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TRIBUNAL DE JUSTIÇA | PR

- TÉCNICO JUDICIÁRIO -

Editora Aprovare

2017

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Editora Aprovare

www.editoraaprovare.com.br

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Tribunal de Justiça do Estado do Paraná: Técnico Judiciário. Apostila Teórica Comple-


ta. Curitiba: Aprovare, 2017.

498 p.; 21x29,7 cm.

1.Tribunais. 2. Concursos Públicos. 3. Apostilas.

Apostila elaborada de acordo com o Edital 001/2017.

Organização e Diagramação: Editora Aprovare.

TODOS OS DIREITOS DESTE MATERIAL SÃO RESERVADOS. Nenhuma parte desta publicação poderá

ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Aprovare. A viola-

ção dos direitos autorais é crime previsto na Lei 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

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APRESENTAÇÃO

É com grande satisfação que a Editora Aprovare, especialista em apostilas e livros jurídicos para
concursos públicos, traz ao público a presente “Apostila Teórica Completa para Técnico Judiciário do
Concurso Público do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná”, escrita por uma competente equipe de
professores especialistas.

Trata-se de material didático exclusivo: completo, minucioso e atualizado. A apostila foi totalmente
estruturada de acordo com o Edital 001/2017 e contempla todas as disciplinas arroladas no aludido
documento.

Cabe ressaltar que o Conteúdo Programático traz as seguintes disciplinas como requisitos: Língua
Portuguesa, Matemática, Noções de Direito e Legislação, Informática e Atualidades.

O certo é que o candidato que se prepara com o material da Aprovare terá acesso ao melhor mate-
rial do mercado para o certame que se aproxima e pode confiar no seu conteúdo, pois foi elaborado de
acordo com a metodologia testada e aprovada em outros concursos públicos.

Trata-se, pois, de um material imprescindível para que o candidato possa ter um adequado roteiro
de estudos e uma preparação de qualidade para encarar a prova vindoura.

Dito isso, desejamos bons estudos a todos os candidatos a esta nobre carreira pública.

Conselho Editorial Aprovare.

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SUMÁRIO

① LÍNGUA PORTUGUESA

② MATEMÁTICA

③ NOÇÕES DE DIREITO E LEGISLAÇÃO

④ INFORMÁTICA

⑤ ATUALIDADES

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01 LÍNGUA PORTUGUESA

01 ORTOGRAFIA
02 POR QUE, POR QUE, PORQUE, PORQUE
03 ETIMOLOGIA
04 ACENTUAÇÃO
05 SINTAXE
06 PROBLEMAS DE CONSTRUÇÃO DE FRASES
07 CONCORDÂNCIA
08 REGÊNCIA
09 PONTUAÇÃO
10 COLOCAÇÃO DOS PRONOMES
11 SEMÂNTICA
12 MORFOLOGIA
13 ESTRUTURA DAS PALAVRAS
14 FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
15 CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
16 COMPREENSÃO TEXTUAL
17 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
18 FIGURAS DE LINGUAGEM

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Língua Portuguesa

NOTA: O Conteúdo Programático previsto no Edital é fechada, concorrendo com a terminação -mos para
do Concurso focou seus temas na compreensão e indicar a primeira pessoa do plural. Tudo isso ocor-
interpretação de textos. Para tal, faz-se necessário re quando estamos falando. Como, entretanto, repre-
que o candidato tenha um conhecimento geral dos sentar esses sons diferentes na escrita? Se a cada som
temas de Língua Portuguesa. Por isso, esta apostila correspondesse uma letra diferente, levaríamos um
aborda diversos assuntos desta disciplina, que cer- tempão para nos alfabetizar, tentando reter dezenas
tamente serão de suma importância para a prova. de sinais gráficos.

A decisão foi representar ê e é por uma única letra,


e, concentrando os dois sons ô e ó numa única letra,
o. Essas letras são, sem dúvida, uma abstração, pois
representam sons diferentes por meio de um mesmo
01 ORTOGRAFIA sinal gráfico.
Ortografia é a parte da gramática que trata do ade- Você pode continuar esse exercício, verificando
quado emprego das letras e dos sinais gráficos. A pa- como representamos graficamente os sons e e i, o e u
lavra “ortografia” vem do grego orthos ‘direito, cor- quando eles aparecem no final da palavra.
reto’ e graphein ‘escrever’. Assim, podemos dizer que
a ortografia é a parte da gramática que trata da escrita Em algumas regiões do Brasil, por exemplo, se diz
correta, adequada dos vocábulos. leite azedo pronunciando as vogais finais ora como -e,
-o, ora como -i, -u.
A correção ortográfica é requisito elementar de
qualquer texto, e ainda mais importante quando se A grafia, porém, será a mesma, usando nas duas
trata de textos oficiais. Muitas vezes, uma simples tro- situações as letras e e o. Outra abstração.
ca de letras pode alterar não só o sentido da palavra,
mas de toda uma frase. A ortografia é um dos temas Durante o período do Português Arcaico, cada co-
permanentes da Gramática normativa. As línguas de pista escrevia a mesma palavra como bem entendia.
grande circulação, sobretudo quando usadas em mais A partir do séc. XVI passou-se a perseguir a “grafia
de uma região geográfica, precisam de um código or- perfeita” – outra utopia necessária. Sucederam-se vá-
tográfico uniforme para facilitar a circulação dos tex- rias modificações, até que se decidiu regulamentar a
tos. Sem esse código, torna-se mais difícil sua difusão matéria por meio de uma legislação própria.
pelo mundo. Os códigos gráficos perseguem um obje-
tivo que nunca será atingido: aproximar a língua escri- A grafia tornou-se, assim, a única manifestação
ta da língua falada. linguística regulada por leis específicas. Lembre-se de
que nunca se pensou em tratar a língua por meio de
Escrever como se fala é impossível: basta lembrar leis e decretos.
a flutuação da pronúncia em qualquer país, fato que
se acentua num país extenso como o Brasil. As gra- Não há leis formais para a gramática, o léxico, a
fias, por isso, representam uma sorte de abstratização semântica e o discurso, ou seja, o modo de construir
da execução linguística, para que se assegure a inter- textos.
compreensão. Se fôssemos colecionar todos os sons
da Língua Portuguesa – uma tarefa quase impossível
– encontraríamos depois de algum tempo três tipos: PRINCIPAIS MUDANÇAS TRAZIDAS PELO
as vogais, sons que passam diretamente pela boca; as RECENTE ACORDO ORTOGRÁFICO DA
LÍNGUA PORTUGUESA
consoantes, sons que sofrem algum tipo de interrup-
ção ou constrição ao passarem pela boca; e as semi-
vogais, em cuja produção ficamos a meio caminho do Alfabeto:
trânsito livre e do trânsito com impedimentos.
Anteriormente o alfabeto português era consti-
Fixando a atenção nas vogais, será possível identifi- tuído de 23 letras, sendo cada uma delas escrita em
car sete sons diferentes no Português Brasileiro, assim maiúscula e em minúscula. Eram elas:
representados: a – ê – é – i – ô – ó – u. O som ê se dis-
tingue do som é, por exemplo, em ele – ela, este – esta, Aa(á) - Bb(bê) - Cc(cê) - Dd(dê) - Ee(é) - Ff(efe) -
aquele – aquela, etc. Dizemos ele, este, aquele com ê Gg(ge/guê) - Hh(agá) - Ii(i) - Jj(jota) - Ll(ele) - Mm(eme)
fechado, para nos referir a uma entidade masculina, e - Nn(ene) - Oo(o) - Pp(pê) - Qq(quê) - Rr(erre) - Ss(esse)
ela, esta, aquela com é aberto, para nos referir a uma - Tt(tê) - Uu(u) - Vv(vê) - Xx(xis) - Zz(zê)
entidade feminina. Analogamente, fechamos a vogal Atualmente, com a inclusão das letras Kk(cá),
em ovo, formoso no singular, mas abrimos em ovos, Ww(dáblio) e Yy(ípsilon), passa a conter 26 letras.
formosos no plural. Além do gênero e do número,
também a pessoa do verbo pode ser distinguida jogan- Porém, antes mesmo do acordo as três letras já eram
do com vogais abertas e fechadas. Em feres, a vogal do utilizadas em algumas situações, como, por exemplo,
radical é aberta, concorrendo com a terminação -s para para indicar medidas (km, kg, et.) e para expressar pa-
indicar a segunda pessoa do singular; em ferimos, ela lavras e nomes estrangeiros (Kaiser, Washington, etc.).

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Alterações na acentuação gráfica: Com o Novo Acordo


Nos ditongos abertos éi e ói paroxítonos. Deixou-se de usar o acento agudo para diferenciar esses
pares de palavras:
Antes do Novo Acordo Com o Novo Acordo
ex.: a vida não para, filho. (verbo)
Usava-se acento. Deixou-se de usar o acento. Daqui para lá. (preposição)
estréia (verbo e estreia (verbo e Por que você não pela o gato ainda hoje? (verbo)
substantivo) substantivo) Chute a pela (=bola) para o lateral direito! (substantivo)
Pelo retrovisor do carro, via-se o pardal. (prep. + artigo)
estréio estreio
No polo Norte, a temperatura é baixíssima. (substantivo)
assembléia assembleia Polo (= pelo) amor de Deus, el-Rei!! (por+lo)
platéia plateia
alcatéia alcateia O acento diferencial ainda permanece nos seguin-
colméia colmeia tes casos:
idéia ideia
••pôde (3ª pessoa verbal do pretérito perfeito do
Coréia Coreia
indicativo), para diferenciá-lo de pode (3ª pes-
epopéia epopeia soa verbal do presente do indicativo). Ex.: Joana
geléia geleia não pôde vir ontem à noite para o jantar. Hoje
bóia boia Joana pode vir para o almoço, por isso convi-
de-a.
paranóico paranoico
apóio/apóia (verbo) apoio/apoia (verbo) ••pôr (verbo), para diferenciá-lo da preposição
por. Ex.: afinal, ela tem de pôr (verbo) o avental
Quando oxítonos, os ditongos abertos éi, éu e ói (se-
por (preposição) causa da intensa poeira.
guidos ou não de s) são acentuados. Ex.: anéis, pastéis,
céu(s), troféu(s), herói(s), anzóis, etc.
••ter/vir (e seus derivados) na 3ª pessoa do plu-
ral, para diferenciá-los da 3ª pessoa do singular.
No i e u paroxítonos, antecedidos de um ditongo: Ex.: ela vem/convém/tem/mantém. Elas vêm/
convêm/têm/mantêm.
Antes do Novo Acordo Com o Novo Acordo
Usava-se acento grave. Deixou-se de usar o acento Em palavras terminadas em eem e oo:
grave.
feiúra feiura Antes do Novo Acordo com o Novo Acordo
baiúca baiuca Usava-se acento circunflexo Deixou-se de usar o acento
no primeiro e/o do circunflexo no e/o do
boiúno boiuno
encontro vocálico do hiato. encontro vocálico.
Se o i ou u forem oxítonos (seguidos ou não de s), o eles/elas dêem eles/elas deem
acento permanece. Ex.: Piauí, tuiuiú, etc. vêem veem
crêem creem
Em certas paroxítonas homógrafas: lêem (e seus derivados) leem (e seus derivados)
vôo (verbo e substantivo) voo (verbo e substantivo)
Antes do Novo Acordo
enjôo enjoo
Usava-se acento agudo para diferenciar os seguintes
pares: corôo coroo

pára (verbo) e para (preposição). assôo assoo


ex.: a vida não pára, filho. (verbo) Daqui para lá. zôo zoo
(preposição)
péla (verbo e substantivo)/pélo (verbo) e pela/pelo No u tônico das sequências verbais gue, gui, que,
(combinação da preposição por + artigo definido). qui:
ex.: por que você não péla o gato ainda hoje? (verbo)
Chute a péla (=bola) para o lateral direito! (substantivo) Antes do Novo Acordo Com o Novo Acordo
Pelo retrovisor do carro, via-se o pardal. (prep. + artigo) Usava-se acento. Deixou-se de usar o acento.
pólo (substantivo) e polo (aglutinação antiga e popular (eles) argúem (eles) arguem
de por+lo).
ex.: no pólo Norte, a temperatura é baixíssima. obliqúem obliquem
(substantivo) Polo (= pelo) amor de Deus, el-Rei!! (por+lo) (tu) argúis (tu) arguis

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Língua Portuguesa

Trema: Nos topônimos, se o 1o elemento é adjetivo “grão”/“grã”,


Quando pronunciado, o u dos grupos gue, gui, que ou verbo, ou ainda se há artigo entre seus elementos.
e qui. Grão-Pará Traga-Mouros
Grã-Bretanha Baía de Todos-os-Santos
Antes do Novo Acordo Com o Novo Acordo
Passa-Quatro Entre-os-Rios
Recebia trema Deixou de receber trema
Quebra-Costas Trás-os-Montes
lingüiça linguiça
conseqüência consequência
Os demais topônimos compostos devem ser gra-
freqüência frequência
fados sem hífen. ex.: América do Sul, Belo Horizonte,
freqüentar frequentar Cabo Verde, Castelo Branco, Santa Rita do Oeste, etc.
tranqüilo tranquilo (Exceção: Guiné-Bissau.)
argüir arguir
bilíngüe bilíngue Na composição relativa a espécies botânica e zoológica.
agüentar aguentar abóbora-menina ervilha-de-cheiro
cinqüenta cinquenta couve-flor bem-me-quer
delinqüente delinquente feijão-verde cobra-d’água
qüinqüênio quinquênio erva-doce bem-te-vi
sagüi sagui louva-a-deus cobra-capelo
seqüestro sequestro erva-do-chá
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
Se o primeiro elemento é formado pelos advérbios
lingüeta lingueta
“bem”/“mal” + 2o elemento iniciado por vogal ou “h”.
O trema só é usado em palavras estrangeiras e em bem-aventurado mal-afortunado
suas derivadas. ex.: Müller, mülleriano. bem-humorado mal-estar
bem-estar mal-humorado
Hífen:
Aqui, devido à complexidade, apresentaremos O advérbio bem, ao contrário do advérbio mal,
apenas as alterações trazidas no Novo Acordo, sem pode ou não se aglutinar com o segundo elemento,
comparações com a norma anterior. ainda que esse seja iniciado por consoante.
Em palavras compostas por justaposição (radical + Ex.: bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso (cf.
radical), usa-se hífen nas tabelas abaixo. malditoso), bem-nascido (cf. malnascido), bem-visto
(cf. malvisto), etc.
Se o primeiro elemento e o segundo elemento formam
unidade semântica e possuem acento próprio.
ano-luz mato-grossense Se o primeiro elemento é constituído de “além”, “aquém”,
arco-íris sul-africano “recém” e “sem”.
médico-cirurgião azul-claro além-Atlântico recém-casado
cirurgião-dentista primeiro-ministro além-mar recém-nascido
decreto-lei segundo-sargento além-fronteiras sem-terra
rainha-cláudia primo-infecção aquém-fiar sem-teto
tenente-coronel segunda-feira aquém-Pirineus sem-vergonha
tio-avô finca-pé
turma-piloto guarda-chuva
Se os elementos derivam encadeamentos vocabulares
norte-americano conta-gotas ocasionais ou combinações históricas.
guarda-noturno fura-bolo a divisa Liberdade- Angola-Brasil
Igualdade- -Fraternidade
Havendo perda da noção de composição, a palavra
a ponte Rio-Niterói Áustria-Hungria
deve ser grafada sem hífen. ex.: girassol, madressil-
va, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, o percurso Lisboa-Coimbra- Tóquio-Rio de Janeiro
passatempo, etc. Porto

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NÃO SE USA HÍFEN nas locuções de qualquer tipo. Primeiro elemento (= prefixos “circum-” e “pan-”) +
cão de guarda em cima Segundo elemento (iniciado por vogal, “h”, “m”, “n”).
fim de semana (locução por isso (locução adverbial) circum-escolar pan-africano
substantiva) circum-hospitalar pan-helenismo
cor de açafrão abaixo de circum-murado pan-mágico
cor de vinho (locução acerca de circum-navegação pan-negritude
adjetiva)
cada um a fim de (locução Primeiro elemento (= prefixos “hiper-”, “inter-” e “super-”)
prepositiva) + Segundo elemento (iniciado por “r”).
ele próprio a fim de que hiper-requintado super-revista
nós mesmos (locução ao passo que inter-resistente
pronominal)
à parte logo que (locução Após os prefixos “ex-” (no sentido de estado anterior ou
conjuntiva) efeito de cessar), “sota-”, “soto-”, “vice-”, “vizo-”.
ex-aluno sota-piloto
Em palavras derivadas de prefixos/falsos prefixos, ex-diretor soto-mestre
tais como: aero, agro, anti, ante, aquém, arqui, auto,
bio, circum, co, contra, des, eletro, entre, ex, extra, geo, ex-hospedeiro vice-presidente
hidro, hiper, infra, in, inter, intra, macro, maxi, micro, ex-primeiro-ministro vice-reitor
mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseu- ex-presidente vizo-rei
do, retro, semi, sobre, sota, soto, sub, super, supra, tele, ex-rei
ultra, vice, vizo, etc.

Se os prefixos “pós-”, “pré-” e “pró-” forem tônicos e


Usa-se hífen se: graficamente acentuados.
pós-graduação pré-natal
Primeiro elemento (= prefixo/falso prefixo) + segundo pós-tônico pró-africano
elemento (iniciado por “h”).
pré-conceber pró-europeu
anti-higiênico super-homem
pré-escolar pró-reitor
circum-hospitalar ultra-hiperbólico
co-herdeiro eletro-higrômetro Em palavras como pospor, prever, promover não
se usa hífen, pois o prefixo perdeu sua tonicidade pró-
contra-harmônico geo-história
pria.
extra-humano neo-helênico
pré-história pan-helenismo
Não se usa hífen se:
proto-história semi-hospitalar
sub-hepático Primeiro elemento (= prefixo/falso prefixo terminado
em vogal) + Segundo elemento (iniciado por “r” ou “s”,
devendo dobrar essas consoantes).
Após os prefixos des- e in-, o hífen não é usado se a
palavra seguinte perdeu o h. ex.: desumano, desumi- antirreligioso infrassom
dificar, inábil, inapto, inumano, etc. antissemita minissaia
contrarregra biorritmo
Primeiro elemento (= prefixo/falso prefixo terminado por cosseno eletrossiderúrgica
vogal) + Segundo elemento (iniciado por vogal idêntica à contrassenha microssistema
vogal final do prefixo).
extrarregular microrradiografia
anti-ibérico arqui-irmandade
contra-almirante auto-observação Primeiro elemento (= prefixo/falso prefixo terminado por
infra-axilar eletro-ótica vogal) + Segundo elemento (iniciado por vogal diferente).
supra-auricular micro-onda antiaéreo autoaprendizagem
arqui-inimigo semi-internato coeducação agroindustrial
extraescolar hidroelétrica
O prefixo co-, em geral, aglutina-se com o segundo aeroespacial pluriestatal
elemento, ainda que iniciado pela vogal o. ex.: coobri-
gação, coocupante, coordenar, cooperação, etc. autoestrada

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Língua Portuguesa

Em palavras derivadas com os sufixos de origem - Pronomes pessoais de tratamento (Vossa Se-
tupi-guarani -açu, -guaçu e -mirim, usa-se hífen. nhoria, Vossa Excelência);

amoré-guaçu capim-açu - Instituições, organizações, grupos (podem ser


religiosos, financeiros, ONGs, entre outros).
anajá-mirim Ceará-mirim
andá-açu
USO DAS LETRAS MINÚSCULAS
Nas formas pronominais.
As letras minúsculas são utilizadas, regra geral, em
substantivos comuns, e nos seguintes casos:
Usa-se o hífen quando colocadas após os verbos (ênclise)
ou no meio deles (mesóclise).
- Na sequência de frases, após ponto-e-vírgula, e,
adorá-lo(s) avistá-la-íamos
também, após exclamação e interrogação, quando não
querê-la(s) contar-te-emos conclusivos (Ex.: Nossa! que dia lindo.);
merecê-lo(s) dar-se-ia
pediu-lhe - Na sequência de frases, após dois-pontos, exceto
quando houver citação;
Caso haja combinações pronominais, usa-se hífen
para separá-las. ex.: eu vo-lo daria, se fosse meu. Caso - Quando se referir a dias da semana, meses do ano
surja alguma novidade, no-las contariam. e horas grafadas por extenso (quinta-feira, janeiro, 12h
(doze horas).
Quando colocadas após o advérbio “eis”.
Ei-lo que surge dentre os desaparecidos! REGRAS ORTOGRÁFICAS
Eis-me pronto para o novo ofício.
Embora as regras comportem muitas exceções, mo-
Caso o final da linha coincida com o uso de hífen, tivo pelo qual não devem ser base principal de estu-
esse sinal gráfico deve ser repetido na linha posterior, do da ortografia, pois é impossível decorar todas as
para fins de clareza gráfica: regras e exceções, trazemos aqui as principais regras,
para auxiliar aqueles que possuem afinidade com essa
No Aeroporto Internacional de São Paulo, estavam o ex- forma de aprendizado.
presidente da Argentina e sua comitiva.
Uso do Ç:
USO DAS LETRAS MAIÚSCULAS Utiliza-se Ç nos seguintes casos: Em palavras deri-
Iniciam-se com maiúsculas, em geral, os substan- vadas de vocábulos terminados com a sílaba –to e –tor:
tivos próprios. Elas estão presentes, também, nos se- - Intuitivo = Intuição - Canto = Canção - Relativo
guintes casos: = Relação - Intento = Intenção - Introspectivo =
Introspecção - Inspetor = Inspeção - Infrator = Infração
- Começo de período, citação, parágrafo;
Utiliza-se em palavras terminadas em –ter e seus
- Nomes próprios ou apelidos (João, Maria, Ri- derivados: Manter = Manutenção Deter = Detenção
cardo); Reter = Retenção

- Cidades, países, estados, províncias , etc. A letra C acompanhada da cedilha (,) também é
(Curitiba, São Paulo, Texas); empregada em palavras derivadas da sílaba –tivo:

- Nomes de ruas, avenidas, praças e rodovias - Ativo = Ação


(Praça XV, Rodovia dos Tropeiros); - Repetitivo = Repetição
- Títulos de jornais, revistas, programas de te- - Produtivo = Produção
levisão e demais periódicos, tanto na forma im-
pressa como via internet; - Relativo = Relação

- Datas comemorativas, períodos ou eventos E, também, quando se retira a letra R para haver a
marcantes da história, movimentos filosóficos e derivação de outra palavra, observe:
políticos (Páscoa, Socialismo, Eleições, Copa do
- Armar = Armação
Mundo);
- Reclamar =
- Identificação de cargos (Diretor, Supervisor,
Técnico, Gerente, etc.); - Reclamação Fundir = Fundição

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Uso do S: O Z também está presente em verbos formados


com radicais que não terminam em S:
Em palavras derivadas de –nder, –ndir:
- Caracterizar
- Repreender = Repreensão - Apreender = Apreensão
- Expandir = Expansão
- Arborizar
- Confundir = Confusão
- Economizar
- Nos sufixos –es, –esa:

- Francês = francesa Quando prefixos com –ez, –eza formam substanti-


vos abstratos a partir de adjetivos:
- Chinês = chinesa

- Irlandês = irlandesa - Polido = polidez Surdo =surdez - Rico = riqueza


Leve= leveza Esperta = esperteza
- Libanês = libanesa

Nos sufixos formadores de adjetivos –ense, –oso, Uso do E:


–osa:
Nos verbos terminados em -UAR e -OAR:
Paranaense, catarinense, cauteloso, cautelosa, bon-
doso, bondosa - Continuar, pontuar, habituar: continue (e não
continui), pontue, habitue.
Após ditongos: - Pausa - Causa - Lousa
- Magoar, entoar, abençoar: magoe (e não magoi),
Uso do SS: entoe, abençoe.

O duplo S é utilizado entre vogais, quando a pala- Quando se usar o prefixo ANTE (anterior, antes),
vra obtiver som de S, caso contrário o som passar a ser como em antevéspera, antebraço e anteontem.
de “Z”. Observe o exemplo a seguir:

- Poso (do verbo posar) som de “z” Uso do I:


- Posso (do verbo poder) som de “s” Verbos terminados em -UIR:

- Diminuir, concluir, possuir: diminui, (e não dimi-


Uso do X:
nue), conclui e possui.
Encontra-se o X, com som de (ch), na maioria dos
casos após os ditongos: caixa, baixa, faixa, frouxo (ex- Quando se usa o prefixo ANTI (contrário), como
ceções: recauchutar, caucho, etc.) em antiácido, antiacadêmico e antibiótico.

Após as sílabas “en” e “me”: Enxada, enxofre, en-


xague, enxoval, enxurrada (exceções: enchente, etc.) Uso do G:

Mexer, mexerica, mexicano (exceções: encher, me- - Substantivos terminados em -agem, -igem e
cha, etc.) -ugem, como vagem, ferrugem, fuligem, mensagem e
viagem. Não observa a regra o substantivo pajem.
O X também é utilizado em palavras de origem
africana e indígena, bem como palavras aportuguesa-
- Em palavras terminadas em -ágio, égio, -ígio, ógio
das de origem árabe ou indiana, incorporadas à língua
e úgio, como pedágio, régio, vestígio, relógio e refúgio.
inglesa e por meio dessa trazida até nós:

- Indígenas: abacaxi, xará, Xavante - Africanas: xin-


Uso do J:
gar, maxixe (fruta do maxixeiro) - Indianas e árabes,
aportuguesadas a partir do inglês: xampu, xerife Na conjugação de verbos cujo infinitivo termine em
-jar ou -jear.
Uso do Z:
- Manejar: manejo, manejas, maneja, manejamos,
Grafa-se em derivados das palavras que terminal
manejais, manejam.
em –zal, –zeiro, –zinho, –zita, – zito, –zada, –zarrão,
–zorra, –zona, –zudo.
Em palavras de origem tupi-guarani ou africana,
Ex.: pezinho, anelzinho, pazada, homenzarrão. como canjica, jiboia, jiló e pajé.

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Língua Portuguesa

acompanhada de uma palavra determinando, um arti-


POR QUE, POR QUE, PORQUE, go, por exemplo.
02
PORQUE
- Creio que os verdadeiros porquês mais uma vez
não vieram à luz.
POR QUE
- Não sei o porquê da ausência do Diretor na reu-
A forma por que é a sequência de uma preposição nião.
( por ) e um pronome interrogativo ( que ). É equiva-
lente a “por que motivo”, “por qual razão” vejamos: Ninguém sabe o porquê de tudo isso.

- São esses os motivos por que regressamos = por Resumindo:


que motivo 1) Porquê: é um substantivo, portanto será usado
- Não sei por que razão você acha isso. = por qual quando anteriormente a ele surgir um artigo, um pro-
razão nome adjetivo ou um numeral.

- Existem casos em que por que representa uma se- Ex.: “Ninguém entende o porquê de tanta confu-
quência preposição + pronome relativo, equivalendo a são”.
pelo qual, pelos quais, pelas quais, pela qual . 2)Por quê : será usado em final de frase.
- O túnel por que deveríamos passar desabou on- Ex.: “Ela não me telefonou nem me disse por quê “.
tem. = pelo qual
3)Por que : será usado quando o “que” puder ser
- É difícil a situação por que passamos.= pela qual substituído por “qual”, ou no início de frases interro-
Utiliza-se a forma por que também em frases inter- gativas
rogativas diretas. Ex.: “As causas por que luto são nobres”.
- Por que não vais? - Por que você saiu tão cedo? Por que você não veio trabalhar ontem?

4)Porque: é uma conjunção que inicia oração expli-


PORQUE
cativa, causal ou final.
A forma porque é uma conjunção equivalente a
Ex.: “Nada temo porque nada devo”.
pois, já que, uma vez que

- Faltei à aula ontem porque estava doente

- Perdemos o jogo porque nosso adversário jogou


melhor que nós. 03 ETIMOLOGIA
Porque também pode indicar finalidade, como: Etimologia é o estudo gramatical da origem e his-
para que, a fim de. Trata-se de uso mais frequente na tória das palavras.
linguagem atual. Do grego etumología, a etimologia se preocupa em
- Venha, porque fazemos questão da sua presença. encontrar os chamados étimos (vocábulos que origi-
nam outros) das palavras. Afinal, toda a palavra co-
nhecida possui um significado e derivação de alguma
POR QUÊ outra palavra, que pode pertencer a outro idioma ou a
uma língua que já foi extinta.
E com acento circunflexo? Caso seja colocado no
final de uma frase, que pode ser antes de um ponto Por muitos é considerado o método mais eficaz
final, de interrogação, exclamação, ou um ponto de re- para o estudo da ortografia. No entanto, para uma pro-
ticências, a sequência deve ser grafada por quê , pois, va de concurso o seu estudo é inviável.
o monossílabo que passa a ser tônico.
Enfim, embora seja possível certo conhecimento or-
- Não sei por quê ! tográfico através das suas regras, ou, um conhecimen-
to aprofundado através da etimologia, o que pode le-
- Ainda não terminou? Por quê ? var anos, certamente a melhor maneira de se adquirir
- Você veio aqui por quê? conhecimento suficiente para a prova que se aproxima
é através da leitura.

PORQUÊ Nesse caso, não a leitura simples, mas sim uma


leitura minuciosa(crítica), onde devem ser marcadas
A forma porquê representa um substantivo. palavras que geram qualquer tipo de dúvida para pos-
Significa causa, razão, motivo e normalmente surge terior busca do seu significado nos dicionários.

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Oxítonos:
04 ACENTUAÇÃO
As palavras em que a sílaba mais forte é a última
A acentuação é um fenômeno que se manifesta são acentuadas quando terminadas em:
tanto na língua falada quanto na escrita. No âmbi-
to da fala, marcamos a acentuação das palavras de -a(s): guaraná, atrás, (ele) será, (tu) serás, Amapá,
forma automática, com uma sutil elevação de voz. Pará; -e(s): tevê, clichê, cortês, português, pajé, convés;
Eventualmente, ocorrem dúvidas quanto à pronúncia -o(s): complô, robô, avô, avós, após, quiproquó(s); -em,
que são na verdade dúvidas quanto à acentuação de -ens: armazém, armazéns, também, (ele) provém (eles)
determinada palavra, como nos exemplos: rubrica ou detêm.
rúbrica, Nobel ou Nóbel. Na língua escrita, a acentua-
ção das palavras decorre basicamente da necessidade Observação:
de marcar aqueles vocábulos que, sem acento, pode-
riam ser lidos ou interpretados de outra forma. As palavras tônicas que possuem apenas uma sí-
laba (monossílabos) terminadas em a, e e o seguem
A acentuação gráfica compreende o uso de quatro também esta regra: pá, pé pó, (tu) dás, três, mês, (ele)
sinais: a) o agudo (‘), para marcar a tonicidade das vo- pôs, má, más; assim também os monossílabos verbais
gais a (paráfrase, táxi, já), i (xícara, cível, aí) e u (cú- seguidos de pronome: dá-la, tê-lo, pô-la, etc.
pula, júri, miúdo); e a tonicidade das vogais abertas e
(exército, série, fé) e o (incólume, dólar, só); b) o grave
ENCONTROS VOCÁLICOS
(`), exclusivamente para indicar a ocorrência de crase,
i. é, a ocorrência da preposição a com o artigo feminino
a ou os demonstrativos a, aquele(s), aquela(s), aquilo. Ditongos abertos tônicos:
c) o circunflexo (^), para marcar a tonicidade da vogal
a nasal ou nasalada (lâmpada, câncer, espontâneo), e Os ditongos ei, eu, oi têm a primeira vogal acentua-
das vogais fechadas e (gênero, tênue, português) e o da graficamente quando for aberta e estiver na sílaba
(trôpego, bônus, robô); d) e acessoriamente o til (~), tônica: papéis, réis, mausoléu, céus, corrói, heróis.
para indicar a nasalidade (e em geral a simultânea to-
nicidade) em a e o (cristã, cristão, pães, cãibra; cora-
ções, põe(s), põem). Ditongos ue e ui antecedidos por g ou q:

Leva acento agudo o u quando tônico, e trema


TONICIDADE quando átono: apazigúe, argúi, argúem, averigúe,
obliqúe, obliqúem, e arguir, delinquir, frequente,
aguentar, cinquenta.
Proparoxítonos:
Todas as palavras em que a antepenúltima sílaba
é a mais forte são acentuadas graficamente: câmara, Hiatos em i e u:
estereótipo, falávamos, discutíamos, América, África.
I e u tônicos, finais de sílaba com ou sem s, e pre-
cedidos de vogal não tremada, levam acento agudo
Paroxítonos: quando não forem seguidos de nh: ensaísta, saída, juí-
zes, país, baú(s), saúde, reúne, amiúde (adv.), viúvo
As palavras em que a penúltima sílaba é a mais for-
(mas: bainha, moinho).
te são acentuadas graficamente quando terminam em:

- i(s): júri(s), táxi(s), lápis, tênis; - us: bônus, vírus,


CASOS ESPECIAIS
Vênus; - ã(s), -ão(s): órfã, ímã, órfãs, órgão, órgãos, bên-
ção, bênçãos; -om, -ons: rádom (ou radônio), iâmdom,
nêutron, elétron, nêutrons; -um, -uns: fórum, álbum, Acento grave:
fóruns, álbuns; -l: estável, estéril, difícil, cônsul, útil;
-n: hífen, pólen, líquen; -r: açúcar, éter, mártir, fêmur; É usado sobre a letra a, para indicar a ocorrência de
-x: látex, fênix, sílex, tórax; -ps: bíceps, fórceps. crase (do grego krásis, mistura, fusão) da preposição a
com o artigo ou demonstrativo feminino a, as ou com
Observações: os demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: enca-
minhar a a Procuradoria > encaminhar à Procuradoria;
a) a regra de acentuar paroxítonos terminados em devido a a gestão do Ministro > devido à gestão do
i ou r não se aplica aos prefixos terminados nessas le- Ministro; falar a a Secretária > falar à Secretária.
tras: anti-, semi-, hemi-, arqui-, super-, hiper-, alter-, Emprega-se, ainda:
inter-, etc.
– para diferenciar a preposição a do artigo femini-
b) Atente para o fato de que a regra dos paroxíto- no singular a em locuções como à caneta, à máquina;
nos terminados em -en não se aplica ao plural dessas
palavras nem a outras com a terminação -ens: liquens, – em locuções em que significa à moda, à maneira
hifens, itens, homens, nuvens, etc. (de): sair à francesa, discurso à Rui Barbosa, etc.

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Acento diferencial: •Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjunti-


vas: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes.
Marca a diferença entre homógrafos ou homófonos
Exemplo: Saímos à noite; À medida que o tempo passa
exclusivamente nos seguintes casos:
as amizades aumentam.
– têm (eles) para distingui-lo de tem (ele), e vêm
•Antes dos Pronomes demonstrativos (aquilo,
(eles), distinto de vem (ele); (vale nos derivados: eles
aquela, aquele). Exemplos: No mês de abril, voltamos
detêm, provêm, distinto de detém, provém (ele); àquela praia; Refere-se àquilo que aconteceu ontem na
– pôde (pretérito perfeito) distinto de pode (pre- festa.
sente); – fôrma (substantivo) distinto de forma (verbo •A expressão “à moda”, por exemplo: As roupas
formar); – vocábulos tônicos (abertos ́/fechados ^) que são à moda francesa; No restaurante a comida era à
têm homógrafos átonos: moda mineira.

Não se utiliza crase:


Tônicos:
•Antes de palavras masculinas, por exemplo: Jorge
côa, côas (v. coar) pêro, Pêro póra(s) (surra); pôla(s)
tem um carro a álcool; Samuel comprou um jipe a die-
(broto vegetal) pólo(s) (eixo, jogo); pôlo(s) (filhote de
sel.
gavião) pôr (verbo)
•Antes de verbos que não indiquem destino, por
exemplo: Estava disposto a salvar a menina.
Átonos:
coa, coas (com a, com as) para (preposição) pela, •Antes de artigos (um, uns, uma, umas) e prono-
pelas (por a(s) pelo, pelos (por o(s), pera (forma arcaica mes indefinidos (outra, alguém, qualquer, certa), por
de para) pero (forma arcaica de mas) pola(s) (forma exemplo: Chegou a uma hora; Todo dia perguntava a
arcaica de por a(s)) polo(s) (forma arcaica de por o(s)) outra professora sobre as aulas.
por (preposição) As palavras acima listadas compõem •Antes de pronomes pessoais do caso reto (eu, tu,
a relação completa das que recebem acento diferencial. ele, nós, vós, eles) e do caso oblíquo me, mim, comigo,
Várias são arcaísmos em desuso. te, ti, contigo, se, si, o, lhe), por exemplo: Falamos a ela
sobre o ocorrido; Ofereceram a mim as entradas para
Til: o cinema.

Tem como função primeira a de indicar a nasali- •Antes dos pronomes demonstrativos (isso, esse,
zação das vogais a e o, mas eventualmente acumula este, esta, essa), por exemplo: Era a isso que nos refe-
também a função de marcar a tonicidade (chã, manhã, ríamos; Quando aderir a esse plano, a internet ficará
cristã, cãibra). Acrescente-se, por fim, que as regras mais barata.
para acentuação gráfica valem igualmente para no-
•Antes de nomes de cidade que não utilizam o arti-
mes próprios (América, Brasília, Suécia, Pará, Chuí, go feminino, por exemplo: Fomos à Itália.
Maceió, etc.) e para abreviaturas de palavras acentua-
das (página – pág., páginas – págs., século – séc.). •Palavras repetidas: dia a dia, frente a frente, cara a
cara, gota a gota, ponta a ponta, por exemplo: Ficamos
A acentuação de palavras estrangeiras ainda não cara a cara na festa de final de ano; Dia a dia nos co-
aportuguesadas segue as regras da língua a que per- nhecemos melhor.
tencem: détente, habitué, vis-à-vis (francês).

Dicas para o uso da crase:


CRASE
•Para saber se ocorre crase, em alguns casos, subs-
A palavra crase é de origem grega “Krâsis” e sig- titui-se a palavra feminina por masculina, ou seja, o
nifica fusão, mistura, junção. Dessa forma, a crase cor- “a” por “ao” e se a preposição for aceita sem alterar o
responde a união do artigo definido “a (s)” e da pre- sentido, então com certeza há crase. Por exemplo: Vou
posição “a” marcada pelo acento grave: à (a+a). Além à escola, Vou ao colégio
disso, essa fusão pode ocorrer nos pronomes demos-
•É facultativo o uso da crase antes dos pronomes
trativos: àquele, àquela, àquilo.
possessivos, por exemplo: Mandou presentes de natal
A crase é usada: à sua família ou Mandou presentes de natal a sua fa-
mília. Da mesma maneira antes do “até”, o uso é facul-
•Antes de palavras femininas.Exemplos: Fui à bi- tativo : Fui até à praça ou Fui até à praça
blioteca; Fomos à loja.
•Para saber se a crase é utilizada nos verbos de des-
•Quando acompanham verbos que indicam desti- tino temos a expressão: “Vou a, volto da, crase há! vou
no: ir, voltar, vir. Exemplos: Vou à loja de meu irmão; a, volto de, crase pra quê?” Vou à Europa, Volto da
Fomos à feira. Europa; Foi a Roma, voltou de Roma.

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Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos


05 SINTAXE elementos que compõem uma oração (os parênteses
indicam os elementos que podem não ocorrer):
SINTAXE (do grego syntáxis ‘arranjo, disposição’) (sujeito) - verbo - (complementos) - (adjunto adver-
É a parte da Gramática que estuda a palavra, bial).
não em si, mas em relação às outras, que com ela se Podem ser identificados seis padrões básicos para
unem para exprimir o pensamento. É o capítulo mais as orações pessoais na língua portuguesa (a função
importante da Gramática, porque, ao disciplinar as que vem entre parênteses é facultativa e pode ocorrer
relações entre as palavras, contribui de modo funda-
em ordem diversa):
mental para a clareza da exposição e para a ordenação
do pensamento.
1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial).
É importante destacar que o conhecimento das O Presidente - regressou - (ontem).
regras gramaticais, sobretudo neste capítulo da
sintaxe, é condição necessária para a boa redação, mas 2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto -
não constitui condição suficiente. A concisão, clare- (adjunto adverbial). O Chefe da Divisão - assinou - o
za, formalidade e precisão, elementos essenciais da termo de posse - (na manhã de terça-feira).
redação oficial, somente serão alcançadas mediante a
prática da escrita e a leitura de textos escritos em bom 3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indi-
português. reto - (adjunto adverbial). O Brasil - precisa - de gente
honesta - (em todos os setores).
Dominar bem o idioma, seja na forma falada, seja
na forma escrita, não significa apenas conhecer exce-
ções gramaticais: é imprescindível, isso sim, conhecer 4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj.
em profundidade as regularidades da língua. direto - obj. indireto - (adj. Adv.). Os desempregados
- entregaram - suas reivindicações - ao Deputado - (no
Veremos, a seguir, alguns pontos importantes da Congresso).
sintaxe, relativos à construção de frases, concordância,
regência, colocação pronominal e pontuação. 5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento
adverbial - (adjunto adverbial). A reunião do Grupo
de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Aires - (na próxi-
ma semana). O Presidente - voltou - da Europa - (na
PROBLEMAS DE CONSTRUÇÃO DE sexta-feira)
06
FRASES
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto
A clareza e a concisão na forma escrita são alcan- adverbial). O problema - será - resolvido - prontamen-
çadas principalmente pela construção adequada da te.
frase.
Esses seriam os padrões básicos para as orações,
A função essencial da frase é desempenhada pelo ou seja as frases que possuem apenas um verbo con-
predicado, que para Adriano da Gama Kury pode ser jugado. Na construção de períodos, as várias funções
entendido como “a enunciação pura de um fato qual- podem ocorrer em ordem inversa à mencionada, mis-
quer”. Sempre que a frase possuir pelo menos um ver- turando-se e confundindo-se.
bo, recebe o nome de período, que terá tantas orações
quantos forem os verbos não auxiliares que o consti-
tuem. Não interessa aqui análise exaustiva de todos os
padrões existentes na língua portuguesa. O que
Outra função relevante é a do sujeito – mas não in- importa é fixar a ordem normal dos elementos
dispensável, pois há orações sem sujeito, ditas impes- nesses seis padrões básicos. Acrescente-se que
soais –, de quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um períodos mais complexos, compostos por duas ou
substantivo. mais orações, em geral podem ser reduzidos aos
padrões básicos (de que derivam).
Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações
substantivos (nomes ou pronomes) que desempenham
a função de complementos (objetos direto e indireto, Os problemas mais frequentemente encontrados na
predicativo e complemento adverbial). construção de frases dizem respeito à má pontuação, à
ambiguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos
Função acessória desempenham os adjuntos adver- paralelismos, erros de comparação, etc. Decorrem, em
biais, que vêm geralmente ao final da oração, mas que geral, do desconhecimento da ordem das palavras na
podem ser ou intercalados aos elementos que desem- frase. Indicam-se, a seguir, alguns desses defeitos mais
penham as outras funções, ou deslocados para o início comuns e recorrentes na construção de frases, registra-
da oração. dos em documentos oficiais.

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SUJEITO Nesta frase temos, nas duas orações subordinadas


que completam o sentido da principal, duas estruturas
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que diferentes para ideias equivalentes: a primeira oração
executa a ação enunciada na oração. Ele pode ter com- (economizar energia) é reduzida de infinitivo, enquan-
plemento, mas não ser complemento. Devem ser evita- to a segunda (que elaborassem planos de redução de
das, portanto, construções como: despesas) é uma oração desenvolvida introduzida
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. pela conjunção integrante que.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Há mais de uma possibilidade de escrevê-la com
Errado: Apesar das relações entre os países estarem clareza e correção; uma seria a de apresentar as duas
cortadas, (...). Certo: Apesar de as relações entre os paí- orações subordinadas como desenvolvidas, introduzi-
ses estarem cortadas, (...). das pela conjunção integrante que:
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos
Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim. Ministérios que economizassem energia e (que) elabo-
rassem planos para redução de despesas.
Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos,
(...). Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, Outra possibilidade: as duas orações são apresen-
(...). tadas como reduzidas de infinitivo: Certo: Pelo aviso
circular, recomendou-se aos Ministérios economizar
Errado: Apesar da Assessoria ter informado em energia e elaborar planos para redução de despesas.
tempo, (...). Certo: Apesar de a Assessoria ter informa-
do em tempo, (...). Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela
na coordenação de orações subordinadas.

FRASES FRAGMENTADAS
Mais um exemplo de frase inaceitável na língua es-
A fragmentação de frases consiste em pontuar uma crita culta:
oração subordinada ou uma simples locução como se
fosse uma frase completa. Decorre da pontuação er- Errado: No discurso de posse, mostrou determina-
rada de uma frase simples. Embora seja usada como ção, não ser inseguro, inteligência e ter ambição.
recurso estilístico na literatura, a fragmentação de fra- O problema aqui decorre de coordenar palavras
ses devem ser evitada nos textos oficiais, pois muitas (substantivos) com orações (reduzidas de infinitivo).
vezes dificulta a compreensão. Ex.:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou
Errado: O programa recebeu a aprovação do por transformá-la em frase simples, substituindo as
Congresso Nacional. Depois de ser longamente de- orações reduzidas por substantivos:
batido. Certo: O programa recebeu a aprovação do
Congresso Nacional, depois de ser longamente deba- Certo: No discurso de posse, mostrou determina-
tido. Certo: Depois de ser longamente debatido, o pro- ção, segurança, inteligência e ambição. Ou empregar
grama recebeu a aprovação do Congresso Nacional. a forma oracional reduzida uniformemente: Certo: No
discurso de posse, mostrou ser determinado e seguro,
Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente ter inteligência e ambição.
submetido ao Presidente da República, que o aprovou.
Consultadas as áreas envolvidas na elaboração do tex-
to legal. Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso
paralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equi-
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente valente) a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao
submetido ao Presidente da República, que o aprovou, se apresentar, de forma paralela, estruturas sintáticas
consultadas as áreas envolvidas na elaboração do tex- distintas:
to legal.
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e
o Papa.
ERROS DE PARALELISMO
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cida-
Uma das convenções estabelecidas na linguagem des (Paris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma
escrita consiste em apresentar ideias similares numa possibilidade de correção é transformá-la em duas fra-
forma gramatical idêntica, o que se chama de parale- ses simples, com o cuidado de não repetir o verbo da
lismo. Assim, incorre-se em erro ao conferir forma não primeira (visitar):
paralela a elementos paralelos. Vejamos alguns exem-
plos: Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma.
Nesta última capital, encontrou-se com o Papa.
Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos
Ministérios economizar energia e que elaborassem Errado: O projeto tem mais de cem páginas e muita
planos de redução de despesas. complexidade.

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Aqui repete-se a equivalência gramatical indevida: ERROS DE COMPARAÇÃO


estão em coordenação, no mesmo nível sintático, o nú-
mero de páginas do projeto (um dado objetivo, quan- A omissão de certos termos ao fazermos uma com-
tificável) e uma avaliação sobre ele (subjetiva). Pode-se paração, omissão própria da língua falada, deve ser
reescrever a frase de duas formas: ou faz-se nova ora- evitada na língua escrita, pois compromete a clareza
ção com o acréscimo do verbo ser, rompendo, assim, o do texto: nem sempre é possível identificar, pelo con-
desajeitado paralelo: texto, qual o termo omitido. A ausência indevida de
um termo pode impossibilitar o entendimento do sen-
Certo: O projeto tem mais de cem páginas e é muito tido que se quer dar a uma frase:
complexo. Ou se dá forma paralela harmoniosa trans-
formando a primeira oração também em uma avalia- Errado: O salário de um professor é mais baixo do
ção subjetiva: Certo: O projeto é muito extenso e com- que um médico. A omissão de termos provocou uma
plexo. O emprego de expressões correlativas como não comparação indevida: “o salário de um professor”
só ... mas (como) também; tanto ... quanto (ou como); com “um médico”.
nem ... nem; ou ... ou; etc. costuma apresentar proble-
mas quando não se mantém o obrigatório paralelismo Certo: O salário de um professor é mais baixo do
entre as estruturas apresentadas. que o salário de um médico. Certo: O salário de um
professor é mais baixo do que o de um médico.
Nos dois exemplos abaixo, rompe-se o paralelismo
pela colocação do primeiro termo da correlação fora Errado: O alcance do Decreto é diferente da
de posição. Portaria.
Errado: Ou Vossa Senhoria apresenta o projeto, ou Novamente, a não repetição dos termos compa-
uma alternativa. Certo: Vossa Senhoria ou apresenta o rados confunde. Alternativas para correção: Certo: O
projeto, ou propõe uma alternativa. alcance do Decreto é diferente do alcance da Portaria.
Errado: O interventor não só tem obrigação de
Certo: O alcance do Decreto é diferente do da
apurar a fraude como também a de punir os culpados.
Portaria.
Certo: O interventor tem obrigação não só de apurar a
fraude, como também de punir os culpados. Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provo- verbas do que os Ministérios do Governo.
cado pelo uso inadequado da expressão e que num pe- No exemplo acima, a omissão da palavra “outros”
ríodo que não contém nenhum que anterior. (ou “demais”) acarretou imprecisão:
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e
que tem sólida formação acadêmica. Para corrigir a Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais
frase, ou suprimimos o pronome relativo: Certo: O verbas do que os outros Ministérios do Governo.
novo procurador é jurista renomado e tem sólida for- Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais ver-
mação acadêmica. Ou suprimimos a conjunção, que bas do que os demais Ministérios do Governo.
está a coordenar elementos díspares:

Certo: O novo procurador é jurista renomado, que AMBIGUIDADE


tem sólida formação acadêmica. Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada
Outro exemplo de falso paralelismo com e que: em mais de um sentido.

Errado: Neste momento, não se devem adotar me- A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade
didas precipitadas, e que comprometam o andamento de identificar-se a que palavra se refere um pronome
de todo o programa. que possui mais de um antecedente na terceira pessoa.
Pode ocorrer com:
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo
anterior aqui podemos ou suprimir a conjunção:
a) pronomes pessoais:
Certo: Neste momento, não se devem adotar medi- Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretaria-
das precipitadas, que comprometam o andamento de do que ele seria exonerado.
todo o programa.

Ou estabelecer forma paralela coordenando ora- Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu
ções adjetivas, recorrendo ao pronome relativo que e secretariado.
ao verbo ser:
Ou então, caso o entendimento seja outro:
Certo: Neste momento, não se devem adotar me-
didas que sejam precipitadas e que comprometam o Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a
andamento de todo o programa. exoneração deste.

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b) pronomes possessivos e pronomes oblíquos: Períodos Coordenados e Conjunções Coordenati-


vas:
Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da
República, em seu discurso, e solicitou sua intervenção As conjunções coordenativas unem elementos de
no seu Estado, mas isso não o surpreendeu. mesma natureza (substantivo + substantivo; adjetivo
+ adjetivo; advérbio + advérbio; e oração + oração). Em
Observe-se a multiplicidade de ambiguidade períodos, as orações por elas introduzidas recebem a
no exemplo acima, as quais tornam virtualmente mesma classificação, a saber:
inapreensível o sentido da frase.
Aditivas: relacionam pensamentos similares. São
Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o duas: e e nem. A primeira une duas afirmações; a se-
Presidente da República. gunda, duas negações:
No pronunciamento, solicitou a intervenção fede- O Embaixador compareceu à reunião e manifestou
ral em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente o interesse do seu governo no assunto. O Embaixador
da República. não compareceu à reunião, nem manifestou o interesse
de seu governo no assunto.
c) pronome relativo: Adversativas: relacionam pensamentos que se
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que opõem ou contrastam. A conjunção adversativa por
eu costumava trabalhar. excelência é mas. Outras palavras também têm força
adversativa na relação entre ideias: porém, todavia,
Não fica claro se o pronome relativo da segunda contudo, entretanto, no entanto.
oração se refere a mesa ou a gabinete, essa ambigui-
dade se deve ao pronome relativo que, sem marca de O piloto gosta de automóveis, mas prefere deslo-
gênero. car-se em aviões.

A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os O piloto gosta de automóveis; prefere, porém, des-
quais, as quais, que marcam gênero e número. locar-se em aviões.

Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu Alternativas: relacionam pensamentos que se ex-
costumava trabalhar. Se o entendimento é outro, en- cluem. As conjunções alternativas mais utilizadas são:
tão: Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu ou, quer...quer, ora...ora, já...já.
costumava trabalhar. Há, ainda, outro tipo de ambi-
guidade, que decorre da dúvida sobre a que se refere O Presidente irá ao encontro (ou) de automóvel, ou
a oração reduzida: Ambíguo: Sendo indisciplinado, o de avião. Conclusivas: relacionam pensamentos tais
Chefe admoestou o funcionário. que o segundo contém a conclusão do enunciado no
primeiro. São: logo, pois, portanto, consequentemente,
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo aci- por conseguinte, etc.
ma, deve-se deixar claro qual o sujeito da oração re-
duzida. Claro: O Chefe admoestou o funcionário por A inflação é o maior inimigo da Nação; logo, é meta
ser este indisciplinado. Ambíguo: Depois de exami- prioritária do governo eliminá-la.
nar o paciente, uma senhora chamou o médico. Claro: Explicativas: relacionam pensamentos em sequên-
Depois que o médico examinou o paciente, foi chama- cia justificativa, de tal modo que a segunda oração ex-
do por uma senhora. plica a razão de ser da primeira. São: que, pois, por-
que, portanto.
TIPOS DE ORAÇÕES E EMPREGO DE
Aceite os fatos, pois eles são o espelho da realidade.
CONJUNÇÕES

As conjunções são palavras invariáveis que ligam Períodos Subordinados e Conjunções Subordina-
orações, termos da oração ou palavras. Estabelecem tivas:
relações entre orações e entre os termos sintáticos, que
podem ser de dois tipos: As conjunções subordinativas unem duas orações
de natureza diversa: a que é introduzida pela con-
a) de coordenação de ideias de mesmo nível, e junção completa o sentido da oração principal ou lhe
de elementos de idêntica função sintática; acrescenta uma determinação. As orações subordina-
das desenvolvidas (i. é, aquelas que apresentam verbo
b) de subordinação, para estabelecer hierarquia em uma das formas finitas, indicativo ou subjuntivo)
entre as ideias, e permitir que uma oração com- e as conjunções empregadas em cada modalidade de
plemente o sentido da outra. subordinação são as seguintes:

Por esta razão, o uso apropriado das conjunções é Substantivas: desempenham funções de substanti-
de grande importância: seu emprego indevido gera vo, ou seja, sujeito, objeto direto, objeto indireto, pre-
imprecisão ou combinações errôneas de ideias. dicativo.

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Podem ser introduzidas pelas conjunções integran- b) Concessivas: embora, conquanto, ainda que,
tes que, se, como; pelos pronomes relativos, que, quem, posto que, se bem que, etc. O orçamento foi aprovado,
quantos; e pelos pronomes interrogativos quem, (o) embora os preços estivessem altos.
que, quanto(a)(s), qual (is), como, onde, quando. De
acordo com a função que exercem, as orações são clas- c) Condicionais: se, caso, contanto que, sem que,
sificadas em: uma vez que, dado que, desde que, etc. O Presidente
baixará uma medida provisória se houver necessi-
a) subjetivas: É surpreendente que as transforma- dade. Informarei o Secretário sobre a evolução dos
ções ainda não tenham sido assimiladas. Quem não acontecimentos contanto que ele guarde sigilo daquilo
tem competência não se estabelece. que ouvir.

b) objetivas diretas: O Ministro anunciou que os d) Conformativas: como, conforme, consoante, se-
recursos serão liberados. gundo, etc.

c) objetivas indiretas: A liberação dos recursos de- Despachei o processo conforme determinava a pra-
pende de que o Ministro a autorize. xe em vigor.

d) predicativas: O problema do projeto foi que nin- e) Comparativas: que, do que (relacionados a mais,
guém previu todas as suas consequências. menos, maior, menor, melhor, pior); qual (relacionado
a tal); como ou quanto (relacionados a tal, tanto, tão);
Adjetivas: desempenham a função de adjetivo, res- como se; etc.
tringindo o sentido do substantivo a que se referem,
ou simplesmente lhe acrescentando outra caracterís- Nada é tão importante como (ou quanto) o respeito
tica. São introduzidas pelos pronomes relativos que, aos direitos humanos. f) Consecutivas: que (relacio-
o (a) qual, quem, quanto, cujo, como, onde, quando. nado com tal, tão, tanto, tamanho); de modo que, de
Podem ser, portanto: maneira que; etc.

e) restritivas: Só poderão inscrever-se os candida- O descontrole monetário era tal que não restou ou-
tos que preencheram todos os requisitos para o con- tra solução senão o congelamento.
curso.
g) Finais: para que ou por que, a fim de que, que,
etc.
f) não-restritivas (ou explicativas):
O pai trabalha muito para (ou a fim de ) que nada
O Presidente da República, que tem competência
falte aos filhos.
exclusiva nessa matéria, decidiu encaminhar o projeto.

Observe que o fato de a oração adjetiva restringir, h) Proporcionais: à medida ou proporção que, ao
ou não, o substantivo (nome ou pronome) a que se re- passo que, etc.
fere repercute na pontuação. Na frases de a), a oração
adjetiva especifica que não são todos os candidatos que As taxas de juros aumentavam à proporção (ou me-
poderão inscrever-se, mas somente aqueles que preen- dida) que a inflação crescia.
cherem todos os requisitos para o concurso. Como se
verifica pelo exemplo, as orações adjetivas restritivas i) Temporais: quando, apenas, mal, até que, assim
não são pontuadas com vírgula em seu início. Já em b) que, antes ou depois que, logo que, tanto que, etc. O
temos o exemplo contrário: como só há um Presidente acordo será celebrado quando alcançar-se um enten-
da República, a oração adjetiva não pode especificá-lo, dimento mínimo. Apenas iniciado o mandato, o go-
mas apenas agregar alguma característica ou atributo vernador decretou a moratória da dívida pública do
dele. Este segundo tipo de oração vem, obrigatoria- Estado.
mente, precedido por vírgula anteposta ao prenome
relativo que a introduz.
Orações Reduzidas:
Adverbiais: que cumprem a função de advérbios.
A mesma classificação das orações subordinadas
As conjunções que com mais frequência conectam es-
desenvolvidas vale para as reduzidas, aquelas em que
sas orações vêm listadas ao lado da denominação de
o verbo está em uma das três formas nominais (infi-
cada modalidade. As orações adverbiais são classifi-
nitivo, particípio e gerúndio). Mencionemos alguns
cadas de acordo com a ideia expressa por sua função
exemplos:
adverbial:

a) Causais: porque; como, desde que, já que, vis- a) substantivas: são sempre reduzidas de infinitivo
to, uma vez que (antepostos). O Coronel assumiu o (pois este é a forma nominal substantiva do verbo): É
comando porque o General havia falecido. Como o obrigatório revisar o texto. O Chefe prefere refazer ele
General havia falecido, o Coronel assumiu o comando. mesmo o texto. Eu gosto de reler todos os textos.

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O grande objetivo é escrever bem. a) Há três casos de sujeito inexistente:


– com verbos de fenômenos meteorológicos:
b) adjetivas:
Choveu (geou, ventou...) ontem.
Havia lá um arquivo contendo leis e decretos.
– em que o verbo haver é empregado no sentido de
c) adverbiais: ocorrem na forma reduzida as ora- existir ou de tempo transcorrido:
ções causais, concessivas, condicionais, consecutivas,
Haverá descontentes no governo e na oposição.
finais e temporais:
Havia cinco anos não ia a Brasília.
Irritou-se por andar excessivamente atarefado.
Apesar de ler muito gramática, não escreve bem. Errado: Se houverem dúvidas favor perguntar.
Elaborado com atenção, o texto melhora muito. Certo: Se houver dúvidas favor perguntar.
Não conseguia trabalhar sem concentrar-se. Começou
a correr (,) para chegar a tempo. Falando com o Para certificar-se de que esse haver é impessoal,
Ministro, mencione o novo projeto. basta recorrer ao singular do indicativo: Se há ( e nun-
ca: *hão) dúvidas... Há (e jamais: *Hão) descontentes...

– em que o verbo fazer é empregado no sentido


de tempo transcorrido: Faz dez dias que não durmo.
07 CONCORDÂNCIA Semana passada fez dois meses que iniciou a apuração
das irregularidades. Errado: Fazem cinco anos que não
A concordância é o processo sintático segundo o vou a Brasília.
qual certas palavras se acomodam, na sua forma, às
palavras de que dependem. Certo: Faz cinco anos que não vou a Brasília.

Essa acomodação formal se chama “flexão” e se dá São muito frequentes os erros de pessoalização
quanto a gênero e número (nos adjetivos – nomes ou dos verbos haver e fazer em locuções verbais (ou seja,
quando acompanhados de verbo auxiliar). Nestes ca-
pronomes), números e pessoa (nos verbos). Daí a divi-
sos, os verbos haver e fazer transmitem sua impessoa-
são: concordância nominal e concordância verbal.
lidade ao verbo auxiliar:

Concordância Verbal: Errado: Vão fazer cinco anos que ingressei no


Serviço Público. Certo: Vai fazer cinco anos que ingres-
Regra geral: o verbo concorda com seu sujeito em sei no Serviço Público.
pessoa e número. Os novos recrutas mostraram muita
disposição. Errado: Depois das últimas chuvas, podem haver
centenas de desabrigados. Certo: Depois das últimas
Se o sujeito for simples, isto é, se tiver apenas um chuvas, pode haver centenas de desabrigados.
núcleo, com ele concorda o verbo em pessoa e número:
O Chefe da Seção pediu maior assiduidade. A infla- Errado: Devem haver soluções urgentes para estes
ção deve ser combatida por todos. Os servidores do problemas. Certo: Deve haver soluções urgentes para
Ministério concordaram com a proposta. estes problemas.

Quando o sujeito for composto, ou seja, possuir b) Concordância facultativa com sujeito mais pró-
mais de um núcleo, o verbo vai para o plural e para ximo: quando o sujeito composto figurar após o verbo,
a pessoa que tiver primazia, na seguinte ordem: a 1a pode este flexionar-se no plural ou concordar com o
elemento mais próximo.
pessoa tem prioridade sobre a 2a e a 3a; a 2a sobre a
3a; na ausência de uma e outra, o verbo vai para a 3a Venceremos eu e você. – ou: Vencerei eu e você. –
pessoa. ou, ainda:
Eu e Maria queremos viajar em maio. Eu, tu e João Vencerá você e eu.
somos amigos. O Presidente e os Ministros chegaram
logo. c) Quando o sujeito composto for constituído de
palavras sinônimas (ou quase), formando um todo
Observação: Por desuso do pronome vós e respec- indiviso, ou de elementos que simplesmente se refor-
tivas formas verbais no Brasil, tu e ... leva o verbo para çam, a concordância é facultativa, ou com o elemento
a 3a pessoa do plural: Tu e o teu colega devem (e não mais próximo ou com a ideia plural contida nos dois
deveis) ter mais calma. ou mais elementos:

Analisaremos a seguir algumas questões que costu- A sociedade, o povo une-se para construir um país
mam suscitar dúvidas quanto à correta concordância mais justo. – ou então: A sociedade, o povo unem-se
verbal. para construir um país mais justo.

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d) O substantivo que se segue à expressão um e sição à concordância lógica, que se faz com o núcleo
outro fica no singular, mas o verbo pode empregar-se sintático do sintagma (ou locução) nominal (a maio-
no singular ou no plural: ria + de...):

Um e outro decreto trata da mesma questão jurídi- A maioria dos condenados acabou (ou acaba-
ca. – ou: Um e outro decreto tratam da mesma questão ram) por confessar sua culpa. Um grande número de
jurídica. Estados aprovaram (ou aprovou) a Resolução da ONU.

e) As locuções um ou outro, ou nem um, nem ou- Metade dos Deputados repudiou (ou repudiaram)
tro, seguidas ou não de substantivo, exigem o verbo as medidas.
no singular:
j) Concordância do verbo ser: segue a regra geral
Uma ou outra opção acabará por prevalecer. Nem (concordância com o sujeito em pessoa e número),
uma, nem outra medida resolverá o problema. mas nos seguintes casos é feita com o predicativo: –
quando inexiste sujeito:
f) No emprego da locução um dos que, admite-se
dupla sintaxe, verbo no singular ou verbo no plural Hoje são dez de julho. Agora são seis horas. Do
(prevalece este no uso atual): Planalto ao Congresso são duzentos metros. Hoje é dia
quinze.
Um dos fatores que influenciaram (ou influenciou)
a decisão foi a urgência de obter resultados concretos. – quando o sujeito refere-se a coisa e está no sin-
A adoção da trégua de preços foi uma das medidas gular e o predicativo é substantivo no plural: Minha
que geraram (ou gerou) mais impacto na opinião pú- preocupação são os despossuídos. O principal erro fo-
blica. ram as manifestações extemporâneas.

– quando os demonstrativos tudo, isto, isso, aquilo


g) O verbo que tiver como sujeito o pronome re- ocupam a função de sujeito: Tudo são comemorações
lativo quem tanto pode ficar na terceira pessoa do no aniversário do município. Isto são as possibilidades
singular, como concordar com a pessoa gramatical do concretas de solucionar o problema. Aquilo foram gas-
antecedente a que se refere o pronome: tos inúteis.
Fui eu quem resolveu a questão. – ou: Fui eu quem
– quando a função de sujeito é exercida por palavra
resolvi a questão.
ou locução de sentido coletivo: a maioria, grande nú-
mero, a maior parte, etc.
h) Verbo apassivado pelo pronome se deve con-
cordar com o sujeito que, no caso está sempre expres- A maioria eram servidores de repartições extintas.
so e vem a ser o paciente da ação ou o objeto direto na Grande número (de candidatos) foram reprovados no
forma ativa correspondente: exame de redação. A maior parte são pequenos inves-
tidores. – quando um pronome pessoal desempenhar
Vendem-se apartamentos funcionais e residências a função de predicativo: Naquele ano, o assessor espe-
oficiais. Para obterem-se resultados são necessários sa- cial fui eu. O encarregado da supervisão és tu. O autor
crifícios. do projeto somos nós.
Compare: apartamentos são vendidos e resultados Nos casos de frases em que são empregadas ex-
são obtidos; vendem apartamentos e obtiveram resul-
pressões é muito, é pouco, é mais de, é menos de o
tados. Verbo transitivo indireto (i. é, que rege preposi-
verbo ser fica no singular:
ção) fica na terceira pessoa do singular; o se, no caso,
não é apassivador pois verbo transitivo indireto não é Três semanas é muito. Duas horas é pouco.
apassivável: *O prédio é carecido de reformas. Trezentos mil é mais do que eu preciso.
É tratado de questões preliminares. Assim, o cor-
reto é: Assiste-se a mudanças radicais no País. (E não l) Concordância do Infinitivo:
*Assistem-se a...) Precisa-se de homens corajosos para Uma das peculiaridades da língua portuguesa é o
mudar o País. (E não *Precisam-se de...) Trata-se de infinitivo flexionável: esta forma verbal, apesar de no-
questões preliminares ao debate. (E não *Tratam-se minalizada, pode flexionar-se concordando com o seu
de...) sujeito. Simplificando o assunto, controverso para os
gramáticos, valeria dizer que a flexão do infinitivo só
i) Expressões de sentido quantitativo (grande cabe quando ele tem sujeito próprio, em geral distinto
número de, grande quantidade de, parte de, grande do sujeito da oração principal:
parte de, a maioria de, a maior parte de, etc) acompa-
nhadas de complemento no plural admitem concor- Chegou ao conhecimento desta Repartição estarem a sal-
dância verbal no singular ou no plural. Nesta última vo todos os atingidos pelas enchentes. (sujeito do infinitivo:
hipótese, temos “concordância ideológica”, por opo- todos os atingidos pelas enchentes)

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A imprensa estrangeira noticia sermos nós os respon-


sáveis pela preservação da Amazônia. (sujeito do infinitivo: 08 REGÊNCIA
nós)
Regência é, em gramática, sinônimo de dependên-
Não admitimos sermos nós... Não admitem serem eles... cia, subordinação.
O Governo afirma não existirem tais doenças no País. (sujeito
da oração principal: o governo; sujeito do infinitivo: tais Assim, a sintaxe de regência trata das relações
doenças) Ouvimos baterem à porta. (sujeito (do infinitivo) de dependência que as palavras mantêm na frase.
indefinido plural, como em Batem (ou Bateram) à porta) Dizemos que um termo rege o outro que o comple-
menta.
O infinitivo é inflexionável nas combinações com
outro verbo de um só e mesmo sujeito – a esse outro Numa frase, os termos regentes ou subordinantes
verbo é que cabe a concordância: (substantivos, adjetivos, verbos) regem os termos regi-
dos ou subordinados (substantivos, adjetivos, preposi-
As assessoras podem (ou devem) ter dúvidas quanto à ções) que lhes completam o sentido.
medida. Os sorteados não conseguem conter sua alegria.
Queremos (ou precisamos, etc.) destacar alguns pormenores.
Termos Regentes:
Nas combinações com verbos factitivos (fazer, dei-
xar, mandar...) e sensitivos (sentir, ouvir, ver...) o infi- amar, amor insistiu, insistência persuadiu obedien-
nitivo pode concordar com seu sujeito próprio, ou dei- te, obediência cuidado, cuidadoso ouvir
xar de fazê-lo pelo fato de esse sujeito (lógico) passar a
objeto direto (sintático) de um daqueles verbos: Termos Regidos:
O Presidente fez (ou deixou, mandou) os assessores en- a Deus. em falar. o Senador a que votasse. à lei. com
trarem (ou entrar). Sentimos (ou vimos, ouvimos) os cole- a revisão do texto. música.
gas vacilarem (ou vacilar) nos debates.
Como se vê pelos exemplos acima, os termos regen-
Naturalmente, o sujeito semântico ou lógico do in- tes podem ser substantivos e adjetivos (regência nomi-
finitivo que aparece na forma pronominal acusativa nal) ou verbos (regência verbal), e podem reger outros
(o,-lo, -no e flexões) só pode ser objeto do outro verbo: substantivos e adjetivos ou preposições.
O Presidente fê-los entrar (e não *entrarem) Sentimo-los As dúvidas mais frequentes quanto à regência di-
(ou Sentiram-nos, Sentiu-os, Viu-as) vacilar (e não *vacila- zem respeito à necessidade de determinada palavra
rem). reger preposição, e qual deve ser essa preposição.

Considerando que, em regra, a regência dos nomes


Concordância Nominal: segue a dos verbos que lhes correspondem (viajar de
Regra geral: adjetivos (nomes ou pronomes), arti- trem: viagem de trem; anotar no caderno: anotação
gos e numerais concordam em gênero e número com no caderno...) analisaremos a seguir alguns casos de
os substantivos de que dependem: regência verbal que costumam criar dificuldades na
língua escrita.
Todos os outros duzentos processos examinados... Todas
as outras duzentas causas examinadas...
Regência de Alguns Verbos de Uso Frequente:
Alguns casos que suscitam dúvida:
••Anuir: concordar, condescender: transitivo indi-
a) anexo, incluso, leso: como adjetivos, concordam
reto com a preposição a: Todos anuíram àquela pro-
com o substantivo em gênero e número: Anexa à pre-
posta. O Governo anuiu de boa vontade ao pedido do
sente Exposição de Motivos, segue minuta de Decreto.
sindicato.
Vão anexos os pareceres da Consultoria Jurídica.
Remeto inclusa fotocópia do Decreto. Silenciar nesta
circunstância seria crime de lesa-pátria (ou de leso-pa- ••Aproveitar: aproveitar alguma coisa ou aprovei-
triotismo). tar-se de alguma coisa. Aproveito a oportunidade para
manifestar repúdio ao tratamento dado a esta matéria.
b) a olhos vistos é locução com função adverbial, O relator aproveitou-se da oportunidade para emitir
invariável, portanto: Lúcia envelhecia a olhos vistos. A sua opinião sobre o assunto.
situação daquele setor vem melhorando a olhos vistos.

c) possível: em expressões superlativas, este adje- ••Aspirar: no sentido de respirar, é transitivo di-
tivo ora aparece invariável, ora flexionado (embora no reto: Aspiramos o ar puro da montanha. Aspirá-lo. –
português, moderno se prefira empregá-lo no plural): no sentido de desejar ardentemente, de pretender, é
As características do solo são as mais variadas possí- transitivo indireto, regendo a preposição a: O projeto
veis. As características do solo são as mais variadas aspira à estabilidade econômica da sociedade. Aspira
possível. a ela. Aspirar a um cargo. Aspirar a ele.

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••Assistir: no sentido de auxiliar, ajudar, socorrer, (incumbir-lhe) alguma coisa: O Presidente incumbiu
é transitivo direto: Procuraremos assistir os atingidos ao Chefe do Cerimonial preparar a visita do dignitário
pela seca (assisti-los). O direito que assiste ao autor estrangeiro.
de rever sua posição. O direito que lhe assiste... – no
sentido de estar presente, comparecer, ver é transitivo ••Informar: informar alguém (informá-lo) de algu-
indireto, regendo a preposição a: Não assisti à reunião ma coisa: Informo Vossa Senhoria de que as providên-
ontem. Não assisti a ela. Assisti a um documentário cias solicitadas já foram adotadas. – informar a alguém
muito interessante. Assisti a ele. Nesta acepção, o ver- (informar-lhe) alguma coisa: Muito agradeceria infor-
bo não pode ser apassivado; assim, em linguagem cul- mar à autoridade interessada o teor da nova proposta.
ta formal, é incorreta a frase: “A reunião foi assistida
por dez pessoas”. ••Obedecer: obedecer a alguém ou a alguma coisa
(obedecer-lhe): As reformas obedeceram à lógica do
••Atender: O Prefeito atendeu ao pedido do verea- programa de governo. É necessário que as autoridades
dor. O Presidente atendeu o Ministro (atendeu-o) em constituídas obedeçam aos preceitos da Constituição.
sua reivindicação. Ou O Presidente atendeu ao Minis- Todos lhe obedecem.
tro (atendeu a ele) em sua reivindicação.
••Pedir: pedir a alguém (pedir-lhe) alguma coi-
••Avisar: avisar alguém (avisá-lo) de alguma coisa: sa: Pediu ao assessor o relatório da reunião. – pedir
O Tribunal Eleitoral avisou os eleitores da necessidade a alguém (pedir-lhe) que faça alguma coisa: (“Pedir
do recadastramento. a alguém para fazer alguma coisa” é linguagem oral,
vulgar, informal.) Pediu aos interessados (pediu-lhes)
••Comparecer: comparecer a (ou em) algum lugar que (e não *para que) procurassem a repartição do Mi-
ou evento: Compareci ao(ou no) local indicado nas nistério da Saúde.
instruções. A maioria dos delegados compareceu à (ou
na) reunião ••Preferir: preferir uma coisa (preferi-la) a outra
(evite: “preferir uma coisa do que outra”): Prefiro a de-
••Compartilhar: compartilhar alguma (ou de algu- mocracia ao totalitarismo. Vale para a forma nominal
ma) coisa: O povo brasileiro compartilha os (ou dos) preferível: Isto é preferível àquilo (e não preferível do
ideais de preservação ambiental do Governo. que...).

••Consistir: consistir em alguma coisa (consistir de ••Propor-se: propor-se (fazer) alguma coisa ou a
é anglicismo): O plano consiste em promover uma tré- (fazer) alguma coisa: O decreto propõe-se disciplinar
gua de preços por tempo indeterminado. (ou a disciplinar) o regime jurídico das importações.

••Custar: no sentido usual de ter valor, valer: A ••Referir: no sentido de ‘relatar’ é transitivo direto:
casa custou um milhão de cruzeiros. Referiu as informações (referiu-as) ao encarregado.

– no sentido de ser difícil, este verbo se usa na 3a ••Visar: com o sentido de ter por finalidade, a re-
pessoa do sing., em linguagem culta formal: gência originária é transitiva indireta, com a preposi-
ção a. Tem- se admitido, contudo, seu emprego com o
Custa-me entender esse problema. (Eu) custo a en- transitivo direto com essa mesma acepção: O projeto
tender esse problema – é linguagem oral, escrita infor- visa ao estabelecimento de uma nova ética social (visa
mal, etc. a ele). Ou: visa o estabelecimento (visa-o). As provi-
dências visavam ao interesse (ou o interesse) das clas-
Custou-lhe aceitar a argumentação da oposição.
ses desfavorecidas.
(Como sinônimo de demorar, tardar – Ele custou a
aceitar a argumentação da oposição – tb. é linguagem Observação: Na língua escrita culta, os verbos que
oral, vulgar, informal.) regem determinada preposição, ao serem empregados
em orações introduzidas por pronome relativo, man-
••Declinar: declinar de alguma coisa (no sentido de têm essa regência, embora a tendência da língua fala-
rejeitar): Declinou das homenagens que lhe eram devi- da seja aboli-la.
das. implicar: no sentido de acarretar, produzir como
consequência, é transitivo direto – implicá-lo: Ex.: Esses são os recursos de que o Estado dispõe (e
não recursos que dispõe, próprio da linguagem oral ou
O Convênio implica a aceitação dos novos preços escrita informal).
para a mercadoria. (O Convênio implica na aceitação...
– é inovação sintática bastante frequente no Brasil. Apresentou os pontos em que o Governo tem in-
Mesmo assim, aconselha-se manter a sintaxe originá- sistido (e não pontos que o Governo...). Já as orações
ria: implica isso, implica-o...) subordinadas substantivas introduzidas por conjun-
ção integrante (que, como e se) dispensam o emprego
••Incumbir: incumbir alguém (incumbi-lo) de al- da preposição: O Governo insiste que a negociação é
guma coisa: Incumbi o Secretário de providenciar a imprescindível. Não há dúvida que o esforço é funda-
reserva das dependências. – ou incumbir a alguém mental. Lembre como revisar um texto.

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Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendi-


09 PONTUAÇÃO mento. Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da
Lógica. O homem, que é um ser mortal, deve sempre
Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintáti-
pensar no amanhã.
ca, têm as seguintes finalidades:

••assinalar as pausas e as inflexões da voz (a en- f) a vírgula também é empregada para indicar a
toação) na leitura; elipse (ocultação) de verbo ou outro termo anterior:
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria,
••separar palavras, expressões e orações que,
os particulares. (A vírgula indica a elipse do verbo re-
segundo o autor, devem merecer destaque;
gulamenta.) Às vezes procura assistência; outras, toma
••esclarecer o sentido da frase, eliminando am- a iniciativa. (A vírgula indica a elipse da palavra ve-
biguidades. zes.)

VÍRGULA g) nas datas, separam-se os topônimos: São Paulo,


22 de março de 2016. Brasília, 15 de agosto de 2016.
A vírgula serve para marcar as separações breves
É importante registrar que constitui erro crasso usar
de sentido entre termos vizinhos, as inversões e as in-
a vírgula entre termos que mantêm entre si estreita li-
tercalações, quer na oração, quer no período.
gação sintática – p. ex., entre sujeito e verbo, entre ver-
A seguir, indicam-se alguns casos principais de bos ou nomes e seus complementos.
emprego da vírgula:
Errado: O Presidente da República, indicou, sua
posição no assunto. Certo: O Presidente da República
a) para separar palavras ou orações paralelas jus- indicou sua posição no assunto.
tapostas, i. é, não ligadas por conjunção:
Nos casos de o sujeito ser muito extenso, admite-se,
Chegou a Brasília, visitou o Ministério das Relações no entanto, que a vírgula o separe do predicado para
Exteriores, levou seus documentos ao Palácio do Buriti, conferir maior clareza ao período. Ex.: Os Ministros
voltou ao Ministério e marcou a entrevista. de Estado escolhidos para comporem a Comissão e os
Secretários de Governo encarregados de supervisionar
Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são o andamento das obras, devem comparecer à reunião
qualidades a serem observadas na redação oficial. do próximo dia 15.

O problema que nesses casos o político enfrenta,


b) as intercalações, por cortarem o que está sinta- sugere que os procedimentos devem ser revistos.
ticamente ligado, devem ser colocadas entre vírgulas:
O processo, creio eu, deverá ir logo a julgamento. A PONTO E VÍRGULA
democracia, embora (ou mesmo) imperfeita, ainda é o
melhor sistema de governo. O ponto-e-vírgula, em princípio, separa estruturas
coordenadas já portadoras de vírgulas internas. É tam-
bém usado em lugar da vírgula para dar ênfase ao que
c) expressões corretivas, explicativas, escusativas, se quer dizer. Ex.: Sem virtude, perece a democracia; o
tais como isto é, ou melhor, quer dizer, data venia, que mantém o governo despótico é o medo.
ou seja, por exemplo, etc., devem ser colocadas entre
vírgulas: As leis, em qualquer caso, não podem ser infringi-
das; mesmo em caso de dúvida, portanto, elas devem
O político, a meu ver, deve sempre usar uma lin- ser respeitadas.
guagem clara, ou seja, de fácil compreensão. As
Nações Unidas decidiram intervir no conflito, ou por Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos,
outra, iniciaram as tratativas de paz. cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

I – cancelamento da naturalização por sentença


d) Conjunções coordenativas intercaladas ou pos- transitada em julgado;
postas devem ser colocadas entre vírgulas:
II – incapacidade civil absoluta;
Dedicava-se ao trabalho com afinco; não obtinha, III – condenação criminal transitada em julgado,
contudo, resultados. O ano foi difícil; não me queixo, enquanto durarem seus efeitos;
porém. Era mister, pois, levar o projeto às últimas con-
sequências. IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta
ou prestação alternativa, nos termos do art. 5o, VIII;

e) Vocativos, apostos, orações adjetivas não-restri- V – improbidade administrativa, nos termos do art.
tivas (explicativas) devem ser separados por vírgula: 37, § 4o.

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DOIS PONTOS em 1962. “Mutatis mutandis”, o novo projeto é idênti-


co ao anteriormente apresentado.
Emprega-se este sinal de pontuação para introdu-
zir citações, marcar enunciados de diálogo e indicar ••nas citações de textos legais, as alíneas devem
um esclarecimento, um resumo ou uma consequência estar entre aspas: O tema é tratado na alínea “a” do
do que se afirmou. artigo 146 da Constituição.
Ex.: Como afirmou o Marquês de Maricá em suas Atualmente, no entanto, tem sido tolerado o uso de
Máximas: “Todos reclamam reformas, mas ninguém itálico como forma de dispensar o uso de aspas, exceto
se quer reformar.” na hipótese de citação textual.
Encerrado o discurso, o Ministro perguntou: – Foi A pontuação do trecho que figura entre aspas segui-
bom o pronunciamento? – Sem dúvida: todos parecem rá as regras gramaticais correntes. Caso, por exemplo,
ter gostado. Mais que mudanças econômicas, a busca
o trecho transcrito entre aspas terminar por ponto-fi-
da modernidade impõe sobretudo profundas altera-
nal, este deverá figurar antes do sinal de aspas que en-
ções dos costumes e das tradições da sociedade; em
cerra a transcrição. Exemplo: O art. 2o da Constituição
suma: uma transformação cultural.
Federal – “São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
PONTO DE INTERROGAÇÃO Judiciário.” – já figurava na Carta anterior.

O ponto-de-interrogação, como se depreende de


seu nome, é utilizado para marcar o final de uma frase PARENTESES
interrogativa direta:
Os parênteses são empregados nas orações ou ex-
Até quando aguardaremos uma solução para o pressões intercaladas. Observe que o ponto-final vem
caso? antes do último parêntese quando a frase inteira se
acha contida entre parêntese:
Qual será o sucessor do Secretário?
“Quanto menos a ciência nos consola, mais adquire
Não cabe ponto-de-interrogação em estruturas condições de nos servir.” (José Guilherme Merquior)
interrogativas indiretas (em geral em títulos): O que
é linguagem oficial – Por que a inflação não baixa – O Estado de Direito (Constituição Federal, art.
Como vencer a crise – Etc. 1o) define-se pela submissão de todas as relações ao
Direito.
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
TRAVESSÃO
O ponto-de-exclamação é utilizado para indicar
surpresa, espanto, admiração, súplica, etc. Seu uso na O travessão, que é um hífen prolongado (–), é em-
redação oficial fica geralmente restrito aos discursos e pregado nos seguintes casos:
às peças de retórica:

Povo deste grande País! Com nosso trabalho che- a) substitui parênteses, vírgulas, dois-pontos:
garemos lá!
O controle inflacionário – meta prioritária do
Governo – será ainda mais rigoroso. As restrições ao
ASPAS livre mercado – especialmente o de produtos tecnolo-
gicamente avançados – podem ser muito prejudiciais
As aspas têm os seguintes empregos: para a sociedade.

••usam-se antes e depois de uma citação textual:


b) indica a introdução de enunciados no diálogo:
A Constituição da República Federativa do Brasil, Indagado pela comissão de inquérito sobre a proce-
de 1988, no parágrafo único de seu artigo 1o afirma: dência de suas declarações, o funcionário respondeu:
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio – Nada tenho a declarar a esse respeito.
de representantes eleitos ou diretamente”.

••dão destaque a nomes de publicações, obras de c) indica a substituição de um termo, para evitar
arte, intitulativos, apelidos, etc.: O artigo sobre o pro- repetições: O verbo fazer (vide sintaxe do verbo –), no
cesso de desregulamentação foi publicado no “Jornal sentido de tempo transcorrido, é utilizado sempre na
do Brasil”. A Secretaria da Cultura está organizando 3a pessoa do singular: faz dois anos que isso aconte-
uma apresentação das “Bachianas”, de Villa Lobos. ceu. d) dá ênfase a determinada palavra ou pensamen-
to que segue: Não há outro meio de resolver o pro-
••destacam termos estrangeiros: O processo da blema – promova-se o funcionário. Ele reiterou suas
“détente” teve início com a Crise dos Mísseis em Cuba, ideias e convicções – energicamente.

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b) relativos: quem, o qual, que, quanto, cujo, como,


10 COLOCAÇÃO DOS PRONOMES onde, quando: Os homens que se prezam sabem que
Será oportuno relembrar a posição das formas oblí- devem pensar antes no interesse público que nos pes-
soais. O chefe de departamento com quem nos entre-
quas átonas dentro do quadro geral dos pronomes
vistamos afirmou que o problema está resolvido.
pessoais:
c) interrogativos: quem, (o) que, qual, quanto(a)(s);
Retos: como, onde, quanto. Quem nos apresentou o projeto?
Quanto tempo se perde!
••eu tu ele, ela
d) conjunções subordinativas: quando, se, como,
••nós vós eles, elas porque, que, enquanto, embora, logo que, etc. Lembrei
de confirmar a reserva no voo quando me despedia do
chefe da divisão. Se eles se dispusessem ao diálogo...
Oblíquos átonos: Logo que o vi, chamei-o para o despacho. O infinitivo
••me te se, lhe, o, a nos vos se, lhes, os, as precedido de uma das palavras ou expressões mencio-
nadas acima, admite o pronome átono em próclise ou
ênclise. Ex.: Nada lhe contamos para não o aborrecer
Oblíquos Tônicos: (ou para não aborrecê-lo).
••mim, comigo ti, contigo si, consigo conosco
convosco MESÓCLISE
••si, consigo Usa-se o pronome no meio da forma verbal, quando
esta estiver no futuro simples do presente ou do pre-
Trata-se, aqui, de examinar a colocação das formas térito do indicativo. Ex.: Quando for possível, transmi-
oblíquas átonas, que constituem com o verbo um todo tir-lhes-ei mais informações. Ser-nos-ia útil contar com
fonético. São colocados, frequentemente, após a forma o apoio de todos.
verbal (ênclise); muitas vezes, antes (próclise); mais ra-
Fica prejudicada a mesóclise quando houver, antes
ramente, intercalam-se a ela (mesóclise).
do futuro do presente ou do pretérito, uma das pala-
A Gramática tradicional tem disciplinado a matéria vras ou expressões que provocam a próclise:
– para a linguagem escrita formal – da maneira como
Nada lhe diremos (e não *Nada dir-lhe-emos) até
se expõe a seguir.
termos confirmação do fato. Essa é a resposta que lhe
enviaríamos (e não *que enviar-lhe-íamos) caso ele
ÊNCLISE voltasse ao assunto. Espera o Estado que a União lhe
dará (e não *que ... dar-lhe-á) mais verbas.
As formas verbais do infinitivo pessoal, do impera-
tivo afirmativo e do gerúndio exigem a ênclise prono-
minal. Ex.: Cumpre comportar-se bem. Essas ordens CASOS ESPECIAIS
devem cumprir-se rigorosamente. a) É inviável a ênclise com o particípio. Ex.: A in-
Aqui estão as ordens: cumpra-as. Aventurou-se flação havia-se aproximado (nunca: *havia aproxima-
pelo desconhecido, afastando-se dos objetivos iniciais. do-se) de limites intoleráveis. Jamais nos tínhamos en-
fraquecido (e não: *tínhamos enfraquecido-nos) tanto.
Se o gerúndio vier precedido da preposição em, an- Tê-lo-ia afetado (e não *Teria afetado-lhe) o isolamento
tepõe-se o pronome (próclise): Em se tratando de uma constante?
situação de emergência, justifica-se a mobilização de
b) Colocação do pronome átono em locuções e com-
todos os recursos. A ênclise é forçosa em início de fra-
binações verbais. Nas combinações de verbo pessoal
se. Ou seja: não se principia frase com pronome átono.
(auxiliar ou não) + infinitivo, o pronome átono pode
Ex.: Pediram-lhe (e não *Lhe pediram) que compare-
ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou
cesse à reunião do Congresso.
depois do infinitivo. Ex.: Devemos-lhe dizer a verda-
de. Ou: Nós lhe devemos dizer a verdade. Ou, ainda:
PRÓCLISE Devemos dizer-lhe a verdade.

Como norma geral, deve-se colocar o pronome áto- No caso, a próclise com o infinitivo é própria da
no antes do verbo, quando antes dele houver uma pa- linguagem oral, ou escrita informal: Devemos lhe di-
lavra pertencente a um dos seguintes grupos: zer ... Evite-se esta colocação na redação oficial. Se, no
caso mencionado, houver palavra que exige a próclise,
a) palavras negativas: não, nada, nunca, jamais, só duas posições serão possíveis para o pronome áto-
nem, nenhum, ninguém. O assessor não lhes forneceu no: antes do auxiliar (próclise) ou depois do infinitivo
detalhes do projeto? Jamais nos afastaremos das pro- (ênclise). Ex.: Não lhe devemos dizer a verdade. Não
messas de campanha; devemos dizer-lhe a verdade.

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gem estrangeira (os estrangeirismos), que vêm para


11 SEMÂNTICA designar ou exprimir realidades não contempladas no
repertório anterior da língua portuguesa.
SEMÂNTICA (do grego semantiké, i. é, téchne se- A redação oficial não pode alhear-se dessas trans-
mantiké ‘arte da significação’) formações, nem incorporá-las acriticamente. Quanto
A semântica estuda o sentido das palavras, expres- às novidades vocabulares, elas devem sempre ser usa-
sões, frases e unidades maiores da comunicação ver- das com critério, evitando-se aquelas que podem ser
bal, os significados que lhe são atribuídos. Ao conside- substituídas por vocábulos já de uso consolidado sem
rarmos o significado de determinada palavra, levamos prejuízo do sentido que se lhes quer dar.
em conta sua história, sua estrutura (radical, prefixos,
De outro lado, não se concebe que, em nome de su-
sufixos que participam da sua forma) e, por fim, do
posto purismo, a linguagem das comunicações oficiais
contexto em que se apresenta.
fique imune às criações vocabulares ou a empréstimos
Quando analisamos o sentido das palavras na re- de outras línguas. A rapidez do desenvolvimento tec-
dação oficial, ressaltam como fundamentais a história nológico, por exemplo, impõe a criação de inúmeros
da palavra e, obviamente, os contextos em que elas novos conceitos e termos, ditando de certa forma a ve-
ocorrem. locidade com que a língua deve incorporá-los. O im-
portante é usar o estrangeirismo de forma consciente,
A história da palavra, em sentido amplo, vem a ser buscar o equivalente português quando houver, ou
a respectiva origem e as alterações sofridas no correr conformar a palavra estrangeira ao espírito da língua
do tempo, ou seja, a maneira como evoluiu desde um portuguesa.
sentido original para um sentido mais abrangente ou
mais específico. Em sentido restrito, diz respeito à tra- O problema do abuso de estrangeirismos inúteis
dição no uso de determinado vocábulo ou expressão. ou empregados em contextos em que não cabem, é em
geral causado ou pelo desconhecimento da riqueza vo-
São esses dois aspectos que devem ser considera- cabular de nossa língua, ou pela incorporação acrítica
dos na escolha deste ou daquele vocábulo. do estrangeirismo.
Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de
todo texto oficial, deve-se atentar para a tradição no HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
emprego de determinada expressão com determinado
sentido. O emprego de expressões ditas “de uso consa- Muitas vezes temos dúvidas no uso de vocábulos
grado” confere uniformidade e transparência ao senti- distintos provocadas pela semelhança ou mesmo pela
do do texto. Mas isto não quer dizer que os textos ofi- igualdade de pronúncia ou de grafia entre eles. É o
ciais devam limitar- se à repetição de chavões e clichês. caso dos fenômenos designados como homonímia e
paronímia.
Verifique sempre o contexto em que as palavras
estão sendo utilizadas. Certifique-se de que não há A homonímia é a designação geral para os casos
repetições desnecessárias ou redundâncias. Procure em que palavras de sentidos diferentes têm a mesma
sinônimos ou termos mais precisos para as palavras grafia (os homônimos homógrafos) ou a mesma pro-
repetidas; mas se sua substituição for comprometer o núncia (os homônimos homófonos).
sentido do texto, tornando-o ambíguo ou menos claro,
Os homógrafos podem coincidir ou não na pro-
não hesite em deixar o texto como está.
núncia, como nos exemplos: quarto (aposento) e quar-
É importante lembrar que o idioma está em to (ordinal), manga (fruta) e manga (de camisa), em
constante mutação. A própria evolução dos costumes, que temos pronúncia idêntica; e apelo (pedido) e apelo
das ideias, das ciências, da política, enfim da vida (com e aberto, 1a pess. do sing do pres. do ind. do ver-
social em geral, impõe a criação de novas palavras bo apelar), consolo (alívio) e consolo (com o aberto, 1a
e formas de dizer. Na definição de Serafim da Silva pess. do sing. do pres. do ind. do verbo consolar), com
Neto, a língua: pronúncia diferente.

“(...) é um produto social, é uma atividade do espí- Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-
rito humano. Não é, assim, independente da vontade se pelo contexto em que são empregados. Não há dú-
do homem, porque o homem não é uma folha seca ao vida, por exemplo, quanto ao emprego da palavra são
sabor dos ventos veementes de uma fatalidade desco- nos três sentidos: a) verbo ser, 3a pess. do pl. do pres.,
nhecida e cega. Não está obrigada a prosseguir na sua b) saudável e c) santo.
trajetória, de acordo com leis determinadas, porque as
línguas seguem o destino dos que as falam, são o que Palavras de grafia diferente e de pronúncia igual
delas fazem as sociedades que as empregam.” (homófonos) geram dúvidas ortográficas. Caso, por
exemplo, de acento/assento, coser/cozer, dos prefixos
Assim, continuamente, novas palavras são criadas ante-/anti-, etc. Aqui o contexto não é suficiente para
(os neologismos) como produto da dinâmica social, e resolver o problema, pois sabemos o sentido, a dúvida
incorporados ao idioma inúmeros vocábulos de ori- é de letra(s).

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Sempre que houver incerteza, consulte a lista ••Aleatório: casual, fortuito, acidental. Alheatório:
adiante, algum dicionário ou manual de ortografia. que alheia, alienante, que desvia ou perturba.

Já o termo paronímia designa o fenômeno que ••Amoral: desprovido de moral, sem senso de mo-
ocorre com palavras semelhantes (mas não idênticas) ral. Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, de-
quanto à grafia ou à pronúncia. É fonte de muitas dú- vasso, indecente.
vidas, como entre descrição (‘ato de descrever’) e dis-
crição (‘qualidade do que é discreto’), retificar (‘corri- ••Ante (preposição): diante de, perante: Ante tal si-
gir’) e ratificar (confirmar). tuação, não teve alternativa. Ante- (prefixo): expressa
anterioridade: antepor, antever, anteprojeto ante-dilu-
Como não interessa aqui aprofundar a discussão viano. Anti- (prefixo): expressa contrariedade; contra:
teórica da matéria, restringimo-nos a uma lista de pa- anticientífico, antibiótico, anti-higiênico, anti-Marx.
lavras que costumam suscitar dúvidas de grafia ou
sentido. Procuramos incluir palavras que com mais ••Ao encontro de: para junto de; favorável a: Foi
frequência provocam dúvidas. ao encontro dos colegas. O projeto salarial veio ao en-
contro dos anseios dos trabalhadores. De encontro a:
••Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada: contra; em prejuízo de: O carro foi de encontro a um
O júri absolveu o réu. muro. O governo não apoiou a medida, pois vinha de
encontro aos interesses dos menores.
••Absorver: embeber em si, esgotar: O solo absor-
veu lentamente a água da chuva. ••Ao invés de: ao contrário de: Ao invés de demi-
tir dez funcionários, a empresa contratou mais vinte.
••Acender: atear (fogo), inflamar. (Inaceitável o cruzamento *ao em vez de.) Em vez de:
em lugar de: Em vez de demitir dez funcionários, a
••Ascender: subir, elevar-se.
empresa demitiu vinte.
••Acento: sinal gráfico; inflexão vocal: Vocábulo
••A par: informado, ao corrente, ciente: O Ministro
sem acento.
está a par (var.: ao par) do assunto; ao lado, junto; além
de.
••Assento: banco, cadeira: Tomar assento num car-
go.
••Ao par: de acordo com a convenção legal: Fez a
troca de mil dólares ao par.
••Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, o
Presidente falou acerca de seus planos. A cerca de: a ••Aparte: interrupção, comentário à margem: O
uma distância aproximada de: O anexo fica a cerca de deputado concedeu ao colega um aparte em seu pro-
trinta metros do prédio principal. Estamos a cerca de nunciamento. À parte: em separado, isoladamente, de
um mês ou (ano) das eleições. Há cerca de: faz aproxi- lado: O anexo ao projeto foi encaminhado por expe-
madamente (tanto tempo): Há cerca de um ano, trata- diente à parte.
mos de caso idêntico; existem aproximadamente: Há
cerca de mil títulos no catálogo. ••Apreçar: avaliar, pôr preço: O perito apreçou irri-
soriamente o imóvel. Apressar: dar pressa a, acelerar:
••Acidente: acontecimento casual; desastre: A der- Se o andamento das obras não for apressado, não será
rota foi um acidente na sua vida profissional. O súbito cumprido o cronograma.
temporal provocou terrível acidente no parque. Inci-
dente: episódio; que incide, que ocorre: O incidente da ••Área: superfície delimitada, região.
demissão já foi superado.
••Ária: canto, melodia.
••Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prá-
tica. ••Aresto: acórdão, caso jurídico julgado: Neste
caso, o aresto é irrecorrível. Arresto: apreensão judi-
••Dotar: dar em doação, beneficiar. cial, embargo: Os bens do traficante preso foram todos
arrestados.
••Afim: que apresenta afinidade, semelhança, rela-
ção (de parentesco): Se o assunto era afim, por que não ••Arrochar: apertar com arrocho, apertar muito.
foi tratado no mesmo parágrafo? A fim de: para, com a
finalidade de, com o fito de: O projeto foi encaminha- ••Arroxar: ou arroxear, roxear: tornar roxo.
do com quinze dias de antecedência a fim de permitir
a necessária reflexão sobre sua pertinência. ••Ás: exímio em sua atividade; carta do baralho. Az
(p. us.): esquadrão, ala do exército.
••Alto: de grande extensão vertical; elevado, gran-
de. Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça ••Atuar: agir, pôr em ação; pressionar. Autuar: la-
processual. vrar um auto; processar.

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••Auferir: obter, receber: Auferir lucros, vantagens. ••Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis. Ci-
Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir: Aferir valores, vil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilidade);
resultados. não militar nem, eclesiástico.

••Augurar: prognosticar, prever, auspiciar: O Presi- ••Colidir: trombar, chocar; contrariar: A nova pro-
dente augurou sucesso ao seu par americano. posta colide frontalmente com o entendimento havido.

••Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no ••Coligir: colecionar, reunir, juntar: As leis foram
mau sentido): Os técnicos agouram desastre na colhei- coligidas pelo Ministério da Justiça.
ta.
••Comprimento: medida, tamanho, extensão, altu-
••Avocar: atribuir-se, chamar: Avocou a si compe- ra.
tências de outrem. Evocar: lembrar, invocar: Evocou
••Cumprimento: ato de cumprir, execução comple-
no discurso o começo de sua carreira. Invocar: pedir (a
ta; saudação.
ajuda de); chamar; proferir: Ao final do discurso, invo-
cou a ajuda de Deus. ••Concelho: circunscrição administrativa ou muni-
cípio (em Portugal).
••Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente
animais). ••Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado.

••Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, in- ••Concerto: acerto, combinação, composição, har-
validar. monização (cp. concertar): O concerto das nações... O
concerto de Guarnieri... Conserto: reparo, remendo,
••Carear: atrair, ganhar, granjear. restauração (cp. consertar): Certos problemas crônicos
aparentemente não têm conserto.
••Cariar: criar cárie. Carrear: conduzir em carro,
carregar. ••Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião. Conjun-
tura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância.
••Casual: fortuito, aleatório, ocasional.
••Contravenção: transgressão ou infração a normas
••Causal: causativo, relativo a causa. estabelecidas.

••Cavaleiro: que anda a cavalo, cavalariano. ••Contraversão: versão contrária, inversão.

••Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre. ••Coser: costurar, ligar, unir.

••Cozer: cozinhar, preparar.


••Censo: alistamento, recenseamento, contagem.
••Costear: navegar junto à costa, contornar. A fra-
••Senso: entendimento, juízo, tino.
gata costeou inúmeras praias do litoral baiano antes de
partir para alto-mar . Custear: pagar o custo de, pro-
••Cerrar: fechar, encerrar, unir, juntar.
ver, subsidiar. Qual a empresa disposta a custear tal
••Serrar: cortar com serra, separar, dividir. projeto? Custar: valer, necessitar, ser penoso. Quanto
custa o projeto? Custa-me crer que funcionará.
••Cessão: ato de ceder: A cessão do local pelo mu-
••Deferir: consentir, atender, despachar favoravel-
nicípio tornou possível a realização da obra. Seção:
mente, conceder.
setor, subdivisão de um todo, repartição, divisão: Em
qual seção do ministério ele trabalha? Sessão: espaço ••Diferir: ser diferente, discordar; adiar, retardar,
de tempo que dura uma reunião, um congresso; reu- dilatar.
nião; espaço de tempo durante o qual se realiza uma
tarefa: A próxima sessão legislativa será iniciada em ••Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir, rebai-
1o de agosto. xar.

••Chá: planta, infusão. Xá: antigo soberano persa. ••Degredar: impor pena de degredo, desterrar, ba-
nir.
••Cheque: ordem de pagamento à vista. Xeque:
dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo (pôr em ••Delatar (delação): denunciar, revelar crime ou
xeque). delito, acusar: Os traficantes foram delatados por
membro de quadrilha rival. Dilatar (dilação): alargar,
••Círio: vela de cera. estender; adiar, diferir: A dilação do prazo de entrega
das declarações depende de decisão do Diretor da Re-
••Sírio: da Síria. ceita Federal.

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••Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular. ••Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar.

••Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar. ••Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir.

••Descrição: ato de descrever, representação, defi- ••Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça.
nição.
••Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se.
••Discrição: discernimento, reserva, prudência, re-
cato. ••Encrostar: criar crosta. Incrustar: cobrir de crosta,
adornar, revestir, prender-se, arraigar-se.
••Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.
••Entender: compreender, perceber, deduzir.
••Discriminar: diferençar, separar, discernir.
••Intender: (p. us): exercer vigilância, superinten-
••Despensa: local em que se guardam mantimen- der.
tos, depósito de provisões. Dispensa: licença ou per-
missão para deixar de fazer algo a que se estava obri- ••Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar.
gado; demissão.
••Inúmero: inumerável, sem conta, sem número.
••Despercebido: que não se notou, para o que não
se atentou: Apesar de sua importância, o projeto pas- ••Espectador: aquele que assiste qualquer ato ou
sou despercebido. espetáculo, testemunha.

••Desapercebido: desprevenido, desacautelado: ••Expectador: que tem expectativa, que espera.


Embarcou para a missão na Amazônia totalmente de-
••Esperto: inteligente, vivo, ativo.
sapercebido dos desafios que lhe aguardavam.
••Experto: perito, especialista.
••Dessecar: secar bem, enxugar, tornar seco. Disse-
car: analisar minuciosamente, dividir anatomicamen- ••Espiar: espreitar, observar secretamente, olhar.
te.
••Expiar: cumprir pena, pagar, purgar.
••Destratar: insultar, maltratar com palavras.
••Estada: ato de estar, permanência: Nossa estada
••Distratar: desfazer um trato, anular. em São Paulo foi muito agradável. Estadia: prazo para
carga e descarga de navio ancorado em porto: O “Rio
••Distensão: ato ou efeito de distender, torção vio-
de Janeiro” foi autorizado a uma estadia de três dias.
lenta dos ligamentos de uma articulação. Distinção:
elegância, nobreza, boa educação: Todos devem por- ••Estância: lugar onde se está, morada, recinto. Ins-
tar-se com distinção. Dissensão: desavença, diferença tância: solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo.
de opiniões ou interesses: A dissensão sobre a matéria
impossibilitou o acordo. ••Estrato: cada camada das rochas estratificadas.
Extrato: coisa que se extraiu de outra; pagamento, re-
••Elidir: suprimir, eliminar. Ilidir: contestar, refu- sumo, cópia; perfume.
tar, desmentir.
••Flagrante: ardente, acalorado; diz-se do ato que
••Emenda: correção de falta ou defeito, regene- a pessoa é surpreendida a praticar (flagrante delito).
ração, remendo: Ao torná-lo mais claro e objetivo, a
emenda melhorou o projeto. Ementa: apontamento, ••Fragrante: que tem fragrância ou perfume; chei-
súmula de decisão judicial ou do objeto de uma lei. roso.
Procuro uma lei cuja ementa é “dispõe sobre a proprie-
dade industrial”. ••Florescente: que floresce, próspero, viçoso.

••Emergir: vir à tona, manifestar-se. Imergir: mer- ••Fluorescente: que tem a propriedade da fluores-
gulhar, afundar (submergir), entrar. cência.

••Emigrar: deixar o país para residir em outro. ••Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, re-
vestir lâminas.
••Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele vi-
ver. ••Folhear: percorrer as folhas de um livro, compul-
sar, consultar.
••Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.
Iminente (iminência): que está prestes a acontecer, ••Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, va-
pendente, próximo. riável.

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••Inserto: introduzido, incluído, inserido. ••Lustre: brilho, glória, fama; abajur.

••Incipiente: iniciante, principiante. ••Lustro: quinquênio; polimento.

••Insipiente: ignorante, insensato. ••Magistrado: juiz, desembargador, ministro. Ma-


gistral: relativo a mestre (latim: magister); perfeito,
••Incontinente: imoderado, que não se contém, completo; exemplar.
descontrolado.
••Mandado: garantia constitucional para proteger
••Incontinenti: imediatamente, sem demora, logo, direito individual líquido e certo; ato de mandar; or-
sem interrupção. dem escrita expedida por autoridade judicial ou ad-
ministrativa: um mandado de segurança, mandado
••Induzir: causar, sugerir, aconselhar, levar a: O réu de prisão. Mandato: autorização que alguém confere
declarou que havia sido induzido a cometer o delito. a outrem para praticar atos em seu nome; procuração;
delegação: o mandato de um deputado, senador, do
••Aduzir: expor, apresentar: A defesa, então, adu- Presidente.
ziu novas provas.
••Mandante: que manda; aquele que outorga um
••Inflação: ato ou efeito de inflar; emissão exagera- mandato. Mandatário: aquele que recebe um manda-
da de moeda, aumento persistente de preços. to, executor de mandato, representante, procurador.
Mandatório: obrigatório.
••Infração: ato ou efeito de infringir ou violar uma
norma. ••Obcecação: ato ou efeito de obcecar, teimosia, ce-
gueira.
••Infligir: cominar, aplicar (pena, castigo, repreen-
são, derrota): O juiz infligiu pesada pena ao réu. Infrin- ••Obsessão: impertinência, perseguição, ideia fixa.
gir: transgredir, violar, desrespeitar (lei, regulamento,
etc.) (cp. infração): A condenação decorreu de ter ele ••Ordinal: numeral que indica ordem ou série (pri-
infringido um sem número de artigos do Código Pe- meiro, segundo, milésimo, etc.). Ordinário: comum,
nal. frequente, trivial, vulgar.

••Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar. ••Original: com caráter próprio; inicial, primordial.
Inquirir: procurar informações sobre, indagar, inves-
tigar, interrogar. ••Originário: que provém de, oriundo; inicial, pri-
mitivo.
••Intercessão: ato de interceder. Interse(c)ção: ação
de se(c)cionar, cortar; ponto em que se encontram ••Paço: palácio real ou imperial; a corte. Passo: ato
duas linhas ou superfícies. de avançar ou recuar um pé para andar; caminho, eta-
pa.
••Inter- (prefixo): entre; preposição latina usada em
locuções: inter alia (entre outros), inter pares (entre ••Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discus-
iguais). são: O pleito por mais escolas na região foi muito bem
formulado.
••Intra- (prefixo): interior, dentro de.
••Preito: sujeição, respeito, homenagem: Os alunos
••Judicial: que tem origem no Poder Judiciário ou renderam preito ao antigo reitor.
que perante ele se realiza.
••Preceder: ir ou estar adiante de, anteceder, adian-
••Judiciário: relativo ao direito processual ou à or- tar-se.
ganização da Justiça.
••Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efei-
••Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou to, executar.
obrigação.
••Pós- (prefixo): posterior a, que sucede, atrás de,
••Libertação: ato de libertar ou libertar-se. após: pós-moderno, pós-operatório. Pré- (prefixo): an-
terior a, que precede, à frente de, antes de: pré-moder-
••Lista: relação, catálogo; var. pop. de listra. Listra: nista, pré-primário. Pró (advérbio): em favor de, em
risca de cor diferente num tecido (var. pop. de lista). defesa de. A maioria manifestou-se contra, mas dei
meu parecer pró.
••Locador: que dá de aluguel, senhorio, arrenda-
dor. Locatário: alugador, inquilino: O locador reajus- ••Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre,
tou o aluguel sem a concordância do locatário. distinto.

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••Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do ••Sedento: que tem sede; sequioso (var. p. us.: se-
que o circunda. dente).

••Preposição: ato de prepor, preferência; palavra ••Cedente: que cede, que dá.
invariável que liga constituintes da frase. Proposição:
ato de propor, proposta; máxima, sentença; afirmativa, ••Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir.
asserção.
••Subscritar: assinar, subscrever.
••Presar: capturar, agarrar, apresar.
••Sortir: variar, combinar, misturar.
••Prezar: respeitar, estimar muito, acatar.
••Surtir: causar, originar, produzir (efeito).
••Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explí-
cito, determinar; ficar sem efeito, anular-se: O prazo
••Subentender: perceber o que não estava clara-
para entrada do processo prescreveu há dois meses.
mente exposto; supor.
Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; dester-
rar. O uso de várias substâncias psicotrópicas foi pros-
••Subintender: exercer função de subintendente,
crito por recente portaria do Ministro.
dirigir. Subtender: estender por baixo.
••Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular:
A assessoria previu acertadamente o desfecho do caso. ••Sustar: interromper, suspender; parar, interrom-
Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para per-se (sustar-se).
cargo: O chefe do departamento de pessoal proveu os
cargos vacantes. Provir: originar-se, proceder; resultar: ••Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter.
A dúvida provém (Os erros provêm) da falta de leitu-
ra. ••Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha.

••Prolatar: proferir sentença, promulgar. ••Taxa: espécie de tributo, tarifa.

••Protelar: adiar, prorrogar. ••Tachar: censurar, qualificar, acoimar: tachar al-


guém (tachá-lo) de subversivo.
••Ratificar: validar, confirmar, comprovar.
••Taxar: fixar a taxa de; regular, regrar: taxar mer-
••Retificar: corrigir, emendar, alterar: A diretoria cadorias.
ratificou a decisão após o texto ter sido retificado em
suas passagens ambíguas. ••Tapar: fechar, cobrir, abafar.

••Recrear: proporcionar recreio, divertir, alegrar. ••Tampar: pôr tampa em.

••Recriar: criar de novo. ••Tenção: intenção, plano (deriv.: tencionar); as-


sunto, tema. Tensão: estado de tenso, rigidez (deriv.:
••Reincidir: tornar a incidir, recair, repetir. Rescin-
tensionar); diferencial elétrico.
dir: dissolver, invalidar, romper, desfazer: Como ele
reincidiu no erro, o contrato de trabalho foi rescindido.
••Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transpor-
te.
••Remição: ato de remir, resgate, quitação. Remis-
são: ato de remitir, intermissão, intervalo; perdão, ex-
••Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação.
piação.

••Repressão: ato de reprimir, contenção, impedi- ••Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locu-
mento, proibição. ções: de trás, por trás).

••Repreensão: ato de repreender, enérgica admoes- ••Traz: 3a pessoa do singular do presente do indi-
tação, censura, advertência. cativo do verbo trazer.

••Ruço: grisalho, desbotado. Russo: referente à ••Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam
Rússia, nascido naquele país; língua falada na Rússia. roupas.

••Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta ••Vestuário: as roupas que se vestem, traje.
pela lei ou por contrato para punir sua infração. San-
são: nome de personagem bíblico; certo tipo de guin- ••Vultoso: de grande vulto, volumoso. Vultuoso (p.
daste. us.): atacado de vultuosidade (congestão da face).

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EXPRESSÕES A EVITAR E EXPRESSÕES DE USO Ambos/todos os dois:


RECOMENDÁVEL
Ambos significa ‘os dois’ ou ‘um e outro’. Evite
Como mencionado na introdução deste capítulo, o expressões pleonásticas como ambos dois, ambos os
sentido das palavras liga-se intimamente à tradição e dois, ambos de dois, ambos a dois. Quando for o caso
ao contexto de seu uso. Assim, temos vocábulos e ex- de enfatizar a dualidade, empregue todos os dois:
pressões (locuções) que, por seu continuado emprego Todos os dois Ministros assinaram a Portaria.
com determinado sentido, passam a ser usados sem-
pre em tal contexto e de tal forma, tornando-se expres- Anexo/em anexo:
sões de uso consagrado. Mais do que do sentido das
palavras, trata-se aqui também da regência de deter- O adjetivo anexo concorda em gênero e número
minados verbos e nomes. com o substantivo ao qual se refere: Encaminho as mi-
nutas anexas. Dirigimos os anexos projetos à Chefia.
O esforço de classificar expressões como de uso a Use também junto, apenso. A locução adverbial em
ser evitado ou como de uso recomendável atende, pri- anexo, como é próprio aos advérbios, é invariável:
mordialmente, ao princípio da clareza e da transparên- Encaminho as minutas em anexo. Em anexo, dirigimos
cia que deve nortear a elaboração de todo texto oficial. os projetos à Chefia. Empregue também conjuntamen-
Não se trata, pois, de mera preferência ou gosto por te, juntamente com.
determinada forma.

Quanto a determinadas expressões que devem ser Ao nível de/em nível (de):
evitadas, mencionem-se aquelas que formam cacófa-
A locução ao nível tem o sentido de à mesma altura
tos, ou seja, o encontro de sílabas em que a malícia des-
de: Fortaleza localiza-se ao nível do mar. Evite seu uso
cobre um novo termo com sentido torpe ou ridículo.
com o sentido de em nível, com relação a, no que se
Não há necessidade, no entanto, de estender a preo-
refere a. Em nível significa ‘nessa instância’: A deci-
cupação de evitar a ocorrência de cacófatos a um sem são foi tomada em nível Ministerial; Em nível político,
-número de locuções que produzem terceiro sentido, será difícil chegar-se ao consenso. A nível (de) consti-
como por cada, vez passada, etc. Trata-se, sobretudo, tui modismo que é melhor evitar.
de uma questão de estilo e da própria sensibilidade do
autor do texto. Não faz sentido eliminar da língua inú-
meras locuções que só causam espanto ao leitor que Assim:
está à procura do duplo sentido.
Use após a apresentação de alguma situação ou pro-
Essa recomendação vale também para os casos em posta para ligá-la à ideia seguinte. Alterne com: dessa
que a partição silábica (translineação) possa redundar forma, desse modo, diante do exposto, diante disso,
em sentido torpe ou obsceno. consequentemente, portanto, por conseguinte, assim
sendo, em consequência, em vista disso, em face disso.
Apresentamos, a seguir, lista de expressões cujo
uso ou repetição deve ser evitado, indicando com que
sentido devem ser empregadas e sugerindo alternati- Através de/por intermédio de:
vas vocabulares a palavras que costumam constar com Através de quer dizer de lado a lado, por entre: A
excesso. viagem incluía deslocamentos através de boa parte da
floresta. Evite o emprego com o sentido de meio ou
instrumento; nesse caso empregue por intermédio,
A medida que/na medida em que:
por, mediante, por meio de, segundo, servindo-se de,
À medida que (locução proporcional) – à proporção valendo-se de: O projeto foi apresentado por intermé-
que, ao passo que, conforme: Os preços deveriam dio do Departamento. O assunto deve ser regulado
diminuir à medida que diminui a procura. Na medida por meio de decreto. A comissão foi criada mediante
em que (locução causal) – pelo fato de que, uma vez que: portaria do Ministro de Estado.
Na medida em que se esgotaram as possibilidades de
negociação, o projeto foi integralmente vetado. Evite
os cruzamentos – bisonhos, canhestros – *à medida em Bem como:
que, *na medida que... Evite repetir; alterne com e, como (também), igual-
mente, da mesma forma. Evite o uso, polêmico para
certos autores, da locução bem assim como equivalente.
A partir de:
A partir de deve ser empregado preferencialmente
Cada:
no sentido temporal: A cobrança do imposto entra em
vigor a partir do início do próximo ano. Evite repeti-la Este pronome indefinido deve ser usado em função
com o sentido de ‘com base em’, preferindo conside- adjetiva: Quanto às famílias presentes, foi distribuída
rando, tomando-se por base, fundando-se em, basean- uma cesta básica a cada uma. Evite a construção colo-
do-se em. quial foi distribuída uma cesta básica a cada.

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Causar: “Disruptivo”:
Evite repetir. Use também originar, motivar, pro- Aportuguesamento do inglês disruptive (de dis-
vocar, produzir, gerar, levar a, criar. rupt: ‘desorganizar, destruir, despedaçar’), a ser evita-
do dada a existência de inúmeras palavras com o mes-
mo sentido em português (desorganizador, destruti-
Constatar:
vo, destruidor, e o bastante próximo, embora pouco
Evite repetir. Alterne com atestar, apurar, averi- usado, diruptivo). Acrescente-se, ainda, que, por ser
guar, certificar-se, comprovar, evidenciar, observar, de uso restrito ao jargão de economistas e sociólogos,
notar, perceber, registrar, verificar. o uso dessa palavra confunde e não esclarece em lin-
guagens mais abrangentes.
Dado/visto/haja vista:
Os particípios dado e visto têm valor passivo e con- “Ele é suposto saber”:
cordam em gênero e número com o substantivo a que Construção tomada de empréstimo ao inglês he is
se referem: Dados o interesse e o esforço demonstra- supposed to know, sem tradição no português. Evite
dos, optou-se pela permanência do servidor em sua por ser má tradução. Em português: ele deve(ria) sa-
função. ber, supõe-se que ele saiba. em face de. Sempre que a
expressão em face de equivaler a diante de, é prefe-
Dadas as circunstâncias... Vistas as provas apresen-
rível a regência com a preposição de; evite, portanto,
tadas, não houve mais hesitação no encaminhamento
face a, frente a.
do inquérito.

Já a expressão haja vista, com o sentido de uma vez


Enquanto:
que ou seja considerado, veja-se, é invariável: O servi-
dor tem qualidades, haja vista o interesse e o esforço Conjunção proporcional equivalente a ao passo
demonstrados. Haja visto (com -o) é inovação oral bra- que, à medida que. Evitar a construção coloquial en-
sileira, evidentemente descabida em redação oficial ou quanto que. especialmente
outra qualquer.
Use também principalmente, mormente, notada-
mente, sobretudo, nomeadamente, em especial, em
De forma que, de modo que/de forma a, de modo particular.
a:
De forma (ou maneira, modo) que nas orações de- Inclusive:
senvolvidas: Deu amplas explicações, de forma que
tudo ficou claro. De forma (maneira ou modo) a nas Advérbio que indica inclusão; opõe-se a exclusive.
orações reduzidas de infinitivo: Deu amplas explica- Evite-se o seu abuso com o sentido de ‘até’; nesse caso
ções, de forma (maneira ou modo) a deixar tudo claro. utilize o próprio até ou ainda, igualmente, mesmo,
São descabidas na língua escrita as pluralizações orais também, ademais.
vulgares - de formas (maneiras ou modos) que...
Informar:
Deste ponto de vista: Alterne com comunicar, avisar, noticiar, participar,
Evite repetir; empregue também sob este ângulo, inteirar, cientificar, instruir, confirmar, levar ao conhe-
sob este aspecto, por este prisma, desse prisma, deste cimento, dar conhecimento; ou perguntar, interrogar,
modo, assim, destarte. inquirir, indagar.

Detalhar: Nem:
Evite repetir; alterne com particularizar, pormeno- Conjunção aditiva que significa ‘e não’, ‘e tampou-
rizar, delinear, minudenciar. co’, dispensando, portanto, a conjunção e: Não foram
feitos reparos à proposta inicial, nem à nova versão do
projeto. Evite, ainda, a dupla negação não nem, nem
Devido a: tampouco, etc. Ex.: Não pôde encaminhar o trabalho
Evite repetir; utilize igualmente em virtude de, por no prazo, nem não teve tempo para revisá-lo: O corre-
causa de, em razão de, graças a, provocado por. to é ...nem teve tempo para revisá-lo.

Dirigir: No sentido de:


Quando empregado com o sentido de encaminhar, Empregue também com vistas a, a fim de, com o
alterne com transmitir, mandar, encaminhar, remeter, fito (objetivo, intuito, fim) de, com a finalidade de, ten-
enviar, endereçar. do em vista ou mira, tendo por fim.

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Objetivar/ter por objetivo Posição/posicionamento:


Ter por objetivo pode ser alternado com pretender, Posição pode ser alterado com postura, ponto de
ter por fim, ter em mira, ter como propósito, no intuito vista, atitude, maneira, modo. Posicionamento signi-
de, com o fito de. fica ‘disposição, arranjo’, e não deve ser confundido
com posição.
Objetivar significa antes ‘materializar’, ‘tornar ob-
jetivo’ (objetivar ideias, planos, o abstrato), embora
possa ser empregado também com o sentido de ‘ter Pronome “se”:
por objetivo’. Evite-se o emprego abusivo alternando
Evite abusar de seu emprego como indeterminador
-o com sinônimos como os referidos.
do sujeito.

O simples emprego da forma infinitiva já confere a


Onde:
almejada impessoalidade: “Para atingir esse objetivo
Como pronome relativo significa em que (lugar): há que evitar o uso de coloquialismo” (e não: Para atin-
A cidade onde nasceu. O país onde viveu. Evite, pois, gir-se ... Há que se evitar...). É cacoete em certo registro
construções como “a lei onde é fixada a pena” ou “o da língua escrita no Brasil, dispensável porque inútil.
encontro onde o assunto foi tratado”.

Nesses casos, substitua onde por em que, na qual, Relativo a:


no qual, nas quais, nos quais. O correto é, portanto: a
Empregue também referente a, concernente a, to-
lei na qual é fixada a pena, o encontro no qual (em que)
cante a, atinente a, pertencente a, que diz respeito a,
o assunto foi tratado.
que trata de, que respeita.

Operacionalizar:
Ressaltar:
Neologismo verbal de que se tem abusado. Prefira
Varie com destacar, sublinhar, salientar, relevar,
realizar, fazer, executar, levar a cabo ou a efeito, pôr
distinguir, sobressair.
em obra, praticar, cumprir, desempenhar, produzir,
efetuar, construir, compor, estabelecer.
Tratar (de):
É da mesma família de agilizar, objetivar e outros
cujo problema está antes no uso excessivo do que na Empregue também contemplar, discutir, debater,
forma, pois o acréscimo dos sufixos -izar e -ar é uma discorrer, cuidar, versar, referir-se, ocupar-se de.
das possibilidades normais de criar novos verbos a
partir de adjetivos (ágil + izar = agilizar; objetivo + ar
= objetivar). Viger:
Significa vigorar, ter vigor, funcionar. Verbo defec-
Evite, pois, a repetição, que pode sugerir indigên- tivo, sem forma para a primeira pessoa do singular do
cia vocabular ou ignorância dos recursos do idioma. presente do indicativo, nem para qualquer pessoa do
presente do subjuntivo, portanto.
Opinião/“opinamento”:
O decreto prossegue vigendo. A portaria vige. A lei
Como sinônimo de parecer, prefira opinião a opi- tributária vigente naquele ano (...).
namento. Alterne com parecer, juízo, julgamento,
voto, entendimento, percepção.

Opor veto (e não apor): 12 MORFOLOGIA


Vetar é opor veto. Apor é acrescentar (daí aposto, Morfologia é a parte da gramática que estuda a for-
(o) que vem junto). O veto, a contrariedade são opos- ma dos vocábulos.
tos, nunca apostos.
“A maioria dos linguistas concorda que vocábulo
e palavra são conceitos próximos, mas a diferença é
Pertinente/pertencer: que a palavra “tem significação própria e existência
Pertinente (derivado do verbo latino pertinere) sig- isolada”. Isso significa que o vocábulo não tem? Não
nifica pertencente ou oportuno. Pertencer se originou é bem assim. (...) Toda palavra é um vocábulo, logo
do latim pertinescere, derivado sufixal de pertinere. alguns vocábulos são chamados de palavras quando
Esta forma não sobreviveu em português; não empre- ‘têm significação própria e existência isolada’. E quan-
gue, pois, formas inexistentes como “no que pertine do o vocábulo ‘não tem significação própria e existên-
ao projeto”; nesse contexto use no que diz respeito, no cia isolada’? Aí dizemos que não são palavras, mas sim
que respeita, no tocante, com relação. apenas vocábulos” (Pestana).

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As palavras podem ser: Desinências nominais:

••Simples: possuem apenas um radical. Exemplos: Desinências nominais de gênero


felicidade, porta, etc. Masculino Feminino
O A
••Compostas: possuem mais de um radical. Exem-
Menino Menina
plo: aguardente, televisão, etc.

••Primitivas: não derivam de outras palavras, como Desinências nominais de número


mar, fumo, árvore, velho etc. Singular Plural
-- S
••Derivadas: palavras que se formam de uma pa-
Menino/Menina Meninos/Meninas
lavra primitiva com o acréscimo de prefixo ou sufixo,
como marinha, fumaça, arvoredo, envelhecer etc.
Desinências verbais:
As desinências verbais podem ser desinências nú-
mero-pessoais, quando indicam:
13 ESTRUTURA DAS PALAVRAS
• A pessoa (1a, 2a ou 3a)

Elementos estruturais das palavras: • O número (singular ou plural)

- Radical: elemento que contém a significação bási-


ca da palavra. Exemplos: PORTa, PORTeiro, PORTaria. Podem, ainda, ser desinências modo-temporais,
quando indicam:
Vocábulos que possuem o mesmo radical são cha-
mados de cognatos ou de palavras de mesma família. • O modo (indicativo ou subjuntivo)

- Vogal temática: serve para indicar a conjugação • O tempo (presente, pretérito ou futuro, com suas
nos verbos. São as seguintes: respectivas variações)

1a conjugação: A (brincAr, nadAr, escorregAr)


VIAJAR:
2a conjugação: E (corrEr, escrevEr, escondEr)
• Radical: VIAJ
3a conjugação: I (partir, definIr, delinquIr).

• Vogal temática: A (1a conjugação)


As vogais temática nominais são as letras A, E e O,
quando forem átonas, finais e não indicarem gênero,
como em ataque, perda e canto substantivo abstrato • Tema: VIAJA
relacionado ao verbo cantar).
VIAJÁSSEMOS
Quando unimos radical + vogal temática, temos
o tema: • Apresenta o radical e o tema (VIAJ/VIAJA)

Cantar (CANT+A = CANTA)


• SSE: desinência modo temporal (indica que o ver-
Bater (BAT+E = BATE) bo está no tempo pretérito imperfeito do modo sub-
juntivo).
Partir (PART+I = PARTI)

- Tema: é o conjunto radical + vogal temática. • MOS: desinência número-pessoal (indica que o
verbo está na 1a pessoa do plural - NÓS).
- Afixos: são elementos que modificam o sentido do
radical a que se unem, ou seja, elementos de signifi- - Vogal e consoante de ligação: vogal ou consoante
cação secundária. Podem ser prefixos (quando apare- de ligação é um fonema colocado no interior de algu-
cem antes do radical) ou sufixos (depois do radical). mas palavras, ou melhor, utilizado entre morfemas
Exemplos: IMpróprio (prefixo “im”); propriaMENTE com finalidade de facilitar a sua pronúncia.
(sufixo “mente”).
Isso não afeta a significação da palavra. São ele-
- Desinências: aparecem para indicar o gênero e o mentos puramente eufônicos.
número dos nomes e o número, a pessoa, o tempo e o
modo dos verbos. Exemplos: cha-l-eira, cafe-t-eira, cafe-z-al.

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14 FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 15 CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

Derivação: São classes gramaticais das palavras:


É o processo de criação de palavras em que a - Substantivos
palavra primitiva ganha diversos tipos de afixos.
- Artigos
Derivação prefixal ocorre quando o afixo apare-
ce antes do radical. Sufixal, quando aparece depois. - Adjetivos
Temos por derivação parassintética quando o radical
- Numerais
recebe prefixo e sufixo ao mesmo tempo.
- Pronomes
Temos ainda: - Verbos

••Derivação regressiva: ocorre quando a palavra - Advérbios


perde algumas letras;
- Preposições

••Derivação imprópria: não há mudança. Ela apa- - Conjunções


rece apenas no contexto. Exemplo: Aquela senhora é
- Interjeições
uma cobra.

SUBSTANTIVOS
Composição:
Aparece quando uma palavra contém mais de um Substantivos são palavras que nomeiam seres,
radical. Existem dois tipos de composição: sentimentos, estados de espírito, etc. Exemplos: gato
(nome que se dá a um ser vivo). Raiva (nome que se
dá a um sentimento). Alegria (nome que se dá a um
Composição por justaposição: estado de espírito). Podem variar em gênero (masculi-
Quando não é feita nenhuma mudança nas pala- no e feminino): Homem, mulher. Em número (homem,
vras. Exemplos: guarda-chuva, lança-perfume homens). E em grau diminutivo, aumentativo: homen-
zinho, casarão.

Composição por aglutinação:


Quanto à formação, o substantivo pode ser:
Quando pelo menos uma das palavras passa por
mudanças. Exemplo: planalto (plano + alto), embora ••Primitivo – é o nome que não deriva de outra pa-
(em+boa+hora). lavra da língua portuguesa. Exemplos: casa, pedra e
jornal.
Destacam-se também os seguintes processos secun-
dários de formação das palavras: ••Derivado – é o nome que deriva de outra palavra
da língua portuguesa. Exemplos: casarão, pedreira e
jornaleiro (palavras derivadas dos exemplos acima,
Hibridismo:
respetivamente).
Quando uma palavra é formada por dois termos de
idiomas diferentes. ••Simples – é o nome formado por apenas um ra-
dical. Radical é o elemento que é a base do significado
Exemplo: tele (grego) visão (latim) das palavras. Exemplos: casa, flor e gira, cujos radicais
são respetivamente: cas, flor e gir.
Onomatopeia:
••Composto – é o nome formado por mais do que
São palavras que lembram alguns sons. um radical. Exemplos: couve-flor, girassol e passatem-
po, cujos radicais são respetivamente: couv e flor, gir e
Exemplo: tic-tac.
sol e pass e temp.

Abreviação (redução):
Quanto ao elemento que nomeia, o substantivo
Algumas palavras são longas e que com o passar pode ser:
do tempo acabam ficando mais curtas.
••Comum – é a palavra que dá nome aos elementos
Exemplos: moto (motocicleta), pornô (pornográfi- da mesma espécie, de forma genérica. Exemplos: cida-
co), quilo (de quilograma). de, pessoa e rio.

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••Próprio – é a palavra que dá nome aos elementos Curiosidades:


de forma específica, por isso, são sempre grafados com
letra maiúscula. Exemplos: Bahia, Ana e Tietê. • As palavras paroxítonas réptil (plural: répteis) e
projétil (plural: projéteis) admitem as variantes oxíto-
••Concreto – é a palavra que dá nome aos elemen- nas reptil (plural: reptis) e projetil (plural: projetis).
tos concretos, de existência real ou imaginária. Exem-
plos: casa, fada e pessoa. • Hífen tem dois plurais: hifens e hífenes.
••Coletivo – é a palavra que dá nome ao grupo de • Algumas palavras terminadas em -ÃO admitem
elementos da mesma espécie. Exemplos: acervo (con- mais de um plural.
junto de obras de arte), cardume (conjunto de peixes) e
resma (conjunto de papéis). o Aldeão: aldeões ou aldeãos.
••Abstrato – é a palavra que dá nome a ações, es-
o Ermitão: ermitões, ermitãos ou ermitães.
tados, qualidades e sentimentos. Exemplos: trabalho,
alegria, altura e amor.
o Verão: verões ou verãos.

Flexão dos substantivos: o Vilão: vilões ou vilãos.


Os substantivos sofrem flexão de gênero, número
e grau. Quanto à flexão de gênero, os substantivos po- o Refrão: refrãos ou refrães.
dem ser biformes ou uniformes. Os substantivos bifor-
mes apresentam uma forma para o masculino e outra Plural dos substantivos compostos:
para o feminino. Exemplo: boi e vaca.Já substantivos
uniformes não se flexionam. Em relação ao grau os
substantivos podem ser aumentativos ou diminutivos. 1. Os dois elementos vão para o plural nas seguin-
E, por fim, quanto ao número, podem ser singulares tes situações:
ou plurais. a. Substantivo + substantivo unidos por hífen sem
elemento de ligação:
Plural dos substantivos simples:
• decreto-lei - decretos-leis.
Terminação Plural Exemplo
• abelha-rainha - abelhas-rainhas.
Vogal Ditongo Acrescenta- Regime - regimes
oral N se S ao Irmã - irmãs Pai - pais • tia-avó - tias-avós.
singular Elétron - elétrons
RZ Acrescenta- Colher - colheres Noz b. Substantivo + adjetivo:
se ES ao - nozes
singular • capitão-mor - capitães-mores.
AL EL OL UL Troca-se o L Varal - varais Túnel • carro-forte - carros-fortes.
final por IS - túneis Lençol -
lençóis Raul - Rauis • guarda-civil - guardas-civis.
IL Oxítonas - IS Barril - barris Fóssil -
Paroxítonas fósseis c. Adjetivo + substantivo:
- EIS
• longa-metragem - longas-metragens.
M Troca-se por Som - sons Refém -
NS reféns • má-língua - más-línguas.
S (monossílabos Acréscimo Gás - gases Deus
e oxítonas) de ES - deuses Japonês - • livre-arbítrio - livres- arbítrios.
japoneses
d. Numeral + substantivo:
S (paroxítonas e Invariáveis O atlas - os atlas A
proparoxítonas) íris - as íris • segunda-feira - segundas-feiras.
X Invariáveis O tórax - os tórax A
fênix - as fênix • quarta-feira - quartas-feiras.

ÃO (1) Acréscimo Irmão - irmãos • quinta-feira - quintas-feiras.


de S Ancião - anciãos
ÃO (2) -ÕES Botão - botões Leão Atenção: o Vocabulário Ortográfico da Língua
- leões Portuguesa (VOLP - ABL) destaca as seguintes exce-
ções: os grão-mestres, os grã-finos, os terra-novas, os
ÃO (3) -ÃES Cão - cães Guardião - claro-escuros (também admite-se “os claros-escuros”),
guardiães os nova-iorquinos, os são-bernardos, os cavalos-vapor.

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2. Varia apenas o último elemento nas seguintes • o ponto e vírgula - os ponto e vírgula.
situações:
• o sem-terra - os sem-terra.
a. Elementos unidos sem hífen:
• o mico-leão-dourado - os micos-leões-dourados.
• os girassóis, as autopeças, as autoescolas
• o arco-íris - os arco-íris.
b. Verbo + substantivo:
• entre outros.
• guarda-roupa - guarda-roupas.

• beija-flor - beija-flores. Plural dos diminutivos:


• guarda-caça - guarda-caças. Para se fazer o plural dos diminutivos, deve-se, an-
tes, passar para o plural do substantivo no grau nor-
c. Elemento invariável + palavra variável: mal. Depois, acrescentam-se o sufixo -zinho ou -zito e
a desinência de número -S.
• vice-presidente - vice-presidentes.
Mulher: mulheres - mulherezinhas.
• ex-marido - ex-maridos.
Coração: corações - coraçõezinhos.
• alto-falante - alto-falantes.
Flor: flores - florezinhas.
d. Palavras repetidas:

• reco-reco - reco-recos. ARTIGOS


• corre-corre - corre-corres. É a palavra que antecede os substantivos e varia em
• tico-tico - tico-ticos. gênero e número, bem como odetermina (artigo defi-
nido) ou o generaliza (artigo indefinido).
Atenção: neste caso, se as palavras repetidas forem
São artigos definidos: o, a (no singular) e os, as (no
verbos, podem as duas variar: corre-corre: corre-corres
plural).
ou corres-corres.
São artigos indefinidos: um, uma (no singular) e
3. Varia apenas o primeiro elemento nas seguintes uns, umas (no plural).
situações
a. Quando dois substantivos são conectados por ADJETIVOS
preposição (substantivo + preposição + substantivo)
É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos
• pés de moleque, dias a dia, pães de ló, mulas sem substantivos e varia em gênero, número e grau.
cabeça.

b. Quando o segundo elemento determina o pri- Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
meiro, indicando limitação, finalidade, tipo, semelhan- ••Primitivo – é o adjetivo que dá origem a outros
ça. Neste caso, o segundo elemento funciona como se adjetivos. Exemplos: alegre, bom e fiel.
fosse um adjetivo.
••Derivado – é o adjetivo que deriva de substanti-
• navios-escola, peixes-boi, canetas-tinteiro.
vos ou verbos. Exemplos: alegria e bondade (palavras
derivadas dos exemplos acima, respetivamente) e es-
4. Ficam invariáveis os dois elementos nas seguin- critor (palavra derivada do verbo escrever).
tes situações
••Simples – é o adjetivo formado por apenas um
a. Verbo + advérbio radical. Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujos ra-
• os bota-fora, os pisa-mansinho. dicais são respetivamente: alt, estud e honest.

••Composto – é o adjetivo formado por mais do


5. Casos especiais: que um radical. Exemplos: superinteressante, surdo-
mudo e verde-claro, cujos radicais são respetivamente:
• o louva-a-deus - os louva-a-deus.
super e interessant, surd e mud e verd e clar.
• o bem-te-vi - os bem-te-vis.
Há também os adjetivos pátrios, que caracterizam
• o bem-me-quer - os bem-me-queres. os substantivos de acordo com o seu local de origem e
as Locuções Adjetivas, que são o conjunto de palavras
• o joão-ninguém - os joões-ninguém. que tem valor de adjetivo.

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Exemplos de Adjetivos Pátrios: brasileiro, carioca to de doze), semestre (conjunto de seis) e centena (con-
e sergipano. junto de cem).

Exemplos de Locuções Adjetivas: de anjo (=angeli- ••Multiplicativos – é a forma dos números que indi-
cal), de mãe (=maternal) e de face (=facial). ca multiplicação. Exemplos: dobro, duplo e sêxtuplo.

PRONOMES VERBO
É a palavra que substitui ou acompanha o substan- É a palavra que exprime ação, estado, mudança de
tivo, indicando a relação das pessoas do discurso e va- estado, fenômeno da natureza e varia em pessoa (pri-
ria em gênero, número e pessoa. meira, segunda e terceira), número (singular e plural),
tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo,
Os pronomes classificam-se em: subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e refle-
xiva).
••Pessoais – Caso reto (quando são o sujeito da ora-
ção): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e Caso oblíquo
Podem-se classificar os verbos em:
(quando são complemento da oração): me, mim, comi-
go, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, consigo, nos, conosco,
1. Verbos regulares: seguem um padrão de conju-
vos, convosco, os, as lhes, se, si, consigo.
gação, sem que se alterem seu radical ou suas termi-
nações.
••Tratamento – Alguns exemplos: Você, Senhor e
Vossa Excelência.
2. Verbos irregulares: sofrem variações no radical
••Possessivos – meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e ou nas terminações quando são conjugados, afastan-
respetivas flexões. do-se do padrão de conjugação.

••Demonstrativos – este, esse, aquele e respetivas 3. Verbos defectivos: verbos que não possuem a
flexões, isto, isso, aquilo. conjugação completa.

••Relativos – o qual, a qual, cujo, cuja, quanto e res- São exemplos de verbos defectivos: abolir, adequar,
petivas flexões, quem, que, onde. colorir, demolir, explodir, falir etc. O verbo adequar,
por exemplo, não possui a 1ª pessoa do singular (eu
••Indefinidos – algum, alguma, nenhum, nenhuma, “adéquo”) e, consequentemente, os tempos que dela
muito, muita, pouco, pouca, todo, toda, outro, outra, derivam). O verbo falir, por sua vez, no presente do
certo, certa, vário, vária, tanto, tanta, quanto, quanta, indicativo, possui somente as pessoas nós e vós (fali-
qualquer, qual, um, uma e respetivas flexões e quem, mos e falis).
alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.
4. Verbos abundantes: apresentam mais de uma
••Interrogativos – qual, quais, quanto, quanta, forma de alguma de suas flexões. Na maioria das ve-
quantas, quem, que. zes, o verbo abundante apresenta variação no particí-
pio. Exemplos:
NUMERAIS
Verbo Particípio regular P a r t i c í p i o
São as palavras que indicam a posição ou o número (-ADO/-IDO) irregular
de elementos. Aceitar Aceitado Aceito
Anexar Anexado Anexo
Os numerais classificam-se em: Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
••Cardinais – é a forma básica dos números, utiliza-
da na sua contagem. Exemplos: um, dois e vinte. Expulsar Expulsado Expulso
Imprimir Imprimido Impresso
••Ordinais – é a forma dos números que indica a
Matar Matado Morto
posição de um elemento numa série. Exemplos: segun-
do, quarto e trigésimo.
• Deve-se usar o particípio regular nas construções
••Fracionários – é a forma dos números que indica de voz ativa (verbos auxiliares: TER/HAVER): Quando
a divisão das proporções. Exemplos: meio, metade e fui conferir, ele já havia imprimido o documento.
um terço.
• Deve-se usar o particípio irregular nas constru-
••Coletivos – é a forma dos números que indica um ções de voz passiva (verbos auxiliares: SER/ESTAR):
conjunto de elementos. Exemplos: uma dúzia (conjun- Quando fui conferir, o documento já estava impresso.

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Existem três modos verbais: o Fizeram-se alterações importantes no cronogra-


ma.
• Modo indicativo: exprime uma declaração, um
fato certo. o Inaugurar-se-á um novo shopping na capital.
• Modo subjuntivo: exprime uma hipótese, uma
dúvida, uma possibilidade. Transposição da voz ativa para a voz passiva ana-
lítica:
• Modo imperativo: exprime um pedido, uma or-
dem, uma sugestão. Para fazer a adequada transposição da voz ativa
para a passiva analítica, devem-se seguir os seguintes
Existem, também, três formas nominais do verbo: passos:
• Infinitivo (AR/ER (OR)/IR): andar, varrer, sumir.
1. Converter o OBJETO DIRETO da oração na voz
• Gerúndio (NDO): andando, varrendo, sumindo. ativa em SUJEITO da oração na voz ativa;

• Particípios (ADO/IDO): andado, varrido, sumido. 2. Converter o SUJEITO da voz ativa (se houver)
em AGENTE DA PASSIVA;
Na conjugação verbal, todos os tempos derivam do
presente do indicativo, do pretérito perfeito do indica-
tivo e do infinitivo. 3. Passar o verbo da voz ativa para o PARTICÍPIO
(lembre-se de fazer os ajustes de concordância, caso
seja necessário);
Vozes Verbais:
As vozes verbais são: ativa, passiva e reflexiva. 4. Flexionar o verbo auxiliar (SER/ESTAR) no mes-
mo tempo e no mesmo em que estiver flexionado o
1. Voz ativa: verbo tem sujeito agente (que pratica a verbo da voz ativa (oração original), concordando com
ação expressa pelo verbo): o novo sujeito;

O candidato estudou apenas metade do conteúdo. 5. Outros termos, como adjunto adverbial e objeto
A maioria das pessoas compra coisas inúteis. indireto, não sofrem alteração.

2. Voz passiva: verbo tem sujeito paciente (que so-


Exemplos:
fre a ação expressa pelo verbo):

Apenas metade do conteúdo foi estudada pelo can- Voz ativa: Amanhã ela comprará tudo.
didato.
Sujeito: ela; objeto direto: tudo; tempo verbal de
Coisas inúteis são compradas pela maioria das pes- comprará: futuro do presente; modo verbal: indicati-
soas. vo; adjunto adverbial: amanhã (não sofre alteração).

Existem dois tipos de voz passiva: analítica e sin- Voz passiva: Amanhã tudo será comprado por ela.
tética.
Note que tudo se tornou sujeito paciente da oração;
• Voz passiva analítica: verbo auxiliar (quase sem- por ela é agente da passiva; o verbo será, auxiliar, está
pre SER/ESTAR) + particípio (concordando em gênero conjugado no futuro do presente do indicativo, como
e número com o sujeito paciente). o verbo comprará; comprado está no particípio, no
masculino e no singular para concordar com o novo
o Todos os anos, o café era colhido por aqueles sujeito, tudo.
quinze homens

o O desenvolvimento do Brasil é ameaçado por Voz ativa: A chuva causou prejuízos.


problemas antigos.
Sujeito: a chuva; tempo e modo verbais: pretérito
o No dia dos namorados, a praça será decorada. perfeito do indicativo; objeto direto: prejuízos.

Nos dois primeiros exemplos, o termo sublinhado Voz passiva: Prejuízos foram causados pela chuva.
é o agente da passiva, que representa quem pratica a
ação expressa pelo verbo na voz passiva. Trata-se de Prejuízos passou a ser sujeito paciente; pela chuva
um termo não obrigatório. Logo, como se pode notar tornou-se agente da passiva; o verbo auxiliar (foram)
pelo terceiro exemplo, nem sempre haverá agente da está conjugado no pretérito perfeito do indicativo,
passiva. como o verbo causou, mas está na 3ª pessoa do plural
para concordar com seu novo sujeito (prejuízos); o ver-
• Voz passiva sintética: verbo + SE (na função de bo principal, causados, também está na 3ª do plural e
partícula apassivadora). no masculino para concordar com prejuízos.

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Transposição da voz ativa para a voz passiva sin- ••Negação – Exemplos: não, jamais e tampouco.
tética:
••Afirmação – Exemplos: certamente, certo e sim.
Para construir a voz passiva sintética, usamos o
SE na função de partícula apassivadora (ou pronome
••Dúvida – acaso, quiçá e talvez.
apassivador).

Voz ativa: Os alunos estudaram todas as matérias. PREPOSIÇÕES


Ao se transpor essa frase para a voz passiva sin-
São palavras que ligam dois elementos da oração.
tética, não haverá agente da passiva. Nem sempre é
possível, na voz passiva sintética, determinar o agente. As preposições classificam-se em:
Voz passiva: Estudaram-se todas as matérias. ••Essenciais – têm somente função de preposição.
Para se fazer a transposição da voz ativa para a voz Exemplos: a, desde e para.
passiva sintética, basta inserir o SE (partícula apassi-
vadora) na oração e fazer os ajustes de concordância, ••Acidentais – não têm propriamente a função de
caso sejam necessários. preposição, mas podem funcionar como tal. Exemplos:
como, durante e exceto.
Voz ativa: Vendem casa. (sujeito indeterminado -
verbo na 3ª do plural) Há também as Locuções Prepositivas, que são o
conjunto de palavras que tem valor de preposição.
Voz passiva: Vende-se casa. (sujeito paciente [casa] Exemplos: apesar de, em vez de e junto de.
- verbo na 3ª do singular concordando com o sujeito).

ATENÇÃO: somente verbos transitivos diretos e CONJUNÇÕES


verbos transitivos diretos e indiretos (VTD e VTDI)
podem ser usados na voz passiva. Ligam duas orações. As conjunções classificam-se
em:
3. Voz reflexiva: o sujeito, simultaneamente, pratica
e sofre a ação expressa pelo verbo. A voz reflexiva é ••Coordenativas: Aditivas (e, nem), Adversativas
marcada pelo uso de sujeito e objeto (pronome oblí- (contudo, mas), Alternativas (ou…ou, seja…seja),
quo) de mesma pessoa e número. Conclusivas (logo, portanto) e Explicativas (assim,
porquanto).
• Eu olhei-me bem no espelho durante alguns mi-
nutos. ••Subordinativas: Integrantes (que, se), Causais
• Maria se cortou ao descascar a laranja. (porque, como), Comparativas (que, como), Concessi-
vas (embora, posto que), Condicionais (caso, salvo se),
A voz reflexiva pode, também, trazer a ideia de re- Conformativas (como, segundo), Consecutivas (que,
ciprocidade. Isso ocorre quando o sujeito é plural e, de maneira que), Temporais (antes que, logo que), Fi-
pelo significado da frase, pode-se entender que um nais (a fim de que, para que) e Proporcionais (ao passo
elemento praticou a ação sobre o outro. que, quanto mais).

• Os manifestantes se agrediram durante o evento. Há também as Locuções Conjuntivas, que são o


conjunto de palavras que tem valor de conjunção.
• As amigas, no momento da despedida, abraça- Exemplos: contanto que, logo que e visto que.
ram-se.

INTERJEIÇÕES
ADVÉRBIOS
São palavras que exprimem emoções e sentimen-
São palavras que modificam o verbo, o adjetivo ou tos.
outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo,
modo, intensidade, entre outros. As interjeições podem ser classificadas em:
Os advérbios classificam-se em: •Advertência – Calma!, Devagar!, Sentido!

••Modo – Exemplos: assim, devagar e grande parte •Saudação – Alô!, Oi!, Tchau!
das palavras terminadas em “-mente”.
•Ajuda – Ei!, Ô!, Socorro!
••Intensidade – Exemplos: demais, menos e tão.
•Afugentamento – Fora!, Sai! Xô!
••Lugar – Exemplos: adiante, lá e fora. •Alegria – Eba!, Uhu! Viva!

••Tempo – Exemplos: ainda, já e sempre. •Tristeza – Oh!, Que pena!, Ui!

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•Medo – Credo!, Cruzes!, Jesus! ca, um vídeo e qualquer outro objeto de leitura, como
um quebra-cabeça que precisa ser montado em suas
•Alívio – Arre!, Uf!, Ufa! partes para se chegar à compreensão em sua totalida-
de. Interpretar, por outro lado, é explicar para o leitor
•Animação – Coragem!, Força!, Vamos!
de que modo cada quebra-cabeça pode ser montado”
•Aprovação – Bis!, Bravo!, Isso! (Leffa).

•Desaprovação – Chega!, Francamente! Livra!, Os textos nem sempre apresentam uma linguagem
literal. Deve haver, então, a capacidade de reconhecer
•Concordância –Certo!, Claro!, Ótimo! novos sentidos atribuídos às palavras dentro de uma
produção textual.
•Desejo – Oxalá!, Quisera!, Tomara!
Além disso, para a compreensão do que é conotati-
•Desculpa – Desculpa!, Opa!, Perdão!
vo e simbólico é preciso identificar não apenas a ideia,
•Dúvida – Hã?, Hum?, Ué! mas também ler as entrelinhas, o que exige do leitor
uma interação com o seu conhecimento de mundo. A
•Espanto – Caramba!, Oh!, Xi!, tarefa do leitor competente é, portanto, apreender o
sentido global do texto, utilizando recursos para a sua
•Contrariedade – Credo!, Droga!, Porcaria! compreensão, de forma autônoma.

Há também as Locuções Interjetivas, que são o É relevante ressaltar que, além de localizar informa-
conjunto de palavras que tem valor de conjunção. ções explícitas, inferir informações implícitas e identi-
Exemplos: Cai fora!, Muito obrigada!, Volta aqui! ficar o tema de um texto, nesse tópico, deve-se também
distinguir os fatos apresentados da opinião formulada
acerca desses fatos nos diversos gêneros de texto.

As informações implícitas no texto são aquelas que


16 COMPREENSÃO TEXTUAL não estão presentes claramente na base textual, mas
podem ser construídas pelo leitor por meio da reali-
Etimologicamente a palavra “interpretar” vem do zação de inferências que as marcas do texto permitem.
latim “interpes”, que se referia à pessoa que examina- Alem das informações explicitamente enunciadas, há
va as entranhas de um animal para prever o futuro. outras que podem ser pressupostas e, conseqüente-
Do ponto de vista da leitura, há um pressuposto in- mente, inferidas pelo leitor. Exemplo:
teressante aqui: o significado daquilo que é lido não
está na cabeça do interpres, do adivinho, mas contido
no objeto. CANGURU

O “interpres” não pode atribuir um significado, Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma lín-
não pode tirar algo de dentro de si para depositar no gua nativa australiana e quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo a
objeto; pode apenas extrair o significado que já está lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele
dentro do animal. estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altu-
ra, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O nativo
Uma atribuição de sentido seria não só uma impos- respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-guruu,
tura, mas seria também negar ao interpres a capaci- “Eu não sei”. Desconfiado que sou dessas divertidas origens,
dade de leitura; ele não inventa e nem cria, ele apenas pesquisei em alguns dicionários etimológicos. Em nenhum
reproduz o que supostamente preexiste na sua frente. dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia
Em suma, para o “interpres”, o significado emerge do – numa outra versão. dicionário se fala nisso. Só no Aurélio,
próprio objeto em direção ao leitor. nossa pequena Bíblia – numa outra versão. Definição preci-
sa encontrei, como quase sempre, em Partridge: Kangarroo;
Quem interpreta normalmente atua como se es- wallaby.
tivesse a desvendar os sentidos contidos no texto. A
crença de que o sentido é imanente ao objeto faz parte As palavras kanga e walla, significando saltar e pular,
do exercício de quase toda atividade de interpretação. são acompanhadas pelos sufixos rôo e by, dois sons aborígi-
nes da Austrália, significando quadrúpedes. Portanto qua-
Compreender e interpretar são dois conceitos que drúpedes puladores e quadrúpedes saltadores.
se aproximam em alguns aspectos e se distanciam em
outros. Enquanto alguns autores destacam a seme- Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável
lhança entre os dois, a ponto de muitas vezes confun- lingüista e grande amigo de Aurélio Buarque de Holanda,
dir um com o outro, sem perceber a diferença. Paulo gostou de saber da origem “real” do nome canguru.
Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais
Compreender é relacionar. Essas relações precisam bonitinha”. Também acho.
ser estabelecidas em várias direções, locais e globais,
dentro do objeto de leitura e fora dele, dentro do leitor (Millôr Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gra-
e fora dele. Vê-se um texto, uma imagem, uma músi- vata.com/millor)

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Pode-se inferir do texto que: (D) a recordação de uma época de juventude.

(A) as descobertas científicas têm de ser comuni- (E) a revolta diante do espelho.
cadas aos lingüistas.
O leitor deve ser capaz de perceber a diferença en-
(B) os dicionários etimológicos guardam a ori- tre o que é fato narrado ou discutido e o que é opinião
gem das palavras. sobre ele. Essa diferença pode ser ou bem marcada no
texto ou exigir do leitor que ele perceba essa diferença
(C) os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: integrando informações de diversas partes do texto e/
puladores e saltadores. ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil.

Exemplo:
(D) o dicionário Aurélio apresenta tendência re-
ligiosa.
SENHORA (FRAGMENTO)
(E) os nativos desconheciam o significado de
canguru. Aurélia passava agora as noites solitárias.

O tema é o eixo sobre o qual o texto se estrutura. Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma des-
A percepção do tema responde a uma questão essen- culpa qualquer para justificar sua ausência. A menina que
cial para a leitura: “O texto trata de quê?” Em muitos não pensava em interrogá-lo, também não contestava esses
textos, o tema não vem explicitamente marcado, mas fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o
deve ser percebido pelo leitor quando identifica a fun- tema desagradável.
ção dos recursos utilizados, como o uso de figuras de Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a
linguagem, de exemplos, de uma determinada organi- altivez de coração não lhe consentia queixar-se. Além de que,
zação argumentativa, entre outros. ela tinha sobre o amor idéias singulares, talvez inspiradas
pela posição especial em que se achara ao fazer-se moça.
Exemplo:
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada
por Seixas; e pois toda a afeição que lhe tivesse, muita ou
RETRATO pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que
esse amor a poupara à degradação de um casamento de con-
Eu não tinha este rosto de hoje, veniência, nome com que se decora o mercado matrimonial,
assim calmo, assim triste, assim magro, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e redentor.

nem estes olhos tão vazios, Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heróica
dedicação, que entretanto assiste calma, quase impassível, ao
nem o lábio amargo. declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se
deixa abandonar, sem proferir um queixume, nem fazer um
Eu não tinha estas mãos sem força, esforço para reter a ventura que foge.
tão paradas e frias e mortas; Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja
investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda mais o
eu não tinha este coração
da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo moral.
que nem se mostra. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir
nesses limbos.
Eu não dei por esta mudança,
(ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora.
Tão simples, tão certa, tão fácil: São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8)
— Em que espelho ficou perdida O narrador revela uma opinião no trecho:
a minha face? (A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.”
(Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. (B) “...buscava afastar da conversa o tema desa-
Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20) gradável.”

(C) “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como


O tema do texto é: seu Deus...”
(A) a consciência súbita sobre o envelhecimento. (D) “...e se deixa abandonar, sem proferir um
queixume,...”
(B) a decepção por encontrar-se já fragilizada.
(E) “Esse fenômeno devia ter uma razão psico-
(C) a falta de alternativa face ao envelhecimento. lógica,...”

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Reconhecimento de tipos e gêneros textuais: É preciso que o leitor compreenda o texto não
como um simples agrupamento de frases justapostas,
Ao longo de nossa vivência enquanto falantes, te- mas como um conjunto harmonioso em que há laços,
mos a oportunidade de convivermos com uma enorme interligações, relações entre suas partes.
diversidade de textos. Basta sairmos às ruas que tão
logo está confirmada esta ocorrência. São panfletos, A compreensão e a atribuição de sentidos relativos
outdoors, cartazes, dentre outros. a um texto dependem da adequada interpretação de
seus componentes. De acordo com o gênero textual,
Ao enfatizarmos sobre os tipos textuais, esta clas- o leitor tem uma apreensão geral do assunto do tex-
sificação relaciona-se com a natureza linguística ex- to. Em relação aos textos narrativos, o leitor necessita
pressa pelos mesmos. Classificando-se em narrativos, identificar os elementos que compõem o texto – narra-
descritivos e dissertativos. Conforme demonstra os dor, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, es-
exemplos: paço – e quais são as relações entre eles na construção
da narrativa.
Um texto narrativo caracteriza-se pela sucessão de
fatos ligados a um determinado acontecimento, seja A compreensão e a atribuição de sentidos relativos
ele real ou fictício, o qual pressupõe-se de todos os a um texto dependem da adequada interpretação de
elementos referentes à modalidade em questão, como seus componentes, ou da coerência pela qual o texto
narrador, personagens, discurso, tempo e espaço. é marcado. De acordo com o gênero textual, o leitor
tem uma apreensão geral do tema, do assunto do texto
O descritivo pauta-se pela descrição minuciosa de e da sua tese. Essa apreensão leva a uma percepção
uma determinada pessoa, objeto, animal ou lugar, no da hierarquia entre as idéias: qual é a idéia principal?
qual as impressões são retratadas de maneira fiel. O Quais são as idéias secundárias? Quais são os argu-
dissertativo conceitua-se pela exposição de ideias, re- mentos que reforçam uma tese? Quais são os exemplos
forçadas em argumentos lógicos e convincentes acer- confirmatórios? Qual a conclusão?
ca de um determinado assunto. Já os gêneros textuais
estão diretamente ligados às situações cotidianas de Em relação aos textos narrativos, pode ser requeri-
comunicação, fortalecendo os relacionamentos inter- do do aluno que ele identifique os elementos compo-
pessoais por meio da troca de informações. nentes – narrador, ponto de vista, personagens, enre-
do, tempo, espaço – e quais são as relações entre eles
Tais situações referem-se à finalidade que possui na construção da narrativa.
cada texto, sendo estas, inúmeras. Como por exemplo:
SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE
A comunicação feita em meio eletrônico é um gêne-
CONECTORES E DE OUTROS ELEMENTOS DE
ro textual que aproxima pessoas de diferentes lugares,
SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL
permitindo uma verdadeira interação entre as mes-
mas. Existem gêneros textuais do cotidiano jornalísti- As habilidades que podem ser avaliadas relacio-
co, cuja finalidade é a informação. É o caso da notícia, nam-se ao reconhecimento da função dos elementos
da entrevista, do artigo de opinião, do editorial, dentre que dão coesão ao texto. Dessa forma, eles poderão
outros. Há também os chamados instrucionais, como, identificar quais palavras estão sendo substituídas e/
por exemplo, o manual de instrução, a bula de um re- ou repetidas para facilitar a continuidade do texto e a
médio, e outros. Outros que se classificam como cien- compreensão do sentido. Trata-se, portanto, do reco-
tíficos, os quais são oriundos de pesquisas e estudo de nhecimento das relações estabelecidas entre as partes
casos, como a monografia, tese de doutorado, ligados do texto.
à prática acadêmica.
Exemplo:

Domínio dos mecanismos de coesão textual:


A Ciência é Masculina?
Considerando que a coerência é a lógica entre as
ideias expostas no texto, para que exista coerência Attico Chassot
é necessário que a ideia apresentada se relacione ao
todo textual dentro de uma seqüência e progressão de O autor procura mostrar que a ciência não é feminina.
idéias. Para que as ideias estejam bem relacionadas, Um dos maiores exemplos que se pode dar dessa situação é o
também é preciso que estejam bem interligadas, bem prêmio Nobel, em que apenas 11 mulheres de ciências foram
“unidas” por meio de conectivos adequados, ou seja, laureadas em 202 anos de premiação.
com vocábulos que têm a finalidade de ligar palavras, O livro apresenta duas hipóteses, uma histórica e outra
locuções, orações e períodos. Dessa forma, as peças biológica, para a possível superação do machismo em frase
que interligam o texto, como pronomes, conjunções e como a de Hipócrates (460-400 a.C.) considerado o pai da
preposições, promovendo o sentido entre as idéias são medicina, que escreveu: “A língua é a última coisa que morre
chamadas coesão textual. Assim, definiríamos coesão em uma mulher”.
como a organização entre os elementos que articulam
as idéias de um texto. (Revista GALILEU, Fevereiro de 2004 )

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A expressão “dessa situação” refere-se ao fato de: sinônimas, mas passam a ser em um determinado
texto por causa do uso. Marcas e pegadas, por
(A) a ciência não ser feminina. exemplo, podem ser usadas como sinônimos em um
trecho como este: “Eram estranhas aquelas pegadas no
(B) a premiação possuir 202 anos. bosque. Nunca vira um animal que deixasse marcas
como aquelas.”.
(C) a língua ser a última coisa que morre em
uma mulher. A antonímia, por sua vez, existe quando duas pala-
vras têm sentidos opostos, como céu - inferno, quente
(D) o pai da medicina ser Hipócrates. - frio, bom - ruim etc. A antonímia também pode ser
contextual, e por isso cumpre ao leitor sempre verificar
(E) o Prêmio Nobel foi concedido a 11 mulheres. se, no texto, palavras que normalmente não se opõem
são assim utilizadas. Para os conceitos de homonímia
e paronímia, remetemos o leitor ao capítulo que trata
de ortografia.
17 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
As palavras podem ser utilizadas nos sentidos de-
notativo ou conotativo. 18 FIGURAS DE LINGUAGEM
• Sentido denotativo (literal): reflete o uso das pa- Trata-se de recursos empregados no uso da língua
lavras de acordo com o seu significado real. para tornar a mensagem mais interessante. As figuras
de linguagem são empregadas em textos em que se faz
o Veja como aquela árvore está verde.
presente a função poética da linguagem, ou seja, textos
o Pode me passar a faca de destrinchar frango? em que o emissor se preocupa em evidenciar a mensa-
gem, em torná-la mais interessante, mais bela.
• Sentido conotativo (figurado): reflete o uso das
palavras com um sentido novo, inesperado. Vejamos as principais figuras de linguagem:

o Cheguei em casa verde de fome. 1. Metáfora: frequentemente definida com “uma


comparação sem conector”, a metáfora corresponde à
o Ele vive jogando verde para ver se descobre al-
mudança do sentido literal de uma palavra ou expres-
guma coisa.
são. Essa mudança (ou desvio) acontece baseada em
o Vamos destrinchar bem este assunto. uma semelhança que existe entre o sentido literal e o
sentido conotativo.
Em casos assim, pode-se dizer que temos polis-
semia: uma só palavra ou expressão apresenta mais Quando dizemos, por exemplo, “seus olhos eram
de um significado. Isso ocorre também em situações estrelas brilhantes”, baseamo-nos em uma semelhança
como estas: existente entre os olhos da pessoa de quem se fala e as
estrelas (ambos são brilhantes, encantadores etc.). São
• Machuquei minha mão. (=parte do corpo) outros exemplos:

Em época de carnaval, algumas cidades brasileiras


• É difícil fazer isto sozinho. Pode me dar uma
são campos de guerra.
mão? (=ajuda)
“Entrará; enregelado, se meterá na cama; os lençóis
• A banana está ótima, bem doce. (=fruta) o receberão com um abraço frio”. (Moacyr Scliar)

• Aquele cara é um banana. (=bobo) “Viajar é trocar a roupa da alma.” (Mário Quintana)

• Fiz economia para viajar. (=guardou dinheiro) 2. Comparação: consiste na comparação, com o uso
de conectores, entre coisas, pessoas, fatos.
• Ela estuda economia em uma universidade re-
nomada. (=ciência, curso superior) Os filhotes da cadela eram como chumaços de al-
godão.
Em relação ao tema de significação das palavras,
cumpre destacar também os fenômenos de sinonímia 3. Metonímia: é a substituição de uma palavra ou
e antonímia. A sinonímia acontece quando dois ou expressão por outro termo relacionado. Substitui-se,
mais vocábulos têm significado igual ou semelhante. assim, a parte pelo todo, o autor pela obra, efeito pela
Palavras como céu e firmamento, por exemplo, po- causa, o autor pela obra, a marca pelo produto etc.
dem ser consideradas sinônimas. Às vezes, a noção
de sinonímia é contextual, ou seja, certas palavras, Costumava sempre ler Monteiro Lobato para as
tomadas isoladamente, não necessariamente seriam crianças. (=ler a obra, os livros de Lobato).

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O Brasil quer políticos melhores. (= o povo brasi- 10. Inversão ou hipérbato: trata-se do rompimento
leiro). da ordem normal dos termos de uma oração ou de um
período para, no geral, dar destaque ao que é colocado
4. Perífrase: é a substituição de um ser por um fato em primeiro lugar.
ou atributo que o caracteriza. A expressão escolhida
como substituta equivale à substituída. Português, nunca mais estudarei. Já tomei posse no
concurso dos meus sonhos, mesmo...
Milhares de pessoas visitam, todos os anos, a cida-
de maravilhosa. (= Rio de Janeiro). Observação: quando a inversão é de tal ordem que
chega a comprometer a compreensão do que se diz ou
O rei do futebol aposentou-se quando ainda estava escreve, pode receber o nome de sínquise. Exemplo:
no auge. (= Pelé).
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um
povo heroico o brado retumbante”.
5. Sinestesia: é uma mistura, uma fusão dos senti-
dos (audição, visão, paladar, tato e olfato). Ordem direta:
Exalava um perfume doce que se podia sentir a me- As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
tros de distância. (olfato + paladar). retumbante de um povo heroico.
Parou diante da porta e pôde sentir a luz acesa no
11. Anacoluto: rompimento da sequência sintáti-
interior da sala. (tato + visão).
ca da oração, por causa de uma mudança brusca na
organização inicial da frase, que deixa um termo sem
6. Elipse: é a omissão de termos que podem ser su-
função sintática, “solto”.
bentendidos pelo contexto.
A maioria dos políticos de hoje não se pode confiar
Os pais estavam apreensivos; as crianças, ame- neles!
drontadas. (elipse de estavam).

O irmão mais velho viajava sempre durante as fé- 12. Silepse: trata-se da concordância ideológica, ou
rias de verão, ele durante as de inverno. (ele viajava seja, aquela que não se estabelece com um termo da
durante as férias de inverno). oração, mas com uma ideia que está na mente de quem
fala ou escreve.
7. Pleonasmo: emprego de palavras ou expressões De número: A gente vamos sair cedo. (gente é sin-
redundantes para enfatizar uma ideia. gular, mas transmite a ideia de plural. Por isso o verbo
é usado no plural: vamos).
Sim, ele tinha ouvido tudo, tudinho, com seus pró-
prios ouvidos! Pássaro não nasceu pra ficar em gaiola, pois lá fi-
cam logo tristes, mudos.
Cantava para os filhos uma canção de ninar com-
posta pelo seu avô. De pessoa: Dizer que todos os brasileiros não de-
sistimos nunca é uma generalização. (brasileiros é um
Atenção: o pleonasmo pode ser considerado uma
termo de 3ª pessoa do singular, mas desistimos está na
figura de linguagem, como nos casos acima, quando
1ª do plural. Em uma situação como essa, pode-se di-
se presta a, em textos literários, reforçar uma expres-
zer que o emissor realiza a silepse para se incluir entre
são, ou um vício de linguagem. Neste caso, eles devem
os “brasileiros”).
ser evitados na língua, especialmente nas redações de
concursos, vestibulares e provas afins. Exemplos de De gênero: Vossa Excelência será acompanhado até
pleonasmos viciosos: chorar lágrimas, subir para cima, a saída. (a autoridade a que o falante se refere é um
entrar para dentro, armamentos bélicos, água pluvial homem).
das chuvas etc.
Atenção: os casos de silepse, conforme a norma
8. Assíndeto: consiste na união de diversos termos culta, são considerados erros gramaticais. Somente os
coordenados entre si com a supressão do síndeto (con- casos de silepse de gênero e pessoa com pronomes de
tratamento são corretos (e obrigatórios). Lembre-se,
junção).
então, de, sempre que um sujeito for um pronome de
Corriam, brincavam, pulavam, riam sem parar. tratamento, fazer a concordância dos verbos e demais
pronomes da oração em 3ª pessoa (do singular ou do
9. Polissíndeto: é a repetição do conectivo para, no plural, conforme o caso). O gênero da pessoa de quem
geral, transmitir a ideia de ação, de continuidade. se fala, quando se utiliza um pronome de tratamento,
será indicado pelos termos que o acompanham (adjeti-
Corriam, e brincavam, e pulavam, e riam sem pa- vos e particípios, estes quando usados em construções
rar. na voz passiva). Veja um exemplo:

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Vossa Alteza parece (e não “pareceis”) muito can- 20. Gradação: exposição de uma sequência de
sado (indica que a pessoa com quem se fala é um ho- ideias em sentido ascendente ou descendente.
mem).
Sua atitude foi errada, feia, desprezível!
13. Onomatopeia: uso de palavras que imitem sons
da natureza ou as vozes dos seres. 21. Ironia: consiste em dizer o contrário do que se
pensa, em geral com intenção de ser sarcástico.
“Em cima do meu telhado,
As autoridades já começaram a assumir que pode
Pirulin lulin lulin “faltar uma coisa ou outra” para a Copa do Mundo.
Pelo visto, o evento será maravilhoso. (para dizer que
Um anjo, todo molhado,
será péssimo).
Solução no seu flautim.
22. Eufemismo: suavização de uma expressão que
(Mário Quintana) se evita na língua, normalmente por ser triste ou desa-
gradável.
14. Aliteração: repetição de sons consonantais, no
geral para tentar reproduzir, no texto, poema ou mú- Meu melhor amigo se foi. (= morreu)
sica, um som.
Devem-se adequar as calçadas aos portadores de
“...será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é necessidades especiais. (=portadores de alguma defi-
que mexe com ela?” (Chico Buarque) ciência física).

Observação: os sons de x e ch imitam o barulho do 23. Personificação, prosopopeia ou animização:


chocalho. atribuição de características humanas a seres inanima-
dos.
15. Assonância: repetição de sons vocálicos.
O mar acariciava a praia enquanto a lua espiava o
“É um pássaro, é uma rosa, é um mar que me acor- casal de namorados.
da” (Eugênio de Andrade).

16. Paronomásia: aproximação de palavras com ANOTAÇÕES


sons parecidos, mas significados diferentes.

“Berro pelo aterro pelo desterro, berro por seu ber-


ro pelo seu erro...” (Caetano Veloso)

17. Antítese: aproximação de palavras ou expres-


sões de sentido oposto.

“Já estou cheio de me sentir vazio.” (Renato Russo)

18. Paradoxo ou oxímoro: construção de expres-


sões ou orações que se mostram um contrassenso, pois
associam ideias incompatíveis.

O silêncio barulhento da noite a incomodava.

“Feliz culpa, que nos valeu tão grande Redentor!”


(Santo Agostinho)

19. Hipérbole: exagero realizado para aumentar a


expressividade daquilo que se diz.

Não como há horas Estou morto de fome.

Notícias sobre crimes cometidos por adolescentes


inundam os jornais.

Já pedi mil vezes que não faças isso, mas não me


escutas!

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02 MATEMÁTICA

01 NÚMEROS REAIS
02 CONJUNTOS NUMÉRICOS
03 OPERAÇÕES
04 PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA
05 LOGARITMO
06 PORCENTAGEM
07 MATEMÁTICA FINANCEIRA
08 GRANDEZAS, RAZÕES E PROPORÇÕES
09 DIVISÕES PROPORCIONAIS
10 MEDIDAS DE TEMPO
11 EQUAÇÕES
12 TRIGONOMETRIA
13 GEOMETRIA
14 FUNÇÕES
15 RACIOCÍNIO LÓGICO - SEQUENCIAL
16 RACIOCÍNIO LÓGICO - SITUAÇÕES LÓGICAS DIVERSAS
17 RACIOCÍNIO LÓGICO - SEQUÊNCIAS LÓGICAS

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Matemática

R: Números Reais
01 NÚMEROS REAIS
N: Números Naturais

U: União
CONCEITO
Z: Números Inteiros
Conjunto de elementos, representado pela letra R,
constituído pelos: Q: Números Racionais

I: Números Irracionais
Números Naturais (N): N = {0, 1, 2, 3,...}

ü Curiosidade:
Números Inteiros (Z): Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}
Os romanos desenvolveram um sistema de nu-
meração utilizando letras de seu próprio alfabeto.
Números Racionais (Q): Q = {...,1/2, 3/4, –5/4...}
Neste sistema, os números de 1 a 10 são repre-
sentados respectivamente pelas letras I, II, III, IV,
Números Irracionais (I): I = {...,√2, √3,√7, 3,141592....}
V, VI, VII, VIII, IX e X. Os outros números são assim
representados:
NÚMEROS INTEIROS

Os números inteiros são constituídos pelos núme- I 1


ros naturais {0, 1, 2, …} e pelos seus opostos {0, -1, -2,
…}. Dois números são opostos se, e somente se, sua V 5
soma é zero. Chamam-se a estes números inteiros re-
lativos. X 10

O conjunto de todos os inteiros é denominado por L 50


Z.
C 100
Os resultados das operações de soma, subtracção e
multiplicação entre dois inteiros são inteiros. Dois in- D 500
teiros admitem relações binárias como =, > e <.

A ordem de Z é dada por … < -2 < -1 < 0 < 1 < 2 < M 1.000
… e faz de Z uma ordenação total sem limite superior
ou inferior. Chama-se de inteiro positivoaos inteiros O sistema utilizado atualmente é chamado de in-
maiores que zero; o próprio zero não é considerado do-arábico.
um positivo.

Tal como os números naturais, os números inteiros


formam um conjunto infinito contável.
02 CONJUNTOS NUMÉRICOS
Números Inteiros :
TIPOS DE CONJUNTO
Os números inteiros menores que zero são deno-
minados números inteiros negativos (como por exem- Finito: é um conjunto que possui um número de-
plo 1; -5; -15; -325). terminado de elementos.
Os números inteiros acima de zero são chamados
de números inteiros positivos (como 1; 5; 325). O zero é Infinito: conjunto que possui um número indeter-
um número inteiro, mas não é positivo nem negativo. minado de elementos.

Os números inteiros negativos, inteiros positivos e Unitário: é um conjunto que possui um único ele-
o zero formam o conjunto dos números inteiros relati- mento.
vos, designados por Z, isto é:

Para representar a união dos conjuntos, utiliza-se a Vazio: conjunto que não possui elementos.
expressão: Representado pelo símbolo Ø ou por { }.

R = N U Z U Q U I ou R = Q U I Existem também alguns símbolos comumente uti-


lizados na matemática no que diz respeito aos conjun-
Sendo que: tos.

3
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Cabe memorizá-los: Q = {...,1/2, 3/4, –5/4...}

Após montarmos esses três conjuntos podemos


SÍMBOLO SIGNIFICADO mostrá-los através do seguinte diagrama.

∈ Pertence

∉ Não pertence

⊂ Está contido

⊃ Contém

⊄ Não está contido

⊅ Não contém

No decorrer da história da matemática podemos Como podemos ver, os conjuntos foram “evoluin-
ver de que maneira o entendimento dos números se do” no decorrer do tempo. O que antes era apenas um
desenvolveu. Antigamente apenas a operação de soma conjunto de número positivos se transformou num
se fazia necessária. grupo muito mais completo.
Acima mostramos os símbolos de cada um dos con-
O conjunto dos números utilizados na época era
o que conhecemos como conjunto dos naturais. Esse juntos. Agora apresentaremos alguns símbolos adicio-
conjunto pode ser representado pelo símbolo N e com- nais que representam a exclusão de alguma parte do
preende os seguintes números: conjunto:

N = {0, 1, 2, 3,...}

A medida que o tempo foi passando, fez-se neces-


sária o entendimento da subtração. Até certo ponto po-
deríamos utilizar a subtração dentro do conjunto dos
naturais. No entanto, haviam alguns casos em que as
pessoas não sabiam o resultado dessa operação.
As notações acima também podem ser juntadas,
A partir desse caso os números negativos e, conse- como por exemplo , que significa o conjunto dos
quentemente, o conjunto dos inteiros surgiram. O con- racionais positivos excluindo o zero. Além disso, essas
junto dos inteiros pode ser representado pelo símbolo notações podem ser usadas para qualquer outro con-
Z e compreende os seguintes números: junto. Por exemplo, é o conjunto que contem os
seguintes números:
Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}

Veja que o conjunto dos naturais está dentro (con-


tido) dos números inteiros. Isso mostra que os inteiros
Cabe aqui observar também a diferença entre nú-
são, de certa forma, uma atualização dos naturais.
meros cardinais e numeros ordinais. O número cardi-
Novamente, com o decorrer do tempo, surgiu a ne- nal sempre expressa quantidade, enquanto o número
cessidade de mais duas operações: a multiplicação e ordinal sempre expressa a ordem ou lugar em que o
a divisão. No primeiro caso, quando multiplicávamos número se encontra.
dois números inteiros, o resultado também se encon-
trava dentro do mesmo conjunto. A seguinte tabela tem como objetivo uma breve
memorização para fins didáticos:
Porém, quando dividíamos dois números inteiros,
haviam certos casos em que o resultado não se encai-
xava dentro do conjunto dos inteiros. Portanto, fez-se CARDINAL ORDINAL
necessário, novamente, o surgimento de um novo con-
junto: os racionais. Um Primeiro

Nesse novo grupo foi introduzido o que chama- Dois segundo


mos de frações, que nada mais são do que a divisão
de um número por outro. O símbolo que representa os Três Terceiro
racionais é . Esse conjunto engloba o conjunto dos
inteiros mais qualquer outro número que possa ser re- Quatro Quarto
presentado por uma fração:

4
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Matemática

ficar a soma de grandes quantias de termos semelhan-


Cinco Quinto tes. Seja a seguinte soma:

Seis Sexto

Sete Sétimo
Como podemos ver, estamos somando o núme-
Oito Oitavo ro 4 nove vezes. Logo, ao invés de realizarmos todas
essas operações de soma, podemos encontrar o mes-
Nove Nono mo resultado através de apenas uma única operação:
a multiplicação.Podemos representar essa operação
Dez Décimo através do sinal “x” ou “.”.No exemplo dado teremos
a seguinte multiplicação:

03 OPERAÇÕES
Lemos a operação acima de “9 vezes 4”. Podemos
Na matemática utilizamos algumas operações de chamar o resultado da multiplicação de produto e seus
forma a trabalharmos com os números que possuímos. membros que o compõem de coeficientes. Logo, os nú-
Dessa maneira, após todas as operações necessárias, meros 9 e 4 são coeficientes e o resultado, 36, é o pro-
chegamos num resultado. Nesse capítulo veremos as duto de 9 por 4.
operações de adição, subtração, multiplicação, divi-
Além das propriedades de comutação e associação,
são, potenciação e radiciação.
a multiplicação atenda algumas outras que veremos
logo abaixo:
Adição:
A adição nada mais é do que a soma de dois nú- Distributividade:
meros, de forma a combiná-los em um único núme-
ro. Representamos essa operação pelo símbolo “+” e Elemento neutro:
chamamos cada número somado de parcela, termos
ou somando. A adição atende algumas propriedades: Note que a multiplicação também possui o elemen-
to neutro, porém ele é deferente do utilizado na adição
Comutatividade: e subtração.

Associatividade: Divisão:

A divisão é uma operação inversa da multiplicação


Elemento neutro: d pode ser representada pelo símbolo “” ou pelo for-
mato de fração abaixo. Vejamos o exemplo abaixo:
Ainda, como falado anteriormente, a soma de dois
números racionais (naturais/inteiros) resulta em um
número também racional (natural/inteiro).

Sempre chamaremos x de dividendo e y de divisor


Subtração: e z de resultado.No entanto, nem sempre o resultado
A subtração, assim como a adição, é uma operação será um número inteiro. Nesse caso dizemos que a di-
que transforma dois ou mais números num único só. visão não é exata.
O símbolo utilizado é o sinal “-”. A subtração também No caso de divisão não exata devemos definir
atende às propriedades de comutação, associação e mais dois valores para a divisão: o quociente e o resto.
elemento neutro. A estrutura de uma subtração está Podemos representar qualquer divisão pela seguinte
apresentada abaixo: equação:

Chamamos x de minuendo, y de subtraendo e z de


diferença ou resto. Assim como no caso anterior, x é o dividendo e y o
divisor. Além disso, temos que q é o quociente e r o res-
to da divisão. Uma exigência é que o resto r seja sem-
Multiplicação:
pre positivo e menor do que o divisor y. Ainda, quan-
A multiplicação surgiu como uma forma de simpli- do o resto for zero, dizemos que x é divisível por y.

5
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Estamos realizando algumas multiplicações de


Vejamos o exemplo da divisão . Tentaremos coeficientes iguais. Assim como fizemos para a soma
montar essa divisão de acordo com a equação apre- de diversos fatores iguais, criando a multiplicação,
sentada acima: faremos para a multiplicação de diversos coeficientes
iguais.

Nesse caso, a potenciação é a operação que repre-


Agora devemos encontrar os valores de q e r. Para sentará todas essas multiplicações como uma única
isso podemos utilizar a técnica apresentada abaixo. operação.

Ela consiste em chutar valores de q e r até satisfa- No exemplo acima multiplicamos o número 4 seis
zer a igualdade da equação. Parece uma técnica de- vezes. Isso é equivalente à expressão abaixo:
morada, mas em muitos caso nós já sabemos por onde
começar nossos chutes. Nesse exemplo, podemos ver
que se utilizarmos teremos a seguinte equação:
Na potenciação chamamos o número 4 de base e o
6 de expoente. Apresentaremos abaixo algumas pro-
priedades e resultados prontos da potenciação.

Portanto fica fácil perceber que satisfaz a


equação. Será que poderíamos utilizar q = 4 ou q = 6?
A resposta é não! Veja que para qualquer um dos dois
valores de q não teríamos um valor possível para r.

Caso q = 4, teremos r = 7, que é maior do que o divi-


sor y = 5. Por outro lado, se q = 6, teremos r = -3, que é
um número negativo e, portanto, inválido.
Vamos representar a divisão na maneira que apren-
demos no colégio:

Através dessas expressões acima podemos traba-


lhar com qualquer problema de potenciação apresen-
tado.

Veja que já utilizávamos essa técnica desde muito Uma definição que se faz a partir da potenciação
tempo. O que foi feito aqui foi apenas escrever a ima- é o de número quadrado perfeito. Quadrado perfeito
gem acima em forma de uma equação matemática: é um número inteiro não negativo que pode ser re-
presentado por outro número elevado a potência de
2 (elevado ao quadrado). Portanto, mostramos logo
abaixo a lista dos quadrados perfeitos de 1 até 100:

Assim como as operações anteriores, a divisão Saber de cabeça os quadrados perfeitos de 1 até 100
atende às propriedades de comutação, associação, é bastante útil e pode acelerar a resolução de alguns
elemento neutro (zero) e distribuição. Nas unidades exercícios.
posteriores estudaremos como operar com as frações
oriundas da divisão.
Radiciação:

Note que até agora todas as operações possuíam


Potenciação:
alguma outra complementar. Para a potenciação não
A operação de potenciação é definida de maneira será diferente. Estudaremos agora a radiciação, que
similar como foi definida a multiplicação. Veja abaixo: possui a seguinte forma:

6
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Matemática

O número x é chamado de radicando, y de índice, (+) * (+) = (+)


z de raiz e de radical. Como regra, o índice y não
pode ser negativo e nem zero. Quando y = 2 represen- (-) * (-) = (+)
tamos a equação acima por:
(+) * (-) = (-)

(-) * (+) = (-)

Nesse caso, z é a raiz quadrada de x. A solução des- (+) : (+) = (+)


sa operação é o número z tal que:
(-) : (-) = (+)

(+) : (-) = (-)

Como podemos ver, a radiciação realmente é o pro- (-) : (+) = (-)


cesso inverso da potenciação. Pode-se representar a ra-
diciação como uma potência. Veja na equação a seguir:
OPERAÇÕES COM CONJUNTOS

União:
Portanto, todas as propriedades vistas para poten-
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer, temos que
ciação também são válidas para a radiciação. Assim
a união entre tais conjuntos é formada pelo conjunto
como no tópico anterior, colocaremos algumas pro-
dos elementos de A somados aos elementos de B. O
priedades dessa operação.
símbolo de união é ∪, logo tal conjunto é representado
por A ∪ B.

Exemplo: A = {1,2,4} e B = {2,3,4,6}

A união seria A ∪ B = {1,2,3,4,6}

Intersecção:

Considere os mesmos conjuntos A e B do exemplo


anterior. O símbolo da intersecção é ∩, logo no exem-
plo citado seria A ∩ B. O conjunto caracterizado pela
intersecção é formado pelos elementos que integram
simultaneamente os dois conjuntos. Logo:

Exemplo: A = {1,2,4} e B = {2,3,4,6}

A ∩ B = {2,4}
Assim como na potenciação, procure sempre obser-
var essas propriedades na resolução dos problemas. Os conceitos de união e intersecção de conjuntos
Desse modo você ficará mais acostumado a trabalhar são muito utilizados no tópico de Estatística, sub-ramo
tanto com potenciação quanto radiciação. da Matemática.
Ainda vale a pena comentar sobre algo que nunca
deve ser feito quando trabalhamos com radiciação!
Diferença:

A diferença entre dois conjuntos é um conjunto


formado pelos elementos pertencentes a um conjunto
A soma das raízes não é a raiz das somas, portanto que não fazem parte do outro conjunto. É representa-
tenha a certeza de sempre estarem atentos para não da pelo símbolo -.
cometer esse erro.
Utilizando o mesmo exemplo, a diferença entre A e
B é formada pelos elementos de A que não estão pre-
LEMBRETES PARA MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO sentes em B:

Sinais iguais: resposta positiva. Exemplo: A = {1,2,4} e B = {2,3,4,6}

Sinais diferentes: resposta negativa. A – B = {1}

7
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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E 05 LOGARITMO


04
GEOMÉTRICA
Conceito:
PROGRESSÃO ARITMÉTICA A palavra logaritmo tem origem na junção das
palavras gregas logos (razão) e arithmos (número).
Conceito: Surgiu para facilitar os estudos e cálculos feitos com
trigonometria.
Progressão Aritmética (ou simplesmente PA) é toda
sequência de números reais cuja diferença entre um
termo e seu antecedente é uma constante. Formulação:
Pode-se associar Logaritmo como sendo uma deno-
Propriedades: minação para expoente. Sendo assim, definimos loga-
ritmos da seguinte maneira:
••an = a1 + (n-1) r

••Sn = (a1 + an) n / 2

••r = an - an-1
Consequência:
••an = termo geral / enésimo termo Se tivermos como base b > 0 ,a > 0 e a ≠ 1 e m um
número real qualquer, temos a seguir algumas conse-
••a1 = primeiro termo quências da definição de logaritmo:

••n = número de termos

••r = razão

••Sn = soma dos n primeiros termos

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Conceito:

Progressão Geométrica (ou simplesmente PG) é


toda sequência de números reais não nulos cujo quo-
ciente entre um termo e seu antecedente é uma cons-
tante.

Propriedades:

••an = a1 . qn-1

••q = an / an-1

••Sn = a1 (qn-1) / q-1

••S∞ = a1/1 - q; -1 < q < 1


Propriedades:
••an = termo geral / enésimo termo

••a1 = primeiro termo Logaritmo do produto:

••n = número de termos Se 0 < a ≠ 1, b > 0 e c > 0, então loga(b.c) = loga b +


loga c.
••q = quociente ou razão
Logaritmo do quociente:
••Sn = soma dos n primeiros termos
Se 0 < a ≠ 1, b > 0 e c > 0, então logab/c  = loga b –
••S∞ = soma de infinitos termos loga c.

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Matemática

Logaritmo da potência:
Se 0 < a ≠ 1, b > 0, então  loga(bn) = n . logab

Como esses números são diretamente proporcio-


Mudança de Base: nais, temos:
Em diversas ocasiões encontram-se vários logarit-
mos em bases diferentes.

Como as propriedades do logaritmo só podem ser


aplicadas em uma mesma base, é necessária a conver-
são dos logaritmos de bases diferentes para uma única
base.
Logo, ao final do ano, teremos uma quantia equi-
Tal conversão chama-se mudança de base. Para valente a:
fazer a mudança de uma base a para uma outra
base b utiliza-se a expressão:

Podemos calcular lucros e prejuízos ou descontos


diretamente ao multiplicarmos o valor inicial por um
número decimal que representa a porcentagem.

Neste exemplo, inicialmente temos um logaritmo Abaixo colocamos uma tabela de desconto e por
qualquer representado por uma base “a” e o logarit- quanto devemos multiplicar o valor inicial para obter
mando “x”. o resultado:

Ao fazer a mudança de base, transforma-se esse lo- Desconto Multiplicação


garitmo em um quociente de um logaritmo formado
por um base “b”. 10% 0,9

A partir daí, tanto “x” quanto “a” passam a ser o 20% 0,8
logaritmando formado pela base “b”. 50% 0,5
75% 0,25

06 PORCENTAGEM Entenda que quando damos um desconto de 10%


em uma roupa que vale 200 reais, sobram 90% para
A porcentagem é utilizada como medida de com- você pagar. Logo, 90% de 200 reais é equivalente a
paração entre dois valores, apresentada na forma de
fração cujo denominador é igual a 100. A palavra por-
.
centagem vem de “por cento”, ou seja, por cem.

Então, quando dizemos que 40% dos es- Agora a tabela abaixo mostra o fator de multiplica-
tudantes de um curso são homens, quere- ção no caso de lucro:
mos mostrar que se pegarmos o número de ho-
mens e dividir pelo de mulheres, essa razão será Lucro Multiplicação
10% 1,1
.
50% 1,5
Logo, existem 2 homens para cada 5 estudantes do
curso. 100% 2

Vejamos um exemplo mais prático. Digamos que 200% 3


no último ano as ações da companhia C valorizaram
7%. Se você possuía R$2500,00 investidos nessa com- Dessa vez estamos acrescentando ao valor inicial,
panhia no começo do ano, quanto você terá ao final portanto, se tivermos um lucro de 50%, quer dizer que
do ano? temos, no final, 100% do valor inicial, mais 50% do lu-
cro, totalizando 150%.
No começo do ano nós tínhamos 2500 reais, que
depois de um ano valorizou 7%, ou seja, foi somado
7% de 2500 ao valor investido inicialmente. Para cal- Portanto, um lucro de 50% de 250 reais será:
cularmos 7% de 2500 poderemos usar uma regra de
três simples: .

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07 MATEMÁTICA FINANCEIRA Montante = Principal + Juros

Consiste em empregar procedimentos matemáticos Montante = Principal + (Principal x Taxa de


para simplificar a operação financeira a um fluxo de Juros x Número de Períodos)
caixa.
DESCONTO
CONCEITOS BÁSICOS
Abatimento feito sobre um valor ou título de cré-
Capital: valor aplicado através de alguma ope- dito quanto este é resgatado antes de seu vencimen-
ração financeira. Pode também ser conceituado to. Todo título possui um valor nominal (ou valor de
como Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor face), que corresponde à data de seu vencimento. A
Aplicado. Aparece através da siga PV nas calculadoras operação de desconto faz com que seja obtido o valor
financeiras (Present Value). atual ou valor presente do referido título. Sendo assim:

Juros: representam a remuneração do capital em- Valor Atual (ou Valor Presente) =
pregado em alguma atividade produtiva. Pode ser Valor Nominal (ou Valor de Face) – Desconto
capitalizados através de dois regimes: Simples e
Compostos.
Pode-se dizer também que Desconto é a diferença
Juros Simples: o juro de cada intervalo de tem- entre Valor Nominal (S) de um título na data de seu
po é calculado sobre o capital inicial empresta- vencimento e o seu Valor Atual (C), na data em que o
do ou aplicado. pagamento é efetuado. Sendo assim:

Juros Compostos: o juro de cada intervalo de


tempo é calculado a partir do saldo no início de
D=S–C
cada intervalo, ou seja, o juro de cada intervalo
de tempo é incorporado ao capital inicial e pas-
Os Descontos podem ser divididos em:
sa a render juros também.
A maioria das operações financeiras é realizada Desconto comercial, bancário ou por fora: calcula-
com juros compostos, incluindo compras a médio e do sobre o valor nominal (S) do título e utilizando taxa
longo prazo, compras com cartão de crédito, emprésti- de juros simples.
mos bancários, aplicações financeiras, entre outras. Já
os juros simples raramente são utilizados; são exem-
Desconto racional ou por dentro: calculado sobre
plos as operações de curtíssimo prazo e o processo de
desconto simples de duplicatas. o valor atual (C) do título, utilizando-se taxa de juros
simples.
JUROS SIMPLES

Ocorre quando o percentual de juros incidir apenas JUROS COMPOSTOS


sobre o valor principal, ou seja, sobre os juros gerados
a cada período não incidirão novos juros. Valor princi- Neste regime de juros, no fim de cada período de
pal é o valor da aplicação ou do empréstimo antes do tempo a que se refere a taxa de juros considerada, os
acréscimo dos juros. A fórmula para isso seria: juros devidos ao capital inicial são incorporados a este
capital.
J=P.i.n Diz-se então que os juros são capitalizados, passan-
Onde: do este montante, capital mais juros, a render novos
juros no período seguinte. Sendo assim:
J = Juros;
S=P(1+i)n
P = principal (capital);
i = taxa de juros;
Onde:
n = número de períodos.
S = Soma dos montantes;
MONTANTE P = principal (capital);
Capital empregado mais o valor acumulado dos i = taxa de juros;
juros, ou seja, ao acrescer os juros ao Valor Principal,
tem-se o Montante. Sendo assim: n = número de períodos.

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Matemática

A taxa de juros ‘i’ e o período de aplicação ‘n’ de- CAPITALIZAÇÃO


vem estar expressos na mesma unidade de tempo.
É a operação de adição dos juros ao capital.
Valor Atual: para encontrar o Valor Atual, utiliza-se
a seguinte fórmula: Regime de capitalização simples: os juros são cal-
culados periodicamente sobre o capital inicial e o mon-
P=S/(1+i)n tante será a soma do capital inicial com as várias parce-
las de juros, o que equivale a uma única capitalização.

Regime de capitalização composta: incorpora ao


Interpolação Linear: utilizada para o cálculo do capital não somente os juros referentes a cada período,
valor de P=S/(1+i)n , quando o valor de n ou de i não mas também os juros sobre os juros acumulados até o
constam da tabela financeira disponível para resolver o momento anterior.
problema. É utilizada quando se trabalha com taxas de
juros ‘quebradas’ ou períodos de tempo ‘quebrados’.
EQUIVALÊNCIA SIMPLES DE CAPITAL

TAXA DE JUROS Dados dois conjuntos de capitais, cada um deles


com sua data de vencimento, dizemos que eles são
Indica qual remuneração será paga ao dinheiro equivalentes, a uma mesma taxa de juros e para uma
emprestado para um determinado período. Vem nor- mesma data, se as somas dos valores atuais de cada
malmente expressa de forma percentual, em seguida um dos conjuntos, nesta data, forem iguais.
da especificação do período de tempo a que se refere.
Exemplos:

8% a.a.: 8 por cento ao ano; GRANDEZAS, RAZÕES E


08
10% a.t.: 10 por cento ao trimestre.
PROPORÇÕES
Uma grandeza é qualquer coisa que pode ser me-
Pode ser também apresentada em forma unitária, dida, contada, ou seja, enumerada. Portanto, seu peso
que é igual a taxa percentual dividida por 100, sem o é considerado uma grandeza,assim como o número de
símbolo %: livros que você leu durante esse ano ou a velocidade
0,15 a.m.: 15 por cento ao mês; média do seu carro durante uma viagem.

0,10 a.q.: 10 por cento ao quadrimestre. A ideia é relacionarmos duas grandezas de forma
classifica-las como grandezas diretamente ou inversa-
mente proporcionais. Para isso vamos definir, primei-
Taxa Real de Juros: apuração de ganho ou perda
em relação a uma taxa de inflação ou de um custo de ramente, a razão e a proporção entre duas grandezas.
oportunidade, ou seja, é o verdadeiro ganho financei- A razão entre duas grandezas é a divisão entre
ro. elas. Portanto, se você queima 200 calorias a cada 500

Taxa Efetiva de Juros: taxa em que a unidade refe- metros de corrida, a razão será de . Ainda
rencial de seu tempo coincide com a unidade de tem- mais, quando possuímos duas razões iguais, dize-
po dos períodos de capitalização. São exemplos: 2% ao mos que há uma proporção entre elas. Logo, se além
mês capitalizados mensalmente (ou simplesmente 2% da razão entre calorias queimada e distância per-
ao mês), 3% ao trimestre capitalizado trimestralmente corrida dissermos que uma pessoa lê 6 livros a cada
(3% ao trimestre), e assim por diante.
15 semanas, teremos uma proporção, pois .
Taxas Equivalentes: duas taxas são equivalentes A vantagem de se ter uma proporção é que ela per-
se, aplicadas ao mesmo capital P e durante o mesmo mite utilizar algumas propriedades interessantes. Veja
período de tempo, através de diferentes períodos de algumas delas a seguir:
capitalização, produzirem o mesmo montante final.

Taxas Proporcionais: na formação do montante, os


juros podem ser capitalizados mensalmente, trimes-
tralmente, semestralmente e assim por diante, mas via
de regra é anual. Quando a taxa for anual, mas capita-
lizada em períodos menores, o cálculo de P=S/(1+i)n é
feito com a taxa proporcional. Exemplo:

Para 30% a.a. (ao ano), capitalizados semestralmen-


te, a taxa semestral proporcional é 15% a.s. (ao semes-
tre).

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Agora que entendemos o que é razão e proporção


podemos partir para o estudo de grandezas direta-
mente e inversamente proporcionais.
Através das equações acima podemos calcular
quanto cada sócio levará do lucro. Vamos multiplicar
Grandeza diretamente proporcional é aquela que,
quando alterada, acarreta numa alteração em outra as primeiras relações por 10, que é o MMC entre 5 e 2:
grandeza a uma mesma proporção, no mesmo sentido.
Ou seja, se falarmos que uma pessoa corre 5 metros a
cada segundo, quer dizer que ela correrá 100 metros
em 20 segundos. Portanto, ambas grandezas estão

“presas” a uma mesma proporção: .

Um outro exemplo é o utilizado em seu cotidiano.


Se o quilo do queijo custa R$30,00 e você pedir por 200
gramas, você pagará:

Agora que conseguimos expressar A e B em função


de C podemos usá-las na segunda equação e calcular
. quanto o sócio C ganhará:

Portanto, o preço e o peso do queijo são grandezas


diretamente proporcionais.

Grandezas inversamente proporcionais é justa-


mente o oposto do visto anteriormente. Duas grande-
zas são inversamente proporcionais quando a mudan-
ça de uma delas acarreta uma mudança, em mesma
proporção e sentido contrário, na outra grandeza.

Por exemplo, se 10 pessoas trabalham em uma obra


e terminam o serviço em 10 dias, então 20 pessoas ter-
minariam o mesmo serviço em apenas 5 dias. Assim,
quando dobramos a primeira grandeza (número de Portanto, tanto o sócio B quanto o sócio C ficarão
trabalhadores), a segunda grandeza (tempo para con-
cluir o serviço) caiu pela metade. com o equivalente a reais
Logo, podemos afirmar que o número de pessoas
trabalhando é inversamente proporcional ao tempo de do lucro. O sócio A ficará com do que C pegou, logo:
conclusão da obra.
.

Assim, para dividir uma quantia X em duas partes


09 DIVISÕES PROPORCIONAIS A e B diretamente proporcionais a m e n, respectiva-
mente, monte duas equações e resolva o sistema:
A divisão proporcional nada mais é do que uma di-
visão que segue uma certa proporção pré-estipulada.
Vejamos um exemplo prático para consolidar a ideia.

Imagine que, ao final de um longo ano de trabalho,


sua empresa teve um lucro total de R$1.000.000,00. Caso você queira dividir em mais de duas partes,
Todo esse lucro será dividido entre seus três sócios em assim como no exemplo, basta acrescentar as outras
proporções diferentes. Após algumas reuniões ficou partes nessas duas equações acima.
decidido que o sócio A terá uma parte do lucro direta-
mente proporcional a 5. Já os sócios B e C terão direito Assim como podemos dividir uma quantia em
a uma parte diretamente proporcional a 2. várias outras com valores diretamente proporcionais
a algum número dado, também podemos dividir em
Para realizar a divisão do lucro de modo propor-
partes inversamente proporcionais a algum número.
cional ao estipulado na reunião devemos prosseguir
da seguinte maneira: Nesse caso, se quisermos dividir a quantia X em
duas partes A e B inversamente proporcionais a m e n,
respectivamente, basta montarmos as seguintes equa-
ções e resolve-las:

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SENDO PARA PARA MULTIPLIQUE


CONVERTER POR
DE

Perceba que usamos as frações inversas de m e n. 1 h = 1/24 d Horas Dias 1/24


Isso ocorre porque agora a relação é inversamente pro-
porcional, por isso devemos usar suas frações inversas. 1 min = 1/60 h Minutos Horas 1/60
Portanto, esse caso é semelhante ao visto ante-
1 s = 1/60 min Segundos Minutos 1/60
riormente, porém com as proporções inversas. Assim
como no caso anterior, caso você queira dividir em
1 min = 60 s Minutos Segundos 60
mais do que duas partes, basta acrescentar as partes
restantes nas equações acima, seguindo o mesmo ra- 1 h = 60 min Horas Minutos 60
ciocínio.

Por fim, podemos querer dividir essa mesma quan- 1 d = 24 h dias hora 24
tia X em partes proporcionais a certo número e inver-
samente proporcionais a outro número. Assim, para
dividir X em duas partes A e B diretamente propor- Exemplo: Converta 18 minutos em segundos.
cionais a m e n, mas inversamente proporcionais a p Utilizando a tabela acima, percebe que “Para conver-
e q, temos: ter de minutos para segundos”, deve-se multiplicar o
valor por 60. Logo, a conta a ser feita é 18 x 60. Assim,
obtem-se o resultado de 1080 segundos.

Veja que o raciocínio sempre se repete. Se a grande-


11 EQUAÇÕES
za for diretamente proporcional a um número m, bas- A equação é utilizada para calcular o valor de um
ta dividir pelo próprio número m. Se for inversamente termo desconhecido, sempre representado por uma
proporcional ao número m, basta dividir pelo inverso letra, geralmente representada por x, y, e z. A equa-
dele. Assim, quando tivermos os dois casos ao mes- ção sempre é montada com sinais operatórios como
mo tempo, basta colocar cada macaco no seu galho, adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação e
ou melhor, cada número na sua fração: diretamente igualdade.O sinal de igualdade divide a equação de
proporcional, numerador; inversamente proporcio- dois membros, compostos dos seguintes elementos:
nal, denominador.
Elemento de valor constante: representado por va-
lores numéricos.

10 MEDIDAS DE TEMPO Elemento de valor variável: representado por nú-


meros e letras.
DIA, HORA, MINUTOS E SEGUNDOS
Exemplo:
Ao dividir o intervalo de tempo relativo a um dia
x+3=7
em 24 partes iguais, cada uma destas frações corres-
ponderá a 1 hora; logo, conclui-se que 1 dia equivale 5x – 12 = 8
a 24 horas, ou ainda que 1/24 do dia equivale a uma
hora. 5x + 30 = 6x + 26

Dividindo 1 hora em 60 partes iguais, tem-se o Em todos os exemplos, o valor de x é 4.


tempo equivalente a 1 minuto; logo, 1 hora correspon-
de a 60 minutos e 1/60 da hora equivale a um minuto. A equação de 1° Grau é aquela que pode ser repre-
sentada sob a forma ax + b = 0, na qual a e b são cons-
Já ao dividir 1 minuto em 60 partes iguais, obtem- tantes reais e x é a variável.
se a duração de 1 segundo; sendo assim, 1 minuto
equivale a 60 segundos e  1/60  do minuto equivale a
um segundo. EQUAÇÕES DO 1º GRAU

Tais conceitos são óbvios. Mas o que é comumente Uma equação pode ser escrita na forma (ax + b =
cobrado em provas de concursos é a conversão entre 0), sendo a e b números racionais, a ≠ 0 e x assumindo
unidades de medida de tempo. Para visualizar melhor, valores racionais, é chamada de equação do 1 grau a
utilize a tabela a seguir: uma incógnita.

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Raízes de uma equação : uma incógnita, devemos aplicar os princípios de equi-


valência das igualdades (aditivo e multiplicativo).
São os valores que tornam a sentença verdadeira.
Exemplos:
Considere a equação (3 x – 2 = 14). Vejamos o que acon-
tece quando substituímos x por – 4 :
Sendo  , resolva a equação: 
3 . (- 4) -2 = - 14
2 . (x - 2) - 3 . (1 - x) = 2 . (x - 4).   
-12 -2 = -14 (verdadeira)
Iniciamos aplicando a propriedade distributiva da
O número -4 tornou a sentença verdadeira. Nesse multiplicação:
caso, dizemos que -4 é raiz dessa equação.
2x - 4 - 3 + 3x = 2x - 8 

Princípio aditivo: 2x + 3x -2x = - 8 + 4 + 3

É possível passar (ou transpor) um termo qualquer 3x = -1


de um membro para outro, desde que troque o sinal
desse termo. Assim, se adicionarmos ou subtrairmos
um mesmo número dos dois lados de uma igualdade,     
obteremos uma nova igualdade.Exemplo:

x+3=5
     , então 
x=5–3

x=2
INEQUAÇÕES DO 1º GRAU
Se adicionarmos (-3) dos dois lados:
Denominamos inequação toda a sentença matemá-
x+3–3=5–3 tica aberta expressa por uma desigualdade. As inequa-
ções utilizam na sua formatação os seguintes sinais de
a+0=2
desigualdades:
a=2
> maior que

< menor que


Princípio multiplicativo das igualdades:
Multiplicando ou dividindo os membros de uma ≥ maior ou igual
equação por um mesmo número diferente de zero, ob-
≤ menor ou igual
temos uma equação equivalente à equação dada.
≠ diferente
Exemplo:
Exemplo:
x+3=6
2x + 6 > 0
x=6-3
2x > - 6
x=3
x>-6/2
Ao multiplicar ambos os lados por 2:
x>-3
2 (x + 3) = 2. 6

2x + 6 = 12
Princípios de Equivalência das Desigualdades:
2x = 12 - 6
Principio Aditivo:
x=6/2
Uma desigualdade não muda de sentido quando
x=3
multiplicamos ou dividimos seus dois membros por
um mesmo número positivo.
Resolução de uma equação:
Resolver uma equação significa determinar o seu Princípio Multiplicativo:
conjunto verdade (raízes da equação), dentro do con-
junto universo considerado. Uma desigualdade não muda de sentido quando
adicionamos ou subtraímos um mesmo número aos
  Na resolução de uma equação do 1º grau com seus dois membros.

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EQUAÇÕES SIMULTÂNEAS DO 1º GRAU Uma vez que isso coincide com o resultado do
método de adição, não é necessário para verifi-
Equações simultâneas são verdadeiras para as mes- car. Portanto, a solução é x = 1 e y = 2
mas variáveis ao mesmo tempo. Deve-se resolver as
equações para obter a resposta correta. Os dois mé- EQUAÇÕES DO 2º GRAU
todos básicos para resolução de equações simultâneas
são o método de adição e o método de substituição. Equação do 2º grau é toda expressão matemática
Pode-se combinar os métodos de adição e substituição. que possa ser reduzida à forma:

Método da adição: ax2 + bx + c = 0


Pelo método da adição quando um par de coefi- Onde a, b e c são os coeficientes multiplicativos da
cientes são negativos um do outro, adicione as equa- variável de cálculo x.
ções verticalmente, e esse desconhecido irá cancelar.
Você terá então uma equação em um desconhecido, As equações do segundo grau caracterizam-se por
que você pode resolver. 2 raízes ou soluções derivado ao maior índice da in-
cógnita x2 (o quadrado).
Resolve simultaneamente para x e y:
Como as equações do 2º grau são funções existe
2x+y=4 uma relação unívoca entre a variação de cada elemen-
to da incógnita x, conjunto de partida, e o conjunto de
x – y = -1
chegada, y.
Adicione equações verticalmente: 2 x + x = 3x; y
Esta relação é expressa na forma:
+ -y = 0; n/a = 3
y = ax2 + bx + c.
Nova equação: 3 x = 3
Para se encontrar o valor das soluções ou raí-
Agora resolver esta equação para x obter x = 1
zes X, utiliza-se a famosa Fórmula de Bhaskara: 
Substituir, em seguida, volta para a topo equa-
ção 2 x + y = 4 para obter 2 + y = 4

Agora resolver esta equação para y se y = 2

Seleção: n/a = 4 e n/a =-1

Portanto, a solução é x = 1 e y = 2

Método da substituição: INEQUAÇÕES DO 2º GRAU

O método de substituição geral é a seguinte: “so- Assim como ocorre nas equações do 2º grau,
lucionar uma das equações para um desconhecido em ss inequações do 2º grau são resolvidas uti-
termos de outro. Em seguida, substitua que na outra lizando o teorema de Bhaskara. O resulta-
equação. Que irá produzir uma equação em um desco- do deve ser comparado ao sinal da inequação,
nhecido, que você pode resolver.” com o objetivo de formular o conjunto solução.

Resolver simultaneamente para x e y: Na inequação 3x² + 10x + 7 < 0.


2x+y=4

x – y = -1

Resolver 2 x + y = 4 para y obter y = 4 – 2x.

Substituir esta equação em x – y = -1

Nova equação: x n/a x) = -1.

Simplifica esta equação para obter 3x – 4 =-1.


Agora resolver para x obter x = 1

Em seguida, substituir este volta para y = n/a x


ao obter y = n/a

Resolver para y se y = 2 S = {x ? R / –7/3 < x < –1}

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Lados de um triângulo retângulo:


12 TRIGONOMETRIA
Os lados de um triângulo retângulo recebem no-
mes especiais. Estes nomes são dados de acordo com
a posição em relação ao ângulo reto. Os lados que for-
TRIGONOMETRIA
mam o ângulo reto (adjacentes a ele) são os catetos. O
Trigonometria é o setor da Matemática responsá- lado oposto ao ângulo reto é a hipotenusa.
vel pela relação existente entre lados e ângulos de um
triângulo.
Nomenclatura dos catetos:
Em triângulos retângulos (os que possuem um ân- Os catetos recebem nomes especiais de acordo com
gulo de 90º), as relações formam os chamados ângu- a sua posição em relação ao ângulo sob análise. Se esti-
los notáveis, de 30º, 45º e 60º, e que possuem valores vermos operando com o ângulo C, então o lado opos-
constantes representados pelas relações seno, cosseno to, indicado por c, é o cateto oposto ao ângulo C e o
e tangente. Nos triângulos sem ângulo reto, a relação lado adjacente ao ângulo C, indicado por b, é o cateto
estudada é a entre os ângulos e os lados. adjacente ao ângulo C.
Aqui, sempre importante relembrar as classifica-
ções dos triângulos:

Quanto aos lados:

••Equilátero: possui todos os lados com medi-


das iguais.

••Isósceles: possui dois lados com medidas


iguais.

••Escaleno: possui todos os lados com medidas


diferentes. 

Quanto aos ângulos, os triângulos podem ser de-


nominados: Ângulo Lado oposto Lado adjacente
b cateto
••Acutângulo: possui os ângulos internos com C c cateto oposto
adjacente
medidas menores que 90º
c cateto
••Obtusângulo: possui um dos ângulos com B b cateto oposto
adjacente
medida maior que 90º.

••Retângulo: possui um ângulo com medida de Propriedades do triângulo retângulo:


90º, chamado ângulo reto. 
Importante relembrar também o Teorema de ••Ângulos: o triângulo retângulo possui 1 ângu-
Pitágoras, o qual ensina que “A soma dos quadrados lo reto e 2 ângulos agudos complementares.
dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”.
••Lados: O triângulo retângulo é formado por 3
Posto isto, vamos adentrar ao estudo da lados, 1 hipotenusa (lado maior) e outros 2 la-
Trigonometria aplicada ao Triângulo Retângulo. dos que são os catetos.

TRIÂNGULO RETÂNGULO ••Altura:  A altura do triângulo é o segmento


que tem uma extremidade num vértice e a ou-
Como visto, é um triângulo que possui um ângulo tra extremidade no lado oposto ao vértice, sen-
reto, isto é, um dos seus ângulos mede noventa graus. do que este segmento é perpendicular ao lado
oposto ao vértice.
Como a soma das medidas dos ângulos internos de
um triângulo é igual a 180°, então os outros dois ângu- Existem 3 alturas no triângulo retângulo, sendo
los medirão 90°. que duas delas são os catetos.

Se a soma de dois ângulos mede 90°, estes ângulos A outra altura (conforme gráfico abaixo) é obtida
são denominados complementares, portanto podemos tomando a base como a hipotenusa, a altura relativa a
dizer que o triângulo retângulo possui dois ângulos este lado será o segmento AD, denotado por h e per-
complementares. pendicular à base.

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Matemática

13 GEOMETRIA

INTRODUÇÃO

Para fins didáticos, a Geometria pode ser dividida


em Geometria Angular, com o estudo de ângulos de
triângulo e polígonos, e Geometria Métrica, com seme-
lhança, triângulo retângulo e cálculo de área.

Funções trigonométricas básicas: CONCEITOS BÁSICOS

As Funções trigonométricas básicas são relações São entes geométricos fundamentais: ponto, reta e
entre as medidas dos lados do triângulo retângulo e plano.
seus ângulos. As três funções básicas mais importan-
tes da trigonometria são: seno, cosseno e tangente. O ••Ponto: é adimensional (não possui dimensão),
ângulo é indicado pela letra x. ou seja, não pode ser medido. Em Geometria
Plana nomeia-se os pontos utilizando letras
Função Notação Definição maiúsculas.
medida do cateto oposto
ax ••Espaço: conjunto de todos os pontos.
seno sen(x)
_____
••Figura geométrica: todo e qualquer conjunto
medida da hipotenusa de pontos.
medida do cateto
adjacente a x ••Postulado: toda e qualquer proposição já co-
cosseno cos(x) nhecida e tida como verdadeira.
_____
medida da hipotenusa Teorema: toda e qualquer proposição que necessita
de um postulado para comprovar sua veracidade.
medida do cateto oposto
ax
Reta: conjunto infinito de pontos alinhados, sendo
tangente tan(x) _____ unidimensional, possuindo apenas uma dimensão, a
do comprimento. A reta possui dois sentidos, sendo
medida do cateto infinita nestes dois sentidos de sua direção. Sendo as-
adjacente a x sim, na Geometria trabalha-se mais com segmentos de
reta, porque estes possuem começo, meio e fim. O co-
Tomando um triângulo retângulo ABC, com hipo- meço e fim de cada segmento é determinado por pon-
tenusa H medindo 1 unidade, então o seno do ângulo tos.
sob análise é o seu cateto oposto CO e o cosseno do
mesmo é o seu cateto adjacente CA.

Portanto a tangente do ângulo analisado será a ra-


zão entre seno e cosseno desse ângulo.

Plano: pode ser conceituado como um conjunto


Relação fundamental:  infinito de retas não coincidentes, paralelas e postas
lado a lado. É bidimensional, possuindo comprimento
Para todo ângulo x (medido em radianos), vale a
e largura. Pode ter infinitas direções, e em cada delas,
importante relação:
dois sentidos. Sendo assim, trabalha-se com figuras
cos²(x) + sen²(x) = 1 planas e não planos propriamente ditos. São exemplos
de figuras planas: triângulos, retângulos, quadrados,
pentágonos, hexágonos, losangos, entre outros.

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Existem outros conceitos comumente utilizados na


Geometria Plana:

Semirreta é cada uma das partes em que a reta fica


dividida por qualquer dos pontos. Este ponto é a ori-
gem comum às 2 semirretas.

Segmento de reta é o conjunto dos infinitos pontos


de uma reta compreendida entre dois pontos.

ÂNGULOS Ângulos complementares: quando a soma de seus


ângulos é igual a 90°.
Ângulo é a região do plano limitada por duas se-
mirretas de mesma origem. Estas semirretas são cha-
madas de lados e sua origem é denominada vértice do Ângulos suplementares: quando a some de suas
ângulo. medidas é igual a 180°.

Medidas de ângulos: para medir ângulos no sis- Ângulos replementares: quando a soma de suas
tema sexagesimal, divide-se a circunferência em 360 medidas é igual a 360°.
graus, cada grau em 60 minutos e cada minuto em 60
segundos. Logo: POLÍGONOS
1 circunferência = 360° Polígono: figura plana formada por 3 ou mais seg-
1° = 60’ (1 grau = 60 minutos) mentos de reta, que são denominados lados. Os pon-
tos de intersecção, como visto, são chamados de vér-
1’ = 60” (1 minuto = 60 segundos) tice. Pode também ser conceituado como ‘uma linha
poligonal fechada’.
Ângulos opostos pelo vértice: os lados de um são
semirretas opostas aos lados do outros, sendo sempre Polígono convexo: caso os lados do polígono sejam
congruentes. prolongados, nunca ficarão no interior da figura ori-
ginal.
Bissetriz de um ângulo: semirreta de origem no
vértice do ângulo que o divide em dois ângulos adja-
Polígono não convexo (côncavo): quando ao se
centes e congruentes.
analisar dois pontos do polígono, o segmento que pos-
suir estes pontos como extremidades contiver pontos
que estão fora do polígono.

Ângulo agudo: cuja medida é inferior a de um ân-


gulo reto.

Ângulo reto: ângulo cuja medida é igual a 90°.

Ângulo obtuso: cuja medida é maior que de um


ângulo reto e menor que a de um ângulo raso.
Sempre que não estiver especificado se o polígono é
Ângulo raso: ângulo equivalente a dois retos, ten- convexo ou côncavo, trata-se de um polígono convexo.
do assim 180°. É chamado também de meia volta.
Polígonos regulares: quando todos os seus lados e
ângulos são congruentes.

Polígonos inscritos: um polígono está inscrito em


uma circunferência quando todos os seus vértices per-
tencem à ela. Sendo assim, seus lados são cordas da
circunferência.

Elementos: vértices, lados, ângulos internos e ân-


gulos externos.

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Matemática

Alguns exemplos de nomenclatura de polígonos: TRIÂNGULOS

Polígono convexo composto de 3 lados e 3 ângulos.


POLÍGONO NÚMERO DE LADOS
Podem ser:
TRIÂNGULO 3

QUADRILÁTERO 4 NOME LADOS ÂNGULOS

PENTÁGONO 5 EQUILÁTERO 3 CONGRUENTES 3 CONGRUENTES


HEXÁGONO 6
ISÓSCELES 2 CONGRUENTES 2 CONGRUENTES
HEPTÁGONO 7
ESCALENO 3 DIFERENTES 3 DIFERENTES
OCTÓGONO 8
ACUTÂNGULO - 3 AGUDOS
ENEÁGONO 9

DECÁGONO 10 OBTUSÂNGULO - 1 OBTUSO

UNDECÁGONO 11 RETÂNGULO - 1 RETO


DODECÁGONO 12

TRIDECÁGONO 13

TETRADECÁGONO 14

PENTADECÁGONO 15

ICOSÁGONO 20

TRIACONTÁGONO 30

PENTACONTÁGONO 50

ENEACONTÁGONO 90

HECTÁGONO 100

Há também um sistema para ‘construir’ a nomen-


clatura de polígonos com mais de 20 e menos de 100
lados. Para isso, usa-se a seguinte tabela para combi-
nar prefixos e sufixos:
Elementos principais de um triângulo:
e UNIDADES SUFIXO
DEZENAS Bissetriz: segmento de reta que a partir do vértice
1 hena- divide o ângulo ao meio e cujos extremos são o vértice
e a intersecção da bissetriz com o lado oposto ao ângu-
20 icosa- 2 -di- lo em questão.

30 triaconta- 3 -tri- Podem ser internas ou externas.

40 tetraconta- 4 -tetra-

50 pentaconta- -kai- 5 -penta- -gono

60 hexaconta- 6 -hexa-

70 heptaconta- 7 -hepta-

80 octaconta- 8 -octa-

90 eneaconta- 9 -enea-

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Mediatriz: toda reta perpendicular ao ponto médio Podem ser paralelogramos, losangos, quadrados e
de um dos lados do triângulo. trapézios.

CÁLCULO DE ÁREAS E PERÍMETROS

Para calcular o perímetro de um polígono, basta


somar todos seus lados. Já para calcular a área, cada
polígono possui sua própria fórmula.

Quadrado: Figura geométrica em que todos os seus


lados e ângulos são iguais, medindo sempre 90° cada.
Para calcular a área de um quadrado, basta multiplicar
dois de seus lados entre si:

A=l2 (área igual ao lado do quadrado)


Mediana: segmento de reta que liga o vértice ao
ponto médio do lado oposto.

Retângulo: figura cujos lados opostos são paralelos


Alturas: medida do segmento de reta sobre a per- e iguais e todos os ângulos medem 90°.
pendicular traçada do vértice até o lado oposto.
Para calcular a área do retângulo, deve-se multipli-
car seu comprimento pela largura:

A=c x l (área igual ao


comprimento vezes a
largura)

QUADRILÁTEROS

Polígonos com 4 lados. Em qualquer quadrilátero,


a soma dos ângulos internos vale 360°. Conceitos co-
muns a todos os quadriláteros:
Triângulo: figura geométrica formada por 3 lados e
a) os lados opostos são congruentes; 3 ângulos, que sempre somam 180°.

Para calcular a área do triângulo, deve-se multipli-


b) os ângulos opostos são congruentes;
car a base pela altura e dividir por 2 (equivalente a me-
tade da área do retângulo):
c) as diagonais cortam-se mutuamente ao meio;

A=b x h/2 (área igual a base


d) cada diagonal o divide em 2 triângulos con-
gruentes. vezes a altura divididos por 2)

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Matemática

V = π x r2 x h

A unidade mais utilizada para volume é o metro


cúbico (m3).

CIRCUNFERÊNCIA

Lugar geométrico dos pontos de um plano equidis-


tantes de um ponto fixo deste plano. Este ponto fixo é
Trapézio: figura com um par de lados paralelos e denominado centro, sendo a distância comum deno-
um par de lados concorrentes. minada raio.
Para calcular a área do trapézio, basta somar a base
maior com a base menor, multiplicar este resultado Corda: segmento cujos extremos são pontos da cir-
pela altura e dividir o resultado por 2: cunferência.

Diâmetro: corda que passa pelo centro da circunfe-


A= (base maior + base menor) x
rência, sendo sua maior corda. A medida do diâmetro
altura / 2, ou também
é o dobro da medida do raio:
A=(c+a) x altura/2 (área igual à soma da base
maior com a base menor, multiplicada pela al-
D = 2r
tura e dividido por 2)

Arco: qualquer das partes em que a circunferência


é dividida por dois de seus pontos.

VOLUME

O volume de um corpo é determinado pela quanti-


dade de espaço que ele ocupa. Para calcular o volume,
é necessário multiplicar as três dimensões do sólido,
sendo elas comprimento, largura e altura:

V = T x L x A (O Volume é igual ao Comprimento


vezes a Largura vezes a Altura)

A partir desta fórmula, tem-se que no Cubo, que é


um sólido geométrico com seis faces quadradas, com
comprimento, largura e altura iguais, a formula é a se-
guinte: CÍRCULO

Conjunto de todos os pontos que pertencem à re-


V = a x a x a, ou ainda V = a (sendo ‘a’ a
3 gião interior delimitada pela circunferência.
medida de comprimento, largura e altura)
Área de um círculo: calculada pela seguinte fórmu-
Já no cilindro, a fórmula pode parecer mais com- la:
plexa. Cilindro é um sólido geométrico compreendido
como um círculo prolongado até uma altura ‘h’, pos-
suindo duas faces circulares iguais. Como sua base é S = π . R2
um círculo, sua área é igual a π(pi) x r2. Seu volume
é determinado pelo produto da área de sua base pela Ou seja, a área de um círculo é igual a π(pi) multi-
sua altura: plicado pelo resultado do raio ao quadrado.

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LINHAS POLIGONAIS GEOMETRIA ANALÍTICA

A Geometria Analítica, também denominada de


Conjunto de segmentos consecutivos.
coordenadas geométricas, se baseia nos estudos da
São tipos de linhas poligonais: Geometria através da utilização da Álgebra. Os estu-
dos iniciais estão ligados ao matemático francês René
Descartes (1596 -1650), criador do sistema de coorde-
nadas cartesianas.
Linha poligonal aberta:

ESTUDO DA RETA

Equação geral da reta:


Toda reta do plano possui uma equação da forma:
ax + by + c = 0, na qual a, b, c são constantes e a e b não
simultaneamente nulos.

Plano cartesiano:
A geometria analítica teve como principal ideali-
zador o filósofo francês René Descartes ( 1596-1650).
Linha poligonal fechada: Com o auxílio de um sistema de eixos associados a um
plano, ele faz corresponder a cada ponto do plano um
par ordenado e vice-versa.

Quando os eixos desse sistemas são perpendicu-


lares na origem, essa correspondência determina um
sistema cartesiano ortogonal ( ou plano cartesiano).

Assim, há uma reciprocidade entre o estudo da


geometria ( ponto, reta, circunferência) e da Álgebra (
relações, equações etc.), podendo-se representar grafi-
camente relações algébricas e expressar algebricamen-
te representações gráficas.

CIRCUNFERÊNCIA
Linha poligonal não simples aberta:
Equação da circunferência (reduzida):

Circunferência é o conjunto de todos os pontos de


um plano eqüidistantes de um ponto fixo, desse mes-
mo plano, denominado centro da circunferência:

Linha poligonal não simples fechada:

Assim, sendo C o centro e P um ponto qualquer


da circunferência, a distância de C a P é o raio dessa
circunferência.

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Matemática

cartesiano para formar uma parábola, como a apresen-


14 FUNÇÕES tada abaixo.

FUNÇÃO AFIM

Uma função f: R  R chama-se função afim, quan-


do existem dois números reais a e b que f(x) = ax + b.
Para todo x ∈ R.

Gráfico da Função Afim:


Podemos representar os pares ordenados no plano
cartesiano e fazer o gráfico da função:

É importante criar uma tabela com alguns valores


de x e determinar os valores de y, marcando os pontos
no plano.

X Y
-4 16
-2 4
0 0
2 4
4 16

Características importantes da função afim:


FUNÇÃO EXPONENCIAL E FUNÇÃO
Conjunto domínio: o domínio da função afim é o LOGARÍTMICA
conjunto dos números reais: D(f)=R;
  Na Matemática, as Funções Exponencial e
Conjunto imagem: o conjunto imagem da função Logarítmica referem-se a movimentos inversos, ou
afim é o conjunto dos números reais: Im(f) = R; seja, com a Função Logarítmica acontece um deter-
minado movimento numérico; que é regresso com a
Coeficiente angular: a é denominado coeficiente Função Exponencial. Trata-se de uma estrada de mão
angular; dupla. São, portanto, consideradas funções inversas.
Coeficiente linear: b é denominado coeficiente li- Uma função f(x) = ax, em que a é constante positiva
near; e diferente de 1, denomina-se função exponencial. 
A função afim é crescente em R quando a > 0 e de-
crescente em R quando a < 0. Exemplo de função exponencial:
As bactérias são seres vivos que possuem a capaci-
FUNÇÃO QUADRÁTICA dade de se duplicar.

Nas colônias de bactérias, quando o número de


Definição de Função Quadrática: componentes dobra, a nova colônia mantém as mes-
Uma função quadrática ou do 2º grau é aquela cujo mas características da anterior, duplicando em núme-
o gráfico é uma parábola. Essa função é representada ro no mesmo período de tempo que o anterior.
por  f(x)= ax2 + bx + c, sendo a, b e c números reais.
Sabendo que determinada colônia, iniciada por
uma única bactéria, dobra seu número a cada 10 mi-
Alguns exemplos de função quadrática: nutos, quantas bactérias existirão após 1 hora e 20 mi-
nutos? Após um período de 10 minutos, teremos 2 (2¹)
f(x) = x 2- 2x + 1
bactérias.
f(x) = x2
Após dois períodos de 10 minutos, ou seja, 20 mi-
Pode-se construir um gráfico da função f(x) = x2 , nutos, teremos 4 (2²) bactérias. Após 1 hora e 20 minu-
abordando sobre o quadrado de alguns números po- tos, ou seja, 8 períodos de 10 minutos, teremos 256 (28)
sitivos e negativos e marcando pontos em um plano bactérias.

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Da mesma forma, após x períodos de 10 minutos, o - Já a função f(x) = log1x não é considerada uma
número n de bactérias será dado por n = 2x. função logarítmica, pois a base “a” é igual a 1 e por
definição precisaríamos ter “a” ≠ 1.
Esse é um exemplo de função com variável no ex-
poente. - A função f(x) = log-5x também não é considerada
uma função logarítmica, pois a base “a” = –5 e por de-
As funções exponenciais do tipo f(x) = b ∙ ax asse- finição teríamos que ter “a” > 0.
melham-se a uma progressão geométrica.

Note que: Gráfico da função logarítmica e suas característi-


cas:
f(x) = b ∙ ax e an = a0 ∙ qn , onde: A figura a seguir representa o gráfico de uma fun-
ção logarítmica.
f(x) = an
Se observarmos bem este gráfico veremos que so-
bre o eixo x há  três regiões ou intervalos diferentes:
b = a0

a= q

x=n

Entretanto, deve-se atentar para o domínio das re-


lações com que trabalhamos.

- Na função exponencial, o termo geral vale para


todo x ∈ ℝ

- Na progressão geométrica, o termo geral vale


para todo n ∈ ℕ, uma vez que estamos conside-
rando uma PG cujo primeiro termo é a0.
• No intervalo ]–∞, 0] a função logarítmica não
está definida, ou seja, não existe logaritmos de
Ou seja, quando o problema apresentado envolver números reais negativos.
o domínio ℕ, pode-se utilizar qualquer uma das rela-
ções. Quando a situação envolver o domínio ℝ , não
se pode utilizar a progressão geométrica. • No Intervalo ]0, 1[ o valor da função logarít-
mica é negativa: 

Função logarítmica:
• No Intervalo [1, +∞[ o valor da função logarít-
Seja a função exponencial y = ax , com “a” > 0 e “a” mica é positiva. 
≠ 1, a sua inversa chama-se função logarítmica e indi-
ca-se y = loga x A partir do gráfico, e de forma generalizada
para qualquer função logarítmica, podemos de-
São exemplos de função logarítmica: duzir também as seguintes características:

f(x) = log5 x • O gráfico da função logarítmica passa sempre


pelo ponto (1,0).
f(x) = log3 M
• O gráfico nunca toca o eixo y e não ocupa
y = log 7 pontos dos quadrantes II e III.

logE = 1,44  + 1,5 M • A função logb x é contínua, seu domínio é  IR+*


, portanto, todos os números reais positivos.
A função definida pela lei de formação f(x) = logax,
com a ≠ 1 e a > 0, denominada função logarítmica de • Seu conjunto de imagens é IR, isto é, todos os
base “a”, e da definição decorre que, por exemplo: números reais.
- A função f(x) = log3x é considerada uma função
logarítmica, pois a base “a” ≠ 1 e “a” > 0. • O logaritmo de 1 na base b é sempre 0.

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As sentenças que não são proposições:


15 RACIOCÍNIO LÓGICO - SEQUENCIAL
Há frases que não aceitam verdadeiro ou falso
como julgamento, não sendo, portanto, proposições
RACIOCÍNIO LÓGICO PROPOSICIONAL lógicas; ou porque não declaram algo, ou porque a
declaração não é específica, não garantindo certeza no
O Raciocínio Lógico Proposicional, como o próprio
julgamento.
nome indica, trata das proposições lógicas.

Exemplos:
Proposições Lógicas:
Proposições lógicas são sentenças declarativas, as
quais podem ser afirmativas ou negativas. Aqui usa- 1) Interrogativas:
mos o termo “afirmativas” no sentido do oposto à “Qual seu nome?”
“negação”. Mas, na prática, as proposições fazem afir-
mação do acontecimento ou não de algo. Quanto estas As sentenças interrogativas não são declarativas.
sentenças permitem enunciar julgamento como verda- Estas sentenças requerem uma resposta direta à per-
deiro (V) ou Falso (F), estas declarações são denomina- gunta e não verdadeiro ou falso.
das proposições lógicas.
Seria até estranho a pessoa fazer esta pergunta e re-
ceber como resposta verdadeiro ou falso. Desta forma,
Valorações Lógicas: frases interrogativas não são proposições lógicas.
No raciocínio lógico temos somente dois valores, o
verdadeiro (V) e o falso (F). 2) Exclamativas:
Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao “Viva!!!”; “Que Bom!”; “Legal!”; “Que jogador fe-
mesmo tempo (princípio da não-contradição). nomenal!”

Dizemos que algo é VERDADEIRO quando Frases exclamativas não são proposições lógicas,
ACONTECE, e dizemos que algo é FALSO quando pois não cabe, após o enunciado das mesmas, emitir
NÃO ACONTECE. julgamento verdadeiro ou falso.

Exemplo:
3) Ordens e Pedidos:
1) O idioma oficial do Brasil é o português.
“Faça seu trabalho bem feito”; “Eu quero este rela-
Verdadeiro. tório hoje”.

Por que verdadeiro? Porque acontece... é isso mes- As ordens ou pedidos não possibilitam julgamento
mo. verdadeiro ou falso. O máximo que possibilita é disser
“Sim, senhor”, “não senhor”.
2) A seleção brasileira ganhou a copa de 2014 no
Brasil. Desta forma, as ordens ou pedidos não são
proposições lógicas.
Falso.
Atenção: Cuidado com as ordens ou pedidos, pois mui-
Por quê? Porque não acontece ou não aconteceu. tas vezes pensamos que são proposições lógicas e não são.
Identificação das Proposições

As proposições lógicas podem ser simbolizadas 4) Frases efetivamente não existentes:


com letras do alfabeto como A, B, C, D ou P, Q, R, S ou
p, q, r, s, etc. “Esta frase é falsa”; “A frase nesta linha é verda-
deira”.

Exemplo: Por que pensamos ser estas inexistentes de fato?


Porque não existe efetivamente uma frase para emitir
A: João é mecânico. verdadeiro ou falso.
B: Maria é professora. Vejamos:
Com este recurso, não há necessidade de trabalhar “Esta frase é falsa”. Mas, que frase? “Esta frase”.
com frases longas, mas somente com letras, o que faci- Qual? “Esta”. Perceba que não há frase de fato.
lita o chamado “cálculo proposicional”, que nada mais
é do que a determinação de Verdades ou Falsidades Estas sentenças também podem recair em parado-
das sentenças lógicas – proposições lógicas. xo.

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Exemplo: Estes efeitos chamamos de Regras de Conectivos.

“Esta frase é falsa”. Se dissermos verdadeiro, então A base de todo raciocínio lógico proposicional é
é verdadeiro que é falsa? Afinal, é verdadeira ou falsa? compreender, memorizar e aplicar as regras dos co-
Se dissermos que é falsa; então é falsa que é falsa, logo nectivos.
é verdadeira. Afinal, é falsa ou verdadeira?
Para facilitar o cálculo proposicional, os conectivos
Desta forma, tais sentenças não são proposições ló- lógicos possuirão símbolos.
gicas.

Exemplo:
5) Sentenças abertas:
A: João é mecânico
“X é negativo”; “Y é um número ímpar”.
B: Maria é professora.
Nestes casos nós temos incógnitas, ou seja, variá-
veis. Variável é toda letra que pode assumir um valor Estas proposições sem conectivos são ditas
numérico. Assim, não podemos julgar como verdadei- SIMPLES. Quando unimos com conectivos, temos as
ro ou falso pelo simples fato de que não dispomos de proposições COMPOSTAS, como segue:
determinação do valor de X ou de Y ou, pelo menos,
seu período de extensão. Dependerá da definição do Se João é mecânico, então Maria é professora.
valor de X e de Y para que seja possível emitir tais jul- Podemo simbolizar por A à B.
gamentos. Algumas bancas como, por exemplo, o CESPE, em
Estas variáveis, nestas condições, são ditas livres, o algumas questões expressa “...considerando que P sig-
que caracteriza uma Sentença Aberta. Assim, tal situa- nifica a expressão ‘João não é mecânico’...”. Uma vez
que a banca expressa “...considerando...”, vamos con-
ção não se caracteriza como proposição lógica.
siderar.
Exemplo: X é par.
Assim, quando virmos P, entenderemos “João não
Mas observe: Uma vez definida a variável, torna-se é mecânico”.
possível emitir verdadeiro ou falso como julgamento.
Além disto, a mesma banca já indicou que pode-
Por exemplo: “X é negativo, se X < 0”. Podemos dizer
mos simbolizar “João não é mecânico e Maria é profes-
“verdadeiro”, pois para X menor que zero ele é nega-
sora” como Q, por exemplo.
tivo. Se podemos emitir o julgamento “verdadeiro”, é
porque esta sentença é proposição lógica. Se puder- Desta forma, se em uma prova a banca indicar ou
mos emitir o julgamento “falso”, também trata-se de perguntar se é possível indicar como P expressões com
proposição lógica. “e” ou “ou”, entendamos que é possível.

Em suma, se não for possível julgar como


Verdadeiro ou Falso, não é proposição lógica. Conectivo Negação:
Exemplos: Percebemos a presença de tal conectivo quando, na
1) Uma bela árvore. proposição, houver um elemento de negação.

Assim ele aparece em frases como “João não é me-


2) Não sei como julgar esta questão.
cânico”, “Não chove”, “Nenhum homem é imortal”,
3) 4 + 9 “Ana e Pedro nunca foram ao restaurante”, “Não é
verdade que há ovnis”, “É falso que há ovnis”, “Nem
4) Juntos outra vez. Ana, nem Pedro foram ao restaurante”.

