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U N I V E R S I DA D E

CANDIDO MENDES

CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA


PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010

MATERIAL DIDÁTICO

FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA
ELÉTRICA

Impressão
e
Editoração

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SUMÁRIO

UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 03

UNIDADE 2 – DEFINIÇÕES, EVOLUÇÃO HISTÓRICA, APLICAÇÕES E


ESPECIALIDADES DA ENGENHARIA ELÉTRICA ............................................... 05
2.1 Definição ........................................................................................................... 05
2.2 História e evolução ............................................................................................ 05
2.3 Campos de aplicação, especialidade e competências ...................................... 08

UNIDADE 3 – TIPOS E FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA .................. 15


3.1 Tipos de energia ................................................................................................ 15
3.2 Geração de energia ........................................................................................... 17
3.3 Transmissão de energia .................................................................................... 22
3.4 Distribuição de energia ...................................................................................... 23

UNIDADE 4 – ELETRICIDADE ............................................................................... 26


4.1 A matéria ........................................................................................................... 26
4.2 Grandezas elétricas .......................................................................................... 29
4.3 Tipos de circuitos .............................................................................................. 33
4.4 Condutores elétricos ......................................................................................... 37

UNIDADE 5 – ANEEL E CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA .............................. 40

UNIDADE 6 – A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO ........................................... 44


6.1 Definições, benefícios e finalidades da manutenção ......................................... 45
6.2 Planejamento da manutenção ........................................................................... 55
6.3 Controle da manutenção ................................................................................... 57

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 64

ANEXOS ................................................................................................................ 68

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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO

Eu sou a força inesgotável que move grandes máquinas,


forneço luz que concorre até mesmo com a do Sol, aqueço e
também esfrio; sou o sopro invisível que conduz mensagens e
sons a todos os recantos do mundo; sou o impulso poderoso
que arrasta locomotivas, rápidos veículos e barcos enormes.
Com o meu auxílio, o homem domina a Terra, sulca os ares,
baixa ao fundo do mar, penetra até as entranhas do nosso
planeta. Sob minha influência maravilhosa, os motores
palpitam, os corpos fundem-se e volatizam-se e, em uma faísca
majestosa, forjo, fundo e ligo os metais mais resistentes. Meu
poderio é incalculável, porém submissa ao homem, que
conhece meus segredos; sob sua sábia direção levo a
civilização até os mais recônditos confins do mundo; sou a
base do progresso: eu sou a eletricidade (CAVALIN;
CERVELIN, 2007, P. 24)

Sejam bem-vindos ao curso de Especialização em Engenharia Elétrica!

Uma vez que a história situa as pessoas no tempo e no espaço, levando-as


a refletirem sobre a evolução da vida e dos acontecimentos, do porque chegamos
até aqui e o que nos reserva o futuro, acreditamos ser importante partir desse ponto:
surgimento e evolução da área de estudo em tela.

Sem nenhuma sombra de dúvida, são muitos os benefícios da eletricidade e


a consequente evolução dos usos da energia para a sociedade, portanto, veremos
ao longo do curso, tópicos envolvendo a eletrônica, eletromecânica, as instalações
elétricas prediais e industriais, a automação industrial, alguns tópicos especiais e,
evidentemente, a gestão da segurança aplicada.

Neste primeiro momento, o foco passa necessariamente pela história e


evolução, campos de aplicação e especialidades da Engenharia Elétrica. Tipos e

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formas de distribuição de energia, conteúdos que envolvem a eletricidade como a


matéria, as grandezas elétricas, os tipos de circuitos e os condutores elétricos, bem
como termos técnicos de algumas concessionárias de energia e a importância da
manutenção, fazem parte deste módulo.

Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como


premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um
pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados
cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar,
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores,
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma
redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas
opiniões pessoais.

Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se


outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo,
podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos
estudos.

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UNIDADE 2 – DEFINIÇÕES, APLICAÇÕES E


ESPECIALIDADES DA ENGENHARIA ELÉTRICA

2.1 Definição
Podemos definir Engenharia, que enquanto ciência é abrangente e possui
muitas subáreas, como a área que busca aplicar conhecimentos e técnicas para
resolver ou otimizar problemas que afetam diretamente a sociedade, por
conseguinte, os engenheiros são os profissionais que procuram soluções
economicamente viáveis para problemas técnicos gerados pela atividade humana,
aplicando a matemática e outras ciências para aumentar e melhorar o rendimento de
máquinas e sistemas.

Criar, aperfeiçoar, implementar são algumas das ações conjugadas pela


engenharia para viabilizar as suas utilidades, sempre levando em conta a sociedade,
a técnica, a economia e o meio ambiente.

A Engenharia, em seus diversos campos, possibilita, já há algumas décadas,


até mesmo a exploração de outros planetas do Sistema Solar, permite a
comunicação no planeta em frações de segundo, promove a conexão de
computadores portáteis e telefones celulares com a internet e gerou, ao longo de
sua evolução, máquinas capazes de produzir grandes quantidades de produtos,
como alimentos, automóveis e celulares.

Os engenheiros aplicam o conhecimento das ciências básicas (Matemática,


Física, Química, Biologia) para desenvolver formas eficientes de usar os materiais e
as forças da natureza em benefício da humanidade e do ambiente.

2.2 História e evolução

Embora a Engenharia, enquanto transformação de ideia em realidade,


sempre tenha sido exercitada pelo ser humano, seu nascimento como campo do
conhecimento se deu apenas no começo da Revolução Industrial, constituindo um
dos pilares do desenvolvimento das sociedades modernas.

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Tradicionalmente, as engenharias lidavam apenas com objetos concretos,


palpáveis. Atualmente, porém, esse cenário se ampliou, incluindo entidades ou
objetos abstratos, não-palpáveis. É o caso das engenharias de custos, informática,
de software, entre outras. De fato, toda engenharia envolve certo grau de abstração.
Mas é uma Ciência com os pés no chão. De uma maneira geral, é mais pragmática e
ágil, posto que está limitada pelo tempo e pelos recursos definidos pelo projeto. O
desenvolvimento de engenhos implica combinar conhecimento e inspiração para
adaptar qualquer sistema à prática, para transformar ideias em realidade
HASTENREITER (2013).

Battaglin e Barreto (2011) explicam que os fatos históricos relativos à


Engenharia Elétrica têm sido registrados na literatura especializada muitas vezes em
âmbito regional, outras vezes são registrados fatos importantes que ocorreram em
um determinado período de tempo e, por isso, elaboraram um artigo justamente para
tentar ordená-los no tempo e no espaço, mas embora saibamos que todos os
momentos e as descobertas nesse campo sejam importantes, não temos como
objetivo alongar nesses conteúdos.

Em torno de 2500 a.C., os sumérios já tinham conhecimento sobre a


existência da eletricidade e sobre materiais condutores como o cobre, a prata e o
ferro.

Os Chineses conheciam a Eletricidade originada da pedra magnetita e


construíram agulhas magnéticas aproximadamente em 2637 a.C., no período do
Imperador Huan-Ti. O primeiro texto chinês conhecido, escrito em 1080 d.C., trata
sobre a bússola magnética, um século antes da primeira menção desta na Europa.

Os Gregos também conheciam os magnetes ou a magnetita e construíram


uma bússola no período 624-558 a.C., que era utilizada nas navegações pelo Mar
Mediterrâneo. O conhecimento e a aplicação da Eletricidade em forma de
magnetismo nessas bússolas eram disseminados entre os chineses e gregos.

Segundo nos conta Cardoso (2008), em Tessalonik na Grécia foi encontrada


a pedra que pode ter dado origem à ciência do eletromagnetismo. Esta pedra,
denominada “magnetita”, nome derivado da antiga denominação daquela área, foi
identificada pela primeira vez por Lucretius, em 100 a.C., Segundo escritos da

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antiguidade, Lucretius relatou: “[…] o ferro pode ser atraído por uma pedra que os
Gregos chamaram Magneto* pela sua origem, porque é originária das terras dos
Magnésios, habitantes da Magnésia em Thessaly”.

Lucretius não sabia que aquela pedra era a mesma utilizada para a
confecção do ferro, razão pela qual foi extinta com o tempo, devido à produção em
larga escala e sem controle daquele produto (aqui já nos deparamos com a questão
do uso racional dos nossos recursos e a sustentabilidade que veremos adiante).

A diferença da magnetita encontrada na Grécia das demais encontradas em


outras regiões, daquele pequeno universo grego, era que a pedra daquela região
estava sujeita a uma alta incidência de raios, que foram os responsáveis pela
magnetização brusca (devido a sua alta corrente) do material. Este tipo de
magnetização brusca de alta intensidade aproveita uma propriedade da magnetita,
denominada “histerese”, a qual retém um campo magnético residual, denominado
campo magnético remanescente, quando a fonte é desligada, produzindo o que
denominamos de imã permanente.

O imã permanente é muito utilizado nos dias de hoje em diversas


aplicações, como nas caixas acústicas, nos brinquedos, nos motores e geradores
elétricos. Estes imãs são artificiais, isto é, são produzidos utilizando-se de ligas de
materiais derivados da magnetita e de outras substâncias “excitados” por altas
correntes produzidas por geradores elétricos que tentam simular as condições do
raio. Os imãs mais eficientes que são produzidos atualmente são aqueles
produzidos com “terras raras”.

A bússola foi aprimorada, assim como o conceito de espectro de campo


magnético que permitiu visualizar a distribuição das linhas magnéticas ao redor dos
polos magnéticos.

O fato de nações da Europa e América do Norte estarem mais próximas


geograficamente em relação à China e ao Oriente fez com que muitos progressos
fossem alcançados. Até o século XIX vimos a engenharia elétrica se fundamentar,
ser descrita, bem como houve a criação do Sistema Internacional de Unidades (SI),
surgimento dos medidores e dos sistemas de geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica.

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Alertamos que nem de perto fizemos o percurso de todas as descobertas e


avanços desse campo da engenharia, por não ser objetivo do curso, mas a leitura de
artigos que se encontram nas referências podem ajudá-los caso se interessem.

2.3 Campos de aplicação, especialidade e competências


Se pensarmos na formação básica desses profissionais iremos nos deparar
de pronto com a Matemática que oferece a teoria dos circuitos e redes elétricas, a
lógica e a teoria dos sistemas. Da Física buscamos o eletromagnetismo, a física de
estado sólido e a óptica.

Destas relações encontraremos como campos de aplicação da Engenharia


Elétrica os sistemas de potência; as máquinas elétricas; a eletrônica analógica; a
eletrônica digital; os sistemas de computação, os sistemas de controle, os sistemas
de comunicação e os sistemas de instrumentação.

Especificamente na área de automação, os engenheiros atuam projetando


equipamentos eletrônicos destinados à automação de linhas de produção industrial;
na eletrônica podem desenvolver circuitos eletrônicos para aquisição de dados (por
exemplo, áudio, temperatura, umidade, pressão), transmissão de dados por
radiofrequência, entre outros.

No campo da eletrotécnica (potência e energia), planejar e operar sistemas


elétricos, da geração à distribuição de energia. Projetar e construir usinas, estações,
subestações, redes de geração de energia e equipamentos usados no sistema de
geração, transmissão e distribuição; ampliar as redes de alta-tensão e dar
manutenção a elas.

À Engenharia biomédica cabe ao especialista, especificar e gerenciar a


utilização de equipamentos médicos-assistenciais em hospitais, clínicas e
laboratórios; projetar, construir equipamentos e fazer a manutenção deles.

Em se tratando de hardware e programação, pode desenhar componentes e


desenvolver sistemas.

Na instrumentação, projetar e desenvolver equipamentos para a realização


de medidas, registro de dados e atuadores.

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Na microeletrônica, projetar, fabricar e testar circuitos integrados (chips)


destinados a sistemas de computação, telecomunicações e de entretenimento, entre
outras finalidades.

Nas telecomunicações, desenvolver serviços de expansão de telefonia e de


transmissão de dados por imagem e som; projetar e construir sistemas e
equipamentos para telefonia e comunicação em geral e de processamento digital de
sinais.

A verdade é que a principal função do engenheiro é desenvolver soluções


tecnológicas para necessidades sociais, industriais ou econômicas. Para isso, ele
deve identificar e compreender os obstáculos mais importantes.

Os obstáculos são muitos: recursos disponíveis, limitações físicas ou


técnicas, flexibilidade para futuras modificações e outros fatores como custo,
realização, prestações e considerações estéticas e comerciais.

Mediante a compreensão dos obstáculos citados, os engenheiros elaboram


as melhores soluções e, para isso, eles usam o conhecimento das ciências e a
experiência apropriada, criando modelos matemáticos aplicáveis aos problemas,
permitindo sua análise rigorosa. Se existem muitas soluções viáveis, eles avaliam as
diferentes opções de desenho baseando-se em suas qualidades e escolhendo a que
melhor se adapte.

