Você está na página 1de 193

Universidade Federal do Ceará

DQOI - UFC Centro de Ciências Prof. Nunes

Departamento de Química Orgânica e Inorgânica


Química Orgânica I

Grupos Funcionais
Estrutura e Nomenclatura

Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.


Atualizado em Outubro/2016 nunes.ufc@gmail.com
1
Grupos Funcionais
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os químicos orgânicos associam unidades estruturais particulares,


chamadas grupos funcionais,
funcionais com padrões característicos de reatividade.

Eles vêem moléculas grandes como coleções de grupos


funcionais ligados a cadeias não reativas.

Grupos Funcionais = partes reativas das moléculas.

Taxol
2
Hidrocarbonetos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Hidrocarbonetos são compostos que


contêm somente carbono e hidrogênio, e

são divididos em duas principais classes:

alifáticos
aromáticos.

Esta classificação data do século XIX, quando a química orgânica se


dedicou quase que esclusivamente ao estudo de materiais de fontes
naturais, termos foram adotados refletindo a origem das substâncias.

Por exemplo, a palavra alifático foi derivada da palavra grega aleiphar


(gordura).

Já os compostos referidos como aromáticos, independentemente do seu


próprio odor, eram geralmente obtidos por tratamento químico de extratos
de plantas com cheiro agradável.
3
Hidrocarbonetos Alifáticos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os hidrocarbonetos alifáticos incluem três grandes grupos:

Alcanos: são hidrocarbonetos em que todas as ligações são simples.

Alcenos: contêm uma ligação dupla carbono-carbono.

Alcinos: contêm uma ligação tripla carbono-carbono.

Exemplos das três classes de hidrocarbonetos alifáticos são: etano, etileno e


acetileno.

Etano Etenos Etino

4
Hidrocarbonetos Aromáticos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Outro nome para hidrocarbonetos aromáticos é arenos.

Arenos têm propriedades são muito diferentes dos alcanos, alcenos e


alcinos.

O mais importante hidrocarboneto aromático é o benzeno.

benzeno

5
Hidrocarbonetos - Alcanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Um grupo funcional é a unidade estrutural

responsável pela reatividade de uma determinada molécula sob um


determinado conjunto de condições.

O grupo funcional de um alcano é um de seus hidrogênios.

Uma exemplo de reação de alcano é dado a seguir:

Etano Cloro Clorometano Ácido Clorídrico

6
Hidrocarbonetos - Alcanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Etano Cloro Clorometano Ácido Clorídrico

Um dos átomos de hidrogênio do etano é substituído pelo cloro.

Esta substituição do hidrogênio pelo cloro é uma reação


característica de todos os alcanos e pode ser representada pela
equação geral:

Alcano Cloro Cloreto de Alquila Ácido Clorídrico

Na equação geral, o grupo funcional (-H) é mostrado explicitamente, enquanto o


restante da molécula do alcano é abreviado como R.

Esta é uma notação comumente usada, e ajuda a focalizar nossa atenção sobre
a transformação do grupo funcional, sem se distrair pelas partes da molécula
que permanecem inalteradas.
7
Hidrocarbonetos - Alcanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Alcanos têm a fórmula geral molecular CnH2n+2.

O mais simples e abundante é o metano (CH4).

Grandes quantidades estão presentes em nossa atmosfera, no


solo, e nos oceanos.

O metano (CH4) foi encontrado em Júpiter, Saturno, Urano,


Netuno e Plutão, e até mesmo no Cometa Halley.

8
Hidrocarbonetos - Alcanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

O etano (C2H6: CH3CH3) e o propano (C3H8: CH3CH2CH3) são o segundo e o


terceiro, respectivamente, em relação ao metano de várias formas:

O etano é o alcano mais parecido que o metano na simplicidade


estrutural, seguido do propano.

O etano é o segundo componente mais abundante no gás natural,


enquanto o propano é o terceiro. O metano correponde a 75%.

Heptano
Hexano
Pentano
Etano (10%)
Butano
Propano (5%)

Metano (75%)

9
Alcanos - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Metano Etano Propano

Ligações sigmas C-H (sp3-s) e C-C (sp3-sp3).

Geometria dos carbonos: tetraédrica.

Ângulos das Ligações ~ 109º.

10
Alcanos Isoméricos - Butanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Somente uma estrutura pode ser construída para o metano (CH4), etano (C2H6) e
propano (C3H8).

A partir de alcanos com 4 átomos de carbono (C4H10), isômeros


constitucionais são possíveis.

Número de isômeros constitucionais possíveis


para uma fórmula molecular particular
Fórmula molecular Número de isômeros constitucionais

11
Alcanos Isoméricos - Butanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

A partir de alcanos com 4 átomos de carbono (C4H10),

isômeros constitucionais são possíveis.

Em um deles, chamado de n-butano,


os quatro átomos de carbonos são unidos
em uma cadeia contínua.

O prefixo “n” refere-se a “normal” e significa que a cadeia carbônica não é


ramificada.

n-butano

isobutano

12
n-Alcanos Superiores
DQOI - UFC Prof. Nunes

n-Alcanos são alcanos que possuem uma cadeia de carbono não-ramificada.

n-Pentano e n-Hexano são n-alcanos que possuem cinco e seis átomos de


carbono, respectivamente.

n-Pentano n-Hexano

Suas fórmulas estruturais condensadas podem ser abreviadas ainda mais,


indicando no parênteses o número de grupos metileno (CH2) na cadeia.

n-pentano ≡ CH3(CH2)3CH3

n-hexano ≡ CH3(CH2)4CH3

13
n-Alcanos Superiores
DQOI - UFC Prof. Nunes

n-Alcanos têm fórmula geral CH3(CH2)nCH3


e constituem uma série homóloga, isto é, uma série na qual
membros sucessivos diferem por um grupo –CH2–.

n-Alcanos são normalmente representados por estruturas em linha no formato


de zig-
zig-zag (conformação mais estável).

n-Pentano n-Hexano

Estruturas em linha
n-Pentano n-Hexano

14
Isômeros C5H12
DQOI - UFC Prof. Nunes

Três alcanos isoméricos têm a fórmula molecular C5H12.

não ramificado: n-pentano


com uma ramificação: isopentano
com duas ramificações: neopentano

n-Pentano ou
ou ou

Isopentano ou
ou ou

Neopentano ou
ou ou

15
Nomenclatura IUPAC – n-Alcanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

A nomenclatura em química orgânica é de dois tipos:

comum (ou "trivial") e


sistemática.