Observação: Igualdades ou desigualdades ma- Nesta última entendamos que há duas negações e o
conectivo “e”, pois a enunciar “Nem Ana, nem Pedro
temáticas são proposições lógicas.
foram ao restaurante”, entendemos que Ana não foi ao
2 + 7 < 3 (Falso) restaurante e Pedro não foi a restaurante.
1 + 100 = 101 (Verdadeiro) Os símbolos utilizados para expressar este conecti-
vo são “ ~ ” ou “⌐”.
CONECTIVOS LÓGICOS Assim, seja “A” a proposição “João é mecânico”; en-
tão ~A significa “João não é mecânico”.
Conectivos ou conectores lógicos são elementos
que conectam as proposições e causam um efeito de O diagrama lógico descritivo da negação será o se-
verdade ou falsidade nestas proposições. guinte:

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Montando a tabela-verdade:
Suponha que A e B correspondem respectivamente
às proposição simples “João é mecânico” e “Maria é
professora”, respectivamente. A tabela verdade deve
contemplar estas duas proposições.

Primeiramente temos que determinar quantas li-


nhas teremos nesta tabela-verdade. O número de li-
Se, no diagrama, o conjunto “A” for o grupo das nhas corresponde ao número de possibilidades de
pessoas que gostam de Abacate, fora dele teremos as acontecimentos.
pessoas que não gostam de Abacate.
Para A teremos duas possibilidades, podendo ser
Verdadeiro ou Falso. Para B teremos igualmente duas
possibilidades. Assim, para formar uma tabela-verda-
de para A e B, teremos 2 x 2 = 4 possibilidades, ou seja,
4 linhas na tabela-verdade.

Ainda, tais possibilidades, ou número de linhas da


tabela, podem ser expressar por 2n, onde “n” indica o
número de proposições.
Se, no diagrama, o conjunto “~C” for o grupo das Veremos como descrever as 4 possibilidades.
pessoas que não gostam de chocolate, fora dele tere-
mos as pessoas gostam.
A B Descrição dos valores lógicos
Assim, se dentro é sim, fora e não e, se dentro é
não, fora é sim. Desta forma, a negação é o AVESSO; V V João é mecânico e Maria é professora
ou seja, a regra da negação é inverter o valor lógico
V F João é mecânico e Maria não é professora
anteriormente dado.
F V João não é alto e Maria é professora
~V=F e ainda ~F=V
F F João não é alto e Maria não é professora
A dupla negação:
Perceba que a tabela descreve todas as possibili-
Quando negamos uma proposição duas vezes con- dades.
secutivas, obtemos a mesma proposição.
Uma tabela com três proposições lógicas A, B e C,
Assim, se dissermos que “não temos nenhum va- como há duas possibilidades para cada uma destas
lor”, em raciocínio lógico indica que possuímos algum proposições simples, teremos 2 x 2 x 2 = 8 possibili-
valor, pois não temos “o nenhum”. dades.

O mesmo acontece com a expressão “Maria não Vamos ver como montar tal tabela-verdade de uma
tem nenhuma gratidão”; é indicativo, em raciocínio forma rápida e prática. Para montar esta tabela “pense
lógico, que ela possui gratidão. nas metades”.
Tal interpretação dá-se exclusivamente quando a A metade de 8 é 4, então dividiremos A com 4 ver-
banca organizadora elabora uma questão fazendo a re- dadeiros e 4 valores falsos. Para a proposição B, pensa-
lação entre a dupla negação e a interpretação segundo mos na metade de 4 que é 2, logo dividiremos B com 2
o raciocínio lógico. verdadeiros e 2 falsos, na sequência. Com C, devemos
pensar na metade de 2. Se B foi dividido de 2 em 2, C o
Demais situações onde aparecem tais expressões, será de 1 em 1. Então teremos a seguinte tabela:
interpretaremos como o fazemos segundo o senso co-
mum, onde a dupla negação é um reforço da própria
negação. A B C
V V V
V V F
Tabela-verdade:
V F V
Conceito: V F F
A tabela-verdade é um elemento utilizado ampla- F V V
mente no raciocínio lógico proposicional, pois vem em F V F
nosso auxílio quando temos alguma dúvida e ela nos F F V
mostra a VERDADE. Ela descreve todas as possibili-
dades, ou seja, tudo o que pode acontecer. F F F

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O importante sempre é que a tabela-verdade esteja Quando dizemos que João gosta de abacate e bana-
completa, é que existam todas as possibilidades, inde- na, estamos expressando que ele gosta de ambos, ou
pendentemente da ordem na qual foi montada. seja, ambos são verdadeiros.

Eu indico para “pensar nas metades” somente para Se um dos termos for falso, já não poderemos dizer
fazer mais rapidamente a tabela. que João gosta de abacate e banana.

Com a tabela verdade podemos comprovar que, ao A tabela-verdade deste conectivo será a seguinte:
negar uma proposição duas vezes consecutivas, obte-
remos a mesma proposição, ou seja, a dupla negação
A B A˄B
de uma proposição possui valores lógicos idênticos,
sendo dita como equivalente à própria proposição. V V V
Na tabela a seguir, tal condição é demonstrada pelas V F F
colunas com valores em negrito. F V F
F F F
A B ~A ~(~A)
V V F V Resumo: O “e” só será verdadeiro se ambos os ter-
mos forem verdadeiros (V^V = V). Se houver um ter-
V F F V
mo falso, o “e” já será falso, independentemente do
F V V F valor lógico do outro elemento (F ^ .... = F).
F F V F
Conectivos Disjunções:
Conectivo Conjunção: Há dois tipos de disjunções: a inclusiva e a exclusi-
va. Uma inclui a possibilidade do acontecimento da in-
Este conectivo indica que elementos acontecem tersecção, a outra exclui tal possibilidade. A disjunção
juntos, aconteceram juntos, um acontece e outro tam- inclusiva possui a partícula “...ou...”, enquanto que a
bém acontece, etc. Ocorre em proposições compostas exclusiva é expressa pela partícula “ou...ou...”.
unidas pela partícula “e” ou similar, indicando que
ambos elementos acontecem.
Conectivo Disjunção Inclusiva:
Expressa pela partícula “...ou...”, inclui a possibili-
Exemplos:
dade da ocorrência de ambos elementos.
1) João é mecânico e Maria é professora;
Exemplo:
2) João é mecânico, mas Maria é professora;
1) Quem vai viajar para África ou Europa, deve ser
3) João é mecânico, porém Maria é professora; vacinado.

Podem ser utilizados outros termos como “entre- Quem vai viajar somente para a África, deve ser va-
tanto”, “contudo”, etc. cinado. Quem vai viajar somente para Europa, deve
ser vacinado. Quem vai viajar para ambos países, deve
O diagrama que representa tal situação indica a in- ser vacinado. Logo, uma vez que se trata de eventos
tersecção dos conjuntos. independentes, este conectivo indica a união dos con-
juntos. Tanto é que seu símbolo (˅) é parecido com o da
união de conjuntos matemáticos (U).

O símbolo lógico utilizado será “˄”, que é parecido


com o símbolo da intersecção matemática (∩). Assim,
para a proposição composta A e B, simboliza-se A ˄ B. Em análise, para que o evento com a partícula “...
ou...” aconteça, basta que um deles aconteça. Desta
A regra deste conectivo, devido ser este a intersec- forma, se um dos termos forem verdadeiros, o “...ou...”
ção dos conjuntos, indica que a conjunção só acontece já será verdadeiro. Só não acontecerá o “...ou...” quan-
quando ambos acontecem. do ambos forem falsos.

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Assim, no exemplo, os únicos que não necessitam “Como Pedro é alagoano, Pedro é brasileiro”; “Quando
ser vacinados são os que não viajarão para África, nem Pedro é dito alagoano, será brasileiro”; “Caso Pedro
para Europa. for alagoano, será brasileiro”, entre outros.

Ainda é possível que a banca organizadora inverta


os termos. Assim AàB pode estar expressa de forma
A tabela-verdade será a seguinte: invertida quando diz-se “Pedro é brasileiro, se for ala-
goano”. Desta forma, a partícula “se” ou similar (caso,
A B A˅B quando, como,..) indicará o primeiro elemento da im-
V V V plicação.
V F V
F V V Diagrama
F F F

Resumo: O “...ou...” será verdadeiro se houver pelo


menos um verdadeiro

(V ˅... = V). Somente será falso se ambos forem fal-


sos (F ˅ F = F).
O diagrama indica que ser alagoano, implica logi-
Conectivo Disjunção Exclusiva: camente em ser brasileito. Ainda podemos entender
que ao sabermos que alguém é alagoano, podemos
Expressa pela partícula “ou...ou...”, este exclui
CONCLUIR que é brasileiro.
a possibilidade da ocorrência de ambos elementos.
Exemplo: Assim, a implicação pode ser vista como uma con-
clusão.
1) Ou bebo leite ou bebo suco.
Ser alagoano implica ser brasileiro, mas ser brasi-
O que isso quer dizer? Se bebo leite, não bebo suco.
leiro, não implica obrigatoriamente em ser alagoano.
Se não bebo leite, bebo suco.
A implicação é como uma via de mão única.
Não é possível que ambos aconteçam e também
Na implicação lógica há duas condições, sendo
não é possível que ambos não aconteçam.
uma “suficiente” e outra “necessária”.
Desta forma, só será verdadeiro se houver valores
Supondo ainda nosso exemplo: quando uma pes-
distintos.
soa diz que é alagoano, é suficiente para compreender
que é brasileiro. Mas, para que uma pessoa seja ala-
O símbolo para este conectivo será ∨. goana, é necessário ser brasileira.
A tabela-verdade será a seguinte: Desta forma, o primeiro termo da implicação é a
condição suficiente, enquanto que o segundo termo é
condição necessária; ou seja, o termo anterior ao sím-
L M L ∨M bolo à é condição suficiente, e o posterior é condição
V V F necessária.
V F V Para facilitar, basta pensar na bússola, cuja agulha
F V V aponta para o NORTE e tem como outro pólo o SUL
F F F

Resumo: O “ou...ou...” será verdadeiro somente


para valores contrários. Valores idênticos serão falsos.

Conectivo Implicação Lógica (Condicional):


Este conectivo é expresso por partículas que indi-
cam condição.
( S à N) (Suficiente à Necessária).
Considerando as proposições A e B como “Pedro
é alagoano” e “Pedro é brasileiro”, respectivamente, Com isto, a implicação do exemplo pode ainda ser
teremos este conectivo indicado como A à B que pode expressa como “Pedro é alagoano é condição suficien-
ser expresso por “Se Pedro é alagoano, então Pedro é te para ser brasileiro”, ou ainda, “Pedro ser brasileiro é
brasileiro”; “Se Pedro é alagoano, Pedro é brasileiro”; condição necessária para ser alagoano”

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Analisando a regra deste conectivo, a única situa- Desta forma, ambos elementos indicam duas con-
ção cujo acontecimento é impossível, é que uma pes- dições lógicas. Ambos são condições suficiente e ne-
soa diga que Pedro é alagoano e não é brasileiro. Isto cessária ao mesmo tempo.
é impossível, pois ser alagoano é suficiente para con-
cluir que se é brasileiro. Então teremos a seguinte ta- Podemos ainda expressar tal conectivo sob a forma
bela-verdade: “Pedro visitar Brasília é condição suficiente e necessá-
ria para visitar a capital do Brasil” ou ainda “Pedro
visitar a capital do Brasil é condição suficiente e neces-
C P C→P sária para Pedro visitar Brasília”.
V V V É possível a pessoa ser alagoana e Com isto, temos que este conectivo só será verda-
brasileira. deiro quando ambos os termos forem idênticos.
V F F É impossível a pessoa ser alagoana e É possível visitar Brasília e visitar a capital do Brasil
não ser brasileira. e ainda é possível não visitar ambas.
F V V É possível a pessoa não ser alagoana e
O que não pode é dizer que foi a uma e não foi a
ser brasileira.
outra.
F F V É possível a pessoa não ser alagoana e
Ao perceber o conectivo dupla implicação, pode-
não ser brasileira.
mos perguntar sobre os termos: São Idênticos? Se sim,
verdadeiro; se não, falso.
Conclusões e Resumo:
Assim, a tabela-verdade será a seguinte:
A única forma da implicação ser falsa é quando te-
mos V à F = F. Assim, como conseqüência, se tivermos C E C↔E
Falso no primeiro termo, já teremos que a implicação
V V V
será verdadeira, independentemente do valor lógico
da condição necessária (F à ... = V). V F F
F V F
Da mesma forma, quando o segundo termo for ver-
F F V
dadeiro, a implicação também será verdadeira, inde-
pendentemente do valor lógico da condição suficiente Resumo: A dupla implicação só é verdadeira quan-
( ... à V = V). do se tem elementos com valores idênticos. Será falsa
nos demais.
Conectivo Dupla Implicação Lógica:
RESUMÃO DAS REGRAS
(Bi-condicional):
Este conectivo indica que os termos são idênticos, Conectivo Regra Conclusão
ou seja, o acontecimento do primeiro acarreta o acon- Negação ~V = F
tecimento do segundo e vice-versa. É uma via de mão (avesso) ~F = V
dupla.
Conjunção V^V=V F^....=F
Considerando B e C como “Pedro visitou Brasília” e D i s j u n ç ã o V˅...=V F˅F=F
“Pedro visitou a capital do Brasil”, respectivamente, en- Inclusiva
tão teremos como B ↔ C, significa “Pedro visitou Brasília
D i s j u n ç ã o Valores distintos Valores iguais =F
se e somente se visitou a capital do Brasil”; “Pedro
Exclusiva =V
visitou Brasília se e só se visitou a capital do Brasil”.
Implicação VàF=F F à...=V
Equivale a dizer que “Se Pedro visitou Brasília, Lógica ... à V = V
então visitou a capital do Brasil e se Pedro visitou a D u p l a Valores iguais =V Valores distintos
capital do Brasil, então visitou Brasília” O diagrama Implicação =F
de conjuntos para tal situação, visto que os termos são Lógica
idênticos, será um só diagrama para ambos os termos.

PRIORIDADES DOS CONECTIVOS

Caso aparecer em alguma questão conectivos sem


a devida separação com parênteses, colchetes ou cha-
ves; temos que lançar mão da seguinte prioridade:
Conectivos conjunção e disjunção são calculados antes
de implicação e dupla implicação.

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África “ou” Bahamas, ele dirá NÃO, ou seja, ~(A˅B). O


Assim, se tivermos P → Q ∧ R , entenda-se que ele está dizendo?

P → (Q ∧ R) . Está dizendo que não viajou para África “e” não


viajou para Bahamas (~A^~B).

Vamos verificar pela tabela-verdade.


PROPRIEDADES DAS PROPOSIÇÕES

Algumas propriedades serão importantes para fa- A B ~A ~B A˅B A^B


cilitar nosso raciocínio em tópicos que veremos mais V V F F V V
adiante.
V F F V V F
Propriedade Comutativa – Para o mesmo conecti- F V V F V F
vo. F F V V F F

A ∧ ( B ∧ C ) = ( A ∧ B) ∧ C Continuando...

A ∨ ( B ∨ C ) = ( A ∨ B) ∨ C ~(A˅B) (~A^~B) ~(A^B) (~A˅~B)


F F F F
Propriedade Distributiva: F F V V
F F V V
A ∧ ( B ∨ C ) = ( A ∧ B) ∨ ( A ∧ C )
V V V V
A ∨ ( B ∧ C ) = ( A ∨ B) ∧ ( A ∨ C )
Exemplo:
Qual a negação da sentença: “Ana é alta ou Maria
NEGAÇÕES E EQUIVALÊNCIAS DE
não é loira”?
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
Será Ana não é alta e Maria é loira.
Uma proposição é a negação de outra quando os
valores de sua coluna da tabela-verdade são exata- Observe que, onde é “e” vira “ou”; onde é “sim” vira
mente o avesso. “não”.
Uma proposição é equivalente quando possui os
mesmos valores lógicos.
Negação da Disjunção Exclusiva:
Quando a banca solicita o equivalente da nega-
ção, trata-se da própria negação, pois esta palavra Se uma pessoa disser que “ou bebe leite ou bebe
EQUIVALENTE quer dizer: “o mesmo que...”, “mes- suco”, a negação seria “Se bebe leite, bebe suco e se
mo valor lógico de...”, “pode ser expressa por...”. não bebe leite, não bebe suco” [(L→S)^(~L→~S) que
nada mais é que “bebe leite se e somente se bebe suco”
Além do entendimento do mesmo valor lógico, po- (L ↔S).
demos entender que a expressão “Como Pedro é ala-
goano, é brasileiro” é equivalente a “Se Pedro é alagoa- Facilmente entendemos pelo resumão que a disjun-
no, então é brasileiro”, pois quer dizer a mesma coisa. ção exclusiva é a negação da dupla-implicação. Logo,
a negação da dupla-implicação será a disjunção exclu-
siva.
Leis de Morgan – negação da conjunção de dis-
junção inclusiva:
A negação de (A ^ B) será ~(A ^B), que é equivalen- Negação da Implicação Lógica:
te, segundo Morgan, a (~A˅~B). Consideremos o exemplo onde A e B são
Similarmente, a negação de (A˅B) tem como nega- respectivamente “Pedro é alagoano” e “Pedro é bra-
ção ~(A˅B) que é equivalente a (~A^~B). sileiro”, onde a implicação será “Se Pedro é alagoano,
então é brasileiro”.
Na prática, podemos entender através de um exem-
plo. Suponha que A seja “Pedro viajou para África” e B A única situação impossível, que não aconte-
seja “Pedro viajou para Bahamas”. ce, é o fato de dizer que “Pedro é alagoano ‘e’ não é
brasileiro”. Perceba o conectivo desta última expres-
Suponha ainda que João nunca tenha saído do são: será o “e”.
Brasil.
Assim, a negação de A à B será ~(A à B) que é equi-
Assim, se perguntar a João se ele já viajou para valente a A ^ ~B.

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Importante salientar que “a negação de um co- RESUMÃO


nectivo não recai nele mesmo”, sendo válido
também para a implicação lógica. Negações e Equivalências:

Conectivo Negação Equivalência


Equivalências Lógicas:
A∧ B ~ A∨ ~ B
As equivalências que importam são as que se re-
ferem a implicação lógica ou dupla-implicação lógica. A →~ B
A implicação lógica possui duas equivalências. Por C∨D ~ C∧ ~ D ~C→D
exemplo: Se Pedro é alagoano, então é brasileiro. Neste
caso, dizer que Pedro é alagoano, concluímos que ele E∨F E↔F
é brasileiro.
G→H G∧ ~ H ~ H →~ G
O equivalente mais comum é a forma ~G∨H
CONTRAPOSITIVA, onde “invertemos os termos e
negamos”. I↔J I ∨J (I → J ) ∧ (J → I )
Neste teríamos que Se Pedro não é brasileiro, não ( I → J ) ∧ (~ I →~ J )
é alagoano.

Assim, se soubermos que Pedro não é brasileiro,


concluímos que ele não é alagoano. RACIOCÍNIO LÓGICO - SITUAÇÕES
16
Simbolicamente, teremos: LÓGICAS DIVERSAS

A → B equivale a ~B → ~A SITUAÇÕES-PROBLEMA
Além deste equivalente, é possível determinar ou-
tra equivalência pela dupla negação, pois quando ne- Verdades e Mentiras:
gamos uma proposição duas vezes consecutivas, obte-
mos uma proposição equivalente. Várias questões de concursos pautam-se nas situa-
ções de verdades e mentiras. Para cada tipo de ques-
Assim teremos: tão há uma forma mais rápida de resolução. É o que
veremos.
A → B , com a primeira negação teremos

Descobrindo o responsável pela ação:


A ^~B , com a segunda negação, segundo Mor-
gan, teremos Algumas questões indicam uma ação, tendo vários
indivíduos como personagens, mas não se sabe quem
~A v B. executou a ação. A primeira dica é a seguinte: quan-
do os personagens ‘falam’, não devemos analisar, em
Desta forma, teremos dois equivalentes: primeiro momento, estas afirmações dos personagens,
mas analisamos os outros detalhes antes. Depois va-
A → B equivale a ~B → ~A , também equivale mos ver o que os personagens falaram.
a ~A v B.
Quando a questão indicar que somente um falou
Pensando em equivalente da dupla-implicação, a verdade ou somente um mentiu, podemos ver pas-
basta pensar de forma prática. so-a-passo as possibilidades, fazendo o que chamo de
“escorregamento da falsidade” ou “escorregamento
Pedro visita Brasília se e somente se visita a capital da verdade”. O que vem a ser isto? Se diz que somente
do Brasil. ( B ↔ C ) um mentiu, colocamos a mentira no primeiro persona-
gem e vemos se o sistema todo fica com sentido. Se não
É o mesmo que pensar: tiver sentido, escorregamos a única mentira ou verda-
de para o segundo, e assim por diante, até o sistema
Se Pedro visita Brasília, então visita a capital ficar perfeito.
do Brasil e se Pedro visita a capital do Brasil, visita
Brasília. (B→C) ^ (C→B). Vamos ver um exemplo:

Similarmente podemos pensar que, se Pedro visi- Um crime foi cometido por uma e apenas uma pes-
ta Brasília, então visita a capital do Brasil e se Pedro soa de um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso,
não visita Brasília, então não visita a capital do Brasil. Edu, Juarez e Tarso. Perguntados sobre quem era o
(B→C) ^(~B→~C). culpado, cada um deles respondeu:

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Armando: “Sou inocente” (F) Armando: “Sou inocente”

Celso: “Edu é o culpado” (V) Celso: “Edu é o culpado”

Edu: “Tarso é o culpado” (V) Edu: “Tarso é o culpado”

Juarez: “Armando disse a verdade” (V) Juarez: “Armando disse a verdade”

Tarso: “Celso mentiu” (V) Tarso: “Celso mentiu”

Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e Supondo que o primeiro falou o que é falso. Veja
que todos os outros disseram a verdade, pode-se con- que, neste caso, Armando é culpado, Edu e Tarso tam-
clui que o culpado é: bém, o que não pode.

a) Armando Assim, o Falso não pode estar no primeiro. Então


“escorregamos” para o segundo.
b) Celso
(V) Armando: “Sou inocente”
c) Edu
(F) Celso: “Edu é o culpado”
d) Juarez
(V) Edu: “Tarso é o culpado”
e) Tarso
(V) Juarez: “Armando disse a verdade”
Primeiro passo) “Pular” o que os personagens fa-
lam e ver os outros detalhes: (V) Tarso: “Celso mentiu”

* Há somente UM criminoso Neste sistema, Armando é inocente, Edu também,


pois Celso mente, Tarso é o culpado, Armando diz a
* Há somente UM mentiroso, ou seja, que fala o verdade (sistema correto), e Celso mentiu (sistema cor-
que é falso. reto). Assim, a sequência é esta mesma, o que acarreta
Segundo passo) Colocar as frases de forma orde- que Tarso é culpado.
nada:

Armando: “Sou inocente” Olhando quem fala a Verdade:

Celso: “Edu é o culpado” Algumas questões indicam personagens onde um


deles fala a verdade, outro às vezes e outro nunca. A
Edu: “Tarso é o culpado”
dica aqui é fixar o raciocínio somente em quem fala a
Juarez: “Armando disse a verdade” VERDADE e este indivíduo dará a solução do proble-
ma.
Tarso: “Celso mentiu”

Observação: Há somente uma falsidade, então Exemplo:


haverá 4 verdades. Geralmente é fácil visualizar
2 indivíduos que NÃO podem falar a verdade Três irmãs – Ana, Maria e Cláudia – foram a uma
ao mesmo tempo. Neste caso Celso e Edu, pois festa com vestidos de cores diferentes.
se ambos falassem a verdade haveria 2 culpados Uma vestiu azul, a outra branco e a terceira pre-
– Edu e Tarso. to. Chegando à festa, o anfitrião perguntou quem era
Com isto, já entendemos que um deles (Celso ou cada uma delas. A de azul respondeu: “Ana é a que
Edu) tem de estar mentindo. está de branco”. A de branco falou: “Eu sou Maria”.
E a de preto disse: “Cláudia é quem está de branco”.
Supondo que Celso mente, então Edu fala a ver- Como o anfitrião sabia que Ana sempre diz a verdade;
dade, então seria Tarso.Se Celso mente, Armando fala que Maria às vezes diz a verdade e que Cláudia nunca
a verdade, é inocente; Juarez fala a verdade, então diz a verdade, ele foi capaz de identificar corretamente
Armando diz a verdade e, por fim, Tarso fala a verda- quem era cada pessoa. As cores dos vestidos de Ana,
de, então Celso mentiu. Como realmente Celso men- Maria e Cláudia eram, respectivamente:
tiu, fechou corretamente o sistema. Assim, Celso está
mentindo e o culpado é Tarso. a) preto, branco e azul

Terceiro passo) Caso não perceber que há dois indi- b) azul, preto e branco
víduos que não podem ter o mesmo valor lógico, como c) preto, azul e branco
visto anteriormente.
d) azul, branco e preto
Vamos fazer pelo método do “escorregamento da
falsidade” já que somente um indivíduo mentiu. e) branco, azul e preto

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Quem fala a verdade? Ana. Esta mostrará o cami- d) Ferdinando pediu suco de acerola.
nho. Agora veja qual frase que Ana pode falar e dizer a
verdade ao mesmo tempo. A de azul respondeu: “Ana e) Alcides pediu o hambúrguer.
é a que está de branco”.
Fazendo uma lista:
Esta não pode ser Ana, pois se ela está de azul, ela não
pode dizer que Ana está de branco, pois estaria mentindo.
pre lar
Assim Ana não está de azul.
Alc mis uva
A de branco falou: “Eu sou Maria”. ham ace
Esta também não pode ser Ana, pois dizendo “Eu sou
Maria”, estaria mentindo. Assim, Ana não está de Branco. pre lar
Logo, só resta estar de preto. Ferd mis uva
ham ace
E a de preto disse: “Cláudia é quem está de bran-
co”.
pre lar
Já sabemos que esta é Ana, pois como não está de azul Reg mis uva
nem de branco, tem que estar de preto.
ham ace
Tudo que Ana fala é verdade, logo Cláudia realmente está
de branco. Então resta para Maria estar de azul. Agora, analisam-se as dicas:

Assim, as cores dos vestidos de Ana, Maria e − Reginaldo pediu um misto quente;
Cláudia eram, respectivamente: Preto, azul e branco.
Alternativa C. Se ele pediu um misto, não pediu outro sanduíche. Se ele
pediu misto, os outros não pediram misto. Então colocamos
isto na tabela
Relações entre elementos:

Há situações-problema que se pautam na relação pre lar


entre pessoas com lugares, objetos, etc. Para estes ca- Alc mis uva
sos, pode-se fazer uso de tabela ou ainda pode-se elen- ham ace
car as possibilidades para cada um em uma lista.

pre lar
Exemplo:
Ferd mis uva
Alcides, Ferdinando e Reginaldo foram a uma lan- ham ace
chonete e pediram lanches distintos entre si, cada qual
constituído de um sanduíche e uma bebida. Sabe-se
pre lar
também que:
Reg mis uva
− os tipos de sanduíches pedidos eram de pre- ham ace
sunto, misto quente e hambúrguer;

− Reginaldo pediu um misto quente; * um deles pediu um hambúrguer e um suco de la-


ranja
− um deles pediu um hambúrguer e um suco de
laranja; Como Reginaldo não pediu hambúrguer, não tomou suco
de laranja.
− Alcides pediu um suco de uva;

− um deles pediu suco de acerola. * Alcides pediu um suco de uva

Como Alcides pediu uva, não toma outro suco e os outros


Nessas condições, é correto afirmar que
não tomam suco de uva.

a) Alcides pediu o sanduíche de presunto. Como Alcides não pediu laranja, não come hambúrguer,
então comerá presunto.
b) Ferdinando pediu o sanduíche de presunto.
Assim, sobrou Ferdinando para tomar suco de laranja
c) Reginaldo pediu suco de laranja. com hambúrguer.

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pre lar Sequências de números:

Alc mis uva As sequências de números geralmente estão pau-


ham ace tadas em operações matemáticas de soma/subtração e
multiplicação/divisão.

pre lar Geralmente começamos nossa análise pela soma.


Ferd mis uva Se não encontrarmos uma periodicidade na soma,
pensamos em multiplicação.
ham ace
A lógica de qualquer sequência é dar uma seguran-
pre lar ça, ou seja, uma vez descoberto o que gera tal sequên-
cia, haverá um número de elementos tais que nos dará
Reg mis uva
segurança que é aquele fator gerador.
ham ace

Exemplo:

1,2,4,7,11,....
RACIOCÍNIO LÓGICO - SEQUÊNCIAS
17 O que gera tal sequência?
LÓGICAS
1+1=2
As sequências lógicas apresentam-se de diversas
formas: sequência matemática, sequência indutiva uti- 2+2=4
lizando números, letras ou figuras.
4+3=7
Sequências Matemáticas:
7 + 4 = 11
Nas sequências matemáticas há uma repetição e
existe uma quantidade fixa de termos que se repetem. Veja que o número somado está em ordem crescen-
te, então o próximo será
Para efetuar os cálculos, basta dividir o termo que
se quer pelo número de termos que se repetem e veri- 11 + 5 = 16.
ficar o RESTO.
Dados 5 elementos, já teremos segurança que este
é o fator gerador da sequência, desde que o descubra-
Exemplo: mos, claro.
Hoje é terça-feira. Contando a partir de amanhã, Quando a sequência é longa, seja com números ou
qual será o 137º dia? letras, é porque está demorando para dar tal seguran-
ça. Em caso de números, provavelmente haverá opera-
A sequência, a partir de quarta-feira, será
ções matemáticas variáveis (soma e multiplicação con-
juntas, por exemplo). Poderá também haver sequência
Q Q S S D S T / Q Q S S D S T/ ...
pulando um elemento, ou seja, analisando de 2 em 2
Veja que cada bloco é constituído de 7 dias. posições salteadas.

Assim, efetuando a divisão 137/7 = 19 e resto 4. Mas quando esgotam-se as tentativas e não desco-
brimos qualquer operação matemática, há termos que
Assim, teremos 19 blocos inteiros da sequência Q podem estar compondo tais sequências, são eles:
Q S S D S T e será o quarto dia, que será SÁBADO.
* Números primos (2;3;5;7;11;13;17;...)
* Quadrados perfeitos (1;4;9;16;25;...)
Sequências Indutivas:
* Números cuja escrita começa com a mesma le-
Há sequências que apresentam elementos iniciais tra. Por exemplo: 2, 10, 12, 16, ... O próximo seria
e devemos descobrir o que gera tais sequências, deter- 17 porque todos começam com “D”.
minando os termos solicitados.
* Posição do número na sequência. Exemplo: 2,
Estas sequências podem ser formadas por núme- 4, 4, 6, 5, .... Esta sequência é formada por UM
ros, letras, figuras ou até mesmo formadas com a jun- (2 letras), DOIS (4 letras), TRÊS ( 4 letras), QUA-
ção destes elementos. TRO (6 letras) CINCO (5 letras); então a próxi-
ma será SEIS (4 letras). Assim, o próximo núme-
Veremos alguns casos mais comuns. ro será 4.

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Sequências de Letras:
As sequências de letras geralmente estão relacio-
nadas com a sequência do nosso alfabeto de 26 letras,
sejam em ordem crescente ou decrescente.

Quando não há relação com alfabeto, pode ainda


haver as seguintes situações:

* Dias da semana: S T Q Q S S D

* Meses do ano: J F M A M J J A S O N D

* Pode haver alguma relação das letras com al-


gum número que haja entre as letras, no caso de
letras e números.

Sequências com figuras:

As sequências com figuras podem ser formadas


percebendo uma relação entre a figura e sua posição
na sequência.

Isto acontece com figuras com números de pontos,


quadrados, etc.

Há também situações onde as figuras GIRAM NO


PLANO, seja no sentido horário ou anti-horário.

ANOTAÇÕES

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NOÇÕES DE DIREITO
03
E LEGISLAÇÃO

01 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ


02 ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS DO PODER JUDICIÁRIO DO PARANÁ
03 REGIMENTO INTERNO DO TJ/PR
04 REGULAMENTO DO TJ/PR
05 CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO DO
PARANÁ
06 CÓDIGO DE NORMAS DA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA
07 LEIS DOS FUNDOS DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
08 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
09 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
10 JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS
11 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
12 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

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Noções de Direito e Legislação

NOTA: O Conteúdo Programático previsto no Edital VII - o direito de greve será exercido nos termos
abordou diversos dispositivos legais de forma gené- e nos limites definidos em lei específica;
rica, sem especificar os temas que serão objeto de VIII - a lei reservará percentual dos cargos e em-
cobrança no concurso. Por tal razão, dentro dos dis- pregos públicos para as pessoas portadoras de
positivos, optamos por reproduzir apenas os temas deficiência e definirá os critérios de sua admis-
com maior probabilidade de incidência na prova. são;
IX - lei complementar estabelecerá os casos de
contratação, por tempo determinado, para aten-
der à necessidade temporária de excepcional
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO interesse público, atendidos os seguintes prin-
01 cípios:
PARANÁ
a) realização de teste seletivo, ressalvados os ca-
TÍTULO II sos de calamidade pública;
b) contrato com prazo máximo de dois anos;
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
X - a remuneração dos servidores públicos e o
CAPÍTULO I subsídio de que trata o §4o do art. 39 da Consti-
tuição Federal, somente poderão ser fixados ou
DISPOSIÇÕES GERAIS alterados por lei específica, observada a inicia-
tiva privativa em cada caso, assegurada revisão
Art. 27. A administração pública direta, indireta e fun-
anual, sempre na mesma data e sem distinção
dacional, de qualquer dos Poderes do Estado e dos
de índices;
Municípios obedecerá aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabi- XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes
lidade, eficiência, motivação, economicidade e, tam- de cargos, funções e empregos públicos da ad-
bém, ao seguinte: ministração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes dos Es-
I - os cargos, empregos e funções públicas são tados e dos Municípios, dos detentores de man-
acessíveis aos brasileiros que preencham os re- dato eletivo e dos demais agentes políticos e os
quisitos estabelecidos em lei, assim como aos proventos, pensões ou outras espécies remune-
estrangeiros, na forma da lei; ratórias, percebidos cumulativamente ou não,
II - a investidura em cargo ou emprego público incluídas as vantagens pessoais de qualquer na-
tureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
depende de aprovação prévia em concurso pú-
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
blico de provas ou de provas e títulos, de acor-
Federal;
do com a natureza e complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, respeitada XII - os vencimentos dos cargos do Poder Le-
a ordem de classificação, ressalvadas as nomea- gislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
ções para cargo em comissão; superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

III - o prazo de validade do concurso público XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de


será de até dois anos, prorrogável, uma vez, por quaisquer espécies remuneratória para o efeito
igual período; de remuneração de pessoal do serviço público;

IV - durante o prazo previsto no edital de con- XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por
vocação, respeitado o disposto no item anterior, servidor público não serão computados nem
acumulados, para fins de concessão de acrésci-
os aprovados em concurso público de provas ou
mos ulteriores;
de provas e títulos serão convocados, com prio-
ridade sobre novos concursados para assumir XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes
cargo ou emprego; de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
ressalvados o disposto nos incisos XI e XIV des-
V - as funções de confiança exercidas exclusiva- te artigo e nos arts 39 §4o, 150, II, 153, III e 153,
mente por servidores ocupantes de cargo efeti- §2o, I da Constituição Federal;
vo, e os cargos em comissão a serem preenchi-
dos por servidores de carreira nos casos, con- XVI - é vedada a acumulação remunerada de
dições e percentuais mínimos previstos em lei, cargos públicos, exceto quando houver compa-
destinam-se apenas às atribuições de direção, tibilidade de horários, observados em qualquer
chefia e assessoramento; caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
VI - é garantido ao servidor público civil, es-
tadual e municipal, o direito à livre associação b) a de um cargo de professor com outro técnico
sindical; ou científico;

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c) a de dois cargos privativos de médico; mas, obras, serviços e campanhas, especificando


os nomes dos veículos publicitários.
XVII - a proibição de acumular estende-se a em-
pregos e funções e abrange autarquias, funda- § 3o. A não-observância do disposto nos incisos
ções e empresas públicas, sociedades de econo- II, III, IV, VIII, IX e XXII deste artigo implicará a
mia mista, suas subsidiárias e sociedades con- nulidade do ato e a punição da autoridade res-
troladas, direta ou indiretamente, pelo Poder ponsável, nos termos da lei.
Público;
§ 4o. A Lei disciplinará as formas de participa-
XVIII - somente por lei específica poderá ser ção do usuário na Administração Pública direta
criada autarquia e autorizada a instituição de e indireta, regulando especialmente:
empresa pública, de sociedade de economia
I - as reclamações relativas a prestação dos ser-
mista e de fundação, cabendo à lei complemen-
viços públicos em geral, asseguradas a manu-
tar, neste último caso, definir as áreas de sua
tenção de serviços de atendimento ao usuário e
atuação;
a avaliação periódica, externa e interna, da qua-
XIX - depende de autorização legislativa a trans- lidade dos serviços;
formação, fusão, cisão, incorporação, extinção e
II - o acesso dos usuários a registros adminis-
privatização e, em cada caso, a criação de sub-
trativo e a informações sobre atos de Governo
sidiárias das entidades mencionadas no inciso
observado o disposto no art. 5o, X e XXXIII da
anterior, assim como a participação de qualquer
Constituição Federal;
delas em empresa privada;
III - a disciplina da representação contra o exer-
XX - ressalvados os casos especificados na legis-
cício negligente ou abusivo de cargo, emprego
lação, as obras, serviços, compras e alienações
ou função na administração pública.
serão contratados mediante processo de licita-
ção que assegure igualdade de condições a to- § 5o. Os atos de improbidade administrativa im-
dos os concorrentes, com cláusulas que estabe- portarão na suspensão dos direitos políticos, na
leçam as obrigações de pagamento, mantidas as perda da função pública, na indisponibilidade
condições efetivas da proposta, nos termos da de bens e no ressarcimento ao erário, na forma e
lei, a qual permitirá somente as exigências de gradação previstas em lei federal, sem prejuízo
qualificação técnico-econômica indispensáveis da ação penal cabível.
à garantia do cumprimento das obrigações;
§ 6o. As pessoas jurídicas de direito público e
XXI - além dos requisitos mencionados no inci- as de direito privado prestadoras de serviços
so anterior, o órgão licitante deverá, nos proces- públicos responderão pelos danos que seus
sos licitatórios, estabelecer preço máximo das agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
obras, serviços, compras e alienações a serem assegurado o direito de regresso contra o res-
contratados; ponsável nos casos de dolo ou culpa.
XXII - as obras, serviços, compras e alienações § 7o. Os vencimentos dos servidores estaduais
contratados de forma parcelada, com o fim de devem ser pagos até o último dia do mês ven-
burlar a obrigatoriedade do processo de licita- cido, corrigindo-se os seus valores, se tal prazo
ção pública, serão considerados atos fraudulen- for ultrapassado.
tos, passíveis de anulação, por eles responden-
§ 8o. A sonegação e o fornecimento incompleto
do os autores, civil, administrativa e criminal-
ou incorreto ou a demora na prestação de infor-
mente, na forma da lei;
mações públicas importam em responsabilida-
XXIII - a admissão nas empresas públicas, so- de, punível na forma da lei.
ciedades de economia mista, fundações e autar-
§ 9o. As contas da administração pública dire-
quias da administração indireta estadual depen-
ta, fundações, autarquias, empresas públicas e
de de aprovação prévia em concurso público de
sociedades de economia mista ficarão, durante
provas ou de provas e títulos.
sessenta dias, anualmente, em local próprio da
§ 1o. A publicidade dos atos, programas, obras, Assembléia Legislativa, à disposição, para exa-
serviços e campanhas dos órgãos públicos de- me e apreciação, de qualquer contribuinte, o
verá ter caráter educativo, informativo ou de qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
orientação social, dela não podendo constar termos da lei.
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
§ 10. O servidor aposentado, no exercício de
promoção pessoal de autoridades ou servidores
mandato eletivo, de cargo em comissão ou
públicos.
quando contratado para prestação de serviços
§ 2o. Semestralmente, a administração dire- públicos, poderá perceber a remuneração des-
ta, indireta e fundacional, publicará, no Diário sas atividades cumulada com os proventos da
Oficial, relatório das despesas realizadas com a aposentadoria, observado o disposto no art. 35,
propaganda e a publicidade dos atos, progra- §11, desta Constituição.

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§ 11. Nos concursos públicos promovidos pela do compatibilidade de horários, perceberá as


Administração Pública, não haverá prova oral vantagen s de seu cargo, emprego ou função,
de caráter eliminatório, ressalvada a prova di- sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo
dática para os cargos do Magistério. e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
§ 12. A lei disporá sobre os requisitos e as res- norma do inciso anterior;
trições ao ocupante de cargo ou emprego da IV - em qualquer caso que exija o afastamento
Administração direta e indireta que possibilite para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
o acesso a informações privilegiadas. de serviço será contado para todos os efeitos le-
§ 13. A autonomia gerencial, orçamentária e gais, exceto para promoção por merec imento;
financeira dos órgãos e entidades da adminis- V - para efeito de benefícios previdenciários, no
tração direta e indireta poderá ser ampliada caso de afastamento, os valores serão determi-
mediante contrato de gestão, a ser firmado en- nados co mo se no exercício estivesse.
tre seus administradores e o Poder Público, que
tenha por objeto a fixação de metas de desem- Art. 29. Nenhum servidor poderá ser diretor ou inte-
penho para o órgão ou entidade, cabendo à lei grar conselho de empresa fornecedora, ou que realize
dispor sobre: qualquer modalidade de contrato com o Estado, sob
pena de demissão do s erviço público.
I - o prazo de duração de contrato;
Art. 30. As empresas, sob controle do Estado, as au-
II - os controles e critérios de avaliação de de- tarquias e as fundações por ele constituídas terão, no
sempenho, direitos, obrigações e responsabili- mínimo, um representante dos seus servidores na di-
dades dos dirigentes;
retoria, na forma que a lei estabelecer.
III - a remuneração do pessoal.
Art. 31. Ao Estado é vedado celebrar contrato com em-
§ 14. O disposto no inciso XI deste artigo apli- presas que comprovadamente desrespeitarem normas
ca-se às empresas públicas e às sociedades de de segurança, de medicina do trabalho e de preserva-
economia mista e suas subsidiárias que recebe- ção do meio ambiente.
rem recursos da União, dos Estados, do Distrito
Art. 32. A lei instituirá o registro obrigatório de bens
Federal ou dos municípios para pagamento de
e valores pertencentes ao patrimônio das pessoas que
despesas de pessoal ou de custeio em geral.
assumi rem cargo, função ou emprego na administra-
§ 15. É vedada a percepção simultânea de pro- ção direta, indireta e fundacional.
ventos de aposentadoria decorrentes do art. 40
ou dos arts. 42 e 142 da Constituição Federal CAPÍTULO II
com a remuneração de cargo, emprego ou fun-
ção pública, ressalvados os cargos acumuláveis DOS SERVIDORE S PÚBLICOS CIVIS
na forma desta Constituição, os cargos eletivos
Art. 33. O Estado e os Municípios instituirão conselho
e os cargos em comissão declarados em lei de
de política de admi nistração e remuneração de pes-
livre nomeação e exoneração.
soal, integrado por servidores designados pelos res-
§ 16. O direito de regresso deverá ser exercido pectivos Poderes.
após o trânsito em julgado da sentença conde-
natória, caso não tenha sido promovida a de- § 1o. A fixação dos padrões de vencimen to dos
nunciação à lide. demais componentes do sistema remuneratório
observará:
Art. 28. Ao servidor público em exercício de manda-
to eletivo aplicam-se as disposições da Constituição I - a natureza, o grau de responsabilidade e a
Federal e desta, contando-se pelo regime de tempo complexidade dos cargos componentes de cada
integral o período de exercício do mandato somente carreira;
quando for compulsório o afastamento. II - os requisitos para a investidura;
Art. 28. Ao servidor público da administração direta, III - as peculiaridades dos cargos;
autárquica e fundacional, no exercício de mandato ele-
tivo, aplicam-se as seguintes disposições: IV - sistema de méritos objetivamente apurados
para ingresso no serviço e desenvolvimento na
I - tratando-se de mandato eletivo federal ou es- carreira;
tadual, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função; V - remuneração adequada à complexidade e
responsabilidade das tarefas e à capacitação
< /p> profissional;< /p>
II - investido no mandato de Prefeito será afas- VI - tratamento uniforme aos servidores públi-
tado do cargo, empre go ou função, sendo-lhe
cos, no que se refere à concessão de índices de
facultado optar pela sua remuneração;
reajuste ou outros tratamentos remuneratórios
III - investido no mandato de Vereador e haven- ou desenvolvimento nas carreiras.

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§ 2o. O Estado manterá escola de governo para II - irredutibilidade do subsídio e dos vencimen-
a formação e o aperfeiçoamento dos se rvido- tos dos ocupantes de cargo e emprego público,
res públicos, constituindo-se a participação nos ressalvado o que dispõe o artigo 37, XV, da
cursos um dos requisitos para a promoção na Constituição Federal;
carreira, facultada, para isso, a celebração de
III - garantia de vencimento nunca inferior ao
convênios ou contratos e ntre os entes federados.
salário mínimo para os que percebem remune-
§ 3o. Aplica-se aos servidores ocupantes de car- ração variável;
gos públicos o disposto no art. 7o, IV, VII, VIII,
IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVII I, XIX, XX, XXII IV - décimo terceiro vencimento com base na
e XXX, da Constituição Federal, podendo a lei remuneração integral ou no valor da aposenta-
estabelecer requisitos diferenciados de admis- doria;
são quando a natureza do cargo o exigir. V - remuneração do trabalho noturno superior
§ 4o. O membro de Poder, o detentor de man- à do diurno;
dato eletivo e os Secretários Estaduais e Muni- VI - salário-fam ília pago em razão do depen-
cipais serão remunerados exclusivamente por dente do trabalhador de baixa renda nos termos
subsídio fixado em parcela única, vedado o da lei;
acr éscimo de qualquer gratificação, adicional,
abono, prêmio, verba de representação ou outra VII - duração da jornada normal do trabalho não
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer superior a oito horas diárias e quarenta horas
caso, o disposto no art. 27, X e XI desta Consti- semanais, facultada a co mpensação de horário
tuição. e redução de jornada, nos termos da lei;
§ 5o. A lei poderá estabelecer a relação entre a VIII - repouso semanal remunerado;
maior e a menor remuneração dos servidores IX - remuneração do serviço extraordinário su
públicos, obedecido, em qualquer caso, o dispo perior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
sto no art. 27, XI, desta Constituição. normal;
§ 6o. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judi-
X - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
ciário publicarão anualmente os valores do sub-
menos, um terço a mais do que a remuneração
sídio e da remuneração dos ca rgos e empregos
normal, vedada a transformação do período de
públicos.
férias em tempo de serviço;
§ 7o. Leis estadual e municipal disciplinarão a
XI - licença à gestante, sem prejuízo do cargo ou
aplicação de recursos orçamentários provenien-
emprego e dos vencimentos ou subsídios, com a
tes de economia com despesas correntes em cada
órgão, autarquia e fundações, para aplicação no duração de ce nto e vinte dias;
desenvolvimento de programas de qualidade e XII - licença -paternidade, nos termos fixados
produtividade, treinamento e desenvolvimento, em lei;
modernização, reaparelhamen to e racionaliza-
ção do serviço público, inclusive sob a forma de XIII - proteção do mercado de trabalho da mu-
adicional ou prêmio de produtividade. lher, mediante incentivos e specíficos, nos ter-
mos da lei;
§ 8o. A remuneração dos servidores públicos
organizados em carreira poderá ser fixada nos XIV - redução dos riscos inerentes ao trabalho
termos do § 4o deste artigo. por meio de normas de saúde, higie ne e segu-
rança;
§ 9o. Lei complementar estabelecerá a organi-
zação, as atribuições e o estatuto das carreiras XV - adicional de remuneração para as ativida-
exclusi vas do Estado. des penosas, insalubres ou perigosas, na forma
da lei;
§ 10. A remuneração, sob a forma de subsídio
passa a ser fixada com a diferença de 5% de XVI - proibição de diferença de vencimentos, de
uma para outra classe, aos servidores públicos exercício de funções e de critérios de admissão
integrante s da Carreira Jurídica Especial de por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Advogado dos Poderes Executivo, Legislativo e XVII - adicionais por tempo de serviço, na for-
Judiciário do Estado do Paraná, obedecendo ao ma que a lei estabelecer;
disposto no § 4o do artigo 39 da Constituiç ão
Federal, observado, o contido nos incisos X, XI e XVIII - assistência e previdência sociais, extensi-
XV do artigo 27 desta Constituição. vas aos dependentes e ao cônjuge;
Art. 34. São direitos dos servidores públicos, entre ou- XIX - gratificação pelo exercício de função de
tros: chefia e assessoramento;
I - vencimentos ou proventos não inferiores ao XX - promoção, observando-se rigorosamente
salário mínimo; os critérios de antigüidade e merecimento.

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Noções de Direito e Legislação

Art. 35. Aos servidores públicos titulares de cargos aposentadoria à conta do regime de previdência
efetivos do Estado e dos Municípios, incluídas suas de que trata este artigo.
autarquias e fundações, é assegurado regime de pre-
§ 7o. Lei disporá sobre a concessão do benefício
vidência de caráter contributivo observados critérios
da pensão por morte, que será igual ao valor dos
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
proventos d o servidor falecido ou ao valor de
disposto neste artigo.
proventos a que teria direito o servidor em ati-
I - por invalidez permanente, sendo os proven- vidade na data de seu falecimento, observado o
tos proporcionais ao tem po de contribuição, ex- disposto no § 3o deste artigo.
ceto se decorrente de acidente em serviço, mo- § 8o. Observado o disposto no art. 27, XI, des-
léstia profissional ou doença grave, contagiosa ta Constituição os proventos de aposentadoria
ou incurável, especificada em lei; e as pensões serão revistos na mesma propor-
II - compulsoriamente, aos setenta anos de ida- ção e na mesma data, sempre que se m odifi-
de, com proventos proporcionais ao tempo de car a remuneração dos servidores em atividade,
contribuição; sendo também estendidos aos aposentados e
aos pensionistas quaisquer benefícios ou vanta-
III - voluntariamente, desde que cumprido tem- gens posteriormente concedidos aos servidores
po mínimo de dez anos de efetivo exercício no em atividade, inclusive quando decorrentes da
serviço público e ci nco anos no cargo efetivo transformação ou reclassificação do cargo ou
em que se dará a aposentadoria observadas as função em que se deu a aposentadoria ou que
seguintes condições: serviu de referênci a para a concessão da pen-
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de con- são, na forma da lei.
tri buição, se homem, e cinqüenta e cinco anos § 9o. O tempo de contribuição federal, estadual
de idade e trinta de contribuição, se mulher; ou municipal será contado para efeito de apo-
b) sessenta e cin co anos de idade, se homem, e sentadoria e o tempo d e serviço correspondente
sessenta anos de idade, se mulher, com proven- para efeito de disponibilidade.
tos proporcionais ao tempo de contribuição. § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer for-
§ 1o. Os servidores de abrangidos pelo regi- ma de contagem de tempo de contribuição fic-
me de previdência de que trata este artigo se- tício.
rão aposentados, calculados os seus proventos § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 27, XI desta
a partir dos v alores fixados na forma do § 3o Constituição à soma total dos proventos da ina-
deste artigo. tividade, inclusive quando decorrentes da acu-
§ 2o. Os proventos da aposentadoria e as pensões, mulação de cargos ou emp regos públicos, bem
por ocasião de sua concessão, não poderão exce- como de outras atividades sujeitas a contribui-
der a remuneração do respectivo servidor, no car- ção para o regime geral de previdência social, e
go efetivo em que se deu a aposentadoria ou que ao montante resultante da adição de proventos
serviu de referência para a concessão da pensão. de inativ idade com remuneração de cargo acu-
mulável na forma desta Constituição, cargo em
§ 3o. Os proventos da aposentadoria, por oca- comissão declarado em lei de livre nomeação e
sião da concessão, serão calculados com bas e na exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela
remuneração do servidor no cargo efetivo em Emenda Const itucional 7 de 24/04/2000)
que se der a aposentadoria e, na forma da lei,
corresponderão à totalidade da remuneração. § 12. Além do disposto neste artigo, o regime de
previdência dos servidores públicos titulares de
§ 4o. È vedada a adoção de requisitos e critérios cargo efetivo observará, no que couber, os re-
diferenciado s para a concessão de aposentado- quisitos e critérios fixados p ara o regime geral
ria aos abrangidos pelo regime de que trata este de previdência social.
artigo, ressalvados os casos de atividades exer-
cidas exclusivamente sob condições especia is § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de
cargo em comissão, bem como de outro cargo
que prejudiquem a saúde ou a integridade física
temporário ou de emprego públ ico, aplica-se o
definidos em lei complementar.
regime geral de previdência social.
§ 5o. Os requisitos de idade e de tempo de con-
§ 14. O Estado e os Municípios, desde que insti-
tribuição serão reduzidos em cinco anos, em re-
tuam regime de previdência complementar para
lação ao disposto no § 1o, III, “a”, para o profes-
os seus respecti vos servidores titulares de cargo
sor que comprove exclusivamente tempo de efe-
efetivo, poderão fixar, para o valor das aposen-
tivo exercício das funções de magistério na edu-
tadorias e pensões a serem concedidas pelo re-
cação infantil e no ensino fundamental e médio.
gime de que trata este artigo, o limite máxi mo
§ 6o. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes estabelecido para os benefícios do regime geral
de cargos acumuláveis na forma desta Consti- de previdência social de que trata o art. 201 da
tuição, é vedada a percepção de mais de uma Constituição Federal.

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§ 15. Observado o disposto no art. 202 da Cons- Art. 38. Ao servidor será assegurada remoç ão para o
tituição Federal, lei complementar disporá so- domicílio da família, se o cônjuge também for servidor
bre as normas gerais para a instituição de regi- público, ou se a natureza do seu emprego assim o exi-
me de previdência complementar pelo Estado gir, na forma da lei.
e Município, para atender ao s seus respectivos
Art. 39. É vedada a contratação de serviços de terceiros
servidores titulares de cargos efetivos.
para a realização de atividades que possam ser regu-
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa larmente exercida s por servidores públicos.
opção, o disposto nos §§14 e 15 poderá ser apli- Art. 39. É vedada a contratação d e serviços de tercei-
cado ao s ervidor que tiver ingressado no ser- ros para a realização de atividades que possam ser
viço público até a data da publicação do ato de regularmente exercidas por servidores públicos, bem
instituição do correspondente regime de previ- como para cobrança de débitos tributários do Es tado
dência complementar.
e dos Municípios.
Art. 36. São estáveis, após três anos de efetivo exercí- Art. 40. É vedada a participação de servidores públicos
cio os servidores nomeados para cargo de provimento no produto da arrecadação de tributos e multas, inclu-
efetivo em virtude de concurso público. sive da dívida ativa.
§ 1o. O servidor público estável só perderá o Art. 40. Aos terceiros de boa-fé serão indenizados to-
cargo: dos os prejuízos materiais, inclusive perda ou cessa-
I - em virtude de sentença judicial transitada em ção de renda, advindos de ato de exceção ocorrido no
julgado; período revolucionário, desde que também haja resul-
tados em benefício direto ou indireto ao Estado do P
II - mediante processo administrativo em que araná.
lhe seja assegurada ampla defesa;
Parágrafo único. A verificação do direito e do
III - mediante pro cedimento de avaliação perió- valor dos prejuizos deverão ser realizados em
dica de desempenho, na forma de lei comple- pleito administrativo, mediante requerimento
mentar federal, assegurada ampla defesa. do interessado, podendo o P oder Executivo
pagar o débito através de compensação com os
§ 2o. Invalidada por sentença judicial a demis- seus créditos fiscais, inscritos ou não em dívi-
são do servidor estável, será ele reintegrado, e
da ativa. (vide - Com trânsito em julgado) (A
o eventual ocupante da vaga, se estável, recon-
Emenda Constitucional 14/2001 incluiu o art.
duzido ao cargo de origem, sem direito a inde-
40 e determinou a renumeração dos artigos se-
nização, aproveitado em outro cargo ou posto
guintes. O STF julgou inconstitucional a Emen-
em dispon ibilidade com remuneração propor-
da Constitucional 14/2001. - Decisão publicada
cional ao tempo de serviço.
em 08/02/2006.)
§ 3o. Extinto o cargo o u declarada a sua des- Art. 41. É assegurada, nos termos da lei, a participação
necessidade, o servidor estável ficará em dispo- paritária de servidores públicos na gerência de fundos
nibilidade, com remuneração proporcional ao e entidades para as qua is contribuem.
tempo de serviço, até seu adequado aproveita-
mento em outro cargo. Art. 42. O Estado promoverá o bem-estar social e o
aperfeiçoamento físico e intelectual dos serv idores
§ 4o. Como condição para a aquisição da esta- públicos e de suas famílias.
bilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa § 1o. O Estado manterá instituição destinada a
finalidade. concessão e manutenção de benefícios previ-
denciários e de atendimento à saúde dos servi-
Art. 37. Ao servidor público eleito para cargo de di- dores titulares de cargos efetivos, incluídos os
reção sindical são assegurados todos os direitos ine- membros do Poder Judiciário, do Ministério Pú-
rentes ao cargo, a partir do reg istro da candidatura e blico, do Tribunal de contas, os serventu ários
até um ano após o término do mandato, ainda que na da justiça e os militares estaduais.
condição de suplente, salvo se ocorrer exoneração nos
termos da lei. § 2o. Toda prestação de serviços de assistência
e a concessão de benefícios de previdência, des-
§ 1o. São assegurados os mesmos direitos, até tinada aos servidores do Estado e seus depen-
um ano após a eleição, aos candidatos não elei- dentes só poder á ser concedida, majorada ou
tos. estendida mediante efetiva contribuição.
§ 2o. É facultado ao servidor público, eleito para § 3o. O cônjuge ou companheiro de servidora,
a direção de sindicato ou associação de classe, ou o cônjuge ou a companheira de servidor se-
o afastamento do seu cargo, sem prejuízo dos gurados são considerados seus dependentes e
vencimen tos, vantagens e ascensão funcional, terão direito à pensão previdenciária, na forma
na forma que a lei estabelecer. da lei.

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§ 4o. A inscrição ao órgão de previdência e assis- tura e funcionamento do Poder Judiciário do Estado
tência do s servidores de que trata o § 1o é obri- e a carreira de magistratura, observados os s eguintes
gatória, sendo a contribuição social do Estado e princípios:
de seus servidores devidas na forma e percen-
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o
tual fixados em lei, separando-se as c ontribui-
de juiz substituto, mediante concurso público
ções para a previdência e para a assistência.
de provas e títulos, com a participação da Or-
Art. 43. É vedada a cessão de servidores públicos da dem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
administração direta ou indireta do Estado à empresas exigindo-se do bacharel em Di reito, no mínimo,
ou entidades privadas. três anos de atividade jurídica e obedecendo-se,
nas nomeações, à ordem de classificação;
TÍTULO III
II - promoção de entrância para entrância, alter-
nadamente, por antigüidade e merecimento, a
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
tendidas as seguintes normas:
CAPÍTULO III a) é obrigatória a promoção do juiz que figurar
por três vezes consecutivas ou c inco alternadas
DO PODER JUDICIÁRIO em lista de merecimento;
b) a promoção por mereciment o pressupõe
SEÇÃO I dois anos de exercício na respectiva entrância e
integrar o juiz a primeira quinta parte na lista
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS de antigüidade desta, salvo se não houver com
Art. 93. São órgãos do Poder Judiciário no Estado: tais requisito s quem aceite o lugar vago, caso
em que concorrerão os integrantes da segunda
I - o Tribunal de Justiça; quinta parte e assim sucessivamente; (vide )
III - os Tribunais do Júri; c) aferição do merecimento conforme o desem-
IV - os Juízes de Direito; penho e pelos critérios objetivos de produtivi-
dade e presteza no exercício da jurisdição e pela
V - os Juízes Substitutos;
freqüência e aproveitamento em cursos de aper-
VI - os Juizados Especiais; feiçoamento oficiais ou reconhecidos;
VII - os Juízes de Paz. d) a lista de promoção por merecimento será
formada pelos três juízes mais votados pelo ór-
Art. 94. Os tribunais e juízes são independentes e estão
gão competente, cabendo ao Presidente do Tri-
sujeitos somente à lei.
bunal de Justiça o respectivo provimento;
Parágrafo único. No Tribunal de Justiça haverá
e) havendo mais de uma vaga a ser preenchida
um órgão especial, com o mínimo de onze e o
pelo critério de merecimento, a lista será for-
máximo de 25 (vinte e cinco) membros, para o
mada por tantos ju ízes, quantas vagas houver,
exercício de atribuições administrativas e juris-
mais dois;
dicionais, delegadas da competência do tribu-
nal pleno, provendo-se a metad e das vagas por f) na apuração de antigüidade, o Tribunal so-
antiguidade e a outra metade por eleição pelo mente poderá recusar o juiz mais antigo pelo v
tribunal pleno. oto fundamentado de dois terços de seus mem-
bros, conforme procedimento próprio, e assegu-
Art. 95. Um quinto dos lugares do Tribunal de Justi-
rada ampla defesa, repetindo-se a votação até
ça será composto de membros do Minist ério Público,
fixar-se a indicação;
com mais de dez anos de carreira, e de advogados ins-
critos na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do g) a aplicação alternada dos critérios de p romo-
Paraná, de notório saber jurídico e de reputação iliba ção atenderá à ordem numérica dos atos de va-
da, com mais de dez anos de efetiva atividade profis- cância dos cargos a serem preenchidos;
sional.
h) não será promovido o juiz que, injustificada-
§ 1o. Os integrantes do quinto constitucional se- mente, retiver autos em seu poder além do pra-
rão indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de zo legal, não podendo devolvê-los ao cartório
representação das respectivas classe. sem o devido despacho ou decisão.
§ 2o. Recebid as as indicações, o Tribunal forma- III - à promoção e ao provimento inicial precede
rá lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, a remoção, alternadamente, por antigüidade e
que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um merec imento.
de seus integrantes para nomeação.
IV - publicação do edital de remoção ou promo-
Art. 96. Lei de Organização e Divisã o Judiciárias, de ção no prazo de dez dias contados da data de
iniciativa do Tribunal de Justiça, disporá sobre a estru- vacância do cargo a ser preenchido;

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V - o acesso ao Tribunal de Justiça far-se-á por XVII - as custas e emolumentos serão destina-
antigüidade e merecimento, alternadamente, dos exclusivamente ao custeio dos serviços afe-
apurados na última entrância; tos às atividades específicas da Justiça;
VI - previsão de cursos oficiais de preparação, XVIII - o Tribunal de Justiça poderá funcionar des-
aperfeiçoamento e promoção de magistrados, centralizadamente, constituindo Câmaras regio-
constituindo etapa obrigatória do processo de nais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdi-
vital iciamento a participação em curso oficial cio nado à Justiça em todas as fases do processo;
ou reconhecido por escola nacional de formação
XIX - o Tribunal de Justiça instalará a justiça iti-
e aperfeiçoamento de magistrados;
nerante, com a realização de audiências e demais
VII - subsídios fixados por lei, não podendo a funções da ati vidade jurisdicional, nos limites
diferença entre uma e outra categoria ser su- territoriais da respectiva jurisdição, servindo-
perior a dez por cento ou inferior a cinco por se de equipamentos públicos e comunitários.
cento, nem exceder a noventa e cinco por cento
d o subsídio mensal dos Ministros do Supremo Art. 97. Os juízes gozam das seguintes garantias:
Tribunal Federal, obedecido, em qualquer caso, I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será
o disposto nos arts. 37, XI e 39, § 4o da Consti- adquirida após dois anos de exercício, depen-
tuição Federal; dendo a perda do cargo, nesse período, de d
VIII - a aposentadoria dos magistrados e a pen- eliberação do Tribunal de Justiça; e, nos demais
são de seus dependentes observarão o disposto casos, de sentença judicial transitada em julga-
no artigo 35 desta Constituição; do, assegurado, em qualquer hipótese, o direito
a ampla defesa;
IX - o juiz titular residirá na respectiva comarca,
salvo autorização do Tribunal; II - inamovibilidade, salvo por motivo de inte-
resse público, na forma estabelecida na Consti-
X - o ato de remoção disponibilidade e aposen- tuição Federal;
tadoria do magistrado, por interesse público,
fundar -se-á em decisão por voto da maioria III - irredutibilidade de subsídios, re ssalvado o
absoluta do Tribunal de Justiça ou do Conselho disposto nos arts. 37, X e XI, 38, § 4o, 150, II, 153,
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; III e 153, § 2o, I, da Constituição Federal.

X-A - X-A - a remoção a pe dido ou a permuta Parágrafo único. Aos magistrados é vedado:
de magistrados de comarca de igual entrância I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro
atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas cargo ou função, salvo uma de magistério;
a, b, c, e e h do inciso II;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas
XI - todos os julgamentos dos órgãos do Poder ou participação em processo;
Judiciário serão públicos, e fundamentadas to-
das as decisões, sob pena de nulidade, podendo III - dedicar-se à atividade político-partidária.
a lei limitar a presença, em de terminados atos, IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxí-
às próprias partes e a seus advogados, ou so- lios ou contribuições de pessoas físicas, entida-
mente a estes, em casos em que a preservação des públicas ou privadas, ressalvadas as exce-
do direito à intimidade do interessado no sigilo ções previstas em lei;
não prejudique o interesse à informação;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do
XII - as decisões administrativas do Tribunal qual se afastou, antes de decorridos três anos
de Justiça serão motivadas e em sessão públi- do afastamento do cargo por aposentadoria ou
ca, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da exoneração.
maioria absoluta de seus membros;
Art. 98. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia
XIII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, administrativa e financeira.
sendo vedadas as férias coletivas nos juízos e no
Tribunal de Justiça, funcionando, nos dias em § 1o. O Tribunal de Justiça elaborará a propos-
que não houver expediente forense normal, juí- ta orçamentária do Poder Judiciário, dentro dos
zes em plantão permanente; limites estipulados conjuntamente com os de-
mais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
XIV - o número de juízes na unidade jurisdicio-
nal será proporcional à efetiva demanda judicial § 1o-A. Se o Tribunal não encaminhar a respec-
e à respectiva população; tiva proposta orçamentária dentro do prazo es-
tabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o
XV - os servidores receberão delegaç ão para
Po der Executivo considerará, para fins de con-
prática de atos de administração e de atos de
solidação da proposta orçamentária anual, os
mero expediente sem caráter decisório;
valores aprovados na lei orçamentária vigente,
XVI - a distribuição de processos será imediata, ajustados de acordo com os limites estipulados
em todos os graus de jurisdição; na forma do § 1 o deste artigo.

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§ 1o-B. Se a proposta orçamentária de que trata IV - prover, por concursos públicos de provas,
este artigo for encaminhada em desacordo com ou de provas e títulos, vedado concurso interno,
os limites estipulados na forma do § 1o, o Po- os cargos necessários à administração da Justi-
der Executivo procederá aos ajustes necessários ça, exceto os de confiança, assim definidos em
para fins de consolidação da proposta orçamen- lei, que poderão ser providos sem concurso;
tária anual.
V - conceder férias, que não poderão ser coleti-
§ 1o-C. Durante a execução orçam entária do vas, licenças e outros afastamentos a seus mem-
exercício, não poderá haver a realização de des- bros e servidores.
pesas ou a assunção de obrigações que extrapo-
SEÇÃO II
lem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, ex ceto se previamente autoriza- DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
das, mediante a abertura de créditos suplemen- Art. 100. O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e
tares ou especiais. < /p> jurisdição em todo o território do Estado, compõe-se
§ 2o. Os pagamentos devidos pela fazenda esta- de desembargadores, em número fixado em lei, no-
dual ou municipal, em virtude de condenação meados entre os juízes de ú ltima entrância, observan-
judicial, serão feito s exclusivamente na ordem do o disposto nos arts. 95 e 96, V, desta Constituição.
cronológica da apresentação dos precatórios e à Art. 101. Compete privativamente ao Tribunal de Jus-
conta dos respectivos créditos, proibida a desig- tiça, através de seus órgãos:
nação de casos ou de pessoas nas dotações orça-
me ntárias e nos créditos adicionais, abertos para I - propor à Assembléia Legislativa, observado
este fim, à exceção dos de natureza alimentar. o disposto no art. 169 da Constituição Federal:

§ 3o. É obrigat ória a inclusão, no orçamento das a) a alteração do número de seus membros;
entidades de direito público, de dotação neces- b) a criação e a extinção de cargos e a remune-
sária ao pagamento dos seus débitos constantes ração dos seus serviços auxiliares e dos juízos
de precatórios judiciais apresentados até 1 o de que lhe forem vinculados, bem como a fixação
julho, data em que seus valores serão atualiza- do subsídio de seus membros e dos juízes, ob-
dos, fazendo-se o pagamento até o final do exer- servado o que dispõem os arts. 39, § 4o, 150, II,
cício seguinte. 153, III e 153, § 2o, I da Constituição Federal;
§ 4o. As dotações orçamentárias e os créditos c) a criação, extinção ou alteração do número de
abertos serão consignados ao Poder Judiciário, membros dos tribunais inferiores;
recolhendo-se as importâncias respectivas à
repartição competente, cabend o ao Presidente d) a alteração da organização e da divisão judi-
do Tribunal de Justiça determinar o pagamen- ciárias;
to, segundo as possibilidades do depósito, e e) a criação e extinção de comarcas, varas ou dis-
autorizar, a requerimento dos credores, exclu- tritos judiciários;
sivamente para o caso de preterimento do seu
direito de precedência, o seqüestro da quantia II - prover, na forma prevista na Co nstituição
necessária à satisfação do débito. Federal e nesta, os cargos de magistratura esta-
dual, de primeiro e segundo graus, incluídos os
§ 5o. É obrigatória a inclusão, no orçamento das de desembargador, ressalvada a competência
entidades de direito público, de dotação neces- pertinente aos cargos do quinto constitucional;
sária ao pagamento dos seus débitos constantes
de precatórios judiciais apresentados até 1o de III - aposentar os magistrados e os servidores da
julho, data em qu e seus valores serão atualiza- justiça;
dos, fazendo-se o pagamento até o final do exer- IV - conceder licença, férias e outros afastamen-
cício seguinte. tos aos magistrados que lhe forem vinculados;
Art. 99. Compete privativamente aos tribunais de se- V - encaminhar a proposta orçamentária do Po-
gundo grau: der Judiciário;
I - eleger seus órgãos diretivos na forma da lei VI - solicitar, quando cabível, a intervenção fe-
complementar que dispõe sobre o Estatuto da deral no Estado;
Magistratura;
VII - processar e julgar, originariamente:
II - elaborar se u regimento interno, com obser-
a) nos crimes comuns e de responsabilidade,
vância das normas de processo e das garantias
os deputados estaduais, os juízes de direito e
processuais das partes, dispondo sobre a com-
juízes substitutos, os secretários de Estado, os
petência e o funcionamento dos órgãos jurisdi-
membros do Ministério Público e os prefeitos
ciona is e administrativos;
municipais, ressalvada a competência da Justiça
III - organizar sua Secretaria e serviços auxilia- Eleitoral, e, nos crimes comuns, o vice-governa-
res; dor do Estado;

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b) os mandados de segurança contra atos do


Governador do Estado, da Mesa e da Presidên- ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS DO
02
cia da Assembléia Legislativa, do próprio Tribu- PODER JUDICIÁRIO DO PARANÁ
nal ou de algum de seus órgãos, de Secretário
de Estado, do Presidente do Tribunal de Contas, TÍTULO I
do Procurador-Geral de Justiça, do Procurador-
Geral do Estado e do Defensor-Geral da Defen- CAPÍTULO ÚNICO
soria Pública;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
c) os mandados de injunção e os “habeas-data”;
Art. 1°. O presente Estatuto estabelece o regime jurí-
d) os “habeas-corpus” nos processos cujos os re- dico dos funcionários do Poder Judiciário do Estado
cursos forem de sua competência, ou quando o do Paraná.
coator ou paciente for autoridade diretamente Parágrafo único. São considerados funcionários
sujeita à sua jurisdição; para os fins deste Estatuto os ocupantes dos
cargos da Secretaria do Tribunal de Justiça e do
e) as ações rescisórias de seus julgados e as revi-
Quadro de Pessoal de 1° Grau de Jurisdição, os
sões criminais nos processos de sua competên-
Secretários do Conselho de Supervisão do Jui-
cia;
zado Especial, os Secretários de Turma Recursal
f) as ações diretas de inconstitucionalidade e de do Juizado Especial, os Secretários do Juizado
constitucionalidade de leis ou atos normativos Especial, os Oficiais de Justiça do Juizado Espe-
estaduais e municipais contestados em face des- cial, os Auxiliares de Cartório do Juizado Espe-
ta Constitu ição e a inconstitucionalidade por cial, os Auxiliares Administrativos do Juizado
omissão de medida para tornar efetiva norma Especial, e os Contadores e Avaliadores do Jui-
constitucional; zado Especial.
Art. 2°. Funcionário é a pessoa investida em cargo pú-
g) a execução de sentença nas causas de sua
blico com vencimentos ou remunerações percebidos
competência originária, facultada a delegação
dos cofres públicos estaduais.
de atribuições para a prática de atos processuais;
Art. 3°. Cargo é o conjunto de atribuições e responsabi-
h) a reclamação para a preservação de sua com- lidades previstas na estrutura organizacional cometi-
petência e garantia da autori dade de suas de- das a funcionário, identificado pelas características de
cisões; criação por lei, denominação própria, número certo e
pagamento pelos cofres públicos.
i) as causas e os conflitos entre o Estado e os Mu-
nicípios, inclusive entre as respectivas entidades § 1°. Função é conjunto de atribuições vincula-
de administração indireta; das a determinadas habilitações para o desem-
penho de tarefas distintas em grau de responsa-
j) os conflitos de atribuições entre autoridades bilidade e de complexidade e será atribuída por
administrativas e judiciárias do Estado, ou entre ato do Presidente do Tribunal de Justiça.
estas e as administrativas municipais;
§ 2°. Caberá ao Presidente do Tribunal de Justiça
VIII - julgar em grau de recurso os feitos de a designação e a dispensa da função gratificada.
competência da justiça estadual, salvo os atri- § 3°. A designação para função gratificada vigo-
buídos, por lei, aos órgãos recursais dos juiza- rará a partir da publicação do ato, competindo
dos especiais; à autoridade a que se subordinará o funcionário
IX - exercer as demais funções que lhe forem designado dar-lhe exercício imediato.
atribuídas por lei. § 4°. Os vencimentos e as gratificações de função
têm valores fixados em lei.
§ 1o. Aos órgãos do Poder Judiciário do Estado
compete a administração, conservação e o uso Art. 4° A estrutura organizacional deverá atender por
dos imóveis e instalações forenses, podendo ser lei própria o seguinte:
autorizada a sua utilização por órgãos diversos, I - Classe é o agrupamento de cargos da mesma
no interesse da justiça, como dispuser o Tribu- denominação, com iguais atribuições, responsa-
nal de Justiça. bilidades e variação de vencimentos de acordo
com os níveis que compreende;
§ 2o. Os agentes do Ministéri o Público e da De-
fensoria Pública terão, no conjunto arquitetôni- II - Grupo ocupacional é o conjunto de classes
co dos fóruns, instalações próprias ao exercício que diz respeito a atividades profissionais cor-
de suas funções, com condições assemelhadas relatas ou afins, quanto à natureza do respectivo
às dos juízes de Direito junto aos quais funcio- trabalho ou ao ramo de conhecimento aplicado
nem. em seu desempenho;

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III - Nível é a subdivisão interna das classes ao to efetivo depende de aprovação prévia em concurso
qual se atribui vencimentos próprios fixados em público de provas ou de provas e títulos, de acordo
lei. com a natureza e a complexidade do cargo na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo
§ 1°. A progressão se dá dentro da mesma classe
em comissão que são de livre nomeação e exoneração.
de um nível para outro imediatamente superior.
Art. 9°. São requisitos básicos para investidura em car-
§ 2°. Haverá no máximo 09 (nove) níveis em
cada classe. go público:

Art. 5°. Os Quadros do Pessoal da Secretaria do Tribu- I - a nacionalidade brasileira;


nal de Justiça e de 1° Grau de Jurisdição são organiza- II - o gozo dos direitos políticos;
dos em grupos, escalonados de acordo com a hierar-
III - a quitação com as obrigações militares e
quia, a natureza, a complexidade do serviço e o nível
eleitorais;
de escolaridade exigido em lei ou regulamento.
IV - o nível de escolaridade exigido para o exer-
§ 1°. Os Quadros compreendem:
cício do cargo;
I - Parte permanente que é integrada pelos car-
gos de provimento efetivo e em comissão; V - a idade mínima de 18 (dezoito) anos;

II - Parte suplementar que é integrada pelos car- VI - aptidão física e mental.


gos extintos na forma estabelecida em lei. Art. 10. Provimento é o ato do Presidente do Tribunal
§ 2°. A lotação do pessoal integrante do Quadro de Justiça que preenche o cargo e se dá com a nomea-
da Secretaria do Tribunal de Justiça é regulada ção, a posse e o exercício.
por decreto judiciário. Art. 11. São formas de provimento de cargo público:
§ 3°. A distribuição dos cargos dos funcionários I - nomeação;
afetos ao 1° Grau de Jurisdição referidos no pa-
rágrafo único do art. 1° do presente Estatuto é a II - readaptação;
definida lei. III - reversão;
§ 4°. A lotação no caso do § 3º deste artigo é a IV - aproveitamento;
determinada por ato do Presidente do Tribunal
V - reintegração;
de Justiça, salvo afetação em lei à determinada
secretaria ou repartição. VI - recondução;
Art. 6°. Os cargos públicos são de provimento efetivo VII - remoção;
ou de provimento em comissão.
VIII - promoção.
§ 1°. Os cargos de provimento efetivo serão or-
Parágrafo único. A remoção e a promoção im-
ganizados em classes, ou de forma isolada, e se-
plicam na vacância do cargo e somente se apli-
rão providos por concurso público.
cam aos ocupantes do Quadro de Pessoal de 1º
§ 2°. Os cargos de provimento em comissão Grau de Jurisdição, aos Secretários do Conselho
envolvem atribuições de direção, de assessora- de Supervisão do Juizado Especial, aos Secre-
mento e de assistência superior e são de livre tários de Turma Recursal do Juizado Especial,
nomeação e exoneração, satisfeitos os requisitos aos Secretários do Juizado Especial, aos Oficiais
fixados em lei ou regulamento. de Justiça do Juizado Especial, aos Auxiliares de
Art. 7°. As atribuições e as responsabilidades inerentes Cartório do Juizado Especial, aos Auxiliares Ad-
aos cargos serão definidas em lei. ministrativos do Juizado Especial, e aos Conta-
dores e Avaliadores do Juizado Especial.
TÍTULO II
Seção II
DO PROVIMENTO, DA VACÂNCIA,
DA LOTAÇÃO, DA RELOTAÇÃO E DA Da Nomeação
SUBSTITUIÇÃO Art. 12. Anomeação é o chamamento para a posse e
para a entrada no exercício das atribuições do cargo
CAPÍTULO I público.

DO PROVIMENTO Art. 13. O ato de nomeação deverá indicar o cargo de


provimento efetivo ou o cargo de provimento em co-
Seção I missão a ser preenchido.
Art. 14. Anomeação para cargo público de provimento
Disposições Gerais
efetivo ocorrerá de acordo com a ordem de classifica-
Art. 8°. A investidura em cargo público de provimen- ção e se dará durante o prazo de validade do concurso.

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§ 1°. A nomeação para cargo de provimento em Subseção II


comissão é livre, observados os requisitos men-
cionados no art. 9º. Da Posse
§ 2°. É vedada a nomeação para cargo de pro- Art. 18. Posse é o ato expresso de aceitação das atri-
vimento em comissão, bem como a lotação no buições, dos deveres e das responsabilidades do cargo
âmbito da Secretaria do Tribunal de Justiça, dos formalizado com a assinatura do termo pelo empossa-
ocupantes de cargos do Quadro de Pessoal de 1º do e pela autoridade competente.
Grau de Jurisdição, de cargos do foro judicial de
Escrivão e de Oficial Contador, Avaliador, Par- § 1°. A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta)
tidor, Depositário e de Distribuição, de Auxiliar dias contados da publicação da nomeação, pror-
de Cartório, de Auxiliar Administrativo, de Ofi- rogável por até 30 (trinta) dias, a requerimento
cial de Justiça, de Comissário de Vigilância, de do interessado ou de seu representante legal e a
Assistente Social, de Psicólogo, de Porteiro de juízo da Administração.
Auditório, de Agente de Limpeza, de Secretário § 2°. O prazo previsto no § 1º será contado,
do Conselho de Supervisão do Juizado Especial, quando o aprovado for funcionário público, do
de Secretário de Turma Recursal do Juizado Es- término da licença:
pecial, de Secretário do Juizado Especial, de Ofi-
cial de Justiça do Juizado Especial, de Auxiliar I - por motivo de doença em pessoa da família;
de Cartório do Juizado Especial, de Auxiliar Ad- II - para a prestação de serviço militar;
ministrativo do Juizado Especial e de Contador
e Avaliador do Juizado Especial. III - para capacitação, conforme dispuser o re-
gulamento;
Subseção I
IV - em razão de férias;
Do Concurso V - para participação em programa de treina-
mento regularmente instituído, conforme dis-
Art. 15. O concurso obedecerá ao que dispuser o Re-
puser o regulamento;
gimento Interno, as normas do regulamento que for
elaborado por Comissão designada pelo Presidente do VI - para integrar júri e outros serviços obriga-
Tribunal de Justiça e o respectivo edital. tórios por lei;
Art. 16. O concurso público é de provas ou de provas VII - à gestante, à adotante e à paternidade;
e títulos e terá validade de até 02 (dois) anos, podendo
ser prorrogado uma vez, por igual período. VIII - para tratamento da saúde, até o limite de
24 (vinte e quatro) meses, cumulativo ao longo
§ 1°. O edital de abertura do concurso público do tempo de serviço público prestado ao Estado
conterá as regras que regem o seu funcionamen- do Paraná, em cargo de provimento efetivo;
to e será publicado no Diário da Justiça do Es-
tado do Paraná, com divulgação pelos meios de IX - por motivo de acidente em serviço ou de
comunicações disponíveis. doença profissional;

§ 2°. Durante o prazo referido no caput deste ar- X - para deslocamento à nova sede;
tigo, o aprovado em concurso público de provas XI - para missão ou estudo no exterior.
ou de provas e títulos será convocado para assu-
mir o cargo com prioridade sobre os aprovados § 3°. Admite-se o ato de posse por procuração
em novos concursos. com poderes específicos.

§ 3°. Às pessoas portadoras de deficiência é as- § 4°. Somente haverá posse nos casos de provi-
segurado o direito de se inscrever em concurso mento por nomeação.
público para provimento de cargo cujas atribui- § 5°. No ato da posse o funcionário apresentará
ções sejam compatíveis com a deficiência de que declaração de seus bens, de exercício ou não de
são portadoras, sendo-lhes reservadas 5% (cinco outro cargo, emprego ou função pública.
por cento) das vagas oferecidas no concurso.
§ 6°. É ineficaz o provimento se a posse não
§ 4°. Aos afro-descendentes serão reservadas
ocorrer dentro do prazo estabelecido nesta lei.
10% (dez por cento) das vagas oferecidas no
concurso. § 7°. Somente se dará posse àquele que for jul-
gado apto física e mentalmente para o exercício
Art. 17. Para ser admitido no concurso, o candidato
do cargo.
deverá preencher os requisitos do art. 9º, apresentar
documento de identidade indicado no edital e recolher § 8°. O Presidente do Tribunal de Justiça desig-
a taxa de inscrição que for fixada pela Comissão. nará os funcionários competentes a dar posse.

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Subseção III avaliar a capacidade e a aptidão do funcionário para o


exercício do cargo.
Do Estágio Probatório
Art. 21. O estágio probatório será sempre relacionado
Art. 19. Ao entrar em exercício, o funcionário nomeado com o cargo ocupado.
para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a está-
gio probatório por período de 36 (trinta e seis) meses, Parágrafo único. Na hipótese de nomeação para
durante o qual a sua aptidão e capacidade serão obje- outro cargo de provimento efetivo, o prazo de
tos de avaliação para o desempenho do cargo, obser- estágio probatório e da avaliação especial reini-
vados os seguintes fatores: ciará com a respectiva assunção.

I - assiduidade; Art. 22. Na hipótese da autoridade competente não ho-


mologar a avaliação de desempenho indicando a exo-
II - disciplina; neração, será aberto procedimento que é regido pelas
III - capacidade; normas do processo administrativo disciplinar confor-
me o Quadro ao qual pertencer o funcionário.
IV - produtividade;
Parágrafo único. Durante o trâmite do proces-
V - responsabilidade.
so referido no caput deste artigo, o prazo para
§ 1°. Seis meses antes de findo o período do está- aquisição da estabilidade ficará suspenso até o
gio probatório, será submetida à homologação julgamento final.
da autoridade competente a avaliação de de-
Art. 23. O Presidente do Tribunal de Justiça regula-
sempenho do funcionário, realizada de acordo
mentará o procedimento da avaliação de desempenho.
com o que dispuser a lei ou o regulamento, sem
prejuízo da continuidade de apuração dos fato-
Subseção IV
res enumerados nos incisos I a V deste artigo.
§ 2°. O funcionário em estágio probatório pode- Da Estabilidade
rá exercer quaisquer cargos de provimento em
comissão ou funções gratificadas. Art. 24. O funcionário habilitado em concurso público
e empossado em cargo de provimento efetivo adqui-
§ 3°. O estágio probatório e respectivo prazo fi- rirá estabilidade no serviço público ao completar 03
carão suspensos durante as licenças e os afasta- (três) anos de efetivo exercício.
mentos sendo retomados a partir do término de
tais impedimentos. Art. 25. O funcionário estável somente perderá o cargo
em virtude de:
§ 4°. O funcionário em estágio probatório não
poderá ser cedido a qualquer outro órgão da I - sentença judicial transitada em julgado;
administração pública direta ou indireta e a ele
II - decisão em processo administrativo discipli-
somente poderão ser concedidas as seguintes nar;
licenças:
III - decisão derivada de processo de avaliação
I - para tratamento de saúde;
periódica de desempenho, na forma da lei com-
II - por motivo de doença em pessoa da família; plementar federal, assegurada a ampla defesa;
III - para acompanhamento do cônjuge ou com- IV - para corte de despesas com pessoal confor-
panheiro funcionário público; me disposto na Constituição e legislação fede-
IV - para prestar serviço militar ou outro serviço ral.
obrigatório por lei;
Seção III
V - para participar de curso de formação decor-
rente de aprovação em concurso para outro car- Da Readaptação
go na administração pública;
Art. 26. Areadaptação é o provimento de funcionário
VI - para o exercício de mandato político; efetivo em cargo de atribuições compatíveis com a sua
VII - pelo período que mediar a sua escolha capacidade física ou mental, derivada de alteração
como candidato a cargo eletivo e a véspera do posterior à nomeação e verificada em inspeção médica
registro de sua candidatura perante a Justiça oficial.
Eleitoral; Art. 27. O procedimento de readaptação terá o prazo
VIII - pelo período do registro de sua candida- de 06 (seis) meses, podendo ser prorrogado no caso
tura perante a Justiça Eleitoral até o décimo dia de o funcionário estar participando de programa de
seguinte ao pleito. reabilitação profissional.
Art. 20. Aavaliação de desempenho constitui condição § 1°. Ao final do referido procedimento, se julga-
para aquisição da estabilidade e tem como finalidade do incapaz, o funcionário será aposentado.

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§ 2°. Declarado reabilitado para a função públi- Seção V


ca:
I - a readaptação será realizada em cargo com Da Disponibilidade e do Aproveitamento
atribuições afins, respeitada a habilitação exigi-
da para o cargo de origem, bem como o nível de Subseção I
escolaridade e os vencimentos inerentes a este;
Da Disponibilidade
II - na hipótese de inexistência de cargo vago, o
funcionário exercerá suas atribuições como ex- Art. 29. O funcionário será posto em disponibilidade
cedente, até a ocorrência de vaga. quando extinto o seu cargo ou declarada sua desne-
cessidade, com remuneração proporcional ao tempo
§ 3°. A readaptação será sempre para cargo de de serviço.
vencimento igual ou inferior ao de origem, pre-
servado o direito à remuneração paga ao funcio- Parágrafo único. A remuneração mensal para o
nário neste último. cálculo da proporcionalidade corresponderá ao
vencimento, acrescido das vantagens pessoais,
Seção IV permanentes e relativas ao exercício do cargo de
provimento efetivo.
Da Reversão Art. 30. Adisponibilidade do funcionário se dará con-
Art. 28. Reversão é o retorno de funcionário aposenta- forme os seguintes critérios e ordem:
do ao exercício das atribuições: I - menor pontuação na avaliação de desempe-
nho no ano anterior;
I - no caso de aposentadoria por invalidez,
quando junta médica oficial declarar insubsis- II - maior número de faltas ao serviço;
tentes os motivos da aposentadoria;
III - menor idade;
II - no interesse da administração e a partir de
IV - maior remuneração.
requerimento do funcionário aposentado, ob-
servadas as seguintes condições: Art. 31. O período de disponibilidade é considerado
como de efetivo exercício para efeito de aposentado-
a) que a aposentadoria tenha sido voluntária; ria, observadas as normas próprias a esta.
b) ocorrência da aposentadoria nos 05 (cinco)
anos anteriores ao requerimento; Subseção II
c) estabilidade adquirida quando em atividade;
Do Aproveitamento
d) haja cargo vago.
Art. 32. Aproveitamento é o retorno obrigatório do
§ 1°. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no funcionário em disponibilidade ao exercício de cargo
cargo resultante de sua transformação. de atribuições e vencimentos compatíveis com o ante-
riormente ocupado.
§ 2°. Após o retorno, o tempo de exercício será
considerado para concessão de nova aposenta- Parágrafo único. O aproveitamento se dará na
doria. primeira vaga que ocorrer com precedência so-
bre as demais formas de provimento, observada
§ 3°. No caso do inciso I do caput deste artigo, a seguinte ordem de preferência dentre os fun-
encontrando-se provido o cargo, o funcionário cionários em disponibilidade:
exercerá suas atribuições como excedente, até a
ocorrência de vaga. I - maior tempo de disponibilidade;

§ 4°. O funcionário que retornar à atividade II - maior tempo de serviço público estadual;
por interesse da administração perceberá, em III - maior tempo de serviço público;
substituição aos proventos da aposentadoria,
a remuneração do cargo que voltar a exercer, IV - maior idade.
inclusive com a vantagem de natureza pessoal Art. 33. Não haverá aproveitamento para cargo de na-
incorporada e que percebia anteriormente à tureza superior ao anteriormente ocupado.
aposentadoria.
Parágrafo único. O funcionário aproveitado em
§ 5°. O funcionário de que trata o inciso II do cargo de natureza inferior ao anteriormente
caput deste artigo somente terá os proventos ocupado perceberá a diferença de remuneração
calculados com base nas regras atuais se perma- correspondente.
necer pelo menos 05 (cinco) anos no cargo.
Art. 34. O aproveitamento se dará somente àquele que
§ 6°. Não poderá reverter o aposentado que já for julgado apto física e mentalmente para o exercício
tiver completado 70 (setenta) anos de idade. do novo cargo.

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Parágrafo único. Declarada a incapacidade para I - da posse;


o novo cargo em inspeção médica, o funcionário
II - da publicação no Diário da Justiça dos atos
será aposentado por invalidez, considerando-
relativos às demais formas de provimento pre-
se, para tanto, o tempo de disponibilidade.
vistas nos incisos II a VI do art.11.
Seção VI § 1°. Os prazos previstos neste artigo poderão
ser prorrogados por 30 (trinta) dias, a requeri-
Da Reintegração mento do interessado e a juízo da autoridade
competente para dar posse.
Art. 35. Reintegração é o retorno do funcionário ao
exercício das atribuições de seu cargo, ou de cargo re- § 2°. O exercício em função de confiança dar-se
sultante de sua transformação, quando invalidada a -á no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados
demissão por decisão administrativa ou judicial. da publicação do ato de designação.
§ 1°. Na hipótese de extinção do cargo ou de- § 3°. O funcionário removido, promovido, relo-
clarada sua desnecessidade, o funcionário ficará tado, requisitado, cedido ou posto em exercício
em disponibilidade e será aproveitado na forma provisório terá 08 (oito) dias de prazo, contados
dos arts. 32 a 34 deste Estatuto. da publicação do ato, para o retorno ao efetivo
desempenho das atribuições do cargo na mes-
§ 2°. Encontrando-se provido o cargo, o seu ma comarca.
eventual ocupante será reconduzido ao cargo
de origem, sem direito à indenização, ou apro- § 4°. Na hipótese do § 3º, sendo a lotação de des-
veitado em outro cargo, ou, ainda, posto em dis- tino em outra comarca, o prazo da entrada em
ponibilidade. exercício será de 15 (quinze) dias.

§ 3°. O funcionário reintegrado por decisão defi- § 5°. O funcionário licenciado nos termos deste
nitiva será ressarcido financeiramente pelo que Estatuto retornará às efetivas atribuições a par-
deixou de perceber como vencimento ou remu- tir do término da licença.
neração durante o período de afastamento. § 6°. O exercício em cargo efetivo nos casos de
§ 4°. Transitada em julgado a decisão definitiva, reintegração, aproveitamento, reversão, recon-
será expedido o decreto de reintegração no pra- dução e readaptação dependerá de prévia satis-
zo máximo de 30 (trinta) dias. fação dos requisitos atinentes a tais formas de
provimento e aptidão física e mental comprova-
Seção VII da em inspeção médica oficial.
§ 7°. O funcionário que, após a posse, não en-
Da Recondução trar em exercício dentro do prazo fixado, será
Art. 36. Recondução é o retorno do funcionário ao car- exonerado.
go anteriormente ocupado e decorrerá de: § 8°. A posse e o exercício poderão ser reunidos
I - inabilitação em estágio probatório relativo a em um só ato.
outro cargo; Art. 39. O exercício é condicionado à vedação de con-
II - reintegração do anterior ocupante. ferir ao funcionário atribuições diversas das do seu
respectivo cargo.
§ 1°. Encontrando-se provido o cargo de origem,
o funcionário será aproveitado em outro, obser- Seção IX
vado o disposto nos arts. 32 a 34 deste Estatuto.
§ 2°. Na impossibilidade do aproveitamento o Da Freqüência e do Horário de Expediente
funcionário será posto em disponibilidade con- :Art. 40. A jornada de trabalho dos servidores do Po-
forme os arts. 29 a 31 deste diploma legal. der Judiciário é de 8 (oito) horas diárias e de 40 (qua-
renta) horas semanais, facultada a fixação de 7 (sete)
Seção VIII horas initerruptas.

Do Exercício I - das 08h30min (oito horas e trinta minutos)


às 11h00min (onze horas) e das 13h00min (treze
Art. 37. Exercício é o desempenho das atribuições do horas) às 17h00min (dezessete horas) para os lo-
cargo público ou da função gratificada. tados em 1º Grau de Jurisdição;
Parágrafo único. O início, a suspensão, a inter- II - das 09h00min (nove horas) às 11h00min
rupção e o reinício do exercício serão notados (onze horas) e das 13h00min (treze horas) às
na ficha funcional. 18h00min (dezoito horas) para os lotados na Se-
cretaria do Tribunal de Justiça.
Art. 38. É de 30 (trinta) dias o prazo para entrar no
exercício das atribuições do cargo ou da função, con- § 1º. Em razão do exercício de atividade externa
tado da data: incompatível com a fixação de horários de expe-

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diente, os funcionários com atribuições de Ofi- CAPÍTULO II


ciais de Justiça e de Avaliadores terão somente a
sua frequência diária registrada nos boletins das DA VACÂNCIA
Secretarias para as quais estiverem designados.
Seção I
§ 2º. A jornada de trabalho dos servidores e os
expedientes dos Ofícios de Justiça do Foro Judi- Disposições Gerais
cial e da Secretaria serão fixados e regulamenta-
dos por Resolução do Órgão Especial do Tribu- Art. 46. A vacância do cargo público decorrerá de:
nal de Justiça do Estado do Paraná, observado o I - remoção;
disposto na Lei Complementar nº 101, de 04 de
maio de 2000. II - promoção;
§ 3º Fica autorizada a compensação da jornada III - exoneração;
de trabalho do servidor mediante a utilização IV - demissão;
do Banco de Horas, no qual serão registradas
de forma individualizada as horas trabalhadas V - readaptação;
no exclusivo interesse do serviço, sendo regula- VI - aposentadoria;
mentada por ato do Presidente do Tribunal de
Justiça”. VII - falecimento.

Art. 41. Em todos os Juízos, Gabinetes, Departamen- Art. 47. Vagará o cargo na data:
tos e Centros do Tribunal de Justiça haverá controle de I - da publicação do ato de aposentadoria, exo-
freqüência dos funcionários por meio de livro-ponto neração, remoção, promoção, demissão ou rea-
ou de outro meio de controle regulamentado pelo Pre- daptação;
sidente do Tribunal de Justiça.
II - do falecimento do ocupante do cargo.
Parágrafo único. É vedado dispensar o funcio-
nário do registro de freqüência, salvo disposi- Seção II
ção legal em contrário ou autorização do Presi-
dente do Tribunal de Justiça. Da Remoção e da Promoção
Art. 42. Os funcionários ocupantes de cargo de pro- Art. 48. Aremoção ou promoção se dá por ato do Presi-
vimento efetivo vinculados a gabinete de magistrado dente do Tribunal de Justiça de acordo com indicação
que se aposentarem devem se apresentar na Divisão do Conselho da Magistratura e com base nas regras
de Recursos Humanos do Departamento Administra- por ele aprovadas, observados os princípios dispostos
tivo na data em que for publicado o decreto de apo- nos artigos 57 a 61 do presente Estatuto.
sentadoria do Desembargador ou do Juiz de Direito
Substituto em Segundo Grau, para que seja iniciado o § 1°. A remoção ou promoção somente se apli-
processo de nova lotação e controle de freqüência. ca aos ocupantes de cargos do Quadro de Pes-
soal de 1º Grau de Jurisdição, aos Secretários do
Art. 43. Em caso de óbito do magistrado, o setor com- Conselho de Supervisão do Juizado Especial,
petente do Departamento Administrativo fará lavrar e aos Secretários de Turma Recursal do Juizado
publicar, no trigésimo dia da data do falecimento, o ato Especial, aos Secretários do Juizado Especial,
de exoneração dos funcionários ocupantes de cargo de aos Oficiais de Justiça do Juizado Especial, aos
provimento em comissão vinculados ao gabinete. Auxiliares de Cartório do Juizado Especial, aos
Parágrafo único. Os funcionários efetivos de- Auxiliares Administrativos do Juizado Especial,
vem se apresentar na Divisão de Recursos Hu- e aos Contadores e Avaliadores do Juizado Es-
manos no terceiro dia após o falecimento, sendo pecial.
exonerados do cargo em comissão eventual- § 2°. A remoção é transferência do funcionário
mente exercido a partir daquela data. de um cargo para outro de mesma natureza em
Art. 44. Nos dias úteis, somente por determinação do outra comarca ou foro de igual entrância e dar-
Presidente do Tribunal de Justiça poderão deixar de se-á alternadamente por antiguidade e mereci-
funcionar os serviços do Judiciário ou ser suspensos, mento.
no todo ou em parte, seus trabalhos. § 3°. A promoção é a passagem do funcionário
Art. 45. Os funcionários regidos por este Estatuto, ocu- de um cargo para outro de mesma natureza e
pantes de cargo de provimento efetivo ou em comis- classe imediatamente superior e dar-se-á alter-
são, poderão ser convocados fora do horário do expe- nadamente por antiguidade e merecimento.
diente sempre que houver interesse da Administração.
§ 4°. A abertura dos editais à remoção e à pro-
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste moção se dará alternadamente e não concorren-
artigo e para os funcionários comissionados de- do interessados ou habilitados a uma ou outra
verá ser observada a vedação do artigo 78, pará- será autorizado concurso de provimento por
grafo único, deste Estatuto. ingresso.

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§ 5°. Os critérios para aferição do merecimento ofício, respeitados os casos em que seja previa-
serão estabelecidos com base nos princípios dis- mente definida em lei a secretaria, o foro ou a
postos nos artigos 57 a 61 do presente Estatuto. comarca ao qual o cargo é afetado.
Art. 49. Vagando cargo, o Presidente do Tribunal au- Art. 53. Relotação é o deslocamento do funcionário, a
torizará a expedição de edital com prazo de 05 (cinco) pedido ou de ofício, de uma repartição ou setor para ou-
dias convocando os interessados à remoção ou à pro- tro, inclusive entre foros, comarcas, ou secretarias, res-
moção. peitados os casos em que seja previamente definida em
§ 1°. Decorrido o prazo legal, os pedidos serão lei a secretaria ou a comarca ao qual o cargo é afetado.
reunidos em uma só autuação e encaminhados
CAPÍTULO IV
à Corregedoria-Geral da Justiça para informa-
ção sobre os antecedentes funcionais.
DA SUBSTITUIÇÃO
§2°. Não será deferido a inscrição a quem tenha
Art. 54. Nos casos de impedimentos superiores a 10
sofrido pena disciplinar nos últimos 02 (dois)
(dez) dias, o funcionário ocupante do cargo de pro-
anos.
vimento em comissão ou de função gratificada será
§ 3°. À remoção ou à promoção somente serão substituído.
admitidos funcionários com mais de 02 (dois)
§ 1°. A substituição depende de ato da adminis-
anos em exercício no cargo e que estejam ao me-
tração e recairá em funcionário ocupante de car-
nos no penúltimo nível de sua classe.
go de provimento efetivo e será por prazo deter-
§ 4°. Vencidas as etapas anteriores, o procedi- minado não superior a 120 (cento e vinte) dias.
mento será relatado pelo Corregedor-Geral da
§ 2°. O Presidente do Tribunal de Justiça defini-
Justiça perante o Conselho da Magistratura, que
rá em regulamento os cargos em comissão que
deliberará sobre a indicação ou não dos preten-
dentes. poderão ser preenchidos temporariamente por
substituição.
§ 5°. Não se aplica remoção ou promoção aos
cargos cuja extinção é prevista em lei à medida Art. 55. O substituto perceberá, além de sua remune-
que vagarem e nem aos cargos que, de livre re- ração, a diferença proporcional ao tempo de substitui-
manejamento, forem redistribuídos pela Admi- ção, calculada como se fosse titular do cargo em comis-
nistração Pública. são ou da função gratificada.

Seção III TÍTULO III

Da Exoneração CAPÍTULO ÚNICO

Art. 50. Aexoneração dar-se-á a pedido do funcionário DA PROGRESSÃO FUNCIONAL


ou de ofício.
Art. 56. Progressão funcional é a passagem do funcio-
Parágrafo único. A exoneração de ofício ocorre- nário de um nível para outro imediatamente superior
rá: dentro da mesma classe.
I - quando não satisfeitas as condições do está- Art. 57. Aprogressão dar-se-á, alternadamente, por an-
gio probatório; tiguidade e por merecimento.
II - quando, após a posse, o funcionário não en- § 1°. A progressão por antiguidade é a passagem
trar em exercício no prazo estabelecido; do funcionário mais antigo de um nível para o
III - para corte de despesas com pessoal nos ter- imediatamente subseqüente, dentro da mesma
mos da lei federal. classe, desde que:

Art. 51. Aexoneração de cargo em comissão ou a dis- I - tenha cumprido o interstício de 03 (três) anos
pensa da função de confiança dar-se-á: de efetivo exercício no nível em que se encon-
trava;
I - a juízo do Presidente do Tribunal de Justiça;
II - não tenha sido apenado nos últimos 02 (dois)
II - a pedido do próprio funcionário. anos;
CAPÍTULO III III - não esteja em licença para o trato de interes-
ses particulares;
DA LOTAÇÃO E DA RELOTAÇÃO
IV - não esteja cumprindo pena privativa de li-
Art. 52. Lotação é o ato de definição da secretaria, do berdade.
setor ou da repartição em que o funcionário exercerá
§ 2°. Progressão por merecimento é a passagem
as suas atribuições.
do funcionário de um nível para o imediatamen-
Parágrafo único. A lotação sempre se dará de te subseqüente, dentro da mesma classe, desde

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que preenchidos os pressupostos definidos no Parágrafo único. Nenhum funcionário do Poder


regulamento da avaliação periódica de desem- Judiciário terá remuneração superior ao subsí-
penho individual e cumprido o interstício de 02 dio percebido por Desembargador.
(dois) anos de efetivo exercício no nível em que Art. 65. O funcionário perderá:
se encontrava.
I - a remuneração do(s) dia(s) em que faltar ao
Art. 58. Não poderá concorrer à progressão por mere- serviço;
cimento o funcionário que:
II - a remuneração correspondente ao turno da
I - tenha sofrido qualquer tipo de penalidade falta (manhã ou tarde);
nos últimos 02 (dois) anos;
III - 1/3 (um terço) da remuneração do dia, se
II - esteja em disponibilidade. comparecer ao serviço com atraso ou sair ante-
Art. 59. O funcionário, para obter a progressão por me- cipadamente.
recimento, será submetido à avaliação de desempenho § 1º. Considera-se atraso o comparecimento ao
bienal. serviço após o início do expediente até o máxi-
§ 1º. A avaliação de desempenho bienal será mo de uma hora, após o que será lançada falta
executada com base em regulamento a ser edi- do respectivo turno.
tado pelo Presidente do Tribunal de Justiça. § 2º. Considera-se saída antecipada aquela que
§ 2º. O regulamento da avaliação de desempe- ocorrer antes do término do turno ou do perío-
nho bienal, dentre outros critérios, deverá es- do de trabalho.
tabelecer requisitos mínimos de freqüência e § 3º. As faltas justificadas decorrentes de caso
desempenho em cursos oficiais de aperfeiçoa- fortuito ou força maior poderão ser compensa-
mento. das a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício.
§ 3º. Será conferida a progressão por mereci-
mento ao funcionário com maior desempenho § 4º. O funcionário poderá perder 50% (cin-
na avaliação bienal imediatamente anterior à qüenta por cento) do valor do vencimento ou da
abertura de vaga no nível imediatamente supe- remuneração, no caso de aplicação de pena de
rior. suspensão convertida em multa, ficando obriga-
do a permanecer no serviço.
Art. 60. Aexecução do procedimento e aferição da pro-
gressão funcional fica a cargo de Departamento espe- Art. 66. As faltas ao serviço, decorrentes de ordens ju-
cífico da Secretaria do Tribunal de Justiça, nos termos diciais dirigidas contra o funcionário, implicarão em:
a ser definido pelo Regulamento a ser editado pelo I - redução da remuneração a 2/3 (dois terços)
Presidente do Tribunal de Justiça. durante o afastamento por motivo de prisão
Art. 61. Será conferida progressão funcional para fins cautelar;
de aposentadoria ou pensão caso o funcionário preen- II - redução da remuneração a metade durante o
cha os requisitos legais por ocasião da perda do víncu- afastamento em virtude de decisão condenató-
lo com a administração. ria penal transitada em julgado, que não deter-
mine a perda do cargo.
TÍTULO IV
§ 1º. No caso do inciso I do caput deste artigo, o
DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS funcionário terá direito à integralização da remu-
neração se for absolvido em decisão definitiva.
CAPÍTULO I § 2º. As reduções cessarão no dia em que o fun-
cionário for posto em liberdade.
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
§ 3º. O funcionário que for posto em liberda-
Art. 62. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo de nos termos deste artigo deverá retornar ao
efetivo exercício do cargo com valor fixado em lei e exercício de suas atribuições no dia seguinte à
correspondente ao nível de enquadramento do funcio- soltura.
nário.
Art. 67. O funcionário nomeado para cargo de provi-
Art. 63. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, mento em comissão optará entre o vencimento de tal
acrescido das vantagens pecuniárias estabelecidas em cargo e a remuneração que recebe em razão de seu car-
lei. go efetivo, acrescida em 20% (vinte por cento) do valor
Art. 64. Os funcionários ocupantes de cargo de provi- símbolo do cargo comissionado.
mento efetivo e de provimento em comissão percebe- § 1º. Em nenhuma hipótese a diferença remu-
rão seus vencimentos ou suas remunerações nos ter- neratória percebida pelo funcionário efetivo em
mos da lei que define o Plano de Cargos e Progressão razão do exercício de cargo em comissão será
do Poder Judiciário. incorporada aos seus vencimentos.

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§ 2º. Aplica-se ao funcionário em disponibilida- culosidade e risco de vida que se incorporam às


de nomeado para cargo de provimento em co- remunerações nos termos deste Estatuto. (Revo-
missão o disposto no caput deste artigo como se gado pela Lei 17250 de 31/07/2012)
na ativa estivesse.
§ 3º. Os adicionais incorporam-se ao vencimen-
Art. 68. Não incidirá desconto sobre o vencimento to ou aos proventos, nos casos e condições indi-
ou a remuneração, salvo por imposição legal, ordem cados em lei.
judicial ou autorização escrita do funcionário, obser-
vando-se que, nesta última hipótese, a consignação do § 4º. As vantagens não serão computadas nem
desconto fica a critério da administração pública. acumuladas para efeito de concessão de quais-
quer outros acréscimos pecuniários ulteriores,
Art. 69. As reposições e indenizações ao Erário Esta- sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
dual serão descontadas em parcelas mensais, não ex-
cedentes a 10% (dez por cento) da remuneração. Seção II
§ 1º. As reposições e indenizações serão previa-
mente comunicadas ao funcionário e corrigidas Das Indenizações
pela média do INPC (IBGE) e IGP-DI (Fundação
Art. 71. Constituem indenizações:
Getúlio Vargas) ou pela média dos índices que
vierem a substituí-los e acrescidas de juros nos I - ajuda de custo;
termos da lei civil.
II - diárias;
§ 2º. A reposição será integral e em parcela única
quando o pagamento indevido tiver ocorrido no III - transporte.
mês anterior ao do processamento da folha.
Subseção I
§ 3º. Quando o funcionário for exonerado, dis-
pensado ou demitido terá o prazo de 60 (sessen- Da Ajuda de Custo
ta) dias, a contar da data da perda do vínculo
com a administração pública, para pagar o dé- Art. 72. Ajuda de custo é a compensação das despesas
bito, sendo que o não pagamento implicará em do funcionário que em virtude de promoção, remoção
inscrição em dívida ativa. ou relotação muda de domicílio para exercer as suas
atribuições em caráter permanente em outra comarca.
§ 4º. As reposições derivadas de revogações de
ordens judiciais que majoraram vencimentos ou § 1º. A ajuda de custo compreende as despesas
remunerações deverão ser feitas em 30 (trinta) do funcionário e de sua família com combustí-
dias, a contar da data da notificação administra- vel ou passagem e do transporte de bagagens e
tiva, sob pena de inscrição em dívida ativa. de bens pessoais até o valor de uma remunera-
ção mensal.
§ 5º. No caso de recebimento de valores inde-
vidos a título de remuneração ou vencimento o § 2º. A compensação será feita mediante com-
funcionário comunicará, no prazo de 10 (dez) provação documental das despesas nos termos
dias, à Secretaria do Tribunal de Justiça, sob do § 1º deste artigo.
pena de caracterização de comportamento des-
leal para com a administração pública. § 3º. A ajuda de custo somente será realizada
uma vez a cada intervalo mínimo de 02 (dois)
CAPÍTULO II anos, no caso de remoções ou promoções, con-
forme dispuser regulamento a ser editado pelo
DAS VANTAGENS Presidente do Tribunal de Justiça.
§ 4º. A ajuda de custo em razão de relotação de
Seção I
ofício pela administração pública não possui o
Disposições Preliminares limite de tempo previsto no § 3º deste artigo e
será regulamentada pelo Presidente do Tribu-
Art. 70. Poderão ser pagas ao funcionário as seguintes nal de Justiça.
vantagens:
§ 5º. Não será devida ajuda de custo na hipótese
I - indenizações; de relotação a pedido do funcionário.
II - adicionais; § 6º. O funcionário ficará obrigado a restituir in-
III - gratificações. tegralmente a ajuda de custo recebida, no prazo
de 10 (dez) dias, quando, injustificadamente,
§ 1º. As indenizações e as gratificações não se
não se apresentar na nova sede, no prazo 30
incorporam ao vencimento ou à remuneração.
(trinta) dias, ou ainda, pedir exoneração antes
§ 2º. Excepcionam-se da hipótese do §1º deste de completar 90 (noventa) dias de exercício na
artigo as gratificações por insalubridade, peri- nova sede.

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Subseção II por ano excedente, até o máximo de 25% (vinte e cinco


por cento), contados de forma linear.
Das Diárias
§ 1º. A incorporação desses acréscimos será ime-
Art. 73. O funcionário em serviço que se afastar por or- diata, inclusive para efeito de aposentadoria,
dem da Administração Pública da sede de sua lotação, pensão ou disponibilidade.
em caráter eventual ou transitório para outro ponto
do território nacional ou para o exterior, terá direito § 2º. No cálculo e para efeito de pagamento do
ao pagamento das passagens e de diárias destinadas adicional referido nesta Seção, não será conside-
a indenizar as despesas realizadas em razão do deslo- rada a soma ao vencimento de qualquer acrésci-
camento. mo de adicional anteriormente deferido.

§ 1º. A diária é devida por dia de afastamento e CAPÍTULO III


terá valor arbitrado conforme regulamento a ser
editado pelo Presidente do Tribunal de justiça, DAS FÉRIAS
observado o seguinte:
Art. 95. Após cada período de 12 (doze) meses de efe-
I - valores fixos para alimentação e pernoite; e tivo exercício, o funcionário terá direito a férias, que
II - a base de cálculo dos valores de alimentação podem ser cumuladas por até 02 (dois) períodos, por
e pernoite será estabelecida segundo o cargo, comprovada necessidade de serviço, observada a se-
função e nível na carreira do funcionário. guinte proporção:
§ 2º. Quando o deslocamento da sede constituir I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver
exigência permanente do cargo, o funcionário faltado ao serviço por mais de 05 (cinco) vezes
não terá direito a diárias. no período aquisitivo;
Art. 74. O funcionário que receber diária e não se afas- II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando
tar da sede por qualquer motivo, fica obrigado a resti- houver tido de 06 (seis) a 14 (quatorze) faltas no
tuí-la integralmente, no prazo de 02 (dois) dias. período aquisitivo;
Parágrafo único. Na hipótese de o funcionário III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver
retornar à sede em prazo menor do que o pre- tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas no
visto para o seu afastamento restituirá as diá- período aquisitivo;
rias recebidas em excesso, no prazo previsto no
caput deste artigo. IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido
de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas
Subseção III no período aquisitivo.
§ 1º. Para o primeiro período aquisitivo de fé-
Da Indenização de Transporte rias serão exigidos 12 (doze) meses de efetivo
Art. 75. Conceder-se-á indenização de transporte ao exercício.
funcionário que realizar despesas com a utilização de § 2º. A escala de férias dos funcionários lotados
meio próprio de locomoção para a execução de servi-
na Secretaria do Tribunal de Justiça será orga-
ços externos, por força das atribuições próprias do car-
nizada pelo chefe de cada Divisão ou Departa-
go, conforme dispuser regulamento a ser editado pelo
mento, e pelo Juiz de Direito Diretor do Fórum
Presidente do Tribunal de Justiça.
para os demais casos.
Parágrafo único. A compensação será feita nos
§ 3º. É vedado compensar dias de faltas com os
termos a serem fixados em regulamento.
de férias.
Seção III
§ 4º. As férias poderão ser parceladas, desde que
Dos Adicionais assim requeridas pelo funcionário, e no interes-
Art. 76. O funcionário ocupante de cargo de provimen- se da administração pública.
to efetivo terá acrescido aos vencimentos, a cada 05 Art. 96. Não terá direito a férias o funcionário que, no
(cinco) anos de efetivo exercício, 5% (cinco por cento) curso do período aquisitivo, deixar de trabalhar, com
do valor do vencimento previsto para o nível do cargo percepção do vencimento ou da remuneração, por
que ocupa até completar 25% (vinte e cinco por cento), mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação par-
contados de forma linear. cial ou total do serviço público.
Parágrafo único. O acréscimo será imediato, in- Parágrafo único. Na hipótese de cessação do
clusive para efeito de aposentadoria, pensão ou vínculo com a administração pública será de-
disponibilidade. vida ao funcionário indenização de férias não-
Art. 77. Ao completar 30 (trinta) anos de efetivo exer- gozadas, integrais ou proporcionais, calculadas
cício, o funcionário terá direito ao acréscimo aos venci- com base no vencimento anterior ao ato do des-
mentos do nível de seu cargo de 5% (cinco por cento) ligamento.

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CAPÍTULO IV Art. 104. Com base na mesma dotação, forma e prazo


referidos nos parágrafos 1º e 2º do art. 102 será conce-
DO SALÁRIO-FAMÍLIA dido transporte ou meios para mudança à família do
Art. 97. O salário-família é devido no valor fixado na funcionário, quando este falecer fora do Estado do Pa-
legislação federal, mensalmente, ao funcionário ativo raná, no desempenho do cargo ou de serviço.
ou inativo que receba vencimento igual ou inferior a CAPÍTULO VI
01 (um) salário-mínimo nacional, na proporção do nú-
mero de dependentes econômicos. DAS LICENÇAS
Parágrafo único. Consideram-se dependentes Seção I
econômicos para efeito de percepção do salário-
família: Disposições Gerais
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclu- Art. 105. Ao (a) funcionário(a) conceder-se-á licença:
sive os enteados até 18 (dezoito) anos de idade
I - para tratamento de saúde;
ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou,
se inválido, de qualquer idade; II - por motivo de doença em pessoa da família;
II - o menor de 18 (dezoito) anos que, median- III - à gestante, à paternidade e à adotante;
te autorização judicial, viver na companhia e às
IV - para acompanhar o cônjuge ou o compa-
expensas do funcionário, ou do inativo;
nheiro;
III - a mãe e o pai sem economia própria.
V - para o serviço militar;
Art. 98. Não se configura a dependência econômica
VI - para atividade política e para exercício de
quando o beneficiário do salário-família perceber ren-
mandato eletivo;
dimento de trabalho ou de qualquer outra fonte, inclu-
sive pensão ou provento da aposentadoria, em valor II - para capacitação, freqüência de cursos e ho-
igual ou superior ao salário-mínimo. rário especial;
Art. 99. Quando o pai e a mãe forem funcionários VIII - para tratar de interesses particulares;
públicos e viverem em comum, o salário-família será
IX - para o desempenho de mandato classista;
pago a um deles; quando separados, será pago a um e
outro, de acordo com a distribuição dos dependentes. X - especial;
Parágrafo único. Equiparam-se ao pai e à mãe o XI - para missão ou estudo no exterior.
padrasto, a madrasta e, na falta destes, os repre- Parágrafo único. Os pedidos de licença devem
sentantes legais dos incapazes. ser instruídos com os documentos que compro-
Art. 100. O salário-família não está sujeito a qualquer vem os respectivos fundamentos, sob pena de
tributo estadual, nem servirá de base para qualquer indeferimento liminar, salvo nas hipóteses em
contribuição estadual, inclusive para o sistema previ- que seja necessária inspeção médica para cons-
denciário. tatação do respectivo motivo.
Art. 101. As licenças concedidas ao funcionário não Art. 106. Acompetência para o exame e a deliberação
acarretam a suspensão do pagamento do saláriofamí- sobre os pedidos de licenças previstas no art. 105 é do
lia, excepcionada a hipótese para tratamento de inte- Presidente do Tribunal de Justiça, que poderá delegar
resses particulares. tal atribuição às autoridades e aos funcionários que
lhes sejam subordinados.
CAPÍTULO V
§ 1º. O funcionário em gozo de licença comuni-
DO AUXÍLIO FUNERAL cará ao seu chefe imediato o local em que pode-
Art. 102. À pessoa que provar ter feito despesas com o rá ser encontrado.
funeral do funcionário será paga a importância corres- § 2º. O tempo necessário à inspeção médica será
pondente até 01 (um) mês de remuneração do falecido sempre considerado como período de licença.
para o respectivo ressarcimento.
Seção II
§ 1º. O pagamento correrá pela dotação própria
à remuneração do funcionário falecido, não po-
Da Licença para Tratamento de Saúde
dendo, por esse motivo, novo ocupante entrar
em exercício antes do transcurso de 30 (trinta) Art. 107. Será concedida ao funcionário licença para
dias da data do óbito. tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base
em perícia médica.
Art. 103. Em caso de acumulação legal de cargos do
Estado do Paraná, o auxílio funeral corresponderá ao Art. 108. Para licença de até 30 (trinta) dias, a inspe-
pagamento do cargo de maior vencimento do funcio- ção será feita por médico do Tribunal de Justiça e, por
nário falecido. prazo superior, será efetivada por junta médica oficial.

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§ 1º. Sempre que necessário, a inspeção médica cimento ou a remuneração com as vantagens inerentes
será realizada na residência do funcionário ou ao cargo.
no estabelecimento hospitalar em que se encon-
Art. 114. O funcionário acidentado no exercício de
trar internado.
suas atribuições, ou acometido de doença profissional,
§ 2º. Inexistindo médico do Quadro no local em será posto em licença a requerimento ou de ofício para
que se encontra lotado o funcionário será aceito o respectivo tratamento.
atestado firmado por médico particular.
§ 1º. Entende-se por doença profissional a que se
§ 3º. No caso do parágrafo 2º deste artigo, o deva atribuir, com relação de causa e efeito, às
atestado somente produzirá efeitos depois de condições inerentes ao serviço e aos fatos ocor-
homologado pelo setor médico do Tribunal de ridos em razão do seu desempenho.
Justiça, pelas autoridades ou pelos funcionários § 2º. Acidente é o evento danoso que tenha como
nos termos do art. 106 deste Estatuto. causa, mediata ou imediata, o exercício de atri-
§ 4º. Não homologado o atestado ou indeferido buições inerentes ao cargo.
o pedido de licença, o funcionário reassumirá § 3º. Considera-se também acidente a agressão
imediatamente o exercício de suas atribuições, sofrida e não provocada pelo funcionário no
sendo considerados os dias que deixou de com- exercício de suas atribuições ou em razão delas.
parecer ao serviço como faltas ao trabalho, por
haver alegado doença. § 4º. A comprovação do acidente, indispensá-
vel para a concessão da licença, deve ser feita
§ 5º. O funcionário que no período de 12 (doze) em procedimento próprio, no prazo de 08 (oito)
meses atingir o limite de 30 (trinta) dias de li- dias, prorrogáveis por igual período.
cença para tratamento de saúde, consecutivos
ou não, para a concessão de nova licença, inde- Art. 115. O funcionário que apresentar indícios de le-
pendentemente do prazo de sua duração, será sões orgânicas ou funcionais será submetido à inspe-
submetido à inspeção por junta médica oficial. ção médica e não poderá recusá-la sob pena de sus-
pensão de pagamento dos vencimentos ou da remu-
Art. 109. O funcionário não permanecerá em licen- neração, até que ela seja realizada, e de responder a
ça para tratamento de saúde por prazo superior a 24 processo administrativo disciplinar.
(vinte e quatro) meses, contados ainda que interpola-
damente, exceto nos casos considerados recuperáveis Parágrafo único. Consideram-se doenças deter-
pela junta médica, que poderá prorrogá-lo motivada- minantes do licenciamento compulsório para
mente e por período certo. tratamento de saúde do funcionário a tuber-
culose ativa, a hanseníase, a alienação mental,
Parágrafo único. Decorrido o prazo do caput a neoplasia maligna, a cegueira posterior ao in-
deste artigo, o funcionário será submetido à gresso no serviço público, a paralisia irreversí-
nova inspeção, sendo aposentado se julgado vel e incapacitante, a cardiopatia grave, a doen-
definitivamente inválido para o serviço público ça de Parkinson, a espondiloartrose anquilo-
em geral e não puder ser readaptado. sante, a nefropatia grave, o estado avançado do
Art. 110. Em casos de doenças graves, contagiosas ou mal de Paget (osteíte deformante), a síndrome
não, que imponham cuidados permanentes, poderá da deficiência imunológica adquirida (Aids), a
a junta médica, se considerar o doente irrecuperável, esclerose múltipla, a contaminação de radiação
recomendar como resultado da inspeção a imediata e outras que forem indicadas em lei, de acordo
aposentadoria. com os critérios de estigma, deformação, muti-
lação, deficiência, ou outro fator que lhe confira
Parágrafo único. Na hipótese de que trata o especificidade e gravidade, com base na medici-
caput deste artigo e o parágrafo único do art. na especializada.
109, a inspeção será feita por uma junta médica
de pelo menos 03 (três) médicos. Art. 116. No curso da licença, poderá o funcionário re-
querer inspeção médica, caso se julgue em condições
Art. 111. No processamento das licenças para trata- de reassumir o exercício de suas atribuições ou com
mento de saúde, será observado o devido sigilo sobre direito à aposentadoria.
os laudos e os atestados médicos.
Art. 117. Considerado apto em inspeção médica, o
Art. 112. No curso de licença para tratamento de saú- funcionário reassumirá o exercício, sob pena de serem
de, o funcionário abster-se-á de atividades remunera- computados os dias de ausência como faltas.
das, sob pena de interrupção da licença com perda to-
tal do vencimento ou da remuneração, até que reassu- Seção III
ma o cargo, e de responder a processo administrativo
disciplinar. Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da
Família
Art. 113. Licenciado para tratamento de saúde, por aci-
dente no exercício de suas atribuições ou por doença Art. 118. Será concedida licença ao funcionário por
profissional, o funcionário recebe integralmente o ven- motivo de doença do cônjuge ou de companheiro, dos

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pais, dos filhos, do padrasto ou da madrasta e de en- I - de 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver
teado, ou de dependente que viva às suas expensas e de 0 (zero) a 30 (trinta) dias;
conste na sua ficha funcional, mediante comprovação
II - de 90 (noventa) dias, se a criança tiver de 02
por junta médica oficial.
(dois) meses incompletos a 06 (seis) meses;
§ 1º. A licença somente será deferida se a assis-
III - de 60 (sessenta) dias, se a criança tiver de 07
tência direta do funcionário for indispensável e
(sete) meses incompletos a 02 (dois) anos;
não puder ser prestada simultaneamente com o
exercício do cargo ou mediante compensação de IV - de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 03
horário. (três) anos incompletos a 06 (seis) anos.
§ 2º. A licença será concedida sem prejuízo da § 1°. Considera-se a idade da criança à época de
remuneração, por até 30 (trinta) dias, podendo sua entrega à mãe adotiva.
ser prorrogada por até 30 (trinta) dias, mediante
§ 2°. Findo o prazo de licença, a mãe adotante
laudo de junta médica oficial e, excedendo estes
deverá retornar ao trabalho, sendo improrrogá-
prazos, sem remuneração, por até 90 (noventa)
dias consecutivos ou não, compreendidos no vel a licença.
período de 24 (vinte e quatro) meses, contados Art. 122. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o fun-
ainda que interpoladamente. cionário terá direito à licença-paternidade de 05 (cin-
§ 3º. Durante a fruição da licença por motivo de co) dias consecutivos.
doença em pessoa da família o funcionário não
exercerá nenhuma atividade remunerada, sob Seção V
pena de interrupção da licença e de responder a
processo administrativo disciplinar. Da Licença para Acompanhar o Cônjuge ou o
Companheiro
Seção IV

Da Licença à Gestante, à Paternidade e à Adotante Art. 123. Será concedida licença ao funcionário (a) para
acompanhar cônjuge ou companheiro (a) que for des-
Art. 119. À funcionária gestante será concedida, me- locado (a) de ofício pela administração pública para
diante atestado médico, licença por 180 (cento e oiten- outro ponto do território nacional ou exterior ou para
ta) dias, com percepção de vencimento ou remunera- o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo
ção com demais vantagens legais. e Legislativo.
§ 1°. A funcionária gestante, quando em serviço § 1°. A licença será por prazo indeterminado e
de natureza braçal, será aproveitada em função sem vencimento ou remuneração.
compatível com o seu estado, a contar do pri-
meiro dia do quinto mês de gestação, salvo an- § 2°. No deslocamento do(a) funcionário(a) po-
tecipação por prescrição médica, sem prejuízo derá haver exercício provisório em órgão ou en-
do direito à licença de que trata esta Seção. tidade da administração do Estado do Paraná,
inclusive autárquica ou fundacional, desde que
§ 2°. A licença poderá, a pedido da funcionária para o exercício de atividade compatível com o
gestante, ter início no primeiro dia do nono mês seu cargo.
de gestação, salvo antecipação por prescrição
médica. § 3°. Independentemente do regresso do(a)
cônjuge ou do(a) companheiro(a), o(a) funcio-
§ 3°. Na hipótese de nascimento prematuro, a nário(a) poderá requerer, a qualquer tempo, o
licença terá início a partir do parto. retorno ao exercício de suas atribuições, o que
§ 4°. No caso de natimorto, a funcionária ficará lhe será deferido observados os requisitos dos
licenciada por 30 (trinta) dias a contar do even- arts. 29 a 34 deste Estatuto.
to, decorridos os quais, será submetida a exame
§ 4°. Para acompanhar o (a) cônjuge ou o (a)
médico, e se julgada apta, reassumirá o exercí-
companheiro(a) poderá ser aplicado o disposto
cio de suas atribuições.
no art. 140 deste Estatuto ao invés da licença de
§ 5°. No caso de aborto atestado por médico, a que trata esta Seção.
funcionária terá direito a 30 (trinta) dias de re-
pouso remunerado. Seção VI
Art. 120. Para amamentar o próprio filho até a idade
de 06 (seis) meses, a funcionária lactante terá, durante Da Licença para o Serviço Militar
a jornada de trabalho, duas horas de descanso, que po- Art. 124. Ao funcionário convocado para o serviço mi-
derá ser parcelada em 02 (dois) períodos de uma hora.
litar será concedida licença sem vencimento ou remu-
Art. 121. À funcionária que adotar ou tiver concedida neração na forma e nas condições previstas na legisla-
guarda judicial para fins de adoção será concedida li- ção específica e mediante documento comprovante da
cença nos seguintes prazos: incorporação.

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Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o 9.717 de 27.11.1998.


funcionário terá até 30 (trinta) dias sem remune-
§ 5°. O funcionário investido em mandato eleti-
ração para reassumir o exercício do cargo.
vo não poderá ser relotado de ofício para locali-
Art. 125. Será concedida licença sem remuneração ou dade diversa daquela em que exerce o mandato.
vencimento ao funcionário que tiver feito curso para
§ 6°. O funcionário deverá reassumir o exercício
oficial da reserva das forças armadas durante os está-
de seu cargo no Poder Judiciário no primeiro
gios prescritos nos regulamentos militares.
dia útil subseqüente:
Seção VII I - ao trânsito em julgado da decisão da Justiça
Eleitoral que indeferiu o registro de sua candi-
Da Licença para Atividade Política e para o Exercício datura ou homologou a sua desistência;
de Mandato Eletivo
II - após o decurso do prazo de que trata o §2º do
Art. 126. O funcionário poderá ser licenciado, sem art. 126, caso seja confirmado o registro de sua
remuneração, durante o período que mediar entre a candidatura;
sua escolha em convenção partidária, como candida-
to a cargo eletivo do Poder Legislativo ou do Poder III - ao da apresentação de sua desistência à can-
Executivo, e a véspera do registro de sua candidatura didatura.
perante a Justiça Eleitoral. § 7°. A inobservância do disposto no §6º deste
§ 1°. O funcionário candidato a cargo eletivo artigo implicará em falta ao serviço.
que exerça cargo de direção, chefia, assessora- § 8°. A licença e o retorno do funcionário ao
mento, arrecadação ou fiscalização, dele será li- exercício de suas atribuições deverão ser comu-
cenciado, a partir do dia imediato ao do registro nicados à Presidência do Tribunal de Justiça no
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, prazo de 15 (quinze) dias, contados, respectiva-
até o décimo dia seguinte ao do pleito. mente, de seu início e das datas previstas no pa-
§ 2°. A partir do registro da candidatura e até o rágrafo 6º deste artigo.
décimo dia seguinte ao da eleição o funcionário
será licenciado, assegurada percepção dos ven- Seção VIII
cimentos do cargo efetivo.
Da Licença para Capacitação e Freqüência de Cursos
Art. 127. O funcionário ficará licenciado do cargo em
e do Horário Especial
decorrência do exercício de mandato eletivo:
Art. 128. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o
I - federal, estadual ou distrital;
funcionário ocupante de cargo efetivo poderá, no inte-
II - de Prefeito, sendo-lhe facultado optar pela resse e a critério da administração, licenciar-se com a
remuneração do cargo que ocupa; respectiva remuneração, por até 03 (três) meses, para
participar ou completar requisitos de curso de capaci-
III - de Vereador, e havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, tação profissional correlatos às responsabilidades e às
emprego ou função, sem prejuízo da remunera- atribuições do cargo que ocupa.
ção do cargo eletivo, e, não havendo compatibi- Parágrafo único. Os períodos de licença de que
lidade, será aplicada a norma do inciso II deste trata o caput deste artigo não são acumuláveis.
artigo.
Art. 129. O funcionário que usufruir da licença pre-
§ 1°. Em qualquer caso que exija o licenciamen- vista no art. 128 será obrigado a restituir os valores
to para o exercício do cargo eletivo, o tempo de percebidos como remuneração durante o respectivo
serviço será contado para todos os efeitos legais, período, no caso de ocorrer sua exoneração no prazo
exceto para promoção ou progressão funcional de 02 (dois) anos, a contar do término do tal benefício.
por merecimento.
Art. 130. O funcionário que for estudante em cursos
§ 2°. Para efeito de benefício previdenciário, no de formação até o grau universitário, incluídos os de
caso do licenciamento, os valores serão determi- pós-graduações, desde que ministrados na localidade
nados como se no exercício estivessem. da lotação, terá horários especiais de trabalho que pos-
§ 3°. Será computado integralmente o tempo de sibilitem a freqüência ao curso, condicionados à possi-
exercício de mandato eletivo federal, estadual, bilidade e à realização das necessárias compensações a
distrital e municipal, prestado sob a égide de perfazerem a carga horária normal de trabalho.
qualquer regime jurídico, bem como as contri- § 1°. Será deferido horário especial somente por
buições feitas para instituições oficiais de previ- uma vez para a realização de 01 (um) curso téc-
dência social brasileira. nico, 01 (um) de graduação, 01 (um) de especia-
§ 4°. A contagem recíproca estabelecida no §3º lização, 01 (um) de mestrado e 01 (um) de dou-
deste artigo atenderá ao disposto na Lei Esta- torado, observado o período de regular duração
dual n.º 12.398 de 30.12.1998 e na Lei Federal n.º de cada um deles.

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Noções de Direito e Legislação

§ 2°. O funcionário beneficiário de horário espe- tação nas referidas entidades, desde que cadas-
cial não terá direito a qualquer gratificação ou tradas em Ministério da administração pública
aumento de vencimentos ou remuneração por federal nos termos da legislação federal.
trabalho fora do horário normal de expediente.
§ 2º. A licença terá duração igual à do mandato,
§ 3°. Será concedido horário especial ao funcio- podendo ser prorrogada no caso de reeleição, e
nário portador de necessidades especiais quan- será computado o tempo de afastamento para
do atestado por junta médica, independente- todos os efeitos legais, exceto para promoção
mente de compensação de horário, observado o por merecimento.
disposto no §2º deste artigo.
§ 3°. O funcionário investido em mandato clas-
§ 4°. O Presidente do Tribunal de Justiça defini- sista não poderá ser relotado de ofício para lo-
rá os funcionários competentes a deliberar sobre calidade diversa daquela em que exerce o man-
os pedidos de horários especiais. dato.

Seção IX Seção XI

Da Licença para Tratar de Interesses Particulares Da Licença Especial

Art. 131. Acritério da administração poderão ser con- Art. 134. O funcionário estável que durante 10 (dez)
cedidas ao funcionário ocupante de cargo efetivo, des- anos não se afastar do exercício de suas funções terá
de que não esteja em estágio probatório, licenças para direito à licença especial de 06 (seis) meses, por decê-
o trato de assuntos particulares pelo prazo de até 02 nio, com percepção de vencimento ou remuneração.
(dois) anos consecutivos. Parágrafo único. Após cada qüinqüênio de efeti-
§ 1°. A licença poderá ser interrompida, a qual- vo exercício, ao funcionário estável que requerer
quer tempo, a pedido do funcionário ou no in- conceder-se-á licença especial de 03 (três) meses
teresse do serviço, devendo o funcionário, nesta com vencimento ou remuneração.
última hipótese, reassumir suas atribuições no Art. 135. Não podem gozar de licença especial, simul-
prazo de 30 (trinta) dias depois de notificado, taneamente, o funcionário e o seu substituto legal; se
sob pena de responder administrativamente por requeridas para períodos coincidentes, ainda que par-
abandono de cargo. cialmente, a preferência para a fruição é daquele que
§ 2º. O tempo de afastamento em razão da frui- tenha mais tempo de serviço público estadual.
ção da licença que se trata esta Seção não será Parágrafo único. Na mesma repartição não po-
computado para qualquer efeito legal. derão usufruir de licença especial, simultanea-
Art. 132. Não será concedida a licença de que trata esta mente, funcionários em número superior à sexta
Seção ao funcionário que esteja respondendo a proces- parte do total do respectivo Quadro de lotação
so administrativo disciplinar. e, quando o número de funcionários for inferior
a 06 (seis), somente 01 (um) deles poderá entrar
Seção X em licença especial. Em ambos os casos, a pre-
ferência será estabelecida na forma prevista no
Da Licença para Desempenho de Mandato Classista caput deste artigo.
Art. 133. É assegurado ao funcionário efetivo licença Art. 136. É vedada a conversão da licença de que trata
com remuneração para o desempenho de mandato em esta Subseção em pecúnia.
associação de classe ou sindicato representativo da ca-
tegoria de funcionários: Seção XII
I - para entidades com até 500 (quinhentos) as- Da Licença para Estudo ou Missão no Exterior
sociados, 01 (um) funcionário;
Art. 137. Somente o funcionário estável e efetivo po-
II - para entidades com 501 (quinhentos e um) derá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial
a 1000 (mil) associados, 02 (dois) funcionários; desde que autorizado pelo Presidente do Tribunal de
III - para entidades com 1001 (mil e um) a 1500 Justiça.
(mil e quinhentos) associados, 03 (três) funcio-
§ 1°. A ausência não excederá a 02 (dois) anos, e
nários;
finda a missão ou o estudo, somente decorrido
IV - para entidades com mais de 1501 (mil e qui- igual período, será permitida nova ausência.
nhentos e um) associados, será liberado mais
§ 2°. Ao funcionário beneficiado pelo dispos-
um dirigente, a cada quinhentos associados ex-
to neste artigo não será concedida exoneração,
cedentes a tal número, até o limite de oito.
bem como as licenças para tratar de interesses
§ 1°. Somente poderão ser licenciados funcioná- particulares, para capacitação ou especial, antes
rios eleitos para cargos de direção ou represen- de decorrido período igual ao da licença.

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§ 3°. As hipóteses, condições e formas para a go efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo
concessão da licença de que trata esta Seção, acrescida de percentual da retribuição do cargo
inclusive no que se refere à percepção de ven- em comissão.
cimentos ou de remuneração do funcionário
§ 3°. A entidade cessionária efetuará o reembol-
estável e efetivo serão disciplinadas em regula-
so das despesas realizadas pelo cedente a qual-
mento a ser editado pelo Presidente do Tribunal
quer título, inclusive no que toca à diferença
de Justiça.
derivada da opção referida no § 2º deste artigo.
Art. 138. O licenciamento de funcionário estável e efe-
§ 4°. A cessão far-se-á a critério do Presidente
tivo para servir em organismo internacional de que o
do Tribunal de Justiça por prazo certo, não su-
Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com
perior a 01 (um) ano, e mediante Portaria publi-
perda total da remuneração.
cada no Diário da Justiça.
CAPÍTULO VII § 5°. A contagem de tempo de serviço do funcio-
nário cedido para fins previdenciários obedece-
DOS AFASTAMENTOS rá às normas contidas na Lei Estadual n.º 12.398
Art. 139. Serão concedidos os seguintes afastamentos de 30.12.1998.
do exercício das atribuições aos funcionários, sem pre-
juízo dos vencimentos ou das remunerações, para: CAPÍTULO IX

I - trânsito, conforme prazos estabelecidos nos DA APOSENTADORIA, DO TEMPO DE SERVIÇO


§§ 3º e 4º do art. 38 deste Estatuto; E DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
II - casamento, por 08 (oito) dias; Art. 141. Aaposentadoria sob qualquer modalidade se
III - luto por falecimento de cônjuge ou compa- dará nos prazos e nas formas previstas na Constitui-
nheiro, filho ou enteado, pai ou padrasto, mãe ção Federal, na Constituição Estadual, na Lei Federal
ou madrasta, irmão, por 08 (oito) dias; n.º 9.717 de 27 de novembro 1998 e na Lei Estadual
n.º 12.398 de 30 de dezembro de 1998 e suas alterações
IV - júri e outros serviços obrigatórios por lei; subseqüentes.
V - doar sangue, por 01 (um) dia a cada 12 (doze) § 1°. Os valores a serem pagos em razão das
meses de trabalho; aposentadorias são os definidos nas mencio-
VII - alistamento como eleitor, por 02 (dois) dias. nadas normas e têm por base as remunerações
com forma de fixação e incorporações de vanta-
Parágrafo único. Para efeito do disposto no gens previstas neste Estatuto.
caput deste artigo haverá compensação de ho-
rários respeitada a duração máxima semanal do § 2°. O sistema de seguridade dos dependen-
trabalho de 40 (quarenta) horas. tes e dos funcionários inativos do Poder Judi-
ciário é o previsto na Lei Estadual n.º 12.398 de
CAPÍTULO VIII 30.12.1998 e nas suas alterações subseqüentes.

DA CESSÃO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO CAPÍTULO X


OU ENTIDADE PÚBLICA
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 140. O funcionário efetivo e estável poderá ser
cedido para outro órgão ou outra entidade da admi- Art. 142. É assegurado ao funcionário o direito de peti-
nistração direta ou indireta dos Poderes da União, dos ção em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abu-
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, nas so de poder contra si praticado.
seguintes hipóteses: Art. 143. Apetição será dirigida à autoridade da qual
I - para exercício de cargo em comissão ou fun- emanou o ato impugnado ou a que for competente
ção de confiança; para deliberar sobre o pleito concessivo de direito.
II - em casos previstos em leis específicas. Art. 144. Cabe pedido de reconsideração dirigido à au-
toridade que houver proferido a primeira decisão, não
§ 1°. Na hipótese do inciso I do caput deste arti-
podendo ser renovado.
go, sendo a cessão para órgãos ou entidades de
outros Estados, da União, do Distrito Federal ou Parágrafo único. A impugnação, o requerimen-
dos Municípios, o ônus da remuneração será do to e o pedido de reconsideração de que trata o
órgão ou da entidade cessionária, inclusive no caput deste artigo e os arts. 142 e 143 deste Es-
que se referem às contribuições previdenciárias. tatuto deverão ser despachados no prazo de 05
(cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.
§ 2°. O funcionário cedido ao órgão, à empresa
pública ou à sociedade de economia mista do Art. 145. Caberá recurso com efeito devolutivo do in-
Estado do Paraná, nos termos das respectivas deferimento do pedido de reconsideração e da decisão
normas, poderá optar pela remuneração do car- do primeiro recurso.

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§ 1°. O recurso será dirigido à autoridade ime- Art. 152. Ressalvados os casos previstos na Constitui-
diatamente superior que tiver expedido o ato ou ção Federal, é vedada a acumulação remunerada de
proferido a decisão, e, sucessivamente, ao Presi- cargos públicos.
dente do Tribunal de Justiça.
§ 1°. A proibição de acumular estende-se a car-
§ 2°. O Presidente do Tribunal de Justiça poderá gos, empregos e funções e abrange autarquias,
delegar poderes aos funcionários imediatamen- fundações públicas, empresas públicas, socie-
te subordinados para a apreciação dos recursos dades de economia mista, suas subsidiárias, e
de sua competência. sociedades controladas direta ou indiretamente
pelo poder público.
§ 3°. O prazo para deliberar sobre os recursos é
de 30 (trinta) dias. § 2°. A acumulação de cargos, ainda que lícita,
fica condicionada à comprovação da compatibi-
Art. 146. O prazo para interposição de pedido de re-
lidade de horários.
consideração ou de recurso é de 15 (quinze) dias, a
contar da publicação ou da ciência da decisão pelo in- § 3°. Considera-se acumulação proibida a per-
teressado. cepção de vencimento de cargo ou emprego
público efetivo com proventos da inatividade
Art. 147. O recurso será recebido com efeito suspen-
ou pensão paga a partir de valores de órgão ou
sivo pelo Presidente do Tribunal de Justiça, ou pela
entidade previdenciária pública, salvo quando
autoridade a quem cabe a atribuição do respectivo jul-
os cargos ou empregos de que decorram essas
gamento, no caso de risco de lesão grave e de difícil
remunerações forem acumuláveis na atividade.
reparação.
Art. 153. O funcionário não poderá exercer mais de um
Parágrafo único. Em caso de provimento do pe-
cargo em comissão ou mais de uma função gratificada
dido de reconsideração ou do recurso, os efeitos
prevista no caput do art. 79 deste Estatuto.
da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 154. O funcionário vinculado ao regime deste Es-
Art. 148. O direito de peticionar prescreve:
tatuto, que acumular licitamente 02 (dois) cargos efe-
I - em 05 (cinco) anos, a contar dos atos que afe- tivos, quando investido em cargo de provimento em
tem interesse patrimonial e créditos resultantes comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos,
das relações com a administração do Poder Ju- salvo na hipótese em que houver compatibilidade de
diciário; horário e de local com o exercício de um deles, decla-
rada pelas autoridades máximas dos órgãos ou das en-
II - em 02 (dois) anos, a contar da demissão, da
tidades envolvidas.
cassação de aposentadoria ou da cassação de
disponibilidade; Art. 155. É vedado o exercício gratuito de função ou
cargo remunerado.
III - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais ca-
sos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. Parágrafo único. A vedação contida no caput
deste artigo não abrange os funcionários apo-
Parágrafo único. O prazo de prescrição será con-
sentados no desempenho de serviço voluntário
tado da data da publicação do ato impugnado
como conciliador ou para cumprir tarefas espe-
ou da data da ciência pelo interessado quando
ciais, desde que devidamente autorizados pelo
se der antes da publicação.
Presidente do Tribunal de Justiça ou por quem
Art. 149. O pedido de reconsideração e o recurso, ele designar para tal atribuição.
quando cabíveis, interrompem a prescrição.
Seção II
Art. 150. Aprescrição é de ordem pública, não poden-
do ser relevada pela administração. Dos Deveres
Art. 151. Para o exercício do direito de petição, é asse- Art. 156. São deveres do funcionário:
gurada vista de autos e de documento, na repartição,
ao funcionário ou ao procurador por ele constituído. I - assiduidade;
II - pontualidade;
TÍTULO V
III - urbanidade;
DO REGIME DISCIPLINAR IV - manter conduta compatível com a morali-
dade administrativa;
CAPÍTULO I
V - exercer com zelo e dedicação as atribuições
DISPOSIÇÕES GERAIS do cargo;
VI - lealdade e respeito às instituições a que ser-
Seção I
vir;
Da Cumulação de Cargos VII - observar as normas legais e regulamentares;

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VIII - cumprir as ordens superiores, exceto Seção III


quando manifestamente ilegais;
Das Proibições
IX - atender com presteza:
Art. 157. Ao funcionário é proibido:
a) ao público em geral, prestando as informa-
ções requeridas, ressalvadas às protegidas por I - ausentar-se do serviço durante o expediente,
sigilo; sem prévia autorização do chefe imediato;
b) à expedição de certidões requeridas para de- II - retirar qualquer documento ou objeto da
fesa de direito ou esclarecimento de situações repartição sem prévia anuência da autoridade
de interesse pessoal; competente;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pú- III - recusar fé a documentos públicos;
blica; IV - opor resistência injustificada ao encaminha-
X - levar ao conhecimento da autoridade supe- mento de documento, ao andamento de proces-
rior as irregularidades de que tiver ciência em so ou à execução de serviço;
razão do cargo;
V - promover manifestação de apreço ou desa-
XI - zelar pela economia do material e conserva- preço no recinto da repartição;
ção do patrimônio público;
VI - cometer a pessoa estranha ao Quadro da
XII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; repartição, fora dos casos previstos em lei, o de-
sempenho de atribuição que seja de sua respon-
XIII - representar contra ilegalidade, omissão ou
sabilidade ou de seu subordinado;
abuso de poder;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido
XIV - atender prontamente às convocações para
de se filiarem à associação profissional ou sindi-
serviços extraordinários;
cal, ou a partido político;
XV - zelar pela manutenção atualizada dos seus
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo
dados cadastrais perante a administração pública;
ou função de confiança, cônjuge, companheiro
XVI - apresentar-se convenientemente trajado ou parente até o terceiro grau;
em serviço ou com uniforme determinado;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pes-
XVII - proceder na vida pública e na vida pri- soal ou para outrem, em detrimento da dignida-
vada de forma a dignificar o cargo ou a função de da função pública;
que exerce;
X - participar de gerência ou administração de
XVIII - cumprir os prazos previstos para a práti- sociedade privada, personificada ou não per-
ca dos atos que lhe são afetos ou que forem de- sonificada, salvo a participação em sociedade
terminados pela autoridade administrativa ou cooperativa constituída para prestar serviços a
judiciária a que estiver vinculado; seus membros, e exercer o comércio, exceto na
qualidade de acionista ou cotista;
XIX - comunicar à Secretaria do Tribunal de
Justiça e restituir imediatamente os valores que XI - atuar como procurador ou intermediário
perceber indevidamente como remuneração; junto a repartições públicas;
XX - freqüentar os cursos instituídos pela admi- XII - receber propina, comissão, presente ou
nistração do Tribunal de Justiça para aperfei- vantagem de qualquer para o desempenho de
çoamento ou especialização; suas atribuições;
XXI - submeter-se à inspeção médica quando XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de
determinada pela autoridade competente. estado estrangeiro;
§ 1°. A representação de que trata o inciso XIII XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
será encaminhada pela via hierárquica e apre-
XV - proceder de forma desidiosa;
ciada por autoridade superior àquela contra a
qual é formulada. XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais do
Poder Público em serviços ou atividades parti-
§ 2°. Será dispensado da freqüência a cursos de
culares;
aperfeiçoamento ou especialização o funcioná-
rio que comprovar relevante motivo que o im- XVII - cometer a outro funcionário atribuições
peça. estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situa-
ções de emergência e transitórias;
§ 3°. A freqüência e o aproveitamento a cursos
de aperfeiçoamento ou especialização será con- XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam
siderada para a progressão e a promoção fun- incompatíveis com o exercício do cargo ou da
cional. função e com o horário de trabalho;

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XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadas- CAPÍTULO II


trais quando solicitado;
DO SISTEMA DISCIPLINAR DOS
XX - referir-se de modo depreciativo em qual- FUNCIONÁRIOS DE 1º GRAU DE JURISDIÇÃO
quer escrito ou por palavras às autoridades
constituídas e aos atos administrativos por ela Seção I
praticados, ressalvada a análise técnica e doutri-
nária em trabalho de natureza acadêmica; Das Disposições Gerais

XXI - deixar de comparecer ao serviço sem justi- Art. 164. Aos funcionários do Quadro de Pessoal de 1º
ficativa aceita pela administração; Grau de Jurisdição do Estado do Paraná, aos Secretá-
rios do Conselho de Supervisão do Juizado Especial,
XXII - tratar de assuntos particulares na reparti- aos Secretários de Turma Recursal do Juizado Espe-
ção durante o horário de expediente; cial, aos Secretários do Juizado Especial, aos Oficiais
de Justiça do Juizado Especial, aos Auxiliares de Car-
XXIII - empregar materiais e bens do Poder Ju-
tório do Juizado Especial, aos Auxiliares Administra-
diciário ou à disposição deste em serviço ou ati-
tivos do Juizado Especial e aos Contadores e Avalia-
vidade estranha às funções públicas;
dores do Juizado Especial se aplica o sistema previsto
XXIV - manter domicílio ou residência fora da neste Capítulo.
localidade de sua lotação; Parágrafo único. Aos funcionários do Quadro
da Secretaria do Tribunal de Justiça que estive-
XXV - acumular cargos ou funções, observados
rem lotados ou atuando no foro judicial, em 1º
os permissivos constitucionais e legais.
Grau de jurisdição, ainda que subordinados a
juízes, não se aplicam as disposições referidas
Seção IV
no caput deste artigo e sim as que seguem no
Das Responsabilidades Capítulo III deste Título.
Art. 165. Os funcionários do Quadro de Pessoal de 1º
Art. 158. O funcionário responde civil, penal e admi- Grau de Jurisdição do Estado do Paraná deverão exer-
nistrativamente pelo exercício irregular de suas atri- cer suas funções com dignidade e compostura, obede-
buições. cendo às determinações de seus superiores e cumprin-
Art. 159. As responsabilidades e sanções civis, penais do as disposições legais a que estiverem sujeitos.
e administrativas poderão cumular-se, sendo indepen- Art. 166. Os funcionários do Quadro de Pessoal de 1º
dentes entre si. Grau de Jurisdição do Estado do Paraná terão domicí-
lio e residência na sede da comarca em que exercerem
Art. 160. Aresponsabilidade civil decorre de ato omis-
suas funções.
sivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao erário público ou a terceiros. Art. 167. Os funcionários do Quadro de Pessoal de 1º
Grau de Jurisdição do Estado do Paraná ficarão sujei-
§ 1°. A indenização de prejuízo dolosamente tos às seguintes penas disciplinares pelas faltas come-
causado ao erário será liquidada na forma pre- tidas no exercício de suas funções:
vista no art. 69, sem prejuízo da execução do dé-
bito pela via judicial. I - de advertência, aplicada por escrito em caso
de mera negligência;
§ 2°. Tratando-se de dano causado a terceiros,
II - de censura, aplicada por escrito em caso de
responderá o funcionário perante a Fazenda Pú-
falta de cumprimento dos deveres revistos nesta
blica, em ação regressiva.
lei, e também de reincidência de que tenha re-
§ 3°. A obrigação de reparar o dano estende-se sultado aplicação de pena de advertência;
aos sucessores e contra eles será executada até o III - de devolução de custas em dobro, aplicada
limite do valor da herança recebida. em casos de cobrança de custas que excedam os
valores fixados na respectiva tabela, a qual ain-
Art. 161. Aresponsabilidade penal abrange os crimes
da poderá ser cumulada com outra pena disci-
e as contravenções imputadas ao funcionário, nessa
plinar;
qualidade.
IV - de suspensão, aplicada em caso de reinci-
Art. 162. Aresponsabilidade administrativa resulta de dência em falta de que tenha resultado na apli-
ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho cação de pena de censura, ou em caso de infrin-
do cargo ou da função. gência às seguintes proibições:
Art. 163. Aresponsabilidade administrativa do funcio- a) exercer cumulativamente 02 (dois) ou mais
nário será afastada no caso de absolvição criminal que cargos ou funções públicas, salvo as exceções
negue a existência do fato ou de sua autoria. permitidas em lei;

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b) retirar, modificar ou substituir, sem prévia § 1°. A pena de suspensão poderá ser convertida
autorização da autoridade competente, qual- em multa quando houver conveniência para o
quer documento de órgão estatal, com o fim de serviço, à razão de 50% (cinqüenta por cento) do
criar direito ou obrigação ou de alterar a verda- valor da remuneração a que no período imposto
de dos fatos; fizer jus o funcionário, que fica obrigado neste
caso a permanecer em atividade.
c) valer-se do cargo ou função para obter provei-
to pessoal em detrimento da dignidade do cargo § 2°. Para os fins do inciso V, alínea “b”, deste
ou função; artigo, considera-se abandono de cargo a ausên-
cia ao serviço, sem justa causa, por mais de 30
d) praticar usura; (trinta) dias.
e) receber propinas e comissões de qualquer na- § 3°. Durante o período de suspensão, o funcio-
tureza em razão do cargo ou função; nário perderá todas as vantagens decorrentes
f) revelar fato ou informação de natureza sigi- do exercício do cargo.
losa de que tenha ciência em razão do cargo ou § 4°. Na aplicação das penalidades, considerar-
função; se-ão a natureza e a gravidade da infração, os
g) delegar, salvo nos casos previstos em lei, o meios empregados, os danos que dela provie-
rem para o serviço público e os antecedentes
desempenho de encargo que a si competir ou a
disciplinares do funcionário.
seus subordinados;
Art. 168. Será cassada a aposentadoria ou disponibili-
h) deixar de comparecer ao trabalho sem causa
dade se ficar provado que o inativo:
justificada;
I - praticou falta grave no exercício do cargo ou
i) retirar ou utilizar materiais e bens do Estado função;
indevidamente;
II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
j) deixar de cumprir atribuições inerentes ao
III - aceitou representação de Estado estrangeiro
cargo no prazo estipulado;
sem prévia autorização do Presidente da Repú-
V - de demissão, aplicada nos casos de: blica;
a) crime contra a administração pública; IV - praticou usura em qualquer de suas formas;
b) abandono de cargo; V - perdeu a nacionalidade brasileira.

c) falta ao serviço, sem justa causa, por 60 (ses- § 1°. Cassada a aposentadoria ou a disponibili-
senta) dias alternados no período de 12 (doze) dade, o funcionário, para todos os efeitos legais,
meses; será considerado como demitido do serviço pú-
blico.
d) improbidade administrativa;
§ 2°. Independentemente de qualquer tipo de
e) incontinência pública ou conduta escandalo- exoneração, permanece a necessidade de pro-
sa na repartição; cessamento e julgamento das condutas passí-
veis de punição com suspensão, demissão ou
f) reincidência em caso de insubordinação;
cassação de aposentadoria e de disponibilidade.
g) ofensa física, em serviço, a funcionário ou a
Art. 169. São competentes para aplicação das penalida-
particular, salvo escusa legal;
des disciplinares o Conselho da Magistratura, o Cor-
h) aplicação irregular de dinheiro público; regedor-Geral da Justiça e os Juízes perante os quais
servirem ou a quem estiverem subordinados os fun-
i) revelação de segredo que conheça em razão
cionários, observado o seguinte:
do cargo ou da função;
I - o Conselho da Magistratura poderá aplicar
j) lesão aos cofres públicos e dilapidação do pa- quaisquer das penalidades previstas no artigo
trimônio do Estado; anterior;
l) corrupção; II - o Corregedor-Geral da Justiça e os Juízes po-
m) acumulação ilegal de cargos, empregos ou derão aplicar as penas de advertência, censura,
funções públicas; devolução de custas em dobro e suspensão de
até 30 (trinta) dias.
n) transgressão dos incisos IX a XV, XXIII e XXV
do art. 157; Art. 170. As penas de advertência, censura e devolução
de custas em dobro poderão ser aplicadas em sindi-
o) condenação por crime comum à pena privati- cância, respeitados o contraditório e a ampla defesa.
va de liberdade superior a 04 (quatro) anos;
Art. 171. Qualquer penalidade imposta ao funcionário
p) reiterada desídia no cumprimento das atri- será comunicada à Corregedoria-Geral da Justiça para
buições do cargo ou da função. as devidas anotações.

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Art. 172. Se a pena imposta for a de demissão ou de à pena de demissão e de cassação de aposenta-
cassação de aposentadoria, a decisão será remetida doria.
ao Presidente do Tribunal de Justiça, que expedirá o
Parágrafo único. A punibilidade da infração,
respectivo decreto, comunicando o fato, na segunda
também prevista na lei penal como crime, pres-
hipótese, ao Tribunal de Contas.
creve juntamente com este.
Art. 173. Sempre que houver comprovação de prática
Art. 181. O prazo de prescrição começa a correr da
de crime de ação penal pública, remeter-se-ão peças ao
data em que o fato se tornou conhecido pela autorida-
Ministério Público.
de competente para aplicar a penalidade.
Art. 174. As penalidades de advertência, censura e de- § 1º. Interrompe-se a contagem do prazo de
volução de custas em dobro terão seus registros cance- prescrição com:
lados após o decurso de 03 (três) anos, e a de suspen-
são após 05 (cinco) anos, respectivamente, contados da I - a abertura de sindicância;
aplicação ou do cumprimento da pena, se o funcioná- II - a instauração do processo administrativo;
rio não houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar. III - a decisão de mérito proferida em sindicân-
cia ou no processo administrativo;
Art. 175. Mediante decisão do Corregedor-Geral da
Justiça, o funcionário poderá ser afastado do exercício IV - o acórdão proferido no julgamento do re-
do cargo quando criminalmente processado ou conde- curso interposto em face da decisão a que se re-
nado enquanto estiver tramitando o processo ou pen- fere o inciso III deste parágrafo.”
dente de execução a pena aplicada. § 2°. A abertura da sindicância meramente pre-
Parágrafo único. Recebida a denúncia ou transi- paratória do processo administrativo, desprovi-
tada em julgado a sentença, o Juiz do processo da de contraditório e da ampla defesa, não in-
remeterá ao Corregedor-Geral da Justiça cópias terrompe a prescrição.
das respectivas peças. § 3°. Suspende-se o prazo prescricional quando
Art. 176. O Corregedor-Geral da Justiça, por decisão a autoridade reputar conveniente o sobresta-
fundamentada, poderá afastar o funcionário do exer- mento do processo administrativo até a decisão
cício do cargo, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, pror- final do inquérito policial, da ação penal ou da
rogável por igual período, se houver necessidade de ação civil pública, desde que originadas no mes-
acautelamento a fim de evitar a continuidade dos ilí- mo fato do processo administrativo.
citos administrativos praticados, para garantia da nor- § 4°. Interrompida a prescrição, todo o prazo co-
malidade do serviço público ou por conveniência da meça a correr novamente do dia da interrupção.
instrução do processo administrativo.
Seção III
Art. 177. Fica assegurado ao funcionário, quando do
afastamento ocorrido pela aplicação das normas con-
Do Processo Administrativo
tidas nos arts. 175 e 176 deste Estatuto, o direito à per-
cepção de sua remuneração. Art. 182. O processo administrativo terá início após a
certeza dos fatos, por portaria baixada por Juiz ou pelo
Art. 178. Afastado o funcionário, o Corregedor-Geral
Corregedor-Geral da Justiça, na qual se imputarão os
da Justiça designará substituto se assim a necessidade
fatos ao funcionário, delimitando-se o teor da acusação.
do serviço o exigir.
Parágrafo único. Os atos instrutórios do pro-
Art. 179. Apena de demissão ou de cassação de apo-
cesso poderão ser delegados pelo Corregedor-
sentadoria será aplicada ao funcionário do Quadro de
Geral da Justiça a Juiz ou a assessor lotado na
Pessoal de 1º Grau de Jurisdição do Estado do Paraná:
Corregedoria-Geral da Justiça.
I - em virtude de sentença que declare a perda
Art. 183. Ao funcionário acusado será dada a notícia
de cargo ou de função pública;
dos termos da acusação, devendo ser ele citado para,
II - mediante processo administrativo em que no prazo de dez dias, apresentar defesa e requerer a
lhe seja assegurada ampla defesa. produção de provas.
§ 1º A citação far-se-á:
Seção II
I – por ofício, expedido pela autoridade instru-
Da Prescrição tora do processo, a ser entregue diretamente ao
indiciado mediante recibo em cópia do original,
Art. 180. Prescreverá o direito de punir:
ou pela via postal, sob registro e com aviso de
I - em 03 (três) anos, para as infrações sujeitas às recebimento;
penalidades de advertência, censura, devolução
II – pelo meio eletrônico, através do Sistema
de custas em dobro e suspensão;
Mensageiro, acompanhado da íntegra dos au-
II - em 05 (cinco) anos, para as infrações sujeitas tos, sob a forma de arquivo anexo;

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III – por mandado; § 5°. Instaurado o processo administrativo por


determinação do Corregedor-Geral da Justiça,
IV – por carta precatória ou de ordem;
este, após receber os autos com o relatório ela-
V – por edital, com prazo de quinze dias. borado pela autoridade instrutora, decidi-lo-á
ou o relatará, conforme o caso, perante o Conse-
§ 2º No caso de recusa do indiciado em opor o lho da Magistratura.
ciente na cópia da citação, que lhe é entregue
em mãos, o prazo para defesa contar-se-á da § 6°. A instrução deverá ser ultimada no prazo
data declarada, em termo próprio, pelo servidor de 120 (cento e vinte) dias, prorrogáveis por
designado a fazer a citação pela autoridade ins- mais 60 (sessenta) dias.
trutora do processo, com a assinatura de duas
testemunhas. Seção IV
§ 3º A citação eletrônica, feita pelo Sistema Men-
Do Abandono do Cargo
sageiro, considerar-se-á realizada quando a
mensagem for lida pelo destinatário, cuja data Art. 186. Caracterizada a ausência do funcionário na
e horário ficarão registrados no sistema, salvo forma do art. 167, § 2º, deste Código, fará o Juiz a res-
no período de afastamento do usuário, quando pectiva comunicação à Corregedoria-Geral da Justiça.
não serão computados os prazos em relação às
mensagens de cunho pessoal. Art. 187. Diante da comunicação da ausência do fun-
cionário, e havendo indícios de abandono de cargo,
§ 4º Far-se-á citação por meio de mandado, por
o Corregedor-Geral da Justiça baixará portaria ins-
oficial de justiça, quando frustrada a citação me-
taurando processo administrativo, com expedição de
diante ofício ou por meio eletrônico;
edital de chamamento e citação, que será publicado
§ 5º Na citação por mandado, verificando que no Diário da Justiça por 03 (três) dias consecutivos,
o funcionário se oc ulta para não ser citado, o convocando o funcionário a justificar sua ausência ao
oficial de justiça certificará a ocorrência e proce serviço no prazo de 10 (dez) dias, contados da última
derá a citação com hora certa, na forma estabe- publicação.
lecida nos arts. 227 a 229 do Código de Processo
Civil. Art. 188. Se procedente a justificativa apresentada pelo
funcionário, deverá ele reassumir imediatamente suas
§ 6º Achando-se o indiciado em lugar incerto e funções.
não sabido, será citado por edital, publicado três
vezes no Diário da Justiça Eletrônico e afixado Parágrafo único. Não ocorrendo o retorno do
no átrio do Fórum. funcionário à atividade, segue-se o procedimen-
to estabelecido nos arts. 183 e 184 deste Código.
Art. 184. Em caso de revelia, inclusive na hipótese de
o funcionário não comparecer após ser citado por hora Art. 189. Declarado o abandono do cargo pelo Conse-
certa, será designado pela autoridade competente ba- lho da Magistratura, os autos serão encaminhados ao
charel para funcionar como defensor dativo ao funcio- Presidente do Tribunal de Justiça, que expedirá o de-
nário. creto de demissão do funcionário.
Art. 185. Apresentada defesa, seguir-se-á a instrução
Seção V
com a produção das provas deferidas, podendo a au-
toridade instrutora determinar a produção de outras
Dos Recursos
necessárias à apuração dos fatos.
§ 1°. A autoridade que presidir a instrução de- Art. 190. Das decisões do Juiz ou do Corregedor-Geral
verá interrogar o funcionário acusado acerca da da Justiça caberá recurso em último grau ao Conselho
imputação, designando dia, hora e local e de- da Magistratura no prazo de 15 (quinze) dias.
terminando sua intimação bem como a de seu Art. 191. Das decisões originárias do Conselho da Ma-
defensor.
gistratura cabe recurso ao Órgão Especial no prazo de
§ 2°. Em todas as cartas precatórias e de ordem, 15 (quinze) dias.
a autoridade processante declarará o prazo den-
tro do qual elas deverão ser cumpridas. Vencido Art. 192. O recurso será interposto perante a autorida-
esse prazo, o feito será levado a julgamento in- de que houver proferido a decisão recorrida, a qual, se
dependentemente de seu cumprimento. o receber, encaminhá-lo-á no prazo de 02 (dois) dias ao
órgão competente para julgamento.
§ 3°. Encerrada a instrução, será concedido um
prazo de 05 (cinco) dias para as alegações finais § 1°. Só não será recebido o recurso em caso de
do acusado. intempestividade.

§ 4°. Apresentadas as alegações finais, a autori- § 2°. O recurso será sempre recebido nos efeitos
dade competente proferirá decisão. devolutivo e suspensivo.

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CAPÍTULO III § 1°. Será punido com suspensão de até 30 (trin-


ta) dias o funcionário que, injustificadamente,
DO SISTEMA DISCIPLINAR DOS recusar-se a ser submetido à inspeção médica
FUNCIONÁRIOS DO QUADRO DA SECRETARIA determinada pela autoridade competente, ces-
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA sando os efeitos da penalidade uma vez cumpri-
da a determinação.
Seção I
§ 2°. Caracteriza falta punível com suspensão
Das Penalidades Disciplinares de até 90 (noventa) dias o não atendimento à
convocação para sessões do Tribunal do Júri e a
Art. 193. São penalidades disciplinares: outros serviços obrigatórios.
I - advertência; § 3°. Quando houver conveniência para o servi-
II - suspensão; ço, a penalidade de suspensão poderá ser con-
vertida em multa, na base de 50% (cinqüenta
III - demissão; por cento) por dia de vencimento ou remunera-
IV - cassação de aposentadoria ou de disponi- ção, ficando o funcionário obrigado a permane-
bilidade; cer em serviço.

V - destituição de cargo em comissão. Art. 197. Durante o cumprimento da pena de suspen-


são o funcionário perderá todas as vantagens decor-
§ 1°. Cassada a aposentadoria ou a disponibili- rentes do exercício do cargo.
dade, o funcionário, para todos os efeitos legais,
será considerado como demitido do serviço pú- Art. 198. Apenalidade de suspensão terá seu registro
blico. cancelado após o decurso de 05 (cinco) anos, contados
do cumprimento integral da pena, e se o funcionário
§ 2°. Independentemente de qualquer tipo de não houver, nesse período, praticado nova infração
exoneração, permanece a necessidade de pro- disciplinar.
cessamento e julgamento das condutas passí-
veis de punição com suspensão, demissão ou Parágrafo único. O cancelamento da penalidade
cassação de aposentadoria e de disponibilidade. não surtirá efeitos retroativos.

Art. 194. Na aplicação das penalidades serão conside- Subseção III


radas a natureza e a gravidade da infração cometida,
os danos que dela provierem para o serviço público e Da Demissão
os antecedentes funcionais.
Art. 199. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
Subseção I I - crime contra a administração pública;

Da Advertência II - abandono de cargo;

Art. 195. Aadvertência será aplicada por escrito, nos III - falta ao serviço, sem justa causa, por 60 (ses-
casos de violação de proibição constante do art. 157, senta) dias alternados no período de 12 (doze)
incisos I a VIII, XIX e XXII, e de inobservância de dever meses;
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma IV - improbidade administrativa;
interna, que não justifique imposição de penalidade
V - incontinência pública ou conduta escandalo-
mais grave.
sa na repartição;
§ 1°. A penalidade de advertência terá seu regis-
VI - reincidência em caso de insubordinação;
tro cancelado após o decurso de 03 (três) anos,
contados de sua anotação, e se o funcionário não VII - ofensa física, em serviço, a funcionário ou a
houver, nesse período, praticado nova infração particular, salvo escusa legal;
disciplinar.
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
§ 2°. O cancelamento da penalidade não surtirá
IX - revelação de segredo que conheça em razão
efeitos retroativos.
do cargo ou da função;
Subseção II X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do
patrimônio do Estado;
Da Suspensão
XI - corrupção;
Art. 196. Asuspensão será aplicada em caso de reinci-
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou
dência das faltas punidas com advertência e de viola-
funções públicas;
ção das demais proibições que não tipifiquem infração
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exce- XIII - transgressão dos incisos IX a XV, XXIII e
der a 90 (noventa) dias. XXV do art. 157;

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XIV - condenação por crime comum à pena pri- I - em 05 (cinco) anos para as infrações puníveis
vativa de liberdade superior a 04 (quatro) anos; com demissão, cassação de aposentadoria ou de
disponibilidade e destituição de cargo em co-
XV - reiterada desídia no cumprimento das atri-
missão;
buições do cargo ou da função.
II - em 02 (dois) anos para as infrações puníveis
Parágrafo único. Considera-se abandono de car-
com advertência ou suspensão.
go a ausência ao serviço, sem justa causa, por 30
(trinta) dias consecutivos. § 1º. O prazo de prescrição começa a correr da
data em que o fato se tornou conhecido da au-
Subseção IV
toridade competente para ordenar a instauração
Da Cassação de Aposentadoria ou de Disponi- do procedimento administrativo disciplinar.
bilidade
§ 2º. Os prazos e os termos de interrupção de
Art. 200. Será cassada a aposentadoria ou a disponibi- prescrição previstos na lei penal aplicam-se às
lidade do inativo que houver praticado, na atividade, infrações disciplinares tipificadas como crime.
falta punível com demissão.
§ 3º. Interrompe-se a contagem do prazo de
Parágrafo único. A aplicação definitiva de uma prescrição:
das penas referidas no caput deste artigo será
I - com a instauração de sindicância ou do pro-
anotada na ficha funcional.
cedimento administrativo disciplinar;
Subseção V II - com a instauração de processo administra-
tivo;
Da Destituição de Cargo em Comissão
III - com a decisão de mérito proferida no pro-
Art. 201. Adestituição de funcionário não efetivo de cesso administrativo;
cargo de provimento em comissão se dará nos casos
IV - com a interposição de recurso ou de pedido
de infração punível com as penas de suspensão ou de
de revisão da decisão de mérito proferida em
demissão para os funcionários efetivos e o inabilitará
processo administrativo;
à nomeação para outro cargo em comissão e para par-
ticipar de concurso público para cargo no Poder Judi- V - com a decisão de recurso ou de pedido de
ciário estadual por 05 (cinco) anos. revisão da decisão de mérito proferida em pro-
cesso administrativo;
§ 1º. Em tal hipótese, a exoneração do funcioná-
rio comissionado, a qualquer título, não elidirá VI - com a propositura de ação judicial que te-
a necessidade de processamento e julgamento nha por pretensão a anulação ou revisão de de-
das condutas que se lhe imputam. cisão punitiva ou de processo administrativo
disciplinar.
§ 2º. O julgamento procedente da imputação, no
caso do §1º deste artigo, será anotado na ficha § 4º. Na hipótese do inciso VI a contagem do
funcional para fim de caracterização dos impe- prazo prescricional somente se reiniciará após o
dimentos constantes docaput deste artigo. trânsito em julgado da decisão judicial da ação
anulatória ou de revisão.
§ 3º. Ao funcionário efetivo que for demitido
também se aplicam os impedimentos referidos § 5º. Interrompida a prescrição, todo o prazo co-
no caput deste artigo. meça a correr novamente do dia da interrupção.
§ 4º. Independentemente do contido neste arti-
Seção III
go ou da prática de qualquer infração por ocu-
pante de cargo de provimento em comissão a
Da Competência para Aplicação das Penalidades e
administração pública conserva o poder de li-
da Instauração dos Procedimentos Administrativos
vremente exonerá-lo a qualquer tempo.
Art. 204. O Secretário do Tribunal de Justiça é compe-
Art. 202. Não poderá retornar ao Poder Judiciário es- tente para ordenar a instauração de procedimentos dis-
tadual o funcionário que tiver contra si julgada pro- ciplinares, nomear e designar integrantes para Comis-
cedente definitivamente, no âmbito administrativo ou são Disciplinar e aplicar as penalidades disciplinares.
judicial, imputação de improbidade administrativa,
aplicação irregular de dinheiro público, lesão aos co- § 1º. As competências em matéria disciplinar do
fres públicos, dilapidação do patrimônio público ou Secretário do Tribunal de Justiça poderão ser
corrupção. delegadas a funcionários a ele diretamente su-
bordinados.
Seção II § 2º. Ao designar os integrantes da Comissão
e os respectivos suplentes, o Secretário do Tri-
Da Prescrição da Pretensão Punitiva
bunal de Justiça indicará o funcionário que irá
Art. 203. Apretensão punitiva disciplinar prescreverá: presidi-la.

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§ 3º. O Presidente da Comissão Disciplinar de- municar ao Secretário do Tribunal de Justiça, a quem
signará, dentre os membros, aquele que irá se- cabe ordenar apuração.
cretariá-lo.
§ 1º. A competência para apuração prévia por
§ 4º. A Comissão Disciplinar será composta de sindicância ou por procedimento de que trata o
03 (três) funcionários ocupantes de cargos efeti- caput deste artigo é da Comissão Disciplinar.
vos, estáveis e bacharéis em Direito, pelo prazo
§ 2º. A sindicância é o procedimento disciplinar
de 02 (dois) anos, prorrogável por até mais (02)
que antecede o processo administrativo disci-
dois anos.
plinar e serve para a apuração da extensão dos
§ 5º. Os integrantes da comissão justificarão pre- fatos apontados como irregulares e da extensão
viamente e por escrito ao superior e hierárquico da responsabilidade de cada autor.
o afastamento do serviço de suas repartições
§ 3º. O procedimento disciplinar prévio de cará-
por ocasião dos trabalhos relativos aos procedi-
ter genérico é o que antecede o processo admi-
mentos administrativos disciplinares.
nistrativo e serve para a apuração da extensão
Art. 205. Detectada a qualquer tempo a acumulação dos fatos apontados como irregulares cuja auto-
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, aban- ria ainda é desconhecida.
dono de cargo ou falta ao serviço, sem justa causa, por
Art. 208. As denúncias sobre irregularidades serão ob-
60 (sessenta) dias, alternados no período de 12 (doze)
jeto de apuração desde que contenham a identificação,
meses, a autoridade competente determinará à Comis-
a qualificação e o endereço do denunciante e sejam for-
são Disciplinar a abertura de processo administrativo
muladas por escrito, confirmada a autenticidade.
de rito sumário.
Parágrafo único. Caso o fato narrado não confi-
Seção IV gure infração disciplinar ou ilícito penal, a de-
núncia será arquivada de plano.
Da Competência para Apreciação dos Recursos
Art. 209. Da sindicância e do procedimento prévio po-
Art. 206. Das decisões disciplinares do Secretário do derão resultar:
Tribunal de Justiça caberá recurso, com efeitos sus-
I - o arquivamento;
pensivo e devolutivo, no prazo de 15 (quinze) dias, ao
Presidente do Tribunal de Justiça. II - a instauração de processo disciplinar ou a
aplicação de pena nos termos deste Estatuto.
§ 1º. As penas de demissão, de cassação de apo-
sentadoria, de cassação de disponibilidade e § 1º. O prazo para conclusão da sindicância e do
de destituição de cargo de provimento em co- procedimento prévio não excederá 60 (sessen-
missão aplicadas pelo Secretário do Tribunal ta) dias, podendo ser prorrogado por até igual
de Justiça serão necessariamente reexaminadas período, a critério da autoridade que ordenou a
pelo Presidente do Tribunal de Justiça a quem respectiva instauração.
serão remetidos os autos de processo disciplinar
§ 2º. As penas de advertência e de suspensão de
no prazo de 30 (trinta) dias, independentemente
até 30 (trinta) dias poderão ser aplicadas em sin-
de recurso do apenado.
dicância, assegurados o contraditório e a ampla
§ 2º. Na hipótese do §1º deste artigo, a penalida- defesa.
de só produzirá efeitos após o reexame, que se
Art. 210. Asindicância e o procedimento prévio terão
dará no prazo de 30 (trinta) dias, pelo Presiden-
início no prazo de 03 (três) dias a contar da data que
te do Tribunal de Justiça a quem caberá, caso
for comunicada à Comissão Disciplinar a ordem de
decida pela manutenção da pena, determinar as
apuração dos fatos.
providências para a efetiva aplicação.
§ 1º. Obtida a autoria, ou sendo ela conhecida
§ 3º. Na hipótese do §2º deste artigo, a decisão
pela Comissão Disciplinar, e delimitados os
do Presidente do Tribunal substitui sempre a de-
fatos, o sindicado será intimado para se mani-
cisão do Secretário para todos os efeitos legais. festar por escrito, no prazo de cinco (05) dias,
§ 4º. O Presidente do Tribunal de Justiça pode- podendo indicar provas.
rá delegar sua competência disciplinar a um ou § 2º. Havendo 02 (dois) ou mais indiciados, o
mais integrantes da cúpula diretiva do Tribunal prazo será comum e de 10 (dez) dias.
de Justiça.
§ 3º. A Comissão Disciplinar procederá a todas
Seção V as diligências que julgar necessárias para a elu-
cidação dos fatos.
Do Procedimento Administrativo Disciplinar e da
§ 4º. Concluindo pela inexistência de falta fun-
Sindicância
cional, a Comissão Disciplinar elaborará relató-
Art. 207. Aautoridade que tiver ciência de irregulari- rio final e encaminhará os autos à autoridade
dade no serviço público do Poder Judiciário deverá co- competente.

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§ 5º. Sendo possível a aplicação de pena no caso sado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou
de conclusão no sentido de existir ilícito admi- colateral, até o terceiro grau.
nistrativo, em tese, será feito relatório com a
§ 2º. O processo administrativo poderá ser utili-
delimitação dos fatos, a indicação das normas
zado nas hipóteses de aplicação de pena de ad-
violadas e eventuais sanções cabíveis e os autos
vertência e de suspensão de até 30 (trinta) dias,
serão encaminhados à autoridade competente.
respeitada a possibilidade prevista no § 2º do
Art. 211. Na hipótese de ser necessário o processo ad- art. 209 deste Estatuto.
ministrativo para a aplicação de penalidade, em razão
Art. 215. O processo administrativo possui 02 (dois)
da sua natureza, a Comissão Disciplinar tomará de ofí-
ritos:
cio as providências para a respectiva instauração atra-
vés de portaria acusatória. I - o sumário para as hipóteses do art. 217 deste
Estatuto; e
§ 1º. Em tais hipóteses a sindicância ou o pro-
cedimento prévio terão natureza inquisitorial, II - o ordinário para as demais hipóteses.
sendo garantidos a ampla defesa e o contraditó-
Art. 216. AComissão Disciplinar exercerá suas ativida-
rio para o processo administrativo propriamen-
des com independência e imparcialidade, assegurado
te dito.
o sigilo necessário à elucidação dos fatos ou conforme
§ 2º. A portaria acusatória conterá a delimitação exigido pelo interesse da administração.
dos fatos e das condutas e indicará as normas
§ 1º. Sempre que necessário, a Comissão Disci-
violadas e as sanções cabíveis.
plinar dedicará tempo integral aos seus traba-
Seção VI lhos, e seus membros justificarão previamente
e por escrito ao superior e hierárquico o afasta-
Do Afastamento Preventivo mento do serviço de suas repartições por oca-
sião dos trabalhos relativos aos procedimentos
Art. 212. Para garantia da instrução tanto no âmbito da administrativos disciplinares.
sindicância, como do processo administrativo discipli-
nar, a autoridade julgadora poderá determinar o afas- § 2º. As reuniões e as audiências da Comissão
tamento cautelar do funcionário do exercício de suas Disciplinar terão caráter reservado e serão regis-
atribuições, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem tradas em atas que deverão detalhar as delibera-
prejuízo da remuneração. ções adotadas.

§ 1º. O afastamento poderá ser prorrogado por § 3º. Em razão da natureza do fato que se apura,
igual prazo, findo o qual cessarão os seus efei- nos casos em que a preservação do direito à in-
tos, ainda que não concluída a sindicância ou o timidade do interessado não prejudique o inte-
processo administrativo. resse público à informação, poderá a Comissão
Disciplinar ou a autoridade julgadora limitar a
§ 2º. A providência deste artigo poderá ser ado- publicidade dos atos ao acusado e a seus defen-
tada de ofício pela autoridade competente para sores.
julgamento ou a requerimento do Presidente da
Comissão Disciplinar. Subseção II

Seção VII Do Processo Administrativo Disciplinar de Rito


Sumário
Do Processo Administrativo Disciplinar
Art. 217. O processo administrativo de rito sumário é
Subseção I de responsabilidade da Comissão Disciplinar e se apli-
ca às infrações:
Disposições Gerais
I - de falta ao serviço, sem justa causa, por 60
Art. 213. O processo disciplinar é destinado a apurar (sessenta) dias alternados no período de 12
a responsabilidade de funcionário por infração prati- (doze) meses;
cada no exercício de suas atribuições ou que com elas
II - de abandono de cargo;
tenha relação.
III - de acumulação ilegal de cargos, empregos
Art. 214. O processo disciplinar será conduzido pela
ou funções públicas.
Comissão Disciplinar e antecederá necessariamente à
aplicação das penas de suspensão por mais de 30 (trin- Art. 218. O processo administrativo disciplinar sumá-
ta) dias, demissão, cassação de aposentadoria, cassa- rio obedecerá:
ção de disponibilidade ou destituição de cargo em co-
I - encaminhamento de ordem de apuração à
missão.
Comissão Disciplinar com a indicação do fun-
§ 1º. Não poderá participar de Comissão Disci- cionário e da materialidade da transgressão ob-
plinar cônjuge, companheiro ou parente do acu- jeto da apuração;

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II - instrução sumária, que compreende acusa- Art. 219. Na apuração de abandono de cargo ou de
ção com delimitação dos fatos e indicação dos inassiduidade habitual, também será adotado o pro-
dispositivos violados e das sanções cabíveis, ci- cedimento sumário a que se refere o art. 217, obser-
tação, defesa e relatório; vando-se:
III - julgamento. I - a indicação da materialidade que se dará:
§ 1º. A indicação da autoria de que trata o in- a) na hipótese de abandono de cargo, com in-
ciso I deste artigo, dar-se-á pelo nome e pela dicação precisa do período de ausência inten-
matrícula do funcionário, e da materialidade, cional do funcionário ao serviço superior a 30
pela descrição dos cargos, empregos ou funções (trinta) dias;
públicas em situação de acumulação ilegal, dos
órgãos ou das entidades de vinculação, das da- b) no caso de inassiduidade habitual, com in-
tas de ingresso, do horário de trabalho e do cor- dicação dos dias de falta ao serviço sem causa
respondente regime jurídico. justificada, por período igual ou superior a 60
(sessenta) dias interpoladamente, no período de
§ 2º. A Comissão Disciplinar lavrará portaria 12 (doze) meses;
em até 03 (três) dias após a ciência do ato que
determinou a apuração, em que serão transcri- II - após a apresentação da defesa escrita, a Co-
tas as informações, as normas violadas, os fatos missão Disciplinar elaborará relatório conclu-
delimitados, indicadas as sanções cabíveis, bem sivo quanto à inocência ou à responsabilidade
como promoverá a citação pessoal do funcioná- do funcionário, em que resumirá as peças prin-
rio para que, no prazo de 05 (cinco) dias, apre- cipais dos autos, indicará o respectivo disposi-
sente defesa escrita. tivo legal, opinará sobre a intencionalidade da
ausência e remeterá o processo à autoridade
§ 3º. Apresentada defesa, a Comissão Disci- competente para julgamento.
plinar elaborará relatório conclusivo quanto à
existência ou não de acumulação ilegal, em que Subseção III
resumirá as peças principais dos autos, indicará
os dispositivos legais e sanções eventualmente Do Processo Administrativo Disciplinar de Rito
aplicáveis e remeterá o processo à autoridade Ordinário
competente para julgamento. Art. 220. O processo disciplinar se desenvolve nas se-
§ 4º. No prazo de 05 (cinco) dias, contados do re- guintes fases:
cebimento do processo, a autoridade julgadora I - instauração, com a lavratura da portaria de
proferirá a sua decisão e remeterá os autos para acusação que indicará as provas que serão pro-
reexame necessário ao Presidente do Tribunal duzidas, inclusive com o rol das testemunhas;
de Justiça no caso de aplicar pena de demissão.
II - citação pessoal para apresentar defesa escri-
§ 5º. Efetivada opção pelo funcionário até o úl-
ta, no prazo de 10 (dez) dias, com a indicação
timo dia de prazo para defesa configurará sua das provas que pretende produzir, inclusive
boa-fé, hipótese em que a pena se converterá com o rol das testemunhas;
automaticamente em pedido de exoneração do
outro cargo, devendo tal circunstância constar III - interrogatório do acusado;
no mandado de citação. IV - definição das provas a serem produzidas e
§ 6º. Caracterizada acumulação ilegal e má-fé, sua produção;
aplicar-se-á a pena de demissão, destituição,
V - apresentação de alegações finais pela defesa
cassação de aposentadoria ou de cassação de
no prazo de dez (10) dias;
disponibilidade em relação aos cargos, empre-
gos ou funções públicas em regime de cumula- VI - relatório e remessa dos autos para a autori-
ção ilegal, hipótese em que os órgãos ou as enti- dade julgadora;
dades de vinculação serão comunicados. VII - julgamento.
§ 7º. O prazo para a conclusão do processo ad-
Parágrafo único. Havendo 02 (dois) ou mais
ministrativo disciplinar submetido ao rito su-
acusados, o prazo será comum e de 20 (vinte)
mário não excederá 60 (sessenta) dias, contados
dias.
da data de ciência, por parte da Comissão Dis-
ciplinar, do ato que ordenou a apuração, admi- Art. 221. Em caso de revelia, será designado pelo Pre-
tida a sua prorrogação por até 30 (trinta) dias, sidente da Comissão Disciplinar bacharel como defen-
quando as circunstâncias o exigirem. sor dativo que acompanhará o processo, inclusive na
fase de reexame necessário ou de recurso voluntário.
§ 8º. O procedimento sumário rege-se pelas dis-
posições deste artigo, observando-se, no que lhe § 1º. O acusado ou indiciado que mudar de re-
for aplicável, subsidiariamente as disposições sidência fica obrigado a comunicar à Comissão
gerais do processo administrativo regido pelo Disciplinar o lugar em que poderá ser encontra-
rito ordinário. do, sob pena de ser considerado revel.

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§ 2º. Achando-se o indiciado em lugar incerto e autoridade competente que proferirá decisão
não sabido, será citado por edital, publicado no em igual prazo.
Diário da Justiça e em jornal de grande circula-
§ 11. Ainstrução deverá ser ultimada no prazo
ção da localidade do último domicílio conheci-
de 120 (cento e vinte) dias, prorrogáveis por
do, para apresentar defesa escrita.
mais 60 (sessenta) dias, contados da data da la-
§ 3º. Na hipótese deste artigo, o prazo para de- vratura da portaria de acusação.
fesa será de 10 (dez) dias a partir da última pu-
§ 12. Para a realização dos atos de instrução
blicação do edital.
aplicam-se subsidiariamente as normas do Có-
Art. 222. Apresentada defesa, seguir-se-á a instrução digo de Processo Penal, da legislação processual
com a produção das provas deferidas. penal extravagante e as do Código de Processo
§ 1º. A Comissão Disciplinar determinará a pro- Civil, nessa ordem.
dução de outras provas não requeridas pela de- Art. 223. Os autos da sindicância ou de procedimen-
fesa ou não indicadas na peça de acusação e que to prévio integrarão os do processo disciplinar, como
sejam necessárias à elucidação dos fatos. peça informativa da instrução.
§ 2º. A Comissão Disciplinar deverá intimar o § 1º. Na hipótese da Comissão Disciplinar con-
acusado e defensor para o interrogatório sobre cluir que a infração está capitulada como ilícito
os fatos imputados, designando dia, hora e lo- penal, a autoridade competente para julgamen-
cal. to encaminhará cópia dos autos ao Ministério
§ 3º. Em todas as cartas precatórias e de ordem, Público.
a Comissão Disciplinar processante declarará o § 2º. A providência do §1º deste artigo será to-
prazo em que deverão ser cumpridas pelas au- mada no âmbito da sindicância ou do processo
toridades administrativas destinatárias, sejam administrativo independentemente da finaliza-
elas funcionários ou magistrados. ção de um ou de outro.
§ 4º. Cabe à Comissão Disciplinar intimar o de-
Art. 224. As testemunhas serão intimadas a depor me-
fensor da expedição da carta precatória, sendo
diante mandado expedido pelo Presidente da Comis-
responsabilidade deste acompanhar o respecti-
são Disciplinar ou pela autoridade deprecada.
vo andamento na repartição ou comarca de des-
tino, inclusive no que concerne às publicações Parágrafo único. Se a testemunha for funcioná-
de intimações para os atos deprecados. rio público, a expedição do mandado será ime-
diatamente comunicada ao chefe da repartição
§ 5º. A Comissão Disciplinar denegará pedidos
em que serve, com a indicação do dia e da hora
impertinentes, protelatórios ou de nenhum in-
marcados para inquirição.
teresse para esclarecimento dos fatos, inclusive
com relação à produção de prova pericial quan- Art. 225. Quando houver dúvida sobre a sanidade
do a elucidação puder ser alcançada por outros mental do acusado, a Comissão Disciplinar proporá à
meios ou não depender de conhecimentos téc- autoridade competente que ele seja submetido a exa-
nicos. me por junta médica oficial, da qual participe ao me-
§ 6º. Os órgãos estaduais, sob pena de responsa- nos um médico psiquiatra.
bilidade de seus titulares, atenderão com a má- § 1º. O incidente de sanidade mental será pro-
xima presteza às solicitações da Comissão Disci- cessado em autos apartados que serão apensa-
plinar, inclusive requisição de técnicos e peritos, dos, e a sua instauração suspenderá o curso do
devendo comunicar prontamente a impossibili- processo principal até a juntada do laudo peri-
dade de atendimento, em caso de força maior. cial conclusivo, ressalvada a produção de pro-
§ 7º. A prova técnica no interesse da acusação vas consideradas urgentes.
será produzida, sem ônus para o Poder Judiciá- § 2º. Durante o processamento do incidente fica
rio, pelos órgãos competentes da administração suspenso o curso da prescrição, cujo prazo volta
direta e indireta do Estado do Paraná, e no inte- a ser contado após a juntada do laudo pericial.
resse da defesa, os ônus financeiros serão supor-
tados pelo acusado. Art. 226. Finda a instrução e apresentadas as alegações
finais, a Comissão Disciplinar elaborará relatório em
§ 8º. Serão ouvidas as testemunhas de acusação que indicará as peças principais dos autos e mencio-
e na seqüência as de defesa. nará as provas em que se baseou para formar a sua
§ 9º. Encerrada a instrução, será concedido um convicção.
prazo de 10 (dez) dias para as alegações finais Parágrafo único. O relatório concluirá sobre a
pela defesa.
responsabilidade ou não do funcionário, e reco-
§ 10. Apresentadas alegações finais, a Comissão nhecida esta, a Comissão Disciplinar indicará os
Disciplinar elaborará relatório conclusivo no dispositivos legais ou regulamentares violados
prazo de 30 (trinta) dias e remeterá os autos à e as sanções cabíveis.

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Art. 227. Aautoridade julgadora não está vinculada à vamente, desde o evento danoso e da aplicação, até a
motivação e à conclusão do relatório apresentado pela data da quitação do débito pelo funcionário.
Comissão Disciplinar e poderá julgar diversamente da
proposta seja para agravar, abrandar ou afastar a res- Art. 234. As penas de destituição de cargo, de demis-
ponsabilização do funcionário. são, de cassação de aposentadoria ou de cassação de
disponibilidade serão executadas após o trânsito em
Art. 228. Verificada a ocorrência de vício insanável, a julgado da decisão.
autoridade julgadora declarará a nulidade do ato, or-
denando a respectiva repetição. Parágrafo único. A aplicação das penas de de-
missão, de cassação de aposentadoria ou de
Parágrafo único. A autoridade de instrução ou cassação de disponibilidade ao funcionário não
julgamento que der causa à prescrição da pre- impedirá o processamento e o julgamento de
tensão punitiva por ato comissivo ou omissivo, outras faltas que possam implicar na aplicação
doloso ou culposo, será responsabilizada na for- das mesmas penalidades ou na de suspensão.
ma da lei.
Art. 235. As penas definitivamente impostas ao funcio-
Art. 229. Extinta a punibilidade pela prescrição, a au- nário serão anotadas em sua ficha funcional.
toridade julgadora determinará o registro do fato na
ficha funcional do funcionário. CAPÍTULO IV
Art. 230. O funcionário efetivo que responder a pro-
cesso disciplinar só poderá ser exonerado a pedido DA REVISÃO DO PROCESSO
ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do ADMINISTRATIVO
processo e do cumprimento da sanção, se for aplicada.
Art. 236. O procedimento de revisão do processo ad-
Parágrafo único. Ocorrida exoneração porque ministrativo aplica-se ao sistema disciplinar dos fun-
não satisfeitas as condições do estágio probató- cionários do Quadro de Pessoal de 1º grau de jurisdi-
rio e, posteriormente julgado processo adminis- ção e do Quadro da Secretaria do Tribunal de Justiça.
trativo disciplinar conclusivo pela demissão, o
ato de exoneração será convertido nesta. Art. 237. O processo administrativo disciplinar poderá
ser revisto no prazo de 02 (dois) anos do trânsito em
Art. 231. São asseguradas indenizações em razão do julgado da decisão que aplicou a pena, a pedido do
trânsito e das diárias: apenado que argumentar a existência de novas provas
que impliquem na diminuição da penalidade ou na ex-
I - ao funcionário convocado para prestar depoi-
clusão de responsabilidade funcional.
mento fora da sede de sua repartição, na condi-
ção de testemunha, acusado ou indiciado; § 1º. Em caso de falecimento, ausência ou de-
saparecimento do funcionário, qualquer pessoa
II - aos membros de Comissão e ao Secretário,
indicada como dependente na legislação previ-
quando obrigados a se deslocarem da sede dos
denciária do Estado do Paraná poderá requerer
trabalhos para a realização de missão essencial
a revisão do processo no caso de ter sido aplica-
ao esclarecimento dos fatos.
da pena de cassação da aposentadoria, cassação
da disponibilidade ou demissão.
Subseção IV
§ 2º. Preenchidos os requisitos do § 1º deste ar-
Da Execução das Penas Disciplinares tigo, e no caso de incapacidade mental do fun-
Art. 232. O cumprimento da pena de suspensão terá cionário, a revisão será requerida por uma das
início após a publicação no Diário da Justiça, cabendo pessoas indicadas na referida legislação ou pelo
ao superior hierárquico a fiscalização da sua efetiva- respectivo curador.
ção. § 3º. No caso de procedência da revisão do pro-
§ 1º. Se o funcionário estiver afastado na data de cesso administrativo, restabelecendo-se o vín-
publicação, o início do cumprimento dar-se-á a culo do apenado com a administração pública, o
partir da reassunção. reconhecimento da qualidade de dependente do
funcionário para tal fim não vincula os órgãos
§ 2º. Os dias não trabalhados em virtude da apli- previdenciários para exame de requerimento de
cação da pena de suspensão serão excluídos da pensão ou de proventos de aposentadoria.
folha de pagamento, salvo se não houver tem-
po hábil, quando será feito o desconto no mês § 4º. Na hipótese do § 3º deste artigo ou para
imediatamente posterior ao do início do cum- fins de aposentadoria, a análise da condição de
primento da penalidade. dependente perante o órgão de previdência se
dará de forma autônoma e desvinculada da rea-
Art. 233. Aordem de ressarcimento e a pena em valor lizada no âmbito da revisão do processo admi-
certo terão a expressão nominal corrigida, respecti- nistrativo disciplinar.

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Art. 238. O apenado com destituição de cargo em co- afastados os impedimentos decorrentes de tal
missão poderá, no prazo de 02 (dois) anos do trânsito pena e haverá a conversão para exoneração.
em julgado da respectiva decisão, pedir revisão do seu
processo, desde que alegue existência de novas provas § 2º. A penalidade não poderá ser agravada
que impliquem na impossibilidade de aplicação da re- quando da revisão do processo administrativo
ferida penalidade. ou da interposição de recurso administrativo.

Art. 239. Asimples alegação de injustiça ou despropor- TÍTULO VI


ção da penalidade aplicada não constitui fundamento
para o conhecimento e o processamento de qualquer
pedido de revisão. CAPÍTULO ÚNICO

Parágrafo único. O pedido de revisão exige in-


DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
dicação de novos elementos de prova e de fato
certo e determinado, ainda não apreciados no Art. 244. O Dia do Funcionário Público do Poder Ju-
processo disciplinar originário. diciário será comemorado em 28 (vinte e oito) de ou-
Art. 240. O requerimento de revisão será dirigido ao tubro.
Secretario do Tribunal que, na hipótese de deferir o Art. 245. Os prazos previstos neste Estatuto serão con-
seu processamento:
tados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo
I - remeterá o pedido à autoridade de 1º grau e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado
competente para instrução e julgamento, se o para o primeiro dia útil seguinte o prazo vencido em
pedido for formulado por funcionário integran- sábado, domingo, feriado ou ponto facultativo.
te do Quadro de Pessoal de 1º Grau de jurisdi-
Art. 246. Por motivo de crença religiosa, convicção filo-
ção;
sófica ou política, o funcionário não poderá ser priva-
II - designará Comissão para o respectivo fim do de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação
nos termos do art. 204 deste Estatuto, se o pe- em sua vida funcional, nem se eximir do cumprimento
dido for formulado por funcionário integrante de seus deveres.
do Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal
Art. 247. Ao funcionário público do Poder Judiciário
de Justiça.
do Estado do Paraná é assegurado o direito à livre as-
§ 1º. Aos integrantes da Comissão de Revisão sociação sindical, nos termos da Constituição Federal.
ou à autoridade julgadora se aplicam os mes-
Art. 248. O direito de greve será exercido na forma pre-
mos impedimentos previstos para a Comissão
vista em lei federal.
Disciplinar.
Art. 249. Enquanto não sobrevier lei que defina os va-
§ 2º. O funcionário não integrará a Comissão de
lores, forma de pagamento e hipóteses de incidência
Revisão se tiver integrado a Comissão Discipli-
das gratificações de qualquer natureza previstas neste
nar que concluiu pela responsabilidade do fun-
Estatuto, o pagamento das remunerações continuará
cionário apenado no processo que irá se revisar.
a ser feito com base na legislação em vigor ao tempo
Art. 241. O pedido de revisão será autuado em apenso da edição da presente lei e nos termos definidos pela
aos autos do processo originário. Administração Pública.
Parágrafo único. A petição inicial conterá a in- § 1º. As remunerações pagas pelo Poder Judiciá-
dicação das provas e a exposição dos fatos que rio aos seus funcionários não serão majoradas
se pretendem provar, inclusive, no caso de re- por ato administrativo com base no presente Es-
querimento de prova oral, trará o rol de teste- tatuto enquanto não sobrevier lei especial que
munhas. fixe os valores, as formas e as hipóteses de in-
cidência das gratificações de qualquer natureza
Art. 242. Ao procedimento de revisão aplicam-se, no
previstas nesta lei.
que couberem, as normas do procedimento originário
disciplinar e o seu julgamento caberá à autoridade que § 2º. Não haverá redução do valor da remunera-
aplicou a penalidade. ção paga aos atuais funcionários do Poder Judi-
ciário em razão do estabelecido na presente lei.
Art. 243. Julgado procedente o pedido de revisão, será
declarada sem efeito a penalidade aplicada e substi- Art. 250. Até a promulgação de nova lei que regula-
tuída por mais branda no caso de ficar provada cir- mentará o Quadro do Tribunal de Justiça do Estado
cunstância atenuante, ou serão restabelecidos todos os do Paraná e sua estrutura administrativa e hierárqui-
direitos do funcionário, no caso de ser afastada a sua ca, permanece em vigor a Lei Estadualn.º 11.719 de
responsabilidade administrativa. 12.05.1997.
§ 1º. Em caso de procedência do pedido de revi- Art. 251. Esta lei entrará em vigor na data de sua pu-
são de destituição do cargo em comissão serão blicação.

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diato, à esquerda, seguindo-se assim, alternada


03 REGIMENTO INTERNO DO TJ/PR e sucessivamente, na ordem decrescente de an-
tiguidade.
LIVRO I
§2º O Desembargador convocado para substi-
tuir no Órgão Especial terá assento no lugar do
TÍTULO I
mais moderno se for suplente de eleito, ou con-
forme a sua antiguidade se convocado com base
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS nesta.
Art. 1°. Este Regimento dispõe sobre o funcionamen- §3º No Conselho da Magistratura, o Desembar-
to do Tribunal de Justiça, estabelece a competência de
gador convocado para substituir os membros
seus órgãos, regula a instrução e julgamento das ações
eleitos terá assento na forma do § 2º deste artigo.
originárias e dos recursos que lhe são atribuídos e ins-
titui a disciplina de seus serviços. §4º Nas sessões dos demais órgãos julgadores,
em que houver a participação de Juiz de Direito
Art. 2°. Ao Tribunal compete o tratamento de“Egré-
Substituto em Segundo Grau, este tomará o lu-
gio”, seus integrantes têm o título de “Desembarga-
gar do Desembargador mais moderno; se hou-
dor”, recebem o tratamento de “Excelência” e usarão,
ver mais de um Substituto, a antiguidade será
nas sessões públicas, vestes talares, conforme o mode-
regulada na seguinte ordem:
lo especificado no Anexo I.
I - pela data da posse no cargo de Juiz de Direito
CAPÍTULO I Substituto em Segundo Grau;
II - pela data da posse na entrância final.
DA ORGANIZAÇÃO
Art. 7°. Nas sessões solenes, os lugares da mesa serão
Art. 3°. O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, ocupados conforme o estabelecido no protocolo espe-
composto de cento e vinte Desembargadores, tem sua cificamente organizado.
sede na Capital e competência em todo o seu território. Art. 8°. O Presidente do Tribunal presidirá as sessões
Art. 4°. São órgãos do Tribunal: de que participar.
I - o Tribunal Pleno, constituído pela totalidade Art. 9°. O Presidente, o 1º e o 2º Vice-Presidente, o Cor-
dos Desembargadores; regedor-Geral e o Corregedor não integrarão as Seções
ou Câmaras e, ao deixarem o cargo, ocuparão os luga-
II - o Órgão Especial, composto de vinte e cinco
res deixados pelos novos eleitos, respectivamente.
Desembargadores;
Parágrafo único. O Presidente, o 1º Vice-Presi-
III - a Seção Cível Ordinária, integrada por de-
dente, o 2º Vice-Presidente, o Corregedor-Geral
zoito Desembargadores, e a Seção Cível em Di-
e o Corregedor não integrarão a distribuição de
vergência nos casos previstos neste Regimento
processos de competência do Órgão Especial.
IV - a Seção Criminal, composta de dez Desem-
bargadores; CAPÍTULO III
V - as Câmaras Cíveis, compostas por cinco De-
DA PRESIDÊNCIA E DAS VICE-PRESIDÊNCIAS
sembargadores, observado, quanto ao quórum,
o disposto no art. 70, incisos V e VI, deste Regi- Art. 13. O Presidente do Tribunal de Justiça é o che-
mento; fe do Poder Judiciário, e nos seus impedimentos será
VI - as Câmaras Criminais, também compostas substituído pelo 1º Vice-Presidente.
de cinco Desembargadores, observado, quanto
Parágrafo único. No caso de impedimento do
ao quórum, o disposto no art. 70, incisos V e VI,
Presidente e do 1º Vice-Presidente, será chama-
deste Regimento;
do ao exercício da Presidência o 2º Vice-Presi-
VII - o Conselho da Magistratura, constituído dente, e, no caso de impedimento deste, suces-
por sete Desembargadores. sivamente o Desembargador mais antigo que
Art. 5°. A cúpula diretiva do Tribunal de Justiça é com- não exerça os cargos de Corregedor-Geral ou de
posta pelo Presidente, 1º e 2º Vice-Presidentes, Corre- Corregedor.
gedor-Geral da Justiça e Corregedor.
Art. 14. São atribuições do Presidente:
Art. 6°. O Presidente do Tribunal terá, nas sessões, as-
sento especial ao centro da mesa; à direita, assentar- I - a representação e a direção em geral da admi-
se-á o Procurador-Geral de Justiça, e, à esquerda, o nistração do Poder Judiciário;
Corregedor-Geral da Justiça.
II - velar pelas prerrogativas do Tribunal, cum-
§1º O Desembargador mais antigo ocupará, na prindo e fazendo cumprir seu Regimento Inter-
bancada, a primeira cadeira à direita; seu ime- no;

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III - superintender os serviços judiciais, expe- b) pedidos de aposentadoria, reversão ou apro-


dindo os atos normativos e as ordens para o seu veitamento de magistrados e reclamação sobre
regular funcionamento; a lista de antiguidade da respectiva carreira;
IV - ordenar despesas em geral, inclusive o pa- c) procedimentos disciplinares contra Desem-
gamento daquelas relativas às decisões proferi- bargadores;
das contra a Fazenda Pública;
d) agravos contra suas decisões monocráticas;
V - homologar licitações, firmar contratos admi-
e) reclamação contra cobrança de custas e de
nistrativos e convênios;
taxas no âmbito da Secretaria do Tribunal de
VI - praticar os atos relativos à proposta orça- Justiça;
mentária e às suplementações de créditos, às re-
XIV - decidir:
quisições de verbas e à execução do orçamento,
bem como à respectiva prestação de contas; a) os pedidos de suspensão da execução de me-
dida liminar ou de sentença, sendo ele o Relator
VII - atribuir gratificações, conceder férias e li-
das reclamações, para preservar a sua compe-
cenças, determinar contagens de tempo e fazer
tência ou garantir a autoridade das suas deci-
editar lista de antiguidade, arbitrar e mandar
sões nesses feitos;
pagar verbas de caráter indenizatório em razão
do desempenho das funções de magistrado, de b) sobre a expedição de ordens de pagamento
serventuário e de funcionário nos termos da lei; devido pela Fazenda Pública e movimentação
dos precatórios; sobre o sequestro, na forma
VIII - presidir as sessões do Tribunal Pleno, do Ór-
do art. 97, § 10, inciso I, do Ato das Disposições
gão Especial e do Conselho da Magistratura, con-
Constitucionais Transitórias;
vocá-las e dirigir os trabalhos para manter a or-
dem, regular as discussões e debates, encaminhar d) durante o recesso forense do Tribunal, os pe-
votações, apurar votos e proclamar resultados; didos de liminar em processos de competência
do Órgão Especial e das Seções;
IX - submeter questões de ordem ao Tribunal;
XV - proferir os despachos de expediente;
X - intervir e votar nos julgamentos de matérias
administrativas dos colegiados de que partici- XVI - criar comissões temporárias e designar os
par, inclusive proferindo voto de qualidade no seus membros e ainda os das comissões perma-
caso de empate; nentes;
a) no julgamento de feitos de natureza cível, da XVII - designar:
competência do Órgão Especial, no caso de em-
a) Juízes para as Comarcas ou Varas em regi-
pate, o Presidente, ou seu substituto, proferirá
me de exceção, ou para atenderem mutirões ou
voto de desempate.
substituições, com delimitação das respectivas
XI - fazer expedir editais e efetivar os atos: competências, bem como nos casos de impedi-
mento ou suspeição onde não estiver preenchi-
a) próprios à movimentação ou à nomeação na
do o cargo de substituto ou se este também se
carreira da Magistratura, dos funcionários do
declarar suspeito ou impedido;
Poder Judiciário, bem como de movimentação
e outorga de delegação aos agentes do foro ex- b) Juízes auxiliares da cúpula diretiva do Tribu-
trajudicial; nal de Justiça;
b) relativos aos concursos do Poder Judiciário, Parágrafo único. A designação de Juiz de Direi-
com indicação das suas normas de funcionamen- to da Comarca da região Metropolitana de Curi-
to e dos integrantes das bancas examinadoras; tiba, para auxiliar os trabalhos da cúpula direti-
va do Tribunal, de que trata o inciso XVII, alínea
c) de vacância e de exercício das atribuições do
b, deste artigo dar-se-á mediante indicação do
cargo dos integrantes da Magistratura, dos fun-
dirigente, pelo prazo do respectivo mandato,
cionários do Poder Judiciário e dos agentes de-
permitida uma prorrogação com a seguinte li-
legados do foro extrajudicial;
mitação:
d) referentes a dados estatísticos do Poder Judi-
I. quatro Juízes para auxílio à Presidência;
ciário e de seus órgãos julgadores;
c) Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
XII - participar dos julgamentos de matérias
para substituir Desembargador;
constitucionais no âmbito do Órgão Especial;
d) Desembargador para substituir membro titu-
XIII - funcionar como Relator em:
lar do Órgão Especial em férias ou em licença;
a) arguições de suspeição ou impedimento de
e) Juiz de Direito para exercer a Direção do
Desembargadores, de Juízes de Direito Substi-
Fórum das Comarcas de entrância final;
tutos em Segundo Grau, do Procurador-Geral
de Justiça, dos Procuradores de Justiça; XVIII - nomear juízes de paz;

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XIX - exercer: I - dois Juízes para auxílio à Presidência;


a) correição permanente na Secretaria do Tribu- II - um Juiz para auxílio a cada Vice-Presidência;
nal de Justiça e impor penalidades disciplinares
III - oito Juízes para auxílio à Corregedoria-Ge-
aos seus integrantes;
ral da Justiça e à Corregedoria;
b) o poder de polícia no âmbito do Tribunal de
XXVI – convocar um juiz para atuar na concilia-
Justiça, determinando a efetivação dos atos ne-
ção de precatórios;
cessários à manutenção da ordem;
XXVII – decretar regime de exceção, de ofício ou
XX - delegar aos Vice-Presidentes, ao Secretário,
a pedido de qualquer Desembargador Integran-
Subsecretário, Diretores dos Departamentos do
te das Câmaras nas quais exista distribuição
Tribunal de Justiça e outros servidores públi-
superior à média das demais, dispondo sobre o
cos subordinados direta ou indiretamente a sua
prazo, designação e forma de atuação dos Ma-
pessoa, o desempenho das funções administra-
gistrados.
tivas e as previstas neste Regimento, incluindo
os atos que impliquem na efetivação de despe- XXVIII – determinar o imediato cumprimento
sas, em valores a serem estabelecidos em Decre- da decisão proferida na Reclamação ajuizada
to Judiciário específico: nos termos do art. 988 e seguintes do Código de
Processo Civil.
a) A delegação de competência será utilizada
como instrumento de desconcentração e terá XXIX – disciplinar o uso de videoconferência ou
por objetivo acelerar a decisão dos assuntos de de outro recurso tecnológico de transmissão de
interesse público ou da própria administração; sons e imagens em tempo real para realização
de sustentações orais.
b) o ato de delegação, que será expedido a cri-
tério da autoridade delegante, indicará a auto- Artigo 14-A. A Ouvidoria Geral do Poder Judi-
ridade delegada, as atribuições objeto da dele- ciário, Órgão Administrativo, está vinculada à
gação e, quando for o caso, o prazo de vigência, Presidência do Tribunal de Justiça, sendo o Ou-
que, na omissão, ter-se-á por indeterminado; vidor Geral, bem como seu substituto, escolhi-
do pelo Tribunal Pleno, para mandato de dois
c) a delegação de competência não envolve a
anos, coincidente ao da cúpula diretiva, não
perda, pelo delegante, dos correspondentes po-
permitida a reeleição.
deres, sendo-lhe facultado, quando entender
conveniente, exercê-los mediante avocação do Parágrafo único. Compete ao Ouvidor-Geral,
caso, sem prejuízo da validade da delegação; bem como ao seu substituto, receber e registrar
queixas, de qualquer cidadão, por abusos, erros
d) quando conveniente ao interesse da Admi-
ou omissões das autoridades judiciárias de 1º e
nistração, as competências objeto de delegação
2º graus, de seus auxiliares, servidores do foro
poderão ser incorporadas, em caráter perma-
judicial, agentes delegados do foro extrajudicial
nente, às normas internas da Secretaria do Tri-
e funcionários da justiça.
bunal de Justiça.
Art. 15. Ao 1º Vice-Presidente incumbe substituir o
XXI - deliberar sobre prisão em flagrante de au-
Presidente nas férias, licenças, ausências e impedi-
toridade judiciária e tê-la sob sua custódia;
mentos eventuais.
XXII - autorizar magistrados a celebrar casa-
§1º O 1º Vice-Presidente integra o Tribunal Ple-
mentos;
no, o Órgão Especial e o Conselho da Magistra-
XXIII - editar normas sobre a organização e tura.
funcionamento dos cursos de formação para in-
§2º O 1º Vice-Presidente colaborará com o Pre-
gresso na Magistratura e de aperfeiçoamento de
sidente nos atos de representação do Tribunal
magistrados;
de Justiça.
XXIV - elaborar o regimento interno da Esco-
§3º Ao 1º Vice-Presidente incumbe, ainda, por
la de Servidores da Justiça Estadual do Paraná
delegação do Presidente:
(ESEJE);
I - presidir, em audiência pública, a distribuição
XXV - dar posse aos magistrados.
dos processos cíveis e criminais e realizar as ur-
Parágrafo único. A designação de Juiz de Direito gentes quando o sistema automatizado estiver
da Comarca da Região Metropolitana de Curiti- eventualmente inoperante;
ba, para auxiliar os trabalhos da cúpula diretiva
II - homologar pedido de desistência de recurso
do Tribunal, de que trata o inciso XVII, alínea
formulado antes da distribuição;
b, deste artigo, dar-se-á mediante indicação do
dirigente, pelo prazo do respectivo mandato, III - processar e exercer juízo de admissibilida-
permitida uma prorrogação, com a seguinte li- de de recursos para as instâncias superiores e
mitação: decidir questões sobre eles incidentes, inclusive

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suspensão do trâmite de recursos vinculados ao Art. 40. A licença é requerida com indicação do perío-
regime de repercussão geral e repetitivos, além do e começa a correr do dia em que passou a ser uti-
de medidas cautelares, observado o disposto lizada.
nos arts. 107, 107-A e 107-B deste Regimento.
Art. 41. Salvo contraindicação médica, o Desembarga-
IV - determinar a baixa de autos; dor ou o Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau
licenciado poderá reassumir o cargo a qualquer tem-
V - processar e julgar o pedido de concessão de
po, entendendo-se que desistiu do restante do prazo.
justiça gratuita quando o feito não estiver distri-
buído ou depois de cessadas as atribuições do §1º Observada a hipótese do caput deste artigo
Relator; e sem prejuízo à fruição da licença, o Desembar-
gador ou o Juiz de Direito Substituto em Segun-
VI - exercer as demais atribuições previstas em
do Grau poderá proferir decisões em processos
lei ou neste Regimento.
que, antes da licença, hajam-lhe sido conclusos
VII – disciplinar a organização e funcionamento para julgamento, ou tenham recebido seu visto
do Núcleo de Repercussão Geral e Recursos Re- como Relator ou Revisor, ou ainda tenham sido
petitivos – NURER objeto de pedido de vista como vogal.
VIII – gerenciar as demandas repetitivas em to- §2º O Desembargador ou o Juiz de Direito Subs-
dos os graus de jurisdição, inclusive nos Juiza- tituto em Segundo Grau em licença não poderá
dos Especiais, no que diz respeito aos institutos funcionar como vogal em hipótese diversa da-
da Repercussão Geral, Recursos Repetitivos, In- quela prevista no § 1º deste artigo.
cidentes de Resolução de Demandas Repetitivas
e Incidentes de Assunção de Competência. CAPÍTULO II
Art. 16. Ao 2º Vice-Presidente compete:
DAS FÉRIAS
I - substituir o Presidente e o 1º Vice-Presidente
Art. 42. Os Desembargadores e Juízes de Direito Subs-
nas férias, licenças, ausências e impedimentos
titutos em Segundo Grau terão direito a férias anuais
eventuais;
de sessenta dias, divididas em dois períodos de trinta, a
II - colaborar com o Presidente e o 1º Vice-Pre- serem estabelecidos conforme escala da Presidência do
sidente nos atos de representação do Tribunal; Tribunal, que terá por base a escolha feita pelo mais an-
tigo em cada Câmara, excluído este no período seguin-
Parágrafo único. Ao 2º Vice-Presidente incum-
te, que passa a ocupar a última posição, e assim sucessi-
be, ainda, por delegação do Presidente:
vamente, até que todos tenham exercido a preferência.
I - a Supervisão-Geral do Sistema dos Juizados
§1º Os magistrados referidos no caput deste
Especiais;
artigo que tiverem filhos em idade escolar po-
II - abrir, rubricar e encerrar os livros destinados derão receber tratamento especial na escala de
aos serviços do Tribunal; férias, sem prejuízo aos demais colegas, desde
III - determinar o início do processo de restau- que haja a possibilidade de designar mais um
ração de autos eventualmente extraviados na Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau.
Secretaria do Tribunal; §2º O Desembargador ou o Juiz de Direito Subs-
IV - exercer as demais atribuições previstas em tituto em Segundo Grau em férias poderá profe-
lei ou neste Regimento. rir decisões em processos que, antes das férias,
hajam-lhe sido conclusos para julgamento, ou
TÍTULO III tenham recebido seu visto como Relator ou Re-
visor, ou ainda tenham sido objeto de pedido de
DAS LICENÇAS, DAS FÉRIAS, DO vista como vogal.
AFASTAMENTO, §3º O Desembargador ou o Juiz de Direito Subs-
tituto em Segundo Grau em férias não poderá
DAS SUBSTITUIÇÕES E DAS CONVOCAÇÕES funcionar como vogal em hipótese diversa da-
quela prevista no art. 41, § 1º, deste Regimento.
CAPÍTULO I
Art. 43. As férias individuais não poderão fracionar-se
DAS LICENÇAS em períodos inferiores a trinta dias, e somente podem
acumular-se por imperiosa necessidade do serviço e
Art. 39. Conceder-se-á licença: pelo período máximo de dois meses.
I - para tratamento de saúde; Parágrafo único. É vedado o afastamento do Tri-
II - por motivo de doença em pessoa da família; bunal ou de qualquer de seus órgãos judicantes,
em gozo de férias individuais, no mesmo perío-
III - para repouso à gestante;
do, de Desembargadores em número que possa
IV - em razão da paternidade. comprometer o quórum de julgamento.

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CAPÍTULO III I - pelo Revisor, se houver, ou pelo Desembarga-


dor imediato em antiguidade, conforme a com-
DO AFASTAMENTO petência, em caso de ausência ou impedimento
eventual, quando se tratar de deliberação de
Art. 44. Sem prejuízo dos vencimentos, ou qualquer
medida urgente;
vantagem legal, o Desembargador poderá afastar-se
de suas funções, por motivo de: II - pelo Desembargador designado para lavrar
I - casamento, por até oito dias consecutivos; o acórdão, quando vencido no julgamento;

II - falecimento do cônjuge, ascendente, descen- III - em caso de aposentadoria, renúncia ou mor-


dente ou irmão, por até oito dias consecutivos; te:

III - prestação de serviços exclusivamente à Jus- a) pelo Desembargador nomeado para sucedê
tiça Eleitoral; -lo;
IV - exercício da presidência de associação de b) após ter votado, pelo Desembargador que ti-
classe; ver proferido o primeiro voto vencedor, acom-
panhando o Relator, para lavrar os acórdãos
V - exercício de atividades de relevante interes-
dos julgamentos anteriores à abertura da vaga;
se da Justiça;
VI - exercício do cargo de Diretor-Geral da Esco- c) pela mesma forma da alínea b deste inciso,
la da Magistratura. enquanto não empossado o novo Desembarga-
dor, para admitir ou julgar eventual recurso.
CAPÍTULO IV
Parágrafo único. O Revisor será substituído, em
caso de impedimento, pelo Desembargador que
DAS SUBSTITUIÇÕES
o seguir em ordem decrescente de antiguidade.
Art. 45. Nas ausências e impedimentos ocasionais ou
Art. 48. Nos afastamentos por prazo superior a ses-
temporários, são substituídos, observados os impedi-
senta dias, caso as circunstâncias que o determinaram
mentos legais:
indiquem potencial prejuízo à prestação jurisdicional,
I - o Presidente do Tribunal pelo 1º Vice-Presi- a partir de provocação de qualquer interessado e por
dente, este pelo 2º Vice-Presidente, e este pelos deliberação do Órgão Especial, os processos em que o
demais Desembargadores, na ordem decrescen- Relator ou o Revisor substituído tenha lançado visto
te de antiguidade, observado o art. 13, parágra- poderão ser encaminhados ao magistrado substituto
fo único, deste Regimento; para a respectiva finalidade.

II - o Corregedor-Geral da Justiça pelo Correge- CAPÍTULO V


dor, e este pelos demais Desembargadores, na
ordem decrescente de antiguidade; DAS CONVOCAÇÕES
III - o Presidente da Câmara ou da Seção pelo Art. 49. Para completar quórum no Órgão Especial ou
Desembargador mais antigo entre seus mem- no Conselho da Magistratura, serão convocados De-
bros; sembargadores que dele não fazem parte, respeitada
a ordem de suplência para os eleitos e a decrescente
IV - o Presidente da Comissão pelo mais antigo
de antiguidade para os membros natos e, no caso do
entre os seus integrantes;
Órgão Especial, a classe de origem.
V - qualquer dos membros das Comissões pelo
§1º Os Desembargadores poderão recusar con-
Suplente.
vocação para substituir na classe de antiguidade
Art. 46. Mediante ato do Presidente do Tribunal de no Órgão Especial.
Justiça, a substituição no Órgão Especial e no Conse-
§2º Caso todos os Desembargadores não acei-
lho da Magistratura far-se-á por Desembargador que
não o integre, observado o disposto no art. 49 deste tem a substituição, na forma do parágrafo ante-
Regimento. rior, a convocação recairá, então, no mais anti-
go, inadmitida nova recusa.
Parágrafo único. Na ausência de suplentes à
metade eleita, será observado o segundo critério Art. 50. Nas Câmaras, não havendo número legal para
referido no art. 49 deste Regimento e, em qual- o julgamento, a substituição será feita por Desembar-
quer hipótese, será respeitada a representação gador de outra Câmara ou por Juiz de Direito Substi-
do quinto constitucional de acordo com a classe tuto em Segundo Grau, de preferência da mesma es-
de origem. pecialização, mediante convocação do Presidente da
Câmara, o que constará, para efeito de publicidade, da
Art. 47. O Relator é substituído: ata da sessão de julgamento.

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CAPÍTULO VI TÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DAS SESSÕES E DAS AUDIÊNCIAS

Art. 51. O Desembargador afastado não poderá de- CAPÍTULO I


volver nenhum processo em seu poder, salvo se com-
pensado com a distribuição feita ao Desembargador DAS SESSÕES
Convocado, no Órgão Especial, nas Seções Cível e
Criminal ou no Conselho da Magistratura, ou ao Juiz Art. 58. As sessões serão ordinárias, extraordinárias e
de Direito Substituto em Segundo Grau, nos demais especiais.
órgãos julgadores, ou se o afastamento for por motivo Art. 59. As sessões ordinárias terão início às 13h30min,
de saúde e tratar-se de medida urgente. havendo uma tolerância de quinze minutos para a
abertura dos trabalhos, e encerrar-se-ão às 19 horas,
§1º Nas substituições e nas convocações em ge- podendo ser prorrogadas quando o serviço o exigir.
ral será observado:
§1° Às 15h30min, a sessão poderá ser suspensa
I - Nos casos de afastamento ou de vacância, os por tempo não excedente a trinta minutos.
feitos serão encaminhados, mediante simples
conclusão, ao Desembargador ou ao Juiz de Di- §2° Enquanto estiver sendo realizada qualquer
reito Substituto em Segundo Grau convocado, sessão no Tribunal, o expediente do pessoal, in-
que exercerá a respectiva atividade jurisdicio- clusive dos gabinetes, ficará automaticamente
nal, ficando vinculado ao número de processos prorrogado.
distribuídos no período, excetuadas as ações Art. 60. O Tribunal Pleno e a Seção Criminal funciona-
rescisórias, revisões criminais, ação penal origi- rão por convocação dos respectivos Presidentes
nária e procedimentos pré-processuais, assegu-
§1° O Órgão Especial funcionará, em matéria
rada a compensação com aqueles que tiverem
contenciosa, na primeira e na terceira segunda-
julgado ou encaminhado os autos, com relató-
feira, e, em matéria administrativa, na segunda
rio, ao Revisor;
e na quarta segunda-feira do mês;
II - Terminado o período de convocação: §2° O Conselho da Magistratura se reunirá nas
a) serão devolvidos os feitos não julgados, sal- sextas-feiras que antecederem a realização das
vo aqueles aos quais o convocado tenha se vin- sessões administrativas do Órgão Especial.
culado, observado o disposto no inciso I deste §3° A Seção Cível Ordinária e a Seção Cível em
artigo; Divergência funcionarão na terceira sexta-feira
do mês.
b) se houver solicitado vista ou proferido o voto,
o convocado continuará no julgamento. § 4° A Primeira, Segunda, Terceira, Quarta,
Quinta, Sexta e Sétima Câmaras Cíveis Isoladas
§2º Na compensação de que trata o §1º, inciso e em Composição Integral funcionarão às terças
I, deste artigo, ficam excluídas as decisões pro- -feiras; a Décima Primeira, Décima Segunda,
feridas em embargos de declaração e agravos Décima Terceira, Décima Quarta, Décima Quin-
internos. ta, Décima Sexta, Décima Sétima e Décima Oi-
tava Câmaras Cíveis Isoladas e em Composição
Art. 52. O Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau,
Integral, às quartas-feiras; a Oitava, Nona e Dé-
ao substituir o Desembargador, terá para auxiliá-lo,
cima Câmaras Cíveis Isoladas e em Composição
além da sua própria estrutura, no mínimo mais dois
Integral, bem como as Câmaras Criminais Isola-
funcionários, com prática jurídica, do gabinete do
das e em Composição Integral, às quintas-feiras.
substituído.
§ 5° O Tribunal Pleno, o Órgão Especial, as Se-
Parágrafo único. A indicação dos respectivos no- ções, as Câmaras Isoladas e em Composição
mes será efetuada até o dia anterior ao início da Integral e o Conselho da Magistratura funcio-
substituição, mediante ofício dirigido ao Presi- narão nas salas designadas pelo Presidente do
dente do Tribunal; se não houver indicação pelo Tribunal.
Desembargador substituído, o Juiz de Direito
Substituto em Segundo Grau ficará vinculado Art. 61. As sessões extraordinárias do Tribunal, ou de
somente à metade do número de feitos que lhe qualquer de seus órgãos judicantes, serão convocadas
foram distribuídos no período da substituição. pelo secretário correspondente, mediante ordem do
respectivo Presidente, consignando-se a data e o ob-
Art. 53. O Presidente do Tribunal de Justiça designa- jeto da sessão no ato da convocação, que deverá ser
rá, desde que possível, dois Juízes Substitutos em Se- publicado no Diário da Justiça Eletrônico com anteci-
gundo Grau para cada Câmara, os quais, salvo motivo pação de pelo menos vinte e quatro horas, exceto para
justificado, substituirão exclusivamente os respectivos fins de pauta extraordinária de julgamento das Câma-
integrantes. ras Cíveis, que será de cinco dias.

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§1° A sessão extraordinária poderá ser convo- da, se for o caso, e votada na sessão imediata, assinan-
cada: do-a com o Presidente.
I - no caso de acúmulo de feitos para julgamen- §1° A ata mencionará:
to;
I - a data da sessão e a hora de abertura;
II - por solicitação de qualquer Desembargador
II - quem presidiu aos trabalhos;
que deva entrar em férias ou licença, ou se afas-
tar; III - o nome dos magistrados presentes, pela or-
dem de antiguidade, e do representante do Mi-
III - nos casos de perigo iminente de perecimen-
to de direito da parte legitimada no processo, nistério Público, quando for o caso;
ou no interesse de advogado que, por motivo IV - os processos julgados, sua natureza e nú-
razoável e de ordem pessoal, possa temer não mero de ordem, o nome do Relator e os nomes
estar presente à próxima sessão ordinária. dos demais integrantes do quórum e das partes,
§2° Nas hipóteses dos incisos II e III do § 1º deste bem como suas qualificações no feito, se houver
artigo, os motivos do pedido deverão ser com- sustentação oral pelo Procurador de Justiça ou
provados. pelo advogado das partes, o resultado da vota-
ção com a consignação dos nomes dos magis-
§3° Sempre que, no encerramento do expedien- trados vencidos, a designação do Relator que
te, restarem em pauta ou em mesa, feitos sem lavrará o acórdão e o que mais ocorrer;
julgamento, a sessão poderá prosseguir, me-
diante deliberação do próprio órgão julgador, V - o teor do que for requerido pelos presentes
em dia, hora e local anunciados pelo Presidente, para que dela conste conforme deferido pelo
independentemente de publicação ou de nova Presidente da sessão.
pauta, salvo os recursos cíveis que exijam repu- §2° Nas sessões especiais, será dispensada a lei-
blicação de pauta. tura da ata.
Art. 62. As sessões especiais destinam-se às solenida- Art. 66. Lida e aprovada a ata da sessão anterior, pas-
des de posse, comemorações festivas e homenagens sará o órgão a deliberar segundo a pauta.
a pessoas mortas ou vivas que tenham efetivamente
prestado relevantes serviços à causa da Justiça e do Di- Art. 67. Os advogados poderão fazer uso da palavra
reito; no último caso, a resolução respectiva do Tribu- para sustentação oral da tribuna, quando cabível, me-
nal Pleno só será considerada como aprovada se hou- diante solicitação, depois da leitura do relatório, os
ver unanimidade dos Desembargadores presentes, quais deverão usar vestes talares, observado o dispos-
com limitação de presença. to no art. 64, § 1°, deste Regimento.
Art. 63. As sessões serão públicas, exceto quando: Parágrafo único. É permitido ao advogado com
domicílio profissional em cidade diversa daque-
I - a lei ou este Regimento determinar em con-
la onde está sediado o Tribunal realizar susten-
trário;
tação oral por meio de videoconferência ou ou-
II - houver necessidade de preservar direito à tro recurso tecnológico de transmissão de sons
intimidade do interessado, caso em que a sessão e imagens em tempo real, desde que o requeira
será presenciada unicamente pelos litigantes, até o dia anterior ao da sessão.
procuradores e pessoas judicialmente convoca-
das, além dos funcionários em serviço. Art. 68. Nas sessões, se houver solicitação, o Presidente
poderá conceder aos profissionais da imprensa, entre
Art. 64. Na hora designada, o Presidente, assumindo a aprovação da ata e o início do primeiro julgamento,
sua cadeira e assegurando-se da existência de quórum, o tempo necessário para fotografar ou gravar imagens
declarará aberta a sessão. para televisão.
§1° Os Desembargadores ingressarão nas salas Art. 69. As homenagens e registro em sessões reserva-
de sessões e delas se retirarão com as vestes ta- das, destinadas apenas a membros da Magistratura e
lares. pessoas ou fatos relacionados com a vida jurídica do
§2° O secretário usará beca, e os auxiliares, capa, País, só serão permitidas após o julgamento de todos
conforme a tradição forense. os feitos.
§3º Não se exigirá do público presente às ses- Art. 70. O quórum para o funcionamento dos órgãos
sões do Tribunal, inclusive do Órgão Especial e do Tribunal é de:
do Tribunal Pleno, qualquer traje especial, po- I - no Tribunal Pleno: sessenta e um Desembar-
dendo a presidência determinar a retirada do gadores, incluído o Presidente, salvo na convo-
ambiente, com discrição, de pessoas que estive- cação para exame de eventual recusa na promo-
rem inadequadamente vestidas.
ção ao cargo de Desembargador pelo critério de
Art. 65. Do que ocorrer nas sessões o secretário lavrará antiguidade, caso em que serão exigidos dois
ata circunstanciada, que será lida, discutida, emenda- terços de seus membros;

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II - no Órgão Especial: treze Desembargadores, VII - encaminhar, mensalmente, ao Procurador


incluído o Presidente, salvo na convocação para -Geral de Justiça relação dos feitos que se encon-
exame de eventual recusa na promoção de Juiz tram com o Ministério Público.
pelo critério de antiguidade, cujo quórum é de
VIII- inserir as informações referentes às con-
dezessete Desembargadores;
denações que geram inelegibilidade, em ação
III – na Seção Cível Ordinária: treze Desembar- ordinária ou em grau de recurso, mesmo sem
gadores, incluído o Presidente; na Seção Cível o trânsito em julgado, no Cadastro Nacional de
em Divergência, nos casos previstos neste Re- Condenados por Ato de Improbidade Adminis-
gimento, o quórum qualificado mínimo de sete trativa e por Ato que implique inelegibilidade.
julgadores para o julgamento.
CAPÍTULO III
IV - na Seção Criminal: seis Desembargadores,
incluído o Presidente; DO ERRO DE ATA
V - nas Câmaras em Composição Integral: todos Art. 73. O erro contido em ata poderá ser corrigido
os seus julgadores, incluído o Presidente; de ofício, ou mediante reclamação do interessado, no
VI - nas Câmaras Isoladas: três julgadores, in- prazo de quarenta e oito horas, em petição dirigida ao
cluído o Presidente; Presidente do Tribunal ou do órgão julgador, confor-
me o caso, a partir da sua aprovação.
VII - no Conselho da Magistratura: quatro De-
sembargadores, incluído o Presidente. §1° Não se admitirá a reclamação a pretexto de
modificação do julgado.
Parágrafo único. O julgamento nas Câmaras Iso-
ladas será tomado pelo voto de três julgadores, §2° A reclamação não suspenderá o prazo para
observada a ordem decrescente de antiguidade, recurso, salvo o disposto no art. 75 deste Regi-
a partir do Relator ou do Revisor, se for o caso. mento.
Art. 74. A petição será entregue ao protocolo, que a
CAPÍTULO II
encaminhará ao encarregado da ata, o qual a levará a
despacho, no mesmo dia, com sua informação.
DA PRESIDÊNCIA DAS SESSÕES
Art. 75. Se o pedido for julgado procedente, far-se-á a
Art. 71. A presidência das sessões:
retificação da ata e nova publicação.
I - do Tribunal Pleno, do Órgão Especial e do
Art. 76. O despacho que julgar a reclamação será irre-
Conselho da Magistratura é exercida pelo Presi-
corrível.
dente do Tribunal;
II - das Seções, das Câmaras Isoladas e das em CAPÍTULO IV
Composição Integral é exercida pelo Desembar-
DAS AUDIÊNCIAS
gador mais antigo no mesmo colegiado, pelo
período de um ano, em caráter de rodízio; Art. 77. As audiências serão realizadas em dia, hora e
lugar determinados pelo Desembargador a quem cou-
Art. 72. Compete aos Presidentes das sessões:
ber a presidência, intimadas as partes.
I - dirigir os trabalhos, sem permitir interrup-
Art. 78. As audiências serão públicas, exceto nas hi-
ções nem o uso da palavra a quem não a houver
póteses previstas no art. 63, incisos I e II, deste Regi-
obtido;
mento, e realizar-se-ão nos dias úteis, entre as 9 e as
II - organizar a pauta de julgamento; 18 horas.
III - determinar a convocação de sessão extraor- Art. 78-A. Considerando as disposições do Código de
dinária nos casos do art. 61, § 1º, deste Regimen- Processo Civil, instituindo a realização de audiências
to. públicas necessárias à formação e superação de pre-
cedentes obrigatórios, caberá ao Relator designar data
IV - convocar Desembargador ou Juiz de Direito
para essa finalidade, fixando calendário, em comum
Substituto em Segundo Grau, quando necessá-
acordo com as partes, na forma do art. 263 deste Re-
rio;
gimento.
V - exigir dos funcionários do Tribunal o cum-
§ 1º A convocação será efetuada com prazo de
primento dos atos necessários ao regular fun-
trinta dias, mediante ampla divulgação no site
cionamento das sessões e execução de suas de-
do Tribunal de Justiça e no Diário da Justiça
terminações;
Eletrônico, com comunicação ao Conselho Na-
VI - apreciar os pedidos de preferência e reque- cional de Justiça, bem como pela mídia escrita
rimentos de interesse no julgamento presencial, e digital, informando a data, local e horário,
na pauta do dia, e para a própria sessão, nos ter- inclusive fora do horário normal de expediente
mos dos arts. 936 e 937, §§2º e 4º, do Código de forense, caso seja necessário para garantir a efe-
Processo Civil tiva participação dos destinatários do ato.