É fundamental que os engenheiros tentem provar a eficiência de seus


desenhos antes de proceder à realização. Para isso, empregam, entre outras coisas,
protótipos, maquetes, simulações, provas destrutivas e provas de força. As provas
asseguram que os artefatos funcionarão como previsto, o que devemos entender
como sua responsabilidade nos procedimentos e escolhas.

Embora tenhamos profissionais que anseiam e admirem a profissão, alguns


podem não ter o dom do desenho, mas hoje com os programas de computador
como o Computer Aided Design (CAD), esse não é um problema, pois eles
funcionam como verdadeiros assistentes. O computador pode traduzir
automaticamente alguns modelos em instruções aptos para criar um desenho e
ainda armazenar criações anteriores.

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Voltando à responsabilidade profissional, desde a criação de desenhos,


qualquer erro pode resultar em danos gravíssimos, que podem incluir a morte de
pessoas. Geralmente, os engenheiros consideram uma margem de segurança para
reduzir o risco de falhas.

Em relação à ciência x tecnologia, Hastenreiter (2013) esclarece que não


podemos simplificar afirmando que os cientistas trabalham com a Ciência e os
engenheiros com a Tecnologia, ou seja, a Ciência tentaria explicar os fenômenos,
criando modelos matemáticos que correspondem aos resultados experimentais,
enquanto Tecnologia e Engenharia consistiriam na aplicação do conhecimento
obtido através da Ciência, produzindo resultados práticos.

Essa visão é limitada porque ignora as interseções entre ambas. Não é raro
encontrar cientistas envolvidos nas aplicações práticas de suas descobertas, assim
como os engenheiros, durante o processo de desenvolvimento da tecnologia,
investigam novos fenômenos e técnicas em estudos laboratoriais.

Dessa forma, sendo engenheiro, pode-se tanto desenvolver projetos quanto


pesquisar. Ainda é possível envolver-se com questões artísticas, já que a estética é
uma questão relevante em diversas atividades da Engenharia. A forma deve ser
desenvolvida aliada à função. Nesse caso, a conexão se dá com os campos da
Arquitetura e do Desenho Industrial.

Chegamos aos engenheiros eletricistas!

Estes atuam nos setores energéticos, como as termoelétricas e as


hidrelétricas. Sua função é gerar, transmitir e distribuir a energia. Por isso, também
atuam na área de Telecomunicações.

É um profissional muito valorizado, dado que vivemos numa sociedade


baseada na energia elétrica. Só para citar alguns exemplos do nosso cotidiano:
elevadores; bombas de gasolina; aparelhos eletroeletrônicos; chuveiro, entre outros,
todos dependem da eletricidade para funcionarem e atenderem a demanda da
sociedade.

O conhecimento em Matemática e Física, disciplinas que são sua base, é


fundamental, visto que lidam basicamente com eletromagnetismo. Requer também o

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domínio do cálculo, principalmente para as modelagens computacionais. Suas


formas de atuação englobam: desenvolvimento de novos produtos e serviços,
gestão de equipes e de produção, administração, vendas, e outros.

Este profissional deve possuir as seguintes características:

 forte formação em matemática, física e outras ciências básicas;

 ética, profissionalismo e senso de responsabilidade;

 autonomia na busca de soluções de problemas complexos de engenharia;

 competência para atuar em análise, simulação, projeto, desenvolvimento e


produção de sistemas e dispositivos eletroeletrônicos;

 qualificação para atuar nos diversos segmentos da engenharia elétrica,


energia, máquinas elétricas, eletrônica, instrumentação, controle e
automação, e telecomunicações;

 criatividade, multidisciplinaridade e liderança.

Tomamos emprestado de Rizzoni (2013), um exemplo que, como ele mesmo


diz, que ilustra como as aparentemente dissociadas especialidades da engenharia
elétrica de fato interagem para permitir a operação de um sistema muito conhecido:
o automóvel.

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Veja a ilustração abaixo que será explicada a seguir:

CONFORTO SEGURANÇA
Controle de temperatura. Air bags e cadeiras para crianças.
Ergonomia (bancos, direção, rodas, Sensor de anticolisão.
espelhos). Sistemas de segurança.
Navegação.
Áudio, vídeo, internet, comunicação sem
fio.

PROPULSÃO DIRIGIBILIDADE
Motor/transmissão. Suspensão ativa/semiativa.
Alternador/partida integrados. Freios antitravamento.
Tração elétrica. Direção elétrica.
Sistemas de 42V. Sistema de controle da
Gerenciamento de bateria. pressão dos pneus.
Controle de tração. Controle da estabilidade.
Tração nas quatro rodas.

A figura acima apresenta uma visão dos sistemas de engenharia elétrica


aplicáveis a um automóvel moderno. Mesmo nos veículos mais antigos, o sistema
elétrico – na verdade, um circuito elétrico – desempenha um papel muito importante
em seu funcionamento como um todo.

Uma bobina indutora gera uma tensão suficientemente alta para permitir que
uma centelha se forme no espaço do centelhador e detone a mistura ar-combustível.
A bobina é alimentada por uma fonte CC (corrente contínua) fornecida por uma
bateria chumbo-ácida. Além de energia para circuitos de ignição, a bateria fornece
força para vários outros componentes elétricos, sendo mais óbvios os que contêm
lâmpadas, os limpadores de para-brisas e o rádio. A energia elétrica é levada da
bateria para todos esses componentes por um chicote elétrico que constitui um
circuito elétrico bastante elaborado.

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Nos últimos anos, o circuito elétrico de ignição convencional tem sido


substituído pela injeção eletrônica, isto é, dispositivos eletrônicos de estado sólido,
chamados transistores que têm substituído os tradicionais platinados. A vantagem
dos sistemas de ignição transistorizados sobre os sistemas mecânicos
convencionais é sua elevada confiabilidade, facilidade de controle e tempo de vida
(platinados mecânicos são sujeitos a desgaste).

Outras disciplinas da engenharia elétrica são bastante óbvias no automóvel.

 O rádio instalado no carro recebe ondas eletromagnéticas por uma antena e


decodifica os sinais de comunicação para reproduzir sons e diálogos de
origem remota.

 Outros sistemas de comunicação comuns que se utilizam do


eletromagnetismo são os rádios cidadão ou rádio PX e os ainda mais comuns
telefones celulares.

 A bateria é, com efeito, um sistema de energia elétrica autônomo de 12 VCC


que fornece energia para todas as funções anteriormente mencionadas.
Visando que a bateria tenha uma vida útil prolongada, um sistema de carga
composto de um alternador e dispositivos eletrônicos de potência, está
presente em cada automóvel.

 O alternador é uma máquina elétrica, assim como os motores que movem os


vidros elétricos, janelas elétricas, bancos reclináveis e outros acessórios
encontrados em carros de luxo. Apesar de não parecer, os alto-falantes são
também máquinas elétricas.

Ainda não terminamos!

E os sistemas de computação? Pois é, circuitos digitais vêm sendo


desenvolvidos nas últimas décadas. Preocupados com as questões ambientais
relacionadas às descargas automotivas levaram à introdução de sofisticados
sistemas de controle de emissão do motor. O coração de tal sistema de controle é
um tipo de computador chamado microprocessador. O microprocessador recebe
sinal de dispositivos (chamados de sensores) que medem as variáveis relevantes –
como a velocidade do motor, a concentração de oxigênio nos gases da exaustão, a

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posição da válvula do acelerador (isto é, a demanda do motorista por mais potência


do motor) e a quantidade de ar aspirado pelo motor – e consequentemente calcula a
quantidade ótima de combustível e o tempo correto da centelha para resultar na
combustão mais limpa possível, sob tais circunstâncias.

À medida que a presença de computadores de bordo vai ficando cada vez


mais comum – em áreas como sistemas antibloqueio, suspensões eletronicamente
controladas, sistemas com tração nas quatro rodas e sistemas de navegação
eletrônica – comunicações entre os vários computadores de bordo deverão
acontecer de maneira mais veloz.

Concluindo, os veículos atuais também se beneficiam dos significativos


avanços realizados nos sistemas de comunicação. Sistemas de navegação veicular
podem incluir Sistemas de Posicionamento Global, ou tecnologia GPS (do inglês,
Global Positioning System), assim como uma variedade de tecnologias de
comunicação e conexão em rede, incluindo as interfaces de comunicação sem fio
(por exemplo, baseadas no padrão Bluetooth) e comunicação via satélite, e sistemas
de apoio ao motorista (RIZZONI, 2013).

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UNIDADE 3 – TIPOS E FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE


ENERGIA

Energia pode ser definida como tudo aquilo capaz de realizar ou produzir
trabalho.

Todas as movimentações que ocorrem no universo podem gerar forças


capazes de transformar a energia em um encadeamento sucessivo, ou seja, em
modalidades diferentes de energia. As pessoas somente sentem os efeitos da
energia através dos sentidos, e apresenta-se sob as seguintes formas: mecânica,
elétrica, térmica, luminosa, sonora, química, atômica, eólica, cinética, as quais
veremos a seguir.

3.1 Tipos de energia

a) Energia Mecânica:

 é constituída por duas modalidades de energia – a cinética e a potencial;

 quando a energia está associada a movimento, chama-se, em física, energia


cinética. No momento em que a carga está parada, no aguardo para produzir
trabalho, chama-se energia potencial, e é a energia que está relacionada à
posição que se encontra o corpo, por exemplo;

 enquanto a energia cinética pode vir da energia do vento, da água corrente,


etc.; a energia potencial pode provir da energia da água represada, dos
elásticos, das molas, etc.

b) Energia Elétrica:

 é uma forma de energia que apresenta inumeráveis benefícios, e, no decorrer


dos tempos, tornou-se parte interessante e fundamental das nossas
atividades diárias. É tão importante que nossa vida seria praticamente
impossível sem sua existência, e muitas vezes não damos conta da sua
importância, somente no momento da sua falta;

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 é a forma mais prática de energia, pois pode ser transportada a grandes


distâncias pelos condutores elétricos (fios ou cabos), desde a geração até os
centros de consumo, que são os lares, as indústrias, os comércios, etc.;

 além de poder ser transportada com facilidade, pode ser transformada em


outras modalidades de energia, sem muitas dificuldades e com custos
efetivamente baixos.

c) A energia térmica ou calorífica – ao passar pela resistência de, por


exemplo, um chuveiro, um aquecedor, um ferro de passar, converte-se em calor.

d) A energia luminosa – acontece quando a corrente elétrica percorre o


filamento de lâmpadas, acendendo-as e assim produzindo esse tipo de energia.

e) Quanto à energia sonora, esta acontece quando a energia percorre os


circuitos de um aparelho como o rádio ou o ipod.

f) A energia cinética por sua vez acontece devido a capacidade da energia


elétrica acionar o motor e produzir movimento.

A energia elétrica, normalmente, não é utilizada no mesmo local onde é


produzida. Como é produzida a grandes distâncias do centro de consumo, é
necessário que seja transportada; e por motivos econômicos, isso é feito em altas
tensões (CAVALIN; CERVELIN, 2011).

Assim sendo, a energia elétrica desenvolve-se em quatro fases


fundamentais:

1º. Geração (produção).

2º. Transmissão.

3º. Distribuição.

4º. Utilização.

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3.2 Geração de energia

Existem várias formas de se gerar energia elétrica, mas as opções diminuem


quando se trata de quantidades para consumo de uma sociedade. As mais comuns
seriam:

a) Térmica: a energia que se transforma é o calor resultante da queima de


algum combustível (derivado de petróleo como óleo combustível, gás natural,
carvão, madeira, resíduos como bagaços, etc.). Em nível mundial, representa
provavelmente a maior parcela. As instalações usam basicamente caldeiras que
geram vapor que aciona turbinas que acionam geradores. Ou então, máquinas
térmicas como motores a diesel ou turbinas a gás. No aspecto ecológico apresenta
problemas. A queima de combustíveis joga na atmosfera os mais variados poluentes
como o enxofre além do dióxido de carbono, responsável pelo já preocupante efeito
estufa (aquecimento global). Se madeira ou carvão vegetal são usados, a
consequência é o desmatamento.

b) Nuclear: pode ser entendida como uma energia térmica que usa caldeira,
sendo a fonte de calor um reator nuclear em vez da queima de combustível. Por
algum tempo foi considerada a solução do futuro para a geração de energia elétrica.
Mas os vários acidentes ocorridos ao longo do tempo revelaram um enorme
potencial de risco. Os resíduos (lixo atômico) são outro grave problema. Em vários
países, não é mais permitida a construção de novas usinas nucleares.

c) Hídrica: a energia potencial de uma queda d'água é usada para acionar


turbinas que, por sua vez, acionam geradores elétricos. Em geral as quedas d'água
são artificialmente construídas (barragens), formando extensos reservatórios,
necessários para garantir o suprimento em períodos de pouca chuva. Não é um
método totalmente inofensivo para o ambiente. Afinal, os reservatórios ocupam
áreas enormes, mas é um problema consideravelmente menor que os anteriores.
Evidente que a disponibilidade é totalmente dependente dos recursos hídricos de
cada região. No Brasil representa a maior parcela da energia gerada.

