Você está na página 1de 5

CURSO: DIREITO

PROVA SEGMENTADA 2018.1


TURMA: 7º PERÍODO J- TURNO: NOITE

ALUNO:
1) O contrato de compra e venda é relação jurídica habitual e corriqueira, o entrelaçar de duas condutas
humanas: uma das partes assume a obrigação de pagar determinada quantia em dinheiro e a outra o
dever de transferir o domínio sobre determinada coisa. É o que preconiza o art.481 CC. No que tange a
classificação do negócio jurídico de compra e venda é incorreto afirmar:
a) Contrato bilateral na medida que necessita da manifestação da vontade de ambos os contratantes,
no estabelecimento de obrigações recíprocas entre eles, na construção do sinalagma;
b) Exatamente por ser um contrato oneroso que regras especiais incidem, como a responsabilidade do
vendedor pelos vícios redibitórios e pela evicção, protegendo o adquirente;
c) É classificado como de execução instantânea, à vista, jamais admitindo o trato sucessivo;
d) Podemos classifica-lo como contrato típico e nominado, pois está discriminado em lei.

2) O consentimento é a exteriorização da vontade das partes, convergindo sobre o preço, a coisa e as


demais condições. Deve ser livre e desembaraçado, sob pena de invalidar o contrato. Contudo existe
condições especiais que envolvem o consentimento e legitimação (como no caso de autorização judicial
para venda de bens de curatelados e tutelados), que podemos considerar corretos, exceto:
a) Como se observa da leitura atenta do art.496 CC, a norma prevê a proteção aos bens constituintes
do núcleo familiar, bem como o direito de herança;
b) Será livre a aquisição onerosa por qualquer cônjuges dos bens excluídos do acervo comum, uma
vez que na constância do casamento acabam adquirindo bens com exclusividades, sob os quais o
outro não terá qualquer direito;
c) A lei civil não traz um rol taxativo de aquiescência do cônjuge para pratica de atos civis, não devendo
ser interpretado de maneira restritiva, por se tratar de limitação de direitos, art.1647 CC;
d) Os condomínios constitui no exercício simultâneo do direito de propriedade por duas ou mais
pessoas. Cada proprietário é dono de uma cota-parte, podendo alienar sua parte sem a concordância
dos demais, salvo o direito de preferência dos demais coproprietários, sob pena de ineficiência
relativa do ato.

3) Mario foi jantar com sua mãe, para celebrar seu aniversário, chegando ao restaurante e consultando a
carta de vinhos, gostou de um Cabernet Sauvignon – Argentino, safra 2015. O garçom, atendendo ao
seu pedido, abriu e lhe serviu dois dedos na taça. Mario ficou olhando aquela situação um pouco confuso,
bebeu e gostou do vinho, afirmando com a cabeça para o garçom completar a taça, passando a brindar
com a sua mãe a data tão desejada. Podemos afirmar que Mario celebrou um contrato de compra e
venda a contento, que podemos afirmar, exceto:
a) Opera-se a cláusula ad gustum;
b) A cláusula de venda a contento (pacto displicentiae) subordina a eficácia da compra e venda a uma
condição suspensiva;
c) Ao recusar a coisa, o comprador não precisa motivar, não pagar por ela, uma vez que não é o
proprietário da coisa, apenas possui o direito eventual;
d) Cabe o questionamento do vendedor, pois a eficácia do contrato não está ao arbítrio exclusivo do
comprador, pois o mesmo já passa a ser o proprietário da coisa quando recebida.

