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JOSE JULIO STATERI

r
T O S E TÚLIO S T A T E R I

Atiuidades
Recneatiuas
na
Educação
musical
( O b r a d e s t i n a d a a o s p r o f e s s o r e s d a s e s c o l a s d e 1? e I I ? g r a u s ,
Conservatórios e E s c o l a s Técnicas d e M ú s i c a ) .

Todos o s d i r e i t o s reservados

1990
2 a . E d ição

- gráfica e editora Itda.


Caixa Postal 319 - CEP 12940 - Atibaia - SP
Referência bibliográfica
S T A T E R I , José J u l i o , 1935 -
Atividade s R e c r e a t i v a s n a Educaçio M u s i c a l . José Julio
Stateri, São P a u l o , R e d i j o Gráfica e E d i t o r a L t d a . 1a.
Edição - 1 9 7 8 ; 2 a . Edição - 1 9 9 0 .

N O T A : N e n h u m a p a r t e d e s t a publicação poderá s e r r e p r o d u z i d a
p o r fotocópia o u q u a l q u e r o u t r o m e i o , s e m prévia a u t o -
rização d o a u t o r . 0 u s o i n d i s c r i m i n a d o d e x e r o x , além
d e s e r i l e g a l , l e s a o a u t o r e e s m o r e c e a produção grá-
fica nacional.

CAPA: M i r t a Mitt

(c) C o p y r i g h t 1 9 7 8 , José J u l i o S t a t e r i , p u b l i c a d o p e l a REDIJO,


GRÁFICA E E D I T O R A L T D A . , c o m permissão d o a u t o r .
2 a . Edição e m 1 9 9 0 .
DEDICATÓRIA

As I l u s t r e s P r o f e s s o r a s (ex-discípulas):

Clélia A m a r a l A r r u d a Rosana Elias Pinto


Denise Rombo1i Suely Gaspari Lenz
Eli za Ayako Hi rano
Haruko Ogasawara Hartmann
HiIde Yamazaki
Katia Camolesi
Leila de Paula Barros
L i l i a n Monaro Engelmann Coelho
Lucimara Narciso Garcia
M a r i a I s a b e l d a P e n h a Sinegáglia
Mara Alexandre Ferreira
Maria Augusta de Almeida
Maristela Pires da Cruz Scmith
N o r m a Cecília C . C a s t e l l i
R e g i n a A p a r e c i d a G r a n d i z o l i Mendonça
A G R A D E C I M E N T O S , p e l a colaboraçio n e s t a 2 a . edição:
Rosa M a r i a A. C o r r e i a
Roselena de O l i v e i r a Landenberger
INTRODUÇÃO A 2 a . EDIÇÃO
A influência d a Música n o d e s e n v o l v i m e n t o d a criança
A n t e s d e s e p e n s a r em como p l a n e j a r q u a l q u e r t i p o d e a t i -
vidade educativa precisamos t e rcerteza do o b j e t i v o que pre-
t e n d e m o s alcançar e d a força d o m e i o q u e v a m o s u t i l i z a r para
t a l . N o n o s s o c a s o a música é o m e i o através d o q u a l p r o c u r a -
m o s a t i n g i r o b j e t i v o s e d u c a c i o n a i s e i n s t r u c i o n a i s . Em o u t r a s
p a l a v r a s , c o m a música a c r e d i t a m o s s e r possível a p r i m o r a r a
personalidade do educando ( t o r n a n d o - o , p o r exemplo, mais sen-
sível e m a i s e q u i 1 i b r a d o a f e t i v ã m e n t e ) . A o m e s m o t e m p o e n s i n a -
m o - l h e e l e m e n t o s básicos d a e s t r u t u r a m u s i c a l (noções d e n o -
taçlo m u s i c a l , introdução i técnica d e execução d e a l g u m i n s -
trumento m u s i c a l , e t c ) . P a r t i n d o - s e dessa ideia o e n s i n o da
música t e m a d u p l a função: educação d o c o m p o r t a m e n t o e e d u c a -
ção e s t é t i c a .
T r a t a n d o - s e d e c r i a n ç a , além d e s e traçar o s objetivos
c o m s e g u r a n ç a , o conteúdo d o p r o g r a m a d e v e s e r i d e a l i z a d o d e
f o r m a a a t e n d e r o estágio d e m a t u r a ç ã o , i m p l i c a n d o n i s s o , não
só a e s c o l h a d a matéria ( a s s u n t o ) p r o p r i a m e n t e d i t a como a
d o s a g e m d e d i f i c u l d a d e . M a s , f i c a a i n d a p o r s e r e s o l v e r um i m
p o r t a n t e f a t o r q u e é a motivação.
De m o d o g e r a l u m a a t i v i d a d e m u s i c a l d e v e r i a t e r a m o t i v a
çâo implícita n a m e s m a ; e n t r e t a n t o n a s a u l a s d e e s t i l o "tra-
d i c i o n a l " o n d e o a l u n o é l e v a d o a d e c o r a r u m a série d e e l e -
m e n t o s t e ó r i c o s , s e m u m a vivência p a r a l e l a , e s t e rapidamente
p e r d e o i n t e r e s s e p o r e l a s . 0 o b j e t i v o p r i n c i p a l d e s t e método
é j u s t a m e n t e e v i t a r q u e i s s o aconteça.
A música d e v e s e r u m a experiência agradável e positiva
d e s d e o s p r i m e i r o s a n o s d e v i d a d a c r i a n ç a . São m u i t o s o s e s -
t u d i o s o s a f i r m a n d o , c o m b a s e em m u i t a s experiências, que a
criança q u e t e m u m a m b i e n t e s o n o r o a p r o p r i a d o , d e m o d o g e r a l ,
e m u s i c a l , em p a r t i c u l a r , d e s e n v o l v e - s e com m a i s f a c i l i d a d e ,
i n f l u i n d o inclusive na aprendizagem de'diseiplinas exatas,co-
mo a matemática.
Os j o g o s m u s i c a i s q u e a p r e s e n t a m o s c o m o sugestão detécnj_
c a pedagógica l ú d i c a , reúne a a t i v i d a d e m u s i c a l c o m a r e c r e a -
t i v a , o q u e g a r a n t e u m a participação c o m m a i s interesse e
vivência p o r p a r t e d o e d u c a n d o .
A musicalização, f e i t a a n t e s d e s e t e n t a r e n c a m i n h a r u m a
criança p a r a u m e s t u d o " m a i s sério" d e u m d e t e r m i n a d o i n s t r u -
mento, o f e r e c e mais vantagens n o processo e d u c a c i o n a l . Mas,
g e r a l m e n t e o q u e o c o r r e é o c o n t r á r i o . 0 f a t o d e u m a criança
de 3 a n o s , p o r e x e m p l o , e s t a r c o m v o n t a d e d e t o c a r p i a n o ( m a -
i s c o m a intenção d e i m i t a r o a d u l t o o u p e s q u i s a r o s s o n s no
t e c l a d o ) não s i g n i f i c a q u e e l a e s t e j a p r e p a r a d a para receber
uma a p r e n d i z a g e m r e g u l a r ( e , g e r a l m e n t e t r a d i c i o n a l ) p a r a e s -
s e i n s t r u m e n t o . A limitação i m p o s t a p e l o t a m a n h o d a s mãos,
f a l t a d e força e p e s o n o s d e d o s s i o a p e n a s a l g u m a s d a s razões
importantes para s e e v i t a r isso.
Uma iniciação m u s i c a l a p r o p r i a d a é o q u e t o d a criança
p r e c i s a a n t e s d e r e v e l a r vocação o u não p a r a o e s t u d o d e um
i n s t r u m e n t o m u s i c a l . C o m u m a audição m a i s a p u r a d a , s e n s o rít-
mico e conhecimentos básicos d e notação m u s i c a l , e l a estará
m a i s p r e p a r a d a p a r a t e r s u c e s s o n u m a possível c a r r e i r a musi-
ca 1 .

EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS
A divisão d o s j o g o s , n e s t e p e q u e n o l i v r o , não f o i f e i t a
s e g u n d o f a i x a s etárias e n e m p o r o r d e m d e d i f i c u l d a d e . C l a s s _ i _
f i c a m o s d e o u t r a m a n e i r a , q u e j u l g a m o s também p r á t i c a , s e g u n -
d o o índice.
N e s t a 2 a . Edição v a m o s a c r e s c e n t a r m a i s a l g u n s jogos,que
f i c a r i a m b e m c o l o c a d o s após o ítem ô_ d o Capítulo I I I e s u g e s -
tões d e exercícios p a r a d e s e n v o l v i m e n t o d a percepção a u d i t i v a ,
q u e s e r i a m m a i s úteis p r e c e d e n d o o s j o g o s d o i t e m £ ( j o g o s d j _
v e r s o s c o m d e s e n v o l v i m e n t o d a improvisação e c r i a t i v i d a d e ) . O s
exercícios são o s q u e s e g u e m :
1? e x e r c í c i o : identificação d e s o n s - e m situação i n t e r n a :
Na s a l a d e a u l a , c o m o u m j o g o , o p r o f e s s o r p e d e q u e t o -
d o s permaneçam e m s i l ê n c i o . A s e g u i r , p e d e p a r a q u e v o l u n t á -
r i o s d i s c r i m i n e m o s sons q u e chegam o u pertencem ã escola,
t a i s como: som d e passos n o c o r r e d o r , sons v i n d o s da classe
v i z i n h a , vindos da rua, e t c .
2? exercício - o b j e t o s q u e p r o d u z e m s o m :
Na s a l a d e a u l a , c o m o s o b j e t o s d e n t r o d e u m a c a i x a g r a £
d e , ( d e f o r m a q u e não f i q u e m visíveis) o p r o f e s s o r propõe q u e
os a l u n o s i d e n t i f i q u e m cada o b j e t o , o u m a t e r i a l q u e f o r p r o -
d u z i n d o s o n s . A c a d a s o m o s a l u n o s vão d i z e n d o , por exemplo,
"é d e m a d e i r a " , "é s o m d e u m a c a n e c a " , " v i d r o " , e t c .
3? exercício - classificação d e s o n s gravados:
Da m e s m a f o r m a , q u e n o exercício a n t e r i o r , o s a l u n o s d e -
vem i d e n t i f i c a r s o n s ; d e s t a v e z g r a v a d o s . 0 p r o f e s s o r liga o
g r a v a d o r q u e v a i r e p r o d u z i n d o sons como: c a n t o de pássaros,
miados, latidos, etc.
4° e x e r c í c i o : identificação d e s o n s d e i n s t r u m e n t o s m u s i c a i s :
F u n c i o n a i g u a l a o exercício a n t e r i o r , c o m f i t a previamen
t e g r a v a d a . E s t e t i p o d e exercício p o d e s e r d e s d o b r a d o e m v á ~
r i o s , a u m e n t a n d o - s e g r a d a t i v a m e n t e em c o m p l e x i d a d e ; p o r exem-
plo: n a l a . audição a p r e s e n t a m o s s o n s d e 3 i n s t r u m e n t o s mais
f a m i l i a r e s ( p i a n o , f l a u t a e violão); n a 2 a . audição, k ins-
t r u m e n t o s ( f l a u t a , p a n d e i r o , violão, p i a n o ) ; n a 3 a . audição,
k i n s t r u m e n t o s , c o m p e q u e n a variação e e m o u t r a o r d e m ( v i o l i -
n o , g a i t a , violão, f l a u t a ) , e t c .
PREFÁCIO

