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“PRINCÍPIOS BÁSICOS DE

SEGURANÇA EM OPERAÇÕES
COM GUINDASTES”

&OLQDOGR*XHGHV
Índice

1- Tipos de Guindaste e componentes

2- Tabelas de Carga

3- Condições que afetam as capacidades dos guindastes

4- Inspeção Pré-Operacional

5- Crane set up

6- Trabalho próximo a redes elétricas

7- Práticas operacionais e procedimentos

8- Acessórios para içamento

9- Estudo de rigging

10- Anexos
1- TIPOS DE GUINDASTE E COMPONENTES
Guindaste com lança telescópica.

Guindastes Industriais

Carrydeck Crane

Carrydeck Crane

Pick-and-Carry Crane
Guindaste RT
Cabine Giratória

Guindaste RT
Cabine Fixa

Guindaste AT
Montado sobre cavalo ou esteiras

Montado sobre
cavalo

Montado sobre
esteira
Guindastes montados sobre caminhões comerciais

Montado na dianteira

Montado na traseira

Lança articulada
(tipo munck)
Acessórios para lança telescópica

Guindaste telescópico
com jib estocado

Com jib montado

Jib treliçado e Jib treliçado e Jib auxiliar


Jib auxiliar aux. telescópico
Guindaste telescópico com Luffing Jib
Jib auxiliar
Pendente dianteiro do Jib

Dispositivo para bloqueio da bola


Mastro do Jib
Polia superior do jib treliçado
Pendente traseiro do Jib Cabo da bola
Bola
Jib treliçado montado
Polia da ponta da lança
Cabo do moitão principal
Moitão principal
Cabeça da lança
Jib estocado Polia auxiliar

Guincho Principal
Guincho Auxiliar
Cilindro de lança
Contrapeso Cabine
Motor Mesa de giro

Patola
Centro do Giro
Guindastes montados sobre cavalo

Jib auxiliar
Pendente dianteiro do jib
Mastro do jib Dispositivo de parada da bola
Pendente traseiro do jib Roldana do jib treliçado
Cabo do jib
Jib treliçado montado
Roldana da ponta da lança

Cabeça da lança
Terceira seção de lança Cabo de carga do moitão
Moitão
Segunda seção de lança

Primeira seção de lança

Jib estocado
Pino do pé da lança Seção base da lança
Guincho principal
Guincho auxiliar Cilindro de levantamento da lança
Contra peso
Upper
Cavalo
Centro do giro
Guindastes montados sobre caminhão comercial

Roldana da ponta da lança


Limitador da bola
Seção de lança telescópica

Bola

Seção base da lança

Cilindro de levantamento da lança


Guincho

Estabilizadores

Torre
Chassi do caminhão
Estabilizador traseiro
Centro de giro
Guindaste com lança treliçada.
Guindastes montados sobre cavalo e esteira

Guindaste treliçado sobre


esteiras

Guindaste treliçado sobre


cavalo
Acessórios para içamentos pesados

Guindaste de esteira com ring

Guindaste de esteira
com Guy Derrick

Guindaste de esteira com


Sky Horse
Acessórios para lanças treliçadas

Jibs para lanças treliçadas

Guindaste de esteira com


Luffing e Jib

Guindaste sobre cavalo


montado como torre
Componentes das lanças dos guindastes treliçados montado sobre cavalo
Guindaste montado sobre esteira
2 - TABELAS DE CARGA
Centro de gravidade do guindaste

Centro de gravidade é o ponto de um objeto no qual pode ser considerado que todo peso esta ali
concentrado. Como todos os objetos, os principais componentes dos guindastes têm seus respectivos
CGs

CG da Lança

CG do upper
CG do chassi

CG do chassi

CG combinado

Quando estes componentes são montados no guindaste, o guindaste tem um centro de gravidade
combinado
Principio da Alavanca
O principio da alavanca é usado para determinar as capacidades tabeladas.

Eixo de tombamento

Peso Braço Peso

Mesmo principio

Mesmo principio

Carga
Contrapeso
Eixo de
tombamento

Momento de equilíbrio
Alavanca do guindaste Alavanca da carga
Peso Distância = Distância Peso
do X horizontal do horizontal do X da
Guindaste CG ao eixo CG da carga carga
de tombamento ao eixo de
tombamento
Alavanca e Estabilidade

Conforme a estrutura do upper gira, o centro de gravidade do guindaste move-se para junto do seu
eixo de tombamento. O movimento do centro de gravidade do guindaste aumenta a alavanca
exercida pela carga no guindaste e faz com que diminua a capacidade de carga do mesmo. Isto
explica porque um guindaste pode tornar-se instável até o ponto de tombar, quando uma carga é
içada pela frente de um guindaste RT e girado para o lado. Sempre consulte a tabela de carga antes
de qualquer içamento. Um guindaste é estável quando seu momento é maior do que o momento
exercido pela carga.

Sobre pneus Sobre pneus


de frente de lado

O guindaste esta estável


quando sua alavanca é
maior do que a alavanca
proporcionada pela
carga.
Eixo de
Eixo de tombamento
tombamento

Estável quando: o peso do guindaste x A é maior do que o peso da carga X B


Sobre patolas Sobre patolas
de traseira de lado

Estável quando : Peso do guindaste x A é maior do que o peso da carga x B

A maioria dos guindastes montados sobre cavalo tem


sua capacidade máxima pela traseira. Quando o
upper é girado para a lateral, a capacidade será
Sobre patolas de frente menor porque a distância do centro de gravidade do
guindaste ao eixo de tombamento é diminuída. A
maioria dos fabricantes não permitem o içamento de
cargas pela frente da máquina a menos que a patola
dianteira esteja apoiada
Taxa de Inclinação

Conforme o guindaste inclina, o momento exercido pela carga aumenta e o exercido pelo
guindaste diminui. Isto pode ocorrer rapidamente, tornando-se impossível retornar a
posição inicial pelo abaixamento da carga.

Alavanca da carga

Alavanca do guindaste
Alavanca da carga aumenta

Alavanca do guindaste
diminui
Fatores de estabilidade frontal
Estabilidade dianteira é definida como a capacidade do guindaste resistir a tombamento
frontal. Quando do desenvolvimento das cargas tabeladas pela estabilidade, os
fabricantes reduzem as cargas de tombamento por um percentual estabelecido por
padrões internacionais
MARGEM DE ESTABILIDADE
Guindastes de Esteira 75%
Guindastes montados sobre cavalo
- Patolado 85%
- Sobre Pneus 75%
Guindastes sobre caminhões comerciais 85%

Guindaste sobre esteiras


Capacidade tabelada = carga de Guindaste sobre cavalo patolado
tombamento X 75% Capacidade tabelada = carga de
tombamento X 85%

Guindaste sobre caminhões


Guindaste sobre pneus comerciais
Capacidade tabelada = carga de Capacidade tabelada = carga de
tombamento X 75% tombamento X 85%
Fatores de Estabilidade Traseira

Normalmente estamos preocupados com o tombamento para frente, obviamente na


direção da carga; entretanto, os guindastes podem tombar pela traseira. A estabilidade
traseira é a capacidade do guindaste em resistir ao tombamento sem carga.
As margens de estabilidade traseira são baseadas nas seguintes condições gerais:
- de lado
- nivelado dentro de 1% sobre solo firme
- todos os tanques com pelo menos ½ de capacidade
- outros níveis de fluido conforme especificado

Sem carga Lança toda fechada

Ângulo máximo da lança

Carga nas rodas do guindaste não menos


do que 15% do seu peso total Despatolado
Limitações de capacidade

Sobrecarga no guindaste pode causar tombamento ou falha estrutural

Guindaste sobrecarregado

Resulta em

Tombamento

Ou

Falha estrutural
Bases para as capacidades tabeladas
Todas as capacidades de carga listadas na tabela de carga são baseadas na resistência
estrutural ou na estabilidade do guindaste. Estas capacidades são normalmente
identificadas pela divisão da tabela de carga através do uso de linha preta, asteriscos ou
área sombreada.

