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Diário da República, 1.ª série — N.

º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(37)

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, a) Actualizar e completar os conceitos e definições;


TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES b) Levar em consideração as profundas alterações na
legislação aplicável aos contratos públicos desencadeada
pelo novo Código dos Contratos Públicos;
Portaria n.º 701-H/2008 c) Eliminar todos os procedimentos de cálculo e de
de 29 de Julho avaliação de honorários, incompatíveis com a actual eco-
nomia de mercado;
A portaria de 7 de Fevereiro de 1972, publicada no Diá- d) Aperfeiçoar e desenvolver os requisitos mínimos
rio do Governo, 2.ª série, n.º 35 (suplemento), de 11 de exigidos em cada fase do projecto;
Fevereiro de 1972, aprovou as instruções para o cálculo e) Completar e actualizar as especificações de projecto
dos honorários referentes aos projectos de obras públi- definidas para cada tipo de obra;
cas, definindo, em particular, os métodos de cálculos de f) Atribuir maior responsabilização aos autores do pro-
honorários a cobrar pelos autores de projectos de obras jecto;
públicas, bem como as diversas fases em que o projecto g) Ajustar as fases de projecto aos actuais conceitos de
se desenvolve e as informações que devem constar dos gestão na execução das obras;
documentos elaborados em cada fase. h) Introduzir maior rigor nas estimativas orçamentais
A longa experiência na aplicação desta portaria conju- elaboradas nas diferentes fases do projecto.
gada com a evolução natural da tipologia de obras públicas
e dos correspondentes sistemas técnicos e tecnológicos de Foram ouvidas a Ordem dos Engenheiros, a Ordem
construção impõem uma revisão aprofundada daquelas
dos Arquitectos, a Associação Portuguesa de Projectistas
instruções, de forma a adequá-las à realidade actual das
e Consultores e a Associação Portuguesa dos Arquitectos
obras públicas que exigem a elaboração de projectos cada
Paisagistas.
vez mais complexos.
Igualmente, a recente publicação e entrada em vigor a Assim:
curto prazo do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, Ao abrigo do n.º 7 do artigo 43.º do Código dos Contra-
que aprovou o Código dos Contratos Públicos (CCP), tos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de
vem também impor que sejam feitas alterações à portaria 29 de Janeiro, manda o Governo, pelo Ministro das Obras
de 1972. O CCP veio introduzir alterações profundas na Públicas, Transportes e Comunicações, o seguinte:
legislação anteriormente aplicável à formação e execução
dos contratos de empreitada de obras públicas. Em parti- Artigo 1.º
cular, e subjacente a esta revisão, encontra-se o desígnio Objecto
do legislador de impor uma maior exigência na elaboração
dos projectos, visando uma melhoria na qualidade dos 1 — A presente portaria aprova, ao abrigo do n.º 7 do
mesmos. artigo 43.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), o con-
O n.º 1 do artigo 43.º do CCP estabelece que o caderno teúdo obrigatório do programa e do projecto de execução,
de encargos do procedimento de formação dos contratos a que se referem os n.os 1 e 3 do artigo 43.º do CCP, bem
de empreitadas de obras públicas deve ser integrado por como os procedimentos e normas a adoptar na elaboração
um programa e um projecto de execução, admitindo-se, e faseamento de projectos de obras públicas, designados
apenas em casos excepcionais, que o projecto de execução como instruções para a elaboração de projectos de obras,
possa ser elaborado pelos concorrentes. constantes do anexo I à presente portaria, da qual faz parte
Nos termos do n.º 7 do mesmo artigo, o conteúdo obriga- integrante.
tório do programa e do projecto de execução que integram 2 — A presente portaria aprova, ainda, a classificação de
o caderno de encargos de um procedimento de formação obras por categorias, a qual consta do anexo II à presente
de um contrato de obras públicas é fixado por portaria do portaria, da qual faz parte integrante.
ministro responsável pelas obras públicas.
Conjugados todos estes factores, entendeu-se necessário Artigo 2.º
regulamentar este artigo do CCP, aproveitando para revo- Âmbito
gar a referida portaria de 7 de Fevereiro, uma vez que, não
obstante para efeitos do CCP ser essencial o programa e 1 — As disposições constantes da presente portaria
o projecto de execução, a verdade é que muitos dos pro- aplicam-se nos casos em que o dono da obra, a entidade
jectos de obras públicas passam por fases anteriores, cujo responsável pela concepção e execução de obra ou a enti-
conteúdo importa também regulamentar. dade adquirente de serviços de elaboração de projectos de
A revisão agora efectuada, cujos trabalhos foram ini- obras públicas sejam entidades adjudicantes, nos termos
cialmente desenvolvidos e coordenados pelo Conselho previstos no artigo 2.º do CCP, aprovado pelo Decreto-Lei
Superior de Obras Públicas e Transportes (CSOPT) e, pos- n.º 18/2008, de 29 de Janeiro.
teriormente, em conjugação com o Instituto da Construção 2 — A presente portaria aplica-se, ainda, aos projectos
e do Imobiliário, I. P. (InCI, I. P.), tiveram o contributo de apresentados pelos concorrentes em procedimentos pré-
diversos outros organismos e entidades do sector. -contratuais públicos, nas situações previstas no n.º 3 do
No que respeita ao seu conteúdo, a presente portaria dá artigo 43.º do CCP.
maior importância às exigências e requisitos na elaboração
dos projectos de obras públicas, mantendo e reforçando o Artigo 3.º
seu carácter vinculativo para as entidades envolvidas. Norma revogatória
Decidiu-se, assim, consagrar na presente portaria as
instruções para a elaboração de projectos de obras, tendo Sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo seguinte,
o trabalho desenvolvido sido norteado, em linhas gerais, com a entrada em vigor da presente portaria é revogada a
pelas seguintes orientações: portaria de 7 de Fevereiro de 1972, publicada no Diário do
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Governo, 2.ª série, n.º 35 (suplemento), de 11 de Fevereiro (i) durante a fase de preparação do procedimento de
de 1972, alterada pela portaria de 22 de Novembro de 1974, formação de um contrato público;
publicada no Diário do Governo, 2.ª série, n.º 2, de 3 de (ii) durante a fase de formação do contrato público, em
Janeiro de 1975, e pela portaria de 27 de Janeiro de 1986, particular durante a apreciação das propostas, visando
publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 53, de 5 nomeadamente a correcta interpretação do projecto e a
de Março de 1986. escolha do adjudicatário; ou
(iii) durante a execução da obra;
Artigo 4.º
Entrada em vigor
c) «Assistência técnica especial», os serviços comple-
mentares a prestar, quando contratualmente previstos, pelo
1 — A presente portaria entra em vigor na data de en- Projectista ao Dono da Obra, visando a apreciação da
trada em vigor do CCP, aplicando-se à elaboração de todos qualidade de equipamentos, elementos ou ensaios ligados
os projectos cujo procedimento de contratação tenha sido à execução da obra, à sua monitorização ou manutenção,
iniciado após aquela data, sem prejuízo do disposto no bem como à recepção da obra;
número seguinte. d) «Autor do projecto», o técnico que elabora e subs-
2 — Para efeitos do cumprimento do disposto do n.º 1 creve, com autonomia, o projecto, os projectos parcelares
do artigo 43.º do CCP, relativamente a procedimentos de ou parte de projecto e subscreve as declarações e os termos
formação de contratos de empreitada de obras públicas que de responsabilidade respectivos, devendo, nos projectos
se iniciem seis meses após a data de entrada em vigor do que elaboram, assegurar o cumprimento das disposições
CCP, é aplicável o disposto na presente portaria indepen- legais e regulamentares aplicáveis;
dentemente da data de início da elaboração do projecto. e) «Coordenador do projecto», o técnico a quem com-
3 — Até ao termo do prazo referido no número anterior, pete, satisfazendo as condições exigíveis ao autor de pro-
aplica-se, para efeitos do disposto no n.º 7 do artigo 43.º jecto, garantir a adequada articulação da equipa de pro-
do CCP, a portaria de 7 de Fevereiro de 1972, publicada jecto em função das características da obra, assegurando
no Diário do Governo, 2.ª série, n.º 35 (suplemento), de a participação dos técnicos autores, a compatibilidade
11 de Fevereiro de 1972, e respectivas alterações. entre os diversos projectos necessários e o cumprimento
O Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunica- das disposições legais e regulamentares aplicáveis a cada
ções, Mário Lino Soares Correia, em 28 de Julho de 2008. especialidade;
f) «Coordenador de segurança e saúde em fase de pro-
ANEXO I jecto», a pessoa singular ou colectiva, que executa, du-
rante a elaboração do projecto, as tarefas de coordenação
(a que se refere o n.º 1 do artigo 1.º da presente portaria) em matéria de segurança e saúde, previstas na legislação
aplicável podendo também participar na preparação do
Instruções para a elaboração de projectos de obras processo de negociação da empreitada e de outros actos
preparatórios da execução da obra, na parte respeitante à
segurança e saúde no trabalho;
CAPÍTULO I g) «Dono da Obra», o dono de obra pública ou entidade
adjudicante tal como definido no Código dos Contratos Pú-
Disposições Gerais blicos ou o concessionário relativamente a obra executada
com base em contrato relativamente a obra executada com
Artigo 1.º base em contrato de concessão de obra pública;
Definições h) «Empreendimento», o conjunto de uma ou mais obras
integradas para uma determinada função ou objectivo.
Para efeitos do presente Anexo, entende-se por: i) «Equipa de projecto», a equipa multidisciplinar, tendo
a) «Anteprojecto», ou «Projecto base», o documento por finalidade a elaboração de um projecto contratado pelo
a elaborar pelo Projectista, correspondente ao desenvol- Dono da Obra ou especialmente regulamentado por lei ou
vimento do Estudo prévio aprovado pelo Dono da Obra, previsto em procedimento contratual público, constituída
destinado a estabelecer, em definitivo, as bases a que deve por vários autores de projecto e orientada por coordenador
obedecer a continuação do estudo sob a forma de Projecto de projecto, cumprindo os correspondentes deveres;
de execução; j) «Estudo prévio», o documento elaborado pelo Pro-
b) «Assistência técnica», as prestações acessórias a rea- jectista, depois da aprovação do programa base, visando
lizar pelo Projectista perante o Dono da Obra, sem prejuízo a opção pela solução que melhor se ajuste ao programa,
do cumprimento de outras obrigações legais ou contratuais essencialmente no que respeita à concepção geral da obra;
que lhe incumbam, que visam, designadamente, assegurar a l) «Peças do projecto», os documentos, escritos ou
correcta execução da obra, a conformidade da obra execu- desenhados que caracterizam as diferentes partes de um
tada com o projecto e com o caderno de encargos e o cum- projecto:
primento das normas legais e regulamentares aplicáveis. m) «Programa base», o documento elaborado pelo
A Assistência Técnica consiste, entre outras actividades, Projectista a partir do programa preliminar resultando da
na prestação de informações e esclarecimentos, bem como particularização deste, visando a verificação da viabili-
no acompanhamento da execução da obra, a prestar pelo dade da obra e do estudo de soluções alternativas, o qual,
Coordenador de Projecto e pelos Autores do Projecto ao depois de aprovado pelo Dono da Obra, serve de base ao
Dono da Obra, ou quando previsto, ao empreiteiro geral, a desenvolvimento das fases ulteriores do projecto;
qual deve realizar-se, sempre que for solicitado, ou quando n) «Programa preliminar», o documento fornecido pelo
tal se revele necessário, e preferencialmente, de forma Dono da Obra ao Projectista para definição dos objectivos,
presencial, podendo ocorrer: características orgânicas e funcionais e condicionamentos
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financeiros da obra, bem como dos respectivos custos e e) Dados básicos relativos às exigências de comporta-
prazos de execução a observar; corresponde ao programa mento, funcionamento, exploração e conservação da obra,
previsto no artigo 43.º do CCP. tendo em atenção as disposições regulamentares;
o) «Programa de reconhecimento», o documento que f) Estimativa de custo e respectivo limite dos desvios
integra as acções de prospecção, medição e ensaio das e, eventualmente, indicações relativas ao financiamento
condições existentes; do empreendimento;
p) «Projectista», a entidade singular ou colectiva que g) Indicação geral dos prazos para a elaboração do pro-
assume a responsabilidade pela elaboração de projecto ou jecto e para a execução da obra.
programa, no âmbito, ou tendo em vista, a realização de
um procedimento pré-contratual público; Artigo 3.º
q) «Projecto», o conjunto de documentos escritos e
Fases do Projecto
desenhados que definem e caracterizam a concepção fun-
cional, estética e construtiva de uma obra, compreendendo, 1 — O projecto desenvolve-se de acordo com as fases a
designadamente, o projecto de arquitectura e projectos de seguir indicadas, podendo, algumas delas, ser dispensadas
engenharia; de apresentação formal, por especificação do caderno de
r) «Projecto de ampliação», o projecto com base numa encargos ou acordo entre o Dono da Obra e o Projec-
construção existente que visa ampliar a capacidade de tista:
utilização, com o correspondente aumento da área de cons-
trução ou do volume da obra; a) Programa base;
s) «Projecto de demolição», o projecto com base numa b) Estudo prévio;
construção existente que visa a sua total ou parcial des- c) Anteprojecto;
truição; d) Projecto de execução e Assistência técnica.
t) «Projecto de execução», o documento elaborado pelo
Projectista, a partir do estudo prévio ou do anteprojecto 2 — O faseamento dos Projectos de remodelação, am-
aprovado pelo Dono da Obra, destinado a facultar todos os pliação, reabilitação, reforço e demolição pode ser ajustado
elementos necessários à definição rigorosa dos trabalhos à respectiva especificidade, por especificação do caderno
a executar; de encargos ou acordo entre o Dono da Obra e o Projec-
u) «Projecto de reabilitação», o projecto com base numa tista.
construção existente que tem por objectivo fundamental 3 — O faseamento da Revisão de projecto segue o da
repor ou melhorar as suas condições de funcionamento; respectiva elaboração, salvo acordo diverso entre o Dono
v) «Projecto de reforço», o projecto com base numa da Obra e o revisor do projecto.
construção existente que visa conferir-lhe maior capaci-
dade; Artigo 4.º
x) «Projecto de remodelação», o projecto com base Programa Base
numa construção existente tendo em vista introduzir quais-
quer alterações incluindo as mudanças de utilização; 1 — O Programa base é apresentado de forma a pro-
z) «Projecto variante», o projecto elaborado no todo porcionar ao Dono da Obra a compreensão clara das solu-
ou em parte como alternativa a outro já existente, sem ções propostas pelo Projectista, com base nas indicações
modificação dos seus objectivos e condicionantes; expressas no programa preliminar.
aa) «Revisão do projecto», a análise crítica do projecto 2 — Caso o contrato não especifique outras condições,
e emissão dos respectivos pareceres, por outrem que não entende-se que o Programa base a apresentar à aprovação
o Projectista; do Dono da Obra inclui os elementos seguintes, sem pre-
bb) «Revisor do projecto», a pessoa singular ou co- juízo dos constantes de regulamentação aplicável:
lectiva devidamente qualificada para a elaboração desse a) Esquema da obra e programação das diversas opera-
projecto e distinta do autor do mesmo; ções a realizar, quando aplicável;
cc) «Telas finais», o conjunto de desenhos finais do pro- b) Definição dos critérios gerais de dimensionamento
jecto, integrando as rectificações alterações introduzidas das diferentes partes constitutivas da obra;
no decurso da obra e que traduzem o que foi efectivamente c) Indicação dos condicionamentos principais relativos
construído. à ocupação do terreno, nomeadamente os legais, topográ-
ficos, urbanísticos, geotécnicos, ambientais, em particular,
Artigo 2.º os térmicos e acústicos;
Programa preliminar d) Peças escritas e desenhadas e outros elementos in-
formativos necessários para o perfeito esclarecimento do
1 — O Programa preliminar contém, além de elementos Programa base, no todo ou em qualquer das suas partes,
específicos constantes da legislação e regulamentação incluindo as que porventura se justifiquem para definir as
aplicável, os seguintes elementos, podendo alguns destes alternativas de solução propostas pelo Projectista e avaliar
ser dispensados consoante a obra a projectar: a sua viabilidade, em função das condições de espaço,
a) Objectivos da obra; técnicas, de custos e de prazos;
b) Características gerais da obra; e) Estimativa geral do custo da obra, tomando em conta
c) Dados sobre a localização do empreendimento; os encargos mais significativos com a sua realização e
d) Elementos topográficos, cartográficos e geotécni- análise comparativa dos custos de manutenção e consumos
cos, levantamento das construções existentes e das redes da obra nas soluções propostas;
de infra-estruturas locais, coberto vegetal, características f) Descrição sumária das opções relacionadas com o
ambientais e outros eventualmente disponíveis, a escalas comportamento, funcionamento, exploração e conservação
convenientes; da obra;
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g) Informação sobre a necessidade de obtenção de ele- b) Avaliação das quantidades de trabalho a realizar por
mentos topográficos, geológicos, geotécnicos, hidrológi- grandes itens e respectivos mapas;
cos, climáticos, características da componente acústica do c) Estimativa de custo actualizada;
ambiente, redes de infra-estruturas ou de qualquer outra d) Peças desenhadas a escalas convenientes e outros
natureza que interessem à elaboração do projecto, bem elementos gráficos que explicitem a localização da obra,
como sobre a realização de estudos em modelos, ensaios, a planimetria e a altimetria das suas diferentes partes com-
maquetes, trabalhos de investigação e quaisquer outras ponentes e o seu dimensionamento bem como os esquemas
actividades ou formalidades que podem ser exigidas, quer de princípio detalhados para cada uma das Instalações
para a elaboração do projecto, quer para a execução da
Técnicas, garantindo a sua compatibilidade;
obra.
e) Identificação de locais técnicos, centrais interiores e
Artigo 5.º exteriores, bem como mapa de espaços técnicos verticais
e horizontais para instalação de equipamentos terminais
Estudo prévio e redes.
1 — O Estudo prévio desenvolve as soluções aprovadas f) Os elementos de estudo que serviram de base às op-
no Programa base, sendo constituído por peças escritas e ções tomadas, de preferência constituindo anexos ou vo-
desenhadas e por outros elementos informativos, de modo lumes individualizados identificados nas memórias;
a possibilitar ao Dono da Obra a fácil apreciação das so- g) Programa geral dos trabalhos.
luções propostas pelo Projectista e o seu confronto com
os elementos constantes naquele. Artigo 7.º
2 — Se outras condições não forem fixadas no contrato,
Projecto de execução
o Estudo prévio contém, para cada uma das soluções al-
ternativas apresentadas à aprovação do Dono da Obra, e 1 — O Projecto de execução desenvolve o Projecto base
sem prejuízo dos elementos constantes da regulamentação aprovado, sendo constituído por um conjunto coordenado
aplicável, os elementos seguintes: das informações escritas e desenhadas de fácil e inequívoca
a) Memória descritiva e justificativa, incluindo capí- interpretação por parte das entidades intervenientes na
tulos respeitantes a cada um dos objectivos relevantes do execução da obra, obedecendo ao disposto na legislação
estudo prévio; e regulamentação aplicável.
b) Elementos gráficos elucidativos sob a forma de plan- 2 — Se outras condições não forem fixadas no contrato,
tas, alçados, cortes, perfis, esquemas de princípio e outros o Projecto de execução inclui, além de outros elementos
elementos, em escala apropriada; constantes de regulamentação aplicável, as seguintes pe-
c) Dimensionamento aproximado e características prin- ças:
cipais dos elementos fundamentais da obra;
d) Definição geral dos processos de construção e da a) Memória descritiva e justificativa, incluindo a dis-
natureza dos materiais e equipamentos mais significativos; posição e descrição geral da obra, evidenciando quando
e) Análise prospectiva do desempenho térmico e ener- aplicável a justificação da implantação da obra e da sua
gético e da qualidade do ar interior nos edifícios no seu integração nos condicionamentos locais existentes ou
conjunto e dos diferentes sistemas activos em particular; planeados; descrição genérica da solução adoptada com
f) Análise prospectiva de desempenho acústico relativa, vista à satisfação das disposições legais e regulamentares
nomeadamente, à propagação sonora, aérea e estrutural, em vigor; indicação das características dos materiais, dos
entre espaços e para o exterior; elementos da construção, dos sistemas, equipamentos e
g) Estimativa do custo da obra e do seu prazo de exe- redes associadas às Instalações Técnicas;
cução. b) Cálculos relativos às diferentes partes da obra apre-
sentados de modo a definirem, pelo menos, os elementos
Artigo 6.º referidos na regulamentação aplicável a cada tipo de obra
Anteprojecto ou Projecto base e a justificarem as soluções adoptadas;
1 — O Anteprojecto, ou Projecto base, desenvolve a c) Medições e mapas de quantidade de trabalhos, dando
solução do Estudo prévio aprovado, sendo constituído a indicação da natureza e da quantidade dos trabalhos
por peças escritas e desenhadas e outros elementos de na- necessários para a execução da obra;
tureza informativa que permitam a conveniente definição d) Orçamento baseado nas quantidades e qualidades de
e dimensionamento da obra, bem como o esclarecimento trabalho constantes das medições;
do modo da sua execução. e) Peças desenhadas de acordo com o estabelecido para
2 — Se outras condições não forem fixadas no contrato, cada tipo de obra na regulamentação aplicável, devendo
o anteprojecto deve conter, para além dos elementos cons- conter as indicações numéricas indispensáveis e a repre-
tantes da regulamentação aplicável os seguintes: sentação de todos os pormenores necessários à perfeita
a) Memórias descritivas e justificativas da solução adop- compreensão, implantação e execução da obra;
tada, incluindo capítulos especialmente destinados a cada f) Condições técnicas, gerais e especiais, do caderno
um dos objectivos especificados para o anteprojecto, onde de encargos.
figuram designadamente descrições da solução orgânica,
funcional e estética da obra, dos sistemas e dos processos 3 — Compete ao Projectista em face da natureza da
de construção previstos para a sua execução e das carac- obra, por sua iniciativa ou por solicitação do Dono da Obra,
terísticas técnicas e funcionais dos materiais, elementos elaborar plano de observação, que assegure as condições
de construção, sistemas e equipamentos; de segurança da obra.
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Artigo 8.º 4 — A assistência técnica não abrange a direcção téc-


