Você está na página 1de 5

Instituto de Física

Universidade de Brasília

Experimento 5 – Força Magnética

Neste experimento analisamos a força de interação entre um campo magnético e um


segmento de fio conduzindo corrente elétrica constante no tempo. Alterando diversos
parâmetros no sistema podemos verificar quais grandezas influem, e de que forma o fazem, na
força magnética.
CUIDADOS PRELIMINARES
ATENÇÃO!!
Apesar dos kits estarem montados desta vez, eles, possivelmente, não estão calibrados!
Uma parte do kit que precisa estar calibrada é uma balança que vai nos informar um valor de
massa aparente. Dependendo da força magnética que surge quando o campo magnético
atravessa o seguimento de fio, poderemos medir valores de massa aparente. Por isso, antes de
qualquer coisa, certifique-se que o “zero” desta balança esteja bem calibrado quando não há
corrente nos fios.
ENTENDA COMO ESTA INFORMAÇÃO LHE INFORMARÁ O VALOR DA
FORÇA MAGNÉTICA ANTES DE INICIAR O EXPERIMENTO.

LEITURA DE MASSA:

Figura 1 Leitura da balança

1
Instituto de Física
Universidade de Brasília

A leitura da massa aparente na balança é a muito semelhante a que usamos quando


usamos um micrômetro. Veja o exemplo acima: Gire o dial para que até que a balança esteja
no “zero” em (5). Lê-se assim: Em (1) temos 20g. Em (3) temos 1,3 g, que é a marcação do
risco (zero) que está em (2), portanto, já temos 20+1,3=21,3 g. Finalmente, o último
algarismo de precisão é obtido pela primeira coincidência entre os traços da escala assinalada
em (2). Neste caso, a coincidência surge em (4), nos dando o valor de 0,05 g. Portanto, o valor
da massa obtido é de 20+1,3+0,05=21,35 g. (Qual o erro associado?)

OUTRAS VERIFICAÇÕES

Verifique também todo o circuito e veja se o campo magnético gerado está orientado
corretamente. Alinhe a espira na direção desejada e cuidado com o sentido da corrente.
Ajuste o tripé do distribuidor de tensão de forma que o peso das fitas metálicas não influa na
medida. Por fim, tenha muito cuidado para que as fitas não se toquem, pois elas não possuem
isolamento próprio (Figura 2).

MATERIAL
 Núcleo de ferro em forma de U;
 1 par de blocos polares retangulares;
 2 bobinas (máximo 4A);
 1 balança;
 4 espiras retangulares de lados 12,5; 15; 50 e 100mm;
 2 fitas metálicas;
 2 fontes de tensão/corrente (máximo 5A);
 2 amperímetros;
 2 tripés;
 1 teslâmetro com sonda Hall;
 Cabos para conexão;
 Régua e transferidor.

2
Instituto de Física
Universidade de Brasília

Figura 2 Montagem atual do experimento: 1) Teslâmetro. 2) Sonda Hall. 3) Fonte para as bobinas. 4) Fonte para o
segmento retilíneo de corrente. 5) Bobinas e Núcleo de ferro em U. 6) Amperímetro.7)Balança.

1 – RESPOSTA DO CAMPO À CORRENTE DE ENROLAMENTO.


Nesta etapa o objetivo é mapear qual valor de campo magnético (B) corresponde a
cada corrente no circuito de enrolamento (ib) das bobinas, que geram o campo magnético.
Conhecendo a curva ib vs B, poderemos nas outras etapas nos referir a valores de corrente
como se de campo fossem, fato que muito simplificará a análise.
 Considere, nesta etapa, apenas o circuito de enrolamento de campo;
 Posicione os blocos polares na distância mútua mínima (aproximadamente 1
cm);
 Ligue o teslâmetro e ajuste o valor de campo magnético até zero longe de
qualquer fonte externa;

3
Instituto de Física
Universidade de Brasília

 Ligue a fonte de corrente nas bobinas e posicione a sonda Hall na região entre
os blocos;
 Varie o valor de corrente no enrolamento de 0 a 2A, anotando o valor de
campo medido no teslâmetro;
 Construa um gráfico ib vs B para essa situação, e obtenha uma equação para a
curva resultante;
 Repita o procedimento para os blocos polares distando de aproximadamente 4
cm, comparando e discutindo os resultados.

2 – FORÇA MAGNÉTICA E CORRENTE NA ESPIRA


O objetivo agora é verificar como, para um valor de campo magnético fixo (ou
alternativamente ib fixa), a força magnética é alterada conforme variamos tanto o
comprimento (L) do segmento da espira imerso no campo quanto o valor de corrente (i L) que
ela transporta.
 Coloque a primeira espira na balança e meça seu peso para ib e iL iguais a zero;
 Ajuste a corrente de enrolamento de campo para fornecer o valor fixo de 2A;
 Varie a corrente iL de 0 a 5A, anotando para cada caso o valor do peso aparente
medido;
 Construa o gráfico iL vs F e, novamente, verifique a relação funcional daí
obtida;
 Repita o procedimento para todas as outras espiras e construa um gráfico L vs
F para alguns poucos valores de corrente iL.

3 – FORÇA MAGNÉTICA E CAMPO MAGNÉTICO


Agora que sabemos mensurar valores de campo magnético a partir da quantidade
medida no amperímetro do enrolamento de campo, podemos verificar o comportamento da
força magnética com o módulo do campo magnético, simplesmente medindo a corrente no
enrolamento de campo.
 Meça o peso da espira com L=100mm na ausência de quaisquer correntes;
 Fixe a corrente na espira (iL) em um valor adequado e varie ib de 0 a 2A,
medindo o peso aparente em cada interação;
 Construa um gráfico F vs ib e daí estime o comportamento com relação a B;
 Repita o experimento para outro valor de L (e mesma corrente iL).
4
Instituto de Física
Universidade de Brasília

4 – DEPENDÊNCIA ANGULAR
Finalmente desejamos verificar como a força magnética se comporta em função do
seno do ângulo entre o vetor campo magnético e o vetor na direção definida pelo segmento da
espira imerso no campo.
PLANEJE E REFLITA A FORMA COMO VC POSICIONARÁ A ESPIRA EM
RELAÇÃO À MARCAÇÃO DE ÂNGULO PARA GARANTIR A CORRETA
AFERIÇÃO DO ÂNGULO (Θ) ENTRE A ESPIRA E O CAMPO.
 Posicione os blocos polares com afastamento mútuo de aproximadamente 4
cm;
 Considere a espira de L=25 mm;
 Fixe a corrente na espira em 5A e a corrente de enrolamento de campo em 2A;
 Meça a variação do peso aparente enquanto se rotaciona o núcleo de ferro em
torno de seu próprio eixo de zero a 90°;
 Construa um gráfico da força magnética (que você, a essa altura, já deve saber
deduzir a partir do peso aparente) em função do seno do ângulo de rotação
(senθ vs F).

Você também pode gostar