A e s c o l a n o v a , c o m uma p e d a g o d i a n i o m a i s estática, é a
solução p a r a q u e o e n s i n o a c o m p a n h e o r i t m o a c e l e r a d o das
o u t r a s áreas d a n o s s a c u l t u r a contemporânea.
A a f i r m a t i v a d e L a u r o d e O l i v e i r a L i m a e m "Mutações em
educação s e g u n d o M a c L u h a n " : - " q u a n t o m e n o s hábitos intelec-
t u a i s f i x o s e m a i s p o d e r d e adaptação i situação n o v a , mais
p r e p a r a d o estará o j o v e m p a r a a v i d a " , d e f i n e m u i t o b e m a r e s -
ponsabilidade do professor atual que deve preocupar-se n ã o só
com o p r e p a r o d o e d u c a n d o p a r a a s r e a l i d a d e s d e h o j e , m a s t a m -
bém, p a r a a s d o f u t u r o q u e está c a d a v e z m a i s próximo.
Ao s e o r g a n i z a r este pequeno l i v r o , preocupamo-nos com
problemas motivados p e l a aceleração d o p r o g r e s s o e , c o m pro-
blemas q u e vemos o s professores enfrentando, os quais, pelo
menos t e o r i c a m e n t e , não d e v e r i a m m a i s e x i s t i r . R e f e r i m o - n o s a
problemas como d e d i s c i p l i n a e de aproveitamento.
Sabemos t a m b é m , através d e inúmeros c o l e g a s q u e após a s
n o v a s r e f o r m a s d e e n s i n o , há g r a n d e d i f i c u l d a d e d e s e e n c o n -
t r a r m a t e r i a l didático a p r o p r i a d o p a r a a t e n d e r a s n o v a s ne-
c e s s i d a d e s . T r a t a m o s p o r t a n t o , d e c o l e c i o n a r u m número d e j o -
gos para d e s e n v o l v i m e n t o d a educação m u s i c a l a p r o p r i a d o s p a -
r a a p r e s e n t e situação, b e m c o m o , d a r u m a visão g e r a l d a e d u -
cação m u s i c a l d e n t r o d a e s c o l a d e 1? e 2 ? g r a u s e d e n t r o d a s
e s c o l a s específicas d e m ú s i c a . S e g u e m também a l g u m a s suges-
tões p a r a d i n a m i z a r a s a t i v i d a d e s e m c l a s s e , t u d o d e acordo
com o s n o v o s c o n c e i t o s pedagógicos. 0 p r o b l e m a d o s p r o f e s s o -
res que enfrentam d i f i c u l d a d e s f i n a n c e i r a s da c l i e n t e l a tam-
bém não f o i e s q u e c i d o . U m a b o a p a r t e d a s a t i v i d a d e s p r o p o s t a s
neste t r a b a l h o pode s e r r e a l i z a d a sem nenhum m a t e r i a l caro
e, uma o u t r a p a r t e pode s e r a p l i c a d a s e m m a t e r i a l a l g u m o u c o m
o aproveitamento de sobras diversas.
Muitos dos jogos apresentados são a p e n a s adaptações de
j o g o s t r a d i c i o n a i s , já incluídos n o n o s s o r i c o f o l c l o r e , o u -
t r o s i d e a l i z a d o s p e l o a u t o r , e a l g u n s i n s p i r a d o s em j o g o s a-
pliçados e m o u t r a s á r e a s .
E s p e r a m o s q u e o s p r o f e s s o r e s d e música, educação musi-
c a l o u educação artística, e n c o n t r e m , n a s páginas q u e s e s e -
g u e m , um r e a l auxílio a s s u a s a t i v i d a d e s e d u c a c i o n a i s .

0 autor.
ÍNDICE

Prefacio
Capítulo I - A Educaçio M u s i c a l na Escola Contemporânea... 9
Capítulo I I - A importância d o s j o g o s n a Educação Musi-
cal 11
Capítulo I I I - Os J o g o s 13
a) Jogos utilizando o quadro negro 13
b) J o g o s com material previamente elaborado 20
c) Jogos diversos com desenvolvimento da improvi-
sação e c r i a t i v i d a d e 32
d) Jogos c o m auxílio d o p i a n o e d a f l a u t a d o c e 36
Bibiiografia ^3
Capitulo I -

A EDUCAÇÃO M U S I C A L NA E S C O L A

CONTEMPORÂNEA.

A Educação M u s i c a l t a n t o n o s e n t i d o d e d a r condições p a -
ra q u e s e aprenda a a p r e c i a r a s obras musicais como, no de
p o s s i b i l i t a r q u e s e a p r e n d a a executá-las e criá-las, desen-
v o l v e i m p o r t a n t e s f a c u l d a d e s d o homem: a f e t i v a , dinâmica,i n -
teligência, c r i a t i v i d a d e , espírito, e t c , d e f o r m a harmónica,
favorecendo o desenvolvimento da personalidade e a participa-
ção e f e t i v a n o g r u p o social.
T r a t a n d o - s e d a criança e d o a d o l e s c e n t e , a Educação M u -
sical moderna, deve s e r m i n i s t r a d a de forma que a individua-
lidade e a etapa e v o l u t i v a do educando sejam respeitadas. f
essencial que se encaminhe o educando, orientando e motivan-
do (nunca impondo) p a r a uma f a c i l i d a d e cada v e zmaior de s e
expressar, de forma que procuremos obter:
1) Cultivo da sensibilidad e auditiva.
2) Cultivo do canto.
3) C u l t i v o da s e n s i b i l i d a d e rítmica.
k) Cultivo da sensibilidad e musical propriamente dita
(apreciação, execução, expressão e c r i a ç ã o ) .
A educação m u s i c a l d e n t r o d o s n o v o s o b j e t i v o s propostos
n o s G u i a s C u r r i c u l a r e s , t r a t a n d o - s e d a s e s c o l a s d e 1? e 2?
g r a u s ; e d a preocupação c o m o e n s i n o p r o f i s s i o n a l i z a n t e das
n o v a s E s c o l a s Técnicas d e Música ( v i d e p a r e c e r d o C . F . E . de
Agosto de 1973), apresenta dois aspectos: a ) d e n t r o da Escola
d e 1? e 2 ? g r a u s o e n s i n o t e m p o r o b j e t i v o g e r a l p r o p o c i o n a r
a o e d u c a n d o a formação necessária a o d e s e n v o l v i m e n t o d e suas
p o t e n c i a l i d a d e s c o m o e l e m e n t o d e a u t o realização, qualifica-
ção p a r a o t r a b a l h o e p r e p a r o p a r a o exercício c o n s c i e n t e da
c i d a d a n i a . A educação m u s i c a l e n q u a d r a d a d e n t r o d a Educação
Artística j u n t a m e n t e c o m expressão c o r p o r a l e expressão plás-
t i c a , não p e r m i t e u m e s t u d o m u s i c a l m u i t o p r o f u n d o p o r p a r t e
do e d u c a n d o , mas p e r m i t e q u e e l e f a m i 1 i a r i z e - s e com e s s a s f o r -

9
mas d e expressão o q u e p o d e p o s s i b i l i t a r m a i o r e s a b e r t u r a s s o b
o p o n t o d e v i s t a v o c a c i o n a l , b ) N a s n o v a s E s c o l a s Técnicas d e
Música q u e e s t i o s u b s t i t u i n d o o s a n t i g o s Conservatõrios, o p r o -
pósito p r i n c i p a l d a r e f o r m a é a formação profissionalizante
d o m ú s i c o , p o i s a geração d e i n s t r u m e n t i s t a s , c o m p o s i t o r e s , e
r e g e n t e s q u e h o j e a t u a e m n o s s o país f o i f o r m a d a n o e x t e r i o r ,
o u , e m a l g u n s c a s o s , a q u i m e s m o através d e c u r s o s l i v r e s , o u c o m
professoras p a r t i c u l a r e s q u e se e s p e c i a l i z a r a m , com grandes
dif i c u I d a d e s .

Nosso t r a b a l h o f o i e l a b o r a d o n o s e n t i d o d e f o r n e c e r ma-
t e r i a l q u e f a c i l i t e o p r o f e s s o r d e educação m u s i c a l a a t i n g i r
os o b j e t i v o s acima propostos que se fundem numa necessidade
comum q u e é a d e d a r a o educando uma c o m p l e t a e m e l h o r musi-
c a l ização c o m o m e n o r esforço p o s s í v e l .
V e m o s também n e s s a renovação q u e a t i n g e simultaneamente
os d o i s s e t o r e s m a i s c o m u n s responsáveis p e l a educação musi-
cal d o s n o s s o s j o v e n s , o r e n a s c i m e n t o d a s aspirações d e Mário
de A n d r a d e m a n i f e s t a d a s em 1 9 3 1 , quando j u n t a m e n t e com L u c i a -
no G a l l e t , t e n t o u u m a r e f o r m a d e currículo c o m a q u a l p r e t e n -
dia , p a r a o n o s s o músico, u m a educação m a i s completa.

10
C a p i t u l o II -

A IMPORTÂNCIA D O S J O G O S NA EDUCAÇÃO MUSICAL

"O jogo faz o ambiente natural da criança,


ao passo que as referencias abstratas e
remotas não correspondem ao interesse da
criança".
(Dewey)

A criança n e c e s s i t a p a r a s e u d e s e n v o l v i m e n t o n a t u r a l , a -
lém d a a l i m e n t a ç ã o e h o r a s d e s o n o a p r o p r i a d a s , d e alegrias
( j o g o s , b r i n q u e d o s , f a n t a s i a s ) . Não a t e n d e n d o a e s s a n e c e s s i -
d a d e f u n d a m e n t a l e s t a r e m o s c r i a n d o p e r i g o s o s obstáculos para
a s u a evolução n o r m a l .
Q u a n d o a criança t e m a f e l i c i d a d e d e e n c o n t r a r mestres
q u e a d o t e m métodos dinâmicos n o s q u a i s a e n e r g i a é , não sõ
r e s p e i t a d a , m a s a p r o v e i t a d a p a r a a educação, então t u d o p o d e -
rá c o r r e r b e m . A c r i a n ç a p o r v o l t a d o s s e i s a n o s t e m s e d e de
aprender, perguntar, informar-se a respeito de tudo que a r o -
d e i a . E s s a n e c e s s i d a d e também p r e c i s a s e r a t e n d i d a e a p r o v e i -
tada para que s e uamadurecimento transcorra da forma ideal.
O s j o g o s reúnem condições p a r a a t e n d e r a t o d a s e s s a s exigên-
c i a s m e n c i o n a d a s e , p o r e s s a m e s m a razão o c u p a m l u g a r d e d e s -
taque d e n t r o da pedagogia atual.
D i z m u i t o bem Nunes d e A l m e i d a em s e u t r a b a l h o "Dinâmi-
c a Lúdica" - " O s j o g o s c o n s t i t u e m u m a a t i v i d a d e primária do
s e r h u m a n o , é p r i n c i p a l m e n t e n a criança q u e s e m a n i f e s t a m de
m a n e i r a espontânea, a l i v i a m a tensão i n t e r i o r e p e r m i t e m a
reeducação d o c o m p o r t a m e n t o , o a u m e n t o d o c o e f i c i e n t e d e a u t o
confiança e s u f i c i ê n c i a , a e x p a n s ã o d o e u , e , ãs v e z e s , a s u -
blimação d a s tendências i n s t i n t i v a s ; f a z e m a s crianças agir
c o m f i r m e z a ; t r a z e m g r a n d e s b e n e f í c i o s , n ã o só d o p o n t o de
v i s t a físico, m a s m e n t a l e s o c i a l " .
0 a d o l e s c e n t e t e m a mesma n e c e s s i d a d e d e r e c r e a r - s e q u e
a c r i a n ç a . P r e c i s a e m p a r t i c u l a r , d e j o g o s não tão inocentes

11
e i n g é n u o s q u e o s j o g o s i n f a n t i s . Hã n e s s a f a s e u m a necessi-
dade de desafios mais i n t e l e c t u a i s e muitas vezes "mais vio-
l e n t o s " . O b s e r v a - s e n e l e modificações c o n s t a n t e s d e c o m p o r t a -
m e n t o : a g o r a e s t a d e b o m h u m o r , l o g o m a i s jã s e e n c o n t r a ma-
cambúzio. E s s a i n s t a b i l i d a d e é o c a s i o n a d a d e v i d o a f r e q u e n t e s
mudanças a f e t i v a s p o r f a l t a d e equilíbrio cenestésico ( o t o -
t a l d e sensações i n t e r n a s v i n d a s d e t o d a s a s p a r t e s d o com-
plexo organi co).

