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EM ESTUÁRIOS
Aprovada por:
_____________________________________________
Profª. Susana Beatriz Vinzon, D.Sc.
_____________________________________________
Prof. Afonso de Moraes Paiva, Ph.D.
_____________________________________________
Prof. Gilberto Olympio Mota Fialho, D.Sc.
_____________________________________________
Prof. José Carlos César Amorim, D.Ing.
ii
DEDICATÓRIA
Aos meus pais e irmã pela ajuda e compreensão devido a minha ausência
durante o período que se desenvolveu este estudo.
iii
AGRADECIMENTOS
Ao Professor do IME, José Carlos César Amorim por aceitar o convite para
compor a Banca examinadora deste trabalho, como convidado externo.
iv
Aos Engenheiros Rodrigo e Raphael, da turma de M.Sc. de 2004, que muito
me ensinaram e auxiliaram nas medições da campanha de campo realizada durante a
dragagem do Porto de Itajaí.
v
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Março/2006
vi
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
March/2006
This work describes the method and the equipments required for the
water injection dredging process, as well as the principal types of dredging currently
used at this moment. A brief analysis of the water injection dredging is presented,
including its interference with the local biotic and contaminated materials in the bed.
The estuarine hydrodynamic, which may interfere with the WID process, is described,
and considerations about the formation of a turbidity current and its relation with the
densimetric Froude number is assessed. To address the main hydrodynamic
characteristics of a case study, a field campaign was accomplished, which covered a
tidal cycle, with a short period during a dredging operation in Itajaí Harbor, in the
estuary of Itajaí-Açú River. Velocity, salinity and turbidity profiles were measured,
during a tidal cycle. The mainly negative and positive aspects concerning to this new
technology are addressed in this work, including a comparison between conventional
dredging methods and the process of Water Injection Dredging.
vii
ÍNDICE DO TEXTO
I – INTRODUÇÃO...........................................................................................................1
I.1 – OBJETIVOS.....................................................................................................2
I.2 – ESTRUTURA DO TEXTO................................................................................3
viii
II.4.2 – Detalhes da Dragagem no Porto de Itajaí........................................31
II.4.2.1 – Tipos de Materiais encontrados no Leito...........................31
II.4.2.2 – Processos de Dragagem utilizados pelo Porto..................31
II.4.2.3 – Licitações de Dragagem para o Ano de 2005....................35
ix
V.4.1.2 – Metodologia de Análise....................................................87
V.4.2 – Instrumentação.................................................................................87
V.4.3 – Análise dos Dados...........................................................................89
V.5 – REGISTROS DE DADOS DA HIDRODINÂMICA LOCAL...........................90
V.5.1 – Registros de Dados das Marés Astronômicas.................................90
V.5.2 – Determinação dos Valores Médios..................................................91
V.5.3 – Velocidades Projetadas no Eixo do Canal.......................................93
V.5.4 – Representação Gráfica dos Principais Parâmetros.........................94
V.5.5 – Análise das Amostras.....................................................................102
V.5.6 – Concentração dos Sedimentos na Coluna de Água......................102
REFERÊNCIAS...........................................................................................................115
x
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura II.1 – Ilustração de uma draga dotada com o sistema “SPLIT” que caracteriza a
abertura longitudinal da cisterna para despejo do material dragado. Fonte:
Bandeirantes........................................................................................................8
Figura II.2 – Ilustração de uma draga hidráulica recalcando sedimentos para
restauração de uma área costeira. Fonte: Bandeirantes Dragagem...................9
Figura II.3 – Ilustração do esquema operacional de uma draga de alcatruzes
mostrando o conjunto de caçambas que atuam continuadamente na remoção
do material de fundo. Fonte: Sítio eletrônico www.ihc.holland.com..................10
Figura II.4 – Ilustração do esquema operacional de uma draga retroescavadeira
mostrando o carregamento de uma barcaça e seu sistema de posicionamento
no fundo, através de dois charutos de fixação do flutuante. Fonte: Góes Filho,
2004...................................................................................................................11
Figura II.5 – Ilustração do esquema operacional de uma draga de caçamba (Clam-
Shell) mostrando o guindaste responsável pela movimentação da caçamba e
os cabos presos ao flutuante que possibilitam o ciclo de corte de dragagem.
Fonte: Góes Filho, 2004....................................................................................11
Figura II.6 – Ilustração do esquema operacional de uma draga autotransportadora
mostrando a atuação das duas bocas e dois tubos de sucção durante a
dragagem, dispostos em cada lado da embarcação. Fonte: Sítio eletrônico
www.lhcholland.com..........................................................................................12
Figura II.7 – Ilustração do esquema operacional de uma draga de sucção e recalque
atuando com um desagregador na ponta da lança de dragagem mostrando as
âncoras de arinque que permitem o movimento lateral e, juntamente com os
charutos de fixação, propiciam o ciclo de corte de dragagem do equipamento.
Fonte: www.ihcholland.com...............................................................................13
Figura II.8 – Ilustração do esquema operacional de uma draga de sucção com roda de
caçambas na ponta da lança de dragagem, mostrando as âncoras de arinque
que, juntamente com os charutos, são responsáveis pelo ciclo de corte de
dragagem. Fonte: www.ihcholland.com.............................................................14
Figura II.9 – Ilustração do esquema operacional de uma draga pneumática mostrando
a linha de recalque e o equipamento de sucção pneumático em contato com o
leito. Fonte: Sítio eletrônico www.pneuma.it......................................................15
xi
Figura II.10 – Ilustração de um dos processos de dragagem hidrodinâmica mostrando
a atuação de uma estrutura sólida no leito aquático gerando uma pluma de
sedimentos que é carreada para além do sítio de dragagem pela atuação de
forçantes hidrodinâmicos presentes no fluido. Fonte: Martins (1974)...............16
Figura II.11 – Ilustração dos quatro principais processos de dragagem hidrodinâmica –
Injeção, Agitação, Erosão e Elevação. Relatório SEBA 99/12/info.1-E.............19
Figura II.12 – Ilustração de uma draga autotransportadora apresentando o lançamento
de sedimentos na superfície do fluido através do vertedor (overflow). Fonte:
Sítio www.vanoord.com.....................................................................................21
Figura II.13 – Ilustração do processo de dragagem por injeção de água, mostrando os
parâmetros necessários para induzir a formação da corrente de densidade.
Fonte: ThamesWeb – Maintenance Dredging...................................................22
Figura II.14 – Ilustração da localização do Porto de Itajaí no litoral de Santa
Catarina.............................................................................................................24
Figura II.15 – Ilustração do início do canal interno de acesso ao Porto de Itajaí
mostrando a entrada da barra. Fonte: Sítio www.portodeitajai.com.br..............26
Figura II.16 – Ilustração do Porto de Itajaí e seu canal de acesso até a sua foz. Fonte:
Sítio eletrônico www.portodeitajai.com.br..........................................................27
Figura II.17 – Ilustração do Porto de Itajaí, ressaltando os meandros do Rio Itajaí-Açú.
