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TRANSFORMADORES
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PROFESSOR: LUIZ CLAUDIO TRANE FERNADES
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UNIDADE 1
APOSTILA DE TRANSFORMADORES
DADOS GERAIS
• CONCEITOS
• CLASSIFICAÇÃO
• CONSTITUIÇÃO
• REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA
• PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO
• TIPOS DE TRANSFORMADORES
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NOÇÕES FUNDAMENTAIS
a) Geração - Onde a força hidráulica dos rios ou a força do vapor superaquecido é convertida em
energia elétrica nos chamados geradores,
c) Distribuição - Como dissemos acima, a tensão é diminuida próximo ao ponto de consumo, por
motivos de segurança. Porém, o nível de tensão desta primeira transformação não é ainda o de
utilização, uma vez que é mais econômico distribui-la em média tensão, Então, junto ao ponto de
consumo, é realizada uma segunda transformação, a um nível compatível com o sistema final de
consumo (baixa tensão).
É imprescindível a manipulação do nível de tensão num sistema de potência, quer por motivos
econômicos, quer por motivos de segurança, ou ambos. Isto é possível graças a um equipamento
estático, de construção simples e rendimento elevado, chamado transformador. Abaixo
apresentamos esquematicamente um sistema de potência, onde temos geração, transmissão,
transformação de energia elétrica.
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Problema no 2 :
Como distribuir a energia elétrica que chega das usinas através das linhas de transmissão,
para os centros consumidores?
Como já vimos, a transmissão da energia elétrica é feita em alta tensão. Para distribuir esta
energia é necessário reduzir a tensão para um valor compatível, por exemplo: 13,8 kV ou 11,95
kV. Esta redução é feita pelo TRANSFORMADOR instalado na subestação abaixadora,
geralmente localizada na periferia dos centros urbanos. Após a redução a energia elétrica é
transmitida através das linhas de distribuição, que formam a rede primária, conforme mostrado na
Figura abaixo.
Problema no 3:
Como distribuir a energia elétrica, que chega pela rede primária, para os consumidores
finais (casas, apartamentos, casas comerciais e pequenas indústrias)?
A distribuição da energia elétrica para estes consumidores é feita pela rede secundária (por
exemplo: 220 V e/ou 127 V). A redução de tensão da rede primária para a tensão da rede
secundária é feita pelo TRANSFORMADOR de distribuição (instalado no poste). A Figura 4
mostra este sistema.
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Tipos de transformadores
1. DEFINIÇÃO
O transformador é um dispositivo sem partes móveis que transfere energia de um circuito para
outro pela indução eletromagnética. A energia é sempre transferida sem alteração de freqüência,
mas normalmente com mudança no valor da tensão ou da corrente. Um transformador que recebe
energia elétrica com uma determinada tensão e a fornece com uma tensão menor é um
transformador redutor e um transformador que a fornece com uma tensão maior é um
transformador elevador. Os transformadores requerem poucos cuidados e manutenção por causa
da sua simples, compacta e durável construção, sua e alta eficiência. O transformador
convencional é projetado para operar com o seu enrolamento primário ligado a uma fonte de
potencial constante e para prover, no seu enrolamento secundário, uma tensão que é
substancialmente constante desde a condição de sem carga até a de plena carga.
Vários tipos de transformadores monofásicos pequenos são usados a bordo de navios ou em
muitas instalações os transformadores são usados nos quadros elétricos para diminuir as tensões
que serão aplicadas às lâmpadas indicadoras. Alguns painéis de controle de motores possuem
transformadores de baixa tensão que alimentam o circuito de controle ou operam relés de
sobrecarga. Os transformadores para instrumentos podem ser de tensão ou de corrente e estes
transformadores são usados com instrumentos de CA quando se deseja medir altas tensões ou
correntes. Os equipamentos eletrônicos empregam vários tipos de transformadores que fornecem
as necessárias tensões para operação correta dos circuitos. São usados vários tipos de
acoplamentos interestágios, para amplificação de sinais, etc.
Estes transformadores variam grandemente nas suas características físicas.
TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
A geração de energia elétrica em modernas usinas de grande porte é mais econômica, e
tecnicamente menos dispendiosa, do que em pequenas unidades geradores. Afirmação semelhante
também é válida para a transmissão de energia, ou seja, ela se torna econômica somente a partir
de altas-tensões. Quanto maior à distância a ser coberta, maiores tensões são necessárias.
Atualmente, emprega-se comercialmente tensões até 765kV (já existem protótipos de 1200kV).
O princípio de funcionamento do transformador foi descoberto em 1831 por Faraday, assim
enunciado: quando duas bobinas estão montadas sobre um anel de ferro comum a elas e uma
delas for ligada a uma tensão alternada, surge na outra, devido ao princípio da ação
eletromagnética alternada, também uma tensão alternada. A grandeza dessa tensão corresponde à
relação das espiras das duas bobinas. Com um transformador consegue-se, portanto, de forma
bastante simples obter uma tensão mais alta a partir de uma tensão mais baixa, e também o
inverso.
Podemos enumerar três tipos de perdas que podem ocorrer no transformador, que implicam
em perdas de potência por efeito Joule:
Perdas no cobre que resultam da resistência dos fios de cobre nas espiras primária e secundária.
Estas perdas ocorrem sob a forma de calor e não podem ser corrigidas (Perda = I2.R).
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num campo magnético maior do que o produzido pela bobina, considerando-se que a
permeabilidade destes materiais seja superior à unidade. À medida que se eleva a corrente na
bobina, maior é a quantidade de dipolos que se alinham ao campo magnético, até que, para
acréscimos sucessivos de corrente, se obtenham reduzidas variações do campo magnético. Para
esta condição, diz-se que o material ferromagnético está saturado. A Fig. 12.42 mostra
esquematicamente esse fenômeno.
Para melhor representar este fenômeno costuma-se plotar num gráfico os valores da
intensidade do campo magnético H e do fluxo magnético correspondente.
Entende-se por intensidade de campo magnético H a força magnetomotriz que se desenvolve por
unidade de comprimento do fio da bobina que a produz, o que corresponde, também, aos
amperes-espiras gerados por unidade de comprimento da referida bobina.
O ciclo histerético que provoca as perdas por histerese, aqui analisadas, está representado na
Figura abaixo. À medida que se aumenta a corrente na bobina se produz uma intensidade de
campo magnético H maior, iniciando-se no ponto O e findando no ponto A (curva de
magnetização inicial). Ao se remover o campo magnético, os materiais ferromagnéticos retêm
parte do magnetismo, chamado magnetismo residual, o que corresponde ao ponto E da Fig.
12.43. Ao se inverter o sentido do campo magnético, pode-se anular o fluxo magnético, o que é
obtido no ponto C da mesma figura. Aumentando-se a intensidade do campo magnético no
sentido inverso, o material irá magnetizar-se novamente, agora no sentido inverso, até saturar-se
no ponto D. Retirando-se o campo magnético, o material retém parte do magnetismo, o que
corresponde ao ponto E. Aumentando-se, agora, o referido campo, pode-se saturar novamente o
material ferromagnético, até o ponto A, completando-se assim um ciclo histerético.
Este fenômeno é uma característica exclusiva dos materiais ferrosos e para que o efeito seja o
menor possível deve-se escolher um aço de boa qualidade onde são ensaiados o laço de histerese
e enviados aos compradores como garantia da qualidade do produto, para fabricação de
transformadores e motores.
Perdas por correntes parasitas, correntes de Foucault. Quando uma peça de metal condutor se
desloca num campo magnético, ou é submetida a um fluxo magnético móvel, circulam na peça
corrente induzidas. São pequenos circuitos de correntes induzidas circulando em planos
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perpendiculares ao fluxo magnético e conhecidas como correntes parasitas. Este efeito é
diminuído laminando-se o núcleo e isolando as folhas.
Os primeiros transformadores em condições de funcionamento prático, somente foram
construídos cinqüenta anos após a descoberta desse princípio. O desenvolvimento assim iniciado
evoluiu rapidamente, e influiu decididamente na introdução da técnica da corrente alternada no
suprimento de energia elétrica tanto na Europa como na América.
De forma análoga, também foi profunda e marcante a evolução da técnica da construção dos
transformadores. Novos materiais, aperfeiçoamentos na construção e montagem, bem como
refinamentos dos processos fabris, alteraram e melhoraram o núcleo, os enrolamentos e material
isolante, tornando os transformadores menores e mais leves, com melhor rendimento e maior
confiabilidade.
Essa evolução tinha como pontos conseqüentes dos esforços desenvolvidos, a forma de
construção mais compacta dos enrolamentos, a introdução dos enrolamentos com fitas, a
utilização do alumínio como condutor e de resinas como material isolante. Isso conduziu à
criação do transformador a seco em resina, e com isto a um aumento da capacidade dos
transformadores a seco.
Níveis de tensão
Os níveis de tensão nos transformadores de potência diferem grandemente entre geração,
transmissão e os vários tipos de consumidores; são os transformadores que propiciam a
adequação de tensões. Eles podem ser:
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TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO
a)Tipo rural:
Utilizado em áreas rurais, com redes aéreas extensas, pontos de consumo esparsos e cargas
reduzidas. Para atender esse tipo de demanda, o transformador ideal é o monofásico de pequena
potência (5 a 15 KVA), conhecido como tipo rural de poste.
TRANSFORMADORES DE SOLDAGEM
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operador simples de c.a. padrão também existem com retificadores incorporados e um indutor
amortecedor tornando possível ao operador usar uma vasta faixa de eletrodos.
A reatância inerentemente alta da fonte produz uma carga por fase muito baixa na alimentação
a qual, devido à sua variabilidade e intermitência, não pode ser continuamente corrigida pelos
condensadores. No entanto, é tanto possível como desejável alguma correção, e muitos aparelhos
de um só operador são calculados para alojar um condensador de uma dimensão recomendada
pelo fornecedor.
O desempenho de fontes de potência de soldagem incorpora as exigências básicas para a
maioria das aplicações, mas para outros usos, tais como sistemas de gás revestido de eletrodos
consumíveis, as características do aparelho de soldagem têm uma parte fundamental ao
determinar a qualidade da solda. Tipicamente nas fontes de potência de transformador/retificador
a impedância interna dos aparelhos é muito baixa e a voltagem de circuito aberto é um pouco
mais que a voltagem do arco; isto produz uma alta taxa de mudança da corrente de soldagem
quando o comprimento do arco varia e ajusta automaticamente a taxa de queima.
No passado, muitos aparelhos de soldagem fornecidos para o mercado britânico eram esfriados
a óleo, e estes são mais apropriados para as condições difíceis encontradas, por exemplo, em
estaleiros; mas o desenvolvimento de novos materiais de isolamento tornou possível os aparelhos
de tipo seco resfriados a ar substituírem os resfriados a óleo em condições menos onerosas e onde
o peso leve e a facilidade de transporte são válidos.
TRANSFORMADORES DE MINAS
PEQUENOS TRANSFORMADORES
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Para adequar a tensão primária do transformador à tensão de alimentação, o enrolamento
primário, normalmente o de tensão superior, é dotado de derivações (taps), que podem ser
escolhidos mediante a utilização de um comutador, conforme projeto e tipo construtivo, instalado
junto à parte ativa, dentro do tanque.
Este aparato deve ser manobrado com o transformador desconectado da rede de alimentação.
Em geral o valor da tensão primária indicada pela concessionária constitui o valor médio entre
aqueles que efetivamente serão fornecidos durante o exercício.
A escolha da tensão do secundário depende de vários fatores. Dentre eles destacamos o
econômico, De uma forma geral, podemos dizer que para instalações onde equipamentos como
motores, bombas, máquinas de solda e outros, constituem a maioria da carga, deve-se usar
380/220 V.
E a tensão, expressa em porcentagem da tensão nominal, que deve ser ligada aos terminais de
um enrolamento para obter a corrente nominal no outro enrolamento, cujos terminais estão curto
circuitados.
c) Correntes
1 Corrente nominal
A corrente nominal (ln) é a corrente para qual o enrolamento foi dimensionado. Ela é
determinada em função da potência do transformador, em kVA, e da tensão do enrolamento
considerado.
2 Corrente de excitação
A corrente de excitação ou a vazio (Io) é a corrente de linha que surge quando em um dos
enrolamentos do transformador for ligadas a sua tensão nominal e freqüência nominal, enquanto
os terminais do outro enrolamento em circuito aberto, apresentam a tensão nominal.
Estes valores representam um compromisso entre o desempenho e custo, onde muitas vezes
uma pequena redução da corrente de excitação (Io) representa um acréscimo de custo
antieconômico, pois, para alcançá-la, é necessário um aumento do material ativo do
transformador.
• Ponto de fulgor
É a menor temperatura na qual se formam vapores inflamáveis na superfície do óleo e são
identificados pela formação de um lampejo quando em presença de uma chama.
Os gases inflamáveis são perigosos razões pela qual é importante conhecer-se a temperatura em
que se formam.
• Ponto de fluidez
É a temperatura mais baixa na qual o óleo, em condições perfeitamente estabelecidas, escoa.
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A contaminação e a deterioração do óleo não têm, praticamente, influência sobre seu ponto de
fluidez.
Sua determinação contribui para a identificação de tipos de óleo (parafínico, naftênico) e permite
concluir em que espécie de aparelhos e em que condições pode ser utilizado. O óleo deve ter um
ponto de fluidez compatível com a temperatura, do ambiente em que for instalado o
transformador.
• Densidade
A densidade do óleo está, normalmente, em torno de 0,9 oC a 15 oC. Viscosidade
Viscosidade é a resistência que o óleo oferece ao escoamento contínuo sem turbulência, inércia
ou outras forças. A quantidade de calor que o óleo é capaz de transferir, por hora, do transforma-
dor para o meio ambiente depende da viscosidade.
• Ponto de anilina
Ponto de anilina é a temperatura em que há a separação da anilina de uma mistura de anilina e
óleo.
O ponto de anilina está de certa forma relacionado com a propriedade de dissolver materiais com
os quais entra em contato e com seu conteúdo aromático.
• Tensão interfacial
Na superfície de separação entre o óleo e a água forma-se uma força de atração entre as
moléculas dos dois líquidos que é chamada de tensão interfacial, sendo medida em dina/m.
Uma diminuição da tensão interfacial indica, com bastante antecedência em relação a outros
métodos, o início da deterioração do óleo.
SOLUBILIDADE DA ÁGUA
A água pode existir no óleo sob a forma dissolvida, não dissolvida (em suspensão) ou livre
(depositada).
A quantidade de água em solução depende da temperatura e do grau de refino. Quanto mais alta a
temperatura tanto maior a quantidade de água dissolvida no óleo; tanto menor será a solubilidade
da água.
Assim, por exemplo, um óleo altamente refinado terá uma quantidade de água de 120 ppm a
50 oC. Se a temperatura baixar para 30 oC a quantidade de água que ficará em solução será de 60
ppm. AS excedentes 60 ppm passarão pra a forma de água não-dissolvida, que poderá ficar em
suspensão no óleo sob a forma de névoa. Por outro lado, a solubilidade da água no óleo é
aumentada na medida em que o óleo for se deteriorando, isto é, sofrer oxidação, havendo, antes
de sua dissolução sua emulsificação.
PROPRIEDADES ELÉTRICAS
Rigidez dielétrica
É a tensão alternada na qual ocorre à descarga disruptiva na camada de óleo situada entre dois
eletrodos e em condições perfeitamente determinadas.
Definição ABNT TB-19-1:"6.7.6 Rigidez dielétrica - propriedade de um dielétrico de se opor a
uma descarga disruptiva medida pelo gradiente de potencial sob o qual se produz essa descarga".