Outros meios, como a energia solar e energia eólica, considerados


ecologicamente limpos, vêm sendo usados cada vez mais, embora a participação
global seja ainda pequena (BOLSONI, 2007).

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d) Solar: em geral, a energia da radiação solar é convertida diretamente em


elétrica com o uso de células fotovoltaicas. Há necessidade de acumuladores
(baterias) para suprir picos de demanda e fornecer energia durante a noite. Usado
principalmente para pequenas unidades residenciais em zonas rurais.

e) Eólico: o arraste dos ventos aciona pás acopladas a geradores. É claro


que a viabilidade depende das características climáticas da região. Em alguns
países sua participação vem aumentando, devido à possibilidade de se obter
quantidades razoáveis de energia com quase nenhum prejuízo ecológico.
Entretanto, é sempre um sistema complementar a um outro, uma vez que a
irregularidade dos ventos não permite um fornecimento constante.

Abaixo descrevemos o processo de geração de energia, citando como


exemplo a usina de Itaipu (PR), Brasil.

Para movimentar o eixo das turbinas, podemos utilizar vários tipos de fonte,
como a queda-d'água (hidráulica), a propulsão a vapor (térmica), utilizando a queima
de combustíveis (gasolina, diesel, carvão) e pela fissão de materiais como o urânio
ou tório (nuclear). Podemos ter várias formas de geração de energia elétrica. A mais
econômica, que produz grandes quantidades de energia elétrica, utiliza a energia
potencial da água de grandes reservatórios, que movimentam os grandes geradores
(CAVALIN; CERVELIN, 2011).

Quando da construção de uma usina, primeiramente, é preciso levantar


indicadores (econômicos, técnicos, ecológicos e sociais) para posteriormente fazer a
opção do tipo de usina a ser construída naquele local. O caminho percorrido pela
energia, desde sua geração até o ponto de consumo é o seguinte:

1º - Barragem

A barragem tem como finalidade represar a água, possibilitando a


concentração de uma grande quantidade de energia potencial.

Em função da quantidade de energia elétrica a ser gerada, escolhe-se o


melhor lugar para a construção da barragem, levando-se em consideração o clima
da região, a vazão do rio, a topografia do local, o tipo de rocha, e a facilidade no
deslocamento de materiais de construção até a obra.

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2º - Condutos Forçados

O conduto forçado, também chamado de tomadas de água, sai da barragem


e vai até a turbina na casa de força.

Ele varia de diâmetro e comprimento em função da potência da turbina, a


qual está acoplada ao gerador. No caso da Usina Hidroelétrica de Itaipu, o conduto
forçado tem 10,5m de diâmetro interno.

3º - Casa de Força

Cada conduto vai a uma turbina, que está acoplada a um gerador.

Para gerar energia internamente nas máquinas são instalados eletroímãs.


Sabemos que toda vez que há o movimento de um condutor ao redor de um ímã,
nas extremidades desse condutor surge uma diferença de potencial. A quantidade
de energia gerada (conseguida) na extremidade dos condutores depende do
tamanho dos eletroímãs, da quantidade e seção dos condutores instalados dentro
dos geradores. Desta forma, podemos adquirir geradores comerciais que variam de
pequenas potências 0,5kW, 10kW, 100kW, e tensões, como 127V, 220V, 380V,
6,9kV, 13,8kV e 18,0kV.

4º - Subestação Elevadora

Como os geradores são para potências elevadas (MW) e a tensão comercial


gerada é razoavelmente baixa (kV), a corrente elétrica no gerador é de grande
intensidade. Por fatores econômicos, a subestação elevadora é construída o mais
próximo possível da geração.

Dentro dessa subestação são colocados os transformadores elevadores,


que recebem dos geradores as tensões de 6,9kV, 13,8kV ou 18,0kV e elevam-nas
para as tensões de transmissão, que são de 69kV, 138kV, 230kV, etc.

Como a corrente produzida (pelos geradores) é muito alta, inviabilizando o


transporte até os centros de consumo, eleva-se a tensão (consequentemente,
diminuindo a corrente) para que possamos fazer a transmissão dessa energia a
longas distâncias por torres de transmissão (5º), com bitolas de condutores mais
finos.

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No gerador P = E x I

Na transmissão P = E x I

Vista em corte da usina hidrelétrica de Itaipu

Fonte: Cavalin; Cervelin (2011, p. 20).

O tamanho do gerador (ou geradores) é calculado em função da quantidade


de energia que vai ser gerada para atender a certa região ou comunidade. Segundo
a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (COPEL), a tensão comercial gerada
e fornecida na saída dos geradores é trifásica de 6,9kV, 13,8kV ou 18,0kV com
valores bem elevados de corrente (kA) e potência (MW).

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6º - Subestação Abaixadora

Pelas torres de transmissão, essa energia é transportada até os centros de


consumo. A energia chega em uma subestação abaixadora, onde recebe os valores
de tensão de 69kV, 138kV, 230kV, etc., e através de transformadores, abaixa-os
para os valores de “tensão de distribuição” de 34,5kV e 13,8kV. Essas tensões
seguem até a subestação de distribuição.

7º - Subestação de Distribuição

Da subestação de distribuição, os condutores saem e seguem para a


distribuição urbana (8º) (cidade) em 13 8kV.

Nas ruas, de trechos em trechos, conforme o consumo e em função da


quantidade de consumidores, são instalados transformadores nos postes da
concessionária, que reduzem a tensão de 13 8kV para a baixa tensão em 127V e
220V (padrão COPEL) para a utilização residencial (9º) ou industrial (10º).

De um dos condutores (11º) da rede de 34,5kV deriva para a “distribuição


rural” (12º). Como segue apenas uma fase (monofásico), para a distribuição rural a
tensão é 34,5/ √3= 19,9kV. Na propriedade do consumidor, para obter a baixa
tensão, ou seja, a tensão de distribuição, o neutro é derivado do solo, fazendo com
que a tensão entre neutro e fase seja 127V e entre fases a tensão é 254V.

Segundo a Norma Brasileira, as tensões alternadas são classificadas em


quatro níveis:

1) Baixa Tensão: vai até 1.000V.

2) Média Tensão: acima de 1.000V até 72.500V.

3) Alta Tensão: acima de 72.500 até 242.000V.

4) Extra-Alta Tensão: acima de 242.000V.

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As tensões podem ser subdivididas em1:

 EBT/UBT = 48V; 24V e 12V.


 BT = 1000V; 760V; 660V; 440V; 380V; 230V; 220V; 127V (FN) e 115V (FN).
 MT (ou AT de Distribuição) = 34,5kV; 25,8kV; 23kV; 13,8kV; 13,2kV; 12,6kV;
11,5kV; 6,9kV; 4,16kV e 2,13kV.
 AT (Tensão de Transmissão) = 500kV; 230kV e 138kV.
 Tensão de sub transmissão = 69kV.
 EAT = 600kVcc (corrente contínua).
 EAT = 750kV.
 UAT = 800kV.

3.3 Transmissão de energia

Muitas vezes, a geração de energia elétrica ocorre em locais distantes dos


centros consumidores. No caso predominante no Brasil (geração hídrica), a natureza
impõe os locais onde sejam viáveis as construções das barragens. É comum usinas
geradoras distantes centenas ou milhares de quilômetros dos grandes centros.
Assim são necessários meios eficientes de levar essa energia (BOLSONI, 2007).

A ilustração abaixo dá o esquema simplificado de uma transmissão. Após o


gerador, transformadores da subestação elevadora aumentam a tensão para um
valor alto. Dependendo da cada região, pode variar de 69 a 750 KV. Uma vez que as
linhas transmissoras aproximam-se dos centros de consumo, transformadores de
uma subestação redutora diminuem a tensão para um valor de distribuição.

Esquema simplificado de transmissão

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BT = Baixa Tensão; AT = Alta Tensão; EBT = Extra-Baixa Tensão; MT = Média Tensão; EAT =
Extra-Alta Tensão e UAT = Ultra-Alta Tensão

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Fonte: Bolsoni (2007, p. 4).

A tensão de transmissão é alta porque se transmitida com baixas tensões na


potência necessária para atender milhares de consumidores, a bitola dos condutores
precisariam ser tão grande que tornaria o sistema economicamente inviável.

É claro que, na prática, os sistemas de transmissão não são tão simples


assim. Usinas normalmente dispõem de vários conjuntos turbina-gerador que
trabalham em paralelo. As transmissões de diferentes usinas e diferentes centros
consumidores são interligados de forma a garantir o suprimento em caso de panes e
outros problemas.

3.4 Distribuição de energia

Uma rede de distribuição deve fazer a energia chegar até os consumidores


de forma mais eficiente possível.

Vimos que quanto mais alta a tensão menor a bitola dos condutores para
transmitir a mesma potência. Assim, redes de distribuição em geral operam com, no
mínimo, duas tensões. As mais altas para os consumidores de maior porte e as mais
baixas para os pequenos.

Veja a ilustração abaixo:

Fonte: Bolsoni (2007, p. 5).

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Ela mostra o esquema simplificado de uma distribuição típica. A subestação


redutora diminui a tensão da linha de transmissão para 13,8kV, chamada
distribuição primária, que é o padrão geralmente usado nos centros urbanos no
Brasil. São aqueles 3 fios que se vê normalmente no topo dos postes de energia e
ainda é classificada como “alta tensão”. Essa tensão primária é fornecida aos
consumidores de maior porte como indústrias, que por sua vez, dispõem de suas
próprias subestações para rebaixar a tensão ao nível de alimentação dos seus
equipamentos.

A tensão primária também alimenta aqueles transformadores localizados nos


postes que reduzem a tensão ao nível de ligação de aparelhos elétricos comuns de
127/220V (fase neutro, fase), para consumidores de pequeno porte como
residências. É a chamada distribuição secundária. A rede é formada pelos quatro
fios (separados e sem isolação ou juntos e com isolação) que se observam na parte
intermediária dos postes.

É evidente que uma distribuição simples assim é típica de uma cidade de


pequeno porte. Cidades maiores podem ser supridas com várias linhas de
transmissão, dispondo de várias subestações redutoras e estas podem conter
múltiplos transformadores, formando assim várias redes de distribuição. Também
pode haver várias tensões de distribuição primária (BOLSONI, 2007).

Indústrias de grande porte, consumidoras intensivas de energia elétrica, em


geral são supridas com tensões bastante altas, às vezes a da própria transmissão,
para evitar altos custos da rede. Então “coletam” a energia diretamente da linha de
alta tensão. Nesse caso, dentro da própria planta industrial, existe um transformador
abaixador que fica dentro de uma cabine primária, cuja entrada é de 13,8KV e a
saída de acordo com a necessidade (440V, 380V, 220V).

Indústrias de pequeno porte são abastecidas em baixa tensão, onde a


origem é o transformador externo (poste da rede pública).

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Esquema Unifilar da Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

G – Gerador; SE - Subestação Elevadora; LT - Linha de Transmissão; SA - Subestação Abaixadora;


DP - Distribuição Primária; DS - Distribuição Secundária; TI' T2' T3 e T4 – Transformadores.

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UNIDADE 4 – ELETRICIDADE

Eletricidade é uma forma de energia e toda matéria possui alguma


propriedade elétrica. A matéria é formada por minúsculas partículas chamadas
átomos. O átomo possui dois tipos de carga elétrica: Positiva (prótons) no seu
núcleo e Negativa (elétrons) girando em volta do núcleo.

Já vimos o que é energia, seus diversos tipos, os processos de geração,


transmissão e distribuição. Vimos que de todas as formas de energia, a eletricidade,
ou energia elétrica, é uma das mais versáteis, pois se transforma com muita
facilidade e eficiência em muitas outras modalidades.

Vamos partir agora para mais alguns conceitos básicos que nos levam a
caminhar pelos meandros da engenharia elétrica, i.e., a eletricidade, que é a
essência dessa modalidade de energia, ou seja, as partículas que de fato
determinam seu comportamento.

4.1 A matéria

No entendimento de Cavalin e Cervelin (2011), o estudo da eletricidade fica


mais fácil se a analisarmos a partir dos conceitos básicos da estrutura da matéria.

Tudo o que existe no universo, desde estrelas e planetas situados nos


pontos mais afastados até a menor partícula de poeira, é constituído de matéria, que
pode se apresentar das mais variadas formas.

A menor parte da matéria, sem que ela perca suas características originais,
é denominada molécula. Abaixo temos uma molécula da água.

A molécula de H2O

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Se dividirmos as moléculas, elas perdem suas características, e na divisão


obtêm-se partículas denominadas átomos. Os átomos são compostos por partículas
infinitesimais (muito pequenas) denominadas prótons, nêutrons e elétrons.