4) O artigo 533 do Código Civil é o que regula os contratos de troca e permuta, que por semelhança aplica-
se as disposições do contrato de compra e venda. Quer dizer, que incide a responsabilidade pelos vícios
redibitórios e pela evicção, com determinadas singularidades, podendo assinalar como incorreta:
a) No caso dos vícios redibitórios, apenas é possível a ação redibitória (rescisória), não cabendo
abatimento do preço, pois não existe;
b) Na evicção, o prejudicado terá direito de reaver a coisa e o preço, podendo reclamar perdas e danos;
c) Há a possiblidade de permuta entre os cônjuges e companheiros, desde que sobre os bens excluídos
da comunhão;
d) A anuência contida no inciso II do art.533 deve ser expressa, constando do próprio contrato, podendo
gerar anulabilidade conforme art.179 do CC, em decadência bienal;
5) O contrato estimatório nada mais é do que o negócio jurídico através do qual uma pessoa entrega um
bem, de valor econômico para outra pessoa, com objetivo de que seja vendida a coisa por um valor pré-
ajustado, ou restitui-la caso não venda num prazo determinado. Sobre o contrato consignatório é correto
afirmar:
a) No que concerne ao prazo, a lei prestigia a boa-fé entre os contratantes, não podendo o consignante
dispor dos bens quando estes estiverem sobre disposição do consignatário, sob pena de ineficácia
dos atos praticados por ele;
b) No que tange ao consignatário, os doutrinadores vem reconhecendo o caráter alternativo da
obrigação, pois lhe é conferido a opção de efetuar o pagamento do preço estipulado ou restituir o
bem consignado;
c) O modo normal de extinção do contrato se dá pelo pagamento da quantia ajustada ou pela
devolução da coisa;
d) A máxima res perit domino, ou, a coisa perece para o dono, opera-se normalmente nessa modalidade
contratual, não respondendo o consignatário pelo perecimento da coisa, mesmo que em caso fortuito
ou força maior.

6) Considerando que Júnior, Júlio e Augusto tenham diferentes ocupações profissionais, exerçam
diferentes funções e percebam remunerações de diferentes denominações jurídicas, assinale a opção
correta à luz do princípio constitucional tributário da isonomia.
A) Os três devem ser tributados com a mesma carga de imposto de renda.
B) As normas somente permitem diferenciar a carga tributária de imposto de renda em benefício de um
dos três indivíduos citados em razão da ocupação profissional.
C) Caso um dos indivíduos citados ocupe função pública especial, o benefício quanto à carga do imposto
de renda poderá ser-lhe concedido.
D) As normas somente permitem diferenciar a carga tributária de imposto de renda em prejuízo de um dos
indivíduos citados, em razão da denominação jurídica de sua remuneração.

7) Suponha que uma unidade federativa tenha instituído uma taxa pela utilização do serviço público. Para
que essa taxa atenda aos requisitos constitucionais mínimos, é indispensável que a utilização desse
serviço seja:
A) Efetiva ou potencial.
B) Efetiva e potencial.
C) Específica e divisível.
D) Específica ou divisível.

8) Na hipótese de o Brasil decretar estado de guerra, a CF oferece algumas formas de incrementar a


receita federal, entre as quais não se inclui a criação de:
A) Empréstimos compulsórios por meio de medidas provisórias.
B) Impostos extraordinários por meio de medidas provisórias.
C) Impostos extraordinários por meio de lei ordinária.
D) Empréstimos compulsórios por meio de lei complementar.

9) Com base no que dispõe o CTN, um indivíduo de um mês de idade:


A) Não tem qualquer capacidade tributária, porque é menor.
B) Já tem total capacidade tributária.
C) Tem capacidade tributária restrita até completar dezesseis anos de idade.
D) Tem capacidade tributária restrita até completar dezoito anos de idade.

10) De acordo com os princípios da anterioridade e da noventena, previstos na CF, a cobrança de


imposto:
A) Sobre a renda e proventos de qualquer natureza deve obedecer ao princípio da noventena, mas não ao
da anterioridade.
B) Sobre produtos industrializados deve obedecer ao princípio da anterioridade, mas não ao da noventena.
C) Sobre a importação de produtos estrangeiros deve obedecer ao princípio da anterioridade.
D) Sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados não se sujeita ao
princípio da anterioridade nem ao da noventena.