Estrutural

Linha Cheia

Estabilidade
Asteriscos

Estrutural

Estabilidade
Sombreado

Estrutural

Estabilidade
Componentes que podem falhar por sobrecarga

Guindastes não estão sujeitos


simplesmente a tombamento. Eles podem
ter uma falha estrutural antes mesmo de
qualquer sinal de tombamento. A falha
estrutural é freqüentemente inesperada,
especialmente quando o operador está
trabalhando na área estrutural e está
esperando que a máquina de sinal de
tombamento para que ele avalie a
sobrecarga. Ao lado são mostrado alguns
componentes que podem falhar.
A correta capacidade de içamento é o principal objetivo de interpretar e aplicar a tabela de
carga. Para determinar a capacidade de içamento do guindaste existem certos passos ou
procedimentos que devem ser seguidos.
Configuração do Guindaste

A seleção correta da tabela de carga vai ser determinada pela extensão dos outriggers,
esteiras, pneus e etc.
O guindaste deve ser configurado de acordo com os requerimentos exigidos pelo
fabricante na tabela de carga usada. Algumas das solicitações mais comuns são: tipo de
lança treliçada e seqüência, quantidade de contrapesos, posição do mastro, etc.
Levantamento “sobre pneus” não é normalmente permitido em guindastes montados
sobre caminhões comerciais. Consulte sempre a tabela de carga.

Montado sobre cavalo

Montado sobre esteira

Montado sobre caminhão


Áreas de Operação

Áreas de operação, ou quadrantes como elas também são conhecidas, se referem a uma
parte particular do circulo de trabalho do guindaste. O tamanho de cada área pode diferir
de modelo para modelo e de fabricante para fabricante. Algumas tabelas de carga são
válidas para 360º de operação. Antes de operar, consulte a tabela de carga especifica da
máquina.
Quadrantes típicos são:
- pelo lado
- pela traseira
- pela frente
Lateral
De frente

De traseira
Lateral
Existem dois tipos de áreas de operação para os guindastes de esteira: aqueles baseados
no centro de rotação do upper e aqueles baseados na linha de centro das esteiras.

Guindaste de esteira com


mesa de giro centrada.
Áreas de operação baseadas
no centro de rotação upper.

Guindaste de esteira com


mesa de giro centrada
Áreas de operação baseadas
na linha de centro das
esteiras
Comprimento da lança

O significado do termo “comprimento da lança” na tabela de carga não é sempre o


mesmo. Às vezes o termo inclui a extensão da lança, outras vezes não. Esteja certo de
entender o que a tabela de carga chama de “comprimento da lança”. Normalmente é
conforme mostrado abaixo.

Comprimento da
lança Comprimento total da lança

Comprimento da lança
principal

Comprimento total
da lança

Comprimento O comprimento do jib não é


da lança normalmente incluído no
principal termo “comprimento da
lança”.
Comprimento de lança exato na tabela
Comprimento de lança entre valores listados na tabela

Por causa da versatilidade do guindaste de lança telescópica é comum quando


executamos um içamento encontrarmos valores de lança intermediários aos existentes na
tabela de carga.
Raio da Carga

O raio da carga é a distância horizontal do centro do giro à linha de centro do moitão ou


ao centro de gravidade da carga içada.
A menos que indicado pelo fabricante, use o raio de operação ao invés do ângulo da
lança para determinar a capacidade bruta.

A deflexão do pneu
resultará em um aumento
do raio.

Raio sem carga

Raio com carga

Deflexão da lança resultará em aumento de


raio.
Raio de Carga entre valores listados na tabela
Use o raio mais longo quando o raio de carga estiver entre os valores listados na tabela.
Nunca interpole ou “divida a diferença” dos valores tabelados.
Ângulo da lança

O ângulo da lança nos guindastes de lança telescópica é o ângulo entre a linha de centro
da lança base e a horizontal depois de içada a carga.

O ângulo da lança nos guindastes


treliçados é o ângulo entre a linha de
centro da lança e a horizontal depois
de içada a carga.
Capacidade Bruta
Capacidade bruta, a qual algumas vezes é chamada de capacidade tabelada, são listadas
nas tabela de carga de acordo com o comprimento de lança, ângulo da lança e raio.
Capacidades brutas não são as cargas máximas ou objetos que podem ser içados.
Deduções na capacidade

Os acessórios de içamento podem adicionar uma quantidade tal de carga ao guindaste,


que pode reduzir sua capacidade consideravelmente. Todos os acessórios de içamento
devem ser considerados como parte de carga, e devem ser deduzidos da capacidade
bruta ou tabelada.

Cabo de aço
Bola
Jib

Moitão
Acessórios
Peso liquido da carga

Bola
Acessórios
Peso liquido da carga
Cabo do moitão
Moitão
Dependendo de sua localização, o peso atual dos acessórios de içamento podem
representar uma carga menor ou até mesmo maior do que seu peso real.
É crucial que todos os acessórios usados no içamento sejam levados em consideração.

Moitão
Acessórios
Carga liquida
Jib estocado

Bola
Acessórios
Carga liquida
Cabo do moitão
Moitão

Polia auxiliar
Cabo da bola
Bola
Moitão
Acessórios
Carga liquida
Jib estocado
Deduções na capacidade

QUANDO deduzir o peso do cabo de içamento (carga)


QUANDO o fabricante especificar na tabela de carga que o cabo de carga deve ser
deduzido.
QUANDO o guindaste está com um número de pernas superior ao mínimo exigido para o
içamento.
QUANDO o guindaste está com o cabo passado, porém não está sendo utilizado para o
içamento.
QUANDO há pernas de cabos abaixo do nível do solo.

Há menos que você tenha certeza que o cabo de aço foi levado em consideração pelo
fabricante, use a tabela acima como guia.
A capacidade liquida é a capacidade bruta menos as deduções de acessórios. A capacidade liquida é a
carga líquida máxima ou objeto que pode ser içado pelo guindaste. A capacidade de içamento do
guindaste também pode ser limitada pelo número de pernas, capacidade do cabo de carga, capacidade
do moitão ou bola, etc.
Carga bruta X Carga liquida

Jib Carga bruta =


Bola
carga liquida mais
Cabos de Aço
Deduções

acessórios para
içamento, moitões,
cabo
Moitão
Acessórios

= Capacidade liquida

Jib
Deduções

Cabo de Aço
Bola

Moitão
Acessórios
= Capacidade liquida

Carga liquida
Carga Dinâmica

As capacidades do guindaste são baseadas em cargas estáticas ou estacionárias. As


forças criadas pelo movimento da carga e acessórios afetam a capacidade dos
guindastes do mesmo modo que se houvéssemos aumentado o peso da carga. Trancos
e movimentos bruscos devem ser sempre evitados. Sempre opere o guindaste de
maneira suave e controlada. Não seja um “cowboy”.

Aceleração da carga

Parada da carga
Carga Total

Carga total é a combinação de forças produzidas pelo peso real da carga, acessórios e o
movimento destes.

