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Dia 8 de Maio
8.20 - Todos os alunos envolvidos, portugueses, polacos e suecos, juntamente com os alunos
do 7ºD, assistiram a uma aula de inglês preparada professora Carla Cardoso, na qual puderam
apresentar-se, partilhando alguns aspectos dos seus países. A atividade envolveu 26 alunos
portugueses e estrangeiros.
10.00- receção oficial, com a participação da Vereadora da Educação e Cultura, Dr.ª Ana
Figueiredo, na qual , para além da apresentação dos diferentes intervenientes (professores e
alunos), das intervenções do coordenador do projeto, do diretor e cordenadores dos outros
países, foram ainda apresentados quatro números musicais pelos alunos do Clube de Música
da escola, tendo o coordenador feito uma breve apresentação dos três países intervenientes
relativamente a alguns aspectos culturais. O coordenador ofereceu ainda alguns livros de
receitas saudáveis a várias entidades presentes, feitos no contexto do projeto. Assistiram as
turmas PCA, 7ºA, 7ºB, 7ºC e 7ºD, num total de 98 alunos.
Cerimónia oficial de arranque do meeting, com estudantes e professores suecos em primeiro plano.
11h30- Saída de campo à empresa Herbas, produtora de várias plantas em modo de produção
biológico, destinadas a vários fins medicinais, cosméticos e chás. Nesta saída os participantes
puderam inteirar-se dos desafios inerentes à viabilização de uma exploração em modo de
produção biológico, nomeadamente ao nível da fertilização, mobilização do solo, prevenção e
combate de infestantes, pragas e doenças, com particular destaque para a importância da
preservação de bordaduras de plantas
espontâneas, as quais garantem o nível
de biodiversidade necessária à
reprodução de organismos auxiliares.
Os participantes puderam também
conhecer um pouco da história da
empresa, a qual ilustra bem a
necessidade de uma atitude
empreendedora na área da produção
alimentar, particularmente na região
de Rio Maior, com óptimas condições
naturais para diversos tipos de
cultivares
Para além dos alunos estrangeiros, estiveram envolvidos nestas atividades alunos das turmas
7ºA, 7ºB, 9ºA, 9ºC, num total de 72 alunos
17.00- Jogos tradicionais, nos quais os alunos do 7ºA e 7ºD, juntamente com os estrangeiros,
puderam experimentar alguns jogos tradicionais portugueses, que foram sendo jogados ao
longo do ano por várias turmas da escola, incluindo as participantes no projeto. Esta atividade
contou com a presença de um representante da Cooperativa Terra Chã, Tiago Laurentino, na
orientação dos jogos, tendo a mesma entidade cedido alguns materiais para a realização dos
jogos. Com esta atividade, os alunos puderam interagir entre si duma forma lúdica, mas
também conhecer formas tradicionais de realizar atividade física, fundamental para a
promoção da saúde.
À noite, pelas 20.00, realizou-se um jantar convívio com os parceiros suecos e polacos, com
alunos portugueses das turmas envolvidas, respetivos encarregados de educação e
professores, o diretor e um representante dos funcionários administrativos da escola. Alunos e
professores dos três países cantaram algumas canções típicas dos seus países e outras mais
conhecidas de todos, promovendo-se assim o fortalecimento dos laços afectivos entre os
membros do grupo e o heteroconhecimento ao nível cultural.
Dia 9 de maio
Neste dia, foram envolvidos os alunos da turma 7ºC (17) e do Curso Vocacional de Bioturismo
(2), juntamente com o grupo de alunos e professores estrangeiros, e ainda o coordenador do
projeto e um professor acompanhante.
Nesta visita os alunos puderam ter contacto com uma empresa de reconhecido sucesso na
área da produção, importação, exportação e distribuição de bens alimentares.
- o funcionamento de linhas de
embalamento de alface, melão,
melancia e meloa;
- de robots;
Foi ainda possível observar as condições de laboração nas estufas, ao nível da produção de
alfaces, de como se planta, colhe, os timings, custos, etc.
Esta visita foi muito importante, pois muitos destes alimentos que os alunos observaram
acabam chegando ao prato, pois trata-se de uma empresa que abastece grandes cadeias de
supermercados nacionais.
Os alunos também puderam perceber a importância de atingir escala suficiente para que os
negócios na área agrícola possam ter sucesso, a par da importância da inovação.