Fonte: Sítio eletrônico www.portodeitajai.com.br...............................................27
Figura II.18 – Ilustração dos berços de atracação do Porto de Itajaí mostrando parte da
bacia de evolução. Fonte: Sítio www.portodeitajai.com.br................................28
Figura II.19 – Ilustração da geografia do Porto de Itajaí, em laranja a área destinada à
expansão do Terminal de Contêineres – TECONVI. Fonte: Sítio eletrônico do
Porto de Itajaí www.portodeitajai.com.br...........................................................29
Figura II.20 – Ilustração do posicionamento dos berços de atracação e das instalações
atuais do Porto de Itajaí. Fonte: Sítio www.portodeitajai.com.br.......................30
Figura II.21 – Ilustração das expansões futuras do Porto de Itajaí, previstas para
ampliação dos berços de atracação e das retroáreas. Fonte: Sítio eletrônico
www.portodeitajai.com.br...................................................................................30
Figura II.22 – Ilustração de parte da Carta Náutica 1801 mostrando as áreas de
dragagem do Porto de Itajaí – berços, bacia de evolução, canal interno e canal
externo. Fonte: Sítio eletrônico do Porto de Itajaí www.portoitajai.com.br........33
Figura III.1 – Ilustração da demonstração do processo de dragagem por injeção de
água Fonte: Sítio eletrônico www.portodeitajai.com.br......................................38
xii
Figura III.2 – Ilustração da formação da corrente de densidade através do processo de
dragagem por injeção de água. Fonte: Winterwerp et al...................................38
Figura III.3 – Ilustração da “Área Confinada na Superfície” para materiais
contaminados, sem capeamento. Fonte: Sítio www.portofrotterdam.com........45
Figura III.4 – Ilustração da “Área Confinada Subaquática” para materiais
contaminados, com capeamento.......................................................................46
Figura III.5 – Ilustração do arranjo geral de uma draga de injeção de água, de pequeno
porte, com propulsão própria. Fonte: Sítio eletrônico www.musing.nl...............52
Figura III.6 – Ilustração e detalhamento de uma draga de injeção de água
propelida............................................................................................................53
Figura III.7 – Ilustração de uma draga de injeção de água não propelida e de pequeno
porte. Fonte: Sítio eletrônico www.vanoord.com...............................................54
Figura III.8 – Ilustração e arranjo geral da draga de injeção de água propelida, de
grande porte. Fonte: Sítio eletrônico www.vanoord.com...................................55
Figura III.9 – Ilustração do quadro contendo as principais características da draga
ANTAREJA. Fonte: Sítio eletrônico www.vanoord.com.br................................56
Figura III.10 – Ilustração mostrando o diagrama em blocos cujo detalhamento
considera as características básicas da operação de dragagem por injeção de
água – WID........................................................................................................62
Figura V.1 – Ilustração do diagrama esquemático mostrando a formação da corrente
de densidade em um ambiente aquático, através da diferença de densidade
entre a pluma de sedimentos localizada no fundo e o fluido ambiente. Fonte:
Garcia, 1993......................................................................................................76
Figura V.2 – Ilustração de uma simulação da propagação da corrente de densidade
junto ao leito do corpo aquático. (T. Maxworthy, J. Leilich, J.E. Simpson e E.H.
Meiburg).............................................................................................................77
Figura V.3 – Ilustração da Corrente de Gravidade – U1, menos densa, interagindo com
a Corrente de Gravidade – U2, mais densa.......................................................78
Figura V.4 – Ilustração parcial da Carta Náutica 1801 – visão do Porto de Itajaí, do
Estuário do Rio Itajaí-Açú e do registro das coordenadas de campanha onde
foram coletados os dados de campo, onde foram coletados os dados de
campo................................................................................................................86
Figura V.5 – Ilustração mostrando o “ângulo de projeção das velocidades resultantes”
em relação ao eixo principal do canal do Porto de Itajaí...................................93
xiii
Figura V.6 – Ilustração mostrando o monitoramento utilizado na campanha de
medições no canal de acesso ao Porto de Itajaí.............................................104
xiv
ÍNDICE DE GRÁFICOS
xv
ÍNDICE DE TABELAS
xvi
LISTAGEM DE ABREVIATURAS
A= Amostra
a.C. = Período da história antes do nascimento de Cristo
ADV = Acoustic Doppler Vector – Medidor de Correntes
AL = Draga de Alcatruzes
ALUMAR = Alumínio do Maranhão
AMFRI = Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí-Açú
ATM = Draga Autotransportadora de Médio porte
B1 = Berço de atracação nº 1
B2 = Berço de atracação nº 2
B3 = Berço de atracação nº 3
B4 = Berço de atracação nº 4
BVQI/in Metro = Bureau Veritas Quality International / Nacional
BVQI/RVA = Bureau Veritas Quality International / Internacional
C= Concentração de sedimentos no fluido
CEDA = Central Dredging Association
CODESP = Companhia Docas do Estado de São Paulo
COPPE = Instituto Luiz Alberto Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia
xvii
GPS = Global Position System
HOM = Horas de Operação no Mês
HPA = Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos
IBAMA = Inst. Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
INPH = Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias – atual IPH/CDRJ
ISSO = International Standard Organization
LD = Linha d‘água
LDSC = Laboratório de Dinâmica de Sedimentos Coesivos
LISST = Laser In-Situ Scattering and Transmissometry
MB = Marinha do Brasil
N= Ponto Cardeal Norte
NNE = Ponto Cardeal Norte-Nordeste
N.Seq. = Número da seqüência
OBS = Sensor de Medição da Turbidez
OSPAR = Operational and Strategic Planning and Research
P+A = Prato + Amostra
PAH = Poly Aromatic Hydrocarbons
PC = Personal Computer
PEnO = Programa de Engenharia Oceânica
PORTOBRAS = Empresa de Portos do Brasil
Pot. = Potência
Rel = Relação
RIMA = Relatório de Impacto do Meio Ambiente
RO-RO = Navios que possui acesso por rampas laterais ou de popa
S= Ponto Cardeal Sul
SEBA = Sea-Based Activities
SR = Draga de Sucção e Recalque
SSW = Ponto Cardeal Sul-Sudoeste
T= Turbidez
TECONVI = Terminal de Contêineres do Vale de Itajaí
TMP = Taxa Média de Produção
UFRJ = Universidade Federal do Rio de Janeiro
USEPA = U.S. Environmental Protection Agency
WID = Water Injection Dredging – Dragagem por Injeção de Água
xviii
LISTAGEM DE SÍMBOLOS
g= Grama
h= Hora
m= Metro linear
r= Radianos
t= tonelada
u= Velocidade no eixo dos x
v= Velocidade no eixo dos y
w= Velocidade no eixo dos z
C= Concentração de sedimentos
T= Turbidez
V= Volts
gf = Força gravitacional
gf(x) = Força gravitacional projetada no eixo dos x
gf(y) = Força gravitacional projetada no eixo dos y
hb = Altura da camada fluidificada
hp = Profundidade
h(x) = Altura da pluma de sedimentos
u’ = Velocidade u projetada no eixo do canal
v’ = Velocidade v projetada na coordenada y referente ao eixo do canal
w’ = Velocidade w
Cb = Capacidade de carga do batelão
Cc = Capacidade da caçamba
Cd = Ciclo de dragagem
Ce = Coeficiente de enchimento
Cec = Coeficiente de enchimento da caçamba
Cel = Condutividade elétrica em μ.Siemens.cm-1
Co = Ciclo operacional
Cop = Coeficiente operacional
D50 = Diâmetro médio das partículas de uma amostra
Es = Empolamento sugerido
Hop = Horas operacionais
Ht = Horas totais – Regime de trabalho (24h/dia x 26 dias)
H(x) = Altura da coluna de água
xix
Lcd = Distância percorrida pela corrente de densidade
Nc = Número de ciclos mensais
Pd = Produção de dragagem
Rr = Rotação do rosário
Sa = Salinidade em ppt – ‰
St = Declividade do talude do leito do corpo hídrico
Ta = Tempo de atracação
Tc = Tempo de carga do batelão
Td = Tempo de desatracação
Tp = Taxa média de produção
Vb = Volume da cisterna do batelão
Vc = Volume da cisterna “in situ”
Ve = Velocidade média de avanço da corrente de densidade
Vm = Volume mensal “in situ”
Vt = Volume total da cisterna
Ws = Velocidade de queda
Fr = Número de Froude
Re = Número de Reynolds
Ri = Número de Richardson
Vu = Velocidade média na direção norte-sul
Vv = Velocidade média na direção leste-oeste
Vw = Velocidade média na direção da linha de profundidade
Vu’ = Velocidade média projetada no eixo do canal
Vv’ = Velocidade média projetada perpendicular ao eixo do canal
Vw’ = Velocidade média projetada na linha da profundidade
Vu’v’ = Velocidade resultante das velocidades projetadas u’ e v’
2
m = Metro quadrado
3
m = Metro cúbico
kW = Quilowatt
km = Quilômetro
ml = Mililitro
mm = Milímetro linear
Hz = Hertz
kVA = Quilovolt-amper
mHz = Mega-hertz
xx
min = Minuto
rpm = Rotações por minuto
ton = Tonelada
ppt – ‰ = Percentage per thousand
g/l = Grama por litro
Kg/m3 = Quilograma por metro cúbico
kW/m3.h-1 = Quilowatt por metro cúbico por hora
m/min = Metro por minuto
m/s = Metro por segundo
m.s-1 = Metro por segundo
m3/h = Metro cúbico por hora
3 -1
m .s = Metro cúbico por segundo
mg/l = Miligrama por litro
mg.l-1 = Miligrama por litro
-1
Micromhos.cm = Unidade de condutividade
-1
Micro.Siemens.cm = Unidade de Condutividade
α= Ângulo do talude do leito do corpo hídrico
ϕ= Ângulo da velocidade resultante Vu’v’ em relação ao eixo do canal
γ= Ângulo de defasagem entre o ponto cardeal leste e o eixo do canal
ρ0 = Densidade (peso específico) do fluido ambiente
ρ1 = Densidade (peso específico) da corrente de densidade
ρs = Densidade (peso específico) do sedimento
ρ(s,t) = Densidade (peso específico) em função da salinidade e temperatura
ρ(s,t,c) = Densidade (peso específico) em função da salinidade, temperatura e concentração
xxi
I – INTRODUÇÃO
1
Materiais depositados em leitos aquáticos provenientes da sedimentação de partículas
suspensas na coluna de água, oriundas de ações naturais ou artificiais.
