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Prof.

Evaldo Gomes
“Bizus” de Português
1. Fonemas são sons; letras são sinais gráficos que procuram representar esses sons.
2. As semivogais são uma espécie de consoante. Apóiam-se na vogal e somente com ela, for-
mam sílaba.
3. Dígrafo são duas letras representando um único fonema.
4. Não acentuamos paroxítonas finalizadas por ens: itens, hifens, jovens.
5. Não se acentuam as letras i e u das oxítonas. Ali, aqui, tatu, caju.
6. São escritas com j palavras de origem popular, tupi ou africana: jegue, jenipapo, canjica.
7. Quando forem a 2ª vogal do hiato, não acentuamos o i ou o u, se formarem sílabas
com letras diferentes de s: ruim, juiz, caiu.
8. Os substantivos usados como adjetivos permanecem invariáveis: blusa rosa/ blusas rosa.
9. Não acentuamos a 2ª vogal do hiato seguida de nh: tainha, rainha, ladainha.
10. Os verbos crer, dar, ler e ver e seus compostos dobram a vogal e na 3ª pessoa do plural
com acento circunflexo no primeiro e: ele crê/ eles crêem. Memorize: credelevê.
11. Os verbos pôr, querer e derivados têm verdadeira aversão à z.
12. Qualquer palavra pode tornar-se substantivo, desde que venha antecedida de artigo, pro-
nome possessivo, indefinido ou demonstrativo.
13. Quando os elementos de um substantivo composto forem ligados por preposição,
apenas o primeiro deverá ir para o plural: sinal-da-cruz/ sinais-da-cruz.
14. Nos compostos com a palavra guarda, observe se essa palavra indica o homem ou a ação
de guardar. Indicando o homem, irão as duas para o plural. Caso indique a ação de guardar, só
o segundo elemento irá para o plural. Ex: guarda-civil: guardas-civis / guarda-comida: guarda-
comidas.
15. Os substantivos próprios, tanto personativos como locativos, estão submissos às
mesmas normas estabelecidas para os substantivos comuns.
16. O substantivo exerce 11 funções sintáticas. São elas: sujeito, objeto direto, objeto indireto,
predicativo do sujeito e do objeto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnomi-
nal, adjunto adverbial, aposto e vocativo.
17. As locuções adjetivas são formadas por preposição+substantivo ou por preposi-
ção+advérbio: rosto de anjo, jornal da tarde.
18. Na comparação de qualidade entre dois elementos, são incorretas as formas mais bom,
mais mau e mais grande. Só devemos usá-las quando compararmos duas características de
um mesmo ser. Ele é mais bom que a irmã (incorreto)/ Ele é mais bom que inteligente. (corre-
to).
19. Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste são invariáveis: vestido azul-
marinho/ vestidos azul-marinho.
20. Não devemos confundir o numeral fracionário meio com o advérbio meio. Este equivale a
um pouco e, por ser advérbio, nunca varia. Marina está meio cansada.- adjetivo; aquele equi-
vale a metade. Já é meio-dia e meia (hora)- numeral.
21. Quando o pronome substitui o substantivo é denominado pronome substantivo: Ela
nasceu.
22. Quando o pronome acompanha o substantivo é denominado pronome adjetivo: Esta casa é
azul.
23. Não devemos contrair a preposição de com o artigo que encabeça o sujeito de um
verbo. Está na hora de o trem passar.
24. As formas eu e tu não podem vir acompanhadas de preposição, a não ser que venham co-
mo sujeito de um infinitivo: Isso é para mim./ Isso é para eu fazer.
25. Ao falar diretamente com a pessoa, usamos o tratamento “Vossa”; quando falamos
sobre ela, usamos o tratamento “Sua”: Vossa alteza/ Sua alteza.
26. Os pronomes oblíquos o, a, os, as são demonstrativos quando têm o sentido de aquele,
aquela, aqueles, aquelas.
27. No discurso, empregamos este, esta, isto em referência a algo que ainda será dito
(catafóricos) e esse, essa, isso em referência a algo já citado (anafóricos).