Tarde
O grupo dirigiu-se à sede do CIDAC, onde pode conhecer a loja com produtos diversificados de
comércio justo.
- uma primeira, em que uma activista da associação fez uma retrospectiva histórica da mesma,
assim como da evolução do conceito de comércio justo, explicando os princípios que lhe
subjazem através de diálogo com os alunos.
- uma segunda parte, em que dois alunos da Escola Secundária José Gomes Ferreira do
Agrupamento de Escolas de Benfica, deram a conhecer o projeto ERASMUS+/JACE em que
participam, no âmbito do qual dinamizam uma loja de comércio justo, dão a conhecer o
conceito à comunidade educativa e local, e participam em intercâmbios internacionais entre
os três países participantes (Bélgica, Portugal, França).
Muitos dos alunos presentes não conheciam o conceito de comércio justo. Esta atividade
possibilitou um primeiro contacto com o conceito através de pessoas que se dedicam à missão
de garantir que os produtos respeitam princípios de sustentabilidade social e ambiental, e que,
todos nós, enquanto consumidores, podemos ter uma acção decisiva no simples ato de
consumo.
10 de maio
Manhã- Visita à Escola Superior de Turismo e Biotecnologia do Mar (ESTBM), em Peniche, para
uma atividade prática laboratorial envolvendo a identificação e caracterização de algas
recolhidas na praia do Portinho Norte.
Nesta aula, os participantes, com o apoio de dois docentes da ETBM, observaram espécimes
recolhidos pouco antes, incluindo algas, mas também outros seres vivos, como caranguejos,
ofiúros, larvas, e outros animais. Com base na observação, com lupas binoculares e utilizando
diverso material de laboratório, os participantes identificaram as algas recorrendo a elementos
bibliográficos, podendo ainda conhecer algumas das aplicações práticas das mesmas ao nível
alimentar, e alguns dos problemas ambientais decorrentes da proliferação de uma espécie
importada da Austrália, a qual tem provocado enorme impacto ambiental com prejuízo de
diversas espécies. Ficamos a saber que se investiga actualmente nesta escola formas possíveis
de utilização desta alga, capazes de motivar a sua apanha e assim reduzir as suas populações.
Foram ainda observadas algas microscópicas de uma algoteca da própria ETSBM, recorrendo
ao microscopio ótico.
Nesta visita, conheceram-se as instalações e alguns dos projectos a decorrer neste centro, a
qual foi orientada por dois investigadores em funções.
Este centro funciona em estreita parceria com várias entidades públicas e privadas, incluindo
com empresas ligadas ao setor alimentar, dedicando-se ao desenvolvimento de novos
produtos alimentares e soluções para a indústria, bem como para a resolução de problemas
relacionados com o ambiente, incluindo a preservação da biodiversidade.
- novas técnicas de produção da alga Spirulina, a qual possui um enorme valor alimentar, com
teores de proteína trinta vezes superior à da carne, já utilizada na alimentação humana, e que
tem o potencial de contribuir para combater a fome em países sub-desenvolvidos, entre
muitas outras aplicações;
- aplicações de algas de espécies invasoras, com impacto negativo sobre outras espécies
marinhas. A obtenção de produtos com interesse comercial a partir destas espécies é
considerada com potencial para o seu controle populacional por via da respetiva colheita;
- o desenvolvimento de um paté de lapa, o qual não foi ainda lançado no mercado, pela
dificuldade de produzir lapas em aquicultura nem a partir da colheita de exemplares selvagens,
dado risco de extinção;
Manhã- Aula de Surf na praia da Gamboa, Peniche, pela Escola de Surf de Peniche
Participaram nesta atividade, para além dos alunos e professores estrangeiros, vinte alunos
portugueses, incluindo 17 alunos da turma 7ºD, 1 do 7ºA, 1 do PCA, 2 do vocacional de
Bioturismo e 1 do 9ºA. Participou ainda um professor de Educação Física.
Com esta atividade pretendemos estimular os alunos para a prática da atividade física ao ar
livre, numa modalidade em franco crescimento quanto ao número de praticantes, tanto
nacionais como estrangeiros.
O nível de satisfação foi muito elevado, tanto entre estrangeiros como portugueses, sendo de
registar o elevado número de alunos que diz querer voltar a realizar surf.
Tarde- Visita de estudo à Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, nas Caldas da Rainha.