Alguns nomes comuns existiam muito antes da química orgânica tornar-se o um


ramo organizado da ciência.

O metano, etano, propano, n-butano, isobutano, n-pentano,


isopentano e neopentano são nomes comuns.

A partir de 1892, os químicos desenvolveram um conjunto de regras para


nomear compostos orgânicos com base em suas estruturas, o que hoje
chamamos de regras da IUPAC (União Internacional de Química Pura e
Aplicada).

16
Nomenclatura IUPAC – n-Alcanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

As regras da IUPAC atribuem nomes aos alcanos não ramificados de modo:

prefixo (latino
latino ou grego) - identifica o número de átomos de carbono na cadeia

an - identifica a substância como um membro da família alcanos

sufixo o – identica a susbtâncai como um hidrocarboneto.

Número de Número de Número de


átomos de átomos de átomos de
carbono Nome carbono Nome carbono Nome

1 Metano 11 Undecano 21 Henicosano


2 Etano 12 Dodecano 22 Docosano
3 Propano 13 Tridecano 23 Tricosano
4 Butano 14 Tetradecano 24 Tetracosano
5 Pentano 15 Pentadecano 30 Triacontano
6 Hexano 16 Hexadecano 31 Hetriacontano
7 Heptano 17 Heptadecano 32 Dotriacontano
8 Octano 18 Octadecano 40 Tetracontano
9 Nonano 19 Nonadecano 50 Pentacontano
10 Decano 20 Icosano 100 Hectano

17
Nomenclatura IUPAC – Alcanos Ramificados
DQOI - UFC Prof. Nunes

Por definição a n-hexano é nomeado como hexano.

Nome IUPAC: n-hexano


(nome comum: n-hexano)

Considere agora a estrutura do seguinte isômero:

Como podemos nomeá-lo segundo as regras da IUPAC?

18
Nomenclatura IUPAC – Alcanos Ramificados
DQOI - UFC Prof. Nunes

Passo 1) Identifique a cadeia carbônica linear mais extensa e a nomeie segundo


a tabela anterior. No caso da cadeia maior ter 5 carbonos, o composto será
nomeado comum derivado do pentano.

Passo 2) Identifique os grupos substituintes ligados à cadeia principal.

metila

19
Nomenclatura IUPAC – Alcanos Ramificados
DQOI - UFC Prof. Nunes

metila

Passo 3) Numere a cadeia principal na direção que atribuir o menor número ao


carbono que carregar o substituinte.

é equivalente a

A numeração abaixo é incorreta, pois o substituinte metila encontrar-se-ia na


posição 4.

20
Nomenclatura IUPAC – Alcanos Ramificados
DQOI - UFC Prof. Nunes

Passo 4) Escreva o nome do composto. O alcano referente à cadeia principal


será a última parte do nome, e será precedida pelos nomes dos grupos
substituintes e seus localizadores.

Hífens são utilizados para separar letras de números


números..

Nome IUPAC: 2-metilpentano

21
Nomenclatura IUPAC – Alcanos Ramificados
DQOI - UFC Prof. Nunes

2-metilpentano

Analogamente....
1 2 3 4 5

3-metilpentano

22
Nomenclatura IUPAC – Alcanos Ramificados
DQOI - UFC Prof. Nunes

1 2 3 4 1 2 3 4

Os dois isômeros anteriores têm dois grupos metila como susbtituintes na


cadeia principal com 4 carbonos (butano).

Quando o mesmo substituinte aparecer mais de uma vez


vez, utilizam-se prefixos
multiplicadores: di, tri, tetra...
multiplicadores

Um localizador é utilizado para cada um dos grupos substituintes, utilizando-se


vírgulas para separar números, e hífens para separar números de letras
letras.

1 2 3 4 1 2 3 4

2,2-dimetilbutano 2,3-dimetilbutano
23
Nomenclatura IUPAC – Grupos Alquila
DQOI - UFC Prof. Nunes

Um grupo alquila pode ser entendido como um alcano que perdeu um de seus
hidrogênios.

Um grupo de metila (-CH3), por exemplo, é um grupo alquila derivado


do metano (CH4).

Grupos alquila não ramificados,


ramificados nos quais o ponto de ligação está no fim da
cadeia, são nomeados a partir na nomenclatura IUPAC para o alcano
correspondente,

substituindo-se a terminação ano por ila.


No de Carbonos Alcano Grupo Alquila

1 metano metila

2 etano etila

3 propano propila

4 butano butila

10 decano decila

18 octadecano octadecila
24
Nomenclatura IUPAC – Grupos Alquila
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os átomos de carbono são classificados de acordo com o seu

grau de substituição
substituição:

primário: carbono ligado diretamente a 1 carbono.


secundário: carbono ligado diretamente a 2 carbonos.
terciário: carbono ligado diretamente a 3 carbonos.
quaternário: carbono ligado diretamente a 4 carbonos.
quaternário

primário secundário
terciário quarternário

25
Nomenclatura IUPAC – Grupos Alquila
DQOI - UFC Prof. Nunes

Grupos alquila ramificados são nomeados utilizando-se como o nome base a


maior cadeia contínua que começa no ponto de ramificação
ramificação.

Assim, os nomes sistemáticos dos dois grupos alquílicos (C3H7) são propila e
1-metiletila.

Ambos são mais conhecidos por seus nomes comuns, n-propila e isopropila,
respectivamente.

ou
grupo propila grupo 1-metiletila
(nome comum: n-propila) (nome comum: isopropila)

26
Nomenclatura IUPAC – Grupos Alquila
DQOI - UFC Prof. Nunes

Outros exemplos:

grupo butila grupo 1-metilpropila


(nome comum: n-butila) (nome comum: sec-butila)

ou
grupo 2-metilpropila
(nome comum: isobutila)

ou

grupo 1,1-dimetiletila
(nome comum: terc-butila)
27
Substituintes Alquílicos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os substiuintes alquílicos possuem nomes comuns e/ou sistemáticos


(IUPAC).

n-propila sec-butila alila


1-propila terc-butila 1-metilpropila
1,1-dimetiletila 2-propenila
etila

metila vinila
isopropila etenila
1-metiletila
isobutila benzila
2-metilpropila

28
Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

Combinando-se os princípios básicos da notação IUPAC com os nomes dos


vários grupos alquila,

podemos desenvolver os nomes sistemáticos de alcanos

altamente ramificados.

