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ALUNO:
1) O contrato de compra e venda é relação jurídica habitual e corriqueira, o entrelaçar de duas condutas
humanas: uma das partes assume a obrigação de pagar determinada quantia em dinheiro e a outra o
dever de transferir o domínio sobre determinada coisa. É o que preconiza o art.481 CC. No que tange a
classificação do negócio jurídico de compra e venda é incorreto afirmar:
a) Contrato bilateral na medida que necessita da manifestação da vontade de ambos os contratantes,
no estabelecimento de obrigações recíprocas entre eles, na construção do sinalagma;
b) Exatamente por ser um contrato oneroso que regras especiais incidem, como a responsabilidade do
vendedor pelos vícios redibitórios e pela evicção, protegendo o adquirente;
c) É classificado como de execução instantânea, à vista, jamais admitindo o trato sucessivo;
d) Podemos classifica-lo como contrato típico e nominado, pois está discriminado em lei.
3) Mario foi jantar com sua mãe, para celebrar seu aniversário, chegando ao restaurante e consultando a
carta de vinhos, gostou de um Cabernet Sauvignon – Argentino, safra 2015. O garçom, atendendo ao
seu pedido, abriu e lhe serviu dois dedos na taça. Mario ficou olhando aquela situação um pouco confuso,
bebeu e gostou do vinho, afirmando com a cabeça para o garçom completar a taça, passando a brindar
com a sua mãe a data tão desejada. Podemos afirmar que Mario celebrou um contrato de compra e
venda a contento, que podemos afirmar, exceto:
a) Opera-se a cláusula ad gustum;
b) A cláusula de venda a contento (pacto displicentiae) subordina a eficácia da compra e venda a uma
condição suspensiva;
c) Ao recusar a coisa, o comprador não precisa motivar, não pagar por ela, uma vez que não é o
proprietário da coisa, apenas possui o direito eventual;
d) Cabe o questionamento do vendedor, pois a eficácia do contrato não está ao arbítrio exclusivo do
comprador, pois o mesmo já passa a ser o proprietário da coisa quando recebida.
4) O artigo 533 do Código Civil é o que regula os contratos de troca e permuta, que por semelhança aplica-
se as disposições do contrato de compra e venda. Quer dizer, que incide a responsabilidade pelos vícios
redibitórios e pela evicção, com determinadas singularidades, podendo assinalar como incorreta:
a) No caso dos vícios redibitórios, apenas é possível a ação redibitória (rescisória), não cabendo
abatimento do preço, pois não existe;
b) Na evicção, o prejudicado terá direito de reaver a coisa e o preço, podendo reclamar perdas e danos;
c) Há a possiblidade de permuta entre os cônjuges e companheiros, desde que sobre os bens excluídos
da comunhão;
d) A anuência contida no inciso II do art.533 deve ser expressa, constando do próprio contrato, podendo
gerar anulabilidade conforme art.179 do CC, em decadência bienal;
5) O contrato estimatório nada mais é do que o negócio jurídico através do qual uma pessoa entrega um
bem, de valor econômico para outra pessoa, com objetivo de que seja vendida a coisa por um valor pré-
ajustado, ou restitui-la caso não venda num prazo determinado. Sobre o contrato consignatório é correto
afirmar:
a) No que concerne ao prazo, a lei prestigia a boa-fé entre os contratantes, não podendo o consignante
dispor dos bens quando estes estiverem sobre disposição do consignatário, sob pena de ineficácia
dos atos praticados por ele;
b) No que tange ao consignatário, os doutrinadores vem reconhecendo o caráter alternativo da
obrigação, pois lhe é conferido a opção de efetuar o pagamento do preço estipulado ou restituir o
bem consignado;
c) O modo normal de extinção do contrato se dá pelo pagamento da quantia ajustada ou pela
devolução da coisa;
d) A máxima res perit domino, ou, a coisa perece para o dono, opera-se normalmente nessa modalidade
contratual, não respondendo o consignatário pelo perecimento da coisa, mesmo que em caso fortuito
ou força maior.
6) Considerando que Júnior, Júlio e Augusto tenham diferentes ocupações profissionais, exerçam
diferentes funções e percebam remunerações de diferentes denominações jurídicas, assinale a opção
correta à luz do princípio constitucional tributário da isonomia.
A) Os três devem ser tributados com a mesma carga de imposto de renda.
B) As normas somente permitem diferenciar a carga tributária de imposto de renda em benefício de um
dos três indivíduos citados em razão da ocupação profissional.
C) Caso um dos indivíduos citados ocupe função pública especial, o benefício quanto à carga do imposto
de renda poderá ser-lhe concedido.
D) As normas somente permitem diferenciar a carga tributária de imposto de renda em prejuízo de um dos
indivíduos citados, em razão da denominação jurídica de sua remuneração.
7) Suponha que uma unidade federativa tenha instituído uma taxa pela utilização do serviço público. Para
que essa taxa atenda aos requisitos constitucionais mínimos, é indispensável que a utilização desse
serviço seja:
A) Efetiva ou potencial.
B) Efetiva e potencial.
C) Específica e divisível.