Os j o g o s c o n s t i t u e m p a r a o a d o l e s c e n t e um m e i o eficaz
de s e d i r i g i r s u a v i t a l i d a d e , q u a s e sempre d e s o r g a n i z a d a , p a -
r a a educação, a o mesmo t e m p o q u e p r o p o r c i o n a m um e n r i q u e c i -
mento da personalidade agindo positivamente nas atividades de
cooperação d a c l a s s e e , a g i n d o c o m o e f i c i e n t e h i g i e n e m e n t a l .
Um p r o b l e m a e n f r e n t a d o c o m m u i t a d i f i c u l d a d e p e l o s pro-
f e s s o r e s d e educação m u s i c a l ( o u d e educação artística) ê o
d a d i s c i p l i n a c o m o s a l u n o s a d o 1l1 e s c e n t e s . S e n d o considerada
c o m o u m a "matéria c o m p l e m e n t a r n a s E s c o l a s d e 1? e 2 ? g r a u s ,
e c o m a q u a l o a l u n o não t e m c o m p r o m i s s o d e n o t a p a r a passar
d e a n o , o p r o f e s s o r d e s t a matéria p r e c i s a , m a i s q u e o s seus
c o l e g a s d e o u t r a s ãreas, c o n h e c e r estratégias p a r a m a n t e r o
interesse de seus alunos. A i n d i s c i p l i n a na m a i o r i a d a s vezes
é uma forma d e p r o t e s t o p o r p a r t e d o s a l u n o s , c o n t r a métodos
de e n s i n o u l t r a p a s s a d o s , monótonos, a b o r r e c i d o s . E n t r e t a n t o o
p r o f e s s o r lançando m i o d e a t i v i d a d e s o n d e s e j a m e x i g i d a s c o m -
petição e cooperação, poderá t o r n a r s u a a u l a a t r a t i v a para
s e u s a l u n o s . E m p r e g a n d o j o g o s q u e e x i j a m competição e coope-
ração, v e r e m o s q u e a competição c o n s t i t u i u m obstáculo que
a g r a d a o a d o l e s c e n t e e , a cooperação d e n t r o d o g r u p o e x i j e i n -
tegração d o indivíduo c o m o s o u t r o s c o m p o n e n t e s , i s s o s e dã
n a t r o c a d e i d e i a s e sugestões. U n i d o s c o m u m propósito c o m u m
( v e n c e r a c o m p e t i ç ã o ) hã u m a a s s i m i l a ç ã o d e i d e i a s e objeti-
v o s l e v a n d o o s e d u c a n d o s a u m princípio d e socialização.

12
C a p i t u l o III

OS JOGOS

Ao s e a p l i c a r o s j o g o s e d u c a t i v o s , o s o b j e t i v o s a serem
a t i n g i d o s devem s e rsempre bem d e f i n i d o s , com f i n a l i d a d e s edu-
cativas reais e r e a l i z a d o s com regulamentos previamente esta-
belecidos.
0 p r o f e s s o r c o l o c a n d o - s e n a posição d e s i m p l e s orienta-
d o r , e s t a b e l e c e r a n o r m a s e v i t a n d o q u e a l g u m a criança sinta-se
p r e j u d i c a d a , i n f e r i o r o u injustiçada.
Sugerimos algumas regras que poderio s e r adotadas:
1) M a n t e r o espírito d e competição - s a b e r p e r d e r .
2) Dar d i r e i t o s iguais para todos.
3) Não c u l p a r o u m e n o s p r e z a r o s v e n c i d o s .
k) Saber esperar a v e z de j o g a r .
5) Saber esperar a v e z de f a l a r e saber o u v i r .
6) Não c r i a r c l i m a d e h o s t i l i d a d e e b r u t a l i d a d e .
7) S e r c u i d a d o s o - não d a n i f i c a r o m a t e r i a l q u e está sendo
usado.
Na p r e p a r a ç ã o d o j o g o o p r o f e s s o r d e v e r a c o n s i d e r a r com
c u i d a d o o nível d a c l a s s e e e m c a s o d e dúvida t e s t a r o t r a b a -
l h o e o u v i r d o s a l u n o s o q u e a c h a r a m c o m relação a e l e . As
crianças c o s t u m a m f a z e r observações i n e s p e r a d a s q u e m u i t a s v e -
z e s são m u i t o ú t e i s . S e a s d i f i c u l d a d e s a p r e s e n t a d a s no jogo
f o r e m m u i t o grandes a a t i v i d a d e d e i x a r a d e s e ruma b r i n c a d e i -
r a e o i n t e r e s s e desaparecerá d e c e p c i o n a n d o o s a l u n o s . S e m e -
i o c o n t r á r i o , f o r e m m u i t o f á c e i s , i g u a l m e n t e haverá desinte-
r e s s e p e l a inexistência d e u m d e s a f i o . E n f i m a s a t i v i d a d e s d e -
vem s e r p r e p a r a d a s d e f o r m a c o m p l e t a p r e v e n d o - s e t o d a s a s n e -
c e s s i d a d e s . A improvisação poderá c o n d u z i r a o f r a c a s s o e o
c o n s e q u e n t e descrédito d o p r o f e s s o r .
A) J O G O S U T I L I Z A N D O O QUADRO NEGRO.
1) Cruzada improvisada

0 professor coloca no meio do quadro negro uma pala-

13
v r a q u e s e r e l a c i o n e c o m a matéria d o d i a . O s a l u n o s devem
observar a palavra que f o i escrita e lembrar de outra rela-
c i o n a d a com a s s u n t o s dados em c l a s s e e q u e c o n t e m uma l e -
t r a comum com a q u e f o i e s c r i t a n o quadro n e g r o . A s s i m que o
a l u n o d e s c o b r e u m a p a l a v r a d e n t r o d a s condições e x p l i c a d a s v a i
i m e d i a t a m e n t e a o q u a d r o n e g r o e s c r e v e n d o - a . Deverá escrevê-la
de f o r m a q u e a p r o v e i t e a l e t r a comum e n t r e a s d u a s . 0 jogo
segue sempre dessa forma sendo q u e cada a l u n o q u e c o l o c a r uma
p a l a v r a , c r u z a n d o c o m a s d e m a i s , terá u m p o n t o g a n h o .

Ex: (fig. 1) COMPASSO h


semi nima
c m, , .1
a colchetas

i
a

2) Corrida musical escrita

0 p r o f e s s o r e s c r e v e c o m sílabas, n o q u a d r o n e g r o , as
n o t a s q u e o s a l u n o s deverão r e p r o d u z i r s o b r e p a p e l pautado
c o m f i g u r a s m u s i c a i s ( n o t a s ) . N a f r e n t e d a s sílabas escreve
também o n o m e d a c l a v e q u e deverá s e r u t i l i z a d a a c a d a rodada
da c o r r i d a .
Os a l u n o s deverão a g u a r d a r a o r d e m d o p r o f e s s o r p a r a i n i -
c i a r e m a competiçlo. G a n h a a q u e l e q u e e s c r e v e r c o m m a i o r r a -
pidez, sem errar.

3) Competição p a r a divisão d e v a l o r e s

0 p r o f e s s o r d i v i d e a c l a s s e em d o i s g r u p o s . T r a b a l h a n -
d o e m c o n j u n t o , o s a l u n o s d e c a d a g r u p o deverão p r e p a r a r um
p r o b l e m a d e divisão d e c o m p a s s o , c o m fórmulas p r e v i a m e n t e e s -
t u d a d a s , p a r a s e rs o l u c i o n a d o p e l o o u t r o . Cada g r u p o escolhe
um r e p r e s e n t a n t e p a r a c o l o c a r o p r o b l e m a n o q u a d r o n e g r o . E s -
t a n d o o s d o i s exercícios e s c r i t o s n o q u a d r o n e g r o , c a b e a g o r a
novamente a cada grupo e s c o l h e r s e u r e p r e s e n t a n t e para resol-
v e r o p r o b l e m a construído p e l o g r u p o adversário. G a n h a o g r u -
p o q u e r e s o l v e r m a i o r número d e p r o b l e m a s .
0 p r o f e s s o r deverá c u i d a r p a r a q u e o s r e p r e s e n t a n t e s d o s
grupos sejam revesados e que os problemas propostos estejam
corretos e de acordo com o conhecimento da c l a s s e .

1^
Exemplos de problemas d e divisão d e v a l o r e s : ( F i g . 2)

o è i i J J J.J o
Para
resolver
j j n J n j . j .

j j > j . J j > ; j > J > J.

J J J |J. J |o |J J |»|

J J J J J
Resolvidos <
J J o j .

4) Competição p a r a leitura musical

0 p r o f e s s o r d i v i d e o s a l u n o s em d o i s o u m a i s grupos,
d e p e n d e n d o d o número e x i s t e n t e n a s a l a d e a u l a . Em conjunto*
o s a l u n o s d e c a d a g r u p o d e v e m e l a b o r a r u m a sequência d e n o t a s
u t i l i z a n d o s i m u l t a n e a m e n t e a s c h a v e s d e S o l e d e Fã (dentro
do s i s t e m a moderno d e s e e n s i n a r a l e i t u r a d a s notas com a
chamada "pauta de onze l i n h a s " onde o a l u n o aprende a lêr
a o m e s m o t e m p o e m c l a v e d e S o l e d e Fá - v i d e i m p o r t a n t e t r a -
b a l h o d o s P r o f e s s o r e s Epêneto R o b e r t o B . G u t i e r r e s e S i l a s d e
Oliveira, i n t i t u l a d o "Exercícios G r a d u a d o s d e C o n d i c i o n a m e n t o
Rítmico e L e i t u r a s n a s C l a v e s d e S o l e F á " ) .
Um r e p r e s e n t a n t e d e c a d a g r u p o c o l o c a a sequência e l a b o -
r a d a n o q u a d r o n e g r o . E s t a n d o o s exercícios c o l o c a d o s e con-
f e r i d o s p e l o p r o f e s s o r , cada grupo nomeia o u t r o r e p r e s e n t a n t e
p a r a f a z e r a l e i t u r a e m v o z a l t a . C a d a sequência l i d a s e m e r -
r o e vacilações, v a l e 1 p o n t o . G a n h a a competição o g r u p o q u e
c o n s e g u i r m a i o r número d e p o n t o s .

15
E x e m p l o d e u m a sequência p a r a a competição p r o p o s t a aci-
ma ( l e i t u r a d e n o t a s s e m preocupações d e r i t m o ) : ( F i g . 3 )

5) Competição p a r a leitura musical e ritmica

P r e p a r a - s e o s a l u n o s d a m e s m a f o r m a q u e n a competição
a n t e r i o r . A g o r a c a d a g r u p o deverá e l a b o r a r a s sequência d e n o -
t a s c o m v a l o r e s d e t e r m i n a d o s . Caberá a o p r o f e s s o r e s t i p u l a r a
f o r m u l a d e c o m p a s s o q u e deverá s e r u s a d o e m c a d a sequência.
Os a l u n o s e s c o l h i d o s p a r a f a z e r a l e i t u r a n o q u a d r o n e g r o , t e -
rá q u e d i z e r o s n o m e s d a s n o t a s p r o l o n g a n d o a e m i s s ã o d a s v o -
g a i s , d e a c o r d o c o m o v a l o r d a f i g u r a . Poderão, a critério
d o p r o f e s s o r , m a r c a r a pulsação b a t e n d o palmas.
E x e m p l o d e u m a sequência d e n o t a s c o m v a l o r e s : ( F i g . k)

6) 0 Novo P r o f e s s o r

0 p r o f e s s o r e s c r e v e n o q u a d r o n e g r o u m a sequência de
n o t a s c o m v a l o r e s d i v e r s o s e p a u s a s ( r e s u m i n d o t u d o o q u e já
f o i d a d o â c l a s s e ) . S o r t e i a - s e q u a l será o a l u n o q u e fará o
p a p e l d o " N o v o P r o f e s s o r " . E s t e , m u n i d o d e u m a régua o u um
b a s t ã o , interrogará r a p i d a m e n t e c a d a u m d e s e u s c o l e g a s ( a g o -
r a s e u s a l u n o s ) . S o r t e i a - s e u m n o v o p r o f e s s o r q u e repetirá a s
p e r g u n t a s m a s e m sequências o u alternâncias d i f e r e n t e s d a a n -
t e r i o r . A s p e r g u n t a s poderão s e r f e i t a s s o b r e a s p e c t o s dife-
r e n t e s , a p r o v e i t a n d o - s e a m e s m a sequência c o l o c a d a n o quadro
n e g r o , uma v e z pede-se o s nomes d a s n o t a s , o u t r a , o nome d a s
f i guras.

