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Portaria N.º.701-H.2008 PDF
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Governo, 2.ª série, n.º 35 (suplemento), de 11 de Fevereiro (i) durante a fase de preparação do procedimento de
de 1972, alterada pela portaria de 22 de Novembro de 1974, formação de um contrato público;
publicada no Diário do Governo, 2.ª série, n.º 2, de 3 de (ii) durante a fase de formação do contrato público, em
Janeiro de 1975, e pela portaria de 27 de Janeiro de 1986, particular durante a apreciação das propostas, visando
publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 53, de 5 nomeadamente a correcta interpretação do projecto e a
de Março de 1986. escolha do adjudicatário; ou
(iii) durante a execução da obra;
Artigo 4.º
Entrada em vigor
c) «Assistência técnica especial», os serviços comple-
mentares a prestar, quando contratualmente previstos, pelo
1 — A presente portaria entra em vigor na data de en- Projectista ao Dono da Obra, visando a apreciação da
trada em vigor do CCP, aplicando-se à elaboração de todos qualidade de equipamentos, elementos ou ensaios ligados
os projectos cujo procedimento de contratação tenha sido à execução da obra, à sua monitorização ou manutenção,
iniciado após aquela data, sem prejuízo do disposto no bem como à recepção da obra;
número seguinte. d) «Autor do projecto», o técnico que elabora e subs-
2 — Para efeitos do cumprimento do disposto do n.º 1 creve, com autonomia, o projecto, os projectos parcelares
do artigo 43.º do CCP, relativamente a procedimentos de ou parte de projecto e subscreve as declarações e os termos
formação de contratos de empreitada de obras públicas que de responsabilidade respectivos, devendo, nos projectos
se iniciem seis meses após a data de entrada em vigor do que elaboram, assegurar o cumprimento das disposições
CCP, é aplicável o disposto na presente portaria indepen- legais e regulamentares aplicáveis;
dentemente da data de início da elaboração do projecto. e) «Coordenador do projecto», o técnico a quem com-
3 — Até ao termo do prazo referido no número anterior, pete, satisfazendo as condições exigíveis ao autor de pro-
aplica-se, para efeitos do disposto no n.º 7 do artigo 43.º jecto, garantir a adequada articulação da equipa de pro-
do CCP, a portaria de 7 de Fevereiro de 1972, publicada jecto em função das características da obra, assegurando
no Diário do Governo, 2.ª série, n.º 35 (suplemento), de a participação dos técnicos autores, a compatibilidade
11 de Fevereiro de 1972, e respectivas alterações. entre os diversos projectos necessários e o cumprimento
O Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunica- das disposições legais e regulamentares aplicáveis a cada
ções, Mário Lino Soares Correia, em 28 de Julho de 2008. especialidade;
f) «Coordenador de segurança e saúde em fase de pro-
ANEXO I jecto», a pessoa singular ou colectiva, que executa, du-
rante a elaboração do projecto, as tarefas de coordenação
(a que se refere o n.º 1 do artigo 1.º da presente portaria) em matéria de segurança e saúde, previstas na legislação
aplicável podendo também participar na preparação do
Instruções para a elaboração de projectos de obras processo de negociação da empreitada e de outros actos
preparatórios da execução da obra, na parte respeitante à
segurança e saúde no trabalho;
CAPÍTULO I g) «Dono da Obra», o dono de obra pública ou entidade
adjudicante tal como definido no Código dos Contratos Pú-
Disposições Gerais blicos ou o concessionário relativamente a obra executada
com base em contrato relativamente a obra executada com
Artigo 1.º base em contrato de concessão de obra pública;
Definições h) «Empreendimento», o conjunto de uma ou mais obras
integradas para uma determinada função ou objectivo.
Para efeitos do presente Anexo, entende-se por: i) «Equipa de projecto», a equipa multidisciplinar, tendo
a) «Anteprojecto», ou «Projecto base», o documento por finalidade a elaboração de um projecto contratado pelo
a elaborar pelo Projectista, correspondente ao desenvol- Dono da Obra ou especialmente regulamentado por lei ou
vimento do Estudo prévio aprovado pelo Dono da Obra, previsto em procedimento contratual público, constituída
destinado a estabelecer, em definitivo, as bases a que deve por vários autores de projecto e orientada por coordenador
obedecer a continuação do estudo sob a forma de Projecto de projecto, cumprindo os correspondentes deveres;
de execução; j) «Estudo prévio», o documento elaborado pelo Pro-
b) «Assistência técnica», as prestações acessórias a rea- jectista, depois da aprovação do programa base, visando
lizar pelo Projectista perante o Dono da Obra, sem prejuízo a opção pela solução que melhor se ajuste ao programa,
do cumprimento de outras obrigações legais ou contratuais essencialmente no que respeita à concepção geral da obra;
que lhe incumbam, que visam, designadamente, assegurar a l) «Peças do projecto», os documentos, escritos ou
correcta execução da obra, a conformidade da obra execu- desenhados que caracterizam as diferentes partes de um
tada com o projecto e com o caderno de encargos e o cum- projecto:
primento das normas legais e regulamentares aplicáveis. m) «Programa base», o documento elaborado pelo
A Assistência Técnica consiste, entre outras actividades, Projectista a partir do programa preliminar resultando da
na prestação de informações e esclarecimentos, bem como particularização deste, visando a verificação da viabili-
no acompanhamento da execução da obra, a prestar pelo dade da obra e do estudo de soluções alternativas, o qual,
Coordenador de Projecto e pelos Autores do Projecto ao depois de aprovado pelo Dono da Obra, serve de base ao
Dono da Obra, ou quando previsto, ao empreiteiro geral, a desenvolvimento das fases ulteriores do projecto;
qual deve realizar-se, sempre que for solicitado, ou quando n) «Programa preliminar», o documento fornecido pelo
tal se revele necessário, e preferencialmente, de forma Dono da Obra ao Projectista para definição dos objectivos,
presencial, podendo ocorrer: características orgânicas e funcionais e condicionamentos
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financeiros da obra, bem como dos respectivos custos e e) Dados básicos relativos às exigências de comporta-
prazos de execução a observar; corresponde ao programa mento, funcionamento, exploração e conservação da obra,
previsto no artigo 43.º do CCP. tendo em atenção as disposições regulamentares;
o) «Programa de reconhecimento», o documento que f) Estimativa de custo e respectivo limite dos desvios
integra as acções de prospecção, medição e ensaio das e, eventualmente, indicações relativas ao financiamento
condições existentes; do empreendimento;
p) «Projectista», a entidade singular ou colectiva que g) Indicação geral dos prazos para a elaboração do pro-
assume a responsabilidade pela elaboração de projecto ou jecto e para a execução da obra.
programa, no âmbito, ou tendo em vista, a realização de
um procedimento pré-contratual público; Artigo 3.º
q) «Projecto», o conjunto de documentos escritos e
Fases do Projecto
desenhados que definem e caracterizam a concepção fun-
cional, estética e construtiva de uma obra, compreendendo, 1 — O projecto desenvolve-se de acordo com as fases a
designadamente, o projecto de arquitectura e projectos de seguir indicadas, podendo, algumas delas, ser dispensadas
engenharia; de apresentação formal, por especificação do caderno de
r) «Projecto de ampliação», o projecto com base numa encargos ou acordo entre o Dono da Obra e o Projec-
construção existente que visa ampliar a capacidade de tista:
utilização, com o correspondente aumento da área de cons-
trução ou do volume da obra; a) Programa base;
s) «Projecto de demolição», o projecto com base numa b) Estudo prévio;
construção existente que visa a sua total ou parcial des- c) Anteprojecto;
truição; d) Projecto de execução e Assistência técnica.
t) «Projecto de execução», o documento elaborado pelo
Projectista, a partir do estudo prévio ou do anteprojecto 2 — O faseamento dos Projectos de remodelação, am-
aprovado pelo Dono da Obra, destinado a facultar todos os pliação, reabilitação, reforço e demolição pode ser ajustado
elementos necessários à definição rigorosa dos trabalhos à respectiva especificidade, por especificação do caderno
a executar; de encargos ou acordo entre o Dono da Obra e o Projec-
u) «Projecto de reabilitação», o projecto com base numa tista.
construção existente que tem por objectivo fundamental 3 — O faseamento da Revisão de projecto segue o da
repor ou melhorar as suas condições de funcionamento; respectiva elaboração, salvo acordo diverso entre o Dono
v) «Projecto de reforço», o projecto com base numa da Obra e o revisor do projecto.
construção existente que visa conferir-lhe maior capaci-
dade; Artigo 4.º
x) «Projecto de remodelação», o projecto com base Programa Base
numa construção existente tendo em vista introduzir quais-
quer alterações incluindo as mudanças de utilização; 1 — O Programa base é apresentado de forma a pro-
z) «Projecto variante», o projecto elaborado no todo porcionar ao Dono da Obra a compreensão clara das solu-
ou em parte como alternativa a outro já existente, sem ções propostas pelo Projectista, com base nas indicações
modificação dos seus objectivos e condicionantes; expressas no programa preliminar.