Giro da carga
Capacidade de Içamento
Se o guindaste não estiver devidamente equipado sua capacidade de içamento pode ser
menor do que a capacidade liquida e pode ser que o guindaste não tenha capacidade de
içar a carga liquida com segurança. Nestes casos a capacidade fica limitada a capacidade
do componente mais fraco (cabo de içamento, moitão, etc.) A carga total não pode
exceder a capacidade do componente mais fraco. Exemplo:

Capacidade de tração do cabo de


carga
Capacidade da bola
Carga liquida

Capacidade do cabo de
içamento
Capacidade do moitão

Carga liquida
Número de pernas

Número de pernas = O número de cabos de carga que diretamente suportam o moitão.


Para evitar ruptura do cabo de carga e assegurar que o guincho pode içar a carga com
segurança, devem ser passados no moitão pelo menos o número mínimo de pernas do
cabo de carga.

1 perna 2 pernas 4 pernas


Use a formula a seguir para determinar o número mínimo de pernas para içar a carga liquida.

ADICIONE

Peso do moitão

+ peso dos acessórios de


içamento

+ peso da carga
= carga suspensa
DIVIDA
Carga suspensa
Carga de trabalho do cabo do guincho
RESPOSTA
Quantidade mínima necessária de pernas
Diagrama de alcance
O diagrama de alcance que acompanha a tabela de carga nos dá uma idéia de vista
lateral da lança, jib e altura do moitão além do raio.
O diagrama é usado para de maneira aproximada termos as distâncias, configurações
(lança + jib por ex.) quando do planejamento do içamento.
3- CONDIÇÕES QUE REDUZEM AS CAPACIDADES DOS
GUINDASTES
Guindaste fora de especificação
As tabelas de carga são especificas para cada equipamento, por isto deve conter o
número de série da máquina.
OSHA não permite nenhuma modificação ou adição a qual afete a capacidade ou a
segurança da operação sem que haja aprovação por escrito do fabricante.
Alguns dos itens mais importantes a serem
verificados são : Bola e gancho

Jib
Ponta da lança
Diâmetro , grau e construção
Pendentes do cabo

Moitão e gancho

Comprimento da lança , estado


Contrapeso e seqüência das seções

Patolas

Pneus / Pressão
Com lança telescópica verifique:

Má condição das roldanas, soquetes, cabos, outriggers, chassis, etc. Também podem diminuir a capacidade:
Vibração

Empeno

Abaulamento , dobra ou ondulação


nas chapas da lança

Vazamentos hidráulicos

Com lança treliçada verifique:


Saldos quanto a trincas e
corrosão
Amassados e
alinhamento

Trincas nas
conexões

Esquadro de Soldas quanto a


acoplamento trincas e corrosão
Guindaste fora de nível

As tabelas de carga dos guindastes somente são válidas para guindastes nivelados.

Numa condição de desnível, o cabo de carga irá


pender para o lado, saindo do alinhamento do
centro da lança, causando uma perigosa carga
lateral.

Em declive sobre pneu com carga também cria


uma condição de desnível aumentando o raio e
reduzindo a capacidade
Ventos Fortes
Muitas vezes não considerada, a força criada pelo vento pode ter efeito devastador sobre
o guindaste. A maioria dos fabricantes de guindastes, observam na tabela de carga ou no
manual do operador que as cargas tabeladas devem ser reduzidas quando o guindaste
for operado em condições de vento. Como regra geral às operações com guindastes
devem ser suspensas se tivermos no local vento acima de 48 Km/h.
Força transferida para a ponta
da lança.

Ventos fortes podem


causar aumento do raio
por girar a carga para
frente

O efeito do
vento no
guindaste
pode
aumentar 4
vezes se a
velocidade
do vento
dobrar

Vento atuando na ponta


da lança cria uma
condição de tombamento
traseiro.
Carga Lateral
Desde que as lanças dos guindastes são projetadas para terem
carga lateral mínima, o cabo de carga deve permanecer
razoavelmente vertical quando movimentando a carga. Carga
lateral pode ocorrer quando:

O guindaste está fora do nível, ou ...

durante giro rápido, ou se o freio de


giro é aplicado de repente.

Arrastar ou puxar cargas laterais é


TERMINANTEMENTE PROIBIDO.
Operações de verticalização também podem
causar carga lateral se não forem
executadas corretamente.

A carga lateral pode afetar severamente tanto a


lança telescópica quanto a treliçada, causando
torção na cabeça das mesmas.

Ventos fortes podem causar carga


lateral na lança.
Aumento no raio

Giro rápido pode causar


aumento do raio de
operação

Raio tabelado Aumento

Conforme o guindaste Durante o giro


inicia o giro

No término do giro

O aumento do raio é proporcional


a velocidade do giro. Isto também
provoca choque e torção na lança.
Aumento no raio de operação

Alcançando uma carga fora da vertical aumenta o raio e pode puxar a lança telescópica para frente.
Nunca arraste a carga.
Girando a carga de um quadrante para o outro, pode aumentar a deflexão do chassi inferior e
aumentar o raio. Isto é fácil de ser verificado quando o guindaste está trabalhando sobre pneus.

Com carga lateral Com carga frontal


Com carga frontal Sem carga
Sem carga
Içando a carga atrasada em relação à ponta da lança também faz com que a carga
rotacione para frente aumentando o raio e diminuindo a capacidade.
Carga dinâmica

Parada brusca da carga induz no moitão


cargas superiores ao peso real da carga.

Aplicação dos freios


DISTÂNCIA DE
PARADA

Parada da carga
Impacto proveniente da carga

Enrolamento rápido do cabo de


carga induz cargas no moitão
maior do que o peso real da
carga.

Alivio rápido da carga pode fazer com


que o guindaste tombe de traseira.....

..... ou mesmo colapso


Operação de pegar e andar com a
peça pode sujeitar o chassis e a
lança a choque.

Extração de cargas presas ou atoladas


pode induzir sobrecarga e tombar o
guindaste para trás.

Nunca arranque ou tente “descolar” a carga. O guindaste foi inventado para içar
peças soltas (simplesmente apoiadas) na vertical!!!
Passagem de cabos excêntricos
Correto Incorreto

Moitões que não estão com as


passagens de cabo simétricas irão
inclinar gerando torção na cabeça da
lança

Quando o cabo de carga corre na polia central, ou numa polia junto à linha de centro da lança, o
torque é minimizado.

O torque na lança também é minimizado ou mesmo eliminado


num sistema múltiplo de pernas, se as pernas forem
distribuídas igualmente em ambos os lados da linha de centro
da lança
4- INSPEÇÃO PRÉ-OPERACIONAL
Freqüência de inspeção

A OSHA requer que os guindastes sejam inspecionados regularmente.


Uma inspeção freqüente ( normalmente chamada de inspeção pré -operacional) deve ser
executada por pessoa competente antes de cada utilização do guindaste. Esta inspeção
normalmente é responsabilidade do operador. Desde que o guindaste deve estar o tempo
todo numa condição segura de operação, esta inspeção essencialmente continua o tempo
todo no qual o guindaste está em uso.

OSHA também requer uma inspeção mensal dos itens críticos e uma inspeção completa
anual. Ambas inspeções devem fornecer relatórios, os quais devem ser mantidos na
empresa.
Itens chave para inspeção

Usando o critério da OSHA 29 CFR 1926.550 e ANSI / ASME B30.5m como também
usando as instruções do fabricante contidas no manual do operador, o operador deve no
mínimo inspecionar os itens do guindaste conforme especificado abaixo.
Itens a serem inspecionados antes de executar qualquer içamento.

Cabo de aço e sua 1- Níveis de fluidos (óleo de


passagem motor, água do motor, óleo
hidráulico, etc.)
Todos os auxiliares 2- Equipamentos elétricos.
operacionais 3- Mecanismos de controle
4- Sistema hidráulico
(mangueiras, válvulas, etc.)