É muito utilizado o método D877 da ASTM e seu equivalente brasileiro Método dos Eletrodos
de Disco (PMB 330 - ABNT-IBP). Neste método, o óleo é colocado entre eletrodos em forma de
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disco.
O método ASTM D1816 VDE é mais sensível e é recomendado para testar óleo de aparelhos
com tensões de 230 kV ou maiores. Este método dá melhores resultados que o dos eletrodos de
disco e, por isso, está-se tornando o preferido. O assunto está sendo revisado pela ASTM. A
rigidez dielétrica do óleo é pouco afetada pela água nele dissolvida.
Assim, por exemplo, um óleo, que tenha uma quantidade de água dissolvida de 120 ppm a 75
0
C, tem sua rigidez dielétrica diminuída 26,5% .
Por outro lado, a água livre em suspensão no óleo diminui acentuadamente sua rigidez dielétrica.
No óleo deteriorado, a água livre tem maior possibilidade de ficar em suspensão que no óleo
novo.
Como a solubilidade da água no óleo cresce com a temperatura, quando a temperatura do óleo
baixar uma parte da água dissolvida passará para o estado livre e sua rigidez dielétrica terá um
valor mais baixo.
Outro fator que contribui para a diminuição da rigidez dielétrica do óleo são as partículas
sólidas em suspensão (fibras celulósicas, carvão, poeira etc.).
A diminuição da rigidez dielétrica é tanto maior quanto maior for à quantidade de partículas
sólidas em suspensão. Fibras celulósicas em suspensão no óleo com água podem reduzir o valor
da rigidez dielétrica até 90%, enquanto no óleo sem água essa redução é de só 20%.
Conclui-se, portanto, que o óleo deve ser manipulado com os cuidados necessários para evitar
sua contaminação com água e partículas sólidas (pano, estopa, papel, poeira, metais etc.).
Fator de potência
O fator de potência do óleo mineral isolante é igual ao cosseno do ângulo de fase ou o seno do
ângulo de perdas do mesmo.
O fator de potência aumenta de valor na medida em que a deterioração do óleo progride. Ele
nos dá uma idéia da intensidade da corrente que flui pelo óleo e que é uma medida de sua
contaminação e de sua deterioração.
O fator de potência do óleo aumenta com a temperatura e com a quantidade de substâncias
polares provenientes da deterioração do óleo.
São os seguintes fatores de diferenciação dos óleos preparados no país, pela Petrobrás.
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TENSÃO 0,045 0,02- >0,04 >0,025 0,02-0,25 <0,O20 >0,03 ASTM
INTERFACIAL
0,03 D2285
COR 0,5 1-1,5 <0,5 <3 3-4 >4 <2 ASTM
1500
0,01 0,1-0,3 <0,05 0,5 0,5-1,5 >0,1 <0,1 20 OC
VDE370
PERDAS
DIELÉTRICAS ----- ---- <0,05 -------- ------- -------- ------- 25 OC
VDE370
0,07 ------ <0,3 -------- ------- -------- -------- 100 OC
VDE370
0,1 ------ ----- -------- ------- -------- --------- 90 OC
VDE370
• Descargas parciais (corona) e centelhamento. O efeito corona pode ocorrer nos ângulos dos
condutores com uma tensão de cerca de 12 kV. O centelhamento é uma descarga elétrica
fraca com duração muito curta, um microssegundo ou menos.
• Arco elétrico, que é uma descarga elétrica prolongada e intensa.
A existência de gases no óleo devido a essas origens não significa uma condição de falha
incipiente do transformador, mas tão somente uma situação irregular. Autoridades no assunto
afirmam que a interpretação dos resultados das análises dos gases do transformador ainda não é
uma ciência e sim uma arte.
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SOLUBILIDADÊ DOS GASES NO ÓLEO ISOLANTE
A solubilidade, volume a volume dos gases no óleo isolante de transformadores a 101 kPa e 25
0
C é a seguinte, em porcentagem:
Sabe-se que os ensaios realizados em campo dão resultados mais significativos. Por outro
lado, é conveniente fazer uma triagem antes de enviar as amostras para o laboratório, a fim de
que sejam evitados despesas e trabalhos desnecessários.
ARCO
Grandes quantidades de hidrogênio e acetileno são produzidas, com pequenas quantidades de
metano e etileno. Dióxido e monóxido de carbono também podem ser formados caso a falha
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envolva a celulose. O óleo poderá ser carbonizado
Gas-chave: acetileno
DESCARGAS PARCIAIS
Descargas elétricas de baixa energia produzem hidrogênio e metano, com pequenas
quantidades de etano e etileno. Quantidades comparáveis de monóxido e dióxido de carbono
podem resultar de descargas em celulose
Gás-chave: hidrogênio
ÕLEO SUPERAQUECIDO
Os produtos de decomposição incluem etileno e metano, juntamente com quantidades menores
de hidrogênio e etano. Traços de acetileno podem ser formados se a falha é severa ou se envolve
contatos elétricos
Gas-chave: etileno
CELULOSE SUPERAQUECIDA
Grandes quantidades de dióxido e monóxido de carbono são liberados da celulose
superaquecida. Hidrocarbonetos gasosos, como metano e etileno, serão formados se a falha
envolver uma estrutura impregnada em óleo
ELETRÓLISE
A decomposição eletrolítica da água ou a decomposição da água associada com a ferrugem
resulta na formação de grandes quantidades de hidrogênio, com pequenas quantidades dos outros
gases combustíveis
Gas-chave: hidrogênio
Capacidade de sobrecarga
O aquecimento em excesso, contribui para o envelhecimento precoce do isolamento,
diminuindo a vida útil do transformador que teoricamente é de 65.000 horas de operação
contínua com o ponto mais quente do enrolamento a 950C.
A temperatura ambiente é um fator importante na determinação da capacidade de carga dos
transformadores, uma vez que a elevação de temperatura para qualquer carga deve ser acrescida à
ambiente para se determinar a temperatura de operação.
Os transformadores normalmente operam num ciclo de carga que se repete a cada 24 horas.
Este ciclo de carga pode ser constante, ou pode ter um ou mais picos durante o período.
Normalmente, os transformadores devem operar, segundo ciclos de carga que não propiciem
perdas de vida adicionais, mas nos casos extremos de operação, onde esta perda de vida se torna
necessária, deve-se impor um valor máximo de perda de vida adicional.
Por exemplo, numa emergência , uma concessionária que admite que em qualquer situação, a
perda de vida adicional, não poderá passar de 0,25% e que tem seu transformador de 550C
ONAN, operando a uma carga inicial de 70 % com 300C de temperatura ambiente, poderia
permitir, que seu transformador chegasse até as seguintes cargas em função das durações das
mesmas.
Deve-se evitar operar o transformador com temperaturas do ponto mais quente do enrolamento
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superiores a 1400C, devido a provável formação de gases na isolação sólida e no óleo, que
poderiam representar um risco para a integridade da rigidez dielétrica do equipamento.
Nesta norma, também são admitidas cargas programadas de ate 1,5 vezes corrente nominal,
para as quais, segundo a NBR 5416, não devem existir quaisquer outras limitações além das
capacidades térmicas dos enrolamentos e do sistema de refrigeração
Os transformadores de potência em geral, com capacidade superior a 2,5 MVA, são dotados de
ventiladores acoplados ao seu tanque com a finalidade de refrigeração forçada do equipamento.
Os ventiladores, normalmente ligados em estágios operam à medida que o transformador adquire
uma temperatura pré-determinada nos seus enrrolamentos. Dessa forma, pode-se aumentar a
capacidade nominal do transformador em cerca de 25%.
Os transformadores dotados de ventilação forçada são designados através de dois valores de
potência nominal, como, por exemplo, 5/6, 25 MVA, sendo que o primeiro valor refere-se à
potência do equipamento sem o funcionamento dos ventiladores, enquanto o segundo valor
considera a capacidade nominal do equipamento com o funcionamento de todos os estágios do
sistema de ventilação forçada.
A Figura abaixo mostra simplificadamente o diagrama de controle do sistema de resfriamento
forçado de um transformador com sete ventiladores, conforme a NBR
A tensão de alimentação deve ser de 220 V, em sistema trifásico e de freqüência 60 Hz, segundo
a NBR 9398/87. A proteção térmica dos motores dos ventiladores deve ser individual para cada
unidade. Deve possuir, também, uma proteção por falta de fase. Quando o número de
ventiladores for inferior ou igual a sete, cada circuito deverá ser protegido individualmente. Para
um número maior de ventiladores, cada grupo de dois ventiladores deve ter a sua proteção.
Os elementos utilizados na proteção contra curto-circuito podem ser fusíveis, de preferência
do tipo NH, ou disjuntores do tipo magnético.
Os ventiladores são fixados ao lado externos dos radiadores, de forma a retirar a maior
quantidade de calor contida no óleo circulante. A Figura abaixo mostra um detalhe da instalação
de quatro ventiladores num transformador de força.
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VENTILADORES
Sistema de resfriamento
SIMBOLOS LITERAIS
Características construtivas
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PARTE ATIVA
NÚCLEO
ENRROLAMENTOS
A B
Para que o núcleo se torne um conjunto rígido, é necessário que se utilize dispositivos de
prensagem das chapas. São vigas dispostas horizontalmente, fixadas por tirantes horizontais e
verticais.
Devem ainda estar projetadas para suportar o comutador, os pés de apoio da parte ativa,
suporte das derivações e ainda o dispositivo de fixação da parte ativa do tanque. Os calços são
usados em vários pontos da parte ativa e tem várias finalidades.
Servem para constituir as vias de circulação de óleo, para impedir que os enrolamentos se
movam como apoio da parte ativa (neste caso chamado pé), e outras. Os materiais dos calços são
vários e dentre eles podemos destacar o papelão (Presspan), o fenolite, a madeira, permalan,
permawood e playboard.
O isolamento se faz necessário nos pontos da parte ativa onde a diferença de potencial seja
expressiva, nos condutores, entre camadas dos enrolamentos, entre primário e secundário, entre
fases e entre enrolamentos e massa.
Os materiais são diversos e devem atender às exigências de rigidez dielétrica e temperatura de
operação (classe A-1 050C). No caso dos condutores, estes podem estar isolados em papel Kraft
neutro ou esmalte; este último, na WEG, é de classe H(1800C).
COMUTADOR DE DERIVAÇÕES
Sua finalidade foi exposta no item relativo às tensões normalizadas. Pode assumir duas formas
básicas: tipo painel e tipo linear.
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1- TIPO PAINEL
O painel é instalado imerso em óleo isolante e localizado acima das ferragens superiores de
aperto do núcleo, num ângulo que varia de 20 a 300, para evitar depósitos de impurezas em sua
superfície superior.
A figura Abaixo mostra um comutador tipo painel de posições. Consta de chapa de fenolite a
qual recebe dentro de determinada disposição, os terminais dos enrolamentos.
Os parafusos que recebem estes terminais estão isolados desta chapa do painel por meio de
buchas de porcelana ou epóxi para garantir boa isolação entre eles.
A conexão entre os parafusos é feita por pontes de ligação de formato adequado a fácil troca
de posição e perfeito contato com o aperto das porcas.
Só se usa comutador tipo painel para casos em que se tenha 8 ou mais derivações ou no caso de
religáveis.
2- TIPO LINEAR
Este tipo de comutador tem como principal vantagem a facilidade de operação, sendo sua manobra feita
internamente por meio de uma manopla situada acima do nível do óleo, ou feita externamente. O
acionamento externo é usado obrigatoriamente quando o transformador possui conservador de óleo, ou
ainda quando o mesmo possui potência maior que 3OOkVA.
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MUTADOR LINEAR 75A:
Com as mesmas característica do anterior, este é usado de 75OkVA até 25OOkVA;
Há tanto simples ou sendo que o número de posições até 13. Acionamento externo. Usado para
potências superiores a 3MVA. Este comutador possui grande flexibilidade Admite até colunas,
com até 4 grupos de contato por colunas.
Todos os comutadores mencionados são para acionamento sem tensão e sem carga.
BUCHAS
São os dispositivos que permitem a passagem dos condutores dos enrolamentos ao meio
externo. São constituídos basicamente por:
1) Buchas de AT: classe 15; 24,2 e 36,2KV; todas com capacidade de 1 60A .
2) Buchas de BT: tensão nominal 1,3KV; correntes nominais de 160; 400; 800; 2000; 3150 e
5000 A .
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b) BUCHAS DIN
Para as AT nas classes de 15; 24,2 e 36,2KV nas correntes nominais de 250 ; 630; 1000; 2000 e
3150 A
c) BUCHAS CONDENSIVAS
São usadas apenas em transformadores com potência superior a 2500KVA e tensões
maiores que 36,2KV, sendo encontrada apenas nas correntes de 800 a 1250A. Estas buchas são
muito mais caras que as de cerâmica tanto DIN quanto ABNT.
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50 1,3/400 1,3/400 1,31400 1,3/400 1,3/160
75 1,3/800 1,3/800 1,3/400 1,3/400 1,3/400
100 1,3/800 1,3/800 1,3/400 1,3/800 1,3/400
TANQUE
Destinado a servir de invólucro da parte ativa e de recipiente do líquido isolante, subdivide-se em três partes:
• Lateral
• Fundo
• Tampa
Estas partes são de composição e espessuras normalizadas.
Neste invólucro encontramos os suportes para poste (até 225 KVA), suportes de roda (normalmente para
potências maiores que 3OOKVA), olhais de suspensão, sistema de fechamento da tampa, janela de
inspeção, dispositivos de drenagem e amostragem do líquido isolante, conector de aterramento, furos de
passagem das buchas, radiadores, visor de nível de óleo e placa de identificação.
O tanque e a respectiva tampa devem ser de chapas de aço, laminadas a quente, conforme NBR 6650 e NBR
6663.
As espessuras das chapas para transformadores de distribuição estão na tabela a seguir. Para transformadores
maiores não há normalização, cada fabricante escolhe as chapas conforme a especificação do projeto
mecânico.
Potência do Espessura(mm)
Transformador
(KVA) Tampa Lateral Fundo
1 2 3 4
1,90 1,90 1,90
P < ou igual 10
2,65 2,65 3,15
10<P< ou igual a 225
3,15 3,15 3,15
- 28 -
P=300
3- TRANSFORMADORES FLANGEADOS
Os transformadores selados e com conservador de óleo poderão ser providos de flanges nos
terminais de alta e/ou baixa tensão caso se necessite de proteção ou acoplamento à painéis,
cubículos e outros transformadores etc...
RADIADORES
Todo o calor gerado na parte ativa se propaga através do óleo e é dissipado no tanque (tampa e sua lateral). As
elevações de temperatura do óleo e do enrolamento são normalizadas e devem ser limitadas para evitar a
deteriorização do isolamento de papel e do óleo. Dependendo da potência do transformador, ou melhor, de suas
perdas, a área da superfície externa poderá ser insuficiente para dissipar este calor e é então necessário aumentar a
área de dissipação. Para tal usam-se radiadores que poderão ser de elementos ou tubos (Fig. 6.19 e 6.20).
- 29 -
RADIADOR DE CHAPA tipo C-520
Nela encontramos:
- 31 -
- 32 -
ACESSÓRIOS
Um<36,2 KV Um<72,5 KV
TRAFO 300> 1000> TRAFO TRAFO 300> TRAFO
<300 TRAFO TRAFO >5000 <300 TRAFO >5000
<1000 <5000 <1000
5.14.1 Indicador externo de nível de óleo ■ ■ ■ ■ ■ ■
5.14.2 Indicador de temperatura do enrolamento ■ ■
5.14.3 Indicador de temperatura do óleo ☼ ☼ ■ ■ ■ ■
5.14.4 Previsão -instalação de termômetro para óleo ■ ■ ■ ■ ■ ■
5.14.5 Dispositivo para alivio de pressão ☼ ■ ■ ■ ■ ■
5.14.6 Relé detector de gás tipo Buchholz ■ ■ ■ ■ ■
5.14.7 Caixa com blocos de terminais / ligação dos cabos de
☼ ■ ■ ■ ■
controle.