aa) «Revisão do projecto», a análise crítica do projecto 2 — Caso o contrato não especifique outras condições,
e emissão dos respectivos pareceres, por outrem que não entende-se que o Programa base a apresentar à aprovação
o Projectista; do Dono da Obra inclui os elementos seguintes, sem pre-
bb) «Revisor do projecto», a pessoa singular ou co- juízo dos constantes de regulamentação aplicável:
lectiva devidamente qualificada para a elaboração desse a) Esquema da obra e programação das diversas opera-
projecto e distinta do autor do mesmo; ções a realizar, quando aplicável;
cc) «Telas finais», o conjunto de desenhos finais do pro- b) Definição dos critérios gerais de dimensionamento
jecto, integrando as rectificações alterações introduzidas das diferentes partes constitutivas da obra;
no decurso da obra e que traduzem o que foi efectivamente c) Indicação dos condicionamentos principais relativos
construído. à ocupação do terreno, nomeadamente os legais, topográ-
ficos, urbanísticos, geotécnicos, ambientais, em particular,
Artigo 2.º os térmicos e acústicos;
Programa preliminar d) Peças escritas e desenhadas e outros elementos in-
formativos necessários para o perfeito esclarecimento do
1 — O Programa preliminar contém, além de elementos Programa base, no todo ou em qualquer das suas partes,
específicos constantes da legislação e regulamentação incluindo as que porventura se justifiquem para definir as
aplicável, os seguintes elementos, podendo alguns destes alternativas de solução propostas pelo Projectista e avaliar
ser dispensados consoante a obra a projectar: a sua viabilidade, em função das condições de espaço,
a) Objectivos da obra; técnicas, de custos e de prazos;
b) Características gerais da obra; e) Estimativa geral do custo da obra, tomando em conta
c) Dados sobre a localização do empreendimento; os encargos mais significativos com a sua realização e
d) Elementos topográficos, cartográficos e geotécni- análise comparativa dos custos de manutenção e consumos
cos, levantamento das construções existentes e das redes da obra nas soluções propostas;
de infra-estruturas locais, coberto vegetal, características f) Descrição sumária das opções relacionadas com o
ambientais e outros eventualmente disponíveis, a escalas comportamento, funcionamento, exploração e conservação
convenientes; da obra;
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g) Informação sobre a necessidade de obtenção de ele- b) Avaliação das quantidades de trabalho a realizar por
mentos topográficos, geológicos, geotécnicos, hidrológi- grandes itens e respectivos mapas;
cos, climáticos, características da componente acústica do c) Estimativa de custo actualizada;
ambiente, redes de infra-estruturas ou de qualquer outra d) Peças desenhadas a escalas convenientes e outros
natureza que interessem à elaboração do projecto, bem elementos gráficos que explicitem a localização da obra,
como sobre a realização de estudos em modelos, ensaios, a planimetria e a altimetria das suas diferentes partes com-
maquetes, trabalhos de investigação e quaisquer outras ponentes e o seu dimensionamento bem como os esquemas
actividades ou formalidades que podem ser exigidas, quer de princípio detalhados para cada uma das Instalações
para a elaboração do projecto, quer para a execução da
Técnicas, garantindo a sua compatibilidade;
obra.
e) Identificação de locais técnicos, centrais interiores e
Artigo 5.º exteriores, bem como mapa de espaços técnicos verticais
e horizontais para instalação de equipamentos terminais
Estudo prévio e redes.
1 — O Estudo prévio desenvolve as soluções aprovadas f) Os elementos de estudo que serviram de base às op-
no Programa base, sendo constituído por peças escritas e ções tomadas, de preferência constituindo anexos ou vo-
desenhadas e por outros elementos informativos, de modo lumes individualizados identificados nas memórias;
a possibilitar ao Dono da Obra a fácil apreciação das so- g) Programa geral dos trabalhos.
luções propostas pelo Projectista e o seu confronto com
os elementos constantes naquele. Artigo 7.º
2 — Se outras condições não forem fixadas no contrato,
Projecto de execução
o Estudo prévio contém, para cada uma das soluções al-
ternativas apresentadas à aprovação do Dono da Obra, e 1 — O Projecto de execução desenvolve o Projecto base
sem prejuízo dos elementos constantes da regulamentação aprovado, sendo constituído por um conjunto coordenado
aplicável, os elementos seguintes: das informações escritas e desenhadas de fácil e inequívoca
a) Memória descritiva e justificativa, incluindo capí- interpretação por parte das entidades intervenientes na
tulos respeitantes a cada um dos objectivos relevantes do execução da obra, obedecendo ao disposto na legislação
estudo prévio; e regulamentação aplicável.
b) Elementos gráficos elucidativos sob a forma de plan- 2 — Se outras condições não forem fixadas no contrato,
tas, alçados, cortes, perfis, esquemas de princípio e outros o Projecto de execução inclui, além de outros elementos
elementos, em escala apropriada; constantes de regulamentação aplicável, as seguintes pe-
c) Dimensionamento aproximado e características prin- ças:
cipais dos elementos fundamentais da obra;
d) Definição geral dos processos de construção e da a) Memória descritiva e justificativa, incluindo a dis-
natureza dos materiais e equipamentos mais significativos; posição e descrição geral da obra, evidenciando quando
e) Análise prospectiva do desempenho térmico e ener- aplicável a justificação da implantação da obra e da sua
gético e da qualidade do ar interior nos edifícios no seu integração nos condicionamentos locais existentes ou
conjunto e dos diferentes sistemas activos em particular; planeados; descrição genérica da solução adoptada com
f) Análise prospectiva de desempenho acústico relativa, vista à satisfação das disposições legais e regulamentares
nomeadamente, à propagação sonora, aérea e estrutural, em vigor; indicação das características dos materiais, dos
entre espaços e para o exterior; elementos da construção, dos sistemas, equipamentos e
g) Estimativa do custo da obra e do seu prazo de exe- redes associadas às Instalações Técnicas;
cução. b) Cálculos relativos às diferentes partes da obra apre-
sentados de modo a definirem, pelo menos, os elementos
Artigo 6.º referidos na regulamentação aplicável a cada tipo de obra
Anteprojecto ou Projecto base e a justificarem as soluções adoptadas;
1 — O Anteprojecto, ou Projecto base, desenvolve a c) Medições e mapas de quantidade de trabalhos, dando
solução do Estudo prévio aprovado, sendo constituído a indicação da natureza e da quantidade dos trabalhos
por peças escritas e desenhadas e outros elementos de na- necessários para a execução da obra;
tureza informativa que permitam a conveniente definição d) Orçamento baseado nas quantidades e qualidades de
e dimensionamento da obra, bem como o esclarecimento trabalho constantes das medições;
do modo da sua execução. e) Peças desenhadas de acordo com o estabelecido para
2 — Se outras condições não forem fixadas no contrato, cada tipo de obra na regulamentação aplicável, devendo
o anteprojecto deve conter, para além dos elementos cons- conter as indicações numéricas indispensáveis e a repre-
tantes da regulamentação aplicável os seguintes: sentação de todos os pormenores necessários à perfeita
a) Memórias descritivas e justificativas da solução adop- compreensão, implantação e execução da obra;
tada, incluindo capítulos especialmente destinados a cada f) Condições técnicas, gerais e especiais, do caderno
um dos objectivos especificados para o anteprojecto, onde de encargos.
figuram designadamente descrições da solução orgânica,
funcional e estética da obra, dos sistemas e dos processos 3 — Compete ao Projectista em face da natureza da
de construção previstos para a sua execução e das carac- obra, por sua iniciativa ou por solicitação do Dono da Obra,
terísticas técnicas e funcionais dos materiais, elementos elaborar plano de observação, que assegure as condições
de construção, sistemas e equipamentos; de segurança da obra.
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que exijam soluções elaboradas de compatibilização com bem como os constantes da legislação aplicável às res-
as diferentes partes componentes da obra; pectivas obras.
c) Obrigatoriedade de pesquisa de várias soluções que
conduzam a novos sistemas e métodos e à aplicação de
SECÇÃO I
materiais e elementos de construção diferentes das corren-
tes na prática respectiva. Edifícios
d) Integração num contexto natural ou construído que
determine exigências relevantes, correspondentes a, de- Artigo 15.º
signadamente, aspectos relacionados com contextos am-
bientais ou visuais de excepção, históricos; Programa Preliminar
e) Obrigação especial de inovação técnica ou artística São elementos especiais do Programa preliminar, da
do programa; responsabilidade do Dono da Obra:
f) Obrigatoriedade de pesquisa de soluções que garan-
tam uma contenção de custos particularmente reduzidos. a) Os diferentes tipos de utentes do edifício, a natureza
e a medida das respectivas actividades e as suas interli-
5 — A categoria IV compreende obras com imposições gações;
e características mais severas do que as anteriormente es- b) As características evolutivas das funções a que o
pecificadas, ou, ainda, em que seja dominante a pesquisa edifício se deve adequar;
de soluções individualizadas. c) A ordem de grandeza das áreas e volumes, as neces-
6 — Os projectos cujas obras exijam a execução de sidades genéricas de mobiliário, máquinas, instalações,
trabalhos em circunstâncias excepcionais, tais como, por instrumentos e aparelhagem e as eventuais condições espe-
exemplo, com risco de acidentes, climas severos, com cíficas de ambiente exigidas, designadamente, isolamento
prazos de execução particularmente reduzidos, ou que térmico, renovação de ar, condicionamento acústico, con-
incluam a responsabilidade por novas concepções ou méto- dições de iluminação e incidência solar;
dos muito especiais de construção, podem ser classificados d) O reconhecimento geotécnico do terreno nos termos
em categorias superiores às que lhes corresponderiam sem definidos pelo Autor do projecto no Programa base.
a ocorrência de tais circunstâncias.
Artigo 16.º
Artigo 12.º
Programa base
Importância das fases do projecto
São elementos especiais do Programa base:
Para efeitos de planeamento, o peso relativo de cada
fase de projecto poderá traduzir-se pelas seguintes per- a) Organograma das funções e das actividades dos uten-
centagens: tes do edifício, com discriminação dos factores principais
que foram tidos em consideração, nomeadamente: estrutura
Fases do projecto Percentagem orgânica, funções e actividades, número e qualificação
dos utentes.
Programa base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 b) Representação gráfica de interdependência das fun-
Estudo prévio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 ções e das actividades dos utentes.
