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HUMANITATIS – INSTITUTO DE FORMAÇÃO TRANSPESSOAL

CURSO DE FORMAÇÃO PSICOLOGIA TRANSPESSOAL

O DESPERTAR DA DEUSA TRÍPLICE :O


encontro com o Eu Superior através do
Sagrado Feminino.

Daniela Santos
Flávia Resende
Paula Pioli
Patricia Leite

JUNDIAÍ
2014

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O DESPERTAR DA DEUSA TRÍPLICE: O
encontro com o Eu Superior através do
Sagrado Feminino.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Instituto Humanitatis como
requisito parcial para a Formação em Psicologia
Transpessoal Aplicada.

JUNDIAÍ
2014

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AGRADECIMENTOS

Ao iniciarmos essa jornada, não sabíamos muito bem o que iríamos


encontrar, mas tínhamos certeza de queestávamos no lugar certo.
Eis que o Universo nos juntou em uma egregóra, Namaskar seria seu
nome. Um grupo especial, com pessoas inspiradoras, preparadas para o
desafio dessa jornada “louca” terrenae principalmente, seres que carregavam
em si toda energia do Sagrado Feminino. Sim, porque mesmo os nossos
companheiros de turma,se estavam ali, foram despertado através
dasensibilidade da Grande Mãe.
Gratidão profunda a todas as mulheres e homens que esteve ao nosso
lado nesse caminhar, que nos acolheram, nos ensinaram, nos ouviram,
compartilharam e se alegraram conosco. A todos que reconheceram o poder
de transformação, mas principalmente o poder de Sentir, o poder da Intuição e
o poder da Geração e Transformaçãoda Vida.
Gratidão a Leyde e Ineke, por terem sido nossas Barqueiras, nos
conduzindo aos diversos mundos de nossa Alma, ensinando-nos com Amor a
transcendência para uma existência mais completa e feliz.
Gratidão a todos os Professores e Professoras que compartilharam suas
experiências e conhecimentos conosco, com toda alegria e disposição.
Somos Deusas criadoras de Vida, somos a Mãe que acolhe a criança, a
Jovem destemida que enfrenta os abismos e a Sábia que compreende que o
tempo é Mestre.
Gratidão a Grande Mãe e todas as suas manifestações de poder e
expressão, de todos os tempos e mundos.

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“A bruxa que habita em mim, saúda a bruxa que habita em você!”

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Oração da Mulher Sagrada

"Sagrada Força Feminina te saúdo e sinto tua presença se manifestando em


meu Ser
... Através de meus pensamentos, palavras e ações
Deixo que a Divina Presença da Mãe Cósmica me oriente com sua infinita
sabedoria
Ela está chegando, sinto sua Dança!
Ela está falando, ouço sua canção de Amor!
Ela está dentro e fora nas coisas mais simples e por isso perfeitas
E seu templo sagrado é meu corpo de Mulher
Seu pensamento agora é meu pensamento
E só penso em Amor, Só sinto Amor , E só vejo Amor
O mundo que percebo é fruto da minha percepção de Amor
E assim crio a minha realidade
Abençoo meu dia e honro minha Deusa de mil nomes
E assim crio a magia que me ilumina e protege
Saúdo a noite e honro minha Mãe Lua, suas sagradas fases comandam meu
corpo de mulher.
E assim me preservo saudável e com meus ciclos femininos em perfeita
harmonia.
Saúdo a Incognoscível, e assim honro e preservo meu poder oculto.
Saúdo as Forças da Natureza para que a Mãe Terra me proteja
E me oriente no Norte, no Sul, no Leste e no Oeste.
Honro a terra onde piso, a água que bebo e o meu alimento,
Pois sei que tudo que fizer a esta Terra voltará para mim e para meus
descendentes.
E assim me conecto ao coração de Gaia e a sua proteção maternal.
A Deusa cuida do meu corpo e da minha alma
E assim estou em perfeita sincronia com o Universo
Do meu coração flui seus ensinamentos, suas palavras de sabedoria e sua
força infinita
E assim realizo minha divindade humana
Em minha alma o Sagrado Feminino e o Sagrado Masculino se uniram em
Amor e Êxtase
E assim descobri o equilíbrio onde o ser humano deve estar
Todo o Amor que nutre minha existência vem da Fonte Divina
Por isso não preciso que nenhum ser humano o faça por mim
A Deusa abençoa meu corpo com seus sagrados encantos
E assim a beleza da minha Alma se reflete em meu corpo feminino
Da minha mente fluem os pensamentos e a criatividade
que fazem minha existência ser especial e singular
E assim realizo minha vocação maior
Preservo meu coração limpo e leve como uma pena
E assim me permito ser livre e feliz para sempre
E que Assim Seja, porque Assim É"