Vamos começar nomeando com o seguinte alcano.

4-etiloctano

29
Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

A seguir, aumentamos a sua complexidade através de sucessivas adições de


grupos metila em posições diferentes.

4-etil-3-metiloctano

Quando dois ou mais substituintes estão presentes, eles são listados em ordem
alfabética no nome.

30
Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

4-etil-3,5-di
dimetiloctano

Os multiplicadores di, tri, tetra são utilizados quando necessários,

mas não são considerados no ordenamento alfabético.

31
Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

4-etil-3,5-di
dimetiloctano

Prefixos iniciais, tais como sec


sec-- e terc
terc-- são ignorados no momento do
ordenamento alfabético, exceto quando eles são comparados entre si.

Terc--butila precede isobutila, e


Terc

iso não é prefixo

sec-butila precede terc


sec terc-butila.
32
Nomenclatura IUPAC - Exercício
DQOI - UFC Prof. Nunes

Dê os nomes IUPAC para cada um dos compostos que seguem.

5-etil-2,4,6-trimetiloctano

33
Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

Uma característica adicional da nomenclatura IUPAC diz respeito à direção de


numeração, é o chamado “primeiro ponto de diferença”.

Considere duas direções nas quais o seguinte alcano pode ser numerado:

2,2,6,6,7-penta
pentametiloctano
octano 2,3,3,7,7-penta
pentametiloctano
(correto) (incorreto)

Ao decidir sobre o sentido correto, um ponto de diferença ocorre quando temos


um menor localizador que o outro.

Assim, enquanto 2 é o primeiro localizador em ambos os sistemas de


numeração, o empate é quebrado no segundo localizador.
34
Nomenclatura IUPAC - Cicloalcanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Cicloalcanos são alcanos que contêm um anel de três ou mais carbonos.

são frequentemente encontrados na química orgânica e

são caracterizados pela fórmula molecular CnH2n.

Alguns exemplos incluem:

35
Nomenclatura IUPAC - Cicloalcanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

ciclopropano
ciclo ciclo
cicloexano

Como você pode ver, cicloalcanos são nomeados, no âmbito do sistema IUPAC,
adicionando o prefixo ciclo ao nome do alcano não ramificado com o mesmo
número de carbonos do anel.

Grupos substituintes são identificados na forma habitual. Suas posições são


especificadas pela numeração dos átomos de carbono do anel, na direção que
der o menor número para os substituintes no primeiro ponto de diferença.

etilciclo
ciclopentano 3-etil-1,1-di
dimetilciclo
cicloexano

36
Nomenclatura IUPAC - Cicloalcanos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Quando o anel contém menos átomos de carbono do que um grupo alquila


ligado a ele,

o composto é apontado como um alcano, e

o anel é tratado como um substituinte cicloalquila.

3-ciclo
ciclobutilpentano

37
Nomenclatura IUPAC - Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nomeie os seguintes compostos segundo as regras da IUPAC.

1,1-di
dimetiletilciclo
ciclononano

4-isopropil-1,1-di
dimetilciclo
ciclodecano ou
1,1-di
dimetil-4-(1-metiletil)ciclo
ciclodecano

cicloexilciclo
ciclo cicloexano

38
Alcanos e Cicloalcanos – Propriedades Físicas
DQOI - UFC Prof. Nunes

Ponto de ebulição

O metano, etano, propano e butano são gases à temperatura ambiente.

Os alcanos com número de carbonos entre 5 e 17 são líquidos, enquanto


que os homólogos superiores são sólidos.

Os ramificados têm ponto de ebulição ligeiramente inferiores quando


comparados com os não-ramificados de mesmo número de carbono.
Ponto de Ebulição (oC)

alcano ramificado
2-metilalcano ramificado

Número de átomos de carbon no alcano


39
Alcanos e Cicloalcanos – Propriedades Físicas
DQOI - UFC Prof. Nunes

Ponto de ebulição

Ao explorar, a nível molecular, as razões para o aumento do ponto de


ebulição com o número de carbonos, e a diferença de ponto de ebulição
entre alcanos ramificados e não ramificados, podemos relacionar as
estruturas com suas propriedades.

A substância existe como líquido em vez de gás, porque as forças atrativas


entre moléculas (forças atrativas intermoleculares) são maiores no líquido
do que na fase gasosa.

Forças atrativas entre as espécies neutras (átomos ou moléculas, mas não


íons) são referidas como forças de van der Waals e podem ser de três
tipos:
1. dipolo–dipolo
2. dipolo induzido-dipolo
3. dipolo induzido-dipolo induzido

40
Alcanos e Cicloalcanos – Propriedades Físicas
DQOI - UFC Prof. Nunes

Forças Intermoleculares

Estas forças são de natureza elétrica, e para vaporizar uma substância


energia suficiente deve ser adicionada.

A maioria dos alcanos não têm momento de dipolo mensurável e, portanto,


a única força de van der Waals a ser considerada é a força atrativa “dipolos
induzidos-dipolos induzidos”.

susbtâncias apolares

Campo magnético fluta


Momento de dipolo temporário

molécula B “sente” dipolo de A

41
Alcanos e Cicloalcanos – Propriedades Físicas
DQOI - UFC Prof. Nunes

Forças Intermoleculares

Arranjos extensos de atrações dipolo induzido-dipolo induzido podem


acumular e resultar em forças intermoleculares significativas.

Um alcano com maior peso molecular possui mais átomos e elétrons e,


portanto, mais oportunidades de atrações intermoleculares e,
consequentemente, maior ponto de ebulição do que um com menor peso
molecular.

42
Alcanos e Cicloalcanos – Propriedades Físicas
DQOI - UFC Prof. Nunes

Como observado anteriormente, alcanos ramificados apresentam menor


ponto de ebulição do que seus isômeros não ramificados.

Isômeros têm, naturalmente, o mesmo número de átomos e elétrons, mas


uma molécula de um alcano ramificado possui uma área de superfície
menor do que um não ramificado.

A forma estendida de um alcano não ramificado permite mais pontos de


contato para as associações intermoleculares.

