Você está na página 1de 14

RELATÓRIO DO MEETING ERASMUS+/CLAP de 8 a 12 de Maio de 2017 (C2)

Apresentamos seguidamente um breve descrição das principais atividades realizadas, uma


conclusão final e a equipa de professores envolvida na preparação e realização deste
intercâmbio.

Dia 8 de Maio

8.20 - Todos os alunos envolvidos, portugueses, polacos e suecos, juntamente com os alunos
do 7ºD, assistiram a uma aula de inglês preparada professora Carla Cardoso, na qual puderam
apresentar-se, partilhando alguns aspectos dos seus países. A atividade envolveu 26 alunos
portugueses e estrangeiros.

9.20- O grupo de professores e alunos estrangeiros e portugueses envolvidos no projeto


fizeram o reconhecimento dos espaços físicos da escola, com particular destaque para a zona
da horta pedagógica, em que foram comparados os resultados obtidos entre as três escolas,
no que toca ao desenvolvimento das sementeiras (cenoura e cebola) realizadas ao mesmo
tempo pelos três países em 31 de março. Foi também feita a comparação das atividades de
compostagem.

Compostor onde se processam os resíduos orgânicos da cantina e do bar.

10.00- receção oficial, com a participação da Vereadora da Educação e Cultura, Dr.ª Ana
Figueiredo, na qual , para além da apresentação dos diferentes intervenientes (professores e
alunos), das intervenções do coordenador do projeto, do diretor e cordenadores dos outros
países, foram ainda apresentados quatro números musicais pelos alunos do Clube de Música
da escola, tendo o coordenador feito uma breve apresentação dos três países intervenientes
relativamente a alguns aspectos culturais. O coordenador ofereceu ainda alguns livros de
receitas saudáveis a várias entidades presentes, feitos no contexto do projeto. Assistiram as
turmas PCA, 7ºA, 7ºB, 7ºC e 7ºD, num total de 98 alunos.

Cerimónia oficial de arranque do meeting, com estudantes e professores suecos em primeiro plano.

11h30- Saída de campo à empresa Herbas, produtora de várias plantas em modo de produção
biológico, destinadas a vários fins medicinais, cosméticos e chás. Nesta saída os participantes
puderam inteirar-se dos desafios inerentes à viabilização de uma exploração em modo de
produção biológico, nomeadamente ao nível da fertilização, mobilização do solo, prevenção e
combate de infestantes, pragas e doenças, com particular destaque para a importância da
preservação de bordaduras de plantas
espontâneas, as quais garantem o nível
de biodiversidade necessária à
reprodução de organismos auxiliares.
Os participantes puderam também
conhecer um pouco da história da
empresa, a qual ilustra bem a
necessidade de uma atitude
empreendedora na área da produção
alimentar, particularmente na região
de Rio Maior, com óptimas condições
naturais para diversos tipos de
cultivares

Plantas aromáticas da empresa Herbas.


Nesta atividade participaram todos os professores e alunos estrangeiros, bem como a turma
7ºD, e o coordenador do projeto, num total de 33 participantes.

14.30- Realização de workshops:

Construção de caixas-ninho- os alunos construíram 12 caixas-ninho para aves insectívoras,


nomeadamente chapins, animais auxiliares em agricultura biológica, que serão colocadas no
recinto escolar. Com esta atividade, os alunos aprenderam uma forma simples de estimular a
presença de biodiversidade favorável à prática da agricultura biológica e a, simultaneamente,
preservarem a natureza, numa lógica de sustentabilidade das práticas agrícolas.

Atividades experimentais- os alunos realizaram 5 atividades experimentais relativas à


alimentação, envolvendo a utilização de leveduras, reacções ácido-base, produção e detecção
de oxigénio e dióxido de carbono. Com estas atividades, os alunos puderam perceber a
importância da utilização de alguns produtos na indústria, como as leveduras, o bicarbonato
de sódio, bem como da importância fisiológica dos antioxidantes, entre outros aspectos.