1
dragagens de manutenção, dando origem a um novo tipo de dragagem hidrodinâmica
denominada dragagem por injeção de água, conhecida pela sigla WID – Water
Injection Dredging, onde a versatilidade dos equipamentos e o baixo custo operacional
motivaram a grande expansão operacional deste método. Este trabalho visa
apresentar as principais características operacionais desta metodologia.
I.1 – Objetivos
2
I.2 – Estrutura do Texto
3
II – CARACTERIZAÇÃO DOS MÉTODOS DE DRAGAGEM
4
Em particular, a dragagem hidrodinâmica objeto deste trabalho e que
será descrita posteriormente, remonta da Idade Antiga onde, na Índia, já existia
indícios do uso deste método para remover os assoreamentos causados ao Rio Indus
(MARTINS, 1974). Na época, esta operação de dragagem era efetuada através do
arrastamento de troncos de madeira, posicionados verticalmente em embarcações
propulsadas a vela ou remos, atuando em contato com o material de fundo do rio,
visando ressuspender os sedimentos que, posteriormente, eram deslocados através
da hidrodinâmica natural do corpo hídrico, gerando, com isto, o aprofundamento do
leito aquático.
2
Aprofundamento em locais onde a dragagem nunca foi efetivada.
5
• Remoção de solos compactos.
• Dragagem de camadas de solos não alteradas.
• Baixa presença de contaminantes.
• Camadas para dragagem com espessuras consideráveis.
• Atividades de dragagem não repetitivas.
3
Caracterização atribuída para dragagens em solos aquáticos de fácil remoção.
4
Definição de tempo insuficiente para consolidar uma forte coesão das partículas.
6
II.2.4 – Dragagem Ambiental ou Ecológica
7
II.2.6 – Dragagens Naturais ou Erosão
Abertura
Longitudinal
da Cisterna
Figura II.1 – Ilustração de uma draga dotada com o sistema “SPLIT” que caracteriza a
abertura longitudinal da cisterna para despejo do material dragado. Fonte: Bandeirantes.
5
Tipo de embarcação onde a abertura da cisterna é longitudinal em todo seu comprimento.
6
Termo atribuído para definir incremento de areia para acresção ou recomposição de praias.
8
Draga Leblon
Cisterna 880 m3
“Clam-Shell”
3 jd3 Jato de água
com areia
Figura II.2 – Ilustração de uma draga hidráulica recalcando sedimentos para restauração
de uma área costeira. Fonte: Bandeirantes Dragagem.
9
II.3.1 – Processos Mecânicos de Dragagem
Guinchos
de Popa
Espessura Tombo
de Corte Inferior
10
DRAGA RETROESCAVADEIRA
Retro
Escavadeira
Caçamba
Charutos de
Fixação para
Dragagem
DRAGA DE CAÇAMBA
Cabo de Içamento
Guindaste de Dragagem
Caçamba de
Cabos de movimentação Dragagem
do Flutuante – proa e popa
Cabo Guia da
Guincho Caçamba
11
II.3.2 – Processos Hidráulicos de Dragagem
DRAGA AUTOTRANSPORTADORA
12
As dragas de sucção e recalque – cutter suction dredges – são,
normalmente, equipamentos sem propulsão que atuam em regiões costeiras, sendo
muito utilizadas em aterros hidráulicos para construção de aeroportos ou restauração
de praias. Geralmente, são equipadas com um desagregador mecânico instalado na
extremidade da lança de dragagem junto ao tubo de sucção, que atua por rotação
desagregando o material do leito, o qual é aspirado pela bomba de dragagem. Estas
dragas, como as dragas mecânicas, também são conhecidas como estacionárias e a
utilização dos charutos, normalmente localizados a ré, juntamente com as lanças e
âncoras de arinque, funcionam para dar apoio durante a dragagem, possibilitando o
avanço e o giro da draga – swing 7 – movimento responsável pelo ciclo de corte de
dragagem.
Âncora de
Tubo de Sucção Fundeio
7
Nome do movimento que resulta na largura de corte da draga de sucção e recalque.
13
II.3.3 – Processos Mistos de Dragagem
Lança de Dragagem
Suspensório
Charutos BB e BE Roda de
de Dragagem Caçambas
Figura II.8 – Ilustração do esquema operacional de uma draga de sucção com roda de
caçambas na ponta da lança de dragagem mostrando as âncoras de arinque que,
juntamente com os charutos, são responsáveis pelo ciclo de corte de dragagem. Fonte:
www.ihcholland.com.
14
II.3.4 – Processos Pneumáticos de Dragagem
15
II.3.5 – Processos Hidrodinâmicos de Dragagem
DRAGAGEM HIDRODINÂMICA
Leito Aquático
16
II.3.5.1 – Metodologia do Processo Hidrodinâmico
8
Material desagregado do fundo através de procedimentos de dragagem hidrodinâmica.
9
Refere-se ao deslocamento dos sedimentos em direção ao depósito planejado.
10
São condições que propiciam o deslocamento da pluma de sedimentos em direção à área de
despejo, sem que haja dispersão desfavorável na coluna de água.
17
Essa metodologia pode ser empregada em conjunto com outros
processos de dragagem, no intuito de mover o material dragado para um novo sítio
onde a operação convencional possa atuar com melhor desempenho (ATHMER,
1996).
18
I II/III IV
PROCESSO I II/III IV
MÉTODO INJEÇÃO AGITAÇÃO/ EROSÃO ELEVAÇÃO
TÉCNICA INJEÇAO DE ÁGUA ARRASTO/JATO FORTE LANÇAMENTO
11
Nesse caso, se refere as correntes naturais presentes no corpo hídrico.
19
deslocado e suspenso até uma pequena faixa na coluna de água por meio de fortes
jatos de água, sendo transportados, normalmente, para curtas distâncias, dependendo
das atividades hidrodinâmicas presentes no corpo aquático (Relatório SEBA, 1999;
OSPAR Commission, 2004).
Esse método pode ser empregado com um jato único ou, em larga
escala, com vários jatos de água, os quais são muito utilizados em bocas de
dragagem de dragas autotransportadoras, com a finalidade de desagregar os
materiais de fundo para aumentar o rendimento das bombas de dragagem (Relatório
SEBA, 1999).
12
Neste caso, consiste no lançamento do material dragado propositadamente para o ambiente
externo da draga, devido às características operacionais do próprio processo de dragagem.
13
Mecanismo responsável pela separação da água e os sedimentos dragados, que são
lançados na cisterna de dragas autotransportadoras ou batelões lameiros.
14
Porão da draga autotransportadora ou batelão lameiro onde são depositados os materiais
dragados para o seu transporte até a área de despejo.
20
linha da água. Ao final do tubo de recalque poderá ser fixada uma ponteira de redução
de diâmetro que agiria como um injetor, aumentando a velocidade do fluxo e
propiciando um jato com maior alcance, em relação ao ponto inicial de dragagem.
