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Introducao A Mecanica Analitica - Nuno M. M. Maia PDF
Introducao A Mecanica Analitica - Nuno M. M. Maia PDF
introdução à
dinâmica;.
introduçto ª
4lio.
di nâ m~~ltíti ca
C OLECÇÃO• ENSINO DA CIÊNC IA E IDA TECN O L OGIA
T T U LOS P U BLICADOS
8 Reconhecimento de Padrões:
métodos estatísticos e neuronais,
J o-r:qe S oJuador Aforqnes.
T T U LO S A P U B LICA R
Reactores Químicos,
Francisco Lenw.5. José Ivladeim Lopes,
F. Ramôa R ibeiro.
N U N O M. M. M A 1A
IST PRESS
Institut o Supierior T écnico
Av. Rovisco Pais, n" 1
1049-{)01 Lisboa
Portuga l
e H A T e N e A
ISBN: 972-8±69-14-4
DEPÓSIT O LEGAL: 156591/00
PRODUÇÃO: Manuela TI.f orais
V
CONTEÚDO
PREFÁCIO ix
l N OTA HISTÓRICA 1
1.1 Os Ant igos 3
1.2 A Época de Galileu ..J
1.3 Newton e Alguns Contemporàneos Seus 5
1.4 D' Alembert, Euler , Lagrange e Hamilton 9
2 CONCEITOS F UNDAMENTAIS 13
2.1 Introdução 15
2.2 Princípios Fundamentais da Mecànica Vectorial 15
2.2.1 P rincípio ela inércia de Galileu 15
2.2.2 P rincípio do rnomenfom
2.2.:'l Princípio da acção e reacção 16
2.2 A Princípio da sobreposição 16
,2.3 Ttabalho 16
2.3.1 Funções de est ado, P faffianos, difer enciais exactas e forças conservativa.s 17
2.4 Trabalho e Energia Potencial 22
2.4.1 Energia p otencial gravít ica 23
2.4.2 Energia p otencial devida. a uma força gravitacional 25
2.4.3 Energia potencial elástica 26
2.5 Trabalho e Energia Cinética 27
2.6 Princípio da Conservação da Energia. 30
2.7 Graus ele Liberdade 33
') t::
2.8 Problemas dt.)
6.:3
127
6.4 1:37
BIBLIOGRAFIA 141
ÍNDICE 143
viii
PREF CIO
Não se pretende que este livro cubra especificamente disciplina. Poderá, is-
so sim, apoiar várias disciplinas de vários cursos em que esta matéria seja abordada.
Ocorrem-me as cadeiras de Física de todos os cursos de licenciatura em Engenharia,
Matemática, Física, Química, por exemplo; ou outras mais específicas em Engenharia
Mecânica e Civil como as clássicas "Mecânicas Aplicadas", "Vibrações", etc.
Gostaria de agradecer aos meus colegas Professores Miranda Guedes, Melão Barros e
Relógio Ribeiro as valiosas trocas de impressões e discussões sobre alguns dos assuntos
versados. São igualmente devidos agradecimentos aos Professores Júlio Montalvão e
Silva, Cabrita Neves, Dias de Deus, Resina Rodrigues e António Urguei.ra pela revisão
crítica do manuscrito, tendo contribuído decisivamente para a melhoria do texto em
variados aspectos.
1 Normalmente designa-se por clássica a mecânica não relativista, embora-de facto-a relativadade
seja já clássica!
PREFÁCIO
Queria igualmente exprimir o meu apreço pelo empenho dos colaboradores da IST Press,
nomeadamente da Dr.ª Manuela Morais e Paula Barruncho, e onde destaco o entusiástico
apoio do Prof. Eduardo Borges Pires e o cuidado minucioso do Engº Paulo Abreu no
tratamento das figuras e no arranjo do texto. Ao António Faria elogio o harmonioso
design da capa.
Finalmente, o maior agradecimento vai para a minha mulher, por todos os sacrifícios
que suport ou e que incansavelmente me apoiou ao longo dest e projecto.
Nuno M. M. Maia
Setembro de 2000
X
NOTA HISTÓRICA
NOTA HISTÓRICA
3
A ÉPOCA DE G I,ILEU
Diz-se que, ao observar os lustres da catedral de Pisa, Galileu terá verificado que quer
os grandes quer os mais pequenos (com o mesmo comprimento de suspensão) oscilavam
com igual per:íodo. Compreendendo que na fase descendente a oscilação correspondia
a uma queda, apercebeu-se de que corpos mais pesados ou menos pesados deveriam
cair igualmente depressa, ou seja, que o peso não teria influência na velocidade de
queda. Chegava também a esta conclusão raciocinando da seguinte forma: imaginando
um corpo dividido em pequenas partes, estas cairiam todas ao mesmo tempo; logo, um
corpo grande deveria cair tão depressa corno um pequeno. Realizou algumas experiências
para confirmar as suas conjecturas, nomeadamente quando deixou cair da torre de Pisa
pesos distintos. Realizou ainda experiências de queda de corpos ao longo de planos
indinados, a fim de retardar o tempo de queda e assim facilitar a sua medição.
1 Desconhecem-se as datas correcta.s de nascimento e morte de Euclides. Sabe-se que terá nascido por
volta do ano 300 a. C.
2 A geometria de Riemann foi a adoptada por Einstein (1879-1955) no desenvolvimento da teoria da
relatividade generalizada.
4
NOTA HISTÓRICA
Galileu supunha que todo o movimento se podia estudar em qualquer referencial, mas
Newton (1643-1727) 3 compreendeu que isso não era verdade em dinâmica, passando a
admitir um referencial (dito de inércia ou inercial) onde a lei da inércia seria válida.
Esse referencial teria que estar em repouso ou em movimento uniforme em relação a
um espaço fixo. A existência de um tal referencial implica que, se supusermos dois
referenciais em movimento uniforme, um em relação ao outro, se um deles for de inércia,
o outro também o será. Consequentemente, se a lei da inércia for válida num, também
o será no outro. Esta é a teoria da relatividade clássica, que nos livros é muitas vezes
atribuída a Galileu por uma questão de homenagem ao homem que compreendeu a
importância da aceleração e "abriu o caminho" a Newton. Na verdade, a teoria da
relatividade clássica é muito mais (se não totalmente) de Newton.
3 Normalmente, a data de nascimento de Newton é dad.;: como 1642, exactamente o ano da morte de
Galileu. Na verdade, Newton nasce no ano seguinte (de acordo com a actualização das datas de ambos
para o actual calendário Gregoriano, que entrou em vigor em Outubro de 1582, mas só foi adoptado em
Inglaterra no século
5
NEWTON E ALGUNS CONTEMP ORÂNEOS SEUS
6
NOTA HIST R A
Neste é interessante fazer uma referência às designações que foram sendo atribuí-
das às várias "''"''"""'"" físicas da mecânica. Galileu chamava momento ao
do peso, uma vez que para ele nào existia a clara
e Descartes chamava-lhe quantidade de
movimento. esta última designação. viva ao
produto da massa quadrado da por vµvu,,'<U•V
exerci.da por um corpo em repouso. Coriolis nr•>to·rn 1
É curioso pensar como hoje todos estes conceitos e definições são claros para nós e no
entanto levaram séculos até serem perfeitamente definidos. Para explicar a diferença
entre peso e massa basta fazer notar que um mesmo corpo tem pesos diferentes na
Terra e na Lua, devido à gravidade ser diferente, mas que para o pôr em movimento,
empurrando-o para que adquira uma certa aceleração, é necessário aplicar a mesma força
quer na Terra quer na Lua.
Todos os físicos e matemáticos atrás referidos e tantos outros que será impossível citar
nesta curta nota foram contribuindo nas mais diversas áreas para o avanço da mecânica,
quer através da teoria quer das aplicações. No entanto, aqueles que marcaram de for-
ma mais decisiva a mecânica clássica foram, sem dúvida, Arquimedes, Galileu, Newton,
Huygens, D'Alembert (1717-1783), Euler (1707-1783), Lagrange (1736-1813) e Hamil-
ton (1805-1865). Voltemos a Newton, para referir mais em particular as suas valiosas
contribuições.
A de uma
mas que degenerou em a
universal. Na verdade, os estudos dos movimentos e a ideia da existência de forças de
entre os corpos celestes remontam mesmo aos Antigos, como nuia'"'ª"'vi. e
Pitágoras. Mais e
a este assunto era muito se o peso de um corpo
se manifesta junto à superfície da Terra e numa também se deverá continuar
a manifestar, embora com intensidade até à Lua; esta, sem a atracção
terrestre, "fugiria" segundo a tangente à sua sendo a Terra por fazê-la
"cair" constantemente. As "primeiras versões" da lei da gravitação universal começaram
a surgir, mas não apenas devidas a Newton. Outros contemporâneos seus disputaram
com ele e entre si a originalidade da descoberta invenção, como se de
urna lei satisfatória para a atracção universal. Foi o caso de Wren (1632-1723), Hooke
e Halley (1656-1742). Depois de alguma polémica, a Society London decidiu
(com a anuência de Newton) que cada um deles as teria desenvolvido separadamente. No
entanto, Newton era muito rigoroso, como é evidente no seu livro .. Todos os conceitos,
tais como quantidade de movimento, etc., são claramente definidos e é aí que é
demonstrada de forma rigorosa que a de atracção entre dois corpos é directamente
proporcional às suas massas e inversamente ao quadrado da distância. A
lei da gravitação universal ficou definitivamente associada a Newton, que mostra, ainda,
que a segunda e a terceira leis de Kepler são consequência da sua lei. Algumas das
investigações mais importantes de Newton e que aparecem nos Mathematica
dizem respeito a:
rn:n.r:1.nuM Matemáticos da Filosofia Natural . .\la época, chamava-se Filosofia Natural à Física e era
comum escrever as obras científicas em latim, língua de muito ampla divulgação e conhecimento. A
língua inglesa tinha pouca expressão.
5 Anaxágoras viveu no século V a. e.
N TA HI T R CA.