Anteprojecto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 c) Descrição e avaliação das condições de utilização, de
Projecto de execução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Assistência técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 segurança, de conforto e de ambiente exigidas, seja qual
for a sua natureza, e a definição e justificação das soluções
Artigo 13.º a adoptar para satisfação daquelas exigências.
d) Discriminação e justificação das necessidades de ins-
Alteração do peso das fases de projecto talações e de equipamentos, de circulações e comunicações
1 — Em função da complexidade e dimensão de cada a e outras fixadas no Programa Preliminar.
projecto, e mediante fundamentação especificada das diver- e) Definição e justificação dos critérios gerais de com-
gências dos impactos de cada fase no processo de elabora- partimentação e de dimensionamento, em função da forma
ção do projecto que justifique a alteração, podem ser defi- de ocupação, das exigências de ambiente e de conforto e
nidos outros pesos relativos ou percentagens para cada fase das necessidades de instalações e de equipamentos.
de projecto, sem prejuízo do disposto no número seguinte. f) Definição e justificação do programa de reconheci-
2 — Nos casos previstos no número anterior não pode mento geotécnico, incluindo as respectivas especificações,
ser atribuído uma percentagem acumulada superior a 50 % necessário ao desenvolvimento dos estudos geológico e
para o Programa base, Estudo prévio e Anteprojecto. geotécnico.
Artigo 17.º
CAPÍTULO II
Estudo Prévio
Disposições especiais
São elementos especiais do Estudo prévio:
Artigo 14.º
a) Os elementos necessários à definição esquemática:
Disposição Introdutória
i) Da implantação do edifício, a qual deverá ser efectu-
Além dos elementos referidos no Capítulo I, o Programa ada sobre planta topográfica a escala adequada, a fornecer
preliminar e as diversas fases do Projecto devem conter pelo Dono da Obra.
os elementos especiais constantes das secções seguintes, ii) Da integração urbana e paisagística do edifício.
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iii) Dos acessos ao terreno e da disposição das redes nhos e a demonstração de conformidade com os critérios
gerais de água, de drenagem de águas residuais domésticas de qualidade aplicáveis, nomeadamente os regulamentares.
e pluviais, gás, electricidade, comunicações e outras. g) O dimensionamento da solução de condicionamento
iv) Das necessidades mais importantes de infra-estruturas térmico.
a executar no terreno e dos critérios propostos para a con- h) A localização e caracterização do mobiliário fixo.
servação ou para a demolição de construções ou de outros i) As peças necessárias à organização dos processos de
elementos existentes no terreno e para o desvio e reposição licenciamento quando exigíveis.
das infra-estruturas existentes, quando for caso.
Artigo 19.º
b) Representação gráfica da forma, da organização de Projecto de Execução
espaços e volume e da composição do edifício que evi-
dencie: 1 — São elementos especiais do Projecto de execução
em geral:
i) As características morfológicas dominantes do edifí-
cio e das suas partes componentes. a) Os resultados da análise do reconhecimento geo-
ii) A organização dos espaços e a interdependência de técnico e do estudo geológico, fornecidos pelo Dono da
áreas e volumes que explicitem as inter-relações das partes Obra.
componentes e destas com o conjunto do edifício. b) A planta de localização do edifício e do conjunto em
iii) A compartimentação genérica do edifício, com in- que se insere, incluindo a topografia, as vias públicas que o
dicação da forma como são solucionados os sistemas de servem, com a indicação das respectivas redes de drenagem
comunicações e de circulações estabelecidas no Programa de águas residuais domésticas e pluviais, abastecimento de
base. água, electricidade, gás, comunicações e outras que sejam
indispensáveis à natureza do edifício, na escala mínima
c) Descrição e justificação das soluções estruturais pro- de 1:2000.
postas, incluindo: c) A planta geral do edifício e do conjunto em que se
insere, perfis longitudinais e transversais e outras peças
i) O pré-dimensionamento da solução estrutural pro- desenhadas, a escalas adequadas a cada caso, que repre-
posta. sentem as informações relativas à execução de todos os
ii) O pré-dimensionamento das soluções de escavação trabalhos exteriores do edifício, nomeadamente:
e de contenção periférica proposta, caso aplicável.
(i) Movimento de terras exigido para a implantação
d) Descrição, justificação e pré-dimensionamento das do edifício e para a adaptação do terreno às condições
instalações e dos equipamentos propostos; definidas no projecto.
e) Pré-dimensionamento das medidas de condiciona- (ii) Arruamentos, incluindo a estrutura da plataforma
mento térmico e acústico. e do pavimento, com indicação dos perfis longitudinais e
f) Relatório com os resultados do reconhecimento ge- dos perfis transversais tipo.
otécnico do terreno, fornecido pelo Dono da Obra, justi- (iii) Redes de águas residuais, abastecimento de água,
ficação das soluções de fundação preconizadas e, quando electricidade, gás, comunicações e outras, no terreno cir-
for o caso, a justificação das soluções de escavação e de cundante do edifício, com discriminação dos traçados das
contenção periférica; valas, das secções das canalizações e demais características
g) Descrição genérica das medidas de condicionamento necessárias à sua execução.
acústico e dos modelos de conservação de energia e de (iv) Muros de suporte, vedações e outras construções
conforto térmico. exteriores ao edifício, designadamente, plantas, cortes,
alçados, pormenores e outros elementos gráficos indis-
Artigo 18.º pensáveis à sua realização.
(v) Projecto de espaços exteriores, nomeadamente, ar-
Anteprojecto borizações, ajardinamentos e outros trabalhos relativos
São elementos especiais do Anteprojecto: ao tratamento paisagístico e mobiliário urbano, com a
especificação das quantidades e das espécies de trabalhos
a) Planta topográfica de implantação do edifício e perfis a executar.
do terreno que definam a implantação do edifício e das
infra-estruturas e expressem, com clareza, a sua integração 2 — As escalas são as adequadas a cada caso, com os
urbana e paisagística. mínimos de 1:500 e 1:1.000, respectivamente, para as
b) Plantas, alçados e cortes, em escalas apropriadas, representações gerais e de pormenor.
que discriminem a compartimentação e indiquem as áreas, 3 — São elementos do projecto de arquitectura:
os volumes e as dimensões principais da construção, do
mobiliário e de outros elementos acessórios do edifício. a) Plantas cotadas de cada piso, pelo menos na escala
c) O reconhecimento geológico e o estudo geotécnico, 1:100, em que sejam indicadas:
fornecidos pelo Dono da Obra. (i) A compartimentação e as respectivas dimensões.
d) O dimensionamento da solução estrutural proposta e (ii) A localização e as dimensões dos diversos elementos
da solução de escavação e de contenção periférica proposta, de construção, nomeadamente escadas, ascensores, portas,
caso aplicável. janelas, varandas, envidraçados, instalações sanitárias e
e) O dimensionamento das instalações e dos equipa- outros necessários à definição do edifício e da execução
mentos. da obra.
f) O dimensionamento da solução de condicionamento (iii) As linhas de corte e os pormenores que sejam ob-
acústico, incluindo uma análise prospectiva de desempe- jecto de outras peças desenhadas.
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(iv) A distribuição e a tipologia do mobiliário fixo. (v) O desenvolvimento em altura dos pilares, definido
nas plantas pela sua indicação nos níveis em que têm início
b) Cortes gerais do edifício, pelo menos na escala 1:100, e em que terminam.
que evidenciem a compartimentação, as dimensões dos
vãos, as alturas e as larguras que interessem à construção, c) Pormenores de todos os elementos da estrutura que
os diferentes níveis entre toscos, ou limpos, dos pavimentos evidenciem a sua forma e constituição e permitam a sua
e dos tectos, incluindo os tectos falsos, os locais destinados execução sem dúvidas ou ambiguidades, nas escalas 1:50,
à passagem de canalizações e condutas, os elementos da 1:20, 1:10 ou superior.
estrutura, tais como pilares, vigas, lajes, escadas e outros
elementos da construção, e outras informações necessárias 4 — O projecto de escavação e de contenção periférica,
à execução do edifício, nomeadamente, natureza e loca- constitui um processo autónomo, incluindo, para efeitos
lização dos materiais de revestimento, articulações mais de caracterização e justificação, uma memória descritiva
importantes entre diferentes elementos de construção e e peças desenhadas elaboradas em conformidade com o
tipo de remates. seguinte:
c) Alçados do edifício, pelo menos na escala 1:100, que
explicitem a configuração e dimensões das paredes exte- a) A memória deverá incluir, nomeadamente, a descrição
riores e de todos os elementos nelas integrados, nomeada- geral da obra, uma informação geológica e geotécnica, a
mente, janelas, portas, vergas, palas, varandas, a natureza caracterização dos elementos da estrutura do edifício e
e a localização dos materiais utilizados nos revestimentos infra-estruturas contíguas ou vizinhas, o faseamento de
e nos elementos de construção e outras informações que trabalho e o modo de execução das obras, o dimensiona-
sejam indispensáveis à construção do edifício. mento e justificação das soluções adoptadas, de acordo com
d) Cortes de pormenorização, em escala adequada, que os regulamentos em vigor, e, quando for caso, o plano de
indiquem os aspectos construtivos de maior interesse para observação a implementar.
a execução da obra. b) As peças desenhadas devem incluir, para além da
e) Mapa de vãos, com indicação da tipologia de cada planta de localização sobre o levantamento topográfico
vão, das respectivas dimensões e quantidades, do modo de actualizado, os elementos de arquitectura necessários à
funcionamento, da natureza e das características dos mate- apreciação isolada do referido projecto e da planta de loca-
riais e das ferragens e de outras informações necessárias ao lização dos trabalhos de prospecção e dos cortes geológicos
fabrico e montagem de caixilharias, portas, envidraçados interpretativos, a planta com a indicação das soluções de
e outros elementos. escavação, de contenção ou de fundações, os cortes trans-
f) Mapa de acabamentos que defina claramente os ma- versais, longitudinais e alçados contendo os elementos
teriais e a natureza dos acabamentos considerados para necessários à compreensão da solução preconizada com
todos os elementos da construção. referência às estruturas vizinhas, em particular no subsolo,
g) Pormenores de execução dos diferentes elementos as plantas, alçados e cortes com indicação e definição de
de construção com a definição precisa das dimensões e todos os elementos de contenção e de drenagem, os cortes
da natureza das interligações dos diferentes materiais ou e pormenores de betão armado e a definição e a planta de
partes constituintes. localização dos dispositivos de observação a instalar.