Draga Autotransportadora
em operação
Sedimentos lançados
pelo “vertedor” da Draga
21
DRAGAGEM POR INJEÇÃO DE ÁGUA
Injeção de Água
22
II.4 – Dragagem no Porto de Itajaí
II.4.1.1 – Histórico
23
II.4.1.2 – Localização do Porto
Porto de Itajaí
24
Do embarque de frangos para o exterior, cerca de 90% é realizada pelo
Porto de Itajaí. É o terceiro no ranking nacional de movimentação de contêineres,
registrado durante o ano de 2003, estando em primeiro o Porto de Santos e segundo o
Porto de Rio grande. Assim sendo, é o escoadouro natural da economia estadual e
agora também de províncias argentinas limítrofes. Sede da AMFRI - Associação dos
Municípios da Foz do Rio Itajaí-Açu e sede também da Capitania dos Portos de Santa
Catarina. É considerado um dos principais pólos de desembarque pesqueiro nacional
onde várias industriais de processamento de pescado estão instaladas às margens do
estuário, principalmente no Município de Itajaí.
15
ISO – “International Standard Organization” – Organização de Padronização Internacional
que, através de normas pré-estabelecidas, define a qualificação, através de metodologias, para
um tipo de serviço ou para fabricação de mercadorias.
16
BVQI/Inmetro – Órgão brasileiro responsável pela avaliação e acompanhamento das
exigências das normas ISO – 9001.
17
BVQI/RVA – Órgão internacional responsável pela avaliação e acompanhamento das
exigências das normas ISO – 9001.
25
II.4.1.3 – Acessos às Instalações Portuárias
Figura II.15 – Ilustração do início do canal interno de acesso ao Porto de Itajaí mostrando
a entrada da barra. Fonte: Sítio www.portodeitajai.com.br.
26
Figura II.16 – Ilustração do Porto de Itajaí e seu canal de acesso até a sua foz. Fonte:
Sítio eletrônico www.portodeitajai.cpm.br.
27
Figura II.18 – Ilustração dos berços de atracação do Porto de Itajaí mostrando parte da
bacia de evolução. Fonte: Sítio www.portodeitajai.com.br.
28
guindastes móveis, sobre rodas, com capacidade nominal de 25 contêineres por hora
e no pátio sete empilhadeiras, reach stackers, atendem ao terminal.
Porto de Itajaí
Área de Expansão
29
Figura II.20 – Ilustração do posicionamento dos berços de atracação e das instalações
atuais do Porto de Itajaí. Fonte: Sítio www.portodeitajai.com.br.
Rio Itajaí-Açú
___Área de Arrendamento
Em Estudo pelo CAP:
Demolição dos Armazéns 1 e 3, na zona portuária
Figura II.21 – Ilustração das expansões futuras do Porto de Itajaí, previstas para
ampliação dos novos berços de atracação e das retroáreas. Fonte: Sítio eletrônico
www.portodeitajai.com.br.
30
II.4.2 – Detalhes da Dragagem no Porto de Itajaí
31
equipamentos com 5.000m3. A draga holandesa Lelystad com capacidade de
10.000m3 chegou a realizar dragagem no local, porém, devido ao seu tamanho físico,
apresentou baixo rendimento durante manobras na área operacional, principalmente
quando era necessária a sua operação próxima aos berços do cais e bacia de
evolução. A maior dificuldade operacional dessas dragas hidráulicas era sua operação
nos berços de atracação junto ao cais, pois suas bocas de dragagem nem sempre
conseguiam se aproximar o suficiente para remover os sedimentos depositados nessa
área, além de necessitar da liberação, para dragagem, dos navios aportados no local,
gerando dificuldades operacionais para o porto.
32
N
Carta Náutica 1801
Bacia de Evolução
Canal Interno
Canal Externo
Berços de Atracação
I
33
Figura II. 22 – Ilustração de parte da Carta Náutica 1801, mostrando as áreas de dragagem do Porto de Itajaí – berços, bacia de evolução,
canal interno e canal externo. Fonte: Sítio eletrônico do Porto de Itajaí – www.portoitajai.com.br
Desde o final da década de 90, a técnica por injeção de água vem
sendo utilizada na dragagem de manutenção do Porto de Itajaí, não somente no canal
de acesso como também na bacia de evolução e junto ao paramento do cais. A
cobrança destes serviços é efetuada através de um contrato de garantia de
profundidade com valores fixos mensais que funciona como uma espécie de
securitização para manutenção da profundidade local (Sítio eletrônico da Van Oord –
www.vanoord.com, 2005).
34
II.4.2.3 – Licitações de Dragagem para o ano de 2005
Tabela II.2 – Demonstração da situação do edital para dragagem no Porto de Itajaí. Fonte:
Sítio www.transportes.gov.br.
35
III – DRAGAGEM POR INJEÇÃO DE ÁGUA – WID
36
Outros portos, situados na Holanda, na Alemanha, na Índia e no Reino
Unido, entre os demais, também testaram e estão utilizando, desde a década de 90, a
metodologia de injeção de água em dragagens de manutenção, principalmente devido
seu baixo custo operacional e a versatilidade demonstrada pela atuação de uma draga
compacta e com poucos acessórios (ATHMER, 1996).
37
Equipamento de Dragagem
Demonstração do Método de Injeção de Água
Corrente de
Densidade
Lança de Injeção
Bicos de
Aspersão Câmara de Água
1 = Área de Borrifo
2 = Zona de Transição
3 = Área de Transporte
3 2 1
38
Observando estudos realizados por NETZBAND et al. (1998) durante
testes de dragagem utilizando esta metodologia, no Porto de Hamburgo – na
Alemanha, foi constatado que a fluidificação da mistura dos sedimentos ressuspensos
no perfil vertical da coluna de água depende, substancialmente, do fluxo de
velocidades locais e da composição dos tipos de sedimentos que formam a pluma. Em
meios fluidos sujeitos a ação de marés, sob determinadas circunstâncias, a
ressuspensão dos sedimentos na coluna líquida poderá ocorrer com maior facilidade.
Porém acentuadas concentrações de materiais em suspensão na coluna de água tem
sido observadas, somente, em curtos períodos e pequenas distâncias. No processo
por injeção de água se procura minimizar a concentração de sedimentos na coluna de
água, visando buscar o maior deslocamento horizontal do material dragado.
III.2 – Monitoramento
39
A Tabela III.1 relaciona os principais procedimentos recomendados
para monitorar o início de uma operação com o processo WID.
40
Devido à condição do estuário em ser um sítio de transição entre
ambientes marinhos e fluviais, com a formação de gradientes salinos, as comunidades
bentônicas desses locais apresentam padrões de variação em função da sua
distribuição local. Essas associações, apesar de apresentarem um comportamento
indefinido, podem responder a perturbações de origem natural ou antrópica. Dessa
forma, podem ser importantes indicadores e integradores do estado de perturbação do
ecossistema (MUCHA & COSTA, 1999). Como exemplos, dessa condição, estão os
organismos bentônicos detritívoros de substrato inconsolidado, que revolvem o
sedimento em busca de alimento, incorporando parte desse material. Também
organismos suspensívoros e filtradores da macrofauna consomem materiais tóxicos e
organismos patogênicos da coluna de água (DAY et al., 1989).
18
Representa a base da teia alimentar pelágica dos oceanos. É constituída de plantas, animais
e bactérias.
41
Ainda de acordo com DAVIS et al. (1990) e BRAY et al. (1997), com
relação à dispersão e deposição de sedimentos ressuspendidos, há de se considerar
que a ruptura dos sedimentos de fundo pode causar uma grande variedade de
impactos ambientais. As partículas em suspensão podem redepositar no fundo
sufocando os animais bentônicos forçando-os a migrar para outras regiões. Se os
sedimentos em suspensão estiverem em alta concentração e persistirem por longo
período, o que geralmente está relacionado com o tempo destinado à operação de
dragagem hidrodinâmica, a penetração de luz na coluna de água pode reduzir-se,
causando danos às algas fotossintetizantes, corais e outros organismos aquáticos. A
atuação em fundos moles remove os organismos que vivem no sedimento, se a taxa
de sedimentação nessa área for grande, os sedimentos de fundo recentemente
depositados podem formar e restaurar esses habitats quando o trabalho de dragagem
estiver terminado. O conhecimento prévio da hidrografia (fluxos de correntes e marés)
da área a ser dragada é essencial para a identificação de locais mais suscetíveis aos
efeitos desses trabalhos.