- resistência sofrida por um corpo ao evoluir num tendo uma lei. Tam-
bém Galileu já que a sua lei sobre a queda dos corpos só seria exacta no
mas tanto ele como outros não formular uma lei.
- enunciado preciso e do do de
Com Newton, passou a haver um conhecimento muito mais exacto das relações entre
movimentos e forças, isto é, da dinâmica.
Halley, a que já fizemos uma breve referência, foi um dos mais famosos contemporâneos
de Newton, que chegou a astrónomo real de Greenwich. Publicou profusamente, com
destaque para 78 artigos nas Philosophical Transactions the Royal Society London,
a publicação científica mais importante da época, que teve início em 1665 e continua em
publicação nos nossos dias. HaHey tornou-se particularmente famoso por ter calculado a
órbita de 24 cometas. Como é sabido, existe um cometa com o seu nome.
D 'Alembert foi um dos dentistas mais proeminentes da França do século xvm, tendo
mesmo chegado a ocupar o lugar de secretário da Academia Francesa. O seu
trabalho mais importante foi o Traité de publicado em 1743, quando tinha
apenas 26 anos. É nessa sua obra que ele trata o produto massa vezes aceleração como
9
D'AJ~EM E ,EU EH,L G NG H MIJLT N
Aluno de Jean Bernoulli, Euler foi quem mais desenvolveu o cálculo variacional, embora
os Bernoulli sejam muitas vezes considerados os seus inventores, devido ao famoso caso
da curva braquistócrona, Euler foi o primeiro a propor um método geral para resolver
problemas isoperimétricos, em que se procura uma função máxima ou mínima, No
problema da curva braquistócrona procura-se a função em que o tempo de descida entre
dois pontos seja mínimo; noutros casos pode procurar-se a distância mais curta entre
dois pontos numa superfície ou a maior área envolvida por um certo perímetro, De entre
várias trajectórias ou curvas possíveis, que diferem umas das outras mas que coincidem
nas posições inicial e final, há urna que é a solução do problema, correspondendo à
condição de estacionariedade de um funcional (função que define o problema, ela própria
englobando todas as funções possíveis), Os problemas isoperimétricos propostos por
vários físicos e matemáticos nos séculos xvn e xvm foram o motor do desenvolvimento
do cálculo variacionaL Hoje em dia referimo-nos não a problemas isoperimétricos, mas
sim a problemas de optimização,
Euler foi o matemático mais "produtivo" de todos os tempos, contando-se mais de 800
obras escritas, entre livros e manuscritos, tanto em matemática pura como em
aplicações a praticamente todos os domínios da Física, Trabalhou na Academia de
Sampetersburgo de 1725 a 1741 e na Academia de Berlim de 1741 a 1766, tendo então
regressado a Sampetersburgo onde ficou até à sua morte, Nesta última fase, já cego,
continuou a publicar, ditando as suas ajudado pela sua fantástica memória,
A importância da sua obra levava (17 49-1827) a referia-se a Euler como "o
mestre de todos nós",
10
N TA HIST RICA
Lagrange foi o analista por excelência do século xvm. Na sua obra, a dinâmica é aborda-
da exclusivamente através do cálculo, não contendo uma única figura, como ele ~v.r.~·r·~
faz questão de realçar, no seu prefácio. Como já foi referido, inspirou-se essencialmente
nos trabalhos de Euler sobre cálculo variacional e no princípio de D'Alembert, que lhe foi
fundamental. A dificuldade de aplicação do princípio de D'Alernbert reside no facto das
coordenadas físicas escolhidas para definir o sistema não serem todas necessariamente
independentes e, consequentemente, os deslocamentos virtuais a elas associados tam-
bém o não serem. Ao desenvolver o conceito de coordenadas generalizadas, conseguiu
uma formulação muito mais geral. Lagrange introduziu também factores multiplicadores
(hoje ditos multiplicadores de Lagrange), que permitem calcular as forças de reacção
num sistema ligado. Introduziu ainda a notação "ô" para designar a variação de uma
quantidade, distinguindo-a da representação "d" que se refere a uma diferencial.
Hamilton foi astrónomo real da Irlanda em 1827, com 21 anos, onde se manteve até à
sua morte. Os seus trabalhos em Física são essencialmente na óptica e na dinâmica.
Na matemática, ficou famoso pelo estudo dos quatemiões. Hamilton procurou deduzir
as equações da óptica e da dinâmica a partir de um princípio geral, ao aplicaria
o cálculo variacional, a fim de calcular a estacionariedade
____ de
,,,-----~"·-~·~'M•~-- ~,,
uma acção.
•''"''
Na dinâmica,
,,_,_,._.~·"'-~~~-~"-~-.--.•~~°'-'~"--~-~--~ -~" ~
1
D' LE BERT, EULER, L R NGE E HAMI ON
12
CONCEITOS FUNDA ENTAIS
CONCEITO FUND MENTAIS
:;Ll INTRODUÇÃO
A mecânica clássica baseada nas leis de Newton é normalmente conhecida por mecânica
vectorial, dado que as intervenientes para o estabelecimento das
de estático e dinâmico são do tipo vectorial quantidade de
Desta forma, torna-se necessário estabelecer relações cinemáticas e calcular forças
de ligação entre os vários corpos que constituem os sistemas. A abordagem de uº'""'ª"·"'"'
por outro lado, conduz à chamada mecânica analítica, com a de coordenadas
au.,,o.c•uo e baseada nos conceitos de trabalho e Embora mais abstracta,
torna-se mais apropriada para o estudo de sistemas mecânicos complexos, uma vez que
estes são encarados sob um ponto de vista global, sem necessidade de os separar em
vários componentes.
Neste livro vamos apresentar uma introdução à dinâmica analítica, onde se mostram
as suas vantagens no tratamento de sistemas com muitos graus de liberdade. É, po-
rém, conveniente começar por rever alguns princípios, leis e teoremas fundamentais da
mecânica vectorial.
Este princípio diz que uma partícula, num referencial de inércia, não está a ser
actuada por quaisquer forças exteriores, tende a conservar o seu estado de repouso ou
de movimento uniforme rectilíneo. Matematicamente, F =O~ v = const., em que se
chama a atenção para o facto da constante ser um vector, significando que se mantém
não só o módulo, mas também a direcção e o sentido.
15
TRABAL O
isto é,
F-~
- dt -
2.2.3 PRINCÍPIO DA
Diz este princípio que, se uma partícula i exercer uma sobre outra partícula j,
, a partícula j exercerá sobre a partícula i uma de reacção Fji igual e oposta1
segundo a linha de acção comum, isto é,
(2.3)
Segundo este princípio, se existirem várias forças a actuar simultaneamente sobre uma
partícula, esta mover-se-á corno se fosse actuada pela soma vectorial de todas essas
forças:
R= (2.4)
2.3 TRABALHO
Se uma força F actuar sobre uma partícula, cuja posição no espaço é definida pelo vector
:r, e se essa partícula tiver um deslocamento elementar d:r, diz-se que a força realizou
trabalho, neste caso um trabalho elementar dW, tal que
dW = F · d:r (2.5)
em que · significa produto interno. dW é, em consequência, uma quantidade escalar e a
barra significa que no caso geral se tratar de uma diferencial não-exacta. Cabe,
em seguida, fazer-se um parêntesis e discutirem-se as noções de diferencial exacta,
.~... ~,.,~, funções de estado e forças conservativas e não conservativas .
Uma função de estado é uma função que permite definir o valor de urna determinada
característica do em estado em que se vu~~'""'
independentemente do tipo de que esse sistema sofra entre dois estados diferen-
tes. A variação do valor dessa propriedade
final do sistema. Considere-se, por um gás que é
pressão para uma A variação de
, qualquer que seja a forma como a compressão for conduzida. Se dP for uma
v1u·rn,1;au elementar da pressão, a total de pressão entre os estados 1 e 2 será
Há, no entanto, em Física, necessidade de definir grandezas que, sendo funções de pro-
priedades de um sistema, não são funções de estado. A grandeza trabalho será, em geral,
uma dessas funções. No exemplo do ciclista, o trabalho que ele realiza ao subir de Y1
para y2 , embora mensurável, estará dependente do trajecto que ele escolher para efec-
tuar a subida, da direcção e intensidade do vento que se fizer sentir, etc. Neste caso, o
trabalho, embora função da propriedade y, não é uma função de estado. Se designarmos
o trabalho elementar por dW, teremos:
(2.7)
dW não é, pois, integrável e por isso se diz que não é uma diferencial exacta. Representa-
-se, então, tal como em por dW, Se a força F que actua uma partícula for dada
por
F= + (2.8)
1 '7
TR BALH
é da forma:
dU= + +···+
é sabido que, sendo U uma função das variáveis qi, q2 , ... , qn, a diferencial total
dU é dada por
t::.U = f 2 dU = U2 - Ui (2.13)
Qualquer caminho que se escolha pode ser imaginado como decomposto em n subcami-
nhos (1, 2, ... i, ... n), em que no subcaminho i apenas varie qi, mantendo-se todas as
outras variáveis constantes (noção de derivada parcial). Por exemplo (ver figura 2.1),
seja U função apenas de duas variáveis, x e y, tal que U1 = U(x1, Y1) e U2 = U(x2, Y2).
