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CURSO TÉCNICO
SUBSEQUENTE EM
CONTABILIDADE
IFPI/2023.1
QUI (16-18)
Sala:
Email da Turma: _______________________________
Chefe de Turma: ________________Fone:__________
Número de alunos:_____________________________
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DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 30H
Andrea Melo de Carvalho
1 2 09 2
2 2 10 2
3 2 11 2
4 2 12 2
5 2 13 2
6 2 14 2 2ª PROVA
7 2 1ª PROVA 15 2 2ª REC
8 2 1ª REC 16 2 FINAL
16-17
17-18
18-19
19-20
20-21
21-22
2
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 30H
Andrea Melo de Carvalho
1. Noções de Direito
1.1 Histórico
No início imperava a lei do mais forte. O Direito nasceu junto com a civilização, sob a
forma de costumes que se tornaram obrigatórios. Sua história é a história da própria
vida. A finalidade do Direito se resume em regular as relações humanas, a fim de que
haja paz e prosperidade no seio social, impedindo a desordem ou o crime. Sem o Direito
estaria a sociedade em constante processo de contestação, onde a lei do mais forte
imperaria sempre, num verdadeiro caos.
Surgiu, então, aos poucos, a necessidade de impor um mandamento: uma proibição ou
uma permissão, sem que sejam identificados o seu sujeito passivo ou ativo. Assim o
Poder Público regula o estado de fatos hipotéticos e ainda de fatos futuros na ordem
social, prevendo uma relação ente pessoas ou entre pessoas e coisas, a fim de que haja
paz e progresso na sociedade, respeito mútuo entre as pessoas e respeito à propriedade
alheia, evitando atritos entre os homens. Nessas condições, todos passam a ter direitos e
deveres de tal forma que para alguém exigir seus direitos precisa cumprir suas
obrigações.
2.1 Divisão
a) Direito Objetivo -
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b) Direito Subjetivo
2.2. Ramos
Privado Civil
Comercial/Empresarial
Trabalhista
2. NATURAL
a) Direito Positivo
– compreende o conjunto de regras estabelecidas pelo poder político em vigor em país
determinado e numa determinada época. É o Direito histórica e objetivamente
estabelecido, encontrado em leis, códigos, tratados internacionais, costumes, decretos,
regulamentos etc.(M&E);
- é apenas norma legal, emanada do Estado e não de outras fontes do Direito. Valeria
por determinado tempo, podendo ser modificado e dentro de certo espaço geográfico.
Estabelece aquilo que é útil. É conhecido por uma declaração de vontade alheia, que é a
promulgação (SPM);
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b) Direito Natural
- é aquele que fixa regras de validade universal, não consubstanciadas em regras
impostas ao indivíduo pelo Estado. Ele se impõe a todos os povos pela própria força dos
princípios supremos dos quais resulta, constituídos pela própria natureza e não pela
criação dos homens, como ex.: o direito de reproduzir, o direito de viver etc. (M&E);
- nasce a partir do momento em que surge o homem. Aparece, portanto, naturalmente
para regular a vida humana em sociedade, de acordo com as regras da natureza. Seria o
Universo, valendo em toda parte, e é imutável. Estabelece aquilo que é bom. É
conhecido pela razão (SPM);
- é a idéia abstrata de direito, o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça
superior (CRG);
c) Direito Internacional
- é o complexo de normas aplicáveis nas relações entre países (Direito Internacional
Público), e as particulares que tenha interesse em mais de um país (Direito Internacional
Privado) (M&E);
d) Direito Nacional
- é o que existe dentro das fronteiras de um país (M&E);
e) Direito Público
- é o destinado a disciplinar os interesses gerais da coletividade. É o direito que regula
as relações do Estado com outro Estado, ou as do Estado com os cidadãos (CRG);
- disciplina os interesses gerais da coletividade, e se caracteriza pela imperatividade de
suas normas, que não podem nunca ser afastadas por convenção dos particulares
(M&E);
- disciplina o Estado e as relações deste no exercício de seu poder soberano, jure
imperii, com os cidadãos (Wilson Batalha citado por Venosa);
f) Direito Privado
- contém preceitos reguladores das relações dos indivíduos entre si. É o que disciplina
as relações entre os indivíduos como tais, nas quais predomina imediatamente o
interesse de ordem particular (CRG);
- versa sobre as relações dos indivíduos entre si, tendo na supletividade de seus
preceitos a nota característica, isto é, vigora apenas enquanto a vontade dos interessados
não disponha de modo diferente que o previsto pelo legislador (M&E);
- disciplina as relações jurídicas dos cidadãos entre si ou deles com o Estado, no
exercício de suas atividades econômicas, jure gestionis, more privatorum (Wilson
Batalha citado por Venosa);
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i) Direito Penal – é o conjunto dos preceitos legais, fixados pelo Estado, para definir os
crimes e determinar aos seus autores as correspondentes penas e medidas de segurança
(Garcia citado por Venosa).