42
não-residuais não fazem parte da matriz silicatada e são incorporados aos sedimentos
por processos tais como adsorção 19, precipitação 20 e complexação 21 com substâncias
orgânicas e inorgânicas.
19
Fixação de moléculas de uma substância na superfície de outra substância.
20
Processo em que se forma um sólido insolúvel em uma solução.
21
Conjunto de substâncias complexas que possuem qualquer ligação entre si.
22
Nesse caso, significa a transposição de moléculas contaminadas para a coluna de água.
23
Propriedade de uma ou mais substâncias que formam solução com outras substâncias.
24
È a dissociação de substâncias complexas que possuíam qualquer ligação entre si.
43
grande mortalidade de espécies estuarinas e marinhas de importância pesqueira direta
e/ou indireta para a região onde está sendo realizada a dragagem.
44
As Figuras III.3 e III.4 ilustram dois tipos de áreas confinadas utilizadas
para depósito de materiais contaminados, os elevados custos de construção, de
manutenção e de monitoramento tornam muito dispendiosos estes tipos de disposição,
chegando ao custo de cinco vezes mais que uma dragagem convencional sem
restrições, conforme já descrito no capítulo II, subitem II.2.4 – “Dragagens Ecológicas”.
45
Draga
Autotransportadora
Despejo de
areia limpa
Material contaminado
Cobertura de areia depositado no fundo
(Capeamento) aquático e confinado
Fundo aquático
46
Estudos realizados pela Delft Hydraulics (MC. NAIR, 1994), centro de
estudos hidráulicos, em sua respectiva área de estudos de dragagem, definiu um
período de duas semanas para analisar e registrar o comportamento da dragagem por
injeção de água no Estuário Haringvliet.
47
Essa parte da poluição poderá ser mobilizada por reação química para
águas posteriores ou próximas ao sítio de dragagem. Isso implica registrar que, a
partir da turbidez, a composição de poluentes e suas reações químicas em águas
próximas também são importantes para se analisar, uma vez que o material de fundo
é ressuspenso pelo processo de dragagem.
48
Contaminados” nos 3 e 4, citados no capítulo III – subitem III.4, na página 44, não são
recomendadas à atuação de dragagens hidrodinâmicas, tendo em vista a possível
contaminação de outros ambientes além do sítio operacional. Como o processo
estudado na Holanda se baseou somente no aspecto qualitativo da propagação dos
materiais contaminados, não se pode afirmar, com convicção, qual a quantidade de
poluentes que estariam sendo transferidos para outros sítios, pois, nesse caso,
haveria necessidade de se quantificar o quanto os processos de adsorção e
dessorção, oriundos de substâncias nocivas, contaminariam outras áreas do estuário.
25
Trata-se do monitoramento constante dos materiais contaminados devido à permanência em
solos preparados para despejo, no próprio sítio operacional.
49
III.5 – Equipamentos de Dragagem – WID
26
Retrata o resultado da relação entre a potência total instalada e a produtividade operacional
do equipamento de dragagem (kW/m3).
50
• Possuir capacidade para alcançar a profundidade estipulada no projeto de
dragagem, inclusive considerando as condições de marés astronômicas;
51
A figura III.5 ilustra, com detalhes, o perfil de uma draga de pequeno
porte que utiliza o método de dragagem por injeção de água.
Convés
Principal
Embarcação
com
Câmara de Propulsão
Injeção de Água Guincho do Tubo de Injeção
Tubo de
Sucção
Câmara de
Injeção de Água
Tubo de Injeção
de Água
Profundidades
de
Dragagem
Figura III.5 – Ilustração do arranjo geral de uma draga de injeção de água, de pequeno
porte, com propulsão própria. Fonte: Sítio eletrônico www.musing.nl.
52
III.5.2 – Detalhamento dos Equipamentos
53
“Empurrador” “Flutuante”
Bomba
Hidráulica
Cabos de
Içamento
Tubo de água
Draga de Injeção de Água
“BALDUR”
Figura III.7 – Ilustração de uma draga de injeção de água não propelida e de pequeno
porte. Fonte: Sítio eletrônico www.vanoord.com.
54
Draga de Injeção de Água
“ANTAREJA”
Mastro Principal
Guincho Superestrutura
do Tubo de
Guindaste
Injeção
de Proa
Sistema de
Governo e de
Propulsão
Tubo de Injeção de água
Convés Principal
Lancha de
Sondagem
Figura III.8 – Ilustração e arranjo geral da draga de injeção de água propelida, de grande
porte. Fonte: Sítio eletrônico www.vanoord.com.
55
Nome Antareja
Tipo Draga de Injeção de Água
Classificação Bureau Veritas I, " Hull, " Mach,
draga, navegação irrestrita
Ano de Construção 1995
Dimensões Comprimento total 47.17 m
Boca 11.20 m
Calado Máximo 4.00 m
Calado Internacional 2.84 m
Prof. Máxima Dragagem 30 m
Largura de Dragagem 11 m
Potência dos Propulsores 2 x 450 kW
Propulsor Lateral 261 kW
Potência Total Instalada 2,096 kW
Bombas de Jato 2 x 350 kW
Tabela III.2 – Relação dos equipamentos de dragagem por injeção de água da empresa
holandesa Van Oord, em operação em vários países. Fonte: Sítio www.vanoord.com.
56
III.5.4 – Versatilidade Operacional dos Equipamentos
27
Organização responsável pela condução de embarcações, até a área portuária, em sistemas
aquaviários com restrições de navegação.
57
III.6 – Dados Operacionais de Dragagem
Valores
Item Descrição dos Parâmetros de Dragagem
Registrados
01 Dimensão da Partícula de Fundo 160 ~ 175 mícron
02 Talude da Área de Dragagem/Canal até boca da barra 1:100 ~ 1:350/1:1000
03 Produção da Draga 995 ~ 1225 m3/h
04 Deslocamento da Pluma de Sedimentos ~ 250 m
05 Proximidade do Fundo da Corrente de Densidade 0,5 ~ 1,0 m
06 Trajetória Percorrida pela Pluma de Sedimentos – Max ~ 250 m
07 Número de Injetores na Câmara de Aspersão 42
08 Diâmetro dos Injetores da Câmara de Aspersão 60 ~ 75 mm
09 Largura da Câmara de Aspersão x Diâmetro tubulação 13,8 m x 800 mm
10 Vazão Máxima das Bombas Hidráulicas 12000 m3/h
11 Velocidade da Draga Durante Operação de Dragagem 0,5 ~ 2,0 m/s
12 Distância dos Injetores em Relação ao Fundo 0 ~ 0,5 m
13 Velocidade da Corrente de Densidade 0,3 ~ 0,5 m/s
14 Material em Suspensão na Coluna de Água 15, 20 / 100, 150mg/l
15 Material Suspensão durante Atividade de Dragagem 50 ~ 100 g/l
16 Densidade Média da Pluma de Sedimentos 1020 ~ 1100 kg/m3
58
III.7 – Parâmetros Operacionais de Dragagem
59
3 – O deslocamento da corrente de densidade pode ser analisado
através da similaridade com as condições de escoamentos naturais. Assim, a
utilização dos números adimensionais como: Froude densimétrico, Richardson e
Reynolds (ALEXANDER e MULDER, 2002), utilizando, por exemplo, valores obtidos
em campanhas de medição desenvolvidas no rio Mississipi (BORST et al., 1994),
podem se obter valores para desenvolver os resultados destes parâmetros.
60
características que poderiam propiciar uma diminuição no diagrama montado.
Contudo, o conjunto de blocos contempla o processo WID da maneira mais completa
possível, visando mostrar que apesar de ser um método de dragagem versátil e
moderno, as variedades e as interdependências de suas atividades podem se tornar
bastantes abrangentes, principalmente em regiões que se encontram influenciadas por
processos hidrodinâmicos naturais ou artificiais, além de uma significativa variação na
concentração dos sedimentos de fundo, o que, quase sempre, ocorre em regiões
costeiras.
