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RESUMO
Este trabalho apresenta uma visão geral sobre o projeto lingüístico de Humboldt a
partir de uma abordagem de sua filosofia a respeito da diversidade das línguas,
sua forma e matéria.
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SESSÃO I
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SESSÃO II
De acordo com Humboldt, ainda que pareça uma fusão entre símbolo e
signo em verdade não se trata de uma unidade. No signo o objeto possui uma
existência autônoma, com predominância do elemento espiritual e espontâneo. Já
no símbolo, ele mesmo representa o objeto, logo prevalece aqui o elemento
material, a receptividade. A palavra se situa no meio desse processo. Som e
conceito não permitem separação alguma e são incompletos cada um por si
mesmo.
O homem vive imerso nos objetos que percebe através de sua língua, daí
que para Humboldt a idéia de que as línguas simplesmente designam de
diferentes maneiras os mesmo objetos e conceitos. Logo, as línguas não são
simples meios de representar uma verdade conhecida e sim meios de descobrir a
verdade que está por vir. E, se o mundo se constitui através da linguagem, e esta
só se manifesta pela língua,logo não existe apenas um mundo e sim uma
pluralidade de mundos correlativas à pluralidade das perspectivas que abre cada
língua.
Cada língua traça em torno do povo a que pertence um círculo do qual não
se pode sair. Portanto, a rede de uma língua estrangeira é a aquisição de uma
nova visão do mundo, porém essa aquisição se dá em parte pois, a uma língua
estrangeira sempre se transporta em maior ou menor medida a própria visão do
mundo, a própria visão da língua materna.
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SESSÃO III
FORMA E MATÉRIA DA LÍNGUA,
FORMAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO.
O conceito de forma vai muito mais além das regras que envolve o discurso
ou das que definem a formação das palavras, compreende também o léxico e
dentro dele se aplica a formação das palavras incluindo até as peculiaridades
fônicas. Nesse ponto Humboldt deixa questiona a rígida separação entre léxico e
gramática. Não se trata de abolir a gramática e sim deixar de tomá-la em sentido
absoluto, pois se faz necessário distinguir dois tipos de designação, a dos objetos
e a das conexões entre eles, que corresponde respectivamente ao léxico e à
gramática. É fácil constatar empiricamente a presença das relações gramaticais
revelando designações léxicas em seu interior e o inverso, as designações léxicas
revelando aspectos conectores. Humboldt repete por várias vezes que as
palavras constituem a matéria sobre a qual se opera o impulso formador da
gramática.
Essas duas formas se referem aos dois materiais reais da língua que tem
sido identificado como o som e o pensamento, sendo a forma exterior a
constituição de um sistema de sons e a forma interior a configuração do sentido,
ou seja, a organização dos significados léxicos e gramaticais. Para Humboldt é o
sistema de sons que de verdade faz a língua.
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SESSÃO IV
A LINGUÍTICA DA ESTRUTURA E A
LINGUÍSTICA DO CARÁTER
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CONCLUSÃO
Humboldt leva a cabo uma mudança de paradigma que afeta não apenas a
lingüística, cujo desenvolvimento no século XX revela as conseqüências dessa
mudança de maneira bastante clara, mas também a filosofia para qual a
linguagem (vista como sistema de signos objetificados) nunca teve uma
dimensão filosófica. Essa mudança de paradigma ocorre em duas dimensões
diferentes; a cognitivo-semântica onde a linguagem é encarada não mais como
sistema de signos e sim como algo constitutivo da atividade de pensar, e que por
meio dela criam-se novos conceitos, novos conteúdos, tornando o mundo mais
acessível, e a comunicativo-pragmática, onde a mudança consiste em ver esse
caráter constitutivo da linguagem como resultado do processo de falar.
RESUMEN
NOTAS
1. Friedrich Wilhelm Christian Karl Ferdinand, Barão von Humboldt
(22 de junho de 1767, Potsdam - 8 de abril de 1835, Berlim), funcionário
do governo, diplomata, filósofo, fundador da Universidade de Berlim
(hoje, Humboldt-Universität), amigo de Goethe e especialmente de
Schiller, é principalmente conhecido como um linguista alemão que fez
importantes contribuições à filosofia da linguagem, à teoria e prática
pedagógicas e influenciou o desenvolvimento da filologia comparativa.
É particularmente reconhecido como tendo sido o pai do sistema
educacional alemão, que foi usado como modelo em países como os
Estados Unidos e Japão. Seu irmão mais novo Alexander von Humboldt
ficou famoso na área de Ciências Naturais.
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3. Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de Agosto de
1749 — Weimar, 22 de Março de 1832) foi um escritor alemão e
pensador que também fez incursões pelo campo da ciência. Como
escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura
alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do
século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do
movimento literário romântico alemão Sturm und Drang. De sua vasta
produção fazem parte: romances, peças de teatro, poemas, escritos
autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e
ciências naturais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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