l) Direito Processual Civil – é o ramo do direito público que preordena a forma pela
qual alguém pode obter do Estado, de seu Poder Judiciário, uma prestação jurisdicional,
isto é, uma composição do conflito de interesses mercê de uma decisão judicial
(Venosa); Direito Processual Penal – é o ramo do direito público que promove a
jurisdição estatal no âmbito do direito penal, na busca do aperfeiçoamento da punição
(Venosa).
b) Fontes do Direito:
- Lei – é a principal fonte do direito em países onde o Direito é escrito (M & E). É o
Direito reduzido a regras positivas e preceitos particulares. É estabelecida
genericamente para regular condutas, obriga igualmente a todos (SPM).
- Costume – é a norma jurídica que resulta de uma prática geral constante e prolongada.
Normas costumeiras ou consuetudinárias são as que obrigam ainda que não constem de
preceitos aprovados por órgãos competentes (art. 4º da Lei de Introdução ao Código
Civil) (M & E). É a vontade social decorrente de uma prática reiterada, de certo hábito,
de seu exercício (SPM).
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OBS.: Súmula é o resumo dos tópicos principais das decisões predominantes dos
tribunais em determinada matéria. (SPM).
Muitas vezes, na linguagem usual, podemos utilizar regra e norma como sinônimo,
embora o termo norma preste-se mais a um formalismo que a palavra encerra. (Venosa).
A diferença entre norma e lei fica bem clara quando se constata que a norma é um
conceito da teoria Geral do Direito, ou de Lógica Jurídica, enquanto lei é um conceito
de Direito Positivo. (Hugo de Brito Machado citado por Venosa).
3.1. Conceito
3.2. Classificação
a) Quanto à natureza(SPM):
- materiais – regulam os direitos das pessoas. Ex.: direito ao casamento; à filiação; ao
contrato de trabalho etc.
- instrumentais ou processuais – são o meio que a pessoa tem para fazer valer seu direito
material. Ex.: código de processo civil; código de processo penal.
b) Quanto aos órgãos em relação aos quais são provenientes as leis (SPM):
- federais – oriundas do Congresso Nacional (Senado e Câmara Federal); têm domicílio
geográfico nacional. Imperam em todo o território nacional.
- estaduais – oriundas das Assembléias Legislativas; têm domicílio geográfico
circunscrito ao Estado em que foi elaborada.
- municipais – oriundas das Câmaras Municipais; têm domicílio geográfico circunscrito
ao Município que a elaborou.
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- cogente – é aquela que por atender mais diretamente ao interesse geral não pode ser
alterada, prevalecendo de modo absoluto sobre a liberdade de contratar das partes.
Ex.:art. 1521, VI do CC proíbe o casamento de pessoas casadas.
- dispositiva – é a que se limita a prescrever uma conduta ou estabelecer um direito, sem
tirar do seu destinatário a faculdade de alterá-la. Ex.: art. 327 do CC determina que o
pagamento seja feito no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem
diversamente.
1. Pessoas
1.1. Conceito
a) Conceito
- é o ser humano provindo da mulher (SPM).
- é o ser humano, ou seja, a criatura que provenha da mulher (M&E).
