CAPÍTULO IX
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§ 1°. O recurso será dirigido à autoridade ime- Art. 152. Ressalvados os casos previstos na Constitui-
diatamente superior que tiver expedido o ato ou ção Federal, é vedada a acumulação remunerada de
proferido a decisão, e, sucessivamente, ao Presi- cargos públicos.
dente do Tribunal de Justiça.
§ 1°. A proibição de acumular estende-se a car-
§ 2°. O Presidente do Tribunal de Justiça poderá gos, empregos e funções e abrange autarquias,
delegar poderes aos funcionários imediatamen- fundações públicas, empresas públicas, socie-
te subordinados para a apreciação dos recursos dades de economia mista, suas subsidiárias, e
de sua competência. sociedades controladas direta ou indiretamente
pelo poder público.
§ 3°. O prazo para deliberar sobre os recursos é
de 30 (trinta) dias. § 2°. A acumulação de cargos, ainda que lícita,
fica condicionada à comprovação da compatibi-
Art. 146. O prazo para interposição de pedido de re-
lidade de horários.
consideração ou de recurso é de 15 (quinze) dias, a
contar da publicação ou da ciência da decisão pelo in- § 3°. Considera-se acumulação proibida a per-
teressado. cepção de vencimento de cargo ou emprego
público efetivo com proventos da inatividade
Art. 147. O recurso será recebido com efeito suspen-
ou pensão paga a partir de valores de órgão ou
sivo pelo Presidente do Tribunal de Justiça, ou pela
entidade previdenciária pública, salvo quando
autoridade a quem cabe a atribuição do respectivo jul-
os cargos ou empregos de que decorram essas
gamento, no caso de risco de lesão grave e de difícil
remunerações forem acumuláveis na atividade.
reparação.
Art. 153. O funcionário não poderá exercer mais de um
Parágrafo único. Em caso de provimento do pe-
cargo em comissão ou mais de uma função gratificada
dido de reconsideração ou do recurso, os efeitos
prevista no caput do art. 79 deste Estatuto.
da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 154. O funcionário vinculado ao regime deste Es-
Art. 148. O direito de peticionar prescreve:
tatuto, que acumular licitamente 02 (dois) cargos efe-
I - em 05 (cinco) anos, a contar dos atos que afe- tivos, quando investido em cargo de provimento em
tem interesse patrimonial e créditos resultantes comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos,
das relações com a administração do Poder Ju- salvo na hipótese em que houver compatibilidade de
diciário; horário e de local com o exercício de um deles, decla-
rada pelas autoridades máximas dos órgãos ou das en-
II - em 02 (dois) anos, a contar da demissão, da
tidades envolvidas.
cassação de aposentadoria ou da cassação de
disponibilidade; Art. 155. É vedado o exercício gratuito de função ou
cargo remunerado.
III - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais ca-
sos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. Parágrafo único. A vedação contida no caput
deste artigo não abrange os funcionários apo-
Parágrafo único. O prazo de prescrição será con-
sentados no desempenho de serviço voluntário
tado da data da publicação do ato impugnado
como conciliador ou para cumprir tarefas espe-
ou da data da ciência pelo interessado quando
ciais, desde que devidamente autorizados pelo
se der antes da publicação.
Presidente do Tribunal de Justiça ou por quem
Art. 149. O pedido de reconsideração e o recurso, ele designar para tal atribuição.
quando cabíveis, interrompem a prescrição.
Seção II
Art. 150. Aprescrição é de ordem pública, não poden-
do ser relevada pela administração. Dos Deveres
Art. 151. Para o exercício do direito de petição, é asse- Art. 156. São deveres do funcionário:
gurada vista de autos e de documento, na repartição,
ao funcionário ou ao procurador por ele constituído. I - assiduidade;
II - pontualidade;
TÍTULO V
III - urbanidade;
DO REGIME DISCIPLINAR IV - manter conduta compatível com a morali-
dade administrativa;
CAPÍTULO I
V - exercer com zelo e dedicação as atribuições
DISPOSIÇÕES GERAIS do cargo;
VI - lealdade e respeito às instituições a que ser-
Seção I
vir;
Da Cumulação de Cargos VII - observar as normas legais e regulamentares;
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Noções de Direito e Legislação
XXI - deixar de comparecer ao serviço sem justi- Art. 164. Aos funcionários do Quadro de Pessoal de 1º
ficativa aceita pela administração; Grau de Jurisdição do Estado do Paraná, aos Secretá-
rios do Conselho de Supervisão do Juizado Especial,
XXII - tratar de assuntos particulares na reparti- aos Secretários de Turma Recursal do Juizado Espe-
ção durante o horário de expediente; cial, aos Secretários do Juizado Especial, aos Oficiais
de Justiça do Juizado Especial, aos Auxiliares de Car-
XXIII - empregar materiais e bens do Poder Ju-
tório do Juizado Especial, aos Auxiliares Administra-
diciário ou à disposição deste em serviço ou ati-
tivos do Juizado Especial e aos Contadores e Avalia-
vidade estranha às funções públicas;
dores do Juizado Especial se aplica o sistema previsto
XXIV - manter domicílio ou residência fora da neste Capítulo.
localidade de sua lotação; Parágrafo único. Aos funcionários do Quadro
da Secretaria do Tribunal de Justiça que estive-
XXV - acumular cargos ou funções, observados
rem lotados ou atuando no foro judicial, em 1º
os permissivos constitucionais e legais.
Grau de jurisdição, ainda que subordinados a
juízes, não se aplicam as disposições referidas
Seção IV
no caput deste artigo e sim as que seguem no
Das Responsabilidades Capítulo III deste Título.
Art. 165. Os funcionários do Quadro de Pessoal de 1º
Art. 158. O funcionário responde civil, penal e admi- Grau de Jurisdição do Estado do Paraná deverão exer-
nistrativamente pelo exercício irregular de suas atri- cer suas funções com dignidade e compostura, obede-
buições. cendo às determinações de seus superiores e cumprin-
Art. 159. As responsabilidades e sanções civis, penais do as disposições legais a que estiverem sujeitos.
e administrativas poderão cumular-se, sendo indepen- Art. 166. Os funcionários do Quadro de Pessoal de 1º
dentes entre si. Grau de Jurisdição do Estado do Paraná terão domicí-
lio e residência na sede da comarca em que exercerem
Art. 160. Aresponsabilidade civil decorre de ato omis-
suas funções.
sivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao erário público ou a terceiros. Art. 167. Os funcionários do Quadro de Pessoal de 1º
Grau de Jurisdição do Estado do Paraná ficarão sujei-
§ 1°. A indenização de prejuízo dolosamente tos às seguintes penas disciplinares pelas faltas come-
causado ao erário será liquidada na forma pre- tidas no exercício de suas funções:
vista no art. 69, sem prejuízo da execução do dé-
bito pela via judicial. I - de advertência, aplicada por escrito em caso
de mera negligência;
§ 2°. Tratando-se de dano causado a terceiros,
II - de censura, aplicada por escrito em caso de
responderá o funcionário perante a Fazenda Pú-
falta de cumprimento dos deveres revistos nesta
blica, em ação regressiva.
lei, e também de reincidência de que tenha re-
§ 3°. A obrigação de reparar o dano estende-se sultado aplicação de pena de advertência;
aos sucessores e contra eles será executada até o III - de devolução de custas em dobro, aplicada
limite do valor da herança recebida. em casos de cobrança de custas que excedam os
valores fixados na respectiva tabela, a qual ain-
Art. 161. Aresponsabilidade penal abrange os crimes
da poderá ser cumulada com outra pena disci-
e as contravenções imputadas ao funcionário, nessa
plinar;
qualidade.
IV - de suspensão, aplicada em caso de reinci-
Art. 162. Aresponsabilidade administrativa resulta de dência em falta de que tenha resultado na apli-
ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho cação de pena de censura, ou em caso de infrin-
do cargo ou da função. gência às seguintes proibições:
Art. 163. Aresponsabilidade administrativa do funcio- a) exercer cumulativamente 02 (dois) ou mais
nário será afastada no caso de absolvição criminal que cargos ou funções públicas, salvo as exceções
negue a existência do fato ou de sua autoria. permitidas em lei;
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b) retirar, modificar ou substituir, sem prévia § 1°. A pena de suspensão poderá ser convertida
autorização da autoridade competente, qual- em multa quando houver conveniência para o
quer documento de órgão estatal, com o fim de serviço, à razão de 50% (cinqüenta por cento) do
criar direito ou obrigação ou de alterar a verda- valor da remuneração a que no período imposto
de dos fatos; fizer jus o funcionário, que fica obrigado neste
caso a permanecer em atividade.
c) valer-se do cargo ou função para obter provei-
to pessoal em detrimento da dignidade do cargo § 2°. Para os fins do inciso V, alínea “b”, deste
ou função; artigo, considera-se abandono de cargo a ausên-
cia ao serviço, sem justa causa, por mais de 30
d) praticar usura; (trinta) dias.
e) receber propinas e comissões de qualquer na- § 3°. Durante o período de suspensão, o funcio-
tureza em razão do cargo ou função; nário perderá todas as vantagens decorrentes
f) revelar fato ou informação de natureza sigi- do exercício do cargo.
losa de que tenha ciência em razão do cargo ou § 4°. Na aplicação das penalidades, considerar-
função; se-ão a natureza e a gravidade da infração, os
g) delegar, salvo nos casos previstos em lei, o meios empregados, os danos que dela provie-
rem para o serviço público e os antecedentes
desempenho de encargo que a si competir ou a
disciplinares do funcionário.
seus subordinados;
Art. 168. Será cassada a aposentadoria ou disponibili-
h) deixar de comparecer ao trabalho sem causa
dade se ficar provado que o inativo:
justificada;
I - praticou falta grave no exercício do cargo ou
i) retirar ou utilizar materiais e bens do Estado função;
indevidamente;
II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
j) deixar de cumprir atribuições inerentes ao
III - aceitou representação de Estado estrangeiro
cargo no prazo estipulado;
sem prévia autorização do Presidente da Repú-
V - de demissão, aplicada nos casos de: blica;
a) crime contra a administração pública; IV - praticou usura em qualquer de suas formas;
b) abandono de cargo; V - perdeu a nacionalidade brasileira.
c) falta ao serviço, sem justa causa, por 60 (ses- § 1°. Cassada a aposentadoria ou a disponibili-
senta) dias alternados no período de 12 (doze) dade, o funcionário, para todos os efeitos legais,
meses; será considerado como demitido do serviço pú-
blico.
d) improbidade administrativa;
§ 2°. Independentemente de qualquer tipo de
e) incontinência pública ou conduta escandalo- exoneração, permanece a necessidade de pro-
sa na repartição; cessamento e julgamento das condutas passí-
veis de punição com suspensão, demissão ou
f) reincidência em caso de insubordinação;
cassação de aposentadoria e de disponibilidade.
g) ofensa física, em serviço, a funcionário ou a
Art. 169. São competentes para aplicação das penalida-
particular, salvo escusa legal;
des disciplinares o Conselho da Magistratura, o Cor-
h) aplicação irregular de dinheiro público; regedor-Geral da Justiça e os Juízes perante os quais
servirem ou a quem estiverem subordinados os fun-
i) revelação de segredo que conheça em razão
cionários, observado o seguinte:
do cargo ou da função;
I - o Conselho da Magistratura poderá aplicar
j) lesão aos cofres públicos e dilapidação do pa- quaisquer das penalidades previstas no artigo
trimônio do Estado; anterior;
l) corrupção; II - o Corregedor-Geral da Justiça e os Juízes po-
m) acumulação ilegal de cargos, empregos ou derão aplicar as penas de advertência, censura,
funções públicas; devolução de custas em dobro e suspensão de
até 30 (trinta) dias.
n) transgressão dos incisos IX a XV, XXIII e XXV
do art. 157; Art. 170. As penas de advertência, censura e devolução
de custas em dobro poderão ser aplicadas em sindi-
o) condenação por crime comum à pena privati- cância, respeitados o contraditório e a ampla defesa.
va de liberdade superior a 04 (quatro) anos;
Art. 171. Qualquer penalidade imposta ao funcionário
p) reiterada desídia no cumprimento das atri- será comunicada à Corregedoria-Geral da Justiça para
buições do cargo ou da função. as devidas anotações.
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Art. 172. Se a pena imposta for a de demissão ou de à pena de demissão e de cassação de aposenta-
cassação de aposentadoria, a decisão será remetida doria.
ao Presidente do Tribunal de Justiça, que expedirá o
Parágrafo único. A punibilidade da infração,
respectivo decreto, comunicando o fato, na segunda
também prevista na lei penal como crime, pres-
hipótese, ao Tribunal de Contas.
creve juntamente com este.
Art. 173. Sempre que houver comprovação de prática
Art. 181. O prazo de prescrição começa a correr da
de crime de ação penal pública, remeter-se-ão peças ao
data em que o fato se tornou conhecido pela autorida-
Ministério Público.
de competente para aplicar a penalidade.
Art. 174. As penalidades de advertência, censura e de- § 1º. Interrompe-se a contagem do prazo de
volução de custas em dobro terão seus registros cance- prescrição com:
lados após o decurso de 03 (três) anos, e a de suspen-
são após 05 (cinco) anos, respectivamente, contados da I - a abertura de sindicância;
aplicação ou do cumprimento da pena, se o funcioná- II - a instauração do processo administrativo;
rio não houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar. III - a decisão de mérito proferida em sindicân-
cia ou no processo administrativo;
Art. 175. Mediante decisão do Corregedor-Geral da
Justiça, o funcionário poderá ser afastado do exercício IV - o acórdão proferido no julgamento do re-
do cargo quando criminalmente processado ou conde- curso interposto em face da decisão a que se re-
nado enquanto estiver tramitando o processo ou pen- fere o inciso III deste parágrafo.”
dente de execução a pena aplicada. § 2°. A abertura da sindicância meramente pre-
Parágrafo único. Recebida a denúncia ou transi- paratória do processo administrativo, desprovi-
tada em julgado a sentença, o Juiz do processo da de contraditório e da ampla defesa, não in-
remeterá ao Corregedor-Geral da Justiça cópias terrompe a prescrição.
das respectivas peças. § 3°. Suspende-se o prazo prescricional quando
Art. 176. O Corregedor-Geral da Justiça, por decisão a autoridade reputar conveniente o sobresta-
fundamentada, poderá afastar o funcionário do exer- mento do processo administrativo até a decisão
cício do cargo, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, pror- final do inquérito policial, da ação penal ou da
rogável por igual período, se houver necessidade de ação civil pública, desde que originadas no mes-
acautelamento a fim de evitar a continuidade dos ilí- mo fato do processo administrativo.
citos administrativos praticados, para garantia da nor- § 4°. Interrompida a prescrição, todo o prazo co-
malidade do serviço público ou por conveniência da meça a correr novamente do dia da interrupção.
instrução do processo administrativo.
Seção III
Art. 177. Fica assegurado ao funcionário, quando do
afastamento ocorrido pela aplicação das normas con-
Do Processo Administrativo
tidas nos arts. 175 e 176 deste Estatuto, o direito à per-
cepção de sua remuneração. Art. 182. O processo administrativo terá início após a
certeza dos fatos, por portaria baixada por Juiz ou pelo
Art. 178. Afastado o funcionário, o Corregedor-Geral
Corregedor-Geral da Justiça, na qual se imputarão os
da Justiça designará substituto se assim a necessidade
fatos ao funcionário, delimitando-se o teor da acusação.
do serviço o exigir.
Parágrafo único. Os atos instrutórios do pro-
Art. 179. Apena de demissão ou de cassação de apo-
cesso poderão ser delegados pelo Corregedor-
sentadoria será aplicada ao funcionário do Quadro de
Geral da Justiça a Juiz ou a assessor lotado na
Pessoal de 1º Grau de Jurisdição do Estado do Paraná:
Corregedoria-Geral da Justiça.
I - em virtude de sentença que declare a perda
Art. 183. Ao funcionário acusado será dada a notícia
de cargo ou de função pública;
dos termos da acusação, devendo ser ele citado para,
II - mediante processo administrativo em que no prazo de dez dias, apresentar defesa e requerer a
lhe seja assegurada ampla defesa. produção de provas.
§ 1º A citação far-se-á:
Seção II
I – por ofício, expedido pela autoridade instru-
Da Prescrição tora do processo, a ser entregue diretamente ao
indiciado mediante recibo em cópia do original,
Art. 180. Prescreverá o direito de punir:
ou pela via postal, sob registro e com aviso de
I - em 03 (três) anos, para as infrações sujeitas às recebimento;
penalidades de advertência, censura, devolução
II – pelo meio eletrônico, através do Sistema
de custas em dobro e suspensão;
Mensageiro, acompanhado da íntegra dos au-
II - em 05 (cinco) anos, para as infrações sujeitas tos, sob a forma de arquivo anexo;
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§ 4°. Apresentadas as alegações finais, a autori- § 2°. O recurso será sempre recebido nos efeitos
dade competente proferirá decisão. devolutivo e suspensivo.
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Art. 195. Aadvertência será aplicada por escrito, nos III - falta ao serviço, sem justa causa, por 60 (ses-
casos de violação de proibição constante do art. 157, senta) dias alternados no período de 12 (doze)
incisos I a VIII, XIX e XXII, e de inobservância de dever meses;
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma IV - improbidade administrativa;
interna, que não justifique imposição de penalidade
V - incontinência pública ou conduta escandalo-
mais grave.
sa na repartição;
§ 1°. A penalidade de advertência terá seu regis-
VI - reincidência em caso de insubordinação;
tro cancelado após o decurso de 03 (três) anos,
contados de sua anotação, e se o funcionário não VII - ofensa física, em serviço, a funcionário ou a
houver, nesse período, praticado nova infração particular, salvo escusa legal;
disciplinar.
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
§ 2°. O cancelamento da penalidade não surtirá
IX - revelação de segredo que conheça em razão
efeitos retroativos.
do cargo ou da função;
Subseção II X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do
patrimônio do Estado;
Da Suspensão
XI - corrupção;
Art. 196. Asuspensão será aplicada em caso de reinci-
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou
dência das faltas punidas com advertência e de viola-
funções públicas;
ção das demais proibições que não tipifiquem infração
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exce- XIII - transgressão dos incisos IX a XV, XXIII e
der a 90 (noventa) dias. XXV do art. 157;
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XIV - condenação por crime comum à pena pri- I - em 05 (cinco) anos para as infrações puníveis
vativa de liberdade superior a 04 (quatro) anos; com demissão, cassação de aposentadoria ou de
disponibilidade e destituição de cargo em co-
XV - reiterada desídia no cumprimento das atri-
missão;
buições do cargo ou da função.
II - em 02 (dois) anos para as infrações puníveis
Parágrafo único. Considera-se abandono de car-
com advertência ou suspensão.
go a ausência ao serviço, sem justa causa, por 30
(trinta) dias consecutivos. § 1º. O prazo de prescrição começa a correr da
data em que o fato se tornou conhecido da au-
Subseção IV
toridade competente para ordenar a instauração
Da Cassação de Aposentadoria ou de Disponi- do procedimento administrativo disciplinar.
bilidade
§ 2º. Os prazos e os termos de interrupção de
Art. 200. Será cassada a aposentadoria ou a disponibi- prescrição previstos na lei penal aplicam-se às
lidade do inativo que houver praticado, na atividade, infrações disciplinares tipificadas como crime.
falta punível com demissão.
§ 3º. Interrompe-se a contagem do prazo de
Parágrafo único. A aplicação definitiva de uma prescrição:
das penas referidas no caput deste artigo será
I - com a instauração de sindicância ou do pro-
anotada na ficha funcional.
cedimento administrativo disciplinar;
Subseção V II - com a instauração de processo administra-
tivo;
Da Destituição de Cargo em Comissão
III - com a decisão de mérito proferida no pro-
Art. 201. Adestituição de funcionário não efetivo de cesso administrativo;
cargo de provimento em comissão se dará nos casos
IV - com a interposição de recurso ou de pedido
de infração punível com as penas de suspensão ou de
de revisão da decisão de mérito proferida em
demissão para os funcionários efetivos e o inabilitará
processo administrativo;
à nomeação para outro cargo em comissão e para par-
ticipar de concurso público para cargo no Poder Judi- V - com a decisão de recurso ou de pedido de
ciário estadual por 05 (cinco) anos. revisão da decisão de mérito proferida em pro-
cesso administrativo;
§ 1º. Em tal hipótese, a exoneração do funcioná-
rio comissionado, a qualquer título, não elidirá VI - com a propositura de ação judicial que te-
a necessidade de processamento e julgamento nha por pretensão a anulação ou revisão de de-
das condutas que se lhe imputam. cisão punitiva ou de processo administrativo
disciplinar.
§ 2º. O julgamento procedente da imputação, no
caso do §1º deste artigo, será anotado na ficha § 4º. Na hipótese do inciso VI a contagem do
funcional para fim de caracterização dos impe- prazo prescricional somente se reiniciará após o
dimentos constantes docaput deste artigo. trânsito em julgado da decisão judicial da ação
anulatória ou de revisão.
§ 3º. Ao funcionário efetivo que for demitido
também se aplicam os impedimentos referidos § 5º. Interrompida a prescrição, todo o prazo co-
no caput deste artigo. meça a correr novamente do dia da interrupção.
§ 4º. Independentemente do contido neste arti-
Seção III
go ou da prática de qualquer infração por ocu-
pante de cargo de provimento em comissão a
Da Competência para Aplicação das Penalidades e
administração pública conserva o poder de li-
da Instauração dos Procedimentos Administrativos
vremente exonerá-lo a qualquer tempo.
Art. 204. O Secretário do Tribunal de Justiça é compe-
Art. 202. Não poderá retornar ao Poder Judiciário es- tente para ordenar a instauração de procedimentos dis-
tadual o funcionário que tiver contra si julgada pro- ciplinares, nomear e designar integrantes para Comis-
cedente definitivamente, no âmbito administrativo ou são Disciplinar e aplicar as penalidades disciplinares.
judicial, imputação de improbidade administrativa,
aplicação irregular de dinheiro público, lesão aos co- § 1º. As competências em matéria disciplinar do
fres públicos, dilapidação do patrimônio público ou Secretário do Tribunal de Justiça poderão ser
corrupção. delegadas a funcionários a ele diretamente su-
bordinados.
Seção II § 2º. Ao designar os integrantes da Comissão
e os respectivos suplentes, o Secretário do Tri-
Da Prescrição da Pretensão Punitiva
bunal de Justiça indicará o funcionário que irá
Art. 203. Apretensão punitiva disciplinar prescreverá: presidi-la.
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§ 3º. O Presidente da Comissão Disciplinar de- municar ao Secretário do Tribunal de Justiça, a quem
signará, dentre os membros, aquele que irá se- cabe ordenar apuração.
cretariá-lo.
§ 1º. A competência para apuração prévia por
§ 4º. A Comissão Disciplinar será composta de sindicância ou por procedimento de que trata o
03 (três) funcionários ocupantes de cargos efeti- caput deste artigo é da Comissão Disciplinar.
vos, estáveis e bacharéis em Direito, pelo prazo
§ 2º. A sindicância é o procedimento disciplinar
de 02 (dois) anos, prorrogável por até mais (02)
que antecede o processo administrativo disci-
dois anos.
plinar e serve para a apuração da extensão dos
§ 5º. Os integrantes da comissão justificarão pre- fatos apontados como irregulares e da extensão
viamente e por escrito ao superior e hierárquico da responsabilidade de cada autor.
o afastamento do serviço de suas repartições
§ 3º. O procedimento disciplinar prévio de cará-
por ocasião dos trabalhos relativos aos procedi-
ter genérico é o que antecede o processo admi-
mentos administrativos disciplinares.
nistrativo e serve para a apuração da extensão
Art. 205. Detectada a qualquer tempo a acumulação dos fatos apontados como irregulares cuja auto-
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, aban- ria ainda é desconhecida.
dono de cargo ou falta ao serviço, sem justa causa, por
Art. 208. As denúncias sobre irregularidades serão ob-
60 (sessenta) dias, alternados no período de 12 (doze)
jeto de apuração desde que contenham a identificação,
meses, a autoridade competente determinará à Comis-
a qualificação e o endereço do denunciante e sejam for-
são Disciplinar a abertura de processo administrativo
muladas por escrito, confirmada a autenticidade.
de rito sumário.
Parágrafo único. Caso o fato narrado não confi-
Seção IV gure infração disciplinar ou ilícito penal, a de-
núncia será arquivada de plano.
Da Competência para Apreciação dos Recursos
Art. 209. Da sindicância e do procedimento prévio po-
Art. 206. Das decisões disciplinares do Secretário do derão resultar:
Tribunal de Justiça caberá recurso, com efeitos sus-
I - o arquivamento;
pensivo e devolutivo, no prazo de 15 (quinze) dias, ao
Presidente do Tribunal de Justiça. II - a instauração de processo disciplinar ou a
aplicação de pena nos termos deste Estatuto.
§ 1º. As penas de demissão, de cassação de apo-
sentadoria, de cassação de disponibilidade e § 1º. O prazo para conclusão da sindicância e do
de destituição de cargo de provimento em co- procedimento prévio não excederá 60 (sessen-
missão aplicadas pelo Secretário do Tribunal ta) dias, podendo ser prorrogado por até igual
de Justiça serão necessariamente reexaminadas período, a critério da autoridade que ordenou a
pelo Presidente do Tribunal de Justiça a quem respectiva instauração.
serão remetidos os autos de processo disciplinar
§ 2º. As penas de advertência e de suspensão de
no prazo de 30 (trinta) dias, independentemente
até 30 (trinta) dias poderão ser aplicadas em sin-
de recurso do apenado.
dicância, assegurados o contraditório e a ampla
§ 2º. Na hipótese do §1º deste artigo, a penalida- defesa.
de só produzirá efeitos após o reexame, que se
Art. 210. Asindicância e o procedimento prévio terão
dará no prazo de 30 (trinta) dias, pelo Presiden-
início no prazo de 03 (três) dias a contar da data que
te do Tribunal de Justiça a quem caberá, caso
for comunicada à Comissão Disciplinar a ordem de
decida pela manutenção da pena, determinar as
apuração dos fatos.
providências para a efetiva aplicação.
§ 1º. Obtida a autoria, ou sendo ela conhecida
§ 3º. Na hipótese do §2º deste artigo, a decisão
pela Comissão Disciplinar, e delimitados os
do Presidente do Tribunal substitui sempre a de-
fatos, o sindicado será intimado para se mani-
cisão do Secretário para todos os efeitos legais. festar por escrito, no prazo de cinco (05) dias,
§ 4º. O Presidente do Tribunal de Justiça pode- podendo indicar provas.
rá delegar sua competência disciplinar a um ou § 2º. Havendo 02 (dois) ou mais indiciados, o
mais integrantes da cúpula diretiva do Tribunal prazo será comum e de 10 (dez) dias.
de Justiça.
§ 3º. A Comissão Disciplinar procederá a todas
Seção V as diligências que julgar necessárias para a elu-
cidação dos fatos.
Do Procedimento Administrativo Disciplinar e da
§ 4º. Concluindo pela inexistência de falta fun-
Sindicância
cional, a Comissão Disciplinar elaborará relató-
Art. 207. Aautoridade que tiver ciência de irregulari- rio final e encaminhará os autos à autoridade
dade no serviço público do Poder Judiciário deverá co- competente.
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§ 5º. Sendo possível a aplicação de pena no caso sado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou
de conclusão no sentido de existir ilícito admi- colateral, até o terceiro grau.
nistrativo, em tese, será feito relatório com a
§ 2º. O processo administrativo poderá ser utili-
delimitação dos fatos, a indicação das normas
zado nas hipóteses de aplicação de pena de ad-
violadas e eventuais sanções cabíveis e os autos
vertência e de suspensão de até 30 (trinta) dias,
serão encaminhados à autoridade competente.
respeitada a possibilidade prevista no § 2º do
Art. 211. Na hipótese de ser necessário o processo ad- art. 209 deste Estatuto.
ministrativo para a aplicação de penalidade, em razão
Art. 215. O processo administrativo possui 02 (dois)
da sua natureza, a Comissão Disciplinar tomará de ofí-
ritos:
cio as providências para a respectiva instauração atra-
vés de portaria acusatória. I - o sumário para as hipóteses do art. 217 deste
Estatuto; e
§ 1º. Em tais hipóteses a sindicância ou o pro-
cedimento prévio terão natureza inquisitorial, II - o ordinário para as demais hipóteses.
sendo garantidos a ampla defesa e o contraditó-
Art. 216. AComissão Disciplinar exercerá suas ativida-
rio para o processo administrativo propriamen-
des com independência e imparcialidade, assegurado
te dito.
o sigilo necessário à elucidação dos fatos ou conforme
§ 2º. A portaria acusatória conterá a delimitação exigido pelo interesse da administração.
dos fatos e das condutas e indicará as normas
§ 1º. Sempre que necessário, a Comissão Disci-
violadas e as sanções cabíveis.
plinar dedicará tempo integral aos seus traba-
Seção VI lhos, e seus membros justificarão previamente
e por escrito ao superior e hierárquico o afasta-
Do Afastamento Preventivo mento do serviço de suas repartições por oca-
sião dos trabalhos relativos aos procedimentos
Art. 212. Para garantia da instrução tanto no âmbito da administrativos disciplinares.
sindicância, como do processo administrativo discipli-
nar, a autoridade julgadora poderá determinar o afas- § 2º. As reuniões e as audiências da Comissão
tamento cautelar do funcionário do exercício de suas Disciplinar terão caráter reservado e serão regis-
atribuições, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem tradas em atas que deverão detalhar as delibera-
prejuízo da remuneração. ções adotadas.
§ 1º. O afastamento poderá ser prorrogado por § 3º. Em razão da natureza do fato que se apura,
igual prazo, findo o qual cessarão os seus efei- nos casos em que a preservação do direito à in-
tos, ainda que não concluída a sindicância ou o timidade do interessado não prejudique o inte-
processo administrativo. resse público à informação, poderá a Comissão
Disciplinar ou a autoridade julgadora limitar a
§ 2º. A providência deste artigo poderá ser ado- publicidade dos atos ao acusado e a seus defen-
tada de ofício pela autoridade competente para sores.
julgamento ou a requerimento do Presidente da
Comissão Disciplinar. Subseção II
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II - instrução sumária, que compreende acusa- Art. 219. Na apuração de abandono de cargo ou de
ção com delimitação dos fatos e indicação dos inassiduidade habitual, também será adotado o pro-
dispositivos violados e das sanções cabíveis, ci- cedimento sumário a que se refere o art. 217, obser-
tação, defesa e relatório; vando-se:
III - julgamento. I - a indicação da materialidade que se dará:
§ 1º. A indicação da autoria de que trata o in- a) na hipótese de abandono de cargo, com in-
ciso I deste artigo, dar-se-á pelo nome e pela dicação precisa do período de ausência inten-
matrícula do funcionário, e da materialidade, cional do funcionário ao serviço superior a 30
pela descrição dos cargos, empregos ou funções (trinta) dias;
públicas em situação de acumulação ilegal, dos
órgãos ou das entidades de vinculação, das da- b) no caso de inassiduidade habitual, com in-
tas de ingresso, do horário de trabalho e do cor- dicação dos dias de falta ao serviço sem causa
respondente regime jurídico. justificada, por período igual ou superior a 60
(sessenta) dias interpoladamente, no período de
§ 2º. A Comissão Disciplinar lavrará portaria 12 (doze) meses;
em até 03 (três) dias após a ciência do ato que
determinou a apuração, em que serão transcri- II - após a apresentação da defesa escrita, a Co-
tas as informações, as normas violadas, os fatos missão Disciplinar elaborará relatório conclu-
delimitados, indicadas as sanções cabíveis, bem sivo quanto à inocência ou à responsabilidade
como promoverá a citação pessoal do funcioná- do funcionário, em que resumirá as peças prin-
rio para que, no prazo de 05 (cinco) dias, apre- cipais dos autos, indicará o respectivo disposi-
sente defesa escrita. tivo legal, opinará sobre a intencionalidade da
ausência e remeterá o processo à autoridade
§ 3º. Apresentada defesa, a Comissão Disci- competente para julgamento.
plinar elaborará relatório conclusivo quanto à
existência ou não de acumulação ilegal, em que Subseção III
resumirá as peças principais dos autos, indicará
os dispositivos legais e sanções eventualmente Do Processo Administrativo Disciplinar de Rito
aplicáveis e remeterá o processo à autoridade Ordinário
competente para julgamento. Art. 220. O processo disciplinar se desenvolve nas se-
§ 4º. No prazo de 05 (cinco) dias, contados do re- guintes fases:
cebimento do processo, a autoridade julgadora I - instauração, com a lavratura da portaria de
proferirá a sua decisão e remeterá os autos para acusação que indicará as provas que serão pro-
reexame necessário ao Presidente do Tribunal duzidas, inclusive com o rol das testemunhas;
de Justiça no caso de aplicar pena de demissão.
II - citação pessoal para apresentar defesa escri-
§ 5º. Efetivada opção pelo funcionário até o úl-
ta, no prazo de 10 (dez) dias, com a indicação
timo dia de prazo para defesa configurará sua das provas que pretende produzir, inclusive
boa-fé, hipótese em que a pena se converterá com o rol das testemunhas;
automaticamente em pedido de exoneração do
outro cargo, devendo tal circunstância constar III - interrogatório do acusado;
no mandado de citação. IV - definição das provas a serem produzidas e
§ 6º. Caracterizada acumulação ilegal e má-fé, sua produção;
aplicar-se-á a pena de demissão, destituição,
V - apresentação de alegações finais pela defesa
cassação de aposentadoria ou de cassação de
no prazo de dez (10) dias;
disponibilidade em relação aos cargos, empre-
gos ou funções públicas em regime de cumula- VI - relatório e remessa dos autos para a autori-
ção ilegal, hipótese em que os órgãos ou as enti- dade julgadora;
dades de vinculação serão comunicados. VII - julgamento.
§ 7º. O prazo para a conclusão do processo ad-
Parágrafo único. Havendo 02 (dois) ou mais
ministrativo disciplinar submetido ao rito su-
acusados, o prazo será comum e de 20 (vinte)
mário não excederá 60 (sessenta) dias, contados
dias.
da data de ciência, por parte da Comissão Dis-
ciplinar, do ato que ordenou a apuração, admi- Art. 221. Em caso de revelia, será designado pelo Pre-
tida a sua prorrogação por até 30 (trinta) dias, sidente da Comissão Disciplinar bacharel como defen-
quando as circunstâncias o exigirem. sor dativo que acompanhará o processo, inclusive na
fase de reexame necessário ou de recurso voluntário.
§ 8º. O procedimento sumário rege-se pelas dis-
posições deste artigo, observando-se, no que lhe § 1º. O acusado ou indiciado que mudar de re-
for aplicável, subsidiariamente as disposições sidência fica obrigado a comunicar à Comissão
gerais do processo administrativo regido pelo Disciplinar o lugar em que poderá ser encontra-
rito ordinário. do, sob pena de ser considerado revel.
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§ 2º. Achando-se o indiciado em lugar incerto e autoridade competente que proferirá decisão
não sabido, será citado por edital, publicado no em igual prazo.
Diário da Justiça e em jornal de grande circula-
§ 11. Ainstrução deverá ser ultimada no prazo
ção da localidade do último domicílio conheci-
de 120 (cento e vinte) dias, prorrogáveis por
do, para apresentar defesa escrita.
mais 60 (sessenta) dias, contados da data da la-
§ 3º. Na hipótese deste artigo, o prazo para de- vratura da portaria de acusação.
fesa será de 10 (dez) dias a partir da última pu-
§ 12. Para a realização dos atos de instrução
blicação do edital.
aplicam-se subsidiariamente as normas do Có-
Art. 222. Apresentada defesa, seguir-se-á a instrução digo de Processo Penal, da legislação processual
com a produção das provas deferidas. penal extravagante e as do Código de Processo
§ 1º. A Comissão Disciplinar determinará a pro- Civil, nessa ordem.
dução de outras provas não requeridas pela de- Art. 223. Os autos da sindicância ou de procedimen-
fesa ou não indicadas na peça de acusação e que to prévio integrarão os do processo disciplinar, como
sejam necessárias à elucidação dos fatos. peça informativa da instrução.
§ 2º. A Comissão Disciplinar deverá intimar o § 1º. Na hipótese da Comissão Disciplinar con-
acusado e defensor para o interrogatório sobre cluir que a infração está capitulada como ilícito
os fatos imputados, designando dia, hora e lo- penal, a autoridade competente para julgamen-
cal. to encaminhará cópia dos autos ao Ministério
§ 3º. Em todas as cartas precatórias e de ordem, Público.
a Comissão Disciplinar processante declarará o § 2º. A providência do §1º deste artigo será to-
prazo em que deverão ser cumpridas pelas au- mada no âmbito da sindicância ou do processo
toridades administrativas destinatárias, sejam administrativo independentemente da finaliza-
elas funcionários ou magistrados. ção de um ou de outro.
§ 4º. Cabe à Comissão Disciplinar intimar o de-
Art. 224. As testemunhas serão intimadas a depor me-
fensor da expedição da carta precatória, sendo
diante mandado expedido pelo Presidente da Comis-
responsabilidade deste acompanhar o respecti-
são Disciplinar ou pela autoridade deprecada.
vo andamento na repartição ou comarca de des-
tino, inclusive no que concerne às publicações Parágrafo único. Se a testemunha for funcioná-
de intimações para os atos deprecados. rio público, a expedição do mandado será ime-
diatamente comunicada ao chefe da repartição
§ 5º. A Comissão Disciplinar denegará pedidos
em que serve, com a indicação do dia e da hora
impertinentes, protelatórios ou de nenhum in-
marcados para inquirição.
teresse para esclarecimento dos fatos, inclusive
com relação à produção de prova pericial quan- Art. 225. Quando houver dúvida sobre a sanidade
do a elucidação puder ser alcançada por outros mental do acusado, a Comissão Disciplinar proporá à
meios ou não depender de conhecimentos téc- autoridade competente que ele seja submetido a exa-
nicos. me por junta médica oficial, da qual participe ao me-
§ 6º. Os órgãos estaduais, sob pena de responsa- nos um médico psiquiatra.
bilidade de seus titulares, atenderão com a má- § 1º. O incidente de sanidade mental será pro-
xima presteza às solicitações da Comissão Disci- cessado em autos apartados que serão apensa-
plinar, inclusive requisição de técnicos e peritos, dos, e a sua instauração suspenderá o curso do
devendo comunicar prontamente a impossibili- processo principal até a juntada do laudo peri-
dade de atendimento, em caso de força maior. cial conclusivo, ressalvada a produção de pro-
§ 7º. A prova técnica no interesse da acusação vas consideradas urgentes.
será produzida, sem ônus para o Poder Judiciá- § 2º. Durante o processamento do incidente fica
rio, pelos órgãos competentes da administração suspenso o curso da prescrição, cujo prazo volta
direta e indireta do Estado do Paraná, e no inte- a ser contado após a juntada do laudo pericial.
resse da defesa, os ônus financeiros serão supor-
tados pelo acusado. Art. 226. Finda a instrução e apresentadas as alegações
finais, a Comissão Disciplinar elaborará relatório em
§ 8º. Serão ouvidas as testemunhas de acusação que indicará as peças principais dos autos e mencio-
e na seqüência as de defesa. nará as provas em que se baseou para formar a sua
§ 9º. Encerrada a instrução, será concedido um convicção.
prazo de 10 (dez) dias para as alegações finais Parágrafo único. O relatório concluirá sobre a
pela defesa.
responsabilidade ou não do funcionário, e reco-
§ 10. Apresentadas alegações finais, a Comissão nhecida esta, a Comissão Disciplinar indicará os
Disciplinar elaborará relatório conclusivo no dispositivos legais ou regulamentares violados
prazo de 30 (trinta) dias e remeterá os autos à e as sanções cabíveis.
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Art. 227. Aautoridade julgadora não está vinculada à vamente, desde o evento danoso e da aplicação, até a
motivação e à conclusão do relatório apresentado pela data da quitação do débito pelo funcionário.
Comissão Disciplinar e poderá julgar diversamente da
proposta seja para agravar, abrandar ou afastar a res- Art. 234. As penas de destituição de cargo, de demis-
ponsabilização do funcionário. são, de cassação de aposentadoria ou de cassação de
disponibilidade serão executadas após o trânsito em
Art. 228. Verificada a ocorrência de vício insanável, a julgado da decisão.
autoridade julgadora declarará a nulidade do ato, or-
denando a respectiva repetição. Parágrafo único. A aplicação das penas de de-
missão, de cassação de aposentadoria ou de
Parágrafo único. A autoridade de instrução ou cassação de disponibilidade ao funcionário não
julgamento que der causa à prescrição da pre- impedirá o processamento e o julgamento de
tensão punitiva por ato comissivo ou omissivo, outras faltas que possam implicar na aplicação
doloso ou culposo, será responsabilizada na for- das mesmas penalidades ou na de suspensão.
ma da lei.
Art. 235. As penas definitivamente impostas ao funcio-
Art. 229. Extinta a punibilidade pela prescrição, a au- nário serão anotadas em sua ficha funcional.
toridade julgadora determinará o registro do fato na
ficha funcional do funcionário. CAPÍTULO IV
Art. 230. O funcionário efetivo que responder a pro-
cesso disciplinar só poderá ser exonerado a pedido DA REVISÃO DO PROCESSO
ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do ADMINISTRATIVO
processo e do cumprimento da sanção, se for aplicada.
Art. 236. O procedimento de revisão do processo ad-
Parágrafo único. Ocorrida exoneração porque ministrativo aplica-se ao sistema disciplinar dos fun-
não satisfeitas as condições do estágio probató- cionários do Quadro de Pessoal de 1º grau de jurisdi-
rio e, posteriormente julgado processo adminis- ção e do Quadro da Secretaria do Tribunal de Justiça.
trativo disciplinar conclusivo pela demissão, o
ato de exoneração será convertido nesta. Art. 237. O processo administrativo disciplinar poderá
ser revisto no prazo de 02 (dois) anos do trânsito em
Art. 231. São asseguradas indenizações em razão do julgado da decisão que aplicou a pena, a pedido do
trânsito e das diárias: apenado que argumentar a existência de novas provas
que impliquem na diminuição da penalidade ou na ex-
I - ao funcionário convocado para prestar depoi-
clusão de responsabilidade funcional.
mento fora da sede de sua repartição, na condi-
ção de testemunha, acusado ou indiciado; § 1º. Em caso de falecimento, ausência ou de-
saparecimento do funcionário, qualquer pessoa
II - aos membros de Comissão e ao Secretário,
indicada como dependente na legislação previ-
quando obrigados a se deslocarem da sede dos
denciária do Estado do Paraná poderá requerer
trabalhos para a realização de missão essencial
a revisão do processo no caso de ter sido aplica-
ao esclarecimento dos fatos.
da pena de cassação da aposentadoria, cassação
da disponibilidade ou demissão.
Subseção IV
§ 2º. Preenchidos os requisitos do § 1º deste ar-
Da Execução das Penas Disciplinares tigo, e no caso de incapacidade mental do fun-
Art. 232. O cumprimento da pena de suspensão terá cionário, a revisão será requerida por uma das
início após a publicação no Diário da Justiça, cabendo pessoas indicadas na referida legislação ou pelo
ao superior hierárquico a fiscalização da sua efetiva- respectivo curador.
ção. § 3º. No caso de procedência da revisão do pro-
§ 1º. Se o funcionário estiver afastado na data de cesso administrativo, restabelecendo-se o vín-
publicação, o início do cumprimento dar-se-á a culo do apenado com a administração pública, o
partir da reassunção. reconhecimento da qualidade de dependente do
funcionário para tal fim não vincula os órgãos
§ 2º. Os dias não trabalhados em virtude da apli- previdenciários para exame de requerimento de
cação da pena de suspensão serão excluídos da pensão ou de proventos de aposentadoria.
folha de pagamento, salvo se não houver tem-
po hábil, quando será feito o desconto no mês § 4º. Na hipótese do § 3º deste artigo ou para
imediatamente posterior ao do início do cum- fins de aposentadoria, a análise da condição de
primento da penalidade. dependente perante o órgão de previdência se
dará de forma autônoma e desvinculada da rea-
Art. 233. Aordem de ressarcimento e a pena em valor lizada no âmbito da revisão do processo admi-
certo terão a expressão nominal corrigida, respecti- nistrativo disciplinar.
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Art. 238. O apenado com destituição de cargo em co- afastados os impedimentos decorrentes de tal
missão poderá, no prazo de 02 (dois) anos do trânsito pena e haverá a conversão para exoneração.
em julgado da respectiva decisão, pedir revisão do seu
processo, desde que alegue existência de novas provas § 2º. A penalidade não poderá ser agravada
que impliquem na impossibilidade de aplicação da re- quando da revisão do processo administrativo
ferida penalidade. ou da interposição de recurso administrativo.
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suspensão do trâmite de recursos vinculados ao Art. 40. A licença é requerida com indicação do perío-
regime de repercussão geral e repetitivos, além do e começa a correr do dia em que passou a ser uti-
de medidas cautelares, observado o disposto lizada.
nos arts. 107, 107-A e 107-B deste Regimento.
Art. 41. Salvo contraindicação médica, o Desembarga-
IV - determinar a baixa de autos; dor ou o Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
licenciado poderá reassumir o cargo a qualquer tem-
V - processar e julgar o pedido de concessão de
po, entendendo-se que desistiu do restante do prazo.
justiça gratuita quando o feito não estiver distri-
buído ou depois de cessadas as atribuições do §1º Observada a hipótese do caput deste artigo
Relator; e sem prejuízo à fruição da licença, o Desembar-
gador ou o Juiz de Direito Substituto em Segun-
VI - exercer as demais atribuições previstas em
do Grau poderá proferir decisões em processos
lei ou neste Regimento.
que, antes da licença, hajam-lhe sido conclusos
VII – disciplinar a organização e funcionamento para julgamento, ou tenham recebido seu visto
do Núcleo de Repercussão Geral e Recursos Re- como Relator ou Revisor, ou ainda tenham sido
petitivos – NURER objeto de pedido de vista como vogal.
VIII – gerenciar as demandas repetitivas em to- §2º O Desembargador ou o Juiz de Direito Subs-
dos os graus de jurisdição, inclusive nos Juiza- tituto em Segundo Grau em licença não poderá
dos Especiais, no que diz respeito aos institutos funcionar como vogal em hipótese diversa da-
da Repercussão Geral, Recursos Repetitivos, In- quela prevista no § 1º deste artigo.
cidentes de Resolução de Demandas Repetitivas
e Incidentes de Assunção de Competência. CAPÍTULO II
Art. 16. Ao 2º Vice-Presidente compete:
DAS FÉRIAS
I - substituir o Presidente e o 1º Vice-Presidente
Art. 42. Os Desembargadores e Juízes de Direito Subs-
nas férias, licenças, ausências e impedimentos
titutos em Segundo Grau terão direito a férias anuais
eventuais;
de sessenta dias, divididas em dois períodos de trinta, a
II - colaborar com o Presidente e o 1º Vice-Pre- serem estabelecidos conforme escala da Presidência do
sidente nos atos de representação do Tribunal; Tribunal, que terá por base a escolha feita pelo mais an-
tigo em cada Câmara, excluído este no período seguin-
Parágrafo único. Ao 2º Vice-Presidente incum-
te, que passa a ocupar a última posição, e assim sucessi-
be, ainda, por delegação do Presidente:
vamente, até que todos tenham exercido a preferência.
I - a Supervisão-Geral do Sistema dos Juizados
§1º Os magistrados referidos no caput deste
Especiais;
artigo que tiverem filhos em idade escolar po-
II - abrir, rubricar e encerrar os livros destinados derão receber tratamento especial na escala de
aos serviços do Tribunal; férias, sem prejuízo aos demais colegas, desde
III - determinar o início do processo de restau- que haja a possibilidade de designar mais um
ração de autos eventualmente extraviados na Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau.
Secretaria do Tribunal; §2º O Desembargador ou o Juiz de Direito Subs-
IV - exercer as demais atribuições previstas em tituto em Segundo Grau em férias poderá profe-
lei ou neste Regimento. rir decisões em processos que, antes das férias,
hajam-lhe sido conclusos para julgamento, ou
TÍTULO III tenham recebido seu visto como Relator ou Re-
visor, ou ainda tenham sido objeto de pedido de
DAS LICENÇAS, DAS FÉRIAS, DO vista como vogal.
AFASTAMENTO, §3º O Desembargador ou o Juiz de Direito Subs-
tituto em Segundo Grau em férias não poderá
DAS SUBSTITUIÇÕES E DAS CONVOCAÇÕES funcionar como vogal em hipótese diversa da-
quela prevista no art. 41, § 1º, deste Regimento.
CAPÍTULO I
Art. 43. As férias individuais não poderão fracionar-se
DAS LICENÇAS em períodos inferiores a trinta dias, e somente podem
acumular-se por imperiosa necessidade do serviço e
Art. 39. Conceder-se-á licença: pelo período máximo de dois meses.
I - para tratamento de saúde; Parágrafo único. É vedado o afastamento do Tri-
II - por motivo de doença em pessoa da família; bunal ou de qualquer de seus órgãos judicantes,
em gozo de férias individuais, no mesmo perío-
III - para repouso à gestante;
do, de Desembargadores em número que possa
IV - em razão da paternidade. comprometer o quórum de julgamento.
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III - prestação de serviços exclusivamente à Jus- a) pelo Desembargador nomeado para sucedê
tiça Eleitoral; -lo;
IV - exercício da presidência de associação de b) após ter votado, pelo Desembargador que ti-
classe; ver proferido o primeiro voto vencedor, acom-
panhando o Relator, para lavrar os acórdãos
V - exercício de atividades de relevante interes-
dos julgamentos anteriores à abertura da vaga;
se da Justiça;
VI - exercício do cargo de Diretor-Geral da Esco- c) pela mesma forma da alínea b deste inciso,
la da Magistratura. enquanto não empossado o novo Desembarga-
dor, para admitir ou julgar eventual recurso.
CAPÍTULO IV
Parágrafo único. O Revisor será substituído, em
caso de impedimento, pelo Desembargador que
DAS SUBSTITUIÇÕES
o seguir em ordem decrescente de antiguidade.
Art. 45. Nas ausências e impedimentos ocasionais ou
Art. 48. Nos afastamentos por prazo superior a ses-
temporários, são substituídos, observados os impedi-
senta dias, caso as circunstâncias que o determinaram
mentos legais:
indiquem potencial prejuízo à prestação jurisdicional,
I - o Presidente do Tribunal pelo 1º Vice-Presi- a partir de provocação de qualquer interessado e por
dente, este pelo 2º Vice-Presidente, e este pelos deliberação do Órgão Especial, os processos em que o
demais Desembargadores, na ordem decrescen- Relator ou o Revisor substituído tenha lançado visto
te de antiguidade, observado o art. 13, parágra- poderão ser encaminhados ao magistrado substituto
fo único, deste Regimento; para a respectiva finalidade.
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CAPÍTULO VI TÍTULO V
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§1° A sessão extraordinária poderá ser convo- da, se for o caso, e votada na sessão imediata, assinan-
cada: do-a com o Presidente.
I - no caso de acúmulo de feitos para julgamen- §1° A ata mencionará:
to;
I - a data da sessão e a hora de abertura;
II - por solicitação de qualquer Desembargador
II - quem presidiu aos trabalhos;
que deva entrar em férias ou licença, ou se afas-
tar; III - o nome dos magistrados presentes, pela or-
dem de antiguidade, e do representante do Mi-
III - nos casos de perigo iminente de perecimen-
to de direito da parte legitimada no processo, nistério Público, quando for o caso;
ou no interesse de advogado que, por motivo IV - os processos julgados, sua natureza e nú-
razoável e de ordem pessoal, possa temer não mero de ordem, o nome do Relator e os nomes
estar presente à próxima sessão ordinária. dos demais integrantes do quórum e das partes,
§2° Nas hipóteses dos incisos II e III do § 1º deste bem como suas qualificações no feito, se houver
artigo, os motivos do pedido deverão ser com- sustentação oral pelo Procurador de Justiça ou
provados. pelo advogado das partes, o resultado da vota-
ção com a consignação dos nomes dos magis-
§3° Sempre que, no encerramento do expedien- trados vencidos, a designação do Relator que
te, restarem em pauta ou em mesa, feitos sem lavrará o acórdão e o que mais ocorrer;
julgamento, a sessão poderá prosseguir, me-
diante deliberação do próprio órgão julgador, V - o teor do que for requerido pelos presentes
em dia, hora e local anunciados pelo Presidente, para que dela conste conforme deferido pelo
independentemente de publicação ou de nova Presidente da sessão.
pauta, salvo os recursos cíveis que exijam repu- §2° Nas sessões especiais, será dispensada a lei-
blicação de pauta. tura da ata.
Art. 62. As sessões especiais destinam-se às solenida- Art. 66. Lida e aprovada a ata da sessão anterior, pas-
des de posse, comemorações festivas e homenagens sará o órgão a deliberar segundo a pauta.
a pessoas mortas ou vivas que tenham efetivamente
prestado relevantes serviços à causa da Justiça e do Di- Art. 67. Os advogados poderão fazer uso da palavra
reito; no último caso, a resolução respectiva do Tribu- para sustentação oral da tribuna, quando cabível, me-
nal Pleno só será considerada como aprovada se hou- diante solicitação, depois da leitura do relatório, os
ver unanimidade dos Desembargadores presentes, quais deverão usar vestes talares, observado o dispos-
com limitação de presença. to no art. 64, § 1°, deste Regimento.
Art. 63. As sessões serão públicas, exceto quando: Parágrafo único. É permitido ao advogado com
domicílio profissional em cidade diversa daque-
I - a lei ou este Regimento determinar em con-
la onde está sediado o Tribunal realizar susten-
trário;
tação oral por meio de videoconferência ou ou-
II - houver necessidade de preservar direito à tro recurso tecnológico de transmissão de sons
intimidade do interessado, caso em que a sessão e imagens em tempo real, desde que o requeira
será presenciada unicamente pelos litigantes, até o dia anterior ao da sessão.
procuradores e pessoas judicialmente convoca-
das, além dos funcionários em serviço. Art. 68. Nas sessões, se houver solicitação, o Presidente
poderá conceder aos profissionais da imprensa, entre
Art. 64. Na hora designada, o Presidente, assumindo a aprovação da ata e o início do primeiro julgamento,
sua cadeira e assegurando-se da existência de quórum, o tempo necessário para fotografar ou gravar imagens
declarará aberta a sessão. para televisão.
§1° Os Desembargadores ingressarão nas salas Art. 69. As homenagens e registro em sessões reserva-
de sessões e delas se retirarão com as vestes ta- das, destinadas apenas a membros da Magistratura e
lares. pessoas ou fatos relacionados com a vida jurídica do
§2° O secretário usará beca, e os auxiliares, capa, País, só serão permitidas após o julgamento de todos
conforme a tradição forense. os feitos.
§3º Não se exigirá do público presente às ses- Art. 70. O quórum para o funcionamento dos órgãos
sões do Tribunal, inclusive do Órgão Especial e do Tribunal é de:
do Tribunal Pleno, qualquer traje especial, po- I - no Tribunal Pleno: sessenta e um Desembar-
dendo a presidência determinar a retirada do gadores, incluído o Presidente, salvo na convo-
ambiente, com discrição, de pessoas que estive- cação para exame de eventual recusa na promo-
rem inadequadamente vestidas.
ção ao cargo de Desembargador pelo critério de
Art. 65. Do que ocorrer nas sessões o secretário lavrará antiguidade, caso em que serão exigidos dois
ata circunstanciada, que será lida, discutida, emenda- terços de seus membros;
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§2º As audiências poderão ser realizadas fora II - os recursos de apelação, agravo de instru-
do prédio do Tribunal, em local de fácil acesso mento ou de remessa necessária encaminhados,
ao público, destinatário, inclusive fora do juízo, nas hipóteses do art. 978, parágrafo único, do
sempre que se mostrar imprescindível para ga- Código de Processo Civil;
rantia do amplo comparecimento.
III - as ações rescisórias de acórdãos proferidos
§3º Serão admitidas as inscrições de interessa- nas Câmaras Cíveis em composição Isolada ou
dos para manifestação daqueles representantes Integral, e as ações rescisórias contra decisões
de entidades ou órgãos potencialmente atingi- monocráticas do Relator, com exame de mérito,
dos pela decisão, bem como de especialistas na ou na hipótese do art. 966, §2º, do CPC.
tese jurídica discutida ou do fato probando.
IV - os mandados de segurança contra atos, mo-
§4º Caberá ao Relator assegurar, dentro do pos- nocráticos ou colegiados, das Câmaras Cíveis
sível, a isonomia para a participação nos deba- em Composição Integral;
tes, entre as opiniões favoráveis ou contrárias,
selecionando as pessoas que serão ouvidas e V - os embargos de declaração interpostos aos
estabelecendo o tempo da manifestação de cada seus acórdãos;
um, bem como determinar a ordem dos traba- VI - os agravos internos de decisões proferidas,
lhos. nos feitos de sua competência, pelo Presidente
§5º Todos os membros do colegiado competente e Relatores;
para o julgamento serão cientificados dos atos VII - as execuções de seus acórdãos, nas causas
processuais, os quais poderão participar da au- de sua competência originária, podendo dele-
diência, formular perguntas e solicitar diligên- gar ao Juízo de primeiro grau a prática de atos
cias ao esclarecimento dos especialistas ouvidos. não decisórios;
§6º A audiência pública será registrada em ata e VIII - as reclamações para preservar a sua com-
preservada mediante a gravação de áudio e ví- petência ou garantir a autoridade das suas de-
deo, constituindo, assim, material de consulta e cisões;
fundamentos para os debates que se seguirem
no julgamento da causa, com o exame pelo ór- IX - as ações rescisórias contra os acórdãos de
gão julgador competente (art. 489, § 1º, do CPC). outra ação rescisória julgada pelas Câmaras Cí-
veis em composição Isolada ou Integral;
§7º A audiência pública poderá ser designada
nos procedimentos de uniformização de juris- X- as reclamações destinadas a dirimir a diver-
prudência, conforme previsto no art. 260 deste gência entre acordão prolatado por Turma Re-
Regimento. cursal Estadual e a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça, consolidada em incidente
Art. 79. A abertura e o encerramento da audiência se-
de assunção de competência e de resolução de
rão anunciados, a toque de sineta, pelo porteiro, que
demandas repetitivas, em julgamento de recur-
apregoará as partes cujo comparecimento for obriga-
so especial repetitivo e em enunciados das Sú-
tório.
mulas do STJ.
Art. 80. De tudo quanto ocorrer na audiência, o funcio-
nário encarregado fará menção, mediante termo, que §1º O Desembargador afastado, impedido ou
será rubricado pelo Desembargador e assinado pelos suspeito será substituído pelo Desembargador
presentes. subsequente na ordem decrescente de antigui-
dade na respectiva Câmara, independentemen-
LIVRO II te de qualquer formalidade.
§2º Na Seção Cível Ordinária ou de Divergência,
TÍTULO I seu Presidente terá somente voto de qualidade,
exceto nos casos em que for Relator, hipótese em
DAS ATRIBUIÇÕES que passará a presidência ao Desembargador
mais antigo na sessão. §3º Na Seção Cível or-
CAPÍTULO III dinária, nos casos de julgamento das ações res-
cisórias previstas nos incisos III e IX, a votação
DA SEÇÃO CÍVEL
inicial será submetida ao quórum qualificado de
Art. 85. Compete à Seção Cível Ordinária, integrada sete julgadores, incluindo o Relator, conforme a
pelos primeiros Desembargadores que imediatamen- composição definida neste Regimento.
te, na ordem de composição das Câmaras Cíveis, se-
§4º Concluindo-se, por unanimidade de sete
guirem-se aos seus Presidentes, processar e julgar:
votos, pela procedência da rescisória, ou se for,
I - os incidentes de resolução de demandas re- por maioria de votos, admitida a improcedên-
petitivas e os incidentes de assunção de compe- cia, proclamado algum desses resultados, o feito
tência; será considerado devidamente julgado.
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Art. 85-A. Ocorrendo, julgamento favorável à proce- VI - os agravos de decisões proferidas, nos feitos
dência da rescisão do acordão, por maioria de votos, de sua competência, pelo Presidente e Relatores;
o exame quanto ao julgamento não unânime, para os
VII - as reclamações para preservar a sua com-
fins do art. 942, § 3º, inc. I, do Código de Processo Civil,
petência ou garantir a autoridade das suas de-
a Seção Cível Ordinária será convolada em Seção Cível
cisões;
em Divergência, constituída por maior composição e
suficiente para possibilitar a inversão do resultado do VIII - os embargos infringentes e de nulidade in-
julgamento. terpostos aos acórdãos das Câmaras Criminais
em Composição Integral.
§1º A composição do quórum de julgamento
passará a ser formada por número superior de §1º O Desembargador afastado, impedido ou
integrantes do seguinte modo: suspeito será substituído pelo Desembargador
a) pelo Presidente e pelos sete Desembargado- subsequente na ordem decrescente de antigui-
res que participaram do julgamento inicial que dade na respectiva Câmara, independentemen-
resultou na decisão não unânime; te de qualquer formalidade.
b) a convocação de vogais, entre os Desembar- §3º Na Seção Criminal, seu Presidente terá so-
gadores integrantes da Seção Cível, no mínimo mente voto de qualidade, exceto nos casos em
mais dois ou tantos quantos forem necessários que for Relator ou Revisor, hipóteses em que
em vista do resultado inicial; passará a presidência ao Desembargador mais
antigo na sessão.
c) o Presidente fará a referida convocação, ini-
ciando-a pelos Desembargadores que sucedem CAPÍTULO V
na ordem de antiguidade o último vogal do jul-
gamento inicial; DAS CÂMARAS EM COMPOSIÇÃO INTEGRAL
d) recaindo a convocação entre Desembargado- Art. 87. Às Câmaras Cíveis em Composição Integral
res vogais que estejam impedidos ou afastados, compete processar e julgar:
os demais integrantes sucessivos na ordem de
antiguidade serão chamados para o prossegui- I - os conflitos de competência entre os Juízes
mento do julgamento; em exercício em primeiro grau de jurisdição;
§2º Os julgamentos, na Seção Cível em Diver- II - os mandados de segurança contra atos, mo-
gência, serão decididos pela maioria simples nocráticos ou colegiados, da Câmara Cível Iso-
dos julgadores. lada;
Art. 85-B. Será de competência da Seção Cível Ordiná- III - os mandados de segurança, mandados de
ria, exceto no caso do art. 84, III, “f”, deste regimento, injunção e habeas data contra atos:
a atribuição para processar e julgar os incidentes de a) das Comissões Internas de Concurso, exceto a
resolução de demandas repetitivas e o incidente de de acesso à Magistratura;
assunção de competência, cuja tese jurídica será apro-
vada com decisão favorável de dois terços dos seus in- b) dos Deputados Estaduais, dos Conselheiros
tegrantes do órgão julgador para fins de sua eficácia e Auditores do Tribunal de Contas, dos Secre-
vinculante. tários de Estado, dos Procuradores de Justiça e
dos Procuradores do Ministério Público junto
CAPÍTULO IV ao Tribunal de Contas;
c) do Procurador-Geral do Estado, do Conselho
DA SEÇÃO CRIMINAL Superior da Procuradoria-Geral do Estado e da
Art. 86. Compete à Seção Criminal, integrada pelos Comissão de Concurso para provimento de car-
primeiros e segundos Desembargadores que, imedia- go de Procurador do Estado;
tamente, na ordem de composição das Câmaras Cri- IV - as exceções de impedimento e de suspei-
minais, seguirem-se aos seus Presidentes, processar e ção opostas aos Juízes em exercício em primeiro
julgar: grau de jurisdição;
I - os incidentes de uniformização de jurispru- V - os agravos das decisões proferidas, nos fei-
dência; tos de sua competência, pelo Presidente e Rela-
III - os mandados de segurança contra atos, mo- tores;
nocráticos e colegiados, das Câmaras Criminais VI - os embargos de declaração interpostos aos
em Composição Integral;
seus acórdãos;
IV - as revisões criminais de acórdãos das Câ-
VII - as execuções de seus acórdãos, nas causas
maras Criminais em Composição Integral;
de sua competência originária, podendo dele-
V - os embargos de declaração interpostos aos gar ao Juízo de primeiro grau a prática de atos
seus acórdãos; não decisórios;
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VIII - os pedidos de intervenção estadual nos X - os habeas corpus, quando o paciente for au-
municípios; toridade diretamente sujeita à sua jurisdição;
IX - as reclamações para preservar a sua com- Parágrafo único. Os mandados de segurança
petência ou garantir a autoridade das suas de- contra atos, monocráticos ou colegiados, das
cisões; Câmaras Criminais Isoladas, as revisões crimi-
X - as ações relativas ao direito de greve de ser- nais e os embargos infringentes e de nulidade
vidores públicos municipais e estaduais; interpostos a seus acórdãos serão distribuídos a
outra Câmara em Composição Integral de mes-
XI - o recurso de apelação, em prosseguimento, ma especialização, exceto se impugnarem deci-
quando o resultado do julgamento iniciado na são da Primeira ou da Segunda Câmara Crimi-
Câmara Cível Isolada não for unânime, aplican- nal Isolada, hipótese em que serão distribuídos
do-se a regra prevista no art. 942, caput, do CPC entre estas.
e observado o disposto neste Regimento;
XII - o recurso de Agravo de Instrumento, em CAPÍTULO VI
prosseguimento, nos casos de decisão não unâ-
nime, iniciado na Câmara Cível Isolada, quan- DAS CÂMARAS ISOLADAS E DA
do houver a reforma por maioria da decisão que COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA
julgar parcialmente o mérito;
Art. 89. Às Câmaras Cíveis isoladas compete processar
XIII - a ação rescisória de decisão dos Juízes de e julgar:
primeiro grau, em prosseguimento, seja relativa
ao mérito ou contida na previsão do art. 966, § I - os habeas corpus, no caso de prisão civil;
2º, do CPC, quando o resultado do julgamento II - os recursos de decisões dos Juízes de primei-
iniciado na Câmara Cível Isolada for favorável ro grau;
por maioria à procedência da rescisão;
III - as correições parciais;
Parágrafo único. Os mandados de segurança
contra atos, monocráticos ou colegiados, das IV - as habilitações incidentes;
Câmaras Cíveis Isoladas, serão distribuídos a V - os embargos de declaração interpostos aos
outra Câmara em Composição Integral de mes- seus acórdãos;
ma especialização.
VI - os agravos internos de decisões do Presi-
Art. 88. Às Câmaras Criminais em Composição Inte- dente e Relatores;
gral compete processar e julgar:
VII - os mandados de segurança, mandados de
I - os embargos infringentes e de nulidade in-
injunção e habeas data contra atos do Secretário
terpostos aos acórdãos das Câmaras Criminais
do Tribunal de Justiça, do Secretário da Procu-
Isoladas;
radoria-Geral de Justiça, do Diretor-Geral da
II - os conflitos de competência entre Juízes em Assembleia Legislativa, dos Juízes de primeiro
exercício em primeiro grau de jurisdição; grau e dos Promotores de Justiça;
III - os mandados de segurança contra atos, mo- VIII - as reclamações para preservar a sua com-
nocráticos ou colegiados, das Câmaras Crimi- petência ou garantir a autoridade das suas de-
nais Isoladas; cisões;
IV - as exceções de impedimento e de suspei- IX- as ações rescisórias de decisão dos Juízes
ção opostas aos Juízes em exercício em primeiro de primeiro grau, sejam as relativas ao mérito,
grau de jurisdição; sejam as contidas na previsão do art. 966, § 2º,
V - os agravos das decisões proferidas, nos fei- do Código de Processo Civil, nas causas de sua
tos de sua competência, pelo Presidente e Rela- competência.
tores; Art. 90. Às Câmaras Cíveis serão distribuídos os feitos
VI - os embargos de declaração interpostos aos atinentes a matéria de sua especialização, assim clas-
seus acórdãos; sificada:
VII - as reclamações para preservar a sua com- I - à Primeira, à Segunda e à Terceira Câmara
petência ou garantir a autoridade das suas de- Cível:
cisões; a) quaisquer ações e execuções relativas a maté-
VIII - as revisões criminais dos Acórdãos das ria tributária;
Câmaras Criminais Isoladas e das sentenças de b) ações relativas a responsabilidade civil em
primeiro grau de jurisdição;
que for parte pessoa jurídica de direito público
IX - as infrações penais atribuídas a Prefeitos ou respectivas autarquias, fundações de direito
Municipais; público e entidades paraestatais;
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j) Ações relativas a proteção do meio ambiente, b) ações relativas a negócios jurídicos bancários
exceto as que digam respeito a responsabilidade e cartões de crédito, inclusive quando cumula-
civil; das com pedido de indenização, excetuada a
competência prevista na alínea d do inciso VII
k) Salvo se previstas nos incisos I, III, IV, V, VI deste artigo;
e VII deste artigo, as demais ações e recursos
que figure como parte pessoa jurídica de direito VII - à Décima Sétima e à Décima Oitava Câma-
público ou respectivas autarquias, fundações de ra Cível;
direito público e entidades paraestatais; Ações a) ações relativas ao domínio e à posse pura, ex-
relativas ao direito de greve dos servidores pú- cetuadas quanto a estas as decorrentes de reso-
blicos municipais e estaduais; lução e nulidade de negócios jurídicos;
m) Ações relativas a servidores públicos em ge- b) ações relativas ao Direito Falimentar, exceto
ral, exceto as concernentes a matéria previden- a matéria penal;
ciária.
c) ações decorrentes de dissolução e liquidação
III - à Sexta e à Sétima Câmara Cível: de sociedade;
a) Ações relativas a previdência pública e pri- d) ações relativas a arrendamento mercantil;
vada;
e) ações relativas a contratos de consórcio de
b) Ações concernentes a ensino público e parti- bem móvel ou imóvel;
cular;
f) ações e recursos alheios às áreas de especia-
c) Ações e recursos alheios às áreas de lização.
especialização.
§1º Os recursos relativos às ações civis públicas
IV - à Oitava, à Nona e à Décima Câmara Cível:
coletivas e às execuções individuais delas decor-
a) ações relativas a responsabilidade civil, inclu- rentes serão distribuídos às Câmaras Cíveis de
sive as decorrentes de acidente de veículo e de acordo com a matéria de sua especialização.
acidente de trabalho, excetuada a competência
§2º Na distribuição dos recursos interpostos de
prevista na alínea b do inciso I deste artigo;
decisões proferidas em embargos de terceiro,
b) ações relativas a condomínio em edifício; observar-se-á a competência em razão da ma-
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II - conciliadores voluntários, que serão nomea- Art. 98. As audiências de conciliação poderão ser de-
dos pelo Presidente do Tribunal, preferencial- signadas e realizadas também pelos Relatores, em seus
mente entre magistrados, membros do Ministé- gabinetes, competindo-lhes homologar os acordos fir-
rio Público e Procuradores Públicos aposentados; mados e extinguir o processo, com resolução de méri-
to, na forma do art. 487, inciso III, alínea b, do Código
III - assessoria composta por dois funcionários de Processo Civil.
do Tribunal com formação jurídica;
Parágrafo único. O Relator poderá valer-se do
IV - um dos funcionários desempenhará ainda pessoal de seu gabinete para auxiliá-lo nas au-
as funções de Chefe do Núcleo de Conciliação, diências de conciliação.
cabendo-lhe ordenar e supervisionar os serviços
dos demais funcionários e dos estagiários. Art. 99. A Escola da Magistratura e a Escola de Servi-
dores do Poder Judiciário incluirão, em sua programa-
Art. 97. Compete à Coordenadoria: ção anual, módulos de técnicas de conciliação nos seus
I - orientar e supervisionar os trabalhos do Nú- cursos.
cleo de Conciliação;
Art. 100. O Tribunal, por seu Presidente, poderá firmar
II - identificar e indicar as áreas de conflitos convênios com outras instituições para atingir os obje-
mais propícias à conciliação; tivos do Movimento Nacional pela Conciliação.
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Art. 101. O conciliador e o mediador receberão, pelo c) manifestar-se sobre proposta de alteração
seu trabalho, remuneração prevista em tabela de cus- normativa de matérias de sua competência;
tas fixada pelo Tribunal, conforme parâmetros estabe-
III - de Jurisprudência, Revista, Documentação
lecidos pelo Conselho Nacional de Justiça, nos termos
e Biblioteca:
do art. 169 do Código de Processo Civil, ressalvada a
hipótese do art. 167, §6º, do mesmo Código. a) superintender os serviços de sistematização
e divulgação da jurisprudência do Tribunal de
TÍTULO II Justiça;
b) requisitar da Seção de Jurisprudência a assis-
DAS COMISSÕES tência necessária ao exercício de suas competên-
cias;
CAPÍTULO I c) organizar, manter e publicar revista de juris-
prudência;
DAS COMISSÕES PERMANENTES
d) manter um serviço de documentação que sir-
Art. 130. No início de cada biênio, o Presidente do va de subsídio à história do Tribunal de Justiça
Tribunal de Justiça designará os membros das Comis- e superintender o Museu da Justiça;
sões, a serem presididas pelo mais antigo, sendo per-
e) orientar e inspecionar os serviços da Bibliote-
manentes:
ca, sugerindo as providências necessárias ao seu
I - a de Organização e Divisão Judiciárias; funcionamento;
II - a de Regimento Interno e Procedimento; IV - de Informática:
III - a de Jurisprudência, Revista, Documenta- a) sugerir ao Presidente alteração dos progra-
ção e Biblioteca; mas de informática utilizados em primeiro e se-
gundo graus de jurisdição;
IV - a de Informática;
b) superintender as alterações e modificações
V - a de Obras;
ordenadas pelo Conselho Nacional de Justiça
VI – a de Segurança. nos sistemas informatizados do Tribunal e sob
§1° A Comissão de Organização e Divisão Judi- sua fiscalização.
ciárias será constituída de sete membros. V - de Obras:
§2º As matérias que devam ser examinadas pelo a) emitir parecer nos projetos e nos processos de
Órgão Especial e afetas a qualquer Comissão licitação de construção, reformas e manutenção
serão relatadas, na forma do art. 457 deste Re- de prédios destinados aos serviços do Poder Ju-
gimento, pelo Relator indicado, sem direito a diciário;
voto, salvo se integrar o referido órgão julgador.
b) acompanhar e dar parecer, se necessário, na
§3° Os integrantes do Tribunal Eleitoral e do etapa de entrega das obras.
Conselho da Magistratura, exceto os suplentes,
§1º Incumbe às respectivas comissões elaborar
não participarão das Comissões Permanentes.
os seus regulamentos.
CAPÍTULO II §2º As Comissões terão o prazo de sessenta dias
para oferecer seu parecer sobre os expedientes
DA COMPETÊNCIA que lhes forem encaminhados.
Art. 131. Compete às Comissões: VI – de Segurança:
I - de Organização e Divisão Judiciárias: a) Elaborar o plano de proteção e assistência dos
juízes em situação de risco em virtude de ativi-
a) elaborar anteprojeto de organização e divisão
dade funcional;
judiciárias, bem como as respectivas alterações;
b) Conhecer e decidir sobre pedidos de proteção
b) expedir normas de serviço e sugerir ao Pre-
especial formulados por magistrados;
sidente do Tribunal de Justiça as que envolvam
matéria de sua competência; c) Sugerir aos órgãos administrativos do Tribu-
nal a aplicação de medidas que forcem a segu-
II - de Regimento e Procedimento:
rança de locais onde estejam instaladas Varas ou
a) emitir parecer sobre emendas ao Regimento Câmaras com competência criminal;
e, se aprovadas, dar-lhes redação final e incor-
d) Sugerir aos órgãos administrativos do Tri-
porá-las ao texto;
bunal a aquisição de materiais e contratação de
b) sugerir emendas e elaborar anteprojeto de re- serviços necessários à proteção dos magistrados
forma total ou parcial do Regimento; em situação de risco;
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Art. 132. As Comissões não permanentes poderão ser VIII - os dos Presidentes de Seções e de Câma-
organizadas para desempenho de outros encargos, a ras, em portarias, despachos e decisões;
critério do Presidente do Tribunal, seja no início do IX - os dos Relatores, e Revisores em processos
biênio ou no seu curso. criminais, em decisões e despachos.
Parágrafo único. Compete ao Presidente do Tri-
Art. 138. Constarão sempre de acórdãos as decisões to-
bunal de Justiça designar comissões de concur-
madas, na função jurisdicional, pelos órgãos colegia-
so para admissão de funcionários da Secretaria
dos, e, na função administrativa do Tribunal Pleno, do
do Tribunal.
Órgão Especial e do Conselho da Magistratura, aque-
Art. 133. A Comissão de Concurso para ingresso na las que imponham sanções disciplinares, aprovem ou
Magistratura é composta na forma do Regulamento desaprovem relatórios e propostas de natureza orça-
próprio. mentária ou financeira, decidam sobre aposentadoria,
reversão ou aproveitamento, ou julguem processos de
LIVRO III natureza administrativa e sindicâncias.
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§4º Ocorrendo falha na transmissão da resposta, qual poderão ser enviadas petições e recursos
a mensagem deverá ser enviada ao destinatário endereçados ao Tribunal de Justiça, ao Supre-
por meio, não havendo prorrogação de prazo. mo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de
Justiça.
§5º Nos requerimentos funcionais e administra-
tivos considera-se realizado o ato no dia e horá- §4º O protocolo postal mediante carta registra-
rio do seu envio. da, com aviso de recebimento, deve observar ao
disposto no § 4º do art. 1.003 do Código de Pro-
§6º No período de afastamento do usuário, não
cesso Civil.
serão computados os prazos em relação as men-
sagens de cunho pessoal, inclusive intimações.
CAPÍTULO IV
Art. 153. As comunicações de cunho intimatório dirigi-
das a magistrados e servidores serão realizadas exclu-
sivamente pelo sistema Mensageiro. DO USO DO FAC-SIMILE (FAX)
§1º As intimações feitas por meio eletrônico se- Art. 155. Fica autorizado o uso de fac -símile (fax) para
rão consideradas pessoais para todos os efeitos o encaminhamento de petições e recursos ao Tribunal
legais, observando-se, quanto sua efetivação, o de Justiça.
disposto no art.152 deste Regimento. Parágrafo único. Somente terão validade as peti-
§20 Ressalvada a hipótese do art. 152, § 6º, deste ções e recursos recebidos pela máquina instala-
Regimento, a consulta e a comunicação referida da na Seção do Protocolo-Geral deste Tribunal.
neste artigo, pelo usuário, deverá ser feita em Art. 156. As petições transmitidas deverão atender as
até dez dias corridos, contados da data do envio exigências das leis processuais, contendo o nome, a
da intimação, sob pena de considerar-se a inti- assinatura e o número da inscrição do advogado na
mação automaticamente realizada ao término Ordem dos Advogados do Brasil, além da procuração,
desse prazo. se ainda não juntada aos autos.
CAPÍTULO III Art. 157. Quando houver prazo para a prática do ato
processual, o usuário deverá protocolar os originais
até cinco dias da data do seu término, sem qualquer
DO PROTOCOLO interrupção por feriados ou dias sem expediente, sob
pena de serem considerados inexistentes.
Art. 154. O protocolo no Tribunal de Justiça se faz:
§1º Nos atos não sujeitos a prazo, os originais
I - diretamente neste tribunal;
deverão ser entregues, necessariamente, até
II – na própria comarca, de forma integrada, cinco dias da data da recepção do material, sob
descentralizada, nos processos geridos por meio pena de serem considerados inexistentes.
físico;
§2º Não se aplicam ao prazo de cinco dias para a
III – sob postagem, mediante convênio postal ou entrega dos originais as regras dos arts. 180, 183
carta registrada com aviso de recebimento; e 229 do Código de Processo Civil.
IV - através dos respectivos sistemas PROJUDI Art. 158. Quem fizer uso do sistema de transmissão
e PJe - Sistema Processo Judicial Eletrônico, de fica responsável pela qualidade e fidelidade do mate-
forma eletrônica, conforme regulamentação es- rial transmitido e por sua entrega ao órgão judiciário.
pecífica;
Parágrafo único. Sem prejuízo de outras san-
V – por transmissão de dados tipo fac-símile, ções, o usuário do sistema será considerado li-
nos termos da lei tigante de má-fé se não houver perfeita concor-
§1º O protocolo integrado far-se-á junto aos Dis- dância entre o original remetido pelo fac-símile
tribuidores das comarcas de entrância inicial e (fax) e o original entregue em Juízo.
intermediária do Estado do Paraná, que recebe-
rão as petições endereçadas ao Tribunal de Jus- CAPÍTULO V
tiça, ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior
Tribunal de Justiça. DO PETICIONAMENTO ELETRÔNICO
§2º O serviço de protocolo descentralizado fun- Art. 159. Fica autorizada, em segundo grau de juris-
cionará nas comarcas de entrância final, que po- dição, a utilização do Sistema de Peticionamento Ele-
derá receber petições endereçadas ao Tribunal trônico (SPE) para a prática de atos processuais que
de Justiça, ao Supremo Tribunal Federal e ao dependam de petição escrita, pela Internet (e-mail),
Superior Tribunal de Justiça. nos termos da Lei Federal nº 9.800, de 26 de maio de
1999, e deste Regimento.
§3º O serviço de protocolo postal integrado dar-
se-á mediante convênio com a Empresa Brasilei- §1º Não serão aceitas pelo Sistema de Peticiona-
ra de Correios e Telégrafos (EBCT), por meio da mento Eletrônico (SPE):
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a) petições iniciais ou recursais que dependam §1º O advogado receberá por e-mail, em até oito
de preparo, inclusive aquelas sujeitas à gratui- horas úteis após a protocolização da petição, a
dade da justiça, bem como as requeridas pela confirmação do número do protocolo, data e
Fazenda Pública; hora do registro, o que servirá de comprovante
para efeito de prazo.
b) petições que venham instruídas com docu-
mentos; §2º As petições serão recebidas exclusivamente
pelo site do Tribunal de Justiça (www.tjpr.jus.
c) pedidos de liminares em tutela provisória, em br).
mandado de segurança, mandado de injunção,
habeas data, habeas corpus, ação direta de in- §3º As petições transmitidas depois das 18 horas
constitucionalidade, medida cautelar em ação serão recebidas e protocoladas no primeiro dia
direta de inconstitucionalidade ou ação direta útil imediato ao seu envio.
de constitucionalidade e reclamação; Art. 164. Além das sanções processuais acima enume-
d) pedidos de efeito suspensivo ou antecipação radas, o uso inadequado do Sistema de Peticionamento
de tutela recursal em agravos de instrumento, Eletrônico (SPE), que venha causar prejuízo ou ameaça
homologação de acordos, desistência de ação ou de lesão ao direito das partes e ao serviço judiciário,
de recurso e pedidos de preferência e de adia- implicará responsabilidade civil e criminal e imediato
mento. descredenciamento do advogado.
§2º Ficam também excluídas deste sistema as Art. 165. A responsabilidade pela adequada remessa
petições, inclusive recursais, dirigidas aos Tri- das mensagens e sua tempestividade será inteiramen-
bunais Superiores (STJ e STF), aos Tribunais das te do remetente, não podendo ser atribuída ao serviço
demais Unidades da Federação, as de compe- judiciário eventual demora ou erros decorrentes da in-
tência da Justiça Federal, do Trabalho, Eleitoral correta utilização da informática, ou provenientes das
e Militar Federal, bem como as relativas a feitos eventualidades e instabilidades operacionais do siste-
administrativos. ma, nem servindo de escusa para o descumprimento
dos prazos legais ou de sua adequação regulamentar.
§3º Não será autorizada a impressão de petição
encaminhada por e-mail que contiver mais de CAPÍTULO VI
dez laudas.
DA CONSTITUIÇÃO DE PROCURADORES
Art. 160. O Sistema de Peticionamento Eletrônico
PERANTE O TRIBUNAL
(SPE) poderá ser utilizado por advogados previamen-
te credenciados pelo Centro de Protocolo Judiciário Art. 166. As petições de juntada de procurações, para
Estadual. atuar nos processos em tramitação no Tribunal, depois
de protocoladas, serão encaminhadas imediatamente
Art. 161. A petição será encaminhada em forma de ane- ao órgão competente.
xo (attachment) à correspondência eletrônica (e-mail),
em formato Word 6.0 ou em versões posteriores. §1° As divisões, seções e setores, após verifica-
ção do andamento do processo a que se referir
Parágrafo único. No início das mensagens ele- a procuração, no âmbito de sua competência,
trônicas, deverão constar as seguintes expres- adotarão o seguinte procedimento:
sões identificadoras: “transmissão por e-mail,
nome completo do advogado, número da ins- a) se os autos estiverem com vista à Procurado-
crição na OAB e assunto”, bem como informa- ria-Geral de Justiça, reterão a petição para junta-
ções completas sobre o número dos autos, tipo da na oportunidade da devolução;
ou espécie de ação ou recurso, Tribunal, órgão b) se os autos estiverem conclusos ao Relator, a
julgador ou Relator. petição aguardará na seção, para oportuna jun-
Art. 162. A remessa dos originais será efetuada na for- tada;
ma do art. 157 deste Regimento, devendo ser destaca- c) se os autos estiverem em mesa para julga-
do, na primeira folha do referido documento, que se mento, com pauta publicada em data anterior à
trata de “documento original já enviado por e-mail”, sua protocolização, o requerimento será remeti-
indicando a data do envio da mensagem eletrônica e o do ao Relator e se providenciará a alteração da
número do protocolo recebido. pauta interna;
Parágrafo único. A falta de remessa dos origi- d) se em mesa para julgamento, com pauta pu-
nais tornará ineficaz e inválido o ato processual blicada em data posterior à protocolização, a pe-
praticado, sem prejuízo das sanções cominadas tição será remetida ao relator para retificação e
nos arts. 79 a 81 do Código de Processo Civil. republicação da pauta, se for o caso;
Art. 163. O Centro de Protocolo Judiciário promoverá e) se julgado o feito, o pedido será encaminhado
a conferência e a impressão do material recebido e fará à seção do órgão julgador, para juntada antes da
o imediato encaminhamento ao setor competente. publicação do acórdão.
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§2° Em relação aos processos que independem te de ajuste e sem prejuízo da continuidade do
de inclusão em pauta para julgamento, obser- prazo§2º O procurador perderá, no mesmo pro-
var-se-á, conforme a fase em que se encontrem, cesso, o direito a que se refere o parágrafo ante-
o disposto nas alíneas a, b e e do § 1º deste ar- rior se não devolver os autos tempestivamente,
tigo. salvo se prorrogado o prazo pelo Relator ou
pelo Presidente do órgão colegiado §3º Publi-
Art. 167. Se o requerimento for apresentado na sessão
cada a pauta de julgamento, deve-se observar as
de julgamento, o Secretário, após certificar a data do
regras do art. 210, § 1º, deste Regimento Interno.
recebimento, encaminhá-lo-á ao Protocolo, adotando-
se o procedimento previsto na alínea e do § 1° do art. CAPÍTULO VII
166 deste Regimento.
Art. 168. Quando o advogado, na sessão de julgamen- DO REGISTRO E DA CLASSIFICAÇÃO DOS
to, protestar pela apresentação oportuna de procura- FEITOS
ção, e a medida for deferida, o Secretário fará o regis- Art. 173. As petições e os processos serão registrados,
tro na ata. no protocolo da Secretaria do Tribunal, no mesmo dia
Parágrafo único. Oferecida a procuração no pra- do recebimento
zo legal, será encaminhada, depois de protocoli- §1° O registro dos processos, no Departamento
zada, ao Departamento Judiciário, que observa- Judiciário, far-se-á, após verificação de compe-
rá o disposto na alínea e do §1° do art. 166 deste tência, em numeração sequencial contínua, in-
Regimento. dependentemente de classe, observada a ordem
Art. 169. A juntada de nova procuração implicará a re- de apresentação.
tificação da autuação e da pauta de julgamento, se for §2° Quando o setor competente verificar tratar-
o caso, para efeito de intimação das partes e publica- se de feito da competência de outro Tribunal ou
ção de acórdão. Juízo, providenciará seu encaminhamento ao 1º
Art. 170. Quando se tratar de pedido de desistência ou Vice-Presidente para decisão.
de petição que verse matéria a exigir pronta solução, o §3° Deverão integrar o registro, entre outros, os
Departamento Judiciário, após despacho do Presiden- dados referentes ao número do protocolo, ori-
te ou do Relator, requisitará os autos respectivos, para gem, tipo e número da ação originária e classe
imediata juntada e providências cabíveis. do processo, conforme o disposto no art. 195
Parágrafo único. As demais petições somen- deste Regimento, e ainda:
te poderão ser juntadas aos autos, desde logo, I – o nome das partes e seus números de inscri-
quando decorrentes do cumprimento de despa- ção no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadas-
cho ou constituírem recursos previstos no Regi- tro Nacional da Pessoa Jurídica, além de endere-
mento Interno e nas leis processuais. ço eletrônico, se houver;
Art. 172. A retirada dos autos da Seção, por advoga- II – os dados de seus advogados ou da socieda-
do (público, particular ou sociedade de advogados), de de advogados e respectivos números de ins-
defensor público, membro do Ministério Público ou crição na Ordem dos Advogados do Brasil, além
pessoa credenciada por qualquer destes, somente será de endereço eletrônico, se houver
permitida nos casos em que assim a lei dispuser e me-
diante recibo, em livro de carga ou documento pró- III – a menção aos números dos recursos ante-
prio, com a discriminação da data para devolução no riormente interpostos no mesmo feito ou em
ações conexas;
prazo do ato a ser praticado.
IV – a anotação de prioridade na tramitação
§1º Decorrido o prazo do parágrafo anterior, e
do processo ou procedimento e na execução
intimado para devolução no prazo de três dias,
dos atos e diligências judiciais quando figurar
perderá o advogado o direito à vista fora da
como parte ou interveniente pessoa com idade
Secretaria ou Seção, e incidirá em multa corres-
igual ou superior a sessenta anos ou portadora
pondente à metade do salário mínimo.
de doença grave, assim compreendida qualquer
§2º Verificada a falta, o Relator ou Presidente do das enumeradas no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº
órgão colegiado comunicará o fato à Seção local 7.713, de 22 de dezembro de 1988;
da Ordem dos Advogados do Brasil para proce-
§4º O interessado, para obtenção da prioridade
dimento disciplinar e imposição da multa.
a que alude o inciso IV, do § 3º, fará prova de
Art. 172-A. Sendo o prazo comum às partes, os procu- sua condição e requererá o benefício ao Relator,
radores poderão retirar os autos somente em conjunto quando já distribuído o feito.
ou mediante ajuste prévio, por petição nos autos.
§5º Se antes da distribuição do feito ou na fase
§1º Em referida hipótese, é lícito ao procurador de recursos aos Tribunais Superiores, o reque-
retirar os autos para obtenção de cópias, pelo rimento do benefício do inciso IV do § 3º será
prazo de duas a seis horas, independentemen- dirigido ao 1º Vice-Presidente;
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§6º Se já deferido o benefício em primeiro grau matéria a ser publicada, podendo ser qualquer
de jurisdição, será dispensável renová-lo, ca- servidor, bem como funcionários e estagiários
bendo ao respectivo serviço providenciar a ano- regularmente contratados;
tação no registro e autuação.
II - “aprovador”: o escrivão, secretário, chefe de
§7° Se o órgão julgador decidir conhecer de um serviço ou responsável pela “unidade produto-
recurso por outro, far-se-á a alteração do regis- ra”, os quais atuarão na aprovação da matéria
tro existente e, na hipótese de modificação da digitada pelo redator, a qual será automatica-
competência, a redistribuição do feito. mente enviada ao “publicador”;
§8° Terão a mesma numeração das ações e dos III - “unidade produtora”: a Escrivania, Secreta-
recursos a que se referem, conforme o caso: ria ou órgão responsável pela produção da ma-
téria e envio ao “publicador”;
I - os embargos de declaração, os embargos in-
fringentes e de nulidade em matéria criminal, IV - “publicador”: o servidor, ou seu substitu-
os agravos internos, os agravos regimentais, os to, responsável pela assinatura digital do Diário
recursos aos tribunais superiores e os recursos da Justiça Eletrônico, os quais serão designados
que não os admitirem; por ato do Presidente do Tribunal.
II- os pedidos incidentes ou acessórios, inclusi- Art. 175. O Diário da Justiça Eletrônico será veiculado
ve as exceções de impedimento de suspeição; na rede mundial de computadores, no site do Tribunal
de Justiça (http://www.tjpr.jus.br), e poderá ser aces-
III - a arguição de inconstitucionalidade, os in-
sado gratuitamente pelo interessado, independente-
cidentes de assunção de competência e os inci-
mente de cadastramento.
dentes de resolução de demandas repetitivas;
Parágrafo único. A veiculação será diária, de
IV - os pedidos de execução; segunda a sexta-feira, a partir das 8 (oito) ho-
V - as ações rescisórias e revisões criminais rela- ras, exceto nos feriados nacionais, estaduais e
tivas a acórdãos de órgãos do Tribunal; do Município de Curitiba, bem como nos dias
em que, mediante divulgação, não houver ex-
§9° Far-se-á, na autuação e no registro, nota dis-
pediente.
tintiva do recurso ou incidente, quando este não
alterar o número do processo. Art. 176. As edições serão assinadas digitalmente,
com certificação por Autoridade de Certificação cre-
§10º O processo de restauração de autos será
denciada, atendendo aos requisitos de autenticidade,
distribuído na classe do feito extraviado ou des-
integridade, validade jurídica e interoperabilidade da
truído.
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Bra-
sil).
CAPÍTULO VIII
Art. 177. Considera-se como data da publicação o pri-
DO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO meiro dia útil seguinte ao da veiculação da informação
no Diário da Justiça Eletrônico.
Art. 174. O Diário da Justiça Eletrônico destina-se à
comunicação oficial, publicação e divulgação dos atos §1º Os prazos processuais, para o Tribunal de
judiciais e administrativos do Poder Judiciário do Es- Justiça e para todas as comarcas, terão início no
tado do Paraná. primeiro dia útil subsequente ao considerado
como data da publicação.
§1º Fica dispensada a juntada, aos autos do pro-
cesso, de cópia impressa dos atos veiculados §2º Aplica-se o disposto no caput deste artigo
pelo Diário da Justiça Eletrônico. ainda que a veiculação da informação no Diário
da Justiça Eletrônico tenha ocorrido em dia de
§2º Obrigatoriamente deverá ser exarada nos
feriado municipal.
autos certidão contendo:
Art. 178. Os editais serão veiculados gratuitamente,
I - a data da veiculação da matéria no Diário da
sem prejuízo da publicação pela imprensa local, quan-
Justiça Eletrônico;
do exigida pela legislação processual.
II - a data considerada como sendo da publica-
Parágrafo único. Quando houver necessidade
ção;
de publicação pela imprensa local, o prazo será
III - a data do início do prazo para a prática de contado com base na publicação impressa, obe-
ato processual; decendo-se às respectivas normas processuais.
IV - o local, a data em que a certidão é expedida, Art. 179. Serão aceitas para publicação apenas as ma-
a assinatura, o nome e o cargo do responsável térias encaminhadas por intermédio do sistema infor-
pela sua elaboração. matizado para o Diário da Justiça Eletrônico (DJ-e),
desenvolvido pelo Departamento de Informática do
§3º Para os fins deste capítulo, entende-se por:
Tribunal e com a utilização dos padrões de formatação
I - “redator”: o responsável pela digitação da contidos no respectivo sistema.
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Art. 180. Para cada nível de acesso (redator, aprovador a) omissão total do nome ou supressão parcial
e publicador) será realizado cadastro de login (nome do prenome ou sobrenome usual do advogado
de usuário e senha). constituído perante o Tribunal de Justiça;
§1º O nome de usuário e a senha são pessoais b) omissão total do nome ou supressão parcial
e intransferíveis, ficando o usuário responsável do prenome ou sobrenome usual da parte ou do
pela sua não divulgação a terceiros. advogado constituído na origem;
§2º O usuário que divulgar indevidamente a c) erro grosseiro na grafia do nome da parte ou
terceiros o seu nome de usuário e senha será do advogado, de forma a tornar impossível a
responsabilizado pelo conteúdo da matéria que sua identificação;
venha a ser publicada.
d) omissão ou erro no número do processo; e)
Art. 181. Nos dias em que houver expediente no Tribu- omissão, inversão ou truncamento no texto de
nal de Justiça, o Sistema Informatizado selecionará às despacho ou ementa de acórdão, de maneira a
16 horas todas as matérias que se encontrarem aprova- tornar o sentido ininteligível ou diverso daquilo
das e consolidará o documento que originará a nova que foi decidido.
edição do Diário da Justiça.
II - por decisão do Presidente do órgão julgador
Eletrônico. §1º Até às 15h59min, os aprovadores ou do Relator, mediante petição do interessado
poderão desaprovar as matérias já aprovadas, ou dúvida suscitada pela seção, no prazo de cin-
as quais não serão incluídas no documento que co dias, contados da publicação, nos casos não
originará a nova edição do Diário da Justiça Ele- cogitados nas alíneas do inciso I deste artigo.
trônico. §2º Entre às 17 e às 19 horas, o publi-
cador ou seu substituto deverá examinar o do- Art. 184. O Poder Judiciário do Estado do Paraná se
cumento consolidado e providenciar a sua assi- reserva os direitos autorais e de publicação do Diário
natura digital§3º O Diário da Justiça Eletrônico, da Justiça Eletrônico, sendo permitida a respectiva
depois de assinado digitalmente, será veiculado impressão, mas vedada sua comercialização, salvo ex-
na rede mundial de computadores, na forma do pressa autorização específica da Presidência do Tribu-
art. 175 e seu parágrafo único deste Regimento. nal de Justiça.
Art. 182. Após a assinatura digital do Diário da Justi- Art. 185. Os casos omissos serão resolvidos pela Pre-
ça Eletrônico pelo publicador ou por seu substituto, o sidência do Tribunal, sem prejuízo de que a Correge-
documento não poderá sofrer modificações ou supres- doria-Geral da Justiça baixe atos administrativos que
sões. se afigurem necessários ao funcionamento, controle e
§1º Eventuais retificações de documentos deve- fiscalização do disposto neste capítulo.
rão constar de nova publicação.
TÍTULO II
§2º Ao Departamento de Informática do Tribu-
nal incumbe zelar pelo pleno funcionamento do DO PREPARO, DA DESERÇÃO E DA
Sistema Informatizado e pela manutenção per- DISTRIBUIÇÃO
manente de cópia de segurança, para arquiva-
mento de todos os Diários da Justiça Eletrônicos CAPÍTULO I
que forem veiculados na rede mundial de com-
putadores. DO PREPARO
Art. 183. O aprovador é responsável pela veracidade Art. 186. Quando da distribuição de quaisquer proces-
do conteúdo da matéria que tenha sido aprovada e vei- sos de competência originária sem os comprovantes
culada no Diário da Justiça Eletrônico, ficando sujeito, do pagamento da taxa judiciária e das custas e sem o
em caso de falha intencional ou falsidade, às sanções instrumento procuratório conferido a advogado ou so-
de natureza administrativo-disciplinar aplicáveis, sem ciedade de advogados devidamente habilitados, salvo
prejuízo da responsabilização civil e criminal. nas hipóteses previstas no art. 287, parágrafo único, do
§1º A função do aprovador consiste na elabora- Código de Processo Civil, será certificado, com o enca-
ção de matérias, revisão e conferência de con- minhamento dos autos ao Relator respectivo.
teúdo e aprovação dos documentos. Parágrafo único. Existindo pedido de justiça
§2º As matérias não serão revisadas pelo Centro gratuita, o processo originário ou o recurso será
de Documentação, e seu conteúdo ficará sob res- distribuído independentemente de preparo,
ponsabilidade exclusiva da unidade produtora. para posterior apreciação pelo Relator.
Art. 183-A. A retificação de publicações no Diário da Art. 187. O preparo, que compreende todos os atos do
Justiça Eletrônico, com efeito de intimação, decorrente processo, inclusive porte de remessa e de retorno, far-
de incorreções ou omissões, será providenciada: se-á:
I - de ofício, pela respectiva seção, quando ocor- I - dos recursos de primeiro grau de jurisdição,
rer; nos termos do art. 1.007 e seguintes do CPC;
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IV - os habeas corpus, os habeas data e os pro- §2º Se o Sistema Informatizado estiver momen-
cessos criminais, salvo os iniciados mediante taneamente inoperante, os processos referidos
queixa; no § 1º deste artigo serão distribuídos mediante
registro em livro próprio, do qual constarão o
V - as ações diretas de inconstitucionalidade e número e a classe do processo, Relator sorteado,
declaratórias de constitucionalidade, as recla- data, visto do 1º Vice-Presidente e as observa-
mações e os pedidos de intervenção; ções que se fizerem necessárias.
VI - os embargos de declaração, os agravos in- §3° Se o Relator sorteado encontrar-se eventual-
ternos e os agravos regimentais; mente ausente, os autos que contiverem maté-
rias urgentes serão conclusos ao Revisor em ma-
VII - os processos em que o autor ou o recorren-
téria criminal, se houver, ou ao Desembargador
te gozem do benefício da gratuidade da justiça;
imediato em antiguidade, na forma do art. 47,
VIII - os recursos interpostos por testamenteiro inciso I, deste Regimento.
e inventariante dativos, inventariante judicial e
§4° A resenha de distribuição será, semanal-
curador especial;
mente, encaminhada para publicação no Diá-
IX - os processos e requerimentos administrativos. rio da Justiça Eletrônico, e quando se tratar de
processos que tramitam em segredo de justiça,
X- o incidente de Resolução de Demandas Repe-
os nomes das partes serão publicados pelas ini-
titivas, quando interposto em petição autônoma
ciais.
(art. 976, §5º, do CPC).
§5º A distribuição estará automaticamente ho-
Art. 192. Verificados o preparo ou sua isenção, os autos
mologada se, no prazo de cinco dias, a contar
serão encaminhados à distribuição.
da publicação referida no §4º deste artigo, não
Parágrafo único. Acerca da dispensa de recolhi- houver impugnação por interessados.
mento do preparo, na hipótese de gratuidade da
§6° As distribuições serão automaticamente re-
justiça, deve-se observar o disposto no art. 186,
gistradas pelo Sistema Informatizado, do qual
parágrafo único, deste Regimento.
se extraem os termos respectivos, que conterão:
CAPÍTULO II I - o número e o tipo do processo;
II - os nomes das partes e seus números de ins-
DA DESERÇÃO
crição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no
Art. 193. Considerar-se-á deserto o recurso quando Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, além de
não preparado na forma legal. endereço eletrônico, se houver;
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III - os dados dos advogados ou da sociedade de Parágrafo único. Nas hipóteses do inciso I, alí-
advogados e respectivos números de inscrição neas s e t, deste artigo, a distribuição somente
na Ordem dos Advogados do Brasil, além de ocorrerá quando houver pedido autônomo.
endereço eletrônico, se houver; Tratando-se de incidente nos próprios autos do
Recurso, o registro observará o disposto no art.
IV - o órgão julgador;
173, §8º, inciso III, deste Regimento.
