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ILMO. SR DR.

DELEGADO REGIONAL DO TRABALHO DE FORTALEZA-CE

AUTO DE INFRAÇÃO Nº 020194153

Alberto Matias de Oliveira, estabelecido na Rua Papa Paulo VI, n 300, Edson Queiroz,
Fortaleza-Ceará inscrito no CNPJ/MF11.425.412/0001-90, vem respeitosamente por meio
desta, à presença de V.Sa. apresentar sua

DEFESA

Contra o auto de infração em epígrafe, pelos motivos de fato e de direito, que a seguir
passa a expor:

I - DOS FATOS

Em 30/12/2010, a minha empresa foi autuada segue copia do auto em anexo segundo
entendeu o Sr. Fiscal, por “deixar de efetuar o registro do Sr. Ensa Manê.

Aduz o Sr. Fiscal, no auto de infração em questão, que a empresa deixou de cumprir
com o disposto Art. 41 da CLT. Que diz que em todas as atividades será obrigatório para o
empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.

II - DO MÉRITO

Não merece prosperar o presente auto de infração.

A empresa sempre cumpriu corretamente com suas obrigações, e não desrespeitou a


normatividade vigente, principalmente no que se refere ao cumprimento dos mandamentos
legais em matéria trabalhista.

O requerente é empresa de transporte alternativo, executando os serviços de


transporte de passageiros nesta capital e tem no momento 03 três funcionários com carteira
assinada e nunca se negou em assinar a carteira de qualquer um que fosse.

O funcionário em questão o Sr. Ensa Mane descrito no histórico do auto de infração


em epígrafe teve a sua carteira de trabalho solicitada por ocasião de seu ingresso como
folguista, o mesmo comprometeu-se em entrega-la no dia seguinte fato este que não foi
cumprido nem nos dias posteriores a sua entrada na empresa e que coincidiu com a visita da
autoridade fiscal do MTE, a Auditora fiscal do trabalho.

Entretanto, a CLT também prevê (art. 2º) que o poder diretivo na relação contratual de
prestação de serviços é prerrogativa do empregador, ou seja, se de um lado a legislação lhe
atribui os riscos da atividade econômica, por outro lhe concede o poder de dirigir a sua
atividade da forma que melhor convier, desde que não pratique atos com o intuito de
desvirtuar ou fraudar os direitos previstos pela legislação específica e pela Constituição
Federal.

Assim, se um empregado se recusa a entregar a CTPS no ato da admissão para que


sejam feitas as anotações devidas do registro contratual, o empregador poderá, de imediato,
cancelar sua contratação, atribuindo a outro candidato aprovado nos testes, o direito ao
vínculo empregatício.
Este ato praticado pelo empregador está em total consonância ao estabelecido na CLT,
pois ao requerer a CTPS para o empregado, está agindo de acordo com a prerrogativa de seu
poder diretivo, bem como comprovando que o empregado é quem está violando o
estabelecido na CLT, primeiro porque a entrega da CTPS para registro é uma obrigação e não
uma faculdade e segundo, por descumprir a ordem do empregador.

Neste caso a empresa não deveria sofrer nenhuma penalidade, pois seguiu todos os
procedimentos estabelecidos pela norma trabalhista, tanto na comunicação do desligamento
quanto no pagamento dos direitos decorrentes do vínculo empregatício. Quando o empregado
comparecer a empresa fará a anotação normalmente informando a data de saída que consta
no Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho - TRCT.

Desta forma, o procedimento adotado pela suplicante não infringiu qualquer


determinação legal e não tendo havido, em momento algum, infração aos dispositivos legais,
entende a requerente que, a autuação deve ser considerada insubsistente.

III - DO PEDIDO

“Ex positis”, é a presente para requerer a V.Sa., se digne


determinar que o Auto de Infração seja considerado totalmente INSUBSISTENTE não se
impondo, assim, qualquer pena pecuniária, como única e verdadeira expressão de

Termos em que,
P. Deferimento.

Fortaleza, 10 de janeiro de 2011

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Alberto Matias de Oliveira

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