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TRADIÇÕES WICCANAS

"Pela estaca e Caldeirão, pela Taça e pela Faca...


Antigos poderes da vida e da morte, reuni-vos na proteção do Círculo.
Parente por parente, sangue por sangue...
Poderes ancestrais deste nosso sangue Somos o vosso povo, guardai-nos bem."

Evan Jonhs Jonnes, Feitiçaria - a Tradição Renovada

Segundo o dicionário, Tradição “é um método específico de ação, atitude ou


ensinamentos que são passados de geração para geração”. Na Wicca, a palavra
Tradição tem um significado diferente: é um conjunto específico de rituais, ética,
instrumentos, liturgia e crenças. Resumindo, uma Tradição é um subgrupo
específico dentro da Wicca.
Hoje muitas pessoas estão confundindo o que é uma Tradição da Bruxaria. Muitos
afirmam que a Wicca é uma Tradição, o que não é verdade!
A Wicca não é uma Tradição, mas sim uma Religião que possui diversas
Tradições.
Cada Tradição tem sua própria estrutura, rituais, liturgias, mitos próprios que são
passados de praticante para praticante. Mas todas elas seguem o mesmo
princípio filosófico:
A celebração da Deusa e do Deus através de rituais sazonais; ligados à Lua e ao
Sol, os Sabbats e Esbats.
O respeito à Terra, que é encarada como uma manifestação da própria Deusa.
A magia é vista como uma parte natural da Religião e é utilizada com propósitos
construtivos, nunca destrutivos.
O proselitismo é tido como inadmissível.
A Filosofia, os ritos, as concepções são muitos diversos e radicalmente diferentes
de uma Tradição para outra. Com freqüência isso ocorre dentre de duas
dissidências da mesma Tradição.
Às vezes uma Tradição pode não reconhecer um iniciado em outra Tradição e, por
isso, é muito comum ouvirmos relatos de Bruxos que se iniciaram em duas, três
ou quatro Tradições distintas. Outras Tradições, porém, são mais flexíveis e
acolhem Bruxos de outras Tradições em seu segmento.
Cada Tradição tem seu próprio Livro das Sombras, que contém seus Ritos
sagrados e idéias sobre a Divindade. É muito comum uma Tradição afirmar que o
seu Livro é o único descendente do primeiro Livro das Sombras redigido.
Outro ponto de divergência entre as Tradições relaciona-se à hierarquia. Algumas
são extremamente hierárquica, enquanto outras a consideram inadmissível e a
têm como tabu.
Algumas Tradições aceitam e incentivam seus membros a praticarem a Bruxaria
sozinhos, enquanto em outras é terminantemente proibida a prática mágica de
qualquer tipo fora do Coven e sem a supervisão do Sacerdote ou da Sacerdotisa.
Isso ocorre porque na Wicca não existe nenhum dogma ou liturgia fixa, e na
maioria das vezes o único ponto em comum que une as inúmeras Tradições é a
crença na Deusa, criadora de tudo e de todos e a supremancia Dela em seus
cultos.
Talvez seja essa ausência de coesão que tenha conseguido fazer com que a
Bruxaria sobrevivesse através do séculos, depois de tantos massacres, cruzadas
e propagandas enganosas. Talvez também por esse motivo tantas pessoas se
voltem às práticas Pagãs, pois a Bruxaria é uma Religião adequada àqueles que
sentem que sua forma de contatar o Divino é demasiadamente individual para se
adaptar às imposições e aos dogmas estabelecidos pela maioria das Religiões.

Algumas Tradições da Wicca .

Por necessidade, as definições expostas são gerais, porém cada Bruxo, mesmo
que faça parte de uma Tradição específica, pode definir seu caminho de modo
diferente.
Tradição 1734: Tipicamente britânica é, às vezes, uma Tradição eclética baseada
nas idéias do poeta Robert Cochrane, um auto-intitulado Bruxo hereditário que se
suicidou ao ingerir um grande quantidade de beladona. 1734 é usado como um
criptograma (caracteres secretos) para o nome da Deusa honrada nessa tradição.
Tradição Alexandrina: Uma Tradição popular, fundada por Alex Sanders que
floresceu ao redor da Inglaterra em 1960.
A Tradição Alexandrina é muito semelhante à Gardneriana, com algumas
mudanças menores e emendas. Essa Tradição trabalha à maneira de Alex e
Maxine Sanderes, que diziam ter sido iniciados por sua avó em 1933. a maioria
dos rituais é muito formal e embasada na Magia cerimonial. É também uma
tradição polarizada, na qual a Sacerdotisa representa o princípio feminino e o
Sacerdote, o princípio masculino. Os rituais sazonais, na maior parte, são
baseados na divisão do ano entre o Rei do Azevinho e o Rei do Carvalho e
diversos dramas rituais tratam do tema do Deusa da Morte/Ressurreição. Como
na Tradição Gardneriana a Sacerdotisa é elevada à autoridade máxima.
Entretanto, os precursores de ambas as Tradições forma homens.
Embora similar à Gardneriana, a Tradição Alexandrina tende a ser mais eclética e
liberal. Algumas das regras estritas Gardnerianas, tais como a exigência do
nudismo ritual, são opcionais.
Alex Sanders intitulou-se a certa altura “Rei das Bruxas”, considerando que o
grande número de pessoas que tinha iniciado na sua Tradição lhe dava esse
direito, nem os seus próprios discípulos o levaram muito a sério, e para a
comunidade Pagã, no geral, esse título foi apenas motivo de troça, quando não,
de repúdio.
Janet e Stewart Farrar são os maisì¥Á2I2222¿2222222222222¿822
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"Pela estaca e Caldeirão, pela Taça e pela Faca...