Pentano 2-metilbutano 2,2-dimetilpropano


(p.e. 36 oC) (p.e. 28 oC) (p.e. 9 oC)

43
Alcanos e Cicloalcanos – Propriedades Físicas
DQOI - UFC Prof. Nunes

A forma estendida de um alcano não ramificado permite mais pontos de


contato para as associações intermoleculares.

Pentano 2-metilbutano 2,2-dimetilpropano


(p.e. 36 oC) (p.e. 28 oC) (p.e. 9 oC)

44
Alcanos e Cicloalcanos – Propriedades Físicas
DQOI - UFC Prof. Nunes

Ponto de fusão:

Alcanos sólidos são materiais macios, geralmente com baixos pontos de


fusão.

As forças responsáveis pela exploração do cristal em conjunto, são as


mesmas interações dipolo induzido-dipolo induzido que operam entre as
moléculas do líquido, mas o grau de organização é maior na fase sólida.

difícil compactação
no cristal

45
Alcanos e Cicloalcanos – Propriedades Físicas
DQOI - UFC Prof. Nunes

Solubilidade em Água:

Uma propriedade física familiar de alcanos está contida no ditado "água e


óleo não se misturam."

De fato, todos os hidrocarbonetos são praticamente insolúveis em água.

Quando um hidrocarboneto dissolve na água, o arranjo de ligações de


hidrogênio entre moléculas água se torna mais ordenada na região ao redor
de cada molécula do hidrocarboneto dissolvido.

Este aumento na ordem, o que corresponde a um decréscimo na entropia,


indica um processo que pode ser favorável se for razoavelmente exotérmico.

Sendo insolúvel, e com densidades entre 0,6-0,8 g/ml, os alcanos flutuam na


superfície da água. A exclusão de moléculas apolares, tais como alcanos, a
partir da água, é chamado de efeito hidrofóbico.
46
Alcanos e Cicloalcanos – Propriedades Físicas
DQOI - UFC Prof. Nunes

Mistura de heptano-octano
Mistura de heptano-água

. . ..
O
. . .. H H
O
H H

O sistema optará pelas interações mais fortes que estabilizarão o sistema.


47
Alcanos e Cicloalcanos – Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva as fórmulas, e dê os nomes IUPAC para os nove alcanos que têm a


fórmula molecular C7H16.

48
Alcanos e Cicloalcanos – Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Observe a estrutura abaixo e responda aos comandos.

a) Qual é a fórmula molecular deste alcano?


b) Qual é seu nome IUPAC?
c) Quantos grupos metílicos, metilenos e metínicos estão presentes?
d) Quantos carbonos são primários, secundários e terciários?

49
Alcanos e Cicloalcanos – Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Dê os nomes IUPAC para os seguintes grupos alquilas:

50
Alcanos e Cicloalcanos – Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva as fórmulas estruturais de cada um dos seguintes compostos:

a) 6-isopropil-2,3-dimetilnonano

b) 4-terc-butil-3-metileptano

c) 4-isopropil-1,1-dimetilcicloexano

d) sec-butilcicloeptano

e) Ciclobutilpentano

f) (2,2-dimetilpropil)cicloexano

g) Pentacosano

h) 10-(1-metilpentil)pentacosano

51
Alcanos e Cicloalcanos – Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Dê os nomes IUPAC para cada um dos seguintes compostos:

52
Biciclos – Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os compostos que contêm dois anéis fundidos são chamados compostos


bicíclicos, e eles podem ser desenhados de maneiras diferentes:

é o mesmo que

O processo de nomeação dos biciclos é muito semelhante à nomeação de


alcanos e cicloalcanos.

Nós seguimos o mesmo procedimento de quatro etapas descrito anteriormente,


mas existem diferenças na nomenclatura e numeração da estrutura base.

52A
Biciclos – Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Para sistemas bicíclicos, o termo "biciclo" é introduzido no nome raiz.

Por exemplo, o composto anterior é composto por sete átomos de carbono e é


por isso chamado bicicloeptano (em que o nome base é bicicloept).

O problema é que este nome base não é específico o suficiente.

Para ilustrar isto, considere os dois compostos seguintes, os quais são


chamados bicicloeptano.

52B
Biciclos – Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Ambos os compostos consistem em dois anéis e sete átomos de carbono.

No entanto, os compostos são claramente diferentes, o que significa que o


nome base precisa conter mais informações.

Especificamente, deve indicar a maneira pela qual os anéis são


construídos (a constituição do composto).

A fim de fazer isso, temos de identificar as duas pontes


pontes. Estes são os dois
átomos de carbono, onde os anéis são fundidos em conjunto:

cabeça de ponte

cabeça de ponte
52C
Biciclos – Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

cabeça de ponte

cabeça de ponte

Há três caminhos diferentes que ligam estas duas pontes.


Para cada caminho, conte o número de átomos de carbono,
excluindo as próprias pontes.

No composto anterior,
um caminho tem dois átomos de carbono,
um outro caminho tem dois átomos de carbono, e
o terceiro (caminho mais curto) tem apenas um átomo de
1
carbono.
1
2

2
1

Estes três números, ordenados do maior para o menor, [2.2.1], são em seguida,
colocado no meio do nome base entre por parênteses:

Biciclo[2.2.1]eptano
52D
Biciclos – Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Estes números fornecem a especificidade necessária para diferenciar os


compostos indicados anteriormente:
1
1

2
1 1
2

3 1 2
1

Biciclo[3.1.1]eptano Biciclo[2.2.1]eptano

52E
Biciclos – Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Se um substituinte está presente, a cadeia do biciclo deve ser numerada


corretamente, de modo

a atribuir o localizador correto ao substituinte.

Para numerar,
1) comece em uma das cabeças de ponte e
2) numere ao longo do caminho mais longo,
3) em seguida, vá para o segundo caminho mais longo e,
finalmente,
4) vá ao longo da caminho mais curto.

6-metilbiciclo[3.2.1]octano

52F
Biciclos – Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva o nome do seguinte bibiclo:

1) Identificar as cabeças de ponte

2) Identificar os substituintes 3) Numerar o biciclo

metil
metil
isopropil

2-Isopropil-7,7-dimetilbiciclo[3.2.0]eptano

53
Alcenos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Alcenos são hidrocarbonetos que contêm uma

ligação dupla C=C.

unidade estrutural importante e um grupo funcional em


química orgânica;

Influencia a geometria da molécula;

é o sítio reativo da maioria das reações químicas de alcenos.