h) Outras representações necessárias à definição da 5 — São elementos dos projectos de instalações e equi-
construção e à execução das obras. pamentos:
3 — São elementos do Projecto de estruturas: a) Memórias descritivas e justificativas das instalações
e equipamentos descrevendo e justificando as soluções
a) Memória descritiva e justificativa da escolha do tipo
adoptadas, tendo em atenção o anteprojecto aprovado e as
de fundações e de estrutura e respectivas verificações de
disposições legais e regulamentares em vigor.
cálculo, de acordo com os regulamentos em vigor.
b) Plantas e cortes definidores da estrutura, em escalas b) Especificações técnicas, gerais e especiais, relativas
adequadas, em que sejam representadas: às instalações e equipamentos, definindo as condições
de montagem e as características técnicas dos materiais
(i) A posição, devidamente cotada, de todos os elemen- e equipamentos.
tos estruturais, nomeadamente, as vigas, pelos seus eixos c) Plantas e, se necessário, alçados e cortes, em escala
ou pelos seus contornos; os pilares, pelos seus eixos e adequada, com o mínimo de 1:100 que definam:
contornos; as lajes, com a indicação das suas espessuras;
as aberturas nas lajes, com a indicação da sua localização (i) A localização e, se necessário, o modo de implantação
e das suas dimensões; as paredes e outros elementos es- dos materiais e dos equipamentos afectos às instalações.
truturais, pelos seus eixos e contornos. (ii) O traçado e o modo de montagem das redes.
(ii) As secções em tosco de todos os elementos estru- (iii) As dimensões das canalizações eléctricas, de comu-
turais. nicações e das tubagens e condutas para abastecimento de
(iii) As cotas de nível de toscos das faces superiores das água, águas residuais, ar, gás e outros fluidos.
vigas, paredes e lajes e, quando necessário, as espessuras (iv) As interdependências mais relevantes das insta-
dos revestimentos; lações e equipamentos com os elementos de construção,
(iv) A localização, devidamente referenciada, e as di- nomeadamente, aberturas em pavimentos ou paredes para
mensões das aberturas e passagens através dos elementos passagem de canalizações, tubagens e condutas, maciços
estruturais, nomeadamente as relativas a canalizações e para equipamentos e revestimentos especiais, seja para
a condutas. atenuação acústica, seja qual for a sua finalidade.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(45)
f) Condições de funcionamento e utilização das insta- materiais ou traçados das redes, quer durante o desenvol-
lações e da sua eventual expansão. vimento dos projectos, quer durante a execução da obra.
b) Aprovação dos mapas de ensaio.
Artigo 25.º c) Apoio e aprovação da parametrização das instala-
Anteprojecto
ções.
d) Participação nos ensaios de recepção e aprovação
São elementos especiais do Anteprojecto dos resultados dos mesmos.
a) Esquemas de princípio das instalações e da sua in-
terligação espacial e funcional. SUBSECÇÃO II
b) Plantas, em escalas apropriadas, onde se indiquem os Instalações, equipamentos e sistemas eléctricos.
traçados das redes principais das diversas instalações, com
indicação dos seus acessórios essenciais, e a localização Artigo 28.º
aproximada dos equipamentos.
Programa Preliminar
c) Cortes, esquemas axinométricos ou cotagem altimé-
trica das plantas, sempre que isso seja necessário à boa São elementos especiais do Programa preliminar:
compreensão da solução proposta.
d) Alçados dos edifícios, sempre que isso seja necessário a) Identificação de aspectos específicos do edifício ou
à boa compreensão da solução proposta. zonas do edifício, em termos de energia eléctrica, am-
e) Dimensionamento dos troços principais das redes. biente, utilização, segurança e outros e ligações a redes
f) Caracterização e dimensionamento dos equipamentos ou sistemas exteriores.
principais. b) Condicionamentos à localização dos equipamentos e
g) Caracterização geral dos dispositivos de utilização, das instalações necessárias ao seu funcionamento.
dos equipamentos sanitários e dos materiais e acessó- c) Identificação dos níveis de qualidade, disponibilidade,
rios. redundância e autonomia pretendidos.
d) Condicionamentos a nível de manutenção, exploração
Artigo 26.º e expansão.
Projecto de Execução Artigo 29.º
São elementos especiais do Projecto de execução: Programa Base
a) Cálculos correspondentes ao dimensionamento das São elementos especiais do Programa base:
diversas redes e equipamentos.
b) Esquemas de princípio das instalações e da sua in- a) Identificação das diferentes instalações e equipamen-
terligação espacial e funcional. tos a considerar e suas configurações gerais justificadas
c) Plantas dos pisos, à escala 1/100, pelo menos, onde a partir dos condicionamentos e imposições do Programa
se indiquem os traçados das redes das diversas instalações, Preliminar.
com indicação das suas características e demais elementos b) Bases de dimensionamento consideradas para as
indispensáveis a execução da obra, e a localização dos diferentes instalações e equipamentos.
equipamentos. c) Discriminação e justificação das necessidades em
d) Cortes, esquemas axinométricos ou cotagem alti- termos de energia eléctrica, segurança e outras.
métrica de plantas, sempre que isso seja necessário à boa d) Interligações com outras especialidades e respectivas
compreensão do projecto. condições ou exigências.
e) Alçados dos edifícios, sempre que isso seja necessário
à boa compreensão do projecto, a escala adequada. Artigo 30.º
f) Discriminação e especificação detalhada dos equi- Estudo Prévio
pamentos, redes, acessórios e materiais utilizados nas di-
ferentes instalações. São elementos especiais do Estudo prévio:
g) Caracterização dos dispositivos de utilização e dos a) Representação gráfica geral das instalações e equi-
equipamentos sanitários e, quando aplicável, dos compo- pamentos em concordância com o desenvolvimento das
nentes dos sistemas de combate a incêndios, em confor- outras especialidades e com a definição das condições
midade com o projecto de Segurança Integrada. regulamentares de segurança, sob a forma de plantas e
h) Pormenores necessários à definição detalhada e boa outros elementos, a escala apropriada.
execução das instalações e equipamentos projectados, a b) Esquemas de princípio necessários à definição esque-
escalas adequadas. mática da concepção dos sistemas e redes que integram as
i) Especificação dos métodos de ensaio a considerar instalações e equipamentos e da sua interligação espacial
para as diversas instalações. e funcional.
c) Caracterização genérica das instalações e equipa-
Artigo 27.º mentos principais.
Assistência Técnica Especial d) Pré-dimensionamento dos equipamentos e das redes
principais das instalações.
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
e) Condições de ligação às redes de energia eléctrica
Anexo, constituem elementos especiais:
(produção, consumo) e outras, de funcionamento e utili-
a) Apreciação ou elaboração de quaisquer alterações às zação das instalações e equipamentos e da sua eventual
especificações e dimensionamentos dos equipamentos e expansão.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(47)
São elementos especiais do Anteprojecto: Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
Anexo, constituem elementos especiais:
a) Plantas, em escalas apropriadas, onde se indiquem os
traçados das redes principais das diversas instalações, com a) Apreciação ou elaboração de quaisquer alterações às
indicação da localização aproximada dos equipamentos. especificações e do dimensionamento dos equipamentos e
b) Cortes, esquemas e diagramas, sempre que isso seja materiais ou traçados das redes, quer durante o desenvolvi-
necessário à boa compreensão da solução proposta. mento dos projectos, quer durante a execução da obra.
c) Esquemas de princípio das instalações e da sua in- b) Aprovação dos mapas de ensaio.
terligação espacial e funcional. c) Apoio e aprovação da parametrização das instalações
e) Caracterização das instalações e equipamentos prin- e equipamentos.
d) Participação nos ensaios de recepção e aprovação
cipais.
dos seus resultados.
f) Dimensionamentos dos equipamentos e redes prin-
cipais das instalações.
SUBSECÇÃO III
g) Enumeração dos principais artigos que constituem o
mapa de quantidades de trabalho, dividido nos principais Instalações, equipamentos e sistemas de comunicações.
capítulos constituintes das instalações e equipamentos,
de forma a permitir a elaboração da estimativa do custo Artigo 34.º
preliminar da obra. Programa Preliminar
h) Justificação dos níveis de conforto luminotécnico, de
segurança e outros, bem como de produção e consumo de São elementos especiais do Programa preliminar:
energia eléctrica que suportem a solução proposta; a) Identificação de aspectos específicos do edifício ou
i) Verificação do cumprimento das regulamentações zonas do edifício, nomeadamente no que se refere a co-
técnicas aplicáveis. municações, ambiente, utilização, segurança e ligações a
redes ou sistemas exteriores.
Artigo 32.º b) Condicionamentos à localização dos equipamentos e
das instalações necessárias ao seu funcionamento.