nica, a administração, a coordenação da segurança, a or-
Programação e Coordenação do Projecto
ganização da compilação técnica em matéria de segurança
1 — A coordenação das actividades dos intervenientes e saúde e a fiscalização da obra, nem a adaptação dos pro-
no projecto tem como objectivo a integração das suas di- jectos às condições reais das empreitadas não previsíveis
ferentes partes num conjunto harmónico, de fácil interpre- na fase do projecto;
tação e capaz de fornecer todos os elementos necessários Artigo 10.º
à execução da obra, garantindo a adequada articulação
da equipa de projecto em função das características da Assistência Técnica Especial
obra e assegurando a participação dos técnicos autores, a O Projectista encontra-se sempre disponível para con-
compatibilidade entre os diversos projectos necessários e tratar os serviços de Assistência técnica especial, os quais
o cumprimento das disposições legais e regulamentares envolvem, nomeadamente:
aplicáveis a cada especialidade, bem como a relação com
a) Apreciação técnico-económica de projectos varian-
o Dono da Obra ou o seu representante.
tes apresentados a concurso, sem prejuízo do disposto no
2 — A programação do projecto visa o escalonamento artigo anterior;
das suas diferentes fases e das actividades de cada interve- b) Apreciação técnico-económica de alternativas que
niente, de modo a ser dado cumprimento ao contrato. venham a ser propostas pelos empreiteiros, sem prejuízo
3 — O Coordenador do projecto deve compatibilizar a do disposto no artigo anterior;
sua acção com a do coordenador de segurança e saúde em c) Verificação da qualidade dos materiais, da qualidade
fase de projecto, quando este existir. de execução dos trabalhos relevantes, do fornecimento e
montagem dos equipamentos e instalações, bem como a
Artigo 9.º elaboração dos respectivos pareceres;
Assistência Técnica d) Elaboração dos planos ou projectos de monitorização
e manutenção;
1 — O Projectista tem o direito de exigir e a obrigação e) Elaboração de desenhos de preparação de obra, quando
de garantir a assistência técnica necessária. os mesmos não sejam elaborados pelo empreiteiro;
2 — Na fase do procedimento de formação do con- f) Participação nos ensaios e recepção das obras.
trato, e até à adjudicação da obra, a Assistência técnica do
Projectista ao Dono da Obra compreende as actividades Artigo 11.º
seguintes: Categorias de Obras
a) Esclarecimento de dúvidas relativas ao projecto du- 1 — As obras são classificadas em quatro categorias
rante a preparação do processo do concurso para adjudi- consoante a maior ou menor dificuldade da concepção e
cação da empreitada ou fornecimento; o grau de complexidade do projecto, nos termos defini-
b) Prestação de informações e esclarecimentos solici- dos nos números seguintes e de acordo com o Anexo II à
tados por candidatos a concorrentes, sob a forma escrita presente Portaria.
e exclusivamente por intermédio do Dono da Obra, sobre 2 — A categoria I abrange as obras de natureza simples
problemas relativos à interpretação das peças escritas e em que sejam dominantes as características seguintes:
desenhadas do projecto;
a) Concepção fácil pela simplicidade de satisfação do
c) Prestação do apoio ao Dono da Obra na apreciação programa de exigências funcionais;
e comparação das condições da qualidade das soluções b) Elevado grau de repetição das diferentes partes com-
técnicas das propostas de molde a permitir a sua correcta ponentes da obra;
ponderação por aquele, incluindo a apreciação de com- c) Sistemas ou métodos de execução correntes.
patibilidade com o projecto de execução, constante do
caderno de encargos, de variantes ou alterações que sejam 3 — Na categoria II incluem-se as obras de caracterís-
apresentadas; ticas correntes e onde sejam predominantes os seguintes
aspectos:
3 — Durante a execução da obra, a assistência técnica
compreende: a) Concepção simples, baseada em programas funcio-
nais com exigências correntes;
a) Esclarecimento de dúvidas de interpretação de in- b) Instalações e equipamentos correspondentes a solu-
formações complementares relativas a ambiguidades ou ções sem complexidades específicas;
omissões do projecto, bem como elaboração das peças de c) Pequeno grau de repetição das diferentes partes com-
alteração do projecto necessárias à respectiva correcção e à ponentes da obra;
integral e correcta caracterização dos trabalhos a executar d) Solução da concepção e construção sem condiciona-
no âmbito da referida correcção; mentos especiais de custos.
b) Apreciação de documentos de ordem técnica apresen-
tados pelo empreiteiro ou Dono da Obra, incluindo, quando 4 — Na categoria III incluem-se as obras em que a
apropriado, a sua compatibilidade com o projecto; elaboração do projecto está condicionada relativamente às
c) Proceder, concluída a execução da obra, à elaboração obras correntes, por algum dos factores seguintes:
das Telas finais a ela respeitantes, verificando a confor- a) Concepção fundamentada em programas funcionais
midade das mesmas com o projecto de execução e das com exigências especiais;
eventuais alterações nele introduzidas, de acordo com as b) Instalações técnicas que, pela sua complexidade,
informações fornecidas pelo Dono da Obra. tornem necessário o estudo de soluções pouco correntes
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que exijam soluções elaboradas de compatibilização com bem como os constantes da legislação aplicável às res-
as diferentes partes componentes da obra; pectivas obras.
c) Obrigatoriedade de pesquisa de várias soluções que
conduzam a novos sistemas e métodos e à aplicação de
SECÇÃO I
materiais e elementos de construção diferentes das corren-
tes na prática respectiva. Edifícios
d) Integração num contexto natural ou construído que
determine exigências relevantes, correspondentes a, de- Artigo 15.º
signadamente, aspectos relacionados com contextos am-
bientais ou visuais de excepção, históricos; Programa Preliminar
e) Obrigação especial de inovação técnica ou artística São elementos especiais do Programa preliminar, da
do programa; responsabilidade do Dono da Obra:
f) Obrigatoriedade de pesquisa de soluções que garan-
tam uma contenção de custos particularmente reduzidos. a) Os diferentes tipos de utentes do edifício, a natureza
e a medida das respectivas actividades e as suas interli-
5 — A categoria IV compreende obras com imposições gações;
e características mais severas do que as anteriormente es- b) As características evolutivas das funções a que o
pecificadas, ou, ainda, em que seja dominante a pesquisa edifício se deve adequar;
de soluções individualizadas. c) A ordem de grandeza das áreas e volumes, as neces-
6 — Os projectos cujas obras exijam a execução de sidades genéricas de mobiliário, máquinas, instalações,
trabalhos em circunstâncias excepcionais, tais como, por instrumentos e aparelhagem e as eventuais condições espe-
exemplo, com risco de acidentes, climas severos, com cíficas de ambiente exigidas, designadamente, isolamento
prazos de execução particularmente reduzidos, ou que térmico, renovação de ar, condicionamento acústico, con-
incluam a responsabilidade por novas concepções ou méto- dições de iluminação e incidência solar;
dos muito especiais de construção, podem ser classificados d) O reconhecimento geotécnico do terreno nos termos
em categorias superiores às que lhes corresponderiam sem definidos pelo Autor do projecto no Programa base.
a ocorrência de tais circunstâncias.
Artigo 16.º
Artigo 12.º
Programa base
Importância das fases do projecto
São elementos especiais do Programa base:
Para efeitos de planeamento, o peso relativo de cada
fase de projecto poderá traduzir-se pelas seguintes per- a) Organograma das funções e das actividades dos uten-
centagens: tes do edifício, com discriminação dos factores principais
que foram tidos em consideração, nomeadamente: estrutura
Fases do projecto Percentagem orgânica, funções e actividades, número e qualificação
dos utentes.
Programa base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 b) Representação gráfica de interdependência das fun-
Estudo prévio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 ções e das actividades dos utentes.
Anteprojecto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 c) Descrição e avaliação das condições de utilização, de
Projecto de execução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Assistência técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 segurança, de conforto e de ambiente exigidas, seja qual
for a sua natureza, e a definição e justificação das soluções
Artigo 13.º a adoptar para satisfação daquelas exigências.
d) Discriminação e justificação das necessidades de ins-
Alteração do peso das fases de projecto talações e de equipamentos, de circulações e comunicações
1 — Em função da complexidade e dimensão de cada a e outras fixadas no Programa Preliminar.
projecto, e mediante fundamentação especificada das diver- e) Definição e justificação dos critérios gerais de com-
gências dos impactos de cada fase no processo de elabora- partimentação e de dimensionamento, em função da forma
ção do projecto que justifique a alteração, podem ser defi- de ocupação, das exigências de ambiente e de conforto e
nidos outros pesos relativos ou percentagens para cada fase das necessidades de instalações e de equipamentos.
de projecto, sem prejuízo do disposto no número seguinte. f) Definição e justificação do programa de reconheci-
2 — Nos casos previstos no número anterior não pode mento geotécnico, incluindo as respectivas especificações,
ser atribuído uma percentagem acumulada superior a 50 % necessário ao desenvolvimento dos estudos geológico e
para o Programa base, Estudo prévio e Anteprojecto. geotécnico.

Artigo 17.º
CAPÍTULO II
Estudo Prévio
Disposições especiais
São elementos especiais do Estudo prévio:
Artigo 14.º
a) Os elementos necessários à definição esquemática:
Disposição Introdutória
i) Da implantação do edifício, a qual deverá ser efectu-
Além dos elementos referidos no Capítulo I, o Programa ada sobre planta topográfica a escala adequada, a fornecer
preliminar e as diversas fases do Projecto devem conter pelo Dono da Obra.
os elementos especiais constantes das secções seguintes, ii) Da integração urbana e paisagística do edifício.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(43)

iii) Dos acessos ao terreno e da disposição das redes nhos e a demonstração de conformidade com os critérios
gerais de água, de drenagem de águas residuais domésticas de qualidade aplicáveis, nomeadamente os regulamentares.
e pluviais, gás, electricidade, comunicações e outras. g) O dimensionamento da solução de condicionamento
iv) Das necessidades mais importantes de infra-estruturas térmico.
a executar no terreno e dos critérios propostos para a con- h) A localização e caracterização do mobiliário fixo.
servação ou para a demolição de construções ou de outros i) As peças necessárias à organização dos processos de
elementos existentes no terreno e para o desvio e reposição licenciamento quando exigíveis.
das infra-estruturas existentes, quando for caso.
Artigo 19.º
b) Representação gráfica da forma, da organização de Projecto de Execução
espaços e volume e da composição do edifício que evi-
dencie: 1 — São elementos especiais do Projecto de execução
em geral:
i) As características morfológicas dominantes do edifí-
cio e das suas partes componentes. a) Os resultados da análise do reconhecimento geo-
ii) A organização dos espaços e a interdependência de técnico e do estudo geológico, fornecidos pelo Dono da
áreas e volumes que explicitem as inter-relações das partes Obra.
componentes e destas com o conjunto do edifício. b) A planta de localização do edifício e do conjunto em
iii) A compartimentação genérica do edifício, com in- que se insere, incluindo a topografia, as vias públicas que o
dicação da forma como são solucionados os sistemas de servem, com a indicação das respectivas redes de drenagem
comunicações e de circulações estabelecidas no Programa de águas residuais domésticas e pluviais, abastecimento de
base. água, electricidade, gás, comunicações e outras que sejam
indispensáveis à natureza do edifício, na escala mínima
c) Descrição e justificação das soluções estruturais pro- de 1:2000.
postas, incluindo: c) A planta geral do edifício e do conjunto em que se
insere, perfis longitudinais e transversais e outras peças
i) O pré-dimensionamento da solução estrutural pro- desenhadas, a escalas adequadas a cada caso, que repre-
posta. sentem as informações relativas à execução de todos os
ii) O pré-dimensionamento das soluções de escavação trabalhos exteriores do edifício, nomeadamente:
e de contenção periférica proposta, caso aplicável.
(i) Movimento de terras exigido para a implantação
d) Descrição, justificação e pré-dimensionamento das do edifício e para a adaptação do terreno às condições
instalações e dos equipamentos propostos; definidas no projecto.
e) Pré-dimensionamento das medidas de condiciona- (ii) Arruamentos, incluindo a estrutura da plataforma
mento térmico e acústico. e do pavimento, com indicação dos perfis longitudinais e
f) Relatório com os resultados do reconhecimento ge- dos perfis transversais tipo.
otécnico do terreno, fornecido pelo Dono da Obra, justi- (iii) Redes de águas residuais, abastecimento de água,
ficação das soluções de fundação preconizadas e, quando electricidade, gás, comunicações e outras, no terreno cir-
for o caso, a justificação das soluções de escavação e de cundante do edifício, com discriminação dos traçados das
contenção periférica; valas, das secções das canalizações e demais características
g) Descrição genérica das medidas de condicionamento necessárias à sua execução.
acústico e dos modelos de conservação de energia e de (iv) Muros de suporte, vedações e outras construções
conforto térmico. exteriores ao edifício, designadamente, plantas, cortes,
alçados, pormenores e outros elementos gráficos indis-
Artigo 18.º pensáveis à sua realização.
(v) Projecto de espaços exteriores, nomeadamente, ar-
Anteprojecto borizações, ajardinamentos e outros trabalhos relativos
São elementos especiais do Anteprojecto: ao tratamento paisagístico e mobiliário urbano, com a
especificação das quantidades e das espécies de trabalhos
a) Planta topográfica de implantação do edifício e perfis a executar.
do terreno que definam a implantação do edifício e das
infra-estruturas e expressem, com clareza, a sua integração 2 — As escalas são as adequadas a cada caso, com os
urbana e paisagística. mínimos de 1:500 e 1:1.000, respectivamente, para as
b) Plantas, alçados e cortes, em escalas apropriadas, representações gerais e de pormenor.
que discriminem a compartimentação e indiquem as áreas, 3 — São elementos do projecto de arquitectura:
os volumes e as dimensões principais da construção, do
mobiliário e de outros elementos acessórios do edifício. a) Plantas cotadas de cada piso, pelo menos na escala
c) O reconhecimento geológico e o estudo geotécnico, 1:100, em que sejam indicadas:
fornecidos pelo Dono da Obra. (i) A compartimentação e as respectivas dimensões.
d) O dimensionamento da solução estrutural proposta e (ii) A localização e as dimensões dos diversos elementos
da solução de escavação e de contenção periférica proposta, de construção, nomeadamente escadas, ascensores, portas,
caso aplicável. janelas, varandas, envidraçados, instalações sanitárias e
e) O dimensionamento das instalações e dos equipa- outros necessários à definição do edifício e da execução
mentos. da obra.
f) O dimensionamento da solução de condicionamento (iii) As linhas de corte e os pormenores que sejam ob-
acústico, incluindo uma análise prospectiva de desempe- jecto de outras peças desenhadas.
5106-(44) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

(iv) A distribuição e a tipologia do mobiliário fixo. (v) O desenvolvimento em altura dos pilares, definido
nas plantas pela sua indicação nos níveis em que têm início
b) Cortes gerais do edifício, pelo menos na escala 1:100, e em que terminam.
que evidenciem a compartimentação, as dimensões dos
vãos, as alturas e as larguras que interessem à construção, c) Pormenores de todos os elementos da estrutura que
os diferentes níveis entre toscos, ou limpos, dos pavimentos evidenciem a sua forma e constituição e permitam a sua
e dos tectos, incluindo os tectos falsos, os locais destinados execução sem dúvidas ou ambiguidades, nas escalas 1:50,
à passagem de canalizações e condutas, os elementos da 1:20, 1:10 ou superior.
estrutura, tais como pilares, vigas, lajes, escadas e outros
elementos da construção, e outras informações necessárias 4 — O projecto de escavação e de contenção periférica,
à execução do edifício, nomeadamente, natureza e loca- constitui um processo autónomo, incluindo, para efeitos
lização dos materiais de revestimento, articulações mais de caracterização e justificação, uma memória descritiva
importantes entre diferentes elementos de construção e e peças desenhadas elaboradas em conformidade com o
tipo de remates. seguinte:
c) Alçados do edifício, pelo menos na escala 1:100, que
explicitem a configuração e dimensões das paredes exte- a) A memória deverá incluir, nomeadamente, a descrição
riores e de todos os elementos nelas integrados, nomeada- geral da obra, uma informação geológica e geotécnica, a
mente, janelas, portas, vergas, palas, varandas, a natureza caracterização dos elementos da estrutura do edifício e
e a localização dos materiais utilizados nos revestimentos infra-estruturas contíguas ou vizinhas, o faseamento de
e nos elementos de construção e outras informações que trabalho e o modo de execução das obras, o dimensiona-
sejam indispensáveis à construção do edifício. mento e justificação das soluções adoptadas, de acordo com
d) Cortes de pormenorização, em escala adequada, que os regulamentos em vigor, e, quando for caso, o plano de
indiquem os aspectos construtivos de maior interesse para observação a implementar.
a execução da obra. b) As peças desenhadas devem incluir, para além da
e) Mapa de vãos, com indicação da tipologia de cada planta de localização sobre o levantamento topográfico
vão, das respectivas dimensões e quantidades, do modo de actualizado, os elementos de arquitectura necessários à
funcionamento, da natureza e das características dos mate- apreciação isolada do referido projecto e da planta de loca-
riais e das ferragens e de outras informações necessárias ao lização dos trabalhos de prospecção e dos cortes geológicos
fabrico e montagem de caixilharias, portas, envidraçados interpretativos, a planta com a indicação das soluções de
e outros elementos. escavação, de contenção ou de fundações, os cortes trans-
f) Mapa de acabamentos que defina claramente os ma- versais, longitudinais e alçados contendo os elementos
teriais e a natureza dos acabamentos considerados para necessários à compreensão da solução preconizada com
todos os elementos da construção. referência às estruturas vizinhas, em particular no subsolo,
g) Pormenores de execução dos diferentes elementos as plantas, alçados e cortes com indicação e definição de
de construção com a definição precisa das dimensões e todos os elementos de contenção e de drenagem, os cortes
da natureza das interligações dos diferentes materiais ou e pormenores de betão armado e a definição e a planta de
partes constituintes. localização dos dispositivos de observação a instalar.
h) Outras representações necessárias à definição da 5 — São elementos dos projectos de instalações e equi-
construção e à execução das obras. pamentos:
3 — São elementos do Projecto de estruturas: a) Memórias descritivas e justificativas das instalações
e equipamentos descrevendo e justificando as soluções
a) Memória descritiva e justificativa da escolha do tipo
adoptadas, tendo em atenção o anteprojecto aprovado e as
de fundações e de estrutura e respectivas verificações de
disposições legais e regulamentares em vigor.
cálculo, de acordo com os regulamentos em vigor.
b) Plantas e cortes definidores da estrutura, em escalas b) Especificações técnicas, gerais e especiais, relativas
adequadas, em que sejam representadas: às instalações e equipamentos, definindo as condições
de montagem e as características técnicas dos materiais
(i) A posição, devidamente cotada, de todos os elemen- e equipamentos.
tos estruturais, nomeadamente, as vigas, pelos seus eixos c) Plantas e, se necessário, alçados e cortes, em escala
ou pelos seus contornos; os pilares, pelos seus eixos e adequada, com o mínimo de 1:100 que definam:
contornos; as lajes, com a indicação das suas espessuras;
as aberturas nas lajes, com a indicação da sua localização (i) A localização e, se necessário, o modo de implantação
e das suas dimensões; as paredes e outros elementos es- dos materiais e dos equipamentos afectos às instalações.
truturais, pelos seus eixos e contornos. (ii) O traçado e o modo de montagem das redes.
(ii) As secções em tosco de todos os elementos estru- (iii) As dimensões das canalizações eléctricas, de comu-
turais. nicações e das tubagens e condutas para abastecimento de
(iii) As cotas de nível de toscos das faces superiores das água, águas residuais, ar, gás e outros fluidos.
vigas, paredes e lajes e, quando necessário, as espessuras (iv) As interdependências mais relevantes das insta-
dos revestimentos; lações e equipamentos com os elementos de construção,
(iv) A localização, devidamente referenciada, e as di- nomeadamente, aberturas em pavimentos ou paredes para
mensões das aberturas e passagens através dos elementos passagem de canalizações, tubagens e condutas, maciços
estruturais, nomeadamente as relativas a canalizações e para equipamentos e revestimentos especiais, seja para
a condutas. atenuação acústica, seja qual for a sua finalidade.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(45)

d) Esquemas, diagramas, perspectivas, etc., necessários SUBSECÇÃO I


à definição das instalações. Instalações, equipamentos e sistemas de águas e esgotos.
e) Pormenores, em escalas adequadas, no mínimo à
escala 1/50, necessários à montagem dos equipamentos Artigo 22.º
e das instalações.
Programa Preliminar
6 — São elementos do estudo de condicionamento acús- São elementos especiais do Programa preliminar:
tico e de verificação do comportamento térmico:
a) Identificação dos pontos de ligação às redes exteriores
a) Planta geral em escala adequada onde sejam eviden- e condicionalismos a considerar, nomeadamente no que se
ciadas as características das alterações determinadas na refere a cotas, diâmetros, pressões e caudais.
componente acústica do ambiente. b) Imposições relativas a materiais, acessórios, dispo-
b) Plantas e cortes, em escala adequada, onde se indi- sitivos de utilização e equipamentos sanitários.
quem os locais principais de intervenção em termos de c) Condicionamentos à localização das instalações e
condicionamento térmico e acústico. dos equipamentos de águas e esgotos e enquadramento em
c) Memórias descritivas e justificativas incluindo análise relação à arquitectura a às restantes especialidades.
prospectiva de desempenhos, das intervenções de condicio- d) Imposições relativas à eficiência hídrica dos dispo-
namento acústico, descrevendo e justificando as soluções sitivos e aparelhos.
projectadas, tendo em atenção o anteprojecto aprovado e e) Imposições relativas à eficiência hídrica do edifí-
as disposições legais em vigor. cio.
d) Especificações técnicas, gerais e especiais, referentes f) Identificação dos níveis de conforto pretendidos para
ao condicionamento térmico e acústico, especificando as os sistemas.
condições de execução ou montagem e as características g) Condicionamentos a nível de manutenção e explo-
ração a que os sistemas devem obedecer.
técnicas dos materiais e dos equipamentos.
Artigo 23.º
Artigo 20.º
Programa Base
Assistência Técnica Especial
São elementos especiais do Programa base:
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
Anexo, os elementos especiais da Assistência técnica são a) Bases de dimensionamento consideradas para os
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a diferentes sistemas.
caso e em função das características da obra. b) Configurações propostas para os diferentes sistemas,
justificadas a partir dos condicionalismos e imposições
constantes do Programa Preliminar.
SECÇÃO II c) Identificação das instalações e equipamentos com-
Instalações, Equipamentos e Sistemas em Edifícios plementares de bombagem, aquecimento ou tratamento
necessários.
Artigo 21.º d) Definição dos critérios gerais dimensionamento das
instalações e dos equipamentos.
Disposição Introdutória e) Definição das medidas propostas para aumentar a
As instalações, equipamentos e sistemas em edifícios eficiência hídrica do edifício, quando aplicável.
compreendem os seguintes projectos específicos: f) Interligações com outras especialidades e respectivas
condições ou exigências.
a) Instalações, equipamentos e sistemas de águas e es-
gotos, previsto na Subsecção I da presente Portaria. Artigo 24.º
b) Instalações, equipamentos e sistemas eléctricos, pre-
Estudo Prévio
visto na Subsecção II da presente Portaria.
c) Instalações, equipamentos e sistemas de comunica- São elementos especiais do Estudo prévio:
ções previsto, na Subsecção III da presente Portaria.
a) Esquemas de princípio necessários à definição es-
d) Instalações, equipamentos e sistemas de aquecimento, quemática da concepção dos sistemas e da sua interligação
ventilação e ar condicionado, previsto na Subsecção IV da espacial e funcional.
presente Portaria. b) Elementos relevantes do estudo prévio de Segurança
e) Instalações, equipamentos e sistemas de gás, previsto Integrada, quando aplicável, nomeadamente no que se
na Subsecção V da presente Portaria. refere a redes de incêndio armadas (RIA), a colunas secas,
f) Instalações, equipamentos e sistemas de transporte a colunas húmidas e a sistemas de sprinklers.
de pessoas e cargas, previsto na Subsecção VI da presente c) Elementos gráficos elucidativos dos traçados prin-
Portaria. cipais das redes e da interligação entre os diversos com-
g) Sistemas de segurança integrada, previsto na Sub- ponentes dos sistemas, sob a forma de plantas e outros
secção VII da presente Portaria. elementos, a escala apropriada.
h) Sistemas de gestão técnica centralizada, previsto na d) Características gerais dos equipamentos comple-
Subsecção VIII da presente Portaria. mentares de bombagem, aquecimento e ou tratamento
i) Condicionamento acústico, previsto na Subsecção IX necessários.
da presente Portaria. e) Caracterização genérica dos materiais a aplicar.
5106-(46) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

f) Condições de funcionamento e utilização das insta- materiais ou traçados das redes, quer durante o desenvol-
lações e da sua eventual expansão. vimento dos projectos, quer durante a execução da obra.
b) Aprovação dos mapas de ensaio.
Artigo 25.º c) Apoio e aprovação da parametrização das instala-
Anteprojecto
ções.
d) Participação nos ensaios de recepção e aprovação
São elementos especiais do Anteprojecto dos resultados dos mesmos.
a) Esquemas de princípio das instalações e da sua in-
terligação espacial e funcional. SUBSECÇÃO II
b) Plantas, em escalas apropriadas, onde se indiquem os Instalações, equipamentos e sistemas eléctricos.
traçados das redes principais das diversas instalações, com
indicação dos seus acessórios essenciais, e a localização Artigo 28.º
aproximada dos equipamentos.
Programa Preliminar
c) Cortes, esquemas axinométricos ou cotagem altimé-
trica das plantas, sempre que isso seja necessário à boa São elementos especiais do Programa preliminar:
compreensão da solução proposta.
d) Alçados dos edifícios, sempre que isso seja necessário a) Identificação de aspectos específicos do edifício ou
à boa compreensão da solução proposta. zonas do edifício, em termos de energia eléctrica, am-
e) Dimensionamento dos troços principais das redes. biente, utilização, segurança e outros e ligações a redes
f) Caracterização e dimensionamento dos equipamentos ou sistemas exteriores.
principais. b) Condicionamentos à localização dos equipamentos e
g) Caracterização geral dos dispositivos de utilização, das instalações necessárias ao seu funcionamento.
dos equipamentos sanitários e dos materiais e acessó- c) Identificação dos níveis de qualidade, disponibilidade,
rios. redundância e autonomia pretendidos.
d) Condicionamentos a nível de manutenção, exploração
Artigo 26.º e expansão.
Projecto de Execução Artigo 29.º
São elementos especiais do Projecto de execução: Programa Base
a) Cálculos correspondentes ao dimensionamento das São elementos especiais do Programa base:
diversas redes e equipamentos.
b) Esquemas de princípio das instalações e da sua in- a) Identificação das diferentes instalações e equipamen-
terligação espacial e funcional. tos a considerar e suas configurações gerais justificadas
c) Plantas dos pisos, à escala 1/100, pelo menos, onde a partir dos condicionamentos e imposições do Programa
se indiquem os traçados das redes das diversas instalações, Preliminar.
com indicação das suas características e demais elementos b) Bases de dimensionamento consideradas para as
indispensáveis a execução da obra, e a localização dos diferentes instalações e equipamentos.
equipamentos. c) Discriminação e justificação das necessidades em
d) Cortes, esquemas axinométricos ou cotagem alti- termos de energia eléctrica, segurança e outras.
métrica de plantas, sempre que isso seja necessário à boa d) Interligações com outras especialidades e respectivas
compreensão do projecto. condições ou exigências.
e) Alçados dos edifícios, sempre que isso seja necessário
à boa compreensão do projecto, a escala adequada. Artigo 30.º
f) Discriminação e especificação detalhada dos equi- Estudo Prévio
pamentos, redes, acessórios e materiais utilizados nas di-
ferentes instalações. São elementos especiais do Estudo prévio:
g) Caracterização dos dispositivos de utilização e dos a) Representação gráfica geral das instalações e equi-
equipamentos sanitários e, quando aplicável, dos compo- pamentos em concordância com o desenvolvimento das
nentes dos sistemas de combate a incêndios, em confor- outras especialidades e com a definição das condições
midade com o projecto de Segurança Integrada. regulamentares de segurança, sob a forma de plantas e
h) Pormenores necessários à definição detalhada e boa outros elementos, a escala apropriada.
execução das instalações e equipamentos projectados, a b) Esquemas de princípio necessários à definição esque-
escalas adequadas. mática da concepção dos sistemas e redes que integram as
i) Especificação dos métodos de ensaio a considerar instalações e equipamentos e da sua interligação espacial
para as diversas instalações. e funcional.
c) Caracterização genérica das instalações e equipa-
Artigo 27.º mentos principais.
Assistência Técnica Especial d) Pré-dimensionamento dos equipamentos e das redes
principais das instalações.
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
e) Condições de ligação às redes de energia eléctrica
Anexo, constituem elementos especiais:
(produção, consumo) e outras, de funcionamento e utili-
a) Apreciação ou elaboração de quaisquer alterações às zação das instalações e equipamentos e da sua eventual
especificações e dimensionamentos dos equipamentos e expansão.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(47)