28. O pronome indefinido “qualquer” é a única palavra em nossa língua que faz o plural no seu
interior: quaisquer.
29. O que é pronome relativo sempre que for possível substituí-lo por o qual, a qual, os
quais, as quais.
30. O relativo cujo concorda em gênero e número com a coisa possuída, não admite posposi-
ção de artigo, sempre funciona como pronome adjetivo e sintaticamente é sempre adjunto
adnominal.
31. Os pronomes de tratamento pedem os pronomes possessivos em 3ª pessoa.
32. Os pronomes interrogativos são os pronomes indefinidos usados em perguntas diretas ou
indiretas.
33. O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, pois vem da forma arcaica “poer”.
34. Ao conjugar qualquer verbo podemos tomar como modelo os verbos cantar, dever e partir.
Se o verbo conjugado não obedecer ao modelo de sua conjugação, será irregular; caso obede-
ça, será regular.
35. As formas do pretérito perfeito e tempos derivados dos verbos ir e ser são parecidas.
Evidencie a diferença pondo a frase no futuro. Fui ao cinema. — Irei ao cinema. / Fui mal-
tratado. — Serei maltratado.
36. Os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar são conjugados como o verbo pas-
sear. Memorize: Mário.
37. Os cinco verbos citados no item anterior são irregulares apesar de os verbos termi-
nados em –iar serem normalmente regulares.
38. O sujeito oculto é também chamado de subentendido, desinencial, implícito ou elíptico.
39. Um recurso prático de encontrar o sujeito de uma oração é perguntar O quê? Ou
quem? antes do verbo.
40. O sujeito indeterminado ocorre apenas em dois casos: com o verbo na 3ª pessoa do plural
sem se referir a elemento algum e com os verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de liga-
ção na 3ª pessoa do singular acompanhados do pronome se.
41. Os oblíquos lhe, lhes funcionam como objeto indireto.
42. O objeto indireto completa o sentido de um verbo. Já o complemento nominal completa o
sentido de um substantivo abstrato, de um adjetivo ou de um advérbio.
43. Os oblíquos o, a, os, as têm função sintática de objeto direto.
44. Sujeito representado por pronome indefinido deve ser considerado como sujeito simples.
45. Os pronomes me, se, te, nos, vos podem funcionar como OD ou OI, dependendo da
transitividade verbal.
46. A transitividade ou intransitividade de um verbo só pode ser firmada dentro do contexto ora-
cional no qual o verbo está inserido.
47. São intransitivos os verbos que indicam permanência, movimento e fenômenos da
natureza. Ficamos em casa. Fomos a Roma. Anoiteceu.
48. Diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal:
. Complemento nominal:
a) Completa o sentido de um substantivo abstrato (nunca o concreto), adjetivo ou advérbio. Me-
do de água.
b) Tem sentido passivo. As críticas ao diretor são ilusórias.
c) Nunca indica posse.
. Adjunto adnominal:
a) Só se refere a substantivos (concretos ou abstratos)
b) Tem sentido ativo. As críticas do diretor são ilusórias.
c) Pode indicar posse. Casa de Pedro.
49. A quantidade de verbos equivale à quantidade de orações.
50. A oração substantiva é facilmente classificada ao substituí-la pelo pronome isso. A função
sintática exercida pelo pronome será a mesma da oração subordinada.
51. Não se usa vírgula entre o sujeito e o verbo, o verbo e seus complementos e o nome
e seu complemento nominal.
52. Normalmente não usamos vírgula antes da conjunção e, entretanto, quando as orações
coordenadas possuírem sujeitos diferentes devemos usá-la. Ninguém dizia nada, e todos espe-
ravam. (Fernando Sabino)
53. Não começamos frase com pronome oblíquo átono.
54. Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa. Vossa Senhoria
chegou atrasada. /Vossas Senhorias chegaram atrasadas.
55. No sentido de existir, haver também é impessoal e fica na 3ª pessoa do singular.
56. As expressões é proibido, é necessário, é preciso, é bom só variam quando antecedidas de
artigo (ou outro determinante). É proibida a entrada de crianças.
