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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUAZEIRO DO

NORTE/CE

RVT EMPREENDIMENTOS E SERVIÇOS LTDA, pessoa jurídica de direito


privado, inscrita no CNPJ sob o nº 27.520.660/0001-50, inscrição estadual
066544548, com sede na Rua Carlos Alberto Alves Quirino, Cidade Universitária,
Juazeiro do Norte/CE, CEP: 63048-060, neste ato representada por seu sócio
administrador ABRAAO VIEIRA PIMENTEL DE OLIVEIRA, portador do RG de
nº 2006009038612, SSP CE, inscrito no CPF sob o nº 059.207.463-35, com
endereço profissional na Rua Carlos Alberto Alves Quirino, Cidade Universitária,
Juazeiro do Norte/CE, CEP: 63048-060, por meio dos seus advogados in fine
assinados, procuração anexa, com o devido respeito, vem a este Juízo, com
fundamento no art. 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal, impetrar o presente

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

em face do COORDENADOR DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DA


SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO CEARÁ, com endereço na Av.
Alberto Nepomuceno, nº 02, Centro, Fortaleza/CE, CEP: 60.055-000, telefones:
(85) 3108-0551; (85) 3108-0550, e-mail: catri@sefaz.ce.gov.br, ou quem lhe faça
as vezes no exercício do ato impugnado, autoridade vinculada ao ESTADO DO
CEARÁ, representada juridicamente pela Procuradoria Geral do Estado do
Ceará, com endereço na Avenida Dr. José Martins Rodrigues, nº 150 – Bairro
Edson Queiroz, Fortaleza/CE, CEP: 60.811-520, pelas razões fático-jurídicas que
adiante passa a expor.
1. DOS FATOS

A impetrante é uma pessoa jurídica de direito privado, cujo objeto social é a


atividade de fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para
empresas, conforme comprovante de inscrição e situação cadastral no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica anexo.

No exercício de suas atividades, sempre prezou por cumprir com suas


obrigações perante os fiscos federal, estadual e municipal, bem como junto aos
seus fornecedores, visando manter inabalável a reputação conquistada após
quase uma década de árduo trabalho.

Entretanto, a impetrante foi submetida a fiscalização pelo Fisco Estadual


relacionada a suposto débito no SITRAM, falta de recolhimento total ou parcial
de ICMS e obrigações acessórias referentes à documentação e à escrituração,
conforme mandados de ação fiscal 2023.21170, 2023.21171 e 2023.21172.

Após a conclusão da fiscalização, que resultou nos termos de intimação de nº


2023.24989, 2023.25403 e 2023.25368, a impetrante foi intimada a pagar o valor
de R$ 304.193,92 (trezentos mil, quatrocentos e noventa e três reais e noventa e
dois centavos), conforme documentos anexos.

Ocorre que, além de determinar o pagamento da referida quantia, o Fisco


também proibiu a impetrante de emitir nota fiscal eletrônica (NFE), o que,
diga-se, foi feito sem mesmo sequer oportunizar qualquer defesa ou
contraditório. Todavia, essa medida impede que a autora exerça regularmente
suas atividades, violando os princípios do não confisco, razoabilidade e o livre
exercício das atividades econômicas, gerando prejuízos irreparáveis para a
impetrante, suas obrigações legais e para terceiros que dependem dela em sua
cadeia de produção.

Ressalta-se, assim, que o ponto central que se pretende discutir nesta ação
mandamental refere-se ao direito líquido e certo da impetrante de emitir
as Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) para o regular desempenho de suas
atividades. Vale dizer, o mandado de segurança busca assegurar o direito de
emitir nota fiscal eletrônica, independentemente da questão jurídica da
responsabilidade tributária pelos fatos apurados.

Nesse sentido, é cristalino que, partindo da premissa de que a impetrante


depende da emissão das NF-e para o desenvolvimento de sua atividade
empresarial, este elemento já é apto a demonstrar a plausibilidade do
direito invocado, tal como pretendido no mandamus, uma vez que a
suspensão da autorização para a emissão das NF-e, por óbvio, configura
verdadeiro óbice capaz de causar prejuízos.

2. DO CABIMENTO

A presente medida ora impetrada está disciplinada no art. 5°, LXIX, da CF e no


art. 1°, da Lei 12.016/2009, respectivamente:

Art. 5°. (...)

LXIX. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito


líquido e certo, não amparo por habeas corpus ou habeas data,
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público.

Art. 1º. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito


líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data,
sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa
física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por
parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as
funções que exerça.