5.14.8 Válvula de drenagem de óleo ■ ■ ■ ■ ■ ■
5.14.9 Meios de ligação para filtro ■ ■ ■ ■ ■
5.14.10 Dispositivo de retirada de amostra de óleo ■ ■ ■ ■ ■ ■
5.14.11 Conservador de óleo(em transformadores não selados ■ ■ ■ ■ ■ ■
5.14.12 Válvula p/ retenção do óleo dos radiadores ou trocadores ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬
de calor.
5.14.13 Meios de aterramento do tanque ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
5.1 Meios para suspensão da parte ativa do transformador
4.14 completamente montado,das tampas do conservador de ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
óleo e dos radiadores.
5.14.15 Meios par locomoção ■ ■ ■ ■ ■ ■
5.14.16 Apoios para macacos ☼ ■ ■ ■ ■ ■
5.14.17 Abertura de visita ♪ ♪
5.14.18 Abertura de inspeção ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
5.14.19 Comutador de derivações sem tensão ☼ ☼ ▲ ▲ ▲ ▲ ▲
Respirador com secador de ar(quando houver conservador) ■ ■ ■ ■ ■
O RELÉ BUCHHOLZ tem por finalidade proteger aparelhos elétricos que trabalhem imersos
em liquido isolante, geralmente transformadores.
Enquanto sobrecargas são fenômenos controláveis por meio de relés, de máxima intensidade
de corrente, defeitos tais como perdas de óleo, descargas internas, isolação defeituosa dos
enrolamentos, do ferro ou mesmo contra a terra ocorridos em transformadores equipados apenas
com um relé de máxima, podem causar nos mesmos avarias de grande monta, caso o defeito
permaneça despercebido do operador durante algum tempo.
- 33 -
Relés Buchholz são instalados em transformadores, justamente para, em tempo hábil assinalar
por meio de alarme ou através de desligamento do transformador, defeitos como os acima citados
e deste modo evitarem a continuidade dos mesmos (Fig. 6.22). O relé Buchholz é normalmente
montado entre o tanque principal e o tanque de expansão dos transformadores.
A carcaça do relé é de ferro fundido, possuindo duas aberturas flangeadas e ainda dois visores
providos de uma escala graduada indicativa do volume de gás. Internamente encontra-se duas
bóias montadas uma sobre a outra.
Quando do acúmulo de uma certa quantidade de gás no relé, a bóia superior é forçada a descer.
Se, por sua vez, uma produção excessiva de gás provoca uma circulação de óleo no relé, é a bóia
inferior que reage, antes mesmo que os gases formados atinjam o relé.
Em ambos os casos as bóias ao sofrerem o deslocamento, ligam um contato elétrico.
Este termômetro possui três ponteiros ,um de indicação contínua, um de temperatura máxima
atingida em períodos ( de arraste) e outro de ajuste do set de desarme ou alarme.
Estes três ponteiros são controláveis externamente, sendo que os dois primeiros movimentam-
se apenas por ação externa, enquanto que o último é impulsionado pela agulha de temperatura,
apenas quando em ascensão desta, pois, na redução ele fixa imóvel, sujeito apenas a ação externa,
possibilitando-se a verificação de temperatura máxima atingida em um dado período.
O termômetro possui na extremidade um bulbo que é colocado na parte mais quente do óleo,
logo abaixo da tampa.
O bulbo contém em seu interior uma coluna de mercúrio (Hg) que transmite as variações da
temperatura até o bimetálico existente, indo à agulha indicadora de temperatura.
Pelo controle externo os ponteiros limites poderão ser movimentados á vontade. Ponteiro
indicador de temperatura máxima do período: Após a inspeção periódica do termômetro voltar o
ponteiro indicador até encostar-se ao ponteiro principal através do controle externo.
- 34 -
B- COM CAPILAR
Este termômetro (fig. 6.24), possui dois ponteiros de limites e um de indicação de temperatura máxima atingida
em período.
Estes três ponteiros são controláveis externamente, sendo que os dois primeiros movimentam-se apenas por ação
externa, enquanto que o último é impulsionado pela agulha de temperatura, apenas quando se ascensão desta, pois,
na redução ele fica imóvel, sujeito apenas à ação externa, possibilitando-se a verificação da temperatura máxima
atingida em um dado período.
O termômetro possui um capilar na extremidade do qual existe um bulbo que é colocado no
ponto mais quente do óleo, logo abaixo da tampa. O bulbo contém em seu interior uma coluna de
mercúrio (Hg) que transmite as variações da temperatura até o bimetálico existente indo à agulha
indicadora de temperatura.
Pelo controle externo os ponteiros limites poderão ser movimentados à vontade. Ponteiro indicador de
temperatura máxima do período: após a inspeção periódica do termômetro, voltar o ponteiro indicador até encostar
no ponteiro principal através do controle externo.
GENERALIDADES
Os indicadores magnéticos de nível tem por finalidade indicar com perfeição o nível de
líquidos tais como água, óleo, etc., e ainda, quando providos de contatos para alarme, servirem
como aparelhos de proteção à máquina, tais como transformadores, etc...
4- SECADOR DE AR DE SILICA-GEL
Este aparelho é usado nos transformadores providos de conservador de óleo, funcionando
como um desumidificador de ar do transformador. Com a alteração da pressão interna do
transformador, devido a variação da temperatura do óleo, o ar externo passa através do copo de
óleo que retém o pó e o ar passa pelos cristais de silica-gel, que funcionam como retentores de
umidade obtendo-se assim a perfeita purificação do ar que adentra o conservador de óleo do
transformador. O ar que sai do transformador, com o aumento do volume de óleo, diminui a
pressão interna (fig. 6.26).
- 35 -
SILICA-GEL
O silica-gel se apresenta sob forma cristalina, não sendo venenoso, é inodoro, sem sabor, não
dissipando gases e não sendo solúvel em água, mesmo quando fragmentado. Quando no seu
estado seco, apresenta uma coloração azulada, porém, quando umidificada adquire uma
tonalidade cor-de-rosa.
Existem pequenas variações das reações do silica-gel com a umidade. De um modo geral
absorve umidade em cerca de 20% de seu peso, porém atingindo 15% ele se torna cor-de-rosa e
neste ponto deverá ser feita a secagem ou troca dos cristais.
5- IMAGEM TÉRMICA
L = sensor de temperatura: termômetro de mercúrio com bulbo capilar para indicação local.
R é o reostato de ajuste.
O elemento de aquecimento (2) possui uma resistência que varia de fabricante para fabricante.
6- VÁLVULA DE ALIVIO DE PRESSÃO
- 36 -
A válvula de alívio de pressão de fechamento automático (fig. 6,29) instalada em
transformadores imersos em líquido isolante tem a finalidade de protegê-los contra possível
deformação ou ruptura do tanque, em casos de defeitos internos com aparecimento de pressão
elevados. A válvula é extremamente sensível e rápida (opera em menos de dois milésimos de
segundo), fecha-se automaticamente após a operação impedindo assim a entrada de qualquer
agente externo no interior do transformador.
A válvula de alívio de pressão, de fechamento automático, é uma válvula com mola provida de
um sistema de amplificação instantânea de força de atuação.
O corte (fig. 6.30) mostra a válvula montada sobre o transformador por meio de parafusos
que a prendem à flange (1), vedada pela gaxeta (2).
O disco da válvula (3), é apertado pelas molas (7) e vedado por meio de gaxetas (4) e (5). A
operação da válvula dá-se quando a pressão que atua na área definida pelo diâmetro da gaxeta (4)
excede a contrapressão de abertura exercida pelas molas (7).
Logo que o disco (3) levanta-se ligeiramente da gaxeta, (4) a pressão interna do transformador
passa imediatamente a agir sobre toda a área do disco delimitado pelo diâmetro da gaxeta (5),
resultando uma força muito maior que aciona o disco para cima e acusa a abertura imediata e
total da válvula até a altura das molas (7) em disposição de compressão.
- 37 -
UNIDADE 2
APOSTILA DE TRANSFORMADORES
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO IDEAL
• FLUXO MAGNÉTICO
• CIRCUITO MAGNÉTICO
• TIPO DE NÚCLEO
• TIPO DE ENRROLAMENTO
• ACOPLAMENTO MAGNÉTICO
• RELAÇÃO DO TRANSFORMADOR IDEAL
• POTENCIA NOMINAL
• CIRCUITO EQUIVALENTE
• IMPEDÂNCIA REFLETIDA
• EQUAÇÃO DA TENSÃO INDUZIDA
• APLICAÇÃO
• ENSAIOS PROPOSTOS
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O REATOR (OU INDUTOR)
Consideremos o que acontecerá se ligarmos aos terminais do reator, de N espiras, uma bateria
de tensão E a resistência interna desprezível. A corrente começará a circular, crescendo a partir
de zero. Ela produzirá a força magnetomotriz (fmm), portanto, um fluxo em qualquer instante,
onde é a relutância do circuito magnético. A fmm de valor total Ni ficará distribuída ao longo do
enrolamento. (O valor dos amperes-espiras deve ser considerado igual à corrente total, medida
em amperes, que passa em torno do eixo da bobina e, portanto, concatenada com o fluxo. A fmm
total é medida em amperes, reduzindo as espiras a um simples número). A fmm manterá o fluxo
em todas as regiões possíveis, da mesma forma que uma bateria, com alguns resistores ligados
aos seus terminais, impõe corrente através de todos eles. Embora a maior parte do fluxo se
estabeleça no núcleo (circuito magnético de baixa relutância), uma pequena porção se
estabelecerá no ar. O primeiro componente de fluxo é chamado fluxo principal e a último fluxo
de dispersão.
O fluxo concatenado é o produto do fluxo pelo número de espiras com ele concatenados,
supondo-se que todo o fluxo se concatena com todas as espiras. À medida que a corrente e o
fluxo aumentam, o fluxo concatenado cresce continuamente.
De acordo com a lei de Faraday, uma tensão é induzida na bobina e a cada instante esta tensão é
proporcional à taxa de variação do fluxo concatenado e conforme a lei de Lenz, esta tensão
induzida terá um sentido tal que se oporá à causa que lhe deu origem, qual seja, o aumento de
ℑ
corrente. Estas duas leis são formalizadas pela equação: φ =
ℜ
Onde ℜ é a relutância do circuito magnético. A fmm de valor total Ni ficará distribuída ao longo do
enrolamento. (O valor dos amperes-espiras deve ser considerado igual a corrente total, medida em
amperes, que passa em torno do eixo da bobina e, portanto, concatenada com o fluxo. A fmm total é
medida em amperes, reduzindo as espiras a um simples numero). A fmrn manterá o fluxo em todas as
regiões possíveis, da mesma forma que uma bateria, com alguns resistores ligados aos seus terminais,
impõe corrente através de todos eles. embora a maior parte do fluxo se estabeleça no núcleo (circuito
magnético de baixa relutância), uma pequena porção se estabelecerá no ar. A primeira componente de
fluxo é chamado f1uxo de dispersão.
- 39 -
O fluxo concatenado é o produto do fluxo pelo número de espiras com ele concatenados, φ. Ν,
supondo-se que todo o fluxo se concatena com todas as espiras. À medida que a corrente e o
fluxo aumentam, o fluxo concatenado cresce continuamente. De acordo com a lei de Faraday,
uma tensão é induzida na bobina e a cada instante esta tensão é proporcional á taxa de variação
do fluxo concatenado e conforme a lei de Lenz, esta tensão induzida terá um sentido tal que se
oporá à causa que lhe deu origem, qual seja, o aumento de corrente.
dφ
Pelas equações acima temos: ε = − Ν ,
dt
N 2 dt
Podemos ainda escrever que: ε = −
ℜ dt
A equação acima mostra que a f.e.m. gerada por uma bobina se opõe à variação da corrente.
A propriedade de uma bobina se opor à variação da corrente através dela é chamada indutância.
A unidade da indutância, no SI, é o Henry.
di
Assim, a equação acima pode ser reescrita como: ε = − L
dt
Onde L é o símbolo da indutância, em Henry. O sinal menos significa apenas que a tensão
induzida é uma fcem e está em oposição à tensão aplicada.
N2
Assim, a indutância pode ser formalizada pela equação: L =
ℜ
µ . AN 2
Substituindo a relutância na equação acima: L =
l
- 40 -
REATOR LIGADO A FONTE DE TENSÃO ALTERNADA
Vamos, agora, considerar o reator sendo alimentado por uma tensão alternada V=Vp. sen(wt).
O valor da corrente (após o período transitório subseqüente à ligação) será quase inteiramente
determinado pela sua indutância. Desprezando-se a resistência, os valores instantâneos da
corrente serão inteiramente determinados pela imposição de igualdade entre a tensão aplicada e a
tensão induzida pela continua variação do fluxo concatenado. A tensão induzida é proporcional á
taxa de variação da corrente; portanto, se a forma de onda da tensão for senoidal, a da corrente
será cossenoidal.
O valor de IP depende da máxima fmm requerida para produzir o necessário fluxo máximo, φp, no circuito
magnético, isto é, IP depende da relutância do circuito magnético. O valor de φp, requerido para
desenvolver a cada instante uma tensão induzida igual á tensão aplicada, depende somente do número de
espiras da bobina
Conforme descrito abaixo,
.
dφ 1 1
ϑ=N
dt
e φ=
N
Vdt ∫ onde φ =
N ∫
V P . sen Wdt
1 VP
φ= VP. cos wdt , Portanto φP = − .
wN 2πfN
Expressando a tensão eficaz em termos de f, N e φp :
2πfNφP
V = φ
= 4, 44. f . N . P
2
Se desprezarmos a resistência, evidentemente φ deverá ter variação cossenoidal, de modo a
induzir uma tensão senoidal. A corrente também será cossenoidal, contudo, isso ocorre somente
se o fluxo for proporcional até φP, o que implica considerar L como constante. Caso ocorra a
saturação magnética do
núcleo, a onda de corrente tornar-se-á, necessariamente, não cossenoidal. A corrente requerida,
em cada instante, para produzir o fluxo é chamado corrente de magnetização Iom que podemos
escrever:
Iom= - Iomp. cos (wt)
A corrente total é chamada corrente em vazio, Io. Em valores instantâneos, teremos: Io= Iom.
Ioi
Quando representado por fasores, Iom e Ioi , eles tem uma diferença de fases de 90 graus.
Um modelo de circuito equivalente do reator real com núcleo de ferro é mostrado na figura
abaixo. Nesse modelo, o resistor roi dissipa potência igual as perdas no ferro. Deve ficar
claramente estabelecido que o modelo descreve o reator real apenas de modo aproximado, roi
pode ser correta somente para um valor particular da tensão aplicada; para outras tensões as
perdas podem ter valores diferentes.