V - o nome do Relator e o do Revisor em proces-
II - no Crime:
sos criminais, se houver;
a) habeas corpus;
VI - a data do sorteio;
b) mandado de segurança;
VII- menção aos números dos recursos anterior-
mente interpostos no mesmo feito ou em ações c) habeas data;
conexas
d) ação penal;
VIII - as observações relativas à distribuição por
e) queixa-crime;
prevenção, dependência, sucessão ou outra causa;
f) representação;
IX - anotações de prioridade na tramitação do
processo ou procedimento e na execução dos g) inquérito policial;
atos e diligências judiciais quando figurar como
h) apelação;
parte ou interveniente pessoa com idade igual
ou superior a sessenta anos ou portadora de i) recurso de ofício;
doença grave, assim compreendida qualquer j) recurso em sentido estrito;
das enumeradas no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº
7.713, de 22 de dezembro de 1988. k) conflito de competência;
Art. 195. Os feitos, numerados segundo a ordem em l) carta testemunhável;
que forem apresentados, serão distribuídos por classe, m) revisão criminal;
com designação distinta, a saber:
n) embargos infringentes;
I - no Cível:
o) desaforamento;
a) habeas corpus;
p) dúvida de competência;
b) mandado de segurança;
q) recurso de agravo;
c) habeas data;
r) exceção de suspeição;
d) mandado de injunção;
s) exceção de impedimento;
e) conflito de competência;
t) exceção da verdade;
f) agravo de instrumento;
u) correição parcial;
g) ação rescisória;
v) interpelação criminal;
h) embargos à execução;
w) autos de conselho de justificação;
i) correição parcial;
x) autos de investigação criminal.
j) apelação;
III - Especiais:
k) remessa necessária;
a) processo administrativo;
l) medida cautelar preparatória;
b) recurso contra decisão do Conselho da Ma-
m) arguição de impedimento ou de suspei-
gistratura;
ção;
c) notificação judicial;
n) pedido de intervenção;
d) procedimento especial de reexame de súmu-
o) ação direta de inconstitucionalidade;
la;
p) ação declaratória de constitucionalidade.
e) representação;
q) pedido de concessão de efeito suspensivo
f) reclamação.
em apelação;
Art. 196. A distribuição será obrigatória e alternada em
r) pedido de tutela provisória incidental;
cada classe.
s) incidente de assunção de competência;
§1° Em caso de impedimento ou suspeição do
t) incidente de resolução de demandas repetiti- Relator, o sorteio será renovado ao mesmo ór-
vas. gão julgador, mediante a devida compensação.
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§2° Haverá, também, compensação quando a §7° Vencido o Relator, a prevenção recairá no
distribuição couber, por prevenção, a determi- Desembargador designado para lavrar o acór-
nado Relator. dão, salvo quando se tratar de agravo interno
ou regimental.
§3° O Desembargador em exercício que se deva
aposentar por implemento de idade ficará ex- §8° O Relator dos recursos oriundos de deci-
cluído da distribuição durante os trinta dias que sões proferidas no processo de conhecimento
antecederem o afastamento. da ação civil pública coletiva não ficará preven-
§4º No caso de aposentadoria voluntária, será to para os recursos interpostos contra as deci-
suspensa a distribuição a partir da apresentação sões prolatadas nas execuções individuais da
do requerimento de Desembargador em exercí- sentença condenatória genérica, devendo igual
cio no protocolo e pelo prazo máximo de trinta procedimento ser adotado em relação à recupe-
dias; ultrapassado esse prazo, ou se ocorrer de- ração de empresa e as posteriores habilitações
sistência do pedido, efetuar-se-á a compensação. de crédito; a prevenção somente ocorrerá se os
recursos forem interpostos contra decisões pro-
Art. 197. Observada a competência dos órgãos cole- latadas no mesmo processo.
giados, a distribuição de mandado de segurança, de
mandado de injunção, de habeas corpus, de habeas §9° Em caso de dúvida, por ocasião da distribui-
data, de pedido de concessão de efeito suspensivo em ção, os autos serão remetidos, com as informa-
apelação e de recurso torna preventa a competência ções necessárias, à decisão do 1.º Vice-Presiden-
do Relator para todos os demais recursos e incidentes te, à qual estará vinculado o Relator e o órgão
anteriores e posteriores, tanto na ação quanto na exe- julgador.
cução referentes ao mesmo processo. §10º Nas hipóteses, se o relator, segundo a sua
§1º Serão distribuídos também ao mesmo Rela- interpretação, não concordar com a distribuição,
tor os recursos interpostos contra decisões pro- apresentará as respectivas razões e encaminhará
latadas em ações conexas, acessórias e reunidas os autos ao exame do 1º Vice-Presidente, a cuja
por continência, sem prejuízo à regra do §3º do decisão estarão vinculados tanto o desembarga-
art. 55 do Código de Processo Civil, o que pode- dor que encaminhou quanto aquele que receber
rá ser reconhecido, de ofício ou a requerimento o processo, assim como o órgão julgador.
da parte, pelo relator, devendo a reunião nes- §11º A prevenção, se não for reconhecida de ofí-
ta hipótese se operar junto ao primeiro recurso cio, poderá ser arguida por qualquer das partes
distribuído. ou pelo Órgão do Ministério Público, até o início
§2º A distribuição de medida cautelar ou asse- do julgamento.
curatória de natureza penal, de representação §12º A distribuição de processos que indepen-
criminal, de pedido de providência, de inquéri- dam de sorteio será efetuada na forma prevista
to, de notícia crime, de queixa e de ação penal, no § 3° deste artigo.
bem como a realizada para efeito de concessão
de fiança ou de decretação de prisão preventiva Art. 198. Nos embargos infringentes e de nulidade em
ou de qualquer diligência anterior à denúncia matéria criminal, nas ações rescisórias, nas revisões
ou queixa, prevenirá a da ação penal. criminais e nos recursos de decisões administrativas
de competência do Órgão Especial, não se fará a dis-
§3° Alterada a competência do órgão fracionário tribuição, como Relator e Revisor em processos crimi-
pela classificação realizada na denúncia, obser- nais, sempre que possível, a Desembargador que te-
var-se-á a competência da matéria de sua espe- nha participado de julgamento anterior
cialização prevista neste Regimento.
Art. 199. Vago o cargo de Desembargador, serão dis-
§4° No afastamento do Relator, far-se-á a distri- tribuídos a quem preenchê-lo, independentemente de
buição ao Juiz de Direito Substituto em Segun- sorteio e do órgão fracionário que vier a ocupar, os fei-
do Grau convocado para substituí-lo; cessada a tos pendentes de julgamento distribuídos ao Desem-
convocação, ao titular. bargador que deixou o Tribunal e ao Juiz de Direito
§5° Se o Relator deixar o Tribunal ou transferir-se Substituto em Segundo Grau designado para respon-
de Câmara, a prevenção será ainda do órgão jul- der pelo cargo vago, preservada, nessa última hipóte-
gador, e o feito será distribuído ao seu sucessor. se, a vinculação prevista no Capítulo III do Título III
deste Regimento.
§6° Serão também distribuídas ao mesmo órgão
julgador as ações oriundas de outra, julgada §1º Se o cargo vago for provido por Juiz que
ou em curso, as conexas, as acessórias e as que exercia a substituição em segundo grau, ficará
tenham de ser reunidas por continência quan- ele vinculado ao número de feitos que lhe fo-
do houver desistência e o pedido for reiterado, ram distribuídos no período de substituição ou
mesmo que em litisconsórcio com outros auto- designação para responder por cargo vago, ob-
res, bem como as acessórias de outras em anda- servado o disposto no Capítulo III do Título III
mento. deste Regimento.
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II - decidir os incidentes que não dependem de XVII - expedir ordem de prisão ou de remoção;
acórdão e executar as diligências necessárias ao XVIII - expedir ordem de soltura;
julgamento;
XIX – não conhecer, monocraticamente, de re-
III - presidir todos os atos do processo, inclusive curso inadmissível, prejudicado ou que não te-
os da execução de acórdãos proferidos em feitos nha impugnado especificamente os fundamen-
de competência originária, salvo os que se reali- tos da decisão recorrida, depois de concedido o
zarem em sessão; prazo de cinco dias ao recorrente para sanar o
IV – admitir, ou não, os embargos infringentes e vício ou complementar a documentação exigí-
de nulidade em matéria criminal; vel;
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Noções de Direito e Legislação
XXIII - decidir conflito de competência nos ter- de declaração, ante os pressupostos contidos no
mos do parágrafo único do art. 951 e seguintes art. 1.026, §1º, do Código de Processo Civil;
do Código de Processo Civil, podendo: a) deli-
berar, de ofício ou a requerimento da parte, so- XXXVI – apreciar pedido de concessão de efeito
bre o sobrestamento do feito; b) deliberar, seja suspensivo em apelação, na forma do art. 1.012,
nos conflitos positivos ou negativos, sobre de- § 3º, do Código de Processo Civil;
signação provisória de um dos Juízes envolvi- XXXVII – apreciar medida assecuratória de na-
dos para resolver as medidas urgentes; tureza penal, estando o recurso junto ao Tribu-
c) julgar, de plano, o conflito quando sua deci- nal ou enquanto se aguarda sua efetiva distri-
são se fundar em súmula do Supremo Tribunal buição;
Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do XXXVIII - admitir a participação do amicus
próprio Tribunal, bem como tese firmada em curiae;
julgamento de casos repetitivos ou em incidente
de assunção de competência; XXXIX – decidir monocraticamente os embar-
gos de declaração opostos contra decisão uni-
XXIV - extinguir o procedimento recursal, bem pessoal;
como a ação originária, sem resolução do méri-
to, bem como julgar conforme o estado do pro- XL – decidir o incidente de desconsideração de
cesso, no caso em que aplicáveis os arts. 354, 355 personalidade jurídica, quando instaurado ori-
e 356 do Código de Processo Civil, nos proces- ginariamente perante este Tribunal, podendo
sos de competência originária do Tribunal; delegar atos não decisórios a Juiz de primeiro
grau;
XXV - declarar a deserção dos recursos, ou rele-
var a aplicação da pena se provado justo impe- XLI – deliberar a respeito de questão superve-
dimento, fixando-se, em tal hipótese, prazo de niente à interposição do recurso, ou matéria
cinco dias para efetivação ou para o recorrente apreciável de ofício ainda não examinada e que
sanar eventual vício em decorrência do incorre- deve ser considerada por ocasião do julgamen-
to preenchimento da guia; to, intimando-se as partes para que se manifes-
tem, no prazo de cinco dias, nos termos dos arts.
XXVI - deferir liminar em correição parcial ou 10 e 933 do Código de Processo Civil.
rejeitá-la de plano;
Art. 201. Terminada a instrução, o Relator, a quem os
XXVII - processar a execução do julgado, na autos serão conclusos, mandará preencher as lacunas
ação originária, podendo delegar atos não deci- porventura existentes no processo e, em seguida, se for
sórios a Juiz de primeiro grau; o caso de:
XXVIII - tentar, a qualquer tempo, conciliar as I - habeas corpus e recurso de habeas corpus, ha-
partes;
vendo requerimento do advogado do impetran-
XXIX - deferir, ou não, liminar em habeas cor- te para a sua intimação da data do julgamento,
pus; agravo de execução, mandado de segurança, re-
curso crime e outros processos que não depen-
XXX – apreciar reclamações, deliberando sobre dem do visto do Revisor em processo criminal,
a necessidade de suspensão do processo para lançará seu visto e pedirá dia para julgamento;
evitar dano irreparável ou de difícil reparação
até seu final julgamento; II - habeas corpus e recurso de habeas corpus,
não incluídos no inciso anterior, correição par-
XXXI – processar as ações rescisórias, podendo cial, carta testemunhável, lançará seu visto e or-
delegar atos não decisórios a Juiz de primeiro denará a colocação em mesa para julgamento,
grau; sem nenhuma formalidade;
XXXII - propor incidente de assunção de com- III- na apelação criminal interposto em processo
petência; a que a lei comine pena de reclusão, na revisão
criminal, nos embargos infringentes e de nuli-
XXXIII – dirigir ao órgão competente pedido
de instauração de incidente de resolução de de- dade, fará o relatório escrito e passará os autos
mandas repetitivas; ao Revisor.
XXXIV - conceder, ao avaliar a admissibilidade IV – nos Recursos Cíveis e ações cíveis de com-
do recurso, se for o caso, prazo para sanar even- petência originária, superada a possibilidade de
tual vício ou complementar a documentação proferir voto em mesa na sessão de julgamento,
exigível; no caso dos embargos de declaração, pedirá a
inclusão em pauta, observadas as prioridades
XXXV – decidir sobre a concessão de efeito sus- legais e a, preferencial, ordem cronológica de
pensivo requerido na interposição de embargos julgamento.
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Noções de Direito e Legislação
§1º Às partes será permitida vista dos autos jun- como na hipótese dos arts. 48 e 209 deste Regimento e,
to à Secretaria após a publicação da pauta de jul- também, sendo inviável a convocação de que trata o
gamento, vedada a realização de carga, exceto art. 940, § 2º, do Código de Processo Civil, o julgamen-
para fins de extração de cópias na forma do art. to somente será retomado com a devida publicação de
107, § 3º, do Código de Processo Civil; pauta.
§2º No caso do agravo de instrumento o Rela- Art. 217. A pauta de julgamento identificará o feito a
tor solicitará dia para julgamento em prazo não ser julgado, mencionará o nome das partes, sua posi-
superior a um mês da intimação do Agravado; ção no processo e os respectivos advogados, o Relator
§3º Não ocorrendo a retratação do Relator, em e, quando for o caso, o Revisor.
razão de agravo interno interposto contra sua I - Cíveis:
decisão, o julgamento deverá ser efetuado pelo
colegiado mediante a inclusão em pauta Art. 218. Os processos incluídos na pauta obedecerão à
seguinte ordem de preferência:
§4º Não sendo possível ao Relator apresentar
os embargos de declaração para julgamento na a) habeas corpus;
sessão subsequente e proferir seu voto, deverá b) incidente de resolução de demandas repeti-
ser incluído em pauta automaticamente. tivas e incidente de assunção de competência;
Art. 211. A pauta de julgamento conterá todos os pro- c) mandado de segurança;
cessos em condições de julgamento na sessão, inician-
do-se pelos adiados anteriormente. d) mandado de injunção;
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h) recurso de ofício e recurso em sentido estrito; do-se por aqueles que tenham sido adiados em
razão dos pedidos de vista na sessão anterior;
i) recurso de agravo;
III – os processos que independem de publica-
j) agravo regimental;
ção.
k) apelação;
Art. 221. A ordem da pauta de julgamento poderá ser
l) revisão criminal; alterada nos seguintes casos:
m) conflito de competência; I - se o Relator ou o Revisor deva se retirar ou se
n) medida cautelar; afastar da sessão, ou quando tenha compareci-
do Desembargador de outra Câmara vinculada
o) carta testemunhável; ao julgamento;
p) embargos infringentes e de nulidade; II – tratar-se de feitos em que a extinção do di-
q) correição parcial; reito ou a prescrição forem iminentes, consoante
indicação do Relator;
r) denúncia ou queixa;
III - quando couber sustentação oral ou tiver
s) inquérito policial; sido manifestado interesse no julgamento pre-
t) ação penal; sencial;
u) representação criminal; IV - Após julgado o feito, haja outros em idênti-
ca situação.
v) notícia-crime;
§1º Atendidas as preferências já deferidas, serão
w) pedido de providência;
julgados após os feitos cujos advogados mani-
x) exceção da verdade; festaram pedido de sustentação oral estiverem
presentes, observada a ordem dos requerimen-
y) autos de conselho de justificação;
tos de inscrição na pauta do dia, com prioridade
z) demais feitos. às advogadas gestantes e aos advogados idosos.
Art. 219. Nos processos de declaração de constitucio- §2º A seguir, serão examinados os feitos, com
nalidade e direta de inconstitucionalidade, ação resci- manifestação apenas de interesse presencial no
sória, mandado de segurança originário e ação penal julgamento, que tenha sido formulado por advo-
originária, o serviço próprio, ao incluí-los em pauta, gado, estagiário ou por qualquer um dos recor-
remeterá aos Desembargadores vogais cópia do relató- rentes, observada a ordem dos requerimentos.
rio e do parecer da Procuradoria-Geral de Justiça.
§3º O requerimento para sustentação oral, por
§1° Além das peças indicadas, serão extraídas e meio de videoconferência ou outro meio simi-
remetidas aos vogais, na ação rescisória e na re- lar, por advogado com domicílio profissional
visão criminal, as cópias da sentença ou acórdão diverso da sede deste Tribunal, deverá ser for-
rescindendo. mulado até o dia anterior ao da sessão.
§2° Em qualquer processo, as partes poderão §4º O Tribunal de Justiça regulamentará a uti-
fornecer cópias de suas razões para distribuição lização deste meio tecnológico, aplicando-se tal
aos vogais. utilização quando o recurso estiver disponível
Art. 219-A. Fica instituído o sistema de gravação de no Tribunal e no local de origem.
áudio e vídeo das salas de sessão de julgamento deste Art. 222. O julgamento poderá ser adiado mediante
Tribunal de Justiça. declaração do Presidente da sessão:
§1º Compete ao Secretário da Sessão a operacio- I - se o Relator manifestar-se, pela ordem e logo
nalização do sistema, incluindo sua disponibi- após a leitura da ata, para apontar dúvidas que
lização na rede mundial de computadores, ob- lhe surgirem, ou constatar a ocorrência de fato
servadas as cautelas quanto às sessões sigilosas. superveniente à decisão recorrida ou existência
§2º O Presidente do Tribunal de Justiça expedirá de questão apreciável de ofício que devam ser
ato normativo regulamentando a implantação considerados no voto a ser proferido no feito
do sistema previsto neste artigo. que indicar.
II - se o pedirem, em petição conjunta, os advo-
CAPÍTULO II gados das partes interessadas em realizar com-
posição amigável que ponha fim ao litígio;
DA ORDEM DOS JULGAMENTOS
III - quando sobrevier pedido de desistência.
Art. 220. Os julgamentos obedecerão à seguinte ordem:
§1º O pedido de preferência deverá ser dirigido
I - os habeas corpus levados em mesa;
ao Presidente do Órgão Julgador e entregue ao
II – os processos constantes da pauta, inician- Secretário até o início da sessão de julgamento.
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Noções de Direito e Legislação
§2° O processo cujo julgamento tenha sido em dobro e dividido, igualmente entre os do
adiado, e for estabelecido de forma expressa mesmo grupo, salvo convenção em contrário;
sua inclusão para a primeira sessão seguinte,
II - quinze minutos, nas apelações criminais in-
figurará em primeiro lugar na pauta ordinária
terpostas em processos a que a lei comine pena
ou complementar de julgamento da sessão ime-
de reclusão, nos habeas corpus e nas revisões
diata, observadas as demais preferências legais.
criminais; cada corréu, apelante e apelado, terá
§3º Nos demais feitos adiados, será observado
o prazo por inteiro, salvo se o advogado for co-
o contido no art. 214 deste Regimento, retiran-
mum, caso em que o prazo será concedido em
do-se da pauta os processos adiados que serão
dobro; o assistente terá, ainda, o restante do pra-
novamente incluídos após a devida publicação.
zo eventualmente deixado pelo órgão assistido;
Art. 223. Serão retirados de pauta, por determinação
III - dez minutos, em feitos criminais não com-
do Presidente, os processos que não estiverem em con-
preendidos no inciso anterior e nos recursos em
dições de julgamento.
matéria falimentar.
Art. 224. A ata da sessão mencionará a circunstância
que tenha determinado o adiamento, a retirada de §1º Será admitida sustentação oral na apelação
pauta ou a interrupção do julgamento. cível, na ação rescisória, no mandado de segu-
rança, na reclamação e no agravo de instrumen-
CAPÍTULO III to interposto contra decisão interlocutória que
resolva parcialmente o mérito, ou verse sobre a
DO RELATÓRIO E DA SUSTENTAÇÃO ORAL tutela provisória de urgência ou evidência, bem
como no agravo de instrumento que julgue a li-
Art. 225. Aberta a sessão a toque de campainha, haven- quidação da sentença.
do quórum, o Presidente, lida e aprovada a ata, anun-
ciará a pauta de julgamento e os pedidos de preferên- §2º Nos processos de competência originária,
cia e de adiamento apresentados à mesa. caberá sustentação oral no agravo interno que
vier a ser interposto, em relação à decisão que
§1º Os julgadores integrantes do quórum, sem extinga o mandado de segurança, a ação resci-
prejuízo da informação ao Secretário da sessão, sória e a reclamação;
devem declarar ao Presidente, no início dos tra-
§3º A sustentação oral no julgamento do Inci-
balhos, os eventuais feitos em que estejam com
dente de Resolução de Demandas Repetitivas,
impedimento ou suspeição para participar do
do Incidente de Assunção de Competência e do
julgamento, possibilitando a convocação de De-
Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade,
sembargador ou de Juiz Substituto para a com-
dar-se-á conforme o art. 984, inc. II, letras a e b,
posição.
e §1º, do Código de Processo Civil e as disposi-
§2º O advogado que, pela primeira vez, tiver de ções deste Regimento;
produzir sustentação oral, encaminhará à mesa,
§4º Ressalvada a disposição legal em contrário
por intermédio do Secretário da sessão, sua car-
no Código de Processo Civil e no Código de
teira de habilitação profissional para a respecti-
Processo Penal, não haverá sustentação oral nos
va identificação, sob pena de não lhe ser deferi-
julgamentos de embargos declaratórios, inci-
da a palavra.
dente de suspeição ou impedimento, conflito de
§3° Anunciado o feito a ser julgado, o Relator competência, correição parcial, carta testemu-
fará a exposição dos pontos controvertidos, des- nhável, arquivamento de inquérito ou represen-
tacando questões que, ao seu juízo devem cons- tação criminal
tituir exame de preliminares ou prejudiciais que Art. 226-A. O advogado, em seguida à sustentação
exijam apreciação antes do mérito, após o que o oral, poderá pedir a juntada aos autos do esquema do
relatório será declarado em discussão. resumo da defesa, bem como pedir a palavra, pela or-
§4º Caso o Relator antecipe a conclusão do seu dem, durante o julgamento, para, mediante interven-
voto, a parte poderá desistir da sustentação oral ção sumária, esclarecer equívoco ou dúvida surgida
previamente requerida, sendo-lhe assegurada a em relação a fatos, documentos ou afirmações que
palavra se houver voto divergente. possam influir no julgamento, ou para indicar que de-
terminada questão suscitada na sessão não foi subme-
Art. 226. Obedecida a ordem processual e o respectivo tida ao contraditório, requerendo a aplicação do art.
requerimento de inscrição na pauta do dia, as partes, 933, § 1, do Código de Processo Civil.
por seus advogados poderão sustentar oralmente suas
conclusões, nos seguintes prazos improrrogáveis: §1° No caso da última parte do caput deste ar-
tigo, o pedido de palavra, pela ordem, será di-
I - quinze minutos, para cada parte, por seu ad- rigido ao Presidente, e o advogado só ficará au-
vogado, e, se houver litisconsortes ou terceiros torizado a falar depois de consultado o Relator
intervenientes que não estiverem representados e se este, expressamente, concordar em ouvir a
pelo mesmo advogado, o prazo será concedido observação.
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Art. 227. Sempre que houver interesse público, o Pro- recebeu, ainda que tenha deixado de integrá-lo
curador-Geral e os Procuradores de Justiça poderão ou que dele esteja afastado, nas hipóteses auto-
intervir no julgamento e participar dos debates, ma- rizadas neste Regimento.
nifestando-se após a sustentação das partes e nos mes-
§2º O pedido de vista não impede os que se sin-
mos prazos estabelecidos para estas.
tam aptos a votar de adiantarem seus votos.
Parágrafo único. Em se tratando de recurso in-
Art. 232. O órgão julgador poderá converter o julga-
terposto ou de causa proposta pelo Ministério
mento em diligência para esclarecimentos, correção de
Público, em qualquer instância, o Procurador-
vício sanável ou produção de provas.
Geral e os Procuradores de Justiça falarão antes
do advogado do recorrido ou do réu. §1º Reconhecida a necessidade de produção de
prova, o Relator converterá o julgamento em
Art. 228. Os representantes do Ministério Público e os diligência, que se realizará no Tribunal ou em
advogados, quando no uso da palavra, não poderão primeiro grau de Jurisdição, decidindo-se o re-
ser aparteados. curso após a conclusão da instrução.
Art. 229. Ao faltarem dois minutos para a expiração do §2º Poderá o órgão julgador, por maioria de vo-
prazo da sustentação oral, o Presidente comunicará o tos, vencido o relator que não admita a conver-
fato ao orador. são em diligência, determinar que se produza
prova necessária, convertendo o feito em dili-
Parágrafo único. Se houver desobediência, o
gência.
Presidente fará soar a campainha e interrompe-
rá o discurso; se a desobediência aliar-se a qual- Art. 233. No caso de nova questão abordada, ou ocor-
quer palavra ou gesto desrespeitoso do ocupan- rência de fato superveniente constatado durante a ses-
te da tribuna, o Presidente determinará sua ime- são de julgamento, bem como a verificação de questão
diata retirada da sala de sessão, sem prejuízo de preliminar ou prejudicial ainda não examinada, o jul-
outras sanções legais. gamento deverá ser suspenso, afim de que as partes se
manifestem especificadamente.
Art. 230. O Presidente chamará à ordem o representan-
te do Ministério Público ou o advogado quando qual- §1º Se a constatação se der em vista dos autos
quer deles se utilizar do tema destinado à sustentação por algum dos julgadores, caberá ao Juiz que a
oral da causa para discorrer sobre assuntos imperti- solicitou encaminhar ao Relator para adotar as
nentes ou constrangedores para o Tribunal, ou quando providências necessárias à intimação das partes,
fizer uso de linguagem inconveniente ou insultuosa. e, posteriormente, solicitará novamente a inclu-
são em pauta com a submissão integral da nova
§1° Se houver desobediência, o Presidente cas- questão aos julgadores.
sará a palavra do orador e terá a faculdade, con-
forme o caso, de tomar as providências referidas §2º O Relator poderá requerer o adiamento para
no parágrafo único do art. 229 deste Regimento. a sessão seguinte quando não se sentir habilita-
do para proferir julgamento, seja em decorrên-
§2° Não se reputa impertinente a crítica eleva- cia da sustentação oral, seja por motivo relevan-
da à lei ou ao sistema da organização judiciária te suscitado nos debates, ficando, desde logo, os
vigente, nem injuriosa a simples denúncia, em interessados que estiverem presentes intimados
linguagem comedida, de fatos que, no enten- da nova pauta de julgamento, ordinária ou com-
dimento do orador, possam ter prejudicado o plementar.
reconhecimento do direito ou influído ruinosa-
mente no desenvolvimento normal do processo. Art. 234. Encerrada a sustentação oral, e estando o fei-
to apto ao julgamento, o Presidente, em seguida, con-
CAPÍTULO IV cederá a palavra ao Relator para proferir seu voto, não
se admitindo interrupções ou apartes.
DA DISCUSSÃO E DA VOTAÇÃO DA CAUSA
§1º Ocorrendo pedido de vista, e sendo dispen-
Art. 231. Em qualquer fase do julgamento, seja questão sado pelo Desembargador ou pelo Juiz de Di-
jurisdicional ou administrativa, posterior ao relatório reito Substituto em Segundo Grau convocado o
ou à sustentação oral, poderão os Desembargadores prazo de dez dias para sua apreciação, o julga-
pedir esclarecimentos sobre fatos e circunstâncias per- mento interrompido em decorrência desse pedi-
tinentes à matéria em debate. do de vista terá, na sessão imediata, preferência
sobre os demais.
§1º O integrante do colegiado julgador, no Co-
lendo Tribunal Pleno, do Órgão Especial, da §2º Se, ao contrário, o pedido de vista ocorrer
Seção Cível e da Seção Criminal, poderá pedir sem a dispensa do prazo pelo julgador que o
vista dos autos, que serão apresentados, para suscitar, a apreciação será de dez dias, salvo a
julgamento, na sessão seguinte ao término do prorrogação por igual prazo, se ainda não esti-
prazo de dez dias, contados da data em que os ver habilitado a proferir o seu voto.
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§3° Nas hipóteses do parágrafo anterior, termi- discussão, o Relator poderá usar da palavra
nado o prazo para exame do pedido de vista, para sustentar ou modificar suas conclusões.
vindo a ocorrer sua devolução, o recurso será
§3° Em seguida, observada a mesma ordem do
novamente incluído em pauta na primeira ses-
§ 2° deste artigo, poderão os demais Desembar-
são após a data da devolução, observado o pra-
gadores ou Juízes Convocados voltar a se mani-
zo legal de cinco dias para publicação.
festar para, igualmente, sustentar ou modificar
§4º Nas hipóteses dos §§ 1º e 2º deste artigo, não suas conclusões.
devolvidos os autos no prazo, nem solicitada
§4° Os Desembargadores ou os Juízes Convoca-
expressamente sua prorrogação pelo Desembar-
dos usarão da palavra sempre sem limitação de
gador ou pelo Juiz que tenha pedido vista dos
tempo, e nenhum se pronunciará sem que o Pre-
autos, o Presidente do órgão julgador requisi-
tará o processo e reabrirá o julgamento na ses- sidente lhe conceda a palavra, nem aparteará o
são ordinária subsequente, com a publicação da que dela estiver usando, salvo expresso consen-
pauta em que for incluído. timento deste.
Art. 234-A. Considerando a previsão do art. 940, § §5º Na hipótese de diálogo generalizado na dis-
2º, do Código de Processo Civil, se, após a requisição cussão, o Presidente apelará pela ordem e, em
dos autos, o Desembargador ou o Juiz que pediu vista caso de tumulto, terá a faculdade de suspender
ainda não se sentir habilitado a votar, será convoca- temporariamente a sessão.
do, pelo Presidente do respectivo órgão julgador, o Art. 235. Encerrada a discussão, o Presidente tomará
Desembargador vogal que o suceder na ordem decres- os votos na ordem decrescente de antiguidade em re-
cente de antiguidade no órgão julgador. lação ao Relator, até o mais moderno; o voto de cada
§1º Na substituição do Desembargador mais um será consignado, de modo resumido, na papeleta
moderno no órgão julgador, o seu sucessor será de julgamento constante dos autos.
o mais antigo. §1º O julgamento que tiver sido iniciado pros-
§2º Caso o Desembargador a ser indicado nesta seguirá, computando-se os votos já proferidos
ordem de sucessão esteja sendo substituído por pelos Desembargadores, mesmo que não
Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau, a compareçam ou hajam deixado o exercício do
convocação se fará ao referido magistrado para cargo, ainda que o afastado seja o Relator.
proferir voto.
§2º. Não participará do julgamento o Desembar-
§3º Caso o pedido de vista tenha sido formula- gador ou o Juiz Convocado que não tenha as-
do por Juiz de Direito Substituto em Segundo sistido ao relatório, salvo se manifestar que está
Grau, a ordem decrescente de antiguidade será habilitado a votar.
apurada em relação ao Desembargador que na
ocasião estava designado para substituição. §3º Se, para o efeito do quórum ou desempate
na votação, for necessário o voto de Desembar-
§4º Ocorrendo situação excepcional que não gador ou Juiz Convocado nas condições do § 2º
permita a composição do quórum pelos inte- deste artigo, serão renovados o relatório e a sus-
grantes da respectiva Câmara em Composição tentação oral, computando-se os votos anterior-
Integral ou Isoladas, o Presidente do órgão jul- mente proferidos.
gador fará a convocação de Desembargadores
de outra Câmara, da mesma área de especiali- §4º O cargo vago de Desembargador será consi-
zação, ou de Juízes de Direito Substitutos em derado o mais moderno da Câmara para fins de
Segundo Grau, aplicando-se o disposto no art. quórum, salvo em relação aos recursos já distri-
50 deste Regimento. buídos e pendentes até a vacância, em cujos jul-
gamentos será preservada a ordem de antigui-
§5º Caso a convocação seja formalizada em Juiz
dade do Desembargador que deixou o Tribunal.
ou Desembargador que não tenha assistido aos
debates, ficará assegurado às partes e a even- CAPÍTULO V
tuais interessados o direito de renovar a susten-
tação oral que tenha sido realizada em sessão DA APURAÇÃO DOS VOTOS E DA
anterior, perante o novo quórum julgador PROCLAMAÇÃO DO JULGAMENTO
Art. 234-B. Pronunciado o voto do Relator, ficará aberta Art. 236. As decisões serão, salvo disposição em con-
a discussão para os julgadores integrantes do quórum. trário, tomadas por maioria de votos dos Desembarga-
§1° Na discussão do voto do Relator, os vogais, dores presentes.
pela ordem decrescente de antiguidade, pode-
Art. 237. Nas sessões do Tribunal Pleno ou do Órgão
rão proferir, uma primeira vez, desde logo, o
Especial, o Presidente, ou seu substituto legal, não
respectivo voto.
proferirá voto, exceto nas questões constitucionais, ad-
§2° Depois do pronunciamento do último De- ministrativas, regimentais e, nos demais casos, quando
sembargador ou Juiz convocado a intervir na ocorrer empate.
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Art. 238. No julgamento de agravo regimental, terá Art. 240-A. Nas Câmaras Cíveis Isoladas, a mesma téc-
voto necessário o Presidente ou o seu substituto. nica de julgamento contida no artigo anterior se aplica,
igualmente, na ação rescisória das sentenças quando o
Art. 239. Nas Câmaras em Composição Integral, o
resultado do julgamento, na composição original, for
quórum de julgamento será sempre de cinco magis-
favorável, por maioria, à sua procedência.
trados, e nas Câmaras Isoladas será de três julgadores,
observando-se o contido no art. 70, parágrafo único, §1º Aplicam-se as mesmas disposições deste
deste Regimento. Regimento aos casos de julgamentos não unâni-
mes do agravo de instrumento, quando houver
Art. 240. Quando o resultado da Apelação não for unâ-
reforma, por maioria, da decisão que julgar
nime, o julgamento terá prosseguimento na mesma
parcialmente o mérito.
sessão, ou em sessão a ser designada, com a convoca-
ção de outros julgadores em número suficiente para §2º Nos feitos de Remessa Necessária, não será
garantir a inversão do resultado inicial, conforme a aplicada a regra de julgamento prevista no art.
previsão do art. 942 do Código de Processo Civil. 942 e parágrafos do Código de Processo Civil.
§1º Proferido voto divergente na Câmara Cível Art. 241. Quando o objeto do julgamento puder ser de-
Isolada, para concluir o julgamento serão con- composto em questões distintas, cada uma delas será
vocados, pelo Presidente do respectivo órgão, votada separadamente.
os Desembargadores que sucederem o terceiro Art. 242. Se na votação da questão global, insuscetível
julgador na ordem decrescente de antiguidade de decomposição, ou das questões distintas, três ou
no colegiado, estabelecendo o novo quórum em mais opiniões se formarem, serão as soluções votadas
Câmara Integral de cinco magistrados duas a duas, de tal forma que a vencedora será posta
§2º Caso algum dos Desembargadores convoca- em votação com as restantes, até se fixar, das duas úl-
dos esteja sendo substituído por Juiz de Direito timas, a que constituirá a decisão.
Substituto em Segundo Grau, a convocação se §1° A ordem dos confrontos constará de esque-
fará ao referido magistrado para proferir voto. ma previamente anunciado pelo Presidente, sal-
§3º Ocorrendo situação excepcional que não vo nas Câmaras, em que o confronto será feito,
permita a composição do quórum pelos inte- em primeiro lugar, entre as soluções dadas pelo
grantes da respectiva Câmara Isolada, seja por Revisor e pelo vogal, ou entre as dos vogais, se
impedimento, ausência ou afastamento justifi- não houver Revisor.
cado, o Presidente do órgão julgador fará a con- §2° No caso em que a maioria divergir quanto
vocação de Juiz de Direito Substituto em Segun- a detalhes da questão em julgamento, reputar-
do Grau, em substituição ao (s) Desembargador se-á decidido aquilo que obtiver apoio comum,
(es) ausente (s), aplicando-se o disposto no art. desprezados os pontos de divergência dos votos
50 deste Regimento. vencedores.
§4º Sendo inviável a conclusão do julgamento Art. 243. Concluída a votação, o Presidente proclama-
na mesma sessão, diante de providências ati- rá a decisão, não podendo ser retirados ou modifica-
nentes a convocação e composição do quórum, dos os votos já anunciados.
o Presidente determinará a suspensão do julga-
mento e anunciará o prosseguimento para a ses- Art. 244. O julgamento, uma vez iniciado, ultimar-se-á
são seguinte, cientes as partes, caso presentes. e não será interrompido pela hora regimental de en-
cerramento do expediente do Tribunal, podendo, no
§5º Não sendo possível a designação desde logo entanto, ser suspenso para descanso dos participantes.
da sessão para prosseguir o julgamento, o recur-
so será retirado de pauta, e após, ordenadas as CAPÍTULO VI
providências, será novamente incluído em pau-
ta com a devida publicação. DAS QUESTÕES PRELIMINARES OU
§6º Após a composição do quórum em Câma- PREJUDICIAIS
ra Integral, prosseguindo o julgamento com o Art. 245. Qualquer questão de ordem, preliminar ou
quórum ampliado, serão renovados o Relatório prejudicial, constante do Relatório, com a exposição
e a sustentação oral perante os novos julgado- dos pontos controvertidos e objeto do julgamento, será
res, salvo se já tenham assistido os debates e se decidida antes do mérito, salvo se com este for incom-
sintam habilitados a proferir seus votos patível, hipótese em que não será conhecida.
§7º É permitido o exercício do direito de revisão §1º Nos julgamentos das questões preliminares
ou modificação do voto por qualquer dos inte- e prejudiciais, sem ressalva de outras hipóteses
grantes do julgamento inicial, até a proclamação no caso concreto, será observado, tanto quanto
do resultado do julgamento, e a eventual altera- possível a seguinte ordem:
ção no voto proferido não afasta a necessidade
a) competência do Tribunal e da Câmara,
de que o quarto e o quinto julgadores profiram
seus votos b) admissibilidade recursal;
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§2º Não havendo objeção das partes, o Relator deste Regimento §11º Os atos da sessão presen-
deverá solicitar a inclusão em pauta eletrôni- cial serão gravados por sistema de som e ima-
ca de todos os processos aptos a julgamento e gem, e eventuais documentos acostados serão
encaminhar aos demais integrantes do órgão digitalizados, observando-se a disponibilidade
julgador sua proposta de voto, liberando para de regular funcionamento de tais sistemas e a
a votação antecipada, quando poderão manifes- implantação efetiva do Processo Judicial Ele-
tar sua concordância ou eventuais divergências trônico, na forma da Lei Federal nº 11.419/2006
no prazo de cinco dias, anteriores à sessão de e da Resolução 185/2013 do Conselho Nacional
julgamento. de Justiça.
§3º A manifestação de divergência não obsta a
LIVRO IV
manutenção da pauta de julgamento dos pro-
cessos eletrônicos, sendo a discussão e votação
TÍTULO I
da causa submetidas à deliberação dos inte-
grantes do órgão julgador, por ocasião da sessão
DO PROCESSO NO TRIBUNAL
já marcada, quando será julgamento convolado
em sessão presencial. CAPÍTULO I
§4º Caso o Relator entenda que exista possibi-
lidade de alterar ou rever sua conclusão, solici- DOS PROCEDIMENTOS DE UNIFORMIZAÇÃO
tará a retirada do feito da pauta de julgamento. DE
§5º Quando houver pedido de preferência para JURISPRUDÊNCIA
sustentação oral, este deverá ser formulado pela
via eletrônica até às 23 horas, 59 minutos e 59 SEÇÃO I
segundos do dia anterior ao da sessão de julga-
mento, cuja inscrição deverá observar os dados DISPOSIÇÕES GERAIS
do formulário a ser disponibilizado no site do
Tribunal de Justiça. Art. 260. O Tribunal deverá uniformizar sua jurispru-
dência, mantê-la estável, íntegra e coerente, editando
§6º O não comparecimento do requerente no enunciados de súmula correspondente à sua jurispru-
início da sessão de julgamento torna prejudica- dência dominante, com a formulação de precedentes
do o pedido de preferência formulado eletroni- por meio dos Incidentes de Resolução de Demandas
camente. Repetitivas, do Incidente de Assunção de Competência
§7º O resultado do julgamento realizado a partir e do Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade.
dos votos eletrônicos será anunciado no início §1º Não caberá recurso contra decisão que ad-
da sessão e disponibilizado ao final com o jul- mitir a instauração de qualquer um destes pro-
gamento dos recursos com votos presenciais. cedimentos.
§8º Caso seja identificada divergência, por al- §2º A tese jurídica resultante do julgamento fir-
gum dos julgadores, em relação aos votos anteci- mado poderá ser objeto de súmula pelo voto de
pados eletronicamente, e sem que tenha existido dois terços dos Desembargadores integrantes
pedido de preferência por qualquer das partes, do respectivo órgão julgador competente. Ao
nas hipóteses do art. 942, caput, e § 2º, I e II, do editar enunciados de súmulas, o Tribunal deve
Código de Processo Civil, o Secretário registrará ater-se às circunstâncias fáticas dos precedentes
a ocorrência na ata e incluirá o quarto e quin- que motivaram a sua criação.
to julgadores convocados pelo Presidente antes
da abertura da sessão para que se prossiga com §3º Poderá ser também objeto de súmula a tese ju-
julgamento presencial na mesma oportunidade. rídica que corresponda a decisões firmadas pela
unanimidade dos membros efetivos do Tribu-
§9º Excetuados os casos em que formulado pe-
nal no julgamento de questões administrativas.
dido de preferência por qualquer das partes,
ou julgamento presencial, não será cancelado o §4° O Incidente de Resolução de Demandas Re-
voto eletrônico antecipadamente proferido por petitivas e o Incidente de Assunção de Compe-
Desembargador ou Juiz de Direito Substituto tência serão processados de acordo com as nor-
em Segundo Grau que integre o órgão julgador, mas do Código de Processo Civil e as disposi-
mas que não esteja presente na sessão, quando ções deste Regimento e têm por objeto a solução
o processo já contar com número de votos sufi- de questões de direito material ou processual.
cientes à proclamação do seu resultado.
§5º É incabível o incidente de resolução de de-
§10º A discussão e a votação da causa em sessão mandas repetitivas quando um dos tribunais
presencial, em razão de manifestação de diver- superiores, no âmbito de sua respectiva compe-
gência, ou ante a ocorrência de sustentação oral, tência, já tiver afetado recurso para definição de
observará as formalidades e o procedimento tese sobre questão de direito material ou pro-
contido no Título IV, Capítulos II, III, IV e V, cessual repetitiva.
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§6º O Tribunal dará publicidade aos seus pre- §5º Após autuado e devidamente distribuído o
cedentes, organizando-os por temas jurídicos e incidente, a partir do feito selecionado, os novos
divulgando-os pela rede mundial de computa- requerimentos sobre a mesma questão jurídica
dores, bem como manterá banco eletrônico de serão sobrestados, assegurando que os interes-
dados atualizados com as informações neces- sados venham a intervir no feito que já esteja em
sárias das questões submetidas aos incidentes tramitação.
e fará a comunicação ao Conselho Nacional de
§6º Na suscitação do incidente formulado no re-
Justiça, na forma do art. 979, §1° e §2º, do Códi-
curso, remessa necessária ou processo de com-
go de Processo Civil.
petência originária por iniciativa do Relator,
§7º A Seção Cível ou Criminal comunicará o este deverá encaminhar os respectivos autos
setor responsável pelo gerenciamento de prece- mediante ofício dirigido ao Presidente do Tribu-
dentes das decisões de admissibilidade ou mé- nal, permanecendo em apenso, para oportuno
rito, proferidas em Incidentes de Resolução de julgamento do recurso pelo órgão competente,
Demandas Repetitivas e Incidente de Assunção conforme dispõe o art. 978, parágrafo único, do
de Competência. Código de Processo Civil.
§8º O Tribunal deverá manter o cadastro ele- Art. 262. O incidente será distribuído por prevenção ao
trônico atualizado para incluir as informações Relator do recurso, da remessa necessária ou do feito
relativas ao ingresso de amicus curiae, as desig- de competência originária do Tribunal junto ao órgão
nações de audiências públicas e outras informa- do qual se originou. Caso o Relator não integre o órgão
ções relevantes para a instrução e julgamento
competente para o julgamento do incidente, será feita
dos incidentes.
a distribuição por sorteio entre os Desembargadores
Art. 261. O incidente de resolução de demandas repeti- efetivos do colegiado.
tivas será iniciado mediante requerimento dirigido ao
§1º Distribuído o incidente, o Relator submeterá
Presidente do Tribunal, por meio de ofício ou petição,
à apreciação do órgão competente o exame de
na forma do art. 977 do Código de Processo Civil, de-
admissibilidade, considerando a presença dos
vidamente instruído com os documentos necessários à
pressupostos do art. 976 do Código de Processo
demonstração dos pressupostos para sua instauração.
Civil, para julgá-lo.
§1º Caberá ao solicitante demonstrar simulta-
neamente a existência de: §2º Não sendo admitido o incidente pelo voto
da maioria dos Desembargadores presentes do
a) efetiva repetição de processos que contenham órgão competente, será lavrado o respectivo
controvérsia sobre a mesma questão unicamen- acórdão, e os autos permanecerão arquivados
te de direito em ações individuais ou coletivas; no Tribunal, com a devolução do processo que
b) a ocorrência de risco de ofensa à isonomia e à estiver apenso ao órgão julgador de onde se ori-
segurança jurídica. ginou, na hipótese do art. 261, § 5º, deste Regi-
§2° O incidente de resolução de demandas re- mento.
petitivas somente será admitido pelo Presiden- §3º Sendo admitido o processamento do inci-
te do Tribunal se já existir em tramitação, no 2º dente, por voto da maioria dos Desembarga-
grau, processo de competência originária, re- dores presentes do órgão competente, os autos
messa necessária ou recurso que verse sobre a serão conclusos ao Relator para decisão prelimi-
questão de direito repetitiva, possibilitando seja nar no prazo de trinta dias:
este feito selecionado como representante da
controvérsia. I - identificando com precisão a questão a ser
submetida a julgamento e as circunstâncias fáti-
§3º Recebido o incidente pelo Presidente do Tri- cas que ensejam a controvérsia em torno da tese
bunal, este determinará a sua autuação e o sub- jurídica;
meterá a juízo de admissibilidade para verifica-
ção de sua regularidade formal; caso ausentes II - expor os fundamentos a respeito da questão
os pressupostos, a suscitação será inadmitida jurídica apresentados até o momento da admis-
por decisão irrecorrível, sem impedimento de são, constantes nas manifestações do oficio ou
que, caso haja o subsequente preenchimento na petição suscitando a instauração, bem como
dos requisitos, ocorra nova solicitação os dispositivos legais relacionados à controvér-
sia, para fins do registro previsto no art. 979, §2º,
§4º Ocorrendo a admissibilidade, o Presidente
do Código de Processo Civil.
do Tribunal determinará sua publicação no Diá-
rio da Justiça eletrônica para ciência das partes, III - suspenderá os processos individuais ou co-
e, existindo mais de um pedido idêntico, fará a letivos que tramitam no Estado, comunicando
escolha do caso que melhor represente a contro- aos órgãos jurisdicionais vinculados ao Tribu-
vérsia, identificando, na autuação, os demais re- nal e aos Juizados Especiais, bem como ao Nú-
querentes dos outros feitos não escolhidos para cleo de Repercussão Geral e Recursos Repetiti-
que possam participar como intervenientes vos (NURER).
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Noções de Direito e Legislação
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Art. 265. O julgamento do incidente, tomado pelo voto §4º O procedimento do incidente, devidamen-
de dois terços dos Desembargadores que integram o te autuado, será apensado ao feito no qual foi
colegiado, será objeto de acordão, cujos fundamentos suscitado, e ambos serão distribuídos por pre-
determinantes adotados para o acolhimento da tese ju- venção ao mesmo Relator originário que for-
rídica serão aplicados a todos os processos individuais mulou a proposição, caso integre o órgão julga-
ou coletivos que versem sobre a idêntica questão de dor competente para o julgamento. Não sendo
direito, inclusive aos casos futuros que venham a tra- integrante, a distribuição será feita ao Relator
mitar na primeira e na segunda instância da área de que participou da primeira admissibilidade na
jurisdição do Tribunal. Câmara de onde se originou a suscitação. Não
ocorrendo nenhuma destas hipóteses, a distri-
§1º O enunciado de tese jurídica, editado em
buição será realizada por sorteio entre os mem-
consonância com julgamento proferido no in-
bros efetivos.
cidente, constituirá precedente com efeito vin-
culante (arts. 332, III, e 927, III, do CPC) com o §5° Distribuído o incidente, o Relator submeterá
cabimento de Reclamação, caso a tese adotada à apreciação pelo órgão competente para a ad-
não seja observada, ficando o Relator do proces- missibilidade quanto à existência do interesse
so principal prevento para a distribuição, sem- público na assunção de competência, por voto
pre que possível da maioria dos Magistrados presentes. Rejeita-
da a admissibilidade, será lavrado o respectivo
§2º A incidência da tese contida no enunciado
acórdão, e desapensado o processo em que foi
será aplicada também aos processos que trami-
suscitado, retornando ao Relator no órgão de
tam nos Juizados Especiais.
origem, e permanecendo os autos do incidente
§3º Não se aplicará à decisão não unânime des- arquivados no Tribunal.
te incidente as disposições relativas à técnica de
Art. 268. Acolhida a admissibilidade do incidente de
julgamento com presença de maior número de
assunção de competência, caberá ao Relator promover
julgadores.
os atos de instrução até oportuno julgamento, aplican-
Art. 266. Do julgamento do mérito do incidente cabe- do-se as disposições atinentes à realização de audiên-
rá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso cia pública e o direito a sustentação oral, bem como as
concreto, com efeito suspensivo, presumindo-se a re- formalidades legais contidas nos arts. 263, 263-A, 264
percussão geral da questão constitucional debatida. e 264-A deste Regimento, naquilo que for compatível
para a discussão e votação da causa.
SEÇÃO III
§1º O órgão colegiado, reconhecendo o interes-
DO INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE se público afetado na assunção de competência,
COMPETÊNCIA procederá, nos termos do voto do Relator, o jul-
Art. 267. O incidente de assunção de competência tem gamento do recurso, da remessa necessária ou
por objeto a solução de relevante questão de direito, do processo de competência originária, decidin-
com grande repercussão social, jurídica, econômica ou do pela maioria de votos.
política, sem repetição em múltiplos processos, a res-
§2º Não se aplicará à decisão não unânime des-
peito do qual seja conveniente a prevenção ou a com-
te incidente as disposições relativas à técnica de
posição de divergência entre as Câmaras do Tribunal.
julgamento com presença de maior número de
§1º O Relator, de ofício, a requerimento da parte, julgadores.
do Ministério Público ou da Defensoria Pública,
§3º O precedente firmado no acórdão, acolhido
proporá ao órgão no qual esteja vinculado que o
pela votação de dois terços dos julgadores que
recurso, a remessa necessária, ou o processo de
compõem o órgão colegiado tem por objetivo
competência originária do Tribunal seja julgado
uniformizar e impor a observância da jurispru-
Seção Cível, observadas as competências e espe-
dência, vinculando todos os Juízes e órgãos fra-
cializações definidas neste Regimento
cionários (arts. 332, III, 927, III, do CPC) com o
§2º Submetida a proposta do Relator ao colegia- cabimento de Reclamação, caso a tese adotada
do, caso seja rejeitada, será lavrado acórdão pelo não seja observada (art. 988, IV, do CPC), fican-
julgador que proferir o primeiro voto divergen- do o Relator do processo principal prevento
te, retornando, em seguida, o processo ao Re- para a distribuição, sempre que possível.
lator originário para o regular prosseguimento.
SEÇÃO IV
§3º Caso admitida a proposta, nos fundamen-
tos do voto do Relator, será lavrado acórdão nos DA REVISÃO DE TESE JURÍDICA FIRMADA EM
autos com as razões contidas na exposição da PROCEDIMENTO DE UNIFORMIZAÇÃO DE
questão de direito e a demonstração de sua re- JURISPRUDÊNCIA.
levância. A seguir, extraída cópia do acórdão e Art. 269. A alteração de tese jurídica firmada em juris-
instruído pelo Relator com os elementos neces- prudência dominante adotada em julgamentos repeti-
sários, o incidente será devidamente autuado e tivos ou nos procedimentos de assunção de competên-
distribuído ao órgão competente. cia poderá ser suscitada mediante requerimento dos
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legitimados mencionados no art. 977, inc. III, do CPC, contrários à sua alteração, as circunstâncias fáti-
ou de ofício por algum dos Julgadores deste Tribunal, cas e normativas em torno da incompatibilidade
diante de exame de recurso sob a respectiva relatoria. da aludida tese, bem como os motivos determi-
§1º A modificação da tese jurídica firmada nos nantes que apontem a instabilidade, inseguran-
incidentes de resolução de demandas repetiti- ça jurídica e social para a manutenção da eficá-
vas ou no incidente de assunção de competên- cia vinculante do precedente.
cia dar-se-á com a instauração de novo procedi- §4° Na hipótese de alteração de jurisprudência
mento de incidente, fundado nos pressupostos dominante do Supremo Tribunal Federal e do
da necessidade de alteração no interesse social Superior Tribunal de Justiça, poderá haver a
e segurança jurídica, ou ainda nos princípios da modificação dos efeitos da tese jurídica firmada
proteção da confiança e isonomia jurídica. no incidente, aplicando-se eventual modulação
§2º A propositura do incidente de revisão, ins- no interesse social e no da segurança jurídica,
truído com os argumentos de fato e de direito, ob- ou a total revogação, caso seja inteiramente in-
servando a necessidade de fundamentação ade- compatível.
quada e específica, será autuado junto ao setor §5º A revisão de tese jurídica impõe que o enun-
competente e distribuído, por prevenção, ao ór- ciado de súmula anteriormente editado seja
gão julgador e ao Relator do acórdão que julgou alterado parcialmente ou revogado, e, se for o
originariamente o incidente a que se visa alterar. caso, editado novo enunciado a partir do exame
§3º Caso aquele Relator não integre mais o órgão que se procedeu na revisão do precedente ante-
julgador, a distribuição será feita ao integrante riormente firmado.
efetivo que atue em Câmara de especialização
vinculado ao objeto da revisão, ou, havendo CAPÍTULO II
mais de um julgador com a mesma atribuição, a
distribuição será feita por sorteio. DO INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO
§4º Sendo demonstrado que a aplicação do
NORMATIVO
precedente, por razões supervenientes, esteja a
acarretar reflexos que o tornem incongruente Art. 270. Arguida, em controle difuso, a inconstitucio-
com a norma jurídica vigente, ou já não assegu- nalidade de lei ou de ato normativo do poder público,
re a estabilidade e segurança jurídica, o Relator em razão de recurso, remessa necessária ou ação de
submeterá ao colegiado para apreciação da ad- competência originária apreciado nas Câmaras ou nas
missibilidade da revisão, alteração ou revoga- Seções, observado o disposto no art. 97 da Constitui-
ção, inclusive com a concessão de tutela liminar ção Federal, a questão será submetida a julgamento
para suspender a eficácia vinculante, no todo ou perante o Órgão Especial.
em parte, até decisão final.
§1º Igual procedimento será adotado quando
Art.269 -A. Realizado o exame de admissibilidade da as Seções ou Câmaras, embora não declarando
revisão da tese, o Relator deverá determinar a inclusão expressamente a inconstitucionalidade de lei ou
no sistema de cadastro eletrônico, bem como a inser- de ato normativo do poder público, afastam sua
ção da existência do procedimento de modificação no incidência, no todo ou em parte.
cadastro do Conselho Nacional de Justiça.
§2º Não será submetida ao Órgão Especial a ar-
§1º As partes interessadas e o Ministério Público
guição de inconstitucionalidade quando já hou-
serão ouvidos no prazo de quinze dias, sem res-
ver pronunciamento deste ou do Plenário do
salva da publicação de Edital informando sobre
Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
o procedimento de revisão, no site do Tribunal
e no Diário da Justiça, para ciência de terceiros §3º O Relator do feito no órgão fracionário, de
interessados. ofício ou a requerimento, após ouvir o Minis-
§2º A revisão da tese jurídica será precedida tério Público e as partes, submeterá a questão
de audiência pública, com a participação de à Câmara ou à Seção à que competir o exame
pessoas, órgãos ou entidades que possam con- quanto à admissibilidade ou não do incidente,
tribuir para a rediscussão da tese, cabendo ao conforme disposto no art. 949, I e II, do Código
Relator promover os atos de instrução e, após o de Processo Civil.
seu término, requerer a inclusão em pauta para §4º Ocorrendo o acolhimento pelo colegiado do
julgamento, com a devida publicação da pauta, órgão fracionário, por deliberação da maioria
leitura do Relatório, sustentação oral, discussão dos votos dos Magistrados presentes, será la-
e votação da causa, conforme previsto na Seção vrado acórdão nos autos, bem como instruído
III deste Capítulo I o incidente com cópia do acórdão e de outros
§3º Sendo aprovada a revisão da tese jurídica, documentos necessários, inclusive cópia inte-
pelo julgamento de dois terços dos integrantes gral do feito originário, se for o caso, e, estando
do órgão competente, o acórdão será lavrado devidamente formado, será encaminhado à dis-
com a indicação dos fundamentos favoráveis e tribuição junto ao órgão competente.
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§5º Os autos originários em que foi suscitado o §3º A exposição do voto do Relator, a discus-
incidente permanecerão junto à Secretaria da são da causa e a votação pelos julgadores in-
Câmara ou da Seção, mantendo-se seu trâmite tegrantes, far-se-ão em conformidade com este
suspenso até o julgamento do incidente de ar- Regimento (arts. 234-B, 235 e 264-A§4º Julgado
guição de inconstitucionalidade, ante a questão o incidente, bem como lavrado e publicado o
de prejudicialidade. acórdão, os autos permanecerão arquivados na
Secretaria do Órgão Especial, procedendo-se ao
Art. 271. O incidente será distribuído por prevenção
translado de cópia do acórdão e seu envio à Câ-
ao Relator originário da causa ou do recurso no órgão
mara ou Seção para que seja juntado aos autos
fracionário. Se este não integrar o Órgão Especial, o da suscitação feita no órgão fracionário; em se-
incidente será distribuído a outro membro do órgão guida, serão conclusos ao Relator do recurso, da
fracionário que o suscitou, ou, não sendo possível, far- remessa necessária ou da ação de competência
se-á a distribuição por sorteio entre os seus membros originária para o prosseguimento do seu trâmite.
efetivos.
Art. 272. Suscitada a arguição de inconstitucionalida-
Parágrafo único. Caso tenha sido arguido o de de lei ou de ato normativo estadual ou municipal,
incidente em Câmaras distintas, sendo ambos em ação ou recurso nos casos de competência do Ór-
os Relatores integrantes do Órgão Especial, gão Especial, o julgamento será efetuado conforme o
eventual debate quanto à competência para o disposto no art. 948 do Código de Processo Civil.
julgamento será apreciado preliminarmente,
resolvendo-se pela continência, atribuindo-se a Parágrafo único. Oportunizada a manifestação
Relatoria ao feito cuja tese da inconstituciona- do Ministério Público, das partes, de terceiros
lidade seja mais ampla, permanecendo o outro legitimados e de outros órgãos ou entidades, no
incidente conexo para decisão conjunta. caso de relevância da matéria, o julgamento será
realizado em sessão, com possibilidade de sus-
Art. 271-A. O Relator mandará ouvir o Procurador-Ge- tentação oral, na forma prevista neste Regimen-
ral de Justiça no prazo legal de quinze dias, bem como to, seguindo-se os demais atos de discussão e
determinará a notificação da pessoa jurídica de direito votação da causa. norma ou princípio da mes-
público responsável pela edição do ato questionado ma Constituição, no âmbito de seu interesse:
para que se manifeste, querendo, no prazo de quin-
ze dias §1º O Relator determinará ainda a expedição I - o Governador do Estado e a Mesa da Assem-
de Edital para dar ampla publicação da existência da bleia Legislativa;
arguição de inconstitucionalidade, permitindo a even- II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procura-
tual intervenção dos legitimados referidos no art. 103 dor-Geral do Estado;
da Constituição Federal.
III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo
§2º Considerando a relevância da matéria e a Município, quando se tratar de lei ou ato nor-
representatividade dos postulantes, o Relator mativo local ou estadual que afete a autonomia
poderá admitir, por despacho irrecorrível, a local;
manifestação de outros órgãos ou entidades, na
IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advo-
condição de amicus curiae, assegurado o direito gados do Brasil;
de apresentar memoriais e requerer a juntada
de documentos. V - os partidos políticos com representação na
Assembleia Legislativa;
§3º O prazo para as intervenções previstas nos
§§ 1º e 2º será de trinta dias, contado da data VI - as federações sindicais e as entidades de
de publicação do Edital no Diário da Justiça Ele- classe de âmbito estadual;
trônico e inserção no site do Tribunal de Justiça. VII - o Deputado Estadual.
Art. 271-B. Encerrada a instrução do incidente, o Re- Art. 274. A petição inicial indicará:
lator lançará relatório nos autos, determinando a dis-
tribuição de cópias deste, do acórdão que acolheu a I - o dispositivo da lei ou do ato normativo im-
arguição de inconstitucionalidade e do parecer do pugnado e os fundamentos jurídicos do pedido
Ministério Público aos demais componentes do Órgão em relação a cada uma das impugnações;
Especial, com antecedência mínima de cinco dias da II - o pedido, com suas especificações.
sessão de julgamento.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada
§1º A pauta de julgamento deverá ser publicada de instrumento de mandato, será apresentada
com antecedência de cinco dias. em duas vias, devendo conter cópias da lei ou
§2º Caberá sustentação oral na sessão de jul- do ato normativo impugnado e dos documentos
necessários para comprovar a impugnação.
gamento, observando -se a ordem e os prazos
estipulados no art. 264 e parágrafos deste Re- Art. 275. A petição inicial inepta, a não fundamentada
gimento e o disposto no art. 984 do Código de e a manifestamente improcedente serão liminarmente
Processo Civil. indeferidas pelo Relator.
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Parágrafo único. Cabe agravo interno da deci- §2º Se não for alcançada a maioria indispensável
são que indeferir a petição inicial. à declaração de inconstitucionalidade, estando
ausentes Desembargadores em número que
Art. 276. Proposta a ação direta de inconstitucionali-
possam influir no julgamento, este será suspen-
dade, não se admitirá desistência, ainda que, ao final,
so, para que sejam colhidos oportunamente os
o Procurador-Geral de Justiça manifeste-se pela sua
votos faltantes, até ser atingido o número ne-
improcedência.
cessário para prolação de decisão em um ou em
Art. 277. O Relator pedirá informações aos órgãos ou outro sentido
às autoridades das quais emanou a lei ou o ato norma- §3º Não participarão do julgamento os Desem-
tivo impugnado. bargadores que não tenham assistido ao Rela-
Parágrafo único. As informações serão presta- tório e aos debates. Comparecendo os que fo-
das no prazo de trinta dias, contados do recebi- rem convocados ou que estiveram ausentes na
mento do pedido. sessão anterior, será renovado o Relatório, salvo
quando se derem por esclarecidos e assegurada
Art. 278. O Relator, considerando a relevância da ma- a renovação da sustentação oral, se a parte pre-
téria e a representatividade dos postulantes, poderá, sente o requerer.
por despacho irrecorrível, admitir, no prazo de trinta
dias, a manifestação de outros órgãos ou entidades. Art. 283. Declarada a inconstitucionalidade, a decisão
será comunicada à Assembleia Legislativa ou à Câma-
§1º Em caso de necessidade de esclarecimento ra Municipal para suspensão da execução da lei ou do
de matéria ou circunstância de fato, ou de notó- ato impugnado.
ria insuficiência das informações existentes nos
autos, poderá o Relator requisitar informações Art. 284. Reconhecida a inconstitucionalidade por
adicionais, designar perito ou comissão de pe- omissão de medida para tornar efetiva norma da Cons-
ritos para que emita parecer sobre a questão, tituição do Estado do Paraná, a decisão será comunica-
ou fixar data para em audiência pública, ouvir da ao Poder competente para adoção das providências
depoimentos de pessoas com experiência e au- necessárias à prática do ato ou início do processo legis-
toridade na matéria; lativo, no prazo de cento e oitenta dias, e, em se tratan-
do de entidade administrativa, para emiti-lo em trinta
§2º As informações, pericias e audiências a que dias, sob pena de responsabilidade.
se refere o § 1º deste artigo serão realizadas no
Art. 285. Salvo no período de recesso, a medida cau-
prazo de trinta dias, contados da solicitação do
telar na ação direta de inconstitucionalidade será con-
relator;
cedida por decisão da maioria absoluta dos membros
Art. 279. A Procuradoria-Geral do Estado funcionará do Órgão Especial, observado o disposto no § 1º do
como curadora, em razão da presunção de legitimida- art. 282 deste Regimento, após a audiência dos órgãos
de do ato impugnado. ou das autoridades dos quais emanou a lei ou o ato
normativo impugnado, que deverão se pronunciar no
Parágrafo único. O Procurador-Geral do Estado
prazo de cinco dias.
será notificado pessoalmente para intervir no
processo no prazo de quinze dias. §1º O Relator, julgando indispensável, ouvirá o
Procurador-Geral do Estado e o Procurador-Ge-
Art. 280. Decorrido o prazo das informações, com ou
ral de Justiça, no prazo de três dias.
sem elas, será ouvido o Procurador-Geral de Justiça,
que se manifestará no prazo de quinze dias. §2º No julgamento do pedido de medida caute-
lar, será facultada sustentação oral aos represen-
Art. 281. Vencidos os prazos previstos no parágrafo tantes judiciais do requerente e das autoridades
único do art. 279 e no art. 280 deste Regimento, o Rela- ou órgãos responsáveis pela expedição do ato.
tor lançará o relatório com cópia a todos os Desembar-
gadores e pedirá dia para julgamento. §3º Em caso de excepcional urgência, o Tribunal
poderá deferir a medida cautelar sem audiência
Parágrafo único. No julgamento, após o Rela- dos órgãos ou das autoridades das quais ema-
tório, facultar-se-á ao autor, ao procurador da nou a lei ou o ato normativo impugnado.
autoridade responsável pelo ato impugnado, ao
Procurador-Geral do Estado, quando intervir, Art. 286. A medida cautelar, com pedido liminar, po-
e ao Procurador-Geral de Justiça, a sustentação derá ser deferida nos próprios autos da ação principal,
oral de suas razões, durante quinze minutos, se- observado o disposto no § 1º do art. 285 deste Regi-
guindo-se a votação. mento.
Art. 287. Concedida a medida cautelar liminarmente,
Art. 282. Somente pelo voto da maioria absoluta dos
o Tribunal de Justiça fará publicar, em seção especial
membros do Órgão especial poderá o Tribunal de Jus-
do Diário Oficial do Estado e do Diário da Justiça ele-
tiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato
trônico, a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez
normativo do Poder Público
dias, devendo solicitar as informações à autoridade da
§1º O julgamento somente ocorrerá se presentes na qual tiver emanando o ato, desde que esta não tenha
sessão pelo menos dezessete Desembargadores; sido ouvida previamente
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Parágrafo único. A liminar, dotada de eficácia Art. 292. Proposta a ação declaratória, não se admitirá
contra todos será concedida com efeitos ex nunc, desistência, ainda que, a final, o Procurador-Geral de
salvo se o Órgão Especial entender que deva Justiça manifeste-se pela sua improcedência.
conceder-lhe eficácia retroativa, aplicando-se,
Art. 293. Aplicam-se, no que couberem, as regras pre-
no caso, a legislação anterior, se existente, exce-
vistas no Capítulo III deste Título.
to expressa manifestação em sentido contrário.
Art. 288. Havendo pedido de medida cautelar, o Rela- CAPÍTULO V
tor, em face da relevância da matéria e de seu especial
DA DISPOSIÇÃO COMUM ÀS AÇÕES
significado para a ordem social e a segurança jurídica,
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E
poderá, após a prestação das informações, no prazo
DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
de dez dias, e a manifestação do Procurador-Geral do
Estado e do Procurador-Geral de Justiça, sucessiva- Art. 294. Efetuado o julgamento, observado o
mente, no prazo de cinco dias, submeter o prazo di- quórum necessário, proclamar-se-á a inconstitucio-
retamente ao Órgão Especial, que terá a faculdade de nalidade ou a constitucionalidade, exigindo-se o voto
julgar definitivamente a ação. de pelo menos treze Desembargadores, em um ou em
outro sentido.
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO VI
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE
DO PEDIDO DE INTERVENÇÃO FEDERAL
CONSTITUCIONALIDADE
Art. 295. O pedido de intervenção federal no Estado
Art. 289. Podem propor ação declaratória de constitu-
(Constituição Federal, arts. 34, incisos IV e VI, e 36,
cionalidade:
incisos I e II, e Constituição Estadual, art. 101, inciso
I - o Governador do Estado e a Mesa da Assem- VI) será encaminhado, pelo Presidente, para o Supre-
bleia Legislativa; mo Tribunal Federal, no caso do art. 34, inciso IV, da
II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procura- Constituição Federal; e, no caso do art. 34, inciso VI,
dor-Geral do Estado; da mesma Carta, ao Supremo Tribunal Federal ou ao
Superior Tribunal de Justiça, em razão da matéria:
III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo
Município, quando se tratar de lei ou de ato nor- I - para assegurar o livre exercício do Poder
mativo local ou estadual que afete a autonomia Judiciário, quando houver violação declarada
municipal; pelo Órgão Especial;
IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advo- II - após acolhida, pelo Órgão Especial, de re-
gados do Brasil; presentação de qualquer de seus membros ou
de Juízes de primeiro grau, quando se tratar de
V - os partidos políticos com representação na
assegurar garantias ao Poder Judiciário, o livre
Assembleia Legislativa;
exercício deste ou prover execução de ordem ou
VI - as federações sindicais e as entidades de decisão judicial;
classe de âmbito estadual;
III- quando se tratar de requerimento do Minis-
VII - o Deputado Estadual. tério Público, ou de parte interessada, visando a
Art. 290. A petição inicial indicará: prover execução de ordem ou decisão judicial.
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo ques- Art. 296. O exame do cabimento do pedido de inter-
tionado e os fundamentos jurídicos do pedido; venção federal no Estado compete ao Órgão Especial,
em processo de iniciativa do Presidente ou decorrente
II - o pedido, com suas especificações; de representação.
III - a existência de controvérsia judicial relevan- Parágrafo único. No caso de representação com-
te sobre a aplicação da disposição objeto da ação pete ao Presidente:
declaratória.
I - mandar arquivá-la, se a considerar manifes-
Parágrafo único. A petição inicial, acompanha-
tamente infundada, cabendo agravo regimental
da do instrumento de mandato, será apresen-
de sua decisão;
tada em duas vias, devendo conter cópias do
ato normativo questionado e dos documentos II - se manifesta sua procedência, providenciar
necessários para comprovar a procedência do administrativamente para remover a respectiva
pedido de declaração de constitucionalidade. causa;
Art. 291. A petição inicial inepta, a não fundamentada III - frustrada a solução administrativa, determi-
e a manifestamente improcedente serão indeferidas nar a remessa do pedido à distribuição.
pelo relator. Art. 297. O Relator dirigirá a instrução, solicitando in-
Parágrafo único. Cabe agravo interno da deci- formações à autoridade ou às autoridades apontadas
são que indeferir a petição inicial. na inicial.
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II - as diligências complementares não interrom- §1º Se o acusado, citado por edital, não compa-
perão o prazo, salvo se o Relator, ao deferi-las, recer, nem constituir advogado, ficarão suspen-
determinar o relaxamento da prisão. sos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o Relator determinar a produção ante-
§3º O Relator será o Juiz da instrução, que se rea- cipada das provas consideradas urgentes e, se
lizará segundo o disposto neste Regimento e no for o caso, decretar prisão preventiva, nos ter-
Código de Processo Penal, no que for aplicável, e mos do disposto no art. 312 do Código de Pro-
terá as atribuições que a legislação penal confere cesso Penal.
aos Juízes singulares, podendo submeter dire-
tamente à decisão do órgão colegiado compe- §2º O prazo para defesa prévia será de cinco
tente as questões surgidas durante a instrução. dias, contados do interrogatório ou da intima-
ção do defensor dativo.
§4º Competirá ao Relator:
§3º A instrução obedecerá, no que couber, ao
I - determinar o arquivamento do inquérito ou procedimento comum do Código de Processo
das peças informativas, quando o requerer o
Penal.
Ministério Público, ou submeter o requerimento
à decisão do colegiado; §4º O Relator poderá delegar a realização do in-
terrogatório ou de outro ato da instrução a Juiz
II - decretar a extinção da punibilidade nos ca-
ou membro de Tribunal do local de cumprimen-
sos previstos em lei.
to da carta de ordem.
§5º Apresentada a denúncia ou a queixa ao Tri-
§5º Por expressa determinação do Relator, as in-
bunal, far-se-á a notificação do acusado para
timações poderão ser feitas por carta registrada
oferecer resposta no prazo de quinze dias.
com aviso de recebimento.
§6º Com a notificação, serão entregues ao acu-
§6º Concluída a inquirição de testemunhas, se-
sado cópia da denúncia ou da queixa, do des-
rão intimadas a acusação e a defesa, para reque-
pacho do Relator e dos documentos indicados
rimento de diligências no prazo de cinco dias.
por este.
§7º Realizadas as diligências ou não sendo estas
§7º Se desconhecido o paradeiro do acusado,
requeridas, nem determinadas pelo Relator, se-
ou se este criar dificuldades para que o oficial
rão intimadas a acusação e a defesa para, suces-
cumpra a diligência, proceder -se-á a sua notifi-
sivamente, apresentar, no prazo de quinze dias,
cação por edital, que conterá o teor resumido da
alegações escritas.
acusação, para que compareça ao Tribunal, em
cinco dias, onde terá vista dos autos, pelo prazo §8º Será comum o prazo do acusador e do assis-
de quinze dias, a fim de apresentar a resposta tente, bem como o dos corréus.
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§9º Na ação penal de iniciativa privada, o Minis- serão os autos devolvidos ao Juízo de origem.
tério Público terá vista, por igual prazo, após as
Parágrafo único. Na instrução e julgamento, ob-
alegações das partes.
servar -se-á, no que lhe for aplicável, o disposto
§10º O Relator poderá, após as alegações escri- no Capítulo VII deste Título.
tas, determinar, de ofício, a realização de provas
reputadas imprescindíveis para o julgamento CAPÍTULO IX
da causa.
DO HABEAS CORPUS
§11º Cumpridas as providências determinadas
na forma do §10º deste artigo, o Relator pedirá Art. 303. O habeas corpus poderá ser impetrado por
dia para julgamento. qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem
como pelo Ministério Público.
§12º O réu será intimado pessoalmente para
comparecer à sessão de julgamento. Art. 304. O pedido, quando subscrito por advogado do
paciente, não será conhecido se não vier instruído com
§13º A Secretaria expedirá cópias do relatório e os documentos necessários ao convencimento prelimi-
fará sua distribuição aos Desembargadores. nar da existência do motivo legal invocado na impe-
Art. 300. Na sessão de julgamento, observar-se-á o se- tração, salvo alegação razoável da impossibilidade de
guinte: juntá-los desde logo.
I - aberta a sessão, o Presidente poderá limitar §1° A juntada de documentos poderá ser feita
a presença no recinto às partes e aos seus advo- até o momento da sustentação oral. Neste caso,
gados, ou somente a estes, se o interesse público não sendo possível o julgamento na mesma ses-
o exigir; são, o Relator pedirá adiamento para a sessão
seguinte.
II - apresentado o relatório, a acusação e a de-
fesa terão, sucessivamente, nessa ordem, prazo §2° Se o recurso de habeas corpus não puder ser
de uma hora para sustentação oral, assegurado conhecido e o caso comportar a concessão da or-
ao assistente um quarto do tempo da acusação; dem, o feito será julgado como pedido originá-
rio, ainda que a competência, em princípio, seja
III - encerrados os debates, o colegiado passará
do Juízo a quo.
a proferir o julgamento.
Art. 305. Os órgãos julgadores do Tribunal têm compe-
§1º Nomear-se-á defensor ad hoc se, regular-
tência para expedir, de ofício, ordem de habeas corpus,
mente intimado, o advogado constituído pelo
quando no curso do processo verificarem que alguém
acusado ou anteriormente nomeado não com-
sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.
parecer à sessão de julgamento, adiando-se esta
em caso de requerimento do novo defensor. Art. 306. A distribuição será feita logo em seguida à
apresentação do pedido, e os respectivos autos serão
§2º Nos casos em que somente se procede me-
imediatamente conclusos ao Relator, inclusive para o
diante queixa, considerar-se-á perempta a ação
exame de eventual pedido liminar.
penal quando o querelante deixar de compare-
cer, sem motivo justificado, a qualquer ato a que Art. 307. O Relator, se necessário, requisitará informa-
deva estar presente, ou deixar de formular o pe- ções da autoridade indicada como coatora, podendo
dido de condenação nas alegações finais, tudo avocar o processo original quando julgar indispensá-
na forma da lei processual penal. vel à instrução do feito.
Art. 308. Instruído o processo e ouvido o Ministério Pú-
CAPÍTULO VIII
blico, em dois dias, o relator o colocará em mesa, para
julgamento, na primeira sessão do órgão fracionário.
DA EXCEÇÃO DA VERDADE
Art. 309. O Relator poderá determinar a apresentação
Art. 301. Recebida, no Tribunal, a exceção da verdade,
do paciente no ato do julgamento, para interrogatório,
em processo por crime contra a honra, quando forem
se não preferir que lhe seja feita pessoalmente, em lo-
querelantes as pessoas que a Constituição sujeita à ju-
cal, dia e hora que designar. Neste caso, as declara-
risdição do Tribunal de Justiça, será adotado o seguin-
ções do paciente serão reduzidas a termo nos autos. As
te procedimento:
partes poderão formular as perguntas que entenderem
I - os autos serão distribuídos independente- necessárias.
mente de despacho;
Art. 310. A concessão ou denegação de habeas corpus
II - será facultado ao querelante contestar a ex- será, pelo Relator, imediatamente comunicada à auto-
ceção, no prazo de dois dias, podendo ser inqui- ridade apontada como coatora.
ridas as testemunhas arroladas na queixa, ou
Art. 311. A pauta de habeas corpus será organizada
outras indicadas naquele prazo, em substituição
para orientação dos trabalhos da sessão e informação
às primeiras, ou para completar o máximo legal.
dos interessados, sem prejuízo dos que forem levados
Art. 302. Não sendo admitida a exceção da verdade, em mesa.
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Noções de Direito e Legislação
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§1º Nas Câmaras Cíveis Isoladas, o julgamen- b) poderá ser dispensada a exposição do Rela-
to da ação rescisória, quando o resultado for tório pelos novos integrantes presentes que se
por maioria, pela procedência da rescisão da sentirem habilitados a votar, bem como dispen-
sentença, o prosseguimento do julgamento em sada a renovação de sustentação oral;
quórum de composição integral, na forma do
art. 942, § 3º, I, do Código de Processo Civil, será c) quando a convocação for formalizada em De-
finalizado na forma dos arts. 240 e 240-A deste sembargador que não tenha assistido aos deba-
Regimento. tes, ficará assegurado às partes e a eventuais in-
teressados o direito de renovar, perante o novo
§2º Na Seção Cível Ordinária, respeitado o quórum julgador, a sustentação oral que tenha
quórum de funcionamento de no mínimo treze sido realizada em sessão anterior.
integrantes, incluindo o Presidente, o julgamen-
to da ação rescisória contra acórdão proferido d) os julgadores que, anteriormente, proferiram
pela Câmara Cível, seja em composição integral seu julgamento poderão rever seus votos por
ou isolada, em quórum qualificado de sete jul- ocasião do prosseguimento da sessão, até a pro-
gadores, será apreciado: clamação do resultado, o que não afasta a ne-
pelo Relator, a quem foi distribuída a ação ede- cessidade de votação dos novos julgadores que
vidamente processada por um segundo Desem- foram convocados;
bargador em ordem decrescente de antiguidade
e) a decisão proferida, no julgamento da ação
em relação ao Relator.
rescisória, perante a Seção Cível em Divergên-
por outros cinco vogais, seguida a ordem de an- cia será pela maioria de votos dos julgadores do
tiguidade em relação ao segundo Desembarga- quórum estabelecido na sua composição.
dor.
Art. 325. No julgamento, perante o Órgão Especial, de
§3º Se o resultado do julgamento for, por una- ação rescisória contra acórdão proferido pela Seção Cí-
nimidade de votos, pela procedência da ação vel, seja nos casos de acordão proferido em outra ação
rescisória, ou por maioria, quanto à sua impro- rescisória, seja nos feitos de sua competência originá-
cedência, o julgamento será finalizado com a ria, é inaplicável a regra do julgamento não unânime
proclamação do resultado. na forma do disposto no art. 942, § 4º, III, do Código
Art. 324-A. Quando do julgamento na Seção Cível de Processo Civil.
Ordinária, na hipótese do parágrafo anterior, o resul-
tado for, por maioria, pela procedência da rescisória CAPÍTULO XIII
do acórdão ou da decisão monocrática do Relator, o
prosseguimento do julgamento será submetido à apre- DO MANDADO DE SEGURANÇA
ciação da Seção Cível em Divergência (art. 85-A do Re-
gimento Interno). Art. 326. O mandado de segurança de competência
§1º Não sendo possível o prosseguimento, por originária do Tribunal será iniciado por petição, que
circunstâncias que exigiram providências na deverá preencher os requisitos dos arts. 319 e 320 do
composição do quórum do órgão julgador, ou Código de Processo Civil, acompanhada de tantas vias
por outros motivos surgidos na continuidade quantas forem as autoridades apontadas como coato-
do exame do processo, o Presidente poderá sus- ras e os litisconsortes.
pender o julgamento, com oportuna nova inclu-
Art. 327. A segunda via da inicial e, se for o caso, as de-
são e publicação em pauta
mais a serem encaminhadas aos impetrados, deverão
§ 2º Devidamente formalizada a composição estar instruídas com cópias autenticadas de todos os
da Seção Cível em Divergência, aplicando-se a documentos.
regra de julgamento do art. 942, caput, do Có-
digo de Processo Civil, com a convocação de Art. 328. O Relator indeferirá a inicial se:
outros Desembargadores, em número suficiente
I - não for caso de mandado de segurança;
para assegurar a inversão do resultado inicial,
na forma deste Regimento, e concluídas todas II - faltar-lhe algum dos requisitos legais;
as providências, o Presidente retomará os tra-
balhos até final proclamação do resultado de III - decorrido o prazo para a impetração.
julgamento, observando o seguinte:
Art. 329. O Relator ordenará que o impetrante promo-
a) o prosseguimento da sessão, para os novos va, em dez dias, a citação de litisconsorte necessário,
integrantes do quórum, estará restrito à matéria assinando o prazo de dez dias para resposta.
objeto da divergência, deliberando para confir-
mação ou alteração dos pontos que não sejam Art. 330. A concessão da segurança será, pelo Relator,
unânimes, salvo se houver revisão de voto que imediatamente comunicada à autoridade apontada
modifique a conclusão anteriormente estabele- como coatora, assim como a denegação na vigência de
cida; medida liminar.
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CAPÍTULO XIV Art. 333. O agravo interno não terá efeito suspensivo.
Art. 334. Se o agravo interno for apresentado em pro-
DOS RECURSOS
cesso com dia para julgamento e já incluído em pauta,
Art. 331. Os recursos serão processados segundo as será apreciado preliminarmente.
normas da legislação aplicável e as disposições deste
§1º Sendo o agravo interno declarado manifes-
Regimento.
tamente inadmissível ou improcedente, em vo-
§1° As determinações decorrentes da decisão tação unânime, o órgão competente, em decisão
que atribuir efeito suspensivo ao recurso ou de- fundamentada, condenará o agravante a pagar
ferir, em antecipação de tutela, total ou parcial- ao agravada multa a ser fixada entre um e cinco
mente, a pretensão recursal, serão cumpridas por cento do valor atualizado da causa
no Juízo de origem, mediante comunicação do §2º A interposição de qualquer outro recurso
Relator. ficará condicionada ao prévio depósito do va-
§2º Para a instrução dos recursos é facultado lor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do
ao advogado autenticar as cópias dos autos do beneficiário da justiça gratuita, que farão o pa-
processo, mediante declaração formulada na gamento ao final.
própria petição ou em separado. Art. 334-A. As decisões do Presidente e dos Vice-Pre-
sidentes, com previsão legal ou neste Regimento, que
CAPÍTULO XV não tenha rito próprio, salvo quando se tratar de deci-
são irrecorrível, poderão ser objeto de agravo regimen-
DO AGRAVO REGIMENTAL E DO AGRAVO tal, a ser interposto, no prazo de cinco dias, pela parte
INTERNO interessada.
Art. 332. Caberá agravo interno, no prazo de quinze §1º O agravo regimental não terá efeito suspen-
dias contra decisão do Presidente e dos Vice-Presi- sivo;
dentes, quando atuarem como órgão jurisdicional nas
causas pertinentes à competência originária e recursal, §2º A petição será formalizada com documentos
ressalvada a previsão de prazo diverso em lei especial necessários e fundamentos que esclareçam os
ou neste Regimento (Art. 358, § 1º). fatos inerentes à decisão agravada, bem com o
pedido de sua modificação ou revogação.
§1º Contra a decisão monocrática do Relator, ca-
berá agravo interno, em processo de competên- §3º Não havendo retratação, o agravo será sub-
cia originária, incidentes, remessa necessária ou metido ao prolator da decisão para que apre-
recurso, no prazo de quinze dias, na forma do sente os autos em mesa, visando a apreciar, me-
art. 1.021 do Código de Processo Civil. diante procedimento sumário, junto ao órgão
julgador, expondo, ademais, suas razões em
§2º O agravo interno será dirigido ao Relator, Relatório e formulando seu voto.
cabendo ao recorrente, especificamente, impug-
§4º Havendo empate, ter-se-á por confirmada a
nar os fundamentos da decisão agravada. Cabe-
decisão agravada.
rá ao Relator intimar a parte agravada para ma-
nifestar-se sobre o recurso no prazo de quinze
CAPÍTULO XVI
dias.
§3º Se não houver retratação, o recurso será rela- DA CORREIÇÃO PARCIAL
tado em sessão, pelo Desembargador subscritor Art. 335. A correição parcial visa à emenda de erros
da decisão agravada, que tomará parte na vo- ou abusos que importem na inversão tumultuária de
tação, devendo, para fins de julgamento, ser o atos e fórmulas legais, na paralisação injustificada dos
agravo incluído em pauta. feitos ou na dilação abusiva de prazos, quando, para o
§4º É vedado ao Relator limitar-se à reprodução caso, não haja recurso previsto em lei.
dos fundamentos da decisão agravada para jul- Parágrafo único. O procedimento da correição
gar improcedente o agravo interno. parcial será o do agravo de instrumento, confor-
§5º Se a decisão agravada for proferida em re- me disciplinado na lei processual civil.
gime de plantão, na hipótese do art. 122 deste Art. 336. Distribuída a petição, poderá o Relator:
Regimento, ou durante o recesso forense, bem
como pelo 1º Vice-Presidente, nos casos de can- I - deferir liminarmente a medida acautelatória
celamento da distribuição e na hipótese do art. do interesse da parte ou da exata administra-
190 deste Regimento, não havendo retratação, ção da Justiça se relevantes os fundamentos do
pedido e houver probabilidade de prejuízo em
o recurso será relatado na sessão seguinte por
caso de retardamento;
aquele a quem foi distribuído.
II - rejeitá-la de plano, se:
§6° Em caso de empate, ter-se-á por confirmada
a decisão agravada. a) intempestiva ou deficientemente instruída;
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do houver motivo justificado para a alteração da trado, que, se aceitar a exceção, mandá-la-á à Seção
competência inicialmente atribuída. competente, em quarenta e oito horas, para os fins pre-
vistos nos §§ 2º e 3º do art. 340 deste Regimento; caso
§3º Caso já distribuída a apelação, esse pedido
contrário, dentro de quinze dias, dará as suas razões,
será encaminhado ao Relator já prevento, para
acompanhadas de documentos e de rol de testemu-
apreciação de forma incidental, nos próprios
nhas, se houver, determinando o desentranhamento e
autos do Recurso de Apelação.
a autuação em apartado das peças do incidente, bem
§4º Caberá ao Relator examinar a concessão do como ordenará a remessa dos autos que se formarem
efeito suspensivo com base nos motivos previs- ao Presidente do Tribunal.
tos no art. 1.012, § 4º, do CPC, obstando, no caso
Parágrafo único. A afirmação de suspeição ou
de deferimento da suspensão, a eficácia da deci-
de impedimento, ainda que por outro funda-
são recorrida.
mento, põe fim ao incidente.
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§1º A reclamação, dirigida ao Presidente do Tri- rá a julgamento perante o órgão colegiado com-
bunal, instruída com prova documental, será petente para o conhecimento do feito principal.
autuada e distribuída ao Relator da causa prin-
Art. 352. No âmbito criminal, a arguição poderá ser
cipal, ou ao Órgão Julgador cuja competência se
feita enquanto o processo tiver curso no Tribunal, até
busca preservar ou autoridade que se pretende
o pedido de dia para julgamento.
garantir, sempre que possível.
§1º A arguição será suscitada em requerimento
§2º Ao despachar a reclamação, o Relator:
assinado pela parte ou por procurador com po-
I - poderá negar seguimento a reclamação ma- deres especiais.
nifestamente improcedente ou prejudicada, ou
§2º O incidente poderá ser instaurado de ofí-
quando proposta após o trânsito em julgado da
cio, a requerimento do Ministério Público, do
decisão, cabendo agravo interno para o órgão
julgador competente; querelante, do acusado e, ainda, tenha ou não
se habilitado como assistente de acusação, do
II - requisitará informações da autoridade a ofendido.
quem for imputada a prática do ato impugnado,
que as prestará no prazo de dez dias; §3º A parte que juntou o documento pode susci-
tar o incidente de falsidade, cumprindo-lhe pro-
III - ordenará, se necessário, para evitar dano var, no entanto, que tinha razões para ignorar a
irreparável, a suspensão do processo ou do ato falsidade.
impugnado;
§4º Mesmo que reconhecida a falsidade pela
IV- determinará a citação do beneficiário da de- parte que exibiu o documento, o Relator poderá
cisão impugnada, que terá o prazo de quinze determinar diligências para comprová-la.
dias para apresentar sua contestação.
§5º Adotadas as providências mencionadas no
§3º Qualquer terceiro juridicamente interessado art. 145, incisos I, II e III, do Código de Proces-
poderá intervir como assistente e impugnar o so Penal, o Relator, depois do relatório escrito,
pedido do reclamante. submeterá o feito a julgamento pelo órgão co-
§4º O Ministério Público, nas reclamações que legiado competente para a apreciação do feito
não houver formulado, nos casos do art. 178 do principal.
Código de Processo Civil, terá vista dos autos, Art. 353. Tanto no processo cível quanto no criminal,
por cinco dias, após o decurso do prazo para reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, o Re-
informações e para oferecimento de contestação lator, no acórdão ou em deliberação posterior, man-
pelo beneficiário do ato impugnado. dará desentranhar o documento e remetê-lo-á, com os
§5º Ao julgar procedente a reclamação, o Tribu- autos do processo incidente, ao Ministério Público.
nal cassará a decisão restritiva ou exorbitante de Art. 354. A decisão proferida tem eficácia limitada ao
seu julgado, ou determinará medida adequada processo incidental, não fazendo coisa julgada em pre-
à preservação de sua competência. juízo de ulterior processo civil ou penal.
§6º O Presidente determinará o imediato cum-
primento da decisão, lavrando-se o acórdão CAPÍTULO V
posteriormente.
DA HABILITAÇÃO INCIDENTE
CAPÍTULO IV Art. 355. Caso o feito esteja pendente de julgamento, a
habilitação será requerida ao Relator e perante ele pro-
DO INCIDENTE DE FALSIDADE
cessada, observadas as regras do art. 687 e seguintes
Art. 350. O incidente de falsidade, regulado pelos arts. do Código de Processo Civil.
390 a 395 do Código de Processo Civil e 145 a 148 do
Código de Processo Penal, será processado pelo Rela- CAPÍTULO VI
tor do feito em que foi arguido.
DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS
Art. 351. Nas ações cíveis originárias, incumbirá à par-
te contra a qual foi produzido o documento suscitar o Art. 356. A restauração dos autos far-se-á de ofício pelo
incidente na contestação ou na réplica; se, nessas de- 2º Vice-Presidente do Tribunal, e, quando requerida
mandas, a juntada do documento ocorrer depois da pela parte interessada, será distribuída, sempre que
defesa, e, nos recursos, o documento for oferecido em possível, ao Relator do feito extraviado, seguindo o
segunda instância, o interessado deverá suscitar o inci- processo a forma estabelecida na legislação processual.
dente até quinze dias depois da juntada do documento
Art. 357. Os processos criminais que não forem da
aos autos.
competência originária do Tribunal serão restaurados
Parágrafo único. Atendidas as normas dos arts. na primeira instância, e, no tocante aos processos cí-
430 a 432 do Código de Processo Civil, o Relator veis, observar-se-á o disposto no art. 717 do Código de
lançará nos autos o relatório do incidente e, o leva- Processo Civil.
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IV - sentença dos embargos oferecidos e acór- §2ºEm seguida, os autos irão com vista ao Pro-
dão, no caso de reexame necessário ou interpo- curador-Geral de Justiça.
sição de recurso;
Art. 367. Deferido o precatório, o Presidente expedirá
V - cálculo do valor executado, acompanhado requisição da quantia necessária ao pagamento do dé-
da respectiva planilha; bito judicial, endereçada ao ordenador de despesa da
entidade de direito público devedora, comunicando o
VI - decisão sobre o cálculo e acórdão, no caso
fato ao Juízo requisitante.
de ter havido recurso;
Parágrafo único. Dessa decisão caberá agravo
VII - certidão de que as decisões mencionadas
regimental ao Órgão Especial.
nos incisos I, IV e VI deste artigo transitaram em
julgado; Art. 368. Será obrigatória a inclusão, no orçamento da
entidade de direito público devedora, relativamente a
VIII - cópia da cédula de identidade (RG) e do
precatório deferido e requisitado no Tribunal de Justi-
cartão de identificação do contribuinte (CIC/
ça, quando apresentada a requisição no ente devedor
CPF) dos credores;
até 1º de julho, da verba necessária ao pagamento do
IX - petição inicial da execução; débito até o final do exercício seguinte, quando os va-
lores serão atualizados monetariamente.
X - decisão que determinou a expedição do pre-
catório e certidão de preclusão; Art. 369. Feito o depósito requisitado, será este transfe-
rido para conta de poupança judicial, ocasião em que
XI - certidão de intimação do representante do
o Presidente do Tribunal determinará o repasse da
Ministério Público acerca dos cálculos apresen-
respectiva verba ao Juízo da execução, que calculará
tados;
as contribuições previdenciárias e o imposto de renda
XII - procuração e substabelecimento. retido na fonte, efetuará os respectivos recolhimentos
e o pagamento do saldo ao credor.
XIII - decisão que tenha reconhecido a existência
de doença grave, na forma da lei, quando for o Art. 370. No precatório decorrente de mandado de
caso. segurança proposto originariamente neste Tribunal
de Justiça, será observado, quanto ao pagamento e
§1º Serão reputados credores, para os fins deste
cálculos, igual procedimento previsto no art. 369 des-
artigo:
te Regimento, perante o Departamento Econômico e
I - os exequentes, quanto aos créditos a eles refe- Financeiro.
ridos por sentença ou acórdão;
Art. 372. Caberá ao Presidente do Tribunal, a requeri-
II - os advogados, quanto aos honorários advo- mento do credor preterido em seu direito de precedên-
catícios; cia, ou de não alocação orçamentária do valor necessá-
rio ao pagamento do precatório, ouvido, em dez dias,
III - os auxiliares do Juízo, quanto às custas e
o Procurador-Geral de Justiça, autorizar o sequestro
despesas dos atos por eles praticados.
de quantia necessária à satisfação do débito.
§2º O Presidente do Tribunal de Justiça poderá
§1º No caso de não liberação tempestiva dos re-
instituir, mediante Decreto, procedimento vir-
cursos, durante a vigência do regime especial de
tual de expedição e deferimento de precatórios
pagamento dos precatórios requisitórios previs-
requisitórios que terá pelo menos os dados pre-
to no art. 97 do ADCT:
vistos no caput e incisos deste artigo.
I - haverá o sequestro da quantia nas contas de
§3º O cumprimento do disposto no art. 22, §4º,
Estados e Municípios devedores, quanto a sua
da Lei nº 8.906/94 dependerá de requerimento
administração direta ou indireta, por ordem do
ao Juízo de execução, que o apreciará previa-
Presidente do Tribunal requerido, até o limite
mente à expedição do precatório.
do valor não liberado;
§4º A Escrivania/Secretaria deverá certificar nos
II - constituir-se-á, alternativamente, por ordem
autos de origem o trânsito em julgado das decisões
do Presidente do Tribunal requerido, em favor
mencionadas nos incisos I, IV, VI e X deste artigo.
dos credores de precatórios, contra Estados e
Art. 366. Protocolizado, o precatório será encaminha- Municípios devedores, direito líquido e certo,
do ao Departamento Econômico e Financeiro, que o autoaplicável e independentemente de regula-
autuará e o registrará em sistema próprio, e, depois de mentação, à compensação automática com dé-
informado, remetê-lo-á ao Gabinete da Presidência do bitos líquidos lançados por esta contra aqueles,
Tribunal para julgamento. e, havendo saldo em favor do credor, o valor
terá automaticamente poder liberatório do pa-
§1º O precatório será deferido após o atendi-
gamento de tributos de Estados e Municípios
mento dos requisitos do art. 365 deste Regimen-
devedores, até onde se compensarem.
to, podendo ser determinada a adoção de outras
providências pelo Presidente do Tribunal para §2º Dessa decisão caberá agravo regimental ao
sua regularização. Órgão Especial.
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e) conceder, transferir, cassar ou interromper as III - exercer demais atividades no âmbito de sua
férias dos servidores da Diretoria-Geral, obser- competência.
vando o disposto no item anterior; Art. 7º. Ao Assessor de Gabinete do Diretor-Geral
XXIV - expedir certidões de documentos arqui- compete:
vados ou em trâmite na Diretoria-Geral: I - analisar e minutar decisões em matéria de
XXV - representar ao Presidente do Tribunal so- competência do Diretor-Geral;
bre eventuais faltas funcionais dos servidores, II - analisar e minutar decisões em pedidos de
sugerindo as medidas cabíveis; reconsideração de decisões exaradas pelo Dire-
XXVI - registrar diplomas de bacharel em Direi- tor-Geral e em recursos administrativos das de-
to; cisões exaradas pelos Diretores e Supervisores
Administrativos.
XXVII - autorizar anotação de diplomas, certi-
ficados de aproveitamento e atestados de fre- Art. 8º. Ao Auxiliar de Gabinete do Diretor-Geral com-
quência de cursos, nas fichas de assentamentos pete:
funcionais dos servidores do Tribunal de Justi- I - auxiliar o Oficial de Gabinete no atendimen-
ça; to de partes e nos demais serviços inerentes ao
XXVIII - expedir certidões em sua área de atua- cargo;
ção; II - digitar todo o serviço do Gabinete;
XXIX - autorizar o pagamento de diárias e aju- III - manter ordenadamente arquivadas as có-
da de custo aos servidores definidos no artigo pias dos serviços que forem digitados.
123 e seus Incisos, do Código de Organização e IV - arquivar a correspondência recebida e aten-
Divisão Judiciária do Estado; após delegação do dida, após determinação neste sentido;
Presidente do Tribunal;
V - proceder a digitação das atas do Tribunal
XXX - conforme o caso e a seu critério, a perma- Pleno e do Órgão Especial, dos Termos de Posse
nência de servidores em qualquer dependência e de Certidões;
do Tribunal, fora do horário de expediente;
VI - atender ao público quando solicitado, espe-
XXXI - expedir certidões afetas às áreas de atua- cificamente com referência ao registro de diplo-
ção do Centro de Protocolo Judiciário Estadual mas e entrega de certidões;
e Arquivo Geral;
VII - exercer demais atribuições no âmbito de
XXXII - autorizar, no âmbito da Diretoria-Geral, sua competência.
os servidores do Poder Judiciário ou de outro
Art. 9º. À Assessoria Jurídica do Gabinete do Diretor-
órgão, desde que regularmente cedidos a este
Geral compete:
Poder, a conduzir veículos oficiais da frota des-
te Tribunal: I - prestar assessoramento jurídico e administra-
tivo ao Diretor-Geral;
Art. 5º. Ao Chefe de Gabinete do Diretor Geral com-
pete: II - realizar pesquisa de legislação, doutrina e
jurisprudência sobre assuntos pertinentes à Ad-
I - supervisionar todo serviço afeto ao Gabinete, ministração do Tribunal de Justiça;.
orientando o cumprimento das ordens superiores;
III - analisar, emitir parecer e minutar decisões
II - elaborar e, após aprovada, fazer expedir a em matéria de competência do Diretor-Geral,
correspondência pessoal do Diretor Geral, bem em especial, abertura e prorrogação de concurso
como estudar os expedientes que lhe forem en- público, convênios, exceto os assuntos referen-
caminhados; tes aos Juizados Especiais; realização de cursos
III - recepcionar e anunciar as autoridades, ob- e congressos por servidores promovidos pela
servando o protocolo sobre a espécie; Escola dos Servidores do Poder Judiciário - ESE-
JE, instauração de procedimento administrativo
IV - marcar audiências solicitadas, de acordo disciplinar e pedido de providências contra ser-
com a agenda do Diretor-Geral; vidores do Quadro de Pessoal da Secretaria, que
V - exercer outras atribuições que lhe forem con- passa a denominar-se Diretoria-Geral, pedidos
feridas pelo Diretor-Geral; de enquadramento funcional, de reconsidera-
ção e recursos administrativos, esses dois últi-
Art. 6º. Ao Oficial de Gabinete do Diretor Geral com-
mos quando disserem respeito aos assuntos tra-
pete:
tados neste artigo;
I - desempenhar com presteza e urbanidade as
IV - . elaborar estudos, quando determinado,
tarefas que lhe forem atribuídas;
sobre outras matérias de cunho jurídico-admi-
II - colaborar no atendimento de partes que nistrativo levada a exame do Diretor-Geral e do
compareçam ao Gabinete; Presidente;
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VII. Elaborar e manter atualizados os relatórios XII – elaborar e encaminhar a prestação de con-
de controle de receita por fontes, visando dar tas mensal para a Inspetoria de Controle Exter-
suporte às Seções de Contabilidade e Orçamen- no do Tribunal de Contas;
to nas suas atribuições;
XIII – elaborar, encaminhar e acompanhar o an-
VIII. Exercer outras atribuições que sejam rela- damento da prestação de contas anual;
cionadas a arrecadação;
XIV – exercer o controle contábil de todos os
c) através da Seção de Fiscalização e seus ser- atos da gestão orçamentária, financeira e pa-
viços: trimonial; d) através da Seção de Orçamento e
I – analisar relatórios com a finalidade de pro- seus serviços:
duzir dados estatísticos sobre os recolhimentos I - auxiliar na elaboração da proposta orçamen-
do FUNREJUS por fonte de receita, por unidade tária;
arrecadadora e quantidade de guias;
II - auxiliar na elaboração do Plano de Aplica-
II – fiscalizar as unidades arrecadadoras no que ção, exercendo o controle sobre a sua execução;
diz respeito ao preenchimento correto das guias;
III - promover a execução orçamentária e finan-
III – elaborar e implantar sistema de controle e
ceira em conformidade com a metas previstas;
avaliação das guias;
IV - avaliar a segurança e a eficácia dos sistemas IV - proceder a classificação orçamentária das
de controle da arrecadação; despesas em conformidade com as normas vi-
gentes;
V – verificar o cumprimento das normas e pro-
cedimentos estabelecidos. V - efetuar os bloqueios estimativos de recursos,
assegurando orçamento para os bens e serviços
Art. 15 – À Divisão de Contabilidade e Orçamento que estão em processo de aquisição;
compete;
VI - elaborar e manter atualizado o cadastro de
a) Através da Seção de Contabilidade e seus ser- fornecedores;
viços:
VII - emitir as notas de empenhos, de estorno ou
I – contabilizar as receitas de acordo com a Lei
de recolhimento;
de Orçamento;
VIII - controlar a execução do orçamento, pro-
II – efetuar mensalmente a contabilização e o re-
pondo as alterações orçamentárias necessárias;
passe das receitas de terceiros, conforme a legis-
lação vigente, mantendo relatórios atualizados IX - elaborar e manter atualizado os relatórios
III – processar toda a documentação relativa a gerenciais relativos a execução do Plano de
pagamentos, observando a regularidade dos Aplicação e do orçamento;
processos; X - elaborar o relatório anual de execução orça-
IV – prestar as informações relativas a processos mentária e financeira para a prestação de contas;
de pagamentos; XI - elaborar relatório de execução física do or-
V – manter organizado o arquivo de processos çamento.
de pagamentos auditados pela Inspetoria de Art. 16 – À Divisão Administrativa compete:
Controle Externo do Tribunal de Contas, de for-
ma a agilizar as consultas; a) através da Seção de Sistematização de Dados
e seus serviços:
VI – controlar e fiscalizar a consulta de proces-
sos já auditados pelo Tribunal de Contas; I - fornecer as unidades arrecadadoras as guias
VII – exercer o controle sobre os processos de de recolhimento;
despesas parciais, dedutivos de empenhos esti- II - prestar atendimento ao público;
mativos ou globais;
III - orientar às unidades arrecadadoras respon-
VIII - efetuar e controlar as aplicações financei- sáveis pelos recolhimentos ao FUNREJUS, sobre
ras, mantendo relatórios atualizados; o correto preenchimento das guias, observando-
IX - executar periodicamente as rotinas de audi- se o disposto na regulamentação própria;
toria do sistema de contabilidade; IV - digitar todos os serviços da Assessoria Ju-
X – elaborar e efetuar os lançamentos manuais rídica;
no sistema de contabilidade, quando necessário;
V - manter, ordenadamente arquivadas as có-
XI – elaborar e manter atualizado o relatório de pias dos serviços que forem executados, bem
incorporação de bens móveis e imóveis, resultan- como da legislação selecionada, permitindo fá-
tes e independentes da execução orçamentaria; cil consulta quando necessário;
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XIX - efetuar os bloqueios estimativos de recur- XII - organizar e controlar o lançamento das
sos, assegurando orçamento para os bens e ser- guias no sistema próprio de controle e gerencia-
viços que estão em processo de aquisição; mento;
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V - manter em cadastro os dados técnicos e es- XX - exercer outras atribuições que lhe forem
tatísticos e demais indicadores relacionados à determinadas pelos superiores.
estatização, bem como atualizá-los; Art. 33. Ao Chefe de Divisão compete:
VI - comunicar e providenciar a inserção de al- I - dirigir a Divisão a seu cargo, velando pela
teração de dados das serventias junto ao sistema regularidade, disciplina e ordem do serviço;
de arrecadação de custas e receitas destinadas
II - cumprir e fazer cumprir as ordens superio-
ao Fundo da Justiça;
res;
VII - proceder às comunicações devidas aos di-
III - distribuir os encargos da Divisão às Seções
versos setores do Tribunal de Justiça, principal-
competentes;
mente à Corregedoria-Geral da Justiça;
IV - propor escala de férias dos funcionários da
VIII - requisitar informações, certidões, diligên-
Divisão;
cias ou quaisquer outros esclarecimentos a seto-
res do Tribunal de Justiça, desde que necessá- V - responder pela execução objetiva dos ser-
rios à instrução de processos ou ao desempenho viços, examinando, conferindo os trabalhos e
de funções que lhe forem determinadas, relacio- orientando os funcionários;
nados à execução da estatização;
VI - instruir os funcionários sobre os seus deve-
IX - monitorar a execução da estatização; res, obrigações e direitos;
X - oferecer sugestões úteis, à chefia imediata, VII - requisitar o material de consumo e perma-
que visem ao aprimoramento da execução da nente necessário;
estatização;
VIII - manter o Diretor do Departamento infor-
XI - acompanhar o processo de instalação das mado sobre a conduta dos funcionários;
Secretarias do Foro Judicial;
IX - responder pelos bens da Divisão;
XII - contatar a Secretaria para promover as co-
X - apresentar, diariamente, ao Diretor do De-
municações necessárias à logística de instalação
partamento, o livro ponto com as observações
das Secretarias do Foro Judicial, para a fixação
que lhe parecerem oportunas;
de prazos e elaboração de cronograma de ações
de execução; XIII - organizar as tarefas envolvi- XI - exercer outros encargos determinados por
das na execução do processo de estatização; seus superiores.