Artigo 31.º Artigo 33.º


Anteprojecto Assistência Técnica Especial

São elementos especiais do Anteprojecto: Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
Anexo, constituem elementos especiais:
a) Plantas, em escalas apropriadas, onde se indiquem os
traçados das redes principais das diversas instalações, com a) Apreciação ou elaboração de quaisquer alterações às
indicação da localização aproximada dos equipamentos. especificações e do dimensionamento dos equipamentos e
b) Cortes, esquemas e diagramas, sempre que isso seja materiais ou traçados das redes, quer durante o desenvolvi-
necessário à boa compreensão da solução proposta. mento dos projectos, quer durante a execução da obra.
c) Esquemas de princípio das instalações e da sua in- b) Aprovação dos mapas de ensaio.
terligação espacial e funcional. c) Apoio e aprovação da parametrização das instalações
e) Caracterização das instalações e equipamentos prin- e equipamentos.
d) Participação nos ensaios de recepção e aprovação
cipais.
dos seus resultados.
f) Dimensionamentos dos equipamentos e redes prin-
cipais das instalações.
SUBSECÇÃO III
g) Enumeração dos principais artigos que constituem o
mapa de quantidades de trabalho, dividido nos principais Instalações, equipamentos e sistemas de comunicações.
capítulos constituintes das instalações e equipamentos,
de forma a permitir a elaboração da estimativa do custo Artigo 34.º
preliminar da obra. Programa Preliminar
h) Justificação dos níveis de conforto luminotécnico, de
segurança e outros, bem como de produção e consumo de São elementos especiais do Programa preliminar:
energia eléctrica que suportem a solução proposta; a) Identificação de aspectos específicos do edifício ou
i) Verificação do cumprimento das regulamentações zonas do edifício, nomeadamente no que se refere a co-
técnicas aplicáveis. municações, ambiente, utilização, segurança e ligações a
redes ou sistemas exteriores.
Artigo 32.º b) Condicionamentos à localização dos equipamentos e
das instalações necessárias ao seu funcionamento.
Projecto de Execução
c) Identificação dos níveis de qualidade, disponibilidade,
São elementos especiais do Projecto de execução: redundância e autonomia pretendidos.
d) Condicionamentos a nível de manutenção, exploração
a) Memória descritiva e justificativa, incluindo a análise e expansão.
prospectiva de desempenhos, descrevendo e justificando
as soluções projectadas, tendo em atenção o Anteprojecto Artigo 35.º
aprovado e as disposições legais em vigor.
b) Condições técnicas, gerais e especiais, especificando Programa Base
as condições de execução ou montagem e as características São elementos especiais do Programa base:
técnicas das instalações e equipamentos previstos.
c) Planta geral dos locais servidos pelas instalações e a) Identificação das diferentes instalações e equipamen-
tos a considerar e suas configurações gerais justificadas a
equipamentos, em escala apropriada, quando não definida
partir dos condicionamentos e imposições constantes do
em regulamento aplicável, contendo os elementos de refe- Programa Preliminar.
rência e de orientação necessários à fácil localização das b) Bases de dimensionamento consideradas para as
instalações e equipamentos. diferentes instalações e equipamentos;
d) Plantas em escala apropriada, quando não definida c) Discriminação e justificação das necessidades, nomea-
em regulamento aplicável, com o traçado e constituição das damente em termos de comunicações e segurança.
redes e localização dos equipamentos, com a indicação dos d) Interligações com outras especialidades e respectivas
elementos indispensáveis à sua conveniente apreciação. condições ou exigências.
e) Alçados e cortes dos edifícios ou partes dos edifícios,
sempre que isso seja necessário à boa compreensão do Artigo 36.º
projecto, a escala apropriada, quando não definida em
Estudo Prévio
regulamento aplicável.
f) Pormenores necessários à definição detalhada e boa São elementos especiais do Estudo prévio:
execução das instalações e equipamentos projectados, a a) Representação gráfica geral das instalações e equi-
escalas apropriadas quando não definidas em regulamento pamentos em concordância com o desenvolvimento das
aplicável. outras especialidades e com a definição das condições
.g) Esquemas de princípio das instalações e da sua in- regulamentares de segurança, sob a forma de plantas e
terligação espacial e funcional, quando necessárias à sua outros elementos, a escala apropriada.
perfeita compreensão. b) Esquemas de princípio necessários à definição esque-
h) Dimensionamento das instalações e dos equipamen- mática da concepção dos sistemas e redes que integram as
tos, incluindo os cálculos necessários para o efeito. instalações e equipamentos e da sua interligação espacial
i) Medições e mapas de quantidade de trabalhos, divi- e funcional.
didos nos diversos capítulos constituintes da obra. c) Caracterização genérica das instalações e equipa-
j) Orçamento de projecto da obra. mentos principais.
5106-(48) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

d) Pré-dimensionamento dos equipamentos e das redes j) Orçamento de projecto da obra.


principais das instalações.
e) Condições de ligação às redes de comunicações e Artigo 39.º
outras, de funcionamento e utilização das instalações e
Assistência Técnica Especial
equipamentos e da sua eventual expansão.
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
Artigo 37.º Anexo, constituem elementos especiais:
Anteprojecto a) Apreciação ou elaboração de quaisquer alterações às
São elementos especiais do Anteprojecto: especificações e do dimensionamento dos equipamentos e
materiais ou traçados das redes, quer durante o desenvol-
a) Plantas, em escalas apropriadas, onde se indiquem os vimento dos projectos, quer durante a execução da obra.
traçados das redes principais das diversas instalações, com b) Aprovação dos mapas de ensaio.
indicação da localização aproximada dos equipamentos. c) Apoio e aprovação da parametrização das instalações
b) Cortes, esquemas e diagramas, sempre que necessário e equipamentos.
à boa compreensão da solução proposta. d) Participação nos ensaios de recepção e aprovação
c) Esquemas de princípio das instalações e da sua in- dos seus resultados.
terligação espacial e funcional.
d) Caracterização das instalações e equipamentos prin- SUBSECÇÃO IV
cipais.
e) Dimensionamentos dos equipamentos e redes prin- Instalações, equipamentos e sistemas de aquecimento, ventilação
cipais das instalações. e ar condicionado (AVAC).
f) Enumeração dos principais artigos que constituem o
mapa de quantidades de trabalho, dividido nos principais Artigo 40.º
capítulos constituintes das instalações e equipamentos, Programa Preliminar
de forma a permitir a elaboração da estimativa do custo
preliminar da obra. São elementos especiais do Programa preliminar, a for-
g) Justificação dos níveis de segurança e outros, que necer pelo Dono da Obra:
suportem a decisão da solução proposta. a) Identificação geral dos níveis de qualidade, disponi-
e) Verificação do cumprimento da regulamentação téc- bilidade, redundância e autonomia, pretendidos;
nica aplicável. b) Indicação do tipo de usos previstos bem como das
respectivas áreas e densidades de ocupação previsíveis;
Artigo 38.º c) Identificação do nível de classificação energética
Projecto de Execução pretendido;
d) Identificação de zonas especiais do edifício, cujo
São elementos especiais do Projecto de execução:
funcionamento se afaste significativamente da situação
a) Memória descritiva e justificativa, incluindo a análise normal em termos de perfil de cargas térmicas, exigências
prospectiva de desempenhos, descrevendo e justificando de controlo termohigrométrico ou qualidade do ar ou dos
as soluções projectadas, tendo em atenção o Anteprojecto parâmetros críticos de funcionamento;
aprovado e as disposições legais em vigor. e) Condicionamentos à localização de equipamentos,
b) Condições técnicas, gerais e especiais, especificando relativamente ao próprio edifício, bem como a outras cons-
as condições de execução e ou montagem e as caracterís- truções, nomeadamente em termos visuais, de ruído, e de
ticas técnicas das instalações e equipamentos previstos. qualidade do ar interior e exterior;
c) Planta geral dos locais servidos pelas instalações f) Condicionamentos a nível de exploração, acesso e
e equipamentos, em escala apropriada, contendo os ele- manutenção dos sistemas e equipamentos;
mentos de referência e a orientação necessários à fácil g) Disponibilidade local de redes urbanas de frio e de
localização das instalações e equipamentos. calor;
d) Plantas em escala apropriada, com o traçado e cons- h) Estratégia para a definição do regime de propriedade
tituição das redes e localização dos equipamentos, com a horizontal
indicação dos elementos indispensáveis à sua conveniente i) Orçamento previsional do investimento.
apreciação.
e) Alçados e cortes dos edifícios ou partes dos edifícios, Artigo 41.º
sempre que isso seja necessário à boa compreensão do
projecto, a escala apropriada. Programa Base
f) Pormenores necessários à definição detalhada e boa São elementos especiais do Programa base:
execução das instalações e equipamentos projectados, a
escalas apropriadas, quando não definidas em regulamento a) Descrição das condições exteriores do projecto consi-
aplicável. deradas para efeitos do “Dia do Projecto” e probabilidade
g) Esquemas de princípio das instalações e da sua in- de ocorrência.
terligação espacial e funcional, quando necessárias à sua b) Definição das condições interiores de projecto, no-
perfeita compreensão. meadamente temperatura seca, temperatura húmida, níveis
h) Dimensionamento das instalações e dos equipamen- de ruído.
tos, incluindo os respectivos cálculos justificativos. c) Definição das condições de ventilação (ar novo),
i) Medições e mapas de quantidade de trabalhos, divi- optimizando o QAI (Qualidade do Ar Interior) de acordo
didos nos diversos capítulos constituintes da obra. com as exigências regulamentares em vigor.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(49)

d) Definição dos critérios gerais de sectorização e de di- g) Enumeração dos principais artigos que constituem o
mensionamento em função da forma de ocupação, exigên- mapa de quantidades de trabalho, dividida nos principais
cias termohigrométricas e compartimentação corta-fogo. capítulos constituintes da instalação, de forma a permitir
e) Previsão da necessidade de espaços técnicos, verticais a elaboração da estimativa do custo preliminar da obra.
e horizontais. h) Enumeração e dimensionamento prévio dos prin-
f) Indicação de estratégias gerais de redução de consu- cipais quadros eléctricos de alimentação e controlo dos
mos de energia e de utilização de fontes de energia renová- equipamentos e redes das instalações.
veis, optimizando o IEE (Índice de Eficiência Energética) i) Verificação prévia do cumprimento da regulamentação
de acordo com as exigências regulamentares em vigor. sobre eficiência energética, qualidade do ar e condições
g) Estratégia de contagem da energia térmica para os de manutenção.
diferentes usos e fracções. j) Verificação prévia do cumprimento da regulamentação
sobre ruído.
Artigo 42.º l) Estimativa do custo da obra.
Estudo Prévio
Artigo 44.º
São elementos especiais do estudo Prévio:
Projecto de Execução
a) Memória descritiva da concepção dos sistemas de-
finindo as condições de funcionamento e utilização, bem São elementos especiais do projecto de execução:
como a sua modulação e eventual capacidade de expan- a) Mapa de capacidades com identificação detalhada de
são. todos os equipamentos a instalar, e seu dimensionamento,
b) Esquemas de princípio dos sistemas e redes que in- nomeadamente potência térmica a fornecer, caudal de ar e
tegram as instalações e equipamentos e estabeleçam clara- ou de água, pressões disponíveis, potência eléctrica apa-
mente a sua organização, interdependência e interligação rente ou consumo de combustível correspondente.
funcional e espacial. b) Especificação detalhada de todos os equipamentos
c) Identificação de espaços técnicos horizontais e verti- e materiais a fornecer e a instalar, nomeadamente quanto
cais necessários (áreas e volumes associados), bem como às suas características construtivas, códigos ou normas
das necessidades de ventilação e de interligação a redes exigíveis, espessura da chapa, níveis de estanqueidade e
exteriores e interiores, nomeadamente de drenagem, ali- pressão sonora, peso, dimensões.
mentação de água, alimentação eléctrica e de gás. c) Planta geral, à escala apropriada, com a localização
d) Pré-dimensionamento dos equipamentos e redes prin- do edifício e dos equipamentos exteriores, bem como os
cipais da instalação. traçados entre uns e outros, com definição da forma de
e) Implantação dos principais equipamentos e redes. instalação, assegurando quando necessário, as condições
f) Estratégia de monitorização do estado e do funciona- de protecção visual, de arrefecimento e de condiciona-
mento de equipamentos e instalações específicas. mento acústico.
g) Proposta do regime de contagem de energia e flui- d) Plantas, alçados e cortes com a pormenorização ne-
dos. cessária à completa explicitação das instalações projec-
h) Estimativa expedita do custo da obra. tadas, a escala apropriada, com a localização de todos os
equipamentos e traçados das redes de fluidos térmicos,
Artigo 43.º nomeadamente de ar e água arrefecida, aquecida ou de
Anteprojecto condensação, de fluido frigorigénio, com indicação do
seu dimensionamento (diâmetros, dimensões, secções)
São elementos especiais do Anteprojecto: tipo e espessura dos isolamentos, modo de instalação,
a) Cálculos correspondentes à determinação das cargas fixação e suporte.
térmicas de arrefecimento e aquecimento, bem como dos e) Esquema, ou esquemas, de princípio de todos os
caudais de ar novo a considerar. sistemas, devidamente detalhados, com discriminação e
b) Definição dos níveis de conforto termohigrométrico identificação de todos os equipamentos e acessórios de
e acústico, associados às instalações e equipamentos de comando, protecção, contagem, monitorização e controlo.
AVAC, bem como dos consumos de energia e fluidos que f) Representação esquemática, em perspectiva quando
suportem a decisão sobre a solução técnica adoptada, com necessário, das redes e apresentação do diagrama de pru-
recurso, sempre que necessário, a simulações computacio- madas de ar e água, com identificação da ocupação prevista
nais dinâmicas. para os espaços técnicos verticais e horizontais.
c) Avaliação de soluções de recuperação de energia, uso g) Pormenores necessários à definição detalhada e boa
de energias renováveis, ou outras e sua avaliação técnico- execução das instalações e equipamentos projectados, a
-económica, sempre que necessário. escalas adequadas.
d) Plantas, alçados e cortes em escalas apropriadas onde h) Discriminação e especificação detalhada das medidas
se indiquem a localização de equipamentos e o traçado de condicionamento acústico, com análise prospectiva de
principal das redes associadas às diversas instalações a desempenho.
realizar. i) Documentos, peças escritas e desenhadas que integrem
e) Dimensionamento dos equipamentos principais e os processos de licenciamento de acordo com a especifici-
redes primárias das instalações. dade própria das instalações e as exigências das entidades
f) Dimensionamento dos espaços técnicos principais, licenciadoras, nomeadamente quanto à justificação da não
centrais e percursos verticais e horizontais, acima dos tec- consideração de soluções legalmente obrigatórias.
tos falsos ou sob os pavimentos sobreelevados, e indicação j) Apresentação dos esquemas dos quadros eléctricos
das condições de acesso para manutenção ou reparação. de alimentação das instalações de ar condicionado e ven-
5106-(50) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

tilação, com dimensionamento de todas as protecções e Artigo 48.º


aparelhos de controlo e comando. Estudo Prévio
l) Planta a escala apropriada com a implantação dos qua-
dros eléctricos associados ao AVAC e respectivos traçados São elementos especiais do Estudo prévio:
de cabos, devidamente dimensionados de acordo com as a) Pré-dimensionamento da instalação e dos equipa-
regras técnicas em vigor. mentos de gás.
m) Esquemas detalhados dos quadros de comando e con- b) Elementos gráficos elucidativos dos traçados princi-
trolo das instalações, com a definição, dimensionamento pais das instalações de gás e sua interligação aos equipa-
e especificação técnica de todos os sistemas de controlo, mentos a gás, sob a forma de plantas e outros elementos,
comando e medida. a escala adequada.
n) Memória descritiva do funcionamento da instala- c) Caracterização dos materiais a aplicar.
ção. d) Condições de funcionamento e utilização das insta-
o) Mapas das quantidades dos trabalhos. lações e de uma sua eventual ampliação.
p) Confirmação de que os elementos de projecto estão
em condições de verificação da sua concordância com o Artigo 49.º
estipulado na legislação em vigor.
q) Orçamento de projecto da obra. Anteprojecto
São elementos especiais do Anteprojecto:
Artigo 45.º
a) Plantas, em escalas adequadas, dos traçados das ins-
Assistência Técnica Especial
talações de gás, com a localização dos respectivos equi-
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente pamentos e acessórios funcionais.
Anexo, constituem elementos especiais: b) Cortes e alçados, em escala adequada, sempre que
isso seja necessário à boa compreensão da solução pro-
a) Apreciação ou elaboração de quaisquer alterações às posta.
especificações e dimensionamentos dos equipamentos e c) Traçado isométrico da instalação de gás, devidamente
materiais ou traçados das redes, quer durante o desenvol- cotado.
vimento dos projectos, quer durante a execução da obra. d) Caracterização dos equipamentos a gás.
b) Aprovação dos mapas de ensaio. e) Cálculos do dimensionamento das instalações de
c) Apoio e aprovação da parametrização das instalações gás.
e equipamentos.
f) Definição dos ensaios legalmente estabelecidos a
d) Participação nos ensaios de recepção e aprovação
realizar por entidades oficialmente reconhecidas.
dos resultados dos mesmos.
Artigo 50.º
SUBSECÇÃO V
Projecto de Execução
Instalações, equipamentos e sistemas a gás
São elementos especiais do Projecto de execução:
Artigo 46.º a) Plantas, em escalas adequadas, onde se indiquem
Programa Preliminar os traçados das instalações de gás, com a localização dos
respectivos equipamentos e acessórios funcionais.
São elementos especiais do Programa preliminar:
b) Cortes e alçados, em escala adequada, da solução
a) Condicionamentos regulamentares dos componentes proposta.
dos sistemas, nomeadamente quanto à localização das ins- c) Traçado isométrico da instalação de gás, devidamente
talações e dos equipamentos a gás, e enquadramento em cotado.
relação à arquitectura a às restantes especialidades. d) Especificação dos equipamentos a gás.
b) Identificação dos pontos de ligação à rede de distri- e) Cálculos de dimensionamento das instalações de
buição exterior e condicionalismos a considerar, nomea- gás.
damente no que se refere a pressões e caudais. f) Definição dos ensaios legalmente estabelecidos a
c) Identificação dos níveis de conforto pretendidos para realizar por entidades oficialmente reconhecidas.
a edificação.
Artigo 51.º
Artigo 47.º Assistência Técnica Especial
Programa Base
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
São elementos especiais do Programa base: Anexo, constituem elementos especiais:
a) Configurações propostas para os diferentes compo- a) Aprovação prévia de eventuais alterações ao projecto
nentes dos sistemas, justificadas a partir dos condiciona- de execução, nomeadamente no que se refere a traçados da
lismos e imposições do Programa Preliminar; instalação, diâmetros, equipamentos, regime de pressões
b) Identificação das instalações e equipamentos a gás. entre outros.
c) Definição dos pressupostos de dimensionamento das b) Realização dos ensaios e inspecções legalmente es-
instalações e dos equipamentos. tabelecidas.
d) Interligações com outras especialidades e respectivas c) Apoio e aprovação da parametrização das instala-
especificações regulamentares e ou normativas. ções.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(51)

SUBSECÇÃO VI e sua dimensão, velocidade, aceleração, tipo e dimensão


Instalações, equipamentos e sistemas de transporte das portas e respectivo tempo de actuação.
de pessoas e cargas. b) Previsão de intertráfego e de contratráfego nos perí-
odos de ponta adoptados no cálculo.
Artigo 52.º c) Dimensionamento de escadas e tapetes rolantes, no-
Programa Preliminar
meadamente quanto ao número, largura e profundidade
dos degraus, velocidade, número de degraus planos no
São elementos especiais do Programa preliminar, a for- acesso.
necer pelo Dono da Obra: d) Estimativa preliminar do custo da obra para os dife-
a) Identificação do tipo, ou tipos, de uso previsto, bem rentes cenários analisados.
como das respectivas áreas, e densidades de ocupação
previsíveis. Artigo 55.º
b) Indicação genérica sobre o nível de qualidade do Anteprojecto
sistema de transporte de pessoas, nomeadamente no que
respeita a ascensores, escadas e tapetes rolantes. São elementos especiais do Anteprojecto:
c) Identificação de zonas especiais do edifício onde
a) Caracterização genérica da solução ou soluções selec-
esteja prevista uma ocupação de maior densidade e para
as quais se prevejam acessos verticais independentes. cionadas em termos do número de núcleos e de ascensores
d) Condicionamentos de instalação, nomeadamente em por núcleo, número de escadas ou passadeiras rolantes,
termos da cércea dos edifícios e da localização das casas velocidade, tipo de tracção e consumos.
das máquinas. b) Implantação dos núcleos dos elevadores e definição
e) Informação sobre os percursos, no que respeita à das dimensões das caixas e vãos das portas, bem como da
altura e número de pisos servidos e população associada profundidade dos poços e extracursos.
a cada núcleo. c) Implantação das escadas e passadeiras rolantes.
f) Orçamento previsional da obra.
Artigo 56.º
Artigo 53.º Projecto de Execução
Programa Base
O Projecto de execução deve conter a verificação dos
São elementos especiais do Programa base: desenhos e especificações do fabricante.
a) Definição dos critérios gerais a utilizar na definição
dos meios de transporte vertical, nomeadamente quanto à: Artigo 57.º
(i) capacidade de tráfego, medida em percentagem da Assistência Técnica Especial
população transportada em 5 minutos nos períodos de Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
pico; Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são
(ii) intervalo, ou seja, o tempo decorrido em segundos acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a
entre a partida de duas cabinas sucessivas do piso de en- caso e em função das características da obra.
trada;
(iii) tempo médio de espera, medido em segundos, entre
SUBSECÇÃO VII
a chegada ao patamar de partida e a entrada no ascensor;
(iv) tempo médio de viagem, medido em segundos, entre Sistemas de Segurança Integrada.
o patamar de partida e o piso de destino; e
(v) factor de ocupação das cabinas, medida como per- Artigo 58.º
centagem da carga nominal média em cada viagem.
Programa Preliminar
b) Critérios gerais de definição das escadas e tapetes São elementos especiais do programa preliminar:
rolantes.
c) Identificação das normas e regulamentos aplicá- a) Identificação do tipo ou tipos de uso previsto, bem
veis. como das respectivas áreas e densidades de ocupação pre-
visíveis.
Artigo 54.º b) Identificação de zonas especiais do edifício, onde
estejam previstas actividades ou ocupações de maior risco.
Estudo Prévio
c) Indicações sobre a proximidade existente ou previsí-
São elementos especiais do Estudo prévio: vel de outros edifícios ou actividades de maior risco.
a) Elaboração de simulações de tráfego para diferentes d) Condicionamentos à utilização ou localização de
cenários, designados por Estudos de Tráfego, tendo em sistemas e equipamentos de detecção e combate a incên-
conta a distribuição da população pelos diferentes pisos, a dios.
informação do projecto de arquitectura quanto à área dos e) Indicação dos níveis pretendidos de protecção contra
pisos servidos e respectiva altura, por forma a seleccionar intrusão, roubo.
soluções optimizadas, nomeadamente em termos de capaci- f) Disponibilidade para ligação a redes exteriores de
dade de tráfego, de tempos médios de espera e de viagem, água para incêndio (hidrantes exteriores).
do número de núcleos de ascensores, número de cabinas g) Orçamento previsional do investimento.
5106-(52) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