61
DRAGAGEM POR INJEÇÃO DE ÁGUA
“WID”
Tripulação Compensador
Treinada de Ondas
62
Figura III.10 – Ilustração mostrando o diagrama em blocos cujo detalhamento considera as características básicas da operação de dragagem
por injeção de água – WID.
IV – ANÁLISE COMPARATIVA DOS PRINCIPAIS MÉTODOS DE DRAGAGEM
28
Determina a quantidade de batelões necessários para manter a continuidade operacional da
draga de alcatruzes, enquanto os outros batelões carregados completam o tempo de viagem
de ida e volta ao despejo, seqüencialmente.
63
1.1 – Produção de Dragagem (Pd):
Pd = Cc . Rr . Cec
Onde:
Cc – Capacidade da caçamba = 800 litros
Rr – Rotação do rosário = 20 caç/min
Cec – Coeficiente de enchimento da caçamba = 75%
Pd = 800 x 20 x 0,75 Pd = 720m3/h
64
1.6 – Cálculo das Horas de Operação (Hop)
Hop = Ht . Cop
Onde:
H – Regime de trabalho (24h/dia x 26 dias) = 624h/mês
Cop – Coeficiente operacional = 70%
Hop = 624 x 0,70 Hop ≅ 437h/mês
65
B – O coeficiente operacional de dragagem, atribuído em 70%,
considera paralisações devido: 1) remanejamentos dos ferros de dragagem, para
avanço no corte; 2) remoção de escombros das caçambas; 3) pequenos reparos no
rosário 29 e 4) tráfego de navios na área de dragagem.
29
Conjunto de caçambas da draga de alcatruzes que se constituem na ferramenta de corte do
material dragado.
30
Guindaste flutuante, neste caso, sem propulsão.
66
IV.2 – Dragas Autotransportadoras: Este tipo de draga hidráulica
(Figura II.6) foi projetada para navegar até o local de despejo a fim de liberar o
material dragado depositado em sua cisterna. Para calcularmos a produção deste
equipamento serão consideradas as seguintes características operacionais da draga
Macapá, de médio porte, de propriedade da empresa de dragagem Dragaport Ltda.,
conforme dados verificados em seu sítio eletrônico (www.dragaport.com.br, 2006).
Para este cálculo foi considerada a areia média como principal material de dragagem:
67
2.5 – Cálculo Teórico do Volume Mensal “In Situ” (Vm)
Vm = Vc . Nc
Vm = 3.800 x 140 Vm ≅ 532.000m3
68
IV.3 – Dragas de Sucção e Recalque: São equipamentos que utilizam
o processo hidráulico de dragagem através de bombas hidráulicas que succionam e
recalcam o material dragado até o seu depósito final. Esse material é constituído por
uma mistura de água com sedimentos fragmentados por ação mecânica de
componentes denominados de desagregadores que são constituídos por lâminas
serrilhadas para melhorar a eficiência da dragagem. A partir do sítio eletrônico
www.ihcholland.com foi selecionada a draga (SR) 31 IHC Beaver 3800 NG para,
através de suas características de dragagem, processar os cálculos operacionais
necessários na simulação da produção deste tipo de equipamento.
31
SR significa a abreviatura para uma draga de sucção e recalque.
69
Nos valores atribuídos para determinação da produção de uma
dragagem com draga de sucção e recalque, algumas observações devem ser
registradas:
70
IV.4 – Dragas de Injeção de Água: O processo de dragagem por
injeção de água (Figura III.1) se utiliza de processos hidrodinâmicos para carrear o
material dragado, através da corrente de densidade, até a área de despejo. Para
determinação da taxa de produção deste tipo de draga foi utilizado o valor do item 3 da
tabela III.3. Foram consideradas as características da draga Iguazú, atualmente
dragando no Porto de Itajaí, citadas na tabela III.2, para respaldar as relações de
potência com a taxa de produção desta metodologia.
71
IV.5 – Tabela Comparativa dos Métodos.
32
Equipamentos flutuantes, normalmente não propelidos, que possuem um motor bomba e um
grupo gerador.
72
Tipos de Draga Alcatruzes Autotransportadora Sucção e Recalque 33 Injeção de Água
Tipo de Processo Mecânico Hidráulico Hidráulico Hidrodinâmico
Capacidade Nominal 800 litros 5.000m3 650 mm 11.000m3/h
Referência Capacidade Caçamba Cisterna Tubulação de Recalque Bombas Hidráulicas
Despejo do Material Quatro Batelões Própria Draga Linha de Recalque Corrente Densidade
Potência Total Instalada 6.200kW 11.000kW 2.557kW 2.078kW
3 -1 3 -1 3
Taxa Média Produção 387m .h 947m .h 250m /h 1.110m3.h-1
Horas Operação no Mês 437h/mês 562h/mês 500h/mês 624h/mês
3 3 3
Relação: Potência-h/TMP 16,02kW/m 12,14kW/m 10,23kW/m 1,87kW/m3
TMP – “ebb-WID” x-x-x-x-x-x-x-x x-x-x-x-x-x-x-x x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x 463m3.h-1
HOM – “ebb-WID” x-x-x-x-x-x-x-x x-x-x-x-x-x-x-x x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x 260h/mês
Rel: Pot-h/TMP–“ebb-WID” x-x-x-x-x-x-x-x x-x-x-x-x-x-x-x x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x 4,49kW/m3
Tabela IV.1 – Comparação das taxas de produção dos processos de dragagem convencionais, representados pelas dragas de alcatruzes,
autotransportadoras e de sucção e recalque, e com os processos hidrodinâmicos, representados pelas dragas de injeção de água.
33
Foram consideradas condições especiais de despejo do material dragado para a draga de sucção e recalque, isto é com lançamento dos
sedimentos até uma distância de 2.000 metros, enquanto para as dragas de alcatruzes e autotransportadoras a distância do despejo simulado, em
73
34
Camada constituída por um fluido que possui maior massa específica que o fluido ambiente.
74
que algumas, dessas correntes, geram substanciais espessuras e extensos depósitos
de sedimentos (HUGHES-CLARKE et al., 1990; MASSON, 1994; SYVITSKI AND
SCHAFER, 1996).
V
Fr =
⎛ ρ − ρo ⎞
g⎜ 1 ⎟ hb cos α
⎝ ρo ⎠
75
4 – A inclinação do talude de fundo deverá ser bem pequena, isto é S << 1,
para possibilitar uma corrente de densidade mais estável e com propagação horizontal
junto ao fundo. Uma abrupta mudança no ângulo do talude irá resultar na formação do
ressalto hidráulico que acarretará a deposição dos sedimentos que compõe a corrente
(MENARD, 1964).
g LD
Fluido Ambiente - ρ0
y H(x)
x S
76
Uma visualização seqüencial da propagação da corrente de densidade
encontra-se ilustrada na Figura V.2, onde se pode ressaltar a formação e a
propagação horizontal junto ao leito do corpo hídrico.
77
Outro evento a ser considerado no deslocamento da corrente de
densidade é a possibilidade de interação com outra corrente em diversos ambientes,
como ilustrado na figura V.3. A partir de resultados de laboratório, após a colisão
frontal de duas correntes de densidade, a energia é transferida de uma para a outra,
sendo que a mais densa se move abaixo da corrente com menor densidade. O
raciocínio registrado nesta figura também pode ser aplicado para o meio líquido,
fazendo uma analogia entre a pluma de sedimentos, mais densa, e a cunha salina,
menos densa.
U1 U2
U1 U2
U1 F2
U2
Figura V.3 – Ilustração da corrente de gravidade – U1, menos densa, interagindo com a
corrente de gravidade – U2, mais densa.
78
demonstrar o tipo de comportamento hidrodinâmico que caracteriza o deslocamento
da pluma de sedimentos formada pelo processo por injeção de água.
79
• Aceleração da gravidade: g = 9,81m/s.