Os prótons e nêutrons estão localizados no núcleo. Enquanto prótons


comportam-se como carga elétrica elementar positiva, nêutrons não têm carga
elétrica.

Os elétrons estão localizados na eletrosfera e possuem carga elétrica


negativa.

Átomo em grego significa indivisível. Até há pouco tempo julgava-se correto


este significado, porém, com o aprofundamento dos estudos e pesquisas da física
nuclear, verificou-se que o fenômeno da indivisibilidade não era verdadeiro, pois
através de bombardeamentos é possível a divisão do átomo, que gera a famosa e
polêmica energia atômica ou energia nuclear.

A disposição das partículas do átomo (prótons, nêutrons e elétrons),


conforme a teoria atômica, foi proposta pelo físico dinamarquês Niels Bohr (1885-
1962) que caracteriza uma semelhança muito grande com o sistema solar, ou seja:

 o núcleo representa o Sol e é constituído por prótons e nêutrons;

 os elétrons giram em volta do núcleo em órbitas planetárias.

Modelo atômico de Bohr

Os elétrons que giram em órbitas mais externas do átomo são atraídos pelo
núcleo com menor força do que os elétrons das órbitas mais próximas. Os mais

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afastados são denominados elétrons livres, e com muita facilidade podem se


desprender de suas órbitas.

Devido a essa característica, podemos dizer que os elétrons livres sob uma
tensão elétrica dão origem à corrente elétrica.

A facilidade ou a dificuldade de os elétrons livres se libertarem ou se


deslocarem de suas órbitas determina a condutibilidade elétrica da matéria ou
substância. Ou seja: se os elétrons se libertarem com facilidade de suas órbitas,
como é o caso dos metais como o ouro, a prata, o cobre, o alumínio, a platina, etc.,
esses materiais recebem o nome de condutores elétricos.

Entretanto, se os elétrons tiverem dificuldade de se libertar de suas órbitas,


isto é, estiverem presos ao núcleo, como é o caso do vidro, cerâmica, plástico,
baquelite, etc., esses materiais serão denominados de isolantes elétricos.

Até o momento vimos, teoricamente, que a “eletricidade” é constituída por


partículas diminutas chamadas elétrons, prótons e nêutrons, e que os elétrons se
movem com maior ou menor velocidade dependendo das características dos
materiais. Mas como ver/sentir/perceber/medir esses efeitos na prática?

Pedimos desculpas, mas seremos extremamente didáticos: pois bem, dia de


tempestade, raios e relâmpagos por todos os lados, eis que temos a oportunidade
de ver a formação de uma centelha ou ... ao fecharmos um interruptor, verificamos
que a lâmpada acende. Também, em algum momento da vida, experimentamos a
sensação de um choque elétrico ao tocarmos em partes energizadas de uma
instalação elétrica.

Já vimos e sentimos!

Para medir e registrar a energia elétrica nada mais do que utilizarmos


instrumentos adequados como, por exemplo, voltímetros, amperímetros, etc.

Quanto aos efeitos da eletricidade, estes são possíveis devido aos seguintes
fatores ou grandezas elétricas:

 corrente elétrica;

 tensão elétrica;

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 potência elétrica;

 resistência elétrica.

4.2 Grandezas elétricas

Corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons livres no interior de


um condutor elétrico, sob a influência de uma fonte de tensão elétrica.

O instrumento usado para medir a corrente elétrica é o amperímetro (A).

A corrente elétrica é representada pela letra “I”.

A unidade de medida de corrente elétrica é o ampêre (A).

Só haverá corrente elétrica se houver uma carga conectada a um circuito


fechado, isto é, quando os terminais de uma determinada carga (chuveiro, motor,
lâmpada) estiverem ligados, por meio de condutores elétricos, a uma fonte de
tensão elétrica, portanto, Tensão elétrica é a força exercida nos extremos do
circuito, para movimentar de forma ordenada os elétrons livres.

O instrumento usado para medir tensão elétrica é o voltímetro (V).

O símbolo que representa a tensão elétrica é a letra “V”.

A unidade de medida de tensão elétrica é o volt (V).

A potência elétrica é uma grandeza utilizada com frequência na


especificação dos equipamentos elétricos. Ela determina basicamente quanto uma
lâmpada é capaz de emitir luz, o quanto o motor elétrico é capaz de produzir
trabalho ou a carga mecânica que pode suportar em seu eixo, o quanto um chuveiro
é capaz de aquecer a água, ou quanto um aquecedor de ambientes é capaz de
produzir calor, etc.

A potência normalmente é responsável pelas dimensões dos equipamentos


ou máquinas. Quanto maior a potência, maior será o trabalho realizado em um
determinado tempo.

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Para haver potência elétrica é necessário tensão elétrica (V) e corrente


elétrica (I).

Guarde...

Sobre corrente, tensão e potência, podemos concluir que num circuito com
uma lâmpada incandescente de 100W, ligada a uma fonte de tensão variável,
teremos:

a) diminuindo a tensão e a corrente, o brilho da lâmpada será menor (menor


potência).

b) aumentando a tensão e a corrente, o brilho da lâmpada será maior (maior


potência).

Isto significa que a tensão, a corrente e a potência variam de maneira direta.

Num sistema elétrico existem três tipos de potência (lâmpadas = potência


luminosa; chuveiro = potência térmica; motor = potência mecânica):

Potência ativa é a capacidade real de as cargas produzirem trabalho. É


aquela que realmente se transforma em potência luminosa, térmica ou mecânica.

É representada pela letra P.

A unidade de medida de potência ativa é o watt (W), ou o seu múltiplo que é


o quilowatt (kW).

O instrumento usado para medir potência ativa é o wattímetro.

A relação existente entre cv, hp e kW é a seguinte:

1cv = 736W ou 1cv = 0,736kW => 1kW = 1,36cv

1hp = 746W ou 1hp = 0,746kW => 1kW = 1,34hp

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Potência reativa é a responsável pela produção dos campos


eletromagnéticos necessários para o funcionamento de equipamentos, tais como
reatores, motores e transformadores.

A unidade de potência reativa é o var (volt-ampère-reativo) ou kvar.

O instrumento para fazer a medição da potência reativa é o varímetro.

As concessionárias de energia elétrica utilizam o quilovolt-ampère-reativo


hora (kvarh) para registrar o consumo de energia reativa do consumidor.

Potência aparente é o produto da multiplicação da tensão elétrica pelo valor


da corrente instantânea. A potência ativa e a potência reativa juntas constituem a
potência aparente, que é a potência total gerada e transmitida à carga.

A unidade de potência aparente é o VA (volt-ampère) ou kVA ou MVA.

O fator de potência é um índice que mostra a forma como a energia elétrica


recebida está sendo utilizada, ou seja, indica quanto a energia solicitada (aparente)
está realmente sendo usada de forma útil (energia ativa).

O instrumento para medir o fator de potência é o cossefímetro.

Ele é determinado pela aplicação da seguinte expressão:

O fator de potência pode apresentar-se de duas formas:

1) Circuitos puramente resistivos como lâmpadas incandescentes, chuveiros


e aquecedores, o FP = cos φ =1,0.

2) Circuitos indutivos tipo motores, transformadores e reatores, o FP = cos φ


< 1,0.

Resistência elétrica é a oposição oferecida por todos os elementos do


circuito à passagem da corrente elétrica.

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A resistência elétrica é representada pela letra “R”.

A expressão matemática da lei de Ohm é:

Em que:

R - Resistência elétrica, em ohm (Ω).


E - Tensão elétrica, em volt (V).
I - Intensidade de corrente elétrica, em ampère (A).

Foi desta forma que nasceu a Lei de Ohm:

A intensidade da corrente elétrica que passa por uma resistência


elétrica é diretamente proporcional à diferença de potencial ou tensão elétrica
entre os terminais da resistência.

A unidade de medida da resistência elétrica é o ohm (Ω).

O instrumento usado para medir resistência elétrica é o ohmímetro.

O símbolo de resistência elétrica é um retângulo:

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4.3 Tipos de circuitos

Podemos definir circuito como o caminho completo para a circulação de


corrente elétrica.

Quando dizemos que um circuito é em série, ele contém duas ou mais


cargas, porém um único caminho para a circulação da corrente; sai da fonte de
tensão, passa pelas cargas e volta à fonte, conforme ilustrado abaixo:

No circuito em série, a resistência total é igual à soma das resistências


individuais ao longo do circuito.

Isto é RT = R1 + R2 + R3 + Rn

A tensão fornecida pela fonte do circuito série se divide pelo número de


resistores de cada carga. Então, a soma das quedas de tensões individuais de cada
carga é igual à tensão da fonte.

Isto é:

VT = VR1 + VR2 + VR3 + VRn

A corrente total (It) pode ser calculada da seguinte forma:

A desvantagem dos circuitos em série ocorre quando da abertura de


qualquer parte do circuito; simultaneamente a corrente para de circular e a tensão é
retirada de todas as cargas.

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Os circuitos em série são aplicados em:

 lâmpadas ligadas em série de árvores de Natal;

 controle de velocidade de motores;

 controle de intensidade luminosa;

 em circuitos eletrônicos.

Sobre o sentido da corrente e polaridade:

A - Sentido Real da Corrente

A corrente elétrica circula através da bateria do polo negativo para o polo


positivo. Desta forma, a bateria está fornecendo energia para a carga.

A corrente no interior da bateria circula do polo negativo para o polo positivo,


contudo, a corrente externa circula do terminal positivo para o terminal negativo da
bateria.

B - Sentido Convencional da Corrente

Os sinais de polaridade mostram nos resistores que a corrente circula do


terminal positivo dos resistores para o terminal negativo. A corrente no circuito série
pode ser medida inserindo-se um amperímetro em série.

Como existe somente um caminho para a circulação da corrente, qualquer


parte do circuito pode ser interrompida para inserir o amperímetro. Todos os
amperímetros das figuras seguintes medem o mesmo valor de corrente, mostrando
que em cada caso a tensão e a resistência total são as mesmas.

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Os paralelos são circuitos de várias cargas que têm mais de um caminho


para a corrente. Cada caminho da corrente é chamado de ramo.

O circuito da figura seguinte tem três ramos, e a corrente se divide entre os


três.

Cada ramo, independentemente dos outros, tem sua própria carga. A


corrente e a potência em um ramo são independentes da corrente, resistência ou
potência de qualquer outro ramo.

No circuito paralelo, todas as tensões, a da fonte e a de todos os ramos, são


iguais.

Nas figuras a seguir, cada voltímetro indica a mesma tensão.

Em um circuito paralelo, a relação entre tensão da fonte e tensão na carga é


expressa como:

A corrente total no circuito paralelo é igual à soma das correntes individuais


de cada ramo. A corrente total se divide em duas ou mais correntes no nó.

As várias correntes que chegam ou deixam um nó são relacionadas pela Lei


da Corrente de Kirchoff, a qual estabelece que a soma das correntes que chegam a

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um nó é igual à soma das correntes que deixam o mesmo nó não importando o


número de fios conectados ao nó.

A relação das correntes em circuitos paralelos é expressa por:

Quanto à resistência nos circuitos paralelos:

A resistência total em um circuito paralelo é sempre menor que a resistência


dos ramos. Quando adicionamos resistores em paralelo ao circuito, a corrente total
aumenta e a resistência total diminui.

Pode até parecer ilógico que adicionando resistências em paralelo com o


circuito, decresça a resistência total. A lógica da afirmativa pode ser observada com
o uso da Lei de Ohm. Veja:

Finalmente, tanto o numerador quanto o denominador da equação podem


ser divididos por VT. Assim:

Quando tivermos somente dois resistores em paralelo, podemos usar a


fórmula simplificada.

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Caso tenhamos um circuito paralelo com resistências de valores iguais, a


resistência total pode ser calculada da seguinte forma:

4.4 Condutores elétricos

Em geral, dá-se o nome de cabo ao conjunto de condutor, camada isolante e


capa de proteção, conforme a ilustração a seguir:

É evidente que a única parte essencial é o condutor. As demais podem


existir ou não. Exemplos: existem cabos completamente sem isolação (cabos nus),
usados em linhas aéreas, aterramento, para-raios e em outros casos. Nos cabos
usados em instalações residenciais, tomadas, ligações internas de aparelhos e
outros, isolante e capa são normalmente uma única camada. Cabos para alta tensão
geralmente têm uma camada a mais, metálica, entre o isolante e a capa
(blindagem).

O condutor pode ser um único fio (fio rígido) ou ser formado por um
agrupamento de fios mais finos, o que dá uma flexibilidade ao cabo (cabo flexível). É
mais comum a designação fio rígido ou fio flexível.

A maioria das instalações residenciais e comerciais usa fios rígidos por uma
questão de custo. Melhor se fossem flexíveis. Estes têm menos tendência de se
soltarem dos terminais e bornes de ligação.

O material do condutor é quase sempre o cobre. É o metal que apresenta


melhor compromisso entre condutividade elétrica e custo. Em alguns casos, como
linhas de transmissão, é usado o alumínio.