Exemplos:

Isobutileno σ−pineno farneseno


54
Alcenos - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

A estrutura de etileno e o modelo de hibridização de orbitais da ligação dupla


podem ser vistos na figura a seguir:

55
Alcenos - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Cada um dos átomos de carbono tem hibridação sp2, e a ligação dupla possui
um componente σ componente π.

Ligação σ: quando um orbital sp2 de um carbono orienta seu eixo


ao longo do eixo internuclear com o orbital sp2 do outro carbono.

Ligação π: formada pela sobreposição “lado-a-lado” de orbitais p


dos dois carbonos sp2.

56
Alcenos - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

A dupla ligação no etileno é mais forte do que a ligação simples C-C do etano,
mas não é duas vezes mais forte
forte.

A energia de ligação C=C é 605 kJ/mol no etileno versus 368


kJ/mol para a ligação C-C no em etano.

A ligação π é mais fraca que a ligação σ.

Há dois tipos de ligações C-C no propeno, CH3CH=CH2.


A dupla ligação é do tipo σ + π,
A ligação com o grupo metila é uma ligação σ formada pela
sobreposição dos orbitais sp2 e sp3.

Carbonos hibridizados sp3

Comprimento da ligação = 150 ppm

Comprimento da ligação = 134 ppm

Carbonos hibridizados sp2


57
Alcenos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Damos nomes IUPAC aos alcenos, substituindo o sufixo -ano pelo sufixo
-eno do alcano correspondente.

Os dois alcenos mais simples são eteno e o propeno. Ambos também são
conhecidos por seus nomes comuns de etileno e propileno.

IUPAC: eteno IUPAC: propeno


Comum: etileno Comum: propileno

O etileno é um sinônimo aceitável para eteno no sistema IUPAC.

Todavia, o propileno, isobutileno, e outros nomes comuns terminados em


-ileno não são nomes aceitáveis pela IUPAC.

58
Alcenos – Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

A maior cadeia contínua que incluir a ligação dupla forma o nome base
do alceno.

A cadeia é numerada na direção que der aos carbonos da dupla ligação os


seus números mais baixos.

O localizador (ou posição numérica) de apenas um dos carbonos da dupla


ligação é especificado no nome. É entendido que os outros carbonos devem
seguir a numeração.

but-1-eno
eno hex-2
2-eno
eno

59
Alcenos – Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

Ligações duplas C=C têm precedência sobre os grupos alquila e halogênios


na determinação da cadeia carbônica principal e na direção em que está
numerada.

3-metilbut-1
1-eno
eno 6-bromo-3-propilex-1
1-eno
eno
e não 2-metilbut-3-eno

Entretanto, grupos hidroxilas têm preferência sobre a dupla ligação.


Compostos que contenham tanto a dupla ligação e o grupo hidroxila utilizam o
sufixo combinado –en e –ol.

5-metilex-4
4-en
en-1
1-ol
ol
e não 2-metilex-2-en-6-ol

60
Alcenos – Nomenclatura IUPAC – Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nomeie cada um compostos que seguem com a nomenclatura IUPAC.

2,3-dimetilbut-2
2-eno
eno

3,3-dimetilbut-1
1-eno
eno

2-metilex-2
2-eno
eno

4-cloropent-1
1-eno
eno

pent-4
4-en
en-2
2-ol
ol
61
Alcenos – Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

Vimos anteriormente que nomes comuns de grupos alquila, tais como


isopropila e terc-butila, são aceitáveis no sistema IUPAC.

Três grupos alquenila (vinila, alila e isoprenila) são tratados da mesma forma.

vinil(a) cloreto de vinila

alil(a) álcool alílico

isoprenil(a) cloreto de isoprenila


62
Alcenos – Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

Quando um grupo CH2 is duplamente ligado a um anel, o prefixo metileno é


adicionado ao nome do anel.

metilenociclo
cicloexano

Cicloalcenos e seus derivados são nomeados adotando o prefixo ciclo à


nomenclatura dos alcenos de cadeia aberta.
aberta

ciclopenteno
ciclo 1-metilciclo
cicloexeno 3-clorociclo
cicloepteno

63
Alcenos – Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

ciclopenteno
ciclo 1-metilciclo
cicloexeno 3-clorociclo
cicloepteno

Nenhum localizador é necessário na ausência de susbtituintes.

É entendido que a dupla ligação conecta os C-1 e C-2.

Cicloalcenos substituídos são numerados iniciando pela dupla ligação,


seguindo através dela, e continuando a sequência ao redor do anel.

A direção da numeração é escolhida de modo a atribuir os menores


localizadores aos substituintes.

64
Alcenos - Isomerismo
DQOI - UFC Prof. Nunes

Embora o etileno seja o único alceno com dois carbonos, e o propeno o único
com três carbonos, há 4 alcenos isoméricos de fórmula molecular C4H8:

but-1-eno 2-metilpropeno cis-but-2


2-eno
eno trans-but-2-eno
eno

O but-1-eno tem uma cadeia carbônica ramificada com uma dupla ligação
entre os carbonos C-1 and C-2. É um isômero constitucional dos outros três.

Similarmente, o 2-metilpropeno, com cadeia carbônica ramificada, é um


isômero constitucional dos outros três.

65
Alcenos - Isomerismo
DQOI - UFC Prof. Nunes

but-1-eno 2-metilpropeno cis-but-2


2-eno
eno trans-but-2-eno
eno

O par de isômeros designados cis- e trans-but-2-eno


eno tem a mesma
constituição.

Ambos têm uma cadeia não ramificada com uma dupla ligação conectando os
carbonos C-2 e C-3.

Eles se diferem entre si, entretanto, nas posições relativas dos grupos metilas
no espaço.

isômero cis: as 2 metilas estão no mesmo lado da dupla


isômero trans: as 2 metilas estão em lados opostos da dupla

66
Alcenos - Isomerismo
DQOI - UFC Prof. Nunes

but-1-eno 2-metilpropeno cis-but-2


2-eno
eno trans-but-2-eno
eno

Isômeros que possuem a mesma constituição (conectividade), mas diferem no


arranjo de seus átomos no espaço são classificados como estereoisômeros.