Artigo 59.º pais capítulos constituintes da instalação, nomeadamente


Programa Base
e quando aplicável, instalação de detecção e combate a
incêndios, em particular, rede de água do serviço de in-
São elementos especiais do Programa base: cêndios, extinção fixa, sprinklers, gás, instalação de video-
vigilância para efeitos de controlo de acessos e intrusão,
a) Classificação preliminar dos locais de risco contra
de forma a permitir a elaboração da estimativa de custo
incêndios.
preliminar da obra.
b) Indicação dos critérios gerais de compartimentação
e) Estimativa do custo da Obra.
corta-fogo, estabilidade ao fogo e de reacção ao fogo apli-
cáveis a cada local de risco, para definição dos revestimen-
tos em locais de risco e vias de evacuação. Artigo 62.º
c) Indicação dos critérios a seguir na definição e dimen- Projecto de Execução
sionamento dos caminhos de evacuação.
São elementos especiais:
d) Indicação sobre as condições de acesso que devem
ser consideradas para viaturas de socorro, nomeadamente, a) Plantas, alçados e cortes em escalas apropriadas com
ambulâncias e carros de bombeiros. a localização dos equipamentos e do traçado das redes
e) Indicação sobre a forma de limitação da propagação associadas às diversas instalações a realizar.
do incêndio pelo exterior. b) Dimensionamento dos equipamentos e redes das
instalações.
Artigo 60.º c) Planta geral, à escala 1/100, no mínimo, com a ex-
Estudo Prévio
cepção de situações em que pela sua dimensão tal não seja
possível, com a localização dos edifícios, dos arruamentos
São elementos especiais do Estudo prévio: exteriores e da rede de hidrantes exteriores, incluindo o
traçado dos acessos para viaturas de socorro.
a) Cálculo do efectivo.
d) Plantas, alçados e cortes, a escala adequada, com a
b) Memória descritiva de concepção, sobre as medidas
localização dos pontos de penetração no edifício.
passivas de optimização das condições de resistência e de
e) Esquema de princípio de todos os sistemas, devi-
estabilidade ao fogo dos elementos estruturais, bem como
damente detalhado, com discriminação e identificação
sobre o isolamento e a protecção em caso de incêndio nas
de todos os equipamentos e acessórios que integram as
vias de evacuação.
instalações.
c) Memória descritiva de concepção, sobre os sistemas
f) Especificação detalhada dos equipamentos, redes,
activos, para protecção precoce e combate em caso de
componentes, acessórios e materiais utilizados nas diversas
incêndio, nomeadamente sistemas de detecção de incên-
instalações.
dio e gases, de combate a incêndios, fixos e portáteis, e
g) Pormenores necessários à definição detalhada e boa
sinalização e alarme.
execução das instalações e equipamentos projectados, a
d) Definição da compartimentação geral corta-fogo.
escalas adequadas.
e) Definição dos caminhos de evacuação, nomeada-
h) Peças escritas e desenhadas que integram os proces-
mente em termos de localização, unidades de passagem e
sos de licenciamento de Segurança Integrada, de acordo
de protecção ao fumo e ao fogo.
com a regulamentação em vigor.
f) Definição dos volumes dos reservatórios para serviço
i) Mapas de quantidades de trabalhos.
de incêndio.
j) Orçamento de projecto da obra.
g) Memória descritiva da concepção sobre os sistemas
activos de controlo da intrusão, roubo ou sabotagem.
Artigo 63.º
h) Esquemas de princípio dos sistemas e redes que inte-
gram as instalação e os equipamentos e que estabelecem a Assistência Técnica Especial
sua organização, interdependência e interligação funcionais
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
e espaciais.
Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são
i) Pré-dimensionamento dos equipamentos e redes prin-
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a
cipais da instalação.
caso e em função das características da obra.
j) Implantação dos principais equipamentos e redes.
l) Estimativa expedita do custo da obra.
SUBSECÇÃO VIII
Artigo 61.º Sistemas de gestão técnica centralizada
Anteprojecto
Artigo 64.º
São elementos especiais do Anteprojecto:
Programa Preliminar
a) Plantas, alçados e cortes em escalas apropriadas com
São elementos especiais do Programa preliminar:
a indicação da localização dos equipamentos e o traçado
principal das redes associadas às diversas instalações a a) Identificação do tipo, ou tipos, de uso previstos, bem
realizar; como das respectivas áreas e densidades de ocupação.
b) Dimensionamento dos equipamentos e redes princi- b) Indicação de soluções de monitorização, registo e
pais das instalações; controlo do funcionamento das instalações que, para além
c) Verificação prévia da regulamentação aplicável a das obrigações regulamentares, devem ser consideradas.
cada espaço. c) Indicação de outros sistemas de gestão de monitoriza-
d) Enumeração dos principais artigos que constituem ção ou exploração, que possam vir a ser considerados e com
o mapa de quantidades de trabalho, dividida nos princi- os quais se deverá eventualmente prever interligação.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(53)

d) Orçamento previsional da obra. d) Pormenores necessários à definição detalhada e boa


execução das instalações e equipamentos projectados, a
Artigo 65.º escalas adequadas.
Programa Base e) Especificação e esquemas dos quadros eléctricos de
controlo e comando.
É elemento especial do Programa base a definição dos f) Memória descritiva do funcionamento, com a espe-
critérios gerais para a selecção dos pontos de ligação a cificação do modo de funcionamento do sistema e da sua
considerar e listagem indicativa das instalações e grandezas
interligação com outras diferentes instalações.
a monitorizar e controlar.
g) Listagem detalhada dos pontos de ligação, com iden-
Artigo 66.º tificação das suas características, nomeadamente tipo de
sinal, entrada e saída analógicas ou digitais, esquema de
Estudo Prévio alarme, sinalização, tipo de regulação, interbloqueio, tem-
São elementos especiais do Estudo prévio: porização.
h) Orçamento de projecto da obra.
a) Memória descritiva da concepção dos sistemas de-
finindo as condições de intervenção nas restantes insta-
Artigo 69.º
lações.
b) Proposta de listagem dos pontos de ligação, analó- Assistência Técnica Especial
gicos e digitais, a considerar e indicação das respectivas
grandezas e dos estados a monitorizar, controlar ou actuar. Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
c) Estimativa do custo da obra. Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a
Artigo 67.º caso e em função das características da obra.
Anteprojecto
SUBSECÇÃO IX
São elementos especiais do Anteprojecto:
Condicionamento Acústico
a) Memória descritiva da concepção do sistema, defi-
nindo as condições de funcionamento e utilização, bem Artigo 70.º
como a sua modulação e eventual expansão.
Programa Preliminar
b) Esquema de princípio do sistema, estabelecendo cla-
ramente a sua organização, interdependência e interligação São elementos especiais do Programa preliminar:
funcionais e espaciais.
c) Plantas, alçados e cortes em escalas apropriadas com a) Indicação das características da componente acústica
a localização dos equipamentos e o traçado principal das do ambiente exterior e outros, como extracto do Mapa de
redes associadas. Ruído, eventualmente disponíveis.
d) Dimensionamento dos equipamentos e redes primá- b) Indicação dos condicionamentos ao nível da emissão
rias das instalações. sonora de instalações e equipamentos, segundo o critério
e) Enumeração e pré-dimensionamento dos principais de incomodidade e de exposição máxima.
quadros eléctricos de alimentação e controlo dos equipa-
mentos e redes associados. Artigo 71.º
f) Enumeração dos principais artigos que constituem o
mapa de quantidades de trabalho, dividida nos principais Programa Base
capítulos constituintes da instalação, de forma a permitir a É elemento especial do Programa base a tipificação das
elaboração da estimativa do custo preliminar da obra. principais limitações resultantes do critério de condicio-
g) Verificação do cumprimento da legislação em vigor
namento acústico, designadamente quanto à orientação
relativa à eficiência energética, à qualidade do ar e às
condições de manutenção. e inserção dos volumes a construir e à organização dos
h) Estimativa do custo da obra. espaços interiores.

Artigo 68.º Artigo 72.º


Projecto de Execução Estudo Prévio

São elementos especiais do Projecto de execução: É elemento especial do Estudo prévio a descrição ge-
nérica das medidas de condicionamento acústico inde-
a) Especificação detalhada de todos os equipamentos
xadas a soluções tipo a integrar nas fases posteriores do
e materiais a fornecer e a instalar, nomeadamente quanto
às suas características construtivas, códigos ou normas projecto.
exigíveis, espessura da chapa, níveis de estanqueidade,
peso e dimensões. Artigo 73.º
b) Plantas, alçados e cortes a escala apropriada com a Anteprojecto
pormenorização necessária à completa explicitação das
instalações projectadas, incluindo a localização de todos É elemento especial do Anteprojecto a elaboração de
os equipamentos e traçados das redes com integração nas planta geral, a escala conveniente, com a implantação das
redes de comunicações do edifício. principais fontes de alteração da componente acústica do
c) Esquema de princípio do sistema. ambiente, identificando os respectivos campos sonoros.
5106-(54) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

Artigo 74.º i) Recolha e interpretação dos elementos geológicos e


geotécnicos disponíveis e reconhecimento geológico de
Projecto de Execução
superfície do local com identificação de eventuais pontos
São elementos especiais do Projecto de execução: críticos que constituam condicionamentos do projecto.
j) Imposições relativas aos aspectos estéticos, de in-
a) Planta geral, a escala conveniente, com a indicação tegração paisagística e urbanística, definindo eventual
das características das alterações determinadas na compo- obrigatoriedade de intervenção de especialistas nestes
nente acústica do ambiente exterior. domínios.
b) Plantas e cortes, na escala 1/100, onde se indiquem l) Imposições relativas a condicionamentos de impacte
os locais principais da intervenção de condicionamento ambiental.
acústico. m) Imposições relativas a iluminação pública e deco-
c) Memórias descritivas e justificativas, integrando rativa, definindo eventual obrigatoriedade de intervenção
análise prospectiva de desempenhos, das intervenções de especialistas nestes domínios.
de condicionamento acústico, descrevendo e justificando n) Imposições quanto à utilização da obra por instala-
as soluções projectadas, tendo em atenção o anteprojecto ções de abastecimento público de água, esgoto, telefones,
aprovado e as disposições legais em vigor. electricidade ou outras.
d) Condições técnicas, gerais e especiais, incluindo as o) Condicionamentos complementares, nomeadamente,
especificação das condições de execução ou montagem, zonas de edificação, de paragem e de estacionamento e de
dos materiais e dos equipamentos. serviços especiais.

Artigo 75.º Artigo 77.º


Assistência Técnica Especial Programa Base
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente 1 — No âmbito do Programa base, compete ao Pro-
Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são jectista, elaborar um documento síntese a partir da infor-
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a mação fornecida pelo Dono da Obra, sistematizando-a e
caso e em função das características da obra. preparando eventualmente soluções ou condicionamentos
alternativos, quando pertinente.
2 — Do documento referido no número anterior cons-
SECÇÃO III tam ainda:
Pontes, Viadutos e Passadiços a) Especificações a que devem ficar sujeitas a realização
e a verificação da prospecção geotécnica do terreno, no
Artigo 76.º caso de ser conveniente a sua realização logo após a apro-
Programa Preliminar vação do Programa Base, ou, em caso contrário, a indicação
da fase do projecto após a qual deve essa prospecção ser
São elementos especiais do Programa Preliminar: realizada, bem como a natureza da mesma.
a) Condicionamentos em planta e perfil longitudinal do b) Indicação sumária dos condicionamentos locais sus-
traçado da via onde a obra de arte se insere. ceptíveis de influenciarem decisivamente a escolha da
b) No caso de pontes, os condicionamentos hidráuli- solução a adoptar.
cos a observar e os elementos necessários ao cálculo da c) Indicação dos estudos especiais que se tornem ne-
secção de vazão, incluindo perfil longitudinal do curso de cessários realizar.
água, perfil transversal no local de atravessamento e perfis d) Indicação dos requisitos mínimos dos materiais a
transversais em número suficiente e convenientemente considerar no projecto.
distanciados. e) Referência detalhada sobre as soluções técnicas mais
adequadas à obra, com descrição geral dos acabamentos e
c) Perfil transversal tipo a adoptar na obra de arte, ex-
justificação da exclusão de soluções alternativas.
plicitando no caso de obras ferroviárias o tipo de via a f) Estimativa expedita do custo da Obra.
utilizar. g) Desenho de dimensionamento global da obra para
d) Elementos topográficos relativos ao local da obra, cada solução, constituído por alçado e planta, às escalas
designadamente levantamento a clássico à escala 1/500 e, 1/100, 1/200 ou 1/500, consoante a dimensão da obra.
no caso de pontes, levantamento batimétrico.
e) Classe de ponte ou viaduto, fixada em conformidade Artigo 78.º
com o definido na regulamentação em vigor, ou as carac-
terísticas específicas a considerar como acção de base da Estudo Prévio
sobrecarga. O Estudo prévio é constituído por peças escritas e de-
f) Critérios gerais do projecto, designadamente, velo- senhadas com o conteúdo mínimo relativamente a cada
cidade base, rampa máxima, raio mínimo, concordâncias solução proposta, sendo obrigatório que nas obras das
convexas e côncavas e distâncias de visibilidade no caso Categorias III e IV sejam apresentadas pelo menos duas
da directriz e da rasante não se encontrarem definidas. soluções.
g) No caso de pontes, as imposições quanto a tirante de São elementos especiais, relativamente a cada uma das
ar e à navegabilidade do curso de água. soluções propostas:
h) No caso de viadutos ou de passadiços, os condicio-
namentos rodoviários ou ferroviários das vias a cruzar, a) Os elementos relativos a:
nomeadamente no que se refere a gabarito ou a caracte- (i) Demonstração da observância das normas e condi-
rísticas do obstáculo a transpor. cionamentos impostos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(55)

(ii) Acessos e ligações. l) Estudos especiais em modelos físicos ou numéricos,


(iii) Secção de vazão a adoptar. quando for caso.
(iv) Redes públicas de água, esgoto, electricidade, co- m) Soluções a adoptar para o tráfego durante a execução
municações ou outras instalações. da obra.
(v) Avaliação técnico-económica das soluções estru- n) Aspectos a ter em conta na inspecção, observação,
turais propostas, nomeadamente no que se refere ao seu manutenção e conservação da obra.
comportamento em serviço e durabilidade. o) Lista das quantidades medidas, com base nas peças
(vi) Processos construtivos especiais, nomeadamente desenhadas, dos elementos relevantes da obra, complemen-
para a execução da superestrutura e fundações especiais. tada por estimativa devidamente justificada das quantida-
(vii) Trabalhos complementares da obra, nomeadamente des relativas a pormenores e elementos não desenhados.
arranjos paisagísticos e iluminação decorativa.
(viii) Peças desenhadas com a informação necessária e Artigo 80.º
suficiente para o perfeito entendimento do tipo de soluções Projecto de Execução
em análise, contendo dimensionamento geral;
(ix) planta, alçados, cortes longitudinal e transversal às São elementos especiais do Projecto de execução:
escalas 1/10, 1/200 ou 1/250; a) Esboço corográfico à escala 1:25.000.
(x) Proposta desenhada dos principais acabamentos b) Elementos de traçado com inserção da obra.
das obras. c) Implantação a escala adequada à extensão da obra.
(xi) Critérios propostos para conservação ou para a de- d) Cortes longitudinais e transversais ilustrativos da
molição de construções ou de outros elementos existentes inserção da obra de arte no perfil geológico correspon-
no terreno. dente ao local de implantação, nas escalas adequadas à
extensão da obra.
b) Especificações a que devem ficar sujeitas a realização e) Desenhos de execução de todos os elementos estru-
e a verificação da prospecção geotécnica do terreno, no turais da obra.
caso de não terem sido elaboradas em fase anterior do pro- f) Elementos demonstrativos da observância das nor-
jecto, incluindo a definição e justificação do programa de mas, condicionamentos e procedimentos impostos para o
reconhecimento necessário ao desenvolvimento do estudo desenvolvimento do estudo.
geológico e geotécnico. g) Indicações de execução, de natureza obrigatória,
c) Implantação da obra e seu enquadramento, nomea- demonstrativas dos processos construtivos ou métodos
damente e quando for relevante, modelos e fotomontagens especiais a utilizar.
que evidenciem os aspectos estéticos e de integração pai- h) Planos de execução, nomeadamente, faseamento
sagística da obra. construtivo, plano de betonagem e de pré-esforço, quando
d) Plantas e perfis, longitudinais e transversais. for caso.
e) Caracterização das obras acessórias ou complemen- i) Pormenores de execução dos diferentes elementos de
tares. construção que permitam a compreensão clara e a definição
f) Programa e cronograma preliminar demonstrativos precisa do dimensionamento, da natureza das interligações
dos prazos de execução de cada uma das soluções con- dos diversos materiais de partes constituintes, nas escalas
cebidas. adequadas.
h) Estimativas de custo de cada solução, composta pelo j) Aparelhos de apoio, juntas de dilatação e eventuais
somatório de custos estimados para as zonas ou peças dispositivos anti-sísmicos.
relevantes da obra. l) Sistema de drenagem em escala conveniente.
m) Pormenores dos dispositivos adoptados para a mon-
Artigo 79.º tagem posterior de instalações e equipamentos necessários,
nomeadamente de águas, águas residuais, electricidade,
Anteprojecto comunicações.
São elementos especiais do Anteprojecto: n) Equipamentos de serviço, nomeadamente acessos
para inspecção e manutenção.
a) Esboço corográfico à escala 1:25.000. o) Tratamento arquitectónico.
b) Elementos de traçado com inserção da obra. p) Enquadramento paisagístico.
c) Implantação à escala adequada à extensão da obra. q) Equipamento de segurança, nomeadamente sinali-
d) Cortes longitudinais e transversais ilustrativos da zação, demarcação, guardas e outros dispositivos de se-
inserção da obra de arte no perfil geológico correspondente gurança.
ao local de implantação. r) Obras acessórias, tais como vedações, iluminação e
e) Desenhos de dimensionamento geral e desenhos de telecomunicações.
pormenor a escalas adequadas, que permitam a estimativa s) Definição das soluções a adoptar para o tráfego du-
de quantidades. rante a execução de obra.
f) Elementos ilustrativos do processo construtivo. t) Estudo geológico e geotécnico complementar, quando
g) Elementos demonstrativos da observância das nor- necessário.
mas, condicionamentos e procedimentos impostos para o u) Anteplano de observação estrutural e de controlo de
desenvolvimento do estudo. geometria, quando for o caso.
h) Desenhos de obras acessórias e de instalações com- v) Especificação de actividades periódicas de manuten-
plementares. ção de equipamentos, designadamente, aparelhos de apoio
i) Estudo geológico e geotécnico. e dispositivos anti-sísmicos.
j) Estudo estrutural e respectivos cálculos justificativos x) Soluções resultantes das medidas de minimização
das peças mais representativas. do impacto ambiental.
5106-(56) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

z) Estudo de interacção via-tabuleiro em obras ferroviá- e) Planos directores municipais.


rias de alta velocidade e de muito alta velocidade. f) Outros instrumentos de planeamento e ordenamento
aa) Lista de quantidades resultante das medições efec- legalmente eficazes.
tuadas com base nas peças desenhadas do projecto. g) Imposições relativas a condicionamentos de impacte
ambiental e outros.
Artigo 81.º
Assistência Técnica Especial Artigo 84.º
Programa Base
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
Anexo, constituem elementos especiais: São elementos especiais do Programa Base:
a) Apreciação em obra das condições geotécnicas para a) Relativamente a cada uma das soluções propostas:
a execução das fundações de pilares e encontros.
b) Apreciação, excluindo verificação detalhada, dos pro- i) Traçado em planta na escala 1/25.000 com a localiza-
jectos de cimbres e cavaletes apresentados pelo adjudicatá- ção dos principais nós de ligação e ou intersecções.
rio, no que se refere à concepção geral, a deformabilidade, ii) Traçado em perfil longitudinal na mesma escala do
ao dimensionamento das estruturas e à sua adequação à traçado em planta para os comprimentos e sobreelevada
boa execução da obra. dez vezes para as alturas, com a localização das obras de
c) Apreciação de projectos de aplicação de pré-esforço arte de dimensão mais significativa e dos túneis.
ou tensionamento de tirantes, a apresentar pelo adjudi-
catário. b) Indicação dos estudos de tráfego, económico, ge-
d) Apreciação de planos de nivelamento geométrico ológico, hidrológico, paisagístico e de ambiental que se
e de planos de contraflechas em obras de arte especiais, consideram necessários efectuar.
nomeadamente, pontes construídas por avanços sucessivos
e pontes de tirantes, a apresentar pelo adjudicatário. Artigo 85.º
e) Apreciação da documentação técnica relativa a equi- Estudo Prévio
pamentos a instalar na obra nomeadamente, aparelhos de
apoio, juntas de dilatação e dispositivos anti-sísmicos. 1 — Devem ser realizados, na fase de Estudo Prévio,
f) Apreciação dos resultados da observação da obra o Estudo de Impacte Ambiental e a respectiva consulta
durante as fases construtivas, excluindo o seu tratamento pública, seguidos da publicação da Declaração de Impacte
e análise detalhados. Ambiental (DIA), sem a qual o projecto não poderá evoluir
para a fase seguinte.
Artigo 82.º 2 — São elementos especiais do Estudo prévio, relati-
vamente a cada uma das soluções propostas:
Serviços suplementares
a) Esboço corográfico à escala 1:25.000.
O Projectista pode, sempre que lhe seja solicitado,
alargar o âmbito da assistência técnica especial a uma b) Carta de restrições na escala 1:5.000.
assessoria técnica à obra que pode incluir, entre outros, a c) Estudo de tráfego que suporte o dimensionamento da
elaboração de: secção corrente, dos ramos dos nós de ligação, das ligações
à rede viária envolvente, das intersecções, dos pavimentos
a) Desenhos de construção e de preparação de obra, e dos estudos de ruído e dos pavimentos; se necessário,
contendo nomeadamente esquemas de corte das armaduras. o Estudo de Tráfego deverá suportar o dimensionamento
b) Projectos de tensionamento de cabos/tirantes. das praças e equipamentos de portagem.
c) Planos de contraflechas, além do plano geral even- d) Traçado em planta na escala 1:5.000, indicando even-
tualmente previsto no projecto. tuais vias suplementares para veículos e incluindo o traçado
d) Estudos e ou projectos de estruturas e procedimentos dos nós de ligação, intersecções e restabelecimentos da
auxiliares. rede viária existente, num sistema de coordenadas ligado
e) Telas finais. ao nivelamento geral do país.
e) Traçado em perfil longitudinal na mesma escala do
SECÇÃO IV traçado em planta para os comprimentos e sobreelevada
dez vezes para as alturas, com a localização das obras de
Estradas arte, dos túneis e das passagens hidráulicas.
f) Perfil transversal tipo nas escalas 1:50 ou 1:100.
Artigo 83.º g) Identificação dos restabelecimentos, incluindo a de-
Programa Preliminar monstração da sua viabilidade.
h) Definição geral dos nós e das intersecções, incluindo
São elementos especiais do Programa preliminar, a demonstração da sua viabilidade.
quando aplicável: i) Estudo geológico e geotécnico, baseado na recolha
a) Pontos obrigatórios de passagem e aglomerados a e interpretação dos elementos geológicos e geotécnicos
servir. disponíveis, nos resultados do reconhecimento geológico
b) Características geométricas ou níveis de serviço e de superfície do traçado e de eventuais trabalhos de pros-
dados de tráfego suficientes para a sua determinação. pecção geotécnica corrente realizados, com identificação
c) Normas e outros documentos normativos a obser- de eventuais pontos críticos que constituam condiciona-
var. mentos do projecto.
d) Plano rodoviário nacional, estatuto das estradas na- j) Pré-dimensionamento geral das obras geotécnicas
cionais e outros diplomas legais do sector rodoviário. especiais: consolidação dos taludes, estruturas de suporte,
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(57)

aterros de grande dimensão e travessias de baixas alu- de abastecimento de água e de saneamento, oleodutos e
vionares. condutas de fibra óptica.
l) Pré-dimensionamento do pavimento. q) Elaboração das plantas cadastrais.
m) Pré-dimensionamento geral das obras de arte, tipos r) Esquema de redes de triangulação do apoio topográ-
estruturais e de fundações. fico, se julgado necessário.
n) Pré-dimensionamento geral dos túneis.
o) Estudo hidrológico sumário. 2 — No caso de se prescindir desta fase do projecto,
p) Estudo de enquadramento paisagístico. é sempre elaborada, pelo menos, a geometria do traçado
q) Desenhos tipo de sinalização e segurança, vedações, com a finalidade de garantir a sua estabilização, a qual é
iluminação e telecomunicações. essencial para a realização dos trabalhos topográficos, da
r) Localização das áreas de serviço e de repouso. prospecção geotécnica e das plantas cadastrais.
s) Localização das portagens.
t) Estudo económico e avaliação da respectiva renta- Artigo 87.º
bilidade (TIR). Projecto de Execução