Portanto, este é o meio correto e adequado para reparar direito líquido e certo
ameaçado e já prejudicado, como é o caso em apreço.

Nesse sentido, o pedido fundamenta-se no reconhecimento do direito


líquido e certo da Impetrante no desenvolvimento de sua atividade
empresarial pois a Impetrante depende da emissão das NF-e para cumprir
obrigações legais perante a própria impetrada e atender a suas próprias
obrigações legais. Assim, o bloqueio pela impetrada tem impedido a
peticionária de cumprir seus compromissos, gerando prejuízos irreparáveis
não só econômicos, mas também reputacionais perante seus clientes.

Diante do exposto, fica evidente a possibilidade de impetrar o presente


mandado de segurança, com o escopo de compelir a autoridade coatora a se
abster de bloquear o acesso ao sistema de emissão de notas fiscais eletrônicas
da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará.

3. DO DIREITO – DA LIVRE INICIATIVA E DA ILEGALIDADE DO BLOQUEIO


DE EMISSÃO DE NF-e

Não é demais salientar que o Mandado de Segurança remédio constitucional


utilizado para proteger direito líquido e certo sempre que, ilegalmente ou com
abuso de poder, alguém sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por
parte de autoridade, o que mostra-se perfeitamente cabível no caso.

In casu, a impetrante tem seus direitos violados pela conduta da impetrada,


que a tem impedido de emitir Notas Fiscais Eletrônicas, conduta essa que
está em desconformidade com a garantia constitucional de livre iniciativa
(art. 1º, inciso IV, da CF) e do livre exercício da atividade econômica (art.
170 da CF), uma vez que o fato do contribuinte estar supostamente
inadimplente não constitui fundamento para a suspensão da emissão de notas.

Recorda-se que a Constituição Federal preocupou-se com a manutenção da


ordem econômica nacional e, assim, enquadrou a livre iniciativa do trabalho
como um dos princípios fundamentais da República:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união


indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Diante disso, percebe-se a importância que é conferida à livre iniciativa do


trabalho. Portanto, claro está que o exercício do trabalho é livre e, sendo assim,
não há e nem deve haver restrições indevidas para sua atividade, tampouco há
previsão que a atividade econômica somente poderá ser exercida por empresas
que estejam com sai situação fiscal regular.

Nesse sentido, considera-se ilegal e abusiva a suspensão do direito de emitir


Notas Fiscais Eletrônicas como meio indireto coercitivo para regularização
da situação junto ao fisco. Tal medida caracteriza uma verdadeira "sanção
política", o que não deve ser admitido, especialmente no caso concreto, pois
sua utilização configura violação aos direitos da impetrante de exercer suas
atividades empresariais.

Ora, é sabido que a Fazenda deve buscar o Judiciário visando à cobrança, via
executivo fiscal, do que devido, mostrando-se impertinente recorrer a métodos
que acabem inviabilizando a própria atividade econômica, como é o relativo à
proibição de as empresas em débito, no tocante a obrigações, principais e
acessórias, vir a emitir documentos considerados como incluídos no gênero
fiscal.

Não se deve, pois, tolerar o que convencionou-se chamar de “sanções políticas”


ou “indiretas”, que segundo Hugo de Brito Machado (in Sanções Políticas no
Direito Tributário, pág. 46), correspondem a “restrições ou proibições impostas
ao contribuinte, como forma indireta de obrigá-lo ao pagamento do tributo, tais
como a interdição do estabelecimento, a apreensão de mercadorias, o regime
especial de fiscalização, entre outras”, incluída, como na situação concreta,
“recusa de autorização para imprimir notas fiscais.

Não obstante, o STF firmou entendimento de que a utilização de meios


indiretos, coercitivos, para compelir o contribuinte a pagar os tributos,
revela-se inadequada, nos termos das Súmulas 70, 323 e 547 do STF:

Súmula nº 70: É inadmissível a interdição de estabelecimento


como meio coercitivo para cobrança de tributo.

Súmula 323: É inadmissível a apreensão de mercadorias como


meio coercitivo para pagamento de tributos.

Súmula nº 547: Não é lícito à autoridade proibir que o


contribuinte em débito adquira estampilhas, despache
mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades
profissionais.

Assim, resta evidente que o impedimento imposto à impetrante não permitirá o


exercício regular de sua atividade, cerceando direitos norteados por premissas
constitucionais atinentes à livre prática de atividades econômicas, bem como à
liberdade do exercício profissional.