A evolução do sistema de A para D pode ser efectuada através de uma infinidade de
caminhos. Consideremos dois desses possíveis caminhos: ABD e ACD. Segundo ABD,
sejam ainda AB e BD dois subcaminhos. Ao longo de AB, y = const. = y 1 e ao longo
de BD x = const. = x2. Então,
dy (2.14)
+ dx
18
CONCEITOS FUNDAMENTA
y
Y2
Y1 - - - -
FIGURA 1
3y2 dy + 1:: 2
20x 2 dx = 83.67
Como se pode observar, os resultados são diferentes, o que significa que dU = 5x 2 ydx +
não é uma diferencial exacta. Por dU = + é uma
diferencial exacta, cuja primitiva é U = 2.5x 2 y 2 + const. Sendo U apenas uma função de
a três dimensões, dado tratar-se de uma
19
H BALHO
FIGURA 2.2
dU = dU' + dU"
X (y =
FIGURA 2.3
Seja agora:
(2.17)
Ax = 8U e
au (2.18)
8x 8y
8Ax 8 a2 u
8y 8y 8y8x
8Ay 8
ax 8x 8x8y
C NCEITOS FUND MENTAIS
,a derivada de U em
a x e a y é e temos que a necessária e
suficiente para que um Pfa:ffiano seja uma diferencial é que as derivadas cruzadas
sejam
8Ay
8y = 8x
A para n variáveis implicaria n - 1 "<=n,,t·,•.hn·t,',':l,,,v"'"' duas a duas. É também
evidente que, sendo dU uma diferencial o ao longo de uma curva fechada
(integral é nulo. e em 2.1:
U= { dU = dU = =Ü
ÍA.BDCA
8U 1 8U 1
Fy = 8y. (2.24)
8z
DFx 8Fy
8y 8x
8Fy _ 8Fz (2.25)
8z - 8y
8Fz 8Fx
8x - 8z
ou
21
T B LHO E NE G A OTENCI I,
rotF =V x F
i j k
a a {)
ôx 8y {)z
Fz
j+ k
8x
rotF =O (2,28)
Portanto, uma força é conservativa se o seu rotacional for nulo, Também se diz neste
caso que o campo vectorial de forças é irrotacionaL Nessas condições, o trabalho não
dependerá da trajectória e, de (2,24), teremos:
8U 1 8U1 8U 1
dW= -dx+-dy+-dz (2,29)
8x 8y 8z
Considere-se a figura 2A, em que se pretende determinar o trabalho realizado por uma
força conservativa quando uma partícula se desloca de A para B,
e
FIGURA 2.4
22
C N UNDAlVI TAIS
(a
F·dr=
Da mesma a
aC:
F·dr=
donde:
(2.33)
Y2
dW=
TRAB LH E ENERGIA O NCI L
W= =-P
a será igual
-Pdy = -P(O-
Analogamente,
(2.38)
dW=-dV (2.39)
ou, desenvolvendo,
av av av
dW = --dx - -dy - -dz (2.40)
8x 8y az
Como dW = Fxdx +
Fx = - - -
av
8x
F __ av
y - {)y
F __ av
z - âz
24
C NCEITOS FUNDAMENTAIS
ou ainda,
av
+ + V
em que
eF=-
Segundo a figura 2.6, suponha-se que m 2 se move de A para A'. O trabalho elementar
dW será
FIGURA 2.6
25
TRABALHO E ENERGIA P TENC AL
1
=
Como
e,
~ !l!Alll!Ai rh
01vmmvvr--JJA0
'
(b)
rDA
FIGURA 2.1
dW=Fdx
C NCEIT FUNDAMENTAIS
e como F =
dW = -kxdx
1 l
= kxdx = 2
2
V=l
2
F
F=kx
"
Área= V= ~kx 2
o x1 X x2 X
FIGURA 2.8
No caso mais geral em que ambas as extremidades da mola têm movimento, representado
por exemplo por x 1 e x 2 , a energia elástica acumulada fornecida) mola terá que
ver com o deslocamento relativo x 2 - x 1 e será dada por
l
V= -k(x2 -
2
Como vimos, o trabalho elementar realizado por uma força F é dado por
dW=F·dr
27
TRABALHO E ENERGIA CINÉTICA
Pela segunda lei de Newton, F = mr, sendo F a resultante das forças que actuam numa
partícula de massa m. Donde,
ou
(2.52)
Então:
dW = ~m!!..(r. f )dt
2 dt
(2.53)
= ~md( r · r) = d ( ~mr · r) = d ( ~mlfl 2 )
dW= dT (2.54)
Se a partícula se mover da posição r1 para outra posição r2, sujeita à força F, o trabalho
é dado por
(2.55)
O trabalho realizado por uma força ao deslocar uma partícula de uma posição
r 1 para outra r 2 é igual à correspondente variação de energia cinética.
2 Note-se que, sem não for constante, se obtém uma expressão diferente para a energia cinética.
28
CONCEIT S FUNDAMENTA S
a
energia cinética, que só
Sendo T =
dT = mr. · dºr = -8T · dºr = -fJTd.x + -8Td.y + -8Td.z
ar a± 8fJ az
traduz urna diferencial exacta em termos de velocidades e não de des-
pelo que, mesmo no caso em que o trabalho não é uma função de estado
Lvc.'"""'"uv0,
e só se escrever corno dW = + + Fzdz, podemos calculá-lo a de
uma função de estado, a energia cinética, dado a integração em ser em termos de
velocidades e não de deslocamentos, isto é:
F·dr = dT=
Este resultado tem uma implicação que não é, a óbvia: suponhamos (sem perda
de generalidade) que uma partícula se desloca no plano horizontal (~V = O) entre dois
pontos no espaço e que a força não é conservativa. O trabalho realizado pela força
dependerá da trajectória percorrida entre os dois pontos. No entanto, se se impuser
que para qualquer trajectória a velocidade de partida é a mesma e que a velocidade de
chegada (diferente da de partida) é também a mesma, o trabalho realizado será o mesmo
em qualquer das trajectórias!
Analisemos esta questão estudando uma que se movimenta no plano xy, repre-
sentando sua(s) trajectória(s) juntamente com o módulo da(s) velocidade(s) num
gráfico a três dimensões, como se ilustra na figura 2.9.
Seja W A o trabalho realizado por uma força não-conservativa ao deslocar uma partícula
do ponto 1 para o ponto 2, segundo a trajectóri.a A. De acordo com (2.57),
F·dr= 1 ;.2
r1
dT= (2.58)
F ·dr f. F·dr
Wc= dT=
29
PRINC PI DA CON ERVA O D ENE GIA
FIGURA 2.9
Sendo a força que actua o corpo conservativa, vimos que ela ser obtida a partir de
urna função potencial, que é a energia e nesse caso temos:
dW = F · dr = -dV
a obtém-se:
dT=-dV
30
CONCE TOS UNDA EN I
ou
+ =Ü
ou ainda:
T +V = E = const.
sendo E a do sistema. A o
da
F · dr = F e · dr + F nc · dr
ou
dT = -dV + F nc · dr
ou ainda
d(T + V) = dE = F nc · dr (2.70)
Esta última expressão diz-nos que a taxa de variação do trabalho das forças não-conser-
ou a dissipada (ou é igual à taxa de da
total do sistema.
31
PR NCÍPI DA ONSERVAÇÃ DA ENERGIA
EXEMPLO 2.6.1
Determinar a de dinâmico do sistema da 2. usando a
FIGURA 2.10
A energia cinética é
T = ~m± 2
2
e a energia potencial elástica é
V= ~kx 2
2
pelo que:
donde:
mx+c±+ kx =
32
C NCEITOS FUNDAMENTA S
O conjunto das duas barras separadas (figura 2.lla) tem 6 g.d.l., cada uma se
pode deslocar segundo a horizontal e vertical e, ainda, rodar (os movimentos são no
plano). Quando ligadas através de uma articulação (figura 2.llb), como é que podemos
ver quantos graus de liberdade passam a ter? Uma forma expedita consiste em fixar
os vários movimentos um a um até à imobilização total. Fixando os três movimentos
de uma das barras (figura 2.12), verificamos que a outra já só pode rodar. Fixando
este último movimento, contamos 4 g.d.L Portanto, a articulação retirou dois graus de
liberdade.
A (b)
FIGURA 2.11
FIGURA 2.12
33
GR S D LIB RD DE
FIGURA 2.13
Sendo permitido apenas o movimento vertical das duas massas, é neste exemplo evidente
que apenas dois graus de liberdade são necessários para definir a posição do sistema em
qualquer instante. dois pontos, um em cada massa, podem ser escolhidos.
Em casos mais complicados, como acontece nas estruturas reais, normalmente não é
possível estudar os sistemas com um número infinito de graus de liberdade, e a escolha
ou a atribuição de um número finito que represente o seu comportamento (denominada
discretização) fica então sujeita ao critério de quem fizer o estudo do sistema, baseando-
-se normalmente na sua experiência, no tipo de movimentos mais importantes a estudar,
no objectivo do estudo, etc. Esta questão, no entanto, está fora do âmbito deste livro.
34
CONCEIT S FUND E TAIS
.8 PROBLEMAS
2.1 se as
a) F = ~x 2 y 5 i +
F= +
2.3 Seja uma F= + Calcule a expressão do trabalho
elementar efectuado por esta Verifique se a é conservativa.
a) xdx =d
d (±2 ) = 2±xdt
2.5 Num pêndulo simples (figura 2.14) mostre que a energia potencial pode ser dada
quer por V= -mglcosO, quer por V= - cosO). Justifique.
FIGURA 2.14
a) a derivada de V em ordem a x;
a derivada de V em ordem ao
PROBLEMAS
/1,
1· 'I
§lm'
m1
~
m2
(a)
FIGURA 2.15
FIGURA 2.16
36
PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS.
PRINCÍPIO DE D'AlE BERT.
PRINCÍPIO DE HA ILTON
RINCÍ IO D H.TU
IN CÍP O E NCÍPI E A LTON
1)
Para que cada partícula esteja em é condição necessária e suficiente que cada
resultante seja nula:
=0
r* = r + or
r*=r+~
dt
P RII\J C o S TRABAL OS RTUAIS EM ESTATICA
de e condui-se que
d
dt dt
=0
Atendendo a (3.1):
N N
8W= (3.9)
i=l i=l
Acontece, porém, que o trabalho realizado pelas forças de reacção fi é sempre nulo. No
caso de serem forças de reacção interna, estas anulam-se duas a duas pelo prindpio da
acção e reacção. No caso de apoios fixos, o trabalho é nulo, porque o deslocamento
virtual é necessariamente igual a zero. No caso de apoios móveis, a reacção é sempre
perpendicular ao deslocamento virtual possível, o que implica mais uma vez trabalho
virtual nulo. Este resultado é particularmente importante e conveniente, já que não
teremos mais do que entrar em linha de conta apenas com as apHcadas. A
equação (3.9) reduz-se, pois, a
N
=0
i=l
40
RIN ÍPI DOS TRABA HOS V RTU S.