Pneus
Moitões e travas

Cabine do
equipamento
Inspeção “Walk Around”

O operador deve também executar uma inspeção ‘Walk around” no guindaste verificando
qualquer deficiência aparente. Outras áreas a serem inspecionadas incluem o cavalo ou
“carbody”, “outriggers” ou esteiras, trem de força.
OSHA requer que qualquer deficiência seja reparada, partes defeituosas substituídas,
antes de continuar utilizando o guindaste.
Inspeção no cabo de aço

Todos os cabos que se movimentam (cabo de carga, jib, lança) devem ser visualmente
inspecionados pelo menos diariamente. A inspeção deve cobrir pelo menos a quantidade
de cabo que será usada durante o dia de operação.
Itens a inspecionar incluem :

- evidência de dano por aquecimento;


- distorção (dobra, amassamento, gaiola
de passarinho, deslocamento da perna
ou alma);
- corrosão;
- pernas quebradas ou cortadas;
- fios quebrados;
- falha da alma (em cabos não rotativos).
Também verifique:
- redução no diâmetro do cabo, possivelmente causado por falha de alma,
corrosão ou desgaste.
- Fios quebrados ou corroídos nas conexões.
- Conexões danificadas, gastas, ou impropriamente instaladas.

Somente a superfície dos cabos precisam ser


inspecionadas. Em nenhuma circunstância o cabo
deve ser aberto.

Desgaste e danos ao cabo de aço é mais comum nos


pontos de contato tais como: mudanças de canal no
tambor, roldanas e polias para cabos que se
movimentam. Estas áreas devem ser totalmente
inspecionadas.

Corrugado em polias
(freqüentemente um sinal
de sobrecarga) podem
indicar desgaste no cabo.
Quando substituir um cabo de aço

OSHA também requer que cabos que se movimentam (cabo de carga, jib, lança) sejam
retirados de serviço quando qualquer das situações seguintes ocorram.

1- 6 fios quebrados em um passo ou 3 fios quebrados na mesma perna em um


passo.

O termo passo refere-se a distância que uma perna


leva para dar uma volta completa em torno da alma.

1- -Desgaste de 1/3 do diâmetro original dos arames individuais externos.


2- -Evidência de dano por aquecimento
3- -Reduções no diâmetro nominal do cabo (veja tabela)
Outro critério para cabo de aço

Outro dano o qual requer que o cabo de aço seja retirado de serviço inclui:
1- Em cabos não rotativos 2 arames quebrados distribuídos em 6 vezes o diâmetro
do cabo, ou 4 arames quebrados distribuídos em 30 vezes o diâmetro do cabo.
2- Um fio quebrado no ponto de contato com a alma do cabo o qual “incha” para fora
da estrutura do cabo.
3- Em cabos fixos (pendentes), mais de 2 fios quebrados num passo anterior ou
posterior à uma conexão ou mais de 1 fio quebrado na conexão.

Este cabo de aço e sua conexão devem ser


substituídos

Teste Funcional
Antes de iniciar o içamento de qualquer carga, o operador deve atuar todos os comandos
do guindaste de maneira a verificar que todas as funções estão suaves e operando
perfeitamente.
Este teste deve incluir :
- lança subindo / descendo Em adição a inspeção
- telescópico abrindo / fechando, pré-operacional o
operador é responsável
- moitão subindo / descendo
pelo monitoramento do
- giro direita / esquerda guindaste durante a
- outriggers e patolas abrindo / fechando operação, atento a
qualquer potencial
deficiência ou perigo.
Auxiliares Operacionais

Antes de cada uso, devem ser verificados todos os acessórios auxiliares operacionais,
tais como: indicadores de momento de carga, limitador do moitão e jib, indicadores do
ângulo da lança, indicadores do comprimento da lança, etc.

Indicador de momento

Indicador de ângulo de lança

Limitador do moitão
5- CRANE SET UP
Preparação da área de trabalho

A preparação correta do içamento é um dos principais aspectos relativos a operação. De


fato, foi desenvolvido um estudo sobre acidentes ocorridos com guindaste, o qual revelou
que mais de 50% dos acidentes são causados porque o içamento foi prepa rado de
maneira imprópria.
A pessoa responsável pela operação do guindaste, deve preparar a área de trabalho. Isto
inclui:
- estradas de acesso, preparação do solo para suportar o guindaste e as
cargas.
- Espaço para montar e desmontar o guindaste.
- Isolamento da área de operação do guindaste.
- Distância segura de redes de energia elétrica ou assegurar que as mesmas
foram desenergizadas.
- Disponibilidade de “mats”.
- Informações tais como: peso da carga, posição do CG da carga,
necessidade de acessórios especiaispara o içamento.
Prepare a área de trabalho

Raspe o solo para assegurar um firme e razoável nível, de modo que o guindaste possa
trafegar e operar com segurança. Algumas obras precisam ter seu solo compactado,
preenchido com brita, etc.

Se o guindaste é patolado sobre uma estrutura, o responsável pelo içamento deve


assegurar-se que a estrutura tem capacidade para suportar o guindaste e carga.
Posicionando o Guindaste

Contato com rede de alta tensão é a principal causa de acidentes fatais com guindastes.
Se possível posicione o guindaste pelo menos um comprimento de lança distante da zona
proibida.

Tente posicionar o guindaste de modo que a carga é içada inicialmente da área menos estável e girada
para a área mais estável. Se o guindaste tender a tombar (bater patola), será quando a carga estiver
próxima do solo e não quando ela estiver alta para ser colocada na sua posição final.

Na maioria dos guindastes RT, isto


significa iniciar o içamento pelo lado e
finalizar pela traseira.
Mantenha folga

Para prevenir danos físicos ao pessoal na obra, posicione o guindaste deixando no


mínimo dois pés de folga entre o contra peso e qualquer obstáculo.

Além disso para minimizar o risco de danos físicos do


pessoal na obra, a área de trabalho do guindaste deve ser
isolada. Só pessoal autorizado envolvido na operação
poderá ser admitido nesta área.
Lidando com solo instável

Fique a uma distância segura de prédios em construção, porque com certeza o solo em
volta do mesmo foi aterrado e apresenta pouca resistência a cargas concentradas.

Evite patolar sobre ou próximo a aterros, barrancos e margem de


rios.

Evite perigos ocultos tais como tubulação


enterrada, dutos, tanques, etc. A vibração
e o peso do guindaste pode fazer com
que estes elementos rompam.
Posicionando o guindaste em solo macio

O peso combinado do guindaste mais carga nunca pode ser superior a taxa de
resistência do terreno no qual o guindaste irá trabalhar. Sobre solo macio devem ser
usados “mats” de modo a aumentar a distribuição da força exercida pelo guindaste mais
carga.

Utilizando patolas, especialmente quando o


içamento é somente sobre uma delas,
pode gerar grandes pressões no solo.
Patolas que não estiverem adequadamente
apoiadas e calçadas podem falhar.

Para evitar que a patola afunde no terreno e


conseqüentemente que o guindaste incline deve ser
usado “mats” de madeira ou chapas de aço ou
ambas, evitando-se assim o risco de tombamento do
guindaste.
Uso dos outriggers

Uma vez que o uso dos outriggers aumenta em muito a estabilidade do guindaste, eles
devem ser usados sempre que possível, independentemente da carga a ser içada.

Cada outrigger deve ser visível ao


operador ou ao sinaleiro durante sua
abertura e fechamento.