Artigo 86.º 1 — O Projecto de Execução deve ser acompanhado


do Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de
Anteprojecto Execução (RECAPE), sem a aprovação do qual a obra não
1 — São elementos especiais do Anteprojecto: poderá ter início.
2 — São elementos especiais do Projecto de Execu-
a) Esboço corográfico à escala 1:25.000. ção:
b) Traçado em planta, nas escalas 1:1.000, quando se
trate de ambiente urbano ou suburbano, ou 1:2.000, quando a) Esboço corográfico à escala 1:25.000.
se trate de ambiente rural, num sistema de coordenadas b) Implantação e apoio topográfico.
ligado ao nivelamento geral do país. c) Traçado em planta, incluindo vias suplementares
c) Traçado em perfil longitudinal na mesma escala do para veículos lentos, se necessárias, nas escalas 1:1.000
traçado em planta para os comprimentos e sobreelevada ou 1:2.000 e incluindo o traçado dos restabelecimentos da
de dez vezes para as alturas. rede viária existente, num sistema de coordenadas ligado
d) Perfil ou perfis transversais tipo na escala 1:50 ou à rede geodésica do país.
1:100, indicando a estrutura do pavimento, tipo e dimen- d) Traçado em perfil longitudinal nas mesmas escalas
sões das valetas e inclinações dos taludes. do traçado em planta para os comprimentos e sobreelevado
e) Dimensionamento dos nós e intersecções, incluindo de dez vezes para as alturas, com as cotas num sistema de
perfil transversal tipo nas escalas 1:50 ou 1:100. coordenadas referidas à rede geodésica do país.
f) Traçado em planta e em perfil longitudinal dos res- e) Perfil ou perfis transversais tipo na escala 1:50 indi-
cando os ângulos de rotação da plataforma a considerar ao
tabelecimentos, incluindo os perfis transversais tipo nas
longo do traçado, a estrutura do pavimento, tipo e dimen-
escalas 1:50 ou 1.100.
sões das valetas e as inclinações dos taludes.
g) Estudo geológico e geotécnico baseado nas informa- f) Perfis transversais na escala 1:200.
ções recolhidas na fase de Estudo Prévio e no reconheci- g) Nós de ligação, incluindo as respectivas vias de ace-
mento geológico de superfície complementar, incluindo leração e de desaceleração, e intersecções referenciados ao
a análise das condições de fundação das obras de arte, de sistema de coordenadas ligado à rede geodésica do país,
execução de túneis e de execução de obras geotécnicas es- contendo as informações referidas em c), d), e) e f).
peciais, nomeadamente consolidação de taludes, estruturas h) Estudo geológico e geotécnico incluindo planta ge-
de suporte, aterros de grande dimensão e de travessia de ológica e perfil geotécnico longitudinal e, sempre que se
baixas aluvionares. justifique, perfis geotécnicos transversais nas mesmas
h) Definição e justificação do plano de prospecção geo- escalas adoptadas em c), d) e f) bem como localização e
técnica especial, incluindo as respectivas especificações, caracterização sumária de materiais.
necessário ao desenvolvimento do estudo geológico e geo- i) Projecto de terraplenagem, incluindo tipos de equi-
técnico complementar. pamentos a utilizar, gráfico de distribuição de terras e
i) Dimensionamento do pavimento. identificação de zonas de depósito.
j) Dimensionamento geral das obras de arte, de tipos j) Dimensionamento das obras geotécnicas especiais:
estruturais e de fundações. consolidação dos taludes, estruturas de suporte, aterros de
l) Dimensionamento geral dos túneis. grande dimensão e travessias de baixas aluvionares, com
m) Dimensionamento geral das obras geotécnicas es- indicação dos processos executivos.
peciais: consolidação dos taludes, estruturas de suporte, l) Projecto do pavimento.
aterros de grande dimensão e travessias de baixas aluvio- m) Plantas parcelares à escala 1:1.000 ou 1: 2.000 com
nares, com indicação dos processos executivos. os limites num sistema de coordenadas ligado à rede geo-
n) Estudo hidrológico. désica do país e devidamente cotadas em relação ao eixo
o) Planta ou plantas que clarifiquem a localização re- da estrada.
lativa e as áreas destinadas a equipamentos de serviços, n) Sistema de drenagem incluindo traçado em planta e
nomeadamente, portagens e áreas de serviço e, se julgado perfil longitudinal na escala de 1.1.000 ou 1:2.000, com
necessário, de equipamentos de segurança, designada- pormenores na escala 1:50 ou 1:20.
mente, escapatórias, e de obras acessórias. o) Estudo de integração e enquadramento paisagís-
p) Levantamento dos serviços afectados, nomeada- tico.
mente, linhas e postes de alta e média tensão, linhas eléc- p) Planta geral de localização dos serviços afectados,
tricas de baixa tensão, linhas telefónicas, condutas de gás, designadamente, linhas e postes de alta e média tensão,
5106-(58) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

linhas eléctricas de baixa tensão, linhas telefónicas, con- SECÇÃO V


dutas de gás, de abastecimento de água e de saneamento, Caminhos-de-Ferro
oleodutos e condutas de fibra óptica, na escala 1:1.000
ou 1:2.000. Artigo 89.º
q) Soluções a adoptar para o tráfego durante a execução
da obra, de que fazem parte o traçado em planta e perfil Disposições Gerais
longitudinal dos desvios, perfil ou perfis transversais tipo, 1 — Os projectos de caminhos-de-ferro compreendem
perfis transversais e sistema de drenagem nas mesmas es- projectos específicos, os quais são objecto desta secção,
calas referidas em c), d), e) e f), além do dimensionamento e projectos cujos elementos especiais se encontram inte-
de pavimentos e equipamentos de segurança. grados em outras secções.
r) Estudo dos equipamentos de segurança, nomeada- 2 — Devem ser realizados na fase de Estudo Prévio,
mente, guardas de segurança, amortecedores de impacto, o Estudo de Impacte Ambiental e a respectiva consulta
protecção de motociclistas, escapatórias. pública, seguidos da publicação da Declaração de Impacte
s) Estudo da sinalização vertical e horizontal. Ambiental (DIA), sem a qual o projecto não poderá evoluir
t) Estudo do equipamento de serviços, nomeadamente para a fase seguinte.
praças e instalações de portagens, áreas de serviço e áreas 3 — O Projecto de Execução deverá ser acompanhado
de repouso, centros de assistência e manutenção. pelo Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto
u) Obras de arte correntes e especiais integradas no de Execução (RECAPE), sem a aprovação do qual a obra
projecto geral, com indicação dos processos construtivos. não pode ter início.
v) Dimensionamento dos túneis, com indicação dos 4 — São projectos específicos os constantes nas se-
processos executivos. guintes Subsecções:
x) Estudo das obras acessórias, tais como serventias e a) Subsecção I — Via férrea.
caminhos paralelos, vedações, iluminação e telecomuni- b) Subsecção I — Catenária.
cações. c) Subsecção I — Faseamento construtivo.
2 — O Projecto de Execução deve ser dividido nos SUBSECÇÃO I
seguintes fascículos independentes:
Via Férrea
a) Síntese de apresentação geral do projecto.
b) Implantação e apoio topográfico. Artigo 90.º
c) Estudo geológico e geotécnico.
Programa Preliminar
d) Traçado geral.
e) Nós de ligação e intersecções. São elementos especiais do Programa preliminar:
f) Restabelecimentos, serventias e caminhos parale- a) Directriz sobre base cartográfica à escala 1:25.000,
los. identificando os pontos obrigatórios de passagem e esta-
g) Drenagem. ções.
h) Pavimentação. b) Esquema geral de estações e de outros feixes de linhas
i) Integração Paisagística. e respectivos comprimentos úteis.
j) Equipamentos de segurança. c) Velocidade de projecto.
l) Sinalização. d) Níveis de segurança e conforto e características
m) Sistema de telemática rodoviária. geométricas ou dados de tráfego suficientes para a sua
n) Canal técnico rodoviário; determinação.
o) Sistema de postos de emergência SOS. e) Características do comboio tipo, designadamente:
p) Iluminação. curva de potência, dimensões e peso por eixo.
q) Vedações. f) Definição do armamento de via.
r) Serviços afectados. g) Outros critérios, disposições e documentos norma-
s) Obras de arte correntes e obras de arte especiais. tivos a respeitar.
t) Túneis. h) Plano de reclassificação e supressão de passagens
u) Áreas de serviço e de repouso. de nível.
v) Projectos complementares, nomeadamente muros, i) Estudo de exploração.
desvios provisórios, barreiras acústicas, passagens para j) Imposições relativas a condicionamentos de impacte
a fauna. ambiental.
x) Expropriações. l) Informação sobre o número de alternativas a estudar
z) Centros de Assistência e Manutenção. nas fases subsequentes, nomeadamente nos estudos de
aa) Portagens. novos traçados sujeitos a Avaliação de Impacte Ambiental.

Artigo 88.º Artigo 91.º


Assistência Técnica Especial Programa Base

Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente São elementos especiais do Programa base:
Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são a) A recolha e interpretação dos elementos geológicos e
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a geotécnicos disponíveis e os resultados do reconhecimento
caso e em função das características da Obra. geológico de superfície do traçado com identificação de
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(59)

eventuais pontos críticos que constituam condicionamentos das obras de arte, devendo as cotas estar referidas à rede
do projecto. geodésica do país.
b) Levantamentos topográficos a efectuar. d) Perfil ou perfis transversais tipo na escala 1:50.
c) Identificação e localização de obras de arte, de túneis e) Estudo geológico e geotécnico complementar, se
e de obras geotécnicas especiais, em particular, consolida- necessário.
ção dos taludes, estruturas de suporte, aterros de grande f) Perfis geotécnicos.
dimensão e travessias de baixas aluvionares. g) Dimensionamento da plataforma de via.
d) Identificação de outros estudos a efectuar. h) Dimensionamento das obras geotécnicas especiais,
designadamente, consolidação dos taludes, estruturas de
Artigo 92.º suporte, aterros de grande dimensão e travessias de baixas
aluvionares.
Estudo Prévio
i) Perfis transversais na escala 1:200.
São elementos especiais do Estudo prévio: j) Gráfico de distribuição de terras.
l) Estudo de integração paisagística.
a) Esboço corográfico na escala 1:25.000; m) Material de superestrutura de via.
b) Traçado em planta das soluções estudadas, para plena n) Malha de apoio topográfico.
via e estações, sobre base cartográfica à escala 1:5.000, ou
1:1.000 caso se tratem de zonas urbanas ou adjacentes a Artigo 95.º
vias existentes, incluindo o traçado dos restabelecimentos
da rede viária afectada. Assistência Técnica Especial
c) Perfil longitudinal correspondente a essas soluções na Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
mesma escala do traçado em planta para os comprimentos Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são
e dez vezes para as alturas, no qual apareçam localizadas acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a
as obras de arte e os túneis. caso e em função das características da Obra.
d) Perfil ou perfis transversais tipo nas escalas 1:100
ou 1:50. SUBSECÇÃO II
e) A definição e justificação do programa de reconhe-
cimento, prospecção e ensaios laboratoriais, incluindo as Catenária
respectivas especificações, necessário ao desenvolvimento
do estudo geológico e geotécnico. Artigo 96.º
f) Estudo hidrológico. Programa Preliminar
g) Estudo de enquadramento paisagístico.
h) Perfis transversais nas secções mais críticas, à escala São elementos especiais do Programa preliminar:
1:200. a) Velocidade a praticar na linha ou nos vários troços
i) Pré-dimensionamento da plataforma de via. da linha.
j) Pré-dimensionamento das obras geotécnicas espe- b) Características pretendidas para as instalações fixas
ciais, em particular, consolidação dos taludes, estruturas de tracção eléctrica e para os diversos equipamentos.
de suporte, aterros de grande dimensão e travessias de c) Normas e especificações a que deve obedecerem o
baixas aluvionares. equipamento e a organização do projecto de execução.
Artigo 93.º Artigo 97.º
Anteprojecto Programa Base
São elementos especiais do Anteprojecto: São elementos especiais do Programa base:
a) Pormenorização das recomendações e decisões re- a) Critérios básicos do projecto.
sultantes da apreciação efectuada ao Estudo prévio pelo b) Definição das soluções tipo de catenária.
Dono da Obra. c) Identificação das fontes de alimentação.
b) Estudo geológico e geotécnico. d) Inventariação dos estudos complementares neces-
c) Estudo hidrológico, se necessário. sários.

Artigo 94.º Artigo 98.º


Projecto de Execução Estudo Prévio
São elementos especiais do Projecto de Execução:
São elementos especiais do Estudo prévio:
a) Planta parcelar, nas escalas de 1:1.000, num sistema
de coordenadas ligado à rede geodésica do país. a) Esquema eléctrico da instalação com detalhe superior
b) Traçado em planta da solução adoptada, para plena ao que eventualmente conste do Programa preliminar.
via e estações, sobre base cartográfica à escala 1:1.000, b) Definição global das soluções a adoptar, particulari-
incluindo o traçado dos restabelecimentos da rede viária zando os casos que sejam omissos nas normas e especifi-
afectada, com todos os elementos de directriz coordenados cações constantes do Programa preliminar.
e referidos à rede geodésica do país. c) Inventariação de todas as obras que seja necessário
c) Perfil longitudinal correspondente à solução adoptada realizar para a montagem das instalações fixas de tracção
na mesma escala do traçado em planta para os comprimen- eléctrica e que não sejam abrangíveis no respectivo Pro-
tos e dez vezes para as alturas, onde conste a localização jecto de execução.
5106-(60) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

Artigo 99.º Artigo 104.º


Anteprojecto Estudo Prévio

São elementos especiais do Anteprojecto: É elemento especial do Estudo prévio a identificação


a) Planta de piquetagem. sumária do faseamento construtivo para as várias soluções
b) Definição de apoios especiais, nomeadamente em estudadas.
pontes e edifícios.
c) Concretização de eventuais indicações de reformula- Artigo 105.º
ção do Estudo Prévio definidas pelo Dono da Obra. Anteprojecto

É elemento especial do Anteprojecto a verificação da


Artigo 100.º
validade do faseamento construtivo sumário em função
Projecto de Execução dos ajustamentos e ou recomendações preconizados pelo
São elementos especiais do Projecto de execução: Dono da Obra.
a) Cartografia e levantamento topográfico das instala- Artigo 106.º
ções existentes ou projecto de via e terraplanagens à escala
de 1:1.000 para a plena via e 1:500 para as estações. Projecto de Execução
b) Definição sobre a cartografia de todos os elementos É elemento especial do Projecto de execução a descrição
definidores das instalações fixas de tracção eléctrica. do faseamento construtivo incluindo todos os projectos e
c) Definição pormenorizada de todos os equipamentos estudos complementares e acessórios necessários à imple-
utilizados de acordo com as normas e especificações cons- mentação do projecto, desde a situação inicial à situação
tantes do Programa Preliminar. final, de acordo com os condicionalismos estabelecidos.
d) Cálculos relativos aos apoios de catenária e a todos
os elementos estruturais do suporte. Artigo 107.º
e) Peças desenhadas dos pórticos de catenária e de todos
Assistência Técnica Especial
os equipamentos específicos do projecto.
f) Listagem completa das peças constituintes da cate- Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
nária. Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a
Artigo 101.º caso e em função das características da obra.
Assistência Técnica Especial

Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente SECÇÃO VI


Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são Aeródromos
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a
caso e em função das características da obra. Artigo 108.º
Disposições Gerais
SUBSECÇÃO III
Faseamento Construtivo 1 — Os projectos de aeródromos compreendem projec-
tos específicos objecto desta secção e projectos objecto de
Artigo 102.º outras secções, não obstante a sua valência aeronáutica,
como sejam os projectos de instalações de terminais de
Programa Preliminar
passageiros e de carga, instalações de apoio à navega-
São elementos especiais do Programa preliminar: ção aérea e torre de controlo, instalações meteorológicas,
acessos rodo e ferroviários, passagens superiores e infe-
a) Estudo de exploração.
riores, estacionamento de viaturas, instalações de socorro,
b) Condições de exploração mínimas desejáveis, a ga-
rantir durante a execução da obra. hangares e outros equipamentos aeronáuticos, redes tele-
c) Outras restrições ou condicionantes a observar. fónicas, eléctricas, de hidrantes, de combustíveis, de gás
d) Identificação das equipas Projectistas envolvidas e e de esgotos.
das entidades a actuar ou com responsabilidades na zona 2 — São projectos específicos os constantes nas se-
objecto de intervenção. guintes subsecções:
a) Subsecção I — Área operacional do lado ar, consti-
Artigo 103.º tuída pelas pistas, caminhos de circulação e plataformas
Programa Base de estacionamento, incluindo as respectivas bermas de
segurança;
São elementos especiais do Programa base: b) Subsecção II — Apoio à navegação aérea, compre-
a) Identificação sumária dos estudos a efectuar. endendo a sinalização luminosa, as ajudas à navegação
b) Recolha de elementos adicionais. aérea e a central eléctrica de emergência.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(61)

SUBSECÇÃO I h) Especificação do avião crítico e do tipo de operação,


Área Operacional visual ou por instrumentos.
i) Dimensionamento do comprimento das pistas, enun-
Artigo 109.º ciadas as distâncias declaradas e estabelecimento do plano
director e faseamento do seu desenvolvimento.
Programa Preliminar j) Implantação do ponto de referência (ARP) e inven-
São elementos especiais do Programa preliminar, tariação dos meios de socorros e de combate a incêndios.
quando aplicáveis: l) Estudo geológico e geotécnico, baseado na recolha
e interpretação dos elementos disponíveis, nos resultados
a) Tipologia do aeródromo e condições do seu funcio- do reconhecimento geológico da superfície do traçado e
namento. em eventuais trabalhos de prospecção geotécnica corrente.
b) Normas internacionais ICAO e outras disposições m) Estudo hidrológico sumário e esquema geral de
que devam ser observadas. drenagem.
c) Instrumentos de gestão territorial aplicáveis, nomea- n) Pré-dimensionamento geral das obras geológicas
damente planos de ordenamento e planos director muni- especiais, consolidação de taludes, estruturas de suporte,
cipal. aterros de grande dimensão ou em baixas aluvionares.
d) Disposições relativas a condicionamentos de impacte o) Pré-dimensionamento dos pavimentos.
ambiental e outros. p) Pré-dimensionamento geral das obras de arte, tipos
estruturais e de fundações.
Artigo 110.º q) Pré-dimensionamento de túneis.
Programa Base r) Análise do estabelecimento de redes existentes.
1 — São elementos especiais do Programa base, quando Artigo 112.º
aplicáveis:
Anteprojecto
a) Relativamente a cada uma das soluções propostas:
São elementos especiais do Anteprojecto:
i) Traçado em planta, na escala 1.25.000, da faixa prin-
cipal com a localização de cursos de água, linhas de alta a) Planta de localização, à escala 1:25.000 e principais
tensão e orografia mais relevante e identificação de outras acessos aos centros urbanos servidos.
vias de comunicação. b) Traçado em planta, nas escalas 1.2.000 ou 1:5.000,
ii) Traçado na mesma escala, do correspondente perfil num sistema de coordenadas ligado à rede geodésica do
de obstáculos. país.
iii) Regime e cobertura de ventos na faixa principal. c) Traçado em perfil longitudinal de pistas, caminhos
iv) Análise das condições locais de visibilidade e ne- de circulação e plataformas de estacionamento, na mesma
bulosidade. escala do traçado em planta para os comprimentos e so-
v) Determinação da temperatura de referência. breelevada dez vezes para as alturas.
d) Perfis transversais tipo, na escala 1:200, com a estru-
b) Indicação dos estudos cuja realização é necessária, tura do pavimento e inclinação de taludes, incluindo repre-
nos domínios hidrológico, geológico, paisagístico, am- sentação de dispositivos de drenagem e de infra-estruturas
biental e de infra-estruturas gerais, para além dos estudos de sinalização luminosa.
de procura de transporte, económicos e de natureza ope- e) Dimensionamento das intersecções de pistas e ca-
racional. minhos de circulação, entre estes e na sua conexão às
plataformas de estacionamento.
Artigo 111.º f) Estudo geológico e geotécnico baseado nas informa-
ções recolhidas no Estudo Prévio e no reconhecimento
Estudo Prévio geológico complementar, incluindo a análise das condições
São elementos especiais do Estudo prévio relativamente de fundação das obras de arte, de execução de túneis e de
a cada uma das soluções alternativas, quando aplicáveis: obras geotécnicas especiais, nomeadamente consolidação
de taludes, estruturas de suporte, aterros de grandes dimen-
a) Planta de localização à escala 1:25.000. sões ou em baixas aluvionares.
b) Carta de servidões, de restrições de utilidade pública g) Definição e justificação do plano de prospecção ge-
e outras, nas escalas 1:5.000 ou 1:10.000. otécnica especial, incluindo as respectivas especificações
c) Estudo de previsão de tráfego, para um determinado necessárias ao desenvolvimento do estudo geológico e
horizonte. geotécnico complementar.
d) Gráficos de cobertura de ventos e orientação mag- h) Dimensionamento do pavimento.
nética das pistas. i) Dimensionamento geral das obras de arte, tipos es-
e) Traçado em planta, nas escalas 1:5.000 ou 1:10.000, truturais e de fundações.
das pistas, caminhos de circulação e plataformas de es- j) Dimensionamento geral de túneis.
tacionamento, incluindo os estabelecimentos da rede de l) Dimensionamento geral das obras geotécnicas es-
comunicações existentes. peciais: consolidação de taludes, estruturas de suporte,
f) Traçado em perfil longitudinal — na mesma escala aterros de grande dimensão ou em baixas aluvionares, com
para os comprimentos e sobreelevada dez vezes para as indicação dos respectivos processos executivos.
alturas — das pistas, caminhos de circulação e plataformas m) Estudo hidrológico e plano geral de drenagem.
de estacionamento, com localização das obras de arte, dos n) Caracterização geral de ajudas visuais e eventuais ra-
túneis e das passagens hidráulicas. dioajudas e sua implantação; plantas de sinalização diurna,
g) Perfil transversal — tipo à escala 1:500. luminosa e vertical.
5106-(62) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

o) Estudo de circulação no solo e de iluminação da Artigo 114.º


plataforma de estacionamento. Assistência Técnica Especial
p) Planta de desobstrução e de servidão aeronáutica.
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
Artigo 113.º Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a
Projecto de execução
caso e em função das características da obra.
São elementos especiais do Projecto de Execução:
SUBSECÇÃO II
a) Planta de localização à escala 1:25.000, compatibi-
lizada com os planos directores municipais envolventes. Apoio à navegação aérea
b) Carta de obstáculos ICAO tipo A.
c) Traçado em planta, à escala 1:1000, num sistema de Artigo 115.º
coordenadas ligado à rede geodésica do país. Programa Preliminar
d) Traçado em perfil longitudinal de pistas, caminhos de
circulação, plataformas de estacionamento, vias de serviço São elementos especiais do Programa preliminar, nos
e acessos e estacionamentos do lado-terra, na mesma escala casos aplicáveis:
da alínea anterior para os comprimentos e sobreelevada dez a) Tipologia de aeródromo e condições do seu funcio-
vezes para as alturas, com as cotas reportadas a um sistema namento.
de coordenadas ligado à rede geodésica nacional. b) Normas internacionais ICAO e outras disposições
e) Perfis transversais tipo na escala 1:200 com a cons- que devam ser observadas.
tituição do pavimento e sua inclinação, a representação c) Critério de exploração.
dos taludes, englobando dispositivos de drenagem, das d) Imposições relativas a condicionamentos de impacte
infra-estruturas de sinalização e outras que lhes estejam ambiental e outros.
associadas.
f) Perfis transversais, à escala 1:200, numa equidistância Artigo 116.º
máxima de 25 metros.
Programa Base
g) Plantas de pormenor de altimetria e de planimetria
à escala 1:500 com identificação dos pontos notáveis e o São elementos especiais do Programa base:
registo das respectivas coordenadas de implantação em
a) Especificação do tipo de operação: visual, diurno/
quadros de piquetagem no sistema WGS-84.
nocturno, por instrumentos e de precisão.
h) Estudo final, geológico e geotécnico, incluindo planta
b) Caracterização das ajudas visuais necessárias, con-
geológica e perfil geotécnico longitudinal sempre que se
forme normativo ICAO.
justifique, perfis transversais nas mesmas escalas adopta-
das em c), d) e e), bem como a localização e caracterização Artigo 117.º
dos materiais a aplicar.
i) Projecto de terraplanagem, incluindo o tipo de equi- Estudo Prévio
pamento a utilizar, gráfico de distribuição de terras e iden- São elementos especiais do Estudo prévio:
tificação de zonas de depósito.
j) Projecto de obras geotécnicas especiais: consolida- a) Implantação dos sistemas e equipamentos de sina-
ção de taludes, estruturas de suporte, aterros de grandes lização luminosa, incluindo a localização e dimensiona-
dimensões ou em baixas aluvionares. mento geral dos edifícios e instalações necessários ao
l) Projecto de pavimentação, incluindo especificação de seu funcionamento e enquadramento em relação a outras
materiais, métodos de execução e pormenorização cons- construções.
trutiva correspondente. b) Estudo de circulação no solo.
m) Plantas parcelares à escala 1:1.000 ou 1:2.000 com os c) Estimativa das necessidades de alimentação de ener-
limites referenciados a um sistema de coordenadas ligado gia eléctrica, normal e de emergência.
à rede geodésica do país.
n) Projecto de drenagem, incluindo traçado em planta Artigo 118.º
e perfil na escala 1:1.000 com pormenores na escala 1:50 Anteprojecto
ou 1:20.
o) Projecto de integração paisagística. São elementos especiais do Anteprojecto:
p) Projecto de faseamento da obra, se aplicável, compati- a) Traçado em planta das redes de infra-estruturas de
bilizando o desenvolvimento dos trabalhos com a operação sinalização luminosa, nomeadamente de energia e de co-
do aeródromo com especial destaque para a salvaguarda municações.
dos requisitos de segurança operacional. b) Pormenores construtivos tipo, em forma desenhada
q) Projectos de obras de arte correntes e especiais e de c) Caracterização e dimensionamento das instalações
túneis, quando existam, com indicação dos respectivos e equipamentos de selecção e regulação da sinalização
processos construtivos. luminosa.
r) Projecto de sinalização diurna. d) Caracterização do sistema de comando e controlo
s) Projecto de obras complementares: vedações, ilumi- da sinalização luminosa, incluindo a especificação das
nação e telecomunicações. soluções tecnológicas e de automatismos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(63)

Artigo 119.º e) Indicação dos programas de estudos a realizar.