PRINCÍPIO DE D' LEMBE . PR NCÍPIO DE AMILT N
y'
YO
FIGURA 3.1
Por forma a ter em conta o modo como o sistema se pode mover segundo x e y, é
conveniente introduzir as coordenadas associadas ao movimento de cada massa, e y'.
;v111e11temEmt,e, temos
X= Xo +X 1
1
Y = Yo -y
41
NC H. S V TU s T A
R=
Admitindo deslocamentos virtuais ôx' e
o que neste caso serem
~~~~'~º escrever o trabalho virtual realizado exteriores P e R. Para
esse trabalho terá que ser nulo:
=Ü (3.14)
óW= =Ü
x2 + (3.16)
ou
f = + _ g2 =o (3.17)
f = + + - g2 =o
donde
= 2 (xo + -2 =Ü
Portanto:
y
()
X
42
p
PR N MILT N
donde se
() - cos
inicial = 45°, da
Dado que este sistema é uma vez que não intervêm '"'""'"''"" dissi-
~~nnm''° alternativamente utilizar a
1
V= mgy+ 2 =mg
obtém-se:
+ =Ü
vi'''"~'"C"'~
de D'Alembert, a priori, mais não é do que uma outra forma de olhar o
da quantidade de movimento e, em a segunda lei de Newton, Em
vez de se dizer F = ma, diz-se (incluindo forças aplicadas e de reacção):
F+f-ma=O (3,25)
Parecerá, à primeira vista, que, tratando-se de escrever a mesma coisa de uma forma
diferente, nada nos trará de útiL No entanto, o enunciado à fórmula
diz-nos qualquer coisa de novo, Se não,
Se em cada instante, a cada uma das partículas de um sistema, além das for-
ças e de se as de inércia correspondentes,
o sistema de forças estará em equilíbrio e, então, todas
as da estática,
=Ü
N
L (Fi - miri) · óri =O (3.28)
i=l
O princípio de D' Alembert permite, pois, a extensão imediata do princípio dos trabalhos
virtuais (equação (3.10)) ao caso dinâmico:
EXEMPLO 3.2.1
Neste exemplo, uma barra rígida de comprimento f, está apoiada numa mola de rigidez k
e num amortecedor viscoso de constante c. Tem aplicada uma força f, variável no tempo
(flgura 3.2). Supõe-se que o sistema se encontra já na sua posição de equilíbrio estático.
Pretende-se determinar a equação de equilíbrio dinâmico que traduz o movimento em
torno da posição de equilíbrio estático.
c.g.
FIGURA 3.2
f!./2
FIGURA 3.3
Como já se sabe, as reacções no apoio não realizam trabalho, pelo que não serão con-
tabilizadas. Das outras forças, temos i) as forças reais: f(t), (devida à mola) e Fc
(devida ao amortecedor) e ii) a força de inércia (devida .à massa) e o momento Mi
(devido à inércia de rotação). Os sentidos marcados para as forças e momento estão de
acordo com o sentido marcado para a rotação (o momento e as forças, à excepção de
reagem contrariamente ao sentido da rotação).
y =X (}
y ~ x()
45
P INC PI DE D'ALEMB NS O DO PRIN PIO
DO T AI~HOS e
donde
= ka8 Fi=
FIGURA 3.4
Para cada posição ao longo do eixo dos xx, o deslocamento virtual segundo y será
= xô{}. O trabalho virtual das forças reais será
ôWforças =
reais
em que os sinais têm que ver com os sentidos relativos entre o deslocamento virtual e a
respectiva força. O trabalho virtual das forças de inércia será
€
óWforças = -Fi-2ó() - Mió()
de inércia
-F--
e ó8 =o
'2
46
p TlJ
INC H N IO D l\'1 N
a de dinâmico será
Este w·~ ~
••• , , •. de em
dinâmica. Por outro lado, antevê-se ~·>,"'"~ no caso do sistema em
causa ter muitos graus de que para cada um deles se tem que os
Imaginemos uma partícula que é lançada 1 , com uma determinada velocidade inicial, da
posição 1, no instante ti, atingindo a posição 2 no instante t 2 (ver figura 3. 5). Sabemos
que a partícula seguirá uma única e bem determinada (a carregado).
"'--~2(t,)
Yl - - , 1 ( t 1 ) :
FIGURA
1Afim de facilitar a exposição, mas sem prejudicar a generalidade, supomos que todos os possíveis
movimentos se desenrolam no plano vertical xy.
47
PR CÍPIO DE :n MILT N
3.5 a
que serão é, na mesma '"'"º'-'''"'v virtuais
descritos na Em cada instante no ser imaginada em
qualquer uma das cakulemos o
integral:
l= dt
(T - V)dt =ô 1t2
ti
L dt =O (3.33)
48
PRINC I DOS LH S VIH.T IS.
PR N ÍP DE 'ALENIBERT. IN PIO D H ILT N
cinética
que a integração no tempo dessa medida
dinâmico. O de Hamilton ..,"'~'"ª-''"'
dos trabalhos virtuais em ucu.i<C•.>w~a,
COJíl.tEimp!::tr o caso estático.
nesse caso, T = O e não há que ter em conta a integração no que
ôl =O se reduz simplesmente a ôV =O, corno antes vimos
dy l ôyJ
2
FIGURA 3.6
49
NC PI M N
~"'L~,CL~
para um sistema conservativo expressa
conduz a:
=Ü
Se ôE fosse o o que
seria um absurdo!
um pouco melhor o seu significado físico. Voltemos à figura mas suponhamos agora
que a
gravítico . Representemos então num gráfico apenas as evoluções
de x no tempo (figura 3.7). O intervalo de tempo do percurso é fixo, igual a t2 - ti, e o
percurso, também, igual a x 2 -x 1 . será a "trajectória" 3 e de que modo deve
variar a velocidade ao longo dessa "trajectória" por forma a que corresponda à menor
energia gasta? Por exemplo, deverá a acelerar muito no início e desacelerar
muito só no fim?
X
x, --~2
XI --Ir :
-li'lGURA :3. 7
OI = mxóxdt =o
por
.d
x-
dt
xóxdt =o
xóxdt =o
ôT = mxôx +
óV=
De
+ =Ü
Atendendo a
+ + =Ü
x=O
ii+g=O
PRIN Í IODE
donde se
há y tem um movimento
uniformemente retardado:
X= vt+
1
y=- + +
52
PRINCÍPIO IRT AIS.
PRINCÍ IO DI.<; D'A E NC PI DE H MILT N
N
=0
i=l
d
=ri. +ti.
dt
1
=ri· +ó
2
resulta que
d 1
-8
dt 2
I:
i=l
(3.46)
Relembrando que
= ""'1 ..
N
ôW= e T ,L_, -m{ri ·ri
i=l 2
N
d
m·-
i dt +ôT=O (3.47)
i=l
ou
N
d
óT+ôW = m·-
• dt
i=l
53
HIN !) l'v1 ILT N
=O em
por dt e entre t 1 e
N d
+ dt = 2.:::
i=l
mi dt
dt
Atendendo a
( ôT + ôW) dt =O
de Hamilton
54
PRIN ÍPIO DO L os IRTtJ S.
PRINC PIO D D' IN ÍPIO D HA ILTON
não se -como
se viu - a sistemas de Hamilton é bastante trabalhoso no
estabelecimento das -.,~·-··~··~ u.uw.ucu.vv, como antes se viu mesmo em casos
3.4 PROBLEMAS
e
P,m
]<'IGURA 3.8
55
PROBJ'~ MA
FIGURA 3.9
y2(t)
Yl (t)
1 1-=8
kt
o m1,Jcc
e~
%
l l/2 R/2 ,I
FIGURA 3.10
FIGURA 3.11
56
PRINC PIO DOS TRABALH S VIRTU IS.
PRINCÍPIO DE D'ALEMBERT. P INC PI DE H MI ON
FIGURA 3.12
57
PR B M S
FIGURA 3.13
FIGURA 3.14
FIGURA 3.15
58
E UAÇÕES DE LAGRANGE
EQU ÕES DE LAGR NGE
J~ina Secção 2.7 defini.mos o conceito de grau de liberdade e vimos um processo ª".""'"r1iJ-~
de determinar o número de graus de liberdade de um sistema, tomando desde logo em
conta as Hgações existentes. De uma forma mais geral, podemos considerar que cada
partícula de um sistema tem a possibilidade de se movimentar Hvremente no espaço
segundo três direcções e que, se ao número total de movimentos possíveis de todas as
partículas, subtrairmos o número de o resultado final será o número
de movimentos independentes realmente possíveis para o sistema, ou o seu número
de graus de Hberdade . Nesse caso, o número de graus de liberdade será dado por
1
n=3N-m (4.1)
n=6N-m
Vejamos o seguinte exemplo (figura 4.1), em que temos três massas consideradas como
partículas (portanto, sem inércia de rotação) a movimentarem-se no plano, ligadas ao
fixe por elementos de mola.
Suponhamos ainda um terceiro caso (figura 4.lc), em que juntamos uma barra rígida,
articulada a cada uma das massas. O sistema tem a possibilidade de se movimentar
como um todo na vertical e ainda de rodar. Passou a ter apenas dois graus de liberdade,
isto é, a barra de ligação impôs um constrangimento adicional. Na situação anterior,
como havia três graus de liberdade, eram necessárias três coordenadas para definir a
posição do sistema em cada instante, x 1, x 2 e x3. Agora, bastam duas coordenadas.