- é o ser humano dotado de personalidade civil, ou seja, é aquele que tem aptidão
reconhecida pela ordem jurídica, de exercer direitos e contrair obrigações (NG).
- é o ser humano considerado como sujeito de direitos e deveres (CC, art. 1º) (CRG)
d) Início da Capacidade – com o nascimento com vida (art. 2º, CC), mas a lei
salvaguarda os direitos do nascituro (é o feto já concebido e que se encontra no ventre
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materno). Enquanto o feto não se separa do corpo da mãe, com vida, não é sujeito de
direito, existindo apenas uma expectativa de direito. É, portanto, um sujeito de direito
em potencial.
- absoluta (art. 3º, CC) - acarreta a proibição total do exercício, por si só, do direito. O
ato somente poderá ser praticado pelo representante legal do absolutamente incapaz, sob
pena de nulidade (art. 166, I). São absolutamente incapazes: os menores de 16 anos
(impúberes).
- relativa (art. 4º, CC com as alterações da Lei n. 13.146-15) - permite que o incapaz
pratique atos da vida civil, desde que assistido, sob pena de anulabilidade (art. 171, I,
CC). Alguns atos, porém, podem ser praticados sem a presença do representante legal
(assistente), p.ex.: ser testemunha (art. 228, § 2 º, CC); aceitar mandato (art. 666, CC);
fazer testamento (art. 1.860, § único, CC); exercer empregos públicos (art. 5º, § único,
III, CC); casar (art. 1.517); ser eleitor; celebrar contrato de trabalho etc. São
relativamente incapazes: os maiores de 16 e os menores de 18 (púberes); os ébrios
habituais, os viciados em tóxico e aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
puderem exprimir sua vontade; e os pródigos.
OBS.: a incapacidade civil do INDÍGENA regula-se por lei especial (art. 4º, § único).
Em 06.07.2015 foi publica a Lei n. 13.146 que instituiu a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Com vigência prevista
para 05.01.2016 veio alterar a redação de alguns artigos do Código Civil. Dentre eles,
aos que regulamentavam a incapacidade. Assim, os artigos supra citados passam a
vigorar com a seguinte redação:
Art. 114. A Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16
(dezesseis) anos.
I - (Revogado);
II - (Revogado);
III - (Revogado).” (NR)
“Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
.....................................................................................
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
.............................................................................................
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.” (NR)
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OBS.: as emancipações voluntária e judicial devem ser registradas em livro próprio (art.
9º, I, CC e art. 107, §1º da Lei de Registros Público – nº 6.015/73).
a) Conceito
- são entidades a que a lei empresta personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de
direitos e obrigações (CRG);
- é a entidade constituída por pessoas ou bens, com vida, direitos, obrigações e
patrimônio próprios; é uma ficção estabelecida pelo Estado diante de certas situações; é
a entidade constituída por pessoas ou bens, com vida, direitos, obrigações e patrimônio
próprios (SPM);
- é a entidade constituída de homens ou bens, com vida, direitos, obrigações e
patrimônio próprios (M&E);
- é uma “unidade jurídica” que resulta da reunião de pessoas físicas e/ou jurídicas e que
possui contrato ou estatuto social registrado em órgão público próprio. É um
agrupamento e pessoas físicas e/ou jurídicas que tem o seu ato constitutivo registrado
em órgão público peculiar, ao qual a lei atribui personalidade para agir como se fosse
qualquer pessoa natural, tornando-se sujeito de direitos e de obrigações. é um sujeito de
direito que possui patrimônio autônomo e exerce direitos em nome próprio, além de
possuir nome, domicílio e nacionalidade (NG);
OBS.: as pessoas jurídicas têm existência distinta da de seus membros.
Nacionais
*Qto. à nacionalidade
Estrangeiras (1134)
- Quanto à Nacionalidade:
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. Nacionais -
. Estrangeiras -
- Quanto à Função:
. De Direito Público. Subdividem-se em:
- De Direito Público externo (art. 42, CC). Ex.: Estados estrangeiros
- De Direito Público interno (art. 41, CC). Ex.: União, Estados, DF,
Territórios; Municípios, autarquias
c) Início da Pessoa Jurídica – com o registro competente; com a inscrição de seu ato
constitutivo no registro público peculiar, próprio. O documento que surge por ocasião
da constituição de uma pessoa jurídica varia de acordo com a espécie: sociedade –
contrato social; associação ou sociedade por ações – estatuto social.
