Você está na página 1de 7

A gênese da sociologia crítica de Pierre Bourdieu

Helenice Rodrigues da Silva*

Resumo:
Este texto propõe, sumariamente, esboçar o início de seu trabalho intelectual,
procurando ressaltar as condições determinantes (objetivas e subjetivas) que
conduziram Pierre Bourdieu a forjar seus conceitos teóricos. Para isto serão
revisitados os lugares de sua formação educacional, as matrizes sociológicas e
filosóficas de seu pensamento, seus primeiros deslocamentos espaciais e
epistemológicos, que permitem, em parte, explicar a proveniência das relações por
ele estabelecidas, desde o princípio, entre práticas culturais e origens sociais.
Palavras-chave: “produção intelectual”, “os herdeiros”; “capital simbólico”

Abstract:
This text proposes to briefly outline the origins of Pierre Bourdieu’s intellectual
work, by highlighting the fundamental conditions (objective and subjective) that
led him to build his theoretical concepts. In order to achieve this objective, we
shall revisit the places of his education, the sociological and philosophical
foundation of his thought, his first spatial and epistemological trajectory. This will
allow us, in part, to explain the source of the relationship he established between
cultural practices and social origins.
Key words: “intellectual production”, “heirs”, “symbolic capital”.

*
HELENICE RODRIGUES DA SILVA é Doutora pela Université de Paris X – Nanterrre e
Professora Associada do Departamento de História da UFPR.

114
se propõe a uma critica do funcionamento
sutil das desigualdades sociais face à
cultura. Desta situação origina sua
concepção de “dominação simbólica”.
Desprovido de toda forma de “capital”
(não só econômica, mas, sobretudo, sócio-
cultural), Bourdieu pretende fundamentar
sua sociologia a partir da relação
estabelecida entre práticas culturais e
origens sociais.
Data, portanto, do início de sua formação
educacional sua intenção constante e
obsessiva de denunciar o funcionamento
Ocupação da Ecole Normale Supérieure, Paris, 1998.
Fonte: "Le Nouvel Observateur" do 31 janeiro-6 fevereiro
do social e os “herdeiros”, esses detentores
de 2002. de diferentes formas de “capital”, entre
elas: a cultura e a linguagem. Sem possuir
Se a obra de Pierre Bourdieu constitui nem a habilidade na linguagem, nem a
uma das mais importantes contribuições facilidade da escrita, sua comunicação será
à renovação da sociologia crítica, ela objeto de um “esforço permanente de
permite, também, a reflexão de autocontrole”1.
múltiplos objetos das ciências humanas.
Dos Herdeiros à Nobreza do Estado, Portanto, é dessa consciência de uma
passando pela Distinção, sua sociologia defasagem social em termos culturais que
se constrói em torno do desvendamento emergem seus conceitos fundadores.
das relações de força e dos mecanismos Em Les Héritiers (19642), Bourdieu analisa
invisíveis que se estabelecem no corpo essa elite intelectual que recebe como
social. herança valores (materiais e imateriais),
Como muitas das grandes obras, seu que não são necessariamente transmitidos
pensamento tem por raízes sua própria pelo dinheiro: o “capital cultural”.
experiência de vida. Assim, em sua Originário de um outro meio social,
última publicação sobre o Esboço de desprovido de “capital simbólico”, ele “vê
auto-análise, situada a meio caminho de o que os outros não vêem”: “os códigos
uma autobiografia intelectual e um implícitos, os hábitos rotineiros e os
estudo do campo universitário francês, alicerces que governam o mundo das
permanece evidente a origem de suas idéias” (DORTIER, 2005). Deslocado
concepções entre desigualdades sociais nesse microcosmo intelectual, representado
e práticas culturais. Oriundo de uma pelas “grandes écoles”, Bourdieu pensa o
família modesta do Bearn (sul da funcionamento da sociedade como um
França), ele ingressa na prestigiosa sistema de dominação.
École Normale Supérieure, formadora Matrizes intelectuais da sua sociologia
da elite parisiense e vivencia
A inexistência, na França, de cursos de
cotidianamente, pela linguagem e
graduação em sociologia, no início dos
comportamento, as diferenças sócio-
culturais. Confrontado à arrogância de
1
uma “nobreza” estudantil, constituída Cf. DORTIER, Jean-François; “ BOURDIEU,
por esses jovens letrados, este estudante Pierre – l’anti-héritier»; in: Une histoire des
sciences humaines, Paris, Editions Sciences
provinciano de descendência Humaines, 2005.
camponesa, experimenta a sensação de 2
Incompreensivelmente, esse livro jamais foi
ser estranho, de estar “fora de lugar” e traduzido no Brasil.