Atividades exeprimentais (na foto produção de oxigénio com leveduras).

Mapas de condições edafo-climáticas- a partir de um conjunto de 8 mapas feitos pelos alunos


portugueses relativos a várias condições ambientais de Portugal continental, os participantes
tiveram que resolver um questionário recolhendo as informações desses mapas. Com esta
atividade, os alunos puderam ter um melhor conhecimento dos constrangimentos climáticos e
edáficos que condicionam a prática agrícola em Portugal.

Workshop de cozinha saudável- os participantes confecionaram alguns pratos saudáveis,


incluindo um alternativa ao leite de origem animal, para serem consumidos no lanche da tarde
por todos os participantes nas atividades, alunos e professores, nomeadamente: carpaccio de
abacaxi; leite de aveia; paté de beringela; sandes, entre outros. Com esta atividade foi possível
demonstrar que é possível confeccionar alternativas saudáveis e saborosas para refeições mais
ligeiras, evitando gorduras e açúcar, privilegiando as frutas e cereais, sem produtos de origem
animal.

Para além dos alunos estrangeiros, estiveram envolvidos nestas atividades alunos das turmas
7ºA, 7ºB, 9ºA, 9ºC, num total de 72 alunos

17.00- Jogos tradicionais, nos quais os alunos do 7ºA e 7ºD, juntamente com os estrangeiros,
puderam experimentar alguns jogos tradicionais portugueses, que foram sendo jogados ao
longo do ano por várias turmas da escola, incluindo as participantes no projeto. Esta atividade
contou com a presença de um representante da Cooperativa Terra Chã, Tiago Laurentino, na
orientação dos jogos, tendo a mesma entidade cedido alguns materiais para a realização dos
jogos. Com esta atividade, os alunos puderam interagir entre si duma forma lúdica, mas
também conhecer formas tradicionais de realizar atividade física, fundamental para a
promoção da saúde.

Estudantes suecas experimentam os jogos tradicionais portugueses.

À noite, pelas 20.00, realizou-se um jantar convívio com os parceiros suecos e polacos, com
alunos portugueses das turmas envolvidas, respetivos encarregados de educação e
professores, o diretor e um representante dos funcionários administrativos da escola. Alunos e
professores dos três países cantaram algumas canções típicas dos seus países e outras mais
conhecidas de todos, promovendo-se assim o fortalecimento dos laços afectivos entre os
membros do grupo e o heteroconhecimento ao nível cultural.
Dia 9 de maio

Neste dia, foram envolvidos os alunos da turma 7ºC (17) e do Curso Vocacional de Bioturismo
(2), juntamente com o grupo de alunos e professores estrangeiros, e ainda o coordenador do
projeto e um professor acompanhante.

Manhã- visita de estudo à empresa agrícola Planície Verde em Malaqueijo.

Nesta visita os alunos puderam ter contacto com uma empresa de reconhecido sucesso na
área da produção, importação, exportação e distribuição de bens alimentares.

Trata-se de uma empresa que tem


crescido muito nos últimos anos
graças à sua permanente
actualização tecnológica,
modernização do processo produtivo
e da atividade de distribuição,
embalamento e armazenamento, o
que os alunos e professores
visitantes puderam constatar no
local, observando, entre outros
aspetos:

- o funcionamento de linhas de
embalamento de alface, melão,
melancia e meloa;

- de robots;

- de uma unidade de fertilização


comandada remotamente por um
simples telemóvel;

- de um sistema de embarque de mercadorias, automático, que dispensa a presença de


operadores da empresa.

Os presentes também puderam apreciar o sistema de armazenamento de fruta, em que o


controlo do gás etileno constitui um dos maiores desafios para a empresa, visto que a sua
presença induz a maturação dos frutos.

Foi ainda possível observar as condições de laboração nas estufas, ao nível da produção de
alfaces, de como se planta, colhe, os timings, custos, etc.