- 41 -
O TRANSFORMADOR
Se ligarmos o enrolamento primário a uma fonte de tensão alternada o fluxo produzido no núcleo
induzirá tensão tanto no enrolamento primário como no secundário. Considerando-se a resistência
desprezível, como na análise do reator, a tensão induzida no enrolamento primário será igual, em
cada instante, à tensão aplicada. A tensão induzida no enrolamento secundário será dada pela
equação:
V 2 = 4,44 ∫ N 2φP
A diferença entre a tensão induzida no primário e no secundário deve-se ao diferente número de
espiras. Se N2 é maior que N1, o dispositivo é um transformador elevador, onde a tensão induzida
no secundário é maior do que a do primário, na proporção do número de espiras. Dizendo isto,
estamos supondo que a dispersão de fluxo no enrrolamento primário é muito pequena comparada
com o fluxo principal e isto é verdade para fmm muito baixa, presente nesta condição de circuito
aberto. A proporcionalidade entre tensões e espiras pode ser escrita por:
V 1 N1
= =a
V 2 N2
Onde a é chamado de relação de e.%piras ou relação de transformação.
- 42 -
Pela equação acima podemos concluir que a elevação da tensão é acompanhada pela
diminuição da corrente e vice-versa. Assim, podemos obterá relação: V1. I1= V2. I2
Suponhamos que uma impedância Z1 seja ligada entre os terminais do enrrolamento secundário,
de modo que a tensão induzida V2 imponha uma corrente de carga i2, que irá circular pelo
enrrolamento secundário de N2 espiras. Esta configuração e mostrada abaixo.
Quando a corrente de carga circula no enrrolamento secundário, a fmm que ela gera é
cancelada por uma fmm igual e oposta no enrrolamento primário, produzida por um aumento
apropriado da corrente primária.
Assim, igualando as fmm devido às correntes de carga:
i2 . N2 = i1 . N1 ou I2 . N2 =I1 . N1
I 2 N1
finalmente : = =a
I1 N 2
Das equações ate agora vistas podemos tirara equação geral que rege os transformadores
V 1 I 2 N1
= = =a
V 2 I1 N 2
No que diz respeito ao comportamento entre terminais, vimos que o enrolamento primário
atuando isoladamente, pode ser representado pela Figura 7. Podemos identificar o fluxo
produzido pelo indutor com o fluxo principal, estabelecido no circuito magnético principal e
concatenando-se com qualquer enrolamento que o envolva - por exemplo, com o enrolamento
secundário da figura 8. Quando circula corrente no enrolamento secundário (imposta pela carga),
a fmm atuará não somente no circuito magnético principal, mas também na região de dispersão,
originando fluxos de dispersão, com representados na Figura 9. A exemplo do que ocorre no
enrolamento primário, o enrolamento secundário possui uma indutância de dispersão.
Analogamente ao que foi feito para o enrolamento primário, é conveniente representá-la no
modelo por uma indutância concentrada, junto à resistência secundária e fora do transformador.
O fluxo principal concatenar-se-á agora com os dois enrolamentos do transformador.
- 43 -
Podemos considerar as correntes magnetizante e de perdas no ferro do enrolamento primário
separadas da corrente de carga.
A corrente magnetizante é que produz o equilíbrio de fmm com o secundário. Neste modelo, é
conveniente manter a reatância (devido a indutância ) e o resistor da Figura 7. Estes são previstos
para absorver correntes iguais às de magnetização e de perdas no ferro. A Figura 10 é, portanto,
um modelo apropriado para o transformador com carga. Todas as ``imperfeições'' foram
removidas do transformador propriamente dito, restando um transformador ideal (mostrado
dentro do retângulo tracejado), sem fluxo de dispersão e sem perdas, efetuando tão-somente
transformações nos valores das tensões e correntes
r1 jx1 r2 jx2
Rfe Xm
IDEAL
1.OBJETIVO
A marcação da polaridade dos terminais dos enrolamentos de um transformador monofásico
indica quais são os terminais positivos e negativos em um determinado instante, isto é, a relação
entre os sentidos momentâneos das fem nos enrolamentos primário e secundário. Por outro lado,
o ângulo de defasagem entre tensões primária e secundária, isto é, o defasamento angular (D.A.),
é importante de ser determinado nas seguintes situações:
Caso a Caso b
Polaridade subtrativa Polaridade aditiva
(mesmo sentido dos enrolamentos) (sentidos contrários dos enrolamentos)
3. MARCAÇÃO DOS
TERMINAIS
A ABNT recomenda que os terminais de tensão superior sejam marcados com H1 e H2, e os de
tensão inferior com X1 e X2, de tal modo que os sentidos das fem momentâneas sejam sempre
concordantes com respeito aos mesmos índices.
Usando tal notação, têm-se os arranjos da Fig. abaixo.
Com isso, pode-se observar que, na polaridade subtrativa, os terminais com índice 1 são
adjacentes, o mesmo acontecendo com os de índices 2, e, na polaridade aditiva, esses índices são
opostos entre si.
Um outro tipo de distinção entre os dois transformadores apresentados poderia ser feito em
termos de defasamento.entre os dois fasores representativos de e1 e e2.
Considerando as direções e os sentidos dos fasores indicados na Fig.abaixo, verifica-se que, no
primeiro caso o ângulo entre os mesmos é de zero grau e, no segundo caso, de 180o Assim' ao se
marcarem os terminais daqueles transformadores, poder-se-ia fazê-lo s'em se preocupar realmente
com os sentidos corretos, isto é, se os mesmos índices (por exemplo, 1) são adjacentes ou não.
Nesta situação, ter-se-ia a marcação como se indica pela Fig. abaixo.
- 45 -
transformador.Desliga-se , em seguida , a fonte de alimentação, observando-se o sentido de
deflexão do voltímetro.
INTERPRETAÇÃO
• Quando as duas deflexões são em sentidos opostos a polaridade é
SUBTRATIVA
• Quando as duas deflexões são no mesmo sentido a polaridade é ADITIVA
Dado o transformador de núcleo de ferro, com uma carga ligada aos terminais do secundário:
V2
Com o transformador em vazio I2 = ZERO, a impedância ZL = infinito,desde que ZL =
I2
Para qualquer valor de ZL , a impedância secundária, vista olhando os terminais do secundário a
V2
partir da carga, pode ser vista como: Z 2 =
I2
- 47 -
V1
Da mesma forma, olhando-se os terminais do transformador do lado da fonte, teríamos: Z 1 =
I1
Uma vez que a um aumento da impedância da carga, ocorre uma variação na corrente primária
e secundária do transformador, adotou-se simplificar o transformador, representando-o por um
único circuito equivalente.
I2
V1=α .V2 e I 1 =
α
α .V α α
2
V .V
= ≡ ≡ α .V ≡
2 2 2
Z 1 2 ×
I 1 I 2 I 2 I 2
α
Mas,
V2
Z1 = ≡ Z 1 = α .Z 2
2
I1
Daí
2
Z1 N1
≡α ≡ ,
2
Z2 N2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1- O lado de alta tensão de um transformador tem 500 espiras e seu lado de baixa tensão 50
espiras.Quando ligado como transformador ABAIXADOR, a corrente de carga é 10
amperes. Calcule:
a- A relação de transformação
b- A corrente de carga no primário
2- O lado de alta tensão de um transformador tem 500 espiras e seu lado de baixa tensão 50
espiras.Quando ligado como transformador ELEVADOR, a corrente de carga é 10
amperes. Calcule:
a- A relação de transformação
b- A corrente de carga no primário
3- Um transformador de 4,6 kVA, tensão primária de 2300 Volts e secundária de 115 Volts,
60 Hz, foi projetado para ter uma F.E.M induzida de 2,5 Volts/espira.Calcular:
a- O número de espiras do enrrolamento primário
b- O número de espiras do enrrolamento secundário
c- A corrente nominal para o enrrolamento de AT
d- A corrente nominal para o enrrolamento de BT
e- A relação de transformação como trafo ELEVADOR
f- A relação de transformação como trafo REBAIXADOR
4- O lado de alta tensão de um transformador tem 800 espiras e seu lado de baixa tensão tem
100 espiras. Uma tensão de 240 volts é aplicada no lado de alta tensão e uma impedância
de 3 Ω de carga é ligada ao lado de baixa tensão. Calcule:
- 48 -
a- A corrente e a tensão secundárias.
b- A corrente primária
c- A impedância de entrada no primário
5- Um amplificador CA, tem uma impedância de saída de 250 Ω e o motor que deve ser
acionado por ela tem uma impedância de 2,5 Ω. Calcule:
a- A relação de transformação do transformador que faça o casamento de
impedâncias.
b- O número de espiras do primário , se o secundário possui 10 espiras.
8- O lado de alta tensão de um transformador tem 1000 espiras e seu lado de baixa tensão
tem 500 espiras. Quando ligado como abaixador a corrente de carga é 20 A. Calcule:
a- A relação de transformação.
b- A corrente primária solicitada pela carga
9- O lado de alta tensão de um transformador tem 800 espiras e seu lado de baixa tensão tem
200 espiras. Uma tensão de 380 volts é aplicada no lado de alta tensão e uma impedância
de 5 Ω de carga é ligado aos terminais do secundário. Calcule:
a- A corrente nominal para o enrrolamento de AT
b- A corrente nominal para o enrrolamento de BT
c- A impedância de entrada no primário.
10- Um transformador de 15 kVA, tensão primária de 13.800 Volts e secundária de 380 volts,
foi projetado para ter uma F.E.M. induzida de 3 Volts/espira. Considerando o
transformador como ideal, calcule:
a- O número de espiras do enrrolamento primário
b- O número de espiras do enrrolamento secundário
c- A corrente nominal para o enrrolamento de AT
d- A corrente nominal para o enrrolamento de BT
e- A relação de transformação como trafo ELEVADOR
f- A relação de transformação como trafo REBAIXADOR
NBR 5356 – Os transformadores devem ter no enrrolamento primário de alta tensão, pelo
menos duas derivações alem da principal, na faixa de +/- 5%.
Este conceito é certamente um dos mais importantes a serem entendidos, pois é um dos mais
usados na vida prática de qualquer eletricista, pois o ajuste final da tensão é de suma importância
para o perfeito funcionamento dos equipamentos ligados a redes elétricas.
- 49 -
A função do comutador de TAP´s é ajustar o número de espiras do primário de forma a que se
ajuste a tensão de entrada da rede de alimentação da concessionária.
Os comutadores de TAP`s podem ser manuais ou automáticos e podem ser projetados para
ficarem dentro do óleo isolante no interior do transformador ou externamente.
Os comutadores são projetados para efetuar a comutação com o transformador em operação (em
carga) como é o caso dos reguladores automáticos ou os transformadores de comutação sem
carga, onde é preciso desligar o transformador para efetuar a mudança (como é o caso dos
transformadores de distribuição).
- 50 -
- 51 -
- 52 -
OPERAÇÃO:
1- Abertura dos contatos C e B
2- Deslocamento de II para a posição 4
3- Fechamento dos contatos C e B ( nesse momento ocorre uma circulação de corrente
através dos enrrolamentos e por isso existe a necessidade dos reatores X1 e X2 para
limitar a corrente)
4- Abertura dos contatos A e C
5- Deslocamento da chave I para a posição 4
6- Fechamento dos contatos A e C
H1
1
B X1
2 a
K I
A
c
3
II
X2
b
6
R
Exercícios
1- Numa rede de alimentação da concessionária está fornecendo uma tensão de 11.300 volts
para o transformador de distribuição, que possui a placa de identificação abaixo. Qual será
o melhor TAP para esta situação?
2- No transformador trifásico de 150 kVA, 13,8 kV/ 380 V, com comutador de TAP´s de +/-
5% , temos uma tensão de alimentação de 13.330 volts na rede de alimentação. Responda:
a) Quais as tensões que resultarão nos terminais do transformador em cada TAP
b) Qual será o melhor TAP
3- Numa fábrica a tensão de alimentação dos equipamentos está em 290 volts, o eletricista
foi chamado para verificar o problema e constatou que a tensão de alimentação de entrada
da fábrica estava alterada. Sabendo-se que o transformador esta funcionando no TAP1,
qual a providencia do eletricista?
O transformador possui a placa de identificação abaixo.
- 53 -
4- No transformador trifásico com comutador de TAP´s com placa de identificação mostrada
abaixo tomamos as seguintes leituras:
• 8:00h às 16:00 hà 300 volts
• 16:00h às 23:00 hà 370 volts
• 23:00h às 8:00 hà 390 volts
O que fazer para apresentar um relatório ao cliente, sabendo-se que o transformador está
trabalhando no TAP 2.Elabore este relatório com as justificativas cabíveis.
- 54 -
UNIDADE 3
APOSTILA DE TRANSFORMADORES
TRANSFORMADOR MONOFÁSICO REAL
- 55 -
TRANSFORMADOR MONOFÁSCO REAL
• ENSAIO DE CURTO-CIRCUITO
T
PASSOS DA EXPERIÊNCIA
A W HI
R
X1
1. Montar circuito acima
A
N 2. A partir da tensão inicial quase nula , elevar
S
F gradualmente a tensão da fonte ate ler no amperímetro
O
F V R
I = In (do primário)
M
A
3. Tomar os valores de leitura dos instrumentos, sendo:
D
O
A=In=Icc
H2 X2
R V=Vcc
W=Pcc
CURTO
CIRCUITO
- 56 -
Uma vez que o curto-circuito está em paralelo com o ramo horizontal do circuito,
podemos considerar que a corrente I2 será muito maior que Iφ. Portanto podemos
desconsiderar os parâmetros transversais e assim obter o circuito equivalente descrito a
seguir.
Antes temos que lembrar que:
• NO ENSAIO DE CURTO-CIRCUITO OS INSTRUMENTOS SE LOCALIZAM DO
LADO DE ALTA TENSÃO DO TRANSFORMADOR SOB ENSAIO
• SENDO ASSIM TODOS OS PARÂMETROS ENCONTRADOS ESTÃO REFERIDOS
AO LADO DE ALTA TENSÃO.
V= R.I e P= V.I sendo assim podemos obter valores de resistência das seguintes formas.
P= I.R.I = RI2 à Levando-se esta formula para o circuito acima teremos que:
Pcc Vcc
R equivalente = e Z EQUIVALENTE =
I2 ICC
Então ate aqui conseguimos obter a Resistência equivalente das bobinas e a impedância
total do circuito.
Para conseguirmos obter a reatância equivalente do transformador temos que consegui de
forma indireta, como veremos a seguir.
r v r
De forma vetorial podemos dizer que: z = R + jX
R1=R2= REQUIV / 2
Então podemos dizer que:
X1=X2= XEQUIV / 2
T
PASSOS DA EXPERIÊNCIA
A W X1
R
H1
1. Montar circuito acima
A
N 2. A partir da fonte, elevar a tensão , ate ler no
S
F voltímetro
O
F V R V = Vn (do secundário)
M
A
3. Tomar os valores de leitura dos instrumentos, sendo:
D
O
A=Io
X2 H2
R
V=Vn=Vo
W=Po = Perdas do núcleo
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Io I2=0 TENSÃO
NOMINAL
DO
TRAFO
Uma vez que o circuito esta aberto I2=0 e portanto r2 e x2 podem ser desconsiderados ,
podemos considerar ainda que Rfe tem valor absoluto muito maior que r1 e x1 . Portanto
podemos desconsiderar os parâmetros longitudinais e assim obter o circuito equivalente
descrito a seguir.
Antes temos que lembrar que:
• NO ENSAIO DE CIRCUITO ABERTO OS INSTRUMENTOS SE LOCALIZAM DO
LADO DE BAIXA TENSÃO DO TRANSFORMADOR SOB ENSAIO
• SENDO ASSIM TODOS OS PARÂMETROS ENCONTRADOS ESTÃO REFERIDOS
AO LADO DE BAIXA TENSÃO.
V= R.I e P= V.I sendo assim podemos obter valores de resistência das seguintes formas.