Autor desconhecido

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SUMÁRIO

Introdução_________________________________________________ 7

Quem é a Deusa? ___________________________________________9

O Deus é o sol e a Deusa éa lua ______________________________10

Quem é a Deusa Tríplice? ____________________________________ 11

Entendendo a Deusa Tríplice __________________________________ 13

A Deusa Ártemis___________________________________________ 15

A Deusa Gaia ______________________________________________ 17

A Deusa Hécate ____________________________________________ 20

Iemanjá ___________________________________________________ 23

Outras Deusas Brasileiras____________________________________ 24

A era da Deusa Tríplice ______________________________________ 27

Despertando a Deusa em nós _________________________________ 28

Elementos de um ritual _______________________________________ 30

O ritual – Procedimento passo a passo __________________________ 32

Conclusão ________________________________________________ 33

Referências Bibliográficas ____________________________________ 35

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INTRODUÇÃO

Há de cerca de 30.000 e 3.000 A.C.a Grande Deusa regia toda a vidana


Terra.
A Grande Deusa é representada pelos arquétipos da jovem e
mantenedora da vida, da mãe e deusa da transformação e da anciã e
sacerdotisa das almas. É a Deusa Tríplice que unia homens e mulheres em
perfeito equilíbrio com o sagrado, mantendo a paz e o progresso da vida a
todos.
Havia dentro de cada humano o feminino e o masculino, num profundo
estado de amor e bem querer por si próprio e pelo outro, fazendo de homens e
mulheres grandes parceiros sexuais e sociais. Não eram, portanto, sociedades
nem matriarcais, nem patriarcais, como vemos hoje. Eram sociedades
matriztícas, onde não havia poder de uma polaridade sobre a outra, mas um
completo respeito e compreensão da importância e ação de cada uma nos
diversos segmentos de uma sociedade.
Foi, enfim, uma época onde o deus do sol e a deusa da lua (ou a Grande
Mãe Terra) viveram dias e noites de um grande e verdadeiro amor, ofertando
aos seus filhos o poder de transitar no poder dos sete chakras, ora amando-se
livremente com seus corpos, ora servindo ao todo com o amor profundo da
consciência superior.
Esta Deusa adormeceu com o fim do paganismo, mas permanece viva
desde sempre. E sua voz tem sido ouvida nessa época de grandes
transformações em que vivemos. Será essa época um retorno dela?
Apostamos que sim.
De acordo com Isha Lerner, a deusa aparece na forma que for mais
apropriada aos devotos: ela é a madona negra, mãe Maria, Ísisou uma fada
céltica; ela é a madrasta malvada e também a Branca de Neve, a Bela
Adormecida ou Malévola; ela é nossa mãe, irmã, filha, uma tia querida ou a
melhor amiga; ela é o ar que respiramos, é o pôr-do-sol ou até uma flor
murcha; ela está em todos os lugares e aspectos da vida, aparecendo onde se
faz necessária, todos os dias; ela se afasta e se aproxima como as marés do

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oceano; ela representa as três luas (crescente, cheia e minguante); e também
é o passado, o presente e o futuro.
A deusa tríplice observa nossos erros sem julgar.
Ela é a constância tranqüilizadora das leis da natureza.
Estar integrado com o Universo é ser naturalmente o Feminino Divino,
onde o amor é a resposta de todas as perguntas. É observar e participar da
vida ao mesmo tempo.
Despertar essa deusa significa dar ouvido e voz aos chamados de nosso
coração, que é o único caminho que nos devolve à felicidade.
O QUE A DEUSA ESTÁ QUERENDO LHE DIZER NESSE MOMENTO?
É o que vamos buscar.

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QUEM É A DEUSA?

Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa


sociedade ocidental judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados
condicionados e desprovidos de símbolos do Sagrado Feminino. Constata-se
que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco
predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século
XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da
sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do
predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a
década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor
mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar
a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz,
a convivência na diversidade, a cultura, as artes e o respeito a outras formas
de vida no planeta.

Cultuar a Deusa hoje significa re-consagrar o Sagrado Feminino,


curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou
mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e
femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus
é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior.

Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos,


Deus e Deusa são as expressões da polaridade que permitiu que o Grande
Espírito, se manifestasse no universo. São as duas faces do Todo.

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O DEUS É O SOL E A DEUSA É A LUA

O homem pré-histórico desconhecia o seu papel na reprodução, mas


conhecia muito bem o papel da mulher. Este homem considerava a mulher um
ser místico, porsangrar todo mês e nada lhe acontecer, ao passo de que, para
ele, sangrar significava a morte.

A mulher parar este homem era uma verdadeira deusa, portanto.

E por sua conexão com a lua, porque após dez luas ela gerava a vida,
deu-se a ela o título da Deusa da Lua ou Deusa Tríplice.

A religião da deusa, no sentido de “religare”, é natural, fundamentada no


respeito à natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. É uma
(re)ligação com os elementos da água, da terra, do fogo e do ar, que estão fora
e dentro de nós.

