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Orientador: Júlio F. Baumgarten
Mestre Eng. Materiais
Bairro Glória
CEP: 89216-000
Joinville – SC – Brasil
www.metalab.com.br
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AGRADECIMENTOS
Aos orientadores, Sr. Julio F. Baumgarten e Ivonete F. Ostrovski, pela ajuda e apoio no
período do estágio, na partilha dos conhecimentos na área de materiais, e também a
oportunidade oferecida a tantos outros colegas de curso.
A minha família, em especial ao meu pai Luciano Fullgraf, minha mãe Jodete Fullgraf, e
minha irmã Aline, pelo apoio e carinho, estiveram ao meu lado em todos os momentos,
tanto nas dificuldades como nas conquistas.
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SUMÁRIO
1. Introdução............................................................................................................5
2. Atividades Realizadas no Laboratório...............................................................6
2.1 Atividades Diárias............................................................................................6
2.2 Softwares Desenvolvidos na Metalab............................................................11
3. Fundamentação Teórica....................................................................................16
3.1 Nitretação.......................................................................................................16
3.1.1 Nitretação a Plasma............................................................................17
3.1.2 Nitretação a Gás..................................................................................18
3.2 Zona de Difusão.............................................................................................18
3.3 Mudanças Dimensionais................................................................................19
3.4 Efeitos da Adição de Hidrogênio e Argônio na Nitretação.............................19
3.5 Camada de Compostos ou Camadas Brancas..............................................20
3.6 Efeito dos Elementos de Liga na Nitretação..................................................21
4. Estudo da Influência da Nitretação em Aço 1020...........................................22
4.1 Introdução......................................................................................................22
4.2 Perfil de Microdureza.....................................................................................22
4.3 Dureza Superficial e de Núcleo......................................................................23
4.4 Análise Química.............................................................................................24
4.5 Microestrutura................................................................................................24
4.6 Conclusão......................................................................................................28
5. Conclusão..........................................................................................................29
6. Referência Bibliográfica....................................................................................30
7. Anexos................................................................................................................31
7.1 Histórico da Empresa.....................................................................................31
7.2 Diagrama de Equilíbrio Ferro-Nitrogênio.......................................................32
7.3 Cronograma de Estágio.................................................................................33
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1. INTRODUÇÃO
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2. ATIVIDADES REALIZADAS NO LABORATÓRIO
Cortadeira Cut-Off
A maioria das peças para análise que chegam a Metalab, necessitam de corte
antes da preparação, para os ensaios e testes, alguns são cortados na serra, guilhotina
ou cortadeira Cut-Off, com a qual o estagiário teve mais contato.
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Análise Metalográfica
Ensaios Mecânicos
Ensaio de Impacto
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Teste de Dureza
A Metalab efetua testes de Dureza Rockwell (A, B e C), Brinel, Knoop, Vickers,
Microvickers e Shore.
Dureza Materiais
Rockwell Metais
Brinell Metais
Vickers Metais, Cerâmicos
Shore Polímeros, Elastômeros
Knoop Metais, Cerâmicos
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Teste de Corrosão
O teste consiste numa câmara fechada, onde as amostras que serão analisadas
são depositadas, de forma a ficarem expostas ä solução salina que será aplicada (salt
spray), essa solução é altamente corrosiva (solução de NaCl).
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Basicamente todos os tipos de materiais, passam pela Espectrometria na
Metalab, destacando-se Aço Baixa Liga, Ferro Fundido, Aço Inox e Aço Ferramenta.
Microscópio Eletrônico
OBS: Testes no MEV não foram realizados pelo estagiário, houve apenas
acompanhamento das análises.
Figura 4: Microscópio Eletrônico de Varredura adquirido pela Metalab, modelo: Hitachi TM3000
Análise de Falha
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Inúmeras peças chegam a Metalab com defeitos, os clientes pedem que seja
descobertos e apontados a causa do problema, fratura por exemplo.
A equipe técnica se reúne e então é determinado o conjunto de ensaios e testes
a serem realizados, para descobrir-se o que causou a falha.
Sem dúvida nenhuma, a Análise de Falha foi o tipo de teste que mais fascinou o
estagiário por envolver praticamente todos os testes realizados na empresa, além disse
cada análise de falha pode ter um resultado diferente, exige o conhecimento da equipe
e não é um ensaio rotineiro comum, no sentido de que cada analise tem sua
peculiaridade.
Digimet Plus 4G
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Figura 5: Software Digimet Plus 4G em funcionamento
CDB Brinell
É possível ajustar o software de forma com que se adéqüe a dureza que foi
realizada, a carga pode ser trocada de 750 para 3000Kg e o Penetrador de 5 para
10mm
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Figura 6: Exemplo de medição de dureza Brinell em fixador.
CDV Vickers
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Figura 7: Leitura de Dureza Vickers no Software CDV Vickers
Inspetor de Solda
Quantificação de parâmetros
geométricos do cordão de
solda
Quantificação da zona
termicamente afetada (ZTA)
Determinação de penetração
do cordão
Determinação de altura e desvio de pernas
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GPS – Gestor de Processos de Soldagem
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Nitretação
Figura 8 e 9: Exemplos de Aplicação de Peças Nitretadas: 8: Virabrequim 9: Mola de Alto Silício Nitretada.
