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Requisitos, Areia Base PDF
Requisitos, Areia Base PDF
QUIMICAMENTE
2009
Consistência
• Capacidade de reter a forma após a compactação; medida
pela resistência mecânica a verde
Plasticidade
• Confere resiliência ao molde, permitindo que ele se deforme
plasticamente sem se romper; essencial para a extração do
modelo
Areia verde, constituintes, requisitos; areia-base 7
Durante e após o vazamento
Permeabilidade
Permite escape de ar, gases e vapores
– depende do tamanho médio e distribuição dos vazios
intergranulares do molde / macho
Difusividade térmica
Determina o esfriamento da peça fundida; é função de
– condutividade térmica
– capacidade térmica
– densidade
tipos de constituintes e
modo de compactação e
intensidade de compactação
areia base
mais comum: de sílica (quartzo)
argila
mais comum: bentonita
água
H2O + substâncias dissolvidas e em suspensão
aditivos
pó-de-carvão, pó-de-madeira, amido etc.
A preparação da mistura
é por muitos considerada como um quinto constituinte
100%
90%
80%
70%
Umidade
60% Argila ativa (Azul de Metileno)
50%
Carbonáceos (na argila AFS)
Sílica
40%
30%
20%
10%
0%
Nova
na desmoldagem, os
machos incorporam-se
parcialmente à areia de
moldagem
na recirculação, H2O
evapora mas os sais
dissolvidos permanecem
Areia verde, constituintes, requisitos; areia-base 12
Variações de densidade em uma areia verde
camadas de argila
camada úmida inerte fixadas aos
de finos ativos grãos
~ 1,8 g/cm3 ~ 1,8 g/cm3
SiO2 SiO2
2,65 g/cm3 2,65 g/cm3
100%
90%
80%
70% Umidade
Argila ativa (Azul de Metileno)
60%
Carbonáceos (na argila AFS)
50% Finos inertes (argila e cinzas)
Metálicos
40% Oolíticos
Sílica
30%
20%
10%
0%
Forte tendência a Peças boas Rugosidade
expansão excessiva
alta densidade real baixa densidade real
Areia verde, constituintes, requisitos; areia-base 14
Areia base
As areias de sílica (quartzo) são as mais abundantes e baratas
Por isso são as selecionadas na quase totalidade dos casos
Outras areias (menos) usadas: cromita, zirconita, olivina, chamote ...
Composição básica
• mineralógica: quartzo
• química: quase 100% SiO2
Impurezas comuns
• feldspatos: (K2O.Al2O3.6SiO2 ou Na2O.Al2O3.6SiO2)
• argilas (Al2O3.4SiO2 . 2H2O),
• óxidos de ferro (Fe2O3.xH2O),
• rutilo (TiO2),
• outras, conforme a procedência.
Reações com o ferro
• não reage com o ferro metálico;
• com óxidos de ferro forma silicato (faialita, funde a < 1.200°C)
Implicações higiênicas
• Silicose: moléstia do pulmão (por inalação de pó de sílica)
• efeito cumulativo, irreversível
Areia verde, constituintes, requisitos; areia-base 16
Análise granulométrica
Séries de peneiras
AFS DIN BS
3,36
1,68 1,4 1,676
0,84 1,0 1,003
0,59 0,71 0,699
0,42 0,50 0,500
0,30 0,355 0,353
0,250 0,251
0,21 0,180 0,211
0,15 0,152
0,105 0,125 0,104
0,074 0,090 0,076
0,053 0,063 0,053
0,020 0,020 0,020
densidade densidade
volume de vazios volume de vazios
0 100 0 100
% de esferas com d1 ≤ D / 4,4 % de esferas com D > d1 > D / 4,4
Areia verde, constituintes, requisitos; areia-base 19
mm mi s i, cm2/g ni, unid./g % ret % acum
3,36 3 0 0
Características geométricas 1,68 5 9,0 0,0045 0 0
0,84 10 18,0 0,036 0 0
0,59 20 31,7 0,197 0,23 0,23
0,42 30 44,8 0,560 3,51 3,74
0,3 40 62,9 1,545 18,12 21,86
di + di-1
0,21 50 88,8 4,346 34,48 56,34
dmi = 0,15 70 125,8 12,36 30,45 86,79
2 0,105 100 177,6 34,77 10,76 97,55
0,074 140 253,0 100,53 1,92 99,47
ρ = 2,65 0,053 200 356,6 281,47 0,12 99,59
0,02 300 620,3 1482,1 0,08 99,67
6 100
ni = 90
π. d3mi .ρ 80
% retida ou acumulada
2 % retida 70
π . d mi
si = % acumulada 60
(π /6) . d3mi . ρ 50
40
30
20
10
0
10 1 0,1 0,01
abertura da peneira, mm
Areia verde, constituintes, requisitos; areia-base 20
Características geométricas
Soma das áreas superficiais de todas as
Área específica real SR partículas contidas na unidade de massa da
amostra, expressa em cm 2 /g; calculada a partir
de uma medida em um permeâmetro (Blaine)
Média ponderada, expressa em cm 2/g, das á reas
Área específica teórica ST ∑ (gi × si) superficiais de cada fração granulométrica da
∑ gi amostra, calculadas supondo grãos esféricos de
massa
∑ ( gi × di × d(i −1) ) Média ponderada dos tamanhos de grãos
Tamanho de grão: média geométrica TG utilizando as médias geométricas das aberturas
∑ gi
das peneiras que definem cada fração
Adimensional que quantifica o desvio da área real
Coeficiente de angularidade CA SR
em relação à área teórica (supondo grãos
ST esféricos), o que eqüivale ao desvio de forma do
grão real médio em relação à forma esférica
Representa aproximadamente a abertura -
Módulo de finura M ∑ (gi × m i ) expressa em número de malhas por polegada -,
∑ gi da peneira virtual pela qual os grãos de areia
com o tamanho médio ainda passariam
Número de grãos contidos na unidade de massa