- convencional – por deliberação dos membros, conforme quorum previsto nos estatutos
ou na lei
- legal – em razão de motivo determinante na lei (art. 1.034, CC)
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2. Bens
Toda relação jurídica se estabelece entre pessoas, tendo por objeto um bem jurídico.
Para que um bem seja jurídico, é necessário que ele seja suscetível de apreciação em
dinheiro.
Todo direito tem o seu objeto. Como o direito subjetivo é poder outorgado a um titular,
requer um objeto. Sobre o objeto desenvolve-se o poder de fruição da pessoa. Em regra
esse poder recai sobre um bem. Bem em sentido filosófico é tudo que satisfaz uma
necessidade humana. Juridicamente, o conceito de coisas corresponde ao de bens, mas
nem sempre há perfeita sincronização entre as duas expressões. As vezes coisas são o
gênero e bens, a espécie; outras, o contrário; e, muitas vezes, são utilizados como
sinônimos, havendo entre eles coincidência de significação.
2.1.Conceito
2.2. Classificação
a) Móveis – são os suscetíveis de movimento próprio, de locomoção, podendo ser
transportados de um local para o outro. Ex.: veículos, cadeira, cavalo (que tb é
semovente)
b) Imóveis – são os que não podem ser transportados, sem que seja alterada sua
substância.Ex.: terreno, casa. Subdivide-se em imóveis por:
- por natureza – Ex.: solo, mar, subsolo, espaço aéreo.
- por acessão – Ex.: construções, sementes lançadas à terra.
- por destinação – Ex.: utensílios agrícolas, animais, fazenda de porteiras
fechadas.
- por disposição legal – Ex.: penhor agrícola, sucessão aberta, navio.
c) Semoventes – São as coisas que têm movimento próprio. Ex.: animais
d) Fungíveis – são os que podem ser substituídos por outros de mesma espécie,
qualidade e quantidade – Ex.: uma dúzia de laranja-lima, 5 metros de tecido, 20
sacas de milho, dinheiro.
e) Infungíveis – são os que não podem ser substituídos. São os bens a que se
atribui valor pela sua individualidade. Ex.: tela de Portinari, coroa de D. Pedro
II, cavalo de corrida.
f) Consumíveis – são os que deixam de existir à medida que vão sendo usados.
Ex.: alimentos, bens destinados a alienação (art. 51, CC).
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OBS.: os bens públicos dominicais podem ser vendidos, desde que desafetados do
serviço público, observados os preceitos legais para tal fim.
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3. Sociedade
3.2. Classificação
a) Sociedade de pessoas – tem como elemento preponderante os sócios, pois tudo gira
em torno deles. Prevalece a vontade dos sócios na constituição e desenvolvimento da
sociedade. Ex.: sociedade em nome coletivo; sociedade em comandita simples.
b) Sociedade de capital – não interessa quem são as pessoas que fazem parte da
sociedade, mas o capital que nela circula. A vontade dos sócios é irrelevante,
prevalecendo o fato de o sócio ingressar ou sair da sociedade adquirindo ou vendendo
suas cotas ou ações. Vale o individualismo do capital. Ex.: sociedade anônima;
sociedade em comandita por ações (art. 1088 e 1090).
g) Sociedade de fato – é a que existe entre as partes, sem contrato escrito. Tem natureza
tácita,sem oposição de qualquer pessoa.
h) Sociedade irregular – existe entre as partes, mas não é levada a registro no órgão
competente ou, apesar de existir contrato escrito, ele ainda não foi levado ao registro no
órgão competente. Ex.: sociedade não personificada
4. Obrigações: Contrato
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OBS.: a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do
contrato. Essa função envolve harmonia entre as partes, concessões mútuas, evitando
demandas futuras. A função social do contrato implica a composição de interesses
individuais e coletivos e a prevalência do social sobre o individual. A boa fé deve existir
na pré-contratação, no desenvolvimento da relação contratual, na sua extinção e após o
término do contrato. Boa fé objetiva implica conduta honesta, leal, diz respeito ao
comportamento das partes. (SPM).