Jamais seria um retrocesso às sociedades mais antigas, mas é um


resgate de algo que mataram em nós e, por conseqüência, nos afastou da
divindade externa e interna que nos faz progredir. Para o ser humano não só
lhe basta o desenvolver cognitivo, mas também e em conjunto o despertar do
seu EU SUPERIOR. Sem isso não vamos mais a lugar algum.

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A força magnífica do SOL nos trouxe em seus aspectos positivos o
progresso e o desenvolver da inteligência. Mas agora cabe a deusa LUA, sábia
em sua luz, nos devolver ao divino.

Ela, a LUA, representada pela Deusa Tríplice, é a luz da transcendência.

Ela é a origem do feminino. Ela é tudo o que for instintivo, tanto do


mundo visível quanto do oculto. É a intuição, a vidência, é a que escuta com
atenção e tem o coração leal.

Ela sussurra em sonhos noturnos.

Os pássaros que nos contam segredos pertencem a ela.

Ela é a voz que diz: - Por aqui!

QUEM É A DEUSA TRÍPLICE?

É a deusa que abre as portas de acesso às camadas mais profundas de


nosso ser. Seu caráter se revela em três níveis, nos domínios do mundo e da
humanidade: corpo, alma e espírito e céu, terra e mar.

A deusa tríplice representa uma força ou arquétipo que se reflete no


interior de nossa alma. E perceber esse arquétipo e como ele se manifesta em
nosso interior é importante para exercer o nosso direito de livre escolha na
vida. Se lhe concedermos a oportunidade para se manifestar ela poderá
inspirar a nossa alma, assim como nutrir, sustentar e transformar o cerne do
nosso ser. Como esclarecido por Jung, as deusas são princípios dotados de
forças que funcionam separadamente da vontade consciente do homem e cuja
ordem ele deve curvar-se. Esta vontade consciente é nossa força yang,
presente tanto nos homens como nas mulheres.

A força da Deusa Tríplice une três forças: a jovem, a mãe e a anciã num
só espírito.

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A JOVEM

 A jovem que representa a juventude, a vida em flor, a sedutora, que


reconhece o seu poder sexual. É aquele aspecto da mulher que não foi
afetado pelas expectativas sociais e culturais, determinadas pelo sexo
masculino. O aspecto da jovem é uma pura essência de quem é mulher
e daquilo que ela valoriza. Ela faz o que ela faz não por causa de
nenhum desejo de obter poder sobre o outro, nem para atrair seu
interesse ou amor, mas porque o que faz é verdadeiro. Ela, de fato, não
é convencional e não se adapta à conveniência, não importa se casada
ou solteira.

A MÃE

 A mãe que é a mulher madura, de poder soberano, é a provedora da


vida, a madona que balança e acaricia seu bebê, a leoa que caça para
se alimentar e proteger seus filhotes. É a mãe da fertilidade, dos grãos e
dos relacionamentos. Sem ela não há vida nem progresso.

A ANCIÃ

 A anciã que é a avó benevolente, do conselho prudente. Para a anciã


não existem segredos, pois em função da sua idade, acumulou
experiências, transformando-as em sabedoria. Ela é o arquétipo da
centralização interior, o ponto de equilíbrio que permite à mulher
permanecer firme no meio da confusão. Ela é a premonição.

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ENTENDENDO A DEUSA TRÍPLICE

ÁRTEMIS - GAIA - HÉCATE

Quando acionamos a nossa deusa tríplice interior podemos sentir, a


princípio, uma perturbação, vezes pequena, outras grande.

Pode acontecer, também, desta força não se manifestar logo numa


primeira tentativa. Cada um tem o seu tempo e isso deve ser respeitado, jamais
questionado.

Alguns sintomas que podem se manifestar ao despertá-la:

 Freqüentemente sono interrompido entre duas ou três horas da


madrugada.
 Dores no corpo sem causa aparente, principalmente nos ombros e
costas.
 Diarréias e/ou vômitos sem explicação pela medicina.
 Sensação de flutuação ou como se faltasse o chão.
 Desorientação espacial e/ou temporal.
 Ouvir vozes (dentro da cabeça).
 Ver vultos, ter sonhos muito vívidos. Ver cenas, imagens na tela mental
sem explicação aparente.
 Aumento de apetite, acompanhado ou não de ganho de peso.
 Tristeza e/ou choro sem saber a razão.
 Sentir-se desconfortável em ambientes com multidão (shoppings, por
exemplo).
 Sentimentos de desagrado com o emprego ou ambiente de trabalho.
 Para alguns, distanciamento afetivo dos familiares.

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A união do feminino e do masculino não é silenciosa, é uma festa nupcial,
um casamento místico, talvez a maior aventura que qualquer ser humano
possa experimentar. Se a humanidade pudesse dedicar-se coletivamente a
essa viagem, uma grande energia criativa seria liberada e poderíamos tornar-
nos verdadeiros recipientes das energias espirituais do futuro.

Mas séculos de pensamento abstrato, unidimensional, rígido e patriarcal


lutam contra ela, rejeitando o seu impulso por considerá-lo causador de
anarquia interior.