Nesse sentido, é o entendimento do Supremo Tribunal Federal:

Esta Corte orientou-se no sentido de que o regime especial do ICMS,


mesmo quando autorizado em lei, impõe limitações à atividade
comercial do contribuinte, com violação aos princípios da liberdade
de trabalho e de comércio e ao da livre concorrência, constituindo-se
forma oblíqua de cobrança do tributo e, por conseguinte, execução
política, repelida pela jurisprudência sumulada deste Supremo
Tribunal (Súmulas STF nºs 70, 323 e 547). 2. Agravo regimental
improvido. (AI nº 529106 AgR/MG. Rel. Min. Ellen Gracie. Julg.
29/11/2005. DJ 03/02/2006)

Entendimento esse também consolidado no Tribunal de Justiça do Estado do


Ceará, vejamos:

DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. REMESSA NECESSÁRIA E


APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA. PROIBIÇÃO DE
EMISSÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS. EXIGÊNCIA DE
PAGAMENTO DE TRIBUTOS PARA LIBERAÇÃO DA RESTRIÇÃO.
INADMISSIBILIDADE. SANÇÃO POLÍTICA. REMESSA NECESSÁRIA E
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDAS E DESPROVIDAS. 1. O cerne do
presente feito gira em torno da possibilidade ou não de o ente
estadual proibir a emissão de notas fiscais eletrônicas em razão da
existência de débitos tributários relativos ao ICMS da contribuinte
autora. 2. No caso concreto, o ente público apelante alega que a
proibição de emissão de notas fiscais se deu com fundamento na
Instrução Normativa nº 33/1993, bem como no poder de polícia e no
princípio da legalidade. Todavia, embora afirme que agiu com base
na legislação local, a interpretação conferida pelo ente estadual tem
por escopo, por meio transverso, transformar a restrição em meio
coercitivo para o pagamento de débitos, o que é vedado, uma vez
que a Fazenda Pública já dispõe de meios judiciais e extrajudiciais
hábeis e legalmente previstos para proporcionar a cobrança dos
débitos tributários e não-tributários. 3. Portanto, não pode o Estado
do Ceará proibir a emissão de notas fiscais sob a exigência da
quitação de débitos tributários, uma vez que tal conduta ilícita
configura abuso de poder. 4. Remessa necessária e Apelação cível
conhecidas e desprovidas. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos
estes autos, acorda a 2ª Câmara Direito Público do Tribunal de Justiça
do Estado do Ceará, por unanimidade de votos, em conhecer da
remessa necessária e do recurso apelatório, para negar-lhes
provimento, tudo nos termos do voto do Relator. Fortaleza, data e
hora indicadas pelo sistema. Presidente do Órgão Julgador
Desembargador LUIZ EVALDO GONÇALVES LEITE Relator

(TJ-CE - Apelação: 0003498-33.2018.8.06.0034 Aquiraz, Relator: LUIZ


EVALDO GONÇALVES LEITE, Data de Julgamento: 01/11/2023, 2ª
Câmara Direito Público, Data de Publicação: 01/11/2023)

TRIBUTÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA. MANDADO


DE SEGURANÇA. IMPEDIMENTO DE CREDENCIAMENTO E INSCRIÇÃO
DA EMPRESA IMPETRANTE NO CADASTRO GERAL DA FAZENDA
(CGF) DA SEFAZ, SOB ALEGAÇÃO DE PENDÊNCIA DE DÉBITO FISCAL.
AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO PARA A EMISSÃO DE NOTAS
FISCAIS. IMPOSSIBILIDADE. CARACTERIZAÇÃO DE SANÇÃO
POLÍTICA. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA DO STF ( RE 565048, JULGADO
SOB O REGIME DE REPERCUSSÃO GERAL, TEMA 31). PRECEDENTES
DO TJCE. REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CONHECIDAS E
DESPROVIDAS. SENTENÇA MANTIDA. 01. Cinge-se a controvérsia à
análise da sentença que concedeu a segurança para determinar que a
autoridade coatora se abstenha de impedir o credenciamento e a
inscrição da impetrante no Cadastro Geral da Fazenda (CGF) da
SEFAZ, permitindo que a autora continue a emitir notas fiscais e
recolher os tributos referentes ao ICMS. 02. A matéria encontra-se
pacificada no âmbito da Suprema Corte, uma vez que, no julgamento
do RE 565048 sob a sistemática da repercussão geral, o STF firmou a
tese de que ¿É inconstitucional o uso de meio indireto coercitivo para
pagamento de tributo ¿sanção política¿, tal qual ocorre com a
exigência, pela Administração Tributária, de fiança, garantia real ou
fidejussória como condição para impressão de notas fiscais de
contribuintes com débitos tributários¿ (Tema 31). Precedentes do STF,
seguidos por este TJCE. 03. Remessa necessária e apelação
conhecidas e desprovidas. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos
estes autos, acorda a 3ª Câmara Direito Público do Tribunal de Justiça
do Estado do Ceará, por unanimidade, em conhecer da Remessa
Necessária e da Apelação, mas para negar-lhes provimento, nos
termos do voto do Relator. Fortaleza, data e hora informadas pelo
sistema. DESEMBARGADOR FRANCISCO LUCIANO LIMA RODRIGUES
Relator