115
anos 19503, conduz um grande número Sua formação teórica terá ainda por
de futuros sociólogos a uma passagem referência o pensamento de Marx (a
obrigatória pela filosofia. Iniciada na sociedade é constitutiva de classes sociais
École Normale Supérieure4, onde ele em luta para a apropriação de diferentes
passa o concurso da “agrégation”, “capitais”), de Weber (os indivíduos
indispensável à toda carreira docente na elaboram representações para dar sentido à
França, sua formação se diversifica ao realidade social) e de Durkheim (o
longo da década seguinte. Filósofo de conhecimento científico do mundo social é
formação, Pierre Bourdieu constrói sua possível). A partir dos mesmos, Bourdieu
démarche teórica a partir de rupturas elabora uma forma particular de raciocínio
feitas, inicialmente, com a filosofia onde teoria e prática são indissociáveis.
tradicional (considerada por ele Em suma, a idéia de uma luta entre grupos
“intellectualiste”), em seguida, com o sociais, as relações de dominação que são
subjetivismo de Sartre e, finalmente, da ordem do sentido, a ligação entre
com o estruturalismo de Lévi-Strauss. categorias mentais e sociais o conduzem à
(MOUNIER, 2001) construção de uma sociologia reflexiva.
Esquematizando ao extremo suas
Sobre essa ruptura intelectual, ele
escreve, em Coisas Ditas: “a [minha] concepções intelectuais, é importante
intenção de ruptura, ou melhor, de salientar sua negação às oposições
“transgressão” se orientava em direção tradicionais em sociologia
aos poderes instituídos e, (subjetivismo/objetivismo,
principalmente, contra a instituição teórico/empírico, holismo5/individualismo,
etc.). Esse pensamento das relações, na
universitária, e contra tudo que ela
abordagem das realidades sociais,
continha de violência, de impostura, de
inscreve-se dentro da chamada sociologia
idiotice canonizada e, através dela,
construtivista6.
contra a ordem social”. (BOURDIEU,
1987). Em oposição às separações das disciplinas
entre elas e aos conformismos acadêmicos,
No contexto intelectual francês da
Pierre Bourdieu tenta ultrapassar as
metade da década de 1950, marcado
fronteiras da sociologia, percorrendo a
pelo enfraquecimento do
filosofia, a economia, as ciências sociais, a
existencialismo e pela ascensão do
análise da linguagem em busca da
estruturalismo, Merleau-Ponty passa a
aplicação de um maior rigor às suas
ocupar um lugar a parte na formação
análises sociológicas.
intelectual de Bourdieu. Sua
fenomenologia da percepção servirá de Conhecer a gênese de sua obra, fruto de
referência à construção do conceito sua trajetória individual e coletiva (seus
bourdiano de habitus, enquanto forma
5
perceptiva de ação, e não enquanto Em ciências sociais, o holismo designa os
representação teórica do mundo. fenômenos sociais sob o ângulo exclusivo das
lógicas coletivas em detrimento da ação individual.
6
Segundo essa abordagem, os indivíduos
participam, permanentemente, da edificação do
mundo, seja através de suas ações e reações
3
A criação da graduação em sociologia data de recíprocas, seja através de suas representações
1958. (crenças, saberes, competências) que orientam suas
4
Uma das chamadas “grandes écoles” de condutas e suas ações. Em sociologia, esse termo
formação superior de estudos filosóficos e remete à idéia de uma construção permanente das
também literatos. Para a entrada nesta “grande relações sociais. Aparentemente naturais, as
escola”, Bourdieu ingressou no renomado liceu, maneiras de falar, vestir, comer, são o produto de
“Louis Le Grand” em Paris, para a difícil uma aprendizagem interiorizada das normas sociais
preparação de entrada na ENS. (ELIAS,N.; BOURDIEU, P.).