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desenvolvimento do método de nitretação por plasma em forno a vácuo e métodos de
implantação iônica.
Plasma Gás
Temperatura 350-550 °C 490-580 °C
Ausencia ou diminuição de rugosidade Incremento rugosidade
Aplicável a todo tipo de aço Não útil para aços de baixa liga
Tempo de tratamento menor Maiores tempos
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3.1.2 Nitretação a Gás
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3.3 Mudanças Dimensionais
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Figura 11- Esquema de um processo tipico de Nitretação seguido de oxidação in situ.
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Quanto mais elementos de liga menor a profundidade de camada e a
temperatura de Nitretação em contra partida tem-se uma maior dureza. Alumínio,
titânio, cromo, molibdênio e vanádio apresentam nesta ordem, maior efeito de
endurecimento superficial pela formação de nitretos
Outros elementos como níquel, cobre, silício e manganês, têm pouco senão
nenhum efeito sobre a nitretação. O alumínio destaca-se por ser um forte formador de
nitretos, sendo os melhores resultados encontrados para teores entre 0,85-1,50%. A
adição de Chumbo tem um efeito ligeiramente negativo, reduzindo a profundidade e a
dureza da camada superficial.
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4. ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA NITRETAÇÃO EM AÇO 1020
4.1 Introdução
Figura 12: Amostra em que foram realizados os ensaios, pedaço de matéria-prima nitretada
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Especificações do Perfil mHV:
P.N. = D.N. + 50
P.N. = 192 + 50 = 242 microns
Temos, portanto uma profundidade efetiva de Nitretação de 242 microns ou 0,242 mm.
Interpolando os pontos 0,20; 0,30 e 0,242 concluímos que a Dureza da Profundidade
Efetiva, que corresponde a profundidade de 0,242 mm é de 436mHV.
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Realizou-se também a medição da dureza do metal de base, ou seja, a dureza
de núcleo usou-se o Durômetro Brinell, os seguintes resultados foram obtidos:
C Si Mn P S Cr Mo Ni B
0.194% 0.252% 0.820% 0.021% 0.032% 0.536% 0.184% 0.548% 0.0011%
Al Co Cu V Ti Nb W Fe
0.028% 0.019% 0.145% 0.009% 0.003% 0.010% 0.020% 97.172%
Obs: Porcentagem dos elementos em massa.
4.5 Microestrutura
Metal de base:
Ampliação 100x. Ataque Nital 3,5%. Ampliação 200x. Ataque Nital 3,5%.
Figura 13 e 14: Microestrutura do metal de base.
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Podemos observar o aspecto geral do Núcleo, onde se observa Microestrutura
constituída de Grãos Finos, com formação de Ferrita e Perlita, característica de Aço
Baixo Carbono.
Camada Nitretada:
Figura 15: Microestrutura da camada Nitretada. Ampliação 200x. Ataque Nital 3,5%.
Camada Branca:
Figura 16: Microestrutura da Superfície e Camada Branca. Ampliação 500x. Ataque Nital 3,5%.
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Medição da profundidade visual de camada Nitretada, onde registramos espessura de
Camada Branca correspondente a 12,1 microns.
Com o auxílio do software Digimet Plus 4.0, obtivemos a medição de camada visual de
Difusão de 206,7 microns.
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Difusão de Nitretos e Camadas:
Figura 18: Aspecto Geral da Amostra, Microestrutura da Camada Nitretada e Zona de Difusão. Ampliação 1000x.
Ataque Nital 3.5%.
Podemos observar a espessura das camadas de Oxidação, Porosa e Branca (1, 2 e 3),
além disso, visualizar a Difusão de Nitretos em contornos de grão (4).
1 – Camada de Oxidação
2 – Camada Porosa
3 – Camada Branca
4 – Zona de Difusão
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Com a TecnoTêmpera obtivemos a informação que o processo de Nitretação foi a gás.
Valores orientativos para o Processo de Nitretação a Gás para o Aço SAE 1020:
Temperatura: 560 ºC
Tempo: 10 horas
4.6 Conclusão
Podemos dizer que a peça analisada tem aplicações nas seguintes áreas de
exigências: Resistência ao Desgaste, Resistência ao Impacto, Resistência a Corrosão,
Peças com exigência de Baixo Coeficiente de Atrito, etc. Isso se evidencia com a
medição de Dureza que foi realizada, núcleo (192mHV) e de superfície (534mHV).
Essa grande diferença de Dureza entre o núcleo e a superfície faz com que a peça
tenha alta Tenacidade. Além disso, medimos a Dureza da Profundidade Efetiva da
Camada Nitretada: 536mHV.
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5 CONCLUSÃO
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HERRING, Daniel. Princípios de Nitretação a Gás (Parte 3). Industrial Heating, São
Paulo: S+F, ano 4, nº 13, p. 68 – 71, out. 2011.
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7 ANEXOS
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7.2 Diagrama de Equilíbrio Ferro-Nitrogênio
32
7.3 Cronograma de Estágio
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