11) Acerca dos procedimentos e pressupostos legais da interceptação telefônica, assinale a opção correta:
a) é possível a interceptação telefônica em investigação criminal destinada a apuração de delito de ameaça
ocorrido em âmbito doméstico e abrangido pela lei Maria da Penha;
b) pode o juiz, excepcionalmente, admitir o pedido de interceptação telefônica feito pela autoridade policial
de forma verbal, sem que sua concessão fique condicionada à redução do pedido a termo;
c) no curso das investigações e no decorrer da instrução criminal, a interceptação telefônica poderá ser
determinada de ofício pelo juiz;
d) a interceptação telefônica inicialmente realizada sem autorização judicial poderá, mediante consentimento
dos interlocutores, ser validade posteriormente pelo juiz da causa

12) De acordo com a Lei n.º 9.296/06, a interceptação de comunicações telefônicas como meio de prova em
investigação criminal deve ser:
a) admitida em inquéritos instaurados para a apuração de crimes punidos com pena de detenção ou
reclusão;
b) deferida de ofício por autoridade policial, independentemente de autorização judicial;
c) deferida por autoridade judicial e conduzida por autoridade policial, que deverá dar ciência ao Ministério
Público, para que este acompanhe as diligências;
d) registrada nos próprios autos do inquérito, resguardando-se sigilo quanto aos investigados;

13) Marque a alternativa correta:


a) A busca domiciliar, por ser medida de natureza cautelar, só se justifica quando fundadas razões a
autorizem e, se realizada para prender pessoas condenadas, poderá ser feita em qualquer momento;
b) na busca domiciliar, é imprescindível a autorização judicial, que poderá ser requerida por qualquer das
partes;
c) não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado em qualquer hipótese;
d) a busca pessoal sempre dependerá de mandado judicial

14) Quanto ao número de vezes em que o prazo da interceptação telefônica pode ser renovado, entende a
doutrina, bem como o Superior Tribunal de Justiça, em seu mais recente julgado acerca do tema, no início
de 2013, que:
a) a renovação só pode ocorrer uma única vez, tendo a interceptação telefônica duração máxima de 30 dias;
b) não é possível haver a renovação da interceptação;
c) a renovação é cabível, desde que não ultrapasse o prazo de 60 dias;
d) o prazo da interceptação pode ser renovado indefinidamente, desde que comprovada a
indispensabilidade do meio de prova;

15) A busca domiciliar, com intuito de realizar apreensão de coisas, não pode ser realizada:
a) durante o dia, mesmo com mandado judicial, se houver recusa motivada do morador;
b) à noite, sem o consentimento do morador, estando definido no CPP como noite o período compreendido
entre as 19:00 e 06:00 horas;
c) durante o dia com base em mandado expedido pela autoridade policial, sendo necessário mandado
judicial;
d) à noite, exceto se houver mandado judicial e se tratar de crime organizado.

16) Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado,
observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. A esse respeito, é correto
afirmar:
a) O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo
fixado pelo regimento interno do respectivo tribunal, ao final do qual, não havendo retratação, o relator
levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
b) É assegurado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar
improcedente o agravo interno.
c) Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificamente os fundamentos da decisão
agravada, não sendo admitido apenas reproduzir as razões apresentadas anteriormente no recurso ou
ação de competência originária em que foi proferida a decisão agravada.
d) Mesmo quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em
votação unânime, o órgão colegiado, não poderá condenar o agravante em multa, ainda que de forma
fundamentada.

17) Os princípios do contraditório e da igualdade de armas são reflexos do princípio geral da


igualdade das partes, através dos quais o legislador procurou garantir às partes idênticos meios e
oportunidades, na defesa dos seus interesses, facultando a sua audição no processo antes de proferida
qualquer decisão — salvo em caso de manifesta desnecessidade, quer para contraditarem qualquer
alegação da parte contrária, quer para obstar a decisões-surpresa.
Revista 780/11.8TVLSB.L1.S1 7.ª Secção Fernanda Isabel Pereira (Relatora) Pires da Rosa Maria dos
Prazeres Beleza. Nesse contexto, é correto afirmar:
a) O Agravo de Instrumento é cabível da decisão do Relator. Nesse recurso, a manifestação do agravado
deverá ocorrer no prazo de 15 (quinze) dias.
b) O Agravo Interno é cabível da decisão do Relator. Nesse recurso, a manifestação do agravado deverá
ocorrer no prazo de 5 (cinco) dias.
c) A apelação é cabível em face de qualquer decisão proferida pelo juízo de primeira instância. decisão
interlocutória. Nesse recurso, a manifestação do apelante deverá ocorrer no prazo de 15 (quinze) dias.
d) O Agravo Interno é cabível da decisão do Relator. Nesse recurso, a manifestação do agravado deverá
ocorrer no prazo de 15 (quinze) dias.