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§2º As audiências poderão ser realizadas fora II - os recursos de apelação, agravo de instru-
do prédio do Tribunal, em local de fácil acesso mento ou de remessa necessária encaminhados,
ao público, destinatário, inclusive fora do juízo, nas hipóteses do art. 978, parágrafo único, do
sempre que se mostrar imprescindível para ga- Código de Processo Civil;
rantia do amplo comparecimento.
III - as ações rescisórias de acórdãos proferidos
§3º Serão admitidas as inscrições de interessa- nas Câmaras Cíveis em composição Isolada ou
dos para manifestação daqueles representantes Integral, e as ações rescisórias contra decisões
de entidades ou órgãos potencialmente atingi- monocráticas do Relator, com exame de mérito,
dos pela decisão, bem como de especialistas na ou na hipótese do art. 966, §2º, do CPC.
tese jurídica discutida ou do fato probando.
IV - os mandados de segurança contra atos, mo-
§4º Caberá ao Relator assegurar, dentro do pos- nocráticos ou colegiados, das Câmaras Cíveis
sível, a isonomia para a participação nos deba- em Composição Integral;
tes, entre as opiniões favoráveis ou contrárias,
selecionando as pessoas que serão ouvidas e V - os embargos de declaração interpostos aos
estabelecendo o tempo da manifestação de cada seus acórdãos;
um, bem como determinar a ordem dos traba- VI - os agravos internos de decisões proferidas,
lhos. nos feitos de sua competência, pelo Presidente
§5º Todos os membros do colegiado competente e Relatores;
para o julgamento serão cientificados dos atos VII - as execuções de seus acórdãos, nas causas
processuais, os quais poderão participar da au- de sua competência originária, podendo dele-
diência, formular perguntas e solicitar diligên- gar ao Juízo de primeiro grau a prática de atos
cias ao esclarecimento dos especialistas ouvidos. não decisórios;
§6º A audiência pública será registrada em ata e VIII - as reclamações para preservar a sua com-
preservada mediante a gravação de áudio e ví- petência ou garantir a autoridade das suas de-
deo, constituindo, assim, material de consulta e cisões;
fundamentos para os debates que se seguirem
no julgamento da causa, com o exame pelo ór- IX - as ações rescisórias contra os acórdãos de
gão julgador competente (art. 489, § 1º, do CPC). outra ação rescisória julgada pelas Câmaras Cí-
veis em composição Isolada ou Integral;
§7º A audiência pública poderá ser designada
nos procedimentos de uniformização de juris- X- as reclamações destinadas a dirimir a diver-
prudência, conforme previsto no art. 260 deste gência entre acordão prolatado por Turma Re-
Regimento. cursal Estadual e a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça, consolidada em incidente
Art. 79. A abertura e o encerramento da audiência se-
de assunção de competência e de resolução de
rão anunciados, a toque de sineta, pelo porteiro, que
demandas repetitivas, em julgamento de recur-
apregoará as partes cujo comparecimento for obriga-
so especial repetitivo e em enunciados das Sú-
tório.
mulas do STJ.
Art. 80. De tudo quanto ocorrer na audiência, o funcio-
nário encarregado fará menção, mediante termo, que §1º O Desembargador afastado, impedido ou
será rubricado pelo Desembargador e assinado pelos suspeito será substituído pelo Desembargador
presentes. subsequente na ordem decrescente de antigui-
dade na respectiva Câmara, independentemen-
LIVRO II te de qualquer formalidade.
§2º Na Seção Cível Ordinária ou de Divergência,
TÍTULO I seu Presidente terá somente voto de qualidade,
exceto nos casos em que for Relator, hipótese em
DAS ATRIBUIÇÕES que passará a presidência ao Desembargador
mais antigo na sessão. §3º Na Seção Cível or-
CAPÍTULO III dinária, nos casos de julgamento das ações res-
cisórias previstas nos incisos III e IX, a votação
DA SEÇÃO CÍVEL
inicial será submetida ao quórum qualificado de
Art. 85. Compete à Seção Cível Ordinária, integrada sete julgadores, incluindo o Relator, conforme a
pelos primeiros Desembargadores que imediatamen- composição definida neste Regimento.
te, na ordem de composição das Câmaras Cíveis, se-
§4º Concluindo-se, por unanimidade de sete
guirem-se aos seus Presidentes, processar e julgar:
votos, pela procedência da rescisória, ou se for,
I - os incidentes de resolução de demandas re- por maioria de votos, admitida a improcedên-
petitivas e os incidentes de assunção de compe- cia, proclamado algum desses resultados, o feito
tência; será considerado devidamente julgado.

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Art. 85-A. Ocorrendo, julgamento favorável à proce- VI - os agravos de decisões proferidas, nos feitos
dência da rescisão do acordão, por maioria de votos, de sua competência, pelo Presidente e Relatores;
o exame quanto ao julgamento não unânime, para os
VII - as reclamações para preservar a sua com-
fins do art. 942, § 3º, inc. I, do Código de Processo Civil,
petência ou garantir a autoridade das suas de-
a Seção Cível Ordinária será convolada em Seção Cível
cisões;
em Divergência, constituída por maior composição e
suficiente para possibilitar a inversão do resultado do VIII - os embargos infringentes e de nulidade in-
julgamento. terpostos aos acórdãos das Câmaras Criminais
em Composição Integral.
§1º A composição do quórum de julgamento
passará a ser formada por número superior de §1º O Desembargador afastado, impedido ou
integrantes do seguinte modo: suspeito será substituído pelo Desembargador
a) pelo Presidente e pelos sete Desembargado- subsequente na ordem decrescente de antigui-
res que participaram do julgamento inicial que dade na respectiva Câmara, independentemen-
resultou na decisão não unânime; te de qualquer formalidade.

b) a convocação de vogais, entre os Desembar- §3º Na Seção Criminal, seu Presidente terá so-
gadores integrantes da Seção Cível, no mínimo mente voto de qualidade, exceto nos casos em
mais dois ou tantos quantos forem necessários que for Relator ou Revisor, hipóteses em que
em vista do resultado inicial; passará a presidência ao Desembargador mais
antigo na sessão.
c) o Presidente fará a referida convocação, ini-
ciando-a pelos Desembargadores que sucedem CAPÍTULO V
na ordem de antiguidade o último vogal do jul-
gamento inicial; DAS CÂMARAS EM COMPOSIÇÃO INTEGRAL
d) recaindo a convocação entre Desembargado- Art. 87. Às Câmaras Cíveis em Composição Integral
res vogais que estejam impedidos ou afastados, compete processar e julgar:
os demais integrantes sucessivos na ordem de
antiguidade serão chamados para o prossegui- I - os conflitos de competência entre os Juízes
mento do julgamento; em exercício em primeiro grau de jurisdição;

§2º Os julgamentos, na Seção Cível em Diver- II - os mandados de segurança contra atos, mo-
gência, serão decididos pela maioria simples nocráticos ou colegiados, da Câmara Cível Iso-
dos julgadores. lada;

Art. 85-B. Será de competência da Seção Cível Ordiná- III - os mandados de segurança, mandados de
ria, exceto no caso do art. 84, III, “f”, deste regimento, injunção e habeas data contra atos:
a atribuição para processar e julgar os incidentes de a) das Comissões Internas de Concurso, exceto a
resolução de demandas repetitivas e o incidente de de acesso à Magistratura;
assunção de competência, cuja tese jurídica será apro-
vada com decisão favorável de dois terços dos seus in- b) dos Deputados Estaduais, dos Conselheiros
tegrantes do órgão julgador para fins de sua eficácia e Auditores do Tribunal de Contas, dos Secre-
vinculante. tários de Estado, dos Procuradores de Justiça e
dos Procuradores do Ministério Público junto
CAPÍTULO IV ao Tribunal de Contas;
c) do Procurador-Geral do Estado, do Conselho
DA SEÇÃO CRIMINAL Superior da Procuradoria-Geral do Estado e da
Art. 86. Compete à Seção Criminal, integrada pelos Comissão de Concurso para provimento de car-
primeiros e segundos Desembargadores que, imedia- go de Procurador do Estado;
tamente, na ordem de composição das Câmaras Cri- IV - as exceções de impedimento e de suspei-
minais, seguirem-se aos seus Presidentes, processar e ção opostas aos Juízes em exercício em primeiro
julgar: grau de jurisdição;
I - os incidentes de uniformização de jurispru- V - os agravos das decisões proferidas, nos fei-
dência; tos de sua competência, pelo Presidente e Rela-
III - os mandados de segurança contra atos, mo- tores;
nocráticos e colegiados, das Câmaras Criminais VI - os embargos de declaração interpostos aos
em Composição Integral;
seus acórdãos;
IV - as revisões criminais de acórdãos das Câ-
VII - as execuções de seus acórdãos, nas causas
maras Criminais em Composição Integral;
de sua competência originária, podendo dele-
V - os embargos de declaração interpostos aos gar ao Juízo de primeiro grau a prática de atos
seus acórdãos; não decisórios;

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VIII - os pedidos de intervenção estadual nos X - os habeas corpus, quando o paciente for au-
municípios; toridade diretamente sujeita à sua jurisdição;
IX - as reclamações para preservar a sua com- Parágrafo único. Os mandados de segurança
petência ou garantir a autoridade das suas de- contra atos, monocráticos ou colegiados, das
cisões; Câmaras Criminais Isoladas, as revisões crimi-
X - as ações relativas ao direito de greve de ser- nais e os embargos infringentes e de nulidade
vidores públicos municipais e estaduais; interpostos a seus acórdãos serão distribuídos a
outra Câmara em Composição Integral de mes-
XI - o recurso de apelação, em prosseguimento, ma especialização, exceto se impugnarem deci-
quando o resultado do julgamento iniciado na são da Primeira ou da Segunda Câmara Crimi-
Câmara Cível Isolada não for unânime, aplican- nal Isolada, hipótese em que serão distribuídos
do-se a regra prevista no art. 942, caput, do CPC entre estas.
e observado o disposto neste Regimento;
XII - o recurso de Agravo de Instrumento, em CAPÍTULO VI
prosseguimento, nos casos de decisão não unâ-
nime, iniciado na Câmara Cível Isolada, quan- DAS CÂMARAS ISOLADAS E DA
do houver a reforma por maioria da decisão que COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA
julgar parcialmente o mérito;
Art. 89. Às Câmaras Cíveis isoladas compete processar
XIII - a ação rescisória de decisão dos Juízes de e julgar:
primeiro grau, em prosseguimento, seja relativa
ao mérito ou contida na previsão do art. 966, § I - os habeas corpus, no caso de prisão civil;
2º, do CPC, quando o resultado do julgamento II - os recursos de decisões dos Juízes de primei-
iniciado na Câmara Cível Isolada for favorável ro grau;
por maioria à procedência da rescisão;
III - as correições parciais;
Parágrafo único. Os mandados de segurança
contra atos, monocráticos ou colegiados, das IV - as habilitações incidentes;
Câmaras Cíveis Isoladas, serão distribuídos a V - os embargos de declaração interpostos aos
outra Câmara em Composição Integral de mes- seus acórdãos;
ma especialização.
VI - os agravos internos de decisões do Presi-
Art. 88. Às Câmaras Criminais em Composição Inte- dente e Relatores;
gral compete processar e julgar:
VII - os mandados de segurança, mandados de
I - os embargos infringentes e de nulidade in-
injunção e habeas data contra atos do Secretário
terpostos aos acórdãos das Câmaras Criminais
do Tribunal de Justiça, do Secretário da Procu-
Isoladas;
radoria-Geral de Justiça, do Diretor-Geral da
II - os conflitos de competência entre Juízes em Assembleia Legislativa, dos Juízes de primeiro
exercício em primeiro grau de jurisdição; grau e dos Promotores de Justiça;
III - os mandados de segurança contra atos, mo- VIII - as reclamações para preservar a sua com-
nocráticos ou colegiados, das Câmaras Crimi- petência ou garantir a autoridade das suas de-
nais Isoladas; cisões;
IV - as exceções de impedimento e de suspei- IX- as ações rescisórias de decisão dos Juízes
ção opostas aos Juízes em exercício em primeiro de primeiro grau, sejam as relativas ao mérito,
grau de jurisdição; sejam as contidas na previsão do art. 966, § 2º,
V - os agravos das decisões proferidas, nos fei- do Código de Processo Civil, nas causas de sua
tos de sua competência, pelo Presidente e Rela- competência.
tores; Art. 90. Às Câmaras Cíveis serão distribuídos os feitos
VI - os embargos de declaração interpostos aos atinentes a matéria de sua especialização, assim clas-
seus acórdãos; sificada:
VII - as reclamações para preservar a sua com- I - à Primeira, à Segunda e à Terceira Câmara
petência ou garantir a autoridade das suas de- Cível:
cisões; a) quaisquer ações e execuções relativas a maté-
VIII - as revisões criminais dos Acórdãos das ria tributária;
Câmaras Criminais Isoladas e das sentenças de b) ações relativas a responsabilidade civil em
primeiro grau de jurisdição;
que for parte pessoa jurídica de direito público
IX - as infrações penais atribuídas a Prefeitos ou respectivas autarquias, fundações de direito
Municipais; público e entidades paraestatais;

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c) ações relativas a servidores públicos em c) ações relativas a contrato de seguro de qual-


geral, exceto as concernentes a matéria previ- quer natureza, inclusive as execuções dele deri-
denciária; vadas e as ações decorrentes de plano de saúde;
II - à Quarta e à Quinta Câmara Cível: V - à Décima Primeira e à Décima Segunda Câ-
mara Cível:
a) Ação popular, exceto as concernentes a maté-
ria tributária, a previdência pública e privada e a) ações relativas a Direito de Família, união es-
a ensino público e particular; tável e homoafetiva;
b) Ação decorrente de ato de improbidade ad- b) ações relativas ao Estatuto da Criança e do
ministrativa; Adolescente, ressalvada a matéria infracional;
c) Ação civil pública, exceto as concernentes a c) ações relativas ao Direito das Sucessões;
matéria tributária, a previdência pública e pri-
d) ações relativas a Registros Públicos;
vada e a ensino público e particular, observan-
do-se, quanto às coletivas, o disposto no §1º des- e) ações relativas a arrendamento rural, a parce-
te artigo; ria agrícola e a empreitada;
d) Ações e execuções relativas a penalidades f) ações relativas a locação em geral, inclusive as
administrativas que não possuam natureza tri- execuções dela derivadas;
butária;
g) ações relativas a prestação de serviços, exceto
e) Ações relativas a licitação e contratos admi- quando concernente exclusivamente a respon-
nistrativos sabilidade civil;
f) Ações de desapropriação, inclusive a indireta; h) ações e recursos alheios à área de especiali-
g) Ações relativas a concursos públicos; zação.

h) Mandados de segurança e de injunção contra VI - à Décima Terceira, à Décima Quarta, à Déci-


atos ou omissões de agentes ou órgãos públicos, ma Quinta e à Décima Sexta Câmara Cível:
ressalvada outra especialização; a) execuções fundadas em título extrajudicial e
i) Pedidos de intervenção estadual nos municí- as ações a ele relativas, inclusive quando cumu-
pios; ladas com pedido de indenização;

j) Ações relativas a proteção do meio ambiente, b) ações relativas a negócios jurídicos bancários
exceto as que digam respeito a responsabilidade e cartões de crédito, inclusive quando cumula-
civil; das com pedido de indenização, excetuada a
competência prevista na alínea d do inciso VII
k) Salvo se previstas nos incisos I, III, IV, V, VI deste artigo;
e VII deste artigo, as demais ações e recursos
que figure como parte pessoa jurídica de direito VII - à Décima Sétima e à Décima Oitava Câma-
público ou respectivas autarquias, fundações de ra Cível;
direito público e entidades paraestatais; Ações a) ações relativas ao domínio e à posse pura, ex-
relativas ao direito de greve dos servidores pú- cetuadas quanto a estas as decorrentes de reso-
blicos municipais e estaduais; lução e nulidade de negócios jurídicos;
m) Ações relativas a servidores públicos em ge- b) ações relativas ao Direito Falimentar, exceto
ral, exceto as concernentes a matéria previden- a matéria penal;
ciária.
c) ações decorrentes de dissolução e liquidação
III - à Sexta e à Sétima Câmara Cível: de sociedade;
a) Ações relativas a previdência pública e pri- d) ações relativas a arrendamento mercantil;
vada;
e) ações relativas a contratos de consórcio de
b) Ações concernentes a ensino público e parti- bem móvel ou imóvel;
cular;
f) ações e recursos alheios às áreas de especia-
c) Ações e recursos alheios às áreas de lização.
especialização.
§1º Os recursos relativos às ações civis públicas
IV - à Oitava, à Nona e à Décima Câmara Cível:
coletivas e às execuções individuais delas decor-
a) ações relativas a responsabilidade civil, inclu- rentes serão distribuídos às Câmaras Cíveis de
sive as decorrentes de acidente de veículo e de acordo com a matéria de sua especialização.
acidente de trabalho, excetuada a competência
§2º Na distribuição dos recursos interpostos de
prevista na alínea b do inciso I deste artigo;
decisões proferidas em embargos de terceiro,
b) ações relativas a condomínio em edifício; observar-se-á a competência em razão da ma-

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téria versada na demanda principal da qual se h) demais infrações penais, na proporção de


originou a constrição. metade do que delas for distribuído, isolada-
mente, à Terceira, à Quarta e à Quinta Câmara
Art. 91. A distribuição equânime entre todas as Câma-
Criminal;
ras Cíveis Isoladas e em Composição Integral será as-
segurada mediante a distribuição de ações e recursos i) atos infracionais previstos no Estatuto da
referentes a matéria de alienação fiduciária, inclusive Criança e do Adolescente, por estes praticados.
as execuções extrajudiciais propostas pelo credor fidu-
ciário, cumulada ou não com pedido de indenização. III - à Terceira, à Quarta e à Quinta Câmara Cri-
minal:
Art. 92. Às Câmaras Criminais Isoladas compete pro-
cessar e julgar: a) crimes contra o patrimônio;

I - habeas corpus e recursos de habeas corpus; b) crimes contra a dignidade sexual;


II - recursos criminais; c) crimes contra a paz pública;
III - ações penais e procedimentos pré-proces- d) infrações penais relativas a tóxicos e entor-
suais de sua competência originária; pecentes;
IV - pedidos de desaforamento; e) demais infrações penais.
V - correições parciais; §1º Na hipótese de conexão ou continência de
VI - embargos de declaração interpostos aos crimes, a distribuição caberá ao órgão cuja ma-
seus acórdãos; téria de especialização abranger a infração a que
for cominada a pena mais grave; se iguais as pe-
VII - agravos de decisões do Presidente e Rela-
nas, ao órgão a que competir o maior número de
tores;
crimes; se igual o número de crimes, ao órgão
VIII - reclamações para preservar a sua compe- sorteado entre os de competência concorrente.
tência ou garantir a autoridade das suas deci- A distribuição, porém, caberá sempre à Primei-
sões; ra Câmara Criminal se o feito for de competên-
cia do Tribunal do Júri.
IX - execução de suas decisões originárias, facul-
tada a delegação de competência para a prática §2º Excetuada a hipótese do art. 419 do Códi-
de atos processuais não decisórios; go de Processo Penal, quando houver desclas-
X - os mandados de segurança contra atos dos sificação e a acusação não interpuser recurso, a
Juízes de primeiro grau e dos Promotores de distribuição será feita ao órgão cuja matéria de
Justiça. especialização abranger a infração definida pela
decisão recorrida. Igual regra deverá ser obser-
Art. 93. Às Câmaras Criminais serão distribuídos os vada quando houver absolvição de crimes jul-
feitos atinentes à matéria de sua especialização, assim gados por conexão ou continência.
classificada:
Art. 94. Havendo risco de perecimento do direito, o
I - à Primeira Câmara Criminal: Relator deverá apreciar o pedido de tutela provisória
a) crimes contra a pessoa, exceto os contra a de urgência, de natureza cautelar ou de evidência de
honra; natureza cível, requerida em recurso de Agravo de
Instrumento ou liminares em feito de competência ori-
b) crimes militares definidos em lei; ginária, bem como medidas assecuratórias de nature-
c) processos oriundos do Conselho de Justifica- za penal, ainda que venha a declinar da competência.
ção da Polícia Militar; Parágrafo único. Ocorrendo a redistribuição do
II - à Segunda Câmara Criminal: feito, caberá ao novo Relator sorteado manter
ou modificar, total ou parcialmente, essa deci-
a) infrações penais atribuídas a Prefeitos Muni-
são.
cipais;
b) crimes contra a administração pública; CAPÍTULO VII
c) crimes contra a fé pública; DO NÚCLEO DE CONCILIAÇÃO
d) crimes contra a honra; Art. 95. Ao Núcleo de Conciliação, vinculado à Presi-
e) crimes contra a incolumidade pública, incluí- dência, com funcionamento nas dependências deste
dos os definidos no Estatuto do Desarmamento; Tribunal no horário de expediente forense, compete
buscar a conciliação em segundo grau de jurisdição
f) crimes contra a ordem tributária e econômica,
nos processos que lhe forem encaminhados para essa
contra as relações de consumo e falimentares;
finalidade, inclusive entre os oriundos das Turmas Re-
g) crimes ambientais; cursais, observado o que segue:

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I - o Núcleo de Conciliação terá funcionários e III - estabelecer diretrizes e programas de atua-


estagiários em número adequado às suas neces- ção que promovam a cultura da conciliação, in-
sidades, aos quais incumbirão o recebimento clusive com a participação de outras instituições
dos autos, a organização da pauta de audiências jurídicas e de ensino jurídico;
de conciliação, o chamamento das partes e seus
IV - baixar normas procedimentais complemen-
advogados e o encaminhamento dos feitos con-
tares e ordens de serviço necessárias ao funcio-
ciliados, ou não, aos locais de origem;
namento do Núcleo de Conciliação;
II - o encaminhamento dos feitos ao Núcleo dar-
se-á por solicitação das partes ou da Coordena- V - propor aos órgãos diretivos do Tribunal me-
doria aos Relatores, bem como por estes, de ofí- didas para estimular e implementar a prática da
cio, no prazo de trinta dias, a contar da conclu- conciliação pelos magistrados;
são, quando lhes pareça possível a conciliação; VI - organizar e executar mutirões de concilia-
III - o chamamento das partes e de seus advoga- ção nas Semanas de Conciliação promovidas
dos para a conciliação deverá ser feito de forma pelo Conselho Nacional de Justiça e em outras
célere, por telefone, fax, correio eletrônico, carta, oportunidades consideradas convenientes;
ou publicação no Diário da Justiça Eletrônico; §1º Ao Coordenador-Geral da Conciliação com-
IV - as audiências de conciliação deverão ser pete:
realizadas no prazo de noventa dias, contados a) coordenar e dirigir os trabalhos do Núcleo de
do recebimento dos autos pelo Núcleo de Con- Conciliação e da própria Coordenadoria;
ciliação;
b) prestar informações acerca do desenvolvi-
V - frustrada a conciliação, o fato será certificado mento das atividades conciliatórias;
nos autos, que serão restituídos de imediato ao
Relator para o processamento e julgamento do c) homologar as conciliações realizadas no Nú-
recurso ou da ação; cleo, extinguindo o processo, com resolução de
mérito, na forma do art. 487, inciso III, alínea b,
VI - obtida a conciliação, esta será reduzida a do Código de Processo Civil;
termo, assinado pelas partes, por seus advoga-
dos e pelo Conciliador; §2° Na ausência do Coordenador-Geral da Con-
ciliação, a homologação das conciliações e a
VII - a conciliação será homologada pelo De-
consequente extinção do processo, na forma da
sembargador Coordenador-Geral ou, na sua
alínea “c” do § 1° deste artigo, será efetuada por
falta, por Magistrado Coordenador Auxiliar da
um dos magistrados Coordenadores Auxiliares
ativa, que extinguirá o processo, com resolução
da Ativa;
de mérito, na forma do art. 487, inciso III, alínea
b, do Código de Processo Civil; §3° O Coordenador-Geral da Conciliação po-
derá, a critério do Presidente do Tribunal e ad
Art. 96. A Coordenadoria de Supervisão de Concilia-
referendum do Órgão Especial, ficar afastado de
ção será composta de:
suas funções jurisdicionais, por prazo determi-
I - um Desembargador, como Coordenador-Ge- nado, para atendimento exclusivo ao Núcleo de
ral, um Juiz de Direito Substituto em Segundo Conciliação;
Grau e um Juiz de Direito de Turma Recursal,
designados pelo Presidente, que atuarão sem §4° A Coordenadoria funcionará juntamente
prejuízo de suas funções jurisdicionais; com o Núcleo de Conciliação.

II - conciliadores voluntários, que serão nomea- Art. 98. As audiências de conciliação poderão ser de-
dos pelo Presidente do Tribunal, preferencial- signadas e realizadas também pelos Relatores, em seus
mente entre magistrados, membros do Ministé- gabinetes, competindo-lhes homologar os acordos fir-
rio Público e Procuradores Públicos aposentados; mados e extinguir o processo, com resolução de méri-
to, na forma do art. 487, inciso III, alínea b, do Código
III - assessoria composta por dois funcionários de Processo Civil.
do Tribunal com formação jurídica;
Parágrafo único. O Relator poderá valer-se do
IV - um dos funcionários desempenhará ainda pessoal de seu gabinete para auxiliá-lo nas au-
as funções de Chefe do Núcleo de Conciliação, diências de conciliação.
cabendo-lhe ordenar e supervisionar os serviços
dos demais funcionários e dos estagiários. Art. 99. A Escola da Magistratura e a Escola de Servi-
dores do Poder Judiciário incluirão, em sua programa-
Art. 97. Compete à Coordenadoria: ção anual, módulos de técnicas de conciliação nos seus
I - orientar e supervisionar os trabalhos do Nú- cursos.
cleo de Conciliação;
Art. 100. O Tribunal, por seu Presidente, poderá firmar
II - identificar e indicar as áreas de conflitos convênios com outras instituições para atingir os obje-
mais propícias à conciliação; tivos do Movimento Nacional pela Conciliação.

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Art. 101. O conciliador e o mediador receberão, pelo c) manifestar-se sobre proposta de alteração
seu trabalho, remuneração prevista em tabela de cus- normativa de matérias de sua competência;
tas fixada pelo Tribunal, conforme parâmetros estabe-
III - de Jurisprudência, Revista, Documentação
lecidos pelo Conselho Nacional de Justiça, nos termos
e Biblioteca:
do art. 169 do Código de Processo Civil, ressalvada a
hipótese do art. 167, §6º, do mesmo Código. a) superintender os serviços de sistematização
e divulgação da jurisprudência do Tribunal de
TÍTULO II Justiça;
b) requisitar da Seção de Jurisprudência a assis-
DAS COMISSÕES tência necessária ao exercício de suas competên-
cias;
CAPÍTULO I c) organizar, manter e publicar revista de juris-
prudência;
DAS COMISSÕES PERMANENTES
d) manter um serviço de documentação que sir-
Art. 130. No início de cada biênio, o Presidente do va de subsídio à história do Tribunal de Justiça
Tribunal de Justiça designará os membros das Comis- e superintender o Museu da Justiça;
sões, a serem presididas pelo mais antigo, sendo per-
e) orientar e inspecionar os serviços da Bibliote-
manentes:
ca, sugerindo as providências necessárias ao seu
I - a de Organização e Divisão Judiciárias; funcionamento;
II - a de Regimento Interno e Procedimento; IV - de Informática:
III - a de Jurisprudência, Revista, Documenta- a) sugerir ao Presidente alteração dos progra-
ção e Biblioteca; mas de informática utilizados em primeiro e se-
gundo graus de jurisdição;
IV - a de Informática;
b) superintender as alterações e modificações
V - a de Obras;
ordenadas pelo Conselho Nacional de Justiça
VI – a de Segurança. nos sistemas informatizados do Tribunal e sob
§1° A Comissão de Organização e Divisão Judi- sua fiscalização.
ciárias será constituída de sete membros. V - de Obras:
§2º As matérias que devam ser examinadas pelo a) emitir parecer nos projetos e nos processos de
Órgão Especial e afetas a qualquer Comissão licitação de construção, reformas e manutenção
serão relatadas, na forma do art. 457 deste Re- de prédios destinados aos serviços do Poder Ju-
gimento, pelo Relator indicado, sem direito a diciário;
voto, salvo se integrar o referido órgão julgador.
b) acompanhar e dar parecer, se necessário, na
§3° Os integrantes do Tribunal Eleitoral e do etapa de entrega das obras.
Conselho da Magistratura, exceto os suplentes,
§1º Incumbe às respectivas comissões elaborar
não participarão das Comissões Permanentes.
os seus regulamentos.
CAPÍTULO II §2º As Comissões terão o prazo de sessenta dias
para oferecer seu parecer sobre os expedientes
DA COMPETÊNCIA que lhes forem encaminhados.
Art. 131. Compete às Comissões: VI – de Segurança:
I - de Organização e Divisão Judiciárias: a) Elaborar o plano de proteção e assistência dos
juízes em situação de risco em virtude de ativi-
a) elaborar anteprojeto de organização e divisão
dade funcional;
judiciárias, bem como as respectivas alterações;
b) Conhecer e decidir sobre pedidos de proteção
b) expedir normas de serviço e sugerir ao Pre-
especial formulados por magistrados;
sidente do Tribunal de Justiça as que envolvam
matéria de sua competência; c) Sugerir aos órgãos administrativos do Tribu-
nal a aplicação de medidas que forcem a segu-
II - de Regimento e Procedimento:
rança de locais onde estejam instaladas Varas ou
a) emitir parecer sobre emendas ao Regimento Câmaras com competência criminal;
e, se aprovadas, dar-lhes redação final e incor-
d) Sugerir aos órgãos administrativos do Tri-
porá-las ao texto;
bunal a aquisição de materiais e contratação de
b) sugerir emendas e elaborar anteprojeto de re- serviços necessários à proteção dos magistrados
forma total ou parcial do Regimento; em situação de risco;

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e) Propor medidas de segurança a serem ado- VI - os dos Vice-Presidentes, em portarias, deci-


tadas em projetos arquitetônicos no âmbito do sões, despachos e avisos;
Poder Judiciário.
VII - os do Corregedor-Geral da Justiça em pro-
CAPÍTULO III vimentos, portarias, decisões, despachos, ins-
truções, circulares, ordens de serviço, avisos e
DAS COMISSÕES NÃO PERMANENTES memorandos;

Art. 132. As Comissões não permanentes poderão ser VIII - os dos Presidentes de Seções e de Câma-
organizadas para desempenho de outros encargos, a ras, em portarias, despachos e decisões;
critério do Presidente do Tribunal, seja no início do IX - os dos Relatores, e Revisores em processos
biênio ou no seu curso. criminais, em decisões e despachos.
Parágrafo único. Compete ao Presidente do Tri-
Art. 138. Constarão sempre de acórdãos as decisões to-
bunal de Justiça designar comissões de concur-
madas, na função jurisdicional, pelos órgãos colegia-
so para admissão de funcionários da Secretaria
dos, e, na função administrativa do Tribunal Pleno, do
do Tribunal.
Órgão Especial e do Conselho da Magistratura, aque-
Art. 133. A Comissão de Concurso para ingresso na las que imponham sanções disciplinares, aprovem ou
Magistratura é composta na forma do Regulamento desaprovem relatórios e propostas de natureza orça-
próprio. mentária ou financeira, decidam sobre aposentadoria,
reversão ou aproveitamento, ou julguem processos de
LIVRO III natureza administrativa e sindicâncias.

TÍTULO I Art. 139. Serão consignadas em forma de resoluções


as decisões do Órgão Especial sobre propostas de lei
DA ADMINISTRAÇÃO DO TRIBUNAL de sua iniciativa, alterações ou reformas do Regimento
Interno, mudanças substantivas nas disposições das
CAPÍTULO I salas e repartições do Tribunal, além de outros assun-
tos de ordem interna que, por sua relevância, tornem
DO EXPEDIENTE necessária a audiência do plenário.
Art. 134. O Presidente, o 1º e o 2º Vice-Presidente, o Art. 140. O provimento é ato de caráter normativo, a
Corregedor-Geral da Justiça, o Corregedor e os demais expedir-se como regulamentação geral da Corregedo-
Desembargadores terão, nos edifícios do Tribunal, ga- ria da Justiça, tendo a finalidade de esclarecer e orien-
binetes de despacho de uso privativo. tar quanto à aplicação de dispositivos de lei.
Parágrafo único. Terão igualmente salas pró- Art. 141. Constarão de decretos judiciários os atos da
prias, ainda que possam ser comuns, as Comis- competência do Presidente relativos à movimentação
sões Permanentes. de magistrados, investiduras e exercício funcional dos
Art. 135. O horário de expediente da cúpula do Tribu- servidores do Poder Judiciário, bem como os de admi-
nal é o mesmo fixado para o respectivo pessoal. nistração financeira que, por sua natureza e importân-
cia, devam, a seu juízo, ser expressos daquela forma.
Art. 136. Durante o expediente, os dirigentes do Tribu-
nal darão audiências, observada, no respectivo atendi- Parágrafo único. Poderá o Presidente submeter
mento, a ordem cronológica de comparecimento dos a minuta do decreto à aprovação do Órgão Es-
interessados. pecial.
Art. 142. As decisões serão proferidas nos casos pre-
CAPÍTULO II
vistos nas leis processuais e nos processos administra-
tivos de natureza disciplinar.
DOS ATOS E DOS TERMOS
Art. 137. Os atos são expressos: Art. 143. Serão expressos em despachos os atos ordi-
natórios.
I - os do Tribunal Pleno e os do Órgão Especial,
em acórdãos, súmulas, resoluções e assentos; Art. 144. As normas e os preceitos que devam ser ob-
servados, de modo geral, no desempenho da função
II - os das Seções, em acórdãos e súmulas; pública, serão consignados em instruções.
III - os das Câmaras, em acórdãos; Parágrafo único. Quando a instrução visar a
IV - os do Conselho da Magistratura, em acór- pessoas determinadas, será por meio de avisos
dãos e assentos; ou de simples memorandos, ou verbalmente.
V - os do Presidente do Tribunal, em decretos Art. 145. Os prazos para despachos de andamento de
judiciários, portarias, decisões, despachos, ins- expediente administrativos serão, no máximo, de dez
truções, circulares, ordens de serviços, avisos e dias úteis, e os destinados a decisão final, de trinta dias
memorandos; úteis.

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§1° Os autos e os expedientes administrativos remessa de documentos entre usuários.


devidamente protocolados serão encaminha-
§3º O Malote Digital é um sistema informatiza-
dos, tão logo despachados, às repartições inter-
do responsável pela organização, autenticação e
nas a que se destinam.
armazenamento de comunicações oficiais recí-
§2° A prestação de informações e o cumprimen- procas entre unidades organizacionais do Poder
to de diligência externa ficarão subordinados a Judiciário.
prazo razoável, marcado no respectivo despa-
§4º Considera-se:
cho.
I – usuário: todo indivíduo, incluindo magis-
Art. 146. Todo expediente administrativo deverá ser
trados, servidores e serventuários, que mante-
concluído no prazo de sessenta dias úteis, a contar da
nham vínculo formal com o Poder Judiciário,
data da respectiva entrada no Tribunal, considerada a
devidamente credenciado para acesso aos ati-
demora injustificada como omissão funcional.
vos de informática de cada órgão;
Art. 147. A publicidade e a forma dos atos e termos
II – unidade organizacional: qualquer unidade
serão regidas pelas leis aplicáveis.
administrativa ou judicial do Poder judiciário;
Art. 148. A todos é assegurada certidão destinada à
§5º A impossibilidade de conexão com os siste-
defesa de direitos e esclarecimento de situações de or-
mas deverá ser imediatamente comunicada ao
dem pessoal.
departamento de Tecnologia da informação e
Art. 149. Todos os atos oficiais emanados do Tribunal, Comunicação, mediante chamado técnico, com
ou de qualquer de seus órgãos, serão publicados no a consequente solicitação de manutenção.
Diário da Justiça Eletrônico e no site do Tribunal de
Art. 151. Salvo no caso de vedação legal, todas as co-
Justiça, na Internet, quando necessária a ampla publi-
municações deverão ser realizadas por meio eletrôni-
cidade, além das hipóteses legalmente previstas.
co.
§1º Dispensa-se a juntada, aos autos do proces-
§1º Poderá ser ainda dispensada a utilização dos
so, de cópia impressa dos atos veiculados pelo
sistemas de mensageiro e de malote digital, rea-
Diário da Justiça Eletrônico.
lizando-se a comunicação pela via tradicional
§2º Obrigatoriamente a Secretaria ou o Órgão mais expedida:
deverá exarar nos autos certidão contendo:
I – quando houver necessidade de cumprimento
I - a data da veiculação da matéria no Diário da célere, como nos casos de medidas urgentes;
Justiça Eletrônico;
II – na hipótese de inviabilidade de digitação de
II - a data considerada como sendo da publica- documentos por ordem técnica ou em virtude
ção; de grande volume.
III - a data do início do prazo para a prática de §2º Os documentos produzidos eletronicamen-
ato processual; te, com garantia de origem e de seu signatário,
serão considerados originais para todos os efei-
IV- o local, a data em que a certidão é expedida,
tos legais.
a assinatura, o nome e o cargo do responsável
por sua elaboração. §3º Os usuários e as unidades poderão utilizar o
documento extraído pelo meio eletrônico, certi-
§3º Considera-se como data da publicação o pri-
ficando que se trata de cópia fiel que consta em
meiro dia útil seguinte ao da veiculação da in-
seu banco de dados ou documento digitalizado.
formação no Diário da Justiça Eletrônico, ainda
que tenha ocorrido em dia de feriado municipal. §4º Quem fizer uso do sistema de transmissão
fica responsável pelo conteúdo, qualidade e fi-
§4º Os prazos processuais terão início no pri-
delidade dos documentos.
meiro dia útil subsequente àquele considerado
como data da publicação. Art. 152. Considera-se realizada a comunicação quan-
do a mensagem for lida pelo destinatário, cuja data e
Art. 150. O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná
horário ficarão registradas no sistema.
utiliza o Sistema Mensageiro e de Malote Digital como
meios eletrônicos de comunicação oficial e entre seus §1º Os atos sujeitos a prazo começarão a fluir no
usuários e unidades organizacionais. dia seguinte ao da leitura da mensagem.
§1º Os magistrados, servidores e serventuários §2º No caso de a leitura ser feita um dia não útil,
da Justiça autorizados, deverão, obrigatoria- será considerado como realizado no primeiro
mente, abrir os sistemas Mensageiro e de Malo- dia útil, iniciando a contagem no dia seguinte.
te Digital e ler as mensagens recebidas, todos os
§3º Quando a comunicação for enviada para
dias em que houver expediente.
atender a prazo procedimental, serão conside-
§2º O Mensageiro é um sistema informatizado radas tempestivas as transmitidas até as vinte e
que tem por objetivo a comunicação direta e a quatro horas do seu último dia.

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§4º Ocorrendo falha na transmissão da resposta, qual poderão ser enviadas petições e recursos
a mensagem deverá ser enviada ao destinatário endereçados ao Tribunal de Justiça, ao Supre-
por meio, não havendo prorrogação de prazo. mo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de
Justiça.
§5º Nos requerimentos funcionais e administra-
tivos considera-se realizado o ato no dia e horá- §4º O protocolo postal mediante carta registra-
rio do seu envio. da, com aviso de recebimento, deve observar ao
disposto no § 4º do art. 1.003 do Código de Pro-
§6º No período de afastamento do usuário, não
cesso Civil.
serão computados os prazos em relação as men-
sagens de cunho pessoal, inclusive intimações.
CAPÍTULO IV
Art. 153. As comunicações de cunho intimatório dirigi-
das a magistrados e servidores serão realizadas exclu-
sivamente pelo sistema Mensageiro. DO USO DO FAC-SIMILE (FAX)

§1º As intimações feitas por meio eletrônico se- Art. 155. Fica autorizado o uso de fac -símile (fax) para
rão consideradas pessoais para todos os efeitos o encaminhamento de petições e recursos ao Tribunal
legais, observando-se, quanto sua efetivação, o de Justiça.
disposto no art.152 deste Regimento. Parágrafo único. Somente terão validade as peti-
§20 Ressalvada a hipótese do art. 152, § 6º, deste ções e recursos recebidos pela máquina instala-
Regimento, a consulta e a comunicação referida da na Seção do Protocolo-Geral deste Tribunal.
neste artigo, pelo usuário, deverá ser feita em Art. 156. As petições transmitidas deverão atender as
até dez dias corridos, contados da data do envio exigências das leis processuais, contendo o nome, a
da intimação, sob pena de considerar-se a inti- assinatura e o número da inscrição do advogado na
mação automaticamente realizada ao término Ordem dos Advogados do Brasil, além da procuração,
desse prazo. se ainda não juntada aos autos.

CAPÍTULO III Art. 157. Quando houver prazo para a prática do ato
processual, o usuário deverá protocolar os originais
até cinco dias da data do seu término, sem qualquer
DO PROTOCOLO interrupção por feriados ou dias sem expediente, sob
pena de serem considerados inexistentes.
Art. 154. O protocolo no Tribunal de Justiça se faz:
§1º Nos atos não sujeitos a prazo, os originais
I - diretamente neste tribunal;
deverão ser entregues, necessariamente, até
II – na própria comarca, de forma integrada, cinco dias da data da recepção do material, sob
descentralizada, nos processos geridos por meio pena de serem considerados inexistentes.
físico;
§2º Não se aplicam ao prazo de cinco dias para a
III – sob postagem, mediante convênio postal ou entrega dos originais as regras dos arts. 180, 183
carta registrada com aviso de recebimento; e 229 do Código de Processo Civil.
IV - através dos respectivos sistemas PROJUDI Art. 158. Quem fizer uso do sistema de transmissão
e PJe - Sistema Processo Judicial Eletrônico, de fica responsável pela qualidade e fidelidade do mate-
forma eletrônica, conforme regulamentação es- rial transmitido e por sua entrega ao órgão judiciário.
pecífica;
Parágrafo único. Sem prejuízo de outras san-
V – por transmissão de dados tipo fac-símile, ções, o usuário do sistema será considerado li-
nos termos da lei tigante de má-fé se não houver perfeita concor-
§1º O protocolo integrado far-se-á junto aos Dis- dância entre o original remetido pelo fac-símile
tribuidores das comarcas de entrância inicial e (fax) e o original entregue em Juízo.
intermediária do Estado do Paraná, que recebe-
rão as petições endereçadas ao Tribunal de Jus- CAPÍTULO V
tiça, ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior
Tribunal de Justiça. DO PETICIONAMENTO ELETRÔNICO
§2º O serviço de protocolo descentralizado fun- Art. 159. Fica autorizada, em segundo grau de juris-
cionará nas comarcas de entrância final, que po- dição, a utilização do Sistema de Peticionamento Ele-
derá receber petições endereçadas ao Tribunal trônico (SPE) para a prática de atos processuais que
de Justiça, ao Supremo Tribunal Federal e ao dependam de petição escrita, pela Internet (e-mail),
Superior Tribunal de Justiça. nos termos da Lei Federal nº 9.800, de 26 de maio de
1999, e deste Regimento.
§3º O serviço de protocolo postal integrado dar-
se-á mediante convênio com a Empresa Brasilei- §1º Não serão aceitas pelo Sistema de Peticiona-
ra de Correios e Telégrafos (EBCT), por meio da mento Eletrônico (SPE):

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a) petições iniciais ou recursais que dependam §1º O advogado receberá por e-mail, em até oito
de preparo, inclusive aquelas sujeitas à gratui- horas úteis após a protocolização da petição, a
dade da justiça, bem como as requeridas pela confirmação do número do protocolo, data e
Fazenda Pública; hora do registro, o que servirá de comprovante
para efeito de prazo.
b) petições que venham instruídas com docu-
mentos; §2º As petições serão recebidas exclusivamente
pelo site do Tribunal de Justiça (www.tjpr.jus.
c) pedidos de liminares em tutela provisória, em br).
mandado de segurança, mandado de injunção,
habeas data, habeas corpus, ação direta de in- §3º As petições transmitidas depois das 18 horas
constitucionalidade, medida cautelar em ação serão recebidas e protocoladas no primeiro dia
direta de inconstitucionalidade ou ação direta útil imediato ao seu envio.
de constitucionalidade e reclamação; Art. 164. Além das sanções processuais acima enume-
d) pedidos de efeito suspensivo ou antecipação radas, o uso inadequado do Sistema de Peticionamento
de tutela recursal em agravos de instrumento, Eletrônico (SPE), que venha causar prejuízo ou ameaça
homologação de acordos, desistência de ação ou de lesão ao direito das partes e ao serviço judiciário,
de recurso e pedidos de preferência e de adia- implicará responsabilidade civil e criminal e imediato
mento. descredenciamento do advogado.

§2º Ficam também excluídas deste sistema as Art. 165. A responsabilidade pela adequada remessa
petições, inclusive recursais, dirigidas aos Tri- das mensagens e sua tempestividade será inteiramen-
bunais Superiores (STJ e STF), aos Tribunais das te do remetente, não podendo ser atribuída ao serviço
demais Unidades da Federação, as de compe- judiciário eventual demora ou erros decorrentes da in-
tência da Justiça Federal, do Trabalho, Eleitoral correta utilização da informática, ou provenientes das
e Militar Federal, bem como as relativas a feitos eventualidades e instabilidades operacionais do siste-
administrativos. ma, nem servindo de escusa para o descumprimento
dos prazos legais ou de sua adequação regulamentar.
§3º Não será autorizada a impressão de petição
encaminhada por e-mail que contiver mais de CAPÍTULO VI
dez laudas.
DA CONSTITUIÇÃO DE PROCURADORES
Art. 160. O Sistema de Peticionamento Eletrônico
PERANTE O TRIBUNAL
(SPE) poderá ser utilizado por advogados previamen-
te credenciados pelo Centro de Protocolo Judiciário Art. 166. As petições de juntada de procurações, para
Estadual. atuar nos processos em tramitação no Tribunal, depois
de protocoladas, serão encaminhadas imediatamente
Art. 161. A petição será encaminhada em forma de ane- ao órgão competente.
xo (attachment) à correspondência eletrônica (e-mail),
em formato Word 6.0 ou em versões posteriores. §1° As divisões, seções e setores, após verifica-
ção do andamento do processo a que se referir
Parágrafo único. No início das mensagens ele- a procuração, no âmbito de sua competência,
trônicas, deverão constar as seguintes expres- adotarão o seguinte procedimento:
sões identificadoras: “transmissão por e-mail,
nome completo do advogado, número da ins- a) se os autos estiverem com vista à Procurado-
crição na OAB e assunto”, bem como informa- ria-Geral de Justiça, reterão a petição para junta-
ções completas sobre o número dos autos, tipo da na oportunidade da devolução;
ou espécie de ação ou recurso, Tribunal, órgão b) se os autos estiverem conclusos ao Relator, a
julgador ou Relator. petição aguardará na seção, para oportuna jun-
Art. 162. A remessa dos originais será efetuada na for- tada;
ma do art. 157 deste Regimento, devendo ser destaca- c) se os autos estiverem em mesa para julga-
do, na primeira folha do referido documento, que se mento, com pauta publicada em data anterior à
trata de “documento original já enviado por e-mail”, sua protocolização, o requerimento será remeti-
indicando a data do envio da mensagem eletrônica e o do ao Relator e se providenciará a alteração da
número do protocolo recebido. pauta interna;
Parágrafo único. A falta de remessa dos origi- d) se em mesa para julgamento, com pauta pu-
nais tornará ineficaz e inválido o ato processual blicada em data posterior à protocolização, a pe-
praticado, sem prejuízo das sanções cominadas tição será remetida ao relator para retificação e
nos arts. 79 a 81 do Código de Processo Civil. republicação da pauta, se for o caso;
Art. 163. O Centro de Protocolo Judiciário promoverá e) se julgado o feito, o pedido será encaminhado
a conferência e a impressão do material recebido e fará à seção do órgão julgador, para juntada antes da
o imediato encaminhamento ao setor competente. publicação do acórdão.

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§2° Em relação aos processos que independem te de ajuste e sem prejuízo da continuidade do
de inclusão em pauta para julgamento, obser- prazo§2º O procurador perderá, no mesmo pro-
var-se-á, conforme a fase em que se encontrem, cesso, o direito a que se refere o parágrafo ante-
o disposto nas alíneas a, b e e do § 1º deste ar- rior se não devolver os autos tempestivamente,
tigo. salvo se prorrogado o prazo pelo Relator ou
pelo Presidente do órgão colegiado §3º Publi-
Art. 167. Se o requerimento for apresentado na sessão
cada a pauta de julgamento, deve-se observar as
de julgamento, o Secretário, após certificar a data do
regras do art. 210, § 1º, deste Regimento Interno.
recebimento, encaminhá-lo-á ao Protocolo, adotando-
se o procedimento previsto na alínea e do § 1° do art. CAPÍTULO VII
166 deste Regimento.
Art. 168. Quando o advogado, na sessão de julgamen- DO REGISTRO E DA CLASSIFICAÇÃO DOS
to, protestar pela apresentação oportuna de procura- FEITOS
ção, e a medida for deferida, o Secretário fará o regis- Art. 173. As petições e os processos serão registrados,
tro na ata. no protocolo da Secretaria do Tribunal, no mesmo dia
Parágrafo único. Oferecida a procuração no pra- do recebimento
zo legal, será encaminhada, depois de protocoli- §1° O registro dos processos, no Departamento
zada, ao Departamento Judiciário, que observa- Judiciário, far-se-á, após verificação de compe-
rá o disposto na alínea e do §1° do art. 166 deste tência, em numeração sequencial contínua, in-
Regimento. dependentemente de classe, observada a ordem
Art. 169. A juntada de nova procuração implicará a re- de apresentação.
tificação da autuação e da pauta de julgamento, se for §2° Quando o setor competente verificar tratar-
o caso, para efeito de intimação das partes e publica- se de feito da competência de outro Tribunal ou
ção de acórdão. Juízo, providenciará seu encaminhamento ao 1º
Art. 170. Quando se tratar de pedido de desistência ou Vice-Presidente para decisão.
de petição que verse matéria a exigir pronta solução, o §3° Deverão integrar o registro, entre outros, os
Departamento Judiciário, após despacho do Presiden- dados referentes ao número do protocolo, ori-
te ou do Relator, requisitará os autos respectivos, para gem, tipo e número da ação originária e classe
imediata juntada e providências cabíveis. do processo, conforme o disposto no art. 195
Parágrafo único. As demais petições somen- deste Regimento, e ainda:
te poderão ser juntadas aos autos, desde logo, I – o nome das partes e seus números de inscri-
quando decorrentes do cumprimento de despa- ção no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadas-
cho ou constituírem recursos previstos no Regi- tro Nacional da Pessoa Jurídica, além de endere-
mento Interno e nas leis processuais. ço eletrônico, se houver;
Art. 172. A retirada dos autos da Seção, por advoga- II – os dados de seus advogados ou da socieda-
do (público, particular ou sociedade de advogados), de de advogados e respectivos números de ins-
defensor público, membro do Ministério Público ou crição na Ordem dos Advogados do Brasil, além
pessoa credenciada por qualquer destes, somente será de endereço eletrônico, se houver
permitida nos casos em que assim a lei dispuser e me-
diante recibo, em livro de carga ou documento pró- III – a menção aos números dos recursos ante-
prio, com a discriminação da data para devolução no riormente interpostos no mesmo feito ou em
ações conexas;
prazo do ato a ser praticado.
IV – a anotação de prioridade na tramitação
§1º Decorrido o prazo do parágrafo anterior, e
do processo ou procedimento e na execução
intimado para devolução no prazo de três dias,
dos atos e diligências judiciais quando figurar
perderá o advogado o direito à vista fora da
como parte ou interveniente pessoa com idade
Secretaria ou Seção, e incidirá em multa corres-
igual ou superior a sessenta anos ou portadora
pondente à metade do salário mínimo.
de doença grave, assim compreendida qualquer
§2º Verificada a falta, o Relator ou Presidente do das enumeradas no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº
órgão colegiado comunicará o fato à Seção local 7.713, de 22 de dezembro de 1988;
da Ordem dos Advogados do Brasil para proce-
§4º O interessado, para obtenção da prioridade
dimento disciplinar e imposição da multa.
a que alude o inciso IV, do § 3º, fará prova de
Art. 172-A. Sendo o prazo comum às partes, os procu- sua condição e requererá o benefício ao Relator,
radores poderão retirar os autos somente em conjunto quando já distribuído o feito.
ou mediante ajuste prévio, por petição nos autos.
§5º Se antes da distribuição do feito ou na fase
§1º Em referida hipótese, é lícito ao procurador de recursos aos Tribunais Superiores, o reque-
retirar os autos para obtenção de cópias, pelo rimento do benefício do inciso IV do § 3º será
prazo de duas a seis horas, independentemen- dirigido ao 1º Vice-Presidente;

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§6º Se já deferido o benefício em primeiro grau matéria a ser publicada, podendo ser qualquer
de jurisdição, será dispensável renová-lo, ca- servidor, bem como funcionários e estagiários
bendo ao respectivo serviço providenciar a ano- regularmente contratados;
tação no registro e autuação.
II - “aprovador”: o escrivão, secretário, chefe de
§7° Se o órgão julgador decidir conhecer de um serviço ou responsável pela “unidade produto-
recurso por outro, far-se-á a alteração do regis- ra”, os quais atuarão na aprovação da matéria
tro existente e, na hipótese de modificação da digitada pelo redator, a qual será automatica-
competência, a redistribuição do feito. mente enviada ao “publicador”;
§8° Terão a mesma numeração das ações e dos III - “unidade produtora”: a Escrivania, Secreta-
recursos a que se referem, conforme o caso: ria ou órgão responsável pela produção da ma-
téria e envio ao “publicador”;
I - os embargos de declaração, os embargos in-
fringentes e de nulidade em matéria criminal, IV - “publicador”: o servidor, ou seu substitu-
os agravos internos, os agravos regimentais, os to, responsável pela assinatura digital do Diário
recursos aos tribunais superiores e os recursos da Justiça Eletrônico, os quais serão designados
que não os admitirem; por ato do Presidente do Tribunal.
II- os pedidos incidentes ou acessórios, inclusi- Art. 175. O Diário da Justiça Eletrônico será veiculado
ve as exceções de impedimento de suspeição; na rede mundial de computadores, no site do Tribunal
de Justiça (http://www.tjpr.jus.br), e poderá ser aces-
III - a arguição de inconstitucionalidade, os in-
sado gratuitamente pelo interessado, independente-
cidentes de assunção de competência e os inci-
mente de cadastramento.
dentes de resolução de demandas repetitivas;
Parágrafo único. A veiculação será diária, de
IV - os pedidos de execução; segunda a sexta-feira, a partir das 8 (oito) ho-
V - as ações rescisórias e revisões criminais rela- ras, exceto nos feriados nacionais, estaduais e
tivas a acórdãos de órgãos do Tribunal; do Município de Curitiba, bem como nos dias
em que, mediante divulgação, não houver ex-
§9° Far-se-á, na autuação e no registro, nota dis-
pediente.
tintiva do recurso ou incidente, quando este não
alterar o número do processo. Art. 176. As edições serão assinadas digitalmente,
com certificação por Autoridade de Certificação cre-
§10º O processo de restauração de autos será
denciada, atendendo aos requisitos de autenticidade,
distribuído na classe do feito extraviado ou des-
integridade, validade jurídica e interoperabilidade da
truído.
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Bra-
sil).
CAPÍTULO VIII
Art. 177. Considera-se como data da publicação o pri-
DO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO meiro dia útil seguinte ao da veiculação da informação
no Diário da Justiça Eletrônico.
Art. 174. O Diário da Justiça Eletrônico destina-se à
comunicação oficial, publicação e divulgação dos atos §1º Os prazos processuais, para o Tribunal de
judiciais e administrativos do Poder Judiciário do Es- Justiça e para todas as comarcas, terão início no
tado do Paraná. primeiro dia útil subsequente ao considerado
como data da publicação.
§1º Fica dispensada a juntada, aos autos do pro-
cesso, de cópia impressa dos atos veiculados §2º Aplica-se o disposto no caput deste artigo
pelo Diário da Justiça Eletrônico. ainda que a veiculação da informação no Diário
da Justiça Eletrônico tenha ocorrido em dia de
§2º Obrigatoriamente deverá ser exarada nos
feriado municipal.
autos certidão contendo:
Art. 178. Os editais serão veiculados gratuitamente,
I - a data da veiculação da matéria no Diário da
sem prejuízo da publicação pela imprensa local, quan-
Justiça Eletrônico;
do exigida pela legislação processual.
II - a data considerada como sendo da publica-
Parágrafo único. Quando houver necessidade
ção;
de publicação pela imprensa local, o prazo será
III - a data do início do prazo para a prática de contado com base na publicação impressa, obe-
ato processual; decendo-se às respectivas normas processuais.
IV - o local, a data em que a certidão é expedida, Art. 179. Serão aceitas para publicação apenas as ma-
a assinatura, o nome e o cargo do responsável térias encaminhadas por intermédio do sistema infor-
pela sua elaboração. matizado para o Diário da Justiça Eletrônico (DJ-e),
desenvolvido pelo Departamento de Informática do
§3º Para os fins deste capítulo, entende-se por:
Tribunal e com a utilização dos padrões de formatação
I - “redator”: o responsável pela digitação da contidos no respectivo sistema.

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Art. 180. Para cada nível de acesso (redator, aprovador a) omissão total do nome ou supressão parcial
e publicador) será realizado cadastro de login (nome do prenome ou sobrenome usual do advogado
de usuário e senha). constituído perante o Tribunal de Justiça;
§1º O nome de usuário e a senha são pessoais b) omissão total do nome ou supressão parcial
e intransferíveis, ficando o usuário responsável do prenome ou sobrenome usual da parte ou do
pela sua não divulgação a terceiros. advogado constituído na origem;
§2º O usuário que divulgar indevidamente a c) erro grosseiro na grafia do nome da parte ou
terceiros o seu nome de usuário e senha será do advogado, de forma a tornar impossível a
responsabilizado pelo conteúdo da matéria que sua identificação;
venha a ser publicada.
d) omissão ou erro no número do processo; e)
Art. 181. Nos dias em que houver expediente no Tribu- omissão, inversão ou truncamento no texto de
nal de Justiça, o Sistema Informatizado selecionará às despacho ou ementa de acórdão, de maneira a
16 horas todas as matérias que se encontrarem aprova- tornar o sentido ininteligível ou diverso daquilo
das e consolidará o documento que originará a nova que foi decidido.
edição do Diário da Justiça.
II - por decisão do Presidente do órgão julgador
Eletrônico. §1º Até às 15h59min, os aprovadores ou do Relator, mediante petição do interessado
poderão desaprovar as matérias já aprovadas, ou dúvida suscitada pela seção, no prazo de cin-
as quais não serão incluídas no documento que co dias, contados da publicação, nos casos não
originará a nova edição do Diário da Justiça Ele- cogitados nas alíneas do inciso I deste artigo.
trônico. §2º Entre às 17 e às 19 horas, o publi-
cador ou seu substituto deverá examinar o do- Art. 184. O Poder Judiciário do Estado do Paraná se
cumento consolidado e providenciar a sua assi- reserva os direitos autorais e de publicação do Diário
natura digital§3º O Diário da Justiça Eletrônico, da Justiça Eletrônico, sendo permitida a respectiva
depois de assinado digitalmente, será veiculado impressão, mas vedada sua comercialização, salvo ex-
na rede mundial de computadores, na forma do pressa autorização específica da Presidência do Tribu-
art. 175 e seu parágrafo único deste Regimento. nal de Justiça.
Art. 182. Após a assinatura digital do Diário da Justi- Art. 185. Os casos omissos serão resolvidos pela Pre-
ça Eletrônico pelo publicador ou por seu substituto, o sidência do Tribunal, sem prejuízo de que a Correge-
documento não poderá sofrer modificações ou supres- doria-Geral da Justiça baixe atos administrativos que
sões. se afigurem necessários ao funcionamento, controle e
§1º Eventuais retificações de documentos deve- fiscalização do disposto neste capítulo.
rão constar de nova publicação.
TÍTULO II
§2º Ao Departamento de Informática do Tribu-
nal incumbe zelar pelo pleno funcionamento do DO PREPARO, DA DESERÇÃO E DA
Sistema Informatizado e pela manutenção per- DISTRIBUIÇÃO
manente de cópia de segurança, para arquiva-
mento de todos os Diários da Justiça Eletrônicos CAPÍTULO I
que forem veiculados na rede mundial de com-
putadores. DO PREPARO
Art. 183. O aprovador é responsável pela veracidade Art. 186. Quando da distribuição de quaisquer proces-
do conteúdo da matéria que tenha sido aprovada e vei- sos de competência originária sem os comprovantes
culada no Diário da Justiça Eletrônico, ficando sujeito, do pagamento da taxa judiciária e das custas e sem o
em caso de falha intencional ou falsidade, às sanções instrumento procuratório conferido a advogado ou so-
de natureza administrativo-disciplinar aplicáveis, sem ciedade de advogados devidamente habilitados, salvo
prejuízo da responsabilização civil e criminal. nas hipóteses previstas no art. 287, parágrafo único, do
§1º A função do aprovador consiste na elabora- Código de Processo Civil, será certificado, com o enca-
ção de matérias, revisão e conferência de con- minhamento dos autos ao Relator respectivo.
teúdo e aprovação dos documentos. Parágrafo único. Existindo pedido de justiça
§2º As matérias não serão revisadas pelo Centro gratuita, o processo originário ou o recurso será
de Documentação, e seu conteúdo ficará sob res- distribuído independentemente de preparo,
ponsabilidade exclusiva da unidade produtora. para posterior apreciação pelo Relator.
Art. 183-A. A retificação de publicações no Diário da Art. 187. O preparo, que compreende todos os atos do
Justiça Eletrônico, com efeito de intimação, decorrente processo, inclusive porte de remessa e de retorno, far-
de incorreções ou omissões, será providenciada: se-á:
I - de ofício, pela respectiva seção, quando ocor- I - dos recursos de primeiro grau de jurisdição,
rer; nos termos do art. 1.007 e seguintes do CPC;

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Noções de Direito e Legislação

II - dos processos de competência originária, do §1º A deserção será declarada:


agravo de instrumento e dos recursos aos Tribu-
I - pelo 1º Vice-Presidente, antes da distribuição
nais Superiores, no Tribunal de Justiça, na for-
e nos recursos aos Tribunais Superiores;
ma prevista na legislação processual e nas leis
especiais. II - pelo Relator;
Art. 188. No mandado de segurança, quando indica- III - pelos órgãos julgadores, ao conhecerem do
dos os litisconsortes passivos, o preparo incluirá as feito.
cartas de ordem e as precatórias a serem expedidas. §2º Da decisão que declarar a deserção do recur-
Art. 189. O preparo será efetuado por meio de guia à so dirigido a este Tribunal, na forma dos incisos
unidade arrecadadora competente, a qual deverá ser I e II do § 1º deste artigo, caberá agravo interno.
juntada aos autos. §3º Se a decisão agravada for proferida pelo 1º
Art. 190. A gratuidade da justiça perante o Tribunal Vice-Presidente e não houver retratação, o re-
será apreciada pelo Relator e, quando já concedida em curso será relatado na sessão seguinte pelo De-
primeiro grau de jurisdição, será anotada na autuação. sembargador a quem for distribuído.

Art. 191. Independem de preparo: CAPÍTULO III


I - as remessas necessárias e os recursos inter- DA DISTRIBUIÇÃO
postos pelo Ministério Público, pela Defensoria Art. 194. A distribuição será efetuada por processa-
Pública, pela União, pelo Estado e pelos Muni- mento eletrônico, mediante sorteio aleatório e unifor-
cípios e respectivas autarquias, assim como as me em cada classe, no decorrer de todo o expediente
ações por estes intentadas; do Tribunal.
II - os processos e recursos previstos no Estatuto §1° Serão distribuídos imediatamente os man-
da Criança e do Adolescente; dados de segurança e de injunção, os habeas
III - os conflitos e reclamações de competência corpus e os habeas data, as correições parciais e
e as exceções de impedimento e de suspeição; demais processos de natureza urgente.

IV - os habeas corpus, os habeas data e os pro- §2º Se o Sistema Informatizado estiver momen-
cessos criminais, salvo os iniciados mediante taneamente inoperante, os processos referidos
queixa; no § 1º deste artigo serão distribuídos mediante
registro em livro próprio, do qual constarão o
V - as ações diretas de inconstitucionalidade e número e a classe do processo, Relator sorteado,
declaratórias de constitucionalidade, as recla- data, visto do 1º Vice-Presidente e as observa-
mações e os pedidos de intervenção; ções que se fizerem necessárias.
VI - os embargos de declaração, os agravos in- §3° Se o Relator sorteado encontrar-se eventual-
ternos e os agravos regimentais; mente ausente, os autos que contiverem maté-
rias urgentes serão conclusos ao Revisor em ma-
VII - os processos em que o autor ou o recorren-
téria criminal, se houver, ou ao Desembargador
te gozem do benefício da gratuidade da justiça;
imediato em antiguidade, na forma do art. 47,
VIII - os recursos interpostos por testamenteiro inciso I, deste Regimento.
e inventariante dativos, inventariante judicial e
§4° A resenha de distribuição será, semanal-
curador especial;
mente, encaminhada para publicação no Diá-
IX - os processos e requerimentos administrativos. rio da Justiça Eletrônico, e quando se tratar de
processos que tramitam em segredo de justiça,
X- o incidente de Resolução de Demandas Repe-
os nomes das partes serão publicados pelas ini-
titivas, quando interposto em petição autônoma
ciais.
(art. 976, §5º, do CPC).
§5º A distribuição estará automaticamente ho-
Art. 192. Verificados o preparo ou sua isenção, os autos
mologada se, no prazo de cinco dias, a contar
serão encaminhados à distribuição.
da publicação referida no §4º deste artigo, não
Parágrafo único. Acerca da dispensa de recolhi- houver impugnação por interessados.
mento do preparo, na hipótese de gratuidade da
§6° As distribuições serão automaticamente re-
justiça, deve-se observar o disposto no art. 186,
gistradas pelo Sistema Informatizado, do qual
parágrafo único, deste Regimento.
se extraem os termos respectivos, que conterão:
CAPÍTULO II I - o número e o tipo do processo;
II - os nomes das partes e seus números de ins-
DA DESERÇÃO
crição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no
Art. 193. Considerar-se-á deserto o recurso quando Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, além de
não preparado na forma legal. endereço eletrônico, se houver;

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III - os dados dos advogados ou da sociedade de Parágrafo único. Nas hipóteses do inciso I, alí-
advogados e respectivos números de inscrição neas s e t, deste artigo, a distribuição somente
na Ordem dos Advogados do Brasil, além de ocorrerá quando houver pedido autônomo.
endereço eletrônico, se houver; Tratando-se de incidente nos próprios autos do
Recurso, o registro observará o disposto no art.
IV - o órgão julgador;
173, §8º, inciso III, deste Regimento.
V - o nome do Relator e o do Revisor em proces-
II - no Crime:
sos criminais, se houver;
a) habeas corpus;
VI - a data do sorteio;
b) mandado de segurança;
VII- menção aos números dos recursos anterior-
mente interpostos no mesmo feito ou em ações c) habeas data;
conexas
d) ação penal;
VIII - as observações relativas à distribuição por
e) queixa-crime;
prevenção, dependência, sucessão ou outra causa;
f) representação;
IX - anotações de prioridade na tramitação do
processo ou procedimento e na execução dos g) inquérito policial;
atos e diligências judiciais quando figurar como
h) apelação;
parte ou interveniente pessoa com idade igual
ou superior a sessenta anos ou portadora de i) recurso de ofício;
doença grave, assim compreendida qualquer j) recurso em sentido estrito;
das enumeradas no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº
7.713, de 22 de dezembro de 1988. k) conflito de competência;
Art. 195. Os feitos, numerados segundo a ordem em l) carta testemunhável;
que forem apresentados, serão distribuídos por classe, m) revisão criminal;
com designação distinta, a saber:
n) embargos infringentes;
I - no Cível:
o) desaforamento;
a) habeas corpus;
p) dúvida de competência;
b) mandado de segurança;
q) recurso de agravo;
c) habeas data;
r) exceção de suspeição;
d) mandado de injunção;
s) exceção de impedimento;
e) conflito de competência;
t) exceção da verdade;
f) agravo de instrumento;
u) correição parcial;
g) ação rescisória;
v) interpelação criminal;
h) embargos à execução;
w) autos de conselho de justificação;
i) correição parcial;
x) autos de investigação criminal.
j) apelação;
III - Especiais:
k) remessa necessária;
a) processo administrativo;
l) medida cautelar preparatória;
b) recurso contra decisão do Conselho da Ma-
m) arguição de impedimento ou de suspei-
gistratura;
ção;
c) notificação judicial;
n) pedido de intervenção;
d) procedimento especial de reexame de súmu-
o) ação direta de inconstitucionalidade;
la;
p) ação declaratória de constitucionalidade.
e) representação;
q) pedido de concessão de efeito suspensivo
f) reclamação.
em apelação;
Art. 196. A distribuição será obrigatória e alternada em
r) pedido de tutela provisória incidental;
cada classe.
s) incidente de assunção de competência;
§1° Em caso de impedimento ou suspeição do
t) incidente de resolução de demandas repetiti- Relator, o sorteio será renovado ao mesmo ór-
vas. gão julgador, mediante a devida compensação.

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§2° Haverá, também, compensação quando a §7° Vencido o Relator, a prevenção recairá no
distribuição couber, por prevenção, a determi- Desembargador designado para lavrar o acór-
nado Relator. dão, salvo quando se tratar de agravo interno
ou regimental.
§3° O Desembargador em exercício que se deva
aposentar por implemento de idade ficará ex- §8° O Relator dos recursos oriundos de deci-
cluído da distribuição durante os trinta dias que sões proferidas no processo de conhecimento
antecederem o afastamento. da ação civil pública coletiva não ficará preven-
§4º No caso de aposentadoria voluntária, será to para os recursos interpostos contra as deci-
suspensa a distribuição a partir da apresentação sões prolatadas nas execuções individuais da
do requerimento de Desembargador em exercí- sentença condenatória genérica, devendo igual
cio no protocolo e pelo prazo máximo de trinta procedimento ser adotado em relação à recupe-
dias; ultrapassado esse prazo, ou se ocorrer de- ração de empresa e as posteriores habilitações
sistência do pedido, efetuar-se-á a compensação. de crédito; a prevenção somente ocorrerá se os
recursos forem interpostos contra decisões pro-
Art. 197. Observada a competência dos órgãos cole- latadas no mesmo processo.
giados, a distribuição de mandado de segurança, de
mandado de injunção, de habeas corpus, de habeas §9° Em caso de dúvida, por ocasião da distribui-
data, de pedido de concessão de efeito suspensivo em ção, os autos serão remetidos, com as informa-
apelação e de recurso torna preventa a competência ções necessárias, à decisão do 1.º Vice-Presiden-
do Relator para todos os demais recursos e incidentes te, à qual estará vinculado o Relator e o órgão
anteriores e posteriores, tanto na ação quanto na exe- julgador.
cução referentes ao mesmo processo. §10º Nas hipóteses, se o relator, segundo a sua
§1º Serão distribuídos também ao mesmo Rela- interpretação, não concordar com a distribuição,
tor os recursos interpostos contra decisões pro- apresentará as respectivas razões e encaminhará
latadas em ações conexas, acessórias e reunidas os autos ao exame do 1º Vice-Presidente, a cuja
por continência, sem prejuízo à regra do §3º do decisão estarão vinculados tanto o desembarga-
art. 55 do Código de Processo Civil, o que pode- dor que encaminhou quanto aquele que receber
rá ser reconhecido, de ofício ou a requerimento o processo, assim como o órgão julgador.
da parte, pelo relator, devendo a reunião nes- §11º A prevenção, se não for reconhecida de ofí-
ta hipótese se operar junto ao primeiro recurso cio, poderá ser arguida por qualquer das partes
distribuído. ou pelo Órgão do Ministério Público, até o início
§2º A distribuição de medida cautelar ou asse- do julgamento.
curatória de natureza penal, de representação §12º A distribuição de processos que indepen-
criminal, de pedido de providência, de inquéri- dam de sorteio será efetuada na forma prevista
to, de notícia crime, de queixa e de ação penal, no § 3° deste artigo.
bem como a realizada para efeito de concessão
de fiança ou de decretação de prisão preventiva Art. 198. Nos embargos infringentes e de nulidade em
ou de qualquer diligência anterior à denúncia matéria criminal, nas ações rescisórias, nas revisões
ou queixa, prevenirá a da ação penal. criminais e nos recursos de decisões administrativas
de competência do Órgão Especial, não se fará a dis-
§3° Alterada a competência do órgão fracionário tribuição, como Relator e Revisor em processos crimi-
pela classificação realizada na denúncia, obser- nais, sempre que possível, a Desembargador que te-
var-se-á a competência da matéria de sua espe- nha participado de julgamento anterior
cialização prevista neste Regimento.
Art. 199. Vago o cargo de Desembargador, serão dis-
§4° No afastamento do Relator, far-se-á a distri- tribuídos a quem preenchê-lo, independentemente de
buição ao Juiz de Direito Substituto em Segun- sorteio e do órgão fracionário que vier a ocupar, os fei-
do Grau convocado para substituí-lo; cessada a tos pendentes de julgamento distribuídos ao Desem-
convocação, ao titular. bargador que deixou o Tribunal e ao Juiz de Direito
§5° Se o Relator deixar o Tribunal ou transferir-se Substituto em Segundo Grau designado para respon-
de Câmara, a prevenção será ainda do órgão jul- der pelo cargo vago, preservada, nessa última hipóte-
gador, e o feito será distribuído ao seu sucessor. se, a vinculação prevista no Capítulo III do Título III
deste Regimento.
§6° Serão também distribuídas ao mesmo órgão
julgador as ações oriundas de outra, julgada §1º Se o cargo vago for provido por Juiz que
ou em curso, as conexas, as acessórias e as que exercia a substituição em segundo grau, ficará
tenham de ser reunidas por continência quan- ele vinculado ao número de feitos que lhe fo-
do houver desistência e o pedido for reiterado, ram distribuídos no período de substituição ou
mesmo que em litisconsórcio com outros auto- designação para responder por cargo vago, ob-
res, bem como as acessórias de outras em anda- servado o disposto no Capítulo III do Título III
mento. deste Regimento.

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§2º Na ocorrência de vaga, o Presidente do Tri- regimentais e os embargos de declaração inter-


bunal designará imediatamente Juiz de Direito postos de suas decisões, inclusive as proferidas
Substituto em Segundo Grau para responder na forma do art. 122 deste Regimento, salvo nos
pelo cargo. casos em que for manejado contra decisão inter-
locutória que não admitir embargos infringen-
TÍTULO III tes e de nulidade em matéria criminal;
XIV - funcionar como Juiz instrutor da causa
DO RELATOR, DO REVISOR EM PROCESSOS
nos processos da competência originária do Tri-
CRIMINAIS, DA VINCULAÇÃO E RESTITUIÇÃO
bunal, podendo delegar sua competência para
DE PROCESSOS
colher as provas ao Juiz da Comarca onde de-
CAPÍTULO I vam ser aquelas produzidas;
XV - lançar nos autos a nota de vista e o relató-
DO RELATOR rio, quando exigido, passando-os ao Revisor em
Art. 200. Compete ao Relator: recursos de matéria criminal, se houver, ou pe-
dir dia para julgamento se não houver revisão;
I - relatar os processos que lhe forem distribuí-
dos, no prazo legal, e lavrar o acórdão, salvo se XVI - homologar desistências e transações e de-
for vencido cidir a impugnação ao valor da causa;

II - decidir os incidentes que não dependem de XVII - expedir ordem de prisão ou de remoção;
acórdão e executar as diligências necessárias ao XVIII - expedir ordem de soltura;
julgamento;
XIX – não conhecer, monocraticamente, de re-
III - presidir todos os atos do processo, inclusive curso inadmissível, prejudicado ou que não te-
os da execução de acórdãos proferidos em feitos nha impugnado especificamente os fundamen-
de competência originária, salvo os que se reali- tos da decisão recorrida, depois de concedido o
zarem em sessão; prazo de cinco dias ao recorrente para sanar o
IV – admitir, ou não, os embargos infringentes e vício ou complementar a documentação exigí-
de nulidade em matéria criminal; vel;

V – apreciar pedido de liminar ou ordenar a sus- XX – negar provimento, monocraticamente, a


pensão do ato impugnado em sede de habeas recurso que for contrário a:
corpus ou mandado de segurança; a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Su-
perior Tribunal de Justiça ou deste tribunal;
VI - processar habilitação, restauração de au-
tos e arguição de falsidade; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Fe-
deral ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
VII – conceder o benefício da gratuidade da jus-
julgamento de recursos repetitivos;
tiça e requisitar, quando necessário, a atuação
da Defensoria Pública ou de patrono indicado c) entendimento firmado em incidente de reso-
pelo Presidente da Seção Estadual da Ordem lução de demandas repetitivas ou de assunção
dos Advogados do Brasil; de competência;
VIII - ordenar à autoridade competente a sol- XXI - dar provimento, monocraticamente, de-
tura do réu, quando verificar que este já sofreu pois de facultada a apresentação de contrarra-
prisão por tempo igual ao da pena a que foi con- zões, a recurso, se a decisão recorrida for con-
denado, sem prejuízo do julgamento do recurso trária a:
que interpôs;
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Su-
IX - pedir preferência para julgamento dos fei- perior Tribunal de Justiça ou do próprio tribu-
tos, quando lhe parecer conveniente; nal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribu-
nal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça
X - ordenar o apensamento ou desapensamento
em julgamento de recursos repetitivos;
de autos e o suprimento de formalidades saná-
veis; c) entendimento firmado em incidente de reso-
lução de demandas repetitivas ou de assunção
XI - requisitar informações à autoridade coatora
de competência;
ou avocar autos;
XXII - atribuir efeito suspensivo ao recurso ou
XII - examinar a admissibilidade da petição ini-
deferir, em antecipação de tutela, total ou par-
cial dos processos de competência originária do
cialmente, a pretensão recursal, comunicando
Tribunal, indeferindo-a liminarmente ou jul-
ao Juiz sua decisão, bem como apreciar pedidos
gando liminarmente improcedente o pedido, se
de tutela provisória, de urgência ou evidência,
for o caso;
cautelar, incidental ou antecipada nos processos
XIII - relatar os agravos internos, os agravos de competência originária;

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XXIII - decidir conflito de competência nos ter- de declaração, ante os pressupostos contidos no
mos do parágrafo único do art. 951 e seguintes art. 1.026, §1º, do Código de Processo Civil;
do Código de Processo Civil, podendo: a) deli-
berar, de ofício ou a requerimento da parte, so- XXXVI – apreciar pedido de concessão de efeito
bre o sobrestamento do feito; b) deliberar, seja suspensivo em apelação, na forma do art. 1.012,
nos conflitos positivos ou negativos, sobre de- § 3º, do Código de Processo Civil;
signação provisória de um dos Juízes envolvi- XXXVII – apreciar medida assecuratória de na-
dos para resolver as medidas urgentes; tureza penal, estando o recurso junto ao Tribu-
c) julgar, de plano, o conflito quando sua deci- nal ou enquanto se aguarda sua efetiva distri-
são se fundar em súmula do Supremo Tribunal buição;
Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do XXXVIII - admitir a participação do amicus
próprio Tribunal, bem como tese firmada em curiae;
julgamento de casos repetitivos ou em incidente
de assunção de competência; XXXIX – decidir monocraticamente os embar-
gos de declaração opostos contra decisão uni-
XXIV - extinguir o procedimento recursal, bem pessoal;
como a ação originária, sem resolução do méri-
to, bem como julgar conforme o estado do pro- XL – decidir o incidente de desconsideração de
cesso, no caso em que aplicáveis os arts. 354, 355 personalidade jurídica, quando instaurado ori-
e 356 do Código de Processo Civil, nos proces- ginariamente perante este Tribunal, podendo
sos de competência originária do Tribunal; delegar atos não decisórios a Juiz de primeiro
grau;
XXV - declarar a deserção dos recursos, ou rele-
var a aplicação da pena se provado justo impe- XLI – deliberar a respeito de questão superve-
dimento, fixando-se, em tal hipótese, prazo de niente à interposição do recurso, ou matéria
cinco dias para efetivação ou para o recorrente apreciável de ofício ainda não examinada e que
sanar eventual vício em decorrência do incorre- deve ser considerada por ocasião do julgamen-
to preenchimento da guia; to, intimando-se as partes para que se manifes-
tem, no prazo de cinco dias, nos termos dos arts.
XXVI - deferir liminar em correição parcial ou 10 e 933 do Código de Processo Civil.
rejeitá-la de plano;
Art. 201. Terminada a instrução, o Relator, a quem os
XXVII - processar a execução do julgado, na autos serão conclusos, mandará preencher as lacunas
ação originária, podendo delegar atos não deci- porventura existentes no processo e, em seguida, se for
sórios a Juiz de primeiro grau; o caso de:
XXVIII - tentar, a qualquer tempo, conciliar as I - habeas corpus e recurso de habeas corpus, ha-
partes;
vendo requerimento do advogado do impetran-
XXIX - deferir, ou não, liminar em habeas cor- te para a sua intimação da data do julgamento,
pus; agravo de execução, mandado de segurança, re-
curso crime e outros processos que não depen-
XXX – apreciar reclamações, deliberando sobre dem do visto do Revisor em processo criminal,
a necessidade de suspensão do processo para lançará seu visto e pedirá dia para julgamento;
evitar dano irreparável ou de difícil reparação
até seu final julgamento; II - habeas corpus e recurso de habeas corpus,
não incluídos no inciso anterior, correição par-
XXXI – processar as ações rescisórias, podendo cial, carta testemunhável, lançará seu visto e or-
delegar atos não decisórios a Juiz de primeiro denará a colocação em mesa para julgamento,
grau; sem nenhuma formalidade;
XXXII - propor incidente de assunção de com- III- na apelação criminal interposto em processo
petência; a que a lei comine pena de reclusão, na revisão
criminal, nos embargos infringentes e de nuli-
XXXIII – dirigir ao órgão competente pedido
de instauração de incidente de resolução de de- dade, fará o relatório escrito e passará os autos
mandas repetitivas; ao Revisor.

XXXIV - conceder, ao avaliar a admissibilidade IV – nos Recursos Cíveis e ações cíveis de com-
do recurso, se for o caso, prazo para sanar even- petência originária, superada a possibilidade de
tual vício ou complementar a documentação proferir voto em mesa na sessão de julgamento,
exigível; no caso dos embargos de declaração, pedirá a
inclusão em pauta, observadas as prioridades
XXXV – decidir sobre a concessão de efeito sus- legais e a, preferencial, ordem cronológica de
pensivo requerido na interposição de embargos julgamento.

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CAPÍTULO II CAPÍTULO III

DO REVISOR DA VINCULAÇÃO E DA RESTITUIÇÃO DE


PROCESSOS
Art. 202. Será Revisor, nas hipóteses legais, o Desem-
bargador de antiguidade imediata à do Relator; se o Art. 207. Os autos, após o sorteio, serão encaminha-
Relator for o mais moderno, seu Revisor será o mais dos ao gabinete do Relator, imediatamente, mediante
antigo. termo de conclusão datado e assinado pelo servidor
responsável.
Art. 203. Compete ao Revisor:
§ 1º. A remessa dos autos à Seção de Pauta, com
I - sugerir ao Relator medidas ordinatórias do
o devido Relatório, nos processos cíveis, pressu-
processo que tenham sido omitidas ou surgidas
põe ordem do Relator para a inclusão do feito
após o relatório;
em pauta de julgamento.
II - confirmar, completar ou retificar o relatório;
§2° O julgamento que tiver sido iniciado pros-
III - pedir dia para julgamento. seguirá, computando-se os votos já proferidos,
ainda que o Desembargador eventualmente
Art. 204. Há revisão nos seguintes processos de Ação
afastado seja o Relator.
Penal:
§3° Somente quando indispensável para decidir
I - apelação criminal em que a lei comine pena
nova questão, surgida na continuação do jul-
de reclusão;
gamento, será dado substituto ao ausente, cujo
II- revisão criminal; voto se computará exclusivamente em relação a
essa questão.
III-embargos infringentes e de nulidade.
Art. 208. O Desembargador, ou o Juiz de Direito Subs-
§1º Nos casos acima, na discussão e votação da
tituto em Segundo Grau convocado, que tiver lançado
causa, o Revisor fará a exposição do seu voto
visto no processo ou proferido voto, como Relator, ou
após ser pronunciado o voto do Relator e, caso
Revisor nos recursos criminais, fica vinculado ao res-
exista divergência entre esses votos, a discussão
pectivo julgamento, dentro dos prazos legais.
será reiniciada com preferência à manifestação
do Relator, seguindo-se a do Revisor, e, poste- §1º Ao Juiz de Direito Substituto em Segundo
riormente, será aberta a discussão para os de- Grau aplica-se, quanto ao número de feitos vin-
mais julgadores do quórum. culados, o disposto nos arts. 51 e 52 deste Regi-
mento.
§2º Pronunciado o último voto do julgador a in-
tervir na discussão, poderão o Relator e o Revi- §2º Respeitado o número de feitos previsto no §
sor usar da palavra para sustentar ou modificar 1º deste artigo, o Juiz de Direito Substituto em
suas conclusões. Segundo Grau convocado não ficará vinculado
às ações rescisórias, revisões criminais, ação pe-
Art. 205. O prazo para o exame do recurso cível é de
nal originária e procedimentos pré-processuais
trinta dias, cabendo ao Relator elaborar o voto e devol-
que lhe forem distribuídos no período da subs-
ver os autos à Secretaria.
tituição.
§1º No recurso de agravo de instrumento, para
Art. 209. O Presidente, os Vice-Presidentes, o Corre-
o exame da concessão do efeito suspensivo ao
gedor-Geral da Justiça e o Corregedor deixarão de in-
recurso, ou atribuir a antecipação total ou par-
tervir no julgamento dos feitos em que figuram como
cial da tutela, o prazo é de cinco dias. Relator ou Revisor, mesmo quando apuserem seu vis-
§2º Nos recursos criminais, salvo disposição di- to antes da assunção do cargo respectivo.
versa em lei penal, os prazos para o Relator e o
Revisor são de dez dias, tendo o Procurador de TÍTULO IV
Justiça o mesmo prazo.
§3° Nos recursos em sentido estrito, com exce- DO JULGAMENTO
ção do habeas corpus, e nas apelações interpos-
tas das sentenças em processo de contravenção CAPÍTULO I
ou de crime a que a lei comine pena de deten-
ção, os autos irão imediatamente com vista ao DA PUBLICAÇÃO E DA PAUTA DE
Procurador-Geral de Justiça pelo prazo de cinco JULGAMENTO
dias, e, em seguida, por igual prazo, ao Relator,
Art. 210. Salvo as exceções previstas no art. 201, I, II e
que pedirá a designação de dia para julgamento.
IV deste Regimento, os feitos serão julgados mediante
Art. 206. Salvo disposição em contrário, os servidores inclusão em pauta, cuja publicação deverá ser efetiva-
do Tribunal terão o prazo de quarenta e oito horas da pelo menos cinco dias antes da data da sessão de
para os atos do processo. julgamento.

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Noções de Direito e Legislação

§1º Às partes será permitida vista dos autos jun- como na hipótese dos arts. 48 e 209 deste Regimento e,
to à Secretaria após a publicação da pauta de jul- também, sendo inviável a convocação de que trata o
gamento, vedada a realização de carga, exceto art. 940, § 2º, do Código de Processo Civil, o julgamen-
para fins de extração de cópias na forma do art. to somente será retomado com a devida publicação de
107, § 3º, do Código de Processo Civil; pauta.
§2º No caso do agravo de instrumento o Rela- Art. 217. A pauta de julgamento identificará o feito a
tor solicitará dia para julgamento em prazo não ser julgado, mencionará o nome das partes, sua posi-
superior a um mês da intimação do Agravado; ção no processo e os respectivos advogados, o Relator
§3º Não ocorrendo a retratação do Relator, em e, quando for o caso, o Revisor.
razão de agravo interno interposto contra sua I - Cíveis:
decisão, o julgamento deverá ser efetuado pelo
colegiado mediante a inclusão em pauta Art. 218. Os processos incluídos na pauta obedecerão à
seguinte ordem de preferência:
§4º Não sendo possível ao Relator apresentar
os embargos de declaração para julgamento na a) habeas corpus;
sessão subsequente e proferir seu voto, deverá b) incidente de resolução de demandas repeti-
ser incluído em pauta automaticamente. tivas e incidente de assunção de competência;
Art. 211. A pauta de julgamento conterá todos os pro- c) mandado de segurança;
cessos em condições de julgamento na sessão, inician-
do-se pelos adiados anteriormente. d) mandado de injunção;

Parágrafo único. O adiamento do julgamento de e) habeas data;


algum processo, com a expressa deliberação na f) ação direta de inconstitucionalidade;
ata da sessão e sua inclusão na primeira sessão
subsequente, em pauta complementar, inde- g) ação declaratória de constitucionalidade;
pende de nova publicação no Diário de Justiça h) arguição de inconstitucionalidade;
Eletrônico.
i) pedido de intervenção;
Art. 212. Para cada sessão será elaborada uma pauta
de julgamento, observada a antiguidade dos feitos j) arguição de suspeição ou de impedimento;
dentro da mesma classe. k) embargos de declaração;
Parágrafo único. A antiguidade do feito será l) agravo regimental;
contada da data do recebimento do processo no
Tribunal, observando-se o contido no art. 1.045, m) agravo interno;
§ 5º, das disposições transitórias do Código de n) arguição de incompetência
Processo Civil.
o) tutela cautelar de urgência ou de evidência
Art. 213. O julgamento interrompido em decorrência em procedimento cautelar.
de pedido de vista terá, na sessão imediata, preferên-
cia sobre os demais. p) embargos à execução de acórdão;

Art. 214. Ressalvada a ocorrência de julgamento na q) agravo de instrumento;


primeira sessão subsequente, nas hipóteses deste Re- r) apelação;
gimento, todos os recursos cíveis que tenham seu jul-
gamento interrompido ou adiado, seja em razão de s) remessa necessária;
pedido de vista nos prazos legais, seja pela superve- t) correição parcial;
niência de férias, licenças e suspensão do expediente
u) ação rescisória;
forense, ou outro motivo ponderável que determine
o adiamento, somente serão julgados mediante nova v) reclamação;
publicação.
w) demais feitos.
Art. 215. As pautas de julgamento serão afixadas, na
II - Criminais:
entrada da sala em que se realizar a sessão de julga-
mento, trinta minutos antes do início, e encaminhadas a) habeas corpus;
aos Desembargadores e Juízes integrantes do quórum
b) recurso de habeas corpus;
com antecedência mínima três dias.
c) mandado de segurança;
Parágrafo único. Presentes todos os advogados
das partes, não obstará o julgamento nenhum d) habeas data;
defeito, omissão ou intempestividade na publi-
e) embargos de declaração;
cação da pauta em face determinado processo.
f) desaforamento;
Art. 216. Quando houver substituição do Relator ou
do Revisor, nos casos de afastamento ou vacância, bem g) exceção de suspeição ou de impedimento;

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h) recurso de ofício e recurso em sentido estrito; do-se por aqueles que tenham sido adiados em
razão dos pedidos de vista na sessão anterior;
i) recurso de agravo;
III – os processos que independem de publica-
j) agravo regimental;
ção.
k) apelação;
Art. 221. A ordem da pauta de julgamento poderá ser
l) revisão criminal; alterada nos seguintes casos:
m) conflito de competência; I - se o Relator ou o Revisor deva se retirar ou se
n) medida cautelar; afastar da sessão, ou quando tenha compareci-
do Desembargador de outra Câmara vinculada
o) carta testemunhável; ao julgamento;
p) embargos infringentes e de nulidade; II – tratar-se de feitos em que a extinção do di-
q) correição parcial; reito ou a prescrição forem iminentes, consoante
indicação do Relator;
r) denúncia ou queixa;
III - quando couber sustentação oral ou tiver
s) inquérito policial; sido manifestado interesse no julgamento pre-
t) ação penal; sencial;
u) representação criminal; IV - Após julgado o feito, haja outros em idênti-
ca situação.
v) notícia-crime;
§1º Atendidas as preferências já deferidas, serão
w) pedido de providência;
julgados após os feitos cujos advogados mani-
x) exceção da verdade; festaram pedido de sustentação oral estiverem
presentes, observada a ordem dos requerimen-
y) autos de conselho de justificação;
tos de inscrição na pauta do dia, com prioridade
z) demais feitos. às advogadas gestantes e aos advogados idosos.
Art. 219. Nos processos de declaração de constitucio- §2º A seguir, serão examinados os feitos, com
nalidade e direta de inconstitucionalidade, ação resci- manifestação apenas de interesse presencial no
sória, mandado de segurança originário e ação penal julgamento, que tenha sido formulado por advo-
originária, o serviço próprio, ao incluí-los em pauta, gado, estagiário ou por qualquer um dos recor-
remeterá aos Desembargadores vogais cópia do relató- rentes, observada a ordem dos requerimentos.
rio e do parecer da Procuradoria-Geral de Justiça.
§3º O requerimento para sustentação oral, por
§1° Além das peças indicadas, serão extraídas e meio de videoconferência ou outro meio simi-
remetidas aos vogais, na ação rescisória e na re- lar, por advogado com domicílio profissional
visão criminal, as cópias da sentença ou acórdão diverso da sede deste Tribunal, deverá ser for-
rescindendo. mulado até o dia anterior ao da sessão.
§2° Em qualquer processo, as partes poderão §4º O Tribunal de Justiça regulamentará a uti-
fornecer cópias de suas razões para distribuição lização deste meio tecnológico, aplicando-se tal
aos vogais. utilização quando o recurso estiver disponível
Art. 219-A. Fica instituído o sistema de gravação de no Tribunal e no local de origem.
áudio e vídeo das salas de sessão de julgamento deste Art. 222. O julgamento poderá ser adiado mediante
Tribunal de Justiça. declaração do Presidente da sessão:
§1º Compete ao Secretário da Sessão a operacio- I - se o Relator manifestar-se, pela ordem e logo
nalização do sistema, incluindo sua disponibi- após a leitura da ata, para apontar dúvidas que
lização na rede mundial de computadores, ob- lhe surgirem, ou constatar a ocorrência de fato
servadas as cautelas quanto às sessões sigilosas. superveniente à decisão recorrida ou existência
§2º O Presidente do Tribunal de Justiça expedirá de questão apreciável de ofício que devam ser
ato normativo regulamentando a implantação considerados no voto a ser proferido no feito
do sistema previsto neste artigo. que indicar.
II - se o pedirem, em petição conjunta, os advo-
CAPÍTULO II gados das partes interessadas em realizar com-
posição amigável que ponha fim ao litígio;
DA ORDEM DOS JULGAMENTOS
III - quando sobrevier pedido de desistência.
Art. 220. Os julgamentos obedecerão à seguinte ordem:
§1º O pedido de preferência deverá ser dirigido
I - os habeas corpus levados em mesa;
ao Presidente do Órgão Julgador e entregue ao
II – os processos constantes da pauta, inician- Secretário até o início da sessão de julgamento.

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§2° O processo cujo julgamento tenha sido em dobro e dividido, igualmente entre os do
adiado, e for estabelecido de forma expressa mesmo grupo, salvo convenção em contrário;
sua inclusão para a primeira sessão seguinte,
II - quinze minutos, nas apelações criminais in-
figurará em primeiro lugar na pauta ordinária
terpostas em processos a que a lei comine pena
ou complementar de julgamento da sessão ime-
de reclusão, nos habeas corpus e nas revisões
diata, observadas as demais preferências legais.
criminais; cada corréu, apelante e apelado, terá
§3º Nos demais feitos adiados, será observado
o prazo por inteiro, salvo se o advogado for co-
o contido no art. 214 deste Regimento, retiran-
mum, caso em que o prazo será concedido em
do-se da pauta os processos adiados que serão
dobro; o assistente terá, ainda, o restante do pra-
novamente incluídos após a devida publicação.
zo eventualmente deixado pelo órgão assistido;
Art. 223. Serão retirados de pauta, por determinação
III - dez minutos, em feitos criminais não com-
do Presidente, os processos que não estiverem em con-
preendidos no inciso anterior e nos recursos em
dições de julgamento.
matéria falimentar.
Art. 224. A ata da sessão mencionará a circunstância
que tenha determinado o adiamento, a retirada de §1º Será admitida sustentação oral na apelação
pauta ou a interrupção do julgamento. cível, na ação rescisória, no mandado de segu-
rança, na reclamação e no agravo de instrumen-
CAPÍTULO III to interposto contra decisão interlocutória que
resolva parcialmente o mérito, ou verse sobre a
DO RELATÓRIO E DA SUSTENTAÇÃO ORAL tutela provisória de urgência ou evidência, bem
como no agravo de instrumento que julgue a li-
Art. 225. Aberta a sessão a toque de campainha, haven- quidação da sentença.
do quórum, o Presidente, lida e aprovada a ata, anun-
ciará a pauta de julgamento e os pedidos de preferên- §2º Nos processos de competência originária,
cia e de adiamento apresentados à mesa. caberá sustentação oral no agravo interno que
vier a ser interposto, em relação à decisão que
§1º Os julgadores integrantes do quórum, sem extinga o mandado de segurança, a ação resci-
prejuízo da informação ao Secretário da sessão, sória e a reclamação;
devem declarar ao Presidente, no início dos tra-
§3º A sustentação oral no julgamento do Inci-
balhos, os eventuais feitos em que estejam com
dente de Resolução de Demandas Repetitivas,
impedimento ou suspeição para participar do
do Incidente de Assunção de Competência e do
julgamento, possibilitando a convocação de De-
Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade,
sembargador ou de Juiz Substituto para a com-
dar-se-á conforme o art. 984, inc. II, letras a e b,
posição.
e §1º, do Código de Processo Civil e as disposi-
§2º O advogado que, pela primeira vez, tiver de ções deste Regimento;
produzir sustentação oral, encaminhará à mesa,
§4º Ressalvada a disposição legal em contrário
por intermédio do Secretário da sessão, sua car-
no Código de Processo Civil e no Código de
teira de habilitação profissional para a respecti-
Processo Penal, não haverá sustentação oral nos
va identificação, sob pena de não lhe ser deferi-
julgamentos de embargos declaratórios, inci-
da a palavra.
dente de suspeição ou impedimento, conflito de
§3° Anunciado o feito a ser julgado, o Relator competência, correição parcial, carta testemu-
fará a exposição dos pontos controvertidos, des- nhável, arquivamento de inquérito ou represen-
tacando questões que, ao seu juízo devem cons- tação criminal
tituir exame de preliminares ou prejudiciais que Art. 226-A. O advogado, em seguida à sustentação
exijam apreciação antes do mérito, após o que o oral, poderá pedir a juntada aos autos do esquema do
relatório será declarado em discussão. resumo da defesa, bem como pedir a palavra, pela or-
§4º Caso o Relator antecipe a conclusão do seu dem, durante o julgamento, para, mediante interven-
voto, a parte poderá desistir da sustentação oral ção sumária, esclarecer equívoco ou dúvida surgida
previamente requerida, sendo-lhe assegurada a em relação a fatos, documentos ou afirmações que
palavra se houver voto divergente. possam influir no julgamento, ou para indicar que de-
terminada questão suscitada na sessão não foi subme-
Art. 226. Obedecida a ordem processual e o respectivo tida ao contraditório, requerendo a aplicação do art.
requerimento de inscrição na pauta do dia, as partes, 933, § 1, do Código de Processo Civil.
por seus advogados poderão sustentar oralmente suas
conclusões, nos seguintes prazos improrrogáveis: §1° No caso da última parte do caput deste ar-
tigo, o pedido de palavra, pela ordem, será di-
I - quinze minutos, para cada parte, por seu ad- rigido ao Presidente, e o advogado só ficará au-
vogado, e, se houver litisconsortes ou terceiros torizado a falar depois de consultado o Relator
intervenientes que não estiverem representados e se este, expressamente, concordar em ouvir a
pelo mesmo advogado, o prazo será concedido observação.

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Art. 227. Sempre que houver interesse público, o Pro- recebeu, ainda que tenha deixado de integrá-lo
curador-Geral e os Procuradores de Justiça poderão ou que dele esteja afastado, nas hipóteses auto-
intervir no julgamento e participar dos debates, ma- rizadas neste Regimento.
nifestando-se após a sustentação das partes e nos mes-
§2º O pedido de vista não impede os que se sin-
mos prazos estabelecidos para estas.
tam aptos a votar de adiantarem seus votos.
Parágrafo único. Em se tratando de recurso in-
Art. 232. O órgão julgador poderá converter o julga-
terposto ou de causa proposta pelo Ministério
mento em diligência para esclarecimentos, correção de
Público, em qualquer instância, o Procurador-
vício sanável ou produção de provas.
Geral e os Procuradores de Justiça falarão antes
do advogado do recorrido ou do réu. §1º Reconhecida a necessidade de produção de
prova, o Relator converterá o julgamento em
Art. 228. Os representantes do Ministério Público e os diligência, que se realizará no Tribunal ou em
advogados, quando no uso da palavra, não poderão primeiro grau de Jurisdição, decidindo-se o re-
ser aparteados. curso após a conclusão da instrução.
Art. 229. Ao faltarem dois minutos para a expiração do §2º Poderá o órgão julgador, por maioria de vo-
prazo da sustentação oral, o Presidente comunicará o tos, vencido o relator que não admita a conver-
fato ao orador. são em diligência, determinar que se produza
prova necessária, convertendo o feito em dili-
Parágrafo único. Se houver desobediência, o
gência.
Presidente fará soar a campainha e interrompe-
rá o discurso; se a desobediência aliar-se a qual- Art. 233. No caso de nova questão abordada, ou ocor-
quer palavra ou gesto desrespeitoso do ocupan- rência de fato superveniente constatado durante a ses-
te da tribuna, o Presidente determinará sua ime- são de julgamento, bem como a verificação de questão
diata retirada da sala de sessão, sem prejuízo de preliminar ou prejudicial ainda não examinada, o jul-
outras sanções legais. gamento deverá ser suspenso, afim de que as partes se
manifestem especificadamente.
Art. 230. O Presidente chamará à ordem o representan-
te do Ministério Público ou o advogado quando qual- §1º Se a constatação se der em vista dos autos
quer deles se utilizar do tema destinado à sustentação por algum dos julgadores, caberá ao Juiz que a
oral da causa para discorrer sobre assuntos imperti- solicitou encaminhar ao Relator para adotar as
nentes ou constrangedores para o Tribunal, ou quando providências necessárias à intimação das partes,
fizer uso de linguagem inconveniente ou insultuosa. e, posteriormente, solicitará novamente a inclu-
são em pauta com a submissão integral da nova
§1° Se houver desobediência, o Presidente cas- questão aos julgadores.
sará a palavra do orador e terá a faculdade, con-
forme o caso, de tomar as providências referidas §2º O Relator poderá requerer o adiamento para
no parágrafo único do art. 229 deste Regimento. a sessão seguinte quando não se sentir habilita-
do para proferir julgamento, seja em decorrên-
§2° Não se reputa impertinente a crítica eleva- cia da sustentação oral, seja por motivo relevan-
da à lei ou ao sistema da organização judiciária te suscitado nos debates, ficando, desde logo, os
vigente, nem injuriosa a simples denúncia, em interessados que estiverem presentes intimados
linguagem comedida, de fatos que, no enten- da nova pauta de julgamento, ordinária ou com-
dimento do orador, possam ter prejudicado o plementar.
reconhecimento do direito ou influído ruinosa-
mente no desenvolvimento normal do processo. Art. 234. Encerrada a sustentação oral, e estando o fei-
to apto ao julgamento, o Presidente, em seguida, con-
CAPÍTULO IV cederá a palavra ao Relator para proferir seu voto, não
se admitindo interrupções ou apartes.
DA DISCUSSÃO E DA VOTAÇÃO DA CAUSA
§1º Ocorrendo pedido de vista, e sendo dispen-
Art. 231. Em qualquer fase do julgamento, seja questão sado pelo Desembargador ou pelo Juiz de Di-
jurisdicional ou administrativa, posterior ao relatório reito Substituto em Segundo Grau convocado o
ou à sustentação oral, poderão os Desembargadores prazo de dez dias para sua apreciação, o julga-
pedir esclarecimentos sobre fatos e circunstâncias per- mento interrompido em decorrência desse pedi-
tinentes à matéria em debate. do de vista terá, na sessão imediata, preferência
sobre os demais.
§1º O integrante do colegiado julgador, no Co-
lendo Tribunal Pleno, do Órgão Especial, da §2º Se, ao contrário, o pedido de vista ocorrer
Seção Cível e da Seção Criminal, poderá pedir sem a dispensa do prazo pelo julgador que o
vista dos autos, que serão apresentados, para suscitar, a apreciação será de dez dias, salvo a
julgamento, na sessão seguinte ao término do prorrogação por igual prazo, se ainda não esti-
prazo de dez dias, contados da data em que os ver habilitado a proferir o seu voto.

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§3° Nas hipóteses do parágrafo anterior, termi- discussão, o Relator poderá usar da palavra
nado o prazo para exame do pedido de vista, para sustentar ou modificar suas conclusões.
vindo a ocorrer sua devolução, o recurso será
§3° Em seguida, observada a mesma ordem do
novamente incluído em pauta na primeira ses-
§ 2° deste artigo, poderão os demais Desembar-
são após a data da devolução, observado o pra-
gadores ou Juízes Convocados voltar a se mani-
zo legal de cinco dias para publicação.
festar para, igualmente, sustentar ou modificar
§4º Nas hipóteses dos §§ 1º e 2º deste artigo, não suas conclusões.
devolvidos os autos no prazo, nem solicitada
§4° Os Desembargadores ou os Juízes Convoca-
expressamente sua prorrogação pelo Desembar-
dos usarão da palavra sempre sem limitação de
gador ou pelo Juiz que tenha pedido vista dos
tempo, e nenhum se pronunciará sem que o Pre-
autos, o Presidente do órgão julgador requisi-
tará o processo e reabrirá o julgamento na ses- sidente lhe conceda a palavra, nem aparteará o
são ordinária subsequente, com a publicação da que dela estiver usando, salvo expresso consen-
pauta em que for incluído. timento deste.

Art. 234-A. Considerando a previsão do art. 940, § §5º Na hipótese de diálogo generalizado na dis-
2º, do Código de Processo Civil, se, após a requisição cussão, o Presidente apelará pela ordem e, em
dos autos, o Desembargador ou o Juiz que pediu vista caso de tumulto, terá a faculdade de suspender
ainda não se sentir habilitado a votar, será convoca- temporariamente a sessão.
do, pelo Presidente do respectivo órgão julgador, o Art. 235. Encerrada a discussão, o Presidente tomará
Desembargador vogal que o suceder na ordem decres- os votos na ordem decrescente de antiguidade em re-
cente de antiguidade no órgão julgador. lação ao Relator, até o mais moderno; o voto de cada
§1º Na substituição do Desembargador mais um será consignado, de modo resumido, na papeleta
moderno no órgão julgador, o seu sucessor será de julgamento constante dos autos.
o mais antigo. §1º O julgamento que tiver sido iniciado pros-
§2º Caso o Desembargador a ser indicado nesta seguirá, computando-se os votos já proferidos
ordem de sucessão esteja sendo substituído por pelos Desembargadores, mesmo que não
Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau, a compareçam ou hajam deixado o exercício do
convocação se fará ao referido magistrado para cargo, ainda que o afastado seja o Relator.
proferir voto.
§2º. Não participará do julgamento o Desembar-
§3º Caso o pedido de vista tenha sido formula- gador ou o Juiz Convocado que não tenha as-
do por Juiz de Direito Substituto em Segundo sistido ao relatório, salvo se manifestar que está
Grau, a ordem decrescente de antiguidade será habilitado a votar.
apurada em relação ao Desembargador que na
ocasião estava designado para substituição. §3º Se, para o efeito do quórum ou desempate
na votação, for necessário o voto de Desembar-
§4º Ocorrendo situação excepcional que não gador ou Juiz Convocado nas condições do § 2º
permita a composição do quórum pelos inte- deste artigo, serão renovados o relatório e a sus-
grantes da respectiva Câmara em Composição tentação oral, computando-se os votos anterior-
Integral ou Isoladas, o Presidente do órgão jul- mente proferidos.
gador fará a convocação de Desembargadores
de outra Câmara, da mesma área de especiali- §4º O cargo vago de Desembargador será consi-
zação, ou de Juízes de Direito Substitutos em derado o mais moderno da Câmara para fins de
Segundo Grau, aplicando-se o disposto no art. quórum, salvo em relação aos recursos já distri-
50 deste Regimento. buídos e pendentes até a vacância, em cujos jul-
gamentos será preservada a ordem de antigui-
§5º Caso a convocação seja formalizada em Juiz
dade do Desembargador que deixou o Tribunal.
ou Desembargador que não tenha assistido aos
debates, ficará assegurado às partes e a even- CAPÍTULO V
tuais interessados o direito de renovar a susten-
tação oral que tenha sido realizada em sessão DA APURAÇÃO DOS VOTOS E DA
anterior, perante o novo quórum julgador PROCLAMAÇÃO DO JULGAMENTO
Art. 234-B. Pronunciado o voto do Relator, ficará aberta Art. 236. As decisões serão, salvo disposição em con-
a discussão para os julgadores integrantes do quórum. trário, tomadas por maioria de votos dos Desembarga-
§1° Na discussão do voto do Relator, os vogais, dores presentes.
pela ordem decrescente de antiguidade, pode-
Art. 237. Nas sessões do Tribunal Pleno ou do Órgão
rão proferir, uma primeira vez, desde logo, o
Especial, o Presidente, ou seu substituto legal, não
respectivo voto.
proferirá voto, exceto nas questões constitucionais, ad-
§2° Depois do pronunciamento do último De- ministrativas, regimentais e, nos demais casos, quando
sembargador ou Juiz convocado a intervir na ocorrer empate.

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Art. 238. No julgamento de agravo regimental, terá Art. 240-A. Nas Câmaras Cíveis Isoladas, a mesma téc-
voto necessário o Presidente ou o seu substituto. nica de julgamento contida no artigo anterior se aplica,
igualmente, na ação rescisória das sentenças quando o
Art. 239. Nas Câmaras em Composição Integral, o
resultado do julgamento, na composição original, for
quórum de julgamento será sempre de cinco magis-
favorável, por maioria, à sua procedência.
trados, e nas Câmaras Isoladas será de três julgadores,
observando-se o contido no art. 70, parágrafo único, §1º Aplicam-se as mesmas disposições deste
deste Regimento. Regimento aos casos de julgamentos não unâni-
mes do agravo de instrumento, quando houver
Art. 240. Quando o resultado da Apelação não for unâ-
reforma, por maioria, da decisão que julgar
nime, o julgamento terá prosseguimento na mesma
parcialmente o mérito.
sessão, ou em sessão a ser designada, com a convoca-
ção de outros julgadores em número suficiente para §2º Nos feitos de Remessa Necessária, não será
garantir a inversão do resultado inicial, conforme a aplicada a regra de julgamento prevista no art.
previsão do art. 942 do Código de Processo Civil. 942 e parágrafos do Código de Processo Civil.
§1º Proferido voto divergente na Câmara Cível Art. 241. Quando o objeto do julgamento puder ser de-
Isolada, para concluir o julgamento serão con- composto em questões distintas, cada uma delas será
vocados, pelo Presidente do respectivo órgão, votada separadamente.
os Desembargadores que sucederem o terceiro Art. 242. Se na votação da questão global, insuscetível
julgador na ordem decrescente de antiguidade de decomposição, ou das questões distintas, três ou
no colegiado, estabelecendo o novo quórum em mais opiniões se formarem, serão as soluções votadas
Câmara Integral de cinco magistrados duas a duas, de tal forma que a vencedora será posta
§2º Caso algum dos Desembargadores convoca- em votação com as restantes, até se fixar, das duas úl-
dos esteja sendo substituído por Juiz de Direito timas, a que constituirá a decisão.
Substituto em Segundo Grau, a convocação se §1° A ordem dos confrontos constará de esque-
fará ao referido magistrado para proferir voto. ma previamente anunciado pelo Presidente, sal-
§3º Ocorrendo situação excepcional que não vo nas Câmaras, em que o confronto será feito,
permita a composição do quórum pelos inte- em primeiro lugar, entre as soluções dadas pelo
grantes da respectiva Câmara Isolada, seja por Revisor e pelo vogal, ou entre as dos vogais, se
impedimento, ausência ou afastamento justifi- não houver Revisor.
cado, o Presidente do órgão julgador fará a con- §2° No caso em que a maioria divergir quanto
vocação de Juiz de Direito Substituto em Segun- a detalhes da questão em julgamento, reputar-
do Grau, em substituição ao (s) Desembargador se-á decidido aquilo que obtiver apoio comum,
(es) ausente (s), aplicando-se o disposto no art. desprezados os pontos de divergência dos votos
50 deste Regimento. vencedores.
§4º Sendo inviável a conclusão do julgamento Art. 243. Concluída a votação, o Presidente proclama-
na mesma sessão, diante de providências ati- rá a decisão, não podendo ser retirados ou modifica-
nentes a convocação e composição do quórum, dos os votos já anunciados.
o Presidente determinará a suspensão do julga-
mento e anunciará o prosseguimento para a ses- Art. 244. O julgamento, uma vez iniciado, ultimar-se-á
são seguinte, cientes as partes, caso presentes. e não será interrompido pela hora regimental de en-
cerramento do expediente do Tribunal, podendo, no
§5º Não sendo possível a designação desde logo entanto, ser suspenso para descanso dos participantes.
da sessão para prosseguir o julgamento, o recur-
so será retirado de pauta, e após, ordenadas as CAPÍTULO VI
providências, será novamente incluído em pau-
ta com a devida publicação. DAS QUESTÕES PRELIMINARES OU
§6º Após a composição do quórum em Câma- PREJUDICIAIS
ra Integral, prosseguindo o julgamento com o Art. 245. Qualquer questão de ordem, preliminar ou
quórum ampliado, serão renovados o Relatório prejudicial, constante do Relatório, com a exposição
e a sustentação oral perante os novos julgado- dos pontos controvertidos e objeto do julgamento, será
res, salvo se já tenham assistido os debates e se decidida antes do mérito, salvo se com este for incom-
sintam habilitados a proferir seus votos patível, hipótese em que não será conhecida.
§7º É permitido o exercício do direito de revisão §1º Nos julgamentos das questões preliminares
ou modificação do voto por qualquer dos inte- e prejudiciais, sem ressalva de outras hipóteses
grantes do julgamento inicial, até a proclamação no caso concreto, será observado, tanto quanto
do resultado do julgamento, e a eventual altera- possível a seguinte ordem:
ção no voto proferido não afasta a necessidade
a) competência do Tribunal e da Câmara,
de que o quarto e o quinto julgadores profiram
seus votos b) admissibilidade recursal;

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c) legitimidade para recorrer; dispensados os outros julgadores especifica-


mente convocados para análise da divergên-
e) interesse na interposição do recurso;
cia quanto à questão preliminar.
d) existência de impugnação específica quanto
§3º Retomando-se o julgamento, na composição
aos fundamentos da decisão recorrida;
do quórum inicial, será julgada e discutida a
e) nulidades; matéria principal, e o julgador vencido na preli-
f) coisa julgada; minar deverá votar no mérito.

g) pressupostos processuais e condições da §4º Exclusivamente sobre a questão preliminar


ação, na causa; ou prejudicial, os advogados das partes, devi-
damente inscritos para sustentação oral, po-
h) decadência ou prescrição; e derão usar da palavra, primeiro o recorrente e
i) inconstitucionalidade de lei. depois o recorrido, salvo se este for o suscitan-
te, caso em que lhe será autorizado a falar em
§2º Nos mandados de segurança, a preliminar primeiro lugar.
de decadência será apreciada logo após o órgão
julgador reconhecer a sua competência §5º Apreciada a questão preliminar ou prejudi-
cial, e sendo o caso de prosseguir o julgamento
§3º Serão apreciadas, no recurso de Apelação, com o exame do mérito, o prazo da sustentação
em exame preliminar, todas as questões que oral pelos advogados será descontado daquele
não tenham sido objeto de agravo de instru- já previsto no art. 226, I, deste Regimento, po-
mento na fase de conhecimento, oportunamente dendo o Presidente prorrogar por até dez minu-
impugnadas nas razões ou contrarrazões recur- tos se a discussão da preliminar for considerada
sais, não atingidas pela preclusão. mais complexa.
§4° Se a preliminar versar sobre vício sanável, Art. 245-B. O agravo de instrumento será julgado antes
inclusive aquele que possa ser conhecido de da Apelação interposta no mesmo processo. Estando
ofício pelo Relator, será determinada a realiza- incluído na mesma pauta da Apelação, terá procedên-
ção ou a renovação do ato processual no pró- cia aquele para julgamento na sessão, salvo se não for
prio Tribunal, convertendo-se o julgamento em declarado prejudicado porque proferida sentença. Pa-
diligência, e, após a regularização o feito, será rágrafo único. Verificada, pelo Relator, a existência de
novamente incluído em pauta para julgamento, conexão entre dois ou mais processos, poderá ele pro-
intimadas as partes. por o julgamento em conjunto.
§5º Quando não determinada pelo Relator, o
Órgão Julgador poderá determinar a providên- CAPÍTULO VII
cia de correção do vício sanável, por decisão da
maioria, não sendo lavrado acórdão, constando DOS ACÓRDÃOS
somente na ata da sessão e cabendo ao Secretá- Art. 246. Os julgamentos do Tribunal, salvo as ques-
rio transcrevê-la nos autos, inclusive quanto ao tões administrativas de caráter geral, serão redigidos
prazo razoável que foi fixado para ser efetuada, em forma de acórdãos.
mantendo-se o julgamento vinculado ao mesmo
Art. 247. O acórdão será redigido pelo Relator e dele
Relator.
constarão a data da sessão, a espécie, o número do fei-
Art. 245-A. Tratando-se de questão preliminar relativa to, a Comarca de procedência, o nome dos litigantes e
a matéria de mérito ou outra causa que diga respeito dos magistrados que participaram do julgamento.
a pressuposto processual, condições da ação, e de ad-
Parágrafo único. Constitui parte integrante do
missibilidade, e que, caso seja acolhida, por unanimi-
acórdão a respectiva ementa, na qual será indi-
dade de votos, determine o encerramento do exame
cado o princípio jurídico que houver orientado
recursal, o julgamento será finalizado com proclama-
a decisão.
ção do resultado.
Art. 248. A lavratura do acórdão terá a fundamentação
§1º Se, ao contrário, na apreciação da questão
que resultar vencedora, devendo o Relator consignar
preliminar, no caso do parágrafo anterior, o re-
sucintamente as ressalvas manifestadas por algum dos
sultado da votação inicial, pela sua acolhida não
Julgadores, sem que o resultado final da questão glo-
for unânime, será aplicada a técnica de julga-
bal tenha sido modificado, e, portanto, sem a necessi-
mento do art. 942 do Código de Processo Civil
dade de declaração de voto vencido.
às situações legalmente previstas, com a convo-
cação de outros julgadores e a possibilidade de §1º Vencido o Relator, será designado para redi-
inversão do julgamento. gir o acórdão aquele que primeiro proferiu voto
vencedor. Será facultada a declaração de even-
§2º Formada a composição do quórum em pros-
tuais outros votos vencedores.
seguimento, rejeitada a preliminar ou prejudi-
cial, por maioria de votos, e não sendo conside- §2º O acórdão será redigido, porém, pelo rela-
rada incompatível a apreciação do mérito, serão tor se este for vencido somente na preliminar,

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mencionando-se no acórdão os fundamentos do §3º Quaisquer questões posteriormente suscita-


voto vencedor, ou em parte do mérito, de menor das serão resolvidas pelo Presidente do órgão
extensão, caso em que o Desembargador vence- julgador, salvo aquelas relativas à execução.
dor em tal parte o assinará e lançará seu voto
Art. 255. O padrão de formatação para lavratura de
com os respectivos fundamentos.
acórdão será definido por Resolução do Órgão Espe-
Art. 249. O voto vencido será necessariamente declara- cial.
do e considerado parte integrante do acórdão para to-
dos os efeitos legais, inclusive de prequestionamento. CAPÍTULO VIII
Art. 250. Na impossibilidade de ser o acórdão redigido
DO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO E DO
pelo Desembargador Relator, observar-se-á a norma
ACÓRDÃO DIGITAL
do art. 47, inciso III, alínea b, deste Regimento, no que
for aplicável. Art. 256. O sistema de acórdão digital tem por objetivo
a assinatura digital de acórdãos, decisões e despachos
Art. 251. Se não houver votos a declarar, o acórdão
proferidos pelos magistrados de segundo grau.
será assinado apenas pelo Relator, que rubricará as fo-
lhas em que não conste sua assinatura. §1º A prática da assinatura digital em acórdãos,
decisões e despachos ocorrerá nos atos gerados
§1° Vencido mais de um Desembargador, nos
digitalmente, em arquivos no padrão PDF (Por-
feitos de julgamento da Câmara em composi-
table Document Format), por meio do sistema
ção integral, ou nos Órgãos Julgadores de maior
de assinatura de documentos digitais desenvol-
composição, os que proferiram voto em tal sen-
vido pelo Departamento de Informática do Tri-
tido também assinarão o acórdão, devendo,
bunal de Justiça.
necessariamente, declarar o voto vencido, por
eventuais razões vencidas de fundamento di- §2º Depois de assinado e certificado digitalmen-
verso. te o documento, proceder-se-á sua juntada ao
sistema de controle de processos de segundo
§2º Caso os demais votos vencidos sigam os
grau, de acordo com a sistemática utilizada.
mesmos fundamentos do julgador que iniciou a
divergência e declarou seu voto, a manifestação Art. 257. Todos os atos processuais assinados digital-
dos demais poderá ser limitada à declaração de mente serão públicos e estarão disponíveis no site do
concordância ao que já foi exposto. Tribunal de Justiça, mediante consulta processual de
segundo grau e consulta à jurisprudência, ressalvados
§3° Se algum Desembargador estiver impossi-
os elementos que assegurem o sigilo dos feitos que tra-
bilitado de declarar o voto vencido, o Relator
mitarem em segredo de justiça.
registrará a ocorrência, suprindo a falta tanto
quanto possível. Parágrafo único. Para assegurar o segredo de
justiça, nos atos processuais lavrados e assina-
Art. 252. O acórdão será publicado no prazo de até
dos digitalmente, os nomes das partes serão in-
trinta dias, contado da sessão de julgamento, e não
dicados pelas respectivas iniciais, ficando este
sendo observado caberá ao Presidente adotar as pro-
procedimento sob a inteira responsabilidade
vidências previstas no art. 944 e parágrafo único do
dos gabinetes dos magistrados de segundo grau.
Código de Processo Civil.
Art. 258. Se for necessária mais de uma assinatura em
Art. 253. Lavrado e registrado o acórdão, serão as suas
um documento, os magistrados envolvidos lançarão
conclusões publicadas no Diário da Justiça Eletrônico
as suas em sequência, cabendo ao primeiro permitir
dentro do prazo de dez dias, certificando-se nos autos
outras assinaturas, e ao último não obstar a continui-
a respectiva data.
dade do procedimento.
Parágrafo único. O registro do acórdão poderá
Art. 259. Os acórdãos, decisões e despachos assinados
ser feito mediante processo mecânico, inclusive
digitalmente serão impressos e juntados aos respecti-
microfilmagem, com extração de cópias destina-
vos autos físicos.
das à divulgação, formação de volumes de juris-
prudência e arquivo particular do Relator. Art. 259-A. O julgamento dos recursos e dos processos
de competência originária do órgão julgador poderá
Art. 254. Publicado o acórdão, os autos somente sairão
realizar-se por meio eletrônico, cabendo ao Relator en-
da Secretaria durante o prazo para interposição do re-
viar a relação dos feitos para intimação dos advogados
curso cabível, nos casos previstos em lei.
das partes a respeito dessa ocorrência, cientificando-os
§1° Nas causas em que houver intervenção do de que serão oportunamente incluídos em pauta.
Ministério Público, os autos ser-lhe-ão encami-
§1º No prazo de dez dias, as partes, devidamen-
nhados, para fins de intimação pessoal, certifi-
te intimadas, poderão apresentar memoriais ou
cando-se a data de sua remessa.
discordar do julgamento eletrônico. A discor-
§2° A intimação do Ministério Público, do Pro- dância do julgamento eletrônico é imotivada e
curador do INSS e do defensor nomeado será suficiente para ensejar o julgamento em sessão
pessoal. presencial.

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§2º Não havendo objeção das partes, o Relator deste Regimento §11º Os atos da sessão presen-
deverá solicitar a inclusão em pauta eletrôni- cial serão gravados por sistema de som e ima-
ca de todos os processos aptos a julgamento e gem, e eventuais documentos acostados serão
encaminhar aos demais integrantes do órgão digitalizados, observando-se a disponibilidade
julgador sua proposta de voto, liberando para de regular funcionamento de tais sistemas e a
a votação antecipada, quando poderão manifes- implantação efetiva do Processo Judicial Ele-
tar sua concordância ou eventuais divergências trônico, na forma da Lei Federal nº 11.419/2006
no prazo de cinco dias, anteriores à sessão de e da Resolução 185/2013 do Conselho Nacional
julgamento. de Justiça.
§3º A manifestação de divergência não obsta a
LIVRO IV
manutenção da pauta de julgamento dos pro-
cessos eletrônicos, sendo a discussão e votação
TÍTULO I
da causa submetidas à deliberação dos inte-
grantes do órgão julgador, por ocasião da sessão
DO PROCESSO NO TRIBUNAL
já marcada, quando será julgamento convolado
em sessão presencial. CAPÍTULO I
§4º Caso o Relator entenda que exista possibi-
lidade de alterar ou rever sua conclusão, solici- DOS PROCEDIMENTOS DE UNIFORMIZAÇÃO
tará a retirada do feito da pauta de julgamento. DE
§5º Quando houver pedido de preferência para JURISPRUDÊNCIA
sustentação oral, este deverá ser formulado pela
via eletrônica até às 23 horas, 59 minutos e 59 SEÇÃO I
segundos do dia anterior ao da sessão de julga-
mento, cuja inscrição deverá observar os dados DISPOSIÇÕES GERAIS
do formulário a ser disponibilizado no site do
Tribunal de Justiça. Art. 260. O Tribunal deverá uniformizar sua jurispru-
dência, mantê-la estável, íntegra e coerente, editando
§6º O não comparecimento do requerente no enunciados de súmula correspondente à sua jurispru-
início da sessão de julgamento torna prejudica- dência dominante, com a formulação de precedentes
do o pedido de preferência formulado eletroni- por meio dos Incidentes de Resolução de Demandas
camente. Repetitivas, do Incidente de Assunção de Competência
§7º O resultado do julgamento realizado a partir e do Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade.
dos votos eletrônicos será anunciado no início §1º Não caberá recurso contra decisão que ad-
da sessão e disponibilizado ao final com o jul- mitir a instauração de qualquer um destes pro-
gamento dos recursos com votos presenciais. cedimentos.
§8º Caso seja identificada divergência, por al- §2º A tese jurídica resultante do julgamento fir-
gum dos julgadores, em relação aos votos anteci- mado poderá ser objeto de súmula pelo voto de
pados eletronicamente, e sem que tenha existido dois terços dos Desembargadores integrantes
pedido de preferência por qualquer das partes, do respectivo órgão julgador competente. Ao
nas hipóteses do art. 942, caput, e § 2º, I e II, do editar enunciados de súmulas, o Tribunal deve
Código de Processo Civil, o Secretário registrará ater-se às circunstâncias fáticas dos precedentes
a ocorrência na ata e incluirá o quarto e quin- que motivaram a sua criação.
to julgadores convocados pelo Presidente antes
da abertura da sessão para que se prossiga com §3º Poderá ser também objeto de súmula a tese ju-
julgamento presencial na mesma oportunidade. rídica que corresponda a decisões firmadas pela
unanimidade dos membros efetivos do Tribu-
§9º Excetuados os casos em que formulado pe-
nal no julgamento de questões administrativas.
dido de preferência por qualquer das partes,
ou julgamento presencial, não será cancelado o §4° O Incidente de Resolução de Demandas Re-
voto eletrônico antecipadamente proferido por petitivas e o Incidente de Assunção de Compe-
Desembargador ou Juiz de Direito Substituto tência serão processados de acordo com as nor-
em Segundo Grau que integre o órgão julgador, mas do Código de Processo Civil e as disposi-
mas que não esteja presente na sessão, quando ções deste Regimento e têm por objeto a solução
o processo já contar com número de votos sufi- de questões de direito material ou processual.
cientes à proclamação do seu resultado.
§5º É incabível o incidente de resolução de de-
§10º A discussão e a votação da causa em sessão mandas repetitivas quando um dos tribunais
presencial, em razão de manifestação de diver- superiores, no âmbito de sua respectiva compe-
gência, ou ante a ocorrência de sustentação oral, tência, já tiver afetado recurso para definição de
observará as formalidades e o procedimento tese sobre questão de direito material ou pro-
contido no Título IV, Capítulos II, III, IV e V, cessual repetitiva.

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§6º O Tribunal dará publicidade aos seus pre- §5º Após autuado e devidamente distribuído o
cedentes, organizando-os por temas jurídicos e incidente, a partir do feito selecionado, os novos
divulgando-os pela rede mundial de computa- requerimentos sobre a mesma questão jurídica
dores, bem como manterá banco eletrônico de serão sobrestados, assegurando que os interes-
dados atualizados com as informações neces- sados venham a intervir no feito que já esteja em
sárias das questões submetidas aos incidentes tramitação.
e fará a comunicação ao Conselho Nacional de
§6º Na suscitação do incidente formulado no re-
Justiça, na forma do art. 979, §1° e §2º, do Códi-
curso, remessa necessária ou processo de com-
go de Processo Civil.
petência originária por iniciativa do Relator,
§7º A Seção Cível ou Criminal comunicará o este deverá encaminhar os respectivos autos
setor responsável pelo gerenciamento de prece- mediante ofício dirigido ao Presidente do Tribu-
dentes das decisões de admissibilidade ou mé- nal, permanecendo em apenso, para oportuno
rito, proferidas em Incidentes de Resolução de julgamento do recurso pelo órgão competente,
Demandas Repetitivas e Incidente de Assunção conforme dispõe o art. 978, parágrafo único, do
de Competência. Código de Processo Civil.
§8º O Tribunal deverá manter o cadastro ele- Art. 262. O incidente será distribuído por prevenção ao
trônico atualizado para incluir as informações Relator do recurso, da remessa necessária ou do feito
relativas ao ingresso de amicus curiae, as desig- de competência originária do Tribunal junto ao órgão
nações de audiências públicas e outras informa- do qual se originou. Caso o Relator não integre o órgão
ções relevantes para a instrução e julgamento
competente para o julgamento do incidente, será feita
dos incidentes.
a distribuição por sorteio entre os Desembargadores
Art. 261. O incidente de resolução de demandas repeti- efetivos do colegiado.
tivas será iniciado mediante requerimento dirigido ao
§1º Distribuído o incidente, o Relator submeterá
Presidente do Tribunal, por meio de ofício ou petição,
à apreciação do órgão competente o exame de
na forma do art. 977 do Código de Processo Civil, de-
admissibilidade, considerando a presença dos
vidamente instruído com os documentos necessários à
pressupostos do art. 976 do Código de Processo
demonstração dos pressupostos para sua instauração.
Civil, para julgá-lo.
§1º Caberá ao solicitante demonstrar simulta-
neamente a existência de: §2º Não sendo admitido o incidente pelo voto
da maioria dos Desembargadores presentes do
a) efetiva repetição de processos que contenham órgão competente, será lavrado o respectivo
controvérsia sobre a mesma questão unicamen- acórdão, e os autos permanecerão arquivados
te de direito em ações individuais ou coletivas; no Tribunal, com a devolução do processo que
b) a ocorrência de risco de ofensa à isonomia e à estiver apenso ao órgão julgador de onde se ori-
segurança jurídica. ginou, na hipótese do art. 261, § 5º, deste Regi-
§2° O incidente de resolução de demandas re- mento.
petitivas somente será admitido pelo Presiden- §3º Sendo admitido o processamento do inci-
te do Tribunal se já existir em tramitação, no 2º dente, por voto da maioria dos Desembarga-
grau, processo de competência originária, re- dores presentes do órgão competente, os autos
messa necessária ou recurso que verse sobre a serão conclusos ao Relator para decisão prelimi-
questão de direito repetitiva, possibilitando seja nar no prazo de trinta dias:
este feito selecionado como representante da
controvérsia. I - identificando com precisão a questão a ser
submetida a julgamento e as circunstâncias fáti-
§3º Recebido o incidente pelo Presidente do Tri- cas que ensejam a controvérsia em torno da tese
bunal, este determinará a sua autuação e o sub- jurídica;
meterá a juízo de admissibilidade para verifica-
ção de sua regularidade formal; caso ausentes II - expor os fundamentos a respeito da questão
os pressupostos, a suscitação será inadmitida jurídica apresentados até o momento da admis-
por decisão irrecorrível, sem impedimento de são, constantes nas manifestações do oficio ou
que, caso haja o subsequente preenchimento na petição suscitando a instauração, bem como
dos requisitos, ocorra nova solicitação os dispositivos legais relacionados à controvér-
sia, para fins do registro previsto no art. 979, §2º,
§4º Ocorrendo a admissibilidade, o Presidente
do Código de Processo Civil.
do Tribunal determinará sua publicação no Diá-
rio da Justiça eletrônica para ciência das partes, III - suspenderá os processos individuais ou co-
e, existindo mais de um pedido idêntico, fará a letivos que tramitam no Estado, comunicando
escolha do caso que melhor represente a contro- aos órgãos jurisdicionais vinculados ao Tribu-
vérsia, identificando, na autuação, os demais re- nal e aos Juizados Especiais, bem como ao Nú-
querentes dos outros feitos não escolhidos para cleo de Repercussão Geral e Recursos Repetiti-
que possam participar como intervenientes vos (NURER).

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IV - poderá requisitar informações a órgãos em intimados os interessados, promoverá a imediata co-


cujo juízo tramita processo no qual se discute o municação do dia aprazado para ampla divulgação e
objeto do incidente, que as prestarão no prazo publicidade no registro eletrônico do Conselho Nacio-
de quinze dias; nal de Justiça.
V - intimará o Ministério Público para, queren- Parágrafo único. O julgamento será realizado
do, manifestar-se no prazo de quinze dias, salvo respeitando-se o prazo mínimo de vinte dias en-
quando já figurar como requerente. tre a publicação no diário da Justiça eletrônico, a
VI - caso a questão objeto do incidente seja rela- divulgação no CNJ e a referida sessão.
tiva à prestação de serviços concedidos, permiti- Art. 264. No julgamento, o Relator fará a exposição
dos ou autorizados, comunicará ao ente público do objeto do incidente, com o resumo das principais
ou à agência reguladora competente para ciên- ocorrências verificadas na instrução, esclarecendo as
cia da tramitação e, querendo, possa participar circunstâncias fáticas em torno da controvérsia jurí-
como interessado e prestar informações. dica, os fundamentos contrários, os fundamentos fa-
§4º O incidente deverá ser julgado no prazo de voráveis à tese discutida e os dispositivos normativos
um ano, tendo preferência sobre os demais fei- relacionados à questão jurídica efetivamente repetida,
tos, ressalvados os casos de réus presos e pedi- bem como outros esclarecimentos que identifiquem a
dos de habeas corpus. existência do risco de ofensa à isonomia e à segurança
jurídica.
§5º As partes dos processos repetitivos serão
intimadas da decisão de suspensão dos feitos §1º Para a sustentação oral, no julgamento do
de seu interesse, por meio de deliberação do Incidente de Resolução de Demandas Repetiti-
respectivo Juízo onde a causa tramita ou do Re- vas, será observado o prazo de trinta minutos e
lator. Durante a suspensão, o pedido de tutela a ordem prevista no art. 984, inc. II, letras a e b,
de urgência deverá ser dirigido ao Juízo onde e §1º, do Código de Processo Civil.
tramita o feito suspenso. Caso o recurso já se en- §2º Os demais interessados terão prazo de trinta
contre no Tribunal, o exame de questão urgente minutos, dividido entre todos, podendo ser este
será apreciado pelo Relator, conforme o dispos- prazo ampliado em quinze minutos se houver
to no arts. 339 e 339-A deste Regimento. número de inscritos superior a três interessados.
§6º Caso superado o prazo previsto para o seu §3º Com exceção das partes no processo origi-
julgamento, fica cessada a suspensão dos pro- nário e do Ministério Público, os demais inte-
cessos, salvo decisão fundamentada do Relator ressados em proceder a sustentação oral devem
em sentido contrário. manifestar o interesse perante o Presidente do
§7° A desistência ou abandono do processo não órgão julgador ou o Relator, por meio de peti-
impede o exame do mérito do incidente, caben- ção ou manifestação eletrônica, com dois dias de
do ao Ministério Público, se não for o Requeren- antecedência.
te, a obrigação de intervir, assumindo sua titu- Art. 264-A. Concluídas as sustentações orais, o presi-
laridade. dente do órgão julgador concederá a palavra ao Re-
Art. 263. O Relator promoverá a instrução do inciden- lator, para proferir o seu voto, expondo a análise de
te, ouvindo as partes e os demais interessados, inclu- todos os argumentos suscitados concernentes à tese
sive pessoas, órgãos e entidades com interesse na con- discutida, sejam favoráveis ou contrários, e apresenta-
trovérsia, que, no prazo comum de quinze dias, po- rá os fundamentos para a solução do caso, enunciando
derão requerer a juntada de documentos, bem como a tese jurídica objeto do incidente que entende deva
diligências necessárias para a elucidação da questão ser aplicada.
de direito controvertida, e, em seguida, manifestar-se §1º O Relator igualmente formulará sua propos-
-á o Ministério Público no mesmo prazo. ta de voto para o julgamento do mérito do re-
Parágrafo único. O Relator poderá determinar a curso, da remessa necessária ou do processo de
realização de atos de instrução, mediante oitivas competência originária que se encontra afetado
de interessados, depoimentos de pessoas com com o incidente.
experiência e conhecimento da matéria, bem §2º Depois do Relator, votarão os Desembarga-
como a designação de audiência pública para dores Relatores, caso integrantes do órgão jul-
elucidação da questão controvertida, adotando, gador que também tenham suscitado o inciden-
em comum acordo com todos os interessados, a
te cujos feitos versando sobre a idêntica questão
definição de calendário desses atos processuais,
de direito estejam sobrestados. Em seguida,
na forma do art. 191, caput, do Código de Pro-
serão colhidos os votos dos demais Desembar-
cesso Civil.
gadores, a começar por aquele, na antiguidade,
Art. 263-A. Concluída a instrução, o Relator solicitará subsequente ao Relator do processo, cabendo a
a designação de data para o julgamento do inciden- cada um emitir seu voto em exposição funda-
te, com a publicação no Diário da Justiça Eletrônico e, mentada.

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Art. 265. O julgamento do incidente, tomado pelo voto §4º O procedimento do incidente, devidamen-
de dois terços dos Desembargadores que integram o te autuado, será apensado ao feito no qual foi
colegiado, será objeto de acordão, cujos fundamentos suscitado, e ambos serão distribuídos por pre-
determinantes adotados para o acolhimento da tese ju- venção ao mesmo Relator originário que for-
rídica serão aplicados a todos os processos individuais mulou a proposição, caso integre o órgão julga-
ou coletivos que versem sobre a idêntica questão de dor competente para o julgamento. Não sendo
direito, inclusive aos casos futuros que venham a tra- integrante, a distribuição será feita ao Relator
mitar na primeira e na segunda instância da área de que participou da primeira admissibilidade na
jurisdição do Tribunal. Câmara de onde se originou a suscitação. Não
ocorrendo nenhuma destas hipóteses, a distri-
§1º O enunciado de tese jurídica, editado em
buição será realizada por sorteio entre os mem-
consonância com julgamento proferido no in-
bros efetivos.
cidente, constituirá precedente com efeito vin-
culante (arts. 332, III, e 927, III, do CPC) com o §5° Distribuído o incidente, o Relator submeterá
cabimento de Reclamação, caso a tese adotada à apreciação pelo órgão competente para a ad-
não seja observada, ficando o Relator do proces- missibilidade quanto à existência do interesse
so principal prevento para a distribuição, sem- público na assunção de competência, por voto
pre que possível da maioria dos Magistrados presentes. Rejeita-
da a admissibilidade, será lavrado o respectivo
§2º A incidência da tese contida no enunciado
acórdão, e desapensado o processo em que foi
será aplicada também aos processos que trami-
suscitado, retornando ao Relator no órgão de
tam nos Juizados Especiais.
origem, e permanecendo os autos do incidente
§3º Não se aplicará à decisão não unânime des- arquivados no Tribunal.
te incidente as disposições relativas à técnica de
Art. 268. Acolhida a admissibilidade do incidente de
julgamento com presença de maior número de
assunção de competência, caberá ao Relator promover
julgadores.
os atos de instrução até oportuno julgamento, aplican-
Art. 266. Do julgamento do mérito do incidente cabe- do-se as disposições atinentes à realização de audiên-
rá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso cia pública e o direito a sustentação oral, bem como as
concreto, com efeito suspensivo, presumindo-se a re- formalidades legais contidas nos arts. 263, 263-A, 264
percussão geral da questão constitucional debatida. e 264-A deste Regimento, naquilo que for compatível
para a discussão e votação da causa.
SEÇÃO III
§1º O órgão colegiado, reconhecendo o interes-
DO INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE se público afetado na assunção de competência,
COMPETÊNCIA procederá, nos termos do voto do Relator, o jul-
Art. 267. O incidente de assunção de competência tem gamento do recurso, da remessa necessária ou
por objeto a solução de relevante questão de direito, do processo de competência originária, decidin-
com grande repercussão social, jurídica, econômica ou do pela maioria de votos.
política, sem repetição em múltiplos processos, a res-
§2º Não se aplicará à decisão não unânime des-
peito do qual seja conveniente a prevenção ou a com-
te incidente as disposições relativas à técnica de
posição de divergência entre as Câmaras do Tribunal.
julgamento com presença de maior número de
§1º O Relator, de ofício, a requerimento da parte, julgadores.
do Ministério Público ou da Defensoria Pública,
§3º O precedente firmado no acórdão, acolhido
proporá ao órgão no qual esteja vinculado que o
pela votação de dois terços dos julgadores que
recurso, a remessa necessária, ou o processo de
compõem o órgão colegiado tem por objetivo
competência originária do Tribunal seja julgado
uniformizar e impor a observância da jurispru-
Seção Cível, observadas as competências e espe-
dência, vinculando todos os Juízes e órgãos fra-
cializações definidas neste Regimento
cionários (arts. 332, III, 927, III, do CPC) com o
§2º Submetida a proposta do Relator ao colegia- cabimento de Reclamação, caso a tese adotada
do, caso seja rejeitada, será lavrado acórdão pelo não seja observada (art. 988, IV, do CPC), fican-
julgador que proferir o primeiro voto divergen- do o Relator do processo principal prevento
te, retornando, em seguida, o processo ao Re- para a distribuição, sempre que possível.
lator originário para o regular prosseguimento.
SEÇÃO IV
§3º Caso admitida a proposta, nos fundamen-
tos do voto do Relator, será lavrado acórdão nos DA REVISÃO DE TESE JURÍDICA FIRMADA EM
autos com as razões contidas na exposição da PROCEDIMENTO DE UNIFORMIZAÇÃO DE
questão de direito e a demonstração de sua re- JURISPRUDÊNCIA.
levância. A seguir, extraída cópia do acórdão e Art. 269. A alteração de tese jurídica firmada em juris-
instruído pelo Relator com os elementos neces- prudência dominante adotada em julgamentos repeti-
sários, o incidente será devidamente autuado e tivos ou nos procedimentos de assunção de competên-
distribuído ao órgão competente. cia poderá ser suscitada mediante requerimento dos

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legitimados mencionados no art. 977, inc. III, do CPC, contrários à sua alteração, as circunstâncias fáti-
ou de ofício por algum dos Julgadores deste Tribunal, cas e normativas em torno da incompatibilidade
diante de exame de recurso sob a respectiva relatoria. da aludida tese, bem como os motivos determi-
§1º A modificação da tese jurídica firmada nos nantes que apontem a instabilidade, inseguran-
incidentes de resolução de demandas repetiti- ça jurídica e social para a manutenção da eficá-
vas ou no incidente de assunção de competên- cia vinculante do precedente.
cia dar-se-á com a instauração de novo procedi- §4° Na hipótese de alteração de jurisprudência
mento de incidente, fundado nos pressupostos dominante do Supremo Tribunal Federal e do
da necessidade de alteração no interesse social Superior Tribunal de Justiça, poderá haver a
e segurança jurídica, ou ainda nos princípios da modificação dos efeitos da tese jurídica firmada
proteção da confiança e isonomia jurídica. no incidente, aplicando-se eventual modulação
§2º A propositura do incidente de revisão, ins- no interesse social e no da segurança jurídica,
truído com os argumentos de fato e de direito, ob- ou a total revogação, caso seja inteiramente in-
servando a necessidade de fundamentação ade- compatível.
quada e específica, será autuado junto ao setor §5º A revisão de tese jurídica impõe que o enun-
competente e distribuído, por prevenção, ao ór- ciado de súmula anteriormente editado seja
gão julgador e ao Relator do acórdão que julgou alterado parcialmente ou revogado, e, se for o
originariamente o incidente a que se visa alterar. caso, editado novo enunciado a partir do exame
§3º Caso aquele Relator não integre mais o órgão que se procedeu na revisão do precedente ante-
julgador, a distribuição será feita ao integrante riormente firmado.
efetivo que atue em Câmara de especialização
vinculado ao objeto da revisão, ou, havendo CAPÍTULO II
mais de um julgador com a mesma atribuição, a
distribuição será feita por sorteio. DO INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO
§4º Sendo demonstrado que a aplicação do
NORMATIVO
precedente, por razões supervenientes, esteja a
acarretar reflexos que o tornem incongruente Art. 270. Arguida, em controle difuso, a inconstitucio-
com a norma jurídica vigente, ou já não assegu- nalidade de lei ou de ato normativo do poder público,
re a estabilidade e segurança jurídica, o Relator em razão de recurso, remessa necessária ou ação de
submeterá ao colegiado para apreciação da ad- competência originária apreciado nas Câmaras ou nas
missibilidade da revisão, alteração ou revoga- Seções, observado o disposto no art. 97 da Constitui-
ção, inclusive com a concessão de tutela liminar ção Federal, a questão será submetida a julgamento
para suspender a eficácia vinculante, no todo ou perante o Órgão Especial.
em parte, até decisão final.
§1º Igual procedimento será adotado quando
Art.269 -A. Realizado o exame de admissibilidade da as Seções ou Câmaras, embora não declarando
revisão da tese, o Relator deverá determinar a inclusão expressamente a inconstitucionalidade de lei ou
no sistema de cadastro eletrônico, bem como a inser- de ato normativo do poder público, afastam sua
ção da existência do procedimento de modificação no incidência, no todo ou em parte.
cadastro do Conselho Nacional de Justiça.
§2º Não será submetida ao Órgão Especial a ar-
§1º As partes interessadas e o Ministério Público
guição de inconstitucionalidade quando já hou-
serão ouvidos no prazo de quinze dias, sem res-
ver pronunciamento deste ou do Plenário do
salva da publicação de Edital informando sobre
Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
o procedimento de revisão, no site do Tribunal
e no Diário da Justiça, para ciência de terceiros §3º O Relator do feito no órgão fracionário, de
interessados. ofício ou a requerimento, após ouvir o Minis-
§2º A revisão da tese jurídica será precedida tério Público e as partes, submeterá a questão
de audiência pública, com a participação de à Câmara ou à Seção à que competir o exame
pessoas, órgãos ou entidades que possam con- quanto à admissibilidade ou não do incidente,
tribuir para a rediscussão da tese, cabendo ao conforme disposto no art. 949, I e II, do Código
Relator promover os atos de instrução e, após o de Processo Civil.
seu término, requerer a inclusão em pauta para §4º Ocorrendo o acolhimento pelo colegiado do
julgamento, com a devida publicação da pauta, órgão fracionário, por deliberação da maioria
leitura do Relatório, sustentação oral, discussão dos votos dos Magistrados presentes, será la-
e votação da causa, conforme previsto na Seção vrado acórdão nos autos, bem como instruído
III deste Capítulo I o incidente com cópia do acórdão e de outros
§3º Sendo aprovada a revisão da tese jurídica, documentos necessários, inclusive cópia inte-
pelo julgamento de dois terços dos integrantes gral do feito originário, se for o caso, e, estando
do órgão competente, o acórdão será lavrado devidamente formado, será encaminhado à dis-
com a indicação dos fundamentos favoráveis e tribuição junto ao órgão competente.

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§5º Os autos originários em que foi suscitado o §3º A exposição do voto do Relator, a discus-
incidente permanecerão junto à Secretaria da são da causa e a votação pelos julgadores in-
Câmara ou da Seção, mantendo-se seu trâmite tegrantes, far-se-ão em conformidade com este
suspenso até o julgamento do incidente de ar- Regimento (arts. 234-B, 235 e 264-A§4º Julgado
guição de inconstitucionalidade, ante a questão o incidente, bem como lavrado e publicado o
de prejudicialidade. acórdão, os autos permanecerão arquivados na
Secretaria do Órgão Especial, procedendo-se ao
Art. 271. O incidente será distribuído por prevenção
translado de cópia do acórdão e seu envio à Câ-
ao Relator originário da causa ou do recurso no órgão
mara ou Seção para que seja juntado aos autos
fracionário. Se este não integrar o Órgão Especial, o da suscitação feita no órgão fracionário; em se-
incidente será distribuído a outro membro do órgão guida, serão conclusos ao Relator do recurso, da
fracionário que o suscitou, ou, não sendo possível, far- remessa necessária ou da ação de competência
se-á a distribuição por sorteio entre os seus membros originária para o prosseguimento do seu trâmite.
efetivos.
Art. 272. Suscitada a arguição de inconstitucionalida-
Parágrafo único. Caso tenha sido arguido o de de lei ou de ato normativo estadual ou municipal,
incidente em Câmaras distintas, sendo ambos em ação ou recurso nos casos de competência do Ór-
os Relatores integrantes do Órgão Especial, gão Especial, o julgamento será efetuado conforme o
eventual debate quanto à competência para o disposto no art. 948 do Código de Processo Civil.
julgamento será apreciado preliminarmente,
resolvendo-se pela continência, atribuindo-se a Parágrafo único. Oportunizada a manifestação
Relatoria ao feito cuja tese da inconstituciona- do Ministério Público, das partes, de terceiros
lidade seja mais ampla, permanecendo o outro legitimados e de outros órgãos ou entidades, no
incidente conexo para decisão conjunta. caso de relevância da matéria, o julgamento será
realizado em sessão, com possibilidade de sus-
Art. 271-A. O Relator mandará ouvir o Procurador-Ge- tentação oral, na forma prevista neste Regimen-
ral de Justiça no prazo legal de quinze dias, bem como to, seguindo-se os demais atos de discussão e
determinará a notificação da pessoa jurídica de direito votação da causa. norma ou princípio da mes-
público responsável pela edição do ato questionado ma Constituição, no âmbito de seu interesse:
para que se manifeste, querendo, no prazo de quin-
ze dias §1º O Relator determinará ainda a expedição I - o Governador do Estado e a Mesa da Assem-
de Edital para dar ampla publicação da existência da bleia Legislativa;
arguição de inconstitucionalidade, permitindo a even- II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procura-
tual intervenção dos legitimados referidos no art. 103 dor-Geral do Estado;
da Constituição Federal.
III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo
§2º Considerando a relevância da matéria e a Município, quando se tratar de lei ou ato nor-
representatividade dos postulantes, o Relator mativo local ou estadual que afete a autonomia
poderá admitir, por despacho irrecorrível, a local;
manifestação de outros órgãos ou entidades, na
IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advo-
condição de amicus curiae, assegurado o direito gados do Brasil;
de apresentar memoriais e requerer a juntada
de documentos. V - os partidos políticos com representação na
Assembleia Legislativa;
§3º O prazo para as intervenções previstas nos
§§ 1º e 2º será de trinta dias, contado da data VI - as federações sindicais e as entidades de
de publicação do Edital no Diário da Justiça Ele- classe de âmbito estadual;
trônico e inserção no site do Tribunal de Justiça. VII - o Deputado Estadual.
Art. 271-B. Encerrada a instrução do incidente, o Re- Art. 274. A petição inicial indicará:
lator lançará relatório nos autos, determinando a dis-
tribuição de cópias deste, do acórdão que acolheu a I - o dispositivo da lei ou do ato normativo im-
arguição de inconstitucionalidade e do parecer do pugnado e os fundamentos jurídicos do pedido
Ministério Público aos demais componentes do Órgão em relação a cada uma das impugnações;
Especial, com antecedência mínima de cinco dias da II - o pedido, com suas especificações.
sessão de julgamento.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada
§1º A pauta de julgamento deverá ser publicada de instrumento de mandato, será apresentada
com antecedência de cinco dias. em duas vias, devendo conter cópias da lei ou
§2º Caberá sustentação oral na sessão de jul- do ato normativo impugnado e dos documentos
necessários para comprovar a impugnação.
gamento, observando -se a ordem e os prazos
estipulados no art. 264 e parágrafos deste Re- Art. 275. A petição inicial inepta, a não fundamentada
gimento e o disposto no art. 984 do Código de e a manifestamente improcedente serão liminarmente
Processo Civil. indeferidas pelo Relator.

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Parágrafo único. Cabe agravo interno da deci- §2º Se não for alcançada a maioria indispensável
são que indeferir a petição inicial. à declaração de inconstitucionalidade, estando
ausentes Desembargadores em número que
Art. 276. Proposta a ação direta de inconstitucionali-
possam influir no julgamento, este será suspen-
dade, não se admitirá desistência, ainda que, ao final,
so, para que sejam colhidos oportunamente os
o Procurador-Geral de Justiça manifeste-se pela sua
votos faltantes, até ser atingido o número ne-
improcedência.
cessário para prolação de decisão em um ou em
Art. 277. O Relator pedirá informações aos órgãos ou outro sentido
às autoridades das quais emanou a lei ou o ato norma- §3º Não participarão do julgamento os Desem-
tivo impugnado. bargadores que não tenham assistido ao Rela-
Parágrafo único. As informações serão presta- tório e aos debates. Comparecendo os que fo-
das no prazo de trinta dias, contados do recebi- rem convocados ou que estiveram ausentes na
mento do pedido. sessão anterior, será renovado o Relatório, salvo
quando se derem por esclarecidos e assegurada
Art. 278. O Relator, considerando a relevância da ma- a renovação da sustentação oral, se a parte pre-
téria e a representatividade dos postulantes, poderá, sente o requerer.
por despacho irrecorrível, admitir, no prazo de trinta
dias, a manifestação de outros órgãos ou entidades. Art. 283. Declarada a inconstitucionalidade, a decisão
será comunicada à Assembleia Legislativa ou à Câma-
§1º Em caso de necessidade de esclarecimento ra Municipal para suspensão da execução da lei ou do
de matéria ou circunstância de fato, ou de notó- ato impugnado.
ria insuficiência das informações existentes nos
autos, poderá o Relator requisitar informações Art. 284. Reconhecida a inconstitucionalidade por
adicionais, designar perito ou comissão de pe- omissão de medida para tornar efetiva norma da Cons-
ritos para que emita parecer sobre a questão, tituição do Estado do Paraná, a decisão será comunica-
ou fixar data para em audiência pública, ouvir da ao Poder competente para adoção das providências
depoimentos de pessoas com experiência e au- necessárias à prática do ato ou início do processo legis-
toridade na matéria; lativo, no prazo de cento e oitenta dias, e, em se tratan-
do de entidade administrativa, para emiti-lo em trinta
§2º As informações, pericias e audiências a que dias, sob pena de responsabilidade.
se refere o § 1º deste artigo serão realizadas no
Art. 285. Salvo no período de recesso, a medida cau-
prazo de trinta dias, contados da solicitação do
telar na ação direta de inconstitucionalidade será con-
relator;
cedida por decisão da maioria absoluta dos membros
Art. 279. A Procuradoria-Geral do Estado funcionará do Órgão Especial, observado o disposto no § 1º do
como curadora, em razão da presunção de legitimida- art. 282 deste Regimento, após a audiência dos órgãos
de do ato impugnado. ou das autoridades dos quais emanou a lei ou o ato
normativo impugnado, que deverão se pronunciar no
Parágrafo único. O Procurador-Geral do Estado
prazo de cinco dias.
será notificado pessoalmente para intervir no
processo no prazo de quinze dias. §1º O Relator, julgando indispensável, ouvirá o
Procurador-Geral do Estado e o Procurador-Ge-
Art. 280. Decorrido o prazo das informações, com ou
ral de Justiça, no prazo de três dias.
sem elas, será ouvido o Procurador-Geral de Justiça,
que se manifestará no prazo de quinze dias. §2º No julgamento do pedido de medida caute-
lar, será facultada sustentação oral aos represen-
Art. 281. Vencidos os prazos previstos no parágrafo tantes judiciais do requerente e das autoridades
único do art. 279 e no art. 280 deste Regimento, o Rela- ou órgãos responsáveis pela expedição do ato.
tor lançará o relatório com cópia a todos os Desembar-
gadores e pedirá dia para julgamento. §3º Em caso de excepcional urgência, o Tribunal
poderá deferir a medida cautelar sem audiência
Parágrafo único. No julgamento, após o Rela- dos órgãos ou das autoridades das quais ema-
tório, facultar-se-á ao autor, ao procurador da nou a lei ou o ato normativo impugnado.
autoridade responsável pelo ato impugnado, ao
Procurador-Geral do Estado, quando intervir, Art. 286. A medida cautelar, com pedido liminar, po-
e ao Procurador-Geral de Justiça, a sustentação derá ser deferida nos próprios autos da ação principal,
oral de suas razões, durante quinze minutos, se- observado o disposto no § 1º do art. 285 deste Regi-
guindo-se a votação. mento.
Art. 287. Concedida a medida cautelar liminarmente,
Art. 282. Somente pelo voto da maioria absoluta dos
o Tribunal de Justiça fará publicar, em seção especial
membros do Órgão especial poderá o Tribunal de Jus-
do Diário Oficial do Estado e do Diário da Justiça ele-
tiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato
trônico, a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez
normativo do Poder Público
dias, devendo solicitar as informações à autoridade da
§1º O julgamento somente ocorrerá se presentes na qual tiver emanando o ato, desde que esta não tenha
sessão pelo menos dezessete Desembargadores; sido ouvida previamente

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Parágrafo único. A liminar, dotada de eficácia Art. 292. Proposta a ação declaratória, não se admitirá
contra todos será concedida com efeitos ex nunc, desistência, ainda que, a final, o Procurador-Geral de
salvo se o Órgão Especial entender que deva Justiça manifeste-se pela sua improcedência.
conceder-lhe eficácia retroativa, aplicando-se,
Art. 293. Aplicam-se, no que couberem, as regras pre-
no caso, a legislação anterior, se existente, exce-
vistas no Capítulo III deste Título.
to expressa manifestação em sentido contrário.
Art. 288. Havendo pedido de medida cautelar, o Rela- CAPÍTULO V
tor, em face da relevância da matéria e de seu especial
DA DISPOSIÇÃO COMUM ÀS AÇÕES
significado para a ordem social e a segurança jurídica,
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E
poderá, após a prestação das informações, no prazo
DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
de dez dias, e a manifestação do Procurador-Geral do
Estado e do Procurador-Geral de Justiça, sucessiva- Art. 294. Efetuado o julgamento, observado o
mente, no prazo de cinco dias, submeter o prazo di- quórum necessário, proclamar-se-á a inconstitucio-
retamente ao Órgão Especial, que terá a faculdade de nalidade ou a constitucionalidade, exigindo-se o voto
julgar definitivamente a ação. de pelo menos treze Desembargadores, em um ou em
outro sentido.
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO VI
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE
DO PEDIDO DE INTERVENÇÃO FEDERAL
CONSTITUCIONALIDADE
Art. 295. O pedido de intervenção federal no Estado
Art. 289. Podem propor ação declaratória de constitu-
(Constituição Federal, arts. 34, incisos IV e VI, e 36,
cionalidade:
incisos I e II, e Constituição Estadual, art. 101, inciso
I - o Governador do Estado e a Mesa da Assem- VI) será encaminhado, pelo Presidente, para o Supre-
bleia Legislativa; mo Tribunal Federal, no caso do art. 34, inciso IV, da
II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procura- Constituição Federal; e, no caso do art. 34, inciso VI,
dor-Geral do Estado; da mesma Carta, ao Supremo Tribunal Federal ou ao
Superior Tribunal de Justiça, em razão da matéria:
III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo
Município, quando se tratar de lei ou de ato nor- I - para assegurar o livre exercício do Poder
mativo local ou estadual que afete a autonomia Judiciário, quando houver violação declarada
municipal; pelo Órgão Especial;
IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advo- II - após acolhida, pelo Órgão Especial, de re-
gados do Brasil; presentação de qualquer de seus membros ou
de Juízes de primeiro grau, quando se tratar de
V - os partidos políticos com representação na
assegurar garantias ao Poder Judiciário, o livre
Assembleia Legislativa;
exercício deste ou prover execução de ordem ou
VI - as federações sindicais e as entidades de decisão judicial;
classe de âmbito estadual;
III- quando se tratar de requerimento do Minis-
VII - o Deputado Estadual. tério Público, ou de parte interessada, visando a
Art. 290. A petição inicial indicará: prover execução de ordem ou decisão judicial.

I - o dispositivo da lei ou do ato normativo ques- Art. 296. O exame do cabimento do pedido de inter-
tionado e os fundamentos jurídicos do pedido; venção federal no Estado compete ao Órgão Especial,
em processo de iniciativa do Presidente ou decorrente
II - o pedido, com suas especificações; de representação.
III - a existência de controvérsia judicial relevan- Parágrafo único. No caso de representação com-
te sobre a aplicação da disposição objeto da ação pete ao Presidente:
declaratória.
I - mandar arquivá-la, se a considerar manifes-
Parágrafo único. A petição inicial, acompanha-
tamente infundada, cabendo agravo regimental
da do instrumento de mandato, será apresen-
de sua decisão;
tada em duas vias, devendo conter cópias do
ato normativo questionado e dos documentos II - se manifesta sua procedência, providenciar
necessários para comprovar a procedência do administrativamente para remover a respectiva
pedido de declaração de constitucionalidade. causa;
Art. 291. A petição inicial inepta, a não fundamentada III - frustrada a solução administrativa, determi-
e a manifestamente improcedente serão indeferidas nar a remessa do pedido à distribuição.
pelo relator. Art. 297. O Relator dirigirá a instrução, solicitando in-
Parágrafo único. Cabe agravo interno da deci- formações à autoridade ou às autoridades apontadas
são que indeferir a petição inicial. na inicial.

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§1° Oferecido parecer pelo Procurador-Geral de prevista neste artigo.


Justiça, no prazo de dez dias, em igual prazo o
§8º Com a resposta, caso apresentados novos
Relator determinará a inclusão do feito em pau-
documentos, será intimada a parte contrária
ta de julgamento.
para sobre estes se manifestar, no prazo de cinco
§2° A decisão do Órgão Especial será tomada dias, e na ação penal de iniciativa privada, será
pela maioria absoluta de seus membros, votan- ouvido, em igual prazo, o Ministério Público.
do, inclusive, o Presidente do Tribunal e o Cor-
§9º A seguir, o Relator pedirá dia para que o
regedor-Geral da Justiça.
colegiado delibere sobre o recebimento ou a
§3° Será permitida sustentação oral, observado rejeição da denúncia ou da queixa, ou sobre a
o prazo de quinze minutos para cada parte. improcedência da acusação, se a decisão não de-
pender de outras provas.
CAPÍTULO VII
§10º No julgamento de que trata este artigo, será
DA AÇÃO PENAL facultada sustentação oral pelo prazo de quinze
minutos, primeiro à acusação, depois à defesa.
Art. 298. Nos crimes de ação penal pública, o Ministé-
rio Público terá o prazo de quinze dias para oferecer §11º Encerrados os debates, o colegiado passa-
denúncia ou pedir arquivamento do inquérito ou das rá a deliberar, podendo o Presidente limitar a
peças informativas. presença no recinto às partes e aos seus advo-
gados, ou somente a estes, se o interesse público
§1º Diligências complementares poderão ser de- o exigir.
feridas pelo Relator, com interrupção do prazo
deste artigo. Art. 299. Recebida a denúncia ou a queixa, o Relator
designará dia e hora para o interrogatório, mandando
§2º Se o indiciado estiver preso: citar o acusado ou o querelado e intimar o órgão do
I - o prazo para oferecimento da denúncia será Ministério Público, bem como o querelante ou o assis-
de cinco dias; tente, se for o caso.

II - as diligências complementares não interrom- §1º Se o acusado, citado por edital, não compa-
perão o prazo, salvo se o Relator, ao deferi-las, recer, nem constituir advogado, ficarão suspen-
determinar o relaxamento da prisão. sos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o Relator determinar a produção ante-
§3º O Relator será o Juiz da instrução, que se rea- cipada das provas consideradas urgentes e, se
lizará segundo o disposto neste Regimento e no for o caso, decretar prisão preventiva, nos ter-
Código de Processo Penal, no que for aplicável, e mos do disposto no art. 312 do Código de Pro-
terá as atribuições que a legislação penal confere cesso Penal.
aos Juízes singulares, podendo submeter dire-
tamente à decisão do órgão colegiado compe- §2º O prazo para defesa prévia será de cinco
tente as questões surgidas durante a instrução. dias, contados do interrogatório ou da intima-
ção do defensor dativo.
§4º Competirá ao Relator:
§3º A instrução obedecerá, no que couber, ao
I - determinar o arquivamento do inquérito ou procedimento comum do Código de Processo
das peças informativas, quando o requerer o
Penal.
Ministério Público, ou submeter o requerimento
à decisão do colegiado; §4º O Relator poderá delegar a realização do in-
terrogatório ou de outro ato da instrução a Juiz
II - decretar a extinção da punibilidade nos ca-
ou membro de Tribunal do local de cumprimen-
sos previstos em lei.
to da carta de ordem.
§5º Apresentada a denúncia ou a queixa ao Tri-
§5º Por expressa determinação do Relator, as in-
bunal, far-se-á a notificação do acusado para
timações poderão ser feitas por carta registrada
oferecer resposta no prazo de quinze dias.
com aviso de recebimento.
§6º Com a notificação, serão entregues ao acu-
§6º Concluída a inquirição de testemunhas, se-
sado cópia da denúncia ou da queixa, do des-
rão intimadas a acusação e a defesa, para reque-
pacho do Relator e dos documentos indicados
rimento de diligências no prazo de cinco dias.
por este.
§7º Realizadas as diligências ou não sendo estas
§7º Se desconhecido o paradeiro do acusado,
requeridas, nem determinadas pelo Relator, se-
ou se este criar dificuldades para que o oficial
rão intimadas a acusação e a defesa para, suces-
cumpra a diligência, proceder -se-á a sua notifi-
sivamente, apresentar, no prazo de quinze dias,
cação por edital, que conterá o teor resumido da
alegações escritas.
acusação, para que compareça ao Tribunal, em
cinco dias, onde terá vista dos autos, pelo prazo §8º Será comum o prazo do acusador e do assis-
de quinze dias, a fim de apresentar a resposta tente, bem como o dos corréus.

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§9º Na ação penal de iniciativa privada, o Minis- serão os autos devolvidos ao Juízo de origem.
tério Público terá vista, por igual prazo, após as
Parágrafo único. Na instrução e julgamento, ob-
alegações das partes.
servar -se-á, no que lhe for aplicável, o disposto
§10º O Relator poderá, após as alegações escri- no Capítulo VII deste Título.
tas, determinar, de ofício, a realização de provas
reputadas imprescindíveis para o julgamento CAPÍTULO IX
da causa.
DO HABEAS CORPUS
§11º Cumpridas as providências determinadas
na forma do §10º deste artigo, o Relator pedirá Art. 303. O habeas corpus poderá ser impetrado por
dia para julgamento. qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem
como pelo Ministério Público.
§12º O réu será intimado pessoalmente para
comparecer à sessão de julgamento. Art. 304. O pedido, quando subscrito por advogado do
paciente, não será conhecido se não vier instruído com
§13º A Secretaria expedirá cópias do relatório e os documentos necessários ao convencimento prelimi-
fará sua distribuição aos Desembargadores. nar da existência do motivo legal invocado na impe-
Art. 300. Na sessão de julgamento, observar-se-á o se- tração, salvo alegação razoável da impossibilidade de
guinte: juntá-los desde logo.
I - aberta a sessão, o Presidente poderá limitar §1° A juntada de documentos poderá ser feita
a presença no recinto às partes e aos seus advo- até o momento da sustentação oral. Neste caso,
gados, ou somente a estes, se o interesse público não sendo possível o julgamento na mesma ses-
o exigir; são, o Relator pedirá adiamento para a sessão
seguinte.
II - apresentado o relatório, a acusação e a de-
fesa terão, sucessivamente, nessa ordem, prazo §2° Se o recurso de habeas corpus não puder ser
de uma hora para sustentação oral, assegurado conhecido e o caso comportar a concessão da or-
ao assistente um quarto do tempo da acusação; dem, o feito será julgado como pedido originá-
rio, ainda que a competência, em princípio, seja
III - encerrados os debates, o colegiado passará
do Juízo a quo.
a proferir o julgamento.
Art. 305. Os órgãos julgadores do Tribunal têm compe-
§1º Nomear-se-á defensor ad hoc se, regular-
tência para expedir, de ofício, ordem de habeas corpus,
mente intimado, o advogado constituído pelo
quando no curso do processo verificarem que alguém
acusado ou anteriormente nomeado não com-
sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.
parecer à sessão de julgamento, adiando-se esta
em caso de requerimento do novo defensor. Art. 306. A distribuição será feita logo em seguida à
apresentação do pedido, e os respectivos autos serão
§2º Nos casos em que somente se procede me-
imediatamente conclusos ao Relator, inclusive para o
diante queixa, considerar-se-á perempta a ação
exame de eventual pedido liminar.
penal quando o querelante deixar de compare-
cer, sem motivo justificado, a qualquer ato a que Art. 307. O Relator, se necessário, requisitará informa-
deva estar presente, ou deixar de formular o pe- ções da autoridade indicada como coatora, podendo
dido de condenação nas alegações finais, tudo avocar o processo original quando julgar indispensá-
na forma da lei processual penal. vel à instrução do feito.
Art. 308. Instruído o processo e ouvido o Ministério Pú-
CAPÍTULO VIII
blico, em dois dias, o relator o colocará em mesa, para
julgamento, na primeira sessão do órgão fracionário.
DA EXCEÇÃO DA VERDADE
Art. 309. O Relator poderá determinar a apresentação
Art. 301. Recebida, no Tribunal, a exceção da verdade,
do paciente no ato do julgamento, para interrogatório,
em processo por crime contra a honra, quando forem
se não preferir que lhe seja feita pessoalmente, em lo-
querelantes as pessoas que a Constituição sujeita à ju-
cal, dia e hora que designar. Neste caso, as declara-
risdição do Tribunal de Justiça, será adotado o seguin-
ções do paciente serão reduzidas a termo nos autos. As
te procedimento:
partes poderão formular as perguntas que entenderem
I - os autos serão distribuídos independente- necessárias.
mente de despacho;
Art. 310. A concessão ou denegação de habeas corpus
II - será facultado ao querelante contestar a ex- será, pelo Relator, imediatamente comunicada à auto-
ceção, no prazo de dois dias, podendo ser inqui- ridade apontada como coatora.
ridas as testemunhas arroladas na queixa, ou
Art. 311. A pauta de habeas corpus será organizada
outras indicadas naquele prazo, em substituição
para orientação dos trabalhos da sessão e informação
às primeiras, ou para completar o máximo legal.
dos interessados, sem prejuízo dos que forem levados
Art. 302. Não sendo admitida a exceção da verdade, em mesa.

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CAPÍTULO X I - súmula do Supremo Tribunal Federal ou do


Superior Tribunal de Justiça, ou em precedente
DA REVISÃO CRIMINAL da jurisprudência dominante do próprio Tribu-
Art. 312. O pedido de revisão criminal será distribuí- nal de Justiça;
do, com a prova do trânsito em julgado, a um Relator II - tese firmada em julgamento de casos repe-
e a um Revisor, devendo funcionar como Relator um titivos ou em incidente de assunção de compe-
Desembargador que não tenha pronunciado decisão tência.
em qualquer fase do processo.
Art. 320. Ao decidir o conflito, o Tribunal declarará
Art. 313. Conclusos os autos, o Relator, se for o caso, qual o Juízo competente, pronunciando-se também so-
determinará diligências, assim como o apensamento bre a validade dos atos do Juízo incompetente. Com o
dos autos originais, se não advier dificuldade à normal trânsito em julgado da decisão, será esta imediatamen-
execução da sentença. te comunicada às autoridades em conflito.
Art. 314. Os pedidos de revisão de mais de um pro- Art. 321. Não pode suscitar conflito a parte que, no
cesso pelo mesmo réu devem ser autuados separada- processo, em causa cível, arguiu incompetência rela-
mente, a fim de que as revisões sejam apreciadas uma tiva.
a uma, salvo no caso de conexão decorrente do objeto
do pedido, ou de vir este fundado em provas comuns Parágrafo único. O conflito de competência não
aos diversos feitos. obsta, porém, a que a parte que não o arguiu
suscite a incompetência.
Art. 315. Requerida por dois ou mais corréus, em sepa-
rado, a revisão da sentença que em um só processo os te- CAPÍTULO XII
nha condenado pelo mesmo crime, deverão as petições
ser processadas e julgadas conjuntamente. Para isso, DA AÇÃO RESCISÓRIA
as apresentadas em último lugar serão distribuídas ao
Relator da primeira, o qual ordenará o apensamento. Art. 323. A petição da ação rescisória, elaborada com
observância dos requisitos essenciais do art. 319 do
Art. 316. Se o pedido de revisão objetivar a anulação Código de Processo Civil, será dirigida ao Presiden-
de processo de competência do Tribunal do Júri e, con- te do Tribunal e distribuída ao órgão competente, na
sequentemente, da decisão deste, deverá vir instruído forma deste Regimento, observado o disposto no art.
com procuração, com poderes especiais, ou com decla- 971, parágrafo único, do Código de Processo Civil, in-
ração expressa do condenado de que se sujeita a novo dependentemente de despacho, observando-se as de-
julgamento por aquele Tribunal, ou sem procuração,
mais disposições do art. 966 e seguintes do Código de
se o pedido for formulado pessoalmente pelo conde-
Processo Civil.
nado, com defensor público designado nos autos.
§1º O depósito previsto no art. 968, II, do Códi-
Art. 317. Verificando-se que, no processo em revisão,
go de Processo Civil, quando for exigível, será
não foram guardadas as formalidades substanciais,
efetuado pelo autor no prazo de cinco dias, me-
limitar-se-á o julgamento à declaração da respectiva
diante guia a ser expedida pela Secretaria.
nulidade, com a determinação de sua renovação, salvo
se já estiver a ação penal prescrita, ou de outro modo §2º Efetuado o depósito, e juntado o compro-
extinta a punibilidade. vante de depósito apresentado pelo autor, os
autos serão encaminhados conclusos ao Relator
CAPÍTULO XI para despacho da petição inicial

DOS CONFLITOS DE JURISDIÇÃO, DE §3º Da decisão de indeferimento da petição ini-


COMPETÊNCIA E DE ATRIBUIÇÕES cial, nos casos dos arts. 330, 332 e 968, §4º, do
Código de Processo Civil, bem como quando
Art. 318. Suscitado o conflito de jurisdição, de compe- não efetuado o depósito, e das demais decisões
tência ou de atribuições, o Relator requisitará informa- monocráticas do Relator, caberá agravo interno
ções às autoridades em conflito, no prazo que assinar.
§4º Caberá ao Relator resolver quaisquer ques-
Parágrafo único. No conflito positivo, poderá tões incidentes, inclusive a de impugnação ao
o Relator determinar que se suspenda o anda- valor da causa, examinando o pedido de even-
mento do processo. Nesse caso e no de conflito tual concessão de tutela provisória para sustar
negativo, designará um dos Juízes para resol- o cumprimento da decisão ou do acórdão res-
ver, em caráter provisório, as medidas urgentes. cindendo.
Art. 319. Decorrido o prazo, com informações ou sem Art. 324. Processada a ação, oferecidas as razões finais
elas, será ouvido, em cinco dias, o Ministério Público. e ouvida a Procuradoria-Geral de Justiça, nas hipóte-
Em seguida, se o Relator entender desnecessárias dili-
ses do arts. 178 e 976, parágrafo único, do Código de
gências, apresentará o conflito a julgamento.
Processo Civil, o Relator lançará, nos autos, seu rela-
Parágrafo único. O Relator poderá julgar de pla- tório e solicitará designação de data para julgamento
no o conflito quando sua decisão se fundar em: perante o Órgão competente.

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§1º Nas Câmaras Cíveis Isoladas, o julgamen- b) poderá ser dispensada a exposição do Rela-
to da ação rescisória, quando o resultado for tório pelos novos integrantes presentes que se
por maioria, pela procedência da rescisão da sentirem habilitados a votar, bem como dispen-
sentença, o prosseguimento do julgamento em sada a renovação de sustentação oral;
quórum de composição integral, na forma do
art. 942, § 3º, I, do Código de Processo Civil, será c) quando a convocação for formalizada em De-
finalizado na forma dos arts. 240 e 240-A deste sembargador que não tenha assistido aos deba-
Regimento. tes, ficará assegurado às partes e a eventuais in-
teressados o direito de renovar, perante o novo
§2º Na Seção Cível Ordinária, respeitado o quórum julgador, a sustentação oral que tenha
quórum de funcionamento de no mínimo treze sido realizada em sessão anterior.
integrantes, incluindo o Presidente, o julgamen-
to da ação rescisória contra acórdão proferido d) os julgadores que, anteriormente, proferiram
pela Câmara Cível, seja em composição integral seu julgamento poderão rever seus votos por
ou isolada, em quórum qualificado de sete jul- ocasião do prosseguimento da sessão, até a pro-
gadores, será apreciado: clamação do resultado, o que não afasta a ne-
pelo Relator, a quem foi distribuída a ação ede- cessidade de votação dos novos julgadores que
vidamente processada por um segundo Desem- foram convocados;
bargador em ordem decrescente de antiguidade
e) a decisão proferida, no julgamento da ação
em relação ao Relator.
rescisória, perante a Seção Cível em Divergên-
por outros cinco vogais, seguida a ordem de an- cia será pela maioria de votos dos julgadores do
tiguidade em relação ao segundo Desembarga- quórum estabelecido na sua composição.
dor.
Art. 325. No julgamento, perante o Órgão Especial, de
§3º Se o resultado do julgamento for, por una- ação rescisória contra acórdão proferido pela Seção Cí-
nimidade de votos, pela procedência da ação vel, seja nos casos de acordão proferido em outra ação
rescisória, ou por maioria, quanto à sua impro- rescisória, seja nos feitos de sua competência originá-
cedência, o julgamento será finalizado com a ria, é inaplicável a regra do julgamento não unânime
proclamação do resultado. na forma do disposto no art. 942, § 4º, III, do Código
Art. 324-A. Quando do julgamento na Seção Cível de Processo Civil.
Ordinária, na hipótese do parágrafo anterior, o resul-
tado for, por maioria, pela procedência da rescisória CAPÍTULO XIII
do acórdão ou da decisão monocrática do Relator, o
prosseguimento do julgamento será submetido à apre- DO MANDADO DE SEGURANÇA
ciação da Seção Cível em Divergência (art. 85-A do Re-
gimento Interno). Art. 326. O mandado de segurança de competência
§1º Não sendo possível o prosseguimento, por originária do Tribunal será iniciado por petição, que
circunstâncias que exigiram providências na deverá preencher os requisitos dos arts. 319 e 320 do
composição do quórum do órgão julgador, ou Código de Processo Civil, acompanhada de tantas vias
por outros motivos surgidos na continuidade quantas forem as autoridades apontadas como coato-
do exame do processo, o Presidente poderá sus- ras e os litisconsortes.
pender o julgamento, com oportuna nova inclu-
Art. 327. A segunda via da inicial e, se for o caso, as de-
são e publicação em pauta
mais a serem encaminhadas aos impetrados, deverão
§ 2º Devidamente formalizada a composição estar instruídas com cópias autenticadas de todos os
da Seção Cível em Divergência, aplicando-se a documentos.
regra de julgamento do art. 942, caput, do Có-
digo de Processo Civil, com a convocação de Art. 328. O Relator indeferirá a inicial se:
outros Desembargadores, em número suficiente
I - não for caso de mandado de segurança;
para assegurar a inversão do resultado inicial,
na forma deste Regimento, e concluídas todas II - faltar-lhe algum dos requisitos legais;
as providências, o Presidente retomará os tra-
balhos até final proclamação do resultado de III - decorrido o prazo para a impetração.
julgamento, observando o seguinte:
Art. 329. O Relator ordenará que o impetrante promo-
a) o prosseguimento da sessão, para os novos va, em dez dias, a citação de litisconsorte necessário,
integrantes do quórum, estará restrito à matéria assinando o prazo de dez dias para resposta.
objeto da divergência, deliberando para confir-
mação ou alteração dos pontos que não sejam Art. 330. A concessão da segurança será, pelo Relator,
unânimes, salvo se houver revisão de voto que imediatamente comunicada à autoridade apontada
modifique a conclusão anteriormente estabele- como coatora, assim como a denegação na vigência de
cida; medida liminar.

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CAPÍTULO XIV Art. 333. O agravo interno não terá efeito suspensivo.
Art. 334. Se o agravo interno for apresentado em pro-
DOS RECURSOS
cesso com dia para julgamento e já incluído em pauta,
Art. 331. Os recursos serão processados segundo as será apreciado preliminarmente.
normas da legislação aplicável e as disposições deste
§1º Sendo o agravo interno declarado manifes-
Regimento.
tamente inadmissível ou improcedente, em vo-
§1° As determinações decorrentes da decisão tação unânime, o órgão competente, em decisão
que atribuir efeito suspensivo ao recurso ou de- fundamentada, condenará o agravante a pagar
ferir, em antecipação de tutela, total ou parcial- ao agravada multa a ser fixada entre um e cinco
mente, a pretensão recursal, serão cumpridas por cento do valor atualizado da causa
no Juízo de origem, mediante comunicação do §2º A interposição de qualquer outro recurso
Relator. ficará condicionada ao prévio depósito do va-
§2º Para a instrução dos recursos é facultado lor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do
ao advogado autenticar as cópias dos autos do beneficiário da justiça gratuita, que farão o pa-
processo, mediante declaração formulada na gamento ao final.
própria petição ou em separado. Art. 334-A. As decisões do Presidente e dos Vice-Pre-
sidentes, com previsão legal ou neste Regimento, que
CAPÍTULO XV não tenha rito próprio, salvo quando se tratar de deci-
são irrecorrível, poderão ser objeto de agravo regimen-
DO AGRAVO REGIMENTAL E DO AGRAVO tal, a ser interposto, no prazo de cinco dias, pela parte
INTERNO interessada.
Art. 332. Caberá agravo interno, no prazo de quinze §1º O agravo regimental não terá efeito suspen-
dias contra decisão do Presidente e dos Vice-Presi- sivo;
dentes, quando atuarem como órgão jurisdicional nas
causas pertinentes à competência originária e recursal, §2º A petição será formalizada com documentos
ressalvada a previsão de prazo diverso em lei especial necessários e fundamentos que esclareçam os
ou neste Regimento (Art. 358, § 1º). fatos inerentes à decisão agravada, bem com o
pedido de sua modificação ou revogação.
§1º Contra a decisão monocrática do Relator, ca-
berá agravo interno, em processo de competên- §3º Não havendo retratação, o agravo será sub-
cia originária, incidentes, remessa necessária ou metido ao prolator da decisão para que apre-
recurso, no prazo de quinze dias, na forma do sente os autos em mesa, visando a apreciar, me-
art. 1.021 do Código de Processo Civil. diante procedimento sumário, junto ao órgão
julgador, expondo, ademais, suas razões em
§2º O agravo interno será dirigido ao Relator, Relatório e formulando seu voto.
cabendo ao recorrente, especificamente, impug-
§4º Havendo empate, ter-se-á por confirmada a
nar os fundamentos da decisão agravada. Cabe-
decisão agravada.
rá ao Relator intimar a parte agravada para ma-
nifestar-se sobre o recurso no prazo de quinze
CAPÍTULO XVI
dias.
§3º Se não houver retratação, o recurso será rela- DA CORREIÇÃO PARCIAL
tado em sessão, pelo Desembargador subscritor Art. 335. A correição parcial visa à emenda de erros
da decisão agravada, que tomará parte na vo- ou abusos que importem na inversão tumultuária de
tação, devendo, para fins de julgamento, ser o atos e fórmulas legais, na paralisação injustificada dos
agravo incluído em pauta. feitos ou na dilação abusiva de prazos, quando, para o
§4º É vedado ao Relator limitar-se à reprodução caso, não haja recurso previsto em lei.
dos fundamentos da decisão agravada para jul- Parágrafo único. O procedimento da correição
gar improcedente o agravo interno. parcial será o do agravo de instrumento, confor-
§5º Se a decisão agravada for proferida em re- me disciplinado na lei processual civil.
gime de plantão, na hipótese do art. 122 deste Art. 336. Distribuída a petição, poderá o Relator:
Regimento, ou durante o recesso forense, bem
como pelo 1º Vice-Presidente, nos casos de can- I - deferir liminarmente a medida acautelatória
celamento da distribuição e na hipótese do art. do interesse da parte ou da exata administra-
190 deste Regimento, não havendo retratação, ção da Justiça se relevantes os fundamentos do
pedido e houver probabilidade de prejuízo em
o recurso será relatado na sessão seguinte por
caso de retardamento;
aquele a quem foi distribuído.
II - rejeitá-la de plano, se:
§6° Em caso de empate, ter-se-á por confirmada
a decisão agravada. a) intempestiva ou deficientemente instruída;

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b) inepta a petição inicial; CIVIL E MEDIDAS CAUTELARES PENAIS


c) do ato impugnado couber recurso; Art. 338. A medida cautelar de natureza penal será re-
querida ao Relator do processo, ou àquele que estiver
d) por outro motivo, for manifestamente inca-
já prevento, competindo -lhe os atos de instrução, o
bível.
qual poderá delegá-la a Juiz de primeiro grau.
III - requisitar as informações ao Juiz, assinan-
§1º Quando a medida for preparatória, estará
do-lhe o prazo de quinze dias para prestá-las.
sujeita a distribuição.
§1° Antes de rejeitar a petição inicial deficien-
§2º O Relator a quem for distribuída a medida
temente instruída, o relator deverá conceder à
cautelar de natureza penal ficará prevento para
parte oportunidade para, se possível, corrigir o
julgar os recursos oriundos da Ação Penal.
vício, nos termos do art. 317 do Código de Pro-
cesso Civil. Art. 339. Nos recursos cíveis, a tutela provisória de ur-
gência ou evidência, cautelar ou antecipada, pode ser
§2° Nos casos urgentes e se o pedido estiver su-
concedida em caráter antecedente ou incidental, por
ficientemente instruído, as informações pode- meio de requerimento autônomo a ser formulado pe-
rão ser dispensadas rante o Tribunal, na forma do art. 299, parágrafo único,
Art. 337. Julgada a correição, far-se-á imediata comu- do Código de Processo Civil, aplicando-se, quanto à
nicação ao Juiz, com posterior remessa de cópia do prevenção, também o disposto no art. 930, parágrafo
acórdão. único, do mesmo Código.
Art.337-A. Se o caso comportar pena disciplinar, a §1º Quando a tutela provisória for requerida
turma julgadora determinará a remessa de peças dos em caráter antecedente ao recebimento efetivo
autos ao Corregedor- Geral da Justiça para as provi- do recurso cível no Tribunal, a distribuição será
dências cabíveis. efetuada ao órgão julgador competente para
apreciar o mérito da ação originária, ou ao Rela-
CAPÍTULO XXVII tor que já estiver prevento na respectiva Câma-
ra, e, caso tenha sido transferido, a prevenção
DO PEDIDO DE EXPLICAÇÕES EM JUÍZO será do seu sucessor.
Art. 337-B. O pedido de explicações a que se refere o §2º Requerida a tutela de urgência de forma in-
art. 144 do Código Penal será processado, no Tribunal cidental, será distribuída ao Relator já prevento
quando quem se julgar ofendido for pessoa sob sua para o exame do recurso cível pendente de jul-
jurisdição. gamento, autuando-se em separado ao recurso
cível e encaminhando-a para deliberação.
Art. 337-C. O pedido será liminarmente indeferido
se: §3º O procedimento a ser adotado para o exame
da tutela provisória, nos casos específicos, será
I - o fato imputado encontrar-se alcançado por
aquele previsto no ordenamento processual ci-
causa excludente da ilicitude; vil, sob a incumbência do Relator, na forma do
II - as expressões forem claras, de fácil com- art. 932, II, do Código de Processo Civil, sendo
preensão, não havendo dúvida a respeito da cabível a interposição de agravo interno de sua
existência objetiva da ofensa. decisão.
Art. 337-D. Cabível o pedido, o Relator mandará noti- Art. 339 -A. O pedido de tutela de evidência ou de ur-
ficar o autor da frase, para que forneça explicações, no gência para obtenção do efeito suspensivo ao recurso
prazo de dez dias. de Apelação, na forma do art. 1.012, §3º, do Código de
Processo Civil, será distribuído ao órgão julgador para
Art. 337-E. Fornecidas as explicações ou certificado no apreciar o mérito da ação originária, conforme as com-
feito que o autor se recusou a prestá-las, o relator man- petências definidas das Câmaras.
dará entregar os autos ao requerente, independente-
mente de traslado, ou será facultado o acesso aos autos §1º Na hipótese do caput deste artigo, caso re-
digitais a qualquer tempo. querido entre a interposição e o aguardo do re-
cebimento da Apelação no Tribunal, o pedido
Art. 337-F. As explicações podem ser fornecidas pelo será formulado em petição autônoma, instruído
próprio requerido ou por intermédio de advogado com documentos necessários a compreensão
com poderes especiais. da controvérsia, e autuado com urgência, com
remessa ao Relator que recebeu a incumbência
TÍTULO II decorrente da distribuição. Oportunamente,
com o recebimento da apelação, tal pedido será
DOS PROCESSOS INCIDENTES
apensado.
CAPÍTULO I §2º O Relator que apreciou o requerimento da
concessão do efeito suspensivo ficará prevento
DAS TUTELAS PROVISÓRIAS DE NATUREZA para processar e julgar a apelação, salvo quan-

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do houver motivo justificado para a alteração da trado, que, se aceitar a exceção, mandá-la-á à Seção
competência inicialmente atribuída. competente, em quarenta e oito horas, para os fins pre-
vistos nos §§ 2º e 3º do art. 340 deste Regimento; caso
§3º Caso já distribuída a apelação, esse pedido
contrário, dentro de quinze dias, dará as suas razões,
será encaminhado ao Relator já prevento, para
acompanhadas de documentos e de rol de testemu-
apreciação de forma incidental, nos próprios
nhas, se houver, determinando o desentranhamento e
autos do Recurso de Apelação.
a autuação em apartado das peças do incidente, bem
§4º Caberá ao Relator examinar a concessão do como ordenará a remessa dos autos que se formarem
efeito suspensivo com base nos motivos previs- ao Presidente do Tribunal.
tos no art. 1.012, § 4º, do CPC, obstando, no caso
Parágrafo único. A afirmação de suspeição ou
de deferimento da suspensão, a eficácia da deci-
de impedimento, ainda que por outro funda-
são recorrida.
mento, põe fim ao incidente.

CAPÍTULO II Art. 343. Se, em razão da exceção, o feito for suspen-


so, e enquanto não for o incidente julgado, as medidas
urgentes que eventualmente forem requeridas serão
DOS INCIDENTES DE SUSPEIÇÃO E DE apreciadas pelo desembargador do mesmo órgão fra-
IMPEDIMENTO cionário, subsequente ao magistrado excepto, observa-
Art. 340. O Desembargador ou o Juiz de Direito Subs- da a ordem de antiguidade.
tituto em Segundo Grau que se considerar suspeito ou Art. 344. O Presidente do Tribunal poderá rejeitar limi-
impedido fará a declaração por despacho nos autos, narmente a exceção; caso contrário, declinará os efeitos
devolvendo-os à Seção competente. em que a recebe (art. 313, inciso III, do CPC), seguin-
§1º A suspeição ou o impedimento do magistra- do-se dilação probatória, se necessária, com o prazo de
do que funcionar como vogal serão declarados dez dias, e julgamento perante o Órgão Especial.
verbalmente no julgamento e registrados em Art. 345. No julgamento, a presença será limitada às
ata. partes e aos seus advogados, independentemente de
§2º Suspeito ou impedido: revisão e inscrição na pauta, sem a presença do magis-
trado excepcionado.
I - o Desembargador Relator, o feito será redis-
tribuído na forma do art. 196, § 1º, deste Regi- Art. 346. Na decisão que reconhecer a procedência da
mento; exceção de suspeição ou impedimento, serão especifi-
cados os atos atingidos por nulidade.
II - o Desembargador Revisor, quando houver,
o processo será encaminhado ao subsequente na Art. 347. Quando se tratar de suspeição ou impedi-
antiguidade, que assumirá a revisão; mento de Juiz em exercício em primeiro grau de juris-
dição, o julgamento será realizado na primeira sessão,
III - o Desembargador vogal, o Presidente da sem dependência de revisão ou de inscrição em pauta,
sessão de julgamento convocará Desembarga- mediante exposição verbal do Relator.
dor subsequente na antiguidade, e, na falta des-
te, Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau. Parágrafo único. Quando o processo ficar sus-
penso em razão da exceção, as medidas urgen-
§3º Suspeito ou impedido Juiz de Direito Substi- tes requeridas durante o processamento da ex-
tuto em Segundo Grau: ceção serão apreciadas e resolvidas por magis-
I - que funcione como Relator ou Revisor, este trado designado pelo Presidente do Tribunal de
quando houver, o Presidente do Tribunal de Justiça.
Justiça designará outro para substituí-lo; Art. 348. À suspeição ou impedimento do Procurador-
II - que deva integrar quórum como vogal, o Geral de Justiça, dos Procuradores de Justiça e dos
presidente da sessão de julgamento convocará Promotores de Justiça Substitutos em Segundo Grau,
o Desembargador subsequente ao Desembarga- aplicam-se as normas deste Capítulo, no que coube-
dor substituído na antiguidade, e, na falta des- rem.
te, outro Juiz de Direito Substituto em Segundo
CAPÍTULO III
Grau.
Art. 341. As partes poderão opor exceção de suspeição DA RECLAMAÇÃO
ou impedimento, nos quinze dias seguintes à distri-
Art. 349. Para preservar a competência do Tribunal ou
buição, contra magistrado que tiver de participar do
garantir a autoridade de suas decisões, ou a observân-
julgamento, salvo por motivo superveniente ou poste-
cia de precedente formado em julgamento de inciden-
riormente conhecido; nesta hipótese, o prazo será con-
tes de resolução de demandas repetitivas e incidentes
tado a partir do conhecimento do fato que a ocasionou.
de assunção de competência, caberá reclamação da
Art. 342. A petição será juntada aos autos, indepen- parte interessada ou do Ministério Público, nos termos
dentemente de despacho, e encaminhada ao magis- do art. 988 do Código de Processo Civil.

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§1º A reclamação, dirigida ao Presidente do Tri- rá a julgamento perante o órgão colegiado com-
bunal, instruída com prova documental, será petente para o conhecimento do feito principal.
autuada e distribuída ao Relator da causa prin-
Art. 352. No âmbito criminal, a arguição poderá ser
cipal, ou ao Órgão Julgador cuja competência se
feita enquanto o processo tiver curso no Tribunal, até
busca preservar ou autoridade que se pretende
o pedido de dia para julgamento.
garantir, sempre que possível.
§1º A arguição será suscitada em requerimento
§2º Ao despachar a reclamação, o Relator:
assinado pela parte ou por procurador com po-
I - poderá negar seguimento a reclamação ma- deres especiais.
nifestamente improcedente ou prejudicada, ou
§2º O incidente poderá ser instaurado de ofí-
quando proposta após o trânsito em julgado da
cio, a requerimento do Ministério Público, do
decisão, cabendo agravo interno para o órgão
julgador competente; querelante, do acusado e, ainda, tenha ou não
se habilitado como assistente de acusação, do
II - requisitará informações da autoridade a ofendido.
quem for imputada a prática do ato impugnado,
que as prestará no prazo de dez dias; §3º A parte que juntou o documento pode susci-
tar o incidente de falsidade, cumprindo-lhe pro-
III - ordenará, se necessário, para evitar dano var, no entanto, que tinha razões para ignorar a
irreparável, a suspensão do processo ou do ato falsidade.
impugnado;
§4º Mesmo que reconhecida a falsidade pela
IV- determinará a citação do beneficiário da de- parte que exibiu o documento, o Relator poderá
cisão impugnada, que terá o prazo de quinze determinar diligências para comprová-la.
dias para apresentar sua contestação.
§5º Adotadas as providências mencionadas no
§3º Qualquer terceiro juridicamente interessado art. 145, incisos I, II e III, do Código de Proces-
poderá intervir como assistente e impugnar o so Penal, o Relator, depois do relatório escrito,
pedido do reclamante. submeterá o feito a julgamento pelo órgão co-
§4º O Ministério Público, nas reclamações que legiado competente para a apreciação do feito
não houver formulado, nos casos do art. 178 do principal.
Código de Processo Civil, terá vista dos autos, Art. 353. Tanto no processo cível quanto no criminal,
por cinco dias, após o decurso do prazo para reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, o Re-
informações e para oferecimento de contestação lator, no acórdão ou em deliberação posterior, man-
pelo beneficiário do ato impugnado. dará desentranhar o documento e remetê-lo-á, com os
§5º Ao julgar procedente a reclamação, o Tribu- autos do processo incidente, ao Ministério Público.
nal cassará a decisão restritiva ou exorbitante de Art. 354. A decisão proferida tem eficácia limitada ao
seu julgado, ou determinará medida adequada processo incidental, não fazendo coisa julgada em pre-
à preservação de sua competência. juízo de ulterior processo civil ou penal.
§6º O Presidente determinará o imediato cum-
primento da decisão, lavrando-se o acórdão CAPÍTULO V
posteriormente.
DA HABILITAÇÃO INCIDENTE
CAPÍTULO IV Art. 355. Caso o feito esteja pendente de julgamento, a
habilitação será requerida ao Relator e perante ele pro-
DO INCIDENTE DE FALSIDADE
cessada, observadas as regras do art. 687 e seguintes
Art. 350. O incidente de falsidade, regulado pelos arts. do Código de Processo Civil.
390 a 395 do Código de Processo Civil e 145 a 148 do
Código de Processo Penal, será processado pelo Rela- CAPÍTULO VI
tor do feito em que foi arguido.
DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS
Art. 351. Nas ações cíveis originárias, incumbirá à par-
te contra a qual foi produzido o documento suscitar o Art. 356. A restauração dos autos far-se-á de ofício pelo
incidente na contestação ou na réplica; se, nessas de- 2º Vice-Presidente do Tribunal, e, quando requerida
mandas, a juntada do documento ocorrer depois da pela parte interessada, será distribuída, sempre que
defesa, e, nos recursos, o documento for oferecido em possível, ao Relator do feito extraviado, seguindo o
segunda instância, o interessado deverá suscitar o inci- processo a forma estabelecida na legislação processual.
dente até quinze dias depois da juntada do documento
Art. 357. Os processos criminais que não forem da
aos autos.
competência originária do Tribunal serão restaurados
Parágrafo único. Atendidas as normas dos arts. na primeira instância, e, no tocante aos processos cí-
430 a 432 do Código de Processo Civil, o Relator veis, observar-se-á o disposto no art. 717 do Código de
lançará nos autos o relatório do incidente e, o leva- Processo Civil.

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CAPÍTULO VII I - o foro do delito não oferecer condições garan-


tidoras de decisão imparcial;
DA SUSPENSÃO DE LIMINARES E DE
SENTENÇAS EM MANDADOS DE SEGURANÇA II - a segurança pessoal do réu estiver em risco
ou o interesse da ordem pública o reclamar;
Art. 358. Nas causas de competência recursal do Tri-
bunal, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à III - sem culpa do réu ou da defesa, o julga-
segurança e à economia públicas, a requerimento de mento não se realizar no período de seis meses,
pessoa jurídica de direito público interessada ou do contado do trânsito em julgado da decisão de
Ministério Público, o Presidente poderá suspender, pronúncia.
em decisão fundamentada, a execução de liminar ou
§1° Nos casos dos incisos I e II deste artigo, o
de sentença concessiva de segurança, enquanto não
desaforamento poderá ser requerido por qual-
transitada em julgado, proferida por Juiz em exercício
quer das partes, em pedido instruído, dirigido
em primeiro grau de jurisdição.
ao Presidente do Tribunal, ou solicitado pelo
§1° Da decisão que conceder ou negar a sus- Juiz, mediante representação, ouvido, sempre, o
pensão caberá agravo para o Órgão Especial, no Procurador-Geral de Justiça.
prazo de cinco dias, que será levado a julgamen-
§2° No caso do inciso III deste artigo, o desafo-
to na sessão seguinte à sua interposição.
ramento poderá ser requerido pelo réu ou pelo
§2° A suspensão, salvo determinação em contrá- Ministério Público.
rio, vigorará até o trânsito em julgado da deci-
são de mérito na ação principal. Art. 362. Os efeitos do desaforamento, uma vez conce-
dido, são definitivos.
CAPÍTULO VIII
Parágrafo único. Se, em relação à Comarca para
DA SUSPENSÃO DE LIMINARES E DE a qual o julgamento for desaforado, comprova-
SENTENÇAS NAS AÇÕES MOVIDAS CONTRA O rem-se os pressupostos do art. 361 deste Regi-
PODER PÚBLICO OU SEUS AGENTES mento, poderá ser pedido novo desaforamento.
Art. 359. Poderá o Presidente do Tribunal, nos feitos Art. 363. O Tribunal não fica adstrito à escolha da Co-
de sua competência recursal, a requerimento do Mi- marca mais próxima ou de uma das mais próximas,
nistério Público Estadual ou de pessoa jurídica de di- mas fundamentará, sempre, a escolha que fizer.
reito público interessada, nas hipóteses previstas nas
legislações de regência, suspender, em decisão fun- TÍTULO III
damentada, a execução de liminar nas ações movidas
contra o Poder Público ou seus agentes, proferida por DAS REQUISIÇÕES DE PAGAMENTO
Juiz em exercício em primeiro grau de jurisdição.
CAPÍTULO ÚNICO
§1° Aplica-se o disposto neste artigo à sentença
proferida em processo de tutela cautelar inomi- DOS PRECATÓRIOS
nada, de ação popular, de ação civil pública, de
habeas data e de mandado de injunção, enquan- Art. 364. O juízo da execução requisitará ao Presiden-
to não transitada em julgado. te do Tribunal, mediante precatório, o pagamento das
importâncias devidas pelas Fazendas Públicas Esta-
§2° Da decisão que conceder ou negar a sus- dual e Municipal e pelo INSS, quanto às ações aciden-
pensão caberá agravo para o Órgão Especial, no
tárias, em virtude de decisões judiciais, excetuadas as
prazo de cinco dias, contados da publicação do
correspondentes a obrigações de pequeno valor defi-
ato.
nidas em lei.
§3° A suspensão, salvo determinação em contrá-
Art. 365. O ofício requisitório indicará o valor total da
rio, vigorará até o trânsito em julgado da deci-
requisição e sua natureza (comum ou alimentar), os
são de mérito na ação principal.
valores dos créditos que a compõe e o rol dos credores
CAPÍTULO IX com valores individualizados, devendo ser instruído
com as seguintes peças, por cópias autenticadas, além
DO SOBRESTAMENTO de outras reputadas convenientes à sua instrução:
Art. 360. O Relator poderá determinar o sobrestamen- I - sentença condenatória e acórdão, no caso de
to do processo quando o julgamento depender, em ou- reexame necessário ou interposição de recurso;
tra causa, de questão prejudicial externa.
II - certidão de citação do ente devedor para
CAPÍTULO X opor embargos e de intimação para manifesta-
ção, no caso de haver despesas acrescidas poste-
DO DESAFORAMENTO riormente à liquidação;
Art. 361. Poderá ser desaforado para outra Comarca o III - certidão do decurso de prazo sem oposição
julgamento pelo Júri quando: de embargos ou rejeição destes;

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IV - sentença dos embargos oferecidos e acór- §2ºEm seguida, os autos irão com vista ao Pro-
dão, no caso de reexame necessário ou interpo- curador-Geral de Justiça.
sição de recurso;
Art. 367. Deferido o precatório, o Presidente expedirá
V - cálculo do valor executado, acompanhado requisição da quantia necessária ao pagamento do dé-
da respectiva planilha; bito judicial, endereçada ao ordenador de despesa da
entidade de direito público devedora, comunicando o
VI - decisão sobre o cálculo e acórdão, no caso
fato ao Juízo requisitante.
de ter havido recurso;
Parágrafo único. Dessa decisão caberá agravo
VII - certidão de que as decisões mencionadas
regimental ao Órgão Especial.
nos incisos I, IV e VI deste artigo transitaram em
julgado; Art. 368. Será obrigatória a inclusão, no orçamento da
entidade de direito público devedora, relativamente a
VIII - cópia da cédula de identidade (RG) e do
precatório deferido e requisitado no Tribunal de Justi-
cartão de identificação do contribuinte (CIC/
ça, quando apresentada a requisição no ente devedor
CPF) dos credores;
até 1º de julho, da verba necessária ao pagamento do
IX - petição inicial da execução; débito até o final do exercício seguinte, quando os va-
lores serão atualizados monetariamente.
X - decisão que determinou a expedição do pre-
catório e certidão de preclusão; Art. 369. Feito o depósito requisitado, será este transfe-
rido para conta de poupança judicial, ocasião em que
XI - certidão de intimação do representante do
o Presidente do Tribunal determinará o repasse da
Ministério Público acerca dos cálculos apresen-
respectiva verba ao Juízo da execução, que calculará
tados;
as contribuições previdenciárias e o imposto de renda
XII - procuração e substabelecimento. retido na fonte, efetuará os respectivos recolhimentos
e o pagamento do saldo ao credor.
XIII - decisão que tenha reconhecido a existência
de doença grave, na forma da lei, quando for o Art. 370. No precatório decorrente de mandado de
caso. segurança proposto originariamente neste Tribunal
de Justiça, será observado, quanto ao pagamento e
§1º Serão reputados credores, para os fins deste
cálculos, igual procedimento previsto no art. 369 des-
artigo:
te Regimento, perante o Departamento Econômico e
I - os exequentes, quanto aos créditos a eles refe- Financeiro.
ridos por sentença ou acórdão;
Art. 372. Caberá ao Presidente do Tribunal, a requeri-
II - os advogados, quanto aos honorários advo- mento do credor preterido em seu direito de precedên-
catícios; cia, ou de não alocação orçamentária do valor necessá-
rio ao pagamento do precatório, ouvido, em dez dias,
III - os auxiliares do Juízo, quanto às custas e
o Procurador-Geral de Justiça, autorizar o sequestro
despesas dos atos por eles praticados.
de quantia necessária à satisfação do débito.
§2º O Presidente do Tribunal de Justiça poderá
§1º No caso de não liberação tempestiva dos re-
instituir, mediante Decreto, procedimento vir-
cursos, durante a vigência do regime especial de
tual de expedição e deferimento de precatórios
pagamento dos precatórios requisitórios previs-
requisitórios que terá pelo menos os dados pre-
to no art. 97 do ADCT:
vistos no caput e incisos deste artigo.
I - haverá o sequestro da quantia nas contas de
§3º O cumprimento do disposto no art. 22, §4º,
Estados e Municípios devedores, quanto a sua
da Lei nº 8.906/94 dependerá de requerimento
administração direta ou indireta, por ordem do
ao Juízo de execução, que o apreciará previa-
Presidente do Tribunal requerido, até o limite
mente à expedição do precatório.
do valor não liberado;
§4º A Escrivania/Secretaria deverá certificar nos
II - constituir-se-á, alternativamente, por ordem
autos de origem o trânsito em julgado das decisões
do Presidente do Tribunal requerido, em favor
mencionadas nos incisos I, IV, VI e X deste artigo.
dos credores de precatórios, contra Estados e
Art. 366. Protocolizado, o precatório será encaminha- Municípios devedores, direito líquido e certo,
do ao Departamento Econômico e Financeiro, que o autoaplicável e independentemente de regula-
autuará e o registrará em sistema próprio, e, depois de mentação, à compensação automática com dé-
informado, remetê-lo-á ao Gabinete da Presidência do bitos líquidos lançados por esta contra aqueles,
Tribunal para julgamento. e, havendo saldo em favor do credor, o valor
terá automaticamente poder liberatório do pa-
§1º O precatório será deferido após o atendi-
gamento de tributos de Estados e Municípios
mento dos requisitos do art. 365 deste Regimen-
devedores, até onde se compensarem.
to, podendo ser determinada a adoção de outras
providências pelo Presidente do Tribunal para §2º Dessa decisão caberá agravo regimental ao
sua regularização. Órgão Especial.

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f.1) Serviço Clínico


04 REGULAMENTO DO TJ/PR
f.2) Serviço Cirúrgico
Art. 1º. Este regulamento estabelece a estrutura do Tri-
bunal de Justiça, fixa a competência dos órgãos que o f.3) Serviço Técnico-Administrativo;
integram e dispõe sobre as atribuições dos titulares g) Seção de Apoio Administrativo:
dos cargos e funções.
g.1) Serviço de Atendimento ao Público e Digi-
DA DIRETORIA GERAL DO TRIBUNAL DE tação;
JUSTIÇA V - Centro de Educação Infantil
Art. 2º. A Diretoria-Geral do Tribunal de Justiça é a) Supervisão;
constituída de:
b) Assessoria Pedagógica;
I - Gabinete do Diretor-Geral;
c) Seção Administrativa:
II - Departamento Judiciário;
c.1) Serviço de Atendimento à Secretaria, Digita-
III - Departamento Administrativo; ção, Papelaria e Material Didático;
IV - Departamento Econômico e Financeiro; c.2) Serviço de Atendimento Externo e Trans-
V - Departamento do Patrimônio; porte Escolar;

VI - Departamento de Gestão de Serviços Ter- c.3) Serviço de Compras e Controle de Estoques


ceirizados; e Almoxarifado;
VII - Departamento de Engenharia e Arquitetu- c.4) Serviço de Conservação e Limpeza;
ra; c.5) Serviço de Atendimento Alimentar;
DO GABINETE DO DIRETOR-GERAL: c.6) Serviço de Lavanderia.
Art. 3º. O Gabinete do Diretor-Geral é constituído de: d) Seção de Atendimento ao Berçário:
I - Chefia de Gabinete: d.1) Serviço de Atendimento ao Berçário I;
a) Oficial de Gabinete; d.2) Serviço de Atendimento ao Berçário II;
b) Assessor de Gabinete; d.3) Serviço de Atendimento ao Lactário e Este-
rilização;
c) Auxiliar de Gabinete;
d.4) Serviço de Higiene e Limpeza dos Berçá-
II - Assessoria Jurídica,
rios.
III - Assessoria de Controle de Resultados:
e) Seção de Atendimento ao Maternal:
IV - Centro de Assistência Médica e Social:
e.1) Serviço de Atendimento ao Maternal I;
a) Supervisão do Centro de Assistência Médica
e.2) Serviço de Atendimento ao Maternal II.
e Social:
f) Seção de Atendimento à Educação Infantil:
b) Seção Médica:
f.1) Serviço de Atendimento ao Jardim I;
b.1) Serviço de Clínica Médica;
f.2) Serviço de Atendimento ao Jardim II;
b.2) Serviço de Clínica Cirúrgica;
f.3) Serviço de Atendimento ao Jardim III.
b.3) Serviço de Clínica Pediátrica;
g) Seção de Apoio:
b.4) Serviço de Perícia Médica;
g.1) Serviço Social;
c) Seção de Enfermagem:
g.2) Serviço de Artes;
c.1) Serviço de Vacinação;
g.3) Serviço de Recreação.
d) Seção de Psicologia:
VI – Centro de Apoio ao Fundo de Reequipa-
d.1) Serviço de Psicologia para Adultos;
mento do Poder Judiciário- FUNREJUS.
d.2) Serviço de Psicologia para Adolescentes;
a) Supervisão;
d.3) Serviço de Psicologia Infantil;
b) Divisão Jurídica:
e) Seção de Serviço Social:
b.1) Seção de Assessoramento Jurídico;
e.1) Serviço de Atendimento Psiquiátrico;
b.2) Seção de Orientação Jurídico-Administrati-
f) Seção Odontológica: vo;

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c) Divisão de Arrecadação e Fiscalização: c.3) Seção de Referência, Pesquisa e Atendimen-


to ao público.
c.1) Seção de Arrecadação:
d) Divisão de Jurisprudência:
c.1.1) Serviço de Controle da Receita;
d.1) Seção de Seção de Análise da Informação;
c.1.2) Serviço de Digitação e Emissão de Rela-
tórios; d.2) Seção de Pesquisa Jurisprudencial;
c.2) Seção de Fiscalização: d.3) Seção de Jurisprudência Comparada.
c.2.1) Serviço de Avaliação de Guias; e) Divisão de Informação Legislativa:
c.2.2) Serviço de Orientação; e.1) Seção de Análise e Divulgação de Atos;
d) Divisão de Contabilidade e Orçamento: e.2) Seção de Editoração Legislativa.
d.1) Seção de Contabilidade; f) Divisão de Tecnologia da Informação:
d.1.1) Serviço de Contabilidade Financeira; f.1) Seção de Gerenciamento de Documentos
on-line;
d.1.2.) Serviço de Contabilidade Patrimonial;
f.2) Seção de Edição Eletrônica - Revista;
d.2) Seção de Orçamento:
f.3) Seção de Informação Digital.
d.2.1) Serviço de Controle Orçamentário;
g) Divisão de Museu da Justiça:
d. 2.2) Serviço de Execução Orçamentária;
g.1) Seção de Catalogação da Documentação
e) Divisão Administrativa:
Histórica;
e.1) Seção de Sistematização de Dados;
g.2) Seção de Controle e Manutenção do Acervo
e.1.1) Serviço de Controle de Dados; Histórico.
e.1.2) Serviço de Atendimento; IX - Centro de Protocolo Judiciário Estadual,
Autuação e Arquivo Geral:
e.2) Seção de Distribuição e Expedição;
a) Coordenadoria;
e.2.1) Serviço de Movimentação de Expedientes;
a.1) Assistente de Gabinete;
e.2.2) Serviço de Expedição.
b) Divisão de Assessoramento Técnico e Admi-
VII. Centro de Apoio ao Fundo da Justiça -
nistrativo;
FUNJUS:
b.1) Seção de Apoio e Pesquisa;
a) Supervisão;
b.2) Seção de Recebimento de Expedientes e
b) Divisão Jurídica;
Atendimento Interno;
b.1) Seção de Assessoramento Jurídico;
b.2.1) Serviço de Juntadas e Anexações;
b.2) Seção de Apoio Administrativo.
b.3) Seção de Recebimento de Fac-Símile e Cor-
c) Divisão de Controladoria; reio Eletrônico;
c.1) Seção de Contabilidade, Finanças e Orça- b.3.1) Serviço de Recebimento e Registro de
mento; E-Mail;
c.2) Seção de Fiscalização e Arrecadação; b.3.2) Serviço de Distribuição;
c.3) Seção de Apoio Administrativo. b.4) Seção de Protocolo Judiciário Descentrali-
zado;
d) Divisão de Gestão do Processo de Estatiza-
ção; b.4.1) Serviço de Distribuição de Expedientes da
Diretoria-Geral;
d.1) Seção de Informações, Comunicação e Mo-
nitoramento; b.4.2) Serviço de Distribuição de Expedientes da
Corregedoria-Geral da Justiça;
VIII - Centro de Documentação:
b.4.3) Serviço de Malote;
a) Supervisão;
b.5) Seção de Juntadas e Anexações;
b) Assessoria Técnica;
b.5.1) Serviço de Recebimento e Triagem de Ex-
c) Divisão de Biblioteca:
pedientes;
c.1) Seção de Gerenciamento do Acervo;
b.5.2) Serviço de Cadastramento de Expedien-
c.2) Seção de Controle de Periódicos; tes;

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b.5.3) Serviço de Consulta e Informação; d.3.5) Serviço de Pesquisa Protocolar Interna;


b.5.4) Serviço de Distribuição de Expedientes; e) Divisão de Protocolo e Autuação de Medidas
Urgentes:
b.6) Primeira Seção de Reprodução e Autentica-
ção de Documentos; e.1) Seção de Apoio Técnico-Administrativo;
b.6.1) Serviço de Reprografia; e.2) Seção de Apoio Técnico-Jurídico;
b.6.2) Serviço de Autenticação; e.3) Seção de Recebimento, Triagem e Abertura
de Correspondências;
b.6.3) Serviço de Controle de Custos;
e.3.1) Serviço de Recebimento e Distribuição;
b.6.4) Serviço de Controle de Materiais;
e.4) Seção de Cadastro e Controle de Documen-
b.7) Segunda Seção de Reprodução e Autentica-
tos;
ção de Documentos;
e.4.1) Serviço de Controle de Movimentação
b.7.1) Serviço de Autenticação;
Protocolar;
b.7.2) Serviço de Controle de Materiais;
e.4.2) Serviço de Expedição de Documentos;
b.8) Seção de Protocolo Judiciário de 2º Grau;
e.5) Seção de Revisão de Dados Cadastrais;
c) Divisão de Arquivo Geral:
e.5.1) Serviço de Distribuição e Consulta;
c.1) Seção de Controle de Guarda de Documen-
e.5.2) Serviço de Seleção de Expedientes;
tos;
e.6) Seção de Autuação e Registro de Habeas
c.1.1) Serviço de Classificação;
Corpus e Mandado de Segurança;
c.1.2) Serviço de Atualização de Dados;
e.6.1) Serviço de Recepção e Expedição;
c.1.3) Serviço de Manutenção de Arquivamento;
e.6.2) Serviço de Controle de Capeamento e Nu-
c.2) Seção de Microfilmagem; meração;
c.2.1) Serviço de Duplicação e Inspeção de Mi- e.6.3) Serviço de Numeração;
crofilme;
e.6.4) Serviço de Conferência;
c.2.2) Serviço de Preparação de Documentos;
e.6.5) Serviço de Autuação de Habeas Corpus;
c.2.3) Serviço de Processamento de Microfilmes;
e.6.6) Serviço de Autuação de Mandado de Se-
c.2.4) Serviço de Organização de Documentos; gurança;
c.2.5) Serviço de Cadastramento, Conferência e e.7) Seção de Autuação e Registro de Agravos de
Consulta de Dados; Instrumento;
c.2.6) Serviço de Eliminação de Documentos; e.7.1) Serviço de Recepção e Expedição;
c.3) Seção de Arquivo; e.7.2) Serviço de Autuação;
c.3.1) Serviço de Atendimento e Consulta; e.7.3) Serviço de Conferência;
d) Divisão de Protocolo Administrativo: e.7.4) Serviço de Controle de Capeamento e Nu-
meração;
d.1) Seção de Atendimento ao Público;
f) Divisão de Protocolo e Autuação de Apela-
d.1.1) Serviço de Recebimento e Registro;
ções Cíveis e Criminais:
d.1.2) Serviço de Pesquisa Protocolar;
f.1) Seção de Autuação e Registro de Apelações
d.1.3) Serviço de Fotocópia; Cíveis;
d.2) Seção de Análise de Dados Cadastrais; f.1.1) Serviço de Autuação Cível;
d.2.1) Serviço de Conferência de Dados; f.1.2) Serviço de Conferência;
d.3) Seção de Cadastramento de Expedientes f.2) Seção de Autuação e Registro de Apelações
Administrativos; Criminais;
d.3.1) Serviço de Apoio e Informação; f.2.1) Serviço de Autuação Crime;
d.3.2) Serviço de Alteração de Dados; f.2.2) Serviço de Conferência;
d.3.3) Serviço de Distribuição; f.3) Seção de Autuação e Registro de Ações Res-
cisórias e Conflitos de Competência;
d.3.4) Serviço de Controle de Movimentação
Protocolar; X - Centro de Transporte:

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a) Supervisão; XIV - conceder os benefícios estatutários aos


servidores do Tribunal e serventuários da Justi-
b) Seção de Controle de Pessoal e Materiais:
ça, nos termos da legislação de regência ou por
b.1) Serviço de Controle de Motoristas; delegação do Presidente;
b.2) Serviço de Controle de Materiais XV - justificar faltas dos servidores ao serviço,
c) Seção de Controle de Frota: na forma da Lei;

c.1) Serviço de Documentação; XVI - Abrir, rubricar e encerrar os livros destina-


dos aos serviços do Tribunal de Justiça;
c.2) Serviço de Combustível;
XVII - exercer qualquer outro encargo que lhe
c.3) Serviço de Lavagem e Lubrificação; for atribuído pelo Presidente do Tribunal;
d) Seção de Oficina Automotiva: XVIII - autorizar
d.1) Serviço de Mecânica; a) despesas até o limite máximo previsto para a
d.2) Serviço de Lataria e Pintura; “Modalidade Dispensável de Licitação” (Lei n.º
8.666/93), bem como as liquidações e os paga-
d.3) Serviço de Almoxarifado. mentos, excetuadas as despesas com a magistra-
Art. 4º. Ao Diretor-Geral do Tribunal de Justiça com- tura e subvenções sociais;
pete: b) a concessão de verbas de adiantamento a
I - supervisionar todos os serviços da Diretoria- servidores do Quadro de Pessoal da Secretaria,
Geral, orientando-os, coordenando-os, fiscali- que passa a denominar-se Diretoria-Geral, de
zando-os e respondendo por sua regularidade; conformidade com o Provimento n.º 01/88, do
Tribunal de Contas;
II - velar pela disciplina, ordem, guarda, asseio
e conservação dos prédios e do patrimônio do c) a concessão do Auxílio Funeral, nos termos do
Poder Judiciário; art. 102 da Lei Estadual nº.16024/2008;
III - despachar pessoalmente com o Presidente d) a implantação, em folha de pagamento, do
do Tribunal; auxílio alimentação conforme previsão da Lei
Estadual nº. 16.476/2010 e suas alterações;
IV - secretariar as sessões do Tribunal Pleno e do
Órgão Especial; e) determinar a implantação, em folha de paga-
mento, de cotas referentes a salário família, na
V - fazer cumprir as determinações do Presiden-
forma prevista em Lei;
te do Tribunal;
XIX - lotar os servidores nos diversos órgãos da
VI - propor ao Presidente do Tribunal provi-
Diretoria-Geral, excetuados os dos Gabinetes da
dências para aperfeiçoar os serviços da Direto-
Cúpula Diretiva do Poder Judiciário, e dos Ga-
ria-Geral;
binetes dos Desembargadores;
VII - delegar atribuições aos Diretores de De-
XX - organizar a escala de férias dos servidores
partamento, Coordenadores, Supervisores e
do Quadro da Secretaria, que passa a denomi-
Assessores, de acordo com as necessidades do
nar-se Diretoria-Geral, a exceção dos lotados
serviço;
nos Gabinetes da Cúpula Diretiva e dos Senho-
VIII - aplicar sanções administrativas as licitan- res Desembargadores;
tes e empresas contratadas pelo Tribunal de Jus-
XXI - determinar anotações nas fichas de assen-
tiça previstas no artigo 150 da Lei Estadual n.
tamentos funcionais, referentes a licenças, fé-
15.608/07;
rias, comunicações e outras dos servidores do
IX - aplicar penalidades aos servidores da Secre- Tribunal de Justiça;
taria do Tribunal de Justiça, que passa a deno-
XXII - analisar os recursos administrativos;
minar-se Diretoria-Geral do Tribunal de Justiça,
nos termos do artigo 204 da Lei n. 16.024/08; XXIII - nos expedientes em que sejam interessa-
dos os servidores do Tribunal de Justiça
X - propor elogios aos servidores que se destaca-
rem pela disciplina e dedicação ao serviço; a) determinar a contagem de tempo de serviço;
XI - indicar ao Presidente do Tribunal os servi- b) conceder licença especial;
dores que devam compor as diversas Comis-
c) conceder licença para tratamento de saúde,
sões;
por motivo de doença em pessoa da família e
XII - emitir pareceres jurídicos em expedientes a gestante;
que tramitem pela Diretoria-Geral;
d) conceder horário especial de trabalho a fun-
XIII - emitir Ordens de Serviço; cionário estudante.