D) Específica ou divisível.
11) Acerca dos procedimentos e pressupostos legais da interceptação telefônica, assinale a opção correta:
a) é possível a interceptação telefônica em investigação criminal destinada a apuração de delito de ameaça
ocorrido em âmbito doméstico e abrangido pela lei Maria da Penha;
b) pode o juiz, excepcionalmente, admitir o pedido de interceptação telefônica feito pela autoridade policial
de forma verbal, sem que sua concessão fique condicionada à redução do pedido a termo;
c) no curso das investigações e no decorrer da instrução criminal, a interceptação telefônica poderá ser
determinada de ofício pelo juiz;
d) a interceptação telefônica inicialmente realizada sem autorização judicial poderá, mediante consentimento
dos interlocutores, ser validade posteriormente pelo juiz da causa
12) De acordo com a Lei n.º 9.296/06, a interceptação de comunicações telefônicas como meio de prova em
investigação criminal deve ser:
a) admitida em inquéritos instaurados para a apuração de crimes punidos com pena de detenção ou
reclusão;
b) deferida de ofício por autoridade policial, independentemente de autorização judicial;
c) deferida por autoridade judicial e conduzida por autoridade policial, que deverá dar ciência ao Ministério
Público, para que este acompanhe as diligências;
d) registrada nos próprios autos do inquérito, resguardando-se sigilo quanto aos investigados;
14) Quanto ao número de vezes em que o prazo da interceptação telefônica pode ser renovado, entende a
doutrina, bem como o Superior Tribunal de Justiça, em seu mais recente julgado acerca do tema, no início
de 2013, que:
a) a renovação só pode ocorrer uma única vez, tendo a interceptação telefônica duração máxima de 30 dias;
b) não é possível haver a renovação da interceptação;
c) a renovação é cabível, desde que não ultrapasse o prazo de 60 dias;
d) o prazo da interceptação pode ser renovado indefinidamente, desde que comprovada a
indispensabilidade do meio de prova;
15) A busca domiciliar, com intuito de realizar apreensão de coisas, não pode ser realizada:
a) durante o dia, mesmo com mandado judicial, se houver recusa motivada do morador;
b) à noite, sem o consentimento do morador, estando definido no CPP como noite o período compreendido
entre as 19:00 e 06:00 horas;
c) durante o dia com base em mandado expedido pela autoridade policial, sendo necessário mandado
judicial;
d) à noite, exceto se houver mandado judicial e se tratar de crime organizado.
16) Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado,
observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. A esse respeito, é correto
afirmar:
a) O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo
fixado pelo regimento interno do respectivo tribunal, ao final do qual, não havendo retratação, o relator
levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
b) É assegurado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar
improcedente o agravo interno.
c) Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificamente os fundamentos da decisão
agravada, não sendo admitido apenas reproduzir as razões apresentadas anteriormente no recurso ou
ação de competência originária em que foi proferida a decisão agravada.
d) Mesmo quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em
votação unânime, o órgão colegiado, não poderá condenar o agravante em multa, ainda que de forma
fundamentada.
18) Carolina, vítima de doença associada ao tabagismo, requereu, em processo de indenização por danos
materiais e morais contra a indústria do tabaco, a inversão do ônus da prova, por considerar que a parte ré
possuía melhores condições de produzir a prova.O magistrado, por meio de decisão interlocutória, indeferiu
o requerimento por considerar que a inversão poderia gerar situação em que a desincumbência do encargo
seria excessivamente difícil.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) A decisão é impugnável por agravo interno.
b) A decisão é irrecorrível.
c) A decisão é impugnável por agravo de instrumento.
d) A parte autora deverá aguardar a sentença para suscitar a questão como preliminar de apelação ou nas
contrarrazões do recurso de apelação.
20) Ao receber ação de consignação em pagamento formulada por Pedro contra André, o juiz indeferiu a
petição inicial,. Nesse caso, Pedro poderá interpor
a) Recurso Extraordinário, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da sentença.
b) agravo, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da decisão; se não houver retratação, o
juiz mandará citar André para responder ao recurso, para só então determinar a remessa do feito ao
Tribunal.
c) apelação, caso em que o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibilidade, determinar a
imediata remessa do feito ao Tribunal, após a concessão de oportunidade de defesa do recorrido.
d) agravo, caso em que o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibilidade, determinar a
imediata remessa do feito ao Tribunal, sem possibilidade de retratação, pois com a prolação da sentença
se encerra a jurisdição de primeiro grau.
21) . Quais dos elementos indicados a seguir são considerados indispensáveis para a existência de uma
empresa?
a) Lucro, sociedade e aviamento.
b) Produção racional, comercialização dos produtos e função social.
c) Eficiência, registro no órgão competente e estabilidade.
d) Atividade econômica, lucro, profissionalidade e habitualidade
23) De acordo com Lei nº 8.934/1994, a qual dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e
Atividades Afins, o nome empresarial obedecerá aos princípios:
a) Da motivação e eficiência.
b) Da veracidade e da novidade.
c) Da legalidade e impessoalidade.
d) Da razoabilidade e economicidade.