10
7) O jogo da carta enigmática

0 p r o f e s s o r coloca n o quadro negro uma c a r t a enigmá-


t i c a u t i l i z a n d o o máximo d e s i n a i s p e r t e n c e n t e s a o s assuntos
estudados (vide exemplos na Fig. 5 ) .A classe é d i v i d i d a pre-
viamente em dois o u mais grupos. Qualquer aluno dentro de
qualquer d o s grupos q u et i v e r d e c i f r a d o a p r i m e i r a p a l a v r a , l e -
v a n t a a m i o e v a i a o q u a d r o n e g r o escrevê-la. S e vários alu-
nos s e m a n i f e s t a r e m , permanece a ordem d e quem l e v a n t o u a m i o
p r i m e i r o . Em c a s o d e l e v a n t a r e m j u n t o s d o i s o u m a i s alunos,
d e c i d i - s e pelo s o r t e i o . Debaixo d e cada p a l a v r a d e c i f r a d a , o
aluno coloca o n ? o u i n i c i a l d o s e u grupo para f a c i l i t a r a a-
puraçlo f i n a l . G a n h a o g r u p o q u e d e c i f r a r m a i o r n u m e r o d e p a -
lavras .
Exemplos d e c a r t a s enigmáticas: ( F i g . 5)

Verbo Ser
-1
Pres. do Ind, , f —
- 1 3a pessoa
1——03 +u
singular

Verbo Dar
-s -r
-do Pres.Ind. j — L _
+1 N 2a Pes.Sing

soluçlo: a música é a m a i s linda das artes.

b)

A O -1
g -S
+f -to

-do
Relativo
de menor i -1
+v É -d
+1 r.

soluçlo: a s e m i b r e v e ê a figura de maior valor.

17
8) O telégrafo

Um a l u n o voluntário v a i a o q u a d r o n e g r o e n q u a n t o os
o u t r o s m u n i d o s d e p a p e l e lápis a g u a r d a m o início d a trans-
m i s s ã o . 0 p r o Mf e Ms s o r i m i t e u m s o m q u a l q u e r , v a m o s s u p o r que
s e j a a v o g a l a , d i v e r s a s v e z e s c o m durações d i f e r e n t e s (a
sequencia deve s e rpreparada p r e v i a m e n t e de forma q u e cada
v o g a l r e p r e s e n t e um v a l o r d e t e r m i n a d o : uma semi b r e v e , s e m i n i -
m a , m í n i m a , e t c . s e m preocupação d e c o m p a s s o m a s m a n t e n d o as
proporções e n t r e e l a s ) . 0 aluno que s e acha j u n t o a o quadro
n e g r o e o s d e m a i s , iniciarão traços v e r t i c a i s q u e riscados,
n u m m o v i m e n t o o m a i s i g u a l p o s s í v e l , só s e j a m interrompidos
quando o p r o f e s s o r para de p r o n u n c i a r a v o g a l . A cada nova
v o g a l u m traço n o v o r e p r e s e n t a n d o a duração.
Exemplo: ( F i g . 6)

T e r m i n a d a a sequência u m o u t r o a l u n o virá a o q u a d r o ei n -
terpretará o s s i n a i s d o "telégrafo" c o m f i g u r a s .
Exemplo: ( F i g .7)

Os a l u n o s q u e f i z e r a m o t r a b a l h o na c a r t e i r a conferem
suas interpretações c o m a s d o q u a d r o n e g r o .
E s s a b r i n c a d e i r a poderá s e r r e a l i z a d a , gradativãmente, d e
f o r m a s m a i s c o m p l e x a s , s e r v i n d o como uma e t a p a preparatória
p a r a o s f u t u r o s exercícios d e percepção rítmica.

18
9) Caixa elástica (Jogo de agrupamento de valores)

0 professor coloca na parte superior do quadro negro


uma sequência d e f i g u r a s d e v a l o r e s b e m v a r i a d o s . N a p a r t e d e -
b a i x o d e s e n h a um r e t a n g u l o d i z e n d o a o s a l u n o s q u e t o d a s a q u e -
l a s f i g u r a s s a i r a m d e d e n t r o d a q u e l a c a i x a elástica ( r e f e r i n -
do-se a o r e t a n g u l o ) . E, q u e cabe agora a o s a l u n o s , colocarem
a s f i g u r a s d e v o l t a . P a r a i s s o é necessário q u e a s f i g u r a s d a
sequência s e j a m a g r u p a d a s em f i g u r a s de v a l o r e s m a i o r e s até
c h e g a r e m ãs f i g u r a s d e v a l o r m á x i m o , o u s e j a , n o c a s o , a s s e -
mi b r e v e s q u e , f o r m a n d o u m número p e q u e n o caberão d e n t r o da
caixa.
0 a l u n o q u e c o n s e g u i r f a z e r a transformação e m primeiro
l u g a r , deverá colocá-la n o q u a d r o n e g r o p a r a conferência c o m
a c l a s s e e será o v e n c e d o r .
E x e m p l o d e u m a sequência c o l o c a d a no quadro n e g r o : ( F i g . 8)

0 m e s m o e x e m p l o c o m a solução ( t r a n s f o r m a n d o g r u p o s va-
r i a d o s e m mínimas, e a s mínimas e m s e m i b r e v e s ) ( F i g .9)

j . }imnh tJTJinLjnsm
r r r r r r
o

O O O

19
B) JOGOS C O M MATERIAL PREVIAMENTE ELABORADO

Baralhos Musicais
10) Baralho musical para fixação d a s n o t a s .
0 b a r a l h o m u s i c a l p a r a fixação d a s n o t a s é d e grande
utilidade, pela sua flexibilidade quanto as formas de s e tra-
balhar, atendendo as diversas fases de aprendizagem, desde
quando trabalhamos com i n i c i a n t e s , apresentando poucas notas,
até u m a f a s e b e m m a i s a d i a n t a d a . A s e g u i r a p r e s e n t a m o s algu-
m a s m a n e i r a s d e u t i l i z á - l o . N a s f i g u r a s 1 0 e 11 e s t ã o dese-
nhadas o i t o n o t a s e s c r i t a s em c l a v e d e S o l e o i t o e s c r i t a s em
c l a v e d e Fã, d e n t r o d e p e q u e n o s r e t a n g u l o s . 0 t a m a n h o ideal
p a r a p r o d u z i r m o s e s s e s r e t i n g u l o s p o d e r i a s e r d e 12 x 8 c m p a -
ra manuseio d o s alunos e , num f o r m a t o m a i o r , quando para s e r
t r a b a l h a d o p e l o p r o f e s s o r e m apresentações p a r a a c l a s s e . 0
desenho dessas notas pode s e rf e i t o com "nanquim" sobre car-
t o l i n a . R e c o r t a - s e em s e g u i d a o s r e t a n g u l o s e o b a r a l h o esta
p r o n t o p a r a s e r u s a d o . N a s e s c o l a s o n d e o s a l u n o s são mais
pobres, o p r o f e s s o r pode s u g e r i r q u e cada a l u n o t r a g a caixas
d e s a p a t o , o u q u a l q u e r t i p o d e papelão q u e e n c o n t r a r . Tendo
o s d e s e n h o s d a s n o t a s jã p r e p a r a d o s , o p r o f e s s o r d e c a l c a com
c a r b o n o s o b r e o s papelões d e c a d a a l u n o q u e terã p o r tarefa
c o m p l e t a r o t r a b a l h o , reforçando o s d e s e n h o s c o m c a n e t a e s f e -
rográfica p r e t a ( s e possível) e r e c o r t a n d o o s r e t i n g u l o s .

U t i 1 i z a ç ã o ; - 0 s i s t e m a d e retenção d a i m a g e m c o m quan-
t i d a d e s p r o g r e s s i v a s d e n o t a s ê um d o s m a i s interessantes.Par-
t i n d o d a s três p r i m e i r a s n o t a s e m c l a v e d e S o l ( D o c e n t r a l , Ré,
M i ) e a s t r ê s p r i m e i r a s n o t a s d a c l a v e d e Fã ( D o c e n t r a l , S i ,
L i ) , mostramos as figuras isoladamente. Primeiramente na o r -
dem n a t u r a l , devagar, lembrando o s a l u n o s q u e devem observar
o n d e c a d a n o t a a p r e s e n t a d a e s t i c o l o c a d a e m relação c o m as
l i n h a s o u espaços d a p a u t a . D e p o i s m o s t r a - s e c a d a n o t a p o r u m
t e m p o d e t e r m i n a d o , d i g a m o s q u e n a s p r i m e i r a s experiências p o r
três s e g u n d o s . V ? r a - s e a f i g u r a d e f o r m a q u e não p o s s a mais
ser v i s t a e pergunta-se ao grupo que nota f o i mostrada. Para
cada a l u n o q u e f a l a r em p r i m e i r o l u g a r m a r c a - s e um p o n t o . Ga-
n h a a q u e l e q u e f i z e r m a i o r número d e p o n t o s . D e v e m o s , entre-
t a n t o , e v i t a r q u e um d e t e r m i n a d o a l u n o f i q u e s e m p r e em últi-
mo l u g a r . A n t e s d e s e i n i c i a r n o v a s p a r t i d a s e l e deverá r e c e -
b e r n o v a s orientações. Uma m a n e i r a d e fazê-lo c o n h e c e r melhor
a s n o t a s ê e n t r e g a r - l h e a s " c a r t a s " q u e estão e m j o g o para
que c o l o q u e em o r d e m p r o g r e s s i v a .

20
Fig. 10 21
r
J - — . - Á — —

-Tv-f
- 7 ^ - -^-f-

•^T
v — 1

•^-5
t t
F i g . 11 22
Em e t a p a s p o s t e r i o r e s v a m o s a c r e s c e n t a n d o m a i s n o t a s e
g r a d a t i v a m e n t e r e d u z i n d o o t e m p o d e apresentação. D e três s e -
gundos passamos para d o i s , e para um.

O u t r a f o r m a d e d e s e n v o l v e r um t r a b a l h o d e g r a n d e apro-
v e i t a m e n t o é f a z e r com q u e o s a l u n o s t r a b a l h e m e n t r e sí. F o r -
m a n d o g r u p o s d e três: d o i s j o g a n d o , u m c o m o j u i z . Um p r i m e i r o
a l u n o e m b a r a l h a b e m a s n o t a s e m o s t r a , n u m a duração previa-
mente determinada, cada nota para q u e o o u t r o diga qual é.
Cada n o t a c e r t a é um p o n t o q u e o j u i z v a i m a r c a n d o . T e r m i n a d a
a série, a q u e l e q u e m o s t r a v a p a s s a a o p a p e l d e l e i t o r e v a i
d i z e n d o o s nomes d a s n o t a s q u e o o u t r o l h e m o s t r a . No f i n a l , o
j u i z mostra o resultado verificando-se qual f o i o vencedor.

Esta segunda maneira de s e u t i l i z a r o b a r a l h o musical


constitui u m a solução p a r a o s c a s o s d e d e s n í v e l . A l u n o s que
estejam a t r a z a d o s e m relação a o u t r o s , p o d e m t r a b a l h a r sepa-
radamente até alcançarem o s d e m a i s .

Uma t e r c e i r a f o r m a d e s e u t i l i z a r e s s e m a t e r i a l s e r i a c o m
o " j o g o d a adivinhação". Os a l u n o s j o g a m e m d u p l a . C o l o c a m - s e
as c a r t a s s o b r e uma m e s a , v o l t a d a s p a r a b a i x o . E s t a n d o um a l u -
no d e f r e n t e p a r a o o u t r o , um d e l e s i n d i c a uma c a r t a q u a l q u e r
p a r a q u e a m b o s a d i v i n h e m q u a l é. V i r a - s e a c a r t a e a q u e l e q u e
a c e r t a m a r c a um p o n t o . S e n e n h u m d o s d o i s a d i v i n h a r q u e c a r t a
é , o p r i m e i r o deverá i d e n t i f i c a r q u e n o t a ê , s e e r r a r , perde
um p o n t o . N a indicação d a s e g u n d a c a r t a o s papéis são troca-
dos, o aluno que procurou a d i v i n h a r a primeira carta, é quem
agora indica a segunda. Segue-se assim, alternando-se o s pa-
p e i s e g a n h a a q u e l e q u e t i v e r m a i o r número d e p o n t o s .

