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Vocabulário:
Verbos:
Vocabulário Complementar:
[πόθεν ἥκεις: de onde vens?/που: algum lugar/τὴν βάκτηρίαν: seu bastão/ἅμα (+ dativo)
junto com]
Estudo das Palavras:
1. Geologia;
2. Geografia;
3. Geometria (qual era o significado original de geometria?)
4. Geocêntrico;
Gramática:
Na história, no início desse capítulo, você viu dois verbos contratos: βοάω e ὁράω,
com verbos em –α, ao invés de em –ε, como os verbos contratos apresentados nos
primeiros capítulos. Apresentaremos agora as terminações dos verbos contratos em –α, e
usaremos o verbo τῑμάω, eu honro, como paradigma.
Radical: τῑμά- (eu honro)
Indicativo
τῑμά- ω > τῑμῶ
τῑμά- εις > τῑμᾷς
τῑμά- ει > τῑμᾷ
τῑμά- ομεν > τῑμῶμεν
τῑμά- ετε > τῑμᾶτε
τῑμά- ουσι(ν) > τῑμῶσι(ν)
Imperativo:
τίμα- ε > τίμᾶ
τῑμά- ετε > τῑμᾶτε
Infinitivo:
τῑμά- ειν > τῑμᾶν
Exercício 5 α:
Exercício 5 β:
Exercício 5 γ:
Exercício 5 δ:
Elisão:
Se uma palavra termina com uma vogal breve, esta vogal pode ser elidida (cortada)
quando a palavra seguinte começa com uma vogal, por exemplo: διὰ ὀλίγου > δι’ὀλίγου.
Note que a elisão é marcada pelo uso de um apóstrofo. Veja mais alguns exemplos:
ἆρα ἐθέλεις > ἆρ’ἐθέλεις
ἀλλὰ ἰδού > ἀλλ’ἰδού
Se a palavra seguinte começar com uma vogal aspirada (com espírito áspero) a
consoante que segue a vogal, que sofreu elisão, será aspirada, caso seja possível. Como
exemplo: π torna-se φ, τ torna-se θ. Assim:
ἀπὸ Ἑλλάδος (da Grécia) > ἀφ’Ἑλλάδος
μετὰ ἡμῶν (conosco) > μεθ’ἡμῶν
κατὰ ἡμέρᾱν (dia à dia, diariamente) > καθ’ἡμέρᾱν
κατὰ ὅλου (em geral) > καθ’ὅλου ou καθόλου, como em português “católico”, universal.
A elisão acontece, usualmente, quando um verbo composto é formado por
prefixação de uma preposição terminada por vogal, com um verbo também começado por
vogal. Por exemplo:
ἀνα + αἴρω > ἀναίρω
ἐπι + αἴρω > ἐπαίρω
παρα + ἐιμί > πάρειμι
ἀπω + ἐλαύνω > ἀπελαύνω
ἀπο + αἱρέω > ἀφαιρέω
κατα + ὁράω > καθοράω
Exceção: Os prefixos περι- e προ- que você conhecerá depois, não sofrem elisão.
Por exemplo: περι + ὁράω > περιοράω (eu desprezo, eu esqueço) e προ + ἔρχομαι >
προέρχομαι (eu avanço, eu vou em frente).
Texto Cultural
Deuses e Homens
Quando Diceópolis estava prestes a começar a arar, primeiro ele fez uma oração a
Deméter, deusa dos cereais. Quando ele está prestes a levar sua família a Atenas para a
festa de Dioniso, deus do vinho, ele primeiro vai para o altar no pátio de sua casa e derrama
uma libação (oferta de bebida) a Zeus, o pai dos deuses e dos homens. A religião permeava
a vida grega, a oração e as ofertas eram obrigações diárias. Hesíodo, poeta do século VIII,
diz:
Apazigua os deuses imortais com libações e sacrifícios, quando você for para a
cama e quando a luz sagrada retornar, de modo que eles possam ter um amável coração
e espírito para você, e você possa comprar terras de outras pessoas e não ter alguém
para comprar as suas." (Trabalhos e os Dias, 338-341)
Os gregos eram politeístas (isto é, eles adoravam vários deuses), e sua religião era
um amálgama de muitos elementos. Por exemplo, quando os falantes gregos entraram
pela primeira vez na Grécia do norte, cerca de 2.000 a. C., trouxeram com eles como
principal divindade Zeus o Pai (Ζεῦς πατήρ = Júpiter Latino). A religião dos habitantes
mais antigos da Grécia centrou-se em torno de uma deusa, a Mãe Terra, adorada sob vários
nomes, incluindo Deméter. Eventualmente, as várias divindades de diferentes localidades
e origens diferentes se uniram na família dos doze deuses do Olimpo. Eles foram
chamados olímpicos porque foram pensados vivendo no topo da montanha celestial, o
Olimpo, e cada deus tinha a sua esfera especial de influência. Zeus era o senhor do raio e
pai dos deuses e dos homens; Hera era sua esposa e a deusa padroeira das mulheres; Atena
era sua filha e a deusa da Sabedoria e artesanato; Apolo era o deus da luz, da profecia e
cura; Ártemis, sua irmã, era uma caçadora virgem e deusa da lua; Poseidon, irmão de
Zeus, era o deus do mar, Afrodite era a deusa do amor, Hermes era
mensageiro dos deuses e fonte de boa sorte; Hefesto era o deus de fogo e ferreiro; Ares era
o deus da guerra, Dioniso era o deus do vinho, e Deméter era a deusa do cereal. Ao lado
dos grandes deuses olímpicos, havia muitos deuses menores, como Pã e as ninfas, e muitos
deuses estrangeiros cuja adoração foi introduzida na Grécia em vários momentos e os quais
se juntaram ao panteão.