Para que a tabela de carga “sobre patolas” seja aplicada


todos os outriggers devem estar completamente abertos.
Sempre que um ou mais outrigger não estiver
completamente aberto, devemos ir para a tabela de carga
“meia patola” ou “sobre pneus” conforme o caso.

Quando manuseamos a carga em uma área onde


o outrigger não está completamente aberto, a
perda de capacidade pode chegar a mais de 50%.
O guindaste deve ser patolado de modo que os pneus estejam sem contato com o solo.
Isto assegura que o eixo de tombamento está estabilizado e o chassi do cavalo é utilizado
para maximizar o contra peso.

Antes de utilizar ‘meia patola”, certifique-se de que existe uma tabela de carga fornecida pelo
fabricante com o numero de série da máquina. Um outrigger aberto parcialmente ou de maneira
indevida pode causar tensões em áreas não apropriadas da caixa de patola, resultando em dano à
mesma.

Alguns fabricantes fornecem tabelas de carga para içamento com outriggers parcialmente estendidos.
Quando isto ocorrer às instruções do fabricante devem ser seguidas à risca, incluindo a pinagem do
outrigger.
Assegure-se de que as travas da patola estão devidamente instaladas, caso contrário à
mesma poderá escorregar do cilindro vertical.

Se os cilindros verticais forem equipados com pinos ou parafuso de trava, certifique-se de


que eles estão aplicados.
USO DE “MATS”

Os “mats” permitem que o peso do guindaste e a carga sejam distribuídos por uma área
maior. “Mats” devem ser usados sob todas as patolas.

Assegure-se que o calçamento está nivelado e que a patola está a 90º em relação ao cilindro
vertical.

ERRADO: O calçamento deve ser sempre


colocado sob as patolas. Nunca sob as vigas do
“outrigger”. As vigas não estão projetadas para
suportar esta carga, e o guindaste perde a
estabilidade.
Sem calçamento a pressão no com calçamento a pressão é
solo é alta reduzida.

Use calçamento que tenha capacidade de resistir a choque, dobramentos e


cisalhamento. O calçamento deve ser também resistente o suficiente para vencer
pequenos vãos no solo bem como suportar o peso do guindaste e da carga.
Correto Vão Diagonal

Falha da Falha da Falha da patola


Patola com patola com com 110 mil lbs
210 mil libras 140 mil libras 50% do
70% do calçamento
calçamento necessário
necessário
Como regra geral, o calçamento deve ter no mínimo três vezes a área da patola. A patola
deverá estar toda apoiada no calçamento, o qual irá transmitir a carga proveniente da
mesma para a superfície de apoio (solo).

Calçamento
parafusado para
evitar separação dos
componentes.
Errado
Para previnir
deslizamento ou
desmoronament
o, certifique-se
de que o
empilhamento é
estável.

Calçamento na frente das esteiras melhoram a estabilidade dos guindastes sobre esteiras, pois
mantém o eixo de tombamento na roda motriz (ou guia) e não no rolete.

Calçamento

Eixo de tombamento
IÇANDO SOBRE PNEUS

A menos que absolutamente necessário, içar enquanto o guindaste estiver sobre pneu,
deve ser evitado. As capacidades são muito menores comparando com a utilização de
“outriggers” além de que o guindaste não pode ser nivelado.
Entretanto, quando for necessário operar sobre pneus, as dicas a seguir devem ser
observadas juntamente com as instruções do fabricante.

1- Os freios do cavalo estão aplicados,


2- Os cilindros trava dos eixos funcionam adequadamente,
3- A área de trabalho é firme e nivelada,
4- Os pneus são do tipo correto e estão em boas condições,
5- A pressão dos pneus estão de acordo com a especificação do fabricante,
6- Não utilize jibs, extensões ou seções manuais,
7- Lembre-se da deflexão do pneu e da lança.
NIVELANDO O GUINDASTE

As tabelas de carga são baseadas no fato de que, o guindaste irá trabalhar nivelado até o
limite de 1%. Por esta razão, o nivelamento é extremamente importante para a segurança
do içamento.
O nível de bolha é o mais utilizado, porém alguns
equipamentos mais modernos utilizam nível eletrônico, o
qual tem maior precisão.

Use um nível de carpinteiro colocado o mais próximo possível ao pé da lança, para uma
medida de maior precisão.

Giro

De traseira De lado

Gire o guindaste 90º e verifique o nível de novo. Você deve verificar


o nível regularmente durante a operação.
O nivelamento preciso do guindaste é particularmente importante
quando a máquina estiver patolando em uma inclinação.
Outro procedimento comum para conferir o nivelamento é usar o próprio moitão como nível de pêndulo
(frontal e lateral).

Devemos ter um cuidado especial


com o terreno no qual irão
trabalhar os guindaste de esteiras
e sobre pneus, eles estarão
nivelados quanto mais nivelado for
o terreno

Redução de capacidade devida a desnivelamento


Esta tabela mostra a redução de capacidade de um guindaste de lança treliçada específico. Informação
como esta pode ser obtida de todos os fabricantes de guindastes.
Comprimento da lança e raio Capacidade perdida quando fora de nível

1º 2º 3º

Lança curta, raio mínimo 10% 20% 30%

Lança curta, raio máximo 8% 15% 20%

Lança longa, raio mínimo 30% 41% 50%

Lança longa, raio máximo 5% 10% 15%


6- TRABALHOS PRÓXIMOS A REDES ELÉTRICAS
Reunião pré-içamento

Antes de ser iniciadoqualquer trabalho numa obra que tenha rede de energia elétrica, a
pessoa responsável deve contatar a companhia de energia elétrica. Pode ser que seja
possível que as linhas sejam temporariamente desviadas em torno da obra, ou
desernegizadas.

Entretanto, se nenhuma dessas opções são possíveis, os procedimentos seguintes


devem ser observados.

Uma reunião na obra deve ser executada envolvendo a


pessoa responsável pelo trabalho, a companhia de
energia, o operador e to das as pessoas envolvidas no
içamento (rigger, ajudantes, sinaleiros, etc.), para que
se estabeleça os procedimentos a serem seguidos.

Todos sem exceção devem entender estes


procedimentos e também estarem cientes do perigo de
trabalhar próximo a redes elétricas energizadas.
DISTÂNCIAS SEGURAS DE REDE ELÉTRICA

Mantenha distancia. Nenhuma parte do guindaste ou da carga deve nem mesmo adentrar na “zona
proibida” em torno de uma linha viva (energizada). Em certas condições meteorológicas, tais como
neblina, fumaça e chuva, pode ser preciso aumentar esta distância.

Conheça as folgas necessárias para operações próximas a redes de alta voltagem.

Até 50 kv 10 ft (3.05 m)
De 50 a 200 kv 15 ft (4.60 m)
De 200 a 350 kv 20 ft (6.10 m)
De 350 a 500 kv 25 ft (7.62 m)
De 500 kv a 700kv 35 ft (10.67 m)
Acima 750 até 1000 kv 45 ft (13.72 m)
Considere a colocação de cavaletes ou bandeirolas para limitar a área da zona proibida e
chamar a atenção do pessoal envolvido na operação.
È difícil para o operador de dentro da cabine
Utilizando um sinaleiro ou rigger avaliar as distâncias com precisão.
Entretanto, um sinaleiro deve ser designado
com o único intuito de alertar o operador
quanto à aproximação da zona proibida de
qualquer parte do guindaste ou da carga.
Além disso, ninguém pode tocar qualquer
parte do guindaste ou da carga, a menos
que o sinaleiro permita.
Considere o uso de rádio para que o
sinaleiro e o operador mantenham contato
constante.
VENTO E CABO GUIA

Tenha cautela próximo a redes elétricas com grande distância entre postes, pois mesmo vento
fraco pode balançar os fios e alterar a zona proibida. Nestes casos é aconselhável aumentar a
folga mínima.
Todos os movimentos do guindaste operando próximo à rede elétrica devem ser lentos e a
operação suave.