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A capacidade de condução de corrente de um cabo depende basicamente


da bitola do condutor. Entretanto, isso não deve ser o único critério de
dimensionamento. Exemplo: uma carga é alimentada por um cabo de comprimento
10 m, se for deslocada e o cabo agora tem 100 m, poderá ser necessária uma bitola
maior para manter a queda de tensão dentro do tolerável.

A padronização dos cabos segundo a capacidade é dada pela área da seção


transversal do condutor em milímetros quadrados (mm 2). A tabela abaixo dá os
valores usuais de capacidade de condução em corrente para as seções
padronizadas (BOLSONI, 2007).

Tais valores se referem a cabos isolados com PVC, a 70ºC, temperatura


ambiente de 30ºC, instalados em calhas ou dutos. Ver catálogos dos fabricantes
para mais detalhes.

2
Seção (mm ) 2 condutores carregados (A) 3 condutores carregados (A)

0,5 9 8
1 13,5 12
1,5 17,5 15,5
2,5 24 21
4 32 28
6 41 36
10 57 50
16 76 68
25 101 89
35 125 111

2
Seção (mm ) 2 condutores carregados (A) 3 condutores carregados (A)

50 151 134
70 192 171
95 232 207
120 269 239
150 309 272
185 353 310
240 415 364
300 473 419
400 566 502
500 651 578

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Padronização de cores de cabos para instalações:

Segundo Bolsoni (2007), na maioria das instalações residenciais e


comerciais, não há qualquer critério para diferenciar os condutores. Uma distinção
por meio de cores é altamente vantajosa, tanto para os serviços de instalação
quanto eventuais reparos e substituições. Abaixo temos o padrão normalmente
adotado.

Fase R – preto ************ Fase S – branco ********* Fase T – vermelho


Neutro - azul claro ************* Terra - verde

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UNIDADE 5 – ANEEL E CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA

A Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel – é responsável pela


regulação e fiscalização do mercado de energia elétrica no Brasil. Ela controla a
energia elétrica desde a geração até a chegada nas residências de todo o país. E
em cada etapa desse caminho existem empresas trabalhando: geradoras, que
produzem a energia elétrica; transmissoras, que levam a energia até as cidades;
distribuidoras, que fazem a energia chegar até a sua casa ou empresa; e ainda
existem outras.

Além de trabalhar para que os serviços de eletricidade sejam prestados com


qualidade, a Aneel também atende e informa a sociedade, esclarecendo dúvidas e
considerando os interesses do governo, das empresas e dos consumidores.
Disponível em: http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/cartilha_uso_eficiente.pdf

A missão da ANEEL é proporcionar condições favoráveis para que o


mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em
benefício da sociedade.

No site da Aneel encontram-se outras informações pertinentes a área.

Abaixo temos os links para as concessionárias atuantes no Brasil:

AES SUL Distribuidora Gaúcha de Energia S/A


AES Tietê S/A
AmE - Amazonas Distribuidora de Energia
AMPLA Energia e Serviços S/A
Bandeirante de Energia
Boa Vista Energia
CEAL - Companhia Energética de Alagoas
CEB - Companhia Energética de Brasília
CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina
CELG - Companhia Energética de Goiás
CELPE - Companhia Energética de Pernambuco
CEMAR - Companhia Energética do Maranhão S/A
CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses
CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais
CERON - Centrais Elétricas de Rondônia S/A

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CESP - Companhia Energética de São Paulo


CHESF - Companhia Hidrelétrica do São Francisco
CLFSC - Companhia Luz e Força Santa Cruz
COCEL - Companhia Campolarguense de Energia
COELBA - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
COELCE - Companhia Energética do Ceará
COOPERALIANÇA - Cooperativa Aliança
COPEL - Companhia Paranaense de Energia
COSERN - Companhia Energética do Rio Grande do Norte
CPFL - Companhia Paulista de Força e Luz
CTEEP - Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista
DMEPC - Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas
EBO - Energisa Borborema
EFLUL - Empresa Força e Luz Urussanga Ltda
ELEKTRO - Eletricidade e Serviços S/A
ELETROACRE - Companhia de Eletricidade do Acre
ELETROBRÁS - Centrais Elétricas Brasileiras S.A
ELETROCAR - Centrais Elétricas de Carazinho S/A.
ELETRONORTE - Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A
ELETRONUCLEAR - Eletrobrás Termonuclear S/A
ELETROPAULO - Eletropaulo S.A - Eletricidade de São Paulo
ELETROSUL - Eletrosul Centrais Elétricas S/A
EMG - Energisa Minas Gerais
ENERSUL - Empresa Energética do Mato Grosso do Sul
ENF - Energisa Nova Friburgo
EPB - Energisa Paraíba
ESCELSA - Espírito Santo Centrais Elétricas S.A
ESE - Energisa Sergipe
FURNAS - Furnas Centrais Elétricas S.A
GEAM - Grupo de Empresas Associadas Machadinho
Grupo Rede - Holding que controla as Concessionárias
HIDROPAN - Hidroelétrica Panambi S/A.
Iguaçu Distribuidora de Energia Elétrica Ltda
ITAIPU - Binacional
LIGHT - Light Serviços de Eletricidade S.A
Muxfeldt Marin & Cia. Ltda
RGE - Rio Grande Energia S/A
SULGIPE - Companhia Sul Sergipana de Eletricidade
TRACTEBEL - Tractebel Energia S/A

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Outras entidades/órgãos/instituições de interesse para o engenheiro


eletricista.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) atua em todas as


áreas técnicas do país. Produz normas em formato de texto que são adotados pelos
órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais) e pelas firmas. Compõem-
se de Normas (NB), Terminologia (TB), Simbologia (SB), Especificações (EB),
Método de ensaio e Padronização (PB).

A American National Standards Institute (ANSI), Instituto de Normas dos


Estados Unidos, publica recomendações e normas em praticamente todas as áreas
técnicas. Na área dos dispositivos de comando de baixa tensão tem adotado
frequentemente especificações da UL e da NEMA.

International Comission on Rules of the approval of Eletrical Equipment


(CEE) – Especificações internacionais, destinadas, sobretudo, ao material de
instalação.

Canadian Eletrical Manufctures Association (CEMA) – Associação


Canadense dos Fabricantes de Material Elétrico.

Canadian Standards Association (CSA) – Entidade Canadense de Normas


Técnicas, que publica as normas e concede certificado de conformidade.

Danmarks Elektriske Materielkontrol (DEMKO) – Autoridade Dinamarquesa


de Controle dos Materiais Elétricos que publica normas e concede certificados de
conformidade.

Deutsche Industrie Normen (DIN) – Associação de Normas Industriais


Alemãs. Suas publicações são devidamente coordenadas com as da VDE.

International Electrotechinical Comission (IEC) – Esta comissão é formada


por representantes de todos os países industrializados. Recomendações da IEC,
publicadas por esta Comissão, já são parcialmente adotadas e caminham para uma
adoção na íntegra pelos diversos países ou, em outros casos, está se procedendo a
uma aproximação ou adaptação das normas nacionais ao texto dessas normas
internacionais.

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Japanese Electrotechinical Committee (JEC) – Comissão Japonesa de


Eletrotécnica.

The Standards of Japan Electrical Manufactures Association (JEM) –


Normas da Associação de Fabricantes de Material Elétrico do Japão.

Japanese Industrial Standards (JIM) – Associação de Normas Industriais


Japonesas.

Kenring van Elektrotechnische Materialen (KEMA) – Associação Holandesa


de ensaio de Materiais Elétricos.

National Electrical Manufactures Association (NEMA) – Associação Nacional


dos Fabricantes de Material Elétrico (E.U.A.).

Osterreichischer Verband fur Elektrotechnik (OVE) – Associação Austríaca


de Normas Técnicas, cujas determinações geralmente coincidem com as da IEC e
VDE.

Svensk Standard (SEN) – Associação Sueca de Normas Técnicas.

Underwriters Laboratories Inc (UL) – Entidade nacional de ensaio da área de


proteção contra incêndio, nos Estados Unidos, que, entre outros, realiza os ensaios
de equipamentos elétricos e publica as suas prescrições.

Union Tecnique de l’Electricité (UTE) – Associação Francesa de Normas


Técnicas.

Verband Deutscher Elektrotechniker (VDE) – Associação de Normas


Técnicas alemãs, que publica normas e recomendações da área de eletricidade.

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UNIDADE 6 – A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO

Virou “lugar comum” justificarmos qualquer atitude ou decisão em termos de


planejamento estratégico organizacional ao ambiente competitivo imposto pela
globalização, mas é fato, não há como fugir dessa verdade que se impõe ao nosso
cotidiano a todo o momento.

O planejamento é componente essencial em qualquer tipo de organização


ou atividade e tanto pode estar voltado para assegurar a continuidade de uma
situação atual como pode estar voltado para inovação ou melhoria de um
comportamento e ainda pode voltar-se para contingências futuras com um sentido
mais preventivo.

Pensando assim, o planejamento deve acontecer de maneira contínua,


permanente e envolvendo um maior número de pessoas em sua elaboração e
implementação.

No tocante à manutenção, nesse ambiente competitivo real em que vivem as


organizações, principalmente as industriais, ela deve atender às necessidades
destas empresas, com destaque para a exigência crescente por qualidade de
produtos e serviços e a automatização dos processos produtivos. A manutenção
deve buscar seu aperfeiçoamento contínuo e se organizar para combater os
desperdícios, procurando atingir a máxima eficácia, contribuindo assim para a
competitividade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa.

Viana (2002) afirma que a Manutenção Industrial deve atuar na preservação


dos equipamentos e instalações e proporcionar o máximo aproveitamento destes
ativos para o processo produtivo. O alcance deste objetivo repercute em todos os
aspectos do produto final de uma organização. O autor afirma ainda que a
manutenção deve utilizar-se de formas de organização e técnicas para perseguir o
zero defeito e a máxima disponibilidade dos equipamentos, não podendo limitar-se a
simples intervenção para correção dos problemas cotidianos.

Campbell (1995 apud CALLIGARO, 2003) considera que muitas


organizações “sofrem” por negligenciarem elementos essenciais para o sucesso,
como por exemplo, a Manutenção Industrial. Destaca ainda que essa manutenção

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tem a função de manter os ativos físicos nas suas melhores condições, de modo a
garantir a capacidade de produzir e prover bens e serviços. Permite, desta forma, a
expansão da capacidade do processo produtivo, proporciona a satisfação dos
consumidores, mantém o processo produtivo em regime controlado e seguro, e
mantém sob controle os riscos para o meio ambiente e segurança das pessoas.

A manutenção desse modo tem influência direta sobre a lucratividade da


empresa. Os ganhos decorrentes do adequado gerenciamento da manutenção,
traduzidos na forma de aumento da confiabilidade dos equipamentos, redução dos
custos e melhoria da qualidade dos produtos associados à atuação da manutenção,
podem proporcionar preços mais competitivos e conquista de mercados. Os ganhos
potenciais podem ser bastante expressivos, o que numa economia altamente
competitiva, não deve ser desprezado. Por outro lado, deficiências de atuação da
manutenção podem colocar em risco a competitividade da empresa, e, por
conseguinte, a sua sobrevivência (XENOS, 1998).

Essas três características (manutenibilidade, confiabilidade e


disponibilidade) devem permear todo o processo de manutenção, mas iniciar-se logo
da fase de concepção de uma máquina.

Essa condição nos leva a entender que a manutenção deve assessorar na


hora da especificação e parecer técnico para compra e participar da instalação, fase
de testes e condicionamento de partida. Por fim, deve-se providenciar o treinamento
para as equipes de manutenção, organização da documentação, cadastro e
suprimento de sobressalentes, e procedimentos de manutenção (CALLIGARO,
2003).

6.1 Definições, benefícios e finalidades da manutenção


Slack et al (2002) definiram manutenção como o termo usado para abordar a
forma pela qual as organizações tentam evitar as falhas ao cuidar de suas
instalações físicas. É uma parte importante da maioria das atividades de produção,
especialmente aquelas cujas instalações físicas têm papel fundamental na produção
de seus bens e serviços. Em operações como centrais elétricas, hotéis, companhias

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aéreas e refinarias petroquímicas, as atividades de manutenção serão responsáveis


por parte significativa do tempo e da atenção da gerência de manutenção.

De acordo com Wyrebski (1997), a conservação de instrumentos e


ferramentas é uma prática observada, historicamente, desde os primórdios da
civilização, mas, efetivamente, foi somente quando da invenção das primeiras
máquinas têxteis, a vapor, no século XVI, que a função manutenção emerge.

Naquela época, aquele que projetava as máquinas, treinava as pessoas


para operarem e consertarem, intervindo apenas em casos mais complexos. Até
então, o operador era o mantenedor – mecânico. Somente no século passado,
quando as máquinas passam a serem movidas, também, por motores elétricos, é
que surge a figura do mantenedor eletricista.