2 2
r r r
De forma vetorial podemos dizer que: i o = i fe + i mag
Então podemos dizer que I 0 = I fe + I mag então , I = (I − I ) , daí teremos que
2 2 2 2 2
m ag
o fe
Vo
Xmag =
Im ag
Ainda podemos dizer que : Po= Potência referente as perdas totais no núcleo do
transformador.
RENDIMENTO
1. OBJETIVO
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2. RENDIMENTO DE TRANSFORMADORES
P2 P2
η= Ou em porcentagem: η % = × 100
P1 P1
P1=P2+P3+Po+Pa
Como PA=15% a 20% de Po; considerando-se a pior hipótese e substituindo na equação anterior,
vem:
P2=V2.I2.cos Φ
P1=R1.I12.= R2.I22
Na equação de P1, substituindo P2 e P1 pelos segundos membros das expressões acima, vem:
De modo a generalizar a formulação, observa-se que a corrente na expressão anterior não é I2n
mas, sim, um valor qualquer de I2.Levando em conta as expressões acima , teríamos:
V 2 I 2 cosφ
η% = x 100
V 2 I 2 cosφ + R 2 I + 1,2 Po
2
2
Nota: Segundo
a ABNT; o rendimento fornecido pelo fabricante deve-se referir às condições nominais e
ao fator de potência da carga de valor unitário.
O ensaio para a determinação do rendimento não e um ensaio de rotina, sendo geralmente feito
em protótipos quando do projeto do transformador. Dependendo do resultado, efetuar-se-á uma
alteração do projeto de modo a elevar tal valor.
Na Figura adiante se tem um ábaco para o cálculo do rendimento de transformadores em função
do Po e Pcobre para diversas correntes de carga.
- 60 -
Nota-se, pela figura acima, que o transformador fica na maior parte do tempo alimentando uma
carga correspondente a, por exemplo, metade de sua carga nominal (I2n/2). Portanto,
neste caso, é mais interessante o funcionamento com o máximo rendimento para I2 =
I2n/2 .
REGULAÇÃO
REGULAÇÃO DE TENSÃO PARA TRANSFORMADORES
A regulação de tensão de uma máquina mede a variação de tensão em seus terminais devido a
passagem do regime a vazio para o regime em carga.
Para o caso especifico de transformadores, a regulação mede a variação de tensão nos terminais
do secundário, quando a este se conecta uma carga.
Com o transformador a vazio, no secundário, tem-se a tensão E2, que passa para um valor V2
ao se ligar uma carga. Se a regulação é boa, esta variação será pequena e vice-versa.
E2 − V 2 ∆V
Re g % = .100 ou Re g % = .100
V2 V2
Analisando a expressão anterior, conclui-se que um grande valor da regulação significa grande
diferença entre E2 e V2, ou seja, grande variação de tensão. Se, ao contrário, o valor da regulação
é pequeno, tem-se pequena variação de tensão.
Para se determinar a regulação com a variação de I2 e cos Φ, empregam-se normalmente dois
processos, que serão analisados.
Método analítico
- 61 -
Da figura acima temos que: OD = E2
AB + BC + CD = E2 – V2
E2 − V 2 R 2.I 2 X 2.I 2
× 100 = × 100 × cosφ + × 100 × sen φ
V2 V2 V2
Sendo a variação de V2 bastante pequena com a carga , pode-se admiti-la como praticamente
constante e igual a V2n no segundo membro, o qual , multiplicando e dividindo por I2n, leva a :
R 2.I 2 I2 X 2.I 2 I2
Re g % = × 100 × × cosφ + × 100 × × sen φ ou
V 2n I 2n V2 I 2n
I 2 R 2.I 2n I 2 X 2 I 2n
Re g % = ( × × cosφ + × × sen φ ) × 100 logo,
I 2n V 2n I 2n V 2n
Onde
1,2 Po
Fc = onde P1n = R2.I22
P1n
- 62 -
No diagrama da Figura acima aparecem o triângulo de quedas de tensão no transformador
referido ao secundário e o triângulo OAB, que é a representação da equação fasorial E2 = V2 +
Z2I2 (fasorialmente).
Estando o transformador em operação, o valor da fem E2 não se altera, pois E2 = V1/K e a
tensão da alimentação V1 é considerada sempre constante. Logo, o fasor E2 tem módulo constante
no diagrama, variando apenas angularmente. Os valores R2, X2 e Z2 são parâmetros do
transformador, portanto independendo de seu regime de funcionamento.
A fem induzida E2 e a impedância Z2 podem ser determinadas pelos ensaios a vazio e em curto-circuito,
respectivamente. Restam, então, apenas três grandezas que podem sofrer variações: a corrente I 2, a tensão V2 e o fator
de potência da carga dado por cos Φ.
A análise simultânea da variação das três grandezas é extremamente complexa, analítica e mesmo graficamente.
Por outro lado, se uma das grandezas for tomada como parâmetro, a análise poderá ser feita facilmente por meio de
gráficos, tendo-se então uma variável dependente e uma independente. Por exemplo, se o fator de potência da carga
permanecer constante, poder-se-á facilmente traçar um gráfico que forneça, para cada valor de corrente I 2 a
respectiva tensão V2.
O dispositivo gráfico que permite, tomado um determinado parâmetro, a análise das outras duas grandezas foi
idealizado por Kapp e é conhecido por Diagrama de Kapp.
Deve-se dizer que a tensão V2 quase nunca é tomada como parâmetro, devido ao não interesse prático de se
analisar a variação de V2 com cos Assim, o uso do Diagrama de Kapp é realizado de duas maneiras: tornando cos Φ
como parâmetro e analisando a variação de V2 com I2 então, tomando I2 como parâmetro e estudando V2 em função
do cos Φ.
A construção do Diagrama de Kapp é feita a partir do triângulo de quedas do transformador, chamado de
triângulo fundamental, ou triângulo fundamental de Kapp, e representado na Figura abaixo.
Triângulo fundamental
O ângulo interno desse triângulo não se modifica com a corrente I2,este é sempre, semelhante
ao triângulo de impedância formado por R2, X2 e Z2.
Vejamos, pois, como se processa a construção para os diversos casos.
Construindo o triângulo fundamental, centra-se um compasso no ponto O e, com raio igual a E2,
- 63 -
traça-se um arco de circulo.
Com centro em A e com raio ainda igual a E2, traça-se um segundo arco de circulo. Qualquer
segmento partindo de A e interceptando o primeiro arco, por exemplo, em C.e o segundo em D,
terá um segmento AC representando o módulo da tensão V2, para determinados Φ e 'I2' e um
segmento OD (diferença aritmética entre E2 e V2) representando a queda de tensão (A V) entre os
regimes a vazio e em carga, valor este usado para o cálculo da regulação (expressão (5.13)).
Deve-se notar que o segmento ÕD fornece a diferença entre os módulos dos fasores e, não, a
diferença fasorial.
O diagrama anterior permite a análise da queda de tensão ΔV, variando-se o fator de potência
da carga. Notar que no ponto P1 , correspondente a um fator de potência capacitivo, não existe a
queda ΔV, isto é, a tensão no secundário é a mesma a vazio e em carga. O ponto P2 não tem
significado, pois corresponderia a um Φ maior que 90o.
Diminuindo o fator de potência indutivo, aumenta a queda até um valor máximo, e isso se
justifica pela análise da expressão Reg% = Fc.Z%.cos(Φ1- Φ2) , que corresponde a um angulo:
X2
φ = arctg
R2
que nada mais é que o
ângulo correspondente
ao fator de potencia de
curto-circuito do
transformador (pois,
em curto, a impedância
do circuito equivalente
se resume à
impedância do
transformador).
Se a carga for tal que ultrapasse ao se passar do funcionamento a vazio para com carga, haverá
aumento da tensão secundária devido à preponderância do efeito capacitivo da carga em relação
ao transformador.
No caso de ocorrerem variações da carga alimentada pelo transformador, a corrente I2 se
- 64 -
modifica e, a cada valor dessa grandeza, tem-se um determinado triângulo. Entretanto basta a
construção de um triângulo, por exemplo, para I2 = I2n (triângulo fundamental); e, para as demais
correntes, os triângulos serão semelhantes ao fundamental e os lados serão frações daqueles
correspondentes ao fundamental. A Figura abaixo ilustra tal construção.
Pelo motivo anteriormente exposto, a fem E2 permanecerá constante e seu traçado será
idêntico ao caso anterior.
Para o estudo da variação de V2 com I2 e cosΦ, inicialmente identifica-se o triângulo
fundamental correspondente. A partir de seu vértice A, que poderia ser A1 , A2, A3..., o processo
será idêntico ao estudado, bastando o traçado da reta que determinará V2 e ΔV posicionada para
um Φ dado.
Na Figura , o diagrama está completo para o triângulo 0A3B3 , mostrando também ΔV nesta
situação. Para os demais, o traçado é análogo.
Deve-se lembrar que o Diagrama de Kapp deve ser construído com bastante precisão para se
obterem resultados satisfatórios.
Para o cálculo da regulação, basta então, conhecidos I2 e Φ, traçar diagramas como os das
Figuras acima vistos e determinar V2 e ΔV, aplicando então a expressão Re g % = ∆V × 100 .
V2
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
2- Um transformador de distribuição de 500 kVa, 2300/208 Volts, 60 Hz, tem seu teste de
aceitação constatado em seu ensaio de curto-circuito e em vazio, antes de ser colocado em
serviço, como transformador abaixador, calcule:
ENSAIO Potencia (W) Tensão (V) Corrente (A)
- 66 -
a- Resistência equivalente referida ao lado de AT
b- A resistência do enrrolamento do lado de AT e BT
c- Perdas no cobre do enrrolamento de BT
d- Perdas no núcleo quando a tensão nominal é aplicada
4- Com os instrumentos colocados no lado de alta tensão e o lado de baixa tensão em curto,
as leituras do ensaio de curto-circuito do transformador de 50 kVA, 2400/240 volts, são:
a- Rendimento de transformador com carga nominal com fator de potência 0,7 arrasado
b- Regulação de tensão para esta carga acima
- 67 -
UNIDADE 4
APOSTILA DE TRANSFORMADORES
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
• TEORIA DE FUNCIONAMENTO
• TIPOS DE LIGAÇÃO
• LIGAÇÃO DE TRANSFORMADORES
• ASSOCIAÇÕES
• IDENTIFICAÇÃO DOS DADOS DE PLACA
• APLICAÇÕES E ENSAIOS PROPOSTOS
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No sistema elétrico de potência os transformadores, por motivos óbvios, devem ser ligados
para operar no sistema trifásico.
Há duas maneiras de se obter a ligação trifásica:
• Transformador trifásico, construído para esta finalidade;
• Banco trifásico de transformadores (três transformadores monofásicos convenientemente
ligados para permitir a transformação trifásica).
As ligações dos enrolamentos do primário e do secundário de um transformador trifásico ou
banco trifásico podem ser em estrela ou em triângulo. Assim, na prática podemos ter quatro tipos
de ligações:
• Triângulo / Estrela (D/y)
• Estrela / Triângulo (Y/d)
• Triângulo / Triângulo (D/d)
• Estrela / Estrela (Y/y)
1.OBJETIVO
Na escolha do tipo de conexões de um transformador trifásico há muitas considerações a serem
levadas em conta, normalmente conflitantes; conseqüentemente, essa escolha não é tão fácil
como se supõe á primeira vista.
Apresentam-se a seguir alguns tipos de combinações possíveis com suas vantagens, desvantagens
e aplicações.
Combinações de Conexões
1.Estrela/estrela
a.Vantagens
b.Desvantagens
c. Aplicação
a. Vantagens
Ver "Aplicações".
b. Desvantagens
c.
Aplicaçõe
s
3.Delta/delta
- 70 -
Vantagens
• Se faltar uma fase em qualquer um dos lados. as duas remanescentes poderão ser operadas
em deIta aberto para dar saída trifásica com 1/ 3 da potência anterior
• É a combinação mais econômica para transformadores de baixa tensão e altas correntes.
• As tensões de 3o harmônico são eliminadas pela circulação de correntes de harmônico nos
deltas
• Uma das mais fáceis combinações para colocação em paralelo.
• Com tensões de linha simétricas, nenhuma parte dos enrolamentos pode estar
normalmente a um potencial excessivo em relação à terra, a não ser devido a cargas
estáticas.
b. Desvantagens
c. Aplicações
• Em sistemas em que uma falta fase-terra é muito provável e pode ser perigosa.
4. Delta/zigue zague
a. Vantagens
c. Aplicação
• A principal aplicação é em transformadores para conversores. Ainda mais uma considerável componente
c.c., devido ao desequilíbrio, pode ser solicitada sem qualquer efeito pernicioso sobre a característica
magnética do transformador.
- 71 -
5. Estrela/delta
a. Vantagens
b. Desvantagens
c.Aplicações
6. Delta/estrela
a. Vantagens
c. Aplicação
• A principal aplicação é na alimentação com quatro condutores de cargas, que podem ser
equilibradas ou desequilibradas.
• E também usado para a elevação de tensão para a alimentação de uma linha de alta tensão.
Como as tensões de 3o harmônico são eliminadas, o neutro é disponível para aterramento,
e ambos os enrolamentos são empregados sob as melhores condições.
Nesta parte, pretende-se fornecer elementos que servirão como guia para a realização e
posterior análise dos ensaios, mais comuns, efetuados em transformadores.
1. ENSAIO A VAZIO
Preparação
Todo procedimento adotado é similar ao transformador monofásico, já estudado. Como o
sistema é trifásico, o cuidado extra será relacionado aos instrumentos utilizados, conforme
esquema a seguir.
2. ENSAIO A CURTO-CIRCUITO
Preparação
Todo procedimento adotado é similar ao transformador monofásico, já estudado. Como o
sistema é trifásico, o cuidado extra será relacionado aos instrumentos utilizados, conforme
esquema a seguir.
Pcc= W1+W2
- 73 -
ENSAIO PARA A DETERMINAÇÃO DE VALORES DE RENDIMENTO E DE
REGULAÇÃO
Atenção: Este ensaio, da forma indicada, nem sempre e possível ser realizado face às
dificuldades de obterem-se cargas compatíveis com a potência nominal do
transformador em análise.
Preparação.
• Registrar os seguintes dados de placa do transformador a ser ensaiado:
Potência, tensões superior e inferior., conexões, frequencia e tap para o qual está ligado o
enrolamento de TS e/ou TI.
• Calcular (ou registrar) as correntes nominais do transformador.
• Para a execução do ensaio deve-se ter em mãos os seguintes instrumentos (observar se os
instrumentos são compatíveis com os valores a serem verifiados): a) wattímetro; b)
frequencimetros; c) amperímetros; d) voltímetros; e) termômetro; e f) TCs e TPs (se
necessário).
5.2. Execuçao
VALOR LIDO
PARALELISMO
1. OBJETIVO
Sem dúvida, uma das mais importantes operações com transformadores é a ligação de várias
unidades em paralelo, de tal modo a ser conseguida uma maior confiabilidade de fornecimento de
energia, ou mesmo uma maior potencia para um sistema elétrico. Para que o propósito seja
atingido corretamente, certas precauções devem ser tomadas, e serão o objetivo desta analise.
Entre as vantagens citadas do uso em paralelo de transformadores destaca-se, como se disse, a
- 74 -
obtenção de uma certa potência que, talvez, não pudesse ser conseguida com um único
transformador de potência normalizada (ou, até que isso seja possível, advirão graves problemas
de transporte). Uma outra grande vantagem da ligação em paralelo de transformadores pode ser
evidenciada pelo diagrama unifilar de uma subestação alimentadora mostrado.