Projecto de Execução
Artigo 123.º
São elementos especiais do Projecto de execução:
Estudo Prévio
a) Apresentação de esquemas lógicos e diagramas fun-
São elementos especiais do Estudo prévio, quando apli-
cionais de integração dos sistemas.
cável, e referentes a cada uma das soluções estudadas:
b) Dimensionamento de todos os elementos constituin-
tes dos sistemas e equipamentos, evidenciando: a) Estudo sobre necessidades de água, elementos sobre
populações e indústrias a abastecer, áreas de rega, produ-
(i) o tipo e as secções de condutores eléctricos e cabos ção de energia, controlo de cheias, caudais e imposições
de comunicações; ambientais, outros usos.
(ii) os esquemas de quadros eléctricos e de comando e b) Estudos de base hidrológicos, geológicos, geotécni-
das respectivas ligações; cos, sismológicos, sócio-económicos.
c) Descrição e justificação de exigências de compor-
c) Especificação e representação gráfica da pormenori- tamento, funcionamento, exploração e conservação da
zação construtiva das redes de infra-estruturas, dos equi- obra.
pamentos e das condições de montagem. d) Condições económicas relativas à exploração, ma-
nutenção e conservação da obra.
Artigo 120.º e) Informação sobre a necessidade de obtenção de ele-
Assistência Técnica Especial mentos complementares topográficos, geológicos, geo-
técnicos, hidrológicos ou de qualquer outra natureza que
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente interessem ao estudo do problema, bem como sobre a
Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são realização de modelos, ensaios, ou de quaisquer outras
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a actividades que possam ser exigidas, quer para as fases
caso e em função das características da obra. seguintes de projecto quer para a execução da obra.
f) Outros elementos e estudos definidos nos Regula-
SECÇÃO VII mentos e Normas de Barragens.
g) Estudo de impacte ambiental, se aplicável.
Obras Hidráulicas
Artigo 124.º
Artigo 121.º
Anteprojecto
Programa Preliminar
São elementos especiais do Anteprojecto:
São elementos especiais do Programa preliminar:
a) Estudos hidrológicos.
a) Fins e objectivos a atingir, designadamente, abaste- b) Estudos geológicos e geotécnicos do local das obras
cimento, rega, produção de energia, controlo de cheias, e albufeiras e dos materiais de construção, incluindo tra-
caudais e imposições ambientais e outros usos e volumes balhos de prospecção geotécnica e ensaios.
associados. c) Estudos sismológicos.
b) Localização e limites para estudo de alternativas d) Justificação e atribuição do risco potencial asso-
de implantação. Elementos sobre condicionamentos de ciado.
implantação e traçado. e) Dimensionamento e características principais da so-
c) Elementos e estudos de base disponíveis, nomea- lução adoptada.
damente, climáticos, hidrológicos, geológicos e ambien-
tais. Artigo 125.º
d) Outros critérios, disposições e documentos norma-
tivos a respeitar. Projecto de Execução
e) Imposições relativas a condicionamentos de impacte São elementos especiais do Projecto de Execução:
ambiental.
a) Definição pormenorizada do sistema hidráulico pro-
Artigo 122.º jectado, incluindo cálculos estruturais e hidráulicos rela-
tivos a cada um dos elementos da obra, apresentados de
Programa Base modo a justificar as soluções adoptadas.
São elementos especiais do Programa base: b) Planta de localização da obra.
c) Esquema geral da obra, traçado sobre carta em es-
a) Objectivo da obra e suas características gerais, com cala adequada a uma visão de conjunto do sistema con-
referência aos planos em que a obra se insere. cebido.
b) Dados sobre a zona de localização do empreendi- d) Planta geral do conjunto do empreendimento, em
mento. escala não inferior a 1:5.000.
c) Dados básicos relativos às exigências de compor- e) Alçado geral desenvolvido do empreendimento, em
tamento, funcionamento, exploração e conservação da escala não inferior a 1:5.000.
obra. f) Plantas e perfis geológicos e geotécnicos interessando
d) Indicação dos condicionamentos principais relativos as principais estruturas bem como pedreiras e manchas de
à ocupação do terreno, designadamente quanto a usos, as- empréstimo.
pectos de expropriações, reposição de acessos e exigências g) Plantas, alçados e cortes dos diversos elementos da
ambientais. obra, com o pormenor necessário para a sua execução,
5106-(64) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

evidenciando a definição e o posicionamento dos diversos Artigo 128.º


equipamentos, hidromecânico, electromecânico e eléc- Programa Base
trico e ainda definindo as distintas fases de betonagem
previstas. São elementos especiais do Programa Base:
h) Representação em planta e perfis dos trabalhos de a) Interpretação sumária da estrutura geológica e geo-
tratamento de impermeabilização, de consolidação e dre- técnica do maciço nos locais dos possíveis corredores
nagem. alternativos do traçado.
i) Projecto dos acessos à obra. b) Indicação de condicionamentos locais susceptíveis
j) Arranjos paisagísticos relativos às obras e seus aces- de influenciarem a escolha da solução a adoptar.
sos. c) Programa de reconhecimento geológico e geotécnico
l) No caso de barragens, quando aplicável, anteplanos que se entender deva ser desenvolvido na fase de estudo
de observação e de primeiro enchimento da albufeira e prévio.
estudo do sistema de aviso e alerta, bem como cálculos d) Indicação de outros estudos e trabalhos que se con-
da onda de cheia para determinação das áreas inundadas siderem necessários para o desenvolvimento do projecto.
no caso de ruptura da barragem.
m) Outros elementos e estudos definidos no Regula- Artigo 129.º
mento de Segurança de Barragens (RSB).
Estudo Prévio
Artigo 126.º São elementos especiais do Estudo prévio:
Assistência Técnica Especial a) Estudo geológico e geotécnico e zonamento preli-
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente minar do maciço.
Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são b) Relativamente a cada uma das soluções propostas:
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a (i) implantação da obra;
caso e em função das características da obra. (ii) indicação de acessos e ligações;
(iii) caracterização das obras acessórias ou comple-
SECÇÃO VIII mentares;
(iv) definição do traçado em perfil longitudinal;
Túneis (v) definição da secção do túnel;
(vi) indicação e justificação do método construtivo e do
Artigo 127.º faseamento de escavação, se aplicável;
Programa Preliminar (vii) indicação dos tipos de revestimento primário e
revestimento definitivo;
1 — São elementos especiais do Programa prelimi- (viii) indicação de eventuais trabalhos de melhoramento
nar: ou de reforço do maciço;
a) Justificação e objectivos da obra subterrânea. (ix) indicação de eventuais impactos ambientais;
b) Condicionamentos do traçado da via onde a obra (x) indicação dos trabalhos de drenagem e de imper-
subterrânea se insere, em planta e perfil longitudinal. meabilização;
c) Elementos topográficos relativos aos corredores al- (xi) estudo do enquadramento paisagístico dos embo-
ternativos. quilhamentos;
d) Secção tipo ou exigências dimensionais a adoptar. (xii) estudo sobre a necessidade de ventilação, de ilu-
e) Critérios gerais de projecto, designadamente, velo- minação e de alimentação de água para bocas-de-incêndio.
cidade base e raio mínimo no caso da directriz e a rasante
não se encontrarem definidas. c) Avaliação técnica e económica das soluções pro-
f) Documentação disponível sobre o maciço e as con- postas.
dições geológicas e hidrogeológicas locais. d) Definição e justificação do programa de reconheci-
g) Reconhecimento geológico de superfície, se existir. mento necessário ao desenvolvimento de novos estudos
h) Informação sobre a ocorrência de nascentes que pos- geológicos e geotécnicos.
sam ser afectadas pela construção. e) Indicação das ocupações de superfície e do subsolo,
i) Imposições relativas a condicionamentos de impacto nomeadamente edificações e redes de serviços, influen-
ambiental. ciadas pela construção do túnel.
j) Limitações relativas à utilização de explosivos. f) Definição dos critérios de danos em estruturas ou
l) Imposições relativas a aspectos estéticos, de integra- infra-estruturas situadas na vizinhança da obra.
ção paisagística e urbanística, nomeadamente no que se
relaciona com o tratamento dos emboquilhamentos. Artigo 130.º
m) Imposições quanto à utilização da obra por instala- Anteprojecto
ções de abastecimento público, designadamente de água,
esgotos, telefones, electricidade e gás. São elementos especiais do Anteprojecto:
n) Indicação dos requisitos mínimos de segurança. a) Elaboração do estudo geológico e geotécnico.
b) Traçado em planta na escala 1:2.000.
2 — Para os túneis da rede rodoviária nacional, com c) Perfil longitudinal na mesma escala do traçado em
extensão superior a 500 m, aplica-se o Decreto-Lei planta para os comprimentos e sobreelevado dez vezes
n.º 75/2006, de 27 de Março. para as alturas.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(65)

d) Zonamento definitivo do maciço e proposta de fase- o) Pormenorização do plano de instrumentação e obser-


amento de escavação se aplicável. vação da obra, com indicação das frequências de leitura e
e) Estudo estrutural e cálculos justificativos. dos respectivos critérios de alerta.
f) Pré-dimensionamento do revestimento primário, se p) Definição de alguns procedimentos gerais de actuação
aplicável. e de algumas medidas correctivas a implementar nos casos
g) Pré-dimensionamento do revestimento definitivo, de activação dos critérios de alerta.
se aplicável. q) Informação sobre a necessidade ou interesse da ob-
h) Descrição do processo construtivo, incluindo, even- tenção de mais dados geológicos e geotécnicos durante
tualmente, os trabalhos de melhoramento ou reforço do a fase de construção, particularmente através do mapea-
maciço; mento das superfícies de escavação, sempre que o método
i) Descrição de eventuais trabalhos de recalce e reforço construtivo o permitir, com especial referência aos tipos
de fundações de edifícios que possam ser afectados pela de terreno, graus de alteração e de fracturação e às zonas
construção do túnel. de emergência de águas.
j) Pré-dimensionamento dos sistemas de drenagem e de r) Especificação de actividades periódicas de observação
impermeabilização. e de manutenção durante a vida útil da obra.
l) Localização de zonas de alargamento e das vias de s) Avaliação das classes de danos das edificações adja-
evacuação e saídas de emergência, se justificado. centes ao túnel com base na avaliação dos deslocamentos e
m) Pré-dimensionamento dos equipamentos de ventila- definição e pré-dimensionamento dos eventuais trabalhos
ção, de iluminação e de segurança incluindo alimentação
de recalce, de reforço e de reabilitação das estruturas que
de água para bocas-de-incêndio, se aplicável.
eventualmente sejam afectadas pela construção do túnel.
n) Definição geral dos emboquilhamentos e pré-dimen-
sionamento das obras de suporte e de contenção dos ta-
ludes, tendo em consideração os resultados do estudo de Artigo 132.º
enquadramento paisagístico. Assistência Técnica Especial
o) Definição do plano geral de instrumentação e obser-
vação da obra. No projecto de túneis, em especial nos de grandes sec-
p) Definição e justificação do programa de reconheci- ções transversais, a fase de construção deve implicar uma
mento complementar, designadamente através de pros- assistência técnica especial, a prestar pelo Projectista, a
pecção e ensaios laboratoriais, necessário ao desenvol- qual, para além das tarefas definidas no artigo 10.º do
vimento de um eventual estudo geológico e geotécnico presente Anexo, compreende a elaboração de notas técnicas
complementar. que contenham:
a) Apreciação das condições geológicas do maciço re-
Artigo 131.º almente existentes, nomeadamente através da análise do
Projecto de Execução mapeamento das superfícies de escavação, sempre que o
método construtivo o permitir.
São elementos especiais do Projecto de execução: b) Análise dos resultados dos ensaios de caracterização
a) Estudo geológico e geotécnico complementar se ne- geotécnica e de caracterização de outros materiais empre-
cessário. gues na obra, eventualmente realizados durante a fase de
b) Traçado em planta na escala 1:500. construção.
c) Perfil longitudinal na mesma escala do traçado em c) Apreciação dos resultados fornecidos pela instru-
planta para os comprimentos e sobreelevado dez vezes mentação da obra.
para as alturas. d) Adaptação do projecto às reais condições do terreno
d) Ajuste do zonamento do maciço e do faseamento de encontradas.
escavação, em função dos resultados do eventual estudo
geológico e geotécnico complementar.
SECÇÃO IX
e) Estudo estrutural e cálculos justificativos.
f) Dimensionamento do revestimento primário, se apli- Abastecimento e Tratamento de Água
cável.
g) Dimensionamento do revestimento definitivo. Artigo 133.º
h) Descrição pormenorizada e definição do processo
construtivo e de eventuais trabalhos de melhoramento ou Programa Preliminar
de reforço do maciço e de recalce e reforço de fundações São elementos especiais do Programa preliminar:
de edifícios que possam ser afectados pela obra.
i) Dimensionamento dos sistemas de drenagem e de a) Horizonte de projecto.
impermeabilização. b) Caracterização dos aglomerados a abastecer.
j) Dimensionamento de eventuais zonas de alargamento c) Caracterização das origens e da qualidade de água a
e vias de evacuação e saídas de emergência. utilizar, com especificação das análises e ensaios a realizar
l) Dimensionamento dos equipamentos de ventilação, bem como a identificação das entidades a quem compete
de iluminação e de segurança incluindo alimentação de a execução das mesmas.
água para bocas-de-incêndio, se aplicável. d) Características das captações e resultados dos ensaios
m) Pormenorização dos emboquilhamentos e dimen- de caudal eventualmente efectuados.
sionamento das obras de suporte e de contenção dos ta- e) Consumos actuais, urbanos e industriais e outros ele-
ludes. mentos disponíveis, nomeadamente de projecção referentes
n) Dimensionamento das obras de enquadramento pai- a população e caudais no ano de horizonte de projecto.
sagístico dos emboquilhamentos; f) Tipo de distribuição a utilizar em cada aglomerado.
5106-(66) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

g) Relação dos prédios a abastecer, tipo e características vatórias e de tratamento e dos respectivos equipamento
da sua ocupação e população a servir. electromecânico e instalações eléctricas.
h) Imposições relativas a condicionamentos de impacte b) Definição das condições de funcionamento do sis-
ambiental. tema, com indicação dos dispositivos de protecção e con-
trolo, acompanhada do dimensionamento aproximado dos
Artigo 134.º seus elementos.
c) Estudo geológico e geotécnico.
Programa Base
d) Avaliação dos custos de investimento, incluindo
São elementos especiais do Programa base: medições e orçamento, e dos encargos de operação e de
manutenção do sistema de abastecimento.
a) Caracterização dos aglomerados a abastecer e in-
dicação das respectivas populações actuais e no ano de Artigo 137.º
horizonte de projecto.
b) Capacidades das origens de água utilizáveis e caudais Projecto de Execução
a extrair de cada uma delas. 1 — São elementos especiais do Projecto de execu-
c) Consumos domésticos e industriais a satisfazer, dis- ção:
criminados por núcleos populacionais e sua evolução de
acordo com a variação das capitações e o desenvolvimento a) Descrição pormenorizada de cada um dos elementos
demográfico e socioeconómico previsível no horizonte do sistema projectado, com os correspondentes dimensio-
de projecto. namentos.
d) Avaliação do consumo total e comparação com cau- b) Planta do esquema geral em escala adequada a uma
dais disponíveis nas origens. visão integrada do sistema.
e) Caracterização dos sistemas de abastecimento exis- c) Planta geral da adutora e da rede ou redes projectadas,
tentes. com a indicação dos órgãos existentes a aproveitar ou inte-
f) Tipo e grau de tratamento necessários ou, na falta de grar, localização e referências que permitam a integração
elementos que permitam uma sua definição, indicação das no conjunto do sistema, à escala 1:1.000 ou 1:2.000.
análises e ensaios complementares a realizar. d) Esquema geral das redes e pormenores dos respec-
tivos nós, com a indicação dos diâmetros da tubagem a
Artigo 135.º utilizar e dos órgãos e acessórios necessários.
e) Plantas e perfis longitudinais das condutas adutoras e
Estudo Prévio a localização de todos os acessórios a escalas adequadas.
São elementos especiais do Estudo prévio: f) Planta geral da estação ou das estações de tratamento
de água, à escala 1:500 ou 1:1000, e respectivo esquema
a) Definição esquemática dos traçados alternativos, em de funcionamento.
planta e perfil, da exequibilidade técnica e ambiental e g) Diagrama de blocos e perfil hidráulico da estação ou
das suas condições económicas e financeiras, de primeiro estações de tratamento de água.
investimento, de operação e de manutenção. h) Definição de edifícios e de equipamentos electro-
b) Definição esquemática dos diversos elementos que mecânicos e instalações elevatórias, conforme os pontos
compõem o sistema de abastecimento em cada uma das 2 e 3 deste artigo.
soluções alternativas e para cada um dos seus componentes, i) Plantas, alçados e cortes de cada um dos elementos
nomeadamente os relativos a: da obra em escalas convenientes à sua execução.
j) Avaliação de custos de investimento, incluindo me-
i) Captação. dições e orçamento.
ii) Adução, incluindo sistemas elevatórios.
iii) Tratamento. 2 — A Secção I do presente Anexo é aplicável, com as
iv) Armazenamento. necessárias adaptações, às estações elevatórias, estações
v) Distribuição. de tratamento e outros edifícios.
3 — A Secção II do presente Anexo é aplicável, com
c) Comparação técnico-económica e ambiental das di- as necessárias adaptações, às instalações e equipamentos.
versas soluções alternativas.
d) Definição e justificação do programa de reconhe- Artigo 138.º
cimento, através de prospecção geológica e geotécnica e
ensaios laboratoriais, necessário ao desenvolvimento do Assistência Técnica Especial
estudo, incluindo as respectivas especificações. No projecto de infra-estruturas de abastecimento e de
tratamento de água, a fase de construção deve implicar
Artigo 136.º uma assistência técnica especial, a prestar pelo Projectista,
Anteprojecto a qual, para além das tarefas definidas no artigo 10.º do
presente Anexo, compreende a elaboração de notas técnicas
São elementos especiais do Anteprojecto: que contenham:
a) Planta e perfil do traçado das condutas adutoras, a) A apreciação técnico-económica de alternativas sub-
planta do traçado das redes de distribuição; dimensiona- metidas pelo empreiteiro durante a execução da obra.
mento hidráulico das condutas adutoras e de distribui- b) A análise de resultados de ensaios de caracterização
ção; localização, capacidade, condições de alimentação e geotécnica, de caracterização de materiais, de equipamen-
funcionamento dos reservatórios e câmaras de manobra; tos utilizados na obra ou de qualidade da água, que tenham
localização e principais características das estações ele- lugar na fase de construção.
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c) A apreciação dos resultados obtidos no âmbito da ses e ensaios complementares a realizar ou informação a
monitorização ou instrumentação. solicitar às autoridades competentes.
d) A adaptação do projecto às condições reais da em- f) Enunciado dos critérios gerais de projecto dos diver-
preitada. sos elementos dos sistemas de drenagem ou de tratamento
e indicação sumária dos condicionamentos locais suscep-
SECÇÃO X tíveis de influenciar a escolha da solução a adoptar.