Cabos guias quando usados para controlar a carga, devem ser de material não-condutivo.
TRABALHO SOBRE / SOB REDES ELÉTRICAS

Não se deve estocar material sob rede elétrica , e não deve ser utilizado guindastes para
manuseá-lo. Evite operar guindastes ou manusear materiais sobre redes elétricas.
SINAIS E ACESSÓRIOS DE ALERTA

Instale adesivos duráveis na cabine de operação e fora, alertando para o perigo de eletrocução.

Considere o uso de lingada sintética. A qual


pode reduzir os efeitos do contato elétrico.
Alguns guindastes podem ser equipados com
acessórios tais como:
Bola de jib isolada, guarda de lança e sensores
que alertam a aproximação da rede elétrica.

Entretanto, a ANSI/ASME B30.5 estabelece


que esses acessórios têm proteção limitada,
se eles forem utilizados, todas as restrições
com relação à operação próxima da rede
elétrica devem ser seguidas.

Por causa da natureza letal em potencial e da


falsa sensação de segurança, certifique-se de
que todos os envolvidos estão cientes das
limitações desses acessórios.
RESTRINGINDO A ÁREA DE TRABALHO

Em trabalhos próximos às redes elétricas, delimite a área de trabalho para que somente
pessoal envolvido na operação tenha acesso. Um modo eficiente é utilizar-se de
cavaletes e fita zebrada.

Considere a utilização de bolas ou


bandeirolas apropriadas que
colocadas nas linhas elétricas,
melhoram a visibilidade das mesmas e
ajudam a identificar a zona proibida.
DIRIGINDO SOB LINHAS ELÉTRICAS

Se o guindaste tiver que ser reposicionado entre os içamentos, e o caminho passar por
baixo de rede elétrica, use bastante cautela.

Conheça as folgas necessárias para transitar sob a rede elétrica. Lembre-se que o
movimento do guindaste em terreno irregular faz balançar a lança e conseqüentemente
variando sua altura ao solo.

Folgas necessárias para transitar sob


redes elétricas.

De 0.75 kv 4 ft. (1.22 m)


0.75 até 50 kv 6 ft. (1.83 m)
acima 50 até 345 kv 10 ft. (3.05 m)
acima 345 até 750 kv 16 ft. (4.87 m)
acima 750 até 1000 kv 20 ft. (6.10 m)
Contato com rede elétrica

Se o seu guindaste entrar em contato com a rede elétrica, PERMANEÇA NA CABINE.


NÃO ENTRE EM PÂNICO. Você deverá estar seguro enquanto estiver numa voltagem
constante no interior da cabine.

Oriente todo pessoal para


MANTER-SE AFASTADO do
guindaste e da carga. O solo ao
redor do guindaste também estará
energizado.

Tente afastar a máquina do contato em pelo menos 10-15 pés.

Se o contato não puder ser quebrado, o operador deve permanecer na cabine até que as
linhas sejam desenergizadas.
EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Se você tiver que abandonar a cabine do guindaste antes das linhas serem
desenergizadas, (se o guindaste estiver pegando fogo por exemplo), NÃO desça da
máquina, PULE!!. Fazer contato entre o guindaste e o solo poderá ser fatal.
NÃO CORRA, NEM DE PASSOS LONGOS a corrente elétrica é descarregada no solo
em forma de gradiente e a diferença de voltagem entre os gradientes pode ser fatal.

A maneira correta de abandonar a máquina nesta situação é o “pulo do Canguru” com


braços abertos. Uma vez no solo continue dando pulos curtos com ambos os pés
firmemente unidos.

Assim que você estiver em segurança afastado do guindaste, procure auxílio médico.

Procedimento pós-contato com rede elétrica

Relate o incidente para a empresa de energia, pois as linhas elétricas podem necessitar
reparos.
Também, verifique todo o guindaste para se assegurar de que ele não foi danificado pelo
contato com a rede elétrica. Em caso de dúvida sobre um possível dano, contate o
fabricante do guindaste.
O cabo de aço em particular pode precisar ser trocado.
Outras fontes elétricas

Um guindaste também pode ficar eletricamente carregado, quando estiver trabalhando


próximo a torres de rádio, televisão, microondas e etc..

Os riggers devem ter cuidado ao manusear


as cargas suspensas, e o uso de cintas
sintéticas é recomendável.

Os operadores devem usar luva de borracha para subir e descer do guindaste, bem como
sapatos de segurança
7 - PRÁTICAS OPERACIONAIS E PROCEDIMENTOS
Subindo e descendo do guindaste
Os guindastes são equipados de mo do a facilitar
o acesso a cabine de operação .

Suba na máquina de frente, mantendo sempre “três pontos


de contato” . Nunca de carona.

Sempre use o cinto de segurança quando


estiver dirigindo o guindaste.
Nunca pule da máquina, exceto em caso de
emergência.
Telescopagem

Através do uso de válvulas seqüenciais, a maioria dos guindastes modernos que


possuem lança telescópica estendem a lança simultaneamente pelo uso de uma só
alavanca. Algumas máquinas principalmente do tipo AT, possuem somente um cilindro
telescópico, o qual trabalha subindo e descendo (levando e buscando) as seções como
“uma vara de pescar” . Este procedimento apresenta vantagens e desvantagens sobre o
sistema convencional.

Telescopagem correta

Em guindastes onde a seqüência de


telescopagem não é automática, deve ser
consultado o manual do operador e
familiarizar-se com o procedimento
correto.

Telescopagem incorreta

Erro na telescopagem pode resultar em


empenamento da lança ou instabilidade do
guindaste.
Procedimentos para içamento

Antes do içamento assegure-se de que:


- o cabo de carga não está dobrado;
- as pernas (moitão) não estão torcidas;
- o cabo está assentado de maneira correta no tambor e roldanas;
- condições do tempo são aceitáveis.

Durante o içamento, evite partidas e paradas rápidas. Isto pode causar carregamento
dinâmico e danificar seriamente o guindaste. Assegure-se de que nenhuma parte do
guindaste ou carga irá encostar em alguma interferência.

NUNCA use o guindaste para arrastar carga.


Antes e durante as operações de içamento, a pessoa que estiver responsável pelo
levantamento deve assegurar-se que:
- o guindaste está nivelado, bloqueado (esteira);
- a carga está bem presa e balanceada na lingada ou acessório de
içamento;
- a área de operação está livre de obstruções e pessoal;
- todas as pessoas estão fora do raio de giro.
Concentração no trabalho

O operador nunca deve distrair-se enquanto estiver operando o guindaste. Sua segurança
e a segurança dos envolvidos dependem de sua constante atenção no trabalho.

O operador deve obedecer somente a um sinaleiro (rigger), a única exceção é para


o sinal de parada, o qual deve ser obedecido independentemente de quem o fez. Os
sinais manuais devem ser de acordo com aqueles especificados na ANSI / ASME B
30.5
Perigo de tombamento

Assim que um guindaste começa a inclinar-se, o raio de operação aumenta. Como o CG


da carga se afasta do eixo de tombamento o CG do guindaste se aproxima deste.
Isto acelera a taxa de tombamento e pode deixar o operador sem condições de reverter à
situação, deixando a ele como única alternativa soltar a carga (queda livre).