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e) conceder, transferir, cassar ou interromper as III - exercer demais atividades no âmbito de sua
férias dos servidores da Diretoria-Geral, obser- competência.
vando o disposto no item anterior; Art. 7º. Ao Assessor de Gabinete do Diretor-Geral
XXIV - expedir certidões de documentos arqui- compete:
vados ou em trâmite na Diretoria-Geral: I - analisar e minutar decisões em matéria de
XXV - representar ao Presidente do Tribunal so- competência do Diretor-Geral;
bre eventuais faltas funcionais dos servidores, II - analisar e minutar decisões em pedidos de
sugerindo as medidas cabíveis; reconsideração de decisões exaradas pelo Dire-
XXVI - registrar diplomas de bacharel em Direi- tor-Geral e em recursos administrativos das de-
to; cisões exaradas pelos Diretores e Supervisores
Administrativos.
XXVII - autorizar anotação de diplomas, certi-
ficados de aproveitamento e atestados de fre- Art. 8º. Ao Auxiliar de Gabinete do Diretor-Geral com-
quência de cursos, nas fichas de assentamentos pete:
funcionais dos servidores do Tribunal de Justi- I - auxiliar o Oficial de Gabinete no atendimen-
ça; to de partes e nos demais serviços inerentes ao
XXVIII - expedir certidões em sua área de atua- cargo;
ção; II - digitar todo o serviço do Gabinete;
XXIX - autorizar o pagamento de diárias e aju- III - manter ordenadamente arquivadas as có-
da de custo aos servidores definidos no artigo pias dos serviços que forem digitados.
123 e seus Incisos, do Código de Organização e IV - arquivar a correspondência recebida e aten-
Divisão Judiciária do Estado; após delegação do dida, após determinação neste sentido;
Presidente do Tribunal;
V - proceder a digitação das atas do Tribunal
XXX - conforme o caso e a seu critério, a perma- Pleno e do Órgão Especial, dos Termos de Posse
nência de servidores em qualquer dependência e de Certidões;
do Tribunal, fora do horário de expediente;
VI - atender ao público quando solicitado, espe-
XXXI - expedir certidões afetas às áreas de atua- cificamente com referência ao registro de diplo-
ção do Centro de Protocolo Judiciário Estadual mas e entrega de certidões;
e Arquivo Geral;
VII - exercer demais atribuições no âmbito de
XXXII - autorizar, no âmbito da Diretoria-Geral, sua competência.
os servidores do Poder Judiciário ou de outro
Art. 9º. À Assessoria Jurídica do Gabinete do Diretor-
órgão, desde que regularmente cedidos a este
Geral compete:
Poder, a conduzir veículos oficiais da frota des-
te Tribunal: I - prestar assessoramento jurídico e administra-
tivo ao Diretor-Geral;
Art. 5º. Ao Chefe de Gabinete do Diretor Geral com-
pete: II - realizar pesquisa de legislação, doutrina e
jurisprudência sobre assuntos pertinentes à Ad-
I - supervisionar todo serviço afeto ao Gabinete, ministração do Tribunal de Justiça;.
orientando o cumprimento das ordens superiores;
III - analisar, emitir parecer e minutar decisões
II - elaborar e, após aprovada, fazer expedir a em matéria de competência do Diretor-Geral,
correspondência pessoal do Diretor Geral, bem em especial, abertura e prorrogação de concurso
como estudar os expedientes que lhe forem en- público, convênios, exceto os assuntos referen-
caminhados; tes aos Juizados Especiais; realização de cursos
III - recepcionar e anunciar as autoridades, ob- e congressos por servidores promovidos pela
servando o protocolo sobre a espécie; Escola dos Servidores do Poder Judiciário - ESE-
JE, instauração de procedimento administrativo
IV - marcar audiências solicitadas, de acordo disciplinar e pedido de providências contra ser-
com a agenda do Diretor-Geral; vidores do Quadro de Pessoal da Secretaria, que
V - exercer outras atribuições que lhe forem con- passa a denominar-se Diretoria-Geral, pedidos
feridas pelo Diretor-Geral; de enquadramento funcional, de reconsidera-
ção e recursos administrativos, esses dois últi-
Art. 6º. Ao Oficial de Gabinete do Diretor Geral com-
mos quando disserem respeito aos assuntos tra-
pete:
tados neste artigo;
I - desempenhar com presteza e urbanidade as
IV - . elaborar estudos, quando determinado,
tarefas que lhe forem atribuídas;
sobre outras matérias de cunho jurídico-admi-
II - colaborar no atendimento de partes que nistrativo levada a exame do Diretor-Geral e do
compareçam ao Gabinete; Presidente;

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V - elaborar ou revisar minutas de anteprojetos I - instruir os processos a serem encaminhadas


de lei e propostas de atos normativos sobre as- ao Conselho Diretor;
suntos pertinentes à Administração do Tribunal
II - elaborar pareceres técnicos- jurídicos e infor-
de Justiça, por determinação do Diretor-Geral
mações sobre matéria específica do FUNREJUS;
ou Presidente;
VI - responder à consultas jurídicas formuladas III - elaborar minutas de normas inerentes ao
ou encaminhadas pelo Diretor-Geral ou Presi- FUNREJUS;
dente. IV - prestar assessoramento ao Conselho Dire-
§1º. Ao Coordenador da Assessoria Jurídica, tor;
que deverá ser ocupante do cargo de Assessor V - desenvolver outras atividades correlatas.
Jurídico efetivo, do Quadro de Pessoal da Secre-
taria, que passa a denominar-se Diretoria-Geral, Art. 13 – À Divisão Jurídica compete:
incumbe coordenar os serviços afetos ao setor
a) Através da Seção de Assessoramento Jurídico:
e das demais Assessorias Jurídicas do Tribunal,
para fins de unificação da jurisprudência admi- I – instruir os processos a serem encaminhados
nistrativa, orientando o seu cumprimento. ao Conselho Diretor;
§ 2º. Ao Supervisor da Assessoria Jurídica, que II – dar andamento aos processos encaminha-
deverá ser ocupante do cargo de Assessor Jurí- dos à Assessoria para consultas e informações;
dico efetivo do Quadro de Pessoal da Secreta-
ria, que passa a denominar-se Diretoria-Geral, III – elaborar minutas de normas inerentes ao
incumbe supervisionar, impulsionar e distribuir FUNREJUS (alterações legislativas, decretos ju-
os processos e expedientes encaminhados à As- diciários, instruções normativas, portarias);
sessoria para consultas, informações, pareceres IV – elaborar pareceres técnico-jurídicos e infor-
e cotas. mações sobre matéria específica do FUNREJUS;
Art. 9º-A. À Assessoria de Controle de Resultados V – desenvolver outras tarefas correlatas.
compete:
b) Através da Seção de Orientação Jurídico-Ad-
I - acompanhar as atividades desempenhadas ministrativo:
nos departamentos, centros e núcleos;
I. - Prestar assessoramento ao Conselho Diretor;
II - elaborar relatórios de acompanhamento
para subsidiar o processo de tomada de decisão; II. - Dar ciência as partes interessadas dos des-
pachos do Conselho Diretor; e pareceres dos
III - exercer demais atividades que lhe forem
seus membros;
atribuídas.
III. - Solicitar informações em autos de pedido
DO CENTRO DE APOIO AO FUNDO DE de providências, reclamações; Inspeção e Cor-
REEQUIPAMENTO DO PODER JUDICIÁRIO – reições, nas serventias da Capital e Interior;
FUNREJUS
IV. - Desenvolver outras tarefas correlatas.
Art.12- Ao Centro de Apoio ao Fundo de Reequipa-
mento do Poder Judiciário- FUNREJUS compete: Art. 14 – À Divisão de Arrecadação e Fiscalização com-
pete:
a) através da Supervisão:
a) Através da Seção de Arrecadação e seus ser-
I. supervisionar, coordenar e promover o desen-
viços:
volvimento do FUNREJUS para que sejam atin-
gidas suas finalidades; I. Receber diariamente as guias de recolhimen-
to, encaminhadas pelo banco;
II - fixar as diretrizes administrativas operacio-
nais; II. Organizar e controlar o lançamento das
III - gerenciar a implantação e o desenvolvimen- guaias no sistema próprio de controle e geren-
to de programas afetos a área; ciamento;

IV - elaborar, anualmente, relatório das ativida- III. Conferir os lançamentos efetuados;


des do FUNREJUS; submetendo-o à apreciação IV. Informar os pedidos de restituição de reco-
do Conselho Diretor; lhimentos incorretos ou em duplicidade;
V - prestar a supervisão técnica especializada V. Manter atualizado o sistema de controle de
nas áreas pertinentes ao Centro; guias restituídas;
VI - exercer outras atividades determinadas por
VI. Elaborar e manter atualizado os relatórios
seus superiores.
gerenciais sobre o comportamento da arrecada-
b) através da Assessoria Jurídica: ção;

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VII. Elaborar e manter atualizados os relatórios XII – elaborar e encaminhar a prestação de con-
de controle de receita por fontes, visando dar tas mensal para a Inspetoria de Controle Exter-
suporte às Seções de Contabilidade e Orçamen- no do Tribunal de Contas;
to nas suas atribuições;
XIII – elaborar, encaminhar e acompanhar o an-
VIII. Exercer outras atribuições que sejam rela- damento da prestação de contas anual;
cionadas a arrecadação;
XIV – exercer o controle contábil de todos os
c) através da Seção de Fiscalização e seus ser- atos da gestão orçamentária, financeira e pa-
viços: trimonial; d) através da Seção de Orçamento e
I – analisar relatórios com a finalidade de pro- seus serviços:
duzir dados estatísticos sobre os recolhimentos I - auxiliar na elaboração da proposta orçamen-
do FUNREJUS por fonte de receita, por unidade tária;
arrecadadora e quantidade de guias;
II - auxiliar na elaboração do Plano de Aplica-
II – fiscalizar as unidades arrecadadoras no que ção, exercendo o controle sobre a sua execução;
diz respeito ao preenchimento correto das guias;
III - promover a execução orçamentária e finan-
III – elaborar e implantar sistema de controle e
ceira em conformidade com a metas previstas;
avaliação das guias;
IV - avaliar a segurança e a eficácia dos sistemas IV - proceder a classificação orçamentária das
de controle da arrecadação; despesas em conformidade com as normas vi-
gentes;
V – verificar o cumprimento das normas e pro-
cedimentos estabelecidos. V - efetuar os bloqueios estimativos de recursos,
assegurando orçamento para os bens e serviços
Art. 15 – À Divisão de Contabilidade e Orçamento que estão em processo de aquisição;
compete;
VI - elaborar e manter atualizado o cadastro de
a) Através da Seção de Contabilidade e seus ser- fornecedores;
viços:
VII - emitir as notas de empenhos, de estorno ou
I – contabilizar as receitas de acordo com a Lei
de recolhimento;
de Orçamento;
VIII - controlar a execução do orçamento, pro-
II – efetuar mensalmente a contabilização e o re-
pondo as alterações orçamentárias necessárias;
passe das receitas de terceiros, conforme a legis-
lação vigente, mantendo relatórios atualizados IX - elaborar e manter atualizado os relatórios
III – processar toda a documentação relativa a gerenciais relativos a execução do Plano de
pagamentos, observando a regularidade dos Aplicação e do orçamento;
processos; X - elaborar o relatório anual de execução orça-
IV – prestar as informações relativas a processos mentária e financeira para a prestação de contas;
de pagamentos; XI - elaborar relatório de execução física do or-
V – manter organizado o arquivo de processos çamento.
de pagamentos auditados pela Inspetoria de Art. 16 – À Divisão Administrativa compete:
Controle Externo do Tribunal de Contas, de for-
ma a agilizar as consultas; a) através da Seção de Sistematização de Dados
e seus serviços:
VI – controlar e fiscalizar a consulta de proces-
sos já auditados pelo Tribunal de Contas; I - fornecer as unidades arrecadadoras as guias
VII – exercer o controle sobre os processos de de recolhimento;
despesas parciais, dedutivos de empenhos esti- II - prestar atendimento ao público;
mativos ou globais;
III - orientar às unidades arrecadadoras respon-
VIII - efetuar e controlar as aplicações financei- sáveis pelos recolhimentos ao FUNREJUS, sobre
ras, mantendo relatórios atualizados; o correto preenchimento das guias, observando-
IX - executar periodicamente as rotinas de audi- se o disposto na regulamentação própria;
toria do sistema de contabilidade; IV - digitar todos os serviços da Assessoria Ju-
X – elaborar e efetuar os lançamentos manuais rídica;
no sistema de contabilidade, quando necessário;
V - manter, ordenadamente arquivadas as có-
XI – elaborar e manter atualizado o relatório de pias dos serviços que forem executados, bem
incorporação de bens móveis e imóveis, resultan- como da legislação selecionada, permitindo fá-
tes e independentes da execução orçamentaria; cil consulta quando necessário;

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e) através da Seção de Distribuição e Expedição b.1) através da Seção de Assessoramento Jurídico:


e seus serviços:
I - prestar assessoramento ao Conselho Diretor;
I - receber, triar e cadastrar os expedientes perti-
II - instruir os processos a serem encaminhados
nentes ao FUNREJUS;
ao Conselho Diretor;
II - autuar os processos a fim de providenciar III - dar andamento aos processos encaminha-
a respectiva distribuição, encaminhamento ou dos à Assessoria para consultas e informações;
alteração da distribuição;
IV - elaborar minutas de normas inerentes ao
III - extrair e juntar aos autos os respectivos ter- Fundo da Justiça (alterações legislativas, decre-
mos de distribuição e conclusão, bem como, as tos judiciários, instruções normativas, porta-
etiquetas próprias; rias);
IV - encaminhar os processos conclusos aos De- V - elaborar pareceres técnico-jurídicos e infor-
sembargadores relatores; mações sobre matéria específica do Fundo da
V - expedir ofícios e correspondências aos seto- Justiça;
res envolvidos. VI - desenvolver outras tarefas correlatas.
Art. 16-A. Ao Centro de Apoio ao Fundo da Justiça b.2) através da Seção de Apoio Administrativo:
compete:
I - elaborar e encaminhar as pautas de reuniões
a) através da Supervisão: do Conselho Diretor;
I - supervisionar, coordenar e promover o de- II - organizar e Arquivar os documentos e atas
senvolvimento do Fundo da Justiça para que referentes às reuniões do Conselho Diretor;
sejam atingidas suas finalidades;
III - dar ciência às partes interessadas dos des-
II - fixar as diretrizes administrativas operacio- pachos do Conselho Diretor e pareceres dos
nais; seus membros;
III - gerenciar a implantação e o desenvolvimen- IV - solicitar informações em autos de pedido de
to de programas afetos a área; providências, reclamações, inspeções e correi-
IV - elaborar, anualmente, relatório das ativida- ções, nas serventias do foro judicial da Capital
e do Interior;
des do Fundo da Justiça, submetendo-o à apre-
ciação do Conselho Diretor; V - desenvolver outras tarefas correlatas.
V - prestar a supervisão técnica especializada Art. 16-C. À Divisão de Controladoria compete:
nas áreas pertinentes ao Centro;
c.1) através da Seção de Contabilidade, Finanças
VI - orientar os servidores das serventias do e Orçamento:
foro judicial em caso de descumprimento das
I - contabilizar as receitas de acordo com a legis-
normas e procedimentos adotados quanto à lação vigente e Lei de Orçamento;
arrecadação de custas apontados pela Divisão
de Controladoria/Seção de Fiscalização e Arre- II - efetuar a contabilização e o repasse das recei-
cadação e, no caso de reincidência, proceder à tas de terceiros, conforme a legislação vigente,
notificação do Diretor da Secretaria assinalando mantendo relatórios atualizados;
prazo para que se adote as providências neces- III - processar toda a documentação relativa a
sárias ao exato cumprimento da lei; pagamentos, observando a regularidade dos
VII - comunicar o Juiz de Direito da respectiva processos;
Secretaria do foro judicial e a Corregedoria-Ge- IV - prestar as informações relativas a processos
ral da Justiça a respeito do não atendimento de pagamentos;
da notificação referida no inciso anterior ou no
caso de averiguação de qualquer ato executado V - manter organizado o arquivo de processos
por servidor das serventias estatizadas que pos- de pagamentos auditados pela Inspetoria de
sa dar origem a procedimento administrativo Controle Externo do Tribunal de Contas, de for-
ma a agilizar as consultas;
disciplinar;
VI - controlar e fiscalizar a consulta de processos
VIII - supervisionar a gestão do processo de es-
já auditados pelo Tribunal de Contas;
tatização;
VII - exercer o controle sobre os processos de
IX - aplicar as disponibilidades financeiras;
despesas parciais, dedutivos de empenhos esti-
X - exercer outras atividades determinadas por mativos ou globais;
seus superiores.
VIII - controlar as aplicações financeiras, man-
Art. 16-B. À Divisão Jurídica compete: tendo relatórios diários;

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IX - executar periodicamente as rotinas de audi- IV - verificar o cumprimento das normas e pro-


toria no Sistema Integrado de Acompanhamen- cedimentos estabelecidos e, em caso de des-
to Financeiro - SIAF ou outro que venha a ser cumprimento, comunicar ao Chefe da Divisão
adotado; de Controladoria que deverá levar o fato ao co-
nhecimento do Supervisor do Centro de Apoio
X - elaborar e efetuar os lançamentos manuais
ao Fundo da Justiça para adoção das medidas
no sistema de contabilidade, quando necessário; previstas no art. 16-A, VII, a;
XI - elaborar e manter atualizado o relatório de
incorporação de bens móveis e imóveis, resul- V - avaliar a segurança e a eficácia dos sistemas
tantes e independentes da execução orçamentá- de controle da arrecadação;
ria;
VI - encaminhar relatório dos débitos apurados
XII - elaborar e encaminhar a prestação de con- e dos remanescentes à Chefia imediata;
tas mensal para a Inspetoria de Controle Exter-
VII - elaborar e analisar relatórios com a fina-
no do Tribunal de Contas;
lidade de produzir dados estatísticos sobre os
XIII - elaborar, encaminhar e acompanhar o an- recolhimentos do Fundo da Justiça por tipo de
damento da prestação de contas anual; receita, por unidade arrecadadora e quantidade
de guias;
XIV - exercer o controle contábil de todos os
atos da gestão orçamentária, financeira e patri- VIII - fornecer, quando solicitado, relatórios à
monial; Corregedoria-Geral da Justiça para efeitos de
correição;
XV - elaborar a proposta orçamentária;
IX - prestar informações em expedientes e aos
XVI - elaborar o Plano de Aplicação, exercendo
interessados;
o controle sobre a sua execução;
X - executar outras tarefas atribuídas.
XVII - promover a execução orçamentária;
XVIII - proceder à classificação orçamentária XI - receber diariamente as informações sobre os
das despesas em conformidade com as normas recolhimentos das receitas encaminhadas pelos
vigentes; bancos;

XIX - efetuar os bloqueios estimativos de recur- XII - organizar e controlar o lançamento das
sos, assegurando orçamento para os bens e ser- guias no sistema próprio de controle e gerencia-
viços que estão em processo de aquisição; mento;

XX - elaborar e manter atualizado o cadastro XIII - conferir os lançamentos efetuados;


de fornecedores; XXI - emitir as notas de empe- XIV - informar os pedidos de restituição de re-
nhos, de estorno ou de recolhimento; colhimentos incorretos ou em duplicidade;
XXII - controlar a execução do orçamento, pro- XV - manter atualizado o sistema de controle de
pondo as alterações orçamentárias necessárias; guias restituídas;
XXIII - elaborar e manter atualizado os relató-
rios gerenciais relativos à execução do Plano de XVI - elaborar e manter atualizado os relatórios
Aplicação e do orçamento; gerenciais sobre o comportamento da arrecada-
ção;
XXIV - elaborar o relatório anual de execução
orçamentária e financeira para a prestação de XVII - elaborar e manter atualizados os relató-
contas; rios de controle de arrecadação por tipo de re-
ceita, unidade arrecadadora e quantidade de
XXV - elaborar relatório de execução física do guias, visando dar suporte à Seção de Fiscaliza-
orçamento. ção;
XXVI - executar outras tarefas correlatas. XVIII - exercer outras atribuições que sejam re-
c.2) através da Seção de Fiscalização e Arreca- lacionadas à arrecadação.
dação: c.3) através da Seção de Apoio Administrativo:
I - desenvolver e manter rotinas e procedimen-
I - expedir ofícios e correspondências aos seto-
tos de fiscalização da arrecadação oriunda das res envolvidos;
serventias do foro judicial;
II - realizar pedidos de materiais;
II - fiscalizar e orientar as unidades arrecadado-
ras no que diz respeito ao preenchimento corre- III - elaborar e encaminhar o boletim de fre-
to das guias; quência;
III - elaborar e implantar sistema de controle da IV - manter, ordenadamente arquivadas as có-
arrecadação; pias dos serviços que forem executados;

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V - receber, triar e autuar os processos a fim de DO DEPARTAMENTO JUDICIÁRIO


providenciar a respectiva distribuição, ao setor
Art. 36. O Departamento Judiciário é constituído de
responsável;
XIII - fiscalizar os livros de ponto do Departa-
VI - prestar atendimento inicial ao público, dire-
mento;
cionando ao setor responsável;
XIV - encaminhar mensalmente boletins de fre-
VII - supervisionar as atividades dos estagiários
qüência do Departamento;
que atuam no Centro de Apoio ao Fundo da Jus-
tiça; XV - propor ao Secretário elogios aos funcio-
nários que se destacarem no exercício de suas
VIII - executar outras tarefas correlatas.
funções; XVI - propor ao Secretário punição aos
Art. 16-D. À Divisão de Gestão do Processo de Estati- funcionários, quando for necessário;
zação compete:
XVII - comunicar ao Centro de Assistência Mé-
d.1) Através da Seção de Informações, Comuni- dica do Tribunal de Justiça o não compareci-
cação, Execução e Monitoramento: mento do funcionário por motivo de saúde;
I - movimentar expedientes e documentos que XVIII - referendar, ao Secretário, solicitações de
lhe forem enviados, determinando as medidas servidores ocupantes dos cargos dos Grupos
a serem adotadas; Ocupacionais Superior,
II - elaborar planilhas e prestar informações aos Intermediário e Básico, para uso de veículos de
interessados; transportes e serviços do Tribunal de Justiça
III - elaborar e apresentar o relatório anual das XIX - supervisionar e fiscalizar o uso dos veí-
atividades desenvolvidas na Divisão; culos de transportes e serviços do Tribunal de
IV - apoiar os trabalhos de comunicação do pro- Justiça pelos servidores ocupantes dos cargos
cesso de execução da estatização das serventias especificados no inciso anterior, para tanto ha-
do foro judicial; bilitados e autorizados;

V - manter em cadastro os dados técnicos e es- XX - exercer outras atribuições que lhe forem
tatísticos e demais indicadores relacionados à determinadas pelos superiores.
estatização, bem como atualizá-los; Art. 33. Ao Chefe de Divisão compete:
VI - comunicar e providenciar a inserção de al- I - dirigir a Divisão a seu cargo, velando pela
teração de dados das serventias junto ao sistema regularidade, disciplina e ordem do serviço;
de arrecadação de custas e receitas destinadas
II - cumprir e fazer cumprir as ordens superio-
ao Fundo da Justiça;
res;
VII - proceder às comunicações devidas aos di-
III - distribuir os encargos da Divisão às Seções
versos setores do Tribunal de Justiça, principal-
competentes;
mente à Corregedoria-Geral da Justiça;
IV - propor escala de férias dos funcionários da
VIII - requisitar informações, certidões, diligên-
Divisão;
cias ou quaisquer outros esclarecimentos a seto-
res do Tribunal de Justiça, desde que necessá- V - responder pela execução objetiva dos ser-
rios à instrução de processos ou ao desempenho viços, examinando, conferindo os trabalhos e
de funções que lhe forem determinadas, relacio- orientando os funcionários;
nados à execução da estatização;
VI - instruir os funcionários sobre os seus deve-
IX - monitorar a execução da estatização; res, obrigações e direitos;
X - oferecer sugestões úteis, à chefia imediata, VII - requisitar o material de consumo e perma-
que visem ao aprimoramento da execução da nente necessário;
estatização;
VIII - manter o Diretor do Departamento infor-
XI - acompanhar o processo de instalação das mado sobre a conduta dos funcionários;
Secretarias do Foro Judicial;
IX - responder pelos bens da Divisão;
XII - contatar a Secretaria para promover as co-
X - apresentar, diariamente, ao Diretor do De-
municações necessárias à logística de instalação
partamento, o livro ponto com as observações
das Secretarias do Foro Judicial, para a fixação
que lhe parecerem oportunas;
de prazos e elaboração de cronograma de ações
de execução; XIII - organizar as tarefas envolvi- XI - exercer outros encargos determinados por
das na execução do processo de estatização; seus superiores.
XIV - executar outras tarefas correlatas. Art. 34. Ao Chefe de Seção compete:

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I - dirigir e distribuir os encargos da Seção; c.1) Serviço de Triagem; ,


II - conferir os trabalhos, orientando os funcio- c.2) Serviço de Registro de Processos aos Tribu-
nários no sentido do seu aprimoramento; nais Superiores.
III - informar ao Chefe da Divisão sobre anor- ;c.3) Serviço de Registro de Processos;
malidades no serviço e na conduta funcional
d) Seção de Cadastro de Petições: ,
dos seus subordinados;
d.1) Serviço de Recepção e Expedição; ,
IV - exercer outros encargos que lhe forem de-
terminados. d.2) Serviço de Cadastro de Petições Cíveis;
a) Assessoria; d.3) Serviço de Cadastro de Petições Criminais e
do Órgão Especial;
IV - Divisão de Distribuição:
VI - Divisão de Processo Crime:
a) Seção de Distribuição Cível:
a) Seção da 1ª Câmara Criminal:
a.1) Serviço de Recepção e Expedição;
a.1) Serviço de Movimentação Processual;
a.2) Serviço de Revisão;
a.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
b) Seção de Distribuição Criminal:
a.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
b.1) Serviço de Recepção e Expedição;
b) Seção da 2ª Câmara Criminal:
b.2) Serviço de Revisão;
b.1) Serviço de Movimentação Processual;
c) Seção de Distribuição de Medidas Urgentes:
b.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
c.1) Serviço de Recepção e Expedição;
b.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
c.2) Serviço de Revisão;
b.4) Serviço de Controle de Prazos;
d) Seção de Redistribuição:
c) Seção da 3ª Câmara Criminal:
e) Seção de Redistribuição por Sucessão e Re-
moção; c.1) Serviço de Movimentação Processual;
f) Seção de Especialização; c.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
g) Seção de Complementação; c.3) Serviço de Elaboração de Expedientes
g.1) Serviço de Abertura de Volumes; d) Seção da 4ª Câmara Criminal:
g.2) Serviço de Criação de Incidentes Proces- d.1) Serviço de Movimentação Processual;
suais;
d.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
g.3) Serviço de Recepção e Expedição;
d.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
V - Divisão de Registro da Movimentação Pro-
e) Seção da 5ª Câmara Criminal:
cessual:
e.1) Serviço de Movimentação Processual;
a) Seção de Registro da Movimentação de Maté-
rias Urgentes: e.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
a.1) Serviço de Movimentação de Agravos de e.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
Instrumento;
f) Seção de Pautas:
a.2) Serviço de Movimentação de Habeas Cor-
f.1) Serviço de Organização e Expedição de Pau-
pus e Mandados de Segurança; ,
tas de Julgamento;
b) Seção de Registro da Movimentação de Pro-
VII - Primeira Divisão de Processo Cível:
cessos Cíveis: , ,
a) Seção da 1ª Câmara Cível:
b.1) Serviço de Triagem;
a.1) Serviço de Movimentação Processual;
b.2) Serviço de Registro de Processos aos Tribu-
nais Superiores a.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
;b.3) Serviço de Registro de Processos da Pri- a.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
meira e Segunda Divisões de Processo Cível;
b) Seção da 2ª Câmara Cível:
b.4) Serviço de Registro de Processos da Tercei-
b.1) Serviço de Movimentação Processual;
ra e Quarta Divisões de Processo Cível;
b.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
c) Seção de Registro da Movimentação de Pro-
cessos Criminais e do Órgão Especial: b.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;

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c) Seção da 3ª Câmara Cível: b.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;


c.1) Serviço de Movimentação Processual; b.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
c.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; c) Seção da 10ª Câmara Cível:
c.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; c.1) Serviço de Movimentação Processual;
d) Seção da 4ª Câmara Cível: c.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
d.1) Serviço de Movimentação Processual; c.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
d.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; d) Seção da 11ª Câmara Cível:
d.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; d.1) Serviço de Movimentação Processual;

e) Seção da 5ª Câmara Cível: d.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;

e.1) Serviço de Movimentação Processual; d.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;

e.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; e) Seção da 12ª Câmara Cível:

e.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; e.1) Serviço de Movimentação Processual;

f) Seção de Pautas: e.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;

f.1) Serviço de Organização e Expedição de Pau- f) Seção de Pautas:


tas de Julgamento; f.1) Serviço de Organização e Expedição de Pau-
VIII - Segunda Divisão de Processo Cível: tas de Julgamento;
X - Quarta Divisão de Processo Cível:
a) Seção da 6ª Câmara Cível:
a) Seção da 13ª Câmara Cível:
a.1) Serviço de Movimentação Processual;
a.1) Serviço de Movimentação Processual;
a.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
a.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
a.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
a.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
b) Seção da 7ª Câmara Cível:
b) Seção da 14ª Câmara Cível:
b.1) Serviço de Movimentação Processual;
b.1) Serviço de Movimentação Processual;
b.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
b.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
b.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
b.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
c) Seção da 17ª Câmara Cível:
c) Seção da 15ª Câmara Cível:
c.1) Serviço de Movimentação Processual;
c.1) Serviço de Movimentação Processual;
c.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
c.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
c.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
c.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
d) Seção da 18ª Câmara Cível:
d) Seção da 16ª Câmara Cível:
d.1) Serviço de Movimentação Processual;
d.1) Serviço de Movimentação Processual
d.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
; d.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
d.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
d.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
e) Seção de Pautas:
e) Seção de Pautas:
e.1) Serviço de Organização e Expedição de
Pautas de Julgamento; e.1) Serviço de Organização e Expedição de
Pautas de Julgamento;
IX - Terceira Divisão de Processo Cível:
f) Seção de Atendimento Operacional das Salas
a) Seção da 8ª Câmara Cível: de Sessões de Julgamento:
a.1) Serviço de Movimentação Processual; f.1) Serviço de Atendimento aos Julgamentos
das Câmaras Cíveis;
a.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
f.2) Serviço de Atendimento aos Julgamentos
a.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
das Câmaras Criminais;
b) Seção da 9ª Câmara Cível:
f.3) Serviço de Atendimento aos Julgamentos da
b.1) Serviço de Movimentação Processual; Seção Cível;

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f.4) Serviço de Atendimento aos Julgamentos da a.1) Serviço de Baixa e Arquivo;


Seção Criminal;
a.2) Serviço de Verificação de Petições Penden-
f.5) Serviço de Atendimento aos Julgamentos do tes;
Órgão Especial;
a.3) Serviço de Baixa de Agravos de Instrumen-
f.6) Serviço de Atendimento aos Julgamentos do to;
Conselho da Magistratura;
b) Seção de Baixa de Processos da Terceira e da
XI - Divisão do Órgão Especial: Quarta Divisão de Processos Cíveis:
a) Seção de Movimentação Processual: b.1) Serviço de Baixa e Arquivo;
a.1) Serviço de Movimentação Processual; b.2) Serviço de Verificação de Petições Penden-
tes;
a.2) Serviço de Juntada de Petições;
b.3) Serviço de Baixa de Agravos de Instrumen-
b) Seção de Pautas de Julgamento;
to;
b.1) Serviço de Organização e Expedição de
c) Seção de Baixa de Processos Criminais:
Pautas de Julgamento;
k) Art. 38. À Assessoria do Diretor compete:
c) Seção de Registro e Publicação;
c.1) Serviço de Baixa e Arquivo;
c.1) Serviço Controle de Acórdãos;
c.2) Serviço de Verificação de Petições Penden-
c.2) Serviço de Publicação de Despachos;
tes;
c.3) Serviço de Elaboração de Ofícios;
d) Seção de Expedição:
d) Seção da Seção Cível e da Seção Criminal:
d.1) Serviço de Expedição Cível;
d.1) Serviço de Movimentação Processual;
d.2) Serviço de Expedição Crime e do Órgão Es-
e) Seção de Reprodução Interna de Documen- pecial;
tos:
XIV - Divisão de Preparo e Informações:
e.1) Serviço de Reprodução;
a) Seção de Preparo:
e.2) Serviço de Controle de Atendimento;
a.1) Serviço de Preparo de Processos Originá-
XII - Divisão de Recursos aos Tribunais Supe- rios;
riores:
a.2) Serviço de Preparo de Recursos aos Tribu-
a) Seção de Controle de Contra-Razões a Recur- nais Superiores;
sos Cíveis:
b) Seção de Informações:
a.1) Serviço de Publicação e Juntada;
b.1) Serviço de Extração de Certidões;
a.2) Serviço de Movimentação;
b.2) Serviço de Extração de Informações;
a.3) Serviço de Expedientes;
b.3) Serviço de Extração de Relatórios;
b) Seção de Publicação de Despachos em Recur-
b.4) Serviço de Teleprocesso;
sos Cíveis:
c) Seção de Registro de Acórdãos:
b.1) Serviço de Publicação;
c.1) Serviço de Armazenamento Eletrônico de
b.2) Serviço de Controle de Prazos;
Processos;
c) Seção de Agravos de Instrumento Cíveis aos
d) Seção de Mandados e Cartas:
Tribunais Superiores:
d.1) Serviço de Elaboração;
c.1) Serviço de Controle de Contra-Minutas;
d.2) Serviço de Cumprimentos de Mandados
c.2) Serviço de Movimentação;
das Divisões de Processo Cível;
d) Seção de Recursos Criminais aos Tribunais
d.3) Serviço de Cumprimento de Mandados da
Superiores:
Divisão de Processo Crime e do Órgão Especial.
d.1) Serviço de Publicação e Controle de Con-
Art. 37. Ao Diretor do Departamento Judiciário, além
tra-Razões
das atribuições gerais compete:
e) Seção de Sobrestamento de Recursos;
I - assessorar o Secretário nas sessões contencio-
XIII – Divisão de Baixa e Expedição: sas do Órgão Especial;
a) Seção de Baixa de Processos da Primeira e da II - atender e prestar esclarecimentos às partes
Segunda Divisão de Processos Cíveis: e aos Senhores Advogados, quando necessário;

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III - superintender os serviços executados den- III - atender ao público em geral, fornecendo
tro do Departamento, fiscalizando, juntamente com presteza informações referentes ao Depar-
com os Chefes de Divisão, o corpo de servido- tamento;
res nele lotados, a fim de que a consecução dos
IV - executar outras tarefas correlatas. ,
serviços seja otimizada quanto à produtividade
e exação; c) através dos Auxiliares:
IV - encaminhar à Assessoria de Planejamento I - realizar o serviço de digitação afeto à Dire-
estudo relativo à proposta orçamentária; toria;
V - assessorar o Presidente e Vice-Presidente do II - elaborar mensalmente o Boletim de Frequên-
Tribunal de Justiça, nas decisões de suas respec- cia dos funcionários e dos estagiários do Depar-
tivas competências. tamento;
VI - gerir as alterações do sistema computacio- III - manter ordenadamente arquivada a corres-
nal de controle da movimentação processual. pondência recebida, atendidas as determina-
ções a respeito;
a) através do Supervisor:
IV - manter arquivo organizado das cópias dos
I - supervisionar os serviços dos assessores e au-
ofícios, informações e demais documentos da
xiliares da Diretoria;
Diretoria, de forma a facilitar a consulta, quan-
II - supervisionar a recepção e a expedição dos do necessária;
expedientes e correspondências afetos à Direto-
ria; , V - receber e encaminhar os expedientes afetos
à Diretoria, conforme determinação, de tudo
III - proceder o estudo e a triagem dos expedien- mantendo registro;
tes e correspondências a serem encaminhadas à
consideração do Diretor e aos setores competen- VI - encaminhar as certidões para assinatura do
tes. Secretário, mantendo controle de sua entrega
aos solicitantes;
IV - despachar diretamente com o Diretor as
matérias atinentes à Diretoria; VII - atender ao público em geral, fornecendo
com presteza informações referentes ao Depar-
V - auxiliar os Chefes de Divisão no que for so- tamento;
licitado;
VIII - executar outras tarefas correlatas
VI - realizar a conferência dos expedientes en-
caminhados pelas Divisões para despacho e Parágrafo único. As Chefias de Divisão serão
assinatura do Presidente, Vice-Presidente, bem exercidas por acadêmicos ou Bacharéis em Di-
como para os outros Departamentos; reito.

VII - processar e controlar a movimentação das Art. 39. Às Divisões de Autuação e Registro de Proces-
Cartas Rogatórias, assim como informar os Juí- sos, através de suas Seções e Serviços, compete:
zes, Advogados e partes sobre seu trâmite, ex- I - receber do Protocolo Geral recursos e peti-
tração e expedição; ções de ações originárias;
VIII - proceder a conferência das certidões ex- IV - proceder a autuação e registro, através de
traídas pelos diversos setores do Departamento; sistema computacional próprio, dos feitos de
IX - elaborar ofícios, informações e demais expe- competência do Tribunal, nele inserindo dados
dientes relacionados à Diretoria; referentes ao nome das partes e seus procurado-
res, tipo do recurso, número do protocolado, co-
X - conferir os Boletins de Frequência; marca e vara de origem, tipo e número da ação
XI – processar as Cartas Rogatórias; originária, volume (de acordo com provimento
da Corregedoria da Justiça, inclusive com termo
XII - atender ao público em geral, fornecendo de abertura e encerramento, se necessário), da-
com presteza informações referentes ao Depar- dos complementares, assistência judiciária e jus-
tamento; tiça gratuita, quando for o caso, e demais dados
XIII - executar outras tarefas correlatas; que se fizerem necessários;
b) através dos Assessores: V - autuar e registrar preferencialmente os pro-
cessos contendo pedido de medidas urgentes,
I - realizar estudos e pesquisas sobre matérias
os processos de réu preso, bem como aqueles
afetas ao Departamento;
em que figure como parte pessoa com mais de
II - selecionar, organizar e manter atualizada a sessenta anos;
legislação de interesse do Departamento, en-
VI - emitir termos e etiquetas de autuação;
caminhando as cópias necessárias às Divisões
competentes , VII - capear, numerar e etiquetar os feitos;

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VIII - proceder a revisão final, bem como a re- XIV - receber os processos das demais Divisões
messa dos recursos e ações autuadas aos setores do Departamento Judiciário para alteração e/ou
competentes. complementação de seus registros, bem como
para autuação de novos recursos, providencian-
IX - receber os processos das demais Divisões
do seu cadastramento, conferência e posterior
do Departamento para alteração e/ou comple-
devolução;
mentação de seus registros, bem como para
autuação de novos recursos, inclusive daqueles Art. 41. À Divisão de Registro da Movimentação Pro-
destinados aos Tribunais Superiores, providen- cessual, através de suas Seções e Serviços, compete:
ciando seu cadastramento, conferência e poste- I - registrar, no sistema computacional, a movi-
rior devolução; mentação dos feitos de natureza cível e criminal
Art. 40. À Divisão de Distribuição compete: que lhe forem encaminhados;
I - receber das Divisões de Autuação os recursos II - receber e registrar, no sistema computacio-
e ações; nal, expedientes e petições a eles relativos; ,
II - verificar, através de consulta ao sistema com- III - extrair e conferir relatórios diários dos re-
putacional, a existência de prevenção e, se for gistros efetuados, providenciando as correções
o caso, encaminhar os feitos à Vice-Presidência que se fizerem necessárias;
acompanhados das informações e do respectivo IV - efetuar a triagem, expedir, receber e contro-
estudo; lar a remessa de autos e documentos proceden-
III - proceder a distribuição dos feitos nos dias e tes ou destinados às Divisões do Departamento;
horários determinados pelo Regimento Interno, Art. 42. À Divisão de Processo Crime, através de suas
observadas as prevenções definidas, impedi- Seções e Serviços, compete:
mentos e suspeições declaradas;
V - zelar pelo registro da movimentação proces-
IV - extrair semanalmente a resenha de distri- sual;
buição, encaminhando-a ao Vice-Presidente
para homologação e posterior publicação; I - receber os processos autuados de sua compe-
tência e petições a eles relacionadas, registrando
V - proceder as redistribuições, conforme deter- sua movimentação por via computacional;
minação contida em despacho;
II - fazê-los conclusos aos Senhores Desembar-
VI - proceder o encaminhamento dos feitos que gadores Relatores, Revisores e Presidentes dos
independam de distribuição; respectivos órgãos julgadores, conforme deter-
VII - proceder a substituição do Revisor, na for- minação legal ,
ma regimental; III - proceder a juntada de petições conforme
VIII - extrair e anexar aos autos os respectivos despacho ou disposição legal;
termos de distribuição e de conclusão, bem IV - comunicar a concessão de medidas urgen-
como as etiquetas próprias; tes à autoridade competente, de forma célere,
IX - proceder a distribuição manual dos feitos, através de fac-símile ou, na falta deste, através
na forma regimental, quando o sistema compu- de comunicação telefônica, de tudo certificando
tacional encontrar-se inoperante; nos autos;

X - distribuir, preferencialmente, os feitos con- V - elaborar e encaminhar para assinatura ofí-


tendo pedido de medidas urgentes, os processos cios, mandados, editais, alvarás, cartas de or-
de réu preso, bem como aqueles em que figure dem, precatórias, rogatórias ou de sentença, em
como parte pessoa com mais de sessenta anos; , cumprimento a despacho ou disposição legal; , ,

XI - manter atualizados os registros computa- VI - cumprir as Cartas de Ordem e Precatórias


cionais referentes a assunção, férias, licenças, encaminhadas por outros Tribunais; , Redação
remoções e aposentadorias dos Senhores De- VII - organizar as matérias a serem publicadas
sembargadores, bem como no que concerne a no Diário da Justiça, observadas as prescrições
afastamentos temporários comunicados pela legais;
Vice-Presidência;
VIII - no caso de processos de competência das
XII - elaborar os relatórios dos processos desti- Câmaras Criminais em Composição Integral,
nados a distribuição por sucessão e a regime de selecionar as cópias a serem extraídas de peças
exceção; dos autos incluídos em pauta de julgamento, na
forma determinada pelo Regimento Interno e
XIII - Proceder à análise da matéria afeta aos
anexá-las às pautas internas; ,
autos para fins de proceder à distribuição de
acordo com a especialização das Câmaras de IX - organizar as pautas na forma regimental,
Julgamento; encaminhando para publicação pela Imprensa

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Oficial as pautas externas e aos Gabinetes dos III - proceder a juntada de petições conforme
Senhores Desembargadores e demais setores as despacho ou disposição legal;
pautas internas;
IV - comunicar a concessão de medidas urgen-
X - juntar aos processos a papeleta e acórdão tes à autoridade competente, de forma célere,
respectivos, bem como eventuais declarações de através de fac-símile ou, na falta deste, através
voto, colhendo as assinaturas dos Desembarga- de comunicação telefônica, de tudo certificando
dores e Juízes Convocados; nos autos;
XI - registrar e numerar os acórdãos, através de V - elaborar e encaminhar para assinatura ofí-
via computacional, e providenciar a publicação cios, mandados, editais, alvarás, cartas de or-
do respectivo resumo no Diário da Justiça, pro- dem, precatórias, rogatórias ou de sentença, em
cedendo à sua certificação; cumprimento a despacho ou disposição legal;

XII - encaminhar os processos, em que haja ma- VI - cumprir as Cartas de Ordem e Precatórias
nifestação do Ministério Público ou nos quais encaminhadas por outros Tribunais, conforme
integre como parte, para ciência pessoal de seus orientação da Diretoria;
representantes; VII - organizar as matérias a serem publicadas
XIII - encaminhar os autos à Defensoria Pública, no Diário da Justiça, observadas as prescrições
quando for o caso; legais;

XIV - proceder a montagem dos livros de acór- VIII - no caso de processos de competência das
dãos para encaminhá-los ao Centro de Docu- Câmaras Cíveis em Composição Integral, sele-
mentação; cionar as cópias a serem extraídas de peças dos
autos incluídos em pauta de julgamento, na for-
XV - controlar os prazos processuais dos autos ma determinada pelo Regimento Interno e ane-
em Cartório e daqueles em poder dos Senhores xá-las às pautas internas;
Advogados;
IX - organizar as pautas na forma regimental,
XVI - certificar nos autos o decurso de prazo encaminhando para publicação pela Imprensa
sem manifestação das partes, com relação aos Oficial as pautas externas e aos Gabinetes dos
despachos publicados no Diário da Justiça ou Senhores Desembargadores e demais setores as
intimados pessoalmente; pautas internas;
XVII - informar ao Relator ou Presidente do X - juntar aos processos a papeleta e acórdão
órgão julgador a inexistência de manifestação, respectivos, bem como eventuais declarações de
dentro do prazo estipulado, em resposta aos ofí- voto, colhendo as assinaturas dos Desembarga-
cios expedidos; dores e Juizes Convocados;
XVIII - proceder a juntada aos autos das peti- XI - registrar e numerar os acórdãos, através de
ções de recurso aos Tribunais Superiores e enca- via computacional, e providenciar a publicação
minhá-los ao setor competente; do respectivo resumo no Diário da Justiça, pro-
cedendo à sua certificação;
XIX - encaminhar à Divisão de Baixa os proces-
sos com trânsito em julgado; XII - encaminhar os processos, em que haja ma-
nifestação do Ministério Público ou nos quais
XX - extrair certidões explicativas requeridas integre como parte, para ciência pessoal de seus
acerca dos processos de sua competência, sub- representantes;
metendo-as à Chefia de Divisão;
XIII - encaminhar os autos à Defensoria Pública,
XXI - proceder as intimações para as audiências quando for o caso;
designadas pelos Desembargadores Relatores,
auxiliando nos atos necessários à sua realização; XIV - proceder a montagem dos livros de acór-
dãos para encaminhá-los ao Centro de Docu-
XXII - prestar as informações que forem solici- mentação;
tadas pelos Senhores Desembargadores, Juízes
Convocados, Procuradores e partes. XV - controlar os prazos processuais dos autos
em Cartório e daqueles em poder dos Senhores
Art. 43. Às Divisões de Processo Cível, através de suas Advogados;
Seções e Serviços, compete:
XVI - certificar nos autos o decurso de prazo
I - receber os processos autuados de sua compe- sem manifestação das partes, com relação aos
tência e petições a eles relacionadas, registrando despachos publicados no Diário da Justiça ou
sua movimentação por via computacional; intimados pessoalmente;
II – fazê-los conclusos aos Senhores Desembar- XVII - informar ao Relator ou Presidente da Câ-
gadores Relatores, Revisores e Presidentes das mara a inexistência de manifestação, dentro do
respectivas Câmaras, conforme determinação prazo estipulado, em resposta aos ofícios expe-
legal; didos;

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XVIII - proceder a juntada aos autos das peti- Advogados;


ções de recurso aos Tribunais Superiores e enca-
VII - informar ao Relator, Presidente ou Vice
minhá-los ao setor competente;
-Presidente a inexistência de manifestação, den-
XIX - encaminhar à Divisão de Baixa os proces- tro do prazo estipulado, em resposta aos ofícios
sos com trânsito em julgado; expedidos;
XX - extrair certidões explicativas requeridas VIII - extrair certidões explicativas, requeridas
acerca dos processos de sua competência, sub- acerca dos processos de sua competência, sub-
metendo-as à Chefia de Divisão; metendo-as à Chefia de Divisão;
XXI - proceder as intimações para as audiências IX - prestar informações, acerca de processos,
designadas pelos Desembargadores Relatores, que forem solicitadas pelos Senhores Desem-
auxiliando nos atos necessários à sua realização; bargadores, Procuradores e partes;
XXII - prestar as informações que forem solici- b) através da Seção de Pautas de Julgamento e
tadas pelos Senhores Desembargadores, Juízes de seus Serviços:
Convocados, Procuradores e partes.
I - selecionar as cópias a serem extraídas dos
Art. 43-A. À Seção de Atendimento Operacional das autos incluídos em pauta para julgamento, na
Salas de Sessões de Julgamento, e seus Serviços, per- forma determinada pelo Regimento Interno;
tencentes à Quarta Divisão de Processo Cível, compe-
II - organizar as pautas na forma regimental,
te:
encaminhando para publicação pela Imprensa
I - fiscalizar a frequência às salas de sessões; Oficial as pautas externas e aos Gabinete dos
II - vedar o ingresso de pessoas trajadas incon- Senhores Desembargadores e demais setores as
venientemente; pautas internas, acompanhadas das cópias an-
tes referidas;
44 III - coordenar os serviços de atendimento
das salas de sessões, em consonância com as ne- III - extrair certidões explicativas dos processos
cessidades de cada órgão julgador do Tribunal de sua competência, submetendo-as à aprova-
de Justiça; ção de Chefia de Divisão;

IV - manipular e ajustar microfones e o volume IV - prestar informações, acerca de processos,


do som durante as Sessões; que forem solicitadas pelos Senhores Desem-
bargadores, Procuradores e partes;
V - manter atualizada o acervo de livros normal-
mente utilizados pelos Desembargadores; c) através da Seção de Registro e Publicação e de
seus Serviços:
VI - exercer outras atividades que lhe forem atri-
buídas I - juntar aos processos a papeleta e acórdão res-
pectivos, bem como eventuais votos vencidos,
Art. 44. À Divisão do Órgão Especial compete: colhendo as assinaturas dos Desembargadores;
a) através da Seção de Movimentação Proces- II - registrar e numerar os acórdãos, através de
sual e de seus Serviços: via computacional, e providenciar sua publica-
I - receber os processos autuados de sua compe- ção no Diário da Justiça, procedendo à sua cer-
tência e petições a eles relacionadas, controlan- tificação;
do-os por via computacional; III - encaminhar os processos, em que haja ma-
II – fazê-los conclusos aos Senhores Desembar- nifestação do Ministério Público ou nos quais
gadores Relatores, Revisores, Presidente e Vice integre como parte, para ciência pessoal de seus
-Presidente, conforme determinação legal; representantes;
III - proceder a juntada de petições conforme IV - encaminhar os autos à Defensoria Pública,
despacho ou disposição legal; quando for o caso;
IV - comunicar a concessão de medidas urgen- V - proceder a montagem dos livros de acórdãos
tes à autoridade competente, de forma célere, para encaminhá-los ao Centro de Documenta-
através de fac símile” ou, na falta deste, através ção;
de comunicação telefônica, de tudo certificando
VI - organizar as matérias a serem publicadas
nos autos;
no Diário da Justiça, observadas as prescrições
V - proceder as intimações para as audiências legais;
designadas pelos Desembargadores Relatores,
VII -. certificar o decurso de prazo, sem mani-
auxiliando nos atos necessários à sua realização;
festação das partes, com relação aos despachos
VI - controlar os prazos processuais dos autos publicados no Diário da Justiça ou intimados
em Cartório e daqueles em poder dos Senhores pessoalmente;

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VIII - proceder a juntada aos autos das petições dem, precatórias, rogatórias ou de sentença, em
de recurso aos Tribunais Superiores e encami- cumprimento a despacho ou disposição legal,
nhá-los ao setor competente; providenciando seu devido encaminhamento;
IX- elaborar e encaminhar para assinatura ofí- VII - informar ao Presidente a inexistência de
cios, mandados, precatórios requisitórios, edi- manifestação, dentro do prazo estipulado, em
tais, cartas de ordem, precatórias, rogatórias ou resposta aos ofícios expedidos;
de sentença, em cumprimento a despacho ou
VIII - encaminhar à Divisão de Baixa os proces-
disposição legal;
sos com trânsito em julgado;
X - encaminhar à Divisão de Baixa os processos
IX - encaminhar os processos, em que haja ma-
com trânsito em julgado;
nifestação do Ministério Público ou nos quais
XI - extrair certidões explicativas, requeridas integre como parte, para ciência pessoal de seus
acerca dos processos de sua competência, sub- representantes;
metendo-as à Chefia de Divisão;
X - encaminhar os autos à Defensoria Pública,
XII - prestar as informações que forem solicita- quando for o caso;
das pelos Senhores Desembargadores, Procura-
XI - receber e encaminhar, ao Gabinete da Presi-
dores e partes;
dência, as comunicações oriundas dos Tribunais
d) através da Seção da Seção Cível e da Seção Superiores acerca de suas decisões;
Criminal e de seus serviços:
XII - proceder as providências cabíveis, quando
I – exercer as mesmas funções da Seção de Mo- da devolução dos autos pelos Tribunais Supe-
vimentação e de seus serviços, no que toca aos riores;
processos de competência da Seção Cível e da
XIII - extrair certidões explicativas requeridas
Seção Criminal.
acerca dos processos em trâmite, submetendo
e) através da Seção de Reprodução Interna e de -as à Chefia de Divisão;
seus Serviços:
XIV - prestar as informações que forem solici-
I - extrair as fotocópias atinentes ao serviço so- tadas pelos Senhores Desembargadores, Juízes
licitadas pelas Seções que integram as Divisões Convocados, Procuradores e partes.
do Departamento;
Art. 46. À Divisão de Baixa e Expedição compete:
II - proceder a chamada técnica, quando neces-
a) através das Seções de Baixa e de seus serviços:
sário, a fim de que sejam efetuados os serviços
de manutenção e reparo dos equipamentos uti- I - receber e ordenar os processos que lhes forem
lizados na extração de fotocópias; encaminhados pelas demais Divisões do Depar-
tamento;
III - zelar pelo estoque, na Seção, do material
necessário ao regular funcionamento dos equi- II - receber os autos remetidos pelo Supremo
pamentos fotocopiadores; Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de
Justiça, analisando-os e atendendo às determi-
IV - extrair relatório estatístico mensal de tira-
nações do Vice-Presidente;
gem de cópias.
III - verificar a pendência de petições gerais e de
Art. 45. À Divisão de Recursos aos Tribunais Superio-
recursos relacionadas aos processos;
res, através de suas Seções e Serviços, compete:
IV - certificar o trânsito em julgado dos acór-
I - receber, processar e encaminhar os recursos
dãos;
interpostos aos Tribunais Superiores e as peti-
ções a eles relacionadas; V - baixar ao Juízo de origem ou remeter à Seção
de Arquivo os processos com trânsito em julga-
II - proceder a juntada de petições conforme
do;
despacho ou disposição legal;
VI - baixar ao Juízo de origem ou remeter à Se-
III - controlar os prazos processuais dos autos
ção de Arquivo os processos cujos acórdãos não
em Cartório e daqueles em poder dos Senhores
tenham ainda transitado em julgado, por pen-
Advogados;
dência de processo vinculado ou por inexistir
IV - certificar a interposição de recursos e o de- determinação no sentido de que devam aguar-
curso de prazo; dar em Cartório;
V - organizar as matérias a serem publicadas VII - baixar os processos em diligência;
no Diário da Justiça, observadas as prescrições
VIII - remeter os processos com trânsito em
legais;
julgado a outros Tribunais ou Departamentos,
VI - elaborar e encaminhar para assinatura ofí- observando as determinações e os dispositivos
cios, mandados, editais, alvarás, cartas de or- legais atinentes;

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IX - encaminhar cópias das decisões de julga- III - preparar, extrair e conferir relatórios men-
mentos aos Relatores e aos setores que forem sais e anuais, bem como outros que sejam solici-
determinados; tados, com base nos dados constantes no siste-
ma computacional do Departamento Judiciário.
X - extrair certidões explicativas requeridas
acerca dos processos em trâmite, submetendo IV - esclarecer dúvidas acerca da consulta de
-as à Chefia de Divisão; processos via Internet;
XI - prestar as informações que forem solicita- c) através da Seção de Registro de Acórdãos e de
das pelos Senhores Desembargadores, Juízes seus Serviços:
Convocados, Procuradores e partes. 47 I – proceder à seleção dos documentos de
b) através da Seção de Expedição e de seus ser- processos a serem digitalizados, conforme de-
viços: terminação superior;
I - receber das Divisões competentes e organizar II – proceder à digitalização dos documentos se-
a correspondência a ser expedida; lecionados e respectivo armazenamento;
II - emitir as etiquetas necessárias ao envio da III – proceder à remontagem dos processos e de-
correspondência; vida conferência;
III - envelopar e etiquetar a correspondência a d) através da Seção de Mandados e Cartas e de
ser expedida; seus Serviços:
VI - proceder o preenchimento de Avisos de I – receber os mandados e cartas das demais Di-
Recebimento e demais guias necessárias à sua visões do Departamento;
expedição; II – providenciar a remessa das Cartas aos ór-
V - providenciar a remessa da correspondência gãos competentes,no sentido de seu cumpri-
a ser expedida ao setor competente, para poste- mento; III – cumprir, através de Oficial de Justi-
rior postagem; ça, os mandados que lhe forem encaminhados,
devendo estes certificar todas as diligências e
VI - proceder o registro da expedição no sistema ocorrências para o seu fiel cumprimento e, após,
computacional. devolvê-los ao setor originário; IV – controlar o
Art. 47. À Divisão de Preparo e Informações compete: prazo de cumprimento dos mandados, apresen-
tado à Diretoria relatórios mensais contendo o
a) através da Seção de Preparo e de seus Servi- nome do Oficial de Justiça, número do processo
ços: em que foi ou foram expedidos, número de pes-
I - elaborar o cálculo das custas de preparo, ex- soas a serem citadas, intimadas ou notificadas,
trair e fornecer as guias para o respectivo reco- data da entrega ao Oficial e data da devolução,
lhimento, bem como juntá-las aos autos quando se for o caso;
de sua entrega, devidamente pagas; V – expedir as Cartas e recebê-las, encaminhan-
II - elaborar listagens dos feitos sujeitos a pre- do-as ao setor competente
paro e encaminhá-las à publicação, bem como VI - informar sobre o cumprimento de manda-
conferi-las no Diário da Justiça, lançando no dos e cartas, quando determinado.
sistema as datas e prazos para os respectivos
preparos;
III - certificar nos autos a eventual inexistência
de preparo no prazo legal e fazê-los conclusos CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO E
ao Vice-Presidente; 05 DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO
IV - controlar e atualizar as tabelas de custas DO PARANÁ
contidas no sistema computacional específico.
b) através da Seção de Informações e de seus LEI Nº 14.277 DE 30/12/2003
Serviços: Dispõe sobre a Organização e Divisão Judiciárias
I - prestar informações acerca dos processos em do Estado do Paraná e adota outras providências.
trâmite no Tribunal de Justiça, contidas no siste-
ma computacional do Departamento Judiciário, DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
pessoalmente ou por via telefônica, às partes,
Art. 1º. Este Código dispõe sobre a Organização e Di-
aos procuradores, aos Desembargadores e ao
visão Judiciárias do Estado do Paraná e disciplina a
público em geral;
constituição, a estrutura, as atribuições e a competên-
II - preparar e extrair certidões e informações cia do Tribunal de Justiça, de Juízes e dos Serviços Au-
com base nos registros computacionais do De- xiliares, observados os princípios constitucionais que
partamento Judiciário; os regem .

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§ 1º. São regentes do presente código, dentre ou- Art. 2º. São órgãos do Poder Judiciário do Estado:
tros os seguintes princípios constitucionais:
I- o Tribunal de Justiça;
I – legalidade:
III - os Tribunais do Júri;
II – impessoalidade;
IV - os Juízes de Direito;
III – moralidade;
V - os Juízes de Direito Substitutos de entrância
JJJ final;
IV – publicidade; VI - os Juízes Substitutos;
V – eficiência. VII - os Juizados Especiais;
§ 2º. Além dos princípios referidos no parágrafo VIII - os Juízes de Paz.
anterior, também se aplicam à presente lei, os
Parágrafo único. Para executar decisões ou dili-
seguintes:
gências que ordenarem, poderão os tribunais e
I – probidade; Juízes requisitar o auxílio da força pública.
II – motivação; Art. 3º. É vedada a convocação ou a designação de Juiz
de primeiro grau para exercer cargo ou função no Tri-
III – finalidade;
bunal de Justiça, ressalvada a substituição de seus in-
IV – razoabilidade; tegrantes e o auxílio direto do Presidente do Tribunal
V – proporcionalidade; de Justiça, dos Vice-Presidentes, do Corregedor-Geral
da Justiça e do Corregedor, em matéria administrativa,
VII – interesse público; jurisdicional e correicional.
VIII – modicidade das custas e emolumentos. § 1º. O Presidente do Tribunal de Justiça poderá
§ 3º. Na constituição e alteração das atribuições designar Juízes de Direito da Comarca da Re-
e competência dos Tribunal de Justiça, de Juízes gião Metropolitana de Curitiba para atuarem
e dos Serviços Auxiliares, deverão ser observa- junto aos órgãos superiores do Tribunal de Jus-
dos, além dos princípios previstos nos parágra- tiça, nos termos do caput deste artigo.
fos anteriores, os critérios de democratização da § 2º. As designações a que se refere o parágrafo
gestão e do acesso à Justiça, qualificação perma- anterior não implicarão vantagem pecuniária
nente, efetividade e celeridade. aos Juízes designados, salvo o ressarcimento de
§ 4º. Os aludidos princípios e critérios são con- despesas de transporte e o pagamento de diá-
dições de aplicação e hermenêutica, vedada a rias, sempre que estes tiverem que se deslocar
sua afastabilidade, sob pena de nulidade abso- da sede.
luta, decretável de ofício.
TÍTULO II
§ 5º . Ficam estatizadas as serventias do foro ju-
dicial, inclusive as criadas por esta lei, respeita- TRIBUNAL DE JUSTIÇA
dos os direitos dos atuais titulares.
§ 6º. O Poder Judiciário, observadas as suas CAPÍTULO I
disponibilidades financeiras e orçamentárias,
COMPOSIÇÃO
encaminhará mensagem à Assembléia Legisla-
tiva dispondo sobre o Quadro de Servidores e Art. 4º. O Tribunal de Justiça, órgão máximo do Poder
respectivos vencimentos, para cumprimento do Judiciário estadual, composto por cento e quarenta e
disposto no parágrafo anterior. cinco (145) Desembargadores, tem sede na Capital e
jurisdição em todo o território do Estado.
§ 7º. A administração da Justiça é exercida pelo
Poder Judiciário. Art. 5º. Os Juízes de última entrância serão promovido
ao cargo de Desembargador pelo Presidente do Tribu-
LIVRO I nal de Justiça nas vagas correspondentes à respectiva
classe, por antigüidade e merecimento, alternadamen-
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA te, observado o disposto no artigo 6º deste Código.

TÍTULO I § 1º. No caso de antigüidade, apurada na última


entrância, o Tribunal de Justiça somente poderá
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA recusar o Juiz mais antigo pelo voto fundamen-
tado de dois terços (2/3) de seus membros, con-
CAPÍTULO ÚNICO forme procedimento próprio e assegurada am-
pla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se
ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO a indicação.

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Noções de Direito e Legislação

§ 2º. Tratando-se de vaga a ser provida pelo cri- quer dos cargos da cúpula diretiva, com a finali-
tério de merecimento, a promoção recairá no dade de completar período de mandato inferior
Juiz que for incluído na lista tríplice organizada a um (1) ano.
pelo Tribunal de Justiça e com o maior número
Art. 9º. Vagando a Presidência, o 1º Vice-Presidente
de votos, sem prejuízo dos remanescentes man-
a exercerá pelo período restante, se inferior a seis (6)
tidos em lista e observado o disposto no art.93,
meses.
II, letras “a” e “b”, da Constituição Federal.
§ 1º. Caracterizada a hipótese supra, tratando-se
§ 3º. Não será promovido o Juiz que, injustifi-
da 1ª Vice-Presidência ou da Corregedoria-Ge-
cadamente, retiver autos em seu poder além do
ral da Justiça, o cargo será exercido, respectiva-
prazo legal, não podendo devolvê-lo ao cartório
mente, pelo 2º Vice-Presidente e pelo Correge-
sem o devido despacho ou decisão .
dor, para período restante, quando inferior a
Art. 6º. Um quinto (1/5) dos lugares do Tribunal de Jus- seis (6) meses.
tiça será composto de membros do Ministério Público,
§ 2º. Se, entretanto, a vacância de quaisquer car-
com mais de dez (10) anos de carreira, e de advogados
gos descritos se der em razão de o eleito não ter
de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com
mais de dez anos de efetiva atividade profissional, in- assumido o correspondente cargo diretivo na
dicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representa- oportunidade prevista pelo
ção das respectivas classes . Regimento Interno do Tribunal de Justiça, nova
§ 1º. Sendo ímpar o número de vagas destinadas eleição deverá ser realizada, para o preenchi-
ao quinto constitucional, uma delas será alter- mento daquela função, observando-se o que
nada e sucessivamente preenchida por membro dispuserem as normas regimentais.
do Ministério Público e por advogados, de tal Art. 10. O Tribunal de Justiça funcionará em Tribunal
forma que, também sucessiva e alternadamente, Pleno, Órgão Especial, Conselho da Magistratura e em
os representantes de uma dessas classes supe- órgãos fracionários, na forma que dispuserem a lei e o
rem os da outra em uma unidade. Regimento Interno .
§ 2º. Quando resultar em fração o número de va- Parágrafo único. O Presidente, os Vice-Presi-
gas destinadas ao quinto constitucional, corres- dentes, o Corregedor-Geral da Justiça e o Cor-
ponderá ela ao número inteiro seguinte. regedor não integrarão Câmaras ou Grupos de
§ 3º. Recebidas as indicações, o Tribunal de Jus- Câmaras.
tiça formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Art. 11. O Tribunal de Justiça constituirá comissões
Executivo, que, nos vinte (20) dias subseqüen- internas, permanentes ou não, cuja composição, atri-
tes, escolherá um de seus integrantes para no- buições e funcionamento serão disciplinados no Regi-
meação. mento Interno.
Art. 7º. Verificada vaga de Desembargador, a ser
preenchida por magistrado de carreira, o Presidente LIVRO IV
do Tribunal de Justiça convocará o órgão competente
para o preenchimento do respectivo cargo. AUXILIARES DA JUSTIÇA

Parágrafo único. Se a vaga de Desembargador TÍTULO I


destinar-se ao quinto constitucional, o Presi-
dente do Tribunal de Justiça oficiará ao órgão SERVENTUÁRIOS E FUNCIONÁRIOS DA
de classe a que couber a vaga para os fins do JUSTIÇA E AGENTES DELEGADOS DO
artigo 6º .
FORO EXTRAJUDICIAL
CAPÍTULO II
FUNCIONAMENTO CAPÍTULO ÚNICO
Art. 8º. O Tribunal de Justiça é dirigido pelo Pre-
COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO
sidente, pelos Vice-Presidentes, Corregedor-Geral da
Justiça e Corregedor. Art. 118. Os serviços auxiliares do Poder Judiciário são
desempenhados por servidores com a denominação
§ 2º. Não figurará mais entre os elegíveis quem
específica de:
tiver exercido o cargo de Presidente ou quais-
quer outros cargos de direção, pelo período de I - funcionários da justiça;
quatro (4) anos, até que se esgotem todos os
II - serventuários da justiça do foro judicial;
nomes na ordem de antigüidade, salvo quando
houver recusa manifestada por um elegível e III – agentes delegados do foro extrajudicial.
aceita antes da eleição.
Art. 119. Denominam-se serventuários da justiça do
§ 3º. O disposto no parágrafo anterior não se foro judicial os titulares de ofícios da justiça a seguir
aplica aos Desembargadores eleitos para qual- relacionados:

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I - Escrivanias do Cível; rial e de registro.


II – Escrivanias do Crime; Art. 121. Os titulares de ofícios de justiça do foro ju-
dicial não remunerados pelos cofres públicos poderão
III - Escrivanias da Fazenda Pública, Falências e
admitir, sob sua responsabilidade e às expensas pró-
Concordatas;
prias, tantos empregados quantos forem necessários
IV - Escrivanias de Família; ao serviço, ficando as relações empregatícias respecti-
V – Escrivanias da Infância e da Juventude; vas subordinadas à legislação trabalhista.

VI - Escrivanias de Execuções Penais; § 1º. Sob proposta do titular do ofício ao Juiz Di-
retor de Fórum, este poderá juramentar um ou
VII – Escrivania de Inquéritos Policiais; mais empregados para subscrever atos da ser-
VIII - Escrivania de Execução de Penas e Medi- ventia, sem alteração da correspondente relação
das Alternativas; empregatícia.

IX - Escrivania de Delitos de Trânsito; § 2º. Para os fins do parágrafo anterior, os em-


pregados indicados deverão ter o segundo grau
X - Escrivania de Adolescentes Infratores; completo e preencher os requisitos enumerados
XI - Escrivania de Registros Públicos, Acidentes no art .126, incisos I a III, deste Código.
do Trabalho e Precatórias Cíveis; § 3º. Caberá ao Juiz Diretor de Fórum enca-
XII – Escrivania de Precatórias Criminais; minhar cópia da portaria de juramentação, no
prazo de três (3) dias, à Corregedoria-Geral da
XIII – Escrivania da Corregedoria dos Presídios;
Justiça, para verificação da regularidade do ato
XIV - Escrivanias dos Tribunais do Júri; e anotações.
XV - Secretarias dos Juizados Especiais, das Tur- Art. 122. Os agentes delegados da justiça do foro extra-
mas Recursais e do Conselho de Supervisão; judicial poderão admitir, sob sua responsabilidade e às
expensas próprias, tantos empregados quantos forem
XVI - Ofício do Distribuidor;
necessários ao serviço, ficando as relações empregatí-
XVII - Ofício do Contador e Partidor; cias respectivas subordinadas à legislação trabalhista.
XVIII - Ofício do Avaliador; § 1º. Os agentes delegados indicarão, por escri-
XIX - Oficio do Depositário Público. to, seus substitutos e escreventes, para praticar
atos, observadas as condições previstas no art.
Parágrafo único. Os ofícios poderão funcionar 121, § 2º, deste Código e as normas fixadas pela
acumulados, no interesse da Justiça. Corregedoria-Geral da Justiça, sem alteração da
Art. 120. Denominam-se agentes delegados do foro correspondente relação empregatícia, que conti-
extrajudicial os ocupantes da atividade notarial e de nuará subordinada à legislação laboral.
registro, a saber: § 2º. Para os fins do parágrafo anterior, as indi-
I – Tabeliães de Notas; cações serão feitas ao Juiz Corregedor do foro
extrajudicial, que, após verificar quanto ao cum-
II – Tabeliães de Protesto de Títulos; primento das formalidades indispensáveis, sub-
III – Oficiais de Registro de Imóveis; meterá as respectivas propostas ao Juiz Diretor
de Fórum, a quem caberá lavrar portaria de ju-
IV – Oficiais de Registro de Títulos de Docu-
ramentação com encaminhamento de cópia à
mentos e Civis das Pessoas Jurídicas;
Corregedoria-Geral da Justiça.
V – Oficiais de Registro Civis das Pessoas Na-
Art. 123. Denominam-se funcionários da justiça os ser-
turais;
vidores que constituem o quadro do Tribunal de Justi-
VI - Oficiais de Registro de Distribuição Extra- ça, distinguindo-se em:
judicial;
I - os integrantes dos cargos da Secretaria do Tri-
VII - Oficiais Distritais. bunal;.
§ 1º. Os serviços notariais e de registro poderão II - os Auxiliares de Cartório;
funcionar acumulados precariamente, no inte-
III – os Auxiliares Administrativos;
resse da Justiça ou em razão do volume da re-
ceita e dos serviços. IV - os Oficiais de Justiça;
§ 2º. Os Oficiais Distritais poderão acumular as V – os Comissários de Vigilância;
funções de registrador civil de pessoas naturais
VI - os Assistentes Sociais;
e as de tabelião de notas.
VII – os Psicólogos;
§ 3º. Compete ao Presidente do Tribunal de Jus-
tiça outorgar a delegação para a atividade nota- VIII - os Porteiros de Auditório;

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IX – os Agentes de Limpeza; e indicar fontes de informações pessoais, na for-


ma do regulamento do concurso.
X - os Secretários do Conselho de Supervisão do
Juizado Especial; Art. 127. O Regimento Interno do Tribunal de Justiça
disporá sobre as formalidades administrativas do con-
XI – os Secretários de Turma Recursal do Juiza-
curso, cabendo ao Conselho da Magistratura elaborar
do Especial;
seu Regulamento.
XII – os Secretários do Juizado Especial;
CAPÍTULO II
XIII – os Oficiais de Justiça do Juizado Especial;
XIV – os Auxiliares de Cartório do Juizado Es- FUNCIONÁRIOS DA SECRETARIA DO
pecial; TRIBUNAL DE JUSTIÇA .
XV – os Auxiliares Administrativos do Juizado Art. 128. O Tribunal de Justiça, constituído de quadro
Especial; próprio, somente admitirá funcionários mediante con-
curso público de provas, ou de provas e de títulos, ex-
XVI – os Contadores e Avaliadores do Juizado
Especial. cetuados os cargos em comissão.

Parágrafo único. Os funcionários da justiça su- Parágrafo único. O concurso obedecerá ao que
bordinam-se às normas do Estatuto dos Funcio- dispuser o regimento interno e as normas do
nários Públicos Civis do Estado do Paraná no regulamento que for elaborado pela Comissão
que lhes for aplicável. de Concursos e de Promoções do Tribunal de
Justiça.
Art. 124. Consideram-se auxiliares da justiça, entre
outros, enquanto estiverem participando de atos judi- Art. 129. Para ser admitido ao concurso, o candidato,
ciais, os administradores, os depositários, os intérpre- com idade mínima de dezoito (18) anos completos
tes, os peritos, os tradutores e os leiloeiros, eventual- quando da inscrição, deverá preencher os requisitos
mente nomeados para fins específicos. estabelecidos no art. 126, incisos I e III, deste Código,
além de outras condições que vierem a ser impostas
TÍTULO II pelo regulamento, inclusive quanto ao grau de esco-
laridade e de habilitação profissional ou técnica exigi-
CONCURSO, NOMEAÇÃO E POSSE dos, conforme a natureza do cargo a ser ocupado.
Art. 130. A nomeação dos candidatos aprovados será
CAPÍTULO I efetivada por ato do Presidente do Tribunal de Justiça.
SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA DO FORO CAPÍTULO III
JUDICIAL
Art. 125. Os serventuários da justiça serão nomeados OFICIAIS DE JUSTIÇA, PORTEIROS DE
mediante concurso de provas e títulos, por ato do Pre- AUDITÓRIO, AUXILIARES DE CARTÓRIO
sidente do Tribunal de Justiça. E ADMINISTRATIVOS, COMISSÁRIOS DE
VIGILÂNCIA E AGENTES DE LIMPEZA
Parágrafo único. A realização do concurso será
determinada pelo Presidente do Tribunal de Art. 131. O concurso para provimento desses cargos
Justiça, após vacância do cargo. obedecerá ao que dispuserem o Regimento Interno do
Tribunal de Justiça e o regulamento baixado para tal
Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato fim, observadas as disposições legais aplicáveis à es-
deverá preencher os seguintes requisitos no momento pécie.
da inscrição:
Art. 132. Para ser admitido ao concurso, o candidato
I - ser brasileiro, estar no exercício dos direitos deverá preencher os requisitos do art. 126 deste Có-
civis e políticos e quite com o serviço militar,
digo.
quando for a hipótese;
§ 1º. Para o cargo de agente de limpeza, exigir-
II - ter idade mínima de dezoito (18) anos;
se-á escolaridade equivalente ao Ensino Funda-
III - apresentar cédula de identidade fornecida mental e para o de auxiliar de cartório, escolari-
pela repartição estadual; dade correspondente ao segundo grau comple-
to.
IV - fazer prova do recolhimento da taxa de ins-
crição que for fixada pelo Conselho Diretor do Art. 133. Os Agentes de Limpeza serão admitidos me-
FUNREJUS. diante teste seletivo, sob o regime da Consolidação das
Leis do Trabalho, ficando os atuais cargos extintos à
Parágrafo único. Os candidatos classificados de-
medida que vagarem.
verão comprovar sanidade física e mental, por
meio de laudo fornecido por órgão oficial do Art. 134. Os candidatos aprovados serão nomeados na
Estado, apresentar prova de bons antecedentes forma prevista no art. 130 deste Código.

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CAPÍTULO IV Parágrafo único. Será excluído o pretendente


que tenha sofrido pena disciplinar, salvo se, não
POSSE -reincidente, já decorridos mais de dois (2) anos
da última punição.
Art. 135. Os funcionários da Secretaria do Tribunal to-
marão posse perante o Secretário. Art. 141. Vencidas as fases de que trata o artigo ante-
rior, o Corregedor-Geral da Justiça relatará o processo
Parágrafo único. Os serventuários da justiça to-
perante o Conselho da Magistratura, que deliberará
marão posse perante o Juiz Diretor de Fórum da
quanto à indicação ou não de pretendentes.
comarca onde exercerão suas funções.
Parágrafo único. Publicado o decreto de remo-
Art. 136. A Secretaria do Tribunal manterá registro
ção, o serventuário da justiça do foro judicial
apropriado referente a seus serviços, devendo nele ser
terá o prazo de dez (10) dias para assumir as
anotada toda e qualquer alteração ocorrida na carreira
novas funções, salvo em caso de remoção no
funcional de seus quadros. .
âmbito da mesma comarca, quando a assunção
será imediata.
CAPÍTULO V
Art. 142. Não havendo candidatos à remoção ou à pro-
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS moção, quando for o caso, ou tendo sido indeferidos
pedidos eventualmente feitos, será expedido edital de
Art. 137. O regulamento próprio da Secretaria do Tri-
chamamento a concurso público para provimento do
bunal de Justiça disciplinará as atribuições do quadro
cargo vago por nomeação
funcional, levando em conta:.
Art. 143. Aplicam-se aos Oficiais de Justiça, assim
I - a descentralização e racionalização dos ser-
como aos Auxiliares de Cartório, aos Auxiliares Admi-
viços;
nistrativos e Comissários de Vigilância, no que coube-
II – o exercício em comissão de funções de che- rem, as disposições contidas neste Capítulo.
fia, observados os parâmetros técnicos recomen-
Art. 144. Ao concurso de remoção somente poderão
dáveis, inclusive no que tange à indispensável
ser admitidos titulares que exerçam a atividade por
relação de proporcionalidade numérica entre
mais de dois (2) anos, salvo se não houver candidato
chefes e subordinados diretos.
que atenda este requisito.
TÍTULO III
TÍTULO IV
REMOÇÕES, PERMUTAS E PROMOÇÕES
SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA DO FORO
CAPÍTULO ÚNICO JUDICIAL

REMOÇÕES, PERMUTAS E PROMOÇÕES


CAPÍTULO ÚNICO
Art. 138. A remoção ou promoção dos Titulares de
Oficio, correrá por ato do Presidente do Tribunal de
ATRIBUIÇÕES
Justiça, entre o serventuário que esteja respondendo
pela designação da serventia, se assim o requerer e os Art. 145. Aos servidores do foro judicial em geral in-
demais candidatos indicados pelo Conselho da Magis- cumbe:
tratura de acordo com as regras por este aprovadas.
I – aos Escrivães, a prática de todos os atos pri-
§ 1º. A permuta dar-se-á por requerimento das vativos previstos em lei, observados as formas,
partes, por ato do Presidente do Tribunal de usos, estilos e costumes seguidos no foro.
Justiça.
II - aos Distribuidores, a distribuição de todos os
§ 2º. A promoção e remoção observarão os crité- processos e atos entre Juízes, Escrivães, titulares
rios de antiguidade e merecimento, alternada- de ofícios de justiça e agentes delegados do foro
mente. extrajudicial, observadas as seguintes regras:
Art. 139. No caso de vacância de ofício, o Juiz Diretor a) estão sujeitos à distribuição, unicamente, os
de Fórum fará imediata comunicação ao Presidente do processos e atos pertencentes à competência de
Tribunal de Justiça, que autorizará a expedição de edi- dois ou mais Juízes ou de dois ou mais serven-
tal, convocando os interessados à remoção, à promo- tuários ou ainda de dois ou mais agentes dele-
ção ou ao provimento, mediante concurso público, se gados;
não houver interessado em remoção.
b) é vedado ao Distribuidor reter quaisquer pro-
Art. 140. Decorrido o prazo legal, os pedidos serão reu- cessos e atos destinados à distribuição, a qual
nidos em uma só autuação e encaminhados à Correge- deve ser feita imediatamente e em ordem rigo-
doria-Geral de Justiça, que, após parecer, submetê-los rosamente sucessiva, à proporção que lhe forem
-á à prévia deliberação do Conselho da Magistratura. apresentados;

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c) no caso de incompatibilidade ou suspeição III - convocar pessoas idôneas para que teste-
daquele a quem for distribuído algum processo munhem atos de sua função, quando a lei assim
ou ato, em tempo oportuno se lhe fará a com- o exigir;
pensação;
IV - exercer, onde não houver, as funções de
d) distribuir-se-ão, por dependência, os feitos porteiro de auditório, mediante designação do
de qualquer natureza que se relacionarem com Juiz;
outros já distribuídos e ajuizados;
V - exercer cumulativamente quaisquer outras
e) os atos e processos que não estiverem sujeitos funções previstas neste Código e dar cumpri-
à distribuição por não pertencerem à competên- mento às ordens emanadas da Corregedoria-
cia de dois ou mais Juízes ou de dois ou mais Geral da Justiça e do Juízo pertinentes aos servi-
serventuários ou ainda de dois ou mais agentes ços judiciários.
delegados, serão, não obstante, prévia e obri-
gatoriamente registrados pelo Distribuidor em Art. 147. Incumbe aos Porteiros de Auditórios:
livro próprio; I - apregoar e fazer a chamada das partes e tes-
f) cumprir as normas editadas pela Corregedo- temunhas;
ria-Geral da Justiça e pelo Juiz Diretor de Fórum. II - apregoar os bens, nas praças e leilões judi-
III – aos Contadores: ciais;

a) contar, em todos os feitos, antes da sentença III - passar certidões de pregões, editais, praças,
ou de qualquer despacho definitivo, mediante arrematações ou de quaisquer outros atos que
ordem do Juiz, os emolumentos e as custas, con- praticarem no exercício da função.
forme previsto no regimento respectivo; Art. 148. Aos Comissários de Vigilância incumbe:
b) proceder à contagem do principal e dos juros
I - exercer vigilância sobre as crianças e adoles-
nas ações referentes a dívidas em quantia certa e
centes e fiscalizar a execução das leis de assis-
nos cálculos aritméticos que se fizerem necessá- tência e proteção que lhes digam respeito;
rios relativamente a direitos e obrigações;
II - proceder mediante determinação judicial às
c) fazer o cálculo para pagamento de impostos;
investigações relativas a crianças e adolescentes,
d) cumprir, sob pena de responsabilidade, as seus pais, tutores ou encarregados de sua guar-
disposições legais sobre recolhimento de impor- da, com o fim de esclarecer a ocorrência de fatos
tâncias devidas a instituições ou fundos. ou circunstâncias que possam comprometer sua
segurança física e moral;
IV – aos Partidores, organizar as partilhas judi-
ciais. III - apreender e conduzir, por determinação ju-
dicial, crianças e adolescentes abandonados ou
V - aos Depositários Públicos, ter sob sua guar-
infratores e proceder, a respeito deles, às inves-
da e segurança, com obrigação legal de os resti-
tigações referidas no inciso anterior;
tuir na oportunidade própria, os bens corpóreos
apreendidos judicialmente, salvo os que forem IV - manter o serviço de fiscalização de crianças
confiados a depositários particulares. e adolescentes sujeitos à liberdade assistida ou
VI - aos Avaliadores Judiciais, por distribuição entregues mediante termo de responsabilidade
e guarda;
nas comarcas em que houver mais de um, ex-
pedir laudo de avaliação de bens, rendimentos, V - auxiliar no preparo de processos relativos a
direitos e ações, segundo o que for determinado crianças e adolescentes, promover medidas pre-
no mandado. liminares de instrução determinadas pelo Juiz,
incluindo a tomada de declarações de pais, tu-
TÍTULO V tores ou responsáveis e de demais pessoas que
possam oferecer esclarecimentos;
OUTROS AUXILIARES DA JUSTIÇA
VI - exercer vigilância sobre crianças e adoles-
CAPÍTULO ÚNICO centes em ambientes públicos, em cinemas,
teatros e casas de diversão públicas em geral,
ATRIBUIÇÕES mediante ordem de serviço específica para a di-
ligência;
Art. 146. Aos Oficiais de Justiça incumbe:
VII - proceder a todas as investigações concer-
I - fazer citações, arrestos, penhoras e demais di-
nentes a crianças e adolescentes junto ao meio
ligências que lhe forem cometidas;
em que vivem e às pessoas que os cercam e efeti-
II - lavrar autos e certidões referentes aos atos var o encaminhamento necessário dessa pesqui-
que praticarem; sa aos órgãos e entidades competentes;

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VIII - investigar os antecedentes de crianças e Parágrafo único. Aplicam-se no que couber as


adolescentes e de seus familiares; disposições do Estatuto dos Funcionários Públi-
cos Civis do Estado do Paraná.
IX - colaborar junto aos programas oficiais de
voluntariado do Poder Judiciário ou sob a fisca- CAPÍTULO IV
lização deste.
Art. 150. Aos Auxiliares de Cartório e Administrativos FÉRIAS
incumbe desempenhar serviços compatíveis com as Art. 154. Os titulares de ofício das escrivanias remune-
funções, sob a responsabilidade do titular respectivo. radas pelos cofres públicos e os funcionários da justiça
gozarão férias previstas no Estatuto dos Funcionários
TÍTULO VI Públicos Civis do Estado do Paraná, mediante escala
organizada no princípio de cada ano pelo Juiz Diretor
VENCIMENTOS, AJUDAS DE CUSTO, LICENÇAS de Fórum ou pelo chefe de serviço a que estiverem su-
E FÉRIAS bordinados, com comunicação ao Presidente do Tribu-
nal de Justiça e ao Corregedor-Geral da Justiça.
CAPÍTULO I
§ 1º. As férias deverão ser gozadas nos doze
(12) meses seguintes, a contar da data em que
VENCIMENTOS se completou o período aquisitivo, salvo impe-
Art. 151. Os vencimentos dos titulares de ofícios da riosa necessidade da administração da justiça,
justiça remunerados, exclusivamente, pelos cofres pú- quando as férias poderão ser cassadas, assegu-
blicos e os dos funcionários da justiça serão fixados em rada sua oportuna fruição.
lei, observados os princípios constitucionais. § 2º. Havendo comprovada necessidade do
§ 1º. Nenhum dos auxiliares da justiça referidos serviço, a critério da autoridade a que estiver
no caput deste artigo poderá perceber, mensal- imediatamente subordinado o servidor, as fé-
mente, remuneração bruta superior à percebida rias poderão ser interrompidas, assegurado o
pelos Juízes de Direito de entrância final, salvo a direito de gozo dos dias remanescentes oportu-
acumulação de proventos com vencimentos de namente.
cargo em comissão.
TÍTULO VII
§ 2º. O Presidente do Tribunal de Justiça baixa-
rá, no prazo de noventa (90) dias, contados da SUBSTITUIÇÕES
vigência deste Código, ato dispondo sobre a for-
ma de aplicação da norma contida no parágrafo CAPÍTULO ÚNICO
anterior.
SUBSTITUIÇÕES
CAPÍTULO II Art. 155. Em caso de afastamento do servidor ocupante
do cargo de Escrivão remunerado pelos cofres públicos
AJUDAS DE CUSTO ou Secretário dos Juizados Especiais, o Juiz de Direito
da respectiva unidade indicará servidor ocupante de
Art. 152. Aos auxiliares da justiça do foro judicial é
cargo efetivo de Analista Judiciário, da área jurídica,
devida a ajuda de custo no valor de até uma (1) remu-
ou Técnico Judiciário ou Técnico de Secretaria, desde
neração mensal, para cobrir despesas de transporte,
que bacharel em Direito, para o exercício precário das
quando tiverem que transferir residência para outra
funções, cuja designação dar-se-á por ato do
comarca, em virtude de promoção ou de remoção.
Presidente do Tribunal de Justiça.
Parágrafo único. Na fixação do valor da ajuda
de custo, que não será concedida em intervalo § 1º. Poderá ser excepcionado, para efeito de
inferior a dois (2) anos, tomar-se-á em conta a substituição, o critério de escolaridade, na hi-
distância a ser percorrida com a mudança. pótese de inexistir, na unidade, servidor que
preencha tal requisito.
CAPÍTULO III § 2º. O servidor designado para o exercício pre-
cário das funções do titular da Escrivania ou
LICENÇAS Secretaria dos Juizados Especiais, durante o pe-
ríodo de substituição, perceberá proporcional-
Art. 153. A licença para tratamento de saúde será con-
mente o valor correspondente à gratificação de
cedida à vista de atestado médico, com indicação da
função de Chefe de Secretaria .
classificação internacional da doença (CID). Se su-
perior a trinta (30) dias, mediante a apresentação de Art. 156. A substituição dos servidores do Tribunal de
laudo expedido por junta médica nomeada pelo Presi- Justiça far-se-á de acordo com o regulamento próprio
dente do Tribunal. .

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TÍTULO VIII da comarca em que exercerem suas funções e, sendo


titulares de ofício do foro judicial, deverão permanecer
INCOMPATIBILIDADES, IMPEDIMENTOS E à frente das respectivas serventias.
SUSPEIÇÕES
CAPÍTULO II
CAPÍTULO ÚNICO
PENALIDADES
INCOMPATIBILIDADES, IMPEDIMENTOS E Art. 163. Os auxiliares da justiça do foro judicial, pelas
SUSPEIÇÕES faltas cometidas no exercício de suas funções, ficarão
sujeitos às seguintes penas disciplinares:
Art. 157. As incompatibilidades dos serventuários da
justiça do foro judicial e dos funcionários da justiça I - de advertência, aplicada por escrito em caso
regulam-se pelo Estatuto dos Funcionários Públicos de mera negligência;
Civis do Estado do Paraná, e os impedimentos e sus- II - de censura, aplicada por escrito em caso de
peições, pelas normas contidas no Código de Processo falta de cumprimento dos deveres previstos
Civil, no que forem pertinentes. neste Código, e também de reincidência de que
tenha resultado aplicação de pena de advertên-
TÍTULO IX
cia;
APOSENTADORIA III - de devolução de custas em dobro, aplicada
em casos de cobrança de custas que excedam os
CAPÍTULO ÚNICO valores fixados na respectiva tabela, a qual ain-
da poderá ser cumulada com outra pena disci-
APOSENTADORIA plinar;
Art. 158. A aposentadoria dos serventuários do foro IV - de suspensão, aplicada em caso de reinci-
judicial sujeitar-se-á à legislação específica. dência em falta de que tenha resultado na apli-
Parágrafo único. O pedido de aposentadoria cação de pena de censura, ou em caso de infrin-
dos serventuários da Justiça do foro judicial tra- gência às seguintes proibições:
mitará junto à secretaria do Tribunal de Justiça, a) exercer cumulativamente dois ou mais cargos
levando-se a efeito mediante decreto do Presi- ou funções públicas, salvo as exceções permiti-
dente. das em lei;
Art. 159. O processo de aposentadoria dos funcioná- b) retirar, modificar ou substituir, sem prévia
rios da Justiça tramitará perante a autorização da autoridade competente, qual-
Secretaria do Tribunal de Justiça, e será efetiva- quer documento de órgão estatal, com o fim de
da por decreto do Presidente. criar direito ou obrigação ou de alterar a verda-
de dos fatos;
TÍTULO X c) valer-se do cargo ou função para obter provei-
to pessoal em detrimento da dignidade do cargo
DIREITOS E GARANTIAS ou função;.

CAPÍTULO ÚNICO d) praticar usura;


f) revelar fato ou informação de natureza sigi-
DIREITOS E GARANTIAS losa de que tenha ciência em razão do cargo ou
Art. 160. Os direitos e garantias dos auxiliares da jus- função;
tiça do foro judicial são os estabelecidos em lei e neste g) delegar, salvo nos casos previstos em lei, o
Código. desempenho de encargo que a si competir ou a
seus subordinados;
TÍTULO XI
h) deixar de comparecer ao trabalho sem causa
FORO JUDICIAL justificada;
i) retirar ou utilizar materiais e bens do Estado
CAPÍTULO I
indevidamente;
DEVERES j) deixar de cumprir atribuições inerentes ao
Art. 161. Os auxiliares da justiça deverão exercer suas cargo no prazo estipulado;
funções com dignidade e compostura, obedecendo às V - de demissão, aplicada nos casos de:
determinações de seus superiores e cumprindo as dis-
a) crimes contra a administração pública;
posições a que estiverem sujeitos. Art. 162. Os auxi-
liares da justiça terão domicílio e residência na sede b) abandono de cargo;

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c) falta ao serviço, sem justa causa, por sessenta Art. 166. As penas de advertência, censura e devolução
(60) dias alternados durante o ano; de custas em dobro poderão ser aplicadas em sindi-
cância, respeitados o contraditório e a ampla defesa.
d) ofensa grave, física ou moral, em serviço,
contra servidor ou particular, salvo escusa legal; Art. 167. Qualquer penalidade imposta ao auxiliar da
justiça será comunicada à Corregedoria-Geral da Justi-
e) reincidência, em caso de insubordinação;
ça para as devidas anotações.
f) aplicação irregular de dinheiro público;
Art. 168. Se a pena imposta for a de demissão ou de
g) transgressão dolosa a proibição legal de na- cassação de aposentadoria, a decisão será remetida
tureza grave; ao Presidente do Tribunal de Justiça, que expedirá o
respectivo decreto, comunicando o fato, na segunda
h) reincidência na prática de infração disciplinar hipótese, ao Tribunal de Contas.
pelo funcionário que, nos quatro (4) anos ime-
diatamente anteriores, tenha sido punido com Art. 169. Sempre que houver comprovação de prática
pena de suspensão igual ou superior a cento e de crime de ação penal pública, remeter-se-ão peças ao
oitenta (180) dias, aplicada isoladamente ou re- Ministério Público.
sultante da soma de várias penas de suspensão. Art. 170. As penalidades de advertência, censura e de-
§ 1º. A pena de suspensão poderá ser converti- volução de custas em dobro terão seus registros cance-
da em multa quando houver conveniência para lados após o decurso de três (3) anos, e a de suspensão
o serviço, à razão de cinqüenta por cento (50%) após cinco
do valor do salário a que no período imposto (5) anos, respectivamente, contados da aplica-
fizer jus o servidor, que fica obrigado neste caso ção ou do cumprimento da pena, se o servidor
a permanecer em atividade. não houver, nesse período, praticado nova in-
§ 2º. Para os fins do inciso V, alínea “b”, deste ar- fração disciplinar.
tigo, considera-se abandono de cargo a ausência Art. 171. Mediante decisão do Corregedor-Geral da
ao serviço, sem justa causa, por mais de trinta Justiça, os auxiliares da justiça de que trata este capítu-
(30) dias. lo poderão ser afastados do exercício do cargo quando
criminalmente processados ou condenados enquanto
§ 3º. Durante o período de suspensão, o auxiliar
estiver tramitando o processo ou pendente de execu-
da justiça perderá todas as vantagens decorren-
ção a pena aplicada.
tes do exercício do cargo.
Parágrafo único. Recebida a denúncia ou transi-
§ 4º. Na aplicação das penalidades, considerar-
tada em julgado a sentença, o Juiz do processo
se-ão a natureza e a gravidade da infração, os
remeterá ao Corregedor-Geral da Justiça cópias
meios empregados, os danos que dela provie-
das respectivas peças.
rem para o serviço público e os antecedentes
funcionais do servidor. Art. 172. O Corregedor-Geral da Justiça, por decisão
fundamentada, poderá afastar os auxiliares da justiça
Art. 164. Será cassada a aposentadoria se ficar provado do exercício do cargo, pelo prazo de sessenta (60) dias,
que o inativo: I – praticou falta grave no exercício do prorrogável por igual período, se houver necessidade
cargo ou função; de acautelamento a fim de evitar a continuidade dos
II – aceitou ilegalmente cargo ou função pública; ilícitos administrativos praticados, para garantia da
normalidade do serviço público ou por conveniência
III – aceitou representação de Estado estrangei- da instrução do processo administrativo.
ro sem prévia autorização do Presidente da Re-
pública; Art. 173. Fica assegurado ao serventuário titular da
serventia, desde que não perceba remuneração dos
IV – praticou usura em qualquer de suas for- cofres públicos, quando do afastamento ocorrido pela
mas; V – perdeu a nacionalidade brasileira. aplicação das normas contidas nos arts. 171 e 172 des-
Art. 165. São competentes para aplicação das penali- te Código, o direito à percepção mensal de metade da
dades disciplinares o Conselho da Magistratura, Cor- renda líquida da serventia; a outra metade será depo-
regedor-Geral da Justiça e os Juízes perante os quais sitada em conta bancária remunerada à disposição do
servirem ou a quem estiverem subordinados os servi- Juízo.
dores, observado o seguinte: Art. 174. Afastado o titular, o Corregedor-Geral da Jus-
I - o Conselho da Magistratura poderá aplicar tiça designará interventor para responder pela serven-
quaisquer das penalidades previstas nos artigos tia, fixando-lhe a remuneração.
163 e 164; Art. 175. A pena de demissão ou de cassação de apo-
II - o Corregedor-Geral da Justiça e os Juízes po- sentadoria será aplicada ao auxiliar da justiça do foro
judicial:
derão aplicar as penas de advertência, censura,
devolução de custas em dobro e suspensão até I - em virtude de sentença que declare a perda
trinta (30) dias. de cargo ou de função pública;

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II - mediante processo administrativo em que Art. 180. Ao servidor acusado será dada a notícia dos
lhe seja assegurada ampla defesa. termos da acusação, devendo ele ser citado para, no
prazo de dez (10) dias, apresentar defesa e requerer a
Art. 176. A punição dos funcionários da Secretaria do
produção de provas.
Tribunal será efetivada por ato do Presidente.
§ 1º. A citação far-se-á:
CAPÍTULO III
I - por mandado ou pelo correio, por meio de
PRESCRIÇÃO ofício sob registro e com aviso de recebimento;

Art. 177. Prescreverá o direito de punir: II - por carta precatória ou de ordem;

I - em três (3) anos, para as infrações sujeitas às III - por edital, com prazo de quinze (15) dias.
penalidades de advertência, censura,devolução § 2º. O edital será publicado três (3) vezes no
de custas em dobro e suspensão; Diário da Justiça e afixado no átrio do Fórum ou
II - em cinco (5) anos, para as infrações sujeitas no da Corregedoria-Geral da Justiça.
à pena de demissão e de cassação de aposenta- Art. 181. Em caso de revelia, será designado pela auto-
doria ; ridade competente defensor dativo ao servidor.
Parágrafo único. A punibilidade da infração, Art. 182. Apresentada defesa, seguir-se-á a instrução
também prevista na lei penal como crime, pres- com a produção das provas deferidas, podendo a au-
creve juntamente com este. toridade instrutora determinar a produção de outras
Art. 178. O prazo de prescrição começa a correr da necessárias à apuração dos fatos.
data em que o fato se tornouconhecido pela autorida- § 1º. A autoridade que presidir a instrução de-
de competente para aplicar a penalidade. verá interrogar o servidor acusado acerca da
§ 1º. Interrompe-se a contagem do prazo de imputação, designando dia, hora e local e de-
prescrição com: terminando sua intimação bem como a de seu
advogado.
I – a abertura da sindicância;
§ 2º. Em todas as cartas precatórias e de ordem,
II – a instauração do processo administrativo; a autoridade processante declarará o prazo den-
III – a decisão de mérito proferida em sindi- tro do qual elas deverão ser cumpridas. Vencido
cância ou no processo administrativo;; esse prazo, o feito será levado a julgamento in-
dependentemente de seu cumprimento.
IV – o acórdão proferido no julgamento do re-
curso interposto em face da decisão a que se re- § 3º. Encerrada a instrução, será concedido um
fere o inciso III deste parágrafo; prazo de cinco (5) dias para as alegações finais
do acusado.
§ 2º. A abertura da sindicância meramente pre-
paratória do processo administrativo, desprovi- § 4º. Apresentadas as alegações finais, a autori-
da de contraditório e da ampla defesa, não in- dade competente proferirá decisão.
terrompe a prescrição. § 5º. Instaurado o processo administrativo por
§ 3º. Suspende-se o prazo prescricional quando determinação do Corregedor-Geral da Justiça,
a autoridade reputar conveniente o sobresta- este, após receber os autos com o relatório ela-
mento do processo administrativo até a decisão borado pela autoridade instrutora, decidi-lo-á
final do inquérito policial, da ação penal ou da ou o relatará, conforme o caso, perante o Conse-
ação civil pública, desde que originadas no mes- lho da Magistratura.
mo fato do processo administrativo. § 6º. A instrução deverá ser ultimada no prazo
§ 4º. Interrompida a prescrição, todo o prazo co- de cento e vinte (120) dias, prorrogáveis por
meça a correr novamente do dia da interrupção. mais sessenta (60) dias.

CAPÍTULO IV CAPÍTULO V

PROCESSO ADMINISTRATIVO ABANDONO DO CARGO


Art. 179. O processo administrativo terá início após a Art. 183. Caracterizada a ausência do servidor na for-
certeza dos fatos, por portaria baixada por Juiz ou pelo ma do art. 163, § 2º, deste Código, fará o Juiz a respec-
Corregedor-Geral da Justiça, na qual se imputarão os tiva comunicação à Corregedoria-Geral da Justiça.
fatos ao servidor, delimitando-se o teor da acusação.
Art. 184. Diante da comunicação da ausência do servi-
Parágrafo único. Os atos instrutórios do pro- dor, e havendo indícios de abandono de cargo, o Cor-
cesso poderão ser delegados pelo Corregedor- regedor-Geral da Justiça baixará portaria instaurando
Geral da Justiça a Juiz ou a assessor lotado na processo administrativo, com expedição de edital de
Corregedoria-Geral da Justiça. chamamento e citação, que será publicado no Diário

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da Justiça por três (3) dias consecutivos, convocando o CAPÍTULO II


servidor a justificar sua ausência ao serviço no prazo
de dez (10) dias, contados da última publicação. SEÇÕES JUDICIÁRIAS

Art. 185. Se procedente a justificativa apresentada pelo Art. 223. As seções judiciárias constituem agrupamen-
servidor, deverá ele reassumir imediatamente suas to de comarcas ou foros regionais ou varas, assim or-
funções. ganizadas para facilitar o exercício da prestação juris-
dicional por Juízes Substitutos e por Juízes de Direito
Parágrafo único. Não ocorrendo o retorno do Substitutos, com a definição dos limites de competên-
servidor à atividade, segue-se o procedimento cia atribuídos a cada um.
estabelecido nos arts. 180 e 181 deste Código.
§ 1º. A composição das seções judiciárias é esta-
Art. 186. Declarado o abandono do cargo pelo Conse- belecida conforme o contido no anexo II.
lho da Magistratura, os autos serão encaminhados ao § 2º. Na Comarca da Região Metropolitana de
Presidente do Tribunal de Justiça, que expedirá o de- Curitiba e nas Comarcas de entrância final de
creto de demissão do servidor. Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa, Foz
do Iguaçu e Guarapuava, a competência do Juiz
CAPÍTULO VI de Direito Substituto será definida por resolução.

RECURSOS CAPÍTULO III


Art. 187. Das decisões do Juiz ou do Corregedor-Geral
DISTRITOS JUDICIÁRIOS
da Justiça caberá recurso em último grau ao Conselho
da Magistratura no prazo de quinze (15) dias. Art. 224. Distritos são seções territoriais em que se di-
vide a circunscrição judiciária de cada uma das comar-
Art. 188. Das decisões originárias do Conselho da Ma- cas.
gistratura cabe recurso ao Órgão Especial no prazo de
quinze (15) dias. Parágrafo único. Os Distritos Judiciários agru-
pam-se em torno de comarcas-sede ou foro cen-
Art. 189. O recurso será interposto perante a autorida- tral ou foros regionais, conforme estabelece o
de que houver proferido a decisão recorrida, a qual, se anexo III.
o receber, encaminhá-lo-á no prazo de dois (2) dias ao
órgão competente para julgamento. TÍTULO IV
§ 1º. Só não será recebido o recurso em caso de COMARCAS, JUÍZOS E SERVIÇOS AUXILIARES
intempestividade.
§ 2º. O recurso será sempre recebido nos efeitos CAPÍTULO I
devolutivo e suspensivo.
COMPOSIÇÃO DAS COMARCAS E
COMPETÊNCIA DOS JUÍZOS
TÍTULO III
Art. 225. As comarcas compõem-se de Juízo único ou
CLASSIFICAÇÃO DAS COMARCAS, SEÇÕES de duas ou mais varas judiciais, cuja denominação e
JUDICIÁRIAS E DISTRITOS competência serão fixadas e alteradas por Resolução
do Órgão Especial do Tribunal de Justiça.
JUDICIÁRIOS Parágrafo único. Os Juizados Especiais com uni-
dade administrativa própria e cargo de Juiz são
CAPÍTULO I considerados, para fins deste artigo, varas judi-
ciais.
CLASSIFICAÇÃO DAS COMARCAS
Art. 227. As comarcas e varas poderão ser declaradas
Art. 222. As comarcas, segundo a importância do mo- em regime de exceção, em casos especiais, por ato do
vimento forense, a densidade demográfica, a situação Conselho da Magistratura, ouvido o Corregedor-Geral
geográfica e a condição de sede de seção judiciária, são da Justiça quando este não for o proponente da medi-
classificadas em: da.
I - de entrância inicial; Parágrafo único. Configurada a hipótese de que
trata este artigo, o Presidente do Tribunal de
II – de entrância intermediária; e Justiça designará Juiz para exercer, cumulativa-
III – de entrância final; mente com o titular, a jurisdição na comarca ou
na vara, fixando-lhe a competência, definindo a
Parágrafo único. Para os fins constantes deste forma de distribuição dos processos e estabele-
artigo, as comarcas obedecem ao elenco previs- cendo o limite temporal da medida em até seis
to no anexo I. (6) meses prorrogáveis.

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CAPÍTULO II tórias Criminais, nos créditos que se destinem


aos Tabelionatos de Protesto de Títulos de 1º a
SERVIÇOS AUXILIARES 6º.
Art. 228. Os serviços do foro judicial e extrajudicial, IV – o 4º Ofício de Contador e Partidor terá com-
nas comarcas, serão executados por serventuários, petência em matérias que não se refiram ao 1º
funcionários da justiça e agentes delegados com as Ofício;
atribuições previstas para cada um dos corresponden-
tes ofícios, observadas as disposições deste Código e V – o 5º Ofício de Distribuidor terá competência
na forma dos anexos I, IV e VI, tabelas 1, 2, 3 e 4. em matéria de Execuções Penais, dos Juizados
Especiais Cíveis e dos Juizados Especiais Crimi-
Art. 229. É mantida a atual constituição dos ofícios da nais, de Registros Públicos e Acidentes do Tra-
justiça, com as alterações, supressões e acréscimos pre- balho e Precatórias Cíveis, de Inquéritos Poli-
vistos neste Código. ciais, no registro dos atos lavrados nos Serviços
Art. 230. Nas varas e nos ofícios criados por esta Lei, Distritais do Bacacheri, Barreirinha, Boqueirão,
a constituição das serventias do foro judicial e dos ofí- Cajuru, Campo Comprido, Portão, Santa Feli-
cios do foro extrajudicial obedecerá aos critérios esta- cidade, Santa Quitéria, Mercês, Novo Mundo,
belecidos para as demais comarcas de igual entrância, Pinheirinho, São Casemiro Taboão, Tatuquara,
ressalvadas as peculiaridades de cada caso. Uberaba e Umbará, e nas notas que se destinem
aos Tabelionatos de Notas de 13º a 16º.
Art. 231. Em cada Juízo único ou vara servirão, no mí-
nimo, dois (2) Oficiais de Justiça. Parágrafo Único. As atribuições dos Ofícios não
instalados ou extintos poderão, provisoriamen-
Art. 232. Os Técnicos de Secretaria e Auxiliares Admi- te, ser redistribuídas, equitativamente, por reso-
nistrativos da Comarca da Região Metropolitana de lução do Órgão Especial.
Curitiba serão lotados pelo Presidente do Tribunal de
Justiça, enquanto os de idênticos cargos nas demais co- Art. 234. No Foro Central da Comarca da Região Me-
marcas, pelo Juiz Diretor do Fórum, de acordo com a tropolitana de Londrina, os 1º e 2º Ofícios Distribuido-
necessidade do serviço. res terão suas atribuições previstas em resolução do
Órgão Especial, observadas as seguintes disposições:
§ 1º. Os Oficiais de Justiça e Técnicos Judiciários
com a mesma atribuição serão lotados junto à I – o 1º Ofício de Distribuidor, Contador, Parti-
Secretaria da Direção do Fórum das respectivas dor e Depositário Público terá competência em
Comarcas ou Foros. matéria Cível, da Infância e da Juventude, nos
créditos que se destinem aos Tabelionatos de
§ 2º. Aos Oficiais de Justiça e Técnicos Judiciá-
Protestos de Títulos de 1º a 3º, e nos títulos que
rios com a mesma atribuição serão distribuídos
se destinem aos Ofícios de Registro de Títulos
indistinta e equitativamente, mandados para
e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas de
cumprimento..
1º e 2º.
Art. 233. No Foro Central da Comarca da Região Me-
II – o 2º Ofício de Distribuidor, Contador, Parti-
tropolitana de Curitiba, os ofícios distribuidores, con-
dor e Depositário Público terá competência em
tadores e partidores, de 1º a 5º, terão suas atribuições
matéria Criminal, de Execuções Penais, de Fa-
previstas em resolução do Órgão Especial, observadas
mília, de Registros Públicos e Corregedoria do
as seguintes disposições:
Foro Extrajudicial, de Acidentes do Trabalho,
I – o 1º Ofício de Distribuidor, Contador e Par- dos Juizados Especiais Cíveis e dos Juizados Es-
tidor terá competência em matéria criminal, do peciais Criminais, nas notas que se destinem aos
Tribunal do Júri, da Fazenda Pública, de Falên- Tabelionatos de Notas de 1º a 7º, no registro dos
cia e de Recuperação Judicial, de Família e de atos lavrados no Serviço Distrital de Tamarana,
Delitos de Trânsito, nas notas que se destinem Warta, Guaravera, Irerê, Lerro Ville, Paiquerê,
aos Tabelionatos de Notas de 8º a 12º, e como São Luís e Maravilha.
Contador e Partidor, nos créditos que se desti-
Parágrafo Único. As atribuições dos Ofícios não
nam aos Tabelionatos de Protestos de Títulos de
1º ao 6º. instalados ou extintos poderão, provisoriamen-
te, ser redistribuídas equitativamente, por reso-
II – o 2º Ofício de Distribuidor terá competência lução do Órgão Especial.
em matéria Cível, da Vara da Auditoria da Justi-
ça Militar, nas notas que se destinem aos Tabe- CAPÍTULO III
lionatos de Notas de 1º a 7º, nos Títulos e Docu-
mentos e Cívil das Pessoas Jurídicas de 1º a 4º.
DISTRITOS JUDICIÁRIOS
III – o 3º Ofício de Distribuidor terá competência
em matéria da Infância e da Juventude e Adoção Art. 235. Em cada Distrito Judiciário, excetuado o da
de Adolescentes em conflito com a Lei, de Exe- sede da Comarca, haverá um oficial distrital com as
cução de Penas e Medidas Alternativas e Preca- atribuições definidas neste Código.

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TÍTULO V de Cachoeira de São José, Campo Largo da Ro-


seira, Colônia Murici, Borda do Campo de São
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE Sebastião, São Marcos (Município de São José
CURITIBA dos Pinhais), e Tijucas do Sul (Município do
mesmo nome).
CAPÍTULO ÚNICO
Art. 236-A. Fica criada a Comarca da Região Metro-
COMPOSIÇÃO, COMPETÊNCIA E politana de Londrina, compreendendo o Foro Central
DISTRIBUIÇÃO de Londrina, sede da Comarca, no mesmo incluído o
Distrito Judiciário de Tamarana, e os seguintes Foros
Art. 236. A Comarca da Região Metropolitana de Curi- Regionais:
tiba é composta pelo Município de Curitiba, em que se
situarão o Foro Central e ainda, pelos seguintes Foros I – Foro Regional de Cambé, compreendendo o
Regionais: Distrito da sede;

I – Foro Regional de Almirante Tamandaré, II – Foro Regional de Ibiporã, compreendendo


compreendendo a sede e os Distritos Judiciá- o Distrito da sede e os Distritos Judiciários de
rios de Tranqueira (Município de Almirante Ta- Frei Timóteo e de Antônio Brandão de Oliveira,
mandaré), Campo Magro (Município do mesmo ambos do Município de Ibiporã;
nome); III – Foro Regional de Rolândia, compreenden-
II – Foro Regional de Araucária, compreenden- do o Distrito da sede e os Distritos Judiciários
do o Distrito da sede; de São Martinho e de Nossa Senhora Aparecida,
ambos do Município de Rolândia, e de Pitan-
III - Foro Regional de Campo Largo, compreen- gueiras (Município de mesmo nome).
dendo a sede e os Distritos Judiciários de Três
Córregos, Bateias (Município de Campo Largo), § 1º A Comarca da Região Metropolitana de
Balsa Nova (Município do mesmo nome) e São Londrina passa a ser composta por Seção Judi-
Luiz do Purunã (Município de Balsa Nova); ciária única, de número 5 (cinco), cuja compe-
tência será fixada por Resolução do Órgão Espe-
IV - Foro Regional de Bocaiúva do Sul, com- cial do Tribunal de Justiça.
preendendo a sede e os Distritos Judiciários de
Adrianópolis e Tunas do Paraná (Municípios do § 2º A 22ª Seção Judiciária fica composta pelas
mesmo nome) e Marquês de Abrantes (Municí- Comarcas de São Jerônimo da Serra e Assaí, que
pio de Tunas do Paraná), reclassificado em co- passa a ser sede da Seção.
marca de entrância inicial; § 3º A 32ª Seção Judiciária fica composta pelas
V - Foro Regional de Campina Grande do Sul, Comarcas de Primeiro de Maio, Sertanópolis e
compreendendo a sede e os Distritos Judiciários Bela Vista do Paraíso, que passa a ser Sede da
de Paiol de Baixo (Município de Campina Gran- Seção.
de do Sul), Quatro Barras (Município do mesmo Art. 236-B. Fica criada a Comarca da Região Metropo-
nome), Jardim Paulista e Borda do Campo (Mu- litana de Maringá, compreendendo o Foro Central de
nicípio de Quatro Barras); Maringá, sede da Comarca, e os Distritos Judiciários
de Iguatemi e de Floriano (Município de Maringá),
VI - Foro Regional de Colombo, compreenden-
Doutor Camargo (Município de mesmo nome), Ivatu-
do a sede e os Distritos Judiciários de Guaraitu-
ba (Município de mesmo nome), Floresta (Município
ba e Roça Grande (Município de Colombo);
de mesmo nome), Paiçandu (Município de mesmo
VII - Foro Regional de Fazenda Rio Grande, nome) e Água Boa (Município de Paiçandu), e os se-
compreendendo a sede e os Distritos Judiciários guintes Foros Regionais:
de Mandirituba (Município do mesmo nome),
I - Foro Regional de Mandaguaçu, compreen-
Areia Branca dos Assis (Município de Mandi-
dendo a sede e os Distritos Judiciários de Pu-
rituba), Agudos do Sul (Município do mesmo
linópolis (Município de Mandaguaçu), Ourizo-
nome) e Quintandinha (Município do mesmo
na (Município do mesmo nome), São Jorge
nome);
do Ivaí (Município do mesmo nome) e Copaca-
IX - Foro Regional de Pinhais, compreendendo
bana do Norte (Município de São Jorge do Ivaí);
o Distrito da sede; X - Foro Regional de Piraqua-
ra, compreendendo o Distrito da sede; II – Foro Regional de Sarandi, compreendendo
o Distrito da sede;
XI - Foro Regional de Rio Branco do Sul, com-
preendendo a sede e o Distrito Judiciário de III – Foro Regional de Marialva, compreenden-
Itaperuçu (Município do mesmo nome), reclas- do a sede e os Distritos Judiciários de Aquidabã
sificado em comarca de entrância intermediária; (Município de Marialva) e de Itambé (Municí-
pio de mesmo nome);
XII - Foro Regional de São José dos Pinhais,
compreendendo a sede e os Distritos Judiciários IV – Foro Regional de Mandaguari.

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V – Foro Regional de Nova Esperança, com- g) 4 Varas da Fazenda Pública, Falências e Con-
preendendo a sede e os Distritos Judiciários de cordatas de 5ª a 8ª;
Barão de Lucena (Município de Nova Esperan-
h) a Vara da Corregedoria dos Presídios;
ça), Ivaitinga (Município de Nova Esperança),
Floraí (Município de mesmo nome), Nova Bilac i) a 12ª e 13ª Varas Criminais.
(Município de Floraí), Presidente Castelo Bran-
co (Município de mesmo nome), Atalaia (Muni- j) 08 (oito) cargos de Juiz de Direito Substituto;
cípio de mesmo nome) e Uniflor (Município de k) a 2ª Vara de Inquéritos Policiais.
mesmo nome).
Art. 255. Fica criado nos Foros Regionais que integram
§ 1º A Comarca da Região Metropolitana de Ma- a Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, o se-
ringá passa a ser composta por Seção Judiciária guinte:
Única, de número 6 (seis), cuja competência será
fixada por Resolução do Órgão Especial do Tri- I – no Foro Regional de Almirante Tamandaré:
bunal de Justiça.
a) a Vara Cível;
§ 2º A 39ª Seção Judiciária fica composta pelas
Comarcas de Paranacity e Colorado, esta sede b) a 1ª Vara Criminal;
da Seção. c) a 2ª Vara Criminal;
§ 3º O cargo de Juiz Substituto da então 47ª Se- d) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
ção Judiciária, cuja Sede era a Comarca de Sa- Registros Públicos, Acidentes do Trabalho
randi, fica transformado em um Cargo de Juiz
de Direito Substituto e transferido para a Seção e Corregedoria do Foro Extrajudicial.
Judiciária Única da Comarca da Região Metro-
e) a 6ª Vara Judicial;
politana de Maringá.
II – no Foro Regional de Araucária:
Art. 236-C. Art. 237. Nos Foros Centrais, a distribui-
ção entre varas de igual competência será feita sob a a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
presidência de um dos Juízes de Direito Substitutos Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
dos respectivos Foros Centrais, designados pelo Cor- Corregedoria do Foro Extrajudicial;
regedor-Geral da Justiça, que baixará ato disciplinan-
do a matéria. Nos Foros Regionais, sob a presidência b) a 2ª Vara Cível.
do Juiz Diretor do Fórum. III – no Foro Regional de Campo Largo:
Art. 239. A Comarca da Região Metropolitana de Curi- a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
tiba terá sua composição conforme o contido no anexo Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
III, tabela 1. Corregedoria do Foro Extrajudicial;

LIVRO VI b) a 2ª Vara Cível.


IV – no Foro Regional de Colombo
DISPOSIÇÕES FINAIS
a) a 2ª Vara Cível; e
TÍTULO I b) a Vara da Infância e da Juventude, Registros
Públicos, Acidentes do Trabalho e Corregedoria
DISPOSIÇÕES FINAIS do Foro Extrajudicial;
c) a 2ª Vara Criminal; .
CAPÍTULO ÚNICO
d) a Vara de Família; .
DISPOSIÇÕES FINAIS e) a Vara da Fazenda Pública. .
Art. 254. Fica criado no Foro Central da Comarca da V – no Foro Regional de Fazenda Rio Grande:
Região Metropolitana de Curitiba o seguinte:
a) a Vara Cível;
a) o 2º Tribunal do Júri, a ele se agregando a
atual 2ª Vara; b) a Vara Criminal; e
b) a Vara de Adolescentes Infratores; c) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
c) a Vara de Execução de Penas e Medidas Al- Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
ternativas; Corregedoria do Foro Extrajudicial.

d) a Vara de Inquéritos Policiais; VI– no Foro Regional de Pinhais:

e) 24 Varas Cíveis, de 23ª a 46ª; a) a Vara Cível;


f) 4 Varas de Família, de 5ª a 8ª; b) a Vara Criminal; e

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c) a Vara da Infância e da Juventude, Família, Especial Cível, Criminal e da Fazenda Pública


Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e com cargo de Juiz.
Corregedoria do Foro Extrajudicial;
II – no Foro Regional de Rolândia: a 4ª Vara Ju-
VII– no Foro Regional de Rio Branco do Sul: re- dicial.
classificado em comarca de entrância interme-
III – no Foro Regional de Cambé: a 6ª Vara Ju-
diária ;
dicial.
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
Art. 256. Fica criado nas comarcas de entrância final o
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
seguinte:
e
b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventude I – na Comarca de Cascavel:
e Família. a) a 4ª e 5ª Varas Cíveis; e
VIII – no Foro Regional de São José dos Pinhais: b) a 3ª Vara Criminal;
a) a 3ª Vara Cível; e c) a 2ª Vara de Família e Acidentes do Trabalho;
b) a Vara de Família, Registros Públicos, Aci- d) a 4ª Vara Criminal;
dentes do Trabalho e Corregedoria do Foro Ex-
trajudicial; f) a 18ª Vara Judicial .

d) e) a Vara da Fazenda Pública.. II – na Comarca de Foz do Iguaçu:

c) a Vara de Fazenda Pública; a) a 4ª Vara Criminal; e

d) a 3ª Vara Criminal. b) a 2ª Vara de Família e Acidentes do Trabalho;

IX – no Foro Regional de Piraquara: c) a 1ª Vara de Fazenda Pública;

a) a Vara de Execuções Penais. d) a 2ª Vara de Fazenda Pública.

b) a Vara da Infância e da Juventude, Família, III – na Comarca de Guarapuava:


Registros Públicos, Acidentes do Trabalho a) a 3ª Vara Cível; e
e Corregedoria do Foro Extrajudicial b) a Vara da Família, Registros Públicos, Aci-
X – no Foro Regional de Campina Grande do dentes do Trabalho e Corregedoria do Foro Ex-
Sul: trajudicial;

a) a 3ª Vara Judicial. IV – na Comarca da Região Metropolitana de


Londrina, Foro Central:
Art. 255-A. Fica criado nos Foros Regionais que inte-
gram a Comarca da Região Metropolitana de Maringá, a) a 11ª e 12ª Varas Cíveis;
o seguinte: b) a 6ª, 7ª e 8ª Varas Criminais;
I – no Foro Regional de Sarandi: c) a 3ª Vara de Família;
a) a 2ª Vara Criminal; d) a 2ª Vara da Infância e da Juventude;
b) a Vara da Infância e da Juventude, Família, e) a Vara de Execução de Penas e Medidas Al-
Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e ternativas
Corregedoria do Foro Extrajudicial.
V – na Comarca da Região Metropolitana de
II – no Foro Regional de Mandaguari: Maringá, Foro Central:
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
a) a 7ª Vara Cível;
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
b) a 5ª Vara Criminal.
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
Família. c) a 1ª Vara da Fazenda Pública;
III – no Foro Regional de Nova Esperança: d) a 2ª Vara da Fazenda Pública;
a) a 3ª Vara Judicial. Art. 255-B. Fica criado nos Foros e) a Vara de Execução de Penas e Medidas Alter-
Regionais que integram a Comarca da Região Metro- nativas VI – na Comarca de Ponta Grossa:
politana de Londrina o seguinte:
a) a 3ª Vara Criminal;
I – no Foro Regional de Ibiporã:
b) a 4ª Vara Criminal.
a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
c) a 1ª Vara da Fazenda Pública;
Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
Corregedoria do Foro Extrajudicial; d) a 2ª Vara da Fazenda Pública;
b) Unidade Administrativa Própria do Juizado VII – na Comarca de Umuarama:

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a) a 3ª Vara Cível. to de Títulos do Serviço de Registro de títulos e do-


cumentos e civil de pessoas jurídicas e do Serviço de
VIII – na Comarca de Arapongas:
registro civil das pessoas naturais. Na Comarca de
a) a 2ª Vara Criminal. Cambé fica desanexado o Tabelionato de protesto de
Art. 257. Fica transformado no Foro Central da Comar- títulos do Tabelionato de Notas.
ca da Região Metropolitana de Curitiba o seguinte: Art. 263. Fica criado nas comarcas de entrância inter-
a) a Vara de Precatórias Cíveis na 22ª Vara Cível; mediária o seguinte:

b) a Vara de Registros Públicos e Acidentes do I – na Comarca de Andirá:


Trabalho na Vara de Registros Públicos, Aciden- a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
tes do Trabalho e Precatórias Cíveis; e Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
c) a 2ª Vara da Infância e da Juventude na Vara e
da Infância e da Juventude e Adoção. b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventude
d) a Vara de Corregedoria dos Presídios na 3ª e Família.
Vara de Execuções Penais; II - na Comarca de Arapongas:
e) 08 (oito) cargos de Juiz de Direito Substituto a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
em 08 (oito) cargos de Juiz de Direito da Turma Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
Recursal; Corregedoria do Foro Extrajudicial;
Art. 258. Fica transformado na Comarca de Foz do b) a 2ª. Vara Cível.
Iguaçu o seguinte:
III - na Comarca de Bandeirantes:
a) a Vara de Família, Registros Públicos, Aciden-
tes do Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju- a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
dicial na 1ª Vara de Família, Registros Públicos Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
e Corregedoria do Foro Extrajudicial; e
Art. 259. Fica transformado na Comarca de Guarapua- b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventude
va o seguinte: e Família.
a) a Vara da Infância e da Juventude, Família, c) a 2ª Vara Cível. .
Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e IV - na Comarca de Cambé:
Corregedoria do Foro Extrajudicial na Vara da
Infância e da Juventude; a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
Art. 260. Fica transformado na Comarca de Cornélio
Corregedoria do Foro Extrajudicial;
Procópio:
V - na Comarca de Castro:
a) Ofício de Registro de Títulos e Documentos
e Civis das Pessoas Jurídicas e Tabelionato de a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
Protesto de Títulos, acumulando, precariamen- Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
te, o 1º Tabelionato de Notas em Ofício de Regis- Corregedoria do Foro Extrajudicial.
tro de Títulos e Documentos e Civis das Pessoas
VI - na Comarca de Cornélio Procópio:
Jurídicas e Tabelionato de Protesto de Títulos; e
a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
b) 1º Tabelionato de Notas.
Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
Art. 261. Ficam transformadas as Serventias Distritais Corregedoria do Foro Extrajudicial;
de Warta, Maravilha, Lerroville, Paiquerê, Guaravera,
b) a 2ª. Vara Cível.
São Luiz e Irerê e seus respectivos titulares em 8ª, 9ª,
10ª, 11ª, 12ª, 13ª e 14ª Serventias Notariais da Sede da VII - na Comarca de Francisco Beltrão:
Comarca de Londrina, com a extinção daqueles Dis-
a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
tritos Judiciários, devendo seus respectivos titulares
Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
manter os livros atinentes aos Ofícios de Registro Civil
Corregedoria do Foro Extrajudicial.
das Pessoas Naturais dos extintos Distritos Judiciários.
VIII – na Comarca de Guaratuba:
Art. 262. Ficam desanexadas as serventias de Tabelio-
nato de protesto de títulos precariamente acumuladas a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
aos Tabelionatos de Notas das Comarcas de Campo Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
Largo, Araucária, Paranaguá e Sarandi e na Comarca e
de Guarapuava fica desanexado o 1º Tabelionato de
b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventude
protesto de títulos do Tabelionato de Títulos e Docu-
e Família.
mentos e Civil de Pessoas Jurídicas. Na Comarca de
Pato Branco fica desanexado o Tabelionato de Protes- IX - na Comarca de Jacarezinho:

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a) a Vara da Infância e da Juventude, Família, Família.


Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e
XIX – na Comarca de Santo Antonio do Sudoes-
Corregedoria do Foro Extrajudicial.
te:
X – na Comarca da Loanda:
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial; e
e
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventude Família.
e Família.
XX – na Comarca da Lapa:
XI – na Comarca de Matinhos:
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial; e
e
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventude Família.
e Família.
XXI – na Comarca de Irati:
XII - na Comarca de Rolândia:
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
a) a Vara da Infância e da Juventude, Família, Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e e
Corregedoria do Foro Extrajudicial.
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
XIII – na Comarca de São Mateus do Sul: Família.
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do c) a 2ª Vara Cível.
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
d) a 4ª Vara Judicial.
e
XXII – na Comarca de Francisco Beltrão:
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
Família. a) a Vara de Execuções Penais e Corregedoria
dos Presídios.
XIV – na Comarca de Sarandi:
XXIII – na Comarca de Matelândia:
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial; a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
e Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
e
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
Família. b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
Família.
XV – na Comarca de Telêmaco Borba:
XXIV – na Comarca de Rio Negro:
a) a Vara da Infância e da Juventude, Família,
Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
Corregedoria do Foro Extrajudicial. Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
e
XVI – na Comarca de Toledo:
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
a) a 2ª. Vara Criminal.
Família.
b) a 3ª. Vara Cível.
XXV – na Comarca de Quedas do Iguaçu:
XVII – na Comarca de Astorga:
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial; e
e
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e Família.
Família.
XXVI – na Comarca de Apucarana:
XVIII – na Comarca de Chopinzinho:
a) a 2ª. Vara Criminal.
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
XXVII – na Comarca de União da Vitória:
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
e a) a 2ª. Vara Cível.
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e b) a 2ª. Vara Criminal.

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XXVIII – na Comarca de Cianorte: XXXVIII – na Comarca de São Miguel do Iguaçu:


a) a 2ª. Vara Cível. XXIX – na Comarca de An- a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do
tonina: Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
e
a) Vara Cível e de Direito Ambiental, Registros
Públicos, Acidentes do Trabalho e Corregedoria b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
do Foro Extrajudicial; e Família.
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e XXXIX – na Comarca de Ivaiporã:
Família.
a 3ª Vara Judicial
XXX – na Comarca de Cruzeiro do Oeste:
XL – na Comarca de Santo Antônio da Platina:
a) a Vara de Execuções Penais e Corregedoria
a 3ª Vara Judicial
dos Presídios.
XLI – na Comarca de Pinhão:
XXXI - na Comarca de Marechal Cândido Ron-
don: a) a 2ª Vara Judicial.
a) a Vara da Infância e da Juventude, Família, Art. 264. Ficam elevadas de entrância as seguintes Co-
Registros Públicos, Acidentes do Trabalho marcas:
e Corregedoria do Foro Extrajudicial. I - à entrância final as Comarcas de:
XXXII – na Comarca de Paranaguá: a. Guarapuava;
a) a 3ª Vara Cível; b. Umuarama;
b) a Vara da Fazenda Pública. c. Apucarana;
XXXIII – na Comarca de Jandaia do Sul: d. Arapongas;
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do e. Campo Mourão;
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
e f. Cianorte;

b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e g. Francisco Beltrão;


Família. h. Paranaguá;
XXXIV – na Comarca de Corbélia: i. Paranavaí;
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do j. Pato Branco;
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
k. Toledo;
e
l. União da Vitória.
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
Família. II - à entrância intermediária as Comarcas de:
XXXV – na Comarca de Ibaiti: a. Guaratuba;
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do b. Matinhos;
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
c. São Mateus do Sul;
e
d. Sarandi;
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
Família. e. Andirá;
XXXVI – na Comarca de Prudentópolis: f. Chopinzinho;
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do g. Matelândia;
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
h. Quedas do Iguaçu;
e
i. Antonina;
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
Família. j. Jandaia do Sul;
XXXVII – na Comarca de Jaguariaíva: k. Corbélia;
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes do l. Jaguariaíva;
Trabalho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
m. Prudentópolis;
e
n. São Miguel do Iguaçu;
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude e
Família. o. Pinhão.

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Art. 265. A categoria do Juiz não será alterada por efei- IX - na Comarca de Corbélia - um (1) cargo;
to de nova classificação dada à comarca, continuando
X - na Comarca de Guaratuba - um (1) cargo;
nela a ter exercício.
XI – na Comarca de Morretes - dois (2) cargos;
§ 1º Em caso de mudança da sede da comarca,
ao Juiz é facultado remover-se para a nova sede XII – na Comarca de São João do Triunfo - um
ou para comarca de igual entrância ou ainda (1) cargo;
obter disponibilidade sem prejuízo de seus di- XIII – na Comarca de Mandaguari - um (1) cargo
reitos.
XIV – na Comarca de Sertanópolis - um (1) car-
§ 2º O Juiz que permanecer na Comarca elevada go;
de entrância poderá, se promovido, nela conti-
nuar, desde que o requeira antes de findo o pra- XV - na Comarca de Grandes Rios - um (1) car-
zo para assumir o exercício na Comarca para o go; e
qual tenha sido promovido. XVI – na Comarca de Jaguariaíva - um (1) cargo.
§ 3º A disposição acima somente se aplica quan- Art. 270. Ficam extintos, à medida que vagarem, os
do a elevação se der para Comarca de entrância cargos de Oficial de Justiça criados pelo artigo 70 da
imediatamente superior. Lei Estadual 10219, de 21 de dezembro de 1992, e
Art. 266. Havendo desdobramento ou criação de vara transformados pela Lei Estadual 11719, de 12 de maio
ou comarca, o Juiz Titular da vara ou comarca desdo- de 1997, nas Comarcas a seguir discriminadas: Goioe-
brada ou da qual saírem as atribuições, terá o direito rê - um (01) cargo; Laranjeiras do Sul - um (01) cargo;
de optar pela de sua preferência, respeitados, os seus Paranaguá - um (01) cargo; Corbélia - um (01) cargo;
direitos, nos dez dias seguintes à publicação do ato Morretes - dois (02) cargos; São João do Triunfo - um
respectivo e, não o fazendo, entender-se-á que preferiu (01) cargo, e Mandaguari - um (01) cargo.
aquela de que é titular . Art. 271. Ficam extintos os cargos de Oficial de Justiça
criados pelo art. 70 da Lei Estadual 10.219, de 21 de
Art. 267. Por ato do Presidente do Tribunal de Justi- dezembro de 1992, e transformados pela Lei Estadual
ça, mediante proposta do Corregedor-Geral da Justiça, 11.719, de 12 de maio de 1997, nas Comarcas a seguir
poderá ser instituída como serviço auxiliar uma cen- discriminadas: Rio Branco do Sul - um
tral de mandados.
(1) cargo; Campo Mourão - um (1) cargo; Serta-
Art. 268. Nas Comarcas das Regiões Metropolitanas nópolis - um (1) cargo; Grandes Rios – um (1)
de Curitiba, Londrina e Maringá, poderá o tribunal de cargo e Jaguariaíva - um (1) cargo.
Justiça distribuir as varas ou Juízos em Foros Regio-
Art. 272. Dos dez (10) cargos de Secretário de Turmas
nais, estabelecendo a respectiva competência.
Recursais, de entrância final, criados pela Lei Estadual
Art. 269. Os cargos de Oficial de Justiça criados pelo 11.468, de 16 de julho de 1996, oito (8) ficam transfor-
art. 70 da Lei Estadual 10.219, de 21 de dezembro de mados nos cargos de Secretário de Juizado Especial,
1992, e transformados pela Lei Estadual 11.719, de 12 assim distribuídos:
de maio de 1997, passam a integrar o Foro Judicial das a) dois (2) cargos de Secretário de Juizado Espe-
seguintes comarcas: cial Cível e um (1) cargo de Secretário de Juizado
I – na Comarca da Região Metropolitana de Especial Criminal no Foro Central da Comarca
Curitiba: da Região Metropolitana de Curitiba;
a) no Foro Central - quarenta e um (41) cargos; b) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe-
cial Cível na Comarca na Região Metropolitana
b) no Foro Regional de Pinhais - um (1) cargo;
de Londrina;
c) no Foro Regional de Rio Branco do Sul - três
d) c) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es-
(3) cargos; pecial Cível na Comarca na Região Metropolita-
II – na Comarca da Região Metropolitana de na de Maringá; um (1) cargo de Secretário de
Maringá - um (1) cargo; III - na Comarca de Juizado Especial Cível na Comarca de Cascavel;
Arapongas - um (1) cargo; e) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe-
IV - na Comarca de Goioerê - um (1) cargo; cial Cível na Comarca de Ponta Grossa; e
V - na Comarca de Laranjeiras do Sul - um (1) f) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial
cargo; Cível na Comarca de Foz do Iguaçu.
VI - na Comarca de Paranaguá - um (1) cargo; Parágrafo único. Dois (2) dos cargos de Secretá-
rio de Turma Recursal, de entrância final, um da
VII - na Comarca de Toledo - um (1) cargo
Comarca da Região Metropolitana de Londrina
VIII – na Comarca de Campo Mourão - um (1) e outro da Comarca da Região Metropolitana
cargo; de Maringá, criados pela Lei 11.468, de 16 de

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julho de 1996, permanecem inalterados, e seus Art. 276. Nos Foros Centrais das Comarcas das Re-
ocupantes exercerão suas funções na Turma Re- giões Metropolitanas de Curitiba, Londrina e Maringá,
cursal com sede no Foro Central da Comarca da e nas Comarcas de entrância final fica criado um cargo
Região Metropolitana de Curitiba, para os fins de Contador/Avaliador de Juizado Especial, conforme
dispostos nesta lei. os anexos VII e IX, tabela 8.
Art. 273. Os catorze (14) cargos de Secretário de Tur- Art. 277. No Foro Regional de Almirante Tamanda-
mas Recursais, de entrância intermediária, criados ré, Araucária, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do
pela lei 11.468, de 16 de julho de 1996, ficam transfor- Sul, Campo Largo, Colombo, Fazenda Rio Grande, Pi-
mados nos cargos de Secretário de Juizado Especial, nhais, Piraquara e Rio Branco do Sul; e nas Comarcas
assim distribuídos: de entrância intermediária de Apucarana, Arapongas,
a) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- Cambé, Campo Mourão, Castro, Cianorte, Francisco
cial Cível na Comarca de Apucarana; Beltrão, Lapa, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Sa-
randi, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da
b) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- Vitória, fica criada uma (1) Unidade Administrativa de
cial Cível na Comarca de Arapongas; Juizado Especial Cível e Criminal, com um (1) cargo de
c) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial Juiz de Direito.
Cível na Comarca de Campo Mourão;
Art. 278. Na Comarca de entrância final de Guarapua-
d) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- va e no Foro Regional de São José dos Pinhais ficam
cial Cível no Foro Regional de Colombo; criadas três (3) Unidades Administrativas de Juizado
Especial, duas Cíveis e uma Criminal, todas com um
e) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe-
(1) cargo de Juiz de Direito.
cial Cível na Comarca de Cornélio Procópio;
f) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial Art. 279. Nas Comarcas de entrância final de Casca-
Cível na Comarca de Francisco Beltrão; vel, Foz do Iguaçu, Região Metropolitana de Londrina,
Região Metropolitana de Maringá e Ponta Grossa, fica
g) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- criada mais uma (1) Unidade Administrativa de Juiza-
cial Cível na Comarca de Guarapuava; do Especial Cível, todas com um (1) cargo
h) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- de Juiz de Direito
cial Cível na Comarca de Irati;
Art. 280. Nas Comarcas de entrância intermediária de
i) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial
Cornélio Procópio, Guaíra, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho,
Cível na Comarca de Paranavaí;
Marechal Cândido Rondon e Rolândia, fica criada
j) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial uma (1) Unidade Administrativa de Juizado Especial
Cível na Comarca de Pato Branco; Cível e Criminal.
l) um (1) cargo de Secretário de Juizado Especial Art. 281. Nas comarcas de entrância final, intermediá-
Cível no Foro Regional de São José dos Pinhais; ria e inicial, ficam criados cargos de Auxiliar Admi-
m) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- nistrativo dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais,
cial Cível na Comarca de Telêmaco Borba; conforme os anexos VII e IX, tabela 8.

n) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- Art. 282. Ficam criadas as Seções Judiciárias, com sede
cial Cível na Comarca de Toledo; e nas Comarcas de Goioerê, Palmas, Pitanga e Sarandi.
o) um (1) cargo de Secretário de Juizado Espe- Art. 283. .
cial Cível na Comarca de Umuarama.
Art. 284. Nas Seções Judiciárias com sede nas Comar-
Art. 274. Os servidores dos Juizados Especiais integra- cas de Arapongas, Campo Mourão e Paranaguá have-
rão quadro próprio nos termos do anexo VII. rá dois (2) Juízes Substitutos, cuja competência será
Parágrafo único. Os servidores que ocuparem fixada por resolução
os cargos das unidades administrativas e juris- Art. 285. A Comarca de entrância final de Cascavel
dicionais, bem assim os das Turmas Recursais, contará com três (3) seções judiciárias e a Comarca de
não poderão, a qualquer título, obter remoção Guarapuava contará com duas (2) seções judiciárias,
ou designação para qualquer unidade adminis- com a competência estabelecida no anexo II.
trativa ou jurisdicional, exceto para aquelas do
próprio Sistema de Juizados Especiais, cuja re- Art. 286. Ficam criados serviços de Registros e Tabe-
gulamentação será objeto de resolução. lionatos do Foro Extrajudicial, conforme o contido no
anexo IV.
Art. 275. Na Comarca da Região Metropolitana de
Curitiba, ficam criadas oito (8) Unidades Administra- Art. 287. Fica criado o Distrito Judiciário de Ferraria,
tivas de Juizado Especial, sendo duas (2) Unidades no Foro Regional de Campo Largo, com delimitação
Criminais e seis (6) Unidades Cíveis, todas com um (1) territorial a ser estabelecida por lei de iniciativa do Po-
cargo de Juiz de Direito. der Judiciário.

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Art. 288. Ficam transferidos os seguintes Distritos Ju- Art. 294. No Foro Central da Comarca da Região Me-
diciários: tropolitana de Curitiba, a Escrivania do 2º Ofício da 1ª
Vara da Infância e da Juventude fica transformada em
I – Antonio Olinto - da Comarca da Lapa para a
Escrivania de Adolescentes Infratores, e a Escrivania
Comarca de São Mateus do Sul;
do 2º Ofício da 1ª Vara de Execuções Penais e Correge-
II – Vila Alta ,Ivaté e Herculândia - da Comarca doria dos Presídios em Escrivania da Vara da Correge-
de Umuarama para a Comarca de Icaraíma; doria dos Presídios.

III - Nova Santa Rosa e Alto Santa Fé - da Co- Art. 295. Art. 296. Os ocupantes do cargo de Psicólogo
marca de Toledo para a Comarca de Marechal da Vara de Execuções e de Penas e Medidas Alternati-
Cândido Rondon; vas, criado por esta Lei, terão seus vencimentos fixa-
IV - Guairaçá - da Comarca de Paranavaí para a dos ao nível E3.
Comarca de Terra Rica;.
Art. 297. Os ocupantes do cargo de Auxiliar Adminis-
V – Rondon – da Comarca de Cidade Gaúcha trativo do Foro Judicial, criados por esta Lei, terão seus
para a Comarca de Paraíso do Norte; vencimentos fixados da seguinte forma: entrância final
- nível A3; na entrância intermediária - nível A2 e na
VI – Nova Esperança do Sudoeste - da Comarca entrância inicial – nível A1.
de Francisco Beltrão para a Comarca de Salto do
Lontra; Art. 298. Aos atuais Juízes Substitutos da Seção Judi-
VII – Alvorada do Sul – da Comarca de Bela ciária de Guarapuava é assegurado o direito de opção
Vista do Paraíso para a Comarca de Primeiro de pelas Seções Judiciárias criadas nos dez (10) dias se-
Maio; VIII – Quitandinha – da Comarca de Rio guintes à vigência deste Código.
Negro para a Comarca da Fazenda Rio Grande;
Art. 299. O agente delegado, ingressado no concurso
IX – Diamante do Oeste – da Comarca de Mate- na forma do disposto pelo § 3º do art. 236, da Consti-
lândia para a Comarca de Santa Helena; tuição Federal, que esteja respondendo por diferente
delegação, poderá ser para esta última removido com
X – Manfrinópolis – da Comarca de Barracão
a aprovação do Conselho da Magistratura, assim o re-
para a Comarca de Francisco Beltrão;
querendo, comprovada:
XI – Jataizinho, juntamente com seu Distrito Ju-
a) a baixa rentabilidade da serventia para a qual
diciário de Frei Timóteo, da Comarca de Uraí,
recebeu a delegação;
de entrância inicial, para o Foro Regional de Ibi-
porã, da Comarca da Região Metropolitana de b) que a designação perdure por dois anos ou
Londrina, de entrância final; mais; c) a vacância da serventia a ser preenchida
XII – Bela Vista da Caroba, da Comarca de Ca-
Art. 299A. Os titulares das serventias notariais e de
panema e Pinhal de São Bento, da Comarca de
registros alcançados por atos de desmembramento ou
Santo Antônio do Sudoeste para a Comarca de
de desdobramento terão direito de opção, no prazo de
Ampére; XIII – Pitangueiras, do Foro Regional
vinte dias, contados da publicação da lei ou do ato que
de Rolândia, Comarca da Região Metropolitana
deu origem, decaindo desse direito, se não exercido
de Londrina, para a Comarca de Astorga; XIV –
nesse prazo, permanecendo, portanto, no mesmo ser-
Honório Serpa - da Comarca de Mangueirinha
viço.
para a Comarca de Coronel Vivida;
§ 1º Se o ato de desmembramento ou de desdo-
Art. 289. Os Distritos Judiciários de Flor da Serra e
bramento atingir mais de um titular de serviço
Jardinópolis, ambos da Comarca de Medianeira, serão
notarial e de registro, prevalecerá a opção ma-
mantidos até a vacância. O que vagar primeiro será ex-
nifestada por aquele que tenha mais tempo de
tinto, ficando o serviço remanescente transformado no
serviço público.
Distrito Judiciário de Serranópolis do Iguaçu.
§ 2º Em caso de empate terá preferência o mais
Art. 290. Ficam extintos os Distritos Judiciários cons-
idoso.
tantes do anexo IX, tabela 6.
§ 3º Ressalva ao preterido o direito de optar pela
Art. 291. Permanecem até a vacância, quando serão ex-
serventia remanescente, no prazo de cinco dias
tintos, os Distritos Judiciários constantes do anexo IX,
contados da data da publicação do acórdão do
tabela 7.
Conselho da Magistratura, independentemente
Art. 292. Os limites territoriais dos novos serviços de de nova intimação.
registro de imóveis serão fixados e alterados por lei de
§ 4º As normas para processamento e tramita-
iniciativa do Poder Judiciário.
ção dos pedidos de opção serão definidas em
Art. 293. A competência da execução penal e correge- regulamento próprio, aprovado pelo Conselho
doria dos presídios será fixada por resolução. da Magistratura.

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caminhará à Corregedoria-Geral da Justiça por


CÓDIGO DE NORMAS DA meio eletrônico, acompanhada da respectiva
06
CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA dúvida, impugnação ou insurgência.
1.1.5.3 - Haverá o arquivamento de ofício pelo
CÓDIGO DE NORMAS DA CORREGEDORIA-
Departamento da Corregedoria-Geral da Justiça
GERAL DA JUSTIÇA FORO JUDICIAL
quando recebida portaria:
CAPÍTULO 1 DISPOSIÇÕES GERAIS I - que não se enquadre nas hipóteses do item
1.1.5;
SEÇÃO 01
II - relativa aos incisos II a IV do item 1.1.5 desa-
AS NORMAS E SUA UTILIZAÇÃO companhada dos documentos previstos no item
1.1.5.2.
1.1.1 - O Código de Normas da Corregedoria-
Geral da Justiça, também denominado Código 1.1.5.4 - Ordem de Serviço disciplinará as porta-
de Normas ou CN, consolida as normas proce- rias que serão analisadas pelo Gabinete da Cor-
dimentais já existentes, constantes de diversos regedoria-Geral da Justiça.
Provimentos e outros atos normativos.
SEÇÃO 02
1.1.2 - O CN é editado mediante provimento.
FUNÇÃO CORREICIONAL
1.1.3 - A norma específica do Código é designa-
da pela sigla CN, seguida de até cinco grupos de 1.2.1 - A função correicional consiste na orien-
algarismos: o primeiro corresponde ao capítulo; tação, fiscalização e inspeção permanente sobre
o segundo, à seção; o terceiro, à norma propria- todos os juízes, serventuários da justiça, auxi-
mente dita; o quarto, à subnorma; e o quinto, ao liares da justiça, ofícios de justiça, serventias
subitem. do foro extrajudicial, secretarias, serviços auxi-
1.1.4 - O juiz da vara ou comarca poderá baixar liares e unidades prisionais, sendo exercida em
normas complementares de cunho administra- todo o Estado pelo Corregedor-Geral da Justiça
tivo, mediante portaria, cujo teor é acessível aos e, nos limites das suas atribuições, pelos juízes.
jurisdicionados. 1.2.2 - No desempenho dessa função poderão
1.1.4.1 - Excetuadas aquelas relativas ao Artigo ser baixadas instruções, emendados erros, puni-
149 do Estatuto da Criança e do Adolescente, as das as faltas disciplinares e os abusos, com ano-
demais portarias, publicadas na vara ou comar- tações em ficha funcional, após regular proces-
ca, deverão ser registradas no Livro de Registro so administrativo disciplinar, sem prejuízo das
de Portarias da Direção do Fórum. conseqüências civis e criminais.

1.1.4.2 - As portarias serão encaminhadas: 1.2.3 - A função correicional será exercida por
meio de correições ordinárias ou extraordiná-
I - à Supervisão-Geral dos Juizados Especiais,
rias, gerais ou parciais e inspeções correicionais.
quando baixadas no âmbito dos Juizados Espe-
ciais; 1.2.4 - A correição ordinária consiste na fiscaliza-
ção normal, periódica e previamente anunciada.
II - à Corregedoria-Geral da Justiça nas hipóte-
ses previstas no item 1.1.5. 1.2.5 - A correição extraordinária consiste na fis-
1.1.5 - O encaminhamento das portarias previs- calização excepcional, realizável a qualquer mo-
tas no item 1.1.4 à Corregedoria-Geral da Justiça mento, podendo ser geral ou parcial, conforme
será efetuado por meio eletrônico e somente na abranja ou não todos os serviços da comarca.
hipótese de existir: Se em segredo de justiça, far-se-á sempre com a
presença do implicado, salvo escusa deste.
I - determinação legal ou normativa para o en-
caminhamento; 1.2.6 - Sempre que houver indícios veementes
de ocultação, remoção ilegal ou dificultação do
II - dúvida não sanada pelo juízo que a expediu; cumprimento de ordem judicial de soltura ou
III - insurgência; ou de apresentação de preso, especialmente em
ação de , poderá ser feita correição extraordiná-
IV - impugnação. ria ou inspeção em presídio ou cadeia pública.
1.1.5.1 - Para os fins do item 1.1.5, inciso I, não
1.2.7 - As correições ordinárias e extraordinárias
se considera determinação normativa para en-
nos ofícios de justiça, serventias do foro extra-
caminhamento aquela inserida no texto da pró-
judicial e secretarias poderão ser feitas por Juí-
pria portaria.
zes Auxiliares da Corregedoria-Geral da Justiça,
1.1.5.2 - Nas hipóteses dos incisos II a IV do desde que presididas pelo Corregedor-Geral da
item 1.1.5, o juízo que expediu a portaria a en- Justiça.

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1.2.8 - As inspeções correicionais não dependem III - INSTRUÇÃO - Ato de caráter complemen-
de prévio aviso e o Corregedor- Geral da Justiça tar, com o objetivo de orientar a execução de
as fará nos serviços forenses de qualquer comar- serviço judiciário específico;
ca, juízo, juizado ou serventia de justiça, poden-
IV - CIRCULAR - Instrumento em que se divul-
do delegá-las a juiz auxiliar. ga matéria normativa ou administrativa, para
1.2.9 - O resultado da correição ou inspeção conhecimento geral;
constará de ata ou relatório circunstanciado, V - ORDEM DE SERVIÇO - Ato de providência
com instruções, se for o caso, as quais serão ime- interna e circunscrita ao plano administrativo
diatamente encaminhadas ao juiz para o devido da Corregedoria-Geral da Justiça.
cumprimento.
1.2.16.1 - Exceto as portarias concernentes a pro-
1.2.10 - A correição permanente nos serviços cessos administrativos, bem como as ordens de
notariais e de registro, secretarias e ofícios de serviço referentes às inspeções correicionais e
justiça caberá aos juízes titulares das varas ou àquelas que necessitam do indispensável sigilo
juizados a que estiverem subordinados. para a consecução dos fins correicionais, os atos
acima descritos tornar-se-ão públicos mediante
1.2.11 - A inspeção permanente dos serviços no-
publicação no Diário da Justiça.
tariais e de registro, inclusive os distritais, do
Foro Central da Comarca da Região Metropoli- 1.2.16.2 - É dever dos servidores e serventuários
tana de Curitiba será exercida pelo juiz da vara a consulta diária das publicações no Diário da
de registros públicos, que remeterá ao Correge- Justiça eletrônico e nos sítios do Tribunal de Jus-
dor-Geral da Justiça relatório trimestral de suas tiça, na Corregedoria-Geral da Justiça e no Con-
atividades. selho de Supervisão dos Juizados Especiais dos
atos emanados, bem como a consulta ao Sistema
1.2.12 - A inspeção permanente do foro extra- Mensageiro, sempre que houver expediente fo-
judicial das comarcas do interior e dos Foros rense.
Regionais da Comarca da Região Metropolitana
de Curitiba será exercida pelo juiz corregedor 1.2.16.3 - A diretoria da Corregedoria-Geral da
respectivo. Justiça providenciará a publicação, na impren-
sa oficial, dos atos referidos no CN 1.2.16, bem
1.2.13 - O juiz corregedor poderá determinar como os disponibilizará no site da Corregedo-
que livros e processos sejam transportados ao ria-Geral da Justiça (www.tj.pr.gov.br/cgj), para
fórum para serem examinados. fins de conhecimento e consulta.
1.2.14 - Ficarão à disposição do Corregedor ou SEÇÃO 03
dos Juízes Auxiliares da Corregedoria- Geral da
Justiça, para o serviço da correição ou inspeção, ROTEIRO DE INSPEÇÃO ANUAL
todos os serventuários e funcionários da justiça
da comarca, podendo ainda ser requisitada for- 1.3.1 - O juiz inspecionará, no primeiro bimes-
ça policial, caso seja necessário. tre de cada ano, ou ainda quando reputar ne-
cessário ou conveniente, as serventias que lhe
1.2.15 - Todos os funcionários e auxiliares da forem subordinadas, instruindo os respectivos
justiça são obrigados a exibir, no início das cor- auxiliares sobre seus deveres, dispensando-lhes
reições ou inspeções, quando exigidos pelo juiz elogios ou adotando as providências legais e re-
ou Corregedor, os seus títulos. gulamentares, conforme a situação.
1.2.16 - É a seguinte a nomenclatura, com 1.3.1.1 - - Para os fins do item 1.3.1, o escrivão
seus conceitos, dos atos emanados do Cor- ou secretário elaborará, na primeira quinzena
regedor-Geral da Justiça do Estado do Paraná: do mês janeiro, a planilha de dados estatísticos
correspondente ao Anexo C de cada serventia,
I - PROVIMENTO - Ato de caráter normativo relativo ao período compreendido entre o pri-
com a finalidade de esclarecer e orientar a exe- meiro dia do mês janeiro e o dia trinta e um do
cução dos serviços judiciais e extrajudiciais em mês dezembro do ano anterior, observado o dis-
geral. Quando for emanado para alterar o Códi- posto no item 1.13.5.2.
go de Normas, deverá ser redigido de tal forma
a indicar expressamente a norma alterada, a fim 1.3.1.2 - - O resultado da inspeção constará de
de preservar a sistematização e a numeração relatório elaborado pelo juiz, informando as
existente; providências tomadas, bem como o cumpri-
mento das determinações pela escrivania e re-
II - PORTARIA - Ato de natureza geral objeti- gularização das falhas, e deverá ser enviado à
vando aplicar, em casos concretos, os disposi- Corregedoria- Geral da Justiça até o último dia
tivos legais atinentes à atividade funcional dos do mês março, pelo sistema Mensageiro, para
magistrados, serventuários e funcionários da o endereço “Seção de Correições e Inspeções”,
justiça; juntamente com os dados estatísticos.

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1.3.1.3 - - Uma via do aludido relatório deve- 1.8.1.1 - Não será utilizado o sistema de grava-
rá ser arquivada na Direção do Fórum, com os ção audiovisual de audiências:
dados estatísticos e, se caso, com a certidão de
I - em unidade que não disponha desse sistema;
regularização, preferencialmente em mídia CD
-ROM. II - na ocorrência de problema que impossibilite
sua utilização;
1.3.1.4 - A inspeção poderá ser dispensada se ti-
ver sido realizada, a partir do mês de outubro, III - na hipótese do item 1.8.4.
inclusive, do ano anterior, correição geral ordi-
1.8.2 - A implantação do sistema não implicará
nária ou inspeção correicional nas serventias.
acréscimo de custas processuais.
1.3.1.5 - É obrigatório o encaminhamento da
1.8.3 - O juiz orientará as partes quanto à segu-
planilha de dados estatísticos do Anexo C, in-
rança e confiabilidade do sistema adotado. Nos
dependentemente de ser dispensada ou não se
depoimentos, as partes e as testemunhas serão
realizar a inspeção, observando-se o prazo esta-
previamente informadas sobre a gravação de
belecido no item 1.3.1.2.
som e imagem, para o fim único e exclusivo de
1.3.2 - Ao assumir a vara ou comarca, o juiz titu- documentação processual - Na hipótese previs-
lar deverá remeter à Corregedoria-Geral da Jus- ta no artigo 217 do Código de Processo Penal, ou
tiça, pelo Sistema Mensageiro, para o endereço quando for necessária a preservação da intimi-
“Seção do Fichário Confidencial da Magistratu- dade, da honra e da imagem do depoente, o juiz
ra”, no prazo de quinze (15) dias, histórico ela- procederá ao registro de suas declarações pela
borado pelo escrivão, com os seguintes dados: via tradicional ou por gravação digital apenas
I - número de processos em andamento (distri- em áudio, sem registro visual.
buídos e não sentenciados), incluindo os feitos 1.8.4 - A audiência em que houver utilização do
administrativos da Direção do Fórum e Corre- sistema de gravação audiovisual será documen-
gedoria do Foro Extrajudicial; tada por termo a ser juntado nos autos, assinado
II - número de processos aguardando conclu- pelo Juiz e pelos presentes, nos quais constarão:
são para sentença e despacho, relacionando I - data e horário da audiência;
os feitos paralisados há mais de 90 dias, com a
data do último ato praticado; II - nome do juiz;

III - a data da última audiência designada; e III - número dos autos;

IV - a relação de processos devolvidos de con- IV - identificação das partes e, conforme o caso,


clusão anterior sem sentença ou despacho, em seus representantes, declinando a presença ou
decorrência de promoção ou remoção, constan- ausência para o ato;
do o número dos autos, data de conclusão e data V - se for o caso, a presença do Ministério Públi-
da devolução. co ou da Defensoria Pública;
1.3.2.1 - Tratando-se de juízo único ou vara com VI - resumo dos principais fatos ocorridos em
mais de um ofício, o relatório deverá ser indivi- audiência e, em relação aos depoimentos, a or-
dualizado por área. dem em que foram tomados;
1.3.2.2 - Os dados do Relatório de Assunção se- VII - as deliberações do juiz.
rão cadastrados no sistema informatizado da
Corregedoria-Geral da Justiça, ficando a dispo- 1.8.5 - O termo de depoimento será lavrado em
sição do Corregedor- Geral da Justiça e dos Juí- separado, dele constando:
zes Auxiliares da Corregedoria, exclusivamente, I - se é depoimento pessoal de parte, interroga-
não constando na ficha funcional do magistra- tório, oitiva de informante ou testemunha;
do.
II - o nome do depoente;
1.3.3 - - Aplicam-se subsidiariamente, no que
couber, as normas contidas na seção 13, deste III - a qualificação do depoente, ressalvada a hi-
capítulo. pótese do item 1.8.7;
IV - o disposto no CN 1.8.1 e 1.8.3.
SEÇÃO 08
1.8.6 - A qualificação dos depoentes poderá ser
GRAVAÇÃO DE AUDIÊNCIAS EM AÚDIO E lavrada por escrito no termo de depoimento ou
VÍDEO registrada no sistema de gravação audiovisual.
1.8.1 - É obrigatória a utilização da gravação 1.8.6.1 - O compromisso legal das testemunhas,
audiovisual para a documentação de audiências as objeções e decisões a ele afetas serão necessa-
em todos os processos nos ofícios do Foro Judi- riamente registradas pelo sistema de gravação
cial, inclusive Cartas Precatórias. audiovisual.

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1.8.8 - O sistema de gravação audiovisual de au- 1.8.10.3.2 - No CD-segurança ou DVD-segu-


diências poderá ser utilizado para consignação rança, a critério do juízo, poderão ser gravadas
de qualquer manifestação das partes ou seus pastas contendo os arquivos de gravação das
representantes, nos procedimentos que admiti- audiências de feitos distintos.
rem a oralidade.
1.8.10.3.3 - Na etiqueta e na capa dos discos de
1.8.8.1 - À exceção do 1.8.7.1, as decisões e sen- segurança será anotado o juízo a que pertencem
tenças proferidas em audiência serão sempre e um número de série (sequencial e não reno-
lavradas por escrito. vável), com a denominação “Audiências em Mí-
dia”, lançando-se no verso da capa a relação dos
1.8.9 - Os depoimentos tomados em audiência processos registrados.
serão agrupados em pasta cuja nomenclatura
corresponderá ao número dos autos. 1.8.10.3.4 - - A critério do juiz, o uso das mídias
de segurança poderá ser separado por tipo de
1.8.9.1 - Cada depoimento tomado correspon-
feito para facilitar as buscas (ex. processos, car-
derá a um arquivo, assim nomeado: “Número
tas precatórias, etc.).
dos autos - Nome do Depoente - Indicação se
é Autor, Réu, Testemunha do Autor/Réu/Juízo, 1.8.10.3.5 - Saturada a capacidade de armaze-
Informante do Autor/Réu/Juízo”. namento, a mídia de segurança será encerrada,
lançando-se na etiqueta e na capa a data e assi-
1.8.9.2 - Cada manifestação das partes ou advo-
natura do juiz.
gados, nos procedimentos que admitirem a ora-
lidade, caso gravada pelo sistema audiovisual, 1.8.10.3.6 - Optando pelo armazenamento con-
corresponderá a um arquivo, assim nomeado junto de atos de diferentes processos em uma
“Número dos Autos - Espécie de Ato”. mesma mídia, a escrivania deverá duplicar a
cópia de segurança (com o mesmo número de
1.8.10 - As pastas contendo os arquivos de gra-
série), diante da possibilidade de falha ou dete-
vação das audiências serão armazenadas em
rioração da mídia.
servidor/ destinado para esta finalidade, dele
não podendo ser excluídas. 1.8.10.4 - Se houver recurso que enseje a remessa
1.8.10.1 - Em se tratando de processo físico, os dos autos ao órgão julgador:
arquivos de gravação das audiências serão sal- I - em processo físico, o CD-processo acompa-
vos em CD-Rom/DVD, denominado CD-Pro- nhará os autos quando da remessa ao Tribunal
cesso ou DVD-Processo, o qual será acostado ou Turma Recursal;
à contracapa dos autos e cuja mídia deverá ser
finalizada, impossibilitando a inserção de novos II - em processo eletrônico, será formado o CD
arquivos. -Processo e remetido ao Tribunal ou Turma Re-
cursal, salvo se o órgão julgador tiver acesso aos
1.8.10.1.1 - Na mídia CD-Processo ou DVD-Pro- arquivos por servidor ou pasta compartilhada,
cesso será afixada etiqueta de identificação, in- na forma do CN 1.8.10.2.
formando o número dos autos e o juízo respec-
tivo, constando na capa do disco os mesmos da- 1.8.11 - As partes, advogados, terceiros interve-
dos, consignados no anverso, com a relação dis- nientes, Ministério Público e assistente de acu-
criminada dos atos realizados anotada no verso sação, conforme o caso, poderão obter cópia do
(interrogatório, depoimento, acareação etc.). material gravado, cabendo ao interessado apre-
sentar à serventia o meio no qual os arquivos
1.8.10.2 - Em se tratando de processo eletrônico, serão gravados (CD-Rom, DVD, Discos Remo-
salvo na hipótese do item 1.8.10.4, inciso II, é dis- víveis, etc.).
pensada a formação do CD-Processo ou DVD/
Processo, desde que os servidores e o magistra- 1.8.11.1 - O interessado assinará termo de rece-
do tenham acesso aos arquivos das audiências bimento da cópia gravada, pelo qual se respon-
gravadas em pasta ou servidor compartilhado. sabilizará pelo material e seu uso exclusivo para
fins processuais. O termo será reproduzido em
1.8.10.3 - As pastas contendo os arquivos de gra- duas vias: a primeira, entregue ao interessado e
vação das audiências, independentemente de a segunda, juntada aos autos.
serem relativas a feitos físicos ou virtuais, serão
ainda salvas em CD-Rom/DVD, denominado 1.8.11.2 - O advogado poderá outorgar autori-
CD-Segurança ou DVD-segurança, o qual de- zação para obtenção de cópia dos arquivos, a
verá ser mantido separado dos autos, em local qual, anexa ao termo mencionado no 1.8.11.1,
seguro. será juntada aos autos.

1.8.10.3.1 - Em nenhuma hipótese o CD-segu- 1.8.12 - Não se fará, em primeiro grau, trans-
rança ou DVD-segurança será retirado da ser- crição dos depoimentos gravados pelo sistema
ventia. audiovisual.

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1.8.12.1 - Nas decisões proferidas pelo juiz, em protocolizados, mencionando dia, mês, hora,
que houver menção de trechos de depoimentos ano, número de controle, número dos autos, na-
gravados pelo sistema audiovisual, não é ne- tureza do feito, quantidade de anexos, número
cessária sua transcrição integral, bastando sua de cópias, assunto, nome das partes e juízo ao
descrição e o apontamento respectivo do tempo qual deverão ser encaminhados.
do vídeo.
1.9.6 - Os recibos poderão ser dados em livro
1.8.13 - Os atos processuais poderão ser repeti- próprio apresentado pelo interessado ou nas có-
dos de ofício ou mediante insurgência da parte, pias dos protocolados se estas, no ato da entre-
quando houver falha ou deficiência na gravação, ga, vierem com os originais.
de modo a impossibilitar seu entendimento.
1.8.14 - Nas cartas precatórias: I - o juízo depre- 1.9.7 - Os livros referidos no item anterior de-
cado: verão conter as especificações mencionadas no
item 1.9.5, bem como estar em condições de re-
a) devolverá os autos de carta precatória acom- ceber o recibo individual do protocolador auto-
panhados do CD-Processo. Poderá, entretanto, mático.
utilizar meio eletrônico para envio dos arquivos
das gravações ou compartilhá-los com o juízo 1.9.8 - Os papéis serão entregues pelo Serviço de
deprecante em pasta ou servidor. Na última Protocolo aos juízos e escrivanias em relações
hipótese deverá o juízo deprecado comunicar o próprias, que serão carimbadas e assinadas pelo
juízo de origem sobre o método para obtenção chefe do serviço ou respectivo substituto.
dos arquivos.
1.9.9 - Os papéis de natureza urgente terão, em
b) Apenas manterá os arquivos das gravações caracteres visíveis, a palavra URGENTE, aposta
realizadas em cumprimento aos atos depreca- pelas partes, devendo ser entregues imediata-
dos em hard disk ou servidor (CN 1.8.10), dis- mente, pelo serviço, aos destinatários.
pensada, portanto a gravação do CD-Segurança.
II - O juízo deprecante: 1.9.10 - O serviço não receberá autos, volumes
ou quaisquer objetos que não venham em forma
a) recebendo os arquivos das gravações, obser- de petição, nem as petições que:
vará quanto à formação do CD- Processo, as dis-
posições do CN 1.8.10.1 e 1.8.10.2. I - devam obrigatoriamente ser entregues em
dependências administrativas;
b) gerará o CD-Segurança ou DVD-Segurança,
conforme CN 1.8.10.3 e seguintes. II - não estejam endereçadas a juízos certos e de-
terminados;
SEÇÃO 09
III - dependam de preparo, distribuição e outras
SERVIÇO DE PROTOCOLO providências preliminares, na forma da legisla-
1.9.1 - O Serviço de Protocolo é destinado ao re- ção vigente;
cebimento de papéis endereçados IV - envolvam pedidos de natureza urgente e
aos juízes de direito e escrivães de todas as por isso devam merecer apreciação judicial ime-
varas do Foro Central da Comarca da Região diata, sob pena de prejuízo processual insuperá-
Metropolitana de Curitiba, inclusive Auditoria vel, como por exemplo, as petições de pedidos
Militar. de adiamento de audiências e de suspensão de
praça ou leilão;
1.9.2 - O expediente para o atendimento ao pú-
blico será das 8h30min às 11 horas e das 13 às 17 V - se apresentem incompletas, faltando alguma
horas, de segunda a sexta-feira, nos termos do de suas folhas;
art. 198 da Lei Estadual n° 7.297, de 08.01.1980,
até que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça VI - objetivem depósito judicial e venham acom-
delibere de outra forma. panhadas de cheque ou importância em dinhei-
1.9.3 - A utilização do serviço é facultativa aos ro.
interessados. 1.9.11 - A presidência e fiscalização dos traba-
1.9.4 - O Serviço de Protocolo utilizará protoco- lhos do serviço ficarão sob a responsabilidade
lador mecânico, que conterá a data e horário do dos juízes de direito diretores do fórum cível e
recebimento de forma bem legível, cujo modelo criminal, respectivamente.
deverá ser aprovado pela Corregedoria-Geral
da Justiça. 1.9.12 - O Serviço de Protocolo poderá ser ins-
tituído em outras comarcas, obedecendo aos
1.9.5 - O Serviço de Protocolo fornecerá aos inte- critérios desta seção, desde que autorizado pela
ressados recibos-comprovantes dos expedientes Corregedoria- Geral da Justiça.

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SEÇÃO 10 IV - ações de busca e apreensão e ações de depó-


sito, referentes à alienação fiduciária;
ELIMINAÇÃO DE AUTOS
V - notificações, interpelações e protestos;
1.10.1 - É vedada a eliminação, por qualquer
VI - tutelas, desde que o tutelado tenha atingido
meio, de autos de processos cíveis, criminais e
a maioridade e inexista especialização de hipo-
da infância e juventude, tendo em vista o esta-
teca;
tuído na Lei nº 6.246, de 07.10.75, e as decisões
do Superior Tribunal de Justiça (Recurso Ordi- VII - suprimentos de consentimento;
nário em Mandado de Segurança nº 11.824/SP) e
VIII - alvarás para levantamentos de importân-
do Supremo Tribunal Federal (ADIn nº 1919- 8/
cias;
SP).
IX - agravos de instrumento;
1.10.2 - O juiz poderá, no entanto, oficiar por
carta, com AR, à direção do Departamento Es- X - ação revisional de aluguel;
tadual de Arquivo Público, a universidades, fa-
XI - pedidos de assistência judiciária gratuita;
culdades e bibliotecas públicas localizadas na
região ou no Estado, assim como às Secretarias XII - ações de reparação de danos materiais por
de Educação e Cultura Municipais e Estadual, acidente de veículos;
consultando sobre o interesse destas entidades
XIII - ações ordinárias e sumárias de cobrança;
na guarda dos autos de processos, para preser-
vação de valores históricos, no prazo de trinta XIV - impugnações ao valor da causa;
(30) dias. XV - reclamações trabalhistas.
1.10.2.1 - Se ocorrer interesse de algumas des- XVI - exceções de impedimento ou suspeição e
sas entidades, após comunicar à Corregedoria de incompetência;
a quantidade de processos e documentos e ser
por esta autorizada, o juiz poderá fazer a entre- XVII - ações cautelares.
ga mediante termo de guarda. 1.10.5 - Na área criminal, autoriza-se a entrega,
1.10.2.2 - Ficam excluídos desta possibilidade os sob guarda, dos autos de processo em que todos
documentos e processos que tenham sido pro- os réus tenham sido absolvidos, daqueles em
cessados em “segredo de justiça”. que ocorreu prescrição antes de sentença conde-
natória, bem como dos julgados prejudicados e
1.10.3 - Os autos serão relacionados, pela ordem dos inquéritos policiais arquivados, desde que
do mais antigo ao mais recente, ficando a rela-
decorridos cinco (05) anos do arquivamento.
ção arquivada na escrivania da vara de origem
do feito. A relação conterá: SEÇÃO 12
I - o número dos autos ou inquérito;
PLANTÃO JUDICIÁRIO
II - o nome das partes, réus ou indiciados;
1.12.1. V O Plantão Judiciário funcionará inin-
III - a indicação do número do artigo e da lei terruptamente nos períodos compreendidos en-
em que os réus ou indiciados foram incursos, na tre o término do expediente do dia corrente e o
área criminal; início do expediente do dia seguinte, bem assim
IV - a data e o número do registro da sentença nos dias em que não houver expediente forense.
ou do arquivamento; 1.12.1.1. Os procedimentos urgentes iniciados
IV - a data da sentença ou do arquivamento; - a em horário de expediente forense não serão re-
data do trânsito em julgado da sentença ou do metidos ao plantão judiciário.
arquivamento do inquérito. 1.12.1.2. Em primeiro grau, compete ao magis-
1.10.4 - Na área cível autoriza-se a entrega, sob trado de plantão o exame das seguintes matérias:
guarda, decorridos cinco (05) anos do arquiva-
I. pedidos de e mandados de segurança em que
mento, após o respectivo trânsito em julgado da
figurar como coator autoridade submetida à
sentença ou decisão, dos seguintes processos:
competência jurisdicional do magistrado plan-
I - qualquer feito em que ocorreu a extinção por tonista;
sentença sem julgamento do mérito, nas hipóte-
II. comunicações de prisão em flagrante, apre-
ses do art. 267, inc. I, II, III e VIII, do CPC;
ciação de pedidos de concessão de liberdade
II - execuções de título extrajudicial, de título provisória e arbitramento de fiança;
judicial, execuções fiscais, bem como as antigas
III. em caso de justificada urgência, de represen-
ações executivas e embargos à execução ou do
tação da autoridade policial ou do Ministério
devedor;
Público, visando à decretação de prisão preven-
III - ações de despejo; tiva ou temporária;

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IV. pedidos de busca e apreensão de pessoas, que semelhante pedido não foi anteriormente
bens ou valores, desde que objetivamente com- formulado. Será reputada litigância de má-fé a
provada a urgência; reiteração de requerimentos já apreciados.
V. medida cautelar ou liminar, de natureza cível 1.12.1.8. A propositura de qualquer medida no
ou criminal, que não possa ser realizado no ho- Plantão Judiciário não isenta o interessado da
rário normal de expediente ou de caso em que demonstração do preenchimento de seus requi-
da demora possa resultar risco de grave prejuí- sitos formais de admissibilidade e nem dispen-
zo ou de difícil reparação; sa o preparo, quando exigível, cabendo à parte
VI. comunicação de apreensão em flagrante e interessada providenciar o recolhimento no pri-
pedidos de internação provisória de adolescen- meiro dia útil subseqüente em que houver expe-
te infrator, medidas de proteção a criança ou diente bancário.
adolescente em caráter de urgência, ou comu-
1.12.1.9. O juiz de plantão analisará se estão
nicação de acolhimento institucional, realizado
presentes as circunstâncias que autorizam a
em caráter excepcional e de emergência, con-
formulação de pedido no Plantão Judiciário, re-
soante previsão contida no art. 93, do Estatuto
metendo os autos à distribuição normal ou ao
da Criança e do Adolescente, com a redação
órgão competente caso repute ausente o caráter
dada pela Lei nº 12.010/2009.
de urgência ou o receio de prejuízo, ou ainda
VII. medidas urgentes, cíveis ou criminais, da quando a apreciação do pedido revelar- se in-
competência dos Juizados Especiais a que se re- viável por estar inadequadamente instruído.
ferem as Leis nos 9.099, de 26 de setembro de
1995 e 10.259, de 12 de julho de 2001, limitadas 1.12.2. No Foro Central da Comarca da Região
as hipóteses acima enumeradas. Metropolitana de Curitiba, o Plantão Judiciário
em primeiro grau funcionará no andar térreo do
1.12.1.3. Em segundo grau, compete ao magis- Edifício do Palácio da Justiça, situado na Praça
trado de plantão conhecer de medidas de caráter Nossa Senhora da Salete, s/n - Centro Cívico -
urgente em matéria cível e criminal, atribuídas Curitiba.
por lei ou pelo Regimento Interno ao Presiden-
te do Tribunal, ressalvadas as da competência 1.12.2.1. O atendimento em todas as áreas será
privativa deste, ou ao Relator, quando a provi- efetuado por um dos juízes de direito substitu-
dência objetivar evitar o perecimento de direi- tos da comarca, escalado para funcionar no pe-
to e tiver se revelado objetivamente inviável a ríodo compreendido entre o encerramento do
dedução do requerimento respectivo no horário expediente de segunda-feira e o mesmo horário
de expediente. da segunda-feira da semana seguinte, sem pre-
1.12.1.4. Consideram-se medidas de caráter ur- juízo de suas demais atribuições.
gente as que, sob pena de dano irreparável ou 1.12.2.2. A escalação será feita pela Corregedo-
de difícil reparação, tiverem de ser apreciadas, ria-Geral da Justiça e alterada sempre que hou-
inadiavelmente, fora do horário de expediente ver necessidade, observando-se a ordem de an-
forense. tiguidade dos juízes, do menos ao mais antigo
1.12.1.5. As medidas de comprovada urgência na entrância. Não participarão do revezamento
que tenham por objeto o depósito de importân- os juízes auxiliares do Presidente do Tribunal
cia em dinheiro ou valores só poderão ser or- de Justiça, dos Vice-Presidentes, do Corregedor-
denadas por escrito pela autoridade judiciária Geral e do Corregedor.
competente e só serão executadas ou efetivadas
1.12.2.3. O juiz escalado para o plantão em de-
durante o expediente bancário normal por in-
terminado período será automaticamente subs-
termédio de servidor credenciado do juízo ou
tituído, em suas faltas ou impedimentos, suces-
de outra autoridade por expressa e justificada
sivamente, pelos juízes escalados para os perío-
delegação do juiz.
dos subseqüentes.
1.12.1.6. O Plantão Judiciário não se destina à
apreciação de solicitação de prorrogação de 1.12.2.4. Eventual pedido de alteração da escala-
autorização judicial para escuta telefônica - res- ção poderá ser revista se requerida justificada-
salvada a hipótese de risco eminente e grave à mente ao Corregedor-Geral da Justiça, no prazo
integridade ou à vida de terceiros -, de pedidos de cinco (05) dias úteis antes do início do respec-
de levantamento de importância em dinheiro ou tivo período de plantão.
valores nem liberação de bens apreendidos. 1.12.2.5. V O reajuste na escalação será também
1.12.1.7. É vedada a apresentação, no Plantão efetuado em caso de promoção ou remoção. Ha-
Judiciário, de reiteração de pedido já aprecia- vendo tempo hábil, o juiz promovido ou remo-
do no órgão judicial de origem ou em plantão vido ocupará, na escala, o lugar do juiz que ori-
anterior, de reconsideração ou reexame, caben- ginou a vacância, observando-se nos períodos
do ao requerente declarar, sob as penas da lei, subseqüentes o subitem 1.12.2.2.

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1.12.2.6. Cabe ao juiz escalado para o plantão 1.12.3.3. Será admitida a troca de períodos de
em primeiro grau entrar em contato com o Se- plantão entre os juízes escalados, desde que co-
tor de Plantões de primeiro grau do Tribunal de municadas ao Juiz Diretor do Fórum antes do
Justiça para informar o meio pelo qual poderá início de cada período, atendendo-se à necessá-
ser encontrado nos horários a que alude o item ria publicação.
1.12.1 deste Código. 1.12.3.4. Havendo divergência entre os magis-
1.12.2.7. A escalação dos escrivães cíveis será trados, o Juiz Diretor do Fórum suscitará dúvi-
feita pela ASSEJEPAR - Associação dos Ser- da ao Corregedor-Geral da Justiça.
ventuários da Justiça do Estado do Paraná, que 1.12.3.5. Funcionará junto ao juiz de plantão o
encaminhará à Corregedoria- Geral da Justiça escrivão da respectiva vara ou, se necessário,
a relação dos escalados e dos períodos em que seu auxiliar legalmente habilitado. Tratando-
atuarão, para deliberação e publicação nos ter- se de juiz de direito substituto, juiz substituto
mos do item 1.12.6 deste Código. ou juiz supervisor de juizado especial, um dos
escrivães das varas do foro ou comarca ou, em
1.12.2.8. V O oficial de justiça escalado atuará suas ausências justificadas, seus auxiliares le-
em matéria cível e criminal. galmente habilitados, mediante revezamento.
1.12.2.9. Os mandados de busca e apreensão 1.12.3.6. Os secretários, oficiais de justiça e de-
em matéria criminal, expedidos no Plantão mais servidores do Sistema de Juizados Espe-
Judiciário, serão imediatamente encaminhados, ciais não estão sujeitos ao regime de plantão
por ofício, às autoridades policiais encarregadas judiciário da Justiça comum.
de cumpri-los. 1.12.3.7. O oficial de justiça escalado atuará em
1.12.2.10. O escrivão de plantão, previamente à matéria cível e criminal.
conclusão dos autos ao juiz de plantão, certifi- 1.12.4. Nas comarcas de entrância inicial, as me-
cará a existência de feito semelhante em que o didas urgentes de que trata o subitem 1.12.1.2
requerente seja parte, após consulta ao banco de serão apreciadas pelo juiz de direito ou pelo juiz
dados da distribuição, vedada a utilização deste substituto, este quando no exercício de substi-
para qualquer outra finalidade. tuição ou nas ausências eventuais daquele.

1.12.2.11. Os materiais de expediente para o 1.12.5. O Plantão Judiciário em segundo grau


funcionamento do Plantão Judiciário cível serão funcionará no andar térreo do Edifício do Palá-
fornecidos pela ASSEJEPAR - Associação dos cio da Justiça, situado na Praça Nossa Senhora
Serventuários da Justiça do Estado do Paraná. da Salete, s/n - Centro Cívico - Curitiba, utili-
zando a mesma estrutura do plantão judiciário
1.12.3. Nos Foros Regionais da Comarca da criminal em primeiro grau.
Região Metropolitana de Curitiba, nas demais
1.12.5.1. O atendimento será efetuado por juiz
comarcas de entrância final e nas comarcas de
de direito substituto em segundo grau, escalado
entrância intermediária, o atendimento no Plan- para funcionar no período compreendido entre
tão Judiciário será efetuado, em todas as áreas, o encerramento do expediente de segunda-feira
por um dos magistrados em atividade no foro e o mesmo horário da segunda-feira da semana
ou comarca, entre titulares e substitutos, sem seguinte, sem prejuízo de suas demais atribui-
prejuízo de suas demais atribuições. ções.
1.12.3.1. O revezamento, por períodos corres- 1.12.5.2. A escalação será feita pela Corregedo-
pondentes ao mencionado no subitem 1.12.2.1, ria-Geral da Justiça segundo a ordem de anti-
ocorrerá conforme escala organizada pelo Juiz guidade, do menos ao mais antigo na substi-
Diretor do Fórum nos termos do subitem tuição em segundo grau, não participando do
1.12.2.2, ouvidos os demais magistrados, deven- revezamento os juízes auxiliares do Presidente
do ser reajustada na forma dos subitens 1.12.3.3 do Tribunal de Justiça, dos Vice-Presidentes, do
e 1.12.3.4 sempre que houver necessidade, ob- Corregedor-Geral e do Corregedor.
servado o subitem 1.12.2.5. 1.12.5.3. Aplica-se ao Plantão Judiciário em se-
1.12.3.2. Os afastamentos em decorrência de fé- gundo grau, no que couber, o disposto nos subi-
rias, já programadas por ocasião da elaboração tens 1.12.2.2, 1.12.2.3, 1.12.2.4 e 1.12.2.5.
da escala, licenças e concessões serão compati- 1.12.5.4. Atuará como secretário o funcionário
bilizados com o plantão mediante escalação da Vara de Inquéritos Policiais escalado para
do magistrado afastado para o período ime- o plantão criminal em primeiro grau, limitan-
diatamente seguinte ao retorno às atividades, do-se sua atuação a: recebimento do pedido,
observando-se, na redistribuição dos períodos registro em livro próprio, autuação provisória,
aos demais magistrados, o contido no subitem informação, conclusão ao juiz, expedição de do-
1.12.2.3. cumentos e remessa ao órgão competente.

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1.12.5.5. O funcionário/secretário de plantão, 1.12.7.2. As verbas destinadas ao FUNREJUS, re-


previamente à conclusão dos autos ao juiz, cer- lativas a expedientes ingressados no plantão de
tificará nos autos sobre a existência em segun- segundo grau, serão recolhidas pelo funcionário
do grau de feito em que figure como parte plantonista, mediante guia própria que será jun-
o requerente ou o requerido, após consulta ao tada aos autos, previamente à remessa destes ao
sistema informatizado do Tribunal de Justiça, Protocolo do Tribunal de Justiça, o que ocorrerá
vedada sua utilização para qualquer outra fina- até as 13 horas do primeiro dia útil seguinte.
lidade.
1.12.7.3. As custas serão pagas de acordo com
1.12.5.6. As diligências externas eventualmente as tabelas vigentes e, relativamente ao oficial
necessárias serão requisitadas ao juiz de plan- de justiça, conforme as Instruções nos 09/1999
tão em primeiro grau e cumpridas pelo oficial e 02/2007, ambas da Corregedoria-Geral da Jus-
de justiça. tiça.

1.12.6. Serão publicados no Diário da Justiça e 1.12.8. No Setor de Plantões de primeiro e se-
em jornais de grande circulação local os nomes gundo graus, mantido junto ao Edifício do Palá-
dos juízes, do escrivão e do oficial de justiça es- cio da Justiça - sede do Tribunal de Justiça, serão
calados para o plantão em primeiro e segundo mantidos os seguintes livros obrigatórios:
graus no Foro Central da Comarca da Região a) Para o plantão de primeiro grau:
Metropolitana de Curitiba, bem como o endere-
ço do local de atendimento. I - Registro Geral de Feitos;

1.12.6.1. Nos Foros Regionais da Comarca da II - Registro de Depósitos;


Região Metropolitana de Curitiba e nas demais III - Protocolo de Remessa.
comarcas, o Juiz Diretor do Fórum velará pela
b) Para o plantão segundo grau:
afixação, em local visível e de fácil acesso da en-
trada do Fórum, de informações a respeito do I - Registro Geral de Feitos - 2º Grau;
Plantão Judiciário e do modo de acioná-lo, espe-
II - Registro de Depósitos - 2º Grau;
cificamente no tocante ao nome do magistrado
que atenderá o plantão, endereço, número de II - Protocolo de Remessa ao Tribunal.
telefone e fax do local de atendimento e nome
1.12.8.1. O livro de Registro Geral de Feitos des-
dos servidores à disposição, observadas as pe-
tina-se ao registro de todos os feitos ajuizados
culiaridades locais.
perante o plantão em primeiro grau, podendo
1.12.6.2. A escala de plantão judiciário em pri- ser utilizado um para matéria cível e outro para
meiro grau de jurisdição será, no mínimo, men- matéria criminal.
sal, observado o subitem 1.12.3.1, cabendo ao 1.12.8.2. O livro de Registro de Depósitos des-
Juiz Diretor do Fórum dos Foros Regionais da tina-se ao registro das custas e outros valores
Comarca da Região Metropolitana de Curitiba recebidos pelo escrivão de plantão. Nele devem
e nas demais comarcas, disponibilizá-la tanto ser colhidos os recibos do distribuidor compe-
no portal do Tribunal de Justiça como no Diário tente e do escrivão da vara a que o feito for dis-
da Justiça Eletrônico (e-DJ), por meio do sistema tribuído.
“Publique-se”, até o antepenúltimo dia útil do
mês, anterior ao mês de referência, consideran- 1.12.8.3. No livro de Protocolo de Remessa, o
do-se os feriados da capital. escrivão de plantão colherá o visto do distribui-
dor por ocasião do encaminhamento dos feitos
1.12.6.3. - V O cadastramento dos plantões judi- ajuizados durante o plantão de primeiro grau.
ciários, através do Sistema “Publique-se”, torna
desnecessário o encaminhamento à Corregedo- 1.12.8.4. No livro de Registro Geral de Feitos - 2º
ria Geral, das portarias que disponham sobre o Grau serão registrados os feitos protocolados no
plantão, por meio físico, e importará na divul- plantão de segundo grau.
gação da escala na página eletrônica do Tribu- 1.12.8.5. No livro de Protocolo de Remessa ao
nal de Justiça. Tribunal o plantonista/secretário colherá o visto
1.12.7. Todos os requerimentos deduzidos no do funcionário do serviço de protocolo do Tri-
Plantão Judiciário receberão autuação provisó- bunal de Justiça, por ocasião do encaminhamen-
ria. to dos feitos ajuizados durante o plantão.
1.12.8.6. O livro Registro de Depósitos - 2º Grau
1.12.7.1. O preparo dos feitos observará o dis-
destina-se ao lançamento de valores recebidos
posto nos artigos 34 a 36, todos do
pelo plantonista/secretário, referentes a verbas
Decreto Judiciário nº 744/2009. O depósito de destinadas ao FUNREJUS, que serão recolhidas
importância em dinheiro ou valores se dará nos mediante guia própria no primeiro dia útil sub-
moldes do previsto no subitem 1.12.1.4. seqüente, nos termos do subitem 1.12.7.2.

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1.12.9. Nos foros e comarcas a que alude o item tiça, existente nas comarcas de entrância final.
1.12.3, serão também mantidos pela Secretaria
1.14.1.2 - Poderão ser protocolizadas petições da
da Direção do Fórum os seguintes livros obri-
área cível, criminal, família, infância e juventu-
gatórios:
de, registros públicos e juizados especiais, inclu-
I - Registro de Feitos do Plantão Judiciário; sive cartas precatórias, bem como as relativas ao
segundo grau de jurisdição, notadamente nos
II - Protocolo de Remessa;
processos de competência originária do Tribu-
III - Registro de Depósitos; nal de Justiça, desde que sejam apresentados o
IV - Arquivo de Escalações; original e a cópia da petição, bem como os do-
cumentos que porventura venham a instruí-la.
V - Arquivo de Termos de Recebimento e En-
trega. 1.14.1.3 - O serviço de Protocolo Judicial Inte-
grado poderá receber:
1.12.9.1. O livro de Registro de Feitos do Plantão
I - petições iniciais;
Judiciário destina-se ao registro de todos os fei-
tos ajuizados perante o plantão judiciário. II - petições em geral (intermediárias);
1.12.9.2. No livro de Protocolo de Remessa, o III - cartas precatórias;
escrivão de plantão colherá o visto do distribui-
IV - recursos, exceto o especial, o extraordinário
dor, por ocasião do encaminhamento dos feitos
e o agravo contra a sua não admissão.
ajuizados durante o plantão.
1.14.1.4 - Estão excluídas das disposições destas
1.12.9.3. O livro de Registro de Depósitos des-
normas as petições inclusive recursais, dirigidas
tina-se ao registro das custas e outros valores
aos Tribunais Superiores (STJ e STF) e às demais
recebidos pelo escrivão de plantão. Nele devem
Unidades da Federação, as de competência da
ser colhidos os recibos do distribuidor compe-
Justiça Federal, do Trabalho, Eleitoral e Militar
tente e do escrivão da vara a que o feito for dis-
Federal, bem como as relativas a feitos adminis-
tribuído.
trativos, ficando o descumprimento passível de
1.12.9.4. No Arquivo de Escalações serão arqui- responsabilidade administrativa disciplinar.
vadas as relações de juízes, escrivães e oficiais
1.14.1.5 - - As petições dirigidas ao segundo grau
de justiça escalados para o plantão a cada inter-
de jurisdição do Estado do Paraná (Tribunal de
valo de tempo mencionado no subitem 1.12.3.1,
Justiça) deverão ser encaminhadas pelo distri-
nelas devendo ser averbados todos os ajustes
buidor da comarca de origem ao PROTOCOLO
efetuados.
CENTRAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, no se-
1.12.9.5. O Juiz Diretor do Fórum alocará local guinte endereço: Praça Nossa Senhora da Salete,
para o Setor de Plantões, subordinado à Direção s/nº, Palácio da Justiça, Centro Cívico, 1º andar,
do Fórum, onde serão mantidos os materiais Curitiba - PR, CEP 80.530-912, telefones (0xx41)
de expediente do Plantão Judiciário e os livros 3254-4063, 3254-8977, 3354-7222 e 3353-5383.
mencionados nos incisos I, II e III do item 1.12.9.
1.14.2 - A utilização do serviço é facultativa.
1.12.9.6. O escrivão designado para o plantão,
1.14.3 - O expediente para o atendimento ao pú-
por ocasião do encerramento do expediente de
blico será das 8h30min às 11 horas e das 13 às 17
segunda-feira, firmará termo de recebimento
horas, de segunda a sexta-feira, nos termos do
dos livros mencionados no subitem anterior e
art. 198 da Lei Estadual n° 7.297, de 08.01.1980,
das chaves do Setor de Plantões, que será bai-
até que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça
xado pelo Secretário da Direção do Fórum no
delibere de outra forma.
início da segunda-feira seguinte e arquivado na
pasta a que alude o inciso V do item 1.12.9. 1.14.4 - - O distribuidor da comarca de origem,
ao receber petições dirigidas a outras comarcas,
SEÇÃO 14 deverá certificar, de forma legível, no anverso
da petição e fora do campo da sua margem, a
PROTOCOLO JUDICIAL INTEGRADO data e a hora do recebimento, fornecendo recibo
1.14.1 - O serviço de Protocolo Judicial Integrado na cópia que ficar com o interessado.
é destinado ao recebimento de petições endere- 1.14.4.1 - Recomenda-se a adoção de protocola-
çadas ao Tribunal de Justiça e a todas as demais dor mecânico, o que proporcionará maior segu-
comarcas do Estado do Paraná, independente- rança ao ato.
mente do local onde o ato requerido deva ser
1.14.5 - O distribuidor da comarca de origem ex-
realizado, desde que neste Estado, funcionando
pedirá guia própria, em três vias:
junto ao ofício distribuidor de cada comarca.
I - a primeira via será entregue ao interessado;
1.14.1.1 - Ficam mantidos os protocolos interli-
gados ao Protocolo Central do Tribunal de Jus- II - a segunda via acompanhará a petição;

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III - a terceira via será encaminhada por imedia- ro grau de jurisdição, à Seção de Protocolo de
tamente ao distribuidor da comarca de destino Primeiro Grau da Corregedoria-Geral da Justi-
ou, tratando-se do Foro Central da Comarca da ça, em segundo grau de jurisdição ao Protocolo
Região Metropolitana de Curitiba, à Seção de Central do Tribunal de Justiça;
Protocolo de Primeiro Grau da Corregedoria-
II - - verificar se todas as vias da petição encon-
Geral da Justiça. Se a petição for dirigida ao se-
tram-se firmadas pelo advogado;
gundo grau de jurisdição, ao Protocolo Central
do Tribunal de Justiça. III - lançar a certidão a que alude o CN 1.14.4,
antes da transmissão do , a fim de que o desti-
1.14.5.1 - - O distribuidor da comarca de ori-
natário, ao recebê-lo, não tenha dúvida de que
gem deverá arquivar a via mencionada no in-
foi transmitido por intermédio do serviço de
ciso III supra, juntamente com fotocópia do
Protocolo Judicial Integrado.
comprovante da transmissão do . Para tanto,
deverá instituir livro próprio com a denomina- 1.14.7.1 - Nos casos urgentes, transmitir-se-á via
ção “Arquivo do Protocolo Judicial Integrado”, o teor dos documentos que acompanham a pe-
observando, quanto à sua confecção, as regras tição. Tratando-se de fotocópias, o distribuidor
do Código de Normas da Corregedoria-Geral da comarca de origem deverá observar se se en-
da Justiça. contram autenticadas. Se estiverem, lançará no
1.14.5.2 - O distribuidor da comarca de origem anverso do documento, antes da transmissão
ao receber da comarca de destino, em devo- do , a anotação “fotocópia autenticada”. Se não
lução, o aviso de recebimento do SEDEX, que estiverem, antes da transmissão do lançará, no
encaminhou a petição original, o grampeará na anverso do documento, a anotação “fotocópia
via correspondente mencionada no subitem an- sem autenticação”. Se o documento apresenta-
terior. do for o original, lançará em seu anverso, antes
da transmissão do , a anotação “documento ori-
1.14.6 - - Na guia, a que alude o CN 1.14.5, de- ginal”
verão ser mencionados dia, mês, hora e ano do
protocolo, número de controle seqüencial do 1.14.7.2 - O magistrado poderá, nos casos em
ofício (renovável anualmente), número dos au- que entender conveniente e se as circunstâncias
tos a que se destinam os documentos, natureza assim o permitirem, determinar que se aguarde
do feito, quantidade de anexos (documentos), o recebimento dos documentos originais.
número de folhas, assunto, nome das partes, a 1.14.7.3 - Em nenhuma hipótese, poderá o dis-
comarca e o juízo a que se destinam - se houver tribuidor remeter documentos que não tenham
mais de um -, bem como, tratando-se de petição sido apresentados na oportunidade prevista no
inicial, se a sua distribuição se fará por depen- item 1.14.1.2, deste Código, sob pena de respon-
dência. sabilidade.
1.14.6.1 - O distribuidor da comarca de destino 1.14.7.4 - A petição, tratando-se de caso urgen-
deverá observar que a ação principal em relação te, será encaminhada, na sua integralidade e
à cautelar e a cautelar incidental em relação à acompanhada dos documentos a ela acostados,
principal não dependem de prévio despacho via imediatamente ao destino, juntamente com
judicial para distribuição por dependência, sen- a guia a que alude o item 1.14.5, inciso III, deste
do objeto somente de registro. CN.
1.14.6.2 - Nos demais casos, a distribuição por 1.14.7.5 - A transmissão integral da petição,
dependência somente será realizada à vista do quando não se tratar de medida urgente, será
despacho do juiz competente. dispensada, cumprindo ao distribuidor obter
1.14.6.3 - Para os fins do CN 1.14.6.2, o distribui- declaração da parte nesse sentido e, em segui-
dor da comarca de destino deverá levar a peti- da, postar a petição e documentos no mesmo
ção inicial, ou fotocópia do - se se tratar de caso dia em que protocolizada, sem prejuízo do dis-
de natureza urgente - para apreciação judicial, posto no CN 1.14.5, inc. III.
devendo o magistrado, por despacho, deferir ou 1.14.8 - Tratando-se de petição inicial, de caso
indeferir a dependência postulada. urgente ou não, deverá obrigatoriamente acom-
1.14.7 - O distribuidor da comarca de origem, ao panhá-la cheque nominal e cruzado ao ofício
encaminhar o a que alude o CN 1.14.5, inc. III, distribuidor da comarca de destino, para pre-
deverá obedecer aos seguintes requisitos: paro da distribuição, bem como a guia compro-
batória do pagamento da taxa judiciária devida,
I - a remessa deverá obrigatoriamente - a fim de
salvo nas hipóteses previstas no CN 1.14.13.2.
evitar extravio - ser dirigida ao aparelho instala-
do no ofício distribuidor da comarca de destino 1.14.8.1 - O preparo das custas processuais de-
ou, não o possuindo, ao da secretaria da direção verá ser efetuado diretamente na vara a que for
do fórum. Para o Foro Central da Comarca da distribuída a petição inicial, no prazo e sob as
Região Metropolitana de Curitiba, em primei- penas do art. 257, do Código de Processo Civil.

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1.14.8.2 - A antecipação das custas processuais, 1.14.13 - As custas relativas ao serviço de Pro-
provenientes de diligência requerida em petição tocolo Judicial Integrado serão recebidas pelo
intermediária, deverá ser levada a efeito direta- distribuidor da comarca de origem, conforme o
mente na vara em que tramita o processo. disposto no item I, da Tabela XVI, dos Atos dos
Distribuidores, do Regimento de Custas.
1.14.9 - A petição inicial dos feitos de compe-
tência originária do Tribunal de Justiça deve- 1.14.13.1 - Fica vedada a cobrança de quaisquer
rá vir acompanhada - exceto nos casos do CN outras custas ou emolumentos, exceto as pre-
1.14.13.2 - da guia comprobatória do pagamen- vistas no CN 1.14.8 e as despesas de postagem,
to das custas de preparo, observando-se, no que obedecendo-se, quanto a estas, à tabela específi-
couber, a Instrução nº 05/98, da Corregedoria- ca da Empresa Brasileira de Correios e Telégra-
Geral da Justiça. fos - EBCT.
1.14.9.1 - Tratando-se de ação rescisória, a pe- 1.14.13.2 - Ficam isentas de antecipação de cus-
tição inicial, além da guia mencionada no item tas e de despesas de postagem (portes de remes-
anterior, deverá ser acompanhada do compro- sa e retorno) as partes beneficiárias da Justiça
vante do depósito a que alude o art. 488, inc. II, Gratuita, a Fazenda Pública, o Ministério Públi-
do CPC. Esse depósito deverá ser efetuado em co e as partes perante os Juizados Especiais.
caderneta de poupança em qualquer agência de 1.14.13.3 - Para fazer jus à isenção, deverá o
banco credenciado pelo Tribunal de Justiça do usuário comprovar perante o distribuidor da
Paraná, em nome das partes (autor e réu) e vin- comarca de origem, sempre que se utilizar deste
culado ao Tribunal de Justiça. protocolo, sua condição de beneficiário da gra-
1.14.9.2 - Nos casos urgentes, de competên- tuidade no processo a que se refira a petição.
cia do Tribunal de Justiça, observar-se- ão, no 1.14.13.4 - A parte beneficiária da justiça gratui-
que couberem, as normas constantes dos itens ta fica isenta da antecipação das custas, mas não
1.14.7.1, 1.14.7.2 e 1.14.20.1 deste CN. de seu reembolso, desde que perdida a condição
1.14.10 - A petição destinada à interposição de necessitada
de recurso deverá estar acompanhada da guia 1.14.13.5 - - As despesas decorrentes da utiliza-
comprobatória do preparo (de acordo com o art. ção do da direção do fórum e de postagem (por-
511, do CPC), que poderá ter sido efetuado na tes de remessa e de retorno), às partes indicadas
agência bancária da comarca de origem, obser- no CN 1.14.13.2, em razão do não adiantamento
vando- se, no que couber, a Instrução nº 05/98 das custas, correrão por conta de recursos orça-
da Corregedoria-Geral da Justiça. mentários do Poder Judiciário, previstos para
1.14.10.1 - Não será aceita petição recursal sem a tal fim.
comprovação do respectivo preparo, exceto nos 1.14.14 - Nos casos de urgência, o distribuidor
casos previstos em lei, a fim de se evitar que em da comarca de origem deverá imediatamente
sede jurisdicional se alegue, ou se reconheça, a encaminhar o original da petição e documentos
preclusão consumativa ou julgamento de deser- que a acompanham à comarca de destino, ob-
ção do recurso. servando as normas contidas no CN 1.14.5.
1.14.11 - O serviço de Protocolo Judicial Integra- 1.14.14.1 - Nos demais casos, a remessa dos ori-
do não receberá autos, volumes ou quaisquer ginais será efetuada diariamente, ao final do ex-
objetos que não venham em forma de petição, pediente forense.
nem as petições que:
1.14.14.2 - A remessa será feita obrigatoriamente
I - devam obrigatoriamente ser entregues em via SEDEX com aviso de recebimento (AR).
dependências administrativas;
1.14.15 - No Foro Central da Comarca da Região
II - não estejam endereçadas a juízos certos e de- Metropolitana de Curitiba, as partes, para se
terminados; valerem deste Protocolo Judicial Integrado, de-
verão protocolizar as petições dirigidas a outras
III - se apresentem em desconformidade com a
comarcas perante o ofício distribuidor compe-
declaração prestada pela parte;
tente.
IV - - tenham por finalidade depósito judicial
1.14.16 - - As petições destinadas aos juízos de
e venham acompanhadas de importância em
primeiro grau do Foro Central da Comarca da
dinheiro ou cheque, exceto na hipótese prevista
Região Metropolitana de Curitiba serão encami-
no CN 1.14.8, caso em que esta remessa é obri-
nhadas à Seção de Protocolo de Primeiro Grau
gatória.
da Corregedoria-Geral da Justiça, no seguinte
1.14.12 - A presidência e fiscalização dos traba- endereço: Avenida Cândido de Abreu, nº 535,
lhos ficarão sob a responsabilidade do juiz de 1º andar, Centro Cívico, Curitiba - PR, CEP
direito diretor do fórum, onde estiver localizado 80.530-906. telefones (0xx41) 3254-7356 e fax
o respectivo ofício distribuidor. 3252-6405 e 3252-7501.

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1.14.16.1 - Essa Seção encaminhará as petições das aos autos, certificando-se que assim se fez
iniciais e cartas precatórias ao distribuidor com- em obediência ao disposto neste artigo. Recebi-
petente. As demais, ao juízo de destino, obser- dos os originais, efetuar-se-ão as substituições,
vando-se, no que couber, o contido no certificando-se o ocorrido.
1.14.17 - - As petições e destinados ao Tribunal 1.14.23.1 - Tratando-se de petição inicial de caso
de Justiça do Estado do Paraná deverão ser en- urgente, em que a distribuição se fará imedia-
caminhados diretamente ao Protocolo Central tamente, o será, pela escrivania do juízo de
do Tribunal de Justiça. destino, fotocopiado e autuado. Recebidos os
originais, efetuar-se-ão as substituições, certifi-
1.14.18 - Faltando energia elétrica, sendo ponto
cando-se o ocorrido.
facultativo ou feriado local na comarca de des-
tino, ou outra razão técnica que impossibilite 1.14.23.2 - - Quando houver despacho judicial
a utilização do sistema, as petições serão rece- na fotocópia do , como nos casos previstos no
bidas e registradas normalmente, fazendo-se 1.14.6.3, ela não será substituída, juntando-se
constar tal circunstância dos carimbos de recebi- aos autos os originais quando do recebimento.
mento apostos no original e na cópia, além dos
1.14.24 - Em razão deste Protocolo Judicial Inte-
dados obrigatórios.
grado ser oficial, aqui não se aplicam as normas
1.14.18.1 - O distribuidor ou seu substituto de- da seção 7, do capítulo 1, deste CN, nem o art.
verá, então, transmitir o na primeira oportuni- 4º da Resolução nº 05/91, do Tribunal de Justiça.
dade possível, sob pena de responsabilidade.
1.14.24.1 - Não recebida a petição original, pre-
1.14.19 - A entrega do e dos originais, na comar- valece o contido nos itens 1.14.22 e 1.14.24, deste
ca de destino, aos respectivos juízos, deverá ser código, seguindo o processo seu trâmite normal,
feita diariamente, quando de seu recebimento, salvo se tiver que aguardar documento referido
utilizando-se o livro de “Protocolo de Devolu- na petição transmitida via .
ção” do distribuidor, sob pena de responsabili-
dade. SEÇÃO 16
1.14.20 - Os casos de natureza urgente, tais
SISTEMAS INFORMATIZADOS
como, pedido cautelar, de tutela antecipada,
de depoimentos pessoais ou esclarecimentos 1.16.1 - Os sistemas informatizados oficiais a
de peritos ou assistentes técnicos em audiên- que alude o Decreto Judiciário nº 20-
cia, de apresentação de rol de testemunhas, de D.M são de uso obrigatório pelos ofícios em que
adiamento de audiência, entre outros, deverão instalados, vedada a utilização de programa pa-
ter, em caracteres visíveis, a palavra URGENTE, ralelo.
aposta pelas partes e serão entregues imediata-
mente aos destinatários. 1.16.1.1 - Os registros do sistema deverão cor-
responder à realidade da movimentação proces-
1.14.20.1 - Nos casos de urgência, o de petição
sual e serão constantemente atualizados.
inicial e documentos que a acompanham serão
distribuídos imediatamente pelo distribuidor 1.16.1.2 - Os sistemas substituem os livros que,
da comarca de destino, que após o encaminha- pelo procedimento tradicional, são de uso obri-
rá ao juízo. Ao receber os originais, certificará a gatório, e todos os campos devem ser preenchi-
distribuição e os remeterá à vara respectiva. dos adequadamente.
1.14.20.2 - Não constando da petição a pala- 1.16.2 - É de responsabilidade pessoal do Escri-
vra URGENTE, o procedimento será o normal, vão ou Secretário a exatidão do preenchimento
ocorrendo a distribuição somente quando do re- dos dados e o correto uso do sistema, devendo
cebimento dos originais. fiscalizar os atos de seus prepostos e estagiários.
1.14.21 - Fica vedado o recebimento de qual- 1.16.2.1 - O erro, a falha, a falta, ou a falsidade
quer petição fora do horário estabelecido no CN dos dados sujeitarão o responsável a sanções de
1.14.3, sob pena de responsabilidade. natureza administrativo-disciplinar, sem prejuí-
zo da responsabilidade criminal.
1.14.22 - Para todos os efeitos legais, conside-
ra-se praticado o ato no momento em que for 1.16.3 - Findos os prazos previstos no Decreto
protocolada a petição no ofício distribuidor da Judiciário n º 20-D.M. para cadastramento dos
comarca de origem. feitos, deverá o responsável pelo ofí-
cio comunicar a Corregedoria-Geral da Justi-
1.14.22.1 - Em razão do que dispõe o CN 1.14.22,
ça quanto ao efetivo saneamento dos registros.
o término do prazo, no juízo de destino, será
Eventuais pedidos de dilação de prazo deverão
certificado após 03 (três) dias de sua ocorrência.
ser encaminhados pelo Juiz de Direito de ma-
1.14.23 - Fotocópias do de petição intermediária neira fundamentada para apreciação da Corre-
serão, pela escrivania do juízo de destino, junta- gedoria-Geral da Justiça.

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1.16.4 - O cadastramento dos processos deve melhor desempenho da estrutura, fixando pra-
ser feito em ordem anual decrescente, na forma zo não superior a 60 (sessenta) dias para a con-
do Decreto Judiciário nº 20-D.M., não havendo clusão respectiva.
necessidade de cadastramento de feitos arqui-
1.18.6 - Encerradas as diligências previstas nos
vados há mais de cinco anos, salvo se houver
itens 1.18.4 e 1.18.5; o magistrado em exercício
pendências.
na vara prestará informações à Corregedoria-
1.16.4.1 - O cadastramento de todos os proces- Geral da Justiça, no prazo de 15 (quinze) dias,
sos deverá ser certificado pelas escrivanias ou declarando concluída a estruturação da vara,
secretarias junto ao termo de encerramento dos nos termos do que prevê o Anexo.
livros, sob a supervisão do Juiz, que aporá o
1.18.7 - Caso o escrivão não atenda às dispo-
respectivo visto.
sições contidas nos itens 1.18.1,
1.16.4.2 - Nos ofícios judiciais em que for insta-
1.18.4 ou 1.18.5, o magistrado em exercício na
lado sistema oficial, permanecerão abertos ape-
vara baixará portaria, instaurando processo
nas os livros de atas do Júri, alistamento de jura-
administrativo disciplinar, nos termos do que
dos, controle de bens patrimoniais e registro de
prevêem o Código de Organização e Divisão
autos destruídos, observado o disposto no item
Judiciárias e o Acórdão nº 7.566 - CM, encerran-
2.2.11 e seguintes do Código de Normas.
do-o, impreterivelmente, dentro dos prazos lá
1.16.4.3 - As escrivanias e secretarias também estabelecidos.
deverão manter o controle, em folhas soltas, das
1.18.7.1 - Concluído o processo administrativo
cargas aos advogados e às Delegacias de Polícia,
disciplinar, o magistrado em exercício na vara
para eventuais cobranças, as quais poderão ser
elaborará relatório circunstanciado, consoante
eliminadas após as respectivas devoluções.
o previsto no art. 22, § 5º, do Acórdão nº 7.566
1.16.5 - Verificada falha nos registros, será ins- - CM, sugerindo, se entender ser o caso, inter-
taurado procedimento visando ao saneamento venção na vara.
e exame quanto a eventual responsabilização
1.18.7.2 - Caso o magistrado instrutor sugira in-
administrativa.
tervenção na vara, poderá, desde logo, informar,
1.16.6 - Por ocasião das correições e inspeções mediante justificativa, o nome do servidor que
realizadas pela Corregedoria-Geral da Justiça, reputa habilitado para o exercício das funções.
ficam as serventias informatizadas com progra-
1.18.8 - Os investimentos necessários à implan-
ma oficial dispensadas de apresentarem os re-
tação das alterações estruturais de vara não es-
latórios a que alude o Código de Normas nos
tatizada serão suportados pelo seu respectivo ti-
itens 1.13.10, 1.13.15, 1.13.19, 1.13.23, 1.13.27,
tular, assegurada remuneração compatível com
1.13.29 e 1.13.31.
o exercício de suas funções.

SEÇÃO 18 SEÇÃO 23

ESTRUTURA DAS VARAS PEDIDOS DE CONSULTA E DÚVIDAS


1.18.1 - Os escrivães deverão observar os requi- 1.23.1 - Havendo dúvidas sobre a execução do
sitos mínimos de estrutura para o funcionamen- serviço judiciário, os servidores e funcionários
to das varas, salvo autorização da Corregedoria- deverão reportar-se ao respectivo Juiz, a quem
Geral da Justiça. incumbe solucioná-las.
1.18.2 - Os requisitos mencionados no item 1.23.2 - Não serão apreciadas pela Corregedo-
1.18.1 serão aqueles estabelecidos pela Cor- ria-Geral da Justiça consultas ou dúvidas que
regedoria-Geral da Justiça, após a realização do não suscitem interesse geral.
Monitoramento de Varas.
1.23.2.1 - Entre as matérias que não importam
1.18.3 - Concluído o Monitoramento de Varas, em interesse geral elencam-se as seguintes:
a Corregedoria-Geral da Justiça fará publicar
I - Não tenham sido previamente apreciadas
Anexo, disciplinando os requisitos mínimos de
pelo magistrado competente;
estrutura das varas.
II - Versem sobre matéria jurisdicional;
1.18.4 - Após a publicação mencionada no item
1.18.3, os escrivães terão o prazo de 90 (noventa) III - A resposta conste expressamente de texto
dias para a respectiva adequação, comunicando de lei ou norma;
ao magistrado em exercício na vara, mediante
IV - Tratem de mera utilização ou manuseio de
relatório circunstanciado.
sistema informatizado cuja orientação incumba
1.18.5 - O magistrado em exercício na vara po- ao Departamento de Tecnologia da Informação
derá determinar os ajustes necessários para o e Comunicação;

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V - A apreciação incumba a Órgão ou Departa- 2.1.5 - A autorização para o uso da chancela


mento diverso da Corregedoria-Geral da Justiça. mecânica poderá ser suspensa ou revogada de
ofício pelo juiz ou pela Corregedoria-Geral da
1.23.2.2 - Constatadas as hipóteses previstas nos
Justiça, inclusive com apreensão de máquinas e
itens 1.23.2 e 1.23.2.1, haverá o arquivamento de
clichês.
ofício do pedido.
2.1.6 - Ressalvada a hipótese de segredo de jus-
1.23.3 - Estas disposições aplicam-se ao foro ex-
tiça, os ofícios de justiça poderão fornecer rela-
trajudicial naquilo que for compatível.
ção diária de distribuições de ações e protestos
às entidades representativas da indústria e do
CAPÍTULO 2
comércio ou àquelas vinculadas à proteção do
crédito, mencionando tratar-se de informação
OFÍCIOS DE JUSTIÇA EM GERAL
reservada da qual não se poderá dar publicida-
SEÇÃO 01 NORMAS GERAIS de pela imprensa, nem mesmo parcialmente.
2.1.6.1 - O fornecimento da certidão será sus-
2.1.1 - As normas deste capítulo têm caráter ge-
penso caso se desatenda o seu caráter sigiloso
ral e se aplicam a todos os ofícios do foro judicial
ou se forneçam informações de protestos cance-
e extrajudicial, inclusive secretaria dos juizados
lados.
especiais, no que não contrariem as normas es-
pecíficas contidas nos capítulos próprios a estes 2.1.6.2 - Dos cadastros ou banco de dados das
ofícios ou em outros atos normativos. entidades referidas neste artigo somente serão
prestadas informações restritivas de crédito
2.1.1.1 - Os titulares de ofícios dos foros judicial
oriundas de processos judiciais, títulos ou do-
e extrajudicial ou quem nessa qualidade estiver,
cumentos de dívidas regularmente protestadas,
ainda que designado precariamente, estão obri-
cujos registros não forem cancelados.
gados a manter livro de Receitas e Despesas,
documentos referentes à regularidade das con- 2.1.7 - Os escrivães do foro judicial autentica-
tribuições fiscais e previdenciárias incidentes rão as cópias reprográficas ou obtidas por outro
sobre a folha de pagamentos, contrato de pre- processo de repetição de documentos originais
postos, dentre outros comprovantes pertinentes que constem dos autos. Em cada cópia anotará o
à movimentação financeira da serventia. Deve- número dos autos, nome das partes e o respecti-
rão apresentar ao juiz competente, sempre que vo ofício, fazendo menção de que “o documento
solicitado, extrato circunstanciado sobre o mo- confere com o original que consta dos autos”.
vimento da serventia, com a indicação da recei- 2.1.7.1 - Se o documento a ser autenticado tra-
ta bruta proveniente das custas e emolumentos, tar-se de cópia constante dos autos, o escrivão
despesas e receita líquida. procederá da forma supra, fazendo menção de
2.1.2 - É proibido ao auxiliar da justiça exercer que “a cópia extraída confere fielmente com a
suas funções em atos que envolvam interesses cópia constante dos autos”.
próprios ou de cônjuge, parente consangüíneo 2.1.8 - - Os escrivães e seus auxiliares ou empre-
ou afim, em linha reta ou na colateral, até o ter- gados darão atendimento prioritário a pessoas
ceiro grau e nos casos de suspeição. portadoras de deficiência física ou com mobi-
2.1.2.1 - Verificado o impedimento ou a suspei- lidade reduzida, pessoas com idade igual ou
ção, o serventuário solicitará ao juiz a designa- superior a sessenta anos e gestantes, mediante
ção de substituto para a prática do ato. garantia de lugar privilegiado em filas, distri-
buição de senhas com numeração adequada ao
2.1.2.2 - O juiz, se acolher as razões apresenta- atendimento preferencial, alocação de espaço
das, designará substituto , vedada a designação para atendimento exclusivo no balcão ou im-
de juramentado do mesmo Ofício. plantação de outro serviço de atendimento per-
2.1.3 - Mediante deferimento do juiz, sob pré- sonalizado.
via autorização da Corregedoria-Geral da Jus- 2.1.9 - O escrivão e o secretário do Juizado Es-
tiça e observadas as normas de segurança por pecial deverão comunicar à Corregedoria-Geral
esta aprovadas, poderá ser adotado o sistema de da Justiça, por e pelo correio, a averbação de
chancela mecânica, que valerá como assinatura suspeição ou impedimento, no prazo de 5 (cin-
do serventuário e dos seus substitutos legais. co) dias úteis, contados da devolução dos autos
2.1.4 - Constitui, também, requisito indispensá- pelo magistrado, sob pena de responsabilização
vel o seu prévio registro no ofício de notas do administrativa.
domicílio do serventuário, que conterá da chan- 2.1.9.1 - Da comunicação referida no item 2.9.1
cela, acompanhada de assinatura devidamente deverão constar:
reconhecida por notário e a descrição pormeno-
I - O número dos autos;
rizada da chancela, com o dimensionamento do
clichê. II - A natureza do feito;

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III - A qualificação completa das partes; 2.2.2.1 - É vedado o uso de raspagem por bor-
racha ou outro meio mecânico, assim como a
IV - A identificação dos advogados e o respecti-
utilização de corretivo ou de outro meio quími-
vo número da OAB;
co. Deverão ser evitadas anotações a lápis nos
V - A data da conclusão e da devolução dos au- livros e autos de processo, mesmo que a título
tos pelo magistrado que se declarou suspeito ou provisório.
impedido;
2.2.3 - Nos termos e atos em geral, a qualificação
VI - O nome do Juiz Substituto, ou destinatário, das pessoas será a mais completa possível, con-
para o qual forem conclusos os autos; tendo o nome por inteiro, o número do RG e do
VII - Cópia da decisão ou pronunciamento judi- CPF, a naturalidade, o estado civil, a profissão
cial no qual o magistrado averbou sua suspeição e o endereço do local do trabalho, a filiação, a
ou impedimento; residência e o domicílio especificados (rua, nú-
mero, bairro, cidade). Nas inquirições, constará,
VIII - A assinatura do escrivão e do magistrado também, a data do nascimento.
que se declarou suspeito ou impedido.
2.2.4 - As assinaturas serão apostas logo em se-
2.1.9.2. - Em nenhuma hipótese o processo, no guida ao encerramento do ato, não se admitindo
qual foi averbada a suspeição ou impedimento, espaços em branco. Os espaços não aproveita-
poderá ficar paralisado além do prazo previsto dos serão inutilizados, preferencialmente, com
no item 2.1.9. traços horizontais ou diagonais.
2.1.10. - Cópias da comunicação referida no item 2.2.4.1 - Em todas as assinaturas colhidas pela
2.1.9 e do respectivo comprovante de envio de- escrivania nos autos e termos, será lançado,
verão ser anexadas aos autos previamente à abaixo, o nome por extenso do signatário.
conclusão para o Juiz Substituto ou destina-
tário. 2.2.4.2 - Em hipótese alguma será permitida a
assinatura de atos ou termos em branco, total ou
2.1.11. - Constitui dever funcional do magistra- parcialmente.
do verificar as providências mencionadas nos
itens 2.1.9.1, inciso VIII, e 2.1.10. 2.2.5 - Os serventuários manterão em local ade-
quado e seguro, devidamente ordenados, os li-
2.1.12. - Não são devidas custas para a expedi- vros e documentos da serventia, respondendo
ção de certidão de antecedentes criminais quan- por sua guarda e conservação.
do requerida para defesa de direitos ou esclare-
cimento de situação de interesse pessoal do res- 2.2.6 - O desaparecimento e a danificação de
pectivo requerente, seja a serventia responsável qualquer livro ou documento serão comunica-
pelo seu fornecimento privada ou estatizada, dos imediatamente ao juiz. A sua restauração
conforme decidido pelo Conselho Nacional de será feita desde logo, sob a supervisão do juiz e
Justiça no Pedido de Providências n. 00000722- à vista dos elementos existentes.
10.2013.2.00.0000. 2.2.7 - Os livros serão abertos e encerrados pelo
2.1.12.1. – Cabe aos Ofícios Distribuidores a ex- serventuário, que rubricará as suas folhas, para
pedição de certidão de antecedentes criminais, isto podendo ser utilizado o processo mecânico,
sem prejuízo de que as Escrivanias emitam cer- previamente aprovado pela Corregedoria-Geral
tidão relacionada aos feitos que nelas tramitam da Justiça.
ou tramitaram. 2.2.8 - - Do termo de abertura constará o núme-
ro de série do livro, a sua finalidade, o número
SEÇÃO 02 de folhas, a declaração de estas estarem rubri-
cadas e a serventia, bem como a data, o nome
ESCRITURAÇÃO E LIVROS
e a assinatura do serventuário, e, ainda, o visto
2.2.1 - Na lavratura dos atos das serventias, se- do juiz.
rão utilizados papéis com fundo inteiramente
2.2.8.1 - Nos livros constituídos pelo sistema de
branco, salvo disposição expressa em contrário.
impressão por computação ou folhas soltas, o
A escrituração dos atos será sempre em ver-
juiz lançará o visto no termo de abertura, inde-
náculo e sem abreviaturas, utilizando-se tinta
pendentemente da apresentação das folhas do
indelével, de cor preta ou azul. Os algarismos
correspondente livro.
serão expressos também por extenso.
2.2.9 - Será lavrado termo de encerramento so-
2.2.2 - Na escrituração, não se admitem entre-
mente por ocasião do término do livro, consig-
linhas, procurando evitarem-se erros datilográ-
nando-se qualquer fato relevante, como folha
ficos, omissões, emendas e rasuras. Caso estes
em branco, certidões de cancelamento de atos,
ocorram, será feita a respectiva ressalva antes
dentre outros.
do encerramento do ato e da aposição das as-
sinaturas. 2.2.10 - Após a lavratura do termo de abertura

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ou de encerramento, o livro deverá ser apresen- V - que envolvam violência doméstica e familiar
tado ao juiz da vara, diretor do fórum ou ao cor- contra a mulher;
regedor do foro extrajudicial, conforme o caso,
VI - em que figure indiciado, acusado, vítima
o qual lançará o seu visto, podendo determinar
ou réu colaborador, vítima ou testemunha que
providências que se fizerem necessárias.
esteja coagida ou exposta a grave ameaça, em
2.2.11 - Considerando-se a natureza dos atos razão de colaborar com a investigação ou pro-
escriturados, os livros poderão ser organizados cesso criminal e protegido pelos programas de
em folhas soltas, datilografadas, impressas por que trata a Lei Federal nº 9.807/1999.
sistema de computação ou por fotocópias, e não 2.3.2.2. - Os feitos que envolvam interesses de
ultrapassarão o número de duzentas (200) fo- crianças e adolescentes em todas as áreas, no-
lhas, numeradas e rubricadas, que deverão ser tadamente os relativos a adolescentes privados
encadernados após seu encerramento. da liberdade, terão tramitação preferencial aos
2.2.12 - - Nas comarcas de juízo único, os livros demais, inclusive de réus presos.
de Arquivo de Portarias poderão ser unificados. 2.3.2.3 - As capas de autuação fornecidas pelo
2.2.13 - Na escrituração dos livros e dos autos é Tribunal de Justiça às Varas de Família e Infân-
proibido o uso de aspas ou outros sinais gráficos cia e Juventude não serão utilizadas nos feitos
na repetição de dados ou palavras. cíveis, cabendo ao juiz coibir seu uso indevido.

2.2.14 - Recomenda-se que os livros de Alista- 2.3.3 – A escrivania certificará de forma legível,
mento de Jurados e Atas de Sessões do Júri se- no anverso de petições e fora do campo da sua
jam formados pelo sistema de folhas soltas. Para margem, bem como nos expedientes que lhe
tanto, poderão ser utilizadas fotocópias, cópias forem entregues, a data e a hora do respectivo
datilografadas ou impressas das atas, que não ingresso em cartório, e disto fornecerá recibo ao
precisam ser autenticadas. Poderá, ainda, ser interessado.
utilizado o sistema de mídia em CD-ROM. De- 2.3.3.1 - A escrivania procederá à conferência
verão observar as exigências desta Seção, naqui- do preenchimento da guia de recolhimento e
lo que for pertinente, ressalvadas as especifica- da regularidade do recolhido a título de Taxa
ções. Judiciária, lançando informação ao juízo (CN,
Modelo 29).
SEÇÃO 03
2.3.3.2 - Igualmente, informará quando for caso
DOS PROCESSOS de isenção.

2.3.1 - Ao receber a petição inicial ou a denún- 2.3.4 - A certidão de recebimento e a numeração


cia, a escrivania deverá registrá-la e autuá-la, das folhas dos autos, com a respectiva rubrica,
atribuindo numeração seqüencial e renovável nunca poderão prejudicar a leitura do conteúdo
anualmente, certificando nos autos. da petição ou do documento. Se necessário, este
será afixado em uma folha em branco, nela sen-
2.3.1.1 - A Numeração Única do Processo deve do lançadas a numeração e a rubrica.
ser anotada no livro de registro da escrivania,
destacando-se na autuação. 2.3.5 - As petições e os demais expedientes (ofí-
cios recebidos, laudos, mandados etc.), inclusive
2.3.2 - As escrivanias utilizarão autuações de precatórias, serão juntadas aos autos, mediante
cores diferentes para as diversas espécies de fei- certidão. Em seguida, se for o caso, os autos irão
tos e tarjas ou etiquetas para assinalar situações conclusos.
especiais, como a intervenção do Ministério Pú-
2.3.5.1 - Ao retornarem cumpridas as precató-
blico ou de curador, o segredo de justiça, a assis-
rias, a escrivania juntará aos autos somente as
tência judiciária, entre outras.
peças essenciais, como o original da carta, o
2.3.2.1 - Serão especialmente destacadas as au- comprovante do seu cumprimento, a conta de
tuações de inquéritos e/ou processos, a fim de custas e eventuais peças e documentos nela en-
que tenham tramitação prioritária: cartados.
I - de adolescente internado; II - de réu preso; 2.3.6 - A conclusão dos autos ao juiz e a vis-
ta ao Ministério Público devem ser efetuadas
III - que envolvam interesses de criança e ado-
diariamente, sem limitação do seu número. Nos
lescente;
respectivos termos, constará de forma legível o
IV - em que, deferida a prioridade, figure como nome do juiz e o do promotor, bem como a data
parte ou interessado: do efetivo encaminhamento dos autos, o mes-
mo ocorrendo quando da sua devolução, sendo
a) pessoa com idade igual ou superior a sessenta
inadmissíveis a conclusão e a vista sem data. As
(60) anos;
assinaturas do magistrado e do promotor tam-
b) pessoa portadora de doença grave; bém deverão ser identificadas.

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2.3.7 - Desentranhada dos autos alguma de suas 2.3.15.1 Tratando-se de servidor estadual apo-
peças, inclusive mandado, em seu lugar será sentado, civil ou militar, o mandado deverá ser
colocada uma folha em branco na qual serão encaminhado ao Paranaprevidência.
certificados o fato e o número das folhas antes
2.3.15.2 - Tratando-se de decisões que envolvam
ocupadas, evitando-se a renumeração.
policiais militares, os mandados devem ser diri-
2.3.7.1 - Nos casos do art. 15 do CPC, antes de gidos ao Quartel do Comando Geral da Polícia
inutilizar as frases ofensivas, deve-se substituir Militar do Estado do Paraná.
o original por cópia e guardá-la em local apro-
priado. Não havendo recurso da decisão ou ha- SEÇÃO 04
vendo e sendo mantida esta, o original voltará
aos autos, sendo então nele riscadas as expres- DOS MANDADOS
sões ofensivas.
2.4.1 - Os mandados poderão ser assinados pelo
2.3.8 - As peças desentranhadas dos autos, en- escrivão, desde que dele conste a observação de
quanto não entregues ao interessado, serão que o faz sob autorização do juiz, com indicação
guardadas em local adequado. Nelas a escriva- do número da respectiva portaria autorizadora.
nia certificará, em lugar visível e sem prejudicar
a leitura do seu conteúdo, o número e a nature- 2.4.2 - - Os mandados para a realização de ato
za do processo de que foram retiradas. no foro extrajudicial serão expedidos direta-
mente ao titular do respectivo ofício, a quem o
2.3.9 - Os autos do processo não excederão de
interessado antecipará os emolumentos, quan-
duzentas (200) folhas em cada volume, salvo
do exigíveis.
determinação judicial expressa em contrário ou
para manter o documento na sua integralidade. 2.4.3 - Na falta de prazo expressamente determi-
O encerramento e a abertura dos volumes serão nado, os mandados deverão ser cumpridos no
certificados em folhas suplementares e sem nu- prazo máximo de quinze (15) dias.
meração. Os novos volumes serão numerados de
forma bem destacada e a sua formação também 2.4.4 - Quando se tratar de intimação para au-
será anotada na autuação do primeiro volume. diência, os mandados serão devolvidos até qua-
renta e oito (48) horas úteis antes da data de-
2.3.10 - Quinze (15) dias, pelo menos, antes da
signada, salvo deliberação judicial em contrário.
audiência, o escrivão examinará o processo a
fim de verificar se todas as providências para a 2.4.5 - No último dia do mês ou com menor fre-
sua realização foram tomadas. Diante de irregu- qüência, se necessário, a escrivania relacionará
laridade ou omissão, deverá ser suprida a falha, ao juiz os mandados não devolvidos dentro do
fazendo- se conclusão dos autos se for o caso. prazo e ainda em poder dos oficiais de justiça
Esta diligência será certificada nos autos. para cumprimento.
2.3.11 - As informações prestadas ao segundo
2.4.6 - “Cópias dos alvarás de soltura e manda-
grau de jurisdição serão redigidas pelo próprio
dos de prisão civil expedidos pelas escrivanias
juiz, devendo ser encaminhadas com a maior
cíveis ou de família deverão ser encaminhadas
brevidade possível.
à Delegacia de Polícia Civil da sede da comarca
2.3.12 - Todos os autos de processo, antes do ar- e à Delegacia de Vigilância e Capturas de Curi-
quivamento, serão remetidos ao contador para tiba.”
o cálculo das custas finais, bem como das recei-
tas devidas ao FUNREJUS, quando for o caso. SEÇÃO 05
2.3.13 - Quaisquer contas ou cálculos somente
CERTIDÕES E OFÍCIOS
serão realizados mediante determinação judi-
cial ou portaria específica que autorize o escri- 2.5.1 - No recinto da serventia, em lugar plena-
vão a remeter os autos ao contador. mente visível pelo público e de modo legível,
2.3.14 - O esboço de partilha somente será reali- será afixado um quadro contendo a tabela vi-
zado mediante determinação judicial ou porta- gente das custas ou emolumentos dos respecti-
ria específica que autorize o escrivão a remeter vos atos, em R$ e VRC, a tabela do FUNREJUS,
os autos ao partidor. a pauta mensal das audiências, a relação das in-
timações enviadas ao Diário da Justiça, o banco
2.3.15 - Para cumprimento das decisões judiciais credenciado para depósitos judiciais, bem como
destinadas a consignação de débito em folha um aviso de que o prazo máximo para a expe-
de pagamento, a escrivania deverá expedir os dição de certidão é de vinte e quatro (24) horas.
mandados contendo as seguintes informações:
nome do credor/beneficiário; RG; CPF; endere- 2.5.1.1 - - A serventia deve manter aviso, em lo-
ço residencial; conta bancária em que deve ser cal visível ao público, de que todo cidadão pode
efetuado o crédito. dirigir-se à Corregedoria-Geral da Justiça - Palá-

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cio da Justiça – Anexo - 10º andar - Centro Cívi- SEÇÃO 06


co - Curitiba - PR - CEP 80.530-912, para formu-
lar reclamação por escrito contra seus serviços, DEPÓSITOS JUDICIAIS
podendo, ainda, para o mesmo fim, dirigir-se ao
juiz diretor do Fórum ou ao juiz corregedor do 2.6.1 - Os valores monetários recolhidos em Juí-
foro extrajudicial. zo deverão ser depositados diretamente pelo
interessado ou pelo escrivão no prazo máximo
2.5.2 - Do pedido de certidão, a serventia for- de 48 (quarenta e oito) horas (art. 190 CPC) em
necerá ao interessado um protocolo, contendo a banco credenciado pelo Tribunal de Justiça do
sua data e a previsão da respectiva entrega. Paraná, conta “Poder Judiciário” com correção
monetária e juros, sempre em nome da parte ou
2.5.3 - Conforme o pedido do interessado e res- interessado e à disposição do Juízo, cuja movi-
salvadas situações especiais, a certidão será la- mentação somente ocorrerá por ordem do Juiz,
vrada em inteiro teor ou por resumo, sempre sendo lançada no livro de Registro de Depósi-
devendo ser autenticada pelo serventuário ou tos.
seu substituto.
2.6.1.1 - - O escrivão deverá informar, no quadro
2.5.4 - Os ofícios, devidamente numerados, se- de avisos da serventia, os bancos credenciados
rão redigidos de forma precisa e objetiva, evi- pelo Tribunal de Justiça do Paraná, autorizados
tando-se a utilização de expressões inúteis. As para o recolhimento dos depósitos judiciais.
suas cópias serão juntadas aos autos e também
arquivadas em local adequado. Será lançada 2.6.1.2 - Existindo posto de serviço do banco
certidão da remessa e, se for o caso, do recebi- credenciado nas dependências do fórum, nele
mento, quando retornar o respectivo compro- serão preferencialmente feitos os depósitos.
vante.
2.6.2 - Antes da conclusão dos autos, a realiza-
2.5.5 - Os ofícios dirigidos a outro juiz, a tribu- ção do depósito será neles certificada, constan-
nal ou às autoridades constituídas, deverão ser do o número de ordem do registro e do respec-
redigidos e sempre serão assinados pelo juiz tivo livro, sendo obrigatória a juntada do com-
remetente. Os dirigidos a outras serventias e a provante de depósito bancário.
pessoas naturais e jurídicas em geral poderão
ser assinados pessoalmente pelo escrivão, com 2.6.3 - Nas execuções fiscais deverá ser obser-
a observação de que o ato é praticado por auto- vado o disposto no art. 32 da Lei nº 6.830, de
rização do juiz, mencionando a respectiva por- 22.09.1980.
taria autorizadora. 2.6.4 - Incumbe ao escrivão manter atualizados
2.5.5.1 - No foro extrajudicial os expedientes se- os cartões de autógrafos dos magistrados no
rão assinados pelo respectivo titular ou substi- banco credenciado, destinado ao recolhimento
tuto. dos depósitos judiciais.

2.5.5.2 - Os ofícios de requisição de força policial 2.6.5 - Tratando-se de depósitos periódicos, as


deverão ser assinados pelo juiz requisitante e quantias serão depositadas na conta já aberta,
entregues, juntamente com o respectivo manda- na forma dos itens 2.6.1 e 2.6.2.
do, ao oficial de justiça que, para cumprimento 2.6.6 - Dos depósitos em nome de menores e ex-
da diligência, deverá agendar o dia, horário e clusivamente em favor deles, constarão a data
local para a realização do ato. do nascimento e a autorização para o levanta-
2.5.5.3 - O ofício para requisição de informações mento independentemente de alvará ou ofício
sobre contribuintes e/ou cópias de documentos tão logo adquirida a capacidade civil, anotando-
arquivados será assinado pelo juiz e remetido se o fato no livro.
diretamente à Receita Federal quando o reque- 2.6.7 - É vedado aos escrivães, sob qualquer
rente for o Ministério Público ou houver deter- pretexto, manter quantia destinada a depósito
minação judicial expressa. Em caso diverso, será judicial em seu poder, em conta bancária pes-
entregue ao advogado da parte solicitante para soal ou da serventia.
que providencie o encaminhamento e o paga-
mento das taxas, quando devidas”. 2.6.8 - O escrivão, ao fazer o depósito em conta
bancária, poderá deduzir o montante das custas
2.5.5.4 - Os Magistrados deverão enviar as in- já contadas, certificando a circunstância nos au-
formações prestadas em sede de agravo de ins- tos, bem como o valor deduzido.
trumento com caráter de urgência e de habeas
corpus com réu preso por carta registrada e 2.6.8.1 - No caso de depósito de valores devi-
também por fac-símile a ser transmitido dire- dos a título de alimentos, o montante das cus-
tamente às secretarias das respectivas Câmaras tas contadas somente poderá ser deduzido se o
com confirmação de recebimento. valor devido a este título compuser o depósito.

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2.6.9 - O levantamento ou a utilização das im- 2.7.1.4 - Os atos processuais somente serão pra-
portâncias depositadas, ressalvado o disposto ticados após a juntada aos autos de uma das
no CN 2.6.5, será efetuado somente por meio vias do comprovante de recolhimento bancário,
de alvará assinado pelo juiz, devendo o levan- salvo na hipótese de concessão de assistência ju-
tamento ser objeto de anotação no registro cons- diciária gratuita.
tante do respectivo livro.
2.7.1.5 - Para efeito do item 2.7.1.4, a serventia
2.6.10 - O alvará de levantamento será feito em apresentará relação de custas e de despesas
papel timbrado com a identificação da serventia cumulativa, evitando a necessidade de recolhi-
e da comarca respectiva, contendo os seguintes mento de valores baixos em guias autônomas.
dados: ordem numérica seqüencial da serven-
2.7.1.6 - Caso a parte não promova a antecipação
tia; prazo de validade estabelecido pelo magis-
das custas ou despesas processuais, nos termos
trado; nome da parte beneficiada pelo levanta-
do item anterior, os autos serão conclusos ao
mento e o dos seus advogados, desde que estes
magistrado, para os fins do art. 257, ou do art.
tenham poderes para receber e dar quitação,
267, § 1º, ambos do Código de Processo Civil.
bem como o número da conta e dos autos e o
valor autorizado. 2.7.1.7 - Enquanto o Tribunal de Justiça não im-
plantar sistema uniformizado de recolhimento
2.6.10.1. - O alvará de autorização deverá con-
de custas e despesas processuais, os escrivães e
ter ordem numérica seqüencial por serventia,
demais servidores, bem como os auxiliares da
renovável anualmente, sendo juntada cópia nos
justiça, deverão abrir conta-corrente exclusiva
autos.
para o recebimento respectivo, com comunica-
2.6.10.2 - Será ele confeccionado logo após o ção à Corregedoria-Geral da Justiça, no prazo
despacho do juiz, de modo que o interessado de 30 (trinta) dias.
já o encontre à sua disposição, lavrando-se reci-
2.7.1.7.1 - Os escrivães e demais servidores e
bo da entrega, com a respectiva data, e registro
auxiliares da justiça apresentarão ao magistra-
no livro próprio.
do em exercício na vara, no primeiro dia útil de
cada mês, extrato atualizado da conta corrente
SEÇÃO 07
mencionada no item 2.7.1.9, em referência ao
mês imediatamente anterior.
RECOLHIMENTO DE CUSTAS E
EMOLUMENTOS 2.7.1.7.2 - Os extratos apresentados, nos termos
do item 2.7.1.7.1, serão compilados em arquivo
2.7.1 - O recolhimento de custas e despesas pro-
próprio da serventia.
cessuais, no âmbito do foro judicial, será realiza-
do obrigatoriamente através de comprovante de 2.7.2 – O escrivão ou o chefe de secretaria, ao
recolhimento bancário. constatar a quitação do boleto bancário de re-
colhimento de custas, deverá gerar o Demons-
2.7.1.1 - No âmbito do foro extrajudicial, do
trativo de Recolhimento de Custas e Despesas
recebimento de emolumentos ou quaisquer va-
Processuais no sistema informatizado, juntan-
lores será fornecido ao interessado recibo dis-
do-o aos autos, no prazo de até 48 horas, cons-
criminado, com os dados previstos no Modelo
tituindo-se como documento comprobatório da
30 deste Código (item 10.1.7, VIII), que especifi-
quitação das custas e despesas processuais a
cará precisamente a que se refere o pagamento,
que se referem.
sendo este ato da responsabilidade pessoal do
agente delegado. 2.7.3 - Nos casos de benefício de assistência ju-
diciária gratuita, autorização legal ou judicial de
2.7.1.2 - Efetuado pagamento de numerário na
não antecipação das custas, o escrivão ou o che-
serventia, destinado a outro serventuário, fun-
fe de secretaria, deverá gerar, no sistema infor-
cionário ou auxiliar da justiça, o responsável
matizado, o Documento de Isenção, juntando-o
pelo ofício ficará obrigado ao repasse das ver-
aos autos no prazo de até 48 horas.
bas, em cumprimento do disposto no art. 12 do
Regimento de Custas (Lei Estadual n° 6.149, de 2.7.4 - Se ocorrer devolução de custas por dei-
09.09.1970). xar de ser realizado o ato previsto, a importân-
cia devida será atualizada monetariamente.
2.7.1.3 - - O comprovante de recolhimento ban-
cário será preenchido pela serventia ou pela 2.7.5 - As custas devidas por antecipação são as
própria parte, nos termos de modelo adotado relativas aos atos do distribuidor, contador e
pelo Tribunal de Justiça. partidor, bem como as relativas aos avaliadores
e oficiais de justiça.
2.7.1.3.1 - - Até o fornecimento do modelo men-
cionado no item 2.7.1.3, o comprovante de re- 2.7.6 – Quanto à titularidade das custas judi-
colhimento bancário será preenchido exclusiva- ciais, nas hipóteses a seguir tratadas, aplicam-se
mente pelas serventias. as seguintes regras:

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I – Quando por motivo de conexão, continência, probatório adotado pelas instituições bancárias.
exceção de incompetência o processo for reme-
2.7.8.5 - Se, por critérios dessas instituições, fal-
tido para outra vara ou comarca, as custas per-
tar autenticação mecânica em uma das partes da
tencem a quem de direito era seu titular na data
guia, a serventia reterá a autenticada e consig-
do efetivo pagamento destas, seja a serventia
nará o recolhimento no corpo do ato praticado.
que as recebeu explorada em regime público ou
privado, sendo repassado ao titular da vara des- 2.7.8.6 - Se for apresentado outro comprovante
tinatária dos autos a importância de 50% (cin- de arrecadação, este deverá estar anexo à guia
quenta por cento) das custas iniciais. As custas pertinente, a qual ficará retida pela serventia,
pendentes, ainda não pagas, passam a ser desti- que também consignará o devido recolhimento
nadas ao titular da vara para a qual o processo no corpo do ato praticado.
foi remetido. Se escrivania privadas ao escrivão
2.7.8.7 - Caberá à serventia fiscalizar o valor
ou titular e, se secretaria ou escrivania estatiza-
quitado e verificar se o comprovante de arreca-
da, ao Fundo da Justiça (FUNJUS).
dação corresponde à guia apresentada, ou seja,
II – Quando na comarca for criada nova vara se o número do documento quitado é igual ao
que absorva a competência de determinadas número de compensação impresso na guia.
ações que necessitem ser remetidas a esta uni-
2.7.8.8 - Os modelos antigos de guia de recolhi-
dade, as custas pertencem a quem de direito era
mento só poderão ser utilizados pelas serven-
seu titular na data do efetivo pagamento destas.
As custas pendentes, ainda não pagas, passam tias do foro judicial nas seguintes hipóteses: a)
a ser destinadas ao Fundo da Justiça (FUNJUS). na prática de atos originários ou dirigidos ao 2º
grau de jurisdição; b) na distribuição via proto-
III – Caso ocorra a estatização de determinada colo integrado; c) em casos de urgência.
escrivania, as custas efetivamente pagas antes
da data da estatização pertencem ao antigo ti- 2.7.8.9 - Cabe aos notários e registradores a
tular. A partir da data de estatização, ao Fundo emissão das guias de recolhimento das receitas
da Justiça (FUNJUS), não ensejando nenhum re- devidas ao FUNREJUS.
passe de ambas as partes. 2.7.8.10 - A guia referente à taxa judiciária em fa-
2.7.6.1 - Em nenhuma hipótese poderá ser co- vor do FUNREJUS será emitida e recolhida pelo
brado da parte valor por esta já pago perante a interessado, consignando os códigos da receita e
outra serventia, pela prática do mesmo ato, bem da unidade arrecadadora.
como não haverá transferência de valores a títu- 2.7.8.11 - A guia de recolhimento das custas pro-
lo de compensação pela remessa dos autos no cessuais e recursais em favor do FUNREJUS, de-
caso de custas pendentes ainda não pagas. correntes da aplicação Lei 9.099, de 26.09.1995,
2.7.7 - Os escrivães, notários e registradores será preenchida e recolhida pelo responsável
encaminharão mensalmente ao juiz diretor do pela secretaria dos juizados especiais.
Fórum relatório de suas atividades, em três (03) 2.7.8.12 - Quando não for devido o recolhimento
vias. em favor do FUNREJUS, o fato será consignado
2.7.8 - Os juízes de direito e substitutos exerce- no corpo do ato ou certificado nos autos do pro-
rão permanente fiscalização quanto ao recolhi- cesso, conforme o caso.
mento das receitas devidas ao FUNREJUS, nos 2.7.9 - O requerimento de assistência judiciá-
termos do art. 39 do Dec. Judiciário n° 153/99. ria gratuita será deferido se acompanhado da
2.7.8.1 - - - - As receitas do FUNREJUS são afirmação, na própria petição inicial ou em de-
arrecadadas somente por meio de guia de reco- claração autônoma, de que a parte não está em
lhimento, representada por um título de com- condições de pagar as custas do processo e os
pensação bancária, dividido em três partes: a 1ª honorários de advogado, sem prejuízo próprio
pertencente ao interessado, a 2ª ao processo ou à ou de suas família.
unidade arrecadadora e a 3ª ao banco. 2.7.9.1 - - Ausente impugnação da parte con-
2.7.8.2 - A guia, distribuída às unidades arreca- trária, e existindo elementos que contrariem a
dadoras, é gratuita e deve ser solicitada ao cen- afirmação mencionada no item 2.7.9m poderá o
tro de apoio administrativo do FUNREJUS. magistrado, sem suspensão do feito e em autos
apartados, exigir a apresentação de documentos
2.7.8.3 - A guia poderá ser quitada em qualquer
ou outros meios de prova para corroborá-la.
instituição bancária do território nacional ou
por outros meios de arrecadação autorizados 2.7.9.2 - O magistrado sempre estabelecerá o
pelo Banco Central. contraditório antes de decidir o incidente.
2.7.8.4 - Para efeitos de quitação, será considera- 2.7.9.3 - O escrivão poderá apresentar ao magis-
da a autenticação mecânica ou o extrato de pa- trado elementos de convicção para os fins pre-
gamento, bem como qualquer outro meio com- vistos no item 2.7.9.1.

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2.7.9.3.1 - Instruído o incidente, proferirá o jul- perito e assistentes técnicos).


gador sentença, mantendo ou revogando o be-
2.8.3.2 - Expedir-se-á carta precatória no caso
nefício anteriormente concedido.
do não-comparecimento da testemunha devi-
damente intimada, excluída a aplicação dos art.
SEÇÃO 08
218 e 219 do CPP e art. 412 do CPC.
CITAÇÕES E INTIMAÇÕES 2.8.4 - Para a realização de estudo social ou psi-
cológico nos feitos da infância e juventude e da
2.8.1 - As citações e intimações, de partes ou tes-
família, os técnicos do Poder Judiciário dos Es-
temunhas, com endereço certo e servido pela
tados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos -
e Santa Catarina podem atuar em qualquer local
EBCT, serão cumpridas, em regra, por via pos-
da comarca contígua.
tal, com AR.
2.8.4.1 - Na execução das medidas sócio-educa-
2.8.1.1 - Não se aplica a citação pelo correio nas
tivas em que não haja internação, expedir-se-á
hipóteses previstas pelo art. 222 do CPC.
carta precatória, com delegação de poderes,
2.8.1.2 - Fica a critério do juiz a adoção da sis- para execução da medida na localidade da resi-
temática de citações e intimações via postal no dência do adolescente, de forma a manter seus
processo criminal, por se tratar de forma auxi- vínculos com a família e comunidade.
liar. 2.8.4.2 - Nos feitos de natureza penal, os ofi-
2.8.1.3 - No cumprimento de cartas precatórias ciais de justiça do Poder Judiciário do Paraná,
criminais recomenda-se que não seja utilizada São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina,
a via postal para as citações e intimações, mas, desde que munidos de identidade funcional, fi-
sim, as formas permitidas no Código de Proces- cam autorizados a cumprir mandados de cita-
so Penal. ção e intimação em qualquer ponto das comar-
cas contíguas.
2.8.1.4 - Reputam-se realizadas as citações e in-
timações com a entrega da correspondência no 2.8.4.3 - A prestação de serviços à comunidade
endereço. (art. 46 do CP) e a limitação de fim de semana
(art. 48 do CP), aplicadas como pena ou como
2.8.2 - As citações e intimações serão cumpridas condição do regime aberto (art. 115 da LEP), da
por oficial de justiça quando: suspensão condicional da pena (art. 78 do CP),
I - assim determinar o juiz, de ofício ou a reque- do livramento condicional (art. 718, combinado
rimento da parte; com o art. 698, § 2º, II, do CPP), serão cumpri-
das, sempre que possível, no local da residência
II - o endereço do destinatário não for definido do agente, mediante a remessa de carta de guia
ou alcançado pelos serviços da Empresa Brasi- ou dos autos do processo de execução.
leira de Correios e Telégrafos - EBCT;
2.8.4.4 - O juízo, nos Estados do Paraná, Mato
II - for devolvida a correspondência, por impos- Grosso do Sul e Santa Catarina, independente-
sibilidade de entrega ao destinatário; mente da expedição de carta precatória, poderá
IV - descouber a declaração dos efeitos da re- fiscalizar, no território da comarca vizinha, o
velia pelo não-comparecimento do citando, por cumprimento das condições estabelecidas em
não se configurar qualquer das hipóteses em suspensão condicional do processo ou transa-
que a lei autoriza a citação postal; ção criminal, valendo-se dos mecanismos de fis-
calização ali existentes.
V - a testemunha não comparecer ao ato para o
qual foi intimada. 2.8.5 - No período de férias coletivas, todas as
intimações aos advogados serão feitas pessoal-
2.8.3 - Frustrada a citação ou a intimação pelo mente.
correio, dispensa-se a expedição de precatória,
desde que o juiz autorize o oficial de justiça a 2.8.5.1 - No período compreendido entre 21 e 31
praticar o ato nas comarcas limítrofes. de dezembro fica suspensa a publicação de sen-
tenças e de despachos, bem como a intimação
2.8.3.1 - Tendo em vista que o art. 230 do CPC das partes em primeira e segunda instâncias,
dispensa a carta precatória, exceto quando se exceto com relação às medidas consideradas
tratar de medida constritiva, os oficiais de justi- urgentes e às ações penais envolvendo réus pre-
ça do Poder Judiciário dos Estados do Paraná, sos, nos processos vinculados a essa prisão.
São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina,
2.8.6 - - O defensor público será intimado pes-
portando identidade funcional, podem ingres-
soalmente de todos os atos dos processos, con-
sar no território da respectiva comarca vizinha,
tando-se em dobro todos os prazos.
independentemente do critério de proximidade,
para efetuar citações, mesmo com hora certa, e 2.8.7 - - O Procurador da Fazenda Pública deve-
intimações (depoimento pessoal, testemunhas, rá ser intimado pessoalmente.

