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CONTATO
HISTÓRICO
Cia. Mungunzá de Teatro
HOME CIA MUNGUNZÁ DE TEATRO TEATRO DE CONTÊINER MUNGUNZÁ
CONTATO
BIOGRAFIA POÉTICA
Em 2008 depositamos nas mãos do diretor Nelson Baskerville um livro autobiográfico intitulado “Por que a criança cozinha na polenta” e o desejo de
nascer junto a isso.Tratava-se de uma escolha dupla que, futuramente, nos colocaria em novos espaços de pensamento dentro do panorama não só do
teatro, mas da arte contemporânea. Com “Por que a criança cozinha na polenta” inauguramos uma pesquisa junto ao diretor Nelson Baskerville. Nelson
já trazia consigo uma longa trajetória de pesquisa e atuação dentro do teatro “pós-dramático” e foi um pilar fundamental para a nossa aproximação e
interesse por essa linguagem. Com ele pesquisamos formas distintas de contar uma história por meio de muitas possibilidades narrativas: vídeo, foto,
música, dança, performance, o ato de cozinhar em cena, enfim, uma pesquisa que já trazia no bojo uma aproximação entre artista e plateia que não se
desse apenas pela história nem pelo pensamento que esta gerasse, mas pela comunicação sinestésica que o espetáculo provocava em virtude de todo
o aparato cênico.
CIRCULANDO
Esse trabalho nos abriu muitas portas. Com ele nos familiarizamos com uma linguagem e uma nova maneira de pensar o trabalho do ator e a função do
teatro no panorama contemporâneo. Entendemos o que fazíamos ao fazermos e posteriormente descobrimos que nossa aprendizagem surgia pela
prática. O Espetáculo realizou 5 temporadas na cidade de São Paulo e circulou por dois anos no Brasil, percorrendo diversos festivais e angariando 35
prêmios. Descobrimos que estar em movimento nos fazia um grande sentido. Montar e desmontar a mesma história, de palco em palco, de cidade em
cidade, fazendo da mesma história a cada hora uma história diferente fazia com que nos sentíssemos apropriados de um mundo que estávamos
tateando e conhecendo. Em meio a esta desventura estética e familiar partimos para o próximo trabalho, que foi a verticalização deste processo.
Nelson nos trouxe a história de seu irmão e de sua família e todos compramos a briga de levá-la ao palco. Aprofundamos a pesquisa nesse teatro que
recebia o nome de "documentário cênico" e nasceu o espetáculo “Luis Antonio Gabriela”. A história de Luis Antonio, do Nelson e desse contexto familiar,
revirou e mobilizou diversos tipos de público, cada um a seu modo. Contando com uma direção bem humorada e bem física, que aguçava as
idiossincrasias de cada personagem, e suprimindo o julgamento no ato de contar essa história, acabamos por trazer ao palco pessoas reais, que não são
boas ou más, são seres humanos coexistindo, se relacionando, formando seu papel perante a vida. Como todos nós. E nisso o público se identificou
numa comoção que nos surpreendeu e nos ensinou algo a respeito de nossa linguagem: tentando distanciar, aproximamos. Tentando trazer a reflexão
sobre uma questão social, trouxemos uma comoção perante a vida. Em termos intencionais sabíamos que a linguagem épica facilita a reflexão e
posiciona criticamente o espectador. E foi bonito ver esse espectador, mais do que posicionado politicamente frente a causa da diversidade sexual,
posicionado enquanto ser humano perante a própria história. “Luis Antonio Gabriela” nos ensinou que, mais que arte e posicionamento intelectual, as
ranhuras da vida de cada ser é o que toca profundamente. Começamos a entender nosso trabalho mais como “proporcionar uma experiência” do que
propriamente rodar um espetáculo. E nisso se abriu um novo panorama processual dentro da companhia. O Espetáculo realizou 7 temporadas na
cidade de São Paulo, 1 temporada no Rio de Janeiro e circulou por dois anos pelo Brasil, e fora dele, acumulando durante esse período mais de 300
apresentações. “Luis Antonio – Gabriela” angariou muitos prêmios é considerado por muitos como “o espetáculo da década”. O espetáculo foi
convidado para compor a programação do Palco Giratório, do SESC. Rodamos todo o sertão de Pernambuco, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Brasília, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do sul. Foi uma experiência incrível que, ao final, nos alavancou a outro estado de presença artística dentro da
concepção da Cia. A experiência era rodar com o espetáculo, dar oficinas, fazer intercâmbio com outras cias e participar de conversas e debates.
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