Esta visita foi muito importante, pois muitos destes alimentos que os alunos observaram
acabam chegando ao prato, pois trata-se de uma empresa que abastece grandes cadeias de
supermercados nacionais.

Os alunos também puderam perceber a importância de atingir escala suficiente para que os
negócios na área agrícola possam ter sucesso, a par da importância da inovação.
Tarde

O grupo dirigiu-se à sede do CIDAC, onde pode conhecer a loja com produtos diversificados de
comércio justo.

Fez-se seguidamente uma conferência dividida em duas partes:

- uma primeira, em que uma activista da associação fez uma retrospectiva histórica da mesma,
assim como da evolução do conceito de comércio justo, explicando os princípios que lhe
subjazem através de diálogo com os alunos.

Assistindo à conferência na sede da associação CIDAC.

- uma segunda parte, em que dois alunos da Escola Secundária José Gomes Ferreira do
Agrupamento de Escolas de Benfica, deram a conhecer o projeto ERASMUS+/JACE em que
participam, no âmbito do qual dinamizam uma loja de comércio justo, dão a conhecer o
conceito à comunidade educativa e local, e participam em intercâmbios internacionais entre
os três países participantes (Bélgica, Portugal, França).

Muitos dos alunos presentes não conheciam o conceito de comércio justo. Esta atividade
possibilitou um primeiro contacto com o conceito através de pessoas que se dedicam à missão
de garantir que os produtos respeitam princípios de sustentabilidade social e ambiental, e que,
todos nós, enquanto consumidores, podemos ter uma acção decisiva no simples ato de
consumo.
10 de maio

As atividades realizadas neste dia incluíram os seguintes alunos e professores portugueses:


professora Elsa Pouseiro e coordenador; quatro alunos do 7º D, dois alunos do curso
vocacional de Bioturismo.

Manhã- Visita à Escola Superior de Turismo e Biotecnologia do Mar (ESTBM), em Peniche, para
uma atividade prática laboratorial envolvendo a identificação e caracterização de algas
recolhidas na praia do Portinho Norte.

Nesta aula, os participantes, com o apoio de dois docentes da ETBM, observaram espécimes
recolhidos pouco antes, incluindo algas, mas também outros seres vivos, como caranguejos,
ofiúros, larvas, e outros animais. Com base na observação, com lupas binoculares e utilizando
diverso material de laboratório, os participantes identificaram as algas recorrendo a elementos
bibliográficos, podendo ainda conhecer algumas das aplicações práticas das mesmas ao nível
alimentar, e alguns dos problemas ambientais decorrentes da proliferação de uma espécie
importada da Austrália, a qual tem provocado enorme impacto ambiental com prejuízo de
diversas espécies. Ficamos a saber que se investiga actualmente nesta escola formas possíveis
de utilização desta alga, capazes de motivar a sua apanha e assim reduzir as suas populações.

Foram ainda observadas algas microscópicas de uma algoteca da própria ETSBM, recorrendo
ao microscopio ótico.

Tarde- Visita ao centro de investigação CETEMARES, em Peniche

Nesta visita, conheceram-se as instalações e alguns dos projectos a decorrer neste centro, a
qual foi orientada por dois investigadores em funções.
Este centro funciona em estreita parceria com várias entidades públicas e privadas, incluindo
com empresas ligadas ao setor alimentar, dedicando-se ao desenvolvimento de novos
produtos alimentares e soluções para a indústria, bem como para a resolução de problemas
relacionados com o ambiente, incluindo a preservação da biodiversidade.

Investigador do CETEMARES explica a forma correta de produzir a alga Spirulina.

