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MEDICINA LEGAL
TANATOLOGIA Def.: É o estudo do fenômeno morte.
TANATOLOGIA TANATOLOGIA
RESOLUÇÃO N.º 1.480 DE 8 DE AGOSTO DE 1997 RESOLUÇÃO N.º 1.480 DE 8 DE AGOSTO DE 1997
DO CFM DO CFM
• LEI Nº 9434 (04/02/97), que dispõe sobre a CONSIDERANDO que a parada total e
retirada de órgãos, tecidos e partes do corpo irreversível das funções encefálicas
eqüivale à morte;
humano para fins de transplante e tratamento,
Art. 1º. A morte encefálica será
determina em seu artigo 3º que compete ao
caracterizada através da realização de
CFM definir os critérios para diagnóstico de exames clínicos e complementares durante
morte encefálica intervalos de tempo variáveis, próprios para
determinadas faixas etárias.
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Art. 2º Os dados clínicos e complementares Art. 5º. Os intervalos mínimos entre as duas avaliações
observados quando da caracterização da morte clínicas necessárias para a caracterização da morte
encefálica deverão ser registrados no termo de
declaração de morte encefálica, ... encefálica serão definidos por faixa etária, conforme
Art. 3º. A morte encefálica deverá ser conseqüência abaixo especificado:
de processo irreversível e de causa conhecida. a) de 7 dias a 2 meses incompletos - 48 horas;
Art. 4º. Os parâmetros clínicos a serem observados b) de 2 meses a 1 ano incompleto - 24 horas;
para constatação de morte encefálica são: coma c) de 1 ano a 2 anos incompletos - 12 horas;
aperceptivo com ausência de atividade motora d) acima de 2 anos - 6 horas.
supra-espinal e apnéia. 5 6
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RESOLUÇÃO N.º 1.480 DE 8 DE AGOSTO DE 1997 DO RESOLUÇÃO N.º 1.480 DE 8 DE AGOSTO DE 1997 DO
CFM CFM
Art. 7º. Os exames complementares serão utilizados por faixa etária,
Art. 6º. Os exames complementares a serem observados conforme abaixo especificado:
para constatação de morte encefálica deverão a) acima de 2 a - um dos exames citados no Art. 6º;
demonstrar de forma inequívoca: b) de 1 a 2 a incompletos: um dos exames citados no Art. 6º. Quando
optar-se por eletroencefalograma, serão necessários 2 exames com
a) ausência de atividade elétrica cerebral ou, intervalo de 12 horas entre um e outro;
b) ausência de atividade metabólica cerebral ou, c) de 2 m a 1 a incompleto - 2 eletroencefalogramas com intervalo de 24
horas entre um e outro;
c) ausência de perfusão sangüínea cerebral.
d) de 7 d a 2 m incompletos - 2 eletroencefalogramas com intervalo de
7 48 horas entre um e outro. 8
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o Natural É a que resulta da alteração orgânica ou o Suspeita Quando não há elementos, ainda que
perturbação funcional provocada por agentes naturais, momentaneamente, para determinar se a morte foi
inclusive os patogênicos (sem a interveniência de natural ou violenta
fatores mecânicos em sua produção)
o Violenta É aquela que tem como causa o Presumida É a morte que se verifica pela ausência
determinante a ação abrupta e intensa, ou continuada ou desaparecimento de uma pessoa, depois de
e persistente de um agente mecânico, físico ou químico transcorrido um prazo determinado pela Lei
sobre o organismo. Ex.: Homicídio, suicídio ou acidente
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Fenômenos cadavéricos:
o Fenômenos abióticos consecutivos:
o Manchas de hipóstase viscerais
o Rigidez cadavérica
o Coagulação da miosina nas miofibrilas pela desidratação e
acidificação
o Início entre 1 e 2 horas pela extremidade superior (cranial)
o Pico máximo em torno de 12 horas
o Desaparecimento gradual na mesma ordem, após 24 a 48 horas,
restando flacidez absoluta irreversível
o Mancha verde abdominal (18 a36 hs – FID)
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Fenômenos cadavéricos:
o Fenômenos transformativos destrutivos:
o Autólise
o Ação enzimática da célula, resultando acidificação do meio
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Fase gasosa - posição de “boxeador”
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Fase gasosa - aumento de volume
Período de esqueletização
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TANATOLOGIA - fenômenos destrutivos TANATOLOGIA - fenômenos destrutivos
Mumificação
Conservação pela dessecação natural ou
artificial do cadáver
Perda rápida de água pelo cadáver exposto
ao ar em regiões de clima quente e seco,
impedindo a ação microbiana responsável
pela putrefação
Saponificação Peso reduzido, pele dura, seca, enrugada,
enegrecido, cabeça < volume, conservação
(Adipócera) de traços fisionômicos 36
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TANATOLOGIA - cronotanatognose
Gases da putrefação
Primeiro ao segundo dia – gases não inflamáveis Calendário aproximado da morte
Segundo ao quarto dia – gases inflamáveis Menos de 2 horas – corpo flácido, quente e
Quinto dia em diante – gases não inflamáveis sem livores
Fauna cadavérica 2 a 4 horas – rigidez da nuca e mandíbula,
Conteúdo estomacal início dos livores e esvaziamento das papilas
Exames laboratoriais – cristais de sangue, líquido oculares no fundo de olho
céfalorraquidiano, concentração de potássio no 4 a 6 horas – rigidez dos membros superiores,
humor vítreo da nuca e da mandíbula, livores relativamente
acentuados, anel isquêmico de metade do
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diâmetro papilar no fundo de olho 40
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TANATOLOGIA - cronotanatognose TANATOLOGIA - cronotanatognose
NECROPSIA NECROPSIA
• Necropsia = Autópsia = Tanatoscopia • O exame perinecroscópico, por sua vez, é aquele
• Exame externo e interno de um cadáver que realizado no local onde o cadáver é encontrado
tem por objetivo: e de tudo que o rodeia
– determinar a identificação do cadáver • Objetiva a obtenção e preservação dos vestígios
– determinar a causa mortis no local e vinculados ao corpo.
