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QUESTÃO 1
Considere as seguintes afirmativas:
I. Ao dizer que está plantando “isperança”, Chico Bento ironiza a pergunta feita pelo amigo,
pois está muito ocupado com seu trabalho para responder às perguntas do outro.
II. O amigo do Chico Bento se assustou com a resposta inesperada que recebeu.
III. Chico Bento planta uma árvore representando a esperança, como forma de contrapor-se à
situação de desmatamento que encontrou.
RESOLUÇÃO
Com a resposta que dá ao amigo, Chico Bento demonstra ter conhecimento de
sustentabilidade ambiental, já que, diante do desmatamento – representado pelo
conjunto de troncos cortados quase rente ao chão –, ele plantou “isperança”
(esperança).
Resposta E
a) Oba, oba! Plantando uma árvre nova, Chico?! Essa aí é de que? De goiaba? De jaca? Di
manga? De isperaça.
b) Oba, oba! Plantando uma árvore nova, Chico?! Essa aí é de quê? De goiaba? De jaca? De
manga? Não! De esperança...
c) Oba, oba! Prantando uma árvore nova, Chico?! Essa aí é de quê? De goiaba? De jaca? De
manga? Não! De esperança...
d) Oba, oba! Plantando uma árvore nova, Chico?! Essa aí é de quê? Di Goiaba? Di Jaca? Di
Manga? Não! Di Esperanssa...
e) Oba, oba! Plantando uma árvore nova, Chico?! Essa aí é de que? De goiaba? Di jaca? Di
manga? Não! Di isperança...
RESOLUÇÃO
Se as falas do primeiro quadrinho fossem escritas de acordo com a norma culta,
teríamos: “Oba, oba! Plantando uma árvore nova, Chico?! Essa aí é de quê? De goiaba?
De jaca? De manga? Não! De esperança...”.
Resposta B
A CIGARRA E AS FORMIGAS
I – A formiga boa.
II – A formiga má.
Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com
dureza a repeliu de sua porta.
Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com o seu cruel
manto de gelo.
A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro, e o inverno veio
encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde se abrigar, nem folhinhas que comesse.
Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou – emprestado, notem! – uns
miseráveis restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que
o tempo o permitisse.
Mas a formiga era uma usurária sem entranhas. Além disso, invejosa. Como não
soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres.
– Que fazia você durante o bom tempo?
– Eu… eu cantava!
– Cantava? Pois dance agora, vagabunda! – e fechou-lhe a porta no nariz.
Resultado: a cigarra ali morreu entanguidinha; e quando voltou a primavera o mundo
apresentava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente
daquela cigarra morta por causa da avareza da formiga. Mas se a usurária morresse, quem
daria pela falta dela?
[...]
(Monteiro Lobato. Fábulas. Ilustração de Alcy Linares. São Paulo: Globo, 2008.)
Vocabulário:
Faina: trabalho árduo.
Tulha: celeiro, lugar onde se guardam alimentos.
Paina: fibra vegetal, geralmente usada para encher travesseiros.
Labutar: trabalhar com esforço.
Estio: verão.
Usurário: indivíduo que não gosta de gastar, avarento.
Entranhas: órgãos internos (no contexto da fábula, o coração).
Estanguido: retirado de suas forças, prostrado.
RESOLUÇÃO
De acordo com a “moral” que Monteiro Lobato apresentou para sua versão da fábula
“A cigarra e a formiga”, a cigarra, com seu canto, estaria fazendo aquilo que fazem os
artistas ao cumprirem seu precioso papel, que acaba por alcançar todos os homens:
criar beleza sem finalidades práticas. A alternativa correta c reproduz a “moral”
exatamente como ela aparece no texto de Lobato.
As alternativas a e b exprimem não a “moral” da fábula tal como ela foi contada por
Monteiro Lobato, mas sim a “moral” daquelas pessoas que, como a “formiga má”,
acham que o trabalho deve ser colocado acima de todas as coisas.
A alternativa d representa uma frase que não concorda com o texto nem o contraria,
pois ela afirma que mais importante que o esforço é a ajuda de Deus.
Finalmente, a alternativa e representa não a síntese de “A cigarra e as formigas”, mas
sim do pensamento da formiga má.
Resposta C
RESOLUÇÃO
A formiga da primeira história não pode ser tida como irresponsável, como se afirma
em III; ao contrário, em seu gesto de apoiar a cigarra, ela assume a responsabilidade
pela sobrevivência de um ser cuja atividade artística é de muito valor, inclusive para a
vida do formigueiro.