Antigos poderes da vida e da morte, reuni-vos na proteção do Círculo.
Parente por parente, sangue por sangue...
Poderes ancestrais deste nosso sangue Somos o vosso povo, guardai-nos bem."

Evan Jonhs Jonnes, Feitiçaria - a Tradição Renovada

Segundo o dicionário, Tradição “é um método específico de ação, atitude ou


ensinamentos que são passados de geração para geração”. Na Wicca, a palavra
Tradição tem um significado diferente: é um conjunto específico de rituais, ética,
instrumentos, liturgia e crenças. Resumindo, uma Tradição é um subgrupo
específico dentro da Wicca.
Hoje muitas pessoas estão confundindo o que é uma Tradição da Bruxaria. Muitos
afirmam que a Wicca é uma Tradição, o que não é verdade!
A Wicca não é uma Tradição, mas sim uma Religião que possui diversas
Tradições.
Cada Tradição tem sua própria estrutura, rituais, liturgias, mitos próprios que são
passados de praticante pMorgan McFarland, que dá supremacia à Deusa em sua
thealogia, mas honra o Deus Cornífero como seu Consorte. Amado e abençoado.
Os membros às vezes “Old Dianic” (Velha Diânica), e há alguns Covens
descendentes dessa Tradição, especialmente no Texas. Outros Covens, similares
na thealogia mas que não descendem diretamente da linha de McFarland, estão
espalhados pelos Estados Unidos.
2. a outra filial, chamada às vezes de Feitiçaria Diânica Feminista, focaliza
exclusivamente a Deusa e somente mulheres participam de seus Covens e
grupos. Geralmente seus rituais são livres e não são hierárquicos, usando a
criatividade e o consenso para a realização de seus rituais. São politicamente um
grupo feminista.
Tradição Georgina: Essa Tradição foi criada por George Patterson, que se auto-
intitulou um “Sumo Sacerdote Georgino”. Quando começou o seu próprio Coven,
chamou-o de Georgino, já que seu prenome era George.
Se há uma palavra que melhor pode descrever a Tradição de George, esta é
Eclética. A Tradição Georgina é um composto de rituais Celtas, Alexandrinos,
Gardnerianos e tradicionais. Mesmo que a maior parte do material fornecido aos
estudantes seja Alexandrino, nunca houve um imperativo para seguir cegamente
seu conteúdo. Os boletins de notícias publicados pelo fundador da Tradição
estavam sempre cheios de contribuições dos povos de muitas outras Tradições.
Parece que a intenção do Sr. Patterson em fornecer uma visão abrangente aos
seus discípulos.
Ecletismo: Um Bruxo eclético é aquele que funde idéias de muitas Tradições ou
fontes. Assim como no Caldeirão de uma Bruxa são somados elementos para
completar a poção que é preparada, assim também são somadas várias
informações de várias Tradições para criar um modo mágico de trabalhar. Essa
“Tradição”, que na realidade não é uma Tradição, é flexível, mas, às vezes, carece
de fundamento. Geralmente, são criados rituais e Covens de estrutura livre.
Tradição das Fadas ou Fairy Wicca: Há várias facções da Tradição das Fadas.
Segundo os membros dessa Tradição, seus ritos e conhecimentos tiveram origem
entre os antigos povos da Europa da Idade do Bronze, que ao migrarem para as
colinas e altas montanhas devido às guerras e invasões, ficaram conhecidos como
Sides, Pictos, Duendes ou Fadas.
Alguns dos nomes mais famosos dessa Tradição são Victor e Cora Anderson, Tom
Delong (Gwydion Penderwyn), Starhawk, etc.
Tradição Gardneriana: Fundada por Geral Gardner na década de 1950 na
Inglaterra. Essa tradição contribuiu muito para a Arte ser o que é hoje. A estrutura
de muitos rituais e trabalhos mágicos em numerosas Tradições é originária do
Trabalho de Gardner. Algumas das reivindicações históricas feitas pelo próprio
Gardner e por algumas Bruxas Gardnerianas ainda têm de ser verificadas (e em