O processo se dá, então, paulatinamente. E não pára.

Desvendar o sagrado feminino é antes de tudo uma CAMINHADA

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A DEUSA ÁRTEMIS

O DESPERTAR DA JOVEM

Durante a noite, quando uma mulher deixa cair lágrimas em seu


travesseiro, de um choro contido e em segredo, uma deusa prepara seu arco e
flecha e começa sua caçada.
Se a natureza de uma mulher se alimenta do riso para se manter
saudável, essa deusa não dormirá até que o responsável pela dor seja
atingido.
Essa deusa é Ártemis.
Ártemis é doce, mas sabe correr no escuro da noite, onde enxerga o
passado através do brilho da lua. Ela conhece a humanidade. Ela é uma
humanista. É a grande dama das florestas, intocável, encantadora e selvagem.
Jamais está sozinha. Está sempre acompanhada de animais selvagens e
outras ninfas, porque seu trabalho é grande e intenso. Mas também aprecia
momentos de solidão, onde se refaz.
Ela é a protetora dos nascimentos e do despertar das jovens.
Não suporta mentiras e muito menos limites.
Quem, portanto, desposar essa mulher, certamente sofrerá, caso não a
compreenda. Ela pode ser uma grande confidente e terna amante, mas jamais
se sentirá casada. Os limites que somente ela lhe impõe não são nada
convencionais. Ela parece seguir leis que não deste mundo.
E carrega em si um grande saber: a cura que vem das matas.
Ela inventou a si mesma.
Todas as mulheres querem ter a segurança de Ártemis, porque essa
deusa encontrou o equilibro entre as forças masculinas e femininas dentro de
si. E por isso, vive em paz, permitindo que os outros vivam livres. Ela vive.

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O PERFUME DE ÁRTEMIS

FLOR DE JASMIM

A flor de jasmim é delicada e carrega o símbolo do laço infinito, que


une o masculino e o feminino. Portanto, é um aroma que consagra as energias
purificadoras e curadoras do sexo.
Este aroma carrega a graça da jovem.

Curiosidade deste óleo:

Afrodisíaco, sensual. Revigora e acalma os nervos. Regenerador celular para


peles secas, sensíveis e maduras. Relaxa sem sedar.

ÁRTEMIS
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A DEUSA GAIA

O DESPERTAR DA MÃE

Ninguém a vê, mas ela está aqui. Vivendo em todos os seres, enraizada
profundamente em todas as almas e criaturas.

Ela é filha do Universo e a maior deusa que há entre todas, mas a que
menos se mostra.

Ela não quer ser vista para não cegar com sua beleza e não quer ser
importunada em seus feitos de amor. Ela é o enigma que provoca o caos ou a
ordem.

Ela é a prática do amor das mais variadas formas.

Ela é a deusa de toda a natureza.

Ela é a árvore da vida, que dá os frutos e oferta as flores.

Ela é o rio que corre, limpando o sangue da terra.

Ela é o mar que benze com o sal da vida.

Ela é o vulcão que explode.

A terra que dança.

O vento que uiva.

O raio que corta e o trovão que assusta.

Ela é a larva e a borboleta. A raiz e a copa. A estrela perto da lua. Os


pequenos e os grandes. Sou eu e é você.

As filhas de Gaia são aquelas mulheres que se sentem estranhas nesse


mundo. São almas do planeta da Grande Mãee estão aqui a serviço.

Para elas, estar aqui é como sair do paraíso e descer aos infernos. É
como ter a roupa mais bela e ter que despir-se.

São agressivas, ansiosas, desconfiadas, distraídas, contemplativas e


muito intuitivas, percebendo todos os mundos ao seu redor. Assim, o que para
elas pode ser natural, talvez não seja para outros. E, por isso, muitos não as
compreendem.

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Por vezes, ficam muito tristes. E se isolam.

Mesmo assim são apaixonadas por pessoas, as estudando e as


compreendendo como nenhuma outra deusa. É a última prova abraçada, o
beijo derradeiro, a passagem de ida.

Quem já ouviu falar sobre bruxas, feiticeiras e sacerdotisas, então já


cruzou o caminho de alguma filha legítima de Maria Madalena.

Se você sente-se assim, saudações irmãs!

O PERFUME DE GAIA

RAIZ DE VETIVER

O vetiver é uma planta de raízes que podem atingir até 3 metros de


profundidade, agindo como verdadeiras barreiras naturais.

Crescem em qualquer solo e clima, sobrevivendo até mesmo na água,


servindo de agente despoluidor.

Mas não se propagam por sementes, somente por mudas. E isso explica
o aroma das filhas de Maria Madalena. Elas não nascem da terra deste
planeta, mas se propagam porque dão o melhor de si para todos e em qualquer
lugar e tempo.

Esse arquétipo carrega o feminino discreto, mas intenso.

Faz-te apreciar a beleza dos céus e a lutar pelas graças da terra.