23

i _
11) Baralho de figuras

0 b a r a l h o d e f i g u r a s d e s t i n a - s e a fixação d e figuras
e s e u s v a l o r e s . As c a r t a s podem s e rf e i t a s com c a r t o l i n a no
f o r m a t o 6 x 9 cm, s e m e l h a n t e a s c a r t a s d e j o g a r . Para grupos
d e três o u d o i s a l u n o s c a d a b a r a l h o t e r i a u m n u m e r o d e 3 7 c a r -
t a s distribuídas a s s i m : 16 s e m i c o l c h e i a s , 8 c o l c h e i a s , k s e -
m í n i m a s , 2 m í n i m a s , 1 mínima c o m p o n t o d e a u m e n t o , 1 s e m i b r e -
ve, 1 p a u s a d e s e m i b r e v e , 1 p a u s a d e mínima, 1 p a u s a d e semí-
nima, 1 pausa de c o l c h e i a , 1 pausa de semicolcheia. Para se
j o g a r c o m g r u p o s m a i o r e s d e v e - s e d u p l i c a r o número d e cartas
e , c o n f o r m e a variação d e fórmulas d e c o m p a s s o s q u e s e pre-
t e n d e r u t i l i z a r , d e v e - s e também m o d i f i c a r a proporção d e f i -
guras .
Modo d e jogar: E s t a b e l e c e r qual o compasso a s e r preen-
c h i d o . E x : u m c o m p a s s o c o m p l e t o d a f ó r m u l a jj t e r ! p o r meta
uma s e m i b r e v e , o u um g r u p o d e v a l o r e s e q u i v a l e n t e s a u m a s e -
m i b r e v e . A s c a r t a s são e m b a r a l h a d a s e o a l u n o q u e t i r a r a
c a r t a c o m a f i g u r a d e m a i o r v a l o r será e n c a r r e g a d o d e d i s t r i -
b u i r a s c a r t a s . São d i s t r i b u í d a s 3 c a r t a s p a r a c a d a partici-
p a n t e , v i r a d a s p a r a b a i x o , d e f o r m a q u e u m não v e j a a carta
do o u t r o . Na o r d e m , d a e s q u e r d a p a r a a d i r e i t a , o a l u n o ao
lado do que d i s t r i b u i as cartas, inicia a jogada. A meta é
f o r m a r k tempos d e n t r o d e {j p o r t a n t o a q u e l e que v a i jogar
o l h a o q u e t e m em s u a s mãos. S e t i v e r uma c a r t a c o m uma míni-
ma e m a i s d u a s s e m í n i m a s , já g a n h o u , b a s t a d i z e r " b a t i " e c o -
locar as cartas viradas para que os outros participantes v e -
jam e c o n f i r a m o q u e e l e t e m . Se t i v e r a m a i s , uma s e m i b r e v e
e d u a s m í n i m a s , o u a m e n o s , u m a semínima e d u a s c o l c h e i a s , d e -
verá c o m p r a r u m a c a r t a d o m o n t e f o r m a d o p e l a s c a r t a s q u e s o -
b r a r a m l o g o após a distribuição i n i c i a l . E s s e m o n t e é c o l o c a -
do n o m e i o d a mesa com a s c a r t a s todas v i r a d a s para b a i x o de
f o r m a q u e q u e m t i r a ( c o m p r a ) , não s a b e q u e f i g u r a v a i pegar.
Se a c a r t a q u e comprou c o m p l e t a r o s k t e m p o s , j u n t a m e n t e com
a s q u e j á n ã o t e m n a m ã o , e l e terá g a n h o a p a r t i d a , c a s o c o n -
trário, deverá f i c a r c o m a c a r t a c o m p r a d a , o u devolvê-la v i -
r a d a p a r a c i m a (visível) o u a i n d a , poderá f i c a r c o m e l a e j o -
gar na mesa o u t r a c a r t a ( d a s q u e t e m n a mão) q u e a c h e que
não v a l h a a p e n a r e t e r n a m ã o .

0 próximo a j o g a r poderá e s c o l h e r e n t r e c o m p r a r d o m o n t e ,
s e m s a b e r q u e c a r t a v a i s a i r o u , poderá c o m p r a r d a m e s a , a
c a r t a visível j o g a d a a n t e r i o r m e n t e p e l o s e u c o l e g a , s e j u l g a r
m e l h o r . Q u a n d o h o u v e r n a m e s a m a i s d e uma c a r t a ( a s visíveis),
a q u e l e q u e c o m p r a r d a m e s a terá q u e c o m p r a r n o m í n i m o duas

2h
c a r t a s de cada v e z . As compras f e i t a s do monte sempre serão
de uma a uma. No c a s o q u e t e r m i n e m a s c a r t a s da mesa sem apa-
r e c e r um g a n h a d o r , o s p a r t i c i p a n t e s p a s s a m a c o m p r a r um d o o u -
t r o . Q j o g o s e g u e s e m p r e d a e s q u e r d a p a r a a d i r e i t a até que
t e r m i n e . Ganha a q u e l e q u e c o m p l e t a r o v a l o r d o compasso em
primeiro lugar.

Esse jogo pode e deve t e r a s formulas de compassos muda-


das a cada p a r t i d a , f a m i l i a r i z a n d o o s alunos com o s diversos
v a l o r e s , c o m n o v a s f i g u r a s c o m o u n i d a d e s d e t e m p o e , exigirá
uma atenção m a i o r , e v i t a n d o q u e a b r i n c a d e i r a f i q u e monótona.
(Fig. 12, 13)
Exemplo d e um b a r a l h o de figuras:

» J J J J 9 9 9
J J J } t 9 9 9
) J> } > J> ( I •

J> 9 9 9 í t i i

-et

-et

25
12) Corrida d e obstáculos

D e s e n h a - s e numa c a r t o l i n a uma p i s t a n u m e r a d a seme-


l h a n t e a d a F i g . 1 4 . Com um d a d o , a l g u m a s f i c h a s c o l o r i d a s , o u
botões t e m o s o m a t e r i a l c o m p l e t o . 0 p r o f e s s o r p r o g r a m a uma
l i s t a d e questões p a r a s e r e m r e s p o n d i d a s quando cada p a r t i c i -
p a n t e p a r a r n o s números m a r c a d o s (obstáculos).

Mane i ra d e j o g a r : Cada a l u n o e s c o l h e uma f i c h a d e uma d e -


t e r m i n a d a c o r . J o g a - s e o d a d o e a criança q u e t i r a r o núme-
r o m a i o r , i n i c i a a c o r r i d a . J o g a o d a d o e d e a c o r d o c o m o nú-
m e r o q u e c a i , e l e avança c o m s u a f i c h a através d a p i s t a . Ca-
da v e z q u e a f i c h a d e um d o s p a r t i c i p a n t e s c a i r e m um obstá-
c u l o , o m e s m o deverá r e s p o n d e r u m a p e r g u n t a c o r r e s p o n d e n t e ã-
q u e l e número. Q u a n d o o p a r t i c i p a n t e responder corretamente,
s u a f i c h a avança p o r m a i s d u a s c a s a s . Q u a n d o a r e s p o s t a é e r -
rada s u a f i c h a v o l t a p o r duas c a s a s . A q u e l e q u e chegar em p r i -
meiro lugar é o vencedor.

E s t e j o g o pode s e ra p r e s e n t a d o a o s a l u n o s em diversas
o c a s i õ e s , s e n d o q u e o p r o f e s s o r modificará a l i s t a de ques-
tões d e a c o r d o c o m a matéria q u e está s e n d o d a d a .
E x e m p l o d e questões p r o g r a m a d a s para a pista que se acha
na Fig. 14.

Obstáculo n ? 4 Quantas semínimas e q u i v a l e m a uma semi breve?


n ? 10 Quantas colcheias equivalem a uma m í n i ma ?
n ? 13 Quantas semínimas e q u i v a l e m a uma mínima p o n -
tuada?
n° 16 Que n o t a f i c a na 3a. 1 i nha da c l a v e de Sol?
n? 20 Que n o t a f i c a na 2a. 1 i nha da c l a v e de Sol?
n? 23 Que n o t a f i c a na 4a. 1 i nha da c l a v e de Fá?
n ? 27 Que n o t a f i c a no prim eir o espaço n a cla ve de
Sol?
31 Que n o t a f i c a na 1a. l i n h a s u p l e m e n t a r i n f e -
rior na clave de Sol?
35 Que n o t a f i c a na 1a. l i n h a s u p l e m e n t a r supe-
rior na c l a v e d e Fá?
40 Que n o t a f i c a na 4a. l i n h a na c l a v e de sol?
44 • Quantas s e m i c o l c h e i a s e q u i v a l e m a uma semí-
n ima?
46 - Quantas colcheias equivalem a u m a semínima
com p o n t o d e a u m e n t o ?

2b
^30
29 28 26 25 24 22 21
'18

32 17

33

34 15

14

36

37 12

11
38

39

41 8

42 7

43 6

45

47

48

CHEGADA S A Í D A

27
13) Domino de Figuras

É um j o g o u t i l i z a d o p a r a f i x a r a s imagens d a s f i g u r a s .
Ideal para s e trabalhar com p r i n c i p i a n t e s de pouca idade.
P o d e s e r construído c o m o o m o d e l o q u e s e g u e n a F i g . 1 5 ,
c o m 2 1 " p e d r a s " , e m dimensões s e m e l h a n t e s a s d a s p e d r a s d e d o -
minó c o m u m . D e s e n h a r s o b r e cartão g r o s s o , o u s o b r e p a p e l f o r -
t e q u e poderá s e r c o l a d o s o b r e a s p e d r a s c o m u m d e d o m i n ó .

(Fig. 15)

r r
j j
r r
j j j j j j
r r r r
j j

26
Manei r a de jogar: As pedras s l o embaralhadas, v i r a d a s
p a r a b a i x o o u , p a r a e v i t a r q u e o s desenhos d a s mesmas fiquem
s u j o s , e l a s podem s e rc o l o c a d a s d e n t r o d e um s a q u i n h o d e f l a -
n e l a o u o u t r o t e c i d o m a c i o . C o m o número d e p e d r a s sugerido,
p o d e m p a r t i c i p a r d o j o g o , até 3 a l u n o s . Um p o r v e z v a i t i -
r a n d o uma p e d r a d o s a q u i n h o e c o l o c a n d o s o b r e a m e s a , d a mes-
ma m a n e i r a q u e s e j o g a o dominó c o m u m . C a d a n o v a p e d r a tira-
da p o r um a l u n o , d e v e c o m b i n a r um d o s l a d o s c o m uma d a s f i g u -
ras d e uma d a s p o n t a s do j o g o q u e v a i s e armando.
Exemplo:(Fig. 16)

Quando o a l u n o t i r a uma pedra q u e n l o serve, deve


guardá-la até q u e s e a p r e s e n t e u m a o p o r t u n i d a d e d e usá-la.
Q u a n d o i s s o o c o r r e r , e l e em l u g a r d e t i r a r uma p e d r a d o s a -
q u i n h o , u t i l i z a a q u e está c o n s i g o . T e r m i n a d a s a s p e d r a s do
s a q u i n h o , o a l u n o q u e f i c a r em p r i m e i r l u g a r s e m nenhuma p e -
dra, ganha a p a r t i d a .

23
]k) J o g o d a memória

E s t e j o g o t e m semelhança c o m o d o b a r a l h o de notas.
N a q u e l e o a l u n o i d e n t i f i c a r a p i d a m e n t e uma d e t e r m i n a d a nota
i s o l a d a . N e s t e o a l u n o lê e m e m o r i z a u m a s é r i e d e n o t a s d e u m a
só v e z .
Construímos o j o g o d e memória c o m u m a série d e c a r t e -
l a s c o m sequências d e n o t a s ( p a r t i n d o c o m g r u p o s d e 3 e m c a d a
c l a v e em i n t e r v a l o s d e 3 a . s como m o s t r a m o s e x e m p l o s 1 e 2 d a
F i g . 17) d e d i f i c u l d a d e s p r o g r e s s i v a s .
Exemplo: ( F i g . 17)

Na F i g u r a 17 e s t i o k c a r t e i a s c o m sequência d e notas.
0 f o r m a t o i d e a l s e r i a d e 15 x 12 c m p a r a c a d a c a r t e i a , p o s s i -
b i l i t a n d o u m d e s e n h o b e m visível d a s n o t a s . 0 número coloca-
do n o c a n t o d i r e i t o i n d i c a a ordem p r o g r e s s i v a n a s d i f i c u l d a -
d e s d e l e i t u r a . E s t a série p o d e c o n t e r 15 c a r t e i a s c o m c o m b i -
nações d i f e r e n t e s d e f o r m a q u e a s últimas p o d e r i o c o n t e r até
6 n o t a s distribuídas e n t r e a s d u a s c l a v e s .
P a r a j o g a r , p o d e - s e d i v i d i r a c l a s s e em d o i s grupos.
Mostra-se a c a r t e i a p o r alguns segundos e v i r a - s e de forma
que n l o f i q u e m a i s visível. D i r i g i n d o - s e p a r a a c l a s s e pedi-
mos q u e o a l u n o q u e s o u b e r d i z e r , a série d e n o t a s q u ef o i
mostrada, l e v a n t e a m i o . P r o c e d e m o s a s s i m até t e r m o s apresen-
tado todas as c a r t e i a s .