61
GR US ERD DE, NSTRANGilVIENTOS
D S GE~.J LIZADAS
fil (a)
(b)
(e)
(d)
FIGURA 1
Uma das anteriores coordenadas pode relacionar-se com as outras duas; por exemplo, se
escolhermos x 1 e x2 para definir o sistema, facilmente se vê que
62
EQU Ç E DE LA N E
FIGURA 4.2
4.1.1 HOLÓNOMAS
Íi , X2, · · · X3N) = Ü
Xm+l = 91 , q2, · · ·
X1 = qi - asenq2
(4.8)
x2 = q1 + asenq2
e também:
1
q1 = 2 (x1 + x2)
64
EQUAÇÕES DE AGR NGE
}"'IGURA 4.3
(4.10)
ou x2 com B:
65
G US DE L BERDAD , C NST ANGIMENTOS
E C ORD NADA GENER LIZADAS
e
q1 = (xm+1,Xm+2, ... X3N,t)
q2 = ,Xm+2, ... X3N,t)
Nas ligações holónomas e mais geralmente nas reónomas, numa transformação elemen-
as variações elementares das coordenadas estão relacionadas entre si através de
expressões diferenciais, que são diferenciais exactas. Sendo cada ligação reónoma escrita
como f;(x1, x2, ... x 3N, t) =O, teremos
3N
dfi = L -8Ôfi dxk + -Ôfi8 t dt,
Xk
i = 1, 2, ... ,m
k=l
(4.18)
Numa será
n 8ri
-8 dqk + -8 dt, i = 1,2, ... ,N
qk t
k=l
66
QU Ç ESDELAG ANGE
4.1.2 ANOLÓNOMAS
exprimi-las através de
que relacionam as coordenadas das várias partículas que constituem o isto é, não
é possível escrever expressões do das equações ou Apenas será
escrevê-las em relação a uma transformação elementar. Numa tal haverá
m relações diferenciais entre as variações elementares das coordenadas das partículas
do sistema, mas estas serão expressões pfaffianas que não corresponderão a diferenciais
exactas como em (4.16). Serão do tipo
3N
dfi = L:: 'Yik +ai dt =O, i = 1, 2, ... , m
k=l
onde os coeficientes 'Yil< e ai não podem ser escritos como derivadas parciais. Consequen-
temente, as expressões não são integráveis e, portanto, não poderemos eliminar
as coordenadas de ligação usando as equações de constrangimento, como o fizemos no
exemplo da figura 4.lc, com a equação (4.3). Em sistemas que tenham este tipo de
ligações, vamos sempre precisar de mais coordenadas para o descrever do que apenas as
associadas aos graus de liberdade. O exemplo dássico é o do disco de raio r que rola
no xy sem escorregar 4.4), sempre na vertical (para facilitar) e segundo
qualquer trajectória s, não prescrita a De acordo com a figura 4.4, se escolhermos
as coordenadas x e y do ponto de contacto entre o disco e o plano e ainda o
de rotação ljJ e o ângulo a entre a y e a tangente à trajectória no ponto de
contacto, a condição de rolamento sem escorregamento implica que:
ds =
dx = dssena
= dscosa
DO PHINCÍP O DE HAMILTON ÀS E UAÇÕ S DE LAGRAN E
dy
~dx
X
FIGURA 4.4
dx = rsenadef>
= rcosad</J
As expressões (4.25) não são diferenciais exactas, não podendo ser integradas. No en-
tanto, se o movimento se processar ao longo de uma trajectória bem definida, aquelas
expressões passarão a ser integráveis e, portanto, a representar ligações holónomas. É o
que aconteceria se a trajectória prescrita fosse urna linha recta, já que o ângulo a teria
um valor constante. Voltaremos a falar de ligações anolónomas mais adi.ante, ~ ------
estudarmos o método dos multiplicadores de Lagrange.
68
EQUAÇÕES E LAGRANGE
(4.27)
Temos, então,
. n 8xij . OXij
Xij= a-:qk+Tt, i=l,2, ... ,N, j=l,2,3 (4.28)
k=l qk
N l
T= -
2
i=l
1 N 3 l N 3
·2
T=-2 xij =2
i=l j=l i=lj=l
69
DO PRINCÍPIO DE H M LT N S UAÇÕE DE L.AGR NGE
. o.' t)
(4.34)
i = 1,2, ... ,N
Substituindo em
N
8Wnc =
i=l
U Ç E DE NGE
ou
n
k=I
em que
i=l
são
Substituindo do de Hamilton
obtém-se:
+ dt =o, =O, k = 1, .. . n
dL = L
k=l
n ( 8L
-dqk
ôL )
+ 8qk dqk + atdt
ôL
(4.43)
[~ + n
k=l
Qkoq1,] dt = o,
=O, k = 1, .. . n
dt
n [8L d
-óqk - ~
8qk dt
dt =o
k=I
ou
dt =o (4.47)
d 8L
k=l,2, ... ,n (4.48)
dt 8qk
d
k= 1,2, ... ,n
dt
EQU ÕES DE LAGRANGE
d ar av a:F
dt
-- +
8qk
- = - - +
8qk
k = 1,2, ... ,n
ou
d
k = 1,2, ... ,n
dt
Se não houver forças aplicadas ao sistema, o que significa dizer que o sistema se encontra
em movimento = O, donde:
Saliente-se que as equações de Lagrange são aplicáveis mesmo para potenciais de força
que sejam explicitamente dependentes do tempo 4 , como aliás se admitiu em
De
n
av
dV=L +-dt
at
k=l
mas
4 Note-seque, se V contiver explicitamente o tempo, a energia não se conserva. Nesse caso, a força-
ainda que derivada de um potencial-não será conservativa.
73
DO P INCÍPI D AMILT N À E U S E GRANG
Os Vd"~uiv•~·u mais de
existem deslocamentos ao
em que existe um deslocamento
à massa m 1 , através da mola
EXEMPLO 4.2.1
Pretende-se determinar as
4.5.
FIGURA 4.5
Uma vez que y é conhecido, o sistema tem apenas 2 graus de liberdade, que podemos
tomar como x 1 e x 2 (neste caso, é conveniente fazer coincidir x 1 com q1 e x2 com q2)·
74
E O Ç DE L RAN E
ou
{
m1Q1 + + k2) Q1 - k2Q2 = senwt
m2q2 - k2Ql + k2Q2 = O
Recordando que T = L~1 ~mi:1\. ri e que o vector posição ri é definido por (veja-se a
equação (4.27)):
chegámos anteriormente à conclusão de que a energia cinética era, no caso geral, uma
função dos deslocamentos generalizados, das velocidades generalizadas e do (veja-
75
DO PRINCÍPIO E HAMILTON ÁS E U ÇÕES DE L GR NGE
-se a
2
l N 3
T= 2 mi +
i=l j=l
ax ..
~+
+2
8t
T(q, q, t) =To+ + T2
em que os índices representam o grau de q:
(4.58)
(4.59)
(4.60)
A substituição das várias paredas da energia cinética nas equações de Lagrange permite-
-nos identificar a natureza dos diversos tipos de forças de inércia em jogo. Reportando-
-nos, por exemplo, às equações , os termos que têm a ver com as forças de inércia
são os dois primeiros (com o sinal trocado), + 8T/ 8qk. Substituindo
76
EQUAÇÕES E LA RAN
, temos:
d a
------
(To +Ti + T2)
+8 - -----
dt 8qk
Como = O, obtemos:
d
dt
Se definirmos
e tivermos em atenção a equação (4.59), vemos que X é uma função das coordenadas
generalizadas e do tempo:
X= t)
donde
ax ax
= -8 dt + L -8 dqr
n
dX (4.65)
t r=l Qr
em que se alterou o índice k parar, uma vez que aquele já figurava em (4.63).
d a
dt at
Se substituirmos em obtemos:
a
at
77
O PRINCÍPI E HAMII,T N S QU ES DE I,AGRANGE
a
ôt +
As de inércia relativas têm que ver apenas com a parcela T2 , dado que correspon-
dem à que não tem movimento de =O):
Analisemos um pouco mais esta última expressão. De (4.59) vemos que é possível
escrever T1 na seguinte forma:
(4.72)
ou, de preferência,
(4.73)
(4.74)
ou
n
(4.75)
r=l
Estas forças complementares são de natureza giroscópica que surgem devido à existência
de ligações reónomas. Da equação , é fácil constatar que 9kr = -grk· Em termos
matriciais, este resultado significa que a matriz dos coeficientes 9kr é uma matriz anti-
-simétrica, denominada giroscópica.
u ÕES D LA N E
k=l
EXEMPLO 4.2.2
Comecemos pelo caso ilustrado na em que se um sistema de dois
graus de liberdade, q1 e q2 , com massas m 1 e m 2 unidas por molas e amortecedores
c1 e c2 e actuadas por forças variáveis no tempo e Pretendem-se as equações de
equilíbrio através da utilização das equações de Lagrange.
Q1 (t) Q2(t)
mC1
m1
i---
q1 (t)
cz
m2
i---
q2(t)
;;;;;
FIGURA 4.6
(4.77)
Note-se que no segundo termo figura o deslocamento relativo da mola, dado ser este o
que contribui para a sua energia elástica.
Temos ainda os amortecedores, que dissipam uma potência dada função dissipação
de Rayleigh:
(4. 78)
Saliente-se que esta função tem uma "estrutura" análoga à da energia potencial elástica,
como se pode verificar comparando com
79
DO PRINCÍPIO DE HAMILTON ÀS E U Ç ES DE LAGRANGE
8T d
:=:} - =
8q1 dt
8T
-=O
8q1
av
donde
2.ª equação:
donde
-qi) =
+ rll - C2(fa =
- c29'1 + c2q2 = Q2
80
EQU ÇÕES DE G ANGE
ou, na forma
}
EXEMPLO 4.2.3
'-''-'1-''-'""ª,,.''"'"' o sistema ilustrado na figura 4. 7, que representa uma
em 4 molas iguais e sujeita a uma força numa das extremidades. A massa é m e os
momentos de inércia referidos a e e <P (iguais) são J.