80
V.2 – Correntes Naturais
81
Durante um ciclo de maré (marés enchente e vazante), geralmente,
observa-se uma forte relação entre as velocidades das correntes e o transporte de
sedimentos, além das concentrações de material particulado em suspensão (WARD,
1981; NICHOLS, 1986; BAIRD et al., 1987; KJERFVE & WOLAVER, 1988; DYER,
1988; JONGE & BEUSEKON, 1995). A assimetria na velocidade das correntes de
maré, quando integrada no tempo, condiciona o transporte líquido do material em
suspensão em uma determinada direção do corpo estuarino (importação ou
exportação) (WARD, 1981; DYER, 1988).
82
podem gerar correntes capazes de influenciar no transporte de sedimentos da coluna
de água de forma indesejável ao projeto de dragagem.
83
maiores, entre 400 a 900m3.s-1, a cunha salina oscila em um trecho de cerca de 10km
a partir da foz e, finalmente, para vazões acima de 900m3.s-1 a cunha salina é
praticamente expulsa do estuário. A influência da maré, de sizígia ou quadratura, se
mostra também importante na caracterização dos padrões salinos presentes no
estuário e na quantidade de sal existente, assim como a presença de soleiras e
depressões na topografia de fundo afetam o deslocamento da intrusão salina
(MEDEIROS, 2003).
84
V.4 – Estudo de Caso – Dragagem no Porto de Itajaí
85
1) 13:40h/14:20h Latitude: 26º 54,0765’
Longitude: 48º 39,4133’
N
26º 53’ Carta Náutica
Montante Referência 1801
Rio Itajaí-Açu
54,091’ S x 39,3884’ W
Coordenadas da Campanha
09/Mar/2005
Rio
26º 54’ Itajaí-Açu
Zona
Costeira
Porto de Itajaí
ITAJAÍ Jusante
Latitude: 26º 54,0’ S
Longitude: 048º 39,7’ W Rio Itajaí-Açu
Figura V.4 – Ilustração parcial da Carta Náutica 1801 – visão do Porto de Itajaí, do
Estuário do Rio Itajaí-Açu e do registro das coordenadas da campanha onde foram
coletados os dados de campo.
86
V.4.1.2 – Metodologia de Análise
V.4.2 – Instrumentação
87
Fabricante: Nortek Vector Current Meter.
Variação de Temperatura para Operação: - 5ºC até +45ºC.
Profundidade Máxima de Operação: 300 metros.
Principais dados registrados: Velocidades (u, v, w) e profundidade.
Taxa de amostragem: até 64 Hz.
2 – LISST – 25X
3 – OBS
88
4 – CTD
5 – GPS
Fabricante: GARMIN
89
5 – Velocidade w – eixo de coordenadas z – obtida através da leitura direta
do instrumento ADV.
6 – Profundidade da coluna de água – obtida através da leitura da pressão
da coluna de água do instrumento ADV.
7 – Temperatura – obtida através da leitura direta do instrumento ADV.
8 – Salinidade – obtida a partir dos valores resgatados para condutividade
elétrica e transformados através de formulação matemática. Nesse caso foi
utilizada a seguinte expressão: S = 5,572.10-4. SC + 2,02.10-9 . SC2
(EPA/600/3-85/040 – Rates, constants and Kinetics), onde: a unidade da
salinidade será ppt 0/00 e SC em micromhos.cm-1.
9 – Volume das Amostras – obtido em medições comparativas realizadas
em laboratório.
10 – Peso dos Sedimentos – obtido após filtragem e secagem das amostras,
em laboratório.
11 – Concentração dos Sedimentos – obtida após filtragem, secagem e
pesagem das amostras, realizada em laboratório.
Tabela V.2 – Registro da Tábua de Marés do dia 9 de março de 2005, no Porto de Itajaí.
Fonte: Tábua de Marés da Diretoria de Hidrografia e Navegação – DHN da MB.
90
Das dezesseis incursões dos instrumentos na coluna de água, onde a
primeira foi iniciada às 07:30h e a última encerrada às 18:20h, as primeiras quatorze
incursões foram realizadas entre 07:30h até 17:35h, antes do início de dragagem e em
marés de vazante e enchente, posteriormente, de 17:56h até 18:20h foram realizadas
mais três incursões após a passagem da draga no ponto de observação, ou seja,
durante o processo de dragagem hidrodinâmica e no período de maré de vazante.
91
Para melhor visualização dos valores médios apurados, agrupamos os
registros finais em tabelas, as quais tiveram sua identificação associadas a um nome
de arquivo, cujo número alfanumérico retrata o horário de cada incursão dos sensores
na coluna de água, no dia da campanha de medições, no Porto de Itajaí, como é
identificado na seqüência abaixo, relacionando a maré astronômica com a situação
operacional da dragagem durante o processo:
Tabela V.3 – Relaciona os nomes dos arquivos com os respectivos horários das
incursões, para coleta de dados da campanha de medições, incluindo as condições da
maré astronômica no Porto de Itajaí e a situação operacional dos equipamentos de
dragagem.
35
Momento próximo a Baixa-mar, projetado pela DHN para o dia 9.mar. 2005, às 09:30h.
36
Momento próximo a Preamar, projetado pela DHN para o dia 9.mar.2005, às 14:09h.
92
V.5.3 – Velocidades Projetadas no Eixo do Canal
N Carta Náutica
Referência 1801
“Rio Itajaí-Açú”
γ = 40º
“Porto de Itajaí”
Posição
da Lancha
Itajaí
Determinação do
“Ângulo de Projeção” Travessia de Barcas
das Velocidades
93
Figura V.5 – Ilustração mostrando o “ângulo de projeção das velocidades resultantes”
em relação ao eixo principal do canal do Porto de Itajaí.
V.5.4 – Representação Gráfica dos Principais Parâmetros
94
demonstraram a enorme influência da maré astronômica e da penetração da cunha
salina, próxima ao leito, durante a campanha de medições realizada do dia 9 de março
de 2005, possivelmente devido a pouca interferência do fluxo fluvial.
37
Valores em transição de positivo para negativo durante a manifestação da maré enchendo.
38
Valores em transição de negativo para positivo durante a manifestação da maré vazando.
39
Valores em transição de negativo para positivo durante a manifestação da maré enchendo.
40
Valores em transição de positivo para negativo durante a manifestação da maré vazando.
41
Foram registrados alguns valores positivos durante o período de maré vazando pela vel. w.
95
Tabela V.4 – Indicação da direção convencionada das velocidades médias em relação à
coluna de água.
Com base nos gráficos obtidos nas coordenadas da campanha de
medições registradas na figura V.4, bem como na identificação do ângulo de
defasagem em relação à linha de eixo do canal do Rio Itajaí-Açú, ilustrado pela figura
V.5, foram projetados os valores das velocidades u’ e v’ em relação ao eixo principal
do canal, sendo que, as velocidades w’ permaneceram com os mesmos valores de w.
A importância do cálculo desses valores no eixo principal do canal, para dragagem por
injeção de água, está relacionada com a interferência que estes forçantes
hidrodinâmicos podem causar à estabilidade e ao deslocamento da corrente de
densidade.
A visão dos gráficos das velocidades projetadas (u’, v’, w’) ao lado dos
gráficos de salinidade e turbidez permite observar que existe uma relação no
comportamento destes forçantes pois, onde houve incremento do valor absoluto da
velocidade u’, longitudinal ao canal, também ocorreu o incremento do valor da
salinidade e da turbidez, portanto a cunha salina se fazia presente de acordo com o
movimento da maré no estuário, seja de vazante ou enchente. Pode-se observar ainda
que, a velocidade longitudinal u’ é dominante neste trecho do canal, pois, possui
valores absolutos bem superiores aos da velocidade transversal v’.