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ajustes, sendo que ambas as partes elaboram o contrato, sem que exista imposição de
uma parte em relação à outra (SPM).Ex.: compra e venda de móveis; troca.
- De adesão – uma das partes detém o monopólio de um determinado serviço, e impõe
todas as cláusulas, em bloco, cabendo à outra aderir ou não ao estipulado (M&E). Uma
das partes impõe previamente todas as clásulas sem que a outra possa discuti-las, o que
é feito em bloco (SPM). Ex.:transporte urbano; fornecimento de água, gás, energia
elétrica; seguro.
- Consensuais – completam-se com simples consentimento das partes (M&E). são os
que independem de formalidade, bastando o mero ajuste de vontades(SPM). Ex.:
compra e venda; contrato de transportes.
- Reais – além do consentimento, exigem a entrega da coisa para se completarem
(M&E). Existe a necessidade da entrega de uma coisa (SPM). Ex.:empréstimo;
depósito; penhor; compra e venda; comodato.
OBS.: Ex.: contrato de compra e venda de uma mesa a vista: bilateral, oneroso,
comutativo, instantâneo, não formal, principal, paritário, consensual. (M&E).
1. Direito Constitucional
1.1. Estado
a) Conceito
– é a sociedade política e juridicamente organizada, dotada de soberania, dentro de um
território, sob um governo, para a realização do bem comum do povo (SPM).
- é a pessoa jurídica formada por uma sociedade que vive num determinado território e
subordinada a uma autoridade soberana (M&E).
b) Elementos do Estado
-Povo – é o componente humano ou pessoal. É o conjunto de pessoas que se encontram
adstritas, pela ordem jurídica estatal, a sua jurisdição, que compreende tanto o que
reside no Estado, como o que está fora dele (SPM). É o conjunto dos nacionais.
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1.2. Constituição
a) Conceito
– é o conjunto de princípios e regras relativas à estrutura e ao funcionamento do Estado
(SPM).
- é um conjunto de normas, escritas ou costumeiras, que regem a organização política de
um país (M&E).
b) Denominação da Constituição – Carta Magna, Carta Política, Norma Ápice, Lei
Fundamental, Lei Magna, Código Supremo, Estrutura Básica, Estatuto Fundamental,
Estatuto Supremo (SPM).
c) Classificação:
Quanto ao conteúdo:
- Material – é o conjunto de normas que irão disciplinar a organização
política do país;
- Formal – é a norma escrita.
Quanto à forma:
- Escrita - é a codificada e sistematizada num único documento(SPM); é
aquela cujos dispositivos estão reunidos num instrumento (M&E). Ex.:
CF/88.
- Não escrita/Costumeira – é o conjunto de regras que não são prevista
num único documento, mas são decorrentes de leis esparsas, costumes,
convenções (SPM); é aquela que vai se formando aos poucos, pela
reiterada prática de certos atos (M&E); Ex.: Const. Inglesa.
Quanto ao modo de elaboração:
- Dogmática – é a constituição escrita e sistematizada pela Assembléia
Constituinte, de acordo com princípios;
- Histórica – é a decorrente da formação paulatina da norma no curso do
tempo, de acordo com tradições de um povo (Ex. const. Inglesa).
Quanto à origem:
- Promulgada – é a votada pela Assembleia Constituinte. São normas
democráticas (SPM); é a elaborada por uma Assembleia Constituinte,
eleita pelo povo especialmente para este fim (M&E). Ex.: CF/1946.
- Outorgada – é a imposta, geralmente pelo ditador, sem que sejam
votadas (SPM); é a imposta à coletividade por determinada pessoa ou
determinado grupo de pessoas (M&E). Ex.: CF/1824.