116
colaboradores, suas publicações e Suas intervenções diretas no debate
centros de pesquisas), possibilita, público, sua militância política, nos anos
paralelamente, uma melhor 1990, não expressariam sua própria
compreensão das “leis invisíveis do concepção de uma ação sociológica?
pensamento” e uma maior A diversidade das temáticas por ele
inteligibilidade do “campo” intelectual abordadas parece, no entanto, se adequar a
francês. Articulando os três conceitos- uma mesma unidade teórica. Em ruptura
chave (habitus, campo, capital), com certas tradições acadêmicas,
Bourdieu tem por proposta revelar as dominantes na época (estruturalismo, por
regras do jogo desse microcosmo exemplo) e impregnadas por uma
acadêmico (Homus academicus). O concepção de dominação do mundo social,
mecanismo invisível da seleção social, Bourdieu faz da sociologia reflexiva uma
por via da escola (A reprodução, 1970), disciplina de desmistificação e de combate.
e a transmissão de uma herança cultural
não perceptível (Os herdeiros, 1966), Da antropologia à sociologia: da prática
constituem um dos primeiros objetos de à reflexão
sua sociologia critica. O funcionamento Recém formado na ENS, Bourdieu é
dessas desigualdades ocultas face à requisitado para prestar serviço militar na
cultura aparece como uma das Argélia. Data de 1958, seu primeiro livro
dimensões mais conhecidas de sua obra. Sociologia da Argélia7 que, em plena
A noção de “capital” representa, guerra da Argélia, denuncia o
conseqüentemente, a dimensão colonialismo. Mas será na qualidade de
simbólica da dominação e será utilizada professor da faculdade de ciências sociais
nas pesquisas seguintes sobre o de Argel (no final desta guerra) que Pierre
significado dos museus (L’amour de Bourdieu dá início a um trabalho de
l’art, 1969) ou da fotografia (Un art pesquisa de campo, qualificado de
moyen, 1965), ou ainda na sua obra La etnológico. Nesse momento de
distinction, 1979. descolonização e de transição da economia
Ora, seu conceito de “capital simbólico” argelina em direção ao capitalismo8, ele
remete, de maneira exemplar, a uma realiza os ensaios sobre “A casa Kabília ou
concepção de dominação do mundo o mundo invertido”, “O sentimento de
social, em geral, e das tradições honra”, servindo-se das formas de análise
acadêmicas, em particular. As práticas de Lévi-Strauss do universo indígena
culturais se atrelam à origem social. embora ressentindo as insuficiências desse
Essa máxima o leva a fazer da tipo de análise. Um terceiro “ensaio de
sociologia reflexiva uma disciplina de etnologia Kabília”, intitulado “O
desmistificação e de combate. No parentesco como representação e como
entanto, a construção dos demais vontade” marca, no entanto, sua ruptura
conceitos fundadores (campo, habitus, com a antropologia estrutural. Bourdieu é
violência simbólica), originários de sua consciente da impossibilidade de aplicar às
pesquisa de campo na Kabília e no práticas matrimoniais árabes as regras e as
Bearn, que caracterizam uma posição da estruturas da antropologia clássica.
prática dentro da teoria, ultrapassa a Segundo ele, a utilização ingênua da noção
simples intenção de desvendamento de regra e de modelo, que só pode ter
para se transformar em categorias de
7
análise dos campos literário, artístico e Coleção “Que sais-je?”, que é reeditado nos anos
filosófico. 2000.
8
BOURDIEU, Pierre. Le déracinement. Paris,
Minuit, 1964. Ele escreve também O trabalho e os
trabalhadores na Argélia (1963).