Não havia na religião grega nenhuma igreja, nenhum dogma, e nem sacerdotes
profissionais em tempo integral. Templos foram construídos como as casas das divindades
às quais foram dedicados; não eram realizados serviços no seu interior, e o altar em que
as ofertas eram feitas ficava em aberto fora do templo. Os deuses eram adorados com
orações e ofertas, tanto em particular pela família como publicamente pelo demos
(destrito, aldeia) e pela cidade-estado em festivais regulares recorrentes em todo o ano. A
oferta habitual em adoração privada era uma libação de vinho derramado sobre o altar ou
uma pitada de incenso queimado em seu fogo. O ritual público culminava com sacrifícios
de animais pelo sacerdote do culto, muitas vezes em grande escala, seguido por um
banquete público.
Os deuses foram concebidos em forma humana, e características humanas foram
atribuídas a eles. Eles eram imortais, todo poderosos e arbitrários. Eles estavam
principalmente interessados não no comportamento dos seres humanos em relação uns
aos outros (moralidade), mas na manutenção das honras devidas a si mesmos, e neste
aspecto, eles foram exigentes e ciumentos. Se você dava aos deuses as honras e ofertas
que lhes eram devidas, você poderia esperar deles a recompensa com a sua ajuda e
proteção.
No início da Ilíada de Homero, Crises, cuja filha os gregos conquistaram e se
recusam a devolver em troca do resgate, reza a Apolo:
"Ouvi-me, Deus do Arco de prata, protetor de Crises e Cilla sagrada, poderoso
governante de Tenedos, Smintheus, se alguma vez eu tiver construído um
templo agradável para ti, se alguma vez eu tiver queimado as coxas ricas de um touro ou
um bode a ti, cumpre agora minhas preces: Possam os gregos pagar minhas lágrimas
através de tuas setas."
Crises ora a Apolo por dois de seus títulos de culto (o significado do segundo,
Smintheus, não se sabe ao certo) e três dos centros de sua adoração (os deuses não eram
onipresentes, e Apolo pode ser residente em qualquer um desses lugares). Crises
lembra Apolo de serviços passados e só então faz o seu pedido, que Apolo possa punir os
gregos, atacando-os com a doença (as setas de Apolo traziam a doença e a morte, já que
ele era tanto o deus da cura, quanto o deus que enviava doença). A oração foi
atendida, e os gregos foram atingidos por uma praga.
Sabedoria Grega
A promessa está ao lado da falta.
Ο ΛΥΚΟΣ (β)
Vocabulário:
Vocabulário Complementar:
[ψόφον barulho / θόπυβον tumulto / βάλλει lança / ὁρμᾷ lança-se/ ἐμπίπτει cai sobre
/ἀναστρέφει volta-se/ μετὰ αὐτόν depois dele]
[ὄδαξ: com os dentes/ κατέχει: retém/ τὴν μάχαιραν a faca/ τύπτει fere/ ἀσπαίρει
estremece]
[μεθ' ἡμῶν conosco κάμνεις estás cansado ὑμῖν a vós, vos εἰπεῖν dizer, narrar, contar]
Construindo Palavras:
A partir dos seus conhecimentos dos verbos, relacione a coluna da esquerda com a da
direita e deduza o significado dos nomes:
1. βοάω - ἡ βοή
2. τῑμάω - ἡ τῑμή
3. ὁρμάω - ἡ ὁρμή
4. νῑκάω - ἡ νίκη
5. τελευτάω - ἡ τελευτή
Gramática:
Note que em grego o sujeito no neutro plural toma um verbo no singular, por exemplo:
Pronomes Pessoais:
Nos capítulos anteriores você conheceu os pronomes pessoais referentes ao
nominativo singular: ἐγώ (eu) e σύ (tu); e ao acusativo singular: αὐτόν (ele), αὐτήν (ela)
e αὐτό (ele). Os pronomes pessoais referentes aos casos genitivo e dativo,
respectivamente (ἡμῶν, ὑμῖν) aparecem no texto somente no último parágrafo (localize
cinco exemplos neste parágrafo).