O cis-but-2-eno e o trans-bu-2-teno são estereoisômeros, e os termos “cis” e


“trans” especificam a configuração da dupla ligação.

67
Alcenos - Isomerismo
DQOI - UFC Prof. Nunes

O estereoisomerismo cis-
cis-trans em alcenos não é possível quando um dos
carbonos está ligado a dois susbtituintes idêntidos.

Assim, nem o but-1


1-eno
eno nem o 2-metilpropeno podem ter estereoisômeros.

idênticos idênticos idênticos

but-1-eno 2-metilpropeno

68
Alcenos - Isomerismo
DQOI - UFC Prof. Nunes

Em princípio, cis-but-2-eno e trans-but-2-eno podem ser interconvertidos pela


rotação sobre o C-2 e o C-3 das duplas ligações.

No entanto, ao contrário da rotação sobre o C-2 e C-3 do butano, que é


bastante rápida, a interconversão dos but-2-enos estereoisoméricos não
ocorre em circunstâncias normais.
normais

cis-but-2-eno trans-but-2-eno

Orbitais p alinhados Orbitais p perpendiculares Orbitais p alinhados

Geometria otimizada para Pior geometria para Geometria otimizada para


Formação da ligação π formação da ligação π Formação da ligação π
69
Alcenos - Isomerismo - Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Quantos alcenos têm a fórmula molecular C5H10?

Escreva suas estruturas e dê seus nomes IUPAC. Especifique a configuração


cis ou trans dos estereoisômeros quando for apropriado.

pent-1
1-eno
eno cis-pent-2
2-eno
eno trans-pent-2
2-eno
eno

2-metilbut-1
1-eno
eno 2-metilbut-2
2-eno
eno 3-metilbut-1
1-eno

70
Alcenos – Notação cis/trans
DQOI - UFC Prof. Nunes

Quando os grupos, em ambas as extremidades de uma ligação dupla, são os


mesmos, ou são estruturalmente similares uns aos outros, é uma questão
simples descrever a configuração da ligação dupla como cis ou trans
trans.

O ácido oleico, por exemplo, um material que pode ser obtido a partir do azeite
de oliva, tem uma ligação dupla cis.
cis

Já o cinamaldeído, responsável pelo odor característico da canela, tem uma


ligação dupla trans
trans.

cis-ácido oleico trans-cinamaldeído

Todavia, os termos "ci


cis
s"e "trans
trans" são ambíguos quando não é óbvio qual
substituinte do carbono é "similar“ ou "semelhante“ a um outro substituinte
de referência.

71
Alcenos – Notação E/Z
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os substituintes de cada carbono da dupla ligação são ranqueados como


tendo maior ou menor prioridades
prioridades, as quais são definidas segundo o número
atômico do átomo ligado ao carbono.

Quando houver “empate


empate” nos números atômicos, analisamos os átomos
mediatamente a seguir
seguir, até encontrarmos um ponto de diferença e, então,
determinamos a prioridade.

Os substituintes de maiores prioridades no mesmo lado definem a


configuração Z; em lados opostos, a confirugação E.

maior maior maior menor

menor menor menor maior


(Z) (E)

72
Alcenos - Notação E/Z - Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Determine a configuração de cada um dos seguintes alcenos.

(Z) (E)

(Z)
(E)

73
Cicloalcenos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Ligações duplas são encontradas em anéis de todos os tamanhos.

O mais simples dos cicloalcenos, ciclo


ciclopropeno, foi sintetizado pela primeira
vez em 1922. Um anel ciclo
ciclopropeno está presente em ácido estercúlico, uma
substância derivada de um dos componentes do óleo presente nas sementes
de uma árvore (Sterculia foetida) que cresce nas Filipinas e na Indonésia.

ciclopropeno
ciclo ác. estercúlco

74
Cicloalcenos
DQOI - UFC Prof. Nunes

O ciclo
ciclopropano é desestabilizado pela tensão anelar porque o seu ângulo de
60° são muito menores do que o normal 109.5°, associado ao carbono sp3.

Todos os pares
de ligações adjacentes
estão eclipsdas

O ciclo
ciclopropeno tem uma tensão anelar ainda mais intensa
porque o desvio dos ângulos de ligação em seus carbonos da
dupla ligação ligada, a partir do valor normal de hibridização
sp2 de 120°, é ainda maior. ciclopropeno
ciclo

O ciclo
ciclobuteno tem, naturalmente, menos tensão anelar que o ciclopropeno, a
qual fica cade vez menor à medida que o tamanho do anel aumenta.
75
Cicloalcenos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Se o anel é grande o suficiente, no entanto, um estereoisômero trans também


é possível.

O menor cicloalceno trans que é estável o suficiente para ser isolado e


armazenado de forma normal é o trans-ciclo
cicloocteno.

∆E = 39KJ/mol

(E)-cicloocteno (Z)-cicloocteno
trans--cicloocteno
trans cis
cis--cicloocteno

menos estável mais estável

O trans-ciclo
cicloepteno foi preparado e estudado a baixa temperatura (90°C), mas
é muito reativo para ser isolado e armazenado à temperatura ambiente.
76
Cicloalcenos - Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Coloque a dupla ligação do esqueleto ao lado para representar:

a) (Z)-1-metilciclodeceno d) (E)-3-metilciclodeceno
b) (E)-1-metilciclodeceno e) (Z)-5-metilciclodeceno
c) (Z)-3-metilciclodeceno f) (E)-5-metilciclodeceno

a)
d)

b)
e)
f)
c)

77
Alcinos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Hidrocarbonetos que contêm um ligação tripla (-C≡C-) são chamados de


alcinos.

Alcinos acíclicos têm a fórmula molecular CnH2n-2.

O acetileno é o alcino mais simples.

Chamamos os compostos que têm a sua ligação tripla no final de uma cadeia
de carbono como alcinos monossubstituídos ou terminais.

Alcinos dissubstituídos têm ligações triplas internas.

78
Estrutura de Alcinos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Alcinos são hidrocarbonetos caracterizados pela presença de uma ligação


tripla entre dois carbonos, ligações estas formadas pelos compartilhamento
de 6 pares de elétrons entre dois carbonos com hibridação sp, garantindo à
molécula uma estrutura linear.

estrutura linear

79
Estrutura de Alcinos
DQOI - UFC Prof. Nunes

As regras IUPAC são seguidas para nomear alcinos.

