Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sapatas 140426064929 Phpapp01 PDF
Sapatas 140426064929 Phpapp01 PDF
CONCRETO ARMADO:
PROJETO ESTRUTURAL DE SAPATAS ISOLADAS
1.1. GENERALIDADES
Fundação é o elemento estrutural que transmite para o terreno as ações
atuantes na estrutura. Uma fundação precisa transferir e distribuir com segurança as
ações da superestrutura ao solo, de modo que não cause recalques diferenciais
prejudiciais ao sistema estrutural, ou ruptura do solo.
De acordo com a NBR 6122:1996 podem-se ter as seguintes classes de
fundações:
Fundação superficial (ou rasa ou direta)
Elemento de fundação em que a ação é transmitida predominantemente pelas
pressões distribuídas sob a base da fundação e quando a profundidade de
assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor
dimensão da fundação.
Fundação profunda
Elemento de fundação que transmite as ações ao terreno pela base (resistência
de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das
duas e que está assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão
em planta e no mínimo 3m. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas, os tubulões
e os caixões.
1.2 TIPOS DE FUNDAÇÕES RASAS
1.2.1. Sapatas
São elementos de fundação superficial, posicionados em níveis próximos da
superfície do terreno, construídos em concreto armado, dimensionado de modo que as
tensões de tração não sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego de barras
de aço.
As sapatas podem ser projetadas como a seguir se expõe.
Sapatas isoladas
Transmitem ações de um único pilar. É o tipo de sapata mais freqüente. Estas
podem receber ações centradas ou excêntricas. Podem ser quadradas, retangulares ou
circulares, com altura constante ou variável (chanfrada), (figura 1.1).
dos alívios totais puder resultar tração na fundação do pilar interno, o projeto deve ser
reestudado.
DIVISA
VIGA−ALAVANCA
1.2.2. Radier
Quando as áreas das bases das sapatas totalizam mais de 70% da área do
terreno, é recomendado o emprego de radier. Trata-se de uma sapata associada,
formando uma laje espessa, que abrange todos os pilares da obra ou ações
distribuídas. O radier pode ser construído sem vigas ou com vigas inferiores ou
superiores (figura 1.8).
CUNHA
DE
MADEIRA CONCRETO
VIGA
LAJE
PILAR
LAJE
VIGA
1.2.3. Blocos
1.3. HISTÓRICO
PILAR ALVENARIA
DE
PEDRA
GRELHA
DE
MADEIRA
Pela relação entre suas dimensões, uma sapata pode ser rígida ou flexível. Em
MONTOYA [2000], diz-se que a sapata é flexível, quando l > 2h e rígida quando l ≤ 2h
(figura 1.11). A rigidez influi, principalmente, no processo de dimensionamento e de
determinação das armaduras.
A NBR 6118:2003 indica que as sapatas são consideradas rígidas quando a altura
(h) é maior ou igual a medida do lado da sapata (a) menos a medida da seção do pilar
(ap), ambas na mesma direção, dividida por 3, ou seja:
a − ap
h≥
3
h
h
A face de contato de uma sapata precisa ser assente a uma profundidade tal que
garanta que o solo de apoio não seja influenciado pelos agentes atmosféricos e fluxos
de água. Na divisa com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assente sobre
rocha, tal profundidade não deve ser inferior a 1,5m. E na escolha do nível da base da
sapata, devem ser considerados os seguintes fatores:
a) altura da sapata;
b) nível das vigas baldrames, definidas por indicações dos projetos arquitetônicos;
A altura da sapata pode ser variável, linearmente decrescente, da face do pilar até
a extremidade livre da sapata, proporcionando economia no volume de concreto. No
entanto, a altura h0 (figura 1.11) é limitada a um valor tal, que o cobrimento seja
suficiente nas zonas de ancoragem, e no mínimo 15 cm; e o ângulo das superfícies
laterais inclinadas do tronco de pirâmide não dificulte a concretagem. Segundo
MONTOYA [2000] este ângulo não deve ultrapassar 30°, que corresponde
aproximadamente ao ângulo do talude natural do concreto fresco.
As sapatas de altura constante são mais fáceis de construir, mas como o
consumo de concreto é maior são indicadas quando há a necessidade de um volume
elevado para aumentar o peso próprio e quando as sapatas têm pequenas dimensões.