XIV - executar outras tarefas correlatas. Art. 34. Ao Chefe de Seção compete:
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III - superintender os serviços executados den- III - atender ao público em geral, fornecendo
tro do Departamento, fiscalizando, juntamente com presteza informações referentes ao Depar-
com os Chefes de Divisão, o corpo de servido- tamento;
res nele lotados, a fim de que a consecução dos
IV - executar outras tarefas correlatas. ,
serviços seja otimizada quanto à produtividade
e exação; c) através dos Auxiliares:
IV - encaminhar à Assessoria de Planejamento I - realizar o serviço de digitação afeto à Dire-
estudo relativo à proposta orçamentária; toria;
V - assessorar o Presidente e Vice-Presidente do II - elaborar mensalmente o Boletim de Frequên-
Tribunal de Justiça, nas decisões de suas respec- cia dos funcionários e dos estagiários do Depar-
tivas competências. tamento;
VI - gerir as alterações do sistema computacio- III - manter ordenadamente arquivada a corres-
nal de controle da movimentação processual. pondência recebida, atendidas as determina-
ções a respeito;
a) através do Supervisor:
IV - manter arquivo organizado das cópias dos
I - supervisionar os serviços dos assessores e au-
ofícios, informações e demais documentos da
xiliares da Diretoria;
Diretoria, de forma a facilitar a consulta, quan-
II - supervisionar a recepção e a expedição dos do necessária;
expedientes e correspondências afetos à Direto-
ria; , V - receber e encaminhar os expedientes afetos
à Diretoria, conforme determinação, de tudo
III - proceder o estudo e a triagem dos expedien- mantendo registro;
tes e correspondências a serem encaminhadas à
consideração do Diretor e aos setores competen- VI - encaminhar as certidões para assinatura do
tes. Secretário, mantendo controle de sua entrega
aos solicitantes;
IV - despachar diretamente com o Diretor as
matérias atinentes à Diretoria; VII - atender ao público em geral, fornecendo
com presteza informações referentes ao Depar-
V - auxiliar os Chefes de Divisão no que for so- tamento;
licitado;
VIII - executar outras tarefas correlatas
VI - realizar a conferência dos expedientes en-
caminhados pelas Divisões para despacho e Parágrafo único. As Chefias de Divisão serão
assinatura do Presidente, Vice-Presidente, bem exercidas por acadêmicos ou Bacharéis em Di-
como para os outros Departamentos; reito.
VII - processar e controlar a movimentação das Art. 39. Às Divisões de Autuação e Registro de Proces-
Cartas Rogatórias, assim como informar os Juí- sos, através de suas Seções e Serviços, compete:
zes, Advogados e partes sobre seu trâmite, ex- I - receber do Protocolo Geral recursos e peti-
tração e expedição; ções de ações originárias;
VIII - proceder a conferência das certidões ex- IV - proceder a autuação e registro, através de
traídas pelos diversos setores do Departamento; sistema computacional próprio, dos feitos de
IX - elaborar ofícios, informações e demais expe- competência do Tribunal, nele inserindo dados
dientes relacionados à Diretoria; referentes ao nome das partes e seus procurado-
res, tipo do recurso, número do protocolado, co-
X - conferir os Boletins de Frequência; marca e vara de origem, tipo e número da ação
XI – processar as Cartas Rogatórias; originária, volume (de acordo com provimento
da Corregedoria da Justiça, inclusive com termo
XII - atender ao público em geral, fornecendo de abertura e encerramento, se necessário), da-
com presteza informações referentes ao Depar- dos complementares, assistência judiciária e jus-
tamento; tiça gratuita, quando for o caso, e demais dados
XIII - executar outras tarefas correlatas; que se fizerem necessários;
b) através dos Assessores: V - autuar e registrar preferencialmente os pro-
cessos contendo pedido de medidas urgentes,
I - realizar estudos e pesquisas sobre matérias
os processos de réu preso, bem como aqueles
afetas ao Departamento;
em que figure como parte pessoa com mais de
II - selecionar, organizar e manter atualizada a sessenta anos;
legislação de interesse do Departamento, en-
VI - emitir termos e etiquetas de autuação;
caminhando as cópias necessárias às Divisões
competentes , VII - capear, numerar e etiquetar os feitos;
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VIII - proceder a revisão final, bem como a re- XIV - receber os processos das demais Divisões
messa dos recursos e ações autuadas aos setores do Departamento Judiciário para alteração e/ou
competentes. complementação de seus registros, bem como
para autuação de novos recursos, providencian-
IX - receber os processos das demais Divisões
do seu cadastramento, conferência e posterior
do Departamento para alteração e/ou comple-
devolução;
mentação de seus registros, bem como para
autuação de novos recursos, inclusive daqueles Art. 41. À Divisão de Registro da Movimentação Pro-
destinados aos Tribunais Superiores, providen- cessual, através de suas Seções e Serviços, compete:
ciando seu cadastramento, conferência e poste- I - registrar, no sistema computacional, a movi-
rior devolução; mentação dos feitos de natureza cível e criminal
Art. 40. À Divisão de Distribuição compete: que lhe forem encaminhados;
I - receber das Divisões de Autuação os recursos II - receber e registrar, no sistema computacio-
e ações; nal, expedientes e petições a eles relativos; ,
II - verificar, através de consulta ao sistema com- III - extrair e conferir relatórios diários dos re-
putacional, a existência de prevenção e, se for gistros efetuados, providenciando as correções
o caso, encaminhar os feitos à Vice-Presidência que se fizerem necessárias;
acompanhados das informações e do respectivo IV - efetuar a triagem, expedir, receber e contro-
estudo; lar a remessa de autos e documentos proceden-
III - proceder a distribuição dos feitos nos dias e tes ou destinados às Divisões do Departamento;
horários determinados pelo Regimento Interno, Art. 42. À Divisão de Processo Crime, através de suas
observadas as prevenções definidas, impedi- Seções e Serviços, compete:
mentos e suspeições declaradas;
V - zelar pelo registro da movimentação proces-
IV - extrair semanalmente a resenha de distri- sual;
buição, encaminhando-a ao Vice-Presidente
para homologação e posterior publicação; I - receber os processos autuados de sua compe-
tência e petições a eles relacionadas, registrando
V - proceder as redistribuições, conforme deter- sua movimentação por via computacional;
minação contida em despacho;
II - fazê-los conclusos aos Senhores Desembar-
VI - proceder o encaminhamento dos feitos que gadores Relatores, Revisores e Presidentes dos
independam de distribuição; respectivos órgãos julgadores, conforme deter-
VII - proceder a substituição do Revisor, na for- minação legal ,
ma regimental; III - proceder a juntada de petições conforme
VIII - extrair e anexar aos autos os respectivos despacho ou disposição legal;
termos de distribuição e de conclusão, bem IV - comunicar a concessão de medidas urgen-
como as etiquetas próprias; tes à autoridade competente, de forma célere,
IX - proceder a distribuição manual dos feitos, através de fac-símile ou, na falta deste, através
na forma regimental, quando o sistema compu- de comunicação telefônica, de tudo certificando
tacional encontrar-se inoperante; nos autos;
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Oficial as pautas externas e aos Gabinetes dos III - proceder a juntada de petições conforme
Senhores Desembargadores e demais setores as despacho ou disposição legal;
pautas internas;
IV - comunicar a concessão de medidas urgen-
X - juntar aos processos a papeleta e acórdão tes à autoridade competente, de forma célere,
respectivos, bem como eventuais declarações de através de fac-símile ou, na falta deste, através
voto, colhendo as assinaturas dos Desembarga- de comunicação telefônica, de tudo certificando
dores e Juízes Convocados; nos autos;
XI - registrar e numerar os acórdãos, através de V - elaborar e encaminhar para assinatura ofí-
via computacional, e providenciar a publicação cios, mandados, editais, alvarás, cartas de or-
do respectivo resumo no Diário da Justiça, pro- dem, precatórias, rogatórias ou de sentença, em
cedendo à sua certificação; cumprimento a despacho ou disposição legal;
XII - encaminhar os processos, em que haja ma- VI - cumprir as Cartas de Ordem e Precatórias
nifestação do Ministério Público ou nos quais encaminhadas por outros Tribunais, conforme
integre como parte, para ciência pessoal de seus orientação da Diretoria;
representantes; VII - organizar as matérias a serem publicadas
XIII - encaminhar os autos à Defensoria Pública, no Diário da Justiça, observadas as prescrições
quando for o caso; legais;
XIV - proceder a montagem dos livros de acór- VIII - no caso de processos de competência das
dãos para encaminhá-los ao Centro de Docu- Câmaras Cíveis em Composição Integral, sele-
mentação; cionar as cópias a serem extraídas de peças dos
autos incluídos em pauta de julgamento, na for-
XV - controlar os prazos processuais dos autos ma determinada pelo Regimento Interno e ane-
em Cartório e daqueles em poder dos Senhores xá-las às pautas internas;
Advogados;
IX - organizar as pautas na forma regimental,
XVI - certificar nos autos o decurso de prazo encaminhando para publicação pela Imprensa
sem manifestação das partes, com relação aos Oficial as pautas externas e aos Gabinetes dos
despachos publicados no Diário da Justiça ou Senhores Desembargadores e demais setores as
intimados pessoalmente; pautas internas;
XVII - informar ao Relator ou Presidente do X - juntar aos processos a papeleta e acórdão
órgão julgador a inexistência de manifestação, respectivos, bem como eventuais declarações de
dentro do prazo estipulado, em resposta aos ofí- voto, colhendo as assinaturas dos Desembarga-
cios expedidos; dores e Juizes Convocados;
XVIII - proceder a juntada aos autos das peti- XI - registrar e numerar os acórdãos, através de
ções de recurso aos Tribunais Superiores e enca- via computacional, e providenciar a publicação
minhá-los ao setor competente; do respectivo resumo no Diário da Justiça, pro-
cedendo à sua certificação;
XIX - encaminhar à Divisão de Baixa os proces-
sos com trânsito em julgado; XII - encaminhar os processos, em que haja ma-
nifestação do Ministério Público ou nos quais
XX - extrair certidões explicativas requeridas integre como parte, para ciência pessoal de seus
acerca dos processos de sua competência, sub- representantes;
metendo-as à Chefia de Divisão;
XIII - encaminhar os autos à Defensoria Pública,
XXI - proceder as intimações para as audiências quando for o caso;
designadas pelos Desembargadores Relatores,
auxiliando nos atos necessários à sua realização; XIV - proceder a montagem dos livros de acór-
dãos para encaminhá-los ao Centro de Docu-
XXII - prestar as informações que forem solici- mentação;
tadas pelos Senhores Desembargadores, Juízes
Convocados, Procuradores e partes. XV - controlar os prazos processuais dos autos
em Cartório e daqueles em poder dos Senhores
Art. 43. Às Divisões de Processo Cível, através de suas Advogados;
Seções e Serviços, compete:
XVI - certificar nos autos o decurso de prazo
I - receber os processos autuados de sua compe- sem manifestação das partes, com relação aos
tência e petições a eles relacionadas, registrando despachos publicados no Diário da Justiça ou
sua movimentação por via computacional; intimados pessoalmente;
II – fazê-los conclusos aos Senhores Desembar- XVII - informar ao Relator ou Presidente da Câ-
gadores Relatores, Revisores e Presidentes das mara a inexistência de manifestação, dentro do
respectivas Câmaras, conforme determinação prazo estipulado, em resposta aos ofícios expe-
legal; didos;
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VIII - proceder a juntada aos autos das petições dem, precatórias, rogatórias ou de sentença, em
de recurso aos Tribunais Superiores e encami- cumprimento a despacho ou disposição legal,
nhá-los ao setor competente; providenciando seu devido encaminhamento;
IX- elaborar e encaminhar para assinatura ofí- VII - informar ao Presidente a inexistência de
cios, mandados, precatórios requisitórios, edi- manifestação, dentro do prazo estipulado, em
tais, cartas de ordem, precatórias, rogatórias ou resposta aos ofícios expedidos;
de sentença, em cumprimento a despacho ou
VIII - encaminhar à Divisão de Baixa os proces-
disposição legal;
sos com trânsito em julgado;
X - encaminhar à Divisão de Baixa os processos
IX - encaminhar os processos, em que haja ma-
com trânsito em julgado;
nifestação do Ministério Público ou nos quais
XI - extrair certidões explicativas, requeridas integre como parte, para ciência pessoal de seus
acerca dos processos de sua competência, sub- representantes;
metendo-as à Chefia de Divisão;
X - encaminhar os autos à Defensoria Pública,
XII - prestar as informações que forem solicita- quando for o caso;
das pelos Senhores Desembargadores, Procura-
XI - receber e encaminhar, ao Gabinete da Presi-
dores e partes;
dência, as comunicações oriundas dos Tribunais
d) através da Seção da Seção Cível e da Seção Superiores acerca de suas decisões;
Criminal e de seus serviços:
XII - proceder as providências cabíveis, quando
I – exercer as mesmas funções da Seção de Mo- da devolução dos autos pelos Tribunais Supe-
vimentação e de seus serviços, no que toca aos riores;
processos de competência da Seção Cível e da
XIII - extrair certidões explicativas requeridas
Seção Criminal.
acerca dos processos em trâmite, submetendo
e) através da Seção de Reprodução Interna e de -as à Chefia de Divisão;
seus Serviços:
XIV - prestar as informações que forem solici-
I - extrair as fotocópias atinentes ao serviço so- tadas pelos Senhores Desembargadores, Juízes
licitadas pelas Seções que integram as Divisões Convocados, Procuradores e partes.
do Departamento;
Art. 46. À Divisão de Baixa e Expedição compete:
II - proceder a chamada técnica, quando neces-
a) através das Seções de Baixa e de seus serviços:
sário, a fim de que sejam efetuados os serviços
de manutenção e reparo dos equipamentos uti- I - receber e ordenar os processos que lhes forem
lizados na extração de fotocópias; encaminhados pelas demais Divisões do Depar-
tamento;
III - zelar pelo estoque, na Seção, do material
necessário ao regular funcionamento dos equi- II - receber os autos remetidos pelo Supremo
pamentos fotocopiadores; Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de
Justiça, analisando-os e atendendo às determi-
IV - extrair relatório estatístico mensal de tira-
nações do Vice-Presidente;
gem de cópias.
III - verificar a pendência de petições gerais e de
Art. 45. À Divisão de Recursos aos Tribunais Superio-
recursos relacionadas aos processos;
res, através de suas Seções e Serviços, compete:
IV - certificar o trânsito em julgado dos acór-
I - receber, processar e encaminhar os recursos
dãos;
interpostos aos Tribunais Superiores e as peti-
ções a eles relacionadas; V - baixar ao Juízo de origem ou remeter à Seção
de Arquivo os processos com trânsito em julga-
II - proceder a juntada de petições conforme
do;
despacho ou disposição legal;
VI - baixar ao Juízo de origem ou remeter à Se-
III - controlar os prazos processuais dos autos
ção de Arquivo os processos cujos acórdãos não
em Cartório e daqueles em poder dos Senhores
tenham ainda transitado em julgado, por pen-
Advogados;
dência de processo vinculado ou por inexistir
IV - certificar a interposição de recursos e o de- determinação no sentido de que devam aguar-
curso de prazo; dar em Cartório;
V - organizar as matérias a serem publicadas VII - baixar os processos em diligência;
no Diário da Justiça, observadas as prescrições
VIII - remeter os processos com trânsito em
legais;
julgado a outros Tribunais ou Departamentos,
VI - elaborar e encaminhar para assinatura ofí- observando as determinações e os dispositivos
cios, mandados, editais, alvarás, cartas de or- legais atinentes;
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IX - encaminhar cópias das decisões de julga- III - preparar, extrair e conferir relatórios men-
mentos aos Relatores e aos setores que forem sais e anuais, bem como outros que sejam solici-
determinados; tados, com base nos dados constantes no siste-
ma computacional do Departamento Judiciário.
X - extrair certidões explicativas requeridas
acerca dos processos em trâmite, submetendo IV - esclarecer dúvidas acerca da consulta de
-as à Chefia de Divisão; processos via Internet;
XI - prestar as informações que forem solicita- c) através da Seção de Registro de Acórdãos e de
das pelos Senhores Desembargadores, Juízes seus Serviços:
Convocados, Procuradores e partes. 47 I – proceder à seleção dos documentos de
b) através da Seção de Expedição e de seus ser- processos a serem digitalizados, conforme de-
viços: terminação superior;
I - receber das Divisões competentes e organizar II – proceder à digitalização dos documentos se-
a correspondência a ser expedida; lecionados e respectivo armazenamento;
II - emitir as etiquetas necessárias ao envio da III – proceder à remontagem dos processos e de-
correspondência; vida conferência;
III - envelopar e etiquetar a correspondência a d) através da Seção de Mandados e Cartas e de
ser expedida; seus Serviços:
VI - proceder o preenchimento de Avisos de I – receber os mandados e cartas das demais Di-
Recebimento e demais guias necessárias à sua visões do Departamento;
expedição; II – providenciar a remessa das Cartas aos ór-
V - providenciar a remessa da correspondência gãos competentes,no sentido de seu cumpri-
a ser expedida ao setor competente, para poste- mento; III – cumprir, através de Oficial de Justi-
rior postagem; ça, os mandados que lhe forem encaminhados,
devendo estes certificar todas as diligências e
VI - proceder o registro da expedição no sistema ocorrências para o seu fiel cumprimento e, após,
computacional. devolvê-los ao setor originário; IV – controlar o
Art. 47. À Divisão de Preparo e Informações compete: prazo de cumprimento dos mandados, apresen-
tado à Diretoria relatórios mensais contendo o
a) através da Seção de Preparo e de seus Servi- nome do Oficial de Justiça, número do processo
ços: em que foi ou foram expedidos, número de pes-
I - elaborar o cálculo das custas de preparo, ex- soas a serem citadas, intimadas ou notificadas,
trair e fornecer as guias para o respectivo reco- data da entrega ao Oficial e data da devolução,
lhimento, bem como juntá-las aos autos quando se for o caso;
de sua entrega, devidamente pagas; V – expedir as Cartas e recebê-las, encaminhan-
II - elaborar listagens dos feitos sujeitos a pre- do-as ao setor competente
paro e encaminhá-las à publicação, bem como VI - informar sobre o cumprimento de manda-
conferi-las no Diário da Justiça, lançando no dos e cartas, quando determinado.
sistema as datas e prazos para os respectivos
preparos;
III - certificar nos autos a eventual inexistência
de preparo no prazo legal e fazê-los conclusos CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO E
ao Vice-Presidente; 05 DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO
IV - controlar e atualizar as tabelas de custas DO PARANÁ
contidas no sistema computacional específico.
b) através da Seção de Informações e de seus LEI Nº 14.277 DE 30/12/2003
Serviços: Dispõe sobre a Organização e Divisão Judiciárias
I - prestar informações acerca dos processos em do Estado do Paraná e adota outras providências.
trâmite no Tribunal de Justiça, contidas no siste-
ma computacional do Departamento Judiciário, DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
pessoalmente ou por via telefônica, às partes,
Art. 1º. Este Código dispõe sobre a Organização e Di-
aos procuradores, aos Desembargadores e ao
visão Judiciárias do Estado do Paraná e disciplina a
público em geral;
constituição, a estrutura, as atribuições e a competên-
II - preparar e extrair certidões e informações cia do Tribunal de Justiça, de Juízes e dos Serviços Au-
com base nos registros computacionais do De- xiliares, observados os princípios constitucionais que
partamento Judiciário; os regem .
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§ 1º. São regentes do presente código, dentre ou- Art. 2º. São órgãos do Poder Judiciário do Estado:
tros os seguintes princípios constitucionais:
I- o Tribunal de Justiça;
I – legalidade:
III - os Tribunais do Júri;
II – impessoalidade;
IV - os Juízes de Direito;
III – moralidade;
V - os Juízes de Direito Substitutos de entrância
JJJ final;
IV – publicidade; VI - os Juízes Substitutos;
V – eficiência. VII - os Juizados Especiais;
§ 2º. Além dos princípios referidos no parágrafo VIII - os Juízes de Paz.
anterior, também se aplicam à presente lei, os
Parágrafo único. Para executar decisões ou dili-
seguintes:
gências que ordenarem, poderão os tribunais e
I – probidade; Juízes requisitar o auxílio da força pública.
II – motivação; Art. 3º. É vedada a convocação ou a designação de Juiz
de primeiro grau para exercer cargo ou função no Tri-
III – finalidade;
bunal de Justiça, ressalvada a substituição de seus in-
IV – razoabilidade; tegrantes e o auxílio direto do Presidente do Tribunal
V – proporcionalidade; de Justiça, dos Vice-Presidentes, do Corregedor-Geral
da Justiça e do Corregedor, em matéria administrativa,
VII – interesse público; jurisdicional e correicional.
VIII – modicidade das custas e emolumentos. § 1º. O Presidente do Tribunal de Justiça poderá
§ 3º. Na constituição e alteração das atribuições designar Juízes de Direito da Comarca da Re-
e competência dos Tribunal de Justiça, de Juízes gião Metropolitana de Curitiba para atuarem
e dos Serviços Auxiliares, deverão ser observa- junto aos órgãos superiores do Tribunal de Jus-
dos, além dos princípios previstos nos parágra- tiça, nos termos do caput deste artigo.
fos anteriores, os critérios de democratização da § 2º. As designações a que se refere o parágrafo
gestão e do acesso à Justiça, qualificação perma- anterior não implicarão vantagem pecuniária
nente, efetividade e celeridade. aos Juízes designados, salvo o ressarcimento de
§ 4º. Os aludidos princípios e critérios são con- despesas de transporte e o pagamento de diá-
dições de aplicação e hermenêutica, vedada a rias, sempre que estes tiverem que se deslocar
sua afastabilidade, sob pena de nulidade abso- da sede.
luta, decretável de ofício.
TÍTULO II
§ 5º . Ficam estatizadas as serventias do foro ju-
dicial, inclusive as criadas por esta lei, respeita- TRIBUNAL DE JUSTIÇA
dos os direitos dos atuais titulares.
§ 6º. O Poder Judiciário, observadas as suas CAPÍTULO I
disponibilidades financeiras e orçamentárias,
COMPOSIÇÃO
encaminhará mensagem à Assembléia Legisla-
tiva dispondo sobre o Quadro de Servidores e Art. 4º. O Tribunal de Justiça, órgão máximo do Poder
respectivos vencimentos, para cumprimento do Judiciário estadual, composto por cento e quarenta e
disposto no parágrafo anterior. cinco (145) Desembargadores, tem sede na Capital e
jurisdição em todo o território do Estado.
§ 7º. A administração da Justiça é exercida pelo
Poder Judiciário. Art. 5º. Os Juízes de última entrância serão promovido
ao cargo de Desembargador pelo Presidente do Tribu-
LIVRO I nal de Justiça nas vagas correspondentes à respectiva
classe, por antigüidade e merecimento, alternadamen-
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA te, observado o disposto no artigo 6º deste Código.
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§ 2º. Tratando-se de vaga a ser provida pelo cri- quer dos cargos da cúpula diretiva, com a finali-
tério de merecimento, a promoção recairá no dade de completar período de mandato inferior
Juiz que for incluído na lista tríplice organizada a um (1) ano.
pelo Tribunal de Justiça e com o maior número
Art. 9º. Vagando a Presidência, o 1º Vice-Presidente
de votos, sem prejuízo dos remanescentes man-
a exercerá pelo período restante, se inferior a seis (6)
tidos em lista e observado o disposto no art.93,
meses.
II, letras “a” e “b”, da Constituição Federal.
§ 1º. Caracterizada a hipótese supra, tratando-se
§ 3º. Não será promovido o Juiz que, injustifi-
da 1ª Vice-Presidência ou da Corregedoria-Ge-
cadamente, retiver autos em seu poder além do
ral da Justiça, o cargo será exercido, respectiva-
prazo legal, não podendo devolvê-lo ao cartório
mente, pelo 2º Vice-Presidente e pelo Correge-
sem o devido despacho ou decisão .
dor, para período restante, quando inferior a
Art. 6º. Um quinto (1/5) dos lugares do Tribunal de Jus- seis (6) meses.
tiça será composto de membros do Ministério Público,
§ 2º. Se, entretanto, a vacância de quaisquer car-
com mais de dez (10) anos de carreira, e de advogados
gos descritos se der em razão de o eleito não ter
de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com
mais de dez anos de efetiva atividade profissional, in- assumido o correspondente cargo diretivo na
dicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representa- oportunidade prevista pelo
ção das respectivas classes . Regimento Interno do Tribunal de Justiça, nova
§ 1º. Sendo ímpar o número de vagas destinadas eleição deverá ser realizada, para o preenchi-
ao quinto constitucional, uma delas será alter- mento daquela função, observando-se o que
nada e sucessivamente preenchida por membro dispuserem as normas regimentais.
do Ministério Público e por advogados, de tal Art. 10. O Tribunal de Justiça funcionará em Tribunal
forma que, também sucessiva e alternadamente, Pleno, Órgão Especial, Conselho da Magistratura e em
os representantes de uma dessas classes supe- órgãos fracionários, na forma que dispuserem a lei e o
rem os da outra em uma unidade. Regimento Interno .
§ 2º. Quando resultar em fração o número de va- Parágrafo único. O Presidente, os Vice-Presi-
gas destinadas ao quinto constitucional, corres- dentes, o Corregedor-Geral da Justiça e o Cor-
ponderá ela ao número inteiro seguinte. regedor não integrarão Câmaras ou Grupos de
§ 3º. Recebidas as indicações, o Tribunal de Jus- Câmaras.
tiça formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Art. 11. O Tribunal de Justiça constituirá comissões
Executivo, que, nos vinte (20) dias subseqüen- internas, permanentes ou não, cuja composição, atri-
tes, escolherá um de seus integrantes para no- buições e funcionamento serão disciplinados no Regi-
meação. mento Interno.
Art. 7º. Verificada vaga de Desembargador, a ser
preenchida por magistrado de carreira, o Presidente LIVRO IV
do Tribunal de Justiça convocará o órgão competente
para o preenchimento do respectivo cargo. AUXILIARES DA JUSTIÇA
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VI - Escrivanias de Execuções Penais; § 1º. Sob proposta do titular do ofício ao Juiz Di-
retor de Fórum, este poderá juramentar um ou
VII – Escrivania de Inquéritos Policiais; mais empregados para subscrever atos da ser-
VIII - Escrivania de Execução de Penas e Medi- ventia, sem alteração da correspondente relação
das Alternativas; empregatícia.
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Parágrafo único. Os funcionários da justiça su- Parágrafo único. O concurso obedecerá ao que
bordinam-se às normas do Estatuto dos Funcio- dispuser o regimento interno e as normas do
nários Públicos Civis do Estado do Paraná no regulamento que for elaborado pela Comissão
que lhes for aplicável. de Concursos e de Promoções do Tribunal de
Justiça.
Art. 124. Consideram-se auxiliares da justiça, entre
outros, enquanto estiverem participando de atos judi- Art. 129. Para ser admitido ao concurso, o candidato,
ciais, os administradores, os depositários, os intérpre- com idade mínima de dezoito (18) anos completos
tes, os peritos, os tradutores e os leiloeiros, eventual- quando da inscrição, deverá preencher os requisitos
mente nomeados para fins específicos. estabelecidos no art. 126, incisos I e III, deste Código,
além de outras condições que vierem a ser impostas
TÍTULO II pelo regulamento, inclusive quanto ao grau de esco-
laridade e de habilitação profissional ou técnica exigi-
CONCURSO, NOMEAÇÃO E POSSE dos, conforme a natureza do cargo a ser ocupado.
Art. 130. A nomeação dos candidatos aprovados será
CAPÍTULO I efetivada por ato do Presidente do Tribunal de Justiça.
SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA DO FORO CAPÍTULO III
JUDICIAL
Art. 125. Os serventuários da justiça serão nomeados OFICIAIS DE JUSTIÇA, PORTEIROS DE
mediante concurso de provas e títulos, por ato do Pre- AUDITÓRIO, AUXILIARES DE CARTÓRIO
sidente do Tribunal de Justiça. E ADMINISTRATIVOS, COMISSÁRIOS DE
VIGILÂNCIA E AGENTES DE LIMPEZA
Parágrafo único. A realização do concurso será
determinada pelo Presidente do Tribunal de Art. 131. O concurso para provimento desses cargos
Justiça, após vacância do cargo. obedecerá ao que dispuserem o Regimento Interno do
Tribunal de Justiça e o regulamento baixado para tal
Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato fim, observadas as disposições legais aplicáveis à es-
deverá preencher os seguintes requisitos no momento pécie.
da inscrição:
Art. 132. Para ser admitido ao concurso, o candidato
I - ser brasileiro, estar no exercício dos direitos deverá preencher os requisitos do art. 126 deste Có-
civis e políticos e quite com o serviço militar,
digo.
quando for a hipótese;
§ 1º. Para o cargo de agente de limpeza, exigir-
II - ter idade mínima de dezoito (18) anos;
se-á escolaridade equivalente ao Ensino Funda-
III - apresentar cédula de identidade fornecida mental e para o de auxiliar de cartório, escolari-
pela repartição estadual; dade correspondente ao segundo grau comple-
to.
IV - fazer prova do recolhimento da taxa de ins-
crição que for fixada pelo Conselho Diretor do Art. 133. Os Agentes de Limpeza serão admitidos me-
FUNREJUS. diante teste seletivo, sob o regime da Consolidação das
Leis do Trabalho, ficando os atuais cargos extintos à
Parágrafo único. Os candidatos classificados de-
medida que vagarem.
verão comprovar sanidade física e mental, por
meio de laudo fornecido por órgão oficial do Art. 134. Os candidatos aprovados serão nomeados na
Estado, apresentar prova de bons antecedentes forma prevista no art. 130 deste Código.
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c) no caso de incompatibilidade ou suspeição III - convocar pessoas idôneas para que teste-
daquele a quem for distribuído algum processo munhem atos de sua função, quando a lei assim
ou ato, em tempo oportuno se lhe fará a com- o exigir;
pensação;
IV - exercer, onde não houver, as funções de
d) distribuir-se-ão, por dependência, os feitos porteiro de auditório, mediante designação do
de qualquer natureza que se relacionarem com Juiz;
outros já distribuídos e ajuizados;
V - exercer cumulativamente quaisquer outras
e) os atos e processos que não estiverem sujeitos funções previstas neste Código e dar cumpri-
à distribuição por não pertencerem à competên- mento às ordens emanadas da Corregedoria-
cia de dois ou mais Juízes ou de dois ou mais Geral da Justiça e do Juízo pertinentes aos servi-
serventuários ou ainda de dois ou mais agentes ços judiciários.
delegados, serão, não obstante, prévia e obri-
gatoriamente registrados pelo Distribuidor em Art. 147. Incumbe aos Porteiros de Auditórios:
livro próprio; I - apregoar e fazer a chamada das partes e tes-
f) cumprir as normas editadas pela Corregedo- temunhas;
ria-Geral da Justiça e pelo Juiz Diretor de Fórum. II - apregoar os bens, nas praças e leilões judi-
III – aos Contadores: ciais;
a) contar, em todos os feitos, antes da sentença III - passar certidões de pregões, editais, praças,
ou de qualquer despacho definitivo, mediante arrematações ou de quaisquer outros atos que
ordem do Juiz, os emolumentos e as custas, con- praticarem no exercício da função.
forme previsto no regimento respectivo; Art. 148. Aos Comissários de Vigilância incumbe:
b) proceder à contagem do principal e dos juros
I - exercer vigilância sobre as crianças e adoles-
nas ações referentes a dívidas em quantia certa e
centes e fiscalizar a execução das leis de assis-
nos cálculos aritméticos que se fizerem necessá- tência e proteção que lhes digam respeito;
rios relativamente a direitos e obrigações;
II - proceder mediante determinação judicial às
c) fazer o cálculo para pagamento de impostos;
investigações relativas a crianças e adolescentes,
d) cumprir, sob pena de responsabilidade, as seus pais, tutores ou encarregados de sua guar-
disposições legais sobre recolhimento de impor- da, com o fim de esclarecer a ocorrência de fatos
tâncias devidas a instituições ou fundos. ou circunstâncias que possam comprometer sua
segurança física e moral;
IV – aos Partidores, organizar as partilhas judi-
ciais. III - apreender e conduzir, por determinação ju-
dicial, crianças e adolescentes abandonados ou
V - aos Depositários Públicos, ter sob sua guar-
infratores e proceder, a respeito deles, às inves-
da e segurança, com obrigação legal de os resti-
tigações referidas no inciso anterior;
tuir na oportunidade própria, os bens corpóreos
apreendidos judicialmente, salvo os que forem IV - manter o serviço de fiscalização de crianças
confiados a depositários particulares. e adolescentes sujeitos à liberdade assistida ou
VI - aos Avaliadores Judiciais, por distribuição entregues mediante termo de responsabilidade
e guarda;
nas comarcas em que houver mais de um, ex-
pedir laudo de avaliação de bens, rendimentos, V - auxiliar no preparo de processos relativos a
direitos e ações, segundo o que for determinado crianças e adolescentes, promover medidas pre-
no mandado. liminares de instrução determinadas pelo Juiz,
incluindo a tomada de declarações de pais, tu-
TÍTULO V tores ou responsáveis e de demais pessoas que
possam oferecer esclarecimentos;
OUTROS AUXILIARES DA JUSTIÇA
VI - exercer vigilância sobre crianças e adoles-
CAPÍTULO ÚNICO centes em ambientes públicos, em cinemas,
teatros e casas de diversão públicas em geral,
ATRIBUIÇÕES mediante ordem de serviço específica para a di-
ligência;
Art. 146. Aos Oficiais de Justiça incumbe:
VII - proceder a todas as investigações concer-
I - fazer citações, arrestos, penhoras e demais di-
nentes a crianças e adolescentes junto ao meio
ligências que lhe forem cometidas;
em que vivem e às pessoas que os cercam e efeti-
II - lavrar autos e certidões referentes aos atos var o encaminhamento necessário dessa pesqui-
que praticarem; sa aos órgãos e entidades competentes;
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c) falta ao serviço, sem justa causa, por sessenta Art. 166. As penas de advertência, censura e devolução
(60) dias alternados durante o ano; de custas em dobro poderão ser aplicadas em sindi-
cância, respeitados o contraditório e a ampla defesa.
d) ofensa grave, física ou moral, em serviço,
contra servidor ou particular, salvo escusa legal; Art. 167. Qualquer penalidade imposta ao auxiliar da
justiça será comunicada à Corregedoria-Geral da Justi-
e) reincidência, em caso de insubordinação;
ça para as devidas anotações.
f) aplicação irregular de dinheiro público;
Art. 168. Se a pena imposta for a de demissão ou de
g) transgressão dolosa a proibição legal de na- cassação de aposentadoria, a decisão será remetida
tureza grave; ao Presidente do Tribunal de Justiça, que expedirá o
respectivo decreto, comunicando o fato, na segunda
h) reincidência na prática de infração disciplinar hipótese, ao Tribunal de Contas.
pelo funcionário que, nos quatro (4) anos ime-
diatamente anteriores, tenha sido punido com Art. 169. Sempre que houver comprovação de prática
pena de suspensão igual ou superior a cento e de crime de ação penal pública, remeter-se-ão peças ao
oitenta (180) dias, aplicada isoladamente ou re- Ministério Público.
sultante da soma de várias penas de suspensão. Art. 170. As penalidades de advertência, censura e de-
§ 1º. A pena de suspensão poderá ser converti- volução de custas em dobro terão seus registros cance-
da em multa quando houver conveniência para lados após o decurso de três (3) anos, e a de suspensão
o serviço, à razão de cinqüenta por cento (50%) após cinco
do valor do salário a que no período imposto (5) anos, respectivamente, contados da aplica-
fizer jus o servidor, que fica obrigado neste caso ção ou do cumprimento da pena, se o servidor
a permanecer em atividade. não houver, nesse período, praticado nova in-
§ 2º. Para os fins do inciso V, alínea “b”, deste ar- fração disciplinar.
tigo, considera-se abandono de cargo a ausência Art. 171. Mediante decisão do Corregedor-Geral da
ao serviço, sem justa causa, por mais de trinta Justiça, os auxiliares da justiça de que trata este capítu-
(30) dias. lo poderão ser afastados do exercício do cargo quando
criminalmente processados ou condenados enquanto
§ 3º. Durante o período de suspensão, o auxiliar
estiver tramitando o processo ou pendente de execu-
da justiça perderá todas as vantagens decorren-
ção a pena aplicada.
tes do exercício do cargo.
Parágrafo único. Recebida a denúncia ou transi-
§ 4º. Na aplicação das penalidades, considerar-
tada em julgado a sentença, o Juiz do processo
se-ão a natureza e a gravidade da infração, os
remeterá ao Corregedor-Geral da Justiça cópias
meios empregados, os danos que dela provie-
das respectivas peças.
rem para o serviço público e os antecedentes
funcionais do servidor. Art. 172. O Corregedor-Geral da Justiça, por decisão
fundamentada, poderá afastar os auxiliares da justiça
Art. 164. Será cassada a aposentadoria se ficar provado do exercício do cargo, pelo prazo de sessenta (60) dias,
que o inativo: I – praticou falta grave no exercício do prorrogável por igual período, se houver necessidade
cargo ou função; de acautelamento a fim de evitar a continuidade dos
II – aceitou ilegalmente cargo ou função pública; ilícitos administrativos praticados, para garantia da
normalidade do serviço público ou por conveniência
III – aceitou representação de Estado estrangei- da instrução do processo administrativo.
ro sem prévia autorização do Presidente da Re-
pública; Art. 173. Fica assegurado ao serventuário titular da
serventia, desde que não perceba remuneração dos
IV – praticou usura em qualquer de suas for- cofres públicos, quando do afastamento ocorrido pela
mas; V – perdeu a nacionalidade brasileira. aplicação das normas contidas nos arts. 171 e 172 des-
Art. 165. São competentes para aplicação das penali- te Código, o direito à percepção mensal de metade da
dades disciplinares o Conselho da Magistratura, Cor- renda líquida da serventia; a outra metade será depo-
regedor-Geral da Justiça e os Juízes perante os quais sitada em conta bancária remunerada à disposição do
servirem ou a quem estiverem subordinados os servi- Juízo.
dores, observado o seguinte: Art. 174. Afastado o titular, o Corregedor-Geral da Jus-
I - o Conselho da Magistratura poderá aplicar tiça designará interventor para responder pela serven-
quaisquer das penalidades previstas nos artigos tia, fixando-lhe a remuneração.
163 e 164; Art. 175. A pena de demissão ou de cassação de apo-
II - o Corregedor-Geral da Justiça e os Juízes po- sentadoria será aplicada ao auxiliar da justiça do foro
judicial:
derão aplicar as penas de advertência, censura,
devolução de custas em dobro e suspensão até I - em virtude de sentença que declare a perda
trinta (30) dias. de cargo ou de função pública;
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II - mediante processo administrativo em que Art. 180. Ao servidor acusado será dada a notícia dos
lhe seja assegurada ampla defesa. termos da acusação, devendo ele ser citado para, no
prazo de dez (10) dias, apresentar defesa e requerer a
Art. 176. A punição dos funcionários da Secretaria do
produção de provas.
Tribunal será efetivada por ato do Presidente.
§ 1º. A citação far-se-á:
CAPÍTULO III
I - por mandado ou pelo correio, por meio de
PRESCRIÇÃO ofício sob registro e com aviso de recebimento;
I - em três (3) anos, para as infrações sujeitas às III - por edital, com prazo de quinze (15) dias.
penalidades de advertência, censura,devolução § 2º. O edital será publicado três (3) vezes no
de custas em dobro e suspensão; Diário da Justiça e afixado no átrio do Fórum ou
II - em cinco (5) anos, para as infrações sujeitas no da Corregedoria-Geral da Justiça.
à pena de demissão e de cassação de aposenta- Art. 181. Em caso de revelia, será designado pela auto-
doria ; ridade competente defensor dativo ao servidor.
Parágrafo único. A punibilidade da infração, Art. 182. Apresentada defesa, seguir-se-á a instrução
também prevista na lei penal como crime, pres- com a produção das provas deferidas, podendo a au-
creve juntamente com este. toridade instrutora determinar a produção de outras
Art. 178. O prazo de prescrição começa a correr da necessárias à apuração dos fatos.
data em que o fato se tornouconhecido pela autorida- § 1º. A autoridade que presidir a instrução de-
de competente para aplicar a penalidade. verá interrogar o servidor acusado acerca da
§ 1º. Interrompe-se a contagem do prazo de imputação, designando dia, hora e local e de-
prescrição com: terminando sua intimação bem como a de seu
advogado.
I – a abertura da sindicância;
§ 2º. Em todas as cartas precatórias e de ordem,
II – a instauração do processo administrativo; a autoridade processante declarará o prazo den-
III – a decisão de mérito proferida em sindi- tro do qual elas deverão ser cumpridas. Vencido
cância ou no processo administrativo;; esse prazo, o feito será levado a julgamento in-
dependentemente de seu cumprimento.
IV – o acórdão proferido no julgamento do re-
curso interposto em face da decisão a que se re- § 3º. Encerrada a instrução, será concedido um
fere o inciso III deste parágrafo; prazo de cinco (5) dias para as alegações finais
do acusado.
§ 2º. A abertura da sindicância meramente pre-
paratória do processo administrativo, desprovi- § 4º. Apresentadas as alegações finais, a autori-
da de contraditório e da ampla defesa, não in- dade competente proferirá decisão.
terrompe a prescrição. § 5º. Instaurado o processo administrativo por
§ 3º. Suspende-se o prazo prescricional quando determinação do Corregedor-Geral da Justiça,
a autoridade reputar conveniente o sobresta- este, após receber os autos com o relatório ela-
mento do processo administrativo até a decisão borado pela autoridade instrutora, decidi-lo-á
final do inquérito policial, da ação penal ou da ou o relatará, conforme o caso, perante o Conse-
ação civil pública, desde que originadas no mes- lho da Magistratura.
mo fato do processo administrativo. § 6º. A instrução deverá ser ultimada no prazo
§ 4º. Interrompida a prescrição, todo o prazo co- de cento e vinte (120) dias, prorrogáveis por
meça a correr novamente do dia da interrupção. mais sessenta (60) dias.
CAPÍTULO IV CAPÍTULO V
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Art. 185. Se procedente a justificativa apresentada pelo Art. 223. As seções judiciárias constituem agrupamen-
servidor, deverá ele reassumir imediatamente suas to de comarcas ou foros regionais ou varas, assim or-
funções. ganizadas para facilitar o exercício da prestação juris-
dicional por Juízes Substitutos e por Juízes de Direito
Parágrafo único. Não ocorrendo o retorno do Substitutos, com a definição dos limites de competên-
servidor à atividade, segue-se o procedimento cia atribuídos a cada um.
estabelecido nos arts. 180 e 181 deste Código.
§ 1º. A composição das seções judiciárias é esta-
Art. 186. Declarado o abandono do cargo pelo Conse- belecida conforme o contido no anexo II.
lho da Magistratura, os autos serão encaminhados ao § 2º. Na Comarca da Região Metropolitana de
Presidente do Tribunal de Justiça, que expedirá o de- Curitiba e nas Comarcas de entrância final de
creto de demissão do servidor. Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa, Foz
do Iguaçu e Guarapuava, a competência do Juiz
CAPÍTULO VI de Direito Substituto será definida por resolução.
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V – Foro Regional de Nova Esperança, com- g) 4 Varas da Fazenda Pública, Falências e Con-
preendendo a sede e os Distritos Judiciários de cordatas de 5ª a 8ª;
Barão de Lucena (Município de Nova Esperan-
h) a Vara da Corregedoria dos Presídios;
ça), Ivaitinga (Município de Nova Esperança),
Floraí (Município de mesmo nome), Nova Bilac i) a 12ª e 13ª Varas Criminais.
(Município de Floraí), Presidente Castelo Bran-
co (Município de mesmo nome), Atalaia (Muni- j) 08 (oito) cargos de Juiz de Direito Substituto;
cípio de mesmo nome) e Uniflor (Município de k) a 2ª Vara de Inquéritos Policiais.
mesmo nome).
Art. 255. Fica criado nos Foros Regionais que integram
§ 1º A Comarca da Região Metropolitana de Ma- a Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, o se-
ringá passa a ser composta por Seção Judiciária guinte:
Única, de número 6 (seis), cuja competência será
fixada por Resolução do Órgão Especial do Tri- I – no Foro Regional de Almirante Tamandaré:
bunal de Justiça.
a) a Vara Cível;
§ 2º A 39ª Seção Judiciária fica composta pelas
Comarcas de Paranacity e Colorado, esta sede b) a 1ª Vara Criminal;
da Seção. c) a 2ª Vara Criminal;
§ 3º O cargo de Juiz Substituto da então 47ª Se- d) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
ção Judiciária, cuja Sede era a Comarca de Sa- Registros Públicos, Acidentes do Trabalho
randi, fica transformado em um Cargo de Juiz
de Direito Substituto e transferido para a Seção e Corregedoria do Foro Extrajudicial.
Judiciária Única da Comarca da Região Metro-
e) a 6ª Vara Judicial;
politana de Maringá.
II – no Foro Regional de Araucária:
Art. 236-C. Art. 237. Nos Foros Centrais, a distribui-
ção entre varas de igual competência será feita sob a a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
presidência de um dos Juízes de Direito Substitutos Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
dos respectivos Foros Centrais, designados pelo Cor- Corregedoria do Foro Extrajudicial;
regedor-Geral da Justiça, que baixará ato disciplinan-
do a matéria. Nos Foros Regionais, sob a presidência b) a 2ª Vara Cível.
do Juiz Diretor do Fórum. III – no Foro Regional de Campo Largo:
Art. 239. A Comarca da Região Metropolitana de Curi- a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
tiba terá sua composição conforme o contido no anexo Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
III, tabela 1. Corregedoria do Foro Extrajudicial;
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Art. 265. A categoria do Juiz não será alterada por efei- IX - na Comarca de Corbélia - um (1) cargo;
to de nova classificação dada à comarca, continuando
X - na Comarca de Guaratuba - um (1) cargo;
nela a ter exercício.
XI – na Comarca de Morretes - dois (2) cargos;
§ 1º Em caso de mudança da sede da comarca,
ao Juiz é facultado remover-se para a nova sede XII – na Comarca de São João do Triunfo - um
ou para comarca de igual entrância ou ainda (1) cargo;
obter disponibilidade sem prejuízo de seus di- XIII – na Comarca de Mandaguari - um (1) cargo
reitos.
XIV – na Comarca de Sertanópolis - um (1) car-
§ 2º O Juiz que permanecer na Comarca elevada go;
de entrância poderá, se promovido, nela conti-
nuar, desde que o requeira antes de findo o pra- XV - na Comarca de Grandes Rios - um (1) car-
zo para assumir o exercício na Comarca para o go; e
qual tenha sido promovido. XVI – na Comarca de Jaguariaíva - um (1) cargo.
§ 3º A disposição acima somente se aplica quan- Art. 270. Ficam extintos, à medida que vagarem, os
do a elevação se der para Comarca de entrância cargos de Oficial de Justiça criados pelo artigo 70 da
imediatamente superior. Lei Estadual 10219, de 21 de dezembro de 1992, e
Art. 266. Havendo desdobramento ou criação de vara transformados pela Lei Estadual 11719, de 12 de maio
ou comarca, o Juiz Titular da vara ou comarca desdo- de 1997, nas Comarcas a seguir discriminadas: Goioe-
brada ou da qual saírem as atribuições, terá o direito rê - um (01) cargo; Laranjeiras do Sul - um (01) cargo;
de optar pela de sua preferência, respeitados, os seus Paranaguá - um (01) cargo; Corbélia - um (01) cargo;
direitos, nos dez dias seguintes à publicação do ato Morretes - dois (02) cargos; São João do Triunfo - um
respectivo e, não o fazendo, entender-se-á que preferiu (01) cargo, e Mandaguari - um (01) cargo.
aquela de que é titular . Art. 271. Ficam extintos os cargos de Oficial de Justiça
criados pelo art. 70 da Lei Estadual 10.219, de 21 de
Art. 267. Por ato do Presidente do Tribunal de Justi- dezembro de 1992, e transformados pela Lei Estadual
ça, mediante proposta do Corregedor-Geral da Justiça, 11.719, de 12 de maio de 1997, nas Comarcas a seguir
poderá ser instituída como serviço auxiliar uma cen- discriminadas: Rio Branco do Sul - um
tral de mandados.
(1) cargo; Campo Mourão - um (1) cargo; Serta-
Art. 268. Nas Comarcas das Regiões Metropolitanas nópolis - um (1) cargo; Grandes Rios – um (1)
de Curitiba, Londrina e Maringá, poderá o tribunal de cargo e Jaguariaíva - um (1) cargo.
Justiça distribuir as varas ou Juízos em Foros Regio-
Art. 272. Dos dez (10) cargos de Secretário de Turmas
nais, estabelecendo a respectiva competência.
Recursais, de entrância final, criados pela Lei Estadual
Art. 269. Os cargos de Oficial de Justiça criados pelo 11.468, de 16 de julho de 1996, oito (8) ficam transfor-
art. 70 da Lei Estadual 10.219, de 21 de dezembro de mados nos cargos de Secretário de Juizado Especial,
1992, e transformados pela Lei Estadual 11.719, de 12 assim distribuídos:
de maio de 1997, passam a integrar o Foro Judicial das a) dois (2) cargos de Secretário de Juizado Espe-
seguintes comarcas: cial Cível e um (1) cargo de Secretário de Juizado
I – na Comarca da Região Metropolitana de Especial Criminal no Foro Central da Comarca
Curitiba: da Região Metropolitana de Curitiba;
a) no Foro Central - quarenta e um (41) cargos; b) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe-
cial Cível na Comarca na Região Metropolitana
b) no Foro Regional de Pinhais - um (1) cargo;
de Londrina;
c) no Foro Regional de Rio Branco do Sul - três
d) c) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es-
(3) cargos; pecial Cível na Comarca na Região Metropolita-
II – na Comarca da Região Metropolitana de na de Maringá; um (1) cargo de Secretário de
Maringá - um (1) cargo; III - na Comarca de Juizado Especial Cível na Comarca de Cascavel;
Arapongas - um (1) cargo; e) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe-
IV - na Comarca de Goioerê - um (1) cargo; cial Cível na Comarca de Ponta Grossa; e
V - na Comarca de Laranjeiras do Sul - um (1) f) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial
cargo; Cível na Comarca de Foz do Iguaçu.
VI - na Comarca de Paranaguá - um (1) cargo; Parágrafo único. Dois (2) dos cargos de Secretá-
rio de Turma Recursal, de entrância final, um da
VII - na Comarca de Toledo - um (1) cargo
Comarca da Região Metropolitana de Londrina
VIII – na Comarca de Campo Mourão - um (1) e outro da Comarca da Região Metropolitana
cargo; de Maringá, criados pela Lei 11.468, de 16 de
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julho de 1996, permanecem inalterados, e seus Art. 276. Nos Foros Centrais das Comarcas das Re-
ocupantes exercerão suas funções na Turma Re- giões Metropolitanas de Curitiba, Londrina e Maringá,
cursal com sede no Foro Central da Comarca da e nas Comarcas de entrância final fica criado um cargo
Região Metropolitana de Curitiba, para os fins de Contador/Avaliador de Juizado Especial, conforme
dispostos nesta lei. os anexos VII e IX, tabela 8.
Art. 273. Os catorze (14) cargos de Secretário de Tur- Art. 277. No Foro Regional de Almirante Tamanda-
mas Recursais, de entrância intermediária, criados ré, Araucária, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do
pela lei 11.468, de 16 de julho de 1996, ficam transfor- Sul, Campo Largo, Colombo, Fazenda Rio Grande, Pi-
mados nos cargos de Secretário de Juizado Especial, nhais, Piraquara e Rio Branco do Sul; e nas Comarcas
assim distribuídos: de entrância intermediária de Apucarana, Arapongas,
a) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- Cambé, Campo Mourão, Castro, Cianorte, Francisco
cial Cível na Comarca de Apucarana; Beltrão, Lapa, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Sa-
randi, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da
b) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- Vitória, fica criada uma (1) Unidade Administrativa de
cial Cível na Comarca de Arapongas; Juizado Especial Cível e Criminal, com um (1) cargo de
c) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial Juiz de Direito.
Cível na Comarca de Campo Mourão;
Art. 278. Na Comarca de entrância final de Guarapua-
d) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- va e no Foro Regional de São José dos Pinhais ficam
cial Cível no Foro Regional de Colombo; criadas três (3) Unidades Administrativas de Juizado
Especial, duas Cíveis e uma Criminal, todas com um
e) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe-
(1) cargo de Juiz de Direito.
cial Cível na Comarca de Cornélio Procópio;
f) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial Art. 279. Nas Comarcas de entrância final de Casca-
Cível na Comarca de Francisco Beltrão; vel, Foz do Iguaçu, Região Metropolitana de Londrina,
Região Metropolitana de Maringá e Ponta Grossa, fica
g) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- criada mais uma (1) Unidade Administrativa de Juiza-
cial Cível na Comarca de Guarapuava; do Especial Cível, todas com um (1) cargo
h) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- de Juiz de Direito
cial Cível na Comarca de Irati;
Art. 280. Nas Comarcas de entrância intermediária de
i) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial
Cornélio Procópio, Guaíra, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho,
Cível na Comarca de Paranavaí;
Marechal Cândido Rondon e Rolândia, fica criada
j) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial uma (1) Unidade Administrativa de Juizado Especial
Cível na Comarca de Pato Branco; Cível e Criminal.
l) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial Art. 281. Nas comarcas de entrância final, intermediá-
Cível no Foro Regional de São José dos Pinhais; ria e inicial, ficam criados cargos de Auxiliar Admi-
m) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- nistrativo dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais,
cial Cível na Comarca de Telêmaco Borba; conforme os anexos VII e IX, tabela 8.
n) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- Art. 282. Ficam criadas as Seções Judiciárias, com sede
cial Cível na Comarca de Toledo; e nas Comarcas de Goioerê, Palmas, Pitanga e Sarandi.
o) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- Art. 283. .
cial Cível na Comarca de Umuarama.
Art. 284. Nas Seções Judiciárias com sede nas Comar-
Art. 274. Os servidores dos Juizados Especiais integra- cas de Arapongas, Campo Mourão e Paranaguá have-
rão quadro próprio nos termos do anexo VII. rá dois (2) Juízes Substitutos, cuja competência será
Parágrafo único. Os servidores que ocuparem fixada por resolução
os cargos das unidades administrativas e juris- Art. 285. A Comarca de entrância final de Cascavel
dicionais, bem assim os das Turmas Recursais, contará com três (3) seções judiciárias e a Comarca de
não poderão, a qualquer título, obter remoção Guarapuava contará com duas (2) seções judiciárias,
ou designação para qualquer unidade adminis- com a competência estabelecida no anexo II.
trativa ou jurisdicional, exceto para aquelas do
próprio Sistema de Juizados Especiais, cuja re- Art. 286. Ficam criados serviços de Registros e Tabe-
gulamentação será objeto de resolução. lionatos do Foro Extrajudicial, conforme o contido no
anexo IV.
Art. 275. Na Comarca da Região Metropolitana de
Curitiba, ficam criadas oito (8) Unidades Administra- Art. 287. Fica criado o Distrito Judiciário de Ferraria,
tivas de Juizado Especial, sendo duas (2) Unidades no Foro Regional de Campo Largo, com delimitação
Criminais e seis (6) Unidades Cíveis, todas com um (1) territorial a ser estabelecida por lei de iniciativa do Po-
cargo de Juiz de Direito. der Judiciário.
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Art. 288. Ficam transferidos os seguintes Distritos Ju- Art. 294. No Foro Central da Comarca da Região Me-
diciários: tropolitana de Curitiba, a Escrivania do 2º Ofício da 1ª
Vara da Infância e da Juventude fica transformada em
I – Antonio Olinto - da Comarca da Lapa para a
Escrivania de Adolescentes Infratores, e a Escrivania
Comarca de São Mateus do Sul;
do 2º Ofício da 1ª Vara de Execuções Penais e Correge-
II – Vila Alta ,Ivaté e Herculândia - da Comarca doria dos Presídios em Escrivania da Vara da Correge-
de Umuarama para a Comarca de Icaraíma; doria dos Presídios.
III - Nova Santa Rosa e Alto Santa Fé - da Co- Art. 295. Art. 296. Os ocupantes do cargo de Psicólogo
marca de Toledo para a Comarca de Marechal da Vara de Execuções e de Penas e Medidas Alternati-
Cândido Rondon; vas, criado por esta Lei, terão seus vencimentos fixa-
IV - Guairaçá - da Comarca de Paranavaí para a dos ao nível E3.
Comarca de Terra Rica;.
Art. 297. Os ocupantes do cargo de Auxiliar Adminis-
V – Rondon – da Comarca de Cidade Gaúcha trativo do Foro Judicial, criados por esta Lei, terão seus
para a Comarca de Paraíso do Norte; vencimentos fixados da seguinte forma: entrância final
- nível A3; na entrância intermediária - nível A2 e na
VI – Nova Esperança do Sudoeste - da Comarca entrância inicial – nível A1.
de Francisco Beltrão para a Comarca de Salto do
Lontra; Art. 298. Aos atuais Juízes Substitutos da Seção Judi-
VII – Alvorada do Sul – da Comarca de Bela ciária de Guarapuava é assegurado o direito de opção
Vista do Paraíso para a Comarca de Primeiro de pelas Seções Judiciárias criadas nos dez (10) dias se-
Maio; VIII – Quitandinha – da Comarca de Rio guintes à vigência deste Código.
Negro para a Comarca da Fazenda Rio Grande;
Art. 299. O agente delegado, ingressado no concurso
IX – Diamante do Oeste – da Comarca de Mate- na forma do disposto pelo § 3º do art. 236, da Consti-
lândia para a Comarca de Santa Helena; tuição Federal, que esteja respondendo por diferente
delegação, poderá ser para esta última removido com
X – Manfrinópolis – da Comarca de Barracão
a aprovação do Conselho da Magistratura, assim o re-
para a Comarca de Francisco Beltrão;
querendo, comprovada:
XI – Jataizinho, juntamente com seu Distrito Ju-
a) a baixa rentabilidade da serventia para a qual
diciário de Frei Timóteo, da Comarca de Uraí,
recebeu a delegação;
de entrância inicial, para o Foro Regional de Ibi-
porã, da Comarca da Região Metropolitana de b) que a designação perdure por dois anos ou
Londrina, de entrância final; mais; c) a vacância da serventia a ser preenchida
XII – Bela Vista da Caroba, da Comarca de Ca-
Art. 299A. Os titulares das serventias notariais e de
panema e Pinhal de São Bento, da Comarca de
registros alcançados por atos de desmembramento ou
Santo Antônio do Sudoeste para a Comarca de
de desdobramento terão direito de opção, no prazo de
Ampére; XIII – Pitangueiras, do Foro Regional
vinte dias, contados da publicação da lei ou do ato que
de Rolândia, Comarca da Região Metropolitana
deu origem, decaindo desse direito, se não exercido
de Londrina, para a Comarca de Astorga; XIV –
nesse prazo, permanecendo, portanto, no mesmo ser-
Honório Serpa - da Comarca de Mangueirinha
viço.
para a Comarca de Coronel Vivida;
§ 1º Se o ato de desmembramento ou de desdo-
Art. 289. Os Distritos Judiciários de Flor da Serra e
bramento atingir mais de um titular de serviço
Jardinópolis, ambos da Comarca de Medianeira, serão
notarial e de registro, prevalecerá a opção ma-
mantidos até a vacância. O que vagar primeiro será ex-
nifestada por aquele que tenha mais tempo de
tinto, ficando o serviço remanescente transformado no
serviço público.
Distrito Judiciário de Serranópolis do Iguaçu.
§ 2º Em caso de empate terá preferência o mais
Art. 290. Ficam extintos os Distritos Judiciários cons-
idoso.
tantes do anexo IX, tabela 6.
§ 3º Ressalva ao preterido o direito de optar pela
Art. 291. Permanecem até a vacância, quando serão ex-
serventia remanescente, no prazo de cinco dias
tintos, os Distritos Judiciários constantes do anexo IX,
contados da data da publicação do acórdão do
tabela 7.
Conselho da Magistratura, independentemente
Art. 292. Os limites territoriais dos novos serviços de de nova intimação.
registro de imóveis serão fixados e alterados por lei de
§ 4º As normas para processamento e tramita-
iniciativa do Poder Judiciário.
ção dos pedidos de opção serão definidas em
Art. 293. A competência da execução penal e correge- regulamento próprio, aprovado pelo Conselho
doria dos presídios será fixada por resolução. da Magistratura.
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1.1.4.2 - As portarias serão encaminhadas: 1.2.3 - A função correicional será exercida por
meio de correições ordinárias ou extraordiná-
I - à Supervisão-Geral dos Juizados Especiais,
rias, gerais ou parciais e inspeções correicionais.
quando baixadas no âmbito dos Juizados Espe-
ciais; 1.2.4 - A correição ordinária consiste na fiscaliza-
ção normal, periódica e previamente anunciada.
II - à Corregedoria-Geral da Justiça nas hipóte-
ses previstas no item 1.1.5. 1.2.5 - A correição extraordinária consiste na fis-
1.1.5 - O encaminhamento das portarias previs- calização excepcional, realizável a qualquer mo-
tas no item 1.1.4 à Corregedoria-Geral da Justiça mento, podendo ser geral ou parcial, conforme
será efetuado por meio eletrônico e somente na abranja ou não todos os serviços da comarca.
hipótese de existir: Se em segredo de justiça, far-se-á sempre com a
presença do implicado, salvo escusa deste.
I - determinação legal ou normativa para o en-
caminhamento; 1.2.6 - Sempre que houver indícios veementes
de ocultação, remoção ilegal ou dificultação do
II - dúvida não sanada pelo juízo que a expediu; cumprimento de ordem judicial de soltura ou
III - insurgência; ou de apresentação de preso, especialmente em
ação de , poderá ser feita correição extraordiná-
IV - impugnação. ria ou inspeção em presídio ou cadeia pública.
1.1.5.1 - Para os fins do item 1.1.5, inciso I, não
1.2.7 - As correições ordinárias e extraordinárias
se considera determinação normativa para en-
nos ofícios de justiça, serventias do foro extra-
caminhamento aquela inserida no texto da pró-
judicial e secretarias poderão ser feitas por Juí-
pria portaria.
zes Auxiliares da Corregedoria-Geral da Justiça,
1.1.5.2 - Nas hipóteses dos incisos II a IV do desde que presididas pelo Corregedor-Geral da
item 1.1.5, o juízo que expediu a portaria a en- Justiça.
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1.2.8 - As inspeções correicionais não dependem III - INSTRUÇÃO - Ato de caráter complemen-
de prévio aviso e o Corregedor- Geral da Justiça tar, com o objetivo de orientar a execução de
as fará nos serviços forenses de qualquer comar- serviço judiciário específico;
ca, juízo, juizado ou serventia de justiça, poden-
IV - CIRCULAR - Instrumento em que se divul-
do delegá-las a juiz auxiliar. ga matéria normativa ou administrativa, para
1.2.9 - O resultado da correição ou inspeção conhecimento geral;
constará de ata ou relatório circunstanciado, V - ORDEM DE SERVIÇO - Ato de providência
com instruções, se for o caso, as quais serão ime- interna e circunscrita ao plano administrativo
diatamente encaminhadas ao juiz para o devido da Corregedoria-Geral da Justiça.
cumprimento.
1.2.16.1 - Exceto as portarias concernentes a pro-
1.2.10 - A correição permanente nos serviços cessos administrativos, bem como as ordens de
notariais e de registro, secretarias e ofícios de serviço referentes às inspeções correicionais e
justiça caberá aos juízes titulares das varas ou àquelas que necessitam do indispensável sigilo
juizados a que estiverem subordinados. para a consecução dos fins correicionais, os atos
acima descritos tornar-se-ão públicos mediante
1.2.11 - A inspeção permanente dos serviços no-
publicação no Diário da Justiça.
tariais e de registro, inclusive os distritais, do
Foro Central da Comarca da Região Metropoli- 1.2.16.2 - É dever dos servidores e serventuários
tana de Curitiba será exercida pelo juiz da vara a consulta diária das publicações no Diário da
de registros públicos, que remeterá ao Correge- Justiça eletrônico e nos sítios do Tribunal de Jus-
dor-Geral da Justiça relatório trimestral de suas tiça, na Corregedoria-Geral da Justiça e no Con-
atividades. selho de Supervisão dos Juizados Especiais dos
atos emanados, bem como a consulta ao Sistema
1.2.12 - A inspeção permanente do foro extra- Mensageiro, sempre que houver expediente fo-
judicial das comarcas do interior e dos Foros rense.
Regionais da Comarca da Região Metropolitana
de Curitiba será exercida pelo juiz corregedor 1.2.16.3 - A diretoria da Corregedoria-Geral da
respectivo. Justiça providenciará a publicação, na impren-
sa oficial, dos atos referidos no CN 1.2.16, bem
1.2.13 - O juiz corregedor poderá determinar como os disponibilizará no site da Corregedo-
que livros e processos sejam transportados ao ria-Geral da Justiça (www.tj.pr.gov.br/cgj), para
fórum para serem examinados. fins de conhecimento e consulta.
1.2.14 - Ficarão à disposição do Corregedor ou SEÇÃO 03
dos Juízes Auxiliares da Corregedoria- Geral da
Justiça, para o serviço da correição ou inspeção, ROTEIRO DE INSPEÇÃO ANUAL
todos os serventuários e funcionários da justiça
da comarca, podendo ainda ser requisitada for- 1.3.1 - O juiz inspecionará, no primeiro bimes-
ça policial, caso seja necessário. tre de cada ano, ou ainda quando reputar ne-
cessário ou conveniente, as serventias que lhe
1.2.15 - Todos os funcionários e auxiliares da forem subordinadas, instruindo os respectivos
justiça são obrigados a exibir, no início das cor- auxiliares sobre seus deveres, dispensando-lhes
reições ou inspeções, quando exigidos pelo juiz elogios ou adotando as providências legais e re-
ou Corregedor, os seus títulos. gulamentares, conforme a situação.
1.2.16 - É a seguinte a nomenclatura, com 1.3.1.1 - - Para os fins do item 1.3.1, o escrivão
seus conceitos, dos atos emanados do Cor- ou secretário elaborará, na primeira quinzena
regedor-Geral da Justiça do Estado do Paraná: do mês janeiro, a planilha de dados estatísticos
correspondente ao Anexo C de cada serventia,
I - PROVIMENTO - Ato de caráter normativo relativo ao período compreendido entre o pri-
com a finalidade de esclarecer e orientar a exe- meiro dia do mês janeiro e o dia trinta e um do
cução dos serviços judiciais e extrajudiciais em mês dezembro do ano anterior, observado o dis-
geral. Quando for emanado para alterar o Códi- posto no item 1.13.5.2.
go de Normas, deverá ser redigido de tal forma
a indicar expressamente a norma alterada, a fim 1.3.1.2 - - O resultado da inspeção constará de
de preservar a sistematização e a numeração relatório elaborado pelo juiz, informando as
existente; providências tomadas, bem como o cumpri-
mento das determinações pela escrivania e re-
II - PORTARIA - Ato de natureza geral objeti- gularização das falhas, e deverá ser enviado à
vando aplicar, em casos concretos, os disposi- Corregedoria- Geral da Justiça até o último dia
tivos legais atinentes à atividade funcional dos do mês março, pelo sistema Mensageiro, para
magistrados, serventuários e funcionários da o endereço “Seção de Correições e Inspeções”,
justiça; juntamente com os dados estatísticos.
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1.3.1.3 - - Uma via do aludido relatório deve- 1.8.1.1 - Não será utilizado o sistema de grava-
rá ser arquivada na Direção do Fórum, com os ção audiovisual de audiências:
dados estatísticos e, se caso, com a certidão de
I - em unidade que não disponha desse sistema;
regularização, preferencialmente em mídia CD
-ROM. II - na ocorrência de problema que impossibilite
sua utilização;
1.3.1.4 - A inspeção poderá ser dispensada se ti-
ver sido realizada, a partir do mês de outubro, III - na hipótese do item 1.8.4.
inclusive, do ano anterior, correição geral ordi-
1.8.2 - A implantação do sistema não implicará
nária ou inspeção correicional nas serventias.
acréscimo de custas processuais.
1.3.1.5 - É obrigatório o encaminhamento da
1.8.3 - O juiz orientará as partes quanto à segu-
planilha de dados estatísticos do Anexo C, in-
rança e confiabilidade do sistema adotado. Nos
dependentemente de ser dispensada ou não se
depoimentos, as partes e as testemunhas serão
realizar a inspeção, observando-se o prazo esta-
previamente informadas sobre a gravação de
belecido no item 1.3.1.2.
som e imagem, para o fim único e exclusivo de
1.3.2 - Ao assumir a vara ou comarca, o juiz titu- documentação processual - Na hipótese previs-
lar deverá remeter à Corregedoria-Geral da Jus- ta no artigo 217 do Código de Processo Penal, ou
tiça, pelo Sistema Mensageiro, para o endereço quando for necessária a preservação da intimi-
“Seção do Fichário Confidencial da Magistratu- dade, da honra e da imagem do depoente, o juiz
ra”, no prazo de quinze (15) dias, histórico ela- procederá ao registro de suas declarações pela
borado pelo escrivão, com os seguintes dados: via tradicional ou por gravação digital apenas
I - número de processos em andamento (distri- em áudio, sem registro visual.
buídos e não sentenciados), incluindo os feitos 1.8.4 - A audiência em que houver utilização do
administrativos da Direção do Fórum e Corre- sistema de gravação audiovisual será documen-
gedoria do Foro Extrajudicial; tada por termo a ser juntado nos autos, assinado
II - número de processos aguardando conclu- pelo Juiz e pelos presentes, nos quais constarão:
são para sentença e despacho, relacionando I - data e horário da audiência;
os feitos paralisados há mais de 90 dias, com a
data do último ato praticado; II - nome do juiz;
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1.8.10.3.1 - Em nenhuma hipótese o CD-segu- 1.8.12 - Não se fará, em primeiro grau, trans-
rança ou DVD-segurança será retirado da ser- crição dos depoimentos gravados pelo sistema
ventia. audiovisual.
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1.8.12.1 - Nas decisões proferidas pelo juiz, em protocolizados, mencionando dia, mês, hora,
que houver menção de trechos de depoimentos ano, número de controle, número dos autos, na-
gravados pelo sistema audiovisual, não é ne- tureza do feito, quantidade de anexos, número
cessária sua transcrição integral, bastando sua de cópias, assunto, nome das partes e juízo ao
descrição e o apontamento respectivo do tempo qual deverão ser encaminhados.
do vídeo.
1.9.6 - Os recibos poderão ser dados em livro
1.8.13 - Os atos processuais poderão ser repeti- próprio apresentado pelo interessado ou nas có-
dos de ofício ou mediante insurgência da parte, pias dos protocolados se estas, no ato da entre-
quando houver falha ou deficiência na gravação, ga, vierem com os originais.
de modo a impossibilitar seu entendimento.
1.8.14 - Nas cartas precatórias: I - o juízo depre- 1.9.7 - Os livros referidos no item anterior de-
cado: verão conter as especificações mencionadas no
item 1.9.5, bem como estar em condições de re-
a) devolverá os autos de carta precatória acom- ceber o recibo individual do protocolador auto-
panhados do CD-Processo. Poderá, entretanto, mático.
utilizar meio eletrônico para envio dos arquivos
das gravações ou compartilhá-los com o juízo 1.9.8 - Os papéis serão entregues pelo Serviço de
deprecante em pasta ou servidor. Na última Protocolo aos juízos e escrivanias em relações
hipótese deverá o juízo deprecado comunicar o próprias, que serão carimbadas e assinadas pelo
juízo de origem sobre o método para obtenção chefe do serviço ou respectivo substituto.
dos arquivos.
1.9.9 - Os papéis de natureza urgente terão, em
b) Apenas manterá os arquivos das gravações caracteres visíveis, a palavra URGENTE, aposta
realizadas em cumprimento aos atos depreca- pelas partes, devendo ser entregues imediata-
dos em hard disk ou servidor (CN 1.8.10), dis- mente, pelo serviço, aos destinatários.
pensada, portanto a gravação do CD-Segurança.
II - O juízo deprecante: 1.9.10 - O serviço não receberá autos, volumes
ou quaisquer objetos que não venham em forma
a) recebendo os arquivos das gravações, obser- de petição, nem as petições que:
vará quanto à formação do CD- Processo, as dis-
posições do CN 1.8.10.1 e 1.8.10.2. I - devam obrigatoriamente ser entregues em
dependências administrativas;
b) gerará o CD-Segurança ou DVD-Segurança,
conforme CN 1.8.10.3 e seguintes. II - não estejam endereçadas a juízos certos e de-
terminados;
SEÇÃO 09
III - dependam de preparo, distribuição e outras
SERVIÇO DE PROTOCOLO providências preliminares, na forma da legisla-
1.9.1 - O Serviço de Protocolo é destinado ao re- ção vigente;
cebimento de papéis endereçados IV - envolvam pedidos de natureza urgente e
aos juízes de direito e escrivães de todas as por isso devam merecer apreciação judicial ime-
varas do Foro Central da Comarca da Região diata, sob pena de prejuízo processual insuperá-
Metropolitana de Curitiba, inclusive Auditoria vel, como por exemplo, as petições de pedidos
Militar. de adiamento de audiências e de suspensão de
praça ou leilão;
1.9.2 - O expediente para o atendimento ao pú-
blico será das 8h30min às 11 horas e das 13 às 17 V - se apresentem incompletas, faltando alguma
horas, de segunda a sexta-feira, nos termos do de suas folhas;
art. 198 da Lei Estadual n° 7.297, de 08.01.1980,
até que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça VI - objetivem depósito judicial e venham acom-
delibere de outra forma. panhadas de cheque ou importância em dinhei-
1.9.3 - A utilização do serviço é facultativa aos ro.
interessados. 1.9.11 - A presidência e fiscalização dos traba-
1.9.4 - O Serviço de Protocolo utilizará protoco- lhos do serviço ficarão sob a responsabilidade
lador mecânico, que conterá a data e horário do dos juízes de direito diretores do fórum cível e
recebimento de forma bem legível, cujo modelo criminal, respectivamente.
deverá ser aprovado pela Corregedoria-Geral
da Justiça. 1.9.12 - O Serviço de Protocolo poderá ser ins-
tituído em outras comarcas, obedecendo aos
1.9.5 - O Serviço de Protocolo fornecerá aos inte- critérios desta seção, desde que autorizado pela
ressados recibos-comprovantes dos expedientes Corregedoria- Geral da Justiça.
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IV. pedidos de busca e apreensão de pessoas, que semelhante pedido não foi anteriormente
bens ou valores, desde que objetivamente com- formulado. Será reputada litigância de má-fé a
provada a urgência; reiteração de requerimentos já apreciados.
V. medida cautelar ou liminar, de natureza cível 1.12.1.8. A propositura de qualquer medida no
ou criminal, que não possa ser realizado no ho- Plantão Judiciário não isenta o interessado da
rário normal de expediente ou de caso em que demonstração do preenchimento de seus requi-
da demora possa resultar risco de grave prejuí- sitos formais de admissibilidade e nem dispen-
zo ou de difícil reparação; sa o preparo, quando exigível, cabendo à parte
VI. comunicação de apreensão em flagrante e interessada providenciar o recolhimento no pri-
pedidos de internação provisória de adolescen- meiro dia útil subseqüente em que houver expe-
te infrator, medidas de proteção a criança ou diente bancário.
adolescente em caráter de urgência, ou comu-
1.12.1.9. O juiz de plantão analisará se estão
nicação de acolhimento institucional, realizado
presentes as circunstâncias que autorizam a
em caráter excepcional e de emergência, con-
formulação de pedido no Plantão Judiciário, re-
soante previsão contida no art. 93, do Estatuto
metendo os autos à distribuição normal ou ao
da Criança e do Adolescente, com a redação
órgão competente caso repute ausente o caráter
dada pela Lei nº 12.010/2009.
de urgência ou o receio de prejuízo, ou ainda
VII. medidas urgentes, cíveis ou criminais, da quando a apreciação do pedido revelar- se in-
competência dos Juizados Especiais a que se re- viável por estar inadequadamente instruído.
ferem as Leis nos 9.099, de 26 de setembro de
1995 e 10.259, de 12 de julho de 2001, limitadas 1.12.2. No Foro Central da Comarca da Região
as hipóteses acima enumeradas. Metropolitana de Curitiba, o Plantão Judiciário
em primeiro grau funcionará no andar térreo do
1.12.1.3. Em segundo grau, compete ao magis- Edifício do Palácio da Justiça, situado na Praça
trado de plantão conhecer de medidas de caráter Nossa Senhora da Salete, s/n - Centro Cívico -
urgente em matéria cível e criminal, atribuídas Curitiba.
por lei ou pelo Regimento Interno ao Presiden-
te do Tribunal, ressalvadas as da competência 1.12.2.1. O atendimento em todas as áreas será
privativa deste, ou ao Relator, quando a provi- efetuado por um dos juízes de direito substitu-
dência objetivar evitar o perecimento de direi- tos da comarca, escalado para funcionar no pe-
to e tiver se revelado objetivamente inviável a ríodo compreendido entre o encerramento do
dedução do requerimento respectivo no horário expediente de segunda-feira e o mesmo horário
de expediente. da segunda-feira da semana seguinte, sem pre-
1.12.1.4. Consideram-se medidas de caráter ur- juízo de suas demais atribuições.
gente as que, sob pena de dano irreparável ou 1.12.2.2. A escalação será feita pela Corregedo-
de difícil reparação, tiverem de ser apreciadas, ria-Geral da Justiça e alterada sempre que hou-
inadiavelmente, fora do horário de expediente ver necessidade, observando-se a ordem de an-
forense. tiguidade dos juízes, do menos ao mais antigo
1.12.1.5. As medidas de comprovada urgência na entrância. Não participarão do revezamento
que tenham por objeto o depósito de importân- os juízes auxiliares do Presidente do Tribunal
cia em dinheiro ou valores só poderão ser or- de Justiça, dos Vice-Presidentes, do Corregedor-
denadas por escrito pela autoridade judiciária Geral e do Corregedor.
competente e só serão executadas ou efetivadas
1.12.2.3. O juiz escalado para o plantão em de-
durante o expediente bancário normal por in-
terminado período será automaticamente subs-
termédio de servidor credenciado do juízo ou
tituído, em suas faltas ou impedimentos, suces-
de outra autoridade por expressa e justificada
sivamente, pelos juízes escalados para os perío-
delegação do juiz.
dos subseqüentes.
1.12.1.6. O Plantão Judiciário não se destina à
apreciação de solicitação de prorrogação de 1.12.2.4. Eventual pedido de alteração da escala-
autorização judicial para escuta telefônica - res- ção poderá ser revista se requerida justificada-
salvada a hipótese de risco eminente e grave à mente ao Corregedor-Geral da Justiça, no prazo
integridade ou à vida de terceiros -, de pedidos de cinco (05) dias úteis antes do início do respec-
de levantamento de importância em dinheiro ou tivo período de plantão.
valores nem liberação de bens apreendidos. 1.12.2.5. V O reajuste na escalação será também
1.12.1.7. É vedada a apresentação, no Plantão efetuado em caso de promoção ou remoção. Ha-
Judiciário, de reiteração de pedido já aprecia- vendo tempo hábil, o juiz promovido ou remo-
do no órgão judicial de origem ou em plantão vido ocupará, na escala, o lugar do juiz que ori-
anterior, de reconsideração ou reexame, caben- ginou a vacância, observando-se nos períodos
do ao requerente declarar, sob as penas da lei, subseqüentes o subitem 1.12.2.2.
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1.12.2.6. Cabe ao juiz escalado para o plantão 1.12.3.3. Será admitida a troca de períodos de
em primeiro grau entrar em contato com o Se- plantão entre os juízes escalados, desde que co-
tor de Plantões de primeiro grau do Tribunal de municadas ao Juiz Diretor do Fórum antes do
Justiça para informar o meio pelo qual poderá início de cada período, atendendo-se à necessá-
ser encontrado nos horários a que alude o item ria publicação.
1.12.1 deste Código. 1.12.3.4. Havendo divergência entre os magis-
1.12.2.7. A escalação dos escrivães cíveis será trados, o Juiz Diretor do Fórum suscitará dúvi-
feita pela ASSEJEPAR - Associação dos Ser- da ao Corregedor-Geral da Justiça.
ventuários da Justiça do Estado do Paraná, que 1.12.3.5. Funcionará junto ao juiz de plantão o
encaminhará à Corregedoria- Geral da Justiça escrivão da respectiva vara ou, se necessário,
a relação dos escalados e dos períodos em que seu auxiliar legalmente habilitado. Tratando-
atuarão, para deliberação e publicação nos ter- se de juiz de direito substituto, juiz substituto
mos do item 1.12.6 deste Código. ou juiz supervisor de juizado especial, um dos
escrivães das varas do foro ou comarca ou, em
1.12.2.8. V O oficial de justiça escalado atuará suas ausências justificadas, seus auxiliares le-
em matéria cível e criminal. galmente habilitados, mediante revezamento.
1.12.2.9. Os mandados de busca e apreensão 1.12.3.6. Os secretários, oficiais de justiça e de-
em matéria criminal, expedidos no Plantão mais servidores do Sistema de Juizados Espe-
Judiciário, serão imediatamente encaminhados, ciais não estão sujeitos ao regime de plantão
por ofício, às autoridades policiais encarregadas judiciário da Justiça comum.
de cumpri-los. 1.12.3.7. O oficial de justiça escalado atuará em
1.12.2.10. O escrivão de plantão, previamente à matéria cível e criminal.
conclusão dos autos ao juiz de plantão, certifi- 1.12.4. Nas comarcas de entrância inicial, as me-
cará a existência de feito semelhante em que o didas urgentes de que trata o subitem 1.12.1.2
requerente seja parte, após consulta ao banco de serão apreciadas pelo juiz de direito ou pelo juiz
dados da distribuição, vedada a utilização deste substituto, este quando no exercício de substi-
para qualquer outra finalidade. tuição ou nas ausências eventuais daquele.
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1.12.6. Serão publicados no Diário da Justiça e 1.12.8. No Setor de Plantões de primeiro e se-
em jornais de grande circulação local os nomes gundo graus, mantido junto ao Edifício do Palá-
dos juízes, do escrivão e do oficial de justiça es- cio da Justiça - sede do Tribunal de Justiça, serão
calados para o plantão em primeiro e segundo mantidos os seguintes livros obrigatórios:
graus no Foro Central da Comarca da Região a) Para o plantão de primeiro grau:
Metropolitana de Curitiba, bem como o endere-
ço do local de atendimento. I - Registro Geral de Feitos;
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1.12.9. Nos foros e comarcas a que alude o item tiça, existente nas comarcas de entrância final.
1.12.3, serão também mantidos pela Secretaria
1.14.1.2 - Poderão ser protocolizadas petições da
da Direção do Fórum os seguintes livros obri-
área cível, criminal, família, infância e juventu-
gatórios:
de, registros públicos e juizados especiais, inclu-
I - Registro de Feitos do Plantão Judiciário; sive cartas precatórias, bem como as relativas ao
segundo grau de jurisdição, notadamente nos
II - Protocolo de Remessa;
processos de competência originária do Tribu-
III - Registro de Depósitos; nal de Justiça, desde que sejam apresentados o
IV - Arquivo de Escalações; original e a cópia da petição, bem como os do-
cumentos que porventura venham a instruí-la.
V - Arquivo de Termos de Recebimento e En-
trega. 1.14.1.3 - O serviço de Protocolo Judicial Inte-
grado poderá receber:
1.12.9.1. O livro de Registro de Feitos do Plantão
I - petições iniciais;
Judiciário destina-se ao registro de todos os fei-
tos ajuizados perante o plantão judiciário. II - petições em geral (intermediárias);
1.12.9.2. No livro de Protocolo de Remessa, o III - cartas precatórias;
escrivão de plantão colherá o visto do distribui-
IV - recursos, exceto o especial, o extraordinário
dor, por ocasião do encaminhamento dos feitos
e o agravo contra a sua não admissão.
ajuizados durante o plantão.
1.14.1.4 - Estão excluídas das disposições destas
1.12.9.3. O livro de Registro de Depósitos des-
normas as petições inclusive recursais, dirigidas
tina-se ao registro das custas e outros valores
aos Tribunais Superiores (STJ e STF) e às demais
recebidos pelo escrivão de plantão. Nele devem
Unidades da Federação, as de competência da
ser colhidos os recibos do distribuidor compe-
Justiça Federal, do Trabalho, Eleitoral e Militar
tente e do escrivão da vara a que o feito for dis-
Federal, bem como as relativas a feitos adminis-
tribuído.
trativos, ficando o descumprimento passível de
1.12.9.4. No Arquivo de Escalações serão arqui- responsabilidade administrativa disciplinar.
vadas as relações de juízes, escrivães e oficiais
1.14.1.5 - - As petições dirigidas ao segundo grau
de justiça escalados para o plantão a cada inter-
de jurisdição do Estado do Paraná (Tribunal de
valo de tempo mencionado no subitem 1.12.3.1,
Justiça) deverão ser encaminhadas pelo distri-
nelas devendo ser averbados todos os ajustes
buidor da comarca de origem ao PROTOCOLO
efetuados.
CENTRAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, no se-
1.12.9.5. O Juiz Diretor do Fórum alocará local guinte endereço: Praça Nossa Senhora da Salete,
para o Setor de Plantões, subordinado à Direção s/nº, Palácio da Justiça, Centro Cívico, 1º andar,
do Fórum, onde serão mantidos os materiais Curitiba - PR, CEP 80.530-912, telefones (0xx41)
de expediente do Plantão Judiciário e os livros 3254-4063, 3254-8977, 3354-7222 e 3353-5383.
mencionados nos incisos I, II e III do item 1.12.9.
1.14.2 - A utilização do serviço é facultativa.
1.12.9.6. O escrivão designado para o plantão,
1.14.3 - O expediente para o atendimento ao pú-
por ocasião do encerramento do expediente de
blico será das 8h30min às 11 horas e das 13 às 17
segunda-feira, firmará termo de recebimento
horas, de segunda a sexta-feira, nos termos do
dos livros mencionados no subitem anterior e
art. 198 da Lei Estadual n° 7.297, de 08.01.1980,
das chaves do Setor de Plantões, que será bai-
até que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça
xado pelo Secretário da Direção do Fórum no
delibere de outra forma.
início da segunda-feira seguinte e arquivado na
pasta a que alude o inciso V do item 1.12.9. 1.14.4 - - O distribuidor da comarca de origem,
ao receber petições dirigidas a outras comarcas,
SEÇÃO 14 deverá certificar, de forma legível, no anverso
da petição e fora do campo da sua margem, a
PROTOCOLO JUDICIAL INTEGRADO data e a hora do recebimento, fornecendo recibo
1.14.1 - O serviço de Protocolo Judicial Integrado na cópia que ficar com o interessado.
é destinado ao recebimento de petições endere- 1.14.4.1 - Recomenda-se a adoção de protocola-
çadas ao Tribunal de Justiça e a todas as demais dor mecânico, o que proporcionará maior segu-
comarcas do Estado do Paraná, independente- rança ao ato.
mente do local onde o ato requerido deva ser
1.14.5 - O distribuidor da comarca de origem ex-
realizado, desde que neste Estado, funcionando
pedirá guia própria, em três vias:
junto ao ofício distribuidor de cada comarca.
I - a primeira via será entregue ao interessado;
1.14.1.1 - Ficam mantidos os protocolos interli-
gados ao Protocolo Central do Tribunal de Jus- II - a segunda via acompanhará a petição;
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III - a terceira via será encaminhada por imedia- ro grau de jurisdição, à Seção de Protocolo de
tamente ao distribuidor da comarca de destino Primeiro Grau da Corregedoria-Geral da Justi-
ou, tratando-se do Foro Central da Comarca da ça, em segundo grau de jurisdição ao Protocolo
Região Metropolitana de Curitiba, à Seção de Central do Tribunal de Justiça;
Protocolo de Primeiro Grau da Corregedoria-
II - - verificar se todas as vias da petição encon-
Geral da Justiça. Se a petição for dirigida ao se-
tram-se firmadas pelo advogado;
gundo grau de jurisdição, ao Protocolo Central
do Tribunal de Justiça. III - lançar a certidão a que alude o CN 1.14.4,
antes da transmissão do , a fim de que o desti-
1.14.5.1 - - O distribuidor da comarca de ori-
natário, ao recebê-lo, não tenha dúvida de que
gem deverá arquivar a via mencionada no in-
foi transmitido por intermédio do serviço de
ciso III supra, juntamente com fotocópia do
Protocolo Judicial Integrado.
comprovante da transmissão do . Para tanto,
deverá instituir livro próprio com a denomina- 1.14.7.1 - Nos casos urgentes, transmitir-se-á via
ção “Arquivo do Protocolo Judicial Integrado”, o teor dos documentos que acompanham a pe-
observando, quanto à sua confecção, as regras tição. Tratando-se de fotocópias, o distribuidor
do Código de Normas da Corregedoria-Geral da comarca de origem deverá observar se se en-
da Justiça. contram autenticadas. Se estiverem, lançará no
1.14.5.2 - O distribuidor da comarca de origem anverso do documento, antes da transmissão
ao receber da comarca de destino, em devo- do , a anotação “fotocópia autenticada”. Se não
lução, o aviso de recebimento do SEDEX, que estiverem, antes da transmissão do lançará, no
encaminhou a petição original, o grampeará na anverso do documento, a anotação “fotocópia
via correspondente mencionada no subitem an- sem autenticação”. Se o documento apresenta-
terior. do for o original, lançará em seu anverso, antes
da transmissão do , a anotação “documento ori-
1.14.6 - - Na guia, a que alude o CN 1.14.5, de- ginal”
verão ser mencionados dia, mês, hora e ano do
protocolo, número de controle seqüencial do 1.14.7.2 - O magistrado poderá, nos casos em
ofício (renovável anualmente), número dos au- que entender conveniente e se as circunstâncias
tos a que se destinam os documentos, natureza assim o permitirem, determinar que se aguarde
do feito, quantidade de anexos (documentos), o recebimento dos documentos originais.
número de folhas, assunto, nome das partes, a 1.14.7.3 - Em nenhuma hipótese, poderá o dis-
comarca e o juízo a que se destinam - se houver tribuidor remeter documentos que não tenham
mais de um -, bem como, tratando-se de petição sido apresentados na oportunidade prevista no
inicial, se a sua distribuição se fará por depen- item 1.14.1.2, deste Código, sob pena de respon-
dência. sabilidade.
1.14.6.1 - O distribuidor da comarca de destino 1.14.7.4 - A petição, tratando-se de caso urgen-
deverá observar que a ação principal em relação te, será encaminhada, na sua integralidade e
à cautelar e a cautelar incidental em relação à acompanhada dos documentos a ela acostados,
principal não dependem de prévio despacho via imediatamente ao destino, juntamente com
judicial para distribuição por dependência, sen- a guia a que alude o item 1.14.5, inciso III, deste
do objeto somente de registro. CN.
1.14.6.2 - Nos demais casos, a distribuição por 1.14.7.5 - A transmissão integral da petição,
dependência somente será realizada à vista do quando não se tratar de medida urgente, será
despacho do juiz competente. dispensada, cumprindo ao distribuidor obter
1.14.6.3 - Para os fins do CN 1.14.6.2, o distribui- declaração da parte nesse sentido e, em segui-
dor da comarca de destino deverá levar a peti- da, postar a petição e documentos no mesmo
ção inicial, ou fotocópia do - se se tratar de caso dia em que protocolizada, sem prejuízo do dis-
de natureza urgente - para apreciação judicial, posto no CN 1.14.5, inc. III.
devendo o magistrado, por despacho, deferir ou 1.14.8 - Tratando-se de petição inicial, de caso
indeferir a dependência postulada. urgente ou não, deverá obrigatoriamente acom-
1.14.7 - O distribuidor da comarca de origem, ao panhá-la cheque nominal e cruzado ao ofício
encaminhar o a que alude o CN 1.14.5, inc. III, distribuidor da comarca de destino, para pre-
deverá obedecer aos seguintes requisitos: paro da distribuição, bem como a guia compro-
batória do pagamento da taxa judiciária devida,
I - a remessa deverá obrigatoriamente - a fim de
salvo nas hipóteses previstas no CN 1.14.13.2.
evitar extravio - ser dirigida ao aparelho instala-
do no ofício distribuidor da comarca de destino 1.14.8.1 - O preparo das custas processuais de-
ou, não o possuindo, ao da secretaria da direção verá ser efetuado diretamente na vara a que for
do fórum. Para o Foro Central da Comarca da distribuída a petição inicial, no prazo e sob as
Região Metropolitana de Curitiba, em primei- penas do art. 257, do Código de Processo Civil.
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1.14.8.2 - A antecipação das custas processuais, 1.14.13 - As custas relativas ao serviço de Pro-
provenientes de diligência requerida em petição tocolo Judicial Integrado serão recebidas pelo
intermediária, deverá ser levada a efeito direta- distribuidor da comarca de origem, conforme o
mente na vara em que tramita o processo. disposto no item I, da Tabela XVI, dos Atos dos
Distribuidores, do Regimento de Custas.
1.14.9 - A petição inicial dos feitos de compe-
tência originária do Tribunal de Justiça deve- 1.14.13.1 - Fica vedada a cobrança de quaisquer
rá vir acompanhada - exceto nos casos do CN outras custas ou emolumentos, exceto as pre-
1.14.13.2 - da guia comprobatória do pagamen- vistas no CN 1.14.8 e as despesas de postagem,
to das custas de preparo, observando-se, no que obedecendo-se, quanto a estas, à tabela específi-
couber, a Instrução nº 05/98, da Corregedoria- ca da Empresa Brasileira de Correios e Telégra-
Geral da Justiça. fos - EBCT.
1.14.9.1 - Tratando-se de ação rescisória, a pe- 1.14.13.2 - Ficam isentas de antecipação de cus-
tição inicial, além da guia mencionada no item tas e de despesas de postagem (portes de remes-
anterior, deverá ser acompanhada do compro- sa e retorno) as partes beneficiárias da Justiça
vante do depósito a que alude o art. 488, inc. II, Gratuita, a Fazenda Pública, o Ministério Públi-
do CPC. Esse depósito deverá ser efetuado em co e as partes perante os Juizados Especiais.
caderneta de poupança em qualquer agência de 1.14.13.3 - Para fazer jus à isenção, deverá o
banco credenciado pelo Tribunal de Justiça do usuário comprovar perante o distribuidor da
Paraná, em nome das partes (autor e réu) e vin- comarca de origem, sempre que se utilizar deste
culado ao Tribunal de Justiça. protocolo, sua condição de beneficiário da gra-
1.14.9.2 - Nos casos urgentes, de competên- tuidade no processo a que se refira a petição.
cia do Tribunal de Justiça, observar-se- ão, no 1.14.13.4 - A parte beneficiária da justiça gratui-
que couberem, as normas constantes dos itens ta fica isenta da antecipação das custas, mas não
1.14.7.1, 1.14.7.2 e 1.14.20.1 deste CN. de seu reembolso, desde que perdida a condição
1.14.10 - A petição destinada à interposição de necessitada
de recurso deverá estar acompanhada da guia 1.14.13.5 - - As despesas decorrentes da utiliza-
comprobatória do preparo (de acordo com o art. ção do da direção do fórum e de postagem (por-
511, do CPC), que poderá ter sido efetuado na tes de remessa e de retorno), às partes indicadas
agência bancária da comarca de origem, obser- no CN 1.14.13.2, em razão do não adiantamento
vando- se, no que couber, a Instrução nº 05/98 das custas, correrão por conta de recursos orça-
da Corregedoria-Geral da Justiça. mentários do Poder Judiciário, previstos para
1.14.10.1 - Não será aceita petição recursal sem a tal fim.
comprovação do respectivo preparo, exceto nos 1.14.14 - Nos casos de urgência, o distribuidor
casos previstos em lei, a fim de se evitar que em da comarca de origem deverá imediatamente
sede jurisdicional se alegue, ou se reconheça, a encaminhar o original da petição e documentos
preclusão consumativa ou julgamento de deser- que a acompanham à comarca de destino, ob-
ção do recurso. servando as normas contidas no CN 1.14.5.
1.14.11 - O serviço de Protocolo Judicial Integra- 1.14.14.1 - Nos demais casos, a remessa dos ori-
do não receberá autos, volumes ou quaisquer ginais será efetuada diariamente, ao final do ex-
objetos que não venham em forma de petição, pediente forense.
nem as petições que:
1.14.14.2 - A remessa será feita obrigatoriamente
I - devam obrigatoriamente ser entregues em via SEDEX com aviso de recebimento (AR).
dependências administrativas;
1.14.15 - No Foro Central da Comarca da Região
II - não estejam endereçadas a juízos certos e de- Metropolitana de Curitiba, as partes, para se
terminados; valerem deste Protocolo Judicial Integrado, de-
verão protocolizar as petições dirigidas a outras
III - se apresentem em desconformidade com a
comarcas perante o ofício distribuidor compe-
declaração prestada pela parte;
tente.
IV - - tenham por finalidade depósito judicial
1.14.16 - - As petições destinadas aos juízos de
e venham acompanhadas de importância em
primeiro grau do Foro Central da Comarca da
dinheiro ou cheque, exceto na hipótese prevista
Região Metropolitana de Curitiba serão encami-
no CN 1.14.8, caso em que esta remessa é obri-
nhadas à Seção de Protocolo de Primeiro Grau
gatória.
da Corregedoria-Geral da Justiça, no seguinte
1.14.12 - A presidência e fiscalização dos traba- endereço: Avenida Cândido de Abreu, nº 535,
lhos ficarão sob a responsabilidade do juiz de 1º andar, Centro Cívico, Curitiba - PR, CEP
direito diretor do fórum, onde estiver localizado 80.530-906. telefones (0xx41) 3254-7356 e fax
o respectivo ofício distribuidor. 3252-6405 e 3252-7501.
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1.14.16.1 - Essa Seção encaminhará as petições das aos autos, certificando-se que assim se fez
iniciais e cartas precatórias ao distribuidor com- em obediência ao disposto neste artigo. Recebi-
petente. As demais, ao juízo de destino, obser- dos os originais, efetuar-se-ão as substituições,
vando-se, no que couber, o contido no certificando-se o ocorrido.
1.14.17 - - As petições e destinados ao Tribunal 1.14.23.1 - Tratando-se de petição inicial de caso
de Justiça do Estado do Paraná deverão ser en- urgente, em que a distribuição se fará imedia-
caminhados diretamente ao Protocolo Central tamente, o será, pela escrivania do juízo de
do Tribunal de Justiça. destino, fotocopiado e autuado. Recebidos os
originais, efetuar-se-ão as substituições, certifi-
1.14.18 - Faltando energia elétrica, sendo ponto
cando-se o ocorrido.
facultativo ou feriado local na comarca de des-
tino, ou outra razão técnica que impossibilite 1.14.23.2 - - Quando houver despacho judicial
a utilização do sistema, as petições serão rece- na fotocópia do , como nos casos previstos no
bidas e registradas normalmente, fazendo-se 1.14.6.3, ela não será substituída, juntando-se
constar tal circunstância dos carimbos de recebi- aos autos os originais quando do recebimento.
mento apostos no original e na cópia, além dos
1.14.24 - Em razão deste Protocolo Judicial Inte-
dados obrigatórios.
grado ser oficial, aqui não se aplicam as normas
1.14.18.1 - O distribuidor ou seu substituto de- da seção 7, do capítulo 1, deste CN, nem o art.
verá, então, transmitir o na primeira oportuni- 4º da Resolução nº 05/91, do Tribunal de Justiça.
dade possível, sob pena de responsabilidade.