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2.8.7.1 - Nos processos em que atuem em razão 2.9.4 - O credor poderá renunciar ao valor exce-
das atribuições de seus cargos, os ocupantes dos dente, para optar pelo pagamento da obrigação
cargos das carreiras de Procurador Federal e de na forma de RPV (Requisição de Pequeno Va-
Procurador do Banco Central do Brasil serão in- lor), nos termos do art. 87, parágrafo único do
timados e notificados pessoalmente ADCT.
2.8.8 - - - Tratando-se de processos de interesse 2.9.5 - Compete ao juízo requisitante decidir as
da União, as intimações deverão recair na pes- questões jurisdicionais pertinentes à execução,
soa do Procurador-Chefe da União no Estado inclusive quanto à necessidade de individuali-
do Paraná, remetidas à Avenida Munhoz da zação dos créditos pertencentes a cada credor,
Rocha, 1247, Cabral, Curitiba, CEP 80.035-000, quando facultativo o litisconsórcio, para fins de
nos termos do Of. Circular nº 194/02. RPV (Requisição de Pequeno Valor) ou de pre-
2.8.9 - Nos processos de usucapião de imóvel catório.
rural deverá ser observado o item CN 5.4.6., in- 2.9.6 - As requisições de pagamento expedidas,
timando-se, da sentença, o INCRA para fins de mediante precatórios, serão dirigidas ao Pre-
cadastramento na forma do § 5° do art. 22 da sidente do Tribunal pelo juiz da execução, de-
Lei n° 4.947, de 06.04.1966. vendo constar no ofício requisitório a natureza
do crédito (comum ou alimentar), o valor da
SEÇÃO 09 obrigação e a indicação da pessoa ou pessoas a
quem deva ser pago.
PRECATÓRIO REQUISITÓRIO
2.9.1 - O juízo da execução requisitará o paga- 2.9.7 - Os precatórios serão acompanhados obri-
mento das importâncias devidas pela Fazenda gatoriamente das seguintes peças, fotocopiadas
Pública Estadual ou Municipal em virtude de e devidamente autenticadas, além de outras
sentenças judiciais transitadas em julgado, ao consideradas essenciais à sua instrução (art. 276
Presidente do Tribunal de Justiça, mediante RITJ/PR):
precatórios. I - decisão condenatória e acórdão (ou decisão
2.9.1.1 - Nas causas processadas e julgadas na monocrática) que tenha sido proferido em grau
justiça estadual, por força de competência dele- de recurso ou em sede de reexame necessário;
gada pelo art. 109, § 3º, da Constituição Federal, II - certidão de trânsito em julgado da conde-
os precatórios e as RPV (requisições de pequeno nação;
valor) destinados ao Tribunal Regional Federal
da 4ª Região obedecerão as regras por este deli- III - certidão da citação da Fazenda Pública para
neadas. opor embargos à execução (art. 730 do CPC);
2.9.2 - Nos débitos de pequeno valor, o juízo da IV - certidão do decurso do prazo legal para
execução deverá requisitar diretamente ao ente oposição de embargos, ou, no caso de sua opo-
devedor o pagamento da obrigação pecuniária, sição, cópia da sentença, dos acórdãos prolata-
mediante RPV (Requisição de Pequeno Valor). dos e da certidão de trânsito em julgado destas
2.9.2.1 - Reputam-se de pequeno valor as obri- decisões;
gações iguais ou inferiores a: V - cálculo do valor executado;
I - 40 (quarenta) salários mínimos, perante a VI - certidão de intimação do representante do
Fazenda Estadual, nos termos da Lei Estadual Ministério Público acerca dos cálculos;
n° 12.601, de 28 de junho de 1999, e do Decreto
Estadual n° 846, de 14 de março de 2003, art. 1º; VII - decisão sobre este cálculo e o acórdão no
caso de ter havido recurso;
II - 30 (trinta) salários mínimos, perante a Fazen-
da Municipal, se não houver Lei Municipal que VIII - decisão que determinou a expedição do
estabeleça valor diverso, nos termos do art. 87 precatório requisitório;
do Ato das Disposições Constitucionais Transi-
tórias (CF). IX - certidão de que a decisão que homologou o
cálculo e a que expediu o precatório requisitório
2.9.3 - Compete também ao juízo da execução restaram preclusas;
requisitar ao Presidente do Tribunal de Justiça
o pagamento das importâncias devidas pelo X - cópia da manifestação da Fazenda Pública
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nas ou da certidão do decurso do prazo legal para
causas relativas a acidente de trabalho. este fim, no caso de haver custas e despesas
acrescidas após a homologação do cálculo ou da
2.9.3.1 - Adota-se, para os fins de RPV (Requisi- expedição do precatório;
ção de Pequeno Valor), o limite de 60 (sessenta)
salários mínimos, nos termos da Lei Federal n° XI - cópia da procuração outorgada ao advoga-
10.259, de 12 de julho de 2001, art. 17, § 1º. do da parte exeqüente.

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2.9.7.1 - As partes serão cientificadas do teor do 2.9.15.1 - Não tendo ocorrido a preclusão, a es-
ofício requisitório, quando forem intimadas da crivania/secretaria dará informação, no mesmo
decisão que determinou a expedição do preca- ofício, da interposição de recurso nos autos de
tório requisitório. execução.
2.9.7.2 - A escrivania/secretaria deverá certifi- 2.9.16 - O repasse do valor será efetuado por
car nos autos de origem o trânsito em julgado meio de depósito à disposição do juízo da exe-
das decisões mencionadas nos incisos I, IV, VII cução.
e VIII do item anterior, juntando cópia autenti-
cada ao ofício requisitório, com as demais peças 2.9.17 - Pago o precatório, comunicará o juízo
supramencionadas. ao Tribunal, juntando cópia da sentença que ex-
tinguiu o processo de execução e da certidão de
2.9.8 - Protocolado, autuado, prenotado em livro seu trânsito em julgado.
próprio e informado pelo Departamento Econô-
mico e Financeiro, o precatório será encaminhado 2.9.18 - Quando devido o pagamento pela Fa-
ao Gabinete da Presidência para exame do cum- zenda Pública Municipal, o juízo originário de-
primento dos requisitos exigidos no item 2.9.7. terminará o encaminhamento, ao Departamento
Econômico e Financeiro, de certidão de quitação
2.9.9- Não satisfeitas as exigências previstas no para a devida baixa do débito respectivo.
respectivo item ou aquelas que se fizerem ne-
cessárias, o Presidente determinará que sejam 2.9.19 - No juízo de origem, o pagamento pode-
supridas. rá ser feito à credor representado por procura-
dor que assim requerer nos autos da execução,
2.9.10 - Estando devidamente formalizado, o determinando-se, neste caso, a apresentação de
Presidente julgará o pedido de requisição.
procuração atualizada com poderes para dar e
2.9.11 - A escrivania/secretaria dará pronto receber quitação.
atendimento às providências solicitadas para
2.9.20 - As escrivanias/secretarias, quando do
complementação das peças do precatório, en-
pagamento de precatórios judiciais, reterão e
caminhando-as ao Departamento Econômico e
recolherão as quantias correspondentes ao im-
Financeiro , ou em menor lapso a ser assinalado
posto de renda e à contribuição previdenciária,
pelo Presidente do Tribunal de Justiça.
quando devidas.
2.9.11.1 - Havendo necessidade de intimação
das partes, de novo pronunciamento do juízo SEÇÃO 10
da execução ou da realização de outras diligên-
cias para o deferimento da requisição de paga- COBRANÇA DE AUTOS
mento, dará a Vara de origem conhecimento ao
2.10.1 - O escrivão deve manter controle sobre
Tribunal, encaminhando ofício, no prazo referi-
o cumprimento do prazo de carga de autos
do no item anterior (15 dias), ao Departamento
aos advogados, sendo recomendável regular
Econômico e Financeiro.
cobrança mensal por meio de intimação pelo
2.9.12 - A falta de atendimento dos prazos Diário da Justiça.
fixados nos itens anteriores será comu-
nicada à Corregedoria-Geral da Justiça, que 2.10.2 - Ao receber petição de cobrança de autos,
fiscalizará o seu cumprimento nas correições e a escrivania nela lançará pormenorizada certi-
inspeções que realizar. dão a respeito da situação do processo. Haven-
do a impossibilidade de se efetuar a juntada de
2.9.13 - Ressalvados os casos de atendimento petição por indevida retenção de autos, a certi-
das providências suprarreferidas, nenhum pre- dão pormenorizada será lançada em folha ane-
catório ficará retido na Vara de origem, devendo xa à petição.
ser os autos restituídos ao Departamento Eco-
nômico e Financeiro, quando baixado à origem 2.10.2.1 - Em ambos os casos, o escrivão intima-
para complementação de suas peças. rá, via Diário da Justiça ou pessoalmente, o ad-
vogado para proceder à devolução em vinte e
2.9.14 - Quaisquer alterações no valor da execu- quatro (24) horas, sob as penas do art. 196 do
ção, na titularidade do crédito, na natureza do CPC.
precatório, assim como os pedidos de homolo-
gação de cessão de crédito, devem ser julgados 2.10.2.2 - No caso de não atendimento neste pra-
pelo juízo da execução. zo, o escrivão poderá fazer a cobrança via tele-
fone, a fim de que os autos sejam entregues em
2.9.15 - A fim de dar conhecimento das decisões
novo prazo de vinte e quatro (24) horas.
proferidas no processo de execução, a escriva-
nia/secretaria remeterá ofício ao Departamento 2.10.2.3 - Estas providências serão certificadas
Econômico e Financeiro, com cópia das decisões na petição ou folha anexa e, não sendo atendi-
referidas no item anterior e da certidão do decur- das, o escrivão as apresentará ao juiz, para as
so do prazo legal para interposição de recurso. providências contidas no art. 196 do CPC.

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2.10.3 - Na hipótese prevista no item anterior o V - o encerramento com a assinatura do juiz.


juiz adotará as seguintes providências:
2.11.1.1 - O juiz mandará trasladar as peças ne-
I - despachará para que seja autuada como in- cessárias ou juntar cópias reprográficas auten-
cidente de “Cobrança de Autos”, não havendo ticadas, bem como instruir a carta, com mapa,
necessidade de registro; desenho ou gráfico, sempre que estes documen-
tos devam ser examinados, na diligência, pelas
II - determinará a expedição de ofício à OAB,
partes, peritos ou testemunhas.
subseção local, comunicando que o advogado
ou advogados relacionados na certidão, embo- 2.11.2 - Quando o objeto da carta for exame pe-
ra intimados, não devolveram os autos, para o ricial sobre documento, este será remetido em
fim de instauração de procedimento disciplinar original, ficando nos autos cópia reprográfica.
e imposição de multa.
2.11.3 - Em todas as cartas declarará o juiz o pra-
2.10.3.1 - Persistindo a retenção dos autos, o juiz zo dentro do qual deverão ser cumpridas, aten-
poderá determinar a expedição de mandado de dendo à facilidade das comunicações e à nature-
busca e apreensão. za da diligência.
2.10.3.2 - Se o juiz entender inadequada essa 2.11.4 - Os documentos indispensáveis ao cum-
providência, ao invés de determinar a expedi- primento das cartas rogatórias pelos juízos ro-
ção de mandado de busca e apreensão deter- gados são:
minará a expedição de mandado de exibição e
entrega dos autos, com a advertência da possi- I - original e uma cópia, em português, da carta
bilidade de caracterizar-se o crime de sonegação rogatória e dos documentos julgados indispen-
de autos. sáveis pelo juízo rogante;

2.10.4 - Poderá o juiz determinar, ainda, que: II - original e uma cópia da tradução da carta
rogatória e dos documentos julgados indispen-
I - no retorno dos autos certifique o escrivão que sáveis pelo juízo rogante, para o vernáculo do
o advogado perdeu o direito de vista dos autos país rogado;
fora de cartório;
III - original e uma cópia da denúncia em por-
II - como derradeira providência, no caso da não tuguês;
devolução, poderá determinar a remessa de pe-
ças ao Ministério Público para oferecimento de IV - original e uma cópia da tradução e da de-
denúncia contra o advogado pelo crime de so- núncia, para o idioma do país destinatário.
negação de autos, conforme art. 356 do CP.
2.11.5 - De todas as cartas rogatórias devem
2.10.5 - Na devolução dos autos, a escrivania, constar os seguintes elementos informativos:
depois de seu minucioso exame, certificará a
I - nome e endereço completo da pessoa a ser ci-
data e o nome de quem os retirou e devolveu.
tada, notificada, intimada ou inquirida no juízo
Diante da constatação ou suspeita de alguma
rogado;
irregularidade, o fato será pormenorizadamen-
te certificado, fazendo-se conclusão imediata. II - nome e endereço completos da pessoa res-
ponsável, no destino, pelo pagamento das des-
SEÇÃO 11 pesas processuais, decorrentes do cumprimento
da carta rogatória no país destinatário;
CARTAS ROGATÓRIAS III - designação de audiência com antecedên-
cia mínima de 240 (duzentos e quarenta) dias,
2.11.1 - São requisitos essenciais da carta rogató- a contar da expedição da carta rogatória, pelo
ria, além daqueles previstos no art. 202 do CPC, juízo rogante.
o nome da pessoa responsável, no país de des-
tino, pelo pagamento das despesas processuais: 2.11.6 - Nas cartas rogatórias para inquirição é
indispensável que as perguntas sejam formula-
I - a indicação dos juízos de origem e de cumpri- das pelo juízo rogante - original em português,
mento do ato; com uma cópia, e tradução para o idioma do
II - o inteiro teor da petição, do despacho judi- país rogado, com uma cópia.
cial e do instrumento do mandato conferido ao
2.11.7 - Inexiste mecanismo de reembolso de pa-
advogado;
gamento de custas às embaixadas e aos consula-
III - a menção do ato processual, que lhe consti- dos do Brasil no exterior.
tui o objeto;
2.11.8 - Antes de expedir cartas rogatórias que
IV - a nome da pessoa responsável, no país de tenham por objeto o cumprimento de medidas
destino, pelo pagamento das despesas proces- de caráter executório, deverá ser consultado se
suais; a justiça do país rogado concederá o .

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2.11.9 - No caso de o interessado no cumprimen- bela I do Regimento de Custas, no equivalente


to da carta rogatória ser beneficiário da justiça a 4% (quatro por cento) sobre o valor da causa.
gratuita, deve sempre constar que o feito corre
2.12.4.1 - Nas ações rescisórias deverá, ainda, ser
pela assistência judiciária, dispensado o requisi-
apresentado comprovante de depósito em conta
to do inciso IV, do item 2.11.1, deste CN.
vinculada ao Poder Judiciário, no equivalente a
5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, a
SEÇÃO 12
título de multa, caso a ação seja, por unanimida-
de de votos, declarada inadmissível ou impro-
PREPARO DE RECURSO
cedente (art. 488, II, do CPC), exceto à União,
2.12.1 - O preparo de recurso poderá ser feito ao Estado, ao Município e o Ministério Público.
pelo próprio recorrente ou seu advogado,
2.12.4.2 - Os recolhimentos previstos nos incisos
nos termos do art. 525, § 1º, do CPC, reprodu-
IV e V do item 2.12.4 constituem receitas de-
zindo, por qualquer meio, o modelo de guia, em
vidas ao FUNREJUS. No caso de utilização do
cinco (05) vias.
Protocolo Judicial Integrado, implantado pela
2.12.2 - O valor devido a título de “Atos do Tri- Resolução nº 04/98, o recorrente deverá apresen-
bunal de Justiça e de Alçada” é o previsto no tar, juntamente com a petição, cheque nominal
item I, da Tabela I, do Regimento de Custas. ou comprovante de depósito em conta corrente,
2.12.3 - O valor correspondente ao porte de re- destinado ao pagamento do porte de remessa.
messa, devido nas comarcas do interior, quando 2.12.5 - As custas processuais previstas no item
se tratar de recurso de apelação, será pago di- XX, letras “a” e “b”, da tabela IX, do Regimento
retamente ao escrivão, nos mesmos valores do de Custas, devidas a título de “Atos dos Escri-
porte de retorno, obedecendo à tabela específica vães do Cível, Família e da Fazenda”, somente
da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - devem ser recolhidas simultaneamente com a
EBCT, devendo ser certificado o pagamento e o interposição do recurso ou da exceção quando
montante recebido, antes da remessa dos autos estes tramitarem e tiverem de merecer solução
ao Tribunal competente. em primeiro grau de jurisdição.
2.12.3.1 - No Foro Central da Comarca da Re- 2.12.5.1 - Nos demais casos, em que o recurso é
gião Metropolitana de Curitiba não haverá co- direcionado ao segundo grau de jurisdição, as
brança de porte de remessa e de retorno. custas processuais referidas no CN 2.12.5 de-
2.12.4 - Tendo em vista a possibilidade de a par- vem ser contadas e preparadas ao final, sendo
te ingressar com ação originária dirigida ao Tri- vedada sua cobrança simultânea com o preparo
bunal de Justiça por meio do Protocolo Judicial das custas recursais.
Integrado e a necessidade de comprovar o pre-
SEÇÃO 13
paro antecipado no ato de interposição da ação
originária, devem ser observadas as seguintes
INTIMAÇÕES PELO DIÁRIO DA JUSTIÇA
orientações:
2.13.1 - A intimação dos atos judiciais e admi-
I - a própria parte ou seu advogado poderá, por
nistrativos próprios do Tribunal de Justiça do
qualquer meio, reproduzir o modelo da guia,
Paraná e dos órgãos a ele subordinados, bem
em 05 (cinco) vias;
como as comunicações em geral por eles expe-
II - o preparo deverá ser efetuado nos Bancos didas, serão feitas mediante publicação no Diá-
oficiais - Banco do Brasil, Caixa Econômica Fe- rio da Justiça Eletrônico, disponível no endereço
deral e Banco Itaú -, mediante , que conterá os http://www.tjpr.jus.br para consulta.
seguintes dados: ação originária, nome das par-
2.13.1.1 - A veiculação será diária, de segunda a
tes, Tribunal competente, número da respec-
sexta-feira, a partir das oito horas (08h00min),
tiva conta corrente, total a ser recolhido e data.
exceto nos feriados nacionais, estaduais e do
III - os e são isentos de custas, conforme pre- Município de Curitiba, bem como nos dias em
coniza o art. 5º, inc. LXXVII, da Constituição Fe- que mediante divulgação, não houver expe-
deral; diente.
IV - nos Mandados de Segurança, Reclamações, 2.13.2 - A publicação eletrônica, na forma esta-
Correições Parciais e Conflitos de Competência, belecida pela Resolução nº 08/2008, substituirá
deve ser recolhido o valor devido a título de qualquer outro meio de publicação oficial, para
“Atos do Tribunal de Justiça e de Alçada”, pre- quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos
visto nos itens II e III da Tabela I do Regimento que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal.
de Custas;
2.13.2.1 - Os editais serão veiculados gratuita-
V - nas Ações Rescisórias deve ser recolhido o mente, sem prejuízo da publicação pela impren-
valor devido a título de “Atos do Tribunal de sa local, quando exigido pela legislação proces-
Justiça e de Alçada”, previsto no item IV da Ta- sual.

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2.13.2.2 - No caso do item anterior, o prazo será IV - o nome dos advogados das partes;
contado com base na publicação impressa, obe-
2.13.7.1 - Deve constar o nome completo das
decendo-se às respectivas normas processuais.
partes e dos advogados e Procuradores Fede-
2.13.3 - Considerar-se-á como data da publica- rais, Estaduais e Municipais, de acordo com a
ção o primeiro dia útil seguinte ao da disponi- Delegação de Poderes, não sendo admitidas
bilização da informação na internet, conside- abreviaturas ou supressões.
rando-se esta a data expressamente indicada na
2.13.7.2 - A omissão do nome do advogado no
versão eletrônica do Diário da Justiça.
índice nominal, a que alude o inciso I do CN
2.13.3.1 - Os prazos processuais para o Tribu-
2.13.7 , ou a falta de observância do item 2.13.7.1,
nal de Justiça e todas as comarcas terão início
ensejará republicação.
no primeiro dia útil que seguir ao considerado
como data da publicação. 2.13.7.3 - Se houver mais de uma pessoa no pólo
ativo ou no pólo passivo, será mencionado o
2.13.4 - Apenas as matérias encaminhadas por
nome da primeira, acrescido da expressão “e
intermédio do sistema serão aceitas para publi-
outro(s)”.
cação.
2.13.7.4 - Com o ingresso de outrem no proces-
2.13.4.1 - É obrigatória a utilização dos padrões de
so, como no caso de litisconsórcio ulterior, as-
formatação contidos no sistema informatizado.
sistência ou intervenção de terceiros, somente
2.13.4.2 - O conteúdo da matéria a ser publicada será mencionado o nome da primeira pessoa,
é de responsabilidade exclusiva de quem a re- em cada uma das hipóteses, com o acréscimo da
digiu e não será revisada pelo Centro de Docu- mesma expressão, sendo o caso.
mentação do Tribunal de Justiça.
2.13.7.5 - Em inventários e arrolamentos, assim
2.13.4.3 - Eventuais retificações - erros ou omis- como em falências e insolvência civil decreta-
sões de elementos indispensáveis na publicação das, não se fará menção ao nome de quem tenha
- deverão constar de nova publicação, indepen- iniciado o processo.
dentemente de decisão judicial ou de reclama-
2.13.7.6 - Não havendo parte contrária, bastará a
ção da parte.
menção ao nome do(s) requerente(s), evitando-
2.13.5 - Está dispensada a juntada, aos autos do se a alusão a “juízo”.
processo, de cópia impressa dos atos veiculados
2.13.7.7 - Constará sempre da publicação o nome
pelo Diário da Justiça Eletrônico, devendo a es-
de um único advogado, ainda que a parte tenha
crivania, secretaria ou órgão exarar, obrigatoria-
constituído mais de um:
mente, certidão nos autos contendo:
I - havendo mais de um procurador constituído,
I - a data da veiculação da matéria no Diário da
constará da publicação o nome do primeiro que
Justiça;
tenha subscrito a petição inicial, a contestação
II - a data considerada como sendo a publicação; ou a primeira intervenção nos autos, ou, ainda,
o nome do primeiro advogado relacionado na
III - a data do início do prazo para a prática do
procuração, caso nenhuma daquelas hipóteses
ato processual;
tenha ocorrido;
IV - o local e a data em que a certidão é expe-
II - no caso anterior, havendo requerimento de-
dida, a assinatura, a identificação do nome e o
ferido pelo juiz, poderá constar da publicação o
cargo do responsável pela sua elaboração.
nome daquele que for indicado;
2.13.6 - O juiz providenciará para que, nos pro-
III - ambos os procuradores serão intimados
cessos submetidos ao segredo de justiça, as
quando houver substabelecimento com reserva
eventuais intimações pelo Diário da Justiça não
de poderes para advogado com banca em outra
o violem, indicando a natureza da ação, número
comarca;
dos autos e tão-somente as iniciais das partes,
mas com o nome completo do advogado. IV - se os litisconsortes tiverem procuradores
diferentes, constará da publicação o nome do
2.13.7 - Nos atos judiciais, necessariamente con-
advogado de cada um deles.
terão:
2.13.7.8- Da publicação somente constará o
I - índice nominal, em ordem alfabética, do
nome do advogado da parte a que tenha perti-
nome dos advogados intimados;
nência a intimação.
II - a natureza do processo, o número dos autos,
2.13.9 - Os despachos, decisões e sentenças cons-
o nome das partes;
tarão das relações de intimações com o máximo
III - o conteúdo daquilo que, de forma precisa, de precisão, de forma a se evitarem ambigüida-
deva ser dado conhecimento aos advogados das des ou omissões, assim como referências dispen-
partes; sáveis, tais como “publique-se” ou “intime-se”.

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2.13.10 - Quando se tratar de despacho, consta- cendo-se recibo discriminado dos emolumentos
rá, de maneira objetiva, o conteúdo daquilo a ou custas recebidos, com especificação dos ser-
que se refere o juiz, bem como a parte à qual viços prestados.
ele se dirige. Assim, embora do despacho cons-
te, por exemplo, “diga a parte contrária”, a pu- SEÇÃO 16
blicação conterá a parte à qual é pertinente e o
ato ou peça processual a que tal despacho está CARTAS PRECATÓRIAS
fazendo alusão.
2.16.1 - Recebidas cartas precatórias, após o des-
2.13.11 - Na intimação para pagamento ou de-
pacho inicial e independentemente de determi-
pósito de certa quantia, preparo de conta ou
nação judicial, a escrivania oficiará ao juízo de-
mera ciência de cálculo ou conta, sempre haverá
precante, comunicando o número de autuação e
expressa referência ao seu montante.
outros dados importantes para o cumprimento
2.13.12 - No despacho de conteúdo múltiplo, do ato, como por exemplo a data de audiência
que exija a pré-realização de certo ato de compe- designada, a expedição de mandados, etc.
tência de serventuário ou oficial de justiça, de-
2.16.2 - Uma vez ao ano, entre os dias 05 e 20
ve-se fazer a intimação dos advogados somente
de janeiro, a escrivania efetuará levantamento
depois da concretização desse ato, para que se
de todas as cartas precatórias em andamento há
obtenha o máximo de utilidade da publicação.
período superior a 60 dias e oficiará aos juízos
2.13.13 - Não haverá publicação de despachos deprecantes comunicando a fase em que se en-
quanto ao que não diga respeito à parte. contram.
2.13.14 - As decisões e sentenças serão publica- 2.16.3 - Quando, em relação às cartas precatórias
das somente na sua parte dispositiva, suprimin- expedidas pelo juízo, não estiverem sendo res-
do-se relatório, fundamentação, data, nome do pondidos ofícios versando acerca de informa-
prolator e expressões dispensáveis. ções sobre o cumprimento do ato junto ao juízo
2.13.15 - As homologações e a simples extinção deprecado, a escrivania deverá estabelecer con-
do processo dispensam sua integral transcrição, tato telefônico com o titular da respectiva ser-
devendo fazer-se, tão-somente, concisa menção ventia com a finalidade de obter as informações
ao fato. diretamente, de tudo certificando nos autos.
2.16.4 - A intervenção da Corregedoria-Geral na
SEÇÃO 14 Justiça com o intuito da obtenção de informa-
ções sobre o cumprimento de atos deprecados
CENTRAL DE CERTIDÕES somente poderá ser solicitada se instruída com
2.14.1 - Ficam autorizadas as serventias do foro certidão da escrivania de que atendeu ao dis-
judicial e extrajudicial a firmar convênios com posto no item 2.16.3.
as respectivas entidades de sua classe, a fim de 2.16.5 - Nas cartas precatórias deverá constar,
fornecer suas certidões em um único local, sujei- obrigatoriamente, o endereço eletrônico oficial
tando-se o seu funcionamento à fiscalização da do Escrivão da comarca deprecante para even-
Corregedoria e prévio assentimento do Corre- tuais comunicações, solicitações de informações
gedor, verificada a conveniência e oportunidade ou peças processuais.
da medida.
2.16.6 - As comunicações ou solicitações, pre-
2.14.2 - Este estabelecimento deverá estar situa-
vistas nos itens anteriores, deverão ser feitas,
do em local de fácil acesso a toda a população
preferencialmente, pelo Sistema Mensagei-
da comarca, proporcionando ao jurisdicionado
ro, observadas as disposições da Resolução
um atendimento urbano e eficiente.
nº 01/2008, do Órgão Especial, do Tribunal de
2.14.3 - As entidades de classe que mantiverem Justiça do Estado do Paraná, de 22 de fevereiro
em funcionamento este serviço, em nenhuma de 2008.
hipótese poderão exceder os valores previstos
na tabela de custas, sob pena de ser cancelada SEÇÃO 17
a autorização.
2.14.4 - Na prestação deste serviço deverá ser SISTEMA AVANÇADO DE CADASTRO
respeitado o Código de Defesa do Consumidor, PROCESSUAL
sendo expressamente proibido, sob pena de 2.17.1 - O Sistema Avançado de Cadastro Pro-
processo administrativo e cancelamento da au-
cessual objetiva o controle rigoroso das movi-
torização, a venda casada de certidões, ou qual-
mentações processuais e a fiscalização instantâ-
quer outra prática abusiva.
nea das atividades de todos os participantes do
2.14.5 - É obrigatório manter em local visível a processo, mediante a supressão gradativa dos
tabela de custas, cotadas em real e VRC, forne- atuais livros utilizados para tal fim.

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2.17.2 - Os atuais sistemas de cadastro proces- 2.17.3.1 - Enquanto não for implantado sistema
suais informatizados deverão, no prazo de 06 de cadastro processual unificado no Estado do
(seis) meses, ser adaptados aos seguintes pa- Paraná, o Banco Estatístico da Corregedoria-Ge-
drões: ral da Justiça será alimentado por meio de sis-
tema especial, no prazo de 06 (seis) meses, no
I - A movimentação processual será identificada
por fases processuais, segundo a especialidade qual serão congregados todos os dados cadas-
do procedimento, observadas as Tabelas Proces- trais atualmente existentes.
suais Unificadas do Poder Judiciário; 2.17.3.2 - Todos os dados referentes aos proces-
II - Ao sistema de cadastro processual será in- sos cadastrados no Estado do Paraná deverão
serido contador de prazos, de forma que a du- estar à disposição do Tribunal de Justiça, para o
ração do processo será composta pela soma dos fim previsto no item 2.17.3.1.
interlúdios de todas as fases referidas no inciso 2.17.3.3 - Após a implantação do Sistema Avan-
I do presente item; çado de Cadastro Processual, o Banco Estatís-
III - O cadastramento dos dados deverá permitir tico da Corregedoria-Geral da Justiça será ali-
a geração de planilhas e de gráficos comparati- mentado, simultaneamente, por este sistema e
vos; pelo sistema especial referido no item 2.17.3.1.

IV - Os prazos observados durante o cadastra- 2.17.3.4 - O Sistema Avançado de Cadastro Pro-


mento das informações deverá ser cessual deverá ser adaptado para a automação
no fornecimento dos dados cadastrais exigidos
comparado com o prazo legal para a prática dos pelo Conselho Nacional de Justiça.
atos processuais e com o prazo médio observa-
do em cada fase processual; 2.17.4 - Para a formação do Sistema Avançado
de Cadastro Processual, será utilizado o protóti-
V - Aos contadores de prazo serão agregados po apresentado no procedimento de Monitora-
alertas específicos, a fim de que qualquer dis- mento de Varas.
túrbio na condução do processo seja imediata-
mente detectado pela serventia; 2.17.5 - O Sistema Avançado de Cadastro Pro-
cessual constituirá padrão na implantação do
VI - A visualização do sistema de cadastro pro- processo eletrônico.
cessual será o mais didática possível, de forma
que os consulentes possam divisar as fases pro-
SEÇÃO 18
cessuais em sua seqüência legal;
VI - O sistema de cadastro processual deverá
ROTINA DE PRIORIZAÇÃO DE PROCESSOS
conter todas as informações necessárias para a
COM PRAZO NÃO RAZOÁVEL
consulta, de forma a estabelecer uma tendência
à utilização exclusiva da Internet ou de postos 2.18.1 - A Corregedoria-Geral da Justiça fará
eletrônicos de consulta; publicar Anexo, contendo o prazo- limite de du-
VII - O sistema de cadastro processual deverá ração do processo, para a priorização de proces-
conter todas as informações necessárias para a sos com prazo não razoável.
supressão dos atuais livros físicos do foro judi- 2.18.1.1 - Os prazos-limite serão estabelecidos
cial, permitindo a mesma fiscalização eletroni- após a coleta de dados estatísticos junto às ser-
camente; ventias, segundo especialização por entrâncias
VIII - O sistema de cadastro processual deverá e por juízo.
permitir a visualização, pela escrivania, secreta- 2.18.1.2 - Os dados referidos no item 2.18.1.1
ria ou magistrado, dos resultados estatísticos do serão inseridos no Banco Estatístico da Corre-
Sistema de Aferição de Desempenho de Varas. gedoria-Geral da Justiça, para monitoramento
IX - O sistema de cadastro processual deverá contínuo do comportamento das varas.
permitir a inserção dos dados necessários à cria- 2.18.1.3 - Os prazos-limite constituem tendên-
ção das rotinas processuais criadas pelos magis-
cia a ser paulatinamente diminuída, consoante
trados.
a evolução da eficiência das serventias, em um
2.17.3 - O Sistema Avançado de Cadastro Pro- todo harmônico no Estado.
cessual alimentará o Banco Estatístico da Corre-
2.18.1.4 - Para aferição dos prazos-limite, consi-
gedoria-Geral da Justiça, permitindo a geração
deram-se processos em andamento aqueles dis-
simultânea de dados no Sistema de Aferição
tribuídos, mas não sentenciados.
de Produtividade dos Magistrados de Primei-
ro Grau de Jurisdição, do Sistema de Aferição 2.18.1.5 - O Anexo referido no item 2.18.1 po-
de Desempenho de Varas e do quantificador do derá especificar outras fases do procedimento,
prazo-limite, para a Rotina de Priorização de consoante a evolução dos dados a serem colhi-
Processos com Prazo não Razoável. dos futuramente.

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2.18.2 - Após a publicação do Anexo menciona- rão ser provocadas pela parte, mediante reque-
do no item 2.18.1, deverão os escrivães e secre- rimento escrito, sempre observada a ordem de
tários lançar certidão explicativa nos autos em antiguidade dos feitos.”
que se tenha excedido o prazo-limite, informan-
do os motivos que ensejaram o elastério do fei- SEÇÃO 19
to, com promoção, ato contínuo, de conclusão
ao magistrado. DELEGAÇÃO DE ATOS E ROTINAS
PROCESSUAIS
2.18.3 - À vista da certidão explicativa da escri-
vania ou secretaria, o magistrado promoverá a 2.19.1 - O magistrado poderá autorizar os ser-
impulsão dos atos de forma a proferir sentença vidores do poder judiciário a praticar atos de
em até 06 (seis) meses, salvo impossibilidade administração e de mero expediente, sem cará-
justificada. ter decisório, independentemente de despacho
judicial, mediante certificação nos autos, em que
2.18.3.1 - Serão apresentados para o magistrado,
deverá constar menção de que o ato foi pratica-
para os fins do item 2.18.3, até 30 (trinta) autos
do por ordem do juiz e o número da respectiva
por mês, durante o período necessário para que
portaria.
em todos os feitos seja examinada a possibili-
dade de priorização, observada a respectiva or- 2.19.1.1 - Para o aperfeiçoamento dos atos de
dem de antiguidade. delegação, recomenda-se aos magistrados a
elaboração de portaria, disciplinando os atos
2.18.3.2 - Concluída a diligência a que se refe-
processuais delegáveis às escrivanias ou às se-
re o item anterior, em todos os feitos nos quais
cretarias.
se tenha extrapolado o prazo-limite previsto no
Anexo, a escrivania ou secretaria formará rela- 2.19.3 - Lastreados nas Tabelas Processuais
ção, contendo o número dos autos e a data má- Unificadas do Poder Judiciário, ou em dados
xima prevista para a prolação de sentença. fornecidos pela serventia, os magistrados pode-
2.18.3.3 - A relação mencionada no item 2.18.3.2 rão determinar aos escrivães ou secretários que
será encaminhada, após o lançamento de visto organizem os setores de trabalho por matérias,
pelo magistrado, à Corregedoria-Geral da Jus- objetivando a especialização das atividades car-
tiça. toriais.

2.18.3.4 - A escrivania ou secretaria afixará em 2.19.4 - Criados os setores referidos no item


local visível lista dos feitos sujeitos à prioriza- 2.19.3, os escrivães ou secretários indicarão ao
ção, consignando, inclusive, a data prevista magistrado o funcionário ou servidor responsá-
para a prolação de sentença. vel pelo acompanhamento e processamento dos
feitos em cada setor, que passará a receber a de-
2.18.4 - A providência mencionada no item nominação de Gestor.
2.18.3 não importará no atraso dos demais pro-
cessos em andamento e, quando o caso, solici- 2.19.4.1 - Os magistrados encaminharão lista dos
tará o magistrado, fundamentadamente, auxílio nomes dos Gestores de sua vara à Corregedoria-
na prolação de sentenças ou na condução dos Geral da Justiça, a fim de que se possa firmar
feitos por intermédio da Corregedoria-Geral da convênio de educação continuada, consoante a
Justiça. demanda apresentada.

2.18.4.1 - Para a consecução do disposto no item 2.19.5 - O magistrado, após a aprovação da indi-
2.18.3, poderá o magistrado instituir pauta pró- cação referida no item 2.19.4, apresentará ao es-
pria. crivão ou secretário minutas de decisões inter-
locutórias e despachos padronizados, a fim de
2.18.5 - Os processos sujeitos à priorização serão que seja formado banco digitalizado próprio
identificados por tarja específica na capa dos au- junto à serventia.
tos, devendo a escrivania reservar seção própria
no cartório ou secretaria para a condução prio- 2.19.5.1 - A instituição do banco digitalizado de
ritária dos feitos. decisões interlocutórias ou despachos padro-
nizados será informada à Corregedoria-Geral
2.18.5.1 - A prioridade estabelecida no item da Justiça, a fim de que os padrões possam ser
2.18.5 não se sobreporá às hipóteses legais de disponibilizados aos magistrados, por área de
priorização dos feitos. atuação.
2.18.6 - Concluído o trabalho a que se refere a
2.19.6 - O banco digitalizado de decisões ou des-
presente Seção, a regularização das atividades
pachos padronizados poderá, a critério do ma-
na vara será comunicada à Corregedoria-Geral
gistrado, ser adequado ao sistema de cadastra-
da Justiça.
mento processual informatizado da serventia,
2.18.7 - As providências de que tratam esta se- respeitadas as Tabelas Processuais Unificadas
ção, quando não determinadas de ofício, pode- do Poder Judiciário.

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2.19.7 - Concluídas as diligências referidas nos judicial no Portal do Tribunal de Justiça tem fim
itens anteriores, apresentará o magistrado roti- exclusivamente informativo, não substituindo
nas procedimentais, aliadas às minutas de deci- as vias ordinárias de intimação estabelecidas
sões interlocutórias e despachos padronizados, pela legislação processual.
ao Gestor, a fim de que os autos que lhe sejam
2.20.1.3.3 - A publicação efetuada pelo sistema
submetidos possam ter curso, o tanto quanto
“Publique-se” refere-se à disponibilização da
possível, automatizado.
sentença ou decisão no Banco de Sentenças e
2.19.8 - Os feitos atribuídos ao Gestor não pode- Decisões do do Tribunal de Justiça do Estado
rão ser, salvo deliberação do magistrado, con- do Paraná, não dispensando, portanto, a respec-
feridos a outros Gestores, servidores ou funcio- tiva publicação no Diário da Justiça Eletrônico,
nários. quando for a hipótese.
2.19.9 - Eventual substituição do Gestor deverá 2.20.1.4 - Tratando-se de processos virtuais, o
ser comunicada e autorizada pelo magistrado. registro será feito diretamente no sistema de
processo eletrônico, encerrando-se os livros de
2.19.10 - Cumprirá à escrivania ou à secretaria,
registro de sentenças ou mídias de CD-ROM.
em colaboração com o Oficial Distribuidor, des-
de que adotado o modelo de rotina proces- 2.20.1.5 - Em se tratando de processos físicos, o
sual referido nos itens “Publique-se” deverá ser acessado através do
do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e,
2.19.3 a 2.19.9, informar previamente ao ma-
para sua correta utilização, observar-se-á o dis-
gistrado a existência de demandas repetitivas,
posto na subseção 02.
a fim de que possam ser geradas novas rotinas
processuais.
SUBSEÇÃO 02
2.19.11 - Os magistrados, constatando a eficiên-
cia na implantação das rotinas processuais, po- DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA
derão indicar à Corregedoria-Geral da Justiça 2.20.2.1 – O Sistema “Publique-se” é composto
os respectivos escrivães ou secretários, a fim de das seguintes etapas sequenciais: I – Inserção do
que recebam elogio em ficha funcional e apre- arquivo em formato .PDF;
sentem o modelo para a formação de um banco
próprio de soluções administrativas. II – Registro e classificação da sentença/decisão;
2.19.11.1 - Para os fins do item 2.19.11, poderão III – Publicação da sentença/decisão no Banco
os magistrados aplicar os critérios do Sistema de Sentenças e Decisões do Portal do Tribunal
de Aferição de Desempenho de Varas. de Justiça do Estado do Paraná.
2.20.2.1.1 – A critério do magistrado, a inserção,
SEÇÃO 20 classificação e registro da sentença ou cadastro
da decisão poderão ser realizadas por servidor
REGISTRO DE SENTENÇAS E CADASTRO DE
lotado no gabinete ou na escrivania/secretaria,
DECISÕES
que receberá os autos com as decisões e senten-
ças assinadas para posterior digitalização ou em
SUBSEÇÃO 01 NORMAS GERAIS
arquivo PDF.
2.20.1.1 - O registro das sentenças e decisões,
2.20.2.2 - Serão adicionados às respectivas sen-
no âmbito do Foro Judicial, reger-se-á pelas nor-
tenças ou decisões, no campo “arquivo / docu-
mas desta Seção.
mento adicional”, os pareceres proferidos pelos
2.20.1.2 - A partir da implantação do Sistema Juízes Leigos e os pareceres do Ministério Públi-
“Publique-se”, as Escrivanias/Secretarias do co na hipótese do CN 6.12.2.
Foro Judicial deverão encerrar os livros de re-
2.20.2.3 – Junto com a inserção do arquivo da
gistro de sentença ou mídias de CD- ROM gera-
sentença ou decisão no Sistema Publique-se de-
das com tal finalidade.
verá ser especificado, conforme a hipótese:
2.20.1.3 - O Sistema “Publique-se” é destinado
I – o tipo do ato: sentença ou decisão que julga
ao cadastro, assinatura, registro e publicação
incidente autuado em apartado; II – se se tratar
das sentenças e decisões que julgam incidentes
de feito público ou em segredo de justiça;
autuados em apartado no Banco de Sentenças
e Decisões do Tribunal de Justiça do Estado do III – se houver necessidade de publicação tardia;
Paraná.
IV – o número único do processo, obrigatório
2.20.1.3.1 - A utilização de assinatura digital é para o registro da sentença e facultativo para o
facultativa nos processos que tramitam por su- cadastro de decisões;
porte físico.
V – a área de competência (cível, criminal, juiza-
2.20.1.3.2 - A disponibilização da íntegra do ato do especial cível etc.); VI – se é líquida;

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VII – se é prolatada em audiência; 2.20.2.4.3 – Havendo, na sentença, deliberações


distintas (por exemplo, absolvição e extinção
VIII – a complementação (contestada ou não; se
da punibilidade), deverá ser anotada aquela de
encerra o feito ou não), conforme o caso.
mérito ou, sendo ambas meritórias, aquela de
2.20.2.3.1 - Haverá publicação tardia quando maior relevância, assim consideradas:
necessário para garantir a eficácia da sentença
I – a procedência ou procedência parcial, quan-
ou decisão. Neste caso, deverá ser desmarcada a
do coexistir com improcedência; II – a condena-
opção “enviar automaticamente ao Portal após
ção quando coexistir com a absolvição.
o registro pelo Escrivão”.
2.20.2.5 - Ultimado o registro da sentença/deci-
2.20.2.3.2 - Para fins de registro, consideram-se
são, sua publicação e disponibilização no Banco
como sentenças que encerram o feito aquelas
de Sentenças e Decisões será efetuada automati-
que põem termo a uma fase do procedimento
camente, salvo na hipótese de publicação tardia.
para todos os réus.
2.20.2.5.1 - Selecionada a hipótese de publicação
2.20.2.3.3 - Facultativamente, poderá o magis-
tardia, após o efetivo cumprimento da senten-
trado indicar, na sentença ou decisão, os dados
ça ou decisão, o escrivão/secretário ou servidor
previstos no item 2.20.2.3, visando propiciar sua responsável deverá encaminhá-la à publicação
correta classificação, porquanto os dados servi- no Banco de Sentenças e Decisões.
rão de base para aferição dos índices de produ-
tividade do juiz e das unidades judiciárias por 2.20.2.6 - Verificado equívoco no lançamento dos
meio do sistema de avaliação das atividades dos dados após a publicação da sentença ou decisão,
magistrados e secretarias/escrivanias. a retificação será realizada pelo escrivão ou se-
cretário diretamente no Sistema “Publique-se”,
2.20.2.4 – Após a inserção do arquivo, proce- no qual constará o registro da ocorrência.
der-se-ão o registro e classificação. Para tanto, o
servidor responsável acessará cada documento SEÇÃO 21 PROCESSOS VIRTUAIS
inserido e cadastrado no sistema “Publique-se”,
confirmando: SUBSEÇÃO 1 NORMAS GERAIS
I – a numeração dos autos; 2.21.1.1 – Esta Seção disciplina os processos vir-
II – a Comarca; tuais, complementando as disposições dos capí-
tulos específicos do Código de Normas, que re-
III – a Vara; gulam as unidades do Foro Judicial, bem como
IV – a classe processual e o assunto, segundo as a Lei Federal 11.419/2006 e a Resolução 10/2007
tabelas processuais unificadas do Conselho Na- do Órgão Especial do TJPR.
cional de Justiça; 2.21.1.2 – Em se tratando de processos eletrôni-
V – a classificação da sentença/decisão, segundo cos, havendo divergência entre as normas dos
a tabela de movimentação do Conselho Nacio- demais capítulos do Código de Normas e as
nal de Justiça; contidas nesta Seção, prevalecerão estas.

VI – o nome do juiz prolator da decisão/senten- SUBSEÇÃO 2 LIVROS OBRIGATÓRIOS


ça;
2.21.2.1 – Não serão formados os livros obriga-
VII – a data da distribuição; tórios relativos aos processos eletrônicos, à ex-
VIII – a data do início da fase; ceção dos casos em que o sistema não gerar os
respectivos dados.
IX – a data da conclusão dos autos, e;
X – a data da devolução dos autos; SUBSEÇÃO 3

XI – especialização em 2° grau. DAS CAUSAS, PETIÇÕES E DOCUMENTOS


2.20.2.4.1 - A data do início da fase poderá ser 2.21.3.1 – Nas escrivanias/secretarias em que for
a mesma data da distribuição ou, ainda, a data implantado o processo eletrônico, o ajuizamen-
em que houve a alteração no tipo do feito, por to, o peticionamento e a prática dos atos proces-
exemplo, iniciou-se o cumprimento da sentença suais subsequentes ocorrerão, exclusivamente,
(feita nos próprios autos), houve o recebimento pelo sistema eletrônico.
da denúncia (passando o procedimento investi-
2.21.3.1.1 – Nas comarcas ou foros em que hou-
gatório para processo de conhecimento), dentre
ver mais de uma unidade, com idêntica compe-
outros.
tência, e não existir o mesmo sistema de proces-
2.20.2.4.2 - Após o registro, a Secretaria/Escri- so eletrônico para todas essas escrivanias/secre-
vania gerará a certidão de registro de sentença, tarias, a petição inicial será apresentada perante
anexando aos respectivos autos físicos. o distribuidor, que a digitalizará e a inserirá no

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sistema. A digitalização e a inserção da petição e documentos de qualquer natureza, ainda que


inicial e dos documentos que a acompanham transmitidas por peticionamento eletrônico,
serão, preferentemente, efetuadas de imediato, protocolo integrado, fax e correio, relativos aos
com a observância dos itens 2.21.3.4 e 2.21.3.5, processos virtuais de partes, que sejam assisti-
devolvendo- se, após, ao interessado, juntamen- das ou representadas por advogado, ou nos fei-
te com o recibo de protocolo, no sistema de pro- tos em que esse atue em causa própria e cuja in-
cesso eletrônico. serção no sistema seja de sua responsabilidade.
2.21.3.1.2 – Na impossibilidade de digitalização 2.21.3.3.1 – Não se aplica a regra do CN 2.21.3.3:
imediata, o distribuidor, após a digitalização e
a inserção no sistema, encaminhará a petição I – à juntada da petição inicial na hipótese do
inicial e os documentos que a acompanham à item 2.21.3.1.1;
unidade para a qual o feito foi distribuído, jun- II - nos casos em que o advogado demonstrar o
tamente com o recibo de protocolo no sistema extravio da sua certificação digital ou impos-
de processo eletrônico. sibilidade de sua utilização, decorrente de blo-
2.21.3.1.3 – A unidade judicial que receber as pe- queio ou danificação do ou do leitor;
tições e os documentos físicos, referidos no item III – nos casos em que não constar da citação ad-
2.21.3.1.2, após verificar se foram integralmente vertência de que o processo tramita exclusiva-
inseridos no sistema, deverá intimar a parte ou mente por via eletrônica;
o advogado postulante para retirá-los, junta-
mente com o respectivo recibo de protocolo no IV – na hipótese do CN 2.21.3.4.3;
sistema de processo eletrônico. V – ao atendimento prestado às partes que pos-
2.21.3.1.4 – Em caso de não atendimento da in- tulam, sem assistência de advogado, no âmbito
timação prevista no CN 2.21.3.1.3, fica a escri- dos Juizados Especiais;
vania/secretaria autorizada a remeter a petição VI – nos casos em que a lei permite o peticio-
inicial, os documentos e o recibo de protocolo, namento pela própria parte, sem assistência de
no sistema de processo eletrônico, ao endereço advogado;
residencial indicado pela parte, ou ao endereço
profissional apontado pelo advogado na peti- VII – às informações prestadas pelas autorida-
ção, mediante correspondência com Aviso de des impetradas desassistidas de advogado em
Recebimento (A.R.), o qual deverá ser digitali- sede de mandado de segurança.
zado e inserido no respectivo processo eletrôni- 2.21.3.3.2 – Aplicam-se as regras previstas nos
co. itens 2.21.3.3 e 2.21.3.3.1 ao Ministério Público e
2.21.3.1.5 – Havendo ajuizamento/cadastramen- às procuradorias e defensorias públicas, naquilo
to dúplice da mesma demanda, em razão de que for compatível.
equívoco, sem a caracterização de litispendên- 2.21.3.4 – As petições e os documentos inseridos
cia ou coisa julgada, o juiz, conhecendo do fato, no processo virtual deverão ser integralmente
determinará o simples arquivamento de um dos legíveis e nítidos.
processos, cuja decisão não necessitará de regis-
tro ou comunicações obrigatórias. Dessa decisão 2.21.3.4.1 - Quando da digitalização dos docu-
deverão ser cientificadas apenas as partes que mentos, o usuário deverá:
integrarem a lide e o distribuidor, caso tenha I – observar se eles se revestem de nitidez e in-
havido anotação da distribuição, o qual lançará teireza;
a respectiva baixa.
II – escaneá-los, preferencialmente, em cores,
2.21.3.2 – A distribuição da petição inicial e a quando sua leitura e visualização assim reco-
juntada da contestação, dos recursos e das pe- mendarem;
tições em geral, nas causas em que houver pa-
trocínio de advogado e, naquelas em que esse III – evitar a sobreposição de documentos;
atuar em causa própria, deverão ser feitas dire- IV – observar os documentos, cujos teores de in-
tamente pelo causídico. teresse ao feito, sejam registrados na frente e no
2.21.3.2.1 – Será possível o protocolo por asses- verso da folha, pois nessa condição deverão ser
sor cadastrado pelo advogado, sob a responsa- digitalizados;
bilidade desse. V – digitalizá-los de modo que sua leitura seja
2.21.3.2.2 – Aplicam-se as regras previstas nos horizontal, salvo quando a dimensão do docu-
itens 2.21.3.2 e 2.21.3.2.1 ao Ministério Público e mento exigir seu escaneamento de maneira ver-
às procuradorias e defensorias públicas, naquilo tical.
que for compatível.
2.21.3.4.2 – Constatada a digitalização de manei-
2.21.3.3 – É vedada a juntada, no sistema ele- ra ilegível ou sem nitidez, o juiz poderá deter-
trônico, por serventuário da Justiça, de petições minar a regularização.

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2.21.3.4.3 – Havendo impossibilidade de digi- 2.21.3.6 – No âmbito dos Juizados Especiais Cí-
talização dos documentos, de maneira nítida e veis e da Fazenda Pública, quando da utilização
legível, ou em razão do grande volume, esses de petições redigidas pelas partes, sem a assis-
deverão ser apresentados à escrivania/secreta- tência de advogado, como petições iniciais, o
ria no prazo de dez (10) dias, contados da data servidor responsável pelo atendimento deverá
do envio da petição eletrônica que comunica o observar se elas preenchem os requisitos do art.
fato. Nesse caso, o juiz poderá autorizar a inser- 14, § 1º, da Lei 9.099/1995 e, em caso negativo,
ção dos arquivos por serventuário da Justiça, levar a reclamação a termo, com a finalidade de
cuja digitalização deverá ser imediata, devendo esclarecê-la ou complementá-la.
os originais ser devolvidos, em seguida, à parte
interessada. 2.21.3.7 – As petições e os documentos produzi-
dos e juntados, eletronicamente, pelos usuários
2.21.3.4.4 – Confirmada, por servidor judicial, a do sistema, com garantia da origem e de seu sig-
impossibilidade de digitalização dos documen- natário, são considerados originais para todos
tos, de maneira nítida e legível, ou em razão do os efeitos legais e têm a mesma força probante
grande volume, a critério do juiz, eles poderão dos originais.
ser arquivados na escrivania/secretaria e, após
o trânsito em julgado, devolvidos à parte inte- 2.21.3.7.1 – Nos recursos e nas ações que trami-
ressada, aplicando-se, no que for compatível, as tam no Tribunal de Justiça, os julgadores que
disposições dos itens 2.21.3.1.3 e 2.21.3.1.4. possuírem acesso integral aos autos virtuais de
origem poderão se valer das informações e do-
2.21.3.4.5 – Nas hipóteses do item 2.21.3.4.4, será cumentos produzidos nos processos eletrônicos
lançada certidão nos autos, com a especificação para prolação de suas decisões, dispensando a
dos documentos que foram apresentados e ar- requisição formal de informações dos respecti-
quivados na unidade. vos magistrados, escrivanias ou secretarias.
2.21.3.4.6 – Quando as partes apresentarem 2.21.3.7.2 – Nos agravos de instrumento, o aces-
objetos ou documentos de prova, relativos a so mencionado no item 2.21.3.7.1, a critério e
arquivos de áudio ou vídeo, cuja inserção não segundo entendimento do relator, poderá ser
seja possível no sistema de processo eletrônico, utilizado para:
devem ser observadas as disposições dos itens
2.21.3.4.4 e 2.21.3.4.5, naquilo que for compatí- I - dispensa dos documentos obrigatórios exigi-
vel. dos conforme o artigo 525, inciso I, do Código
de Processo Civil;
2.21.3.5 – As petições e os documentos, inseri-
dos no processo virtual, respeitarão as ordens II – verificação de eventual reforma da decisão
lógica e cronológica. recorrida, segundo o art. 529 do CPC; III – de-
claração da perda de objeto do agravo, quando
2.21.3.5.1 – Buscar-se-á a seguinte padronização constatada a prolação de sentença no processo.
de ordem e nomenclatura de arquivos:
2.21.3.8 – Nos processos eletrônicos em que
I - petições iniciais e/ou demais petições, cuja houver declínio de competência:
nomenclatura, quando cabível, corresponderá
ao ato praticado - documentos, respeitada a se- I – para escrivania/secretaria em que se encontre
guinte sequência, quando houver: implantado o processo virtual, a remessa deverá
ser efetuada pelo próprio sistema;
a) procurações e/ou substabelecimentos, com a
mesma nomenclatura; II – para escrivania/secretaria que não utilize
sistema de processo virtual, o juízo declinante,
b) documentos pessoais, com a nomenclatura promovendo a exportação integral do feito po-
do documento inserido ( ); derá:
c) comprovante de residência, com a mesma no- a) imprimi-lo e remetê-lo por via postal;
menclatura;
b) salvar o arquivo correspondente ao feito em
2.21.3.5.2 demais documentos, cuja nomencla- CD-Rom e encaminhá-lo ao destinatário, ou, al-
tura identificará a espécie e a finalidade deles ternativamente, fazer a remessa do arquivo pelo
– Não poderá ser utilizada nomenclatura gené- meio eletrônico de comunicação oficial do Tri-
rica para os arquivos inseridos no sistema como, bunal de Justiça do Paraná.
por exemplo, “DOC01”, etc.
2.21.3.9 – Caso a escrivania/secretaria, que
2.21.3.5.3 - Os documentos, cujo tamanho ul- possua sistema de processo eletrônico, receba
trapasse o permitido para inserção no sistema, processo físico em razão de declínio de compe-
deverão ser desmembrados, e sua nomenclatura tência, esse será digitalizado e inserido no sis-
obedecerá ao disposto no item 2.21.3.5.1, acres- tema por serventuário da Justiça, observadas as
cida do número das partições do arquivo ( ). regras dos itens 2.21.3.4 e 2.21.3.5.

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2.21.3.9.1 – A escrivania/secretaria, que receber hipóteses autorizadas nesta Seção, devem ser
o processo físico em razão do declínio de com- imediatamente a elas restituídos.
petência, após sua digitalização e inserção inte-
2.21.3.11.2 – Não haverá destruição dos docu-
gral no sistema, poderá arquivá-lo ou intimar
mentos apresentados pelas partes e juntados
as partes ou advogados para desentranharem
nos processos eletrônicos.
os documentos por eles juntados, dispensada a
substituição por fotocópias. 2.21.3.11.3 – Relativamente aos documentos
eventualmente mantidos em escrivania/secre-
2.21.3.9.2 – Havendo o desentranhamento de to-
taria e pertencentes às partes, devem ser obser-
dos os documentos juntados pelas partes, pode-
vadas as regras dos itens 2.21.3.1.3 e 2.21.3.1.4,
rá ser destruído o processo mencionado no item
naquilo que for compatível.
anterior.
2.21.3.11.4 - À exceção dos documentos origi-
2.21.3.9.3 – Aplica-se a regra do item 2.21.3.1.4,
nais pertencentes às partes, todos os demais
na hipótese de intimação não atendida para os
documentos, digitalizados e inseridos nos res-
fins do item 2.21.3.9.1.
pectivos processos eletrônicos, podem ser des-
2.21.3.9.4 – A destruição dos autos físicos, men- truídos, observando-se o item 2.21.3.9.4.
cionados no item 2.21.3.9, ocorrerá mediante
critérios de responsabilidade social e de pre- SUBSEÇÃO 4
servação ambiental, por meio da reciclagem DOS PRAZOS PARA PRÁTICA DE ATOS
do material descartado, ficando autorizada sua
destinação a programas de natureza social. 2.21.4.1 – Consideram-se realizados os atos pro-
cessuais por meio eletrônico no dia e hora do
2.21.3.10 – Os processos eletrônicos, que necessi- seu envio ao sistema, observado o horário oficial
tem ser encaminhados à instância recursal, que de Brasília.
não disponha de sistema de processo eletrônico
compatível e, cuja remessa não ocorra direta- 2.21.4.2 – Quando a petição for enviada para
mente pelo sistema, após serem integralmente atender prazo processual, serão consideradas
exportados, poderão ser: tempestivas aquelas transmitidas até as vinte e
quatro (24) horas do seu último dia.
I – impressos e remetidos por via postal;
2.21.4.3 – As petições e documentos, cuja junta-
II – salvos em CD-Rom, que será remetido por da é exigida em audiência, deverão estar inseri-
via postal ou por meio eletrônico de comunica- dos no respectivo processo eletrônico ao tempo
ção oficial do Tribunal de Justiça do Paraná. de sua abertura.
2.21.3.10.1 – Retornando os autos à unidade de 2.21.4.4 – Havendo indisponibilidade do siste-
origem, todos os atos praticados em meio físico, ma, por duas (2) horas consecutivas, durante o
em sede recursal, serão digitalizados e inseridos período de expediente forense, os prazos pro-
no respectivo processo eletrônico, na forma dos cessuais, cujo termo ocorra na data de indispo-
itens 2.21.3.4 e 2.21.3.5. nibilidade, serão automaticamente prorrogados
até o dia útil subsequente.
2.21.3.10.2 – Nos agravos de instrumento reme-
tidos à unidade de origem, todos os atos que 2.21.4.4.1 – Na hipótese do CN 2.21.4.4, incum-
não estejam reproduzidos no processo eletrôni- birá ao Departamento de Tecnologia da Infor-
co deverão ser digitalizados e inseridos nesse, mação e Comunicação:
respeitadas as regras dos itens 2.21.3.4 e 2.21.3.5. I – lançar notas informativas a respeito nas pági-
2.21.3.10.3 – Aos processos físicos, menciona- nas do sistema PROJUDI e do TJPR;
dos nos itens 2.21.3.10.1 e 2.21.3.10.2, são apli- II – cadastrar no sistema PROJUDI a data de in-
cáveis as regras constantes dos itens 2.21.3.9.1, disponibilidade para prorrogação dos prazos,
2.21.3.9.2, 2.21.3.9.3 e 2.21.3.9.4. cuja informação deverá ser armazenada no sis-
2.21.3.11 – Desde que digitalizados e juntados tema e ficar disponível para consulta dos ma-
no respectivo processo eletrônico, é prescindível gistrados.
a retenção dos documentos em escrivania/secre- SUBSEÇÃO 5
taria, devendo ser recomendado aos detentores
dos originais dos documentos digitalizados a CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
sua conservação, até o trânsito em julgado da
2.21.5.1 As intimações serão realizadas, por meio
sentença, ou, quando admitida, até o final do
eletrônico, àqueles usuários cadastrados no sis-
prazo para interposição de ação rescisória.
tema, inclusive da Fazenda Pública e das partes
2.21.3.11.1 – À exceção da determinação de ar- que postulam sem advogado nos Juizados Espe-
quivamento em escrivania/secretaria, os docu- ciais, e, assim, consideradas pessoais para todos
mentos apresentados pelas partes, nos proces- os efeitos legais, sendo dispensada a publicação
sos eletrônicos e juntados pelos servidores, nas em órgão oficial, inclusive eletrônico.

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2.21.5.2.1 – Considerar-se-á realizada a intima- meio físico de outros juízos, que não utilizem
ção no dia em que o intimando efetivar a consul- sistema de processo eletrônico ou, cujo pro-
ta eletrônica de seu teor. cesso originário seja físico, serão digitalizadas,
inseridas e cadastradas no sistema de processo
2.21.5.2.2 – Reputar-se-á intimado aquele que
eletrônico.
não realizar a consulta da intimação, após o
decurso do prazo de dez (10) dias, contados da 2.21.7.2 – A carta precatória tramitará eletroni-
data de seu envio. camente até sua devolução, momento em que a
escrivania/secretaria, exportando o arquivo cor-
2.21.5.2.3 – Nos casos em que a consulta ou o
respondente à deprecata, alternativamente:
decurso do prazo, previsto no item 2.21.5.2.2,
ocorrer em dia não útil, a intimação será con- I – após imprimi-la, deverá remetê-la ao juízo
siderada como realizada no primeiro dia útil deprecante, por via postal;
seguinte.
II – após salvá-la em CD-Rom, deverá enviá-la
2.21.5.2.4 – As intimações serão expedidas em ao juízo deprecante, por via postal, ou através
meio físico e, desde que atinjam sua finalidade: de meio eletrônico de comunicação oficial do
Tribunal de Justiça do Paraná.
I – aos usuários não cadastrados no sistema;
2.21.7.3 – Em relação às cartas precatórias rece-
II – se determinado pelo juiz, nos casos urgen-
bidas, a escrivania/secretaria tomará as provi-
tes, em que a intimação por via eletrônica possa
dências necessárias ao seu cumprimento, salvo
causar prejuízo a quaisquer das partes, ou nos
nas hipóteses que dependam da intervenção do
casos em que for evidenciada qualquer tentativa
juiz.
de burla ao sistema.
2.21.7.4 – Recebidas as cartas precatórias para
2.21.5.3 – Salvo nos processos criminais e infra-
cumprimento, independente de determinação
cionais, é autorizada a realização da citação pela
judicial, a escrivania/secretaria oficiará ao juízo
via eletrônica, desde que haja disponibilidade
deprecante, comunicando o número de autua-
técnica e a íntegra dos autos esteja acessível ao
ção e outros dados importantes para o cumpri-
citando.
mento do ato como, por exemplo, a data da au-
diência designada, a expedição de mandados,
SUBSEÇÃO 6
etc.
ATOS E TERMOS DO PROCESSO 2.21.7.5 – Sem prejuízo de outras disposições
2.21.6.1 – É dispensada a lavratura e a inserção específicas, constantes do Código de Normas,
de certidões, no processo virtual, quando a mo- competirá à escrivania/secretaria a prática dos
vimentação processual indicar o ato praticado. seguintes atos ordinatórios, nas cartas precató-
Deverão, todavia, sempre ser assinadas pelas rias recebidas:
partes, com posterior digitalização e inserção no I – responder ofícios encaminhados pelos juízos
processo virtual: de origem, dirigidos aos respectivos escrivães,
com as informações solicitadas;
I – petições de qualquer natureza, nas hipóteses
em que a parte não for assistida por advogado; II – certificar a ausência de resposta aos expe-
dientes encaminhados aos respectivos juízos
II – recibos de retirada de alvarás;
deprecantes, quando expirar o prazo de trinta
III – recibos de citações e intimações praticadas (30) dias ou outro lapso assinalado pelo juiz;
por meio físico.
III - promover a devolução da carta precatória,
2.21.6.1.1 – Os termos de audiência, inseridos no com as baixas na distribuição:
sistema de processo eletrônico, deverão sempre
a) na hipótese do supracitado inciso II;
estar subscritos pelos presentes.
b) após o cumprimento do ato deprecado;
2.21.6.2 – Os ofícios, mandados, cartas, cartas
precatórias, alvarás e demais documentos, ex- c) quando a carta precatória retornar com dili-
pedidos pelas escrivanias/secretarias, de- gência negativa.
verão ser gerados nos respectivos processos
eletrônicos, sendo dispensada a lavratura de SUBSEÇÃO 8
certidão atestando sua expedição.
CARTAS PRECATÓRIAS ELETRÔNICAS
SUBSEÇÃO 7 2.21.8.1 – A expedição de carta precatória, entre
unidades que utilizem o sistema PROJUDI no
CARTAS PRECATÓRIAS RECEBIDAS EM MEIO
Estado do Paraná, far-se-á, obrigatoriamente,
FÍSICO
por via eletrônica, com a utilização da ferramen-
2.21.7.1 – As cartas precatórias, recebidas em ta existente no sistema.

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2.21.8.2 – A formação e assinatura da carta pre- SUBSEÇÃO 9 DIGITALIZAÇÃO DOS


catória, em unidades que utilizem o sistema PROCESSOS FÍSICOS
PROJUDI, será exclusivamente eletrônica, não
2.21.9.1 – É admissível a digitalização dos pro-
sendo admitida sua expedição e assinatura em
cessos físicos, em tramitação, que estejam cadas-
meio físico.
trados no Sistema de Numeração Única (SNU) e
2.21.8.3 – Recebida a carta precatória, após a sua inserção no sistema de processo eletrônico,
anotação da distribuição, a escrivania/secretaria com a observância dos itens 2.21.3.4 e 2.21.3.5.
tomará as providências necessárias ao seu cum- 2.21.9.2 – A digitalização dos processos físicos
primento, salvo nas hipóteses que dependam da ocorrerá:
intervenção do juiz.
I – a critério do magistrado, em qualquer mo-
2.21.8.3.1 – Aplicam-se, naquilo que for compa- mento da tramitação do processo;
tível, as disposições do item 2.21.7.5.
II – obrigatoriamente, quando da alteração da
2.21.8.3.2 – A carta precatória, caso itinerante ou fase do processo ( ).
encaminhada por equívoco, poderá ser remeti-
da a outra comarca. 2.21.9.2.1 – Em quaisquer das hipóteses dos in-
cisos do item 2.21.9.2, será necessária delibera-
2.21.8.4 – O juízo deprecante terá acesso integral ção judicial.
à movimentação da carta precatória no juízo de-
precado, cuja visualização dispensará a requisi- 2.21.9.2.2 – A decisão que determinar a digi-
ção de informações sobre seu andamento. talização dos processos físicos, nas hipóteses
obrigatórias, indicará, conforme o caso, os do-
2.21.8.4.1 – O juízo deprecado está dispensado cumentos necessários para a tramitação do pro-
do cumprimento dos itens 2.16.1 e cesso eletrônico.
2.21.7.4 do Código de Normas. 2.21.9.3 – Após a determinação, nos autos físi-
2.21.8.5 – As comunicações entre o juízo depre- cos, o procedimento de sua digitalização obser-
cante e o deprecado serão realizadas pela fer- vará as seguintes etapas:
ramenta de comunicação existente no sistema, I – intimação dos advogados constituídos por
evitando-se a expedição de ofícios. publicação no Diário da Justiça;
2.21.8.5.1 – Os servidores, que expedirem e rece- II – intimação pessoal do defensor público ou
berem as comunicações nas cartas precatórias, dativo e do Ministério Público, quando atuarem
tornar-se-ão responsáveis pelo seu teor e anda- nos autos;
mento.
III – cadastramento dos autos, partes e procu-
2.21.8.6 – Em relação às cartas precatórias ele- radores, bem como a inserção dos arquivos do
trônicas expedidas, competirá à escrivania/se- processo físico no sistema eletrônico, que será
cretaria, independente de determinação judicial: realizado, exclusivamente, pela escrivania/se-
I – expedir comunicação dirigida ao escrivão/ cretaria;
secretário/diretor de secretaria, solicitando a IV – lançamento de certidão, nos autos físicos,
devolução da carta precatória devidamente pela escrivania/ secretaria, atestando o cadastra-
cumprida, findo o prazo assinalado para cum- mento do processo eletrônico;
primento ou, na ausência desse, após trinta (30)
dias da expedição; V – arquivamento do processo físico, com as
baixas necessárias.
II – responder comunicações do juízo depreca-
2.21.9.3.1 - É dispensada a intimação prévia das
do, instruindo com os respectivos documentos,
partes, sem assistência de advogado, nos pro-
quando houver solicitação nesse sentido;
cessos cuja digitalização houver sido determi-
III – se a carta precatória for devolvida a cartó- nada.
rio, com diligência parcial ou totalmente infru-
2.21.9.4 – Concluído o procedimento previsto
tífera, a escrivania/secretaria intimará a parte
no CN 2.21.9.3 pela escrivania/secretaria, ve-
interessada para dar atendimento às diligências
rificado que o procurador da parte não possui
que dependam de sua manifestação;
habilitação no sistema, será lançada certidão no
IV – no caso de cartas precatórias, com a finali- processo eletrônico, promovendo-se conclusão
dade de inquirir testemunhas, assim que recebi- ao juiz de Direito, que poderá fixar prazo razoá-
da a comunicação de designação de audiência, vel para regularização.
cientificar as partes da data agendada.
2.21.9.4.1 – Nos processos em que houver mais
2.21.8.7 – Devolvida a carta precatória eletrôni- de um procurador constituído para a mesma
ca ao juízo deprecante, esse selecionará os docu- parte, haverá somente o cadastramento daquele
mentos que devem ser juntados aos autos. que estiver habilitado no sistema.

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SUBSEÇÃO 10 DISPOSIÇÕES FINAIS II - Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e


de Ordem (Adendo 2-G);
2.21.10.1 – As normas reguladoras dos sistemas
de transmissão de dados e imagens – fac-símile III - Registro de Depósitos (Adendo 9-G);
(fax) e peticionamento eletrônico (e-mail), – para
a prática de atos processuais, não se aplicam aos IV - Carga de Autos - Juiz (Adendo 3-G);
processos que tramitam eletronicamente. V - Carga de Autos - Promotor de Justiça (Aden-
2.21.10.2 – Não será admitido o protocolo inte- do 4-G);
grado para petições dirigidas aos processos que
VI - Carga de Autos - Advogado (Adendo 5-G);
tramitam eletronicamente.
2.21.10.3 – Os serviços de protocolo não rece- VII - Carga de Autos - Contador e Avaliador
berão petições físicas relativas a processos ele- (Adendo 6-G);
trônicos. VIII - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça
2.21.10.4 – Na hipótese de materialização do (Adendo 7-G);
processo, cuja tramitação era em meio eletrôni-
IX - Arquivo de Guia de Recolhimento de Cus-
co, passarão a ser admitidas petições em meio
tas - GRC (Adendo 10-G).
físico.
2.21.10.4.1 – Na hipótese de retomada da trami- 4.1.2 - Na escrituração dos livros e procedimen-
tação em meio eletrônico, não mais serão admi- tos da escrivania serão observadas as normas
tidas petições em meio físico. gerais contidas no capítulo 2, bem como as nor-
mas específicas relativas ao ofício cível, contidas
SEÇÃO 22 no capítulo 5 deste CN.
4.1.3 - Estando anexada à escrivania cível, po-
PRÉ-CADASTRO DE RECURSOS
derão ser usados para os atos de escrituração os
2.22.1 - Todas as apelações cíveis e os reexames livros comuns a ambos os ofícios.
necessários dirigidos à apreciação do Tribunal
de Justiça, desde que recebidos no primeiro 4.1.3.1 - Funcionando em anexo ao ofício cri-
grau de jurisdição, devem ser, previamente à re- minal ou da infância e juventude poderão ser
messa dos autos, pré-cadastrados pela serventia utilizados para escrituração comum os livros de
ou secretaria. Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e de
Ordem, Carga de Autos - Juiz, Carga de Autos
2.22.2 - Para realizar o pré-cadastro, o escrivão - Promotor de Justiça, Carga de Autos - Advo-
ou o chefe de secretaria deve acessar a internet, gados, Carga de Autos - Contador, Carga de
mediante login e senha fornecidos pelo Depar- Mandados - Oficiais de Justiça.
tamento de Comunicação e Tecnologia da Infor-
mação, preenchendo os dados lá especificados. 4.1.4 - As escrivanias poderão abrir outros li-
vros, além dos obrigatórios, desde que o movi-
2.22.3 - Cadastrado o recurso, o escrivão ou o
mento forense justifique tal providência.
chefe de secretaria deve salvar os dados e
imprimir o espelho do pré-cadastro, 4.1.5 - - O registro de cartas precatórias, rogató-
juntando-o aos autos - Ao juiz a que subordi- rias ou de ordem não será repetido no Registro
nado o serventuário ou o servidor responsável Geral de Feitos.
pelo pré- cadastro cabe a supervisão dos tra-
balhos, competindo-lhe, de ofício, instaurar os 4.1.6 - O escrivão colherá o visto mensal do juiz
procedimentos administrativos necessários a no livro de Registro de Depósitos, desde que
apuração de eventual descumprimento, de tudo exista algum lançamento.
comunicando a Corregedoria-Geral da Justiça. 4.1.7 - Salvo manifestação em contrário, os edi-
tais serão expedidos por extrato, contendo os
CAPÍTULO 4
requisitos obrigatórios, além de cabeçalho des-
tacado com a finalidade do ato (citação, intima-
OFÍCIO DA FAMÍLIA, REGISTROS PÚBLICOS E
ção) e o nome do seu destinatário.
CORREGEDORIA DO FORO EXTRAJUDICIAL
4.1.7.1 - - Nos editais de citação e naqueles para
SEÇÃO 01 conhecimento de terceiros, o teor do seu resumo
será solicitado à parte interessada. Não sendo
NORMAS DE PROCEDIMENTO DO OFÍCIO DA fornecido em prazo razoável, serão expedidos
FAMÍLIA com a transcrição integral da petição inicial, de-
4.1.1 - São livros obrigatórios das escrivanias de pois de consultado o juiz.
família:
4.1.7.2 - Nos demais editais, compete à escriva-
I - Registro Geral de Feitos (Adendo 1-G); nia redigi-los de forma sucinta.

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4.1.7.3 - Os editais extraídos de processos que III – Carga de Autos – Juiz (Adendo 4-G);
tramitam em segredo de justiça conterão so-
IV – Carga de Autos – Promotor de Justiça
mente o indispensável à finalidade do ato. O re-
(Adendo 5-G);
lato da matéria de fato, se necessário, será feito
com terminologia concisa e adequada, evitan- V – Carga de Autos – Advogado (Adendo 6-G);
do-se expor a intimidade das partes envolvidas
VI – Carga de Autos – Contador e Avaliador
ou de terceiros.
(Adendo 7-G);
4.1.11 - A expedição de ofício em ação de ali-
mentos, para fins de descontos em folha de pa- VII – Carga de Mandados – Oficiais de Justiça
gamento, deverá conter a qualificação completa (Adendo 8-G);
do devedor, inclusive com o número do RG e VIII – Arquivo de Guia de Recolhimento de
CPF, se possível. Custas (Adendo 9-G).
4.1.12 - - No caso de depósitos de valores devi- 4.2.2 – Na escrituração dos livros e procedimen-
dos a título de alimentos, o montante das custas tos da escrivania serão observadas as normas
contadas somente poderá ser deduzido se o va- gerais contidas no capítulo 2, bem como as nor-
lor devido a este título compuser o depósito. mas específicas relativas ao ofício cível contidas
4.1.12.1 - Do mandado de averbação constará no capítulo 5 deste CN.
também o número de ordem, número do livro e 4.2.3 – Estando o ofício de registros públicos
folhas em que foi inscrita a sentença. anexado à escrivania cível, poderão ser usados
4.1.13 - A modificação do regime de bens do para os atos de escrituração os livros comuns a
casamento ocorrerá a pedido motivado de am- ambos os ofícios.
bos os cônjuges, em procedimento de jurisdição 4.2.3.1 – Estando anexada a escrivania ao ofício
voluntária e com a participação do Ministério criminal ou ao da infância e juventude, pode-
Público, devendo o juiz competente determinar rão ser utilizados para escrituração comum os
a publicação de edital com prazo de trinta (30) livros de Registro de Cartas Precatórias, Roga-
dias, a fim de imprimir publicidade à mudança, tórias e de Ordem, Carga de Autos – Juiz, Carga
visando resguardar direitos de terceiros. de Autos –Promotor de Justiça, Carga de Au-
4.1.13.1 - Diante da cautela que a hipótese exi- tos - Advogados, Carga de Autos – Contador e
ge, poderá o magistrado determinar seja o pe- Carga de Mandados – Oficiais de Justiça.
dido instruído com certidões negativas fiscais,
4.2.4 – Recebido em juízo o termo referente ao
do INSS e dos Tabelionatos de Protestos e dos
registro de nascimento somente com materni-
Cartórios Distribuidores do local do domicílio e
dade estabelecida, será registrado no livro de
da residência dos cônjuges.
Registro Geral de Feitos como “Averiguação de
4.1.13.2 - Transitada em julgado a sentença e Paternidade”, devendo ser autuado e processa-
independentemente de determinação judicial, do em segredo de justiça.
a escrivania expedirá mandados de averbação
4.2.4.1 - – Em caso de confirmação expressa da
aos Ofícios de Registro Civil e de Imóveis, e,
paternidade, o termo de reconhecimento deverá
caso qualquer dos cônjuges seja empresário, ao
conter os dados necessários à identificação do
Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas e
pai, expedindo-se mandado de averbação, ve-
à Junta Comercial.
dadas referências à natureza da filiação, ao es-
4.1.13.3 - A modificação do regime de bens será tado civil dos pais e à própria Lei n° 8.560, de
da competência da Vara de Família da respecti- 29.12.1992.
va comarca onde se processar a mudança.
4.2.4.2 – O procedimento de “Averiguação de
4.1.15 - Aplicam-se as normas pertinentes aos Paternidade” é isento de custas.
mandados de prisão e alvarás de soltura, pre-
vistas no Capitulo 6, Seção 14, deste Código. 4.2.4.3 – A “Averiguação de Paternidade” exau-
re-se com o reconhecimento ou com a remessa
dos autos ao Ministério Público para que ajuíze,
SEÇÃO 02
se for o caso, ação de investigação de paternida-
de. O término do procedimento deverá constar
NORMAS DE PROCEDIMENTO DO OFÍCIO DE do Boletim Mensal de Movimento Forense.
REGISTROS PÚBLICOS
4.2.5 - – O interessado, no primeiro ano após
4.2.1 - São livros obrigatórios das escrivanias: ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoal-
mente ou por procurador, alterar o nome, desde
I - Registro Geral de Feitos (Adendo 1-G);
que não prejudique os apelidos de família, aver-
II - Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e bando-se a alteração que será publicada pela
de Ordem (Adendo 2-G); imprensa.

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4.2.6 – Qualquer alteração posterior de nome, I – Registro e Controle de Livros dos Registra-
somente por exceção e motivadamente, após dores e Notários (Adendo 1-B);
audiência do Ministério Público, será permitida
II – Arquivo de Comunicações (Adendo 2-B).
por sentença do juiz a que estiver sujeito o regis-
tro, arquivando-se o mandado e publicando-se 4.3.1.1 – No livro “Arquivo de Comunicações”
a alteração pela imprensa. deverão ser arquivados, em ordem cronológica,
4.2.7 – Poderá, ainda, ser averbado, nos mesmos numerados e rubricados os pedidos de afasta-
termos, o nome abreviado, usado como firma mento dos notários e registradores, e as comu-
comercial registrada ou em qualquer atividade nicações de impedimentos previstos no CN
profissional. 10.1.6.2.

4.2.8 – A mulher solteira, separada judicialmen- 4.3.2 – A correição permanente nos serviços
te, divorciada ou viúva, que viva com homem notariais e de registro, secretarias e ofícios de
solteiro, separado judicialmente, divorciado justiça caberá aos juízes titulares das varas ou
ou viúvo, excepcionalmente e havendo motivo juizados a que estiverem subordinados.
justificável, poderá requerer ao juiz competente 4.3.3 – A inspeção permanente nos serviços no-
que, no registro de nascimento, seja averbado o tariais e de registro, inclusive os distritais, do
patronímico de seu companheiro, sem prejuízo Foro Central da Comarca da Região Metropoli-
dos apelidos próprios, de família, desde que tana de Curitiba será exercida pelo juiz da vara
haja impedimento legal para o casamento, de- de registros públicos, que remeterá ao Corre-
corrente do estado civil de qualquer das partes gedor-Geral da Justiça relatório anual de suas
ou de ambas. atividades.
4.2.9 – O prenome será definitivo, admitindo-se, 4.3.4 - – A inspeção permanente no foro extra-
todavia, a sua substituição por apelidos notórios.
judicial das comarcas do interior e dos Foros
4.2.9.1 – A substituição do prenome será ainda Regionais da Comarca da Região Metropolitana
admitida em razão de fundada coação ou amea- de Curitiba será exercida pelo juiz corregedor
ça decorrente da colaboração com a apuração de respectivo.
crime, por determinação, em sentença, de juiz
competente, ouvido o Ministério Público. CAPÍTULO 5 OFÍCIO CÍVEL
4.2.10 – Será averbada a alteração do nome com-
SEÇÃO 01
pleto, inclusive dos filhos menores, e será pre-
cedida das providências necessárias ao resguar-
LIVROS DO OFÍCIO
do de direitos de terceiros.
5.1.1 – São livros obrigatórios das escrivanias
4.2.11 – O procedimento tramitará perante a
cíveis:
Vara de Registros Públicos, em segredo de jus-
tiça. I – Registro Geral de Feitos (Adendo 1-E);
4.2.12 – Concedida a alteração e observado o si- II – Registro de Execuções Fiscais (Adendo 2-E);
gilo indispensável para a proteção do interessa-
do, deverá constar da sentença o seguinte: III – Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e
de Ordem (Adendo 3-E);
I – a averbação no registro original de nascimen-
to da menção de que houve alteração de nome IV - Registro de Depósitos (Adendo 11-E);
completo, com expressa referência à sentença au- V - Registro de Testamentos (Adendo 10-E);
torizadora e ao juiz que a exarou, não podendo
constar do documento o nome que foi alterado; VI - Carga de Autos - Juiz (Adendo 4-E);

II – a determinação aos órgãos competentes VII - Carga de Autos - Promotor de Justiça


para o fornecimento dos documentos decorren- (Adendo 5-E);
tes da alteração; VIII - Carga de Autos - Advogado (Adendo 6-E);
III – a remessa da sentença ao órgão nacional IX - Carga de Autos - Diversas (Adendo 7-E);
competente para o registro único de identifica-
ção civil. X - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça
(Adendo 8-E);
SEÇÃO 03 XI - Arquivo de Guia de Recolhimento de Cus-
tas - GRC (Adendo 12-E);
NORMAS DE PROCEDIMENTO DA
CORREGEDORIA DO FORO EXTRAJUDICIAL XII - Livro de Receitas e Despesas.
4.3.1 – O escrivão que estiver exercendo suas 5.1.1.1 - O registro de cartas precatórias e de
funções perante o juiz corregedor do foro extra- execuções fiscais não será repetido no Registro
judicial deverá manter os seguintes livros: Geral de Feitos.

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5.1.1.2 - Nas comarcas em que houver mais de 5.1.5.1 - Nas comarcas em que a secretaria for
um oficial avaliador, a carga de autos será subs- instalada em prédio autônomo poderá ser aber-
tituída por mandado e, para tanto, será aberto to livro próprio para essa finalidade.
livro específico.
5.1.6 - Os termos de audiência e os compromis-
5.1.1.3 - No livro Carga de Autos - Diversas de- sos de tutores e curadores serão juntados aos
verão ser registradas, dentre outras, as cargas autos, não sendo objeto de registro em livro.
para o distribuidor, contador, avaliador, pe-
ritos, equipe técnica, com a correspondente SEÇÃO 02 AUTUAÇÃO
anotação na coluna “Destinatário”. 5.2.1 - Recebida da distribuição e tão logo efe-
5.1.2 - De regra, os livros serão de folhas sol- tuado o preparo inicial, ou, sendo este dispen-
tas, datilografadas, impressas por sistema de sado, a petição inicial será registrada e autuada
computação ou por fotocópias, devendo conter pela escrivania.
termo de abertura e de encerramento, e serem 5.2.2 - Lançadas as certidões de registro e de de-
encadernados quando formarem duzentas (200) pósito negativo ou positivo das custas, os autos
folhas. serão conclusos ao Juiz, no prazo de vinte e qua-
5.1.2.1 - Não poderão ser formados por sistema tro (24) horas. Tratando-se de matéria urgente, a
de folhas soltas ou de computação os livros: Re- conclusão será imediata.
gistro Geral de Feitos, Registro de Execuções 5.2.2.1 - Sempre que o valor atribuído à causa,
Fiscais, Registro de Cartas Precatórias, Registro pela parte, estiver em desacordo com o estatuí-
de Depósitos e de Carga de Autos para Advo- do no art. 259 do CPC ou em outra disposição
gados. legal vigente, o escrivão deverá certificar a cir-
5.1.2.2 - Autoriza-se a abertura de livro desti- cunstância antes de fazer conclusos os autos.
nado às cargas referentes aos executivos fiscais, 5.2.3 - Se exigível a antecipação de custas, o de-
formado pelo sistema de folhas soltas, exclusi- curso do prazo de trinta (30) dias, sem o res-
vamente aos procuradores das Fazendas Públi- pectivo preparo, será certificado pela escrivania,
cas. cancelando-se a distribuição independentemen-
5.1.3 - Serão elaborados dois fichários: te de despacho. Para esta finalidade, as petições
serão encaminhadas ao distribuidor.
I - um GERAL, baseado no nome dos requeren-
tes e requeridos, no qual constarão, além da de- 5.2.3.1 - - No caso de insuficiência das custas
signação das partes, a natureza do feito, o valor devidas por antecipação e da taxa judiciária, an-
da causa, anotações quanto aos recursos e arqui- tes de se cancelar a distribuição deverá ser in-
vamento, com espaço reservado para observa- timada a parte para o fim de completar o valor
ções de ordem geral; devido.

II - outro INDIVIDUAL, destinado ao controle 5.2.3.2 - A contagem do prazo referido no CN


da movimentação dos processos; na oportuni- 5.2.3 terá início a partir da intimação do advo-
dade do arquivamento a respectiva ficha será gado da parte, realizada por meio de publicação
retirada e guardada em fichário apropriado. no Diário da Justiça.

5.1.3.1 - Servirá como índice do livro de Registro 5.2.4 - Restituídas pelo distribuidor, as petições
Geral de Feitos o próprio fichário geral de feitos, com os respectivos documentos ficarão sob a
pelo nome de todos os autores e réus. guarda da escrivania até sua devolução à parte,
mediante recibo.
5.1.3.2 - Os fichários poderão ser feitos pelo sis-
5.2.5 - Da autuação constarão os seguintes dados:
tema de computação.
I - o juízo, o número do registro e a natureza
5.1.4 - Nas comarcas de menor movimento fo-
do feito, o procedimento, o nome das par-
rense, autoriza-se a abertura de livros não pa-
tes com o respectivo número de RG e/ou CPF, o
dronizados, de cinqüenta (50) ou cem (100) fo-
nome dos advogados com o respectivo núme-
lhas, para Carga de Autos - Diversas, Registro
ro de inscrição na OAB, a data e o número da
de Testamentos, Registro de Depósitos e Arqui-
distribuição, o que também constará dos demais
vo de Guia de Recolhimento de Custas - GRC.
volumes dos autos;
5.1.4.1 - Os mencionados livros, todavia, obede-
II - a substituição e a sucessão das partes e dos
cerão aos mesmos critérios de escrituração dos
seus procuradores, o litisconsórcio ulterior, a
livros-padrão, conforme os adendos deste CN.
denunciação da lide, a nomeação à autoria, o
5.1.5 - O escrivão apresentará mensalmente ao chamamento ao processo, a assistência simples
Juiz, para visto, o livro de Registro de Depósi- e a litisconsorcial, os embargos à ação monitória,
tos, salvo nos meses em que não tiver ocorrido a exceção de pré-executividade, a fase de cum-
qualquer lançamento. primento da sentença e eventual impugnação, a

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substituição da pessoa jurídica pela dos sócios 5.3.4 - Nos processos cautelares, decorridos trin-
- no caso de executivo fiscal -, a intervenção de ta (30) dias da efetivação da medida liminar sem
terceiros, a intervenção do Ministério Público e que tenha havido registro e autuação da ação
de curador, bem assim a desistência ou a extin- principal, o fato será certificado, fazendo-se a
ção do processo quanto a alguma das partes. imediata conclusão dos autos.
Disso far-se-á breve referência à folha dos autos; 5.3.5 - Os mandados de prisão de depositário
III - o aditamento à inicial, a interposição de infiel deverão ser obrigatoriamente assinados
embargos, o agravo retido, a reconvenção, o pelo juiz.
pedido contraposto, a reunião de processos, o
apensamento e o desapensamento de autos, a SEÇÃO 04
sobrepartilha, a conversão da ação e do procedi-
mento, a assistência judiciária gratuita, a proibi- CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
ção de retirada dos autos e o segredo de justiça, 5.4.1 - As intimações dos advogados, mediante
também com breve referência a folha dos autos; carta postal ou mandado, serão realizadas de
IV - a penhora nos rosto dos autos, com referên- forma precisa, observando-se também as nor-
cia precisa no verso da autuação; mas referentes à intimação pelo Diário da Jus-
tiça. As intimações do Ministério Público e do
V - a data da concessão da liminar, nos manda- defensor público serão efetuadas pessoalmente,
dos de segurança, e da efetivação da medida li- dispensada a expedição de mandado, mediante
minar, nos processos cautelares, mencionando- certidão e ciência nos autos.
se a folha dos autos.
5.4.1.1 - Nos processos em que atuem em razão
VI - a data da concessão da tutela antecipada, das atribuições de seus cargos, os ocupantes dos
bem como a data da liminar concedida em ação cargos das carreiras de Procurador Federal e de
civil pública, mencionando-se a folha dos autos. Procurador do Banco Central do Brasil serão in-
timados e notificados pessoalmente
5.2.5.1 - As alterações constantes do item II, ex-
ceto quanto à sucessão de procuradores, e as do 5.4.2 - Apresentado o rol de testemunhas, no
item III relativamente à reconvenção, ao pedido prazo legal, ou naquele que o juiz fixar (art. 407
contraposto e à conversão da ação serão comu- do CPC), a escrivania expedirá desde logo o
nicadas ao distribuidor, para a devida averba- mandado de intimação, salvo se a parte expres-
ção. samente o dispensar.
5.2.5.2 - - Os embargos à ação monitória e a ex- 5.4.3 - - Salvo manifestação em contrário da
ceção de pré-executividade serão juntados nos parte, os editais serão expedidos por extrato,
próprios autos, não dependendo de distribui- contendo os requisitos obrigatórios, além de ca-
ção, nem do pagamento de custas. beçalho destacado com a finalidade do ato (ci-
tação, intimação) e o nome do seu destinatário.
5.2.6 - As escrivanias informatizadas poderão
utilizar etiquetas para autuações, observando- 5.4.3.1 - Nos editais de citação e naqueles para
se os requisitos do CN 5.2.5. conhecimento de terceiros, o teor do seu resu-
mo será solicitado à parte interessada; não
SEÇÃO 03 sendo fornecido em prazo razoável, serão ex-
pedidos com a transcrição integral da petição
CONCLUSÃO E MANDADOS inicial, após consulta ao juiz.
5.3.1 - As conclusões dos autos ao juiz devem 5.4.3.2 - Nos demais editais, compete a escriva-
ser realizadas diariamente, sem limite de núme- nia redigi-los de forma sucinta.
ro de processos. Não é permitida a permanên- 5.4.3.3 - Os editais para citação e intimação de
cia dos autos na escrivania, a pretexto de que pessoas jurídicas deverão conter os nomes dos
aguardam conclusão. sócios-gerentes ou diretores.
5.3.2 - - Nenhum processo permanecerá parali- 5.4.3.4 - Os editais extraídos de processos que
sado na escrivania por prazo superior a trinta tramitam em segredo de justiça conterão so-
(30) dias, salvo determinação judicial em con- mente o indispensável à finalidade do ato. O re-
trário. Neste caso, vencido o prazo, a escrivania lato da matéria de fato, se necessário, será feito
certificará o fato e realizará a imediata conclu- com terminologia concisa e adequada, evitan-
são dos autos. do-se expor a intimidade das partes envolvidas
5.3.3 - Na hipótese de prazo comum às partes, ou de terceiros.
os autos serão conclusos somente depois do res- 5.4.4 - - Em caso de abandono do processo, a
pectivo decurso, salvo se, antes do seu exauri- requerimento da parte interessada, a escrivania,
mento, todos já tiverem se pronunciado ou se independente de determinação judicial, sem
houver requerimento urgente a ser apreciado. prejuízo do disposto no Capítulo 2, Seção 19, in-

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timará pessoalmente a parte, pelo correio (carta 5.5.2.2 – A serventia deverá exercer rigoroso
com AR), com a advertência do artigo 267, § 1º controle de movimentação dos feitos que sairão
do Código de Processo Civil, publicando tam- em carga rápida, devendo um servidor acompa-
bém tal intimação no Diário da Justiça a fim de nhar o interessado até o local de extração de có-
cientificar o advogado. pias, retornando ao seu local de trabalho com os
5.4.5 - Devolvidos à escrivania mandado, carta autos, desde que não importe em prejuízo para
precatória ou qualquer outro expediente com o serviço público.
diligência parcial ou totalmente infrutífera, ou 5.5.2.3 – Caso não seja possível dar atendimento
seja, sem a prática de todos os atos, a parte inte- ao item anterior, deverá ser autorizada a carga
ressada será intimada para se manifestar, inde- rápida, desde que seja procedida à anotação
pendentemente de determinação judicial. em livro carga, mediante prévia apresentação
5.4.6 - O INCRA deverá ser intimado da senten- de documento de identificação, bem como, do
ça de usucapião de imóvel rural para fins de ca- comprovante de endereço devidamente atuali-
dastramento na forma do § 5° do art. 22 da Lei zado, cujas informações deverão ser anotadas,
n° 4.947, de 06.04.1966. par fins de controle.
5.5.2.4 - Na devolução do processo pelo advo-
SEÇÃO 05 ADVOGADO gado, a Serventia deverá fazer conferência dos
5.5.1 - O Juiz deve velar para que, em todas as autos, a fim de verificar sua integralidade.
petições submetidas a despacho, sejam indica- 5.5.3 - As intimações aos advogados em cartas
dos pelo advogado que as subscrever o número precatórias deverão obedecer ao disposto no
da sua inscrição na OAB e seu nome, de forma item 5.7.8 deste CN.
legível.
5.5.2 - Os advogados terão direito à vista e à car- SEÇÃO 06 PERITO
ga dos autos, nas hipóteses previstas no art. 40 5.6.1 - A nomeação de perito deverá recair, sem-
do CPC. Quando o prazo for comum às partes, pre que possível, em profissional habilitado,
só em conjunto ou mediante ajuste prévio por inscrito nas respectivas entidades de controle
petição poderão os seus procuradores retirar os do exercício da profissão.
autos.
5.6.1.1 - - No caso de perícia da área de enge-
5.5.2.1 - Além dos advogados e estagiários re- nharia, arquitetura e agronomia, a comprovação
gularmente inscritos na Ordem dos Advogados da capacidade técnica do profissional será feita
do Brasil, constituídos procuradores de uma por meio da Anotação de Responsabilidade Téc-
das partes (EAOAB, artigos 3°, §2° e 7°, incisos
nica - ART, na forma do disposto no art. 1º da
XIII, XV e XVI), poderão retirar autos judiciais
Lei nº 6.496, de 07.12.1977.
e administrativos, em carga, pessoas autoriza-
das com procuração expressa nesse sentido do 5.6.1.2 - A aceitação do encargo é obrigatória,
procurador habilitado, desde que o feito não podendo o perito escusar-se no prazo legal, nas
tramite em segredo de justiça ou contenha in- seguintes hipóteses:
formação protegida por sigilo fiscal e bancário.
I - ocorrência de força maior;
5.5.2.1.1 - A referida autorização escrita deverá
II - tratar-se de perícia relativa a matéria sobre
conter expressa afirmação de que o subscritor
a qual considere-se inabilitado para apreciá-la;
assume responsabilidade pessoal, civil, criminal
e administrativa, se vier a ocorrer danificação ou III - versar a perícia sobre questão a que não
extravio total ou parcial dos autos do processo possa responder sem grave dano a si próprio,
enquanto estiver em carga, bem como que se dá bem como a seus familiares;
por intimado e ciente de todos os atos havidos
IV - versar a perícia sobre fato em relação ao
no processo no momento da carga.
qual esteja obrigado a guardar sigilo;
5.5.2.1.2 – As pessoas indicadas no item 5.5.2.1,
V - se for militar ou servidor público, salvo re-
assim como os advogados sem procuração,
quisição ao seu superior hierárquico;
poderão retirar autos judiciais e administrati-
vos, que não tramitam em segredo de justiça VI- versar a perícia sobre assunto em que inter-
ou contenham informação protegida por sigilo veio como interessado;
fiscal ou bancário, bem como, aqueles em que
VII - se for suspeito ou impedido.
não haja necessidade de praticar ato urgente,
em carga rápida a fim de obter fotocópia, pelo 5.6.1.3 - A gratuidade processual concedida à
prazo de uma hora, ressalvado que o exercício parte postulante da perícia não constitui motivo
desse direito deve ser compatibilizado com o legítimo para escusar o perito do encargo, po-
horário de expediente destinado ao atendimen- rém este não está obrigado a custear as despesas
to ao público. que venha a ter para a realização da perícia.

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5.6.2 - O perito e os assistentes técnicos não es- 5.7.4 - As cartas precatórias remetidas pelo cor-
tão sujeitos a termo de compromisso. reio deverão estar acompanhadas de cheque em
valor compatível com as custas previsíveis para
5.6.3 - A remuneração do perito deverá ser de-
o cumprimento.
positada, se cabível, antes da realização da di-
ligência. 5.7.4.1 - Excetuadas as hipóteses de assistência
judiciária e de final pagamento, como as causas
5.6.4 - O perito poderá ter vista dos autos fora da
da Fazenda Pública, recebidas cartas precatórias
escrivania por prazo fixado pelo juiz quando de
desacompanhadas de valor destinado à anteci-
sua nomeação e para elaboração do laudo.
pação de custas, ou com valor insuficiente, será
5.6.4.1 - O juiz providenciará a intimação das solicitada ao juízo deprecante a remessa ou a
partes quando da entrega do laudo pericial, complementação da importância. Não atendida
correndo daí o prazo de dez (10) dias estabeleci- a solicitação, no prazo de trinta (30) dias, poderá
do no art. 433, parágrafo único, do CPC. ser devolvida a carta, cancelando-se previamen-
te a sua distribuição.
SEÇÃO 07
5.7.5 - Não efetuada a antecipação das custas,
CARTAS PRECATÓRIAS nem sendo retirada a precatória, pela parte, no
prazo de trinta (30) dias, salvo prazo menor fi-
5.7.1 - As cartas precatórias serão expedidas xado pelo juiz, o fato será certificado e os autos,
sempre em papel timbrado e mencionarão em conclusos.
destaque e no seu preâmbulo:
5.7.6 - As cartas precatórias, remetidas pelo cor-
I - a indicação dos juízos de origem e de cumpri- reio, serão postadas mediante registro, lançan-
mento do ato; do-se certidão nos autos e arquivando-se o com-
II - identificação do processo e das partes, o va- provante na escrivania.
lor e a natureza da causa, e a data do seu 5.7.6.1 - Se entregues diretamente à parte inte-
ajuizamento; ressada, será lavrada certidão nos autos, colhen-
III - a menção ao ato processual, que constitui do-se o correspondente recibo.
o objeto; 5.7.7 - Se a carta precatória for devolvida à escri-
IV - menção ao prazo dentro do qual deverá ser vania com diligência parcial ou totalmente in-
cumprida a carta; frutífera, ou seja, sem a prática de todos os atos,
a parte interessada será intimada, independen-
V - menção às peças processuais e documentos temente de determinação judicial.
que a acompanham;
5.7.8 - As intimações aos advogados em cartas
VI - tratar-se de justiça gratuita, quando for o precatórias deverão, de regra, ser efetuadas pelo
caso. juízo deprecado, observadas as normas para as
5.7.2 - Devem acompanhar obrigatoriamente as intimações via postal e pelo Diário da Justiça.
cartas precatórias: 5.7.9 - Ao retornarem cumpridas as precatórias,
I - o inteiro teor da petição, do despacho judi- deve ser observado o disposto no CN 2.3.5.1.
cial e do instrumento de mandato conferido ao 5.7.10 - Salvo determinação judicial em contrá-
advogado; rio, das precatórias constará o prazo de trinta
II - tendo por objeto citação, tantas cópias da (30) dias para cumprimento. Para resposta a ex-
inicial quantas forem as pessoas a citar, acresci- pediente do juízo, o prazo será de dez (10) dias.
das de mais uma, que a integrará; 5.7.10.1 - Decorridos os prazos sem a prática do
III - outras peças processuais que devam ser ato, a escrivania certificará a ocorrência, fazendo
conclusão dos autos.
examinadas, na diligência, pelas partes, peritos
ou testemunhas. 5.7.11 - Nas cartas precatórias para citação em
processo de conhecimento, cautelar e para a
5.7.2.1 - As cartas precatórias para execução por
prática de ato de execução, a baixa será feita
quantia certa conterão conta atualizada do dé-
mediante comunicação do juízo deprecante ou
bito principal e dos acessórios, inclusive hono-
sob certidão por este expedida, dando conta da
rários advocatícios estipulados pelo juiz e todas
extinção do processo.
as despesas processuais relativas ao juízo depre-
cante. 5.7.11.1 - Nos demais casos a baixa será feita, in-
dependentemente de determinação judicial, por
5.7.3 - As cartas precatórias devem ser expedi-
ocasião da devolução da carta precatória.
das em três vias no mínimo e, juntamente com
as peças que a instruírem, serem autenticadas 5.7.12 - A expedição de cartas precatórias cíveis
pela serventia com carimbo e rubrica do escri- deverá obedecer às orientações expressas na se-
vão, sendo encerrada, com a assinatura do juiz. ção 5 do capítulo 3 deste CN.

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SEÇÃO 08 5.8.4 - Na execução das obrigações de fazer e


de não fazer, constará do mandado de citação
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA E PROCESSOS o prazo fixado pelo juiz na forma dos art. 632 e
DE EXECUÇÃO 642 do CPC, bem como o prazo para embargar,
de quinze dias, contado da juntada aos autos do
SUBSEÇÃO 1 CUMPRIMENTO DA SENTENÇA mandado de citação (CPC, art. 738).
5.8.1 - O cumprimento da sentença, provocado
por requerimento do credor, será comunicado SUBSEÇÃO 5
ao distribuidor para anotação na ficha do pro-
cesso, noticiando a ocorrência ou não de inver- EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL POR
são nos pólos da relação processual. QUANTIA CERTA

5.8.1.1 - Deferido o cumprimento da sentença na 5.8.5 - Na execução de título extrajudicial por


forma do parágrafo único do art. 475-P do CPC, quantia certa contra devedor solvente, a escri-
será dada baixa na distribuição originária, ano- vania expedirá o mandado de citação em três (3)
tando-se a remessa; perante o juízo para o qual vias.
remetidos os autos, haverá nova distribuição e
5.8.5.1 - Constará no mandado o prazo de três
autuação.
(3) dias para efetuar o pagamento da dívida e
5.8.1.2 - Recebida a impugnação ao cumprimen- de quinze (15) dias para, querendo, opor-se à
to da sentença, será ela comunicada ao distri- execução por meio de embargos, consignando-
buidor para anotação, ouvindo-se o credor no se, ainda, o disposto nos art. 652-A, parágrafo
prazo de quinze (15) dias. único, e 745- A do CPC.
5.8.1.3 - Não sendo concedido efeito suspensivo 5.8.5.2 - A primeira via do mandado deverá ser
à impugnação, ou sendo prestada a caução a juntada aos autos logo após a citação; a segunda
que se refere o art. 475-M, § 1º, do CPC, o escri- será retida pelo oficial de justiça e servirá para
vão formará autos apartados, com a petição de continuidade dos atos executórios, caso não efe-
impugnação, eventuais documentos que a ins- tuado o pagamento da dívida; a terceira, desti-
truírem e cópia do despacho de recebimento, nada a contrafé, será entregue ao devedor por
dando seqüência ao processo principal em que ocasião da citação.
será certificada a ocorrência.
5.8.5.3 - O prazo para pagamento será contado
5.8.1.4 - Aplicam-se subsidiariamente ao cum- da efetivação da citação, independentemente da
primento da sentença, no que couber, as normas juntada do mandado aos autos; por sua vez, o
deste CN relativas ao processo de execução de prazo para embargar será contado da juntada
título extrajudicial. da primeira via do mandado aos autos (CPC,
art. 738).
SUBSEÇÃO 2
5.8.5.4 - Nas execuções por carta precatória, a
CERTIDÃO DO AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO contagem do prazo para os embargos observa-
rá o disposto no art. 738, §2º, do CPC. A citação
5.8.2 - O distribuidor expedirá a certidão do
do executado poderá ser comunicada através do
ajuizamento da execução, referida no art. 615-A
sistema “mensageiro”, disciplinado pela Reso-
do CPC, independentemente de ordem judicial,
lução 01/2008, de 22/02/08, contando-se o prazo
mediante prévio requerimento do exeqüente.
para embargar a partir da juntada aos autos de
tal comunicação.
SUBSEÇÃO 3

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL PARA SUBSEÇÃO 6


ENTREGA DE COISA CERTA
REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES À RECEITA
5.8.3 - Na execução para entrega de coisa certa, FEDERAL
conforme art. 621 do CPC, o devedor será citado
para, dentro de dez (10) dias, satisfazer a obriga- 5.8.6 - A requisição de informações cadastrais
ção ou, em quinze (15) dias, independentemen- e cópias de declarações de bens e rendimentos
te de segurança do juízo, apresentar embargos à Receita Federal será realizada mediante ofí-
(CPC, art. 738), contando-se os prazos da junta- cio assinado pelo juiz, e, ao ser entregue pela
da aos autos do mandado de citação. escrivania em mãos do advogado da parte so-
licitante, será por ele encaminhada, salvo se o
SUBSEÇÃO 4 requerente for o Ministério Público ou houver
determinação judicial em contrário, hipótese em
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL que a remessa se fará diretamente pela escriva-
OBRIGAÇÕES DE FAZER E DE NÃO FAZER nia.

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5.8.6.1 - Os documentos fiscais remetidos pela constrição (penhora, arresto ou seqüestro), deve
Receita Federal, salvo determinação judicial efetuar a comunicação ao depositário público da
em contrário, serão arquivados em cartório, ob- comarca, mesmo quando nomeado depositário
jetivando a preservação do sigilo fiscal, ressal- particular, para anotação no livro de Registro de
vando-se o direito à consulta e extração de cópia Penhora, Arresto, Seqüestro e Depósitos. Quan-
pela parte, certificando-se nos autos o dia, horá- do a constrição for objeto de termo nos autos, a
rio e qualificação completa de quem teve acesso comunicação do fato ao depositário público será
aos dados. realizada diretamente pela escrivania.
5.8.6.2 - Ressalvados os casos de isenção, gratui- 5.8.8.1 - - A escrivania intimará o exeqüente
dade ou urgência, o que deverá constar expres- para fins do contido no art. 659, § 4.º, do CPC,
samente da requisição, a escrivania cientificará observando-se, quando ocorrer a hipótese, a re-
a parte de que o atendimento da requisição está gra do art. 615, II, do mesmo Código.
subordinado às exigências do órgão fiscal, como
pagamento de taxas. 5.8.8.2 - Salvo o disposto no CN 16.5.5, o registro
de atos constritivos (penhora, arresto ou seqües-
SUBSEÇÃO 7 SISTEMA BACEN JUD tro) na serventia imobiliária será feito indepen-
dentemente da expedição de mandado, deven-
5.8.7 - A requisição de informações sobre a exis- do vir aos autos certidão probatória do registro
tência de valores em conta corrente, conta de efetuado, à vista de:
poupança, de investimento e de outros ativos
financeiros em nome do executado, será trans- I - cópia do respectivo auto ou termo que conte-
mitida ao Banco Central preferencialmente por nha os elementos previstos no art. 665 do CPC,
meio eletrônico, via sistema Bacen Jud, poden- acompanhado da petição inicial;
do ser determinado pelo juiz, no mesmo ato, a II - pagamento de emolumentos devidos à ser-
sua indisponibilidade, até o valor indicado na ventia;
execução (débito atualizado, mais honorários e
despesas processuais). III - comprovante de recolhimento das receitas
devidas ao FUNREJUS.
5.8.7.1 - Protocolada a ordem eletrônica, decor-
rido o período de processamento pelas institui- 5.8.8.3 - - A constrição incidente sobre veículo
ções financeiras, consoante prazo estabelecido sujeito à certificado de registro será comunicada
no manual básico de utilização, deverá ser rea- ao DETRAN para lançamento no cadastro res-
lizada consulta ao sistema Bacen Jud a fim de pectivo, preferencialmente por meio eletrônico.
certificar o seu atendimento.
SUBSEÇÃO 9 AVALIAÇÃO
5.8.7.2 - Confirmado o bloqueio, o juiz emitirá
ordem eletrônica de transferência de valores 5.8.9 - A avaliação será feita pelo oficial de jus-
para conta judicial remunerada, em estabeleci- tiça (CPC, art. 475-J e 652, §1º), e não dispon-
mento oficial de crédito, conforme dispõe o art. do ele de conhecimentos especializados, o juiz
666, I, do CPC. Na mesma ordem de transferên- determinará a remessa dos autos ao avaliador
cia, o juiz deverá informar se mantém ou des- judicial ou, se necessário, nomeará avaliador
bloqueia o saldo remanescente, se houver. perito.
5.8.7.3 - Constatado o bloqueio de valores irri- 5.8.9.1 - Caso o magistrado defira requerimento
sórios, será deliberado sobre a conveniência de para que a avaliação seja realizada por avalia-
manutenção da ordem. dor, o oficial de justiça somente efetuará a pe-
nhora e intimação da constrição, procedendo,
5.8.7.4 - O acesso dos magistrados ao sistema
em seguida, a devolução do mandado em car-
Bacen Jud será feito por intermédio de senha
tório.
pessoal e intransferível, após o cadastramento
efetuado pelo Master do Tribunal de Justiça.
SUBSEÇÃO 10
5.8.7.5 - Observados os critérios e limites de
atuação disciplinados no convênio, podem ser INTIMAÇÃO DA PENHORA E AVALIAÇÃO
cadastrados usuários com perfil de assessor in- 5.8.10 - Realizada a avaliação de bens, proceder-
dicados pelo magistrado. se-á a intimação das partes, independentemente
5.8.7.6 - Somente a senha do magistrado per- de despacho.
mitirá a requisição de informações, ordem de
5.8.10.1 - Da intimação constará:
indisponibilidade, transferência de valores e a
liberação de contas e de aplicações financeiras. I - ciência às partes sobre a constrição;
II - abertura de prazo de cinco (5) dias ao exe-
SUBSEÇÃO 8 ATOS DE CONSTRIÇÃO
qüente para se manifestar sobre a forma de ex-
5.8.8 - O oficial de justiça, ao realizar atos de propriação (CN 5.8.11);

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III - abertura de prazo ao executado para apre- IV - o preço mínimo, as condições de pagamen-
sentação de impugnação ao cumprimento da to e as garantias;
sentença, nos casos processados nos termos do
V - nos casos de alienação por meio de corretor,
art. 475-J e seguintes do CPC.
o profissional responsável e a comissão de cor-
5.8.10.2 - Recaindo a penhora em dinheiro ou retagem (a ser suportada pelo adquirente).
sendo dispensada a avaliação (CPC, art. 684),
5.8.13.1 - Ao longo do prazo fixado no inciso I
proceder-se-á, desde logo, à intimação referida
do item 5.8.13, as propostas serão apresentadas
no item 5.8.10.1.
ao responsável pela alienação (exeqüente ou
corretor), que na data marcada procederá a en-
SUBSEÇÃO 11 ATOS DE EXPROPRIAÇÃO
trega em juízo.
5.8.11 - O início dos atos de expropriação de
5.8.13.2 - Juntadas as propostas aos autos, fica-
bens consistirá na intimação do credor para se
rão à disposição das partes para consulta.
manifestar sobre:
5.8.13.2.1 - Ao proceder a intimação das partes
I - adjudicação do(s) bem(ns) penhorado(s);
do ato previsto no item 5.8.13, o escrivão con-
II - alienação por iniciativa própria ou por inter- signará a possibilidade de exame das propostas,
médio de corretor credenciado perante a autori- dispensando-se intimação posterior.
dade judiciária;
5.8.13.3 - A escrivania expedirá ofícios requisi-
III - alienação em hasta pública; tando as certidões relacionadas no item 5.8.14.2,
IV - usufruto de bem móvel ou imóvel. observando-se, no pertinente, o estabelecido
nos itens 5.8.14.3, 5.8.14.4, 5.8.14.5 e 5.8.14.6.
5.8.11.1 - - Não se efetuará a adjudicação ou
alienação de bem do executado sem que da exe- 5.8.13.4 - No dia, hora e local marcado para a
cução seja cientificado, por qualquer modo idô- alienação, o juiz apreciará as propostas e será
neo e com pelo menos dez (10) dias de antece- imediatamente lavrado o termo em relação
dência, o senhorio direto, o credor com garantia àquela que for reputada vencedora.
real ou com penhora anteriormente averbada, 5.8.13.5 - O termo de alienação será subscrito
que não seja de qualquer modo parte na execu- pelo juiz, pelo exeqüente, pelo adquirente e, se
ção (CPC, art. 698). for presente, pelo executado, cuja ausência não
5.8.11.2 - O executado será cientificado do dia, comprometerá o aperfeiçoamento da alienação.
hora e local da adjudicação e da alienação, por in- 5.8.13.6 - Poderão ser habilitados e cadastrados
termédio de seu advogado ou, se não tiver procu- para intermediar a venda de imóveis, os corre-
rador constituído nos autos, por meio de manda- tores que estiverem aptos e no exercício da pro-
do, carta registrada, edital ou outro meio idôneo, fissão por não menos de cinco (5) anos, aferidos
podendo, até antes de assinado o auto ou termo, por certidão atualizada fornecida pelo CRECI.
remir a execução na forma do art. 651 do CPC.
5.8.13.7 - O cadastro dos corretores habilitados
SUBSEÇÃO 12 ADJUDICAÇÃO deverá ser mantido atualizado perante a auto-
ridade judiciária, à qual competirá escolher o
5.8.12 - A adjudicação do(s) bem(ns) penhora- profissional para processar a alienação por ini-
do(s) não se realizará por preço inferior ao da ciativa particular.
avaliação. Se o valor do crédito for inferior ao
dos bens penhorados, o adjudicante depositará 5.8.13.8 - As despesas de publicidade correrão
de imediato a diferença, na forma regulada pelo por conta do profissional credenciado.
art. 685-A do CPC. 5.8.13.8.1 - À vista de circunstâncias particulares
de cada caso, a serem apreciadas pelo juízo da
SUBSEÇÃO 13 execução, poderão as despesas de publicidade
ser atribuídas à conta do executado, sem prejuí-
ALIENAÇÃO POR INICIATIVA PARTICULAR zo à sua antecipação pelo corretor, caso em que
5.8.13 - Deferindo a alienação por iniciativa par- o juiz fixará no ato a que se refere o item 5.8.13 o
ticular, o juiz estabelecerá: limite de gastos, compatível com o valor do bem
e com o valor da dívida.
I - o prazo dentro do qual a alienação deverá
ser efetivada, marcando a data para entrega das 5.8.13.9 - Quando promovida a alienação por
propostas em juízo; iniciativa própria, o exeqüente adiantará as des-
pesas de publicidade, a serem atribuídas à conta
II - o dia, hora e local em que o termo de aliena-
do executado, caso em que o juiz fixará no ato
ção será lavrado;
a que se refere o item 5.8.13 o limite de gastos,
III - a forma de publicidade, inclusive com o compatível com o valor do bem e com o valor
concurso de meios eletrônicos; da dívida.

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5.8.13.10 - O corretor credenciado, assim como lizados, bem como as respectivas datas. Se a
o exeqüente quando promover a alienação por conta ou o laudo datarem de mais de trinta
sua própria iniciativa, deverá cientificar os inte- (30) dias, a própria escrivania providenciará a
ressados na compra com as informações indis- atualização mediante aplicação do índice oficial
pensáveis sobre o imóvel objeto da alienação, adotado judicialmente. Neste caso, do edital
notadamente: constará o valor primitivo, o valor atualizado e
as suas datas. No caso de avaliação feita há mais
I - número do processo judicial e a comarca
de seis meses, serão conclusos os autos para a
onde se processa a execução;
devida apreciação.
II - data da realização da penhora;
5.8.14.1 - O juiz poderá determinar a reunião de
III - a existência, ou não, de ônus ou garantias publicações em listas referentes a mais de uma
reais; de penhoras anteriores sobre o mesmo execução.
imóvel; de outros processos contra o mesmo de-
5.8.14.2 - Antes da designação da praça, serão
vedor; de débitos fiscais federais, estaduais ou
requisitadas:
municipais;
I - certidão atualizada do registro imobiliário;
IV - valor da avaliação judicial;
II - certidão do depositário público;
V - preço mínimo fixado para a alienação, as
condições de pagamento e as garantias que ha- III - o CCIR do INCRA em relação à imóvel ru-
verão de ser prestadas, em se tratando de pro- ral.
posta de pagamento parcelado;
5.8.14.3 - A certidão referida no inciso III do
VI - a informação de que a alienação será forma- item 5.8.14.2 não será requisitada caso o núme-
lizada por termo nos respectivos autos onde se ro do CCIR do INCRA já conste da matrícula do
processa a execução; imóvel.

VII - a informação de que a alienação poderá ser 5.8.14.4 - A realização da praça será comunica-
tornada sem efeito nas seguintes hipóteses: se da mediante correspondência com aviso de re-
não forem prestadas as garantias exigidas pelo cebimento ou por meio digital:
juízo; se o proponente provar, nos cinco dias I - Às Fazendas Públicas do Estado e do Muni-
seguintes à assinatura do termo de alienação, cípio, à Receita Federal e, quando a parte execu-
a existência de ônus real ou gravame, até então
tada for pessoa física, ao INSS, devendo constar
não mencionado; e nos casos de ausência de pré-
do ofício que o imóvel será levado à praça, com
via notificação da alienação ao senhorio direto,
indicação precisa do número dos autos, nome
ao credor com garantia real ou com penhora an-
das partes e valor do débito;
teriormente averbada, que não seja de qualquer
modo parte na execução (CPC, art. 698); II - Ao Instituto Ambiental do Paraná - IAP.
VIII - o nome do corretor responsável pela inter- 5.8.14.5 - Tratando-se de veículo sujeito a certi-
mediação, com endereço e telefone; ficado de registro, antes da expedição do edital
de leilão será requisitada certidão atualizada de
IX - o valor da comissão de corretagem arbitra- propriedade, a ser expedida pelo DETRAN, jun-
do pelo juiz, a ser suportado pelo adquirente.
tando-se aos autos.
5.8.13.11 - Caberá ao exeqüente ou ao corretor, 5.8.14.7. Para fins de alienação judicial pela via
conforme a hipótese, ao entregar as propostas de eletrônica, serão consideradas habilitadas para
aquisição em juízo, apresentar documento com- realização da alienação, nessa modalidade, as
probatório do cumprimento do item 5.8.13.10. entidades públicas ou privadas credenciadas
5.8.13.12 - O valor obtido na alienação por ini- pela Corregedoria-Geral da Justiça, mediante
ciativa particular será depositado em conta ju- cadastro de leiloeiros e arrematantes, desenvol-
dicial remunerada, aberta em estabelecimento vido pela Secretaria de Tecnologia da Informa-
oficial de crédito. ção, nos termos de regulamentação técnica
própria.
5.8.13.13 - Em caso de pagamento do preço em
parcelas, os honorários profissionais serão reti- 5.8.14.7.1. Por motivo relevante, qualquer enti-
dos e pagos proporcionalmente ao corretor, à dade poderá ser descredenciada a realizar alie-
medida que forem quitadas. nação judicial pela via eletrônica, assegurado ao
interessado o direito de defesa.
SUBSEÇÃO 14 ALIENAÇÃO EM HASTA PÚBLICA
5.8.14.7.2. Todo magistrado, que tiver conheci-
5.8.14 - Na alienação em hasta pública, o edi- mento de fato relevante, que pode redundar no
tal de arrematação mencionará o montante do descredenciamento, deverá informá-lo imedia-
débito e da avaliação dos bens em valores atua- tamente à Corregedoria- Geral da Justiça.

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Noções de Direito e Legislação

5.8.14.8. O interessado em participar da alie- por, no mínimo vinte dias, e se encerrará em dia
nação judicial eletrônica deverá se cadastrar, e hora previamente definidos no edital.
previamente, no site em que se desenvolverá a
5.8.14.18. Em segundo pregão, não serão admiti-
alienação. Questões incidentais a respeito serão
dos lanços inferiores a 60% (sessenta por cento)
submetidas à apreciação judicial.
do valor da avaliação, ressalvada determi-
5.8.14.9. O cadastramento é gratuito e requisito nação judicial diversa.
indispensável para a participação na alienação
5.8.14.18.1. Igual regra se aplica aos bens infe-
judicial eletrônica.
riores a 60 (sessenta) salários mínimos, desde
5.8.14.10. Caberá ao gestor do sistema de alie- que determinado pelo juiz do feito e publicado
nação judicial eletrônica (entidades credencia- o edital no sítio eletrônico do gestor, sem ônus
das na forma do art. 2º) a definição dos critérios para as partes.
de participação na alienação judicial eletrônica,
5.8.14.19. Nas alienações que exigirem condições
com o objetivo de preservar a segurança e a con-
especiais, o sítio irá sempre publicar as normas
fiabilidade dos lanços.
específicas da alienação para que o usuário de-
5.8.14.10.1. O cadastro de licitantes será eletrôni- las tome conhecimento e forneça os documentos
co e sujeito à conferência de identidade em ban- necessários que o habilite para ofertar lanços.
co de dados oficial.
5.8.14.20. Sobrevindo lanço, nos três minutos
5.8.14.11. O gestor confirmará ao interessado antecedentes ao termo final da alienação judi-
seu cadastramento, via e-mail ou por emissão cial eletrônica, o horário de fechamento do pre-
de login e senha provisória, a qual será necessa- gão será prorrogado em três minutos, para que
riamente alterada pelo usuário. todos os usuários interessados tenham oportu-
nidade de ofertar novos lanços.
5.8.14.11.1. O uso indevido da senha, que é pes-
soal e intransferível, é de exclusiva responsabili- 5.8.14.21. Durante a alienação, os lanços deverão
dade do usuário. ser oferecidos diretamente no sistema do gestor
e imediatamente divulgados de modo a viabili-
5.8.14.12. Os bens penhorados serão oferecidos
zar a preservação do tempo real das ofertas.
pelo especificamente designado pela unidade
judiciária a que se vincular o processo corres- 5.8.14.21.1. Não será admitido sistema no qual
pondente, com descrição detalhada e sempre os lanços sejam remetidos por e posteriormente
que possível ilustrada, para melhor aferição de registrados no do gestor, assim como qualquer
suas características e de seu estado de conser- outra forma de intervenção humana na
vação. coleta e no registro dos lanços.
5.8.14.12.1. Para possibilitar a ilustração referida 5.8.14.22. Serão aceitos lanços superiores ao cor-
no o gestor fica autorizado a extrair fotos do rente, tendo por acréscimo mínimo obrigatório
bem e a visitá-lo, acompanhado ou não de inte- o valor informado no segundo critérios previa-
ressados na arrematação. mente aprovados pelo juiz.
5.8.14.13. Os bens a serem alienados ficarão em 5.8.14.23. A comissão devida ao gestor será
exposição nos locais indicados no na descrição paga à vista pelo arrematante e arbitrada
de cada lote, para visitação dos interessados, pelo juiz, até o percentual máximo de 5% sobre
nos dias e horários determinados. o valor da arrematação, não se incluindo no va-
lor do lanço.
5.8.14.14. Os bens serão vendidos no estado de
conservação em que se encontram, sem garan- 5.8.14.24. Com a aceitação do lanço, o sistema
tia, constituindo ônus do interessado verificar emitirá guia de depósito judicial identificado,
suas condições, antes das datas designadas vinculado ao juízo da execução.
para as alienações judiciais ele-
5.8.14.24.1 A comissão do gestor ser-lhe-á paga,
trônicas.
mediante recolhimento de guia, creditada em
5.8.14.15. O gestor suportará os custos e se en- conta judicial, mediante posterior libe-
carregará da divulgação da alienação, obser- ração pelo juiz.
vando as disposições legais e as determinações
5.8.14.25. O arrematante terá o prazo de até 24
judiciais a respeito.
(vinte e quatro) horas para efetuar os depósitos
5.8.14.16. O primeiro pregão da alienação judi- mencionados no artigo anterior, salvo disposi-
cial eletrônica começa no primeiro dia útil sub- ção judicial diversa.
sequente ao da publicação do edital.
5.8.14.26. O auto de arrematação será assinado
5.8.14.17. Não havendo lanço superior à impor- pelo juiz, após a comprovação efetiva do paga-
tância da avaliação, nos três dias subsequentes mento integral do valor da arrematação e da co-
ao da publicação do edital, seguir-se-á, sem in- missão, dispensadas as demais assinaturas re-
terrupção, o segundo pregão, que se estenderá feridas no art. 694 do Código de Processo Civil.

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5.8.14.27. Não sendo efetuados os depósitos, divulgação das hastas públicas em jornais de
o gestor comunicará imediatamente o fato ao grande circulação, elaborações de projetos e ins-
juízo, informando também os lanços imediata- talações de equipamentos de multimídia, con-
mente anteriores, para que sejam submetidos à tratação de pessoal para os procedimentos do
apreciação do juiz, sem prejuízo da aplicação da leilão, despesas com aquisição de e equipamen-
sanção prevista no art. 695 do CPC, podendo ser tos de informática, de transmissão etc.
homologada a arrematação ao segundo coloca-
5.8.14.34. A estrutura física de conexão externa
do, mediante sua concordância e, desde que o
de acesso e segurança ao provedor é de inteira
lanço oferecido seja, no mínimo, de valor igual à
responsabilidade do gestor, atendendo as espe-
avaliação, se na primeira data ou, salvo determi-
cificações técnicas do edital de habilitação.
nação judicial distinta, de 60% do valor
da avaliação, se na segunda. 5.8.14.34.1. Caso a alienação judicial eletrônica
não possa se realizar em razão de força maior,
5.8.14.28. O arrematante que, injustificadamen- seu início se verificará de imediato no primei-
te, deixar de efetuar os depósitos, se assim o de- ro dia útil posterior à cessação do impedimen-
clarar o juiz do processo, terá seu nome inscrito to, independentemente de novas providências
no Cadastro de Arrematantes Remissos do Po- (arts. 688 e 689 do CPC).
der Judiciário do Estado do Paraná e não poderá
mais participar das alienações judiciais eletrôni- 5.8.14.35. O gestor deverá obedecer rigorosa-
cas, pelo período de um ano, podendo, ainda, mente a todos os preceitos deste Provimento e
ser responsabilizado por tentativa de fraude a os requisitos técnicos estabelecidos pela Comis-
leilão público (artigos 335 e 358 do Código Pe- são Permanente de Leilão Eletrônico.
nal) e também por possíveis prejuízos financei- 5.8.14.36. No caso de o Gestor também realizar
ros a qualquer das partes envolvidas no leilão, alienações eletrônicas para outras pessoas físi-
aí incluída a comissão do leiloeiro (art. cas ou jurídicas ou para outras entidades públi-
23 da LEF). cas, fica de logo advertido de que, para obter ou
5.8.14.29. Para garantir o bom uso do e a inte- manter sua autorização para realizar as hastas
gridade da transmissão de dados, o juiz da exe- públicas do Tribunal de Justiça do Paraná, não
cução poderá determinar o rastreamento do nú- poderá levar à alienação (mesmo que sob a res-
mero do IP da máquina utilizada pelo usuário ponsabilidade de terceiros) qualquer produto
para oferecer seus lanços. que tiver sua venda proibida ou não se
enquadrar na concepção de pro-
5.8.14.30. O gestor deverá disponibilizar ao juí- duto legal.
zo da execução acesso imediato à alienação, a
fim de comunicar decisões proferidas durante 5.8.14.37. Os lanços e dizeres inseridos na corre-
sua realização ou suspendê-la. rão exclusivamente por conta e risco do usuário.

5.8.14.30.1. Ao Ministério Público e às Procura- 5.8.14.38. Eventuais ocorrências ou problemas,


dorias das Fazendas Públicas (União, Estado e que possam afetar ou interferir nas regras deste
Município), será permitido o acesso ao sistema Provimento, serão dirimidos pelo juiz compe-
de alienação judicial eletrônica para aposição de tente para a alienação, se assim entender neces-
suas manifestações. sário, exceto as questões relacionadas ao cre-
denciamento das empresas gestoras, que serão
5.8.14.31. Correrão por conta do arrematante as resolvidas pelo Corregedor-Geral de Justiça.
despesas e os custos relativos à desmontagem,
remoção, transporte e transferência patri- SUBSEÇÃO 15
monial dos bens arrematados.
5.8.14.32. Serão de exclusiva responsabilidade PROVIDÊNCIAS NA ADJUDICAÇÃO,
do gestor os ônus decorrentes da manutenção e ALIENAÇÃO OU ARREMATAÇÃO
operação do disponibilizado para a realização 5.8.15 - Efetuada a adjudicação, alienação ou
das alienações judiciais eletrônicas, não caben- arrematação, o auto ou termo será lavrado de
do ao Tribunal de Justiça do Paraná nenhuma imediato. Em seguida, aguardar-se-á o prazo de
responsabilidade penal, civil, administrativa ou cinco (5) dias para oferecimento de embargos,
financeira pelo uso do , do provedor de acesso certificadas tais ocorrências. Não oferecidos os
ou pelas despesas de manutenção do e do ne- embargos,serão tomadas as seguintes providên-
cessários à colocação do sistema de leilões na cias:
Rede Mundial de Computadores.
I - - no caso de móveis:
5.8.14.33. Também correrão por conta do ges-
a) realiza-se o cálculo e preparam-se as custas
tor todas as despesas com o arquivamento das
processuais;
transmissões, bem como todas as despesas ne-
cessárias ao perfeito desenvolvimento e im- b) expede-se carta ou mandado para entrega de
plantação do sistema de leilões , tais como: bens;

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c) autorizado o levantamento do preço, devol- dos registros imobiliários anteriores. Se os autos


ve-se ao executado o que sobejar ou prossegue a não contiverem dados suficientes, a escrivania
execução pelo saldo devedor, conforme o caso. intimará o interessado para que os forneça.
II - no caso de imóveis:
SUBSEÇÃO 18 CONCURSO DE PREFERÊNCIA
a) determina-se o recolhimento do imposto de
5.8.18 - Havendo mais de um credor concorren-
transmissão ;
do na disputa do preço, o juiz, de ofício ou a
b) realiza-se ou atualiza-se o cálculo; requerimento da parte, instaurará o concurso
de preferência, como incidente da fase de paga-
c) pagas as custas e autorizada a expedição de
mento, nos próprios autos.
carta e o levantamento do preço, devolve-se ao
executado o que sobejar ou prossegue a execu-
SUBSEÇÃO 19 LIBERAÇÃO DE VALORES
ção pelo saldo devedor, conforme o caso.
5.8.19 - Nas arrematações e alienações por
SUBSEÇÃO 16 iniciativa particular, enquanto não houver
nos autos certidão a respeito da efetiva entre-
EMBARGOS À ADJUDICAÇÃO, ALIENAÇÃO OU ga ao adquirente dos bens, não será liberado o
ARREMATAÇÃO numerário respectivo em favor do credor; neste
5.8.16 - Distribuídos por dependência os embar- caso, a escrivania certificará o fato e os autos se-
gos à adjudicação, alienação ou arrematação, o rão conclusos.
escrivão procederá ao seu registro e autuação 5.8.19.1 - Não será autorizado o levantamento
em apartado, certificando a sua tempestividade do preço sem a prova da quitação dos tributos,
(CPC, art. 746, ). pois há sub-rogação dos débitos fiscais no preço.
5.8.16.1 - O adquirente deve ser intimado sobre
a interposição de embargos, para querendo de- SUBSEÇÃO 20 EXECUÇÕES SUSPENSAS
sistir da aquisição (CPC, art. 746, § 1º). 5.8.20 - Os autos de execuções suspensas pela
não-localização de bens penhoráveis ou do pró-
SUBSEÇÃO 17 CARTAS prio devedor, poderão aguardar a iniciativa da
5.8.17 - Serão expedidas cartas de adjudica- parte no arquivo. Nesse caso, o feito será lan-
ção, alienação ou arrematação relativas a bens çado na coluna “Processos Suspensos ou Arqui-
imóveis, veículos automotores ou outros bens vados sem Baixa” do Boletim Mensal de Movi-
dependentes de registro no órgão competente. mento Forense.
Fora destas situações, a expedição das cartas
ficará a critério do interessado, caso em que a SUBSEÇÃO 21 EXECUÇÕES EXTINTAS
entrega dos bens se fará mediante mandado ju- 5.8.21 - Nas execuções extintas, a escrivania con-
dicial dirigido ao depositário. ferirá se houve o levantamento do arresto ou pe-
5.8.17.1 - As cartas determinarão expressamente nhora. Caso negativo, fará conclusão dos autos
o cancelamento do registro da penhora que ori- antes de cumprir o arquivamento.
ginou a execução. Se não houver dúvida de que
os respectivos credores tiveram oportunidade SUBSEÇÃO 22 ATOS DO ESCRIVÃO
de se habilitar na disputa do preço do bem, as 5.8.22 - São atos do escrivão, a serem realizados
cartas também poderão determinar o cancela- independentemente de despacho:
mento dos registros de outras constrições.
I - as comunicações a que se referem os
5.8.17.2 - As cartas observarão, no pertinente, itens 5.8.1, 5.8.1.1, 5.8.1.2, 5.8.6.2, 5.8.8, 5.8.8.3
os requisitos dos art. 685-B e 703 do CPC. Se a e 5.8.14.5;
venda for a prazo, na carta de alienação deverá
II - as intimações referidas nos itens 5.8.8.1,
constar o débito remanescente, que será, neces-
5.8.10, 5.8.10.1, 5.8.10.2, 5.8.11, 5.8.11.1, 5.8.11.2,
sariamente, garantido por hipoteca sobre o pró-
5.8.16.1 e 5.8.17.3;
prio bem, nos moldes do disposto no art. 690 do
CPC. III - a expedição de mandados, consignando-se
as advertências, a que se referem os itens 5.8.4,
5.8.17.3 - Nas cartas constarão os números de
5.8.5 e 5.8.5.1;
RG e CPF dos interessados e todos os elemen-
tos necessários à sua identificação, não se ad- IV - a expedição de ofícios requisitórios referi-
mitindo referências dúbias ou vagas (“também dos nos itens 5.8.13.3, 5.8.14.2 e 5.8.14.6;
conhecido por”, “que também assina”). Quando
V - o arquivamento estabelecido no item 5.8.6.1;
tiverem por objeto bem imóvel, serão rigorosa-
mente observadas as exigências do art. 225 da VI - a juntada aos autos da comunicação
Lei de Registros Públicos, não se admitindo re- efetuada através do sistema “mensageiro”, a
ferências que não coincidam com as constantes teor do item 5.8.5.4;

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VII - a atualização do montante do débito e da 5.10.5 - Em pedido de alvará e desde que todos
avaliação dos bens (item 5.8.14); os interessados estejam de acordo, poderá ser
autorizada judicialmente a alienação de imóvel
VIII - a certificação do prazo para oferecimento
pertencente ao espólio, observadas as determi-
de embargos (item 5.8.15), como também a cer-
nações legais, inclusive no tocante ao recolhi-
tificação a que aludem os itens 5.8.1.3, 5.8.6.1,
mento de impostos.
5.8.16 e 5.8.19;
5.10.6 - Nos processos de falência, concordata,
IX - a consulta ao sistema Bacen Jud a fim de
liquidação, inventário, arrolamento ou concur-
certificar o atendimento às ordens eletrônicas
so de credores, nenhuma alienação será judi-
emitidas pelo juiz (item 5.8.7.1);
cialmente autorizada sem a prova da quitação
X - a formação de autos apartados na forma do da dívida ativa ou a concordância da Fazenda
item 5.8.1.3. Pública.
5.8.22.1 - Na expedição de ofícios, será observa- 5.10.7 - - O formal de partilha e a carta de ad-
do o disposto no item 2.5.5 do CN. judicação serão constituídos de fotocópias au-
tenticadas extraídas dos autos, com termo de
SEÇÃO 09 INSOLVÊNCIA conferência das peças, certidão de sua autentici-
dade e do número de páginas.
5.9.1 - Ao receber os autos com a decisão de in-
solvência, a escrivania expedirá ofício ao distri- 5.10.7.1 - As partes serão identificadas pelos
buidor, comunicando o fato e solicitando infor- seus nomes corretos, não se admitindo referên-
mação precisa sobre todas as ações e execuções cias dúbias, tais como “também conhecido por”,
distribuídas contra o insolvente. “que também assina” ou referências que não
coincidam com as que constam dos registros
5.9.2 - Recebida a informação do distribuidor,
imobiliários anteriores.
a escrivania comunicará ao juízo de cada uma
das ações ou execuções o Dec. de insolvência e, 5.10.8 - - No caso de um só herdeiro ou cessio-
ainda, certificará nos autos dessas, que trami- nário, as custas pela carta de adjudicação corres-
tem pela mesma serventia, tal fato. Em seguida, pondem às fixadas para a expedição do formal
tudo será certificado nos autos de insolvência. de partilha.
5.10.9 - Os requerimentos de alvará concernen-
SEÇÃO 10 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
tes a inventários e arrolamentos não dependem
5.10.1 - No inventário negativo, ouvidos os inte- de distribuição e serão autuados e processados
ressados sobre as declarações, que merecem fé em apenso.
até prova em contrário, os autos serão contados 5.10.10 - Salvo determinação judicial em contrá-
e preparados; proferida sentença homologató- rio, dos alvarás constará o prazo de trinta (30)
ria, a escrivania fornecerá certidão aos interes- dias para a sua validade.
sados.
5.10.2 - Nos inventários e arrolamentos, a im- SEÇÃO 11
pugnação à avaliação há de ser fundamentada.
No caso da existência de menores e a partilha TUTELA E CURATELA
versar sobre um único bem, inexistirá avalia- 5.11.1 - As certidões referentes à nomeação de
ção judicial, por ausência de qualquer perigo de tutor e curador conterão o inteiro teor da sen-
prejuízo aos herdeiros menores. tença, mencionado-se a circunstância de ter
5.10.3 - Nos inventários e arrolamentos, quando sido, ou não, prestado o compromisso e de o
aos herdeiros for partilhado bem em comum, da nomeado encontrar-se, ou não, no exercício da
folha de pagamento constará expressamente a função.
fração ideal da área total e o respectivo valor. 5.11.2 - A remoção, a suspensão e a extinção se-
5.10.4 - Nos arrolamentos, homologada a par- rão anotadas na autuação.
tilha ou adjudicação, os respectivos formais ou 5.11.3 - O alvará para alienação ou oneração de
alvarás somente serão expedidos e entregues às bem de incapaz necessariamente mencionará o
partes após o trânsito em julgado da sentença prazo de sua validade. Omissa a decisão conces-
e a comprovação, verificada pela Fazenda Públi- siva, será consignado o prazo comum de trinta
ca, do pagamento de todos os tributos. (30) dias.
5.10.4.1 - O recolhimento dos impostos de trans- 5.11.4 - A sentença que conceder a tutela ou a
missão e será feito administrativamente depois curatela será inscrita no registro de pessoas na-
da conclusão do arrolamento. turais.
5.10.4.2 - Idêntico procedimento se adotará nas 5.11.4.1 - O compromisso somente será assina-
partilhas de separações e divórcios consensuais. do após a inscrição da sentença.

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SEÇÃO 12 RECURSOS 5.13.2 - A comunicação ao distribuidor será fei-


ta por ofício ou mediante a remessa dos autos,
5.12.1 - Quando da remessa dos autos para apre-
conforme a conveniência local. Em qualquer
ciação de recurso de apelação, o despacho de-
caso, sempre será certificada nos autos a baixa,
verá mencionar sempre o tribunal competente.
antes do arquivamento.
Sendo omisso o despacho, far-se-á conclusão
dos autos. 5.13.3 - Não se efetivando desde logo a baixa por
falta de pagamento de custas correspondentes,
5.12.2 - O preparo das custas recursais, inclusive
o fato, certificado nos autos, não impedirá o ar-
com o porte de retorno, será efetuado por meio
quivamento.
de guia de recolhimento a ser exigida por oca-
sião da entrega da apelação na escrivania. 5.13.4 - Os autos de processos, de incidentes e
exceções, tais como impugnação ao valor da
5.12.3 - No caso de agravo de instrumento de-
causa, pedido de alvará, exceções de incompe-
verão ser juntados aos autos principais os pedi-
tência, incidente de falsidade, agravos de ins-
dos de informação do relator bem como cópia
trumento e embargos à execução, já julgados,
das respectivas informações, substituindo-se os
não permanecerão apensos aos do processo
fax’s, conforme o item 1.7.1 e seguintes.
principal, onde será certificado o fato, mencio-
5.12.3.1 - Os autos de agravo de instrumento nando-se a pendência ou não de recurso, o valor
encaminhados à comarca pelo tribunal deverão das custas pagas e quem as pagou, além de jun-
ser arquivados, com a observância do disposto tar-se cópia da decisão ou do acórdão.
no CN 5.13.4 e anotados no campo “observa-
5.13.5 - O juiz não determinará o arquivamento
ção” do livro de Registro Geral de feitos os da-
dos autos sem a comprovação do recolhimento
dos necessários para localização dos autos, sal-
das receitas devidas ao FUNREJUS referentes a
vo deliberação do relator em sentido contrário.
atos de constrição.
5.12.3.2 - Na autenticação de peças para instruir
5.13.6 - O juiz somente declarará extinto o pro-
recursos de agravo, a escrivania deverá fazer
cesso, sem julgamento do mérito, em razão do
constar o juízo, o número do CNPJ e o endereço
abandono pelo autor, quando o ato ou diligên-
do ofício, bem como o nome do escrivão que fir-
cia que lhe competia cumprir inviabilizar o jul-
mou as certidões, excetuando-se a hipótese em
gamento da lide, o que não ocorre na omissão
que o advogado agir em conformidade com o
da parte em efetuar o preparo das custas antes
art. 544, § 1.º, do CPC.
da sentença.
5.12.3.3 - A certidão de que trata o art. 525, I,
do CPC deverá conter todos os dados possíveis SEÇÃO 14
para aferir a tempestividade do recurso inter-
posto, mencionando, inclusive, eventual sus- DILIGÊNCIA EXTRAPROCESSUAL - EXECUÇÃO
pensão do expediente forense. FISCAL
5.12.4 - Declarada a incompetência, os autos 5.14.1 - A normatização desta seção correspon-
serão remetidos ao juízo competente, após o de à diligência extraprocessual, de adoção facul-
decurso do prazo para eventual interposição de tativa pelos magistrados, destinada a viabilizar
recurso, certificada tal circunstância. e a concitar, de forma diligente e prática, a mais
ampla conciliação entre as partes envolvidas na
5.12.5 - Na apelação, antes do termo de remessa
lide, a se realizar em expediente administrativo
ao tribunal, a escrivania certificará a interposi-
autuado perante o juízo, sem incidência de cus-
ção ou não de agravo retido, mencionando as
tas processuais, dispensada a distribuição.
folhas dos autos.
5.14.2 - O expediente administrativo não deve
SEÇÃO 13 ARQUIVAMENTO suspender ou retardar o andamento de feito ju-
dicial, cuja tramitação permanecerá regular, nem
5.13.1 - Decretada a extinção do processo, com
importará em justificativa de paralisação de au-
ou sem julgamento do mérito, e ordenado o
tos ou para a falta de apreciação de requerimen-
arquivamento dos autos, a escrivania comuni-
to formulado pela parte ou de matéria que deva
cará o fato ao distribuidor para ser baixada a
ser conhecida de ofício em processo ajuizado.
distribuição. Esta providência não depende de
determinação judicial, salvo nos processos de 5.14.3. - O expediente administrativo será ins-
insolvência civil, falência, recuperação judicial e truído com a relação das execuções fiscais do
extrajudicial do empresário e da sociedade em- ofício, mesmo que embargadas, separadas por
presária. classes e assuntos, para tal fim podendo utilizar
as Tabelas Processuais Unificadas do Poder Ju-
5.13.1.1 - Idêntica providência será tomada após
diciário.
o trânsito em julgado da decisão que tenha ex-
cluído alguma das partes no processo em anda- 5.14.4 - Constarão da relação às execuções fis-
mento. cais:

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I - de pequeno valor, consideradas aquelas em devedores a respeito das propostas aludidas,


que as custas processuais superem o crédito tri- mediante meio eficaz que entender pertinente,
butário; sem ônus para o processo, sempre com objetivo
de divulgar o projeto e as vantagens pecuniárias
II - suspensas há mais de um (1) ano por força
advindas da conciliação.
do art. 40 da Lei nº 6.830/80;
5.14.9 - O credor dará conhecimento aos deve-
III - paralisadas há mais de seis (6) meses em
dores de que não se admitirá arquivamento de
decorrência da falta de impulsionamento pelo
execução fiscal sem a comprovação dos reco-
credor.
lhimentos ao FUNREJUS (taxa judiciária e taxa
5.14.5 - A 2ª via da relação de processos será devida pelo registro das constrições junto ao
encaminhada à Fazenda Pública Municipal, na Ofício Imobiliário), observadas as hipóteses de
pessoa de seu Procurador, ou à Fazenda Pública não-incidência referente à justiça gratuita e ou-
Estadual, através de Procurador do Estado com tras especificadas na Constituição Federal.
atribuição na comarca.
5.14.10 - A critério do juízo e do credor, nos au-
5.14.6 - A Fazenda Pública, por meio de seu Pro- tos de expediente administrativo poderá ser de-
curador, será conclamada a adotar a conciliação signada audiência de tratativas das propostas.
como meio alternativo para propiciar maior ra-
pidez na pacificação dos conflitos e na solução 5.14.10.1 - A audiência poderá ser coletiva, presi-
das lides, com exposição pelo magistrado dos dida pelo Juiz ou por pessoa por ele autorizada,
resultados sociais advindos da conciliação e os na qual haverá prévia exposição das propostas e
reflexos positivos na redução da multiplicidade vantagens pecuniárias advindas da conciliação.
de execuções fiscais em andamento. 5.14.10.2 - O credor suportará as despesas desti-
5.14.6.1 - Para consecução desses objetivos, deve nadas à divulgação e viabilização da audiência,
ser sugerido que a Fazenda Pública promova a sem ônus para o processo, a realizar-se nas de-
qualificação dos créditos viáveis de cobrança e pendências do Fórum ou, a critério do credor,
a análise dos custos de administração das exe- após deferimento pelo Juiz, em outro local apro-
cuções fiscais de pequeno valor, e que formule, priado.
caso entender pertinente, nos termos do que fa- 5.14.11 - Assim que cumprido o estabelecido no
cultar a lei de regência: item 5.14.8, ou quando encerrada a audiência
I - proposta de pagamento do crédito tributário que alude o item 5.14.10, os autos de expediente
aos devedores, em parcela única ou mediante administrativo serão arquivados.
parcelamento mensal, preferencialmente com 5.14.12 - O acordo será individualizado e redu-
incentivo de redução ou desconto, ou a conces- zido a termo em formulário padrão, cabendo ao
são de remissão de dívida; credor a sua elaboração para posterior juntada
II - requerimento de desistência da execução fis- aos autos da execução fiscal.
cal (com ou sem renúncia do crédito tributário). 5.14.13 - O crédito tributário satisfeito pelo pa-
5.14.7 - Os oficiais de Distribuição e da escriva- gamento, ou quando concedida a remissão de
nia da Vara Cível ou especializada, assim como dívida, será comunicado pelo credor ao juízo da
os oficiais de justiça e demais auxiliares da jus- execução para fins de extinção do processo.
tiça participantes da demanda judicial, serão 5.14.14 - Desde que adotado o presente proce-
instados à participação no expediente admi- dimento extraprocessual, o juiz responsável
nistrativo, mediante apresentação de proposta pelo expediente administrativo, caso entenda
escrita de pagamento das despesas processuais pertinente, poderá regulamentar as normas es-
atinentes às execuções fiscais objeto da relação tabelecidas nesta seção, mediante portaria, com
de processos mencionada no item 5.14.4, com objetivo de adequação à realidade da comarca.
desconto ou parcelamento, ou de sua dispensa,
afora as hipóteses de justiça gratuita. CAPÍTULO 6 OFÍCIO CRIMINAL
5.14.7.1 - O magistrado fará exposição sobre a
SEÇÃO 01
imprescindibilidade da participação dos oficiais
e auxiliares da justiça na viabilização do proje-
LIVROS DO OFÍCIO
to, e dos reflexos positivos advindos da redução
da multiplicidade de execuções fiscais em anda- 6.1.1 - São livros obrigatórios das escrivanias cri-
mento. minais:
5.14.8 - As propostas serão juntadas aos autos I - Registro de Processos Criminais (Adendo
do expediente administrativo. 1-F);
5.14.8.1 - Cumprirá ao credor envidar es- II - Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e
forços para dar conhecimento aos de Ordem (Adendo 2-F);

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III - Protocolo Geral (Adendo 3-F); INVESTIGATÓRIO


IV - Registro de Apreensões (Adendo 4-F); - Re- 6.2.1 - Os autos do inquérito policial, comuni-
gistro de Depósito de Fiança (Adendo 5-F); cados de prisão em flagrante ou os expedientes
de investigação criminal oriundos da Polícia
V - Carga de Autos - Juiz (Adendo 7-F);
Judiciária ou do Ministério Público serão enca-
VI - Carga de Autos - Promotor de Justiça minhados diretamente ao distribuidor, que fará
(Adendo 8-F); a conferência do conteúdo, efetuando a distri-
buição, procedendo ao registro no livro ou no
VII - Carga de Autos - Advogado (Adendo 9-F);
sistema informatizado.
VIII - Carga de Autos - Diversos (Adendo 10-F);
6.2.1.1 - Recebidos no plantão judiciário, após a
IX - Carga de Inquéritos e Procedimentos Inves- manifestação do juiz de plantão e cumprimento
tigatórios (Adendo 11-F); das determinações, os expedientes serão enca-
minhados ao distribuidor para registro.
X - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça
(Adendo 12-F); 6.2.1.2 - Ainda que não estejam sujeitos à distri-
buição, por não pertencerem à competência de
XI - Alistamento de Jurados (Adendo 13-F);
dois ou mais juízes, todos os inquéritos policiais,
XII - Registro de Atas das Sessões do Júri (Aden- comunicações e demais pedidos serão prévia e
do 14-F); obrigatoriamente registrados pelo distribuidor.
XIII - Arquivo de dados sigilosos. 6.2.2 - - Depois de registrados pelo distribuidor
serão encaminhados à respectiva escrivania do
6.1.2- As Escrivanias Criminais que já estiverem
crime ou à Vara de Inquéritos Policiais, do Foro
integradas ao Sistema de Informatização dos
Central da Comarca da Região Metropolitana
Cartórios Criminais - SICC, do Departamento
de Curitiba, já certificados os antecedentes pelo
de Informática do Tribunal de Justiça do Estado
distribuidor, independentemente de despa-
do Paraná, deverão encerrar todos os livros tra-
cho judicial, observando-se o disposto no item
dicionais, passando a lançar todos os registros e
6.16.1.3 do CN.
ocorrências somente no Sistema.
6.2.3 - Recebido o expediente na escrivania do
6.1.2.1 - Os processos criminais e inquéritos po-
crime ou na Vara de Inquéritos, o qual não será
liciais, nos quais tenham sido prestadas fian-
autuado, o escrivão procederá ao registro no li-
ças que não tenham sido levantadas, mesmo
vro de Protocolo Geral ou no sistema informati-
arquivados, deverão ser lançados no sistema
zado, certificando o registro nos autos e afixando
informatizado.
etiqueta na capa, contendo o número do registro
6.1.3 - Na coluna observações do livro de Regis- e a advertência quando se tratar de réu preso.
tro de Processos Criminais, deverá ser anotada
6.2.4 - As armas e demais objetos apreendidos
a data em que os autos foram arquivados, bem
serão registrados no livro próprio ou no sis-
como o número da respectiva caixa.
tema informatizado, bem como as fianças rece-
6.1.4 - Mediante autorização do Corregedor-Ge- bidas que deverão ser registrados nos autos de
ral da Justiça, os livros e papéis de controle po- inquérito.
derão ser substituídos por seguro procedimento
6.2.5 - Estando preso o indiciado, havendo pe-
da área de informática, por sugestão do juiz. dido de prisão ou outra circunstância que exija
6.1.5 - As varas especializadas só utilizarão os pronunciamento judicial, os autos do inquérito
livros próprios de sua competência. serão imediatamente conclusos.
6.1.6 - No livro de Protocolo Geral serão regis- 6.2.6 - O escrivão, ao receber a comunicação de
trados os inquéritos policiais, procedimentos in- prisão em flagrante, dará imediato conhecimen-
vestigatórios, pedidos de , liberdade provisória, to ao juiz, encaminhando-lhe os papéis e docu-
execução da pena de multa, dentre outros. mentos recebidos da Delegacia, devendo fiscali-
zar o cumprimento do prazo para a remessa do
6.1.8.1 - Os pedidos de execução da pena de inquérito policial correspondente.
multa serão averbados no livro de Registro de
6.2.7 - Nos casos de pedidos de arquivamento,
Processos Criminais, na coluna observações. de oferecimento de denúncia e quando houver
6.1.9 - As multas, em que incorrerem os jurados pedido de restrição a direito fundamental (bus-
do Tribunal do Júri, serão recolhidas ao FUN- ca e apreensão, pedidos de prisões, intercepta-
REJUS como “receitas eventuais”. ção telefônica, quebra do sigilo fiscal e bancário,
etc.), bem como nos casos de alegação de exce-
SEÇÃO 02 ção de incompetência, de pedidos de restituição
de coisas apreendidas, de seqüestro dos bens
INQUÉRITO POLICIAL E PROCEDIMENTO imóveis, de especialização de hipoteca, de ava-

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liação de insanidade mental do indiciado, de 6.2.8.7 - Nos inquéritos distribuídos antes de


exumação para exame cadavérico, de realização 02.05.2007 o trâmite, fiscalização de prazos e
de perícias e de devolução de fiança, os autos atendimento de diligências permanecerão ao
do inquérito serão imediatamente submetidos à encargo da escrivania criminal da comarca in-
apreciação judicial. dependentemente da entrância, que fará a mo-
6.2.7.1 - Deferido o pedido de arquivamento vimentação de vista ao Ministério Público e o
pelo juiz, a escrivania deverá providenciar a atendimento das providências requeridas nos
baixa do registro, dando ciência ao Ministério termos do subitem 6.2.8.1, observada a dispensa
Público, fazendo as demais comunicações deter- de intervenção judicial do subitem 6.2.8.3.
minadas no item 6.15.1 do CN. 6.2.8.8 - Nas entrâncias intermediária e final,
6.2.7.2 - Se o indiciado, por qualquer título, en- na hipótese de dificuldade da guarda física dos
contrar-se preso e não for oferecida a denúncia autos de inquéritos policiais nas dependências
no prazo de lei, o escrivão levará o fato ao co- utilizadas pelo Ministério Público, este usará as
nhecimento do magistrado. dependências da escrivania criminal para a re-
ferida finalidade.
6.2.7.3 - O escrivão monitorará os prazos dos fei-
tos que dependam de intervenção da vítima ou 6.2.8.9 - No caso do subitem anterior a entrega e
seu representante legal. Em caso de prescrição ou retirada de autos de inquérito policial se darão
decadência deverá fazer a imediata conclusão. mediante livros de protocolo a serem utilizados
6.2.8 - Nos demais casos e com relação aos in- pelo escrivão e pelo integrante do Ministério
quéritos distribuídos a partir de 02.05.2007, a es- Público conforme modelo a ser definido pelo
crivania fará “remessa” dos autos de inquérito à juiz da respectiva vara.
promotoria de justiça com atribuição para atuar 6.2.9 - Concluídas as diligências nas comarcas
no feito, independentemente de despacho judi- de entrância intermediária e final, os autos do
cial, anotando a data da “remessa”. inquérito retornarão ao ofício criminal ou à Vara
6.2.8.1 - Na situação do item 6.2.8, todos os atos de Inquéritos com pronunciamento conclusivo,
e diligências preparatórias, por exemplo, re- tais como oferecimento da denúncia ou pedido
quisição de antecedentes, expedição de ofícios, de arquivamento, que será imediatamente enca-
juntadas, movimentação de expedientes, dentre minhado à conclusão.
outros, mesmo as imprescindíveis ao ofereci- 6.2.9.1 - Concluídas as diligências nas comarcas
mento da denúncia estão ao encargo do Minis- de entrância inicial, os autos de inquérito serão
tério Público. remetidos ao Ministério Público e ao retorna-
6.2.8.2 - Na hipótese do subitem anterior em se rem ao ofício criminal ou à Vara de Inquéritos
tratando de entrância intermediária e final, de- com pronunciamento conclusivo, tais como
verá ser consignado nos documentos que as res- oferecimento da denúncia ou pedido de arqui-
postas serão endereçadas à sede da Promotoria vamento, serão imediatamente encaminhados à
de Justiça das respectivas comarcas, ficando ve- conclusão.
dado aos servidores do Poder Judiciário destas
6.2.10 - Dependerá de decisão judicial a remessa
entrâncias o recebimento dos ofícios dirigidos
de autos de inquérito ou de procedimento in-
ao Ministério Público.
vestigatório a outro juízo.
6.2.8.3 - Não há necessidade de pronunciamento
do juiz na baixa de inquéritos policiais à Delega- 6.2.10.1 - A remessa será anotada no livro de
cia de Polícia, cabendo ao Ministério Público o Protocolo Geral, comunicando-se o fato ao
controle do prazo concedido, para os fins do art. Distribuidor, à Delegacia de Polícia de origem e
129, VII, da CF. ao Instituto de Identificação.
6.2.8.4 - Nas comarcas de entrância inicial não se 6.2.10.2 - Na hipótese de remessa do inquérito
aplica o subitem 6.2.8.2. ao Procurador-Geral de Justiça, na forma do art.
6.2.8.5 - Nas comarcas de entrância inicial após 28 do Código de Processo Penal, será feita ano-
a requisição das providências nos termos do tação no livro ou sistema, dando-se ciência ao
subitem 6.2.8.1, o Ministério Público poderá de- Ministério Público.
volver os autos de inquérito policial ao cartório
criminal, cabendo a este a execução do contido SEÇÃO 03
na promoção Ministerial.
CARTAS PRECATÓRIAS
6.2.8.6 - Na hipótese do subitem anterior caberá
aos integrantes do cartório o controle dos pra-
SUBSEÇÃO 01 DISPOSIÇÕES GERAIS
zos do subitem 6.2.8.3 e para as respostas às di-
ligências do subitem 6.2.8.1, bem como a junta- 6.3.1.1 - A Carta Precatória expedida deve ser
da dos documentos que atendam às requisições instruída com os elementos necessários à boa
antes referidas. realização do ato. Constará sempre o nome de

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todos os réus ou querelados, evitando-se o uso da da Carta Precatória devolvida, acostando ao


de expressões como “Fulano e outros”. feito somente as peças necessárias, como a certi-
dão da citação ou intimação e o termo de inter-
6.3.1.2 - As Cartas Precatórias, conforme finali-
rogatório ou inquirição.
dade abaixo indicada, serão obrigatoriamente
acompanhadas de cópias reprográficas ou tras- 6.3.1.8 - Devolvida depois das alegações finais,
lado: com o cumprimento do ato processual depreca-
do, abrir-se-á vista às partes.
I - para citação: da denúncia ou queixa-crime;
6.3.1.9 - Em relação às Cartas Precatórias recebi-
II - para interrogatório: da denúncia ou queixa-
crime e interrogatório policial; das, a Escrivania/Secretaria Criminal tomará as
providências necessárias ao seu cumprimento,
III - para inquirição de testemunhas: da denún- salvo nas hipóteses que dependam da interven-
cia ou queixa-crime, resposta, se houver, e do ção do juiz.
depoimento policial.
6.3.1.9.1 - Recebidas Cartas Precatórias para
6.3.1.2.1 - No caso de mais de um réu e, sendo cumprimento, independente de determinação
as defesas conflitantes, constará da Carta Preca- judicial, a escrivania oficiará ao Juízo Deprecan-
tória a advertência da necessidade de nomeação te, comunicando o número de autuação e outros
de defensores distintos. dados importantes para o cumprimento do ato,
6.3.1.2.2 - Informar-se-á se as testemunhas fo- como por exemplo, a data de audiência designa-
ram arroladas na denúncia, na queixa ou pela da, a expedição de mandados, etc.
defesa e, neste caso, havendo mais de um réu, 6.3.1.9.2 - Competirá à Escrivania/Secretaria
por qual deles. Criminal a prática dos seguintes atos ordinató-
6.3.1.3 - Será necessariamente consignado o pra- rios nas Cartas Precatórias recebidas:
zo para a devolução da Carta Precatória desti- I - responder os ofícios encaminhados pelos Juí-
nada à inquirição de testemunhas. zos de origem, dirigidos aos respectivos Escri-
6.3.1.4 - Tratando-se de feito de réu preso, serão vães, com as informações solicitadas;
observados os seguintes prazos para cumpri- II - certificar a ausência de resposta aos expe-
mento da Carta Precatória: dientes encaminhados aos respectivos Juízos
I - dez (10) dias, para Foros de uma mesma Co- Deprecantes, quando expirar o prazo de trinta
marca e para Comarcas limítrofes; II - vinte (20) (30) dias ou outro lapso temporal assinalado
dias para outras Comarcas do Estado ou de Es- pelo juiz.;
tados limítrofes; e III - promover a devolução da Carta Precatória,
III - trinta (30) dias para as dos demais Estados. com as baixas na distribuição:
6.3.1.4.1 - Tratando-se de feito de réu solto, os a) na hipótese do inciso II supra;
prazos acima podem ser duplicados. b) após o cumprimento do ato deprecado;
6.3.1.5 - Da expedição de Carta Precatória para c) quando a Carta Precatória retornar com dili-
a inquirição de testemunhas serão intimadas as gência negativa.
partes.
6.3.1.10 - Em relação às Cartas Precatórias expe-
6.3.1.5.1 - As intimações aos advogados em Car- didas, competirá à Escrivania/Secretaria Crimi-
tas Precatórias deverão, de regra, ser efetuadas nal, independente de determinação judicial:
pelo Juízo Deprecado, observadas as normas
para as intimações via postal e pelo Diário da I - certificar sua expedição, juntando-se cópia
Justiça. nos autos;
6.3.1.6 - Expirado o prazo para cumprimento II - expedir ofício, firmado pelo Juiz, solicitando
da Precatória, o escrivão certificará a respeito, a devolução da Carta Precatória devidamente
fazendo conclusos os autos ao Magistrado que, cumprida ou informações sobre o seu anda-
por sua vez, poderá determinar o prossegui- mento, findo o prazo assinalado para cumpri-
mento do processo, independentemente da de- mento ou, na ausência deste, após trinta dias da
volução da Precatória, de acordo com a lei pro- expedição; III - quando, em relação às Cartas
cessual, como meio de evitar a consumação da Precatórias expedidas pelo Juízo, não estiverem
prescrição da pretensão punitiva. sendo respondidos ofícios versando acerca de
informações sobre o cumprimento do ato junto
6.3.1.6.1 - Se a Precatória não tiver prazo para
ao Juízo Deprecado, a escrivania deverá esta-
cumprimento, o Escrivão fará a conclusão dos
belecer contato telefônico com o titular da res-
autos ao juiz assim que decorridos sessenta (60)
pectiva serventia, com a finalidade de obter as
dias da expedição.
informações diretamente, de tudo certificando
6.3.1.7 - O escrivão certificará a data da junta- nos autos;

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IV - responder os ofícios do Juízo Deprecado, Carta Precatória), far-se-ão mediante remessa


instruindo com os respectivos documentos, de relatórios expedidos pelo sistema.
quando houver solicitação nesse sentido; 6.3.2.10 - Mensalmente, o Escrivão consultará o
V - se a Carta Precatória for devolvida a cartório relatório de Cartas Precatórias pendentes de cum-
com diligência parcial ou totalmente infrutífera, primento, expedido pelo sistema, impulsionan-
a Secretaria intimará a parte interessada para do os feitos e efetuando as cobranças pertinentes.
dar atendimento às diligências que dependam
de sua manifestação; SEÇÃO 04 AUTUAÇÃO

VI - no caso de Cartas Precatórias com a finali- 6.4.1 - Recebida a denúncia ou a queixa-crime, o


dade de inquirir testemunhas, assim que rece- juiz determinará:
bida comunicação de designação de audiência, I - a citação do réu ou do querelado;
cientificar as partes da data agendada.
II - a designação da data do interrogatório;
SUBSEÇÃO 02 III - a imediata solicitação de informações so-
bre os antecedentes do acusado ou querelado
CARTAS PRECATÓRIAS ELETRÔNICAS ao juízo do lugar de sua residência, às Varas de
6.3.2.1 - A expedição de Carta Precatória entre Execuções Penais e ao Instituto de Identificação
do Estado;
Varas Criminais do Estado do Paraná far-se-á
obrigatoriamente pela via eletrônica, com a uti- IV - - a comunicação do recebimento da denún-
lização da ferramenta existente no sistema de cia ou da queixa-crime ao distribuidor criminal,
informatização do cartório criminal. ao Instituto de Identificação e, quando for o
caso, à delegacia de polícia de que se originou
6.3.2.2 - Aplicam-se às Cartas Precatórias Ele-
o inquérito.
trônicas as disposições da Subseção 01, que não
conflitarem com normas específicas desta Sub- 6.4.1.1 - - O interrogatório do réu preso deve
seção. desde logo ser realizado.
6.3.2.3 - A Carta Precatória, cuja formação pode 6.4.1.2 - Se houver pedido de liberdade provi-
ser feita pelo sistema, deverá estar assinada por sória ou de revogação de prisão preventiva, e o
escrito ou digitalmente. juiz entender que deve antes ouvir o réu, requi-
sitá-lo-á imediatamente para o interrogatório.
6.3.2.4 - Os documentos que acompanharem a
Carta Precatória (arquivos anexos) serão digita- 6.4.1.3 - Os autos de recurso em sentido estrito,
lizados em arquivos formato PDF e inseridos no arbitramento de fiança, liberdade provisória,
sistema, apartados da Carta Precatória. restituições, dentre outros, quando já julgados,
serão desapensados e arquivados, certificando-
6.3.2.5 - Os arquivos anexos serão descritos/no- se o fato nos autos principais, com traslado da
minados conforme o ato processual respectivo decisão proferida nos autos incidentais.
(ex. denúncia, defesa prévia, etc.), evitando-se
6.4.2 - No caso de, no mesmo processo-crime,
a descrição genérica como, por exemplo, doc.1,
haver réu preso e réu solto, e, quanto a este,
anexo 1, etc.
se preveja demora na realização dos atos pro-
6.3.2.6 - Recebida a Carta Precatória pelo Juízo cessuais, é recomendável que o juiz desmembre
Deprecado, recomenda-se sua tramitação ele- o processo.
trônica exclusivamente pelo sistema, evitando- 6.4.2.1 - Idêntica solução será adotada quando
se, portanto, a autuação física. houver suspensão do processo pela revelia.
6.3.2.6.1 - Nas Cartas Precatórias Eletrônicas, é 6.4.2.2 - Quando houver mais de um réu e a
dispensado o cumprimento do item 6.3.1.9.1. algum deles for concedido o benefício da sus-
6.3.2.7 - As comunicações entre Juízos Depre- pensão condicional do processo, em relação a
cante e Deprecado serão realizadas pela ferra- ele deverá ser extraído traslado do respectivo
menta de “mensagens” existentes no sistema, termo que, autuado com registro no livro Proto-
evitando-se a expedição de ofícios. colo Geral e no Ofício Distribuidor, servirá para
fiscalização e acompanhamento das condições.
6.3.2.7.1 - As mensagens recebidas poderão ser
impressas, a fim de instruírem os autos dos 6.4.2.3 - - Havendo revogação do benefício ou
quais se originou a Carta Precatória. sentença de extinção pelo cumprimento ou de-
curso do prazo, tal decisão deverá ser traslada-
6.3.2.8 - Os servidores que receberem as Cartas Pre- da ao processo.
catórias, lerem e responderem as mensagens, se
6.4.2.4 - Sendo revogado o benefício e estando o
tornarão responsáveis pelo seu andamento e teor.
processo na instância superior, o juiz solicitará
6.3.2.9 - As comunicações ao Distribuidor, pelo cópias e providenciará o desmembramento do
Juízo Deprecado (recebimento e devolução da processo.

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6.4.3 - É obrigatória a utilização do modelo de tificação do policial militar e da unidade em que


capa de autos de processo-crime constante deste serve ou serviu na época do fato:
CN, cabendo ao juiz a fiscalização, em correição
I - nome completo;
permanente, quanto ao correto preenchimento
dos campos destinados às anotações referentes II - posto ou graduação;
ao feito. III - número do Registro Geral;
6.4.4 - A numeração das folhas do processo será IV - data e hora do comparecimento; V - o nú-
feita a partir da capa, desprezada a numeração mero do boletim de ocorrência; VI - a data da
original dos autos do inquérito policial. elaboração;
6.4.5 - Da autuação constarão os seguintes da- VII - a unidade policial militar.
dos:
6.5.2.3 - No ofício constará, ainda, a identifica-
I - o juízo, o número do registro e a data do re- ção da autoridade militar estadual (ex. Coman-
cebimento da denúncia ou queixa, o nome do dante do 13º Batalhão da Polícia Militar), com o
autor ou querelante, o nome do Assistente, o endereçamento correto da unidade no envelo-
nome dos acusados, com o respectivo número pe. No caso do Foro Central de Curitiba e dos
de RG e/ou CPF, o nome dos advogados com o Foros da Região Metropolitana, se houver dú-
respectivo número de inscrição na OAB, o dis- vida ou falta de dados que permitam o correto
positivo legal imputado aos acusados, a data, o endereçamento, dirigi-lo ao Comandante-Geral
número da distribuição, e demais observações da Polícia Militar do Paraná.
necessárias, o que também constará dos demais
volumes dos autos, e 6.5.3 - O dia designado para funcionário público
em atividade comparecer em Juízo, como acu-
II - as circunstâncias de o réu estar preso, de ter sado, será notificado a ele e ao chefe de sua re-
sido arbitrada fiança, de o processo encontrar-se partição.
suspenso e de ter havido transação.
6.5.3.1 - Em Curitiba, quando o réu for policial
III - O fato de ter sido determinada a preserva- civil, o superior a ser notificado será o Delega-
ção do sigilo de dados de vítimas ou testemu- do-Geral de Polícia, com antecedência mínima
nhas, na forma da lei e do item 6.27.4, mediante de trinta (30) dias, exceto no caso de réu preso.
a utilização de etiqueta ou tarja de forma des-
tacada. 6.5.4 - Efetivamente esgotados os meios disponí-
veis para a localização do acusado, o que deverá
6.4.6 - No caso de demanda inicial relativa à ser certificado com clareza pelo oficial de justi-
violência doméstica e familiar contra a mulher, ça, proceder-se-á à citação por edital, que será
os processos deverão ser autuados com capa afixado na porta do fórum ou em outro lugar de
vermelha. Nas demandas já em trâmite, deverá costume e publicado no Diário da Justiça.
ser aposta etiqueta da mesma cor com os dize-
res: PRIORIDADE - LEI 11.340/06. 6.5.4.1 - A afixação será certificada nos autos
pelo oficial de justiça que a tiver feito e a publi-
SEÇÃO 05 CITAÇÃO cação provada pela juntada da página do jornal
em que haja o nome do periódico e a data da
6.5.1 - Do mandado de citação deverão constar publicação ou certidão do escrivão contendo
os requisitos do art. 352 do CPP, quanto aos aqueles dados.
endereços residencial e comercial do réu, cum-
prindo ao escrivão indicar pontos de referência. 6.5.4.2 - Além dos requisitos do art. 365 do CPP,
deverão constar do edital extrato da denúncia
6.5.1.1 - Acompanhará o mandado cópia da de- ou queixa e a menção dos dispositivos de lei ati-
núncia ou da queixa-crime. nentes à imputação.
6.5.2 - A citação e intimação pessoal do militar 6.5.5 - O escrivão deverá tomar especial cuidado
em atividade não dispensam a sua requisição para que, entre a publicação e a data do interro-
por intermédio do chefe do respectivo serviço. gatório, esteja compreendido o prazo da citação.
6.5.2.1 - O integrante da Polícia Militar do Es-
tado deverá ser requisitado mediante ofício ao SEÇÃO 06 INTERROGATÓRIO
respectivo Comandante, o qual deverá dar en- 6.6.1 - No interrogatório, expressamente esclare-
trada, no endereço correto, pelo menos sete (07) cido o réu de seu direito de permanecer calado,
dias antecedentes a data do comparecimento, o juiz deve procurar obter informações sobre:
ressalvados os casos extraordinários, para que
I - as circunstâncias do fato e seus autores;
seja possível a informação de impedimento jus-
tificável. II - a vida e os antecedentes do acusado;
6.5.2.2 - No ofício deverão constar, obrigato- III - sua situação econômica, com a renda e os
riamente, os seguintes requisitos para a iden- encargos financeiros e familiares.

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6.6.2 - Ao réu incapaz, o juiz deve nomear cura- 6.7.6.1 - Todavia, se, intimado, o advogado do
dor ao ensejo do interrogatório. assistente deixar de comparecer a qualquer dos
atos da instrução ou do julgamento, sem moti-
6.6.2.1 - Salvo inconveniência concreta, poderá
vo de força maior devidamente comprovado,
o advogado, dativo, constituído ou membro da
o processo prosseguirá independentemente de
Defensoria Pública, ser nomeado curador.
sua nova intimação.
6.6.3 - Havendo substituição do defensor, ao
6.7.6.2 - Na hipótese do subitem anterior, deve-
substituto deverá ser estendida a função de
rá o assistente de acusação ser cientificado das
curador.
conseqüências advindas do não-comparecimen-
6.6.4 - Se o curador não for o próprio defensor to de seu advogado.
do acusado, deverá ser intimado de todos os
6.7.7 - Nos mandados de intimação, o escrivão
atos do processo.
deverá observar o art. 370 do CPP, fazendo
6.6.5 - Se o réu não falar português, ou se for constar os dados mencionados no item 6.5.1.
surdo-mudo ou surdo que não saiba ler e es-
6.7.8 - Os mandados de intimação poderão ser
crever, o interrogatório será levado a efeito por
intérprete, cuja escolha não poderá recair no assinados pelo escrivão, desde que dele conste a
defensor do interrogando. observação de que o faz sob autorização do juiz,
com indicação do número da respectiva porta-
SEÇÃO 07 INTIMAÇÃO ria autorizadora.

6.7.1 - Encerrado o interrogatório, o juiz deve 6.7.9 - Independentemente de determinação ju-


designar imediatamente a audiência para a in- dicial, a parte será intimada para falar sobre a
quirição das testemunhas arroladas na peça ini- testemunha não encontrada e que por ela tenha
cial, intimando-se o réu, seu defensor e, sendo o sido arrolada.
caso, seu curador. 6.7.10 - O juiz, sempre que possível, deliberará
6.7.2 - Ao defensor será aberta, desde logo, vista na própria audiência, para que as partes fiquem
dos autos para apresentação das alegações pre- desde logo intimadas.
liminares (defesa prévia), cabendo à Escrivania 6.7.11 - Na hipótese de as vítimas ou testemu-
fiscalizar o cumprimento do prazo a fim de evi- nhas se enquadrarem no disposto no item 6.27.3,
tar eventual retardamento indevido. o mandado de intimação deverá ser individua-
6.7.3 - A intimação do defensor constituído, do lizado, de modo que não se possa ter acesso aos
advogado do querelante e do assistente far-se-á seus dados pessoais.
por publicação no Diário da Justiça, mencionan- 6.7.12 - Após o cumprimento do mandado, será
do, sob pena de nulidade, o nome do acusado. juntado aos autos a Certidão do Oficial de Jus-
6.7.3.1 - A intimação pessoal feita pelo escrivão tiça, sem identificação dos dados pessoais de
torna dispensável a publicação. vítimas e testemunhas e o original deverá ser
destruído pelo Escrivão.
6.7.3.2 - Na hipótese do subitem anterior, o es-
crivão deverá colher o ciente do intimando, com SEÇÃO 08
sua assinatura, rubrica ou impressão digital,
neste caso com duas testemunhas. ATOS ESPECÍFICOS DO JUIZ
6.7.3.3 - Será certificada a recusa do ciente ou a 6.8.1 - Deverão ser sempre assinados pelo juiz:
prática de ato inequívoco de que decorra o co-
nhecimento do ato judicial objeto da intimação. I - os mandados de prisão;

6.7.4 - A intimação do Ministério Público e do II - os contramandados;


defensor nomeado será sempre pessoal. III - os alvarás de soltura;
6.7.5 - Nas intimações de policiais militares da IV - os salvo-condutos;
ativa observar-se-ão as normas contidas nos
V - as requisições de réu preso;
itens 6.5.2 e 6.5.2.1; nas intimações dos funcio-
nários públicos em atividade, inclusive policiais VI - as guias de recolhimento, de internação ou
civis, observar-se-ão os itens 6.5.3 e 6.5.3.1; ha- de tratamento;
vendo informações nos autos ou na medida do
VII - os ofícios e alvarás para levantamento de
possível, quanto aos policiais civis, principal-
depósito;
mente do interior, convém comunicar ao chefe
da repartição em que servirem. VIII - ofícios dirigidos a magistrados e demais
autoridades constituídas.
6.7.6 - De todos os atos do processo o advogado
do assistente de acusação deverá ser regular- 6.8.2 - A inquirição de testemunhas e o inter-
mente intimado. rogatório do acusado devem ser inteiramente

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realizados pelo juiz, não podendo ser lido sim- 6.10.5 - Se com as alegações finais da defesa fo-
plesmente o termo do inquérito policial ou o rem juntados documentos, dar-se-á vista dos
que tiver sido anulado, considerando-os confir- autos ao Ministério Público, independentemen-
mados, sob pena de nulidade. te de pronunciamento judicial.

SEÇÃO 09 DEFESA SEÇÃO 11

6.9.1 - Quando a atuação do defensor for negli- MOVIMENTAÇÃO DOS PROCESSOS


gente, omissa ou defeituosa, nomear- se-á outro
6.11.1 - O escrivão deverá revisar periodicamen-
advogado. te os autos de processo-crime, verificando se al-
6.9.2 - Se o advogado constituído renunciar ao guma diligência se encontra pendente de cum-
mandato, o réu será notificado para a contrata- primento e fazendo- os conclusos se o impulso
ção de outro e, se não o fizer no prazo assinado, depender de despacho do juiz.
ser-lhe-á nomeado um defensor. 6.11.1.1 - Nenhum processo ficará paralisado
na escrivania por prazo superior a trinta (30)
SEÇÃO 10 INSTRUÇÃO
dias, salvo deliberação judicial em contrário,
6.10.1 - Na organização da pauta de audiências, devendo a escrivania, no controle desse prazo,
deverá ser reservado um período para os pro- dedicar especial atenção às requisições de certi-
cessos de réu preso. É aconselhável que, quan- dões e aos ofícios e cartas precatórias expedidos.
do possível, não sejam marcadas audiências no Vencido o prazo, a escrivania certificará o fato,
expediente matutino, reservando-o para senten- fazendo conclusos os autos.
ciar e despachar. 6.11.2 - As conclusões dos autos ao juiz devem
6.10.2 - Em audiência, será dada oportunidade ser realizadas diariamente, sem limite de núme-
à parte para desde logo se pronunciar a respei- ro de processos. Não é permitida a permanên-
to de testemunha sua não encontrada; havendo cia dos autos na escrivania, a pretexto de que
insistência na inquirição ou requerimento de aguardam conclusão.
substituição, a data será imediatamente marca- 6.11.3 - - Se injustificado atraso processual ocor-
da, intimando-se os presentes. rer por negligência do oficial de justiça ou do
6.10.2.1 - Na designação de datas para audiên- escrivão, o juiz deverá instaurar o procedimento
cias, devem-se priorizar os processos em que o administrativo correspondente.
momento da prescrição estiver próximo.
SEÇÃO 12
6.10.2.2 - Salvo inconveniência do caso concreto,
a ser aferida pelo juiz, o réu deve permanecer DAS SENTENÇAS E APLICAÇÃO DA PENA
ao lado do advogado, na tribuna de defesa, nas
audiências e sessões do tribunal do júri. 6.12.1 - Mesmo havendo pedido de absolvição
por parte do representante do Ministério Públi-
6.10.3 - Em qualquer fase do processo, toda vez co, as sentenças absolutórias devem ser funda-
que documento relevante for juntado aos autos, mentadas, ainda que concisamente.
inclusive carta precatória, as partes serão inti-
madas para se pronunciar. 6.12.2 - Recomenda-se ao juiz que evite a prática
de considerar parte integrante de sua sentença
6.10.4 - No procedimento comum, encerrada a o pronunciamento do Ministério Público ou o
produção da prova, o escrivão dará vista às par- conteúdo de outra peça processual. Quando o
tes para os fins do art. 499 do CPP, independen- fizer, a peça mencionada deverá ser igualmente
te de determinação judicial. registrada como parte integrante da sentença.
6.10.4.1 - Se forem requeridos somente os ante- 6.12.3 - Nas sentenças em geral, recomenda-se
cedentes do réu, o escrivão os certificará ou os a adoção de cabeçalho do qual conste o número
solicitará independentemente de determinação dos autos do processo-crime e nome das partes.
judicial.
6.12.4 - O juiz deve estar atento para o dispos-
6.10.4.2 - Nas solicitações de antecedentes às to no art. 92 do CP, declarando, fundamenta-
varas de execução penal, devem-se anotar, em damente, a perda de cargo, função pública ou
destaque, os casos de réu preso e em fase de ale- mandato eletivo, a incapacidade para o exercí-
gações finais. Havendo demora no atendimen- cio do pátrio poder, tutela e curatela, e a inabi-
to, a Corregedoria-Geral da Justiça deverá ser litação para dirigir veículo, sempre que o réu,
comunicada. pelo crime praticado e pelas demais circunstân-
cias, não tenha condições de continuar a exercer
6.10.4.3 - Se não houver requerimento algum na
aquelas atividades.
fase do art. 499 do CPP, o escrivão abrirá vista às
partes para alegações finais, independentemen- 6.12.5 - As fases do art. 68 do CP devem ser aten-
te de despacho. tamente observadas para o cálculo da pena.

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6.12.6 - Na análise das circunstâncias judiciais 6.13.1.1 - A intimação por edital, observados os
do do art. 59 do CP, o magistrado deve abordá itens 6.5.4 e 6.5.4.1, será precedida de diligência
-las uma a uma, de maneira a demonstrar que do oficial de justiça, no cumprimento do man-
efetivamente buscou, para tanto, elementos do dado. Do edital constarão também o nome do
conjunto probatório. réu, o prazo, as disposições de lei e as penas
aplicadas, o regime de cumprimento e o con-
6.12.6.1 - Frases e expressões vagas e padroni-
teúdo sucinto da sentença.
zadas, tais como personalidade normal culpa-
bilidade a do próprio tipo penal circunstâncias: 6.13.1.2 - A escrivania, publicada a sentença em
desfavoráveis não traduzem a individualização cartório, dará ciência da parte dispositiva às ví-
da pena prevista no art. 59 do CP e no art. 5°, timas do crime e, sendo o caso, da quantidade
XLVI da CF. de pena aplicada, acrescentando que os autos e
o inteiro teor da decisão encontram-se disponí-
6.12.6.2 - A reincidência não deve ser conside-
veis para consulta na serventia.
rada na análise dos antecedentes do condenado
na fase de individualização da pena, mas tão- 6.13.2 – No ato da intimação será perguntado
somente como agravante. ao réu se deseja recorrer e, sendo afirmativa a
resposta, lavrar-se-á o respectivo termo.
6.12.6.3 - Quando houver mais de um condena-
do, a análise das circunstâncias judiciais deverá 6.13.3 - O trânsito em julgado da sentença será
ser feita separadamente a cada um deles, sob certificado separadamente para o Ministério Pú-
pena de nulidade. blico, ao assistente da acusação, ao defensor e
ao réu.
6.12.6.4 - Recomenda-se que, sendo fixada a
pena base acima do mínimo legal, o magistrado 6.13.4 - Após o trânsito em julgado da sentença
esclareça quais as circunstâncias que determi- condenatória, o escrivão lançará o nome do réu
naram o acréscimo e qual o que acresceu em na coluna rol dos culpados, do livro de Registro
relação a cada uma delas. de Processos Criminais.

6.12.7 - Para a agravação da pena por ter sido o


SEÇÃO 14
crime cometido contra cônjuge, criança ou ve-
lho, deve ser obtida prova documental do casa-
mento, ou da idade da vítima. ALVARÁS DE SOLTURA E MANDADOS DE
PRISÃO
6.12.8 - Sempre que a pena comportar a sua
substituição ou suspensão, a sentença deve ser 6.14.1 - Alvarás de soltura e mandados de prisão
expressa quanto à respectiva concessão ou aos deverão ser imediatamente expedidos.
motivos de não o deferir.
6.14.1.1 - Cópias dos alvarás de soltura e dos
6.12.9 - A fixação do regime inicial deve ser fun- mandados de prisão deverão ser encaminhadas
damentada, principalmente quando for estabe- à Vara de Execuções Penais competente, à De-
lecido regime mais rigoroso do que aquele que legacia de Vigilância e Capturas - DVC, dentre
a quantidade e a qualidade da reprimenda, em outros.
princípio, permitem.
6.14.1.2 - Sendo relaxada a prisão, o mandado
6.12.10 - É obrigatória a fixação do regime ini- deve ser recolhido, fazendo-se as necessárias co-
cial de cumprimento da pena, ainda que, des- municações em caráter de urgência.
de logo, o magistrado resolva substituir a pena
6.14.2 - Dos mandados de prisão, dos alvarás
aplicada por restritiva de direito.
de soltura e dos salvo-condutos constarão os
6.12.11 - Sempre que houver condenação crimi- nomes, a naturalidade, o estado civil, a data de
nal de profissional qualificado (advogado, mé- nascimento ou a idade, a filiação, a profissão, o
dico, engenheiro etc.), a sentença deverá conter endereços da residência ou do trabalho, o nú-
disposição expressa no sentido de que, com o mero dos autos do inquérito ou do processo,
trânsito em julgado, seja feita comunicação ao características físicas e especialmente o número
respectivo órgão de classe (OAB, CRM, CREA do CPF e do RG, bem como o tempo de duração
etc.). da ordem de segregação, se for o caso, e a data
de sua validade, com obediência ao prazo pres-
SEÇÃO 13 cricional.
6.14.2.1 - A cada seis (06) meses, realizar-se-á
INTIMAÇÕES DAS SENTENÇAS
revisão nos mandados de prisão expedidos, re-
6.13.1 - Da sentença condenatória devem ser colhendo-se aqueles que não mais estejam vigo-
necessariamente intimados o réu e o advogado, rando; e, anualmente, deverão ser renovados os
seja constituído, dativo ou defensor público, mandados vigentes que serão novamente enca-
correndo o prazo recursal do último ato. minhados à autoridade policial competente.

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6.14.3 - Dos alvarás de soltura constarão, ainda, pectiva missão diplomática ou, na sua falta, ao
a data e a natureza da prisão, a infração, a pena Ministério das Relações Exteriores, no prazo de
imposta, o motivo da soltura e a cláusula “se 05 (cinco) dias.
por outro motivo não estiver preso” (ou “se por
6.14.7.4. Caberá ao juiz da execução penal co-
não estiver preso”).
municar à missão diplomática do Estado de ori-
6.14.4 - No interior, se o alvará de soltura tiver gem do preso estrangeiro, ou na sua falta, ao Mi-
de ser cumprido pelas Varas de Execuções Pe- nistério das Relações Exteriores, e ao Ministério
nais, será instruído com certidão do distribui- da Justiça, no prazo máximo de 05 (cinco) dias:
dor. Nesse caso, a carta precatória deverá conter
I. progressão ou regressão de regime;
certidão da escrivania de que contra o preso não
há outra ordem de prisão na comarca. II. a concessão de livramento condicional;
6.14.5 - Desde que adotados meios seguros, os III. a extinção da punibilidade.
mandados poderão ser transmitidos via fax ou
6.14.7.4.1 A comunicação de que trata o item aci-
correio eletrônico.
ma será acompanhada da respectiva decisão.
6.14.6 - Se o responsável pelo presídio tiver dúvi-
6.14.8 - No mandado de prisão constarão obri-
da quanto ao cumprimento do alvará de soltura,
gatoriamente:
deverá comunicar-se imediatamente com o juiz
que expediu a ordem, solicitando-lhe instruções. I - o nome;
6.14.7 - Os mandados de prisão serão gerados, II - a filiação;
obrigatoriamente, pelo Sistema eMandado, cria-
III - o endereço da residência ou do trabalho;
do por convênio entre o Tribunal de Justiça e as
Secretarias de Estado da Justiça e Cidadania e IV - a indicação da unidade policial destinatária
da Segurança Pública. Após a conferência, serão principal do mandado (aquela a que vinculado
assinados digitalmente pelo Magistrado, com o o inquérito policial respectivo) ou, no caso de o
encaminhamento eletrônico aos órgãos da segu- réu já se encontrar recolhido por anterior ordem
rança pública, com a confirmação da publicida- de prisão, a unidade prisional que o cumprirá;
de no próprio Sistema. V - a numeração única dos autos do inquérito
6.14.7.1 - Fora do horário de expediente dos ou do processo;
órgãos do Poder Executivo, havendo urgência VI - a tipificação;
e relevância definida pelo magistrado no cum-
primento do mandado, será gerado no Siste- VII - o tempo de duração da ordem de segrega-
ma eMandado e encaminhado por meio físico, ção, se for o caso;
mantendo-se contato com a autoridade, por VIII - a data de sua validade, com obediência ao
qualquer meio (telefone, fac-símile, etc.), para prazo prescricional; e
ciência.
IX - a numeração de série.
6.14.7.2. À exceção do previsto no item 6.14.7.1,
ficam dispensadas quaisquer outras comunica- 6.14.8.1 - Para efeitos do item 6.14.8.IV, a secre-
ções aos órgãos de segurança pública e à Vara de taria deverá consultar o sistema informatizado
Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios. para verificar informação de anterior prisão
do réu e sua localização, caso em que indicará
6.14.7.3. A autoridade judiciária deverá comu- como destinatária do mandado a unidade pri-
nicar a prisão de qualquer pessoa estrangeira à sional que detém a custódia.
missão diplomática de seu Estado de origem ou,
na sua falta, ao Ministério das Relações Exterio- 6.14.8.2 - Deverão constar, quando possível, a
res, e ao Ministério da Justiça, no prazo máximo naturalidade; a data de nascimento; estado civil;
de 05 (cinco) dias. o número do RG e CPF; profissão; característi-
cas físicas; dentre outras informações pertinen-
6.14.7.3.1 A comunicação será acompanhada
tes ao réu.
dos seguintes documentos:
6.14.9 - Havendo ciência ou suspeita, referência,
I. na hipótese de prisão definitiva, de cópia da
indicação, ou declaração de qualquer interessa-
sentença penal condenatório ou do acórdão
do ou agente público, que a pessoa a ser presa
transitado em julgado;
está fora do país,
II. na hipótese de prisão cautelar, de cópia da
vai sair dele ou pode ser encontrada no exterior,
decisão que manteve a prisão em flagrante ou
essa circunstância deverá constar, de forma ex-
que decretou a prisão provisória.
pressa, na ordem de prisão por decisão judicial
6.14.7.3.2 Incumbe à autoridade judiciária, após criminal definitiva, de sentença de pronúncia ou
a realização das perícias pertinentes, encami- de qualquer caso de prisão preventiva em pro-
nhar o passaporte do preso estrangeiro à res- cesso crime.

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6.14.9.1 - O mandado de prisão com esse efeito, digo de Normas.


será imediatamente encaminhado, por cópia au-
6.14.13 - Declinada a competência para outro
tenticada, ao Superintendente Regional da Polí-
juízo, o mandado ficará sob a responsabilidade
cia Federal - SR/DPF neste Estado, com vista à
da escrivania a quem foi redistribuído o proces-
difusão.
so, cabendo ao juízo declinante o lançamento da
6.14.10 - Havendo necessidade, em virtude de informação no Sistema eMandado.
caráter sigiloso das investigações, o mandado
6.14.14 - O juízo deverá promover a revisão pe-
será gerado e assinado digitalmente no Sistema
riódica dos mandados de prisão expedidos nos
eMandado, sendo impresso e encaminhado, por
processos de sua competência, para o fim de re-
meio físico, ao oficial de justiça ou autoridade
colher aqueles que não mais estejam vigorando,
policial, postergando o lançamento de publici-
ainda que originados por outro juízo que, por
dade no Sistema, o que será feito, obrigatoria-
qualquer razão, lhe declinou a competência.
mente, após a informação de cumprimento da
diligência. 6.14.14.1 - Os mandados expedidos, nos quais
não constem os prazos de validade (com obe-
6.14.10.1 - Na hipótese de restarem frustradas
diência ao prazo prescricional), deverão ser
as diligências, as informações deverão constar
recolhidos e substituídos pelos mandados ele-
no Sistema eMandado para conhecimento das
trônicos no prazo de noventa (90) dias. Os de-
autoridades competentes, com a juntada dos
mais, anteriores ao sistema, deverão ser substi-
documentos aos autos.
tuídos gradativamente, na revisão periódica e
6.14.11 - Nos termos do art. 684 Código de Pro- ao termo de seus prazos de validade (se ainda
cesso Penal, nos casos de fuga, a recaptura não vigentes a ordem prisional).
depende de reexpedição do mandado de pri-
6.14.15 - O recolhimento do mandado de prisão
são constante no sistema, salvo hipótese de ha-
ainda não cumprido será ordenado por docu-
ver alteração quanto ao prazo de validade nele
mento gerado pelo eMandado e assinado digi-
constante, caso em que, feita a comunicação
talmente pelo Magistrado, denominado “con-
pela autoridade responsável, novo mandado
tramandado”.
será elaborado (com referência à circunstância).
Em se tratando de prisão decorrente de auto de 6.14.15.1 - No caso de mandado cumprido, será
flagrante delito, o mandado de recaptura será expedido o alvará de soltura, devendo a autori-
expedido mediante solicitação da autoridade dade policial ou diretor da unidade prisional,
policial, quando necessário para solicitar ato de conforme o caso, lançar a informação de cum-
cooperação de outros órgãos. primento (em termos ou integral) no registro
eletrônico do mandado de prisão.
6.14.12 - É obrigação de escrivães e secretários,
nos dias em que houver expediente forense, a 6.14.16 - Estas normas se aplicam aos Ofícios de
consulta no Sistema eMandado e, para os res- Família e ao Juizado Especial Criminal, no que
ponsáveis pelas varas criminais, no Sistema In- for pertinente.
formatizado do Cartório Criminal - SICC. Ha-
vendo lançamento a respeito de mandado expe- SEÇÃO 15
dido pela respectiva vara ou secretaria, deverá
imprimir a informação do cumprimento ou re- COMUNICAÇÕES PELA ESCRIVANIA
colhimento do mandado, assim como fuga e ou- 6.15.1 - O escrivão comunicará ao distribuidor,
tras ocorrências, advinda da autoridade policial ao Instituto de Identificação e à delegacia de ori-
ou da unidade prisional, juntando o documento gem, certificando nos autos:
aos autos do processo a que se refere, que serão
encaminhados à conclusão de imediato. I - o arquivamento do inquérito policial;

6.14.12.1 - No caso de os autos não se encontra- II - a decisão de recebimento da denúncia ou da


rem no ofício, o documento impresso será en- queixa-crime;
caminhado ao magistrado, para as providências III - o aditamento da denúncia ou da queixa-cri-
necessárias, lançando-se no sistema informati- me;
zado a pendência. Retornando os autos, proce-
IV - a suspensão condicional do processo;
der-se-á a juntada.
V - o trânsito em julgado da decisão de extinção
6.14.12.2 - A responsabilidade pela conferên-
da punibilidade e da sentença condenatória ou
cia e alteração da situação do réu nos sistemas
absolutória.
informatizados de movimentação processual
(SICC, SIJEC, PROJUDI, etc.), imediatamente 6.15.1.1- Nas comunicações feitas à delegacia de
após a confirmação do cumprimento do alvará polícia de origem, a escrivania deve fazer refe-
ou do mandado, é exclusivamente da escriva- rência ao número que o inquérito policial cor-
nia, conforme previsão do item 1.16.2.1 do Có- respondente recebeu naquele órgão.

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6.15.1.2 - - Quando se tratar de réu pertencente dispositivo legal em que o réu foi incurso, a data
à Corporação Militar do Estado ou da União, o do cumprimento ou da extinção da pena, e, nos
escrivão fará as comunicações do item 6.15.1 ao casos de extinção de punibilidade, de sua decla-
Comandante Geral da Polícia Militar do Estado ração, para que se possibilite, com mais clareza,
ou ao Comando da Unidade Militar a que esti- a verificação da reincidência.
ver subordinado o militar.
6.16.2 - As requisições às varas de execuções,
6.15.1.3 - Igualmente deverá o escrivão comuni- das comarcas que não estão interligadas ao
car ao juízo de execuções penais competente o sistema informatizado do Tribunal de Justiça,
trânsito em julgado de qualquer sentença con- deverão ser atendidas em, no máximo cinco (5)
denatória, caso não ocorra, após tal trânsito em dias, quando se tratar de indiciado ou réu solto;
julgado, a imediata extração de carta de guia. o atendimento deverá ser imediato na hipótese
6.15.2 - Ao distribuidor serão ainda comunica- de indiciado ou réu preso.
dos, com certidão nos autos: 6.16.2.1 - O não-atendimento e a inobservância
I - a revogação; dos prazos estabelecidos neste item devem ser
comunicados à Corregedoria-Geral da Justiça.
II - a conversão da pena e os demais incidentes
processuais. 6.16.2.2 - As certidões de antecedentes serão re-
quisitadas à Vara de Execução Penal da respec-
III - o valor recolhido a título de taxa judiciária
tiva jurisdição.
quando se tratar de queixa-crime.
6.15.3 - - - Serão comunicadas ao juízo elei- 6.16.2.3 - Verificada a existência de execução ou
toral, até o dia quinze (15) de cada mês e para de registro relativo à corregedoria dos presídios
os efeitos do art. 15, inc. III, da CF, as decisões em outra vara, a certidão mencionará o fato. As
condenatórias transitadas em julgado. requisições de antecedentes serão formuladas
preferencialmente por telefone, ou correio ele-
6.15.4 - Da comunicação constarão o nome do trônico.
réu e sua qualificação (filiação, data de nasci-
mento, naturalidade, número do título de elei- 6.16.3 - As comarcas interligadas ao Tribunal de
tor), classificação do crime e a data da sentença Justiça do Estado do Paraná deverão obrigato-
e de seu trânsito em julgado. riamente fazer a pesquisa no Sistema Oráculo.

6.15.5 - Não havendo nos autos referência preci- 6.16.3.1 - As Varas de Execuções Penais e Corre-
sa à zona eleitoral em que se encontra inscrito o gedoria dos Presídios, Vara de Execução de Pe-
réu, a comunicação será efetuada ao juízo eleito- nas e Medidas Alternativas estão dispensadas
ral do local da condenação. de fornecer certidão de antecedentes aos Ofícios
interligados.
6.15.5.1 - Nas comarcas compostas por mais de
uma zona eleitoral, a comunicação será dirigida 6.16.3.2 - Excetuam-se os casos de dúvidas ou
à mais antiga, que a encaminhará às demais. divergências de informações constantes dos Sis-
temas, as quais deverão ser dirimidas pelos Ofí-
SEÇÃO 16 cios responsáveis pelos registros.

ANTECEDENTES E EXPEDIÇÃO DE CERTIDÕES 6.16.5 - A informação processual destina-se a


instruir feitos no âmbito criminal, em substitui-
6.16.1 - A requisição de folha de antecedentes ção às requisições de antecedentes dos Juízos e
criminais deverá conter os elementos necessá- do Ministério Público às Varas de Execuções
rios sobre o indiciado ou réu, especialmente o Penais, bem como às demais Varas Criminais
número de identidade e o órgão expedidor. e Juizados Especiais Criminais, não podendo
ser utilizada para outros fins.
6.16.1.1 - A requisição será dirigida ao Instituto
de Identificação do Estado do Paraná ou ao do 6.16.5.1 - Esta informação não terá validade
Estado em que residir o indiciado ou réu e será como certidão de antecedentes criminais, sendo
realizada no curso do inquérito policial ou por vedada sua expedição para este fim.
ocasião do recebimento da denúncia ou da quei-
xa-crime. 6.16.6 - Quem proceder à pesquisa torna-se res-
ponsável pelas informações e pela utilização do
6.16.1.2 - Será providenciada uma requisição documento.
para cada indiciado ou réu.
6.16.6.1 - A atualização constante dos registros
6.16.1.3 - No atendimento às requisições judi- nos sistemas que integram o Oráculo é funda-
ciais, a certidão deverá informar a data da mental, respondendo solidariamente as escri-
prática do fato, do recebimento da denúncia e vanias que geram as informações constantes do
do trânsito em julgado da decisão, bem como o conteúdo da pesquisa.

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SEÇÃO 17 habilitação especial, de licença ou autorização


do poder público e a certidão se destinar a um
CERTIDÕES DE ANTECEDENTES CRIMINAIS desses fins específicos.
6.17.1 - As certidões de antecedentes criminais 6.17.1.6 - Salvo quando requisitadas por auto-
serão expedidas “para fins criminais” ou “para ridade judiciária ou pelo Ministério Público, ou
efeitos civis”. Cabe ao escrivão consultar o inte- ainda quando requeridas pelo defensor do réu/
ressado sobre a finalidade da certidão, a fim de acusado/indiciado que fizer prova do manda-
expedir o documento adequado. to, as “certidões para fins criminais” referidas
no subitem 6.17.1.1 somente serão expedidas a
6.17.1.1 - Somente serão expedidas “para fins cri-
requerimento escrito do próprio interessado ou
minais” as certidões de antecedentes requisita-
de pessoa por ele expressamente autorizada, do
das por autoridade judiciária ou pelo Ministério
qual constarão a finalidade e a qualificação com-
Público, ou ainda as requeridas pelo interessado
pleta do requerente. A certidão, que mencionará
ou pelo defensor do réu/acusado/indiciado que
a existência do requerimento e a sua finalidade,
fizer prova do mandato, para instruir processo
deverá ser entregue pessoalmente ao interessa-
ou pedido de benefício dirigido a autoridade
do ou pessoa autorizada, mediante recibo a ser
judiciária criminal (fiança, liberdade provisória,
firmado no verso do requerimento, o qual será
indulto etc.), caso em que serão observadas as
arquivado na serventia juntamente com cópia
disposições dos itens 6.16.1 a 6.16.3 deste CN.
de seu documento de identidade. Entende-se
6.17.1.2 - As certidões para outras finalidades por interessado a pessoa a quem os anteceden-
serão expedidas “para efeitos civis” e delas não tes se referem.
constarão as anotações relativas a:
6.17.1.7 - Quando o pedido de benefício vier
I - inquérito arquivado; instruído com certidão negativa “para efeitos ci-
vis”, o juiz solicitará a apresentação de certidão
II - indiciado não-denunciado;
para “fins criminais”, ou a requisitará ao juízo
III - não-recebimento de denúncia ou queixa-cri- competente.
me;
6.17.2 - Em substituição às certidões, poderão
IV - trancamento da ação penal; ser fornecidas cópias reprográficas de peças dos
autos, que, para esse fim, deverão estar regular-
V - extinção da punibilidade ou da pena;
mente autenticadas.
VI - absolvição;
6.17.3 - Está isenta de custas e emolumentos a
VII - impronúncia; expedição de certidões para fins criminais a in-
diciados ou réus pobres.
VIII - condenação com suspensão condicional
da pena não-revogada; 6.17.3.1 - É inexigível o prévio pagamento de
custas e emolumentos quando da expedição de
IX - reabilitação não-revogada;
certidões de antecedentes solicitadas para a ins-
X - condenação à pena de multa, isoladamente, trução de processos criminais, devendo constar
ou à pena restritiva de direitos, não- converti- da certidão esta última finalidade.
das, observado o que dispõe o subitem 6.17.1.5;
6.17.3.2 - Deve ser expedida sem ônus a certidão
XI - pedido de explicações em Juízo, interpela- negativa para o fim de obter colocação no mer-
ção, justificação e peças informativas; cado de trabalho, mediante declaração, firmada
pelo próprio interessado, de que está desempre-
XII - suspensão condicional do processo;
gado e não dispõe de recurso para o pagamento
XIII - transação criminal. das respectivas custas. Nesse caso, o serventuá-
rio expedirá referida certidão com a anotação
6.17.1.3 - - As anotações constantes dos incisos IV,
da sua finalidade e da insuficiência de recurso.
V, VI, VII e VIII serão omitidas somente depois
do trânsito em julgado da respectiva decisão. 6.17.4 - Poderão ser expedidas certidões de an-
tecedentes criminais para fins eleitorais e para o
6.17.1.4 - No caso de revogação do sursis, da
registro e porte de arma de fogo, mediante re-
suspensão condicional do processo e da conver-
querimento escrito do interessado. A certidão,
são da pena restritiva de direitos em privativa
que mencionará a existência do requerimento
de liberdade, a certidão será positiva, pelo que
e a sua finalidade, deverá ser entregue pes-
o fato deverá ser comunicado pelo juízo compe-
soalmente ao interessado ou pessoa autorizada,
tente ao distribuidor.
mediante recibo a ser firmado no verso do re-
6.17.1.5 - A informação será positiva quando a querimento, o qual será arquivado na serventia
pena restritiva de direitos consistir na proibi- juntamente com cópia de seu documento de
ção de habilitação ou autorização para conduzir identidade. Entende-se por interessado a pessoa
veículos, aeronaves ou ofício que depende de a quem os antecedentes se referem.

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6.17.4.1 - As certidões de antecedentes criminais 6.19.2 - Quando se tratar de fiança concedida


para fins eleitorais deverão conter referência aos pela autoridade policial ou pelo juízo da Vara
processos penais com sentenças condenatórias de Inquéritos Policiais, o juízo ao qual for dis-
transitadas em julgado, processos relacionados tribuída a denúncia oficiará à agência bancária
à prática de crime contra a economia popular, a determinando que o depósito fique em conta
fé pública, a administração pública, o patrimô- vinculada ao juízo.
nio público, o mercado financeiro, pelo tráfico
6.19.3 - Devem ser anotados todos os depósitos
de entorpecentes e por crimes eleitorais (Lei
feitos, inclusive os prestados na delegacia de
Complementar federal n.º 64, de 18 de maio de
1990, art. 1º, inc. I, alínea “e”), ressalvados os ca- polícia, mantendo controle permanente e ano-
sos enumerados nos itens 6.17.1.2 e 6.17.1.3. tando-se eventuais levantamentos.

6.17.4.2 - As certidões de antecedentes criminais 6.19.4 - A escrivania deve fazer conclusão dos
para o registro e porte de arma de fogo deverão autos, quando for o caso, para tomada das pro-
mencionar processos penais com sentenças con- vidências necessárias pelo juiz, no sentido de
denatórias transitadas em julgado, os inquéritos ser possibilitado o levantamento da fiança logo
policiais e os processos criminais em andamen- após o trânsito em julgado da decisão, evitan-
to (Lei federal n.º 10.826, de 22 de dezembro do-se que tais importâncias fiquem depositadas
de 2003), ressalvados os casos enumerados nos eternamente em contas de poupança vinculadas
itens 6.17.1.2 e 6.17.1.3. ao juízo.
6.19.4.1 - Nos casos de absolvição, de arquiva-
SEÇÃO 18 mento de inquérito policial ou de extinção da
punibilidade, o valor atualizado da fiança será
SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL integralmente restituído ao réu.
6.18.1 - Os boletins de distribuição e de decisão
6.19.4.2 - No caso de condenação, o réu levanta-
judicial, constantes do Sistema de Identificação
rá o saldo que sobejar, deduzidas as custas pro-
Criminal e remetidos pelo Instituto Criminal de
cessuais e o montante devido à vítima.
Identificação, serão grampeados na contracapa;
a folha de antecedentes será juntada aos autos. 6.19.4.3 - Nas hipóteses em que o réu, intimado,
não comparece para o levantamento, bem como
6.18.2 - As fichas do Sistema de Identificação
nos casos em que é impossível sua localização
Criminal (SIC) serão encaminhadas ao órgão re-
para intimação pessoal, após esgotadas todas
gional do Departamento de Polícia Federal mais
as diligencias, o valor atualizado da fiança será
próximo.
levantado e recolhido pelo escrivão para o FUN-
6.18.2.1 - O boletim de distribuição deverá ser REJUS, a titulo de receitas eventuais, mediante a
preenchido de acordo com as instruções cons- guia apropriada.
tantes de seu verso logo após a distribuição, o
recebimento e o registro do inquérito policial na 6.19.4.4 - Em caso de comparecimento posterior
escrivania do juízo. A seguir, deverá ser devol- do réu ao ofício criminal, para o levantamento
vido ao mesmo órgão indicado no . da fiança, o FUNREJUS promoverá a restituição
do valor atualizado, por solicitação do Juiz.
6.18.2.2 - O boletim judicial deverá ser preenchi-
do de acordo com as instruções contidas em seu 6.19.4.5 - Quando da Inspeção Anual, o escrivão,
verso somente após o trânsito em julgado da sen- mediante ofício do Juízo, solicitará aos bancos
tença e devolvido ao mesmo órgão apontado. oficiais relação completa de todos os depósitos
de fianças à disposição do Juízo, a fim serem
6.18.2.3 - A folha de antecedentes deverá per- apurados eventuais valores ou saldos residuais
manecer definitivamente nos autos, porquanto nas contas- poupança, determinando as provi-
é peça instrutiva. dências contidas nos item 6.19.4.1, 6.19.4.2 ou
6.18.3 - O boletim individual de estatística cri- 6.19.4.3, evitando-se que tais importâncias fi-
minal, depois de devidamente preenchido na quem eternamente a disposição do Juízo.
sua segunda parte destacável, será remetido ao
Instituto de Identificação do Estado do Paraná. SEÇÃO 20

SEÇÃO 19 DEPÓSITO E GUARDA DE APREENSÕES


6.20.1 – As armas e objetos apreendidos ou ar-
FIANÇA CRIMINAL recadados pelas autoridades policiais, com ex-
6.19.1 - O depósito do valor da fiança, registrado ceção de substâncias entorpecentes, explosivas
no livro próprio e lavrado o respectivo termo, e de todos os demais objetos arrolados no artigo
deve ser certificado nos autos e imediatamente 62 da Lei n° 11.343/06, deverão ser encaminha-
recolhido em caderneta de poupança em nome dos, com os respectivos autos, relacionados em
do afiançado e à disposição do juízo. duas vias, ao juízo competente.

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6.20.1.1 - Sem as duas vias mencionadas, as ar- nal, serão recolhidos na Seção de Depósito, que
mas e objetos não deverão ser recebidos. será supervisionada, preferencialmente, pelo
juiz criminal mais antigo na comarca e instalada
6.20.2 - Nas comarcas em que houver mais de
em local apropriado, designado pelo diretor do
uma vara criminal, feita a distribuição dos autos
fórum.
de inquérito policial oriundos da delegacia de
polícia, as armas e objetos serão encaminhados 6.20.8.2 - No Foro Central da Comarca da Re-
à vara à qual forem distribuídos, com uma das gião Metropolitana de Curitiba, as Seções de
vias da relação. Depósitos serão supervisionadas pelos respec-
tivos diretores dos fóruns.
6.20.3 - As apreensões devem ser conferidas
pela escrivania, quando do recebimento do in- 6.20.9 - A Seção de Depósito manterá as armas e
quérito policial na Vara, verificando se todos os objetos devidamente classificados e registrados
objetos acompanharam o inquérito policial ou no Sistema, dos quais constarão todos os dados
foram restituídos à vítima, comprovado através necessários à sua rápida identificação, de ma-
do termo de restituição. neira a facilitar sua procura e permitir o forneci-
mento de informações.
6.20.4 - Todas as apreensões, inclusive subs-
tâncias entorpecentes e explosivas, deverão 6.20.10 - No decorrer da instrução criminal, os
ser registradas no sistema do Tribunal de Jus- juízes poderão requisitar as armas e os
tiça (SICC, SIJEC, etc.), independentemente de
objetos relacionados com o processo crime, com
não terem sido encaminhadas com os autos, a
antecedência de dois (2) dias, devolvendo-os
exceção dos bens restituídos pela autoridade
quando cessados os motivos da requisição.
policial, com a indicação do local onde se encon-
tram depositadas. Juntar-se-á, nos autos, o com- 6.20.11 - Depois de periciadas e da juntada do
provante do cadastro no sistema, inclusive das laudo aos respectivos autos, as armas de fogo
apreensões de dinheiro, mesmo que o depósito que não mais interessarem à persecução penal,
tenha sido feito pela autoridade policial. ouvidos previamente o Ministério Público e a
defesa, além de eventual notificação do proprie-
6.20.4.1 - Deverão, ainda, ser cadastradas no Sis-
tário e de boa- fé para manifestação quanto ao
tema Nacional de Bens Apreendidos - SNBA, do
interesse na restituição, no prazo de quarenta e
Conselho Nacional de Justiça, pelo magistrado
oito horas (48h), serão relacionadas para que seja
ou servidor designado, até o último dia do mês
dada a destinação pela autoridade judiciária.
seguinte ao da distribuição do inquérito poli-
cial ou procedimento criminal em que houve a 6.20.11.1 - As armas apreendidas poderão ser
apreensão. devolvidas aos seus legítimos proprietários,
desde que obedecidos o disposto no item ante-
6.20.5 - - Todos os objetos apreendidos deve-
rior e os requisitos do art. 4º da Lei n° 10.826,
rão ser identificados com etiquetas dos referidos
de 22.12.2003.
Sistemas.
6.20.11.2 - As armas apreendidas pertencentes
6.20.6 - Tratando-se de valores monetários deve-
às Polícias Civil e Militar serão desde logo de-
rão ser depositados no Banco Oficial, no mesmo
volvidas à autoridade competente, com obser-
dia ou, se encerrado o expediente bancário, no
vância do item 6.20.11.
primeiro dia útil subseqüente, com a juntada do
comprovante nos autos. 6.20.11.3 - Para esse fim, comunicar-se-á a As-
sessoria Militar do Gabinete da Presidência do
6.20.6.1 - No caso de apreensões de moedas es-
Tribunal de Justiça que as armas estarão à dis-
trangeiras, devem ser convertidas pelo Banco,
posição para serem retiradas por agente devida-
e depositadas a disposição do Juízo, no tempo
mente credenciado da Diretoria da Polícia Civil
e modo indicado no item anterior. Os compro-
ou do Comando da Polícia Militar, conforme o
vantes dos depósitos devem ser juntados nos
caso.
autos.
6.20.11.4 – Caso seja necessária a guarda de
6.20.7 - Caso a Delegacia deixe de remeter al-
armas de fogo e munições apreendidas, consi-
gum dos objetos, o fato deve ser certificado nos
deradas imprescindíveis para o esclarecimento
autos, encaminhando-os imediatamente a con-
dos fatos apurados no processo judicial, deverá
clusão para deliberação.
o juiz fundamentar a sua decisão.
6.20.8 - As armas deverão ser guardadas no
6.20.12 – Ressalvada a hipótese do item 6.20.11
fórum da comarca, sob a responsabilidade do
do CN, arquivado o inquérito policial ou findo
juízo e da escrivania.
o processo crime, as armas de fogo não recla-
6.20.8.1 - Nas comarcas do interior do Estado, madas serão, no prazo de quarenta e oito (48)
incluindo as de juízo único, todas as armas e horas, relacionadas para remessa ao Comando
objetos apreendidos das varas criminais, ofício do Exército, observado o disposto nos art. 119,
da infância e juventude e juizado especial crimi- 122, 123 e 124 do CPP.

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6.20.13 - As armas de fogo, acessórios e muni- outra forma de cessão para órgão, corporação
ções, que se encontrarem sem a identificação ou instituição, à exceção das hipóteses previstas
prevista no item 6.20.5, que não se possa rela- nos parágrafos do art. 25 da Lei 11.706 e no § 1º
cionar a um determinado feito ou que não cons- do art. 65 do Dec. n° 5.123, de 2 de julho de 2004.
tituam prova em inquérito policial ou processo
6.20.17.1 - É vedada, também, a retirada ou uso dos
criminal, deverão ser encaminhadas ao Minis-
demais objetos apreendidos, ressalvada expressa
tério do Exército, sob pena de responsabilidade
deliberação judicial, ouvido o Ministério Público.
de quem detiver a guarda.
6.20.17.2 - Tratando-se de veículos nos quais a
6.20.14 - Relacionadas as armas para encami-
adulteração do chassi inviabilize a descoberta
nhamento ao Ministério do Exército, em con-
do verdadeiro proprietário ou de qualquer ou-
formidade com o documento oficial e demais
tro bem cujo dono não possa ser identificado, o
requisitos daquela instituição, a escrivania for-
juiz deverá deixar em mãos do Depositário Pú-
mará o procedimento de remessa, encaminhan-
blico da Comarca, observado o disposto no item
do ao Ministério Público e fazendo conclusão
6.20.21 do CN.
posterior para deliberação.
6.20.14.1 - A escrivania deverá certificar nos au- 6.20.17.3 - Findo o processo ou não havendo in-
tos do processo criminal ou inquérito policial a teresse a persecução penal, depois de periciado
destinação da arma, constando o número do ofí- e ouvidos previamente o Ministério Público e a
cio de liberação para remessa ao Ministério do defesa, não tendo sido requerida a regulariza-
Exército ou a juntada do termo de devolução. ção administrativa do veículo com adulteração
de chassi no prazo de noventa (90) dias, poderá
6.20.14.2 - O responsável pelo depósito deverá ser leiloado como sucata, cumpridas as Resolu-
formar procedimento único de remessa de armas. ções do CONTRAM, observado o item 6.20.21 e
6.20.14.3 - Deverá ser oficiada a Assessoria Mi- seguintes do Código de Normas.
litar do Gabinete da Presidência do Tribunal de 6.20.17.4 - Caso o inquérito policial ou processo
Justiça, pelo Sistema Mensageiro, responsável criminal esteja em andamento, o dinheiro prove-
pelo controle e agendamento da data de remes- niente do leilão será depositado em conta vincu-
sa com os Comandos do Exército e da Polícia lada ao juízo até o trânsito em julgado da senten-
Militar do Estado. ça, a qual deverá indicar a destinação do valor,
6.20.14.4 - No dia programado, as armas serão observado o item 6.20.22 do Código de Normas.
entregues à unidade do Exército por um (01) 6.20.17.5 - Ao assumir a comarca ou vara, deve-
funcionário do Poder Judiciário, preferencial- rá o juiz rever as autorizações de que tratam os
mente ocupante do cargo de Oficial de Justiça, subitens anteriores, bem assim verificar se o pe-
sob escolta da Polícia Militar. ríodo concedido não se escoou, determinando,
6.20.14.5 - Agendada a entrega de armas de se for o caso, a devolução imediata.
mais de uma comarca na mesma remessa, de- 6.20.18 - Tratando-se de objetos, o juiz, após ou-
verá ser designado apenas um (01) funcionário, vir o representante do Ministério Público, pode-
em comum acordo entre os juízos. rá, ao invés de incinerar, doá-los a instituição de
6.20.15 - Entregues as armas no Comando do cunho social, mediante termo nos autos.
Exército, a escrivania juntar o comprovante res- 6.20.19 - Se as coisas apreendidas e depositadas
pectivo nos autos do procedimento de remessa, forem facilmente deterioráveis, o juiz supervi-
dando baixa individualmente no sistema e, tudo sor da Seção de Depósito comunicará o juízo do
certificado, arquivando o expediente. processo para os fins do art. 120, § 5º, do CPP.
6.20.16 - Semestralmente, os juízos deverão re- 6.20.20 - Os juízos deverão encaminhar a rela-
meter à Assessoria Militar do Gabinete da Pre- ção de locais apropriados para destruição de
sidência do Tribunal de Justiça, pelo Sistema armas brancas e demais objetos imprestáveis,
Mensageiro, a relação de armas acauteladas, na região, à Assessoria Militar do Gabinete da
mencionando suas características e o local onde Presidência do Tribunal de Justiça, pelo Sistema
se encontram, a fim de ser repassada ao SI- Mensageiro, para cadastramento.
NARM ou SIGMA, conforme determinação do
§ 5º, do art. 25, da Lei nº 10.826, de 22.12.2003. 6.20.21 - Deverão ser relacionados, semestral-
mente, os objetos apreendidos, não reclama-
6.20.16.1 - Compete a Assessoria Militar o ge-
dos, observado o disposto no art. 123 do CPP,
renciamento dos dados, inclusive a orientação
assim como os declarados perdidos em favor
aos juízos em relação a periodicidade e desti-
da União, devendo a escrivania proceder à aber-
nação dos armamentos apreendidos, visando à
tura do procedimento leilão público, doação ou
segurança dos fóruns.
destruição, encaminhando ao Ministério Públi-
6.20.17 - É proibida a retirada de armas, mes- co e, posteriormente, à conclusão para adoção
mo a título de depósito, bem como a doação ou das medidas cabíveis.

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6.20.21.1 - A abertura do procedimento será quantidade, a unidade, o peso, o volume, o con-


certificada nos autos do processo ou inquérito teúdo e a descrição do recipiente ou invólucro.
policial.
6.21.3 - A requisição de perícia deve conter o in-
6.20.21.2 - Os bens declarados perdidos em favor teiro teor do auto de apreensão.
da União, cujos valores sejam vultosos, deverão
6.21.4 - Os laudos de constatação e toxicológicos
ser leiloados pelos respectivos juízos, observada
devem mencionar o peso, a unidade, a quanti-
legislação pertinente, sendo o dinheiro deposi-
dade e o volume das substâncias e dos medi-
tado em favor da Secretaria Nacional Antidro-
camentos recebidos e a quantidade empregada
gas/SENAD, quando referentes a procedimen-
para a realização da perícia.
tos desta natureza, ou ao Fundo Penitenciário,
quando relacionados às demais naturezas. 6.21.5 - Retirada a quantidade necessária para
a realização da perícia, a substância ou medica-
6.20.21.3 - Os bens móveis servíveis, de valores
mento será acondicionado em saco plástico ou
inferiores, que sejam de interesse das institui-
de papel, ou outro recipiente apropriado, e, a
ções de cunho social, deverão ser doados, com
seguir, lacrado.
observância ao item 6.20.18.
6.21.6 - Se a guarda da substância tóxica ou me-
6.20.21.4 - Os demais bens imprestáveis deverão
dicamento se tornar inconveniente ou perigosa,
ser destruídos, sempre na presença de um (01)
como no caso de apreensão de grande quantida-
funcionário do Poder Judiciário, preferencial-
de, pode o juiz, preservada a porção suficiente
mente ocupante do cargo de Oficial de Justiça.
para a realização da perícia e da contraprova,
6.20.21.5 - Concluído o procedimento, a escriva- depois de ouvido o Ministério Público, determi-
nia deverá dar as respectivas baixas no Sistema, nar ou autorizar a destruição ou incineração.
individualmente, e juntar o comprovante nos
6.21.6.1 - Da destruição ou incineração será la-
autos do procedimento de leilão, doação ou des-
vrado auto circunstanciado.
truição, arquivando-o.
6.21.7 - Após o trânsito em julgado da senten-
6.20.21.6 - Nas comarcas do interior compete ao
ça, o juiz determinará, por ofício, à autoridade
responsável pelo depósito o cumprimento das
responsável pelo depósito das substâncias en-
medidas previstas neste item.
torpecentes e explosivas, sua remessa à Vigilân-
6.20.22 - Findo o processo ou inquérito, o di- cia Sanitária Municipal, que deverá proceder à
nheiro apreendido, não reclamado, decretada incineração.
a perda, deverá ser levantado pela escrivania
6.21.8 - - Tratando-se de bem de valor econômi-
por alvará e depositado em favor da Secretaria
co, apreendido em decorrência de tráfico de dro-
Nacional Antidrogas/SENAD, quando referente
gas, ou utilizado de qualquer forma em ativida-
a procedimentos desta natureza, ou ao Fundo
des ilícitas de produção ou comercialização de
Penitenciário, quando relacionado às demais
drogas abusivas, ou, ainda, que haja sido adqui-
naturezas.
rido com recursos provenientes da traficância e
6.20.22.1 - Os alvarás e comprovantes de depó- perdido em favor da União, constituirá recurso
sitos deverão ser juntados aos autos, com as res- da Secretaria Nacional Antidrogas/SENAD e a
pectivas certificações e baixas no Sistema. apreensão deverá ser comunicada ao Conselho
Estadual de Entorpecentes - CONEN, que, por
6.20.23 - Os autos não poderão ser arquivados
força de convênio firmado com o Ministério da
ou baixados definitivamente sem prévia libera-
Justiça, procederá à guarda e à alienação opor-
ção para destinação final dos bens neles apreen-
tuna desse bem, e ainda, ao Conselho Federal de
didos.
Entorpecentes.
SEÇÃO 21
SEÇÃO 22
DEPÓSITO DE SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES
DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES EM
E EXPLOSIVAS
HABEAS CORPUS
6.21.1 - As escrivanias criminais não receberão
6.22.1 - As informações referentes a deverão ser
substâncias entorpecentes ou explosivas, seja
redigidas pelo próprio juiz, observando-se o se-
com os autos de inquérito policial, separada-
guinte:
mente, ou com os laudos de constatação ou toxi-
cológicos. Essas substâncias deverão permane- I - máxima prioridade e celeridade;
cer em depósito na delegacia de polícia ou no
II - relatório objetivo;
órgão médico-legal.
III - sustentação das razões;
6.21.2 - O auto de apreensão policial de qualquer
produto constituído por substância entorpecen- IV - omissão de qualquer consideração de cará-
te deve mencionar, dentre outros requisitos, a ter jurídico dispensável;

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Noções de Direito e Legislação

V - remessa da informação, direta e imediata- I - determinar a distribuição por prevenção, se


mente, à autoridade requisitante; for o caso;
VI - endereçamento da requisição à autorida- II - decidir, no horário de expediente forense,
de efetivamente coatora, caso verifique ter sido sobre a matéria afeta ao plantão judiciário;
equivocada a sua expedição.
III - decidir a respeito de todas as medidas ju-
diciais em inquéritos policiais e demais feitos
SEÇÃO 23
que não comportem distribuição ou remessa às
DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA varas criminais;

6.23.1 - Presente a necessidade de imediata IV - determinar o arquivamento de inquérito,


apreciação dos pedidos de interceptação tele- peça informativa ou outro feito de natureza cri-
fônica, bem como a preservação do respectivo minal, na forma da lei, ou tomar as providências
sigilo, o deferimento, desde que obedecidos os previstas no art. 28 do CPP;
requisitos legais, poderá ser concedido no pró- V - supervisionar os serviços do plantão judi-
prio requerimento apresentado pela autoridade ciário.
responsável, que valerá como mandado.
6.24.6 - O juízo da Vara de Inquéritos Policiais
6.23.2 - As autorizações serão entregues direta- comunicará ao distribuidor as decisões de ar-
mente à autoridade requerente. quivamento de inquéritos e dos demais proce-
6.23.3 - As providências do art. 8º da Lei nº dimentos de sua competência.
9.296, de 24.07.1996, devem ser efetivadas após 6.24.7 - No que couber, aplica-se a seção 2 deste
a apresentação do relatório de que trata o art. 6º, capítulo (Inquérito Policial e Procedimento In-
§ 2º, do mesmo estatuto. vestigatório).
SEÇÃO 24 6.24.8 - O escrivão da Vara de Inquéritos Po-
liciais é responsável também pelos serviços do
VARA DE INQUÉRITOS POLICIAIS plantão judiciário, competindo-lhe sua organi-
6.24.1 - Dos livros obrigatórios aos ofícios crimi- zação, sob a supervisão do juiz.
nais, a Vara de Inquéritos Policiais terá os indis- 6.24.8.1 - Pelo critério de rodízio, um dos oficiais
pensáveis à prática dos atos de sua atribuição e de justiça deve ficar à disposição do plantão ju-
competência. diciário.
6.24.2 - A Vara de Inquéritos Policiais do Foro 6.24.8.2 - O escrivão e os auxiliares se revezarão
Central da Comarca da Região Metropolitana no atendimento do plantão judiciário.
de Curitiba exerce controle sobre os inquéritos
policiais, demais peças informativas e outros SEÇÃO 25
feitos de natureza criminal ainda não distribuí-
dos, de competência das varas criminais não es- CREMAÇÃO DE CADÁVER
pecializadas e dos Tribunais do Júri.
6.25.1 - A cremação de cadáver somente será fei-
6.24.2.1 - A Vara de Inquéritos Policiais abrange- ta daquele que houver manifestado a vontade
rá, ainda, o serviço do Plantão Judiciário. ou no interesse da saúde pública e se o atestado
6.24.3 - Os feitos de que trata o item anterior de óbito houver sido firmado por dois (02) mé-
serão remetidos pelas delegacias de polícia ou dicos ou por um (01) médico legista e, no caso
pelo interessado ao ofício distribuidor compe- de morte violenta, depois de autorizada pela
tente, que os registrará com a indicação da vara autoridade judiciária.
criminal, à qual competir por distribuição e para 6.25.2 - A autorização para cremação de cadá-
onde serão remetidos oportunamente, fornecen- ver, daquele que houver manifestado a vontade,
do os antecedentes do indiciado e encaminhan- no caso de morte violenta, será dada pela auto-
do à Vara de Inquéritos Policiais. ridade judicial competente pelo inquérito poli-
6.24.4 - Somente após o oferecimento de denún- cial, após ouvido o Ministério Público.
cia ou queixa-crime é que os aludidos feitos se- 6.25.3 - O pedido será formulado, nos casos de
rão remetidos às varas criminais respectivas. urgência, perante a autoridade policial, que
6.24.4.1 - Os procedimentos instaurados a re- após opinar sobre a conveniência ou não da li-
querimento das partes para instruir processo- beração do corpo, remeterá, imediatamente, os
crime decorrente do exercício da ação penal pri- autos ao juízo.
vada aguardarão a iniciativa destas na Vara de
6.25.3.1 - Nos dias em que não houver expedien-
Inquéritos Policiais.
te forense, o incidente deverá ser decidido pelo
6.24.5 - Compete ao juízo da Vara de Inquéritos juiz de direito responsável pelo plantão judiciá-
Policiais: rio.

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6.25.4 - Os autos serão instruídos com prova de 6.27.4 - Na capa dos autos será consignada, de
que o falecido, em vida, manifestou a vontade forma destacada, a circunstância de existirem
de ser cremado; e mais, com o boletim de ocor- dados sigilosos.
rência policial, o laudo médico-legal ou declara-
6.27.5 - O acesso à pasta destinada ao arquivo
ção dos médicos legistas no sentido da liberação
dos dados de vítimas ou testemunhas fica ga-
do corpo para cremação. rantido ao Ministério Público e ao Defensor
6.25.5 - O pedido de autorização deverá ser constituído nos autos, com controle de vistas
apreciado prioritariamente pela autoridade ju- pelo Escrivão.
diciária competente e a urgência na providência 6.27.6 - O mandado de intimação de vítimas ou
deverá decorrer do testemunhas, nas condições previstas nesta Se-
interesse da família na remoção do corpo, da ção, deverá ser individualizado, de modo que
impossibilidade de conservação do cadáver, ou, não se possa ter acesso aos seus dados pes-
ainda, de imperativo da saúde pública. soais.
6.25.6 - Não se convencendo da urgência ou da 6.27.6.1 - Após o cumprimento do mandado,
conveniência da liberação imediata do corpo, será juntada aos autos a Certidão do Oficial de
o juiz ordenará o retorno do pedido de autori- Justiça, sem identificação dos dados pessoais de
zação à polícia, sem prejuízo de sua posterior vítimas e testemunhas e o original deverá ser
apreciação. destruído pelo Escrivão.

6.25.7 - Os pedidos de autorização para crema- SEÇÃO 28


ção de cadáver, após a efetivação da medida ou
seu indeferimento, deverão ser imediatamente ARQUIVAMENTO DO PROCESSO DE
registrados no livro de Distribuição Criminal e CONHECIMENTO
apensados aos autos de inquérito policial, ou de
processo- crime, se já instaurado. 6.28.1 - Transitada em julgada a sentença, fei-
tas as comunicações obrigatórias previstas no
SEÇÃO 26 item 6.15.1, e, no caso da existência de fiança e
apreensões, após o levantamento e a destinação
REMOÇÃO DE ÓRGÃOS PARA FINS DE dos objetos, os autos serão arquivados, com as
TRANSPLANTE E TRATAMENTO respectivas baixas no Sistema ou livros, ressal-
vada a hipótese do item 7.8.1.
6.26.1 - No Foro Central da Comarca da Região
Metropolitana de Curitiba, os pedidos de remo- 6.28.2 - No caso de sentenças condenatórias,
ção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano qualquer que tenha sido a pena ou medida de
para fins de transplante e tratamento, constan- segurança, a escrivania deverá expedir a guia de
tes da Lei Federal nº. 9.434, de 04.02.1997, dada recolhimento remetendo-a à vara de execuções
a natureza cautelar e urgente, devem tramitar competente.
na Vara. 6.28.3 - Iniciando o cumprimento da pena em re-
gime fechado e semi-aberto na comarca, ou tra-
SEÇÃO 27 tando-se de regime inicial aberto, a escrivania for-
mará os autos de execução de pena, com uma via
PROTEÇÃO DE VÍTIMAS E TESTEMUNHAS EM da guia de recolhimento, instruída com a cópia
PROCESSO CRIMINAL da sentença e outras peças reputadas necessárias.
6.27.1 - Aplicam-se as disposições desta Seção 6.28.3.1 - A formação dos autos de execução de
aos processos criminais em que os réus são acu- pena será comunicada ao distribuidor, observa-
sados de crimes previstos no art. 1º, III, da Lei do o item 3.1.8, devendo os autos ser cadastra-
n.º 7960/89. dos pela escrivania no Sistema Informatizado
6.27.2 - Quando houver, por parte de vítimas ou do Cartório Criminal - SICC ou, no caso de es-
testemunhas, a alegação de receio decorrente de crivania não informatizada, no livro de Proto-
coação ou grave ameaça, em razão de colabora- colo Geral.
ção em processo criminal, o Juiz de Direito de- 6.28.4 - Com a remoção do réu para o sistema
verá observar o contido nesta Seção. penitenciário, os autos de execução serão reme-
6.27.3 - Na hipótese de a vítima ou testemunha tidos à vara de execuções penais competente,
coagida ou submetida a grave ameaça solicitar devendo a escrivania providenciar as baixas no
Sistema ou livro e no Distribuidor.
as medidas de proteção previstas em lei, seus
dados não constarão dos termos de depoimento 6.28.5 - Julgado o pedido de transferência do
e ficarão anotados em impressos distintos e ar- cumprimento da pena para outra comarca,
quivados em pasta própria, sob responsabilida- os autos de execução serão remetidos ao juízo
de do Escrivão. competente, com as devidas baixas.

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6.28.5.1 - Recebidos os autos de execução, exceto 7.2.2 - O juiz da condenação aplicará o art. 66 da
nas Varas de Execuções Penais, cumprirá a es- Lei de Execução Penal no que for pertinente à
crivania o item 6.28.3.1. matéria de sua competência.
6.28.6 - Cabe ao juízo que decretar a extinção da 7.2.2.1 - Ao fixar o regime aberto, o juiz pode-
pena ou da punibilidade efetuar as comunica- rá estabelecer condições especiais, sem prejuízo
ções referidas no item 6.15.1, bem como o arqui- das obrigatórias, previstas no art. 115 da Lei de
vamento dos autos de execução. Execuções Penais.

CAPÍTULO 7 EXECUÇÕES PENAIS 7.2.3 - Quando o condenado tiver de cumprir


as condições do regime aberto, ainda que decor-
SEÇÃO 01 rente de progressão de regime, ou outra pena
restritiva de direitos em comarca diversa, os
LIVROS DO OFÍCIO autos de execução serão encaminhados àquele
juízo, que passará a ser o competente.
7.1.1 - São livros obrigatórios dos juízos de exe-
cuções: 7.2.3.1 - Declarada extinta a pena, o juiz comuni-
cará o juízo competente de origem.
I - Registro de Guia de Recolhimento;
7.2.3.2 - Se o cumprimento das condições for
II - Protocolo Geral (Adendo 3-F); por período de tempo relativamente pequeno,
III - Carga de Alvarás de Soltura; poderá ser expedida carta precatória para fisca-
lização.
IV - Carga de Autos - Juiz (Adendo 7-F);
7.2.4 - No juízo da sentença, o processo de execu-
V - Carga de Autos - Promotor de Justiça (Aden-
ção da pena, de medida de segurança restritiva
do 8-F);
ou de fiscalização do cumprimento iniciar-se-á,
VI - Carga de Autos - Advogado (Adendo 9-F); nos próprios autos, com a guia de recolhimento,
de internação ou de tratamento.
VII - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça
(Adendo 12-F); 7.2.5 - Nos casos em que o condenado deva
comparecer em juízo, sempre que possível, o
VIII - Carga de Autos - Conselho Penitenciário.
magistrado o entrevistará, para que se atinjam
7.1.2 - O livro de Registro de Guia de Recolhi- as finalidades dessa condição imposta.
mento poderá ser substituído por seguro pro-
cedimento na área de informática, em que de- 7.2.6 - Nas comarcas em que houver equipes
vem ser anotados, além dos dados necessários, técnicas da Secretaria da Justiça ou de outro
os incidentes da execução, tais como progressão órgão especializado em acompanhamento da
de regime, livramento condicional, remissão, execução da pena, o juiz poderá autorizar a tais
comutação, indulto, dentre outros. órgãos a realização da entrevista ao condenado.

7.1.3 - No livro de Protocolo Geral deverão ser SEÇÃO 03


registrados os pedidos incidentais, não objeto
daqueles registrados no item 7.1.2. REGIME SEMI-ABERTO E FECHADO
7.1.3.1 - O aludido livro também poderá ser 7.3.1 - Enquanto o apenado efetivamente não in-
substituído por seguro procedimento na área de gressar em uma das unidades do sistema peni-
informática. tenciário, a atribuição para a execução da pena
em regime fechado e semi-aberto será do juízo
SEÇÃO 02 REGIME ABERTO onde se encontrar preso o sentenciado.
7.2.1 - Compete ao juízo da condenação: 7.3.1.1 - - O disposto no CN 7.3.1 não se aplica
I - as penas privativas de liberdade a serem aos sentenciados que se encontrarem presos
cumpridas em regime aberto; nas comarcas em que existir vara de execução
penal, cuja competência se estenderá aos sen-
II - as penas restritivas de direitos; tenciados recolhidos aos distritos e delegacias
III - as penas de multa; policiais.
IV - as medidas de segurança restritivas; 7.3.2 - A remoção do condenado a pena priva-
tiva de liberdade a ser cumprida em regime
V - a suspensão condicional da pena.
semi-aberto deve ser providenciada imediata-
7.2.1.1 - No Foro Central da Comarca da Região mente, via . E, enquanto não ocorrer, não pode-
Metropolitana de Curitiba e naquelas em que rá o condenado permanecer todo o tempo preso
for criada Central de Execução de Penas Alter- na cadeia pública, devendo o juiz sentenciante,
nativas, a competência do juízo da condenação a cada caso, adotar medidas que se harmonizem
limitar-se-á ao disposto no inciso III supra. com o regime semi-aberto.