FIGURA 4.7
Trata-se de um sistema com 3 graus de liberdade, supondo que não são possíveis movi-
mentos no plano horizontal. Podem escolher-se para coordenadas generalizadas z, ()e <fy,
no centro da placa.
A energia cinética é
1 2 1 ·2 1 ·2
T = -mi + -J e + -J</i
2 2 2
81
D PR NCÍPI DF;; AM N 1\ E lJ ES D LAGR NGE
o,
o,
o,
o,
z1 = z - aB -
z2 = z + aB - a</J
(4.80)
z3 = z - aB + a</J
Z4 = z + aB + aefy
FIGURA 4.8
Estas equações são do tipo das equações isto é, representam ligações holónomas
(em particular, esclerónomas). Substituindo-as na expressão da energia potencial, ob-
tém-se:
V= ~k - aB - + (z + aB - + (z - aB + aefy) 2 + (z + aB +
2
1
= -4k (z 2 + a 2 (J2 +
2
Note-se que neste exemplo a atribuição das forças generalizadas não-conservativas as-
sociadas a cada grau de liberdade não é directa, uma vez que está aplicada numa
E UA L
i=l
=0
=0
=0
= (0,0,
e, de acordo com e resulta:
donde
Alternativamente, pode desde logo escrever-se que o trabalho virtual das não-
-conservativas é dado por
OWnc =
oz+ (4.84)
mz+4kz =
+
+
EXEMPLO 4.2.4
Considere-se o sistema da figura 4.9. A barra é e suposta sem massa e ao
desta desliza (sem atrito) uma corrediça de massa m, ligada à articulação através de uma
mola de rigidez k. O sistema tem, pois, 2 graus de liberdade, que podem ser expressos
pelas coordenadas q1 e q2· Pretende-se determinar as equações de equilíbrio dinâmico,
pelas equações de Lagrange.
:FIGURA 4.9
Note-se que neste exemplo existe uma dependência explícita da energia cinética em
relação à coordenada q1 . As equações de Lagrange são
d
- ar + av = o, i = 1, 2
dt
E U ÕES DE LAG GE
ar =
d
==> - =
DiJ.1 dt
8T
8q1
av = - mgcosq2
8q1
8T d
==> -
dt
= +
Note-se que o segundo termo de (4.86) é uma força de Coriolis, já que existe um movi-
mento de translação (da massa m) em relação a um movimento de rotação (de transpor-
te) da barra. É de salientar a forma como todas as componentes das forças de inércia
surgem naturalmente a partir da energia cinética, sem ser necessário contabilizar todas
as componentes das acelerações em jogo.
Cabe aqui resolver o problema pela mecânica vectorial, para que se possa compreender
como neste exemplo a resolução se torna consideravelmente mais complicada. A fi.m de
calcularmos as forças de inércia, é necessário calcular a aceleração absoluta da massa m,
no referencial de inércia. Como m tem movimento relativamente à chamemos P
ao ponto pertencente a m, e S ao mesmo ponto (coincidente com P na posição ilustrada
na figura mas pertencente à barra.
85
DO RINC O EH MILTON SE U ES DE I,AGRANGE
10
Como ac X a sua
ap, = (4.87)
(4.88)
86
E DAÇÕES E AG ANGE
EXEMPLO 4.'.~L5
Considere-se o sistema na em que uma massa m está
a um disco rotativo de inércia J e com velocidade constante de módulo
através de molas e amortecedores.
11=
J
FIGURA l
T=-m
1
+ ~1n2 (4.89)
2 2
No entanto, admitindo que este resultado não é evidente e que convém explicar como
se chega de uma forma geral (mais ainda, para casos mais vv,,u~nn,ª""''v"
vamos deduzir da energia cinética
2
l N 3
T= 2' mi +
i=l j=l
87
D PRINCÍP O DE HAMH"TON ÀS EQU AÇ S DE LAGRANGE
2
1 2 3
T= 2 mi +
i=l j=l
É relacionar os dois sistemas de eixos. É sabido que essa ,...,,,,u·,,..,, é feita através
de um """'"',.111u- de pura, expresso por uma matriz caso 2 x tal que:
:~
cos (} senB
{ }= [ - senB cos ()
donde:
X11 =X X21 = Ü
{
X12 =Y { X22 =Ü
X13 =Ü X23 = ()
Substituindo (4.91), e como e= fU, os termos não nulos são dados por
X11 = qi cos ru - sen Ot
q2
{
X12 = qi sen fU + q2 cos Ot (4.92)
X23 = Ot
T=~
2
88
EQUAÇÕES DE LAGRANGE
De temos:
= cosfU = -senflt
senfU - cosflt
at
-·- = senfU -8 = cosfU
q2
cosfU - senüt
=Ü =0 -=!J
8t
89
DO PRINCÍPIO D AM ON SE UA S DE LAGRANGE
+ +
e, para a segunda
8T 1 d
(2 + )) ===} - =m +
8q2 dt
ôT 1
-=-m
2
Substituindo em obtém-se:
+ - ki) q2 + 2c1 q1 = O
+ q2 + 2c2iJ2 = O
[ ; ~ J { ~: } + [ 2 ~n -2;;n J { ~: } + [ -~n 2 o J { :: }
+ [ =
ki ki ~ ki ] { ~~ } +[ o o ]{ ~~ }= { ~ } (4.95 )
+ + + + =0
90
EQU A ÕF;s DE L R N E
-2mn
o J{ ~~ }
]{ :~ }+[ o o]{~~}={~}
+ + + =0
T=~ + +
2
donde
Estas expressões, bem como as da energia potencial e da potência dissipada podem ser
escritas na forma matricial:
To=
1
2 { q1 q2 } [ ~ ~]{:~} +2
1 1
+2
=~{
2 41 42 l[2~n
-2m0
o ]{ q1 }
q2
= 1,TG q
-q
2
= !2 { 41 42 } [~ ~] {iJ.241
V=
1
2 { q1 q2 } [k2 -
+ - ki
+ ]{ q1
q2
F= !2 { eh . } [ 2c1
q2 o
o
]{42 ili } = -q
1,Tc·q
2
91
DO PRINCÍPI DE HAMILTON ÁS E UAÇÕES DE LAGRANGE
-lG.q+ M""
q- ( - 1 + =0
2 2
ou, finalmente,
Mq+Gq+ + =0
com K* = K - 0 2 M.
92
EQU ÇÕE E L G NGE
de inércia de
F = -~dt (8T2)
R
8T2
8q + 8q
= -~ (~ (~c{Mq)) + ~
dt 8q 2 8q
d
dt
=-Mq
Forças de inércia complementares:
8
+-.
8q
(l
-q·TG q )
2
+-
8
8q
(1
-qTGT·)
2
q
DO PRINC PIO DE HAMLLTON ÀS EQU ÇÕES E L GR NG
3N
= I:
k=l
+ =0, i=l,2, ... ,m
em que 'Yik = ,x2, ... X3N,t) e ai= ai ,x2, ... X3N,t). Em termos de desloca-
mentas virtuais, temos:
3N
= I: "fikÔXk = Ü, i = 1, 2, ... , m (4.98)
k=l
3N
= I:
k=l
+ aidt =O, i=l,2,. .. ,m (4.99)
3N
= I:
k=l
=Ü, i = 1,2, ... ,m
94
EQUAÇ ESD L GRANGE
m 3N
L:L:
i=l k=l
=0
(4.104)
Note-se que os 3N valores óqk não são todos independentes, dado que estão relaciona-
dos pelas m equações (4.100). Não é, portanto, afirmar-se de imediato que os
coeficientes de óqk, em (4.104), são to 'os nulos. Por outro lado, os m multiplicadores
Ài foram considerados independentes ( ·bitrários). Imaginemos, sem perda de genera-
lidade, que dos 3N valores oqk são os " primeiros que não são independentes. Então,
poderá escrever-se:
3
+ (4.105)
k=m
Como os m multiplicadores Ài são arbitrário. podemos escolhê-los de tal forma que cada
parcela do primeiro somatório nula, isto
m
= 1,2, ... ,m
i=l
95
DO PRINCÍPIO DE H LTON ÀS EQU Ç ES DE LA RANGE
m
k = m + 1, m + 2, ... , 3N
i=l
ou
= Qk, k = 1, 2, ... , n
No caso das ligações serem holónomas, os coeficientes "lik e ai são derivadas parciais das
equações de constrangimento, isto é, sendo estas do tipo ,qn,t) =0,
,q2, ...
n
= (4.113)
k=l
96
E UAÇÕ SDELAGR NGE
d ar av a:;::
--+-+-- = k; = 1, 2, ... ,n
dt 8qk
k = 1, 2, ... ,n (4.116)
FIGURA 4.12
97
DO RINC O DE HAMILTON As QUA Õ DE 1:,AGRANGE
{
q3 = qo = const. ~ { li = q3 - qo = O
q4 = qo = const. = q4 - qo =O
Desenvolvendo,
dq1
{ dfi /'11
dh } = [ /'21
/'12
/'22
/'13
/'23
/'14
/'24
]{ dq2
dq3 }
em que, como é uma diferencial exacta, /'ik = a f;/ aqk.
Concretizando:
~1=0 ~2=0 ~3=1 /'w=O
~1=0 ')'~=0 ~3=0 ~4=1
98
EQUA ÕESDELAGR NGE
V=l
2
A é
8T . d
- =m1q1 ==? -
841 dt
ar
-8q1 =o
av = k1q1 +
8:F
âiJ1
Substituindo em obtém-se:
m1ih + k1q1 +
{ -k2
+m1g+
+m2g+
99
D PRINCÍPIO DE HA ILTON QUAÇ ESDELAGRANGE
+ +
tiplici:tdo,res de
das massas, e as equações
no exemplo 4.2.4.