Nota-se que, no caso de defeito do transformador 1, ou mesmo para sua manutenção, pode-se
atuar nos disjuntores 1 e 2, retirando o citado transformador de serviço, e mantendo a alimentação
da carga pelo transformador 2. Nota-se que há um aumento da confiabilidade do sistema em
termos de fornecimento de energia, o que foi conseguido pelo uso dos dois transformadores
operando em paralelo.
De modo geral, para que dois ou mais transformadores sejam colocados em paralelo, eles devem
satisfazer a uma série de condições que serão especificadas a seguir.
e Rt = Rt1 × Rt 2
Onde:
Rt1 à Relação de transformação do transformador 1.
Rt2 à Relação de transformação do transformador 2.
Rt à Relação de transformação média.
ΔRtpà Variação percentual das relações de transformação do transformadores T 1 e T2.
Zpt1 à Impedância percentual do transformador 1
Zpt2 à Impedância percentual do transformador 2
Pnt1 à Potência nominal do transformador 1
Pnt2 à Potência nominal do transformador 2
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
• Relações de transformação
380 380
Rt1 = = 0,02753 e Rt 2 = = 0,028578
13.800 13 .200
∆Rtp 4,44
Icirc = × 100 = × 100 = 49,3%
Pnt1 500
Zpt1 + Zpt 2 × ( ) 4,5 + 4,5 × ( )
Pnt 2 500
Zpt1= Zpt2 = 4,5 % ( na realidade Zpt1> Zpt2 )
500
Int1 = = 759,6 A
3x0,38
49,3 × 759,6
Icirc = = 374,4 A
100
Observar que se estes transformadores operarem em carga nominal um forte aquecimento ira
- 76 -
ocorrer, pois corrente de circulação deverá se somar a corrente a plena carga.
Quando dois ou mais transformadores são postos em paralelo é fundamental que as forças
eletromotrizes formadas pelos circuitos secundários sejam igual e opostas anulando-se. Pode-se
constatar, então, que na ligação de dois transformadores, cujas tensões secundárias se somam, a
corrente de circulação se igualará a corrente de curto-circuito e é dada segundo a equação abaixo:
2 × Vs
Ic =
Zt1 + Zt 2
• Ic = corrente de circulação, em A;
• Vs = tensão entre os terminais secundários de fase do transformador, em V;
• Zt1 e Zt2- impedâncias dos transformadores, em Ω
α
Ins ×
Icirc = 2 × 100
Zpt1
onde
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Dy5à α= 1500 ,
Dy1à α= 300 α=150o – 30o = 120o
Icir = 759,6 x sen(120/2)x 100 = 14.618A
4,5
A condição mais favorável para α = 30o, o que ainda resulta numa corrente de circulação
extremamente elevada. No caso de dois transformadores Dd2 e DY1, se teria:
Dd2àα2 = 60o Dy1àα1 = 30o α = 60 - 30 = 30o
Se a diferença entre os ângulos de defasarnento for nula, não haverá corrente de circulação,
como no caso dos transformadores Dyl e Ydl, ou seja:
Dd1àα1 = 30o Dy1àα1 = 30o α = 30 - 30 = 0o
- 77 -
4,5
No caso de dois transformadores Dy5 e Dy11, onde α = 1800, se teria a maior corrente de
circulação, ou seja:
Dd5àα5 = 150o Dy11àα11 = -30o α= 150 – (-30) = 180o
c) Impedâncias diferentes
onde
• Grupo I: índices 0, 4 e 8;
• Grupo II: índices 2, 6 e 10;
• Grupo III: índices 1 e 5;
• Grupo IV: índices 7 e 11.
- 78 -
Para exemplificar, observando a Figura acima identifica-se como transformador do grupo I
aqueles designados por DdO, Dd4, Dd8, Yyo, DzO, Dz4 e Dz8.
O estudo para verificar a possibilidade de se colocar dois ou mais transformadores em paralelo pode ser assim
efetuado:
- 79 -
Transformadores de qualquer grupo de ligação com o mesmo índice
Neste caso, não é necessário nenhum estudo preliminar, pois os transformadores podem ser
ligados para operar em paralelo. Como exemplo, pode-se citar o de dois transformadores com o
tipo de ligação Dyl, enquadrados no grupo III.Também podem ser operados em paralelo os
transformadores DdO-YyO, ou ainda os transformadores Dy7-Yd7, e, igualmente, para os demais
grupos.
• Fazer a ligação dos terminais primários A1-A2, B1-B2 e C1-C2, no caso de dois transformadores;
e efetuar a ligação dos terminais secundários obedecendo as seguintes condições.
Já na Figura abaixo, observa-se a ligação de dois transformadores, cuja diferença dos índices é
8, como, por exemplo, os transformadores Dd2-DdlO.
- 80 -
Com base no resultado da equação K = A − B − 2 , pode-se ter os seguintes casos:
4
11 − 5 − 2
K= =1
4
Quando os transformadores a serem colocados em paralelo não disp5em dos grupos de ligação
e nem dos índices respectivos, deve-se submetê-los a um ensaio que consiste no seguinte
procedimento:
• Ligar, aleatoriamente, à rede de energia elétrica os terminais primários dos
transformadores.
• Ligar também, aleatoriamente, um terminal secundário de um transformador ao do outro,
conforme se pode observar na Figura abaixo.
Se, por acaso, não se obtiver resultados nulos de medição, recorrer às ligações
- 81 -
primárias, permutando as conexões dos transformadores, seguido o mesmo procedimento
em relação às medições entre os terminais secundários. Se forem esgotadas todas as
hipóteses e não se obtiver nenhum resultado, pode-se concluir que os transformadores
em questão não podem operar em serviço em paralelo.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Sabendo-se que a demanda solicitada é de 3.800 kVA, determinar a distribuição da carga pelas
três unidades:
1000 + 1250 + 1500
Xmt = = 5,0
1000 1250 1500
+ +
4,5 5,0 5,5
3800 × 1250 × 5
Pct 2 = = 1266kVA
(1000 + 1250 + 1500) × 5,0
3800 × 1500 × 5
Pct 3 = = 1381kVA
(1000 + 1250 + 1500) × 5,5
Percentualmente a distribuição das cargas vale:
1125 − 1000
C1 = × 100 = 12,5% EM SOBRECARGA ALTA
1000
1266 − 1250
C2 = × 100 = 1,28% EM SOBRECARGA LEVE
1250
1381 − 1500
C1 = × 100 = −7,93% EM SUBCARGA
1500
DESLOCAMENTO ANGULAR
É a diferença entre os fasores que representam as tensões entre o ponto neutro (real ou ideal) e
os terminais correspondentes de dois enrolamentos, quando um sistema de seqüência positiva de
tensão é aplicado aos terminais de tensão mais elevada, na ordem numérica destes terminais.
Admite-se que os fasores girem no sentido anti-horário (NBR 5356/81).
- 82 -
do ângulo de defasamento. Para se definir o defasamento, considerar positivos os ângulos
contados entre (H0 - H1) e (X0 - X1) no sentido anti-horário no intervalo dos pontos de 6-0 (12)
visto, por exemplo, na Figura abaixo.
Neste caso, em relação ao sentido anti-horário, o vetor referência (H0 - H1) está em adiantado
de (X0 - X1). A partir do ponto 0, ainda no sentido anti-horário, OB ângulos contados entre (H0 -
H1) e (X0 - X1) são negativos.
As Figuras abaixo mostram exemplos para a determinação do deslocamento angular a partir do
tipo de conexão dos enrolamentos do transformador.
Considerando os ponteiros de um relógio, no seu sentido anti-horário, tem-se que o
deslocamento angular do transformador representado na Figura acima é de +150o. Neste caso, o
ponteiro das horas está à direita do ponteiro dos minutos (referência) no sentido horário,
perfazendo, assim, um ângulo positivo de 150o.
O da Figura abaixo é de –30o, pois o ponteiro das horas está à esquerda do ponteiro dos
minutos (referência).
- 83 -
Já a Figura abaixo representa um transformador com o deslocamento angular de +600, pois o
ponteiro das horas está à direita do ponteiro dos minutos.
Ao se ligar a chave S, se observa que o ponteiro poderá defletir no sei tido positivo, negativo
- 84 -
ou manter-se na posição central, permitindo-se organizar Tabela abaixo. Conforme a deflexão dos
ponteiros, durante as medições, identifica-o o ângulo de defasamento do transformador.
MEDIÇÃO
A B C ÂNGULO DEFASAGEM
X1 X2 X1 X3 X2 X3 (GRAUS) ANGULAR
+ - + - + - 0 0
+ - 0 0 - + 30 1
- + - + + - 180 6
- + 0 0 + - 210 7
- 85 -
CUIDADOS QUE DEVEMOS TOMAR NA LIGAÇÃO EM TRANSFORMADORES
TRIFÁSICOS
- 86 -
- 87 -
- 88 -
- 89 -
UNIDADE 5
APOSTILA DE TRANSFORMADORES
AUTOTRANSFORMADORES
• TEORIA DE FUNCIONAMENTO
• IDENTIFICAÇÃO DE SUAS POLARIDADES
• RELAÇÃO DE TENSÕES E CORRENTES
• EFICIÊNCIA
• POTENCIA NOMINAL
• RENDIMENTO
• APLICAÇÕES E ENSAIOS PROPOSTOS
- 90 -
1. INTRODUÇÃO
2. REPRESENTAÇÃO DE UM AUTOTRANSFORMADOR
V 1 N1
≅
V2 N2
Seja o autotransformador da Figura abaixo. Nesta figura, pode-se observar que a tensão do
lado secundário é a tensão do enrolamento comum e a tensão primária é a soma fasorial das
tensões nos terminais dos enrolamentos comum e série, ou seja:
V1=V´1+V`2 e V2=V`2
Pode-se dizer que as tensões V'> e V'2 diferem das tensões induzidas pelo fluxo resultante
(fcem e fem, respectivamente) no núcleo apenas da parcela correspondente ao fluxo de dispersão
(reatância de dispersão).
Admitindo que o transformador indicado na Figura acima seja subtrativo, as tensões É’>
(fcem) e Ê ‘2< (fem) induzidas nos enrolamentos série e comum, respectivamente, estão em fase.
Da mesma forma, V' e V'2 também estão, praticamente, em fase; e, para fins práticos, pode-se
dizer que a soma fasorial pode ser tomada como uma expressão algébrica, ou seja:
VI=V'1+V'2
V `1 N 1
≅
V `2 N 2
N1
V 1 ≡ V `2
+ 1 V 1 ≡ N1 + N 2
Ou
N2 V2 N2
A equação da relação de corrente pode ser obtida de forma análoga
I-2 92≡- N 2
I1 N1 + N 2
4. POTÊNCIA NOMINAL E RENDIMENTO DO AUTOTRANSFORMADOR
Para comparação seja um transformador monofásico que tenha uma potência nominal dada por:
STMN=V1.I1
Na Figura acima, pode-se notar que a tensão do circuito primário, que para o transformador
normal era V1, no caso do autotransformador é V1 + V2, logo a potência no primário do
autotransformador será: SIAT = (V1 + V2)I1
N2 N2
SIAT = (V1 + ) I1 = (1 + )V1 I1
Utilizando-se da relação entre espiras vem: N1 N1
N2
SIAT = SIMN (1 + )
N1
A Equação acima mostra que qualquer que seja a relação entre o número de espiras do
primário e secundário de um transformador normal, sendo ele convertido em um
autotransformador, a potência disponível neste último é maior, levando-o a ter um tamanho
menor que um transformador normal de potência equivalente. Em outras palavras, isso
equivale a dizer que, em princípio, o custo por kVA de um autotransformador é menor que o
do transformador normal.
Cabe notar ainda, com base na Figura do circuito equivalente do autotransformador, que o
circuito série do autotransformador (primário do transformador convencional) deve ter seu
isolamento previsto para uma tensão V1 + V2. Por outro lado, a corrente no enrrolamento comum
do autotransformador (secundário do transformador convencional) é dada por V'2, O que permite
a possibilidade de ter neste enrolamento condutores de bitola menor que a do transformador
- 93 -
normal.
Assim, um balanço entre dimensões, isolamento e cobre permite concluir que um
autotransformador tem seu preço inferior a um transformador normal com potência
equivalente.
O autotransformador tem seu rendimento definido de modo idêntico ao transformador normal,
ou seja, é definido pela relação entre as potências ativa entregue á carga e a recebida. Assim:
P2
η=
P1
Em que: η é o rendimento; P1, a potência ativa absorvida pelo primário; e P2, a potência entregue
pelo secundário.
Com base nos desenvolvimentos anteriores, pode-se concluir que o transformador normal
possui um rendimento menor que o autotransformador.
Na Figura A abaixo representa-se o autotransformador por duas bobinas ideais ligadas de modo a
poder formar os circuitos comum e série.
Para se obter a impedância de dispersão, realiza-se o ensaio em curto-circuito. Como o caso do
convencional, o autotransformador introduz uma impedância-série no circuito ao qual está ligado.
O circuito equivalente nesta situação é indicado na Figura B abaixo e , pelo fato de existirem as
bobinas série e comum, duas impedâncias fazem-se necessárias.
Figura A Figura B
- 94 -
Na Figura A acima, as impedâncias de dispersão dos circuitos série e comum são conectadas
em série com as respectivas bobinas ideais e, assim, as bobinas representadas naquela figura
serão responsáveis pela relação de transformação.
Por outro lado, é interessante referir as impedâncias ao primário ou secundário do
autotransformador. Por conveniência, será representado como é usual, do lado do primário.
6. AUTOTRANSFORMADOR TRIFÁSICO
- 95 -
UNIDADE 6
APOSTILA DE TRANSFORMADORES
TRANSFORMADORES ESPECIAIS
• TIPOS
• TEORIA DE FUNCIONAMENTO
• TRANSFORMADOR DE CORRENTE
• TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
• APLICAÇÃO E ENSAIOS PROPOSTOS
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TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTO
TIPOS
• Transformadores de Potencial- TP
• Transformadores de Corrente- TC
FINALIDADE
TRANSFORMADORES DE CORRENTE
INTRODUÇÃO
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
1- TC tipo Barra
É aquele cujo enrrolamento primário é constituído por uma barra fixada através do núcleo do
transformador, conforme mostrado abaixo.
- 97 -
2- TC tipo enrrolado
É aquele cujo enrrolamento primário é constituído de uma ou mais espiras envolvendo o
núcleo do transformador, conforme ilustrado abaixo.
3- TC tipo janela
É aquele que não possui um primário fixo no transformador e é constituído de uma abertura
através do núcleo, por onde passa o condutor que forma o circuito primário, conforme abaixo.
4- TC tipo bucha
É aquele cujas características são semelhantes ao TC do tipo barra, porém sua instalação é
feita
na bucha dos equipamentos ( transformadores, disjuntores, etc.), que funcionam como
enrrolamento primário, de acordo como mostrado abaixo.
5- TC de núcleo dividido
É aquele cujas características são semelhantes às dos tipos janela, em que o núcleo pode ser
separado para permitir envolver o condutor que funciona como enrrolamento primário, conforme
mostrado abaixo.
- 98 -
6- TC com vários enrrolamentos primários
É aquele constituído de vários enrrolamentos primários montados isoladamente e apenas um
enrrolamento secundário, conforme abaixo.
- 99 -
Os transformadores de corrente de baixa tensão normalmente têm o núcleo fabricado em ferro-
silício de grãos orientados e está, juntamente com os enrrolamentos primário e secundário,
encapsulado em resina epóxi, submetida a polimerização, o que lhe proporciona endurecimento
permanente, formando um sistema inteiramente compacto e dando ao equipamento características
elétricas e mecânicas de grande desempenho, ou seja:
• Incombustibilidade do isolamento;
• Elevada capacidade de sobrecarga, dada a excepcional qualidade de condutividade térmica da
resina epóxi;
• Elevada resistência dinâmica às correntes de curto-circuito;
• Elevada rigidez dielétrica.