Resposta A
QUESTÃO 5
A palavra que pertence à mesma classe gramatical em todas as orações, exceto em:
a) “Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou.”
b) “Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra (...).”
c) “Era você então que cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos (...).”
d) Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora!”
e) “... sem casa onde se abrigar, nem folhinhas que comesse.”
RESOLUÇÃO
Em todas as orações, a palavra “que” exerce a função sintática de pronome relativo,
iniciando uma oração subordinada adjetiva, exceto na oração apresentada na
alternativa d : nela, “que” exerce a função sintática de conjunção integrante, iniciando
uma oração subordinada substantiva.
Resposta D
Todas as palavras em destaque referem-se corretamente ao termo que está indicado entre
parênteses, exceto em:
a) “Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas (...)”
(cigarra).
b) “A formiga olhou-a de alto a baixo” (cigarra).
c) “Era você então que cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as
tulhas?” (formigas).
d) “Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho” (formigas).
e) “... quando a neve recobria o mundo com o seu cruel manto de gelo” (cigarra).
RESOLUÇÃO
Está incorreto o que se informa em e. “Seu”, no caso, refere-se a “neve”, e não a
“cigarra”, conforme aponta a alternativa.
Resposta E
QUESTÃO 7
No trecho “O mau tempo não cessa e eu…”, as reticências foram empregadas para
RESOLUÇÃO
As reticências utilizadas no trecho apontado pelo enunciado indicam um intervalo de
silêncio da personagem que fala, a cigarra, por hesitar ou não estar segura de que será
ajudada pela formiga.
Resposta B
Em “Pois entre, amiguinha!”, a vírgula foi usada com a mesma finalidade com que foi
utilizada em:
RESOLUÇÃO
Tanto no trecho reproduzido no enunciado quanto no indicado na alternativa d, a
vírgula foi utilizada para isolar um vocativo, termo usado no chamamento de pessoa
ou coisa personificada. Nos fragmentos em questão, são vocativos “amiguinha” e
“vagabunda”.
Resposta D
QUESTÃO 9
Em “Mas a formiga era uma usurária sem entranhas. Além disso, invejosa.”, o conectivo em
destaque serve para
RESOLUÇÃO
O conectivo em destaque é uma conjunção coordenativa aditiva, que, ao ser usada,
acrescenta uma informação à ideia anterior, mantendo com esta relação de soma,
adição.
Resposta D
No fragmento “Além disso, invejosa. Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-
la querida de todos os seres”, a palavra em destaque expressa, em relação à oração anterior,
uma ideia de
a) causa.
b) consequência.
c) comparação.
d) finalidade.
e) intensidade.
RESOLUÇÃO
O conectivo “como” introduz à oração que inicia uma ideia de causa, o motivo do fato
informado na oração anterior.
Resposta A
QUESTÃO 11
O trecho “Cantava? Pois dance agora, vagabunda! – e fechou-lhe a porta no nariz.” revela,
por parte da formiga má, uma ação
RESOLUÇÃO
O fragmento do texto indicado no enunciado revela que a formiga foi negligente,
indiferente na medida em que não se compadeceu do sofrimento da cigarra nem fez
algo de concreto para ajudá-la a não morrer de frio.
Resposta A
No trecho “Mas se a usurária morresse, quem daria pela falta dela?”, a conjunção mas
poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por
a) pois.
b) porque.
c) conforme.
d) portanto.
e) entretanto.
RESOLUÇÃO
No fragmento apresentado, a conjunção “mas” exprime, em relação ao fato expresso
na oração anterior, oposição, adversidade. A única conjunção coordenativa adversativa
apresentada nas alternativas que pode substituí-la sem que isso implique alteração de
sentido é “entretanto”.
Resposta E
QUESTÃO 13
O corte de verbas levou à ______________ de gastos, e isso fez com que ________________
os trabalhos de _________________ em muitas universidades do país.
RESOLUÇÃO
De acordo com as formas que prescrevem os manuais sobre o ensino de gramática e
redação, as palavras que preenchem as lacunas devem ser escritas da seguinte forma:
“contenção”, “paralisassem” e “pesquisa”.
Resposta B
RESOLUÇÃO
Em I, deve-se completar a frase com “mal”, advérbio de modo; em II, com “mau”,
adjetivo; em III, com “mal”, conjunção indicativa de tempo; em IV, com “mal”,
substantivo.
Resposta D
QUESTÃO 15
RESOLUÇÃO
Em I e II, “por que” introduz orações interrogativas (a primeira é interrogativa direta;
a segunda, indireta) e, por isso, pode ser substituído pela expressão “por que razão”.
Em III, “porque”, representado em uma única palavra, é uma conjunção causal. Em IV,
“porquê” é substantivo, equivalendo a “motivo”.
Resposta A