Curiosidade deste óleo:

Este óleo tem caráter enraizador e fortalecedor por sua óbvia conexão com a
terra, tendo a capacidade de ajudar o indivíduo em seu processo de auto-
orientação, trazendo profundidade e foco para traçar objetivos e metas.

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GAIA

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A DEUSA HÉCATE

O DESPERTAR DA ANCIÃ

Ela é filha da noite escura e da lua negra.

Hécate vive no submundo e vive também em cada ser e coisa,


influenciando nossos dias mais do que possamos imaginar.

Muitas vezes nossa alma viaja para o mundo de Hécate e a bruma que
cobre nossos olhos quando acordamos ou o entorpecimento que nos acomete,
indica que voltamos de lá, do lar desta deusa.

Os sonhos, os pesadelos, as visões são todos fenômenos conduzidos


por ela, na intenção de livrar as pessoas de suas ilusões perante a vida. Ela
nos purifica.

Hécate também é responsável pelo encontro dos caminhos: a conhecida


encruzilhada, o portal que recebe as almas dos vivos e dos mortos.

Hécate como guardiã deste portal, tem ao seu lado sempre lobos
negros, cachorros e serpentes.

É a deusa da porteira de fogo, que desmancha malfeitos.

É o barulho da noite. É o calafrio no corpo. A voz interna que não cala. A


presença sentida e não vista. O vulto que passa. O copo que quebra. É a
chama de uma vela. Um perfume que se sente. Uma corrente que arrebenta. É
uma oração anotada. Vestígios de uma vida passada. O pressentimento do
futuro. O conselho inesperado. A ajuda no meio da madrugada.

Hécate é a deusa da terceira escolha, das possibilidades incríveis.Ela é


uma deusa neutralizadora, nem boa, nem má. O seu olhar profundo denota
justiça, força e compaixão. Mas para ela não há vítimas e nem demônios
eternos.

Para ela nada está predeterminado e cada ser, se quiser, tem sempre
uma terceira escolha. Ela está no meio dos mundos. Ela é o caminho do meio.
Uma deusa que é admirada por Zeus e também por Hades.

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A mulher que carrega esta deusa em sua alma é um espírito milenar e
que já acumulou experiências suficientes para compreender toda a
humanidade.

Essa deusa tem opiniões geralmente muito diferentes das demais


pessoas, gerando conflitos por onde passa.

Mas jamais é preconceituosa. É uma deusa justa, profunda e segura. E


como não seria se enxerga aquilo que ninguém mais vê? Não é fácil encarar os
olhos dessa deusa: ao mesmo tempo em que denotam profundo amor,
mostram o seu lado sombrio, como um espelho do avesso.

Ela é a rainha das bruxas.

O PERFUME DE HÉCATE

A RESINA DO BREU BRANCO

Esta árvore jamais é encontrada isolada. Sempre está associada a


outras espécies e outros vegetais inferiores, assim como a própria deusa
Hécate, que está sempre acompanhada de seus protetores.
Este arquétipo denota uma mulher familiarizada com o mundo dos
espíritos e dos mistérios que o envolve. Os xamãs da Amazônia também
conversam com o sobrenatural através de tabacos misturados com a resina.
É um aroma de muitas propriedades e uma deusa de muitos talentos.
A resina também é usada na calafetagem das embarcações. E não é
Hécate aquela que dá a passagem, que permite a travessia de um mundo a
outro? O barco ungido pelo seu aroma estará amparado com sua bênção. E o
seu aroma é capaz de transformar uma simples mulher numa grande bruxa.
É a magia escondida nas florestas, quando o sol adormece e a lua nos saúda.

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Curiosidade deste óleo:

Este óleo possui em sua composição química o componente a-tujeno que


além de relaxante do tônus muscular, é ansiolítico e altera o nível de
consciência.

HÉCATE

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NOSSO FOLCLORE ESCONDE AS FACES DA GRANDE MÃE

IEMANJÁ – A GRANDE MÃE BRASILEIRA

O Brasil é o país que concentra o maior número de pessoas a cultuarem


uma das manifestações da Grande Mãe como Iemanjá, a deusa ancestral das
águas, senhora do mar. Só perdendo para a Índia, onde inúmeras deusas são
cultuadas até hoje.

Anualmente, às vésperas do ano novo e no dia 2 de fevereiro, milhões


de pessoas levam suas oferendas e orações para as praias brasileiras,
similares às antigas cerimônias egípcias e romanas, dedicadas a Ísis.

Iemanjá é venerada como a rainha do mar.

Iemanjá é considerada o princípio gerador receptivo, a matriz dos


poderes da água, a representação do eterno e Sagrado Feminino. Portanto,
Iemanjá personifica os atributos lunares e aquáticos da Grande Mãe, de
padroeira da fecundidade e da gestação, inspiradora dos sonhos e das visões,
protetora e nutridora, mãe primeva que sustenta, acalenta e mitiga o sofrimento
dos seus filhos de fé. A própria deusa tríplice. Odo-Yiá!