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7.3.2.1 - Nos demais casos, a remoção de presos expedir-se-á guia de recolhimento suplementar.
ao Sistema Penitenciário deve ser requisitada
7.4.7 - Para cada condenado, haverá no juízo de
ao juízo das execuções penais competente com
execuções competente um cadastro numerado.
o prazo de cinco (5) dias, salvo casos urgentes,
quando será realizada via .
SEÇÃO 05
7.3.3 - Os juízos de execuções penais poderão
autorizar o cumprimento da pena em outros es- EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA
tabelecimentos prisionais, inclusive em outros
7.5.1 - Antes do trânsito em julgado da decisão
Estados, desde que o condenado não seja preju-
poderá ser iniciada a execução da
dicado quanto a benefícios que teria se estivesse
em unidade do sistema, como o decorrente do pena, na forma do art. 2º, parágrafo único, da
trabalho. Lei de Execução Penal, com expedição de guia
provisória de recolhimento.
SEÇÃO 04
7.5.2 - - O juízo da sentença, na execução provi-
GUIA DE RECOLHIMENTO sória, deverá cuidar para que o art. 34 do CP seja
integralmente cumprido na própria comarca, de
7.4.1 - Imediatamente após o trânsito em julga- maneira a evitar constrangimento ilegal, salvo
do da sentença condenatória, se o réu estiver ou quanto ao trabalho em face do disposto no art.
vier a ser preso, qualquer que tenha sido a pena 31, § 1º, da LEP.
ou a medida de segurança, será extraída guia de
recolhimento ou de internação, instruída com 7.5.3 - A guia de recolhimento provisório será
cópia da denúncia, da sentença - com certidão expedida quando da prolação da sentença con-
de trânsito em julgado - a data da terminação da denatória sujeita a recurso sem efeito suspensi-
pena e outras peças reputadas indispensáveis, vo, devendo ser prontamente remetida ao Juízo
sendo remetida ao juízo de execuções penais da Execução Criminal.
competente. 7.5.3.1 - Deverá ser anotada na guia de recolhi-
7.4.1.1 - No caso de cumprimento de pena em mento, expedida nas condições do item ante-
regime inicial aberto, a escrivania deve encami- rior, a expressão “PROVISÓRIO”, em seqüência
nhar somente a guia de recolhimento para fins da expressão guia de recolhimento.
apenas de controle de antecedentes, não sendo 7.5.3.2 - A expedição da guia de recolhimento
necessário instruí-la com os demais documen- provisório será certificada nos autos do proces-
tos a que alude o item 7.4.1. so criminal.
7.4.1.2 - - A remessa será feita também ao esta- 7.5.4 - Sobrevindo decisão absolutória o juízo
belecimento prisional do cumprimento da pena prolator comunicará imediatamente o fato ao
ou à autoridade administrativa incumbida da juízo competente para a execução, para anota-
execução e ao Conselho Penitenciário, se for o
ção e cancelamento da guia de recolhimento.
caso, assim como ao estabelecimento de interna-
ção, na hipótese de medidas de segurança. 7.5.5 - Sobrevindo condenação transitada em
julgado, o juízo de conhecimento encaminhará
7.4.2 - É obrigatória a utilização do modelo de
as peças complementares ao juízo competente
guia de recolhimento aprovado pela Corregedo-
para a execução, que se incumbirá das provi-
ria-Geral da Justiça.
dências cabíveis, também informando as alte-
7.4.3 - A expedição e a remessa das guias de rações verificadas à autoridade administrativa.
recolhimento devem ser sempre certificadas nos
autos. SEÇÃO 06
7.4.4 - Recomenda-se ao juiz sentenciante que
CORREGEDORIA DOS PRESÍDIOS
assine a guia de recolhimento tão- somente após
a anexação das peças processuais que, por foto- 7.6.1 - O ofício da corregedoria dos presídios
cópia, devem acompanhá-la. manterá os seguintes livros obrigatórios:
7.4.5 - O juiz da sentença, em correição per- I - Registro e Carga de Alvarás de Soltura;
manente ou nas inspeções semestrais, deverá
II - Registro de Mandados de Prisão;
revisar, ainda que por amostragem, os proces-
sos-crime em fase de execução, examinando a III - Registro de Cartas Precatórias;
regularidade das remessas das guias de recolhi-
IV - Registro de Pedidos de Implantação de Réu
mento.
no Sistema Penitenciário;
7.4.6 - Sobrevindo alteração quanto ao regime de
V - Protocolo Geral;
cumprimento da pena ou ao tempo de duração
da pena ou da medida de segurança aplicada, VI - Carga de Mandados - Oficial de Justiça.

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7.6.2 - Nas comarcas com mais de uma vara cri- II - dados relativos ao cumprimento do disposto
minal, a Corregedoria dos Presídios será exerci- do Título IV da Lei n.º 7.210/84;
da pelo juiz da 1ª Vara Criminal.
III - dados relevantes da população carcerária e
7.6.2.1 - Onde houver Vara de Execuções Penais da observância dos direitos dos presos assegura-
a Corregedoria dos Presídios será exercida pelo dos na Constituição Federal e na Lei n.º 7.210/84;
juízo desta. IV - medidas adotadas para o funcionamento
7.6.3 - São atribuições do juiz corregedor dos adequado do estabelecimento.
presídios: 7.6.3.3 - A atualização dos dados referidos no
I - - realizar pessoalmente inspeção mensal nos item anterior será mensal, indicando-se somen-
estabelecimentos penais de qualquer natureza te as alterações, inclusões e exclusões processa-
(casas de custódia, delegacias policiais, etc.) sob das após a última remessa de dados.
sua responsabilidade e tomar providências para 7.6.4 - O juiz de direito da vara criminal res-
seu adequado funcionamento, promovendo, ponsável pela corregedoria dos presídios infor-
quando for o caso, a apuração de responsabili- mará, até o dia dez (10) de cada mês, ao juízo de
dade. execuções penais competente, o número de pre-
II - fiscalizar a situação dos presos e zelar pelo sos provisórios, ou não, que se encontrem na ca-
correto cumprimento da pena e de medida de deia pública do(s) município(s) que integre(m)
segurança; a comarca, mencionando nome do réu, data da
prisão, a comarca pela qual foi sentenciado, caso
III - autorizar a remoção dos presos para o Sis- não seja a própria e, sendo o caso, data do trânsi-
tema Penitenciário e sua saída, quando neces- to em julgado ou existência de recurso pendente.
sário;
7.6.4.1 - A ausência da remessa dessas informa-
IV - autorizar as saídas temporárias e o trabalho ções ou seu excessivo atraso deverão ser comu-
externo dos condenados provisórios, ou não; nicados pelo juízo de execuções à Corregedoria-
V - autorizar a realização de Exame Criminoló- Geral da Justiça, para a tomada das providên-
cias devidas.
gico, Toxicológico e de Insanidade Mental, pelo
Complexo Médico Penal ou em entidade simi- 7.6.5 - Os alvarás de soltura e as requisições de
lar; presos recolhidos ao Sistema Penitenciário do
Estado, expedidos por juízes de outros Estados,
VI - registrar todos os mandados de prisão e
deverão ser encaminhados ao juízo de execu-
cumprir os alvarás de soltura relativos aos pre-
ções competente.
sos do Sistema Penitenciário, salvo quando a
ordem de soltura emanar do plantão judiciário, 7.6.6 - Os juízes corregedores de presídios de
adotadas as cautelas legais; todo o Estado deverão cuidar para o fiel cum-
primento dos art. 40 e 41 da LEP.
VII - interditar, no todo ou em parte, estabele-
cimento prisional que estiver funcionando em 7.6.7 - Os alvarás de soltura e as requisições re-
condições inadequadas ou com infringência à ferentes a presos recolhidos no Sistema Peniten-
lei; ciário do Estado serão encaminhados ao juízo
de execuções penais competente para registro.
VIII - compor e instalar o Conselho da Comu-
nidade; 7.6.7.1 - Os alvarás de soltura deverão estar ins-
truídos com certidões, negativa ou positiva, do
IX - nas comarcas onde houver mais de uma distribuidor da comarca de origem e, quanto a
vara de execução, as atribuições contidas nos in- existir ordem de prisão contra o requerente, da
cisos I, II, III e IV supra, serão exercidas pelo juiz escrivania competente.
da 2ª Vara, nos cadastros dos sentenciados que
lhe estão afetos. 7.6.7.2 - Se a certidão acusar distribuição de in-
quérito policial ou de denúncia, o postulante
7.6.3.1 - Concluída a inspeção mencionada no deverá fazer prova de que, no juízo a que foi
inciso I do item 7.6.3, o magistrado preencherá distribuído, inexiste ordem de prisão.
os campos indicados no endereço https://ser-
pensp2.cnj.gov.br/resolucao47, do sítio do Con- 7.6.7.3 - Nas comarcas em que houver vara de
selho Nacional de Justiça, até o dia 05 do mês execução penal, os alvarás de soltura, mesmo
referentes a presos provisórios, serão encami-
seguinte.
nhados ao juiz corregedor dos presídios, para
7.6.3.2 - As informações referidas no item 7.6.3.1 cumprimento.
serão enviadas na forma de planilha de dados,
7.6.7.4 - O cumprimento de alvará de soltura
devendo constar:
protocolizado no horário de expediente não se
I - localização, destinação, natureza e estrutura suspende pelo encerramento deste. Se por qual-
do estabelecimento penal; quer razão o cumprimento imediato se mostrar

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inviável, o juiz determinará ao escrivão que re- agendamento nas Varas de Execuções Penais de
meta o alvará ao magistrado de plantão. Curitiba.
7.6.7.5 - Fora do horário de expediente, o cum- 7.7.3.1 - Os autos serão encaminhados direta-
primento de alvará de soltura ficará a cargo do mente ao Complexo Médico Penal.
juiz de plantão, a quem deverá ser apresentado
7.7.4 - A competência para determinar o inter-
pelo interessado devidamente instruído.
namento de inimputável no Complexo Médico
7.6.8 - Requerimento de soltura de preso firma- Penal (antigo Manicômio Judiciário) é do juiz da
do por advogado constituído deverá ser por sentença, devendo a vaga ser previamente so-
este instruído. licitada por ofício, fax ou qualquer outro meio
idôneo de comunicação à VEP da Comarca da
7.6.8.1 - Serão instruídos pelo escrivão do juízo
Região Metropolitana de Curitiba.
que expediu o alvará de soltura os pedidos for-
mulados por defensor público ou dativo. 7.7.5 - Na concessão dos benefícios de livramen-
to condicional, comutação e indulto, deverá ser
7.6.9 - As certidões que instruirão pedidos de
observado o disposto no art. 70, inc. I, da LEP.
soltura, seja qual for a espécie de prisão, deve-
rão ser expedidas imediatamente.
SEÇÃO 08
7.6.10 - No caso de prisão civil ou falimentar, os
presos ficam à disposição do juízo da decisão, EXECUÇÃO DE PENA PECUNIÁRIA
ao qual está afeto, exclusivamente, o cumpri-
7.8.1 - Quando a única pena imposta for de
mento de alvará de soltura, que não depende de
natureza pecuniária, após o trânsito em jul-
estar instruído com certidões.
gado da decisão, caberá ao juiz da condenação
7.6.10.1 - Excepcionalmente, e desde que fora do promover a intimação do réu para, em dez (10)
expediente forense, o cumprimento do alvará dias, pagar a importância correspondente ao va-
será determinado pelo juiz de plantão. lor da condenação.
7.6.11 - Haverá nos juízos de execuções penais fi- 7.8.1.1 - Efetuado o pagamento, extinguir-se-á a
chário de assinaturas de todos os magistrados do pena pelo seu cumprimento.
Estado, para segurança no cumprimento de alva-
7.8.1.2 - O recolhimento das multas decorrentes
rás de soltura, requisições e mandados em geral.
de sentenças criminais, devido ao Fundo
7.6.11.1 - As assinaturas deverão ser sempre
Penitenciário Nacional, deverá ser efetuado
conferidas, anotando-se no documento a iden-
por meio da Guia de Recolhimento da União -
tificação do funcionário conferente.
GRU, disponível para preenchimento e impres-
7.6.11.2 - Por ocasião da investidura dos juízes são no sítio da Secretaria do Tesouro Nacional
substitutos, será colhida sua assinatura em fi- - Ministério da Fazenda (http://www.tesouro.
chas próprias, que serão remetidas aos juízos de fazenda.gov.br/).
execuções penais.
7.8.2 - Infrutífera a intimação, ou não efetuado
7.6.11.3 - Havendo alteração no padrão de assi- o pagamento, o juiz determinará a extração de
natura, o juiz deverá providenciar a atualização certidão da sentença que impôs a pena de mul-
nas varas de execuções penais do Estado. ta, encaminhando-a ao órgão que considerar
competente, para que este, se for o caso, promo-
SEÇÃO 07 PEDIDOS INCIDENTAIS va a execução do débito.
7.7.1 - Os pedidos apresentados ao juízo da con- 7.8.2.1 - Da certidão deverão constar os seguin-
denação, referentes à execução de pena ou de tes dados:
medida de segurança de competência do juízo
I - nome completo do condenado;
das execuções penais, serão a este prontamente
encaminhados, com as informações necessárias. II - número do RG, CPF/MF ou outro documen-
to válido do condenado e seu endereço comple-
7.7.2 - Tratando-se de remição da pena, instrui-
to, inclusive com CEP;
rão o pedido informações sobre o comporta-
mento carcerário do condenado, a portaria da III - dispositivo(s) legal(is) infringido(s) pelo
autoridade administrativa que o autorizou a condenado;
trabalhar e o atestado dos dias de trabalho, com
IV - data do trânsito em julgado; e
o período e os dias trabalhados, descontados os
de descanso. V - valor da pena de multa aplicada.
7.7.3 - Os réus ou indiciados sujeitos a exame de 7.8.3 - Quando a pena de multa for aplicada
insanidade mental ou de dependência toxicoló- cumulativamente com a privativa de liberdade
gica serão encaminhados pelo juiz diretamente ou restritiva de direitos, aplicar-se-á o art. 170
ao Complexo Médico Penal, mediante prévio da LEP, combinado com o art. 51 do CP.

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SEÇÃO 09 após o trânsito em julgado da sentença conde-


natória, em que sejam fixadas penas e medidas
VARA DE EXECUÇÃO DE PENAS E MEDIDAS mencionadas no item 7.9.1, exceto a suspensão
ALTERNATIVAS condicional do processo, extrairão carta de exe-
cução e encaminharão ao juízo da Vara de Exe-
7.9.1 - Ao juízo da Vara de Execução de Penas
cução de Penas e Medidas Alternativas utilizan-
e Medidas Alternativas do Foro Central da Co-
do como padrão o modelo fornecido pela Cor-
marca da Região Metropolitana de Curitiba
regedoria-Geral da Justiça, devidamente preen-
compete promover a execução e fiscalização:
chida, instruída, ainda, com cópia da denúncia,
I - das penas privativas de liberdade a serem da sentença - com certidão do trânsito em jul-
cumpridas em regime inicial aberto; gado - e outras peças reputadas indispensáveis.
II - das penas ou medidas restritivas de direito; 7.9.3.1 - Somente deverão ser remetidos à Vara
III - da suspensão condicional da pena; de Execução de Penas e Medidas Alternativas
as cartas de execução ou processos que tenham
IV - da suspensão condicional do processo. por objeto a execução e fiscalização das condi-
7.9.1.1 - Compete, também, ao juízo da Vara de ções do regime inicial aberto, da suspensão con-
Execução de Penas e Medidas Alternativas de- dicional da pena, da suspensão condicional do
cidir os incidentes que possam surgir no curso processo, das penas ou das medidas restritivas
da execução das penas e medidas referidas no de direito, bem como as cartas precatórias, que
item anterior. incluam, além das condições legais, alguma das
hipóteses abaixo:
7.9.2 - Caberá, ainda, ao juízo da Vara de Execu-
ção de Penas e Medidas Alternativas: I - prestação de serviços à comunidade ou a en-
tidades públicas e limitação de final de semana;
I - cadastrar e credenciar entidades públicas ou
com elas firmar convênio sobre programas co- II - prestação social alternativa;
munitários a serem beneficiados com a aplica- III - tratamento para desintoxicação;
ção da pena ou medida alternativa;
IV - encaminhamento para freqüentar curso su-
II - designar entidade ou o programa comunitá- pletivo ou profissionalizante;
rio, o local, dias e horário para o cumprimento
V - prestação pecuniária a entidade pública ou
da pena ou medida alternativa, bem como a for-
privada com destinação social a ser designada
ma de sua fiscalização;
pela Vara de Execução de Penas e Medidas Al-
III - criar programas comunitários para facilitar ternativas;
a execução das penas e medidas alternativas;
VI - prestação de outra natureza, nos moldes do
IV - acompanhar pessoalmente, quando neces- art. 45, § 2º, da Lei nº 9.714/98.
sário, a execução dos trabalhos;
7.9.4 - Após o recebimento da denúncia pelo
V - revogar os benefícios da suspensão condi- juízo competente e manifestação do Ministério
cional do processo e da suspensão condicional Público quanto ao cabimento da suspensão con-
da pena; dicional do processo, as peças essenciais desses
VI - converter as penas restritivas de direitos autos deverão ser remetidas ao juízo da Vara de
em privativa de liberdade, nos casos previstos Execução de Penas e Medidas Alternativas, para
no artigo 44, §§ 4º e 5º do Código Penal, comu- a realização da audiência de suspensão condi-
nicando o fato ao juízo do processo de co- cional do processo e fixação das condições.
nhecimento, para possibilitar as comunicações 7.9.4.1 - Em caso de aceitação da proposta de
obrigatórias; suspensão condicional do processo, o juízo da
Vara de Execução de Penas e Medidas Alternati-
VII - declarar a extinção da pena, o cumprimen-
vas procederá à execução das medidas impostas
to da medida ou a extinção da punibilidade,
e fará as comunicações necessárias.
comunicando o fato ao juízo do processo de
conhecimento para possibilitar a realização das 7.9.4.2 - Em caso da não aceitação da proposta de
comunicações obrigatórias. suspensão condicional do processo, o juízo da
Vara de Execução de Penas e Medidas Alternati-
7.9.3 - No Foro Central da Comarca da Região
vas dará o réu por citado e remeterá as peças ao
Metropolitana de Curitiba, os juízes das Varas
juízo de origem, para as providências cabíveis.
Criminais, de Acidentes de Trânsito, do Tribu-
nal do Júri, das Execuções Penais, dos Juizados 7.9.5 - Nos casos de descumprimento das penas
Especiais Criminais, e o Tribunal de Justiça (nas em regime inicial aberto ou das penas ou medi-
ações penais de sua competência originária e das restritivas de direito, da suspensão condi-
quando a execução se der no Foro Central da cional da pena e da suspensão condicional do
Comarca da Região Metropolitana de Curitiba) processo, fica a cargo do juízo da Vara de Execu-

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ção de Penas e Medidas Alternativas converter II - sessenta (60) dias, a contar da data do reiní-
as penas, regredir o regime e revogar os bene- cio do cumprimento da pena privativa de liber-
fícios, com comunicação ao juízo do processo. dade; e
7.9.5.1 - Recebida a comunicação da revogação III - para o apenado que já esteja cumprindo a
da suspensão condicional do processo, o juiz de pena privativa de liberdade, até o último dia útil
origem prosseguirá no processo. do mês janeiro de cada ano.
7.9.6 - O processo de execução da pena ou con- 7.10.2 - Deverão constar do atestado anual do
tinuidade deste, ou de fiscalização do cumpri- cumprimento da pena, dentre outras informa-
mento de condições, iniciar-se-á sempre com a ções consideradas relevantes:
carta de execução. I - o montante da pena privativa de liberdade;
7.9.7 - São livros obrigatórios da Vara de Execu- II - o regime prisional de cumprimento de pena;
ção de Penas e Medidas Alternativas:
III - a data do início do cumprimento da pena
I - Registro de Sentenças (Adendo 6-F); - Regis- e a data, em tese, do término do cumprimento
tro de Mandados de Prisão; integral da pena; e
II - Registro de Cadastramento de Entidades ou IV- a data a partir da qual o apenado, em tese,
Programas Comunitários; poderá postular a progressão do regime prisio-
III - Carga de Autos - Advogado (Adendo 9-F); nal e o livramento condicional.

IV - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça CAPÍTULO 8


(Adendo 12-F);
7.9.8 - De todos os atos relevantes será co- OFÍCIO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE
municado o juízo do processo de conheci-
mento, sendo que este efetuará as comunicações SEÇÃO 1
obrigatórias que se mostrem necessárias.
LIVROS DO OFÍCIO
7.9.9 - Após exauridos os procedimentos peran-
8.1.1 - São livros obrigatórios das Escrivanias da
te a Vara de Penas e Medidas Alternativas, os
Infância e da Juventude:
autos serão remetidos ao juízo do processo de
conhecimento para fins de que sejam juntados à I - Registro Geral de Feitos (Adendo 1-H);
ação penal respectiva.
II - Registro de Procedimentos Investigatórios
7.9.9.1 - O escrivão criminal certificará nos autos (Adendo 2-H);
de ação penal o recebimento dos autos oriun- III - Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e
dos da Vara de Execução de Penas e Medidas de Ordem (Adendo 3-H);
Alternativas e juntará ao feito somente as peças
necessárias. IV - Registro de Sentenças (Adendo 9-H);

7.9.9.2 - O disposto no item 7.9.9 não se aplica V - Registro de Apreensões (Adendo 10-H);
aos feitos que já se encontram arquivados na VI - Registro de Adotandos (Adendo 13-H);
Vara de Execução de Penas e Medidas Alterna-
tivas. VII - Registro de Crianças e Adolescentes Aco-
lhidos e Desligados (Adendo 16-H);
7.9.10 - Nas hipóteses de regressão de regime,
em que a competência para prosseguimento da VIII – Registro de Pretendentes à Adoção (Aden-
execução passar a ser das Varas de Execuções do 14-H);
Penais, os próprios autos da Vara de Execução IX - Arquivo de Termos de Guarda e Tutela;
de Penas e Medidas Alternativas, acompanha-
X - Arquivo de Alvarás (Adendo 11-H);
dos de guia de recolhimento suplementar, serão
remetidos àqueles juízos. XI - Arquivo de Inscrições (Adendo 12-H); XII –
Registro de Portarias (Adendo 15-H); XIII - Car-
SEÇÃO 10 ga de Autos - Juiz (Adendo 4-H);

ATESTADO DE PENA XIV - Carga de Autos - Promotor de Justiça


(Adendo 5-H);
7.10.1 - O Juízo responsável pela execução da
XV - Carga de Autos - Advogado (Adendo 6-H);
pena deverá emitir atestado de pena a cumprir
e a respectiva entrega ao apenado, mediante re- XVI - Carga de Autos - Equipe Técnica (Adendo
cibo, nos seguintes prazos: 7-H);
I - sessenta (60) dias, a contar do início da execu- XVII - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça
ção da pena privativa de liberdade; (Adendo 8-H).

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8.1.2 – Nos cartórios informatizados, os livros e 8.1.12 – O registro de Termo de Compromisso


documentos de controle poderão ser substituí- dos comissários da infância e da juventude e
dos por registros eletrônicos. dos agentes voluntários de proteção deverá ser
lavrado em livro próprio da direção do fórum.
8.1.3 - Na escrituração, guarda e conservação
dos livros, assim como nos procedimentos da SEÇÃO 2
escrivania, serão observadas as normas gerais
previstas no capítulo 2, bem como as normas FAMÍLIA SUBSTITUTA
específicas relativas ao ofício cível, contidas no
capítulo 5 deste código. 8.2.1 - O pedido de colocação em família subs-
tituta far-se-á mediante guarda, tutela ou ado-
8.1.4 – Funcionando o Ofício da Infância e Ju- ção, independentemente da situação jurídica da
ventude anexado a outro, poderão ser utiliza- criança ou adolescente, nos termos do Estatuto
dos para escrituração comum todos os livros da Criança e do Adolescente, e poderá ser for-
destinados à carga de autos e de mandados. mulado cumulativamente com a destituição da
8.1.5 - A escrivania deverá manter sistemas de tutela, perda ou suspensão do pátrio poder.
controle de processos e procedimentos, nos 8.2.2 - Sempre que possível, a criança ou adoles-
moldes previstos no item 5.1.3 deste CN ou por cente deverá ser previamente ouvido por equi-
meio eletrônico, no caso de comarcas informa- pe interprofissional, respeitado seu estágio de
tizadas. desenvolvimento e grau de compreensão sobre
8.1.6 – As secretarias poderão abrir outros livros, as implicações da medida e terá sua opinião de-
além dos obrigatórios, desde que o movimento vidamente considerada.
forense justifique. 8.2.2.1 – Tratando-se de maior de doze (12) anos
8.1.7 – No livro de Arquivo de Inscrições deve de idade, será necessário seu consentimento, co-
lhido em audiência.
ser arquivada cópia do programa, bem como
do regime de atendimento de todas as entida- 8.2.3 - Na apreciação do pedido levar-se-á em
des governamentais e não- governamentais dos conta o grau de parentesco e a relação de afini-
municípios que compõem a comarca. dade ou de afetividade, a fim de evitar ou mi-
norar as consequências decorrentes da medida.
8.1.8 – Os procedimentos instaurados de colo-
cação em Família Substituta, tais como pedidos 8.2.4 – Os grupos de irmãos serão colocados
de guarda, tutela, adoção, perda ou suspensão sob adoção, tutela ou guarda da mesma família
do poder familiar, destituição de tutela, dentre substituta, ressalvada a comprovada existência
outros, serão registrados e autuados no livro de de risco de abuso ou outra situação que justifi-
Registro Geral de Feitos, observando, no que fo- que plenamente a excepcionalidade de solução
rem compatíveis, as normas da seção 3 do capí- diversa, procurando-se, em qualquer caso, evi-
tulo 2 deste CN. tar o rompimento definitivo dos vínculos frater-
nais.
8.1.9 – Os pedidos de inscrição para adoção
devem ser registrados no livro de Registro de 8.2.5 – A colocação da criança ou adolescen-
Pretendentes à Adoção, observando-se o proce- te em família substituta será precedida de sua
dimento do art. 197-A e seguintes do ECA. preparação gradativa e acompanhamento pos-
terior, realizados pela equipe interprofissional
8.1.10 – No caso de crianças e adolescentes em
a serviço da Justiça da Infância e da Juventude,
condições de serem adotados, o registro deverá
preferencialmente, com o apoio dos técnicos
ser efetuado no livro de Registro de Adotandos.
responsáveis pela execução da política munici-
8.1.11 – As peças informativas, autos de infra- pal de garantia do direito à convivência familiar.
ção às normas de proteção, boletins de ocorrên-
8.2.6 – Em se tratando de criança ou adolescente
cia, relatórios policiais, auto de apreensão em
indígena ou proveniente de comunidade rema-
flagrante, pedidos de providência e procedi-
nescente de quilombo, é ainda obrigatório:
mentos investigatórios, entre outros que objeti-
vem a investigação de infrações às medidas de I – que sejam consideradas e respeitadas sua
proteção ou apuração de ato infracional, serão identidade social e cultural, os seus costumes
registrados e autuados no livro de Registro de e tradições, bem como suas instituições, desde
Procedimentos Investigatórios. que não sejam incompatíveis com os direitos
fundamentais reconhecidos pelo ECA e pela
8.1.11.1 – No caso de representação, pela prática
Constituição Federal;
de ato infracional ou decisão pela instauração
de ação ou procedimento específico, proceder- II – que a colocação familiar ocorra prioritaria-
se-á ao registro e autuação na forma prevista no mente no seio de sua comunidade ou junto a
item 8.1.8 deste CN. membros da mesma etnia;

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III – a intervenção e oitiva de representantes 8.2.13.1 - O deferimento da tutela pressupõe a


do órgão federal responsável pela política in- prévia decretação da perda ou suspensão do po-
digenista, no caso de crianças e adolescentes der familiar e implica necessariamente o dever
indígenas, e de antropólogos, perante a equi- de guarda.
pe interprofissional ou multidisciplinar que irá 8.2.13.2 – O tutor nomeado por testamento ou
acompanhar o caso. qualquer documento autêntico, conforme pre-
8.2.7 - Sendo o pedido formulado pelo Ministé- visto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei nº
rio Público, o interessado na guarda, tutela ou 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil,
adoção poderá assinar conjuntamente a inicial. deverá, no prazo de trinta (30) dias após a aber-
tura da sucessão, ingressar com pedido destina-
8.2.8 - A colocação em família substituta não ad- do ao controle judicial do ato, observando o pro-
mitirá transferência da criança ou adolescente cedimento previsto nos arts. 165 a 170 do ECA.
a terceiros, ou a entidades governamentais ou
não-governamentais, sem autorização judicial. 8.2.13.3 – Na apreciação do pedido, serão obser-
vados os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 do
8.2.9 - Ao assumir a guarda ou a tutela, o res- ECA, somente sendo deferida a tutela à pessoa
ponsável prestará compromisso de bem e fiel- indicada na disposição de última vontade, se
mente desempenhar o encargo, mediante termo restar comprovado que a medida é vantajosa ao
nos autos. tutelando e que não existe outra pessoa em me-
8.2.10 - A guarda destina-se a regularizar a lhores condições de assumi-la.
posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou 8.2.13.4 - Aplica-se à destituição da tutela o dis-
incidentalmente, nos procedimentos de tutela e posto no art. 24 do ECA.
adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
8.2.14 – A adoção é medida excepcional e irre-
8.2.10.1 - Excepcionalmente, deferir-se-á a vogável, à qual se deve recorrer apenas quando
guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para esgotados os recursos de manutenção da crian-
atender a situações peculiares ou suprir a falta ça ou adolescente na família natural ou extensa,
eventual dos pais ou responsável, podendo ser na forma do parágrafo único do art. 25 do ECA.
deferido o direito de representação para a práti-
8.2.14 - É vedada a adoção por procuração.
ca de atos determinados.
8.2.16 – A inscrição de pretendentes à adoção
8.2.10.2 - A guarda confere à criança ou ado-
será precedida de um período de preparação
lescente a condição de dependente, para todos
psicossocial e jurídica, orientado pela equipe
os fins e efeitos de direito, inclusive previden-
técnica da Justiça da Infância e da Juventude,
ciários.
preferencialmente, com apoio dos técnicos res-
8.2.10.3 – Salvo expressa e fundamentada deter- ponsáveis pela execução da política municipal
minação em contrário, da autoridade judiciária de garantia do direito à convivência familiar.
competente, ou quando a medida for aplicada 8.2.16.1 – O deferimento da inscrição de preten-
em preparação para adoção, o deferimento da dentes à adoção dar-se-á após prévia consulta
guarda de criança ou adolescente a terceiros não aos órgãos técnicos da Justiça da Infância e da
impede o exercício do direito de visitas pelos Juventude, ouvido o Ministério Público.
pais, assim como o dever de prestar alimentos,
que serão objeto de regulamentação específica, a 8.2.16.2 – Não será deferida a inscrição se o pre-
pedido do interessado ou do Ministério Público. tendente não satisfizer os requisitos legais, ou
verificada qualquer das hipóteses previstas no
8.2.11 – A inclusão da criança ou adolescente, art. 29 do ECA.
em programas de acolhimento familiar, terá
preferência a seu acolhimento institucional, ob- 8.2.17 – A autoridade judiciária manterá, obri-
servado, em qualquer caso, o caráter temporário gatoriamente, na comarca ou foro regional, um
e excepcional da medida, nos termos do ECA. cadastro de crianças e adolescentes aptos a se-
Nessa hipótese, a pessoa ou casal cadastrado rem adotados e outro de pessoas ou casais ha-
no programa de acolhimento familiar po- bilitados à adoção, bem como de crianças e ado-
derá receber a criança ou adolescente, mediante lescentes em regime de acolhimento institucio-
guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 nal ou familiar, sob pena de responsabilidade.
do ECA. 8.2.17.1 – Igualmente, providenciará no prazo
de quarenta e oito (48) horas, a inscrição das
8.2.12 - A guarda, como forma de colocação em
crianças e adolescentes em situação jurídica de
família substituta, poderá ser revogada a qual-
inserção em família substituta, que não tive-
quer tempo, mediante ato judicial fundamenta-
ram colocação familiar, na comarca de origem,
do, ouvido o Ministério Público.
e das pessoas ou casais que tiveram deferida
8.2.13 - A tutela será deferida, nos termos da lei sua habilitação à adoção no Cadastro Estadual
civil, à pessoa de até dezoito (18) anos incom- de Adoção e no Cadastro Nacional de Adoção,
pletos. sob pena de responsabilidade.

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8.2.18 – Somente poderá ser deferida adoção em justifiquem a excepcionalidade da concessão.


favor de candidato domiciliado no Brasil não
8.2.26.1 – Nos casos de adoção conjunta entre
cadastrado previamente nos termos do ECA,
divorciados, judicialmente separados e ex-com-
quando:
panheiros, desde que demonstrado efetivo be-
I – se tratar de pedido de adoção unilateral; nefício ao adotando, será assegurada a guarda
compartilhada, conforme previsto no art. 1.584
II – for formulada por parente com o qual a
da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Có-
criança ou adolescente mantenha vínculos de
digo Civil.
afinidade e afetividade;
8.2.27 – A adoção poderá ser deferida ao ado-
III – oriundo o pedido de quem detém a tute-
tante que, após inequívoca manifestação de
la ou guarda legal de criança maior de três (3)
vontade, vier a falecer no curso do procedimen-
anos ou adolescente, desde que o lapso de tem-
to, antes de prolatada a sentença.
po de convivência comprove a fixação de laços
de afinidade e afetividade, e não seja constatada 8.2.28 - A adoção depende do consentimento
a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações dos pais ou do representante legal do adotando.
previstas nos arts. 237 ou 238 do ECA.
8.2.28.1 – Na hipótese de concordância dos pais,
8.2.19 – Compete à Comissão Estadual Judiciá- esses serão ouvidos pela autoridade judiciária
ria de Adoção (Autoridade Central Estadual) e pelo representante do Ministério Público, to-
zelar pela manutenção e correta alimentação mando-se por termo as declarações.
dos cadastros, com posterior comunicação à Au-
8.2.28.2 – O consentimento prestado por escri-
toridade Central Federal Brasileira.
to não terá validade se não for ratificado na au-
8.2.20 – O acesso ao Cadastro Nacional de Ado- diência a que se refere o item anterior.
ção, ao Cadastro Nacional de Crianças Acolhi-
8.2.28.3 – O consentimento é retratável até a
das e de Adolescentes em Conflito com a Lei,
data da sentença constitutiva da adoção, e não
dar-se-á mediante uso de senha pessoal.
será objeto de homologação anterior a esta.
8.2.21 – Sempre que possível, é recomendável
8.2.28.4 - O consentimento será dispensado em
a preparação psicossocial e jurídica, realizada
relação à criança ou adolescente cujos pais se-
pelos órgãos técnicos competentes em sede de
jam desconhecidos ou tenham sido destituídos
colocação familiar, referida no art. 50 do ECA,
do poder familiar.
incluindo o contato com crianças e adolescen-
tes em acolhimento familiar ou institucional 8.2.28.5 – Em se tratando de adotando maior de
em condições de serem adotados, a ser realiza- doze (12) anos de idade, será também necessá-
do sob a orientação, supervisão e avaliação da rio o seu consentimento.
equipe técnica da Justiça da Infância e da Juven-
8.2.29 - A adoção será precedida de estágio de
tude, com apoio dos técnicos responsáveis pelo
convivência com a criança ou adolescente, pelo
programa de acolhimento e pela execução da
prazo que a autoridade judiciária fixar, observa-
política municipal de garantia do direito à con-
das as peculiaridades do caso.
vivência familiar.
8.2.29.1 - O estágio de convivência poderá ser
8.2.22 - O adotando deve contar com, no máxi-
dispensado se o adotando já estiver sob a tute-
mo, dezoito (18) anos à data do pedido, salvo se
la ou guarda legal do adotante, durante tempo
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
suficiente para que seja possível avaliar a conve-
8.2.23 - Podem adotar os maiores de 18 (dezoi- niência da constituição do vínculo.
to) anos, independentemente de estado civil.
8.2.29.2 – A simples guarda de fato não autori-
8.2.24 - O adotante há de ser, pelo menos, de- za, por si só, a dispensa da realização do estágio
zesseis (16) anos mais velho do que o adotando. de convivência.
8.2.25 – Para adoção conjunta, é indispensável 8.2.29.3 - Em caso de adoção por pessoa ou casal
que os adotantes sejam casados civilmente ou residente ou domiciliado fora do País, o estágio
mantenham união estável, comprovada a esta- de convivência, cumprido no território nacional,
bilidade da família. será de, no mínimo, trinta (30) dias.
8.2.26 – Os divorciados, os judicialmente sepa- 8.2.29.4 – O estágio de convivência será acom-
rados e os ex-companheiros podem adotar con- panhado pela equipe interprofissional a serviço
juntamente, contanto que acordem sobre a guar- da Justiça da Infância e da Juventude, preferen-
da e o regime de visitas e desde que o estágio de cialmente, com apoio dos técnicos responsáveis
convivência tenha sido iniciado na constância pela execução da política de garantia do direito
do período de convivência e que seja comprova- à convivência familiar, que apresentarão relató-
da a existência de vínculos de afinidade e afeti- rio minucioso acerca da convivência do deferi-
vidade com aquele não detentor da guarda, que mento da medida.

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8.2.30 - O vínculo da adoção constitui-se por 8.2.34.3 - O registro de adoção será efetivado
sentença judicial, que será inscrita no registro como se tratasse de lavratura fora de prazo, sem
civil mediante mandado, do qual não se forne- pagamento, porém, da multa prevista no art. 46
cerá certidão. da Lei dos Registros Públicos.
8.2.30.1 - A inscrição consignará o nome dos 8.2.34.4 - Quando o adotando estiver em idade
adotantes como pais, bem como o nome de seus escolar, o juiz fará consignar na sentença a ordem
ascendentes. para que sejam feitas as devidas retificações nos
assentos escolares, mandando oficiar à direção
8.2.30.2 - O mandado judicial, que será arqui- do estabelecimento de ensino ou expedir man-
vado, cancelará o registro original do adotado. dado, neles constando a observação de que, sal-
8.2.30.3 – A pedido do adotante, o novo registro vo expressa determinação judicial, nenhuma in-
poderá ser lavrado no Cartório do Registro Ci- formação poderá ser prestada acerca dos dados
vil do Município de sua residência. até então existentes em relação àquele aluno.

8.2.30.4 – Nenhuma observação sobre a origem SEÇÃO 3 ADOÇÃO INTERNACIONAL


do ato poderá constar nas certidões do registro. 8.3.1 – Considera-se adoção internacional aque-
8.2.31 - A sentença conferirá ao adotado o nome la na qual a pessoa ou casal postulante é resi-
do adotante e, a pedido de qualquer deles, po- dente ou domiciliado fora do Brasil, conforme
derá determinar a modificação do prenome. previsto no artigo 2º da Convenção de Haia,
de 29 de maio de 1993, relativa à proteção das
8.2.31.1 – Caso a modificação de prenome seja crianças e à cooperação em matéria de Adoção
requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva Internacional, aprovada pelo Decreto Legislati-
do adotando, observado o disposto nos §§ 1º e vo nº 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada
2º do art. 28 do ECA. pelo Decreto nº 3.087, de 21 de junho de 1999.
8.2.32 - A adoção produz seus efeitos, a partir 8.3.2 – A colocação em família substituta estran-
do trânsito em julgado da sentença constitutiva, geira constitui medida excepcional, somente
exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 42 do admissível na modalidade de adoção e, desde
ECA, caso em que terá força retroativa à data que esgotadas as possibilidades de adoção da
do óbito. criança ou adolescente por nacionais ou estran-
geiros residentes no país, após efetiva consulta
8.2.33 – O processo relativo à adoção, assim
ao Cadastro Estadual de Adoção e ao Cadastro
como outros a ele relacionados, serão mantidos Nacional de Adoção.
em arquivo, admitindo-se seu armazenamento
em microfilme ou por outros meios, garantindo- 8.3.3 - A adoção internacional está condiciona-
se a sua conservação para consulta a qualquer da ao estudo prévio e análise da Comissão Esta-
tempo. dual Judiciária de Adoção - CEJA, que expedirá
laudo de habilitação, com validade em todo
8.2.33.1 – O adotado tem direito de conhecer o território paranaense, às pessoas estrangeiras
sua origem biológica, bem como de obter acesso interessadas na adoção, que tenham seus pedi-
restrito ao processo no qual a medida foi aplica- dos acolhidos pela referida comissão, para ins-
da e seus eventuais incidentes, após completar truir o processo competente.
dezoito (18) anos. 8.3.4 - A CEJA deverá manter para uso de todas
8.2.33.2 – O acesso ao processo de adoção po- as comarcas do Estado:
derá ser também deferido ao adotado menor I - cadastro centralizado e unificado das pessoas
de dezoito (18) anos, a seu pedido, assegurada estrangeiras e nacionais residentes no Exterior,
orientação e assistência jurídica e psicológica. interessadas na adoção de crianças e adolescen-
tes brasileiros no Estado, devidamente inscritos
8.2.34 - A sentença judicial de adoção será ins-
e habilitados perante a comissão;
crita no ofício de registro civil da comarca onde
tramitou o processo, no livro “A”, com obser- II - cadastro de crianças e adolescentes em con-
vância do art. 47 e parágrafos do ECA, cance- dições de serem adotados, que não obtiveram
lando-se o registro anterior. colocação em família substituta nacional ou es-
trangeira residente no país.
8.2.34.1 - Se o assento original do adotado hou-
8.3.5 – Não existindo candidatos brasileiros na
ver sido lavrado em cartório de outra comarca,
comarca, no Cadastro Estadual, nem no Ca-
o juízo que conceder a adoção fará expedir man-
dastro Nacional de Adoção, o juízo remeterá à
dado cancelatório àquela serventia, cujo oficial
CEJA relatório circunstanciado, acompanhado
procederá à averbação.
do formulário exposto no modelo 26 deste CN,
8.2.34.2 - Tratando-se de ordem oriunda de ou- com os dados mínimos disponíveis a respeito
tro Estado, antes de proceder à averbação, o ofi- da criança ou do adolescente e sua família de
cial obterá o “cumpra-se” do juiz da infância e origem, acompanhado dos documentos enume-
da juventude no próprio mandado. rados no Provimento nº. 41/2002.

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8.3.6 – Em se tratando de adoção internacional 8.3.14 – A Autoridade Central Federal Brasileira


de adolescente, deve restar comprovado que o poderá, a qualquer momento, solicitar informa-
adotando foi consultado por equipe interprofis- ções sobre a situação das crianças e adolescentes
sional, através de meios adequados ao seu está- adotados.
gio de desenvolvimento, que atestará mediante 8.3.15 – A cobrança de valores, por parte dos
parecer à sua preparação para a adoção, obser- organismos credenciados, que sejam considera-
vado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 28, do ECA. dos abusivos pela Autoridade Central Federal
8.3.7 – A competência para a realização do es- Brasileira e que não estejam devidamente com-
tágio de convivência é do juízo da comarca de provados, é causa de seu descredenciamento.
origem da criança ou adolescente. 8.3.16 – Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não
8.3.7.1 – Entretanto, o estágio de convivência po- podem ser representados por mais de uma enti-
derá ser realizado pela equipe interprofissional dade credenciada para atuar na cooperação em
da 2ª Vara da Infância e da Juventude, do Foro adoção internacional.
Central da Comarca da Região Metropolitana 8.3.17 – É vedado o contato direto de represen-
de Curitiba, ainda que a criança seja oriunda de tantes de organismos de adoção, nacionais ou
uma comarca do Interior, mediante delegação estrangeiros, com dirigentes de programas de
da autoridade judiciária da comarca de origem acolhimento institucional ou familiar, assim
do adotando. como com crianças e adolescentes em condições
8.3.8 – Os brasileiros residentes no Exterior te- de serem adotados, sem a devida autorização
rão preferência aos estrangeiros, nos casos de judicial.
adoção internacional de criança ou adolescente 8.3.18 – A Autoridade Central Federal Brasi-
brasileiro. leira poderá limitar ou suspender a concessão
de novos credenciamentos, sempre que julgar
8.3.9 – A habilitação de postulante estrangeiro
necessário, mediante ato administrativo funda-
ou domiciliado fora do Brasil terá validade má-
mentado.
xima de um (1) ano, podendo ser renovada.
8.3.18.1 – É vedado, sob pena de responsabilida-
8.3.10 – A adoção internacional observará o pro-
de e descredenciamento, o repasse de recursos,
cedimento previsto nos arts. 165 a 170 do ECA.
provenientes de organismos estrangeiros encar-
8.3.11 – A adoção internacional pressupõe a in- regados de intermediar pedidos de adoção in-
tervenção das Autoridades Centrais Estaduais e ternacional e organismos nacionais ou a pessoas
Federal em matéria de adoção internacional. físicas. Todavia, eventuais repasses somente po-
derão ser efetuados via Fundo dos Direitos da
8.3.12 – Se a legislação do país de acolhida as-
Criança e do Adolescente e estarão sujeitos às
sim o autorizar, admite-se que os pedidos de
deliberações do respectivo Conselho de Direitos
habilitação à adoção internacional sejam inter-
da Criança e do Adolescente.
mediados por organismos credenciados.
8.3.19 – A adoção por brasileiro residente no
8.3.12.1 – Incumbe à Autoridade Central Federal Exterior, em país ratificante da Convenção de
Brasileira o credenciamento de organismos na- Haia, cujo processo de adoção tenha sido pro-
cionais e estrangeiros, encarregados de interme- cessado em conformidade com a legislação vi-
diar pedidos de habilitação à adoção internacio- gente no país de residência e, atendido o dispos-
nal, com posterior comunicação às Autoridades to na alínea “c” do artigo 17 da referida Conven-
Centrais Estaduais e publicação nos órgãos ofi- ção, será automaticamente recepcionada com o
ciais de imprensa e em sítio próprio da internet. reingresso no Brasil.
8.3.13 – Antes de transitada em julgado a deci- 8.3.20 – O pretendente brasileiro residente no
são, que concedeu a adoção internacional, não Exterior, em país não ratificante da Convenção
será permitida a saída do adotando do território de Haia, uma vez reingressado no Brasil, deverá
nacional. requerer a homologação da sentença estrangei-
8.3.13.1 – Transitada em julgado a decisão, a au- ra pelo Supremo Tribunal de Justiça.
toridade judiciária determinará a expedição de 8.3.21 – Nas adoções internacionais, quando o
alvará com autorização de viagem, bem como Brasil for o país de acolhida, a decisão da auto-
para obtenção de passaporte, constando, obriga- ridade competente, do país de origem da crian-
toriamente, as características da criança ou ado- ça ou do adolescente, será conhecida pela Au-
lescente adotado, como idade, cor, sexo, even- toridade Central Estadual que tiver processado
tuais sinais ou traços peculiares, assim como o pedido de habilitação dos pais adotivos, que
foto recente e a aposição da impressão digital comunicará o fato à Autoridade Central Fede-
do seu polegar direito, instruindo o documento ral e determinará as providências necessárias à
com cópia autenticada da decisão e certidão de expedição do Certificado de Naturalização Pro-
trânsito em julgado. visório.

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8.3.22 – Nas adoções internacionais, quando SEÇÃO 4


o Brasil for o país de acolhida e a adoção não
tenha sido deferida no país de origem porque ENTIDADES DE ATENDIMENTO
a sua legislação a delega ao país de acolhida,
8.4.1 - As entidades governamentais e não-go-
ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão,
vernamentais deverão proceder à inscrição de
a criança ou o adolescente ser oriundo de país
seus programas, especificando os regimes de
que não tenha aderido à Convenção referida, o
atendimento junto ao Conselho Municipal dos
processo de adoção seguirá as regras da adoção
Direitos da Criança e do Adolescente, que man-
nacional.
terá registro das inscrições e de suas alterações,
8.3.23 – Os estrangeiros beneficiados com o vis- do que fará comunicação ao Conselho Tutelar e
to temporário, previsto nos incisos I, IV, V, VI e à autoridade judiciária.
VII do artigo 13 da Lei nº 6.815, de 19.08.1980,
8.4.2 - As entidades não-governamentais so-
assim como os estrangeiros portadores de visto
mente poderão funcionar depois de registradas
diplomático, oficial ou de cortesia, candidatos à
no Conselho Municipal dos Direitos da Criança
adoção, submeter-se-ão ao pedido de habilita-
e do Adolescente, que comunicará o registro ao
ção perante a CEJA e processo judicial de ado-
Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da
ção, que seguirá o mesmo procedimento desti-
respectiva localidade.
nado às adoções internacionais.
8.4.3 - Será negado o registro à entidade que:
8.3.24 - Os pedidos de inscrição para adoção,
formulados por estrangeiros residentes no Bra- I - não ofereça instalações físicas em condições
sil com visto permanente, deverão estar instruí- adequadas de habitabilidade, higiene, salubri-
dos com os documentos exigidos no Estatuto da dade e segurança;
Criança e do Adolescente, com observância do
II - não apresente plano de trabalho compatível
art. 52, do ECA.
com os princípios preconizados no Estatuto da
8.3.24.1 - Os pedidos acima serão apresentados Criança e do Adolescente;
diretamente ao juízo da infância e da juventude
III - esteja irregularmente constituída;
e submeter-se-ão a estudo psicossocial por equi-
pe interprofissional, devendo o respectivo juízo, IV - tenha em seus quadros pessoas inidôneas;
depois de cadastrado em livro próprio, remetê V – não se adequar ou deixar de cumprir as re-
-lo à CEJA em quarenta e oito (48) horas. soluções e deliberações relativas à modalidade
8.3.24.2 – O processamento de qualquer pedido de atendimento prestado, expedidas pelos Con-
de adoção, formulado por estrangeiro residente selhos de Direitos da Criança e do Adolescente,
no Brasil, deve ser instruído com o estudo pré- em todos os níveis.
vio e análise da CEJA. 8.4.3.1 – O registro terá validade máxima de
8.3.25 - O estudo psicossocial dos interessados quatro (4) anos, cabendo ao Conselho Municipal
na adoção, se residentes em Curitiba, serão rea- dos Direitos da Criança e do Adolescente, perio-
lizados por equipe técnica da 2ª. Vara da Infân- dicamente, reavaliar o cabimento de sua reno-
cia e da Juventude do Foro Central da Comarca vação, observado o disposto no item anterior.
da Região Metropolitana de Curitiba. 8.4.4 – O dirigente de entidade, que desenvolve
8.3.25.1 - Se residentes em comarcas do Interior programa de acolhimento institucional, é equi-
do Estado do Paraná, pela equipe técnica do juí- parado ao guardião, para todos os efeitos de di-
zo da infância e da juventude. Em não havendo, reito.
a autoridade judiciária poderá valer-se de pro-
8.4.4.1 – Os dirigentes de entidades, que desen-
fissionais da comarca contígua da região do do-
volvem programas de acolhimento familiar ou
micílio do interessado, ou do apoio dos técnicos
institucional, remeterão à autoridade judiciária,
responsáveis pela execução da política munici-
no máximo a cada seis (6) meses, relatório cir-
pal de garantia do direito à convivência familiar.
cunstanciado acerca da situação de cada crian-
8.3.25.2 - Se residentes em outro Estado da Fe- ça ou adolescente acolhido e sua família, para
deração, por equipe técnica do juízo da infância fins de reavaliação prevista no § 1º do art. 19 do
e da juventude do domicílio do interessado. ECA.
8.3.26 - O candidato à adoção deverá compro- 8.4.5 – Os entes federados, por intermédio dos
var, perante a CEJA, quando de sua habilitação, Poderes Executivo e Judiciário, promoverão,
mediante documento expedido pela autoridade conjuntamente, a permanente qualificação dos
competente do respectivo domicílio, estar devi- profissionais que atuam, direta ou indiretamen-
damente habilitado à adoção, consoante as leis te, em programas de acolhimento institucional
do seu país, bem como apresentar estudo psi- e destinados à colocação familiar de crianças e
cossocial, elaborado por agência especializada e adolescentes, incluindo membros do Poder Ju-
credenciada no país de origem. diciário, Ministério Público e Conselho Tutelar.

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8.4.6 – Salvo determinação em contrário da 8.5.4 – A aplicação de medida de acolhimento


autoridade judiciária competente, as entidades institucional de crianças e adolescentes somente
que desenvolvem programas de acolhimento será executada mediante a expedição de Guia
familiar ou institucional, se necessário, com o Nacional de Acolhimento e de Guia Nacional
auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de as- de Desligamento, expedida pela autoridade
sistência social, estimularão o contato da crian- judiciária competente, com observância dos re-
ça ou adolescente com seus pais e parentes, em quisitos do art. 101, §3º, I a IV do ECA e as dire-
cumprimento ao disposto nos incisos I e VIII do trizes da Instrução Normativa da Corregedoria
do artigo 92 do ECA. Nacional de Justiça nº 3 de 3/11/2009, bem assim
8.4.7 – O descumprimento das disposições do para o desligamento.
ECA, pelo dirigente de entidade que desenvol- 8.5.5 – Excepcionalmente, para os casos de ur-
ve programas de acolhimento familiar ou insti- gência e fazer cessar violência contra crianças e
tucional, é causa de sua destituição, sem prejuí- adolescentes, conforme § 2º, do artigo 101, do
zo da apuração de sua responsabilidade admi- ECA, ou fora do expediente forense, a autori-
nistrativa, civil e criminal. dade judiciária poderá permitir que o procedi-
8.4.8 – As entidades que mantenham progra- mento da guia de acolhimento se faça através de
mas de acolhimento institucional poderão, em terceiros, por ela autorizados, desde que mante-
caráter excepcional e de urgência, acolher crian- nha referido controle quantitativo atualizado e
ças e adolescentes, sem prévia determinação da que efetue a convalidação de reformulação da
autoridade competente, fazendo comunicação medida de proteção aplicada, no prazo máximo
do fato em até vinte e quatro (24) horas ao juiz de vinte e quatro (24) horas de sua efetivação.
da infância e da juventude, sob pena de respon- 8.5.6 – A autoridade judiciária deverá arma-
sabilidade. zenar, eletronicamente, as guias expedidas,
8.4.8.1 – Recebida a comunicação, a autoridade distinguindo os acolhimentos institucionais e
judiciária, ouvido o Ministério Público e, se ne- os familiares, assim como daquelas crianças e
cessário, com o apoio do Conselho Tutelar local, adolescentes sobre as quais não se disponha de
tomará as medidas necessárias para promover a informação específica sobre sua origem.
imediata reintegração familiar da criança ou do
8.5.6.1 – Na hipótese da parte final do item an-
adolescente ou, se por qualquer razão, não for
terior, a autoridade judiciária velará para que
isso possível ou recomendável, para seu enca-
seja incluída fotografia recente e todos os dados
minhamento a programa de acolhimento fami-
e demais características disponíveis, divulgan-
liar, institucional ou a família substituta, obser-
do as informações entre os órgãos de proteção
vado o disposto no §2º do art. 101 do ECA.
das diversas esferas do governo, na tentativa de
8.4.9 – As entidades governamentais e não-go- identificação dos genitores.
vernamentais, referidas no art. 90 do ECA, serão
fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Pú- 8.5.6.2 – Imediatamente após o acolhimento da
blico e pelos Conselhos Tutelares, e estarão su- criança ou do adolescente, a entidade responsá-
jeitas às medidas previstas no art. 198 do ECA. vel pelo programa de acolhimento institucional
ou familiar elaborará um plano individual de
SEÇÃO 5 atendimento, visando à reintegração familiar,
ressalvada a existência de ordem escrita e fun-
MEDIDAS DE PROTEÇÃO damentada, em contrário, de autoridade judi-
8.5.1 - Verificada qualquer das hipóteses previs- ciária competente, caso em que também deverá
tas no art. 98, a autoridade competente poderá contemplar sua colocação em família substituta,
aplicar, dentre outras, as medidas previstas no observadas as regras e princípios do Estatuto da
art. 101, ambos do ECA. Criança e do Adolescente.
8.5.1.1 - As medidas previstas no Título II, Capí- 8.5.7 – O plano individual será elaborado, sob a
tulo II, do ECA, poderão ser aplicadas, isolada responsabilidade da equipe técnica do respecti-
ou cumulativamente, bem como substituídas a vo programa de atendimento, e levará em consi-
qualquer tempo. deração a opinião da criança ou do adolescente
8.5.2 - Na aplicação das medidas, levar-se-ão e a oitiva dos pais ou do responsável.
em conta as necessidades pedagógicas, prefe- 8.5.8 – O acolhimento familiar ou institucional
rindo-se aquelas que visem ao fortalecimento ocorrerá no local mais próximo à residência dos
dos vínculos familiares e comunitários. pais ou do responsável e, como parte do proces-
8.5.3 - O acolhimento institucional e o acolhi- so de reintegração familiar, sempre que identi-
mento familiar são medidas provisórias e ex- ficada a necessidade, a família de origem será
cepcionais, utilizáveis como forma de transição incluída em programas oficiais de orientação,
para reintegração familiar ou, não sendo esta de apoio e de promoção social, sendo facilitado
possível, para colocação em família substituta, e estimulado o contato com a criança ou com o
não implicando privação de liberdade. adolescente acolhido.

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8.5.9 – Verificada a possibilidade de reintegra- nal, não se prolongará por mais de dois (2) anos,
ção familiar, o responsável pelo programa de salvo comprovada necessidade que atenda ao
acollhimento familiar ou institucional fará ime- seu superior interesse, devidamente fundamen-
diata comunicação à autoridade judiciária, que tada pela autoridade judiciária.
dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de
8.5.15 – A manutenção ou reintegração de
cinco (5) dias, decidindo em igual prazo.
criança ou adolescente à sua família terá prefe-
8.5.9.1 – Em sendo constatada a impossibilida- rência em relação a qualquer outra providência,
de de reintegração da criança ou do adolescente caso em que será essa incluída em programas
à família de origem, após seu encaminhamento de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo
a programas oficiais ou comunitários de orien- único do art. 23, incisos I e IV do do art. 101 e
tação, apoio e promoção social, será enviado re- dos incisos I a IV do do art. 129 do ECA.
latório fundamentado ao Ministério Público, no
8.5.16 – Verificada qualquer das hipóteses pre-
qual conste a descrição pormenorizada das pro- vistas no art. 98, do ECA, a autoridade compe-
vidências tomadas e a expressa recomendação, tente poderá determinar, dependendo do caso
subscrita pelos técnicos da entidade ou respon- concreto, as medidas previstas no art. 101, do
sáveis pela execução da política municipal de ECA.
garantia do direito à convivência familiar, para
a destituição do poder familiar, ou destituição 8.5.17 – Recomenda-se ao juiz delegar a execu-
de tutela ou guarda. ção de medidas de proteção ou socioeducativas
à autoridade competente da residência dos pais
8.5.10 – Recebido o relatório, o Ministério Públi- ou responsável, ou do local onde sediar-se a en-
co terá o prazo de trinta (30) dias para o ingres- tidade que acolher a criança ou adolescente.
so com a ação de destituição do poder familiar,
salvo se entender necessária a realização de es- 8.5.17.1 - Deverão acompanhar o encaminha-
tudos complementares ou outras providências mento da criança ou do adolescente, dentre ou-
que entender indispensáveis ao ajuizamento da tros documentos, os seguintes:
demanda. I - cópia dos autos do procedimento;
8.5.11 – A autoridade judiciária manterá, na co- II - cópia da certidão de nascimento;
marca ou foro regional, um cadastro contendo
informações atualizadas sobre as crianças e ado- III - cópia do(s) estudo(s) técnico(s) e histórico
lescentes em regime de acolhimento familiar e escolar, se existentes;
institucional sob sua responsabilidade, com in- IV – guia de acolhimento e informação a res-
formações pormenorizadas sobre a situação ju- peito do cadastro da criança ou adolescente no
rídica de cada um, bem como as providências CNCA;
tomadas para sua reintegração familiar ou co-
locação em família substituta, em qualquer das V – ofício endereçado ao juízo da infância e ju-
modalidades previstas no art. 28 do ECA. ventude competente e a entidade respectiva.

8.5.12 – Terão acesso ao cadastro o Ministério 8.5.18 - As medidas de proteção de que trata o
Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da Título II, Capítulo II, do ECA serão acompanha-
Assistência Social e os Conselhos Municipais das da regularização do registro civil.
dos Direitos da Criança e do Adolescente e da 8.5.19 – O procedimento para a regularização
Assistência Social, aos quais incumbe deliberar do registro civil de criança e adolescente, nas si-
sobre a implementação de políticas públicas, tuações previstas no art. 98 da Lei nº. 8.069/90,
que permitam reduzir o número de crianças e poderá ser iniciado de ofício, por provocação do
adolescentes afastados do convívio familiar e Ministério Público ou por iniciativa de terceiro.
abreviar o período de permanência em progra-
8.5.19.1 – Para a instrução do procedimento, nas
ma de acolhimento.
hipóteses de inexistência de registro de nasci-
8.5.13 – Toda criança ou adolescente, que estiver mento anterior (“registro de nascimento tar-
inserido em programa de acolhimento familiar dio”), deverá o juiz da infância e da juventude
ou institucional, terá sua situação reavaliada, no realizar brevíssima averiguação, utilizando-se
máximo, a cada seis (6) meses, devendo a auto- dos elementos disponíveis, tais como requisição
ridade judiciária competente, com base em rela- de ficha clínica hospitalar e realização de E.V.I.
tório elaborado por equipe interprofissional ou (exame de verificação de idade) e realização de
multidisciplinar, decidir de forma fundamenta- prova oral, se necessário, em audiência, obser-
da pela possibilidade de reintegração familiar ou vado o disposto no art. 102 e parágrafos do ECA.
colocação em família substituta, em quaisquer
8.5.19.2 – Nas hipóteses de pais desconhecidos
das modalidades previstas no art. 28 do ECA.
ou que residam em local incerto, será determi-
8.5.14 – A permanência da criança e do adoles- nada a realização prévia de estudo social, em
cente, em programa de acolhimento institucio- prazo assinalado pela autoridade judiciária.

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8.5.19.3 – Encerrada a instrução, o juiz da infân- técnica interdisciplinar visitará a instituição de


cia e da juventude prolatará decisão fundamen- acolhimento, para:
tada, determinando o suprimento do registro de
I - comunicar a data da audiência concentrada;
nascimento.
II - solicitar que a instituição de acolhimento
8.5.19.4 – Na ausência de outros elementos dis-
promova a convocação dos pais ou responsá-
poníveis, constarão da certidão de nascimento
veis pelos acolhidos para comparecerem à au-
apenas o nome e a data, mesmo que provável,
diência de reavaliação;
de nascimento da criança ou adolescente.
III - solicitar a atualização do PIA (Plano Indi-
8.5.19.5 - Os registros e certidões são isentos de vidual de Atendimento Individualizado) e seu
multas, custas e emolumentos, gozando de ab- encaminhamento, no prazo máximo de quinze
soluta prioridade. (15) dias, ao juiz, com cópia à equipe técnica do
8.5.19.6 – Caso ainda não definida a paterni- juízo e ao Ministério Público, bem como provi-
dade, será deflagrado procedimento específico dências para a inserção de seus dados no CNCA
destinado à sua averiguação, conforme previsto e nos autos do processo virtual ou físico.
pela Lei nº 8.560, de 29 de dezembro de 1992. 8.6.3.2 - Imediatamente após o recebimento do
8.5.19.7 – Nas hipóteses previstas no item an- PIA, a equipe técnica do juízo procederá ao es-
terior, é dispensável o ajuizamento de ação de tudo do caso, incluindo análise da possibilidade
investigação de paternidade, pelo Ministério de desacolhimento e apresentação de sugestões,
Público se, após o não comparecimento ou a re- cujo relatório será juntado aos autos respectivos
cusa do suposto pai em assumir a paternidade até três (3) dias antes da audiência concentrada.
a ele atribuída, a criança for encaminhada para 8.6.3.3 - Serão intimados a comparecer na au-
adoção. diência o Promotor de Justiça, o Defensor Pú-
8.5.20 – No caso de sentença de suspensão ou blico, os procuradores constituídos, se houver,
destituição do poder familiar, a averbação, no o Conselho Tutelar e representantes das Secre-
assento de nascimento da criança ou adolescen- tarias Municipais de Assistência Social, Saúde,
te, deve ser realizada na circunscrição respecti- Educação, Habitação e Trabalho (ou similar),
va, expedindo-se nova certidão, na qual devem bem como órgãos do SUAS, existentes na co-
ser mantidos os nomes dos pais biológicos. marca.
8.6.3.4 - Na audiência concentrada, os pais, fa-
SEÇÃO 6 miliares e responsáveis dos acolhidos serão ou-
vidos pelo juiz, assim como a criança ou o ado-
REAVALIAÇÃO PERIÓDICA DE MEDIDA lescente, se necessário.
DE ACOLHIMENTO FAMILIAR OU
INSTITUCIONAL APLICADA 8.6.3.5 - A regularização do registro civil pre-
cederá ou será concomitante a qualquer outra
8.6.1 - Toda criança ou adolescente, que estiver medida aplicada.
inserido em programa de acolhimento familiar
ou institucional, terá sua situação reavaliada, no 8.6.3.6 - Dos atos praticados, será lavrada ata,
máximo a cada seis (6) meses, devendo a auto- conforme modelo constante do anexo.
ridade judiciária competente, com base em re- 8.6.3.7 - Concluídas as audiências concentradas
latório elaborado por equipe técnica, decidir de do semestre na comarca, será elaborado relató-
forma fundamentada sobre a possibilidade de rio conciso, a ser enviado à Corregedoria-Geral
reintegração familiar ou colocação em família da Justiça e ao CONSIJ, conforme modelo cons-
substituta. tante do anexo.
8.6.2 - O trabalho de reavaliação de medida de
acolhimento institucional ou familiar pressupõe SEÇÃO 7
a atualização dos dados, constantes do Cadastro
SERVIÇO AUXILIAR DA INFÂNCIA E
Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos
JUVENTUDE
(CNCA), com observância das normas pertinen-
tes. 8.7.1 - Os Serviços Auxiliares da Infância e da
Juventude (SAI), subordinados à Corregedoria-
8.6.3 – Para a reavaliação prevista no item 8.6.1,
Geral da Justiça, objetivam, primordialmente,
deverá o magistrado realizar audiências con-
atender ao juiz de direito competente, no de-
centradas, preferencialmente na própria enti-
sempenho de suas funções e atribuições pre-
dade de acolhimento, nos meses de abril e ou-
conizadas no art. 151, do ECA, prestar auxílio,
tubro de cada ano, com observância dos passos
orientação, emitir parecer mediante laudo ou
seguintes.
verbalmente, em audiência e, quando necessá-
8.6.3.1 - Até trinta (30) dias antes da data de- rio ou conveniente, às varas de família acumu-
signada para a audiência concentrada, a equipe ladas com a da infância e da juventude.

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8.7.2 – O prazo processual para a conclusão de 8.8.3.1 - A autorização não será exigida quando:
perícias, laudos e pareceres técnicos, pela equi-
I - tratar-se de comarca contígua à da residência
pe interprofissional, será em regra de trinta (30)
da criança, se na mesma unidade da Federação,
dias, ressalvado o disposto no item 8.7.2.2. Não
ou incluída na mesma região metropolitana;
sendo o prazo suficiente para o cumprimento
do estudo técnico, o profissional poderá reque- II - a criança estiver acompanhada:
rer dilação de prazo, cujo deferimento fica ao
a) de ascendente ou colateral maior, até o ter-
prudente arbítrio da autoridade judiciária.
ceiro grau, comprovado documentalmente o
8.7.2.1 – Quando se tratar de casos graves e de parentesco;
urgência, inclusive nos processos em que hou-
b) de pessoa maior, expressamente autorizada
ver internação provisória ou descumprimento
pelo pai, mãe ou responsável.
de medida, os prazos serão fixados pela autori-
dade judiciária, consoante a situação exigir. 8.8.4 - Sem prévia e expressa autorização judi-
cial, nenhuma criança ou adolescente, nascido
8.7.2.2 – Na hipótese de destituição do poder fa-
em território nacional, poderá sair do País em
miliar e em outros atos judiciais, que ensejem a
companhia de estrangeiro residente ou domici-
designação de audiência, o estudo técnico deter-
liado no Exterior.
minado deve ser concluído e anexado aos autos
até cinco (5) dias antes da audiência de instru- 8.8.4.1 - Quando se tratar de viagem ao Exte-
ção e julgamento. rior, a autorização é dispensável, se a criança ou
adolescente:
8.7.3 - Os juizados da infância e da juventude,
especialmente os que não disponham do Serviço I - estiver acompanhado de ambos os pais ou
Auxiliar da Infância e da Juventude - SAI, pode- responsável;
rão valer-se desse serviço, quando existente em II - viajar na companhia de um dos pais, autori-
comarca contígua, desde que seja previamente zado expressamente pelo outro, através de do-
autorizado e viável. cumento com firma reconhecida por autêntica
8.7.3.1 - Não sendo possível, poderão valer-se ou verdadeira;
dos técnicos responsáveis pela execução da po- III - viajar sozinho ou em companhia de tercei-
lítica municipal de garantia do direito e convi- ros maiores e capazes, desde que autorizados
vência familiar, devidamente orientados e su- por ambos os genitores, ou pelos responsáveis,
pervisionados pela Coordenadoria da Infância por documento escrito e com firma reconhecida
e da Juventude - CIJ, para a realização das ativi- por autêntica ou verdadeira;
dades preconizadas pelo art. 151 do ECA.
IV - viajar sozinho ou em companhia de tercei-
8.7.4 - À equipe interprofissional do Serviço Au- ros maiores e capazes, quando estiverem retor-
xiliar da Infância e da Juventude – SAI incumbe nando para a sua residência no Exterior, desde
o cumprimento das disposições elencadas em que autorizadas por seus pais ou responsáveis,
regulamento próprio. residentes no Exterior, mediante documento au-
têntico.
SEÇÃO 8
8.8.4.2 - Para fins do item anterior, considera-
AUTORIZAÇÃO PARA VIAGEM E EXPEDIÇÃO se responsável pela criança ou pelo adolescente
DE PORTARIAS aquele que detém a sua guarda ou tutela.
8.8.1 - Os requerimentos de autorização para 8.8.4.3 - O documento de autorização, mencio-
viagem dispensam registro e atuação e deverão nado nos incisos do item 8.8.4.1, além de firma
ser arquivados, juntamente com os documentos reconhecida por autêntica ou verdadeira, deve-
que os instruírem, no Arquivo de Alvarás ou rá conter fotografia da criança ou adolescente,
por meio eletrônico, no caso de comarcas infor- prazo de validade, a ser fixado pelos genitores
matizadas. ou responsáveis, e será elaborado em duas vias:
uma deverá ser retida pelo agente de fiscaliza-
8.8.2 - As autorizações de viagem às crianças,
ção da Polícia Federal, no momento do embar-
nos limites do território nacional e de criança
que, e a outra deverá permanecer com a criança
ou adolescente ao Exterior, serão efetuadas, à
ou o adolescente ou o terceiro maior e capaz que
vista de requerimento dos pais ou responsável,
o acompanhe na viagem.
devidamente instruído com os documentos ne-
cessários, mediante a expedição da ficha de au- 8.8.5 - A autoridade judiciária poderá, a pedido
torização de viagem ou alvará, conforme o caso. dos pais ou responsável, conceder autorização
válida por dois (2) anos.
8.8.3 - Nenhuma criança poderá viajar para fora
da comarca onde reside, desacompanhada dos 8.8.6 - Ao documento de autorização, a ser re-
pais ou responsável, sem expressa autorização tido pela Polícia Federal, deverá ser anexada
judicial. cópia de documento de identificação da criança

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ou do adolescente, bem como, se for o caso, do 8.9.2.3 – Quando não se tratar de ato infracional,
termo de guarda ou tutela. cometido mediante violência ou grave ameaça
à pessoa, a lavratura de auto de apreensão em
8.8.7 – É obrigatória a apreciação dos pedidos
flagrante poderá ser substituída por boletim de
de autorização de viagem pelos plantões judi-
ocorrência circunstanciado.
ciais.
8.9.2.4 – O adolescente a que se atribua a prática
8.8.8 - É expressamente vedada a cobrança de
de ato infracional, apreendido por ordem judi-
custas para expedição de alvarás ou autorização
cial, será, desde logo, apresentado à autoridade
de viagens.
judiciária ou encaminhado à entidade constante
8.8.9 - Os demais pedidos de alvarás, tais como, do mandado, devendo, nesse caso, ser feita ime-
entrada e permanência em espetáculos públicos diata comunicação ao juízo competente.
e participação em eventos públicos, deverão ser
registrados e autuados. 8.9.2.5 – O adolescente apreendido, quando for
o caso, poderá ser entregue ao dirigente ou re-
8.8.10 – Compete à autoridade judiciária disci- presentante da entidade a que se encontrar sub-
plinar, por meio de portaria, ou autorizar, me- metida a medida de acolhimento institucional,
diante alvará: equiparado ao guardião para todos os efeitos de
I – a entrada e permanência de criança ou ado- direito.
lescente, desacompanhado dos pais ou respon- 8.9.2.6 – A pauta poderá estabelecer dias espe-
sável, em estádio, ginásio e campo desportivo; cíficos para que a autoridade policial agende as
bailes ou promoções dançantes; boate ou congê- audiências de oitiva informal dos adolescentes,
neres; casa que explore comercialmente diver- que forem liberados na forma do artigo 174, 1ª
sões eletrônicas; estúdios cinematográficos, de parte, do ECA.
teatro, rádio e televisão;
8.9.2.7 – Ao receber as peças de informações,
II – a participação de criança e adolescente em o cartório certificará o histórico infracional do
espetáculos públicos e seus ensaios e certames adolescente e fará vista ao Promotor de Justiça,
de beleza. em tempo hábil à realização da audiência de oi-
8.8.11 – As portarias, expedidas pela autorida- tiva informal, previamente agendada.
de judiciária, bem como as autorizações conce- 8.9.2.8 – Ocorrendo a concessão de remissão
didas por meio de alvarás, para fins do art. 149, (8.9.6) e sendo possível, logo após será esta ho-
do ECA, deverão ser fundamentadas, vedadas mologada; havendo aplicação de medida so-
determinações de caráter geral. cioeducativa, se realizará audiência admonitó-
ria, na presença do adolescente e seus pais.
SEÇÃO 9
8.9.2.9 – Todos os atos praticados poderão cons-
APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL tar de um único termo de audiência preliminar,
do qual será entregue uma cópia ao adolescente,
8.9.1 – A criança a que se atribua a autoria de ato
a fim de com ela comparecer, quando for o caso,
infracional deverá ser encaminhada ao Conse-
ao respectivo programa, encarregado da execu-
lho Tutelar e, à sua falta, à autoridade judiciária.
ção da medida socioeducativa aplicada.
A ocorrência do ato infracional deverá ser regis-
trada na delegacia de polícia, sem a presença da 8.9.3 - Advindo a representação, em face da não-
criança, observado o necessário sigilo. concessão da remissão ou por não ser caso de
arquivamento, proceder-se-á ao seu registro e
8.9.2 – Nenhum adolescente será privado de
autuação no livro de Registro Geral de Feitos,
sua liberdade senão em flagrante de ato infra-
fazendo-se conclusão ao juiz.
cional ou, por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente. 8.9.3.1 – Em havendo representação, a escriva-
nia deverá comunicar ao cartório distribuidor,
8.9.2.1 – Na apuração de ato infracional atribuí-
para as devidas anotações.
do ao adolescente, não se procederá à instaura-
ção de inquérito policial, devendo a autoridade 8.9.3.2 - A representação contra o adolescente a
remeter apenas peças de informações (relató- que se atribua a autoria de ato infracional será
rios, autos, resultados de exames ou perícias, liminarmente rejeitada quando:
termos de declarações, etc.), as quais deverão
I - desatender aos requisitos formais do art. 182,
ser previamente autuadas pelo cartório judicial.
§ 1º, do ECA, desde que não emendada;
8.9.2.2 – Em se tratando de ato infracional pra-
II - o autor do ato infracional tiver 21 anos de
ticado por adolescente em coautoria com pessoa
idade completos;
maior de dezoito (18) anos, a autoridade policial
procederá à lavratura de um único auto de pri- III - a ação ou omissão manifestamente não
são em flagrante e de apreensão. constituir ato infracional.

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8.9.3.3 - Não caberá representação quando for 8.10.2.1 - As medidas socioeducativas de repara-
formulada em relação a ato infracional pratica- ção de danos e de advertência deverão ser exe-
do por criança. cutadas pelo juízo do processo de conhecimen-
to, nos próprios autos.
8.9.4 – Nas hipóteses de aplicação de medidas
socioeducativas de semiliberdade e internação, 8.10.3 – A execução de medida socioeducativa
a autoridade judiciária deverá determinar a rea- de internação, provisória ou definitiva, deverá
lização de estudo social, após a oitiva dos pais se processar em autos próprios, formados pela
ou responsável na audiência de apresentação. Guia de Execução de Internação e documentos
que a acompanham.
8.9.5 - O prazo máximo e improrrogável para a
conclusão do procedimento, estando o adoles- 8.10.3.1 – Quando se tratar de execução definiti-
cente internado provisoriamente, é de quaren- va, expedida a guia, o processo de conhecimen-
ta e cinco (45) dias, contados da apreensão do to deverá ser arquivado.
adolescente, seja ela originária de flagrante, seja
8.10.4 – O adolescente deverá cumprir a medida
decorrente de decisão judicial.
de internação na unidade socioeducativa mais
8.9.6 – Antes de iniciado o procedimento judi- próxima de seu domicílio.
cial para apuração de ato infracional, o repre-
8.10.4.1 – O cumprimento da medida de interna-
sentante do Ministério Público poderá conceder
ção em unidade que não seja a mais próxima do
a remissão, como forma de exclusão do proces-
domicílio do adolescente, dependerá de autori-
so, atendendo às circunstâncias e consequências
zação judicial.
do fato, ao contexto social, bem como à perso-
nalidade do adolescente e sua maior ou menor 8.10.5 – O adolescente ingressará na unidade
participação no ato infracional. mediante Guia de Execução de Internação, de-
vidamente instruída e remetida ao juízo compe-
8.9.6.1 - Iniciado o procedimento, a concessão
tente, onde será autuada.
da remissão, pela autoridade judiciária impor-
tará na suspensão ou extinção do processo. 8.10.5.1 – Será expedida uma Guia de Execução
para cada adolescente.
8.9.6.2 - A remissão não implica, necessaria-
mente, o reconhecimento ou comprovação da 8.10.5.2 – Caso já existam autos de execução, se-
responsabilidade, nem prevalece para efeito de rão remetidos ao juízo competente (item 8.10.1),
antecedentes, podendo incluir, eventualmente, via Projudi, imediatamente após a transferência
a aplicação de qualquer das medidas previstas ou ingresso do adolescente na unidade de inter-
em lei, exceto a colocação em regime de semili- nação.
berdade e a internação.
8.10.6 – A Guia de Execução de Internação Pro-
8.9.6.3 - A medida, aplicada por força da re- visória será instruída, obrigatoriamente, com os
missão, poderá ser revista judicialmente, a seguintes documentos:
qualquer tempo, mediante pedido expresso do
I - cópia da representação e (ou) do pedido de
adolescente ou de seu representante legal, ou do
internação provisória;
Ministério Público.
II - cópia da decisão que determinou a interna-
8.9.7 - A escrivania não poderá fornecer o histó-
ção;
rico infracional alusivo à criança ou adolescen-
te, salvo mediante requisição judicial. III - cópia de documento de identificação do
adolescente;
SEÇÃO 10
IV - cópia de documento que comprove a data
da apreensão;
EXECUÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
V - certidão atualizada de antecedentes;
8.10.1 – O juízo competente para processar e
acompanhar a execução da medida socioeduca- VI – cópia de estudos técnicos e histórico esco-
tiva privativa de liberdade, inclusive provisória, lar, se existentes.
é o da jurisdição da unidade de seu cumprimen-
8.10.6.1 – Prolatada a sentença e permanecendo
to.
internado o adolescente, deverá o juízo de co-
8.10.1.1 – O juízo do processo de conhecimento nhecimento informar, incontinenti, ao juízo da
permanecerá competente para decidir pela ma- unidade de internação, remetendo eventuais
nutenção ou revogação da internação provisó- documentos complementares.
ria, e deverá informar, imediatamente, ao juízo
8.10.7 – A Guia de Execução de Internação De-
da execução toda e qualquer decisão que interfi-
finitiva deverá conter os documentos mencio-
ra na privação de liberdade.
nados no item 8.10.6, acrescidos da cópia da
8.10.2 – As medidas em meio aberto deverão ser sentença e do acórdão, se houver, e certidão do
executadas no juízo do domicílio do adolescente. trânsito em julgado.

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8.10.7.1 – A Guia de Execução de Internação 8.11.6 – O relator deverá colocar o processo em


Provisória será convertida em Guia de Execu- mesa para julgamento, no prazo máximo de ses-
ção de Internação Definitiva, mediante simples senta (60) dias, contado da sua conclusão.
comunicação do juízo de conhecimento, acom-
8.11.7 – As partes e o Ministério Público serão
panhada dos documentos necessários.
intimados da data do julgamento e esse último
8.10.8 – Para efeito da reavaliação prevista no poderá, na sessão, apresentar oralmente seu pa-
art. 121, § 2º, do ECA, a contagem do prazo será recer, se entender necessário.
feita a partir da data da apreensão do adoles-
8.11.8 – A sentença que destituir ambos, ou
cente.
qualquer dos genitores do poder familiar, fica
8.10.9 – O juízo da execução definitiva deverá sujeita à apelação, que deverá ser recebida ape-
proferir decisão de reavaliação da medida so- nas no efeito devolutivo.
cioeducativa, mantendo a internação, progre- 8.11.9 – A sentença que deferir a adoção produz
dindo-a para medida menos gravosa ou extin- efeito desde logo, embora sujeita à apelação,
guindo-a, fundamentadamente, no máximo a que será recebida, exclusivamente, no efeito de-
cada seis (6) meses. volutivo. Tratando-se de adoção internacional,
8.10.9.1 – O disposto neste item aplica-se, no que bem assim na hipótese do art. 42, § 6º, do ECA
couber, à execução de internação provisória. ou, se houver perigo de dano irreparável ou de
difícil reparação ao adotando, o recurso de ape-
8.10.10 – Antes de decretar-se a regressão da
lação será recebido em ambos os efeitos.
medida socioeducativa, é necessária a oitiva do
adolescente. 8.11.10 – O Ministério Público poderá requerer
a instauração de procedimento, para apuração
SEÇÃO 11 RECURSOS de responsabilidades, se constatar o descumpri-
mento das providências e dos prazos previstos
8.11.1 - Nos procedimentos, afetos à Justiça da
nos artigos anteriores.
Infância e da Juventude, aplicam-se as normas
do sistema recursal do Código de Processo Civil 8.11.11 – Caberá recurso de apelação contra as
e suas alterações posteriores, com as adaptações decisões proferidas pela autoridade judiciária,
previstas no art. 198 e seguintes do ECA. que venham a disciplinar, através de portarias,
ou autorizar, mediante alvará, quaisquer das si-
8.11.2 - Em todos os recursos, salvo o de embar-
tuações elencadas no art. 149, do ECA.
gos de declaração, o prazo para interpor e para
responder será sempre de dez (10) dias. CAPÍTULO 9 OFICIAL DE JUSTIÇA
8.11.3 - Antes de determinar a remessa dos au-
tos à superior instância, no caso de apelação, a SEÇÃO 01
autoridade judiciária proferirá despacho funda-
mentado, mantendo ou reformando a decisão, DAS ATRIBUIÇÕES
no prazo de cinco (5) dias; 9.1.1 - Os oficiais de justiça são hierarquica-
8.11.3.1 - Mantida a decisão apelada, o escrivão mente subordinados aos juízes perante os quais
remeterá os autos à superior instância, dentro servirem, sem prejuízo, todavia, da vinculação
de vinte e quatro (24) horas, independentemen- administrativa que tiverem com o juiz diretor
te de novo pedido do recorrente. Se a reformar, do fórum.
a remessa dos autos dependerá de pedido ex- 9.1.2 - A identificação do oficial de justiça, no de-
presso da parte interessada ou do Ministério sempenho de suas funções, será feita mediante a
Público, no prazo de cinco (5) dias, contados da apresentação da carteira funcional, indispensá-
intimação. vel em todas as diligências, da qual deverá estar
8.11.4 – Os recursos serão interpostos, indepen- obrigatoriamente munido.
dentemente de preparo, terão prioridade abso- 9.1.3 - No exercício de suas funções, os oficiais
luta na tramitação, preferência de julgamento e de justiça e os comissários de vigilância terão
dispensarão revisor. passe-livre no transporte coletivo urbano e in-
8.11.5 – Os recursos, nos procedimentos de ado- termunicipal, mediante a apresentação da res-
ção e de destituição de poder familiar, em face pectiva identidade funcional.
da relevância das questões, serão processados 9.1.4 - Incumbe ao oficial de justiça:
com prioridade absoluta, devendo ser imediata-
I - executar as ordens dos juízes a que estiver
mente distribuídos, ficando vedado que aguar-
subordinado;
dem, em qualquer situação, oportuna distribui-
ção e serão colocados em mesa para julgamento II - realizar, pessoalmente, as diligências de seu
sem revisão e com parecer urgente do Ministé- ofício, cotando-as em moeda corrente e na for-
rio Público. ma prevista em lei;

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III - lavrar termos e fornecer certidões referentes 9.2.2 - Inexistindo prazo expressamente deter-
aos atos que praticar; minado em lei ou pelo juiz, os mandados serão
cumpridos, no máximo, dentro de quinze (15)
IV - convocar pessoas idôneas para testemunhar
dias.
atos de sua função, quando a lei assim o exigir;
9.2.2.1 - Nas serventias em que houver acúmulo
V - exercer, pelo prazo de 01 (um) ano, a função
de mandados, o juiz poderá prorrogar esse pra-
de porteiro dos auditórios, mediante designa-
zo até o máximo de trinta (30) dias.
ção do juiz, obedecendo-se a rigoroso rodízio;
9.2.3 - O oficial de justiça entregará, no prazo de
VI - comparecer diariamente ao fórum e aí per-
vinte e quatro (24) horas, a quem de direito, os
manecer enquanto necessário;
bens recebidos em cumprimento de ordem ju-
VII - estar presente às audiências, quando so- dicial.
licitado, e coadjuvar o juiz na manutenção da
9.2.4 - Ocorrendo circunstâncias relevantes que
ordem.
justifiquem o atraso no cumprimento do man-
9.1.5 - Incumbe ao oficial de justiça que exercer dado, o oficial de justiça deverá fazer exposição
a função de porteiro dos auditórios: detalhada ao juiz, que decidirá de plano pela
manutenção ou substituição do oficial no pro-
I - apregoar a abertura e encerramento das au-
cesso em que ocorrer o fato.
diências e fazer a chamada das partes e testemu-
nhas, quando determinado pelo juiz; 9.2.4.1 - No mandado cumprido fora de prazo,
deverá o oficial certificar o motivo da demora.
II - apregoar os bens nas praças e leilões judi-
ciais quando esta última função não for atribuí- 9.2.4.2 - Se a desídia for reiterada, ou se não
da a leiloeiro oficial; apresentada a devida justificativa, deverá ser
instaurado o respectivo procedimento adminis-
III - passar certidões de pregões, editais, praças,
trativo.
arrematações ou de outros atos que praticar.
9.2.5 - Será suspensa a distribuição de novos
9.1.6 - Nas comarcas em que for instituído o
mandados cíveis ao oficial de justiça que tiver
plantão judiciário, dois oficiais de justiça serão
mandados além do prazo legal para cumpri-
escalados, sem prejuízo de suas demais atribui-
mento. Cumprirá, neste caso, somente os man-
ções, para o atendimento do plantão.
dados desentranhados, dos quais conste certi-
9.1.7 - Salvo deliberação judicial em contrário, dão sua.
durante o expediente forense, pelo menos um
oficial de justiça permanecerá de plantão na ser- SEÇÃO 03
ventia.
NORMAS DE PROCEDIMENTO
9.1.8 - As férias e licenças, salvo para tratamento de
saúde, serão comunicadas pelo oficial, com ante- 9.3.1 - Os oficiais de justiça cumprirão, indistin-
cedência de dez (10) dias, à serventia, sendo sus- tamente, mandados cíveis e criminais.
pensa, a partir daí, a distribuição de mandados.
9.3.2 - Os mandados deverão ser retirados da
9.1.8.1 - Até o dia imediatamente anterior ao iní- serventia diariamente, mediante carga, consti-
cio de suas férias ou licença, o oficial de justi- tuindo falta funcional o descumprimento desta
ça restituirá, devidamente cumpridos, todos os obrigação.
mandados que lhe forem distribuídos ou justifi-
9.3.3 - É vedada a devolução do mandado a pe-
cará a impossibilidade de tê-los cumprido.
dido de qualquer das partes, sem a realização
9.1.9 - As diligências atribuídas ao oficial de jus- da diligência.
tiça são intransferíveis e somente com autoriza-
9.3.4 - Os mandados que forem desentranhados
ção do juiz poderá ocorrer sua substituição.
para novo cumprimento deverão ser entregues
9.1.10 - É vedada a nomeação de oficial de justi- ao mesmo oficial de justiça que iniciou a dili-
ça por meio de portaria. Se necessária, a desig- gência, salvo quando este estiver afastado das
nação será para cumprimento de ato determina- funções por gozo de férias ou qualquer outro
do, mediante compromisso específico nos autos. motivo.
9.1.11 - Ao oficial de justiça é expressamente ve- 9.3.5 - Será desentranhado o mandado, fazendo
dado incumbir terceiro de cumprir mandado ou recarga ao oficial de justiça para cumprimento
praticar outro inerente ao seu cargo. correto, sem cobrança de novas custas, quando
não tiver sido cumprido de conformidade com
SEÇÃO 02 DOS PRAZOS os seguintes parâmetros:
9.2.1 - Os oficiais de justiça efetuarão suas di- I - ao cumprirem as diligências do cargo, os ofi-
ligências no horário das seis (06) às vinte (20) ciais de justiça deverão, obrigatoriamente, con-
horas. signar a indicação do lugar, do horário, o núme-

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ro da carteira de identidade, órgão expedidor oportunidade será citada ou intimada na pessoa


do documento, se possível o CPF, a leitura do que estiver presente, devendo constar na certi-
mandado e da petição, a declaração de entrega dão respectiva o nome dessa, sua qualificação
de contrafé, a nota do ciente ou a recusa e, quan- completa, carteira de identidade ou CPF, ende-
do necessário, o nome das testemunhas que pre- reço e sua relação com a pessoa citada, se paren-
senciaram o ato. te, funcionário, vizinho etc. Ficam ressalvados
desse procedimento os mandados extraídos de
II - é vedada a realização de diligências, pelo ofi-
processos criminais, em face do disposto no art.
cial de justiça, por intermédio de preposto, bem
362 do CPP.
como por meio epistolar ou por telefone;
VIII - se forem recusadas as informações neces-
III - as certidões e demais atos efetuados pelo
sárias por pessoa da família ou da casa, lançará
oficial de justiça serão claros e precisos e deve-
a certidão das ocorrências e retornará no mesmo
rão obedecer às normas preceituadas nos art.
dia, em horário próprio, para nova tentativa de
169 e 171 do CPC. É vedado o uso de carimbo na
cumprir o mandado;
lavratura da certidão.
IX - será exigido, rigorosamente, que as certi-
IV - as intimações de réus presos serão feitas no dões mencionem todas as circunstâncias de in-
próprio estabelecimento penal em que se encon- teresse, inclusive nomes e endereços de pessoas
trarem, com entrega de cópia legível do libelo; informantes;
V - se for encontrada a pessoa, o oficial de jus- X - será recusada a multiplicidade de certidões
tiça realizará o ato da citação ou notificação, que objetivem somente a majoração abusiva de
fornecendo-lhe contrafé e dela obtendo recibo custas;
de ciente, ao pé ou no verso do mandado. Em
seguida, lavrará a certidão com menção de tudo XI - cumpre aos oficiais de justiça, quando lan-
que houver ocorrido e possa interessar, inclusi- çarem certidões negativas, mencionar a hora
ve, a recusa da contrafé, ou da pessoa não ter exata em que foram procuradas as pessoas para
querido ou podido exarar, naquela ocasião, a a citação ou intimação;
nota de ciente. XII - os oficiais de justiça devem dar fé aos atos
VI - se não encontrar a pessoa por ser outro o que efetuarem, datando e assinando as certi-
seu endereço, na mesma oportunidade cuidará dões;
o oficial de justiça de apurar com alguém da fa- XIII - frustrada a intimação de advogados, por
mília, da casa ou vizinho, o seu endereço com- não serem localizados, deverá o oficial de justiça
pleto, dentro ou fora do território de jurisdição diligenciar na OAB/PR, a fim de obter o respec-
do juiz. Certificará, em seguida, todas as infor- tivo endereço;
mações colhidas, dentre as quais:
XIV - efetuadas as diligências na forma autori-
a) se estiver no território da comarca e for en- zada pelo art. 172, § 1º e § 2º, do CPC, deverá
contrada no endereço fornecido, o oficial de jus- o oficial de justiça certificar a hora da sua rea-
tiça procederá como no item I supra; lização.
b) se for confirmado o endereço, mas a pessoa 9.3.6 - Antes de certificar que o citando ou inti-
estiver fora na ocasião, o oficial de justiça, inda- mando se encontra em lugar incerto ou inaces-
gando o horário de seu retorno, marcará horário sível, deverá esgotar todas as possibilidades de
para renovar a diligência; localização pessoal.
c) se ficar apurado que a pessoa não é encontra- 9.3.6.1 - Os mandados de avaliação expedidos
diça no endereço da diligência e sim, em outra nos termos do art. 475-J do CPC, que não pu-
comarca, conseguindo ou não o seu endereço derem ser cumpridos pelo oficial de justiça em
completo, ou se em lugar ignorado, constarão virtude da ausência de conhecimento especiali-
tais informações na certidão, a ser lavrada em zado ou técnico, deverão ser devolvidos em
seguida, ao pé ou no verso do mandado. cartório com certidão a respeito de tal circuns-
VII - se a pessoa a ser citada ou intimada não tância, dentro do prazo de quinze dias, para se-
for encontrada no local e houver fundada sus- rem juntados aos autos que serão encaminhados
peita de ocultação, o oficial de justiça marcará para deliberação judicial.
hora para o dia útil imediato e certificará. Então 9.3.7 - As citações, penhoras e medidas urgen-
será procurada, sempre nos horários marcados, tes poderão ser, excepcionalmente, efetuadas
por três vezes consecutivas. Essa procura tan- em domingos e feriados e, nos dias úteis, fora
to poderá dar-se no mesmo dia como em dias do horário estabelecido, desde que conste ex-
diversos, nos mesmos horários ou diferentes. pressamente no mandado autorização do juiz,
Se presente em alguma das vezes marcada, a cumprindo ao executor ler os termos dessa au-
pessoa será citada ou intimada na for- torização e observar a norma constitucional de
ma da lei. Não sendo encontrada, na última proteção ao domicílio.

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9.3.8 - Nas diligências em que ocorrer busca e 9.4.1.4 - O disposto nesta seção não exclui a pos-
apreensão ou depósito de bens, especialmente sibilidade de a citação ou a intimação ser feita
veículos, o oficial de justiça deverá descrever pela via postal, conforme disposto na seção 8,
minuciosamente os bens, especificando suas ca- do capítulo 2, deste CN.
racterísticas, tais como marca, estado de conser-
9.4.2 - Constarão da GRC os seguintes dados:
vação, acessórios, funcionamento, quilometra-
comarca, vara, número dos autos, natureza da
gem, dentre outras que se mostrem relevantes.
ação, nome completo das partes e do advoga-
É vedado o depósito desses bens fora do limite
do, nome do oficial de justiça, número da conta
territorial da comarca na qual for cumprido o
judicial, tipo e quantidade de atos processuais e
mandado.
valor das custas em moeda corrente.
9.3.9 - Em ação de nunciação de obra nova, o
9.4.2.1 - Os depósitos feitos pelas partes em favor
oficial de justiça deverá lavrar auto circunstan-
dos oficiais de justiça serão efetuados em conta
ciado, descrevendo o estado da obra.
judicial, isentas do CNPJ/MF do TJPR, em ban-
9.3.10 - Salvo quando a lei determinar, o oficial co credenciado pelo Tribunal de Justiça do Pa-
de Justiça não deverá designar depositário par- raná, e, onde não houver, em banco particular.
ticular de bens sem prévia autorização do juiz.
9.4.3 - A Guia de Recolhimento de Custas - GRC
9.3.10.1 - Na constrição sobre bem imóvel ou será confeccionada em cinco (05) vias, assim
terminal telefônico, exceto por determinação ju- destinadas:
dicial em contrário, o oficial de justiça deixará I - uma (01) para ser juntada nos autos;
como depositário o próprio devedor, salvo se
este recusar o encargo, o que deverá ser certifi- II - uma (01) à parte;
cado, com discriminação dos motivos da recusa. III - uma (01) à escrivania;
9.3.10.2 - Realizado o depósito em mãos de par- IV - uma (01) ao oficial de justiça, entregue
ticular, o oficial de justiça dará ciência ao depo- simultaneamente com o respectivo mandado;
sitário público, para fins de cumprimento do
disposto no item 3.14.4 deste código. V - uma (01) ao banco.

SEÇÃO 04 9.4.3.1 - As Guias de Recolhimento de Custas -


GRC, serão arquivadas em ordem cronológica,
RECOLHIMENTO DE CUSTAS em pasta própria, devendo a escrivania encerrar
9.4.1 - É instituído o recolhimento antecipado o livro de Registro de Custas.
das custas, despesas de condução e atos com- 9.4.4 - Os valores serão calculados conforme nú-
plementares dos oficiais de justiça, por Guia de mero e tipo de atos a serem praticados e recolhi-
Recolhimento de Custas - GRC a ser paga na ser- dos em conta específica.
ventia, a não ser que na comarca exista norma
9.4.4.1 - Para fins de cálculo, o ato do oficial de
determinando o pagamento em banco, quando
justiça corresponde a uma diligência, uma ci-
então serão pagas na instituição financeira, na
tação, intimação ou notificação, uma certidão e
forma prevista nesta seção.
uma contrafé.
9.4.1.1 - A tabela de valores decorrente de acor-
9.4.5 - As despesas somente poderão ser co-
do estabelecido entre a Associação dos Oficiais
bradas uma vez, sendo vedada a cobrança na
de Justiça do Estado do Paraná - ASSOJEPAR,
lavratura de certidão negativa, a não ser que a
Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Paraná
diligência se realize no endereço indicado pela
e Corregedoria-Geral da Justiça, é única em todo
própria parte e ali não resida ou seja domicilia-
o Estado do Paraná, para ressarcimento das des-
do o citando ou intimando.
pesas de condução e atos complementares dos
oficiais de justiça, na forma prevista nesta seção 9.4.6 - Os valores serão recolhidos em conta ban-
e conforme disposto em instrução publicada cária vinculada ao juízo, aberta especificamente
pela Corregedoria-Geral da Justiça. para essa finalidade e serão repassados ao ofi-
cial de justiça por ocasião da carga do mandado.
9.4.1.2 - Os valores estabelecidos nesta seção en-
globam os fixados na Tabela XVIII do Regi- 9.4.6.1 - Com a carga do mandado, os oficiais de
mento de Custas. justiça ficam autorizados a fazer o levantamento
da quantia depositada, podendo a autorização
9.4.1.3 - Nos termos do art. 475-J do CPC, ao ser
constar da própria guia, deduzindo-se o valor
expedido mandado de penhora e avaliação, o
referente à CPMF.
oficial de justiça que cumprir também esta últi-
ma diligência terá direito à percepção das mes- 9.4.6.2 - A autorização para levantamento será
mas custas estatuídas na Tabela XVII dos Ava- assinada pelo juiz de direito somente na via des-
liadores Judiciais - Deverá ser mantida em local tinada ao oficial de justiça, a qual permanecerá
de fácil visualização e acesso, cópia da tabela de em poder do banco, servindo como comprovan-
custas do oficial de justiça. te de pagamento.

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9.4.6.3 - Nos casos urgentes, a parte entregará I - Deverá constar no mandado que a parte pa-
ao escrivão cheque nominal ao juízo, para de- gará em juízo o valor das diligências;
pósito assim que for aberta a agência bancária,
II - O pagamento será efetuado por Guia de Re-
fazendo constar o fato no próprio mandado. O
colhimento de Custas - GRC.
oficial de justiça cumprirá o mandado imediata-
mente e depois procederá ao levantamento da III - Não ocorrendo o pagamento, o escrivão
quantia depositada. certificará nos autos, fazendo-os conclusos.
9.4.7 - Tratando-se de cartas precatórias, roga- 9.4.10 - Quando o valor das diligências exceder
tórias e de ordem, as custas serão recolhidas o valor depositado, o oficial de justiça descre-
no juízo deprecado, seguindo-se as disposições verá os atos realizados, cotando as custas devi-
desta seção. das, com a observação de que não as recebeu. O
9.4.8 - O oficial de justiça fica desobrigado de escrivão, então, fará os autos conclusos ao juiz,
receber mandados sem que as custas estejam que determinará, sendo o caso, a complementa-
previamente recolhidas, exceto nos casos de ção das custas por GRC.
gratuidade e quando se tratar de mandados ex- 9.4.10.1 - Quando o valor depositado exceder o
pedidos a requerimento da Fazenda Pública, em efetivamente devido, o escrivão fará a restitui-
processos de que esta participa. ção à parte que efetuou o recolhimento.
9.4.8.1 - Tanto quanto possível, nesses processos
9.4.11 - Para a execução do despejo forçado,
as citações e intimações deverão ser preferen-
reintegração e imissão na posse de imóvel e
temente realizadas por meio postal, salvo se a
para a remoção de bens, a parte interessada for-
Fazenda Pública expressamente requerer sejam
necerá os meios necessários ao cumprimento do
efetuadas por mandado.
mandado (caminhão, pessoal e outros).
9.4.8.2 - - No cumprimento dos mandados
expedidos nos referidos processos, o oficial de 9.4.12 - Após a citação, o oficial de justiça, não
justiça deverá realizar as respectivas diligências encontrando bens penhoráveis, devolverá o
independentemente da antecipação de despesas mandado em cartório, descrevendo os impe-
de condução quando o local for servido por li- nhoráveis.
nhas regulares de transporte coletivo ou quando 9.4.13 - Cabe ao exeqüente, sem prejuízo da
dispensável o transporte, como ocorre em sede imediata intimação do executado, providenciar,
de comarca constituída por cidade de pequeno para presunção absoluta de terceiros, o respec-
porte ou em locais próximos da sede do Juízo. tivo registro no ofício imobiliário, mediante a
9.4.8.3 - Inexistindo linhas regulares de trans- apresentação de certidão de inteiro teor do ato e
porte coletivo em todo o território da comarca, independentemente de mandado judicial.
o juiz Diretor do Fórum, após coligir informa- 9.4.14 - Se a parte beneficiária da gratuidade
ções precisas e, caso a comarca esteja provida de processual for vencedora e a parte sucumbente
mais de um juízo de natureza cível, , deverá es- não fizer jus ao referido benefício, as custas que
pecificar em Portaria as principais localidades esta pagar referentes às diligências dos oficiais
desprovidas desse serviço e estabelecer o valor de justiça, serão recolhidas mediante GRC.
do respectivo custo da condução, no montante
indispensável para a realização das diligências. 9.4.14.1 - Se a parte vencedora não executar a
sentença, o oficial de justiça poderá promover
9.4.8.4 - Observar-se-á também, no que aplicá-
a execução na forma prevista na legislação pro-
vel, o disposto nesta Seção quanto ao cumpri-
cessual.
mento dos demais mandados, sobretudo em re-
lação ao depósito e ao levantamento do numerá- CAPÍTULO 17
rio para o referido custeio de transporte, saliente
que, na hipótese de haver mais de um mandado JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEL, CRIMINAL E DA
para ser cumprido na mesma localidade, será FAZENDA PÚBLICA
único o respectivo custeio de transporte.
9.4.8.5 - Os oficiais de justiça ficam autorizados SEÇÃO 01
a utilizar transporte especial que venha a ser
ofertado pela Fazenda Pública para a realização DISPOSIÇÕES COMUNS
das diligências, caso em que não incidirá, por
óbvio, a antecipação de custeio. SUBSEÇÃO 1 REGRAS GERAIS
9.4.9 - O cumprimento dos mandados de inti- 17.1.1.1 - Além das normas gerais previstas
mação para o fim previsto no art. 267, § 1º, do nos Capítulos 1 e 2 deste Código de Normas,
CPC, se dará independentemente de antecipa- aplicam-se ainda aos Juizados Especiais as re-
ção das custas, devendo o oficial de justiça reali- gras comuns previstas nesta seção. Havendo
zar a diligência e lançar por cotas as custas devi- divergência entre norma geral (Capítulos 1 e
das, com a observação que ainda não as recebeu. 2) e regra específica dos juizados (Capítulo 17),

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prevalece em sede de Juizados Especiais a regra ciamento dos destinatários, ou por correspon-
específica. dência com aviso de recebimento.
17.1.1.2 - A secretaria efetuará controle rigoro- 17.1.2.1.1 - Em hipótese alguma será feita cita-
so dos prazos concedidos às partes, advogados, ção via edital.
oficiais de justiça, contadores, avaliadores, pe-
17.1.2.2 - As intimações podem ser realizadas
ritos, conciliadores e juízes leigos, promovendo
por qualquer meio idôneo de comunicação.
as diligências necessárias à sua regularização.
Nos demais casos, constatado o excesso, comu- 17.1.2.3 - Na intimação feita por telefone, a se-
nicará imediatamente o juiz supervisor. cretaria deverá certificar o número chamado, o
dia, o horário, a pessoa com quem falou e, em
17.1.1.3 - Os termos de compromisso dos conci-
resumo, o teor da comunicação e da respectiva
liadores e dos juízes leigos deverão ser arquiva-
resposta, além de outras informações pertinen-
dos na secretaria da direção do fórum.
tes.
17.1.1.5 - Os convênios, com cópia dos termos
17.1.2.4 - A intimação do representante do Mi-
respectivos, serão comunicados pelo juiz super-
nistério Público será efetuada pessoalmente.
visor à Corregedoria-Geral da Justiça e à Super-
Da mesma forma se procederá à intimação do
visão dos Juizados Especiais.
Defensor Publico no âmbito do Juizado Especial
17.1.1.6 - As comarcas em que, em razão da ex- Cível.
tensão do município ou por ser composta por
17.1.2.5 - - As intimações dos advogados das
vários municípios, existirem postos avançados
partes serão realizadas mediante publicação no
de atendimento, como forma de facilitar o aces-
Diário da Justiça, salvo nos casos de determina-
so à Justiça por parte dos jurisdicionados, deve-
ção judicial em contrário.
rão manter nesses postos os livros indispensá-
veis para o controle dos atos praticados. 17.1.2.6 - Apresentado rol de testemunhas no
prazo legal, a secretaria providenciará desde
17.1.1.6.1 - As audiências poderão ser realiza-
logo a intimação para a audiência de instrução
das no horário noturno e em qualquer dia da
e julgamento, salvo se a parte expressamente a
semana.
dispensar.
17.1.1.10 - Todos os atos praticados pela secre-
17.1.2.7 - As diligências atribuídas aos oficiais
taria devem ser certificados nos autos, inclusive
de justiça são intransferíveis e somente com
o arquivamento.
autorização do Juiz Supervisor poderá ocorrer
17.1.1.10.1 - É dispensada a juntada aos autos de substituição.
cópia dos ofícios e mandados expedidos, desde
que devidamente certificada a expedição. SUBSEÇÃO 3

17.1.1.11 - Nos termos e atos do processo devem DEPÓSITOS, CUSTAS PROCESSUAIS E


ser evitados espaços em branco para posterior RECURSAIS
preenchimento. 17.1.3.1 - As custas processuais e recursais ob-
17.1.1.12 - - Os registros constantes nos pro- servarão o disposto em Resolução do Conselho
cessos, livros e pastas eventualmente em uso de Supervisão dos Juizados Especiais.
devem corresponder à realidade constante no 17.1.3.2 - É vedada, sob qualquer pretexto, a
sistema informatizado oficial do Tribunal de manutenção de valores pecuniários em secreta-
Justiça, onde implantados. ria. Todas as importâncias devem ser deposita-
17.1.1.13 - Nenhum processo ficará paralisado das em conta vinculada ao juízo ou recolhidas
na secretaria por prazo superior a trinta ao FUNREJUS, conforme o caso.
(30) dias, salvo deliberação judicial em contrá- 17.1.3.3 - No Juizado Especial Cível, os valo-
rio, devendo a secretaria, no controle desse pra- res depositados em conta vinculada ao juízo
zo, dedicar especial atenção ao cumprimento de serão objeto de registro no livro Registro de De-
mandados de prisão e alvarás de soltura, às re- pósitos, certificando-se nos autos o número do
quisições de certidões e aos ofícios e cartas pre- livro, da folha e da ordem em que o registro foi
catórias expedidos. Vencido o prazo, a secreta- escriturado. No caso de utilização de sistema in-
ria certificará o fato, fazendo conclusos os autos. formatizado oficial, o registro será realizado no
campo próprio do programa, com certificação
SUBSEÇÃO 2 nos autos.
17.1.3.4 - Os levantamentos serão realizados me-
INTIMAÇÕES, NOTIFICAÇÕES E CITAÇÕES
diante alvará judicial subscrito pelo Juiz Super-
17.1.2.1 - As intimações, notificações e a cita- visor. Nos casos de recolhimento ao FUNREJUS
ção cível serão preferencialmente realizadas poderá ser realizada transferência diretamente
mediante meio eletrônico, com o devido creden- ao fundo, mediante ofício.

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17.1.3.5 - Cópias das guias do FUNREJUS serão 17.1.8.1 - Os pedidos de interceptação ou que-
sempre acostadas aos autos. bra de sigilo devem ser autuados em apartado,
atribuindo-se caráter sigiloso ao processo, com
17.1.3.6 - A responsabilidade pelo recolhimento
anotação de “segredo de justiça” na capa do
integral do preparo, bem como pela sua res-
processo, de forma destacada.
pectiva comprovação, incumbe exclusivamente
à parte recorrente. 17.1.8.2 - As autorizações serão entregues dire-
tamente à autoridade requerente, salvo na que-
17.1.3.7 - A secretaria certificará a data e o ho- bra de sigilo bancário, hipótese em que o pedido
rário do ingresso do recurso e a regularidade do de informações poderá ser efetuado através do
preparo. sistema informatizado do Banco Central do Bra-
sil (BACEN-JUD) ou por ofício expedido dire-
SUBSEÇÃO 4 DISTRIBUIÇÃO tamente à instituição financeira.
17.1.4.1 - A distribuição nos Juizados Especiais 17.1.8.3 - Os documentos que não interessarem
observará o disposto em Resolução do Conse- ao processo deverão ser devolvidos, quando
lho de Supervisão dos Juizados Especiais. originais, ou destruídos mediante trituração,
17.1.4.2 - Estando implantado na comarca siste- quando cópias. Em qualquer hipótese, a cir-
ma informatizado oficial do Tribunal de Justiça, cunstância deverá ser especificamente certifica-
o distribuidor efetuará o registro com o mesmo da nos autos.
número atribuído pelo sistema.
SUBSEÇÃO 9
SUBSEÇÃO 5 SECRETÁRIOS
ATOS ESPECÍFICOS DO JUIZ
17.1.5.1 - Para designação de secretários deverá
17.1.9.1 - Deverão ser sempre assinados pelo
ser observado o procedimento contido em Reso-
juiz:
lução do Conselho de Supervisão dos Juizados
Especiais. I - os mandados de prisão;
II - os contramandados;
SUBSEÇÃO 6 CONCILIADORES E JUÍZES
LEIGOS III - os alvarás de soltura;
17.1.6.1 - Para designação dos juízes leigos e IV - os salvo-condutos;
conciliadores deverá ser observado o procedi- V - as requisições de réu preso;
mento contido em Resolução do Conselho de
Supervisão dos Juizados Especiais. VI - os ofícios e alvarás para levantamento de
depósito;
17.1.6.2 - Os conciliadores advogados e os juí-
zes leigos ficarão impedidos de exercer advoca- VII - os ofícios dirigidos a magistrados e demais
cia perante os juizados especiais em que atua- autoridades constituídas.
rem, enquanto no desempenho de suas funções.
SEÇÃO 02
17.1.6.3 - Aplicam-se aos juízes leigos e conci-
liadores os motivos de impedimento e suspei- JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
ção previstos nos artigos 134 e 135 do Código de
Processo Civil, respectivamente, aplicando-se, SUBSEÇÃO 1 LIVROS
no que couber, o disposto na Seção II, do Ca- 17.2.1.1 - São livros obrigatórios das secretarias
pítulo IV, Título IV do Livro I daquele Código. do juizado especial cível:
17.1.6.4 - A função correicional sobre concilia- I - Registro de Pedidos (Adendo 1-I);
dores e juízes leigos compete ao juiz supervisor
a que estiverem vinculados e ao Conselho de II - Registro de Cartas Precatórias e Equivalen-
Supervisão dos Juizados Especiais. tes (Adendo 2-I);
III - Registro de Depósitos (Adendo 4-I);
SUBSEÇÃO 7 ELIMINAÇÃO DE AUTOS
IV - Carga de Autos - Juiz (Adendo 5-I);
17.1.7.1 - A eliminação de autos atenderá à regu-
lamentação prevista em Resolução do Conselho V - Carga de Autos - Diversas (Adendo 6-I);
de Supervisão dos Juizados Especiais. VI - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça
(Adendo 7-I);
SUBSEÇÃO 8
VII - Registro de Autos Destruídos.
INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS, DE 17.2.1.2 - O livro Registro de Pedidos poderá ser
INFORMÁTICA OU TELEMÁTICA QUEBRA DO desmembrado em Registro de Pedidos de Co-
SIGILO FINANCEIRO nhecimento e Registro de Pedidos de Execução.

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17.2.1.4 - Nas comarcas de menor movimento IV - aviso da possibilidade de inversão do ônus


forense, autoriza-se a abertura de livros não da prova.
padronizados, de cinquenta (50) ou cem (100)
folhas. SUBSEÇÃO 4 CONCILIAÇÃO E JUÍZO ARBITRAL
17.2.1.5 - O secretário colherá o visto mensal do 17.2.4.1 - A sessão de conciliação poderá ser pre-
juiz no livro de Registro de Depósitos. sidida por juiz leigo ou conciliador, assistido
pelo Juiz Supervisor, oportunidade em que as
SUBSEÇÃO 2 PEDIDO partes serão esclarecidas sobre as vantagens da
17.2.2.1 - Registrado o pedido, independente- conciliação.
mente de distribuição ou autuação, a própria 17.2.4.2 - Obtida a conciliação, será reduzida a
secretaria do juizado ou setor de triagem de- escrito e submetida imediatamente à homologa-
signará sessão de conciliação a ser realizada no ção pelo juiz supervisor.
prazo de quinze (15) dias, sem necessidade de
prévio despacho do juiz supervisor. 17.2.4.3 - O termo de conciliação será reproduzi-
do tantas vezes quantas se mostrem necessárias,
17.2.2.1.1 - Todo pedido apresentado à secreta- de forma a que uma via se destine ao processo e
ria ou setor de triagem deverá ser recepcionado, as outras para cada uma das partes. Admite-se
mesmo aqueles em que se constate de plano não a entrega do termo de audiência digital através
estar na esfera de competência do Juizado Espe- de mídia digital disponibilizada pela parte na
cial Cível, hipótese em que o feito será submeti- audiência.
do à apreciação do Juiz Supervisor.
17.2.4.4 - Não obtida a conciliação, as partes po-
17.2.2.2 - Havendo pedido de antecipação de derão optar, de comum acordo, pelo juízo arbi-
tutela, liminar, outros casos urgentes, ou ainda tral, sendo que o árbitro será escolhido dentre
mediante requerimento da parte, os autos serão os juízes leigos com atuação da respectiva vara
imediatamente conclusos ao magistrado antes ou comarca.
da sessão de conciliação.
17.2.2.3 - A secretaria enviará ao distribuidor SUBSEÇÃO 5 INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
competente, para registro, relação diária dos 17.2.5.1 - Restando infrutífera a tentativa de con-
feitos ajuizados. ciliação e não instituído o juízo arbitral, proce-
17.2.2.4 - O pedido oral será reduzido a termo der-se-á imediatamente à audiência de instru-
pela secretaria; sendo formulado por escrito, de- ção e julgamento, desde que não resulte prejuí-
verá constar de forma simples e em linguagem zo para a defesa.
acessível:
17.2.5.1.1 - Não sendo possível a imediata con-
I - o nome, a filiação, o número do registro geral volação da audiência preliminar de conciliação
(RG) ou do cadastro de pessoa física ou jurídica em audiência de instrução e julgamento, será
(CPF ou CNPJ) e o endereço das partes; designada nova data, ficando as partes e as tes-
II - o fato e os fundamentos, de forma sucinta; temunhas eventualmente presentes devidamen-
te intimadas para o ato.
III - o objeto e seu valor.
17.2.5.1.2 - - As partes poderão requerer a inti-
17.2.2.4.1 - Ainda que a qualificação das partes mação das testemunhas, e, neste caso, o reque-
não seja plena no momento do recebimento do rimento deverá ser apresentado à secretaria, no
pedido ou da reclamação oral atermada, cum- mínimo, cinco (05) dias antes da audiência de
prirá à Secretaria, por ocasião da audiência de instrução e julgamento, salvo determinação ju-
conciliação, coletar a filiação, os números do dicial diversa.
Registro Geral (RG) ou do Cadastro de Pessoa
Física ou Jurídica (CPF ou CNPJ), e informar ao 17.2.5.2 - - Encerrada a instrução realizada pelo
Ofício Distribuidor, em 24 (vinte e quatro) ho- juiz supervisor, este proferirá a sentença no pró-
ras, para as devidas anotações e registros. prio ato ou marcará data para a sua leitura.
17.2.5.3 - Finda a audiência de instrução condu-
SUBSEÇÃO 3 CITAÇÃO zida por juiz leigo, deverá o parecer ser apresen-
17.2.3.1 - O documento utilizado para a citação tado ao juiz supervisor em até 10 (dez) dias, fi-
deverá conter: cando intimadas as partes no próprio termo da
audiência acerca da data da leitura da sentença.
I - resumo ou cópia do pedido inicial;
II - dia e hora para comparecimento do citando; SUBSEÇÃO 6 PEDIDO CONTRAPOSTO
III - advertência de que, não comparecendo o ci- 17.2.6.1 - Apresentado pedido contraposto a se-
tando, presumir-se-ão verdadeiras as alegações cretaria deverá realizar anotação a respeito na
iniciais e será proferido julgamento de plano; capa dos autos, de forma destacada.

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SUBSEÇÃO 7 CARTAS PRECATÓRIAS precatória devidamente cumprida ou informa-


ções sobre seu andamento.
17.2.7.1 - São requisitos essenciais das cartas
precatórias: 17.2.7.8 - Nas cartas precatórias para citação e
para a prática de ato de execução, a baixa será
I - a indicação dos juízos de origem e de cumpri-
feita mediante comunicação do juízo deprecan-
mento do ato;
te ou sob certidão por este expedida, dando con-
II - identificação do processo e das partes, o va- ta da extinção do processo.
lor e a natureza da causa, e a data do seu ajui-
zamento; 17.2.7.8.1 - Nos demais casos a baixa será feita,
independentemente de determinação judicial,
III - o prazo de cumprimento; por ocasião da devolução da carta precatória.
IV - a menção ao ato processual, que constitui 17.2.7.9 - A expedição de cartas precatórias de-
seu objeto, bem como das peças processuais e verá obedecer às orientações expressas sobre
documentos que a acompanham. distribuição contidas na seção 5 do capítulo 3
17.2.7.2 - As cartas precatórias para execução deste CN.
por quantia certa conterão conta atualizada do
débito principal e dos acessórios, além de todas SUBSEÇÃO 8 SENTENÇA
as despesas processuais relativas ao juízo depre- 17.2.8.1 - A intimação da sentença será feita na
cante. própria audiência em que for prolatada, na data
17.2.7.3 - As cartas precatórias poderão ser ex- designada para sua leitura ou na forma prevista
pedidas através de qualquer meio idôneo de co- nos itens 17.1.2.1 e 17.1.2.3.
municação, desde que com autorização do juiz 17.2.8.2 - O vencido será instado a cumprir a
supervisor e certificação nos autos. sentença em até 15 dias do trânsito em julgado,
17.2.7.3.1 - Quando expedidas pela forma tradi- advertido dos efeitos do seu descumprimento,
cional, as cartas precatórias devem ser autenti- inclusive o de que a execução será realizada in-
cadas pela serventia com rubrica do secretário, dependentemente de nova citação.
sendo encerrada, com a assinatura do juiz super- 17.2.8.3 - Proferida sentença de procedência ou
visor. Em regra, duas vias serão encaminhadas improcedência, sempre será lançada nos autos
ao juízo deprecado. Contudo, na falta de uma conta geral de custas.
das vias, e sendo necessária ao cumprimento do
ato, o próprio juízo deprecado providenciará a SUBSEÇÃO 9 EXECUÇÃO DISPOSIÇÕES GERAIS
extração de cópia reprográfica, certificando-se o
fato nos autos. 17.2.9.1 - O oficial de Justiça, ao efetuar a pe-
nhora de bens, deve estimá-los, sem prejuízo de
17.2.7.4 - A expedição da carta precatória será eventual impugnação do valor por qualquer das
certificada nos autos, arquivando-se o compro- partes, caso em que o juiz decidirá.
vante na secretaria.
17.2.9.2 - O oficial de justiça, ao realizar atos de
17.2.7.4.1 - Se entregues diretamente à parte in- constrição (penhora, arresto ou seqüestro), deve
teressada, será lavrada certidão nos autos, co- efetuar a comunicação ao depositário público da
lhendo-se o correspondente recibo. comarca, mesmo quando nomeado depositário
17.2.7.5 - As intimações aos advogados em car- particular, para anotação no livro de Registro de
tas precatórias deverão, de regra, ser efetuadas Penhora, Arresto, Seqüestro e Depósitos. Quan-
pelo juízo deprecado, observadas as normas do a constrição for objeto de termo nos autos, a
para as intimações via postal e pelo Diário da comunicação do fato ao depositário público será
Justiça. realizada diretamente pela secretaria.
17.2.7.6 - Ao retornarem cumpridas as preca- 17.2.9.3 - Inexistindo bens penhoráveis, o oficial
tórias, a secretaria juntará aos autos somente de justiça certificará sobre os bens que guarne-
as peças essenciais, como o original da carta, o cem a residência do executado, relacionando-os
comprovante do seu cumprimento, a conta de e valorando-os por estimativa.
custas e eventuais peças e documentos nela en- 17.2.9.4 - Não encontrado o devedor ou inexis-
cartados. tindo bens passíveis de constrição, o processo
17.2.7.7 - Salvo determinação judicial em con- será imediatamente extinto, com baixa na distri-
trário, das precatórias constará o prazo de trinta buição, não se admitindo o arquivamento pro-
(30) dias para cumprimento. Para resposta a ex- visório do feito.
pediente do juízo, o prazo será de dez (10) dias.
17.2.9.5 - Antes da designação de hasta pública
17.2.7.7.1 - Decorridos os prazos sem a prática para alienação judicial de bens penhorados, será
do ato e independentemente de despacho judi- colhida manifestação da parte exeqüente acerca
cial, o secretário solicitará a devolução da carta de eventual interesse na adjudicação dos bens.

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17.2.9.6 - - Os embargos à execução (do deve- 17.2.11.3 - Os cálculos necessários para a exe-
dor) serão processados nos próprios autos da cução podem ser realizados por funcionário da
execução. Os embargos de terceiro serão proces- própria secretaria, a critério do juiz supervisor.
sados em apartado. Em ambos os casos a secre-
17.2.11.4 - Não cumprida voluntariamente a
taria deverá comunicar ao distribuidor.
sentença transitada em julgado é dispensada
17.2.9.7 - Para utilização do “Sistema Bacen-Jud” nova citação para o início da execução.
a parte interessada deverá apresentar ao juízo o
17.2.11.5 - Efetuada a penhora ou lavrado o ter-
número de cadastro de pessoa física (CPF) ou
mo de penhora através do “sistema Bacen-jud”,
jurídica (CNPJ), bem como planilha atualizada
o devedor será intimado para apresentar em-
do débito.
bargos à execução, no prazo de 15 dias.
17.2.9.8 - No caso de deferimento do pedido de
utilização do “Sistema Bacen-Jud”, o magistra- SUBSEÇÃO 12 EXTINÇÃO DO PROCESSO
do deverá imprimir o recibo de protocolamento 17.2.12.1 - Em qualquer hipótese, ordenado o ar-
para posterior anexação aos autos pela secreta- quivamento dos autos, a secretaria comunicará
ria. o fato ao distribuidor para fins de baixa na dis-
17.2.9.8.1 - Recebida resposta positiva, com tribuição, independentemente de determinação
bloqueio realizado (integral ou parcial), o juiz judicial, de tudo certificando nos autos.
imprimirá também o respectivo extrato, o qual 17.2.12.2 - A comunicação ao distribuidor será
substituirá o termo de penhora. feita por ofício ou mediante a remessa dos au-
17.2.9.8.2 - Depois disso, tratando-se de execu- tos, conforme a conveniência local. Em qualquer
ção de título extrajudicial, a secretaria providen- caso, sempre será certificada nos autos a baixa,
ciará a intimação do devedor para comparecer antes do arquivamento.
à audiência de conciliação, ocasião em que ele
poderá oferecer embargos, por escrito ou ver- SEÇÃO 03
balmente. Tratando-se, porém, de execução de
título judicial, a secretaria intimará o devedor JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL
para apresentar embargos no prazo de 15 dias.
SUBSEÇÃO 1 LIVROS
17.2.9.8.3 - Na hipótese de ordem complemen-
17.3.1.1 - São livros obrigatórios das secretarias
tar para bloqueio ou desbloqueio de valores, o
criminais:
magistrado deverá imprimir o recibo para pos-
terior juntada aos autos pela secretaria. I - Registro de Processos Criminais (Adendo
1-J);
SUBSEÇÃO 10
II - Carga de Termos Circunstanciados e Inqué-
DA EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL ritos Policiais (Adendo 2-J);

17.2.10.1 - A execução de título extrajudicial III - Protocolo Geral (Adendo 3-J);


observará o disposto no Código de IV - Registro de Apreensões (Adendo 4-J);
Processo Civil, com as inovações dadas pela Lei V - Registro de Cartas Precatórias e Equivalen-
Federal nº. 9.099/95. tes (Adendo 5-J);
17.2.10.2 - Efetuada a penhora ou lavrado o ter- VI - Carga de Autos - Diversos (Adendo 7-J);
mo de penhora através do “sistema Bacen-jud”,
VII - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça
o devedor será intimado a comparecer à audiên-
(Adendo 8-J);
cia de conciliação, quando poderá oferecer em-
bargos, por escrito ou oralmente. VIII - Registro de Autos Destruídos.
17.3.1.2 - As cargas à autoridade policial serão
SUBSEÇÃO 11
realizadas no livro Carga de Termos Circunstan-
ciados e Inquéritos Policiais. Nas comarcas de
DA EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL
pouco movimento, a critério do Juiz Supervisor,
17.2.11.1 - A execução de título judicial será pro- a secretaria poderá eliminar tal livro, anotando
cessada nos mesmos autos do processo de co- as cargas no livro Carga de Autos - Diversos.
nhecimento.
SUBSEÇÃO 2 PROCESSOS
17.2.11.2 - A conversão do processo de conhe-
cimento em execução de título judicial ou o de- 17.3.2.1 - Recebido em secretaria inquérito po-
sarquivamento do processo de conhecimento licial, notícia-crime, termo circunstanciado de
para início da execução deverão ser noticiados infração penal ou queixa-crime será imediata-
ao distribuidor para as devidas anotações. mente agendada audiência preliminar, com in-

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timação dos envolvidos, salvo se a autoridade SUBSEÇÃO 4 CITAÇÃO E INTIMAÇÃO


policial assim já tiver procedido.
17.3.4.1 - A intimação far-se-á por qualquer meio
17.3.2.1.1 - A pauta poderá estabelecer dias es- idôneo de comunicação, preferencialmente por
pecíficos para que a autoridade policial agende carta ou telefone, atendidas as peculiaridades
as respectivas audiências preliminares. locais.
17.3.2.2 - Todos os feitos, antes da realização da 17.3.4.2 - A prática de atos processuais em ou-
audiência preliminar, devem ser distribuídos tras comarcas poderá ser solicitada por qual-
ou registrados perante o distribuidor. Nessa quer meio hábil de comunicação.
ocasião o distribuidor lançará certidão no feito 17.3.4.3 - Dos atos praticados em audiência con-
acerca dos antecedentes da pessoa a quem se sideram-se cientes as partes, os interessados e
imputa o fato delituoso. defensores.
17.3.2.3 - Oferecida denúncia ou queixa-crime 17.3.4.4 - A citação far-se-á no próprio juizado,
será o feito autuado como ação penal (registra- ou por mandado, ou carta precatória, ou carta
do no livro Registro de Processos Criminais) e, rogatória, se necessário.
não sendo o caso de transação penal, a secretaria
imediatamente agendará data para realização 17.3.4.4.1 - O acusado receberá a cópia da de-
de audiência de instrução e julgamento, com núncia ou queixa-crime e com ela ficará citado
intimação dos envolvidos e citação do acusado. e imediatamente cientificado da designação de
audiência de instrução e julgamento.
17.3.2.4 - O secretario informará imediatamente
ao juiz o escoamento do prazo concedido para 17.3.4.4.2 - Em hipótese alguma será feita cita-
ção por edital ou por hora certa.
a realização de diligência pela autoridade poli-
cial, bem como para o pronunciamento do Mi- 17.3.4.4.3 - Não encontrado o acusado para ser
nistério Público ou do interessado. citado, o Juiz encaminhará as peças existentes
ao juízo criminal ordinário, com as comunica-
17.3.2.5 - Dependerá de decisão judicial a remes-
ções necessárias.
sa do procedimento a outro juízo, comunican-
do-se o distribuidor. 17.3.4.4.4 - A remessa referida no item 17.3.4.4.3
deve ser posterior ao oferecimento da denúncia
17.3.2.6 - Aplicam-se as normas pertinentes aos
ou da queixa-crime, e uma vez remetido o fei-
mandados de prisão e alvarás de soltura, previs-
to, a competência original do Juizado Especial
tas no Capitulo 6, Seção 14, deste Código.
Criminal não se restabelecerá com a posterior
SUBSEÇÃO 3 AUDIÊNCIA PRELIMINAR localização do acusado.
17.3.3.1 - A secretaria providenciará a separação 17.3.4.5 - No cumprimento de cartas precatórias
dos casos passíveis de conciliação daqueles em criminais recomenda-se que não seja utilizada
que a audiência deva iniciar-se já com proposta a via postal para as citações e intimações, mas,
de transação ou oferecimento de denúncia. sim, as formas permitidas no Código de Proces-
so Penal.
17.3.3.2 - A audiência poderá ser conduzida por
conciliador, sob supervisão do juiz supervisor. SUBSEÇÃO 5 INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
17.3.3.2.1 - Os envolvidos serão esclarecidos so- 17.3.5.1 - Ao início da audiência de instrução e
bre os benefícios da conciliação ou da transação julgamento, será renovada a proposta de con-
penal. ciliação ou transação penal, quando for o caso.
17.3.3.2.2 - A conciliação será reduzida a ter- 17.3.5.2 - Antes da decisão de recebimento ou
mo, podendo ser utilizados formulários pré rejeição da denúncia ou queixa- crime, será con-
-impressos. cedida a palavra ao defensor do acusado, para
17.3.3.2.3 - Não havendo conciliação, o conci- apresentar defesa prévia à acusação formal.
liador fará imediatamente comunicação ao juiz 17.3.5.3 - Na mesma audiência serão ouvidas a
de direito, que convocará o representante do vítima e as testemunhas de acusação e defesa,
Ministério Público para a continuidade da au- interrogando-se a seguir o acusado, se presente,
diência, ocasião em que este poderá requerer passando-se imediatamente aos debates orais e
o arquivamento ou novas diligências, propor à prolação da sentença.
transação penal ou oferecer denúncia.
17.3.5.4 - Os atos realizados em audiência de
17.3.3.2.4 - Nos casos de ação de natureza instrução e julgamento poderão ser gravados
privada, não havendo conciliação, os envolvi- em fita magnética ou equivalente, tais como a
dos serão esclarecidos sobre o prazo para ofe- gravação de som e imagem em mídia CD (Com-
recimento de queixa-crime e respectivos desdo- pact disc), aplicando-se o disposto na seção 8 do
bramentos. Capítulo 1, no que couber.

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17.3.5.5 - A inquirição de testemunhas e o inter- V - a condenação transitada em julgado;


rogatório do acusado devem ser inteiramente
VI - a absolvição;
realizados pelo juiz supervisor.
VII - a extinção da punibilidade;
SUBSEÇÃO 6 MEDIDAS ALTERNATIVAS
VIII - o arquivamento;
17.3.6.1 - Para efeito de aplicação e fiscalização
IX - a extinção da pena privativa de liberdade;
de medidas alternativas poderá o magistrado
valer-se do Conselho da Comunidade, Patrona- X - as remessas de feitos a outro juízo; XI - o
to, Programa Pró-Egresso, além de firmar con- trancamento da ação penal;
vênios ou parcerias com entidades comunitárias
XII - a reabilitação.
ou assistenciais, “ad referendum” do Conselho
de Supervisão dos Juizados Especiais. 17.3.8.1.1 - O deferimento da transação penal
será comunicado ao distribuidor. Tratando-se
17.3.6.2 - Para o deferimento da transação pe-
de processo devidamente cadastrado em siste-
nal e aplicação de medidas alternativas, deverá
ma informatizado em uso na unidade do Jui-
o juiz atentar para a situação econômica e so-
zado Especial Criminal (SIJEC ou Projudi), a
cial, rendas e encargos financeiros e familiares
respectiva informação será lançada em campo
do transacionado, bem como as aptidões e ho-
próprio no cadastro processual eletrônico, dis-
rários disponíveis, de modo a não prejudicar a
pensando-se comunicação à Vara de Execuções
manutenção familiar e a jornada laboral.
Penais. Tratando-se de feito sem vínculo a qual-
17.3.6.3 - É vedada a manutenção de conta ban- quer sistema informatizado oficial, a comuni-
cária judicial para depósito de valores decorren- cação será dirigida ao distribuidor e à Vara de
tes das penas e medidas alternativas oriundas Execuções Penais da região.
dos Juizados Especiais Criminais.
17.3.8.1.2 - O recebimento da denúncia, quei-
SUBSEÇÃO 7 xa-crime, seus aditamentos, a nova definição
jurídica do fato, a inclusão à peça acusatória de
CARTAS PRECATÓRIAS E ARQUIVAMENTO pessoa não indicada e a exclusão de indiciado
na denúncia ou queixa serão comunicados ao
17.3.7.1 - As cartas precatórias ou equivalentes, distribuidor e ao Instituto de Identificação.
eventualmente expedidas para os fins dos art.
76 e 89 da Lei nº 9.099, de 26.09.1995, deve- 17.3.8.1.3 - A suspensão condicional do processo
rão conter as respectivas propostas formuladas será comunicada ao distribuidor e ao Instituto
pelo Ministério Público. de Identificação.

17.3.7.1.1 - O juiz deprecante poderá autorizar 17.3.8.1.4 - A condenação transitada em julgado


o juiz deprecado a modificar as condições im- será comunicada à Vara de Execuções Penais, ao
postas, ouvido o representante do Ministério distribuidor e ao Tribunal Regional Eleitoral.
Público. 17.3.8.1.5 - A absolvição e o trancamento da ação
17.3.7.2 - O juízo deprecado comunicará ao juízo penal serão comunicados ao distribuidor e ao
deprecante todos os fatos e atos relevantes, en- Instituto de Identificação.
caminhando cópia dos documentos necessários. 17.3.8.1.6 - A extinção da punibilidade será co-
17.3.7.3 - Incumbe ao juízo deprecante a reali- municada ao distribuidor e ao Instituto de
zação das comunicações obrigatórias, salvo na Identificação.
hipótese deste juízo não integrar a estrutura ju- 17.3.8.1.7 - O arquivamento será comunicado ao
diciária do Estado, caso em que o juízo depreca- distribuidor e ao Instituto de Identificação.
do deverá providenciá-las.
17.3.8.1.8 - A extinção da pena privativa de li-
SUBSEÇÃO 8 COMUNICAÇÕES OBRIGATÓRIAS berdade será comunicada ao Tribunal Regional
Eleitoral.
17.3.8.1 - A secretaria promoverá comunicações
obrigatórias sobre: 17.3.8.1.9 - As remessas de feitos a outro juízo
serão comunicadas ao distribuidor.
I - o deferimento da transação penal;
17.3.8.1.10 - A reabilitação será comunicada à
II - o recebimento da denúncia, queixa-crime,
Vara de Execuções Penais, ao distribuidor e ao
seus aditamentos e nova definição jurídica do
Instituto de Identificação.
fato;
17.3.8.1.11 - Nos casos dos incisos I, II, III, IV, V,
III - a inclusão à peça acusatória de pessoa não
VI, VII e XII do item 17.3.8.1 deverá a secretaria
indicada e a exclusão de indiciado na denúncia
indicar a qualificação disponível da pessoa, dela
ou queixa;
constando a inscrição da cédula de identidade
IV - a suspensão condicional do processo; (RG) ou do cadastro de pessoa física (CPF).

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17.3.8.2 - Todas as comunicações realizadas de- III - Registro de Depósitos (Adendo 3-K);
vem ser certificadas nos autos, de forma espe-
IV - Carga de Autos - Juiz (Adendo 4-K);
cífica.
V - Carga de Autos - Promotor de Justiça (Aden-
17.3.8.3 - As comunicações ao distribuidor serão
do 5-K);
preferencialmente realizadas mediante o enca-
minhamento dos próprios autos, incumbindo VI - Carga de Autos - Advogados (Adendo 6-K);
ao distribuidor lançar certidão no processo so-
VII - Carga de Autos - Diversos (Adendo 7-K);
bre a realização da anotação.
VIII - Carga de Mandados - Oficiais de Justiça
17.3.8.4 - Quando a autoria do fato for des-
(Adendo 8-K);
conhecida, não serão realizadas as comuni-
cações à Vara de Execuções Penais e ao Instituto XI - Registro de Requisição de Pequeno Valor -
de Identificação. RPV (Adendo 9-K).
17.3.8.5 - Nas secretarias em que estiver implan- 17.4.1.2 - O secretário colherá o visto mensal do
tado sistema informatizado oficial do Tribunal juiz no livro de Registro de Depósitos.
de Justiça as comunicações poderão ser realiza-
das mediante utilização de relatórios dele ex- SUBSEÇÃO 2 PEDIDO
traídos.
17.4.2.1 - Realizada a distribuição, registrado o
pedido na secretaria do juizado, independente-
SUBSEÇÃO 9 APREENSÕES
mente de autuação, será designada audiência de
17.3.9.1 - As armas e objetos apreendidos ou conciliação, sem necessidade de prévio despa-
arrecadados poderão permanecer em depósito cho do juiz supervisor.
com a autoridade policial competente. Não obs-
tante, ainda assim deverão ser registrados no 17.4.2.2 - Não sendo caso de designação de au-
livro Registro de Apreensões, com anotação de diência de conciliação ou havendo pedido de
observação constando o local em que está reali- antecipação de tutela, liminar ou outros casos
zado o depósito. urgentes, os autos serão imediatamente conclu-
sos ao magistrado.
17.3.9.2 - O auto de apreensão e a certidão de de-
pósito deverão integrar o termo circunstanciado 17.4.2.3 - O pedido oral será reduzido a termo
ou inquérito respectivo. pela secretaria. Do pedido deverá constar:

17.3.9.3 - Findo o feito ou extinta a punibilida- I - o nome, a filiação, o número do registro geral
de, não sendo o caso de restituição, deverão (RG) ou do cadastro de pessoa física ou jurídica
ser adotadas as providências dos itens 6.20.8 (CPF ou CNPJ) e o endereço das partes;
e 6.20.9 deste Código de Normas (remessa de II - o fato e os fundamentos, de forma sucinta;
armas ao Ministério do Exército, destruição ou
remessa de objetos a entidades de cunho social). III - o objeto e seu valor.

17.3.9.4 - Os valores pecuniários apreendidos SUBSEÇÃO 3 CITAÇÃO E CONCILIAÇÃO


devem ser depositados em conta poupança vin-
culada ao juízo e escriturados no livro Registro 17.4.3.1 - O mandado de citação deverá conter:
de Apreensões. Tratando-se de moeda estran- I - resumo ou cópia do pedido inicial;
geira, a secretaria efetuará a conversão junto ao
Banco do Brasil para a moeda nacional, e logo II - dia e hora para comparecimento do repre-
em seguida realizará o depósito em conta pou- sentante judicial da entidade ré;
pança vinculada ao juízo, de tudo certificando III - a advertência de que na própria audiência
nos autos. deverão ser apresentados resposta, oral ou es-
crita, as provas documentais e o requerimento
SEÇÃO 4 das demais provas que pretenda produzir em
juízo.
JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA
17.4.3.2 - - Para a designação de audiência de
SUBSEÇÃO 1 LIVROS conciliação observar-se-á a antecedência míni-
ma de 30 (trinta) dias, contados da data da junta-
17.4.1.1 - São livros obrigatórios das secretarias da aos autos do mandado de citação cumprido.
do juizado especial da Fazenda Pública que não
utilizarem o sistema informatizado oficial do 17.4.3.3 - Os representantes judiciais dos réus
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná: presentes à audiência poderão conciliar, tran-
sigir ou desistir nos processos da competência
I - Protocolo Geral (Adendo 1-K);
dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, nos
II - Registro de Cartas Precatórias e de Ordem termos e nas hipóteses previstas na lei do res-
(Adendo 2-K); pectivo ente da federação.

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17.4.3.3.1 - A representação judicial da Fazen- 17.4.5.5 - Com a manifestação a respeito dos cál-
da Pública, inclusive das autarquias, fundações culos, os autos irão conclusos. Se homologados
e empresas públicas, por seus procuradores ou pelo juiz, seguirão para expedição de precatório
advogados ocupantes de cargos efetivos dos ou requisição de pequeno valor (RPV).
respectivos quadros, independe da apresenta-
ção do instrumento de mandato. 17.4.5.6 - Na obrigação de pagar quantia certa
em que o valor do débito ultrapasse o limite
17.4.3.3.2 - O Estado, os Municípios, suas autar- para a expedição de requisição de pequeno va-
quias, fundações e empresas públicas poderão lor (RPV), observar-se-ão as disposições cons-
designar para a audiência cível de causa de até tantes na Seção 9 do Capítulo 2 deste Código de
40 (quarenta) salários mínimos, por escrito, re- Normas, relativas ao precatório.
presentantes com poderes para conciliar, tran-
sigir ou desistir nos processos de competência SUBSEÇÃO 6 REQUISIÇÃO DE PEQUENO
dos Juizados Especiais, advogados ou não. VALOR
17.4.3.4 - O empresário individual, as microem- 17.4.6.1 - Tratando-se de obrigação de pagar
presas e as empresas de pequeno porte poderão quantia certa em que o valor da condenação se
ser representados por preposto credenciado, enquadre no limite legal para a expedição de
munido de carta de preposição com poderes RPV, o Juízo da execução a encaminhará direta-
para transigir, sem necessidade de vínculo em-
mente ao ente devedor para que efetue o paga-
pregatício.
mento, com os seguintes dados:
17.4.3.5 - Obtida a conciliação, esta será reduzi-
I - número de ordem da requisição registrada no
da a termo, o qual será subscrito pelas partes
livro da serventia;
e levado para homologação do juiz supervisor.
II - número do processo de origem;
SUBSEÇÃO 4 INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
III - nome das partes e seus procuradores, com in-
17.4.4.1 - Restando infrutífera a tentativa de con- dicação do número de inscrição destes na OAB;
ciliação, proceder-se-á imediatamente à audiên-
cia de instrução e julgamento. IV - relação de beneficiários com valores indivi-
dualizados, indicando CIC ou CNPJ;
17.4.4.2 - Não sendo possível a imediata convola-
ção da audiência preliminar em audiência de ins- V - valor total da requisição;
trução e julgamento, será designada nova data. VI - data do trânsito em julgado da decisão de
17.4.4.3 - - Finda a audiência de instrução con- mérito ou do acordo homologado em Juízo;
duzida por juiz leigo, deverá o parecer ser apre- VII - data considerada para efeito de atualização
sentado ao juiz supervisor em até 10 (dez) dias. dos cálculos;
SUBSEÇÃO 5 SENTENÇA E O SEU VIII - indicação de agência bancária oficial para
CUMPRIMENTO depósito à disposição do Juízo da execução.
17.4.5.1 - A intimação da sentença será feita na 17.4.6.2 - Os ofícios requisitórios (RPV), depois
própria audiência em que for prolatada ou na de devidamente anotados cronologicamente em
forma prevista nos itens 17.1.2.1 e 17.1.2.3. livro próprio da serventia, serão encaminhados
ao ente público.
17.4.5.2 - O cumprimento do acordo ou da sen-
tença de procedência transitada em julgado, 17.4.6.3 - Os autos aguardarão em cartório as
que imponham obrigação de fazer, não fazer ou providências necessárias para a quitação do dé-
entrega de coisa certa, será efetuado mediante bito de pequeno valor pelo prazo de sessenta
ofício do juiz à autoridade citada para a causa, (60) dias, contados da entrega da requisição à
com cópia da sentença ou do acordo. entidade devedora.
17.4.5.3 - Tratando-se de obrigação de pagar 17.4.6.3.1 - Decorrido sem que a Fazenda Públi-
quantia certa definida em sentença transitada ca tenha dado atendimento a requisição, os au-
em julgado, o credor será intimado para instruir tos irão conclusos ao juiz.
o pedido com memória de cálculo discriminado.
17.4.6.4 - Com o cumprimento da requisição, a
17.4.5.3.1 - Apresentado o cálculo a secretaria secretaria providenciará, independente de des-
intimará a Fazenda Pública para manifestar-se pacho, a intimação do requerente para efetuar o
em cinco (05) dias. saque do valor depositado.
17.4.5.4 - Se necessário, os autos irão ao conta- 17.4.6.4.1 - O advogado da parte poderá efetuar
dor para o cálculo do valor devido. o levantamento do valor a ela devido desde que
17.4.5.4.1 - Apresentado o cálculo, a secretaria apresente procuração com poderes especiais
intimará as partes para, em cinco (05) dias, ma- para tanto e firma reconhecida, cuja cópia será
nifestarem-se. juntada aos autos.

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SUBSEÇÃO 7 EXTINÇÃO DO PROCESSO IV - o saldo financeiro apurado no balanço anual


do próprio Fundo;
17.4.7.1 - Nas Comarcas onde não haja sistema
informatizado, operado o pagamento ou orde- V - as receitas decorrentes da cobrança de atos
nado o arquivamento dos autos, a secretaria inerentes ou praticados pelo Fundo;
comunicará o fato ao distribuidor para fins de
VI - as receitas oriundas de convênios, acordos,
baixa, independentemente de determinação ju-
termos de cooperação ou contratos firmados
dicial, de tudo certificando nos autos.
pelo Fundo com entidades de direito público;
17.4.7.2 - A comunicação ao distribuidor será
VII - as receitas oriundas de convênios, acordos,
feita por ofício, meio eletrônico ou mediante a
termos de cooperação ou contratos firmados
remessa dos autos, conforme a conveniência lo-
pelo Fundo com instituições financeiras e enti-
cal. Em qualquer caso, sempre será certificada
dades de direito privado;
nos autos a baixa, antes do arquivamento.
VIII - as subvenções, doações e contribuições de
pessoas jurídicas de direito público ou privado,
nacionais ou estrangeiras, na forma da legisla-
ção aplicável;
LEIS DOS FUNDOS DO PODER IX - o produto da remuneração das aplicações
financeiras do Fundo;
07 JUDICIÁRIO DO ESTADO DO
PARANÁ X - o saldo financeiro apurado no Balanço Ge-
ral do Estado do Paraná, em cada exercício, cor-
respondente à diferença entre os recursos defi-
LEI 15.942/08 nidos pelo limite percentual estabelecido pela
Lei de Diretrizes Orçamentárias para o Poder
Cria o Fundo da Justiça, do Poder Judiciário do Judiciário e o valor dos recursos financeiros efe-
Estado do Paraná, com a finalidade que especi- tivamente liberados pelo Tesouro Estadual, por
fica e adota outras providências. conta da execução do orçamento do Tribunal de
Art. 1º. Fica criado o Fundo da Justiça, do Poder Judi- Justiça do Estado do Paraná, no exercício;
ciário do Estado do Paraná, com a finalidade de dar XI - outras receitas.
cumprimento ao processo de estatização das serven-
tias do foro judicial, em observância ao estabelecido XII - o produto da arrecadação da Taxa Judiciária.
no artigo 31 do Ato das Disposições Constitucionais § 1º. As receitas do Fundo da Justiça, exceto as
Transitórias, da Constituição Federal e no artigo 1º, oriundas do Tesouro Geral do Estado, não inte-
parágrafos 5º e 6º, da Lei Estadual nº 14.277, de 30 de gram o percentual fixado, para o Poder Judiciá-
dezembro de 2003, que dispõe sobre o Código de Or- rio, na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
ganização e Divisão Judiciárias do Estado do Paraná.
§ 2º. O disposto no inciso X deste artigo inclui o
Art. 2º. O Fundo da Justiça – FUNJUS tem por objetivo saldo financeiro apurado no Balanço Geral do
prover os recursos orçamentários e financeiros neces- Estado, relativo ao exercício de 2007.
sários à execução das despesas decorrentes do proces-
so de estatização, neste compreendida a recomposição Art. 4º. Fica o Presidente do Tribunal de Justiça do
dos servidores do Quadro de Pessoal das unidades Estado do Paraná, após aprovação do Órgão Especial,
estatais do 1º Grau de Jurisdição do Estado do Paraná. por maioria absoluta de seus membros, autorizado a
destinar para o Fundo da Justiça, por Decreto Judiciá-
Art. 3º. Constituem receitas do Fundo da Justiça: rio, em razão da conveniência administrativa e do in-
I - o produto da arrecadação das custas dos atos teresse da Justiça, o valor de até 25% (vinte e cinco por
judiciais praticados pelos serviços estatizados, cento) dos recursos financeiros oriundos de convênios,
conforme as leis de processo e do Regimento acordos, termos de cooperação ou contratos firmados
de Custas estabelecido pela Lei nº 6.149/70, de pelo Poder Judiciário com instituições financeiras e en-
09 de setembro de 1970, com as suas alterações tidades de direito privado.
posteriores; Art. 5º. A aplicação das receitas orçamentárias do
II - as dotações orçamentárias próprias e os re- Fundo da Justiça será feita por meio de dotações con-
cursos consignados em seus orçamentos, por signadas na Lei de Orçamento Anual ou em créditos
entidades públicas ou por fundos especiais pú- adicionais, mediante empenho, liquidação e pagamen-
blicos, bem como os créditos adicionais que lhe to, abrangendo as Despesas Correntes e Despesas de
venham a ser atribuídos. Capital necessárias à consecução do objetivo de estati-
zação das serventias do foro judicial.
III - as receitas oriundas de transferências or-
çamentárias autorizadas pelo Poder Judiciário, Art. 6º. O Fundo da Justiça será administrado por um
Poder Executivo, fundos especiais e outros ór- Conselho Diretor, composto pelo Presidente do Tribu-
gãos públicos; nal de Justiça, que o presidirá, pelo 1º Vice-Presidente,

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pelo Corregedor-Geral da Justiça e por mais 05 (cinco) Art. 2º. Constituem custas:
membros, os quais serão nomeados pelo Presidente do
a) as taxas das tabelas anexas;
Tribunal de Justiça, após aprovação pelo Órgão Espe-
cial do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. b) os sêlos e despesas com os serviços postal,
telegráfico, de rádio comunicação e telefônico;
Parágrafo único. Os integrantes do Conselho
Diretor do Fundo da Justiça não perceberão re- c) as taxas de expediente;
tribuição pecuniária pelo exercício de suas ati- d) a taxa judiciária;
vidades.
e) as contas de publicação de avisos ou editais;
Art. 7º. Os recursos financeiros do Fundo da Justiça se-
rão depositados em instituição financeira oficial. f) as despesas de condução e estada, dentro do
estritamente necessário, nas diligências, atendi-
Art. 8º. Os bens adquiridos com recursos do Fundo da das as condições locais;
Justiça serão incorporados ao patrimônio do Poder Ju-
diciário e alocados ao Fundo da Justiça. g) os honorários de advogados arbitrados na
sentença e os honorários, salários e percenta-
Art. 9º. Aplica-se à administração financeira do Fundo gens de peritos, agrimensores, ajudantes, de-
da Justiça, no que couber, o disposto na Lei Federal nº positários ou quaisquer outros colaboradores
4.320, de 17 de março de 1964, no Código de Contabi- do juízo quando arbitrados pelo Juiz, fixados a
lidade, na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de aprazimento das partes ou conforme a lei apli-
2000, e na legislação pertinente a contratos e licitações, cável;
bem como as normas e instruções baixada pelo Tribu-
h) as despesas úteis ou necessárias, devidamen-
nal de Contas do Estado do Paraná.
te comprovadas, feitas com a guarda, conserva-
Art. 10. O Fundo da Justiça será dotado de personali- ção ou remoção de bens depositados;
dade jurídico-contábil, com escrituração contábil pró-
i) as despesas de arrombamento e remoção das
pria, sendo o Presidente do Tribunal de Justiça e Presi-
ações de despejo e reintegração de posse assim
dente do Conselho Diretor o ordenador das despesas e
como, nas de demolição ou de nunciação de
seu representante legal. obra nova, as despesas relativas aos atos que o
Art. 11. O Fundo da Justiça prestará contas da arre- vencido não quizer praticar;
cadação e aplicação de seus recursos, nos prazos e na j) as certidões, públicas-formais, fotocópias e
forma de legislação vigente. traslados de quaisquer atos ou documentos
Art. 12. Esta lei será regulamentada por Decreto Judi- provenientes de ofícios ou repartições públicas
ciário, dispondo sobre os procedimentos relacionados e autarquias administrativas bem como as tra-
à arrecadação e fiscalização das receitas e sobre as nor- duções e as transcrições, no Registro Público, de
mas para a execução das despesas do Fundo da Justiça. documentos a ela sujeitos;

Art. 13. O Poder Judiciário fará, à conta de dotação or- l) as certidões afirmativas ou negativas de ônus,
çamentária do Tribunal de Justiça, um aporte ao Fun- protestos de títulos, de ações ou de quaisquer
do da Justiça no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão atos judiciais;
de reais). m) os impostos e taxas fiscais que forem pagos
Art. 14. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir cré- por determinação judicial ou em função do pro-
dito especial para a implementação desta lei. cesso;

Art. 15. Esta Lei entrará em vigor na data de sua pu- n) as multas impostas na forma das leis vigen-
blicação. tes;
o) as indenizações devidas a testemunhas, na
forma da lei.
LEI 6.149/70 Parágrafo único. Os atos previstos em lei ou de-
Dispõe sôbre o Regime de Custas dos atos ju- correntes dos estilos e prazos do fôro, não in-
diciais. cluídos na discriminação feita nêste artigo ou
qualquer das tabelas anexas, reputar-se-ão re-
REGIMENTO DE CUSTAS munerados pelo conjunto das demais taxas ou
pelos vencimentos percebidos por aquêle que os
CAPÍTULO I praticar.

INTRODUÇÃO Art. 3º. Constituem custas de retardamento:

Art. 1º. As custas dos atos judiciais, respeitadas as dis- a) as que paga o autor, quando o réu é absolvido
de instância;
posições das leis de processo, serão contadas, cotadas
e pagas de conformidade com êste Regimento de Cus- b) as que paga o excipiente que decai da exce-
tas. ção;

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c) as que paga o recorrente, quando o juízo “a Parágrafo único. As contas só serão considera-
quo” lhe nega seguimento ao recurso, ou quan- das exigíveis após o “visto” do juiz respectivo,
do não se conhece do recurso ou lhe nega pro- que ficará também, responsável pela sua exati-
vimento. dão.

CAPÍTULO II Art. 11. Recebidos os autos, com o “visto” a que se


refere o artigo anterior, o escrivão diligenciará em 48
CONTAGEM DAS CUSTAS horas a intimação pessoal da parte, ou do respectivo
Art. 4º. As custas serão contadas, em todos os feitos, procurador, responsável pelo pagamento, exarando a
com discriminação e clareza, pelo contador público e competente certidão.
cotadas da mesma forma, no final de cada instrumen- Art. 12. Efetuado o pagamento, o escrivão distribuirá
to, ato ou processo, pelo serventuário, auxiliar ou fun- às autoridades, serventuários, funcionários ou auxi-
cionário que o tiver lavrado. liares da Justiça, a quota-parte de cada um, mediante
Parágrafo único. O prazo para a contagem de rubrica na própria conta, no prazo de 15 dias, sob pena
qualquer feito é de 48 (quarenta e oito) horas. de pagá-las em dôbro.
Art. 5º. Nos Tribunais de Justiça e de Alçada, as custas Art. 13. As custas devidas à Ordem dos Advogados e
serão contadas por funcionários da Seção competente, às Associações serão recolhidas mensalmente, incum-
e as respectivas contas visadas pelo Secretário. bindo ao Distribuidor ou titular da Serventia que as
houver recebido, fazê-las encaminhar às respectivas
Art. 6º. Os tabeliães consignarão, nos atos praticados
entidades.
nos livros respectivos, para constarem dos traslados e
certidões que fornecerem, as custas cobradas. § 1º. A parcela do item IV, da Tabela VIII, “à Car-
Art. 7º. Os oficiais de Registros Públicos, bem como os teira de Pensões dos Serventuários da Justiça”,
de Protestos de Títulos, além da cota lançada nos do- na forma da Lei n°. 7.499/81, será devida à Asso-
cumentos oriundos do registro, consignarão no final ciação dos Serventuários da Justiça.
do ato praticado no livro respectivo as custas do ato. § 2º. Os valores da Tabela VIII do Anexo desta
Art. 8º. No juízo arbitral, as custas serão contadas pela Lei, itens I e IV, passam a corresponder a 0,003
pessoa que servir de escrivão e na conformidade do V.R.C., atualmente Cr$ 15,00 (quinze cruzeiros),
estipulado no ato de instituição respectiva. e são devidos conforme o disposto nessa Tabela,
de acordo com a Lei n°. 6.149, de 09 de setembro
Parágrafo único. Ocorrendo omissão, aplicam- de 1970.
se as tabelas constantes dêste Regimento.
Art. 14. Decorridos 30 dias da intimação a que se refere
CAPÍTULO III o artigo 11, se a parte ou o seu procurador não houver
efetuado o pagamento das custas, o escrivão certificará
PAGAMENTO DAS CUSTAS
a ocorrência e mediante despacho do juiz notificará a
Art. 9º. As custas, nos feitos judiciais, serão pagas ao parte contrária ou o órgão do Ministério Público, se
respectivo escrivão, que certificará nos autos e forne- fôr o caso.
cerá recibo, mencionando, sempre o seu valor corres-
Parágrafo único. Tratando-se de feito ou recurso
pondente em V.R.C. (Valor de Referência de Custas).
em que o não pagamento das custas, em prazo
§ 1º. As custas das Tabelas nº.s VII e XVI, dos certo, importará desistência, renúncia ou deser-
Contadores, item I, do Anexo desta Lei, e as do ção, esgotado o prazo, o escrivão certificará nos
Distribuidor, serão pagas no ato da distribuição, autos fazendo os conclusos ao juiz.
e, quando se tratar de arrolamento ou inventá-
rio, acrescidas do valor mínimo constante do Art. 15. Nas renúncias ou desistências de quinhões he-
item III da Tabela dos Contadores, o qual será reditários, as custas serão cobradas apenas uma vez e
completado ao final, se for o caso. sôbre o monte-mor.

§ 2º. As demais custas devidas ao Contador, e as Art. 16. As custas reguladas por Leis Federais serão pa-
do Partidor, serão pagas por ocasião da realiza- gas conforme provimento da Corregedoria da Justiça.
ção dos atos. Parágrafo único. As custas devidas nos proces-
§ 3º. Quando, no ato da distribuição, não for pos- sos de liquidação de indenização por acidente
sível estimar-se o valor exato do feito ajuizado do trabalho, conseqüentes a acôrdos entre as
ou se este vier a ser alterado no curso do proces- partes, serão distribuidas entre pessoas inte-
so, o Distribuidor perceberá a diferença verifica- grantes do respectivo juízo, na conformidade do
da em suas custas na primeira conta elaborada. disposto em portaria baixada bienalmente pelo
Corregedor.
Art. 10. Lançada a conta pelo contador, o escrivão fará
conclusos os autos ao juiz, que, depois de verificá-la e Art. 17. O pagamento das custas ao serventuário ou
fazer as glosas ou adições necessárias, nela aporá seu funcionário competente, importa na presenção de pre-
“visto”. paro do processo ou recurso na data respectiva.

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Art. 18. As custas a cargo da Fazendo Pública estadual em fornecimento ou autenticação de papel ou
e municipal serão pagas mediante despacho da auto- documento que deva instruir pedido ou proces-
ridade competente, em requerimento, devidamente sos de benefício da Justiça gratuita, assim como
instruído, firmado pelo escrivão do feito, por si e em aquêles expressamente declarados gratuítos por
nome dos demais interessados, exceto as da distribui- lei federal ou estadual uma vez que consignado
ção, que serão pagas no ato. no respectivo texto o fim a que se destina.
Art. 19. O culpado pelo extravio de qualquer feito pa- Art. 22. Nos executivos de valor inferior a 1 V.R.C. (um
gará as custas de reforma dos autos perdidos. Valor de Referência de Custas), serão devidas pela me-
tade as custas respectivas, exceto a do Distribuidor e
Art. 20. A falta de depósito ou pagamento das custas
referentes aos atos ou diligências de defesa do réu, em do Contador Judicial.
processo criminal, não obstará a que sejam praticados Parágrafo único. Não podem, porém, ultrapas-
e realizados, oportunamente, aquêles atos ou diligên- sar do duplo da dívida ajuizada, caso em que,
cias, ficando a salvo aos interessados a cobrança pela reembolsadas as despesas de diligências efe-
via legal das custas devidas. tuadas, serão as custas rateadas, pelo Juiz, em
despacho.
CAPÍTULO IV
Art. 23. Nos feitos de valor reduzido, contestados ou
ISENÇÕES E REDUÇÕES não, e nos processos sem valor determinado, inclusi-
Art. 21. São isentos de custas: ve preparatórios, preventivos ou incidentes, poderá o
Juiz, em despacho fundamentado, reduzir até a meta-
a) os processos criminais de ação pública, ou de as custas respectivas, menos as de diligências, me-
quaisquer outros de iniciativa do Ministério Pú- diante pedido do interessado e uma vez convencido
blico, salvo as excessões da lei processual res- da boa fé do autor ou requerente e do resultado certa-
pectiva; mente negativo ou de que apenas será alcançado em
b) os processos de habeas-corpus, quer em pri- parte o objetivo do procedimento judicial.
meira, quer em segunda instância; Parágrafo único.A redução será obrigatória, quan-
c) os conflitos de jurisdição suscitados por auto- do, antes da contestação, nos feitos que a compor-
ridades judiciárias; tarem, houver desistência voluntária do pedido.
d) Os processos de reclamação referentes a cus- Art. 24. Se a parte indicar a data precisa do arquiva-
tas em primeira instância e as reclamações, re- mento, ou o livro e a fôlha do ato que pedir, ou, tratan-
presentações, revisões em processos de meno- do-se de documentos em processo, indicar mês e ano,
res, consultas, recursos e, em geral, os processos a busca será cobrada pela metade.
da competência do Corregedor e do Conselho Art. 25. Nas reduções estatuídas neste capítulo, não se
Superior da Magistratura; inclui a taxa judiciária, cuja incidência é regulada em
e) as habilitações de casamentos de pessoas lei própria.
comprovadamente pobres;
CAPÍTULO V
f) feitos em que houver decaido a parte bene-
ficiada pela justiça gratuita nos têrmos das leis PENALIDADES
processuais;
Art. 26. O Juiz que visar a conta de custas em que haja
g) os atos e processos referentes a menores aban- parcelas indevidas ou excessivas, torna-se passível da
donados e delinquentes, bem como os relativos pena disciplinar.
a licença para o trabalho de menores;
Art. 27. Quem não cotar as custas em conformidade a
h) nas ações por acidente do trabalho, o aciden- êste Regimento perderá, pela primeira falta cometida,
tado ou os seus beneficiários, quando vencidos; o direito aos emolumentos que, se contados e recebi-
i) os processos de arrecadação de herança jacen- dos, serão restituidos em dôbro.
te e bens vagos de valor inferior a 2 (dois) Valo- Art. 28. O serventuário, auxiliar ou funcionário da Jus-
res de Referência de Custas (V.R.C.). tiça que contar, cotar ou receber custas indevidas ou
j) os processos de arrolamento e inventário, de excessivas, ou desviar ou apropriar-se de custas per-
valor inferior ao maior salário mínimo vigente tencentes a outrem, fica sujeito às penas, conforme a
no Estado; gravidade da infração e as circunstâncias do ato pra-
ticado, de advertência verbal ou em ofício reservado,
l) os processos de alvarás de levantamento de
censura nos autos ou em portaria, multa pagável em
depósitos em nome de órfãos ou interditos de
dinheiro que será recolhido aos cofres estaduais em
valor inferior ao maior salário mínimo vigente
décuplo e suspensão até 30 (trinta) dias, com perda
do Estado;
dos proventos do cargo, além das perdas das custas
m) os atos das autoridades, serventuários, auxi- contadas ou restituídas em dôbro das recebidas inde-
liares ou funcionários da Justiça que importem vidamente, ou em excesso, desviadas ou retidas.

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§ 1º. Fica vedado aos serventuários da Justiça a Parágrafo único. Tratando-se de falta que possa
realização de qualquer trabalho que não seja pe- ocasionar aplicações de multa ou de suspensão,
culiar às suas atribuições e ao ato que estiverem poderá o Juiz encaminhar a reclamação ao Cor-
praticando. A cobrança de quaisquer quantias regedor, a quem será, em qualquer caso, comu-
a êsse título importará na aplicação das penas nicada a ocorrência da reclamação e a respectiva
dêste artigo. decisão, quando já houver sido proferida.
§ 2º. As penas do presente artigo serão aplicadas Art. 34. A atribuição conferida ao Juiz, pelo artigo
pelo Juiz ou Corregedor, ou pelo Relator do pro- anterior, não exclui competência do Corregedor para
cesso de quaisquer das Câmaras dos Tribunais receber, originariamente, qualquer reclamação contra
de Justiça ou de Alçada, ou ainda pelos Presi- serventuário, auxiliar ou funcionário da Justiça de pri-
dentes desses Tribunais, em relação aos seus meira instância.
funcionários.
Parágrafo único. Conhecendo a reclamação que
§ 3º. Quando a penalidade for imposta pelo Juiz,
lhe fôr dirigida, poderá o Corregedor encami-
será o fato comunicado ao Conselho da Magis-
nha-la ao Juiz para a respectiva instrução.
tratura, por intermédio do Presidente do Tribu-
nal, e ao Corregedor. Nos demais casos, a comu- Art. 35. Instruida a reclamação, proferirá o Corregedor
nicação será feita à Corregedoria da Justiça, que a sua decisão, se não preferir relatar o processo peran-
se incumbirá das notificações necessárias ou da te o Conselho Superior da Magistratura, atendida a
publicidade do ato, se for o caso. gravidade do fato.
Art. 29. Tratando-se de serventuário, auxiliar ou fun- Art. 36. Da decisão ou ato impositivo de pena disci-
cionário da Justiça sem garantia de estabilidade, o re- plinar por infração dêste Regimento, cabe recurso,
cebimento de custas indevidas ou excessivas, por malí- admissível dentro de 5 (cinco) dias para o Conselho
cia ou reiteração do êrro, provada esta por certidão de
Superior da Magistratura ou para o Tribunal Pleno, se
advertência anteriormente imposta e definitivamente
a decisão fôr do Conselho Superior da Magistratura.
julgada, poderá a falta, também, autorizar a demissão
do culpado, a qual, no caso em que a expedição do res- § 1º. O recurso, que terá sempre efeito suspen-
pectivo ato administrativo seja da atribuição do Go- sivo, seguirá, em primeira instância, no que fôr
vernador do Estado, ou de autoridade subordinada ao aplicável, o processo de agravo de instrumento,
Executivo, dependerá, na esfera judiciária, de resolu- em matéria civil, salvo quanto ao que se refere a
ção e proposta do Conselho Superior da Magistratura, custas e preparo.
obedecidas as formalidades legais.
§ 2º. Se o Juiz reformar o despacho, poderá o re-
Parágrafo único. No processo para a aplicação clamante protestar pela subida dos autos a su-
da pena a que se refere o presente artigo, o Cor- perior instância.
regedor funcionará como instrutor e relator.
§ 3º. Tratando-se de pena imposta pelo Juiz, o
Art. 30. As penalidades constantes dos artigos 30, 144,
Corregedor funcionará, em segunda instância,
147, 150 e 688, do Código de Processo Civil, bem como
como relator do recurso.
outras da mesma natureza, previstas na legislação vi-
gente, serão aplicadas sem prejuízo das previstas neste
Regimento e da abertura da competente ação penal, CAPÍTULO VII
quando cabível.
Disposições Gerais
Art. 31. A pena de restituição ou de multa, imposta
por infração dêste Regimento ou de qualquer outra lei, Art. 37. A estimação do valor da causa, para efeito de
não satisfeita dentro de 48 (quarenta e oito) horas, será cômputo das custas proporcionais, far-se-á, em regra
convertida em suspensão até 30 (trinta) dias, e assim geral, de conformidade com o disposto na Seção II, do
será considerada para efeito do disposto no Código de Capítulo VI, do Título V, do Livro I do Código de Pro-
Organização e Divisão Judiciárias do Estado. cesso Civil.
Parágrafo único. Na reconvenção, o valor da
CAPÍTULO VI causa para efeito dêste Regimento, passará a ser
o equivalente à metade do valor da ação.
Reclamações e Recursos
Art. 38. Nas execuções de sentenças iliquidas, as cus-
Art. 32. A reclamação contra infração dêste Regimento tas serão cobradas na base de dois têrços das custas da
imputada a Juiz, será feita por meio de petição, devi- ação; nos demais casos, na base de um têrço.
damente instruida e dirigida ao Corregedor da Justiça,
que a decidirá desde logo ou a relatará perante o Con- Parágrafo único. Se houver concurso de credo-
selho da Magistratura, conforme a gravidade do fato. res, o valor será o ativo apurado.
Art. 33. Quando a infração fôr atribuida a serventuário, Art. 39. Nos processos de desapropriação, a conta de
auxiliar ou funcionário da Justiça, a reclamação será custas será feita na base do prêço real da indenização,
dirigida ao Juiz ou à autoridade perante a qual servir. fixado na sentença ou no têrmo de acôrdo.

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Art. 40. Nas ações inestimáveis, e em geral, nas causas § 2º. Quando não lhes sejam proporcionadas a
de valor não conhecido, tomar-se-á para base do cál- condução e hospedagem, nos termos deste arti-
culo de custas, o critério de fixação do Juiz, de acôrdo go, o Juiz poderá determinar o depósito prévio
com a natureza da causa. de quantia equivalente ao valor das diárias nor-
malmente pagas para deslocamento assemelha-
Parágrafo único. Nas ações possessórias, o valor
do.
da causa será o equivalente à um quarto do va-
lor venal do imóvel. § 3º. Nas cidades, vilas e povoações, ou nos iti-
nerários servidos por linhas regulares de trans-
Art. 41. Aos serventuários, auxiliares ou funcionários
porte coletivo, nenhum serventuário, auxiliar ou
da Justiça é facultado exigirem o prévio depósito da
servidor da Justiça, poderá utilizar-se de outro
metade dos emolumentos dos traslados, registros, cer-
meio de condução, às expensas das partes, salvo
tidões, públicas-formas ou quaisquer outros atos ou
se as condições de tempo não o permitirem, a
documentos encomendados por interessados e que
urgência na execução do serviço o requerer, ou
não possam ser praticados ou concluídos no momento;
a parte interessada autorizar expressamente, à
e, em tal caso, ficam obrigados a dar recibo da impor-
sua custa, o uso de veículos privativos.
tância antecipada.
Art. 45. Além de um exemplar dêste Regimento à dis-
Parágrafo único. Nos recibos deverão constar além
posição das partes, os serventuários são obrigados a
de seu valor em cruzeiros, também o correspon-
ter nos seus cartórios ou ofícios, em lugar em que pos-
dente em V.R.C. (Valor de Referência de Custas).
sa ser facilmente consultado, um quadro com a tabela
Art. 42. Os escrivães do crime, salvo o caso do artigo das custas relativas aos atos mais comuns de suas atri-
32, do Código de Processo Penal, poderão exigir o de- buições.
pósito prévio, mediante recibo, das custas calculadas Parágrafo único. A Corregedoria da Justiça ex-
nas ações intentadas mediante queixa, sem o que ne- pedirá normas disciplinando o disposto neste
nhum ato ou diligência será realizada. artigo.
Art. 43. Os Escrivães do Cível, das Varas da Fazenda Art. 46. Aos distribuidores, incumbe proceder, no ato
Pública, de Família e Registros Públicos, poderão exi- do cálculo de custas, a baixa das distribuições de ações
gir da parte autora ou requerente, a título de garantia executivas fiscais, uma vez pagas nas respectivas Va-
das primeiras diligências a serem efetuadas e das des- ras da Fazenda Pública, independentemente de despa-
pesas com material de expediente do Cartório, depósi- cho judicial.
to inicial de quantia não excedente da metade de suas
custas calculadas, salvo concordância expressa da par- CAPÍTULO VIII
te interessada, quando o depósito, em V.R.C., poderá
atingir até o valor total do cálculo, ficando responsá- Disposições Finais
veis pelo preparo das parcelas devidas ao Contador e
ao Partidor. Art. 47. Os dispositivos dos Códigos de Processo Civil
ou Penal e as Leis Federais que se referem às matérias
§ 1º. Tratando-se de cartas precatória, rogató- tratadas neste Regimento, bem como o Código de Or-
ria ou de ordem, o interessado deverá fazê-la ganização e Divisão Judiciárias do Estado e os Regi-
acompanhar de ordem de pagamento ou che- mentos Internos dos Tribunais de Justiça e de Alçada
que bancário à ordem do Juiz Diretor do Forum do Estado, aplicam-se subsidiária ou supletivamente.
da Comarca deprecada, caso não deposite no
Juízo deprecante, importância estimada para as Art. 48. Êste Regimento aplicar-se-á a todos os feitos
custas. pendentes que ainda não se achem contados a final.

§ 2º. Todos os depósitos efetuados serão certifi- Art. 49. As Tabelas constantes do Anexo desta Lei se-
cados nos autos, inclusive em V.R.C., bem como rão atualizadas semestralmente, na variação nominal
os abonos de despesas com diligências e respec- das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional
tivos comprovantes, para serem oportunamente (O.R.T.N.), no período, sendo o valor comunicado por
abatidos pelo Contador, o qual deverá conside- ato do Corregedor da Justiça.
rar, para efeito de cálculo, o valor atualizado do Parágrafo único. O Tribunal de Justiça, através
Valor de Referência de Custas. de proposta da Corregedoria e ato do Presiden-
te, poderá, a partir do exercício de 1982, editar
Art. 44. Para os atos que se houverem de praticar fora
normas para a padronização dos impressos e
do auditório ou cartório, quem tiver requerido ou pro-
carimbos a serem usados nas Serventias do foro
movido a diligência fornecerá condução aos Juízes,
judicial e extrajudicial do Estado.
representantes do Ministério Público, serventuários,
auxiliares ou servidores da Justiça. Art. 51. As omissões dêste Regimento serão resolvidas
ou pela aplicação de tabelas assemelhadas ou por ins-
§ 1º. As despesas de condução e hospedagem às
truções do Corregedor, através consulta.
pessoas integrantes do Juízo poderão ser satis-
feitas de imediato pela própria parte interessa- Art. 52. A presente Lei entrará em vigor na data de sua
da na realização da diligência. publicação, revogadas as disposições em contrário.

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TÍTULO II
08 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
TÍTULO I
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Dis- COLETIVOS
trito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
Direito e tem como fundamentos: qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
I - a soberania; estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do di-
reito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
II - a cidadania; propriedade, nos termos seguintes:
III - a dignidade da pessoa humana; I - homens e mulheres são iguais em direitos e
IV - os valores sociais do trabalho e da livre ini- obrigações, nos termos desta Constituição;
ciativa; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
V - o pluralismo político. fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, <p
que o exerce por meio de representantes eleitos III - ninguém será submetido a tortura nem a
ou diretamente, nos termos desta Constituição. tratamento desumano ou degradante;
Art. 2º São Poderes da União, independentes e har- IV - é livre a manifestação do pensamento, sen-
mônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judi- do vedado o anonimato;
ciário.
V - é assegurado o direito de resposta, propor-
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da Repú- cional ao agravo, além da indenização por dano
blica Federativa do Brasil: material, moral ou à imagem;
I - construir uma sociedade livre, justa e solidá- VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
ria; crença, sendo assegurado o livre exercício dos
II - garantir o desenvolvimento nacional; cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e re-
duzir as desigualdades sociais e regionais; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação
de assistência religiosa nas entidades civis e mi-
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos litares de internação coletiva;
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer ou-
tras formas de discriminação. VIII - ninguém será privado de direitos por mo-
tivo de crença religiosa ou de convicção filosófi-
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas ca ou política, salvo se as invocar para eximir-se
suas relações internacionais pelos seguintes princípios: de obrigação legal a todos imposta e recusar-se
I - independência nacional; a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
II - prevalência dos direitos humanos; IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
artística, científica e de comunicação, indepen-
III - autodeterminação dos povos; dentemente de censura ou licença;
IV - não-intervenção; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada,
V - igualdade entre os Estados; a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou mo-
VI - defesa da paz;
ral decorrente de sua violação;
VII - solução pacífica dos conflitos;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, nin-
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; guém nela podendo penetrar sem consentimen-
to do morador, salvo em caso de flagrante delito
IX - cooperação entre os povos para o progresso
ou desastre, ou para prestar socorro, ou, duran-
da humanidade;
te o dia, por determinação judicial;
X - concessão de asilo político.
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e
Parágrafo único. A República Federativa do das comunicações telegráficas, de dados e das
Brasil buscará a integração econômica, política, comunicações telefônicas, salvo, no último caso,
social e cultural dos povos da América Latina, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
visando à formação de uma comunidade latino que a lei estabelecer para fins de investigação
-americana de nações. criminal ou instrução processual penal;

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XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
ofício ou profissão, atendidas as qualificações
a) a proteção às participações individuais em
profissionais que a lei estabelecer;
obras coletivas e à reprodução da imagem e voz
XIV - é assegurado a todos o acesso à informa- humanas, inclusive nas atividades desportivas;
ção e resguardado o sigilo da fonte, quando ne-
b) o direito de fiscalização do aproveitamento
cessário ao exercício profissional;
econômico das obras que criarem ou de que par-
XV - é livre a locomoção no território nacional ticiparem aos criadores, aos intérpretes e às res-
em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, pectivas representações sindicais e associativas;
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos
dele sair com seus bens;
industriais privilégio temporário para sua uti-
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, lização, bem como proteção às criações indus-
sem armas, em locais abertos ao público, inde- triais, à propriedade das marcas, aos nomes de
pendentemente de autorização, desde que não empresas e a outros signos distintivos, tendo em
frustrem outra reunião anteriormente convoca- vista o interesse social e o desenvolvimento tec-
da para o mesmo local, sendo apenas exigido nológico e econômico do País;
prévio aviso à autoridade competente;
XXX - é garantido o direito de herança;
XVII - é plena a liberdade de associação para
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situa-
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
dos no País será regulada pela lei brasileira em
XVIII - a criação de associações e, na forma da benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
lei, a de cooperativas independem de autoriza- sempre que não lhes seja mais favorável a lei
ção, sendo vedada a interferência estatal em seu pessoal do “de cujus”;
funcionamento;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a
XIX - as associações só poderão ser compul- defesa do consumidor;
soriamente dissolvidas ou ter suas atividades
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no
públicos informações de seu interesse particu-
primeiro caso, o trânsito em julgado;
lar, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
XX - ninguém poderá ser compelido a associar- prestadas no prazo da lei, sob pena de respon-
se ou a permanecer associado; sabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
XXI - as entidades associativas, quando expres- imprescindível à segurança da sociedade e do
samente autorizadas, têm legitimidade para re- Estado;
presentar seus filiados judicial ou extrajudicial- XXXIV - são a todos assegurados, independen-
mente; temente do pagamento de taxas:
XXII - é garantido o direito de propriedade; a) o direito de petição aos Poderes Públicos em
XXIII - a propriedade atenderá a sua função so- defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abu-
cial; so de poder;

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para b) a obtenção de certidões em repartições públi-


desapropriação por necessidade ou utilidade cas, para defesa de direitos e esclarecimento de
pública, ou por interesse social, mediante justa e situações de interesse pessoal;
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Po-
casos previstos nesta Constituição; der Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXV - no caso de iminente perigo público, a au- XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquiri-
toridade competente poderá usar de proprieda- do, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
de particular, assegurada ao proprietário inde-
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exce-
nização ulterior, se houver dano;
ção;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim de-
finida em lei, desde que trabalhada pela família, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri,
não será objeto de penhora para pagamento de com a organização que lhe der a lei, assegura-
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dos:
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu a) a plenitude de defesa;
desenvolvimento;
b) o sigilo das votações;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo
c) a soberania dos veredictos;
de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo d) a competência para o julgamento dos crimes
que a lei fixar; dolosos contra a vida;

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XXXIX - não há crime sem lei anterior que o de- envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes
fina, nem pena sem prévia cominação legal; e drogas afins, na forma da lei;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para bene- LII - não será concedida extradição de estrangei-
ficiar o réu; ro por crime político ou de opinião;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação aten- LIII - ninguém será processado nem sentencia-
tatória dos direitos e liberdades fundamentais; do senão pela autoridade competente;
XLII - a prática do racismo constitui crime ina- LIV - ninguém será privado da liberdade ou de
fiançável e imprescritível, sujeito à pena de re- seus bens sem o devido processo legal;
clusão, nos termos da lei; LV - aos litigantes, em processo judicial ou ad-
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e ministrativo, e aos acusados em geral são asse-
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tor- gurados o contraditório e ampla defesa, com os
tura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas meios e recursos a ela inerentes;
afins, o terrorismo e os definidos como crimes LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
hediondos, por eles respondendo os mandan- obtidas por meios ilícitos;
tes, os executores e os que, podendo evitá-los,
se omitirem; LVII - ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado de sentença penal condena-
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescri- tória;
tível a ação de grupos armados, civis ou mili-
tares, contra a ordem constitucional e o Estado LVIII - o civilmente identificado não será sub-
Democrático; metido a identificação criminal, salvo nas hipó-
teses previstas em lei;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do con-
denado, podendo a obrigação de reparar o dano LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação
e a decretação do perdimento de bens ser, nos pública, se esta não for intentada no prazo legal;
termos da lei, estendidas aos sucessores e contra LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos
eles executadas, até o limite do valor do patri- atos processuais quando a defesa da intimidade
mônio transferido; ou o interesse social o exigirem;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena LXI - ninguém será preso senão em flagrante de-
e adotará, entre outras, as seguintes: lito ou por ordem escrita e fundamentada de au-
toridade judiciária competente, salvo nos casos
a) privação ou restrição da liberdade;
de transgressão militar ou crime propriamente
b) perda de bens; militar, definidos em lei;
c) multa; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde
se encontre serão comunicados imediatamente
d) prestação social alternativa;
ao juiz competente e à família do preso ou à pes-
e) suspensão ou interdição de direitos; soa por ele indicada;
XLVII - não haverá penas: LXIII - o preso será informado de seus direitos,
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
nos termos do art. 84, XIX; lhe assegurada a assistência da família e de ad-
vogado;
b) de caráter perpétuo;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos
c) de trabalhos forçados; responsáveis por sua prisão ou por seu interro-
d) de banimento; gatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxa-
e) cruéis;
da pela autoridade judiciária;
XLVIII - a pena será cumprida em estabeleci-
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
mentos distintos, de acordo com a natureza do
mantido, quando a lei admitir a liberdade pro-
delito, a idade e o sexo do apenado;
visória, com ou sem fiança;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à inte-
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo
gridade física e moral;
a do responsável pelo inadimplemento voluntá-
L - às presidiárias serão asseguradas condições rio e inescusável de obrigação alimentícia e a do
para que possam permanecer com seus filhos depositário infiel;
durante o período de amamentação;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
naturalizado, em caso de crime comum, prati- sofrer violência ou coação em sua liberdade de
cado antes da naturalização, ou de comprovado locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

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LXIX - conceder-se-á mandado de segurança § 2º Os direitos e garantias expressos nesta


para proteger direito líquido e certo, não ampa- Constituição não excluem outros decorrentes
rado por habeas corpus ou habeas data, quando do regime e dos princípios por ela adotados, ou
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder dos tratados internacionais em que a República
for autoridade pública ou agente de pessoa jurí- Federativa do Brasil seja parte.
dica no exercício de atribuições do Poder Público;
§ 3º Os tratados e convenções internacionais
LXX - o mandado de segurança coletivo pode sobre direitos humanos que forem aprovados,
ser impetrado por: em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
a) partido político com representação no Con- turnos, por três quintos dos votos dos respec-
gresso Nacional; tivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.
b) organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcio- § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal
namento há pelo menos um ano, em defesa dos Penal Internacional a cuja criação tenha mani-
interesses de seus membros ou associados; festado adesão.

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sem- CAPÍTULO II


pre que a falta de norma regulamentadora tor-
ne inviável o exercício dos direitos e liberdades DOS DIREITOS SOCIAIS
constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania; Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a ali-
mentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer,
LXXII - conceder-se-á habeas data: a segurança, a previdência social, a proteção à mater-
a) para assegurar o conhecimento de informa- nidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
ções relativas à pessoa do impetrante, constan- forma desta Constituição.
tes de registros ou bancos de dados de entida- Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
des governamentais ou de caráter público; além de outros que visem à melhoria de sua condição
b) para a retificação de dados, quando não se social:
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
I - relação de emprego protegida contra despe-
administrativo;
dida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para de lei complementar, que preverá indenização
propor ação popular que vise a anular ato lesivo compensatória, dentre outros direitos;
ao patrimônio público ou de entidade de que o
II - seguro-desemprego, em caso de desempre-
Estado participe, à moralidade administrativa,
go involuntário;
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má- III - fundo de garantia do tempo de serviço;
fé, isento de custas judiciais e do ônus da su-
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacional-
cumbência;
mente unificado, capaz de atender a suas ne-
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica cessidades vitais básicas e às de sua família com
integral e gratuita aos que comprovarem insu- moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
ficiência de recursos; vestuário, higiene, transporte e previdência so-
LXXV - o Estado indenizará o condenado por cial, com reajustes periódicos que lhe preservem
erro judiciário, assim como o que ficar preso o poder aquisitivo, sendo vedada sua vincula-
além do tempo fixado na sentença; ção para qualquer fim;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente V - piso salarial proporcional à extensão e à


pobres, na forma da lei: complexidade do trabalho;

a) o registro civil de nascimento; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto


em convenção ou acordo coletivo;
b) a certidão de óbito;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao míni-
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas cor- mo, para os que percebem remuneração variá-
pus e habeas data, e, na forma da lei, os atos ne- vel;
cessários ao exercício da cidadania.
VIII - décimo terceiro salário com base na remu-
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e adminis-
neração integral ou no valor da aposentadoria;
trativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade IX - remuneração do trabalho noturno superior
de sua tramitação. à do diurno;
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garan- X - proteção do salário na forma da lei, consti-
tias fundamentais têm aplicação imediata. tuindo crime sua retenção dolosa;

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XI - participação nos lucros, ou resultados, des- XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das
vinculada da remuneração, e, excepcionalmen- relações de trabalho, com prazo prescricional de
te, participação na gestão da empresa, conforme cinco anos para os trabalhadores urbanos e ru-
definido em lei; rais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
XII - salário-família pago em razão do depen-
dente do trabalhador de baixa renda nos termos XXX - proibição de diferença de salários, de
da lei; exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XIII - duração do trabalho normal não superior
a oito horas diárias e quarenta e quatro sema- XXXI - proibição de qualquer discriminação no
nais, facultada a compensação de horários e a tocante a salário e critérios de admissão do tra-
redução da jornada, mediante acordo ou con- balhador portador de deficiência;
venção coletiva de trabalho; XXXII - proibição de distinção entre trabalho
XIV - jornada de seis horas para o trabalho rea- manual, técnico e intelectual ou entre os profis-
lizado em turnos ininterruptos de revezamento, sionais respectivos;
salvo negociação coletiva; XXXIII - proibição de trabalho noturno, peri-
XV - repouso semanal remunerado, preferen- goso ou insalubre a menores de dezoito e de
cialmente aos domingos; qualquer trabalho a menores de dezesseis anos,
salvo na condição de aprendiz, a partir de qua-
XVI - remuneração do serviço extraordinário torze anos;
superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à
do normal; XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalha-
dor com vínculo empregatício permanente e o
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, trabalhador avulso
pelo menos, um terço a mais do que o salário
Parágrafo único. São assegurados à categoria
normal;
dos trabalhadores domésticos os direitos pre-
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do em- vistos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV,
prego e do salário, com a duração de cento e XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI,
vinte dias; XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
estabelecidas em lei e observada a simplifica-
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados
ção do cumprimento das obrigações tributárias,
em lei;
principais e acessórias, decorrentes da relação
XX - proteção do mercado de trabalho da mu- de trabalho e suas peculiaridades, os previstos
lher, mediante incentivos específicos, nos ter- nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem
mos da lei; como a sua integração à previdência social.
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, ob-
serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos ter- servado o seguinte:
mos da lei; I - a lei não poderá exigir autorização do Estado
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, para a fundação de sindicato, ressalvado o re-
por meio de normas de saúde, higiene e segu- gistro no órgão competente, vedadas ao Poder
rança; Público a interferência e a intervenção na orga-
nização sindical;
XXIII - adicional de remuneração para as ativi-
dades penosas, insalubres ou perigosas, na for- II - é vedada a criação de mais de uma organiza-
ma da lei; ção sindical, em qualquer grau, representativa
de categoria profissional ou econômica, na mes-
XXIV - aposentadoria; ma base territorial, que será definida pelos tra-
XXV - assistência gratuita aos filhos e depen- balhadores ou empregadores interessados, não
dentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de podendo ser inferior à área de um Município;
idade em creches e pré-escolas; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e in-
XXVI - reconhecimento das convenções e acor- teresses coletivos ou individuais da categoria,
dos coletivos de trabalho; inclusive em questões judiciais ou administra-
tivas;
XXVII - proteção em face da automação, na for-
IV - a assembléia geral fixará a contribuição
ma da lei;
que, em se tratando de categoria profissional,
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a será descontada em folha, para custeio do sis-
cargo do empregador, sem excluir a indeniza- tema confederativo da representação sindical
ção a que este está obrigado, quando incorrer respectiva, independentemente da contribuição
em dolo ou culpa; prevista em lei;

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V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a man- blico de provas ou de provas e títulos, de acordo
ter-se filiado a sindicato; com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos
as nomeações para cargo em comissão declara-
nas negociações coletivas de trabalho;
do em lei de livre nomeação e exoneração;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e
III - o prazo de validade do concurso público
ser votado nas organizações sindicais;
será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
VIII - é vedada a dispensa do empregado sin- igual período;
dicalizado a partir do registro da candidatura
IV - durante o prazo improrrogável previsto no
a cargo de direção ou representação sindical e,
edital de convocação, aquele aprovado em con-
se eleito, ainda que suplente, até um ano após o
curso público de provas ou de provas e títulos
final do mandato, salvo se cometer falta grave
será convocado com prioridade sobre novos
nos termos da lei.
concursados para assumir cargo ou emprego,
Parágrafo único. As disposições deste artigo na carreira;
aplicam-se à organização de sindicatos rurais e
V - as funções de confiança, exercidas exclusiva-
de colônias de pescadores, atendidas as condi-
mente por servidores ocupantes de cargo efeti-
ções que a lei estabelecer.
vo, e os cargos em comissão, a serem preenchi-
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo dos por servidores de carreira nos casos, con-
aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de dições e percentuais mínimos previstos em lei,
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio destinam-se apenas às atribuições de direção,
dele defender. chefia e assessoramento;
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades es- VI - é garantido ao servidor público civil o direi-
senciais e disporá sobre o atendimento das ne- to à livre associação sindical;
cessidades inadiáveis da comunidade.
VII - o direito de greve será exercido nos termos
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsá- e nos limites definidos em lei específica;
veis às penas da lei.
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e em-
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores pregos públicos para as pessoas portadoras de
e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos deficiência e definirá os critérios de sua admis-
em que seus interesses profissionais ou previdenciá- são;
rios sejam objeto de discussão e deliberação.
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos emprega- tempo determinado para atender a necessidade
dos, é assegurada a eleição de um representante destes temporária de excepcional interesse público;
com a finalidade exclusiva de promover-lhes o enten-
X - a remuneração dos servidores públicos e o
dimento direto com os empregadores.
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
TÍTULO III poderão ser fixados ou alterados por lei espe-
cífica, observada a iniciativa privativa em cada
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de índices;
CAPÍTULO VII XI - a remuneração e o subsídio dos ocupan-
tes de cargos, funções e empregos públicos da
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA administração direta, autárquica e fundacio-
nal, dos membros de qualquer dos Poderes da
Seção I União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo
DISPOSIÇÕES GERAIS e dos demais agentes políticos e os proventos,
Art. 37. A administração pública direta e indireta de pensões ou outra espécie remuneratória, per-
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Dis- cebidos cumulativamente ou não, incluídas as
trito Federal e dos Municípios obedecerá aos princí- vantagens pessoais ou de qualquer outra natu-
pios de legalidade, impessoalidade, moralidade, pu- reza, não poderão exceder o subsídio mensal,
blicidade e eficiência e, também, ao seguinte: em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, aplicando-se como limite, nos Municí-
I - os cargos, empregos e funções públicas são
pios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
acessíveis aos brasileiros que preencham os re-
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governa-
quisitos estabelecidos em lei, assim como aos
dor no âmbito do Poder Executivo, o subsídio
estrangeiros, na forma da lei;
dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito
II - a investidura em cargo ou emprego público do Poder Legislativo e o subsidio dos Desem-
depende de aprovação prévia em concurso pú- bargadores do Tribunal de Justiça, limitado a

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noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por condições a todos os concorrentes, com cláusu-
cento do subsídio mensal, em espécie, dos Mi- las que estabeleçam obrigações de pagamento,
nistros do Supremo Tribunal Federal, no âmbi- mantidas as condições efetivas da proposta,
to do Poder Judiciário, aplicável este limite aos nos termos da lei, o qual somente permitirá as
membros do Ministério Público, aos Procurado- exigências de qualificação técnica e econômica
res e aos Defensores Públicos; indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Le-
gislativo e do Poder Judiciário não poderão ser XXII - as administrações tributárias da União,
superiores aos pagos pelo Poder Executivo; dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, atividades essenciais ao funcionamento do
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de
Estado, exercidas por servidores de carreiras es-
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito
pecíficas, terão recursos prioritários para a rea-
de remuneração de pessoal do serviço público; lização de suas atividades e atuarão de forma
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por integrada, inclusive com o compartilhamento
servidor público não serão computados nem de cadastros e de informações fiscais, na forma
acumulados para fins de concessão de acrésci- da lei ou convênio.
mos ulteriores; § 1º A publicidade dos atos, programas, obras,
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes serviços e campanhas dos órgãos públicos de-
de cargos e empregos públicos são irredutíveis, verá ter caráter educativo, informativo ou de
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste orientação social, dela não podendo constar
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
§ 2º, I; promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos.
XVI - é vedada a acumulação remunerada de
cargos públicos, exceto, quando houver compa- § 2º A não observância do disposto nos incisos II
tibilidade de horários, observado em qualquer e III implicará a nulidade do ato e a punição da
caso o disposto no inciso XI: autoridade responsável, nos termos da lei.

a) a de dois cargos de professor; § 3º A lei disciplinará as formas de participação


do usuário na administração pública direta e in-
b) a de um cargo de professor com outro técnico direta, regulando especialmente:
ou científico;
I - as reclamações relativas à prestação dos ser-
c) a de dois cargos ou empregos privativos de viços públicos em geral, asseguradas a manu-
profissionais de saúde, com profissões regula- tenção de serviços de atendimento ao usuário e
mentadas; a avaliação periódica, externa e interna, da qua-
XVII - a proibição de acumular estende-se a em- lidade dos serviços;
pregos e funções e abrange autarquias, funda- II - o acesso dos usuários a registros adminis-
ções, empresas públicas, sociedades de econo- trativos e a informações sobre atos de governo,
mia mista, suas subsidiárias, e sociedades con- observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
troladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público; III - a disciplina da representação contra o exer-
cício negligente ou abusivo de cargo, emprego
XVIII - a administração fazendária e seus ser- ou função na administração pública.
vidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os § 4º - Os atos de improbidade administrativa
demais setores administrativos, na forma da lei; importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade
XIX – somente por lei específica poderá ser cria- dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
da autarquia e autorizada a instituição de em- gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
presa pública, de sociedade de economia mista e penal cabível.
de fundação, cabendo à lei complementar, neste
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição
último caso, definir as áreas de sua atuação;
para ilícitos praticados por qualquer agente,
XX - depende de autorização legislativa, em servidor ou não, que causem prejuízos ao erá-
cada caso, a criação de subsidiárias das entida- rio, ressalvadas as respectivas ações de ressar-
des mencionadas no inciso anterior, assim como cimento.
a participação de qualquer delas em empresa
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as
privada;
de direito privado prestadoras de serviços pú-
XXI - ressalvados os casos especificados na le- blicos responderão pelos danos que seus agen-
gislação, as obras, serviços, compras e aliena- tes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
ções serão contratados mediante processo de gurado o direito de regresso contra o responsá-
licitação pública que assegure igualdade de vel nos casos de dolo ou culpa.

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§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as res- do compatibilidade de horários, perceberá as


trições ao ocupante de cargo ou emprego da vantagens de seu cargo, emprego ou função,
administração direta e indireta que possibilite o sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo,
acesso a informações privilegiadas. e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e fi-
nanceira dos órgãos e entidades da adminis- IV - em qualquer caso que exija o afastamento
tração direta e indireta poderá ser ampliada para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
mediante contrato, a ser firmado entre seus ad- de serviço será contado para todos os efeitos le-
ministradores e o poder público, que tenha por gais, exceto para promoção por merecimento;
objeto a fixação de metas de desempenho para
V - para efeito de benefício previdenciário, no
o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
caso de afastamento, os valores serão determi-
I - o prazo de duração do contrato; nados como se no exercício estivesse.
II - os controles e critérios de avaliação de de-
Seção II
sempenho, direitos, obrigações e responsabili-
dade dos dirigentes;
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
III - a remuneração do pessoal.”
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empre- Municípios instituirão, no âmbito de sua competên-
sas públicas e às sociedades de economia mis- cia, regime jurídico único e planos de carreira para os
ta, e suas subsidiárias, que receberem recursos servidores da administração pública direta, das autar-
da União, dos Estados, do Distrito Federal ou quias e das fundações públicas.
dos Municípios para pagamento de despesas de
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
pessoal ou de custeio em geral.
Municípios instituirão conselho de política de admi-
§ 10. É vedada a percepção simultânea de pro- nistração e remuneração de pessoal, integrado por ser-
ventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 vidores designados pelos respectivos Poderes.
ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de car-
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos
go, emprego ou função pública, ressalvados os
demais componentes do sistema remuneratório
cargos acumuláveis na forma desta Constitui-
observará:
ção, os cargos eletivos e os cargos em comissão
declarados em lei de livre nomeação e exonera- I - a natureza, o grau de responsabilidade e a
ção. complexidade dos cargos componentes de cada
carreira;
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos li-
mites remuneratórios de que trata o inciso XI do II - os requisitos para a investidura;
caput deste artigo, as parcelas de caráter indeni-
III - as peculiaridades dos cargos.
zatório previstas em lei.
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do
manterão escolas de governo para a formação
caput deste artigo, fica facultado aos Estados
e o aperfeiçoamento dos servidores públicos,
e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, me-
constituindo-se a participação nos cursos um
diante emenda às respectivas Constituições e
dos requisitos para a promoção na carreira, fa-
Lei Orgânica, como limite único, o subsídio
cultada, para isso, a celebração de convênios ou
mensal dos Desembargadores do respectivo
contratos entre os entes federados.
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros
e vinte e cinco centésimos por cento do subsí- § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo
dio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
Federal, não se aplicando o disposto neste pará- XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, po-
grafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e dendo a lei estabelecer requisitos diferenciados
Distritais e dos Vereadores. de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, § 4º O membro de Poder, o detentor de man-
autárquica e fundacional, no exercício de mandato ele- dato eletivo, os Ministros de Estado e os Secre-
tivo, aplicam-se as seguintes disposições: tários Estaduais e Municipais serão remune-
rados exclusivamente por subsídio fixado em
I - tratando-se de mandato eletivo federal, esta-
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
dual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
emprego ou função;
representação ou outra espécie remuneratória,
II - investido no mandato de Prefeito, será afas- obedecido, em qualquer caso, o disposto no art.
tado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe 37, X e XI.
facultado optar pela sua remuneração;
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Fe-
III - investido no mandato de Vereador, haven- deral e dos Municípios poderá estabelecer a re-

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lação entre a maior e a menor remuneração dos ou que serviu de referência para a concessão da
servidores públicos, obedecido, em qualquer pensão.
caso, o disposto no art. 37, XI.
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposenta-
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judi- doria, por ocasião da sua concessão, serão consi-
ciário publicarão anualmente os valores do sub- deradas as remunerações utilizadas como base
sídio e da remuneração dos cargos e empregos para as contribuições do servidor aos regimes
públicos. de previdência de que tratam este artigo e o art.
201, na forma da lei.
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios disciplinará a aplica- § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios
ção de recursos orçamentários provenientes diferenciados para a concessão de aposentado-
da economia com despesas correntes em cada ria aos abrangidos pelo regime de que trata este
órgão, autarquia e fundação, para aplicação no artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis
desenvolvimento de programas de qualidade e complementares, os casos de servidores:
produtividade, treinamento e desenvolvimento,
I portadores de deficiência;
modernização, reaparelhamento e racionaliza-
ção do serviço público, inclusive sob a forma de II que exerçam atividades de risco;
adicional ou prêmio de produtividade.
III cujas atividades sejam exercidas sob condi-
§ 8º A remuneração dos servidores públicos ções especiais que prejudiquem a saúde ou a
organizados em carreira poderá ser fixada nos integridade física.
termos do § 4º.
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da contribuição serão reduzidos em cinco anos,
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni- em relação ao disposto no § 1º, III, “a”, para o
cípios, incluídas suas autarquias e fundações, é asse- professor que comprove exclusivamente tempo
gurado regime de previdência de caráter contributivo de efetivo exercício das funções de magistério
e solidário, mediante contribuição do respectivo ente na educação infantil e no ensino fundamental e
público, dos servidores ativos e inativos e dos pensio- médio.
nistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
dos cargos acumuláveis na forma desta Consti-
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de tuição, é vedada a percepção de mais de uma
previdência de que trata este artigo serão apo- aposentadoria à conta do regime de previdência
sentados, calculados os seus proventos a partir previsto neste artigo.
dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício
I - por invalidez permanente, sendo os proven- de pensão por morte, que será igual:
tos proporcionais ao tempo de contribuição, ex-
I - ao valor da totalidade dos proventos do ser-
ceto se decorrente de acidente em serviço, mo-
vidor falecido, até o limite máximo estabelecido
léstia profissional ou doença grave, contagiosa
para os benefícios do regime geral de previdên-
ou incurável, na forma da lei;
cia social de que trata o art. 201, acrescido de
II - compulsoriamente, com proventos propor- setenta por cento da parcela excedente a este li-
cionais ao tempo de contribuição, aos 70 (se- mite, caso aposentado à data do óbito; ou
tenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
II - ao valor da totalidade da remuneração do
anos de idade, na forma de lei complementar;
servidor no cargo efetivo em que se deu o faleci-
III - voluntariamente, desde que cumprido tem- mento, até o limite máximo estabelecido para os
po mínimo de dez anos de efetivo exercício no benefícios do regime geral de previdência social
serviço público e cinco anos no cargo efetivo em de que trata o art. 201, acrescido de setenta por
que se dará a aposentadoria, observadas as se- cento da parcela excedente a este limite, caso em
guintes condições: atividade na data do óbito.
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de con- § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios
tribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos para preservar-lhes, em caráter permanente, o va-
de idade e trinta de contribuição, se mulher; lor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual
sessenta anos de idade, se mulher, com proven- ou municipal será contado para efeito de apo-
tos proporcionais ao tempo de contribuição. sentadoria e o tempo de serviço correspondente
para efeito de disponibilidade.
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pen-
sões, por ocasião de sua concessão, não poderão § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer for-
exceder a remuneração do respectivo servidor, ma de contagem de tempo de contribuição fic-
no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria tício.

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§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à § 19. O servidor de que trata este artigo que te-
soma total dos proventos de inatividade, inclu- nha completado as exigências para aposentado-
sive quando decorrentes da acumulação de car- ria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que
gos ou empregos públicos, bem como de outras opte por permanecer em atividade fará jus a um
atividades sujeitas a contribuição para o regime abono de permanência equivalente ao valor da
geral de previdência social, e ao montante re- sua contribuição previdenciária até completar
sultante da adição de proventos de inatividade as exigências para aposentadoria compulsória
com remuneração de cargo acumulável na for- contidas no § 1º, II.
ma desta Constituição, cargo em comissão de-
clarado em lei de livre nomeação e exoneração, § 20. Fica vedada a existência de mais de um re-
e de cargo eletivo. gime próprio de previdência social para os ser-
vidores titulares de cargos efetivos, e de mais de
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime uma unidade gestora do respectivo regime em
de previdência dos servidores públicos titulares cada ente estatal, ressalvado o disposto no art.
de cargo efetivo observará, no que couber, os re- 142, § 3º, X.
quisitos e critérios fixados para o regime geral
de previdência social. § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo
incidirá apenas sobre as parcelas de proventos
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de de aposentadoria e de pensão que superem o
cargo em comissão declarado em lei de livre no- dobro do limite máximo estabelecido para os
meação e exoneração bem como de outro cargo benefícios do regime geral de previdência social
temporário ou de emprego público, aplica-se o de que trata o art. 201 desta Constituição, quan-
regime geral de previdência social. do o beneficiário, na forma da lei, for portador
de doença incapacitante.
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, desde que instituam regime de Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercí-
previdência complementar para os seus respec- cio os servidores nomeados para cargo de provimento
tivos servidores titulares de cargo efetivo, po- efetivo em virtude de concurso público.
derão fixar, para o valor das aposentadorias e
pensões a serem concedidas pelo regime de que § 1º O servidor público estável só perderá o car-
trata este artigo, o limite máximo estabelecido go:
para os benefícios do regime geral de previdên-
I - em virtude de sentença judicial transitada em
cia social de que trata o art. 201.
julgado;
§ 15. O regime de previdência complementar de
II - mediante processo administrativo em que
que trata o § 14 será instituído por lei de inicia-
lhe seja assegurada ampla defesa;
tiva do respectivo Poder Executivo, observado
o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que III - mediante procedimento de avaliação perió-
couber, por intermédio de entidades fechadas dica de desempenho, na forma de lei comple-
de previdência complementar, de natureza pú- mentar, assegurada ampla defesa.
blica, que oferecerão aos respectivos participan-
tes planos de benefícios somente na modalidade § 2º Invalidada por sentença judicial a demis-
de contribuição definida. são do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, recondu-
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa zido ao cargo de origem, sem direito a indeni-
opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser apli- zação, aproveitado em outro cargo ou posto em
cado ao servidor que tiver ingressado no serviço disponibilidade com remuneração proporcional
público até a data da publicação do ato de ins- ao tempo de serviço.
tituição do correspondente regime de previdên-
cia complementar. § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desne-
cessidade, o servidor estável ficará em dispo-
§ 17. Todos os valores de remuneração conside- nibilidade, com remuneração proporcional ao
rados para o cálculo do benefício previsto no § tempo de serviço, até seu adequado aproveita-
3° serão devidamente atualizados, na forma da mento em outro cargo.
lei.
§ 4º Como condição para a aquisição da esta-
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de bilidade, é obrigatória a avaliação especial de
aposentadorias e pensões concedidas pelo regi- desempenho por comissão instituída para essa
me de que trata este artigo que superem o limite finalidade.
máximo estabelecido para os benefícios do regi-
me geral de previdência social de que trata o art. TÍTULO IV
201, com percentual igual ao estabelecido para
os servidores titulares de cargos efetivos. DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

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CAPÍTULO III mente poderá recusar o juiz mais antigo pelo


voto fundamentado de dois terços de seus
DO PODER JUDICIÁRIO membros, conforme procedimento próprio, e
assegurada ampla defesa, repetindo-se a vota-
Seção I ção até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificada-
DISPOSIÇÕES GERAIS
mente, retiver autos em seu poder além do pra-
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: zo legal, não podendo devolvê-los ao cartório
I - o Supremo Tribunal Federal; sem o devido despacho ou decisão;
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
se-á por antigüidade e merecimento, alternada-
II - o Superior Tribunal de Justiça; mente, apurados na última ou única entrância;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; IV previsão de cursos oficiais de preparação,
aperfeiçoamento e promoção de magistrados,
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Fe-
constituindo etapa obrigatória do processo de
derais;
vitaliciamento a participação em curso oficial
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; ou reconhecido por escola nacional de formação
e aperfeiçoamento de magistrados;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Supe-
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
riores corresponderá a noventa e cinco por cen-
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Dis- to do subsídio mensal fixado para os Ministros
trito Federal e Territórios. do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos
demais magistrados serão fixados em lei e esca-
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho
lonados, em nível federal e estadual, conforme
Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores
as respectivas categorias da estrutura judiciária
têm sede na Capital Federal.
nacional, não podendo a diferença entre uma e
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais outra ser superior a dez por cento ou inferior a
Superiores têm jurisdição em todo o território cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco
nacional. por cento do subsídio mensal dos Ministros dos
Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo
caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;
Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magis-
tratura, observados os seguintes princípios: VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão
de seus dependentes observarão o disposto no
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o
art. 40;
de juiz substituto, mediante concurso público
de provas e títulos, com a participação da Or- VII o juiz titular residirá na respectiva comarca,
dem dos Advogados do Brasil em todas as fases, salvo autorização do tribunal;
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, VIII o ato de remoção, disponibilidade e apo-
três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, sentadoria do magistrado, por interesse públi-
nas nomeações, à ordem de classificação; co, fundar-se-á em decisão por voto da maioria
II - promoção de entrância para entrância, al- absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
ternadamente, por antigüidade e merecimento, Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
atendidas as seguintes normas: VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de ma-
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure gistrados de comarca de igual entrância atende-
por três vezes consecutivas ou cinco alternadas rá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b ,
em lista de merecimento; c e e do inciso II;

b) a promoção por merecimento pressupõe dois IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Ju-
anos de exercício na respectiva entrância e in- diciário serão públicos, e fundamentadas todas
tegrar o juiz a primeira quinta parte da lista de as decisões, sob pena de nulidade, podendo a
antigüidade desta, salvo se não houver com tais lei limitar a presença, em determinados atos, às
requisitos quem aceite o lugar vago; próprias partes e a seus advogados, ou somente
a estes, em casos nos quais a preservação do di-
c) aferição do merecimento conforme o desem- reito à intimidade do interessado no sigilo não
penho e pelos critérios objetivos de produtivi- prejudique o interesse público à informação;
dade e presteza no exercício da jurisdição e pela
X as decisões administrativas dos tribunais se-
freqüência e aproveitamento em cursos oficiais
rão motivadas e em sessão pública, sendo as
ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
disciplinares tomadas pelo voto da maioria ab-
d) na apuração de antigüidade, o tribunal so- soluta de seus membros;

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XI nos tribunais com número superior a vinte e des públicas ou privadas, ressalvadas as exce-
cinco julgadores, poderá ser constituído órgão ções previstas em lei;
especial, com o mínimo de onze e o máximo
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do
de vinte e cinco membros, para o exercício das
qual se afastou, antes de decorridos três anos
atribuições administrativas e jurisdicionais de-
do afastamento do cargo por aposentadoria ou
legadas da competência do tribunal pleno, pro-
exoneração.
vendo-se metade das vagas por antigüidade e
a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; Art. 96. Compete privativamente:
XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, I - aos tribunais:
sendo vedado férias coletivas nos juízos e tri-
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus
bunais de segundo grau, funcionando, nos dias
regimentos internos, com observância das nor-
em que não houver expediente forense normal,
mas de processo e das garantias processuais das
juízes em plantão permanente;
partes, dispondo sobre a competência e o fun-
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional cionamento dos respectivos órgãos jurisdicio-
será proporcional à efetiva demanda judicial e à nais e administrativos;
respectiva população;
b) organizar suas secretarias e serviços auxilia-
XIV os servidores receberão delegação para a res e os dos juízos que lhes forem vinculados,
prática de atos de administração e atos de mero velando pelo exercício da atividade correicional
expediente sem caráter decisório; respectiva;
XV a distribuição de processos será imediata, c) prover, na forma prevista nesta Constituição,
em todos os graus de jurisdição. os cargos de juiz de carreira da respectiva juris-
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regio- dição;
nais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito d) propor a criação de novas varas judiciárias;
Federal e Territórios será composto de membros, do
Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e) prover, por concurso público de provas, ou
e de advogados de notório saber jurídico e de reputa- de provas e títulos, obedecido o disposto no art.
ção ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade 169, parágrafo único, os cargos necessários à
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos administração da Justiça, exceto os de confiança
de representação das respectivas classes. assim definidos em lei;

Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tri- f) conceder licença, férias e outros afastamentos
bunal formará lista tríplice, enviando-a ao Po- a seus membros e aos juízes e servidores que
der Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, lhes forem imediatamente vinculados;
escolherá um de seus integrantes para nomea- II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
ção. Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: Poder Legislativo respectivo, observado o dis-
posto no art. 169:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será
adquirida após dois anos de exercício, depen- a) a alteração do número de membros dos tribu-
dendo a perda do cargo, nesse período, de de- nais inferiores;
liberação do tribunal a que o juiz estiver vincu- b) a criação e a extinção de cargos e a remunera-
lado, e, nos demais casos, de sentença judicial ção dos seus serviços auxiliares e dos juízos que
transitada em julgado; lhes forem vinculados, bem como a fixação do
II - inamovibilidade, salvo por motivo de inte- subsídio de seus membros e dos juízes, inclusi-
resse público, na forma do art. 93, VIII; ve dos tribunais inferiores, onde houver;

III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;


disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, d) a alteração da organização e da divisão judi-
III, e 153, § 2º, I. ciárias;
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes es-
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro taduais e do Distrito Federal e Territórios, bem
cargo ou função, salvo uma de magistério; como os membros do Ministério Público, nos
crimes comuns e de responsabilidade, ressalva-
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas
da a competência da Justiça Eleitoral.
ou participação em processo;
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
membros ou dos membros do respectivo órgão espe-
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxí- cial poderão os tribunais declarar a inconstitucionali-
lios ou contribuições de pessoas físicas, entida- dade de lei ou ato normativo do Poder Público.

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Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, ou a assunção de obrigações que extrapolem os
e os Estados criarão: limites estabelecidos na lei de diretrizes orça-
mentárias, exceto se previamente autorizadas,
I - juizados especiais, providos por juízes toga-
mediante a abertura de créditos suplementares
dos, ou togados e leigos, competentes para a
ou especiais.
conciliação, o julgamento e a execução de cau-
sas cíveis de menor complexidade e infrações Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pú-
penais de menor potencial ofensivo, mediante blicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
os procedimentos oral e sumariíssimo, permiti- virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamen-
dos, nas hipóteses previstas em lei, a transação te na ordem cronológica de apresentação dos preca-
e o julgamento de recursos por turmas de juízes tórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a
de primeiro grau; designação de casos ou de pessoas nas dotações orça-
II - justiça de paz, remunerada, composta de ci- mentárias e nos créditos adicionais abertos para este
dadãos eleitos pelo voto direto, universal e se- fim.
creto, com mandato de quatro anos e competên- § 1º Os débitos de natureza alimentícia com-
cia para, na forma da lei, celebrar casamentos, preendem aqueles decorrentes de salários, ven-
verificar, de ofício ou em face de impugnação cimentos, proventos, pensões e suas comple-
apresentada, o processo de habilitação e exercer mentações, benefícios previdenciários e indeni-
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicio- zações por morte ou por invalidez, fundadas em
nal, além de outras previstas na legislação. responsabilidade civil, em virtude de sentença
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juiza- judicial transitada em julgado, e serão pagos
dos especiais no âmbito da Justiça Federal. com preferência sobre todos os demais débitos,
exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste ar-
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados tigo.
exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às
atividades específicas da Justiça. § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos ti-
tulares, originários ou por sucessão hereditária,
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam
administrativa e financeira. portadores de doença grave, ou pessoas com de-
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas or- ficiência, assim definidos na forma da lei, serão
çamentárias dentro dos limites estipulados con- pagos com preferência sobre todos os demais
juntamente com os demais Poderes na lei de di- débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado
retrizes orçamentárias. em lei para os fins do disposto no § 3º deste ar-
tigo, admitido o fracionamento para essa finali-
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os dade, sendo que o restante será pago na ordem
outros tribunais interessados, compete: cronológica de apresentação do precatório.
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Su- § 3º O disposto no caput deste artigo relativa-
premo Tribunal Federal e dos Tribunais Supe- mente à expedição de precatórios não se aplica
riores, com a aprovação dos respectivos tribu- aos pagamentos de obrigações definidas em leis
nais; como de pequeno valor que as Fazendas referi-
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Fede- das devam fazer em virtude de sentença judicial
ral e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais transitada em julgado.
de Justiça, com a aprovação dos respectivos tri- § 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão
bunais. ser fixados, por leis próprias, valores distintos
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encami- às entidades de direito público, segundo as di-
nharem as respectivas propostas orçamentárias ferentes capacidades econômicas, sendo o míni-
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes mo igual ao valor do maior benefício do regime
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, geral de previdência social.
para fins de consolidação da proposta orçamen- § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das
tária anual, os valores aprovados na lei orça- entidades de direito público, de verba necessá-
mentária vigente, ajustados de acordo com os li- ria ao pagamento de seus débitos, oriundos de
mites estipulados na forma do § 1º deste artigo.
sentenças transitadas em julgado, constantes
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata de precatórios judiciários apresentados até 1º
este artigo forem encaminhadas em desacordo de julho, fazendo-se o pagamento até o final do
com os limites estipulados na forma do § 1º, o exercício seguinte, quando terão seus valores
Poder Executivo procederá aos ajustes necessá- atualizados monetariamente.
rios para fins de consolidação da proposta orça-
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos
mentária anual.
abertos serão consignados diretamente ao Po-
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercí- der Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribu-
cio, não poderá haver a realização de despesas nal que proferir a decisão exequenda determi-

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nar o pagamento integral e autorizar, a requeri- § 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei
mento do credor e exclusivamente para os casos complementar a esta Constituição Federal po-
de preterimento de seu direito de precedência derá estabelecer regime especial para pagamen-
ou de não alocação orçamentária do valor neces- to de crédito de precatórios de Estados, Distrito
sário à satisfação do seu débito, o sequestro da Federal e Municípios, dispondo sobre vincula-
quantia respectiva. ções à receita corrente líquida e forma e prazo
de liquidação.
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que,
por ato comissivo ou omissivo, retardar ou ten- § 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a
tar frustrar a liquidação regular de precatórios União poderá assumir débitos, oriundos de pre-
incorrerá em crime de responsabilidade e res- catórios, de Estados, Distrito Federal e Municí-
ponderá, também, perante o Conselho Nacional pios, refinanciando-os diretamente.
de Justiça. § 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e
§ 8º É vedada a expedição de precatórios com- os Municípios aferirão mensalmente, em base
plementares ou suplementares de valor pago, anual, o comprometimento de suas respectivas
bem como o fracionamento, repartição ou que- receitas correntes líquidas com o pagamento de
bra do valor da execução para fins de enquadra- precatórios e obrigações de pequeno valor.
mento de parcela do total ao que dispõe o § 3º § 18. Entende-se como receita corrente líquida,
deste artigo. para os fins de que trata o § 17, o somatório das
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, receitas tributárias, patrimoniais, industriais,
independentemente de regulamentação, deles agropecuárias, de contribuições e de serviços,
deverá ser abatido, a título de compensação, va- de transferências correntes e outras receitas cor-
lor correspondente aos débitos líquidos e certos, rentes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20
inscritos ou não em dívida ativa e constituídos da Constituição Federal, verificado no período
contra o credor original pela Fazenda Pública compreendido pelo segundo mês imediatamen-
te anterior ao de referência e os 11 (onze) meses
devedora, incluídas parcelas vincendas de par-
precedentes, excluídas as duplicidades, e dedu-
celamentos, ressalvados aqueles cuja execução
zidas:
esteja suspensa em virtude de contestação ad-
ministrativa ou judicial. I - na União, as parcelas entregues aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios por deter-
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tri-
minação constitucional;
bunal solicitará à Fazenda Pública devedora,
para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena II - nos Estados, as parcelas entregues aos Muni-
de perda do direito de abatimento, informação cípios por determinação constitucional;
sobre os débitos que preencham as condições III - na União, nos Estados, no Distrito Federal
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. e nos Municípios, a contribuição dos servidores
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabeleci- para custeio de seu sistema de previdência e
do em lei da entidade federativa devedora, a en- assistência social e as receitas provenientes da
trega de créditos em precatórios para compra de compensação financeira referida no § 9º do art.
imóveis públicos do respectivo ente federado. 201 da Constituição Federal.

§ 12. A partir da promulgação desta Emenda § 19. Caso o montante total de débitos decor-
Constitucional, a atualização de valores de re- rentes de condenações judiciais em precatórios
quisitórios, após sua expedição, até o efetivo e obrigações de pequeno valor, em período de
pagamento, independentemente de sua nature- 12 (doze) meses, ultrapasse a média do compro-
za, será feita pelo índice oficial de remuneração metimento percentual da receita corrente líqui-
básica da caderneta de poupança, e, para fins de da nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores,
compensação da mora, incidirão juros simples a parcela que exceder esse percentual poderá
no mesmo percentual de juros incidentes sobre ser financiada, excetuada dos limites de endivi-
a caderneta de poupança, ficando excluída a in- damento de que tratam os incisos VI e VII do
cidência de juros compensatórios. art. 52 da Constituição Federal e de quaisquer
outros limites de endividamento previstos, não
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcial- se aplicando a esse financiamento a vedação de
mente, seus créditos em precatórios a terceiros, vinculação de receita prevista no inciso IV do
independentemente da concordância do deve- art. 167 da Constituição Federal.
dor, não se aplicando ao cessionário o disposto
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a
nos §§ 2º e 3º.
15% (quinze por cento) do montante dos preca-
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá tórios apresentados nos termos do § 5º deste ar-
efeitos após comunicação, por meio de petição tigo, 15% (quinze por cento) do valor deste pre-
protocolizada, ao tribunal de origem e à entida- catório serão pagos até o final do exercício se-
de devedora. guinte e o restante em parcelas iguais nos cinco

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exercícios subsequentes, acrescidas de juros de i) o habeas corpus, quando o coator for Tribu-
mora e correção monetária, ou mediante acor- nal Superior ou quando o coator ou o paciente
dos diretos, perante Juízos Auxiliares de Conci- for autoridade ou funcionário cujos atos estejam
liação de Precatórios, com redução máxima de sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo
40% (quarenta por cento) do valor do crédito Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à
atualizado, desde que em relação ao crédito não mesma jurisdição em uma única instância;
penda recurso ou defesa judicial e que sejam ob-
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus
servados os requisitos definidos na regulamen-
julgados;
tação editada pelo ente federado.
l) a reclamação para a preservação de sua com-
Seção II petência e garantia da autoridade de suas deci-
sões;
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
m) a execução de sentença nas causas de sua
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de competência originária, facultada a delegação
onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de atribuições para a prática de atos processuais;
de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de
idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. n) a ação em que todos os membros da magis-
tratura sejam direta ou indiretamente interessa-
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tri-
dos, e aquela em que mais da metade dos mem-
bunal Federal serão nomeados pelo Presidente
bros do tribunal de origem estejam impedidos
da República, depois de aprovada a escolha pela
ou sejam direta ou indiretamente interessados;
maioria absoluta do Senado Federal.
o) os conflitos de competência entre o Superior
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, pre-
Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre
cipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer
I - processar e julgar, originariamente: outro tribunal;
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei p) o pedido de medida cautelar das ações dire-
ou ato normativo federal ou estadual e a ação tas de inconstitucionalidade;
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal; q) o mandado de injunção, quando a elaboração
da norma regulamentadora for atribuição do
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da Presidente da República, do Congresso Nacio-
República, o Vice-Presidente, os membros do nal, da Câmara dos Deputados, do Senado Fe-
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e deral, das Mesas de uma dessas Casas Legislati-
o Procurador-Geral da República; vas, do Tribunal de Contas da União, de um dos
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Tribunal Federal;
Comandantes da Marinha, do Exército e da Ae- r) as ações contra o Conselho Nacional de Justi-
ronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os ça e contra o Conselho Nacional do Ministério
membros dos Tribunais Superiores, os do Tri- Público;
bunal de Contas da União e os chefes de missão
diplomática de caráter permanente; II - julgar, em recurso ordinário:
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o
das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o habeas data e o mandado de injunção decididos
mandado de segurança e o habeas data contra em única instância pelos Tribunais Superiores,
atos do Presidente da República, das Mesas da se denegatória a decisão;
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do
b) o crime político;
Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tri- III - julgar, mediante recurso extraordinário, as
bunal Federal; causas decididas em única ou última instância,
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organis- quando a decisão recorrida:
mo internacional e a União, o Estado, o Distrito a) contrariar dispositivo desta Constituição;
Federal ou o Território;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado
f) as causas e os conflitos entre a União e os Es- ou lei federal;
tados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns
e outros, inclusive as respectivas entidades da c) julgar válida lei ou ato de governo local con-
administração indireta; testado em face desta Constituição.
g) a extradição solicitada por Estado estrangei- d) julgar válida lei local contestada em face de
ro; lei federal.

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§ 1.º A argüição de descumprimento de precei- terços dos seus membros, após reiteradas decisões
to fundamental, decorrente desta Constituição, sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a
será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efei-
na forma da lei. to vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta,
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferi-
nas esferas federal, estadual e municipal, bem como
das pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações
proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma es-
diretas de inconstitucionalidade e nas ações de-
tabelecida em lei.
claratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relati- § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a
vamente aos demais órgãos do Poder Judiciário interpretação e a eficácia de normas determina-
e à administração pública direta e indireta, nas das, acerca das quais haja controvérsia atual en-
esferas federal, estadual e municipal. tre órgãos judiciários ou entre esses e a adminis-
tração pública que acarrete grave insegurança
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente de-
jurídica e relevante multiplicação de processos
verá demonstrar a repercussão geral das ques-
sobre questão idêntica.
tões constitucionais discutidas no caso, nos
termos da lei, a fim de que o Tribunal examine § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido
a admissão do recurso, somente podendo recu- em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de
sá-lo pela manifestação de dois terços de seus súmula poderá ser provocada por aqueles que
membros. podem propor a ação direta de inconstituciona-
lidade.
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucio-
nalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial
que contrariar a súmula aplicável ou que inde-
I - o Presidente da República;
vidamente a aplicar, caberá reclamação ao Su-
II - a Mesa do Senado Federal; premo Tribunal Federal que, julgando-a proce-
dente, anulará o ato administrativo ou cassará
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
a decisão judicial reclamada, e determinará que
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câ- outra seja proferida com ou sem a aplicação da
mara Legislativa do Distrito Federal; súmula, conforme o caso.
V o Governador de Estado ou do Distrito Fede- Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-
ral; se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois)
VI - o Procurador-Geral da República; anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advo- I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
gados do Brasil; II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça,
VIII - partido político com representação no indicado pelo respectivo tribunal;
Congresso Nacional; III um Ministro do Tribunal Superior do Traba-
IX - confederação sindical ou entidade de classe lho, indicado pelo respectivo tribunal;
de âmbito nacional. IV um desembargador de Tribunal de Justiça,
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
ser previamente ouvido nas ações de inconstitu- V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tri-
cionalidade e em todos os processos de compe- bunal Federal;
tência do Supremo Tribunal Federal.
VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indica-
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por do pelo Superior Tribunal de Justiça;
omissão de medida para tornar efetiva norma
VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tri-
constitucional, será dada ciência ao Poder com-
bunal de Justiça;
petente para a adoção das providências necessá-
rias e, em se tratando de órgão administrativo, VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho,
para fazê-lo em trinta dias. indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apre- IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal
ciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma Superior do Trabalho;
legal ou ato normativo, citará, previamente, o
X um membro do Ministério Público da União,
Advogado-Geral da União, que defenderá o ato
indicado pelo Procurador-Geral da República;
ou texto impugnado.
XI um membro do Ministério Público estadual,
§ 4.º
escolhido pelo Procurador-Geral da República
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de dentre os nomes indicados pelo órgão compe-
ofício ou por provocação, mediante decisão de dois tente de cada instituição estadual;

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XII dois advogados, indicados pelo Conselho unidade da Federação, nos diferentes órgãos do
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; Poder Judiciário;
XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e VII elaborar relatório anual, propondo as provi-
reputação ilibada, indicados um pela Câmara dências que julgar necessárias, sobre a situação
dos Deputados e outro pelo Senado Federal. do Poder Judiciário no País e as atividades do
Conselho, o qual deve integrar mensagem do
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente
Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser
do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausên-
remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da
cias e impedimentos, pelo Vice-Presidente do
abertura da sessão legislativa.
Supremo Tribunal Federal.
§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justi-
§ 2º Os demais membros do Conselho serão no-
ça exercerá a função de Ministro-Corregedor e
meados pelo Presidente da República, depois
ficará excluído da distribuição de processos no
de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições
Senado Federal.
que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Ma-
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações gistratura, as seguintes:
previstas neste artigo, caberá a escolha ao Su-
premo Tribunal Federal. I receber as reclamações e denúncias, de qual-
quer interessado, relativas aos magistrados e
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação aos serviços judiciários;
administrativa e financeira do Poder Judiciário
e do cumprimento dos deveres funcionais dos II exercer funções executivas do Conselho, de
juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições inspeção e de correição geral;
que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Ma- III requisitar e designar magistrados, delegan-
gistratura: do-lhes atribuições, e requisitar servidores de
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Dis-
pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, trito Federal e Territórios.
podendo expedir atos regulamentares, no âm- § 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-
bito de sua competência, ou recomendar provi- Geral da República e o Presidente do Conselho
dências; Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, § 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos
de ofício ou mediante provocação, a legalidade Territórios, criará ouvidorias de justiça, com-
dos atos administrativos praticados por mem- petentes para receber reclamações e denúncias
bros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo de qualquer interessado contra membros ou
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus ser-
que se adotem as providências necessárias ao viços auxiliares, representando diretamente ao
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da com- Conselho Nacional de Justiça.
petência do Tribunal de Contas da União;
III receber e conhecer das reclamações contra Seção III
membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclu-
sive contra seus serviços auxiliares, serventias DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
e órgãos prestadores de serviços notariais e de
registro que atuem por delegação do poder pú- Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de,
blico ou oficializados, sem prejuízo da compe- no mínimo, trinta e três Ministros.
tência disciplinar e correicional dos tribunais,
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tri-
podendo avocar processos disciplinares em cur-
bunal de Justiça serão nomeados pelo Presiden-
so e determinar a remoção, a disponibilidade
te da República, dentre brasileiros com mais de
ou a aposentadoria com subsídios ou proventos
trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos,
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar ou-
de notável saber jurídico e reputação ilibada,
tras sanções administrativas, assegurada ampla
depois de aprovada a escolha pela maioria ab-
defesa;
soluta do Senado Federal, sendo:
IV representar ao Ministério Público, no caso de
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regio-
crime contra a administração pública ou de abu-
nais Federais e um terço dentre desembargado-
so de autoridade;
res dos Tribunais de Justiça, indicados em lista
V rever, de ofício ou mediante provocação, os tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
processos disciplinares de juízes e membros de
II - um terço, em partes iguais, dentre advoga-
tribunais julgados há menos de um ano;
dos e membros do Ministério Público Federal,
VI elaborar semestralmente relatório estatísti- Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alter-
co sobre processos e sentenças prolatadas, por nadamente, indicados na forma do art. 94.

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Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: b) os mandados de segurança decididos em úni-
ca instância pelos Tribunais Regionais Federais
I - processar e julgar, originariamente:
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Fede-
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Es- ral e Territórios, quando denegatória a decisão;
tados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de c) as causas em que forem partes Estado estran-
responsabilidade, os desembargadores dos Tri- geiro ou organismo internacional, de um lado,
bunais de Justiça dos Estados e do Distrito Fe- e, do outro, Município ou pessoa residente ou
deral, os membros dos Tribunais de Contas dos domiciliada no País;
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais
Regionais Federais, dos Tribunais Regionais III - julgar, em recurso especial, as causas decidi-
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Con- das, em única ou última instância, pelos Tribu-
selhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e nais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
os do Ministério Público da União que oficiem Estados, do Distrito Federal e Territórios, quan-
perante tribunais; do a decisão recorrida:

b) os mandados de segurança e os habeas data a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-


contra ato de Ministro de Estado, dos Coman- lhes vigência;
dantes da Marinha, do Exército e da Aeronáuti- b) julgar válido ato de governo local contestado
ca ou do próprio Tribunal; em face de lei federal;
c) os habeas corpus, quando o coator ou pa- c) der a lei federal interpretação divergente da
ciente for qualquer das pessoas mencionadas que lhe haja atribuído outro tribunal.
na alínea “a”, ou quando o coator for tribunal
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior
sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou
Tribunal de Justiça:
Comandante da Marinha, do Exército ou da Ae-
ronáutica, ressalvada a competência da Justiça I - a Escola Nacional de Formação e Aperfei-
Eleitoral; çoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre
outras funções, regulamentar os cursos oficiais
d) os conflitos de competência entre quaisquer
para o ingresso e promoção na carreira;
tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I,
“o”, bem como entre tribunal e juízes a ele não II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe
vinculados e entre juízes vinculados a tribunais exercer, na forma da lei, a supervisão adminis-
diversos; trativa e orçamentária da Justiça Federal de pri-
meiro e segundo graus, como órgão central do
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de sistema e com poderes correicionais, cujas deci-
seus julgados; sões terão caráter vinculante.
f) a reclamação para a preservação de sua com-
petência e garantia da autoridade de suas deci- Seção IV
sões;
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS
g) os conflitos de atribuições entre autoridades JUÍZES FEDERAIS
administrativas e judiciárias da União, ou entre
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
autoridades judiciárias de um Estado e adminis-
trativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre I - os Tribunais Regionais Federais;
as deste e da União;
II - os Juízes Federais.
h) o mandado de injunção, quando a elaboração Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se
da norma regulamentadora for atribuição de ór- de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possí-
gão, entidade ou autoridade federal, da admi- vel, na respectiva região e nomeados pelo Presidente
nistração direta ou indireta, excetuados os casos da República dentre brasileiros com mais de trinta e
de competência do Supremo Tribunal Federal e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleito-
ral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; I - um quinto dentre advogados com mais de
dez anos de efetiva atividade profissional e
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a membros do Ministério Público Federal com
concessão de exequatur às cartas rogatórias; mais de dez anos de carreira;
II - julgar, em recurso ordinário: II - os demais, mediante promoção de juízes fe-
derais com mais de cinco anos de exercício, por
a) os habeas corpus decididos em única ou últi-
antigüidade e merecimento, alternadamente.
ma instância pelos Tribunais Regionais Federais
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Fe- § 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta
deral e Territórios, quando a decisão for dene- de juízes dos Tribunais Regionais Federais e de-
gatória; terminará sua jurisdição e sede.

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§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido
a justiça itinerante, com a realização de audiên- no estrangeiro, ou reciprocamente;
cias e demais funções da atividade jurisdicional,
V-A as causas relativas a direitos humanos a
nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
que se refere o § 5º deste artigo;
servindo-se de equipamentos públicos e comu-
nitários. VI - os crimes contra a organização do trabalho
e, nos casos determinados por lei, contra o siste-
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão
ma financeiro e a ordem econômico-financeira;
funcionar descentralizadamente, constituindo
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno VII - os habeas corpus, em matéria criminal de
acesso do jurisdicionado à justiça em todas as sua competência ou quando o constrangimento
fases do processo. provier de autoridade cujos atos não estejam di-
retamente sujeitos a outra jurisdição;
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
VIII - os mandados de segurança e os habeas
I - processar e julgar, originariamente:
data contra ato de autoridade federal, excetua-
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, dos os casos de competência dos tribunais fede-
incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do rais;
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabi-
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou
lidade, e os membros do Ministério Público da
aeronaves, ressalvada a competência da Justiça
União, ressalvada a competência da Justiça Elei-
toral; Militar;

b) as revisões criminais e as ações rescisórias de X - os crimes de ingresso ou permanência irre-


julgados seus ou dos juízes federais da região; gular de estrangeiro, a execução de carta roga-
tória, após o “exequatur”, e de sentença estran-
c) os mandados de segurança e os habeas data geira, após a homologação, as causas referentes
contra ato do próprio Tribunal ou de juiz fede- à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e
ral; à naturalização;
d) os habeas corpus, quando a autoridade coa- XI - a disputa sobre direitos indígenas.
tora for juiz federal;
§ 1º As causas em que a União for autora serão
e) os conflitos de competência entre juízes fede- aforadas na seção judiciária onde tiver domicí-
rais vinculados ao Tribunal; lio a outra parte.
II - julgar, em grau de recurso, as causas decidi- § 2º As causas intentadas contra a União pode-
das pelos juízes federais e pelos juízes estaduais rão ser aforadas na seção judiciária em que for
no exercício da competência federal da área de domiciliado o autor, naquela onde houver ocor-
sua jurisdição. rido o ato ou fato que deu origem à demanda ou
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e jul- onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distri-
gar: to Federal.

I - as causas em que a União, entidade autárqui- § 3º Serão processadas e julgadas na justiça es-
ca ou empresa pública federal forem interessa- tadual, no foro do domicílio dos segurados ou
das na condição de autoras, rés, assistentes ou beneficiários, as causas em que forem parte ins-
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes tituição de previdência social e segurado, sem-
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à pre que a comarca não seja sede de vara do juízo
Justiça do Trabalho; federal, e, se verificada essa condição, a lei po-
derá permitir que outras causas sejam também
II - as causas entre Estado estrangeiro ou orga- processadas e julgadas pela justiça estadual.
nismo internacional e Município ou pessoa do-
miciliada ou residente no País; § 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recur-
so cabível será sempre para o Tribunal Regional
III - as causas fundadas em tratado ou contrato Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro
da União com Estado estrangeiro ou organismo grau.
internacional;
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direi-
IV - os crimes políticos e as infrações penais pra-
tos humanos, o Procurador-Geral da República,
ticadas em detrimento de bens, serviços ou inte-
com a finalidade de assegurar o cumprimento
resse da União ou de suas entidades autárquicas
de obrigações decorrentes de tratados interna-
ou empresas públicas, excluídas as contraven-
cionais de direitos humanos dos quais o Brasil
ções e ressalvada a competência da Justiça Mili-
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior
tar e da Justiça Eleitoral;
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inqué-
V - os crimes previstos em tratado ou convenção rito ou processo, incidente de deslocamento de
internacional, quando, iniciada a execução no competência para a Justiça Federal.