Assim, com a necessidade de se manter em bom funcionamento todo e


qualquer equipamento, ferramenta ou dispositivo para uso no trabalho, em épocas
de paz, ou em combates militares nos tempos de guerra, houve a consequente
evolução das formas de manutenção (SOUZA, 2008; SOUZA; SANTANA, 2012).

Quanto aos benefícios atingidos quando a manutenção é atuante, Slack et


al. (2002) citam os seguintes:

 segurança melhorada – diminui o risco às pessoas que atuam no ambiente;

 confiabilidade aumentada – menos tempo perdido com conserto;

 qualidade maior – equipamentos em melhor desempenho;

 custos de operação mais baixos – alguns elementos de tecnologia funcionam


melhor quando recebem manutenção regularmente;

 tempo de vida mais longo – prolongar a vida efetiva das instalações;

 valor final mais alto – instalações bem mantidas propiciam vendas de


segunda mão para o mercado.

Precisamos lembrar que a programação da manutenção e sua organização


contribuem para melhorias que vão desde o aumento da produtividade até a redução
de custos.

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Voltando ainda ao processo produtivo, ele é o órgão vital, responsável por


gerar bens e serviços a serem comercializados pela empresa. Para Tubino (1997)
sua essência consiste em adicionar valor aos bens ou serviços durante o processo
de transformação. Segundo esse conceito, todas as atividades produtivas que não
adicionarem valor aos bens devem ser consideradas como perdas e eliminadas,
ponto em que a manutenção encaixa-se perfeitamente.

Observando a estrutura necessária ao desempenho satisfatório de uma


função de manutenção, chega-se à conclusão que essa mesma estrutura evolui
continuamente. Logo, o paradigma ultrapassado de que a boa manutenção é aquela
que executa um bom reparo também evolui agora para um novo conceito, de que
uma boa manutenção é aquela que consegue evitar ao máximo as perdas não
planejadas (PIRES, 2005).

Finalmente, para Palmer (1998 apud PIRES, 2005), a finalidade da


manutenção é permitir confiabilidade de capacidade a uma planta industrial. E
seguindo este raciocínio, é preferível investir em equipamentos que cada vez menos
necessitem de intervenção, ao invés de se adotar uma política que busque ser
eficiente na reação e reparo. Deve-se buscar sempre a prevenção em primeira
instância, agindo antes da falha.

É preciso ficar claro de imediato que, de qualquer ângulo adotado, devemos


perceber que a manutenção industrial visa de alguma maneira alcançar
disponibilidade de acordo com a necessidade, ao menor custo, seja ele de capital
humano ou financeiro, objetivando sempre o aumento da produtividade.

A manutenção de equipamentos pode ser classificada em diversos tipos. Isso


tem provocado confusão em sua caracterização. Por isso, é importante entender
claramente cada tipo existente e como surgiram.

As equipes de manutenção passaram a existir no início do século XX,


quando, por ocasião da proximidade da Primeira Guerra Mundial, as fábricas tiveram
a necessidade de se empenharem em um programa de produção mínima (BALDIM,
1982 e VALE, 1978 apud BRANCO FILHO, 2008).

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O advento da eletricidade quase que concomitante, substituiu as instalações


de iluminação a gás e os motores elétricos usados trouxeram os eletricistas para as
equipes de manutenção.

Após a guerra de 1914, acompanhando a evolução da indústria, a


manutenção passou a existir em quase todas as unidades fabris, em atividades
desenvolvidas após a quebra das peças ou parada das máquinas em falha. Era o
que hoje conhecemos por manutenção corretiva.

Esta situação perdurou até finais da década de 1930, quando a Segunda


Guerra Mundial trouxe a necessidade do aumento de produção e do cumprimento de
metas, trazendo ao pessoal à realidade de que alguns equipamentos não podiam
parar durante certas tarefas.

A Administração Industrial forçava as equipes de manutenção a se


preocuparem em sanar rapidamente as falhas e a efetuarem serviços que evitassem
e prevenissem a ocorrência das falhas nos equipamentos mais importantes.

O avanço das indústrias aeronáuticas, com métodos desenvolvidos para


garantir que um avião voaria um tempo mínimo em bom estado de funcionamento,
reforçou o desenvolvimento de técnicas e métodos de trabalho que atualmente
chamamos de Manutenção Preventiva, porque não é possível efetuar reparos na
maior parte dos equipamentos de uma aeronave em voo.

Por volta dos anos de 1950 até 1960, em resposta à necessidade de garantir
o funcionamento de uma máquina, foi criado um órgão, uma equipe especializada,
que efetuava estudos sobre o quão confiável era o equipamento e o que fazer para
que fosse mais confiável. Estudos em torno de como efetuar reparos mais rápidos,
estudos para tornar as equipes mais eficientes, de melhores métodos de trabalho
em manutenção, de quantidade adequada de sobressalentes, de melhoria de locais
de trabalho, e também das características das falhas e sua repetição, passaram a
ser desenvolvidos e encontram-se agrupados em torno do título “Engenharia de
Manutenção”.

Devido ao desenvolvimento dos computadores, a Engenharia de Manutenção


passou a desenvolver processos mais sofisticados de controle e análise, utilizando-

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se de fórmulas complexas visando predeterminar os períodos mais econômicos de


execução da Manutenção Preventiva.

A manutenção preventiva, aliada ao uso de medições e acompanhamento


periódico nos equipamentos, com o uso de instrumentos sofisticados e até
monitoração remota, introduziu já na década de 1960/1970 o conceito de
Manutenção Preditiva ou “Controle Preditivo de Manutenção”, que é a manutenção
efetuada apenas quando se detecta a aproximação de uma condição instável ou de
uma falha. Se não existe a condição instável, o equipamento fica em funcionamento
até que a proximidade de falha seja detectada. Por outro lado, o controle estatístico
de falhas ocorridas, poderá indicar quando, provavelmente, o equipamento falhará.
O método estatístico é uma valiosa ferramenta para a determinação da aproximação
de uma condição de falha.

Em 1970, o Ministério de Tecnologia da Grã-Bretanha criou o conceito de


terotecnologia, relacionado com a facilidade de manutenção das máquinas,
equipamentos e sistemas. A terotecnologia consistia na participação dos operadores
finais na fase de concepção dos projetos de sistemas, serviços ou equipamentos,
para que se pensasse na facilidade de sua manutenção.

Ao longo de sua evolução, a manutenção tem perdido o seu caráter corretivo


e assumido cada vez mais uma postura preventiva. Esta evolução vem ao encontro
da atual tendência econômica de globalização e canibalização de profissões, que
não deixa muito espaço para um sistema produtivo estigmatizado por falhas
frequentes.

Hoje, a tendência é levar em conta a confiabilidade e a facilidade de


manutenção do sistema, serviço ou equipamento ao projetá-lo, visto que os sistemas
de produção estão cada vez mais complexos e interdependentes. Esta tendência é
confirmada pelo uso crescente de uma nova filosofia de gerenciamento de
manutenção, podendo aumentar a vida útil dos equipamentos, e redução na
quantidade de peças sobressalentes, em cargas de trabalho na manutenção
programada e nos custos de manutenção (RAMIREZ; CALDAS; SANTOS, 2002).

A área de manutenção nas empresas é na atualidade encarada como


estratégica. Termos como terotecnologia, ainda não conhecidos para muitos

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engenheiros, pode ser encarado como uma filosofia básica para a área de
manutenção. A definição de terotecnologia diz respeito a uma combinação de
gerenciamento, economia, engenharia, habilidades e outras práticas voltadas para
aumentar a eficiência durante o ciclo de vida dos equipamentos e máquinas.

Ao longo do tempo, a manutenção tem mudado substancialmente, talvez mais


que outras atividades que envolvem gerenciamento. O incremento destas mudanças
pode ser observado a partir do número e do ritmo de evolução das instalações e
equipamentos, com projetos cada vez mais complexos a serem mantidos. Com
estas mudanças, o desenvolvimento da engenharia nos últimos tempos tem sido
surpreendente e a necessidade de formação complementar abrangente de
atualização em suas especialidades passou a ser essencial para aprimoramento do
conhecimento e das habilidades dos profissionais que atuam em manutenção
(FORTES et al, 2010).

Como exemplo de manutenção preditiva por acompanhamento, cita-se a


análise cromatográfica de óleos lubrificantes; detecção de ruído em rolamentos;
vibração em máquinas rotativas; detecção do aumento de temperatura em alguns
pontos (mancais, trocadores de calor, etc.); queda lenta e progressiva de pressão de
lubrificantes em máquinas devido a maiores folgas; medições de folgas e
tolerâncias; medições de rigidez dielétrica; técnicas de ultrassom, etc.

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Observe o esquema a seguir, e na sequência leia com atenção sobre os


diferentes tipos de manutenção:

A manutenção corretiva (MC) caracteriza-se pela seguinte condição: “o ativo


opera até quebrar”.

A MC consiste basicamente em deixar que as máquinas funcionem até que


apresentem alguma falha ou algo próximo disso, para então programar a correção
dos problemas. É evidente que esse método é o que acarreta maiores custos
associados às perdas de produção, devido às paradas inesperadas e à
impossibilidade de um planejamento eficiente (PIRES, 2005).

Pinto e Xavier (2001 apud RODRIGUES; HATAKEYAMA, 2003) definem a


manutenção corretiva como a atuação para a correção da falha ou do desempenho

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menor que esperado, já para Branco Filho (2008), é todo trabalho de manutenção
realizado em máquinas que estejam em falha para sanar essa falha.

É a mais conhecida e baseia-se na ocorrência da falha do equipamento,


para não executar o reparo. Implica perda de produção e danos consideráveis à
máquina, constituindo-se no método mais dispendioso (BRANCO FILHO, 2008).

Sob certo ponto de vista é até compreensível, por haver uma redução nos
gastos de conservação, uma vez que o componente é substituído somente quando
apresenta algum defeito. Nessa perspectiva, não há antecipação da falha (SANTOS,
2010).

A Manutenção Preventiva (MP) consiste em exercer um controle sobre o


equipamento, de modo a reduzir a probabilidade de falhas ou queda no
desempenho, baseado em intervalos regulares de manutenção, ou seja,
obedecendo a um plano previamente elaborado (PINTO; XAVIER, 2001).

Quando os ativos são considerados críticos, o mais indicado é adotar a MP,


de modo a antecipar-se às possíveis falhas. Os planos de revisão seguem
recomendações do fabricante e consideram aspectos relevantes, como histórico de
ocorrências em equipamentos similares. Outra característica é sobre sua execução,
na qual segue ou frequências determinadas (semanal, mensal, etc.) ou a partir de
certo número de horas trabalhadas. Sua principal desvantagem é o gasto com
substituição de componente, o que ocorre geralmente bem antes da ocorrência do
defeito (SANTOS, 2010).

A questão financeira é a maior consequência da MP, principalmente quando


se usa apenas essa prática, uma vez que há exigência de paradas de máquinas
grandes para cumprir suas rotinas de manutenção, que podem ser complexas,
onerosas e muitas vezes desnecessárias.

A questão financeira decorre do problema desse tipo de manutenção que


está na escolha de um intervalo apropriado para a parada do equipamento. Este
intervalo é de difícil determinação e é baseado aleatoriamente, por experiência ou
estatisticamente, sem estudar a conveniência ou não da manutenção preventiva.

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Antes de implantá-la, é necessário avaliar se vale a pena sua implantação, já


que em alguns equipamentos ela se revela desvantajosa.

O uso de apenas MP é aceitável onde se deseja manter a situação atual


porque se está satisfeito com ela. Julga-se que melhorias são desnecessárias e que
o custo das manutenções está bom. Normalmente existe o paradigma “time que está
bom não se mexe”, o problema, segundo Branco Filho (2008), é que os outros times
estão melhorando e logo estaremos ultrapassados.

Por outro lado, não é aceitável usar apenas MP sistemática quando se deve
tomar medidas para aumentar a vida útil dos equipamentos, onde a empresa precisa
aumentar a lucratividade e precisa reduzir seus custos.

Manutenção preditiva é a atuação realizada com base em modificação de


parâmetro de condição ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma
sistemática (PINTO; XAVIER, 2001).

Segundo Lima e Salles (2005), o conceito de manutenção preditiva está


inserido na modalidade de manutenção há, aproximadamente, oito décadas; porém,
como outras modalidades de manutenção, se efetivou como importante ferramenta
de produtividade a partir de 1970, sendo que sua evolução se destaca nas duas
décadas mais recentes.