Projecto de Execução
c) Identificação dos níveis de qualidade, disponibilidade,
São elementos especiais do Projecto de execução: redundância e autonomia pretendidos.
d) Condicionamentos a nível de manutenção, exploração
a) Memória descritiva e justificativa, incluindo a análise e expansão.
prospectiva de desempenhos, descrevendo e justificando
as soluções projectadas, tendo em atenção o Anteprojecto Artigo 35.º
aprovado e as disposições legais em vigor.
b) Condições técnicas, gerais e especiais, especificando Programa Base
as condições de execução ou montagem e as características São elementos especiais do Programa base:
técnicas das instalações e equipamentos previstos.
c) Planta geral dos locais servidos pelas instalações e a) Identificação das diferentes instalações e equipamen-
tos a considerar e suas configurações gerais justificadas a
equipamentos, em escala apropriada, quando não definida
partir dos condicionamentos e imposições constantes do
em regulamento aplicável, contendo os elementos de refe- Programa Preliminar.
rência e de orientação necessários à fácil localização das b) Bases de dimensionamento consideradas para as
instalações e equipamentos. diferentes instalações e equipamentos;
d) Plantas em escala apropriada, quando não definida c) Discriminação e justificação das necessidades, nomea-
em regulamento aplicável, com o traçado e constituição das damente em termos de comunicações e segurança.
redes e localização dos equipamentos, com a indicação dos d) Interligações com outras especialidades e respectivas
elementos indispensáveis à sua conveniente apreciação. condições ou exigências.
e) Alçados e cortes dos edifícios ou partes dos edifícios,
sempre que isso seja necessário à boa compreensão do Artigo 36.º
projecto, a escala apropriada, quando não definida em
Estudo Prévio
regulamento aplicável.
f) Pormenores necessários à definição detalhada e boa São elementos especiais do Estudo prévio:
execução das instalações e equipamentos projectados, a a) Representação gráfica geral das instalações e equi-
escalas apropriadas quando não definidas em regulamento pamentos em concordância com o desenvolvimento das
aplicável. outras especialidades e com a definição das condições
.g) Esquemas de princípio das instalações e da sua in- regulamentares de segurança, sob a forma de plantas e
terligação espacial e funcional, quando necessárias à sua outros elementos, a escala apropriada.
perfeita compreensão. b) Esquemas de princípio necessários à definição esque-
h) Dimensionamento das instalações e dos equipamen- mática da concepção dos sistemas e redes que integram as
tos, incluindo os cálculos necessários para o efeito. instalações e equipamentos e da sua interligação espacial
i) Medições e mapas de quantidade de trabalhos, divi- e funcional.
didos nos diversos capítulos constituintes da obra. c) Caracterização genérica das instalações e equipa-
j) Orçamento de projecto da obra. mentos principais.
5106-(48) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008
d) Definição dos critérios gerais de sectorização e de di- g) Enumeração dos principais artigos que constituem o
mensionamento em função da forma de ocupação, exigên- mapa de quantidades de trabalho, dividida nos principais
cias termohigrométricas e compartimentação corta-fogo. capítulos constituintes da instalação, de forma a permitir
e) Previsão da necessidade de espaços técnicos, verticais a elaboração da estimativa do custo preliminar da obra.
e horizontais. h) Enumeração e dimensionamento prévio dos prin-
f) Indicação de estratégias gerais de redução de consu- cipais quadros eléctricos de alimentação e controlo dos
mos de energia e de utilização de fontes de energia renová- equipamentos e redes das instalações.
veis, optimizando o IEE (Índice de Eficiência Energética) i) Verificação prévia do cumprimento da regulamentação
de acordo com as exigências regulamentares em vigor. sobre eficiência energética, qualidade do ar e condições
g) Estratégia de contagem da energia térmica para os de manutenção.
diferentes usos e fracções. j) Verificação prévia do cumprimento da regulamentação
sobre ruído.
Artigo 42.º l) Estimativa do custo da obra.
Estudo Prévio
Artigo 44.º
São elementos especiais do estudo Prévio:
Projecto de Execução
a) Memória descritiva da concepção dos sistemas de-
finindo as condições de funcionamento e utilização, bem São elementos especiais do projecto de execução:
como a sua modulação e eventual capacidade de expan- a) Mapa de capacidades com identificação detalhada de
são. todos os equipamentos a instalar, e seu dimensionamento,
b) Esquemas de princípio dos sistemas e redes que in- nomeadamente potência térmica a fornecer, caudal de ar e
tegram as instalações e equipamentos e estabeleçam clara- ou de água, pressões disponíveis, potência eléctrica apa-
mente a sua organização, interdependência e interligação rente ou consumo de combustível correspondente.
funcional e espacial. b) Especificação detalhada de todos os equipamentos
c) Identificação de espaços técnicos horizontais e verti- e materiais a fornecer e a instalar, nomeadamente quanto
cais necessários (áreas e volumes associados), bem como às suas características construtivas, códigos ou normas
das necessidades de ventilação e de interligação a redes exigíveis, espessura da chapa, níveis de estanqueidade e
exteriores e interiores, nomeadamente de drenagem, ali- pressão sonora, peso, dimensões.
mentação de água, alimentação eléctrica e de gás. c) Planta geral, à escala apropriada, com a localização
d) Pré-dimensionamento dos equipamentos e redes prin- do edifício e dos equipamentos exteriores, bem como os
cipais da instalação. traçados entre uns e outros, com definição da forma de
e) Implantação dos principais equipamentos e redes. instalação, assegurando quando necessário, as condições
f) Estratégia de monitorização do estado e do funciona- de protecção visual, de arrefecimento e de condiciona-
mento de equipamentos e instalações específicas. mento acústico.
g) Proposta do regime de contagem de energia e flui- d) Plantas, alçados e cortes com a pormenorização ne-
dos. cessária à completa explicitação das instalações projec-
h) Estimativa expedita do custo da obra. tadas, a escala apropriada, com a localização de todos os
equipamentos e traçados das redes de fluidos térmicos,
Artigo 43.º nomeadamente de ar e água arrefecida, aquecida ou de
Anteprojecto condensação, de fluido frigorigénio, com indicação do
seu dimensionamento (diâmetros, dimensões, secções)
São elementos especiais do Anteprojecto: tipo e espessura dos isolamentos, modo de instalação,
a) Cálculos correspondentes à determinação das cargas fixação e suporte.
térmicas de arrefecimento e aquecimento, bem como dos e) Esquema, ou esquemas, de princípio de todos os
caudais de ar novo a considerar. sistemas, devidamente detalhados, com discriminação e
b) Definição dos níveis de conforto termohigrométrico identificação de todos os equipamentos e acessórios de
e acústico, associados às instalações e equipamentos de comando, protecção, contagem, monitorização e controlo.
AVAC, bem como dos consumos de energia e fluidos que f) Representação esquemática, em perspectiva quando
suportem a decisão sobre a solução técnica adoptada, com necessário, das redes e apresentação do diagrama de pru-
recurso, sempre que necessário, a simulações computacio- madas de ar e água, com identificação da ocupação prevista
nais dinâmicas. para os espaços técnicos verticais e horizontais.
c) Avaliação de soluções de recuperação de energia, uso g) Pormenores necessários à definição detalhada e boa
de energias renováveis, ou outras e sua avaliação técnico- execução das instalações e equipamentos projectados, a
-económica, sempre que necessário. escalas adequadas.
d) Plantas, alçados e cortes em escalas apropriadas onde h) Discriminação e especificação detalhada das medidas
se indiquem a localização de equipamentos e o traçado de condicionamento acústico, com análise prospectiva de
principal das redes associadas às diversas instalações a desempenho.
realizar. i) Documentos, peças escritas e desenhadas que integrem
e) Dimensionamento dos equipamentos principais e os processos de licenciamento de acordo com a especifici-
redes primárias das instalações. dade própria das instalações e as exigências das entidades
f) Dimensionamento dos espaços técnicos principais, licenciadoras, nomeadamente quanto à justificação da não
centrais e percursos verticais e horizontais, acima dos tec- consideração de soluções legalmente obrigatórias.
tos falsos ou sob os pavimentos sobreelevados, e indicação j) Apresentação dos esquemas dos quadros eléctricos
das condições de acesso para manutenção ou reparação. de alimentação das instalações de ar condicionado e ven-
5106-(50) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008
São elementos especiais do Projecto de execução: É elemento especial do Estudo prévio a descrição ge-
nérica das medidas de condicionamento acústico inde-
a) Especificação detalhada de todos os equipamentos
xadas a soluções tipo a integrar nas fases posteriores do
e materiais a fornecer e a instalar, nomeadamente quanto
às suas características construtivas, códigos ou normas projecto.
exigíveis, espessura da chapa, níveis de estanqueidade,
peso e dimensões. Artigo 73.º
b) Plantas, alçados e cortes a escala apropriada com a Anteprojecto
pormenorização necessária à completa explicitação das
instalações projectadas, incluindo a localização de todos É elemento especial do Anteprojecto a elaboração de
os equipamentos e traçados das redes com integração nas planta geral, a escala conveniente, com a implantação das
redes de comunicações do edifício. principais fontes de alteração da componente acústica do
c) Esquema de princípio do sistema. ambiente, identificando os respectivos campos sonoros.
5106-(54) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008
aterros de grande dimensão e travessias de baixas alu- de abastecimento de água e de saneamento, oleodutos e
vionares. condutas de fibra óptica.
l) Pré-dimensionamento do pavimento. q) Elaboração das plantas cadastrais.
m) Pré-dimensionamento geral das obras de arte, tipos r) Esquema de redes de triangulação do apoio topográ-
estruturais e de fundações. fico, se julgado necessário.
n) Pré-dimensionamento geral dos túneis.
o) Estudo hidrológico sumário. 2 — No caso de se prescindir desta fase do projecto,
p) Estudo de enquadramento paisagístico. é sempre elaborada, pelo menos, a geometria do traçado
q) Desenhos tipo de sinalização e segurança, vedações, com a finalidade de garantir a sua estabilização, a qual é
iluminação e telecomunicações. essencial para a realização dos trabalhos topográficos, da
r) Localização das áreas de serviço e de repouso. prospecção geotécnica e das plantas cadastrais.
s) Localização das portagens.
t) Estudo económico e avaliação da respectiva renta- Artigo 87.º
bilidade (TIR). Projecto de Execução
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente São elementos especiais do Programa base:
Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são a) A recolha e interpretação dos elementos geológicos e
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a geotécnicos disponíveis e os resultados do reconhecimento
caso e em função das características da Obra. geológico de superfície do traçado com identificação de
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(59)
eventuais pontos críticos que constituam condicionamentos das obras de arte, devendo as cotas estar referidas à rede
do projecto. geodésica do país.
b) Levantamentos topográficos a efectuar. d) Perfil ou perfis transversais tipo na escala 1:50.
c) Identificação e localização de obras de arte, de túneis e) Estudo geológico e geotécnico complementar, se
e de obras geotécnicas especiais, em particular, consolida- necessário.