IEMANJÁ

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OUTRAS DEUSAS BRASILEIRAS

Infelizmente, muito pouco se sabe a respeito das divindades e dos mitos


tupi-guarani. A cristianização forçada e a proibição pelos jesuítas de qualquer
manifestação pagã destruíram ou deturparam a tradição indígena.

Segundo o escritor umbandista W.W. da Matta e Silva, a raça vermelha


original tinha alcançado, em uma determinada época distante, um altíssimo
patamar evolutivo, expresso em um elaborado sistema religioso e filosófico.

Com o passar do tempo, a raça vermelha entrou em decadência e, após


várias cisões, seus remanescentes se dispersaram em diversas direções.
Deles se originaram os tupinambás e os tupis-guaranis, que se estabeleceram
em vários locais na América do Sul.

As concepções do tronco tupi eram monoteístas, postulando a existência


de uma divindade suprema, um divino poder criador, chamado de Tupã, que se
manifestava por intermédio de Guaracy (o Sol) e Cy (a Lua). Juntos, o Sol e a
Lua geraramRudá (o amor) e, por extensão, a humanidade.

As tribos indígenas conheciam e honravam todas as mães e


acreditavam que elas geravam seus filhos sozinhas, sem a necessidade do
elemento masculino.
A explicação da omissão, na mitologia indígena, do elemento masculino
na criação era o desconhecimento do papel do homem na geração da criança,
além do profundo respeito e reverência pelo sangue menstrual que, ao cessar
“milagrosamente”, se transformava em um filho. Somente pela interferência dos
colonizadores europeus e pela maciça catequese jesuíta que o pai assumiu um
papel preponderante.

Porém, apesar do zelo dos missionários para erradicar os vestígios dos


cultos nativos da cultura indígena e dos escravos, muitas de suas tradições
sobrevivem nas lendas, nos costumes folclóricos, nas práticas da pajelança e

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encantaria que estão ressurgindo, cada vez mais atuantes, saindo do seu
ostracismo secular.

Os nossos corações femininos sempre souberam que a Terra é a nossa


Mãe e que somos todos irmãos por sermos seus filhos, interligados por
fazermos parte da teia cósmica e telúrica da Sua criação.
Não há tempo que apague o amor e a gratidão de um filho à sua Mãe.
Esta informação está contida em nossos DNAs.
Ela resiste.

As deusas brasileiras estão ligadas a natureza e simbolizam sedução,


fertilidade e abundância. Nas tribos, a presença delas é invocada durante
festas e cerimônias de cura. Mas as divindades também se manifestam
espontaneamente. Para os tupis-guaranis, a mãe suprema aparece em sonhos,
como uma serpente, e ensina os segredos medicinais das plantas.

E para invocar a influência das deusas, basta entrar no reino delas.

Diante de um pôr-do-sol, de uma cachoeira, você pode fazer um pedido, de


coração puro.

 As Amazonas - Guerreiras das Matas


Com espírito de luta, as guerreiras regem os processos de
transformação e trazem força para vencer desafios.

São deusas que sabem usar o arco e a flecha, pescam e caçam.

 Cy - A Grande Mãe
Sábia e poderosa, Cy é a mãe suprema. Entrar em contato com essa
deusa é estimular a feminilidade e a fertilidade.
Para os índios, ela é a doadora da vida, criadora de todas as coisas.

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Foi um dos primeiros seres sobrenaturais a pisar no Brasil. É uma deusa de
muitas faces e muito cultuada.

 Mara - A Feiticeira da Lua

A deusa que desperta a capacidade de alterar o rumo dos acontecimentos.

Filha de Cy.Ela representa a bruxa nativa, conhecedora das ervas e dos


feitiços. Do seu corpo, depois de morta e enterrada, nasceram plantas
venenosas que as feiticeiras indígenas utilizam até hoje.
Foi uma feiticeira que acidentalmente veio para na Terra, auxiliada por um
xamã indígena.

 Yara - A mãe d’água

Belas e sensuais, as sereias ativam a intuição, a sensibilidade e a sedução.

Conta a lenda que Yara era uma índia muito bonita, mas indiferente aos apelos
do sexo oposto. Por isso, um dia, foi violentada e atirada no rio. O espírito
daságuas a transformou em um ser duplo: metade mulher, metade peixe. Ela é
uma sereia de água doce, de cabelos verdes ou louros, que carrega os moços
para o fundo dos rios.

YARA

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A ERA DA DEUSA TRÍPLICE

A vibração da deusa possui o poder de ativar várias energias e a


consciência do Divino na humanidade.

Esta época na Terra é verdadeiramente sagrada à medida que todos os


seres estão moldando uma nova realidade. Até aqueles que estão ainda
persistindo com as antigas energias e consciência, estão desempenhando o
seu papel em ajudar os demais a abrir mão da velha era.