– determinar a data provável da morte • Inclui o exame externo do cadáver, mas não o
– fornecimento de subsídios para o estudo da causa exame interno do mesmo.
jurídica da morte. • Pode ser realizado por qualquer perito, não
• É ato médico e deve ser realizado necessitando de formação médica para o
obrigatoriamente por médico perito/legista. mesmo.
NECROPSIA NECROPSIA
Necropsia obrigatória: • Atestado de óbito é um documento médico, por
1. morte resultante da ação de causa externa, escrito, sucinto, que não exige compromisso
morte violenta (suspeita de crime, acidente de prévio, e que informa a data e a causa da
trabalho, suicídio, etc) cessação da vida de uma pessoa.
2. morte nos casos suspeitos de doenças • Ele tem por finalidade fazer cessar e transmitir
epidêmicas com implicação do ponto de vista direitos e obrigações (com o registro civil do
sanitário
fato) e proporcionar ao poder público, por meio
Necropsia facultativa: morte natural, mesmo de levantamentos estatísticos, elementos para a
sem assistência médica (autorização) vigilância e a política sanitárias.
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NECROPSIA NECROPSIA
• Nos casos de morte natural, sem assistência • Do ponto de vista médico, causa mortis são
médica, o atestado de óbito deve ser fornecido todas as doenças, estados mórbidos ou lesões
pelos médicos do SVO (Serviço de Verificação de que produziram a morte ou que contribuíram
Óbitos), e na sua ausência, pelos médicos do para ela, e as circunstâncias do acidente ou da
serviço público de saúde mais próximo do local
onde ocorreu o evento. violência que produziu essas lesões.
• Nos casos de morte natural com assistência • Do ponto de vista jurídico, a causa mortis pode
médica, o atestado de óbito deve ser fornecido, ser classificada em natural ou violenta
sempre que possível, pelo médico que vinha (homicídio, suicídio, acidente).
prestando assistência.
NECROPSIA
• O termo causa básica da morte, por sua vez, está
diretamente ligado à definição médica de causa
mortis, e inclui as doenças ou lesões que
conduziram diretamente à morte e as circunstâncias
do acidente ou violência que produziram a lesão
fatal.
• O que está errado é o médico atestar como causa
básica da morte, o modo de morrer, como parada
cardiorrespiratória. A mesma é conseqüência e não
causa (todos morrem em parada
cardiorrespiratória).
NECROPSIA EXUMAÇÃO
• O CPP determina um intervalo mínimo de 6 É o ato de desenterrar o cadáver a fim de submetê-
horas entre o óbito e a necropsia, salvo se o lo a um exame necroscópico. Obviamente, quanto
perito, pela evidência dos sinais de morte, julgar mais tempo se processa a decomposição do
que possa ser feita antes daquele prazo (art. cadáver, menos elucidativo e mais difícil é o exame.
162). Isto porque, via de regra, os fenômenos No âmbito criminal:
abióticos consecutivos já são plenamente 1. Suspeita de morte violenta no curso de processo;
observáveis 2. Identificação discutida;
3. Revisão de necropsia realizada.
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EXUMAÇÃO
• Deve ser acompanhada por médico legista
• Área previamente isolada
• Administrador do cemitério deve indicar o local
da sepultura
• Autoridade deve lavrar auto circunstanciado
• Procedimento cuidadosamente fotografado,
registrando-se todos os achados
• Cadáver deve ser limpo, isolado e acondicionado
para transporte para local de exame
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