Também são encontrados transformadores de corrente para uso interno, construídos em tanque
metálico cheio de óleo mineral e provido de buchas de porcelana vitrificada comum aos terminais
de entrada e saída da corrente primária conforme figura a seguir.
Os transformadores de corrente fabricados em epóxi são normalmente descartados depois de
um defeito interno. Não é possível a sua recuperação.
Os transformadores de corrente de alta tensão para uso ao tempo são dotados bucha de
porcelana vitrificada com saias, comum aos terminais de entrada da corrente primária. A Figura
abaixo mostra um TC para uso ao tempo isolado 72,6 kV.
Os transformadores de corrente destinados a sistemas iguais ou superiores a 69 kV têm os seus
primários envolvidos por uma blindagem eletrostática, cuja finalidade é uniformizar o campo
elétrico.
CARACTERISTICAS ELÉTRICAS
CORRENTES NOMINAIS
As correntes nominais primárias devem ser compatíveis com a corrente de carga do circuito
primário.
As correntes nominais primárias e as relações de transformação nominais estão discriminadas
nas tabelas abaixo, para relações nominais simples e duplas, utilizadas para ligação série/paralelo
no enrrolamento primário.
- 101 -
CORRENTE CORRENTE RELAÇÃO CORRENTE RELAÇÃO
PRIMÁRIA PRIMÁRIA NOMINAL PRIMÁRIA NOMINAL
PADRONIZADA PADRONIZADA PADRONIZADA
5 1:1 5 x 10 1 x 2:1
10 2:1 10 x 20 2 x 4:1
15 3:1 15 x 30 3 x 6:1
20 4:1 20 x 40 4 x 8:1
25 5:1 25 x 50 5 x 10:1
30 6:1 30 x 60 6 x 12:1
40 8:1 40 x 80 8 x 16:1
50 10:1 50 x 100 10 x 20:1
60 12:1 60 x 120 12 x 24:1
75 15:1 75 x 150 15 x 30:1
100 20:1 100 x 200 20 x 40:1
125 25:1 150 x 300 30 x 60:1
150 30:1 200 x 400 40 x 80:1
200 40:1 300 x 600 60 x 120:1
250 50:1 400 x 800 80 x 160:1
5
300 60:1 600 x 1200 120 x 240:1
400 80:1 800 x 1600 160 x 320:1
500 100:1 1000 x 2000 200 x 400:1
600 120:1 1200 x 2400 240 x 480:1
800 160:1 1500 x 3000 300 x 600:1
1000 200:1 2000 x 4000 400 x 800:1
1200 240:1 2500 x 5000 500 x 1000:1
1500 300:1 3000 x 6000 600 x 1200:1
2000 400:1 4000 x 8000 800 x 1600:1
2500 500:1 5000 x 10000 1000 x 2000:1
3000 600:1 6000 x 12000 1200 x 2400:1
4000 800:1 7000 x 14000 1400 x 2800:1
5000 1000:1 8000 x 16000 1600 x 3200:1
6000 1200:1 9000 x 18000 1800 x 3600:1
8000 1600:1 10000 x 20000 2000 x 4000:1
As correntes nominais secundárias são adotadas geralmente iguais a 5A. Em alguns casos
especiais, quando os aparelhos, normalmente relés de são instalados distantes dos
transformadores de corrente, pode-se adotar a corrente secundária de 1 A, a fim de reduzir a
queda de tensão nos fios de interligação. NBR 6856/81 adota as seguintes simbologias para
definir as relações de correntes.
• Sinal de dois pontos (:) deve ser usado para exprimir relações n como, por exemplo: 300:1;
•O hífen (-) deve ser usado para separar correntes nominais de enrolamento diferentes, como, por
exemplo: 300-5 A, 300-300-5 A (dois enrolam primários), 300-5-5 (dois enrolamentos
secundários);
•O sinal (x) deve ser usado para separar correntes primárias nominais, ainda relações nominais
duplas, como, por exemplo, 300 x 60~5A (correntes primárias nominais) cujos enrolamentos
podem ser ligados em série paralelo, segundo podemos ver nos TC`s já vistos;
• A barra ( / ) deve ser usada para separar correntes primárias nominais ou relações nominais
obtidas por meio de derivações, efetuadas tanto nos enrrolamentos primários como nos
secundários, como, por exemplo. 300/400-5 A, ou 300-5/5 A, como visto na Figura do TC de
várias derivações secundárias.
CARGAS NOMINAIS
Os transformadores de corrente devem ser especificados de acordo com a carga que será ligada
no seu secundário. Dessa forma, a NBR 6856/81 padroniza as cargas secundárias de acordo com
a Tabela abaixo.
- 102 -
NBR 6856 - Cargas nominais para T.C. para características à 60Hz
Designação Resistência Indutância Potência Fator de Impedância
Ω mH Aparente potência
VA
1 2 3 4 5 6
C 2,5 0,09 0,116 2,5 0,9 0,1
C 5,0 0,18 0,232 5,0 0,9 0,2
C 12,5 0,45 0,580 12,5 0,9 0,5
C 25,0 0,50 2,3 25,0 0,5 1,0
C 50,0 1,0 4,6 50,0 0,5 2,0
C 100,0 2,0 9,2 100,0 0,5 4,0
C 200,0 4,0 18,4 200,0 0,5 8,0
Nota: Quando a corrente secundária nominal for diferente de 5A , os valores de resistência, indutância e impedância
das cargas nominais são obtidos multiplicando- se os valores desta tabela pelo quadrado da relação entre 5A e a
corrente secundária nominal.
Ptc 200
Considerando um TC C200, a impedância de carga nominal é de: Zs = = 2 = 8Ω
I s2 5
Deve-se frisar que, quando a corrente secundária nominal é diferente de 5 A, os valores das
cargas devem ser multiplicados pelo quadrado da relação entre 5A e a corrente secundária
nominal correspondente, para se obter os valores desejados dos referidos parâmetros.
A carga dos aparelhos que devem ser ligados aos transformadores de corrente tem que ser
dimensionada criteriosamente para se escolher o TC de carga padronizada compatível. No
entanto, como os aparelhos são interligados aos TC's através de fios , normalmente de grande
comprimento, é necessário calcular-se a potência dissipada nesses condutores e soma-las a
potência dos aparelhos correspondentes. Assim a carga de um transformador de corrente ,
independente de ser destinado à medição ou a proteção, pode ser dada pela equação:
Ctc = ∑ Cap + Lc × Zc × I s2 (VA) onde;
Σcap = Soma das cargas correspondentes às bobinas de corrente dos aparelhos considerados, em
VA;
Is = Corrente nominal secundária , normalmente igual a 5A;
Zc = Impedância do condutor , em Ώ/m ;
Lc = Comprimento do cabo condutor , em metros.
FATOR DE SOBRECORRENTE
Também denominado fator de segurança, é o fator pelo qual se deve multiplicar corrente
nominal primária do TC para se obter a máxima corrente no seu primário até o limite de sua
classe de exatidão. A NBR 6856/81 especifica de sobrecorrente para serviço de proteção em 20
vezes a corrente nominal.
Como já se comentou anteriormente, quando a carga ligada a um transformador de corrente for
inferior à carga nominal deste equipamento, o fator de recorrente é alterado sendo inversamente
proporcional à referida carga. Conseqüentemente, a proteção natural que o TC oferecia ao
aparelho fica prejudicada.
A equação abaixo fornece o valor que assume o fator de sobrecorrente, em função da entre a
carga nominal do TC e a carga ligada ao seu secundário:
Cn
F1 = × Fs , onde:
Cs
Cs- Carga ligada ao secundário, em VA;
- 103 -
Fs- Fator de sobrecorrente nominal ou de segurança;
Cn- Carga nominal, em VA.
CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO
Os TC's destinados ao serviço de proteção, por exemplo, que atingem o início da saturação a
20 x In, ou a 1,5 T, segundo a curva da característica, devem ser projetados para, em operação
nominal, trabalhar com uma densidade magnética aproximadamente igual a 0,075 T. Quando não
se consegue uma chapa de ferro-silício que trabalhe a corrente nominal primária com um valor de
densidade magnética igual ou inferior a 1/20 do valor da densidade magnética de saturação, é
- 104 -
necessário utilizar reatores não-lineares em derivação com os terminais de carga. Logo, neste
caso, a corrente deduzida da carga é igual à corrente de magnetização mais a corrente que flui
pelo reator em derivação.
É importante observar que um transformador de corrente não deve ter o seu circuito
secundário aberto, estando o primário ligado à rede. Isso se deve ao fato de que não há força
desmagnetizante secundária que se oponha à força magnetizante gerada pela corrente primária,
fazendo com que, para correntes elevadas primárias, todo o fluxo magnetizante exerça sua ação
sobre o núcleo do TC, levando-o à saturação e provocando uma intensa taxa de variação de fluxo
na passagem da corrente primária pelo ponto zero e resultando numa elevada força eletromotriz
induzida nos enrolamentos secundários. Nesse caso, a corrente de magnetização do TC assume o
valor da própria corrente de carga. Logo, quando os aparelhos ligados aos TC's forem retirados
do circuito, os terminais secundários devem ser curto-circuitados. A não-observância deste
procedimento resultará em perdas Joule excessivas, perigo iminente ao operador ou leiturista e
alterações profundas nas características de exatidão dos transformadores de corrente.
A permeabilidade medição é muito elevada, magnética, em torno de 0,1 , entrando o TC em
processo de saturação a partir de 0,4 T.
Estes valores de permeabilidade magnética se justificam para reduzir ao possível a corrente de
magnetização, responsável direta, como já se observou ,pelos erros introduzidos na medição
pelos TC's. A permeabilidade magnética caracteriza pelo valor da resistência ao fluxo magnético
oferecido por um determinado material submetido a um campo magnético. Claro que, quanto
maior for a permeabilidade magnética menor será o fluxo que irá atravessar o núcleo de ferro TC,
e, conseqüentemente, menor será a corrente de magnetização.
Já os transformadores de corrente destinados ao serviço de proteção apresentam um núcleo de
baixa permeabilidade quando comparada com os TC`s de medição, permitindo a saturação
somente para uma densidade de fluxo magnético elevada, conforme se pode constatar através da
curva da Figura a seguir.
Tensão secundária
A tensão nos terminais secundários dos transformadores de corrente está limitada pela
saturação do núcleo. Mesmo assim7 é possível o surgimento de tensões elevadas secundárias
quando o primário dos TC's é submetido a correntes muito altas ou existe acoplada uma carga
secundária de valor superior à nominal
Quando a onda de fluxo senoidal está passando por zero, ocorrem momento os valores mais
elevados de sobretensão, já que neste ponto se verifica máxima taxa de variação de fluxo
magnético no núcleo. A equação abaixo permite que se calcule a força eletromotriz induzida no
secundário do TC em função impedâncias da carga e dos enrolamentos secundários do
transformador de corrente
Es = Ics (Rc + Rtc ) 2
+ ( Xc + Xtc ) Volts ,
2
onde
Designaçâo de um TC
É o valor eficaz da corrente primária de curto-circuito simétrico que o TC pode suportar por
um tempo definido, em geral, igual a 1 5, estando com o enrola monto secundário em curto-
circuito, sem que sejam excedidos os limites de elevação do temperatura especificados por
norma.
- 106 -
FATOR TERMICO DE CURTO-CIRCUITO
Tensão máxima do Tensão suportável nominal Tensão suportável nominal Tensão suportável nominal
equipamento (kV) de impulso atmosférico a freqüência industrial de impulso atmosférico cortado
(kV crista) Durante 1 minuto (kV eficaz)
NOTA A NOTA B ( Kv Ef) NOTA A NOTA B
0,6 **** **** 4 **** ****
1,2 **** **** 10 **** ****
7,2 40 60 20 44 66
15,0 95 110 34 105 121
25,8 125 150 50 138 165
38,0 150 200 70 165 220
48,3 250 250 95 275 275
72,5 325 350 140 357 385
Polaridade
CLASSIFICAÇÃO
2. FATOR DE SOBRECARGA
Já a corrente primária nominal de segurança é expressa pelo valor da corrente primária que
atende a equação Kn × Is ≤ 0,9 × Ip
A segurança do instrumento alimentado pelo TC será tanto maior quanto menor for o fator de
segurança. Assim, para um TC 100-5A, instalado num circuito onde a corrente primária de
defeito é de 3.200A e a corrente secundária é de 20A (TC saturado), tem-se:
Kn=100/5 = 20
Is = 4 X 5 = 20 A
Ip = 3.200 A
20 x 20<0,9 x 3.200
400 < 2.880 ( satisfaz a condição)
O fator Fs , segundo a NBR 6856/81 deve ser decidido entre fabricante e comprador desde que
a equação Kn × Is ≤ 0,9 × Ip seja satisfeita. Em geral, Fs varia entre valores de 4 a 10. Isto quer
dizer, neste último caso, que a saturação do TC deve-se dar a partir de: 10 X 100 = 1.000 A.
O valor do fator de sobrecorrente ou de segurança é especificado para a maior carga nominal
designada para o TC. Ao se conectar cargas inferiores, o fator de segurança cresce inversamente
proporcional à redução da carga conectada. Assim um TC cujo Fs = 8, ao se aplicar no seu
secundário uma carga de 50% da sua carga nominal, o fator de segurança toma o valor de: Fs =
8/0,0, 5 = 16.
- 108 -
Normalmente os aparelhos de medida são fabricados para suportar por um período de 1
segundo cerca de 50 vezes a sua corrente nominal, o que permite uma segurança extremamente
grande para a operação destes equipamentos. Já a IEC 185 especifica o fator de segurança desde
que seja atendida a equação:
Ie
× 100 ≥ 10% , onde Ie representa a corrente de excitação e Ins a corrente nominal
Ins × Fs
secundária.
É aquele que é registrado na medição de corrente com TC, onde a corrente primária não
corresponde exatamente ao produto da corrente lida no secundário ela relação de transformação
nominal.
Os erros nos transformadores de corrente são devidos basicamente à corrente do ramo
magnetizante, conforme se mostra na Figura do transformador de corrente equivalente, já
mostrado anteriormente. A impedância do enrrolamento primário não exerce nenhum efeito sobre
o erro do TC, representando apenas uma impedância série no circuito do sistema em que está
instalado este equipamento, cujo valor pode ser considerado desprezível. A representação de um
TC após estas considerações pode ser dada pela Figura abaixo.
Entretanto, este erro pode ser corrigido através do fator de correção de relação (FCRr) e dado
pela equação: FCRr = Is + Ic , Is é a corrente secundária de carga e Ie é a corrente de
Is
excitação referida ao secundário, em A.
- 109 -
O valor desta corrente Ie pode ser determinado a partir da curva de excitação secundária do
TC que, para uma determinada marca, pode ser dado pela figura a seguir:
O fator de correção de relação de transformação também pode ser definido como sendo aquele
que deve ser multiplicado pela relação de transformação de corrente nominal RTC, para se obter
a verdadeira relação de transformação, isto é ,sem erro, ou seja:
RTCr
FCRr = onde RTCr é a relação de transformação real e RTC a relação nominal
RTC
Finalmente , o erro de relação pode ser calculado percentualmente através da equação:
RTCr × Is − Ip
Ep = × 100 , onde Ip é a corrente primária do TC
Ip
O erro da relação também pode ser expresso como: Ep=(100-FCRp) , sendo o FCRp
RTCr
= × 100 .
RTC
Os valores percentuais de FCRp podem ser encontrados nos gráficos das Figuras A, B e C,
respectivamente, para as classes de exatidão iguais a 0,3- 0,6 - 1,2.