Drenagem e Tratamento de Águas Residuais Artigo 141.º


Estudo Prévio
Artigo 139.º
Programa Preliminar
São elementos especiais do Estudo prévio:

São elementos especiais do Programa preliminar: a) Definição esquemática do conjunto das soluções alter-
nativas e dos principais indicadores económico-financeiros
a) Horizonte de projecto. relativos à instalação e à exploração.
b) Caracterização dos aglomerados e ou área a servir. b) Definição esquemática, para cada uma das soluções
c) Situação actual dos aglomerados e ou área a servir alternativas, dos diversos elementos que compõem o sis-
quanto ao abastecimento de água e drenagem de águas tema de drenagem ou das instalações de tratamento, ilus-
residuais domésticas, industriais e pluviais, bem como trando a respectiva interligação com eventuais sistemas
quanto ao tratamento de águas residuais. existentes a montante ou a jusante.
d) Indicação das infra-estruturas existentes de drenagem
e ou de tratamento de águas residuais. Artigo 142.º
e) Condicionamentos especiais que possam resultar das
exigências de drenagem e ou de tratamento conjunto de Anteprojecto
águas residuais industriais, com ou sem pré-tratamento, São elementos especiais do Anteprojecto:
eventualmente existentes ou de instalação previsível, no-
meadamente: a) Os constantes na legislação e normas em vigor.
b) Estudo geológico e geotécnico, quando aplicável.
i) Tipos de indústrias. c) Testes, ensaios e inspecções apropriados a órgãos,
ii) Caracterização qualitativa e quantitativa das águas edifícios e equipamentos, no caso de reabilitação ou am-
residuais industriais, incluindo variações previsíveis ao pliação física ou funcional dos mesmos.
longo do tempo.
iii) Regulamentos locais ou regionais de exploração Artigo 143.º
ou de descarga de águas residuais industriais na rede de
drenagem. Projecto de Execução
1 — São elementos especiais do Projecto de Execu-
f) Meio receptor da descarga do efluente da rede de ção:
drenagem ou da instalação de tratamento, actuais ou pre-
visíveis, bem como as principais características, nomea- a) Os constantes na legislação e normas em vigor.
damente quanto a utilizações nas proximidades, caudais b) Memória descritiva do sistema de drenagem ou do
de estiagem e características bioquímicas. sistema de tratamento, caracterizando pormenorizadamente
g) Imposições relativas a condicionamentos de impacte cada um dos principais órgãos projectados e, se aplicável,
ambiental. a sua interacção e integração com sistemas previamente
existentes no caso de reabilitação ou de ampliação dos
Artigo 140.º mesmos.
c) Cálculo justificativo para as condições de arranque e
Programa Base de horizonte de projecto e, também, para as demais condi-
São elementos especiais do Programa base: ções pertinentes de exploração ou de afluência, por exem-
plo, situações de variações sazonais, nomeadamente:
a) Caracterização dos aglomerados ou áreas a servir e
indicação das respectivas populações actuais e evolução i) Cálculos hidráulicos, apresentando também, no caso
prevista no horizonte de projecto, se aplicável. das instalações de tratamento, o correspondente perfil hi-
b) Capitações de consumo de água e coeficiente de dráulico, com indicação de todos os circuitos, gravíticos
afluência à rede consideradas na avaliação dos caudais e em pressão, órgãos de tratamento, equipamentos e prin-
das águas residuais domésticas e critérios adoptados para cipais acessórios.
a avaliação dos caudais de águas pluviais, de infiltração, ii) Cálculos processuais dos sistemas de tratamento, por
bem como das componentes relativas a águas residuais órgão de tratamento, indicando rendimentos e eficiências,
industriais. emissões, produções e consumos específicos, apresentando
c) Caracterização qualitativa ou quantitativa das águas também os resultados graficamente, nomeadamente através
residuais a drenar ou afluentes às instalações de tratamento do balanço de massas para os parâmetros relevantes e do
e sua provável evolução ao longo do horizonte de projecto, balanço energético da instalação.
indicando os critérios adoptados.
d) Caracterização das infra-estruturas existentes de dre- d) Diagrama de processo e de instrumentação (P&ID),
nagem ou de tratamento de águas residuais que possam com clara indicação de todos os circuitos, órgãos, equipa-
constituir base ou contribuir para o projecto. mentos, acessórios e instrumentos, quer para a fase líquida
e) Tipo e nível de tratamento necessário ou, na falta de quer para a fase sólida e fase gasosa, nomeadamente, sis-
elementos que os permitam definir, indicação das análi- temas de desodorização e sistemas de extracção, armaze-
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namento, tratamento e valorização de biogás, no que seja a) Horizonte de projecto.


aplicável. b) Caracterização dos aglomerados e actividades in-
e) Descrição detalhada do sistema de supervisão das dustriais a servir.
instalações bem como a sua interconexão com um eventual c) Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos
sistema de telegestão, se aplicável. produzidos, se disponível.
f) Descrição detalhada do modo de arranque e de pa- d) Imposições relativas a condicionamentos de impacte
ragem do sistema projectado, especificando os principais ambiental.
procedimentos operacionais e de segurança, bem como os
Artigo 146.º
recursos necessários.
g) Descrição do modo de exploração, salientando me- Programa Base
didas de minimização relativas a eventuais avarias ou São elementos especiais do Programa Base:
inoperacionalidade dos principais circuitos de escoamento,
órgãos ou linha de tratamento ou, ainda, de determinado a) Caracterização da área abrangida e indicação das
equipamento, no caso de este não dispor de reserva ins- respectivas populações actuais e futuras ou das actividades
talada. industriais em causa.
h) Descrição dos processos construtivos e, no caso de b) Caracterização qualitativa (se necessário, especifica-
reabilitação ou de ampliação de instalação existente que ção do programa de colheita de amostras e das análises) e
esteja em serviço, descrição detalhada do modo de cons- quantitativa dos resíduos, discriminadas por tipo e origem
trução especificando as várias fases de execução, bem e caracterizando a sua evolução previsível, incluindo os
como os principais impactes no modo de exploração e as seus factores críticos.
correspondentes medidas minimizadoras. c) Caracterização dos diversos sistemas de recolha,
i) Medições e orçamento relativo à estimativa de custos transporte e tratamento de resíduos existentes na área em
de exploração, ao longo do horizonte de projecto da insta- estudo e na sua envolvente.
lação, nas suas principais componentes, nomeadamente re- d) Caracterização dos condicionamentos locais suscep-
cursos humanos, energéticos, reagentes, água, subprodutos, tíveis de influenciar as soluções a considerar.
consumíveis, manutenção e taxas, considerando também
resultados provenientes de eventuais sistemas de produção Artigo 147.º
de energia e de água reutilizada, se aplicável. Estudo Prévio
j) Plantas, cortes e alçados das estações elevatórias,
edifícios e órgãos de tratamento indicando a localização São elementos especiais do Estudo prévio:
dos equipamentos, nas escalas 1:10, 1:20, 1:50 ou 1:100, a) Definição esquemática, para cada solução alternativa,
pormenorizando cargas e atravancamentos dos equipa- dos circuitos de recolha e transporte e da localização das
mentos sobre órgãos e edifícios. instalações e seus acessos e, se aplicável, do funcionamento
dos processos em causa, nomeadamente de tratamento,
2 — A Secção I do presente Anexo é aplicável, com as valorização e transferência, e da disposição aproximada
necessárias adaptações, às estações elevatórias, estações dos seus elementos constituintes.
de tratamento e outros edifícios. b) Avaliação da viabilidade das soluções alternativas
3 — A Secção II do presente Anexo é aplicável, com e dos principais indicadores económico-financeiros de
as necessárias adaptações, às instalações e equipamentos. instalação e de exploração.
c) Definição e justificação do programa de reconheci-
Artigo 144.º mento necessário ao desenvolvimento do estudo geoló-
Assistência Técnica Especial gico e geotécnico incluindo as respectivas especificações,
quando aplicável.
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
Anexo, constituem elementos especiais: Artigo 148.º
a) Acompanhamento das actividades de operação ou de Anteprojecto
manutenção do sistema de drenagem e ou do sistema de
tratamento, cujo âmbito e afectações são objecto de acordo São elementos especiais de Anteprojecto:
prévio entre o Dono da Obra e o Projectista. a) Características principais da instalação e definição
b) No que respeita a estações elevatórias, estações de em planta da localização dos seus órgãos e da disposição
tratamento e outros edifícios, os elementos especiais da de outros elementos pertinentes, tais como veículos e equi-
assistência técnica são acordados entre o Dono da Obra e pamentos necessários ao funcionamento da instalação.
o Projectista, caso a caso e em função das características b) Descrição dos processos, designadamente, de recep-
da Obra. ção, transporte, armazenamento, valorização, tratamento e
c) No que respeita a instalações e equipamentos, é apli- transferência, incluindo a caracterização e o cálculo justi-
cável o disposto na Secção II do presente Anexo. ficativo dos diversos componentes da instalação.
c) Elaboração do estudo geológico e geotécnico, quando
SECÇÃO XI aplicável.

Resíduos Urbanos e Industriais


Artigo 149.º
Projecto de Execução
Artigo 145.º São elementos especiais do Projecto Execução:
Programa Preliminar
a) Memória descritiva do sistema projectado, carac-
São elementos especiais do Programa preliminar: terizando pormenorizadamente cada um dos principais
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componentes e, se aplicável, a sua interacção com sistemas a) Acompanhamento das actividades de operação ou
existentes no caso de reabilitação ou de ampliação dos manutenção do sistema de recolha, transferência, trans-
mesmos. porte, tratamento ou valorização de resíduos, cujo âmbito
b) Cálculo justificativo para as condições de arranque e afectações são objecto de acordo prévio entre o Dono
e de horizonte de projecto e demais condições pertinentes da Obra e o Projectista.
de exploração e de produção de resíduos, nomeadamente b) No que se refere a edifícios, os elementos especiais
em termos de dimensionamento do sistema de recolha e da assistência técnica são acordados entre o Dono da Obra
dimensionamento processual do sistema de valorização e e o Projectista, caso a caso e em função das características
tratamento por etapa, indicando, no aplicável, rendimentos
da Obra.
e eficiências, emissões, produções e consumos específi-
c) No que respeita às instalações e equipamentos, é
cos, incluindo os resultados gráficos através de balanço
de massas para os parâmetros relevantes e de balanço aplicável a Secção II do presente Anexo.
energético da instalação. d) No que respeita aos caminhos de acesso e a áreas
c) Diagrama de P&ID das instalações de recepção, ar- pavimentadas, é aplicável o disposto na Secção IV.
mazenamento, valorização, tratamento e transferência, e) No que respeita aos sistemas de drenagem e trata-
com clara indicação de todos os circuitos, etapas, órgãos, mento de águas residuais, é aplicável, com as necessárias
equipamentos, acessórios e instrumentos, quer para as vá- adaptações, a Secção X do presente Anexo.
rias linhas de processamento quer para as correspondentes
linhas líquidas e gasosas, no aplicável. SECÇÃO XII
d) Descrição detalhada do sistema de supervisão das
instalações bem como a sua interconexão com eventual Obras Portuárias e de Engenharia Costeira
sistema de telegestão, se aplicável.
e) Descrição detalhada dos modos de arranque, de pa- Artigo 151.º
ragem e, se aplicável, de encerramento operacional do Programa Preliminar
sistema projectado, especificando os principais procedi-
mentos operacionais e de segurança, bem como os recursos São elementos especiais do Programa preliminar:
necessários. a) Objectivos e o programa de necessidades.
f) Descrição do modo de exploração, salientando me- b) Instrumentos de ordenamento e planeamento legal-
didas minimizadoras, face a eventuais avarias ou inope- mente eficazes.
racionalidade dos principais, órgãos, etapas ou linhas e
c) Caracterização das condições operacionais.
de determinado equipamento, no caso deste não dispor
d) Faseamento previsional do empreendimento.
de reserva instalada.
g) Descrição dos processos construtivos e, no caso de e) Condições de exploração a garantir durante a exe-
reabilitação ou de ampliação de instalação existente que cução da obra e outras condicionantes ou restrições a ob-
esteja ou não em serviço, descrição detalhada do modo de servar.
construção especificando as várias fases de execução, bem f) Caracterização das condições topográficas, hidrográ-
como os principais impactes no modo de exploração e as ficas, de agitação marítima, de ventos, correntes e marés
correspondentes medidas minimizadoras. na área de intervenção.
h) Medições e orçamento relativos à estimativa de cus- g) Recolha e interpretação dos elementos geológicos e
tos de exploração, ao longo do horizonte de projecto da geotécnicos existentes sobre o local de intervenção.
instalação, nas suas principais componentes de custos e h) Normas ou documentos normativos a respeitar.
proveitos, no aplicável. i) Imposições relativas a condicionamentos de impacte
i) Planta geral do sistema em escalas adequadas, bem ambiental.
como plantas e cortes com indicação das várias fases da
execução e da exploração, se aplicável. Artigo 152.º
j) Para as obras geotécnicas deverá seguir-se o que se
Programa Base
encontra especificado nas normas técnicas em vigor.
l) Aos edifícios, é aplicável a Secção I do presente São elementos especiais do Programa base a indicação
Anexo. dos estudos, de reconhecimentos de campo complemen-
m) Às instalações e equipamentos, é aplicável a Secção II tares, de ensaio laboratorial e de modelação que se torna
do presente Anexo. necessário realizar nos seguintes domínios:
n) Aos caminhos de acesso e a áreas pavimentadas, é
aplicável o disposto na Secção IV. a) Topografia e hidrografia.
o) Aos sistemas de drenagem e tratamento de águas b) Hidráulica marítima e fluvial, designadamente agi-
residuais, é aplicável, com as necessárias adaptações, a tação marítima, correntes e marés.
Secção X do presente Anexo. c) Geologia e geotecnia.
d) Sedimentologia e dinâmica sedimentar.
Artigo 150.º e) Meteorologia e climatologia.
f) Economia.
Assistência Técnica Especial g) Tráfego e logística de transporte.
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente h) Integração urbana e paisagística.
Anexo, constituem elementos especiais: i) Ambiente.
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Artigo 153.º d) Instalações especiais, designadamente, de águas,


águas residuais, electricidade, comunicações e segu-
Estudo Prévio
rança.
São elementos especiais do Estudo prévio, relativamente e) Instalações e equipamentos fixos.
a cada uma das soluções alternativas: f) Equipamentos de assinalamento, sinalização, acos-
tagem e amarração dos navios.
a) Definição da implantação e da integração na envol- g) Peças desenhadas relativas a:
vente urbana, designadamente, acessos e ligações fluviais,
marítimas e terrestres, redes públicas de água, águas resi- i) Localização do empreendimento.
duais, electricidade e comunicações que, de forma esque- ii) Arranjo geral.
mática dê resposta técnica às necessidades actuais e aos iii) Implantação, com base topohidrográfica, em escala
condicionamentos existentes, bem como às perspectivas não inferior a 1:2.000.
de desenvolvimento futuro do empreendimento. iv) Dimensionamento geral, longitudinal e transversal
b) Definição da implantação das obras de protecção contendo indicações de natureza geológica e geotécnica,
marítima e de defesa costeira, bem como a definição do quando for caso disso, em escala não inferior a 1:200.
tipo de estruturas a utilizar. v) Localização dos órgãos acessórios e instalações
c) Especificações para ensaios laboratoriais e para mo- complementares e respectivos pormenores, em escalas
delação. convenientes.
d) Especificações para colheita de elementos de base,
nomeadamente topo hidrográficos e sobre a qualidade de h) Estudo de integração urbana e enquadramento pai-
sedimentos. sagístico.
e) Elaboração do estudo geológico e geotécnico. i) Especificação dos ensaios a realizar no decurso da
obra.
f) Definição das instalações e equipamento eléctrico e
j) Plano de observação expedito do comportamento da
mecânico a prever.
obra ao longo do tempo.
g) Pré-viabilidade técnico-económica de instalação e
de exploração do empreendimento; Artigo 156.º
h) Estimativa de custo das obras de protecção marítima
e de defesa costeira. Assistência Técnica Especial
i) Avaliação comparativa de soluções alternativas, caso Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
existam. Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a
Artigo 154.º caso e em função das características da Obra.
Anteprojecto

São elementos especiais do Anteprojecto: SECÇÃO XIII

a) Conclusões dos estudos, reconhecimentos e ensaios Espaços Exteriores


realizados.
b) Pré-dimensionamento estrutural e respectivos cál- Artigo 157.º
culos justificativos. Programa Preliminar
c) Pré-dimensionamento dos sistemas e equipamentos
de acostagem, amarração, sinalização e segurança. É elemento especial do Programa preliminar a análise
e caracterização da área de intervenção, nomeadamente
d) Pré-dimensionamento de instalações especiais, de-
quanto a:
signadamente, de águas, águas residuais, electricidade,
comunicações e segurança. a) Inserção contextual e relações funcionais, figurativas
e) Peças desenhadas, a escalas convenientes, que de- e simbólicas daí emergentes;
finem a localização, a implantação e o arranjo geral das b) Fisiografia do terreno;
obras e instalações. c) Aspectos microclimáticos, nomeadamente de exposi-
f) Peças desenhadas, a escalas convenientes, que defi- ção a ventos, ensombramentos e radiação recebida;
nam as obras a realizar, e as obras acessórias e instalações d) Capacidade de carga da área de intervenção e seu
complementares. zonamento;
g) Proposta de integração urbana e de enquadramento e) Características pedológicas;
paisagístico. f) Vegetação existente, sua identificação, dimensiona-
h) Viabilidade técnico-económica do empreendimento. mento e estado sanitário;
g) Enquadramento regulamentar da área de intervenção
Artigo 155.º e outras condicionantes à intervenção;
h) Síntese de condicionamentos devidos a infra-estru-
Projecto de Execução turas;
São elementos especiais do Projecto de execução: i) Aspectos hidrológicos, nomeadamente o equilíbrio
hídrico e a qualidade da água;
a) Relatórios dos estudos, reconhecimentos e ensaios j) Caracterização da componente acústica do ambiente;
realizados. l) Imposições relativas a condicionamentos de impacte
b) Dimensionamento estrutural e respectivos cálculos ambiental.
justificativos das obras a realizar. m) Identificação de aspectos específicos da área de
c) Ligações às infra-estruturas viárias. intervenção, em termos de energia eléctrica, em particular
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no que respeita à sua produção e consumo, comunicações, (ix) Orçamento preliminar detalhado por grupos de
segurança e outros. trabalhos.

Artigo 158.º f) Dimensionamento de medidas de acondicionamento


acústico e análise prospectiva do seu desempenho.
Programa Base
São elementos especiais do Programa Base: Artigo 161.º
a) Critérios gerais de concepção. Projecto de Execução
b) Programa geral da intervenção com definição das São elementos especiais do Projecto de execução:
afectações de espaço a cada utilização programática e do
relacionamento entre elas, em consonância com o diag- a) Plano geral da intervenção, sintético e descritivo,
nóstico interpretativo levado a cabo no Programa preli- tanto da solução programática como da situação construtiva
minar. correspondente;
c) Definição esquemática de áreas de sequeiro, de re- b) Planta de trabalho com identificação de fases, limites
gadio e pavimentadas; e descrição que permita uma percepção global de todos os
d) Sistema de rega e dotações consideradas. trabalhos envolvidos;
e) Estimativa de carga de utilização esperada. c) Planta de demolições, remoções, relocalizações e
f) Definição de eventuais medidas de condicionamento medidas cautelares;
acústico, visando assegurar a satisfação dos requisitos d) Modelação geral do terreno, cortes de aterro, esca-
considerados para o espaço. vação e planta de aterro, escavação;
g) Redes de energia eléctrica, de comunicações, sistemas e) Implantação geral da obra incluindo implantação
de segurança e outros. planimétrica coordenada e implantação altimétrica;
f) Planta de pavimentações e remates reportada à por-
Artigo 159.º menorização construtiva;
g) Pormenorização construtiva relativa a pavimentações
Estudo Prévio e remates;
São elementos especiais do Estudo prévio: h) Planta de muros e outras estruturas construídas, re-
portada aos elementos da correspondente especialidade;
a) Plano geral com descrição das opções principais i) Plano de drenagem, reportando à pormenorização
tomadas na concretização do programa e relações com construtiva correspondente ou à especialidade;
o lugar; j) Plano de plantação de árvores, arbustos e fanerófitos
b) Definição das opções construtivas fundamentais, escandentes, indicando claramente densidades e compas-
nomeadamente os sistemas vegetais, hidráulicos, inertes; sos de plantação e organização relativa da plantação dos
c) Sistemas de rega e drenagem. indivíduos e identificados pela nomenclatura científica;
d) Definição das opções relativas a redes de energia l) Plano de rega indicando traçados da rede eléctrica e de
eléctrica, de comunicações, sistemas de segurança e outros. comandos de tubagem e seu dimensionamento, localização
e) Definição dos critérios gerais de sectorização e de e definição de órgãos activos e outros acessórios, repor-
dimensionamento das diversas redes e sistemas. tando à pormenorização construtiva correspondente;
m) Planos de sementeira e de plantação de herbáceas
Artigo 160.º vivazes, indicando claramente densidades e compassos
Anteprojecto de plantação e organização relativa da plantação dos in-
divíduos;
É elemento especial do Anteprojecto a elaboração de um n) Plantas das redes de energia eléctrica e de comuni-
plano geral, à escala conveniente, e que constitui acréscimo cações;
de rigor e pormenor em relação à fase anterior em que se o) Planta ou esquema representativo do sistema de se-
indiquem: gurança;
a) Características do tratamento das superfícies homo- p) Plano de manutenção de zonas verdes, incluindo
géneas e dos seus encontros; indicação de áreas homogéneas por trabalho, desbastes,
b) Volumes construídos ou vegetais; caracterização e calendarização dos tipos de trabalho a
c) Modelação de terreno; executar durante um ciclo vegetativo;
d) Alçados e cortes que descrevam e justifiquem a so- q) Planta de localização de mobiliário urbano e equi-
lução apresentada; pamento, incluindo a definição de tipos e modelos e re-
e) Definição dos pressupostos para dimensionamento e portada à pormenorização construtiva correspondente.
traçado e traçados esquemáticos de todas as infra-estruturas, A localização deverá ser coordenada com indicação das
e estruturas construídas, nomeadamente: peças à escala;
r) Planta de coordenação, referindo a interacção entre as
(i) Arruamentos e estacionamentos; várias infra-estruturas, entre estas e a vegetação, mobiliário
(ii) Vias de circulação pedonal; urbano e outros elementos construídos, recorrendo a cortes
(iii) Redes de energia eléctrica e comunicações; e perfis de coordenação sempre que necessário;
(iv) Muros de suporte e outras fundações e estruturas; s) Memória descritiva e justificativa, incluindo cál-
(v) Drenagem de águas pluviais; culos hidráulicos da rede de rega e outra documentação
(vi) Abastecimento de água e serviço de incêndio; justificativa;
(vii) Rede de rega, drenagem e hidráulica lúdica; t) Medições e Mapas de quantidade de trabalhos;
(viii) Sistemas de Segurança; u) Orçamento detalhado;
5106-(72) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

v) Plantas e cortes, em escala adequada, onde se indi- Artigo 165.º


quem os locais principais de intervenção em termos de Estudo Prévio
condicionamento acústico;
x) Memórias descritivas e justificativas, integrando São elementos especiais do Estudo prévio:
análise prospectiva de desempenhos, das intervenções de a) Plano geral com descrição das opções principais
condicionamento acústico, descrevendo e justificando as consideradas no Programa base.
soluções projectadas, tendo em atenção o ante projecto b) Indicações gerais relativas à implantação da obra e
aprovado e as disposições legais em vigor; ou áreas técnicas necessárias.
z) As condições técnicas, gerais e especiais, referentes às c) Caracterização genérica das redes e equipamentos
intervenções de condicionamento acústico, especificando principais.
as condições de execução e ou montagem e as caracterís- d) Pré-dimensionamento dos equipamentos e das redes
ticas técnicas dos materiais e equipamentos; principais.
aa) Pormenorização das intervenções mais sensíveis e) Caracterização das obras acessórias ou complemen-
no sentido de facilitar a compreensão de descrições es- tares.
critas. f) Caracterização da relação com infra-estruturas exis-
tentes ou a construir.
Artigo 162.º g) Indicação de eventuais condicionamentos técnicos,
económicos, financeiros, ambientais e outros, resultantes
Assistência técnica dos estudos especiais realizados.
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
Anexo, os elementos especiais da assistência técnica são Artigo 166.º
acordados entre o Dono da Obra e o Projectista, caso a Anteprojecto
caso e em função das características da Obra.
São elementos especiais do Anteprojecto:

SECÇÃO XIV
a) Implantação geral da obra, em escala apropriada,
que evidencie a sua integração urbanística, paisagística
Produção, transformação, transporte e distribuição ou noutras infra-estruturas técnicas.
de Energia eléctrica b) Plantas gerais e perfis ou cortes transversais e lon-
gitudinais, quando aplicável, em escalas apropriadas, das
Artigo 163.º redes e equipamentos.
c) Caracterização das redes e equipamentos principais.
Programa Preliminar
d) Dimensionamento das redes e equipamentos prin-
São elementos especiais do Programa preliminar: cipais.
e) Análise e opções resultantes de estudos especiais
a) Plano ou programa técnico, económico, financeiro e realizados.
outros em que se insere a obra. f) Definição da relação com infra-estruturas existentes
b) Outros instrumentos de planeamento e ordenamento ou a construir.
legalmente eficazes. g) Enumeração dos principais artigos que constituem o
c) Imposições relativas a condicionamentos, nomea- mapa de quantidades de trabalho, dividida nos principais
damente de implantação e traçado, impacte ambiental, capítulos constituintes da obra, de forma a permitir a ela-
integração ou interligação com outras infra-estruturas boração de uma estimativa preliminar do seu custo.
existentes ou a construir. h) Verificação do cumprimento das regulamentações
d) Condicionamentos a nível de manutenção, exploração técnicas aplicáveis.
e expansão.
e) Imposições regulamentares. Artigo 167.º
Projecto de Execução
Artigo 164.º
São elementos especiais do Projecto de execução:
Programa Base
a) Memória descritiva e justificativa, incluindo a análise
São elementos especiais do Programa base: prospectiva de desempenhos, descrevendo e justificando
a) Objectivo da obra e suas características gerais, com as soluções projectadas, tendo em atenção o Anteprojecto
referência ao plano ou programa em que se insere. aprovado e as disposições legais e regulamentares em
vigor.
b) Condicionamentos relativos à implantação e traçado
b) Condições técnicas, gerais e especiais, especificando
da obra, nomeadamente quanto a usos, expropriações, aces- as condições de execução e montagem e as características
sos, exigências ambientais e outros ou, quando integrada técnicas dos equipamentos, redes, componentes, acessórios
ou interligada com outras infra-estruturas existentes ou a e materiais utilizados.
construir, os condicionamentos susceptíveis de influenciar c) Implantação da obra, que evidencie a sua integração
a escolha da solução a adoptar. urbanística, paisagística ou noutras infra-estruturas, em
c) Levantamentos topográficos e outros a efectuar. escala apropriada.
d) Bases de dimensionamento consideradas. d) Plantas e perfis ou cortes transversais e longitudinais,
e) Indicação dos estudos especiais que se tornem ne- quando aplicável, das redes e equipamentos, em escalas
cessários realizar, nomeadamente, técnicos, económicos, apropriadas, contendo os elementos indispensáveis à sua
financeiros, ambientais e outros. conveniente apreciação.
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(73)

e) Pormenores necessários à definição detalhada e boa Artigo 171.º


execução da obra e equipamentos projectados, a escalas Estudo Prévio
apropriadas.
f) Dimensionamento das redes e dos equipamentos, com São elementos especiais do Estudo prévio:
os cálculos eventualmente necessários para o efeito. a) Plano geral descrevendo as opções principais tomadas
g) Estudo das obras acessórias, quando aplicável. na concretização do Programa Base.
h) Medições e mapas de quantidade de trabalhos, divi- b) Indicações gerais relativas à implantação da obra e
didos nos diversos capítulos constituintes da obra. áreas técnicas necessárias.
i) Orçamento de projecto da obra. c) Caracterização genérica das redes e equipamentos
principais.
Artigo 168.º d) Pré-dimensionamento dos equipamentos e das redes
Assistência Técnica Especial principais.
e) Caracterização das obras acessórias ou complemen-
Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente tares.
Anexo, constituem elementos especiais: f) Caracterização da relação com infra-estruturas exis-
a) Apreciação ou elaboração de quaisquer alterações às tentes ou a construir.
especificações e dimensionamentos dos equipamentos e g) Indicação de eventuais condicionamentos técnicos,
materiais ou traçados das redes, quer durante o desenvol- nomeadamente económicos, financeiros, ambientais e re-
vimento dos projectos, quer durante a execução da obra. sultantes de estudos especiais realizados.
b) Aprovação dos mapas de ensaio.
c) Apoio e aprovação da parametrização das redes e Artigo 172.º
equipamentos. Anteprojecto
d) Participação nos ensaios de recepção e aprovação
dos resultados dos mesmos. São elementos especiais do Anteprojecto:
a) Implantação geral da obra, em escala apropriada,
SECÇÃO XV que evidencie a sua integração urbanística, paisagística
ou noutras infra-estruturas.
Redes de comunicações b) Plantas gerais e perfis ou cortes transversais e lon-
gitudinais, quando aplicável, em escalas apropriadas, das
Artigo 169.º redes e equipamentos.
Programa Preliminar
c) Caracterização das redes e equipamentos princi-
pais.
São elementos especiais do Programa preliminar: d) Dimensionamento das redes e equipamentos prin-
cipais.
a) Plano ou programa técnico, económico, financeiro e
e) Análise e opções resultantes dos estudos especiais
outros em que se insere a obra.
realizados.
b) Outros instrumentos de planeamento e ordenamento
f) Definição da relação com infra-estruturas existentes
legalmente eficazes. ou a construir.
c) Imposições relativas a condicionamentos de projecto, g) Enumeração dos principais artigos que constituem o
nomeadamente de implantação e traçado, impacte ambien- mapa de quantidades de trabalho, dividida nos principais
tal, integração ou interligação com outras infra-estruturas capítulos constituintes da obra, de forma a permitir a ela-
existentes ou a construir. boração de uma estimativa preliminar de custo.
d) Condicionamentos a nível de manutenção, exploração h) Verificação do cumprimento das regulamentações
e expansão. técnicas aplicáveis.
e) Imposições regulamentares.
Artigo 173.º
Artigo 170.º
Projecto de Execução
Programa Base
São elementos especiais do Projecto de execução:
São elementos especiais do Programa base:
a) Memória descritiva e justificativa, incluindo a análise
a) Objectivo da obra e suas características gerais, com prospectiva de desempenhos, descrevendo e justificando
referência ao plano ou programa em que se insere. as soluções projectadas, tendo em atenção o Anteprojecto
b) Condicionamentos relativos à implantação e traçado aprovado e as disposições legais e regulamentares em
da obra, nomeadamente quanto a usos, expropriações, vigor.
acessos, exigências ambientais ou, quando integrada ou b) Condições técnicas, gerais e especiais, especificando
interligada com outras infra-estruturas existentes ou a cons- as condições de execução e montagem e as características
truir, condicionamentos susceptíveis de influenciarem a técnicas dos equipamentos, redes, componentes, acessórios
escolha da solução a adoptar. e materiais utilizados.
c) Levantamentos topográficos e outros a efectuar. c) Implantação da obra, que evidencie a sua integração
d) Bases de dimensionamento consideradas. urbanística, paisagística ou noutras infra-estruturas técni-
e) Indicação dos estudos especiais que se tornem ne- cas, em escala apropriada.
cessários realizar, nomeadamente, técnicos, económicos, d) Plantas e perfis ou cortes transversais e longitudinais,
financeiros, ambientais. quando aplicável, das redes e equipamentos, em escalas
5106-(74) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

apropriadas, contendo os elementos indispensáveis a uma Artigo 174.º


sua conveniente apreciação.
Assistência Técnica Especial
e) Pormenores necessários à definição detalhada e boa
execução da obra e equipamentos projectados, a escalas Para efeitos do disposto no artigo 10.º do presente
apropriadas. Anexo, constituem elementos especiais:
f) Dimensionamento das redes e dos equipamentos,
incluindo os cálculos necessários para o efeito. a) Apreciação ou elaboração de quaisquer alterações às
g) Discriminação e especificação detalhada dos equi- especificações e dimensionamentos dos equipamentos e
pamentos, redes, componentes, acessórios e materiais materiais ou traçados das redes, quer durante o desenvol-
utilizados, assim como da integração ou interligação com vimento dos projectos, quer durante a execução da obra;
infra-estruturas existentes ou a construir. b) Aprovação dos mapas de ensaio;
h) Estudo de obras acessórias. c) Apoio e aprovação da parametrização das redes e
i) Medições e mapas de quantidade de trabalhos, divi- equipamentos;
didos nos diversos capítulos constituintes da obra. d) Participação nos ensaios de recepção e aprovação
j) Orçamento de projecto da obra. dos resultados dos mesmos.

ANEXO II

Classificação das obras por categorias

(a que se refere os n.º 2 do artigo 1.º da Portaria e o n.º 1 do artigo 11.º do Anexo I)

CATEGORIAS

I II III IV

I EDIFÍCIOS

I.1 ARQUITECTURA

I.2 FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS


Fundações directas em solo de boa qualidade •
Fundações directas em solo de má qualidade •
Fundações indirectas •
Fundações especiais •
Estruturas de edificações:
Correntes; •
Com exigências especiais. •
Estruturas de hospitais estádios, e grandes instalações desportivas ou culturais •
Estruturas de edifícios:
Com altura igual ou inferior a 30 metros; •
Com altura superior a 30 metros e igual ou inferior a 60 metros; •
Com altura superior a 60 metros. •
I.3 OBRAS DE ESCAVAÇÃO E CONTENÇÃO

Escavações com talude inclinado, sem necessidade de entivação, até um máximo de 6 m de •


altura, com contenção por muros de betão armado;

Escavações entivadas até 3 m de altura ou não entivadas acima de 6 m, com contenção por •
muros simples de betão armado

Escavações entivadas com mais de 3 m de altura com contenção por muros de betão armado •
escorados, ancorados ou com contrafortes

Escavações e contenções especiais •


II INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

II.1 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE ÁGUAS E ESGOTOS

Instalações, equipamentos e sistemas de águas e esgotos para edifícios de Categoria I •


Instalações, equipamentos e sistemas de águas e esgotos para edifícios de Categoria II •
Instalações, equipamentos e sistemas de águas e esgotos para edifícios de Categoria III •
Instalações, equipamentos e sistemas de águas e esgotos para edifícios de Categoria IV •
II.2 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ELÉCTRICOS (1)
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(75)

CATEGORIAS

I II III IV

Instalações, equipamentos e sistemas eléctricos para edifícios de Categoria I •


Instalações, equipamentos e sistemas eléctricos para edifícios de Categoria II •
Instalações, equipamentos e sistemas eléctricos para edifícios de Categoria III •
Instalações, equipamentos e sistemas eléctricos para edifícios de Categoria IV •
II.3 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO

Instalações, equipamentos e sistemas de comunicações (voz, dados, imagem e outros) para •


edifícios de Categoria I

Instalações, equipamentos e sistemas de comunicações (voz, dados, imagem e outros) para •


edifícios de Categoria II

Instalações, equipamentos e sistemas de comunicações (voz, dados, imagem e outros) para •


edifícios de Categoria III

Instalações, equipamentos e sistemas de comunicações (voz, dados, imagem e outros) para •


edifícios de Categoria IV

Centros de comunicação telefónica e ou equipamentos de telecomunicação e centros de in- •


formática

Rede de cablagem estruturada e de transmissão de dados e voz •


II.4 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO E AR CONDICIONADO (AVAC)

Instalações de AVAC simples, com recurso a unidades individuais, com potências térmicas •
inferiores a 12 kW

Instalações de AVAC com potências superiores a 12 kW e inferiores a 100 kW •


Instalações de AVAC com potências iguais ou superiores a 1 000 kW •
Instalações de AVAC em centros de informática e outras aplicações com equivalentes densidades •
de potência, hospitais, “salas limpas”

Sistemas urbanos de fluidos térmicos •


Sistemas de cogeração •
Sistemas de aproveitamento de energia renovável associados a ciclos de absorção ou outros •
Sistemas de aproveitamento de energias renováveis para aquecimento ambiente ou de águas •
sanitárias

II.5 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE GÁS

Pequenas instalações de gás em edifícios de Categoria I



Pequenas instalações de gás em edifícios de Categoria II

Pequenas instalações de gás em edifícios de Categoria III

Pequenas instalações de gás em edifícios de Categoria IV

Redes de distribuição e condutas de gás

II.6 INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE TRANSPORTE DE PESSOAS E CARGAS

Instalações simples de equipamentos electromecânicos •


Instalações de ascensores, escadas e tapetes rolantes •
II.7 SEGURANÇA INTEGRADA

Sistemas de segurança integrada •


II.8 SISTEMAS DE GESTÃO TÉCNICA CENTRALIZADA

Sistemas de gestão técnica centralizada •


5106-(76) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

1) As instalações e equipamentos eléctricos em edifícios ção, tomadas e outras alimentações eléctricas, sistemas
podem incluir no todo ou em parte: de controlo e de segurança (eléctrica, intrusão, acessos,
– Produção, transformação e distribuição de energia vigilância, incêndio e outros), sistemas de informações e
eléctrica, sistemas de qualidade de energia (tensão, factor comunicações (sinalização, intercomunicação, som, vídeo,
de potência, harmónicos, eficiência e outros), ilumina- relógios e outros).
CATEGORIAS

I II III IV

III PONTES, VIADUTOS E PASSADIÇOS

III.1 Em infra-estruturas rodoviárias

Passadiços com vãos inferiores a 20 metros sem condicionamentos especiais •


Passadiços com vãos entre 20 a 40 metros sem condicionamentos especiais •
Passadiços com vãos superiores a 40 metros ou com geometria complexa e de qualquer vão •
Pontes e e obras de arte similares, com vão único e igual ou inferior a 10 metros e viés superior a 70.º •
Obras de Arte com vão máximo igual ou inferior a 40 metros e extensão menor que 400 m •
sem condicionamento de apoios

Pontes e viadutos que não sejam considerados segundo a regulamentação em vigor como •
pontes correntes para efeitos de análise sísmica, ou com vãos superior 40m ou com extensão
superior 400 m

Pontes e viadutos fortemente enviesados ou com traçado planimétrico complexo, nomeada- •


mente em meios urbanos

Pontes e viadutos com vão máximo igual ou superior a 60 metros, e com extensão superior •
a 400 metros

Pontes e viadutos com vão máximo igual ou superior a 120 metros •


III. 2 Em infra-estruturas ferroviárias

Pontes e obras similares ferroviárias com vão único até 10m e viés superior a 70.º •
Pontes e viadutos ferroviários com vão máximo igual ou inferior a 20m e viés superior a 70.º •
Pontes e viadutos ferroviários com vão superior a 20m e inferior a 40m ou viés inferior a 70.º •
Pontes e viadutos ferroviários com vãos superiores a 40m •
Pontes e viadutos ferroviários para velocidades de projecto superiores a 220km/h e vão inferior •
a 20m, sem viés

Pontes e viadutos ferroviários para velocidades superiores a 220 Km/h com vão superior a •
20m ou viés inferior a 70.º

IV ESTRADAS E ARRUAMENTOS

Caminhos municipais, vicinais e estradas florestais •


Arruamentos urbanos com faixa de rodagem simples •
Arruamentos urbanos com dupla faixa de rodagem •
Estradas nacionais e municipais com faixa de rodagem simples ou dupla •
Auto-Estradas •
V CAMINHOS-DE-FERRO

Ramais de caminhos-de-ferro de características correntes e feixes industriais • X

Vias-férreas de eléctricos, de metropolitano e de linhas de rede ferroviária nacional • X

Catenária • X

Vias-férreas para alta velocidade e muito alta velocidade •


Sinalização e equipamentos de segurança de vias-férreas convencionais •
Sinalização e equipamentos de segurança de vias- férreas de alta velocidade •
Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(77)

X — Categoria a considerar nos projectos de obras de remodelação, ampliação e reabilitação que interfiram com
vias em exploração.
CATEGORIAS

I II III IV

VI AERÓDROMOS

Aeródromos •
Aeroportos •
Sistemas de ajuda à navegação e controlo de tráfego aéreo •
VII OBRAS HIDRÁULICAS

Pequenos açudes de correcção torrencial e pequenas obras de regularização fluvial •


Pequenas obras de rega ou de enxugo, sem obras de arte especiais •
Obras de rega ou de enxugo envolvendo pequenas obras de arte ou instalações especiais •
Obras importantes de correcção fluvial •
Canais e vias navegáveis •
Aproveitamentos hidroagrícolas e hidroeléctricos não envolvendo a construção de grandes •
barragens

VIII TÚNEIS

Túneis com escavação a céu aberto sem condicionantes geotécnicos especiais •


Túneis com escavação a céu aberto com condicionantes geotécnicos especiais •
Túneis subterrâneos em qualquer tipo de terreno •
Túneis subterrâneos em zonas urbanas ou com intensa ocupação •
Túneis subaquáticos •
IX ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA

Condutas adutoras de água e de funcionamento gravítico, para aglomerados até 10 000 ha- •
bitantes

Sistemas ou partes de sistemas de abastecimento de água (redes e ou adutores por bombagem), •


excluindo tratamento, de aglomerados até 10 000 habitantes.

Instalações simples de tratamento de água, incluindo apenas desinfecção e ou correcção de •


agressividade.

Sistemas ou partes de sistemas de abastecimento de água, excluindo tratamento, para mais de •


10 000 habitantes

Estações de tratamento de água servindo até 50 000 habitantes desde que não apresentem •
exigências especiais quanto a operação e processos de tratamento e a automatismos (como
ozonização ou adsorção por carvão activado).

Estações de tratamento de água para mais de 50 000 habitantes ou para população inferior mas •
envolvendo exigências especiais, como, por exemplo, processos de ozonização ou adsorção
por meio de carvão activado.

X DRENAGEM E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

Emissários de águas residuais de funcionamento gravítico, para aglomerados até 10 000 •


habitantes.

Sistemas ou partes de sistemas de águas residuais (redes), excluindo tratamento, de funciona- •


mento gravítico, de aglomerados até 10 000 habitantes.

Instalações sumárias de tratamento de águas residuais, do tipo fossa séptica e órgão comple- •
mentar ou tanque Imhoff e leitos de secagem.

Sistemas ou partes de sistemas de águas residuais, excluindo tratamento, de funcionamento •


gravítico, para mais de 10 000 habitantes.

Sistemas elevatórios de águas residuais


5106-(78) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

CATEGORIAS

I II III IV

Estações de tratamento de águas residuais servindo até 50 000 habitantes por processos conven- •
cionais, com produção de efluentes de qualidade correspondente a tratamento secundário.

Sifões invertidos para águas residuais

Emissários submarinos

Estações de tratamento de águas residuais para mais de 50 000 habitantes ou para população •
inferior desde que a linha de tratamento integre processos não convencionais, por exemplo
tratamentos avançados físico-químicos, ou de origem a efluentes de qualidade superior à
resultante da aplicação de um tratamento secundário.

Sistemas de reutilização de águas residuais •


XI RESÍDUOS URBANOS E INDUSTRIAIS

Remoções de resíduos sólidos, de âmbito restrito, simples •


Sistemas de resíduos sólidos, excluindo tratamento, de aglomerados até 10 000 habitantes. •
Estações de tratamento de resíduos sólidos servindo até 10 000 habitantes, sem exigências •
especiais e por processos de aterro controlado

Sistemas de resíduos sólidos, excluindo tratamento, para mais de 10 000 habitantes •


Estações de transferência de resíduos sólidos •
Estações de tratamento de resíduos sólidos para mais de 10 000 e até 50 000 habitantes, sem •
exigências especiais, ou para população inferior mas tendo dessas exigências.

Estações de tratamento de resíduos sólidos para mais de 50 000 habitantes ou para população •
inferior mas com exigências especiais.

Sistemas de recuperação de energia a partir dos resíduos sólidos •


Sistemas de reutilização e reciclagem de resíduos tratados •
Estações de tratamento de resíduos perigosos •
XII OBRAS PORTUÁRIAS E DE ENGENHARIA COSTEIRA

Obras de acostagem (cais, pontes -cais, duques d’alba, pontões flutuantes) •


Docas secas e eclusas •
Planos inclinados e plataformas de elevação •
Rampas -varadouro •
Quebra -mares •
Esporões, defesas frontais e retenções de protecção marginal •
Alimentação artificial de praias •
Tomadas e rejeições de água em costa aberta •
Tomadas e rejeições de água em estuários •
Tubagens submarinas em costa aberta •
Tubagens submarinas em estuários •
Dragagens e depósito de dragados •
Terraplenos portuários •
Sinalização marítima — farolins, em costa aberta no estuário •
Sistemas de ajuda à navegação e controlo de tráfego marítimo •
XIII ESPAÇOS EXTERIORES

Projectos de concepção, tratamento ou recuperação de:

Jardins privados e públicos •


Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008 5106-(79)

CATEGORIAS

I II III IV

Jardins e sítios históricos •


Zonas Polidesportivas •
Campos de golfe •
Minas, pedreiras, saibreiras e areeiros •
Parques infantis •
Lagos artificiais •
Pedonalização de ruas •
Ciclovias •
Estabilização e integração de taludes •
Matas •
Compartimentação do campo •
Parques de qualquer natureza •
Loteamentos urbanos •
Instalações industriais •
Parques de campismo •
Campos de golfe •
Zonas desportivas, de recreio e lazer •
Áreas envolventes do Património Cultural ou Natural •
Espaços livres e zonas verdes urbanas •
Enquadramentos de edifícios de vária natureza •
Cemitérios •
Áreas degradadas •
Projectos de rega •
Drenagem superficial •
Obras de regularização fluvial e de linhas de drenagem natural •
Edifícios para habitação, escolas, igrejas, hospitais, teatros, cinemas e outros •
Hóteis e restaurantes

Conjuntos industriais •
Grandes instalações de equipamentos técnicos •
Integração de estradas de qualquer tipo (AE, IP, IC, EN, ER) •
Arruamentos urbanos, vias e caminhos municipais •
Aproveitamentos hidroagrícolas •
Estações de tratamento de água e esgotos •
XIV PRODUÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA

Produção (centrais com potências instaladas iguais ou inferiores a 5 kVA), postos de transfor- •
mação com potências instaladas iguais ou inferiores a 500 kVA, redes de distribuição em
baixa tensão de pequena dimensão.

Produção (centrais com potências instaladas superiores a 5 kVA e iguais ou inferiores a 1.000 •
kVA), postos de transformação com potências instaladas superiores a 500 kVA e iguais ou
inferiores a 10 MVA, redes de distribuição de energia eléctrica em baixa tensão de média
ou grande dimensão.
5106-(80) Diário da República, 1.ª série — N.º 145 — 29 de Julho de 2008

CATEGORIAS

I II III IV

Produção (centrais com potências instaladas superiores a 1.000 kVA e iguais ou inferiores a 10 •
MVA), subestações, postos de transformação e de seccionamento com potências instaladas
superiores a 10 MVA e iguais ou inferiores a 100 MVA, linhas eléctricas de média, alta ou
muito alta tensão de pequena dimensão.

Produção (centrais com potências instaladas superiores a 10 MVA), subestações, postos de •


transformação e de seccionamento com potências instaladas superiores a 100 MVA, linhas
eléctricas de média, alta ou muito alta tensão de média ou grande dimensão.

XV REDES DE COMUNICAÇÕES

Redes de comunicações de pequena dimensão •


Redes de comunicações de média e grande dimensão •

Portaria n.º 701-I/2008 designado por Observatório das Obras Públicas, nos ter-
mos do disposto no artigo 466.º do Código dos Contratos
de 29 de Julho
Públicos.
O Código dos Contratos Públicos prevê a criação de
um sistema de informação, denominado Observatório das Artigo 2.º
Obras Públicas, com incidência no universo das emprei- Âmbito
tadas de obras públicas.
Esse sistema assenta numa vasta base de dados, alimen- 1 — O Observatório das Obras Públicas consiste numa
tada continuamente, e disporá de uma capacidade alargada base de dados referentes à fase de formação dos contratos
e diversa de tratamento da informação, cabendo-lhe mo- de empreitada, de concessão de obras públicas, à fase de
nitorizar a fase de formação dos contratos de empreitada execução dos contratos de empreitada de obras públicas
e de concessão de obras públicas, a fase de execução dos e às empreitadas de obras públicas integradas em con-
contratos de empreitada de obras públicas, bem como cessões.
as empreitadas de obras públicas integradas em conces- 2 — O Observatório inclui, ainda, informação referente
sões. aos contratos de aquisição de serviços relacionados com
Ao Observatório das Obras Públicas compete a recolha, obras públicas.
organização, tratamento e divulgação de informação no 3 — Para efeitos da presente portaria, consideram-se
âmbito das empreitadas de obras públicas, de concessões serviços relacionados com obras públicas todos aqueles
de obras públicas e de contratos de aquisição de serviços que digam directa e principalmente respeito à preparação
relacionados com obras públicas, devendo assegurar ao e execução de obras públicas, designadamente elaboração
utilizador a possibilidade de acesso a dados tratados, me- de estudos e projectos de engenharia e arquitectura, fisca-
diante a efectivação de pesquisas simples ou cruzadas, e lização de obras, assessorias especializadas e coordenação
admitindo o cruzamento de múltiplos factores de selecção de segurança em projecto e em obra.
da informação. 4 — A base de dados a que se refere o número anterior
Este sistema de informação constituirá uma relevante inclui sistemas de pesquisa e de tratamento estatístico da
ferramenta de trabalho para todas as entidades que desen-
informação especificamente desenvolvidos para o efeito.
volvam estudos que careçam de dados estatísticos diversos
5 — Ao Observatório das Obras Públicas compete pro-
no âmbito do mercado das obras públicas.
A implementação deste instrumento de acompanha- ceder à recolha, organização e tratamento da informação,
mento das fases de formação e de execução dos contratos por meios automatizados, bem como a respectiva divulga-
de empreitada de obras públicas constitui um passo muito ção, por via da sua disponibilização aos utilizadores que
significativo no sentido de um melhor conhecimento do acedem ao mesmo.
funcionamento do sector e uma aposta muito forte na sua
transparência. Artigo 3.º
Assim: Gestão
Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 466.º do Có-
digo dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei 1 — A responsabilidade pela gestão do Observatório das
n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, manda o Governo, através Obras Públicas cabe ao InCI — Instituto da Construção e
do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comuni- do Imobiliário, I. P. (InCI)
cações o seguinte: 2 — Para dar cumprimento ao disposto no número
anterior, o InCI assegura o suporte físico do sistema de
Artigo 1.º informação, bem como a sua manutenção e actualização,
como base para um funcionamento com características de
Objecto
continuidade e fiabilidade, ao nível do que é exigível face
A presente portaria procede à constituição e à definição ao grau de desenvolvimento das tecnologias disponíveis,
das regras de funcionamento do sistema de informação em cada momento, no mercado.

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