O tombamento em guindastes telescópicos normalmente ocorre mais rápido ainda


por causa do peso próprio da lança.
Na área estrutural da tabela de carga, as capacidades dos guindastes são baseadas na
resistência dos componentes. Isto significa que um guindaste pode falhar estruturalmente antes
de tombar... assim NUNCA espere por sinais de tombamento como uma indicação da
capacidade da máquina de realizar o içamento. Quando um guindaste começa a tombar, ele já
está com sobrecarga e pode ocorrer dano estrutural também.
Contato entre moitão e bola com a lança

O termo “engolir o moitão ou a bola” acontece quando o moitão ou a bola fazem contato
com as roldanas da cabeça da lança ou do jib. Isto pode romper o cabo fazendo com que
caia o moitão ou a bola.
Engolir o moitão ocorre mais comumente em guindastes telescópicos como resultado da
telescopagem sem a devida compensação no cabo de carga.

Outra causa comum é quanto temos o jib montado e o moitão principal está sendo usado.
Devido à diferença de velocidade de enrolamento, é comum engolir a bola nesses casos.
Arriando lança

Quando o moitão ou bola estão próximos à cabeça da lança ou jib.

Para evitar que o moitão ou bola sejam engolidos as máquinas


mais modernas possuem um dispositivo que automaticamente
bloqueia a operação do guindaste quando da aproximação do
moitão ou bola da cabeça da lança ou jib.
Colapso da lança para trás

Ao contrário do pensamento popular, os topadores de lança, não são projetadas para


impedir o colapso da lança par trás. Assegure-se de que o tambor da lança seja
desativado antes da lança encostar-se aos topadores.

O maior risco de tombar a lança para trás, é quando o ângulo


formado pela linha de centro do moitão e a lança é o mesmo
formado pelo cabo de lança e a lança. Quanto mais pesado a carga
maior o risco.
O risco é maior quando o tambor traseiro está sendo usado e o
guindaste está utilizando somente uma perna de cabo.
Instalação do Cabo de Aço

O cabo de aço em todos os tambores de carga e lança devem ser enrolados de maneira
uniforme e justa. Há perigo de danificar o cabo já na instalação se ele não for
corretamente enrolado no tambor.

Use este método simples para determinar a correta instalação do cabo no tambor
Enrolamento Superior Enrolamento Inferior

Torção Torção Torção Torção


Esquerda Direita Esquerda Direita

Carretel
CERTO Tambor

ERRADO
Evite enrolamento não uniforme

Enrolamento não uniforme pode ocorrer se o ângulo de desvio está incorreto. Isto resulta
em tranco da carga e / ou dano ao cabo de aço.

Ângulo de desvio recomendado


0.5º - 1.5 º tambores lisos
0.5 º - 2.0 º tambores ranhurados

Mantenha sempre no mínimo 2 voltas O flange deve estar pelo menos ½ “ acima da
de cabo no tambor. camada superior do cabo.
Evitando folga (afrouxamento) do cabo de aço

Enrolamento não uniforme e / ou afrouxamento do cabo de aço pode ser causado se:

...a bola é muito leve. Conforme a


lança é levantada o peso da bola
pode ser insuficiente para contra
balançar a força do guincho, fazendo
com que o cabo se torne frouxo ou
mesmo empurrado para fora do
tambor.

...há um alivio rápido na tensão do cabo causado pelo


abaixamento rápido da carga.

Abaixar demais o cabo de carga uma vez


que a carga já está apoiada pode ter o
mesmo efeito
Evitando danos a lança
Nunca permita que a lança do guindaste encoste em qualquer estrutura. Isto pode
amassar, empenar o tubo da lança ou até mesmo dobra-la.
Mesmo um dano aparentemente pequeno pode enfraquecer seriamente a lança e
resultar em colapso total.

Se a lança, mastro ou cavalete fizer


contato com alguma estrutura, não
abaixe a lança até que um técnico
qualificado inspecione o dano e
indique que é seguro este
procedimento. Um segundo
guindaste deve ser usado para
ajudar a descer uma lança
danificada.

Bater na lança com a carga tem o mesmo


efeito. Sempre mantenha folga suficiente
entre a carga e a lança. Use “tag lines” para
manter a folga entre carga e lança.
Operações de Verticalização

Esteja certo de que o guindaste pode manusear e suspender as cargas que estão sendo
verticalizadas, conforme a carga é içada o raio aumenta e a capacidade do guindaste
diminui.
Levantamentos múltiplos

Utilizar mais de um guindaste para içar uma carga e coloca-la em sua posição final é um
procedimento complexo. Para executar esta operação de maneira segura, requer um alto
nível de habilidade e deve ser meticulosamente planejado, preferivelmente por um
engenheiro com experiência em estudos de rigging. A responsabilidade pela operação
deve ser assumida por este engenheiro qualificado o qual deve analisar a operação e o
plano para todas eventualidades. O plano de rigging deve incluir no mínimo o seguinte:
- o levantamento deve ser planejado e executado sob a supervisão de
engenheiro ou rigger qualificado.
- O solo deve ser estável, compactado e nivelado.
- Todos os guindastes devem estar nivelados
- O peso da carga deve ser determinado de maneira exata.
- O raio mais longo de cada guindaste deve ser medido exatamente.
- Capacidade tabelada dos guindastes deve ser verificada para toda a
operação.
- Para içamento múltiplo nenhum dos guindastes deve ser carregado com
mais de 75% de sua capacidade liquida.
- Todos os guindastes devem estar em boas condições de operação
- Deve ser conhecido com exatidão quanto de carga irá suportar cada
guindaste durante toda a operação.
- A carga, giro e velocidade da lança dos guindastes devem ser próximos.
Se as velocidades de carga são desiguais, o guindaste principal pode ser
carregado com uma parte maior da carga. Se as velocidades de giro são
muito diferentes, os guindastes podem induzir carga lateral um no outro.
- Giro e lança devem ser mantidos no mínimo necessário.
- Sempre que possível os guindastes devem evitar andar com a carga.
- Riggers e operadores devem saber exatamente o que fazer e qual
movimentos terão que ser executados antes do início do levantamento.
- Se possível faça um ensaio do içamento “dry run”.
- As comunicações devem ser feitas preferencialmente via rádio.
- É imperativo que uma única pessoa controle a operação. Ele deve estar
posicionado de modo a visualizar toda a operação e deve manter contato
via rádio com os operadores.
- Todos os guindastes e movimentos da carga devem ser feitos o mais
suave possível.
- O moitão deve ser mantido na vertical durante todo o tempo. Isto é
absolutamente critico. Quando os moitões não estão verticais os
guindastes estão sobrecarregando um ao outro e podem estar induzindo
carga lateral um no outro
o que é extremamente perigoso.
Andando com o guindaste

Antes de andar na obra com a carga, designe uma pessoa para acompanhar a operação.
Itens a considerar nas operações de andar com carga ( pick and carry).
- Redução na tabela de carga.
- Comprimento e posição da lança.
- Carga próxima ao chassi e ao chão.
- Condição do solo no caminho a ser percorrido.
- Velocidade de deslocamento.
- Pressão e estado dos pneus.
- Evite planos inclinados.
Use “tag lines” para controlar a carga. Assegure-se que a
lança está baixa o suficiente para que não haja
tombamento para trás

Maioria dos fabricantes não


permitem andar com a carga
no jib ou lança pinada.
Antes de andar num aclive, certifique-se de que a lança está suficientemente abaixada
para que não haja tombamento para trás.

Para evitar que o guindaste tombe para frente num


declive, a lança deve ser erguida.