57. Não existe a palavra “menas”; apenas a palavra “menos”, que é invariável.
58. Os verbos haver e fazer indicando tempo são impessoais e ficam na 3ª pessoa do singular.
59. A expressão mais de um pede verbo no plural exclusivamente quando indicar reci-
procidade ou aparecer repetida. Mais de um automóvel se chocaram.
60. As locuções a olhos vistos, a sós, em alerta, em anexo e quanto possível são invariáveis.
61. Os verbos assistir (sentido de presenciar), aspirar e visar (sentido de desejar) repe-
lem as formas oblíquas lhe e lhes.
62. Não se deve atribuir a verbos de regência diferentes um mesmo complemento. Li o livro e
gostei dele. (Correto)
63. Os únicos verbos transitivos indiretos que admitem a voz passiva são obedecer e de-
sobedecer. As regras são desobedecidas por eles.
64. Os verbos simpatizar, antipatizar e confraternizar não são pronominais. Simpatizo com ela.
65. O sujeito nunca é antecedido de preposição.
66. O único caso de predicativo do objeto indireto é com o verbo chamar. Chamam-lhe herói.
67. O verbo preferir não aceita expressões de reforço como: muito, antes, mil vezes, um
milhão de vezes, do que.
68. Os oblíquos lhe e lhes só acompanham verbos transitivos diretos para indicar posse, atuan-
do como adjuntos adnominais. Vou beijar-lhe a mão. (=Vou beijar sua mão.)
69. Os verbos aspirar e visar no sentido de desejar são transitivos indiretos, regem a
preposição a e não aceitam as formas oblíquas lhe e lhes.
70. No sentido de ser espectador, o verbo assistir não pode ser apassivado, pois é transitivo
indireto.
71. Descubra a ocorrência de crase substituindo o termo feminino da frase por um mas-
culino correlato. Aparecendo a forma ao, haverá crase antes do termo feminino.
72. A crase é facultativa antes de nomes de mulheres e de pronomes possessivos e depois da
preposição “até”.
73. Só ocorre crase com a palavra distância caso ela venha determinada.
74. Os únicos pronomes pessoais com os quais ocorre crase são senhora, senhorita e dona.
75. Não ocorre crase com a palavra terra no sentido de terra firme ou como antônimo de
mar, ar ou bordo a não ser que apareça determinada ou no sentido de planeta.
76. Só há crase com a palavra casa quando determinada ou indicando estabelecimento co-
mercial ou dinastia, nunca no sentido de residência própria, lar, domicílio, moradia.
77. A maneira prática de encontrar o objeto direto é perguntar “O quê?” ou “Quem?” de-
pois do verbo.
78. Encontramos o objeto indireto perguntando “de quê?”, “de quem?”, “a quê?”, “a quem?”,
“para quê?”, “para quem?” ou com qualquer outra preposição, mas com a pergunta sempre de-
pois do verbo.
79. Na transformação da voz ativa para a passiva, o objeto direto da ativa torna-se sujeito
da passiva, o sujeito da ativa passa a ser agente da passiva e o verbo da ativa é apassi-
vado obedecendo-se ao mesmo tempo da ativa.
80. O agente da passiva costuma aparecer acompanhado da preposição por e mais raramente
da preposição de (esta última ocorre principalmente com os verbos que indicam sentimento).
81. Os verbos transitivos indiretos, intransitivos e os de ligação não admitem a voz pas-
siva, apenas a ativa. Exceção: obedecer, desobedecer.
82. Somente com os verbos causativos (mandar, deixar, fazer e sinônimos) e com os verbos
sensitivos (ver, ouvir, olhar, sentir e sinônimos) é que os pronomes oblíquos átonos podem fun-
cionar como sujeito. Mandei-o sair. Ninguém me viu sair. Fora esses casos, os oblíquos são
sempre complementos.
83. A colocação pronominal será facultativa se a palavra que precede o verbo for subs-
tantivo ou pronome pessoal do caso reto.