(TJ-CE - APL: 02222690920208060001 Fortaleza, Relator: FRANCISCO


LUCIANO LIMA RODRIGUES, Data de Julgamento: 27/03/2023, 3ª
Câmara Direito Público, Data de Publicação: 27/03/2023)

Portanto, não pode a impetrada obstar a impetrante de emitir notas fiscais pois
isso equivale a impedir de realizar suas atividades, o que viola os princípios
gerais da atividade econômica, inserido na ordem econômica e financeira e
previsto nos artigos 170 e seguintes, da Constituição Federal, além de restringir
direito e garantia fundamental preconizados no art. 5º, III da mesma Carta
Magna.

4. DO PEDIDO LIMINAR

Considerando o teor dos fatos ensejadores do presente mandamus, verifica-se


de plano que a suspensão de emissão de NF-e procedida representa
irrecusavelmente uma gritante ofensa ao Texto Constitucional, conforme
demonstrado adiante.

Inicialmente, impende destacar que o Fisco já tem arraigado o hábito de utilizar


expedientes ilegais e abusivos para forçar o contribuinte a adotar determinado
comportamento, subtraindo, com tal conduta, o inderrogável direito de defesa
assegurado no patamar constitucional.

Todavia, conforme pacífico na doutrina e na jurisprudência, não se pode admitir


a utilização de sanções políticas como meio indireto de coerção ao pagamento
de tributo ou de qualquer outra obrigação fiscal.

Dessa maneira, termos do art. 7º, III, da Lei nº. 12.016 de 2009, quando houver
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar ineficácia da medida,
conceder-se-á medida liminar, vejamos:
Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:

I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-


lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim
de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações;

II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da


pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem
documentos, para que, querendo, ingresse no feito;

III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando


houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado
exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de
assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. (Vide ADIN 4296)

No caso em apreço, estão indubitavelmente presentes os requisitos para a


concessão da medida antecipatória, senão vejamos: o fumus boni iuris está
comprovado pela vedação de utilização de “sanção política” e a pretensão
do impetrante está respaldada pelas Súmulas 70, 323 e 547 do STF,
conforme demonstrado.

Por seu turno, o periculum in mora resta comprovado pelo fato de que sem a
emissão de Notas Fiscais Eletrônicas a impetrante resta impedida de
desenvolver suas atividades empresariais.

Assim, requer que se defira pedido liminar para determinar a impetrada que se
abstenha de impedir a emissão de notas fiscais da impetrante, sob pena de
aplicação de multa cominatória de 5 (cinco) salários por dia de
descumprimento.

5. DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer que Vossa Excelência:

a) a concessão da medida liminar, inaudita altera pars, diante da demonstração


da irrefutável presença dos requisitos levais de concessão da medida liminar
nos termos do art. 7°, inc. III, da Lei n° 12.016/2009, determinando a imediata
liberação da emissão de notas fiscais, fixando-se multa cominatória de 5 (cinco)
salários por dia de descumprimento;

b) no mérito, requer que seja concedida a segurança para determinar a


impetrada que se abstenha de impedir a emissão de Notas Fiscais Eletrônicas da
impetrante;
c) seja notificada a autoridade impetrada, a fim de prestar as informações que
julgar necessárias, no prazo legal;

d) seja intimado o Representante do Ministério Público para oferecimento de


seu parecer;

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,


notadamente mediante prova documental cuja juntada requer no ato da
distribuição.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.320,00 (mil trezentos e vinte reais), somente para
fins fiscais.

Nesses termos, pede deferimento.

Juazeiro do Norte/CE, na data do protocolo.

João Claudino de Lima Junior Gilbene Calixto Pereira Claudino


OAB-CE nº 25.357 OAB-CE nº 34.688-A
OAB-PE nº 1.471-A OAB-PE 23.124

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