O sufixo -ano
ano de um alcano (com o mesmo número de carbonos) é
substituído pelo sufixo -ino
ino.

Acetileno e etino são nomes aceitáveis pela IUPAC.


IUPAC

A posição da tripla ligação ao longo da cadeia é especificada pelo número,


de maneira análoga à nomenclatura dos alcenos.

propino but-1-ino but-2-ino 4,4-di


dimetilpent-2
2-ino
ino

Quando o grupo -C≡CH é apontado como um substituinte


substituinte, ele é designado
como um grupo de etinila
etinila.
80
Estrutura de Alcinos – Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva as fórmulas estruturais e dê os nomes IUPAC para todos os alcinos


de fórmula molecular C5H8.

pent-1-ino pent-2-ino

3-metilbut-1
1-ino
ino

81
Estrutura de Alcinos – Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva as fórmulas estruturais e dê os nomes IUPAC.

pent-1-ino

pent-2-ino

4,5-di
dimetilex-2
2-ino
ino

5-ciclo
ciclopropilpent-1
1-in
ino

82
Estrutura de Alcinos – Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva as fórmulas estruturais e dê os nomes IUPAC.

ciclotridecino
cicl

4-butilnon-2
2-ino
ino

2,2,5,5-tetra
tetrametilex-3
3-ino
ino
83
Álcoois e Haletos de Alquila
DQOI - UFC Prof. Nunes

Estes dois grupos funcionais estão entre os mais úteis de compostos


orgânicos, pois muitas vezes servem como matéria-prima para a preparação
de inúmeros outros grupos funcionais.

Álcoois e haletos de alquila são classificados como primário, secundário ou


terciário, de acordo com a classificação do carbono que carrega o grupo
funcional.

Álcool 1o Haleto de Alquila 2o Álcool 3o Haleto de Alquila 3o

84
Álcoois e Haletos de Alquila - Ligações
DQOI - UFC Prof. Nunes

O carbono que carrega o grupo funcional é sp3 em álcoois e haletos de


alquila. A figura, a seguir, ilustra as ligações no metanol.

pares de elétrons livres

ligação σ

ângulo C-O-H = 108,5º

Comprimento ligação C-O = 142 ppm

Os ângulos de ligação do carbono de álcoois são aproximadamente


tetraédricos, como é o ângulo C-O-H.
tetraédricos

Um modelo de hibridização semelhante orbital aplica-se a haletos de alquila,


com o halogênio substituinte ligado ao carbono sp3 por uma ligação σ.
85
Álcoois e Haletos de Alquila - Ligações
DQOI - UFC Prof. Nunes

A figura abaixo mostra a distribuição da densidade de elétrons no metanol e


no clorometano.

δ+ δ+
δ- δ-

Metanol (CH3OH) Clorometano (CH3Cl)

Ambos são similares com relação aos locais de maior potencial eletrostático
(vermelho) - aqueles perto dos átomos mais eletronegativos (oxigênio e
cloro).

A polarização das ligações C-O e C-Cl, bem como os pares de elétrons não
compartilhados do oxigênio e do cloro, contribuem para a concentração de
carga negativa sobre esses átomos.
86
Álcoois – Nomenclatura Radicofuncional
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nesse sistema de nomenclatura, o nome do composto é formado com a


palavra álcool, seguida pelo nome do grupo correspondente da estrutura

substituindo-se a terminação a por ílico.

A cadeia é sempre numerada começando no carbono ao qual o grupo


hidroxila está ligado
ligado.

etila 1-metilpentila 1,1-dimetilbutila

álcool álcool álcool


etílico 1-metilpentílico 1,1-dimetilbutílico

87
Grupos Funcionais – Prioridade
DQOI - UFC Prof. Nunes

Classes gerais de compostos em ordem decrescente de prioridade para


citação como grupo funcional.
Radicais
Ânions
Cátions
Compostos dipolares
Ácidos Carboxílicos, perácidos e ácidos sulfônicos
Anidridos

prioridade diminui
Ésteres
Haletos de Acila
Amidas
Hidrazidas
Imidas
Nitrilas
Aldeídos
Cetonas
Álcoois,, fenóis, tióis
Álcoois
Hidroperóxidos
Aminas
Iminas
Hidrazinas
Éteres, sulfetos
Peróxidos, dissulfetos

88
Álcoois – Nomenclatura Substitutiva
DQOI - UFC Prof. Nunes

Quando a hidroxila for o grupo funcional principal,

os nomes dos álcoois serão derivados dos hidrocarbonetos


correspondentes,

substituindo-se a vogal o pelo sufixo ol,


ol precedido de
um número indicativo da posição da hidroxila.

A numeração da cadeia é feita de modo que a hidroxila receba o menor


número possível.
possíve

etanol hexan-2
2-ol
ol 2-metilpentan-2
2-o
ol

89
Álcoois – Nomenclatura IUPAC
DQOI - UFC Prof. Nunes

Hidroxilas têm prioridade sobre grupos alquila e halogênios

na determinação da direção da numeração de uma cadeia.

OH
OH OH

6-metileptan-3
3-ol
ol trans-2-metilciclo
ciclopentanol 3-fluoropropan-1
1-ol
ol
(e não 2-metileptan-5-ol)

90
Álcoois - Nomenclatura IUPAC - Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Dê os nomes (classe funcional e substitutivos) de todos os álcoois


isoméricos que têm a fórmula molecular C4H10O.

Radicofuncional Substitutiva

álcool n-butílico butan-1


1-ol

álcool sec-butílico butan-2


2-ol
ol
(álcool 1-metilpropílico )

álcool isobutílico
(álcool 2-metilpropílico) 2-metilpropan-1
1-ol
ol

álcool terc-butílico 2-metilpropan-2


2-o
ol
(álcool 1,1-di
dimetiletílico)

91
Haletos de Alquila - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os compostos halogenados podem ser nomeados de acordo com dois


sistemas de nomenclatura: substitutiva e radicofuncional
radicofuncional.

