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“Por eleição, entendemos aquele ato soberano de Deus em graça, pelo qual Ele escolheu
em Jesus Cristo para a salvação todos aqueles que de antemão sabia que o aceitariam.”
Henry C. Thiessen (Palestras em Teologia Sistemática, p. 246)
“A eleição é o decreto eterno de Deus, pelo qual, de si mesmo, desde a eternidade, Ele
decidiu justificar em Cristo (ou por Cristo) os fiéis, e aceita-los na vida eterna, para o louvor
da sua gloriosa graça.” Jacó Armínio (As obras de Armínio, CPAD, 2015, v3, p. 300).
Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida
eterna, não pelos seus méritos, mas pela graça. No uso de sua soberania e à luz da Sua
presciência de tudo, Deus elegeu aqueles que, no correr dos tempos, receberiam
livremente o dom da salvação, pela fé em Cristo e, por Sua graça, perseverariam até o fim.
A eleição é uma escolha feita por Deus, desde a eternidade, pela graça, para a salvação
em Cristo.
Deus é quem toma a iniciativa para a salvação do homem (1 Jo 4.19).
Deus escolhe para salvação aqueles que creem em Jesus Cristo e, portanto, tornam-se
unidos a ele, fazendo a eleição condicional à fé em Cristo.
Favorece todos os homens, sem exceção, pois todos são pecadores (Rm 3.23) e Cristo
morreu por todos (Rm 5.18).
1. Deus decretou que nomeava seu Filho Jesus Cristo Mediador, Redentor, Salvador,
Sacerdote e Rei.
2. Decretou que receberia em favor aqueles que se arrependessem e cressem em Cristo.
3. Decretou que administraria os meios que eram necessários ao arrependimento e à fé.
4. Decretou a salvação ou a perdição das pessoas baseado na Sua presciência.
A eleição é cristocêntrica
Cristo foi eleito por Deus como Salvador dos homens (1 Pe 2.4; Is 42.1; Mt 12.18; At
4.11,12). Os homens são eleitos nele.
Cristo é aquele “em quem o decreto é fundamentado”, a base e a causa meritória da eleição.
(As Obras de Armínio, 2015, v2, p. 100).
Os indivíduos tornam-se eleitos por estar em Cristo (2 Co 5.17; Rm 8.1; Ef 1.4).
“A eleição é feita em Cristo, mas ninguém está em Cristo, exceto se for um fiel.” Armínio.
(v3, p. 455).
A eleição é condicionada à fé
“Este decreto tem o seu embasamento na presciência de Deus, pela qual Ele sabe, desde
toda a eternidade, que tais indivíduos, por meio de sua graça preventiva, creriam, e por sua
graça subsequente, perseverariam. ” Armínio (v1, p. 227).
1
Mestrando em Teologia (FABAPAR) e Pós-graduado em Teologia do Novo Testamento Aplicada (FTBP), pastor da
Igreja Assembleia de Deus no RN. E-mail: ckmaia@hotmail.com.
2
A eleição deve ser evangélica (apresentar uma boa nova de salvação); não pode ser um
decreto de condenação, mas que compartilhe a boa notícia de que todos podem ser salvos,
pela fé em Cristo (Mc 16.15; Mt 28.19,20; At 17.30; Cl 1.23).
A eleição é eterna
Deus elegeu os salvos antes da fundação do mundo (Ef 1.4; 3.11; Ap 17.8; Tt 1.2; 2 Tm
1.9). Os eleitos jamais perderão a sua salvação.
Conclusão
A segurança do cristão repousa no fato de, pela fé, pertencer ao corpo eleito de Cristo.
Armínio preserva o conceito cristocêntrico da eleição e a presciência de Deus, para
manifestação da Sua justiça.
Cristo morreu por todos os homens, mas é eleito aquele que, por sua graça, crer e
perseverar na fé.
Soli Deo Gloria!
REFERÊNCIAS