1
2
FIGURA 18
100
E UAÇÕ DE "L G NC;E
dx = cosads
= senads
donde:
senadx - cosa =O
xsen a - y cos a = O
que ..-·~v~·~ anolónoma existente. Em termos de coordenadas
a x, y e a. A total
do sistema, colocada no centro de massas, e à inércia das massas em '"''""'º"'"' ao mesmo
centro:
T=~
2
= m (±2 +
A energia potencial é constante, uma vez que o centro de massas mantém a sua cota
vertical. Como aquela se define a menos de uma constante, podemos tomá-la como nula.
ªª
obtém-se:
2mx - À sena= O
+À sena= O
=Ü
101
D P INCÍPI DE HAMIJ~T N À. EQU ÇÕES DE LA R NGE
Primitivando obtém-se:
ã = const. = c 1 ===}a= + c2
a =wt
Ó=W
substituindo em e vem
..
x = - À senüJt
2m
.. À
y = --coswt
2m
. À
x = - - - coswt + c1
2mw (4.124)
. À
y = - - - senwt + c2
2mw
Substituindo em (4.124),
. À
x = --(1- coswt) + vo
2mw (4.125)
. À
y = ---senwt
2mw
À
( _>._(1- cos + senwt + - - senwtcoswt =O
2mw 2mw
donde
À=
E UA ÕES E AG NGE
Substituindo em obtém-se:
x = vocoswt
y = vo senwt
Vo
x = -senwt
w
Vo
y = -(1 - coswt)
w
4.3 PROBLEMAS
103
PR BL MAS
4.4 Determine as na
ra
FIGURA 4.14
:F'IGURA 4.15
104
E DAÇÕES E GRANGE
FIGURA 4.16
FIGURA 4.17
FIGURA
105
PROBLEMAS
x1(t)1 1 x2(t)
m
I, .1
i/3 i/3 R/3
FIGURA 4.19
FIGURA 4.20
106
EQUAÇÕE DELAGRANGE
FIGURA 4.21
FIGURA 4.22
x(t)
f---
k2 e
" m
~
_!<:i
2
!----<>
y(t)
_!<:i
2
l
FIGURA 4.23
107
PR BLEMAS
2m
FIGPR;\ 4.24
108
E UAÇÕES DE HA llTON
E UAÇ ES DE H MILTON
5.1 INTRODUÇÃO
Definindo
8L
Pk = 8qk, k=l,2, ... n (5.2)
obtém-se:
n
H= -L (5.3)
k=l
d'H= +
111
HAMI ONIAN A DE UM S!STE A
at
dn = + +
isto é,
81{
k = 1,2, ... n
IJL
k=l,2, ... n
8L 81{
(5.9)
8t 8t
e, de (5.10), obtém-se:
8L
k = 1, 2, .. . n (5.11)
8qk'
Substituindo em resulta:
k = 1, 2, ... n
112
EQUAÇ ESDEH II. T N
efectuadas na
k=l,2, ... n
Se houver são
d 8L
= k = 1, 2, .. . n
dt
e de (5.10) tem-se:
8L
=-+
ôqk
k=l,2, ... n
k= 1,2, ... ,n
ou
k = 1, 2, ... ,n (5.16)
{ +:L
m
i=l
+
k= 1,2, ... ,n (5.
113
EQU ÇÕES EH l\IHI,TON
EXEMPLO 5.3.1
Um muito ~..•• ,_,._,~ serve para elucidar a ~,.,"~·~v~'~ das equações de Hamilton.
Pretende-se calcular a resposta em estacionário do sistema de um grau de liber-
dade na lhe é ,,,.P'"'-'"''-'ª·
f(t) = Feiwt
FIGURA 5.1
A Lagrnngiana é
L
1 mq·2 - 1 kq 2
=2 2
e a função dissipação de Rayleigh é dada por
,.,... l ·2
.r = 2cq
Substituindo (5.18),
1 1 2 1 2
1í. = --p + -kq
2m 2
114
EQU Ç S DE H lVHI,TON
1
=Ü
e
+ +
[~ ~ ]{! } +[ ~ -1/m ] { ; } = {
o
}
Sendo f(t) = Feiwt, vem
o
{ }={ ~ } eiwt =} { ; } ={ ~ } eiwt
=} { ; } = iw { ~ } eiwt = iw { ; }
donde:
=} J(t)
+ (c/m+ q=------
k -w 2 m +iwc
e,
q=
F iwt
k-w 2 m + iwc e
115
OUTRAS PROPRI D ES A HAMILTONI NA
5.4.1
dt
dt = O =? 1i = const.
Como vi.mos, no caso mais geral, a energia cinética é dada por (ver equação
(5.25)
em que
t)
= T1 q, t)
T2 = T2(q, q, t)
e
1
E UAÇ ES DE HAM LTON
temos:
+ +
donde:
1í= + +
De , obtém-se:
+ +
donde:
(5.32)
2:::
k=l
(5.33)
1í = T +V = const. =E
117
PR BLEMAS
5.5 PROBLEMAS
na 2.15.
FIGURA 5.2
5.6 Deduza as equações de Hamilton para o sistema representado na figura 5.3. Admita
oscilações de pequena amplitude.
FIGURA 5.3
5.8 Deduza as equações de Hamilton para o sistema representado na figura 5.4. Admita
oscilações de pequena amplitude.
118
EQU ÇÕES DE AMILTON
m1 r-!
e
f
m2
ki
~
FIGURA 5
5.13 Deduza as equações de Hamilton para o sistema da figura 5.5, que representa um
pêndulo esférico. A massa m, deslocando-se numa superfície esférica, tem dois
graus de liberdade (uma "longitude" e uma "latitude").
z
y
FIGURA 5.5
119
PRINCÍPIO DE HA ILTON
E EQUAÇÕES DE LAGRANGE
NA ANÁLISE DE SISTEMAS CONTÍNUOS
R NCÍPI DE HAMILTON E EQ AÇÕES DE L GH.ANGE
NA N LISE DE SISTEMAS C NTÍNUOS
6.1 INTRODUÇÃO
Não tendo sido feita qualquer restrição ao princípio de Hamilton em relação ao número
de graus de liberdade, não há motivo para que aquele não possa ser aplicado a siste-
mas contínuos, desde que devidamente adaptado. Recorde-se o princípio de Hamilton
generalizado para sistemas discretos (equação (3.53)):
(t2) = O, i = 1, ... N
123
FORMULAÇÃO DAS EQUAÇ ES DE EQU LÍBRI DIN MICO
U NDO O P INCÍ IODE HAMILTON
z
t)
w(x, t)
p
w= t)
FIGURA 6.1
T = 21 Jo(· (ª8~ ) 2
dx = 21 Joff. pAw2dx
V=~ { e EI (ª2 ~ )2 dx = ~ { e Elw 112 dx (6.3)
2 }0 âx 2 }0
A Lagrangiana será
(6.5)
ôWnc= fówdx
=0 paraO::::;x::;f
124
PRINCÍPIO DE HAMILT N E E U ÇÕES DE AGRANGE
N ANÁLIS D ISTEMAS ONTÍNUOS
dxdt = dtdx
dx
t fe 8 2 }
0
+ Jo Bx 2 (E!w")ôw dx dt (6.12)
pAwôw dx dt
a2 ( li)
âx 2 Elw ow dt
+ dxdt =O,
125
F RMUL ÇÃ. DAS EQU ÇÕES DE EQUILÍ RI DIN MICO
USANDO O PR NCÍPIO DE AM LT N
ou
+ } dt =o,
ów =Ów = Ü para Ü $ X :5 f
+ ::2 (Eiw 11
) - f =O (6.15)
Eiw 11 (0, t) =O
No caso de existirem outras condições de fronteira, tais corno molas de translação e/ou
rotação e massas inércias, ter-se-ão que contabilizar as suas energias potencial e
cinética, respectivamente, na expressão da Lagrangiana. Podem ainda, outras
exteriores aplicadas, por exemplo que nesse caso teriam que ser
contabilizadas no termo da energia das forças não-conservativas.
126
PRINCÍPI DE HA ILTON E EQUA ÕES DE L GR NGE
NA AN LISE DE IS TEM S CONTÍNUOS
sistemas contínuos a
,~,·~~·~~ à ~puv·~~~~
evitando-se ter que se às a estudar.
Vamos supor um caso mais geral, para vigas Bernoulli-Euler, do que o da secção '"ª""L'v'
em que temos um sistema contínuo com cargas transversais e longitudinais e, nas duas
fronteiras, molas e massas (figura
Este caso mais deduzido em princípio para vigas, incluirá também cordas, barras 1
e bastando para isso ignorar a energia de flexão, ou seja, o termo de derivada de
quarta ordem e adaptando as correspondentes variáveis e coordenadas. Não se deduzem
os casos ainda mais gerais para vigas Timoshenko para não sobrecarregar a explicação,
mas o processo é inteiramente análogo, desde que se adicionem as energias associadas à
inércia de rotação e ao esforço de corte.
z
w(x, t)
f = f(x, t)
mo
w = w(x,t)
ko
T = ~mow(O,
1
V= 2kow(O, Pw 12 dx (6.18)
1 Utiliza-se
normalmente a expressão barra para designar um elemento estrutural que apenas está sujeito
a esforços de tracção e compressão.
127
FORMUL ÇÃO DAS EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DINÂMICO
USAND AS EQUAÇÕES DE L GRANGE
ou, de forma
T= To+ + Tdx
V= + + fi dx
1 2
emqueT=
A A
eV= 2Eiw 11 +
cinética e energia po~en1crn•L
A Lagrangiana é, portanto,
em que
Lo=To-Vo
Le =Te - Ve (6.22)
L= T- V (densidade da Lagrangiana).