ção dos taludes, estruturas de suporte, aterros de grande f) Perfis geotécnicos.
dimensão e travessias de baixas aluvionares. g) Dimensionamento da plataforma de via.
d) Identificação de outros estudos a efectuar. h) Dimensionamento das obras geotécnicas especiais,
designadamente, consolidação dos taludes, estruturas de
Artigo 92.º suporte, aterros de grande dimensão e travessias de baixas
aluvionares.
Estudo Prévio
i) Perfis transversais na escala 1:200.
São elementos especiais do Estudo prévio: j) Gráfico de distribuição de terras.
l) Estudo de integração paisagística.
a) Esboço corográfico na escala 1:25.000; m) Material de superestrutura de via.
b) Traçado em planta das soluções estudadas, para plena n) Malha de apoio topográfico.
via e estações, sobre base cartográfica à escala 1:5.000, ou
1:1.000 caso se tratem de zonas urbanas ou adjacentes a Artigo 95.º
vias existentes, incluindo o traçado dos restabelecimentos
da rede viária afectada. Assistência Técnica Especial
c) Perfil longitudinal correspondente a essas soluções na Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
mesma escala do traçado em planta para os comprimentos Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são
e dez vezes para as alturas, no qual apareçam localizadas acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a
as obras de arte e os túneis. caso e em função das características da Obra.
d) Perfil ou perfis transversais tipo nas escalas 1:100
ou 1:50. SUBSECÇÃO II
e) A definição e justificação do programa de reconhe-
cimento, prospecção e ensaios laboratoriais, incluindo as Catenária
respectivas especificações, necessário ao desenvolvimento
do estudo geológico e geotécnico. Artigo 96.º
f) Estudo hidrológico. Programa Preliminar
g) Estudo de enquadramento paisagístico.
h) Perfis transversais nas secções mais críticas, à escala São elementos especiais do Programa preliminar:
1:200. a) Velocidade a praticar na linha ou nos vários troços
i) Pré-dimensionamento da plataforma de via. da linha.
j) Pré-dimensionamento das obras geotécnicas espe- b) Características pretendidas para as instalações fixas
ciais, em particular, consolidação dos taludes, estruturas de tracção eléctrica e para os diversos equipamentos.
de suporte, aterros de grande dimensão e travessias de c) Normas e especificações a que deve obedecerem o
baixas aluvionares. equipamento e a organização do projecto de execução.
Artigo 93.º Artigo 97.º
Anteprojecto Programa Base
São elementos especiais do Anteprojecto: São elementos especiais do Programa base:
a) Pormenorização das recomendações e decisões re- a) Critérios básicos do projecto.
sultantes da apreciação efectuada ao Estudo prévio pelo b) Definição das soluções tipo de catenária.
Dono da Obra. c) Identificação das fontes de alimentação.
b) Estudo geológico e geotécnico. d) Inventariação dos estudos complementares neces-
c) Estudo hidrológico, se necessário. sários.
g) Relação dos prédios a abastecer, tipo e características vatórias e de tratamento e dos respectivos equipamento
da sua ocupação e população a servir. electromecânico e instalações eléctricas.
h) Imposições relativas a condicionamentos de impacte b) Definição das condições de funcionamento do sis-
ambiental. tema, com indicação dos dispositivos de protecção e con-
trolo, acompanhada do dimensionamento aproximado dos
Artigo 134.º seus elementos.
c) Estudo geológico e geotécnico.
Programa Base
d) Avaliação dos custos de investimento, incluindo
São elementos especiais do Programa base: medições e orçamento, e dos encargos de operação e de
manutenção do sistema de abastecimento.
a) Caracterização dos aglomerados a abastecer e in-
dicação das respectivas populações actuais e no ano de Artigo 137.º
horizonte de projecto.
b) Capacidades das origens de água utilizáveis e caudais Projecto de Execução
a extrair de cada uma delas. 1 — São elementos especiais do Projecto de execu-
c) Consumos domésticos e industriais a satisfazer, dis- ção:
criminados por núcleos populacionais e sua evolução de
acordo com a variação das capitações e o desenvolvimento a) Descrição pormenorizada de cada um dos elementos
demográfico e socioeconómico previsível no horizonte do sistema projectado, com os correspondentes dimensio-
de projecto. namentos.
d) Avaliação do consumo total e comparação com cau- b) Planta do esquema geral em escala adequada a uma
dais disponíveis nas origens. visão integrada do sistema.
e) Caracterização dos sistemas de abastecimento exis- c) Planta geral da adutora e da rede ou redes projectadas,
tentes. com a indicação dos órgãos existentes a aproveitar ou inte-
f) Tipo e grau de tratamento necessários ou, na falta de grar, localização e referências que permitam a integração
elementos que permitam uma sua definição, indicação das no conjunto do sistema, à escala 1:1.000 ou 1:2.000.
análises e ensaios complementares a realizar. d) Esquema geral das redes e pormenores dos respec-
tivos nós, com a indicação dos diâmetros da tubagem a
Artigo 135.º utilizar e dos órgãos e acessórios necessários.
e) Plantas e perfis longitudinais das condutas adutoras e
Estudo Prévio a localização de todos os acessórios a escalas adequadas.
São elementos especiais do Estudo prévio: f) Planta geral da estação ou das estações de tratamento
de água, à escala 1:500 ou 1:1000, e respectivo esquema
a) Definição esquemática dos traçados alternativos, em de funcionamento.
planta e perfil, da exequibilidade técnica e ambiental e g) Diagrama de blocos e perfil hidráulico da estação ou
das suas condições económicas e financeiras, de primeiro estações de tratamento de água.
investimento, de operação e de manutenção. h) Definição de edifícios e de equipamentos electro-
b) Definição esquemática dos diversos elementos que mecânicos e instalações elevatórias, conforme os pontos
compõem o sistema de abastecimento em cada uma das 2 e 3 deste artigo.
soluções alternativas e para cada um dos seus componentes, i) Plantas, alçados e cortes de cada um dos elementos
nomeadamente os relativos a: da obra em escalas convenientes à sua execução.
j) Avaliação de custos de investimento, incluindo me-
i) Captação. dições e orçamento.
ii) Adução, incluindo sistemas elevatórios.
iii) Tratamento. 2 — A Secção I do presente Anexo é aplicável, com as
iv) Armazenamento. necessárias adaptações, às estações elevatórias, estações
v) Distribuição. de tratamento e outros edifícios.
3 — A Secção II do presente Anexo é aplicável, com
c) Comparação técnico-económica e ambiental das di- as necessárias adaptações, às instalações e equipamentos.
versas soluções alternativas.
d) Definição e justificação do programa de reconhe- Artigo 138.º
cimento, através de prospecção geológica e geotécnica e
ensaios laboratoriais, necessário ao desenvolvimento do Assistência Técnica Especial
estudo, incluindo as respectivas especificações. No projecto de infra-estruturas de abastecimento e de
tratamento de água, a fase de construção deve implicar
Artigo 136.º uma assistência técnica especial, a prestar pelo Projectista,
Anteprojecto a qual, para além das tarefas definidas no artigo 10.º do
presente Anexo, compreende a elaboração de notas técnicas
São elementos especiais do Anteprojecto: que contenham:
a) Planta e perfil do traçado das condutas adutoras, a) A apreciação técnico-económica de alternativas sub-
planta do traçado das redes de distribuição; dimensiona- metidas pelo empreiteiro durante a execução da obra.
mento hidráulico das condutas adutoras e de distribui- b) A análise de resultados de ensaios de caracterização
ção; localização, capacidade, condições de alimentação e geotécnica, de caracterização de materiais, de equipamen-
funcionamento dos reservatórios e câmaras de manobra; tos utilizados na obra ou de qualidade da água, que tenham
localização e principais características das estações ele- lugar na fase de construção.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(67)
c) A apreciação dos resultados obtidos no âmbito da ses e ensaios complementares a realizar ou informação a
monitorização ou instrumentação. solicitar às autoridades competentes.
d) A adaptação do projecto às condições reais da em- f) Enunciado dos critérios gerais de projecto dos diver-
preitada. sos elementos dos sistemas de drenagem ou de tratamento
e indicação sumária dos condicionamentos locais suscep-
SECÇÃO X tíveis de influenciar a escolha da solução a adoptar.