Todos na Terra estão purificando os seus seres agora. Todas as


pessoas na Terra estão peneirando suas energias e decidindo o que é
necessário e o que não é.É realmente o amanhecer de uma nova era, o
alvorecer da experiência do amor incondicional na Terra.

Isso significa que o modo pelo qual percebemos a realidade vai se


alterar. As nossas habilidades espirituais irão evoluir dramaticamente,
projetando nossa divindade. É verdade que um novo mundo está se formando
em nosso ser, sendo nutrido e incubado até o momento mais adequado de
projetar-se. O processo é gradativo e devemos aceitar as mudanças em todas
as suas formas e manifestações, principalmente as mudanças em nossa
personalidade.

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DESPERTANDO A DEUSA EM NÓS

PARA QUE SERVE O RITUAL?

Um ritual pode ser um simples acender de uma vela ou uma grande


preparação de atos seqüenciados.
Pode incluir movimentos estilizados, palavras repetidas, cantos ou canções,
objetos, roupas, ferramentas, comidas e bebidas sagradas.Pode ser um
simples contemplar do pôr-do-sol ou um namoro com o som do mar.

Não há regras para isso.

Seja comofor, a realização de um ritual nos reconecta ao nosso EU


SUPERIOR, ao Divino que está em nós e que nos permite sermos livres,
lúcidos, seguros e mais amorosos.

Quando entramos em contato com o objetivo real de nossas almas temos todas
as respostas que buscamos, acabando com os dilemas que nossa mente
mediana produz diariamente.

Quando não estamos conscientes de nós mesmos, provavelmente estaremos


tristes e perdidos, presos numa vida irreal e ilusória, correndo sem saber para
onde.

E por mais sejamos abastados nos diversos aspectos da vida, nos sentiremos
sozinhos e vazios no meio de uma enorme multidão.

Um ritual, portanto, nos traz transformação, nos faz melhores, nos desperta
para o nosso caminho pessoal, único e intransferível.

Enfim, o ritual doDespertar da Deusa Tríplice, é esse ouvir interno especial, é


aprender a ouvir a voz do coração e seguir adiante, sem medos e
dependências emocionais.

A voz da Deusa Tríplice, ou a voz da força feminina em nós, é a própria voz do


coração, que não carrega preconceitos, não te compara a ninguém, não
conhece o orgulho nem as vaidades do mundo.

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É a voz que apenas deseja que retomemos o nosso poder de ser feliz como
almas independentes e únicas que somos.

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ELEMENTOS DE UM RITUAL

 O CÍRCULO

O círculo é símbolo do útero e da força criativa. Um espaço sagrado, fora do


mundo físico: o céu, o eterno, o cosmos ilimitado. E também uma linha
contínua que reconduz a si própria. Delimitar o ritual com um círculo significa
sair desse mundo, ir a outro e voltar ao seu, diferente de quando saiu.

 A ÁGUA

A Hidromancia é a arte da adivinhação por meio da água. A água é um grande


condutor de energias e sendo a nossa vontade e os nossos pensamentos
também energia, temos o poder de condensar as nossas vozes internas num
pequeno espaço de água. Ela é a fonte purificadora de todos os corpos que
habitamos.

 A VELA

As velas são utilizadas para dar luz e claridade, não apenas em lugares, mas
principalmente com finalidades de conexão com o divino. A luz da vela é
hipnótica e ajuda na concentração.

 A PEDRA: CALCITA ÓTICA

É a pedra da “sintonia”, faz a conexão entre pessoas, sentimentos e objetivos.


Ela nos sintoniza com nossos ideais, vontades ou mesmo com compromissos
de nossa alma.

Abre, portanto, nossa conexão e nossa sintonia com nossos mentores e


protetores espirituais, bem como com o nosso EU SUPERIOR.

 OS AROMAS

Alguns óleos essenciais possuem a habilidade de aumentar os níveis de


oxigênio ao redor das glândulas pineal e pituitária, estimulando essas
glândulas, o que acaba facilitando a comunicação com nosso lado espiritual.

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Os óleos essenciais também aumentam nossa freqüência vibratória,
colocando-nos em contato com esferas mais elevadas, o que nos permite sair
das vibrações medianas de nosso dia a dia e nos elevar a outros estágios da
consciência, onde se torna possível acessar o nosso EU SUPERIOR.

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O RITUAL

PROCEDIMENTO PASSO A PASSO

1. Desenhe um círculo com giz e se ponha ao centro.

2. Preencha uma tigela com água

3. Posicione três velas em volta da tigela: uma na frente e duas ao lado.


Acenda cada uma delas.

4. Relaxe e foque sua mente na questão para a qual você está buscando
orientação ou resposta.

5. Respire profundamente e sinta o aroma da Deusa Tríplice, por três


vezes.

6. Jogue a pedra da conexão na água.

7. Olhe para a água. Perceba calmamente os movimentos que se formam.


Não encare sem piscar. Apenas relaxe enquanto você olha e deixe as
energias e imagens virem até você naturalmente.