alguns casos são fortemente contestadas); porém, essa Tradição apoiou muitas
Bruxas modernas.
Gerald B. Gardner é considerado “o avô” de toda a Neo-Wicca. Foi iniciado em um
Coven de Newforest, na Inglaterra, em 1939. em 1951, a última das leis inglesas
contra a Bruxaria foi banida (primeiramente devido à pressão de Espiritualistas) e
Gardner publicou o famoso livro Witchcraft Today, trazendo uma versão dos rituais
e as Tradições do Coven pelo qual foi Iniciandos.
A Bíblia Completa das Bruxas (The Witches Bible), escrita por Janet e Stewart
Farrar, como também muitos livros escritos por Doreen Valiente, têm base nessa
Tradição e na Tradição Alexandrina em muitos aspectos.
Tradição Hecatina: Uma Tradição de Bruxos que buscam inspiração em Hécate e
tentam reconstruir modernizar os rituais antigos da adoração a essa Deusa.
Algumas vezes é chamada de Tradição Caledoniana ou Caledonii.
Bruxo Hereditário ou Tradição Familiar: Um bruxo que normalmente foi treinado
por um ente familiar e/ou pode localizar sua história familiar em outro bruxo ou
bruxos.
Os bruxos hereditários ou, como gosto de chamar, genéticos são pessoas que
têm, ou supõem ter, uma ascendência Pagã (mãe, tia, avó são os alvos mais
visados).
A maioria dos Hereditários não aceita a infiltração de pessoas não-pertencentes à
sua dinastia, porém algumas Tradições Familiares “adotam” alguns membros,
escolhidos “a dedo”, em seu segmento.
Bruxa de cozinha: Uma Bruxa prática, que é freqüentemente eclética, enfoca e
centra sua magia e espiritualidade ao redor “do forno e do lar”.
Seax Wicca ou Wicca Saxônica: Fundada em 1973 pelo autor prolífico Raymond
Buckland, que era, naquele momento, um Bruxo Gardneriano. Uma das primeiras
tradições precursoras dos Bruxos Solitários e auto-iniciados. Esses dois aspectos
fizeram dela um caminho popular.
Bruxo Solitário: Uma pessoa que pratica a Arte só (mas pode se juntar às
festividades de Sabbat em um Coven ou com outros Bruxos Solitários
ocasionalmente). Um bruxo solitário pode seguir quaisquer das Tradições, ou
nenhuma delas. A maioria de bruxos ecléticos é Solitária.
Tradição Strega: Começou ao redor da Itália em 1353. a história controversa
sobre essa Tradição pode ser encontrada em muitos locais e livros. Aradia...
Gospell of the Witches (Aradia... A Doutrina das Bruxas) é uma obra desse tipo.
Tradição Teutônica ou Nórdica: Teutônicos são um grupo de pessoas que falam
norueguês, fosso, islandês, sueco ou inglês e outros dialetos europeus que são
considerados “idiomas germânico”. Um bruxo Teutônicos acha freqüentemente
inspiração nos mitos tradicionais e lendas, Deuses e Deusas das áreas onde
esses dialetos se originaram.
Tradição Algard: Uma americana iniciada nas Tradições Gardneriana e
Alexandrina, chamada Mary Nesnick, fundou essa “nova” Tradição, que reúne
ensinamentos de ambas as Tradições sob uma única insígnia.
Bruxaria Tradicional: Todo bruxo tradicional dará uma definição diferente para
esse termo. Um bruxo tradicional é aquele que freqüentemente prefere o título de
Bruxo ou Wiccano e define os dois como cominhos muito diferentes. Um bruxo
tradicional fundamenta seu trabalho mágico em métodos históricos da Tradição,
religiosidade e geografia de seu país.
Tradição Galesa de Gwyddonaid: Tradição Galesa Céltica da Wicca que adora o
panteão galês de Deuses e Deusas. Gwyddonaid foi quem grosseiramente
traduziu a ignóbil obra galesa. Árvore da Bruxa (Tree Witches) e propagou essa
forma de trabalhar magicamente.

(Retirado do livro Wicca, A Tradição da Deusa de Claudiney Prieto)

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