Quanto à estabilidade/consistência:
1
Pelo Decreto Lei n.º 1.098/70, o mar territorial era de 200 milhas marítimas da costa. A Lei n.º 8.617/93
reduziu-o para 12 milhas. Em compensação, porém, estabeleceu a zona contígua, de 12 a 24 milhas, e a
zona econômica exclusiva, que vai até 200 milhas. Na 1ª o Brasil exerce fiscalização para a proteção do
território. Na 2ª, reserva-se a soberania para a exploração de recursos naturais.
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Três Poderes
A existência de três Poderes e a ideia que haja um equilíbrio entre eles, de modo que
cada um dos três exerça um certo controle sobre os outros é sem dúvida uma
característica das democracias modernas. A noção da separação dos poderes foi intuída
por Aristóteles, ainda na Antiguidade, mas foi aplicada pela primeira vez na Inglaterra,
em 1653. Sua formulação definitiva, porém, foi estabelecida por Montesquieu, na obra
"O Espírito das Leis", publicada em 1748, e cujo subtítulo é "Da relação que as leis
devem ter com a constituição de cada governo, com os costumes, com o clima, com a
religião, com o comércio, etc."
a) O poder Executivo
b) O poder Legislativo
Ora, fazer leis ou legislar é a função básica do poder Legislativo, isto é, o Congresso
Nacional. Composto pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, o Congresso também
fiscaliza as contas do Executivo, por meio de Tribunais de Contas que são seus órgãos
auxiliares, bem como investiga autoridades públicas, por meio de Comissões
Parlamentares de Inquéritos (CPIs). Ao Senado federal cabe ainda processar e julgar o
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c) O poder Judiciário
Já o poder Judiciário tem, com exclusividade, o poder de aplicar a lei nos casos
concretos submetidos à sua apreciação. Nesse sentido, cabe aos juízes garantir o livre e
pleno debate da questão que opõe duas ou mais partes numa disputa cuja natureza pode
variar - ser familiar, comercial, criminal, constitucional, etc. -, permitindo que todos os
que serão afetados pela decisão da Justiça expor suas razões e argumentos.
BIBLIOGRAFIA
1. DOWER, Nelson Godoy Bassil. Instituições de direito público e privado. São Paulo: Saraiva.
2. FÜHRER, Maximilianus C. A.; MILARÉ, Edis. Manual de direito público e privado. São Paulo: Revista dos Tribunais.
3. MARTINS, Sérgio Pinto. Instituições de direito público e privado. São Paulo: Atlas.
4. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro – direito das coisas. São Paulo: Saraiva, v.4.
5. VENOSA, Sílvio de Salvo. Introdução ao estudo do direito. São Paulo: Atlas.
6. CONSTITUIÇÃO.
7. CÓDIGO CIVIL.
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2. Bens
2.1. Conceito
2.2. Classificação
3. Sociedade
3.1. Conceito
3.2. Classificação
4. Obrigações: Contratos
a) Conceito
b) Classificação dos contratos
BIBLIOGRAFIA
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PLANO DE DISCIPLINA
I - IDENTIFICAÇÃO
CURSO: TÉCNICO SUBSEQUENTE EM CONTABILIDADE
II – EMENTA:
EMENTA:
Noções gerais do direito. Direito Privado: das pessoas; dos bens; sociedades; direitos
das obrigações – contrato. Direito Público: a Constituição; o Estado; Poderes do Estado.
III - OBJETIVOS
GERAL:
Fornecer uma visão geral sobre a Ciência do Direito, propiciando uma compreensão de
conceitos jurídicos comuns, além de fornecer conhecimentos sobre os Institutos do
Direito Público e do Direito Privado.
ESPECÍFICOS:
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
V – METODOLOGIA:
METODOLOGIA:
Aulas Expositivas
Exercícios de Fixação ao final de cada bimestre
Avaliações
VI - RECURSOS
RECURSOS DIDÁTICOS:
VII - AVALIAÇÃO
SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO:
VIII - REFERÈNCIAS
REFERÊNCIA BÁSICA:
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR:
4. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro – direito das coisas. São
Paulo: Saraiva, v.4.
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REFERÊNCIA BÁSICA:
COORDENAÇÃO DE CURSO/ÀREA:
Visto do(a) Coordenador(a):
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