117
sentido do ponto de vista teórico, é Suas pesquisas de campo: no Bearn, o
inteiramente ineficaz quando se trata de sistema de sucessão ou de transmissão da
analisar as dimensões práticas. herança, na Kabília, o interior da casa, a
Aprofundando uma reflexão teórica, repartição das tarefas e dos períodos no
iniciada anteriormente, Bourdieu calendário kabiliano, possibilitaram a
designa a noção da “prática” como compreensão das “estratégias”, dos
objeto de sua análise sociológica, nas “princípios implícitos” ou postulados, da
suas duas obras posteriores: Esboço de interiorização das estruturas (as
uma teoria da prática (1972) e O aquisições), a exteriorização do adquirido
sentido prático (1980). pelas práticas. A “teoria” para Bourdieu é,
portanto, o reajuste das práticas às
Assim, uma parte importante dos
estruturas objetivas, trabalhadas pelos
conceitos sociológicos bourdianos
sociólogos a partir das “regularidades”
emerge dessa ruptura clássica,
notadamente a noção de “prática” estabelecidas pelas pesquisas empíricas. A
explicação da gênese das práticas, ou seja,
utilizada para designar, ao mesmo
tempo, o objeto de sua análise a sua adequação à teoria, é elaborada pela
teoria. A teoria da ação exposta nas duas
sociológica e a característica de sua
obras: “O sentido prático” e “Esboço de
sociologia. A utilização desse termo
uma teoria da prática” é assim
remete, sobretudo, à oposição da
“antiintelectualista”.
sociologia das representações que
fundamenta a antropologia estrutural. Segundo Bourdieu, nós incorporamos as
Em outros termos, Bourdieu considera o regularidades do mundo social através das
“sentido prático”, que significa a prática disposições do agir, do pensar e do sentir
da prática e a possibilidade de ação sem (habitus) ajustadas a esse mundo. A gênese
ter que passar pela elaboração de uma da prática – o habitus – implica, portanto,
razão teórica da ação (a lógica da uma interiorização das estruturas sociais
lógica). (aquisições) e uma exteriorização do
adquirido pela prática (as “disposições”);
Em seu estudo sobre Bourdieu e a
razão pela quais nossas estratégias fogem a
“douta ignorância”9 (que são as
chamadas “estratégias inconscientes”), uma consciência de nossa ação.
Michel de Certeau empreende uma bela Habitus, campo, capital, violência
leitura da teoria da prática como teoria simbólica
do habitus. Segundo esse historiador, a
No processo da tentativa de definição do
análise de uma “outra” sociedade (a
“sentido prático”, Bourdieu elabora o
Kabilia e o Bearn) vai permitir a
conceito de habitus que se torna o eixo de
passagem do observável ao
sua teoria. Essa noção visa a demonstrar
sistematizado, ou seja, o etnólogo (com
tanto os determinismos inconscientes que
seu trabalho de campo) transforma-se
pesam sobre nossas representações (a
em sociólogo (com seu trabalho
história incorporada), como também as
reflexivo ou teórico). A “casa” kabiliana
capacidades estratégicas e criativas
será um fragmento de sociedade e de
(“estruturas estruturadas e estruturantes”).
análise, em outras palavras, ela constitui
Ele define o habitus como “um sistema de
a origem do habitus.
disposições duráveis”, que funciona como
um princípio gerador e organizador de
práticas e representações. Em outras
palavras, produto de aprendizagem
9
CERTEAU de, Michel. A invenção do inconsciente, ele é um programa de
quotidiano; artes de fazer, Petrópolis, Vozes,
comportamento que permite agir e pensar
vol. 1, 1995, pp.111.