Dentro do conceito de manutenção preditiva, não se encontra um programa


completo de manutenção; no entanto, esta modalidade adiciona uma valiosa
colaboração que é imprescindível em qualquer programa de gestão de manutenção,
visto que a proposta da manutenção preditiva é fazer o monitoramento regular das
condições mecânicas, eletroeletrônicas, eletropneumáticas, eletro-hidraúlicas e
elétricas dos equipamentos e instalações e, ainda, monitorar o rendimento
operacional de equipamentos e instalações quanto a seus processos. Como
resultado desse monitoramento, tem-se a maximização dos intervalos entre reparos
por quebras (manutenção corretiva) e reparos programados (manutenção
preventiva), bem como maximização de rendimento no processo produtivo, visto que
equipamentos e instalações estarão disponíveis o maior tempo possível para
operação.

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De acordo com Santos (2010), esse tipo de manutenção consiste em


programar a parada no momento necessário, tanto para a máquina ou equipamento
como para o processo produtivo. Isto é possível através do acompanhamento das
condições da máquina e como estas condições variam com o tempo.

Como o próprio nome diz, a manutenção proativa é um tipo de manutenção


que está ligada ao princípio de colocar-se à frente do problema, solucioná-lo antes
mesmo que ocorra. Conhecido também como Pro Active Maintenance (SANTOS,
2010).

A Manutenção Proativa é uma evolução dos sistemas preventivos, cuja


característica principal é o monitoramento preciso das condições operacionais,
permitindo melhor estabilidade funcional dos equipamentos (PEREIRA, 2010).

Em contraponto, essa técnica requer por parte dos mantenedores


conhecimentos mais detalhados do maquinário e qualificação adequada para
executar o conserto.

Na manutenção proativa, faz-se a intervenção com base na frequência de


ocorrência da falha. Através do extrato de informações do histórico dos
equipamentos, identifica-se a causa básica das falhas frequentes e modifica-se o
projeto para reduzi-las.

A manutenção proativa cria ações conetivas que objetivam as causas da


falha raiz, não apenas sintomas. Seu objetivo central é aumentar a vida da máquina
mecânica ao invés de fazer reparos quando em geral nada está quebrado, aceitar a
falha como rotina e normal substituindo a manutenção de falha em crise pela
manutenção de falha programada (PINTO; XAVIER, 2001). Faz parte da contínua
busca para reduzir as incidências das falhas, muitas vezes imprevistas. Permite aos
técnicos de manutenção obter um melhor gerenciamento do processo de desgaste
dos componentes (PEREIRA, 2010).

As áreas mais avançadas de manutenção aplicam essa técnica de análise


em complemento aos demais sistemas de monitoramento das condições
operacionais dos ativos.

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De uma maneira geral, quando a falha é identificada, surgem inúmeras


causas prováveis. Em razão disso, é recomendável escolher as mais aceitáveis, e
não apenas uma. Com ações efetivas, aplicadas às possíveis razões do defeito,
obtém-se uma maior amplitude de acerto na identificação da verdadeira causa do
dano ao componente.

6.2 Planejamento da manutenção


O planejamento, dentre outras atividades exercidas na empresa, também
contribui para eficiência em todos os processos organizacionais. Este pode ser de
longo, médio ou em curto prazo (SOUZA; SANTANA, 2012).

Para Certo (2003, p. 103) planejamento “é o processo de determinar como a


organização pode chegar onde deseja e o que fará para executar seus objetivos”. E
complementa ainda que planejar “é uma atividade gerencial fundamental
independentemente do tipo de organização que esteja sendo gerenciado”. Desta
forma, pode-se afirmar que por meio do planejamento, a empresa pode contribuir
para suas expectativas futuras.

Já Corrêa et al. (2001, p. 36) afirmam que planejar é entender e considerar a


situação atual para ter visão de futuro influenciando as decisões tomadas no
presente e assim poder atingir determinados objetivos vindouros. Este plano pode
ser traçado baseado nas informações passadas ou presentes e projetadas para o
futuro seja ele curto, médio ou longo prazo.

[...] o processo de planejamento permite elevar o grau de controle sobre o


futuro dos sistemas internos e das relações com o ambiente. A organização que
planeja procura antecipar-se às mudanças em seus sistemas internos e no
ambiente, como forma de garantir sua sobrevivência e eficácia (MAXIMIANO, 2000,
p. 179).

De pronto fica evidenciado o alto nível de importância que o planejamento


exerce dentro das organizações, bem como a necessidade de sua utilização de
forma correta.

Já para Lacombe e Heilborn (2006), o planejamento pode ser visto como


uma direção a ser escoltada para alcançar um objetivo desejado, salientando ainda

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que para planejar é necessário decisões, com base em objetivos, fatos e estimativa
do que poderia ocorrer em cada alternativa escolhida.

Os mesmos autores (2006, p. 162) mostram ainda que “planejar é, portanto,


decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem
deve fazer”. É, então, um plano formal do que se deseja executar podendo ser
mensal, anual, etc.

Existem algumas vantagens apontadas por Certo (2003, p. 104) quando o


planejamento é elaborado de forma correta, a saber: orienta os gerentes para o
futuro; facilita a tomada de decisão e, por fim, realça os objetivos organizacionais.

Os benefícios proporcionados às empresas que se utilizam desta ferramenta


– planejamento – são inúmeros. Pode-se destacar as possibilidades que venham a
ser fomentadas para atingir as metas organizacionais.

No contexto organizacional o planejamento está dividido em três âmbitos,


são eles: estratégico, tático e operacional.

O planejamento estratégico para Lacombe e Heilborn (2006, p. 163),

refere-se ao planejamento sistêmico das metas de longo prazo e dos meios


disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos elementos estruturais mais
importantes da empresa e à sua área de atuação.

Mostra ainda, que deve ser feito pela alta gerência e deve responder a seguinte
pergunta: “qual é o nosso negócio e como deveria fazê-lo?”.

Quanto ao planejamento tático, é configurado como “empreendimentos mais


limitados, prazos mais curtos, áreas menos amplas e níveis mais baixos na
hierarquia da organização” (CHIAVENATO, 2000, p. 283). Então, pode-se perceber
que este segundo tipo de planejamento se restringe a um nível intermediário da
organização. Assim, é uma sequência daquilo que fora traçado pela alta-gerência no
planejamento estratégico.

No planejar estrategicamente, o fator tempo é primordial. Este deve ser


elaborado pela cúpula da empresa e com aspirações em longo prazo, bem como

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seguir as estratégias traçadas levando em consideração às mudanças ocorridas no


ambiente externo.

O planejamento tático é desenvolvido em níveis organizacionais inferiores,


tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a
consecução de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia
predeterminada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da
empresa (OLIVEIRA, 2003, p. 49).

Conforme apresentado acima, existe uma concordância de opiniões entre os


autores, no que se refere aos preceitos básicos do planejamento tático. Os mesmos
apresentam este tipo de planejamento como necessário para as atividades
intermediárias da empresa.

Lacombe e Heilborn (2006, p.165) lembram Chiavenato (2000, p. 185)


quando se referem a planejamento operacional como uma função gerencial com
ênfase na eficiência, ou seja, fazer bem feito aquilo que está sendo executado. Da
mesma forma que o planejamento tático que segue as bases fundamentadas no
planejamento estratégico, o planejamento operacional baseia-se nos dois anteriores
a ele. Assim, percebe-se que a execução das ações traçadas previamente será de
responsabilidade do planejamento operacional.

Para as organizações contemporâneas, o planejamento seja ele estratégico,


tático ou operacional configura-se fator preponderante para manter-se no mercado.
Portanto, tornam-se claros os benefícios na correta utilização destas atividades
administrativas.

6.3 Controle da manutenção


O controle envolve a avaliação de resultados operacionais e avaliação
continuada da ação remediadora quando os resultados desviam do plano. A
atividade de controle é necessária para manter o negócio na direção certa e
assegurar que os planos sejam contínuos.

Controle é uma função administrativa que consiste em medir e corrigir o


desempenho de subordinados para assegurar que os objetivos e metas da empresa
sejam atingidos e os planos formulados para alcançá-los sejam realizados.

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Assim, controlar abrange acompanhar ou medir alguma coisa, comparar


resultados obtidos com os previstos e tomar as medidas corretivas cabíveis; ou, de
outra forma; compreende a medida do desempenho em comparação com os
objetivos e metas predeterminados; inclui a coleta e a análise de fatos e dados
relevantes, a análise das causas de eventuais desvios, as medidas corretivas e se
necessário, o ajuste dos planos (LACOMBE; HEILBORN, 2006, p. 173).

Netto e Tavares (2006) consideram que fazer com que algo aconteça na
forma como foi programada compõe conceito básico de controle. Porém, os autores
também salientam a importância dos administradores entenderem a ação planejada,
pois só assim, as alterações necessárias durante o percurso serão exatamente
executadas.

Sabe-se que em qualquer área de atuação, o controle desempenha um


papel extremamente essencial no condicionamento dos objetivos e na identificação
de uma possível mudança nos objetivos predeterminados.

Entretanto, para realizar os objetivos é preciso que as informações


referentes aos mesmos estejam claras e sejam passadas da maneira correta. Até
porque, como já fora abordado, o controle contribui, e muito, para a tomada de
decisão. É preciso informar ao sistema o que deve ser feito para garantir a
concretização dos objetivos.

Quanto ao processo de controle, Oliveira (2003, p. 267) complementa que


mediante a comparação das bases previamente estabelecidas, é possível facilitar a
verificação dos resultados das ações e consequentemente a tomada de decisão,
uma vez que, conforme se acompanha o percurso das atividades, torna-se exequível
seu aprimoramento conforme seja necessário.

Enfim, o controle é um tipo de avaliação permanente e possibilita que a


execução antes programada por meio de planejamento seja concretizada com
ênfase. É, também, através do controle que algumas alterações podem ser feitas no
plano, uma vez que, o ambiente organizacional é dinâmico e complexo e, portanto,
imprevistos costumam surgir.

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O propósito do planejamento e controle “é garantir que os processos da


produção ocorram eficaz e eficientemente e que produzam produtos e serviços
conforme requeridos pelos consumidores” (SLACK et al., 2002, p. 314).

Diante do exposto, pode-se afirmar que estas duas ferramentas


administrativas estão para garantir que os objetivos organizacionais sejam
alcançados e, além disso, que se cumpra da forma correta.

Planejar e controlar são duas ações que devem ser colocadas juntas porque
são conhecidas como as funções gêmeas da administração: não adianta planejar se
não houver controle e não se pode controlar se não tiver havido planejamento. Por
isso, diz-se que um complementa o outro, como também um depende do outro para
garantir a perfeita execução dos objetivos propostos (LACOMBE; HEILBORN, 2006,
p. 160).

Quanto à diferença entre eles, Slack et al. (2002, p. 315) afirmam que o
plano é uma formalização onde pretende-se que ocorra em determinado momento
no futuro, assim o mesmo não garante que o programado aconteça, pois no
percurso poderão ocorrer diversas variações e é nesse ponto que surge o controle
que viera a controlar as variáveis que possam surgir no andamento de um
planejamento.

Um dos fatores predominantes para o êxito de uma organização compete a


duas ferramentas essenciais, a saber: planejar e controlar. Diante da complexidade
do ambiente interno e externo, nos quais estão inseridas as organizações, traçar um
plano é fundamental e acompanhar o mesmo é indispensável.

Entrando no campo da manutenção, Calligaro (2003) lembra que os


trabalhos da manutenção possuem natureza não-repetitiva, com uma rotina bastante
diversificada. Incluem um conjunto bastante variado e complexo de atividades,
desde a execução de tarefas previstas nos planos de preventiva e preditiva até
atendimentos às emergências do dia-a-dia, para uma gama não menos variada de
modelos e tipos de equipamentos.

Este conjunto de atividades, realizado por profissionais e equipes


especializadas ou multifuncionais, precisa ser adequadamente preparado. Devem
ser definidos todos os aspectos relacionados com a liberação e condicionamento
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dos equipamentos para a intervenção, providências com relação à segurança das


operações, contratação de recursos extra, aquisição de materiais e sobressalentes,
utilização de máquinas e ferramentas de apoio, etc., de modo a garantir-se que os
recursos necessários sejam disponibilizados conforme a necessidade e no tempo
adequado. Esse processo preparatório, em que todos os recursos necessários são
apurados e arranjados, é chamado de Planejamento da Manutenção, entendido aqui
como o planejamento das atividades de rotina de uma planta operacional.

As considerações acerca do planejamento da produção, trazidas por Slack


et al. (2002) se aplicam perfeitamente no contexto da manutenção. Assim como na
produção, o propósito do planejamento da manutenção é o de assegurar que esta
ocorra eficazmente e produza resultados como deve, requerendo para isto que os
recursos produtivos estejam disponíveis na quantidade, no momento e no nível de
qualidade adequado. De maneira similar ao que ocorre nas atividades de produção,
o planejamento deve conviver com uma série de restrições, como controle de
custos, disponibilidade limitada de recursos, prazo para execução, respeito ao meio
ambiente, preservação da segurança e saúde dos trabalhadores e qualidade
conforme com as necessidades das instalações.