Número específico teórico dos grãos N ∑ (gi × ni ) supondo idêntica distribuição e grãos esféricos
∑ gi
Diâmetro correspondente à média geométrica
Diâmetro representativo dr 10 ×
ST ponderada calculada à partir da distribuição
N×π granulométrica, supondo os grãos esféricos
Área específica teórica da amostra de grãos
Área específica representativa S rT 22,6414
esféricos com diâmetro dr (representativo)
dr
(SrT − S T ) Desvio percentual da área específica teórica em
Divergência da distribuição Dr 100 × relação à representativa; é indicativo do quanto
S rT a distribuição granulométrica diverge da amostra
uniforme com grãos de diâmtero d r
Escoabilidade
principal fator: forças adesivas (% de argila, % água, ) mas número de
contatos também é importante, de modo que escoabilidade aumenta com
tamanho médio dos grãos, com a concentração granulométrica e é maior para
grãos redondos
Difusividade térmica
em areias verdes, convecção é importante; por isso, a difusividade é
favorecida por alta permeabilidade
250
Correlações
e
ST = 1559,8 / P 0,6048
Módulo 100 R2 = 0,9759
M = 702,26 / P 0,5488
R2 = 0,9767
0
0 100 200 300 400 500
Permeabilidade base, P, cm4 / g . min
Módulo de finura
Tamanho médio de grão grande → alta permeabilidade, aquecimento lento (melhor estabilidade térmica e maior
refratariedade aparente)
Módulos de finura na faixa de 45 a 65
• módulos na faixa mais grossas para peças pesadas
• módulos na faixa mais fina para peças pequenas
• areias ainda mais grossas (módulos ~ 40) para peças particularmente grandes (faceamento com areia
mais fina e/ou pintura refratária)
Distribuição granulométrica
Deve ser espalhada: pelo menos 3, preferivelmente, 4 peneiras (consenso: 90% em 4 peneiras consecutivas)
A forma dos grãos sub-angular (evita as altas densidades de empilhamento que são características de grãos
arredondados ou excessivamente angulares
O aquecimento intenso e brusco exige areia-base com grãos íntegros (sem trincas ou descontinuidades)
Pureza
Areias com mínimo de 99% SiO2 são comumente usadas para a fundição de ferros fundidos.
Para peças pequenas podem ser aceitas areias menos puras (mínimo de 95% SiO2, desde que as
impurezas não sejam constituídas principalmente por álcalis.
Módulo de finura
Não há muita liberdade na escolha de módulos de finura (tamanhos médios de grãos), pois a maioria das
jazidas de areia é operada dando prioridade à indústria do vidro
Os módulos mais comuns na fundição de ferros fundidos situam-se entre 55 e 65.
Para muitas aplicações seriam desejáveis areias mais finas (módulos entre 70 e 80), mas estas não têm
sido disponibilizadas para a indústria de fundição.
Distribuição granulométrica
Geralmente aceitam-se distribuições com concentração de 90% em quatro peneiras consecutivas.
As relações de aberturas entre uma dada peneira e as 2ª e 3ª consecutivas é 1,4 e 2 respectivamente
(menores que 2,5); portanto, os grãos dessas peneiras não cabem nos interstícios dos grãos da 1ª
peneira.
Grãos da 4ª peneira consecutiva cabem nos interstícios dos grãos da 1ª peneira (a relação de aberturas é
2,83 > 2,5), reduzindo a rigidez do empilhamento.
Ligas do grupo I: “molham” o molde: Cu-Sn-Pb-Zn (especialmente se contiverem P), de alto Pb (bronze 85-5-
5-5, bronze M, bronze G, bronzes de alto Pb, ...) - exigem a maior atenção para a areia de moldagem.
Temperaturas são suficientes para ocorrência de sérios defeitos de expansão térmica e para rápida evolução
de gases e vapores. Devido à tendência de "molhar" o molde e (certas ligas) possibilidade de exsudação de
eutético, há tendência a adotar areias-base mais finas que as usadas para os ferros fundidos, porém mais
concentradas (para não prejudicar a permeabilidade)
•pureza - não precisa ser elevada: são aceitáveis teores de sílica de aproximadamente 90%
•módulos de finura - entre 65 e 90, conforme tamanho das peças
•distribuições granulométricas - em geral concentradas entre 3 e 4 peneiras consecutivas; se
acabamento superficial é primordial (peças ornamentais, muito pequenas): módulos de finura 100 a 120
Ligas do grupo II: não “molham” o molde e solidificam com formação de filme contínuo (ex.: bronzes ao Mn,
ao Al, ao Mn-Al, ao Ni-Al, ao Si) - embora as temperaturas de vazamento sejam um pouco mais altas,
apresentam menores problemas
•pureza - nos mesmos níveis usados para as ligas do grupo I
•módulos de finura - na faixa entre 60 e 70 (podendo chegar e 90 para peças pequenas)
•distribuições granulométricas - podem ser semelhantes às usadas para ferros fundidos e aços
Ligas do grupo III: alta temperatura de vazamento: ex.: cupro-níqueis, ligas contendo Co e Cr (para fins de
seleção de areia-base, pode-se incluir neste grupo certas ligas de Ni) - no que concerne à seleção de areia-
base podem ser assemelhadas aos ferros fundidos ou aos aços, de acordo com as temperaturas de
vazamento adotadas em cada caso