Participaram nesta visita, para além dos alunos e professores estrangeiros, 2 alunos do curso
vocacional de Bioturismo, 10 alunos do PCA 7º ano, 17 alunos da turma 7ºD, 2 alunos do 9ºA, 3
professores portugueses acompanhantes.
De forma geral, o contacto com as várias valências formativas na área da hotelaria e turismo,
permitiu a todos os participantes conhecer de forma aprofundada vários dos desafios que se
colocam aos futuros profissionais, bem como a todos, enquanto futuros consumidores,
algumas das exigências a que estão subjacentes estas atividades, reforçando a sua capacidade
crítica.
6ª feira
Devido à tolerância de ponto decidida pelo Governo da República, neste dia não houve aulas,
pelo que as atividades realizadas tiveram algumas condicionantes.
Neste dia, entre as 9h30 e as 14h00, foi realizada uma visita de estudo à Cooperativa Terra
Chã, Alcobertas, cooperativa multissectorial vocacionada para o desenvolvimento local
sustentável em várias áreas de atividade.
Esta cooperativa situa-se em pleno Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, onde a
exploração sustentada dos recursos existentes surge como uma necessidade imperiosa, dadas
as imposições legais relacionadas com a conservação da natureza.
Foram feitas as seguintes atividades:
- visita à melaria comunitária, onde os pequenos produtores de mel locais podem depositar o
mel e outros produtos para serem processados, incluindo o pólen. A cooperativa terra Chã tem
a sua marca própria de mel e de pólen, produzidos exclusivamente na região e na melaria
comunitária.
Neste percurso também se pode analisar as estratégias locais de recolha de água a partir da
humidade do ar, a qual se acha em teor bastante elevado devido à condensação provocada
pela serra dos candeeiros.
Esta água condensada durante a madrugada nos telhados das casas, é canalizada através de
canais para cisternas, onde é armazenada. Este sistema de captação da água tradicional foi um
desenvolvimento imprescindível das populações locais, dada a escassez de água no subsolo
calcário, e, por isso, incapaz de reter água subterrânea.
Neste percurso pedestre, foram ainda observados alguns casos de reabilitação de casas
tradicionais, por oposição a outros menos felizes, que conduzem à descaracterização da aldeia.
Foi ainda abordada a história da cooperativa, a qual nasceu com base no Rancho de Chãos, e
depois se foi expandindo, até cobrir as áreas atuais.
A visita culminou no almoço com pratos regionais, incluindo uma leguminosa actualmente
pouco utilizado na alimentação quotidiana dos portugueses- o chícharo- e que esta
cooperativa, entre outras entidades, tenta reabilitar.
À noite, fez-se o convívio final entre encarregados de educação, alunos e professores, no qual
os três países apresentaram alguns números artísticos, incluindo música e dança. Um conjunto
de alunas portuguesas executaram uma coreografia de um fado, preparado no contexto do
clube de dança.
Conclusões Finais
O desenvolvimento do gosto pela atividade física como componente indispensável dum estilo
de vida saudável, passou pela realização da aula de surf, dos jogos tradicionais e de um
percurso pedestre na área do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros.
Numa lógica de inclusão, foram integrados diversos alunos com necessidades educativas
especiais e de diferentes vias de ensino- percurso curricular alternativo, ensino vocacional, e
ensino regular.
A avaliação dos parceiros polacos e suecos, tanto de alunos como professores, relativamente
às atividades realizadas, foi muito positiva, louvando o elevado interesse dos conteúdos
abordados em cada uma delas e a adequação das metodologias utilizadas.
Também, e não menos importante, a permanência dos alunos estrangeiros nas casas dos
alunos portugueses decorreu de forma bastante satisfatória para todos, tendo-se criado e
reforçado novos laços de amizade. No domínio da língua inglesa, notaram-se assimetrias
significativas entre os alunos portugueses, suecos e polacos, sendo visível o esforço que os
alunos fazem para tentarem superar algumas das suas dificuldades, recorrendo muitas vezes à
aprendizagem da língua entrepares.
A equipa de trabalho
Este intercâmbio contou com uma vasta equipa de professores, de várias áreas disciplinares,
que a seguir enunciamos:
Marina Oliveira- criação de uma coreografia a partir de um fado com alunos do clube de
dança.
Magda Carvalho- preparação de vários temas musicais apresentados por alunos do clube de
música.