128
PRINCÍPIO E HAMILTON E EQU ÇÕES DE GR.AN E
NA ANÁLISE DE SISTEMAS CONTÍNUO
dx+ dt =o,
ôw(x, = ôw = Ü para Ü~ X ~ f
Os termos de que não são em ôw terão que ser integrados por para se obter
tudo em termos de ôw. Vejamos separadamente cada um dos termos que não têm ôw:
8Lo , . (O
8w(O, t) uw ' = l 8Lo Jt 2
8w(O, t) ôw(O, t) t1
8 ( 8Lo )
8t 8w(O, t)
t)dt
[t 2 8 ( 8L0 ) t)dt
= - }t ôt 8w(O, t)
1
a ( 8w(f,
8t
8Le )
t) ôw(i, t)dt (6.29)
(6.30}
[t. aL
Jo ôw 1 Ôw 1 dxdt =
al
--ôw11 dxdt =
8w 11
129
FORMU .AÇÃO DAS E UAÇÕES DE EQUILÍBRIO DINÂMIC
US NDO AS EQUAÇÕES DE LAGRANGE
Substituindo em , obtém-se:
ówdx
dt =o
ou, reagrupando os termos,
8Lo â ( 8Lo )
+ 8w(O, t) ôw(O, t) - ât 8w(O, t) ôw(O, t)
8Le 8 ( 8Le )
+ 8w(C, t) ôw(C, t) - ât 8w(C, t) ôw(f, t)
(6.35)
8L0
[ âw(O, a ( âLo ) ai 1 ( a t) =o
t) - 8t âw(O, t) - 8w 1 + 8x
(O,t)
t) =o
âw" I(0,t)
130
PRIN ÍPIO HAMILT N EQUAÇ ES DE LAGR N E
NA ANÁLISE DE S STEMAS CONTÍNUOS
para X= f:
a al =o
at +~ 1
8w 1
(l,t)
) (t.J t)
t) =o
8w 11 I
(f,t)
EXEMPLO 6.3.1
Determinar a equação de equilíbrio dinâmico e correspondentes condições de fronteira da
viga ilustrada na figura de comprimento e, secção uniforme A, módulo de Young E,
segundo momento de área I e massa especffi.ca p, sujeita a uma carga horizontal cons-
tante Pesem carga transversal f, em vibração transversal.
z
t)
A,EI,p me
-~
p X
FIGURA 6.3
A energia cinética da é
131
FORMULAÇÃO D.AS E UAÇÕES DE E UILÍBR O DINÂMIC
USANDO AS EQUAÇÕES DE LAGRANGE
V=~ +-2
1
2
Portanto, a densidade da
To =0
V0 =0
Logo,
. fJ
=p A w°*at (ªi.,)
aw =p A w
..
at = -EI "
w °* 8xa22 ( 8w
at ) 11
= -EI
w
iv
f =0
pAw + Elw 1 v - Pw 11 =O
132
PR NCÍPIO DE IIA II,TON E E DAÇÕES DE LAGRANGE
NA ANÁLISE DE SI TE AS C NTÍNUOS
Condições de fronteira:
e
+
l(t,•) )L. )~ º
at =0
(f,t)
8Le
Bw(f, t) = -kew(C, t)
8Le . 8 ( 8Lt ) ..
8w(C, t) = mew(f, t) =} 8t 8w(f, t) = mew(C, t)
al
8w'
(f,t)
al 1
awn = -Elw "( f., t )
(l!,t)
t) = mgw(f., t) + t) + Pw 1 (f
133
FORMULAÇÃO D S EQUAÇÕES DE E UII,ÍBRIO DINÂMICO
US N O AS QUAÇÕES DE LAGRANGE
EXEMPLO 6.3.2
Determinar a dinâmico de uma corda de comprimento C, massa
por unidade de a uma de sem carga transversal
6.4.
]FIGURA 6.4
T= ~ {e
2 Ío
T 1 ,2
= -pw
A
A energia potencial é:
V=~
2
V= !Pw12
2
A A A 1
L=T-V=
134
PRINC I EH l'vfLLTON E E AÇÕES DE J, GRANGE
NA AN LISE DE ISTE AS CONT NUOS
=Ü
1
Vo = 2kw(O,
Logo,
al . a(ªL) .
aw =pw=> 8t 8w =pw
at ,
8w' = -Pw => âx
a ( 8w )
1 =
at
fJw" =O
f =0
pw-Pw 11 =o
Condições de fronteira:
Como a equação é apenas de segunda ordem em x, apenas são necessárias duas condições
de fronteira em relação ao deslocamento (equações (6.36) e Como 8w(O, t) =/=O e
8w(.€, t) =/=O, os seus coefkientes terão que ser nulos:
8Le
=Ü
8w(.€, t)
135
FORMULAÇÃO DAS EQUAÇ ES DE EQ ILÍBRIO D NÂMICO
USANDO AS EQU ÇÕE DE LAGR NGE
8Lo
t)
8w(O, t)
---=0
8w(O, t)
8w(l!, t) = -kw(l!, t)
8Le =O
aw(l!, t)
:;, 1 = -Pw'(l!, t)
(R,t)
-kw(O, t) + t) =o
-kw(f, t) - Pw'(e, t) =O
donde a componente vertical da força P tem que equilibrar a força da mofa em cada
extremidade:
Pw'(O, t) = kw(O, t)
Pw'(f,t) = -kw(C,t) (6.44)
Note-se que, à partida, numa formulação vectorial do problema, poderia não ser evidente
a troca de sinal verificada em (6.44).
136
PRINCÍPIO DE HAMILTON E EQUAÇÕES DE LAGRANGE
NA NÁLI E DE SISTEMAS CONTÍNU S
llL4 PROBLEMAS
FIGURA 6.5
FIGURA 6.6
FIGURA 6.7
137
PR BLEMAS
6.6 Resolva o
E,I,A,p
xj
F'IGUHA 6.8
FIGURA 6.9
138
PRINCÍPIO D HA LTON E EQUAÇ ES E LAGRANGE
N ANÁLISE DE SISTEMAS CONTÍNUOS
FIGURA 10
139
BIBLIOGRAFIA
[1] 1981.
P. Hersh, R. 1995.
1948.
[8] Luís, A. S., Lições de Mecânica Clássica -Sistema de Partículas, IST, 1971.
[16] Yourgrau, N., Mandelstam, S., Variational Principles in Dynamics and ,_,.11.nns..,,..,,,,
aceleração 18
absoluta, 85 discretização, 34
86
85 4
>.HO:>L./'UJJ,);'Yi<leõ, 8
""~""'"""·""'· 3, 4 cinética, 75
Arquimedes, 4, 7, 9 cruzada, 76
mútua, 76
Belanger, 7 relativa, 76
Bernoulli, Daniel, 10 de transporte, 76
Bernoulli, Jacques, 6 potencial, 22-25, 30, 70
Bernoulli, Jean, 6, 7, 10 elástica, 26, 27, 32
gravítica, 24
cákulo variacional, 10, 11, 48
total, 31
condições de fronteira, 131, 133,
equações
135
canónicas de Hamilton, 113
constante universal de gravitação, 25
de constrangimento, 63, 65
constrangimentos, 40, 42, 61
de equilíbrio dinâmico, 32
anolónornos, 94, 96
holónomos, 94, 96 de Hamilton, 11, 113
de Lagrange, 11, 47, 55, 68, 72, 123,
coordenadas
generalizadas, 11, 61, 62, 66 127, 128
de ligação, 63 equilíbrio dinâmico, 10, 31, 32,
Copérnico, 4, 8 47, 123, 127
Coriolis, 6, 7 esforço transverso, 126, 133
curva braquistócrona, 6, 10 estacionariedade, 41
Euclides, 4
D'Alembert, 7, 9, 10 Euler, 7, 9-11
densidade
de energia Fermat, 9
cinética, 128, 131, 134 força
potencial, 132, 134 aplicada, 39, 40
da Lagrangiana, 128, 132, 134 conservativa, 17, 25, 31
Descartes, 7 de CorioHs, 85
deslocamentos de dissipação viscosa, 113
generalizados, 70 externa, 44
virtuais, 40, 42, 70 generalizada
diferencial não-conservativa, 71
exacta, 71, 111 do tipo viscoso, 73
não-exacta, 16, 28 gravitacional, 25
ÍND CE
8
matriz
31, 32
de massa, 90
viva, 7 de rigidez, 90
mecânica 85
89, método dos multipHcadores de Lagran-
ge, 97
de estado, 16, 17 momento
potencial, 30 ftector, 126, 133
linear, 15
Galileu, 4, 5, 7, 9 momentum, 111
graus de liberdade, 33, 61 generalizado, 111
multiplicadores de Lagrange, 11, 94, 95,
HaHey, 8, 9
100, 103
Hamilton, 7, 9-11
Hamiltoniana, 111, 114, 116 Newton, 5-9, 11
Hooke, 6, 8 número de graus de liberdade, 61
Huygens, 6-8
Pfaffiano, 16-18, 21
impulsão, 7 Pitágoras, 4, 8
Kõnig, 6 potência
Kepler, 4, 8, 9 dissipada, 31, 73
viva, 7
Lagrange, 7, 9-11 primeira variação, 48
Lagrangiana, 48, 49, 54, 72, 111, 123, princípio
124, 128 da acção e reacção, 15, 16
Laplace, 10 da conservação da energia, 30, 31
lei de D'Alembert, 10, 11, 44
da gravitação universal, 8, 25 generalizado dos trabalhos virtuais
de inércia, 5, 6 de D'Alembert, 11
de GalHeu, 5 de Hamilton, 11, 47, 48, 52, 68, 123,
Leibnitz, 6, 7, 9 128
L'Hôpl.tal, 6 generalizado, 54, 71, 123
ligações de inércia de Galileu, 15
anolónomas, 67 do momentum, 15
esderónomas, 64, 65 da quantidade de movimento, 43
144
NDICE
da sobreposição, 15, 16
do trabalho e
referencial
de 5, 15
não-inercia!, 85
Riemann, 4
Tales, 4
trabalho, 7, 16, 22, 27
elementar, 17, 25
das forças não-conservativas, 123
de restituição, 23
virtual, 40
das forças de inércia, 46
das forças não-conservativas, 70,
83
das forças reais, 46
trajectória virtual, 48, 49
variação, 39, 49
velocidades generalizadas, 70
viga
BernouUi-Euler, 123, 127
Timoshenko, 127
Wren, 8
145