30
15) Variação d o j o g o da memoria.

J o g a - s e d a m e s m a f o r m a q u e o a n t e r i o r só q u e a g o r a o
o b j e t i v o é a c o s t u m a r o a l u n o a l e r c o m segurança a s n o t a s c o -
locadas verticalmente (acordes).
F a b r i c a m o s u m a n o v a série d e c a r t e i a s atendendo o no-
vo o b j e t i v o como n o exemplo da F i g . 1 8 .
P a r a c o m p l e t a r o j o g o , construímos m a i s 6 c a r t e i a s ( t o -
t a l i z a n d o 1 2 ) a u m e n t a n d o a d i f i c u l d a d e até c o l o c a r m o s 3 e d e -
pois k acordes d e n t r o de cada c a r t e i a . A q u i , igualmente, o
número c o l o c a d o n o c a n t o e s q u e r d o d a c a r t e i a é u m n u m e r o de
o r d e m d e d i f i c u l d a d e q u e t o r n a p r a t i c o c o l o c a r a s c a r t e i a s em
ordem depois de u t i l i z a d a s . Algumas vezes jogamos com a s car-
teias embaralhadas para e v i t a r que o s alunos decorem a ordem
em l u g a r d e m e m o r i z a r p e l a l e i t u r a f e i t a n o m o m e n t o d a apre-
sentação.

Os p a r t i c i p a n t e s d e s t e j o g o d e v e m a c o s t u m a r - s e a l e r
as n o t a s s e m p r e d e b a i x o p a r a c i m a , f o r m a n d o um h a b i t o único
d e l e i t u r a d e a c o r d e s , q u e serã m u i t o útil n a s l e i t u r a s a
primeira v i s t a e futuramente nos trabalhos de harmonia.
_» L Fig.
18
•8- -4
f -

31
C) J O G O S D I V E R S O S C O M D E S E N V O L V I M E N T O D A
IMPROVISAÇÃO E CRIATIVIDADE

A s c r i a n ç a s g e r a l m e n t e têm f a c i l i d a d e p a r a a c r i a t i -
vidade. E n t r e t a n t o para que sua capacidade criadora s e desen-
v o l v a e l a n e c e s s i t a a b s o r v e r c o n h e c i m e n t o s básicos d a s f o r m a s
d e expressão d o m u n d o e m q u e v i v e .
T r a t a n d o - s e d a música, precisamos cuidar para que elas
a d q u i r a m experiências rítmicas d i v e r s a s , fami1iarizando-as com
s e u s próprios m o v i m e n t o s n a t u r a i s . D e p o i s é q u e e l a s terão m e -
l h o r e s condições d e r e c r i a r a s m e s m a s fórmulas rítmicas e , a
s e g u i r , transformá-las e m o u t r a s diferentes.
I n i c i a r e m o s e s t a p a r t e com a t i v i d a d e s bem s i m p l e s de
d e s e n v o l v i m e n t o rítmico p a s s a n d o a s e g u i r p a r a a s i m p r o v i s a -
ções .
D e v e m o s n o t a r q u e a s crianças a o i m p r o v i s a r e m fazem-
n o n a t u r a l m e n t e s e m preocupação d e c o m p a s s o d e t e r m i n a d o . O c o r -
r e p o r t a n t o q u e m u i t a s v e z e s f a z e m uma pausa c o r r e s p o n d e n t e a
um t e m p o após t e r e m s e m o v i m e n t a d o ( o ub a t i d o palmas, etc. )
p o r q u a t r o t e m p o s ( n u m a acentuação típica d e u m c o m p a s s o q u a -
ternário) r e s u l t a n d o n u m c o m p a s s o d e c i n c o t e m p o s . I s t o se
dá p o r q u e a s crianças vão c r i a n d o l i v r e m e n t e s o m a n d o compas-
s o s d i v e r s o s . D e v e m o s r e s p e i t a r n a s improvisações, e s s e s r i t -
m o s . A l g u m a s crianças a p r e s e n t a m m a i o r f a c i l i d a d e e m seguir
um d e t e r m i n a d o r i t m o e n q u a n t o q u e o u t r a s p a r a a c o m p a n h a r , e n -
c o n t r a m m u i t a d i f i c u l d a d e . M a s , c o n s e g u i r d o m i n a r um m o v i m e n -
t o rítmico é , n a m a i o r i a d a s v e z e s , p u r a questão d e m a t u r i d a -
d e . 0 q u e u m a criança não c o n s e g u e a g o r a , poderá consegui-lo
c o m f a c i l i d a d e n o próximo a n o . é i n t e r e s s a n t e l e m b r a r q u e B e -
la Bartok para expressar fielmente as formas p r i m i t i v a s e v a -
r i a d a s d o f o l c l o r e húngaro, t e v e q u e r e c o r r e r constantemente
a mudanças d e c o m p a s s o s e e m p r e g a n d o , a até então p o u c o u s a d a ,
fórmula d e c i n c o t e m p o s .

No d e c o r r e r d o s t r a b a l h o s d e c r i a t i v i d a d e é i m p o r t a n -
t e r e s p e i t a r a s condições ( o u p e n d o r ) d e c a d a u m . A l g u n s a l u -
n o s têm m e l h o r o u v i d o , o u t r o s m e l h o r p e r c e p ç ã o r í t m i c a , o u -
t r o s f a c i l i d a d e em compor m e l o d i a s . 0 P r o f e s s o r sempre pode
e n c o n t r a r m a n e i r a s d e c o n d u z i r e s s a s situações. N o c a s o de
que u m , d e n t r o d e um g r u p o , t e n h a m a i o r f a c i l i d a d e em compor
m e l o d i a s , deixamos q u e e l e a s componha e para o s o u t r o s de-
terminamos t a r e f a s d e n t r o de seus pendores. Inventam a letra
p a r a a m e l o d i a d o c o l e g a , p r e p a r a m um a c o m p a n h a m e n t o rítmico

32
( a i n d a q u e m u i t o s i m p l e s é só d e p e r c u s s ã o ) . Não p o d e m o s nos
esquecer que a finalidade principal do nosso trabalho, como
e d u c a d o r e s , é p u r a m e n t e e d u c a t i v a e não a r t í s t i c a .
16) M a r c h a n d o c o m música (atividade preparatória)

M a r c h a s l i v r e s a o s o m d e músicas próprias p a r a c r i a n -
ças. D e i x a r q u e o s a l u n o s s i n t a m a música a v o n t a d e . Depois
q u e t o d o s e s t i v e r e m s e n t i n d o - s e descontraídos f a z e m o s u m i n -
t e r v a l o . Vamos s u g e r i r a o s a l u n o s q u e a g o r a marchem d e a c o r d o
c o m o m o v i m e n t o ( a n d a m e n t o ) d a música q u e serã t o c a d a . Q u a n d o
o m o v i m e n t o f o r l e n t o deverão m a r c h a r l e n t a m e n t e e q u a n d o f o r
rápido, m a i s d e p r e s s a . D e s s a f o r m a e l e s vão a p r e n d e n d o a r e a -
g i r c o n f o r m e o s m o v i m e n t o s d a peça.
A s e g u i r a s m a r c h a s serão f e i t a s c o m o propósito não
só d e s e n t i r - s e o s d i v e r s o s a n d a m e n t o s m a s , t a m b é m , p a r a p e r -
c e b e r - s e o s r i t m o s . 0 r i t m o binário p o r s e r o m a i s n a t u r a l ( o
r i t m o d e a n d a r ) é também o m a i s fácil d e s e r p e r c e b i d o . An-
d a n d o , m a r c h a n d o o u dançando, o s a l u n o s vão s e n t i n d o o ritmo
e o espírito d a s músicas q u e o u v e m .

17) Marcha com palmas

Andando o u marchando o s a l u n o s procuram b a t e r palmas


n o t e m p o f o r t e d o c o m p a s s o d a música q u e está s e n d o e x e c u t a d a .
( I n i c i a l m e n t e f a z e m p o r imitação). U t i l i z a m o s n e s t a a l t u r a , mú-
s i c a s d i v e r s a s c o m c o m p a s s o s v a r i a d o s : binário,ternárioequar-
t e n ã r i o . T o c a - s e u m a m ú s i c a a t é q u e , o s aí u n o s , m a r c h a n d o , e s t e -
jam c o n s e g u i n d o b a t e r a s p a l m a s b e m n o 1? t e m p o . M u d a - s e p a -
ra o u t r a música c o m c o m p a s s o d i f e r e n t e p e r s i s t i n d o i g u a l m e n -
t e até q u e a c e r t e m a s p a l m a s n o s t e m p o s f o r t e s . Q u a n d o a c l a s -
se t i v e r r e a l i z a d o essa a t i v i d a d e com f a c i l i d a d e , passamos a
f a z e r mudanças m a i s f r e q u e n t e s d a s peças c o m r i t m o s diferen-
tes.

18) Improvisando passos e ritmos

A s crianças f o r m a n d o uma f i l a i n d i a n a , movimentam-se


inicialmente devagar batendo palma a cada passo (sem acom-
panhamento m u s i c a l ) . A seguir deixamos q u e s e movimentem l i -
vremente. Geralmente algumas improvisam movimentos com ritmos
diversos enquanto que outras tendem mais a i m i t a r a s colegas.
Essas q u e imitam, mais tarde também p o d e m v i r a improvisar.
Convém q u e o p r o f e s s o r a s e s t imule. A f i l a formada inicial-
mente s e d i s s o l v e , o q u e é n a t u r a l , p o i s a mesma s e r v i u a p e -

33
nas para d a r a dinâmica inicial do jogo.

19) Em q u e c o m p a s s o e s t o u marchando?

Um d o s a l u n o s m a r c h a i m p r o v i s a n d o o r i t m o e o s o u t r o s
p r o c u r a m d e s c o b r i r em q u e compasso e l e e s t a s e movimentando. 0
c o l e g a q u e a c h a r q u e d e s c o b r i u l e v a n t a a m i o e d i z q u a l é. S e
a c e r t o u g a n h a um p o n t o e s u b s t i t u i o q u e e s t a v a em a t i v i d a d e .

20) E s t a t u a com ritmo

A c l a s s e é d i v i d i d a e m d o i s g r u p o s . Um g r u p o f o r m a u m
círculo n o c e n t r o d a s a l a e o o u t r o f o r m a u m círculo e m t o r n o
do p r i m e i r o . 0 g r u p o i n t e r n o d e v e r a a n d a r a c o m p a n h a n d o o mo-
v i m e n t o d a s palmas do grupo e x t e r n o . 0 grupo e x t e r n o bate p a l -
mas d e v a g a r , d e p r e s s a , m a i s d e p r e s s a e r e p e n t i n a m e n t e para.
Os a l u n o s d o g r u p o i n t e r n o a o o u v i r e m a interrupçlo d a s p a l -
mas d e v e m p a r a r i m e d i a t a m e n t e p e r m a n e c e n d o n a posiçlo e m q u e
s e e n c o n t r a v a m ( f o r m a n d o u m a e s t a t u a imóvel). S e a l g u m dos
componentes do grupo s e mexer, o grupo perde 1 ponto e deve
ceder a v e z para o grupo e x t e r n o mudando-se o s papeis. 0 g r u -
po q u e e r r a r menos g a n h a .

21) A música d a m i n h a t i a

E s t e j o g o é u t i l i z a d o p a r a d e s e n v o l v e r a memória rít-
m i c a . O s a l u n o s f i c a m e m círculo e u m d i z : - " a p r e n d i u m a mú-
s i c a c o m a m i n h a t i a q u e t e m um r i t m o a s s i m . . . " ( b a t e palma
m a r c a n d o u m r i t m o d e s u a e s c o l h a - v a m o s s u p o r binário - Tá-
T a ) . 0 a l u n o d o l a d o r e p e t e a mesma f r a s e : - " a p r e n d i uma mú-
s i c a c o m a m i n h a t i a q u e t e m um r i t m o a s s i m . . . " ( r e p e t e o r i t -
mo a n t e r i o r T á , T a e a c r e s c e n t a u m s e u , d i g a m o s T á , T á , T á ) .
Cada a l u n o v a i r e p e t i n d o a f r a s e da t i a , r e p e t i n d o a acomula-
da d e r i t m o s e a c r e s c e n t a n d o o s e u . 0 p a r t i c i p a n t e q u e e r r a r
a ordem dos ritmos n l o joga mais nessa p a r t i d a . Vence aquele
q u e f i c a r p o r último.