118
em um determinado meio social. Todos ameaça de uma neutralidade científica se
nós somos produtos do nosso meio e contrapõe à exigência da historicidade dos
prisioneiros de uma forma determinada objetos analisados. Bourdieu denuncia o
de ação. Ora, a teoria do habitus perigo de um “esquecimento da história”.
apresenta tanto um certo determinismo Segundo o mesmo, todo trabalho sobre o
como o seu contrário: a ficção de um conhecimento deve se referenciar às suas
indivíduo autônomo, livre e racional. determinações específicas10. Nesse sentido,
sua sociológica se distingue pela sua
O campo, segundo Bourdieu, é um
“microcosmo autônomo dentro de um relação constante à história. Esse caráter
macrocosmo social”. Aquele que histórico e antropológico de sua sociologia
ingressa um campo deve saber dominar é facilmente detectável na leitura de sua
revista Actes de la Recherche en Sciences
os códigos e as regras internas. Sob o
Sociales.
modelo dos campos magnéticos em
física, um campo é também concebido “Posso afirmar que um dos (...)
como um campo de força. Lugar de luta combates desta revista foi favorecer a
entre os indivíduos e os clãs, que emergência de uma ciência social
procuram se apropriar de “poderes” no unificada, onde a história seria uma
sociologia histórica do passado e a
plano internacional (conquistar cargos,
sociologia uma história social do
lugares, etc.), essa luta se trava no plano presente”.
simbólico: a violência simbólica
constitui um outro mecanismo central Transgredindo as fronteiras intelectuais e
na obra de Bourdieu. disciplinares, sua obra historiciza a
sociologia, rompendo com a ilusão da
Criticas a Pierre Bourdieu marca do presente em uma pesquisa.
Se a sua obra, fundada na teoria da Assim, a compreensão do objeto estudado
prática, contribui à renovação da depende do constato de que todo objeto
sociologia crítica e à reflexão de histórico é social e que todo objeto social é
múltiplos objetos das ciências humanas, o produto da história.
ela não deixa de representar, segundo Embora reconhecido como o maior
seus detratores, uma forma de militância sociólogo francês do final do século XX,
científica e política. Ora, forjada a partir Pierre Bourdieu foi objeto de severas
de paradigmas cientificistas críticas, notadamente, na França. Se os
(estruturalismo, marxismo), nos anos 50 seus detratores reconhecem o valor
e 60, ela imprime os valores do heurístico da noção de habitus, eles
“campo” intelectual e as grades de recusam adotá-lo como um programa
análise vigentes. O “sistema de rígido de comportamento. Sua obra é
dominação” inspira o pensamento desse acusada de ser determinista. Sua “visão
momento. Nos dizeres do autor, sua implacável da dominação pelo habitus ou a
sociologia é uma “arma teórica”, um violência simbólica não permite se dar
“esporte de combate”. conta dos processos de transformação ou
A dificuldade sentida pelo autor em de emancipação” 11. Outra crítica à
conciliar as ações dos atores (seus sociologia de Bourdieu, fundada numa
discursos sobre os mecanismos concepção de dominados e de
“desconhecidos” do mundo social) à dominadores, é ultrapassada na sociedade
necessidade de objetivar uma posição
intelectual, o conduz, posteriormente, à 10
publicação de Meditações Pascalinas. http://www.lemonde.fr/imprimer_article/0,6063,26
(BOURDIEU: 2001). No entanto, a 0083,00.html
11
DORTIER, Jean-François. op.cit., p. 330.

119
pós-industrial. A teoria da reprodução nega a idéia de transformação e, portanto, a
negligencia o papel dos atores e a do própria história. Ora, como um ser
habitus recusa toda a liberdade do ator racional, afirmam seus críticos, o indivíduo
social. Sua teoria é, portanto, estática e é dotado de uma capacidade de ação.

120

Você também pode gostar