8. Faça anotações sobre os sentimentos, imagens ou palavras-chave que


você colher da leitura.

9. Medite

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CONCLUSÃO

As mulheres, desde os primórdios sempre teve seu poder reconhecido, e


temido também,afinal os fatos históricos comprovam as diversas tentativas de
silencia-las.
A Inquisição foi um dos momentos mais obscuros da Humanidade, onde
milhares de mulheres foram mortas de formas cruéis, simplesmente por
compreenderem as sutilezas e o Poder da Natureza.OPatriarcado condenou a
mulher a submissão e a um espaço inferior na sociedade, tolindo seus direitos
civis e até humanos.
No entanto, as mulheres nunca perderam de fato sua essência. A Deusa
sempre esteve presente, seja escondida em alguma casinha da Idade Média
ou nos sertões das Curandeiras.
Hoje, a mulher, após muita luta se empodera cada vez mais da sua
importância social, econômica e também espiritual para a construção de
ummundo e uma sociedade mais justa e amorosa.
Em um momento que o Planeta sofre com a exploração bruta de seus
recursos naturais, os quais se tornam cada vez mais escassos, onde as
relações estão se esfriando e tornando-se distante, onde a urgência de uma
Nova Era é desejado e clamada em todos os cantos do Universo, o resgate do
Poder do Sagrado Feminino é um dos caminhos para a transformação.
É através da energia de Gaia, que a Consciência Superior pode se
manifestar na Humanidade, é o despertar de homens e mulheres para a
vibração Yin que permitirá um mundo mais harmônico, pacifico, auto
sustentável e amoroso.
Como afirmou Boff, “o feminino de Deus não se esgota em sua
maternidade, mas se revela no que há de intimidade, de amorosidade, de
gentileza e de sensibilidade, perceptíveis no feminino”, a mulher traz em si
naturalmente todas as ferramentas necessárias para a transcendência e para a
condução de outros seres nessa jornada.
Através do resgate da Deusa Triplice, do acolhimento e da compreensão
que para ser mulher, é necessário tornar-se, a união de todas as facetas dessa
Energia Yin tão poderosa é realizada, e assim o acesso ao poder infinito de
geração de Vida

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“Meu Deus, tu és o Deus da primavera, O que faz florescer, o que faz crescer.
Será que é mesmo necessário que sejamos “pequeninos”
Para que tu sejas todo-poderoso?
“Pobres pecadores”, para que tu sejas misericórdia?
Não é suficiente que estejamos nus, para que tu brilhes,
Que estejamos vazios, para que tu sejas tudo? Tu não és um Deus que
desconfia das mulheres,
Que canoniza os santos e queima as feiticeiras.
Tu és belo e ama a beleza
Eu orei a ti, com freqüência, Meu Deus
Para que me livrasses dos deuses que acusam
Que desprezam e fanatizam...
E tu me enviaste a primavera: a amendoeira
Floresceu.
Respirei o grande dia e a grande noite,
Reconheci teu sopro no jardim,
Tua brisa à beira do lago.
Tu me ensinaste que rezar mais
É respirar melhor.
Ainda não sei se és o Deus dos amantes,
Se fores aquele que ama em todos os que amam. Amo-te sem te ver, sem te
tocar
E, no entanto, sei que me deste
Olhos para ver e braços para abraçar.
Um dia talvez, em cores oceânicas,
Um homem virá
Para te dar um semblante
E abençoar a terra na oferenda de meu corpo;
Então, eu te amarei, meu Deus
Como as mulheres amam,
Como as crianças,
Como a tempestade
E nos tornaremos Um.”

Oração de Maria Madalena a Jesus Cristo

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SITES:

 http://astrezematriarcas.blogspot.com.br/2013/04/grande-mae-brasileira-
mirella-faur.html
 http://expandiraconsciencia.blogspot.com.br/2011/02/sintomas-do-
despertar-da-matrix.html
 http://sagrado-feminino.blogspot.com.br/2009/04/deusa-brasil.html
 http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=26848
 http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=26859
 http://witchclubhouse.blogspot.com.br/2013/07/ritual-de-conexao-com-
deusa-triplice.html?m=1

 http://www.anjodeluz.net/natalie_glasson_26junho.htm
 http://www.aromaflora.com.br/
 http://www.culturabrasil.org/mitologianagrecia.htm
 http://www.xamanismo.com.br/Poder/SubPoder1191323717It003
 http://www2.uol.com.br/vyaestelar/ritual.htm
 www.espacocristalino.com.br

LIVROS:

 Adam Mclean, A deusa tríplice


 Clarissa Pinkola, Mulheres que correm com os lobos
 Isha Lerner, O tarô da deusa tríplice
 Jean Shinoda Bolen, As deusas e a mulher
 Jean-Yves Leloup, O Romance de Maria Madalena, uma mulher
incomparável
 Paula Pioli, O tarô dos Aromas (não editado)

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