Kelly e Harris (1980) consideram que, enquanto as questões de organização


e estrutura administrativa representam o aspecto estático da gerência da
manutenção, o planejamento e a programação da manutenção correspondem ao
aspecto dinâmico. Segundo esses autores, o planejamento e a programação da
manutenção têm como função assegurar que os recursos adequados estejam no
lugar certo, para executar um trabalho predeterminado de maneira correta, na
ocasião mais oportuna, dentro do menor custo global possível.

Para Branco Filho (2008), a manutenção é uma tarefa que deve ser
executada em todas as atividades. A função manutenção exige organização,
planejamento, programação, alocação de recursos físicos e financeiros, treinamento
e qualidade.

Essas tarefas podem ser executadas de diversas maneiras corretas, mas é


sempre necessário que existam preparações e métodos para uma harmonia entre a
execução, a expectativa do cliente e critérios de economia.

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Os melhores resultados, normalmente, são obtidos com o uso de programas


de computador dedicados à engenharia de manutenção.

Vimos que planeja-se para que os eventos ocorram dentro de parâmetros


aceitáveis e desejados, tanto em tempo, como em risco de acidentes quanto no uso
de recursos e seu custo. No caso do Planejamento e Controle de Manutenção, é
necessário que existam pessoas treinadas para a tarefa. Se o PCM for manual, a
pessoa deverá estar treinada para preencher os formulários em uso, arquivá-los de
forma adequada e lidar com a papelada necessária para a apuração de dados e de
resultados.

Isto sempre será mais fácil se for usado um programa de computador que
faça de forma mais simples estas tarefas rotineiras e aborrecidas de processar a
informação, arquivá-las sempre da mesma forma e permitir um acesso fácil e rápido
à informação que já foi arquivada (BRANCO FILHO, 2008).

Quanto aos programas especialistas em PCM, mesmo sabendo que ele não
fará tudo que precisamos ou queremos, é preciso aprender a usá-los, geralmente
treinando um colaborador ou contratando alguém da área de tecnologia que possa ir
adequando o programa de acordo com a cultura da empresa.

Vale guardar...

Planejamento, Programação e Controle da Manutenção se reporta ao


conjunto de ações para preparar, programar, verificar o resultado da execução das
tarefas de manutenção contra valores preestabelecidos e adotar medidas de
correção de desvios para a consecução dos objetivos e da missão da empresa.

O Planejamento e o Controle de Manutenção podem ser feitos basicamente


de três maneiras: de modo manual, de modo semi-informatizado e totalmente
informatizado.

Optando pelo planejamento e controle de manutenção manual, teremos


todas as atividades de manutenção planejadas, controladas e analisadas através de
formulários e mapas de controle, preenchidos manualmente, guardados em pastas e
em gavetas de armários. Deve ser criado um processo organizado de arquivo e

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ordenação de documentos (por semana, por equipamento, por sistema, etc.), a fim
de possibilitar a obtenção de dados de forma mais rápida possível e evitar perda de
informação.

Se a opção for o planejamento e controle de manutenção semi-


informatizado, as manutenções preventivas serão controladas com auxílio de
computador, enquanto as manutenções corretivas serão controladas e analisadas
através de formulários e mapas preenchidos manualmente. Devem ser considerados
dentro deste critério os cálculos auxiliares de manutenções corretivas feitos pelo
computador, como os índices de manutenção de performance de equipamentos com
os dados levantados manualmente.

O planejamento e controle de manutenção informatizado é aquele em que as


informações relativas às manutenções preventivas e corretivas são transferidas ao
computador, de onde são emitidas todas as Ordens de Serviço (OS) e para onde
convergem todos os dados coletados durante a execução das tarefas. Para isto é
necessária a criação de programas, de formulários próprios, de códigos, que
permitam a transferência de informação, sempre que possível, entre os módulos de
pessoal, de material, de manutenção, de produção, de operação, de controle de
custos, etc.

O controle informatizado pode ser realizado por todo tipo de computadores,


bastando adquirir um bom software de PCM.

Em se tratando do controle de desempenho, ele também poderá ser manual,


semi-informatizado (algumas tarefas feitas à mão e outras no computador) ou
informatizado. No primeiro caso usando formulários e mapas ou planilhas manuais,
de onde seriam extraídos os dados para apuração dos Indicadores e dos Índices.

Dentre as desvantagens desse método, o uso de controle manual dificulta a


apuração de indicadores e seus cálculos, pois os dados deverão ser colocados em
planilhas e formulários de papel.

Branco Filho (2008) lembra que ao adquirir um software, é preciso verificar


se a fórmula que ele usa para o cálculo é a fórmula que sua empresa aprovou em
seu Manual de Organização da Manutenção na parte Avaliação de Desempenho.

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Que fique bem entendido que manutenção de um parque industrial, de


instalações produtivas, de hotéis; de prédios, de usinas ou qualquer outro ativo é
coisa séria e deve ser feita de modo organizado.

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REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS BÁSICAS

CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações elétricas prediais, conforme


NBR 5410:2004. São Paulo: Iátria, 2011.

RIZZONI, Giorgio. Fundamentos de Engenharia Elétrica. Trad. Nestor Dias de


Oliveira Volpini; Romeu Abdo. Porto Alegre: Bookman, 2013.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

ANEEL. Artigos diversos. Disponível em:


http://www.aneel.gov.br/biblioteca/downloads/livros/Leiloes_de_transmissao_no_bra
sil.pdf

ANEEL. Resolução Normativa 414/2010: atualizada até a REN 499/2012 / Agência


Nacional de Energia Elétrica. - Brasília: ANEEL, 2012. Disponível em:
http://www.aneel.gov.br/biblioteca/downloads/livros/REN_414_2010_atual_REN_499
_2012.pdf

BATTAGLIN, Paulo David; BARRETO, Gilmar. Contribuições sobre a Gênese, o


Presente e o Futuro da Engenharia Elétrica, COBENGE 2010, Fortaleza, Ceará, de
12 a 15 de Setembro de 2010.

BATTAGLIN, Paulo David; Contribuições sobre a Gênese da Engenharia Elétrica,


Tese de Mestrado, Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, UNICAMP,
Agosto 2010.

BATTAGLINI, Paulo D.; BARRETO, Gilmar. Revisitando a história da engenharia


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ANEXOS

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973

Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da


Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E


AGRONOMIA, usando das atribuições que lhe conferem as letras “d” e “f”, parágrafo
único do artigo 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,

RESOLVE:

Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente


às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível
superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades:

 atividade 01 – supervisão, coordenação e orientação técnica;

 atividade 02 – estudo, planejamento, projeto e especificação;

 atividade 03 – estudo de viabilidade técnico-econômica;

 atividade 04 – assistência, assessoria e consultoria;

 atividade 05 – direção de obra e serviço técnico;

 atividade 06 – vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer


técnico;

 atividade 07 – desempenho de cargo e função técnica;

 atividade 08 – ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e


divulgação técnica; extensão;

 atividade 09 – elaboração de orçamento;

 atividade 10 – padronização, mensuração e controle de qualidade;

 atividade 11 – execução de obra e serviço técnico;

 atividade 12 – fiscalização de obra e serviço técnico;

 atividade 13 – produção técnica e especializada;

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 atividade 14 – condução de trabalho técnico;

 atividade 15 – condução de equipe de instalação, montagem, operação,


reparo ou manutenção;

 atividade 16 – execução de instalação, montagem e reparo;

 atividade 17 – operação e manutenção de equipamento e instalação;

 atividade 18 – execução de desenho técnico.

....

Art. 8º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao ENGENHEIRO


ELETRICISTA, MODALIDADE ELETROTÉCNICA:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução,


referentes à geração, transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica;
equipamentos, materiais e máquinas elétricas; sistemas de medição e controle
elétricos; seus serviços afins e correlatos.

RESOLUÇÃO Nº 288, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1983.

Designa o título e fixa as atribuições das novas habilitações em Engenharia


de Produção e Engenharia Industrial.

O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E


AGRONOMIA, usando das atribuições que lhe confere o Art. 27, letra “f”, da Lei nº
5.194, de 24 DEZ 1966, e consoante o aprovado pelo Plenário nas Sessões
Ordinárias nº 1.142, de 24 JUN 1983, 1.148, de 18 NOV 1983, e 1.150, de 7 DEZ
1983.

RESOLVE:

Art. 1º - Aos profissionais diplomados em Engenharia de Produção ou


Engenharia Industrial, cujos currículos escolares obedeçam às novas estruturas,
dar-se-á o título e atribuições de acordo com as seis grandes áreas da Engenharia,
de onde se originaram, e da seguinte forma...

...

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c) Aos oriundos da área ELÉTRICA, o título de Engenheiro Eletricista e as


atribuições dos arts. 8º e 9º da Resolução nº 218/73, do CONFEA.

DECISÃO NORMATIVA Nº 070, DE 26 DE OUTUBRO DE 2001

Dispõe sobre a fiscalização dos serviços técnicos referentes aos sistemas de


proteção contra descargas atmosféricas (para–raios).

O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E


AGRONOMIA–CONFEA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso III do art.
10 do Regimento do CONFEA, aprovado pela Resolução nº 373, de 16 de dezembro
de 1992, e Considerando a Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, que
discrimina as atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia,
Arquitetura e Agronomia;

Considerando o que estabelece a Lei nº 5.524 de 5 de novembro de 1968 e


o Decreto nº 90.922 de 6 de fevereiro de 1985 que regulamentam a profissão dos
técnicos industriais e agrícolas;

Considerando a Resolução nº 288, de 7 de dezembro de 1983, que designa


o título e fixa as atribuições das novas habilitações em Engenharia de Produção e
Engenharia Industrial;

Considerando a Resolução nº 313, de 26 de setembro de 1986, que dispõe


sobre o exercício profissional dos tecnólogos das áreas pertinentes ao Sistema
CONFEA/CREAS;

Considerando a Resolução nº 336, de 27 de outubro de 1989, que dispõe


sobre o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia-CREAS;

Considerando a Resolução nº 380, de 17 de dezembro de 1993, que


discrimina as atribuições provisórias dos engenheiros de computação ou
engenheiros eletricistas com ênfase em computação;

Considerando Resolução nº 425, de 18 de dezembro de 1998, que dispõe


sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica-ART;

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Considerando o estabelecido nas Normas Técnicas da ABNT, sobre os


Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas, aqui denominados SPDA, em
especial as Normas NBR-5410/90 e NBR-5419/93, que visam dar segurança às
pessoas, estruturas, equipamentos e instalações internas e externas;

Considerando, também, a necessidade de fixar procedimentos visando a


uniformidade de ação por parte dos Creas quanto ao registro de ART de projetos,
fabricação, instalação e manutenção de SPDA, face às peculiaridades e o
desenvolvimento tecnológico desses sistemas que, quando instalados de forma
incorreta, podem causar acidentes, inclusive com vítimas fatais, e sérios danos a
bens móveis e imóveis,

DECIDE:

Art. 1º As atividades de projeto, instalação e manutenção, vistoria, laudo,


perícia e parecer referentes a Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas-
SPDA, deverão ser executadas por pessoas físicas ou jurídicas devidamente
registradas nos CREAS.

Parágrafo único. O projeto de SPDA envolve levantamento das condições


locais do solo, da estrutura a ser protegida e demais elementos sujeitos a sofrer os
efeitos diretos e indiretos de descargas atmosféricas, os cálculos de parâmetros
elétricos para a sua execução, em especial para os sistemas de aterramento e
ligações equipotenciais, seleção e especificação de equipamentos e materiais, tudo
em rigorosa obediência às normas vigentes.

Art. 2º As atividades discriminadas no caput do art. 1º, só poderão ser


executadas sob a supervisão de profissionais legalmente habilitados.

Parágrafo único. Consideram-se habilitados a exercer as atividades de


projeto, instalação e manutenção de SPDA, os profissionais relacionados nos itens I
a VII e as atividades de laudo, perícia e parecer os profissionais dos itens I a VI:

I – engenheiro eletricista.

II – engenheiro de computação.

III – engenheiro mecânico–eletricista.

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IV – engenheiro de produção, modalidade eletricista.

V – engenheiros de operação, modalidade eletricista.

VI – tecnólogo na área de engenharia elétrica. E,

VII – técnico industrial, modalidade eletrotécnica.

Art. 3º Todo contrato que envolva qualquer atividade constante do art. 1º


deverá ser objeto de Anotação de Responsabilidade Técnica-ART.

§1º Deverá ser registrada uma ART para cada tipo de para–raios projetado
e/ou fabricado.

§ 2º Quando as ARTs relativas às atividades de instalação elétrica/telefônica


exigirem a instalação de SPDA, esta deverá estar explícita na respectiva ART.

Art. 4º Esta Decisão Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Ficam revogadas as disposições em contrário.

Eng. Wilson Lang Presidente

Eng. Agr. Jaceguáy Barros 1º Vice-Presidente

Publicada no D.O.U de 21 NOV 2001 - Seção I – pg. 221

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