Exemplos de projectos abordados durante a visita:

- novas técnicas de produção da alga Spirulina, a qual possui um enorme valor alimentar, com
teores de proteína trinta vezes superior à da carne, já utilizada na alimentação humana, e que
tem o potencial de contribuir para combater a fome em países sub-desenvolvidos, entre
muitas outras aplicações;

- aplicações de algas de espécies invasoras, com impacto negativo sobre outras espécies
marinhas. A obtenção de produtos com interesse comercial a partir destas espécies é
considerada com potencial para o seu controle populacional por via da respetiva colheita;

- pão de algas, o qual já se encontra disponível no mercado e em vias de ser comercializado


por uma grande empresa de distribuição alimentar nacional;

- a depuração de moléculas a partir da biodiversidade marinha, com potencial utilização


medicinal, nomeadamente no combate ao cancro, entre outras utilizações;

- o desenvolvimento de um paté de lapa, o qual não foi ainda lançado no mercado, pela
dificuldade de produzir lapas em aquicultura nem a partir da colheita de exemplares selvagens,
dado risco de extinção;

- a propagação de plantas do parque natural das Berlengas em vias de extinção.


5ª feira

Manhã- Aula de Surf na praia da Gamboa, Peniche, pela Escola de Surf de Peniche

Participaram nesta atividade, para além dos alunos e professores estrangeiros, vinte alunos
portugueses, incluindo 17 alunos da turma 7ºD, 1 do 7ºA, 1 do PCA, 2 do vocacional de
Bioturismo e 1 do 9ºA. Participou ainda um professor de Educação Física.

Com esta atividade pretendemos estimular os alunos para a prática da atividade física ao ar
livre, numa modalidade em franco crescimento quanto ao número de praticantes, tanto
nacionais como estrangeiros.

Recebendo as instruções do professor de surf.

O nível de satisfação foi muito elevado, tanto entre estrangeiros como portugueses, sendo de
registar o elevado número de alunos que diz querer voltar a realizar surf.

Tarde- Visita de estudo à Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, nas Caldas da Rainha.

Participaram nesta visita, para além dos alunos e professores estrangeiros, 2 alunos do curso
vocacional de Bioturismo, 10 alunos do PCA 7º ano, 17 alunos da turma 7ºD, 2 alunos do 9ºA, 3
professores portugueses acompanhantes.

Nesta visita os alunos puderam:

- conhecer as instalações da escola, os cursos que aí funcionam, os equipamentos existentes,


as salas de aula, incluindo de bar, pastelaria, padaria, cozinhas, restaurante;

- almoçar uma refeição confeccionada pelos alunos da escola;

- realizar um workshop de pastelaria, confecionando alguns doces em massa folhada.


As atividades realizadas permitiram aos alunos portugueses conhecer mais algumas vias
possíveis para o seu percurso académico, numa escola que é uma referência regional no
ensino profissional da área.

De forma geral, o contacto com as várias valências formativas na área da hotelaria e turismo,
permitiu a todos os participantes conhecer de forma aprofundada vários dos desafios que se
colocam aos futuros profissionais, bem como a todos, enquanto futuros consumidores,
algumas das exigências a que estão subjacentes estas atividades, reforçando a sua capacidade
crítica.

Alunos provam os bolos feitos durante o workshp de pastelaria.

Enquanto se fez o workshop de pastelaria, os alunos puderam aprender várias técnicas, e,


também alguns dados interessantes, como seja o facto de, em cada quilograma de massa
folhada, 600 g serem manteiga- uma enorme quantidade de calorias-, o que pressupõe da
parte do consumidor uma cautelosa contenção na ingestão destas especialidades culinárias.

6ª feira

Devido à tolerância de ponto decidida pelo Governo da República, neste dia não houve aulas,
pelo que as atividades realizadas tiveram algumas condicionantes.

Neste dia, entre as 9h30 e as 14h00, foi realizada uma visita de estudo à Cooperativa Terra
Chã, Alcobertas, cooperativa multissectorial vocacionada para o desenvolvimento local
sustentável em várias áreas de atividade.

Esta cooperativa situa-se em pleno Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, onde a
exploração sustentada dos recursos existentes surge como uma necessidade imperiosa, dadas
as imposições legais relacionadas com a conservação da natureza.
Foram feitas as seguintes atividades:

- visita à melaria comunitária, onde os pequenos produtores de mel locais podem depositar o
mel e outros produtos para serem processados, incluindo o pólen. A cooperativa terra Chã tem
a sua marca própria de mel e de pólen, produzidos exclusivamente na região e na melaria
comunitária.

