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A Escravidão no mundo antigo- Grécia

Nome dos autores da pesquisa: Rafaela lemes de Oliveira e Vitória Bascelar


Carnavali Lopes.
Escravos na Grécia antiga
Na Grécia do período Clássico, os escravos, cuja condição variava segundo a região e sistema
político-social dominante (como Atenas e Esparta, por exemplo), tinham sobretudo a obrigação
de cumprir tarefas relacionadas com a casa do senhor, desempenhando além disso funções
económicas.

Este sistema revelou-se extremamente proveitoso, uma vez que, livres dos encargos
quotidianos, os cidadãos podiam ocupar-se do cultivo das artes sociais, políticas e intelectuais.

Contudo, e apesar de terem sido contemplados pelas leis, os escravos eram considerados apenas
habitantes da cidade e não cidadãos, não sendo portanto abrangidos pelos direitos e regalias
destes últimos.

Os escravos costumavam ser inicialmente capturados nas cercanias dos grandes centros (pólis),
a algumas dezenas de quilómetros, uma vez que a Hélade (Grécia) não era uma agregação
territorial, mas antes um conjunto de pólis autónomas.

Mais tarde eram fornecidos por entrepostos comerciais, capturados na Frigia, na Caria e na
Trácia e crê-se que a partir do século V a. C. eram comprados aos bárbaros, tendo também
havido gregos que se tornaram escravos por não conseguirem pagar dividas contraídas.

Outras formas de obter servos eram a venda dos filhos, a venda da própria pessoa para poder
sobreviver (método a que recorriam os mais indigentes) e mesmo trocar os serviços de médico
pela escravatura do paciente.

Devemos frisar que o conceito de escravatura era nesta altura e neste contexto geográfico muito
particular, sendo os escravos tratados com humanidade, chamados a combater ao lado dos seus
senhores (apesar de em raras ocasiões de perigo extremo e em troca de direitos e regalias) e
participando com eles nos trabalhos da sua profissão.

Na Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas. A mais comum era
através da captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam o prisioneiro em escravo.
Estes, eram vendidos como mercadorias para famílias ou produtores rurais.

O sistema de escravidão foi largamente utilizado por diversos povos ao longo do tempo. No
entanto não podemos comparar a escravidão na Grécia Antiga com a escravidão moderna que
se deu a partir da exploração do continente africano e da diáspora, com a escravização de
diversos grupos africanos por parte dos europeus. Cabe lembrar que homens e mulheres
africanos foram retirados de seus povos e culturas, colocados em navios negreiros e
atravessaram o atlântico para trabalhar compulsoriamente em um sistema que dependia do seu
trabalho para acúmulo de capital por parte das coroas europeias.

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Conceito de cidadania na pólis
O termo cidadão nos transporta à Grécia Antiga. O direito à cidadania, na pólis (cidade-Estado)
grega, significava discutir e tomar as decisões sobre os rumos da economia, da administração e
dos assuntos militares do Estado. Desse modo, por meio da participação direta dos indivíduos,
o destino do Estado era traçado.

Há escravidão hoje em dia?

O Brasil encontrou 1.937 pessoas em situação de escravidão contemporânea em 2021, maior


número desde os 2.808 trabalhadores de 2013, segundo informações divulgadas pelo renascido
Ministério do Trabalho e Previdência nesta quinta (27). Ao todo, foram 443 operações – um
recorde desde a criação dos grupos especiais de fiscalização móvel, base do sistema de combate
à escravidão no país, em maio de 1995.

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Em Minas, por exemplo, duas crianças de nove e dez anos e uma adolescente de 13 foram
encontradas, junto com seus pais, em condições análogas às de escravo em uma fazenda de café
e eucalipto em Minas Novas, região do Vale do Jequitinhonha, em fevereiro. De acordo com a
fiscalização, eles passaram fome. No momento da fiscalização, foi constatado um pouco de
arroz, de macarrão, sal e feijão e açúcar misturado com pó de café. Questionado sobre a razão
dessa mistura, o trabalhador explicou que era para evitar que as crianças comessem o açúcar.
Elas iam atrás do produto porque estavam com fome.

Já em Goiás, um homem foi resgatado do trabalho escravo, em agosto, em uma fazenda de


gado durante uma operação de fiscalização, no município de Formosa, após mais de oito anos
de serviço. Ele vivia com sua esposa e cinco filhos dormindo entre escorpiões e cobras, sem
água e luz, com pouca comida e sob a poeira da mineração de calcário que ocorria perto de seu
alojamento.

“Escorpião era demais, tinha muito. Um me picou e fiquei seis meses com a perna dormente. Já
acordei com cobra no pescoço. Tinha coral, papa-pinto… Se não forrasse o chão e tapasse os
buracos da casa todos os dias, os escorpiões picariam meus meninos. Dormia todo mundo no
mesmo lugar. Assim eu ficava de olho nos bichos”, afirmou Marilene da Costa, esposa de
Itamar, trabalhador que foi resgatado. Todos passaram anos usando o mato como banheiro, sem
energia elétrica e consumindo água salobra de um poço.

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Bibliografia: https://m.suapesquisa.com/grecia/escravismo_grecia.htm#:~:text=Na%20Gr
%C3%A9cia%20Antiga%20uma%20pessoa,para%20fam%C3%ADlias%20ou%20produtores
%20rurais

https://reporterbrasil.org.br/2022/01/brasil-fecha-2021-com-1937-resgatados-da-escravidao-
maior-soma-desde-2013/#:~:text=O%20Brasil%20encontrou%201.937%20pessoas,Previd
%C3%AAncia%20nesta%20quinta%20(27)

https://www.google.com/amp/s/www.infoescola.com/historia/escravidao-na-grecia-antiga/amp/

https://www.google.com/amp/s/escolakids.uol.com.br/amp/historia/trafico-negreiro.htm

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