1.14.24.1 - Não recebida a petição original, pre-
1.14.19 - A entrega do e dos originais, na comar- valece o contido nos itens 1.14.22 e 1.14.24, deste
ca de destino, aos respectivos juízos, deverá ser código, seguindo o processo seu trâmite normal,
feita diariamente, quando de seu recebimento, salvo se tiver que aguardar documento referido
utilizando-se o livro de “Protocolo de Devolu- na petição transmitida via .
ção” do distribuidor, sob pena de responsabili-
dade. SEÇÃO 16
1.14.20 - Os casos de natureza urgente, tais
SISTEMAS INFORMATIZADOS
como, pedido cautelar, de tutela antecipada,
de depoimentos pessoais ou esclarecimentos 1.16.1 - Os sistemas informatizados oficiais a
de peritos ou assistentes técnicos em audiên- que alude o Decreto Judiciário nº 20-
cia, de apresentação de rol de testemunhas, de D.M são de uso obrigatório pelos ofícios em que
adiamento de audiência, entre outros, deverão instalados, vedada a utilização de programa pa-
ter, em caracteres visíveis, a palavra URGENTE, ralelo.
aposta pelas partes e serão entregues imediata-
mente aos destinatários. 1.16.1.1 - Os registros do sistema deverão cor-
responder à realidade da movimentação proces-
1.14.20.1 - Nos casos de urgência, o de petição
sual e serão constantemente atualizados.
inicial e documentos que a acompanham serão
distribuídos imediatamente pelo distribuidor 1.16.1.2 - Os sistemas substituem os livros que,
da comarca de destino, que após o encaminha- pelo procedimento tradicional, são de uso obri-
rá ao juízo. Ao receber os originais, certificará a gatório, e todos os campos devem ser preenchi-
distribuição e os remeterá à vara respectiva. dos adequadamente.
1.14.20.2 - Não constando da petição a pala- 1.16.2 - É de responsabilidade pessoal do Escri-
vra URGENTE, o procedimento será o normal, vão ou Secretário a exatidão do preenchimento
ocorrendo a distribuição somente quando do re- dos dados e o correto uso do sistema, devendo
cebimento dos originais. fiscalizar os atos de seus prepostos e estagiários.
1.14.21 - Fica vedado o recebimento de qual- 1.16.2.1 - O erro, a falha, a falta, ou a falsidade
quer petição fora do horário estabelecido no CN dos dados sujeitarão o responsável a sanções de
1.14.3, sob pena de responsabilidade. natureza administrativo-disciplinar, sem prejuí-
zo da responsabilidade criminal.
1.14.22 - Para todos os efeitos legais, conside-
ra-se praticado o ato no momento em que for 1.16.3 - Findos os prazos previstos no Decreto
protocolada a petição no ofício distribuidor da Judiciário n º 20-D.M. para cadastramento dos
comarca de origem. feitos, deverá o responsável pelo ofí-
cio comunicar a Corregedoria-Geral da Justi-
1.14.22.1 - Em razão do que dispõe o CN 1.14.22,
ça quanto ao efetivo saneamento dos registros.
o término do prazo, no juízo de destino, será
Eventuais pedidos de dilação de prazo deverão
certificado após 03 (três) dias de sua ocorrência.
ser encaminhados pelo Juiz de Direito de ma-
1.14.23 - Fotocópias do de petição intermediária neira fundamentada para apreciação da Corre-
serão, pela escrivania do juízo de destino, junta- gedoria-Geral da Justiça.
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1.16.4 - O cadastramento dos processos deve melhor desempenho da estrutura, fixando pra-
ser feito em ordem anual decrescente, na forma zo não superior a 60 (sessenta) dias para a con-
do Decreto Judiciário nº 20-D.M., não havendo clusão respectiva.
necessidade de cadastramento de feitos arqui-
1.18.6 - Encerradas as diligências previstas nos
vados há mais de cinco anos, salvo se houver
itens 1.18.4 e 1.18.5; o magistrado em exercício
pendências.
na vara prestará informações à Corregedoria-
1.16.4.1 - O cadastramento de todos os proces- Geral da Justiça, no prazo de 15 (quinze) dias,
sos deverá ser certificado pelas escrivanias ou declarando concluída a estruturação da vara,
secretarias junto ao termo de encerramento dos nos termos do que prevê o Anexo.
livros, sob a supervisão do Juiz, que aporá o
1.18.7 - Caso o escrivão não atenda às dispo-
respectivo visto.
sições contidas nos itens 1.18.1,
1.16.4.2 - Nos ofícios judiciais em que for insta-
1.18.4 ou 1.18.5, o magistrado em exercício na
lado sistema oficial, permanecerão abertos ape-
vara baixará portaria, instaurando processo
nas os livros de atas do Júri, alistamento de jura-
administrativo disciplinar, nos termos do que
dos, controle de bens patrimoniais e registro de
prevêem o Código de Organização e Divisão
autos destruídos, observado o disposto no item
Judiciárias e o Acórdão nº 7.566 - CM, encerran-
2.2.11 e seguintes do Código de Normas.
do-o, impreterivelmente, dentro dos prazos lá
1.16.4.3 - As escrivanias e secretarias também estabelecidos.
deverão manter o controle, em folhas soltas, das
1.18.7.1 - Concluído o processo administrativo
cargas aos advogados e às Delegacias de Polícia,
disciplinar, o magistrado em exercício na vara
para eventuais cobranças, as quais poderão ser
elaborará relatório circunstanciado, consoante
eliminadas após as respectivas devoluções.
o previsto no art. 22, § 5º, do Acórdão nº 7.566
1.16.5 - Verificada falha nos registros, será ins- - CM, sugerindo, se entender ser o caso, inter-
taurado procedimento visando ao saneamento venção na vara.
e exame quanto a eventual responsabilização
1.18.7.2 - Caso o magistrado instrutor sugira in-
administrativa.
tervenção na vara, poderá, desde logo, informar,
1.16.6 - Por ocasião das correições e inspeções mediante justificativa, o nome do servidor que
realizadas pela Corregedoria-Geral da Justiça, reputa habilitado para o exercício das funções.
ficam as serventias informatizadas com progra-
1.18.8 - Os investimentos necessários à implan-
ma oficial dispensadas de apresentarem os re-
tação das alterações estruturais de vara não es-
latórios a que alude o Código de Normas nos
tatizada serão suportados pelo seu respectivo ti-
itens 1.13.10, 1.13.15, 1.13.19, 1.13.23, 1.13.27,
tular, assegurada remuneração compatível com
1.13.29 e 1.13.31.
o exercício de suas funções.
SEÇÃO 18 SEÇÃO 23
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III - A qualificação completa das partes; 2.2.2.1 - É vedado o uso de raspagem por bor-
racha ou outro meio mecânico, assim como a
IV - A identificação dos advogados e o respecti-
utilização de corretivo ou de outro meio quími-
vo número da OAB;
co. Deverão ser evitadas anotações a lápis nos
V - A data da conclusão e da devolução dos au- livros e autos de processo, mesmo que a título
tos pelo magistrado que se declarou suspeito ou provisório.
impedido;
2.2.3 - Nos termos e atos em geral, a qualificação
VI - O nome do Juiz Substituto, ou destinatário, das pessoas será a mais completa possível, con-
para o qual forem conclusos os autos; tendo o nome por inteiro, o número do RG e do
VII - Cópia da decisão ou pronunciamento judi- CPF, a naturalidade, o estado civil, a profissão
cial no qual o magistrado averbou sua suspeição e o endereço do local do trabalho, a filiação, a
ou impedimento; residência e o domicílio especificados (rua, nú-
mero, bairro, cidade). Nas inquirições, constará,
VIII - A assinatura do escrivão e do magistrado também, a data do nascimento.
que se declarou suspeito ou impedido.
2.2.4 - As assinaturas serão apostas logo em se-
2.1.9.2. - Em nenhuma hipótese o processo, no guida ao encerramento do ato, não se admitindo
qual foi averbada a suspeição ou impedimento, espaços em branco. Os espaços não aproveita-
poderá ficar paralisado além do prazo previsto dos serão inutilizados, preferencialmente, com
no item 2.1.9. traços horizontais ou diagonais.
2.1.10. - Cópias da comunicação referida no item 2.2.4.1 - Em todas as assinaturas colhidas pela
2.1.9 e do respectivo comprovante de envio de- escrivania nos autos e termos, será lançado,
verão ser anexadas aos autos previamente à abaixo, o nome por extenso do signatário.
conclusão para o Juiz Substituto ou destina-
tário. 2.2.4.2 - Em hipótese alguma será permitida a
assinatura de atos ou termos em branco, total ou
2.1.11. - Constitui dever funcional do magistra- parcialmente.
do verificar as providências mencionadas nos
itens 2.1.9.1, inciso VIII, e 2.1.10. 2.2.5 - Os serventuários manterão em local ade-
quado e seguro, devidamente ordenados, os li-
2.1.12. - Não são devidas custas para a expedi- vros e documentos da serventia, respondendo
ção de certidão de antecedentes criminais quan- por sua guarda e conservação.
do requerida para defesa de direitos ou esclare-
cimento de situação de interesse pessoal do res- 2.2.6 - O desaparecimento e a danificação de
pectivo requerente, seja a serventia responsável qualquer livro ou documento serão comunica-
pelo seu fornecimento privada ou estatizada, dos imediatamente ao juiz. A sua restauração
conforme decidido pelo Conselho Nacional de será feita desde logo, sob a supervisão do juiz e
Justiça no Pedido de Providências n. 00000722- à vista dos elementos existentes.
10.2013.2.00.0000. 2.2.7 - Os livros serão abertos e encerrados pelo
2.1.12.1. – Cabe aos Ofícios Distribuidores a ex- serventuário, que rubricará as suas folhas, para
pedição de certidão de antecedentes criminais, isto podendo ser utilizado o processo mecânico,
sem prejuízo de que as Escrivanias emitam cer- previamente aprovado pela Corregedoria-Geral
tidão relacionada aos feitos que nelas tramitam da Justiça.
ou tramitaram. 2.2.8 - - Do termo de abertura constará o núme-
ro de série do livro, a sua finalidade, o número
SEÇÃO 02 de folhas, a declaração de estas estarem rubri-
cadas e a serventia, bem como a data, o nome
ESCRITURAÇÃO E LIVROS
e a assinatura do serventuário, e, ainda, o visto
2.2.1 - Na lavratura dos atos das serventias, se- do juiz.
rão utilizados papéis com fundo inteiramente
2.2.8.1 - Nos livros constituídos pelo sistema de
branco, salvo disposição expressa em contrário.
impressão por computação ou folhas soltas, o
A escrituração dos atos será sempre em ver-
juiz lançará o visto no termo de abertura, inde-
náculo e sem abreviaturas, utilizando-se tinta
pendentemente da apresentação das folhas do
indelével, de cor preta ou azul. Os algarismos
correspondente livro.
serão expressos também por extenso.
2.2.9 - Será lavrado termo de encerramento so-
2.2.2 - Na escrituração, não se admitem entre-
mente por ocasião do término do livro, consig-
linhas, procurando evitarem-se erros datilográ-
nando-se qualquer fato relevante, como folha
ficos, omissões, emendas e rasuras. Caso estes
em branco, certidões de cancelamento de atos,
ocorram, será feita a respectiva ressalva antes
dentre outros.
do encerramento do ato e da aposição das as-
sinaturas. 2.2.10 - Após a lavratura do termo de abertura
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ou de encerramento, o livro deverá ser apresen- V - que envolvam violência doméstica e familiar
tado ao juiz da vara, diretor do fórum ou ao cor- contra a mulher;
regedor do foro extrajudicial, conforme o caso,
VI - em que figure indiciado, acusado, vítima
o qual lançará o seu visto, podendo determinar
ou réu colaborador, vítima ou testemunha que
providências que se fizerem necessárias.
esteja coagida ou exposta a grave ameaça, em
2.2.11 - Considerando-se a natureza dos atos razão de colaborar com a investigação ou pro-
escriturados, os livros poderão ser organizados cesso criminal e protegido pelos programas de
em folhas soltas, datilografadas, impressas por que trata a Lei Federal nº 9.807/1999.
sistema de computação ou por fotocópias, e não 2.3.2.2. - Os feitos que envolvam interesses de
ultrapassarão o número de duzentas (200) fo- crianças e adolescentes em todas as áreas, no-
lhas, numeradas e rubricadas, que deverão ser tadamente os relativos a adolescentes privados
encadernados após seu encerramento. da liberdade, terão tramitação preferencial aos
2.2.12 - - Nas comarcas de juízo único, os livros demais, inclusive de réus presos.
de Arquivo de Portarias poderão ser unificados. 2.3.2.3 - As capas de autuação fornecidas pelo
2.2.13 - Na escrituração dos livros e dos autos é Tribunal de Justiça às Varas de Família e Infân-
proibido o uso de aspas ou outros sinais gráficos cia e Juventude não serão utilizadas nos feitos
na repetição de dados ou palavras. cíveis, cabendo ao juiz coibir seu uso indevido.
2.2.14 - Recomenda-se que os livros de Alista- 2.3.3 – A escrivania certificará de forma legível,
mento de Jurados e Atas de Sessões do Júri se- no anverso de petições e fora do campo da sua
jam formados pelo sistema de folhas soltas. Para margem, bem como nos expedientes que lhe
tanto, poderão ser utilizadas fotocópias, cópias forem entregues, a data e a hora do respectivo
datilografadas ou impressas das atas, que não ingresso em cartório, e disto fornecerá recibo ao
precisam ser autenticadas. Poderá, ainda, ser interessado.
utilizado o sistema de mídia em CD-ROM. De- 2.3.3.1 - A escrivania procederá à conferência
verão observar as exigências desta Seção, naqui- do preenchimento da guia de recolhimento e
lo que for pertinente, ressalvadas as especifica- da regularidade do recolhido a título de Taxa
ções. Judiciária, lançando informação ao juízo (CN,
Modelo 29).
SEÇÃO 03
2.3.3.2 - Igualmente, informará quando for caso
DOS PROCESSOS de isenção.
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2.3.7 - Desentranhada dos autos alguma de suas 2.3.15.1 Tratando-se de servidor estadual apo-
peças, inclusive mandado, em seu lugar será sentado, civil ou militar, o mandado deverá ser
colocada uma folha em branco na qual serão encaminhado ao Paranaprevidência.
certificados o fato e o número das folhas antes
2.3.15.2 - Tratando-se de decisões que envolvam
ocupadas, evitando-se a renumeração.
policiais militares, os mandados devem ser diri-
2.3.7.1 - Nos casos do art. 15 do CPC, antes de gidos ao Quartel do Comando Geral da Polícia
inutilizar as frases ofensivas, deve-se substituir Militar do Estado do Paraná.
o original por cópia e guardá-la em local apro-
priado. Não havendo recurso da decisão ou ha- SEÇÃO 04
vendo e sendo mantida esta, o original voltará
aos autos, sendo então nele riscadas as expres- DOS MANDADOS
sões ofensivas.
2.4.1 - Os mandados poderão ser assinados pelo
2.3.8 - As peças desentranhadas dos autos, en- escrivão, desde que dele conste a observação de
quanto não entregues ao interessado, serão que o faz sob autorização do juiz, com indicação
guardadas em local adequado. Nelas a escriva- do número da respectiva portaria autorizadora.
nia certificará, em lugar visível e sem prejudicar
a leitura do seu conteúdo, o número e a nature- 2.4.2 - - Os mandados para a realização de ato
za do processo de que foram retiradas. no foro extrajudicial serão expedidos direta-
mente ao titular do respectivo ofício, a quem o
2.3.9 - Os autos do processo não excederão de
interessado antecipará os emolumentos, quan-
duzentas (200) folhas em cada volume, salvo
do exigíveis.
determinação judicial expressa em contrário ou
para manter o documento na sua integralidade. 2.4.3 - Na falta de prazo expressamente determi-
O encerramento e a abertura dos volumes serão nado, os mandados deverão ser cumpridos no
certificados em folhas suplementares e sem nu- prazo máximo de quinze (15) dias.
meração. Os novos volumes serão numerados de
forma bem destacada e a sua formação também 2.4.4 - Quando se tratar de intimação para au-
será anotada na autuação do primeiro volume. diência, os mandados serão devolvidos até qua-
renta e oito (48) horas úteis antes da data de-
2.3.10 - Quinze (15) dias, pelo menos, antes da
signada, salvo deliberação judicial em contrário.
audiência, o escrivão examinará o processo a
fim de verificar se todas as providências para a 2.4.5 - No último dia do mês ou com menor fre-
sua realização foram tomadas. Diante de irregu- qüência, se necessário, a escrivania relacionará
laridade ou omissão, deverá ser suprida a falha, ao juiz os mandados não devolvidos dentro do
fazendo- se conclusão dos autos se for o caso. prazo e ainda em poder dos oficiais de justiça
Esta diligência será certificada nos autos. para cumprimento.
2.3.11 - As informações prestadas ao segundo
2.4.6 - “Cópias dos alvarás de soltura e manda-
grau de jurisdição serão redigidas pelo próprio
dos de prisão civil expedidos pelas escrivanias
juiz, devendo ser encaminhadas com a maior
cíveis ou de família deverão ser encaminhadas
brevidade possível.
à Delegacia de Polícia Civil da sede da comarca
2.3.12 - Todos os autos de processo, antes do ar- e à Delegacia de Vigilância e Capturas de Curi-
quivamento, serão remetidos ao contador para tiba.”
o cálculo das custas finais, bem como das recei-
tas devidas ao FUNREJUS, quando for o caso. SEÇÃO 05
2.3.13 - Quaisquer contas ou cálculos somente
CERTIDÕES E OFÍCIOS
serão realizados mediante determinação judi-
cial ou portaria específica que autorize o escri- 2.5.1 - No recinto da serventia, em lugar plena-
vão a remeter os autos ao contador. mente visível pelo público e de modo legível,
2.3.14 - O esboço de partilha somente será reali- será afixado um quadro contendo a tabela vi-
zado mediante determinação judicial ou porta- gente das custas ou emolumentos dos respecti-
ria específica que autorize o escrivão a remeter vos atos, em R$ e VRC, a tabela do FUNREJUS,
os autos ao partidor. a pauta mensal das audiências, a relação das in-
timações enviadas ao Diário da Justiça, o banco
2.3.15 - Para cumprimento das decisões judiciais credenciado para depósitos judiciais, bem como
destinadas a consignação de débito em folha um aviso de que o prazo máximo para a expe-
de pagamento, a escrivania deverá expedir os dição de certidão é de vinte e quatro (24) horas.
mandados contendo as seguintes informações:
nome do credor/beneficiário; RG; CPF; endere- 2.5.1.1 - - A serventia deve manter aviso, em lo-
ço residencial; conta bancária em que deve ser cal visível ao público, de que todo cidadão pode
efetuado o crédito. dirigir-se à Corregedoria-Geral da Justiça - Palá-
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Noções de Direito e Legislação
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2.6.9 - O levantamento ou a utilização das im- 2.7.1.4 - Os atos processuais somente serão pra-
portâncias depositadas, ressalvado o disposto ticados após a juntada aos autos de uma das
no CN 2.6.5, será efetuado somente por meio vias do comprovante de recolhimento bancário,
de alvará assinado pelo juiz, devendo o levan- salvo na hipótese de concessão de assistência ju-
tamento ser objeto de anotação no registro cons- diciária gratuita.
tante do respectivo livro.
2.7.1.5 - Para efeito do item 2.7.1.4, a serventia
2.6.10 - O alvará de levantamento será feito em apresentará relação de custas e de despesas
papel timbrado com a identificação da serventia cumulativa, evitando a necessidade de recolhi-
e da comarca respectiva, contendo os seguintes mento de valores baixos em guias autônomas.
dados: ordem numérica seqüencial da serven-
2.7.1.6 - Caso a parte não promova a antecipação
tia; prazo de validade estabelecido pelo magis-
das custas ou despesas processuais, nos termos
trado; nome da parte beneficiada pelo levanta-
do item anterior, os autos serão conclusos ao
mento e o dos seus advogados, desde que estes
magistrado, para os fins do art. 257, ou do art.
tenham poderes para receber e dar quitação,
267, § 1º, ambos do Código de Processo Civil.
bem como o número da conta e dos autos e o
valor autorizado. 2.7.1.7 - Enquanto o Tribunal de Justiça não im-
plantar sistema uniformizado de recolhimento
2.6.10.1. - O alvará de autorização deverá con-
de custas e despesas processuais, os escrivães e
ter ordem numérica seqüencial por serventia,
demais servidores, bem como os auxiliares da
renovável anualmente, sendo juntada cópia nos
justiça, deverão abrir conta-corrente exclusiva
autos.
para o recebimento respectivo, com comunica-
2.6.10.2 - Será ele confeccionado logo após o ção à Corregedoria-Geral da Justiça, no prazo
despacho do juiz, de modo que o interessado de 30 (trinta) dias.
já o encontre à sua disposição, lavrando-se reci-
2.7.1.7.1 - Os escrivães e demais servidores e
bo da entrega, com a respectiva data, e registro
auxiliares da justiça apresentarão ao magistra-
no livro próprio.
do em exercício na vara, no primeiro dia útil de
cada mês, extrato atualizado da conta corrente
SEÇÃO 07
mencionada no item 2.7.1.9, em referência ao
mês imediatamente anterior.
RECOLHIMENTO DE CUSTAS E
EMOLUMENTOS 2.7.1.7.2 - Os extratos apresentados, nos termos
do item 2.7.1.7.1, serão compilados em arquivo
2.7.1 - O recolhimento de custas e despesas pro-
próprio da serventia.
cessuais, no âmbito do foro judicial, será realiza-
do obrigatoriamente através de comprovante de 2.7.2 – O escrivão ou o chefe de secretaria, ao
recolhimento bancário. constatar a quitação do boleto bancário de re-
colhimento de custas, deverá gerar o Demons-
2.7.1.1 - No âmbito do foro extrajudicial, do
trativo de Recolhimento de Custas e Despesas
recebimento de emolumentos ou quaisquer va-
Processuais no sistema informatizado, juntan-
lores será fornecido ao interessado recibo dis-
do-o aos autos, no prazo de até 48 horas, cons-
criminado, com os dados previstos no Modelo
tituindo-se como documento comprobatório da
30 deste Código (item 10.1.7, VIII), que especifi-
quitação das custas e despesas processuais a
cará precisamente a que se refere o pagamento,
que se referem.
sendo este ato da responsabilidade pessoal do
agente delegado. 2.7.3 - Nos casos de benefício de assistência ju-
diciária gratuita, autorização legal ou judicial de
2.7.1.2 - Efetuado pagamento de numerário na
não antecipação das custas, o escrivão ou o che-
serventia, destinado a outro serventuário, fun-
fe de secretaria, deverá gerar, no sistema infor-
cionário ou auxiliar da justiça, o responsável
matizado, o Documento de Isenção, juntando-o
pelo ofício ficará obrigado ao repasse das ver-
aos autos no prazo de até 48 horas.
bas, em cumprimento do disposto no art. 12 do
Regimento de Custas (Lei Estadual n° 6.149, de 2.7.4 - Se ocorrer devolução de custas por dei-
09.09.1970). xar de ser realizado o ato previsto, a importân-
cia devida será atualizada monetariamente.
2.7.1.3 - - O comprovante de recolhimento ban-
cário será preenchido pela serventia ou pela 2.7.5 - As custas devidas por antecipação são as
própria parte, nos termos de modelo adotado relativas aos atos do distribuidor, contador e
pelo Tribunal de Justiça. partidor, bem como as relativas aos avaliadores
e oficiais de justiça.
2.7.1.3.1 - - Até o fornecimento do modelo men-
cionado no item 2.7.1.3, o comprovante de re- 2.7.6 – Quanto à titularidade das custas judi-
colhimento bancário será preenchido exclusiva- ciais, nas hipóteses a seguir tratadas, aplicam-se
mente pelas serventias. as seguintes regras:
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I – Quando por motivo de conexão, continência, probatório adotado pelas instituições bancárias.
exceção de incompetência o processo for reme-
2.7.8.5 - Se, por critérios dessas instituições, fal-
tido para outra vara ou comarca, as custas per-
tar autenticação mecânica em uma das partes da
tencem a quem de direito era seu titular na data
guia, a serventia reterá a autenticada e consig-
do efetivo pagamento destas, seja a serventia
nará o recolhimento no corpo do ato praticado.
que as recebeu explorada em regime público ou
privado, sendo repassado ao titular da vara des- 2.7.8.6 - Se for apresentado outro comprovante
tinatária dos autos a importância de 50% (cin- de arrecadação, este deverá estar anexo à guia
quenta por cento) das custas iniciais. As custas pertinente, a qual ficará retida pela serventia,
pendentes, ainda não pagas, passam a ser desti- que também consignará o devido recolhimento
nadas ao titular da vara para a qual o processo no corpo do ato praticado.
foi remetido. Se escrivania privadas ao escrivão
2.7.8.7 - Caberá à serventia fiscalizar o valor
ou titular e, se secretaria ou escrivania estatiza-
quitado e verificar se o comprovante de arreca-
da, ao Fundo da Justiça (FUNJUS).
dação corresponde à guia apresentada, ou seja,
II – Quando na comarca for criada nova vara se o número do documento quitado é igual ao
que absorva a competência de determinadas número de compensação impresso na guia.
ações que necessitem ser remetidas a esta uni-
2.7.8.8 - Os modelos antigos de guia de recolhi-
dade, as custas pertencem a quem de direito era
mento só poderão ser utilizados pelas serven-
seu titular na data do efetivo pagamento destas.
As custas pendentes, ainda não pagas, passam tias do foro judicial nas seguintes hipóteses: a)
a ser destinadas ao Fundo da Justiça (FUNJUS). na prática de atos originários ou dirigidos ao 2º
grau de jurisdição; b) na distribuição via proto-
III – Caso ocorra a estatização de determinada colo integrado; c) em casos de urgência.
escrivania, as custas efetivamente pagas antes
da data da estatização pertencem ao antigo ti- 2.7.8.9 - Cabe aos notários e registradores a
tular. A partir da data de estatização, ao Fundo emissão das guias de recolhimento das receitas
da Justiça (FUNJUS), não ensejando nenhum re- devidas ao FUNREJUS.
passe de ambas as partes. 2.7.8.10 - A guia referente à taxa judiciária em fa-
2.7.6.1 - Em nenhuma hipótese poderá ser co- vor do FUNREJUS será emitida e recolhida pelo
brado da parte valor por esta já pago perante a interessado, consignando os códigos da receita e
outra serventia, pela prática do mesmo ato, bem da unidade arrecadadora.
como não haverá transferência de valores a títu- 2.7.8.11 - A guia de recolhimento das custas pro-
lo de compensação pela remessa dos autos no cessuais e recursais em favor do FUNREJUS, de-
caso de custas pendentes ainda não pagas. correntes da aplicação Lei 9.099, de 26.09.1995,
2.7.7 - Os escrivães, notários e registradores será preenchida e recolhida pelo responsável
encaminharão mensalmente ao juiz diretor do pela secretaria dos juizados especiais.
Fórum relatório de suas atividades, em três (03) 2.7.8.12 - Quando não for devido o recolhimento
vias. em favor do FUNREJUS, o fato será consignado
2.7.8 - Os juízes de direito e substitutos exerce- no corpo do ato ou certificado nos autos do pro-
rão permanente fiscalização quanto ao recolhi- cesso, conforme o caso.
mento das receitas devidas ao FUNREJUS, nos 2.7.9 - O requerimento de assistência judiciá-
termos do art. 39 do Dec. Judiciário n° 153/99. ria gratuita será deferido se acompanhado da
2.7.8.1 - - - - As receitas do FUNREJUS são afirmação, na própria petição inicial ou em de-
arrecadadas somente por meio de guia de reco- claração autônoma, de que a parte não está em
lhimento, representada por um título de com- condições de pagar as custas do processo e os
pensação bancária, dividido em três partes: a 1ª honorários de advogado, sem prejuízo próprio
pertencente ao interessado, a 2ª ao processo ou à ou de suas família.
unidade arrecadadora e a 3ª ao banco. 2.7.9.1 - - Ausente impugnação da parte con-
2.7.8.2 - A guia, distribuída às unidades arreca- trária, e existindo elementos que contrariem a
dadoras, é gratuita e deve ser solicitada ao cen- afirmação mencionada no item 2.7.9m poderá o
tro de apoio administrativo do FUNREJUS. magistrado, sem suspensão do feito e em autos
apartados, exigir a apresentação de documentos
2.7.8.3 - A guia poderá ser quitada em qualquer
ou outros meios de prova para corroborá-la.
instituição bancária do território nacional ou
por outros meios de arrecadação autorizados 2.7.9.2 - O magistrado sempre estabelecerá o
pelo Banco Central. contraditório antes de decidir o incidente.
2.7.8.4 - Para efeitos de quitação, será considera- 2.7.9.3 - O escrivão poderá apresentar ao magis-
da a autenticação mecânica ou o extrato de pa- trado elementos de convicção para os fins pre-
gamento, bem como qualquer outro meio com- vistos no item 2.7.9.1.
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2.8.7.1 - Nos processos em que atuem em razão 2.9.4 - O credor poderá renunciar ao valor exce-
das atribuições de seus cargos, os ocupantes dos dente, para optar pelo pagamento da obrigação
cargos das carreiras de Procurador Federal e de na forma de RPV (Requisição de Pequeno Va-
Procurador do Banco Central do Brasil serão in- lor), nos termos do art. 87, parágrafo único do
timados e notificados pessoalmente ADCT.
2.8.8 - - - Tratando-se de processos de interesse 2.9.5 - Compete ao juízo requisitante decidir as
da União, as intimações deverão recair na pes- questões jurisdicionais pertinentes à execução,
soa do Procurador-Chefe da União no Estado inclusive quanto à necessidade de individuali-
do Paraná, remetidas à Avenida Munhoz da zação dos créditos pertencentes a cada credor,
Rocha, 1247, Cabral, Curitiba, CEP 80.035-000, quando facultativo o litisconsórcio, para fins de
nos termos do Of. Circular nº 194/02. RPV (Requisição de Pequeno Valor) ou de pre-
2.8.9 - Nos processos de usucapião de imóvel catório.
rural deverá ser observado o item CN 5.4.6., in- 2.9.6 - As requisições de pagamento expedidas,
timando-se, da sentença, o INCRA para fins de mediante precatórios, serão dirigidas ao Pre-
cadastramento na forma do § 5° do art. 22 da sidente do Tribunal pelo juiz da execução, de-
Lei n° 4.947, de 06.04.1966. vendo constar no ofício requisitório a natureza
do crédito (comum ou alimentar), o valor da
SEÇÃO 09 obrigação e a indicação da pessoa ou pessoas a
quem deva ser pago.
PRECATÓRIO REQUISITÓRIO
2.9.1 - O juízo da execução requisitará o paga- 2.9.7 - Os precatórios serão acompanhados obri-
mento das importâncias devidas pela Fazenda gatoriamente das seguintes peças, fotocopiadas
Pública Estadual ou Municipal em virtude de e devidamente autenticadas, além de outras
sentenças judiciais transitadas em julgado, ao consideradas essenciais à sua instrução (art. 276
Presidente do Tribunal de Justiça, mediante RITJ/PR):
precatórios. I - decisão condenatória e acórdão (ou decisão
2.9.1.1 - Nas causas processadas e julgadas na monocrática) que tenha sido proferido em grau
justiça estadual, por força de competência dele- de recurso ou em sede de reexame necessário;
gada pelo art. 109, § 3º, da Constituição Federal, II - certidão de trânsito em julgado da conde-
os precatórios e as RPV (requisições de pequeno nação;
valor) destinados ao Tribunal Regional Federal
da 4ª Região obedecerão as regras por este deli- III - certidão da citação da Fazenda Pública para
neadas. opor embargos à execução (art. 730 do CPC);
2.9.2 - Nos débitos de pequeno valor, o juízo da IV - certidão do decurso do prazo legal para
execução deverá requisitar diretamente ao ente oposição de embargos, ou, no caso de sua opo-
devedor o pagamento da obrigação pecuniária, sição, cópia da sentença, dos acórdãos prolata-
mediante RPV (Requisição de Pequeno Valor). dos e da certidão de trânsito em julgado destas
2.9.2.1 - Reputam-se de pequeno valor as obri- decisões;
gações iguais ou inferiores a: V - cálculo do valor executado;
I - 40 (quarenta) salários mínimos, perante a VI - certidão de intimação do representante do
Fazenda Estadual, nos termos da Lei Estadual Ministério Público acerca dos cálculos;
n° 12.601, de 28 de junho de 1999, e do Decreto
Estadual n° 846, de 14 de março de 2003, art. 1º; VII - decisão sobre este cálculo e o acórdão no
caso de ter havido recurso;
II - 30 (trinta) salários mínimos, perante a Fazen-
da Municipal, se não houver Lei Municipal que VIII - decisão que determinou a expedição do
estabeleça valor diverso, nos termos do art. 87 precatório requisitório;
do Ato das Disposições Constitucionais Transi-
tórias (CF). IX - certidão de que a decisão que homologou o
cálculo e a que expediu o precatório requisitório
2.9.3 - Compete também ao juízo da execução restaram preclusas;
requisitar ao Presidente do Tribunal de Justiça
o pagamento das importâncias devidas pelo X - cópia da manifestação da Fazenda Pública
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nas ou da certidão do decurso do prazo legal para
causas relativas a acidente de trabalho. este fim, no caso de haver custas e despesas
acrescidas após a homologação do cálculo ou da
2.9.3.1 - Adota-se, para os fins de RPV (Requisi- expedição do precatório;
ção de Pequeno Valor), o limite de 60 (sessenta)
salários mínimos, nos termos da Lei Federal n° XI - cópia da procuração outorgada ao advoga-
10.259, de 12 de julho de 2001, art. 17, § 1º. do da parte exeqüente.
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2.9.7.1 - As partes serão cientificadas do teor do 2.9.15.1 - Não tendo ocorrido a preclusão, a es-
ofício requisitório, quando forem intimadas da crivania/secretaria dará informação, no mesmo
decisão que determinou a expedição do preca- ofício, da interposição de recurso nos autos de
tório requisitório. execução.
2.9.7.2 - A escrivania/secretaria deverá certifi- 2.9.16 - O repasse do valor será efetuado por
car nos autos de origem o trânsito em julgado meio de depósito à disposição do juízo da exe-
das decisões mencionadas nos incisos I, IV, VII cução.
e VIII do item anterior, juntando cópia autenti-
cada ao ofício requisitório, com as demais peças 2.9.17 - Pago o precatório, comunicará o juízo
supramencionadas. ao Tribunal, juntando cópia da sentença que ex-
tinguiu o processo de execução e da certidão de
2.9.8 - Protocolado, autuado, prenotado em livro seu trânsito em julgado.
próprio e informado pelo Departamento Econô-
mico e Financeiro, o precatório será encaminhado 2.9.18 - Quando devido o pagamento pela Fa-
ao Gabinete da Presidência para exame do cum- zenda Pública Municipal, o juízo originário de-
primento dos requisitos exigidos no item 2.9.7. terminará o encaminhamento, ao Departamento
Econômico e Financeiro, de certidão de quitação
2.9.9- Não satisfeitas as exigências previstas no para a devida baixa do débito respectivo.
respectivo item ou aquelas que se fizerem ne-
cessárias, o Presidente determinará que sejam 2.9.19 - No juízo de origem, o pagamento pode-
supridas. rá ser feito à credor representado por procura-
dor que assim requerer nos autos da execução,
2.9.10 - Estando devidamente formalizado, o determinando-se, neste caso, a apresentação de
Presidente julgará o pedido de requisição.
procuração atualizada com poderes para dar e
2.9.11 - A escrivania/secretaria dará pronto receber quitação.
atendimento às providências solicitadas para
2.9.20 - As escrivanias/secretarias, quando do
complementação das peças do precatório, en-
pagamento de precatórios judiciais, reterão e
caminhando-as ao Departamento Econômico e
recolherão as quantias correspondentes ao im-
Financeiro , ou em menor lapso a ser assinalado
posto de renda e à contribuição previdenciária,
pelo Presidente do Tribunal de Justiça.
quando devidas.
2.9.11.1 - Havendo necessidade de intimação
das partes, de novo pronunciamento do juízo SEÇÃO 10
da execução ou da realização de outras diligên-
cias para o deferimento da requisição de paga- COBRANÇA DE AUTOS
mento, dará a Vara de origem conhecimento ao
2.10.1 - O escrivão deve manter controle sobre
Tribunal, encaminhando ofício, no prazo referi-
o cumprimento do prazo de carga de autos
do no item anterior (15 dias), ao Departamento
aos advogados, sendo recomendável regular
Econômico e Financeiro.
cobrança mensal por meio de intimação pelo
2.9.12 - A falta de atendimento dos prazos Diário da Justiça.
fixados nos itens anteriores será comu-
nicada à Corregedoria-Geral da Justiça, que 2.10.2 - Ao receber petição de cobrança de autos,
fiscalizará o seu cumprimento nas correições e a escrivania nela lançará pormenorizada certi-
inspeções que realizar. dão a respeito da situação do processo. Haven-
do a impossibilidade de se efetuar a juntada de
2.9.13 - Ressalvados os casos de atendimento petição por indevida retenção de autos, a certi-
das providências suprarreferidas, nenhum pre- dão pormenorizada será lançada em folha ane-
catório ficará retido na Vara de origem, devendo xa à petição.
ser os autos restituídos ao Departamento Eco-
nômico e Financeiro, quando baixado à origem 2.10.2.1 - Em ambos os casos, o escrivão intima-
para complementação de suas peças. rá, via Diário da Justiça ou pessoalmente, o ad-
vogado para proceder à devolução em vinte e
2.9.14 - Quaisquer alterações no valor da execu- quatro (24) horas, sob as penas do art. 196 do
ção, na titularidade do crédito, na natureza do CPC.
precatório, assim como os pedidos de homolo-
gação de cessão de crédito, devem ser julgados 2.10.2.2 - No caso de não atendimento neste pra-
pelo juízo da execução. zo, o escrivão poderá fazer a cobrança via tele-
fone, a fim de que os autos sejam entregues em
2.9.15 - A fim de dar conhecimento das decisões
novo prazo de vinte e quatro (24) horas.
proferidas no processo de execução, a escriva-
nia/secretaria remeterá ofício ao Departamento 2.10.2.3 - Estas providências serão certificadas
Econômico e Financeiro, com cópia das decisões na petição ou folha anexa e, não sendo atendi-
referidas no item anterior e da certidão do decur- das, o escrivão as apresentará ao juiz, para as
so do prazo legal para interposição de recurso. providências contidas no art. 196 do CPC.
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Noções de Direito e Legislação
2.10.4 - Poderá o juiz determinar, ainda, que: II - original e uma cópia da tradução da carta
rogatória e dos documentos julgados indispen-
I - no retorno dos autos certifique o escrivão que sáveis pelo juízo rogante, para o vernáculo do
o advogado perdeu o direito de vista dos autos país rogado;
fora de cartório;
III - original e uma cópia da denúncia em por-
II - como derradeira providência, no caso da não tuguês;
devolução, poderá determinar a remessa de pe-
ças ao Ministério Público para oferecimento de IV - original e uma cópia da tradução e da de-
denúncia contra o advogado pelo crime de so- núncia, para o idioma do país destinatário.
negação de autos, conforme art. 356 do CP.
2.11.5 - De todas as cartas rogatórias devem
2.10.5 - Na devolução dos autos, a escrivania, constar os seguintes elementos informativos:
depois de seu minucioso exame, certificará a
I - nome e endereço completo da pessoa a ser ci-
data e o nome de quem os retirou e devolveu.
tada, notificada, intimada ou inquirida no juízo
Diante da constatação ou suspeita de alguma
rogado;
irregularidade, o fato será pormenorizadamen-
te certificado, fazendo-se conclusão imediata. II - nome e endereço completos da pessoa res-
ponsável, no destino, pelo pagamento das des-
SEÇÃO 11 pesas processuais, decorrentes do cumprimento
da carta rogatória no país destinatário;
CARTAS ROGATÓRIAS III - designação de audiência com antecedên-
cia mínima de 240 (duzentos e quarenta) dias,
2.11.1 - São requisitos essenciais da carta rogató- a contar da expedição da carta rogatória, pelo
ria, além daqueles previstos no art. 202 do CPC, juízo rogante.
o nome da pessoa responsável, no país de des-
tino, pelo pagamento das despesas processuais: 2.11.6 - Nas cartas rogatórias para inquirição é
indispensável que as perguntas sejam formula-
I - a indicação dos juízos de origem e de cumpri- das pelo juízo rogante - original em português,
mento do ato; com uma cópia, e tradução para o idioma do
II - o inteiro teor da petição, do despacho judi- país rogado, com uma cópia.
cial e do instrumento do mandato conferido ao
2.11.7 - Inexiste mecanismo de reembolso de pa-
advogado;
gamento de custas às embaixadas e aos consula-
III - a menção do ato processual, que lhe consti- dos do Brasil no exterior.
tui o objeto;
2.11.8 - Antes de expedir cartas rogatórias que
IV - a nome da pessoa responsável, no país de tenham por objeto o cumprimento de medidas
destino, pelo pagamento das despesas proces- de caráter executório, deverá ser consultado se
suais; a justiça do país rogado concederá o .
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2.13.2.2 - No caso do item anterior, o prazo será IV - o nome dos advogados das partes;
contado com base na publicação impressa, obe-
2.13.7.1 - Deve constar o nome completo das
decendo-se às respectivas normas processuais.
partes e dos advogados e Procuradores Fede-
2.13.3 - Considerar-se-á como data da publica- rais, Estaduais e Municipais, de acordo com a
ção o primeiro dia útil seguinte ao da disponi- Delegação de Poderes, não sendo admitidas
bilização da informação na internet, conside- abreviaturas ou supressões.
rando-se esta a data expressamente indicada na
2.13.7.2 - A omissão do nome do advogado no
versão eletrônica do Diário da Justiça.
índice nominal, a que alude o inciso I do CN
2.13.3.1 - Os prazos processuais para o Tribu-
2.13.7 , ou a falta de observância do item 2.13.7.1,
nal de Justiça e todas as comarcas terão início
ensejará republicação.
no primeiro dia útil que seguir ao considerado
como data da publicação. 2.13.7.3 - Se houver mais de uma pessoa no pólo
ativo ou no pólo passivo, será mencionado o
2.13.4 - Apenas as matérias encaminhadas por
nome da primeira, acrescido da expressão “e
intermédio do sistema serão aceitas para publi-
outro(s)”.
cação.
2.13.7.4 - Com o ingresso de outrem no proces-
2.13.4.1 - É obrigatória a utilização dos padrões de
so, como no caso de litisconsórcio ulterior, as-
formatação contidos no sistema informatizado.
sistência ou intervenção de terceiros, somente
2.13.4.2 - O conteúdo da matéria a ser publicada será mencionado o nome da primeira pessoa,
é de responsabilidade exclusiva de quem a re- em cada uma das hipóteses, com o acréscimo da
digiu e não será revisada pelo Centro de Docu- mesma expressão, sendo o caso.
mentação do Tribunal de Justiça.
2.13.7.5 - Em inventários e arrolamentos, assim
2.13.4.3 - Eventuais retificações - erros ou omis- como em falências e insolvência civil decreta-
sões de elementos indispensáveis na publicação das, não se fará menção ao nome de quem tenha
- deverão constar de nova publicação, indepen- iniciado o processo.
dentemente de decisão judicial ou de reclama-
2.13.7.6 - Não havendo parte contrária, bastará a
ção da parte.
menção ao nome do(s) requerente(s), evitando-
2.13.5 - Está dispensada a juntada, aos autos do se a alusão a “juízo”.
processo, de cópia impressa dos atos veiculados
2.13.7.7 - Constará sempre da publicação o nome
pelo Diário da Justiça Eletrônico, devendo a es-
de um único advogado, ainda que a parte tenha
crivania, secretaria ou órgão exarar, obrigatoria-
constituído mais de um:
mente, certidão nos autos contendo:
I - havendo mais de um procurador constituído,
I - a data da veiculação da matéria no Diário da
constará da publicação o nome do primeiro que
Justiça;
tenha subscrito a petição inicial, a contestação
II - a data considerada como sendo a publicação; ou a primeira intervenção nos autos, ou, ainda,
o nome do primeiro advogado relacionado na
III - a data do início do prazo para a prática do
procuração, caso nenhuma daquelas hipóteses
ato processual;
tenha ocorrido;
IV - o local e a data em que a certidão é expe-
II - no caso anterior, havendo requerimento de-
dida, a assinatura, a identificação do nome e o
ferido pelo juiz, poderá constar da publicação o
cargo do responsável pela sua elaboração.
nome daquele que for indicado;
2.13.6 - O juiz providenciará para que, nos pro-
III - ambos os procuradores serão intimados
cessos submetidos ao segredo de justiça, as
quando houver substabelecimento com reserva
eventuais intimações pelo Diário da Justiça não
de poderes para advogado com banca em outra
o violem, indicando a natureza da ação, número
comarca;
dos autos e tão-somente as iniciais das partes,
mas com o nome completo do advogado. IV - se os litisconsortes tiverem procuradores
diferentes, constará da publicação o nome do
2.13.7 - Nos atos judiciais, necessariamente con-
advogado de cada um deles.
terão:
2.13.7.8- Da publicação somente constará o
I - índice nominal, em ordem alfabética, do
nome do advogado da parte a que tenha perti-
nome dos advogados intimados;
nência a intimação.
II - a natureza do processo, o número dos autos,
2.13.9 - Os despachos, decisões e sentenças cons-
o nome das partes;
tarão das relações de intimações com o máximo
III - o conteúdo daquilo que, de forma precisa, de precisão, de forma a se evitarem ambigüida-
deva ser dado conhecimento aos advogados das des ou omissões, assim como referências dispen-
partes; sáveis, tais como “publique-se” ou “intime-se”.
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2.13.10 - Quando se tratar de despacho, consta- cendo-se recibo discriminado dos emolumentos
rá, de maneira objetiva, o conteúdo daquilo a ou custas recebidos, com especificação dos ser-
que se refere o juiz, bem como a parte à qual viços prestados.
ele se dirige. Assim, embora do despacho cons-
te, por exemplo, “diga a parte contrária”, a pu- SEÇÃO 16
blicação conterá a parte à qual é pertinente e o
ato ou peça processual a que tal despacho está CARTAS PRECATÓRIAS
fazendo alusão.
2.16.1 - Recebidas cartas precatórias, após o des-
2.13.11 - Na intimação para pagamento ou de-
pacho inicial e independentemente de determi-
pósito de certa quantia, preparo de conta ou
nação judicial, a escrivania oficiará ao juízo de-
mera ciência de cálculo ou conta, sempre haverá
precante, comunicando o número de autuação e
expressa referência ao seu montante.
outros dados importantes para o cumprimento
2.13.12 - No despacho de conteúdo múltiplo, do ato, como por exemplo a data de audiência
que exija a pré-realização de certo ato de compe- designada, a expedição de mandados, etc.
tência de serventuário ou oficial de justiça, de-
2.16.2 - Uma vez ao ano, entre os dias 05 e 20
ve-se fazer a intimação dos advogados somente
de janeiro, a escrivania efetuará levantamento
depois da concretização desse ato, para que se
de todas as cartas precatórias em andamento há
obtenha o máximo de utilidade da publicação.
período superior a 60 dias e oficiará aos juízos
2.13.13 - Não haverá publicação de despachos deprecantes comunicando a fase em que se en-
quanto ao que não diga respeito à parte. contram.
2.13.14 - As decisões e sentenças serão publica- 2.16.3 - Quando, em relação às cartas precatórias
das somente na sua parte dispositiva, suprimin- expedidas pelo juízo, não estiverem sendo res-
do-se relatório, fundamentação, data, nome do pondidos ofícios versando acerca de informa-
prolator e expressões dispensáveis. ções sobre o cumprimento do ato junto ao juízo
2.13.15 - As homologações e a simples extinção deprecado, a escrivania deverá estabelecer con-
do processo dispensam sua integral transcrição, tato telefônico com o titular da respectiva ser-
devendo fazer-se, tão-somente, concisa menção ventia com a finalidade de obter as informações
ao fato. diretamente, de tudo certificando nos autos.
2.16.4 - A intervenção da Corregedoria-Geral na
SEÇÃO 14 Justiça com o intuito da obtenção de informa-
ções sobre o cumprimento de atos deprecados
CENTRAL DE CERTIDÕES somente poderá ser solicitada se instruída com
2.14.1 - Ficam autorizadas as serventias do foro certidão da escrivania de que atendeu ao dis-
judicial e extrajudicial a firmar convênios com posto no item 2.16.3.
as respectivas entidades de sua classe, a fim de 2.16.5 - Nas cartas precatórias deverá constar,
fornecer suas certidões em um único local, sujei- obrigatoriamente, o endereço eletrônico oficial
tando-se o seu funcionamento à fiscalização da do Escrivão da comarca deprecante para even-
Corregedoria e prévio assentimento do Corre- tuais comunicações, solicitações de informações
gedor, verificada a conveniência e oportunidade ou peças processuais.
da medida.
2.16.6 - As comunicações ou solicitações, pre-
2.14.2 - Este estabelecimento deverá estar situa-
vistas nos itens anteriores, deverão ser feitas,
do em local de fácil acesso a toda a população
preferencialmente, pelo Sistema Mensagei-
da comarca, proporcionando ao jurisdicionado
ro, observadas as disposições da Resolução
um atendimento urbano e eficiente.
nº 01/2008, do Órgão Especial, do Tribunal de
2.14.3 - As entidades de classe que mantiverem Justiça do Estado do Paraná, de 22 de fevereiro
em funcionamento este serviço, em nenhuma de 2008.
hipótese poderão exceder os valores previstos
na tabela de custas, sob pena de ser cancelada SEÇÃO 17
a autorização.
2.14.4 - Na prestação deste serviço deverá ser SISTEMA AVANÇADO DE CADASTRO
respeitado o Código de Defesa do Consumidor, PROCESSUAL
sendo expressamente proibido, sob pena de 2.17.1 - O Sistema Avançado de Cadastro Pro-
processo administrativo e cancelamento da au-
cessual objetiva o controle rigoroso das movi-
torização, a venda casada de certidões, ou qual-
mentações processuais e a fiscalização instantâ-
quer outra prática abusiva.
nea das atividades de todos os participantes do
2.14.5 - É obrigatório manter em local visível a processo, mediante a supressão gradativa dos
tabela de custas, cotadas em real e VRC, forne- atuais livros utilizados para tal fim.
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2.17.2 - Os atuais sistemas de cadastro proces- 2.17.3.1 - Enquanto não for implantado sistema
suais informatizados deverão, no prazo de 06 de cadastro processual unificado no Estado do
(seis) meses, ser adaptados aos seguintes pa- Paraná, o Banco Estatístico da Corregedoria-Ge-
drões: ral da Justiça será alimentado por meio de sis-
tema especial, no prazo de 06 (seis) meses, no
I - A movimentação processual será identificada
por fases processuais, segundo a especialidade qual serão congregados todos os dados cadas-
do procedimento, observadas as Tabelas Proces- trais atualmente existentes.
suais Unificadas do Poder Judiciário; 2.17.3.2 - Todos os dados referentes aos proces-
II - Ao sistema de cadastro processual será in- sos cadastrados no Estado do Paraná deverão
serido contador de prazos, de forma que a du- estar à disposição do Tribunal de Justiça, para o
ração do processo será composta pela soma dos fim previsto no item 2.17.3.1.
interlúdios de todas as fases referidas no inciso 2.17.3.3 - Após a implantação do Sistema Avan-
I do presente item; çado de Cadastro Processual, o Banco Estatís-
III - O cadastramento dos dados deverá permitir tico da Corregedoria-Geral da Justiça será ali-
a geração de planilhas e de gráficos comparati- mentado, simultaneamente, por este sistema e
vos; pelo sistema especial referido no item 2.17.3.1.
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2.18.2 - Após a publicação do Anexo menciona- rão ser provocadas pela parte, mediante reque-
do no item 2.18.1, deverão os escrivães e secre- rimento escrito, sempre observada a ordem de
tários lançar certidão explicativa nos autos em antiguidade dos feitos.”
que se tenha excedido o prazo-limite, informan-
do os motivos que ensejaram o elastério do fei- SEÇÃO 19
to, com promoção, ato contínuo, de conclusão
ao magistrado. DELEGAÇÃO DE ATOS E ROTINAS
PROCESSUAIS
2.18.3 - À vista da certidão explicativa da escri-
vania ou secretaria, o magistrado promoverá a 2.19.1 - O magistrado poderá autorizar os ser-
impulsão dos atos de forma a proferir sentença vidores do poder judiciário a praticar atos de
em até 06 (seis) meses, salvo impossibilidade administração e de mero expediente, sem cará-
justificada. ter decisório, independentemente de despacho
judicial, mediante certificação nos autos, em que
2.18.3.1 - Serão apresentados para o magistrado,
deverá constar menção de que o ato foi pratica-
para os fins do item 2.18.3, até 30 (trinta) autos
do por ordem do juiz e o número da respectiva
por mês, durante o período necessário para que
portaria.
em todos os feitos seja examinada a possibili-
dade de priorização, observada a respectiva or- 2.19.1.1 - Para o aperfeiçoamento dos atos de
dem de antiguidade. delegação, recomenda-se aos magistrados a
elaboração de portaria, disciplinando os atos
2.18.3.2 - Concluída a diligência a que se refe-
processuais delegáveis às escrivanias ou às se-
re o item anterior, em todos os feitos nos quais
cretarias.
se tenha extrapolado o prazo-limite previsto no
Anexo, a escrivania ou secretaria formará rela- 2.19.3 - Lastreados nas Tabelas Processuais
ção, contendo o número dos autos e a data má- Unificadas do Poder Judiciário, ou em dados
xima prevista para a prolação de sentença. fornecidos pela serventia, os magistrados pode-
2.18.3.3 - A relação mencionada no item 2.18.3.2 rão determinar aos escrivães ou secretários que
será encaminhada, após o lançamento de visto organizem os setores de trabalho por matérias,
pelo magistrado, à Corregedoria-Geral da Jus- objetivando a especialização das atividades car-
tiça. toriais.
2.18.4.1 - Para a consecução do disposto no item 2.19.5 - O magistrado, após a aprovação da indi-
2.18.3, poderá o magistrado instituir pauta pró- cação referida no item 2.19.4, apresentará ao es-
pria. crivão ou secretário minutas de decisões inter-
locutórias e despachos padronizados, a fim de
2.18.5 - Os processos sujeitos à priorização serão que seja formado banco digitalizado próprio
identificados por tarja específica na capa dos au- junto à serventia.
tos, devendo a escrivania reservar seção própria
no cartório ou secretaria para a condução prio- 2.19.5.1 - A instituição do banco digitalizado de
ritária dos feitos. decisões interlocutórias ou despachos padro-
nizados será informada à Corregedoria-Geral
2.18.5.1 - A prioridade estabelecida no item da Justiça, a fim de que os padrões possam ser
2.18.5 não se sobreporá às hipóteses legais de disponibilizados aos magistrados, por área de
priorização dos feitos. atuação.
2.18.6 - Concluído o trabalho a que se refere a
2.19.6 - O banco digitalizado de decisões ou des-
presente Seção, a regularização das atividades
pachos padronizados poderá, a critério do ma-
na vara será comunicada à Corregedoria-Geral
gistrado, ser adequado ao sistema de cadastra-
da Justiça.
mento processual informatizado da serventia,
2.18.7 - As providências de que tratam esta se- respeitadas as Tabelas Processuais Unificadas
ção, quando não determinadas de ofício, pode- do Poder Judiciário.
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2.19.7 - Concluídas as diligências referidas nos judicial no Portal do Tribunal de Justiça tem fim
itens anteriores, apresentará o magistrado roti- exclusivamente informativo, não substituindo
nas procedimentais, aliadas às minutas de deci- as vias ordinárias de intimação estabelecidas
sões interlocutórias e despachos padronizados, pela legislação processual.
ao Gestor, a fim de que os autos que lhe sejam
2.20.1.3.3 - A publicação efetuada pelo sistema
submetidos possam ter curso, o tanto quanto
“Publique-se” refere-se à disponibilização da
possível, automatizado.
sentença ou decisão no Banco de Sentenças e
2.19.8 - Os feitos atribuídos ao Gestor não pode- Decisões do do Tribunal de Justiça do Estado
rão ser, salvo deliberação do magistrado, con- do Paraná, não dispensando, portanto, a respec-
feridos a outros Gestores, servidores ou funcio- tiva publicação no Diário da Justiça Eletrônico,
nários. quando for a hipótese.
2.19.9 - Eventual substituição do Gestor deverá 2.20.1.4 - Tratando-se de processos virtuais, o
ser comunicada e autorizada pelo magistrado. registro será feito diretamente no sistema de
processo eletrônico, encerrando-se os livros de
2.19.10 - Cumprirá à escrivania ou à secretaria,
registro de sentenças ou mídias de CD-ROM.
em colaboração com o Oficial Distribuidor, des-
de que adotado o modelo de rotina proces- 2.20.1.5 - Em se tratando de processos físicos, o
sual referido nos itens “Publique-se” deverá ser acessado através do
do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e,
2.19.3 a 2.19.9, informar previamente ao ma-
para sua correta utilização, observar-se-á o dis-
gistrado a existência de demandas repetitivas,
posto na subseção 02.
a fim de que possam ser geradas novas rotinas
processuais.
SUBSEÇÃO 02
2.19.11 - Os magistrados, constatando a eficiên-
cia na implantação das rotinas processuais, po- DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA
derão indicar à Corregedoria-Geral da Justiça 2.20.2.1 – O Sistema “Publique-se” é composto
os respectivos escrivães ou secretários, a fim de das seguintes etapas sequenciais: I – Inserção do
que recebam elogio em ficha funcional e apre- arquivo em formato .PDF;
sentem o modelo para a formação de um banco
próprio de soluções administrativas. II – Registro e classificação da sentença/decisão;
2.19.11.1 - Para os fins do item 2.19.11, poderão III – Publicação da sentença/decisão no Banco
os magistrados aplicar os critérios do Sistema de Sentenças e Decisões do Portal do Tribunal
de Aferição de Desempenho de Varas. de Justiça do Estado do Paraná.
2.20.2.1.1 – A critério do magistrado, a inserção,
SEÇÃO 20 classificação e registro da sentença ou cadastro
da decisão poderão ser realizadas por servidor
REGISTRO DE SENTENÇAS E CADASTRO DE
lotado no gabinete ou na escrivania/secretaria,
DECISÕES
que receberá os autos com as decisões e senten-
ças assinadas para posterior digitalização ou em
SUBSEÇÃO 01 NORMAS GERAIS
arquivo PDF.
2.20.1.1 - O registro das sentenças e decisões,
2.20.2.2 - Serão adicionados às respectivas sen-
no âmbito do Foro Judicial, reger-se-á pelas nor-
tenças ou decisões, no campo “arquivo / docu-
mas desta Seção.
mento adicional”, os pareceres proferidos pelos
2.20.1.2 - A partir da implantação do Sistema Juízes Leigos e os pareceres do Ministério Públi-
“Publique-se”, as Escrivanias/Secretarias do co na hipótese do CN 6.12.2.
Foro Judicial deverão encerrar os livros de re-
2.20.2.3 – Junto com a inserção do arquivo da
gistro de sentença ou mídias de CD- ROM gera-
sentença ou decisão no Sistema Publique-se de-
das com tal finalidade.
verá ser especificado, conforme a hipótese:
2.20.1.3 - O Sistema “Publique-se” é destinado
I – o tipo do ato: sentença ou decisão que julga
ao cadastro, assinatura, registro e publicação
incidente autuado em apartado; II – se se tratar
das sentenças e decisões que julgam incidentes
de feito público ou em segredo de justiça;
autuados em apartado no Banco de Sentenças
e Decisões do Tribunal de Justiça do Estado do III – se houver necessidade de publicação tardia;
Paraná.
IV – o número único do processo, obrigatório
2.20.1.3.1 - A utilização de assinatura digital é para o registro da sentença e facultativo para o
facultativa nos processos que tramitam por su- cadastro de decisões;
porte físico.
V – a área de competência (cível, criminal, juiza-
2.20.1.3.2 - A disponibilização da íntegra do ato do especial cível etc.); VI – se é líquida;
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2.21.3.4.3 – Havendo impossibilidade de digi- 2.21.3.6 – No âmbito dos Juizados Especiais Cí-
talização dos documentos, de maneira nítida e veis e da Fazenda Pública, quando da utilização
legível, ou em razão do grande volume, esses de petições redigidas pelas partes, sem a assis-
deverão ser apresentados à escrivania/secreta- tência de advogado, como petições iniciais, o
ria no prazo de dez (10) dias, contados da data servidor responsável pelo atendimento deverá
do envio da petição eletrônica que comunica o observar se elas preenchem os requisitos do art.
fato. Nesse caso, o juiz poderá autorizar a inser- 14, § 1º, da Lei 9.099/1995 e, em caso negativo,
ção dos arquivos por serventuário da Justiça, levar a reclamação a termo, com a finalidade de
cuja digitalização deverá ser imediata, devendo esclarecê-la ou complementá-la.
os originais ser devolvidos, em seguida, à parte
interessada. 2.21.3.7 – As petições e os documentos produzi-
dos e juntados, eletronicamente, pelos usuários
2.21.3.4.4 – Confirmada, por servidor judicial, a do sistema, com garantia da origem e de seu sig-
impossibilidade de digitalização dos documen- natário, são considerados originais para todos
tos, de maneira nítida e legível, ou em razão do os efeitos legais e têm a mesma força probante
grande volume, a critério do juiz, eles poderão dos originais.
ser arquivados na escrivania/secretaria e, após
o trânsito em julgado, devolvidos à parte inte- 2.21.3.7.1 – Nos recursos e nas ações que trami-
ressada, aplicando-se, no que for compatível, as tam no Tribunal de Justiça, os julgadores que
disposições dos itens 2.21.3.1.3 e 2.21.3.1.4. possuírem acesso integral aos autos virtuais de
origem poderão se valer das informações e do-
2.21.3.4.5 – Nas hipóteses do item 2.21.3.4.4, será cumentos produzidos nos processos eletrônicos
lançada certidão nos autos, com a especificação para prolação de suas decisões, dispensando a
dos documentos que foram apresentados e ar- requisição formal de informações dos respecti-
quivados na unidade. vos magistrados, escrivanias ou secretarias.
2.21.3.4.6 – Quando as partes apresentarem 2.21.3.7.2 – Nos agravos de instrumento, o aces-
objetos ou documentos de prova, relativos a so mencionado no item 2.21.3.7.1, a critério e
arquivos de áudio ou vídeo, cuja inserção não segundo entendimento do relator, poderá ser
seja possível no sistema de processo eletrônico, utilizado para:
devem ser observadas as disposições dos itens
2.21.3.4.4 e 2.21.3.4.5, naquilo que for compatí- I - dispensa dos documentos obrigatórios exigi-
vel. dos conforme o artigo 525, inciso I, do Código
de Processo Civil;
2.21.3.5 – As petições e os documentos, inseri-
dos no processo virtual, respeitarão as ordens II – verificação de eventual reforma da decisão
lógica e cronológica. recorrida, segundo o art. 529 do CPC; III – de-
claração da perda de objeto do agravo, quando
2.21.3.5.1 – Buscar-se-á a seguinte padronização constatada a prolação de sentença no processo.
de ordem e nomenclatura de arquivos:
2.21.3.8 – Nos processos eletrônicos em que
I - petições iniciais e/ou demais petições, cuja houver declínio de competência:
nomenclatura, quando cabível, corresponderá
ao ato praticado - documentos, respeitada a se- I – para escrivania/secretaria em que se encontre
guinte sequência, quando houver: implantado o processo virtual, a remessa deverá
ser efetuada pelo próprio sistema;
a) procurações e/ou substabelecimentos, com a
mesma nomenclatura; II – para escrivania/secretaria que não utilize
sistema de processo virtual, o juízo declinante,
b) documentos pessoais, com a nomenclatura promovendo a exportação integral do feito po-
do documento inserido ( ); derá:
c) comprovante de residência, com a mesma no- a) imprimi-lo e remetê-lo por via postal;
menclatura;
b) salvar o arquivo correspondente ao feito em
2.21.3.5.2 demais documentos, cuja nomencla- CD-Rom e encaminhá-lo ao destinatário, ou, al-
tura identificará a espécie e a finalidade deles ternativamente, fazer a remessa do arquivo pelo
– Não poderá ser utilizada nomenclatura gené- meio eletrônico de comunicação oficial do Tri-
rica para os arquivos inseridos no sistema como, bunal de Justiça do Paraná.
por exemplo, “DOC01”, etc.
2.21.3.9 – Caso a escrivania/secretaria, que
2.21.3.5.3 - Os documentos, cujo tamanho ul- possua sistema de processo eletrônico, receba
trapasse o permitido para inserção no sistema, processo físico em razão de declínio de compe-
deverão ser desmembrados, e sua nomenclatura tência, esse será digitalizado e inserido no sis-
obedecerá ao disposto no item 2.21.3.5.1, acres- tema por serventuário da Justiça, observadas as
cida do número das partições do arquivo ( ). regras dos itens 2.21.3.4 e 2.21.3.5.
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Noções de Direito e Legislação
2.21.3.9.1 – A escrivania/secretaria, que receber hipóteses autorizadas nesta Seção, devem ser
o processo físico em razão do declínio de com- imediatamente a elas restituídos.
petência, após sua digitalização e inserção inte-
2.21.3.11.2 – Não haverá destruição dos docu-
gral no sistema, poderá arquivá-lo ou intimar
mentos apresentados pelas partes e juntados
as partes ou advogados para desentranharem
nos processos eletrônicos.
os documentos por eles juntados, dispensada a
substituição por fotocópias. 2.21.3.11.3 – Relativamente aos documentos
eventualmente mantidos em escrivania/secre-
2.21.3.9.2 – Havendo o desentranhamento de to-
taria e pertencentes às partes, devem ser obser-
dos os documentos juntados pelas partes, pode-
vadas as regras dos itens 2.21.3.1.3 e 2.21.3.1.4,
rá ser destruído o processo mencionado no item
naquilo que for compatível.
anterior.
2.21.3.11.4 - À exceção dos documentos origi-
2.21.3.9.3 – Aplica-se a regra do item 2.21.3.1.4,
nais pertencentes às partes, todos os demais
na hipótese de intimação não atendida para os
documentos, digitalizados e inseridos nos res-
fins do item 2.21.3.9.1.
pectivos processos eletrônicos, podem ser des-
2.21.3.9.4 – A destruição dos autos físicos, men- truídos, observando-se o item 2.21.3.9.4.
cionados no item 2.21.3.9, ocorrerá mediante
critérios de responsabilidade social e de pre- SUBSEÇÃO 4
servação ambiental, por meio da reciclagem DOS PRAZOS PARA PRÁTICA DE ATOS
do material descartado, ficando autorizada sua
destinação a programas de natureza social. 2.21.4.1 – Consideram-se realizados os atos pro-
cessuais por meio eletrônico no dia e hora do
2.21.3.10 – Os processos eletrônicos, que necessi- seu envio ao sistema, observado o horário oficial
tem ser encaminhados à instância recursal, que de Brasília.
não disponha de sistema de processo eletrônico
compatível e, cuja remessa não ocorra direta- 2.21.4.2 – Quando a petição for enviada para
mente pelo sistema, após serem integralmente atender prazo processual, serão consideradas
exportados, poderão ser: tempestivas aquelas transmitidas até as vinte e
quatro (24) horas do seu último dia.
I – impressos e remetidos por via postal;
2.21.4.3 – As petições e documentos, cuja junta-
II – salvos em CD-Rom, que será remetido por da é exigida em audiência, deverão estar inseri-
via postal ou por meio eletrônico de comunica- dos no respectivo processo eletrônico ao tempo
ção oficial do Tribunal de Justiça do Paraná. de sua abertura.
2.21.3.10.1 – Retornando os autos à unidade de 2.21.4.4 – Havendo indisponibilidade do siste-
origem, todos os atos praticados em meio físico, ma, por duas (2) horas consecutivas, durante o
em sede recursal, serão digitalizados e inseridos período de expediente forense, os prazos pro-
no respectivo processo eletrônico, na forma dos cessuais, cujo termo ocorra na data de indispo-
itens 2.21.3.4 e 2.21.3.5. nibilidade, serão automaticamente prorrogados
até o dia útil subsequente.
2.21.3.10.2 – Nos agravos de instrumento reme-
tidos à unidade de origem, todos os atos que 2.21.4.4.1 – Na hipótese do CN 2.21.4.4, incum-
não estejam reproduzidos no processo eletrôni- birá ao Departamento de Tecnologia da Infor-
co deverão ser digitalizados e inseridos nesse, mação e Comunicação:
respeitadas as regras dos itens 2.21.3.4 e 2.21.3.5. I – lançar notas informativas a respeito nas pági-
2.21.3.10.3 – Aos processos físicos, menciona- nas do sistema PROJUDI e do TJPR;
dos nos itens 2.21.3.10.1 e 2.21.3.10.2, são apli- II – cadastrar no sistema PROJUDI a data de in-
cáveis as regras constantes dos itens 2.21.3.9.1, disponibilidade para prorrogação dos prazos,
2.21.3.9.2, 2.21.3.9.3 e 2.21.3.9.4. cuja informação deverá ser armazenada no sis-
2.21.3.11 – Desde que digitalizados e juntados tema e ficar disponível para consulta dos ma-
no respectivo processo eletrônico, é prescindível gistrados.
a retenção dos documentos em escrivania/secre- SUBSEÇÃO 5
taria, devendo ser recomendado aos detentores
dos originais dos documentos digitalizados a CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
sua conservação, até o trânsito em julgado da
2.21.5.1 As intimações serão realizadas, por meio
sentença, ou, quando admitida, até o final do
eletrônico, àqueles usuários cadastrados no sis-
prazo para interposição de ação rescisória.
tema, inclusive da Fazenda Pública e das partes
2.21.3.11.1 – À exceção da determinação de ar- que postulam sem advogado nos Juizados Espe-
quivamento em escrivania/secretaria, os docu- ciais, e, assim, consideradas pessoais para todos
mentos apresentados pelas partes, nos proces- os efeitos legais, sendo dispensada a publicação
sos eletrônicos e juntados pelos servidores, nas em órgão oficial, inclusive eletrônico.
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2.21.5.2.1 – Considerar-se-á realizada a intima- meio físico de outros juízos, que não utilizem
ção no dia em que o intimando efetivar a consul- sistema de processo eletrônico ou, cujo pro-
ta eletrônica de seu teor. cesso originário seja físico, serão digitalizadas,
inseridas e cadastradas no sistema de processo
2.21.5.2.2 – Reputar-se-á intimado aquele que
eletrônico.
não realizar a consulta da intimação, após o
decurso do prazo de dez (10) dias, contados da 2.21.7.2 – A carta precatória tramitará eletroni-
data de seu envio. camente até sua devolução, momento em que a
escrivania/secretaria, exportando o arquivo cor-
2.21.5.2.3 – Nos casos em que a consulta ou o
respondente à deprecata, alternativamente:
decurso do prazo, previsto no item 2.21.5.2.2,
ocorrer em dia não útil, a intimação será con- I – após imprimi-la, deverá remetê-la ao juízo
siderada como realizada no primeiro dia útil deprecante, por via postal;
seguinte.
II – após salvá-la em CD-Rom, deverá enviá-la
2.21.5.2.4 – As intimações serão expedidas em ao juízo deprecante, por via postal, ou através
meio físico e, desde que atinjam sua finalidade: de meio eletrônico de comunicação oficial do
Tribunal de Justiça do Paraná.
I – aos usuários não cadastrados no sistema;
2.21.7.3 – Em relação às cartas precatórias rece-
II – se determinado pelo juiz, nos casos urgen-
bidas, a escrivania/secretaria tomará as provi-
tes, em que a intimação por via eletrônica possa
dências necessárias ao seu cumprimento, salvo
causar prejuízo a quaisquer das partes, ou nos
nas hipóteses que dependam da intervenção do
casos em que for evidenciada qualquer tentativa
juiz.
de burla ao sistema.
2.21.7.4 – Recebidas as cartas precatórias para
2.21.5.3 – Salvo nos processos criminais e infra-
cumprimento, independente de determinação
cionais, é autorizada a realização da citação pela
judicial, a escrivania/secretaria oficiará ao juízo
via eletrônica, desde que haja disponibilidade
deprecante, comunicando o número de autua-
técnica e a íntegra dos autos esteja acessível ao
ção e outros dados importantes para o cumpri-
citando.
mento do ato como, por exemplo, a data da au-
diência designada, a expedição de mandados,
SUBSEÇÃO 6
etc.
ATOS E TERMOS DO PROCESSO 2.21.7.5 – Sem prejuízo de outras disposições
2.21.6.1 – É dispensada a lavratura e a inserção específicas, constantes do Código de Normas,
de certidões, no processo virtual, quando a mo- competirá à escrivania/secretaria a prática dos
vimentação processual indicar o ato praticado. seguintes atos ordinatórios, nas cartas precató-
Deverão, todavia, sempre ser assinadas pelas rias recebidas:
partes, com posterior digitalização e inserção no I – responder ofícios encaminhados pelos juízos
processo virtual: de origem, dirigidos aos respectivos escrivães,
com as informações solicitadas;
I – petições de qualquer natureza, nas hipóteses
em que a parte não for assistida por advogado; II – certificar a ausência de resposta aos expe-
dientes encaminhados aos respectivos juízos
II – recibos de retirada de alvarás;
deprecantes, quando expirar o prazo de trinta
III – recibos de citações e intimações praticadas (30) dias ou outro lapso assinalado pelo juiz;
por meio físico.
III - promover a devolução da carta precatória,
2.21.6.1.1 – Os termos de audiência, inseridos no com as baixas na distribuição:
sistema de processo eletrônico, deverão sempre
a) na hipótese do supracitado inciso II;
estar subscritos pelos presentes.
b) após o cumprimento do ato deprecado;
2.21.6.2 – Os ofícios, mandados, cartas, cartas
precatórias, alvarás e demais documentos, ex- c) quando a carta precatória retornar com dili-
pedidos pelas escrivanias/secretarias, de- gência negativa.
verão ser gerados nos respectivos processos
eletrônicos, sendo dispensada a lavratura de SUBSEÇÃO 8
certidão atestando sua expedição.
CARTAS PRECATÓRIAS ELETRÔNICAS
SUBSEÇÃO 7 2.21.8.1 – A expedição de carta precatória, entre
unidades que utilizem o sistema PROJUDI no
CARTAS PRECATÓRIAS RECEBIDAS EM MEIO
Estado do Paraná, far-se-á, obrigatoriamente,
FÍSICO
por via eletrônica, com a utilização da ferramen-
2.21.7.1 – As cartas precatórias, recebidas em ta existente no sistema.
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Noções de Direito e Legislação
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4.1.7.3 - Os editais extraídos de processos que III – Carga de Autos – Juiz (Adendo 4-G);
tramitam em segredo de justiça conterão so-
IV – Carga de Autos – Promotor de Justiça
mente o indispensável à finalidade do ato. O re-
(Adendo 5-G);
lato da matéria de fato, se necessário, será feito
com terminologia concisa e adequada, evitan- V – Carga de Autos – Advogado (Adendo 6-G);
do-se expor a intimidade das partes envolvidas
VI – Carga de Autos – Contador e Avaliador
ou de terceiros.
(Adendo 7-G);
4.1.11 - A expedição de ofício em ação de ali-
mentos, para fins de descontos em folha de pa- VII – Carga de Mandados – Oficiais de Justiça
gamento, deverá conter a qualificação completa (Adendo 8-G);
do devedor, inclusive com o número do RG e VIII – Arquivo de Guia de Recolhimento de
CPF, se possível. Custas (Adendo 9-G).
4.1.12 - - No caso de depósitos de valores devi- 4.2.2 – Na escrituração dos livros e procedimen-
dos a título de alimentos, o montante das custas tos da escrivania serão observadas as normas
contadas somente poderá ser deduzido se o va- gerais contidas no capítulo 2, bem como as nor-
lor devido a este título compuser o depósito. mas específicas relativas ao ofício cível contidas
4.1.12.1 - Do mandado de averbação constará no capítulo 5 deste CN.
também o número de ordem, número do livro e 4.2.3 – Estando o ofício de registros públicos
folhas em que foi inscrita a sentença. anexado à escrivania cível, poderão ser usados
4.1.13 - A modificação do regime de bens do para os atos de escrituração os livros comuns a
casamento ocorrerá a pedido motivado de am- ambos os ofícios.
bos os cônjuges, em procedimento de jurisdição 4.2.3.1 – Estando anexada a escrivania ao ofício
voluntária e com a participação do Ministério criminal ou ao da infância e juventude, pode-
Público, devendo o juiz competente determinar rão ser utilizados para escrituração comum os
a publicação de edital com prazo de trinta (30) livros de Registro de Cartas Precatórias, Roga-
dias, a fim de imprimir publicidade à mudança, tórias e de Ordem, Carga de Autos – Juiz, Carga
visando resguardar direitos de terceiros. de Autos –Promotor de Justiça, Carga de Au-
4.1.13.1 - Diante da cautela que a hipótese exi- tos - Advogados, Carga de Autos – Contador e
ge, poderá o magistrado determinar seja o pe- Carga de Mandados – Oficiais de Justiça.
dido instruído com certidões negativas fiscais,
4.2.4 – Recebido em juízo o termo referente ao
do INSS e dos Tabelionatos de Protestos e dos
registro de nascimento somente com materni-
Cartórios Distribuidores do local do domicílio e
dade estabelecida, será registrado no livro de
da residência dos cônjuges.
Registro Geral de Feitos como “Averiguação de
4.1.13.2 - Transitada em julgado a sentença e Paternidade”, devendo ser autuado e processa-
independentemente de determinação judicial, do em segredo de justiça.
a escrivania expedirá mandados de averbação
4.2.4.1 - – Em caso de confirmação expressa da
aos Ofícios de Registro Civil e de Imóveis, e,
paternidade, o termo de reconhecimento deverá
caso qualquer dos cônjuges seja empresário, ao
conter os dados necessários à identificação do
Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas e
pai, expedindo-se mandado de averbação, ve-
à Junta Comercial.
dadas referências à natureza da filiação, ao es-
4.1.13.3 - A modificação do regime de bens será tado civil dos pais e à própria Lei n° 8.560, de
da competência da Vara de Família da respecti- 29.12.1992.
va comarca onde se processar a mudança.
4.2.4.2 – O procedimento de “Averiguação de
4.1.15 - Aplicam-se as normas pertinentes aos Paternidade” é isento de custas.
mandados de prisão e alvarás de soltura, pre-
vistas no Capitulo 6, Seção 14, deste Código. 4.2.4.3 – A “Averiguação de Paternidade” exau-
re-se com o reconhecimento ou com a remessa
dos autos ao Ministério Público para que ajuíze,
SEÇÃO 02
se for o caso, ação de investigação de paternida-
de. O término do procedimento deverá constar
NORMAS DE PROCEDIMENTO DO OFÍCIO DE do Boletim Mensal de Movimento Forense.
REGISTROS PÚBLICOS
4.2.5 - – O interessado, no primeiro ano após
4.2.1 - São livros obrigatórios das escrivanias: ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoal-
mente ou por procurador, alterar o nome, desde
I - Registro Geral de Feitos (Adendo 1-G);
que não prejudique os apelidos de família, aver-
II - Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e bando-se a alteração que será publicada pela
de Ordem (Adendo 2-G); imprensa.
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4.2.6 – Qualquer alteração posterior de nome, I – Registro e Controle de Livros dos Registra-
somente por exceção e motivadamente, após dores e Notários (Adendo 1-B);
audiência do Ministério Público, será permitida
II – Arquivo de Comunicações (Adendo 2-B).
por sentença do juiz a que estiver sujeito o regis-
tro, arquivando-se o mandado e publicando-se 4.3.1.1 – No livro “Arquivo de Comunicações”
a alteração pela imprensa. deverão ser arquivados, em ordem cronológica,
4.2.7 – Poderá, ainda, ser averbado, nos mesmos numerados e rubricados os pedidos de afasta-
termos, o nome abreviado, usado como firma mento dos notários e registradores, e as comu-
comercial registrada ou em qualquer atividade nicações de impedimentos previstos no CN
profissional. 10.1.6.2.
4.2.8 – A mulher solteira, separada judicialmen- 4.3.2 – A correição permanente nos serviços
te, divorciada ou viúva, que viva com homem notariais e de registro, secretarias e ofícios de
solteiro, separado judicialmente, divorciado justiça caberá aos juízes titulares das varas ou
ou viúvo, excepcionalmente e havendo motivo juizados a que estiverem subordinados.
justificável, poderá requerer ao juiz competente 4.3.3 – A inspeção permanente nos serviços no-
que, no registro de nascimento, seja averbado o tariais e de registro, inclusive os distritais, do
patronímico de seu companheiro, sem prejuízo Foro Central da Comarca da Região Metropoli-
dos apelidos próprios, de família, desde que tana de Curitiba será exercida pelo juiz da vara
haja impedimento legal para o casamento, de- de registros públicos, que remeterá ao Corre-
corrente do estado civil de qualquer das partes gedor-Geral da Justiça relatório anual de suas
ou de ambas. atividades.
4.2.9 – O prenome será definitivo, admitindo-se, 4.3.4 - – A inspeção permanente no foro extra-
todavia, a sua substituição por apelidos notórios.
judicial das comarcas do interior e dos Foros
4.2.9.1 – A substituição do prenome será ainda Regionais da Comarca da Região Metropolitana
admitida em razão de fundada coação ou amea- de Curitiba será exercida pelo juiz corregedor
ça decorrente da colaboração com a apuração de respectivo.
crime, por determinação, em sentença, de juiz
competente, ouvido o Ministério Público. CAPÍTULO 5 OFÍCIO CÍVEL
4.2.10 – Será averbada a alteração do nome com-
SEÇÃO 01
pleto, inclusive dos filhos menores, e será pre-
cedida das providências necessárias ao resguar-
LIVROS DO OFÍCIO
do de direitos de terceiros.
5.1.1 – São livros obrigatórios das escrivanias
4.2.11 – O procedimento tramitará perante a
cíveis:
Vara de Registros Públicos, em segredo de jus-
tiça. I – Registro Geral de Feitos (Adendo 1-E);
4.2.12 – Concedida a alteração e observado o si- II – Registro de Execuções Fiscais (Adendo 2-E);
gilo indispensável para a proteção do interessa-
do, deverá constar da sentença o seguinte: III – Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e
de Ordem (Adendo 3-E);
I – a averbação no registro original de nascimen-
to da menção de que houve alteração de nome IV - Registro de Depósitos (Adendo 11-E);
completo, com expressa referência à sentença au- V - Registro de Testamentos (Adendo 10-E);
torizadora e ao juiz que a exarou, não podendo
constar do documento o nome que foi alterado; VI - Carga de Autos - Juiz (Adendo 4-E);
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Noções de Direito e Legislação
5.1.1.2 - Nas comarcas em que houver mais de 5.1.5.1 - Nas comarcas em que a secretaria for
um oficial avaliador, a carga de autos será subs- instalada em prédio autônomo poderá ser aber-
tituída por mandado e, para tanto, será aberto to livro próprio para essa finalidade.
livro específico.
5.1.6 - Os termos de audiência e os compromis-
5.1.1.3 - No livro Carga de Autos - Diversas de- sos de tutores e curadores serão juntados aos
verão ser registradas, dentre outras, as cargas autos, não sendo objeto de registro em livro.
para o distribuidor, contador, avaliador, pe-
ritos, equipe técnica, com a correspondente SEÇÃO 02 AUTUAÇÃO
anotação na coluna “Destinatário”. 5.2.1 - Recebida da distribuição e tão logo efe-
5.1.2 - De regra, os livros serão de folhas sol- tuado o preparo inicial, ou, sendo este dispen-
tas, datilografadas, impressas por sistema de sado, a petição inicial será registrada e autuada
computação ou por fotocópias, devendo conter pela escrivania.
termo de abertura e de encerramento, e serem 5.2.2 - Lançadas as certidões de registro e de de-
encadernados quando formarem duzentas (200) pósito negativo ou positivo das custas, os autos
folhas. serão conclusos ao Juiz, no prazo de vinte e qua-
5.1.2.1 - Não poderão ser formados por sistema tro (24) horas. Tratando-se de matéria urgente, a
de folhas soltas ou de computação os livros: Re- conclusão será imediata.
gistro Geral de Feitos, Registro de Execuções 5.2.2.1 - Sempre que o valor atribuído à causa,
Fiscais, Registro de Cartas Precatórias, Registro pela parte, estiver em desacordo com o estatuí-
de Depósitos e de Carga de Autos para Advo- do no art. 259 do CPC ou em outra disposição
gados. legal vigente, o escrivão deverá certificar a cir-
5.1.2.2 - Autoriza-se a abertura de livro desti- cunstância antes de fazer conclusos os autos.
nado às cargas referentes aos executivos fiscais, 5.2.3 - Se exigível a antecipação de custas, o de-
formado pelo sistema de folhas soltas, exclusi- curso do prazo de trinta (30) dias, sem o res-
vamente aos procuradores das Fazendas Públi- pectivo preparo, será certificado pela escrivania,
cas. cancelando-se a distribuição independentemen-
5.1.3 - Serão elaborados dois fichários: te de despacho. Para esta finalidade, as petições
serão encaminhadas ao distribuidor.
I - um GERAL, baseado no nome dos requeren-
tes e requeridos, no qual constarão, além da de- 5.2.3.1 - - No caso de insuficiência das custas
signação das partes, a natureza do feito, o valor devidas por antecipação e da taxa judiciária, an-
da causa, anotações quanto aos recursos e arqui- tes de se cancelar a distribuição deverá ser in-
vamento, com espaço reservado para observa- timada a parte para o fim de completar o valor
ções de ordem geral; devido.
5.1.3.1 - Servirá como índice do livro de Registro 5.2.4 - Restituídas pelo distribuidor, as petições
Geral de Feitos o próprio fichário geral de feitos, com os respectivos documentos ficarão sob a
pelo nome de todos os autores e réus. guarda da escrivania até sua devolução à parte,
mediante recibo.
5.1.3.2 - Os fichários poderão ser feitos pelo sis-
5.2.5 - Da autuação constarão os seguintes dados:
tema de computação.
I - o juízo, o número do registro e a natureza
5.1.4 - Nas comarcas de menor movimento fo-
do feito, o procedimento, o nome das par-
rense, autoriza-se a abertura de livros não pa-
tes com o respectivo número de RG e/ou CPF, o
dronizados, de cinqüenta (50) ou cem (100) fo-
nome dos advogados com o respectivo núme-
lhas, para Carga de Autos - Diversas, Registro
ro de inscrição na OAB, a data e o número da
de Testamentos, Registro de Depósitos e Arqui-
distribuição, o que também constará dos demais
vo de Guia de Recolhimento de Custas - GRC.
volumes dos autos;
5.1.4.1 - Os mencionados livros, todavia, obede-
II - a substituição e a sucessão das partes e dos
cerão aos mesmos critérios de escrituração dos
seus procuradores, o litisconsórcio ulterior, a
livros-padrão, conforme os adendos deste CN.
denunciação da lide, a nomeação à autoria, o
5.1.5 - O escrivão apresentará mensalmente ao chamamento ao processo, a assistência simples
Juiz, para visto, o livro de Registro de Depósi- e a litisconsorcial, os embargos à ação monitória,
tos, salvo nos meses em que não tiver ocorrido a exceção de pré-executividade, a fase de cum-
qualquer lançamento. primento da sentença e eventual impugnação, a
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substituição da pessoa jurídica pela dos sócios 5.3.4 - Nos processos cautelares, decorridos trin-
- no caso de executivo fiscal -, a intervenção de ta (30) dias da efetivação da medida liminar sem
terceiros, a intervenção do Ministério Público e que tenha havido registro e autuação da ação
de curador, bem assim a desistência ou a extin- principal, o fato será certificado, fazendo-se a
ção do processo quanto a alguma das partes. imediata conclusão dos autos.
Disso far-se-á breve referência à folha dos autos; 5.3.5 - Os mandados de prisão de depositário
III - o aditamento à inicial, a interposição de infiel deverão ser obrigatoriamente assinados
embargos, o agravo retido, a reconvenção, o pelo juiz.
pedido contraposto, a reunião de processos, o
apensamento e o desapensamento de autos, a SEÇÃO 04
sobrepartilha, a conversão da ação e do procedi-
mento, a assistência judiciária gratuita, a proibi- CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
ção de retirada dos autos e o segredo de justiça, 5.4.1 - As intimações dos advogados, mediante
também com breve referência a folha dos autos; carta postal ou mandado, serão realizadas de
IV - a penhora nos rosto dos autos, com referên- forma precisa, observando-se também as nor-
cia precisa no verso da autuação; mas referentes à intimação pelo Diário da Jus-
tiça. As intimações do Ministério Público e do
V - a data da concessão da liminar, nos manda- defensor público serão efetuadas pessoalmente,
dos de segurança, e da efetivação da medida li- dispensada a expedição de mandado, mediante
minar, nos processos cautelares, mencionando- certidão e ciência nos autos.
se a folha dos autos.
5.4.1.1 - Nos processos em que atuem em razão
VI - a data da concessão da tutela antecipada, das atribuições de seus cargos, os ocupantes dos
bem como a data da liminar concedida em ação cargos das carreiras de Procurador Federal e de
civil pública, mencionando-se a folha dos autos. Procurador do Banco Central do Brasil serão in-
timados e notificados pessoalmente
5.2.5.1 - As alterações constantes do item II, ex-
ceto quanto à sucessão de procuradores, e as do 5.4.2 - Apresentado o rol de testemunhas, no
item III relativamente à reconvenção, ao pedido prazo legal, ou naquele que o juiz fixar (art. 407
contraposto e à conversão da ação serão comu- do CPC), a escrivania expedirá desde logo o
nicadas ao distribuidor, para a devida averba- mandado de intimação, salvo se a parte expres-
ção. samente o dispensar.
5.2.5.2 - - Os embargos à ação monitória e a ex- 5.4.3 - - Salvo manifestação em contrário da
ceção de pré-executividade serão juntados nos parte, os editais serão expedidos por extrato,
próprios autos, não dependendo de distribui- contendo os requisitos obrigatórios, além de ca-
ção, nem do pagamento de custas. beçalho destacado com a finalidade do ato (ci-
tação, intimação) e o nome do seu destinatário.
5.2.6 - As escrivanias informatizadas poderão
utilizar etiquetas para autuações, observando- 5.4.3.1 - Nos editais de citação e naqueles para
se os requisitos do CN 5.2.5. conhecimento de terceiros, o teor do seu resu-
mo será solicitado à parte interessada; não
SEÇÃO 03 sendo fornecido em prazo razoável, serão ex-
pedidos com a transcrição integral da petição
CONCLUSÃO E MANDADOS inicial, após consulta ao juiz.
5.3.1 - As conclusões dos autos ao juiz devem 5.4.3.2 - Nos demais editais, compete a escriva-
ser realizadas diariamente, sem limite de núme- nia redigi-los de forma sucinta.
ro de processos. Não é permitida a permanên- 5.4.3.3 - Os editais para citação e intimação de
cia dos autos na escrivania, a pretexto de que pessoas jurídicas deverão conter os nomes dos
aguardam conclusão. sócios-gerentes ou diretores.
5.3.2 - - Nenhum processo permanecerá parali- 5.4.3.4 - Os editais extraídos de processos que
sado na escrivania por prazo superior a trinta tramitam em segredo de justiça conterão so-
(30) dias, salvo determinação judicial em con- mente o indispensável à finalidade do ato. O re-
trário. Neste caso, vencido o prazo, a escrivania lato da matéria de fato, se necessário, será feito
certificará o fato e realizará a imediata conclu- com terminologia concisa e adequada, evitan-
são dos autos. do-se expor a intimidade das partes envolvidas
5.3.3 - Na hipótese de prazo comum às partes, ou de terceiros.
os autos serão conclusos somente depois do res- 5.4.4 - - Em caso de abandono do processo, a
pectivo decurso, salvo se, antes do seu exauri- requerimento da parte interessada, a escrivania,
mento, todos já tiverem se pronunciado ou se independente de determinação judicial, sem
houver requerimento urgente a ser apreciado. prejuízo do disposto no Capítulo 2, Seção 19, in-
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timará pessoalmente a parte, pelo correio (carta 5.5.2.2 – A serventia deverá exercer rigoroso
com AR), com a advertência do artigo 267, § 1º controle de movimentação dos feitos que sairão
do Código de Processo Civil, publicando tam- em carga rápida, devendo um servidor acompa-
bém tal intimação no Diário da Justiça a fim de nhar o interessado até o local de extração de có-
cientificar o advogado. pias, retornando ao seu local de trabalho com os
5.4.5 - Devolvidos à escrivania mandado, carta autos, desde que não importe em prejuízo para
precatória ou qualquer outro expediente com o serviço público.
diligência parcial ou totalmente infrutífera, ou 5.5.2.3 – Caso não seja possível dar atendimento
seja, sem a prática de todos os atos, a parte inte- ao item anterior, deverá ser autorizada a carga
ressada será intimada para se manifestar, inde- rápida, desde que seja procedida à anotação
pendentemente de determinação judicial. em livro carga, mediante prévia apresentação
5.4.6 - O INCRA deverá ser intimado da senten- de documento de identificação, bem como, do
ça de usucapião de imóvel rural para fins de ca- comprovante de endereço devidamente atuali-
dastramento na forma do § 5° do art. 22 da Lei zado, cujas informações deverão ser anotadas,
n° 4.947, de 06.04.1966. par fins de controle.
5.5.2.4 - Na devolução do processo pelo advo-
SEÇÃO 05 ADVOGADO gado, a Serventia deverá fazer conferência dos
5.5.1 - O Juiz deve velar para que, em todas as autos, a fim de verificar sua integralidade.
petições submetidas a despacho, sejam indica- 5.5.3 - As intimações aos advogados em cartas
dos pelo advogado que as subscrever o número precatórias deverão obedecer ao disposto no
da sua inscrição na OAB e seu nome, de forma item 5.7.8 deste CN.
legível.
5.5.2 - Os advogados terão direito à vista e à car- SEÇÃO 06 PERITO
ga dos autos, nas hipóteses previstas no art. 40 5.6.1 - A nomeação de perito deverá recair, sem-
do CPC. Quando o prazo for comum às partes, pre que possível, em profissional habilitado,
só em conjunto ou mediante ajuste prévio por inscrito nas respectivas entidades de controle
petição poderão os seus procuradores retirar os do exercício da profissão.
autos.
5.6.1.1 - - No caso de perícia da área de enge-
5.5.2.1 - Além dos advogados e estagiários re- nharia, arquitetura e agronomia, a comprovação
gularmente inscritos na Ordem dos Advogados da capacidade técnica do profissional será feita
do Brasil, constituídos procuradores de uma por meio da Anotação de Responsabilidade Téc-
das partes (EAOAB, artigos 3°, §2° e 7°, incisos
nica - ART, na forma do disposto no art. 1º da
XIII, XV e XVI), poderão retirar autos judiciais
Lei nº 6.496, de 07.12.1977.
e administrativos, em carga, pessoas autoriza-
das com procuração expressa nesse sentido do 5.6.1.2 - A aceitação do encargo é obrigatória,
procurador habilitado, desde que o feito não podendo o perito escusar-se no prazo legal, nas
tramite em segredo de justiça ou contenha in- seguintes hipóteses:
formação protegida por sigilo fiscal e bancário.
I - ocorrência de força maior;
5.5.2.1.1 - A referida autorização escrita deverá
II - tratar-se de perícia relativa a matéria sobre
conter expressa afirmação de que o subscritor
a qual considere-se inabilitado para apreciá-la;
assume responsabilidade pessoal, civil, criminal
e administrativa, se vier a ocorrer danificação ou III - versar a perícia sobre questão a que não
extravio total ou parcial dos autos do processo possa responder sem grave dano a si próprio,
enquanto estiver em carga, bem como que se dá bem como a seus familiares;
por intimado e ciente de todos os atos havidos
IV - versar a perícia sobre fato em relação ao
no processo no momento da carga.
qual esteja obrigado a guardar sigilo;
5.5.2.1.2 – As pessoas indicadas no item 5.5.2.1,
V - se for militar ou servidor público, salvo re-
assim como os advogados sem procuração,
quisição ao seu superior hierárquico;
poderão retirar autos judiciais e administrati-
vos, que não tramitam em segredo de justiça VI- versar a perícia sobre assunto em que inter-
ou contenham informação protegida por sigilo veio como interessado;
fiscal ou bancário, bem como, aqueles em que
VII - se for suspeito ou impedido.
não haja necessidade de praticar ato urgente,
em carga rápida a fim de obter fotocópia, pelo 5.6.1.3 - A gratuidade processual concedida à
prazo de uma hora, ressalvado que o exercício parte postulante da perícia não constitui motivo
desse direito deve ser compatibilizado com o legítimo para escusar o perito do encargo, po-
horário de expediente destinado ao atendimen- rém este não está obrigado a custear as despesas
to ao público. que venha a ter para a realização da perícia.
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5.6.2 - O perito e os assistentes técnicos não es- 5.7.4 - As cartas precatórias remetidas pelo cor-
tão sujeitos a termo de compromisso. reio deverão estar acompanhadas de cheque em
valor compatível com as custas previsíveis para
5.6.3 - A remuneração do perito deverá ser de-
o cumprimento.
positada, se cabível, antes da realização da di-
ligência. 5.7.4.1 - Excetuadas as hipóteses de assistência
judiciária e de final pagamento, como as causas
5.6.4 - O perito poderá ter vista dos autos fora da
da Fazenda Pública, recebidas cartas precatórias
escrivania por prazo fixado pelo juiz quando de
desacompanhadas de valor destinado à anteci-
sua nomeação e para elaboração do laudo.
pação de custas, ou com valor insuficiente, será
5.6.4.1 - O juiz providenciará a intimação das solicitada ao juízo deprecante a remessa ou a
partes quando da entrega do laudo pericial, complementação da importância. Não atendida
correndo daí o prazo de dez (10) dias estabeleci- a solicitação, no prazo de trinta (30) dias, poderá
do no art. 433, parágrafo único, do CPC. ser devolvida a carta, cancelando-se previamen-
te a sua distribuição.
SEÇÃO 07
5.7.5 - Não efetuada a antecipação das custas,
CARTAS PRECATÓRIAS nem sendo retirada a precatória, pela parte, no
prazo de trinta (30) dias, salvo prazo menor fi-
5.7.1 - As cartas precatórias serão expedidas xado pelo juiz, o fato será certificado e os autos,
sempre em papel timbrado e mencionarão em conclusos.
destaque e no seu preâmbulo:
5.7.6 - As cartas precatórias, remetidas pelo cor-
I - a indicação dos juízos de origem e de cumpri- reio, serão postadas mediante registro, lançan-
mento do ato; do-se certidão nos autos e arquivando-se o com-
II - identificação do processo e das partes, o va- provante na escrivania.
lor e a natureza da causa, e a data do seu 5.7.6.1 - Se entregues diretamente à parte inte-
ajuizamento; ressada, será lavrada certidão nos autos, colhen-
III - a menção ao ato processual, que constitui do-se o correspondente recibo.
o objeto; 5.7.7 - Se a carta precatória for devolvida à escri-
IV - menção ao prazo dentro do qual deverá ser vania com diligência parcial ou totalmente in-
cumprida a carta; frutífera, ou seja, sem a prática de todos os atos,
a parte interessada será intimada, independen-
V - menção às peças processuais e documentos temente de determinação judicial.
que a acompanham;
5.7.8 - As intimações aos advogados em cartas
VI - tratar-se de justiça gratuita, quando for o precatórias deverão, de regra, ser efetuadas pelo
caso. juízo deprecado, observadas as normas para as
5.7.2 - Devem acompanhar obrigatoriamente as intimações via postal e pelo Diário da Justiça.
cartas precatórias: 5.7.9 - Ao retornarem cumpridas as precatórias,
I - o inteiro teor da petição, do despacho judi- deve ser observado o disposto no CN 2.3.5.1.
cial e do instrumento de mandato conferido ao 5.7.10 - Salvo determinação judicial em contrá-
advogado; rio, das precatórias constará o prazo de trinta
II - tendo por objeto citação, tantas cópias da (30) dias para cumprimento. Para resposta a ex-
inicial quantas forem as pessoas a citar, acresci- pediente do juízo, o prazo será de dez (10) dias.
das de mais uma, que a integrará; 5.7.10.1 - Decorridos os prazos sem a prática do
III - outras peças processuais que devam ser ato, a escrivania certificará a ocorrência, fazendo
conclusão dos autos.
examinadas, na diligência, pelas partes, peritos
ou testemunhas. 5.7.11 - Nas cartas precatórias para citação em
processo de conhecimento, cautelar e para a
5.7.2.1 - As cartas precatórias para execução por
prática de ato de execução, a baixa será feita
quantia certa conterão conta atualizada do dé-
mediante comunicação do juízo deprecante ou
bito principal e dos acessórios, inclusive hono-
sob certidão por este expedida, dando conta da
rários advocatícios estipulados pelo juiz e todas
extinção do processo.
as despesas processuais relativas ao juízo depre-
cante. 5.7.11.1 - Nos demais casos a baixa será feita, in-
dependentemente de determinação judicial, por
5.7.3 - As cartas precatórias devem ser expedi-
ocasião da devolução da carta precatória.
das em três vias no mínimo e, juntamente com
as peças que a instruírem, serem autenticadas 5.7.12 - A expedição de cartas precatórias cíveis
pela serventia com carimbo e rubrica do escri- deverá obedecer às orientações expressas na se-
vão, sendo encerrada, com a assinatura do juiz. ção 5 do capítulo 3 deste CN.
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Noções de Direito e Legislação
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5.8.6.1 - Os documentos fiscais remetidos pela constrição (penhora, arresto ou seqüestro), deve
Receita Federal, salvo determinação judicial efetuar a comunicação ao depositário público da
em contrário, serão arquivados em cartório, ob- comarca, mesmo quando nomeado depositário
jetivando a preservação do sigilo fiscal, ressal- particular, para anotação no livro de Registro de
vando-se o direito à consulta e extração de cópia Penhora, Arresto, Seqüestro e Depósitos. Quan-
pela parte, certificando-se nos autos o dia, horá- do a constrição for objeto de termo nos autos, a
rio e qualificação completa de quem teve acesso comunicação do fato ao depositário público será
aos dados. realizada diretamente pela escrivania.
5.8.6.2 - Ressalvados os casos de isenção, gratui- 5.8.8.1 - - A escrivania intimará o exeqüente
dade ou urgência, o que deverá constar expres- para fins do contido no art. 659, § 4.º, do CPC,
samente da requisição, a escrivania cientificará observando-se, quando ocorrer a hipótese, a re-
a parte de que o atendimento da requisição está gra do art. 615, II, do mesmo Código.
subordinado às exigências do órgão fiscal, como
pagamento de taxas. 5.8.8.2 - Salvo o disposto no CN 16.5.5, o registro
de atos constritivos (penhora, arresto ou seqües-
SUBSEÇÃO 7 SISTEMA BACEN JUD tro) na serventia imobiliária será feito indepen-
dentemente da expedição de mandado, deven-
5.8.7 - A requisição de informações sobre a exis- do vir aos autos certidão probatória do registro
tência de valores em conta corrente, conta de efetuado, à vista de:
poupança, de investimento e de outros ativos
financeiros em nome do executado, será trans- I - cópia do respectivo auto ou termo que conte-
mitida ao Banco Central preferencialmente por nha os elementos previstos no art. 665 do CPC,
meio eletrônico, via sistema Bacen Jud, poden- acompanhado da petição inicial;
do ser determinado pelo juiz, no mesmo ato, a II - pagamento de emolumentos devidos à ser-
sua indisponibilidade, até o valor indicado na ventia;
execução (débito atualizado, mais honorários e
despesas processuais). III - comprovante de recolhimento das receitas
devidas ao FUNREJUS.