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Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, com competência exclusiva para questões agrárias.
constituirá uma seção judiciária que terá por sede a
Parágrafo único. Sempre que necessário à efi-
respectiva Capital, e varas localizadas segundo o esta-
ciente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á
belecido em lei.
presente no local do litígio.
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a ju-
risdição e as atribuições cometidas aos juízes
federais caberão aos juízes da justiça local, na
forma da lei. 09 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Seção VIII
LIVRO IV
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observa- DOS ATOS PROCESSUAIS
dos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
TÍTULO I
§ 1º A competência dos tribunais será definida
na Constituição do Estado, sendo a lei de orga- DA FORMA, DO TEMPO E DO LUGAR DOS
nização judiciária de iniciativa do Tribunal de ATOS PROCESSUAIS
Justiça.
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de represen- CAPÍTULO I
tação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais em face da DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
Constituição Estadual, vedada a atribuição da
legitimação para agir a um único órgão. Seção I

§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante pro- Dos Atos em Geral


posta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar
estadual, constituída, em primeiro grau, pelos Art. 188. Os atos e os termos processuais independem
juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça de forma determinada, salvo quando a lei expressa-
e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de mente a exigir, considerando-se válidos os que, rea-
Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos lizados de outro modo, lhe preencham a finalidade
Estados em que o efetivo militar seja superior a essencial.
vinte mil integrantes. Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tra-
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual proces- mitam em segredo de justiça os processos:
sar e julgar os militares dos Estados, nos crimes I - em que o exija o interesse público ou social;
militares definidos em lei e as ações judiciais
II - que versem sobre casamento, separação de
contra atos disciplinares militares, ressalvada a
corpos, divórcio, separação, união estável, filia-
competência do júri quando a vítima for civil,
ção, alimentos e guarda de crianças e adolescen-
cabendo ao tribunal competente decidir sobre
tes;
a perda do posto e da patente dos oficiais e da
graduação das praças. III - em que constem dados protegidos pelo di-
reito constitucional à intimidade;
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo mili-
tar processar e julgar, singularmente, os crimes IV - que versem sobre arbitragem, inclusive so-
militares cometidos contra civis e as ações judi- bre cumprimento de carta arbitral, desde que a
ciais contra atos disciplinares militares, cabendo confidencialidade estipulada na arbitragem seja
ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz comprovada perante o juízo.
de direito, processar e julgar os demais crimes
§ 1o O direito de consultar os autos de processo
militares.
que tramite em segredo de justiça e de pedir cer-
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar tidões de seus atos é restrito às partes e aos seus
descentralizadamente, constituindo Câmaras procuradores.
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do
§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídi-
jurisdicionado à justiça em todas as fases do
co pode requerer ao juiz certidão do dispositivo
processo.
da sentença, bem como de inventário e de parti-
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itine- lha resultantes de divórcio ou separação.
rante, com a realização de audiências e demais
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que ad-
funções da atividade jurisdicional, nos limites
mitam autocomposição, é lícito às partes plenamente
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se
capazes estipular mudanças no procedimento para
de equipamentos públicos e comunitários.
ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres pro-
de Justiça proporá a criação de varas especializadas, cessuais, antes ou durante o processo.

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Parágrafo único. De ofício ou a requerimen- disciplinando a incorporação progressiva de novos


to, o juiz controlará a validade das convenções avanços tecnológicos e editando, para esse fim, os atos
previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação que forem necessários, respeitadas as normas funda-
somente nos casos de nulidade ou de inserção mentais deste Código.
abusiva em contrato de adesão ou em que algu-
Art. 197. Os tribunais divulgarão as informações cons-
ma parte se encontre em manifesta situação de
tantes de seu sistema de automação em página própria
vulnerabilidade.
na rede mundial de computadores, gozando a divul-
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem gação de presunção de veracidade e confiabilidade.
fixar calendário para a prática dos atos processuais,
Parágrafo único. Nos casos de problema técnico
quando for o caso.
do sistema e de erro ou omissão do auxiliar da
§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os justiça responsável pelo registro dos andamen-
prazos nele previstos somente serão modifica- tos, poderá ser configurada a justa causa previs-
dos em casos excepcionais, devidamente justi- ta no art. 223, caput e § 1o.
ficados.
Art. 198. As unidades do Poder Judiciário deverão
§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a manter gratuitamente, à disposição dos interessados,
prática de ato processual ou a realização de au- equipamentos necessários à prática de atos proces-
diência cujas datas tiverem sido designadas no suais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos docu-
calendário. mentos dele constantes.
Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obri- Parágrafo único. Será admitida a prática de atos
gatório o uso da língua portuguesa. por meio não eletrônico no local onde não es-
Parágrafo único. O documento redigido em lín- tiverem disponibilizados os equipamentos pre-
gua estrangeira somente poderá ser juntado aos vistos no caput.
autos quando acompanhado de versão para a Art. 199. As unidades do Poder Judiciário assegura-
língua portuguesa tramitada por via diplomá- rão às pessoas com deficiência acessibilidade aos seus
tica ou pela autoridade central, ou firmada por sítios na rede mundial de computadores, ao meio ele-
tradutor juramentado. trônico de prática de atos judiciais, à comunicação ele-
trônica dos atos processuais e à assinatura eletrônica.
Seção II
Seção III
Da Prática Eletrônica de Atos Processuais
Dos Atos das Partes
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou par- Art. 200. Os atos das partes consistentes em declara-
cialmente digitais, de forma a permitir que sejam pro- ções unilaterais ou bilaterais de vontade produzem
duzidos, comunicados, armazenados e validados por
imediatamente a constituição, modificação ou extin-
meio eletrônico, na forma da lei.
ção de direitos processuais.
Parágrafo único. O disposto nesta Seção aplica-
Parágrafo único. A desistência da ação só pro-
se, no que for cabível, à prática de atos notariais
duzirá efeitos após homologação judicial.
e de registro.
Art. 201. As partes poderão exigir recibo de petições,
Art. 194. Os sistemas de automação processual respei-
arrazoados, papéis e documentos que entregarem em
tarão a publicidade dos atos, o acesso e a participação
cartório.
das partes e de seus procuradores, inclusive nas au-
diências e sessões de julgamento, observadas as garan- Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou
tias da disponibilidade, independência da plataforma interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo
computacional, acessibilidade e interoperabilidade a quem as escrever multa correspondente à metade do
dos sistemas, serviços, dados e informações que o Po- salário-mínimo.
der Judiciário administre no exercício de suas funções.
Seção IV
Art. 195. O registro de ato processual eletrônico deve-
rá ser feito em padrões abertos, que atenderão aos re-
Dos Pronunciamentos do Juiz
quisitos de autenticidade, integridade, temporalidade,
não repúdio, conservação e, nos casos que tramitem Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em
em segredo de justiça, confidencialidade, observada a sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
infraestrutura de chaves públicas unificada nacional- § 1o Ressalvadas as disposições expressas dos
mente, nos termos da lei.
procedimentos especiais, sentença é o pronun-
Art. 196. Compete ao Conselho Nacional de Justiça e, ciamento por meio do qual o juiz, com funda-
supletivamente, aos tribunais, regulamentar a prática mento nos arts. 485 e487, põe fim à fase cogni-
e a comunicação oficial de atos processuais por meio tiva do procedimento comum, bem como extin-
eletrônico e velar pela compatibilidade dos sistemas, gue a execução.

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§ 2o Decisão interlocutória é todo pronuncia- de modo integralmente digital em arquivo ele-


mento judicial de natureza decisória que não se trônico inviolável, na forma da lei, mediante re-
enquadre no § 1o. gistro em termo, que será assinado digitalmente
pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria,
§ 3o São despachos todos os demais pronuncia-
bem como pelos advogados das partes.
mentos do juiz praticados no processo, de ofício
ou a requerimento da parte. § 2o Na hipótese do § 1o, eventuais contradições
na transcrição deverão ser suscitadas oralmen-
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a
te no momento de realização do ato, sob pena
juntada e a vista obrigatória, independem de
de preclusão, devendo o juiz decidir de plano
despacho, devendo ser praticados de ofício pelo
e ordenar o registro, no termo, da alegação e da
servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
decisão.
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido
Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia
pelos tribunais.
ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tri-
Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os bunal.
acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos
Art. 211. Não se admitem nos atos e termos proces-
juízes.
suais espaços em branco, salvo os que forem inutili-
§ 1o Quando os pronunciamentos previstos no zados, assim como entrelinhas, emendas ou rasuras,
caput forem proferidos oralmente, o servidor os exceto quando expressamente ressalvadas.
documentará, submetendo-os aos juízes para
revisão e assinatura. CAPÍTULO II
§ 2o A assinatura dos juízes, em todos os graus
de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS
forma da lei. PROCESSUAIS
§ 3o Os despachos, as decisões interlocutórias, o
dispositivo das sentenças e a ementa dos acór- Seção I
dãos serão publicados no Diário de Justiça Ele-
trônico. Do Tempo
Seção V Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias
úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria
§ 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os
Art. 206. Ao receber a petição inicial de processo, o atos iniciados antes, quando o adiamento preju-
escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencio- dicar a diligência ou causar grave dano.
nando o juízo, a natureza do processo, o número de
seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, § 2o Independentemente de autorização judi-
e procederá do mesmo modo em relação aos volumes cial, as citações, intimações e penhoras poderão
em formação. realizar-se no período de férias forenses, onde
as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do
Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria numerará horário estabelecido neste artigo, observado o
e rubricará todas as folhas dos autos. disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição
Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao Federal.
membro do Ministério Público, ao defensor § 3o Quando o ato tiver de ser praticado por
público e aos auxiliares da justiça é facultado meio de petição em autos não eletrônicos, essa
rubricar as folhas correspondentes aos atos em deverá ser protocolada no horário de funciona-
que intervierem. mento do fórum ou tribunal, conforme o dispos-
Art. 208. Os termos de juntada, vista, conclusão e ou- to na lei de organização judiciária local.
tros semelhantes constarão de notas datadas e rubrica- Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode
das pelo escrivão ou pelo chefe de secretaria. ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro)
Art. 209. Os atos e os termos do processo serão as- horas do último dia do prazo.
sinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, Parágrafo único. O horário vigente no juízo pe-
quando essas não puderem ou não quiserem firmá-los, rante o qual o ato deve ser praticado será consi-
o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocor- derado para fins de atendimento do prazo.
rência.
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não
§ 1o Quando se tratar de processo total ou par- se praticarão atos processuais, excetuando-se:
cialmente documentado em autos eletrônicos,
I - os atos previstos no art. 212, § 2o;
os atos processuais praticados na presença do
juiz poderão ser produzidos e armazenados II - a tutela de urgência.

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Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, exercerão suas atribuições durante o período
onde as houver, e não se suspendem pela superve- previsto no caput.
niência delas:
§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se rea-
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e lizarão audiências nem sessões de julgamento.
os necessários à conservação de direitos, quan-
do puderem ser prejudicados pelo adiamento; Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo
criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer
II - a ação de alimentos e os processos de nomea- das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituí-
ção ou remoção de tutor e curador; do por tempo igual ao que faltava para sua comple-
III - os processos que a lei determinar. mentação.

Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, Parágrafo único. Suspendem-se os prazos du-
para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias rante a execução de programa instituído pelo
em que não haja expediente forense. Poder Judiciário para promover a autocomposi-
ção, incumbindo aos tribunais especificar, com
Seção II antecedência, a duração dos trabalhos.
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária
Do Lugar
onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinaria- os prazos por até 2 (dois) meses.
mente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em ou-
tro lugar em razão de deferência, de interesse da jus- § 1o Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptó-
tiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo rios sem anuência das partes.
interessado e acolhido pelo juiz. § 2o Havendo calamidade pública, o limite pre-
visto no caput para prorrogação de prazos po-
CAPÍTULO III derá ser excedido.

DOS PRAZOS Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de


praticar ou de emendar o ato processual, independen-
Seção I temente de declaração judicial, ficando assegurado,
porém, à parte provar que não o realizou por justa
Disposições Gerais causa.
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos pra- § 1o Considera-se justa causa o evento alheio à
zos prescritos em lei. vontade da parte e que a impediu de praticar o
§ 1o Quando a lei for omissa, o juiz determinará ato por si ou por mandatário.
os prazos em consideração à complexidade do § 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à
ato. parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
§ 2o Quando a lei ou o juiz não determinar pra- Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos se-
zo, as intimações somente obrigarão a compa- rão contados excluindo o dia do começo e incluindo o
recimento após decorridas 48 (quarenta e oito) dia do vencimento.
horas.
§ 1o Os dias do começo e do vencimento do
§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo deter-
prazo serão protraídos para o primeiro dia útil
minado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo
seguinte, se coincidirem com dia em que o ex-
para a prática de ato processual a cargo da parte.
pediente forense for encerrado antes ou iniciado
§ 4o Será considerado tempestivo o ato pratica- depois da hora normal ou houver indisponibili-
do antes do termo inicial do prazo. dade da comunicação eletrônica.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido § 2o Considera-se como data de publicação o
por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias primeiro dia útil seguinte ao da disponibiliza-
úteis. ção da informação no Diário da Justiça eletrôni-
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica- co.
se somente aos prazos processuais. § 3o A contagem do prazo terá início no primei-
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos ro dia útil que seguir ao da publicação.
dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de ja- Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabele-
neiro, inclusive. cido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de
§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os fe- maneira expressa.
riados instituídos por lei, os juízes, os membros
Art. 226. O juiz proferirá:
do Ministério Público, da Defensoria Pública e
da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;

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II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 VI - a data de juntada do comunicado de que


(dez) dias; trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de
juntada da carta aos autos de origem devida-
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
mente cumprida, quando a citação ou a intima-
Art. 227. Em qualquer grau de jurisdição, havendo ção se realizar em cumprimento de carta;
motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tem- VII - a data de publicação, quando a intimação
po, os prazos a que está submetido. se der pelo Diário da Justiça impresso ou ele-
Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os autos trônico;
conclusos no prazo de 1 (um) dia e executar os atos VIII - o dia da carga, quando a intimação se der
processuais no prazo de 5 (cinco) dias, contado da data por meio da retirada dos autos, em carga, do
em que: cartório ou da secretaria.
I - houver concluído o ato processual anterior, § 1o Quando houver mais de um réu, o dia do
se lhe foi imposto pela lei; começo do prazo para contestar corresponderá
à última das datas a que se referem os incisos I
II - tiver ciência da ordem, quando determinada
a VI do caput.
pelo juiz.
§ 2o Havendo mais de um intimado, o prazo
§ 1o Ao receber os autos, o serventuário certifi-
para cada um é contado individualmente.
cará o dia e a hora em que teve ciência da ordem
referida no inciso II. § 3o Quando o ato tiver de ser praticado dire-
tamente pela parte ou por quem, de qualquer
§ 2o Nos processos em autos eletrônicos, a jun- forma, participe do processo, sem a intermedia-
tada de petições ou de manifestações em geral ção de representante judicial, o dia do começo
ocorrerá de forma automática, independente- do prazo para cumprimento da determinação
mente de ato de serventuário da justiça. judicial corresponderá à data em que se der a
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes pro- comunicação.
curadores, de escritórios de advocacia distintos, terão § 4o Aplica-se o disposto no inciso II do caput à
prazos contados em dobro para todas as suas manifes- citação com hora certa.
tações, em qualquer juízo ou tribunal, independente-
Art. 232. Nos atos de comunicação por carta precató-
mente de requerimento.
ria, rogatória ou de ordem, a realização da citação ou
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, da intimação será imediatamente informada, por meio
havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante.
por apenas um deles.
Seção II
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos pro-
cessos em autos eletrônicos. Da Verificação dos Prazos e das Penalidades
Art. 230. O prazo para a parte, o procurador, a Ad- Art. 233. Incumbe ao juiz verificar se o serventuário
vocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério excedeu, sem motivo legítimo, os prazos estabelecidos
Público será contado da citação, da intimação ou da em lei.
notificação. § 1o Constatada a falta, o juiz ordenará a ins-
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, consi- tauração de processo administrativo, na forma
dera-se dia do começo do prazo: da lei.

I - a data de juntada aos autos do aviso de re- § 2o Qualquer das partes, o Ministério Público
cebimento, quando a citação ou a intimação for ou a Defensoria Pública poderá representar ao
pelo correio; juiz contra o serventuário que injustificadamen-
te exceder os prazos previstos em lei.
II - a data de juntada aos autos do mandado
Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defen-
cumprido, quando a citação ou a intimação for
sor público e o membro do Ministério Público devem
por oficial de justiça;
restituir os autos no prazo do ato a ser praticado.
III - a data de ocorrência da citação ou da intima- § 1o É lícito a qualquer interessado exigir os au-
ção, quando ela se der por ato do escrivão ou do tos do advogado que exceder prazo legal.
chefe de secretaria;
§ 2o Se, intimado, o advogado não devolver os
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assina- autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito
da pelo juiz, quando a citação ou a intimação for à vista fora de cartório e incorrerá em multa cor-
por edital; respondente à metade do salário-mínimo.
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da ci- § 3o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à
tação ou da intimação ou ao término do prazo seção local da Ordem dos Advogados do Brasil
para que a consulta se dê, quando a citação ou a para procedimento disciplinar e imposição de
intimação for eletrônica; multa.

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§ 4o Se a situação envolver membro do Ministé- II - rogatória, para que órgão jurisdicional es-
rio Público, da Defensoria Pública ou da Advo- trangeiro pratique ato de cooperação jurídica
cacia Pública, a multa, se for o caso, será aplica- internacional, relativo a processo em curso pe-
da ao agente público responsável pelo ato. rante órgão jurisdicional brasileiro;
§ 5o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato III - precatória, para que órgão jurisdicional bra-
ao órgão competente responsável pela instaura- sileiro pratique ou determine o cumprimento,
ção de procedimento disciplinar contra o mem- na área de sua competência territorial, de ato
bro que atuou no feito. relativo a pedido de cooperação judiciária for-
Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a De- mulado por órgão jurisdicional de competência
fensoria Pública poderá representar ao corregedor do territorial diversa;
tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz IV - arbitral, para que órgão do Poder Judiciário
ou relator que injustificadamente exceder os prazos pratique ou determine o cumprimento, na área
previstos em lei, regulamento ou regimento interno. de sua competência territorial, de ato objeto de
§ 1o Distribuída a representação ao órgão com- pedido de cooperação judiciária formulado por
petente e ouvido previamente o juiz, não sendo juízo arbitral, inclusive os que importem efeti-
caso de arquivamento liminar, será instaurado vação de tutela provisória.
procedimento para apuração da responsabili- Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em
dade, com intimação do representado por meio curso na justiça federal ou em tribunal superior
eletrônico para, querendo, apresentar justificati- houver de ser praticado em local onde não haja
va no prazo de 15 (quinze) dias. vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo
§ 2o Sem prejuízo das sanções administrativas estadual da respectiva comarca.
cabíveis, em até 48 (quarenta e oito) horas após
a apresentação ou não da justificativa de que CAPÍTULO II
trata o § 1o, se for o caso, o corregedor do tribu-
nal ou o relator no Conselho Nacional de Justiça DA CITAÇÃO
determinará a intimação do representado por
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o
meio eletrônico para que, em 10 (dez) dias, pra-
réu, o executado ou o interessado para integrar a rela-
tique o ato.
ção processual.
§ 3o Mantida a inércia, os autos serão remetidos
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável
ao substituto legal do juiz ou do relator contra
a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipó-
o qual se representou para decisão em 10 (dez)
teses de indeferimento da petição inicial ou de impro-
dias.
cedência liminar do pedido.
TÍTULO II § 1o O comparecimento espontâneo do réu ou
do executado supre a falta ou a nulidade da ci-
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS tação, fluindo a partir desta data o prazo para
apresentação de contestação ou de embargos à
CAPÍTULO I execução.
DISPOSIÇÕES GERAIS § 2o Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-
se de processo de:
Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por or-
dem judicial. I - conhecimento, o réu será considerado revel;
§ 1o Será expedida carta para a prática de atos II - execução, o feito terá seguimento.
fora dos limites territoriais do tribunal, da co-
marca, da seção ou da subseção judiciárias, res- Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por
salvadas as hipóteses previstas em lei. juízo incompetente, induz litispendência, torna litigio-
sa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o
§ 2o O tribunal poderá expedir carta para juízo disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de
a ele vinculado, se o ato houver de se realizar janeiro de 2002 (Código Civil).
fora dos limites territoriais do local de sua sede.
§ 1o A interrupção da prescrição, operada pelo
§ 3o Admite-se a prática de atos processuais por despacho que ordena a citação, ainda que pro-
meio de videoconferência ou outro recurso tec- ferido por juízo incompetente, retroagirá à data
nológico de transmissão de sons e imagens em de propositura da ação.
tempo real.
§ 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10
Art. 237. Será expedida carta:
(dez) dias, as providências necessárias para via-
I - de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2o bilizar a citação, sob pena de não se aplicar o
do art. 236; disposto no § 1o.

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§ 3o A parte não será prejudicada pela demora (cinco) dias.


imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 3o Dispensa-se a nomeação de que trata o §
§ 4o O efeito retroativo a que se refere o § 1o 2o se pessoa da família apresentar declaração
aplica-se à decadência e aos demais prazos ex- do médico do citando que ateste a incapacidade
tintivos previstos em lei. deste.
Art. 241. Transitada em julgado a sentença de mérito § 4o Reconhecida a impossibilidade, o juiz no-
proferida em favor do réu antes da citação, incumbe meará curador ao citando, observando, quanto
ao escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e
resultado do julgamento. restringindo a nomeação à causa.
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, § 5o A citação será feita na pessoa do curador,
ser feita na pessoa do representante legal ou do procu- a quem incumbirá a defesa dos interesses do ci-
rador do réu, do executado ou do interessado. tando.
§ 1o Na ausência do citando, a citação será fei- Art. 246. A citação será feita:
ta na pessoa de seu mandatário, administrador,
preposto ou gerente, quando a ação se originar I - pelo correio;
de atos por eles praticados. II - por oficial de justiça;
§ 2o O locador que se ausentar do Brasil sem III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o ci-
cientificar o locatário de que deixou, na locali- tando comparecer em cartório;
dade onde estiver situado o imóvel, procurador
com poderes para receber citação será citado na IV - por edital;
pessoa do administrador do imóvel encarrega- V - por meio eletrônico, conforme regulado em
do do recebimento dos aluguéis, que será con- lei.
siderado habilitado para representar o locador
§ 1o Com exceção das microempresas e das em-
em juízo.
presas de pequeno porte, as empresas públicas
§ 3o A citação da União, dos Estados, do Distri- e privadas são obrigadas a manter cadastro nos
to Federal, dos Municípios e de suas respectivas sistemas de processo em autos eletrônicos, para
autarquias e fundações de direito público será efeito de recebimento de citações e intimações,
realizada perante o órgão de Advocacia Pública as quais serão efetuadas preferencialmente por
responsável por sua representação judicial. esse meio.
Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar § 2o O disposto no § 1o aplica-se à União, aos
em que se encontre o réu, o executado ou o interessa- Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às
do. entidades da administração indireta.
Parágrafo único. O militar em serviço ativo será § 3o Na ação de usucapião de imóvel, os con-
citado na unidade em que estiver servindo, se finantes serão citados pessoalmente, exceto
não for conhecida sua residência ou nela não for quando tiver por objeto unidade autônoma de
encontrado. prédio em condomínio, caso em que tal citação
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o pere- é dispensada.
cimento do direito: Art. 247. A citação será feita pelo correio para qual-
I - de quem estiver participando de ato de culto quer comarca do país, exceto:
religioso; I - nas ações de estado, observado o disposto no
II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer art. 695, § 3o;
parente do morto, consanguíneo ou afim, em li- II - quando o citando for incapaz;
nha reta ou na linha colateral em segundo grau,
no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; III - quando o citando for pessoa de direito pú-
blico;
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias se-
guintes ao casamento; IV - quando o citando residir em local não aten-
dido pela entrega domiciliar de correspondên-
IV - de doente, enquanto grave o seu estado. cia;
Art. 245. Não se fará citação quando se verificar que o V - quando o autor, justificadamente, a requerer
citando é mentalmente incapaz ou está impossibilita- de outra forma.
do de recebê-la.
Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão
§ 1o O oficial de justiça descreverá e certificará
ou o chefe de secretaria remeterá ao citando cópias da
minuciosamente a ocorrência.
petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o
§ 2o Para examinar o citando, o juiz nomeará prazo para resposta, o endereço do juízo e o respectivo
médico, que apresentará laudo no prazo de 5 cartório.

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Noções de Direito e Legislação

§ 1o A carta será registrada para entrega ao ci- Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou
tando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entre- nos loteamentos com controle de acesso, será
ga, que assine o recibo. válida a intimação a que se refere o caput feita a
funcionário da portaria responsável pelo recebi-
§ 2o Sendo o citando pessoa jurídica, será válida
a entrega do mandado a pessoa com poderes de mento de correspondência.
gerência geral ou de administração ou, ainda, Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de jus-
a funcionário responsável pelo recebimento de tiça, independentemente de novo despacho, compare-
correspondências. cerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de
§ 3o Da carta de citação no processo de conheci- realizar a diligência.
mento constarão os requisitos do art. 250. § 1o Se o citando não estiver presente, o oficial
§ 4o Nos condomínios edilícios ou nos lotea- de justiça procurará informar-se das razões da
mentos com controle de acesso, será válida a en- ausência, dando por feita a citação, ainda que
trega do mandado a funcionário da portaria res- o citando se tenha ocultado em outra comarca,
ponsável pelo recebimento de correspondência, seção ou subseção judiciárias.
que, entretanto, poderá recusar o recebimento, § 2o A citação com hora certa será efetivada
se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que
o destinatário da correspondência está ausente. houver sido intimado esteja ausente, ou se, em-
Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de bora presente, a pessoa da família ou o vizinho
justiça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei, se recusar a receber o mandado.
ou quando frustrada a citação pelo correio. § 3o Da certidão da ocorrência, o oficial de jus-
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de tiça deixará contrafé com qualquer pessoa da
cumprir conterá: família ou vizinho, conforme o caso, declaran-
do-lhe o nome.
I - os nomes do autor e do citando e seus respec-
tivos domicílios ou residências; § 4o O oficial de justiça fará constar do manda-
do a advertência de que será nomeado curador
II - a finalidade da citação, com todas as especi-
especial se houver revelia.
ficações constantes da petição inicial, bem como
a menção do prazo para contestar, sob pena de Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou
revelia, ou para embargar a execução; chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou inte-
ressado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data
III - a aplicação de sanção para o caso de des-
da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou
cumprimento da ordem, se houver;
correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
IV - se for o caso, a intimação do citando para
comparecer, acompanhado de advogado ou de Art. 255. Nas comarcas contíguas de fácil comunica-
defensor público, à audiência de conciliação ou ção e nas que se situem na mesma região metropoli-
de mediação, com a menção do dia, da hora e do tana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer
lugar do comparecimento; delas, citações, intimações, notificações, penhoras e
quaisquer outros atos executivos.
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da
decisão que deferir tutela provisória; Art. 256. A citação por edital será feita:

VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de se- I - quando desconhecido ou incerto o citando;


cretaria e a declaração de que o subscreve por II - quando ignorado, incerto ou inacessível o
ordem do juiz. lugar em que se encontrar o citando;
Art. 251. Incumbe ao oficial de justiça procurar o ci- III - nos casos expressos em lei.
tando e, onde o encontrar, citá-lo:
§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de ci-
I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a con- tação por edital, o país que recusar o cumpri-
trafé; mento de carta rogatória.
II - portando por fé se recebeu ou recusou a con- § 2o No caso de ser inacessível o lugar em que
trafé; se encontrar o réu, a notícia de sua citação será
III - obtendo a nota de ciente ou certificando que divulgada também pelo rádio, se na comarca
o citando não a apôs no mandado. houver emissora de radiodifusão.
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justi- § 3o O réu será considerado em local ignorado
ça houver procurado o citando em seu domicílio ou re- ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua
sidência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de localização, inclusive mediante requisição pelo
ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em juízo de informações sobre seu endereço nos ca-
sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, dastros de órgãos públicos ou de concessioná-
voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. rias de serviços públicos.

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Art. 257. São requisitos da citação por edital: § 2o Quando o objeto da carta for exame pericial
sobre documento, este será remetido em origi-
I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial
nal, ficando nos autos reprodução fotográfica.
informando a presença das circunstâncias auto-
rizadoras; § 3o A carta arbitral atenderá, no que couber,
aos requisitos a que se refere o caput e será ins-
II - a publicação do edital na rede mundial de
truída com a convenção de arbitragem e com as
computadores, no sítio do respectivo tribunal e
provas da nomeação do árbitro e de sua aceita-
na plataforma de editais do Conselho Nacional
ção da função.
de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
Art. 261. Em todas as cartas o juiz fixará o prazo para
III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que va- cumprimento, atendendo à facilidade das comunica-
riará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo ções e à natureza da diligência.
da data da publicação única ou, havendo mais
de uma, da primeira; § 1o As partes deverão ser intimadas pelo juiz
do ato de expedição da carta.
IV - a advertência de que será nomeado curador
§ 2o Expedida a carta, as partes acompanharão o
especial em caso de revelia.
cumprimento da diligência perante o juízo des-
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que tinatário, ao qual compete a prática dos atos de
a publicação do edital seja feita também em comunicação.
jornal local de ampla circulação ou por outros
§ 3o A parte a quem interessar o cumprimento
meios, considerando as peculiaridades da co-
da diligência cooperará para que o prazo a que
marca, da seção ou da subseção judiciárias.
se refere o caput seja cumprido.
Art. 258. A parte que requerer a citação por edital, Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, an-
alegando dolosamente a ocorrência das circunstâncias tes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, ser
autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim
de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo. de se praticar o ato.
Parágrafo único. A multa reverterá em benefí- Parágrafo único. O encaminhamento da carta a
cio do citando. outro juízo será imediatamente comunicado ao
Art. 259. Serão publicados editais: órgão expedidor, que intimará as partes.
I - na ação de usucapião de imóvel; Art. 263. As cartas deverão, preferencialmente, ser ex-
pedidas por meio eletrônico, caso em que a assinatura
II - na ação de recuperação ou substituição de do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.
título ao portador;
Art. 264. A carta de ordem e a carta precatória por
III - em qualquer ação em que seja necessária, meio eletrônico, por telefone ou por telegrama conte-
por determinação legal, a provocação, para par- rão, em resumo substancial, os requisitos menciona-
ticipação no processo, de interessados incertos dos no art. 250, especialmente no que se refere à aferi-
ou desconhecidos. ção da autenticidade.
Art. 265. O secretário do tribunal, o escrivão ou o che-
CAPÍTULO III
fe de secretaria do juízo deprecante transmitirá, por te-
DAS CARTAS lefone, a carta de ordem ou a carta precatória ao juízo
em que houver de se cumprir o ato, por intermédio do
Art. 260. São requisitos das cartas de ordem, precató- escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver
ria e rogatória: na comarca mais de um ofício ou de uma vara, obser-
I - a indicação dos juízes de origem e de cumpri- vando-se, quanto aos requisitos, o disposto no art. 264.
mento do ato; § 1o O escrivão ou o chefe de secretaria, no mes-
II - o inteiro teor da petição, do despacho judi- mo dia ou no dia útil imediato, telefonará ou
cial e do instrumento do mandato conferido ao enviará mensagem eletrônica ao secretário do
advogado; tribunal, ao escrivão ou ao chefe de secretaria
do juízo deprecante, lendo-lhe os termos da car-
III - a menção do ato processual que lhe consti- ta e solicitando-lhe que os confirme.
tui o objeto;
§ 2o Sendo confirmada, o escrivão ou o chefe de
IV - o encerramento com a assinatura do juiz. secretaria submeterá a carta a despacho.
§ 1o O juiz mandará trasladar para a carta quais- Art. 266. Serão praticados de ofício os atos requisi-
quer outras peças, bem como instruí-la com tados por meio eletrônico e de telegrama, devendo a
mapa, desenho ou gráfico, sempre que esses parte depositar, contudo, na secretaria do tribunal ou
documentos devam ser examinados, na diligên- no cartório do juízo deprecante, a importância corres-
cia, pelas partes, pelos peritos ou pelas testemu- pondente às despesas que serão feitas no juízo em que
nhas. houver de praticar-se o ato.

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Art. 267. O juiz recusará cumprimento a carta preca- ou, se assim requerido, da sociedade de advo-
tória ou arbitral, devolvendo-a com decisão motivada gados.
quando:
§ 3o A grafia dos nomes das partes não deve
I - a carta não estiver revestida dos requisitos conter abreviaturas.
legais;
§ 4o A grafia dos nomes dos advogados deve
II - faltar ao juiz competência em razão da maté- corresponder ao nome completo e ser a mesma
ria ou da hierarquia; que constar da procuração ou que estiver regis-
III - o juiz tiver dúvida acerca de sua autentici- trada na Ordem dos Advogados do Brasil.
dade. § 5o Constando dos autos pedido expresso para
Parágrafo único. No caso de incompetência em que as comunicações dos atos processuais sejam
razão da matéria ou da hierarquia, o juiz depre- feitas em nome dos advogados indicados, o seu
cado, conforme o ato a ser praticado, poderá re- desatendimento implicará nulidade.
meter a carta ao juiz ou ao tribunal competente.
§ 6o A retirada dos autos do cartório ou da se-
Art. 268. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de cretaria em carga pelo advogado, por pessoa
origem no prazo de 10 (dez) dias, independentemente credenciada a pedido do advogado ou da so-
de traslado, pagas as custas pela parte. ciedade de advogados, pela Advocacia Pública,
pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Pú-
CAPÍTULO IV blico implicará intimação de qualquer decisão
contida no processo retirado, ainda que pen-
DAS INTIMAÇÕES dente de publicação.
Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a § 7o O advogado e a sociedade de advogados
alguém dos atos e dos termos do processo. deverão requerer o respectivo credenciamento
§ 1o É facultado aos advogados promover a inti- para a retirada de autos por preposto.
mação do advogado da outra parte por meio do § 8o A parte arguirá a nulidade da intimação em
correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba
ofício de intimação e do aviso de recebimento. praticar, o qual será tido por tempestivo se o ví-
§ 2o O ofício de intimação deverá ser instruído cio for reconhecido.
com cópia do despacho, da decisão ou da sen-
§ 9o Não sendo possível a prática imediata do
tença.
ato diante da necessidade de acesso prévio aos
§ 3o A intimação da União, dos Estados, do Dis- autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da
trito Federal, dos Municípios e de suas respec- intimação, caso em que o prazo será contado da
tivas autarquias e fundações de direito público intimação da decisão que a reconheça.
será realizada perante o órgão de Advocacia Pú-
Art. 273. Se inviável a intimação por meio eletrônico e
blica responsável por sua representação judicial.
não houver na localidade publicação em órgão oficial,
Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que pos- incumbirá ao escrivão ou chefe de secretaria intimar
sível, por meio eletrônico, na forma da lei. de todos os atos do processo os advogados das partes:
Parágrafo único. Aplica-se ao Ministério Públi- I - pessoalmente, se tiverem domicílio na sede
co, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública o do juízo;
disposto no § 1o do art. 246.
II - por carta registrada, com aviso de recebi-
Art. 271. O juiz determinará de ofício as intimações mento, quando forem domiciliados fora do juí-
em processos pendentes, salvo disposição em contrá- zo.
rio.
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intima-
Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, ções serão feitas às partes, aos seus representantes le-
consideram-se feitas as intimações pela publicação dos gais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo
atos no órgão oficial. pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente
§ 1o Os advogados poderão requerer que, na pelo escrivão ou chefe de secretaria.
intimação a eles dirigida, figure apenas o nome
Parágrafo único. Presumem-se válidas as inti-
da sociedade a que pertençam, desde que devi-
mações dirigidas ao endereço constante dos au-
damente registrada na Ordem dos Advogados
tos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo
do Brasil.
interessado, se a modificação temporária ou de-
§ 2o Sob pena de nulidade, é indispensável que finitiva não tiver sido devidamente comunicada
da publicação constem os nomes das partes e de ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada
seus advogados, com o respectivo número de aos autos do comprovante de entrega da corres-
inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, pondência no primitivo endereço.

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Art. 275. A intimação será feita por oficial de justiça Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unica-
quando frustrada a realização por meio eletrônico ou mente a anulação dos atos que não possam ser apro-
pelo correio. veitados, devendo ser praticados os que forem neces-
§ 1o A certidão de intimação deve conter: sários a fim de se observarem as prescrições legais.

I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos


intimada, mencionando, quando possível, o nú- atos praticados desde que não resulte prejuízo à
mero de seu documento de identidade e o órgão defesa de qualquer parte.
que o expediu; TÍTULO IV
II - a declaração de entrega da contrafé; DA DISTRIBUIÇÃO E DO REGISTRO
III - a nota de ciente ou a certidão de que o inte- Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro,
ressado não a apôs no mandado. devendo ser distribuídos onde houver mais de um
§ 2o Caso necessário, a intimação poderá ser efe- juiz.
tuada com hora certa ou por edital. Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica,
TÍTULO III será alternada e aleatória, obedecendo-se rigorosa
igualdade.
DAS NULIDADES
Parágrafo único. A lista de distribuição deverá
Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma ser publicada no Diário de Justiça.
sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser
requerida pela parte que lhe deu causa. Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas
de qualquer natureza:
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma,
o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro I - quando se relacionarem, por conexão ou con-
modo, lhe alcançar a finalidade. tinência, com outra já ajuizada;

Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na pri- II - quando, tendo sido extinto o processo sem
meira oportunidade em que couber à parte falar nos resolução de mérito, for reiterado o pedido, ain-
autos, sob pena de preclusão. da que em litisconsórcio com outros autores ou
que sejam parcialmente alterados os réus da de-
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no manda;
caput às nulidades que o juiz deva decretar de
ofício, nem prevalece a preclusão provando a III - quando houver ajuizamento de ações nos
parte legítimo impedimento. termos do art. 55, § 3o, ao juízo prevento.

Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Mi- Parágrafo único. Havendo intervenção de ter-
nistério Público não for intimado a acompanhar o feito ceiro, reconvenção ou outra hipótese de am-
em que deva intervir. pliação objetiva do processo, o juiz, de ofício,
mandará proceder à respectiva anotação pelo
§ 1o Se o processo tiver tramitado sem conhe- distribuidor.
cimento do membro do Ministério Público, o
juiz invalidará os atos praticados a partir do Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de
momento em que ele deveria ter sido intimado. procuração, que conterá os endereços do advogado,
eletrônico e não eletrônico.
§ 2o A nulidade só pode ser decretada após a
intimação do Ministério Público, que se mani- Parágrafo único. Dispensa-se a juntada da pro-
festará sobre a existência ou a inexistência de curação:
prejuízo. I - no caso previsto no art. 104;
Art. 280. As citações e as intimações serão nulas quan- II - se a parte estiver representada pela Defen-
do feitas sem observância das prescrições legais. soria Pública;
Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum III - se a representação decorrer diretamente de
efeito todos os subsequentes que dele dependam, to- norma prevista na Constituição Federal ou em
davia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará lei.
as outras que dela sejam independentes. Art. 288. O juiz, de ofício ou a requerimento do inte-
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará ressado, corrigirá o erro ou compensará a falta de dis-
que atos são atingidos e ordenará as providências ne- tribuição.
cessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. Art. 289. A distribuição poderá ser fiscalizada pela
§ 1o O ato não será repetido nem sua falta será parte, por seu procurador, pelo Ministério Público e
suprida quando não prejudicar a parte. pela Defensoria Pública.
§ 2o Quando puder decidir o mérito a favor da Art. 290. Será cancelada a distribuição do feito se a
parte a quem aproveite a decretação da nulida- parte, intimada na pessoa de seu advogado, não reali-
de, o juiz não a pronunciará nem mandará repe- zar o pagamento das custas e despesas de ingresso em
tir o ato ou suprir-lhe a falta. 15 (quinze) dias.

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Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta


JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E Lei, o Juizado do foro:
10
CRIMINAIS I - do domicílio do réu ou, a critério do autor,
do local onde aquele exerça atividades profis-
LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995.
sionais ou econômicas ou mantenha estabeleci-
Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Cri- mento, filial, agência, sucursal ou escritório;
minais e dá outras providências.
II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;
CAPÍTULO I III - do domicílio do autor ou do local do ato ou
fato, nas ações para reparação de dano de qual-
Disposições Gerais quer natureza.
Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, ór- Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá
gãos da Justiça Ordinária, serão criados pela União, no a ação ser proposta no foro previsto no inciso I
Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para deste artigo.
conciliação, processo, julgamento e execução, nas cau-
sas de sua competência. Seção II

Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da ora- Do Juiz, dos Conciliadores e dos Juízes Leigos
lidade, simplicidade, informalidade, economia pro- Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para
cessual e celeridade, buscando, sempre que possível, a determinar as provas a serem produzidas, para apre-
conciliação ou a transação. ciá-las e para dar especial valor às regras de experiên-
cia comum ou técnica.
Capítulo II
Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que repu-
Dos Juizados Especiais Cíveis tar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais
da lei e às exigências do bem comum.
Seção I Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares
da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente,
Da Competência
entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre ad-
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para vogados com mais de cinco anos de experiência.
conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão im-
menor complexidade, assim consideradas: pedidos de exercer a advocacia perante os Jui-
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta zados Especiais, enquanto no desempenho de
vezes o salário mínimo; suas funções.
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Códi- Seção III
go de Processo Civil;
III - a ação de despejo para uso próprio; Das Partes

IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído
valor não excedente ao fixado no inciso I deste por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas
artigo. de direito público, as empresas públicas da União, a
massa falida e o insolvente civil.
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a
execução: § 1o Somente serão admitidas a propor ação pe-
rante o Juizado Especial:
I - dos seus julgados;
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os ces-
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor sionários de direito de pessoas jurídicas;
de até quarenta vezes o salário mínimo, obser-
vado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei. II - as pessoas enquadradas como microem-
preendedores individuais, microempresas e
§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado empresas de pequeno porte na forma da ;
Especial as causas de natureza alimentar, fali-
mentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, III - as pessoas jurídicas qualificadas como Or-
e também as relativas a acidentes de trabalho, a ganização da Sociedade Civil de Interesse Públi-
resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, co, nos termos da ;
ainda que de cunho patrimonial. IV - as sociedades de crédito ao microempreen-
dedor, nos termos do .
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta
Lei importará em renúncia ao crédito excedente § 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor,
ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a independentemente de assistência, inclusive
hipótese de conciliação. para fins de conciliação.

277
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Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, § 1º Do pedido constarão, de forma simples e
as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser em linguagem acessível:
assistidas por advogado; nas de valor superior, a assis-
I - o nome, a qualificação e o endereço das par-
tência é obrigatória.
tes;
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das
II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta;
partes comparecer assistida por advogado, ou
se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, III - o objeto e seu valor.
terá a outra parte, se quiser, assistência judiciá-
§ 2º É lícito formular pedido genérico quando
ria prestada por órgão instituído junto ao Juiza-
não for possível determinar, desde logo, a ex-
do Especial, na forma da lei local.
tensão da obrigação.
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do
§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela
patrocínio por advogado, quando a causa o re-
Secretaria do Juizado, podendo ser utilizado o
comendar.
sistema de fichas ou formulários impressos.
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal,
Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º desta Lei
salvo quanto aos poderes especiais.
poderão ser alternativos ou cumulados; nesta última
§ 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de hipótese, desde que conexos e a soma não ultrapasse o
firma individual, poderá ser representado por limite fixado naquele dispositivo.
preposto credenciado, munido de carta de pre-
Art. 16. Registrado o pedido, independentemente de
posição com poderes para transigir, sem haver
distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado desig-
necessidade de vínculo empregatício.
nará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma quinze dias.
de intervenção de terceiro nem de assistência. Admi-
tir-se-á o litisconsórcio. Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as partes,
instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação, dis-
Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos pre- pensados o registro prévio de pedido e a citação.
vistos em lei.
Parágrafo único. Havendo pedidos contrapos-
Seção IV tos, poderá ser dispensada a contestação formal
e ambos serão apreciados na mesma sentença.
Dos atos processuais
Seção VI
Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão
realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem Das Citações e Intimações
as normas de organização judiciária.
Art. 18. A citação far-se-á:
Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que
preencherem as finalidades para as quais forem realiza- I - por correspondência, com aviso de recebi-
dos, atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei. mento em mão própria;

§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma indi-
que tenha havido prejuízo. vidual, mediante entrega ao encarregado da re-
cepção, que será obrigatoriamente identificado;
§ 2º A prática de atos processuais em outras co-
marcas poderá ser solicitada por qualquer meio III - sendo necessário, por oficial de justiça, in-
idôneo de comunicação. dependentemente de mandado ou carta preca-
tória.
§ 3º Apenas os atos considerados essenciais se-
rão registrados resumidamente, em notas ma- § 1º A citação conterá cópia do pedido inicial,
nuscritas, datilografadas, taquigrafadas ou este- dia e hora para comparecimento do citando e
notipadas. Os demais atos poderão ser gravados advertência de que, não comparecendo este,
em fita magnética ou equivalente, que será inu- considerar-se-ão verdadeiras as alegações ini-
tilizada após o trânsito em julgado da decisão. ciais, e será proferido julgamento, de plano.
§ 4º As normas locais disporão sobre a conserva- § 2º Não se fará citação por edital.
ção das peças do processo e demais documentos § 3º O comparecimento espontâneo suprirá a
que o instruem. falta ou nulidade da citação.
Seção V Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista
para citação, ou por qualquer outro meio idôneo de
Do pedido comunicação.
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação § 1º Dos atos praticados na audiência, conside-
do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado. rar-se-ão desde logo cientes as partes.

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§ 2º As partes comunicarão ao juízo as mudan- zação imediata, será a audiência designada para
ças de endereço ocorridas no curso do processo, um dos quinze dias subseqüentes, cientes, des-
reputando-se eficazes as intimações enviadas ao de logo, as partes e testemunhas eventualmente
local anteriormente indicado, na ausência da co- presentes.
municação.
Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão
ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, pro-
Seção VII
ferida a sentença.
Da Revelia Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes
Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de que possam interferir no regular prosseguimento da
conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, audiência. As demais questões serão decididas na sen-
reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido tença.
inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Parágrafo único. Sobre os documentos apresen-
Juiz. tados por uma das partes, manifestar-se-á ime-
diatamente a parte contrária, sem interrupção
Seção VIII da audiência.

Da Conciliação e do Juízo Arbitral Seção X


Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado ou leigo escla-
recerá as partes presentes sobre as vantagens da con- Da Resposta do Réu
ciliação, mostrando-lhes os riscos e as conseqüências Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá
do litígio, especialmente quanto ao disposto no § 3º do toda matéria de defesa, exceto argüição de suspeição
art. 3º desta Lei. ou impedimento do Juiz, que se processará na forma
Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado da legislação em vigor.
ou leigo ou por conciliador sob sua orientação. Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu,
Parágrafo único. Obtida a conciliação, esta será na contestação, formular pedido em seu favor, nos li-
reduzida a escrito e homologada pelo Juiz to- mites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mes-
gado, mediante sentença com eficácia de título mos fatos que constituem objeto da controvérsia.
executivo. Parágrafo único. O autor poderá responder ao
Art. 23. Não comparecendo o demandado, o Juiz toga- pedido do réu na própria audiência ou requerer
do proferirá sentença. a designação da nova data, que será desde logo
fixada, cientes todos os presentes.
Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes poderão
optar, de comum acordo, pelo juízo arbitral, na forma Seção XI
prevista nesta Lei.
§ 1º O juízo arbitral considerar-se-á instaurado, Das Provas
independentemente de termo de compromisso, Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legíti-
com a escolha do árbitro pelas partes. Se este mos, ainda que não especificados em lei, são hábeis
não estiver presente, o Juiz convocá-lo-á e de- para provar a veracidade dos fatos alegados pelas par-
signará, de imediato, a data para a audiência de tes.
instrução.
Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiência
§ 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes lei- de instrução e julgamento, ainda que não requeridas
gos. previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que
Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mes- considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.
mos critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º desta Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para
Lei, podendo decidir por eqüidade. cada parte, comparecerão à audiência de instrução e
Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado,
subseqüentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz to- independentemente de intimação, ou mediante esta,
gado para homologação por sentença irrecorrível. se assim for requerido.
§ 1º O requerimento para intimação das teste-
Seção IX munhas será apresentado à Secretaria no míni-
mo cinco dias antes da audiência de instrução e
Da Instrução e Julgamento
julgamento.
Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á
§ 2º Não comparecendo a testemunha intimada,
imediatamente à audiência de instrução e julgamento,
o Juiz poderá determinar sua imediata condu-
desde que não resulte prejuízo para a defesa.
ção, valendo-se, se necessário, do concurso da
Parágrafo único. Não sendo possível a sua reali- força pública.

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Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão de
inquirir técnicos de sua confiança, permitida às partes julgamento.
a apresentação de parecer técnico.
Art. 46. O julgamento em segunda instância constará
Parágrafo único. No curso da audiência, pode- apenas da ata, com a indicação suficiente do processo,
rá o Juiz, de ofício ou a requerimento das par- fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sen-
tes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou tença for confirmada pelos próprios fundamentos, a
determinar que o faça pessoa de sua confiança, súmula do julgamento servirá de acórdão.
que lhe relatará informalmente o verificado.
Seção XIII
Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, de-
vendo a sentença referir, no essencial, os informes tra- Dos Embargos de Declaração
zidos nos depoimentos.
Art. 48. Caberão embargos de declaração contra sen-
Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, tença ou acórdão nos casos previstos no Código de
sob a supervisão de Juiz togado. Processo Civil.
Seção XII Parágrafo único. Os erros materiais podem ser
corrigidos de ofício.
Da Sentença
Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos
Art. 38. A sentença mencionará os elementos de con- por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, con-
vicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes tados da ciência da decisão.
ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o
Parágrafo único. Não se admitirá sentença con- prazo para a interposição de recurso.
denatória por quantia ilíquida, ainda que gené-
rico o pedido. Seção XIV
Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte
que exceder a alçada estabelecida nesta Lei. Da Extinção do Processo Sem Julgamento do Mérito

Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução pro- Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previs-
ferirá sua decisão e imediatamente a submeterá ao Juiz tos em lei:
togado, que poderá homologá-la, proferir outra em I - quando o autor deixar de comparecer a qual-
substituição ou, antes de se manifestar, determinar a quer das audiências do processo;
realização de atos probatórios indispensáveis.
II - quando inadmissível o procedimento insti-
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de tuído por esta Lei ou seu prosseguimento, após
conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o a conciliação;
próprio Juizado.
III - quando for reconhecida a incompetência
§ 1º O recurso será julgado por uma turma com- territorial;
posta por três Juízes togados, em exercício no
primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede IV - quando sobrevier qualquer dos impedi-
do Juizado. mentos previstos no art. 8º desta Lei;

§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamen- V - quando, falecido o autor, a habilitação de-


te representadas por advogado. pender de sentença ou não se der no prazo de
trinta dias;
Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias,
contados da ciência da sentença, por petição escrita, da VI - quando, falecido o réu, o autor não promo-
qual constarão as razões e o pedido do recorrente. ver a citação dos sucessores no prazo de trinta
dias da ciência do fato.
§ 1º O preparo será feito, independentemente de
intimação, nas quarenta e oito horas seguintes à § 1º A extinção do processo independerá, em
interposição, sob pena de deserção. qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal
das partes.
§ 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o re-
corrido para oferecer resposta escrita no prazo § 2º No caso do inciso I deste artigo, quando
de dez dias. comprovar que a ausência decorre de força
maior, a parte poderá ser isentada, pelo Juiz, do
Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, po- pagamento das custas.
dendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar
dano irreparável para a parte. Seção XV
Art. 44. As partes poderão requerer a transcrição da
Da Execução
gravação da fita magnética a que alude o § 3º do art. 13
desta Lei, correndo por conta do requerente as despe- Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no pró-
sas respectivas. prio Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto

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no Código de Processo Civil, com as seguintes altera- Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial,
ções: no valor de até quarenta salários mínimos, obedecerá
ao disposto no Código de Processo Civil, com as mo-
I - as sentenças serão necessariamente líquidas,
dificações introduzidas por esta Lei.
contendo a conversão em Bônus do Tesouro Na-
cional - BTN ou índice equivalente; § 1º Efetuada a penhora, o devedor será inti-
mado a comparecer à audiência de conciliação,
II - os cálculos de conversão de índices, de ho-
quando poderá oferecer embargos (art. 52, IX),
norários, de juros e de outras parcelas serão efe-
por escrito ou verbalmente.
tuados por servidor judicial;
§ 2º Na audiência, será buscado o meio mais rá-
III - a intimação da sentença será feita, sempre
pido e eficaz para a solução do litígio, se possí-
que possível, na própria audiência em que for
vel com dispensa da alienação judicial, deven-
proferida. Nessa intimação, o vencido será ins-
do o conciliador propor, entre outras medidas
tado a cumprir a sentença tão logo ocorra seu
cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou a
trânsito em julgado, e advertido dos efeitos do
prestação, a dação em pagamento ou a imediata
seu descumprimento (inciso V);
adjudicação do bem penhorado.
IV - não cumprida voluntariamente a sentença
§ 3º Não apresentados os embargos em audiên-
transitada em julgado, e tendo havido solicita-
cia, ou julgados improcedentes, qualquer das
ção do interessado, que poderá ser verbal, pro-
partes poderá requerer ao Juiz a adoção de uma
ceder-se-á desde logo à execução, dispensada
das alternativas do parágrafo anterior.
nova citação;
§ 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo
V - nos casos de obrigação de entregar, de fazer,
bens penhoráveis, o processo será imediata-
ou de não fazer, o Juiz, na sentença ou na fase
mente extinto, devolvendo-se os documentos
de execução, cominará multa diária, arbitrada
ao autor.
de acordo com as condições econômicas do de-
vedor, para a hipótese de inadimplemento. Não Seção XVI
cumprida a obrigação, o credor poderá reque-
rer a elevação da multa ou a transformação da Das Despesas
condenação em perdas e danos, que o Juiz de
imediato arbitrará, seguindo-se a execução por Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em
quantia certa, incluída a multa vencida de obri- primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas,
gação de dar, quando evidenciada a malícia do taxas ou despesas.
devedor na execução do julgado; Parágrafo único. O preparo do recurso, na for-
VI - na obrigação de fazer, o Juiz pode determi- ma do § 1º do art. 42 desta Lei, compreenderá
nar o cumprimento por outrem, fixado o valor todas as despesas processuais, inclusive aque-
que o devedor deve depositar para as despesas, las dispensadas em primeiro grau de jurisdição,
sob pena de multa diária; ressalvada a hipótese de assistência judiciária
gratuita.
VII - na alienação forçada dos bens, o Juiz po-
derá autorizar o devedor, o credor ou terceira Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará
pessoa idônea a tratar da alienação do bem pe- o vencido em custas e honorários de advogado, res-
nhorado, a qual se aperfeiçoará em juízo até a salvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo
data fixada para a praça ou leilão. Sendo o preço grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e hono-
inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. rários de advogado, que serão fixados entre dez por
Se o pagamento não for à vista, será oferecida cento e vinte por cento do valor de condenação ou, não
caução idônea, nos casos de alienação de bem havendo condenação, do valor corrigido da causa.
móvel, ou hipotecado o imóvel; Parágrafo único. Na execução não serão conta-
VIII - é dispensada a publicação de editais em das custas, salvo quando:
jornais, quando se tratar de alienação de bens I - reconhecida a litigância de má-fé;
de pequeno valor;
II - improcedentes os embargos do devedor;
IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos
III - tratar-se de execução de sentença que tenha
autos da execução, versando sobre:
sido objeto de recurso improvido do devedor.
a) falta ou nulidade da citação no processo, se
ele correu à revelia; Seção XVII
b) manifesto excesso de execução;
Disposições Finais
c) erro de cálculo;
Art. 56. Instituído o Juizado Especial, serão implanta-
d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva das as curadorias necessárias e o serviço de assistência
da obrigação, superveniente à sentença. judiciária.

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Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza § 2º A prática de atos processuais em outras co-
ou valor, poderá ser homologado, no juízo competen- marcas poderá ser solicitada por qualquer meio
te, independentemente de termo, valendo a sentença hábil de comunicação.
como título executivo judicial.
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusiva-
Parágrafo único. Valerá como título extrajudicial mente os atos havidos por essenciais. Os atos
o acordo celebrado pelas partes, por instrumen- realizados em audiência de instrução e julga-
to escrito, referendado pelo órgão competente mento poderão ser gravados em fita magnética
do Ministério Público. ou equivalente.
Art. 58. As normas de organização judiciária local po- Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Jui-
derão estender a conciliação prevista nos arts. 22 e 23 a zado, sempre que possível, ou por mandado.
causas não abrangidas por esta Lei.
Parágrafo único. Não encontrado o acusado
Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas su- para ser citado, o Juiz encaminhará as peças
jeitas ao procedimento instituído por esta Lei. existentes ao Juízo comum para adoção do pro-
cedimento previsto em lei.
Capítulo III
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com
aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pes-
Dos Juizados Especiais Criminais
soa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao
Disposições Gerais encarregado da recepção, que será obrigatoriamente
identificado, ou, sendo necessário, por oficial de jus-
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juí- tiça, independentemente de mandado ou carta preca-
zes togados ou togados e leigos, tem competência para tória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comuni-
a conciliação, o julgamento e a execução das infrações cação.
penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as re-
Parágrafo único. Dos atos praticados em au-
gras de conexão e continência.
diência considerar-se-ão desde logo cientes as
Parágrafo único. Na reunião de processos, pe- partes, os interessados e defensores.
rante o juízo comum ou o tribunal do júri, de-
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do man-
correntes da aplicação das regras de conexão
dado de citação do acusado, constará a necessidade de
e continência, observar-se-ão os institutos da
seu comparecimento acompanhado de advogado, com
transação penal e da composição dos danos ci-
a advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado
vis.
defensor público.
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor
potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as con- Seção II
travenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não Da Fase Preliminar
com multa. Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orien- da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o enca-
tar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, minhará imediatamente ao Juizado, com o autor do
economia processual e celeridade, objetivando, sempre fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos
que possível, a reparação dos danos sofridos pela víti- exames periciais necessários.
ma e a aplicação de pena não privativa de liberdade. Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a
lavratura do termo, for imediatamente encami-
Seção I
nhado ao juizado ou assumir o compromisso de
a ele comparecer, não se imporá prisão em fla-
Da Competência e dos Atos Processuais
grante, nem se exigirá fiança. Em caso de violên-
Art. 63. A competência do Juizado será determinada cia doméstica, o juiz poderá determinar, como
pelo lugar em que foi praticada a infração penal. medida de cautela, seu afastamento do lar, do-
micílio ou local de convivência com a vítima. )
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão
realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e
semana, conforme dispuserem as normas de organi- não sendo possível a realização imediata da audiência
zação judiciária. preliminar, será designada data próxima, da qual am-
bos sairão cientes.
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que
preencherem as finalidades para as quais foram reali- Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos
zados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação
Lei. e, se for o caso, a do responsável civil, na forma dos
arts. 67 e 68 desta Lei.
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem
que tenha havido prejuízo. Art. 72. Na audiência preliminar, presente o represen-

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tante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima portará em reincidência, sendo registrada ape-
e, se possível, o responsável civil, acompanhados por nas para impedir novamente o mesmo benefício
seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibili- no prazo de cinco anos.
dade da composição dos danos e da aceitação da pro-
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior
posta de aplicação imediata de pena não privativa de
caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
liberdade.
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por
deste artigo não constará de certidão de ante-
conciliador sob sua orientação.
cedentes criminais, salvo para os fins previstos
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis,
da Justiça, recrutados, na forma da lei local, pre- cabendo aos interessados propor ação cabível
ferentemente entre bacharéis em Direito, excluí- no juízo cível.
dos os que exerçam funções na administração
da Justiça Criminal. Seção III
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida Do Procedimento Sumariíssimo
a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença
irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando
juízo civil competente. não houver aplicação de pena, pela ausência do autor
do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz,
iniciativa privada ou de ação penal pública con- de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade
dicionada à representação, o acordo homologa- de diligências imprescindíveis.
do acarreta a renúncia ao direito de queixa ou
representação. § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será
elaborada com base no termo de ocorrência
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do
dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de inquérito policial, prescindir-se-á do exame do
exercer o direito de representação verbal, que será re- corpo de delito quando a materialidade do cri-
duzida a termo. me estiver aferida por boletim médico ou prova
Parágrafo único. O não oferecimento da repre- equivalente.
sentação na audiência preliminar não implica § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do
decadência do direito, que poderá ser exercido caso não permitirem a formulação da denúncia,
no prazo previsto em lei. o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de cri- encaminhamento das peças existentes, na forma
me de ação penal pública incondicionada, não sendo do parágrafo único do art. 66 desta Lei.
caso de arquivamento, o Ministério Público poderá § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido po-
propor a aplicação imediata de pena restritiva de di- derá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz
reitos ou multas, a ser especificada na proposta. verificar se a complexidade e as circunstâncias
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única do caso determinam a adoção das providências
aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar compro- Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzi-
vado: da a termo, entregando-se cópia ao acusado, que com
ela ficará citado e imediatamente cientificado da de-
I - ter sido o autor da infração condenado, pela
signação de dia e hora para a audiência de instrução
prática de crime, à pena privativa de liberdade,
e julgamento, da qual também tomarão ciência o Mi-
por sentença definitiva;
nistério Público, o ofendido, o responsável civil e seus
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, advogados.
no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena
§ 1º Se o acusado não estiver presente, será cita-
restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
do na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientifi-
III - não indicarem os antecedentes, a conduta cado da data da audiência de instrução e julga-
social e a personalidade do agente, bem como mento, devendo a ela trazer suas testemunhas
os motivos e as circunstâncias, ser necessária e ou apresentar requerimento para intimação, no
suficiente a adoção da medida. mínimo cinco dias antes de sua realização.
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e § 2º Não estando presentes o ofendido e o res-
seu defensor, será submetida à apreciação do ponsável civil, serão intimados nos termos do
Juiz. art. 67 desta Lei para comparecerem à audiência
de instrução e julgamento.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público
aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a § 3º As testemunhas arroladas serão intimadas
pena restritiva de direitos ou multa, que não im- na forma prevista no art. 67 desta Lei.

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Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de Seção IV


instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver
havido possibilidade de tentativa de conciliação e de Da Execução
oferecimento de proposta pelo Ministério Público, pro- Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu
ceder-se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. cumprimento far-se-á mediante pagamento na Secre-
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o taria do Juizado.
Juiz, quando imprescindível, a condução coercitiva de Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o Juiz
quem deva comparecer. declarará extinta a punibilidade, determinando
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao de- que a condenação não fique constando dos re-
fensor para responder à acusação, após o que o Juiz gistros criminais, exceto para fins de requisição
receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo rece- judicial.
bimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, será feita
acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, a conversão em pena privativa da liberdade, ou restri-
se presente, passando-se imediatamente aos debates tiva de direitos, nos termos previstos em lei.
orais e à prolação da sentença.
Art. 86. A execução das penas privativas de liberdade
§ 1º Todas as provas serão produzidas na au- e restritivas de direitos, ou de multa cumulada com es-
diência de instrução e julgamento, podendo o tas, será processada perante o órgão competente, nos
Juiz limitar ou excluir as que considerar excessi- termos da lei.
vas, impertinentes ou protelatórias.
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será lavra- Seção V
do termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, con-
tendo breve resumo dos fatos relevantes ocorri- Das Despesas Processuais
dos em audiência e a sentença. Art. 87. Nos casos de homologação do acordo civil e
§ 3º A sentença, dispensado o relatório, mencio- aplicação de pena restritiva de direitos ou multa (arts.
nará os elementos de convicção do Juiz. 74 e 76, § 4º), as despesas processuais serão reduzidas,
conforme dispuser lei estadual.
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa
e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada Seção VI
por turma composta de três Juízes em exercício no pri-
meiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. Disposições Finais
§ 1º A apelação será interposta no prazo de dez Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da le-
dias, contados da ciência da sentença pelo Mi- gislação especial, dependerá de representação a ação
nistério Público, pelo réu e seu defensor, por penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e
petição escrita, da qual constarão as razões e o lesões culposas.
pedido do recorrente.
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima comina-
§ 2º O recorrido será intimado para oferecer res- da for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não
posta escrita no prazo de dez dias. por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denún-
cia, poderá propor a suspensão do processo, por dois
§ 3º As partes poderão requerer a transcrição da
a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo
gravação da fita magnética a que alude o § 3º do
processado ou não tenha sido condenado por outro
art. 65 desta Lei.
crime, presentes os demais requisitos que autoriza-
§ 4º As partes serão intimadas da data da sessão riam a suspensão condicional da pena ( ).
de julgamento pela imprensa.
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu de-
§ 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios fensor, na presença do Juiz, este, recebendo a
fundamentos, a súmula do julgamento servirá denúncia, poderá suspender o processo, sub-
de acórdão. metendo o acusado a período de prova, sob as
seguintes condições:
Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em
sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição I - reparação do dano, salvo impossibilidade de
ou omissão. fazê-lo;
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos II - proibição de freqüentar determinados luga-
por escrito ou oralmente, no prazo de cinco res;
dias, contados da ciência da decisão.
III - proibição de ausentar-se da comarca onde
§ 2o Os embargos de declaração interrompem o reside, sem autorização do Juiz;
prazo para a interposição de recurso.
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juí-
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de zo, mensalmente, para informar e justificar suas
ofício. atividades.

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§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições


a que fica subordinada a suspensão, desde que 11 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
adequadas ao fato e à situação pessoal do acu-
sado. LIVRO I

§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do DO PROCESSO EM GERAL


prazo, o beneficiário vier a ser processado por
outro crime ou não efetuar, sem motivo justifi- TÍTULO I
cado, a reparação do dano.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acu-
sado vier a ser processado, no curso do prazo, Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o territó-
por contravenção, ou descumprir qualquer ou- rio brasileiro, por este Código, ressalvados:
tra condição imposta. I - os tratados, as convenções e regras de direito
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz de- internacional;
clarará extinta a punibilidade. II - as prerrogativas constitucionais do Presi-
dente da República, dos ministros de Estado,
§ 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de
nos crimes conexos com os do Presidente da Re-
suspensão do processo.
pública, e dos ministros do Supremo Tribunal
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta previs- Federal, nos crimes de responsabilidade (Cons-
ta neste artigo, o processo prosseguirá em seus tituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
ulteriores termos. III - os processos da competência da Justiça Mi-
Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam aos litar;
processos penais cuja instrução já estiver iniciada. IV - os processos da competência do tribunal es-
pecial (Constituição, art. 122, no 17);
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no
âmbito da Justiça Militar. V - os processos por crimes de imprensa.

Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir re- Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este
presentação para a propositura da ação penal pública, Código aos processos referidos nos nos. IV e V,
o ofendido ou seu representante legal será intimado quando as leis especiais que os regulam não dis-
para oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de puserem de modo diverso.
decadência.
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo,
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vi-
dos Códigos Penal e de Processo Penal, no que não fo- gência da lei anterior.
rem incompatíveis com esta Lei. Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação
extensiva e aplicação analógica, bem como o suple-
Capítulo IV mento dos princípios gerais de direito.

Disposições Finais Comuns TÍTULO II

Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de Jui- DO INQUÉRITO POLICIAL
zados Especiais Cíveis e Criminais, sua organização,
composição e competência. Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas auto-
ridades policiais no território de suas respectivas cir-
Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser prestados, cunscrições e terá por fim a apuração das infrações
e as audiências realizadas fora da sede da Comarca, penais e da sua autoria.
em bairros ou cidades a ela pertencentes, ocupando
instalações de prédios públicos, de acordo com au- Parágrafo único. A competência definida neste
diências previamente anunciadas. artigo não excluirá a de autoridades adminis-
trativas, a quem por lei seja cometida a mesma
Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios cria- função.
rão e instalarão os Juizados Especiais no prazo de seis
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial
meses, a contar da vigência desta Lei.
será iniciado:
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) meses,
I - de ofício;
contado da publicação desta Lei, serão criados e
instalados os Juizados Especiais Itinerantes, que II - mediante requisição da autoridade judiciá-
deverão dirimir, prioritariamente, os conflitos ria ou do Ministério Público, ou a requerimento
existentes nas áreas rurais ou nos locais de me- do ofendido ou de quem tiver qualidade para
nor concentração populacional. representá-lo.

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§ 1o O requerimento a que se refere o no II con- de ânimo antes e depois do crime e durante ele,
terá sempre que possível: e quaisquer outros elementos que contribuírem
para a apreciação do seu temperamento e cará-
a) a narração do fato, com todas as circunstân-
ter.
cias;
X - colher informações sobre a existência de fi-
b) a individualização do indiciado ou seus si-
lhos, respectivas idades e se possuem alguma
nais característicos e as razões de convicção ou
deficiência e o nome e o contato de eventual
de presunção de ser ele o autor da infração, ou
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado
os motivos de impossibilidade de o fazer;
pela pessoa presa.
c) a nomeação das testemunhas, com indicação
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a in-
de sua profissão e residência.
fração sido praticada de determinado modo, a autori-
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento dade policial poderá proceder à reprodução simulada
de abertura de inquérito caberá recurso para o dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade
chefe de Polícia. ou a ordem pública.
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver co- Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado
nhecimento da existência de infração penal em o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
que caiba ação pública poderá, verbalmente ou Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão,
por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e num só processado, reduzidas a escrito ou datilografa-
esta, verificada a procedência das informações, das e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
mandará instaurar inquérito.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pú- dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
blica depender de representação, não poderá estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
sem ela ser iniciado. hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,
policial somente poderá proceder a inquérito a mediante fiança ou sem ela.
requerimento de quem tenha qualidade para in- § 1o A autoridade fará minucioso relatório do
tentá-la. que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da in- competente.
fração penal, a autoridade policial deverá: § 2o No relatório poderá a autoridade indicar
I - dirigir-se ao local, providenciando para que testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
não se alterem o estado e conservação das coi- mencionando o lugar onde possam ser encon-
sas, até a chegada dos peritos criminais; tradas.

II - apreender os objetos que tiverem relação § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o
com o fato, após liberados pelos peritos crimi- indiciado estiver solto, a autoridade poderá re-
nais; querer ao juiz a devolução dos autos, para ulte-
riores diligências, que serão realizadas no prazo
III - colher todas as provas que servirem para marcado pelo juiz.
o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os obje-
IV - ouvir o ofendido; tos que interessarem à prova, acompanharão os autos
V - ouvir o indiciado, com observância, no que do inquérito.
for aplicável, do disposto no Capítulo III do Tí- Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia
tulo Vll, deste Livro, devendo o respectivo ter- ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
mo ser assinado por duas testemunhas que Ihe
tenham ouvido a leitura; Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:

VI - proceder a reconhecimento de pessoas e I - fornecer às autoridades judiciárias as infor-


coisas e a acareações; mações necessárias à instrução e julgamento
dos processos;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a
exame de corpo de delito e a quaisquer outras II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz
perícias; ou pelo Ministério Público;
III - cumprir os mandados de prisão expedidos
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo
pelas autoridades judiciárias;
processo datiloscópico, se possível, e fazer jun-
tar aos autos sua folha de antecedentes; IV - representar acerca da prisão preventiva.
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e
o ponto de vista individual, familiar e social, 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei
sua condição econômica, sua atitude e estado no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),

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e noart. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 devolução do inquérito à autoridade policial, senão
(Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do para novas diligências, imprescindíveis ao ofereci-
Ministério Público ou o delegado de polícia poderá re- mento da denúncia.
quisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar ar-
empresas da iniciativa privada, dados e informações
quivar autos de inquérito.
cadastrais da vítima ou de suspeitos.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inqué-
Parágrafo único. A requisição, que será atendida
rito pela autoridade judiciária, por falta de base para a
no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá:
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a no-
I - o nome da autoridade requisitante; vas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
II - o número do inquérito policial; e Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública,
III - a identificação da unidade de polícia judi- os autos do inquérito serão remetidos ao juízo compe-
ciária responsável pela investigação. tente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de
seu representante legal, ou serão entregues ao reque-
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos rente, se o pedir, mediante traslado.
crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro
do Ministério Público ou o delegado de polícia pode- Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo
rão requisitar, mediante autorização judicial, às em- necessário à elucidação do fato ou exigido pelo inte-
presas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ resse da sociedade.
ou telemática que disponibilizem imediatamente os Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes
meios técnicos adequados – como sinais, informações que lhe forem solicitados, a autoridade policial
e outros – que permitam a localização da vítima ou dos não poderá mencionar quaisquer anotações re-
suspeitos do delito em curso. ferentes a instauração de inquérito contra os re-
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa querentes.
posicionamento da estação de cobertura, setori- Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado depende-
zação e intensidade de radiofrequência. rá sempre de despacho nos autos e somente será per-
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: mitida quando o interesse da sociedade ou a conve-
niência da investigação o exigir.
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comuni-
cação de qualquer natureza, que dependerá de Parágrafo único. A incomunicabilidade, que
autorização judicial, conforme disposto em lei; não excederá de três dias, será decretada por
despacho fundamentado do Juiz, a requerimen-
II - deverá ser fornecido pela prestadora de te- to da autoridade policial, ou do órgão do Minis-
lefonia móvel celular por período não superior tério Público, respeitado, em qualquer hipótese,
a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da
por igual período; Ordem dos Advogados do Brasil ( )
III - para períodos superiores àquele de que tra- Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que
ta o inciso II, será necessária a apresentação de houver mais de uma circunscrição policial, a autorida-
ordem judicial. de com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inqué- a que esteja procedendo, ordenar diligências em cir-
rito policial deverá ser instaurado no prazo má- cunscrição de outra, independentemente de precató-
ximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do rias ou requisições, e bem assim providenciará, até que
registro da respectiva ocorrência policial. compareça a autoridade competente, sobre qualquer
fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.
§ 4o Não havendo manifestação judicial no pra-
zo de 12 (doze) horas, a autoridade competente Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao
requisitará às empresas prestadoras de serviço juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Ins-
de telecomunicações e/ou telemática que dis- tituto de Identificação e Estatística, ou repartição con-
ponibilizem imediatamente os meios técnicos gênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distri-
adequados – como sinais, informações e outros buídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa
– que permitam a localização da vítima ou dos do indiciado.
suspeitos do delito em curso, com imediata co-
municação ao juiz. TÍTULO III
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o
DA AÇÃO PENAL
indiciado poderão requerer qualquer diligência, que
será realizada, ou não, a juízo da autoridade. Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promo-
vida por denúncia do Ministério Público, mas depen-
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado
derá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
curador pela autoridade policial.
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a quem tiver qualidade para representá-lo.

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§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando requerimento do Ministério Público, pelo juiz compe-
declarado ausente por decisão judicial, o direito tente para o processo penal.
de representação passará ao cônjuge, ascenden-
Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e
te, descendente ou irmão.
maior de 18 (dezoito) anos, o direito de queixa poderá
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado ser exercido por ele ou por seu representante legal.
em detrimento do patrimônio ou interesse da
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direi-
União, Estado e Município, a ação penal será
to de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em segui-
pública.
da, o parente mais próximo na ordem de enumeração
Art. 25. A representação será irretratável, depois de constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer
oferecida a denúncia. delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da
instância ou a abandone.
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada
com o auto de prisão em flagrante ou por meio de por- Art. 37. As fundações, associações ou sociedades le-
taria expedida pela autoridade judiciária ou policial. galmente constituídas poderão exercer a ação penal,
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar devendo ser representadas por quem os respectivos
a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio des-
caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, infor- tes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
mações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou
lugar e os elementos de convicção. seu representante legal, decairá no direito de queixa
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de ou de representação, se não o exercer dentro do pra-
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do in- zo de seis meses, contado do dia em que vier a saber
quérito policial ou de quaisquer peças de informação, quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do
o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de in- denúncia.
formação ao procurador-geral, e este oferecerá a de- Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do
núncia, designará outro órgão do Ministério Público direito de queixa ou representação, dentro do
para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamen- mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo
to, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. único, e 31.
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação Art. 39. O direito de representação poderá ser exer-
pública, se esta não for intentada no prazo legal, ca- cido, pessoalmente ou por procurador com poderes
bendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao
-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade
os termos do processo, fornecer elementos de prova, policial.
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligên-
cia do querelante, retomar a ação como parte principal. § 1o A representação feita oralmente ou por
escrito, sem assinatura devidamente autentica-
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para da do ofendido, de seu representante legal ou
representá-lo caberá intentar a ação privada. procurador, será reduzida a termo, perante o
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando de- juiz ou autoridade policial, presente o órgão do
clarado ausente por decisão judicial, o direito de ofe- Ministério Público, quando a este houver sido
recer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, dirigida.
ascendente, descendente ou irmão. § 2o A representação conterá todas as informa-
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requeri- ções que possam servir à apuração do fato e da
mento da parte que comprovar a sua pobreza, nomea- autoria.
rá advogado para promover a ação penal. § 3o Oferecida ou reduzida a termo a represen-
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não tação, a autoridade policial procederá a inqué-
puder prover às despesas do processo, sem pri- rito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à
var-se dos recursos indispensáveis ao próprio autoridade que o for.
sustento ou da família.
§ 4o A representação, quando feita ao juiz ou
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atesta- perante este reduzida a termo, será remetida à
do da autoridade policial em cuja circunscrição autoridade policial para que esta proceda a in-
residir o ofendido. quérito.
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, § 5o O órgão do Ministério Público dispensará
ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não o inquérito, se com a representação forem ofe-
tiver representante legal, ou colidirem os interesses recidos elementos que o habilitem a promover
deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia
exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a no prazo de quinze dias.

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Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhece- Parágrafo único. A renúncia do representante
rem, os juízes ou tribunais verificarem a existência de legal do menor que houver completado 18 (de-
crime de ação pública, remeterão ao Ministério Públi- zoito) anos não privará este do direito de quei-
co as cópias e os documentos necessários ao ofereci- xa, nem a renúncia do último excluirá o direito
mento da denúncia. do primeiro.
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados
do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito
a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos em relação ao que o recusar.
quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e,
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18
quando necessário, o rol das testemunhas.
anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ou por seu representante legal, mas o perdão concedi-
ação penal. do por um, havendo oposição do outro, não produzirá
efeito.
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com
poderes especiais, devendo constar do instrumento do Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou
mandato o nome do querelante e a menção do fato cri- retardado mental e não tiver representante legal, ou
minoso, salvo quando tais esclarecimentos depende- colidirem os interesses deste com os do querelado, a
rem de diligências que devem ser previamente reque- aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz Ihe
ridas no juízo criminal. nomear.
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for pri- Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, obser-
vativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério var-se-á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no
Público, a quem caberá intervir em todos os termos art. 52.
subseqüentes do processo. Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, es- com poderes especiais.
tando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual ex-
que o órgão do Ministério Público receber os autos do presso o disposto no art. 50.
inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto
ou afiançado. No último caso, se houver devolução do Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão
inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o todos os meios de prova.
prazo da data em que o órgão do Ministério Público Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração ex-
receber novamente os autos. pressa nos autos, o querelado será intimado a dizer,
§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo
inquérito policial, o prazo para o oferecimento tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará
da denúncia contar-se-á da data em que tiver aceitação.
recebido as peças de informações ou a represen- Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará
tação extinta a punibilidade.
§ 2o O prazo para o aditamento da queixa será Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo cons-
de 3 dias, contado da data em que o órgão do tará de declaração assinada pelo querelado, por seu
Ministério Público receber os autos, e, se este representante legal ou procurador com poderes espe-
não se pronunciar dentro do tríduo, entender- ciais.
se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se
nos demais termos do processo. Art. 60. Nos casos em que somente se procede me-
diante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de
maiores esclarecimentos e documentos complementa-
promover o andamento do processo durante 30
res ou novos elementos de convicção, deverá requisitá
dias seguidos;
-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcio-
nários que devam ou possam fornecê-los. II - quando, falecendo o querelante, ou sobre-
vindo sua incapacidade, não comparecer em juí-
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do cri-
zo, para prosseguir no processo, dentro do pra-
me obrigará ao processo de todos, e o Ministério Públi-
zo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a
co velará pela sua indivisibilidade.
quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, art. 36;
em relação a um dos autores do crime, a todos se es-
III - quando o querelante deixar de comparecer,
tenderá.
sem motivo justificado, a qualquer ato do pro-
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração cesso a que deva estar presente, ou deixar de
assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou formular o pedido de condenação nas alegações
procurador com poderes especiais. finais;

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IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, dente, estiver respondendo a processo por fato
esta se extinguir sem deixar sucessor. análogo, sobre cujo caráter criminoso haja con-
trovérsia;
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se re-
conhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüí-
ofício. neo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sus-
tentar demanda ou responder a processo que
Parágrafo único. No caso de requerimento do
tenha de ser julgado por qualquer das partes;
Ministério Público, do querelante ou do réu,
o juiz mandará autuá-lo em apartado, ouvi- IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
rá a parte contrária e, se o julgar conveniente,
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador,
concederá o prazo de cinco dias para a prova,
de qualquer das partes;
proferindo a decisão dentro de cinco dias ou re-
servando-se para apreciar a matéria na sentença Vl - se for sócio, acionista ou administrador de
final. sociedade interessada no processo.
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de
vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o Minis- parentesco por afinidade cessará pela dissolução do
tério Público, declarará extinta a punibilidade. casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo
descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento
TÍTULO VIII sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o
padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO parte no processo.
ACUSADO E DEFENSOR,
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem
reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de pro-
DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA
pósito der motivo para criá-la.
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
DO JUIZ
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do
Art. 257. Ao Ministério Público cabe:
processo e manter a ordem no curso dos respectivos
atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública. I - promover, privativamente, a ação penal pú-
blica, na forma estabelecida neste Código; e
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no pro-
cesso em que: II - fiscalizar a execução da lei.
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, con- Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não fun-
sangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral cionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das
até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou
advogado, órgão do Ministério Público, autori- afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, in-
dade policial, auxiliar da justiça ou perito; clusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável,
as prescrições relativas à suspeição e aos impedimen-
II - ele próprio houver desempenhado qualquer
tos dos juízes.
dessas funções ou servido como testemunha;
III - tiver funcionado como juiz de outra instân- CAPÍTULO III
cia, pronunciando-se, de fato ou de direito, so-
bre a questão; DO ACUSADO E SEU DEFENSOR
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, con- Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusa-
sangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até do com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos
o terceiro grau, inclusive, for parte ou direta- não retardará a ação penal, quando certa a identidade
mente interessado no feito. física. A qualquer tempo, no curso do processo, do jul-
gamento ou da execução da sentença, se for descoberta
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no
a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos
mesmo processo os juízes que forem entre si parentes,
autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes.
consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até
o terceiro grau, inclusive. Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o
interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer,
que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade po-
poderá ser recusado por qualquer das partes:
derá mandar conduzi-lo à sua presença.
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de
Parágrafo único. O mandado conterá, além da
qualquer deles;
ordem de condução, os requisitos mencionados
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descen- no art. 352, no que Ihe for aplicável.

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Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou fo- dirá acerca da realização das provas propostas
ragido, será processado ou julgado sem defensor. pelo assistente.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando rea- § 2o O processo prosseguirá independentemen-
lizada por defensor público ou dativo, será te de nova intimação do assistente, quando este,
sempre exercida através de manifestação fun- intimado, deixar de comparecer a qualquer dos
damentada. atos da instrução ou do julgamento, sem motivo
de força maior devidamente comprovado.
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador.
Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamen-
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado
te sobre a admissão do assistente.
defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo
tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assis-
defender-se, caso tenha habilitação. tente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar
dos autos o pedido e a decisão.
Parágrafo único. O acusado, que não for pobre,
será obrigado a pagar os honorários do defensor CAPÍTULO V
dativo, arbitrados pelo juiz.
DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA
Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e soli-
citadores serão obrigados, sob pena de multa de cem a Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes es-
quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos acu- tendem-se aos serventuários e funcionários da justiça,
sados, quando nomeados pelo Juiz. no que Ihes for aplicável.
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo CAPÍTULO VI
senão por motivo imperioso, comunicado previamen-
te o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) DOS PERITOS E INTÉRPRETES
salários mínimos, sem prejuízo das demais sanções
Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará su-
cabíveis.
jeito à disciplina judiciária.
§ 1o A audiência poderá ser adiada se, por moti-
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do pe-
vo justificado, o defensor não puder comparecer.
rito.
§ 2o Incumbe ao defensor provar o impedimen-
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obri-
to até a abertura da audiência. Não o fazendo, o
gado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a
juiz não determinará o adiamento de ato algum
quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível.
do processo, devendo nomear defensor substi-
tuto, ainda que provisoriamente ou só para o Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o
efeito do ato. perito que, sem justa causa, provada imediata-
mente:
Art. 266. A constituição de defensor independerá de
instrumento de mandato, se o acusado o indicar por a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado
ocasião do interrogatório. da autoridade;
Art. 267. Nos termos do art. 252, não funcionarão b) não comparecer no dia e local designados
como defensores os parentes do juiz. para o exame;

CAPÍTULO IV c) não der o laudo, ou concorrer para que a perí-


cia não seja feita, nos prazos estabelecidos.
DOS ASSISTENTES
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito,
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua
intervir, como assistente do Ministério Público, o ofen- condução.
dido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer
Art. 279. Não poderão ser peritos:
das pessoas mencionadas no Art. 31.
I - os que estiverem sujeitos à interdição de di-
Art. 269. O assistente será admitido enquanto não pas-
reito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Có-
sar em julgado a sentença e receberá a causa no estado
digo Penal;
em que se achar.
II - os que tiverem prestado depoimento no pro-
Art. 270. O co-réu no mesmo processo não poderá in-
cesso ou opinado anteriormente sobre o objeto
tervir como assistente do Ministério Público.
da perícia;
Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios
III - os analfabetos e os menores de 21 anos.
de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o
libelo e os articulados, participar do debate oral e ar- Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for apli-
razoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, cável, o disposto sobre suspeição dos juízes.
ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1o, e 598.
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos,
§ 1o O juiz, ouvido o Ministério Público, deci- equiparados aos peritos.

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Título II
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
12
ADOLESCENTE Dos Direitos Fundamentais

Título I Capítulo I
Das Disposições Preliminares
Do Direito à Vida e à Saúde
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à
criança e ao adolescente. Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a prote-
ção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, sociais públicas que permitam o nascimento e o desen-
a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adoles- volvimento sadio e harmonioso, em condições dignas
cente aquela entre doze e dezoito anos de idade. de existência.

Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema
aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pes- Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal.
soas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os níveis de atendimento, segundo critérios médi-
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem cos específicos, obedecendo-se aos princípios de
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, as- regionalização e hierarquização do Sistema.
segurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas
as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar
§ 2º A parturiente será atendida preferencial-
o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
mente pelo mesmo médico que a acompanhou
social, em condições de liberdade e de dignidade.
na fase pré-natal.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da socie-
dade em geral e do poder público assegurar, com ab- § 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio
soluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes alimentar à gestante e à nutriz que dele neces-
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, sitem.
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e co- § 4o Incumbe ao poder público proporcionar
munitária. assistência psicológica à gestante e à mãe, no pe-
ríodo pré e pós-natal, inclusive como forma de
Parágrafo único. A garantia de prioridade com- prevenir ou minorar as consequências do estado
preende: puerperal.

a) primazia de receber proteção e socorro em § 5o A assistência referida no § 4o deste arti-


quaisquer circunstâncias; go deverá ser também prestada a gestantes ou
mães que manifestem interesse em entregar
b) precedência de atendimento nos serviços pú- seus filhos para adoção.
blicos ou de relevância pública;
Art. 9º O poder público, as instituições e os emprega-
c) preferência na formulação e na execução das dores propiciarão condições adequadas ao aleitamen-
políticas sociais públicas; to materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a
medida privativa de liberdade.
d) destinação privilegiada de recursos públicos
nas áreas relacionadas com a proteção à infância
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de
e à juventude.
atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares,
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de são obrigados a:
qualquer forma de negligência, discriminação, explo-
ração, violência, crueldade e opressão, punido na for- I - manter registro das atividades desenvolvi-
ma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos das, através de prontuários individuais, pelo
seus direitos fundamentais. prazo de dezoito anos;

Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta II - identificar o recém-nascido mediante o re-
os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem gistro de sua impressão plantar e digital e da
comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e impressão digital da mãe, sem prejuízo de ou-
a condição peculiar da criança e do adolescente como tras formas normatizadas pela autoridade ad-
pessoas em desenvolvimento. ministrativa competente;

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III - proceder a exames visando ao diagnóstico direitos civis, humanos e sociais garantidos na Cons-
e terapêutica de anormalidades no metabolismo tituição e nas leis.
do recém-nascido, bem como prestar orientação
aos pais; Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes
aspectos:
IV - fornecer declaração de nascimento onde
constem necessariamente as intercorrências do I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e es-
parto e do desenvolvimento do neonato; paços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando
ao neonato a permanência junto à mãe. II - opinião e expressão;

Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da III - crença e culto religioso;
criança e do adolescente, por intermédio do Sistema
Único de Saúde, garantido o acesso universal e igua- IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
litário às ações e serviços para promoção, proteção e
recuperação da saúde. V - participar da vida familiar e comunitária,
sem discriminação;
§ 1º A criança e o adolescente portadores de de-
ficiência receberão atendimento especializado. VI - participar da vida política, na forma da lei;

§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratui- VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
tamente àqueles que necessitarem os medica-
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilida-
mentos, próteses e outros recursos relativos ao
de da integridade física, psíquica e moral da criança
tratamento, habilitação ou reabilitação.
e do adolescente, abrangendo a preservação da ima-
gem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
deverão proporcionar condições para a permanência
em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da crian-
casos de internação de criança ou adolescente. ça e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tra-
tamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo ou constrangedor.
físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-
tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoria- Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de
mente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico
localidade, sem prejuízo de outras providências legais. ou de tratamento cruel ou degradante, como formas
de correção, disciplina, educação ou qualquer outro
Parágrafo único. As gestantes ou mães que ma- pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família am-
nifestem interesse em entregar seus filhos para pliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos exe-
adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à cutores de medidas socioeducativas ou por qualquer
Justiça da Infância e da Juventude. pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá
-los ou protegê-los.
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá progra-
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, consi-
mas de assistência médica e odontológica para a pre-
dera-se:
venção das enfermidades que ordinariamente afetam
a população infantil, e campanhas de educação sanitá- I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou
ria para pais, educadores e alunos. punitiva aplicada com o uso da força física so-
bre a criança ou o adolescente que resulte em:
Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das
crianças nos casos recomendados pelas autori- a) sofrimento físico; ou
dades sanitárias.
b) lesão;

Capítulo II II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou


forma cruel de tratamento em relação à criança
ou ao adolescente que:
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
a) humilhe; ou
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberda- b) ameace gravemente; ou
de, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas
em processo de desenvolvimento e como sujeitos de c) ridicularize.

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Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família amplia- § 3o A manutenção ou reintegração de criança


da, os responsáveis, os agentes públicos executores de ou adolescente à sua família terá preferência em
medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarre- relação a qualquer outra providência, caso em
gada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, que será esta incluída em programas de orienta-
educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ção e auxílio, nos termos do parágrafo único do
ou tratamento cruel ou degradante como formas de art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e
correção, disciplina, educação ou qualquer outro pre- dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.
texto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções
§ 4o Será garantida a convivência da criança e
cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de
do adolescente com a mãe ou o pai privado de
acordo com a gravidade do caso:
liberdade, por meio de visitas periódicas pro-
movidas pelo responsável ou, nas hipóteses de
I - encaminhamento a programa oficial ou co-
acolhimento institucional, pela entidade res-
munitário de proteção à família;
ponsável, independentemente de autorização
judicial.
II - encaminhamento a tratamento psicológico
ou psiquiátrico;
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do ca-
samento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e
III - encaminhamento a cursos ou programas de
qualificações, proibidas quaisquer designações discri-
orientação;
minatórias relativas à filiação.
IV - obrigação de encaminhar a criança a trata-
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade
mento especializado;
de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que
dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer de-
V - advertência.
les o direito de, em caso de discordância, recorrer à
autoridade judiciária competente para a solução da
Parágrafo único. As medidas previstas neste ar-
divergência.
tigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem
prejuízo de outras providências legais.
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda
e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no
Capítulo III interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cum-
prir as determinações judiciais.
Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não
Seção I constitui motivo suficiente para a perda ou a suspen-
são do poder familiar.
Disposições Gerais
§ 1o Não existindo outro motivo que por si só
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser autorize a decretação da medida, a criança ou
criado e educado no seio da sua família e, excepcional- o adolescente será mantido em sua família de
mente, em família substituta, assegurada a convivência origem, a qual deverá obrigatoriamente ser in-
familiar e comunitária, em ambiente livre da presença cluída em programas oficiais de auxílio.
de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
§ 2o A condenação criminal do pai ou da mãe
§ 1o Toda criança ou adolescente que estiver não implicará a destituição do poder familiar,
inserido em programa de acolhimento familiar exceto na hipótese de condenação por crime do-
ou institucional terá sua situação reavaliada, no loso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio
máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a au- filho ou filha.
toridade judiciária competente, com base em
relatório elaborado por equipe interprofissio- Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão
nal ou multidisciplinar, decidir de forma fun- decretadas judicialmente, em procedimento contradi-
damentada pela possibilidade de reintegração tório, nos casos previstos na legislação civil, bem como
familiar ou colocação em família substituta, em na hipótese de descumprimento injustificado dos de-
quaisquer das modalidades previstas no art. 28 veres e obrigações a que alude o art. 22.
desta Lei.
Seção II
§ 2o A permanência da criança e do adolescente
em programa de acolhimento institucional não Da Família Natural
se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo
comprovada necessidade que atenda ao seu su- Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade
perior interesse, devidamente fundamentada formada pelos pais ou qualquer deles e seus descen-
pela autoridade judiciária. dentes.

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Parágrafo único. Entende-se por família extensa § 5o A colocação da criança ou adolescente em


ou ampliada aquela que se estende para além família substituta será precedida de sua prepa-
da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, ração gradativa e acompanhamento posterior,
formada por parentes próximos com os quais a realizados pela equipe interprofissional a servi-
criança ou adolescente convive e mantém vín- ço da Justiça da Infância e da Juventude, prefe-
culos de afinidade e afetividade. rencialmente com o apoio dos técnicos respon-
sáveis pela execução da política municipal de
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão garantia do direito à convivência familiar.
ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separada-
mente, no próprio termo de nascimento, por testamen- § 6o Em se tratando de criança ou adolescente
to, mediante escritura ou outro documento público, indígena ou proveniente de comunidade rema-
qualquer que seja a origem da filiação. nescente de quilombo, é ainda obrigatório:

Parágrafo único. O reconhecimento pode pre- I - que sejam consideradas e respeitadas sua
ceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao identidade social e cultural, os seus costumes
falecimento, se deixar descendentes. e tradições, bem como suas instituições, desde
que não sejam incompatíveis com os direitos
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é di- fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela
reito personalíssimo, indisponível e imprescritível, Constituição Federal;
podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdei-
ros, sem qualquer restrição, observado o segredo de II - que a colocação familiar ocorra prioritaria-
Justiça. mente no seio de sua comunidade ou junto a
membros da mesma etnia;
Seção III
III - a intervenção e oitiva de representantes do
órgão federal responsável pela política indige-
Da Família Substituta nista, no caso de crianças e adolescentes indíge-
nas, e de antropólogos, perante a equipe inter-
Subseção I profissional ou multidisciplinar que irá acom-
panhar o caso.

Disposições Gerais Art. 29. Não se deferirá colocação em família substitu-


ta a pessoa que revele, por qualquer modo, incompa-
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á me- tibilidade com a natureza da medida ou não ofereça
diante guarda, tutela ou adoção, independentemente ambiente familiar adequado.
da situação jurídica da criança ou adolescente, nos ter-
mos desta Lei. Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá
transferência da criança ou adolescente a terceiros ou
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o ado- a entidades governamentais ou não-governamentais,
lescente será previamente ouvido por equipe sem autorização judicial.
interprofissional, respeitado seu estágio de de-
senvolvimento e grau de compreensão sobre as Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira
implicações da medida, e terá sua opinião devi- constitui medida excepcional, somente admissível na
damente considerada. modalidade de adoção.

§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável
idade, será necessário seu consentimento, colhi- prestará compromisso de bem e fielmente desempe-
do em audiência. nhar o encargo, mediante termo nos autos.

§ 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em Subseção II


conta o grau de parentesco e a relação de afini-
dade ou de afetividade, a fim de evitar ou mi- Da Guarda
norar as consequências decorrentes da medida.
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência ma-
§ 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob terial, moral e educacional à criança ou adolescente,
adoção, tutela ou guarda da mesma família conferindo a seu detentor o direito de opor-se a tercei-
substituta, ressalvada a comprovada existência ros, inclusive aos pais.
de risco de abuso ou outra situação que justifi-
que plenamente a excepcionalidade de solução § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de
diversa, procurando-se, em qualquer caso, evi- fato, podendo ser deferida, liminar ou inciden-
tar o rompimento definitivo dos vínculos frater- talmente, nos procedimentos de tutela e adoção,
nais. exceto no de adoção por estrangeiros.

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§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, Parágrafo único. Na apreciação do pedido, se-


fora dos casos de tutela e adoção, para atender rão observados os requisitos previstos nos arts.
a situações peculiares ou suprir a falta eventual 28 e 29 desta Lei, somente sendo deferida a tu-
dos pais ou responsável, podendo ser deferido tela à pessoa indicada na disposição de última
o direito de representação para a prática de atos vontade, se restar comprovado que a medida
determinados. é vantajosa ao tutelando e que não existe outra
pessoa em melhores condições de assumi-la.
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente
a condição de dependente, para todos os fins e Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no
efeitos de direito, inclusive previdenciários. art. 24.

§ 4o Salvo expressa e fundamentada determi- Subseção IV


nação em contrário, da autoridade judiciária
competente, ou quando a medida for aplicada Da Adoção
em preparação para adoção, o deferimento da
guarda de criança ou adolescente a terceiros não Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-
impede o exercício do direito de visitas pelos se-á segundo o disposto nesta Lei.
pais, assim como o dever de prestar alimentos,
que serão objeto de regulamentação específica, a § 1o A adoção é medida excepcional e irrevogá-
pedido do interessado ou do Ministério Público. vel, à qual se deve recorrer apenas quando es-
gotados os recursos de manutenção da criança
Art. 34. O poder público estimulará, por meio de as- ou adolescente na família natural ou extensa, na
sistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o aco- forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.
lhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adoles-
cente afastado do convívio familiar. § 2o É vedada a adoção por procuração.

§ 1o A inclusão da criança ou adolescente em Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, de-
programas de acolhimento familiar terá prefe- zoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a
rência a seu acolhimento institucional, obser- guarda ou tutela dos adotantes.
vado, em qualquer caso, o caráter temporário
e excepcional da medida, nos termos desta Lei. Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adota-
do, com os mesmos direitos e deveres, inclusive suces-
§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo a pessoa sórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e
ou casal cadastrado no programa de acolhimen- parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
to familiar poderá receber a criança ou adoles-
cente mediante guarda, observado o disposto § 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o
nos arts. 28 a 33 desta Lei. filho do outro, mantêm-se os vínculos de filia-
ção entre o adotado e o cônjuge ou concubino
do adotante e os respectivos parentes.
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tem-
po, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Mi-
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o ado-
nistério Público.
tado, seus descendentes, o adotante, seus ascen-
dentes, descendentes e colaterais até o 4º grau,
Subseção III observada a ordem de vocação hereditária.

Da Tutela Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos,


independentemente do estado civil.
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a
pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos. § 1º Não podem adotar os ascendentes e os ir-
mãos do adotando.
Parágrafo único. O deferimento da tutela pres-
supõe a prévia decretação da perda ou suspen- § 2o Para adoção conjunta, é indispensável que
são do poder familiar e implica necessariamente os adotantes sejam casados civilmente ou man-
o dever de guarda. tenham união estável, comprovada a estabilida-
de da família.
Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer
documento autêntico, conforme previsto no parágrafo § 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis
único do art. 1.729 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro anos mais velho do que o adotando.
de 2002 - Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta)
dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedi- § 4o Os divorciados, os judicialmente separados
do destinado ao controle judicial do ato, observando e os ex-companheiros podem adotar conjunta-
o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei. mente, contanto que acordem sobre a guarda e

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o regime de visitas e desde que o estágio de con- pela execução da política de garantia do direito
vivência tenha sido iniciado na constância do à convivência familiar, que apresentarão relató-
período de convivência e que seja comprovada rio minucioso acerca da conveniência do deferi-
a existência de vínculos de afinidade e afetivi- mento da medida.
dade com aquele não detentor da guarda, que
justifiquem a excepcionalidade da concessão. Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por senten-
ça judicial, que será inscrita no registro civil mediante
§ 5o Nos casos do § 4o deste artigo, desde que mandado do qual não se fornecerá certidão.
demonstrado efetivo benefício ao adotando,
será assegurada a guarda compartilhada, con- § 1º A inscrição consignará o nome dos adotan-
forme previsto no art. 1.584 da Lei no 10.406, de tes como pais, bem como o nome de seus ascen-
10 de janeiro de 2002 - Código Civil. dentes.

§ 6o A adoção poderá ser deferida ao adotante § 2º O mandado judicial, que será arquivado,
que, após inequívoca manifestação de vontade, cancelará o registro original do adotado.
vier a falecer no curso do procedimento, antes
de prolatada a sentença. § 3o A pedido do adotante, o novo registro po-
derá ser lavrado no Cartório do Registro Civil
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar do Município de sua residência.
reais vantagens para o adotando e fundar-se em mo-
tivos legítimos. § 4o Nenhuma observação sobre a origem do
ato poderá constar nas certidões do registro.
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração
e saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador § 5o A sentença conferirá ao adotado o nome do
adotar o pupilo ou o curatelado. adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá
determinar a modificação do prenome.
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais
ou do representante legal do adotando. § 6o Caso a modificação de prenome seja re-
querida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do
§ 1º. O consentimento será dispensado em re- adotando, observado o disposto nos §§ 1o e 2o
lação à criança ou adolescente cujos pais sejam do art. 28 desta Lei.
desconhecidos ou tenham sido destituídos do
poder familiar. § 7o A adoção produz seus efeitos a partir do
trânsito em julgado da sentença constitutiva, ex-
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze ceto na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta
anos de idade, será também necessário o seu Lei, caso em que terá força retroativa à data do
consentimento. óbito.

Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convi- § 8o O processo relativo à adoção assim como
vência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a outros a ele relacionados serão mantidos em
autoridade judiciária fixar, observadas as peculiarida- arquivo, admitindo-se seu armazenamento em
des do caso. microfilme ou por outros meios, garantida a sua
conservação para consulta a qualquer tempo.
§ 1o O estágio de convivência poderá ser dis-
pensado se o adotando já estiver sob a tutela § 9º Terão prioridade de tramitação os proces-
ou guarda legal do adotante durante tempo su- sos de adoção em que o adotando for criança
ficiente para que seja possível avaliar a conve- ou adolescente com deficiência ou com doença
niência da constituição do vínculo. crônica.

§ 2o A simples guarda de fato não autoriza, por Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem
si só, a dispensa da realização do estágio de con- biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao pro-
vivência. cesso no qual a medida foi aplicada e seus eventuais
incidentes, após completar 18 (dezoito) anos.
§ 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal re-
sidente ou domiciliado fora do País, o estágio Parágrafo único. O acesso ao processo de ado-
de convivência, cumprido no território nacional, ção poderá ser também deferido ao adotado
será de, no mínimo, 30 (trinta) dias. menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, as-
segurada orientação e assistência jurídica e psi-
§ 4o O estágio de convivência será acompanha- cológica.
do pela equipe interprofissional a serviço da
Justiça da Infância e da Juventude, preferen- Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder
cialmente com apoio dos técnicos responsáveis familiar dos pais naturais.

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Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada co- § 10. A adoção internacional somente será defe-
marca ou foro regional, um registro de crianças e ado- rida se, após consulta ao cadastro de pessoas ou
lescentes em condições de serem adotados e outro de casais habilitados à adoção, mantido pela Justi-
pessoas interessadas na adoção. ça da Infância e da Juventude na comarca, bem
como aos cadastros estadual e nacional referi-
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após dos no § 5o deste artigo, não for encontrado in-
prévia consulta aos órgãos técnicos do juizado, teressado com residência permanente no Brasil.
ouvido o Ministério Público.
§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessa- interessado em sua adoção, a criança ou o ado-
do não satisfazer os requisitos legais, ou verifi- lescente, sempre que possível e recomendável,
cada qualquer das hipóteses previstas no art. 29. será colocado sob guarda de família cadastrada
em programa de acolhimento familiar.
§ 3o A inscrição de postulantes à adoção será
precedida de um período de preparação psicos- § 12. A alimentação do cadastro e a convocação
social e jurídica, orientado pela equipe técnica criteriosa dos postulantes à adoção serão fiscali-
da Justiça da Infância e da Juventude, preferen- zadas pelo Ministério Público.
cialmente com apoio dos técnicos responsáveis
pela execução da política municipal de garantia § 13. Somente poderá ser deferida adoção em
do direito à convivência familiar. favor de candidato domiciliado no Brasil não
cadastrado previamente nos termos desta Lei
§ 4o Sempre que possível e recomendável, a quando:
preparação referida no § 3o deste artigo incluirá
o contato com crianças e adolescentes em aco- I - se tratar de pedido de adoção unilateral;
lhimento familiar ou institucional em condições
de serem adotados, a ser realizado sob a orienta- II - for formulada por parente com o qual a
ção, supervisão e avaliação da equipe técnica da criança ou adolescente mantenha vínculos de
Justiça da Infância e da Juventude, com apoio afinidade e afetividade;
dos técnicos responsáveis pelo programa de
acolhimento e pela execução da política munici- III - oriundo o pedido de quem detém a tute-
pal de garantia do direito à convivência familiar. la ou guarda legal de criança maior de 3 (três)
anos ou adolescente, desde que o lapso de tem-
§ 5o Serão criados e implementados cadastros po de convivência comprove a fixação de laços
estaduais e nacional de crianças e adolescentes de afinidade e afetividade, e não seja constatada
em condições de serem adotados e de pessoas a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações
ou casais habilitados à adoção. previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.

§ 6o Haverá cadastros distintos para pessoas ou § 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste arti-
casais residentes fora do País, que somente se- go, o candidato deverá comprovar, no curso do
rão consultados na inexistência de postulantes procedimento, que preenche os requisitos ne-
nacionais habilitados nos cadastros menciona- cessários à adoção, conforme previsto nesta Lei.
dos no § 5o deste artigo.
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na
§ 7o As autoridades estaduais e federais em ma- qual a pessoa ou casal postulante é residente ou domi-
téria de adoção terão acesso integral aos cadas- ciliado fora do Brasil, conforme previsto no Artigo 2
tros, incumbindo-lhes a troca de informações e da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa
a cooperação mútua, para melhoria do sistema. à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de
Adoção Internacional, aprovada pelo Decreto Legisla-
§ 8o A autoridade judiciária providenciará, no tivo no 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a inscrição Decreto no 3.087, de 21 de junho de 1999.
das crianças e adolescentes em condições de
serem adotados que não tiveram colocação fa- § 1o A adoção internacional de criança ou ado-
miliar na comarca de origem, e das pessoas ou lescente brasileiro ou domiciliado no Brasil so-
casais que tiveram deferida sua habilitação à mente terá lugar quando restar comprovado:
adoção nos cadastros estadual e nacional refe-
ridos no § 5o deste artigo, sob pena de respon- I - que a colocação em família substituta é a so-
sabilidade. lução adequada ao caso concreto;

§ 9o Compete à Autoridade Central Estadual II - que foram esgotadas todas as possibilida-


zelar pela manutenção e correta alimentação des de colocação da criança ou adolescente em
dos cadastros, com posterior comunicação à Au- família substituta brasileira, após consulta aos
toridade Central Federal Brasileira. cadastros mencionados no art. 50 desta Lei;

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III - que, em se tratando de adoção de adoles- da legislação estrangeira com a nacional, além
cente, este foi consultado, por meios adequa- do preenchimento por parte dos postulantes à
dos ao seu estágio de desenvolvimento, e que medida dos requisitos objetivos e subjetivos ne-
se encontra preparado para a medida, mediante cessários ao seu deferimento, tanto à luz do que
parecer elaborado por equipe interprofissional, dispõe esta Lei como da legislação do país de
observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 acolhida, será expedido laudo de habilitação à
desta Lei. adoção internacional, que terá validade por, no
máximo, 1 (um) ano;
§ 2o Os brasileiros residentes no exterior terão
preferência aos estrangeiros, nos casos de ado- VIII - de posse do laudo de habilitação, o inte-
ção internacional de criança ou adolescente bra- ressado será autorizado a formalizar pedido de
sileiro. adoção perante o Juízo da Infância e da Juven-
tude do local em que se encontra a criança ou
§ 3o A adoção internacional pressupõe a inter- adolescente, conforme indicação efetuada pela
venção das Autoridades Centrais Estaduais e Autoridade Central Estadual.
Federal em matéria de adoção internacional.
§ 1o Se a legislação do país de acolhida assim o
Art. 52. A adoção internacional observará o procedi- autorizar, admite-se que os pedidos de habilita-
mento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, com as ção à adoção internacional sejam intermediados
seguintes adaptações: por organismos credenciados.
I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em
§ 2o Incumbe à Autoridade Central Federal Bra-
adotar criança ou adolescente brasileiro, deverá
sileira o credenciamento de organismos nacio-
formular pedido de habilitação à adoção perante
nais e estrangeiros encarregados de intermediar
a Autoridade Central em matéria de adoção in-
pedidos de habilitação à adoção internacional,
ternacional no país de acolhida, assim entendido
com posterior comunicação às Autoridades
aquele onde está situada sua residência habitual;
Centrais Estaduais e publicação nos órgãos ofi-
ciais de imprensa e em sítio próprio da internet.
II - se a Autoridade Central do país de acolhida
considerar que os solicitantes estão habilitados
§ 3o Somente será admissível o credenciamento
e aptos para adotar, emitirá um relatório que
de organismos que:
contenha informações sobre a identidade, a ca-
pacidade jurídica e adequação dos solicitantes I - sejam oriundos de países que ratificaram a
para adotar, sua situação pessoal, familiar e mé- Convenção de Haia e estejam devidamente
dica, seu meio social, os motivos que os animam credenciados pela Autoridade Central do país
e sua aptidão para assumir uma adoção inter- onde estiverem sediados e no país de acolhida
nacional; do adotando para atuar em adoção internacio-
nal no Brasil;
III - a Autoridade Central do país de acolhida
enviará o relatório à Autoridade Central Esta-
II - satisfizerem as condições de integridade mo-
dual, com cópia para a Autoridade Central Fe-
ral, competência profissional, experiência e res-
deral Brasileira;
ponsabilidade exigidas pelos países respectivos
e pela Autoridade Central Federal Brasileira;
IV - o relatório será instruído com toda a docu-
mentação necessária, incluindo estudo psicos-
social elaborado por equipe interprofissional III - forem qualificados por seus padrões éticos
habilitada e cópia autenticada da legislação per- e sua formação e experiência para atuar na área
tinente, acompanhada da respectiva prova de ; de adoção internacional;

V - os documentos em língua estrangeira se- IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo or-


rão devidamente autenticados pela autoridade denamento jurídico brasileiro e pelas normas
consular, observados os tratados e convenções estabelecidas pela Autoridade Central Federal
internacionais, e acompanhados da respectiva Brasileira.
tradução, por tradutor público juramentado;
§ 4o Os organismos credenciados deverão ain-
VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer da:
exigências e solicitar complementação sobre o
estudo psicossocial do postulante estrangeiro à I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas
adoção, já realizado no país de acolhida; condições e dentro dos limites fixados pelas au-
toridades competentes do país onde estiverem
VII - verificada, após estudo realizado pela Au- sediados, do país de acolhida e pela Autoridade
toridade Central Estadual, a compatibilidade Central Federal Brasileira;

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II - ser dirigidos e administrados por pessoas foto recente e a aposição da impressão digital
qualificadas e de reconhecida idoneidade mo- do seu polegar direito, instruindo o documento
ral, com comprovada formação ou experiência com cópia autenticada da decisão e certidão de
para atuar na área de adoção internacional, ca- trânsito em julgado.
dastradas pelo Departamento de Polícia Federal
e aprovadas pela Autoridade Central Federal § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira
Brasileira, mediante publicação de portaria do poderá, a qualquer momento, solicitar informa-
órgão federal competente; ções sobre a situação das crianças e adolescentes
adotados.
III - estar submetidos à supervisão das autori-
dades competentes do país onde estiverem se- § 11. A cobrança de valores por parte dos orga-
diados e no país de acolhida, inclusive quanto nismos credenciados, que sejam considerados
à sua composição, funcionamento e situação abusivos pela Autoridade Central Federal Brasi-
financeira; leira e que não estejam devidamente comprova-
dos, é causa de seu descredenciamento.
IV - apresentar à Autoridade Central Federal
Brasileira, a cada ano, relatório geral das ativi- § 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não
dades desenvolvidas, bem como relatório de podem ser representados por mais de uma enti-
acompanhamento das adoções internacionais dade credenciada para atuar na cooperação em
efetuadas no período, cuja cópia será encami- adoção internacional.
nhada ao Departamento de Polícia Federal;
§ 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou
V - enviar relatório pós-adotivo semestral para domiciliado fora do Brasil terá validade máxima
a Autoridade Central Estadual, com cópia para de 1 (um) ano, podendo ser renovada.
a Autoridade Central Federal Brasileira, pelo
período mínimo de 2 (dois) anos. O envio do § 14. É vedado o contato direto de represen-
relatório será mantido até a juntada de cópia tantes de organismos de adoção, nacionais ou
autenticada do registro civil, estabelecendo a estrangeiros, com dirigentes de programas de
cidadania do país de acolhida para o adotado; acolhimento institucional ou familiar, assim
como com crianças e adolescentes em condições
VI - tomar as medidas necessárias para garan-
de serem adotados, sem a devida autorização
tir que os adotantes encaminhem à Autoridade
judicial.
Central Federal Brasileira cópia da certidão de
registro de nascimento estrangeira e do certifi- § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira
cado de nacionalidade tão logo lhes sejam con- poderá limitar ou suspender a concessão de no-
cedidos. vos credenciamentos sempre que julgar neces-
§ 5o A não apresentação dos relatórios referidos sário, mediante ato administrativo fundamen-
no § 4o deste artigo pelo organismo credenciado tado.
poderá acarretar a suspensão de seu credencia-
mento. Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e
descredenciamento, o repasse de recursos provenien-
§ 6o O credenciamento de organismo nacional tes de organismos estrangeiros encarregados de inter-
ou estrangeiro encarregado de intermediar pe- mediar pedidos de adoção internacional a organismos
didos de adoção internacional terá validade de nacionais ou a pessoas físicas.
2 (dois) anos.
Parágrafo único. Eventuais repasses somente
§ 7o A renovação do credenciamento poderá ser poderão ser efetuados via Fundo dos Direitos
concedida mediante requerimento protocolado da Criança e do Adolescente e estarão sujeitos
na Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 às deliberações do respectivo Conselho de Di-
(sessenta) dias anteriores ao término do respec- reitos da Criança e do Adolescente.
tivo prazo de validade.

§ 8o Antes de transitada em julgado a decisão Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior
que concedeu a adoção internacional, não será em país ratificante da Convenção de Haia, cujo proces-
permitida a saída do adotando do território na- so de adoção tenha sido processado em conformidade
cional. com a legislação vigente no país de residência e aten-
dido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida
§ 9o Transitada em julgado a decisão, a auto- Convenção, será automaticamente recepcionada com
ridade judiciária determinará a expedição de o reingresso no Brasil.
alvará com autorização de viagem, bem como
para obtenção de passaporte, constando, obriga- § 1o Caso não tenha sido atendido o disposto na
toriamente, as características da criança ou ado- Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de Haia,
lescente adotado, como idade, cor, sexo, even- deverá a sentença ser homologada pelo Supe-
tuais sinais ou traços peculiares, assim como rior Tribunal de Justiça.

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§ 2o O pretendente brasileiro residente no ex- V - acesso à escola pública e gratuita próxima de


terior em país não ratificante da Convenção de sua residência.
Haia, uma vez reingressado no Brasil, deverá
requerer a homologação da sentença estrangei- Parágrafo único. É direito dos pais ou respon-
ra pelo Superior Tribunal de Justiça. sáveis ter ciência do processo pedagógico, bem
como participar da definição das propostas edu-
Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil cacionais.
for o país de acolhida, a decisão da autoridade compe-
tente do país de origem da criança ou do adolescen- Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao
te será conhecida pela Autoridade Central Estadual adolescente:
que tiver processado o pedido de habilitação dos pais
adotivos, que comunicará o fato à Autoridade Central I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito,
Federal e determinará as providências necessárias à inclusive para os que a ele não tiveram acesso
expedição do Certificado de Naturalização Provisório. na idade própria;

§ 1o A Autoridade Central Estadual, ouvido o II - progressiva extensão da obrigatoriedade e


Ministério Público, somente deixará de reconhe- gratuidade ao ensino médio;
cer os efeitos daquela decisão se restar demons-
III - atendimento educacional especializado aos
trado que a adoção é manifestamente contrária
portadores de deficiência, preferencialmente na
à ordem pública ou não atende ao interesse su-
rede regular de ensino;
perior da criança ou do adolescente.
IV - atendimento em creche e pré-escola às
§ 2o Na hipótese de não reconhecimento da crianças de zero a seis anos de idade;
adoção, prevista no § 1o deste artigo, o Minis-
tério Público deverá imediatamente requerer o V - acesso aos níveis mais elevados do ensino,
que for de direito para resguardar os interesses da pesquisa e da criação artística, segundo a ca-
da criança ou do adolescente, comunicando-se pacidade de cada um;
as providências à Autoridade Central Estadual,
que fará a comunicação à Autoridade Central VI - oferta de ensino noturno regular, adequado
Federal Brasileira e à Autoridade Central do às condições do adolescente trabalhador;
país de origem.
VII - atendimento no ensino fundamental, atra-
Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Bra- vés de programas suplementares de material
sil for o país de acolhida e a adoção não tenha sido didático-escolar, transporte, alimentação e as-
deferida no país de origem porque a sua legislação a sistência à saúde.
delega ao país de acolhida, ou, ainda, na hipótese de,
mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é
oriundo de país que não tenha aderido à Convenção direito público subjetivo.
referida, o processo de adoção seguirá as regras da
adoção nacional. § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório
pelo poder público ou sua oferta irregular im-
Capítulo IV porta responsabilidade da autoridade compe-
tente.
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao
Lazer § 3º Compete ao poder público recensear os
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educa- chamada e zelar, junto aos pais ou responsável,
ção, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, pela freqüência à escola.
preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho, assegurando-se-lhes: Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de
matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de
I - igualdade de condições para o acesso e per- ensino.
manência na escola;
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino
II - direito de ser respeitado por seus educado- fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os ca-
res; sos de:

III - direito de contestar critérios avaliativos, I - maus-tratos envolvendo seus alunos;


podendo recorrer às instâncias escolares supe-
riores; II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão
escolar, esgotados os recursos escolares;
IV - direito de organização e participação em en-
tidades estudantis; III - elevados níveis de repetência.

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Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, expe- IV - realizado em horários e locais que não per-
riências e novas propostas relativas a calendário, seria- mitam a freqüência à escola.
ção, currículo, metodologia, didática e avaliação, com
vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos Art. 68. O programa social que tenha por base o tra-
do ensino fundamental obrigatório. balho educativo, sob responsabilidade de entidade
governamental ou não-governamental sem fins lucra-
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valo- tivos, deverá assegurar ao adolescente que dele parti-
res culturais, artísticos e históricos próprios do contexto cipe condições de capacitação para o exercício de ativi-
social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes dade regular remunerada.
a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.
§ 1º Entende-se por trabalho educativo a ativi-
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da
dade laboral em que as exigências pedagógicas
União, estimularão e facilitarão a destinação de recur-
relativas ao desenvolvimento pessoal e social do
sos e espaços para programações culturais, esportivas
educando prevalecem sobre o aspecto produti-
e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
vo.

Capítulo V § 2º A remuneração que o adolescente recebe


pelo trabalho efetuado ou a participação na ven-
Do Direito à Profissionalização e à Proteção no da dos produtos de seu trabalho não desfigura o
Trabalho caráter educativo.
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização
quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. e à proteção no trabalho, observados os seguintes as-
pectos, entre outros:
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é re-
gulada por legislação especial, sem prejuízo do dis- I - respeito à condição peculiar de pessoa em de-
posto nesta Lei. senvolvimento;
Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técni- II - capacitação profissional adequada ao merca-
co-profissional ministrada segundo as diretrizes e ba- do de trabalho.
ses da legislação de educação em vigor.
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos Título III
seguintes princípios:
Da Prevenção
I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao
ensino regular; Capítulo I

II - atividade compatível com o desenvolvimen- Disposições Gerais


to do adolescente;
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de
III - horário especial para o exercício das ativi- ameaça ou violação dos direitos da criança e do ado-
dades. lescente.

Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
assegurada bolsa de aprendizagem. Municípios deverão atuar de forma articulada na ela-
boração de políticas públicas e na execução de ações
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze destinadas a coibir o uso de castigo físico ou de tra-
anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previ- tamento cruel ou degradante e difundir formas não
denciários. violentas de educação de crianças e de adolescentes,
tendo como principais ações:
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é asse-
gurado trabalho protegido. I - a promoção de campanhas educativas perma-
nentes para a divulgação do direito da criança e
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regi-
do adolescente de serem educados e cuidados
me familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assis-
sem o uso de castigo físico ou de tratamento
tido em entidade governamental ou não-governamen-
cruel ou degradante e dos instrumentos de pro-
tal, é vedado trabalho:
teção aos direitos humanos;
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas
II - a integração com os órgãos do Poder Judiciá-
de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
rio, do Ministério Público e da Defensoria Públi-
II - perigoso, insalubre ou penoso; ca, com o Conselho Tutelar, com os Conselhos
de Direitos da Criança e do Adolescente e com
III - realizado em locais prejudiciais à sua for- as entidades não governamentais que atuam
mação e ao seu desenvolvimento físico, psíqui- na promoção, proteção e defesa dos direitos da
co, moral e social; criança e do adolescente;

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III - a formação continuada e a capacitação dos Capítulo II


profissionais de saúde, educação e assistência
social e dos demais agentes que atuam na pro- Da Prevenção Especial
moção, proteção e defesa dos direitos da crian-
ça e do adolescente para o desenvolvimento Seção I
das competências necessárias à prevenção, à
identificação de evidências, ao diagnóstico e ao
Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões
enfrentamento de todas as formas de violência
e Espetáculos
contra a criança e o adolescente;
Art. 74. O poder público, através do órgão competen-
IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolu- te, regulará as diversões e espetáculos públicos, infor-
ção pacífica de conflitos que envolvam violência mando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que
contra a criança e o adolescente; não se recomendem, locais e horários em que sua apre-
V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações sentação se mostre inadequada.
que visem a garantir os direitos da criança e Parágrafo único. Os responsáveis pelas diver-
do adolescente, desde a atenção pré-natal, e de sões e espetáculos públicos deverão afixar, em
atividades junto aos pais e responsáveis com o lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local
objetivo de promover a informação, a reflexão, de exibição, informação destacada sobre a natu-
o debate e a orientação sobre alternativas ao uso
reza do espetáculo e a faixa etária especificada
de castigo físico ou de tratamento cruel ou de-
no certificado de classificação.
gradante no processo educativo;
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às di-
VI - a promoção de espaços intersetoriais locais versões e espetáculos públicos classificados como ade-
para a articulação de ações e a elaboração de quados à sua faixa etária.
planos de atuação conjunta focados nas famílias
em situação de violência, com participação de Parágrafo único. As crianças menores de dez
profissionais de saúde, de assistência social e de anos somente poderão ingressar e permanecer
educação e de órgãos de promoção, proteção e nos locais de apresentação ou exibição quando
defesa dos direitos da criança e do adolescente. acompanhadas dos pais ou responsável.

Parágrafo único. As famílias com crianças e Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exi-
adolescentes com deficiência terão prioridade birão, no horário recomendado para o público infanto
de atendimento nas ações e políticas públicas juvenil, programas com finalidades educativas, artísti-
de prevenção e proteção. cas, culturais e informativas.

Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apre-
atuem nas áreas a que se refere o art. 71, dentre outras, sentado ou anunciado sem aviso de sua classi-
devem contar, em seus quadros, com pessoas capaci- ficação, antes de sua transmissão, apresentação
tadas a reconhecer e comunicar ao Conselho Tutelar ou exibição.
suspeitas ou casos de maus-tratos praticados contra Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcio-
crianças e adolescentes. nários de empresas que explorem a venda ou aluguel
Parágrafo único. São igualmente responsáveis de fitas de programação em vídeo cuidarão para que
pela comunicação de que trata este artigo, as não haja venda ou locação em desacordo com a classi-
pessoas encarregadas, por razão de cargo, fun- ficação atribuída pelo órgão competente.
ção, ofício, ministério, profissão ou ocupação, Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo
do cuidado, assistência ou guarda de crianças e deverão exibir, no invólucro, informação sobre
adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, a natureza da obra e a faixa etária a que se des-
o injustificado retardamento ou omissão, culpo- tinam.
sos ou dolosos.
Art. 78. As revistas e publicações contendo material
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a infor- impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes
mação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos deverão ser comercializadas em embalagem lacrada,
e produtos e serviços que respeitem sua condição pe- com a advertência de seu conteúdo.
culiar de pessoa em desenvolvimento.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que
Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem as capas que contenham mensagens pornográfi-
da prevenção especial outras decorrentes dos princí- cas ou obscenas sejam protegidas com embala-
pios por ela adotados. gem opaca.
Art. 73. A inobservância das normas de prevenção im- Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao pú-
portará em responsabilidade da pessoa física ou jurídi- blico infanto-juvenil não poderão conter ilustrações,
ca, nos termos desta Lei. fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas

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alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão respei- Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a au-
tar os valores éticos e sociais da pessoa e da família. torização é dispensável, se a criança ou adolescente:
Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que ex- I - estiver acompanhado de ambos os pais ou
plorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere responsável;
ou por casas de jogos, assim entendidas as que reali-
zem apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para II - viajar na companhia de um dos pais, autori-
que não seja permitida a entrada e a permanência de zado expressamente pelo outro através de do-
crianças e adolescentes no local, afixando aviso para cumento com firma reconhecida.
orientação do público. Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial,
nenhuma criança ou adolescente nascido em território
Seção II
nacional poderá sair do País em companhia de estran-
geiro residente ou domiciliado no exterior.
Dos Produtos e Serviços
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente Parte Especial
de:
Título I
I - armas, munições e explosivos;
Da Política de Atendimento
II - bebidas alcoólicas;

III - produtos cujos componentes possam causar Capítulo I


dependência física ou psíquica ainda que por
Disposições Gerais
utilização indevida;
Art. 86. A política de atendimento dos direitos da
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto
criança e do adolescente far-se-á através de um con-
aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam
junto articulado de ações governamentais e não-gover-
incapazes de provocar qualquer dano físico em
namentais, da União, dos estados, do Distrito Federal
caso de utilização indevida;
e dos municípios.
V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento:
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
I - políticas sociais básicas;
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou ado-
lescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento II - políticas e programas de assistência social,
congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos em caráter supletivo, para aqueles que deles ne-
pais ou responsável. cessitem;

Seção III III - serviços especiais de prevenção e atendi-


mento médico e psicossocial às vítimas de ne-
gligência, maus-tratos, exploração, abuso, cruel-
Da Autorização para Viajar
dade e opressão;
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da
comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou IV - serviço de identificação e localização de
responsável, sem expressa autorização judicial. pais, responsável, crianças e adolescentes desa-
parecidos;
§ 1º A autorização não será exigida quando:
V - proteção jurídico-social por entidades de de-
a) tratar-se de comarca contígua à da residência fesa dos direitos da criança e do adolescente.
da criança, se na mesma unidade da Federação,
ou incluída na mesma região metropolitana; VI - políticas e programas destinados a prevenir
ou abreviar o período de afastamento do con-
b) a criança estiver acompanhada: vívio familiar e a garantir o efetivo exercício do
1) de ascendente ou colateral maior, até o ter- direito à convivência familiar de crianças e ado-
ceiro grau, comprovado documentalmente o lescentes;
parentesco;
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento
2) de pessoa maior, expressamente autorizada sob forma de guarda de crianças e adolescentes
pelo pai, mãe ou responsável. afastados do convívio familiar e à adoção, espe-
cificamente inter-racial, de crianças maiores ou
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido de adolescentes, com necessidades específicas
dos pais ou responsável, conceder autorização de saúde ou com deficiências e de grupos de ir-
válida por dois anos. mãos.

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Art. 88. São diretrizes da política de atendimento: II - apoio sócio-educativo em meio aberto;

I - municipalização do atendimento; III - colocação familiar;

II - criação de conselhos municipais, estaduais IV - acolhimento institucional;


e nacional dos direitos da criança e do adoles-
V - prestação de serviços à comunidade;
cente, órgãos deliberativos e controladores das
ações em todos os níveis, assegurada a partici- VI - liberdade assistida;
pação popular paritária por meio de organiza-
ções representativas, segundo leis federal, esta- VII - semiliberdade; e
duais e municipais;
VIII - internação.
III - criação e manutenção de programas especí-
§ 1o As entidades governamentais e não go-
ficos, observada a descentralização político-ad-
vernamentais deverão proceder à inscrição de
ministrativa;
seus programas, especificando os regimes de
IV - manutenção de fundos nacional, estaduais atendimento, na forma definida neste artigo,
e municipais vinculados aos respectivos conse- no Conselho Municipal dos Direitos da Criança
lhos dos direitos da criança e do adolescente; e do Adolescente, o qual manterá registro das
inscrições e de suas alterações, do que fará co-
V - integração operacional de órgãos do Judiciá- municação ao Conselho Tutelar e à autoridade
rio, Ministério Público, Defensoria, Segurança judiciária.
Pública e Assistência Social, preferencialmente
em um mesmo local, para efeito de agilização § 2o Os recursos destinados à implementação e
do atendimento inicial a adolescente a quem se manutenção dos programas relacionados neste
atribua autoria de ato infracional; artigo serão previstos nas dotações orçamentá-
rias dos órgãos públicos encarregados das áreas
VI - integração operacional de órgãos do Judi- de Educação, Saúde e Assistência Social, dentre
ciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho outros, observando-se o princípio da prioridade
Tutelar e encarregados da execução das políti- absoluta à criança e ao adolescente preconizado
cas sociais básicas e de assistência social, para pelo caput do art. 227 da Constituição Federal
efeito de agilização do atendimento de crianças e pelo caput e parágrafo único do art. 4o desta
e de adolescentes inseridos em programas de Lei.
acolhimento familiar ou institucional, com vista
na sua rápida reintegração à família de origem § 3o Os programas em execução serão reava-
ou, se tal solução se mostrar comprovadamen- liados pelo Conselho Municipal dos Direitos da
te inviável, sua colocação em família substituta, Criança e do Adolescente, no máximo, a cada 2
em quaisquer das modalidades previstas no art. (dois) anos, constituindo-se critérios para reno-
28 desta Lei; vação da autorização de funcionamento:

VII - mobilização da opinião pública para a in- I - o efetivo respeito às regras e princípios desta
dispensável participação dos diversos segmen- Lei, bem como às resoluções relativas à modali-
tos da sociedade. dade de atendimento prestado expedidas pelos
Conselhos de Direitos da Criança e do Adoles-
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e
cente, em todos os níveis;
dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da
criança e do adolescente é considerada de interesse II - a qualidade e eficiência do trabalho desen-
público relevante e não será remunerada. volvido, atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo
Ministério Público e pela Justiça da Infância e
Capítulo II da Juventude;

Das Entidades de Atendimento III - em se tratando de programas de acolhimen-


to institucional ou familiar, serão considerados
Seção I os índices de sucesso na reintegração familiar
ou de adaptação à família substituta, conforme
Disposições Gerais o caso.

Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis Art. 91. As entidades não-governamentais somente
pela manutenção das próprias unidades, assim como poderão funcionar depois de registradas no Conselho
pelo planejamento e execução de programas de prote- Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
ção e sócio-educativos destinados a crianças e adoles- o qual comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à
centes, em regime de: autoridade judiciária da respectiva localidade.

I - orientação e apoio sócio-familiar; § 1o Será negado o registro à entidade que:

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a) não ofereça instalações físicas em condições reavaliação prevista no § 1o do art. 19 desta Lei.
adequadas de habitabilidade, higiene, salubri-
dade e segurança; § 3o Os entes federados, por intermédio dos
Poderes Executivo e Judiciário, promoverão
b) não apresente plano de trabalho compatível conjuntamente a permanente qualificação dos
com os princípios desta Lei; profissionais que atuam direta ou indiretamen-
te em programas de acolhimento institucional
c) esteja irregularmente constituída; e destinados à colocação familiar de crianças e
d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas. adolescentes, incluindo membros do Poder Ju-
diciário, Ministério Público e Conselho Tutelar.
e) não se adequar ou deixar de cumprir as re-
soluções e deliberações relativas à modalidade § 4o Salvo determinação em contrário da auto-
de atendimento prestado expedidas pelos Con- ridade judiciária competente, as entidades que
selhos de Direitos da Criança e do Adolescente, desenvolvem programas de acolhimento fami-
em todos os níveis. liar ou institucional, se necessário com o auxílio
do Conselho Tutelar e dos órgãos de assistência
§ 2o O registro terá validade máxima de 4 (qua- social, estimularão o contato da criança ou ado-
tro) anos, cabendo ao Conselho Municipal dos lescente com seus pais e parentes, em cumpri-
Direitos da Criança e do Adolescente, periodica- mento ao disposto nos incisos I e VIII do caput
mente, reavaliar o cabimento de sua renovação, deste artigo.
observado o disposto no § 1o deste artigo.
§ 5o As entidades que desenvolvem programas
Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de de acolhimento familiar ou institucional somen-
acolhimento familiar ou institucional deverão adotar te poderão receber recursos públicos se compro-
os seguintes princípios: vado o atendimento dos princípios, exigências e
finalidades desta Lei.
I - preservação dos vínculos familiares e promo-
ção da reintegração familiar; § 6o O descumprimento das disposições desta
Lei pelo dirigente de entidade que desenvolva
II - integração em família substituta, quando es- programas de acolhimento familiar ou institu-
gotados os recursos de manutenção na família cional é causa de sua destituição, sem prejuízo
natural ou extensa; da apuração de sua responsabilidade adminis-
trativa, civil e criminal.
III - atendimento personalizado e em pequenos
grupos; Art. 93. As entidades que mantenham programa de
acolhimento institucional poderão, em caráter excep-
IV - desenvolvimento de atividades em regime
cional e de urgência, acolher crianças e adolescentes
de co-educação;
sem prévia determinação da autoridade competente,
V - não desmembramento de grupos de irmãos; fazendo comunicação do fato em até 24 (vinte e qua-
tro) horas ao Juiz da Infância e da Juventude, sob pena
VI - evitar, sempre que possível, a transferência de responsabilidade.
para outras entidades de crianças e adolescentes
abrigados; Parágrafo único. Recebida a comunicação, a
autoridade judiciária, ouvido o Ministério Pú-
VII - participação na vida da comunidade local; blico e se necessário com o apoio do Conselho
Tutelar local, tomará as medidas necessárias
VIII - preparação gradativa para o desligamen- para promover a imediata reintegração familiar
to; da criança ou do adolescente ou, se por qual-
quer razão não for isso possível ou recomendá-
IX - participação de pessoas da comunidade no vel, para seu encaminhamento a programa de
processo educativo. acolhimento familiar, institucional ou a família
substituta, observado o disposto no § 2o do art.
§ 1o O dirigente de entidade que desenvolve
101 desta Lei.
programa de acolhimento institucional é equi-
parado ao guardião, para todos os efeitos de Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de
direito. internação têm as seguintes obrigações, entre outras:
§ 2o Os dirigentes de entidades que desenvol- I - observar os direitos e garantias de que são
vem programas de acolhimento familiar ou ins- titulares os adolescentes;
titucional remeterão à autoridade judiciária, no
máximo a cada 6 (seis) meses, relatório circuns- II - não restringir nenhum direito que não tenha
tanciado acerca da situação de cada criança ou sido objeto de restrição na decisão de interna-
adolescente acolhido e sua família, para fins da ção;

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III - oferecer atendimento personalizado, em pe- constantes deste artigo às entidades que man-
quenas unidades e grupos reduzidos; têm programas de acolhimento institucional e
familiar.
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente
de respeito e dignidade ao adolescente; § 2º No cumprimento das obrigações a que alu-
de este artigo as entidades utilizarão preferen-
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e cialmente os recursos da comunidade.
da preservação dos vínculos familiares;
Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, que
VI - comunicar à autoridade judiciária, periodi- abriguem ou recepcionem crianças e adolescentes,
camente, os casos em que se mostre inviável ou ainda que em caráter temporário, devem ter, em seus
impossível o reatamento dos vínculos familia- quadros, profissionais capacitados a reconhecer e re-
res; portar ao Conselho Tutelar suspeitas ou ocorrências de
maus-tratos.
VII - oferecer instalações físicas em condições
adequadas de habitabilidade, higiene, salubri- Seção II
dade e segurança e os objetos necessários à hi-
giene pessoal; Da Fiscalização das Entidades

VIII - oferecer vestuário e alimentação suficien- Art. 95. As entidades governamentais e não-gover-
tes e adequados à faixa etária dos adolescentes namentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo
atendidos; Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos
Tutelares.
IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos,
Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de con-
odontológicos e farmacêuticos;
tas serão apresentados ao estado ou ao município, con-
X - propiciar escolarização e profissionalização; forme a origem das dotações orçamentárias.

XI - propiciar atividades culturais, esportivas e Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de atendi-
de lazer; mento que descumprirem obrigação constante do art.
94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal
XII - propiciar assistência religiosa àqueles que de seus dirigentes ou prepostos:
desejarem, de acordo com suas crenças;
I - às entidades governamentais:
XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada
caso; a) advertência;

XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com b) afastamento provisório de seus dirigentes;
intervalo máximo de seis meses, dando ciência c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
dos resultados à autoridade competente;
d) fechamento de unidade ou interdição de pro-
XV - informar, periodicamente, o adolescente grama.
internado sobre sua situação processual;
II - às entidades não-governamentais:
XVI - comunicar às autoridades competentes to-
dos os casos de adolescentes portadores de mo- a) advertência;
léstias infecto-contagiosas;
b) suspensão total ou parcial do repasse de ver-
XVII - fornecer comprovante de depósito dos bas públicas;
pertences dos adolescentes;
c) interdição de unidades ou suspensão de pro-
XVIII - manter programas destinados ao apoio e grama;
acompanhamento de egressos;
d) cassação do registro.
XIX - providenciar os documentos necessários
ao exercício da cidadania àqueles que não os ti- § 1o Em caso de reiteradas infrações cometidas
verem; por entidades de atendimento, que coloquem
em risco os direitos assegurados nesta Lei, deve-
XX - manter arquivo de anotações onde constem rá ser o fato comunicado ao Ministério Público
data e circunstâncias do atendimento, nome do ou representado perante autoridade judiciária
adolescente, seus pais ou responsável, parentes, competente para as providências cabíveis, in-
endereços, sexo, idade, acompanhamento da clusive suspensão das atividades ou dissolução
sua formação, relação de seus pertences e de- da entidade.
mais dados que possibilitem sua identificação e
a individualização do atendimento. § 2o As pessoas jurídicas de direito público e
as organizações não governamentais responde-
§ 1o Aplicam-se, no que couber, as obrigações rão pelos danos que seus agentes causarem às

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crianças e aos adolescentes, caracterizado o des- adolescente, sem prejuízo da consideração que
cumprimento dos princípios norteadores das for devida a outros interesses legítimos no âm-
atividades de proteção específica. bito da pluralidade dos interesses presentes no
caso concreto;
Título II
V - privacidade: a promoção dos direitos e pro-
Das Medidas de Proteção teção da criança e do adolescente deve ser efe-
tuada no respeito pela intimidade, direito à ima-
Capítulo I gem e reserva da sua vida privada;

Disposições Gerais VI - intervenção precoce: a intervenção das au-


toridades competentes deve ser efetuada logo
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adoles- que a situação de perigo seja conhecida;
cente são aplicáveis sempre que os direitos reconheci-
dos nesta Lei forem ameaçados ou violados: VII - intervenção mínima: a intervenção deve
ser exercida exclusivamente pelas autoridades e
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Es- instituições cuja ação seja indispensável à efeti-
tado; va promoção dos direitos e à proteção da crian-
ça e do adolescente;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou res-
ponsável; VIII - proporcionalidade e atualidade: a inter-
venção deve ser a necessária e adequada à situa-
III - em razão de sua conduta.
ção de perigo em que a criança ou o adolescente
se encontram no momento em que a decisão é
Capítulo II tomada;

Das Medidas Específicas de Proteção IX - responsabilidade parental: a intervenção


deve ser efetuada de modo que os pais assu-
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão mam os seus deveres para com a criança e o
ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como adolescente;
substituídas a qualquer tempo.
X - prevalência da família: na promoção de di-
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em con- reitos e na proteção da criança e do adolescente
ta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas deve ser dada prevalência às medidas que os
que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e mantenham ou reintegrem na sua família natural
comunitários. ou extensa ou, se isto não for possível, que pro-
movam a sua integração em família substituta;
Parágrafo único. São também princípios que re-
gem a aplicação das medidas: XI - obrigatoriedade da informação: a criança e
o adolescente, respeitado seu estágio de desen-
I - condição da criança e do adolescente como
volvimento e capacidade de compreensão, seus
sujeitos de direitos: crianças e adolescentes são
pais ou responsável devem ser informados dos
os titulares dos direitos previstos nesta e em ou-
seus direitos, dos motivos que determinaram a
tras Leis, bem como na Constituição Federal;
intervenção e da forma como esta se processa;
II - proteção integral e prioritária: a interpreta-
XII - oitiva obrigatória e participação: a criança
ção e aplicação de toda e qualquer norma conti-
e o adolescente, em separado ou na companhia
da nesta Lei deve ser voltada à proteção integral
dos pais, de responsável ou de pessoa por si
e prioritária dos direitos de que crianças e ado-
indicada, bem como os seus pais ou responsá-
lescentes são titulares;
vel, têm direito a ser ouvidos e a participar nos
III - responsabilidade primária e solidária do atos e na definição da medida de promoção dos
poder público: a plena efetivação dos direitos direitos e de proteção, sendo sua opinião devi-
assegurados a crianças e a adolescentes por esta damente considerada pela autoridade judiciária
Lei e pela Constituição Federal, salvo nos casos competente, observado o disposto nos §§ 1o e 2o
por esta expressamente ressalvados, é de res- do art. 28 desta Lei.
ponsabilidade primária e solidária das 3 (três) Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas
esferas de governo, sem prejuízo da municipa- no art. 98, a autoridade competente poderá determi-
lização do atendimento e da possibilidade da nar, dentre outras, as seguintes medidas:
execução de programas por entidades não go-
vernamentais; I - encaminhamento aos pais ou responsável,
mediante termo de responsabilidade;
IV - interesse superior da criança e do adoles-
cente: a intervenção deve atender prioritaria- II - orientação, apoio e acompanhamento tem-
mente aos interesses e direitos da criança e do porários;

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III - matrícula e freqüência obrigatórias em esta- ressalvada a existência de ordem escrita e fun-
belecimento oficial de ensino fundamental; damentada em contrário de autoridade judi-
ciária competente, caso em que também deverá
IV - inclusão em programa comunitário ou ofi- contemplar sua colocação em família substituta,
cial de auxílio à família, à criança e ao adoles- observadas as regras e princípios desta Lei.
cente;
§ 5o O plano individual será elaborado sob a
V - requisição de tratamento médico, psicoló- responsabilidade da equipe técnica do respecti-
gico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou vo programa de atendimento e levará em consi-
ambulatorial; deração a opinião da criança ou do adolescente
e a oitiva dos pais ou do responsável.
VI - inclusão em programa oficial ou comunitá-
rio de auxílio, orientação e tratamento a alcoóla- § 6o Constarão do plano individual, dentre ou-
tras e toxicômanos; tros:
VII - acolhimento institucional; I - os resultados da avaliação interdisciplinar;
VIII - inclusão em programa de acolhimento fa- II - os compromissos assumidos pelos pais ou
miliar; responsável; e
IX - colocação em família substituta. III - a previsão das atividades a serem desen-
volvidas com a criança ou com o adolescente
§ 1o O acolhimento institucional e o acolhimen- acolhido e seus pais ou responsável, com vista
to familiar são medidas provisórias e excepcio- na reintegração familiar ou, caso seja esta veda-
nais, utilizáveis como forma de transição para da por expressa e fundamentada determinação
reintegração familiar ou, não sendo esta possí- judicial, as providências a serem tomadas para
vel, para colocação em família substituta, não sua colocação em família substituta, sob direta
implicando privação de liberdade. supervisão da autoridade judiciária.
§ 2o Sem prejuízo da tomada de medidas emer- § 7o O acolhimento familiar ou institucional
genciais para proteção de vítimas de violência ocorrerá no local mais próximo à residência dos
ou abuso sexual e das providências a que alude pais ou do responsável e, como parte do proces-
o art. 130 desta Lei, o afastamento da criança ou so de reintegração familiar, sempre que identi-
adolescente do convívio familiar é de compe- ficada a necessidade, a família de origem será
tência exclusiva da autoridade judiciária e im- incluída em programas oficiais de orientação,
portará na deflagração, a pedido do Ministério de apoio e de promoção social, sendo facilitado
Público ou de quem tenha legítimo interesse, de e estimulado o contato com a criança ou com o
procedimento judicial contencioso, no qual se adolescente acolhido.
garanta aos pais ou ao responsável legal o exer-
cício do contraditório e da ampla defesa. § 8o Verificada a possibilidade de reintegração
familiar, o responsável pelo programa de aco-
§ 3o Crianças e adolescentes somente poderão lhimento familiar ou institucional fará imediata
ser encaminhados às instituições que executam comunicação à autoridade judiciária, que dará
programas de acolhimento institucional, gover- vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cin-
namentais ou não, por meio de uma Guia de Aco- co) dias, decidindo em igual prazo.
lhimento, expedida pela autoridade judiciária, na
qual obrigatoriamente constará, dentre outros: § 9o Em sendo constatada a impossibilidade
de reintegração da criança ou do adolescente à
I - sua identificação e a qualificação completa de família de origem, após seu encaminhamento a
seus pais ou de seu responsável, se conhecidos; programas oficiais ou comunitários de orienta-
ção, apoio e promoção social, será enviado re-
II - o endereço de residência dos pais ou do res-
latório fundamentado ao Ministério Público, no
ponsável, com pontos de referência;
qual conste a descrição pormenorizada das pro-
III - os nomes de parentes ou de terceiros inte- vidências tomadas e a expressa recomendação,
ressados em tê-los sob sua guarda; subscrita pelos técnicos da entidade ou respon-
sáveis pela execução da política municipal de
IV - os motivos da retirada ou da não reintegra- garantia do direito à convivência familiar, para
ção ao convívio familiar. a destituição do poder familiar, ou destituição
de tutela ou guarda.
§ 4o Imediatamente após o acolhimento da
criança ou do adolescente, a entidade responsá- § 10. Recebido o relatório, o Ministério Público
vel pelo programa de acolhimento institucional terá o prazo de 30 (trinta) dias para o ingresso
ou familiar elaborará um plano individual de com a ação de destituição do poder familiar,
atendimento, visando à reintegração familiar, salvo se entender necessária a realização de es-

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tudos complementares ou outras providências Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve
que entender indispensáveis ao ajuizamento da ser considerada a idade do adolescente à data
demanda. do fato.

§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança cor-
comarca ou foro regional, um cadastro conten- responderão as medidas previstas no art. 101.
do informações atualizadas sobre as crianças e
adolescentes em regime de acolhimento familiar Capítulo II
e institucional sob sua responsabilidade, com
Dos Direitos Individuais
informações pormenorizadas sobre a situação
jurídica de cada um, bem como as providências Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua li-
tomadas para sua reintegração familiar ou co- berdade senão em flagrante de ato infracional ou por
locação em família substituta, em qualquer das ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciá-
modalidades previstas no art. 28 desta Lei. ria competente.

§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Parágrafo único. O adolescente tem direito à
Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da identificação dos responsáveis pela sua apreen-
Assistência Social e os Conselhos Municipais são, devendo ser informado acerca de seus di-
dos Direitos da Criança e do Adolescente e da reitos.
Assistência Social, aos quais incumbe deliberar
sobre a implementação de políticas públicas que Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local
permitam reduzir o número de crianças e ado- onde se encontra recolhido serão incontinenti comuni-
lescentes afastados do convívio familiar e abre- cados à autoridade judiciária competente e à família
viar o período de permanência em programa de do apreendido ou à pessoa por ele indicada.
acolhimento.
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e
Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Ca- sob pena de responsabilidade, a possibilidade
pítulo serão acompanhadas da regularização do regis- de liberação imediata.
tro civil.
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser de-
§ 1º Verificada a inexistência de registro an- terminada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias.
terior, o assento de nascimento da criança ou
adolescente será feito à vista dos elementos dis- Parágrafo único. A decisão deverá ser funda-
poníveis, mediante requisição da autoridade mentada e basear-se em indícios suficientes de
judiciária. autoria e materialidade, demonstrada a necessi-
dade imperiosa da medida.
§ 2º Os registros e certidões necessários à regu-
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não
larização de que trata este artigo são isentos de
multas, custas e emolumentos, gozando de ab- será submetido a identificação compulsória pelos ór-
soluta prioridade. gãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito
de confrontação, havendo dúvida fundada.
§ 3o Caso ainda não definida a paternidade,
será deflagrado procedimento específico desti- Capítulo III
nado à sua averiguação, conforme previsto pela
Lei no 8.560, de 29 de dezembro de 1992. Das Garantias Processuais
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua li-
§ 4o Nas hipóteses previstas no § 3o deste artigo, berdade sem o devido processo legal.
é dispensável o ajuizamento de ação de investi-
gação de paternidade pelo Ministério Público Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras,
se, após o não comparecimento ou a recusa do as seguintes garantias:
suposto pai em assumir a paternidade a ele atri-
buída, a criança for encaminhada para adoção. I - pleno e formal conhecimento da atribuição de
ato infracional, mediante citação ou meio equi-
Título III valente;

II - igualdade na relação processual, podendo


Da Prática de Ato Infracional
confrontar-se com vítimas e testemunhas e pro-
Capítulo I duzir todas as provas necessárias à sua defesa;

III - defesa técnica por advogado;


Disposições Gerais
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descri- IV - assistência judiciária gratuita e integral aos
ta como crime ou contravenção penal. necessitados, na forma da lei;

Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de V - direito de ser ouvido pessoalmente pela au-
dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei. toridade competente;

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Noções de Direito e Legislação

VI - direito de solicitar a presença de seus pais Art. 116. Em se tratando de ato infracional com refle-
ou responsável em qualquer fase do procedi- xos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se
mento. for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova
o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, com-
Capítulo IV pense o prejuízo da vítima.

Das Medidas Sócio-Educativas Parágrafo único. Havendo manifesta impossi-


bilidade, a medida poderá ser substituída por
Seção I outra adequada.

Disposições Gerais Seção IV


Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a au-
Da Prestação de Serviços à Comunidade
toridade competente poderá aplicar ao adolescente as
seguintes medidas: Art. 117. A prestação de serviços comunitários consis-
te na realização de tarefas gratuitas de interesse geral,
I - advertência; por período não excedente a seis meses, junto a entida-
des assistenciais, hospitais, escolas e outros estabeleci-
II - obrigação de reparar o dano;
mentos congêneres, bem como em programas comuni-
III - prestação de serviços à comunidade; tários ou governamentais.

IV - liberdade assistida; Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas con-


forme as aptidões do adolescente, devendo ser
V - inserção em regime de semi-liberdade; cumpridas durante jornada máxima de oito ho-
ras semanais, aos sábados, domingos e feriados
VI - internação em estabelecimento educacional; ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a fre-
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I qüência à escola ou à jornada normal de trabalho.
a VI.
Seção V
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará
em conta a sua capacidade de cumpri-la, as cir- Da Liberdade Assistida
cunstâncias e a gravidade da infração. Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre
que se afigurar a medida mais adequada para o fim de
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum,
acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
será admitida a prestação de trabalho forçado.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou
para acompanhar o caso, a qual poderá ser re-
deficiência mental receberão tratamento indivi-
comendada por entidade ou programa de aten-
dual e especializado, em local adequado às suas
dimento.
condições.
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. § 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo
99 e 100. mínimo de seis meses, podendo a qualquer tem-
po ser prorrogada, revogada ou substituída por
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos inci- outra medida, ouvido o orientador, o Ministério
sos II a VI do art. 112 pressupõe a existência de provas Público e o defensor.
suficientes da autoria e da materialidade da infração,
ressalvada a hipótese de remissão, nos termos do art. Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a su-
127. pervisão da autoridade competente, a realização dos
seguintes encargos, entre outros:
Parágrafo único. A advertência poderá ser apli-
cada sempre que houver prova da materialida- I - promover socialmente o adolescente e sua
de e indícios suficientes da autoria. família, fornecendo-lhes orientação e inserindo
-os, se necessário, em programa oficial ou comu-
nitário de auxílio e assistência social;
Seção II
II - supervisionar a freqüência e o aproveita-
Da Advertência mento escolar do adolescente, promovendo, in-
clusive, sua matrícula;
Art. 115. A advertência consistirá em admoestação
verbal, que será reduzida a termo e assinada. III - diligenciar no sentido da profissionalização
do adolescente e de sua inserção no mercado de
Seção III trabalho;

Da Obrigação de Reparar o Dano IV - apresentar relatório do caso.

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Seção VI § 1o O prazo de internação na hipótese do in-


ciso III deste artigo não poderá ser superior a
Do Regime de Semi-liberdade 3 (três) meses, devendo ser decretada judicial-
mente após o devido processo legal.
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determi-
nado desde o início, ou como forma de transição para § 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a inter-
o meio aberto, possibilitada a realização de atividades nação, havendo outra medida adequada.
externas, independentemente de autorização judicial.
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em enti-
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profis- dade exclusiva para adolescentes, em local distinto
sionalização, devendo, sempre que possível, ser daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa sepa-
utilizados os recursos existentes na comunidade. ração por critérios de idade, compleição física e gravi-
dade da infração.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado
aplicando-se, no que couber, as disposições re- Parágrafo único. Durante o período de interna-
lativas à internação. ção, inclusive provisória, serão obrigatórias ati-
vidades pedagógicas.
Seção VII
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liber-
dade, entre outros, os seguintes:
Da Internação
Art. 121. A internação constitui medida privativa da I - entrevistar-se pessoalmente com o represen-
liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excep- tante do Ministério Público;
cionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa
em desenvolvimento. II - peticionar diretamente a qualquer autorida-
de;
§ 1º Será permitida a realização de atividades
externas, a critério da equipe técnica da enti- III - avistar-se reservadamente com seu defen-
dade, salvo expressa determinação judicial em sor;
contrário.
IV - ser informado de sua situação processual,
§ 2º A medida não comporta prazo determina- sempre que solicitada;
do, devendo sua manutenção ser reavaliada,
mediante decisão fundamentada, no máximo a V - ser tratado com respeito e dignidade;
cada seis meses.
VI - permanecer internado na mesma localidade
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo ou naquela mais próxima ao domicílio de seus
de internação excederá a três anos. pais ou responsável;
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;
anterior, o adolescente deverá ser liberado, colo-
cado em regime de semi-liberdade ou de liber- VIII - corresponder-se com seus familiares e
dade assistida. amigos;
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene
anos de idade. e asseio pessoal;
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será X - habitar alojamento em condições adequadas
precedida de autorização judicial, ouvido o Mi- de higiene e salubridade;
nistério Público.
XI - receber escolarização e profissionalização;
§ 7o A determinação judicial mencionada no §
1o poderá ser revista a qualquer tempo pela au- XII - realizar atividades culturais, esportivas e
toridade judiciária. de lazer:
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplica-
XIII - ter acesso aos meios de comunicação so-
da quando:
cial;
I - tratar-se de ato infracional cometido median-
te grave ameaça ou violência a pessoa; XIV - receber assistência religiosa, segundo a
sua crença, e desde que assim o deseje;
II - por reiteração no cometimento de outras in-
frações graves; XV - manter a posse de seus objetos pessoais e
dispor de local seguro para guardá-los, receben-
III - por descumprimento reiterado e injustificá- do comprovante daqueles porventura deposita-
vel da medida anteriormente imposta. dos em poder da entidade;

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XVI - receber, quando de sua desinternação, os V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e


documentos pessoais indispensáveis à vida em acompanhar sua freqüência e aproveitamento
sociedade. escolar;

§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilida- VI - obrigação de encaminhar a criança ou ado-


de. lescente a tratamento especializado;

§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender VII - advertência;


temporariamente a visita, inclusive de pais ou
responsável, se existirem motivos sérios e fun- VIII - perda da guarda;
dados de sua prejudicialidade aos interesses do IX - destituição da tutela;
adolescente.
X - suspensão ou destituição do poder familiar.
Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade físi-
ca e mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medi- Parágrafo único. Na aplicação das medidas pre-
das adequadas de contenção e segurança. vistas nos incisos IX e X deste artigo, observar-
se-á o disposto nos arts. 23 e 24.
Capítulo V Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opres-
são ou abuso sexual impostos pelos pais ou responsá-
Da Remissão
vel, a autoridade judiciária poderá determinar, como
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial medida cautelar, o afastamento do agressor da mora-
para apuração de ato infracional, o representante do dia comum.
Ministério Público poderá conceder a remissão, como
forma de exclusão do processo, atendendo às circuns- Parágrafo único. Da medida cautelar constará,
tâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, ainda, a fixação provisória dos alimentos de que
bem como à personalidade do adolescente e sua maior necessitem a criança ou o adolescente depen-
ou menor participação no ato infracional. dentes do agressor.

Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a Título V


concessão da remissão pela autoridade judiciá-
ria importará na suspensão ou extinção do pro- Do Conselho Tutelar
cesso.
Art. 127. A remissão não implica necessariamente o re- Capítulo I
conhecimento ou comprovação da responsabilidade,
nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo Disposições Gerais
incluir eventualmente a aplicação de qualquer das me- Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e au-
didas previstas em lei, exceto a colocação em regime tônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade
de semi-liberdade e a internação. de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
Art. 128. A medida aplicada por força da remissão adolescente, definidos nesta Lei.
poderá ser revista judicialmente, a qualquer tempo, Art. 132. Em cada Município e em cada Região Ad-
mediante pedido expresso do adolescente ou de seu
ministrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1
representante legal, ou do Ministério Público.
(um) Conselho Tutelar como órgão integrante da ad-
ministração pública local, composto de 5 (cinco) mem-
Título IV bros, escolhidos pela população local para mandato
de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, me-
Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável
diante novo processo de escolha.
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou respon- Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho
sável: Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos:
I - encaminhamento a programa oficial ou co- I - reconhecida idoneidade moral;
munitário de proteção à família;
II - idade superior a vinte e um anos;
II - inclusão em programa oficial ou comunitário
de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras III - residir no município.
e toxicômanos;
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o lo-
III - encaminhamento a tratamento psicológico cal, dia e horário de funcionamento do Conselho Tu-
ou psiquiátrico; telar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos
membros, aos quais é assegurado o direito a:
IV - encaminhamento a cursos ou programas de
orientação; I - cobertura previdenciária;

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II - gozo de férias anuais remuneradas, acresci- IX - assessorar o Poder Executivo local na ela-
das de 1/3 (um terço) do valor da remuneração boração da proposta orçamentária para planos
mensal; e programas de atendimento dos direitos da
criança e do adolescente;
III - licença-maternidade;
X - representar, em nome da pessoa e da família,
IV - licença-paternidade; contra a violação dos direitos previstos no art.
V - gratificação natalina. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;

Parágrafo único. Constará da lei orçamentária XI - representar ao Ministério Público para efei-
municipal e da do Distrito Federal previsão dos to das ações de perda ou suspensão do poder
recursos necessários ao funcionamento do Con- familiar, após esgotadas as possibilidades de
selho Tutelar e à remuneração e formação conti- manutenção da criança ou do adolescente junto
nuada dos conselheiros tutelares. à família natural.

Art. 135. O exercício efetivo da função de conselhei- XII - promover e incentivar, na comunidade e
ro constituirá serviço público relevante e estabelecerá nos grupos profissionais, ações de divulgação e
presunção de idoneidade moral. treinamento para o reconhecimento de sintomas
de maus-tratos em crianças e adolescentes.
Capítulo II
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atri-
Das Atribuições do Conselho buições, o Conselho Tutelar entender necessário
o afastamento do convívio familiar, comunicará
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: incontinenti o fato ao Ministério Público, pres-
tando-lhe informações sobre os motivos de tal
I - atender as crianças e adolescentes nas hipó- entendimento e as providências tomadas para
teses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as a orientação, o apoio e a promoção social da fa-
medidas previstas no art. 101, I a VII; mília.

II - atender e aconselhar os pais ou responsável, Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente po-
aplicando as medidas previstas no art. 129, I a derão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido
VII; de quem tenha legítimo interesse.

III - promover a execução de suas decisões, po- Capítulo III


dendo para tanto:

a) requisitar serviços públicos nas áreas de saú- Da Competência


de, educação, serviço social, previdência, traba- Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de com-
lho e segurança; petência constante do art. 147.
b) representar junto à autoridade judiciária nos
Capítulo IV
casos de descumprimento injustificado de suas
deliberações.
Da Escolha dos Conselheiros
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia
de fato que constitua infração administrativa Art. 139. O processo para a escolha dos membros do
ou penal contra os direitos da criança ou ado- Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal
lescente; e realizado sob a responsabilidade do Conselho Mu-
nicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos fiscalização do Ministério Público.
de sua competência;
§ 1o O processo de escolha dos membros do
VI - providenciar a medida estabelecida pela Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em
autoridade judiciária, dentre as previstas no art. todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos,
no primeiro domingo do mês de outubro do ano
101, de I a VI, para o adolescente autor de ato
subsequente ao da eleição presidencial.
infracional;
§ 2o A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá
VII - expedir notificações; no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao pro-
cesso de escolha.
VIII - requisitar certidões de nascimento e de
óbito de criança ou adolescente quando neces- § 3o No processo de escolha dos membros do
sário; Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar,

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oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem inclusive, iniciais do nome e sobrenome.


ou vantagem pessoal de qualquer natureza, in-
clusive brindes de pequeno valor. Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de atos a
que se refere o artigo anterior somente será deferida
pela autoridade judiciária competente, se demonstra-
Capítulo V
do o interesse e justificada a finalidade.

Dos Impedimentos Capítulo II

Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho


Da Justiça da Infância e da Juventude
marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e
genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio,
Seção I
tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado.

Parágrafo único. Estende-se o impedimento do Disposições Gerais


conselheiro, na forma deste artigo, em relação à
autoridade judiciária e ao representante do Mi- Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar
nistério Público com atuação na Justiça da In- varas especializadas e exclusivas da infância e da ju-
fância e da Juventude, em exercício na comarca, ventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua
foro regional ou distrital. proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las
de infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, inclu-
sive em plantões.
Título VI
Seção II
Do Acesso à Justiça
Do Juiz
Capítulo I Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz
da Infância e da Juventude, ou o juiz que exerce essa
Disposições Gerais função, na forma da lei de organização judiciária local.
Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou ado- Art. 147. A competência será determinada:
lescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e
I - pelo domicílio dos pais ou responsável;
ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos.
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou ado-
§ 1º. A assistência judiciária gratuita será presta-
lescente, à falta dos pais ou responsável.
da aos que dela necessitarem, através de defen-
sor público ou advogado nomeado. § 1º. Nos casos de ato infracional, será compe-
tente a autoridade do lugar da ação ou omissão,
§ 2º As ações judiciais da competência da Jus- observadas as regras de conexão, continência e
tiça da Infância e da Juventude são isentas de prevenção.
custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de
litigância de má-fé. § 2º A execução das medidas poderá ser delega-
da à autoridade competente da residência dos
Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão represen- pais ou responsável, ou do local onde sediar-se
tados e os maiores de dezesseis e menores de vinte e a entidade que abrigar a criança ou adolescente.
um anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores,
na forma da legislação civil ou processual. § 3º Em caso de infração cometida através de
transmissão simultânea de rádio ou televisão,
Parágrafo único. A autoridade judiciária dará que atinja mais de uma comarca, será competen-
curador especial à criança ou adolescente, sem- te, para aplicação da penalidade, a autoridade
pre que os interesses destes colidirem com os judiciária do local da sede estadual da emissora
de seus pais ou responsável, ou quando carecer ou rede, tendo a sentença eficácia para todas as
de representação ou assistência legal ainda que transmissoras ou retransmissoras do respectivo
eventual. estado.
Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é com-
Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, po-
petente para:
liciais e administrativos que digam respeito a crianças
e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracio- I - conhecer de representações promovidas pelo
nal. Ministério Público, para apuração de ato infra-
cional atribuído a adolescente, aplicando as me-
Parágrafo único. Qualquer notícia a res- didas cabíveis;
peito do fato não poderá identificar a criança ou
adolescente, vedando-se fotografia, referência a II - conceder a remissão, como forma de suspen-
nome, apelido, filiação, parentesco, residência e, são ou extinção do processo;

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III - conhecer de pedidos de adoção e seus inci- e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e
dentes; televisão.

IV - conhecer de ações civis fundadas em inte- II - a participação de criança e adolescente em:


resses individuais, difusos ou coletivos afetos à
criança e ao adolescente, observado o disposto a) espetáculos públicos e seus ensaios;
no art. 209;
b) certames de beleza.
V - conhecer de ações decorrentes de irregulari-
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, a auto-
dades em entidades de atendimento, aplicando
ridade judiciária levará em conta, dentre outros
as medidas cabíveis;
fatores:
VI - aplicar penalidades administrativas nos
a) os princípios desta Lei;
casos de infrações contra norma de proteção à
criança ou adolescente; b) as peculiaridades locais;
VII - conhecer de casos encaminhados pelo Con- c) a existência de instalações adequadas;
selho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis.
d) o tipo de freqüência habitual ao local;
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou
adolescente nas hipóteses do art. 98, é também e) a adequação do ambiente a eventual partici-
competente a Justiça da Infância e da Juventude pação ou freqüência de crianças e adolescentes;
para o fim de:
f) a natureza do espetáculo.
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
§ 2º As medidas adotadas na conformidade
b) conhecer de ações de destituição do poder fa- deste artigo deverão ser fundamentadas, caso a
miliar, perda ou modificação da tutela ou guar- caso, vedadas as determinações de caráter geral.
da;
Seção III
c) suprir a capacidade ou o consentimento para
o casamento;
Dos Serviços Auxiliares
d) conhecer de pedidos baseados em discordân-
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de
cia paterna ou materna, em relação ao exercício
sua proposta orçamentária, prever recursos para ma-
do poder familiar;
nutenção de equipe interprofissional, destinada a as-
e) conceder a emancipação, nos termos da lei ci- sessorar a Justiça da Infância e da Juventude.
vil, quando faltarem os pais; Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre
f) designar curador especial em casos de apre- outras atribuições que lhe forem reservadas pela le-
sentação de queixa ou representação, ou de ou- gislação local, fornecer subsídios por escrito, median-
te laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim
tros procedimentos judiciais ou extrajudiciais
desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação,
em que haja interesses de criança ou adolescen-
encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a ime-
te;
diata subordinação à autoridade judiciária, assegura-
g) conhecer de ações de alimentos; da a livre manifestação do ponto de vista técnico.

h) determinar o cancelamento, a retificação e o Capítulo III


suprimento dos registros de nascimento e óbito.
Dos Procedimentos
Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar,
através de portaria, ou autorizar, mediante alvará: Seção I
I - a entrada e permanência de criança ou ado-
lescente, desacompanhado dos pais ou respon- Disposições Gerais
sável, em: Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei apli-
cam-se subsidiariamente as normas gerais previstas na
a) estádio, ginásio e campo desportivo;
legislação processual pertinente.
b) bailes ou promoções dançantes;
Parágrafo único. É assegurada, sob pena de
c) boate ou congêneres; responsabilidade, prioridade absoluta na trami-
tação dos processos e procedimentos previstos
d) casa que explore comercialmente diversões nesta Lei, assim como na execução dos atos e
eletrônicas; diligências judiciais a eles referentes.

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Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não cor- quisitará de qualquer repartição ou órgão público a
responder a procedimento previsto nesta ou em outra apresentação de documento que interesse à causa, de
lei, a autoridade judiciária poderá investigar os fatos e ofício ou a requerimento das partes ou do Ministério
ordenar de ofício as providências necessárias, ouvido Público.
o Ministério Público.
Art. 161. Não sendo contestado o pedido, a autoridade
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se judiciária dará vista dos autos ao Ministério Público,
aplica para o fim de afastamento da criança ou por cinco dias, salvo quando este for o requerente, de-
do adolescente de sua família de origem e em cidindo em igual prazo.
outros procedimentos necessariamente conten-
§ 1o A autoridade judiciária, de ofício ou a re-
ciosos.
querimento das partes ou do Ministério Públi-
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214. co, determinará a realização de estudo social ou
perícia por equipe interprofissional ou multidis-
Seção II ciplinar, bem como a oitiva de testemunhas que
comprovem a presença de uma das causas de
Da Perda e da Suspensão do Poder Familiar suspensão ou destituição do poder familiar pre-
Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão vistas nos arts. 1.637 e 1.638 da Lei no 10.406, de
do poder familiar terá início por provocação do Minis- 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou no art.
tério Público ou de quem tenha legítimo interesse. 24 desta Lei.

Art. 156. A petição inicial indicará: § 2o Em sendo os pais oriundos de comunida-


des indígenas, é ainda obrigatória a intervenção,
I - a autoridade judiciária a que for dirigida; junto à equipe profissional ou multidisciplinar
referida no § 1o deste artigo, de representantes
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residên-
do órgão federal responsável pela política indi-
cia do requerente e do requerido, dispensada a
genista, observado o disposto no § 6o do art. 28
qualificação em se tratando de pedido formula-
desta Lei.
do por representante do Ministério Público;
§ 3o Se o pedido importar em modificação de
III - a exposição sumária do fato e o pedido;
guarda, será obrigatória, desde que possível e
IV - as provas que serão produzidas, oferecendo, razoável, a oitiva da criança ou adolescente, res-
desde logo, o rol de testemunhas e documentos. peitado seu estágio de desenvolvimento e grau
de compreensão sobre as implicações da medi-
Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade da.
judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a sus-
pensão do poder familiar, liminar ou incidentalmente, § 4o É obrigatória a oitiva dos pais sempre que
até o julgamento definitivo da causa, ficando a crian- esses forem identificados e estiverem em local
ça ou adolescente confiado a pessoa idônea, mediante conhecido.
termo de responsabilidade.
§ 5o Se o pai ou a mãe estiverem privados de
Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez liberdade, a autoridade judicial requisitará sua
dias, oferecer resposta escrita, indicando as provas a apresentação para a oitiva.
serem produzidas e oferecendo desde logo o rol de tes-
temunhas e documentos. Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade judiciá-
ria dará vista dos autos ao Ministério Público, por cin-
§ 1o A citação será pessoal, salvo se esgotados co dias, salvo quando este for o requerente, designan-
todos os meios para sua realização. do, desde logo, audiência de instrução e julgamento.

§ 2o O requerido privado de liberdade deverá § 1º A requerimento de qualquer das partes, do


ser citado pessoalmente. Ministério Público, ou de ofício, a autoridade
judiciária poderá determinar a realização de es-
Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de
tudo social ou, se possível, de perícia por equipe
constituir advogado, sem prejuízo do próprio sustento
interprofissional.
e de sua família, poderá requerer, em cartório, que lhe
seja nomeado dativo, ao qual incumbirá a apresenta- § 2º Na audiência, presentes as partes e o Mi-
ção de resposta, contando-se o prazo a partir da inti- nistério Público, serão ouvidas as testemunhas,
mação do despacho de nomeação. colhendo-se oralmente o parecer técnico, salvo
quando apresentado por escrito, manifestando-
Parágrafo único. Na hipótese de requerido pri-
se sucessivamente o requerente, o requerido e
vado de liberdade, o oficial de justiça deverá
o Ministério Público, pelo tempo de vinte mi-
perguntar, no momento da citação pessoal, se
nutos cada um, prorrogável por mais dez. A
deseja que lhe seja nomeado defensor.
decisão será proferida na audiência, podendo a
Art. 160. Sendo necessário, a autoridade judiciária re- autoridade judiciária, excepcionalmente, desig-

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nar data para sua leitura no prazo máximo de cial, no caso de adoção, sobre a irrevogabilidade
cinco dias. da medida.
Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedi- § 3o O consentimento dos titulares do poder
mento será de 120 (cento e vinte) dias. familiar será colhido pela autoridade judiciária
competente em audiência, presente o Ministério
Parágrafo único. A sentença que decretar a per-
Público, garantida a livre manifestação de von-
da ou a suspensão do poder familiar será aver-
tade e esgotados os esforços para manutenção
bada à margem do registro de nascimento da
da criança ou do adolescente na família natural
criança ou do adolescente.
ou extensa.

Seção III § 4o O consentimento prestado por escrito não


terá validade se não for ratificado na audiência
Da Destituição da Tutela a que se refere o § 3o deste artigo.
Art. 164. Na destituição da tutela, observar-se-á o § 5o O consentimento é retratável até a data da
procedimento para a remoção de tutor previsto na lei publicação da sentença constitutiva da adoção.
processual civil e, no que couber, o disposto na seção
anterior. § 6o O consentimento somente terá valor se for
dado após o nascimento da criança.
Seção IV § 7o A família substituta receberá a devida
orientação por intermédio de equipe técnica
Da Colocação em Família Substituta interprofissional a serviço do Poder Judiciário,
Art. 165. São requisitos para a concessão de pedidos de preferencialmente com apoio dos técnicos res-
colocação em família substituta: ponsáveis pela execução da política municipal
de garantia do direito à convivência familiar.
I - qualificação completa do requerente e de seu
eventual cônjuge, ou companheiro, com expres- Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a reque-
rimento das partes ou do Ministério Público, deter-
sa anuência deste;
minará a realização de estudo social ou, se possível,
II - indicação de eventual parentesco do reque- perícia por equipe interprofissional, decidindo sobre a
rente e de seu cônjuge, ou companheiro, com a concessão de guarda provisória, bem como, no caso de
criança ou adolescente, especificando se tem ou adoção, sobre o estágio de convivência.
não parente vivo;
Parágrafo único. Deferida a concessão da guar-
III - qualificação completa da criança ou adoles- da provisória ou do estágio de convivência, a
cente e de seus pais, se conhecidos; criança ou o adolescente será entregue ao inte-
ressado, mediante termo de responsabilidade.
IV - indicação do cartório onde foi inscrito nas-
cimento, anexando, se possível, uma cópia da Art. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo pe-
respectiva certidão; ricial, e ouvida, sempre que possível, a criança ou o
adolescente, dar-se-á vista dos autos ao Ministério Pú-
V - declaração sobre a existência de bens, di- blico, pelo prazo de cinco dias, decidindo a autoridade
reitos ou rendimentos relativos à criança ou ao judiciária em igual prazo.
adolescente. Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela,
Parágrafo único. Em se tratando de adoção, ob- a perda ou a suspensão do poder familiar constituir
servar-se-ão também os requisitos específicos. pressuposto lógico da medida principal de colocação
em família substituta, será observado o procedimento
Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido des- contraditório previsto nas Seções II e III deste Capítulo.
tituídos ou suspensos do poder familiar, ou houverem
aderido expressamente ao pedido de colocação em Parágrafo único. A perda ou a modificação da
família substituta, este poderá ser formulado direta- guarda poderá ser decretada nos mesmos autos
mente em cartório, em petição assinada pelos próprios do procedimento, observado o disposto no art.
requerentes, dispensada a assistência de advogado. 35.
§ 1o Na hipótese de concordância dos pais, Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á
esses serão ouvidos pela autoridade judiciária o disposto no art. 32, e, quanto à adoção, o contido no
e pelo representante do Ministério Público, to- art. 47.
mando-se por termo as declarações.
Parágrafo único. A colocação de criança ou ado-
§ 2o O consentimento dos titulares do poder fa- lescente sob a guarda de pessoa inscrita em pro-
miliar será precedido de orientações e esclareci- grama de acolhimento familiar será comunica-
mentos prestados pela equipe interprofissional da pela autoridade judiciária à entidade por este
da Justiça da Infância e da Juventude, em espe- responsável no prazo máximo de 5 (cinco) dias.

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Seção V cial especializada, o adolescente aguardará a


apresentação em dependência separada da des-
Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a tinada a maiores, não podendo, em qualquer
Adolescente hipótese, exceder o prazo referido no parágrafo
anterior.
Art. 171. O adolescente apreendido por força de or-
dem judicial será, desde logo, encaminhado à autori- Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade
dade judiciária. policial encaminhará imediatamente ao representante
do Ministério Público cópia do auto de apreensão ou
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de boletim de ocorrência.
ato infracional será, desde logo, encaminhado à auto-
ridade policial competente. Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver
indícios de participação de adolescente na prática de
Parágrafo único. Havendo repartição policial ato infracional, a autoridade policial encaminhará ao
especializada para atendimento de adolescente representante do Ministério Público relatório das in-
e em se tratando de ato infracional praticado em vestigações e demais documentos.
co-autoria com maior, prevalecerá a atribuição
da repartição especializada, que, após as provi- Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de
dências necessárias e conforme o caso, encami- ato infracional não poderá ser conduzido ou transpor-
nhará o adulto à repartição policial própria. tado em compartimento fechado de veículo policial,
em condições atentatórias à sua dignidade, ou que im-
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional come-
pliquem risco à sua integridade física ou mental, sob
tido mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a
pena de responsabilidade.
autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts.
106, parágrafo único, e 107, deverá: Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante
do Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as teste-
de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório po-
munhas e o adolescente;
licial, devidamente autuados pelo cartório judicial e
II - apreender o produto e os instrumentos da com informação sobre os antecedentes do adolescente,
infração; procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em
sendo possível, de seus pais ou responsável, vítima e
III - requisitar os exames ou perícias necessários testemunhas.
à comprovação da materialidade e autoria da
infração. Parágrafo único. Em caso de não apresentação,
o representante do Ministério Público notifica-
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de fla- rá os pais ou responsável para apresentação do
grante, a lavratura do auto poderá ser substituí- adolescente, podendo requisitar o concurso das
da por boletim de ocorrência circunstanciada. polícias civil e militar.
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou respon- Art. 180. Adotadas as providências a que alude o ar-
sável, o adolescente será prontamente liberado pela tigo anterior, o representante do Ministério Público
autoridade policial, sob termo de compromisso e res- poderá:
ponsabilidade de sua apresentação ao representante
do Ministério Público, no mesmo dia ou, sendo im- I - promover o arquivamento dos autos;
possível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, II - conceder a remissão;
pela gravidade do ato infracional e sua repercussão
social, deva o adolescente permanecer sob internação III - representar à autoridade judiciária para
para garantia de sua segurança pessoal ou manuten- aplicação de medida sócio-educativa.
ção da ordem pública.
Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou con-
Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade poli- cedida a remissão pelo representante do Ministério
cial encaminhará, desde logo, o adolescente ao repre- Público, mediante termo fundamentado, que conterá
sentante do Ministério Público, juntamente com cópia o resumo dos fatos, os autos serão conclusos à autori-
do auto de apreensão ou boletim de ocorrência. dade judiciária para homologação.

§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, § 1º Homologado o arquivamento ou a remis-


a autoridade policial encaminhará o adolescente são, a autoridade judiciária determinará, con-
à entidade de atendimento, que fará a apresen- forme o caso, o cumprimento da medida.
tação ao representante do Ministério Público no
prazo de vinte e quatro horas. § 2º Discordando, a autoridade judiciária fará
remessa dos autos ao Procurador-Geral de Jus-
§ 2º Nas localidades onde não houver entidade tiça, mediante despacho fundamentado, e este
de atendimento, a apresentação far-se-á pela oferecerá representação, designará outro mem-
autoridade policial. À falta de repartição poli- bro do Ministério Público para apresentá-la, ou

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ratificará o arquivamento ou a remissão, que só Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou
então estará a autoridade judiciária obrigada a responsável, a autoridade judiciária procederá à oitiva
homologar. dos mesmos, podendo solicitar opinião de profissional
qualificado.
Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do
Ministério Público não promover o arquivamento ou § 1º Se a autoridade judiciária entender adequa-
conceder a remissão, oferecerá representação à auto- da a remissão, ouvirá o representante do Minis-
ridade judiciária, propondo a instauração de procedi- tério Público, proferindo decisão.
mento para aplicação da medida sócio-educativa que
se afigurar a mais adequada. § 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de
medida de internação ou colocação em regime
§ 1º A representação será oferecida por petição, de semi-liberdade, a autoridade judiciária, ve-
que conterá o breve resumo dos fatos e a classi- rificando que o adolescente não possui advoga-
ficação do ato infracional e, quando necessário, do constituído, nomeará defensor, designando,
o rol de testemunhas, podendo ser deduzida desde logo, audiência em continuação, podendo
oralmente, em sessão diária instalada pela auto- determinar a realização de diligências e estudo
ridade judiciária. do caso.

§ 2º A representação independe de prova pré- § 3º O advogado constituído ou o defensor no-


constituída da autoria e materialidade. meado, no prazo de três dias contado da au-
diência de apresentação, oferecerá defesa prévia
Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a con- e rol de testemunhas.
clusão do procedimento, estando o adolescente inter-
nado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias. § 4º Na audiência em continuação, ouvidas as
testemunhas arroladas na representação e na
Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade ju- defesa prévia, cumpridas as diligências e junta-
diciária designará audiência de apresentação do ado- do o relatório da equipe interprofissional, será
lescente, decidindo, desde logo, sobre a decretação ou dada a palavra ao representante do Ministério
manutenção da internação, observado o disposto no Público e ao defensor, sucessivamente, pelo
art. 108 e parágrafo. tempo de vinte minutos para cada um, prorro-
§ 1º O adolescente e seus pais ou responsável gável por mais dez, a critério da autoridade ju-
diciária, que em seguida proferirá decisão.
serão cientificados do teor da representação, e
notificados a comparecer à audiência, acompa- Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado,
nhados de advogado. não comparecer, injustificadamente à audiência de
apresentação, a autoridade judiciária designará nova
§ 2º Se os pais ou responsável não forem locali- data, determinando sua condução coercitiva.
zados, a autoridade judiciária dará curador es-
pecial ao adolescente. Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou sus-
pensão do processo, poderá ser aplicada em qualquer
§ 3º Não sendo localizado o adolescente, a au- fase do procedimento, antes da sentença.
toridade judiciária expedirá mandado de busca
Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer
e apreensão, determinando o sobrestamento do
medida, desde que reconheça na sentença:
feito, até a efetiva apresentação.
I - estar provada a inexistência do fato;
§ 4º Estando o adolescente internado, será re-
quisitada a sua apresentação, sem prejuízo da II - não haver prova da existência do fato;
notificação dos pais ou responsável.
III - não constituir o fato ato infracional;
Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela au-
toridade judiciária, não poderá ser cumprida em esta- IV - não existir prova de ter o adolescente con-
belecimento prisional. corrido para o ato infracional.

§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as ca- Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, es-
racterísticas definidas no art. 123, o adolescente tando o adolescente internado, será imediata-
deverá ser imediatamente transferido para a lo- mente colocado em liberdade.
calidade mais próxima. Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida
§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o de internação ou regime de semi-liberdade será feita:
adolescente aguardará sua remoção em repar- I - ao adolescente e ao seu defensor;
tição policial, desde que em seção isolada dos
adultos e com instalações apropriadas, não II - quando não for encontrado o adolescente, a
podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco seus pais ou responsável, sem prejuízo do de-
dias, sob pena de responsabilidade. fensor.

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§ 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação § 1º No procedimento iniciado com o auto de in-
far-se-á unicamente na pessoa do defensor. fração, poderão ser usadas fórmulas impressas,
especificando-se a natureza e as circunstâncias
§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do adoles- da infração.
cente, deverá este manifestar se deseja ou não
recorrer da sentença. § 2º Sempre que possível, à verificação da infra-
ção seguir-se-á a lavratura do auto, certificando-
Seção VI se, em caso contrário, dos motivos do retarda-
mento.
Da Apuração de Irregularidades em Entidade de
Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para apre-
Atendimento
sentação de defesa, contado da data da intimação, que
Art. 191. O procedimento de apuração de irregularida- será feita:
des em entidade governamental e não-governamental
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este
terá início mediante portaria da autoridade judiciária ou
for lavrado na presença do requerido;
representação do Ministério Público ou do Conselho Tu-
telar, onde conste, necessariamente, resumo dos fatos. II - por oficial de justiça ou funcionário legal-
Parágrafo único. Havendo motivo grave, pode- mente habilitado, que entregará cópia do auto
rá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério ou da representação ao requerido, ou a seu re-
Público, decretar liminarmente o afastamento presentante legal, lavrando certidão;
provisório do dirigente da entidade, mediante III - por via postal, com aviso de recebimento,
decisão fundamentada. se não for encontrado o requerido ou seu repre-
Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no sentante legal;
prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo
IV - por edital, com prazo de trinta dias, se in-
juntar documentos e indicar as provas a produzir.
certo ou não sabido o paradeiro do requerido ou
Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo ne- de seu representante legal.
cessário, a autoridade judiciária designará audiência
Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo
de instrução e julgamento, intimando as partes.
legal, a autoridade judiciária dará vista dos autos do
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes Ministério Público, por cinco dias, decidindo em igual
e o Ministério Público terão cinco dias para ofe- prazo.
recer alegações finais, decidindo a autoridade Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciá-
judiciária em igual prazo. ria procederá na conformidade do artigo anterior, ou,
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório sendo necessário, designará audiência de instrução e
ou definitivo de dirigente de entidade governa- julgamento.
mental, a autoridade judiciária oficiará à autori- Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifes-
dade administrativa imediatamente superior ao tar-se-ão sucessivamente o Ministério Público e
afastado, marcando prazo para a substituição. o procurador do requerido, pelo tempo de vin-
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a te minutos para cada um, prorrogável por mais
autoridade judiciária poderá fixar prazo para a dez, a critério da autoridade judiciária, que em
remoção das irregularidades verificadas. Satis- seguida proferirá sentença.
feitas as exigências, o processo será extinto, sem
julgamento de mérito. Seção VIII Da Habilitação de Pretendentes à
Adoção
§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao
dirigente da entidade ou programa de atendi- Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no
mento. Brasil, apresentarão petição inicial na qual conste:
Seção VII I - qualificação completa;
Da Apuração de Infração Administrativa às Normas II - dados familiares;
de Proteção à Criança e ao Adolescente
III - cópias autenticadas de certidão de nasci-
Art. 194. O procedimento para imposição de penalida-
mento ou casamento, ou declaração relativa ao
de administrativa por infração às normas de proteção
período de união estável;
à criança e ao adolescente terá início por representação
do Ministério Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto IV - cópias da cédula de identidade e inscrição
de infração elaborado por servidor efetivo ou voluntá- no Cadastro de Pessoas Físicas;
rio credenciado, e assinado por duas testemunhas, se
possível. V - comprovante de renda e domicílio;

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VI - atestados de sanidade física e mental; psicossocial, abrindo a seguir vista dos autos ao
Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo
VII - certidão de antecedentes criminais; em igual prazo.
VIII - certidão negativa de distribuição cível. Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será
Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48 inscrito nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei,
(quarenta e oito) horas, dará vista dos autos ao Minis- sendo a sua convocação para a adoção feita de acordo
tério Público, que no prazo de 5 (cinco) dias poderá: com ordem cronológica de habilitação e conforme a
disponibilidade de crianças ou adolescentes adotáveis.
I - apresentar quesitos a serem respondidos pela
equipe interprofissional encarregada de elabo- § 1o A ordem cronológica das habilitações so-
rar o estudo técnico a que se refere o art. 197-C mente poderá deixar de ser observada pela au-
desta Lei; toridade judiciária nas hipóteses previstas no §
13 do art. 50 desta Lei, quando comprovado ser
II - requerer a designação de audiência para oiti- essa a melhor solução no interesse do adotando.
va dos postulantes em juízo e testemunhas;
§ 2o A recusa sistemática na adoção das crian-
III - requerer a juntada de documentos comple- ças ou adolescentes indicados importará na rea-
mentares e a realização de outras diligências valiação da habilitação concedida.
que entender necessárias.
Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equi- Capítulo IV
pe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e
Dos Recursos
da Juventude, que deverá elaborar estudo psicosso-
cial, que conterá subsídios que permitam aferir a capa- Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infân-
cidade e o preparo dos postulantes para o exercício de cia e da Juventude, inclusive os relativos à execução
uma paternidade ou maternidade responsável, à luz das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema re-
dos requisitos e princípios desta Lei. cursal da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código
de Processo Civil), com as seguintes adaptações:
§ 1o É obrigatória a participação dos postu-
lantes em programa oferecido pela Justiça da I - os recursos serão interpostos independente-
Infância e da Juventude preferencialmente com mente de preparo;
apoio dos técnicos responsáveis pela execução
da política municipal de garantia do direito à II - em todos os recursos, salvo nos embargos de
convivência familiar, que inclua preparação psi- declaração, o prazo para o Ministério Público e
cológica, orientação e estímulo à adoção inter para a defesa será sempre de 10 (dez) dias;
-racial, de crianças maiores ou de adolescentes,
com necessidades específicas de saúde ou com III - os recursos terão preferência de julgamento
deficiências e de grupos de irmãos. e dispensarão revisor;

§ 2o Sempre que possível e recomendável, a VII - antes de determinar a remessa dos autos à
etapa obrigatória da preparação referida no § superior instância, no caso de apelação, ou do
1o deste artigo incluirá o contato com crianças instrumento, no caso de agravo, a autoridade
e adolescentes em regime de acolhimento fa- judiciária proferirá despacho fundamentado,
miliar ou institucional em condições de serem mantendo ou reformando a decisão, no prazo
adotados, a ser realizado sob a orientação, su- de cinco dias;
pervisão e avaliação da equipe técnica da Justi- VIII - mantida a decisão apelada ou agravada,
ça da Infância e da Juventude, com o apoio dos o escrivão remeterá os autos ou o instrumento
técnicos responsáveis pelo programa de acolhi- à superior instância dentro de vinte e quatro
mento familiar ou institucional e pela execução horas, independentemente de novo pedido do
da política municipal de garantia do direito à recorrente; se a reformar, a remessa dos autos
convivência familiar. dependerá de pedido expresso da parte interes-
Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da parti- sada ou do Ministério Público, no prazo de cin-
cipação no programa referido no art. 197-C desta Lei, a co dias, contados da intimação.
autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas, decidirá acerca das diligências requeridas pelo Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no
Ministério Público e determinará a juntada do estudo art. 149 caberá recurso de apelação.
psicossocial, designando, conforme o caso, audiência
de instrução e julgamento. Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz
efeito desde logo, embora sujeita a apelação, que será
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas di- recebida exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se
ligências, ou sendo essas indeferidas, a autori- se tratar de adoção internacional ou se houver perigo de
dade judiciária determinará a juntada do estudo dano irreparável ou de difícil reparação ao adotando.

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Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qual- VI - instaurar procedimentos administrativos e,
quer dos genitores do poder familiar fica sujeita a ape- para instruí-los:
lação, que deverá ser recebida apenas no efeito devo-
lutivo. a) expedir notificações para colher depoimentos
ou esclarecimentos e, em caso de não compare-
Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de adoção cimento injustificado, requisitar condução coer-
e de destituição de poder familiar, em face da relevân- citiva, inclusive pela polícia civil ou militar;
cia das questões, serão processados com prioridade
absoluta, devendo ser imediatamente distribuídos, fi- b) requisitar informações, exames, perícias e do-
cando vedado que aguardem, em qualquer situação, cumentos de autoridades municipais, estaduais
oportuna distribuição, e serão colocados em mesa para e federais, da administração direta ou indireta,
julgamento sem revisão e com parecer urgente do Mi- bem como promover inspeções e diligências in-
nistério Público. vestigatórias;
Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em c) requisitar informações e documentos a parti-
mesa para julgamento no prazo máximo de 60 (sessen- culares e instituições privadas;
ta) dias, contado da sua conclusão.
VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligên-
Parágrafo único. O Ministério Público será in- cias investigatórias e determinar a instauração
timado da data do julgamento e poderá na ses- de inquérito policial, para apuração de ilícitos
são, se entender necessário, apresentar oralmen- ou infrações às normas de proteção à infância e
te seu parecer. à juventude;

Art. 199-E. O Ministério Público poderá requerer a ins- VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e
tauração de procedimento para apuração de respon- garantias legais assegurados às crianças e ado-
sabilidades se constatar o descumprimento das pro- lescentes, promovendo as medidas judiciais e
vidências e do prazo previstos nos artigos anteriores. extrajudiciais cabíveis;

Capítulo V IX - impetrar mandado de segurança, de injun-


ção e habeas corpus, em qualquer juízo, instân-
Do Ministério Público cia ou tribunal, na defesa dos interesses sociais
e individuais indisponíveis afetos à criança e ao
Art. 200. As funções do Ministério Público previstas
adolescente;
nesta Lei serão exercidas nos termos da respectiva lei
orgânica. X - representar ao juízo visando à aplicação de
Art. 201. Compete ao Ministério Público: penalidade por infrações cometidas contra as
normas de proteção à infância e à juventude,
I - conceder a remissão como forma de exclusão sem prejuízo da promoção da responsabilidade
do processo; civil e penal do infrator, quando cabível;

II - promover e acompanhar os procedimentos XI - inspecionar as entidades públicas e parti-


relativos às infrações atribuídas a adolescentes; culares de atendimento e os programas de que
trata esta Lei, adotando de pronto as medidas
III - promover e acompanhar as ações de ali- administrativas ou judiciais necessárias à remo-
mentos e os procedimentos de suspensão e des- ção de irregularidades porventura verificadas;
tituição do poder familiar, nomeação e remoção
de tutores, curadores e guardiães, bem como XII - requisitar força policial, bem como a cola-
oficiar em todos os demais procedimentos da boração dos serviços médicos, hospitalares, edu-
competência da Justiça da Infância e da Juven- cacionais e de assistência social, públicos ou pri-
tude; vados, para o desempenho de suas atribuições.

§ 1º A legitimação do Ministério Público para as


IV - promover, de ofício ou por solicitação dos
ações cíveis previstas neste artigo não impede
interessados, a especialização e a inscrição de
a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo
hipoteca legal e a prestação de contas dos tuto-
dispuserem a Constituição e esta Lei.
res, curadores e quaisquer administradores de
bens de crianças e adolescentes nas hipóteses do § 2º As atribuições constantes deste artigo não
art. 98; excluem outras, desde que compatíveis com a
finalidade do Ministério Público.
V - promover o inquérito civil e a ação civil pú-
blica para a proteção dos interesses individuais, § 3º O representante do Ministério Público, no
difusos ou coletivos relativos à infância e à ado- exercício de suas funções, terá livre acesso a
lescência, inclusive os definidos no art. 220, § 3º todo local onde se encontre criança ou adoles-
inciso II, da Constituição Federal; cente.

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§ 4º O representante do Ministério Público será § 3º Será dispensada a outorga de mandato,


responsável pelo uso indevido das informações quando se tratar de defensor nomeado ou, sido
e documentos que requisitar, nas hipóteses le- constituído, tiver sido indicado por ocasião de
gais de sigilo. ato formal com a presença da autoridade judi-
ciária.
§ 5º Para o exercício da atribuição de que trata o
inciso VIII deste artigo, poderá o representante
do Ministério Público: Capítulo VII

a) reduzir a termo as declarações do reclamante, Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais,


instaurando o competente procedimento, sob Difusos e Coletivos
sua presidência;
b) entender-se diretamente com a pessoa ou au- Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações
toridade reclamada, em dia, local e horário pre- de responsabilidade por ofensa aos direitos assegura-
viamente notificados ou acertados; dos à criança e ao adolescente, referentes ao não ofere-
cimento ou oferta irregular:
c) efetuar recomendações visando à melhoria
dos serviços públicos e de relevância pública I - do ensino obrigatório;
afetos à criança e ao adolescente, fixando prazo
II - de atendimento educacional especializado
razoável para sua perfeita adequação.
aos portadores de deficiência;
Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não
III - de atendimento em creche e pré-escola às
for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Públi-
crianças de zero a seis anos de idade;
co na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta
Lei, hipótese em que terá vista dos autos depois das IV - de ensino noturno regular, adequado às
partes, podendo juntar documentos e requerer dili- condições do educando;
gências, usando os recursos cabíveis.
V - de programas suplementares de oferta de
Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qual- material didático-escolar, transporte e assistên-
quer caso, será feita pessoalmente. cia à saúde do educando do ensino funda-
mental;
Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Públi-
co acarreta a nulidade do feito, que será declarada de VI - de serviço de assistência social visando à
ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer inte- proteção à família, à maternidade, à infância e à
ressado. adolescência, bem como ao amparo às crianças
e adolescentes que dele necessitem;
Art. 205. As manifestações processuais do representan-
te do Ministério Público deverão ser fundamentadas. VII - de acesso às ações e serviços de saúde;
Capítulo VI VIII - de escolarização e profissionalização dos
adolescentes privados de liberdade.
Do Advogado
IX - de ações, serviços e programas de orienta-
Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou res-
ção, apoio e promoção social de famílias e desti-
ponsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo inte-
nados ao pleno exercício do direito à convivên-
resse na solução da lide poderão intervir nos procedi-
cia familiar por crianças e adolescentes.
mentos de que trata esta Lei, através de advogado, o
qual será intimado para todos os atos, pessoalmente ou X - de programas de atendimento para a execu-
por publicação oficial, respeitado o segredo de justiça. ção das medidas socioeducativas e aplicação de
medidas de proteção.
Parágrafo único. Será prestada assistência judi-
ciária integral e gratuita àqueles que dela neces- § 1o As hipóteses previstas neste artigo não ex-
sitarem. cluem da proteção judicial outros interesses in-
Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prá- dividuais, difusos ou coletivos, próprios da in-
tica de ato infracional, ainda que ausente ou foragido, fância e da adolescência, protegidos pela Cons-
será processado sem defensor. tituição e pela Lei.

§ 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe § 2o A investigação do desaparecimento de


-á nomeado pelo juiz, ressalvado o direito de, a crianças ou adolescentes será realizada imedia-
todo tempo, constituir outro de sua preferência. tamente após notificação aos órgãos competen-
tes, que deverão comunicar o fato aos portos,
§ 2º A ausência do defensor não determinará o aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de
adiamento de nenhum ato do processo, deven- transporte interestaduais e internacionais, for-
do o juiz nomear substituto, ainda que proviso- necendo-lhes todos os dados necessários à iden-
riamente, ou para o só efeito do ato. tificação do desaparecido.

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Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão pro- réu, independentemente de pedido do autor, se
postas no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a for suficiente ou compatível com a obrigação, fi-
ação ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta xando prazo razoável para o cumprimento do
para processar a causa, ressalvadas a competência da preceito.
Justiça Federal e a competência originária dos tribu-
nais superiores. § 3º A multa só será exigível do réu após o trân-
sito em julgado da sentença favorável ao autor,
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses
mas será devida desde o dia em que se houver
coletivos ou difusos, consideram-se legitimados con-
configurado o descumprimento.
correntemente:
Art. 214. Os valores das multas reverterão ao fundo ge-
I - o Ministério Público;
rido pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Ado-
II - a União, os estados, os municípios, o Distrito lescente do respectivo município.
Federal e os territórios;
§ 1º As multas não recolhidas até trinta dias após
III - as associações legalmente constituídas há o trânsito em julgado da decisão serão exigidas
pelo menos um ano e que incluam entre seus através de execução promovida pelo Ministério
fins institucionais a defesa dos interesses e di- Público, nos mesmos autos, facultada igual ini-
reitos protegidos por esta Lei, dispensada a au- ciativa aos demais legitimados.
torização da assembléia, se houver prévia auto-
§ 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o di-
rização estatutária.
nheiro ficará depositado em estabelecimento ofi-
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre cial de crédito, em conta com correção monetária.
os Ministérios Públicos da União e dos estados
Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos
na defesa dos interesses e direitos de que cuida
recursos, para evitar dano irreparável à parte.
esta Lei.
Art. 216. Transitada em julgado a sentença que impu-
§ 2º Em caso de desistência ou abandono da
ser condenação ao poder público, o juiz determinará a
ação por associação legitimada, o Ministério
remessa de peças à autoridade competente, para apu-
Público ou outro legitimado poderá assumir a
ração da responsabilidade civil e administrativa do
titularidade ativa.
agente a que se atribua a ação ou omissão.
Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão to-
Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em jul-
mar dos interessados compromisso de ajustamento de
gado da sentença condenatória sem que a associação
sua conduta às exigências legais, o qual terá eficácia de
autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Mi-
título executivo extrajudicial.
nistério Público, facultada igual iniciativa aos demais
Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegi- legitimados.
dos por esta Lei, são admissíveis todas as espécies de
Art. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar
ações pertinentes.
ao réu os honorários advocatícios arbitrados na con-
§ 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítu- formidade do § 4º do art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11 de
lo as normas do Código de Processo Civil. janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), quando re-
conhecer que a pretensão é manifestamente infundada.
§ 2º Contra atos ilegais ou abusivos de autorida-
de pública ou agente de pessoa jurídica no exer- Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé,
cício de atribuições do poder público, que lesem a associação autora e os diretores responsáveis
direito líquido e certo previsto nesta Lei, caberá pela propositura da ação serão solidariamente
ação mandamental, que se regerá pelas normas condenados ao décuplo das custas, sem prejuí-
da lei do mandado de segurança. zo de responsabilidade por perdas e danos.

Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não ha-
de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a verá adiantamento de custas, emolumentos, honorá-
tutela específica da obrigação ou determinará provi- rios periciais e quaisquer outras despesas.
dências que assegurem o resultado prático equivalente
ao do adimplemento. Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor públi-
co deverá provocar a iniciativa do Ministério Público,
§ 1º Sendo relevante o fundamento da deman- prestando-lhe informações sobre fatos que constituam
da e havendo justificado receio de ineficácia do objeto de ação civil, e indicando-lhe os elementos de
provimento final, é lícito ao juiz conceder a tu- convicção.
tela liminarmente ou após justificação prévia,
citando o réu. Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam
§ 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo ensejar a propositura de ação civil, remeterão peças ao
anterior ou na sentença, impor multa diária ao Ministério Público para as providências cabíveis.

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Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao
poderá requerer às autoridades competentes as certi- processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal.
dões e informações que julgar necessárias, que serão
Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pú-
fornecidas no prazo de quinze dias.
blica incondicionada
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob
sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qual- Seção II
quer pessoa, organismo público ou particular, certi-
dões, informações, exames ou perícias, no prazo que Dos Crimes em Espécie
assinalar, o qual não poderá ser inferior a dez dias
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o diri-
úteis.
gente de estabelecimento de atenção à saúde de ges-
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas tante de manter registro das atividades desenvolvidas,
todas as diligências, se convencer da inexistên- na forma e prazo referidos no art. 10 desta Lei, bem
cia de fundamento para a propositura da ação como de fornecer à parturiente ou a seu responsável,
cível, promoverá o arquivamento dos autos do por ocasião da alta médica, declaração de nascimento,
inquérito civil ou das peças informativas, fazen- onde constem as intercorrências do parto e do desen-
do-o fundamentadamente. volvimento do neonato:

§ 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de Pena - detenção de seis meses a dois anos.
informação arquivados serão remetidos, sob Parágrafo único. Se o crime é culposo:
pena de se incorrer em falta grave, no prazo de
três dias, ao Conselho Superior do Ministério Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
Público.
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente
§ 3º Até que seja homologada ou rejeitada a de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de
promoção de arquivamento, em sessão do Con- identificar corretamente o neonato e a parturiente, por
selho Superior do Ministério público, poderão ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos
as associações legitimadas apresentar razões exames referidos no art. 10 desta Lei:
escritas ou documentos, que serão juntados aos
autos do inquérito ou anexados às peças de in- Pena - detenção de seis meses a dois anos.
formação.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
§ 4º A promoção de arquivamento será submeti-
da a exame e deliberação do Conselho Superior Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
do Ministério Público, conforme dispuser o seu
regimento. Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liber-
dade, procedendo à sua apreensão sem estar em fla-
§ 5º Deixando o Conselho Superior de homo- grante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita
logar a promoção de arquivamento, designará, da autoridade judiciária competente:
desde logo, outro órgão do Ministério Público
para o ajuizamento da ação. Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele
as disposições da Lei n.º 7.347, de 24 de julho de 1985. que procede à apreensão sem observância das
formalidades legais.
Título VII
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela
apreensão de criança ou adolescente de fazer imedia-
Dos Crimes e Das Infrações Administrativas
ta comunicação à autoridade judiciária competente e
à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Capítulo I
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Dos Crimes
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua
Seção I autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a cons-
trangimento:
Disposições Gerais Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa
contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão,
causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou
sem prejuízo do disposto na legislação penal.
adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegali-
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as dade da apreensão:

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Pena - detenção de seis meses a dois anos. ou por adoção, de tutor, curador, preceptor,
empregador da vítima ou de quem, a qualquer
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixa- outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com
do nesta Lei em benefício de adolescente privado de seu consentimento.
liberdade:

Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou
outro registro que contenha cena de sexo explícito ou
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
judiciária, membro do Conselho Tutelar ou represen-
tante do Ministério Público no exercício de função pre- Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
vista nesta Lei: multa.

Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir,
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, in-
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de
clusive por meio de sistema de informática ou telemá-
quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou or-
tico, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha
dem judicial, com o fim de colocação em lar substituto:
cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa. criança ou adolescente:

Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pu- Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e mul-
pilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: ta.

Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa. § 1o Nas mesmas penas incorre quem:

Parágrafo único. Incide nas mesmas penas I – assegura os meios ou serviços para o arma-
quem oferece ou efetiva a paga ou recompensa. zenamento das fotografias, cenas ou imagens de
que trata o caput deste artigo;
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato des-
tinado ao envio de criança ou adolescente para o ex- II – assegura, por qualquer meio, o acesso por
terior com inobservância das formalidades legais ou rede de computadores às fotografias, cenas ou
com o fito de obter lucro: imagens de que trata o caput deste artigo.
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. § 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II
do § 1o deste artigo são puníveis quando o res-
Parágrafo único. Se há emprego de violência,
ponsável legal pela prestação do serviço, oficial-
grave ameaça ou fraude:
mente notificado, deixa de desabilitar o acesso
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste
da pena correspondente à violência. artigo.
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qual-
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar,
quer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro
filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo
que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou ado-
envolvendo criança ou adolescente:
lescente:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
multa.
multa.
§ 1o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois
§ 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia,
terços) se de pequena quantidade o material a
facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo in-
que se refere o caput deste artigo.
termedeia a participação de criança ou adoles-
cente nas cenas referidas no caput deste artigo, § 2o Não há crime se a posse ou o armazena-
ou ainda quem com esses contracena. mento tem a finalidade de comunicar às auto-
ridades competentes a ocorrência das condutas
§ 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o
agente comete o crime: descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta
Lei, quando a comunicação for feita por:
I – no exercício de cargo ou função pública ou a
pretexto de exercê-la; I – agente público no exercício de suas funções;

II – prevalecendo-se de relações domésticas, de II – membro de entidade, legalmente constituí-


coabitação ou de hospitalidade; ou da, que inclua, entre suas finalidades institu-
cionais, o recebimento, o processamento e o en-
III – prevalecendo-se de relações de parentes- caminhamento de notícia dos crimes referidos
co consangüíneo ou afim até o terceiro grau, neste parágrafo;

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III – representante legal e funcionários respon- Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
sáveis de provedor de acesso ou serviço pres- entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescen-
tado por meio de rede de computadores, até o te fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles
recebimento do material relativo à notícia feita que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de
à autoridade policial, ao Ministério Público ou provocar qualquer dano físico em caso de utilização
ao Poder Judiciário. indevida:

§ 3o As pessoas referidas no § 2o deste artigo Pena - detenção de seis meses a dois anos, e
deverão manter sob sigilo o material ilícito re- multa.
ferido.
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou ado- tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostitui-
lescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por ção ou à exploração sexual:
meio de adulteração, montagem ou modificação de fo-
tografia, vídeo ou qualquer outra forma de represen- Pena – reclusão de quatro a dez anos, e multa.
tação visual: § 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietário,
o gerente ou o responsável pelo local em que se
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
verifique a submissão de criança ou adolescente
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas às práticas referidas no caput deste artigo.
quem vende, expõe à venda, disponibiliza, dis-
§ 2o Constitui efeito obrigatório da condenação
tribui, publica ou divulga por qualquer meio,
a cassação da licença de localização e de funcio-
adquire, possui ou armazena o material produ-
namento do estabelecimento.
zido na forma do caput deste artigo.
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de me-
por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim nor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração
de com ela praticar ato libidinoso: penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e mul-
ta. § 1o Incorre nas penas previstas no caput deste
artigo quem pratica as condutas ali tipificadas
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre
utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos,
quem:
inclusive salas de bate-papo da internet.
I – facilita ou induz o acesso à criança de ma- § 2o As penas previstas no caput deste artigo
terial contendo cena de sexo explícito ou por- são aumentadas de um terço no caso de a infra-
nográfica com o fim de com ela praticar ato li- ção cometida ou induzida estar incluída no rol
bidinoso; do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990.
II – pratica as condutas descritas no caput deste
artigo com o fim de induzir criança a se exibir de Capítulo II
forma pornográfica ou sexualmente explícita.
Das Infrações Administrativas
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável
a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino
compreende qualquer situação que envolva criança fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à
ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais autoridade competente os casos de que tenha conheci-
ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma mento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-
criança ou adolescente para fins primordialmente se- tratos contra criança ou adolescente:
xuais.
Pena - multa de três a vinte salários de referência,
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente
arma, munição ou explosivo: Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de enti-
dade de atendimento o exercício dos direitos constan-
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. tes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei:
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entre- Pena - multa de três a vinte salários de referência,
gar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem jus-
ta causa, outros produtos cujos componentes possam Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem auto-
causar dependência física ou psíquica: rização devida, por qualquer meio de comunicação,
nome, ato ou documento de procedimento policial,
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e administrativo ou judicial relativo a criança ou adoles-
multa, se o fato não constitui crime mais grave. cente a que se atribua ato infracional:

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Pena - multa de três a vinte salários de referência, Pena - multa de três a vinte salários de referência,
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer
ou parcialmente, fotografia de criança ou ado- representações ou espetáculos, sem indicar os limites
lescente envolvido em ato infracional, ou qual- de idade a que não se recomendem:
quer ilustração que lhe diga respeito ou se refira
Pena - multa de três a vinte salários de referên-
a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a per-
cia, duplicada em caso de reincidência, aplicá-
mitir sua identificação, direta ou indiretamente.
vel, separadamente, à casa de espetáculo e aos
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de impren- órgãos de divulgação ou publicidade.
sa ou emissora de rádio ou televisão, além da
Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão,
pena prevista neste artigo, a autoridade judiciá-
espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem
ria poderá determinar a apreensão da publica-
aviso de sua classificação:
ção.
Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade judiciária Pena - multa de vinte a cem salários de referên-
de seu domicílio, no prazo de cinco dias, com o fim de cia; duplicada em caso de reincidência a autori-
regularizar a guarda, adolescente trazido de outra co- dade judiciária poderá determinar a suspensão
da programação da emissora por até dois dias.
marca para a prestação de serviço doméstico, mesmo
que autorizado pelos pais ou responsável: Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congê-
nere classificado pelo órgão competente como inade-
Pena - multa de três a vinte salários de referên-
quado às crianças ou adolescentes admitidos ao espe-
cia, aplicando-se o dobro em caso de reincidên-
táculo:
cia, independentemente das despesas de retor-
no do adolescente, se for o caso. Pena - multa de vinte a cem salários de referên-
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os cia; na reincidência, a autoridade poderá deter-
deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de minar a suspensão do espetáculo ou o fecha-
tutela ou guarda, bem assim determinação da autori- mento do estabelecimento por até quinze dias.
dade judiciária ou Conselho Tutelar: Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita
de programação em vídeo, em desacordo com a classi-
Pena - multa de três a vinte salários de referên- ficação atribuída pelo órgão competente:
cia, aplicando-se o dobro em caso de reincidên-
cia. Pena - multa de três a vinte salários de referên-
cia; em caso de reincidência, a autoridade judi-
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente desacom-
ciária poderá determinar o fechamento do esta-
panhado dos pais ou responsável, ou sem autorização
belecimento por até quinze dias.
escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel,
pensão, motel ou congênere: Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78
e 79 desta Lei:
Pena – multa.
Pena - multa de três a vinte salários de referên-
§ 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da cia, duplicando-se a pena em caso de reincidên-
pena de multa, a autoridade judiciária poderá cia, sem prejuízo de apreensão da revista ou
determinar o fechamento do estabelecimento publicação.
por até 15 (quinze) dias.
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou
§ 2º Se comprovada a reincidência em período o empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre
inferior a 30 (trinta) dias, o estabelecimento será o acesso de criança ou adolescente aos locais de diver-
definitivamente fechado e terá sua licença cas- são, ou sobre sua participação no espetáculo:
sada.
Pena - multa de três a vinte salários de referên-
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qual- cia; em caso de reincidência, a autoridade judi-
quer meio, com inobservância do disposto nos arts. 83, ciária poderá determinar o fechamento do esta-
84 e 85 desta Lei: belecimento por até quinze dias.
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de provi-
Pena - multa de três a vinte salários de referência,
denciar a instalação e operacionalização dos cadastros
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei:
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetá- Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$
culo público de afixar, em lugar visível e de fácil aces- 3.000,00 (três mil reais).
so, à entrada do local de exibição, informação destaca-
da sobre a natureza da diversão ou espetáculo e a faixa Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a
etária especificada no certificado de classificação: autoridade que deixa de efetuar o cadastramen-

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to de crianças e de adolescentes em condições Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de


de serem adotadas, de pessoas ou casais habili- Crianças e Adolescentes à Convivência Fami-
tados à adoção e de crianças e adolescentes em liar, bem como as regras e princípios relativos
regime de acolhimento institucional ou familiar. à garantia do direito à convivência familiar pre-
vistos nesta Lei.
Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente
de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de § 2º Os Conselhos Municipais, Estaduais e Na-
efetuar imediato encaminhamento à autoridade judi- cional dos Direitos da Criança e do Adolescente
ciária de caso de que tenha conhecimento de mãe ou fixarão critérios de utilização, através de planos
gestante interessada em entregar seu filho para ado- de aplicação das doações subsidiadas e demais
ção: receitas, aplicando necessariamente percentual
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ para incentivo ao acolhimento, sob a forma de
3.000,00 (três mil reais). guarda, de criança ou adolescente, órfãos ou
abandonado, na forma do disposto no art. 227, §
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o fun- 3º, VI, da Constituição Federal.
cionário de programa oficial ou comunitário
destinado à garantia do direito à convivência § 3º O Departamento da Receita Federal, do Mi-
familiar que deixa de efetuar a comunicação re- nistério da Economia, Fazenda e Planejamento,
ferida no caput deste artigo. regulamentará a comprovação das doações fei-
tas aos fundos, nos termos deste artigo.
Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no
inciso II do art. 81: § 4º O Ministério Público determinará em cada
comarca a forma de fiscalização da aplicação,
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e
10.000,00 (dez mil reais); do Adolescente, dos incentivos fiscais referidos
Medida Administrativa - interdição do estabele- neste artigo.
cimento comercial até o recolhimento da multa § 5o Observado o disposto no § 4o do art. 3o
aplicada. da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, a
dedução de que trata o inciso I do caput:
Disposições Finais e Transitórias
I - será considerada isoladamente, não se sub-
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados metendo a limite em conjunto com outras dedu-
da publicação deste Estatuto, elaborará projeto de lei ções do imposto; e
dispondo sobre a criação ou adaptação de seus órgãos
II - não poderá ser computada como despesa
às diretrizes da política de atendimento fixadas no art.
operacional na apuração do lucro real.
88 e ao que estabelece o Título V do Livro II.
Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-calendá-
Parágrafo único. Compete aos estados e municí-
rio de 2009, a pessoa física poderá optar pela doação
pios promoverem a adaptação de seus órgãos e
de que trata o inciso II do caput do art. 260 diretamente
programas às diretrizes e princípios estabeleci-
em sua Declaração de Ajuste Anual.
dos nesta Lei.
§ 1o A doação de que trata o caput poderá ser
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações aos deduzida até os seguintes percentuais aplicados
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente na- sobre o imposto apurado na declaração:
cional, distrital, estaduais ou municipais, devidamen-
te comprovadas, sendo essas integralmente deduzidas III - 3% (três por cento) a partir do exercício de
do imposto de renda, obedecidos os seguintes limites: 2012.
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda § 2o A dedução de que trata o caput:
devido apurado pelas pessoas jurídicas tributa-
das com base no lucro real; e I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do
imposto sobre a renda apurado na declaração
II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda de que trata o inciso II do caput do art. 260;
apurado pelas pessoas físicas na Declaração de
Ajuste Anual, observado o disposto no art. 22 da II - não se aplica à pessoa física que:
Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997.
a) utilizar o desconto simplificado;
§ 1o-A. Na definição das prioridades a serem
b) apresentar declaração em formulário; ou
atendidas com os recursos captados pelos Fun-
dos Nacional, Estaduais e Municipais dos Di- c) entregar a declaração fora do prazo;
reitos da Criança e do Adolescente, serão con-
sideradas as disposições do Plano Nacional de III - só se aplica às doações em espécie; e

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Noções de Direito e Legislação

IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou de- V - ano-calendário a que se refere a doação.
duções em vigor.
§ 1o O comprovante de que trata o caput deste
§ 3o O pagamento da doação deve ser efetuado artigo pode ser emitido anualmente, desde que
até a data de vencimento da primeira quota ou discrimine os valores doados mês a mês.
quota única do imposto, observadas instruções
específicas da Secretaria da Receita Federal do § 2o No caso de doação em bens, o comprovan-
Brasil. te deve conter a identificação dos bens, median-
te descrição em campo próprio ou em relação
§ 4o O não pagamento da doação no prazo esta- anexa ao comprovante, informando também se
belecido no § 3o implica a glosa definitiva desta houve avaliação, o nome, CPF ou CNPJ e ende-
parcela de dedução, ficando a pessoa física obri- reço dos avaliadores.
gada ao recolhimento da diferença de imposto
devido apurado na Declaração de Ajuste Anual Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o doador
com os acréscimos legais previstos na legislação. deverá:

§ 5o A pessoa física poderá deduzir do impos- I - comprovar a propriedade dos bens, mediante
to apurado na Declaração de Ajuste Anual as documentação hábil;
doações feitas, no respectivo ano-calendário,
aos fundos controlados pelos Conselhos dos Di- II - baixar os bens doados na declaração de bens
reitos da Criança e do Adolescente municipais, e direitos, quando se tratar de pessoa física, e na
distrital, estaduais e nacional concomitantemen- escrituração, no caso de pessoa jurídica; e
te com a opção de que trata o caput, respeitado III - considerar como valor dos bens doados:
o limite previsto no inciso II do art. 260.
a) para as pessoas físicas, o valor constante da
Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260 última declaração do imposto de renda, desde
poderá ser deduzida: que não exceda o valor de mercado;
I - do imposto devido no trimestre, para as pes- b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos
soas jurídicas que apuram o imposto trimestral- bens.
mente; e
Parágrafo único. O preço obtido em caso de lei-
II - do imposto devido mensalmente e no ajuste lão não será considerado na determinação do
anual, para as pessoas jurídicas que apuram o valor dos bens doados, exceto se o leilão for de-
imposto anualmente. terminado por autoridade judiciária.
Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts.
dentro do período a que se refere a apuração do 260-D e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte
imposto. por um prazo de 5 (cinco) anos para fins de compro-
vação da dedução perante a Receita Federal do Brasil.
Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei
podem ser efetuadas em espécie ou em bens. Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela administra-
ção das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e
Parágrafo único. As doações efetuadas em es-
do Adolescente nacional, estaduais, distrital e muni-
pécie devem ser depositadas em conta específi-
cipais devem:
ca, em instituição financeira pública, vinculadas
aos respectivos fundos de que trata o art. 260. I - manter conta bancária específica destinada
exclusivamente a gerir os recursos do Fundo;
Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela administra-
ção das contas dos Fundos dos Direitos da Criança e II - manter controle das doações recebidas; e
do Adolescente nacional, estaduais, distrital e munici-
pais devem emitir recibo em favor do doador, assina- III - informar anualmente à Secretaria da Receita
do por pessoa competente e pelo presidente do Conse- Federal do Brasil as doações recebidas mês a mês,
lho correspondente, especificando: identificando os seguintes dados por doador:
I - número de ordem; a) nome, CNPJ ou CPF;
II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica b) valor doado, especificando se a doação foi em
(CNPJ) e endereço do emitente; espécie ou em bens.
III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF) do doador; Art. 260-H. Em caso de descumprimento das obriga-
ções previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita
IV - data da doação e valor efetivamente rece- Federal do Brasil dará conhecimento do fato ao Minis-
bido; e tério Público.

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Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do tejam criados os conselhos dos direitos da crian-
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais ça e do adolescente nos seus respectivos níveis.
divulgarão amplamente à comunidade:
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tute-
I - o calendário de suas reuniões; lares, as atribuições a eles conferidas serão exercidas
pela autoridade judiciária.
II - as ações prioritárias para aplicação das polí-
ticas de atendimento à criança e ao adolescente; Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes
III - os requisitos para a apresentação de proje-
alterações:
tos a serem beneficiados com recursos dos Fun-
dos dos Direitos da Criança e do Adolescente 1) Art. 121 ............................................................
nacional, estaduais, distrital ou municipais;
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada
IV - a relação dos projetos aprovados em cada de um terço, se o crime resulta de inobservância
ano-calendário e o valor dos recursos previstos
de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou
para implementação das ações, por projeto;
se o agente deixa de prestar imediato socorro
V - o total dos recursos recebidos e a respectiva à vítima, não procura diminuir as conseqüên-
destinação, por projeto atendido, inclusive com cias do seu ato, ou foge para evitar prisão em
cadastramento na base de dados do Sistema de flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é
Informações sobre a Infância e a Adolescência; e aumentada de um terço, se o crime é praticado
contra pessoa menor de catorze anos.
VI - a avaliação dos resultados dos projetos be-
neficiados com recursos dos Fundos dos Direi- 2) Art. 129 ...............................................................
tos da Criança e do Adolescente nacional, esta-
duais, distrital e municipais. § 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer
qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º.
Art. 260-J. O Ministério Público determinará, em cada
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º
Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos in-
centivos fiscais referidos no art. 260 desta Lei. do art. 121.

3) Art. 136.................................................................
Parágrafo único. O descumprimento do dispos-
to nos arts. 260-G e 260-I sujeitará os infratores a § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é
responder por ação judicial proposta pelo Minis- praticado contra pessoa menor de catorze anos.
tério Público, que poderá atuar de ofício, a reque-
rimento ou representação de qualquer cidadão. 4) Art. 213 .............................................................
......Parágrafo único. Se a ofendida é menor de
Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos da Pre- catorze anos:
sidência da República (SDH/PR) encaminhará à Secre-
taria da Receita Federal do Brasil, até 31 de outubro de Pena - reclusão de quatro a dez anos.
cada ano, arquivo eletrônico contendo a relação atuali-
zada dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adoles- 5) Art. 214.................................................................
cente nacional, distrital, estaduais e municipais, com Parágrafo único. Se o ofendido é menor de ca-
a indicação dos respectivos números de inscrição no
torze anos:
CNPJ e das contas bancárias específicas mantidas em
instituições financeiras públicas, destinadas exclusiva- Pena - reclusão de três a nove anos.»
mente a gerir os recursos dos Fundos.
Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de dezembro
Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do Brasil de 1973, fica acrescido do seguinte item:
expedirá as instruções necessárias à aplicação do dis-
posto nos arts. 260 a 260-K. “Art. 102 ...................................................................

Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos 6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. “
da criança e do adolescente, os registros, inscrições e
Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráfi-
alterações a que se referem os arts. 90, parágrafo único,
e 91 desta Lei serão efetuados perante a autoridade ju- cas da União, da administração direta ou indi-
diciária da comarca a que pertencer a entidade. reta, inclusive fundações instituídas e mantidas
pelo poder público federal promoverão edição
Parágrafo único. A União fica autorizada a re- popular do texto integral deste Estatuto, que
passar aos estados e municípios, e os estados aos será posto à disposição das escolas e das entida-
municípios, os recursos referentes aos progra- des de atendimento e de defesa dos direitos da
mas e atividades previstos nesta Lei, tão logo es- criança e do adolescente.

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Noções de Direito e Legislação

ANOTAÇÕES

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334
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04 INFORMÁTICA

01 CONCEITOS BÁSICOS
02 COMPONENTES DE HARDWARE E SOFTWARE DE COMPUTADORES
03 SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS - NOÇÕES BÁSICAS
04 EDITORES DE TEXTO, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES
05 INTERNET E INTRANET
06 NAVEGADORES
07 CORREIO ELETRÔNICO
08 SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET
09 CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSORAS
10 DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS
11 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

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Informática

01 CONCEITOS BÁSICOS COMPONENTES DE HARDWARE E


02
SOFTWARE DE COMPUTADORES
Hardware:
Conjunto de partes físicas que compõem o compu- HARDWARE
tador, conectados entre si que fazem com que o com-
putador funcione adequadamente. Entende-se como a Como visto, é a parte física de um computador, ou
própria ‘estação de trabalho’ e seus periféricos e dis- seja, tudo que pode ser tocado. Exemplos são o moni-
positivos, como impressora, monitor, mouse, teclado, tor, o mouse, o teclado, etc.
scanner, entre outros.
Componentes do hardware:
Software:
Trata-se da parte lógica e abstrata do computador. Placa-mãe:
São exemplos os programas como Word, Excel, antiví- Principal placa de circuitos em que são conectados
rus, entre outros. diversos componentes vitais para o funcionamento do
computador, como a memória, o processador, placas
de som e vídeo, entre outros.
Servidor:
Computador utilizado em rede e que distribui ser-
viços, como autenticação, impressão, armazenamento CPU:
de dados e arquivos, entre outros. Se destaca pela alta Unidade de Processamento Central (em inglês:
capacidade de processamento e armazenamento. Central Processor Unit), funciona como o cérebro do
computador. Aqui são processadas todas as informa-
ções, fato pelo qual se denomina também processador
Notebook:
ou microprocessador. Pode possuir tecnologia de 32
Equipamento portátil com boa capacidade de pro- ou 64 bits.
cessamento e armazenamento. Acaba por substituir o
desktop. Importante saber alguns conceitos acerca do CPU:

Core: núcleo do processamento, onde está a


ULA (Unidade Lógico-Aritmética) que executa
as operações aritmetícas e lógicas. O micropro-
cessador pode possuir 1,2,3,4,6 ou 8 núcleos.
Quando se fala em dual core (termo comumen-
te utilizado em computadores pessoais), diz-se
que o CPU possui 2 núcleos de processamento.

Memória cache: dispositivo que funciona como


um auxiliar de alta velocidade ao micropro-
cessador em sua tarefas repetidas, tornando-as
mais rápidas. Com isso, o processador não pre-
Tablet: cisa solicitar à memória RAM, fazendo com que
Computadores de uso pessoal, com grande cresci- seu tempo de espera seja menor.
mento no mercado. Tem como característica marcante
o touch screen (sensível ao toque), tendo como marcas Memória RAM:
principais Apple, Motorola e Samsung.
Sigla para Random Access Memory, ou em portu-
Para melhor estudo visando o concurso em ques- guês memória de acesso aleatório ou randômico. É a
tão, cabe ressaltar os principais pontos dos conceitos principal memória do computador, caracterizando-se
de Hardware e Software, devido à sua frequente exi- por ser volátil, ou seja, seu conteúdo é perdido assim
gência em concursos. que o computador é desligado, ou seja, só funciona en-
quanto o computador estiver ligado. Pode também ser
chamada de memória de trabalho, pois todos os pro-
gramas (exceto os que estiverem na memória ROM)
que forem executados deverão ser carregados nela.
Existe aqui a ideia de memória virtual, a qual funciona
como uma memória auxiliar à memória RAM, quando
esta estiver cheia e não comportar mais dados, preci-
sando assim de mais espaço de armazenamento.

3
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O processador transfere o conteúdo da memória


RAM para um arquivo de disco rígido, chamado de
arquivo de troca.

Memória ROM:
Silga para Read Only Memory (em português: me-
mória somente de leitura), tem como característica ser
o oposto da memória RAM, ou seja, seu conteúdo não
é perdido quando o computador é desligado, pois os
programas são gravados de forma permanente. Sendo
assim, não é possível alterá-los, funcionando somente
como leitura. Existem ainda dispositivos que são chamados de
uso misto ou híbridos, por funcionarem tanto como
dispositivos de entrada e de saída, como impressoras
Memória de massa: multifuncionais (que possuem a função de impressão
Tem grande capacidade de armazenamento, o que e de scanner em uma só, por exemplo), e o monitor
touch screen (que funciona como saída, ao reprodu-
a difere da memória RAM. Trabalha como uma me-
zir o vídeo do computador, e como entrada ao receber
mória auxiliar, retendo uma quantidade significativa
os toques do usuário que assim insere informações no
de informações.
computador).
Todos os progamas, aplicativos e arquivos ficam
nela instalados. Pode ser dividida em HD (Hard Drive
Impressoras:
ou Disco Rígido), Flash Memory (ou pen drive) e SSD
(Solid State Drive ou memória em estado sólido). Matricial: modelo de impressora de menor re-
solução, é composta por um cabeçote de várias
agulhas enfileiradas. São mais lentas e baru-
BIOS: lhentas, mas por outro lado tem seu custo de
Sigla para BASIC INPUT / OUTPU SYSTEM, ou impressão mais barato. Utilizadas para impres-
seja, sistema básico de controle de entrada e saídas do são de formulários contínuos e carbonados.
computador. Cabe ressaltar alguns conceitos dentro
Jato de tinta: possui uma qualidade de impres-
da ideia de BIOS:
são maior e uma boa rapidez em seu funciona-
mento em comparação às impressoras matri-
Setup: programa que permite a configuração ciais. Possuem como características serem mais
dos componentes instalados no computador, silenciosas e a possibilidade de impressões colo-
como data, hora, sequencia de inicialização ridas. São abastecidas com cartuchos de tintas.
(boot), senha de acesso, etc.
De laser: Mais complexas, pois ‘montam’ a pá-
POST: autoteste de inicialização, onde é verifi- gina antes de imprimí-la, utilizando uma espé-
cado o funcionamento de vários componentes cie de laser para desenhar figuras e caracteres.
do computador. Possuem um cilindro, o qual libera pequenos
pontos de tinta, e onde o papel é queimado para
fixar a tinta. Sua qualidade é maior, sendo tam-
Dispositivos de entrada e saída:
bém silenciosas e rápidas. Entretanto, seu custo
Frequentemente associados à expressão E/S (en- é maior.
trada e saída) ou I/O (Input/Output). São exemplos
de dispositivos de entrada o mouse, teclado, monitor, Scanners:
webcam.
Dispositivo de entrada de dados. É através dele
que são digitalizadas fotos e documentos. Como visto,
existem impressoras multifuncionais, que fazem tanto
a impressão como a digitalização.

Outros conceitos importantes acerca dos hardwa-


res:

Estabilizador:
Já exemplo de dispositivos de saída são o monitor, Utilizado para proteger o computador e seus pe-
impressora, caixas de som, entre outros. riféricos contra danos causados por picos de energia.

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Informática

No-Break: VGA:
Mais eficaz do que o estabilizador, funciona com VGA é a sigla correspondente a Video Graphics
um transferidor de energia, ou seja, impede que o com- Array, utilizada para se referir ao conector de vídeo das
putador seja desligado quando haja queda de energia, placas gráficas. Este conector é utilizado em cabos para
ou seja, é automaticamente ligado quando a energia conexão ao computador e em dispositivos de saída,
acaba e permanece transferindo energia ao computa- como placas de vídeo e monitores. O padrão VGA foi
dor enquanto possuir autonomia. inventado pela IBM, sendo em sua época o único capaz
de reproduzir uma maior quantidade de cores (até 256).
Esta autonomia depende do no-break, de acordo
com seu tipo, marca, preço, etc. Cabe ressaltar que no cabo encontra-se a versão “ma-
cho” do conector, que irá ser colocada nos dispositivos
USB: de saíde; por sua vez, nos dispositivos de saída encon-
tra-se a versão fêma, que irá “receber” a versão macho.
Sigla para Universal Serial Bus, é uma interface de
comunicação entre a placa principal e os periféricos.
É uma conexão PnP - Plug and Play, ou seja, ‘ligar e
usar’, podendo ser conectado e desconectado sem a
necessidade de desligar o computador. Vale a pena co-
nhecer o símbolo que representa o USB, para fins de
concurso:

Slots:

São conectores que a placa-mãe possui para que


outras placas possam a ela ser integradas. O slot AGP
(Acelerated Graphics Port), desenvolvido pela Intel HDMI:
para uma maior taxa de transferência entre a placa- HDMI é uma sigla para representar a expressão
mãe e as placas de vídeo, é utilizado somente para ví- High-Definition Multimidia Interface. É uma interfa-
deo. ce condutiva digital de áudio e vídeo, servindo como
Já o slot PCI (Periferical Component Interconnect) transmissor de dados para aparelhos de alta resolução,
pode ser conectado com qualquer tipo de placa de ex- como monitores e TV’s.
pansão, podendo trabalhar a 32 ou 64 bits.
Conectores HDMI: Além da qualidade das ima-
O PCI Express acaba por substituir o PCI e AGP por gens, o HDMI também se sobressai em relação a ou-
possuir uma maior taxa de transferência, e tem como tros formatos devido ao fato de ser mais compacto e de
característica marcante ser um hot plug, ou seja, é pos- fácil encaixe. Existem dois tipos de conectores HDMI:
sível instalar e remover as placas PCI Express mesmo o HDMI tipo A e o HDMI tipo B. O HDMI tipo A pos-
com o computador ligado. Existe também o slot ISA, sui 19 pinos e é o mais popularizado dos dois, pois
mas trata-se de tecnologia em desuso. é compatível também com a tecnologia DVI-D (outro
tipo de conexão digital, porém inferior ao HDMI).
Desta forma, é necessário que apenas uma das pontas
Gabinete: do cabo seja HDMI e a outra DVI. O conector HDMI
tipo B é destinado a resoluções de altíssima qualidade
Cabe aqui ressaltar que CPU e gabinete são con-
ceitos diferentes, embora muitas pessoas as utilizem e trabalha no sistema dual link, dobrando a capacida-
como sinônimos. de de transmissão do cabo. (Fonte: tecmundo.com.br)

Gabinete é a caixa onde estão diversos componen-


tes do computador, como suas placas e peças, enquan-
to o CPU é o conjunto do gabinete com o micropro-
cessador.

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SATA: das: 20 mm x 21,5 mm x 1,4 mm. Este tipo não possui


trava de segurança e utiliza 11 pinos de contato.
SATA, ou Serial ATA é uma tecnologia de transfe-
rência de dados entre dispositivos de armazenamento Trata-se de um tipo comumente utilizado em te-
em massa (unidades de disco rígido e drivers ópticos) lefones celulares, mas que não ficou tão popular por
e um computador. causa do surgimento dos cartões microSD.
O padrão fornece melhores velocidades, cabos me-
nores e, consequentemente conectores menores, que Cartão microSD:
ocupam menos espaço na CPU, simplificando a vida
de usuários e fabricantes de hardware. O que já era pequeno ficou menor ainda com o lan-
çamento dos cartões microSD, anunciados em 2005. As
Esse padrão é atualmente o sucessor da tecnologia dimensões deste formato são as seguintes: 11 mm x 15
ATA (AT Attachment, ou ligado ao AT), que foi criada mm x 1 mm.
em 1984 pela IBM em seu computador chamado AT.
Esta versão não possui trava de segurança e faz uso
Inicialmente o padrão ATA também era conhecido
de 8 pinos de contato.
como IDE e com o surgimento do SATA, foi renomea-
da para PATA (Parallel ATA) para diferenciar as duas
tecnologias. CompactFlash (CF):
O grande diferencial dos dois padrões de trans- O cartão de memória CompactFlash (CF) foi desen-
ferência está justamente na primeira letra da sigla, volvido pela empresa SanDisk em meados de 1994 e
enquanto o PATA transmite os dados usando cabos acabou sendo o primeiro tipo a se popularizar. Trata-
de quarenta ou oitenta fios paralelos (Daí o “P” de se de um cartão com as seguintes dimensões: 43 mm x
Parallel da sigla), o SATA transfere os dados em série 3 mm x 5 mm no tipo I e 43 mm x 3 mm x 3,3 mm no
(Serial) usando cabos formados por dois pares de fios tipo II.
(um par para transmissão e outro par para recepção)
usando transmissão diferencial, e mais três fios terra, Esse tipo de cartão faz uso de memória Flash tipo
totalizando sete fios. NAND, no entanto, foi desenvolvido inicialmente
para trabalhar com a tecnologia Flash NOR. Apesar
Fonte: http://www.techtudo.com.br/ de ser o tipo com as maiores dimensões, os cartões
CompactFlash são utilizados até hoje, principalmente
em câmeras digitais profissionais e filmadoras digitais.
SD, miniSD e micros: Embora raros, é possível encontrar cartões do tipo com
Entre os vários tipos de cartões de memória Flash até 128 GB de capacidade.
existentes, o tipo SD(sigla para Secure Digital) é, certa-
O CompactFlash é mantido pela CompactFlash
mente, o mais popular.
Association e sua tecnologia de construção também
Seu uso é bastante comum em câmeras digitais, te- é aplicada em cartões para Wi-Fi (redes sem fio), mo-
lefones celulares, laptops, tablets e até mesmo em con- dems, etc.
soles de videogame.
eXtreme Digital (xD-Picture):
Cartão SD “convencional”: O cartão de memória xD-Picture foi disponibiliza-
Este é o primeiro tipo a ser lançado e, também, é o do em 2002 pela Fujifilm em conjunto com a Olympus,
mais popular. É muito comum encontrá-lo em câme- sendo quase que exclusivamente aplicado apenas em
ras ou filmadoras digitais, por exemplo, assim como é câmeras digitais destas. Teoricamente, a capacidade de
fácil encontrar entradas para este tipo em laptops. armazenado deste padrão pode chegar a 8 GB. Suas di-
mensões são as seguintes: 20 mm x 25 mm x 1,78 mm.
Os cartões SD possuem as seguintes medidas: 24
mm x 32 mm x 2,1 mm. Em uma de suas laterais há um Visto como um substituto do SmartMedia, o xD
pequeno “corte”, que faz o dispositivo lembrar vaga- -Picture também não tem circuitos controladores in-
mente uma folha de papel com a ponta dobrada. Tal ternos, o que significa que aparelhos mais antigos não
como já mencionado, este tipo possui uma pequena são capazes de ler cartões desse tipo com novas capaci-
trava lateral de segurança que o usuário pode ativar dades de armazenamento. Por não ser muito popular,
para evitar gravação ou eliminação de dados. Além as empresas envolvidas com este tipo de cartão tive-
disso, possui 9 pinos de contato. ram até que desenvolver adaptadores para que o xD
-Picture seja lido em interfaces como PC-Card (antiga
PCMCIA) e CompactFlash.
Cartão miniSD:
Por causa da popularização dos cartões SD, trata-se
Anunciado em 2003, o cartão miniSD é, tal como o de um padrão praticamente em desuso.
nome sugere, uma versão de dimensões reduzidas do
cartão SD (37% menor), possuindo as seguintes medi- Fonte: http://www.infowester.com/

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Informática

podem ser incluídos ou excluídos de acordo com a


SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS vontade do usuário. Alguns ícones, entretanto, fazem
03
- NOÇÕES BÁSICAS parte do sistema Windows, tais como Lixeira, Painel
de Controle, Computador, Rede e Pasta do Usuário.

SISTEMA OPERACIONAL O usuário pode adicionar ícones que levam a ou-


tros programas ou pastas, os chamados ‘atalhos’. Na
Trata-se de uma coleção de programas que inicia- maior parte das versões do Windows, tais atalhos são
liza e gerencia as funções e tarefas do computador. O sinalizados por uma pequena seta no canto inferior es-
sistema operacional possui os comandos básicos para querdo da imagem.
o funcionamento dos aplicativos.

A Lixeira:
WINDOWS
Quando você exclui um arquivo ou pasta, eles
Sistema Operacional criado pela Microsoft, sendo
não são excluídos imediatamente, mas sim vão para a
atualmente o mais utilizado no mundo em computa-
Lixeira. Caso o usuário precise de um arquivo excluí-
dores pessoais. Sua versão mais recente é o Windows
do, poderá obtê-lo de volta. Basta acessar a lixeira, cli-
10. Entretanto, dados apontam que a versão mais utili-
car duas vezes sobre o arquivo e clicar em ‘restaurar’.
zada ainda é o Windows 7.
O arquivo voltará ao local de onde foi excluído.

