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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA

MIRIÃ PORTO LIMA

RECIFE

2022
DOCUMENTÁRIO TARJA BRANCA:

O referido documentário intitulado de “Tarja Branca” foi lançado em junho de 2014,


tendo como diretor Cacau Rhoden. O documentário obteve uma aceitação de cerca de
65% estando disponível nas mais variadas plataformas como Google Play, e Youtube de
modo acessível e gratuito.

Em síntese o documentário discorre acerca de memórias dos tempos de infância, de


adultos e assim, evidencia a importância das brincadeiras para formação do indivíduo,
destacando todos os seus benefícios, impactando na vida social. Desse modo, as
brincadeiras devem ser levadas a sério, pois, estimulam o indivíduo a ser uma pessoa
melhor.

O nome do documentário é um grande trocadilho com as medicações de caráter tarja


preta, desse modo, tem se que o brincar é uma medicação tarja branca altamente
recomendada e disponível a todos os indivíduos não importando a sua idade. Sendo
necessário para a vida e sobrevivência.

Com isso, é introduzido artistas, educadores, dançarinos e outros tipos de pessoa que
enriquecem o documentário com sua vivência, a respeito da necessidade e importância
do brincar. Assim, estimula a todo o momento o ato de brincar. Faz-se então paralelo ao
teor cultural das brincadeiras, já que cada indivíduo conforme a época tem uma
brincadeira específica.

Ao longo do documentário vemos isso de modo explícito já que conforme se modifica o


cenário no território brasileiro, por meio das próprias brincadeiras nos é apresentado
questões culturais do local em questão. Sendo que de modo geral, todo o conjunto de
brincadeiras brasileiras se atrela com as culturas locais, como vimos durante as aulas.

A cultura nasce junto com o ser, cresce e morre com ele. Ao longo da nossa vida nos
apropriamos de costumes do nosso meio que por muitas vezes se passa despercebido,
como as técnicas de corpo, por exemplo, o ato de brincar é uma expressão corporal
proveniente da cultura, um hábito que a maioria das crianças têm (se não todas). É a
construção corporal que precisamos resgatar ainda que adultos.

Por exemplo, no Amazonas as brincadeiras têm traço folclórico que evidencia a cultura
de tal região. E, assim, por meio delas, pode-se ocorrer trocas, não validando o
pluralismo de culturas, e contribuindo para que não ocorra o etnocentrismo, de uma
cultura sobre a outra.

E, assim por meio das brincadeiras e fazendo alusão ao caráter infantil das brincadeiras,
o documentário nos leva a reflexão de como nos transformamos em adultos de teor tão
rabugentos, e apavorados com questões financeiras. Traçando, desse modo uma dura
crítica a vida estressante que levamos todos os dias.

E, evidencia o quanto o ambiente de trabalho, e as tarefas do dia a dia se assemelham a


uma espécie de prisão sem grades. Que a cada dia nos envolve e nos suga mais, porém
ao contrário das brincadeiras de modo totalmente negativo. Não permitindo que
possamos viver de modo simples e feliz a vida que nos cabe.

É evidenciado que não somente o brincar, constitui a brincadeira. E, assim nas


brincadeiras ocorre diversos elementos tais quais artes, a música, o movimento, a dança,
o teatro, a literatura. Tais elementos se constituem como imprescindíveis para a riqueza
e formação da vida.

Ao longo do documentário também se evidencia as perdas do indivíduo com a falta do


brincar, decorrente da interferência da indústria, em especial da internet. Já que a
criança passa, então a brincar olhando para uma tela. E, assim, o elemento de
brincadeira não se torna cultural local, e sim cultural global conforme a indústria
determina, perdendo a qualidade.

Contudo, ao fim podemos perceber que é primordial que o indivíduo passe por
experiencias lúdicas, já que elas possuem caráter transformador na vida de todos. Já que
por meio disso, se enaltece os conteúdos que realizam a formação do caráter do
indivíduo como um todo. Assim, cabe a estimulação de teor lúdico a todos os
indivíduos para que se assegure todos os elementos benéficos anteriormente citados.

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