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Gabarito Ae3 História 2º Ano
Gabarito Ae3 História 2º Ano
MÚLTIPLA ESCOLHA
ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA
E TRANSCREVENDO-A PARA A TABELA DE RESPOSTAS. SÓ SERÃO CONSIDERADAS AS
OPÇÕES ASSINALADAS NA TABELA DE RESPOSTAS AO FINAL DO ITEM 10.
01. Esses versos referem-se a uma das novas ideias espalhadas pelas classes urbanas da sociedade
brasileira, no final do século XIX. A alternativa que diz respeito à filosofia mencionada nos versos é:
(A) Liberalismo.
(B) Socialismo.
( C ) Positivismo.
(D) Existencialismo.
(E) Marxismo.
02. Ao longo de todo o século XIX, a tensão entre forças descentralizadoras e centralizadoras caracterizou
as relações políticas em boa parte das regiões latino-americanas recém libertadas do jugo colonial.
Sobre essas relações, é correto afirmar que
(A) o aumento das disputas regionais intensificou o caudilhismo e favoreceu a solução federalista
na maioria das antigas possessões espanholas e portuguesas na América.
( B ) a intensificação das disputas entre os caudilhos pelo controle na região do Prata
sucedeu a consolidação do domínio dos unitários, favoráveis à centralização política e
alfandegária em torno da cidade de Buenos Aires.
(C) a diminuição generalizada do comércio e da indústria nas regiões da América Central e Caribe
decorreu das guerras fratricidas promovidas pelos republicanos ingleses.
(D) a crise sem precedente que atingiu o federalismo republicano nos países andinos esteve
relacionada ao surgimento aí de monarquias constitucionais e governos ditatoriais.
(E) nas regiões de colonização ibérica, ocorreu a intensificação dos conflitos entre republicanos e
democratas, cabendo aos primeiros a defesa de um maior controle por parte do Governo
federal em detrimento da autonomia dos Estados.
(A) com a possibilidade de interferir no governo através do voto, uma ampla campanha popular fez
com que a população pobre participasse efetivamente da política representativa.
( B ) a participação efetiva dos trabalhadores pobres acontecia muito mais nas revoltas
urbanas do que na política representativa.
(C) os ex-escravos e os trabalhadores pobres permaneciam à margem do processo político e
jamais encontraram uma forma de organização e reivindicação.
(D) os primeiros governos republicanos procuravam integrar a população de ex-escravos ao
processo político, o que gerou grandes revoltas populares.
(E) os ex-escravos e os trabalhadores pobres foram totalmente integrados ao processo político.
04. A república brasileira começou com um Governo Provisório, encabeçado pelo marechal Deodoro da
Fonseca. A alternativa que NÃO faz referência a esse período é:
05. “Quando, na madrugada do dia 15 de novembro de 1889, uma revolta militar depôs o ministério
liberal do Visconde de Ouro Preto ninguém veio em socorro do velho e doente imperador. A espada do
marechal Deodoro da Fonseca abria as portas da República para que por ele passassem os
republicanos evolucionistas carregando um novo rei: o café de São Paulo.”
(adaptado de: MATTOS, Ilmar Rohloff. História do Brasil Império.)
O texto sugere que as duas forças sociais mais atuantes no processo que resultou na
Proclamação da República foram o(s)/ a(s)
06. A definição de eleitor foi tema de artigos nas Constituições brasileiras de 1891 e de 1934.
( A ) Constituição de 1934 ratificou a idade mínima para votar prevista pela Constituição de 1891.
( B ) Constituição de 1891, ao se referir a cidadãos, referia-se também às mulheres.
( C ) textos de ambas as Cartas permitiam que qualquer cidadão fosse eleitor.
( D ) texto da carta de 1891 já permitia o voto feminino.
( E ) Constituição de 1891 considerava eleitores apenas os indivíduos do sexo masculino.
07. Durante o período de 1889 a 1930, conhecido como República Velha, persiste como herança da fase
monárquica
08. (ENEM/2007)
(ANDRADE, Oswald de. Marco Zero II – Chão. Rio de Janeiro: Globo, 1991.)