22) Corrente

O s p a r t i c i p a n t e s f o r m a m u m c í r c u l o . Um d o s a l u n o s i n i -
ciará o j o g o d i z e n d o o nome d e uma n o t a q u a l q u e r (vamos supor
que f o i " D o " ) . 0 v i z i n h o deverá p r o s s e g u i r c o m a sequencia
natural d i z e n d o "Ré", o o u t r o " M i " , e t c . . . Dada a v o l t a no
círculo o aluno q u e i n i c i o u d i z a nota q u e coube fechando o
círculo ( d i g a m o s q u e f o i " F á " ) . 0 v i z i n h o a g o r a deverá dizer

34
u m a terça a c i m a ( o u s e j a - s a l t a n d o u m a n o t a n a o r d e m n a t u r a l )
que v a i c o r r e s p o n d e r a "La". 0 j o g o v a i d e s e n v o l v e n d o - s e a s -
s i m e c a d a u m q u e e r r a r é e l i m i n a d o d a r o d a d a até f i c a r o u l -
t i m o q u e será o v e n c e d o r .
23) Passando o a n e l

Os p a r t i c i p a n t e s f o r m a m u m círculo e u m v o l u n t a r i o f i -
cará n o c e n t r o . Um d o s c o m p o n e n t e s d o círculo t e m u m a n e l ( o u
m o e d a ) m a s o voluntário d o c e n t r o n i o s a b e q u e m é. A o s o m d e
uma música e c o m m o v i m e n t o s r i t m a d o s , o s a l u n o s q u e e s t i o no
círculo passarão o a n e l , d e u m p a r a o u t r o , e n q u a n t o o d o c e n -
t r o p r o c u r a r ! d e s c o b r i r com quem e s t i .
Os m o v i m e n t o s p o d e m s e r f e i t o s d a s e g u i n t e f o r m a :
1? - o s a l u n o s levantarão o s braços v e r t i c a l m e n t e , 2 ? - l e v a -
rão o s b r a ç o s ( s e m p r e s e g u i n d o a m ú s i c a ) p a r a a p o s i ç ã o h o r i -
z o n t a l c o m o s p u n h o s v o l t a d o s p a r a b a i x o e mãos f e c h a d a s t o -
c a n d o a s mãos d o s c o m p o n e n t e s d a e s q u e r d a e d a d i r e i t a . N e s s e
ato de tocar aquele que temo anel procura passar para outro
sem q u e o c o l e g a d o c e n t r o v e j a . A j o g a d a será i n t e r r o m p i d a
q u a n d o o a l u n o d o c e n t r o a c e r t a r c o m q u e m está o a n e l . A q u e -
le q u e estava com o anel e f o i descoberto s u b s t i t u i o que e s -
t a v a n o c e n t r o e i n i c i a - s e uma nova j o g a d a .
2k) Música quente

Um t i v o l u n t a r i o s a i d a s a l a e n q u a n t o o s d e m a i s partici-
p a n t e s c o m b i n a m q u a l v a i s e ro o b j e t o q u e o p r i m e i r o deverá
l o c a l i z a r . R e s o l v i d o i s s o o voluntário e n t r a e começa procu-
r a r o o b j e t o . O s d e m a i s c a n t a m u m a m e l o d i a c o m o f i m d e guiá-
l o n a b u s c a . Graduarão a i n t e n s i d a d e d a música c a n t a n d o - a o r a
p i a n o o u pianíssimo q u a n d o o voluntário s e a f a s t a d o objeto,
cantarão m a i s f o r t e a m e d i d a e m q u e e l e s e a p r o x i m a r d o r e f e -
r i d o o b j e t o . Q u a n d o e l e p e g a r o o b j e t o t o d o s deverão bater
p a l m a s f e s t e j a n d o s u a vitória.

25) Criando melodias

Os a l u n o s s e n t a d o s c o m o d a m e n t e e m círculo são convi-


dados a c r i a r uma m e l o d i a p a r t i n d o de 3 n o t a s (supomos Do,Re,
M i ) . 0 p r o f e s s o r ajuda i n i c i a l m e n t e cantando o s 3 sons deva-
gar sem r i t m o . 0 p r i m e i r o p a r t i c i p a n t e (sempre voluntário)
canta o s 3 sons simplesmente e , a s e g u i r repete-os procurando
d a r um r i t m o e f o r m a d i f e r e n t e s ( d i g a m o s q u e c a n t e d u a s v e z e s
o " D o e d e p o i s o Ré e o M i u m a só v e z , e q u e n e s s a experiên-
c i a s e s i n t a um r i t m o quaternário). 0 s e g u n d o a l u n o vizinho

35
o u voluntário, e x p e r i m e n t a r e p e t i r e a c r e s c e n t a r um n o v o d e -
s e n h o rítmico o u m e s m o , m o d i f i c a r u m p o u c o a p a r t e d o c o l e g a .
0 t r a b a l h o d e v e p r o s s e g u i r a s s i m , c o m orientação e pequenas
sugestões d o p r o f e s s o r ( q u a n t o m a i s l i v r e a s crianças s e a t i -
varem, melhor) mais no sentido de se manter a ordem e respei-
to pelas ideias apresentadas. S e p o s s í v e l , serão o s próprios
a l u n o s q u e deverão o p i n a r n e s t e j o g o , q u a n d o f o r m o u - s e u m a m e -
lodia considerada bonita (pelo grupo ou pela m a i o r i a ) .
C o m a m e l o d i a d e f i n i d a ( a i n d a s e m l e t Mr a , M p o r t a n t o c a n -
t a d a c o m u m a sílaba d e t e r m i n a d a , v a m o s s u p o r l ã ) o grupo
d i v i d e - s e em d u a s p a r t e s , uma q u e c a n t a e o u t r a que procura
acompanhar ritmicamente com palmas. A seguir trocam-se o s pa-
peis.
E s t e t i p o d e a t i v i d a d e r e q u e r m u i t a paciência p o r p a r -
t e d o p r o f e s s o r e x i g i n d o também, e n t r e o u t r a s c o i s a s , impro-
visação n a m a n e i r a d e c o n d u z i r , porém o s r e s u l t a d o s p o d e m s e r
m u i t o compensadores. Quando o grupo e s t i v e r mais adiantado
p a s s a - s e a i m p r o v i s a r c o m u m número m a i o r d e n o t a s .

26) 0 eco

P r e p a r a n d o a criança p a r a u m a m e l h o r dicção torna-se


n e c e s s á r i o q u e e l a s c o m p r e e n d a m q u e não é g r i t a n d o q u e a g e n -
te se faz ouvir melhor. Este jogo exige que os p a r t i c i p a n t e s
f a l e m b a i x o c o m c l a r e z a e ouçam c o m atenção.
Divide-se a c l a s s e em d o i s g r u p o s . Cada um deverá
o c u p a r um c a n t o o p o s t o d a s a l a . Os p a r t i c i p a n t e s d o p r i m e i r o
g r u p o , c o m b i n a n d o e n t r e s i , p r o n u n c i a m em v o z b a i x a m a s , bem
a r t i c u l a d o , o nome d e um a n i m a l (vamos supor - c a r n e i r o ) . 0
g r u p o d o o u t r o l a d o r e p r e s e n t a o e c o q u e v a i além d e r e p e t i r
a p a l a v r a , ( c a r n e i r o ) e m i t i r o s o m característico d o animal
(méé, m é é . . . ) . D e p o i s o s g r u p o s r e v e s a m a s situações.

D) JOGOS C O M AUXILIO DO PIANO E DA F L A U T A D O C E

27) Colocando s o m n a história

Os a l u n o s f i c a m n u m semicírculo c o m o p r o f e s s o r no
m e i o . E s t e e x p l i c a q u e v a i c o n t a r u m a história a q u a l fic aria
mais bonita s e t i v e s s e som. Mas,que agora e l e conta com seus
alunos para colocarem som nas partes mais i n t e r e s s a n t e s . Com
o p i a n o a b e r t o , o p r o f e s s o r c o n t a uma história, e a c a d a mo-
m e n t o e m q u e há u m a p o s s i b i l i d a d e d e s e f a z e r u m a i n t e r p r eta-

36
çao s o n o r a c o m o p i a n o , p a r a a n a r r a t i v a e p e r g u n t a , p o r e x e m -
p l o : - "quem v a i i m i t a r o passo d o g i g a n t e n o p i a n o ? " - o u
"quem v a i i m i t a r o p a s s a r i n h o c a n t a n d o ? " . Nestes d o i s casos
e x e m p l i f i c a d o s temos a o p o r t u n i d a d e de r e s s a l t a r para a c r i a n -
ça a d i f e r e n ç a e n t r e a s d u a s a l t u r a s : " g r a v e " ( o sp a s s o s d o
gigante) e "aguda" (a v o z do p a s s a r i n h o ) ,
Segue-se assim dando oportunidade para que todos e x -
p e r i m e n t e m u m a imitação a o p i a n o : t o q u e d a c o r n e t a , o t a m b o r ,
o galope do c a v a l i n h o , e t c .

28) 0 radar sonoro ( o u Sonar)

Um v o l u n t á r i o t e m s e u s o l h o s v e n d a d o s . F a z e m o s com
q u e dê a l g u m a s v o l t a s , e m t o r n o d e s i m e s m o , p a r a q u e p e r c a
a noção d e direção d e n t r o d a c l a s s e . E l e deverá t e n t a r sair
da s a l a d e a u l a , a u x i l i a d o p e l o s s o n s d o p i a n o . N o t a s graves
r e p e t i d a s (repetição c o n s t a n t e e r e g u l a r ) i n d i c a m direção i
e s q u e r d a , n o t a s a g u d a s r e p e t i d a s , i n d i c a m direção ã direita.
N o t a s d e s o m médio i n d i c a m q u e o a l u n o d e v e c o n t i n u a r e m f r e n -
t e . A p a u s a é s i n a l p a r a p a r a r . D e s s a f o r m a e l e deverá a l c a n -
çar a p o r t a e s a i r d a s a l a . A s s i m q u e a t i n g i r a m e t a , seus
c o l e g a s baterão p a l m a s . E s s e a l u n o q u e a c e r t o u a p o r t a v a i
a g o r a a o p i a n o p a r a o r i e n t a r um novo p a r t i c i p a n t e .

29) Perguntando e respondendo

As crianças e m círculos p e s q u i s a m f r a s e s m u s i c a i s c o m
a f l a u t a doce tentando o r g a n i z a r "perguntas" e " r e s p o s t a s " . 0
p r o f e s s o r e s t a b e l e c e i n i c i a l m e n t e um n u m e r o d e n o t a s p a r a a
c l a s s e u t i l i z a r ( d e a c o r d o c o m o c o n h e c i m e n t o m u s i c a l e domí-
n i o d o i n s t r u m e n t o ) e p e r g u n t a q u a l será o voluntário q u e i n i -
c i a r á a e x p e r i ê n c i a . E s t e t o c a , e o v i z i n h o " r e s p oM n d e " . S e n e -
cessário o p r o f e s s o r dará e x e m p l o s d e s e n t i d o d e p e r g u n t a s " e
de " r e s p o s t a s " .
Exemplos: ( F i g .19)

r Pergunta
i r
Resposta 1
1

i
Pergunta 1 | Resposta

\r \nr
JJ
W m
37
N e s s a experiência c o m o n a s a n t e r i o r e s , p a r a d e s e n v o l v e r o
p o t e n c i a l d e c r i a t i v i d a d e , o r e s u l t a d o o b t i d o não d e v e s e r
v i s t o p e l o p r o f e s s o r como obra de a r t e , e s i mp e l o q u e pode-
rá v i r a s e r c o n s e g u i d o c o m o d e s e n v o l v i m e n t o d e s s a a t i v i d a d e .

A f l a u t a d o c e é o i n s t r u m e n t o i d e a l p a r a a iniciação m u -
s i c a l . B a r a t a , fácil d e s e a p r e n d e r , e fácil d e s e t r a n s p o r -
tar. M u i t o c o m u m n o s países e u r o p e u s , o n d e o i n s t r u m e n t o é
e n s i n a d o já n a e s c o l a p r i m á r i a , está g r a d a t i v a m e n t e t o r n a n d o -
se conhecida e u t i l i z a d a n o B r a s i l . Para o s p r o f e s s o r e s que
não t e n h a m t i d o a i n d a o p o r t u n i d a d e d e c o n h e c e r didaticamente
o i n s t r u m e n t o , i n d i c a m o s o método d a P r o f a . M a r i a Aparecida
Mahle - " P r i m e i r o Caderno de Flauta-Block" e o t r a b a l h o da
p e s q u i s a d o r a H e l l e T i r l e r - "Vamos t o c a r f l a u t a d o c e " em d o i s
volumes.