5.8.7.1 - Protocolada a ordem eletrônica, decor-
rido o período de processamento pelas institui- 5.8.8.3 - - A constrição incidente sobre veículo
ções financeiras, consoante prazo estabelecido sujeito à certificado de registro será comunicada
no manual básico de utilização, deverá ser rea- ao DETRAN para lançamento no cadastro res-
lizada consulta ao sistema Bacen Jud a fim de pectivo, preferencialmente por meio eletrônico.
certificar o seu atendimento.
SUBSEÇÃO 9 AVALIAÇÃO
5.8.7.2 - Confirmado o bloqueio, o juiz emitirá
ordem eletrônica de transferência de valores 5.8.9 - A avaliação será feita pelo oficial de jus-
para conta judicial remunerada, em estabeleci- tiça (CPC, art. 475-J e 652, §1º), e não dispon-
mento oficial de crédito, conforme dispõe o art. do ele de conhecimentos especializados, o juiz
666, I, do CPC. Na mesma ordem de transferên- determinará a remessa dos autos ao avaliador
cia, o juiz deverá informar se mantém ou des- judicial ou, se necessário, nomeará avaliador
bloqueia o saldo remanescente, se houver. perito.
5.8.7.3 - Constatado o bloqueio de valores irri- 5.8.9.1 - Caso o magistrado defira requerimento
sórios, será deliberado sobre a conveniência de para que a avaliação seja realizada por avalia-
manutenção da ordem. dor, o oficial de justiça somente efetuará a pe-
nhora e intimação da constrição, procedendo,
5.8.7.4 - O acesso dos magistrados ao sistema
em seguida, a devolução do mandado em car-
Bacen Jud será feito por intermédio de senha
tório.
pessoal e intransferível, após o cadastramento
efetuado pelo Master do Tribunal de Justiça.
SUBSEÇÃO 10
5.8.7.5 - Observados os critérios e limites de
atuação disciplinados no convênio, podem ser INTIMAÇÃO DA PENHORA E AVALIAÇÃO
cadastrados usuários com perfil de assessor in- 5.8.10 - Realizada a avaliação de bens, proceder-
dicados pelo magistrado. se-á a intimação das partes, independentemente
5.8.7.6 - Somente a senha do magistrado per- de despacho.
mitirá a requisição de informações, ordem de
5.8.10.1 - Da intimação constará:
indisponibilidade, transferência de valores e a
liberação de contas e de aplicações financeiras. I - ciência às partes sobre a constrição;
II - abertura de prazo de cinco (5) dias ao exe-
SUBSEÇÃO 8 ATOS DE CONSTRIÇÃO
qüente para se manifestar sobre a forma de ex-
5.8.8 - O oficial de justiça, ao realizar atos de propriação (CN 5.8.11);
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Noções de Direito e Legislação
III - abertura de prazo ao executado para apre- IV - o preço mínimo, as condições de pagamen-
sentação de impugnação ao cumprimento da to e as garantias;
sentença, nos casos processados nos termos do
V - nos casos de alienação por meio de corretor,
art. 475-J e seguintes do CPC.
o profissional responsável e a comissão de cor-
5.8.10.2 - Recaindo a penhora em dinheiro ou retagem (a ser suportada pelo adquirente).
sendo dispensada a avaliação (CPC, art. 684),
5.8.13.1 - Ao longo do prazo fixado no inciso I
proceder-se-á, desde logo, à intimação referida
do item 5.8.13, as propostas serão apresentadas
no item 5.8.10.1.
ao responsável pela alienação (exeqüente ou
corretor), que na data marcada procederá a en-
SUBSEÇÃO 11 ATOS DE EXPROPRIAÇÃO
trega em juízo.
5.8.11 - O início dos atos de expropriação de
5.8.13.2 - Juntadas as propostas aos autos, fica-
bens consistirá na intimação do credor para se
rão à disposição das partes para consulta.
manifestar sobre:
5.8.13.2.1 - Ao proceder a intimação das partes
I - adjudicação do(s) bem(ns) penhorado(s);
do ato previsto no item 5.8.13, o escrivão con-
II - alienação por iniciativa própria ou por inter- signará a possibilidade de exame das propostas,
médio de corretor credenciado perante a autori- dispensando-se intimação posterior.
dade judiciária;
5.8.13.3 - A escrivania expedirá ofícios requisi-
III - alienação em hasta pública; tando as certidões relacionadas no item 5.8.14.2,
IV - usufruto de bem móvel ou imóvel. observando-se, no pertinente, o estabelecido
nos itens 5.8.14.3, 5.8.14.4, 5.8.14.5 e 5.8.14.6.
5.8.11.1 - - Não se efetuará a adjudicação ou
alienação de bem do executado sem que da exe- 5.8.13.4 - No dia, hora e local marcado para a
cução seja cientificado, por qualquer modo idô- alienação, o juiz apreciará as propostas e será
neo e com pelo menos dez (10) dias de antece- imediatamente lavrado o termo em relação
dência, o senhorio direto, o credor com garantia àquela que for reputada vencedora.
real ou com penhora anteriormente averbada, 5.8.13.5 - O termo de alienação será subscrito
que não seja de qualquer modo parte na execu- pelo juiz, pelo exeqüente, pelo adquirente e, se
ção (CPC, art. 698). for presente, pelo executado, cuja ausência não
5.8.11.2 - O executado será cientificado do dia, comprometerá o aperfeiçoamento da alienação.
hora e local da adjudicação e da alienação, por in- 5.8.13.6 - Poderão ser habilitados e cadastrados
termédio de seu advogado ou, se não tiver procu- para intermediar a venda de imóveis, os corre-
rador constituído nos autos, por meio de manda- tores que estiverem aptos e no exercício da pro-
do, carta registrada, edital ou outro meio idôneo, fissão por não menos de cinco (5) anos, aferidos
podendo, até antes de assinado o auto ou termo, por certidão atualizada fornecida pelo CRECI.
remir a execução na forma do art. 651 do CPC.
5.8.13.7 - O cadastro dos corretores habilitados
SUBSEÇÃO 12 ADJUDICAÇÃO deverá ser mantido atualizado perante a auto-
ridade judiciária, à qual competirá escolher o
5.8.12 - A adjudicação do(s) bem(ns) penhora- profissional para processar a alienação por ini-
do(s) não se realizará por preço inferior ao da ciativa particular.
avaliação. Se o valor do crédito for inferior ao
dos bens penhorados, o adjudicante depositará 5.8.13.8 - As despesas de publicidade correrão
de imediato a diferença, na forma regulada pelo por conta do profissional credenciado.
art. 685-A do CPC. 5.8.13.8.1 - À vista de circunstâncias particulares
de cada caso, a serem apreciadas pelo juízo da
SUBSEÇÃO 13 execução, poderão as despesas de publicidade
ser atribuídas à conta do executado, sem prejuí-
ALIENAÇÃO POR INICIATIVA PARTICULAR zo à sua antecipação pelo corretor, caso em que
5.8.13 - Deferindo a alienação por iniciativa par- o juiz fixará no ato a que se refere o item 5.8.13 o
ticular, o juiz estabelecerá: limite de gastos, compatível com o valor do bem
e com o valor da dívida.
I - o prazo dentro do qual a alienação deverá
ser efetivada, marcando a data para entrega das 5.8.13.9 - Quando promovida a alienação por
propostas em juízo; iniciativa própria, o exeqüente adiantará as des-
pesas de publicidade, a serem atribuídas à conta
II - o dia, hora e local em que o termo de aliena-
do executado, caso em que o juiz fixará no ato
ção será lavrado;
a que se refere o item 5.8.13 o limite de gastos,
III - a forma de publicidade, inclusive com o compatível com o valor do bem e com o valor
concurso de meios eletrônicos; da dívida.
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5.8.13.10 - O corretor credenciado, assim como lizados, bem como as respectivas datas. Se a
o exeqüente quando promover a alienação por conta ou o laudo datarem de mais de trinta
sua própria iniciativa, deverá cientificar os inte- (30) dias, a própria escrivania providenciará a
ressados na compra com as informações indis- atualização mediante aplicação do índice oficial
pensáveis sobre o imóvel objeto da alienação, adotado judicialmente. Neste caso, do edital
notadamente: constará o valor primitivo, o valor atualizado e
as suas datas. No caso de avaliação feita há mais
I - número do processo judicial e a comarca
de seis meses, serão conclusos os autos para a
onde se processa a execução;
devida apreciação.
II - data da realização da penhora;
5.8.14.1 - O juiz poderá determinar a reunião de
III - a existência, ou não, de ônus ou garantias publicações em listas referentes a mais de uma
reais; de penhoras anteriores sobre o mesmo execução.
imóvel; de outros processos contra o mesmo de-
5.8.14.2 - Antes da designação da praça, serão
vedor; de débitos fiscais federais, estaduais ou
requisitadas:
municipais;
I - certidão atualizada do registro imobiliário;
IV - valor da avaliação judicial;
II - certidão do depositário público;
V - preço mínimo fixado para a alienação, as
condições de pagamento e as garantias que ha- III - o CCIR do INCRA em relação à imóvel ru-
verão de ser prestadas, em se tratando de pro- ral.
posta de pagamento parcelado;
5.8.14.3 - A certidão referida no inciso III do
VI - a informação de que a alienação será forma- item 5.8.14.2 não será requisitada caso o núme-
lizada por termo nos respectivos autos onde se ro do CCIR do INCRA já conste da matrícula do
processa a execução; imóvel.
VII - a informação de que a alienação poderá ser 5.8.14.4 - A realização da praça será comunica-
tornada sem efeito nas seguintes hipóteses: se da mediante correspondência com aviso de re-
não forem prestadas as garantias exigidas pelo cebimento ou por meio digital:
juízo; se o proponente provar, nos cinco dias I - Às Fazendas Públicas do Estado e do Muni-
seguintes à assinatura do termo de alienação, cípio, à Receita Federal e, quando a parte execu-
a existência de ônus real ou gravame, até então
tada for pessoa física, ao INSS, devendo constar
não mencionado; e nos casos de ausência de pré-
do ofício que o imóvel será levado à praça, com
via notificação da alienação ao senhorio direto,
indicação precisa do número dos autos, nome
ao credor com garantia real ou com penhora an-
das partes e valor do débito;
teriormente averbada, que não seja de qualquer
modo parte na execução (CPC, art. 698); II - Ao Instituto Ambiental do Paraná - IAP.
VIII - o nome do corretor responsável pela inter- 5.8.14.5 - Tratando-se de veículo sujeito a certi-
mediação, com endereço e telefone; ficado de registro, antes da expedição do edital
de leilão será requisitada certidão atualizada de
IX - o valor da comissão de corretagem arbitra- propriedade, a ser expedida pelo DETRAN, jun-
do pelo juiz, a ser suportado pelo adquirente.
tando-se aos autos.
5.8.13.11 - Caberá ao exeqüente ou ao corretor, 5.8.14.7. Para fins de alienação judicial pela via
conforme a hipótese, ao entregar as propostas de eletrônica, serão consideradas habilitadas para
aquisição em juízo, apresentar documento com- realização da alienação, nessa modalidade, as
probatório do cumprimento do item 5.8.13.10. entidades públicas ou privadas credenciadas
5.8.13.12 - O valor obtido na alienação por ini- pela Corregedoria-Geral da Justiça, mediante
ciativa particular será depositado em conta ju- cadastro de leiloeiros e arrematantes, desenvol-
dicial remunerada, aberta em estabelecimento vido pela Secretaria de Tecnologia da Informa-
oficial de crédito. ção, nos termos de regulamentação técnica
própria.
5.8.13.13 - Em caso de pagamento do preço em
parcelas, os honorários profissionais serão reti- 5.8.14.7.1. Por motivo relevante, qualquer enti-
dos e pagos proporcionalmente ao corretor, à dade poderá ser descredenciada a realizar alie-
medida que forem quitadas. nação judicial pela via eletrônica, assegurado ao
interessado o direito de defesa.
SUBSEÇÃO 14 ALIENAÇÃO EM HASTA PÚBLICA
5.8.14.7.2. Todo magistrado, que tiver conheci-
5.8.14 - Na alienação em hasta pública, o edi- mento de fato relevante, que pode redundar no
tal de arrematação mencionará o montante do descredenciamento, deverá informá-lo imedia-
débito e da avaliação dos bens em valores atua- tamente à Corregedoria- Geral da Justiça.
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Noções de Direito e Legislação
5.8.14.8. O interessado em participar da alie- por, no mínimo vinte dias, e se encerrará em dia
nação judicial eletrônica deverá se cadastrar, e hora previamente definidos no edital.
previamente, no site em que se desenvolverá a
5.8.14.18. Em segundo pregão, não serão admiti-
alienação. Questões incidentais a respeito serão
dos lanços inferiores a 60% (sessenta por cento)
submetidas à apreciação judicial.
do valor da avaliação, ressalvada determi-
5.8.14.9. O cadastramento é gratuito e requisito nação judicial diversa.
indispensável para a participação na alienação
5.8.14.18.1. Igual regra se aplica aos bens infe-
judicial eletrônica.
riores a 60 (sessenta) salários mínimos, desde
5.8.14.10. Caberá ao gestor do sistema de alie- que determinado pelo juiz do feito e publicado
nação judicial eletrônica (entidades credencia- o edital no sítio eletrônico do gestor, sem ônus
das na forma do art. 2º) a definição dos critérios para as partes.
de participação na alienação judicial eletrônica,
5.8.14.19. Nas alienações que exigirem condições
com o objetivo de preservar a segurança e a con-
especiais, o sítio irá sempre publicar as normas
fiabilidade dos lanços.
específicas da alienação para que o usuário de-
5.8.14.10.1. O cadastro de licitantes será eletrôni- las tome conhecimento e forneça os documentos
co e sujeito à conferência de identidade em ban- necessários que o habilite para ofertar lanços.
co de dados oficial.
5.8.14.20. Sobrevindo lanço, nos três minutos
5.8.14.11. O gestor confirmará ao interessado antecedentes ao termo final da alienação judi-
seu cadastramento, via e-mail ou por emissão cial eletrônica, o horário de fechamento do pre-
de login e senha provisória, a qual será necessa- gão será prorrogado em três minutos, para que
riamente alterada pelo usuário. todos os usuários interessados tenham oportu-
nidade de ofertar novos lanços.
5.8.14.11.1. O uso indevido da senha, que é pes-
soal e intransferível, é de exclusiva responsabili- 5.8.14.21. Durante a alienação, os lanços deverão
dade do usuário. ser oferecidos diretamente no sistema do gestor
e imediatamente divulgados de modo a viabili-
5.8.14.12. Os bens penhorados serão oferecidos
zar a preservação do tempo real das ofertas.
pelo especificamente designado pela unidade
judiciária a que se vincular o processo corres- 5.8.14.21.1. Não será admitido sistema no qual
pondente, com descrição detalhada e sempre os lanços sejam remetidos por e posteriormente
que possível ilustrada, para melhor aferição de registrados no do gestor, assim como qualquer
suas características e de seu estado de conser- outra forma de intervenção humana na
vação. coleta e no registro dos lanços.
5.8.14.12.1. Para possibilitar a ilustração referida 5.8.14.22. Serão aceitos lanços superiores ao cor-
no o gestor fica autorizado a extrair fotos do rente, tendo por acréscimo mínimo obrigatório
bem e a visitá-lo, acompanhado ou não de inte- o valor informado no segundo critérios previa-
ressados na arrematação. mente aprovados pelo juiz.
5.8.14.13. Os bens a serem alienados ficarão em 5.8.14.23. A comissão devida ao gestor será
exposição nos locais indicados no na descrição paga à vista pelo arrematante e arbitrada
de cada lote, para visitação dos interessados, pelo juiz, até o percentual máximo de 5% sobre
nos dias e horários determinados. o valor da arrematação, não se incluindo no va-
lor do lanço.
5.8.14.14. Os bens serão vendidos no estado de
conservação em que se encontram, sem garan- 5.8.14.24. Com a aceitação do lanço, o sistema
tia, constituindo ônus do interessado verificar emitirá guia de depósito judicial identificado,
suas condições, antes das datas designadas vinculado ao juízo da execução.
para as alienações judiciais ele-
5.8.14.24.1 A comissão do gestor ser-lhe-á paga,
trônicas.
mediante recolhimento de guia, creditada em
5.8.14.15. O gestor suportará os custos e se en- conta judicial, mediante posterior libe-
carregará da divulgação da alienação, obser- ração pelo juiz.
vando as disposições legais e as determinações
5.8.14.25. O arrematante terá o prazo de até 24
judiciais a respeito.
(vinte e quatro) horas para efetuar os depósitos
5.8.14.16. O primeiro pregão da alienação judi- mencionados no artigo anterior, salvo disposi-
cial eletrônica começa no primeiro dia útil sub- ção judicial diversa.
sequente ao da publicação do edital.
5.8.14.26. O auto de arrematação será assinado
5.8.14.17. Não havendo lanço superior à impor- pelo juiz, após a comprovação efetiva do paga-
tância da avaliação, nos três dias subsequentes mento integral do valor da arrematação e da co-
ao da publicação do edital, seguir-se-á, sem in- missão, dispensadas as demais assinaturas re-
terrupção, o segundo pregão, que se estenderá feridas no art. 694 do Código de Processo Civil.
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5.8.14.27. Não sendo efetuados os depósitos, divulgação das hastas públicas em jornais de
o gestor comunicará imediatamente o fato ao grande circulação, elaborações de projetos e ins-
juízo, informando também os lanços imediata- talações de equipamentos de multimídia, con-
mente anteriores, para que sejam submetidos à tratação de pessoal para os procedimentos do
apreciação do juiz, sem prejuízo da aplicação da leilão, despesas com aquisição de e equipamen-
sanção prevista no art. 695 do CPC, podendo ser tos de informática, de transmissão etc.
homologada a arrematação ao segundo coloca-
5.8.14.34. A estrutura física de conexão externa
do, mediante sua concordância e, desde que o
de acesso e segurança ao provedor é de inteira
lanço oferecido seja, no mínimo, de valor igual à
responsabilidade do gestor, atendendo as espe-
avaliação, se na primeira data ou, salvo determi-
cificações técnicas do edital de habilitação.
nação judicial distinta, de 60% do valor
da avaliação, se na segunda. 5.8.14.34.1. Caso a alienação judicial eletrônica
não possa se realizar em razão de força maior,
5.8.14.28. O arrematante que, injustificadamen- seu início se verificará de imediato no primei-
te, deixar de efetuar os depósitos, se assim o de- ro dia útil posterior à cessação do impedimen-
clarar o juiz do processo, terá seu nome inscrito to, independentemente de novas providências
no Cadastro de Arrematantes Remissos do Po- (arts. 688 e 689 do CPC).
der Judiciário do Estado do Paraná e não poderá
mais participar das alienações judiciais eletrôni- 5.8.14.35. O gestor deverá obedecer rigorosa-
cas, pelo período de um ano, podendo, ainda, mente a todos os preceitos deste Provimento e
ser responsabilizado por tentativa de fraude a os requisitos técnicos estabelecidos pela Comis-
leilão público (artigos 335 e 358 do Código Pe- são Permanente de Leilão Eletrônico.
nal) e também por possíveis prejuízos financei- 5.8.14.36. No caso de o Gestor também realizar
ros a qualquer das partes envolvidas no leilão, alienações eletrônicas para outras pessoas físi-
aí incluída a comissão do leiloeiro (art. cas ou jurídicas ou para outras entidades públi-
23 da LEF). cas, fica de logo advertido de que, para obter ou
5.8.14.29. Para garantir o bom uso do e a inte- manter sua autorização para realizar as hastas
gridade da transmissão de dados, o juiz da exe- públicas do Tribunal de Justiça do Paraná, não
cução poderá determinar o rastreamento do nú- poderá levar à alienação (mesmo que sob a res-
mero do IP da máquina utilizada pelo usuário ponsabilidade de terceiros) qualquer produto
para oferecer seus lanços. que tiver sua venda proibida ou não se
enquadrar na concepção de pro-
5.8.14.30. O gestor deverá disponibilizar ao juí- duto legal.
zo da execução acesso imediato à alienação, a
fim de comunicar decisões proferidas durante 5.8.14.37. Os lanços e dizeres inseridos na corre-
sua realização ou suspendê-la. rão exclusivamente por conta e risco do usuário.
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VII - a atualização do montante do débito e da 5.10.5 - Em pedido de alvará e desde que todos
avaliação dos bens (item 5.8.14); os interessados estejam de acordo, poderá ser
autorizada judicialmente a alienação de imóvel
VIII - a certificação do prazo para oferecimento
pertencente ao espólio, observadas as determi-
de embargos (item 5.8.15), como também a cer-
nações legais, inclusive no tocante ao recolhi-
tificação a que aludem os itens 5.8.1.3, 5.8.6.1,
mento de impostos.
5.8.16 e 5.8.19;
5.10.6 - Nos processos de falência, concordata,
IX - a consulta ao sistema Bacen Jud a fim de
liquidação, inventário, arrolamento ou concur-
certificar o atendimento às ordens eletrônicas
so de credores, nenhuma alienação será judi-
emitidas pelo juiz (item 5.8.7.1);
cialmente autorizada sem a prova da quitação
X - a formação de autos apartados na forma do da dívida ativa ou a concordância da Fazenda
item 5.8.1.3. Pública.
5.8.22.1 - Na expedição de ofícios, será observa- 5.10.7 - - O formal de partilha e a carta de ad-
do o disposto no item 2.5.5 do CN. judicação serão constituídos de fotocópias au-
tenticadas extraídas dos autos, com termo de
SEÇÃO 09 INSOLVÊNCIA conferência das peças, certidão de sua autentici-
dade e do número de páginas.
5.9.1 - Ao receber os autos com a decisão de in-
solvência, a escrivania expedirá ofício ao distri- 5.10.7.1 - As partes serão identificadas pelos
buidor, comunicando o fato e solicitando infor- seus nomes corretos, não se admitindo referên-
mação precisa sobre todas as ações e execuções cias dúbias, tais como “também conhecido por”,
distribuídas contra o insolvente. “que também assina” ou referências que não
coincidam com as que constam dos registros
5.9.2 - Recebida a informação do distribuidor,
imobiliários anteriores.
a escrivania comunicará ao juízo de cada uma
das ações ou execuções o Dec. de insolvência e, 5.10.8 - - No caso de um só herdeiro ou cessio-
ainda, certificará nos autos dessas, que trami- nário, as custas pela carta de adjudicação corres-
tem pela mesma serventia, tal fato. Em seguida, pondem às fixadas para a expedição do formal
tudo será certificado nos autos de insolvência. de partilha.
5.10.9 - Os requerimentos de alvará concernen-
SEÇÃO 10 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
tes a inventários e arrolamentos não dependem
5.10.1 - No inventário negativo, ouvidos os inte- de distribuição e serão autuados e processados
ressados sobre as declarações, que merecem fé em apenso.
até prova em contrário, os autos serão contados 5.10.10 - Salvo determinação judicial em contrá-
e preparados; proferida sentença homologató- rio, dos alvarás constará o prazo de trinta (30)
ria, a escrivania fornecerá certidão aos interes- dias para a sua validade.
sados.
5.10.2 - Nos inventários e arrolamentos, a im- SEÇÃO 11
pugnação à avaliação há de ser fundamentada.
No caso da existência de menores e a partilha TUTELA E CURATELA
versar sobre um único bem, inexistirá avalia- 5.11.1 - As certidões referentes à nomeação de
ção judicial, por ausência de qualquer perigo de tutor e curador conterão o inteiro teor da sen-
prejuízo aos herdeiros menores. tença, mencionado-se a circunstância de ter
5.10.3 - Nos inventários e arrolamentos, quando sido, ou não, prestado o compromisso e de o
aos herdeiros for partilhado bem em comum, da nomeado encontrar-se, ou não, no exercício da
folha de pagamento constará expressamente a função.
fração ideal da área total e o respectivo valor. 5.11.2 - A remoção, a suspensão e a extinção se-
5.10.4 - Nos arrolamentos, homologada a par- rão anotadas na autuação.
tilha ou adjudicação, os respectivos formais ou 5.11.3 - O alvará para alienação ou oneração de
alvarás somente serão expedidos e entregues às bem de incapaz necessariamente mencionará o
partes após o trânsito em julgado da sentença prazo de sua validade. Omissa a decisão conces-
e a comprovação, verificada pela Fazenda Públi- siva, será consignado o prazo comum de trinta
ca, do pagamento de todos os tributos. (30) dias.
5.10.4.1 - O recolhimento dos impostos de trans- 5.11.4 - A sentença que conceder a tutela ou a
missão e será feito administrativamente depois curatela será inscrita no registro de pessoas na-
da conclusão do arrolamento. turais.
5.10.4.2 - Idêntico procedimento se adotará nas 5.11.4.1 - O compromisso somente será assina-
partilhas de separações e divórcios consensuais. do após a inscrição da sentença.
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6.6.2 - Ao réu incapaz, o juiz deve nomear cura- 6.7.6.1 - Todavia, se, intimado, o advogado do
dor ao ensejo do interrogatório. assistente deixar de comparecer a qualquer dos
atos da instrução ou do julgamento, sem moti-
6.6.2.1 - Salvo inconveniência concreta, poderá
vo de força maior devidamente comprovado,
o advogado, dativo, constituído ou membro da
o processo prosseguirá independentemente de
Defensoria Pública, ser nomeado curador.
sua nova intimação.
6.6.3 - Havendo substituição do defensor, ao
6.7.6.2 - Na hipótese do subitem anterior, deve-
substituto deverá ser estendida a função de
rá o assistente de acusação ser cientificado das
curador.
conseqüências advindas do não-comparecimen-
6.6.4 - Se o curador não for o próprio defensor to de seu advogado.
do acusado, deverá ser intimado de todos os
6.7.7 - Nos mandados de intimação, o escrivão
atos do processo.
deverá observar o art. 370 do CPP, fazendo
6.6.5 - Se o réu não falar português, ou se for constar os dados mencionados no item 6.5.1.
surdo-mudo ou surdo que não saiba ler e es-
6.7.8 - Os mandados de intimação poderão ser
crever, o interrogatório será levado a efeito por
intérprete, cuja escolha não poderá recair no assinados pelo escrivão, desde que dele conste a
defensor do interrogando. observação de que o faz sob autorização do juiz,
com indicação do número da respectiva porta-
SEÇÃO 07 INTIMAÇÃO ria autorizadora.
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realizados pelo juiz, não podendo ser lido sim- 6.10.5 - Se com as alegações finais da defesa fo-
plesmente o termo do inquérito policial ou o rem juntados documentos, dar-se-á vista dos
que tiver sido anulado, considerando-os confir- autos ao Ministério Público, independentemen-
mados, sob pena de nulidade. te de pronunciamento judicial.
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6.12.6 - Na análise das circunstâncias judiciais 6.13.1.1 - A intimação por edital, observados os
do do art. 59 do CP, o magistrado deve abordá itens 6.5.4 e 6.5.4.1, será precedida de diligência
-las uma a uma, de maneira a demonstrar que do oficial de justiça, no cumprimento do man-
efetivamente buscou, para tanto, elementos do dado. Do edital constarão também o nome do
conjunto probatório. réu, o prazo, as disposições de lei e as penas
aplicadas, o regime de cumprimento e o con-
6.12.6.1 - Frases e expressões vagas e padroni-
teúdo sucinto da sentença.
zadas, tais como personalidade normal culpa-
bilidade a do próprio tipo penal circunstâncias: 6.13.1.2 - A escrivania, publicada a sentença em
desfavoráveis não traduzem a individualização cartório, dará ciência da parte dispositiva às ví-
da pena prevista no art. 59 do CP e no art. 5°, timas do crime e, sendo o caso, da quantidade
XLVI da CF. de pena aplicada, acrescentando que os autos e
o inteiro teor da decisão encontram-se disponí-
6.12.6.2 - A reincidência não deve ser conside-
veis para consulta na serventia.
rada na análise dos antecedentes do condenado
na fase de individualização da pena, mas tão- 6.13.2 – No ato da intimação será perguntado
somente como agravante. ao réu se deseja recorrer e, sendo afirmativa a
resposta, lavrar-se-á o respectivo termo.
6.12.6.3 - Quando houver mais de um condena-
do, a análise das circunstâncias judiciais deverá 6.13.3 - O trânsito em julgado da sentença será
ser feita separadamente a cada um deles, sob certificado separadamente para o Ministério Pú-
pena de nulidade. blico, ao assistente da acusação, ao defensor e
ao réu.
6.12.6.4 - Recomenda-se que, sendo fixada a
pena base acima do mínimo legal, o magistrado 6.13.4 - Após o trânsito em julgado da sentença
esclareça quais as circunstâncias que determi- condenatória, o escrivão lançará o nome do réu
naram o acréscimo e qual o que acresceu em na coluna rol dos culpados, do livro de Registro
relação a cada uma delas. de Processos Criminais.
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6.14.3 - Dos alvarás de soltura constarão, ainda, pectiva missão diplomática ou, na sua falta, ao
a data e a natureza da prisão, a infração, a pena Ministério das Relações Exteriores, no prazo de
imposta, o motivo da soltura e a cláusula “se 05 (cinco) dias.
por outro motivo não estiver preso” (ou “se por
6.14.7.4. Caberá ao juiz da execução penal co-
não estiver preso”).
municar à missão diplomática do Estado de ori-
6.14.4 - No interior, se o alvará de soltura tiver gem do preso estrangeiro, ou na sua falta, ao Mi-
de ser cumprido pelas Varas de Execuções Pe- nistério das Relações Exteriores, e ao Ministério
nais, será instruído com certidão do distribui- da Justiça, no prazo máximo de 05 (cinco) dias:
dor. Nesse caso, a carta precatória deverá conter
I. progressão ou regressão de regime;
certidão da escrivania de que contra o preso não
há outra ordem de prisão na comarca. II. a concessão de livramento condicional;
6.14.5 - Desde que adotados meios seguros, os III. a extinção da punibilidade.
mandados poderão ser transmitidos via fax ou
6.14.7.4.1 A comunicação de que trata o item aci-
correio eletrônico.
ma será acompanhada da respectiva decisão.
6.14.6 - Se o responsável pelo presídio tiver dúvi-
6.14.8 - No mandado de prisão constarão obri-
da quanto ao cumprimento do alvará de soltura,
gatoriamente:
deverá comunicar-se imediatamente com o juiz
que expediu a ordem, solicitando-lhe instruções. I - o nome;
6.14.7 - Os mandados de prisão serão gerados, II - a filiação;
obrigatoriamente, pelo Sistema eMandado, cria-
III - o endereço da residência ou do trabalho;
do por convênio entre o Tribunal de Justiça e as
Secretarias de Estado da Justiça e Cidadania e IV - a indicação da unidade policial destinatária
da Segurança Pública. Após a conferência, serão principal do mandado (aquela a que vinculado
assinados digitalmente pelo Magistrado, com o o inquérito policial respectivo) ou, no caso de o
encaminhamento eletrônico aos órgãos da segu- réu já se encontrar recolhido por anterior ordem
rança pública, com a confirmação da publicida- de prisão, a unidade prisional que o cumprirá;
de no próprio Sistema. V - a numeração única dos autos do inquérito
6.14.7.1 - Fora do horário de expediente dos ou do processo;
órgãos do Poder Executivo, havendo urgência VI - a tipificação;
e relevância definida pelo magistrado no cum-
primento do mandado, será gerado no Siste- VII - o tempo de duração da ordem de segrega-
ma eMandado e encaminhado por meio físico, ção, se for o caso;
mantendo-se contato com a autoridade, por VIII - a data de sua validade, com obediência ao
qualquer meio (telefone, fac-símile, etc.), para prazo prescricional; e
ciência.
IX - a numeração de série.
6.14.7.2. À exceção do previsto no item 6.14.7.1,
ficam dispensadas quaisquer outras comunica- 6.14.8.1 - Para efeitos do item 6.14.8.IV, a secre-
ções aos órgãos de segurança pública e à Vara de taria deverá consultar o sistema informatizado
Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios. para verificar informação de anterior prisão
do réu e sua localização, caso em que indicará
6.14.7.3. A autoridade judiciária deverá comu- como destinatária do mandado a unidade pri-
nicar a prisão de qualquer pessoa estrangeira à sional que detém a custódia.
missão diplomática de seu Estado de origem ou,
na sua falta, ao Ministério das Relações Exterio- 6.14.8.2 - Deverão constar, quando possível, a
res, e ao Ministério da Justiça, no prazo máximo naturalidade; a data de nascimento; estado civil;
de 05 (cinco) dias. o número do RG e CPF; profissão; característi-
cas físicas; dentre outras informações pertinen-
6.14.7.3.1 A comunicação será acompanhada
tes ao réu.
dos seguintes documentos:
6.14.9 - Havendo ciência ou suspeita, referência,
I. na hipótese de prisão definitiva, de cópia da
indicação, ou declaração de qualquer interessa-
sentença penal condenatório ou do acórdão
do ou agente público, que a pessoa a ser presa
transitado em julgado;
está fora do país,
II. na hipótese de prisão cautelar, de cópia da
vai sair dele ou pode ser encontrada no exterior,
decisão que manteve a prisão em flagrante ou
essa circunstância deverá constar, de forma ex-
que decretou a prisão provisória.
pressa, na ordem de prisão por decisão judicial
6.14.7.3.2 Incumbe à autoridade judiciária, após criminal definitiva, de sentença de pronúncia ou
a realização das perícias pertinentes, encami- de qualquer caso de prisão preventiva em pro-
nhar o passaporte do preso estrangeiro à res- cesso crime.
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6.15.1.2 - - Quando se tratar de réu pertencente dispositivo legal em que o réu foi incurso, a data
à Corporação Militar do Estado ou da União, o do cumprimento ou da extinção da pena, e, nos
escrivão fará as comunicações do item 6.15.1 ao casos de extinção de punibilidade, de sua decla-
Comandante Geral da Polícia Militar do Estado ração, para que se possibilite, com mais clareza,
ou ao Comando da Unidade Militar a que esti- a verificação da reincidência.
ver subordinado o militar.
6.16.2 - As requisições às varas de execuções,
6.15.1.3 - Igualmente deverá o escrivão comuni- das comarcas que não estão interligadas ao
car ao juízo de execuções penais competente o sistema informatizado do Tribunal de Justiça,
trânsito em julgado de qualquer sentença con- deverão ser atendidas em, no máximo cinco (5)
denatória, caso não ocorra, após tal trânsito em dias, quando se tratar de indiciado ou réu solto;
julgado, a imediata extração de carta de guia. o atendimento deverá ser imediato na hipótese
6.15.2 - Ao distribuidor serão ainda comunica- de indiciado ou réu preso.
dos, com certidão nos autos: 6.16.2.1 - O não-atendimento e a inobservância
I - a revogação; dos prazos estabelecidos neste item devem ser
comunicados à Corregedoria-Geral da Justiça.
II - a conversão da pena e os demais incidentes
processuais. 6.16.2.2 - As certidões de antecedentes serão re-
quisitadas à Vara de Execução Penal da respec-
III - o valor recolhido a título de taxa judiciária
tiva jurisdição.
quando se tratar de queixa-crime.
6.15.3 - - - Serão comunicadas ao juízo elei- 6.16.2.3 - Verificada a existência de execução ou
toral, até o dia quinze (15) de cada mês e para de registro relativo à corregedoria dos presídios
os efeitos do art. 15, inc. III, da CF, as decisões em outra vara, a certidão mencionará o fato. As
condenatórias transitadas em julgado. requisições de antecedentes serão formuladas
preferencialmente por telefone, ou correio ele-
6.15.4 - Da comunicação constarão o nome do trônico.
réu e sua qualificação (filiação, data de nasci-
mento, naturalidade, número do título de elei- 6.16.3 - As comarcas interligadas ao Tribunal de
tor), classificação do crime e a data da sentença Justiça do Estado do Paraná deverão obrigato-
e de seu trânsito em julgado. riamente fazer a pesquisa no Sistema Oráculo.
6.15.5 - Não havendo nos autos referência preci- 6.16.3.1 - As Varas de Execuções Penais e Corre-
sa à zona eleitoral em que se encontra inscrito o gedoria dos Presídios, Vara de Execução de Pe-
réu, a comunicação será efetuada ao juízo eleito- nas e Medidas Alternativas estão dispensadas
ral do local da condenação. de fornecer certidão de antecedentes aos Ofícios
interligados.
6.15.5.1 - Nas comarcas compostas por mais de
uma zona eleitoral, a comunicação será dirigida 6.16.3.2 - Excetuam-se os casos de dúvidas ou
à mais antiga, que a encaminhará às demais. divergências de informações constantes dos Sis-
temas, as quais deverão ser dirimidas pelos Ofí-
SEÇÃO 16 cios responsáveis pelos registros.
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6.17.4.2 - As certidões de antecedentes criminais 6.19.4 - A escrivania deve fazer conclusão dos
para o registro e porte de arma de fogo deverão autos, quando for o caso, para tomada das pro-
mencionar processos penais com sentenças con- vidências necessárias pelo juiz, no sentido de
denatórias transitadas em julgado, os inquéritos ser possibilitado o levantamento da fiança logo
policiais e os processos criminais em andamen- após o trânsito em julgado da decisão, evitan-
to (Lei federal n.º 10.826, de 22 de dezembro do-se que tais importâncias fiquem depositadas
de 2003), ressalvados os casos enumerados nos eternamente em contas de poupança vinculadas
itens 6.17.1.2 e 6.17.1.3. ao juízo.
6.19.4.1 - Nos casos de absolvição, de arquiva-
SEÇÃO 18 mento de inquérito policial ou de extinção da
punibilidade, o valor atualizado da fiança será
SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL integralmente restituído ao réu.
6.18.1 - Os boletins de distribuição e de decisão
6.19.4.2 - No caso de condenação, o réu levanta-
judicial, constantes do Sistema de Identificação
rá o saldo que sobejar, deduzidas as custas pro-
Criminal e remetidos pelo Instituto Criminal de
cessuais e o montante devido à vítima.
Identificação, serão grampeados na contracapa;
a folha de antecedentes será juntada aos autos. 6.19.4.3 - Nas hipóteses em que o réu, intimado,
não comparece para o levantamento, bem como
6.18.2 - As fichas do Sistema de Identificação
nos casos em que é impossível sua localização
Criminal (SIC) serão encaminhadas ao órgão re-
para intimação pessoal, após esgotadas todas
gional do Departamento de Polícia Federal mais
as diligencias, o valor atualizado da fiança será
próximo.
levantado e recolhido pelo escrivão para o FUN-
6.18.2.1 - O boletim de distribuição deverá ser REJUS, a titulo de receitas eventuais, mediante a
preenchido de acordo com as instruções cons- guia apropriada.
tantes de seu verso logo após a distribuição, o
recebimento e o registro do inquérito policial na 6.19.4.4 - Em caso de comparecimento posterior
escrivania do juízo. A seguir, deverá ser devol- do réu ao ofício criminal, para o levantamento
vido ao mesmo órgão indicado no . da fiança, o FUNREJUS promoverá a restituição
do valor atualizado, por solicitação do Juiz.
6.18.2.2 - O boletim judicial deverá ser preenchi-
do de acordo com as instruções contidas em seu 6.19.4.5 - Quando da Inspeção Anual, o escrivão,
verso somente após o trânsito em julgado da sen- mediante ofício do Juízo, solicitará aos bancos
tença e devolvido ao mesmo órgão apontado. oficiais relação completa de todos os depósitos
de fianças à disposição do Juízo, a fim serem
6.18.2.3 - A folha de antecedentes deverá per- apurados eventuais valores ou saldos residuais
manecer definitivamente nos autos, porquanto nas contas- poupança, determinando as provi-
é peça instrutiva. dências contidas nos item 6.19.4.1, 6.19.4.2 ou
6.18.3 - O boletim individual de estatística cri- 6.19.4.3, evitando-se que tais importâncias fi-
minal, depois de devidamente preenchido na quem eternamente a disposição do Juízo.
sua segunda parte destacável, será remetido ao
Instituto de Identificação do Estado do Paraná. SEÇÃO 20
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6.20.1.1 - Sem as duas vias mencionadas, as ar- nal, serão recolhidos na Seção de Depósito, que
mas e objetos não deverão ser recebidos. será supervisionada, preferencialmente, pelo
juiz criminal mais antigo na comarca e instalada
6.20.2 - Nas comarcas em que houver mais de
em local apropriado, designado pelo diretor do
uma vara criminal, feita a distribuição dos autos
fórum.
de inquérito policial oriundos da delegacia de
polícia, as armas e objetos serão encaminhados 6.20.8.2 - No Foro Central da Comarca da Re-
à vara à qual forem distribuídos, com uma das gião Metropolitana de Curitiba, as Seções de
vias da relação. Depósitos serão supervisionadas pelos respec-
tivos diretores dos fóruns.
6.20.3 - As apreensões devem ser conferidas
pela escrivania, quando do recebimento do in- 6.20.9 - A Seção de Depósito manterá as armas e
quérito policial na Vara, verificando se todos os objetos devidamente classificados e registrados
objetos acompanharam o inquérito policial ou no Sistema, dos quais constarão todos os dados
foram restituídos à vítima, comprovado através necessários à sua rápida identificação, de ma-
do termo de restituição. neira a facilitar sua procura e permitir o forneci-
mento de informações.
6.20.4 - Todas as apreensões, inclusive subs-
tâncias entorpecentes e explosivas, deverão 6.20.10 - No decorrer da instrução criminal, os
ser registradas no sistema do Tribunal de Jus- juízes poderão requisitar as armas e os
tiça (SICC, SIJEC, etc.), independentemente de
objetos relacionados com o processo crime, com
não terem sido encaminhadas com os autos, a
antecedência de dois (2) dias, devolvendo-os
exceção dos bens restituídos pela autoridade
quando cessados os motivos da requisição.
policial, com a indicação do local onde se encon-
tram depositadas. Juntar-se-á, nos autos, o com- 6.20.11 - Depois de periciadas e da juntada do
provante do cadastro no sistema, inclusive das laudo aos respectivos autos, as armas de fogo
apreensões de dinheiro, mesmo que o depósito que não mais interessarem à persecução penal,
tenha sido feito pela autoridade policial. ouvidos previamente o Ministério Público e a
defesa, além de eventual notificação do proprie-
6.20.4.1 - Deverão, ainda, ser cadastradas no Sis-
tário e de boa- fé para manifestação quanto ao
tema Nacional de Bens Apreendidos - SNBA, do
interesse na restituição, no prazo de quarenta e
Conselho Nacional de Justiça, pelo magistrado
oito horas (48h), serão relacionadas para que seja
ou servidor designado, até o último dia do mês
dada a destinação pela autoridade judiciária.
seguinte ao da distribuição do inquérito poli-
cial ou procedimento criminal em que houve a 6.20.11.1 - As armas apreendidas poderão ser
apreensão. devolvidas aos seus legítimos proprietários,
desde que obedecidos o disposto no item ante-
6.20.5 - - Todos os objetos apreendidos deve-
rior e os requisitos do art. 4º da Lei n° 10.826,
rão ser identificados com etiquetas dos referidos
de 22.12.2003.
Sistemas.
6.20.11.2 - As armas apreendidas pertencentes
6.20.6 - Tratando-se de valores monetários deve-
às Polícias Civil e Militar serão desde logo de-
rão ser depositados no Banco Oficial, no mesmo
volvidas à autoridade competente, com obser-
dia ou, se encerrado o expediente bancário, no
vância do item 6.20.11.
primeiro dia útil subseqüente, com a juntada do
comprovante nos autos. 6.20.11.3 - Para esse fim, comunicar-se-á a As-
sessoria Militar do Gabinete da Presidência do
6.20.6.1 - No caso de apreensões de moedas es-
Tribunal de Justiça que as armas estarão à dis-
trangeiras, devem ser convertidas pelo Banco,
posição para serem retiradas por agente devida-
e depositadas a disposição do Juízo, no tempo
mente credenciado da Diretoria da Polícia Civil
e modo indicado no item anterior. Os compro-
ou do Comando da Polícia Militar, conforme o
vantes dos depósitos devem ser juntados nos
caso.
autos.
6.20.11.4 – Caso seja necessária a guarda de
6.20.7 - Caso a Delegacia deixe de remeter al-
armas de fogo e munições apreendidas, consi-
gum dos objetos, o fato deve ser certificado nos
deradas imprescindíveis para o esclarecimento
autos, encaminhando-os imediatamente a con-
dos fatos apurados no processo judicial, deverá
clusão para deliberação.
o juiz fundamentar a sua decisão.
6.20.8 - As armas deverão ser guardadas no
6.20.12 – Ressalvada a hipótese do item 6.20.11
fórum da comarca, sob a responsabilidade do
do CN, arquivado o inquérito policial ou findo
juízo e da escrivania.
o processo crime, as armas de fogo não recla-
6.20.8.1 - Nas comarcas do interior do Estado, madas serão, no prazo de quarenta e oito (48)
incluindo as de juízo único, todas as armas e horas, relacionadas para remessa ao Comando
objetos apreendidos das varas criminais, ofício do Exército, observado o disposto nos art. 119,
da infância e juventude e juizado especial crimi- 122, 123 e 124 do CPP.
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6.20.13 - As armas de fogo, acessórios e muni- outra forma de cessão para órgão, corporação
ções, que se encontrarem sem a identificação ou instituição, à exceção das hipóteses previstas
prevista no item 6.20.5, que não se possa rela- nos parágrafos do art. 25 da Lei 11.706 e no § 1º
cionar a um determinado feito ou que não cons- do art. 65 do Dec. n° 5.123, de 2 de julho de 2004.
tituam prova em inquérito policial ou processo
6.20.17.1 - É vedada, também, a retirada ou uso dos
criminal, deverão ser encaminhadas ao Minis-
demais objetos apreendidos, ressalvada expressa
tério do Exército, sob pena de responsabilidade
deliberação judicial, ouvido o Ministério Público.
de quem detiver a guarda.
6.20.17.2 - Tratando-se de veículos nos quais a
6.20.14 - Relacionadas as armas para encami-
adulteração do chassi inviabilize a descoberta
nhamento ao Ministério do Exército, em con-
do verdadeiro proprietário ou de qualquer ou-
formidade com o documento oficial e demais
tro bem cujo dono não possa ser identificado, o
requisitos daquela instituição, a escrivania for-
juiz deverá deixar em mãos do Depositário Pú-
mará o procedimento de remessa, encaminhan-
blico da Comarca, observado o disposto no item
do ao Ministério Público e fazendo conclusão
6.20.21 do CN.
posterior para deliberação.
6.20.14.1 - A escrivania deverá certificar nos au- 6.20.17.3 - Findo o processo ou não havendo in-
tos do processo criminal ou inquérito policial a teresse a persecução penal, depois de periciado
destinação da arma, constando o número do ofí- e ouvidos previamente o Ministério Público e a
cio de liberação para remessa ao Ministério do defesa, não tendo sido requerida a regulariza-
Exército ou a juntada do termo de devolução. ção administrativa do veículo com adulteração
de chassi no prazo de noventa (90) dias, poderá
6.20.14.2 - O responsável pelo depósito deverá ser leiloado como sucata, cumpridas as Resolu-
formar procedimento único de remessa de armas. ções do CONTRAM, observado o item 6.20.21 e
6.20.14.3 - Deverá ser oficiada a Assessoria Mi- seguintes do Código de Normas.
litar do Gabinete da Presidência do Tribunal de 6.20.17.4 - Caso o inquérito policial ou processo
Justiça, pelo Sistema Mensageiro, responsável criminal esteja em andamento, o dinheiro prove-
pelo controle e agendamento da data de remes- niente do leilão será depositado em conta vincu-
sa com os Comandos do Exército e da Polícia lada ao juízo até o trânsito em julgado da senten-
Militar do Estado. ça, a qual deverá indicar a destinação do valor,
6.20.14.4 - No dia programado, as armas serão observado o item 6.20.22 do Código de Normas.
entregues à unidade do Exército por um (01) 6.20.17.5 - Ao assumir a comarca ou vara, deve-
funcionário do Poder Judiciário, preferencial- rá o juiz rever as autorizações de que tratam os
mente ocupante do cargo de Oficial de Justiça, subitens anteriores, bem assim verificar se o pe-
sob escolta da Polícia Militar. ríodo concedido não se escoou, determinando,
6.20.14.5 - Agendada a entrega de armas de se for o caso, a devolução imediata.
mais de uma comarca na mesma remessa, de- 6.20.18 - Tratando-se de objetos, o juiz, após ou-
verá ser designado apenas um (01) funcionário, vir o representante do Ministério Público, pode-
em comum acordo entre os juízos. rá, ao invés de incinerar, doá-los a instituição de
6.20.15 - Entregues as armas no Comando do cunho social, mediante termo nos autos.
Exército, a escrivania juntar o comprovante res- 6.20.19 - Se as coisas apreendidas e depositadas
pectivo nos autos do procedimento de remessa, forem facilmente deterioráveis, o juiz supervi-
dando baixa individualmente no sistema e, tudo sor da Seção de Depósito comunicará o juízo do
certificado, arquivando o expediente. processo para os fins do art. 120, § 5º, do CPP.
6.20.16 - Semestralmente, os juízos deverão re- 6.20.20 - Os juízos deverão encaminhar a rela-
meter à Assessoria Militar do Gabinete da Pre- ção de locais apropriados para destruição de
sidência do Tribunal de Justiça, pelo Sistema armas brancas e demais objetos imprestáveis,
Mensageiro, a relação de armas acauteladas, na região, à Assessoria Militar do Gabinete da
mencionando suas características e o local onde Presidência do Tribunal de Justiça, pelo Sistema
se encontram, a fim de ser repassada ao SI- Mensageiro, para cadastramento.
NARM ou SIGMA, conforme determinação do
§ 5º, do art. 25, da Lei nº 10.826, de 22.12.2003. 6.20.21 - Deverão ser relacionados, semestral-
mente, os objetos apreendidos, não reclama-
6.20.16.1 - Compete a Assessoria Militar o ge-
dos, observado o disposto no art. 123 do CPP,
renciamento dos dados, inclusive a orientação
assim como os declarados perdidos em favor
aos juízos em relação a periodicidade e desti-
da União, devendo a escrivania proceder à aber-
nação dos armamentos apreendidos, visando à
tura do procedimento leilão público, doação ou
segurança dos fóruns.
destruição, encaminhando ao Ministério Públi-
6.20.17 - É proibida a retirada de armas, mes- co e, posteriormente, à conclusão para adoção
mo a título de depósito, bem como a doação ou das medidas cabíveis.
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6.25.4 - Os autos serão instruídos com prova de 6.27.4 - Na capa dos autos será consignada, de
que o falecido, em vida, manifestou a vontade forma destacada, a circunstância de existirem
de ser cremado; e mais, com o boletim de ocor- dados sigilosos.
rência policial, o laudo médico-legal ou declara-
6.27.5 - O acesso à pasta destinada ao arquivo
ção dos médicos legistas no sentido da liberação
dos dados de vítimas ou testemunhas fica ga-
do corpo para cremação. rantido ao Ministério Público e ao Defensor
6.25.5 - O pedido de autorização deverá ser constituído nos autos, com controle de vistas
apreciado prioritariamente pela autoridade ju- pelo Escrivão.
diciária competente e a urgência na providência 6.27.6 - O mandado de intimação de vítimas ou
deverá decorrer do testemunhas, nas condições previstas nesta Se-
interesse da família na remoção do corpo, da ção, deverá ser individualizado, de modo que
impossibilidade de conservação do cadáver, ou, não se possa ter acesso aos seus dados pes-
ainda, de imperativo da saúde pública. soais.
6.25.6 - Não se convencendo da urgência ou da 6.27.6.1 - Após o cumprimento do mandado,
conveniência da liberação imediata do corpo, será juntada aos autos a Certidão do Oficial de
o juiz ordenará o retorno do pedido de autori- Justiça, sem identificação dos dados pessoais de
zação à polícia, sem prejuízo de sua posterior vítimas e testemunhas e o original deverá ser
apreciação. destruído pelo Escrivão.
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6.28.5.1 - Recebidos os autos de execução, exceto 7.2.2 - O juiz da condenação aplicará o art. 66 da
nas Varas de Execuções Penais, cumprirá a es- Lei de Execução Penal no que for pertinente à
crivania o item 6.28.3.1. matéria de sua competência.
6.28.6 - Cabe ao juízo que decretar a extinção da 7.2.2.1 - Ao fixar o regime aberto, o juiz pode-
pena ou da punibilidade efetuar as comunica- rá estabelecer condições especiais, sem prejuízo
ções referidas no item 6.15.1, bem como o arqui- das obrigatórias, previstas no art. 115 da Lei de
vamento dos autos de execução. Execuções Penais.
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7.3.2.1 - Nos demais casos, a remoção de presos expedir-se-á guia de recolhimento suplementar.
ao Sistema Penitenciário deve ser requisitada
7.4.7 - Para cada condenado, haverá no juízo de
ao juízo das execuções penais competente com
execuções competente um cadastro numerado.
o prazo de cinco (5) dias, salvo casos urgentes,
quando será realizada via .
SEÇÃO 05
7.3.3 - Os juízos de execuções penais poderão
autorizar o cumprimento da pena em outros es- EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA
tabelecimentos prisionais, inclusive em outros
7.5.1 - Antes do trânsito em julgado da decisão
Estados, desde que o condenado não seja preju-
poderá ser iniciada a execução da
dicado quanto a benefícios que teria se estivesse
em unidade do sistema, como o decorrente do pena, na forma do art. 2º, parágrafo único, da
trabalho. Lei de Execução Penal, com expedição de guia
provisória de recolhimento.
SEÇÃO 04
7.5.2 - - O juízo da sentença, na execução provi-
GUIA DE RECOLHIMENTO sória, deverá cuidar para que o art. 34 do CP seja
integralmente cumprido na própria comarca, de
7.4.1 - Imediatamente após o trânsito em julga- maneira a evitar constrangimento ilegal, salvo
do da sentença condenatória, se o réu estiver ou quanto ao trabalho em face do disposto no art.
vier a ser preso, qualquer que tenha sido a pena 31, § 1º, da LEP.
ou a medida de segurança, será extraída guia de
recolhimento ou de internação, instruída com 7.5.3 - A guia de recolhimento provisório será
cópia da denúncia, da sentença - com certidão expedida quando da prolação da sentença con-
de trânsito em julgado - a data da terminação da denatória sujeita a recurso sem efeito suspensi-
pena e outras peças reputadas indispensáveis, vo, devendo ser prontamente remetida ao Juízo
sendo remetida ao juízo de execuções penais da Execução Criminal.
competente. 7.5.3.1 - Deverá ser anotada na guia de recolhi-
7.4.1.1 - No caso de cumprimento de pena em mento, expedida nas condições do item ante-
regime inicial aberto, a escrivania deve encami- rior, a expressão “PROVISÓRIO”, em seqüência
nhar somente a guia de recolhimento para fins da expressão guia de recolhimento.
apenas de controle de antecedentes, não sendo 7.5.3.2 - A expedição da guia de recolhimento
necessário instruí-la com os demais documen- provisório será certificada nos autos do proces-
tos a que alude o item 7.4.1. so criminal.
7.4.1.2 - - A remessa será feita também ao esta- 7.5.4 - Sobrevindo decisão absolutória o juízo
belecimento prisional do cumprimento da pena prolator comunicará imediatamente o fato ao
ou à autoridade administrativa incumbida da juízo competente para a execução, para anota-
execução e ao Conselho Penitenciário, se for o
ção e cancelamento da guia de recolhimento.
caso, assim como ao estabelecimento de interna-
ção, na hipótese de medidas de segurança. 7.5.5 - Sobrevindo condenação transitada em
julgado, o juízo de conhecimento encaminhará
7.4.2 - É obrigatória a utilização do modelo de
as peças complementares ao juízo competente
guia de recolhimento aprovado pela Corregedo-
para a execução, que se incumbirá das provi-
ria-Geral da Justiça.
dências cabíveis, também informando as alte-
7.4.3 - A expedição e a remessa das guias de rações verificadas à autoridade administrativa.
recolhimento devem ser sempre certificadas nos
autos. SEÇÃO 06
7.4.4 - Recomenda-se ao juiz sentenciante que
CORREGEDORIA DOS PRESÍDIOS
assine a guia de recolhimento tão- somente após
a anexação das peças processuais que, por foto- 7.6.1 - O ofício da corregedoria dos presídios
cópia, devem acompanhá-la. manterá os seguintes livros obrigatórios:
7.4.5 - O juiz da sentença, em correição per- I - Registro e Carga de Alvarás de Soltura;
manente ou nas inspeções semestrais, deverá
II - Registro de Mandados de Prisão;
revisar, ainda que por amostragem, os proces-
sos-crime em fase de execução, examinando a III - Registro de Cartas Precatórias;
regularidade das remessas das guias de recolhi-
IV - Registro de Pedidos de Implantação de Réu
mento.
no Sistema Penitenciário;
7.4.6 - Sobrevindo alteração quanto ao regime de
V - Protocolo Geral;
cumprimento da pena ou ao tempo de duração
da pena ou da medida de segurança aplicada, VI - Carga de Mandados - Oficial de Justiça.
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7.6.2 - Nas comarcas com mais de uma vara cri- II - dados relativos ao cumprimento do disposto
minal, a Corregedoria dos Presídios será exerci- do Título IV da Lei n.º 7.210/84;
da pelo juiz da 1ª Vara Criminal.
III - dados relevantes da população carcerária e
7.6.2.1 - Onde houver Vara de Execuções Penais da observância dos direitos dos presos assegura-
a Corregedoria dos Presídios será exercida pelo dos na Constituição Federal e na Lei n.º 7.210/84;
juízo desta. IV - medidas adotadas para o funcionamento
7.6.3 - São atribuições do juiz corregedor dos adequado do estabelecimento.
presídios: 7.6.3.3 - A atualização dos dados referidos no
I - - realizar pessoalmente inspeção mensal nos item anterior será mensal, indicando-se somen-
estabelecimentos penais de qualquer natureza te as alterações, inclusões e exclusões processa-
(casas de custódia, delegacias policiais, etc.) sob das após a última remessa de dados.
sua responsabilidade e tomar providências para 7.6.4 - O juiz de direito da vara criminal res-
seu adequado funcionamento, promovendo, ponsável pela corregedoria dos presídios infor-
quando for o caso, a apuração de responsabili- mará, até o dia dez (10) de cada mês, ao juízo de
dade. execuções penais competente, o número de pre-
II - fiscalizar a situação dos presos e zelar pelo sos provisórios, ou não, que se encontrem na ca-
correto cumprimento da pena e de medida de deia pública do(s) município(s) que integre(m)
segurança; a comarca, mencionando nome do réu, data da
prisão, a comarca pela qual foi sentenciado, caso
III - autorizar a remoção dos presos para o Sis- não seja a própria e, sendo o caso, data do trânsi-
tema Penitenciário e sua saída, quando neces- to em julgado ou existência de recurso pendente.
sário;
7.6.4.1 - A ausência da remessa dessas informa-
IV - autorizar as saídas temporárias e o trabalho ções ou seu excessivo atraso deverão ser comu-
externo dos condenados provisórios, ou não; nicados pelo juízo de execuções à Corregedoria-
V - autorizar a realização de Exame Criminoló- Geral da Justiça, para a tomada das providên-
cias devidas.
gico, Toxicológico e de Insanidade Mental, pelo
Complexo Médico Penal ou em entidade simi- 7.6.5 - Os alvarás de soltura e as requisições de
lar; presos recolhidos ao Sistema Penitenciário do
Estado, expedidos por juízes de outros Estados,
VI - registrar todos os mandados de prisão e
deverão ser encaminhados ao juízo de execu-
cumprir os alvarás de soltura relativos aos pre-
ções competente.
sos do Sistema Penitenciário, salvo quando a
ordem de soltura emanar do plantão judiciário, 7.6.6 - Os juízes corregedores de presídios de
adotadas as cautelas legais; todo o Estado deverão cuidar para o fiel cum-
primento dos art. 40 e 41 da LEP.
VII - interditar, no todo ou em parte, estabele-
cimento prisional que estiver funcionando em 7.6.7 - Os alvarás de soltura e as requisições re-
condições inadequadas ou com infringência à ferentes a presos recolhidos no Sistema Peniten-
lei; ciário do Estado serão encaminhados ao juízo
de execuções penais competente para registro.
VIII - compor e instalar o Conselho da Comu-
nidade; 7.6.7.1 - Os alvarás de soltura deverão estar ins-
truídos com certidões, negativa ou positiva, do
IX - nas comarcas onde houver mais de uma distribuidor da comarca de origem e, quanto a
vara de execução, as atribuições contidas nos in- existir ordem de prisão contra o requerente, da
cisos I, II, III e IV supra, serão exercidas pelo juiz escrivania competente.
da 2ª Vara, nos cadastros dos sentenciados que
lhe estão afetos. 7.6.7.2 - Se a certidão acusar distribuição de in-
quérito policial ou de denúncia, o postulante
7.6.3.1 - Concluída a inspeção mencionada no deverá fazer prova de que, no juízo a que foi
inciso I do item 7.6.3, o magistrado preencherá distribuído, inexiste ordem de prisão.
os campos indicados no endereço https://ser-
pensp2.cnj.gov.br/resolucao47, do sítio do Con- 7.6.7.3 - Nas comarcas em que houver vara de
selho Nacional de Justiça, até o dia 05 do mês execução penal, os alvarás de soltura, mesmo
referentes a presos provisórios, serão encami-
seguinte.
nhados ao juiz corregedor dos presídios, para
7.6.3.2 - As informações referidas no item 7.6.3.1 cumprimento.
serão enviadas na forma de planilha de dados,
7.6.7.4 - O cumprimento de alvará de soltura
devendo constar:
protocolizado no horário de expediente não se
I - localização, destinação, natureza e estrutura suspende pelo encerramento deste. Se por qual-
do estabelecimento penal; quer razão o cumprimento imediato se mostrar
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inviável, o juiz determinará ao escrivão que re- agendamento nas Varas de Execuções Penais de
meta o alvará ao magistrado de plantão. Curitiba.
7.6.7.5 - Fora do horário de expediente, o cum- 7.7.3.1 - Os autos serão encaminhados direta-
primento de alvará de soltura ficará a cargo do mente ao Complexo Médico Penal.
juiz de plantão, a quem deverá ser apresentado
7.7.4 - A competência para determinar o inter-
pelo interessado devidamente instruído.
namento de inimputável no Complexo Médico
7.6.8 - Requerimento de soltura de preso firma- Penal (antigo Manicômio Judiciário) é do juiz da
do por advogado constituído deverá ser por sentença, devendo a vaga ser previamente so-
este instruído. licitada por ofício, fax ou qualquer outro meio
idôneo de comunicação à VEP da Comarca da
7.6.8.1 - Serão instruídos pelo escrivão do juízo
Região Metropolitana de Curitiba.
que expediu o alvará de soltura os pedidos for-
mulados por defensor público ou dativo. 7.7.5 - Na concessão dos benefícios de livramen-
to condicional, comutação e indulto, deverá ser
7.6.9 - As certidões que instruirão pedidos de
observado o disposto no art. 70, inc. I, da LEP.
soltura, seja qual for a espécie de prisão, deve-
rão ser expedidas imediatamente.
SEÇÃO 08
7.6.10 - No caso de prisão civil ou falimentar, os
presos ficam à disposição do juízo da decisão, EXECUÇÃO DE PENA PECUNIÁRIA
ao qual está afeto, exclusivamente, o cumpri-
7.8.1 - Quando a única pena imposta for de
mento de alvará de soltura, que não depende de
natureza pecuniária, após o trânsito em jul-
estar instruído com certidões.
gado da decisão, caberá ao juiz da condenação
7.6.10.1 - Excepcionalmente, e desde que fora do promover a intimação do réu para, em dez (10)
expediente forense, o cumprimento do alvará dias, pagar a importância correspondente ao va-
será determinado pelo juiz de plantão. lor da condenação.
7.6.11 - Haverá nos juízos de execuções penais fi- 7.8.1.1 - Efetuado o pagamento, extinguir-se-á a
chário de assinaturas de todos os magistrados do pena pelo seu cumprimento.
Estado, para segurança no cumprimento de alva-
7.8.1.2 - O recolhimento das multas decorrentes
rás de soltura, requisições e mandados em geral.
de sentenças criminais, devido ao Fundo
7.6.11.1 - As assinaturas deverão ser sempre
Penitenciário Nacional, deverá ser efetuado
conferidas, anotando-se no documento a iden-
por meio da Guia de Recolhimento da União -
tificação do funcionário conferente.
GRU, disponível para preenchimento e impres-
7.6.11.2 - Por ocasião da investidura dos juízes são no sítio da Secretaria do Tesouro Nacional
substitutos, será colhida sua assinatura em fi- - Ministério da Fazenda (http://www.tesouro.
chas próprias, que serão remetidas aos juízos de fazenda.gov.br/).
execuções penais.
7.8.2 - Infrutífera a intimação, ou não efetuado
7.6.11.3 - Havendo alteração no padrão de assi- o pagamento, o juiz determinará a extração de
natura, o juiz deverá providenciar a atualização certidão da sentença que impôs a pena de mul-
nas varas de execuções penais do Estado. ta, encaminhando-a ao órgão que considerar
competente, para que este, se for o caso, promo-
SEÇÃO 07 PEDIDOS INCIDENTAIS va a execução do débito.
7.7.1 - Os pedidos apresentados ao juízo da con- 7.8.2.1 - Da certidão deverão constar os seguin-
denação, referentes à execução de pena ou de tes dados:
medida de segurança de competência do juízo
I - nome completo do condenado;
das execuções penais, serão a este prontamente
encaminhados, com as informações necessárias. II - número do RG, CPF/MF ou outro documen-
to válido do condenado e seu endereço comple-
7.7.2 - Tratando-se de remição da pena, instrui-
to, inclusive com CEP;
rão o pedido informações sobre o comporta-
mento carcerário do condenado, a portaria da III - dispositivo(s) legal(is) infringido(s) pelo
autoridade administrativa que o autorizou a condenado;
trabalhar e o atestado dos dias de trabalho, com
IV - data do trânsito em julgado; e
o período e os dias trabalhados, descontados os
de descanso. V - valor da pena de multa aplicada.
7.7.3 - Os réus ou indiciados sujeitos a exame de 7.8.3 - Quando a pena de multa for aplicada
insanidade mental ou de dependência toxicoló- cumulativamente com a privativa de liberdade
gica serão encaminhados pelo juiz diretamente ou restritiva de direitos, aplicar-se-á o art. 170
ao Complexo Médico Penal, mediante prévio da LEP, combinado com o art. 51 do CP.
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ção de Penas e Medidas Alternativas converter II - sessenta (60) dias, a contar da data do reiní-
as penas, regredir o regime e revogar os bene- cio do cumprimento da pena privativa de liber-
fícios, com comunicação ao juízo do processo. dade; e
7.9.5.1 - Recebida a comunicação da revogação III - para o apenado que já esteja cumprindo a
da suspensão condicional do processo, o juiz de pena privativa de liberdade, até o último dia útil
origem prosseguirá no processo. do mês janeiro de cada ano.
7.9.6 - O processo de execução da pena ou con- 7.10.2 - Deverão constar do atestado anual do
tinuidade deste, ou de fiscalização do cumpri- cumprimento da pena, dentre outras informa-
mento de condições, iniciar-se-á sempre com a ções consideradas relevantes:
carta de execução. I - o montante da pena privativa de liberdade;
7.9.7 - São livros obrigatórios da Vara de Execu- II - o regime prisional de cumprimento de pena;
ção de Penas e Medidas Alternativas:
III - a data do início do cumprimento da pena
I - Registro de Sentenças (Adendo 6-F); - Regis- e a data, em tese, do término do cumprimento
tro de Mandados de Prisão; integral da pena; e
II - Registro de Cadastramento de Entidades ou IV- a data a partir da qual o apenado, em tese,
Programas Comunitários; poderá postular a progressão do regime prisio-
III - Carga de Autos - Advogado (Adendo 9-F); nal e o livramento condicional.
7.9.9.2 - O disposto no item 7.9.9 não se aplica V - Registro de Apreensões (Adendo 10-H);
aos feitos que já se encontram arquivados na VI - Registro de Adotandos (Adendo 13-H);
Vara de Execução de Penas e Medidas Alterna-
tivas. VII - Registro de Crianças e Adolescentes Aco-
lhidos e Desligados (Adendo 16-H);
7.9.10 - Nas hipóteses de regressão de regime,
em que a competência para prosseguimento da VIII – Registro de Pretendentes à Adoção (Aden-
execução passar a ser das Varas de Execuções do 14-H);
Penais, os próprios autos da Vara de Execução IX - Arquivo de Termos de Guarda e Tutela;
de Penas e Medidas Alternativas, acompanha-
X - Arquivo de Alvarás (Adendo 11-H);
dos de guia de recolhimento suplementar, serão
remetidos àqueles juízos. XI - Arquivo de Inscrições (Adendo 12-H); XII –
Registro de Portarias (Adendo 15-H); XIII - Car-
SEÇÃO 10 ga de Autos - Juiz (Adendo 4-H);
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8.2.30 - O vínculo da adoção constitui-se por 8.2.34.3 - O registro de adoção será efetivado
sentença judicial, que será inscrita no registro como se tratasse de lavratura fora de prazo, sem
civil mediante mandado, do qual não se forne- pagamento, porém, da multa prevista no art. 46
cerá certidão. da Lei dos Registros Públicos.
8.2.30.1 - A inscrição consignará o nome dos 8.2.34.4 - Quando o adotando estiver em idade
adotantes como pais, bem como o nome de seus escolar, o juiz fará consignar na sentença a ordem
ascendentes. para que sejam feitas as devidas retificações nos
assentos escolares, mandando oficiar à direção
8.2.30.2 - O mandado judicial, que será arqui- do estabelecimento de ensino ou expedir man-
vado, cancelará o registro original do adotado. dado, neles constando a observação de que, sal-
8.2.30.3 – A pedido do adotante, o novo registro vo expressa determinação judicial, nenhuma in-
poderá ser lavrado no Cartório do Registro Ci- formação poderá ser prestada acerca dos dados
vil do Município de sua residência. até então existentes em relação àquele aluno.
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8.5.9 – Verificada a possibilidade de reintegra- nal, não se prolongará por mais de dois (2) anos,
ção familiar, o responsável pelo programa de salvo comprovada necessidade que atenda ao
acollhimento familiar ou institucional fará ime- seu superior interesse, devidamente fundamen-
diata comunicação à autoridade judiciária, que tada pela autoridade judiciária.
dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de
8.5.15 – A manutenção ou reintegração de
cinco (5) dias, decidindo em igual prazo.
criança ou adolescente à sua família terá prefe-
8.5.9.1 – Em sendo constatada a impossibilida- rência em relação a qualquer outra providência,
de de reintegração da criança ou do adolescente caso em que será essa incluída em programas
à família de origem, após seu encaminhamento de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo
a programas oficiais ou comunitários de orien- único do art. 23, incisos I e IV do do art. 101 e
tação, apoio e promoção social, será enviado re- dos incisos I a IV do do art. 129 do ECA.
latório fundamentado ao Ministério Público, no
8.5.16 – Verificada qualquer das hipóteses pre-
qual conste a descrição pormenorizada das pro- vistas no art. 98, do ECA, a autoridade compe-
vidências tomadas e a expressa recomendação, tente poderá determinar, dependendo do caso
subscrita pelos técnicos da entidade ou respon- concreto, as medidas previstas no art. 101, do
sáveis pela execução da política municipal de ECA.
garantia do direito à convivência familiar, para
a destituição do poder familiar, ou destituição 8.5.17 – Recomenda-se ao juiz delegar a execu-
de tutela ou guarda. ção de medidas de proteção ou socioeducativas
à autoridade competente da residência dos pais
8.5.10 – Recebido o relatório, o Ministério Públi- ou responsável, ou do local onde sediar-se a en-
co terá o prazo de trinta (30) dias para o ingres- tidade que acolher a criança ou adolescente.
so com a ação de destituição do poder familiar,
salvo se entender necessária a realização de es- 8.5.17.1 - Deverão acompanhar o encaminha-
tudos complementares ou outras providências mento da criança ou do adolescente, dentre ou-
que entender indispensáveis ao ajuizamento da tros documentos, os seguintes:
demanda. I - cópia dos autos do procedimento;
8.5.11 – A autoridade judiciária manterá, na co- II - cópia da certidão de nascimento;
marca ou foro regional, um cadastro contendo
informações atualizadas sobre as crianças e ado- III - cópia do(s) estudo(s) técnico(s) e histórico
lescentes em regime de acolhimento familiar e escolar, se existentes;
institucional sob sua responsabilidade, com in- IV – guia de acolhimento e informação a res-
formações pormenorizadas sobre a situação ju- peito do cadastro da criança ou adolescente no
rídica de cada um, bem como as providências CNCA;
tomadas para sua reintegração familiar ou co-
locação em família substituta, em qualquer das V – ofício endereçado ao juízo da infância e ju-
modalidades previstas no art. 28 do ECA. ventude competente e a entidade respectiva.
8.5.12 – Terão acesso ao cadastro o Ministério 8.5.18 - As medidas de proteção de que trata o
Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da Título II, Capítulo II, do ECA serão acompanha-
Assistência Social e os Conselhos Municipais das da regularização do registro civil.
dos Direitos da Criança e do Adolescente e da 8.5.19 – O procedimento para a regularização
Assistência Social, aos quais incumbe deliberar do registro civil de criança e adolescente, nas si-
sobre a implementação de políticas públicas, tuações previstas no art. 98 da Lei nº. 8.069/90,
que permitam reduzir o número de crianças e poderá ser iniciado de ofício, por provocação do
adolescentes afastados do convívio familiar e Ministério Público ou por iniciativa de terceiro.
abreviar o período de permanência em progra-
8.5.19.1 – Para a instrução do procedimento, nas
ma de acolhimento.
hipóteses de inexistência de registro de nasci-
8.5.13 – Toda criança ou adolescente, que estiver mento anterior (“registro de nascimento tar-
inserido em programa de acolhimento familiar dio”), deverá o juiz da infância e da juventude
ou institucional, terá sua situação reavaliada, no realizar brevíssima averiguação, utilizando-se
máximo, a cada seis (6) meses, devendo a auto- dos elementos disponíveis, tais como requisição
ridade judiciária competente, com base em rela- de ficha clínica hospitalar e realização de E.V.I.
tório elaborado por equipe interprofissional ou (exame de verificação de idade) e realização de
multidisciplinar, decidir de forma fundamenta- prova oral, se necessário, em audiência, obser-
da pela possibilidade de reintegração familiar ou vado o disposto no art. 102 e parágrafos do ECA.
colocação em família substituta, em quaisquer
8.5.19.2 – Nas hipóteses de pais desconhecidos
das modalidades previstas no art. 28 do ECA.
ou que residam em local incerto, será determi-
8.5.14 – A permanência da criança e do adoles- nada a realização prévia de estudo social, em
cente, em programa de acolhimento institucio- prazo assinalado pela autoridade judiciária.
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8.7.2 – O prazo processual para a conclusão de 8.8.3.1 - A autorização não será exigida quando:
perícias, laudos e pareceres técnicos, pela equi-
I - tratar-se de comarca contígua à da residência
pe interprofissional, será em regra de trinta (30)
da criança, se na mesma unidade da Federação,
dias, ressalvado o disposto no item 8.7.2.2. Não
ou incluída na mesma região metropolitana;
sendo o prazo suficiente para o cumprimento
do estudo técnico, o profissional poderá reque- II - a criança estiver acompanhada:
rer dilação de prazo, cujo deferimento fica ao
a) de ascendente ou colateral maior, até o ter-
prudente arbítrio da autoridade judiciária.
ceiro grau, comprovado documentalmente o
8.7.2.1 – Quando se tratar de casos graves e de parentesco;
urgência, inclusive nos processos em que hou-
b) de pessoa maior, expressamente autorizada
ver internação provisória ou descumprimento
pelo pai, mãe ou responsável.
de medida, os prazos serão fixados pela autori-
dade judiciária, consoante a situação exigir. 8.8.4 - Sem prévia e expressa autorização judi-
cial, nenhuma criança ou adolescente, nascido
8.7.2.2 – Na hipótese de destituição do poder fa-
em território nacional, poderá sair do País em
miliar e em outros atos judiciais, que ensejem a
companhia de estrangeiro residente ou domici-
designação de audiência, o estudo técnico deter-
liado no Exterior.
minado deve ser concluído e anexado aos autos
até cinco (5) dias antes da audiência de instru- 8.8.4.1 - Quando se tratar de viagem ao Exte-
ção e julgamento. rior, a autorização é dispensável, se a criança ou
adolescente:
8.7.3 - Os juizados da infância e da juventude,
especialmente os que não disponham do Serviço I - estiver acompanhado de ambos os pais ou
Auxiliar da Infância e da Juventude - SAI, pode- responsável;
rão valer-se desse serviço, quando existente em II - viajar na companhia de um dos pais, autori-
comarca contígua, desde que seja previamente zado expressamente pelo outro, através de do-
autorizado e viável. cumento com firma reconhecida por autêntica
8.7.3.1 - Não sendo possível, poderão valer-se ou verdadeira;
dos técnicos responsáveis pela execução da po- III - viajar sozinho ou em companhia de tercei-
lítica municipal de garantia do direito e convi- ros maiores e capazes, desde que autorizados
vência familiar, devidamente orientados e su- por ambos os genitores, ou pelos responsáveis,
pervisionados pela Coordenadoria da Infância por documento escrito e com firma reconhecida
e da Juventude - CIJ, para a realização das ativi- por autêntica ou verdadeira;
dades preconizadas pelo art. 151 do ECA.
IV - viajar sozinho ou em companhia de tercei-
8.7.4 - À equipe interprofissional do Serviço Au- ros maiores e capazes, quando estiverem retor-
xiliar da Infância e da Juventude – SAI incumbe nando para a sua residência no Exterior, desde
o cumprimento das disposições elencadas em que autorizadas por seus pais ou responsáveis,
regulamento próprio. residentes no Exterior, mediante documento au-
têntico.
SEÇÃO 8
8.8.4.2 - Para fins do item anterior, considera-
AUTORIZAÇÃO PARA VIAGEM E EXPEDIÇÃO se responsável pela criança ou pelo adolescente
DE PORTARIAS aquele que detém a sua guarda ou tutela.
8.8.1 - Os requerimentos de autorização para 8.8.4.3 - O documento de autorização, mencio-
viagem dispensam registro e atuação e deverão nado nos incisos do item 8.8.4.1, além de firma
ser arquivados, juntamente com os documentos reconhecida por autêntica ou verdadeira, deve-
que os instruírem, no Arquivo de Alvarás ou rá conter fotografia da criança ou adolescente,
por meio eletrônico, no caso de comarcas infor- prazo de validade, a ser fixado pelos genitores
matizadas. ou responsáveis, e será elaborado em duas vias:
uma deverá ser retida pelo agente de fiscaliza-
8.8.2 - As autorizações de viagem às crianças,
ção da Polícia Federal, no momento do embar-
nos limites do território nacional e de criança
que, e a outra deverá permanecer com a criança
ou adolescente ao Exterior, serão efetuadas, à
ou o adolescente ou o terceiro maior e capaz que
vista de requerimento dos pais ou responsável,
o acompanhe na viagem.
devidamente instruído com os documentos ne-
cessários, mediante a expedição da ficha de au- 8.8.5 - A autoridade judiciária poderá, a pedido
torização de viagem ou alvará, conforme o caso. dos pais ou responsável, conceder autorização
válida por dois (2) anos.
8.8.3 - Nenhuma criança poderá viajar para fora
da comarca onde reside, desacompanhada dos 8.8.6 - Ao documento de autorização, a ser re-
pais ou responsável, sem expressa autorização tido pela Polícia Federal, deverá ser anexada
judicial. cópia de documento de identificação da criança
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ou do adolescente, bem como, se for o caso, do 8.9.2.3 – Quando não se tratar de ato infracional,
termo de guarda ou tutela. cometido mediante violência ou grave ameaça
à pessoa, a lavratura de auto de apreensão em
8.8.7 – É obrigatória a apreciação dos pedidos
flagrante poderá ser substituída por boletim de
de autorização de viagem pelos plantões judi-
ocorrência circunstanciado.
ciais.
8.9.2.4 – O adolescente a que se atribua a prática
8.8.8 - É expressamente vedada a cobrança de
de ato infracional, apreendido por ordem judi-
custas para expedição de alvarás ou autorização
cial, será, desde logo, apresentado à autoridade
de viagens.
judiciária ou encaminhado à entidade constante
8.8.9 - Os demais pedidos de alvarás, tais como, do mandado, devendo, nesse caso, ser feita ime-
entrada e permanência em espetáculos públicos diata comunicação ao juízo competente.
e participação em eventos públicos, deverão ser
registrados e autuados. 8.9.2.5 – O adolescente apreendido, quando for
o caso, poderá ser entregue ao dirigente ou re-
8.8.10 – Compete à autoridade judiciária disci- presentante da entidade a que se encontrar sub-
plinar, por meio de portaria, ou autorizar, me- metida a medida de acolhimento institucional,
diante alvará: equiparado ao guardião para todos os efeitos de
I – a entrada e permanência de criança ou ado- direito.
lescente, desacompanhado dos pais ou respon- 8.9.2.6 – A pauta poderá estabelecer dias espe-
sável, em estádio, ginásio e campo desportivo; cíficos para que a autoridade policial agende as
bailes ou promoções dançantes; boate ou congê- audiências de oitiva informal dos adolescentes,
neres; casa que explore comercialmente diver- que forem liberados na forma do artigo 174, 1ª
sões eletrônicas; estúdios cinematográficos, de parte, do ECA.
teatro, rádio e televisão;
8.9.2.7 – Ao receber as peças de informações,
II – a participação de criança e adolescente em o cartório certificará o histórico infracional do
espetáculos públicos e seus ensaios e certames adolescente e fará vista ao Promotor de Justiça,
de beleza. em tempo hábil à realização da audiência de oi-
8.8.11 – As portarias, expedidas pela autorida- tiva informal, previamente agendada.
de judiciária, bem como as autorizações conce- 8.9.2.8 – Ocorrendo a concessão de remissão
didas por meio de alvarás, para fins do art. 149, (8.9.6) e sendo possível, logo após será esta ho-
do ECA, deverão ser fundamentadas, vedadas mologada; havendo aplicação de medida so-
determinações de caráter geral. cioeducativa, se realizará audiência admonitó-
ria, na presença do adolescente e seus pais.
SEÇÃO 9
8.9.2.9 – Todos os atos praticados poderão cons-
APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL tar de um único termo de audiência preliminar,
do qual será entregue uma cópia ao adolescente,
8.9.1 – A criança a que se atribua a autoria de ato
a fim de com ela comparecer, quando for o caso,
infracional deverá ser encaminhada ao Conse-
ao respectivo programa, encarregado da execu-
lho Tutelar e, à sua falta, à autoridade judiciária.
ção da medida socioeducativa aplicada.
A ocorrência do ato infracional deverá ser regis-
trada na delegacia de polícia, sem a presença da 8.9.3 - Advindo a representação, em face da não-
criança, observado o necessário sigilo. concessão da remissão ou por não ser caso de
arquivamento, proceder-se-á ao seu registro e
8.9.2 – Nenhum adolescente será privado de
autuação no livro de Registro Geral de Feitos,
sua liberdade senão em flagrante de ato infra-
fazendo-se conclusão ao juiz.
cional ou, por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente. 8.9.3.1 – Em havendo representação, a escriva-
nia deverá comunicar ao cartório distribuidor,
8.9.2.1 – Na apuração de ato infracional atribuí-
para as devidas anotações.
do ao adolescente, não se procederá à instaura-
ção de inquérito policial, devendo a autoridade 8.9.3.2 - A representação contra o adolescente a
remeter apenas peças de informações (relató- que se atribua a autoria de ato infracional será
rios, autos, resultados de exames ou perícias, liminarmente rejeitada quando:
termos de declarações, etc.), as quais deverão
I - desatender aos requisitos formais do art. 182,
ser previamente autuadas pelo cartório judicial.
§ 1º, do ECA, desde que não emendada;
8.9.2.2 – Em se tratando de ato infracional pra-
II - o autor do ato infracional tiver 21 anos de
ticado por adolescente em coautoria com pessoa
idade completos;
maior de dezoito (18) anos, a autoridade policial
procederá à lavratura de um único auto de pri- III - a ação ou omissão manifestamente não
são em flagrante e de apreensão. constituir ato infracional.
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8.9.3.3 - Não caberá representação quando for 8.10.2.1 - As medidas socioeducativas de repara-
formulada em relação a ato infracional pratica- ção de danos e de advertência deverão ser exe-
do por criança. cutadas pelo juízo do processo de conhecimen-
to, nos próprios autos.
8.9.4 – Nas hipóteses de aplicação de medidas
socioeducativas de semiliberdade e internação, 8.10.3 – A execução de medida socioeducativa
a autoridade judiciária deverá determinar a rea- de internação, provisória ou definitiva, deverá
lização de estudo social, após a oitiva dos pais se processar em autos próprios, formados pela
ou responsável na audiência de apresentação. Guia de Execução de Internação e documentos
que a acompanham.
8.9.5 - O prazo máximo e improrrogável para a
conclusão do procedimento, estando o adoles- 8.10.3.1 – Quando se tratar de execução definiti-
cente internado provisoriamente, é de quaren- va, expedida a guia, o processo de conhecimen-
ta e cinco (45) dias, contados da apreensão do to deverá ser arquivado.
adolescente, seja ela originária de flagrante, seja
8.10.4 – O adolescente deverá cumprir a medida
decorrente de decisão judicial.
de internação na unidade socioeducativa mais
8.9.6 – Antes de iniciado o procedimento judi- próxima de seu domicílio.
cial para apuração de ato infracional, o repre-
8.10.4.1 – O cumprimento da medida de interna-
sentante do Ministério Público poderá conceder
ção em unidade que não seja a mais próxima do
a remissão, como forma de exclusão do proces-
domicílio do adolescente, dependerá de autori-
so, atendendo às circunstâncias e consequências
zação judicial.
do fato, ao contexto social, bem como à perso-
nalidade do adolescente e sua maior ou menor 8.10.5 – O adolescente ingressará na unidade
participação no ato infracional. mediante Guia de Execução de Internação, de-
vidamente instruída e remetida ao juízo compe-
8.9.6.1 - Iniciado o procedimento, a concessão
tente, onde será autuada.
da remissão, pela autoridade judiciária impor-
tará na suspensão ou extinção do processo. 8.10.5.1 – Será expedida uma Guia de Execução
para cada adolescente.
8.9.6.2 - A remissão não implica, necessaria-
mente, o reconhecimento ou comprovação da 8.10.5.2 – Caso já existam autos de execução, se-
responsabilidade, nem prevalece para efeito de rão remetidos ao juízo competente (item 8.10.1),
antecedentes, podendo incluir, eventualmente, via Projudi, imediatamente após a transferência
a aplicação de qualquer das medidas previstas ou ingresso do adolescente na unidade de inter-
em lei, exceto a colocação em regime de semili- nação.
berdade e a internação.
8.10.6 – A Guia de Execução de Internação Pro-
8.9.6.3 - A medida, aplicada por força da re- visória será instruída, obrigatoriamente, com os
missão, poderá ser revista judicialmente, a seguintes documentos:
qualquer tempo, mediante pedido expresso do
I - cópia da representação e (ou) do pedido de
adolescente ou de seu representante legal, ou do
internação provisória;
Ministério Público.
II - cópia da decisão que determinou a interna-
8.9.7 - A escrivania não poderá fornecer o histó-
ção;
rico infracional alusivo à criança ou adolescen-
te, salvo mediante requisição judicial. III - cópia de documento de identificação do
adolescente;
SEÇÃO 10
IV - cópia de documento que comprove a data
da apreensão;
EXECUÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
V - certidão atualizada de antecedentes;
8.10.1 – O juízo competente para processar e
acompanhar a execução da medida socioeduca- VI – cópia de estudos técnicos e histórico esco-
tiva privativa de liberdade, inclusive provisória, lar, se existentes.
é o da jurisdição da unidade de seu cumprimen-
8.10.6.1 – Prolatada a sentença e permanecendo
to.
internado o adolescente, deverá o juízo de co-
8.10.1.1 – O juízo do processo de conhecimento nhecimento informar, incontinenti, ao juízo da
permanecerá competente para decidir pela ma- unidade de internação, remetendo eventuais
nutenção ou revogação da internação provisó- documentos complementares.
ria, e deverá informar, imediatamente, ao juízo
8.10.7 – A Guia de Execução de Internação De-
da execução toda e qualquer decisão que interfi-
finitiva deverá conter os documentos mencio-
ra na privação de liberdade.
nados no item 8.10.6, acrescidos da cópia da
8.10.2 – As medidas em meio aberto deverão ser sentença e do acórdão, se houver, e certidão do
executadas no juízo do domicílio do adolescente. trânsito em julgado.
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III - lavrar termos e fornecer certidões referentes 9.2.2 - Inexistindo prazo expressamente deter-
aos atos que praticar; minado em lei ou pelo juiz, os mandados serão
cumpridos, no máximo, dentro de quinze (15)
IV - convocar pessoas idôneas para testemunhar
dias.
atos de sua função, quando a lei assim o exigir;
9.2.2.1 - Nas serventias em que houver acúmulo
V - exercer, pelo prazo de 01 (um) ano, a função
de mandados, o juiz poderá prorrogar esse pra-
de porteiro dos auditórios, mediante designa-
zo até o máximo de trinta (30) dias.
ção do juiz, obedecendo-se a rigoroso rodízio;
9.2.3 - O oficial de justiça entregará, no prazo de
VI - comparecer diariamente ao fórum e aí per-
vinte e quatro (24) horas, a quem de direito, os
manecer enquanto necessário;
bens recebidos em cumprimento de ordem ju-
VII - estar presente às audiências, quando so- dicial.
licitado, e coadjuvar o juiz na manutenção da
9.2.4 - Ocorrendo circunstâncias relevantes que
ordem.
justifiquem o atraso no cumprimento do man-
9.1.5 - Incumbe ao oficial de justiça que exercer dado, o oficial de justiça deverá fazer exposição
a função de porteiro dos auditórios: detalhada ao juiz, que decidirá de plano pela
manutenção ou substituição do oficial no pro-
I - apregoar a abertura e encerramento das au-
cesso em que ocorrer o fato.
diências e fazer a chamada das partes e testemu-
nhas, quando determinado pelo juiz; 9.2.4.1 - No mandado cumprido fora de prazo,
deverá o oficial certificar o motivo da demora.
II - apregoar os bens nas praças e leilões judi-
ciais quando esta última função não for atribuí- 9.2.4.2 - Se a desídia for reiterada, ou se não
da a leiloeiro oficial; apresentada a devida justificativa, deverá ser
instaurado o respectivo procedimento adminis-
III - passar certidões de pregões, editais, praças,
trativo.
arrematações ou de outros atos que praticar.
9.2.5 - Será suspensa a distribuição de novos
9.1.6 - Nas comarcas em que for instituído o
mandados cíveis ao oficial de justiça que tiver
plantão judiciário, dois oficiais de justiça serão
mandados além do prazo legal para cumpri-
escalados, sem prejuízo de suas demais atribui-
mento. Cumprirá, neste caso, somente os man-
ções, para o atendimento do plantão.
dados desentranhados, dos quais conste certi-
9.1.7 - Salvo deliberação judicial em contrário, dão sua.
durante o expediente forense, pelo menos um
oficial de justiça permanecerá de plantão na ser- SEÇÃO 03
ventia.
NORMAS DE PROCEDIMENTO
9.1.8 - As férias e licenças, salvo para tratamento de
saúde, serão comunicadas pelo oficial, com ante- 9.3.1 - Os oficiais de justiça cumprirão, indistin-
cedência de dez (10) dias, à serventia, sendo sus- tamente, mandados cíveis e criminais.
pensa, a partir daí, a distribuição de mandados.
9.3.2 - Os mandados deverão ser retirados da
9.1.8.1 - Até o dia imediatamente anterior ao iní- serventia diariamente, mediante carga, consti-
cio de suas férias ou licença, o oficial de justi- tuindo falta funcional o descumprimento desta
ça restituirá, devidamente cumpridos, todos os obrigação.
mandados que lhe forem distribuídos ou justifi-
9.3.3 - É vedada a devolução do mandado a pe-
cará a impossibilidade de tê-los cumprido.
dido de qualquer das partes, sem a realização
9.1.9 - As diligências atribuídas ao oficial de jus- da diligência.
tiça são intransferíveis e somente com autoriza-
9.3.4 - Os mandados que forem desentranhados
ção do juiz poderá ocorrer sua substituição.
para novo cumprimento deverão ser entregues
9.1.10 - É vedada a nomeação de oficial de justi- ao mesmo oficial de justiça que iniciou a dili-
ça por meio de portaria. Se necessária, a desig- gência, salvo quando este estiver afastado das
nação será para cumprimento de ato determina- funções por gozo de férias ou qualquer outro
do, mediante compromisso específico nos autos. motivo.
9.1.11 - Ao oficial de justiça é expressamente ve- 9.3.5 - Será desentranhado o mandado, fazendo
dado incumbir terceiro de cumprir mandado ou recarga ao oficial de justiça para cumprimento
praticar outro inerente ao seu cargo. correto, sem cobrança de novas custas, quando
não tiver sido cumprido de conformidade com
SEÇÃO 02 DOS PRAZOS os seguintes parâmetros:
9.2.1 - Os oficiais de justiça efetuarão suas di- I - ao cumprirem as diligências do cargo, os ofi-
ligências no horário das seis (06) às vinte (20) ciais de justiça deverão, obrigatoriamente, con-
horas. signar a indicação do lugar, do horário, o núme-
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9.3.8 - Nas diligências em que ocorrer busca e 9.4.1.4 - O disposto nesta seção não exclui a pos-
apreensão ou depósito de bens, especialmente sibilidade de a citação ou a intimação ser feita
veículos, o oficial de justiça deverá descrever pela via postal, conforme disposto na seção 8,
minuciosamente os bens, especificando suas ca- do capítulo 2, deste CN.
racterísticas, tais como marca, estado de conser-
9.4.2 - Constarão da GRC os seguintes dados:
vação, acessórios, funcionamento, quilometra-
comarca, vara, número dos autos, natureza da
gem, dentre outras que se mostrem relevantes.
ação, nome completo das partes e do advoga-
É vedado o depósito desses bens fora do limite
do, nome do oficial de justiça, número da conta
territorial da comarca na qual for cumprido o
judicial, tipo e quantidade de atos processuais e
mandado.
valor das custas em moeda corrente.
9.3.9 - Em ação de nunciação de obra nova, o
9.4.2.1 - Os depósitos feitos pelas partes em favor
oficial de justiça deverá lavrar auto circunstan-
dos oficiais de justiça serão efetuados em conta
ciado, descrevendo o estado da obra.
judicial, isentas do CNPJ/MF do TJPR, em ban-
9.3.10 - Salvo quando a lei determinar, o oficial co credenciado pelo Tribunal de Justiça do Pa-
de Justiça não deverá designar depositário par- raná, e, onde não houver, em banco particular.
ticular de bens sem prévia autorização do juiz.
9.4.3 - A Guia de Recolhimento de Custas - GRC
9.3.10.1 - Na constrição sobre bem imóvel ou será confeccionada em cinco (05) vias, assim
terminal telefônico, exceto por determinação ju- destinadas:
dicial em contrário, o oficial de justiça deixará I - uma (01) para ser juntada nos autos;
como depositário o próprio devedor, salvo se
este recusar o encargo, o que deverá ser certifi- II - uma (01) à parte;
cado, com discriminação dos motivos da recusa. III - uma (01) à escrivania;
9.3.10.2 - Realizado o depósito em mãos de par- IV - uma (01) ao oficial de justiça, entregue
ticular, o oficial de justiça dará ciência ao depo- simultaneamente com o respectivo mandado;
sitário público, para fins de cumprimento do
disposto no item 3.14.4 deste código. V - uma (01) ao banco.
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9.4.6.3 - Nos casos urgentes, a parte entregará I - Deverá constar no mandado que a parte pa-
ao escrivão cheque nominal ao juízo, para de- gará em juízo o valor das diligências;
pósito assim que for aberta a agência bancária,
II - O pagamento será efetuado por Guia de Re-
fazendo constar o fato no próprio mandado. O
colhimento de Custas - GRC.
oficial de justiça cumprirá o mandado imediata-
mente e depois procederá ao levantamento da III - Não ocorrendo o pagamento, o escrivão
quantia depositada. certificará nos autos, fazendo-os conclusos.
9.4.7 - Tratando-se de cartas precatórias, roga- 9.4.10 - Quando o valor das diligências exceder
tórias e de ordem, as custas serão recolhidas o valor depositado, o oficial de justiça descre-
no juízo deprecado, seguindo-se as disposições verá os atos realizados, cotando as custas devi-
desta seção. das, com a observação de que não as recebeu. O
9.4.8 - O oficial de justiça fica desobrigado de escrivão, então, fará os autos conclusos ao juiz,
receber mandados sem que as custas estejam que determinará, sendo o caso, a complementa-
previamente recolhidas, exceto nos casos de ção das custas por GRC.
gratuidade e quando se tratar de mandados ex- 9.4.10.1 - Quando o valor depositado exceder o
pedidos a requerimento da Fazenda Pública, em efetivamente devido, o escrivão fará a restitui-
processos de que esta participa. ção à parte que efetuou o recolhimento.
9.4.8.1 - Tanto quanto possível, nesses processos
9.4.11 - Para a execução do despejo forçado,
as citações e intimações deverão ser preferen-
reintegração e imissão na posse de imóvel e
temente realizadas por meio postal, salvo se a
para a remoção de bens, a parte interessada for-
Fazenda Pública expressamente requerer sejam
necerá os meios necessários ao cumprimento do
efetuadas por mandado.
mandado (caminhão, pessoal e outros).
9.4.8.2 - - No cumprimento dos mandados
expedidos nos referidos processos, o oficial de 9.4.12 - Após a citação, o oficial de justiça, não
justiça deverá realizar as respectivas diligências encontrando bens penhoráveis, devolverá o
independentemente da antecipação de despesas mandado em cartório, descrevendo os impe-
de condução quando o local for servido por li- nhoráveis.
nhas regulares de transporte coletivo ou quando 9.4.13 - Cabe ao exeqüente, sem prejuízo da
dispensável o transporte, como ocorre em sede imediata intimação do executado, providenciar,
de comarca constituída por cidade de pequeno para presunção absoluta de terceiros, o respec-
porte ou em locais próximos da sede do Juízo. tivo registro no ofício imobiliário, mediante a
9.4.8.3 - Inexistindo linhas regulares de trans- apresentação de certidão de inteiro teor do ato e
porte coletivo em todo o território da comarca, independentemente de mandado judicial.
o juiz Diretor do Fórum, após coligir informa- 9.4.14 - Se a parte beneficiária da gratuidade
ções precisas e, caso a comarca esteja provida de processual for vencedora e a parte sucumbente
mais de um juízo de natureza cível, , deverá es- não fizer jus ao referido benefício, as custas que
pecificar em Portaria as principais localidades esta pagar referentes às diligências dos oficiais
desprovidas desse serviço e estabelecer o valor de justiça, serão recolhidas mediante GRC.
do respectivo custo da condução, no montante
indispensável para a realização das diligências. 9.4.14.1 - Se a parte vencedora não executar a
sentença, o oficial de justiça poderá promover
9.4.8.4 - Observar-se-á também, no que aplicá-
a execução na forma prevista na legislação pro-
vel, o disposto nesta Seção quanto ao cumpri-
cessual.
mento dos demais mandados, sobretudo em re-
lação ao depósito e ao levantamento do numerá- CAPÍTULO 17
rio para o referido custeio de transporte, saliente
que, na hipótese de haver mais de um mandado JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEL, CRIMINAL E DA
para ser cumprido na mesma localidade, será FAZENDA PÚBLICA
único o respectivo custeio de transporte.
9.4.8.5 - Os oficiais de justiça ficam autorizados SEÇÃO 01
a utilizar transporte especial que venha a ser
ofertado pela Fazenda Pública para a realização DISPOSIÇÕES COMUNS
das diligências, caso em que não incidirá, por
óbvio, a antecipação de custeio. SUBSEÇÃO 1 REGRAS GERAIS
9.4.9 - O cumprimento dos mandados de inti- 17.1.1.1 - Além das normas gerais previstas
mação para o fim previsto no art. 267, § 1º, do nos Capítulos 1 e 2 deste Código de Normas,
CPC, se dará independentemente de antecipa- aplicam-se ainda aos Juizados Especiais as re-
ção das custas, devendo o oficial de justiça reali- gras comuns previstas nesta seção. Havendo
zar a diligência e lançar por cotas as custas devi- divergência entre norma geral (Capítulos 1 e
das, com a observação que ainda não as recebeu. 2) e regra específica dos juizados (Capítulo 17),
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prevalece em sede de Juizados Especiais a regra ciamento dos destinatários, ou por correspon-
específica. dência com aviso de recebimento.
17.1.1.2 - A secretaria efetuará controle rigoro- 17.1.2.1.1 - Em hipótese alguma será feita cita-
so dos prazos concedidos às partes, advogados, ção via edital.
oficiais de justiça, contadores, avaliadores, pe-
17.1.2.2 - As intimações podem ser realizadas
ritos, conciliadores e juízes leigos, promovendo
por qualquer meio idôneo de comunicação.
as diligências necessárias à sua regularização.
Nos demais casos, constatado o excesso, comu- 17.1.2.3 - Na intimação feita por telefone, a se-
nicará imediatamente o juiz supervisor. cretaria deverá certificar o número chamado, o
dia, o horário, a pessoa com quem falou e, em
17.1.1.3 - Os termos de compromisso dos conci-
resumo, o teor da comunicação e da respectiva
liadores e dos juízes leigos deverão ser arquiva-
resposta, além de outras informações pertinen-
dos na secretaria da direção do fórum.
tes.
17.1.1.5 - Os convênios, com cópia dos termos
17.1.2.4 - A intimação do representante do Mi-
respectivos, serão comunicados pelo juiz super-
nistério Público será efetuada pessoalmente.
visor à Corregedoria-Geral da Justiça e à Super-
Da mesma forma se procederá à intimação do
visão dos Juizados Especiais.
Defensor Publico no âmbito do Juizado Especial
17.1.1.6 - As comarcas em que, em razão da ex- Cível.
tensão do município ou por ser composta por
17.1.2.5 - - As intimações dos advogados das
vários municípios, existirem postos avançados
partes serão realizadas mediante publicação no
de atendimento, como forma de facilitar o aces-
Diário da Justiça, salvo nos casos de determina-
so à Justiça por parte dos jurisdicionados, deve-
ção judicial em contrário.
rão manter nesses postos os livros indispensá-
veis para o controle dos atos praticados. 17.1.2.6 - Apresentado rol de testemunhas no
prazo legal, a secretaria providenciará desde
17.1.1.6.1 - As audiências poderão ser realiza-
logo a intimação para a audiência de instrução
das no horário noturno e em qualquer dia da
e julgamento, salvo se a parte expressamente a
semana.
dispensar.