No caso de sapatas de altura variável, no topo da sapata precisa existir uma folga
para apoio e vedação da fôrma do pilar, normalmente com 25 mm (2,5 cm).
No caso de sapatas próximas, porém situadas em cotas diferentes, a reta de
maior declive que contém suas bordas precisa fazer, com a vertical, um ângulo α como
mostrado na figura 1.12, com os seguintes valores:
- rochas: α = 30°;
A fundação situada em cota mais baixa precisa ser construída primeiro, a não ser
que se tomem cuidados especiais.
CAPÍTULO 2
ALGUNS ASPECTOS GEOTÉCNICOS
PARA O PROJETO DE SAPATAS
O projeto de uma fundação envolve considerações de mecânica dos solos e de
análise estrutural. O projeto precisa associar racionalmente, no caso geral, os
conhecimentos das duas especialidades.
Este capítulo traz conceitos básicos relativos aos problemas de geotecnia no
projeto de fundações, que ajudam a prever e adotar medidas que evitem recalques
prejudiciais ou ruptura do terreno, com conseqüente colapso da estrutura.
a. Relativos à superestrutura
e. Edificações na vizinhança
f. Custo
b b
a
a
Neste caso, quando não existe limitação de espaço, a sapata mais indicada é a
de planta quadrada, cujo lado é igual a:
Fv
a= [2.1]
σ adm
Neste caso, com base na figura 2.1, quando não existe limitação de espaço,
pode-se escrever:
Fv
a⋅b = [2.2]
σ adm
a − a0 = b − b0 [2.3]
Este caso recai no caso anterior ao se substituir a seção transversal do pilar por
uma seção retangular equivalente, circunscrita à mesma, e que tenha seu centro de
gravidade coincidente com o centro de ação do pilar em questão (figura 2.2).
b b
a
a
Figura 2.2 - Pilar de seção transversal em forma de L
a - ap
h≥ [2.3]
3
Quando a altura (h) ficar menor do que o valor calculado com essa expressão
diz-se que a sapata é flexível.
É permitido, por essa Norma, admitir plana a distribuição de tensões normais no
contato sapata-terreno, se a sapata for rígida.
Capítulo 2 - Aspectos geotécnico para o projeto de sapatas 14
a. uma força vertical cujo eixo não contem o centro de gravidade da superfície
de contato da sapata com o solo;
FV
M
(a) Ações
Central
b/6
b
a/6
a
(b) Núcleo central de inércia
Figura 2.5 - Sapata sob ação excêntrica
As vigas de equilíbrio devem ser empregadas, como uma solução estrutural, para
absorver o momento fletor da excentricidade nos casos de sapatas dos pilares situados
nas divisas de terrenos.
a.1- Caso em que o ponto de aplicação da força está dentro do núcleo central de
inércia
Esta situação, que pode ser observada na figura 2.6a, ocorre quando a
excentricidade e < a / 6 .
A equação 2.5 que rege a flexão composta da Resistência dos Materiais é :
Fv M.y
σ= ± [2.5]
A I
sendo,
Fv M.y
> [2.6]
A I
com,
Considerando A = a . b, M = Fv . e, I = b . a3 / 12 e y = a / 2, e fazendo-se a
substituição na equação (2.5). obtem-se:
Fv ⎛ 6 ⋅ ex ⎞
σ= ⋅ ⎜1 ± ⎟ [2.7]
a⋅b ⎝ a ⎠
Fv ⎛ 6 ⋅ ex ⎞
σ max = ⋅ ⎜1 + ⎟ [2.8]
a⋅b ⎝ a ⎠
Fv ⎛ 6 ⋅ ex ⎞
σ min = ⋅ ⎜1 − ⎟ [2.9]
a⋅b ⎝ a ⎠
Este caso, como pode ser observado na figura 2.6b, ocorre quando e = a/6.