- visita à oficina de tecelagem;

- formação sobre produtos


derivados das atividades das
abelhas (mel, geleia real,
própolis), bem como da
importância destes animais para
a produção de alimentos e para o
ecossistema. Os presentes
puderam observar ao vivo uma
colmeia com paredes de vidro.

- percurso pedestre na aldeia de


Chãos, com visita ao curral do
rebanho de cabras comunitário,
do qual se produz os queijos da
marca Terra Chã, também
vendido na loja da cooperativa. O
grupo ficou a saber que a
pastorícia joga um papel
indispensável na conservação da
Apicultor da Cooperativa Terra Chã apresenta uma colmeia.

natureza, porque liberta o terreno do matagal, permitindo a instalação de muitas outras


espécies vegetais e animais, como é o caso da Gralha-de-Bico-Vermelho, animal em perigo de
extinção.

Neste percurso também se pode analisar as estratégias locais de recolha de água a partir da
humidade do ar, a qual se acha em teor bastante elevado devido à condensação provocada
pela serra dos candeeiros.

Esta água condensada durante a madrugada nos telhados das casas, é canalizada através de
canais para cisternas, onde é armazenada. Este sistema de captação da água tradicional foi um
desenvolvimento imprescindível das populações locais, dada a escassez de água no subsolo
calcário, e, por isso, incapaz de reter água subterrânea.

Neste percurso pedestre, foram ainda observados alguns casos de reabilitação de casas
tradicionais, por oposição a outros menos felizes, que conduzem à descaracterização da aldeia.
Foi ainda abordada a história da cooperativa, a qual nasceu com base no Rancho de Chãos, e
depois se foi expandindo, até cobrir as áreas atuais.

A visita culminou no almoço com pratos regionais, incluindo uma leguminosa actualmente
pouco utilizado na alimentação quotidiana dos portugueses- o chícharo- e que esta
cooperativa, entre outras entidades, tenta reabilitar.

À noite, fez-se o convívio final entre encarregados de educação, alunos e professores, no qual
os três países apresentaram alguns números artísticos, incluindo música e dança. Um conjunto
de alunas portuguesas executaram uma coreografia de um fado, preparado no contexto do
clube de dança.

Conclusões Finais

As atividades realizadas permitiram abordar o tema da alimentação sob diversos pontos de


vista, recorrendo a diferentes estratégias, incluindo jogos, atividades experimentais, visitas de
estudo, saídas de campo, contribuindo assim para motivar os alunos a interessarem-se pelo
tema, favorecendo a aprendizagem por esta via.

O desenvolvimento do gosto pela atividade física como componente indispensável dum estilo
de vida saudável, passou pela realização da aula de surf, dos jogos tradicionais e de um
percurso pedestre na área do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros.

Numa lógica de inclusão, foram integrados diversos alunos com necessidades educativas
especiais e de diferentes vias de ensino- percurso curricular alternativo, ensino vocacional, e
ensino regular.

No domínio do uso das novas tecnologias de informação e comunicação, recorreu-se aos


códigos QR na elaboração de mapas de cultivo, para além do uso das redes sociais como forma
de divulgação das atividades realizadas.

O intercâmbio pautou-se pelo incentivo da expressão artística, ao nível da dança e música,


nomeadamente através da partilha de canções dos diversos países e da dança, dando corpo a
uma abordagem holística do desenvolvimento dos alunos. Também neste sentido, no domínio
plástico, uma das exposições apresentadas neste meeting incluiu os desenhos elaborados
pelos alunos sobre as receitas tradicionais/saudáveis portuguesas e vegetarianas âmbito de
educação visual.