17.1.1.10 - Todos os atos praticados pela secre-
17.1.2.7 - As diligências atribuídas aos oficiais
taria devem ser certificados nos autos, inclusive
de justiça são intransferíveis e somente com
o arquivamento.
autorização do Juiz Supervisor poderá ocorrer
17.1.1.10.1 - É dispensada a juntada aos autos de substituição.
cópia dos ofícios e mandados expedidos, desde
que devidamente certificada a expedição. SUBSEÇÃO 3
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17.1.3.5 - Cópias das guias do FUNREJUS serão 17.1.8.1 - Os pedidos de interceptação ou que-
sempre acostadas aos autos. bra de sigilo devem ser autuados em apartado,
atribuindo-se caráter sigiloso ao processo, com
17.1.3.6 - A responsabilidade pelo recolhimento
anotação de “segredo de justiça” na capa do
integral do preparo, bem como pela sua res-
processo, de forma destacada.
pectiva comprovação, incumbe exclusivamente
à parte recorrente. 17.1.8.2 - As autorizações serão entregues dire-
tamente à autoridade requerente, salvo na que-
17.1.3.7 - A secretaria certificará a data e o ho- bra de sigilo bancário, hipótese em que o pedido
rário do ingresso do recurso e a regularidade do de informações poderá ser efetuado através do
preparo. sistema informatizado do Banco Central do Bra-
sil (BACEN-JUD) ou por ofício expedido dire-
SUBSEÇÃO 4 DISTRIBUIÇÃO tamente à instituição financeira.
17.1.4.1 - A distribuição nos Juizados Especiais 17.1.8.3 - Os documentos que não interessarem
observará o disposto em Resolução do Conse- ao processo deverão ser devolvidos, quando
lho de Supervisão dos Juizados Especiais. originais, ou destruídos mediante trituração,
17.1.4.2 - Estando implantado na comarca siste- quando cópias. Em qualquer hipótese, a cir-
ma informatizado oficial do Tribunal de Justiça, cunstância deverá ser especificamente certifica-
o distribuidor efetuará o registro com o mesmo da nos autos.
número atribuído pelo sistema.
SUBSEÇÃO 9
SUBSEÇÃO 5 SECRETÁRIOS
ATOS ESPECÍFICOS DO JUIZ
17.1.5.1 - Para designação de secretários deverá
17.1.9.1 - Deverão ser sempre assinados pelo
ser observado o procedimento contido em Reso-
juiz:
lução do Conselho de Supervisão dos Juizados
Especiais. I - os mandados de prisão;
II - os contramandados;
SUBSEÇÃO 6 CONCILIADORES E JUÍZES
LEIGOS III - os alvarás de soltura;
17.1.6.1 - Para designação dos juízes leigos e IV - os salvo-condutos;
conciliadores deverá ser observado o procedi- V - as requisições de réu preso;
mento contido em Resolução do Conselho de
Supervisão dos Juizados Especiais. VI - os ofícios e alvarás para levantamento de
depósito;
17.1.6.2 - Os conciliadores advogados e os juí-
zes leigos ficarão impedidos de exercer advoca- VII - os ofícios dirigidos a magistrados e demais
cia perante os juizados especiais em que atua- autoridades constituídas.
rem, enquanto no desempenho de suas funções.
SEÇÃO 02
17.1.6.3 - Aplicam-se aos juízes leigos e conci-
liadores os motivos de impedimento e suspei- JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
ção previstos nos artigos 134 e 135 do Código de
Processo Civil, respectivamente, aplicando-se, SUBSEÇÃO 1 LIVROS
no que couber, o disposto na Seção II, do Ca- 17.2.1.1 - São livros obrigatórios das secretarias
pítulo IV, Título IV do Livro I daquele Código. do juizado especial cível:
17.1.6.4 - A função correicional sobre concilia- I - Registro de Pedidos (Adendo 1-I);
dores e juízes leigos compete ao juiz supervisor
a que estiverem vinculados e ao Conselho de II - Registro de Cartas Precatórias e Equivalen-
Supervisão dos Juizados Especiais. tes (Adendo 2-I);
III - Registro de Depósitos (Adendo 4-I);
SUBSEÇÃO 7 ELIMINAÇÃO DE AUTOS
IV - Carga de Autos - Juiz (Adendo 5-I);
17.1.7.1 - A eliminação de autos atenderá à regu-
lamentação prevista em Resolução do Conselho V - Carga de Autos - Diversas (Adendo 6-I);
de Supervisão dos Juizados Especiais. VI - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça
(Adendo 7-I);
SUBSEÇÃO 8
VII - Registro de Autos Destruídos.
INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS, DE 17.2.1.2 - O livro Registro de Pedidos poderá ser
INFORMÁTICA OU TELEMÁTICA QUEBRA DO desmembrado em Registro de Pedidos de Co-
SIGILO FINANCEIRO nhecimento e Registro de Pedidos de Execução.
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17.2.9.6 - - Os embargos à execução (do deve- 17.2.11.3 - Os cálculos necessários para a exe-
dor) serão processados nos próprios autos da cução podem ser realizados por funcionário da
execução. Os embargos de terceiro serão proces- própria secretaria, a critério do juiz supervisor.
sados em apartado. Em ambos os casos a secre-
17.2.11.4 - Não cumprida voluntariamente a
taria deverá comunicar ao distribuidor.
sentença transitada em julgado é dispensada
17.2.9.7 - Para utilização do “Sistema Bacen-Jud” nova citação para o início da execução.
a parte interessada deverá apresentar ao juízo o
17.2.11.5 - Efetuada a penhora ou lavrado o ter-
número de cadastro de pessoa física (CPF) ou
mo de penhora através do “sistema Bacen-jud”,
jurídica (CNPJ), bem como planilha atualizada
o devedor será intimado para apresentar em-
do débito.
bargos à execução, no prazo de 15 dias.
17.2.9.8 - No caso de deferimento do pedido de
utilização do “Sistema Bacen-Jud”, o magistra- SUBSEÇÃO 12 EXTINÇÃO DO PROCESSO
do deverá imprimir o recibo de protocolamento 17.2.12.1 - Em qualquer hipótese, ordenado o ar-
para posterior anexação aos autos pela secreta- quivamento dos autos, a secretaria comunicará
ria. o fato ao distribuidor para fins de baixa na dis-
17.2.9.8.1 - Recebida resposta positiva, com tribuição, independentemente de determinação
bloqueio realizado (integral ou parcial), o juiz judicial, de tudo certificando nos autos.
imprimirá também o respectivo extrato, o qual 17.2.12.2 - A comunicação ao distribuidor será
substituirá o termo de penhora. feita por ofício ou mediante a remessa dos au-
17.2.9.8.2 - Depois disso, tratando-se de execu- tos, conforme a conveniência local. Em qualquer
ção de título extrajudicial, a secretaria providen- caso, sempre será certificada nos autos a baixa,
ciará a intimação do devedor para comparecer antes do arquivamento.
à audiência de conciliação, ocasião em que ele
poderá oferecer embargos, por escrito ou ver- SEÇÃO 03
balmente. Tratando-se, porém, de execução de
título judicial, a secretaria intimará o devedor JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL
para apresentar embargos no prazo de 15 dias.
SUBSEÇÃO 1 LIVROS
17.2.9.8.3 - Na hipótese de ordem complemen-
17.3.1.1 - São livros obrigatórios das secretarias
tar para bloqueio ou desbloqueio de valores, o
criminais:
magistrado deverá imprimir o recibo para pos-
terior juntada aos autos pela secretaria. I - Registro de Processos Criminais (Adendo
1-J);
SUBSEÇÃO 10
II - Carga de Termos Circunstanciados e Inqué-
DA EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL ritos Policiais (Adendo 2-J);
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17.3.8.2 - Todas as comunicações realizadas de- III - Registro de Depósitos (Adendo 3-K);
vem ser certificadas nos autos, de forma espe-
IV - Carga de Autos - Juiz (Adendo 4-K);
cífica.
V - Carga de Autos - Promotor de Justiça (Aden-
17.3.8.3 - As comunicações ao distribuidor serão
do 5-K);
preferencialmente realizadas mediante o enca-
minhamento dos próprios autos, incumbindo VI - Carga de Autos - Advogados (Adendo 6-K);
ao distribuidor lançar certidão no processo so-
VII - Carga de Autos - Diversos (Adendo 7-K);
bre a realização da anotação.
VIII - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça
17.3.8.4 - Quando a autoria do fato for des-
(Adendo 8-K);
conhecida, não serão realizadas as comuni-
cações à Vara de Execuções Penais e ao Instituto XI - Registro de Requisição de Pequeno Valor -
de Identificação. RPV (Adendo 9-K).
17.3.8.5 - Nas secretarias em que estiver implan- 17.4.1.2 - O secretário colherá o visto mensal do
tado sistema informatizado oficial do Tribunal juiz no livro de Registro de Depósitos.
de Justiça as comunicações poderão ser realiza-
das mediante utilização de relatórios dele ex- SUBSEÇÃO 2 PEDIDO
traídos.
17.4.2.1 - Realizada a distribuição, registrado o
pedido na secretaria do juizado, independente-
SUBSEÇÃO 9 APREENSÕES
mente de autuação, será designada audiência de
17.3.9.1 - As armas e objetos apreendidos ou conciliação, sem necessidade de prévio despa-
arrecadados poderão permanecer em depósito cho do juiz supervisor.
com a autoridade policial competente. Não obs-
tante, ainda assim deverão ser registrados no 17.4.2.2 - Não sendo caso de designação de au-
livro Registro de Apreensões, com anotação de diência de conciliação ou havendo pedido de
observação constando o local em que está reali- antecipação de tutela, liminar ou outros casos
zado o depósito. urgentes, os autos serão imediatamente conclu-
sos ao magistrado.
17.3.9.2 - O auto de apreensão e a certidão de de-
pósito deverão integrar o termo circunstanciado 17.4.2.3 - O pedido oral será reduzido a termo
ou inquérito respectivo. pela secretaria. Do pedido deverá constar:
17.3.9.3 - Findo o feito ou extinta a punibilida- I - o nome, a filiação, o número do registro geral
de, não sendo o caso de restituição, deverão (RG) ou do cadastro de pessoa física ou jurídica
ser adotadas as providências dos itens 6.20.8 (CPF ou CNPJ) e o endereço das partes;
e 6.20.9 deste Código de Normas (remessa de II - o fato e os fundamentos, de forma sucinta;
armas ao Ministério do Exército, destruição ou
remessa de objetos a entidades de cunho social). III - o objeto e seu valor.
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17.4.3.3.1 - A representação judicial da Fazen- 17.4.5.5 - Com a manifestação a respeito dos cál-
da Pública, inclusive das autarquias, fundações culos, os autos irão conclusos. Se homologados
e empresas públicas, por seus procuradores ou pelo juiz, seguirão para expedição de precatório
advogados ocupantes de cargos efetivos dos ou requisição de pequeno valor (RPV).
respectivos quadros, independe da apresenta-
ção do instrumento de mandato. 17.4.5.6 - Na obrigação de pagar quantia certa
em que o valor do débito ultrapasse o limite
17.4.3.3.2 - O Estado, os Municípios, suas autar- para a expedição de requisição de pequeno va-
quias, fundações e empresas públicas poderão lor (RPV), observar-se-ão as disposições cons-
designar para a audiência cível de causa de até tantes na Seção 9 do Capítulo 2 deste Código de
40 (quarenta) salários mínimos, por escrito, re- Normas, relativas ao precatório.
presentantes com poderes para conciliar, tran-
sigir ou desistir nos processos de competência SUBSEÇÃO 6 REQUISIÇÃO DE PEQUENO
dos Juizados Especiais, advogados ou não. VALOR
17.4.3.4 - O empresário individual, as microem- 17.4.6.1 - Tratando-se de obrigação de pagar
presas e as empresas de pequeno porte poderão quantia certa em que o valor da condenação se
ser representados por preposto credenciado, enquadre no limite legal para a expedição de
munido de carta de preposição com poderes RPV, o Juízo da execução a encaminhará direta-
para transigir, sem necessidade de vínculo em-
mente ao ente devedor para que efetue o paga-
pregatício.
mento, com os seguintes dados:
17.4.3.5 - Obtida a conciliação, esta será reduzi-
I - número de ordem da requisição registrada no
da a termo, o qual será subscrito pelas partes
livro da serventia;
e levado para homologação do juiz supervisor.
II - número do processo de origem;
SUBSEÇÃO 4 INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
III - nome das partes e seus procuradores, com in-
17.4.4.1 - Restando infrutífera a tentativa de con- dicação do número de inscrição destes na OAB;
ciliação, proceder-se-á imediatamente à audiên-
cia de instrução e julgamento. IV - relação de beneficiários com valores indivi-
dualizados, indicando CIC ou CNPJ;
17.4.4.2 - Não sendo possível a imediata convola-
ção da audiência preliminar em audiência de ins- V - valor total da requisição;
trução e julgamento, será designada nova data. VI - data do trânsito em julgado da decisão de
17.4.4.3 - - Finda a audiência de instrução con- mérito ou do acordo homologado em Juízo;
duzida por juiz leigo, deverá o parecer ser apre- VII - data considerada para efeito de atualização
sentado ao juiz supervisor em até 10 (dez) dias. dos cálculos;
SUBSEÇÃO 5 SENTENÇA E O SEU VIII - indicação de agência bancária oficial para
CUMPRIMENTO depósito à disposição do Juízo da execução.
17.4.5.1 - A intimação da sentença será feita na 17.4.6.2 - Os ofícios requisitórios (RPV), depois
própria audiência em que for prolatada ou na de devidamente anotados cronologicamente em
forma prevista nos itens 17.1.2.1 e 17.1.2.3. livro próprio da serventia, serão encaminhados
ao ente público.
17.4.5.2 - O cumprimento do acordo ou da sen-
tença de procedência transitada em julgado, 17.4.6.3 - Os autos aguardarão em cartório as
que imponham obrigação de fazer, não fazer ou providências necessárias para a quitação do dé-
entrega de coisa certa, será efetuado mediante bito de pequeno valor pelo prazo de sessenta
ofício do juiz à autoridade citada para a causa, (60) dias, contados da entrega da requisição à
com cópia da sentença ou do acordo. entidade devedora.
17.4.5.3 - Tratando-se de obrigação de pagar 17.4.6.3.1 - Decorrido sem que a Fazenda Públi-
quantia certa definida em sentença transitada ca tenha dado atendimento a requisição, os au-
em julgado, o credor será intimado para instruir tos irão conclusos ao juiz.
o pedido com memória de cálculo discriminado.
17.4.6.4 - Com o cumprimento da requisição, a
17.4.5.3.1 - Apresentado o cálculo a secretaria secretaria providenciará, independente de des-
intimará a Fazenda Pública para manifestar-se pacho, a intimação do requerente para efetuar o
em cinco (05) dias. saque do valor depositado.
17.4.5.4 - Se necessário, os autos irão ao conta- 17.4.6.4.1 - O advogado da parte poderá efetuar
dor para o cálculo do valor devido. o levantamento do valor a ela devido desde que
17.4.5.4.1 - Apresentado o cálculo, a secretaria apresente procuração com poderes especiais
intimará as partes para, em cinco (05) dias, ma- para tanto e firma reconhecida, cuja cópia será
nifestarem-se. juntada aos autos.
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pelo Corregedor-Geral da Justiça e por mais 05 (cinco) Art. 2º. Constituem custas:
membros, os quais serão nomeados pelo Presidente do
a) as taxas das tabelas anexas;
Tribunal de Justiça, após aprovação pelo Órgão Espe-
cial do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. b) os sêlos e despesas com os serviços postal,
telegráfico, de rádio comunicação e telefônico;
Parágrafo único. Os integrantes do Conselho
Diretor do Fundo da Justiça não perceberão re- c) as taxas de expediente;
tribuição pecuniária pelo exercício de suas ati- d) a taxa judiciária;
vidades.
e) as contas de publicação de avisos ou editais;
Art. 7º. Os recursos financeiros do Fundo da Justiça se-
rão depositados em instituição financeira oficial. f) as despesas de condução e estada, dentro do
estritamente necessário, nas diligências, atendi-
Art. 8º. Os bens adquiridos com recursos do Fundo da das as condições locais;
Justiça serão incorporados ao patrimônio do Poder Ju-
diciário e alocados ao Fundo da Justiça. g) os honorários de advogados arbitrados na
sentença e os honorários, salários e percenta-
Art. 9º. Aplica-se à administração financeira do Fundo gens de peritos, agrimensores, ajudantes, de-
da Justiça, no que couber, o disposto na Lei Federal nº positários ou quaisquer outros colaboradores
4.320, de 17 de março de 1964, no Código de Contabi- do juízo quando arbitrados pelo Juiz, fixados a
lidade, na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de aprazimento das partes ou conforme a lei apli-
2000, e na legislação pertinente a contratos e licitações, cável;
bem como as normas e instruções baixada pelo Tribu-
h) as despesas úteis ou necessárias, devidamen-
nal de Contas do Estado do Paraná.
te comprovadas, feitas com a guarda, conserva-
Art. 10. O Fundo da Justiça será dotado de personali- ção ou remoção de bens depositados;
dade jurídico-contábil, com escrituração contábil pró-
i) as despesas de arrombamento e remoção das
pria, sendo o Presidente do Tribunal de Justiça e Presi-
ações de despejo e reintegração de posse assim
dente do Conselho Diretor o ordenador das despesas e
como, nas de demolição ou de nunciação de
seu representante legal. obra nova, as despesas relativas aos atos que o
Art. 11. O Fundo da Justiça prestará contas da arre- vencido não quizer praticar;
cadação e aplicação de seus recursos, nos prazos e na j) as certidões, públicas-formais, fotocópias e
forma de legislação vigente. traslados de quaisquer atos ou documentos
Art. 12. Esta lei será regulamentada por Decreto Judi- provenientes de ofícios ou repartições públicas
ciário, dispondo sobre os procedimentos relacionados e autarquias administrativas bem como as tra-
à arrecadação e fiscalização das receitas e sobre as nor- duções e as transcrições, no Registro Público, de
mas para a execução das despesas do Fundo da Justiça. documentos a ela sujeitos;
Art. 13. O Poder Judiciário fará, à conta de dotação or- l) as certidões afirmativas ou negativas de ônus,
çamentária do Tribunal de Justiça, um aporte ao Fun- protestos de títulos, de ações ou de quaisquer
do da Justiça no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão atos judiciais;
de reais). m) os impostos e taxas fiscais que forem pagos
Art. 14. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir cré- por determinação judicial ou em função do pro-
dito especial para a implementação desta lei. cesso;
Art. 15. Esta Lei entrará em vigor na data de sua pu- n) as multas impostas na forma das leis vigen-
blicação. tes;
o) as indenizações devidas a testemunhas, na
forma da lei.
LEI 6.149/70 Parágrafo único. Os atos previstos em lei ou de-
Dispõe sôbre o Regime de Custas dos atos ju- correntes dos estilos e prazos do fôro, não in-
diciais. cluídos na discriminação feita nêste artigo ou
qualquer das tabelas anexas, reputar-se-ão re-
REGIMENTO DE CUSTAS munerados pelo conjunto das demais taxas ou
pelos vencimentos percebidos por aquêle que os
CAPÍTULO I praticar.
Art. 1º. As custas dos atos judiciais, respeitadas as dis- a) as que paga o autor, quando o réu é absolvido
de instância;
posições das leis de processo, serão contadas, cotadas
e pagas de conformidade com êste Regimento de Cus- b) as que paga o excipiente que decai da exce-
tas. ção;
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c) as que paga o recorrente, quando o juízo “a Parágrafo único. As contas só serão considera-
quo” lhe nega seguimento ao recurso, ou quan- das exigíveis após o “visto” do juiz respectivo,
do não se conhece do recurso ou lhe nega pro- que ficará também, responsável pela sua exati-
vimento. dão.
§ 2º. As demais custas devidas ao Contador, e as Art. 16. As custas reguladas por Leis Federais serão pa-
do Partidor, serão pagas por ocasião da realiza- gas conforme provimento da Corregedoria da Justiça.
ção dos atos. Parágrafo único. As custas devidas nos proces-
§ 3º. Quando, no ato da distribuição, não for pos- sos de liquidação de indenização por acidente
sível estimar-se o valor exato do feito ajuizado do trabalho, conseqüentes a acôrdos entre as
ou se este vier a ser alterado no curso do proces- partes, serão distribuidas entre pessoas inte-
so, o Distribuidor perceberá a diferença verifica- grantes do respectivo juízo, na conformidade do
da em suas custas na primeira conta elaborada. disposto em portaria baixada bienalmente pelo
Corregedor.
Art. 10. Lançada a conta pelo contador, o escrivão fará
conclusos os autos ao juiz, que, depois de verificá-la e Art. 17. O pagamento das custas ao serventuário ou
fazer as glosas ou adições necessárias, nela aporá seu funcionário competente, importa na presenção de pre-
“visto”. paro do processo ou recurso na data respectiva.
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Art. 18. As custas a cargo da Fazendo Pública estadual em fornecimento ou autenticação de papel ou
e municipal serão pagas mediante despacho da auto- documento que deva instruir pedido ou proces-
ridade competente, em requerimento, devidamente sos de benefício da Justiça gratuita, assim como
instruído, firmado pelo escrivão do feito, por si e em aquêles expressamente declarados gratuítos por
nome dos demais interessados, exceto as da distribui- lei federal ou estadual uma vez que consignado
ção, que serão pagas no ato. no respectivo texto o fim a que se destina.
Art. 19. O culpado pelo extravio de qualquer feito pa- Art. 22. Nos executivos de valor inferior a 1 V.R.C. (um
gará as custas de reforma dos autos perdidos. Valor de Referência de Custas), serão devidas pela me-
tade as custas respectivas, exceto a do Distribuidor e
Art. 20. A falta de depósito ou pagamento das custas
referentes aos atos ou diligências de defesa do réu, em do Contador Judicial.
processo criminal, não obstará a que sejam praticados Parágrafo único. Não podem, porém, ultrapas-
e realizados, oportunamente, aquêles atos ou diligên- sar do duplo da dívida ajuizada, caso em que,
cias, ficando a salvo aos interessados a cobrança pela reembolsadas as despesas de diligências efe-
via legal das custas devidas. tuadas, serão as custas rateadas, pelo Juiz, em
despacho.
CAPÍTULO IV
Art. 23. Nos feitos de valor reduzido, contestados ou
ISENÇÕES E REDUÇÕES não, e nos processos sem valor determinado, inclusi-
Art. 21. São isentos de custas: ve preparatórios, preventivos ou incidentes, poderá o
Juiz, em despacho fundamentado, reduzir até a meta-
a) os processos criminais de ação pública, ou de as custas respectivas, menos as de diligências, me-
quaisquer outros de iniciativa do Ministério Pú- diante pedido do interessado e uma vez convencido
blico, salvo as excessões da lei processual res- da boa fé do autor ou requerente e do resultado certa-
pectiva; mente negativo ou de que apenas será alcançado em
b) os processos de habeas-corpus, quer em pri- parte o objetivo do procedimento judicial.
meira, quer em segunda instância; Parágrafo único.A redução será obrigatória, quan-
c) os conflitos de jurisdição suscitados por auto- do, antes da contestação, nos feitos que a compor-
ridades judiciárias; tarem, houver desistência voluntária do pedido.
d) Os processos de reclamação referentes a cus- Art. 24. Se a parte indicar a data precisa do arquiva-
tas em primeira instância e as reclamações, re- mento, ou o livro e a fôlha do ato que pedir, ou, tratan-
presentações, revisões em processos de meno- do-se de documentos em processo, indicar mês e ano,
res, consultas, recursos e, em geral, os processos a busca será cobrada pela metade.
da competência do Corregedor e do Conselho Art. 25. Nas reduções estatuídas neste capítulo, não se
Superior da Magistratura; inclui a taxa judiciária, cuja incidência é regulada em
e) as habilitações de casamentos de pessoas lei própria.
comprovadamente pobres;
CAPÍTULO V
f) feitos em que houver decaido a parte bene-
ficiada pela justiça gratuita nos têrmos das leis PENALIDADES
processuais;
Art. 26. O Juiz que visar a conta de custas em que haja
g) os atos e processos referentes a menores aban- parcelas indevidas ou excessivas, torna-se passível da
donados e delinquentes, bem como os relativos pena disciplinar.
a licença para o trabalho de menores;
Art. 27. Quem não cotar as custas em conformidade a
h) nas ações por acidente do trabalho, o aciden- êste Regimento perderá, pela primeira falta cometida,
tado ou os seus beneficiários, quando vencidos; o direito aos emolumentos que, se contados e recebi-
i) os processos de arrecadação de herança jacen- dos, serão restituidos em dôbro.
te e bens vagos de valor inferior a 2 (dois) Valo- Art. 28. O serventuário, auxiliar ou funcionário da Jus-
res de Referência de Custas (V.R.C.). tiça que contar, cotar ou receber custas indevidas ou
j) os processos de arrolamento e inventário, de excessivas, ou desviar ou apropriar-se de custas per-
valor inferior ao maior salário mínimo vigente tencentes a outrem, fica sujeito às penas, conforme a
no Estado; gravidade da infração e as circunstâncias do ato pra-
ticado, de advertência verbal ou em ofício reservado,
l) os processos de alvarás de levantamento de
censura nos autos ou em portaria, multa pagável em
depósitos em nome de órfãos ou interditos de
dinheiro que será recolhido aos cofres estaduais em
valor inferior ao maior salário mínimo vigente
décuplo e suspensão até 30 (trinta) dias, com perda
do Estado;
dos proventos do cargo, além das perdas das custas
m) os atos das autoridades, serventuários, auxi- contadas ou restituídas em dôbro das recebidas inde-
liares ou funcionários da Justiça que importem vidamente, ou em excesso, desviadas ou retidas.
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§ 1º. Fica vedado aos serventuários da Justiça a Parágrafo único. Tratando-se de falta que possa
realização de qualquer trabalho que não seja pe- ocasionar aplicações de multa ou de suspensão,
culiar às suas atribuições e ao ato que estiverem poderá o Juiz encaminhar a reclamação ao Cor-
praticando. A cobrança de quaisquer quantias regedor, a quem será, em qualquer caso, comu-
a êsse título importará na aplicação das penas nicada a ocorrência da reclamação e a respectiva
dêste artigo. decisão, quando já houver sido proferida.
§ 2º. As penas do presente artigo serão aplicadas Art. 34. A atribuição conferida ao Juiz, pelo artigo
pelo Juiz ou Corregedor, ou pelo Relator do pro- anterior, não exclui competência do Corregedor para
cesso de quaisquer das Câmaras dos Tribunais receber, originariamente, qualquer reclamação contra
de Justiça ou de Alçada, ou ainda pelos Presi- serventuário, auxiliar ou funcionário da Justiça de pri-
dentes desses Tribunais, em relação aos seus meira instância.
funcionários.
Parágrafo único. Conhecendo a reclamação que
§ 3º. Quando a penalidade for imposta pelo Juiz,
lhe fôr dirigida, poderá o Corregedor encami-
será o fato comunicado ao Conselho da Magis-
nha-la ao Juiz para a respectiva instrução.
tratura, por intermédio do Presidente do Tribu-
nal, e ao Corregedor. Nos demais casos, a comu- Art. 35. Instruida a reclamação, proferirá o Corregedor
nicação será feita à Corregedoria da Justiça, que a sua decisão, se não preferir relatar o processo peran-
se incumbirá das notificações necessárias ou da te o Conselho Superior da Magistratura, atendida a
publicidade do ato, se for o caso. gravidade do fato.
Art. 29. Tratando-se de serventuário, auxiliar ou fun- Art. 36. Da decisão ou ato impositivo de pena disci-
cionário da Justiça sem garantia de estabilidade, o re- plinar por infração dêste Regimento, cabe recurso,
cebimento de custas indevidas ou excessivas, por malí- admissível dentro de 5 (cinco) dias para o Conselho
cia ou reiteração do êrro, provada esta por certidão de
Superior da Magistratura ou para o Tribunal Pleno, se
advertência anteriormente imposta e definitivamente
a decisão fôr do Conselho Superior da Magistratura.
julgada, poderá a falta, também, autorizar a demissão
do culpado, a qual, no caso em que a expedição do res- § 1º. O recurso, que terá sempre efeito suspen-
pectivo ato administrativo seja da atribuição do Go- sivo, seguirá, em primeira instância, no que fôr
vernador do Estado, ou de autoridade subordinada ao aplicável, o processo de agravo de instrumento,
Executivo, dependerá, na esfera judiciária, de resolu- em matéria civil, salvo quanto ao que se refere a
ção e proposta do Conselho Superior da Magistratura, custas e preparo.
obedecidas as formalidades legais.
§ 2º. Se o Juiz reformar o despacho, poderá o re-
Parágrafo único. No processo para a aplicação clamante protestar pela subida dos autos a su-
da pena a que se refere o presente artigo, o Cor- perior instância.
regedor funcionará como instrutor e relator.
§ 3º. Tratando-se de pena imposta pelo Juiz, o
Art. 30. As penalidades constantes dos artigos 30, 144,
Corregedor funcionará, em segunda instância,
147, 150 e 688, do Código de Processo Civil, bem como
como relator do recurso.
outras da mesma natureza, previstas na legislação vi-
gente, serão aplicadas sem prejuízo das previstas neste
Regimento e da abertura da competente ação penal, CAPÍTULO VII
quando cabível.
Disposições Gerais
Art. 31. A pena de restituição ou de multa, imposta
por infração dêste Regimento ou de qualquer outra lei, Art. 37. A estimação do valor da causa, para efeito de
não satisfeita dentro de 48 (quarenta e oito) horas, será cômputo das custas proporcionais, far-se-á, em regra
convertida em suspensão até 30 (trinta) dias, e assim geral, de conformidade com o disposto na Seção II, do
será considerada para efeito do disposto no Código de Capítulo VI, do Título V, do Livro I do Código de Pro-
Organização e Divisão Judiciárias do Estado. cesso Civil.
Parágrafo único. Na reconvenção, o valor da
CAPÍTULO VI causa para efeito dêste Regimento, passará a ser
o equivalente à metade do valor da ação.
Reclamações e Recursos
Art. 38. Nas execuções de sentenças iliquidas, as cus-
Art. 32. A reclamação contra infração dêste Regimento tas serão cobradas na base de dois têrços das custas da
imputada a Juiz, será feita por meio de petição, devi- ação; nos demais casos, na base de um têrço.
damente instruida e dirigida ao Corregedor da Justiça,
que a decidirá desde logo ou a relatará perante o Con- Parágrafo único. Se houver concurso de credo-
selho da Magistratura, conforme a gravidade do fato. res, o valor será o ativo apurado.
Art. 33. Quando a infração fôr atribuida a serventuário, Art. 39. Nos processos de desapropriação, a conta de
auxiliar ou funcionário da Justiça, a reclamação será custas será feita na base do prêço real da indenização,
dirigida ao Juiz ou à autoridade perante a qual servir. fixado na sentença ou no têrmo de acôrdo.
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Art. 40. Nas ações inestimáveis, e em geral, nas causas § 2º. Quando não lhes sejam proporcionadas a
de valor não conhecido, tomar-se-á para base do cál- condução e hospedagem, nos termos deste arti-
culo de custas, o critério de fixação do Juiz, de acôrdo go, o Juiz poderá determinar o depósito prévio
com a natureza da causa. de quantia equivalente ao valor das diárias nor-
malmente pagas para deslocamento assemelha-
Parágrafo único. Nas ações possessórias, o valor
do.
da causa será o equivalente à um quarto do va-
lor venal do imóvel. § 3º. Nas cidades, vilas e povoações, ou nos iti-
nerários servidos por linhas regulares de trans-
Art. 41. Aos serventuários, auxiliares ou funcionários
porte coletivo, nenhum serventuário, auxiliar ou
da Justiça é facultado exigirem o prévio depósito da
servidor da Justiça, poderá utilizar-se de outro
metade dos emolumentos dos traslados, registros, cer-
meio de condução, às expensas das partes, salvo
tidões, públicas-formas ou quaisquer outros atos ou
se as condições de tempo não o permitirem, a
documentos encomendados por interessados e que
urgência na execução do serviço o requerer, ou
não possam ser praticados ou concluídos no momento;
a parte interessada autorizar expressamente, à
e, em tal caso, ficam obrigados a dar recibo da impor-
sua custa, o uso de veículos privativos.
tância antecipada.
Art. 45. Além de um exemplar dêste Regimento à dis-
Parágrafo único. Nos recibos deverão constar além
posição das partes, os serventuários são obrigados a
de seu valor em cruzeiros, também o correspon-
ter nos seus cartórios ou ofícios, em lugar em que pos-
dente em V.R.C. (Valor de Referência de Custas).
sa ser facilmente consultado, um quadro com a tabela
Art. 42. Os escrivães do crime, salvo o caso do artigo das custas relativas aos atos mais comuns de suas atri-
32, do Código de Processo Penal, poderão exigir o de- buições.
pósito prévio, mediante recibo, das custas calculadas Parágrafo único. A Corregedoria da Justiça ex-
nas ações intentadas mediante queixa, sem o que ne- pedirá normas disciplinando o disposto neste
nhum ato ou diligência será realizada. artigo.
Art. 43. Os Escrivães do Cível, das Varas da Fazenda Art. 46. Aos distribuidores, incumbe proceder, no ato
Pública, de Família e Registros Públicos, poderão exi- do cálculo de custas, a baixa das distribuições de ações
gir da parte autora ou requerente, a título de garantia executivas fiscais, uma vez pagas nas respectivas Va-
das primeiras diligências a serem efetuadas e das des- ras da Fazenda Pública, independentemente de despa-
pesas com material de expediente do Cartório, depósi- cho judicial.
to inicial de quantia não excedente da metade de suas
custas calculadas, salvo concordância expressa da par- CAPÍTULO VIII
te interessada, quando o depósito, em V.R.C., poderá
atingir até o valor total do cálculo, ficando responsá- Disposições Finais
veis pelo preparo das parcelas devidas ao Contador e
ao Partidor. Art. 47. Os dispositivos dos Códigos de Processo Civil
ou Penal e as Leis Federais que se referem às matérias
§ 1º. Tratando-se de cartas precatória, rogató- tratadas neste Regimento, bem como o Código de Or-
ria ou de ordem, o interessado deverá fazê-la ganização e Divisão Judiciárias do Estado e os Regi-
acompanhar de ordem de pagamento ou che- mentos Internos dos Tribunais de Justiça e de Alçada
que bancário à ordem do Juiz Diretor do Forum do Estado, aplicam-se subsidiária ou supletivamente.
da Comarca deprecada, caso não deposite no
Juízo deprecante, importância estimada para as Art. 48. Êste Regimento aplicar-se-á a todos os feitos
custas. pendentes que ainda não se achem contados a final.
§ 2º. Todos os depósitos efetuados serão certifi- Art. 49. As Tabelas constantes do Anexo desta Lei se-
cados nos autos, inclusive em V.R.C., bem como rão atualizadas semestralmente, na variação nominal
os abonos de despesas com diligências e respec- das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional
tivos comprovantes, para serem oportunamente (O.R.T.N.), no período, sendo o valor comunicado por
abatidos pelo Contador, o qual deverá conside- ato do Corregedor da Justiça.
rar, para efeito de cálculo, o valor atualizado do Parágrafo único. O Tribunal de Justiça, através
Valor de Referência de Custas. de proposta da Corregedoria e ato do Presiden-
te, poderá, a partir do exercício de 1982, editar
Art. 44. Para os atos que se houverem de praticar fora
normas para a padronização dos impressos e
do auditório ou cartório, quem tiver requerido ou pro-
carimbos a serem usados nas Serventias do foro
movido a diligência fornecerá condução aos Juízes,
judicial e extrajudicial do Estado.
representantes do Ministério Público, serventuários,
auxiliares ou servidores da Justiça. Art. 51. As omissões dêste Regimento serão resolvidas
ou pela aplicação de tabelas assemelhadas ou por ins-
§ 1º. As despesas de condução e hospedagem às
truções do Corregedor, através consulta.
pessoas integrantes do Juízo poderão ser satis-
feitas de imediato pela própria parte interessa- Art. 52. A presente Lei entrará em vigor na data de sua
da na realização da diligência. publicação, revogadas as disposições em contrário.
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Noções de Direito e Legislação
TÍTULO II
08 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
TÍTULO I
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Dis- COLETIVOS
trito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
Direito e tem como fundamentos: qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
I - a soberania; estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do di-
reito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
II - a cidadania; propriedade, nos termos seguintes:
III - a dignidade da pessoa humana; I - homens e mulheres são iguais em direitos e
IV - os valores sociais do trabalho e da livre ini- obrigações, nos termos desta Constituição;
ciativa; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
V - o pluralismo político. fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, <p
que o exerce por meio de representantes eleitos III - ninguém será submetido a tortura nem a
ou diretamente, nos termos desta Constituição. tratamento desumano ou degradante;
Art. 2º São Poderes da União, independentes e har- IV - é livre a manifestação do pensamento, sen-
mônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judi- do vedado o anonimato;
ciário.
V - é assegurado o direito de resposta, propor-
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da Repú- cional ao agravo, além da indenização por dano
blica Federativa do Brasil: material, moral ou à imagem;
I - construir uma sociedade livre, justa e solidá- VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
ria; crença, sendo assegurado o livre exercício dos
II - garantir o desenvolvimento nacional; cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e re-
duzir as desigualdades sociais e regionais; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação
de assistência religiosa nas entidades civis e mi-
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos litares de internação coletiva;
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer ou-
tras formas de discriminação. VIII - ninguém será privado de direitos por mo-
tivo de crença religiosa ou de convicção filosófi-
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas ca ou política, salvo se as invocar para eximir-se
suas relações internacionais pelos seguintes princípios: de obrigação legal a todos imposta e recusar-se
I - independência nacional; a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
II - prevalência dos direitos humanos; IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
artística, científica e de comunicação, indepen-
III - autodeterminação dos povos; dentemente de censura ou licença;
IV - não-intervenção; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada,
V - igualdade entre os Estados; a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou mo-
VI - defesa da paz;
ral decorrente de sua violação;
VII - solução pacífica dos conflitos;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, nin-
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; guém nela podendo penetrar sem consentimen-
to do morador, salvo em caso de flagrante delito
IX - cooperação entre os povos para o progresso
ou desastre, ou para prestar socorro, ou, duran-
da humanidade;
te o dia, por determinação judicial;
X - concessão de asilo político.
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e
Parágrafo único. A República Federativa do das comunicações telegráficas, de dados e das
Brasil buscará a integração econômica, política, comunicações telefônicas, salvo, no último caso,
social e cultural dos povos da América Latina, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
visando à formação de uma comunidade latino que a lei estabelecer para fins de investigação
-americana de nações. criminal ou instrução processual penal;
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XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
ofício ou profissão, atendidas as qualificações
a) a proteção às participações individuais em
profissionais que a lei estabelecer;
obras coletivas e à reprodução da imagem e voz
XIV - é assegurado a todos o acesso à informa- humanas, inclusive nas atividades desportivas;
ção e resguardado o sigilo da fonte, quando ne-
b) o direito de fiscalização do aproveitamento
cessário ao exercício profissional;
econômico das obras que criarem ou de que par-
XV - é livre a locomoção no território nacional ticiparem aos criadores, aos intérpretes e às res-
em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, pectivas representações sindicais e associativas;
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos
dele sair com seus bens;
industriais privilégio temporário para sua uti-
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, lização, bem como proteção às criações indus-
sem armas, em locais abertos ao público, inde- triais, à propriedade das marcas, aos nomes de
pendentemente de autorização, desde que não empresas e a outros signos distintivos, tendo em
frustrem outra reunião anteriormente convoca- vista o interesse social e o desenvolvimento tec-
da para o mesmo local, sendo apenas exigido nológico e econômico do País;
prévio aviso à autoridade competente;
XXX - é garantido o direito de herança;
XVII - é plena a liberdade de associação para
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situa-
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
dos no País será regulada pela lei brasileira em
XVIII - a criação de associações e, na forma da benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
lei, a de cooperativas independem de autoriza- sempre que não lhes seja mais favorável a lei
ção, sendo vedada a interferência estatal em seu pessoal do “de cujus”;
funcionamento;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a
XIX - as associações só poderão ser compul- defesa do consumidor;
soriamente dissolvidas ou ter suas atividades
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no
públicos informações de seu interesse particu-
primeiro caso, o trânsito em julgado;
lar, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
XX - ninguém poderá ser compelido a associar- prestadas no prazo da lei, sob pena de respon-
se ou a permanecer associado; sabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
XXI - as entidades associativas, quando expres- imprescindível à segurança da sociedade e do
samente autorizadas, têm legitimidade para re- Estado;
presentar seus filiados judicial ou extrajudicial- XXXIV - são a todos assegurados, independen-
mente; temente do pagamento de taxas:
XXII - é garantido o direito de propriedade; a) o direito de petição aos Poderes Públicos em
XXIII - a propriedade atenderá a sua função so- defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abu-
cial; so de poder;
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XXXIX - não há crime sem lei anterior que o de- envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes
fina, nem pena sem prévia cominação legal; e drogas afins, na forma da lei;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para bene- LII - não será concedida extradição de estrangei-
ficiar o réu; ro por crime político ou de opinião;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação aten- LIII - ninguém será processado nem sentencia-
tatória dos direitos e liberdades fundamentais; do senão pela autoridade competente;
XLII - a prática do racismo constitui crime ina- LIV - ninguém será privado da liberdade ou de
fiançável e imprescritível, sujeito à pena de re- seus bens sem o devido processo legal;
clusão, nos termos da lei; LV - aos litigantes, em processo judicial ou ad-
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e ministrativo, e aos acusados em geral são asse-
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tor- gurados o contraditório e ampla defesa, com os
tura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas meios e recursos a ela inerentes;
afins, o terrorismo e os definidos como crimes LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
hediondos, por eles respondendo os mandan- obtidas por meios ilícitos;
tes, os executores e os que, podendo evitá-los,
se omitirem; LVII - ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado de sentença penal condena-
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescri- tória;
tível a ação de grupos armados, civis ou mili-
tares, contra a ordem constitucional e o Estado LVIII - o civilmente identificado não será sub-
Democrático; metido a identificação criminal, salvo nas hipó-
teses previstas em lei;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do con-
denado, podendo a obrigação de reparar o dano LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação
e a decretação do perdimento de bens ser, nos pública, se esta não for intentada no prazo legal;
termos da lei, estendidas aos sucessores e contra LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos
eles executadas, até o limite do valor do patri- atos processuais quando a defesa da intimidade
mônio transferido; ou o interesse social o exigirem;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena LXI - ninguém será preso senão em flagrante de-
e adotará, entre outras, as seguintes: lito ou por ordem escrita e fundamentada de au-
toridade judiciária competente, salvo nos casos
a) privação ou restrição da liberdade;
de transgressão militar ou crime propriamente
b) perda de bens; militar, definidos em lei;
c) multa; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde
se encontre serão comunicados imediatamente
d) prestação social alternativa;
ao juiz competente e à família do preso ou à pes-
e) suspensão ou interdição de direitos; soa por ele indicada;
XLVII - não haverá penas: LXIII - o preso será informado de seus direitos,
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
nos termos do art. 84, XIX; lhe assegurada a assistência da família e de ad-
vogado;
b) de caráter perpétuo;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos
c) de trabalhos forçados; responsáveis por sua prisão ou por seu interro-
d) de banimento; gatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxa-
e) cruéis;
da pela autoridade judiciária;
XLVIII - a pena será cumprida em estabeleci-
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
mentos distintos, de acordo com a natureza do
mantido, quando a lei admitir a liberdade pro-
delito, a idade e o sexo do apenado;
visória, com ou sem fiança;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à inte-
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo
gridade física e moral;
a do responsável pelo inadimplemento voluntá-
L - às presidiárias serão asseguradas condições rio e inescusável de obrigação alimentícia e a do
para que possam permanecer com seus filhos depositário infiel;
durante o período de amamentação;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
naturalizado, em caso de crime comum, prati- sofrer violência ou coação em sua liberdade de
cado antes da naturalização, ou de comprovado locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
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XI - participação nos lucros, ou resultados, des- XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das
vinculada da remuneração, e, excepcionalmen- relações de trabalho, com prazo prescricional de
te, participação na gestão da empresa, conforme cinco anos para os trabalhadores urbanos e ru-
definido em lei; rais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
XII - salário-família pago em razão do depen-
dente do trabalhador de baixa renda nos termos XXX - proibição de diferença de salários, de
da lei; exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XIII - duração do trabalho normal não superior
a oito horas diárias e quarenta e quatro sema- XXXI - proibição de qualquer discriminação no
nais, facultada a compensação de horários e a tocante a salário e critérios de admissão do tra-
redução da jornada, mediante acordo ou con- balhador portador de deficiência;
venção coletiva de trabalho; XXXII - proibição de distinção entre trabalho
XIV - jornada de seis horas para o trabalho rea- manual, técnico e intelectual ou entre os profis-
lizado em turnos ininterruptos de revezamento, sionais respectivos;
salvo negociação coletiva; XXXIII - proibição de trabalho noturno, peri-
XV - repouso semanal remunerado, preferen- goso ou insalubre a menores de dezoito e de
cialmente aos domingos; qualquer trabalho a menores de dezesseis anos,
salvo na condição de aprendiz, a partir de qua-
XVI - remuneração do serviço extraordinário torze anos;
superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à
do normal; XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalha-
dor com vínculo empregatício permanente e o
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, trabalhador avulso
pelo menos, um terço a mais do que o salário
Parágrafo único. São assegurados à categoria
normal;
dos trabalhadores domésticos os direitos pre-
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do em- vistos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV,
prego e do salário, com a duração de cento e XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI,
vinte dias; XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
estabelecidas em lei e observada a simplifica-
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados
ção do cumprimento das obrigações tributárias,
em lei;
principais e acessórias, decorrentes da relação
XX - proteção do mercado de trabalho da mu- de trabalho e suas peculiaridades, os previstos
lher, mediante incentivos específicos, nos ter- nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem
mos da lei; como a sua integração à previdência social.
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, ob-
serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos ter- servado o seguinte:
mos da lei; I - a lei não poderá exigir autorização do Estado
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, para a fundação de sindicato, ressalvado o re-
por meio de normas de saúde, higiene e segu- gistro no órgão competente, vedadas ao Poder
rança; Público a interferência e a intervenção na orga-
nização sindical;
XXIII - adicional de remuneração para as ativi-
dades penosas, insalubres ou perigosas, na for- II - é vedada a criação de mais de uma organiza-
ma da lei; ção sindical, em qualquer grau, representativa
de categoria profissional ou econômica, na mes-
XXIV - aposentadoria; ma base territorial, que será definida pelos tra-
XXV - assistência gratuita aos filhos e depen- balhadores ou empregadores interessados, não
dentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de podendo ser inferior à área de um Município;
idade em creches e pré-escolas; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e in-
XXVI - reconhecimento das convenções e acor- teresses coletivos ou individuais da categoria,
dos coletivos de trabalho; inclusive em questões judiciais ou administra-
tivas;
XXVII - proteção em face da automação, na for-
IV - a assembléia geral fixará a contribuição
ma da lei;
que, em se tratando de categoria profissional,
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a será descontada em folha, para custeio do sis-
cargo do empregador, sem excluir a indeniza- tema confederativo da representação sindical
ção a que este está obrigado, quando incorrer respectiva, independentemente da contribuição
em dolo ou culpa; prevista em lei;
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V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a man- blico de provas ou de provas e títulos, de acordo
ter-se filiado a sindicato; com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos
as nomeações para cargo em comissão declara-
nas negociações coletivas de trabalho;
do em lei de livre nomeação e exoneração;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e
III - o prazo de validade do concurso público
ser votado nas organizações sindicais;
será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
VIII - é vedada a dispensa do empregado sin- igual período;
dicalizado a partir do registro da candidatura
IV - durante o prazo improrrogável previsto no
a cargo de direção ou representação sindical e,
edital de convocação, aquele aprovado em con-
se eleito, ainda que suplente, até um ano após o
curso público de provas ou de provas e títulos
final do mandato, salvo se cometer falta grave
será convocado com prioridade sobre novos
nos termos da lei.
concursados para assumir cargo ou emprego,
Parágrafo único. As disposições deste artigo na carreira;
aplicam-se à organização de sindicatos rurais e
V - as funções de confiança, exercidas exclusiva-
de colônias de pescadores, atendidas as condi-
mente por servidores ocupantes de cargo efeti-
ções que a lei estabelecer.
vo, e os cargos em comissão, a serem preenchi-
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo dos por servidores de carreira nos casos, con-
aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de dições e percentuais mínimos previstos em lei,
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio destinam-se apenas às atribuições de direção,
dele defender. chefia e assessoramento;
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades es- VI - é garantido ao servidor público civil o direi-
senciais e disporá sobre o atendimento das ne- to à livre associação sindical;
cessidades inadiáveis da comunidade.
VII - o direito de greve será exercido nos termos
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsá- e nos limites definidos em lei específica;
veis às penas da lei.
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e em-
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores pregos públicos para as pessoas portadoras de
e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos deficiência e definirá os critérios de sua admis-
em que seus interesses profissionais ou previdenciá- são;
rios sejam objeto de discussão e deliberação.
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos emprega- tempo determinado para atender a necessidade
dos, é assegurada a eleição de um representante destes temporária de excepcional interesse público;
com a finalidade exclusiva de promover-lhes o enten-
X - a remuneração dos servidores públicos e o
dimento direto com os empregadores.
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
TÍTULO III poderão ser fixados ou alterados por lei espe-
cífica, observada a iniciativa privativa em cada
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de índices;
CAPÍTULO VII XI - a remuneração e o subsídio dos ocupan-
tes de cargos, funções e empregos públicos da
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA administração direta, autárquica e fundacio-
nal, dos membros de qualquer dos Poderes da
Seção I União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo
DISPOSIÇÕES GERAIS e dos demais agentes políticos e os proventos,
Art. 37. A administração pública direta e indireta de pensões ou outra espécie remuneratória, per-
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Dis- cebidos cumulativamente ou não, incluídas as
trito Federal e dos Municípios obedecerá aos princí- vantagens pessoais ou de qualquer outra natu-
pios de legalidade, impessoalidade, moralidade, pu- reza, não poderão exceder o subsídio mensal,
blicidade e eficiência e, também, ao seguinte: em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, aplicando-se como limite, nos Municí-
I - os cargos, empregos e funções públicas são
pios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
acessíveis aos brasileiros que preencham os re-
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governa-
quisitos estabelecidos em lei, assim como aos
dor no âmbito do Poder Executivo, o subsídio
estrangeiros, na forma da lei;
dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito
II - a investidura em cargo ou emprego público do Poder Legislativo e o subsidio dos Desem-
depende de aprovação prévia em concurso pú- bargadores do Tribunal de Justiça, limitado a
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noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por condições a todos os concorrentes, com cláusu-
cento do subsídio mensal, em espécie, dos Mi- las que estabeleçam obrigações de pagamento,
nistros do Supremo Tribunal Federal, no âmbi- mantidas as condições efetivas da proposta,
to do Poder Judiciário, aplicável este limite aos nos termos da lei, o qual somente permitirá as
membros do Ministério Público, aos Procurado- exigências de qualificação técnica e econômica
res e aos Defensores Públicos; indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Le-
gislativo e do Poder Judiciário não poderão ser XXII - as administrações tributárias da União,
superiores aos pagos pelo Poder Executivo; dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, atividades essenciais ao funcionamento do
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de
Estado, exercidas por servidores de carreiras es-
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito
pecíficas, terão recursos prioritários para a rea-
de remuneração de pessoal do serviço público; lização de suas atividades e atuarão de forma
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por integrada, inclusive com o compartilhamento
servidor público não serão computados nem de cadastros e de informações fiscais, na forma
acumulados para fins de concessão de acrésci- da lei ou convênio.
mos ulteriores; § 1º A publicidade dos atos, programas, obras,
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes serviços e campanhas dos órgãos públicos de-
de cargos e empregos públicos são irredutíveis, verá ter caráter educativo, informativo ou de
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste orientação social, dela não podendo constar
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
§ 2º, I; promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos.
XVI - é vedada a acumulação remunerada de
cargos públicos, exceto, quando houver compa- § 2º A não observância do disposto nos incisos II
tibilidade de horários, observado em qualquer e III implicará a nulidade do ato e a punição da
caso o disposto no inciso XI: autoridade responsável, nos termos da lei.
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lação entre a maior e a menor remuneração dos ou que serviu de referência para a concessão da
servidores públicos, obedecido, em qualquer pensão.
caso, o disposto no art. 37, XI.
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposenta-
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judi- doria, por ocasião da sua concessão, serão consi-
ciário publicarão anualmente os valores do sub- deradas as remunerações utilizadas como base
sídio e da remuneração dos cargos e empregos para as contribuições do servidor aos regimes
públicos. de previdência de que tratam este artigo e o art.
201, na forma da lei.
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios disciplinará a aplica- § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios
ção de recursos orçamentários provenientes diferenciados para a concessão de aposentado-
da economia com despesas correntes em cada ria aos abrangidos pelo regime de que trata este
órgão, autarquia e fundação, para aplicação no artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis
desenvolvimento de programas de qualidade e complementares, os casos de servidores:
produtividade, treinamento e desenvolvimento,
I portadores de deficiência;
modernização, reaparelhamento e racionaliza-
ção do serviço público, inclusive sob a forma de II que exerçam atividades de risco;
adicional ou prêmio de produtividade.
III cujas atividades sejam exercidas sob condi-
§ 8º A remuneração dos servidores públicos ções especiais que prejudiquem a saúde ou a
organizados em carreira poderá ser fixada nos integridade física.
termos do § 4º.
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da contribuição serão reduzidos em cinco anos,
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni- em relação ao disposto no § 1º, III, “a”, para o
cípios, incluídas suas autarquias e fundações, é asse- professor que comprove exclusivamente tempo
gurado regime de previdência de caráter contributivo de efetivo exercício das funções de magistério
e solidário, mediante contribuição do respectivo ente na educação infantil e no ensino fundamental e
público, dos servidores ativos e inativos e dos pensio- médio.
nistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
dos cargos acumuláveis na forma desta Consti-
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de tuição, é vedada a percepção de mais de uma
previdência de que trata este artigo serão apo- aposentadoria à conta do regime de previdência
sentados, calculados os seus proventos a partir previsto neste artigo.
dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício
I - por invalidez permanente, sendo os proven- de pensão por morte, que será igual:
tos proporcionais ao tempo de contribuição, ex-
I - ao valor da totalidade dos proventos do ser-
ceto se decorrente de acidente em serviço, mo-
vidor falecido, até o limite máximo estabelecido
léstia profissional ou doença grave, contagiosa
para os benefícios do regime geral de previdên-
ou incurável, na forma da lei;
cia social de que trata o art. 201, acrescido de
II - compulsoriamente, com proventos propor- setenta por cento da parcela excedente a este li-
cionais ao tempo de contribuição, aos 70 (se- mite, caso aposentado à data do óbito; ou
tenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
II - ao valor da totalidade da remuneração do
anos de idade, na forma de lei complementar;
servidor no cargo efetivo em que se deu o faleci-
III - voluntariamente, desde que cumprido tem- mento, até o limite máximo estabelecido para os
po mínimo de dez anos de efetivo exercício no benefícios do regime geral de previdência social
serviço público e cinco anos no cargo efetivo em de que trata o art. 201, acrescido de setenta por
que se dará a aposentadoria, observadas as se- cento da parcela excedente a este limite, caso em
guintes condições: atividade na data do óbito.
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de con- § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios
tribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos para preservar-lhes, em caráter permanente, o va-
de idade e trinta de contribuição, se mulher; lor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual
sessenta anos de idade, se mulher, com proven- ou municipal será contado para efeito de apo-
tos proporcionais ao tempo de contribuição. sentadoria e o tempo de serviço correspondente
para efeito de disponibilidade.
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pen-
sões, por ocasião de sua concessão, não poderão § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer for-
exceder a remuneração do respectivo servidor, ma de contagem de tempo de contribuição fic-
no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria tício.
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§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à § 19. O servidor de que trata este artigo que te-
soma total dos proventos de inatividade, inclu- nha completado as exigências para aposentado-
sive quando decorrentes da acumulação de car- ria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que
gos ou empregos públicos, bem como de outras opte por permanecer em atividade fará jus a um
atividades sujeitas a contribuição para o regime abono de permanência equivalente ao valor da
geral de previdência social, e ao montante re- sua contribuição previdenciária até completar
sultante da adição de proventos de inatividade as exigências para aposentadoria compulsória
com remuneração de cargo acumulável na for- contidas no § 1º, II.
ma desta Constituição, cargo em comissão de-
clarado em lei de livre nomeação e exoneração, § 20. Fica vedada a existência de mais de um re-
e de cargo eletivo. gime próprio de previdência social para os ser-
vidores titulares de cargos efetivos, e de mais de
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime uma unidade gestora do respectivo regime em
de previdência dos servidores públicos titulares cada ente estatal, ressalvado o disposto no art.
de cargo efetivo observará, no que couber, os re- 142, § 3º, X.
quisitos e critérios fixados para o regime geral
de previdência social. § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo
incidirá apenas sobre as parcelas de proventos
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de de aposentadoria e de pensão que superem o
cargo em comissão declarado em lei de livre no- dobro do limite máximo estabelecido para os
meação e exoneração bem como de outro cargo benefícios do regime geral de previdência social
temporário ou de emprego público, aplica-se o de que trata o art. 201 desta Constituição, quan-
regime geral de previdência social. do o beneficiário, na forma da lei, for portador
de doença incapacitante.
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, desde que instituam regime de Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercí-
previdência complementar para os seus respec- cio os servidores nomeados para cargo de provimento
tivos servidores titulares de cargo efetivo, po- efetivo em virtude de concurso público.
derão fixar, para o valor das aposentadorias e
pensões a serem concedidas pelo regime de que § 1º O servidor público estável só perderá o car-
trata este artigo, o limite máximo estabelecido go:
para os benefícios do regime geral de previdên-
I - em virtude de sentença judicial transitada em
cia social de que trata o art. 201.
julgado;
§ 15. O regime de previdência complementar de
II - mediante processo administrativo em que
que trata o § 14 será instituído por lei de inicia-
lhe seja assegurada ampla defesa;
tiva do respectivo Poder Executivo, observado
o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que III - mediante procedimento de avaliação perió-
couber, por intermédio de entidades fechadas dica de desempenho, na forma de lei comple-
de previdência complementar, de natureza pú- mentar, assegurada ampla defesa.
blica, que oferecerão aos respectivos participan-
tes planos de benefícios somente na modalidade § 2º Invalidada por sentença judicial a demis-
de contribuição definida. são do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, recondu-
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa zido ao cargo de origem, sem direito a indeni-
opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser apli- zação, aproveitado em outro cargo ou posto em
cado ao servidor que tiver ingressado no serviço disponibilidade com remuneração proporcional
público até a data da publicação do ato de ins- ao tempo de serviço.
tituição do correspondente regime de previdên-
cia complementar. § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desne-
cessidade, o servidor estável ficará em dispo-
§ 17. Todos os valores de remuneração conside- nibilidade, com remuneração proporcional ao
rados para o cálculo do benefício previsto no § tempo de serviço, até seu adequado aproveita-
3° serão devidamente atualizados, na forma da mento em outro cargo.
lei.
§ 4º Como condição para a aquisição da esta-
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de bilidade, é obrigatória a avaliação especial de
aposentadorias e pensões concedidas pelo regi- desempenho por comissão instituída para essa
me de que trata este artigo que superem o limite finalidade.
máximo estabelecido para os benefícios do regi-
me geral de previdência social de que trata o art. TÍTULO IV
201, com percentual igual ao estabelecido para
os servidores titulares de cargos efetivos. DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
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b) a promoção por merecimento pressupõe dois IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Ju-
anos de exercício na respectiva entrância e in- diciário serão públicos, e fundamentadas todas
tegrar o juiz a primeira quinta parte da lista de as decisões, sob pena de nulidade, podendo a
antigüidade desta, salvo se não houver com tais lei limitar a presença, em determinados atos, às
requisitos quem aceite o lugar vago; próprias partes e a seus advogados, ou somente
a estes, em casos nos quais a preservação do di-
c) aferição do merecimento conforme o desem- reito à intimidade do interessado no sigilo não
penho e pelos critérios objetivos de produtivi- prejudique o interesse público à informação;
dade e presteza no exercício da jurisdição e pela
X as decisões administrativas dos tribunais se-
freqüência e aproveitamento em cursos oficiais
rão motivadas e em sessão pública, sendo as
ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
disciplinares tomadas pelo voto da maioria ab-
d) na apuração de antigüidade, o tribunal so- soluta de seus membros;
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XI nos tribunais com número superior a vinte e des públicas ou privadas, ressalvadas as exce-
cinco julgadores, poderá ser constituído órgão ções previstas em lei;
especial, com o mínimo de onze e o máximo
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do
de vinte e cinco membros, para o exercício das
qual se afastou, antes de decorridos três anos
atribuições administrativas e jurisdicionais de-
do afastamento do cargo por aposentadoria ou
legadas da competência do tribunal pleno, pro-
exoneração.
vendo-se metade das vagas por antigüidade e
a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; Art. 96. Compete privativamente:
XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, I - aos tribunais:
sendo vedado férias coletivas nos juízos e tri-
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus
bunais de segundo grau, funcionando, nos dias
regimentos internos, com observância das nor-
em que não houver expediente forense normal,
mas de processo e das garantias processuais das
juízes em plantão permanente;
partes, dispondo sobre a competência e o fun-
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional cionamento dos respectivos órgãos jurisdicio-
será proporcional à efetiva demanda judicial e à nais e administrativos;
respectiva população;
b) organizar suas secretarias e serviços auxilia-
XIV os servidores receberão delegação para a res e os dos juízos que lhes forem vinculados,
prática de atos de administração e atos de mero velando pelo exercício da atividade correicional
expediente sem caráter decisório; respectiva;
XV a distribuição de processos será imediata, c) prover, na forma prevista nesta Constituição,
em todos os graus de jurisdição. os cargos de juiz de carreira da respectiva juris-
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regio- dição;
nais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito d) propor a criação de novas varas judiciárias;
Federal e Territórios será composto de membros, do
Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e) prover, por concurso público de provas, ou
e de advogados de notório saber jurídico e de reputa- de provas e títulos, obedecido o disposto no art.
ção ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade 169, parágrafo único, os cargos necessários à
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos administração da Justiça, exceto os de confiança
de representação das respectivas classes. assim definidos em lei;
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tri- f) conceder licença, férias e outros afastamentos
bunal formará lista tríplice, enviando-a ao Po- a seus membros e aos juízes e servidores que
der Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, lhes forem imediatamente vinculados;
escolherá um de seus integrantes para nomea- II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
ção. Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: Poder Legislativo respectivo, observado o dis-
posto no art. 169:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será
adquirida após dois anos de exercício, depen- a) a alteração do número de membros dos tribu-
dendo a perda do cargo, nesse período, de de- nais inferiores;
liberação do tribunal a que o juiz estiver vincu- b) a criação e a extinção de cargos e a remunera-
lado, e, nos demais casos, de sentença judicial ção dos seus serviços auxiliares e dos juízos que
transitada em julgado; lhes forem vinculados, bem como a fixação do
II - inamovibilidade, salvo por motivo de inte- subsídio de seus membros e dos juízes, inclusi-
resse público, na forma do art. 93, VIII; ve dos tribunais inferiores, onde houver;
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Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, ou a assunção de obrigações que extrapolem os
e os Estados criarão: limites estabelecidos na lei de diretrizes orça-
mentárias, exceto se previamente autorizadas,
I - juizados especiais, providos por juízes toga-
mediante a abertura de créditos suplementares
dos, ou togados e leigos, competentes para a
ou especiais.
conciliação, o julgamento e a execução de cau-
sas cíveis de menor complexidade e infrações Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pú-
penais de menor potencial ofensivo, mediante blicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
os procedimentos oral e sumariíssimo, permiti- virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamen-
dos, nas hipóteses previstas em lei, a transação te na ordem cronológica de apresentação dos preca-
e o julgamento de recursos por turmas de juízes tórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a
de primeiro grau; designação de casos ou de pessoas nas dotações orça-
II - justiça de paz, remunerada, composta de ci- mentárias e nos créditos adicionais abertos para este
dadãos eleitos pelo voto direto, universal e se- fim.
creto, com mandato de quatro anos e competên- § 1º Os débitos de natureza alimentícia com-
cia para, na forma da lei, celebrar casamentos, preendem aqueles decorrentes de salários, ven-
verificar, de ofício ou em face de impugnação cimentos, proventos, pensões e suas comple-
apresentada, o processo de habilitação e exercer mentações, benefícios previdenciários e indeni-
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicio- zações por morte ou por invalidez, fundadas em
nal, além de outras previstas na legislação. responsabilidade civil, em virtude de sentença
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juiza- judicial transitada em julgado, e serão pagos
dos especiais no âmbito da Justiça Federal. com preferência sobre todos os demais débitos,
exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste ar-
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados tigo.
exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às
atividades específicas da Justiça. § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos ti-
tulares, originários ou por sucessão hereditária,
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam
administrativa e financeira. portadores de doença grave, ou pessoas com de-
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas or- ficiência, assim definidos na forma da lei, serão
çamentárias dentro dos limites estipulados con- pagos com preferência sobre todos os demais
juntamente com os demais Poderes na lei de di- débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado
retrizes orçamentárias. em lei para os fins do disposto no § 3º deste ar-
tigo, admitido o fracionamento para essa finali-
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os dade, sendo que o restante será pago na ordem
outros tribunais interessados, compete: cronológica de apresentação do precatório.
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Su- § 3º O disposto no caput deste artigo relativa-
premo Tribunal Federal e dos Tribunais Supe- mente à expedição de precatórios não se aplica
riores, com a aprovação dos respectivos tribu- aos pagamentos de obrigações definidas em leis
nais; como de pequeno valor que as Fazendas referi-
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Fede- das devam fazer em virtude de sentença judicial
ral e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais transitada em julgado.
de Justiça, com a aprovação dos respectivos tri- § 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão
bunais. ser fixados, por leis próprias, valores distintos
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encami- às entidades de direito público, segundo as di-
nharem as respectivas propostas orçamentárias ferentes capacidades econômicas, sendo o míni-
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes mo igual ao valor do maior benefício do regime
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, geral de previdência social.
para fins de consolidação da proposta orçamen- § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das
tária anual, os valores aprovados na lei orça- entidades de direito público, de verba necessá-
mentária vigente, ajustados de acordo com os li- ria ao pagamento de seus débitos, oriundos de
mites estipulados na forma do § 1º deste artigo.
sentenças transitadas em julgado, constantes
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata de precatórios judiciários apresentados até 1º
este artigo forem encaminhadas em desacordo de julho, fazendo-se o pagamento até o final do
com os limites estipulados na forma do § 1º, o exercício seguinte, quando terão seus valores
Poder Executivo procederá aos ajustes necessá- atualizados monetariamente.
rios para fins de consolidação da proposta orça-
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos
mentária anual.
abertos serão consignados diretamente ao Po-
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercí- der Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribu-
cio, não poderá haver a realização de despesas nal que proferir a decisão exequenda determi-
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nar o pagamento integral e autorizar, a requeri- § 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei
mento do credor e exclusivamente para os casos complementar a esta Constituição Federal po-
de preterimento de seu direito de precedência derá estabelecer regime especial para pagamen-
ou de não alocação orçamentária do valor neces- to de crédito de precatórios de Estados, Distrito
sário à satisfação do seu débito, o sequestro da Federal e Municípios, dispondo sobre vincula-
quantia respectiva. ções à receita corrente líquida e forma e prazo
de liquidação.
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que,
por ato comissivo ou omissivo, retardar ou ten- § 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a
tar frustrar a liquidação regular de precatórios União poderá assumir débitos, oriundos de pre-
incorrerá em crime de responsabilidade e res- catórios, de Estados, Distrito Federal e Municí-
ponderá, também, perante o Conselho Nacional pios, refinanciando-os diretamente.
de Justiça. § 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e
§ 8º É vedada a expedição de precatórios com- os Municípios aferirão mensalmente, em base
plementares ou suplementares de valor pago, anual, o comprometimento de suas respectivas
bem como o fracionamento, repartição ou que- receitas correntes líquidas com o pagamento de
bra do valor da execução para fins de enquadra- precatórios e obrigações de pequeno valor.
mento de parcela do total ao que dispõe o § 3º § 18. Entende-se como receita corrente líquida,
deste artigo. para os fins de que trata o § 17, o somatório das
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, receitas tributárias, patrimoniais, industriais,
independentemente de regulamentação, deles agropecuárias, de contribuições e de serviços,
deverá ser abatido, a título de compensação, va- de transferências correntes e outras receitas cor-
lor correspondente aos débitos líquidos e certos, rentes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20
inscritos ou não em dívida ativa e constituídos da Constituição Federal, verificado no período
contra o credor original pela Fazenda Pública compreendido pelo segundo mês imediatamen-
te anterior ao de referência e os 11 (onze) meses
devedora, incluídas parcelas vincendas de par-
precedentes, excluídas as duplicidades, e dedu-
celamentos, ressalvados aqueles cuja execução
zidas:
esteja suspensa em virtude de contestação ad-
ministrativa ou judicial. I - na União, as parcelas entregues aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios por deter-
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tri-
minação constitucional;
bunal solicitará à Fazenda Pública devedora,
para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena II - nos Estados, as parcelas entregues aos Muni-
de perda do direito de abatimento, informação cípios por determinação constitucional;
sobre os débitos que preencham as condições III - na União, nos Estados, no Distrito Federal
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. e nos Municípios, a contribuição dos servidores
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabeleci- para custeio de seu sistema de previdência e
do em lei da entidade federativa devedora, a en- assistência social e as receitas provenientes da
trega de créditos em precatórios para compra de compensação financeira referida no § 9º do art.
imóveis públicos do respectivo ente federado. 201 da Constituição Federal.
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda § 19. Caso o montante total de débitos decor-
Constitucional, a atualização de valores de re- rentes de condenações judiciais em precatórios
quisitórios, após sua expedição, até o efetivo e obrigações de pequeno valor, em período de
pagamento, independentemente de sua nature- 12 (doze) meses, ultrapasse a média do compro-
za, será feita pelo índice oficial de remuneração metimento percentual da receita corrente líqui-
básica da caderneta de poupança, e, para fins de da nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores,
compensação da mora, incidirão juros simples a parcela que exceder esse percentual poderá
no mesmo percentual de juros incidentes sobre ser financiada, excetuada dos limites de endivi-
a caderneta de poupança, ficando excluída a in- damento de que tratam os incisos VI e VII do
cidência de juros compensatórios. art. 52 da Constituição Federal e de quaisquer
outros limites de endividamento previstos, não
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcial- se aplicando a esse financiamento a vedação de
mente, seus créditos em precatórios a terceiros, vinculação de receita prevista no inciso IV do
independentemente da concordância do deve- art. 167 da Constituição Federal.
dor, não se aplicando ao cessionário o disposto
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a
nos §§ 2º e 3º.
15% (quinze por cento) do montante dos preca-
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá tórios apresentados nos termos do § 5º deste ar-
efeitos após comunicação, por meio de petição tigo, 15% (quinze por cento) do valor deste pre-
protocolizada, ao tribunal de origem e à entida- catório serão pagos até o final do exercício se-
de devedora. guinte e o restante em parcelas iguais nos cinco
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exercícios subsequentes, acrescidas de juros de i) o habeas corpus, quando o coator for Tribu-
mora e correção monetária, ou mediante acor- nal Superior ou quando o coator ou o paciente
dos diretos, perante Juízos Auxiliares de Conci- for autoridade ou funcionário cujos atos estejam
liação de Precatórios, com redução máxima de sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo
40% (quarenta por cento) do valor do crédito Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à
atualizado, desde que em relação ao crédito não mesma jurisdição em uma única instância;
penda recurso ou defesa judicial e que sejam ob-
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus
servados os requisitos definidos na regulamen-
julgados;
tação editada pelo ente federado.
l) a reclamação para a preservação de sua com-
Seção II petência e garantia da autoridade de suas deci-
sões;
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
m) a execução de sentença nas causas de sua
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de competência originária, facultada a delegação
onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de atribuições para a prática de atos processuais;
de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de
idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. n) a ação em que todos os membros da magis-
tratura sejam direta ou indiretamente interessa-
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tri-
dos, e aquela em que mais da metade dos mem-
bunal Federal serão nomeados pelo Presidente
bros do tribunal de origem estejam impedidos
da República, depois de aprovada a escolha pela
ou sejam direta ou indiretamente interessados;
maioria absoluta do Senado Federal.
o) os conflitos de competência entre o Superior
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, pre-
Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre
cipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer
I - processar e julgar, originariamente: outro tribunal;
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei p) o pedido de medida cautelar das ações dire-
ou ato normativo federal ou estadual e a ação tas de inconstitucionalidade;
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal; q) o mandado de injunção, quando a elaboração
da norma regulamentadora for atribuição do
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da Presidente da República, do Congresso Nacio-
República, o Vice-Presidente, os membros do nal, da Câmara dos Deputados, do Senado Fe-
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e deral, das Mesas de uma dessas Casas Legislati-
o Procurador-Geral da República; vas, do Tribunal de Contas da União, de um dos
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Tribunal Federal;
Comandantes da Marinha, do Exército e da Ae- r) as ações contra o Conselho Nacional de Justi-
ronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os ça e contra o Conselho Nacional do Ministério
membros dos Tribunais Superiores, os do Tri- Público;
bunal de Contas da União e os chefes de missão
diplomática de caráter permanente; II - julgar, em recurso ordinário:
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o
das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o habeas data e o mandado de injunção decididos
mandado de segurança e o habeas data contra em única instância pelos Tribunais Superiores,
atos do Presidente da República, das Mesas da se denegatória a decisão;
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do
b) o crime político;
Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tri- III - julgar, mediante recurso extraordinário, as
bunal Federal; causas decididas em única ou última instância,
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organis- quando a decisão recorrida:
mo internacional e a União, o Estado, o Distrito a) contrariar dispositivo desta Constituição;
Federal ou o Território;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado
f) as causas e os conflitos entre a União e os Es- ou lei federal;
tados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns
e outros, inclusive as respectivas entidades da c) julgar válida lei ou ato de governo local con-
administração indireta; testado em face desta Constituição.
g) a extradição solicitada por Estado estrangei- d) julgar válida lei local contestada em face de
ro; lei federal.
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§ 1.º A argüição de descumprimento de precei- terços dos seus membros, após reiteradas decisões
to fundamental, decorrente desta Constituição, sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a
será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efei-
na forma da lei. to vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta,
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferi-
nas esferas federal, estadual e municipal, bem como
das pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações
proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma es-
diretas de inconstitucionalidade e nas ações de-
tabelecida em lei.
claratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relati- § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a
vamente aos demais órgãos do Poder Judiciário interpretação e a eficácia de normas determina-
e à administração pública direta e indireta, nas das, acerca das quais haja controvérsia atual en-
esferas federal, estadual e municipal. tre órgãos judiciários ou entre esses e a adminis-
tração pública que acarrete grave insegurança
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente de-
jurídica e relevante multiplicação de processos
verá demonstrar a repercussão geral das ques-
sobre questão idêntica.
tões constitucionais discutidas no caso, nos
termos da lei, a fim de que o Tribunal examine § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido
a admissão do recurso, somente podendo recu- em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de
sá-lo pela manifestação de dois terços de seus súmula poderá ser provocada por aqueles que
membros. podem propor a ação direta de inconstituciona-
lidade.
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucio-
nalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial
que contrariar a súmula aplicável ou que inde-
I - o Presidente da República;
vidamente a aplicar, caberá reclamação ao Su-
II - a Mesa do Senado Federal; premo Tribunal Federal que, julgando-a proce-
dente, anulará o ato administrativo ou cassará
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
a decisão judicial reclamada, e determinará que
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câ- outra seja proferida com ou sem a aplicação da
mara Legislativa do Distrito Federal; súmula, conforme o caso.
V o Governador de Estado ou do Distrito Fede- Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-
ral; se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois)
VI - o Procurador-Geral da República; anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advo- I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
gados do Brasil; II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça,
VIII - partido político com representação no indicado pelo respectivo tribunal;
Congresso Nacional; III um Ministro do Tribunal Superior do Traba-
IX - confederação sindical ou entidade de classe lho, indicado pelo respectivo tribunal;
de âmbito nacional. IV um desembargador de Tribunal de Justiça,
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
ser previamente ouvido nas ações de inconstitu- V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tri-
cionalidade e em todos os processos de compe- bunal Federal;
tência do Supremo Tribunal Federal.
VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indica-
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por do pelo Superior Tribunal de Justiça;
omissão de medida para tornar efetiva norma
VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tri-
constitucional, será dada ciência ao Poder com-
bunal de Justiça;
petente para a adoção das providências necessá-
rias e, em se tratando de órgão administrativo, VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho,
para fazê-lo em trinta dias. indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apre- IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal
ciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma Superior do Trabalho;
legal ou ato normativo, citará, previamente, o
X um membro do Ministério Público da União,
Advogado-Geral da União, que defenderá o ato
indicado pelo Procurador-Geral da República;
ou texto impugnado.
XI um membro do Ministério Público estadual,
§ 4.º
escolhido pelo Procurador-Geral da República
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de dentre os nomes indicados pelo órgão compe-
ofício ou por provocação, mediante decisão de dois tente de cada instituição estadual;
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Noções de Direito e Legislação
XII dois advogados, indicados pelo Conselho unidade da Federação, nos diferentes órgãos do
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; Poder Judiciário;
XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e VII elaborar relatório anual, propondo as provi-
reputação ilibada, indicados um pela Câmara dências que julgar necessárias, sobre a situação
dos Deputados e outro pelo Senado Federal. do Poder Judiciário no País e as atividades do
Conselho, o qual deve integrar mensagem do
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente
Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser
do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausên-
remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da
cias e impedimentos, pelo Vice-Presidente do
abertura da sessão legislativa.
Supremo Tribunal Federal.
§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justi-
§ 2º Os demais membros do Conselho serão no-
ça exercerá a função de Ministro-Corregedor e
meados pelo Presidente da República, depois
ficará excluído da distribuição de processos no
de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições
Senado Federal.
que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Ma-
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações gistratura, as seguintes:
previstas neste artigo, caberá a escolha ao Su-
premo Tribunal Federal. I receber as reclamações e denúncias, de qual-
quer interessado, relativas aos magistrados e
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação aos serviços judiciários;
administrativa e financeira do Poder Judiciário
e do cumprimento dos deveres funcionais dos II exercer funções executivas do Conselho, de
juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições inspeção e de correição geral;
que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Ma- III requisitar e designar magistrados, delegan-
gistratura: do-lhes atribuições, e requisitar servidores de
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Dis-
pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, trito Federal e Territórios.
podendo expedir atos regulamentares, no âm- § 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-
bito de sua competência, ou recomendar provi- Geral da República e o Presidente do Conselho
dências; Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, § 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos
de ofício ou mediante provocação, a legalidade Territórios, criará ouvidorias de justiça, com-
dos atos administrativos praticados por mem- petentes para receber reclamações e denúncias
bros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo de qualquer interessado contra membros ou
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus ser-
que se adotem as providências necessárias ao viços auxiliares, representando diretamente ao
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da com- Conselho Nacional de Justiça.
petência do Tribunal de Contas da União;
III receber e conhecer das reclamações contra Seção III
membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclu-
sive contra seus serviços auxiliares, serventias DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
e órgãos prestadores de serviços notariais e de
registro que atuem por delegação do poder pú- Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de,
blico ou oficializados, sem prejuízo da compe- no mínimo, trinta e três Ministros.
tência disciplinar e correicional dos tribunais,
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tri-
podendo avocar processos disciplinares em cur-
bunal de Justiça serão nomeados pelo Presiden-
so e determinar a remoção, a disponibilidade
te da República, dentre brasileiros com mais de
ou a aposentadoria com subsídios ou proventos
trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos,
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar ou-
de notável saber jurídico e reputação ilibada,
tras sanções administrativas, assegurada ampla
depois de aprovada a escolha pela maioria ab-
defesa;
soluta do Senado Federal, sendo:
IV representar ao Ministério Público, no caso de
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regio-
crime contra a administração pública ou de abu-
nais Federais e um terço dentre desembargado-
so de autoridade;
res dos Tribunais de Justiça, indicados em lista
V rever, de ofício ou mediante provocação, os tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
processos disciplinares de juízes e membros de
II - um terço, em partes iguais, dentre advoga-
tribunais julgados há menos de um ano;
dos e membros do Ministério Público Federal,
VI elaborar semestralmente relatório estatísti- Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alter-
co sobre processos e sentenças prolatadas, por nadamente, indicados na forma do art. 94.
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Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: b) os mandados de segurança decididos em úni-
ca instância pelos Tribunais Regionais Federais
I - processar e julgar, originariamente:
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Fede-
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Es- ral e Territórios, quando denegatória a decisão;
tados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de c) as causas em que forem partes Estado estran-
responsabilidade, os desembargadores dos Tri- geiro ou organismo internacional, de um lado,
bunais de Justiça dos Estados e do Distrito Fe- e, do outro, Município ou pessoa residente ou
deral, os membros dos Tribunais de Contas dos domiciliada no País;
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais
Regionais Federais, dos Tribunais Regionais III - julgar, em recurso especial, as causas decidi-
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Con- das, em única ou última instância, pelos Tribu-
selhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e nais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
os do Ministério Público da União que oficiem Estados, do Distrito Federal e Territórios, quan-
perante tribunais; do a decisão recorrida:
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Noções de Direito e Legislação
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido
a justiça itinerante, com a realização de audiên- no estrangeiro, ou reciprocamente;
cias e demais funções da atividade jurisdicional,
V-A as causas relativas a direitos humanos a
nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
que se refere o § 5º deste artigo;
servindo-se de equipamentos públicos e comu-
nitários. VI - os crimes contra a organização do trabalho
e, nos casos determinados por lei, contra o siste-
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão
ma financeiro e a ordem econômico-financeira;
funcionar descentralizadamente, constituindo
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno VII - os habeas corpus, em matéria criminal de
acesso do jurisdicionado à justiça em todas as sua competência ou quando o constrangimento
fases do processo. provier de autoridade cujos atos não estejam di-
retamente sujeitos a outra jurisdição;
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
VIII - os mandados de segurança e os habeas
I - processar e julgar, originariamente:
data contra ato de autoridade federal, excetua-
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, dos os casos de competência dos tribunais fede-
incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do rais;
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabi-
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou
lidade, e os membros do Ministério Público da
aeronaves, ressalvada a competência da Justiça
União, ressalvada a competência da Justiça Elei-
toral; Militar;
I - as causas em que a União, entidade autárqui- § 3º Serão processadas e julgadas na justiça es-
ca ou empresa pública federal forem interessa- tadual, no foro do domicílio dos segurados ou
das na condição de autoras, rés, assistentes ou beneficiários, as causas em que forem parte ins-
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes tituição de previdência social e segurado, sem-
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à pre que a comarca não seja sede de vara do juízo
Justiça do Trabalho; federal, e, se verificada essa condição, a lei po-
derá permitir que outras causas sejam também
II - as causas entre Estado estrangeiro ou orga- processadas e julgadas pela justiça estadual.
nismo internacional e Município ou pessoa do-
miciliada ou residente no País; § 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recur-
so cabível será sempre para o Tribunal Regional
III - as causas fundadas em tratado ou contrato Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro
da União com Estado estrangeiro ou organismo grau.
internacional;
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direi-
IV - os crimes políticos e as infrações penais pra-
tos humanos, o Procurador-Geral da República,
ticadas em detrimento de bens, serviços ou inte-
com a finalidade de assegurar o cumprimento
resse da União ou de suas entidades autárquicas
de obrigações decorrentes de tratados interna-
ou empresas públicas, excluídas as contraven-
cionais de direitos humanos dos quais o Brasil
ções e ressalvada a competência da Justiça Mili-
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior
tar e da Justiça Eleitoral;
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inqué-
V - os crimes previstos em tratado ou convenção rito ou processo, incidente de deslocamento de
internacional, quando, iniciada a execução no competência para a Justiça Federal.
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Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, com competência exclusiva para questões agrárias.
constituirá uma seção judiciária que terá por sede a
Parágrafo único. Sempre que necessário à efi-
respectiva Capital, e varas localizadas segundo o esta-
ciente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á
belecido em lei.
presente no local do litígio.
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a ju-
risdição e as atribuições cometidas aos juízes
federais caberão aos juízes da justiça local, na
forma da lei. 09 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Seção VIII
LIVRO IV
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observa- DOS ATOS PROCESSUAIS
dos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
TÍTULO I
§ 1º A competência dos tribunais será definida
na Constituição do Estado, sendo a lei de orga- DA FORMA, DO TEMPO E DO LUGAR DOS
nização judiciária de iniciativa do Tribunal de ATOS PROCESSUAIS
Justiça.
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de represen- CAPÍTULO I
tação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais em face da DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
Constituição Estadual, vedada a atribuição da
legitimação para agir a um único órgão. Seção I
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Noções de Direito e Legislação
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Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, exercerão suas atribuições durante o período
onde as houver, e não se suspendem pela superve- previsto no caput.
niência delas:
§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se rea-
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e lizarão audiências nem sessões de julgamento.
os necessários à conservação de direitos, quan-
do puderem ser prejudicados pelo adiamento; Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo
criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer
II - a ação de alimentos e os processos de nomea- das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituí-
ção ou remoção de tutor e curador; do por tempo igual ao que faltava para sua comple-
III - os processos que a lei determinar. mentação.
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, Parágrafo único. Suspendem-se os prazos du-
para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias rante a execução de programa instituído pelo
em que não haja expediente forense. Poder Judiciário para promover a autocomposi-
ção, incumbindo aos tribunais especificar, com
Seção II antecedência, a duração dos trabalhos.
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária
Do Lugar
onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinaria- os prazos por até 2 (dois) meses.
mente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em ou-
tro lugar em razão de deferência, de interesse da jus- § 1o Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptó-
tiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo rios sem anuência das partes.
interessado e acolhido pelo juiz. § 2o Havendo calamidade pública, o limite pre-
visto no caput para prorrogação de prazos po-
CAPÍTULO III derá ser excedido.
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I - a data de juntada aos autos do aviso de re- § 2o Qualquer das partes, o Ministério Público
cebimento, quando a citação ou a intimação for ou a Defensoria Pública poderá representar ao
pelo correio; juiz contra o serventuário que injustificadamen-
te exceder os prazos previstos em lei.
II - a data de juntada aos autos do mandado
Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defen-
cumprido, quando a citação ou a intimação for
sor público e o membro do Ministério Público devem
por oficial de justiça;
restituir os autos no prazo do ato a ser praticado.
III - a data de ocorrência da citação ou da intima- § 1o É lícito a qualquer interessado exigir os au-
ção, quando ela se der por ato do escrivão ou do tos do advogado que exceder prazo legal.
chefe de secretaria;
§ 2o Se, intimado, o advogado não devolver os
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assina- autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito
da pelo juiz, quando a citação ou a intimação for à vista fora de cartório e incorrerá em multa cor-
por edital; respondente à metade do salário-mínimo.
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da ci- § 3o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à
tação ou da intimação ou ao término do prazo seção local da Ordem dos Advogados do Brasil
para que a consulta se dê, quando a citação ou a para procedimento disciplinar e imposição de
intimação for eletrônica; multa.
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§ 4o Se a situação envolver membro do Ministé- II - rogatória, para que órgão jurisdicional es-
rio Público, da Defensoria Pública ou da Advo- trangeiro pratique ato de cooperação jurídica
cacia Pública, a multa, se for o caso, será aplica- internacional, relativo a processo em curso pe-
da ao agente público responsável pelo ato. rante órgão jurisdicional brasileiro;
§ 5o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato III - precatória, para que órgão jurisdicional bra-
ao órgão competente responsável pela instaura- sileiro pratique ou determine o cumprimento,
ção de procedimento disciplinar contra o mem- na área de sua competência territorial, de ato
bro que atuou no feito. relativo a pedido de cooperação judiciária for-
Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a De- mulado por órgão jurisdicional de competência
fensoria Pública poderá representar ao corregedor do territorial diversa;
tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz IV - arbitral, para que órgão do Poder Judiciário
ou relator que injustificadamente exceder os prazos pratique ou determine o cumprimento, na área
previstos em lei, regulamento ou regimento interno. de sua competência territorial, de ato objeto de
§ 1o Distribuída a representação ao órgão com- pedido de cooperação judiciária formulado por
petente e ouvido previamente o juiz, não sendo juízo arbitral, inclusive os que importem efeti-
caso de arquivamento liminar, será instaurado vação de tutela provisória.
procedimento para apuração da responsabili- Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em
dade, com intimação do representado por meio curso na justiça federal ou em tribunal superior
eletrônico para, querendo, apresentar justificati- houver de ser praticado em local onde não haja
va no prazo de 15 (quinze) dias. vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo
§ 2o Sem prejuízo das sanções administrativas estadual da respectiva comarca.
cabíveis, em até 48 (quarenta e oito) horas após
a apresentação ou não da justificativa de que CAPÍTULO II
trata o § 1o, se for o caso, o corregedor do tribu-
nal ou o relator no Conselho Nacional de Justiça DA CITAÇÃO
determinará a intimação do representado por
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o
meio eletrônico para que, em 10 (dez) dias, pra-
réu, o executado ou o interessado para integrar a rela-
tique o ato.
ção processual.
§ 3o Mantida a inércia, os autos serão remetidos
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável
ao substituto legal do juiz ou do relator contra
a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipó-
o qual se representou para decisão em 10 (dez)
teses de indeferimento da petição inicial ou de impro-
dias.
cedência liminar do pedido.
TÍTULO II § 1o O comparecimento espontâneo do réu ou
do executado supre a falta ou a nulidade da ci-
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS tação, fluindo a partir desta data o prazo para
apresentação de contestação ou de embargos à
CAPÍTULO I execução.
DISPOSIÇÕES GERAIS § 2o Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-
se de processo de:
Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por or-
dem judicial. I - conhecimento, o réu será considerado revel;
§ 1o Será expedida carta para a prática de atos II - execução, o feito terá seguimento.
fora dos limites territoriais do tribunal, da co-
marca, da seção ou da subseção judiciárias, res- Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por
salvadas as hipóteses previstas em lei. juízo incompetente, induz litispendência, torna litigio-
sa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o
§ 2o O tribunal poderá expedir carta para juízo disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de
a ele vinculado, se o ato houver de se realizar janeiro de 2002 (Código Civil).
fora dos limites territoriais do local de sua sede.
§ 1o A interrupção da prescrição, operada pelo
§ 3o Admite-se a prática de atos processuais por despacho que ordena a citação, ainda que pro-
meio de videoconferência ou outro recurso tec- ferido por juízo incompetente, retroagirá à data
nológico de transmissão de sons e imagens em de propositura da ação.
tempo real.
§ 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10
Art. 237. Será expedida carta:
(dez) dias, as providências necessárias para via-
I - de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2o bilizar a citação, sob pena de não se aplicar o
do art. 236; disposto no § 1o.
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§ 1o A carta será registrada para entrega ao ci- Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou
tando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entre- nos loteamentos com controle de acesso, será
ga, que assine o recibo. válida a intimação a que se refere o caput feita a
funcionário da portaria responsável pelo recebi-
§ 2o Sendo o citando pessoa jurídica, será válida
a entrega do mandado a pessoa com poderes de mento de correspondência.
gerência geral ou de administração ou, ainda, Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de jus-
a funcionário responsável pelo recebimento de tiça, independentemente de novo despacho, compare-
correspondências. cerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de
§ 3o Da carta de citação no processo de conheci- realizar a diligência.
mento constarão os requisitos do art. 250. § 1o Se o citando não estiver presente, o oficial
§ 4o Nos condomínios edilícios ou nos lotea- de justiça procurará informar-se das razões da
mentos com controle de acesso, será válida a en- ausência, dando por feita a citação, ainda que
trega do mandado a funcionário da portaria res- o citando se tenha ocultado em outra comarca,
ponsável pelo recebimento de correspondência, seção ou subseção judiciárias.
que, entretanto, poderá recusar o recebimento, § 2o A citação com hora certa será efetivada
se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que
o destinatário da correspondência está ausente. houver sido intimado esteja ausente, ou se, em-
Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de bora presente, a pessoa da família ou o vizinho
justiça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei, se recusar a receber o mandado.
ou quando frustrada a citação pelo correio. § 3o Da certidão da ocorrência, o oficial de jus-
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de tiça deixará contrafé com qualquer pessoa da
cumprir conterá: família ou vizinho, conforme o caso, declaran-
do-lhe o nome.
I - os nomes do autor e do citando e seus respec-
tivos domicílios ou residências; § 4o O oficial de justiça fará constar do manda-
do a advertência de que será nomeado curador
II - a finalidade da citação, com todas as especi-
especial se houver revelia.
ficações constantes da petição inicial, bem como
a menção do prazo para contestar, sob pena de Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou
revelia, ou para embargar a execução; chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou inte-
ressado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data
III - a aplicação de sanção para o caso de des-
da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou
cumprimento da ordem, se houver;
correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
IV - se for o caso, a intimação do citando para
comparecer, acompanhado de advogado ou de Art. 255. Nas comarcas contíguas de fácil comunica-
defensor público, à audiência de conciliação ou ção e nas que se situem na mesma região metropoli-
de mediação, com a menção do dia, da hora e do tana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer
lugar do comparecimento; delas, citações, intimações, notificações, penhoras e
quaisquer outros atos executivos.
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da
decisão que deferir tutela provisória; Art. 256. A citação por edital será feita:
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Art. 257. São requisitos da citação por edital: § 2o Quando o objeto da carta for exame pericial
sobre documento, este será remetido em origi-
I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial
nal, ficando nos autos reprodução fotográfica.
informando a presença das circunstâncias auto-
rizadoras; § 3o A carta arbitral atenderá, no que couber,
aos requisitos a que se refere o caput e será ins-
II - a publicação do edital na rede mundial de
truída com a convenção de arbitragem e com as
computadores, no sítio do respectivo tribunal e
provas da nomeação do árbitro e de sua aceita-
na plataforma de editais do Conselho Nacional
ção da função.
de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
Art. 261. Em todas as cartas o juiz fixará o prazo para
III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que va- cumprimento, atendendo à facilidade das comunica-
riará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo ções e à natureza da diligência.
da data da publicação única ou, havendo mais
de uma, da primeira; § 1o As partes deverão ser intimadas pelo juiz
do ato de expedição da carta.
IV - a advertência de que será nomeado curador
§ 2o Expedida a carta, as partes acompanharão o
especial em caso de revelia.
cumprimento da diligência perante o juízo des-
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que tinatário, ao qual compete a prática dos atos de
a publicação do edital seja feita também em comunicação.
jornal local de ampla circulação ou por outros
§ 3o A parte a quem interessar o cumprimento
meios, considerando as peculiaridades da co-
da diligência cooperará para que o prazo a que
marca, da seção ou da subseção judiciárias.
se refere o caput seja cumprido.
Art. 258. A parte que requerer a citação por edital, Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, an-
alegando dolosamente a ocorrência das circunstâncias tes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, ser
autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim
de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo. de se praticar o ato.
Parágrafo único. A multa reverterá em benefí- Parágrafo único. O encaminhamento da carta a
cio do citando. outro juízo será imediatamente comunicado ao
Art. 259. Serão publicados editais: órgão expedidor, que intimará as partes.
I - na ação de usucapião de imóvel; Art. 263. As cartas deverão, preferencialmente, ser ex-
pedidas por meio eletrônico, caso em que a assinatura
II - na ação de recuperação ou substituição de do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.
título ao portador;
Art. 264. A carta de ordem e a carta precatória por
III - em qualquer ação em que seja necessária, meio eletrônico, por telefone ou por telegrama conte-
por determinação legal, a provocação, para par- rão, em resumo substancial, os requisitos menciona-
ticipação no processo, de interessados incertos dos no art. 250, especialmente no que se refere à aferi-
ou desconhecidos. ção da autenticidade.
Art. 265. O secretário do tribunal, o escrivão ou o che-
CAPÍTULO III
fe de secretaria do juízo deprecante transmitirá, por te-
DAS CARTAS lefone, a carta de ordem ou a carta precatória ao juízo
em que houver de se cumprir o ato, por intermédio do
Art. 260. São requisitos das cartas de ordem, precató- escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver
ria e rogatória: na comarca mais de um ofício ou de uma vara, obser-
I - a indicação dos juízes de origem e de cumpri- vando-se, quanto aos requisitos, o disposto no art. 264.
mento do ato; § 1o O escrivão ou o chefe de secretaria, no mes-
II - o inteiro teor da petição, do despacho judi- mo dia ou no dia útil imediato, telefonará ou
cial e do instrumento do mandato conferido ao enviará mensagem eletrônica ao secretário do
advogado; tribunal, ao escrivão ou ao chefe de secretaria
do juízo deprecante, lendo-lhe os termos da car-
III - a menção do ato processual que lhe consti- ta e solicitando-lhe que os confirme.
tui o objeto;
§ 2o Sendo confirmada, o escrivão ou o chefe de
IV - o encerramento com a assinatura do juiz. secretaria submeterá a carta a despacho.
§ 1o O juiz mandará trasladar para a carta quais- Art. 266. Serão praticados de ofício os atos requisi-
quer outras peças, bem como instruí-la com tados por meio eletrônico e de telegrama, devendo a
mapa, desenho ou gráfico, sempre que esses parte depositar, contudo, na secretaria do tribunal ou
documentos devam ser examinados, na diligên- no cartório do juízo deprecante, a importância corres-
cia, pelas partes, pelos peritos ou pelas testemu- pondente às despesas que serão feitas no juízo em que
nhas. houver de praticar-se o ato.
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Noções de Direito e Legislação
Art. 267. O juiz recusará cumprimento a carta preca- ou, se assim requerido, da sociedade de advo-
tória ou arbitral, devolvendo-a com decisão motivada gados.
quando:
§ 3o A grafia dos nomes das partes não deve
I - a carta não estiver revestida dos requisitos conter abreviaturas.
legais;
§ 4o A grafia dos nomes dos advogados deve
II - faltar ao juiz competência em razão da maté- corresponder ao nome completo e ser a mesma
ria ou da hierarquia; que constar da procuração ou que estiver regis-
III - o juiz tiver dúvida acerca de sua autentici- trada na Ordem dos Advogados do Brasil.
dade. § 5o Constando dos autos pedido expresso para
Parágrafo único. No caso de incompetência em que as comunicações dos atos processuais sejam
razão da matéria ou da hierarquia, o juiz depre- feitas em nome dos advogados indicados, o seu
cado, conforme o ato a ser praticado, poderá re- desatendimento implicará nulidade.
meter a carta ao juiz ou ao tribunal competente.
§ 6o A retirada dos autos do cartório ou da se-
Art. 268. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de cretaria em carga pelo advogado, por pessoa
origem no prazo de 10 (dez) dias, independentemente credenciada a pedido do advogado ou da so-
de traslado, pagas as custas pela parte. ciedade de advogados, pela Advocacia Pública,
pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Pú-
CAPÍTULO IV blico implicará intimação de qualquer decisão
contida no processo retirado, ainda que pen-
DAS INTIMAÇÕES dente de publicação.
Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a § 7o O advogado e a sociedade de advogados
alguém dos atos e dos termos do processo. deverão requerer o respectivo credenciamento
§ 1o É facultado aos advogados promover a inti- para a retirada de autos por preposto.
mação do advogado da outra parte por meio do § 8o A parte arguirá a nulidade da intimação em
correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba
ofício de intimação e do aviso de recebimento. praticar, o qual será tido por tempestivo se o ví-
§ 2o O ofício de intimação deverá ser instruído cio for reconhecido.
com cópia do despacho, da decisão ou da sen-
§ 9o Não sendo possível a prática imediata do
tença.
ato diante da necessidade de acesso prévio aos
§ 3o A intimação da União, dos Estados, do Dis- autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da
trito Federal, dos Municípios e de suas respec- intimação, caso em que o prazo será contado da
tivas autarquias e fundações de direito público intimação da decisão que a reconheça.
será realizada perante o órgão de Advocacia Pú-
Art. 273. Se inviável a intimação por meio eletrônico e
blica responsável por sua representação judicial.
não houver na localidade publicação em órgão oficial,
Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que pos- incumbirá ao escrivão ou chefe de secretaria intimar
sível, por meio eletrônico, na forma da lei. de todos os atos do processo os advogados das partes:
Parágrafo único. Aplica-se ao Ministério Públi- I - pessoalmente, se tiverem domicílio na sede
co, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública o do juízo;
disposto no § 1o do art. 246.
II - por carta registrada, com aviso de recebi-
Art. 271. O juiz determinará de ofício as intimações mento, quando forem domiciliados fora do juí-
em processos pendentes, salvo disposição em contrá- zo.
rio.
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intima-
Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, ções serão feitas às partes, aos seus representantes le-
consideram-se feitas as intimações pela publicação dos gais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo
atos no órgão oficial. pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente
§ 1o Os advogados poderão requerer que, na pelo escrivão ou chefe de secretaria.
intimação a eles dirigida, figure apenas o nome
Parágrafo único. Presumem-se válidas as inti-
da sociedade a que pertençam, desde que devi-
mações dirigidas ao endereço constante dos au-
damente registrada na Ordem dos Advogados
tos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo
do Brasil.
interessado, se a modificação temporária ou de-
§ 2o Sob pena de nulidade, é indispensável que finitiva não tiver sido devidamente comunicada
da publicação constem os nomes das partes e de ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada
seus advogados, com o respectivo número de aos autos do comprovante de entrega da corres-
inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, pondência no primitivo endereço.
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Art. 275. A intimação será feita por oficial de justiça Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unica-
quando frustrada a realização por meio eletrônico ou mente a anulação dos atos que não possam ser apro-
pelo correio. veitados, devendo ser praticados os que forem neces-
§ 1o A certidão de intimação deve conter: sários a fim de se observarem as prescrições legais.
Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na pri- II - quando, tendo sido extinto o processo sem
meira oportunidade em que couber à parte falar nos resolução de mérito, for reiterado o pedido, ain-
autos, sob pena de preclusão. da que em litisconsórcio com outros autores ou
que sejam parcialmente alterados os réus da de-
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no manda;
caput às nulidades que o juiz deva decretar de
ofício, nem prevalece a preclusão provando a III - quando houver ajuizamento de ações nos
parte legítimo impedimento. termos do art. 55, § 3o, ao juízo prevento.
Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Mi- Parágrafo único. Havendo intervenção de ter-
nistério Público não for intimado a acompanhar o feito ceiro, reconvenção ou outra hipótese de am-
em que deva intervir. pliação objetiva do processo, o juiz, de ofício,
mandará proceder à respectiva anotação pelo
§ 1o Se o processo tiver tramitado sem conhe- distribuidor.
cimento do membro do Ministério Público, o
juiz invalidará os atos praticados a partir do Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de
momento em que ele deveria ter sido intimado. procuração, que conterá os endereços do advogado,
eletrônico e não eletrônico.
§ 2o A nulidade só pode ser decretada após a
intimação do Ministério Público, que se mani- Parágrafo único. Dispensa-se a juntada da pro-
festará sobre a existência ou a inexistência de curação:
prejuízo. I - no caso previsto no art. 104;
Art. 280. As citações e as intimações serão nulas quan- II - se a parte estiver representada pela Defen-
do feitas sem observância das prescrições legais. soria Pública;
Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum III - se a representação decorrer diretamente de
efeito todos os subsequentes que dele dependam, to- norma prevista na Constituição Federal ou em
davia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará lei.
as outras que dela sejam independentes. Art. 288. O juiz, de ofício ou a requerimento do inte-
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará ressado, corrigirá o erro ou compensará a falta de dis-
que atos são atingidos e ordenará as providências ne- tribuição.
cessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. Art. 289. A distribuição poderá ser fiscalizada pela
§ 1o O ato não será repetido nem sua falta será parte, por seu procurador, pelo Ministério Público e
suprida quando não prejudicar a parte. pela Defensoria Pública.
§ 2o Quando puder decidir o mérito a favor da Art. 290. Será cancelada a distribuição do feito se a
parte a quem aproveite a decretação da nulida- parte, intimada na pessoa de seu advogado, não reali-
de, o juiz não a pronunciará nem mandará repe- zar o pagamento das custas e despesas de ingresso em
tir o ato ou suprir-lhe a falta. 15 (quinze) dias.