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinal Transversal Coluna d' Água Projetadas
Turbidez Salinidade
96
Gráfico de Salinidade/Turbidez ve094001
Gráfico VE094001 0 5 10 15 20 25 30 35
Salinidade
0 0 0
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinal Transversal Coluna d' Água Projetadas Turbidez Salinidade
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinal Transversal Coluna d' Água Projetadas Turbidez Salinidade
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Longitudinais Transversais Coluna d' Água Velocidades
Projetadas Turbidez Salinidade
97
Gráfico de Salinidade/ Turbidez ve111001
Gráfico VE111001 0 5 10 15 20 25 30
Salinidade
35
0 0 0
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinais Transversais Coluna d' Água Projetadas Turbidez Salinidade
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinais Transversais Coluna d' Água Projetadas Turbidez Salinidade
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidade
Longitudinais Transversais Coluna d'Água Projetada Turbidez Salinidade
98
Gráfico de Salinidade/Turbidez ve134001
Gráfico VE134001 0 5 10 15 20 25 30 35
Salinidade
0 0 0
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinais Transversais Coluna d'Água Projetadas Turbidez Salinidade
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinais Transversais Coluna d'Água Projetadas Turbidez Salinidade
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinais Transversais Coluna d'Água Projetadas Turbidez Salinidade
99
Gráfico de Salinidade/Turbidez ve154001
Gráfico VE154001 0 5 10 15 20 25 30
Salinidade
35
0 0 0
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinais Transversais Coluna d'Água Projetadas Turbidez Salinidade
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Longitudinais Transversais Coluna d'Água Velocidades
Projetadas Turbidez Salinidade
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinais Transversais Coluna d'Água Projetadas Turbidez Salinidade
100
Gráfico de Salinidade/Turbidez ve175601(a)
Gráfico VE175601(1) 0 5 10 15 20 25 30 35
Salinidade
0 0 0
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinas Transversais Coluna d'Água Projetadas Turbidez Salinidade
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
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10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinais Transversais Coluna d'Água Projetadas Turbidez Salinidade
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
Profundidade
Profundidade
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
Turbidez
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
Velocidades
Longitudinais Transversais Coluna d'Água Projetadas Turbidez Salinidade
101
V.5.5 – Análise das Amostras
⎛ ρs − ρ (S , T ) ⎞
ρ (S , T , C ) = C ⎜ ⎟ + ρ (S , T )
⎝ ρs ⎠
102
Os valores registrados na tabela V.5, permitem uma avaliação sob dois
aspectos: antes e durante a dragagem por injeção de água, os quais, a seguir, são
descritos:
103
A Figura V.6 demonstra, de maneira ilustrativa, o procedimento utilizado
nas incursões para coleta de dados e amostras, na tentativa de identificar os principais
forçantes hidrodinâmicos, presentes durante o processo de dragagem por injeção de
água – WID.
Monitoramento da Dragagem
Tubo de Injeção
de Água
Estrutura
com
Corrente de Turbidez Sensores
104
RESULTADOS OBTIDOS EM ENSAIOS NO LABORATÓRIO DE DINÂMICA DE SEDIMENTOS COESIVOS – LDSC / PEnO / COPPE.
Perfil Amostra Volume Temperatura Peso Filtro Peso (F+A) Peso Prato Peso (P+A) Peso Amostra Concentração Salinidade (A) ρ (mistura)
3 3
Ensaio Identificação (ml) (°C) (g) (g) (g) (g) (g) (g / l) (Kg/m ) (Kg/m )
ve094001 9:44:00 530 27.83 0.0955 0.1023 0 0 0.0068 0.0128 1020 1020
ve094001 9:47:30 255 27.43 0.0934 0.1010 0 0 0.0076 0.0298 1020 1020
ve094001 9:50:00 285 27.18 0.0889 0.1154 0 0 0.0265 0.0930 1020 1020
ve094001 9:51:00 280 27.12 0.0892 0.1631 0 0 0.0739 0.2639 1022 1022
ve094001 9:52:47 270 27.10 0.0884 0.2594 0 0 0.1710 0.6333 1023 1023
ve094001 9:56:40 280 27.09 0.0959 0.2102 3.2759 19.08 15.9184 56.8514 1026 1060
ve101001 10:20:55 182 27.07 0.0952 0.1264 3.2755 27.82 24.5757 135.0313 1022 1104
ve104001 10:49:02 268 27.00 0.0942 0.3697 0 0 0.2755 1.0280 1026 1027
ve104001 10:50:00 262 27.00 0.0940 0.4425 0 0 0.3485 1.3302 1015 1016
ve111001 11:19:30 269 26.26 0.1910 0.7162 0 0 0.5252 1.9524 1028 1029
ve111001 11:21:30 264 26.28 0.0864 0.5328 0 0 0.4464 1.6909 1015 1016
ve130001 13:08:30 274 26.38 0.0948 0.3809 0 0 0.2861 1.0442 1017 1018
ve130001 13:14:00 260 27.63 0.1867 1.1401 0 0 0.9534 3.6669 1028 1030
ve134001 13:48:00 262 26.55 0.0945 0.1486 0 0 0.0541 0.2065 1028 1028
ve173501 17:45:20 265 26.84 0.1714 1.2800 0 0 1.1086 4.1834 1028 1030
ve175601 18:03:20 256 26.98 0.0868 0.1571 0 0 0.0703 0.2746 1022 1022
ve175601 18:05:00 261 26.90 0.1720 0.6742 0 0 0.5022 1.9241 1028 1029
ve175601 18:05:50 225 26.90 0.0892 0,7617 3.3084 11.82 9.1841 40.8182 1028 1053
ve175601 18:11:30 450 26.90 0.1896 0.3380 0 0 0.1484 0.3298 1026 1026
ve175601 18:12:42 425 26.89 0.0854 0.1419 3.2757 18.94 15.7208 36.9901 1028 1050
ve175601 18:17:10 432 26.96 0.1726 0.4747 0 0 0.3021 0.6993 1026 1026
ve175601 18:19:00 365 26.92 0.0859 0.1212 3.304 13.83 10.5613 28.9351 1028 1045
Tabela V.5 – Registros dos resultados obtidos das amostras recolhidas da coluna de água durante a campanha de medições no
105
VI.1 – Introdução
106
VI.3 – Interferências na Operação de Dragagem
107
VI.4 – Periodicidade das Batimetrias
108
registrou valores, no leito, superiores aos citados na literatura durante o
período de dragagem, não só no período de maré de enchente como ainda no
período de maré de vazante, causando dúvidas se a dragagem estaria
ocorrendo por indução artificial da corrente de densidade ou por deslocamento
natural dos sedimentos durante a maré de vazante, aumentando a capacidade
de transporte desta corrente através de processos hidrodinâmicos naturais, já
definido no capítulo II – subitem II.2.6. Este raciocínio teve como base as
curvas de velocidades dos gráficos V.1 ao V.16, cujos valores foram obtidos
nas coordenadas de campanha mencionadas na figura V.4.
109
VII – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
VII.1 – Conclusões
110
• Em locais com restrições no leito do corpo hídrico como: existência de
tubulações submarinas, presença de pilares de pontes ou, ainda, túneis
submarinos.
• Em regiões com muita movimentação de navios, pois a pluma de sedimentos
se escoa sob o casco das embarcações, sem causar danos ou dificuldades à
navegação.
• Em incremento de profundidade localizada e restrita, para assentamento de
cabos submarinos e linhas de dutos.
111
A utilização acima deste limite é possível, porém com limitações crescentes até se
tornar inviável. Contudo sedimentos que possuam grande velocidade de queda – Ws –
no meio fluido, poderão inviabilizar o processo de dragagem por injeção de água
mesmo com uma granulometria D50 ≤ 0,2 mm.
112
específicos de 1053, 1050 e 1045kg/m3 enquanto a cunha salina, no mesmo
período alcançou o valor de 1028kg/m3. A tabela III.3 registra os valores da
corrente de densidade entre, 0,3 a 0,5m/s para velocidade e 1020 a 1100kg/m3
para a massa específica da mistura fluidificada. Mesmo apresentando
resultados bem próximos à literatura, é prematura a conclusão de que os
valores registrados são oriundos de uma possível indução de corrente de
densidade pelo processo WID, pois os gráficos anteriores à dragagem, durante
a maré de vazante, também evidenciaram uma corrente natural no fundo com
valores próximos a 0,3m/s.
VII.2 – Recomendações
113
3 – Quando a taxa de assoreamento do sítio operacional for superior a
capacidade nominal da draga por injeção de água e, por algum motivo, as condições
de dragagem locais não permitirem a utilização de mais de um equipamento WID,
deve-se considerar a possibilidade de utilizar um equipamento de dragagem
convencional para atender esta defasagem de produção, ressalvando, neste caso, que
a distribuição dos serviços na área de dragagem seja adequada com as características
operacionais de cada metodologia.
114
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