Relativamente à articulação dos docentes portugueses envolvidos na preparação e realização


do meeting, tentou-se rentabilizar o mais possível as sinergias entre as diversas disciplinas e
clubes, nomeadamente o clube Ecoartes, o clube de Dança, o Clube de música, o Programa
Eco-Escolas e o Atelier de Cozinha. A boa articulação entre os docentes, a total disponibilidade
manifestada por todos, fruto de anos de experiência e trabalho em conjunto na dinamização
de diferentes projectos, foi um fator crucial no sucesso deste meeting.
No que toca ao envolvimento de outras instituições, há a relevar o trabalho realizado com a
cooperativa Terra Chã ao longo de ano ao nível dos jogos tradicionais, e também no próprio
meeting, para além da abordagem de vários temas enunciados anteriormente neste relatório;
a receptividade de várias entidades em acolher-nos, para visitas e formação, nomeadamente
a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, a Escola Superior de Biotecnologia e do Mar,
Peniche, a associação de promoção do comércio justo, CIDDAC, a empresa Planície Verde.
Estes parceiros não só ajudaram a enriquecer o nosso meeting ao nível dos conteúdos
abordados e das metodologias usadas, como ainda nos ofereceram pistas preciosas para
próximas iniciativas.

A avaliação dos parceiros polacos e suecos, tanto de alunos como professores, relativamente
às atividades realizadas, foi muito positiva, louvando o elevado interesse dos conteúdos
abordados em cada uma delas e a adequação das metodologias utilizadas.

Também, e não menos importante, a permanência dos alunos estrangeiros nas casas dos
alunos portugueses decorreu de forma bastante satisfatória para todos, tendo-se criado e
reforçado novos laços de amizade. No domínio da língua inglesa, notaram-se assimetrias
significativas entre os alunos portugueses, suecos e polacos, sendo visível o esforço que os
alunos fazem para tentarem superar algumas das suas dificuldades, recorrendo muitas vezes à
aprendizagem da língua entrepares.

A equipa de trabalho

Este intercâmbio contou com uma vasta equipa de professores, de várias áreas disciplinares,
que a seguir enunciamos:

Paula Garção- elaboração de livro de receitas, desenhos, mapas de cultivo, acompanhamento


dos docentes estrangeiros, organização das cerimónias de apresentação e encerramento.

Clara Rodrigo- elaboração de livro de receitas; realização de centros de mesa.

Conceição Silva- elaboração de ficha de interpretação dos mapas de cultivo.

Fátima Santo- organização das cerimónias de apresentação e encerramento,


acompanhamento dos docentes estrangeiros, realização de workshops.

Carmina Silva- organização das cerimónias de apresentação e encerramento,


acompanhamento dos docentes estrangeiros, realização de workshops.

Carla Cardoso- dinamização de aula de inglês com todos os alunos do meeting.

Ivone Grácio- organização da cerimónia de apresentação, elaboração de mapas de cultivo.

Cristina Santos- acompanhamento de docentes em visita de estudo.

Ana Carmo- organização das cerimónias de apresentação e encerramento, acompanhamento


de visitas de estudo; tradução de textos; apoio na elaboração de documentos, realização de
workshops.
Paulo Português- animação musical; elaboração de receitas saudáveis; realização de workshop
sobre caixas-ninho, organização da cerimónia de encerramento.

Patrícia Alvares- realização de workshops.

Susana Marques- realização de workshops.

Mónica Silva- realização de workshops.

Carlos Ribeiro- organização das cerimónias de apresentação e encerramento, realização de


workshops.

Elsa Pouseiro- realização de workshops, acompanhamento de visitas de estudo, organização


de jantar.

Elsa Pereira- acompanhamento de visitas de estudo, organização do meeting; preparação de


workshops.

Fernando Paciência- realização de mapas de cultivo e de workshops.

Fernando Oliveira- acompanhamento dos jogos tradicionais.

Telmo Gomes- acompanhamento de visitas de estudo.

Marina Oliveira- criação de uma coreografia a partir de um fado com alunos do clube de
dança.

Magda Carvalho- preparação de vários temas musicais apresentados por alunos do clube de
música.

Você também pode gostar