18) Carolina, vítima de doença associada ao tabagismo, requereu, em processo de indenização por danos
materiais e morais contra a indústria do tabaco, a inversão do ônus da prova, por considerar que a parte ré
possuía melhores condições de produzir a prova.O magistrado, por meio de decisão interlocutória, indeferiu
o requerimento por considerar que a inversão poderia gerar situação em que a desincumbência do encargo
seria excessivamente difícil.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) A decisão é impugnável por agravo interno.
b) A decisão é irrecorrível.
c) A decisão é impugnável por agravo de instrumento.
d) A parte autora deverá aguardar a sentença para suscitar a questão como preliminar de apelação ou nas
contrarrazões do recurso de apelação.

19) A respeito dos recursos no Código de Processo Civil, é correto dizer:


a) Considerando que o recurso cabível contra decisão que indefere a petição inicial e extingue o feito sem
resolução do mérito é o recurso de apelação, resulta inadmissível o exercício de juízo de retratação pelo
magistrado.
b) Caberá agravo de instrumento contra decisão interlocutória proferida na fase de liquidação de sentença
ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário e em tutelas
provisórias, ressalvados os casos de tutela da evidência.
c) O juízo de admissibilidade do recurso de apelação será realizado somente pelo juízo de segundo grau.
d) Recebido o agravo de instrumento no tribunal, ao relator é vedado atribuir efeito suspensivo ao recurso
ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal.

20) Ao receber ação de consignação em pagamento formulada por Pedro contra André, o juiz indeferiu a
petição inicial,. Nesse caso, Pedro poderá interpor
a) Recurso Extraordinário, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da sentença.
b) agravo, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da decisão; se não houver retratação, o
juiz mandará citar André para responder ao recurso, para só então determinar a remessa do feito ao
Tribunal.
c) apelação, caso em que o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibilidade, determinar a
imediata remessa do feito ao Tribunal, após a concessão de oportunidade de defesa do recorrido.
d) agravo, caso em que o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibilidade, determinar a
imediata remessa do feito ao Tribunal, sem possibilidade de retratação, pois com a prolação da sentença
se encerra a jurisdição de primeiro grau.

21) . Quais dos elementos indicados a seguir são considerados indispensáveis para a existência de uma
empresa?
a) Lucro, sociedade e aviamento.
b) Produção racional, comercialização dos produtos e função social.
c) Eficiência, registro no órgão competente e estabilidade.
d) Atividade econômica, lucro, profissionalidade e habitualidade

22) Observadas as nuances relacionadas à conformação da Teoria da Empresa no âmbito do Direito


brasileiro, tem-se, hoje, que empresa é
a) o estabelecimento onde o comerciante exerce, de maneira formal, a atividade econômica.
b) a firma registrada na Junta Comercial, representativa da figura jurídica do comerciante.
c) atividade econômica organizada para a circulação ou a produção de bens ou de serviços.
d) o resultado da composição do nome empresarial.

23) De acordo com Lei nº 8.934/1994, a qual dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e
Atividades Afins, o nome empresarial obedecerá aos princípios:
a) Da motivação e eficiência.
b) Da veracidade e da novidade.
c) Da legalidade e impessoalidade.
d) Da razoabilidade e economicidade.

24) . A retirada do sócio de sociedade limitada


a) depende da aprovação dos demais em assembleia ou reunião.
b) condiciona-se à prévia propositura de ação judicial.
c) condiciona-se à apresentação de justa causa.
d) constitui direito do sócio retirante

25) A empresa de responsabilidade limitada


a) não é pessoa jurídica, porque instituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, não
se admitindo que o sujeito possua mais de um patrimônio.
b) é pessoa jurídica constituída por uma numero limitado de sócios onde a totalidade do capital social,
devidamente integralizado.
c) é pessoa jurídica onde a responsabilidade dos sócios não se limita ao investimento efetuado para a
criação da sociedade
d) é pessoa jurídica onde a responsabilidade dos sócios limita-se ao investimento efetuado para a criação
da sociedade e o comprometimento do patrimônio dos sócios fica condicionado à desconsideração da
personalidade jurídica.

Você também pode gostar