“Ninguém desconhece a necessidade que todos os fazendeiros têm de aumentar o número de seus
trabalhadores. E como até há pouco supriam-se os fazendeiros dos braços necessários? As fazendas
eram alimentadas pela aquisição de escravos, sem o menor auxílio pecuniário do governo. Ora, se os
fazendeiros se supriam de braços à sua custa, e se é possível obtê-los ainda, posto que de outra
qualidade, por que motivo não hão de procurar alcançá-los pela mesma maneira, isto é, à sua custa?”
(Resposta de Manuel Felizardo de Souza e Mello, diretor geral das Terras Públicas, ao Senador Vergueiro. In: ALENCASTRO, L.F.
(Org.) História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1998. Adaptado.)
09. O fragmento do discurso dirigido ao parlamentar do Império refere-se às mudanças então em curso
no campo brasileiro, que confrontaram o Estado e a elite agrária em torno do objetivo de
10. Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do séc. XIX pode ser identificado a partir da análise do
vestuário do casal retratado acima?
- TABELA DE RESPOSTAS -
SÓ SERÃO CONSIDERADAS AS OPÇÕES ASSINALADAS NESTA TABELA
OPÇÕES ITENS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A X X
B X X
C X X X
D X
E X X
VERDADEIRO OU FALSO
V F O movimento de 1889 seguiu o modelo francês de revolução, pois promoveu uma alteração
radical na estrutura política, social e, sobretudo econômica do país.
12. (ENEM/2011) Considere a linha do tempo acima e o processo de abolição da escravatura no Brasil
para analisar as assertivas a seguir.
V F O primeiro passo para a abolição da escravatura foi a proibição do uso dos serviços das
crianças nascidas em cativeiro.
V F Assinada pela princesa Isabel, a Lei Áurea concluiu o processo abolicionista, tornando
ilegal a escravidão no Brasil.
DÊ O QUE SE PEDE
TEXTO I
O depoimento emocionante partiu de Zianna Oliphant, garota negra que falou chorando sobre
como se sente diante dos últimos episódios de tensão racial na cidade.
“Vim aqui hoje falar sobre como me sinto. Sinto que nós somos tratados de maneira diferente do
que outras pessoas e não gosto da maneira como somos tratadas só por causa da nossa cor”, disse
enquanto seus olhos começavam a encher de lágrimas. “Somos negros e não deveríamos nos sentir
assim”, afirmou chorando. “Não deveríamos ter que protestar porque vocês estão nos tratando mal.
Fazemos isso porque deveríamos ter direitos”, disse recebendo aplausos dos outros moradores.“É
uma vergonha que nossos pais e mães são mortos e nós não podemos mais os ver. É uma vergonha
que nós temos que passar por aquele cemitério e enterrá-los”, disse. “Nós temos lágrimas e não
deveríamos ter lágrimas. Nós precisamos que nossos pais e mães estejam dos nossos lados”.
(Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/09/garota-de-charlotte-faz-discurso-emocionante-sobre-violencia-
racial.html Acesso em: 10 out 2016.)
13. Após a abolição da escravidão, durante a Guerra Civil Americana, os ex-escravos tiveram que lutar
para conseguir fazer valer a igualdade jurídica e civil salvaguardada pela 13ª emenda da Constituição
americana, que considerava todos livres e cidadãos. Porém, apesar de possuírem os mesmos direitos
políticos dos brancos, o respeito à Constituição e do reconhecimento à igualdade não ocorriam. A
tensão racial se estende até os dias atuais refletindo as marcas de séculos de exploração e
desigualdades.
TEXTO II
O NOME DA SERPENTE
“Na sua peça The Coast of Utopia, a Costa da Utopia, Tom Stoppard põe na boca de Michael
Bakunin um pensamento sobre a queda que condenou o Homem à infelicidade. “Uma vez”, diz
Bakunin, “há muito tempo, no começo da História, éramos todos livres. O Homem integrava-se com a
natureza e vivia em harmonia com o mundo, e, portanto, era bom. E então uma serpente entrou
nesse paraíso”.