- 110 -
ERRO DE ÂNGULO DE FASE
É o ângulo (β) que mede a defasagem entre a corrente vetorial primária e o inverso da corrente
vetorial secundária de uni transformador de corrente, como se vê na Figura abaixo. Para qualquer
fator de correção de relação (FCRp) conhecido de um TC, os valores limites positivos e negativos
do ângulo de fase (β) em minutos podem ser expressos pela equação
β = 2.600 × (FCRp − FCTp ) , em que o fator de correção de transformação (FCTp) do referido
TC assume os valores máximos e mínimos:
Esse fator é definido como sendo aquele que deve ser multiplicado pela leitura registrada por
um aparelho de medição (voltímetro, varimetro etc.) ligado aos terminais de um TC , para corrigir
o efeito combinado do angulo de fase β e do fator de correção de relação percentual FCRp.
CLASSE DE EXATIDÃO
A classe de precisão 3,0 não tem limitação de erro de ângulo de fase e o seu fator de correção
de relação percentual (FCRp) deve situar-se entre 103 e 97% para que possa ser considerado
dentro de sua. classe de exatidão. Como o erro de um transformador de corrente depende da
corrente primária para ser determinada a sua classe de exatidão, a NBR 6856/81 especifica que
sejam realizados dois ensaios que correspondem, respectivamente, aos valores de 10% e 100% da
corrente nominal primária.
Como também o erro é função da carga secundária do TC, os ensaios devem realizados,
tomando-se como base os valores padronizados destas cargas que podem ser obtidos na já
mostrada. O transformador de corrente só é considerado dentro de sua classe de exatidão se os
resultados dos ensaios levados para os gráficos das Figuras do paralelogramo.
Uma análise dos paralelogramos de exatidão indica que, quanto maior for a rente primária,
menor será o erro de relação permitido para o TC. Contrariante, quanto menor for a corrente
primária, maior será o erro de relação permitido. Isto se deve à influência da corrente de
magnetização. Uma outra maneira de testar esta afirmação é observar os gráficos da Figura
abaixo
- 112 -
Através da construção do diagrama fasorial de um transformador de corrente, pode-se
visualizar os principais parâmetros elétricos envolvidos na sua construção.
Ic -corrente de excitação;
μ- fluxo magnetizante.
β - ângulo de fase;
Vs- tensão no secundário de TC;
1s - corrente do secundário;
RS X IS - queda de tensão resistiva do secundário
XS X Is - queda de tensão reativa de dispersão do secundário
Es - força eletromotriz do enrrolamento secundário
Ip - corrente circulante no primário
If - corrente de perdas ôhmicas no ferro
Ainda com relação aos paralelogramos de exatidão, é bom frisar que a classe exatidão
corresponde ao valor do erro de relação percentual tomado para 100% corrente nominal,
conforme se observa nos gráficos das Figuras dos paralelogramos. Correntes inferiores, não
menores do que 10% de In , o erro de relação é maior do o valor dado para a classe de exatidão
correspondente, porém, o transformador de corrente continua normalmente enquadrado dentro de
sua classe de exatidão.
- 113 -
TRANSFORMADORES DE CORRENTE DESTINADOS A PROTEÇAO
Diz-se que um TC tem classe de exatidão 10, por exemplo, quando o erro de relação
percentual, durante as medidas efetuadas, desde a sua corrente nominal secundária até 20 vezes o
valor da referida corrente, é de 10%. Este erro de relação percentual pode ser obtido através da
equação: Ep = Ic × 100 , onde Is é a corrente secundária em seu valor eficaz; e Ie é a corrente de
Ie
excitação correspondente, em seu valor eficaz.
Ainda segundo a NBR 6856, o erro de relação do TC deve ser limitado ao de corrente
secundária desde 1 a 20 vezes a corrente nominal e a qualquer igual ou inferior à nominal.
Deve-se alertar para o fato de que os transformadores de corrente com mais na derivação no
enrolamento secundário têm a sua classe de exatidão relacionado com a sua operação na posição
que leva o maior número de espiras.
• classe B são aqueles cujo enrolamento secundário apresenta reatância que ser desprezada.
Nesta classe, estão enquadrados os TC's com núcleo toroidal ou simplesmente TC's de
bucha;
- 114 -
• classe A são aqueles cujo enrolamento secundário apresenta uma reatância que pode ser
desprezada. Nesta classe, estão enquadrados todos os TC's que NÃO se enquadram na
classe B.
Os transformadores de corrente, como estão em série com o sistema, ficam sujeitos às mesmas
solicitações de sobrecorrente sentidas por este, como, por exemplo, a corrente resultante de um
defeito trifásico.
É importante frisar que não há nenhuma assimetria na corrente de defeito a falta ocorre
exatamente no momento em que a corrente que flui no sistema passando pelo seu zero natural e
em atraso da tensão de 900. Quanto mais Limo ocorrer o instante do defeito do momento em que
se dará o valor de crista da ao menor será o componente contínuo e, conseqüentemente, a corrente
inicial de curto-circuito.
Sabe-se que o componente contínuo diminui exponencialmente com a constante de tempo do
sistema elétrico, Ct, enquanto que o componente alternado da corrente de curto-circuito
permanece inalterado até o instante do desligamento da chave de proteção, considerando que o
defeito tenha ocorrido distante dos terminais da fonte de geração. O valor da corrente de curto-
circuito em qualquer momento pode ser dada pela
Onde
1
cc(t) - valor instantâneo da corrente de curto-circuito, num determinado instante T
Icf - valor eficaz simétrico da corrente de curto-circuito;
T - tempo durante o qual ocorreu o defeito até o desligamento do circuito;
Ct - constante de tempo do sistema que é proporcional à relação X/R, sendo R e X contados
desde a fonte até o ponto de defeito, em segundos;
Θ - ângulo elétrico de defasagem entre Vmax e o instante T = 0.
O primeiro termo da equação acima representa o valor do componente contínuo que decresce
com o valor crescente do tempo T de desligamento. Também, quanto maior for o Ct, maior será a
duração do componente continuo, isto é, quanto mais reativo for o sistema, maior será a duração
do componente contínuo. O segundo termo da equação representa o valor simétrico da corrente
alternada da corrente de curto-circuito.
TC em alta tensão
- 115 -
Exemplo de aplicação de TC´s em proteção de transformadores
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
INTRODUÇÃO
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Na parte inferior do TP está localizado o tanque com os elementos ativos, onde se acha a caixa
de ligação dos terminais secundários. O tanque também dispõe de uni terminal de aterramento do
tipo parafuso de aperto.
Os transformadores de potencial podem ser construídos de dois tipos básicos:
TP`s indutivos e TP's capacitivos.
Grupo 1 - são aqueles projetados para ligação entre fases. São basicamente os do tipo
utilizado nos sistemas de até 34,5 kV. Os transformadores enquadrados neste grupo devem
suportar continuamente 10% de sobrecarga;
Grupo 2 - são aqueles projetados para ligação entre fase e neutro de sistemas diretamente
aterrados, isto é:
Rz
≤1
Xp
Grupo 3 - são aqueles projetados para ligação entre fase e neutro de sistemas onde não se garanta
a eficácia do aterramento.
- 118 -
2. TRANSFORMADOR DE POTENCIAL DO TIPO CAPACITIVO
Os transformadores deste tipo são construídos basicamente com a utilização e dois conjuntos
de capacitores que servem para fornecer um divisor de tensão e permitir a comunicação através
do sistema Carrier. São construídos normalmente para tensões iguais ou superiores a 138 kV e
apresentam como esquema básico da figura abaixo.
A não ser pela classe de exatidão, os transformadores de potencial não se diferenciam entre
aqueles destinados à medição e à proteção. Contudo, são classificados de acordo com o erro que
introduzem nos valores medidos no secundário.
CARACTERÍSTICAS ELETRICAS
Este tipo de erro é registrado na medição de tensão com TP, onde a tensão primária não
corresponde exatamente ao produto da tensão lida no secundário pela relação de transformação
de potencial nominal. Este erro pode ser corrigido através do fator de correção de relação (FCR).
O produto entre a relação de transformação de potencial nominal (RTP) e o fator de correção de
relação resulta na relação de transformação de potencial real (RTPr), ou seja:
- 119 -
RT Pr
FCRr =
RTP
Finalmente, o erro de relação pode ser calculado percentualmente através da equação abaixo:
RT Pr× Vs − Vp
Ep = × 100 (%) , onde Vp é a tensão aplicada no primário do trafo de potencial.
Vp
O erro de relação percentual também pode ser expresso pela equação:
Ep = (100 − FCRp ) %
RT Pr
FCRp = × 100 (%)
RTCp
Os valores percentuais de FCRp podem ser encontrados nos gráficos da figura abaixo, que
compreendem as classes de exatidão : 0,3 ; 0,6 ; 1,2.
E o ângulo γ que mede a defasagem entre a tensão vetorial primária e a tensão vetorial
secundária de um transformador de potencial. Pode ser expressa pela equação abaixo:
- 120 -
FCTp é o fator de correção de transformação que considera tanto o erro de relação de
transformação (FCRp), como o erro do ângulo de fase, nos processos de medição de potência. A
relação entre o ângulo de fase (γ) e o fator de correção de relação é dado nos gráficos da Figura
acima, extraída da NBR 6855/81.
CLASSE DE EXATIDÃO
Desta forma conclui-se que o FCT é o número que deve ser multiplicado elo valor da leitura
de determinados aparelhos de medida, tais como o medidor e energia elétrica e de demanda,
wattímetro, varimetro, etc, de sorte a se obter correção dos efeitos simultâneos do fator de
correção de relação e do ângulo de defasagem entre Vs e o inverso de Vp.
Considera-se que um TP está dentro de sua classe de exatidão, quando os pontos determinados
pelos fatores de correção de relação (FCR) e pelos ângulos e fase (γ) estiverem dentro do
paralelogramo de exatidão, correspondente a sua classe de exatidão.
Para se determinar a classe de exatidão do TP, são realizados ensaios a vazio e em carga com
valores padronizados por norma. Cada ensaio correspondente cada carga padronizada é efetuado
para as seguintes condições:
- 121 -
Através da construção do diagrama fasorial de um transformador de potencial pode-se
visualizar os principais parâmetros envolvidos na sua construção.
Pode-se perceber no diagrama o ângulo de fase γ, formado pela tensão secundária Vs, tomada
no seu inverso, e a tensão primária.
TENSÕES NOMINAIS
Os transformadores de potencial, por norma, devem suportar tensões de serviço de 10% acima
de seu valor nominal, em regime contínuo, sem nenhum prejuízo a sua integridade.
As tensões nominais primárias devem ser compatíveis com as tensões de operação dos sistemas
primários aos quais os TP's estão ligados. A tensão secundária é padronizada em 115 V, para TP's
do grupo 1 e 115/√3 v para TP't pertencentes aos grupos 2 e 3.
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• sinal de dois pontos (:) deve ser usado para representar relações nominais, como por
exemplo 120:1;
• o hífen (-) deve ser usado para separar relações nominais de enrolamentos diferentes, como
por exemplo: 13.800-115V e 13.800/ √3- 115V;
• sinal (x) deve ser usado para separar tensões primárias nominais e relações nominais de
enrolamentos destinados a serem ligados em série ou paralelo, como por exemplo: 6.900x
13.800 - 115 V
• a barra (/) deve ser usada para separar tensões primárias nominais e relações nominais
obtidas por meio de derivações, seja no enrolamento primário, seja no enrolamento
secundário, como por exemplo: 13.800/√3 - 115/115/√3, que corresponde a um TP do grupo
2 ou 3, com um enrolamento primário e um enrolamento secundário com derivação.
CARGAS NOMINAIS
A soma das cargas que são acopladas a um transformador de potencial deve ser compatível
com a carga nominal deste equipamento padronizada pela NBR /6855/81 e dada na Tabela
abaixo.
- 124 -
Ao contrário dos transformadores de corrente, a queda de tensão nos condutores de
interligação entre os instrumentos de medida e o transformador de potencial é muito pequena.
Contudo, deve-se tomar precauções quanto às quedas de tensão secundárias para circuitos muito
longos, que podem ocasionar erros de medida, se estudou anteriormente.
Como se observa na Tabela acima, os transformadores de potencial alimentam cargas cujas
impedâncias normalmente são muito elevadas. Como a corrente se secundária é muito pequena,
pode-se concluir que estes equipamentos operam praticante a vazio. Porém, nos cálculos do fator
de correção de relação de carga total ângulo de defasagem, deve-se levar em consideração a
reatância indutiva dos condutores secundários de alimentação das cargas.
A Tabela abaixo indica, em média, as cargas dos principais aparelhos que normalmente são
ligados a transformadores de potencial, devendo-se alertar para o fato de que na elaboração de um
projeto é necessário conhecer a carga real do aparelho, a esse valor variar sensivelmente entre
modelos e entre fabricantes.
- 125 -
É conveniente neste caso, que os circuitos de comando sejam conectados ao sistema através de
transformadores de potencial, ligados entre fases, o que permitiria uma alimentação com tensão
estável em 220 volts, como prescrevem as normas.
Como os contatores são os elementos mais comumente utilizados nas instalações elétricas
industriais que devem ser obedecidas na ligação de suas bobinas, ou seja:
• a queda de tensão no circuito de comando não deve ultrapassar a 5%, em regime intermitente;
• carga a ser computada para o dimensionamento do transformador de potencial deve levar em consideração a
potência das lâmpadas de sinalização, a carga consumida continuamente pelas bobinas e a sua potência de
operação;
• no cálculo da carga total deve-se levar em consideração tanto as cargas ativas como as cargas reativas das
bobinas em regime contínuo e em regime dc operação
A Tabela abaixo dá os valores de potência das bobinas dos contatores da linha 3TB de
fabricação Siemens, tanto em regime permanente como em regime de curta duração.
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POLARIDADE
Diz-se que um transformador de potencial tem polaridade subtrativa, por exemplo, quando a
onda de tensão, num determinado instante, atingindo os terminais primários, tem direção de H1
para 112 e a correspondente onda de tensão secundária está no sentido de X1 para X2. Caso
contrário, diz-se que o transforma-ir de potencial tem polaridade aditiva.
A maioria dos transformadores de potencial tem polaridade subtrativa, sendo inclusive indicada
pela NBR 6855/81. Somente sob encomenda são fabricados transformadores de potencial com
polaridade aditiva.
Construtivamente, os terminais de mesma polaridade vêm indicados ao TP em
correspondência. A polaridade é obtida orientando-se o sentido de execução do enrolamento
secundário em relação ao primário, de modo a se conseguir a orientação desejada do fluxo
magnético.
DESCARGAS PARCIAIS
As normas prescrevem os valores limites e o método para a medição das descargas parciais,
tanto para transformadores imersos em óleo isolante como para aqueles encapsulados em epóxi.
Potência térmica nominal é a potência que o TP pode suprir continuamente, sem que sejam
excedidos os limites de temperatura nominais. Para os transforma-dores de potencial pertencentes
aos grupos de ligação 1 e 2, a potência térmica nominal não deve ser inferior a 1,33 vezes a carga
nominal mais elevada, relativamente à classe de exatidão.
O valor da potência térmica de um transformador de potencial pode ser determinado a partir da
equação abaixo:
VS2
Pth = 1,21 × K × (va)
Zcn
onde Vs- tensão secundária nominal, em volts; Zcn- impedância correspondente à carga nominal, em Ω e K= 1,33-
para TP's dos grupos 1 e 2; K= 3,6 pra TP´s do grupo 3.
TENSÕES SUPOFLÁV
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