São elementos especiais do Programa preliminar: a) Definição esquemática do conjunto das soluções alter-
nativas e dos principais indicadores económico-financeiros
a) Horizonte de projecto. relativos à instalação e à exploração.
b) Caracterização dos aglomerados e ou área a servir. b) Definição esquemática, para cada uma das soluções
c) Situação actual dos aglomerados e ou área a servir alternativas, dos diversos elementos que compõem o sis-
quanto ao abastecimento de água e drenagem de águas tema de drenagem ou das instalações de tratamento, ilus-
residuais domésticas, industriais e pluviais, bem como trando a respectiva interligação com eventuais sistemas
quanto ao tratamento de águas residuais. existentes a montante ou a jusante.
d) Indicação das infra-estruturas existentes de drenagem
e ou de tratamento de águas residuais. Artigo 142.º
e) Condicionamentos especiais que possam resultar das
exigências de drenagem e ou de tratamento conjunto de Anteprojecto
águas residuais industriais, com ou sem pré-tratamento, São elementos especiais do Anteprojecto:
eventualmente existentes ou de instalação previsível, no-
meadamente: a) Os constantes na legislação e normas em vigor.
b) Estudo geológico e geotécnico, quando aplicável.
i) Tipos de indústrias. c) Testes, ensaios e inspecções apropriados a órgãos,
ii) Caracterização qualitativa e quantitativa das águas edifícios e equipamentos, no caso de reabilitação ou am-
residuais industriais, incluindo variações previsíveis ao pliação física ou funcional dos mesmos.
longo do tempo.
iii) Regulamentos locais ou regionais de exploração Artigo 143.º
ou de descarga de águas residuais industriais na rede de
drenagem. Projecto de Execução
1 — São elementos especiais do Projecto de Execu-
f) Meio receptor da descarga do efluente da rede de ção:
drenagem ou da instalação de tratamento, actuais ou pre-
visíveis, bem como as principais características, nomea- a) Os constantes na legislação e normas em vigor.
damente quanto a utilizações nas proximidades, caudais b) Memória descritiva do sistema de drenagem ou do
de estiagem e características bioquímicas. sistema de tratamento, caracterizando pormenorizadamente
g) Imposições relativas a condicionamentos de impacte cada um dos principais órgãos projectados e, se aplicável,
ambiental. a sua interacção e integração com sistemas previamente
existentes no caso de reabilitação ou de ampliação dos
Artigo 140.º mesmos.
c) Cálculo justificativo para as condições de arranque e
Programa Base de horizonte de projecto e, também, para as demais condi-
São elementos especiais do Programa base: ções pertinentes de exploração ou de afluência, por exem-
plo, situações de variações sazonais, nomeadamente:
a) Caracterização dos aglomerados ou áreas a servir e
indicação das respectivas populações actuais e evolução i) Cálculos hidráulicos, apresentando também, no caso
prevista no horizonte de projecto, se aplicável. das instalações de tratamento, o correspondente perfil hi-
b) Capitações de consumo de água e coeficiente de dráulico, com indicação de todos os circuitos, gravíticos
afluência à rede consideradas na avaliação dos caudais e em pressão, órgãos de tratamento, equipamentos e prin-
das águas residuais domésticas e critérios adoptados para cipais acessórios.
a avaliação dos caudais de águas pluviais, de infiltração, ii) Cálculos processuais dos sistemas de tratamento, por
bem como das componentes relativas a águas residuais órgão de tratamento, indicando rendimentos e eficiências,
industriais. emissões, produções e consumos específicos, apresentando
c) Caracterização qualitativa ou quantitativa das águas também os resultados graficamente, nomeadamente através
residuais a drenar ou afluentes às instalações de tratamento do balanço de massas para os parâmetros relevantes e do
e sua provável evolução ao longo do horizonte de projecto, balanço energético da instalação.
indicando os critérios adoptados.
d) Caracterização das infra-estruturas existentes de dre- d) Diagrama de processo e de instrumentação (P&ID),
nagem ou de tratamento de águas residuais que possam com clara indicação de todos os circuitos, órgãos, equipa-
constituir base ou contribuir para o projecto. mentos, acessórios e instrumentos, quer para a fase líquida
e) Tipo e nível de tratamento necessário ou, na falta de quer para a fase sólida e fase gasosa, nomeadamente, sis-
elementos que os permitam definir, indicação das análi- temas de desodorização e sistemas de extracção, armaze-
5106-(68) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008
componentes e, se aplicável, a sua interacção com sistemas a) Acompanhamento das actividades de operação ou
existentes no caso de reabilitação ou de ampliação dos manutenção do sistema de recolha, transferência, trans-
mesmos. porte, tratamento ou valorização de resíduos, cujo âmbito
b) Cálculo justificativo para as condições de arranque e afectações são objecto de acordo prévio entre o Dono
e de horizonte de projecto e demais condições pertinentes da Obra e o Projectista.
de exploração e de produção de resíduos, nomeadamente b) No que se refere a edifícios, os elementos especiais
em termos de dimensionamento do sistema de recolha e da assistência técnica são acordados entre o Dono da Obra
dimensionamento processual do sistema de valorização e e o Projectista, caso a caso e em função das características
tratamento por etapa, indicando, no aplicável, rendimentos
da Obra.
e eficiências, emissões, produções e consumos específi-
c) No que respeita às instalações e equipamentos, é
cos, incluindo os resultados gráficos através de balanço
de massas para os parâmetros relevantes e de balanço aplicável a Secção II do presente Anexo.
energético da instalação. d) No que respeita aos caminhos de acesso e a áreas
c) Diagrama de P&ID das instalações de recepção, ar- pavimentadas, é aplicável o disposto na Secção IV.
mazenamento, valorização, tratamento e transferência, e) No que respeita aos sistemas de drenagem e trata-
com clara indicação de todos os circuitos, etapas, órgãos, mento de águas residuais, é aplicável, com as necessárias
equipamentos, acessórios e instrumentos, quer para as vá- adaptações, a Secção X do presente Anexo.
rias linhas de processamento quer para as correspondentes
linhas líquidas e gasosas, no aplicável. SECÇÃO XII
d) Descrição detalhada do sistema de supervisão das
instalações bem como a sua interconexão com eventual Obras Portuárias e de Engenharia Costeira
sistema de telegestão, se aplicável.
e) Descrição detalhada dos modos de arranque, de pa- Artigo 151.º
ragem e, se aplicável, de encerramento operacional do Programa Preliminar
sistema projectado, especificando os principais procedi-
mentos operacionais e de segurança, bem como os recursos São elementos especiais do Programa preliminar:
necessários. a) Objectivos e o programa de necessidades.
f) Descrição do modo de exploração, salientando me- b) Instrumentos de ordenamento e planeamento legal-
didas minimizadoras, face a eventuais avarias ou inope- mente eficazes.
racionalidade dos principais, órgãos, etapas ou linhas e
c) Caracterização das condições operacionais.
de determinado equipamento, no caso deste não dispor
d) Faseamento previsional do empreendimento.
de reserva instalada.
g) Descrição dos processos construtivos e, no caso de e) Condições de exploração a garantir durante a exe-
reabilitação ou de ampliação de instalação existente que cução da obra e outras condicionantes ou restrições a ob-
esteja ou não em serviço, descrição detalhada do modo de servar.
construção especificando as várias fases de execução, bem f) Caracterização das condições topográficas, hidrográ-
como os principais impactes no modo de exploração e as ficas, de agitação marítima, de ventos, correntes e marés
correspondentes medidas minimizadoras. na área de intervenção.
h) Medições e orçamento relativos à estimativa de cus- g) Recolha e interpretação dos elementos geológicos e
tos de exploração, ao longo do horizonte de projecto da geotécnicos existentes sobre o local de intervenção.
instalação, nas suas principais componentes de custos e h) Normas ou documentos normativos a respeitar.
proveitos, no aplicável. i) Imposições relativas a condicionamentos de impacte
i) Planta geral do sistema em escalas adequadas, bem ambiental.
como plantas e cortes com indicação das várias fases da
execução e da exploração, se aplicável. Artigo 152.º
j) Para as obras geotécnicas deverá seguir-se o que se
Programa Base
encontra especificado nas normas técnicas em vigor.
l) Aos edifícios, é aplicável a Secção I do presente São elementos especiais do Programa base a indicação
Anexo. dos estudos, de reconhecimentos de campo complemen-
m) Às instalações e equipamentos, é aplicável a Secção II tares, de ensaio laboratorial e de modelação que se torna
do presente Anexo. necessário realizar nos seguintes domínios:
n) Aos caminhos de acesso e a áreas pavimentadas, é
aplicável o disposto na Secção IV. a) Topografia e hidrografia.
o) Aos sistemas de drenagem e tratamento de águas b) Hidráulica marítima e fluvial, designadamente agi-
residuais, é aplicável, com as necessárias adaptações, a tação marítima, correntes e marés.
Secção X do presente Anexo. c) Geologia e geotecnia.
d) Sedimentologia e dinâmica sedimentar.
Artigo 150.º e) Meteorologia e climatologia.
f) Economia.
Assistência Técnica Especial g) Tráfego e logística de transporte.
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente h) Integração urbana e paisagística.
Anexo, constituem elementos especiais: i) Ambiente.
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no que respeita à sua produção e consumo, comunicações, (ix) Orçamento preliminar detalhado por grupos de
segurança e outros. trabalhos.
SECÇÃO XIV
a) Implantação geral da obra, em escala apropriada,
que evidencie a sua integração urbanística, paisagística
Produção, transformação, transporte e distribuição ou noutras infra-estruturas técnicas.
de Energia eléctrica b) Plantas gerais e perfis ou cortes transversais e lon-
gitudinais, quando aplicável, em escalas apropriadas, das
Artigo 163.º redes e equipamentos.
c) Caracterização das redes e equipamentos principais.
Programa Preliminar
d) Dimensionamento das redes e equipamentos prin-
São elementos especiais do Programa preliminar: cipais.
e) Análise e opções resultantes de estudos especiais
a) Plano ou programa técnico, económico, financeiro e realizados.
outros em que se insere a obra. f) Definição da relação com infra-estruturas existentes
b) Outros instrumentos de planeamento e ordenamento ou a construir.
legalmente eficazes. g) Enumeração dos principais artigos que constituem o
c) Imposições relativas a condicionamentos, nomea- mapa de quantidades de trabalho, dividida nos principais
damente de implantação e traçado, impacte ambiental, capítulos constituintes da obra, de forma a permitir a ela-
integração ou interligação com outras infra-estruturas boração de uma estimativa preliminar do seu custo.
existentes ou a construir. h) Verificação do cumprimento das regulamentações
d) Condicionamentos a nível de manutenção, exploração técnicas aplicáveis.
e expansão.
e) Imposições regulamentares. Artigo 167.º
Projecto de Execução
Artigo 164.º
São elementos especiais do Projecto de execução:
Programa Base
a) Memória descritiva e justificativa, incluindo a análise
São elementos especiais do Programa base: prospectiva de desempenhos, descrevendo e justificando
a) Objectivo da obra e suas características gerais, com as soluções projectadas, tendo em atenção o Anteprojecto
referência ao plano ou programa em que se insere. aprovado e as disposições legais e regulamentares em
vigor.
b) Condicionamentos relativos à implantação e traçado
b) Condições técnicas, gerais e especiais, especificando
da obra, nomeadamente quanto a usos, expropriações, aces- as condições de execução e montagem e as características
sos, exigências ambientais e outros ou, quando integrada técnicas dos equipamentos, redes, componentes, acessórios
ou interligada com outras infra-estruturas existentes ou a e materiais utilizados.
construir, os condicionamentos susceptíveis de influenciar c) Implantação da obra, que evidencie a sua integração
a escolha da solução a adoptar. urbanística, paisagística ou noutras infra-estruturas, em
c) Levantamentos topográficos e outros a efectuar. escala apropriada.
d) Bases de dimensionamento consideradas. d) Plantas e perfis ou cortes transversais e longitudinais,
e) Indicação dos estudos especiais que se tornem ne- quando aplicável, das redes e equipamentos, em escalas
cessários realizar, nomeadamente, técnicos, económicos, apropriadas, contendo os elementos indispensáveis à sua
financeiros, ambientais e outros. conveniente apreciação.