Quadro Completo com a Declinação dos Pronomes Pessoais são dados abaixo:
N. ἐγώ ἡμεῖς
A. ἐμέ με ἡμᾱς
N. σύ ὑμεῖς
A. σέ σε ὑμᾱς
Note que a acentuação das formas: ἐμοῦ, ἐμοί, ἐμέ e σοῦ, σοί, σέ é enfática e é
usada no início das sentenças para expressar contraste. Ex.:
A 3ª Pessoa
Note que essas palavras podem se referir tanto a pessoas como a coisas. Quando
elas se referem a coisas, o gênero do pronome depende do gênero do nome a que elas
fazem referência. Ex.: ὁ Ξανθίᾱς αἴρει τὸν λίθον. Αἴρει αυτόν. (Ele a ergue). Aqui, a
palavra αὐτόν é traduzida por ‘a’, mas é masculina por que faz referência a um nome
masculino λίθον. Traduza os seguintes exemplos:
Exercício 5 ε.
Pronomes Possessivos:
ὁ μὲν ἐμὸς κύων τὸν λύκον διώκει, ὁ δὲ κύων ὁ σὸς πρὸς τῇ ὁδῷ καθίζει.
Não há nenhum adjetivo possessivo para a terceira pessoa, mas no seu lugar é
usado o genitivo de αὐτός:
Masculino: αὐτοῦ
Feminino: αὐτῆς
Neutro: αὐτοῦ
M, F, N (Plural): αὐτῶν
Esses genitivos possessivos ocupam a posição predicativa, isto é, eles
permanecem do lado de fora do grupo artigo-nome ao qual pertencem e se referem a
alguém que não é o sujeito do verbo (eles não são reflexivos), por exemplo:
O avô corre em direção ao rapaz, mas ele (o rapaz) pega sua faca (do avô).
jarra.
Os genitivos dos pronomes pessoais (vide pág. 65) são usados para indicar
possessão, e também ocupam a posição predicativa. Ex.:
Note que o grego frequentemente não faz uso dos possessivos se o possuidor é o
mesmo sujeito do verbo.
A mesma palavra que é usada nos casos genitivo, dativo, e acusativo como o
pronome de terceira pessoa pode ser usada em alguns casos como um adjetivo de
intensidade, significando ele mesmo, ou eles mesmos, por exemplo:
Este adjetivo pode ser usado para intensificar ou enfatizar o sujeito implícito do verbo
ou para intensificar ou enfatizar um nome. Ex.:
Enquanto as moças enchem as jarras, as mulheres mesmas, por sua vez, não [enchem].
Quando utilizado para intensificar um nome, esse adjetivo ocupa a posição
predicativa como no segundo e terceiro exemplo acima.
Exercício 5 η.
1. Nós, não mais, vemos muitos lobos nas colinas, e eles raramente (σπανίως)
descem (καταβαίνω) para os campos.
2. Então, nós admiramos que Felipe tenha matado (ἀπέκτονεν) um lobo.
3. O mesmo jovem guarda bem o rebanho, mas ele nem sempre fala a verdade (τὰ
ἀληθῆ).
4. Então, nós mesmos, desejamos nos apressar para a colina e olhar para o cadáver
(ὁ νεκρός).
Sabedoria Grega
Os Sete Sábios
Os gregos reconhecem sete homens sábios, ou sábios (σοφοί), que viveram nas
primeiras décadas do século VI a. C., sendo que para cada um foi ligado um dito de
sabedoria proverbial, o qual é citado nesse livro, seguindo a numeração da coluna ao lado
dos nomes (a sequência obedece a ordem de antiguidade).
Grego Clássico
Anacreonte
Anacreonte de Teos (535 a.C.) foi um poeta lírico, cujo trabalho inclui muito
poemas de amor. Muito tempo após a sua morte, foi publicada uma coleção de poemas
dentro do seu estilo e chamados de Anacreontea, incluindo o seguinte, de n. 34, escrito
para uma cigarra (τέττῑξ), um tipo de gafanhoto do Mediterrâneo.
Quando Jesus morava em sua terra natal, em Nazaré, ele ensinava na sinagoga e
as pessoas ficavam impressionadas e diziam:
[οὐχὶ, enfático οὐ / υἱός: filho/ Ἰωσήρ: de José/ οὗτος: esse homem (sujeito da
sentença)].