E. L. da Silva, R. D. Vanderlei e J. S. Giongo - USP – EESC – SET 17
Concreto armado: projeto de sapatas isoladas Agosto de 2008
O valor da tensão máxima é obtido com a expressão 2.10, fazendo ex=a /6,
resultando:
Fv
σ max = 2 ⋅ [2.10]
a⋅b
Tem-se:
Fv M ⋅ y
= [2.11]
A I
a.3-Caso em que o ponto de aplicação da ação está fora do núcleo central de inércia
Esta situação ocorre quando tem-se e > a/6. Apenas parte da sapata está
comprimida. Para que não ocorram tensões de tração entre o solo e a sapata, o ponto
de aplicação da força precisa estar alinhado com o centro de gravidade do diagrama
triangular de pressões. Portanto, a largura do triângulo de pressões é igual a três vezes
a distância desse ponto a extremidade direita da sapata (Figura 2.6 c).
A tensão máxima é dada por:
2 ⋅ Fv
σ max = [2.12]
⎛a ⎞
3 ⋅ b ⋅ ⎜ − e⎟
⎝2 ⎠
Fv M x .y M y .z
σ= ± ± [2.13]
A I I
a a a
a) e < b) e = c) e >
6 6 6
Figura 2.6 - Tensões máximas para as ações excêntricas
Capítulo 2 - Aspectos geotécnico para o projeto de sapatas 18
Ação
ey
ex
b.1- Zona 1
Fv ⎛ 6.e x 6.e y ⎞
σ max = ⎜1 + + ⎟ [2.14]
⎜
a.b ⎝ a b ⎟⎠
b.2- Zona 2
b.3- Zona 3
b ⎛⎜ b b2 ⎞
⎟
s= × + − 12 [2.15]
12 ⎜ e y 2
ey ⎟
⎝ ⎠
3 a − 2.e x
tgα = × [2.16]
2 s + ey
12 ⋅ Fv b + 2⋅s
σ max = × 2 [2.17]
b ⋅ tgα b + 12 ⋅ s 2
a/4 a/4
a/6 a/6 a/6
b/4 b/6
2 4
b/6
b/4 5
b/6 3 1
b
b.4- Zona 4
a ⎛⎜ a a2 ⎞
⎟
t= ⋅ + − 12 [2.18]
12 ⎜⎝ e x e 2x ⎟
⎠
3 b − 2 ⋅ ey
tg β = ⋅ [2.19]
2 t + ex
12 ⋅ Fv a + 2⋅t
σ max = ⋅ 2 [2.20]
a ⋅ tgβ a + 12 ⋅ t 2
b5- Zona 5
Fa
σ max = ⋅ α[12 − 3,9 ⋅ (6 ⋅ α − 1) × (1 − 2 ⋅ α ) × (2,3 − 2 ⋅ α )] [2.21]
a⋅b
Capítulo 2 - Aspectos geotécnico para o projeto de sapatas 20
sendo:
ex ey
α= + [2.22]
a b
tomando-se ex e ey sempre com o sinal positivo.
Figura 2.10 - Ábaco para determinação das tensões máximas nas sapatas retangulares rígidas
21
v1 + v 2 + v3
n= [2.24]
3
SPT
v1
v2
~1,5b
v3
v4
v5
v6
v7
v8
v9
CAPÍTULO 3
CRITÉRIOS PARA DIMESIONAMENTO DAS SAPATAS
a. a resistência de cálculo (Rd) tem que ser maior do que a solicitação de cálculo
(Sd). Para isto, as deformações dos materiais concreto e aço não podem ultrapassar
valores limites indicados na NBR 6118:2003;
Sapatas rígidas
a. Trabalho à flexão nas duas direções, admitindo-se que, para cada uma delas, a
tração na flexão seja uniformemente distribuída na largura correspondente da sapata.
Essa hipótese não se aplica à compressão na flexão, que se concentra mais na região
do pilar que se apóia na sapata e não se aplica também ao caso de sapatas muito
alongadas em relação à forma do pilar.
Sapatas flexíveis
c. Trabalho à flexão nas duas direções, não sendo possível admitir tração na
flexão uniformemente distribuída na largura correspondente da sapata. A concentração
de tensões junto ao pilar precisam ser, em princípio, avaliada.
h
≤ l ≤ 2h [3.1]
2
γ f ⋅ MS1,k
As = [3.1a]
0,8 ⋅ d ⋅ f yd
a 1/5, que também é uma indicação da NBR 6118:2003 para valor da área da
armadura na direção secundária em lajes armadas em uma direção.