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ANEXO II
(a que se refere os n.º 2 do artigo 1.º da Portaria e o n.º 1 do artigo 11.º do Anexo I)
CATEGORIAS
I II III IV
I EDIFÍCIOS
I.1 ARQUITECTURA
Escavações entivadas até 3 m de altura ou não entivadas acima de 6 m, com contenção por •
muros simples de betão armado
Escavações entivadas com mais de 3 m de altura com contenção por muros de betão armado •
escorados, ancorados ou com contrafortes
CATEGORIAS
I II III IV
Instalações de AVAC simples, com recurso a unidades individuais, com potências térmicas •
inferiores a 12 kW
1) As instalações e equipamentos eléctricos em edifícios ção, tomadas e outras alimentações eléctricas, sistemas
podem incluir no todo ou em parte: de controlo e de segurança (eléctrica, intrusão, acessos,
– Produção, transformação e distribuição de energia vigilância, incêndio e outros), sistemas de informações e
eléctrica, sistemas de qualidade de energia (tensão, factor comunicações (sinalização, intercomunicação, som, vídeo,
de potência, harmónicos, eficiência e outros), ilumina- relógios e outros).
CATEGORIAS
I II III IV
Pontes e viadutos que não sejam considerados segundo a regulamentação em vigor como •
pontes correntes para efeitos de análise sísmica, ou com vãos superior 40m ou com extensão
superior 400 m
Pontes e viadutos com vão máximo igual ou superior a 60 metros, e com extensão superior •
a 400 metros
Pontes e obras similares ferroviárias com vão único até 10m e viés superior a 70.º •
Pontes e viadutos ferroviários com vão máximo igual ou inferior a 20m e viés superior a 70.º •
Pontes e viadutos ferroviários com vão superior a 20m e inferior a 40m ou viés inferior a 70.º •
Pontes e viadutos ferroviários com vãos superiores a 40m •
Pontes e viadutos ferroviários para velocidades de projecto superiores a 220km/h e vão inferior •
a 20m, sem viés
Pontes e viadutos ferroviários para velocidades superiores a 220 Km/h com vão superior a •
20m ou viés inferior a 70.º
IV ESTRADAS E ARRUAMENTOS
Catenária • X
X — Categoria a considerar nos projectos de obras de remodelação, ampliação e reabilitação que interfiram com
vias em exploração.
CATEGORIAS
I II III IV
VI AERÓDROMOS
Aeródromos •
Aeroportos •
Sistemas de ajuda à navegação e controlo de tráfego aéreo •
VII OBRAS HIDRÁULICAS
VIII TÚNEIS
Condutas adutoras de água e de funcionamento gravítico, para aglomerados até 10 000 ha- •
bitantes
Estações de tratamento de água servindo até 50 000 habitantes desde que não apresentem •
exigências especiais quanto a operação e processos de tratamento e a automatismos (como
ozonização ou adsorção por carvão activado).
Estações de tratamento de água para mais de 50 000 habitantes ou para população inferior mas •
envolvendo exigências especiais, como, por exemplo, processos de ozonização ou adsorção
por meio de carvão activado.
Instalações sumárias de tratamento de águas residuais, do tipo fossa séptica e órgão comple- •
mentar ou tanque Imhoff e leitos de secagem.
CATEGORIAS
I II III IV
Estações de tratamento de águas residuais servindo até 50 000 habitantes por processos conven- •
cionais, com produção de efluentes de qualidade correspondente a tratamento secundário.
Emissários submarinos
Estações de tratamento de águas residuais para mais de 50 000 habitantes ou para população •
inferior desde que a linha de tratamento integre processos não convencionais, por exemplo
tratamentos avançados físico-químicos, ou de origem a efluentes de qualidade superior à
resultante da aplicação de um tratamento secundário.
Estações de tratamento de resíduos sólidos para mais de 50 000 habitantes ou para população •
inferior mas com exigências especiais.
CATEGORIAS
I II III IV
Conjuntos industriais •
Grandes instalações de equipamentos técnicos •
Integração de estradas de qualquer tipo (AE, IP, IC, EN, ER) •
Arruamentos urbanos, vias e caminhos municipais •
Aproveitamentos hidroagrícolas •
Estações de tratamento de água e esgotos •
XIV PRODUÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA
Produção (centrais com potências instaladas iguais ou inferiores a 5 kVA), postos de transfor- •
mação com potências instaladas iguais ou inferiores a 500 kVA, redes de distribuição em
baixa tensão de pequena dimensão.
Produção (centrais com potências instaladas superiores a 5 kVA e iguais ou inferiores a 1.000 •
kVA), postos de transformação com potências instaladas superiores a 500 kVA e iguais ou
inferiores a 10 MVA, redes de distribuição de energia eléctrica em baixa tensão de média
ou grande dimensão.
5106-(80) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008
CATEGORIAS
I II III IV
Produção (centrais com potências instaladas superiores a 1.000 kVA e iguais ou inferiores a 10 •
MVA), subestações, postos de transformação e de seccionamento com potências instaladas
superiores a 10 MVA e iguais ou inferiores a 100 MVA, linhas eléctricas de média, alta ou
muito alta tensão de pequena dimensão.
XV REDES DE COMUNICAÇÕES
Portaria n.º 701-I/2008 designado por Observatório das Obras Públicas, nos ter-
mos do disposto no artigo 466.º do Código dos Contratos
de 29 de Julho
Públicos.
O Código dos Contratos Públicos prevê a criação de
um sistema de informação, denominado Observatório das Artigo 2.º
Obras Públicas, com incidência no universo das emprei- Âmbito
tadas de obras públicas.
Esse sistema assenta numa vasta base de dados, alimen- 1 — O Observatório das Obras Públicas consiste numa
tada continuamente, e disporá de uma capacidade alargada base de dados referentes à fase de formação dos contratos
e diversa de tratamento da informação, cabendo-lhe mo- de empreitada, de concessão de obras públicas, à fase de
nitorizar a fase de formação dos contratos de empreitada execução dos contratos de empreitada de obras públicas
e de concessão de obras públicas, a fase de execução dos e às empreitadas de obras públicas integradas em con-
contratos de empreitada de obras públicas, bem como cessões.
as empreitadas de obras públicas integradas em conces- 2 — O Observatório inclui, ainda, informação referente
sões. aos contratos de aquisição de serviços relacionados com
Ao Observatório das Obras Públicas compete a recolha, obras públicas.
organização, tratamento e divulgação de informação no 3 — Para efeitos da presente portaria, consideram-se
âmbito das empreitadas de obras públicas, de concessões serviços relacionados com obras públicas todos aqueles
de obras públicas e de contratos de aquisição de serviços que digam directa e principalmente respeito à preparação
relacionados com obras públicas, devendo assegurar ao e execução de obras públicas, designadamente elaboração
utilizador a possibilidade de acesso a dados tratados, me- de estudos e projectos de engenharia e arquitectura, fisca-
diante a efectivação de pesquisas simples ou cruzadas, e lização de obras, assessorias especializadas e coordenação
admitindo o cruzamento de múltiplos factores de selecção de segurança em projecto e em obra.
da informação. 4 — A base de dados a que se refere o número anterior
Este sistema de informação constituirá uma relevante inclui sistemas de pesquisa e de tratamento estatístico da
ferramenta de trabalho para todas as entidades que desen-
informação especificamente desenvolvidos para o efeito.
volvam estudos que careçam de dados estatísticos diversos
5 — Ao Observatório das Obras Públicas compete pro-
no âmbito do mercado das obras públicas.
A implementação deste instrumento de acompanha- ceder à recolha, organização e tratamento da informação,
mento das fases de formação e de execução dos contratos por meios automatizados, bem como a respectiva divulga-
de empreitada de obras públicas constitui um passo muito ção, por via da sua disponibilização aos utilizadores que
significativo no sentido de um melhor conhecimento do acedem ao mesmo.
funcionamento do sector e uma aposta muito forte na sua
transparência. Artigo 3.º
Assim: Gestão
Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 466.º do Có-
digo dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei 1 — A responsabilidade pela gestão do Observatório das
n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, manda o Governo, através Obras Públicas cabe ao InCI — Instituto da Construção e
do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comuni- do Imobiliário, I. P. (InCI)
cações o seguinte: 2 — Para dar cumprimento ao disposto no número
anterior, o InCI assegura o suporte físico do sistema de
Artigo 1.º informação, bem como a sua manutenção e actualização,
como base para um funcionamento com características de
Objecto
continuidade e fiabilidade, ao nível do que é exigível face
A presente portaria procede à constituição e à definição ao grau de desenvolvimento das tecnologias disponíveis,
das regras de funcionamento do sistema de informação em cada momento, no mercado.