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Noções de Direito e Legislação
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da ora- Do Juiz, dos Conciliadores e dos Juízes Leigos
lidade, simplicidade, informalidade, economia pro- Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para
cessual e celeridade, buscando, sempre que possível, a determinar as provas a serem produzidas, para apre-
conciliação ou a transação. ciá-las e para dar especial valor às regras de experiên-
cia comum ou técnica.
Capítulo II
Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que repu-
Dos Juizados Especiais Cíveis tar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais
da lei e às exigências do bem comum.
Seção I Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares
da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente,
Da Competência
entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre ad-
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para vogados com mais de cinco anos de experiência.
conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão im-
menor complexidade, assim consideradas: pedidos de exercer a advocacia perante os Jui-
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta zados Especiais, enquanto no desempenho de
vezes o salário mínimo; suas funções.
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Códi- Seção III
go de Processo Civil;
III - a ação de despejo para uso próprio; Das Partes
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído
valor não excedente ao fixado no inciso I deste por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas
artigo. de direito público, as empresas públicas da União, a
massa falida e o insolvente civil.
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a
execução: § 1o Somente serão admitidas a propor ação pe-
rante o Juizado Especial:
I - dos seus julgados;
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os ces-
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor sionários de direito de pessoas jurídicas;
de até quarenta vezes o salário mínimo, obser-
vado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei. II - as pessoas enquadradas como microem-
preendedores individuais, microempresas e
§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado empresas de pequeno porte na forma da ;
Especial as causas de natureza alimentar, fali-
mentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, III - as pessoas jurídicas qualificadas como Or-
e também as relativas a acidentes de trabalho, a ganização da Sociedade Civil de Interesse Públi-
resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, co, nos termos da ;
ainda que de cunho patrimonial. IV - as sociedades de crédito ao microempreen-
dedor, nos termos do .
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta
Lei importará em renúncia ao crédito excedente § 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor,
ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a independentemente de assistência, inclusive
hipótese de conciliação. para fins de conciliação.
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Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, § 1º Do pedido constarão, de forma simples e
as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser em linguagem acessível:
assistidas por advogado; nas de valor superior, a assis-
I - o nome, a qualificação e o endereço das par-
tência é obrigatória.
tes;
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das
II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta;
partes comparecer assistida por advogado, ou
se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, III - o objeto e seu valor.
terá a outra parte, se quiser, assistência judiciá-
§ 2º É lícito formular pedido genérico quando
ria prestada por órgão instituído junto ao Juiza-
não for possível determinar, desde logo, a ex-
do Especial, na forma da lei local.
tensão da obrigação.
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do
§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela
patrocínio por advogado, quando a causa o re-
Secretaria do Juizado, podendo ser utilizado o
comendar.
sistema de fichas ou formulários impressos.
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal,
Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º desta Lei
salvo quanto aos poderes especiais.
poderão ser alternativos ou cumulados; nesta última
§ 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de hipótese, desde que conexos e a soma não ultrapasse o
firma individual, poderá ser representado por limite fixado naquele dispositivo.
preposto credenciado, munido de carta de pre-
Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de
posição com poderes para transigir, sem haver
distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado desig-
necessidade de vínculo empregatício.
nará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma quinze dias.
de intervenção de terceiro nem de assistência. Admi-
tir-se-á o litisconsórcio. Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as partes,
instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação, dis-
Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos pre- pensados o registro prévio de pedido e a citação.
vistos em lei.
Parágrafo único. Havendo pedidos contrapos-
Seção IV tos, poderá ser dispensada a contestação formal
e ambos serão apreciados na mesma sentença.
Dos atos processuais
Seção VI
Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão
realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem Das Citações e Intimações
as normas de organização judiciária.
Art. 18. A citação far-se-á:
Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que
preencherem as finalidades para as quais forem realiza- I - por correspondência, com aviso de recebi-
dos, atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei. mento em mão própria;
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma indi-
que tenha havido prejuízo. vidual, mediante entrega ao encarregado da re-
cepção, que será obrigatoriamente identificado;
§ 2º A prática de atos processuais em outras co-
marcas poderá ser solicitada por qualquer meio III - sendo necessário, por oficial de justiça, in-
idôneo de comunicação. dependentemente de mandado ou carta preca-
tória.
§ 3º Apenas os atos considerados essenciais se-
rão registrados resumidamente, em notas ma- § 1º A citação conterá cópia do pedido inicial,
nuscritas, datilografadas, taquigrafadas ou este- dia e hora para comparecimento do citando e
notipadas. Os demais atos poderão ser gravados advertência de que, não comparecendo este,
em fita magnética ou equivalente, que será inu- considerar-se-ão verdadeiras as alegações ini-
tilizada após o trânsito em julgado da decisão. ciais, e será proferido julgamento, de plano.
§ 4º As normas locais disporão sobre a conserva- § 2º Não se fará citação por edital.
ção das peças do processo e demais documentos § 3º O comparecimento espontâneo suprirá a
que o instruem. falta ou nulidade da citação.
Seção V Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista
para citação, ou por qualquer outro meio idôneo de
Do pedido comunicação.
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação § 1º Dos atos praticados na audiência, conside-
do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado. rar-se-ão desde logo cientes as partes.
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§ 2º As partes comunicarão ao juízo as mudan- zação imediata, será a audiência designada para
ças de endereço ocorridas no curso do processo, um dos quinze dias subseqüentes, cientes, des-
reputando-se eficazes as intimações enviadas ao de logo, as partes e testemunhas eventualmente
local anteriormente indicado, na ausência da co- presentes.
municação.
Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão
ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, pro-
Seção VII
ferida a sentença.
Da Revelia Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes
Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de que possam interferir no regular prosseguimento da
conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, audiência. As demais questões serão decididas na sen-
reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido tença.
inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Parágrafo único. Sobre os documentos apresen-
Juiz. tados por uma das partes, manifestar-se-á ime-
diatamente a parte contrária, sem interrupção
Seção VIII da audiência.
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Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão de
inquirir técnicos de sua confiança, permitida às partes julgamento.
a apresentação de parecer técnico.
Art. 46. O julgamento em segunda instância constará
Parágrafo único. No curso da audiência, pode- apenas da ata, com a indicação suficiente do processo,
rá o Juiz, de ofício ou a requerimento das par- fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sen-
tes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou tença for confirmada pelos próprios fundamentos, a
determinar que o faça pessoa de sua confiança, súmula do julgamento servirá de acórdão.
que lhe relatará informalmente o verificado.
Seção XIII
Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, de-
vendo a sentença referir, no essencial, os informes tra- Dos Embargos de Declaração
zidos nos depoimentos.
Art. 48. Caberão embargos de declaração contra sen-
Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, tença ou acórdão nos casos previstos no Código de
sob a supervisão de Juiz togado. Processo Civil.
Seção XII Parágrafo único. Os erros materiais podem ser
corrigidos de ofício.
Da Sentença
Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos
Art. 38. A sentença mencionará os elementos de con- por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, con-
vicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes tados da ciência da decisão.
ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o
Parágrafo único. Não se admitirá sentença con- prazo para a interposição de recurso.
denatória por quantia ilíquida, ainda que gené-
rico o pedido. Seção XIV
Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte
que exceder a alçada estabelecida nesta Lei. Da Extinção do Processo Sem Julgamento do Mérito
Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução pro- Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previs-
ferirá sua decisão e imediatamente a submeterá ao Juiz tos em lei:
togado, que poderá homologá-la, proferir outra em I - quando o autor deixar de comparecer a qual-
substituição ou, antes de se manifestar, determinar a quer das audiências do processo;
realização de atos probatórios indispensáveis.
II - quando inadmissível o procedimento insti-
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de tuído por esta Lei ou seu prosseguimento, após
conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o a conciliação;
próprio Juizado.
III - quando for reconhecida a incompetência
§ 1º O recurso será julgado por uma turma com- territorial;
posta por três Juízes togados, em exercício no
primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede IV - quando sobrevier qualquer dos impedi-
do Juizado. mentos previstos no art. 8º desta Lei;
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no Código de Processo Civil, com as seguintes altera- Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial,
ções: no valor de até quarenta salários mínimos, obedecerá
ao disposto no Código de Processo Civil, com as mo-
I - as sentenças serão necessariamente líquidas,
dificações introduzidas por esta Lei.
contendo a conversão em Bônus do Tesouro Na-
cional - BTN ou índice equivalente; § 1º Efetuada a penhora, o devedor será inti-
mado a comparecer à audiência de conciliação,
II - os cálculos de conversão de índices, de ho-
quando poderá oferecer embargos (art. 52, IX),
norários, de juros e de outras parcelas serão efe-
por escrito ou verbalmente.
tuados por servidor judicial;
§ 2º Na audiência, será buscado o meio mais rá-
III - a intimação da sentença será feita, sempre
pido e eficaz para a solução do litígio, se possí-
que possível, na própria audiência em que for
vel com dispensa da alienação judicial, deven-
proferida. Nessa intimação, o vencido será ins-
do o conciliador propor, entre outras medidas
tado a cumprir a sentença tão logo ocorra seu
cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou a
trânsito em julgado, e advertido dos efeitos do
prestação, a dação em pagamento ou a imediata
seu descumprimento (inciso V);
adjudicação do bem penhorado.
IV - não cumprida voluntariamente a sentença
§ 3º Não apresentados os embargos em audiên-
transitada em julgado, e tendo havido solicita-
cia, ou julgados improcedentes, qualquer das
ção do interessado, que poderá ser verbal, pro-
partes poderá requerer ao Juiz a adoção de uma
ceder-se-á desde logo à execução, dispensada
das alternativas do parágrafo anterior.
nova citação;
§ 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo
V - nos casos de obrigação de entregar, de fazer,
bens penhoráveis, o processo será imediata-
ou de não fazer, o Juiz, na sentença ou na fase
mente extinto, devolvendo-se os documentos
de execução, cominará multa diária, arbitrada
ao autor.
de acordo com as condições econômicas do de-
vedor, para a hipótese de inadimplemento. Não Seção XVI
cumprida a obrigação, o credor poderá reque-
rer a elevação da multa ou a transformação da Das Despesas
condenação em perdas e danos, que o Juiz de
imediato arbitrará, seguindo-se a execução por Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em
quantia certa, incluída a multa vencida de obri- primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas,
gação de dar, quando evidenciada a malícia do taxas ou despesas.
devedor na execução do julgado; Parágrafo único. O preparo do recurso, na for-
VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode determi- ma do § 1º do art. 42 desta Lei, compreenderá
nar o cumprimento por outrem, fixado o valor todas as despesas processuais, inclusive aque-
que o devedor deve depositar para as despesas, las dispensadas em primeiro grau de jurisdição,
sob pena de multa diária; ressalvada a hipótese de assistência judiciária
gratuita.
VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz po-
derá autorizar o devedor, o credor ou terceira Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará
pessoa idônea a tratar da alienação do bem pe- o vencido em custas e honorários de advogado, res-
nhorado, a qual se aperfeiçoará em juízo até a salvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo
data fixada para a praça ou leilão. Sendo o preço grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e hono-
inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. rários de advogado, que serão fixados entre dez por
Se o pagamento não for à vista, será oferecida cento e vinte por cento do valor de condenação ou, não
caução idônea, nos casos de alienação de bem havendo condenação, do valor corrigido da causa.
móvel, ou hipotecado o imóvel; Parágrafo único. Na execução não serão conta-
VIII - é dispensada a publicação de editais em das custas, salvo quando:
jornais, quando se tratar de alienação de bens I - reconhecida a litigância de má-fé;
de pequeno valor;
II - improcedentes os embargos do devedor;
IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos
III - tratar-se de execução de sentença que tenha
autos da execução, versando sobre:
sido objeto de recurso improvido do devedor.
a) falta ou nulidade da citação no processo, se
ele correu à revelia; Seção XVII
b) manifesto excesso de execução;
Disposições Finais
c) erro de cálculo;
Art. 56. Instituído o Juizado Especial, serão implanta-
d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva das as curadorias necessárias e o serviço de assistência
da obrigação, superveniente à sentença. judiciária.
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Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza § 2º A prática de atos processuais em outras co-
ou valor, poderá ser homologado, no juízo competen- marcas poderá ser solicitada por qualquer meio
te, independentemente de termo, valendo a sentença hábil de comunicação.
como título executivo judicial.
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusiva-
Parágrafo único. Valerá como título extrajudicial mente os atos havidos por essenciais. Os atos
o acordo celebrado pelas partes, por instrumen- realizados em audiência de instrução e julga-
to escrito, referendado pelo órgão competente mento poderão ser gravados em fita magnética
do Ministério Público. ou equivalente.
Art. 58. As normas de organização judiciária local po- Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Jui-
derão estender a conciliação prevista nos arts. 22 e 23 a zado, sempre que possível, ou por mandado.
causas não abrangidas por esta Lei.
Parágrafo único. Não encontrado o acusado
Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas su- para ser citado, o Juiz encaminhará as peças
jeitas ao procedimento instituído por esta Lei. existentes ao Juízo comum para adoção do pro-
cedimento previsto em lei.
Capítulo III
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com
aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pes-
Dos Juizados Especiais Criminais
soa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao
Disposições Gerais encarregado da recepção, que será obrigatoriamente
identificado, ou, sendo necessário, por oficial de jus-
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juí- tiça, independentemente de mandado ou carta preca-
zes togados ou togados e leigos, tem competência para tória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comuni-
a conciliação, o julgamento e a execução das infrações cação.
penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as re-
Parágrafo único. Dos atos praticados em au-
gras de conexão e continência.
diência considerar-se-ão desde logo cientes as
Parágrafo único. Na reunião de processos, pe- partes, os interessados e defensores.
rante o juízo comum ou o tribunal do júri, de-
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do man-
correntes da aplicação das regras de conexão
dado de citação do acusado, constará a necessidade de
e continência, observar-se-ão os institutos da
seu comparecimento acompanhado de advogado, com
transação penal e da composição dos danos ci-
a advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado
vis.
defensor público.
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor
potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as con- Seção II
travenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não Da Fase Preliminar
com multa. Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orien- da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o enca-
tar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, minhará imediatamente ao Juizado, com o autor do
economia processual e celeridade, objetivando, sempre fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos
que possível, a reparação dos danos sofridos pela víti- exames periciais necessários.
ma e a aplicação de pena não privativa de liberdade. Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a
lavratura do termo, for imediatamente encami-
Seção I
nhado ao juizado ou assumir o compromisso de
a ele comparecer, não se imporá prisão em fla-
Da Competência e dos Atos Processuais
grante, nem se exigirá fiança. Em caso de violên-
Art. 63. A competência do Juizado será determinada cia doméstica, o juiz poderá determinar, como
pelo lugar em que foi praticada a infração penal. medida de cautela, seu afastamento do lar, do-
micílio ou local de convivência com a vítima. )
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão
realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e
semana, conforme dispuserem as normas de organi- não sendo possível a realização imediata da audiência
zação judiciária. preliminar, será designada data próxima, da qual am-
bos sairão cientes.
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que
preencherem as finalidades para as quais foram reali- Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos
zados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação
Lei. e, se for o caso, a do responsável civil, na forma dos
arts. 67 e 68 desta Lei.
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem
que tenha havido prejuízo. Art. 72. Na audiência preliminar, presente o represen-
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tante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima portará em reincidência, sendo registrada ape-
e, se possível, o responsável civil, acompanhados por nas para impedir novamente o mesmo benefício
seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibili- no prazo de cinco anos.
dade da composição dos danos e da aceitação da pro-
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior
posta de aplicação imediata de pena não privativa de
caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
liberdade.
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por
deste artigo não constará de certidão de ante-
conciliador sob sua orientação.
cedentes criminais, salvo para os fins previstos
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis,
da Justiça, recrutados, na forma da lei local, pre- cabendo aos interessados propor ação cabível
ferentemente entre bacharéis em Direito, excluí- no juízo cível.
dos os que exerçam funções na administração
da Justiça Criminal. Seção III
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida Do Procedimento Sumariíssimo
a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença
irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando
juízo civil competente. não houver aplicação de pena, pela ausência do autor
do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz,
iniciativa privada ou de ação penal pública con- de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade
dicionada à representação, o acordo homologa- de diligências imprescindíveis.
do acarreta a renúncia ao direito de queixa ou
representação. § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será
elaborada com base no termo de ocorrência
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do
dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de inquérito policial, prescindir-se-á do exame do
exercer o direito de representação verbal, que será re- corpo de delito quando a materialidade do cri-
duzida a termo. me estiver aferida por boletim médico ou prova
Parágrafo único. O não oferecimento da repre- equivalente.
sentação na audiência preliminar não implica § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do
decadência do direito, que poderá ser exercido caso não permitirem a formulação da denúncia,
no prazo previsto em lei. o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de cri- encaminhamento das peças existentes, na forma
me de ação penal pública incondicionada, não sendo do parágrafo único do art. 66 desta Lei.
caso de arquivamento, o Ministério Público poderá § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido po-
propor a aplicação imediata de pena restritiva de di- derá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz
reitos ou multas, a ser especificada na proposta. verificar se a complexidade e as circunstâncias
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única do caso determinam a adoção das providências
aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar compro- Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzi-
vado: da a termo, entregando-se cópia ao acusado, que com
ela ficará citado e imediatamente cientificado da de-
I - ter sido o autor da infração condenado, pela
signação de dia e hora para a audiência de instrução
prática de crime, à pena privativa de liberdade,
e julgamento, da qual também tomarão ciência o Mi-
por sentença definitiva;
nistério Público, o ofendido, o responsável civil e seus
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, advogados.
no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena
§ 1º Se o acusado não estiver presente, será cita-
restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
do na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientifi-
III - não indicarem os antecedentes, a conduta cado da data da audiência de instrução e julga-
social e a personalidade do agente, bem como mento, devendo a ela trazer suas testemunhas
os motivos e as circunstâncias, ser necessária e ou apresentar requerimento para intimação, no
suficiente a adoção da medida. mínimo cinco dias antes de sua realização.
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e § 2º Não estando presentes o ofendido e o res-
seu defensor, será submetida à apreciação do ponsável civil, serão intimados nos termos do
Juiz. art. 67 desta Lei para comparecerem à audiência
de instrução e julgamento.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público
aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a § 3º As testemunhas arroladas serão intimadas
pena restritiva de direitos ou multa, que não im- na forma prevista no art. 67 desta Lei.
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Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir re- Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este
presentação para a propositura da ação penal pública, Código aos processos referidos nos nos. IV e V,
o ofendido ou seu representante legal será intimado quando as leis especiais que os regulam não dis-
para oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de puserem de modo diverso.
decadência.
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo,
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vi-
dos Códigos Penal e de Processo Penal, no que não fo- gência da lei anterior.
rem incompatíveis com esta Lei. Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação
extensiva e aplicação analógica, bem como o suple-
Capítulo IV mento dos princípios gerais de direito.
Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de Jui- DO INQUÉRITO POLICIAL
zados Especiais Cíveis e Criminais, sua organização,
composição e competência. Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas auto-
ridades policiais no território de suas respectivas cir-
Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser prestados, cunscrições e terá por fim a apuração das infrações
e as audiências realizadas fora da sede da Comarca, penais e da sua autoria.
em bairros ou cidades a ela pertencentes, ocupando
instalações de prédios públicos, de acordo com au- Parágrafo único. A competência definida neste
diências previamente anunciadas. artigo não excluirá a de autoridades adminis-
trativas, a quem por lei seja cometida a mesma
Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios cria- função.
rão e instalarão os Juizados Especiais no prazo de seis
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial
meses, a contar da vigência desta Lei.
será iniciado:
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) meses,
I - de ofício;
contado da publicação desta Lei, serão criados e
instalados os Juizados Especiais Itinerantes, que II - mediante requisição da autoridade judiciá-
deverão dirimir, prioritariamente, os conflitos ria ou do Ministério Público, ou a requerimento
existentes nas áreas rurais ou nos locais de me- do ofendido ou de quem tiver qualidade para
nor concentração populacional. representá-lo.
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§ 1o O requerimento a que se refere o no II con- de ânimo antes e depois do crime e durante ele,
terá sempre que possível: e quaisquer outros elementos que contribuírem
para a apreciação do seu temperamento e cará-
a) a narração do fato, com todas as circunstân-
ter.
cias;
X - colher informações sobre a existência de fi-
b) a individualização do indiciado ou seus si-
lhos, respectivas idades e se possuem alguma
nais característicos e as razões de convicção ou
deficiência e o nome e o contato de eventual
de presunção de ser ele o autor da infração, ou
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado
os motivos de impossibilidade de o fazer;
pela pessoa presa.
c) a nomeação das testemunhas, com indicação
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a in-
de sua profissão e residência.
fração sido praticada de determinado modo, a autori-
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento dade policial poderá proceder à reprodução simulada
de abertura de inquérito caberá recurso para o dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade
chefe de Polícia. ou a ordem pública.
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver co- Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado
nhecimento da existência de infração penal em o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
que caiba ação pública poderá, verbalmente ou Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão,
por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e num só processado, reduzidas a escrito ou datilografa-
esta, verificada a procedência das informações, das e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
mandará instaurar inquérito.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pú- dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
blica depender de representação, não poderá estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
sem ela ser iniciado. hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,
policial somente poderá proceder a inquérito a mediante fiança ou sem ela.
requerimento de quem tenha qualidade para in- § 1o A autoridade fará minucioso relatório do
tentá-la. que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da in- competente.
fração penal, a autoridade policial deverá: § 2o No relatório poderá a autoridade indicar
I - dirigir-se ao local, providenciando para que testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
não se alterem o estado e conservação das coi- mencionando o lugar onde possam ser encon-
sas, até a chegada dos peritos criminais; tradas.
II - apreender os objetos que tiverem relação § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o
com o fato, após liberados pelos peritos crimi- indiciado estiver solto, a autoridade poderá re-
nais; querer ao juiz a devolução dos autos, para ulte-
riores diligências, que serão realizadas no prazo
III - colher todas as provas que servirem para marcado pelo juiz.
o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os obje-
IV - ouvir o ofendido; tos que interessarem à prova, acompanharão os autos
V - ouvir o indiciado, com observância, no que do inquérito.
for aplicável, do disposto no Capítulo III do Tí- Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia
tulo Vll, deste Livro, devendo o respectivo ter- ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
mo ser assinado por duas testemunhas que Ihe
tenham ouvido a leitura; Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
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e noart. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 devolução do inquérito à autoridade policial, senão
(Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do para novas diligências, imprescindíveis ao ofereci-
Ministério Público ou o delegado de polícia poderá re- mento da denúncia.
quisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar ar-
empresas da iniciativa privada, dados e informações
quivar autos de inquérito.
cadastrais da vítima ou de suspeitos.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inqué-
Parágrafo único. A requisição, que será atendida
rito pela autoridade judiciária, por falta de base para a
no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá:
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a no-
I - o nome da autoridade requisitante; vas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
II - o número do inquérito policial; e Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública,
III - a identificação da unidade de polícia judi- os autos do inquérito serão remetidos ao juízo compe-
ciária responsável pela investigação. tente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de
seu representante legal, ou serão entregues ao reque-
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos rente, se o pedir, mediante traslado.
crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro
do Ministério Público ou o delegado de polícia pode- Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo
rão requisitar, mediante autorização judicial, às em- necessário à elucidação do fato ou exigido pelo inte-
presas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ resse da sociedade.
ou telemática que disponibilizem imediatamente os Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes
meios técnicos adequados – como sinais, informações que lhe forem solicitados, a autoridade policial
e outros – que permitam a localização da vítima ou dos não poderá mencionar quaisquer anotações re-
suspeitos do delito em curso. ferentes a instauração de inquérito contra os re-
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa querentes.
posicionamento da estação de cobertura, setori- Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado depende-
zação e intensidade de radiofrequência. rá sempre de despacho nos autos e somente será per-
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: mitida quando o interesse da sociedade ou a conve-
niência da investigação o exigir.
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comuni-
cação de qualquer natureza, que dependerá de Parágrafo único. A incomunicabilidade, que
autorização judicial, conforme disposto em lei; não excederá de três dias, será decretada por
despacho fundamentado do Juiz, a requerimen-
II - deverá ser fornecido pela prestadora de te- to da autoridade policial, ou do órgão do Minis-
lefonia móvel celular por período não superior tério Público, respeitado, em qualquer hipótese,
a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da
por igual período; Ordem dos Advogados do Brasil ( )
III - para períodos superiores àquele de que tra- Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que
ta o inciso II, será necessária a apresentação de houver mais de uma circunscrição policial, a autorida-
ordem judicial. de com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inqué- a que esteja procedendo, ordenar diligências em cir-
rito policial deverá ser instaurado no prazo má- cunscrição de outra, independentemente de precató-
ximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do rias ou requisições, e bem assim providenciará, até que
registro da respectiva ocorrência policial. compareça a autoridade competente, sobre qualquer
fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.
§ 4o Não havendo manifestação judicial no pra-
zo de 12 (doze) horas, a autoridade competente Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao
requisitará às empresas prestadoras de serviço juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Ins-
de telecomunicações e/ou telemática que dis- tituto de Identificação e Estatística, ou repartição con-
ponibilizem imediatamente os meios técnicos gênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distri-
adequados – como sinais, informações e outros buídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa
– que permitam a localização da vítima ou dos do indiciado.
suspeitos do delito em curso, com imediata co-
municação ao juiz. TÍTULO III
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o
DA AÇÃO PENAL
indiciado poderão requerer qualquer diligência, que
será realizada, ou não, a juízo da autoridade. Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promo-
vida por denúncia do Ministério Público, mas depen-
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado
derá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
curador pela autoridade policial.
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a quem tiver qualidade para representá-lo.
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§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando requerimento do Ministério Público, pelo juiz compe-
declarado ausente por decisão judicial, o direito tente para o processo penal.
de representação passará ao cônjuge, ascenden-
Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e
te, descendente ou irmão.
maior de 18 (dezoito) anos, o direito de queixa poderá
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado ser exercido por ele ou por seu representante legal.
em detrimento do patrimônio ou interesse da
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direi-
União, Estado e Município, a ação penal será
to de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em segui-
pública.
da, o parente mais próximo na ordem de enumeração
Art. 25. A representação será irretratável, depois de constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer
oferecida a denúncia. delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da
instância ou a abandone.
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada
com o auto de prisão em flagrante ou por meio de por- Art. 37. As fundações, associações ou sociedades le-
taria expedida pela autoridade judiciária ou policial. galmente constituídas poderão exercer a ação penal,
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar devendo ser representadas por quem os respectivos
a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio des-
caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, infor- tes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
mações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou
lugar e os elementos de convicção. seu representante legal, decairá no direito de queixa
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de ou de representação, se não o exercer dentro do pra-
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do in- zo de seis meses, contado do dia em que vier a saber
quérito policial ou de quaisquer peças de informação, quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do
o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de in- denúncia.
formação ao procurador-geral, e este oferecerá a de- Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do
núncia, designará outro órgão do Ministério Público direito de queixa ou representação, dentro do
para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamen- mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo
to, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. único, e 31.
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação Art. 39. O direito de representação poderá ser exer-
pública, se esta não for intentada no prazo legal, ca- cido, pessoalmente ou por procurador com poderes
bendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao
-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade
os termos do processo, fornecer elementos de prova, policial.
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligên-
cia do querelante, retomar a ação como parte principal. § 1o A representação feita oralmente ou por
escrito, sem assinatura devidamente autentica-
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para da do ofendido, de seu representante legal ou
representá-lo caberá intentar a ação privada. procurador, será reduzida a termo, perante o
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando de- juiz ou autoridade policial, presente o órgão do
clarado ausente por decisão judicial, o direito de ofe- Ministério Público, quando a este houver sido
recer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, dirigida.
ascendente, descendente ou irmão. § 2o A representação conterá todas as informa-
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requeri- ções que possam servir à apuração do fato e da
mento da parte que comprovar a sua pobreza, nomea- autoria.
rá advogado para promover a ação penal. § 3o Oferecida ou reduzida a termo a represen-
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não tação, a autoridade policial procederá a inqué-
puder prover às despesas do processo, sem pri- rito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à
var-se dos recursos indispensáveis ao próprio autoridade que o for.
sustento ou da família.
§ 4o A representação, quando feita ao juiz ou
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atesta- perante este reduzida a termo, será remetida à
do da autoridade policial em cuja circunscrição autoridade policial para que esta proceda a in-
residir o ofendido. quérito.
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, § 5o O órgão do Ministério Público dispensará
ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não o inquérito, se com a representação forem ofe-
tiver representante legal, ou colidirem os interesses recidos elementos que o habilitem a promover
deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia
exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a no prazo de quinze dias.
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Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhece- Parágrafo único. A renúncia do representante
rem, os juízes ou tribunais verificarem a existência de legal do menor que houver completado 18 (de-
crime de ação pública, remeterão ao Ministério Públi- zoito) anos não privará este do direito de quei-
co as cópias e os documentos necessários ao ofereci- xa, nem a renúncia do último excluirá o direito
mento da denúncia. do primeiro.
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados
do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito
a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos em relação ao que o recusar.
quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e,
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18
quando necessário, o rol das testemunhas.
anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ou por seu representante legal, mas o perdão concedi-
ação penal. do por um, havendo oposição do outro, não produzirá
efeito.
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com
poderes especiais, devendo constar do instrumento do Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou
mandato o nome do querelante e a menção do fato cri- retardado mental e não tiver representante legal, ou
minoso, salvo quando tais esclarecimentos depende- colidirem os interesses deste com os do querelado, a
rem de diligências que devem ser previamente reque- aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz Ihe
ridas no juízo criminal. nomear.
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for pri- Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, obser-
vativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério var-se-á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no
Público, a quem caberá intervir em todos os termos art. 52.
subseqüentes do processo. Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, es- com poderes especiais.
tando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual ex-
que o órgão do Ministério Público receber os autos do presso o disposto no art. 50.
inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto
ou afiançado. No último caso, se houver devolução do Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão
inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o todos os meios de prova.
prazo da data em que o órgão do Ministério Público Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração ex-
receber novamente os autos. pressa nos autos, o querelado será intimado a dizer,
§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo
inquérito policial, o prazo para o oferecimento tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará
da denúncia contar-se-á da data em que tiver aceitação.
recebido as peças de informações ou a represen- Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará
tação extinta a punibilidade.
§ 2o O prazo para o aditamento da queixa será Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo cons-
de 3 dias, contado da data em que o órgão do tará de declaração assinada pelo querelado, por seu
Ministério Público receber os autos, e, se este representante legal ou procurador com poderes espe-
não se pronunciar dentro do tríduo, entender- ciais.
se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se
nos demais termos do processo. Art. 60. Nos casos em que somente se procede me-
diante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de
maiores esclarecimentos e documentos complementa-
promover o andamento do processo durante 30
res ou novos elementos de convicção, deverá requisitá
dias seguidos;
-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcio-
nários que devam ou possam fornecê-los. II - quando, falecendo o querelante, ou sobre-
vindo sua incapacidade, não comparecer em juí-
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do cri-
zo, para prosseguir no processo, dentro do pra-
me obrigará ao processo de todos, e o Ministério Públi-
zo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a
co velará pela sua indivisibilidade.
quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, art. 36;
em relação a um dos autores do crime, a todos se es-
III - quando o querelante deixar de comparecer,
tenderá.
sem motivo justificado, a qualquer ato do pro-
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração cesso a que deva estar presente, ou deixar de
assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou formular o pedido de condenação nas alegações
procurador com poderes especiais. finais;
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IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, dente, estiver respondendo a processo por fato
esta se extinguir sem deixar sucessor. análogo, sobre cujo caráter criminoso haja con-
trovérsia;
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se re-
conhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüí-
ofício. neo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sus-
tentar demanda ou responder a processo que
Parágrafo único. No caso de requerimento do
tenha de ser julgado por qualquer das partes;
Ministério Público, do querelante ou do réu,
o juiz mandará autuá-lo em apartado, ouvi- IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
rá a parte contrária e, se o julgar conveniente,
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador,
concederá o prazo de cinco dias para a prova,
de qualquer das partes;
proferindo a decisão dentro de cinco dias ou re-
servando-se para apreciar a matéria na sentença Vl - se for sócio, acionista ou administrador de
final. sociedade interessada no processo.
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de
vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o Minis- parentesco por afinidade cessará pela dissolução do
tério Público, declarará extinta a punibilidade. casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo
descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento
TÍTULO VIII sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o
padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO parte no processo.
ACUSADO E DEFENSOR,
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem
reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de pro-
DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA
pósito der motivo para criá-la.
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
DO JUIZ
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do
Art. 257. Ao Ministério Público cabe:
processo e manter a ordem no curso dos respectivos
atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública. I - promover, privativamente, a ação penal pú-
blica, na forma estabelecida neste Código; e
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no pro-
cesso em que: II - fiscalizar a execução da lei.
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, con- Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não fun-
sangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral cionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das
até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou
advogado, órgão do Ministério Público, autori- afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, in-
dade policial, auxiliar da justiça ou perito; clusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável,
as prescrições relativas à suspeição e aos impedimen-
II - ele próprio houver desempenhado qualquer
tos dos juízes.
dessas funções ou servido como testemunha;
III - tiver funcionado como juiz de outra instân- CAPÍTULO III
cia, pronunciando-se, de fato ou de direito, so-
bre a questão; DO ACUSADO E SEU DEFENSOR
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, con- Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusa-
sangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até do com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos
o terceiro grau, inclusive, for parte ou direta- não retardará a ação penal, quando certa a identidade
mente interessado no feito. física. A qualquer tempo, no curso do processo, do jul-
gamento ou da execução da sentença, se for descoberta
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no
a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos
mesmo processo os juízes que forem entre si parentes,
autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes.
consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até
o terceiro grau, inclusive. Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o
interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer,
que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade po-
poderá ser recusado por qualquer das partes:
derá mandar conduzi-lo à sua presença.
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de
Parágrafo único. O mandado conterá, além da
qualquer deles;
ordem de condução, os requisitos mencionados
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descen- no art. 352, no que Ihe for aplicável.
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Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou fo- dirá acerca da realização das provas propostas
ragido, será processado ou julgado sem defensor. pelo assistente.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando rea- § 2o O processo prosseguirá independentemen-
lizada por defensor público ou dativo, será te de nova intimação do assistente, quando este,
sempre exercida através de manifestação fun- intimado, deixar de comparecer a qualquer dos
damentada. atos da instrução ou do julgamento, sem motivo
de força maior devidamente comprovado.
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador.
Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamen-
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado
te sobre a admissão do assistente.
defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo
tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assis-
defender-se, caso tenha habilitação. tente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar
dos autos o pedido e a decisão.
Parágrafo único. O acusado, que não for pobre,
será obrigado a pagar os honorários do defensor CAPÍTULO V
dativo, arbitrados pelo juiz.
DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA
Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e soli-
citadores serão obrigados, sob pena de multa de cem a Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes es-
quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos acu- tendem-se aos serventuários e funcionários da justiça,
sados, quando nomeados pelo Juiz. no que Ihes for aplicável.
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo CAPÍTULO VI
senão por motivo imperioso, comunicado previamen-
te o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) DOS PERITOS E INTÉRPRETES
salários mínimos, sem prejuízo das demais sanções
Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará su-
cabíveis.
jeito à disciplina judiciária.
§ 1o A audiência poderá ser adiada se, por moti-
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do pe-
vo justificado, o defensor não puder comparecer.
rito.
§ 2o Incumbe ao defensor provar o impedimen-
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obri-
to até a abertura da audiência. Não o fazendo, o
gado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a
juiz não determinará o adiamento de ato algum
quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível.
do processo, devendo nomear defensor substi-
tuto, ainda que provisoriamente ou só para o Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o
efeito do ato. perito que, sem justa causa, provada imediata-
mente:
Art. 266. A constituição de defensor independerá de
instrumento de mandato, se o acusado o indicar por a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado
ocasião do interrogatório. da autoridade;
Art. 267. Nos termos do art. 252, não funcionarão b) não comparecer no dia e local designados
como defensores os parentes do juiz. para o exame;
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Título II
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
12
ADOLESCENTE Dos Direitos Fundamentais
Título I Capítulo I
Das Disposições Preliminares
Do Direito à Vida e à Saúde
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à
criança e ao adolescente. Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a prote-
ção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, sociais públicas que permitam o nascimento e o desen-
a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adoles- volvimento sadio e harmonioso, em condições dignas
cente aquela entre doze e dezoito anos de idade. de existência.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema
aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pes- Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal.
soas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os níveis de atendimento, segundo critérios médi-
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem cos específicos, obedecendo-se aos princípios de
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, as- regionalização e hierarquização do Sistema.
segurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas
as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar
§ 2º A parturiente será atendida preferencial-
o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
mente pelo mesmo médico que a acompanhou
social, em condições de liberdade e de dignidade.
na fase pré-natal.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da socie-
dade em geral e do poder público assegurar, com ab- § 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio
soluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes alimentar à gestante e à nutriz que dele neces-
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, sitem.
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e co- § 4o Incumbe ao poder público proporcionar
munitária. assistência psicológica à gestante e à mãe, no pe-
ríodo pré e pós-natal, inclusive como forma de
Parágrafo único. A garantia de prioridade com- prevenir ou minorar as consequências do estado
preende: puerperal.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta II - identificar o recém-nascido mediante o re-
os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem gistro de sua impressão plantar e digital e da
comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e impressão digital da mãe, sem prejuízo de ou-
a condição peculiar da criança e do adolescente como tras formas normatizadas pela autoridade ad-
pessoas em desenvolvimento. ministrativa competente;
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III - proceder a exames visando ao diagnóstico direitos civis, humanos e sociais garantidos na Cons-
e terapêutica de anormalidades no metabolismo tituição e nas leis.
do recém-nascido, bem como prestar orientação
aos pais; Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes
aspectos:
IV - fornecer declaração de nascimento onde
constem necessariamente as intercorrências do I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e es-
parto e do desenvolvimento do neonato; paços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando
ao neonato a permanência junto à mãe. II - opinião e expressão;
Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da III - crença e culto religioso;
criança e do adolescente, por intermédio do Sistema
Único de Saúde, garantido o acesso universal e igua- IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
litário às ações e serviços para promoção, proteção e
recuperação da saúde. V - participar da vida familiar e comunitária,
sem discriminação;
§ 1º A criança e o adolescente portadores de de-
ficiência receberão atendimento especializado. VI - participar da vida política, na forma da lei;
§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratui- VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
tamente àqueles que necessitarem os medica-
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilida-
mentos, próteses e outros recursos relativos ao
de da integridade física, psíquica e moral da criança
tratamento, habilitação ou reabilitação.
e do adolescente, abrangendo a preservação da ima-
gem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
deverão proporcionar condições para a permanência
em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da crian-
casos de internação de criança ou adolescente. ça e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tra-
tamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo ou constrangedor.
físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-
tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoria- Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de
mente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico
localidade, sem prejuízo de outras providências legais. ou de tratamento cruel ou degradante, como formas
de correção, disciplina, educação ou qualquer outro
Parágrafo único. As gestantes ou mães que ma- pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família am-
nifestem interesse em entregar seus filhos para pliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos exe-
adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à cutores de medidas socioeducativas ou por qualquer
Justiça da Infância e da Juventude. pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá
-los ou protegê-los.
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá progra-
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, consi-
mas de assistência médica e odontológica para a pre-
dera-se:
venção das enfermidades que ordinariamente afetam
a população infantil, e campanhas de educação sanitá- I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou
ria para pais, educadores e alunos. punitiva aplicada com o uso da força física so-
bre a criança ou o adolescente que resulte em:
Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das
crianças nos casos recomendados pelas autori- a) sofrimento físico; ou
dades sanitárias.
b) lesão;
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Parágrafo único. O reconhecimento pode pre- I - que sejam consideradas e respeitadas sua
ceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao identidade social e cultural, os seus costumes
falecimento, se deixar descendentes. e tradições, bem como suas instituições, desde
que não sejam incompatíveis com os direitos
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é di- fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela
reito personalíssimo, indisponível e imprescritível, Constituição Federal;
podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdei-
ros, sem qualquer restrição, observado o segredo de II - que a colocação familiar ocorra prioritaria-
Justiça. mente no seio de sua comunidade ou junto a
membros da mesma etnia;
Seção III
III - a intervenção e oitiva de representantes do
órgão federal responsável pela política indige-
Da Família Substituta nista, no caso de crianças e adolescentes indíge-
nas, e de antropólogos, perante a equipe inter-
Subseção I profissional ou multidisciplinar que irá acom-
panhar o caso.
§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável
idade, será necessário seu consentimento, colhi- prestará compromisso de bem e fielmente desempe-
do em audiência. nhar o encargo, mediante termo nos autos.
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§ 1o A inclusão da criança ou adolescente em Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, de-
programas de acolhimento familiar terá prefe- zoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a
rência a seu acolhimento institucional, obser- guarda ou tutela dos adotantes.
vado, em qualquer caso, o caráter temporário
e excepcional da medida, nos termos desta Lei. Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adota-
do, com os mesmos direitos e deveres, inclusive suces-
§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo a pessoa sórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e
ou casal cadastrado no programa de acolhimen- parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
to familiar poderá receber a criança ou adoles-
cente mediante guarda, observado o disposto § 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o
nos arts. 28 a 33 desta Lei. filho do outro, mantêm-se os vínculos de filia-
ção entre o adotado e o cônjuge ou concubino
do adotante e os respectivos parentes.
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tem-
po, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Mi-
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o ado-
nistério Público.
tado, seus descendentes, o adotante, seus ascen-
dentes, descendentes e colaterais até o 4º grau,
Subseção III observada a ordem de vocação hereditária.
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o regime de visitas e desde que o estágio de con- pela execução da política de garantia do direito
vivência tenha sido iniciado na constância do à convivência familiar, que apresentarão relató-
período de convivência e que seja comprovada rio minucioso acerca da conveniência do deferi-
a existência de vínculos de afinidade e afetivi- mento da medida.
dade com aquele não detentor da guarda, que
justifiquem a excepcionalidade da concessão. Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por senten-
ça judicial, que será inscrita no registro civil mediante
§ 5o Nos casos do § 4o deste artigo, desde que mandado do qual não se fornecerá certidão.
demonstrado efetivo benefício ao adotando,
será assegurada a guarda compartilhada, con- § 1º A inscrição consignará o nome dos adotan-
forme previsto no art. 1.584 da Lei no 10.406, de tes como pais, bem como o nome de seus ascen-
10 de janeiro de 2002 - Código Civil. dentes.
§ 6o A adoção poderá ser deferida ao adotante § 2º O mandado judicial, que será arquivado,
que, após inequívoca manifestação de vontade, cancelará o registro original do adotado.
vier a falecer no curso do procedimento, antes
de prolatada a sentença. § 3o A pedido do adotante, o novo registro po-
derá ser lavrado no Cartório do Registro Civil
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar do Município de sua residência.
reais vantagens para o adotando e fundar-se em mo-
tivos legítimos. § 4o Nenhuma observação sobre a origem do
ato poderá constar nas certidões do registro.
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração
e saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador § 5o A sentença conferirá ao adotado o nome do
adotar o pupilo ou o curatelado. adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá
determinar a modificação do prenome.
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais
ou do representante legal do adotando. § 6o Caso a modificação de prenome seja re-
querida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do
§ 1º. O consentimento será dispensado em re- adotando, observado o disposto nos §§ 1o e 2o
lação à criança ou adolescente cujos pais sejam do art. 28 desta Lei.
desconhecidos ou tenham sido destituídos do
poder familiar. § 7o A adoção produz seus efeitos a partir do
trânsito em julgado da sentença constitutiva, ex-
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze ceto na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta
anos de idade, será também necessário o seu Lei, caso em que terá força retroativa à data do
consentimento. óbito.
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convi- § 8o O processo relativo à adoção assim como
vência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a outros a ele relacionados serão mantidos em
autoridade judiciária fixar, observadas as peculiarida- arquivo, admitindo-se seu armazenamento em
des do caso. microfilme ou por outros meios, garantida a sua
conservação para consulta a qualquer tempo.
§ 1o O estágio de convivência poderá ser dis-
pensado se o adotando já estiver sob a tutela § 9º Terão prioridade de tramitação os proces-
ou guarda legal do adotante durante tempo su- sos de adoção em que o adotando for criança
ficiente para que seja possível avaliar a conve- ou adolescente com deficiência ou com doença
niência da constituição do vínculo. crônica.
§ 2o A simples guarda de fato não autoriza, por Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem
si só, a dispensa da realização do estágio de con- biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao pro-
vivência. cesso no qual a medida foi aplicada e seus eventuais
incidentes, após completar 18 (dezoito) anos.
§ 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal re-
sidente ou domiciliado fora do País, o estágio Parágrafo único. O acesso ao processo de ado-
de convivência, cumprido no território nacional, ção poderá ser também deferido ao adotado
será de, no mínimo, 30 (trinta) dias. menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, as-
segurada orientação e assistência jurídica e psi-
§ 4o O estágio de convivência será acompanha- cológica.
do pela equipe interprofissional a serviço da
Justiça da Infância e da Juventude, preferen- Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder
cialmente com apoio dos técnicos responsáveis familiar dos pais naturais.
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Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada co- § 10. A adoção internacional somente será defe-
marca ou foro regional, um registro de crianças e ado- rida se, após consulta ao cadastro de pessoas ou
lescentes em condições de serem adotados e outro de casais habilitados à adoção, mantido pela Justi-
pessoas interessadas na adoção. ça da Infância e da Juventude na comarca, bem
como aos cadastros estadual e nacional referi-
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após dos no § 5o deste artigo, não for encontrado in-
prévia consulta aos órgãos técnicos do juizado, teressado com residência permanente no Brasil.
ouvido o Ministério Público.
§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessa- interessado em sua adoção, a criança ou o ado-
do não satisfazer os requisitos legais, ou verifi- lescente, sempre que possível e recomendável,
cada qualquer das hipóteses previstas no art. 29. será colocado sob guarda de família cadastrada
em programa de acolhimento familiar.
§ 3o A inscrição de postulantes à adoção será
precedida de um período de preparação psicos- § 12. A alimentação do cadastro e a convocação
social e jurídica, orientado pela equipe técnica criteriosa dos postulantes à adoção serão fiscali-
da Justiça da Infância e da Juventude, preferen- zadas pelo Ministério Público.
cialmente com apoio dos técnicos responsáveis
pela execução da política municipal de garantia § 13. Somente poderá ser deferida adoção em
do direito à convivência familiar. favor de candidato domiciliado no Brasil não
cadastrado previamente nos termos desta Lei
§ 4o Sempre que possível e recomendável, a quando:
preparação referida no § 3o deste artigo incluirá
o contato com crianças e adolescentes em aco- I - se tratar de pedido de adoção unilateral;
lhimento familiar ou institucional em condições
de serem adotados, a ser realizado sob a orienta- II - for formulada por parente com o qual a
ção, supervisão e avaliação da equipe técnica da criança ou adolescente mantenha vínculos de
Justiça da Infância e da Juventude, com apoio afinidade e afetividade;
dos técnicos responsáveis pelo programa de
acolhimento e pela execução da política munici- III - oriundo o pedido de quem detém a tute-
pal de garantia do direito à convivência familiar. la ou guarda legal de criança maior de 3 (três)
anos ou adolescente, desde que o lapso de tem-
§ 5o Serão criados e implementados cadastros po de convivência comprove a fixação de laços
estaduais e nacional de crianças e adolescentes de afinidade e afetividade, e não seja constatada
em condições de serem adotados e de pessoas a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações
ou casais habilitados à adoção. previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.
§ 6o Haverá cadastros distintos para pessoas ou § 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste arti-
casais residentes fora do País, que somente se- go, o candidato deverá comprovar, no curso do
rão consultados na inexistência de postulantes procedimento, que preenche os requisitos ne-
nacionais habilitados nos cadastros menciona- cessários à adoção, conforme previsto nesta Lei.
dos no § 5o deste artigo.
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na
§ 7o As autoridades estaduais e federais em ma- qual a pessoa ou casal postulante é residente ou domi-
téria de adoção terão acesso integral aos cadas- ciliado fora do Brasil, conforme previsto no Artigo 2
tros, incumbindo-lhes a troca de informações e da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa
a cooperação mútua, para melhoria do sistema. à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de
Adoção Internacional, aprovada pelo Decreto Legisla-
§ 8o A autoridade judiciária providenciará, no tivo no 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a inscrição Decreto no 3.087, de 21 de junho de 1999.
das crianças e adolescentes em condições de
serem adotados que não tiveram colocação fa- § 1o A adoção internacional de criança ou ado-
miliar na comarca de origem, e das pessoas ou lescente brasileiro ou domiciliado no Brasil so-
casais que tiveram deferida sua habilitação à mente terá lugar quando restar comprovado:
adoção nos cadastros estadual e nacional refe-
ridos no § 5o deste artigo, sob pena de respon- I - que a colocação em família substituta é a so-
sabilidade. lução adequada ao caso concreto;
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III - que, em se tratando de adoção de adoles- da legislação estrangeira com a nacional, além
cente, este foi consultado, por meios adequa- do preenchimento por parte dos postulantes à
dos ao seu estágio de desenvolvimento, e que medida dos requisitos objetivos e subjetivos ne-
se encontra preparado para a medida, mediante cessários ao seu deferimento, tanto à luz do que
parecer elaborado por equipe interprofissional, dispõe esta Lei como da legislação do país de
observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 acolhida, será expedido laudo de habilitação à
desta Lei. adoção internacional, que terá validade por, no
máximo, 1 (um) ano;
§ 2o Os brasileiros residentes no exterior terão
preferência aos estrangeiros, nos casos de ado- VIII - de posse do laudo de habilitação, o inte-
ção internacional de criança ou adolescente bra- ressado será autorizado a formalizar pedido de
sileiro. adoção perante o Juízo da Infância e da Juven-
tude do local em que se encontra a criança ou
§ 3o A adoção internacional pressupõe a inter- adolescente, conforme indicação efetuada pela
venção das Autoridades Centrais Estaduais e Autoridade Central Estadual.
Federal em matéria de adoção internacional.
§ 1o Se a legislação do país de acolhida assim o
Art. 52. A adoção internacional observará o procedi- autorizar, admite-se que os pedidos de habilita-
mento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, com as ção à adoção internacional sejam intermediados
seguintes adaptações: por organismos credenciados.
I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em
§ 2o Incumbe à Autoridade Central Federal Bra-
adotar criança ou adolescente brasileiro, deverá
sileira o credenciamento de organismos nacio-
formular pedido de habilitação à adoção perante
nais e estrangeiros encarregados de intermediar
a Autoridade Central em matéria de adoção in-
pedidos de habilitação à adoção internacional,
ternacional no país de acolhida, assim entendido
com posterior comunicação às Autoridades
aquele onde está situada sua residência habitual;
Centrais Estaduais e publicação nos órgãos ofi-
ciais de imprensa e em sítio próprio da internet.
II - se a Autoridade Central do país de acolhida
considerar que os solicitantes estão habilitados
§ 3o Somente será admissível o credenciamento
e aptos para adotar, emitirá um relatório que
de organismos que:
contenha informações sobre a identidade, a ca-
pacidade jurídica e adequação dos solicitantes I - sejam oriundos de países que ratificaram a
para adotar, sua situação pessoal, familiar e mé- Convenção de Haia e estejam devidamente
dica, seu meio social, os motivos que os animam credenciados pela Autoridade Central do país
e sua aptidão para assumir uma adoção inter- onde estiverem sediados e no país de acolhida
nacional; do adotando para atuar em adoção internacio-
nal no Brasil;
III - a Autoridade Central do país de acolhida
enviará o relatório à Autoridade Central Esta-
II - satisfizerem as condições de integridade mo-
dual, com cópia para a Autoridade Central Fe-
ral, competência profissional, experiência e res-
deral Brasileira;
ponsabilidade exigidas pelos países respectivos
e pela Autoridade Central Federal Brasileira;
IV - o relatório será instruído com toda a docu-
mentação necessária, incluindo estudo psicos-
social elaborado por equipe interprofissional III - forem qualificados por seus padrões éticos
habilitada e cópia autenticada da legislação per- e sua formação e experiência para atuar na área
tinente, acompanhada da respectiva prova de ; de adoção internacional;
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II - ser dirigidos e administrados por pessoas foto recente e a aposição da impressão digital
qualificadas e de reconhecida idoneidade mo- do seu polegar direito, instruindo o documento
ral, com comprovada formação ou experiência com cópia autenticada da decisão e certidão de
para atuar na área de adoção internacional, ca- trânsito em julgado.
dastradas pelo Departamento de Polícia Federal
e aprovadas pela Autoridade Central Federal § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira
Brasileira, mediante publicação de portaria do poderá, a qualquer momento, solicitar informa-
órgão federal competente; ções sobre a situação das crianças e adolescentes
adotados.
III - estar submetidos à supervisão das autori-
dades competentes do país onde estiverem se- § 11. A cobrança de valores por parte dos orga-
diados e no país de acolhida, inclusive quanto nismos credenciados, que sejam considerados
à sua composição, funcionamento e situação abusivos pela Autoridade Central Federal Brasi-
financeira; leira e que não estejam devidamente comprova-
dos, é causa de seu descredenciamento.
IV - apresentar à Autoridade Central Federal
Brasileira, a cada ano, relatório geral das ativi- § 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não
dades desenvolvidas, bem como relatório de podem ser representados por mais de uma enti-
acompanhamento das adoções internacionais dade credenciada para atuar na cooperação em
efetuadas no período, cuja cópia será encami- adoção internacional.
nhada ao Departamento de Polícia Federal;
§ 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou
V - enviar relatório pós-adotivo semestral para domiciliado fora do Brasil terá validade máxima
a Autoridade Central Estadual, com cópia para de 1 (um) ano, podendo ser renovada.
a Autoridade Central Federal Brasileira, pelo
período mínimo de 2 (dois) anos. O envio do § 14. É vedado o contato direto de represen-
relatório será mantido até a juntada de cópia tantes de organismos de adoção, nacionais ou
autenticada do registro civil, estabelecendo a estrangeiros, com dirigentes de programas de
cidadania do país de acolhida para o adotado; acolhimento institucional ou familiar, assim
como com crianças e adolescentes em condições
VI - tomar as medidas necessárias para garan-
de serem adotados, sem a devida autorização
tir que os adotantes encaminhem à Autoridade
judicial.
Central Federal Brasileira cópia da certidão de
registro de nascimento estrangeira e do certifi- § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira
cado de nacionalidade tão logo lhes sejam con- poderá limitar ou suspender a concessão de no-
cedidos. vos credenciamentos sempre que julgar neces-
§ 5o A não apresentação dos relatórios referidos sário, mediante ato administrativo fundamen-
no § 4o deste artigo pelo organismo credenciado tado.
poderá acarretar a suspensão de seu credencia-
mento. Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e
descredenciamento, o repasse de recursos provenien-
§ 6o O credenciamento de organismo nacional tes de organismos estrangeiros encarregados de inter-
ou estrangeiro encarregado de intermediar pe- mediar pedidos de adoção internacional a organismos
didos de adoção internacional terá validade de nacionais ou a pessoas físicas.
2 (dois) anos.
Parágrafo único. Eventuais repasses somente
§ 7o A renovação do credenciamento poderá ser poderão ser efetuados via Fundo dos Direitos
concedida mediante requerimento protocolado da Criança e do Adolescente e estarão sujeitos
na Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 às deliberações do respectivo Conselho de Di-
(sessenta) dias anteriores ao término do respec- reitos da Criança e do Adolescente.
tivo prazo de validade.
§ 8o Antes de transitada em julgado a decisão Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior
que concedeu a adoção internacional, não será em país ratificante da Convenção de Haia, cujo proces-
permitida a saída do adotando do território na- so de adoção tenha sido processado em conformidade
cional. com a legislação vigente no país de residência e aten-
dido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida
§ 9o Transitada em julgado a decisão, a auto- Convenção, será automaticamente recepcionada com
ridade judiciária determinará a expedição de o reingresso no Brasil.
alvará com autorização de viagem, bem como
para obtenção de passaporte, constando, obriga- § 1o Caso não tenha sido atendido o disposto na
toriamente, as características da criança ou ado- Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de Haia,
lescente adotado, como idade, cor, sexo, even- deverá a sentença ser homologada pelo Supe-
tuais sinais ou traços peculiares, assim como rior Tribunal de Justiça.
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Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, expe- IV - realizado em horários e locais que não per-
riências e novas propostas relativas a calendário, seria- mitam a freqüência à escola.
ção, currículo, metodologia, didática e avaliação, com
vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos Art. 68. O programa social que tenha por base o tra-
do ensino fundamental obrigatório. balho educativo, sob responsabilidade de entidade
governamental ou não-governamental sem fins lucra-
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valo- tivos, deverá assegurar ao adolescente que dele parti-
res culturais, artísticos e históricos próprios do contexto cipe condições de capacitação para o exercício de ativi-
social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes dade regular remunerada.
a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.
§ 1º Entende-se por trabalho educativo a ativi-
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da
dade laboral em que as exigências pedagógicas
União, estimularão e facilitarão a destinação de recur-
relativas ao desenvolvimento pessoal e social do
sos e espaços para programações culturais, esportivas
educando prevalecem sobre o aspecto produti-
e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
vo.
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
assegurada bolsa de aprendizagem. Municípios deverão atuar de forma articulada na ela-
boração de políticas públicas e na execução de ações
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze destinadas a coibir o uso de castigo físico ou de tra-
anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previ- tamento cruel ou degradante e difundir formas não
denciários. violentas de educação de crianças e de adolescentes,
tendo como principais ações:
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é asse-
gurado trabalho protegido. I - a promoção de campanhas educativas perma-
nentes para a divulgação do direito da criança e
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regi-
do adolescente de serem educados e cuidados
me familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assis-
sem o uso de castigo físico ou de tratamento
tido em entidade governamental ou não-governamen-
cruel ou degradante e dos instrumentos de pro-
tal, é vedado trabalho:
teção aos direitos humanos;
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas
II - a integração com os órgãos do Poder Judiciá-
de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
rio, do Ministério Público e da Defensoria Públi-
II - perigoso, insalubre ou penoso; ca, com o Conselho Tutelar, com os Conselhos
de Direitos da Criança e do Adolescente e com
III - realizado em locais prejudiciais à sua for- as entidades não governamentais que atuam
mação e ao seu desenvolvimento físico, psíqui- na promoção, proteção e defesa dos direitos da
co, moral e social; criança e do adolescente;
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Parágrafo único. As famílias com crianças e Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exi-
adolescentes com deficiência terão prioridade birão, no horário recomendado para o público infanto
de atendimento nas ações e políticas públicas juvenil, programas com finalidades educativas, artísti-
de prevenção e proteção. cas, culturais e informativas.
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apre-
atuem nas áreas a que se refere o art. 71, dentre outras, sentado ou anunciado sem aviso de sua classi-
devem contar, em seus quadros, com pessoas capaci- ficação, antes de sua transmissão, apresentação
tadas a reconhecer e comunicar ao Conselho Tutelar ou exibição.
suspeitas ou casos de maus-tratos praticados contra Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcio-
crianças e adolescentes. nários de empresas que explorem a venda ou aluguel
Parágrafo único. São igualmente responsáveis de fitas de programação em vídeo cuidarão para que
pela comunicação de que trata este artigo, as não haja venda ou locação em desacordo com a classi-
pessoas encarregadas, por razão de cargo, fun- ficação atribuída pelo órgão competente.
ção, ofício, ministério, profissão ou ocupação, Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo
do cuidado, assistência ou guarda de crianças e deverão exibir, no invólucro, informação sobre
adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, a natureza da obra e a faixa etária a que se des-
o injustificado retardamento ou omissão, culpo- tinam.
sos ou dolosos.
Art. 78. As revistas e publicações contendo material
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a infor- impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes
mação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos deverão ser comercializadas em embalagem lacrada,
e produtos e serviços que respeitem sua condição pe- com a advertência de seu conteúdo.
culiar de pessoa em desenvolvimento.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que
Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem as capas que contenham mensagens pornográfi-
da prevenção especial outras decorrentes dos princí- cas ou obscenas sejam protegidas com embala-
pios por ela adotados. gem opaca.
Art. 73. A inobservância das normas de prevenção im- Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao pú-
portará em responsabilidade da pessoa física ou jurídi- blico infanto-juvenil não poderão conter ilustrações,
ca, nos termos desta Lei. fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas
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alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão respei- Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a au-
tar os valores éticos e sociais da pessoa e da família. torização é dispensável, se a criança ou adolescente:
Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que ex- I - estiver acompanhado de ambos os pais ou
plorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere responsável;
ou por casas de jogos, assim entendidas as que reali-
zem apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para II - viajar na companhia de um dos pais, autori-
que não seja permitida a entrada e a permanência de zado expressamente pelo outro através de do-
crianças e adolescentes no local, afixando aviso para cumento com firma reconhecida.
orientação do público. Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial,
nenhuma criança ou adolescente nascido em território
Seção II
nacional poderá sair do País em companhia de estran-
geiro residente ou domiciliado no exterior.
Dos Produtos e Serviços
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente Parte Especial
de:
Título I
I - armas, munições e explosivos;
Da Política de Atendimento
II - bebidas alcoólicas;
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Noções de Direito e Legislação
Art. 88. São diretrizes da política de atendimento: II - apoio sócio-educativo em meio aberto;
VII - mobilização da opinião pública para a in- I - o efetivo respeito às regras e princípios desta
dispensável participação dos diversos segmen- Lei, bem como às resoluções relativas à modali-
tos da sociedade. dade de atendimento prestado expedidas pelos
Conselhos de Direitos da Criança e do Adoles-
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e
cente, em todos os níveis;
dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da
criança e do adolescente é considerada de interesse II - a qualidade e eficiência do trabalho desen-
público relevante e não será remunerada. volvido, atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo
Ministério Público e pela Justiça da Infância e
Capítulo II da Juventude;
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis Art. 91. As entidades não-governamentais somente
pela manutenção das próprias unidades, assim como poderão funcionar depois de registradas no Conselho
pelo planejamento e execução de programas de prote- Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
ção e sócio-educativos destinados a crianças e adoles- o qual comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à
centes, em regime de: autoridade judiciária da respectiva localidade.
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a) não ofereça instalações físicas em condições reavaliação prevista no § 1o do art. 19 desta Lei.
adequadas de habitabilidade, higiene, salubri-
dade e segurança; § 3o Os entes federados, por intermédio dos
Poderes Executivo e Judiciário, promoverão
b) não apresente plano de trabalho compatível conjuntamente a permanente qualificação dos
com os princípios desta Lei; profissionais que atuam direta ou indiretamen-
te em programas de acolhimento institucional
c) esteja irregularmente constituída; e destinados à colocação familiar de crianças e
d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas. adolescentes, incluindo membros do Poder Ju-
diciário, Ministério Público e Conselho Tutelar.
e) não se adequar ou deixar de cumprir as re-
soluções e deliberações relativas à modalidade § 4o Salvo determinação em contrário da auto-
de atendimento prestado expedidas pelos Con- ridade judiciária competente, as entidades que
selhos de Direitos da Criança e do Adolescente, desenvolvem programas de acolhimento fami-
em todos os níveis. liar ou institucional, se necessário com o auxílio
do Conselho Tutelar e dos órgãos de assistência
§ 2o O registro terá validade máxima de 4 (qua- social, estimularão o contato da criança ou ado-
tro) anos, cabendo ao Conselho Municipal dos lescente com seus pais e parentes, em cumpri-
Direitos da Criança e do Adolescente, periodica- mento ao disposto nos incisos I e VIII do caput
mente, reavaliar o cabimento de sua renovação, deste artigo.
observado o disposto no § 1o deste artigo.
§ 5o As entidades que desenvolvem programas
Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de de acolhimento familiar ou institucional somen-
acolhimento familiar ou institucional deverão adotar te poderão receber recursos públicos se compro-
os seguintes princípios: vado o atendimento dos princípios, exigências e
finalidades desta Lei.
I - preservação dos vínculos familiares e promo-
ção da reintegração familiar; § 6o O descumprimento das disposições desta
Lei pelo dirigente de entidade que desenvolva
II - integração em família substituta, quando es- programas de acolhimento familiar ou institu-
gotados os recursos de manutenção na família cional é causa de sua destituição, sem prejuízo
natural ou extensa; da apuração de sua responsabilidade adminis-
trativa, civil e criminal.
III - atendimento personalizado e em pequenos
grupos; Art. 93. As entidades que mantenham programa de
acolhimento institucional poderão, em caráter excep-
IV - desenvolvimento de atividades em regime
cional e de urgência, acolher crianças e adolescentes
de co-educação;
sem prévia determinação da autoridade competente,
V - não desmembramento de grupos de irmãos; fazendo comunicação do fato em até 24 (vinte e qua-
tro) horas ao Juiz da Infância e da Juventude, sob pena
VI - evitar, sempre que possível, a transferência de responsabilidade.
para outras entidades de crianças e adolescentes
abrigados; Parágrafo único. Recebida a comunicação, a
autoridade judiciária, ouvido o Ministério Pú-
VII - participação na vida da comunidade local; blico e se necessário com o apoio do Conselho
Tutelar local, tomará as medidas necessárias
VIII - preparação gradativa para o desligamen- para promover a imediata reintegração familiar
to; da criança ou do adolescente ou, se por qual-
quer razão não for isso possível ou recomendá-
IX - participação de pessoas da comunidade no vel, para seu encaminhamento a programa de
processo educativo. acolhimento familiar, institucional ou a família
substituta, observado o disposto no § 2o do art.
§ 1o O dirigente de entidade que desenvolve
101 desta Lei.
programa de acolhimento institucional é equi-
parado ao guardião, para todos os efeitos de Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de
direito. internação têm as seguintes obrigações, entre outras:
§ 2o Os dirigentes de entidades que desenvol- I - observar os direitos e garantias de que são
vem programas de acolhimento familiar ou ins- titulares os adolescentes;
titucional remeterão à autoridade judiciária, no
máximo a cada 6 (seis) meses, relatório circuns- II - não restringir nenhum direito que não tenha
tanciado acerca da situação de cada criança ou sido objeto de restrição na decisão de interna-
adolescente acolhido e sua família, para fins da ção;
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III - oferecer atendimento personalizado, em pe- constantes deste artigo às entidades que man-
quenas unidades e grupos reduzidos; têm programas de acolhimento institucional e
familiar.
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente
de respeito e dignidade ao adolescente; § 2º No cumprimento das obrigações a que alu-
de este artigo as entidades utilizarão preferen-
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e cialmente os recursos da comunidade.
da preservação dos vínculos familiares;
Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, que
VI - comunicar à autoridade judiciária, periodi- abriguem ou recepcionem crianças e adolescentes,
camente, os casos em que se mostre inviável ou ainda que em caráter temporário, devem ter, em seus
impossível o reatamento dos vínculos familia- quadros, profissionais capacitados a reconhecer e re-
res; portar ao Conselho Tutelar suspeitas ou ocorrências de
maus-tratos.
VII - oferecer instalações físicas em condições
adequadas de habitabilidade, higiene, salubri- Seção II
dade e segurança e os objetos necessários à hi-
giene pessoal; Da Fiscalização das Entidades
VIII - oferecer vestuário e alimentação suficien- Art. 95. As entidades governamentais e não-gover-
tes e adequados à faixa etária dos adolescentes namentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo
atendidos; Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos
Tutelares.
IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos,
Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de con-
odontológicos e farmacêuticos;
tas serão apresentados ao estado ou ao município, con-
X - propiciar escolarização e profissionalização; forme a origem das dotações orçamentárias.
XI - propiciar atividades culturais, esportivas e Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de atendi-
de lazer; mento que descumprirem obrigação constante do art.
94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal
XII - propiciar assistência religiosa àqueles que de seus dirigentes ou prepostos:
desejarem, de acordo com suas crenças;
I - às entidades governamentais:
XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada
caso; a) advertência;
XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com b) afastamento provisório de seus dirigentes;
intervalo máximo de seis meses, dando ciência c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
dos resultados à autoridade competente;
d) fechamento de unidade ou interdição de pro-
XV - informar, periodicamente, o adolescente grama.
internado sobre sua situação processual;
II - às entidades não-governamentais:
XVI - comunicar às autoridades competentes to-
dos os casos de adolescentes portadores de mo- a) advertência;
léstias infecto-contagiosas;
b) suspensão total ou parcial do repasse de ver-
XVII - fornecer comprovante de depósito dos bas públicas;
pertences dos adolescentes;
c) interdição de unidades ou suspensão de pro-
XVIII - manter programas destinados ao apoio e grama;
acompanhamento de egressos;
d) cassação do registro.
XIX - providenciar os documentos necessários
ao exercício da cidadania àqueles que não os ti- § 1o Em caso de reiteradas infrações cometidas
verem; por entidades de atendimento, que coloquem
em risco os direitos assegurados nesta Lei, deve-
XX - manter arquivo de anotações onde constem rá ser o fato comunicado ao Ministério Público
data e circunstâncias do atendimento, nome do ou representado perante autoridade judiciária
adolescente, seus pais ou responsável, parentes, competente para as providências cabíveis, in-
endereços, sexo, idade, acompanhamento da clusive suspensão das atividades ou dissolução
sua formação, relação de seus pertences e de- da entidade.
mais dados que possibilitem sua identificação e
a individualização do atendimento. § 2o As pessoas jurídicas de direito público e
as organizações não governamentais responde-
§ 1o Aplicam-se, no que couber, as obrigações rão pelos danos que seus agentes causarem às
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crianças e aos adolescentes, caracterizado o des- adolescente, sem prejuízo da consideração que
cumprimento dos princípios norteadores das for devida a outros interesses legítimos no âm-
atividades de proteção específica. bito da pluralidade dos interesses presentes no
caso concreto;
Título II
V - privacidade: a promoção dos direitos e pro-
Das Medidas de Proteção teção da criança e do adolescente deve ser efe-
tuada no respeito pela intimidade, direito à ima-
Capítulo I gem e reserva da sua vida privada;
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III - matrícula e freqüência obrigatórias em esta- ressalvada a existência de ordem escrita e fun-
belecimento oficial de ensino fundamental; damentada em contrário de autoridade judi-
ciária competente, caso em que também deverá
IV - inclusão em programa comunitário ou ofi- contemplar sua colocação em família substituta,
cial de auxílio à família, à criança e ao adoles- observadas as regras e princípios desta Lei.
cente;
§ 5o O plano individual será elaborado sob a
V - requisição de tratamento médico, psicoló- responsabilidade da equipe técnica do respecti-
gico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou vo programa de atendimento e levará em consi-
ambulatorial; deração a opinião da criança ou do adolescente
e a oitiva dos pais ou do responsável.
VI - inclusão em programa oficial ou comunitá-
rio de auxílio, orientação e tratamento a alcoóla- § 6o Constarão do plano individual, dentre ou-
tras e toxicômanos; tros:
VII - acolhimento institucional; I - os resultados da avaliação interdisciplinar;
VIII - inclusão em programa de acolhimento fa- II - os compromissos assumidos pelos pais ou
miliar; responsável; e
IX - colocação em família substituta. III - a previsão das atividades a serem desen-
volvidas com a criança ou com o adolescente
§ 1o O acolhimento institucional e o acolhimen- acolhido e seus pais ou responsável, com vista
to familiar são medidas provisórias e excepcio- na reintegração familiar ou, caso seja esta veda-
nais, utilizáveis como forma de transição para da por expressa e fundamentada determinação
reintegração familiar ou, não sendo esta possí- judicial, as providências a serem tomadas para
vel, para colocação em família substituta, não sua colocação em família substituta, sob direta
implicando privação de liberdade. supervisão da autoridade judiciária.
§ 2o Sem prejuízo da tomada de medidas emer- § 7o O acolhimento familiar ou institucional
genciais para proteção de vítimas de violência ocorrerá no local mais próximo à residência dos
ou abuso sexual e das providências a que alude pais ou do responsável e, como parte do proces-
o art. 130 desta Lei, o afastamento da criança ou so de reintegração familiar, sempre que identi-
adolescente do convívio familiar é de compe- ficada a necessidade, a família de origem será
tência exclusiva da autoridade judiciária e im- incluída em programas oficiais de orientação,
portará na deflagração, a pedido do Ministério de apoio e de promoção social, sendo facilitado
Público ou de quem tenha legítimo interesse, de e estimulado o contato com a criança ou com o
procedimento judicial contencioso, no qual se adolescente acolhido.
garanta aos pais ou ao responsável legal o exer-
cício do contraditório e da ampla defesa. § 8o Verificada a possibilidade de reintegração
familiar, o responsável pelo programa de aco-
§ 3o Crianças e adolescentes somente poderão lhimento familiar ou institucional fará imediata
ser encaminhados às instituições que executam comunicação à autoridade judiciária, que dará
programas de acolhimento institucional, gover- vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cin-
namentais ou não, por meio de uma Guia de Aco- co) dias, decidindo em igual prazo.
lhimento, expedida pela autoridade judiciária, na
qual obrigatoriamente constará, dentre outros: § 9o Em sendo constatada a impossibilidade
de reintegração da criança ou do adolescente à
I - sua identificação e a qualificação completa de família de origem, após seu encaminhamento a
seus pais ou de seu responsável, se conhecidos; programas oficiais ou comunitários de orienta-
ção, apoio e promoção social, será enviado re-
II - o endereço de residência dos pais ou do res-
latório fundamentado ao Ministério Público, no
ponsável, com pontos de referência;
qual conste a descrição pormenorizada das pro-
III - os nomes de parentes ou de terceiros inte- vidências tomadas e a expressa recomendação,
ressados em tê-los sob sua guarda; subscrita pelos técnicos da entidade ou respon-
sáveis pela execução da política municipal de
IV - os motivos da retirada ou da não reintegra- garantia do direito à convivência familiar, para
ção ao convívio familiar. a destituição do poder familiar, ou destituição
de tutela ou guarda.
§ 4o Imediatamente após o acolhimento da
criança ou do adolescente, a entidade responsá- § 10. Recebido o relatório, o Ministério Público
vel pelo programa de acolhimento institucional terá o prazo de 30 (trinta) dias para o ingresso
ou familiar elaborará um plano individual de com a ação de destituição do poder familiar,
atendimento, visando à reintegração familiar, salvo se entender necessária a realização de es-
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tudos complementares ou outras providências Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve
que entender indispensáveis ao ajuizamento da ser considerada a idade do adolescente à data
demanda. do fato.
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança cor-
comarca ou foro regional, um cadastro conten- responderão as medidas previstas no art. 101.
do informações atualizadas sobre as crianças e
adolescentes em regime de acolhimento familiar Capítulo II
e institucional sob sua responsabilidade, com
Dos Direitos Individuais
informações pormenorizadas sobre a situação
jurídica de cada um, bem como as providências Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua li-
tomadas para sua reintegração familiar ou co- berdade senão em flagrante de ato infracional ou por
locação em família substituta, em qualquer das ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciá-
modalidades previstas no art. 28 desta Lei. ria competente.
§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Parágrafo único. O adolescente tem direito à
Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da identificação dos responsáveis pela sua apreen-
Assistência Social e os Conselhos Municipais são, devendo ser informado acerca de seus di-
dos Direitos da Criança e do Adolescente e da reitos.
Assistência Social, aos quais incumbe deliberar
sobre a implementação de políticas públicas que Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local
permitam reduzir o número de crianças e ado- onde se encontra recolhido serão incontinenti comuni-
lescentes afastados do convívio familiar e abre- cados à autoridade judiciária competente e à família
viar o período de permanência em programa de do apreendido ou à pessoa por ele indicada.
acolhimento.
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e
Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Ca- sob pena de responsabilidade, a possibilidade
pítulo serão acompanhadas da regularização do regis- de liberação imediata.
tro civil.
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser de-
§ 1º Verificada a inexistência de registro an- terminada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias.
terior, o assento de nascimento da criança ou
adolescente será feito à vista dos elementos dis- Parágrafo único. A decisão deverá ser funda-
poníveis, mediante requisição da autoridade mentada e basear-se em indícios suficientes de
judiciária. autoria e materialidade, demonstrada a necessi-
dade imperiosa da medida.
§ 2º Os registros e certidões necessários à regu-
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não
larização de que trata este artigo são isentos de
multas, custas e emolumentos, gozando de ab- será submetido a identificação compulsória pelos ór-
soluta prioridade. gãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito
de confrontação, havendo dúvida fundada.
§ 3o Caso ainda não definida a paternidade,
será deflagrado procedimento específico desti- Capítulo III
nado à sua averiguação, conforme previsto pela
Lei no 8.560, de 29 de dezembro de 1992. Das Garantias Processuais
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua li-
§ 4o Nas hipóteses previstas no § 3o deste artigo, berdade sem o devido processo legal.
é dispensável o ajuizamento de ação de investi-
gação de paternidade pelo Ministério Público Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras,
se, após o não comparecimento ou a recusa do as seguintes garantias:
suposto pai em assumir a paternidade a ele atri-
buída, a criança for encaminhada para adoção. I - pleno e formal conhecimento da atribuição de
ato infracional, mediante citação ou meio equi-
Título III valente;
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de V - direito de ser ouvido pessoalmente pela au-
dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei. toridade competente;
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VI - direito de solicitar a presença de seus pais Art. 116. Em se tratando de ato infracional com refle-
ou responsável em qualquer fase do procedi- xos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se
mento. for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova
o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, com-
Capítulo IV pense o prejuízo da vítima.
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II - gozo de férias anuais remuneradas, acresci- IX - assessorar o Poder Executivo local na ela-
das de 1/3 (um terço) do valor da remuneração boração da proposta orçamentária para planos
mensal; e programas de atendimento dos direitos da
criança e do adolescente;
III - licença-maternidade;
X - representar, em nome da pessoa e da família,
IV - licença-paternidade; contra a violação dos direitos previstos no art.
V - gratificação natalina. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária XI - representar ao Ministério Público para efei-
municipal e da do Distrito Federal previsão dos to das ações de perda ou suspensão do poder
recursos necessários ao funcionamento do Con- familiar, após esgotadas as possibilidades de
selho Tutelar e à remuneração e formação conti- manutenção da criança ou do adolescente junto
nuada dos conselheiros tutelares. à família natural.
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselhei- XII - promover e incentivar, na comunidade e
ro constituirá serviço público relevante e estabelecerá nos grupos profissionais, ações de divulgação e
presunção de idoneidade moral. treinamento para o reconhecimento de sintomas
de maus-tratos em crianças e adolescentes.
Capítulo II
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atri-
Das Atribuições do Conselho buições, o Conselho Tutelar entender necessário
o afastamento do convívio familiar, comunicará
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: incontinenti o fato ao Ministério Público, pres-
tando-lhe informações sobre os motivos de tal
I - atender as crianças e adolescentes nas hipó- entendimento e as providências tomadas para
teses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as a orientação, o apoio e a promoção social da fa-
medidas previstas no art. 101, I a VII; mília.
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente po-
aplicando as medidas previstas no art. 129, I a derão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido
VII; de quem tenha legítimo interesse.
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III - conhecer de pedidos de adoção e seus inci- e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e
dentes; televisão.
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Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não cor- quisitará de qualquer repartição ou órgão público a
responder a procedimento previsto nesta ou em outra apresentação de documento que interesse à causa, de
lei, a autoridade judiciária poderá investigar os fatos e ofício ou a requerimento das partes ou do Ministério
ordenar de ofício as providências necessárias, ouvido Público.
o Ministério Público.
Art. 161. Não sendo contestado o pedido, a autoridade
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se judiciária dará vista dos autos ao Ministério Público,
aplica para o fim de afastamento da criança ou por cinco dias, salvo quando este for o requerente, de-
do adolescente de sua família de origem e em cidindo em igual prazo.
outros procedimentos necessariamente conten-
§ 1o A autoridade judiciária, de ofício ou a re-
ciosos.
querimento das partes ou do Ministério Públi-
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214. co, determinará a realização de estudo social ou
perícia por equipe interprofissional ou multidis-
Seção II ciplinar, bem como a oitiva de testemunhas que
comprovem a presença de uma das causas de
Da Perda e da Suspensão do Poder Familiar suspensão ou destituição do poder familiar pre-
Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão vistas nos arts. 1.637 e 1.638 da Lei no 10.406, de
do poder familiar terá início por provocação do Minis- 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou no art.
tério Público ou de quem tenha legítimo interesse. 24 desta Lei.
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nar data para sua leitura no prazo máximo de cial, no caso de adoção, sobre a irrevogabilidade
cinco dias. da medida.
Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedi- § 3o O consentimento dos titulares do poder
mento será de 120 (cento e vinte) dias. familiar será colhido pela autoridade judiciária
competente em audiência, presente o Ministério
Parágrafo único. A sentença que decretar a per-
Público, garantida a livre manifestação de von-
da ou a suspensão do poder familiar será aver-
tade e esgotados os esforços para manutenção
bada à margem do registro de nascimento da
da criança ou do adolescente na família natural
criança ou do adolescente.
ou extensa.
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ratificará o arquivamento ou a remissão, que só Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou
então estará a autoridade judiciária obrigada a responsável, a autoridade judiciária procederá à oitiva
homologar. dos mesmos, podendo solicitar opinião de profissional
qualificado.
Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do
Ministério Público não promover o arquivamento ou § 1º Se a autoridade judiciária entender adequa-
conceder a remissão, oferecerá representação à auto- da a remissão, ouvirá o representante do Minis-
ridade judiciária, propondo a instauração de procedi- tério Público, proferindo decisão.
mento para aplicação da medida sócio-educativa que
se afigurar a mais adequada. § 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de
medida de internação ou colocação em regime
§ 1º A representação será oferecida por petição, de semi-liberdade, a autoridade judiciária, ve-
que conterá o breve resumo dos fatos e a classi- rificando que o adolescente não possui advoga-
ficação do ato infracional e, quando necessário, do constituído, nomeará defensor, designando,
o rol de testemunhas, podendo ser deduzida desde logo, audiência em continuação, podendo
oralmente, em sessão diária instalada pela auto- determinar a realização de diligências e estudo
ridade judiciária. do caso.
§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as ca- Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, es-
racterísticas definidas no art. 123, o adolescente tando o adolescente internado, será imediata-
deverá ser imediatamente transferido para a lo- mente colocado em liberdade.
calidade mais próxima. Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida
§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o de internação ou regime de semi-liberdade será feita:
adolescente aguardará sua remoção em repar- I - ao adolescente e ao seu defensor;
tição policial, desde que em seção isolada dos
adultos e com instalações apropriadas, não II - quando não for encontrado o adolescente, a
podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco seus pais ou responsável, sem prejuízo do de-
dias, sob pena de responsabilidade. fensor.
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§ 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação § 1º No procedimento iniciado com o auto de in-
far-se-á unicamente na pessoa do defensor. fração, poderão ser usadas fórmulas impressas,
especificando-se a natureza e as circunstâncias
§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do adoles- da infração.
cente, deverá este manifestar se deseja ou não
recorrer da sentença. § 2º Sempre que possível, à verificação da infra-
ção seguir-se-á a lavratura do auto, certificando-
Seção VI se, em caso contrário, dos motivos do retarda-
mento.
Da Apuração de Irregularidades em Entidade de
Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para apre-
Atendimento
sentação de defesa, contado da data da intimação, que
Art. 191. O procedimento de apuração de irregularida- será feita:
des em entidade governamental e não-governamental
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este
terá início mediante portaria da autoridade judiciária ou
for lavrado na presença do requerido;
representação do Ministério Público ou do Conselho Tu-
telar, onde conste, necessariamente, resumo dos fatos. II - por oficial de justiça ou funcionário legal-
Parágrafo único. Havendo motivo grave, pode- mente habilitado, que entregará cópia do auto
rá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério ou da representação ao requerido, ou a seu re-
Público, decretar liminarmente o afastamento presentante legal, lavrando certidão;
provisório do dirigente da entidade, mediante III - por via postal, com aviso de recebimento,
decisão fundamentada. se não for encontrado o requerido ou seu repre-
Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no sentante legal;
prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo
IV - por edital, com prazo de trinta dias, se in-
juntar documentos e indicar as provas a produzir.
certo ou não sabido o paradeiro do requerido ou
Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo ne- de seu representante legal.
cessário, a autoridade judiciária designará audiência
Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo
de instrução e julgamento, intimando as partes.
legal, a autoridade judiciária dará vista dos autos do
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes Ministério Público, por cinco dias, decidindo em igual
e o Ministério Público terão cinco dias para ofe- prazo.
recer alegações finais, decidindo a autoridade Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciá-
judiciária em igual prazo. ria procederá na conformidade do artigo anterior, ou,
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório sendo necessário, designará audiência de instrução e
ou definitivo de dirigente de entidade governa- julgamento.
mental, a autoridade judiciária oficiará à autori- Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifes-
dade administrativa imediatamente superior ao tar-se-ão sucessivamente o Ministério Público e
afastado, marcando prazo para a substituição. o procurador do requerido, pelo tempo de vin-
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a te minutos para cada um, prorrogável por mais
autoridade judiciária poderá fixar prazo para a dez, a critério da autoridade judiciária, que em
remoção das irregularidades verificadas. Satis- seguida proferirá sentença.
feitas as exigências, o processo será extinto, sem
julgamento de mérito. Seção VIII Da Habilitação de Pretendentes à
Adoção
§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao
dirigente da entidade ou programa de atendi- Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no
mento. Brasil, apresentarão petição inicial na qual conste:
Seção VII I - qualificação completa;
Da Apuração de Infração Administrativa às Normas II - dados familiares;
de Proteção à Criança e ao Adolescente
III - cópias autenticadas de certidão de nasci-
Art. 194. O procedimento para imposição de penalida-
mento ou casamento, ou declaração relativa ao
de administrativa por infração às normas de proteção
período de união estável;
à criança e ao adolescente terá início por representação
do Ministério Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto IV - cópias da cédula de identidade e inscrição
de infração elaborado por servidor efetivo ou voluntá- no Cadastro de Pessoas Físicas;
rio credenciado, e assinado por duas testemunhas, se
possível. V - comprovante de renda e domicílio;
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VI - atestados de sanidade física e mental; psicossocial, abrindo a seguir vista dos autos ao
Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo
VII - certidão de antecedentes criminais; em igual prazo.
VIII - certidão negativa de distribuição cível. Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será
Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48 inscrito nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei,
(quarenta e oito) horas, dará vista dos autos ao Minis- sendo a sua convocação para a adoção feita de acordo
tério Público, que no prazo de 5 (cinco) dias poderá: com ordem cronológica de habilitação e conforme a
disponibilidade de crianças ou adolescentes adotáveis.
I - apresentar quesitos a serem respondidos pela
equipe interprofissional encarregada de elabo- § 1o A ordem cronológica das habilitações so-
rar o estudo técnico a que se refere o art. 197-C mente poderá deixar de ser observada pela au-
desta Lei; toridade judiciária nas hipóteses previstas no §
13 do art. 50 desta Lei, quando comprovado ser
II - requerer a designação de audiência para oiti- essa a melhor solução no interesse do adotando.
va dos postulantes em juízo e testemunhas;
§ 2o A recusa sistemática na adoção das crian-
III - requerer a juntada de documentos comple- ças ou adolescentes indicados importará na rea-
mentares e a realização de outras diligências valiação da habilitação concedida.
que entender necessárias.
Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equi- Capítulo IV
pe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e
Dos Recursos
da Juventude, que deverá elaborar estudo psicosso-
cial, que conterá subsídios que permitam aferir a capa- Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infân-
cidade e o preparo dos postulantes para o exercício de cia e da Juventude, inclusive os relativos à execução
uma paternidade ou maternidade responsável, à luz das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema re-
dos requisitos e princípios desta Lei. cursal da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código
de Processo Civil), com as seguintes adaptações:
§ 1o É obrigatória a participação dos postu-
lantes em programa oferecido pela Justiça da I - os recursos serão interpostos independente-
Infância e da Juventude preferencialmente com mente de preparo;
apoio dos técnicos responsáveis pela execução
da política municipal de garantia do direito à II - em todos os recursos, salvo nos embargos de
convivência familiar, que inclua preparação psi- declaração, o prazo para o Ministério Público e
cológica, orientação e estímulo à adoção inter para a defesa será sempre de 10 (dez) dias;
-racial, de crianças maiores ou de adolescentes,
com necessidades específicas de saúde ou com III - os recursos terão preferência de julgamento
deficiências e de grupos de irmãos. e dispensarão revisor;
§ 2o Sempre que possível e recomendável, a VII - antes de determinar a remessa dos autos à
etapa obrigatória da preparação referida no § superior instância, no caso de apelação, ou do
1o deste artigo incluirá o contato com crianças instrumento, no caso de agravo, a autoridade
e adolescentes em regime de acolhimento fa- judiciária proferirá despacho fundamentado,
miliar ou institucional em condições de serem mantendo ou reformando a decisão, no prazo
adotados, a ser realizado sob a orientação, su- de cinco dias;
pervisão e avaliação da equipe técnica da Justi- VIII - mantida a decisão apelada ou agravada,
ça da Infância e da Juventude, com o apoio dos o escrivão remeterá os autos ou o instrumento
técnicos responsáveis pelo programa de acolhi- à superior instância dentro de vinte e quatro
mento familiar ou institucional e pela execução horas, independentemente de novo pedido do
da política municipal de garantia do direito à recorrente; se a reformar, a remessa dos autos
convivência familiar. dependerá de pedido expresso da parte interes-
Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da parti- sada ou do Ministério Público, no prazo de cin-
cipação no programa referido no art. 197-C desta Lei, a co dias, contados da intimação.
autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas, decidirá acerca das diligências requeridas pelo Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no
Ministério Público e determinará a juntada do estudo art. 149 caberá recurso de apelação.
psicossocial, designando, conforme o caso, audiência
de instrução e julgamento. Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz
efeito desde logo, embora sujeita a apelação, que será
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas di- recebida exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se
ligências, ou sendo essas indeferidas, a autori- se tratar de adoção internacional ou se houver perigo de
dade judiciária determinará a juntada do estudo dano irreparável ou de difícil reparação ao adotando.
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Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qual- VI - instaurar procedimentos administrativos e,
quer dos genitores do poder familiar fica sujeita a ape- para instruí-los:
lação, que deverá ser recebida apenas no efeito devo-
lutivo. a) expedir notificações para colher depoimentos
ou esclarecimentos e, em caso de não compare-
Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de adoção cimento injustificado, requisitar condução coer-
e de destituição de poder familiar, em face da relevân- citiva, inclusive pela polícia civil ou militar;
cia das questões, serão processados com prioridade
absoluta, devendo ser imediatamente distribuídos, fi- b) requisitar informações, exames, perícias e do-
cando vedado que aguardem, em qualquer situação, cumentos de autoridades municipais, estaduais
oportuna distribuição, e serão colocados em mesa para e federais, da administração direta ou indireta,
julgamento sem revisão e com parecer urgente do Mi- bem como promover inspeções e diligências in-
nistério Público. vestigatórias;
Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em c) requisitar informações e documentos a parti-
mesa para julgamento no prazo máximo de 60 (sessen- culares e instituições privadas;
ta) dias, contado da sua conclusão.
VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligên-
Parágrafo único. O Ministério Público será in- cias investigatórias e determinar a instauração
timado da data do julgamento e poderá na ses- de inquérito policial, para apuração de ilícitos
são, se entender necessário, apresentar oralmen- ou infrações às normas de proteção à infância e
te seu parecer. à juventude;
Art. 199-E. O Ministério Público poderá requerer a ins- VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e
tauração de procedimento para apuração de respon- garantias legais assegurados às crianças e ado-
sabilidades se constatar o descumprimento das pro- lescentes, promovendo as medidas judiciais e
vidências e do prazo previstos nos artigos anteriores. extrajudiciais cabíveis;
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Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão pro- réu, independentemente de pedido do autor, se
postas no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a for suficiente ou compatível com a obrigação, fi-
ação ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta xando prazo razoável para o cumprimento do
para processar a causa, ressalvadas a competência da preceito.
Justiça Federal e a competência originária dos tribu-
nais superiores. § 3º A multa só será exigível do réu após o trân-
sito em julgado da sentença favorável ao autor,
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses
mas será devida desde o dia em que se houver
coletivos ou difusos, consideram-se legitimados con-
configurado o descumprimento.
correntemente:
Art. 214. Os valores das multas reverterão ao fundo ge-
I - o Ministério Público;
rido pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Ado-
II - a União, os estados, os municípios, o Distrito lescente do respectivo município.
Federal e os territórios;
§ 1º As multas não recolhidas até trinta dias após
III - as associações legalmente constituídas há o trânsito em julgado da decisão serão exigidas
pelo menos um ano e que incluam entre seus através de execução promovida pelo Ministério
fins institucionais a defesa dos interesses e di- Público, nos mesmos autos, facultada igual ini-
reitos protegidos por esta Lei, dispensada a au- ciativa aos demais legitimados.
torização da assembléia, se houver prévia auto-
§ 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o di-
rização estatutária.
nheiro ficará depositado em estabelecimento ofi-
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre cial de crédito, em conta com correção monetária.
os Ministérios Públicos da União e dos estados
Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos
na defesa dos interesses e direitos de que cuida
recursos, para evitar dano irreparável à parte.
esta Lei.
Art. 216. Transitada em julgado a sentença que impu-
§ 2º Em caso de desistência ou abandono da
ser condenação ao poder público, o juiz determinará a
ação por associação legitimada, o Ministério
remessa de peças à autoridade competente, para apu-
Público ou outro legitimado poderá assumir a
ração da responsabilidade civil e administrativa do
titularidade ativa.
agente a que se atribua a ação ou omissão.
Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão to-
Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em jul-
mar dos interessados compromisso de ajustamento de
gado da sentença condenatória sem que a associação
sua conduta às exigências legais, o qual terá eficácia de
autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Mi-
título executivo extrajudicial.
nistério Público, facultada igual iniciativa aos demais
Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegi- legitimados.
dos por esta Lei, são admissíveis todas as espécies de
Art. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar
ações pertinentes.
ao réu os honorários advocatícios arbitrados na con-
§ 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítu- formidade do § 4º do art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11 de
lo as normas do Código de Processo Civil. janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), quando re-
conhecer que a pretensão é manifestamente infundada.
§ 2º Contra atos ilegais ou abusivos de autorida-
de pública ou agente de pessoa jurídica no exer- Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé,
cício de atribuições do poder público, que lesem a associação autora e os diretores responsáveis
direito líquido e certo previsto nesta Lei, caberá pela propositura da ação serão solidariamente
ação mandamental, que se regerá pelas normas condenados ao décuplo das custas, sem prejuí-
da lei do mandado de segurança. zo de responsabilidade por perdas e danos.
Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não ha-
de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a verá adiantamento de custas, emolumentos, honorá-
tutela específica da obrigação ou determinará provi- rios periciais e quaisquer outras despesas.
dências que assegurem o resultado prático equivalente
ao do adimplemento. Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor públi-
co deverá provocar a iniciativa do Ministério Público,
§ 1º Sendo relevante o fundamento da deman- prestando-lhe informações sobre fatos que constituam
da e havendo justificado receio de ineficácia do objeto de ação civil, e indicando-lhe os elementos de
provimento final, é lícito ao juiz conceder a tu- convicção.
tela liminarmente ou após justificação prévia,
citando o réu. Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam
§ 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo ensejar a propositura de ação civil, remeterão peças ao
anterior ou na sentença, impor multa diária ao Ministério Público para as providências cabíveis.
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Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao
poderá requerer às autoridades competentes as certi- processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal.
dões e informações que julgar necessárias, que serão
Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pú-
fornecidas no prazo de quinze dias.
blica incondicionada
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob
sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qual- Seção II
quer pessoa, organismo público ou particular, certi-
dões, informações, exames ou perícias, no prazo que Dos Crimes em Espécie
assinalar, o qual não poderá ser inferior a dez dias
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o diri-
úteis.
gente de estabelecimento de atenção à saúde de ges-
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas tante de manter registro das atividades desenvolvidas,
todas as diligências, se convencer da inexistên- na forma e prazo referidos no art. 10 desta Lei, bem
cia de fundamento para a propositura da ação como de fornecer à parturiente ou a seu responsável,
cível, promoverá o arquivamento dos autos do por ocasião da alta médica, declaração de nascimento,
inquérito civil ou das peças informativas, fazen- onde constem as intercorrências do parto e do desen-
do-o fundamentadamente. volvimento do neonato:
§ 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de Pena - detenção de seis meses a dois anos.
informação arquivados serão remetidos, sob Parágrafo único. Se o crime é culposo:
pena de se incorrer em falta grave, no prazo de
três dias, ao Conselho Superior do Ministério Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
Público.
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente
§ 3º Até que seja homologada ou rejeitada a de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de
promoção de arquivamento, em sessão do Con- identificar corretamente o neonato e a parturiente, por
selho Superior do Ministério público, poderão ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos
as associações legitimadas apresentar razões exames referidos no art. 10 desta Lei:
escritas ou documentos, que serão juntados aos
autos do inquérito ou anexados às peças de in- Pena - detenção de seis meses a dois anos.
formação.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
§ 4º A promoção de arquivamento será submeti-
da a exame e deliberação do Conselho Superior Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
do Ministério Público, conforme dispuser o seu
regimento. Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liber-
dade, procedendo à sua apreensão sem estar em fla-
§ 5º Deixando o Conselho Superior de homo- grante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita
logar a promoção de arquivamento, designará, da autoridade judiciária competente:
desde logo, outro órgão do Ministério Público
para o ajuizamento da ação. Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele
as disposições da Lei n.º 7.347, de 24 de julho de 1985. que procede à apreensão sem observância das
formalidades legais.
Título VII
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela
apreensão de criança ou adolescente de fazer imedia-
Dos Crimes e Das Infrações Administrativas
ta comunicação à autoridade judiciária competente e
à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Capítulo I
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Dos Crimes
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua
Seção I autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a cons-
trangimento:
Disposições Gerais Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa
contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão,
causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou
sem prejuízo do disposto na legislação penal.
adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegali-
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as dade da apreensão:
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Noções de Direito e Legislação
Pena - detenção de seis meses a dois anos. ou por adoção, de tutor, curador, preceptor,
empregador da vítima ou de quem, a qualquer
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixa- outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com
do nesta Lei em benefício de adolescente privado de seu consentimento.
liberdade:
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou
outro registro que contenha cena de sexo explícito ou
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
judiciária, membro do Conselho Tutelar ou represen-
tante do Ministério Público no exercício de função pre- Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
vista nesta Lei: multa.
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir,
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, in-
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de
clusive por meio de sistema de informática ou telemá-
quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou or-
tico, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha
dem judicial, com o fim de colocação em lar substituto:
cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa. criança ou adolescente:
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pu- Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e mul-
pilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: ta.
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa. § 1o Nas mesmas penas incorre quem:
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas I – assegura os meios ou serviços para o arma-
quem oferece ou efetiva a paga ou recompensa. zenamento das fotografias, cenas ou imagens de
que trata o caput deste artigo;
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato des-
tinado ao envio de criança ou adolescente para o ex- II – assegura, por qualquer meio, o acesso por
terior com inobservância das formalidades legais ou rede de computadores às fotografias, cenas ou
com o fito de obter lucro: imagens de que trata o caput deste artigo.
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. § 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II
do § 1o deste artigo são puníveis quando o res-
Parágrafo único. Se há emprego de violência,
ponsável legal pela prestação do serviço, oficial-
grave ameaça ou fraude:
mente notificado, deixa de desabilitar o acesso
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste
da pena correspondente à violência. artigo.
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qual-
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar,
quer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro
filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo
que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou ado-
envolvendo criança ou adolescente:
lescente:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
multa.
multa.
§ 1o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois
§ 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia,
terços) se de pequena quantidade o material a
facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo in-
que se refere o caput deste artigo.
termedeia a participação de criança ou adoles-
cente nas cenas referidas no caput deste artigo, § 2o Não há crime se a posse ou o armazena-
ou ainda quem com esses contracena. mento tem a finalidade de comunicar às auto-
ridades competentes a ocorrência das condutas
§ 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o
agente comete o crime: descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta
Lei, quando a comunicação for feita por:
I – no exercício de cargo ou função pública ou a
pretexto de exercê-la; I – agente público no exercício de suas funções;
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III – representante legal e funcionários respon- Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
sáveis de provedor de acesso ou serviço pres- entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescen-
tado por meio de rede de computadores, até o te fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles
recebimento do material relativo à notícia feita que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de
à autoridade policial, ao Ministério Público ou provocar qualquer dano físico em caso de utilização
ao Poder Judiciário. indevida:
§ 3o As pessoas referidas no § 2o deste artigo Pena - detenção de seis meses a dois anos, e
deverão manter sob sigilo o material ilícito re- multa.
ferido.
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou ado- tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostitui-
lescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por ção ou à exploração sexual:
meio de adulteração, montagem ou modificação de fo-
tografia, vídeo ou qualquer outra forma de represen- Pena – reclusão de quatro a dez anos, e multa.
tação visual: § 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietário,
o gerente ou o responsável pelo local em que se
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
verifique a submissão de criança ou adolescente
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas às práticas referidas no caput deste artigo.
quem vende, expõe à venda, disponibiliza, dis-
§ 2o Constitui efeito obrigatório da condenação
tribui, publica ou divulga por qualquer meio,
a cassação da licença de localização e de funcio-
adquire, possui ou armazena o material produ-
namento do estabelecimento.
zido na forma do caput deste artigo.
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de me-
por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim nor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração
de com ela praticar ato libidinoso: penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e mul-
ta. § 1o Incorre nas penas previstas no caput deste
artigo quem pratica as condutas ali tipificadas
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre
utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos,
quem:
inclusive salas de bate-papo da internet.
I – facilita ou induz o acesso à criança de ma- § 2o As penas previstas no caput deste artigo
terial contendo cena de sexo explícito ou por- são aumentadas de um terço no caso de a infra-
nográfica com o fim de com ela praticar ato li- ção cometida ou induzida estar incluída no rol
bidinoso; do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990.
II – pratica as condutas descritas no caput deste
artigo com o fim de induzir criança a se exibir de Capítulo II
forma pornográfica ou sexualmente explícita.
Das Infrações Administrativas
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável
a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino
compreende qualquer situação que envolva criança fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à
ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais autoridade competente os casos de que tenha conheci-
ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma mento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-
criança ou adolescente para fins primordialmente se- tratos contra criança ou adolescente:
xuais.
Pena - multa de três a vinte salários de referência,
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente
arma, munição ou explosivo: Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de enti-
dade de atendimento o exercício dos direitos constan-
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. tes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei:
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entre- Pena - multa de três a vinte salários de referência,
gar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem jus-
ta causa, outros produtos cujos componentes possam Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem auto-
causar dependência física ou psíquica: rização devida, por qualquer meio de comunicação,
nome, ato ou documento de procedimento policial,
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e administrativo ou judicial relativo a criança ou adoles-
multa, se o fato não constitui crime mais grave. cente a que se atribua ato infracional:
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Noções de Direito e Legislação
Pena - multa de três a vinte salários de referência, Pena - multa de três a vinte salários de referência,
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer
ou parcialmente, fotografia de criança ou ado- representações ou espetáculos, sem indicar os limites
lescente envolvido em ato infracional, ou qual- de idade a que não se recomendem:
quer ilustração que lhe diga respeito ou se refira
Pena - multa de três a vinte salários de referên-
a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a per-
cia, duplicada em caso de reincidência, aplicá-
mitir sua identificação, direta ou indiretamente.
vel, separadamente, à casa de espetáculo e aos
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de impren- órgãos de divulgação ou publicidade.
sa ou emissora de rádio ou televisão, além da
Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão,
pena prevista neste artigo, a autoridade judiciá-
espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem
ria poderá determinar a apreensão da publica-
aviso de sua classificação:
ção.
Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade judiciária Pena - multa de vinte a cem salários de referên-
de seu domicílio, no prazo de cinco dias, com o fim de cia; duplicada em caso de reincidência a autori-
regularizar a guarda, adolescente trazido de outra co- dade judiciária poderá determinar a suspensão
da programação da emissora por até dois dias.
marca para a prestação de serviço doméstico, mesmo
que autorizado pelos pais ou responsável: Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congê-
nere classificado pelo órgão competente como inade-
Pena - multa de três a vinte salários de referên-
quado às crianças ou adolescentes admitidos ao espe-
cia, aplicando-se o dobro em caso de reincidên-
táculo:
cia, independentemente das despesas de retor-
no do adolescente, se for o caso. Pena - multa de vinte a cem salários de referên-
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os cia; na reincidência, a autoridade poderá deter-
deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de minar a suspensão do espetáculo ou o fecha-
tutela ou guarda, bem assim determinação da autori- mento do estabelecimento por até quinze dias.
dade judiciária ou Conselho Tutelar: Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita
de programação em vídeo, em desacordo com a classi-
Pena - multa de três a vinte salários de referên- ficação atribuída pelo órgão competente:
cia, aplicando-se o dobro em caso de reincidên-
cia. Pena - multa de três a vinte salários de referên-
cia; em caso de reincidência, a autoridade judi-
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente desacom-
ciária poderá determinar o fechamento do esta-
panhado dos pais ou responsável, ou sem autorização
belecimento por até quinze dias.
escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel,
pensão, motel ou congênere: Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78
e 79 desta Lei:
Pena – multa.
Pena - multa de três a vinte salários de referên-
§ 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da cia, duplicando-se a pena em caso de reincidên-
pena de multa, a autoridade judiciária poderá cia, sem prejuízo de apreensão da revista ou
determinar o fechamento do estabelecimento publicação.
por até 15 (quinze) dias.
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou
§ 2º Se comprovada a reincidência em período o empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre
inferior a 30 (trinta) dias, o estabelecimento será o acesso de criança ou adolescente aos locais de diver-
definitivamente fechado e terá sua licença cas- são, ou sobre sua participação no espetáculo:
sada.
Pena - multa de três a vinte salários de referên-
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qual- cia; em caso de reincidência, a autoridade judi-
quer meio, com inobservância do disposto nos arts. 83, ciária poderá determinar o fechamento do esta-
84 e 85 desta Lei: belecimento por até quinze dias.
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de provi-
Pena - multa de três a vinte salários de referência,
denciar a instalação e operacionalização dos cadastros
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei:
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetá- Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$
culo público de afixar, em lugar visível e de fácil aces- 3.000,00 (três mil reais).
so, à entrada do local de exibição, informação destaca-
da sobre a natureza da diversão ou espetáculo e a faixa Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a
etária especificada no certificado de classificação: autoridade que deixa de efetuar o cadastramen-
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IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou de- V - ano-calendário a que se refere a doação.
duções em vigor.
§ 1o O comprovante de que trata o caput deste
§ 3o O pagamento da doação deve ser efetuado artigo pode ser emitido anualmente, desde que
até a data de vencimento da primeira quota ou discrimine os valores doados mês a mês.
quota única do imposto, observadas instruções
específicas da Secretaria da Receita Federal do § 2o No caso de doação em bens, o comprovan-
Brasil. te deve conter a identificação dos bens, median-
te descrição em campo próprio ou em relação
§ 4o O não pagamento da doação no prazo esta- anexa ao comprovante, informando também se
belecido no § 3o implica a glosa definitiva desta houve avaliação, o nome, CPF ou CNPJ e ende-
parcela de dedução, ficando a pessoa física obri- reço dos avaliadores.
gada ao recolhimento da diferença de imposto
devido apurado na Declaração de Ajuste Anual Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o doador
com os acréscimos legais previstos na legislação. deverá:
§ 5o A pessoa física poderá deduzir do impos- I - comprovar a propriedade dos bens, mediante
to apurado na Declaração de Ajuste Anual as documentação hábil;
doações feitas, no respectivo ano-calendário,
aos fundos controlados pelos Conselhos dos Di- II - baixar os bens doados na declaração de bens
reitos da Criança e do Adolescente municipais, e direitos, quando se tratar de pessoa física, e na
distrital, estaduais e nacional concomitantemen- escrituração, no caso de pessoa jurídica; e
te com a opção de que trata o caput, respeitado III - considerar como valor dos bens doados:
o limite previsto no inciso II do art. 260.
a) para as pessoas físicas, o valor constante da
Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260 última declaração do imposto de renda, desde
poderá ser deduzida: que não exceda o valor de mercado;
I - do imposto devido no trimestre, para as pes- b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos
soas jurídicas que apuram o imposto trimestral- bens.
mente; e
Parágrafo único. O preço obtido em caso de lei-
II - do imposto devido mensalmente e no ajuste lão não será considerado na determinação do
anual, para as pessoas jurídicas que apuram o valor dos bens doados, exceto se o leilão for de-
imposto anualmente. terminado por autoridade judiciária.
Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts.
dentro do período a que se refere a apuração do 260-D e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte
imposto. por um prazo de 5 (cinco) anos para fins de compro-
vação da dedução perante a Receita Federal do Brasil.
Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei
podem ser efetuadas em espécie ou em bens. Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela administra-
ção das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e
Parágrafo único. As doações efetuadas em es-
do Adolescente nacional, estaduais, distrital e muni-
pécie devem ser depositadas em conta específi-
cipais devem:
ca, em instituição financeira pública, vinculadas
aos respectivos fundos de que trata o art. 260. I - manter conta bancária específica destinada
exclusivamente a gerir os recursos do Fundo;
Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela administra-
ção das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e II - manter controle das doações recebidas; e
do Adolescente nacional, estaduais, distrital e munici-
pais devem emitir recibo em favor do doador, assina- III - informar anualmente à Secretaria da Receita
do por pessoa competente e pelo presidente do Conse- Federal do Brasil as doações recebidas mês a mês,
lho correspondente, especificando: identificando os seguintes dados por doador:
I - número de ordem; a) nome, CNPJ ou CPF;
II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica b) valor doado, especificando se a doação foi em
(CNPJ) e endereço do emitente; espécie ou em bens.
III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF) do doador; Art. 260-H. Em caso de descumprimento das obriga-
ções previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita
IV - data da doação e valor efetivamente rece- Federal do Brasil dará conhecimento do fato ao Minis-
bido; e tério Público.
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Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do tejam criados os conselhos dos direitos da crian-
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais ça e do adolescente nos seus respectivos níveis.
divulgarão amplamente à comunidade:
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tute-
I - o calendário de suas reuniões; lares, as atribuições a eles conferidas serão exercidas
pela autoridade judiciária.
II - as ações prioritárias para aplicação das polí-
ticas de atendimento à criança e ao adolescente; Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes
III - os requisitos para a apresentação de proje-
alterações:
tos a serem beneficiados com recursos dos Fun-
dos dos Direitos da Criança e do Adolescente 1) Art. 121 ............................................................
nacional, estaduais, distrital ou municipais;
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada
IV - a relação dos projetos aprovados em cada de um terço, se o crime resulta de inobservância
ano-calendário e o valor dos recursos previstos
de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou
para implementação das ações, por projeto;
se o agente deixa de prestar imediato socorro
V - o total dos recursos recebidos e a respectiva à vítima, não procura diminuir as conseqüên-
destinação, por projeto atendido, inclusive com cias do seu ato, ou foge para evitar prisão em
cadastramento na base de dados do Sistema de flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é
Informações sobre a Infância e a Adolescência; e aumentada de um terço, se o crime é praticado
contra pessoa menor de catorze anos.
VI - a avaliação dos resultados dos projetos be-
neficiados com recursos dos Fundos dos Direi- 2) Art. 129 ...............................................................
tos da Criança e do Adolescente nacional, esta-
duais, distrital e municipais. § 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer
qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º.
Art. 260-J. O Ministério Público determinará, em cada
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º
Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos in-
centivos fiscais referidos no art. 260 desta Lei. do art. 121.
3) Art. 136.................................................................
Parágrafo único. O descumprimento do dispos-
to nos arts. 260-G e 260-I sujeitará os infratores a § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é
responder por ação judicial proposta pelo Minis- praticado contra pessoa menor de catorze anos.
tério Público, que poderá atuar de ofício, a reque-
rimento ou representação de qualquer cidadão. 4) Art. 213 .............................................................
......Parágrafo único. Se a ofendida é menor de
Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos da Pre- catorze anos:
sidência da República (SDH/PR) encaminhará à Secre-
taria da Receita Federal do Brasil, até 31 de outubro de Pena - reclusão de quatro a dez anos.
cada ano, arquivo eletrônico contendo a relação atuali-
zada dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adoles- 5) Art. 214.................................................................
cente nacional, distrital, estaduais e municipais, com Parágrafo único. Se o ofendido é menor de ca-
a indicação dos respectivos números de inscrição no
torze anos:
CNPJ e das contas bancárias específicas mantidas em
instituições financeiras públicas, destinadas exclusiva- Pena - reclusão de três a nove anos.»
mente a gerir os recursos dos Fundos.
Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro
Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do Brasil de 1973, fica acrescido do seguinte item:
expedirá as instruções necessárias à aplicação do dis-
posto nos arts. 260 a 260-K. “Art. 102 ...................................................................
Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos 6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. “
da criança e do adolescente, os registros, inscrições e
Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráfi-
alterações a que se referem os arts. 90, parágrafo único,
e 91 desta Lei serão efetuados perante a autoridade ju- cas da União, da administração direta ou indi-
diciária da comarca a que pertencer a entidade. reta, inclusive fundações instituídas e mantidas
pelo poder público federal promoverão edição
Parágrafo único. A União fica autorizada a re- popular do texto integral deste Estatuto, que
passar aos estados e municípios, e os estados aos será posto à disposição das escolas e das entida-
municípios, os recursos referentes aos progra- des de atendimento e de defesa dos direitos da
mas e atividades previstos nesta Lei, tão logo es- criança e do adolescente.
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ANOTAÇÕES
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04 INFORMÁTICA
01 CONCEITOS BÁSICOS
02 COMPONENTES DE HARDWARE E SOFTWARE DE COMPUTADORES
03 SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS - NOÇÕES BÁSICAS
04 EDITORES DE TEXTO, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES
05 INTERNET E INTRANET
06 NAVEGADORES
07 CORREIO ELETRÔNICO
08 SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET
09 CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSORAS
10 DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS
11 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
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Memória ROM:
Silga para Read Only Memory (em português: me-
mória somente de leitura), tem como característica ser
o oposto da memória RAM, ou seja, seu conteúdo não
é perdido quando o computador é desligado, pois os
programas são gravados de forma permanente. Sendo
assim, não é possível alterá-los, funcionando somente
como leitura. Existem ainda dispositivos que são chamados de
uso misto ou híbridos, por funcionarem tanto como
dispositivos de entrada e de saída, como impressoras
Memória de massa: multifuncionais (que possuem a função de impressão
Tem grande capacidade de armazenamento, o que e de scanner em uma só, por exemplo), e o monitor
touch screen (que funciona como saída, ao reprodu-
a difere da memória RAM. Trabalha como uma me-
zir o vídeo do computador, e como entrada ao receber
mória auxiliar, retendo uma quantidade significativa
os toques do usuário que assim insere informações no
de informações.
computador).
Todos os progamas, aplicativos e arquivos ficam
nela instalados. Pode ser dividida em HD (Hard Drive
Impressoras:
ou Disco Rígido), Flash Memory (ou pen drive) e SSD
(Solid State Drive ou memória em estado sólido). Matricial: modelo de impressora de menor re-
solução, é composta por um cabeçote de várias
agulhas enfileiradas. São mais lentas e baru-
BIOS: lhentas, mas por outro lado tem seu custo de
Sigla para BASIC INPUT / OUTPU SYSTEM, ou impressão mais barato. Utilizadas para impres-
seja, sistema básico de controle de entrada e saídas do são de formulários contínuos e carbonados.
computador. Cabe ressaltar alguns conceitos dentro
Jato de tinta: possui uma qualidade de impres-
da ideia de BIOS:
são maior e uma boa rapidez em seu funciona-
mento em comparação às impressoras matri-
Setup: programa que permite a configuração ciais. Possuem como características serem mais
dos componentes instalados no computador, silenciosas e a possibilidade de impressões colo-
como data, hora, sequencia de inicialização ridas. São abastecidas com cartuchos de tintas.
(boot), senha de acesso, etc.
De laser: Mais complexas, pois ‘montam’ a pá-
POST: autoteste de inicialização, onde é verifi- gina antes de imprimí-la, utilizando uma espé-
cado o funcionamento de vários componentes cie de laser para desenhar figuras e caracteres.
do computador. Possuem um cilindro, o qual libera pequenos
pontos de tinta, e onde o papel é queimado para
fixar a tinta. Sua qualidade é maior, sendo tam-
Dispositivos de entrada e saída:
bém silenciosas e rápidas. Entretanto, seu custo
Frequentemente associados à expressão E/S (en- é maior.
trada e saída) ou I/O (Input/Output). São exemplos
de dispositivos de entrada o mouse, teclado, monitor, Scanners:
webcam.
Dispositivo de entrada de dados. É através dele
que são digitalizadas fotos e documentos. Como visto,
existem impressoras multifuncionais, que fazem tanto
a impressão como a digitalização.
Estabilizador:
Já exemplo de dispositivos de saída são o monitor, Utilizado para proteger o computador e seus pe-
impressora, caixas de som, entre outros. riféricos contra danos causados por picos de energia.
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Informática
No-Break: VGA:
Mais eficaz do que o estabilizador, funciona com VGA é a sigla correspondente a Video Graphics
um transferidor de energia, ou seja, impede que o com- Array, utilizada para se referir ao conector de vídeo das
putador seja desligado quando haja queda de energia, placas gráficas. Este conector é utilizado em cabos para
ou seja, é automaticamente ligado quando a energia conexão ao computador e em dispositivos de saída,
acaba e permanece transferindo energia ao computa- como placas de vídeo e monitores. O padrão VGA foi
dor enquanto possuir autonomia. inventado pela IBM, sendo em sua época o único capaz
de reproduzir uma maior quantidade de cores (até 256).
Esta autonomia depende do no-break, de acordo
com seu tipo, marca, preço, etc. Cabe ressaltar que no cabo encontra-se a versão “ma-
cho” do conector, que irá ser colocada nos dispositivos
USB: de saíde; por sua vez, nos dispositivos de saída encon-
tra-se a versão fêma, que irá “receber” a versão macho.
Sigla para Universal Serial Bus, é uma interface de
comunicação entre a placa principal e os periféricos.
É uma conexão PnP - Plug and Play, ou seja, ‘ligar e
usar’, podendo ser conectado e desconectado sem a
necessidade de desligar o computador. Vale a pena co-
nhecer o símbolo que representa o USB, para fins de
concurso:
Slots:
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6
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Informática
A Lixeira:
WINDOWS
Quando você exclui um arquivo ou pasta, eles
Sistema Operacional criado pela Microsoft, sendo
não são excluídos imediatamente, mas sim vão para a
atualmente o mais utilizado no mundo em computa-
Lixeira. Caso o usuário precise de um arquivo excluí-
dores pessoais. Sua versão mais recente é o Windows
do, poderá obtê-lo de volta. Basta acessar a lixeira, cli-
10. Entretanto, dados apontam que a versão mais utili-
car duas vezes sobre o arquivo e clicar em ‘restaurar’.
zada ainda é o Windows 7.
O arquivo voltará ao local de onde foi excluído.
ÁREA DE TRABALHO
MENU INICIAR
Ícones:
Representação gráfica de um programa, pasta ou
arquivo. Os ícones constituem a área de trabalho, e
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É possível usar o menu Iniciar para fazer as seguin- - A área de notificação, que inclui um relógio e
tes atividades: ícones (pequenas imagens) que comunicam o
status de determinados programas e das confi-
- Iniciar programas gurações do computador.
- Obter ajuda
- Desligar o computador
A barra de tarefas localiza-se na parte inferior da Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada,
tela. Ao contrário da área de trabalho, esta fica visível mas continua em execução. É possível saber que ela
quase o tempo todo. Possui quatro seções principais: ainda está em execução porque seu botão na barra de
tarefas.
- O botão Iniciar , que abre o menu Iniciar. Hoje,
na versão do Windows 8, não se abre mais uma
janela de menu Iniciar. A interface é dedicada
totalmente a ele no Windows 8. Antes todos os
programas eram acessados através do botão
Iniciar. Nesta nova versão, são dispostos nesta
nova interface gráfica que inclui aplicativos, do-
cumentos e a barra de pesquisa.
8
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Informática
CTRL+C: Copiar
CTRL+X: Recortar
CTRL+V: Colar
PARTES BÁSICAS DE UMA JANELA
CTRL+Z: Desfazer
Embora seu conteúdo seja diferente, todas as jane-
CTRL+B: Negrito
las possuem uma organização comum:
CTRL+U: Sublinhado
CTRL+I: Itálico
CTRL+ESC: Abre o menu Iniciar ALT+SETA PARA BAIXO: Abre uma caixa de listagem
suspensa
ALT+TAB: Alterna entre programas abertos
ALT+TAB: Alterna para outro programa aberto (segure a
ALT+F4: Encerra o programa tecla ALT e pressione a tecla TAB para ver a janela de
troca de tarefas)
SHIFT+DELETE: Exclui o item permanentemente
SHIFT: Pressione e mantenha pressionada a tecla SHIFT
Logotipo Windows+L: Bloqueia o computador (sem usar enquanto insere um CD-ROM para ignorar o recurso de
CTRL+ALT+DELETE) execução automática
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ALT+ESPAÇO: Exibe a janela principal do menu F6: Move entre painéis no Windows Explorer
Sistema (do menu Sistema é possível restaurar, mover,
redimensionar, minimizar, maximizar ou fechar a janela). CTRL+G: Abre a ferramenta Ir Para a Pasta (somente no
Windows Explorer do Windows 95)
ALT+- (ALT+hífen): Exibe o menu Sistema da janela
filho da interface MDI (no menu Sistema da janela filho CTRL+Z: Desfaz o último comando
da MDI, é possível restarurar, mover, redimensionar,
minimizar, maximizar ou fechar a janela filho) CTRL+A: Seleciona todos os itens na janela atual
CTRL+TAB: Alterna para a próxima janela filho de um BACKSPACE: Alterna para a pasta pai
programa de interface MDI.
SHIFT+clique+botão Fechar: Em pastas, fecha a pasta
ALT+letra sublinhada no menu: Abre o menu atual e todas as pastas pai
Windows XP:
Para copiar um arquivo: O Windows XP foi uma versão do Windows pro-
Pressione e mantenha pressionada a tecla CTRL en- duzida pela Microsoft para uso em computadores pes-
quanto arrasta o arquivo para outra pasta. soais, incluindo residenciais e de escritórios. O Nome
XP deriva de ‘eXPerience’.
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criticado por diversas falhas de segurança, bem como A tela inicial também pode ser personalizada de
por erros existentes na integração do sistema operacio- acordo com o usuário, possuindo uma interface mais
nal com aplicativos com Internet Explorer e Windows moderna e interativa, como visto na figura abaixo:
Media Player.
Windows Vista:
LINUX
Windows 8:
Linux é um sistema operacional, que como já visto
Última versão lançada do Windows, tem como ca- é o programa responsável pelo funcionamento geral
racterística ser um sistema operacional mais estável, do computador, funcionando como uma espécie de
com visual simples e um desempenho melhor em rela- ponte entre o hardware (monitor, teclado, mouse) e o
ção às suas versões anteriores. software (aplicativos).
Tem como grande diferencial a interação com o Esse sistema operacional utiliza o Núcleo Linux,
usuário através do sistema Touch Screen, ou seja, desenvolvido pelo finlandês Linus Torvalds. O códi-
é através de toques na tela que o usuário irá aces- go fonte desse sistema está disponível gratuitamente,
sar seu sistema operacional e suas funcionalidades. para que todos possam usá-lo, estuda-lo e até mesmo
Entretanto, o Windows mantém a possibilidade de uso modifica-lo da maneira que bem entenderem.
do teclado e do mouse para aqueles usuários já fami-
liarizados com as versões anteriores. O Linux é muito utilizado em escritórios e micro
e pequenas empresas em geral. Por possuir o código
Possui também o novo menu Iniciar com o estilo fonte aberto, vários programadores do mundo intei-
chamado Metro, ou seja, ao mover o cursor do mouse ro ajudaram a desenvolve-lo e atualiza-lo ao longo do
para o canto inferior esquerdo (local padrão do Menu tempo.
Iniciar), é possível acessar os arquivos e programas de
maneira clássica, assim como acessar os aplicativos di- Esta é sua maior vantagem, pois cada um pode
retamente da Windows Store. modifica-lo de acordo com suas necessidades, e ele se
encontra em constante atualização, fazendo com que
Outro ponto interessante está na barra de tarefas, suas correções e adaptações sejam mais ágeis do que
onde o usuário poderá visualizar todos os aplicati- o Windows.
vos abertos no momento, tanto os da área de trabalho
(como nas versões anteriores) como os aplicativos da Por ser gratuito, sua utilização é cada vez maior em
Windows Store. ambientes empresariais, devido ao alto custo de seu
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CTRL + Y IR PARA
Salvar e Enviar:
CTRL + Z DESFAZER
COMANDO É possível enviar seu documento por e-mail, sal-
var na web, para sharepoint, publicar como postagem
Interessante discursarmos sobre alguns pontos re- ou ainda alterar o tipo de arquivo e criar documentos
levantes em relação ao Word. PDF e XPS, como já visto.
É possível:
ü Aumentar (Ctrl+>);
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ü Reduzir (Ctrl+<);
ü Negrito (Ctrl+N);
ü Itálico (Ctrl+I);
ü Sublinhado (Ctrl+S);
ü Subscrito (Ctrl+=);
ü Sobrescrito (Ctrl+Shift+=);
ü Tachado;
ü Maiúscula;
ü Minúscula;
ü Cor da fonte;
ü Limpar formatação.
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Layout da página:
QUEBRA DE PÁGINA CTRL + ENTER
Nesta aba, além da formatação das colunas, é pos- QUEBRA DE COLUNA CTRL + SHIFT + ENTER
sível determinar o tamanho do documento, margens, QUEBRA DE LINHA SHIFT + ENTER
orientação (retrato ou paisagem), entre outros.
A figura a seguir é auto-explicativa, trazendo os
modos de quebra presentes no Microsoft Word:
Tal recurso é possível também na aba Tamanho, na As quebras de seções são muito utilizadas para
qual se tem tamanhos padronizados de papelo como aplicar uma formatação diferente para cada parte de
Carta, A4, A3, e ainda é possível determinar outros cli- um documento. É possível, por exemplo, definir uma
cando em Mais Tamanhos de Papel. página com duas colunas e a próxima com três, por
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exemplo. É possível também utilizar diferentes forma- Já para mesclar as células basta selecioná-las e ao
tações como Margens, orientação, bordas, alinhamen- clicar com o botão direito, aparecerá a opção Mesclar
to, cabeçalhos, colunas, numeração, entre outros. Células.
Localizar e Subsittuir:
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pedaços do texto no documento. Em Substituir, pode- Adicionar ao dicionário: a palavra tida como
se efetuar a substituição de palavras e fragmentos de errada será adicionada ao dicionário do Word,
texto. Já na opção Selecionar, pode-se selecionar todo sendo considerada como certa daquele momen-
o texto do documento, somente objetos ou ainda todo to em diante. Tem utilidade em eventuais pala-
o texto com formatação semelhante. vras que o Word não reconhece como certas.
Na localização avançada, pode-se buscar textos, Alterar: ao clicar em Alterar, o Word irá modi-
fontes, tipos de parágrafo, quadros, entre outros: ficar a palavra (ou expressão) destacada pela
opção mostrada na caixa abaixo. Caso o usuário
queira trocar por outra palavra, deve selecioná
-la dentre as opções demonstradas. Se o usuá-
rio escolher a opção Alterar todas, o Word irá
efetuar a troca em todas as palavras (ou expres-
sões) iguais à palavra em questão.
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Linhas, Colunas e Células: Existem outras opções dentro da célula, como “que-
brar o texto automaticamente”, a qual quebra o texto
Célula é o espaço correspondente à intersecção de em várias linhas dentro de uma mesma célula; “redu-
uma Coluna e uma Linha, formando o que se chama zir para caber”, que reduz o tamanho dos caracteres
de Endereço. As Colunas são representadas pelas le- da fonte para que seus dados caibam dentro da coluna.
tras (A, B, C e assim por diante) e as Linhas por núme-
ros (1, 2, 3, etc). Assim sendo, ao encontro da Coluna C Pode-se também utilizar as opções de borda para
com a Linha 8, tem-se a Célula C8. configurar a célula, como demonstra a figura a seguir:
Pode-se inserir várias informações na célula. Para
isso, basta usar a tecla TAB (ou ENTER) ou o mouse
para ativar a célula e assim digitar o que se pretende
inserir nela.
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Formatando as células:
Usando a caixa Formatar Células é possível padro- Veja que existem diversas opções dentro da caixa
nizar o conteúdo destas. Formatar Células. A primeira opção determina os ti-
pos exemplificados na figura anterior. Os Outros são:
Alinhamento:
Fonte:
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Operadores aritméticos:
Operador Significado
+ Adição
- Subtração ou negação
* Multiplicação
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Referências em fórmulas:
REFERÊNCIA SIGNIFICADO
Neste exemplo, LEG1, LEG2 e LEG3 são as
A5 Célula na intersecção da Coluna A Legendas do Gráfico. ANO1, ANO2 e ANO3 são os
e da Linha 5 títulos de gráfico utilizados. Importante ressaltar que
a qualquer momento o usuário pode modificar o tipo
A5:A10 Intervalo de células da Coluna A,
de gráfico, migrando os valores para o formato pizza,
entre linhas 5 e 10
barra, etc. É possível também alterar cores de preen-
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chimento da área do gráfico, cores do texto, fontes, ta- É possível também imprimir a planilha inteira ou
manho, entre diversas outras propriedades. somente um intervalo de células, bastando para isso
selecioná-las antes de clicar na opção Imprimir.
Impressão:
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Para adicionar formas, vá em Inserir e depois em Guia Slides: Exibe os slides em miniaturas en-
Formas. Selecione a forma desejada, clique em qual- quanto a edição é feita. Aqui é possível também edital,
quer parte do slide e arraste para desenhar a forma. adicionar ou excluir slides mais rapidamente.
ü De classificação de slides;
ü De exibição de anotações;
Por fim, para adicionar imagens, tem-se mais de
uma opção. Para imagens salvas em sua unidade local ü Apresentação de slides;
ou servidor interno, clique em Imagens em meu PC;
para inserir uma imagem oriunda da Internet, clique ü Leitura;
em Imagens Online e utilize a caixa de pesquisa para
encontra-la. ü Mestres:
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Anotações: Animações:
Existem basicamente quatro tipos de efeitos de ani-
mação:
INTERNET
Slide Mestre:
Conjunto de redes de computadores conectados
Considerado um slide principal, que serve de base
pelo protocolo de comunicação TCP/IP, que permite
para os outros em uma apresentação, pois traz infor-
ampla variedade de recursos e serviços e possibilita
mações de tema, design, títulos e outros itens a serem
transferência de dados. Possui uma estrutura que pos-
utiizados.
sibilita a utilização de serviços como correio eletrôni-
Cada apresentação deve ter ao menos um slide co, sítios de busca e pesquisa, dentre outras.
mestre. Ao alterar um slide mestre, todos os slides a
ele vinculados são alterados. Conceitos básicos:
Host: máquina ou computador conectado a alguma
Layout de slides: rede.
Na aba da Página Inicial, é possível escolher um Roteador: equipamento que possibilita a comunica-
dos nove Temas do Office pré-definidos: ção entre várias redes de computadores.
Protocolos TCP/IP:
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IMAP: Para acesso do email. Porta143 Esquema: onde é digitado ‘http’, ou seja, indica o
protocolo a ser utilizado; servidor: local que hospeda
DNS: Resolução de nomes para IP. Porta 53 a página ou documento acessado; porta: forma como o
DHCP: Configuração dinâmica de IP. Porta 67 navegador acessará o servidor; caminho: indica espe-
cificamente o documento ou página acessada.
FTP: Transferência de arquivos. Porta 20 e 21
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TEO.BR Teólogos
TRD.BR Tradutores
PROFISSIONAIS LIBERAIS
VET.BR Veterinários
SOMENTE PARA PESSOAS FÍSICAS
ZLG.BR Zoólogos
ADM.BR Administradores
ADV.BR Advogados
ARQ.BR Arquitetos
PESSOAS JURÍDICAS
ATO.BR Atores
SEM RESTRIÇÃO
BIO.BR Biólogos
AGR.BR Empresas agrícolas, fazendas
BMD.BR Biomédicos
ART.BR Artes: música, pintura, folclore
CIM.BR Corretores
ESP.BR Esporte em geral
CNG.BR Cenógrafos
ETC.BR Empresas que não se enquadram nas
CNT.BR Contadores outras categorias
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MP.BR Instituições do Ministério Público Rede que utiliza a mesma tecnologia, protocolos,
serviços e aplicativos usados na Internet, mas voltada
ao acesso corporativo. Tem como característica ser res-
trito a um grupo de pessoas (funcionários), com con-
CONTROLES ACTIVE X trole através de login e senha.
São pequenos programas de extensão OCX, tam- Extranet: acesso à Internet fora da empresa ou liga-
bém denominados complementos, utilizados na inter- ção entre Intranets de duas ou mais empresas.
net para melhorar a navegação.
CONFIGURAÇÃO DE PROXY
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PRINCIPAIS ATALHOS
Localizar nesta página Ctrl+F
Ir para a próxima página Alt+Seta para a Direita Reabrir a última guia Ctrl+Shift+T
fechada
Ir para a página anterior Alt+Seta para a esquerda
ou Backspace Fechar a janela atual (se Ctrl+W
apenas uma guia estiver
Exibir o menu de atalho de Shift+F10 aberta)
um link
Salvar a página atual Ctrl+S
Mover-se para frente Ctrl+Tab ou F6
entre quadros e elementos Imprimir a página atual ou Ctrl+P
do navegador (funciona a moldura ativa
apenas se a navegação com
Ativar um link selecionado Inserir
guias estiver desativada)
Abrir os favoritos Ctrl+I
Mover-se para trás entre Ctrl+Shift+Tab
quadros (funciona apenas Abrir o histórico Ctrl+H
se a navegação com guias
estiver desativada) Abrir o Gerenciador de Ctrl+J
Download
Voltar ao início de um Seta para Cima
documento Abrir o menu Página (se a Alt+P
Barra de comandos estiver
Ir para o final de um Seta para Baixo visível)
documento
Abrir o menu Ferramentas Alt+T
Voltar ao início de Page Up (se a Barra de comandos
um documento em estiver visível)
incrementos maiores
Abrir o menu Ajuda (se a Alt+H
Ir para o fim de Page Down Barra de comandos estiver
um documento em visível)
incrementos maiores
Aumentar o zoom (+ 10%) Ctrl+Sinal de adição
Mover-se para o início de Home
um documento Diminuir o zoom (- 10%) Ctrl+Sinal de subtração
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Informática
Acessibilidade:
Segurança e Personalização:
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Página atual:
Janelas & Abas:
Comando Atalho
Recortar Ctrl+X
Apagar Delete
Colar Ctrl+V
Refazer Ctrl+Y
Selecionar
Ctrl+A
tudo
Desfazer Ctrl+Z
Busca:
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Informática
Atalhos de texto:
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2. Indexar: todo o conteúdo varrido será indexa- O Google atualmente é uma das maiores empresas
do, ou seja, será analisado e armazenado; no ramo da Informática e Internet no mundo. Seu me-
canismo de busca é, de longe, o mais utilizado e o que
3. Rankear: depois de buscado e indexado, o
oferece melhores resultados aos usuários. Tal eficiên-
link será ranqueado de acordo com sua impor-
cia é obtida pela tecnologia utilizada na busca, a cha-
tância e relevância para o mecanismo;
mada PageRank, um sistema que classifica as páginas
da Internet de acordo com a sua importância.
4. Apresentar o resultado: aqui, temos o resulta-
do de todo o processo anterior, disponibilizan- O Google também armazena muitas páginas em ca-
do ao usu che, ou seja, seu conteúdo pode ser buscado e acessado
mesmo quando a página está offline (fora do ar). Se a
Existem diversas classificações de mecanismos de página buscada não estiver mais no ar, basta clicar na
busca. Para fins didáticos, aqui iremos utilizar duas: opção “em cache”, um link ao lado do resultado da
Globais: como Google, Yahoo e Bing, pesqui- busca, e acessar o conteúdo da página buscada.
sam todas as páginas e documentos da Internet, Para se ter melhor sucesso nas pesquisas na
com seu resultado sendo aleatório e dependen- Internet, faz-se necessário utilizar palavras-chave em
do de diversos fatores. vez de termos genéricos.
Verticais: efetuam buscas especializadas, de Por exemplo, em vez de se buscar Apostila para
acordo com seus objetivos. Podem ser utiliza- Concursos da Polícia Rodoviária Federal, melhor é
dos de forma comercial, como BuscaPé, Catho buscar Apostila Polícia Rodoviária Federal , ou ainda
e outros. Apostila PRF.
Locais: são essencialmente regionais, direcio- O Google ignora palavras e caracteres comuns, bem
nado a busca principalmente para empresas e como descarta termos como http e .com e letras e dí-
prestadores de serviços. Listão e GuiaMais são gitos isolados. Dica: utilizar o sinal “+” inclui palavras
exemplos deste tipo. descartáveis na busca. Letras maiúsculas e minúsculas
não interferem no mecanismo de busca.
De busca local: são de busca nacional, listan-
Também é possível se buscar Imagens, Mapas,
do as empresas mais próximas do usuário de
Notícias, vídeos no YouTube, assim como refinar sua
acordo com dados advindos de coordenadas de
busca de acordo com a data, idioma, local, entre outras
GPS.
preferências. E ao clicar no botão “Estou com sorte”, o
Diretórios de websites: são verdadeiros índices Google leva o usuário para a primeira página obtida
de sites, organizando-os por categorias e subca- com o resultado da pesquisa.
tegorias. O botão ‘estou com sorte’ do Google faz com que o
usuário seja direcionado diretamente à primeira pági-
Outra classificação é a seguinte: na resultante da pesquisa. Assim, nenhum outro resul-
tado é disponibilizado, diminuindo o tempo de busca.
- Mecanismos de Busca Crawler-based: como
o Google, que utiliza os passos expostos ante-
riormente;
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Para instalar um driver de impressora no Win- Na caixa de diálogo Imprimir, na lista Nome da im-
dows XP: pressora, selecione a impressora que você deseja usar.
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Alterar a resolução de uma imagem: Talvez seja necessário clicar duas vezes na imagem
para selecioná-la e abrir a guia Formatar.
Quando você não precisa de cada pixel de uma
imagem para ter uma versão aceitável dela no desti- Para alterar a resolução somente das imagens se-
no, é possível reduzir ou alterar a resolução. Reduzir lecionadas e não de todas as imagens do documento,
ou alterar a resolução pode ser eficaz com imagens marque a caixa de seleção Aplicar somente a esta ima-
que você dimensionou para serem menores, pois seus gem.
pontos por polegada (dpi) na verdade aumentam nes- Limpar a caixa de seleção Aplicar somente a esta
se caso. Alterar a resolução pode afetar a qualidade da imagem substituirá quaisquer alterações anteriores
imagem. que você tenha feito para outras imagens individuais
Clique nas imagens cuja resolução você deseja al- neste documento.
terar.
Impressões em escala de cinza ou colorida:
Em Ferramentas de Imagem, na guia Formatar, no
grupo Ajustar, clique em Compactar Imagens. Existem dois meios para acessar a tela de preferên-
cias. O primeiro é a partir do Painel de Controle, na
Caso você não veja as guias Ferramentas de opção “Impressora”. A partir disso é só selecionar seu
Imagem e Formatar, verifique se selecionou uma ima- equipamento, clicar com o botão direito sobre ele e se-
gem. Talvez seja necessário clicar duas vezes na ima- lecionar “Preferências de impressão”.
gem para selecioná-la e abrir a guia Formatar.
O segundo modo é para quem quer imprimir algo
Para alterar a resolução somente das imagens se- do Word ou de outro programa. Aperte os botões Ctrl+P
lecionadas e não de todas as imagens do documento, para que uma nova tela seja aberta. Então, ao lado do
marque a caixa de seleção Aplicar somente a esta ima- nome do equipamento, clique em “Preferências” ou
gem. “Propriedades”.
Em Saída-alvo, clique na resolução desejada. Ao selecionar o modo de cor como “Preto e Branco”
ou “Escala de cinza”, tudo é impresso utilizando ape-
nas tinta preta. Já a impressão “Colorida” ou “Em co-
Definir a resolução padrão de imagem para todas res” possibilita a impressão com todas as cores presen-
as imagens em um documento: tes no documento.
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OCR é um acrónimo para o inglês Optical Character Este segundo processo é muito mais demorado,
Recognition, é uma tecnologia para reconhecer carac- pois para cada letra é preciso gerar todo um novo con-
teres a partir de umarquivo de imagem ou mapa de junto de caracteres gráficos.
bits sejam eles escaneados, escritos a mão, datilogra-
fados ou impressos. Dessa forma, através do OCR é Se mesmo com o exame minucioso, não for possível
possível obter um arquivo de texto editável por um reconhecer o caractere, o programa poderá utilizar um
computador. corretor ortográfico para corrigir erros ou preencher
espaços vazios.
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Preparação do documento para digitalização: com o qual vai se comunicar. Os usuários também de-
vem podem reconhecer a identidade do sistema.
A preparação dos documentos consiste em:
(3) ordenar as folhas de forma que elas estejam A garantia de que o sistema funcionará e terá seu
na sequência definida no projeto e desempenho de acordo o esperado.
Garantia de que uma informação não será acessada Também conhecidos como vírus mutantes, têm a
por um terceiro não autorizado. capacidade de alterar seu tipo a cada infecção, dificul-
tando assim o seu combate.
Integridade:
Vírus por email:
Garantia de que a informação não será alterada
sem autorização. Entende-se também que o sistema de Normalmente este tipo de vírus é ‘acoplado’ a um
segurança deve estar sempre em condições de uso por arquivo que é anexado junto ao email. Para que ocorra
parte do interessado. a infecção, é necessário que o usuário execute o arqui-
vo ou que o programa de emails esteja configurado
para efetuar a auto-execução. Isto feito, o programa de
Disponibilidade: emails passa a enviar cópias de si mesmo para outros
destinatários existentes na lista de contatos do usuário.
Garantia de que o sistema de informações estará
sempre disponível ao usuário, ou seja, dados essen-
ciais ao funcionamento devem estar disponíveis o WORMS
tempo todo. Programa que utiliza a estrutura de rede para se
propagar. Afeta a velocidade desta estrutura, vez que
ele se copia de computador para computador. Sendo
Autenticidade:
assim, não precisa de hospedeiro nem ser executado
O sistema deve conseguir conhecer e reconhecer a pelo usuário, se propagando através de vulnerabilida-
identidade dos usuários ou do sistema de informações des existentes.
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Hijackers: Antispam:
Programas seqüestradores, que manipulam o nave- Classificam emails como indesejados, fazendo com
gador do usuário, impossibilitando que a vítima altere que o usuário nem chegue a acessa-los.
sua página inicial, tenha acesso a determinados sites,
ou ainda instalando barras de ferramentas e pop-ups
(janelas que se abrem automaticamente) no navega- VPN:
dor.
Sigla para Virtual Private Network, espécie de rede
privativa virtual que utiliza a Internet para fazer a co-
Rootkit: municação de dados e sistemas de forma segura, seja
Programa que se camufla no sistema, impossibili- entre computadores, seja entre redes. Em concursos, é
tando sua identificação. Trata-se de uma praga de téc- comum a utilização de termos como túneis seguros e/
nicas avançadas, e por isso não usualmente cobrada. ou tunelamento.
Phising: Antivírus:
Não se trata de um programa, e sim de uma técni- Programas que protegem os sistemas contra os cha-
ca de fraude utilizada para ‘pescar’ a vítima e faze-la mados vírus de computador. São preventivas e corre-
cair num golpe. Tem como característica parecer uma tivas, ou seja, agem para prevenir o acesso dos vírus
pessoa ou empresa confiável e solicitar à vítima que ao computador. Entretanto, caso esta prevenção falhe,
informe dados pessoais e/ou bancários, através de for- atuam para eliminar a ação destes vírus e retira-los
mulários e páginas falsas, emails que parecem verda- do sistema. Exemplos: Norton Antivírus, AVG, Avast,
deiros, etc. McAfee, etc.
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BACKUP
Backup Diário:
Copia os arquivos selecionados pelo usuário, cria-
dos ou alterados em uma data específica. Não marca
todos os arquivos (não os deixa marcados como pas-
sados por backup).
Backup Normal:
Copia todos os arquivos selecionados pelo usuário,
deixando-os marcados.
Backup Incremental:
Copia somente os arquivos novos ou alterados des-
de o último backup. Marca todos os arquivos.
Backup Diferencial:
Igual ao Incremental, entretanto não, porém não
marca todos os arquivos.
ANOTAÇÕES
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05 ATUALIDADES
01 INTRODUÇÃO
02 TELEJORNAIS, RÁDIOS E SITES DE INTERNET
03 ASPECTOS GERAIS DA GEOGRAFIA DO BRASIL
04 CULTURA
05 DESCOBERTAS E INOVAÇÕES CIENTÍFICAS
06 MEIO AMBIENTE
07 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
08 RECURSOS MINERAIS
09 FONTES ENERGÉTICAS BRASILEIRAS
10 FATOS E NOTÍCIAS RECENTES
11 PARANÁ
12 POLÍTICAS PÚBLICAS
13 ASPECTOS RELEVANTES DAS RELAÇÕES ENTRE OS ESTADOS E
POVOS
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4
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Atualidades
ECONOMIA
04 CULTURA
O Brasil desenvolve em seu território atividades
Como visto, neste ponto o edital é muito genérico.
dos setores primário, secundário e terciário. Esse últi-
Ficaremos aqui com alguns conceitos, especialmen-
mo é o destaque do país, responsável por mais da me-
te em relação à contribuição dos povos na formação
tade do seu Produto Interno Bruto (PIB) e pela geração
da identidade nacional. Denomina-se por cultura o
de 75% de seus empregos.
conjunto de formas e expressões que caracterizam no
Um dos propulsores do desenvolvimento econô- tempo uma sociedade determinada. Neste conceito
mico brasileiro dos últimos anos, o setor terciário, incluem-se os costumes, crenças, práticas comuns, re-
que corresponde à venda de produtos e aos serviços gras, normas, códigos, vestimentas, religiões, rituais e
comerciais oferecidos à população, é ainda uma das maneiras de ser que predominam na maioria das pes-
razões do aumento da competitividade interna e ex- soas que determinado grupo social.
terna do Brasil, acelerando o seu progresso tecnológi- Assim, o “patrimônio cultural” pode ser definido
co. Segundo a Central Brasileira do Setor de Serviços como um bem (ou bens) de natureza material e imate-
(CEBRASSE), das 500 maiores empresas no Brasil, 124
rial considerado importante para a identidade da so-
atuam nesse setor.
ciedade. Segundo artigo 216 da Constituição Federal,
Nessas empresas destacam-se, sucessivamente, as configuram patrimônio cultural brasileiro “as formas
atividades de telecomunicações, serviços públicos, tec- de expressão; os modos de criar; as criações científicas,
nologia e computação, além das comunicações. Para o artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos,
investidor estrangeiro são várias as opções de negócio edificações e demais espaços destinados às manifesta-
no país, como o comércio de veículos, objetos pessoais ções artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e
e domésticos, combustíveis, alimentos, além das ati- sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueo-
vidades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às lógico, paleontológico, ecológico e científico.”
empresas. No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e
A indústria, parte do setor secundário, é também Artístico Nacional (Iphan) é responsável por promover
um setor de grande importância na formação da rique- e coordenar o processo de preservação e valorização
za nacional. Com destaque na produção de bens de ca- do Patrimônio Cultural Brasileiro, em suas dimensões
pital, ela tem na região Sudeste, em especial a Região material e imaterial. Os bens culturais imateriais estão
Metropolitana de São Paulo, a maior concentração do relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às
país. Por categoria de uso, essa atividade divide-se práticas, ao modo de ser das pessoas.
em indústrias de bens de capital, bens intermediários, Desta forma podem ser considerados bens imate-
bens de consumo duráveis, semiduráveis e não durá- riais: conhecimentos enraizados no cotidiano das co-
veis. munidades; manifestações literárias, musicais, plás-
ticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a
A indústria de capital (produtora de bens que serão
vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento
utilizados no processo produtivo, como máquinas e
equipamentos) é um dos destaques entre as categorias e de outras práticas da vida social; além de mercados,
no Brasil, tanto em termos de produção física, quanto feiras, santuários, praças e demais espaços onde se
em termos de faturamento. Os produtos mais vendi- concentram e se reproduzem práticas culturais.
dos da indústria brasileira são o óleo diesel, minério Na lista de bens imateriais brasileiros estão a fes-
de ferro beneficiado, automóveis com cilindradas, ga- ta do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Feira de
solina automotiva (exceto para aviação), óleos brutos Caruaru, o Frevo, a capoeira, o modo artesanal de fa-
de petróleo, álcool combustível, telefones celulares, zer Queijo de Minas e as matrizes do Samba no Rio
açúcar cristal e cervejas ou chope. de Janeiro, etc. O patrimônio material é formado por
um conjunto de bens culturais classificados segundo
Já o setor primário no Brasil, dividido em ativi-
sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico;
dades de agricultura, pecuária, extrativismo vegetal,
histórico; belas artes; e das artes aplicadas.
caça, pesca e mineração, tem como destaque a agro-
pecuária. Essa atividade, que faz uso do solo para o Eles estão divididos em bens imóveis – núcleos
cultivo de plantas e a criação de animais, é responsável urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens
por cerca de 27% do PIB do Brasil, aproximadamente individuais – e móveis – coleções arqueológicas,
42% de suas exportações totais em 2009 e mais de 17 acervos museológicos, documentais, bibliográficos,
milhões de empregos. Além disso, o Brasil é o respon- arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinemato-
sável pelo fornecimento de 25% do mercado mundial gráficos. Entre os bens materiais brasileiros estão os
de alimentos. Líder mundial em vários setores, o país conjuntos arquitetônicos de cidades como Ouro Preto
tem no café, açúcar, álcool (a partir da cana-de-açúcar) (MG), Paraty (RJ), Olinda (PE) e São Luís (MA) ou pai-
e suco de laranja algumas de suas principais produ- sagísticos, como Lençóis (BA), Serra do Curral (Belo
ções e exportações. Também importante, em primeiro Horizonte), Grutas do Lago Azul e de Nossa Senhora
lugar nas vendas externas, são o complexo de soja(fa- Aparecida (Bonito, MS) e o Corcovado (Rio de Janeiro),
relo, óleo e grão), a carne bovina e a carne de frango. entre muitos outros.
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Atualidades
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2. Manipulação de DNA:
14. Você não está sozinho (2012):
Uma enzima chamada CRISPR é a nova ferramen-
Pesquisas ao longo dos últimos anos levaram à con- ta para edição de códigos genéticos. Apesar de ela ter
clusão de que cada um de nós abriga dez vezes mais sido descoberta em 2007, por produtores de iogurte,
bactérias do que células humanas. Para não falar em seu uso só foi aprimorado pela ciência em 2012 e, ape-
outros micro-organismos. Cientistas de um projeto nas em 2015, se popularizou. Foram descobertos este
que reúne quase 80 instituições anunciaram, em 2012, ano infinitos usos para a enzima, que já foi capaz de
ter identificado todo o microbioma humano, ou seja, os alterar genomas de embriões humanos.
trilhões de bactérias e vírus que vivem no nosso corpo.
Com ela, também foram “criados” cachorros super-
Cada pessoa abriga cerca de 10 mil espécies dife- musculosos, porcos imunes a qualquer vírus e até um
rentes de micro-organismos. “Essas descobertas revo- tipo de trigo que resiste às pragas das plantações. Sem
lucionam nossa noção de saúde e doença”, comenta o dúvida, uma descoberta e tanto para todas as áreas de
infectologista Reinaldo Salomão, professor titular da conhecimento: da medicina à agricultura.
Universidade Federal de São Paulo, lembrando que
vários estudos já associaram doenças como a obesida-
de a alterações na flora bacteriana. 3. Um novo antibiótico:
Depois de mais de 25 anos sem nenhum novo re-
15. Novo antibiótico após 30 anos (2015) médio contra bactérias ser descoberto, uma novidade,
logo no início do ano. Pesquisadores da Universidade
Pesquisadores do Centro de Descoberta de Northeastern, em Boston, conseguiram criar um
Antimicrobiana da Universidade do Nordeste, em “hotel subterrâneo” de micróbios. Isso porque o solo
Boston, anunciaram neste ano a descoberta de um é a maior fonte de antibióticos conhecida, mas quase
novo antibiótico - a última classe desse tipo de medi- nenhum microorganismo sobrevive em labortatórios,
camento havia sido introduzida em 1987. A teixobac- o que vinha impossibilitando a produção de medica-
tina foi testada em animais e curou facilmente várias mentos.
infecções, como a tuberculose, sem apresentar efeitos
colaterais. Com o novo método, mais de 25 novas substâncias
já foram testadas e uma delas se mostrou bem pro-
O melhor de tudo é que a molécula se mostrou efi- missora: a teixobactina. Ela ainda não foi testada em
caz contra alguns micro-organismos resistentes aos humanos, mas já se mostrou capaz de combater super-
antibióticos hoje existentes, o que é uma ótima notícia. bactérias e foi bem sucedida em todos os camundon-
O curioso é o que está por trás da descoberta, como gos que a receberam.
ressalta o infectologista Reinaldo Salomão, professor
titular da Universidade Federal de São Paulo: um mé-
todo que extrai bactérias que vivem no solo. Embora 4. Os índios que atravessaram Bering:
ele seja riquíssimo em micro-organismos, apenas 1%
Este ano, ficamos mais perto de entender como se
deles sobrevivem em laboratório. “Hoje sabe-se que
deu as migrações dos povos pelo mundo - e a origem
aquilo que conhecemos representa apenas 1% do uni-
humana na América. Cientistas da Universidade de
verso da microbiologia”, diz o infectologista. Imagine
Copenhague conseguiram sequenciar o genoma de
o potencial desses 99% para curar doenças...
um fóssil de 8.500 anos, mumificado pelo gelo nos
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ Estados Unidos.
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Atualidades
Fonte: http://exame.abril.com.br/
7. Vacina contra ebola:
Depois de uma epidemia da doença, que deixou
milhares de mortos na África ocidental e provocou AS 10 PRINCIPAIS INOVAÇÕES CIENTÍFICAS
estados de alerta no mundo inteiro, a vacina. A pre- DE 2015
venção contra o ebola foi elaborado pela Agência de
Saúde Pública do Canadá, em parceria com o laborató- 1. Carro autônomo do Google
rio farmacêutico Merck. O imunizante é capaz de pro-
teger de 75% a 100% as pessoas vacinadas e, apesar do Desde junho deste ano, os cidadãos de Mountain
sucesso, só foi disponibilizado depois que a epidemia View, na Califórnia, observam os pequenos carros au-
já havia sido controlada. De todo modo, um avanço tônomos do Google rodando pelas ruas da cidade. São
importante para o controle de futuras doenças. 23 protótipos de carros que podem alcançar uma velo-
cidade máxima de 40 quilômetros por hora.
8. Um sistema com cinco sóis: Com espaço para dois passageiros, os automóveis
têm volante, que pode ser retirado, acelerador e freio.
Na constelação Ursa Maior, astrônomos britâncos
Além de autônomo, o carro é elétrico e tem sensores
encontraram um agrupamento estelar jamais visto
a laser, radares e câmeras de detecção de objetos para
antes: um sistema solar com cinco sóis diferentes. Ele
diminuir as chances de um acidente acontecer.
fica a 250 mil anos-luz da Terra e foi descoberto graças
a dois telescópios que funcionam continuamente nos Segundo a empresa, em 94% dos casos, os aciden-
dois hemisférios do planeta, um na Espanha, outro na tes de trânsito estão relacionados a erros humanos.
África do Sul. Chris Urmson, diretor da divisão de carros autôno-
mos do Google, informou em maio que, desde que o
A configuração mostra duas duplas de estrelas e
projeto começou há seis anos, os carros autônomos se
uma isolada, girando sobre o mesmo centro de gravi-
envolveram em apenas 11 acidentes. Segundo ele, em
dade. Um dos pares está tão próximo que as estrelas
todos os casos o veículo estava sendo operado de for-
compartilham a mesma atmosfesta - é possível que os
ma manual ou por culpa do motorista do outro veículo
dois sóis se fundam. Incrível.
envolvido.
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Para provar que o braço biônico auxilia as pessoas a Devido ao uso dessa tecnologia de fotopolímero, a
realizarem tarefas complicadas, a empresa fez um en- CreoPop não esquenta e pode ser usada também por
saio clínico. Os participantes precisaram desbloquear crianças. Disponível na Best Buy dos Estados Unidos e
uma porta e utilizar hashis (talheres japoneses). A pes- no site da empresa, a versão com três cartuchos nas co-
quisa mostrou que 90% das 36 pessoas foram capazes res vermelho, turquesa e laranja custa 129,99. Segundo
de fazer ambas as funções. O “Braço do Luke” já foi a CreoPop, cada cartucho de tinta pode imprimir uma
aprovado pela Agência de Alimentos e Drogas dos linha de 14 metros a 1 mm de diâmetro.
EUA (FDA), mas ainda não tem data de lançamento
comercial.
7. Rodovia que capta energia solar
Uma empresa norte-americana quer criar o maior
4. Verdura cultivada no espaço
painel solar do mundo. A Solar Roadways (Rodovias
Pode parecer exagero, mas o cultivo de uma verdu- Solares, em inglês) utiliza células de vidro temperado
ra no espaço será vital nas missões espaciais de longa e fotovoltaicos para criar um pavimento que coleta
duração que a Nasa planeja para as próximas décadas. energia solar.
Além de ser fonte de alimentos, a jardinagem também
pode ajudar na saúde mental dos tripulantes. Dentro de cada pedaço do pavimento existem ele-
mentos que derretem o gelo depositado de nevascas.
Em agosto deste ano, os astronautas Scott Kelly, Além disso, as células possuem luzes de LED que po-
Kjell Lindgren e Kimiya Yui usaram um sistema de dem ser programadas para a sinalização no trânsito.
agricultura artificial chamado Veggie – uma tecnologia
que utiliza “travesseiros” pré-fabricados de sementes. Devido a uma campanha no site de financiamen-
Eles são colocados sob luzes vermelhas e azuis emiti- to colaborativo Indiegogo e um financiamento da
das por lâmpadas LED. Administração de Estradas e Rodovias dos Estados
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Atualidades
A Scalevo (como é chamado o produto) tem duas Sob o princípio da precaução, os países signatários
rodas que permitem que os usuários andem em ter- comprometeram-se a elaborar uma estratégia global
renos planos de maneira rápida. No entanto, seu di- “para proteger o sistema climático para gerações pre-
ferencial está embaixo das rodas, onde duas faixas de sentes e futuras”. Não obstante, ela enfatiza que as
borracha podem ser acionadas pela pessoa para subir responsabilidades das partes signatárias, embora co-
escadas. Não há informações da quantidade de tempo muns, devem ser diferenciadas, observando-se as ne-
que a Scalevo leva para subir um degrau. Porém, no cessidades específicas dos países em desenvolvimento
vídeo abaixo é possível ver que a cadeira não é veloz -- e as dos países mais vulneráveis.
provavelmente, por questões de segurança. Em entre-
Convém destacar que o Brasil foi o primeiro país a
vista para a Reuters, os invetores da Scalevo disseram
assinar a Convenção, que somente começou a vigorar
que esperam que seu produto não será muito mais
em 29 de maio de 1994, 90 dias depois de ter sido apro-
caro do que as cadeiras de rodas tradicionais.
vada e ratificada pelo Congresso Nacional.
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- implementar programas nacionais e/ou regio- Parte da energia solar que chega ao planeta é re-
nais com medidas para mitigar a mudança do fletida diretamente de volta ao espaço, ao atingir o
clima e se adaptar a ela; topo da atmosfera terrestre - e parte é absorvida pelos
oceanos e pela superfície da Terra, promovendo o seu
- promover o desenvolvimento, a aplicação e a aquecimento.
difusão de tecnologias, práticas e processos que
controlem, reduzam ou previnam as emissões Uma parcela desse calor é irradiada de volta ao es-
antrópicas de gases de efeito estufa; paço, mas é bloqueada pela presença de gases de efeito
estufa que, apesar de deixarem passar a energia vinda
- promover e cooperar em pesquisas científi- do Sol (emitida em comprimentos de onda menores),
cas, tecnológicas, técnicas, socioeconômicas e são opacos à radiação terrestre, emitida em maiores
outras, em observações sistemáticas e no de- comprimentos de onda. Essa diferença nos compri-
senvolvimento de bancos de dados relativos ao mentos de onda se deve às diferenças nas temperatu-
sistema do clima; ras do Sol e da superfície terrestre.
- promover e cooperar na educação, treinamen- De fato, é a presença desses gases na atmosfera o
to e conscientização pública em relação à mu- que torna a Terra habitável, pois, caso não existissem
dança do clima. naturalmente, a temperatura média do planeta seria
muito baixa, da ordem de 18ºC negativos. A troca de
Os países desenvolvidos encarregaram-se ainda energia entre a superfície e a atmosfera mantém as
dos seguintes compromissos específicos: atuais condições, que proporcionam uma temperatura
média global, próxima à superfície, de 14ºC.
- adotar políticas e medidas nacionais para re-
duzir as emissões de gases de efeito estufa, bus- Quando existe um balanço entre a energia solar
cando reverter suas emissões antrópicas desses incidente e a energia refletida na forma de calor pela
gases aos níveis de 1990, até o ano 2000; superfície terrestre, o clima se mantém praticamente
inalterado. Entretanto, o balanço de energia pode ser
- transferir recursos tecnológicos e financeiros alterado de várias formas: (1) pela mudança na quan-
para países em desenvolvimento; tidade de energia que chega à superfície terrestre; (2)
- auxiliar os países em desenvolvimento, parti- pela mudança na órbita da Terra ou do próprio Sol; (3)
cularmente os mais vulneráveis à mudança do pela mudança na quantidade de energia que chega à
clima, a implementar ações de adaptação e se superfície terrestre e é refletida de volta ao espaço, de-
preparar para a mudança do clima, reduzindo vido à presença de nuvens ou de partículas na atmos-
os seus impactos. fera (também chamadas de aerossóis, que resultam de
queimadas, por exemplo); e, finalmente, (4) graças à
Para facilitar a transferência de recursos financeiros alteração na quantidade de energia de maiores com-
aos países em desenvolvimento, a Convenção estabe- primentos de onda refletida de volta ao espaço, devido
leceu um mecanismo para fornecer recursos a fundo a mudanças na concentração de gases de efeito estufa
perdido, cuja operação ficou sob o encargo do Fundo na atmosfera.
Global para o Meio Ambiente (GEF). O GEF foi então
Essas mudanças na concentração de gases de efei-
estabelecido pelo Banco Mundial, pelo Programa das
to estufa na atmosfera estão ocorrendo em função do
Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) e pelo
aumento insustentável das emissões antrópicas desses
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
gases.
(PNUMA), para prover recursos para projetos dos
países em desenvolvimento que gerem benefícios am- As emissões de gases de efeito estufa ocorrem pra-
bientais globais, não apenas na área da mudança do ticamente em todas as atividades humanas e setores
clima, mas também sobre biodiversidade, proteção da da economia: na agricultura, por meio da preparação
camada de ozônio e recursos hídricos internacionais. da terra para plantio e aplicação de fertilizantes; na
pecuária, por meio do tratamento de dejetos animais
No Brasil, no ano de 2009 foi instituída a Política
e pela fermentação entérica do gado; no transporte,
Nacional sobre a Mudança do Clima (PNMC), por
pelo uso de combustíveis fósseis, como gasolina e gás
meio da Lei nº 12.187/2009. Esta Política Nacional so-
natural; no tratamento dos resíduos sólidos, pela for-
bre Mudança do Clima oficializa o compromisso vo-
ma como o lixo é tratado e disposto; nas florestas, pelo
luntário do Brasil junto à Convenção-Quadro da ONU
desmatamento e degradação de florestas; e nas indús-
sobre Mudança do Clima de redução de emissões de
trias, pelos processos de produção, como cimento, alu-
gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% das emissões
mínio, ferro e aço, por exemplo.
projetadas até 2020.
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Atualidades
- O dióxido de carbono (CO2) é o mais abundante parte da atual mudança do clima, particularmente nos
dos GEE, sendo emitido como resultado de inúmeras últimos 50 anos, é atribuída às atividades humanas.
atividades humanas como, por exemplo, por meio do
uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás na- A principal evidência dessa mudança atual do cli-
tural) e também com a mudança no uso da terra. A ma é o aquecimento global, que foi detectado no au-
quantidade de dióxido de carbono na atmosfera au- mento da temperatura média global do ar e dos ocea-
mentou 35% desde a era industrial, e este aumento nos, no derretimento generalizado da neve e do gelo,
deve-se a atividades humanas, principalmente pela e na elevação do nível do mar, não podendo mais ser
queima de combustíveis fósseis e remoção de flores- negada.
tas. O CO2 é utilizado como referência para classificar
Atualmente, as temperaturas médias globais de su-
o poder de aquecimento global dos demais gases de
perfície são as maiores dos últimos cinco séculos, pelo
efeito estufa;
menos. A temperatura média global de superfície au-
- O gás metano (CH4) é produzido pela decompo- mentou cerca de 0,74ºC, nos últimos cem anos. Caso
sição da matéria orgânica, sendo encontrado geral- não se atue neste aquecimento de forma significativa,
mente em aterros sanitários, lixões e reservatórios de espera-se observar, ainda neste século, um clima bas-
hidrelétricas (em maior ou menor grau, dependendo tante incomum, podendo apresentar, por exemplo, um
do uso da terra anterior à construção do reservatório) acréscimo médio da temperatura global de 2ºC a 5,8°C,
e também pela criação de gado e cultivo de arroz. Com segundo o 4° Relatório do Painel Intergovernamental
poder de aquecimento global 21 vezes maior que o sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de 2007.
dióxido de carbono;
Em resumo, a primeira parte do 4º relatório do
- O óxido nitroso (N2O) cujas emissões resultam, IPCC, que compila os estudos sobre base científica da
entre outros, do tratamento de dejetos animais, do uso mudança do clima, considera o aquecimento global
de fertilizantes, da queima de combustíveis fósseis e um fenômeno inequívoco e, muito provavelmente,
de alguns processos industriais, possui um poder de causado pelas atividades antrópicas. A comunidade
aquecimento global 310 vezes maior que o CO2; científica tem tido um papel importante para subsidiar
os países em sua tomada de decisão, fornecendo proje-
- O hexafluoreto de enxofre (SF6) é utilizado prin- ções da mudança do clima sob diferentes cenários fu-
cipalmente como isolante térmico e condutor de calor; turos, dentro de margens de erro aceitáveis, indicando
gás com o maior poder de aquecimento, é 23.900 vezes desafios e apontando oportunidades.
mais ativo no efeito estufa do que o CO2;
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A chuva ácida altera o equilíbrio ecológico dos rios Rio 92 & Agenda 21:
e lagos, com destruição da sua fauna e flora. Além de
A Organização das Nações Unidas – ONU realizou,
afetarem as regiões contaminadas, as chuvas ácidas
no Rio de Janeiro, em 1992, a Conferência das Nações
atingem também, devido ao vento, zonas muito exten-
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
sas.
(CNUMAD). A CNUMAD é mais conhecida como Rio
A relação entre a chuva ácida e a poluição da at- 92, referência à cidade que a abrigou, e também como
mosfera é um fenômeno verificado desde a Revolução “Cúpula da Terra” por ter mediado acordos entre os
Industrial. A chuva ácida é resultado da reação do Chefes de Estado presentes.
vapor de água da atmosfera com partículas contami-
Os 179 países participantes da Rio 92 acordaram e
nadoras emitidas pelas instalações industriais e pelos
assinaram a Agenda 21 Global, um programa de ação
centros urbanos (centrais térmicas, fábricas, automó-
baseado num documento de 40 capítulos, que constitui
veis etc.) Um dos fatores mais agravantes é a queima
a mais abrangente tentativa já realizada de promover,
do carvão mineral e de outros combustíveis de origem
em escala planetária, um novo padrão de desenvolvi-
fóssil. Para reduzir o fenômeno da chuva ácida é neces-
mento, denominado “desenvolvimento sustentável”.
sário diminuir o consumo de energia, criar um sistema
O termo “Agenda 21” foi usado no sentido de inten-
de tratamento de gases industriais, utilizar carvão com
ções, desejo de mudança para esse novo modelo de
menor teor de enxofre e aumentar a popularização de
desenvolvimento para o século XXI.
outros tipos de energia, como a energia solar, eólica,
biocombustíveis etc. A Agenda 21 pode ser definida como um instru-
mento de planejamento para a construção de socieda-
Até os anos 90, a maior ocorrência de chuvas ácidas
des sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que
era nos Estados Unidos, porém, nos últimos anos, o fe-
concilia métodos de proteção ambiental, justiça social
nômeno tem se intensificado em países asiáticos, como
e eficiência econômica.
a China. No Brasil, a chuva ácida é mais comum nos
estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Rio+20:
Biodiversidade: A Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi realiza-
A biodiversidade é a imensa variedade de vida na da de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de
Terra. O Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Janeiro. A Rio+20 foi assim conhecida porque marcou
Biológica (CDB) – hoje o principal fórum mundial para os vinte anos de realização da Conferência das Nações
questões relacionadas ao tema – define biodiversida- Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-
de ou “diversidade biológica” como “a variabilidade 92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvi-
de organismos vivos de todas as origens, compreen- mento sustentável para as próximas décadas.
dendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, ma-
rinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos O objetivo da Conferência foi a renovação do com-
ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda promisso político com o desenvolvimento sustentável,
a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de por meio da avaliação do progresso e das lacunas na
ecossistemas”. implementação das decisões adotadas pelas principais
cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas no-
A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é vos e emergentes.
um tratado da Organização das Nações Unidas e um
dos mais importantes instrumentos internacionais re- A Conferência teve dois temas principais:
lacionados ao meio ambiente.
- A economia verde no contexto do desenvolvi-
A Convenção foi estabelecida durante a notória mento sustentável e da erradicação da pobreza;
ECO-92 – a Conferência das Nações Unidas sobre e
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), rea-
lizada no Rio de Janeiro em junho de 1992 – e é hoje o - A estrutura institucional para o desenvolvi-
principal fórum mundial para questões relacionadas mento sustentável.
ao tema. Houve vários desfechos para a Rio+20. Um docu-
Mais de 160 países já assinaram o acordo, que en- mento final de 53 páginas, acordado por 188 países,
trou em vigor em dezembro de 1993. dita o caminho para a cooperação internacional sobre
desenvolvimento sustentável. Além disso, governos,
A Convenção está estruturada sobre três bases empresários e outros parceiros da sociedade civil re-
principais – a conservação da diversidade biológica, o gistraram mais de 700 compromissos com ações con-
uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa cretas que proporcionem resultados no terreno para
e equitativa dos benefícios provenientes da utilização responder a necessidades específicas, como energia
dos recursos genéticos – e se refere à biodiversidade sustentável e transporte. Os compromissos assumidos
em três níveis: ecossistemas, espécies e recursos gené- no Rio incluem 50 bilhões de dólares que ajudarão um
ticos. bilhão de pessoas a ter acesso a energia sustentável.
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Atualidades
O consumo final de eletricidade no país em 2014 Esta lama é composta principalmente por óxido de
registrou um aumento de 2,9%, suprido a partir da ferro e sílica (areia), causando acúmulo de sedimentos
expansão da geração térmica, especialmente das usi- ao longo da calha do rio.
nas movidas a carvão mineral (+24,7%), gás natural
De acordo com o Ibama, foram registradas altera-
(+17,5%), biomassa (+14,1%), cujas participações na
ções na qualidade da água, causando alta mortandade
matriz elétrica, na comparação de 2014 contra 2013,
de animais (terrestres e aquáticos). Ainda de acordo
cresceram de 2,6 para 3,2%, de 11,3%, para 13,0 e de 6,6
com o Ibama, o volume extravasado foi de cerca de
para 7,4%, respectivamente. Os setores que mais con-
50 milhões de metros cúbicos. O prefeito de Mariana,
tribuíram para o crescimento da demanda de eletrici-
Duarte Júnior, declarou que a estimativa de prejuízo é
dade foram residencial (+5,7%) e o comercial (+7,4%).
de ao menos R$ 100 milhões, entre danos com infraes-
Em resumo, as fontes energéticas brasileiras estão as-
trutura e impactos ambientais.
sim distribuídas:
••hidráulica (11,5%)
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Como funciona: quem precisa do serviço de um ••Indenização por despedida sem justa causa:
motorista, instala o app e pede um motorista particu- mensalmente, o empregador tem a obrigação de
lar. Toda a transação é feita pelo app, desde o cadastro depositar 3,2% do salário da doméstica em uma
até o pagamento. O motorista recebe 80% do valor da espécie de poupança, a qual será utilizada para
corrida, enquanto o uber recebe 20%. pagamento da multa de 40% do FGTS quando
da rescisão do contrato de trabalho sem justa
Uma grande discussão é a dificuldade para se tor- causa por parte do empregador. Caso ocorra
nar taxista em algumas cidades , enquanto o uber é por justa causa, o valor desta poupança retorna
uma porta de entrada relativamente fácil para quem ao empregador.
quer se tornar motorista profissional: basta ter uma
carteira com licença para exercer atividade remunera- ••Seguro-desemprego: garante o valor do segu-
da, possuir seguro que cubra o passageiro e um sedã ro-desemprego, limitado ao prazo de três me-
comprado a partir de 2009, passando ainda por che- ses, ao doméstico dispensado sem justa causa.
cagem de antecedentes criminais. O passageiro que
utilizar os serviços do Uber também pode avaliar o ••Salário-família: benefício pago pela Previ-
serviço dos motoristas, razão pela qual diversos deles dência Social, o trabalhador avulso com renda
oferecem itens extras de luxo e conforto, como bebi- de até R$ 725,02 tem direito a R$ 37,18 por filho
das, alimentos, etc. de até 14 anos incompletos ou inválido; caso ga-
nhe acima de R$ 1.089,74, o valor é de R$ 26,20
Em todo o mundo, já são mais de 300 cidades no
por filho.
qual o Uber se faz presente. A empresa já recebeu bi-
lhões de dólares em investimentos, e não para de cres-
••Auxílio-creche e pré-escola: este pagamento
cer, fazendo com que este tema ainda tenha longo tem-
depende de convenção ou acordo coletivo de
po de discussão.
trabalho.
E dados comprovam que quanto maior o número
de manifestações, maior acaba sendo a repercussão do ••Seguro contra acidentes de trabalho: através
aplicativo e seu crescimento de instalações e uso ao re- de uma contribuição de 0,8%, paga pelo empre-
dor do mundo. gador, as domésticas passam a contar com segu-
ro contra acidente de trabalho.
A grande discussão é em torno da legalidade ou
não do aplicativo. Em tese, os taxistas alegam que o MANIFESTAÇÕES PRÓ E CONTRA O GOVERNO
serviço de transporte com motorista deve ser unica-
mente prestado por eles; entretanto, seus defensores Manifestações contra o governo da presidente
afirmam que o serviço de motorista particular sempre Dilma ocorreram diversas vezes, em várias cidades
existiu, com o Uber servindo apenas para conectar os e estados, durante o ano de 2015, com destaque para
passageiros que querem este serviço a quem os presta. as ocorridas nos dias 12 de abril, 15 de março e 16 de
agosto.
PEC DAS DOMÉSTICAS
Dados das manifestações:
O texto que regulamenta a emenda constitucional
que amplia os direitos das empregadas domésticas, co- 16/08 12/04 15/03
nhecida popularmente como “PEC das Domésticas”, Participantes, segundo 879.000 701.000 2.400.000
foi sancionado em 2015 pela presidente Dilma Rousseff a PM
e entrou em vigor mais de dois após sua promulgação.
Participantes, segundo 2.000.000 1.5000.000 3.000.000
organizadores
O texto prevê diversos novos direitos, como por Cidades envolvidas 205 224 252
exemplo:
Fonte: http://globo.com
••Adicional noturno: trabalho noturno é aquele
Durante estas manifestações, grande parte dos par-
realizado entre as 22h e as 5h. a hora do traba-
ticipantes pede a renúncia ou impeachment da presi-
lho noturno é computada como de 52,5 minutos,
dente, em decorrência do grande número de denún-
e a remuneração do trabalho noturno deve ter
cias envolvendo seu partido, o PT, bem como faixas de
acréscimo de 20% sobre o valor da hora diurna;
apoio à operação Lava-Jato.
••FGTS: a inscrição do doméstico pelo empre- Diversas outras manifestações contra o governo fo-
gador ainda não é obrigatória, pois depende ram organizadas, mas nenhum com o mesmo número
de regulamento sobre o assunto pelo Conselho de participantes ou de cidades envolvidas.
Curador do FGTS e pela Caixa Econômica Fede-
ral, e prevê o recolhimento de 8% do salário do Manifestações a favor da presidente Dilma também
empregado. foram organizadas, como a ocorrida no dia 20 de agos-
to, mas com número muito inferior de participantes.
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Atualidades
Fonte: www.estadao.com.br
Foto de manifestação contra o governo da
Presidente Dilma (Fonte: http://brasil.elpais.com/) BOLSA FAMÍLIA
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Para se candidatar ao programa, é necessário A Suprema Corte decidiu que 14 estados que ne-
que a família esteja inscrita no Cadastro Único para gavam-se a aceitar e realizar a união de pessoas do
Programas Sociais do Governo Federal, com seus da- mesmo sexo deveriam agora oferecer esta possibilida-
dos atualizados há menos de 2 anos. de, assim como reconhecer tais casamentos que tive-
rem sido realizados em outra jurisdição. A decisão foi
No ano de 2015, conhecido pelas ‘pedaladas fis- apertada, com 5 juízes decidindo a favor e 4 contra. Em
cais’ cometidas pelo governo da presidente Dilma, o tese, esta decisão deve valer para todo o país, mas há
deputado Ricardo Barros (PP-PR) propôs um corte de forte discussão interna a respeito da competência dos
R$ 10 bilhões do dinheiro investido no Bolsa Família, Estados em legislar sobre tal assunto, o que faz com
para que o orçamento federal pudesse ser fechado cor- que alguns estados ainda estejam discutindo a aceita-
retamente., em decorrência da grave crise financeira e ção ou não de tal decisão.
orçamentária em que se encontra o país no atual mo-
mento. Já no Brasil o casamento homoafetivo é reconheci-
do desde 2011, quando o Supremo Tribunal Federal
Cabe lembrar que para 2016 há a previsão de R$ decidiu por equiparar a união homossexual à união
28,8 bilhões a serem investidos no programa, e que heterossexual. Dois anos depois, o Conselho Nacional
estes R$ 10 bilhões a serem cortados seriam somente de Justiça decidiu que o cartórios brasileiros fossem
para novos ingressos, não atingindo quem já está in- obrigados a celebrar o casamento entre pessoas do
serido no programa. Este tema ainda não possui uma mesmo sexo e a converter e união estável homoafetiva
decisão consolidada, razão pela qual ainda demanda em casamento.
bastante discussão e por isso pode ser objeto de co-
brança em concursos públicos. A decisão do STF foi unânime, na qual os 10 minis-
tros resolveram por equiparar um casamento ao outro.
Na decisão, o STF decidiu que todos os casais tem di-
PEDALADAS FISCAIS reito de desfrutar direitos como pensões, aposentado-
Pedalada fiscal foi o nome atribuído pelos minis- rias e inclusão em planos de saúde. A decisão do STF
tros do Tribunal de Contas da União, responsável por tem efeito vinculante, ou seja, alcança a todos, mas não
analisar as contas do governo da presidente Dilma tem efeito equivalente a uma lei. Sendo assim, alguns
Rousseff no ano de 2014, para as práticas de atrasar casais podem não conseguir efetuar o casamento tão
propositadamente o repasse de dinheiro para bancos facilmente. Entretanto, podem buscar o reconhecimen-
públicos e privados e autarquias, como o INSS, e até to junto ao Poder Judiciário, que certamente irá decidir
mesmo instituições que financiariam despesas do go- em seu favor, haja visto que devem tomar sua decisão
verno com programas sociais, como o Bolsa Família. com base no julgado do Supremo Tribunal Federal.
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Foi reduzida também a captação em rios e reser- Há ainda duas peças gráficas – um folder e um car-
vatórios e foi criado um bônus e uma sobretaxa para taz – que podem ser baixadas do portal, para que ope-
incentivar a redução do consumo, além de campanhas radoras, prestadores e demais interessados em partici-
publicitárias e planos de obras. Outras medidas, como par das ações ajudem a divulgar a campanha.
dessalinização e transposição de rios possuem alto cus-
to e demora em sua realização, o que faz com que não Desde 2004 a ANS vem trabalhando para promo-
sejam adotadas, apesar de sua conhecida eficiência. ver o parto normal e reduzir o número de cesarianas
desnecessárias na saúde suplementar. Entre as ações,
O governador inaugurou também uma interligação se destacam a inclusão, no Rol de Procedimentos e
entre dois reservatórios para tentar evitar um rodízio de Eventos em Saúde, de cobertura obrigatória para par-
grande escala, a qual contém cerca de 9km de adutoras to acompanhado por enfermeira obstétrica e acompa-
e custou cerca de R$ 130 milhões. Entretanto, morado- nhante (sem custos adicionais) durante pré-parto, par-
res de diversos bairros sentem o efeito da crise, enfren- to e pós-parto imediato; e o Projeto Parto Adequado,
tando frequentemente a falta de água em suas casas. que visa mudar o modelo de atenção ao parto, baseado
Estima-se que no melhor cenário, a recuperação total do nas melhores evidências científicas disponíveis. O pro-
sistema Cantareira pode levar até 10 anos para ocorrer. jeto é desenvolvido em parceria com o hospital Albert
Einstein e o Institute for Healthcare Improvement
(IHI), com apoio do Ministério da Saúde.”
NOVAS REGRAS DA ANS PARA PARTOS
Por fim, a própria ANS divulga dados acerca dos
partos: “Riscos associados à cesariana - Atualmente, o
percentual de partos cesáreos na saúde suplementar é
de 84,6%. A cesariana, quando não tem indicação mé-
dica, ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher
e do bebê: o parto prematuro aumenta em 120 vezes
Fonte: http://www.ans.gov.br/. a probabilidade de problemas respiratórios para o re-
cém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. Cerca
Aqui, importante reproduzir nota oficial da ANS de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis
(Agência Nacional de Saúde): no Brasil estão relacionados a prematuridade.”
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Foi o que aconteceu com o zika. Descoberta nos exterior, usando empresas de fachada e contas
anos 1940 nas selvas africanas, a doença começou a em paraísos fiscais. Na 1ª fase da operação, fo-
chamar a atenção apenas em 2007, quando houve um ram apreendidos carros de luxo, relógios, joias,
grande surto de zika na Micronésia, um conjunto de entre outros bens dos acusados.
ilhas no Oceano Pacífico.
••Petrobras: Alberto Youssef possuía relações
Entre 2013 e 2014, um novo surto chegou à vizinha com ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Cos-
Polinésia Francesa. E daí para o Brasil. Muitos pesqui- ta, diversas empreiteiras e fornecedores da esta-
sadores acreditam que o zika tenha chegado ao nosso tal. Ambos foram presos em 2014, sob suspeita
país durante a Copa do Mundo de 2014. Mas, atual- de destruir e ocultar documentos do suposto es-
mente, a principal suspeita recai sobre outro evento: quema de corrupção, além do risco de fuga para
o Campeonato Mundial de Canoa Polinésia, realizado o exterior. Paulo Roberto Costa foi preso na 2ª e
em agosto de 2014, no Rio de Janeiro. na 4ª fases da operação.
A competição contou com a participação de diver- ••prisões e delações: Paulo Roberto Costa acei-
sos atletas da Polinésia Francesa – possivelmente, al- tou a delação premiada, quando o réu colabora
guns deles estavam contaminados. Bastou o aedes pi- com as investigações em troca de redução de
car um polinésio infectado para disseminar o surto no pena. Ele afirmou que ele e diversos diretores
Brasil, que já contaminou pelo menos500 mil pessoas. da Petrobras recebiam propina e repassavam
parte do dinheiro a políticos. Alberto Youssef
Devido à agilidade com que os vírus se espalham também aderiu à delação premiada. Na 8ª fase
pelo planeta, as autoridades médicas consideram ine- da operação, o ex-diretor da área Internacional
vitável o surgimento de novas pandemias. da Petrobras, Nestor Cerveró, foi preso sob acu-
sação de corrupção e lavagem de dinheiro.
A falta de saneamento básico, a degradação das
condições sociais e ambientais e a carência de recursos ••empreiteiras: no final de 2014 e no ano de
médicos adequados potencializam ainda mais a disse- 2015, diversos donos e executivos de empreitei-
minação das doenças. ras foram presos acusados de participarem do
esquema de corrupção, entre elas as maiores
Especialistas em saúde defendem a ideia de que a
do país, Odebrecht e Andrade Gutierrez. Estas
vigilância sanitária global seja aperfeiçoada e que os
ações fizeram parte da 7ª fase da operação.
governos invistam em saúde e qualidade de vida para
tornar o mundo menos vulnerável a essas incontrolá- ••políticos: a Procuradoria-Geral da República
veis pandemias. Afinal, a globalização é um fenômeno investiga ao menos 50 políticos, entre deputa-
irreversível – para o bem ou para o mal. dos, senadores e governadores. E agosto de
2015, foi preso José Dirceu, ex-ministro do go-
Fonte: Almanaque Abril.
verno Lula. Na 6ª fase da operação, Paulo Ro-
berto Costa nomeou diversos políticos que fo-
LAVA-JATO ram beneficiados diretamente com pagamentos
de propina. Por conta disto, Paulo Roberto Cos-
A operação Lava Jato é considera a maior investi-
ta começou a cumprir prisão domiciliar.
gação sobre corrupção já realizada no Brasil. Em seu
começo, as investigações baseavam-se em denúncias
contra uma rede de doleiros espalhada pelo país. Ao ••setor elétrico: empreiteiros dispostos a cola-
longo do tempo, foi descoberto um grande esquema borar com as investigações denunciaram es-
de corrupção dentro da Petrobras, envolvendo um quemas de corrupção semelhantes em obras do
grande número de políticos de diversos partidos e as setor elétrico. Na 16ª fase da operação, a Polícia
maiores empreiteiras do país. Federal prendeu o diretor-presidente da Eletro-
nuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que já
Existem ao menos 21 procuradores da República estava afastado de seu cargo após denúncias de
conduzindo as investigações da Lava Jato, com aproxi- pagamento de propina a diretores da empresa.
madamente 150 inquéritos abertos pela Polícia Federal
(este número aumenta frequentemente), e pelo menos O Ministério Público Federal estima que pelo me-
35 ações penais na Justiça Federal. Cerca de 500 pes- nos R$ 2,1 bilhões tenham sido desviados da Petrobras,
soas já foram presas ou estão sob investigação, sendo mas em balanço publicado em 2014 a estatal estimou
mais de 50 políticos entre eles. em R$ 6,1 bilhões o prejuízo causado pelo esquema de
corrupção.
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Renan Calheiros (PMDB), Roseana Sarney (PMDB) 34ª FASE - OPERAÇÃO ARQUIVO X
e Sérgio Cabral (PMDB). Na 17ª fase da operação (a
Guido Mantega e executivos das empresas Mendes
conhecida operação ‘Pixuleco’), o ex-ministro José
Júnior e OSX, do empresário Eike Batista, são investi-
Dirceu, seu irmão e outras seis pessoas foram presas,
gados por supostos desvios na construção das plata-
acusadas de praticar crimes como corrupção, lavagem
formas P-67 e P-70, da Petrobras, construídas para a
de dinheiro e formação de quadrilha, por receber pro-
exploração do pré-sal, em 2012. Mantega teria atuado
pinas de contratos da Petrobras.
diretamente junto à direção de uma das empresas para
Abaixo, estão listadas algumas das fases recentes negociar repasses ao PT
da Operação, que podem ser objeto de questionamen-
to no concurso: Principais alvos:
Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda durante
17ª FASE - OPERAÇÃO PIXULECO os governos de Lula e Dilma. Ocupou o cargo entre
mar.2006 e dez.2014
Polícia Federal cumpre oito mandados de prisão,
incluindo do ex-ministro petista José Dirceu, que já
havia sido preso pelo mensalão. Para investigado- 35ª FASE - OPERAÇÃO OMERTÀ:
res, Dirceu participava do esquema de corrupção a
Petrobras e pode ter recebido propina através de paga- A Operação Omertà investiga indícios de uma re-
mentos de empreiteiras por consultorias. lação criminosa entre o ex-ministro Antonio Palocci e
a empreiteira Odebrecht. Segundo a PF, há indícios de
que Palocci atuou diretamente para obter vantagens
22ª FASE - OPERAÇÃO TRIPLO X econômicas à empresa em contratos com o poder pú-
blico e se beneficiando de valores ilícitos.
Polícia Federal cumpre seis mandados de prisão
e investiga se a OAS utilizou um condomínio em
Guarujá (SP) para repassar propina da Petrobras. O Principais alvos:
ex-presidente Lula (PT) chegou a ter um tríplex re-
servado para sua família no prédio. Outras unidades Antonio Palocci, ministro da Fazenda do governo
pertenciam ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto Lula e ministro da Casa Civil durante seis meses no
e à Murray, uma offshore que teria sido usada para governo DIlma
ocultar propina. Fonte: http://arte.folha.uol.com.br/poder/operacao
-lava-jato
24ª FASE - OPERAÇÃO ALETHEIA
Sem prisões, fase levou o ex-presidente Lula (PT) e CÂMARA ABRE PROCESSO DE IMPEACHMENT
outras dez pessoas a prestar depoimento. Investigação CONTRA DILMA ROUSSEFF
apura se empreiteiras investigadas pagaram vanta- Dilma Rousseff (PT) assumiu o segundo mandato
gens indevidas a Lula por meio de obras em dois imó- em janeiro de 2015 sob intensa pressão. As denúncias
veis ligados a ele e repasses a sua empresa de palestras de corrupção na Petrobras, a relação turbulenta com
e ao seu instituto. o Congresso e o agravamento da crise econômica mi-
naram sua popularidade. Três grandes manifestações
27ª FASE - OPERAÇÃO CARBONO 14 contra o governo Dilma foram realizadas em março,
abril e agosto. Os protestos serviram de estímulo para
Polícia Federal prende o ex-secretário-geral do PT que a oposição lançasse uma campanha para pedir o
Silvio Pereira e o empresário Ronan Maria Pinto em in- impeachment da presidente.
vestigação sobre a relação entre desvios na Petrobras e
a morte do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT). O principal argumento para a cassação do man-
A suspeita é que empréstimo contraído pelo PT por dato de Dilma é a edição de decretos que ampliaram
meio de José Carlos Bumlai tenha servido para pagar os gastos federais sem a autorização do Congresso –
Ronan e evitar que ele revelasse detalhes do assassi- segundo a acusação, a medida seria ilegal por ferir a
nato. Pereira teria recebido recursos de empreiteiras Lei Orçamentária. Em 2 de dezembro, o presidente da
investigadas. Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) au-
torizou a abertura do processo de impeachment contra
Dilma. Sua decisão é considerada uma retaliação ao PT
28ª FASE - OPERAÇÃO VITÓRIA DE PIRRO – horas antes o partido havia decidido apoiar o pedi-
Prende o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e ou- do de cassação do mandato de Cunha no Conselho de
tras duas pessoas e mira a empreiteira OAS. A ope- Ética, onde o deputado é acusado de mentir sobre a
ração investiga doações feitas por empreiteiras para existência de contas secretas na Suíça. Com a decisão,
evitar convocações em CPIs da Petrobras. Argello era o processo deve tramitar nos primeiros meses de 2016.
vice-presidente da comissão.
Fonte: Almanaque Abril.
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••Créditos não autorizados: A presidente Dil- Além disso, os congressistas também analisam de
ma editou uma sequência de decretos que au- que forma o seu grupo político pode se beneficiar de
mentaram as despesas do governo, afetando o um cenário com ou sem Dilma no poder para emitir
cumprimento das metas previstas no orçamen- seus pareceres.
to. Esse procedimento fere a Lei de Responsa- Logo, mais do que a interpretação jurídica dos pro-
bilidade Fiscal e só poderia ser realizado com a cedimentos fiscais realizados pelo governo, o que pesa
autorização do Congresso. bastante nesta hora é quem tem mais influência sobre
os parlamentares – o governo ou a oposição?
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Ao longo do ano de 2015, a Câmara dos Deputados, A defesa, que foi realizada pelo advogado José
então presidida pelo deputado Eduardo Cunha Eduardo Cardozo, bem como os senadores partidários
(PMDB), recebeu 50 pedidos de impeachment contra a da presidente, justificou que a edição dos decretos con-
presidente Dilma Rousseff. Desses pedidos, 39 foram sistia apenas em autorização de gastos, sem impacto
rejeitados por não apresentarem provas e argumentos na realização da despesa, já que esta seria “controlada
satisfatórios. pelos decretos de contingenciamento. Quanto a esse
aspecto, no ano de 2015, o governo teria promovido
Dos 11 restantes, Eduardo Cunha acolheu, em 2 de o maior contingenciamento da história e cumprido a
dezembro, aquele que foi protocolado em 15 de outu- meta vigente ao final do exercício”.
bro. Esse pedido foi elaborado pelos juristas Miguel
Reale Jr., Janaína Conceição Paschoal e Hélio Bicudo Além disso, a defesa também argumentou que toda
e subscrito por três líderes de movimentos populares a realização do processo de impeachment não tinha le-
que articularam parte da massa de pessoas que foi gitimidade porque não havia crime algum cometido
para as ruas em várias cidades do país em 2015, sobre- por Dilma Rousseff. Fez parte desse argumento a nar-
tudo em 15 de março. rativa de que o processo, na verdade, era um “golpe
parlamentar”, orquestrado por alguns personagens da
São eles: Kim Patroca Kataguiri (Movimento Brasil cena política, como Eduardo Cunha e Michel Temer.
Livre – MBL), Rogério Chequer (Vem Pra Rua) e Carla
Zambelli Salgado (Movimento Contra a Corrupção).
Votação final:
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tantos outros municípios: Araucária (angustifolia), Esse povo trouxe ao Paraná todas as atividades a
Pinhão, Pinhais, Pinhalão, São José dos Pinhais e lo- que se dedicavam, entre elas a olaria, agricultura, mar-
calidades: Pinhalzinho, Pinheiral, Três Pinheiros, etc. cenaria, carpintaria, etc. E, à medida que as cidades
prosperavam, os imigrantes passaram a exercer tam-
Foi este ciclo que atraiu os ingleses e povoou o va- bém atividades comerciais e industriais. Hoje, a maior
zio das florestas derrubadas. No século XIX, o Paraná colônia de alemães está no município de Marechal
recebeu milhares de agricultores originários da Suíça, Cândido Rondon, que guarda na fachada das casas,
Itália, Alemanha, Polônia, Ucrânia e Rússia, entre ou- na culinária e no rosto de seus habitantes a marca da
tros. colonização.
A partir do início do século XX desencadeou-se a Os alemães estão concentrados também em
cultura intensiva e extensiva do café em uma região de Rolândia, Cambé e Rio Negro. A maioria deles chegou
aproximadamente 100.000 km2, abrangendo três áreas ao Paraná vindo de Santa Catarina.
distintas: o Norte Pioneiro, o Norte Novo e Norte
Novíssimo, cuja colonização, ocorreu entre as déca-
das de 30 e 50, pela Companhia de Terras do Norte do Árabes:
Paraná, dando início a um dos maiores movimentos de
O primeiro lugar onde os árabes se instalaram
migração interna, que ali fixou uma população cons-
no Paraná foi Paranaguá. Mais tarde eles foram para
tituída por paulistas, mineiros, catarinenses, nordesti-
Curitiba, Araucária, Lapa, Ponta Grossa, Guarapuava,
nos, paranaenses de outras regiões e estrangeiros.
Serro Azul, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, que
A fértil terra roxa deu origem a cidades como hoje tem a maior colônia árabe do Estado. Em Curitiba
Jacarezinho, Cambará, Cornélio Procópio, Londrina apareceram em maior número após a Segunda Guerra
(o nome é uma homenagem a Londres), Maringá, Mundial, quando chegaram a constituir cerca de 10%
Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cianorte, etc. da população.
Na década de 60 a lavoura cafeeira, foi a principal Uma das maiores influências dos árabes no Estado
fonte de divisas do Paraná, chegando a representar está na gastronomia, onde os temperos e condimentos
60% do valor total da produção agrícola do Estado. passaram a ser incorporados a culinária de modo ge-
ral, além dos kibes e sfihas que até hoje estão presente
O fenômeno de ocupação territorial e econômica na mesa dos paranaenses. Os imigrantes árabes se de-
ocorrido no norte repetiu-se no oeste e sudoeste pa- dicaram principalmente à produção literária, arquite-
ranaense. Migrantes vindos principalmente do Rio tura, música e dança.
Grande do Sul introduziram a cultura de soja no
Estado. Esse produto, juntamente com o trigo, tornou-
se um dos esteios da agricultura estadual, alargando Espanhóis:
as fronteiras agrícolas. Os primeiros imigrantes espanhóis que chega-
ram ao Paraná formaram Colônias nos municípios de
A partir de meados de 1970, o Paraná começou a in-
Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Wensceslau
dustrializar-se, embora a matéria-prima seja ainda de
Brás. Entre 1942 e 1952 a imigração espanhola tornou-
origem agrícola. Implantaram-se empresas de grande
se mais intensa. Novos municípios, principalmente
porte, com tecnologia moderna, como a de material
na região de Londrina, foram formados por esses imi-
elétrico, de comunicações, automobilística, refino de
grantes. Eles desenvolveram atividades comerciais, ar-
petróleo, além da agroindústria.
tesanais e relacionadas à indústria moveleira.
ETNIAS
Holandeses:
O Paraná é um dos estados com a maior diversida-
de étnica do Brasil. São alemães, poloneses, ucrania- Os primeiros holandeses chegaram no Paraná em
nos, italianos, japoneses, povos que ajudaram a cons- 1909, instalaram-se em uma comunidade próxima
truir o Paraná de hoje. As 28 etnias que colonizaram o a Irati. Algumas famílias acabaram voltando para
Estado trouxeram na bagagem sua cultura, costumes a Holanda, outras foram para a região dos Campos
e tradições. Os imigrantes chegaram com a promessa Gerais onde fundaram a Cooperativa Holandesa de
de encontrar a paz numa ‘terra desconhecida, mas que Laticínios, em 1925. A Cooperativa trouxe a consolida-
prometia trabalho, terra, produção e tranquilidade. ção da colônia de Carambeí. A Castrolanda é a povoa-
ção mais recente de holandeses na região.
Alemães:
Índios - Na época do descobrimento, em 1500, o
Os alemães foram os primeiros a chegar ao Paraná, Brasil era habitado por tribos indígenas, qsue viviam
em 1829, fixando-se em Rio Negro. Mas, o maior nú- espalhadas por todo o território nacional. No Paraná, o
mero de imigrantes vindos da Alemanha chegou ao habitantes primitivos também eram os indígenas que
Estado no período entre as guerras mundiais, fugindo formavam grandes grupos ou tribos, os Jê ou Tapuia
dos horrores dos conflitos. e a grande família dos Tupis-Guarani. Os Carijó e
Tupiniquim habitavam o litoral; os Tingüi, a região
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onde hoje é Curitiba; os Camé, a região onde hoje é daram várias colônias que hoje são os bairros Santa
o município de Palmas; os Caigangue e Botocudo ha- Cândida e Abranches. Esse povo ajudou a difundir o
bitavam o interior do Paraná. Os primeiros caminhos uso do arado e da carroça de cabeçalho móvel, puxado
do Paraná foram feitos pelos índios e usados pelos a cavalo. Dedicados à agricultura, ajudaram a aumen-
bandeirantes para penetrar no território: Caminho de tar a produção do Estado.
Peaberu, Caminho da Graciosa, Caminho de Itupava e
Estrada da Mata.
Portugueses:
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1. Planos
2. Programas;
3. Ações 4. Atividades.
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Sem embargo de suas raízes kantistas, não poupou O abalizado pensador confessa que o pessimismo
Del Vecchio a definição de Kant, que ele reputa inexa- sociológico domina os espíritos. O conceito de Estado
ta. Diz que se poderia aplicar tanto a um município que elabora está vazado nas influências marxistas de
como a uma província e até mesmo a uma penitenciá- seu pensamento. O Estado, pela origem e pela essên-
ria! cia, não passa daquela “instituição social, que um gru-
po vitorioso impôs a um grupo vencido, com o único
Todavia não soube esse jurista-filósofo ir muito fim de organizar o domínio do primeiro sobre o segun-
além da estreiteza jurídica do kantismo formalista, ao do e resguardar-se contra rebeliões intestinas e agres-
conceituar o Estado. Tanto assim que sua definição de sões estrangeiras”.
Estado como “o sujeito da ordem jurídica na qual se
realiza a comunidade de vida de um povo” ou “a ex- O Estado constitucional moderno não se desvincu-
pressão potestativa da Sociedade”, posto que ressalte, lou na teoria de Oppenheimer de sua índole de orga-
como ele afirma, a distinção entre Sociedade e Estado, nização da violência e do jugo econômico a que uma
despreza contudo elementos classe submete outra. Célebre é a passagem em que ele
sustenta que, pela forma, esse Estado é coação e pelo
concretos da realidade estatal, partes constitutivas conteúdo exploração econômica.
do Estado, que só vão aparecer com toda a inteireza e
precisão naquele conceito sociológico de Duguit, que o A posição sociológica de Duguit com respei-
mesmo Del Vecchio já antes reproduzira e de que nos to ao Estado não varia consideravelmente da de
ocuparemos mais adiante. Oppenheimer.
A definição de Del Vecchio, do ponto de vista ex- Considera o Estado coletividade que se caracteriza
clusivamente jurídico, satisfaz, principalmente quan- apenas por assinalada e duradoura diferenciação entre
do ele, separando o Estado da Sociedade, nota, com fortes e fracos, onde os fortes monopolizam a força, de
toda a lucidez que o Estado é o laço jurídico ou político modo concentrado e organizado.
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Define o Estado, em sentido geral, como toda so- Algo caracteriza assim o presente, por esse aspecto,
ciedade humana na qual há diferenciação entre gover- segundo ele: os grupos e os indivíduos só terão direito
nantes e governados, e em sentido restrito como “gru- ao emprego material da força com o assentimento do
po humano fixado em determinado território, onde os Estado.
mais fortes impõem aos mais fracos sua vontade”.
De sorte que este se converte na única fonte do
Outro jurista-sociólogo do tomo de von Jehring “direito” à violência, conforme expressões textuais do
destaca também no Estado o aspecto coercitivo. Com abalizado sociólogo.
efeito, diz esse autor que o Estado é simplesmente “a
organização social do poder de coerção” ou “a organi- O conceito de uma ordem jurídica legítima raciona-
zação da coação social” ou “a sociedade como titular lizou, por sua vez, as regras concernentes à aplicação
de um poder coercitivo regulado e disciplinado”, sen- da força, monopolizada pelo Estado. Em suma, reco-
do o Direito por sua vez “a disciplina da coação”. nhece Max Weber o Estado como a derradeira fonte de
toda a legitimidade, tocante à utilização da força física
Do mesmo cunho sociológico, o conceito marxis- ou material.
ta de Estado. Marx e Engels explicam o Estado como
fenômeno histórico passageiro, oriundo da aparição
da luta de classes na Sociedade, desde que, da pro- Elementos constitutivos:
priedade coletiva se passou à apropriação individual Existem elementos formais e materiais. Formal é o
dos meios de produção. Instituição portanto que nem poder político na sociedade. “E de ordem material, o
sempre existiu e que nem sempre existirá. Fadado a elemento humano, que se qualifica em graus distintos,
desaparecer, o poder político, como Marx o definiu, é como população, povo e nação, isto é, em termos de-
“o poder organizado de uma classe para opressão de mográficos, jurídicos e culturais, bem como o elemen-
outra”. to território” (Bonavides).
Da mesma forma, assinala Engels que a presente
Sociedade, enquanto Sociedade de classes, não pode POVO
dispensar o Estado, isto é, “uma organização da res-
pectiva classe exploradora para manutenção de suas O povo é o conjunto de indivíduos que pertencem
condições externas de produção, a saber, para a opres- ao Estado, isto é, o conjunto de cidadãos, ou seja, o
são das classes exploradas.” conjunto de pessoas que pertencem ao Estado pela re-
lação de cidadania.
O conceito de Estado repousa, por conseguinte, na
organização ou institucionalização da violência, se-
gundo as análises mais profundas da sociologia polí- Conceito político:
tica. Esse conceito, já examinado em tantos cientistas “O quadro humano sufragante, que se politizou
sociais, reaparece por igual num sociólogo da enver- (quer dizer, que assumiu capacidade decisória), ou
gadura de Max Weber. seja, o corpo eleitoral. O conceito de povo traduz por
conseguinte uma formação histórica recente, sendo es-
Só um instrumento consente definir sociologica-
tranho ao direito público das realezas absolutas, que
mente o Estado moderno, bem como toda associação
conheciam súditos e dinastias, mas não conheciam po-
política: a força — diz aquele pensador — e não o seu
vos e nações.
conteúdo. Todas as formações políticas são formações
de força, prossegue o insigne sociólogo, de tal manei- Esse conceito político de povo prende-se eviden-
ra que se existissem somente agregações sociais sem temente a um concepção ideológica: a das burguesias
meios coercitivos, já não haveria lugar para o conceito ocidentais que implantaram o sistema representativo
do Estado. e impuseram a participação dos governados, desenca-
deando o processo que converteria estes de objeto em
“Todo Estado se fundamenta na força”, disse
sujeito da ordem política (Bonavides).
Trotsky em Brest- Litowsk, e Max Weber, citando-o
de forma literal, lhe dá inteira razão, embora ache que
“a violência não é o instrumento normal e único do Conceito sociológico:
Estado”, mas aquele que lhe é “específico”. No pas-
sado, sim, fora a violência, desde a horda, um meio Existe relação com o conceito de nação. “O povo é
inteiramente normal entre os mais distintos grupos. compreendido como toda a continuidade do elemento
humano, projetado historicamente no decurso de vá-
O Estado moderno racionalizou, porém, o empre- rias gerações e dotado de valores e aspirações comuns.
go da violência, ao mesmo passo que o fez legítimo. “Compreende vivos e mortos, as gerações presentes e
De modo que, valendo-se de tais reflexões, chega Max as gerações passadas, os que vivem e os que hão de
Weber, enfim, ao seu célebre conceito de Estado: aque- viver. (...) O povo nesse sentido é a nação, e ainda de-
la comunidade humana que, dentro de um determina- baixo desse aspecto pode tomar uma acepção tão lata
do território, reivindica para si, de maneira bem suce- que para sobreviver basta conservar acesa a chama da
dida, o monopólio da violência física legítima. consciência nacional” (Bonavides).
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NAÇÃO DEMOCRACIA
A nação é “um grupo humano no qual os indiví- A palavra democracia tem origem no grego de-
duos se sentem mutuamente unidos, por laços tanto mokratía que é composta por demos (que significa
materiais como espirituais, bem como conscientes da- povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema po-
quilo que os distingue dos indivíduos componentes de lítico, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio
outros grupos nacionais” (Hauriou). universal.
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Atualidades
ANOTAÇÕES
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