Quando o guindaste for trafegar de uma obra para outra certifique-se:


- a lança está em posição de viagem;
- o freio do giro está engatado e o upper pinado
- o moitão está preso
Orientando o operador

A pessoa encarregada de dar sinal para o operador quando necessário, deve estar
posicionado de modo a ser visto pelo operador:
- no caminho a ser percorrido pela máquina;
- no local onde será posicionado a peça.
O operador não deve responder a sinais a menos que claramente entendido. Para isto
deve ser utilizado a sinalização padrão conforme ANSI / ASME B 30.5
Quando movimentando um guindaste montado sobre cavalo com dois operadores, devem
ser usados sinais audíveis conforme segue:
STOP: um toque
EM FRENTE: dois toques
PARA TRÁS: três toques
Guindaste sem operador

Se a operação é freqüentemente interrompida, o operador pode deixar a cabine desde


que:
- O guindaste permaneça no campo de visão e pessoal não envolvido na
operação esteja com acesso restrito.
- A carga esta apoiada.
- Guindaste está travado contra deslocamento acidental
- Todos os freios e travas estão aplicados.
- Desligue o motor.
Quando deixamos o guindaste sozinho durante a noite ou períodos mais longos, o
seguinte procedimento deve ser seguido:
- coloque a carga no solo;
- recolha a lança e / ou abaixe se possível;
- se a máquina estiver patolada deixe-a assim;
- coloque os controles em neutro;
- desengate a embreagem geral (se for o caso);
- Aplique todos os freios e travas;
- Desligue o motor;
- Trave todas as portas e compartimentos.
8- ACESSÓRIOS PARA IÇAMENTO
Basicamente todo elemento de ligação entre o moitão e a carga pode ser
considerada como um acessório de içamento.
Os mais comuns são cabos de aço, correntes, cintas sintéticas, manilhas
olhais, ganchos, esticadores, etc.
(OBS: Literatura e especificações destes acessórios são fornecidos
gratuitamente pelos revendedores destes produtos)
Também existem determinadas cargas que por sua geometria ou condições
de projeto exigem elementos especiais para que sejam içados. Um muito utilizado
é o balancim. .
Veja a seguir um exemplo de utilização do mesmo
9 – ESTUDO DE RIGGING
O estudo de rigging se faz necessário uma vez que a segurança na operação de
equipamentos não pode ser fator circunstancial, analisado apenas no momento de
execução da tarefa.
Da mesma forma que o guindaste é uma poderosa ferramenta quando utilizada dentro
dos padrões de segurança, quando operado de maneira inadequada ou relapsa, pode
tornar-se uma arma letal.
Como na operação de guindastes estão envolvidas instalações com valores agregados
altíssimos e vidas humanas, todos os itens relativos à segurança devem ser priorizados.

NUNCA DEIXE A SEGURANÇA EM SEGUNDO PLANO!!!

Basicamente o estudo de rigging, tem por objetivo simular a operação a ser executada,
para que obstáculos, interferências e outros elementos integrantes da área de operação
sejam verificados.
O estudo de rigging deve conter no mínimo uma vista superior e uma lateral do içamento.
Deve indicar também a carga bruta a ser içada e a capacidade liquida do guindaste.

1- Coleta de Dados (escritório)

Solicite o envio de plantas e desenhos.


- verifique olhais e pontos de içamento;
- confirme o peso correto da peça a ser içada;
- confirme o posicionamento do CG;
- solicite informações sobre o local onde ocorrerá o içamento (solo, estradas
de acesso, etc.);
- solicite informações a respeito do sub solo, tubulações enterradas, drenos,
etc
- solicite informações a respeito de redes de energia na área de içamento.
2- Coleta de Dados (Obra)

É desejável que o executante do estudo vá a campo e verifique “in loco” as condições.


É comum plantas e desenhos estarem em desacordo com a situação real. Confirme
algumas medidas pois poderão ser necessários para verificação das enviadas
eletronicamente ou em planta.

3- O estudo propriamente dito (Auto Cad e manual)

De volta ao escritório, iniciamos o desenho da planta (caso não tenha sido enviada
eletronicamente) com o lay -out de todas as interferências horizontais (contrapeso,
posicionamento das patolas), etc.

Elevação é desenhada com o intuito de verificarmos as interferências verticais ,


comprimento de lança, lingadas, interferência com a lança, estruturas e etc.
Às vezes por força da situação somos obrigados a realizar o estudo no local da própria
obra, para isso utilizamos papel milimetrado e escala.

4- Escolha dos guindastes e acessórios para o içamento

Com a planta e a elevação, teremos uma idéia aproximada do comprimento de lança e


raio. Estes dois dados fundamentais irão determ inar o primeiro ensaio. Vamos procurar
um guindaste que atenda a estes dois requisitos. Quando a pessoa que está executando
o plano é experiente, normalmente a máquina é determina na primeira tentativa.
Especificado o guindaste, partimos para o dimensionamento dos acessórios. Para isto o
executor do estudo deve ter ao seu dispor, catálogos e tabelas dos diversos fabricantes
de cabos de aço, cintas, manilhas, etc.
5- Estudo de Rigging Manual

Distinto do estudo realizado no auto cad, onde o guindaste já está previamente


desenhado, no estudo manual, temos que definir o posicionamento dos elementos que
afetam a capacidade e amarra -los.
Estes elementos são:
- centro do giro do guindaste;
- distancia medida na horizontal entre o centro do giro e o pino do pé da
lança;
- altura do pino do pé da lança em relação ao solo;
- comprimento do chassi;
- largura das patolas;
- raio de giro do contrapeso;
- dimensões da lança.

Utilizando a folha de papel milimetrado, vamos resolver juntos o seguinte problema:


AS 10 DIRETRIZES DO “SE / ENTÃO”

As diretrizes abaixo são dicas importantes, as quais devemos ter sempre em mente:

1- SE: O guindaste começar a inclinar durante o içamento;


ENTÃO: Rapidamente diminua o raio através do recolhimento da lança e
abaixamento da carga.
2- SE: As funções hidráulicas estão “trepidando”;
ENTÃO: Aumente a rotação do motor, verifique o nível de óleo hidráulico, verifique
os pontos de lubrificação.
3- SE: O raio de operação cai entre dois valores tabelados;
ENTÃO: Use o raio imediatamente maior na tabela de carga.
4- SE: O comprimento de lança cai entre dois valores tabelados;
ENTÃO: Use o comprimento imediatamente maior na tabela de carga.
5- SE: A lança ou a cabine do guindaste gira para um dos lados quando subindo ou
descendo a carga
ENTÃO: Nivele o guindaste de novo.
6- SE: estiver usando o jib no içamento;
ENTÃO: Verifique o nivelamento do guindaste. O içamento deve ser feito
utilizando-se outrigger (nunca sobre pneus).
7- SE: As patolas começarem a ceder durante o içamento.
ENTÃO: Pare todos os movimentos e bem lentamente apóie a carga no solo.
Aumente a área de patolamento com “mats”, nivele o guindaste, meça o raio e
confirme na tabela de carga a capacidade com o raio e o comprimento da lança
obtido.
8- SE: Houver fechamento de arco elétrico devido à alta tensão.
ENTÃO: Não entre em pânico. Tente reverter à situação ou o movimento que
causou o fechamento do arco.
9- SE: Durante o içamento começar a ter vento forte ou rajada.
ENTÃO: Pare imediatamente e se possível abaixe e apóie a carga no solo.
10- SE: Por algum motivo você tiver que sair da cabine de operação;
ENTÃO: Abaixe a carga no solo, aplique todos os freios e travas, desligue o motor.

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