2 ⋅ (a 0 + 2 ⋅ h)
A s1 = A s ⋅ [3.2]
a + a0 + 2 ⋅ h
Para não haver escorregamento das barras, a verificação pode ser feita
calculando-se a tensão de aderência e comparando-a com valores de resistência de
escorregamento das barras da armadura dada pela NBR 6118:2003.
O cálculo da tensão de aderência é feito considerando-se o equilíbrio das forças
atuantes na barra e no concreto que a envolve. O resultado é a tensão de aderência
relacionada com a tensão atuante na barra, com suas propriedades geométricas.
A resistência do concreto tem grande influência no valor da resistência de
aderência (fbd). Os resultados experimentais indicam que fbd é proporcional à
resistência à tração do concreto (fctd).
Capítulo 3 - Critérios para o dimensionamento estrutural de sapatas 30
φ
R st + n ⋅ 2 ⋅ π ⋅ ⋅ Δx ⋅ τ b = R st + ΔR st [3.3]
2
ou seja:
ΔMSd
ΔR st = = n ⋅ π ⋅ φ ⋅ Δx ⋅ τ b [3.4]
z
ou ainda:
ΔMSd
ΔR st = = n ⋅ π ⋅ φ ⋅ z ⋅ τb [3.5]
Δx
ΔMSd
ΔR st = = n ⋅ π ⋅ φ ⋅ 0,9 ⋅ d ⋅ τ b [3.6]
Δx
Resultando:
VSd ⋅ Δx = ΔMSd [3.8]
VSd
τ bd = [3.9]
0,9 ⋅ d ⋅ n ⋅ π ⋅ φ
sendo:
VSd = força cortante de cálculo na seção S1 por unidade de largura;
n = número de barras por unidade de largura;
φ = diâmetro da barra;
d = altura útil na seção S1.
Nos casos de sapatas rígidas deduz-se a equação para cálculo da tensão de
aderência considerando que, na figura 3.4a, que as forças atuantes no ponto C estão
em equilíbrio, conforme indicado no polígono da figura 3.4b.
Figura 3.4 - Transmissão da força resultante nas barras por meio da aderência
Analisando a figura 3.4b pode-se escrever a equação 3.10, lembrando que a força
na sapata FVd, suposta centrada no pilar, se distribui para ambos os lados da base da
sapata, assim no elemento infinitesimal dx atua a força dFVd/2.
dFVd
tgθ = 2 [3.10]
dR st
ou seja:
dFVd
dR st = [3.11]
2 ⋅ tgθ
sendo que:
n é o número de barras na direção considerada;
φ é o diâmetro das barras que compõem a armadura.
a
2 dFVd (a − a 0 )
τ bd ⋅ n ⋅ π ⋅ φ ⋅ ∫ dx = ∫ ⋅ [3.16
0 2 2⋅d
resultando, portanto:
Fvd a − a0
τ bd = ⋅ [3.17]
2⋅n⋅ π⋅φ a⋅d
Os coeficientes representados pela letra grega neta (η) têm os seguintes valores
e significados:
η1 = 1,0 para barras lisas;
η1 = 1,4 para barras entalhadas;
η1 = 2,25 para barras nervuradas;
η2 = 1,0 para situações de boa aderência; [3.22]
η2 = 0,7 para situações de má aderência;
η3 = 1,0 para φ < 32mm;
η3 = (132 - φ) / 100 ≥ 32mm.
a) l < h b) l > h
3.3.1 Punção
A NBR 6118:2003 define punção como sendo o Estado Limite Último determinado
por cisalhamento no entorno de forças concentradas. Ela é diferente do Estado Limite
Último determinado por cisalhamento em seções planas solicitadas à força cortante. A
punção, basicamente, é a tendência à perfuração de uma placa em função das altas
tensões de cisalhamento, provocadas por forças concentradas.
Por causa dos fatores construtivos e econômicos é recomendado evitar detalhar
armadura transversal adotando-se, portanto, altura suficiente para que não ocorra ruína
por punção. Assim, o efeito da punção geralmente determina a altura da sapata.
Nas sapatas rígidas para pilares isolados não há necessidade de verificação à
punção, no entanto nas flexíveis não se pode deixar de verificar esse efeito.