30) A parada

A c l a s s e é d i v i d i d a e m d o i s g r u p o s . Um r e p r e s e n t a a
b a n d a e o o u t r o o s s o l d a d o s . Os c o m p o n e n t e s d a b a n d a s e o r g a -
nizam de forma que u n s marcam o r i t m o com palmas, enquanto ou-
t r o s , t o c a m com a s f l a u t a s , uma m e l o d i a s i m p l e s previamente
e s c o l h i d a . 0 grupo dos soldados marcha acompanhando a s r i t m o s
propostos pela banda. Depois de algumas v o l t a s o s grupos r e -
vesam as a t i v i d a d e s .

31) Reproduzindo melodias

0 professor ao piano executa melodias simples (de


a c o r d o c o m o nível d a c l a s s e ) d e f o r m a q u e o s a l u n o s r e u n i d o s
n u m a p a r t e d a s a l a não v e j a m s u a s mãos sobre o teclado. Toca
p o r d u a s o u três v e z e s u m a d e t e r m i n a d a m e l o d i a e o s alunos
permanecem somente escutando. A s e g u i r cada a l u n o t e n t a r e -
produzir com s u a f l a u t a a melodia que f o i tocada pelo p r o f e s -
sor. Quando algum dos participantes encontrar muita dificul-
d a d e , poderá s e r s o c o r r i d o p e l o s c o l e g a s .

32) 0 conjunto musical

Os a l u n o s são c o n v i d a d o s p a r a f o r m a r u m c o n j u n t o m u -
s i c a l . Um a l u n o v a i p a r a o p i a n o , u m g r u p o f i c a c o m a s flau-
t a s , o u t r o com a s palmas. 0 p r o f e s s o r o r i e n t a o aluno q u e fi-
c a a o p i a n o p a r a t o c a r o b a i x o ( u t i l i z a n d o s o m e n t e tónica e
d o m i n a n t e ) n u m a cedência s e m p r e i g u a l . A s f l a u t a s procedem
da s e g u i n t e m a n e i r a : um s o l i s t a i m p r o v i s a uma m e l o d i a simples

38
q u e v a i t e n d o a participação d o s o u t r o s f l a u t i s t a s a medida
q u e vão c o m p r e e n d e n d o e m e m o r i z a n d o a f r a s e m u s i c a l d o c o l e -
g a . Os c o m p o n e n t e s d o g r u p o d a s p a l m a s i n i c i a m a c o m p a n h a n d o o
ritmo do piano e depois experimentam subdividí-lo ( v i d e f i g . 2 0 )
C o n s e g u i n d o - s e u m a execução razoável i n t e r r o m p e - s e para que
os componentes troquem de papeis. I n i c i a - s e tudo novamente com
uma n o v a improvisação.

E x e m p l o d e u m a improvisação: (fig. 20)

m
Flauta

w 0
P i ano

te
i
1 P
P
t r r r'r r i' r'r o r t r
Palmas seguindo o piano Palmas com
variações

33) Espelhos d o músico

Os a l u n o s f o r m a m u m círculo e u m voluntário o c u p a o
c e n t r o . Estando todos v o l t a d o s para o c e n t r o e com suas flau-
t a s , o p a r t i c i p a n t e d o c e n t r o i m p r o v i s a uma m e l o d i a . Deverá
e s t a r d e f r e n t e d e um d o s q u e f o r m a m o círculo. E s t e tentará
r e p e t i r a f r a s e f e i t a p e l o c o l e g a , s e não c o n s e g u i r , o d o c e n -
t r o r e p e t e - a p a r a o v i z i n h o d o p r i m e i r o . A s s i m irá p r o c e d e n d o
até q u e u m d o s a l u n o s d o círculo c o n s i g a r e p e t i r a f r a s e . A-
quele que conseguir, t r o c a de lugar com o do c e n t r o e deverá
improvisar o u t r a melodia dando prosseguimento a o j o g o .

39
3*0 0 maestro do dia

S o r t e i a - s e q u e m será o m a e s t r o d o d i a . A e s t e caberá
d i v i d i r o s colegas (Ex: 5 escolhidos para a s f l a u t a s , 1 para o
piano, 4 para as palmas, 4 para c a n t a r , etc.) formando o s e u
c o n j u n t o . C a b e - l h e também e s c o l h e r a peça a s e r e x e c u t a d a e
s u g e r i r ( q u a n d o p o s s í v e l ) m o d i f i c a ç õ e s . 0 p r o f e s s o r só d ã o r i -
entações q u a n d o e s t a s f o r e m imprescindíveis p a r a o b o m anda-
mento da atividade. 0 maestro do dia devera continuar com
seu papel dando ordens para i n i c i a r o u p a r a r , m a r c a r o com-
p a s s o d a peça e c o r r i g i r f a l h a s . Uma v e z e x e c u t a d a a música
e s c o l h i d a d e f o r m a satisfatória, s o r t e i a - s e um n o v o m a e s t r o .

35) Escrita sonora

Um voluntário v a i a o q u a d r o n e g r o p a r a e s c r e v e r uma
m e l o d i a , i m p r o v i s a d a ( d e n t r o d e um l i m i t e d e n o t a s e v a l o r e s
previamente determinados - e x : notas de do3 e s o l ^ e u t i l i -
z a n d o s o m e n t e mínimas e semínimas) e n q u a n t o o s d e m a i s c o m s u a s
f l a u t a s vão t o c a n d o . C a d a n o t a q u e é e s c r i t a , o s c o l e g a s ime-
diatamente tocam. Ao bater de palmas do p r o f e s s o r , o composi-
t o r p a r a , e o s f l a u t i s t a s d e v e m t o c a r o t r a b a l h o d e s d e o iní-
cio. Outro sinal e , o aluno no quadro negro prossegue com a
melodia. Dado o mesmo p o r t e r m i n a d o e l e t o c a o r e s u l t a d o d o
seu t r a b a l h o j u n t a m e n t e c o m s e u s c o l e g a s . Após c o m e n t a r i o e n -
t r e a l u n o s d e d i s c r e t a ( s e necessário) observação d o p r o f e s -
s o r p e d e - s e q u e u m n o v o voluntário s e a p r e s e n t e p a r a s e r i n i -
ciada outra "escrita sonora".

36) C o n c u r s o d e Danças

A c l a s s e é d i v i d i d a e m d o i s o u três g r u p o s p a r a com-
p e t i r n o c o n c u r s o d e Danças. A p r o v a c o n s t a d o s e g u i n t e : o p r o -
fessor toca a o piano melodia de ritmos diferentes (porém já
c o n h e c i d o s d o s a l u n o s ) . C a d a g r u p o s e p a r a d a m e n t e andará o u
( c o n f o r m e o nível d a c l a s s e ) dançará m a r c a n d o c l a r a m e n t e o
t e m p o f o r t e . S e m p r e q u e o p r o f e s s o r m u d a r d e música (podendo
o u náo m u d a r d e r i t m o ) o s a l u n o s deverão e s t a r a t e n t o s para
movimentarem-se sempre seguindo o ritmo e marcando o tempo
f o r t e . Ganha o grupo q u e e r r a r menos.

40
37) Bingo musical

Joga-se da mesma maneira que o bingo (ou t ô m b o l a ) co-


mum. A d i f e r e n ç a é que as c a r t e i a s e as pedras no lugar dos
n ú m e r o s têm a s s u n t o s r e f e r e n t e s i s n o t a ç õ e s m u s i c a i s .
Cada p a r t i c i p a n t e f i c a com uma c a r t e i a e um f i c a en-
carregado de t i r a r as pedras de dentro de um s a q u i n h o . Cada
pedra que é t i r a d a deve s e r mostrada para que os p a r t i c i p a n -
t e s coloquem uma f i c h a (ou um f e i j i o , b o t i o , e t c . ) sobre a c a -
sa da c a r t e i a , com o desenho c o r r e s p o n d e n t e ( v i d e F i g . 2 1 ) .
Aquele que preencher sua c a r t e i a em p r i m e i r o lugar improvisa
uma s e q u ê n c i a r í t m i c a com palmas anunciando que ganhou.
Fig. 21
a) Exemplo de uma carteia.

1 J.
e 1
X —
>

J i b

J.

n t —
J

Al
Fig. 21
b) Exemplo de f i c h a s - um pouco menores que os
quadradinhos das c a r t e i a s .

J
38) Palavras cruzadas com conceitos
Diferente dascruzadas improvisadas (jogo 1 , d a p i g .13)
esta forma leva o s alunos a pesquisarem o s assuntos, coloca-
dos p e l o p r o f e s s o r , d e forma recreativa:

2^ j > .

1
2

4 s 7
4
b b
V
1
8
10 11

HORIZONTAIS: VERTICAIS:
1. M e t a d e d a semínima 1. Vemantes do "do"
2. Somd o passari nho 2. Unidade de medida musical
3. 0 valor mais longo 3. Vale duas c o l c h e i a s
4. Melodia principal k. Serve para escrevermos a s
5. 0 d o b r o d a semínima notas
6. A pauta t e m5 5. S i n a l q u e dá n o m e i s n o t a s
7 .S i1ênc i o 6. Som d o e l e f a n t e
8. Vemdepois d o " f a " 7- £ a q u a r t a n o t a (começando
9. Vemantes do " f a " do " d o " )
10. E a s e x t a n o t a (começando
do " d o " )
11. A p a u t a t e mk

kl
39) C r u z a d a s p a r a competição
C o m o u m a variação d a a n t e r i o r , n e s t a " p a l a v r a s cruzadas",
d o i s g r u p o s d e a l u n o s farão u m a competição de conhecimentos
m u s i c a i s . Cada g r u p o i n v e n t a uma p a l a v r a c r u z a d a para o o u t r o
resolver.
P a r a q u e o j o g o t e n h a m a i o r v a l i d a d e pedagógica é n e c e s -
sário q u e o p r o f e s s o r d e t e r m i n e o a s s u n t o e o número d e p a l a -
vras a serem u t i l i z a d a s pelos grupos.
40) Blocos de v a l o r e s
£ um j o g o f o r m a d o p o r b l o c o s d e m a d e i r a em f o r m a de tijo
l o s , em t a m a n h o s p r o p o r c i o n a i s a o s v a l o r e s d a s f i g u r a s musi-
c a i s (como d e m o n s t r a o e x e m p l o ) . 0 j o g o c o n s i s t e em recolo-
cá-los n a o r d e m ( d e p o i s d e e m b a r a 1 h a d o s ) , p e r m i t i n d o - s e assim
a o s a l u n o s c o m p r e e n d e r e m , d e m o d o c o n c r e t o , a relação dos va-
lores musicais.
Encontrando-se d i f i c u l d a d e em s e f a z e r o s " t a c o s d e ma-
d e i r a " , p o d e m o s m o n t a r o j o g o c o m cartão d u p l e x g r o s s o (menos
duráveis e d e m a n u s e i o m e n o s p r á t i c o ) .

d
O

J J
' 4> JJ> J> J> . S . .- f

41) Roleta Musical - n o chão


D e s e n h a r n o chão o s símbo-
l o s m u s i c a i s num q u a d r a d o ( como
l 9 :
no m o d e l o ) . Rodar uma g a r r a f a ,
c o l o c a d a n o c e n t r o . Q u a n d o a me^s
ma p a r a r , o s e u g a r g a l o estará a - o j
p o n t a n d o p a r a u m d o s símbolos c u
j o nome a criança, p a r t i c i p a n t e
d o j o g o , deverá d i z e r . d |

_ -
n
43
kl) R o l e t a Musical - d e mesa
N e s t a m o d a l i d a d e , o d e s e n h o é f e i t o n u m cartão em tama-
n h o a p r o p r i a d o p a r a s e r c o l o c a d o s o b r e u m a m e s a . Em l u g a r d e
g a r r a f a u t i l i z a m o s um o v o d e m a d e i r a ( d e s s e s e m p r e g a d o s na
c o s t u r a d e m e i a s ) . A v a n t a g e m d e s e d e s e n h a r e m cartão é que
p o d e m o s t e r p r e v i a m e n t e p r e p a r a d o s vários a s s u n t o s (diversos
cartões). P o r o u t r o l a d o a f o r m a a p r e s e n t a d a , n o chão, p e r m i -
t e u m número m a i o r d e p a r t i c i p a n t e s .

kk
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