ÁREA DE TRABALHO

É a área exibida na tela quando o computador é li-


gado. Serve como uma espécie de ‘superfície’ para o
trabalho. Nela, é possível colocar e organizar ícones e
A Lixeira vazia (à esquerda) e cheia (à direita)
atalhos de arquivos, programas e pastas.
Caso o usuário não precise mais dos arquivos ex-
cluídos, poderá esvaziar a Lixeira. Ao fazer isso, ex-
cluirá permanentemente os itens e recuperará o espaço
em disco por eles ocupados.

MENU INICIAR

É o primeiro passo para o usuário acessar aplica-


tivos, arquivos, pastas e configurações do computa-
dor. Através dele pode-se acessar os últimos progra-
mas utilizados, ou ainda acessar o Painel de Controle,
Dispositivos e Impressoras, entre outros.

A barra de tarefas fica na parte inferior da tela.


Aqui é possível ver os programas abertos e em exe-
cução, possibilitando que o usuário alterne entre eles.
É possível também personalizar esta barra, colocando
ícones de acordo com o interesse do usuário. Também
contém o botão Iniciar , usado para acessar progra-
mas, configurações e pastas. Este ícone será abordado
posteriormente. A barra lateral pode conter pequenos
programas (gadgets), também personalizáveis pelo
usuário.

Ícones:
Representação gráfica de um programa, pasta ou
arquivo. Os ícones constituem a área de trabalho, e

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É possível usar o menu Iniciar para fazer as seguin- - A área de notificação, que inclui um relógio e
tes atividades: ícones (pequenas imagens) que comunicam o
status de determinados programas e das confi-
- Iniciar programas gurações do computador.

- Abrir pastas usadas frquentemente

- Pesquisar programas e arquivos

- Acessar o Painel de Controle e as configura-


ções do computador

- Obter ajuda

- Desligar o computador

- Fazer logoff do Windows ou alterar para outro


usuário

Para abrir o menu Iniciar, clique no botão Iniciar


no canto inferior esquerdo da tela. Ou pressione a tecla
de logotipo doWindows no teclado.

O menu Iniciar tem três partes básicas:


É possível alternar entre os aplicativos através do
O painel esquerdo mostra uma lista de programas atalho ALT+TAB (permitindo a escolha da janela),
frequentemente usados no computador, assim como ALT+ESC (alternando sequencialmente entre as jane-
os últimos acessados. las) e WINDOWS+TAB (alternando visualmente).

Na parte inferior do painel esquerdo está a caixa de


pesquisa, através da qual é possível procurar progra- MINIMIZAR E RESTAURAR JANELAS
mas e arquivos no computador.
Quando um programa está sendo utilizado, uma
janela fica ativa. Com o clique no botão corresponden-
O painel direito dá acesso a pastas, arquivos, con-
te, minimiza-se a janela. Com isso, esta janela desapa-
figurações e outros recursos. Aqui também é possível
rece da área de trabalho.
desligar o computador ou efetuar logoff do Windows.
Minimizar uma janela não a fecha nem exclui seu
conteúdo, mas apenas a remove da área de trabalho
BARRA DE TAREFAS temporariamente.

A barra de tarefas localiza-se na parte inferior da Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada,
tela. Ao contrário da área de trabalho, esta fica visível mas continua em execução. É possível saber que ela
quase o tempo todo. Possui quatro seções principais: ainda está em execução porque seu botão na barra de
tarefas.
- O botão Iniciar , que abre o menu Iniciar. Hoje,
na versão do Windows 8, não se abre mais uma
janela de menu Iniciar. A interface é dedicada
totalmente a ele no Windows 8. Antes todos os
programas eram acessados através do botão
Iniciar. Nesta nova versão, são dispostos nesta
nova interface gráfica que inclui aplicativos, do-
cumentos e a barra de pesquisa.

- A barra de ferramentas Início Rápido, que per-


mite iniciar programas com um clique, e pode
ser personalizada pelo usuário.

- A seção intermediária, na qual são demonstra-


dos os programas e documentos que estão aber- Também é possível minimizar uma janela clicando
tos e permite que o usuário alterne rapidamente no botão Minimizar, no canto superior direito da ja-
entre eles. nela:

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Combinações de teclas do programa Windows:

CTRL+C: Copiar

CTRL+X: Recortar

CTRL+V: Colar
PARTES BÁSICAS DE UMA JANELA
CTRL+Z: Desfazer
Embora seu conteúdo seja diferente, todas as jane-
CTRL+B: Negrito
las possuem uma organização comum:
CTRL+U: Sublinhado

CTRL+I: Itálico

Combinações de modificadores de clique de mou-


se/teclado para objetos:

SHIFT+clique com o botão direito: Exibe um menu de


atalho contendo comandos alternativos

SHIFT+clique duplo: Executa o comando padrão


alternativo (o segundo item no menu)

ALT+clique duplo: Exibe as propriedades

SHIFT+DELETE: Exclui um item imediatamente sem


colocá-lo na Lixeira
Barra de título: Exibe o nome do documento e do
programa.

Botões Minimizar, Maximizar e Fechar: Permitem Comandos gerais somente de teclado:


ocultar a janela, alargá-la para preencher a tela inteira
e fechá-la, respectivamente. F1: Inicia a Ajuda do Windows
Barra de menus: Contém itens nos quais você pode F10: Ativa as opções da barra de menu
clicar para fazer escolhas em um programa.
SHIFT+F10 Abre um menu de atalho para o item
Barra de rolagem: Permite rolar o conteúdo da ja- selecionado (isso é o mesmo que clicar em um objeto
nela para ver informações que estão fora de visão no com o botão direito do mouse)
momento.
CTRL+ESC: Abra o menu de Iniciar (use as teclas de
Bordas e cantos: É possível arrastá-los com o pon- direção para selecionar um item)
teiro do mouse para alterar o tamanho da janela.
CTRL+ESC ou ESC: Seleciona o botão Iniciar (pressione
TAB para selecionar a barra de tarefas ou pressione
SHIFT+F10 para obter um menu de contexto)
COMBINAÇÕES DE TECLAS DO WINDOWS
CTRL+SHIFT+ESC: Abre o Gerenciador de Tarefas do
F1: Ajuda Windows

CTRL+ESC: Abre o menu Iniciar ALT+SETA PARA BAIXO: Abre uma caixa de listagem
suspensa
ALT+TAB: Alterna entre programas abertos
ALT+TAB: Alterna para outro programa aberto (segure a
ALT+F4: Encerra o programa tecla ALT e pressione a tecla TAB para ver a janela de
troca de tarefas)
SHIFT+DELETE: Exclui o item permanentemente
SHIFT: Pressione e mantenha pressionada a tecla SHIFT
Logotipo Windows+L: Bloqueia o computador (sem usar enquanto insere um CD-ROM para ignorar o recurso de
CTRL+ALT+DELETE) execução automática

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ALT+ESPAÇO: Exibe a janela principal do menu F6: Move entre painéis no Windows Explorer
Sistema (do menu Sistema é possível restaurar, mover,
redimensionar, minimizar, maximizar ou fechar a janela). CTRL+G: Abre a ferramenta Ir Para a Pasta (somente no
Windows Explorer do Windows 95)
ALT+- (ALT+hífen): Exibe o menu Sistema da janela
filho da interface MDI (no menu Sistema da janela filho CTRL+Z: Desfaz o último comando
da MDI, é possível restarurar, mover, redimensionar,
minimizar, maximizar ou fechar a janela filho) CTRL+A: Seleciona todos os itens na janela atual

CTRL+TAB: Alterna para a próxima janela filho de um BACKSPACE: Alterna para a pasta pai
programa de interface MDI.
SHIFT+clique+botão Fechar: Em pastas, fecha a pasta
ALT+letra sublinhada no menu: Abre o menu atual e todas as pastas pai

ALT+F4: Fecha a janela atual


Conceitos interessantes sobre o Windows:
CTRL+F4: Fecha a janela atual da interface MDI
Windows Aero: tecnologia utilizada para gerar
ALT+F6: Alterna entre várias janelas no mesmo programa
(por exemplo, quando a caixa de diálogo Localizar do efeitos visuais, como sombras e transparências
Bloco de Notas é exibida, o ALT+F6 alterna entre a caixa dentro do sistema operacional.
de diálogo Localizar e a janela principal do Bloco de
Microsoft Silverlight: permite aplicações que
Notas)
utilizem flash, bem como outras que utilizem
esta programação como modelo.
Atalhos de objetos e de pasta geral/Windows Ex-
Windows Media Player: tocador de media (áu-
plorer em um objeto selecionado:
dio e vídeo), na sua versão 11 e 12 traz uma for-
ma de busca avançada. É integrado ao sistema
F2: Renomeia o objeto operacional Windows.

F3: Localiza todos os arquivos Windows Media Center: é a central de mídia do


Windows. No XP era chamado de Windows XP
CTRL+X: Recortar Media Center Edition, tendo o seu nome abre-
viado no Windows Vista. É um aplicativo que
CTRL+C: Copiar
reúne diversos tipos de mídia executáveis, tra-
CTRL+V: Colar zendo opções como assistir filmes de um DVD,
TV em tempo real (com requisitos específicos),
SHIFT+DELETE: Exclui a seleção imediatamente, sem ouvir músicas no formato MP3, WMA e outros,
mover o item para a Lixeira bem como arquivos de vídeo em AVI, DivX, ou
assistir slideshows e acessar mídias na Internet.
ALT+ENTER: Abre as propriedades do objeto selecionado

Windows XP:
Para copiar um arquivo: O Windows XP foi uma versão do Windows pro-
Pressione e mantenha pressionada a tecla CTRL en- duzida pela Microsoft para uso em computadores pes-
quanto arrasta o arquivo para outra pasta. soais, incluindo residenciais e de escritórios. O Nome
XP deriva de ‘eXPerience’.

Para criar um atalho: Importante saber duas versões do Windows XP:


Pressione e mantenha pressionadas as teclas
CTRL+SHIFT enquanto arrasta um arquivo para a - Windows XP Home Edition: destinado a
área de trabalho ou uma pasta. usuários domésticos;

- Windows XP Professional Edition: oferece re-


Controle geral de pasta/atalho: cursos adicionais, como o domínio de servidor
do Windows, destinado a usuários avançados e
F4: Marca a caixa de seleção Ir para outra pasta e move empresas.
para baixo as entradas na caixa (se a barra de ferramentas
Apresentou como novo uma melhor interface gráfi-
estiver ativa no Windows Explorer)
ca, possibilitando ao usuário uma maior interação com
F5: Atualiza a janela atual. seu sistema operacional. Trouxe também restrições
contra a pirataria de softwares, mas foi duramente

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criticado por diversas falhas de segurança, bem como A tela inicial também pode ser personalizada de
por erros existentes na integração do sistema operacio- acordo com o usuário, possuindo uma interface mais
nal com aplicativos com Internet Explorer e Windows moderna e interativa, como visto na figura abaixo:
Media Player.

Windows Vista:

O Windows Vista foi o sucessor do Windows XP,


sendo um sistema operacional desenvolvido pela
Microsoft para uso em computadores pessoais e de
escritórios. Teve como principal objetivo melhorar a
segurança do sistema operacional, campo em que em
muitas vezes não obteve sucesso.

Importante saber as versões do Windows Vista:

- Windows Vista Starter Edition: versão dispo- Windows Store:


nível apenas em 32-bit;
Acessível diretamente da Tela Inicial, a Windows
- Windows Vista Home Basic: destinada ao Store possibilita ao usuário o download de diversos
usuário doméstico; aplicativos das mais variadas áreas, como fotos, espor-
tes, gastronomia, notícias, entre outros. Alguns aplica-
- Windows Vista Home Premium: voltada para tivos são grátis, enquanto outros são pagos.
o entretenimento doméstico, como TVs e outros
aparelhos;
OneDrive:
- Windows Vista Business: versão mais profis- Armazento online e gratuito disponibilizado pelo
sional; Microsoft e integrado ao Windows 8. É possível salvar
fotos, documentos e outros arquivos e acessá-los quan-
- Windows Vista Enterprise: voltada para em- do e de onde quiser.
presas de grande porte;
Pode também ser utilizado para compartilhar ar-
- Windows Vista Ultimate: edição mais comple- quivos com outras pessoas e acessá-los de dispositivos
ta do Sistema operacional. móveis, por exemplo.

LINUX
Windows 8:
Linux é um sistema operacional, que como já visto
Última versão lançada do Windows, tem como ca- é o programa responsável pelo funcionamento geral
racterística ser um sistema operacional mais estável, do computador, funcionando como uma espécie de
com visual simples e um desempenho melhor em rela- ponte entre o hardware (monitor, teclado, mouse) e o
ção às suas versões anteriores. software (aplicativos).
Tem como grande diferencial a interação com o Esse sistema operacional utiliza o Núcleo Linux,
usuário através do sistema Touch Screen, ou seja, desenvolvido pelo finlandês Linus Torvalds. O códi-
é através de toques na tela que o usuário irá aces- go fonte desse sistema está disponível gratuitamente,
sar seu sistema operacional e suas funcionalidades. para que todos possam usá-lo, estuda-lo e até mesmo
Entretanto, o Windows mantém a possibilidade de uso modifica-lo da maneira que bem entenderem.
do teclado e do mouse para aqueles usuários já fami-
liarizados com as versões anteriores. O Linux é muito utilizado em escritórios e micro
e pequenas empresas em geral. Por possuir o código
Possui também o novo menu Iniciar com o estilo fonte aberto, vários programadores do mundo intei-
chamado Metro, ou seja, ao mover o cursor do mouse ro ajudaram a desenvolve-lo e atualiza-lo ao longo do
para o canto inferior esquerdo (local padrão do Menu tempo.
Iniciar), é possível acessar os arquivos e programas de
maneira clássica, assim como acessar os aplicativos di- Esta é sua maior vantagem, pois cada um pode
retamente da Windows Store. modifica-lo de acordo com suas necessidades, e ele se
encontra em constante atualização, fazendo com que
Outro ponto interessante está na barra de tarefas, suas correções e adaptações sejam mais ágeis do que
onde o usuário poderá visualizar todos os aplicati- o Windows.
vos abertos no momento, tanto os da área de trabalho
(como nas versões anteriores) como os aplicativos da Por ser gratuito, sua utilização é cada vez maior em
Windows Store. ambientes empresariais, devido ao alto custo de seu

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concorrente Windows. Cabe ressaltar também que o WORD


Windows possui o código fonte fechado, o que impos-
sibilita sua alteração, e é necessária uma licença para
TIPO DE MSOFFICE
utilizá-lo, o que aumenta seu custo de operação.
ARQUIVO
Arquivo texto Word - .doc
Planilha Excel - .xls
EDITORES DE TEXTO, PLANILHAS E
04 eletrônica
APRESENTAÇÕES

Os dois programas mais utilizados e também co- Alguns comandos do aplicativo:


brados em concursos são o Broffice e o Microsoft
Word. Para fins didáticos, iremos apenas citar concei-
COMANDO ATALHO NO
tos básicos do primeiro, aprofundando o estudo sobre
WORD
o Pacote Office, tema de cobrança pelo concurso em
questão. CTRL + A ABRIR ( Abrir
Broffice é um conjunto de programas de escritório Arquivos )
distribuído gratuitamente, composto pelos seguintes
CTRL + B SALVAR
aplicativos:
CTRL + C COPIAR
Writer: processador de textos.

Calc: planilha de cálculos. CTRL + D FORMATAR/


FONTE
Impress: editor de apresentações.
CTRL + E CENTRALIZAR
Draw: editor de desenhos vetoriais. PARÁGRAFO

Base: gerenciador de banco de dados. CTRL + G ALINHAR


PARÁGRAFO À
Math: editor de fórmulas científicas e matemá- DIREITA
ticas.
CTRL + H RECUO
Inicialmente, vale observar que o BR Office possui a DESLOCADO
tecnologia denominada WYSIWYG (“What You See Is
What You Get” = o que você vê terá ao final), de modo CTRL + I ITÁLICO
que, tudo aquilo que aparece na tela do computador,
CTRL + J JUSTIFICAR
você terá também na hora de imprimir. Ou seja, é a
PARÁGRAFO
visualização do trabalho final diretamente no monitor.
Já o O Microsoft Office é uma suíte de aplicativos CTRL + K INSERIR
para escritório que contém programas como processa- HYPERLINK
dor de texto, planilha de cálculo, banco de dados, apre-
CTRL + L LOCALIZAR
sentação gráfica e gerenciador de tarefas, de e-mails e
contatos. Sua versão mais recente é o Microsoft Office CTRL + M AUMENTAR
2013. É hoje o mais utilizado nesta área. Para fins de es- RECUO
tudo, importante conhecer o Microsoft Word (textos) e
o Microsoft Excel (planilhas). CTRL + N NEGRITO

CTRL + O ABRIR NOVO


Existem algumas diferenças básicas, tais como: DOCUMENTO
O BrOffice possui o comando EXPORTAR COMO CTRL + P IMPRIMIR
PDF , que permite salvar o conteúdo do documento
diretamente em um arquivo PDF. Tal comando não CTRL + Q ALINHAR
existe no Word; PARÁGRAFO À
ESQUERDA
O Writer não traz correção gramatical como o Word.
No Writer o comando CORREÇÃO ORTOGRÁFICA CTRL + R REFAZER
faz apenas a correção ortográfica. COMANDO
No Word existe o comando DESENHAR TABELAS, CTRL + S SUBLINHADO
inexistente no Writer.

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Iniciar um documento de um modelo:


CTRL + T SELECIONAR
TUDO Existem também diversos modelos disponíveis
para se iniciar um documento novo. Na figura acima
CTRL + U SUBSTITUIR vemos exemplos de Agendas, Cartões, entre outros.
CTRL + V COLAR

CTRL + W FECHAR JANELA Informações:


DO DOCUMENTO
Aqui é possível visualizar propriedades, versões,
CTRL + X RECORTAR comandos como permissões, restrições, entre outros.

CTRL + Y IR PARA
Salvar e Enviar:
CTRL + Z DESFAZER
COMANDO É possível enviar seu documento por e-mail, sal-
var na web, para sharepoint, publicar como postagem
Interessante discursarmos sobre alguns pontos re- ou ainda alterar o tipo de arquivo e criar documentos
levantes em relação ao Word. PDF e XPS, como já visto.

Guia Arquivo: Ajuda:

Aqui é possível tirar suas dúvidas e encontrar au-


Opções de salvar:
xílio na Guia Ajuda do Microsoft Office. Existem tam-
Para guardar seu documento, basta escolher a op- bém as opções Introdução, onde o usuário encontra as
ção salvar. Agora, caso a opção seja de salvar em for- noções básicos para manuseamento do Word Office e o
mato diferente (como uma versão anterior do Word) Fale Conosco, canal de comunicação com a Microsoft.
ou até em outra extensão, deve-se optar pela opção
Salvar Como, presente na guia Arquivo.
Guia Página Inicial:
Existem diversas extensões de arquivo, entre elas:
Comandos básicos para edição de seu texto. Aqui
PDF e XPS: formatos que necessitam de outros encontram-se as ferramentas mais utilizadas, como
softares para leitura. Têm como característica Fonte, Área de Transferência, Estilo, Parágrafo e
preservarem o layout do documento. Edição.

Páginas da web: exibidas em um navegador da


internet, não preservam o layout do documento. Área de Transferência:
Pode ser em formato HTML ou MHTML.
Por esta opção é possível coletar textos e gráficos de
outros documentos e arquivos para colá-los no Word.
Abrir um novo documento: Pode-se, por exemplo, copiar parte de outro documen-
to, dados do Excel, etc.
Basta clicar na guia Arquivo e escolher a opção
Novo, e então clicar duas vezes em Documento em
Branco. Fonte:

É possível:

ü Escolher a fonte (Ctrl+Shift+F);

ü Escolher tamanho da fonte (Ctrl+Shift+P);

ü Aumentar (Ctrl+>);

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ü Reduzir (Ctrl+<);

ü Negrito (Ctrl+N);

ü Itálico (Ctrl+I);

ü Sublinhado (Ctrl+S);

ü Subscrito (Ctrl+=);

ü Sobrescrito (Ctrl+Shift+=);

ü Tachado;

ü Maiúscula;

ü Minúscula;

ü Cor da fonte;

ü Cor do realce do texto;

ü Limpar formatação.

Na caixa Formatar Parágrafo é possível configurar


Parágrafo: o alinhamento, recuo, espaçamento de linhas, posições
e guias da tabulação, quebras de linhas, entre outros.
Para acioná-la, basta clicar na flecha circulada na figu-
ra acima.

Alinhamentos dos parágrafos:

À Esquerda: As palavras são alinhadas à esquer-


da, ficando a borda direita de forma irregular. É
Aqui é possível:
o alinhamento padrão.

ü Alinhar o texto à direita (Ctrl+q); Centro: O texto é centralizado, sendo alinhado


ao ponto médio das margens direita e esquerda
ü Alinhar texto à direita (Ctrl+g); da caixa de texto.
ü Centralizar (Ctrl+e);
À Direita: Assim como o alinhamento à esquer-
ü Justificar - que alinha o texto às margens es- da, é irregular, ou seja, o texto é alinhado à di-
reita com a borda esquerda do texto posta irre-
querda e direita - (Ctrl+j).
gularmente.

Há também as opções de: Justificado: O primeiro e último caracteres de


cada linha são alinhados, com exceção da últi-
ü Numeração (inicia uma lista numerada); ma linha. Todas as linhas são preenchidas, com
exceção da última, que é alinhada à margem
ü Marcadores (inicia uma lista com marcado- esquerda (quando a direção do texto for da es-
res); querda para a direita).

üLista de vários níveis; Distribuído: Igual ao jusitificado, com a diferen-


ça de que as linhas são preenchidas adicionando
ü Aumentar ou Diminuir o Recuo; ou retirando uma mesma quantidade de carac-
teres.
ü Classificar o texto (colocando-o em ordem al-
fabética ou em dados numéricos); Distribuir todas as linhas: Igual ao alinhamento
Distribuído, com a diferença de que a última li-
ü Mostrar Tudo (mostra marcas de parágrafo e nha também é alinhada à margem esquerda e à
outros símbolos de formatação). margem direita simultaneamente.

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Recuo: Quebrar página antes: insere quebra de página


no parágrafo em questão.
Distância entre o parágrafo e as margens esquerda
e/ou direita do texto. Difere da margem, pois enquanto
esta é distância entre a borda do papel e o início (ou Listas numeradas e com marcadores:
fim) do documento, aquele é a configuração do pará-
grafo dentro das margens propostas. É possível adicionar marcadores ou números a li-
nhas digitadas. Para isso, basta selecionar o texto em
questão e clicar na opção Marcadores ou Numeração.
Espaçamento entre linhas:
É possível também criar listas antes, ou seja, clica-
se na opção e digita-se o texto. À medida que a tecla
ENTER é apertada, o Word inicia nova linha com o
marcador ou com o número subsequente da lista,
como pode-se observar na lista a seguir:

Determinado pelo espaço entre as linhas do texto


de um parágrafo. É possível determinar o espaçamen- Dentro de cada opção, é possível padronizar os
to de cada parágrafo separadamente, ou do texto in- marcadores ou número de acordo com a vontade do
teiro. Para isso, basta selecionar o texto todo (Ctrl+T). usuário. Os marcadores podem ser substituídos por
símbolos, enquanto os números podem dar lugar a
Caso o usuário determine o espaçamento de ape- algarismos romanos ou letras, como no exemplo a se-
nas um parágrafo, ao apertar ENTER para iniciar um guir:
novo parágrafo o espaçamento é atribuído a este novo
parágrafo.

O espaçamento padrão é de 1,15 linhas e 10 pon-


tos para cada parágrafo. Veja que na figura é possível
clicar em Opções de Espaçamento de Linha, na qual é
possível determinar o recuo (como visto), assim como
as Quebras de Linha e Página.

Quebras de Linha e Página:

Determina como as linhas são formatadas em caixa


de texto vinculadas ou colunas.
É possível também selecionar a lista inteira e movê
Controle de linhas órfãs/viúvas: Primeiramente, -la para outra parte do documento. Basta selecioná-la
linhas órfãs e viúvas são linhas de texto isoladas com o mouse e arrastá-la.
que são impressas na parte superior ou inferior
de uma caixa de texto ou coluna. A linha órfã é a
primeira linha que fica sozinha na página ante- Estilos:
rior, enquanto a linha viúva é a última linha que Conjunto de caracterísitas de formatação, como
fica sozinha na folha seguinte. fonte, alinhamento, cor, tamanho e espaçamento, além
de borda e sombreamento, de acordo com o estilo se-
Manter com o próximo: mantém um ou mais lecionado.
parágrafos selecionados em uma caixa de texto
ou coluna.

Manter linhas juntas: mantém linhas de um pa-


rágrafo juntas em uma caixa de texto ou coluna.

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Formatar colunas: Cabeçalhos e rodapés:


Para configurar cabeçalhos e rodapés, pode-se:

- Clicar duas vezes na área do cabeçalho e do


rodapé dentro do documento;

- Clicar com o botão direito na área do cabeça-


lho e do rodapé, clicando em seguida em Edi-
tar Cabeçalho ou Editar Rodapé para inserir um
destes estilos;

- Clicar na aba Inserir e em seguida nas opções


Cabeçalho, Rodapé ou Número de Página.
Na opção Número de Página, pode-se optar entre
várias opções, como formatos e localização dentro da
página, entre outros.

Pode-se formatar o texto com uma, duas ou mais Quebras:


colunas, bem como determinar a largura de cada colu-
Podem ser de página, coluna, linha ou seção.
na e a distância entre elas.
Teclas de atalho:

Layout da página:
QUEBRA DE PÁGINA CTRL + ENTER
Nesta aba, além da formatação das colunas, é pos- QUEBRA DE COLUNA CTRL + SHIFT + ENTER
sível determinar o tamanho do documento, margens, QUEBRA DE LINHA SHIFT + ENTER
orientação (retrato ou paisagem), entre outros.
A figura a seguir é auto-explicativa, trazendo os
modos de quebra presentes no Microsoft Word:

Como se observa na figura, existe uma certa quanti-


dade de margens pré-selecionadas para o documento,
dentre as quais o usuário pode escolher a que melhor
se adapta ao documento em questão. Mas ao clicar em
margens personalizadas, pode-se aumentar ou dimi-
nuir o tamanho das margens.

Tal recurso é possível também na aba Tamanho, na As quebras de seções são muito utilizadas para
qual se tem tamanhos padronizados de papelo como aplicar uma formatação diferente para cada parte de
Carta, A4, A3, e ainda é possível determinar outros cli- um documento. É possível, por exemplo, definir uma
cando em Mais Tamanhos de Papel. página com duas colunas e a próxima com três, por

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exemplo. É possível também utilizar diferentes forma- Já para mesclar as células basta selecioná-las e ao
tações como Margens, orientação, bordas, alinhamen- clicar com o botão direito, aparecerá a opção Mesclar
to, cabeçalhos, colunas, numeração, entre outros. Células.

É possível também inserir um texto já digitado em


Tabelas: uma tabela. Para tal, basta selecionar o texto e ao clicar
na aba Inserir e na opção Tabela, clica-se em Converter
Texto em Tabela.

Na aba Exibição, destacam-se os Modos de Exibi-


ção de Documento:

Layout de Impressão, Leitura em Tela Inteira,


Layout da Web, Estrutura de Tópicos e Rascunho.

Existem também outras opções nesta aba:

Régua: mostra ou oculta as réguas horizontal e


Basta clicar na aba Inserir e depois em Tabela. O vertical.
Microsot Word já traz um número de tabelas pré-exis-
tentes (como 5x8 - 5 linhas por 8 colunas, - por exem- Linhas de grade: ativa uma grade de linhas hori-
zontais e verticas utilizadas para alinhar objetos.
plo), mas é possível padronizar estes números. Existe
também a possibilidade de Desenhar Tabela, onde o
Painel de navegação: ativa ou desativa um pai-
usuário pode ‘desenhar’ a tabela com colunas e linhas
nel mostrado ao lado esquerdo do documento
do jeito que quiser.
que possibilita buscas e navegação dentro des-
Há também as opções de inserir uma Planilha do te.
Excel ou ainda Tabelas Rápidas, onde pode-se optar
por tabelas prá-formatadas, como calendários, por Zoom de uma página: exibe apenas a página
exemplo. atual do documento.

Zoom de duas páginas: exibe o documento de


duas em duas páginas.

Largura da página: ajusta a janela de visualiza-


ção de acordo com a largura da página do do-
cumento.

Localizar e Subsittuir:

É possível excluir colunas, excluir linhas ou ain-


da excluir células. Nesta opção, aparecerá a figura
demonstrada acima. Pode-se descolar as células para
esquerda, para cima, excluir a linha inteira ou ainda
excluir a coluna inteira. Na opção Localizar, pode-se buscar palavras ou

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pedaços do texto no documento. Em Substituir, pode- Adicionar ao dicionário: a palavra tida como
se efetuar a substituição de palavras e fragmentos de errada será adicionada ao dicionário do Word,
texto. Já na opção Selecionar, pode-se selecionar todo sendo considerada como certa daquele momen-
o texto do documento, somente objetos ou ainda todo to em diante. Tem utilidade em eventuais pala-
o texto com formatação semelhante. vras que o Word não reconhece como certas.

Na localização avançada, pode-se buscar textos, Alterar: ao clicar em Alterar, o Word irá modi-
fontes, tipos de parágrafo, quadros, entre outros: ficar a palavra (ou expressão) destacada pela
opção mostrada na caixa abaixo. Caso o usuário
queira trocar por outra palavra, deve selecioná
-la dentre as opções demonstradas. Se o usuá-
rio escolher a opção Alterar todas, o Word irá
efetuar a troca em todas as palavras (ou expres-
sões) iguais à palavra em questão.

Ao clicar em Autocorreção, o Word irá efetuar


uma correção automática de todas as palavras
iguais à demonstrada.

Verificação de Ortografia e Gramática: Impressão: basta clicar na Guia Arquivo e na op-


ção Imprimir. As propriedades da impressora padrão
Durante a digitação, o Word efetua a correção auto- aparecerão na primeira seção. Na segunda seção, será
mática sublinhando em vermellho palavras digitadas visualizado seu documento. Para alterar as proprieda-
erroneamente ou em verde para indicar possíveis er- des, clique em Propriedades da Impressora.
ros de ortografia e gramática.

Entretanto, é possível efetuar uma revisão ainda


maior do texto digitado ao escolher a opção Ortografia
e Gramática, na aba Revisão:

Ao encontrar palavras que possam apresentar


eventuais erros, as opções são as seguintes:

É possível também alteras as configurações da im-


Ignorar: Ao ignorar uma vez, o erro apontado pressão, como escolher somente algumas páginas para
será ignorado somente uma vez, sendo mostra- serem impressas, orientação retrato ou paisagem, ta-
do outras vezes em que estiver presente no tex- manho do papel e suas margens, mais de 1 página por
to. Ao ignorar todas, o erro será ignorado por folha e agrupá-las (quando forem impressas duas có-
todo o texto. pias ou mais).

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EXCEL Neste exemplo, vê-se como a informação “15” pode


ser exposta de diversas formas de acordo com a cate-
Responsável pela criação e edição de planilhas.. goria que se insere na célula. Na mesma figura, perce-
be-se que o alinhamento escolhido foi o centralizado e
embaixo. As opções de alinhamento são: alinhar “em
Criar uma nova pasta de trabalho: cima, “no meio” e “embaixo”, e alinhar “texto à es-
querda” “centralizar” e “texto à direita”.
Os documentos do Excel são chamados de pastas
de trabalho, as quais contém folhas chamadas de pla- Ao MESCLAR a célula, pode-se combinar duas ou
nilhas. É possível adicionar quantas planilhas desejar mais células em uma única célula. A referência de cé-
a uma pasta de trabalho. Clique em Arquivo > Novo e lula neste caso será a da célula superior direita das cé-
em Pasta de trabalho em branco. lulas selecionadas.

No exemplo em questão, mesclou-se as células C8,


C9, D8 e D9, com a célula C8 servindo como referên-
cia. Observe que agora o alinhamento foi “no meio” e
“centralizado”:

Dentro da célula, é possível também selecionar a


Direção do Texto para configurar a ordem de leitura e
seu alinhamento. Por padrão, este item está definido
na opção Contexto, mas é possível alterá-la para Da
Esquerda para a Direita ou Da Direita para a Esquerda.

ELEMENTOS BÁSICOS DE UMA PLANILHA


EXCEL

Linhas, Colunas e Células: Existem outras opções dentro da célula, como “que-
brar o texto automaticamente”, a qual quebra o texto
Célula é o espaço correspondente à intersecção de em várias linhas dentro de uma mesma célula; “redu-
uma Coluna e uma Linha, formando o que se chama zir para caber”, que reduz o tamanho dos caracteres
de Endereço. As Colunas são representadas pelas le- da fonte para que seus dados caibam dentro da coluna.
tras (A, B, C e assim por diante) e as Linhas por núme-
ros (1, 2, 3, etc). Assim sendo, ao encontro da Coluna C Pode-se também utilizar as opções de borda para
com a Linha 8, tem-se a Célula C8. configurar a célula, como demonstra a figura a seguir:
Pode-se inserir várias informações na célula. Para
isso, basta usar a tecla TAB (ou ENTER) ou o mouse
para ativar a célula e assim digitar o que se pretende
inserir nela.

A célula pode conter texto, números ou fórmulas,


de acordo com a informação que o usuário pretende
atribuir a ela. A célula pode ser configurada de acordo
com diversas categorias, como vemos a seguir:

19
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Neste caso, foi selecionada a opção ‘todas as bor-


das’ para as células selecionadas.

É possível também definir as seguintes configura-


ções:

Linha: em Estilo, pode-se escolher o tamanho e


estilo da linha da borda da célula.

Predefinições: existem bordas já pré-definidas


para serem usadas.

Cor: define-se a cor da célula selecionada.

Formatando as células:

Usando a caixa Formatar Células é possível padro- Veja que existem diversas opções dentro da caixa
nizar o conteúdo destas. Formatar Células. A primeira opção determina os ti-
pos exemplificados na figura anterior. Os Outros são:

Alinhamento:

As opções de alinhamento são padronizadas do


Pacote Office, ou seja, iguais às utilizadas no Microsoft
Word. Entretanto, não se esqueça que existem alguns
alinhamentos característicos do Excel, como visto an-
teriormente. E há ainda outro, a Orientação, que per-
mite ao usuário ‘girar’ o texto dentro da célula, deter-
minando quantos graus seu conteúdo será inclinado. É
possível também configurar o Recuo do conteúdo das
células em relação às suas bordas, sendo no sentido
Horizontal, sendo no sentido Vertical.

Fonte:

Aqui, é possível definir a fonte, seu estilo, tama-


nho e efeitos, como tachado, sobrescrito e subscrito. A
fonte padrão do Excel é a Calibri. O Estilo padrão é
o Regular, mas pode-se optar por Itálico, Negrito ou
Negrito Itálico. Já o tamanho padrão é o 11.

Outras opções disponível são Sublinhado e Cor da


fonte.

Borda: opção já discutida anteriormente. Cabe res-


saltar que existem diversos tipos de estilos de borda.

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Preenchimento: Aqui escolhe-se as cores, padrões Operadores de comparação:


e efeitos a serem aplicados no preenchimento das cé-
lulas. O plano de fundo determina a cor a ser utilizada Operador Significado
no fundo da célula. Os efeitos de preenchimento pos-
sibilitam ao usuário a aplicação de gradiente, textura e = Igual a
outros preenchimentos.
> Maior que
Alguns comandos úteis no Excel: < Menor que

PARA SELECIONAR >= Maior ou igual a

Uma célula Clique na célula ou uti- <= Menor ou igual a


lize as setas do teclado <> Diferente de
para chegar até ela

Um intervalo de células Clique em uma célula e Operadores de referência:


arraste o cursor até as
outras, ou mantenha
Operador Significado
a tecla SHIFT pressio-
nada e utilize as setas : Intervalo. Considera a
do teclado. É possível referência para as célu-
também, com a tecla las presente entre duas
SHIFT apertada, clicar na referências
primeira e diretamente
na última célula preten- ; União. Combina duas ou
dida. mais referências.

Todas as células CTRL + T ou na opção (espaço) Intersecção. Produz


selecionar tudo, dispo- uma referência a células
nível no lado esquerdo comuns a mais de uma
superior em relação à referência.
tabela

Células, linhas ou colu- Clique na primeira célu- Funções:


nas não adjacentes la, linha ou coluna pre-
São fórmulas oferecidas pelo Excel, ou seja, já são
tendida. Depois, pressio- pré-definidas.
ne CTRL enquanto clica
nas outras pretendidas
Principais funções presentes no Excel:

Fórmulas: Soma: Soma todos os números contidos na função.


Exemplo:
Para utilizar fórmulas no Excel, utilize os operado-
res +, -, * e /. =SOMA(núm1;núm2) ou =SOMA(E2:E3):

Operadores aritméticos:

Operador Significado

+ Adição

- Subtração ou negação

* Multiplicação

/ Divisão Neste caso, E2 tem como valor 3 e E3 como valor 5.


Logo, sua soma seria 8.
% Porcentagem

^ Exponenciação Mult: multiplica todos os números contidos na


função. No mesmo exemplo, vemos o seguinte:

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Sua fórmula é =MULT(núm1;núm2) ou ainda


=E2*E3. A5:B5 Intervalo de células da Linha 5,
entre Colunas A e B
A5:B15 Intervalo de células nas colunas A
e B e Linhas 5 e 15
10:10 Todas as células da linha 10
10:15 Todas as células da linha 10 à li-
nha 15
B:B Todas as células da Coluna B

Neste caso, o produto de =MULT(E2:E3) é 15.


Gráficos:
Raiz: tem como resultado a raiz quadrada positiva Ao clicar na aba Inserir, tem-se a opção Gráficos.
do número. É demonstrada pela fórmula =RAIZ(núm).

Exemplo: =RAIZ(9) resultará no número 3.

Potência: resulta em um número elevado à uma


potência. Sua fórmula é =POTÊNCIA(núm;potência).

Exemplo: =POTÊNCIA(5;2) resulta em 52, ou seja,


25.

Arredondamento: esta função arredon-


da um certo número de dígitos. Sua fórmula é
=ARRED(núm1;núm2), onde o ‘núm1’ é o valor a ser
arredondado (ou a célula que se pretende arredondar)
e o ‘núm2’ é o número de dígitos para o qual será arre-
dondado o número. Exemplo:

Para aplicar um gráfico a uma determinada quanti-


dade de células, selecione-as e depois clique na opção
Inserir Gráfico. Existem diversos modelos propostos
pelo Excel, como Coluna, Linha, Pizza, Barra, entre
outros.

Média: traz como resultado a média arit-


mética dos valores pretendidos. Sua fórmula é
=MÉDIA(núm1;núm2).

Existe uma infinidade de outras funções pré-defi-


nidas pelo Excel, sendo estas as de maior importância
para o candidato ao concurso em questão.

Referências em fórmulas:

Para montar uma fórmula, é importante que o


candidato saiba alguns conceitos utilizados nestas.
Observe a tabela a seguir:

REFERÊNCIA SIGNIFICADO
Neste exemplo, LEG1, LEG2 e LEG3 são as
A5 Célula na intersecção da Coluna A Legendas do Gráfico. ANO1, ANO2 e ANO3 são os
e da Linha 5 títulos de gráfico utilizados. Importante ressaltar que
a qualquer momento o usuário pode modificar o tipo
A5:A10 Intervalo de células da Coluna A,
de gráfico, migrando os valores para o formato pizza,
entre linhas 5 e 10
barra, etc. É possível também alterar cores de preen-

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chimento da área do gráfico, cores do texto, fontes, ta- É possível também imprimir a planilha inteira ou
manho, entre diversas outras propriedades. somente um intervalo de células, bastando para isso
selecioná-las antes de clicar na opção Imprimir.

Classificar texto e números:


POWERPOINT
É possível também classificar uma coluna de diver-
sas formas. Pode-se classificar de A a Z ou de Z a A. Já Aqui dispomos de um roteiro básico para fazer
os números podem ser classificados do Menor para o uma apresentação no PowerPoint: Primeiro, deve-se
Maior ou do Maior para o Menor. escolher um tema. O PowerPoint possui alguns temas
internos. Pode-se criar ou selecionar uma variação de
cor, e depois começar sua formatação.

Classificar datas ou horas:

Caso a coluna ou células selecionadas sejam valo-


res de data ou hora, é possível classifica-las da Mais
Antiga para a Mais Nova ou da Mais Nova para a Mais Para inserir um novo slide, deve-se ir até a guia
Antiga, seguindo o mesmo procedimento. Página Inicial, clicar em Novo Slide e selecionar um
layout de slide.

Por fim, existe a Classificação Personalizada, na


qual é possível classificar as células de acordo com o
critério pretendido: Para salvar a sua apresentação, pode-se clicar na
guia Arquivo e opção Salvar ou utilizar o já mencio-
nado atalho Ctrl+S. Para adicionar um texto, vá em um
espaço reservado para texto e comece a digitar. Pode-
se formatar o texto, com efeitos de sombra, reflexo,
contorno, preenchimento, entre outros.

Impressão:

A impressão segue os procedimentos do Word,


com uma opção interessante: a de Imprimir Títulos.
Tal recurso é utilizado nos casos em que o planilha
ocupar mais de uma página, sendo possível imprimir
rótulos ou títulos de linha e de coluna em cada página
impressa.

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Para adicionar formas, vá em Inserir e depois em Guia Slides: Exibe os slides em miniaturas en-
Formas. Selecione a forma desejada, clique em qual- quanto a edição é feita. Aqui é possível também edital,
quer parte do slide e arraste para desenhar a forma. adicionar ou excluir slides mais rapidamente.

Guia Tópicos: Aqui a apresentação é estruturada


de acordo com os tópicos, mostrando uma ideia geral
do documento.

Modos de exibição do Powerpoint:


ü Normal;

ü De classificação de slides;

ü De exibição de anotações;
Por fim, para adicionar imagens, tem-se mais de
uma opção. Para imagens salvas em sua unidade local ü Apresentação de slides;
ou servidor interno, clique em Imagens em meu PC;
para inserir uma imagem oriunda da Internet, clique ü Leitura;
em Imagens Online e utilize a caixa de pesquisa para
encontra-la. ü Mestres:

E para iniciar sua apresentação, pode-se começar - Slide;


pelo primeiro slide, no item Iniciar Apresentação de
Slides e Do Começo, ou do ponto em que se encontra, - Folheto;
na opção Slide Atual.
- Anotações.
Na guia Apresentação de Slides, siga um destes
procedimentos: Para iniciar a apresentação no primei-
ro slide, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, cli- Inserir:
que em Do Começo.

Aqui, é possível adicionar imagens, tabelas, álbuns,


figuras Clip-Art ou ainda áudios ou vídeos para sua
apresentação.
Alguns conceitos básicos sobre o Microsoft
Powerpoint:

Painel Slide: Aqui, é possível trabalhar com os sli- Design:


des individualmente:
Nesta aba é possível escolher o design da apresen-
tação entre vários formatos já pré-definidos. Também
traz a possibilidade de Configurar a Página, como ex-
posto a seguir:

As abas Transições e Animações permitem per-


sonalizar a apresentação, com efeitos como Piscar,
Dissolver, Emaecer e animações como Surgir, Piscar,
etc.

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Anotações: Animações:
Existem basicamente quatro tipos de efeitos de ani-
mação:

- de Entrada, quando um objeto surge no slide;

- de Saída, quando o objeto se separa ou desa-


parece do slide;

- de Ênfase, para destacar o objeto, reduzindo


ou aumentando-o;

- de Animação, fazendo o objeto girar, ir para


cima, para baixo, etc.

Transições entre slides:


São os efeitos colocados entre um slide e outro,
como já visto. Além dos efeitos, pode-se adicionar som
a estas transições.

Aqui é possível gravar anotações sobre os slides.


Ao selecionar o Modo de Exibição Anotações, é possí-
vel adicionar gráficos, imagens e tabelas a elas. 05 INTERNET E INTRANET

INTERNET
Slide Mestre:
Conjunto de redes de computadores conectados
Considerado um slide principal, que serve de base
pelo protocolo de comunicação TCP/IP, que permite
para os outros em uma apresentação, pois traz infor-
ampla variedade de recursos e serviços e possibilita
mações de tema, design, títulos e outros itens a serem
transferência de dados. Possui uma estrutura que pos-
utiizados.
sibilita a utilização de serviços como correio eletrôni-
Cada apresentação deve ter ao menos um slide co, sítios de busca e pesquisa, dentre outras.
mestre. Ao alterar um slide mestre, todos os slides a
ele vinculados são alterados. Conceitos básicos:
Host: máquina ou computador conectado a alguma
Layout de slides: rede.

Na aba da Página Inicial, é possível escolher um Roteador: equipamento que possibilita a comunica-
dos nove Temas do Office pré-definidos: ção entre várias redes de computadores.

Provedor de acesso: empresa que possibilita e ofe-


rece o serviço de acesso à Internet, podendo também
ofertar outros, como serviços de email, hospedagem
de sites, etc.

Servidor: sistema que fornece serviços a redes de


computadores.

Protocolos TCP/IP:

HTTP: Transferência de páginas de web. Porta


80

HTTPS: Transferência de páginas de Web Segu-


ro. Porta 443

SMTP: Para envio de email. Porta 587

POP3: Para recepção de email. Porta 110

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IMAP: Para acesso do email. Porta143 Esquema: onde é digitado ‘http’, ou seja, indica o
protocolo a ser utilizado; servidor: local que hospeda
DNS: Resolução de nomes para IP. Porta 53 a página ou documento acessado; porta: forma como o
DHCP: Configuração dinâmica de IP. Porta 67 navegador acessará o servidor; caminho: indica espe-
cificamente o documento ou página acessada.
FTP: Transferência de arquivos. Porta 20 e 21

Telnet: Acesso remoto à distância. Porta 23 Firewall:


Sistema para proteger a rede de computadores con-
SSH: Acesso remoto com segurança. Porta 22 tra acesso indesejável.
IP: Endereço que indica o local de um host.
Cada computador possui um IP, o qual é único. Site:
O endereço de domínio é convertido em IP através Pasta ou diretório onde estão localizados todos os
do DNS. arquivos das páginas. Home-page é a primeira página
de um site.
O IPv4 usa número de 32 bits, escrito com 04 octe-
tos. Já a versão 6 (IPv6) utiliza número de 128 bits.
Domínio:
Nome que identifica conjuntos de computadores.
Conexão à Internet:
Normalmente, conecta-se à Internet através de um com.br
Domínios Genéricos
provedor. A conexão pode ocorrer via Dial-Up, ADSL, net.br
cabo, 3g e 4g (celulares), FTTH (fibra ótica) e rádio.
Domínios Institucio- edu.br
nais gov.br
Www:
ar (Argentina)
Domínios Geográficos
Sigla para World Wide Web, que em português sig- br (Brasil)
nifica Rede de Alcance Mundial. Uma página da web
nada mais é do que um documento que traz infor-
mações na linguagem HTML, podendo trazer textos, TIPOS DE DOMÍNIO
sons, vídeos e outras formas de arquivos.
Os domínios podem ser especificados de acordo
com categorias, que envolvem pessoas físicas ou jurí-
Voip: dicas, ramos de atividade, tipos de páginas, entre ou-
tros. A seguir disponibilizamos um resumo dos princi-
Comunicação de voz via internet. O mais utilizado pais domínios existentes no Brasil.
atualmente é o Skype.
GENÉRICOS
E-mail:
PARA PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS
Sigla para Eletronic Mail, que significa correio ele-
trônico. Serve para troca de mensagens e informações COM.BR Atividades comerciais
entre usuários.
ECO.BR Atividades com foco eco-ambiental

URL: EMP.BR Pequenas e micro-empresas


Sigla para Universal Resource Locator, ou seja, lo- NET.BR Atividades comerciais
calizador universal de recursos. É uma maneira eifcaz
de localizar páginas, conteúdos, pastas, documentos
(como áudio e vídeo, por exemplo), entre outras. Pode
ser digitada em navegadores para acesso via inter- PESSOAS FÍSICAS
net ou para recuperação de materiais e documentos
dentro de um computador. Utilizam frequentemente BLOG.BR Web logs
“http”, “ftp”, etc.
FLOG.BR Foto logs
HTTP: NOM.BR Pessoas Físicas
Sigla para Hypertext Transfer Protocol. Forma pa- VLOG.BR Vídeo logs
drão para acesso de sites. Possui a seguinte estrutura:
WIKI.BR Páginas do tipo ‘wiki’
“esquema ://servidor: porta /caminho “

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QSL.BR Rádio amadores

UNIVERSIDADES SLG.BR Sociólogos

EDU.BR Instituições de ensino superior TAXI.BR Taxistas

TEO.BR Teólogos

TRD.BR Tradutores
PROFISSIONAIS LIBERAIS
VET.BR Veterinários
SOMENTE PARA PESSOAS FÍSICAS
ZLG.BR Zoólogos
ADM.BR Administradores

ADV.BR Advogados

ARQ.BR Arquitetos
PESSOAS JURÍDICAS
ATO.BR Atores
SEM RESTRIÇÃO
BIO.BR Biólogos
AGR.BR Empresas agrícolas, fazendas
BMD.BR Biomédicos
ART.BR Artes: música, pintura, folclore
CIM.BR Corretores
ESP.BR Esporte em geral
CNG.BR Cenógrafos
ETC.BR Empresas que não se enquadram nas
CNT.BR Contadores outras categorias

ECN.BR Economistas FAR.BR Farmácias e drogarias

ENG.BR Engenheiros IMB.BR Imobiliárias

ETI.BR Especialista em Tecnologia da Informação IND.BR Indústrias

FND.BR Fonoaudiólogos INF.BR Meios de informação (rádios, jornais,


bibliotecas, etc..)
FOT.BR Fotógrafos
RADIO.BR Empresas que queiram enviar áudio pela
FST.BR Fisioterapeutas rede
GGF.BR Geógrafos REC.BR Atividades de entretenimento, diversão,
jogos, etc...
JOR.BR Jornalistas
SRV.BR Empresas prestadoras de serviços
LEL.BR Leiloeiros
TMP.BR Eventos temporários, como feiras e
MAT.BR Matemáticos e Estatísticos
exposições
MED.BR Médicos
TUR.BR Empresas da área de turismo
MUS.BR Músicos
TV.BR Empresas de radiodifusão de sons e
NOT.BR Notários imagens

NTR.BR Nutricionistas COM RESTRIÇÃO

ODO.BR Dentistas AM.BR Empresas de radiodifusão sonora

PPG.BR Publicitários e profissionais da área de COOP.BR Cooperativas


propaganda e marketing
FM.BR Empresas de radiodifusão sonora
PRO.BR Professores
G12.BR Instituições de ensino de primeiro e
PSC.BR Psicólogos segundo grau

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gurado, e no campo “porta” a identificação da porta a


GOV.BR Instituições do governo federal ser utilizada. Caso queira, é possível escolher a opção
“usar este proxy para todos os protocolos”, para esta
MIL.BR Forças Armadas Brasileiras
opção ficar configurada permanentemente.
ORG.BR Instituições não governamentais sem fins
lucrativos Internet Explorer e Google Chrome: Ambos
utilizam a mesma nomenclatura. Clica-se no bo-
PSI.BR Provedores de serviço Internet tão ‘Ferramentas’ e escolhe-se “Opções da Internet”.
Escolha opção “Conexões” e “Configurações da LAN”.
DNSSEC OBRIGATÓRIO
Em seguida, marque a opção “usar um servidor proxy
B.BR Bancos para a rede local” e no campo “http” insira o número
do proxy a ser configurado.
JUS.BR Instituições do Poder Judiciário

LEG.BR Instituições do Poder Legislativo INTRANET

MP.BR Instituições do Ministério Público Rede que utiliza a mesma tecnologia, protocolos,
serviços e aplicativos usados na Internet, mas voltada
ao acesso corporativo. Tem como característica ser res-
trito a um grupo de pessoas (funcionários), com con-
CONTROLES ACTIVE X trole através de login e senha.

São pequenos programas de extensão OCX, tam- Extranet: acesso à Internet fora da empresa ou liga-
bém denominados complementos, utilizados na inter- ção entre Intranets de duas ou mais empresas.
net para melhorar a navegação.

Permitem coleta de dados dos usuários, reprodu-


ção de vídeos ou animações e auxiliam em tarefas,
possibilitando a instalação de atualizações de seguran-
ça, sendo necessária sua instalação para visualização 06 NAVEGADORES
de alguns sites. São muitas vezes incorporados em si-
tes para trazer recursos extras ao navegador utilizado. Os navegadores são utilizados para se ter acesso a
todo o conteúdo da Internet.
Os controles Active X são particulares do Internet
Explorer, mas podem ser utilizados em outros nave-
INTERNET EXPLORER
gadores através da instalação de plug-ins específicos.

CONFIGURAÇÃO DE PROXY

Servidor destinado exclusivamente para o aumento


de velocidade em sua navegação utilizado por deter-
minados provedores. O proxy trabalha armazenado
dados de páginas acessadas pelos usuários localmen-
te, ou seja, em um computador dentro do próprio ser-
vidor, que carrega estes dados quando a página aces-
sada.

Isto impede que os dados tenham que ser carrega-


dos via internet a cada acesso, o que aumenta a veloci-
dade da página. O Windows Internet Explorer 9 (abreviado IE9) é a
nona versão do navegador Internet Explorer, criado e
Existem alguns programas para utilização de pro-
fabricado pela Microsoft. Ele é o sucessor do Internet
xy, mas também há formas de configurá-lo manual-
Explorer 8.
mente.
Também conhecido pelas abreviações IE, MSIE,
Firefox: Clicar em “Opções”, “Opções” novamen- WinIE ou Internet Explorer, é um componente integra-
te e em “Avançado”. Após isso, clicar em “Configurar do desde o Microsoft Windows 98, e está disponível
Conexão”. como um produto gratuito separado para as versões
mais antigas do sistema operacional.
Uma nova janela será aberta, na qual deve-se es-
colher a “configuração manual de proxy”. No campo Desde sua versão 7, seu nome oficial passou de
“http” insere-se o número do IP do proxy a ser confi- “Microsoft Internet Explorer” para “Windows Internet

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Explorer”, devido à integração com a linha Windows


Live.

Atualmente, seus maiores concorrentes são o


Mozilla Firefox, o Google Chrome, o Opera e o Safari.

O Internet Explorer foi, durante um longo perío-


do de tempo, o navegador mais utilizado em todo o
mundo, chegando a estar presente em 99% dos com-
putadores com acesso à internet. Contudo, foi perden-
do espaço para concorrentes como Google Chrome e
Mozilla Firefox.
Hoje em dia, está disponível o Internet Explorer 11,
Um dos motivos preponderantes para isso ocorrer cuja interface é demonstrada na figura a seguir:
foi o fato do Internet Explorer ter sido sempre aponta-
do como um software com inúmeras falhas de segu-
rança.

Softwares como vírus, worms e trojans aproveita-


vam-se da vulnerabilidade do navegador para roubar
informações pessoais dos usuários, bem como para
controlar ou direcionar sua navegação.

Já a Microsoft utilizou como argumento o fato de


que tais vulnerabilidades decorriam da alta quantida-
de de usuários de seu navegador.

E isso pode ser observado quando seu concorrentes


como Chrome e Firefox ganharam espaço, pois estes Existe a opção de guias e janelas, já presente em di-
também apresentaram diversas falhas de segurança. versos navegadores. Com elas, é possível ter diversos
sites abertos em uma só janela do navegador, possibi-
Abaixo, estão expostas as Guias do Internet litando abrir, fechar e alternar entre sites.
Explorer 9 e suas funções:
A barra de guias mostra todas as guias ou janelas
que estão abertas na sessão atual.

Para adicionar um site a seus favoritos:

É possível manter uma lista com seus sites favori-


tos, afim de facilitar o seu acesso sem precisar sempre
digitar o endereço deles. Para isso, basta ir até o site
que deseja adicionar, clicando para exibir os comandos
de aplicativos. Em seguida clique no botão Favoritos
e em Adicionar a favoritos e, em seguida, to-
que ou clique em Adicionar.

Para fixar um site na tela inicial:

Os sites fixados serão exibidos em bloco na tela ini-


cial. Para isso, ao estar acessando o site clique no botão
favoritos e depois clique no botão Fixar site e, em
seguida, toque ou clique em Fixar na Tela Inicial.

Modo de exibição de leitura:

Quando estiver em sites para leitura, utilize o ícone


Modo de exibição de leitura na barra de endere-
ços. Ele elimina itens desnecessários (como anúncios,
por exemplo) fazendo com que as matérias sejam des-
tacadas. Para isso, basta clicar no ícone para ativá-lo.
Para retornar à navegação, basta clicá-lo novamente.

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PRINCIPAIS ATALHOS
Localizar nesta página Ctrl+F

Para Pressione Atualizar a página da Web F5


atual
Mostrar a Ajuda F1
Atualizar a página da Web Ctrl+F5
Alternar entre os modos F11 atual, mesmo que os
de exibição tela inteira carimbos de data/hora da
e normal da janela do versão da Web e da versão
navegador armazenada localmente
sejam iguais.
Avançar pelos itens de uma Tab
página da Web, a barra Parar o download de uma Esc
de endereços ou a barra página
Favoritos
Abrir um novo site ou Ctrl+O
Mover-se para frente entre Shift+Tab página
os itens de uma página da
Web, a barra de endereços Abrir uma nova janela Ctrl+N
e a barra Favoritos
Excluir histórico de Ctrl+Shift+Delete
Iniciar a Navegação por F7 navegação
Cursor
Duplicar Guia (abrir a guia Ctrl+K
Ir para a home page Alt+Home atual em uma nova guia)

Ir para a próxima página Alt+Seta para a Direita Reabrir a última guia Ctrl+Shift+T
fechada
Ir para a página anterior Alt+Seta para a esquerda
ou Backspace Fechar a janela atual (se Ctrl+W
apenas uma guia estiver
Exibir o menu de atalho de Shift+F10 aberta)
um link
Salvar a página atual Ctrl+S
Mover-se para frente Ctrl+Tab ou F6
entre quadros e elementos Imprimir a página atual ou Ctrl+P
do navegador (funciona a moldura ativa
apenas se a navegação com
Ativar um link selecionado Inserir
guias estiver desativada)
Abrir os favoritos Ctrl+I
Mover-se para trás entre Ctrl+Shift+Tab
quadros (funciona apenas Abrir o histórico Ctrl+H
se a navegação com guias
estiver desativada) Abrir o Gerenciador de Ctrl+J
Download
Voltar ao início de um Seta para Cima
documento Abrir o menu Página (se a Alt+P
Barra de comandos estiver
Ir para o final de um Seta para Baixo visível)
documento
Abrir o menu Ferramentas Alt+T
Voltar ao início de Page Up (se a Barra de comandos
um documento em estiver visível)
incrementos maiores
Abrir o menu Ajuda (se a Alt+H
Ir para o fim de Page Down Barra de comandos estiver
um documento em visível)
incrementos maiores
Aumentar o zoom (+ 10%) Ctrl+Sinal de adição
Mover-se para o início de Home
um documento Diminuir o zoom (- 10%) Ctrl+Sinal de subtração

Mover-se para o fim de um End Ajustar nível de zoom em Ctrl+0


documento 100%

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MOZILLA FIREFOX A versão atual disponível para download é o


Firefox 31, de julho de 2014.

Nas figuras a seguir estão expostas as Guias do


Mozilla Firefox e suas funções, de importante conhe-
Trata-se de um navegador livre e multi-plataforma, cimento para resolução de questões no concurso em
desenvolvido pela Mozilla Foundation. Tem como di-
questão:
ferencial o recurso Firefox Sync, que permite a sincroni-
zação dos favoritos, históricos, senhas e complementos.

Acessibilidade:

A interface do Firefox tem como objetivo ser o mais


simples possível. Aqui, as opções menos utilizadas
ficam geralmente ocultas. O Firefox também possui
como característica marcante a presença de abas para
separar os sites da sessão atual em uma única janela
do navegador.

O navegador possui diversas opções de busca por


informações e sites, como a função denominada ‘loca-
lizar ao digitar’. Com a função habilitada, ao iniciar a
digitação da palavra o Firefox destaca o primeiro re-
sultado que encontra.

Está disponível também um campo de pesquisa


embutido, com sites de busca incluídos como Google,
Yahoo e outros.

Segurança e Personalização:

O Firefox tem como característica a instalação


de extensões, o que supostamente o torna seguro. O
usuário escolhe as extensões que quer instalar (chama-
dos plug-ins), podendo entrar também no Modo de
Segurança, no qual todas as extensões instaladas são
desativadas.

Mas cabe ressaltar que tais extensões, quando ins-


Principais atalhos:
taladas sem cuidado pelo usuário, podem resultar em
vulnerabilidades que afetem o funcionamento do na-
vegador. Navegação:

O próprio Firefox possui falhas de segurança em


Comando Atalho
seu código, assim como todos os navegadores dispo-
níveis hoje. Alt+←
Voltar
Backspace
As extensões podem trazer novas funções, como
personalizar o funcionamento do mouse, bloqueio de Alt+→
publicidade, imagens, temas de aparência do navega- Avançar
Shift+Backspace
dor, botões, menus, barra de ferramentas, etc.

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Página inicial Alt+Home Localizar link enquanto digita ‘

Abrir arquivo Ctrl+O Localizar texto enquanto


/
digita
Atualizar a F5
página Ctrl+R Ctrl+K
Campo de busca
Ctrl+E

Página atual:
Janelas & Abas:
Comando Atalho

Ir para o final da pági- Comando Atalho


End
na
Ctrl+W
Fechar aba
Ir para o início da pá- Ctrl+F4
Home
gina
Fechar Ctrl+Shift+W
Ir para o próximo fra- janela Alt+F4
F6
me
Nova aba Ctrl+T
Ir para o frame ante-
Shift+F6 Nova
rior Ctrl+N
janela
Imprimir Ctrl+P
Ctrl+Tab
Próxima
Salvar página como Ctrl+S Ctrl+Page
aba
Down
Mais zoom Ctrl++

Menos zoom Ctrl+-


GOOGLE CHROME
Zoom normal Ctrl+0
Navegador criado pelo Google, sendo hoje o mais
utilizado no mundo. O Chrome envia detalhes de seu
Editando:
uso diretamente para o Google, recurso este que tem
sido muito criticado por alguns usuários. Entretanto,
Comando Atalho vários dos mecanismos utilizados para tal podem ser
desativados pelos usuários.
Copiar Ctrl+C

Recortar Ctrl+X

Apagar Delete

Colar Ctrl+V

Refazer Ctrl+Y

Selecionar
Ctrl+A
tudo

Desfazer Ctrl+Z

Busca:

Possui alguns recursos interessantes, como:


Comando Atalho

Localizar Ctrl+F Omnibox: a barra de endereços tem o recurso de


auto-completar.
F3
Localizar próximo
Ctrl+G Modo privativo/anônimo: através do coman-
do Ctrl+Shift+N, é possível abrir uma nova janela no
Shift+F3
Localizar anterior modo anônimo, que impede a visualização do históri-
Ctrl+Shift+G
co posteriormente.

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Abas e plug-ins: executados em processos separa-


dos. Abre o link em uma nova
Pressionar Ctrl+Shift e cli-
guia e alterna para a guia
car em um link.
recém-aberta.
Tradução automática: quando ativado, permite a
tradução sempre que um site em idioma diferente é Pressionar Shift e clicar em Abre o link em uma nova
acessado. um link. janela.

Simplicidade: a janela do Google Chrome é otimi-


zada, limpa e simples.
Atalhos de páginas da Web:
Login: ao efetuar login em sua conta Google, seus
favoritos, histórico e outras configurações pessoais são Ctrl+P Imprime sua página atual.
importadas para todos os seus computadores, deixan-
do o usuário conectado com todos os serviços ofereci- Ctrl+S Salva sua página atual.
dos pelo Google.
F5 ou
Recarrega sua página atual.
As opções de histórico, downloads, favoritos, ex- Ctrl+R
tensões e configurações se assemelham aos outros na-
Interrompe o carregamento de sua página
vegadores, como visto na figura a seguir. Ela ilustra o Esc
atual.
menu aberto ao se clicar no lado direito posterior do
painel principal do Google Chrome: Ctrl+F Abre a barra “Localizar”.

Abre sua página no modo de tela cheia.


F11 Pressione F11 novamente para sair desse
modo.

Atalhos de texto:

Copia o conteúdo realçado para


Ctrl+C
a área de transferência.

Ctrl+V ou Cola o conteúdo da área de


Shift+Insert transferência.

Cola o conteúdo da área de


Ctrl+Shift+V
transferência sem formatação.

Exclui o conteúdo realçado e o


Ctrl+X ou
copia para a área de transferên-
Shift+Delete
cia.
Principais Atalhos:

Atalhos de guias e janelas:


07 CORREIO ELETRÔNICO
Ctrl+N Abre uma nova janela.
Recurso utilizado para compor, enviar e receber
Ctrl+T Abre uma nova guia. mensagens através da Internet.
Abre uma nova janela no
Ctrl+Shift+N modo de navegação anô- O usuário possui uma caixa postal onde recebe
nima. suas mensagens, e seu endereço é sempre composto
no seguinte formato:
Abre um arquivo de seu
Pressionar Ctrl+O. computador no Google Caixapostal@dominiodaempresa:
Chrome.
Ex.: contato@editoraaprovare.com.br.
Pressionar Ctrl e clicar em Abre o link em uma nova
um link. guia em segundo plano.
O email é composto dos seguintes campos:

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CAMPO DESCRIÇÃO Mover entre a janela TAB


do Outlook, os painéis
PARA Destinatário(s) principal(is) da menores no Painel de
(DESTINATÁRIO) mensagem Navegação, o Painel de
Leitura e as seções na Barra
CC Destinatário(s) secundário(s) da de Tarefas Pendentes.
(CÓPIA CARBO- mensagem. Os destinatários inclu-
NO) ídos no campo PARA e CC sabem Mover-se entre a janela F6
que o outro também recebeu a do Outlook, os painéis
mensagem. menores do Painel de
Navegação, o Painel de
CCO/BCC Os destinatários aqui coloca- Leitura e as seções da Barra
(CÓPIA OCULTA) dos não sabem da existência de Tarefas Pendentes.
uns dos outros em relação ao
recebimento da mensagem. Mover-se entre linhas do CTRL+TAB
título da mensagem no
Painel de Navegação.
O acesso ao email pode se dar de duas formas:
através do WebMail, provedor de mensagens de cor- Mover-se dentro do Painel Teclas de seta
reio através da Internet ou Intranet, ou programas de de Navegação.
e-mail, como Mozilla Thunderbird, Microsoft Office
Outlook, dentre outros. No Painel de Leitura, role a BARRA DE ESPAÇO
página para baixo.

OUTLOOK No Painel de Leitura, role a SHIFT+BARRA DE ESPAÇO


página para cima.

Microsoft Outlook é um “cliente de e-mail”, com- Localizar uma mensagem CTRL+E


ponente integrante do Microsoft Office. Ao contrário ou outro item.
do Outlook Express - usado basicamente para rece-
ber e enviar e-mail -, o Outlook é ainda um calendá- Apagar os resultados da ESC
rio completo, que possibilita ao usuário agendar seus pesquisa.
compromissos diários, semanais e mensais.
Localizar texto dentro de F4
Traz também um gerenciador de contatos, onde é um item aberto.
possível cadastrar o nome e email de seus contatos,
bem como outras informações relevantes, telefones, Criar um compromisso. CTRL+SHIFT+A
Ramo de atividade, detalhes sobre emprego, apelido,
Criar um contato. CTRL+SHIFT+C
entre outras.
Criar uma lista de CTRL+SHIFT+L
Possui também um Gerenciador de tarefas, que po-
distribuição.
dem ser organizadas em forma de lista, com todos os
detalhes sobre determinada atividade a ser realizada. Criar um fax. CTRL+SHIFT+X
Por fim, conta ainda com um campo de anotações.
Criar uma pasta. CTRL+SHIFT+E

PARA PRESSIONE Criar uma entrada de CTRL+SHIFT+J


diário.
Alternar para Email. CTRL+1
Criar uma solicitação de CTRL+SHIFT+Q
Alternar para Calendário. CTRL+2 reunião.

Alternar para Contatos. CTRL+3 Criar uma mensagem. CTRL+SHIFT+M

Alternar para Tarefas. CTRL+4 Criar uma anotação. CTRL+SHIFT+N

Alternar para Anotações. CTRL+5 Criar um novo documento CTRL+SHIFT+H


do Microsoft Office.
Alternar para Listas CTRL+6
de Pastas no Painel de Salvar (exceto em Tarefas). CTRL+B ou SHIFT+F12
Navegação. Salvar e fechar (exceto em ALT+R
Alternar para Atalhos. CTRL+7 Email).

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Salvar como (somente em F12 Abrir um item. ENTER


Email).
Selecionar todos os itens. CTRL + A
Desfazer. CTRL+Z ou ALT+BACKSPACE
Ir para o item no canto PAGE DOWN
Excluir um item. CTRL+D inferior da tela.
Imprimir. CTRL + P Ir para o item no canto PAGE UP
Copiar item. CTRL+SHIFT+Y superior da tela.

Mover um item. CTRL+SHIFT+V Estender ou reduzir os SHIFT+SETA PARA CIMA ou


itens selecionados em um SHIFT+SETA PARA BAIXO,
Verificar nomes. CTRL+K item. respectivamente

Verificar ortografia. F7 Ir para o item anterior ou CTRL+SETA PARA CIMA ou


seguinte sem estender a CTRL+SETA PARA BAIXO,
Sinalizar para CTRL+SHIFT+G
acompanhamento. seleção. respectivamente

Encaminhar. CTRL+F Selecionar ou cancelar a CTRL+BARRA DE ESPAÇOS


seleção do item ativo.
Enviar ou postar ou ALT + S
convidar todos. Com um grupo
selecionado
Habilitar a edição em um F2
campo (exceto no modo PARA PRESSIONE
de exibição de ícones ou
de emails). Expandir um único grupo SETA PARA A DIREITA
selecionado.
Alinhar texto à esquerda. CTRL+L
Recolher um único grupo SETA PARA A ESQUERDA
Centralizar texto. CTRL+E
selecionado.
Alinhar texto à direita. CTRL+R
Selecionar o grupo SETA PARA CIMA
Email anterior.

PARA PRESSIONE Selecionar o próximo SETA PARA BAIXO


grupo.
Alternar para Caixa de CTRL+SHIFT+I
Entrada. Selecionar o primeiro HOME
Alternar para Caixa de CTRL+SHIFT+O grupo.
Saída.
Selecionar o último grupo. END
Enviar. ALT + S
Selecionar o primeiro SETA PARA A DIREITA
Encaminhar uma CTRL + F item na tela em um grupo
mensagem. expandido ou o primeiro
Criar uma mensagem CTRL+N item fora da tela à direita.
(quando estiver no Email).

Abrir uma mensagem CTRL + O


recebida.

Localizar ou substituir. F4 SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA


08
Imprimir. CTRL+P INTERNET
Encaminhar. CTRL+F
Devido à enorme quantidade de sites e informa-
Criar um novo CTRL+N ções disponíveis na Internet, faz-se necessário que o
compromisso (quando usuário utilize-se de ferramentas de busca para que
estiver em Calendário). possa, com rapidez e objetividade, alcançar o que pre-
cisa na rede mundial.

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Existem inúmeros sites de busca, como Yahoo e GOOGLE


Bing. Entretanto, o sítio de maior uso, amplitude e
eficiência é o Google, razão pela qual será objeto de
maior estudo neste tópico. Para efetuar uma busca, um
mecanismo efetua basicamente 4 passos:

1. Rastrear: aqui é feito uma varredura (também


chamado de scan) por links e páginas;

2. Indexar: todo o conteúdo varrido será indexa- O Google atualmente é uma das maiores empresas
do, ou seja, será analisado e armazenado; no ramo da Informática e Internet no mundo. Seu me-
canismo de busca é, de longe, o mais utilizado e o que
3. Rankear: depois de buscado e indexado, o
oferece melhores resultados aos usuários. Tal eficiên-
link será ranqueado de acordo com sua impor-
cia é obtida pela tecnologia utilizada na busca, a cha-
tância e relevância para o mecanismo;
mada PageRank, um sistema que classifica as páginas
da Internet de acordo com a sua importância.
4. Apresentar o resultado: aqui, temos o resulta-
do de todo o processo anterior, disponibilizan- O Google também armazena muitas páginas em ca-
do ao usu che, ou seja, seu conteúdo pode ser buscado e acessado
mesmo quando a página está offline (fora do ar). Se a
Existem diversas classificações de mecanismos de página buscada não estiver mais no ar, basta clicar na
busca. Para fins didáticos, aqui iremos utilizar duas: opção “em cache”, um link ao lado do resultado da
Globais: como Google, Yahoo e Bing, pesqui- busca, e acessar o conteúdo da página buscada.
sam todas as páginas e documentos da Internet, Para se ter melhor sucesso nas pesquisas na
com seu resultado sendo aleatório e dependen- Internet, faz-se necessário utilizar palavras-chave em
do de diversos fatores. vez de termos genéricos.

Verticais: efetuam buscas especializadas, de Por exemplo, em vez de se buscar Apostila para
acordo com seus objetivos. Podem ser utiliza- Concursos da Polícia Rodoviária Federal, melhor é
dos de forma comercial, como BuscaPé, Catho buscar Apostila Polícia Rodoviária Federal , ou ainda
e outros. Apostila PRF.

Locais: são essencialmente regionais, direcio- O Google ignora palavras e caracteres comuns, bem
nado a busca principalmente para empresas e como descarta termos como http e .com e letras e dí-
prestadores de serviços. Listão e GuiaMais são gitos isolados. Dica: utilizar o sinal “+” inclui palavras
exemplos deste tipo. descartáveis na busca. Letras maiúsculas e minúsculas
não interferem no mecanismo de busca.
De busca local: são de busca nacional, listan-
Também é possível se buscar Imagens, Mapas,
do as empresas mais próximas do usuário de
Notícias, vídeos no YouTube, assim como refinar sua
acordo com dados advindos de coordenadas de
busca de acordo com a data, idioma, local, entre outras
GPS.
preferências. E ao clicar no botão “Estou com sorte”, o
Diretórios de websites: são verdadeiros índices Google leva o usuário para a primeira página obtida
de sites, organizando-os por categorias e subca- com o resultado da pesquisa.
tegorias. O botão ‘estou com sorte’ do Google faz com que o
usuário seja direcionado diretamente à primeira pági-
Outra classificação é a seguinte: na resultante da pesquisa. Assim, nenhum outro resul-
tado é disponibilizado, diminuindo o tempo de busca.
- Mecanismos de Busca Crawler-based: como
o Google, que utiliza os passos expostos ante-
riormente;

- Diretórios: tem os sites divididos por catego- 09 CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSORAS


rias. O Yahoo utiliza esse sistema para efetuar
buscas;
Configurar impressoras para o Windows XP (Apli-
ca-se a: Windows 7):
- Mecanismos pagos por performance (Pay-for
-performance engines) ou com inclusão paga Quando você usa o Windows XP como sistema
(Paid inclusion engines): neste caso, temos operacional convidado, precisa instalar manualmente
como melhores exemplos os links patrocinados o driver de cada impressora que deseja usar. As se-
do Google. guintes etapas descrevem esse processo.

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Para instalar um driver de impressora no Win- Na caixa de diálogo Imprimir, na lista Nome da im-
dows XP: pressora, selecione a impressora que você deseja usar.

- Clique em Iniciar e clique em Impressoras e Clique na guia Configurações de Publicação e


Aparelhos de Fax. Papel.

Em Opções de impressão em frente e verso, clique


- Em Tarefas da Impressora, clique em Adicio-
na seta e selecione a opção desejada.
nar uma impressora. O Assistente para Adicio-
nar Impressora será aberto. Escolha a opção de impressão frente e verso dese-
jada.
- Na página Impressora Local ou de Rede, sele-
cione Impressora local conectada ao computa- Clique em Imprimir.
dor e desmarque Detectar e instalar automatica-
mente a impressora Plug and Play. Imprimir uma publicação em uma impressora
que não oferece suporte para impressão em frente e
- Na página Selecione uma Porta de Impressora,
verso:
clique no controle suspenso e selecione um das
portas TS número e clique em Avançar. Muitas impressoras oferecem suporte para impres-
são frente e verso, mas nem todas apresentam essa op-
- Na página Instalar Software de Impressora, se- ção da mesma maneira.
lecione Windows Update ou Com Disco e con-
Com algumas impressoras desktop, escolher frente
clua o assistente.
e verso significa que a impressora imprime todas as
cópias do primeiro lado da página, faz uma pausa e
CONCEITOS DE IMPRESSÃO DE DOCUMENTOS solicita que você vire as folhas que acabou de imprimir
e recoloque-as na impressora.
Impressão frente e verso: Em seguida, ela imprime todas as cópias do segun-
Se sua impressora oferecer suporte para impressão do lado.
frente e verso, e se você escolher a opção frente e verso Para imprimir manualmente em ambos os lados do
ao imprimir, a primeira página será impressa em um papel, execute um dos seguintes procedimentos:
lado de uma única folha e a próxima no outro lado.
Imprima cada página separadamente e, em segui-
da, copie as páginas em uma copiadora que ofereça
Como descobrir se sua impressora oferece suporte suporte para cópia frente e verso.
para impressão frente e verso:
Exiba lado da publicação que você deseja imprimir
Você geralmente pode descobrir se sua impressora
primeiro. Na caixa de diálogo Imprimir, em intervalo
oferece suporte para impressão frente e verso impri-
de páginas, clique em página atual. Quando o primei-
mindo consultando as informações que acompanham
ro lado for impresso, vire a folha de papel e, em segui-
a impressora ou consultando as propriedades da im-
da, reinsira a impressora e imprima o outro lado.
pressora.

Impressão em modo rascunho/econômico:


Para consultar as propriedades da sua impressora:
Os passos a seguir são descritos para configurar sua
No menu Arquivo, clique em Imprimir. impressão em modo permanente de Modo Rascunho/
Na caixa de diálogo Imprimir, na lista Nome da im- Econômico:
pressora, selecione a impressora que você deseja usar. 1. Clique no menu “Iniciar” e acesse o “Painel de
Clique na guia Detalhes da Impressora. Controle”;

2. Clique em “Exibir impressoras e dispositivos” na


Verifique se Frente e Verso: Sim está listado em
aba “Hardware e Sons”;
Recursos. Se você vir Frente e Verso: Sim, a impressora
oferece suporte para impressão frente e verso. 3. Clique com o botão direito em cima da impres-
sora desejada e selecione a opção “Preferências de
Impressão”. Em “Mídia”, você pode selecionar “Papel
Imprimir uma publicação em uma impressora
comum, qualidade rascunho rápido”;
que ofereça suporte a impressão duplex:
Para imprimir em ambos os lados de uma folha de 4. Caso clique em “Avançado”, terá acesso a mais
papel, execute o seguinte procedimento: opções de configuração, como tamanho do papel,
layout da páginas etc. Selecione “Resolução” e escolha
No menu Arquivo, clique em Imprimir. “Modo Rascunho”.

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Qualidade e resolução de uma imagem: IMPORTANTE : Essa configuração só se aplica


a imagens no documento atual ou documento
Imagens podem aumentar drasticamente o tama-
selecionado na lista ao lado de Tamanho e Qua-
nho do arquivo do seu documento do Office. Você
lidade da Imagem. Por padrão, ela é definida
pode controlar esse tamanho de arquivo ao fazer esco-
para um alvo de Impressão (220 ppi).
lhas sobre a resolução de uma imagem e a qualidade
ou compactação de uma imagem. Uma maneira fácil Clique na guia Arquivo.
de equilibrar essa compensação é combinar a resolu-
ção da imagem com o uso do documento. Por exem- Clique em Opções e em Avançado.
plo, se você envia a imagem por email, pode especifi-
car uma resolução de imagem mais baixa para reduzir Em Tamanho e Qualidade da Imagem, clique no
documento para o qual você deseja definir a resolução
o tamanho do arquivo. Por outro lado, se a qualidade
de imagem padrão.
da imagem é mais importante que o tamanho do ar-
quivo, você pode especificar que as imagens nunca se- Em Definir a saída do destino padrão como, clique
jam compactadas. na resolução desejada.
Para economizar espaço na sua unidade de disco
rígido ou reduzir o tempo de download e carregamen- Compactar uma imagem:
to em sites da Web, você pode reduzir a resolução da
Dependendo de quantas cores são usadas na ima-
imagem, aplicar compactação sem perda visível de
gem, você pode reduzir o formato de cor da imagem
qualidade e descartar informações desnecessárias, tais
(compactar) para diminuir o seu tamanho de arquivo.
como as partes cortadas de uma imagem ou outras in-
Compactar uma imagem faz com que a cor tenha me-
formações de edição da imagem. nos bits por pixel, sem perda de qualidade.
Quando você adiciona uma imagem ao seu do- Clique nas imagens que você deseja compactar.
cumento, ela é automaticamente compactada usan-
do o número especificado nas opções de Tamanho e Em Ferramentas de Imagem, na guia Formatar, no
Qualidade da Imagem na guia Avançado das opções grupo Ajustar, clique em Compactar Imagens.
do programa. Por padrão, isto é definido para impres-
são (220 ppi), mas você pode alterar isso. Caso você não veja as guias Ferramentas de Imagem
e Formatar, verifique se selecionou uma imagem.

Alterar a resolução de uma imagem: Talvez seja necessário clicar duas vezes na imagem
para selecioná-la e abrir a guia Formatar.
Quando você não precisa de cada pixel de uma
imagem para ter uma versão aceitável dela no desti- Para alterar a resolução somente das imagens se-
no, é possível reduzir ou alterar a resolução. Reduzir lecionadas e não de todas as imagens do documento,
ou alterar a resolução pode ser eficaz com imagens marque a caixa de seleção Aplicar somente a esta ima-
que você dimensionou para serem menores, pois seus gem.
pontos por polegada (dpi) na verdade aumentam nes- Limpar a caixa de seleção Aplicar somente a esta
se caso. Alterar a resolução pode afetar a qualidade da imagem substituirá quaisquer alterações anteriores
imagem. que você tenha feito para outras imagens individuais
Clique nas imagens cuja resolução você deseja al- neste documento.
terar.
Impressões em escala de cinza ou colorida:
Em Ferramentas de Imagem, na guia Formatar, no
grupo Ajustar, clique em Compactar Imagens. Existem dois meios para acessar a tela de preferên-
cias. O primeiro é a partir do Painel de Controle, na
Caso você não veja as guias Ferramentas de opção “Impressora”. A partir disso é só selecionar seu
Imagem e Formatar, verifique se selecionou uma ima- equipamento, clicar com o botão direito sobre ele e se-
gem. Talvez seja necessário clicar duas vezes na ima- lecionar “Preferências de impressão”.
gem para selecioná-la e abrir a guia Formatar.
O segundo modo é para quem quer imprimir algo
Para alterar a resolução somente das imagens se- do Word ou de outro programa. Aperte os botões Ctrl+P
lecionadas e não de todas as imagens do documento, para que uma nova tela seja aberta. Então, ao lado do
marque a caixa de seleção Aplicar somente a esta ima- nome do equipamento, clique em “Preferências” ou
gem. “Propriedades”.

Em Saída-alvo, clique na resolução desejada. Ao selecionar o modo de cor como “Preto e Branco”
ou “Escala de cinza”, tudo é impresso utilizando ape-
nas tinta preta. Já a impressão “Colorida” ou “Em co-
Definir a resolução padrão de imagem para todas res” possibilita a impressão com todas as cores presen-
as imagens em um documento: tes no documento.

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Novamente, é usada a lei da probabilidade: um


10 DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS caractere com uma curva em forma de meia lua que
continua na forma de uma reta, por exemplo, tem uma
OCR grande chance de ser um “d” minúsculo por exemplo.

OCR é um acrónimo para o inglês Optical Character Este segundo processo é muito mais demorado,
Recognition, é uma tecnologia para reconhecer carac- pois para cada letra é preciso gerar todo um novo con-
teres a partir de umarquivo de imagem ou mapa de junto de caracteres gráficos.
bits sejam eles escaneados, escritos a mão, datilogra-
fados ou impressos. Dessa forma, através do OCR é Se mesmo com o exame minucioso, não for possível
possível obter um arquivo de texto editável por um reconhecer o caractere, o programa poderá utilizar um
computador. corretor ortográfico para corrigir erros ou preencher
espaços vazios.

Softwares de OCR conhecidos:


DIGITALIZAÇÃO
Alguns dos principais softwares de OCR são
Wondershare PDFelement, Soda PDF, ABBYY PDF Com o avanço da tecnologia, os métodos de arqui-
Transformer +, Wondershare PDF Converter Pro e vamento tem se desenvolvido ao longo dos anos, tanto
PaperPort Professional. Em português, é possível tam- no armazenamento quanto nos sistemas de organiza-
bém utilizar o OmniPage Pro. ção e gestão da informação.
O principal requisito de um bom software de OCR Dentro desta evolução surge o conceito de
é oferecer suporte à língua Portuguesa, pois, caso con- Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED – tam-
trário, os caracteres acentuados não serão reconheci- bém chamado de Gestão Eletrônica de Documentos),
dos, fazendo com que o texto apresente muitos erros. que vem a ser um conjunto de tecnologias com intuito
de gerenciar os documentos de forma eletrônica ou di-
Para usar o OCR, a imagem em preto e branco de-
verá ser escaneada em preto e branco. Geralmente esta gital.
opção aparecerá como “OCR Text” na configuração de
cores do utilitário do scanner. Vantagens:

As fontes True Type utilizadas pelos editores de - redução de custos;


texto são gravadas em modo vetorial, uma descrição
matemática das curvas e linhas que compõem o carac- - rapidez na localização de documentos;
tere.
- possibilidade de múltiplo acesso para os mes-
Este recurso permite que o tamanho da fonte seja mos documentos;
alterado livremente, sem perda de qualidade. Um pro-
grama de OCR atua basicamente comparando os ca- - redução na ocupação de espaço físico.
racteres escaneados com estas fontes gráficas.

Inicialmente, o programa examina a página para Conceito de digitalização:


mapear os espaços em branco, reconhecendo títulos,
Um processo de conversão dos documentos arqui-
colunas, parágrafos e imagens, o que permite manter a
vísticos em formato digital, que consiste em unidades
ordem correta do texto.
de dados binários, denominadas de bits - que são 0
Programas de OCR mais avançados, são capazes de (zero) e 1 (um), agrupadas em conjuntos de 8 bits (bi-
manter toda a formatação da página. nary digit) formando um byte, e com os quais os com-
putadores criam, recebem, processam, transmitem e
O segundo passo, consiste em comparar cada ca- armazenam dados.
ractere com modelos de fontes suportadas pelo OCR.
Havendo uma certa porcentagem de coincidência, o De acordo com a natureza do documento arquivís-
caractere é reconhecido. Como este primeiro processo tico original, diversos dispositivos tecnológicos (har-
demanda uma semelhança muito grande entre as fon- dware) e programas de computadores (software) serão
tes e os caracteres digitalizados, muitos acabam não utilizados para converter em dados binários o docu-
sendo reconhecidos, especialmente caracteres em ne- mento original para diferentes formatos digitais.
grito ou itálico.
No entanto, o produto dessa conversão não será
Nos caracteres não reconhecidos, é aplicado um se- igual ao original e não substitui o original que deve
gundo processo bem mais minucioso, que consiste em ser preservado.
analisar geometricamente cada caractere, calculando a
altura, largura, e combinações de retas, curvas e áreas A digitalização, portanto é dirigida ao acesso, difu-
em branco. são e preservação do acervo documental.

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Preparação do documento para digitalização: com o qual vai se comunicar. Os usuários também de-
vem podem reconhecer a identidade do sistema.
A preparação dos documentos consiste em:

(1) soltar as folhas – removendo grampos, clips, Utilização:


durex, post it e tudo aquilo que possa obstruir
A utilização do sistema e das informações deve ser
o scanner;
restringida às suas finalidades.
(2) esticar as folhas – desfazendo dobraduras e
tornando a superfície o mais plana possível; Confiabilidade:

(3) ordenar as folhas de forma que elas estejam A garantia de que o sistema funcionará e terá seu
na sequência definida no projeto e desempenho de acordo o esperado.

(4) separá-las com uma folha de rosto que indi- VÍRUS


que sua indexação.
Programa (ou parte dele) que necessita de um
A folha de rosto auxilia no momento de formar os hospedeiro e que tem a capacidade de se copiar. Tem
dossiês (PDF multipáginas) fazendo com que a pessoa como finalidade infectar programas e arquivos através
responsável pela indexação identifique visualmente destas cópias e da execução dos arquivos infectados, o
quantas páginas irá compor o documento final. Além que faz com que o próprio vírus seja executado.
disso, caso a indexação seja manual, esta folha agiliza
o processo exigindo apenas o cuidado com a digitação. O vírus pode ter controle total do computador.
Pode entrar no computador através de arquivos ane-
Fonte: http://gestaodocumental.wordpress.com xados em emails, instalação de programas e aplica-
tivos de origem duvidosa, dispositivos como CD’s,
DVD’s, Pendrives, etc.

11 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Vírus de macro:


Conjunto de comandos armazenados em alguns
ELEMENTOS E PRINCÍPIOS aplicativos que são programados para executar tare-
fas de forma repetida. Para sua execução, o arquivo
A segurança da informação trata de conceitos e re- que contém o vírus precisa ser aberto pelo usuário. São
cursos utilizados para combater as ameaças às infor- baseados em VBA (Visual Basic for Applications). São
mações digitais. Existe uma política de segurança que geralmente encontrados em arquivos do Office (como
deve ser adotada por todos os usuários da Internet, Word e Excel), mas também podem ser encontrados
sempre observando alguns princípios e elementos. em arquivos de outras extensões.

Confidencialidade: Vírus Polimórficos:

Garantia de que uma informação não será acessada Também conhecidos como vírus mutantes, têm a
por um terceiro não autorizado. capacidade de alterar seu tipo a cada infecção, dificul-
tando assim o seu combate.

Integridade:
Vírus por email:
Garantia de que a informação não será alterada
sem autorização. Entende-se também que o sistema de Normalmente este tipo de vírus é ‘acoplado’ a um
segurança deve estar sempre em condições de uso por arquivo que é anexado junto ao email. Para que ocorra
parte do interessado. a infecção, é necessário que o usuário execute o arqui-
vo ou que o programa de emails esteja configurado
para efetuar a auto-execução. Isto feito, o programa de
Disponibilidade: emails passa a enviar cópias de si mesmo para outros
destinatários existentes na lista de contatos do usuário.
Garantia de que o sistema de informações estará
sempre disponível ao usuário, ou seja, dados essen-
ciais ao funcionamento devem estar disponíveis o WORMS
tempo todo. Programa que utiliza a estrutura de rede para se
propagar. Afeta a velocidade desta estrutura, vez que
ele se copia de computador para computador. Sendo
Autenticidade:
assim, não precisa de hospedeiro nem ser executado
O sistema deve conseguir conhecer e reconhecer a pelo usuário, se propagando através de vulnerabilida-
identidade dos usuários ou do sistema de informações des existentes.

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Informática

De forma geral, não causa o mesmo dano de um APLICATIVOS PARA SEGURANÇA


vírus. Entretanto, compromete o bom funcionamento
de um sistema, pois consome muitos recursos. Pode Criptografia:
inclusive lotar o disco rígido de algum computador
pela grande quantidade de cópias de si mesmo que Processo através do qual as mensagens e dados são
pode gerar. escritos de forma cifrada, ou seja, somente aqueles que
tem acesso a um código podem decifra-los.

PRAGAS VIRTUAIS As chaves podem ser simétricas (senhas para crip-


tografar e descriptografar são as mesmas) e assimétri-
cas (as senhas são diferentes).
Cavalo de Tróia (Trojan Horse):
Talvez a mais conhecida praga, caracteriza-se por
ser um programa aparentemente inofensivo e que tem Assinatura digital:
como finalidade a execução de funções normais, mas Código que possibilita a verificação da autenticida-
que concomitantemente pode executar ações mali- de das mensagens e dados recebidos. No Brasil, do-
ciosas, tais como alteração e destruição de arquivos, cumentos assinados digitalmente tem validade legal
roubo ou simples apagamento de dados e informações desde 2001.
sigilosas.

Difere-se de vírus e worms por não efetuar cópias


Mecanismos de controle de acesso:
de si mesmo.
Senhas, digitais, Firewall (programa que filtra o
tráfego de entrada e saída em uma rede, podendo
Spyware:
ser configurado de acordo com a vontade do usuá-
Programa espião, que tem como finalidade monito- rio. Basicamente, o que não é autorizado é bloqueado.
rar e registrar dados de navegação do usuário, sem o Pode ser implementado em software e hardware).
conhecimento da vítima. Pode atuar através de keylog-
gers (capturadores de teclado) e screenloggers (captura-
dores de tela). Certificação digital:

Trata-se de um documento eletrônico que contém


Adware: os dados do usuário, similar a um CNPJ ou RG. É ex-
Programa que faz anúncios de propaganda no local pedido por uma Autoridade Certificadora, e é comu-
infectado. Exemplos: propagandas de cassino, porno- mente utilizado em acessos a dados bancários pela
grafia, etc. Internet.

Hijackers: Antispam:
Programas seqüestradores, que manipulam o nave- Classificam emails como indesejados, fazendo com
gador do usuário, impossibilitando que a vítima altere que o usuário nem chegue a acessa-los.
sua página inicial, tenha acesso a determinados sites,
ou ainda instalando barras de ferramentas e pop-ups
(janelas que se abrem automaticamente) no navega- VPN:
dor.
Sigla para Virtual Private Network, espécie de rede
privativa virtual que utiliza a Internet para fazer a co-
Rootkit: municação de dados e sistemas de forma segura, seja
Programa que se camufla no sistema, impossibili- entre computadores, seja entre redes. Em concursos, é
tando sua identificação. Trata-se de uma praga de téc- comum a utilização de termos como túneis seguros e/
nicas avançadas, e por isso não usualmente cobrada. ou tunelamento.

Phising: Antivírus:
Não se trata de um programa, e sim de uma técni- Programas que protegem os sistemas contra os cha-
ca de fraude utilizada para ‘pescar’ a vítima e faze-la mados vírus de computador. São preventivas e corre-
cair num golpe. Tem como característica parecer uma tivas, ou seja, agem para prevenir o acesso dos vírus
pessoa ou empresa confiável e solicitar à vítima que ao computador. Entretanto, caso esta prevenção falhe,
informe dados pessoais e/ou bancários, através de for- atuam para eliminar a ação destes vírus e retira-los
mulários e páginas falsas, emails que parecem verda- do sistema. Exemplos: Norton Antivírus, AVG, Avast,
deiros, etc. McAfee, etc.

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BACKUP

Trata-se de uma cópia de dados importantes de


pessoa ou empresa para um local seguro, como DVD’s,
HD externo, servidores, etc.

É um recurso de segurança primordial para a ma-


nutenção de informações confidenciais e sigilosas.

Deve ser realizado com certa freqüência, se possí-


vel diariamente.

Tem como objetivo sempre manter os dados do ba-


ckup recentes e mais próximos do sistema original que
se busca proteger.

Backup Diário:
Copia os arquivos selecionados pelo usuário, cria-
dos ou alterados em uma data específica. Não marca
todos os arquivos (não os deixa marcados como pas-
sados por backup).

Backup Normal:
Copia todos os arquivos selecionados pelo usuário,
deixando-os marcados.

Backup Incremental:
Copia somente os arquivos novos ou alterados des-
de o último backup. Marca todos os arquivos.

Backup Diferencial:
Igual ao Incremental, entretanto não, porém não
marca todos os arquivos.

ANOTAÇÕES

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05 ATUALIDADES

01 INTRODUÇÃO
02 TELEJORNAIS, RÁDIOS E SITES DE INTERNET
03 ASPECTOS GERAIS DA GEOGRAFIA DO BRASIL
04 CULTURA
05 DESCOBERTAS E INOVAÇÕES CIENTÍFICAS
06 MEIO AMBIENTE
07 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
08 RECURSOS MINERAIS
09 FONTES ENERGÉTICAS BRASILEIRAS
10 FATOS E NOTÍCIAS RECENTES
11 PARANÁ
12 POLÍTICAS PÚBLICAS
13 ASPECTOS RELEVANTES DAS RELAÇÕES ENTRE OS ESTADOS E
POVOS

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Atualidades

01 INTRODUÇÃO TELEJORNAIS, RÁDIOS E SITES DE


02
O edital do concurso prevê a cobrança, na Disciplina INTERNET
de Atualidades, noções gerais sobre temas da vida eco- Os temas propostos no Edital são temas do dia a
nômica, política e cultural do Paraná, do Brasil e do dia. Faz-se importante que durante o período de pre-
Mundo, dentre outros temas. paração o candidato troque os programas televisivos
em geral pelos telejornais. Nesses programas estão boa
Para os assuntos mais genéricos geralmente não parte das informações cobradas.
são cobrados temas pontuais, mas sim assuntos espar-
As rádios, principalmente as especializadas em no-
sos, o que pode até mesmo ser classificado como parte
tícias, podem trazer muitas informações importantes
integrante do temas “Atualidades”.
nos momentos em que o candidato está se deslocando.
Desta forma, mesmo no trânsito o candidato estará se
Podemos observar da análise do edital que pratica-
preparando. Por fim, uma passada geral nos sites de
mente todos os temas existentes podem ser cobrados,
notícias pode servir para “descansar” sem perder o
pois quase tudo pode ser classificado como atualida- foco.
des, cultura, etc.
Para atualização acerca dos temas nacionais e in-
Assim, apresentar aqui resumos sobre temas espe- ternacionais recomenda-se que o candidato assis-
cíficos, como ocorre em alguns outros materiais - e até ta aos telejornais das grandes redes de televisão e a
mesmo em cursinhos preparatórios -, é mero exercício programação de canais como: TV Justiça, TV Senado,
de futurologia. TV Câmara, Globo News, Bandnews, Record News,
CNN, Futura, TV Educativa, e demais canais do gêne-
Não são raros os casos dos candidatos que se pre- ro. Quem não possui alguns desse canais pode encon-
param por horas e horas por esse “método de adivi- trar na internet boa parte do seu conteúdo.
nhação” e se deparam com questões totalmente fora
Rádios como CBN e Band News podem trazer
do contexto estudado. muito conteúdo aproveitável. O mesmo ocorre com a
famosa “Hora do Brasil”(das 18 as 19 horas, em qual-
Exemplo clássico foi a recente cobrança sobre a le- quer rádio). * As rádios citadas possuem programação
tra de uma música da funkeira Valesca Popozuda. Em ao vivo na internet. Na internet, além dos grandes por-
tese o tema cobrado está dentro do edital, quando fala tais (www.globo.com, www.uol.com.br, www.terra.
de “cultura”. com.br, www.ig.com.br, etc.) recomenda-se:

Também não é raro acontecer do candidato desco- ••www.brasilemsintese.ibge.gov.br


brir que muitas questões cobram conhecimento que
ele possuía “naturalmente”, ou seja, informações do ••www.brasil.gov.br
cotidiano, a que ele teve ou poderia ter acesso por ou- ••www.stf.jus.br
tros meios que não uma apostila para concurso ou aula
específica. ••www.stj.jus.br

Neste contexto, e com base na ideia de que diver- ••www.camara.gov.br


sificar os métodos de estudo ajuda na qualidade do ••www.senado.gov.br
aprendizado, optamos por apresentar aqui as infor-
mações básicas (com maior probabilidade de cobrança ••www.cultura.gov.br
no concurso) sobre história, geografia, política e outros
••www.culturabrasil.pro.br
assuntos, e ao final do conteúdo abordar fatos e notí-
cias vinculadas em mídias impressas e online nos últi- ••www.veja.abril.com.br
mos meses, selecionando pontos que podem ser objeto
de questão no vindouro concurso.

Além disso, apontamos fontes alternativas de es-


RASCUNHO
tudo, pois, como visto, a própria banca examinadora
explicitou no edital a intenção de cobrar os temas rela-
cionados nos meios de comunicação diariamente.

Assim, quando debruçado sobre a apostila, demais


materiais didáticos e aulas de cursos preparatórios,
o candidato usará seu tempo e suas energias para se
preparar nas demais disciplinas, deixando para os “in-
tervalos do estudo” a busca dos conhecimentos gerais.

3
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Os principais tipos climáticos brasileiros são:


ASPECTOS GERAIS DA GEOGRAFIA
03
DO BRASIL ••Subtropical
••Semi-árido
RELEVO ••Equatorial úmido
As três formas de relevo predominantes no Brasil ••Equatorial semi-úmido
são os planaltos, as planícies e as depressões.
••Tropical
Planaltos são terrenos elevados, com altitude su-
perior aos 300 metros. Planícies são terrenos com al- ••Tropical de altitude
titudes menores, em regra abaixo dos 100 metros. As
depressões possuem altitudes menores do que as áreas VEGETAÇÃO
ao seu redor. São classificadas como “absolutas” quan-
do localizadas abaixo do nível do mar; e, como “relati- A vegetação do Brasil envolve o conjunto de forma-
vas”, quando estão acima do nível do mar. ções vegetais distribuídas por todo o território brasilei-
ro. O Brasil possui diferentes tipos de vegetação.
Os principais planaltos brasileiros são: Planalto
Central; Planalto das Guianas; Planalto Brasileiro; Os principais são: a Floresta Amazônica no norte, a
Planalto Meridional; Planalto Nordestino. Mata dos Cocais no meio-norte, a Mata Atlântica desde
o nordeste até o sul, a Mata das Araucárias (Mata dos
As principais planícies são: Planície Amazônica;
Pinhais) no sul, a Caatinga no nordeste, o Cerrado no
Planície do Pantanal; e, Planície Litorânea.
centro, o Complexo do Pantanal no sudoeste, os cam-
pos no extremo sul com manchas esparsas em alguns
HIDROGRAFIA estados do país e a vegetação litorânea desde o Amapá
até Rio Grande do Sul.
A hidrografia brasileira é marcada pela riqueza de
rios e escassez de lagos. A maior parte dos rios brasi- TERRITÓRIO E POPULAÇÃO
leiros é de planalto e a maior parte dos rios brasileiros O Brasil é o maior país da América Latina. Ocupa
apresentam regime Tropical Austral, com cheias de ve- quase a metade (47,3%) do continente da América do
rão e vazante no inverno. Sul (área de 8.547.403,5 km2). É o quinto maior país do
Os rios Amazonas e Paraguai são predominante- mundo depois da Federação Russa, Canadá, China e
mente de planície e largamente utilizados para a na- Estados Unidos.
vegação. A extensão do Brasil no sentido Leste-Oeste (4.319,4
As principais bacias hidrográficas brasileiras são: km) é quase equivalente à sua maior distância no sen-
tido Norte-Sul (4.394,7 km). O Brasil faz fronteira
••Bacia Amazônica com dez países: Guiana Francesa, Suriname, Guiana,
Venezuela e Colômbia, ao Norte; Uruguai e Argentina,
••Bacia do Tocantins ao Sul; e Paraguai, Bolívia e Peru, a Oeste. O Oceano
Atlântico estende-se por toda a costa Leste do País, for-
••Bacia do São Francisco mando 7.367 km de orla marítima.
••Bacia do Paraná O português é o idioma nacional. Muitos brasilei-
ros falam alemão e italiano, especialmente nas cidades
••Bacia do Uruguai
do Sul, por influência da colonização.
••Bacia do Parnaíba
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
••Bacia do Rio da Prata Estatística (IBGE) o país tem uma população de
193.946.886 habitantes (2012). O Estado mais populo-
so é São Paulo, com 41.901.219 habitantes - 21,6% da
CLIMA população brasileira. Em segundo lugar vem Minas
Gerais, com 19.855.332 (10,2%). Já o Rio de Janeiro ,
Por possuir a maior parte do seu território entre os com 16.231.365 (8,3%), está em terceiro lugar.
trópicos de Câncer e Capricórnio, o Brasil é considera-
do um país tropical, ou seja, com clima quente e úmido O Estado menos populoso do País é Roraima, com
e temperaturas médias próximas ao 20 graus. 469.524 habitantes (0,24%), seguido do Amapá, com
698,60 mil (0,36%), e Acre, com 758,78 mil (0,39%).
No entanto, são vários os climas presentes no terri- Entre as capitais, São Paulo é a cidade mais populosa,
tório nacional. Isso ocorre devido ao fato do país pos- com 11,37 milhões de habitantes, seguida por Rio de
suir um extenso território e formas de relevo diferen- Janeiro (6,39 milhões), Salvador (2,71 milhões), Brasília
tes. (2,64 milhões) e Fortaleza (2,50 milhões).

4
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Atualidades

ECONOMIA
04 CULTURA
O Brasil desenvolve em seu território atividades
Como visto, neste ponto o edital é muito genérico.
dos setores primário, secundário e terciário. Esse últi-
Ficaremos aqui com alguns conceitos, especialmen-
mo é o destaque do país, responsável por mais da me-
te em relação à contribuição dos povos na formação
tade do seu Produto Interno Bruto (PIB) e pela geração
da identidade nacional. Denomina-se por cultura o
de 75% de seus empregos.
conjunto de formas e expressões que caracterizam no
Um dos propulsores do desenvolvimento econô- tempo uma sociedade determinada. Neste conceito
mico brasileiro dos últimos anos, o setor terciário, incluem-se os costumes, crenças, práticas comuns, re-
que corresponde à venda de produtos e aos serviços gras, normas, códigos, vestimentas, religiões, rituais e
comerciais oferecidos à população, é ainda uma das maneiras de ser que predominam na maioria das pes-
razões do aumento da competitividade interna e ex- soas que determinado grupo social.
terna do Brasil, acelerando o seu progresso tecnológi- Assim, o “patrimônio cultural” pode ser definido
co. Segundo a Central Brasileira do Setor de Serviços como um bem (ou bens) de natureza material e imate-
(CEBRASSE), das 500 maiores empresas no Brasil, 124
rial considerado importante para a identidade da so-
atuam nesse setor.
ciedade. Segundo artigo 216 da Constituição Federal,
Nessas empresas destacam-se, sucessivamente, as configuram patrimônio cultural brasileiro “as formas
atividades de telecomunicações, serviços públicos, tec- de expressão; os modos de criar; as criações científicas,
nologia e computação, além das comunicações. Para o artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos,
investidor estrangeiro são várias as opções de negócio edificações e demais espaços destinados às manifesta-
no país, como o comércio de veículos, objetos pessoais ções artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e
e domésticos, combustíveis, alimentos, além das ati- sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueo-
vidades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às lógico, paleontológico, ecológico e científico.”
empresas. No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e
A indústria, parte do setor secundário, é também Artístico Nacional (Iphan) é responsável por promover
um setor de grande importância na formação da rique- e coordenar o processo de preservação e valorização
za nacional. Com destaque na produção de bens de ca- do Patrimônio Cultural Brasileiro, em suas dimensões
pital, ela tem na região Sudeste, em especial a Região material e imaterial. Os bens culturais imateriais estão
Metropolitana de São Paulo, a maior concentração do relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às
país. Por categoria de uso, essa atividade divide-se práticas, ao modo de ser das pessoas.
em indústrias de bens de capital, bens intermediários, Desta forma podem ser considerados bens imate-
bens de consumo duráveis, semiduráveis e não durá- riais: conhecimentos enraizados no cotidiano das co-
veis. munidades; manifestações literárias, musicais, plás-
ticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a
A indústria de capital (produtora de bens que serão
vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento
utilizados no processo produtivo, como máquinas e
equipamentos) é um dos destaques entre as categorias e de outras práticas da vida social; além de mercados,
no Brasil, tanto em termos de produção física, quanto feiras, santuários, praças e demais espaços onde se
em termos de faturamento. Os produtos mais vendi- concentram e se reproduzem práticas culturais.
dos da indústria brasileira são o óleo diesel, minério Na lista de bens imateriais brasileiros estão a fes-
de ferro beneficiado, automóveis com cilindradas, ga- ta do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Feira de
solina automotiva (exceto para aviação), óleos brutos Caruaru, o Frevo, a capoeira, o modo artesanal de fa-
de petróleo, álcool combustível, telefones celulares, zer Queijo de Minas e as matrizes do Samba no Rio
açúcar cristal e cervejas ou chope. de Janeiro, etc. O patrimônio material é formado por
um conjunto de bens culturais classificados segundo
Já o setor primário no Brasil, dividido em ativi-
sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico;
dades de agricultura, pecuária, extrativismo vegetal,
histórico; belas artes; e das artes aplicadas.
caça, pesca e mineração, tem como destaque a agro-
pecuária. Essa atividade, que faz uso do solo para o Eles estão divididos em bens imóveis – núcleos
cultivo de plantas e a criação de animais, é responsável urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens
por cerca de 27% do PIB do Brasil, aproximadamente individuais – e móveis – coleções arqueológicas,
42% de suas exportações totais em 2009 e mais de 17 acervos museológicos, documentais, bibliográficos,
milhões de empregos. Além disso, o Brasil é o respon- arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinemato-
sável pelo fornecimento de 25% do mercado mundial gráficos. Entre os bens materiais brasileiros estão os
de alimentos. Líder mundial em vários setores, o país conjuntos arquitetônicos de cidades como Ouro Preto
tem no café, açúcar, álcool (a partir da cana-de-açúcar) (MG), Paraty (RJ), Olinda (PE) e São Luís (MA) ou pai-
e suco de laranja algumas de suas principais produ- sagísticos, como Lençóis (BA), Serra do Curral (Belo
ções e exportações. Também importante, em primeiro Horizonte), Grutas do Lago Azul e de Nossa Senhora
lugar nas vendas externas, são o complexo de soja(fa- Aparecida (Bonito, MS) e o Corcovado (Rio de Janeiro),
relo, óleo e grão), a carne bovina e a carne de frango. entre muitos outros.

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entanto, é que foi feito o primeiro teste em humanos


DESCOBERTAS E INOVAÇÕES com células iPS. Uma mulher de 70 anos, no Japão, re-
05
CIENTÍFICAS cebeu um implante para tratar uma doença ocular que
causa cegueira. Apesar dos avanços, que já tem feito
cientistas recriarem tecidos de órgãos e até neurônios,
15 GRANDES DESCOBERTAS CIENTÍFICAS DA
ainda há um longo caminho pela frente para confirmar
ÚLTIMA DÉCADA
se as iPS são mesmo o futuro da medicina.

1. Plutão rebaixado (2005):


4. Planetas como o nosso lá fora (2008):
Em janeiro de 2005, uma equipe coordenada pelo
astrônomo Mike Brown, do Observatório Palomar, na Com ajuda do telescópio Hubble e de observató-
Califórnia, descobriu o planeta anão Eris, com 27% rios no Havaí, astrônomos conseguiram “fotografar”
mais massa que Plutão e bem próximo dele, numa exoplanetas (aqueles fora do Sistema Solar) pela pri-
região conhecida como cinturão de Kuiper. O achado meira vez. Eles promoveram uma espécie de eclipse
trouxe uma consequência: no ano seguinte, a União artificial para conseguir se livrar do brilho das estre-
Astronômica Internacional entendeu que a probabi- las, que atrapalhava a visão desses planetas distantes.
lidade de encontrar outros corpos rochosos gelados Os primeiros “fotografados” foram um exoplaneta
com aquelas dimensões na região era tão alta (como com três vezes a massa de Júpiter em volta da estrela
se confirmou depois), que a definição do pobre Plutão Fomalhaut e três outros em volta da estrela HR 8799.
não fazia mais sentido. O resultado? Ele foi rebaixado Desde então, os cientistas têm descoberto planetas ex-
para “planeta anão”. Vale lembrar que a Nasa (agên- trassolares em profusão. “Em 2004 eram poucas deze-
cia espacial americana) enviou uma sonda para Plutão nas, e atualmente o número de confirmações se aproxi-
pouco antes da mudança. E a New Horizon deve che- ma de 2.000”, comenta o astrofísico Gustavo Rojas, da
gar ao destino no meio deste ano. UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). Há sis-
temas planetários múltiplos, planetas em sistemas es-
2. Matéria escura existe mesmo (2006): telares múltiplos e muitas Super-Terras na lista, como
destaca o especialista. E, segundo dados do telescópio
Uma colisão entre dois aglomerados de galáxias Kepler, da Nasa, cerca de uma em cinco entre as 50
registrado pelo telescópio Chandra, da Nasa, trouxe bilhões de estrelas da nossa galáxia devem ter em sua
a evidência que faltava para os astrônomos confirma- órbita um planeta com condições semelhantes à Terra
rem a existência da matéria escura. Até então, todos e com potencial de abrigar vida.
já sabiam que boa parte do Universo (cerca de 25%) é
composta por esse material, que é invisível (não emi-
te luz), mas exerce força gravitacional. A colisão, que 5. Água em Marte (2008):
formou o aglomerado 1E0657-556, gerou tanta energia A sonda Mars Phoenix Lander, da Nasa, detectou,
que a matéria comum que existia parou, mas a maté- em 2008, minerais no solo de Marte que indicam que
ria escura “continuou andando”. Apesar de provar sua o Planeta Vermelho já esteve coberto por lagos, rios e
existência, os cientistas ainda não sabem do que é feita outros ambientes capazes de abrigar vida. O equipa-
essa coisa invisível - eles imaginam que seja uma partí- mento também fotografou pedaços de um material
cula ainda não descoberta. Não confunda o termo com brilhante em um buraco que parecia gelo, reforçan-
“energia escura”, que provavelmente existe em abun- do o indício revelado por outras sondas da presença
dância maior ainda no Universo e também foi foco de de água abundante no passado do planeta. Em 2013,
estudos importantes na última década. porém, a sonda Curiosity trouxe uma revelação ainda
mais notável: ainda há muitas moléculas de água pre-
sas entre os minerais no solo do planeta. Pode parecer
3. Células reprogramadas (2007):
pouca coisa, mas disponibilizar H2O poderá ser cru-
Células-tronco são a grande promessa da ciên- cial no caso de o homem viajar a Marte um dia.
cia para revolucionar a medicina, já que podem se
transformar em qualquer outra célula do corpo, e não
6. Em busca da “capa da invisibilidade” (2008):
há nada igual às embrionárias nesse aspecto. Mas
a utilização desse recurso envolve questões éticas. Cientistas da Universidade da Califórnia, nos EUA,
Pesquisadores apresentaram uma alternativa bastante anunciaram que estão mais perto de criar um material
promissora ao conseguir reprogramar células adul- que pode tornar objetos tridimensionais “invisíveis”.
tas de pele humana para que se tornassem capazes Eles desenvolveram dois materiais que podem rever-
de se diferenciar em vários tecidos. Dois grupos in- ter a direção da luz em torno dos objetos, fazendo com
dependentes -- um liderado por James Thomson, da que eles “desapareçam”. Ele são chamados de “meta-
Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, e ou- materiais” -- não existem na natureza e são criados ar-
tro por Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, tificialmente em escala nano, com propriedades óticas
no Japão -- demonstraram em 2007 a eficácia de um que fazem a luz se comportar de forma não natural.
método que já tinha sido usado com sucesso em ca- Ainda estamos longe de criar uma “capa de invisibili-
mundongos um ano antes. Yamanaka até recebeu o dade” digna dos livros de Harry Potter, mas há muitos
Nobel, em 2012, por suas pesquisas. Só em 2014, no avanços na área.

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Atualidades

7. Ciborgues à vista (2009): Observações feitas na última década trouxeram


provas mais concretas do objeto (ninguém ainda con-
Vários avanços foram feitos na última década no
seguiu enxergá-lo diretamente). Uma delas ocorreu no
que se refere à interface cérebro-máquina, abrindo ca-
final de 2011: com ajuda de telescópios europeus, foi
minho para ajudar pessoas com deficiências, paralisias
possível detectar uma nuvem de gás com massa muito
ou que sofreram amputações a recuperar os movi-
superior à da Terra bem próxima de ser devorada pelo
mentos. Em 2009, Pierpaolo Petruzziello, italiano que
buraco negro. Em 2013, novas observações mostraram
vive no Brasil, conseguiu controlar um braço robótico
a nuvem sendo esticada pelo campo gravitacional do
usando a própria mente, com eletrodos conectados
buraco negro. Os cientistas acreditam que acompa-
ao sistema nervoso. Ele foi o primeiro paciente a fa-
nhar o fenômeno ainda trará dados importantes nos
zer movimentos complexos com as mãos, como pegar
próximos anos. Outra evidência forte do “devorador”
objetos, com o pensamento. Destacam-se, nessa área,
do centro da Via Láctea foi registrada em 2012, com
estudo do brasileiro MIguel Nicolelis, que na última
ajuda do telescópio de raios-X Chandra, da Nasa - pes-
Copa do Mundo fez um paraplégico chutar uma bola
quisadores descobriram uma enorme quantidade de
com ajuda de um exoesqueleto.
partículas energéticas sendo “vomitada” pelo buraco
negro.
8. Primeira célula 100% artificial (2010):
Pela primeira vez, cientistas conseguiram criar uma 11. A “partícula-deus” existe (2012):
célula controlada por um genoma sintético, criado a
partir de instruções de computador. A equipe liderada A descoberta do Bóson de Higgs, a partícula que
pelo cientista americano Craig Venter utilizou o geno- desvenda o mistério da massa, foi um dos principais
ma de uma bactéria, a Mycoplasma mycoides, e o im- avanços científicos de 2012 e também das últimas dé-
plantou em uma célula natural de outra bactéria cujo cadas. Detalhado pelo britânico Peter Higgs em 1964, o
material genético tinha sido removido. O micróbio foi bóson é responsável por criar um campo de força den-
“reinicializado” e passou a se replicar, dando origem a tro do átomo que dá massa às partículas. Por exemplo:
colônias de células sintéticas.O feito abriu portas para se elas interagem menos com o campo, ficam com pou-
que, no futuro, seja possível criar em laboratório micro ca massa, como os elétrons.
-organismos capazes de sintetizar proteínas importan-
Se interagem bastante, passam a ter mais massa,
tes para o ser humano, como vacinas ou biocombustí-
como é o caso dos quarks. Sem o bóson, dizem os cien-
veis. Também gerou críticas de ONGs, que alertaram
tistas, átomos agrupados no Universo não poderiam
para o risco de micróbios sintéticos caírem na natureza
existir, o que inclui os seres humanos. Por isso ele fi-
e alterarem o meio ambiente.
cou conhecido como “partícula de Deus” (embora o
termo original fosse “partícula-deus”). O experimento
9. Temos DNA neandertal (2010): que comprovou a teoria ocorreu em julho de 2012 no
A revelação abalou a arqueologia. Pesquisadores Laboratório Europeu de Física de Partículas (Cern),
do Instituto Max-Planck de Leipzig, na Alemanha, com ajuda do Grande Colisor de Hádrons (LHC, da
provaram que os homens de Neandertal, espécie ex- sigla em inglês), considerado por si só o maior experi-
tinta há 30 mil anos, conviveu com os primeiros ho- mento científico de todos os tempos. Os pais da teoria
mens modernos. E mais: tiveram relações sexuais e -- Peter Higgs e François Englert -- receberam o Nobel
filhos com eles. De acordo com a equipe, cerca de 3% de Física já no ano seguinte.
do nosso DNA é neandertal. O sequenciamento ge-
nético completo desse hominídeo foi concluído pela
12. “DNA lixo” não é lixo (2012):
mesma equipe em 2013, e várias outras descobertas
foram feitas em seguida. Um estudo da Universidade Cientistas do projeto internacional Enciclopédia de
de Washington, por exemplo, encontrou até 20% de Elementos do DNA (Encode) descobriram que 98% do
genoma neandertal presente em humanos modernos. código genético, antes conhecido como “DNA lixo”,
Segundo os cientistas, genes que causam diabetes tipo exercem papel importante no desenvolvimento e na
2, doença de Crohn e lúpus podem ser remanescentes manutenção do corpo humano. Até então, acredita-
desse cruzamento. As regiões do DNA humano que va-se que apenas 2% do DNA eram funcionais, já que
mostraram maior frequência de genes neandertais são somente essa parcela codifica proteínas. No meio do
aquelas ligadas à produção de queratina, uma proteí- que já foi considerado descartável, há milhões de “in-
na presente em nossa pele, unhas e cabelos. terruptores” que determinam quando e onde os genes
são ligados ou desligados.
10. Sinais do buraco negro no centro da Via Láctea
Muitos deles estão associados a mudanças genéti-
(2011):
cas que podem levar a problemas cardíacos, diabetes,
Há muito tempo os astrônomos falam sobre a exis- transtornos mentais e outras doenças. O Encode, cria-
tência de um enorme buraco negro bem no centro da do em 2003 para dar sentido ao enorme “mapa” deci-
nossa galáxia, a Via Láctea. Ele até tem nome: Sagitario frado pelo Projeto Genoma Humano, abriu as portas
A-estrela e estima-se que contenha aproximadamente para um enorme campo de pesquisas e provou que o
4 milhões de vezes a massa de nosso sol. termo “DNA lixo” é que precisa ir para o lixo.

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13. Óvulos criados a partir de células adultas AS 10 DESCOBERTAS CIENTÍFICAS MAIS


(2012): IMPORTANTES DE 2015
Pesquisadores da Universidade de Kyoto conse-
guiram transformar tanto células-tronco embrionárias 1. Homo naledi:
quanto células pluripotentes induzidas (iPS), forma-
das a partir de células adultas, em óvulos viáveis. O Possivelmente, a descoberta mais importante do
experimento foi feito em camundongos. Para testar a ano foi a descoberta de um novo integrante da linha-
fertilidade dos óvulos, eles foram removidos dos roe- gem humana: o Homo naledi. A equipe do paleoantro-
dores para uma fertilização in vitro e, depois, reim- pólogo Lee Berger e do geólogo Paul Dirks, das uni-
plantados. As fêmeas geraram proles férteis com óvu- versidades de Wits e James Cooks, respectivamente,
los gerados a partir dos dois tipos de células-tronco. trouxe à luz centenas de fósseis de um novo hominí-
Cientistas já haviam criado espermatozoides a partir deo, jamais identificado antes.
de células-tronco da medula óssea feminina, em 2008, E mais: o naledi pode ser um dos elos perdidos en-
mostrando que um dia será possível ter filhos sem a tre os australopitecos e nós. A importância das ossadas
presença de um homem. Ambas as linhas de pesqui- foi tamanha que reacendeu o debate sobre a classifica-
sa são importantes para, no futuro, ajudar milhares de ção de novas espécies no gênero humano.
pessoas que não conseguem gerar descendentes.

2. Manipulação de DNA:
14. Você não está sozinho (2012):
Uma enzima chamada CRISPR é a nova ferramen-
Pesquisas ao longo dos últimos anos levaram à con- ta para edição de códigos genéticos. Apesar de ela ter
clusão de que cada um de nós abriga dez vezes mais sido descoberta em 2007, por produtores de iogurte,
bactérias do que células humanas. Para não falar em seu uso só foi aprimorado pela ciência em 2012 e, ape-
outros micro-organismos. Cientistas de um projeto nas em 2015, se popularizou. Foram descobertos este
que reúne quase 80 instituições anunciaram, em 2012, ano infinitos usos para a enzima, que já foi capaz de
ter identificado todo o microbioma humano, ou seja, os alterar genomas de embriões humanos.
trilhões de bactérias e vírus que vivem no nosso corpo.
Com ela, também foram “criados” cachorros super-
Cada pessoa abriga cerca de 10 mil espécies dife- musculosos, porcos imunes a qualquer vírus e até um
rentes de micro-organismos. “Essas descobertas revo- tipo de trigo que resiste às pragas das plantações. Sem
lucionam nossa noção de saúde e doença”, comenta o dúvida, uma descoberta e tanto para todas as áreas de
infectologista Reinaldo Salomão, professor titular da conhecimento: da medicina à agricultura.
Universidade Federal de São Paulo, lembrando que
vários estudos já associaram doenças como a obesida-
de a alterações na flora bacteriana. 3. Um novo antibiótico:
Depois de mais de 25 anos sem nenhum novo re-
15. Novo antibiótico após 30 anos (2015) médio contra bactérias ser descoberto, uma novidade,
logo no início do ano. Pesquisadores da Universidade
Pesquisadores do Centro de Descoberta de Northeastern, em Boston, conseguiram criar um
Antimicrobiana da Universidade do Nordeste, em “hotel subterrâneo” de micróbios. Isso porque o solo
Boston, anunciaram neste ano a descoberta de um é a maior fonte de antibióticos conhecida, mas quase
novo antibiótico - a última classe desse tipo de medi- nenhum microorganismo sobrevive em labortatórios,
camento havia sido introduzida em 1987. A teixobac- o que vinha impossibilitando a produção de medica-
tina foi testada em animais e curou facilmente várias mentos.
infecções, como a tuberculose, sem apresentar efeitos
colaterais. Com o novo método, mais de 25 novas substâncias
já foram testadas e uma delas se mostrou bem pro-
O melhor de tudo é que a molécula se mostrou efi- missora: a teixobactina. Ela ainda não foi testada em
caz contra alguns micro-organismos resistentes aos humanos, mas já se mostrou capaz de combater super-
antibióticos hoje existentes, o que é uma ótima notícia. bactérias e foi bem sucedida em todos os camundon-
O curioso é o que está por trás da descoberta, como gos que a receberam.
ressalta o infectologista Reinaldo Salomão, professor
titular da Universidade Federal de São Paulo: um mé-
todo que extrai bactérias que vivem no solo. Embora 4. Os índios que atravessaram Bering:
ele seja riquíssimo em micro-organismos, apenas 1%
Este ano, ficamos mais perto de entender como se
deles sobrevivem em laboratório. “Hoje sabe-se que
deu as migrações dos povos pelo mundo - e a origem
aquilo que conhecemos representa apenas 1% do uni-
humana na América. Cientistas da Universidade de
verso da microbiologia”, diz o infectologista. Imagine
Copenhague conseguiram sequenciar o genoma de
o potencial desses 99% para curar doenças...
um fóssil de 8.500 anos, mumificado pelo gelo nos
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ Estados Unidos.

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O “Homem de Kennewick”, como é conhecido, está 9. Manuscritos do Alcorão:


diretamente relacionado às tribos indígenas que habi-
Pesquisadores da Universidade de Birmingham, do
tavam a região e se conecta com os povos asiáticos que
Reindo Unido, descobriram o mais antido manuscrito
cruzaram o Estreito de Bering, há mais de 15 mil anos.
do Alcorão, produzido na época em que viveu Maomé,
profeta islâmico.
5. Vasos linfáticos no cérebro:
Os testes de radiocarbono foram realizados pela
Antes de 2015, acreditava-se que vasos linfáticos Universidade de Oxford e apontam datação de pelo
- diretamente ligados ao nosso sistema imunológico - menos 1370 anos.
não estavam presentes no cérebro. Mas estão. A des-
coberta, feita por médico da Universidade de Virginia, Isso significa que boa parte do que está escrito no
nos Estados Unidos, é revolucionária para a anato- livro pode ter sido contada menos de 20 anos após a
mia humana. A novidade pode transformar como morte de Maomé, por pessoas que tenham sido suas
pensamos na cura de doenças neurológicas, como o contemporâneas.
Alzheimer, a esclerose múltipla e o autismo.
10. O Túmulo de Nefertiti:
6. Buraco negro gigante: Em agosto deste ano, um arqueólogo da
Outro grande trunfo astronômico: um grupo de Universidade do Arizona afirmou ter desvendado um
cientistas descobriu um buraco negro gigante. Gigante dos maiores mistérios da história. Nicholas Reeves
mesmo. Com uma massa cerca de 12 bilhões de vezes acredita que a rainha egípcia Nefertiti está enterrada
maior que a do Sol. Ele fica no coração de uma galáxia na mesma tumba que o faraó Tutancâmon.
recém descoberta e emite grandes quantidades de ra-
Estudando o suntuoso túmulo, ele encontrou uma
diação para o universo.
porta para uma cripta secreta, onde é possível que ela
É o maior e mais brilhante buraco negro já encon- tenha sido colocada, em 1300 a.C.
trado e estima-se que tenha se originado cerca de 900
O anúncio provocou furor na comunidade científi-
milhões de anos depois do Big Bang - o que é bastante
ca e, desde então, pesquisadores trabalham para tentar
antigo. Ainda há muito o que estudarmos sobre bu-
descobrir o que, de fato, há na cripta. Encerramos o
racos negros. Este ano, Stephen Hawkings afirmou
ano sem esta certeza, mas, sem dúvidas, foi um tema
acreditar que eles funcionem como portais para outros
importante sobre o qual pesquisadores do mundo se
universos.
debruçaram este ano.

Fonte: http://exame.abril.com.br/
7. Vacina contra ebola:
Depois de uma epidemia da doença, que deixou
milhares de mortos na África ocidental e provocou AS 10 PRINCIPAIS INOVAÇÕES CIENTÍFICAS
estados de alerta no mundo inteiro, a vacina. A pre- DE 2015
venção contra o ebola foi elaborado pela Agência de
Saúde Pública do Canadá, em parceria com o laborató- 1. Carro autônomo do Google
rio farmacêutico Merck. O imunizante é capaz de pro-
teger de 75% a 100% as pessoas vacinadas e, apesar do Desde junho deste ano, os cidadãos de Mountain
sucesso, só foi disponibilizado depois que a epidemia View, na Califórnia, observam os pequenos carros au-
já havia sido controlada. De todo modo, um avanço tônomos do Google rodando pelas ruas da cidade. São
importante para o controle de futuras doenças. 23 protótipos de carros que podem alcançar uma velo-
cidade máxima de 40 quilômetros por hora.

8. Um sistema com cinco sóis: Com espaço para dois passageiros, os automóveis
têm volante, que pode ser retirado, acelerador e freio.
Na constelação Ursa Maior, astrônomos britâncos
Além de autônomo, o carro é elétrico e tem sensores
encontraram um agrupamento estelar jamais visto
a laser, radares e câmeras de detecção de objetos para
antes: um sistema solar com cinco sóis diferentes. Ele
diminuir as chances de um acidente acontecer.
fica a 250 mil anos-luz da Terra e foi descoberto graças
a dois telescópios que funcionam continuamente nos Segundo a empresa, em 94% dos casos, os aciden-
dois hemisférios do planeta, um na Espanha, outro na tes de trânsito estão relacionados a erros humanos.
África do Sul. Chris Urmson, diretor da divisão de carros autôno-
mos do Google, informou em maio que, desde que o
A configuração mostra duas duplas de estrelas e
projeto começou há seis anos, os carros autônomos se
uma isolada, girando sobre o mesmo centro de gravi-
envolveram em apenas 11 acidentes. Segundo ele, em
dade. Um dos pares está tão próximo que as estrelas
todos os casos o veículo estava sendo operado de for-
compartilham a mesma atmosfesta - é possível que os
ma manual ou por culpa do motorista do outro veículo
dois sóis se fundam. Incrível.
envolvido.

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2. Microsoft HoloLens Após algum tempo de cultivo, nasceram alfaces


vermelhas na horta da estação espacial. Para que a
Óculos de realidade virtual, como o Google
verdura fosse ingerida, os astronautas precisaram lim-
Cardboard e o Samsung Gear VR, transportam as pes-
pá-las com ácido cítrico. De acordo com eles, o gosto
soas para outros mundos. Já o HoloLens da Microsoft
da alface é parecido com o da rúcula.
tem sensores que aumentam a realidade -- e é isto que
o torna tão interessante. Devido a essa tecnologia, o
dispositivo sobrepõe hologramas e dados para am- 5. Foguete reutilizável da Blue Origin
bientes existentes, como a casa ou o local de trabalho
do usuário. A empresa aeroespacial Blue Origin de Jeff Bezos,
fundador da Amazon, realizou um feito que pode aju-
O aparelho da Microsoft ainda tem alto-falantes dar a reduzir os custos das viagens espaciais. Seu fo-
embutidos que substituem o uso de fones de ouvido. guete reutilizável, o New Shepard, conseguiu pousar
Ele utiliza uma tecnologia que copia a forma como o após um voo não tripulado suborbital – quando a nave
ouvido humano recebe o som de um local específico. intersecta a atmosfera.
Assim, o usuário consegue ouvir os hologramas de
qualquer lugar. O HoloLens já está sendo usado pela O New Shepard é composto por uma capsula pres-
Nasa para imitar o terreno de Marte em laboratórios e surizada que é capaz de transportar até seis pessoas.
por estudantes de medicina para dissecar corpos vir- Durante o teste em novembro, o lançador desacoplou
tuais. No entanto, ainda não há data para que os óculos o motor a cerca de 1.500 metros a sete mil quilôme-
de realidade virtual da marca sejam comercializados. tros por hora para frear a descida. Desse modo, ele
conseguiu pousar quase no mesmo lugar onde havia
decolado, no Texas (EUA), permitindo a reutilização.
3. Braço biônico da Deka Geralmente, os foguetes são descartáveis após um voo.
O braço biônico criado pela Deka é a primeira pró-
tese que permite que uma pessoa faça movimentos 6. Caneta que faz objetos em 3D
múltiplos, como abrir a mão e girar o punho ao mesmo
tempo. O produto foi nomeado como “Braço do Luke” A impressão em 3D se popularizou rapidamente
em homenagem ao personagem Luke Skywalker da em todo o mundo. Hoje, já é possível fazer órgãos em
franquia Star Wars. três dimensões para que estudantes de medicina estu-
dem o corpo humano e imprimir um feto a partir da
O braço funciona da seguinte forma: eletrodos na imagem de um ultrasom. Uma empresa criou uma ca-
pele captam os impulsos elétricos que sinalizam as neta 3D que não utiliza plástico derretido para a cria-
contrações musculares e depois os enviam para um ção de objetos. Inicialmente um projeto no Indiegogo,
chip na prótese. O processador traduz as mensagens a caneta 3D da CreoPoptem três luzes UV em sua pon-
em movimentos integrados no cotovelo, no punho e ta. Elas ajudam a endurecer um gel de fotopolímero
na mão – os mais complexos são coordenados pelo que é colocado dentro do aparelho, tornando possível
usuário com um sensor acoplado em seu sapato. a formação de objetos.

Para provar que o braço biônico auxilia as pessoas a Devido ao uso dessa tecnologia de fotopolímero, a
realizarem tarefas complicadas, a empresa fez um en- CreoPop não esquenta e pode ser usada também por
saio clínico. Os participantes precisaram desbloquear crianças. Disponível na Best Buy dos Estados Unidos e
uma porta e utilizar hashis (talheres japoneses). A pes- no site da empresa, a versão com três cartuchos nas co-
quisa mostrou que 90% das 36 pessoas foram capazes res vermelho, turquesa e laranja custa 129,99. Segundo
de fazer ambas as funções. O “Braço do Luke” já foi a CreoPop, cada cartucho de tinta pode imprimir uma
aprovado pela Agência de Alimentos e Drogas dos linha de 14 metros a 1 mm de diâmetro.
EUA (FDA), mas ainda não tem data de lançamento
comercial.
7. Rodovia que capta energia solar
Uma empresa norte-americana quer criar o maior
4. Verdura cultivada no espaço
painel solar do mundo. A Solar Roadways (Rodovias
Pode parecer exagero, mas o cultivo de uma verdu- Solares, em inglês) utiliza células de vidro temperado
ra no espaço será vital nas missões espaciais de longa e fotovoltaicos para criar um pavimento que coleta
duração que a Nasa planeja para as próximas décadas. energia solar.
Além de ser fonte de alimentos, a jardinagem também
pode ajudar na saúde mental dos tripulantes. Dentro de cada pedaço do pavimento existem ele-
mentos que derretem o gelo depositado de nevascas.
Em agosto deste ano, os astronautas Scott Kelly, Além disso, as células possuem luzes de LED que po-
Kjell Lindgren e Kimiya Yui usaram um sistema de dem ser programadas para a sinalização no trânsito.
agricultura artificial chamado Veggie – uma tecnologia
que utiliza “travesseiros” pré-fabricados de sementes. Devido a uma campanha no site de financiamen-
Eles são colocados sob luzes vermelhas e azuis emiti- to colaborativo Indiegogo e um financiamento da
das por lâmpadas LED. Administração de Estradas e Rodovias dos Estados

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Unidos, a empresa conseguiu colocar a tecnologia em


prática no final deste ano. Com o protótipo foi possível 06 MEIO AMBIENTE
fazer um estacionamento em Idaho (EUA).
O meio ambiente é o conjunto de componentes fí-
sicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar
8. “Hoverboard” efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou lon-
go, sobre os seres vivos e as atividades humanas.
Este é, provavelmente, o produto mais viral do
ano (pelo menos entre os famosos que podem compra A Política Nacional do Meio Ambiente define meio
-lo). Chamado de Hoverboard – apesar de não flutuar ambiente como o conjunto de condições, leis, influên-
como o skate do filme “De Volta para o Futuro” – o cias e interações de ordem física, química e biológica,
produto já foi fabricado por diversas marcas e seu pre- que permite, abriga e rege a vida em todas as suas for-
ço varia de dois mil a quatro mil reais. Ele é metade mas.
Segway (aqueles veículos motorizados que os guardas
de shoppings utilizam) e metade skate. Para utiliza-lo,
o usuário precisa apenas colocar os pés em cima da QUESTÕES AMBIENTAIS CONTEMPORÂNEAS
plataforma -- ao fazer isso, giroscópios elétricos em-
baixo do dispositivo automaticamente mantém-o em
Mudança climática:
equilíbrio. Basta mover o corpo para frente e para trás
para controlar a velocidade. Embora o clima tenha apresentado mudanças ao
longo da história da Terra, em todas as escalas de tem-
po, a mudança atual apresenta fortes indícios de estar
9. Cadeira de rodas que sobe escadas
relacionada às atividades humanas.
Apesar de muitos lugares públicos já terem estru-
tura acessível para deficientes físicos, ainda existem A preocupação dos cientistas quanto a anomalias
muitos obstáculos, como buracos e escadas, que im- nos dados de temperatura observados, que indica-
pedem essas pessoas de se locomoverem. Dez estu- vam uma tendência de aquecimento global devido a
dantes do Instituto Federal Suíço de Tecnologia e da razões antrópicas, foi importante para que, durante a
Universidade de Artes de Zurique, na Suíça, notaram Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
esse problema e desenvolveram uma cadeira de rodas e Desenvolvimento ocorrida no Rio de Janeiro em
que “escala” todos os tipos de escadas, inclusive as em 1992, fosse criada a Convenção-Quadro das Nações
espiral. Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

A Scalevo (como é chamado o produto) tem duas Sob o princípio da precaução, os países signatários
rodas que permitem que os usuários andem em ter- comprometeram-se a elaborar uma estratégia global
renos planos de maneira rápida. No entanto, seu di- “para proteger o sistema climático para gerações pre-
ferencial está embaixo das rodas, onde duas faixas de sentes e futuras”. Não obstante, ela enfatiza que as
borracha podem ser acionadas pela pessoa para subir responsabilidades das partes signatárias, embora co-
escadas. Não há informações da quantidade de tempo muns, devem ser diferenciadas, observando-se as ne-
que a Scalevo leva para subir um degrau. Porém, no cessidades específicas dos países em desenvolvimento
vídeo abaixo é possível ver que a cadeira não é veloz -- e as dos países mais vulneráveis.
provavelmente, por questões de segurança. Em entre-
Convém destacar que o Brasil foi o primeiro país a
vista para a Reuters, os invetores da Scalevo disseram
assinar a Convenção, que somente começou a vigorar
que esperam que seu produto não será muito mais
em 29 de maio de 1994, 90 dias depois de ter sido apro-
caro do que as cadeiras de rodas tradicionais.
vada e ratificada pelo Congresso Nacional.

A Convenção estabeleceu como seu objetivo princi-


10. Projeto para limpar o oceano
pal estabilizar as concentrações de gases de efeito estu-
Apesar de ter sido fundado em 2013, o projeto “The fa na atmosfera em um nível que impeça uma interfe-
Ocean Cleanup” iniciou seus testes apenas em outu- rência antrópica perigosa no sistema climático.
bro deste ano. A ideia é simples: uma rede flutuante
de 100 quilômetros de extensão utilizaria as correntes Para tanto, foram definidos compromissos e obri-
naturais das águas para interceptar todo o lixo deposi- gações para todos os países (denominados Partes da
tado nos oceanos. Convenção), e, levando em consideração o princípio
das responsabilidades comuns, porém diferenciadas,
Para que os peixes não fiquem presos, a rede é su- foram determinados compromissos específicos para os
perficial e chega a uma profundidade de apenas três países desenvolvidos.
metros. Caso esse teste piloto dê certo, o projeto irá
iniciar a limpeza total dos oceanos em 2020. Os idea- Dentre os compromissos assumidos por todas as
lizadores esperam que a rede possa reduzir o lixo em Partes, incluem-se:
42% ao longo de 10 anos.
- elaborar inventários nacionais de emissões de
Fonte: http://exame.abril.com.br/ gases de efeito estufa;

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- implementar programas nacionais e/ou regio- Parte da energia solar que chega ao planeta é re-
nais com medidas para mitigar a mudança do fletida diretamente de volta ao espaço, ao atingir o
clima e se adaptar a ela; topo da atmosfera terrestre - e parte é absorvida pelos
oceanos e pela superfície da Terra, promovendo o seu
- promover o desenvolvimento, a aplicação e a aquecimento.
difusão de tecnologias, práticas e processos que
controlem, reduzam ou previnam as emissões Uma parcela desse calor é irradiada de volta ao es-
antrópicas de gases de efeito estufa; paço, mas é bloqueada pela presença de gases de efeito
estufa que, apesar de deixarem passar a energia vinda
- promover e cooperar em pesquisas científi- do Sol (emitida em comprimentos de onda menores),
cas, tecnológicas, técnicas, socioeconômicas e são opacos à radiação terrestre, emitida em maiores
outras, em observações sistemáticas e no de- comprimentos de onda. Essa diferença nos compri-
senvolvimento de bancos de dados relativos ao mentos de onda se deve às diferenças nas temperatu-
sistema do clima; ras do Sol e da superfície terrestre.
- promover e cooperar na educação, treinamen- De fato, é a presença desses gases na atmosfera o
to e conscientização pública em relação à mu- que torna a Terra habitável, pois, caso não existissem
dança do clima. naturalmente, a temperatura média do planeta seria
muito baixa, da ordem de 18ºC negativos. A troca de
Os países desenvolvidos encarregaram-se ainda energia entre a superfície e a atmosfera mantém as
dos seguintes compromissos específicos: atuais condições, que proporcionam uma temperatura
média global, próxima à superfície, de 14ºC.
- adotar políticas e medidas nacionais para re-
duzir as emissões de gases de efeito estufa, bus- Quando existe um balanço entre a energia solar
cando reverter suas emissões antrópicas desses incidente e a energia refletida na forma de calor pela
gases aos níveis de 1990, até o ano 2000; superfície terrestre, o clima se mantém praticamente
inalterado. Entretanto, o balanço de energia pode ser
- transferir recursos tecnológicos e financeiros alterado de várias formas: (1) pela mudança na quan-
para países em desenvolvimento; tidade de energia que chega à superfície terrestre; (2)
- auxiliar os países em desenvolvimento, parti- pela mudança na órbita da Terra ou do próprio Sol; (3)
cularmente os mais vulneráveis à mudança do pela mudança na quantidade de energia que chega à
clima, a implementar ações de adaptação e se superfície terrestre e é refletida de volta ao espaço, de-
preparar para a mudança do clima, reduzindo vido à presença de nuvens ou de partículas na atmos-
os seus impactos. fera (também chamadas de aerossóis, que resultam de
queimadas, por exemplo); e, finalmente, (4) graças à
Para facilitar a transferência de recursos financeiros alteração na quantidade de energia de maiores com-
aos países em desenvolvimento, a Convenção estabe- primentos de onda refletida de volta ao espaço, devido
leceu um mecanismo para fornecer recursos a fundo a mudanças na concentração de gases de efeito estufa
perdido, cuja operação ficou sob o encargo do Fundo na atmosfera.
Global para o Meio Ambiente (GEF). O GEF foi então
Essas mudanças na concentração de gases de efei-
estabelecido pelo Banco Mundial, pelo Programa das
to estufa na atmosfera estão ocorrendo em função do
Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) e pelo
aumento insustentável das emissões antrópicas desses
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
gases.
(PNUMA), para prover recursos para projetos dos
países em desenvolvimento que gerem benefícios am- As emissões de gases de efeito estufa ocorrem pra-
bientais globais, não apenas na área da mudança do ticamente em todas as atividades humanas e setores
clima, mas também sobre biodiversidade, proteção da da economia: na agricultura, por meio da preparação
camada de ozônio e recursos hídricos internacionais. da terra para plantio e aplicação de fertilizantes; na
pecuária, por meio do tratamento de dejetos animais
No Brasil, no ano de 2009 foi instituída a Política
e pela fermentação entérica do gado; no transporte,
Nacional sobre a Mudança do Clima (PNMC), por
pelo uso de combustíveis fósseis, como gasolina e gás
meio da Lei nº 12.187/2009. Esta Política Nacional so-
natural; no tratamento dos resíduos sólidos, pela for-
bre Mudança do Clima oficializa o compromisso vo-
ma como o lixo é tratado e disposto; nas florestas, pelo
luntário do Brasil junto à Convenção-Quadro da ONU
desmatamento e degradação de florestas; e nas indús-
sobre Mudança do Clima de redução de emissões de
trias, pelos processos de produção, como cimento, alu-
gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% das emissões
mínio, ferro e aço, por exemplo.
projetadas até 2020.

Gases de efeito estufa:


Efeito estufa:
Há quatro principais gases de efeito estufa (GEE),
O efeito estufa é um fenômeno natural e possibilita além de duas famílias de gases, regulados pelo
a vida humana na Terra. Protocolo de Quioto:

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- O dióxido de carbono (CO2) é o mais abundante parte da atual mudança do clima, particularmente nos
dos GEE, sendo emitido como resultado de inúmeras últimos 50 anos, é atribuída às atividades humanas.
atividades humanas como, por exemplo, por meio do
uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás na- A principal evidência dessa mudança atual do cli-
tural) e também com a mudança no uso da terra. A ma é o aquecimento global, que foi detectado no au-
quantidade de dióxido de carbono na atmosfera au- mento da temperatura média global do ar e dos ocea-
mentou 35% desde a era industrial, e este aumento nos, no derretimento generalizado da neve e do gelo,
deve-se a atividades humanas, principalmente pela e na elevação do nível do mar, não podendo mais ser
queima de combustíveis fósseis e remoção de flores- negada.
tas. O CO2 é utilizado como referência para classificar
Atualmente, as temperaturas médias globais de su-
o poder de aquecimento global dos demais gases de
perfície são as maiores dos últimos cinco séculos, pelo
efeito estufa;
menos. A temperatura média global de superfície au-
- O gás metano (CH4) é produzido pela decompo- mentou cerca de 0,74ºC, nos últimos cem anos. Caso
sição da matéria orgânica, sendo encontrado geral- não se atue neste aquecimento de forma significativa,
mente em aterros sanitários, lixões e reservatórios de espera-se observar, ainda neste século, um clima bas-
hidrelétricas (em maior ou menor grau, dependendo tante incomum, podendo apresentar, por exemplo, um
do uso da terra anterior à construção do reservatório) acréscimo médio da temperatura global de 2ºC a 5,8°C,
e também pela criação de gado e cultivo de arroz. Com segundo o 4° Relatório do Painel Intergovernamental
poder de aquecimento global 21 vezes maior que o sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de 2007.
dióxido de carbono;
Em resumo, a primeira parte do 4º relatório do
- O óxido nitroso (N2O) cujas emissões resultam, IPCC, que compila os estudos sobre base científica da
entre outros, do tratamento de dejetos animais, do uso mudança do clima, considera o aquecimento global
de fertilizantes, da queima de combustíveis fósseis e um fenômeno inequívoco e, muito provavelmente,
de alguns processos industriais, possui um poder de causado pelas atividades antrópicas. A comunidade
aquecimento global 310 vezes maior que o CO2; científica tem tido um papel importante para subsidiar
os países em sua tomada de decisão, fornecendo proje-
- O hexafluoreto de enxofre (SF6) é utilizado prin- ções da mudança do clima sob diferentes cenários fu-
cipalmente como isolante térmico e condutor de calor; turos, dentro de margens de erro aceitáveis, indicando
gás com o maior poder de aquecimento, é 23.900 vezes desafios e apontando oportunidades.
mais ativo no efeito estufa do que o CO2;

- O hidrofluorcarbonos (HFCs), utilizados como Chuva ácida:


substitutos dos clorofluorcarbonos (CFCs) em aeros-
sóis e refrigeradores; não agridem a camada de ozô- Chuva ácida é um fenômeno que ocorre devido a
nio, mas têm, em geral, alto potencial de aquecimento poluição atmosférica, com a liberação de óxido de ni-
global (variando entre 140 e 11.700); trogênio, dióxido de carbono e dióxido de enxofre, que
provoca um grande problema ambiental.
- Os perfluorcarbonos (PFCs) são utilizados como
gases refrigerantes, solventes, propulsores, espuma e Quando a poluição da atmosfera intensifica, o pH da
aerossóis e têm potencial de aquecimento global va- água da chuva atinge valores abaixo dos considerados
riando de 6.500 a 9.200. normais para a chuva (5 ou 6), tornando-a ácida (o seu
PH pode ser inferior a 2). Isso significa que, ao atingir a
Os hidrofluorcarbonos e os perfluorcarbonos per- natureza, o excesso de acidez causa graves danos. Essa
tencem à família dos halocarbonos, todos eles produ- precipitação líquida está carregada de diversos ácidos
zidos, principalmente, por atividades antrópicas. (sulfúrico, nítrico, clorídrico) e outros componentes
(óxidos de azoto, mercúrio, cádmio, óxido de carbo-
no etc). Um dos principais contaminadores é o dióxi-
Aquecimento global: do de enxofre (SO2), que reage com a água para dar
ácido sulfuroso, que depois se converte em sulfúrico.
Embora o clima tenha apresentado mudanças ao
longo da história da Terra, em todas as escalas de tem- A ação direta da chuva ácida sobre as pessoas se
po, percebe-se que a mudança atual apresenta alguns reflete no aumento das doenças cardiovasculares e das
aspectos distintos. Por exemplo, a concentração de vias respiratórias, das conjuntivites e das alergias.
dióxido de carbono na atmosfera observada em 2005
excedeu, e muito, a variação natural dos últimos 650 Na Natureza, provoca estragos na vegetação e ori-
mil anos, atingindo o valor recorde de 379 partes por gina a acidificação do solo, com graves consequências
milhão em volume (ppmv) - isto é, um aumento de nos ecossistemas. As espécies mais afetadas são as
quase 100 ppmv desde a era pré-industrial. coníferas (principalmente abetos e também epíceas e
pinheiros), seguidas de diferentes caducifólias (faias,
Outro aspecto distinto da mudança atual do clima carvalhos). As árvores perdem as folhas, se tornam
é a sua origem: ao passo que as mudanças do clima no mais sensíveis aos ataques dos fungos e insetos e mui-
passado decorreram de fenômenos naturais, a maior tas vezes morrem.

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A chuva ácida altera o equilíbrio ecológico dos rios Rio 92 & Agenda 21:
e lagos, com destruição da sua fauna e flora. Além de
A Organização das Nações Unidas – ONU realizou,
afetarem as regiões contaminadas, as chuvas ácidas
no Rio de Janeiro, em 1992, a Conferência das Nações
atingem também, devido ao vento, zonas muito exten-
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
sas.
(CNUMAD). A CNUMAD é mais conhecida como Rio
A relação entre a chuva ácida e a poluição da at- 92, referência à cidade que a abrigou, e também como
mosfera é um fenômeno verificado desde a Revolução “Cúpula da Terra” por ter mediado acordos entre os
Industrial. A chuva ácida é resultado da reação do Chefes de Estado presentes.
vapor de água da atmosfera com partículas contami-
Os 179 países participantes da Rio 92 acordaram e
nadoras emitidas pelas instalações industriais e pelos
assinaram a Agenda 21 Global, um programa de ação
centros urbanos (centrais térmicas, fábricas, automó-
baseado num documento de 40 capítulos, que constitui
veis etc.) Um dos fatores mais agravantes é a queima
a mais abrangente tentativa já realizada de promover,
do carvão mineral e de outros combustíveis de origem
em escala planetária, um novo padrão de desenvolvi-
fóssil. Para reduzir o fenômeno da chuva ácida é neces-
mento, denominado “desenvolvimento sustentável”.
sário diminuir o consumo de energia, criar um sistema
O termo “Agenda 21” foi usado no sentido de inten-
de tratamento de gases industriais, utilizar carvão com
ções, desejo de mudança para esse novo modelo de
menor teor de enxofre e aumentar a popularização de
desenvolvimento para o século XXI.
outros tipos de energia, como a energia solar, eólica,
biocombustíveis etc. A Agenda 21 pode ser definida como um instru-
mento de planejamento para a construção de socieda-
Até os anos 90, a maior ocorrência de chuvas ácidas
des sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que
era nos Estados Unidos, porém, nos últimos anos, o fe-
concilia métodos de proteção ambiental, justiça social
nômeno tem se intensificado em países asiáticos, como
e eficiência econômica.
a China. No Brasil, a chuva ácida é mais comum nos
estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Rio+20:
Biodiversidade: A Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi realiza-
A biodiversidade é a imensa variedade de vida na da de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de
Terra. O Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Janeiro. A Rio+20 foi assim conhecida porque marcou
Biológica (CDB) – hoje o principal fórum mundial para os vinte anos de realização da Conferência das Nações
questões relacionadas ao tema – define biodiversida- Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-
de ou “diversidade biológica” como “a variabilidade 92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvi-
de organismos vivos de todas as origens, compreen- mento sustentável para as próximas décadas.
dendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, ma-
rinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos O objetivo da Conferência foi a renovação do com-
ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda promisso político com o desenvolvimento sustentável,
a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de por meio da avaliação do progresso e das lacunas na
ecossistemas”. implementação das decisões adotadas pelas principais
cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas no-
A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é vos e emergentes.
um tratado da Organização das Nações Unidas e um
dos mais importantes instrumentos internacionais re- A Conferência teve dois temas principais:
lacionados ao meio ambiente.
- A economia verde no contexto do desenvolvi-
A Convenção foi estabelecida durante a notória mento sustentável e da erradicação da pobreza;
ECO-92 – a Conferência das Nações Unidas sobre e
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), rea-
lizada no Rio de Janeiro em junho de 1992 – e é hoje o - A estrutura institucional para o desenvolvi-
principal fórum mundial para questões relacionadas mento sustentável.
ao tema. Houve vários desfechos para a Rio+20. Um docu-
Mais de 160 países já assinaram o acordo, que en- mento final de 53 páginas, acordado por 188 países,
trou em vigor em dezembro de 1993. dita o caminho para a cooperação internacional sobre
desenvolvimento sustentável. Além disso, governos,
A Convenção está estruturada sobre três bases empresários e outros parceiros da sociedade civil re-
principais – a conservação da diversidade biológica, o gistraram mais de 700 compromissos com ações con-
uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa cretas que proporcionem resultados no terreno para
e equitativa dos benefícios provenientes da utilização responder a necessidades específicas, como energia
dos recursos genéticos – e se refere à biodiversidade sustentável e transporte. Os compromissos assumidos
em três níveis: ecossistemas, espécies e recursos gené- no Rio incluem 50 bilhões de dólares que ajudarão um
ticos. bilhão de pessoas a ter acesso a energia sustentável.

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Posição Brasileira”, elaborado a partir dos trabalhos de


07 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL seminários com representantes da sociedade civil; de
A sustentabilidade envolve desenvolvimento oficinas com representantes das entidades municipais
econômico, social e respeito ao equilíbrio e às limi- organizadas pela Secretaria de Relações Institucionais/
tações dos recursos naturais. De acordo com o rela- PR e pelo Ministério das Cidades; e das deliberações
tório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e do Grupo de Trabalho Interministerial sobre a Agenda
Desenvolvimento, criada pela ONU em 1983, o de- Pós-2015, que reuniu 27 Ministérios e órgãos da admi-
senvolvimento sustentável visa “ao atendimento das nistração pública federal.
necessidades do presente, sem comprometer a possi-
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável:
bilidade de as gerações futuras atenderem às próprias
necessidades”. A mudança de paradigmas estabelece Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas
um novo cenário para o processo de desenvolvimento formas, em todos os lugares.
das atividades agrícolas, florestais e pecuárias. É, por-
tanto, a partir da observação da realidade local, que Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a seguran-
o Ministério da Agricultura desenvolve e estimula as ça alimentar e melhoria da nutrição e promover a agri-
boas práticas agropecuárias privilegiando os aspectos cultura sustentável.
sociais, econômicos, culturais, bióticos e ambientais. Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promo-
Nesse caso, estão incluídos sistemas de produção inte- ver o bem-estar para todos, em todas as idades.
grada, de plantio direto, agricultura orgânica, integra-
ção lavoura-pecuária-floresta plantada, conservação Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equi-
do solo e recuperação de áreas degradadas. tativa de qualidade, e promover oportunidades de
aprendizagem ao longo da vida para todos.
OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empo-
SUSTENTÁVEL (ODS) derar todas as mulheres e meninas.
Foram concluídas em agosto de 2015 as negocia- Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e ges-
ções que culminaram na adoção, em setembro, dos tão sustentável da água e o saneamento para todos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Objetivo 7. Assegurar a todos o acesso confiável, sus-
por ocasião da Cúpula das Nações Unidas para o tentável, moderno e a preço acessível à energia.
Desenvolvimento Sustentável. Processo iniciado em
Objetivo 8. Promover o crescimento econômico
2013, seguindo mandato emanado da Conferência
sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e
Rio+20, os ODS deverão orientar as políticas nacio-
produtivo e trabalho decente para todos.
nais e as atividades de cooperação internacional nos
próximos quinze anos, sucedendo e atualizando os Objetivo 9. Construir infraestruturas resilientes,
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O promover a industrialização inclusiva e sustentável e
Brasil participou de todas as sessões da negociação in- fomentar a inovação Objetivo 10. Reduzir a desigual-
tergovernamental. Chegou-se a um acordo que con- dade dentro dos países e entre eles.
templa 17 Objetivos e 169 metas, envolvendo temáticas Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos
diversificadas, como erradicação da pobreza, seguran- humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
ça alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade
de gênero, redução das desigualdades, energia, água Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de
e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo sustentáveis.
consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para comba-
proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecos- ter a mudança do clima e os seus impactos
sistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo,
infraestrutura e industrialização, governança, e meios Objetivo 14. Conservar e usar sustentavelmente os
de implementação. O Brasil desempenhou papel fun- oceanos, os mares e os recursos marinhos para o de-
damental na implementação dos ODM e tem mostra- senvolvimento sustentável.
do grande empenho no processo em torno dos ODS, Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso
com representação nos diversos comitês criados para sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma
apoiar o processo pós-2015. Tendo sediado a primeira sustentável as florestas, combater a desertificação, de-
Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento ter e reverter a degradação da terra e deter a perda de
(Rio 92), bem como a Conferência Rio +20, em 2012, biodiversidade.
o Brasil tem um papel importante a desempenhar na
promoção da Agenda Pós-2015. Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclu-
sivas para o desenvolvimento sustentável, proporcio-
As inovações brasileiras em termos de políticas pú- nar o acesso à justiça para todos e construir instituições
blicas também são vistas como contribuições para a eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
integração das dimensões econômica, social e ambien-
Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação
tal do desenvolvimento sustentável. A coordenação
e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento
nacional em torno da Agenda Pós-2015 e dos ODS re-
sustentável.
sultou no documento de “Elementos Orientadores da

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O petróleo é a principal fonte de energia brasileira,


08 RECURSOS MINERAIS pois é utilizado para abastecimento de veículos mo-
Recursos naturais são elementos da natureza que tores, com a produção de gasolina e óleo diesel, bem
podem ser utilizados pelo homem para desenvolver como é amplamente usado para abastecer usinas ter-
diversas atividades vitais para sua manutenção, ou moelétricas. Cabe ressaltar que décadas atrás o país
seja, são recursos úteis. Estão intimamente ligados à importava a maior parte do petróleo utilizado; nos úl-
economia, sendo que só podem ser considerados como timos anos, entretanto, essa importação foi reduzida
recursos na medida em que podem ser economica- amplamente, de modo que a maior parte do petróleo
mente explorados. utilizado atualmente é decorrente da produção nacio-
nal. Importante lembrar também que foram descober-
São classificados em recursos renováveis e recursos tas reservas de petróleo na camada de pré-sal no litoral
não renováveis. São exemplos a luz, água, solo, miné- de Santos e do Espírito Santo.
rios, animais e vegetais.
As principais bacias petrolíferas são: Bacia de
Os recursos renováveis, como o próprio nome diz, Campos (sendo esta a maior do Brasil); Bacia de Santos,
são aqueles que depois de retirados do ambiente, po- Bacia do Espírito Santo e Bacia do Recôncavo Baiano.
dem se renovar ou ser renovados pelo homem; em
contrapartida, os recursos não renováveis são aqueles Já a energia hidroelétrica é a principal fonte de ener-
que uma vez retirados do ambiente, não podem ser gia usada para abastecer o sistema elétrico do Brasil, em
realocados pelo homem. Tem-se como exemplos dos função da grande quantidade de rios e águas no país.
não renováveis o petróleo, minerais, entre outros.
Quase a totalidade da energia elétrica consumida
Já como renováveis podem ser citados a água e os aqui é produzida em usinas brasileiras.
vegetais.
Importante citar também a produção de carvão
O Brasil possui uma fonte quase inesgotável de mineral, destinada principalmente para gerar energia
recursos que podem ser utilizados pelo homem. termelétrica, bem como matéria prima principal da
Destacam-se os alimentos, como carne, ovo e leite. indústria siderúrgica. Mas apesar de ter diversas re-
Também podem ser citados recursos como couro e servas de carvão, o país importa a maior parte de seu
pele para fabricação de bolsas, sapatos e roupas. consumo, pois o carvão mineral brasileiro não é de boa
qualidade.
Cita-se também o destaque dos rebanhos bovinos
no país, seguidos pelos suínos e ovinos. Em relação aos biocombustíveis, lembre-se que são
fontes de uso recente no país, bem como são originá-
rias de produtos vegetais como a cana-de-açúcar e a
Existem basicamente as seguintes atividades ex- mamona. Tem como vantagem serem mais ‘limpas’,
trativistas: pois agridem menos o meio ambiente. Por outro lado,
para seu cultivo muitas áreas naturais acabam sendo
••Atividade extrativista vegetal: ato de retirar devastadas.
da natureza elementos vegetais com a finalida-
de de comercializar. São exemplos a castanha Quanto ao gás natural, cite-se que este geralmen-
do Pará e o açaí. te é produzido conjuntamente ao petróleo, tendo seu
uso predominante na produção de gás de cozinha e
••Atividade extrativista animal: retiram-se ele- no abastecimento de indústrias. Ainda, há a energia
mentos da fauna brasileira para comercializar, nuclear, que através do Programa Nuclear Brasileiro,
principalmente resultantes da caça e da pesca. tinha objetivos de ser uma grande fonte de energia no
país, mas que devido a uma série de problemas encon-
••Atividade extrativista mineral: nesta, reti- tra-se atualmente quase desativada.
ram-se minérios da natureza brasileira, como
por exemplo as pedras preciosas. Existe ainda a energia solar, pouco explorada de-
vido ao alto custo de sua implantação. Tem como van-
tagem ser uma fonte limpa de energia, não gerando
poluição ou impactos ambientais. Por fim, cita-se a
energia eólica, gerada a partir do vento, sendo uma
fonte limpa e inesgotável, mas pouco utilizada pelo
09 FONTES ENERGÉTICAS BRASILEIRAS seu custo benefício.

INTRODUÇÃO DADOS RECENTES


Fontes de energia são essenciais para o desenvol- Em 2014, a oferta interna de energia (total de ener-
vimento de um país, bem como são indicativos de seu gia demandada no país) atingiu 305,6 Mtep, registran-
nível de evolução. À medida em que um país evolui, do uma taxa de crescimento de 3,1% ante à evolução
sua energia e suas novas formas são descobertas e de- do PIB nacional de 0,1%, segundo o último dado di-
senvolvidas. vulgado pelo IBGE.

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Gás natural, petróleo e derivados responderam por


80% deste incremento. Isto se deveu basicamente à re- 10 FATOS E NOTÍCIAS RECENTES
dução na oferta interna de hidroeletricidade com con-
sequente aumento de geração térmica, seja gás natural, ROMPIMENTO DE BARRAGEM EM MINAS
carvão mineral ou óleo. O consumo do setor de trans- GERAIS
porte, pelo terceiro ano consecutivo cresceu significa-
tivamente. Cabe ressaltar que, em 2014, este aumento Em 05 novembro de 2015, uma barragem de rejei-
foi suprido em grande parte por etanol, repetindo a tos da mineradora Samarco, controlada pela empresa
tendência verificada no ano anterior. O segmento de brasileira Vale e pela australiana BHP, rompeu e oca-
transporte, em valores absolutos, liderou o crescimen- sionou uma enxurrada de lama na cidade de Mariana,
to da demanda energética no ano de 2014, agregando região central de Minas Gerais. Outro distrito muito
3,2 milhões de tep. O consumo agregado do setor cres- atingido foi o de Bento Rodrigues. Estimativas apon-
ceu à expressiva taxa de 3,8%. tam que as ondas de lama podem ter chegado a 2,5
metros de altura.
A produção e o consumo de etanol cresceram res-
pectivamente 3,3% e 8,2% em relação ao ano anterior. Discute-se ainda o que pode ter causado o rompi-
Foi registrado um incremento de 8,6% na produção mento da barragem de Fundão, na unidade industrial
de gasolina enquanto o consumo deste combustível de Germano, entre os distritos de Mariana e Ouro
subiu 5,3%. Pelo terceiro ano consecutivo, devido às Preto. Segundo a Samarco, registros de tremores de
condições hidrológicas desfavoráveis observadas ao terra foram registrados na área horas antes do rom-
longo do período, houve redução da oferta de energia pimento.
hidráulica. Em 2014 o decréscimo foi de 5,6%. A menor
A lama alcançou diversas outras cidades, como
oferta hídrica explica o recuo da participação de reno-
Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado,
váveis na matriz elétrica, de 84,5% em 2012 para 79,3%
além de Governador Valadares. Através do Rio Doce,
em 2013 e 65,2% neste ano, apesar do incremento de
a lama chegou ao estado do Espírito Santo, atingin-
3.177 MW na potência instalada do parque hidrelétrico.
do cidades como Regência, Linhares, Baixo Gandu e
A potência eólica atingiu 4.903 MW, o que propor- Colatina. Em diversas cidades (principalmente em
cionou um acréscimo de 85,6% na geração de eletrici- Governador Valadares-MG) o abastecimento de água
dade a partir dessa fonte. foi suspenso.

O consumo final de eletricidade no país em 2014 Esta lama é composta principalmente por óxido de
registrou um aumento de 2,9%, suprido a partir da ferro e sílica (areia), causando acúmulo de sedimentos
expansão da geração térmica, especialmente das usi- ao longo da calha do rio.
nas movidas a carvão mineral (+24,7%), gás natural
De acordo com o Ibama, foram registradas altera-
(+17,5%), biomassa (+14,1%), cujas participações na
ções na qualidade da água, causando alta mortandade
matriz elétrica, na comparação de 2014 contra 2013,
de animais (terrestres e aquáticos). Ainda de acordo
cresceram de 2,6 para 3,2%, de 11,3%, para 13,0 e de 6,6
com o Ibama, o volume extravasado foi de cerca de
para 7,4%, respectivamente. Os setores que mais con-
50 milhões de metros cúbicos. O prefeito de Mariana,
tribuíram para o crescimento da demanda de eletrici-
Duarte Júnior, declarou que a estimativa de prejuízo é
dade foram residencial (+5,7%) e o comercial (+7,4%).
de ao menos R$ 100 milhões, entre danos com infraes-
Em resumo, as fontes energéticas brasileiras estão as-
trutura e impactos ambientais.
sim distribuídas:

1. Renováveis (39,4%): UBER


••biomassa da cana (15,7%)

••hidráulica (11,5%)

••lenha e carvão vegetal (8,1%)

••lixívia e outras renováveis (4,1%) Fonte: https://www.uber.com.

Existe atualmente uma grande disputa entre os


2. Não renováveis (60,6%):
idealizadores do aplicativo Uber e os taxistas. Os cria-
••petróleo e derivados (39,4%) dores do app alegam que tem como objetivo simples-
mente conectar passageiros a motoristas particula-
••gás natural (13,5%) res. Os taxistas, por sua vez, afirmam se tratar de um
aplicativo ilegal, fazendo diversos protestos em todo
••carvão mineral (5,7%)
o mundo contra o app. Em São Paulo, motoristas do
••urânio (1,3%) Uber foram sequestrados e agredidos por grupos de
taxistas contrários ao aplicativo.
••outras não renováveis (0,6 %)

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Como funciona: quem precisa do serviço de um ••Indenização por despedida sem justa causa:
motorista, instala o app e pede um motorista particu- mensalmente, o empregador tem a obrigação de
lar. Toda a transação é feita pelo app, desde o cadastro depositar 3,2% do salário da doméstica em uma
até o pagamento. O motorista recebe 80% do valor da espécie de poupança, a qual será utilizada para
corrida, enquanto o uber recebe 20%. pagamento da multa de 40% do FGTS quando
da rescisão do contrato de trabalho sem justa
Uma grande discussão é a dificuldade para se tor- causa por parte do empregador. Caso ocorra
nar taxista em algumas cidades , enquanto o uber é por justa causa, o valor desta poupança retorna
uma porta de entrada relativamente fácil para quem ao empregador.
quer se tornar motorista profissional: basta ter uma
carteira com licença para exercer atividade remunera- ••Seguro-desemprego: garante o valor do segu-
da, possuir seguro que cubra o passageiro e um sedã ro-desemprego, limitado ao prazo de três me-
comprado a partir de 2009, passando ainda por che- ses, ao doméstico dispensado sem justa causa.
cagem de antecedentes criminais. O passageiro que
utilizar os serviços do Uber também pode avaliar o ••Salário-família: benefício pago pela Previ-
serviço dos motoristas, razão pela qual diversos deles dência Social, o trabalhador avulso com renda
oferecem itens extras de luxo e conforto, como bebi- de até R$ 725,02 tem direito a R$ 37,18 por filho
das, alimentos, etc. de até 14 anos incompletos ou inválido; caso ga-
nhe acima de R$ 1.089,74, o valor é de R$ 26,20
Em todo o mundo, já são mais de 300 cidades no
por filho.
qual o Uber se faz presente. A empresa já recebeu bi-
lhões de dólares em investimentos, e não para de cres-
••Auxílio-creche e pré-escola: este pagamento
cer, fazendo com que este tema ainda tenha longo tem-
depende de convenção ou acordo coletivo de
po de discussão.
trabalho.
E dados comprovam que quanto maior o número
de manifestações, maior acaba sendo a repercussão do ••Seguro contra acidentes de trabalho: através
aplicativo e seu crescimento de instalações e uso ao re- de uma contribuição de 0,8%, paga pelo empre-
dor do mundo. gador, as domésticas passam a contar com segu-
ro contra acidente de trabalho.
A grande discussão é em torno da legalidade ou
não do aplicativo. Em tese, os taxistas alegam que o MANIFESTAÇÕES PRÓ E CONTRA O GOVERNO
serviço de transporte com motorista deve ser unica-
mente prestado por eles; entretanto, seus defensores Manifestações contra o governo da presidente
afirmam que o serviço de motorista particular sempre Dilma ocorreram diversas vezes, em várias cidades
existiu, com o Uber servindo apenas para conectar os e estados, durante o ano de 2015, com destaque para
passageiros que querem este serviço a quem os presta. as ocorridas nos dias 12 de abril, 15 de março e 16 de
agosto.
PEC DAS DOMÉSTICAS
Dados das manifestações:
O texto que regulamenta a emenda constitucional
que amplia os direitos das empregadas domésticas, co- 16/08 12/04 15/03
nhecida popularmente como “PEC das Domésticas”, Participantes, segundo 879.000 701.000 2.400.000
foi sancionado em 2015 pela presidente Dilma Rousseff a PM
e entrou em vigor mais de dois após sua promulgação.
Participantes, segundo 2.000.000 1.5000.000 3.000.000
organizadores
O texto prevê diversos novos direitos, como por Cidades envolvidas 205 224 252
exemplo:
Fonte: http://globo.com
••Adicional noturno: trabalho noturno é aquele
Durante estas manifestações, grande parte dos par-
realizado entre as 22h e as 5h. a hora do traba-
ticipantes pede a renúncia ou impeachment da presi-
lho noturno é computada como de 52,5 minutos,
dente, em decorrência do grande número de denún-
e a remuneração do trabalho noturno deve ter
cias envolvendo seu partido, o PT, bem como faixas de
acréscimo de 20% sobre o valor da hora diurna;
apoio à operação Lava-Jato.
••FGTS: a inscrição do doméstico pelo empre- Diversas outras manifestações contra o governo fo-
gador ainda não é obrigatória, pois depende ram organizadas, mas nenhum com o mesmo número
de regulamento sobre o assunto pelo Conselho de participantes ou de cidades envolvidas.
Curador do FGTS e pela Caixa Econômica Fede-
ral, e prevê o recolhimento de 8% do salário do Manifestações a favor da presidente Dilma também
empregado. foram organizadas, como a ocorrida no dia 20 de agos-
to, mas com número muito inferior de participantes.

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No começo da noite, a Presidência da República


divulgou uma nota de posicionamento sobre os atos
contrários ao governo na qual são destacados o “cará-
ter pacífico das manifestações” e a “maturidade” do
País que sabe “conviver com opiniões divergentes”. “A
liberdade de manifestação é própria das democracias
e por todos deve ser respeitada. O caráter pacífico das
manifestações ocorridas neste domingo demonstra a
maturidade de um País que sabe conviver com opi-
niões divergentes e sabe garantir o respeito às suas leis
e às instituições”, diz o texto.

Fonte: www.estadao.com.br
Foto de manifestação contra o governo da
Presidente Dilma (Fonte: http://brasil.elpais.com/) BOLSA FAMÍLIA

Em 13/03/2016, foram realizadas as maiores ma-


nifestações contra o governo Dilma (em número de
adeptos). De acordo com o Estado de São Paulo:
“Primeira manifestação contra o governo de Dilma
Rousseff em 2016 pediu impeachment da presidente e
elogiou Operação Lava Jato em diversos atos pelo País

Impulsionada pelas investigações da Operação


Lava Jato, a primeira manifestação contra o governo
Dilma Rousseff em 2016 reuniu ao menos 3 milhões
de pessoas em atos pelos 26 estados e Distrito Federal,
neste domingo (13), de acordo com estimativas das
Polícias Militares. Essa foi a maior manifestação da
história do País, superando os atos pelas Diretas Já, no Fonte: http://calendariobolsafamilia2015.com.br/.
início dos anos 80, e os protestos de março de 2015. As
De acordo com o próprio governo federal, o bol-
faixas e os gritos de ordem pediam especialmente o
sa família é um programa de transferência direta de
impeachment da presidente Dilma, a prisão do ex-pre-
renda, direcionado às famílias em situação de pobreza
sidente Lula e elogiavam o andamento das investiga-
e de extrema pobreza em todo o País, de modo que
ções da Lava Jato. Em Brasília, onde 100 mil pessoas se
consigam superar a situação de vulnerabilidade e po-
reuniram, Moro foi tratado como ‘herói nacional’. Na
breza.
terra da Operação da Polícia Federal, Curitiba, tam-
bém houve recorde de pessoas: 200 mil, muitas delas
usando máscaras do juiz Moro. Tem como objetivos:
São Paulo: ••Combater a fome e promover a segurança ali-
mentar e nutricional;
A maior concentração de público foi novamente
na Av. Paulista, na capital de São Paulo: 1,4 milhão de ••Combater a pobreza e outras formas de priva-
pessoas, segundo Secretaria de Segurança Pública do ção das famílias;
Estado. Estações de metrô ficaram lotadas e precisa-
ram ser fechadas, a polícia militar também precisou ••Promover o acesso à rede de serviços públi-
controlar o acesso à avenida por volta das 16h, horário cos, em especial, saúde, educação, segurança
de maior pico. alimentar e assistência social.

Os partidos de oposição aderiram abertamente às


manifestações. Pela manhã, o presidente nacional do Podem participar do programa:
PSDB, o senador mineiro Aécio Neves, participou das A população alvo do programa é constituída por
manifestações em Belo Horizonte, como já havia feito famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza. 
em 2015. À tarde, ele se uniu ao governador paulista
Geraldo Alckmin e outras lideranças tucanas para o As famílias extremamente pobres são aquelas que
ato em São Paulo. Porém, os dois foram alvo de pala- têm renda mensal de até R$ 77,00 por pessoa. As fa-
vras de ordem como “oportunistas”, “ladrão” e “Fora mílias pobres são aquelas que têm renda mensal entre
Aécio! Fora Alckmin! O próximo é você”. Um por R$ 77,01 e R$ 154,00 por pessoa. As famílias pobres
causa das denúncias envolvendo a merenda escolar participam do programa, desde que tenham em sua
em São Paulo, e outro pelas citações a seu nome na composição gestantes e crianças ou adolescentes entre
Operação Lava Jato. 0 e 17 anos. 

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Para se candidatar ao programa, é necessário A Suprema Corte decidiu que 14 estados que ne-
que a família esteja inscrita no Cadastro Único para gavam-se a aceitar e realizar a união de pessoas do
Programas Sociais do Governo Federal, com seus da- mesmo sexo deveriam agora oferecer esta possibilida-
dos atualizados há menos de 2 anos.  de, assim como reconhecer tais casamentos que tive-
rem sido realizados em outra jurisdição. A decisão foi
No ano de 2015, conhecido pelas ‘pedaladas fis- apertada, com 5 juízes decidindo a favor e 4 contra. Em
cais’ cometidas pelo governo da presidente Dilma, o tese, esta decisão deve valer para todo o país, mas há
deputado Ricardo Barros (PP-PR) propôs um corte de forte discussão interna a respeito da competência dos
R$ 10 bilhões do dinheiro investido no Bolsa Família, Estados em legislar sobre tal assunto, o que faz com
para que o orçamento federal pudesse ser fechado cor- que alguns estados ainda estejam discutindo a aceita-
retamente., em decorrência da grave crise financeira e ção ou não de tal decisão.
orçamentária em que se encontra o país no atual mo-
mento. Já no Brasil o casamento homoafetivo é reconheci-
do desde 2011, quando o Supremo Tribunal Federal
Cabe lembrar que para 2016 há a previsão de R$ decidiu por equiparar a união homossexual à união
28,8 bilhões a serem investidos no programa, e que heterossexual. Dois anos depois, o Conselho Nacional
estes R$ 10 bilhões a serem cortados seriam somente de Justiça decidiu que o cartórios brasileiros fossem
para novos ingressos, não atingindo quem já está in- obrigados a celebrar o casamento entre pessoas do
serido no programa. Este tema ainda não possui uma mesmo sexo e a converter e união estável homoafetiva
decisão consolidada, razão pela qual ainda demanda em casamento. 
bastante discussão e por isso pode ser objeto de co-
brança em concursos públicos. A decisão do STF foi unânime, na qual os 10 minis-
tros resolveram por equiparar um casamento ao outro.
Na decisão, o STF decidiu que todos os casais tem di-
PEDALADAS FISCAIS reito de desfrutar direitos como pensões, aposentado-
Pedalada fiscal foi o nome atribuído pelos minis- rias e inclusão em planos de saúde. A decisão do STF
tros do Tribunal de Contas da União, responsável por tem efeito vinculante, ou seja, alcança a todos, mas não
analisar as contas do governo da presidente Dilma tem efeito equivalente a uma lei. Sendo assim, alguns
Rousseff no ano de 2014, para as práticas de atrasar casais podem não conseguir efetuar o casamento tão
propositadamente o repasse de dinheiro para bancos facilmente. Entretanto, podem buscar o reconhecimen-
públicos e privados e autarquias, como o INSS, e até to junto ao Poder Judiciário, que certamente irá decidir
mesmo instituições que financiariam despesas do go- em seu favor, haja visto que devem tomar sua decisão
verno com programas sociais, como o Bolsa Família. com base no julgado do Supremo Tribunal Federal.

Os beneficiários não perceberam o atraso, pois os


CRISE HÍDRICA EM SÃO PAULO
bancos assumiram o pagamento. Ao fazer isso, o go-
verno apresentava artificialmente contas menores do A Região metropolitana de São Paulo atravessa a
que realmente possuía, enganando o mercado finan- maior crise hídrica desde 1930, quando começaram as
ceiro, fazendo com que outras instituições acreditas- medições nos sistemas de reservatórios fornecedores
sem que havia um superávit primário maior ou que de água. A pior situação encontra-se no sistema da
pelo menos houvesse um déficit primário menor. Cantareira, com seus níveis batendo seguidos recor-
des negativos. Este sistema é responsável pelo abaste-
Por um lado, o governo federal argumenta que tal
cimento de quase 9 milhões de pessoas, e tem operado
prática é antiga, tentando-se assim ‘legitimar’ tais prá-
frequentemente com seu volume útil esgotado. 
ticas. Por outro lado, o TCU adiou votações das contas,
alegando que estas não estão em condições de serem Em maio de 2015, a Sabesp (Companhia de
apreciadas devido a indícios de irregularidades nos Saneamento Básico do Estado de São Paulo) começou
gastos públicos. O Ministério Público, por sua vez, a bombear água do volume morto, fato que foi inédito.
direciona seu pensamento a aconselhar a rejeição das Esta reserva situa-se abaixo das comportas das represas,
contas do governo. Na verdade, o que o TCU faz é ela- com estimativa de 400 bilhões de litros e tem previsão de
borar e votar um parecer sugerindo ou não aprovan- acabar ainda este ano. Entretanto, o volume das chuvas
do as contas, encaminhado tal parecer ao Congresso do segundo semestre pode fazer com que o nível das
Nacional, que aí sim fará o julgamento político da represas aumente a níveis mais satisfatórios, mas até
atuação governamental. agora tem chovido abaixo do esperado para o período.

Em meio a toda esta crise, a Sabesp realiza uma


CASAMENTO HOMOAFETIVO espécie de rodízio na pressão na rede de distribuição
Em junho de 2015, a Supremo Corte Dos EUA de- de água, disponibilizando em seu site dias e horários
cidiu derrubar os vetos de Estados contrários ao casa- em que tal rodízio ocorre. Esta redução da pressão nas
mento de pessoas do mesmo sexo. Na prática, isso fez tubulações foi idealizada pelo governador Geraldo
com que a união homoafetiva fosse legalizada em todo Alckmin como forma de forçar a economia de água
o território americano. diante da falta de água que persiste.

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Foi reduzida também a captação em rios e reser- Há ainda duas peças gráficas – um folder e um car-
vatórios e foi criado um bônus e uma sobretaxa para taz – que podem ser baixadas do portal, para que ope-
incentivar a redução do consumo, além de campanhas radoras, prestadores e demais interessados em partici-
publicitárias e planos de obras. Outras medidas, como par das ações ajudem a divulgar a campanha. 
dessalinização e transposição de rios possuem alto cus-
to e demora em sua realização, o que faz com que não Desde 2004 a ANS vem trabalhando para promo-
sejam adotadas, apesar de sua conhecida eficiência. ver o parto normal e reduzir o número de cesarianas
desnecessárias na saúde suplementar. Entre as ações,
O governador inaugurou também uma interligação se destacam a inclusão, no Rol de Procedimentos e
entre dois reservatórios para tentar evitar um rodízio de Eventos em Saúde, de cobertura obrigatória para par-
grande escala, a qual contém cerca de 9km de adutoras to acompanhado por enfermeira obstétrica e acompa-
e custou cerca de R$ 130 milhões. Entretanto, morado- nhante (sem custos adicionais) durante pré-parto, par-
res de diversos bairros sentem o efeito da crise, enfren- to e pós-parto imediato; e o Projeto Parto Adequado,
tando frequentemente a falta de água em suas casas. que visa mudar o modelo de atenção ao parto, baseado
Estima-se que no melhor cenário, a recuperação total do nas melhores evidências científicas disponíveis. O pro-
sistema Cantareira pode levar até 10 anos para ocorrer. jeto é desenvolvido em parceria com o hospital Albert
Einstein e o Institute for Healthcare Improvement
(IHI), com apoio do Ministério da Saúde.”
NOVAS REGRAS DA ANS PARA PARTOS
Por fim, a própria ANS divulga dados acerca dos
partos: “Riscos associados à cesariana - Atualmente, o
percentual de partos cesáreos na saúde suplementar é
de 84,6%. A cesariana, quando não tem indicação mé-
dica, ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher
e do bebê: o parto prematuro aumenta em 120 vezes
Fonte: http://www.ans.gov.br/. a probabilidade de problemas respiratórios para o re-
cém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. Cerca
Aqui, importante reproduzir nota oficial da ANS de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis
(Agência Nacional de Saúde): no Brasil estão relacionados a prematuridade.”

“Entram em vigor novas regras sobre parto na


saúde suplementar: Começam a valer a partir desta ZIKA E MICROCEFALIA
segunda-feira (06/07) as novas regras estabelecidas
pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) A Organização Mundial de Saúde (OMS) decla-
para estimular o parto normal e reduzir as cesarianas rou emergência mundial devido ao aumento de casos
desnecessárias. Com a entrada em vigor da Resolução de microcefalia e a suspeita de sua relação com o zika
Normativa nº 368, as operadoras de planos de saúde, vírus. A decisão serve para acelerar ações de coopera-
sempre que solicitadas, deverão divulgar os percen- ção internacional e incentivar pesquisas para comba-
tuais de cirurgias cesáreas e de partos normais por es- ter a doença – foi o que aconteceu também em casos
tabelecimento de saúde e por médico. Também serão recentes como a gripe suína (2009) e o ebola (2014).
obrigadas a fornecer o Cartão da Gestante e a Carta de Transmitido pelo aedes aegypti, o zika vem se espa-
Informação à Gestante, no qual deverá constar o regis- lhando rapidamente pelo planeta, especialmente nas
tro de todo o pré-natal, e exigir que os obstetras utili- Américas Central e do Sul, que já reportaram casos em
zem o Partograma, documento gráfico onde é registra- 26 países – o Brasil é a nação mais afetada.
do tudo o que acontece durante o trabalho de parto.” A ameaça real de uma pandemia do zika vírus tem
Além das novas regras, a ANS iniciou também relação direta com um fenômeno que muitas pessoas
campanha para incentivar o parto normal, como tam- associam à tecnologia e aos avanços das comunicações
bém se repara em nota oficial: e dos transportes: a globalização. O aumento das lo-
comoções intercontinentais facilitou as trocas comer-
“Campanha Parto é Normal – Para oferecer às be- ciais, o turismo e as interações culturais, proporcio-
neficiárias de planos de saúde um conjunto completo nando uma série de benefícios sociais e econômicos.
de informações sobre as novas regras e envolver todo Mas esse intenso vai-e-vem de pessoas pelo mundo
o setor nas ações de incentivo ao parto normal, a ANS também tem seu lado negativo.
também está lançando a campanha “Parto é Normal”.
Em 2015, mais de 3,5 bilhões de pessoas viajaram
Todas as informações relativas à nova normativa e de avião, muitos deles trazendo em seu corpo doenças
demais ações implementadas pela Agência, bem como infecciosas. Dessa forma, os vírus podem dar a volta
dados importantes que possibilitem à gestante tomar a ao mundo em questão de horas e se disseminar com
decisão mais adequada sobre o parto estão sendo dis- uma velocidade impressionante. Em alguns casos, a
ponibilizadas no portal da ANS, em uma área específi- simples viagem de uma pessoa infectada a outro país
ca dedicada ao tema. é suficiente para iniciar um ciclo que pode dar origem
a uma pandemia mundial.

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Foi o que aconteceu com o zika. Descoberta nos exterior, usando empresas de fachada e contas
anos 1940 nas selvas africanas, a doença começou a em paraísos fiscais. Na 1ª fase da operação, fo-
chamar a atenção apenas em 2007, quando houve um ram apreendidos carros de luxo, relógios, joias,
grande surto de zika na Micronésia, um conjunto de entre outros bens dos acusados.
ilhas no Oceano Pacífico.
••Petrobras: Alberto Youssef possuía relações
Entre 2013 e 2014, um novo surto chegou à vizinha com ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Cos-
Polinésia Francesa. E daí para o Brasil. Muitos pesqui- ta, diversas empreiteiras e fornecedores da esta-
sadores acreditam que o zika tenha chegado ao nosso tal. Ambos foram presos em 2014, sob suspeita
país durante a Copa do Mundo de 2014. Mas, atual- de destruir e ocultar documentos do suposto es-
mente, a principal suspeita recai sobre outro evento: quema de corrupção, além do risco de fuga para
o Campeonato Mundial de Canoa Polinésia, realizado o exterior. Paulo Roberto Costa foi preso na 2ª e
em agosto de 2014, no Rio de Janeiro. na 4ª fases da operação.

A competição contou com a participação de diver- ••prisões e delações: Paulo Roberto Costa acei-
sos atletas da Polinésia Francesa – possivelmente, al- tou a delação premiada, quando o réu colabora
guns deles estavam contaminados. Bastou o aedes pi- com as investigações em troca de redução de
car um polinésio infectado para disseminar o surto no pena. Ele afirmou que ele e diversos diretores
Brasil, que já contaminou pelo menos500 mil pessoas. da Petrobras recebiam propina e repassavam
parte do dinheiro a políticos. Alberto Youssef
Devido à agilidade com que os vírus se espalham também aderiu à delação premiada. Na 8ª fase
pelo planeta, as autoridades médicas consideram ine- da operação, o ex-diretor da área Internacional
vitável o surgimento de novas pandemias. da Petrobras, Nestor Cerveró, foi preso sob acu-
sação de corrupção e lavagem de dinheiro.
A falta de saneamento básico, a degradação das
condições sociais e ambientais e a carência de recursos ••empreiteiras: no final de 2014 e no ano de
médicos adequados potencializam ainda mais a disse- 2015, diversos donos e executivos de empreitei-
minação das doenças. ras foram presos acusados de participarem do
esquema de corrupção, entre elas as maiores
Especialistas em saúde defendem a ideia de que a
do país, Odebrecht e Andrade Gutierrez. Estas
vigilância sanitária global seja aperfeiçoada e que os
ações fizeram parte da 7ª fase da operação.
governos invistam em saúde e qualidade de vida para
tornar o mundo menos vulnerável a essas incontrolá- ••políticos: a Procuradoria-Geral da República
veis pandemias. Afinal, a globalização é um fenômeno investiga ao menos 50 políticos, entre deputa-
irreversível – para o bem ou para o mal. dos, senadores e governadores. E agosto de
2015, foi preso José Dirceu, ex-ministro do go-
Fonte: Almanaque Abril.
verno Lula. Na 6ª fase da operação, Paulo Ro-
berto Costa nomeou diversos políticos que fo-
LAVA-JATO ram beneficiados diretamente com pagamentos
de propina. Por conta disto, Paulo Roberto Cos-
A operação Lava Jato é considera a maior investi-
ta começou a cumprir prisão domiciliar.
gação sobre corrupção já realizada no Brasil. Em seu
começo, as investigações baseavam-se em denúncias
contra uma rede de doleiros espalhada pelo país. Ao ••setor elétrico: empreiteiros dispostos a cola-
longo do tempo, foi descoberto um grande esquema borar com as investigações denunciaram es-
de corrupção dentro da Petrobras, envolvendo um quemas de corrupção semelhantes em obras do
grande número de políticos de diversos partidos e as setor elétrico. Na 16ª fase da operação, a Polícia
maiores empreiteiras do país. Federal prendeu o diretor-presidente da Eletro-
nuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que já
Existem ao menos 21 procuradores da República estava afastado de seu cargo após denúncias de
conduzindo as investigações da Lava Jato, com aproxi- pagamento de propina a diretores da empresa.
madamente 150 inquéritos abertos pela Polícia Federal
(este número aumenta frequentemente), e pelo menos O Ministério Público Federal estima que pelo me-
35 ações penais na Justiça Federal. Cerca de 500 pes- nos R$ 2,1 bilhões tenham sido desviados da Petrobras,
soas já foram presas ou estão sob investigação, sendo mas em balanço publicado em 2014 a estatal estimou
mais de 50 políticos entre eles. em R$ 6,1 bilhões o prejuízo causado pelo esquema de
corrupção.

Entenda o andamento das investigações: Diversos políticos brasileiros foram indiciados e/


ou presos, entre eles nomes conhecidos como Aloizio
••doleiros: começaram a ser investigados em Mercadante (PT), Antônio Palocci (PT), Edison Lobão
2009, quando uma rede de doleiros ligado a Al- (PMDB), Eduardo Cunha (PMDB), Fernando Collor de
berto Youssef foi identificada como responsável Mello (PTB), Gleisi Hoffmann (PT), Humberto Costa
por movimentar bilhões de reais no Brasil e no (PT), João Vaccari Neto (PT), Lindbergh Farias (PT),

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Renan Calheiros (PMDB), Roseana Sarney (PMDB) 34ª FASE - OPERAÇÃO ARQUIVO X
e Sérgio Cabral (PMDB). Na 17ª fase da operação (a
Guido Mantega e executivos das empresas Mendes
conhecida operação ‘Pixuleco’), o ex-ministro José
Júnior e OSX, do empresário Eike Batista, são investi-
Dirceu, seu irmão e outras seis pessoas foram presas,
gados por supostos desvios na construção das plata-
acusadas de praticar crimes como corrupção, lavagem
formas P-67 e P-70, da Petrobras, construídas para a
de dinheiro e formação de quadrilha, por receber pro-
exploração do pré-sal, em 2012. Mantega teria atuado
pinas de contratos da Petrobras.
diretamente junto à direção de uma das empresas para
Abaixo, estão listadas algumas das fases recentes negociar repasses ao PT
da Operação, que podem ser objeto de questionamen-
to no concurso: Principais alvos:
Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda durante
17ª FASE - OPERAÇÃO PIXULECO os governos de Lula e Dilma. Ocupou o cargo entre
mar.2006 e dez.2014
Polícia Federal cumpre oito mandados de prisão,
incluindo do ex-ministro petista José Dirceu, que já
havia sido preso pelo mensalão. Para investigado- 35ª FASE - OPERAÇÃO OMERTÀ:
res, Dirceu participava do esquema de corrupção a
Petrobras e pode ter recebido propina através de paga- A Operação Omertà investiga indícios de uma re-
mentos de empreiteiras por consultorias. lação criminosa entre o ex-ministro Antonio Palocci e
a empreiteira Odebrecht. Segundo a PF, há indícios de
que Palocci atuou diretamente para obter vantagens
22ª FASE - OPERAÇÃO TRIPLO X econômicas à empresa em contratos com o poder pú-
blico e se beneficiando de valores ilícitos.
Polícia Federal cumpre seis mandados de prisão
e investiga se a OAS utilizou um condomínio em
Guarujá (SP) para repassar propina da Petrobras. O Principais alvos:
ex-presidente Lula (PT) chegou a ter um tríplex re-
servado para sua família no prédio. Outras unidades Antonio Palocci, ministro da Fazenda do governo
pertenciam ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto Lula e ministro da Casa Civil durante seis meses no
e à Murray, uma offshore que teria sido usada para governo DIlma
ocultar propina. Fonte: http://arte.folha.uol.com.br/poder/operacao
-lava-jato
24ª FASE - OPERAÇÃO ALETHEIA
Sem prisões, fase levou o ex-presidente Lula (PT) e CÂMARA ABRE PROCESSO DE IMPEACHMENT
outras dez pessoas a prestar depoimento. Investigação CONTRA DILMA ROUSSEFF
apura se empreiteiras investigadas pagaram vanta- Dilma Rousseff (PT) assumiu o segundo mandato
gens indevidas a Lula por meio de obras em dois imó- em janeiro de 2015 sob intensa pressão. As denúncias
veis ligados a ele e repasses a sua empresa de palestras de corrupção na Petrobras, a relação turbulenta com
e ao seu instituto. o Congresso e o agravamento da crise econômica mi-
naram sua popularidade. Três grandes manifestações
27ª FASE - OPERAÇÃO CARBONO 14 contra o governo Dilma foram realizadas em março,
abril e agosto. Os protestos serviram de estímulo para
Polícia Federal prende o ex-secretário-geral do PT que a oposição lançasse uma campanha para pedir o
Silvio Pereira e o empresário Ronan Maria Pinto em in- impeachment da presidente.
vestigação sobre a relação entre desvios na Petrobras e
a morte do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT). O principal argumento para a cassação do man-
A suspeita é que empréstimo contraído pelo PT por dato de Dilma é a edição de decretos que ampliaram
meio de José Carlos Bumlai tenha servido para pagar os gastos federais sem a autorização do Congresso –
Ronan e evitar que ele revelasse detalhes do assassi- segundo a acusação, a medida seria ilegal por ferir a
nato. Pereira teria recebido recursos de empreiteiras Lei Orçamentária. Em 2 de dezembro, o presidente da
investigadas. Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) au-
torizou a abertura do processo de impeachment contra
Dilma. Sua decisão é considerada uma retaliação ao PT
28ª FASE - OPERAÇÃO VITÓRIA DE PIRRO – horas  antes o partido havia decidido apoiar o pedi-
Prende o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e ou- do de cassação do mandato de Cunha no Conselho de
tras duas pessoas e mira a empreiteira OAS. A ope- Ética, onde o deputado é acusado de mentir sobre a
ração investiga doações feitas por empreiteiras para existência de contas secretas na Suíça. Com a decisão,
evitar convocações em CPIs da Petrobras. Argello era o processo deve tramitar nos primeiros meses de 2016.
vice-presidente da comissão.
Fonte: Almanaque Abril.

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IMPEACHMENT: O VOCÊ PRECISA SABER 3. A defesa do governo:


Na defesa que fez do governo, o Advogado-Geral
1. O rito do impeachment: da União, José Eduardo Cardozo, apresentou justifica-
tivas centradas em três argumentos:
••O processo de impeachment é aprovado na
Câmara se dois terços dos seus membros (342 ••Desvio de finalidade: o acolhimento do pedi-
deputados) votarem a favor da destituição da do de impeachment só foi feito pelo presidente
presidente. Caso não haja votos suficientes, o da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PM-
processo é arquivado. DB-RJ), como uma retaliação ao governo, que
votou pela abertura de processo contra ele na
••Se o processo for aberto, o pedido vai para Comissão de Ética – Cunha é acusado de rece-
uma Comissão do Senado e é enviado para vo- ber propina da Petrobras e possuir contas secre-
tação no plenário em algumas semanas. Se a tas na Suíça. Na visão do governo, portanto, o
maioria simples apoiar o impeachment (41 se- acolhimento do processo de impeachment con-
nadores), Dilma é afastada temporariamente do figuraria um “desvio de finalidade”.
cargo e o processo é instaurado. O vice, Michel
Temer, assume em caráter provisório.
••Pedaladas fiscais: o governo defende que
houve um atraso nos pagamentos aos bancos
••Uma comissão especial é criada no Senado
estatais, o que não configura uma operação de
para discutir o impeachment, em um procedi-
empréstimo. Além disso, esses atrasos são co-
mento que pode levar vários meses.
muns nas diversas esferas do Poder Executivo
••O julgamento é feito no plenário do Senado. (federal, municipal e estadual).
O impeachment ocorre se tiver o voto de dois
terços dos senadores (54 membros). Caso seja ••Créditos não autorizados: segundo a defesa,
absolvida, a presidente reassume o cargo ime- os decretos tiveram respaldo legal de técnicos
diatamente. Se for condenada, é afastada defini- e de ministérios. Não houve crime de respon-
tivamente do cargo, e o vice assume até o final sabilidade porque a meta fiscal foi cumprida. O
do mandato. que aconteceu foi um remanejamento de inves-
timentos de algumas áreas para outras.
2. As acusações contra Dilma:
4. O fator político:
A denúncia contra Dilma trata de duas questões
fundamentais que, no parecer do relator da Comissão, A análise do pedido de impeachment tem um cará-
configurariam o chamado crime de responsabilidade – ter eminentemente técnico: a destituição de um presi-
atos que lesam o Estado ou ameaçam a sua existência: dente por meio deste processo só deve ocorrer em caso
de crime de responsabilidade. Em outras palavras, ca-
bem aos congressistas analisar se há bases consistentes
••Pedaladas fiscais: O governo atrasou repasses que caracterizem as pedaladas fiscais e os decretos so-
de recursos para a Caixa Econômica e o Banco do bre créditos não autorizados como crimes de respon-
Brasil, responsáveis pelo pagamento de progra- sabilidade.
mas e benefícios sociais, como o Bolsa Família
e as aposentadorias. Sem receber o dinheiro do No entanto, o fator político pode pesar mais do que
governo, os próprios bancos acabaram arcando a análise jurídica do caso. O fato de a abertura do pro-
com esses benefícios. O governo fez o repasse cesso depender da decisão dos deputados e senadores
dos recursos posteriormente. Esta manobra foi abre margem para que os congressistas decidam votar
utilizada pelo governo para ajustar as suas con- pela destituição da presidente por motivações políti-
tas, simulando um saldo positivo inexistente ou cas. Embora não estejam em julgamento as denúncias
maior do que o real – a chamada pedalada fiscal. de corrupção na Petrobras, a recessão, o desemprego, a
A acusação considerou esta ação como um em- crise política e a impopularidade da presidente, é ine-
préstimo dos bancos estatais ao governo, o que é gável que estes fatores irão influenciar o voto de mui-
proibido pela Lei Orçamentária Anual. tos deputados na votação de domingo.

••Créditos não autorizados: A presidente Dil- Além disso, os congressistas também analisam de
ma editou uma sequência de decretos que au- que forma o seu grupo político pode se beneficiar de
mentaram as despesas do governo, afetando o um cenário com ou sem Dilma no poder para emitir
cumprimento das metas previstas no orçamen- seus pareceres.
to. Esse procedimento fere a Lei de Responsa- Logo, mais do que a interpretação jurídica dos pro-
bilidade Fiscal e só poderia ser realizado com a cedimentos fiscais realizados pelo governo, o que pesa
autorização do Congresso. bastante nesta hora é quem tem mais influência sobre
os parlamentares – o governo ou a oposição?

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Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/ Portanto, foi montada umaComissão Especial de


Impeachment para apurar as denúncias do processo,
ouvir testemunhas da acusação e da defesa e debater
RESUMO DO PROCESSO DE IMPEACHMENT política e juridicamente o caso.
Em 31 de agosto de 2016, a presidente do Brasil, No pedido que foi acolhido, os denunciantes for-
Dilma Vana Rousseff, foi destituída do cargo após a mularam a acusação de crime de responsabilidade
conclusão de um processo de impeachment, aberto contra a presidente Dilma com base no artigo 85 da
contra ela em 12 de maio do mesmo ano. E Constituição Federal e Lei 1. 079/1050.
ntretanto, Dilma Rousseff não perdeu seus direitos O argumento principal dizia respeito à violação, por
políticos com a destituição, isto é, não ficou inabilitada parte da presidente, de leis relativas ao orçamento e ao
para exercer cargos públicos por um período de oito controle fiscal, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias
anos, como prevê a ConstituiçãoFederal em seu artigo (LDO) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Essa
52 violação teria sido cometida com a edição de decre-
tos de créditos suplementares sem a aprovação do
Acolhimento do pedido de impeachment na Câ- Congresso Nacional e a realização de operação de cré-
mara dos Deputados: dito com instituição financeira controlada pela União.

Ao longo do ano de 2015, a Câmara dos Deputados, A defesa, que foi realizada pelo advogado José
então presidida pelo deputado Eduardo Cunha Eduardo Cardozo, bem como os senadores partidários
(PMDB), recebeu 50 pedidos de impeachment contra a da presidente, justificou que a edição dos decretos con-
presidente Dilma Rousseff. Desses pedidos, 39 foram sistia apenas em autorização de gastos, sem impacto
rejeitados por não apresentarem provas e argumentos na realização da despesa, já que esta seria “controlada
satisfatórios. pelos decretos de contingenciamento. Quanto a esse
aspecto, no ano de 2015, o governo teria promovido
Dos 11 restantes, Eduardo Cunha acolheu, em 2 de o maior contingenciamento da história e cumprido a
dezembro, aquele que foi protocolado em 15 de outu- meta vigente ao final do exercício”.
bro. Esse pedido foi elaborado pelos juristas Miguel
Reale Jr., Janaína Conceição Paschoal e Hélio Bicudo Além disso, a defesa também argumentou que toda
e subscrito por três líderes de movimentos populares a realização do processo de impeachment não tinha le-
que articularam parte da massa de pessoas que foi gitimidade porque não havia crime algum cometido
para as ruas em várias cidades do país em 2015, sobre- por Dilma Rousseff. Fez parte desse argumento a nar-
tudo em 15 de março. rativa de que o processo, na verdade, era um “golpe
parlamentar”, orquestrado por alguns personagens da
São eles: Kim Patroca Kataguiri (Movimento Brasil cena política, como Eduardo Cunha e Michel Temer.
Livre – MBL), Rogério Chequer (Vem Pra Rua) e Carla
Zambelli Salgado (Movimento Contra a Corrupção).
Votação final:

Abertura do processo e afastamento da presiden- Finalizados os trâmites da Comissão Especial de


te: Impeachment, o processo seguiu para sua fase final,
que transcorreu durante os dias 29, 30 e 31 de agosto
O pedido foi encaminhado ao plenário da Câmara de 2016. No primeiro dia, a presidente Dilma foi ao
para ser votada a sua admissibilidade. A votação ocor- plenário do Senado Federal fazer a sua defesa e res-
reu no dia 17 de abril de 2016. 367 deputados federais ponder aos questionamentos dos senadores. Depois,
foram favoráveis e 137 votaram contra. acusação e defesa fizeram seus discursos finais, se-
guidos pelos discursos, também finais, dos senadores
Aos doze dias do mês seguinte, foi a vez de o plená-
contra e a favor do impeachment. No dia 31, houve a
rio do Senado Federal votar contra ou favor da abertu-
votação decisiva.
ra do processo de impeachment. 55 senadores votaram
a favor e 22, contra. Todavia, antes que tivesse início, o primeiro-se-
cretário do Senado, senadorVicentinho Alves, apre-
Sendo assim, o processo estava oficialmente em
sentou um requerimento da bancada do Partido
curso e, como previsto no texto constitucional, Dilma
dos Trabalhadores (PT) – partido da Presidente da
Rousseff teve que se afastar temporariamente do car-
República – que pedia odestaque do texto da votação
go. Seu vice, Michel Temer, assumiu interinamente o
que fala da penalidade aplicada ao presidente que sofre
posto.
impeachment. O texto integral prevê a destituição do
cargo e a perda dos direitos políticos, isto é, a inabilita-
Argumentos da acusação e da defesa: ção para o exercício de funções públicas, por oito anos.
Segundo a Constituição Federal do Brasil, durante O requerimento pedia que ocorressem duas vota-
o processo de impeachment, os senadores desempe- ções, uma para cada quesito da sentença. Os senadores
nham função de juízes. votariam:

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1) a favor ou contra a perda do mandato da pre-


sidente e 11 PARANÁ

2) a favor ou contra a perda dos direitos polí- HISTÓRIA


ticos.
O primitivo homem paranaense pertencia à família
O requerimento foi deferido pelo presidente da tupi-guarani e jê. Foram os tupi que deram nome ao
mesa do julgamento, que era, na ocasião, o minis- Estado: Paraná “rio caudaloso”, sendo estes ainda, os
tro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que primeiramente entraram em contato como o ho-
RicardoLewandowski. Ocorreram, então, duas vota- mem branco.
ções e a presidente foi destituída de seu posto (primei-
ra votação), mas ficou com os seus direitos políticos O Paraná espanhol nasceu em 1557 na foz do rio
preservados (segunda votação). Esse “fatiamento” do Piquiri, com o nome de Ciudad Real del Guayrá, que
texto da pena gerou intensa discussão entre juristas, junto com Vila Rica do Espírito Santo, nas margens no
políticos e jornalistas, já que foi considerado inconsti- Ivaí, tornou-se a Província de Vera ou do Guayrá.
tucional por muitos.
Já o Paraná português teve suas raízes ligadas ao
Fonte: http://vestibular.brasilescola.uol.com.br/ Ciclo do Ouro, quando na margem esquerda ao rio
Taquaré (hoje Itiberê), é fundada Paranaguá, aos 29 de
junho de 1648. No mesmo ciclo aurífero, nasceram as
ELEVADO ENDIVIDAMENTO AGRAVA A CRISE vilas de Antonina, Morretes e no Primeiro Planalto,
ECONÔMICA Curitiba cujo Pelourinho (símbolo do poder legalmen-
te constituído) foi erguido aos 29 de março de 1693.
O Brasil enfrentou em 2015 uma das mais inten-
sas crises econômicas dos últimos anos. O desequilí- Com as atividades da lavra de ouro em Minas
brio das contas públicas levou o ministro da Fazenda Gerais, as populações eram abastecidas com a car-
Joaquim Levy a adotar uma série de medidas para cor- ne bovina proveniente do Rio Grande do Sul, o que
tar os gastos do governo. O chamado ajuste fiscal afe- acarretou um franco comércio entre Viamão naquele
tou o acesso ao seguro-desemprego, aos benefícios da estado e Sorocaba em São Paulo, tendo início no Brasil
previdência e ao abono salarial, além de cortar inves- Meridional, um novo ciclo, o do Tropeirismo, que
timentos do governo em diversas áreas. Para conter a no Paraná fundou cidades como Rio Negro, Campo
alta da inflação, os juros subiram ainda mais, dificultan- do Tenente, Lapa, Porto Amazonas, Palmeira, Ponta
do o acesso ao crédito. Além disso, a desconfiança do Grossa, Castro, Tibagi, Piraí do Sul, Jaguariaíva e
mercado diante do cenário econômico brasileiro inibiu Sengés incorporando ainda ao linguajar paranaense
investimentos na indústria e a desaceleração da eco- inúmeros termos, em uso até hoje.
nomia chinesa afetou as exportações de commodities.
Os ciclos econômicos sucederam-se com o extra-
Tudo isso levou a uma redução da atividade eco- tivismo da erva-mate que teve seu apogeu no século
nômica, que pode ser medida pelos indicadores: entre XIX, sendo responsável pela Emancipação Política
janeiro e setembro, o PIB caiu 3,2%, colocando o país do Paraná, em 1853, até então, quinta Comarca da
em recessão; em novembro, a inflação superou 10% no Província de São Paulo.
acumulado de 12 meses (a maior taxa desde novembro
de 2003); e o desemprego bateu 7,5% em novembro No bojo da atividade ervateira, que chegou a re-
(um crescimento de 2,7% em um ano). presentar 85%, da economia da nova província, os
transportes tiveram grande impulso: desenvolveu-se a
Fonte: Almanaque Abril. navegação fluvial nos rios Iguaçu e Paraná, construiu-
se a ligação entre o planalto e o litoral com a Estrada
da Graciosa e a Ferrovia Paranaguá/Curitiba. Sendo
ainda esteio da economia paranaense até o inicio da II
RASCUNHO Guerra Mundial.

A exemplo do que ocorreu em todo o Brasil, a ma-


deira exportada era primeiramente retirada do litoral.

Com a ligação rodoviária e ferroviária entre o pla-


nalto e o litoral, foi que a extensa floresta de Araucaria
angustifolia, existente nos planaltos paranaenses,
permitiu a exploração da madeira, como uma ativi-
dade econômica, que ultrapassou a própria erva-ma-
te em arrecadação, notadamente durante a II Guerra
Mundial, influenciando a história, cultura, literatura,
artes, hábitos e gastronomia paranaenses, bem como
nomeou a própria capital: Curitiba, que em tupi sig-
nifica “muito pinhão” além de constar do nome de

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tantos outros municípios: Araucária (angustifolia), Esse povo trouxe ao Paraná todas as atividades a
Pinhão, Pinhais, Pinhalão, São José dos Pinhais e lo- que se dedicavam, entre elas a olaria, agricultura, mar-
calidades: Pinhalzinho, Pinheiral, Três Pinheiros, etc. cenaria, carpintaria, etc. E, à medida que as cidades
prosperavam, os imigrantes passaram a exercer tam-
Foi este ciclo que atraiu os ingleses e povoou o va- bém atividades comerciais e industriais. Hoje, a maior
zio das florestas derrubadas. No século XIX, o Paraná colônia de alemães está no município de Marechal
recebeu milhares de agricultores originários da Suíça, Cândido Rondon, que guarda na fachada das casas,
Itália, Alemanha, Polônia, Ucrânia e Rússia, entre ou- na culinária e no rosto de seus habitantes a marca da
tros. colonização.
A partir do início do século XX desencadeou-se a Os alemães estão concentrados também em
cultura intensiva e extensiva do café em uma região de Rolândia, Cambé e Rio Negro. A maioria deles chegou
aproximadamente 100.000 km2, abrangendo três áreas ao Paraná vindo de Santa Catarina.
distintas: o Norte Pioneiro, o Norte Novo e Norte
Novíssimo, cuja colonização, ocorreu entre as déca-
das de 30 e 50, pela Companhia de Terras do Norte do Árabes:
Paraná, dando início a um dos maiores movimentos de
O primeiro lugar onde os árabes se instalaram
migração interna, que ali fixou uma população cons-
no Paraná foi Paranaguá. Mais tarde eles foram para
tituída por paulistas, mineiros, catarinenses, nordesti-
Curitiba, Araucária, Lapa, Ponta Grossa, Guarapuava,
nos, paranaenses de outras regiões e estrangeiros.
Serro Azul, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, que
A fértil terra roxa deu origem a cidades como hoje tem a maior colônia árabe do Estado. Em Curitiba
Jacarezinho, Cambará, Cornélio Procópio, Londrina apareceram em maior número após a Segunda Guerra
(o nome é uma homenagem a Londres), Maringá, Mundial, quando chegaram a constituir cerca de 10%
Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cianorte, etc. da população.

Na década de 60 a lavoura cafeeira, foi a principal Uma das maiores influências dos árabes no Estado
fonte de divisas do Paraná, chegando a representar está na gastronomia, onde os temperos e condimentos
60% do valor total da produção agrícola do Estado. passaram a ser incorporados a culinária de modo ge-
ral, além dos kibes e sfihas que até hoje estão presente
O fenômeno de ocupação territorial e econômica na mesa dos paranaenses. Os imigrantes árabes se de-
ocorrido no norte repetiu-se no oeste e sudoeste pa- dicaram principalmente à produção literária, arquite-
ranaense. Migrantes vindos principalmente do Rio tura, música e dança.
Grande do Sul introduziram a cultura de soja no
Estado. Esse produto, juntamente com o trigo, tornou-
se um dos esteios da agricultura estadual, alargando Espanhóis:
as fronteiras agrícolas. Os primeiros imigrantes espanhóis que chega-
ram ao Paraná formaram Colônias nos municípios de
A partir de meados de 1970, o Paraná começou a in-
Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Wensceslau
dustrializar-se, embora a matéria-prima seja ainda de
Brás. Entre 1942 e 1952 a imigração espanhola tornou-
origem agrícola. Implantaram-se empresas de grande
se mais intensa. Novos municípios, principalmente
porte, com tecnologia moderna, como a de material
na região de Londrina, foram formados por esses imi-
elétrico, de comunicações, automobilística, refino de
grantes. Eles desenvolveram atividades comerciais, ar-
petróleo, além da agroindústria.
tesanais e relacionadas à indústria moveleira.

ETNIAS
Holandeses:
O Paraná é um dos estados com a maior diversida-
de étnica do Brasil. São alemães, poloneses, ucrania- Os primeiros holandeses chegaram no Paraná em
nos, italianos, japoneses, povos que ajudaram a cons- 1909, instalaram-se em uma comunidade próxima
truir o Paraná de hoje. As 28 etnias que colonizaram o a Irati. Algumas famílias acabaram voltando para
Estado trouxeram na bagagem sua cultura, costumes a Holanda, outras foram para a região dos Campos
e tradições. Os imigrantes chegaram com a promessa Gerais onde fundaram a Cooperativa Holandesa de
de encontrar a paz numa ‘terra desconhecida, mas que Laticínios, em 1925. A Cooperativa trouxe a consolida-
prometia trabalho, terra, produção e tranquilidade. ção da colônia de Carambeí. A Castrolanda é a povoa-
ção mais recente de holandeses na região.
Alemães:
Índios - Na época do descobrimento, em 1500, o
Os alemães foram os primeiros a chegar ao Paraná, Brasil era habitado por tribos indígenas, qsue viviam
em 1829, fixando-se em Rio Negro. Mas, o maior nú- espalhadas por todo o território nacional. No Paraná, o
mero de imigrantes vindos da Alemanha chegou ao habitantes primitivos também eram os indígenas que
Estado no período entre as guerras mundiais, fugindo formavam grandes grupos ou tribos, os Jê ou Tapuia
dos horrores dos conflitos. e a grande família dos Tupis-Guarani. Os Carijó e
Tupiniquim habitavam o litoral; os Tingüi, a região

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onde hoje é Curitiba; os Camé, a região onde hoje é daram várias colônias que hoje são os bairros Santa
o município de Palmas; os Caigangue e Botocudo ha- Cândida e Abranches. Esse povo ajudou a difundir o
bitavam o interior do Paraná. Os primeiros caminhos uso do arado e da carroça de cabeçalho móvel, puxado
do Paraná foram feitos pelos índios e usados pelos a cavalo. Dedicados à agricultura, ajudaram a aumen-
bandeirantes para penetrar no território: Caminho de tar a produção do Estado.
Peaberu, Caminho da Graciosa, Caminho de Itupava e
Estrada da Mata.
Portugueses:

Italianos: No Paraná, a partir de meados do século XIX, des-


tacam-se as grandes levas de portugueses atraídos
Sem dúvida os italianos foram os que ocuparam o
pela explosão cafeeira do Norte Novo do Paraná, no
primeiro lugar nas imigrações brasileiras. No Paraná
eixo compreendido entre Londrina, Maringá, Campo
eles contribuíram muito trabalhando nas lavouras
Mourão até Umuarama. Grande maioria veio das
de café e, mais tarde, em outras culturas. A principal
Beiras (Alta e Baixa), Minho, Trás-os-Montes. A cidade
concentração desses imigrantes no Estado está na ca-
de Paranaguá foi, e continua sendo até hoje, a cidade
pital, Curitiba, em Morretes, no litoral, e nas cidades
do Paraná que tem mais traços da cultura e herança lu-
de Palmeira e Lapa, onde existiu a colônia anarquista
sitana. Foi a porta de entrada dos portugueses e man-
de Santa Cecília.Os italianos contribuíram também na
teve alguns traços característicos desse legado.
indústria e na formação de associações trabalhistas e
culturais.
Ucranianos:
Japoneses:
Os ucranianos chegaram ao Paraná entre 1895 e
Os imigrantes japoneses se fixaram no Norte 1897. Mais de 20 mil Imigrantes chegaram ao Estado
Pioneiro, trazendo a tradição da lavoura. Como, po- e formaram suas principais colônias em Prudentópolis
rém, desconheciam técnicas agrícolas relativas às cul- e Mallet. Estão presentes também nos municípios de
turas tropicais, se dedicaram a piscicultura, horticultu- União da Vitória, Roncador e Pato Branco. Hoje o
ra e fruticultura na economia regional. Paraná abriga a grande maioria de ucranianos que vi-
vem no Brasil: 350 mil dos 400 mil imigrantes e des-
Alguns dos produtos introduzidos no Estado pelos cendentes.
japoneses foram o caqui e o bicho da seda. Maringá e
Londrina são as cidades paranaenses que concentram GEOGRAFIA
o maior número de japoneses. Os municípios de Uraí
e Assaí originaram-se a partir de colônias japonesas. Localizado na Região Sul do país, o Paraná ocupa
uma área de 199.554 km2, que corresponde a 2,3% da
superfície total do Brasil e conta atualmente com 399
Negros: municípios instalados (2009). São cincos as zonas na-
A população do Paraná tradicional, isto é, do turais do estado, ou seja: o Litoral, a Serra do Mar, O
Paraná da mineração, da pecuária, das indústrias ex- Primeiro, Segundo e Terceiro Planaltos, todos reser-
trativas do mate e da madeira, e da lavoura de sub- vando agradáveis surpresas, nos diversos segmentos
sistência , era heterogênia e nela estavam presentes os do turismo.
mesmos elementos que compunham a população das
O Paraná é subdividido em duas principais bacias
outras regiões brasileiras: o índio, o europeu, o negro
hidrográficas: os do Rio Paraná e o complexo de rios da
e seus mestiços.
bacia de drenagem do Atlântico. No litoral, com 98 km
Portanto, uma sociedade também marcada pela es- de extensão, está localizada a baía de Paranaguá com
cravidão e na qual foi significativa a participação eco- 300 km2 de área, uma das mais importantes do Sul
nômica e social dos escravos negros. do Brasil, onde destacam-se os portos de Paranaguá
e Antonina.
Na primeira metade do século XIX o número re-
lativo de representantes da raça negra chegou a 40% A temperatura média do Estado é de 18,5ºC, sendo
do total da população da Província. Em Curitiba, o que o clima é dividido em dois regimes: o tropical que
escravo estava presente no trabalho doméstico, mas domina o Norte, Oeste e Litoral com temperaturas mé-
também tinha lugar importante no cenário cultural dias de 22° C, e o subtropical ou temperado nas regiões
da cidade. Eles mostravam seu talento musical parti- do Centro-Sul, com temperaturas médias entre 10°
cipando de “cantos” no largo do mercado municipal. C e 22ºC. Seus indicadores econômicos o credenciam
entre os maiores produtores do Brasil, participando
com cerca de 23% da produção brasileira de grãos,
Poloneses: com destaque para: trigo, milho, feijão, algodão, soja,
Os poloneses chegaram ao Paraná por volta de 1871, café, mandioca, cana-de-açucar e a erva-mate, além da
e fixaram-se em São Mateus do Sul, Rio Claro, Mallet, avicultura, suinocultura e bovinocultura de leite e de
Cruz Machado, Ivaí, Reserva e Irati. Em Curitiba, fun- corte.

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No setor industrial, sobressaem a agroindústria, a


alimentícia, fertilizantes, cimento, eletroeletrônica e a 12 POLÍTICAS PÚBLICAS
metalmecânica, sendo um dos principais estados ex-
portadores do país, com um PIB de R$ 150.712 bilhões O DEBATE SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS
(IPARDES - 2007). PARA O MEIO AMBIENTE, SAÚDE, EDUCAÇÃO,
TRABALHO, SEGURANÇA, ASSISTÊNCIA
Atualmente, a malha rodoviária do Estado do
SOCIAL E JUVENTUDE
Paraná possui 15.818,18 km de rodovias, sendo que
destes, 13.507,81 km são de rodovias pavimentadas. Políticas públicas são conjuntos de programas,
No setor energético, a potencia instalada é de aproxi- ações e atividades desenvolvidas pelo Estado direta-
madamente 18.000 MW, gerados em 118 empreendi- mente ou indiretamente, com a participação de entes
mentos. públicos ou privados, que visam assegurar determina-
do direito de cidadania, de forma difusa ou para de-
Com uma população de 10.284 milhões de habi-
terminado seguimento social, cultural, étnico ou eco-
tantes (IBGE - 2007), o estado é formado predominan-
temente por descendentes de diversas etnias como: nômico. As políticas públicas correspondem a direitos
poloneses, italianos, alemães, ucranianos, holandeses, assegurados constitucionalmente ou que se afirmam
espanhóis e japoneses que aqui se fixaram, juntando- graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou
se ao índio, ao português e ao negro, os três elementos pelos poderes públicos enquanto novos direitos das
básicos que formaram o povo e a cultura paranaen- pessoas, comunidades, coisas ou outros bens materiais
se, fazendo com que o Paraná seja conhecido como a ou imateriais.
“Terra de Todas as Gentes”. As políticas públicas podem ser formuladas prin-
Apresentado o maior avanço no IDH - Índice de cipalmente por iniciativa dos poderes executivo, ou
Desenvolvimento Humano, entre os 6 primeiros es- legislativo, separada ou conjuntamente, a partir de
tados colocados no ranking nacional, o Paraná tem demandas e propostas da sociedade, em seus diversos
como principais cidades: Curitiba, Londrina, Cascavel, seguimentos.
Ponta Grossa, Maringá, Guarapuava e Foz do Iguaçu.
A participação da sociedade na formulação, acom-
panhamento e avaliação das políticas públicas em al-
RASCUNHO guns casos é assegurada na própria lei que as institui.

As políticas públicas normalmente estão constituí-


das por instrumentos de planejamento, execução, mo-
nitoramente e avaliação, encadeados de forma integra-
da e lógica, da seguinte forma:

1. Planos

2. Programas;

3. Ações 4. Atividades.

Os planos estabelecem diretrizes, prioridades e


objetivos gerais a serem alcançados em períodos re-
lativamente longos. Por exemplo, os planos decenais
de educação tem o sentido de estabelecer objetivos e
metas estratégicas a serem alcançados pelos governos
e pela sociedade ao longo de dez anos.

Os programas estabelecem, por sua vez, objetivos


gerais e específicos focados em determinado tema,
público, conjunto institucional ou área geográfica.
O Programa Nacional de Capacitação de Gestores
Ambientais (PNC) é um exemplo temático e de públi-
co.

Ações visam o alcance de determinado objetivo es-


tabelecido pelo Programa, e a atividade, por sua vez,
visa dar concretude à ação.

Assim como no estudo dos demais pontos da disci-


plina de atualidades, em relação às políticas adotadas
em temas específicos, cabe o acompanhamento do no-
ticiário local e nacional.

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ao passo que a Sociedade é uma pluralidade de laços.


ASPECTOS RELEVANTES DAS
13 RELAÇÕES ENTRE OS ESTADOS E Vale a pena de referir sua noção de que a Sociedade
é o gênero, o Estado, a espécie; de que a organização
POVOS estatal representa uma forma de Sociedade apenas,
em concorrência e contraste com outras, mais vastas,
ESTADO como as religiões e as nacionalidades, cujos laços, em-
bora de maior extensão e abrangendo por vezes efe-
Maquiavél, que inaugurou o conceito moderno de tivos humanos mais numerosos, carecem todavia de
Estado em sua obra “O Príncipe” afirmava que “todos envergadura e da solidez do laço político, de suprema
os domínios que têm tido ou têm império sobre os ho- influência sobre os demais.
mens são Estados, e são repúblicas ou principados”.
De igual teor jurídico é também o conceito de
Para Paulo Bonavides a caracterização do Estado Estado de Burdeau, que assinala sobretudo o aspecto
sob os postulados filosóficos, jurídicos e políticos se dá institucional do poder. Diz esse autor que “o Estado se
da seguinte maneira: forma quando o poder assenta numa instituição e não
num homem. Chega-se a esse resultado mediante uma
operação jurídica que eu chamo a institucionalização
Acepção filosófica:
do Poder”. Jean-Yves Calvez, inspirado em Burdeau e
Hegel definiu o Estado como a “realidade da idéia após comentar-lhe a concepção de Estado, conclui: “O
moral”, a “substância ética consciente de si mesma”, a Estado é a generalização da sujeição do poder ao direi-
“manifestação visível da divindade”, colocando-o na to: por uma certa despersonalização”. Desenvolvendo
rotação de seu princípio dialético da Idéia como a sín- as idéias de Burdeau, intenta então demonstrar que o
tese do espírito objetivo, o valor social mais alto, que Estado só existirá onde for concebido como um poder
concilia a contradição Família e Sociedade, como insti- independente da pessoa dos governantes.
tuição acima da qual sobrepaira tão-somente o absolu-
to, em exteriorizações dialéticas, que abrangem a arte,
a religião e a filosofia. Acepção sociológica:
Com Oswaldo Spengler, Oppenheimer, Duguit e
Acepção jurídica: outros o conceito de Estado toma coloração marcada-
mente sociológica.
Em Kant colhe-se acerca do Estado conceito deve-
ras lacunoso, inferior à definição clássica que nos deu Ao passo que Spengler surpreende no Estado a
do Direito. Com seu formalismo invariável, viu Kant História em repouso e na História o Estado em mar-
no Estado apenas o ângulo jurídico, ao concebê-lo cha, Oppenheimer considera errôneas todas as defini-
como “a reunião de uma multidão de homens vivendo ções até então conhecidas de Estado, desde Cícero a
sob as leis do Direito”. Jellinek.

Sem embargo de suas raízes kantistas, não poupou O abalizado pensador confessa que o pessimismo
Del Vecchio a definição de Kant, que ele reputa inexa- sociológico domina os espíritos. O conceito de Estado
ta. Diz que se poderia aplicar tanto a um município que elabora está vazado nas influências marxistas de
como a uma província e até mesmo a uma penitenciá- seu pensamento. O Estado, pela origem e pela essên-
ria! cia, não passa daquela “instituição social, que um gru-
po vitorioso impôs a um grupo vencido, com o único
Todavia não soube esse jurista-filósofo ir muito fim de organizar o domínio do primeiro sobre o segun-
além da estreiteza jurídica do kantismo formalista, ao do e resguardar-se contra rebeliões intestinas e agres-
conceituar o Estado. Tanto assim que sua definição de sões estrangeiras”.
Estado como “o sujeito da ordem jurídica na qual se
realiza a comunidade de vida de um povo” ou “a ex- O Estado constitucional moderno não se desvincu-
pressão potestativa da Sociedade”, posto que ressalte, lou na teoria de Oppenheimer de sua índole de orga-
como ele afirma, a distinção entre Sociedade e Estado, nização da violência e do jugo econômico a que uma
despreza contudo elementos classe submete outra. Célebre é a passagem em que ele
sustenta que, pela forma, esse Estado é coação e pelo
concretos da realidade estatal, partes constitutivas conteúdo exploração econômica.
do Estado, que só vão aparecer com toda a inteireza e
precisão naquele conceito sociológico de Duguit, que o A posição sociológica de Duguit com respei-
mesmo Del Vecchio já antes reproduzira e de que nos to ao Estado não varia consideravelmente da de
ocuparemos mais adiante. Oppenheimer.

A definição de Del Vecchio, do ponto de vista ex- Considera o Estado coletividade que se caracteriza
clusivamente jurídico, satisfaz, principalmente quan- apenas por assinalada e duradoura diferenciação entre
do ele, separando o Estado da Sociedade, nota, com fortes e fracos, onde os fortes monopolizam a força, de
toda a lucidez que o Estado é o laço jurídico ou político modo concentrado e organizado.

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Define o Estado, em sentido geral, como toda so- Algo caracteriza assim o presente, por esse aspecto,
ciedade humana na qual há diferenciação entre gover- segundo ele: os grupos e os indivíduos só terão direito
nantes e governados, e em sentido restrito como “gru- ao emprego material da força com o assentimento do
po humano fixado em determinado território, onde os Estado.
mais fortes impõem aos mais fracos sua vontade”.
De sorte que este se converte na única fonte do
Outro jurista-sociólogo do tomo de von Jehring “direito” à violência, conforme expressões textuais do
destaca também no Estado o aspecto coercitivo. Com abalizado sociólogo.
efeito, diz esse autor que o Estado é simplesmente “a
organização social do poder de coerção” ou “a organi- O conceito de uma ordem jurídica legítima raciona-
zação da coação social” ou “a sociedade como titular lizou, por sua vez, as regras concernentes à aplicação
de um poder coercitivo regulado e disciplinado”, sen- da força, monopolizada pelo Estado. Em suma, reco-
do o Direito por sua vez “a disciplina da coação”. nhece Max Weber o Estado como a derradeira fonte de
toda a legitimidade, tocante à utilização da força física
Do mesmo cunho sociológico, o conceito marxis- ou material.
ta de Estado. Marx e Engels explicam o Estado como
fenômeno histórico passageiro, oriundo da aparição
da luta de classes na Sociedade, desde que, da pro- Elementos constitutivos:
priedade coletiva se passou à apropriação individual Existem elementos formais e materiais. Formal é o
dos meios de produção. Instituição portanto que nem poder político na sociedade. “E de ordem material, o
sempre existiu e que nem sempre existirá. Fadado a elemento humano, que se qualifica em graus distintos,
desaparecer, o poder político, como Marx o definiu, é como população, povo e nação, isto é, em termos de-
“o poder organizado de uma classe para opressão de mográficos, jurídicos e culturais, bem como o elemen-
outra”. to território” (Bonavides).
Da mesma forma, assinala Engels que a presente
Sociedade, enquanto Sociedade de classes, não pode POVO
dispensar o Estado, isto é, “uma organização da res-
pectiva classe exploradora para manutenção de suas O povo é o conjunto de indivíduos que pertencem
condições externas de produção, a saber, para a opres- ao Estado, isto é, o conjunto de cidadãos, ou seja, o
são das classes exploradas.” conjunto de pessoas que pertencem ao Estado pela re-
lação de cidadania.
O conceito de Estado repousa, por conseguinte, na
organização ou institucionalização da violência, se-
gundo as análises mais profundas da sociologia polí- Conceito político:
tica. Esse conceito, já examinado em tantos cientistas “O quadro humano sufragante, que se politizou
sociais, reaparece por igual num sociólogo da enver- (quer dizer, que assumiu capacidade decisória), ou
gadura de Max Weber. seja, o corpo eleitoral. O conceito de povo traduz por
conseguinte uma formação histórica recente, sendo es-
Só um instrumento consente definir sociologica-
tranho ao direito público das realezas absolutas, que
mente o Estado moderno, bem como toda associação
conheciam súditos e dinastias, mas não conheciam po-
política: a força — diz aquele pensador — e não o seu
vos e nações.
conteúdo. Todas as formações políticas são formações
de força, prossegue o insigne sociólogo, de tal manei- Esse conceito político de povo prende-se eviden-
ra que se existissem somente agregações sociais sem temente a um concepção ideológica: a das burguesias
meios coercitivos, já não haveria lugar para o conceito ocidentais que implantaram o sistema representativo
do Estado. e impuseram a participação dos governados, desenca-
deando o processo que converteria estes de objeto em
“Todo Estado se fundamenta na força”, disse
sujeito da ordem política (Bonavides).
Trotsky em Brest- Litowsk, e Max Weber, citando-o
de forma literal, lhe dá inteira razão, embora ache que
“a violência não é o instrumento normal e único do Conceito sociológico:
Estado”, mas aquele que lhe é “específico”. No pas-
sado, sim, fora a violência, desde a horda, um meio Existe relação com o conceito de nação. “O povo é
inteiramente normal entre os mais distintos grupos. compreendido como toda a continuidade do elemento
humano, projetado historicamente no decurso de vá-
O Estado moderno racionalizou, porém, o empre- rias gerações e dotado de valores e aspirações comuns.
go da violência, ao mesmo passo que o fez legítimo. “Compreende vivos e mortos, as gerações presentes e
De modo que, valendo-se de tais reflexões, chega Max as gerações passadas, os que vivem e os que hão de
Weber, enfim, ao seu célebre conceito de Estado: aque- viver. (...) O povo nesse sentido é a nação, e ainda de-
la comunidade humana que, dentro de um determina- baixo desse aspecto pode tomar uma acepção tão lata
do território, reivindica para si, de maneira bem suce- que para sobreviver basta conservar acesa a chama da
dida, o monopólio da violência física legítima. consciência nacional” (Bonavides).

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NAÇÃO DEMOCRACIA

A nação é “um grupo humano no qual os indiví- A palavra democracia tem origem no grego de-
duos se sentem mutuamente unidos, por laços tanto mokratía que é composta por demos (que significa
materiais como espirituais, bem como conscientes da- povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema po-
quilo que os distingue dos indivíduos componentes de lítico, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio
outros grupos nacionais” (Hauriou). universal.

É um regime de governo em que todas as impor-


O PODER DO ESTADO tantes decisões políticas estão com o povo, que elegem
seus representantes por meio do voto.
Elemento essencial constitutivo do Estado, o poder
representa sumariamente aquela energia básica que
anima a existência de uma comunidade humana num Democracia representativa e democracia delibera-
determinado território, conservando-a unida, coesa e tiva:
solidária.
Democracia representativa é o sistema político em
Pode ser definido como “a faculdade de tomar de- que os eleitores delegam a representantes (vereadores,
cisões em nome da coletividade” (Afonso Arinos). deputados e senadores), por alguns anos, o poder de
decidir em seu nome.

Legitimidade do poder político: A democracia deliberativa defende que o exercício


da cidadania estende-se para além da mera participa-
“Do ponto de vista filosófico, a legitimidade repou-
sa no plano das crenças pessoais, no terreno das con- ção no processo eleitoral, exigindo uma participação
vicções individuais de sabor ideológico, das valorações mais direta dos indivíduos no domínio da esfera pú-
subjetivas, dos critérios axiológicos variáveis segundo blica, em um processo contínuo de discussão e crítica
as pessoas, tomando os contornos de uma máxima de reflexiva das normas e valores sociais.
caráter absoluto, de princípio inabalável, fundado em Entre os objetivos da democracia deliberativa é
noção puramente metafísica que se venha a eleger por promover a legitimidade das decisões coletivas, enco-
base do poder. (...)A legitimidade assim considera- rajar a participação popular sobre assuntos públicos,
da não responde aos fatos, à ordem estabelecida, aos promover processos mutuamente respeitáveis de to-
dados correntes da vida política e social, segundo o mada de decisão, ajudar a corrigir os erros de tomada
mecanismo em que estes se desenrolam — o que seria
de decisão dos cidadãos e agentes públicos já que to-
já do âmbito da legalidade — mas inquire acerca dos
dos são passíveis de erros ao tomar decisões coletivas.
preceitos fundamentais que justificam ou invalidam a
existência do título e do exercício do poder, da regra
moral, mediante a qual se há de mover o poder dos go- FUNÇÃO POLÍTICA DAS OUVIDORIAS
vernantes para receber e merecer o assentimento dos EXTERNAS, CONFERÊNCIAS E AUDIÊNCIAS
governados” (Bonavides). PÚBLICAS

A ouvidoria auxilia o cidadão em suas relações


A soberania: com o Estado. Deve atuar no processo de interlocução
Trata-se de uma faculdade de impor aos outros um entre o cidadão e a Administração Pública, de modo
comando a que lhes fiquem a dever obediência, perpé- que as manifestações decorrentes do exercício da ci-
tuo, pois não pode ser limitado no tempo, e absoluto, dadania provoquem contínua melhoria dos serviços
pois não está sujeito à condições ou encargos, postos públicos prestados. A existência de uma unidade de
por outrem. ouvidoria na estrutura de um órgão público pode es-
treitar a relação entre a sociedade e o Estado, permitin-
O conceito de soberania foi teorizado pelo francês do que o cidadão participe da gestão pública e realize
Jean Bodin no seu livro intitulado Os Seis Livros da um controle social sobre as políticas, os serviços e, in-
República. Rousseau inseriu o conceito de soberania diretamente, os servidores públicos.
da pessoa do governante para todo o povo, entendido
como corpo político ou sociedade de cidadãos. A so- Na ouvidoria, a análise das manifestações recebi-
berania é inalienável e indivisível e deve ser exercida das pode servir de base para informar ao di- rigente do
pela vontade geral, denominada por soberania popu- órgão sobre a existência de problemas e, como conse-
lar. quência, induzir mudanças estruturais e, mesmo, me-
lhorias conjunturais.
A partir do século XIX foi elaborado um conceito
jurídico de soberania, segundo o qual esta não perten- Por sua vez, a audiência pública é um instrumen-
ce a nenhuma autoridade particular, mas ao Estado to do diálogo estabelecido com a sociedade na busca
enquanto pessoa jurídica. A noção jurídica de sobera- de soluções para as demandas sociais. É um espaço de
nia orienta as relações entre Estados e enfatiza a neces- conversação aberto para a co-construção de soluções
sidade de legitimação do poder político pela lei. para as questões apresentadas pela comunidade.

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Atualidades

Ela propicia ao particular a troca de informações


com o administrador, bem assim o exercício da cidada-
nia e o respeito ao princípio do devido processo legal
em sentido substantivo.

Uma conferência é um espaço público de debates,


um mecanismo institucional de democracia participa-
tiva. São grandes fóruns organizados, em que os di-
versos segmentos da sociedade debatem, por meio de
metodologia específica, todas as políticas públicas do
país que sejam referentes aos temas discutidos.

A audiência pública tem importância material por-


que é ela que dá a sustentação fática à decisão adotada.
Quem mais se beneficia de seus efeitos são os próprios
particulares, considerada a prática de uma adminis-
tração mais justa, mais razoável, mais transparente,
decorrente do consenso da opinião pública e da demo-
cratização do poder.

ANOTAÇÕES

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