*
Para o anarquista Bakunin, o nome da serpente era “Ordem”. Matéria e espírito se separavam. O
Homem não era mais inteiro, mas impelido por ambição, cobiça, ciúmes, medo. O conflito tornou-se a
condição da sua vida – o indivíduo contra seu vizinho, contra a sociedade, contra si mesmo – e a
Idade de Ouro acabou, segundo Bakunin. A serpente trouxera a desordem. O Homem só poderia criar
uma nova Idade de Ouro e tornar-se livre outra vez destruindo o que tinha destruído seu paraíso. A
ordem.
*
Para um socialista, ao contrário, ordem – ou organização social – é o que salva o Homem da sua
pior natureza. Evita conflitos e traz a harmonia, portanto não é um bom nome para a serpente. Já
para um fascista, só a submissão a uma ideia e a uma autoridade integradoras traz a felicidade, ou a
ordem no bom sentido. Como elogio, não como nome de serpente. E para um liberal, se a serpente
nos tirou do paraíso, mas inaugurou o homem competitivo, então viva ela, seja qual for o seu nome.
*
Que nome merece a serpente? Acho que um bom nome seria “Precisão”. Foi quando desenvolveu
o dedão opositor e se tornou capaz de, primeiro, catar pulgas com mais eficiência e, eventualmente,
esgoelar o próximo e fabricar e empunhar instrumentos sem deixar cair – enfim, quando se tornou
preciso –, que o Homem começou a sair do paraíso. Acabou a Idade de Ouro da inabilidade digital,
que nos igualava aos outros animais e nos impedia gestos especulativos, como o de segurar um
cristal contra o Sol e ficar filosofando sobre a luz decomposta em vez de se integrar com a Natureza
como um bom bicho.
*
O dedão opositor está nas origens do arco e flecha, daí para o zíper e as centrais nucleares foi um
pulo – no abismo. A nossa queda começou pelo polegar.
*
Na mesma peça, o Bakunin de Stoppard consola um amigo, desesperado com as seguidas
derrotas do seu ideal socialista pelo reacionarismo. “A reação é apenas a ilusão ótica do rio que
parece correr para trás, quando o rio corre sempre para o mar, que é a liberdade ilimitada e
indivisível!” Um consolo para desesperados de todas as épocas.
(Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,o-nome-da-serpente,10000055174>. Acesso em: 10 out 2016.)
14. De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre o tema, responda aos subitens a) e b).
a) Relacione a proposta política do movimento anarquista à negação da ordem. (02 escores)
Os anarquistas propunham que o Estado e toda forma de autoridade deviam ser
substituídos por formas livres de associação entre os indivíduos, sem leis ou hierarquias.
√ Deste modo, a ordem, as leis, as instituições e as representações políticas deveriam
ser abolidas.√___________________________________________________________
TEXTO III
Se dependesse de 95,75% das 617.543 pessoas que votaram no plebiscito informal do último
sábado (1), um novo país seria criado com a separação do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Paraná do resto do Brasil. O número de participantes foi inferior à meta inicial planejada, de 1 milhão
de pessoas, o equivalente a 5% dos eleitores do Sul. De acordo com o movimento separatista "O Sul
é meu país", apenas 4,25% dos participantes foram contrários ao projeto.[...]
CRISES
Uma das principais razões para separar o Sul do Brasil, de acordo com o movimento, é a
diferença entre o que os Estados arrecadam para a União e o que é devolvido em forma de
investimento direto. O líder catarinense Celso Deucher, 49, que faz parte do grupo de "intelectuais"
do movimento, alega que o Sul "não pode continuar escravo de Brasília". Deucher também é adepto
da ideia de "Estado mínimo" e se considera um "capitalista e liberal, sem nenhum constrangimento".