Para as sapatas rígidas é necessário verificar resistência da diagonal comprimida
na superfície crítica C conforme indicado na NBR 6118:2003 e analisado no item
3.3.1.2.
Alguns parâmetros interferem na punção das sapatas isoladas sem armadura
transversal; entre os quais podem ser destacados:
No caso de sapata recebendo pilar com força centrada, sem ação de momento, a
tensão de punção é calculada por:
FSd
τSd = [3.23]
u⋅d
sendo que:
dx + dy
d=
2
A força de punção FSd pode ser reduzida da força distribuída aplicada na face
oposta da laje, dentro do contorno considerado na verificação, C ou C'.
Este caso é de sapata com pilar solicitado por força centrada e momento, oriundo
por ação de força horizontal, e o caso de assimetria é considerado, de acordo com a
equação:
FSd K ⋅ MSd
τ Sd = + [3.24]
u ⋅ d Wp ⋅ d
sendo que:
C12
Wp = + C1 ⋅ C 2 + 4 ⋅ C 2 ⋅ d + 16 ⋅ d2 + 2 ⋅ π ⋅ d ⋅ C1 [3.25]
2
Wp = (D + 4d)
2
[3.26]
u
Wp = ∫ e ⋅ dl
0
sendo que:
e é a distância de dl ao eixo que passa pelo centro do pilar e sobre o qual atua o
momento fletor MSd.
FSd
τ Sd = (equação 3.23)
u⋅ d
sendo que:
d é a altura útil da laje ( no caso, sapata rígida) ao longo do contorno crítico C',
externo ao contorno C da área de aplicação da força e deste distante 2d no plano
da laje;
dx + dy
d= , sendo dx e dy as alturas úteis nas duas direções ortogonais;
2
A força de punção FSd pode ser reduzida da força distribuída aplicada na face
oposta da sapata, dentro do perímetro considerado na verificação, C ou C'.
A capacidade resistente às tensões tangenciais é feita com a equação 3.27 de
acordo com a NBR 6118:2003.
sendo:
O valor de τRd2 pode ser aumentado em 20% por efeito de estado múltiplo de
tensões junto a um pilara interno, caso de sapatas, quando os vão (balanços da
sapata) que chegam a este pilar não diferem mais de 50% e não existem aberturas
junto ao pilar.
b2 = b0 + d [3.29]
sendo que:
E. L. das Silva, R. D Vanderlei, J. S. Giongo - USP – EESC – SET 39
Concreto armado: projeto de sapatas isoladas Agosto de 2008
4,7 ⋅ b 2 ⋅ d2
VRd = ⋅ ρ ⋅ fck (fck em MPa ) [3.31]
γc
ou,
0,47 ⋅ b 2 ⋅ d2
VRd = ⋅ fck (fck em MPa ) [3. 32]
γc
sendo:
As
ρ= < 0,01 [3.33]
b 2 ⋅ d2
Essas recomendações valem para lajes maciças cujos critérios também podem
ser aplicadas no caso de sapatas flexíveis.
Permite-se prescindir da armadura transversal para resistir as tensões de tração
oriundas da força cortante quando a força cortante solicitante de cálculo (VSd) ficar
menor ou igual a força cortante resistente de cálculo (VRd1), ou seja:
lb,nec lb,nec As
V Sd l
Seção Considerada
d
d
45°
45°
45°
lb,nec V Sd
A st
A st
3.3 Transmissão das ações do pilar para a sapata - critérios do ACI 318 [1995]
sendo φ = 0,70.
Caso a condição da equação 3.37 seja satisfeita adota-se uma armadura mínima
de ligação dada por:
Fvd,exc
A sl = ≥ A sl, min [3.38]
φ ⋅ fy
(M + Fh × h1 ) × γ 1 ≤ (Fv + G pp ) ×
a
[3.39]
2
Para sapatas isoladas com ação horizontal, o deslizamento é evitado pelo atrito
entre a base da sapata e o terreno ou a coesão do mesmo. O empuxo passivo sobre a
superfície lateral da sapata é desprezado, a menos que se garanta sua ação
permanentemente.
Precisa ser verificada a seguinte condição:
sendo:
2
ϕd = ⋅ϕ
3
c d = 0,5 ⋅ c
Capítulo 3 - Critérios para o dimensionamento estrutural de sapatas 44
Referências bibliográficas