84. Diferença entre objeto indireto e adjunto adverbial
Objeto indireto:
a) É um complemento necessário;
b) Só completa verbos transitivos indiretos;
c) A preposição que o precede é sempre vazia de significado, totalmente dependente do verbo
e não pode ser trocada por outra. Aspiro ao cargo.
Adjunto adverbial:
a) Não é complemento necessário. Indica apenas circunstâncias.
b) Refere-se a verbos intransitivos, adjetivos ou advérbios.
c) A preposição que o antecede é sempre carregada de sentido e pode ser trocada por outra.
Eu vim ao curso./ Eu vim para o curso.
85. Estrutura do predicado Nominal:
- VL + PS
86. Estrutura do predicado verbal:
- VTD + OD= Adoro você.
- VTI + OI= Preciso de você.
- VTDI + OD + OI= Darei o meu coração a você.
- VI= Anoiteceu.
- VI + ADJ. ADV.= Estou em casa.
87. Estrutura do predicado verbo-nominal:
- VI + PO= Voltei machucado.
- VT + O + PS= Deixei o campo alegre.
- VTD + OD + PO= Julgo Juçara inteligente.
88. Quando equivale a sozinho (a), a palavra só é adjetivo e varia normalmente; quando equi-
vale a somente, só é advérbio e não varia. Estamos sós./ Eles só revelarão tudo amanhã.
89. A oração para ser principal requer o verbo no imperativo ou no indicativo, e não pode
vir precedida de conjunção nem de pronome relativo.
90. Os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais e conjugam-se sempre na
3ª pessoa do singular. Caso esses verbos sejam usados figuradamente conjugam-se normal-
mente, concordando com o sujeito. Amanheceu chovendo./ Os bares amanheceram fechados.
91. O objeto indireto só não vem preposicionado quando expresso pelos pronomes oblí-
quos me, se, te, nos, vos, lhe e lhes.
92. Diferença entre predicativo do sujeito e adjunto adnominal:
Substituímos o objeto direto pelos oblíquos o, a, os, as. Caso o adjetivo ou termos de valor
adjetivo não sejam incorporados ao pronome, teremos um predicativo; caso sejam incorpora-
dos, teremos adjunto. Achei o aluno fraco. (Achei-o fraco)./ Amo a moça bonita. (Amo-a)
93. Vogal temática x desinência de gênero (tratando-se da vogal a)
Quando vogal temática, o a não tem oposição; não acontecendo o mesmo com a
desinência, que se opõe ao masculino. Rosa (a- vogal temática/ Não existe roso). Garota
(a- desinência de gênero. Feminino de garoto.)
94. Diferença entre oração subordinada substantiva apositiva e oração subordinada adjetiva
explicativa:
Quando a apositiva vem entre vírgulas, percebemos a diferença dela com a adjetiva ao
observarmos que esta é introduzida por pronome relativo e aquela por conjunção integrante.
95. Desinência x sufixo
O sufixo altera o sentido do radical, enquanto a desinência indica a flexão da
palavra. Baixinho/ pata.
96. Derivação regressiva (identificando a palavra primitiva)
Se o substantivo indica ação, será palavra derivada, e o verbo primitivo; se o substan-
tivo indica algum objeto ou substância, ocorrerá o contrário. Caça (substantivo de ação)= pala-
vra derivada/ arquivo (objeto)= palavra primitiva.
97. São substantivos: nomes de lugares, de pessoas, apelidos, nomes de objetos, de
profissões, de animais, de sentimentos, de estados de espírito e nomes de ações.
98. Os nomes terminados em vogais tônicas e em consoantes não apresentam vogal temática.
Sofá, café, cantor, raiz.
99. Só ocorre derivação parassintética quando há acréscimo simultâneo de um prefixo e
de um sufixo e o vocábulo não existe isoladamente com um ou com outro. Empalidecer
(parassíntese)/ inutilizar (derivação prefixal e sufixal).
100. Uso dos porquês:
Porque- Quando indica explicações;
Porquê- Quando for substantivo. Sempre vem determinado.
Por que- No início ou no meio de frases e quando significar pelo qual ou ainda quando vier
subentendida a palavra motivo.
Por quê- No fim de frases ou isolado.

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