Para ele, um bom exemplo a ser seguido pelo novo país seria o da Suíça, país que ele já visitou
quatro vezes. O professor da Unicamp Luís Renato Vedovato, 44, discorda da justificativa. "Em
nenhum outro lugar do mundo a razão econômica é fundamento para separação", disse. O
pesquisador publicou um artigo recentemente sobre o movimento separatista brasileiro, em coautoria
com Alexandre Andrade Sampaio, em um periódico da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Para
Vedovato, evocar o direito à "autodeterminação dos povos" apenas faria sentido se fosse um caso de
evidente violação de direitos humanos, como ocorreu em Kosovo, que se separou da Sérvia.
"O caso brasileiro é peculiar porque se luta para que outros lugares tenham menos direito", diz
Vedovato. O professor se refere à distribuição de renda que ocorre no Nordeste, um dos motivos que
explicam a diferença entre arrecadação e retorno para o Estado, levantada por Deucher.
Os separatistas, entretanto, garantem que não são xenófobos. "Todos serão muito bem-vindos",
diz Deucher sobre o novo país.
PROIBIÇÃO
A ideia original era realizar a enquete na mesma data das eleições municipais, mas a iniciativa
foi vetada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRESC), no final de julho. A decisão do
desembargador César Augusto Mimoso Ruiz Abreu, revelada pela Folha, alegava que a consulta
poderia atrapalhar as eleições. Abreu também entendeu a votação como uma tentativa de
desmembrar parte do território nacional, o que é considerado um crime com pena que varia de
quatro a 12 anos de prisão. O crime citado pelo TRE está previsto na lei 7.170, no artigo 11. Para o
desembargador, no entanto, como a data foi alterada, não havia nenhum impedimento para o
"Plebisul", como foi batizada a votação.
(Disponível
em:<http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/10/1819913emplebiscitoinformal95votampelaseparacaodaregiaosul.shtml>. Acesso
em: 10 out 2016.
15. Os “intelectuais” do movimento separatista alegam motivações econômicas para desmembrar parte
do território nacional. A conjuntura anterior à Guerra Civil Americana (1861-1865) também reunia
disputas de interesse nortista e sulista pelos investimentos nas novas terras do Oeste que se abria.
Considerando esses dados, responda aos subitens a) e b).
Para representar o mártir do Quilombo de Palmares, Darcy Ribeiro (1922-1997), que era então
vice-governador e secretário de Cultura, não delegou a um pesquisador a missão impossível de
descobrir a verdadeira fisionomia do guerreiro nem instituiu um concurso para a seleção da melhor
proposta de sua imagem ideal. A iconografia de Zumbi não proveio de Alagoas, estado no qual estão
localizados os remanescentes do Quilombo de Palmares, ou de outra parte do Brasil. Darcy Ribeiro se
apropriou da forma de uma escultura pertencente ao acervo do Museu Britânico, deslocou-a para
outro continente, mandou ampliá-la de 36 centímetros para três metros, fundiu-a em 800 quilos de
bronze e a instalou numa das principais vias públicas da cidade do Rio de Janeiro.
Como disse uma vez Darcy Ribeiro, a imagem escolhida para figurar Zumbi “retrata com certeza
a dignidade e a beleza da face negra”. Para Mariza Soares, ele “substitui a individualidade do herói
SSAA / STE / CMCG 2016
CMCG AE3/2016 – HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 12 Visto:
16. O trecho do artigo acima, além indicar a inspiração do monumento a Zumbi dos Palmares, localizado
na Praça Onze, Rio de Janeiro, também deixa explícita a visão preconceituosa que os europeus
tinham a respeito das sociedades africanas, deixando mesmo de acreditar que uma obra com
tamanha qualidade técnica de fundição de metal e recurso de representação naturalista pudesse ser
atribuída exclusivamente àquelas sociedades. Considerando essas informações, responda aos subitens
a) e b).
a) A partir do texto, quais as justificativas filantrópicas e humanitárias para a violenta ação
imperialista inglesa na sociedade beninense. (02 escores)
A imprensa da época representava a sociedade de Benin como povos selvagens,
irracionais e primitivos, √ que necessitavam da civilização,√ ou seja, da tutela europeia.
FIM DA PROVA