Substitutiva: os nomes dos compostos halogenados são formados citando-


Substitutiva:
se os prefixos fluoro, cloro, bromo e iodo
iodo, seguidos do nome do composto
principal.
principal

A citação dos halogênios é feita em ordem alfabética, sendo cada prefixo


antecedido de um número indicativo de sua posição.

fluorometano 1-cloropentano 3-bromoexano iodocicloexano

92
Haletos de Alquila - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Radicofuncional os nomes dos compostos halogenados são formados


Radicofuncional:
pelos prefixos fluoreto, cloreto e iodeto
iodeto, seguidos da preposição de e do
nome do grupo orgânico.
orgânico

A numeração inicia-se pela posição onde o halogênio está inserido.

fluoreto de cloreto de brometo de iodeto


metila pentila 1-etilbutila de cicloexila

Os seguintes compostos apresentam nomes não sistemáticos aceitos pela


IUPAC.

CHF3 fluorofórmio CHBr3 bromofórmio


CHCl3 clorofórmio CHI3 iodofórmio
93
Haletos de Alquila - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Quando a cadeia carbônica carregar um halogênio e um substituinte alquila


alquila,

ambos são considerados equivalentes em termos de preferência


para a nomenclatura.

A cadeia é numerada de tal modo a dar o menor localizador ao substituinte


mais próximo da extremidade da cadeia
cadeia.

5-cloro-2-metileptano 2-cloro-5-metileptano

94
Haletos de Alquila – Nomenclatura - Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nomeie os compostos a seguir, de acordo com as nomenclaturas


radicofuncional e substitutiva de todos os haletos de alquila que têm
fórmula molecular C4H9Cl.
Radicofuncional Substitutiva

cloreto de n-butila
1-clorobutano
(cloreto de butila)

cloreto de sec-butila
2-clorobutano
(cloreto de 1-metilpropila)

cloreto de isobutila
1-cloro-2-metilpropano
(cloreto de 2-metilpropila)

cloreto de terc-butila
2-cloro-2-metilpropano
(cloreto de 1,1-di
dimetiletila)

95
Arenos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Arenos são hidrocarbonetos baseados no anel do benzênico como uma


unidade estrutural.

Benzeno, tolueno e naftaleno são exemplow de arenos.

benzeno tolueno naftaleno

96
Estrutura do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

O benzeno é um composto com fórmula C6H6, com seis carbonos


hibridizados sp2 no plano.

Todos os comprimentos das ligações C-C são iguais a 1.39 Angstron. (Para
comparação: C-C 1.47 de C=C 1.33)

benzeno

97
Estrutura do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

Em cada um dos carbonos sp2, acima e abaixo do plano, encontram-se os


lobos dos orbitais p, responsáveis pela formação das ligações π (sistema π),
onde 6 elétrons π estão deslocalizados.

98
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

Muitos derivados monossubstituídos do benzeno têm nomes comuns muito


antigos e têm sido mantidos pelo sistema IUPAC.

Estrutura Nome sistemático Nome comum

benzenocarbaldeído benzaldeído

ac. benzenocarboxílico ac. benzóico

vinilbenzeno estireno

metil fenil cetona acetofenona

benzenol fenol

metoxibenzeno anisol

benzenamina anilina

99
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

Outros hidrocarbonetos benzênicos são nomedos como derivados do


benzeno de forma sistemática,

citando-se os nomes dos grupos substituintes

seguidos da palavra benzeno.


benzeno

bromobenzeno terc-butilbenzeno nitrobenzeno

100
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

Derivados di
dimetílicos do benzeno são chamados de xilenos.

Há três xilenos isoméricos:

orto: 1,2-dissubstituído
meta: 1,3-dissubstituído
para: 1,4-dissubstituído

o-xileno m-xileno p-xileno


(1,2-di
dimetilbenzeno) (1,3-di
dimetilbenzeno) (1,4-di
dimetilbenzeno)

101
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os prefixos orto, meta e para podem ser usados quando uma substância
nomeada como um derivado do benzeno

ou quando um nome base especifico (tal como acetofenona) é usado.

o-di
diclorobenzeno m-nitrotolueno p-fluoroacetofenona
(1,2-diclorobenzeno) (3-nitrotolueno) (4-fluoroacetofenona)

102
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva a fórmula estrutural para cada um dos derivados do benzeno a


seguir.

a) o-etilanisol

b) m-cloroestireno

c) p-nitroanilina

a) b) c)

103
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os prefixos orto, meta e para não são usados quando 3 ou mais


substituintes estão presentes no benzeno.

Os grupos substituintes são sempre citados em ordem alfabética.

A numeração do núcleo benzênico é feita de modo que o conjunto numérico


atribuído aos grupos substituintes seja o menor possível.

Compostos benzênicos substituídos com grupos nitro, flúor, cloro, bromo,


etc. são nomeados da mesma forma que os hidrocarbonetos, sempre
citando-se os grupos em ordem alfabética.

4-etil-2-fluoroanisol 2,4,6-tri
trinitrotolueno
(TNT)
104
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

No caso de derivados do fenol e da anilina,

a numeração é iniciada a partir do carbono que carrega os


grupos OH ou NH2, respectivamente

Br

OH

3-etil-2-metilanilina 4-bromo
bromo--3-metil
metilfenol
fenol

105
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

4-etil-2-fluoroanisol 2,4,6-tri
trinitrotolueno 3-etil-2-metilanilina
(TNT)

Nestes exemplos o nome base do derivado do benzeno determina o carbono


em que numeração começa:

anisol tem seu grupo metoxila em C-1,


tolueno tem seu grupo metila na C-1, e
anilina tem seu grupo amino na C-1.

A direção da numeração é escolhida para dar o menor número à posição do


substituinte, independentemente do que substituinte que produz.
106
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

A ordem de apresentação dos substituintes no nome é alfabética.

Quando nenhum nome base simples é possível, as posições são numeradas


de forma a dar o menor localizador no primeiro ponto de diferença.

Assim, cada um dos seguintes exemplos é apontado como

Derivados 1,2,4-tri
trissubstituídos do benzeno, em vez de
1,3,4-derivados:

1-cloro-2,4-di
dinitrobenzeno 4-etil-1-fluoro-2-nitrobenzeno
107
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

Quando o anel benzênico é apontado como um substituinte, a palavra "fenil"


representa -C6H5.

Da mesma forma, um areno nomeado como um substituinte é chamado um


grupo arila. Um grupo benzila é C6H5CH2-.

2-fenil-etanol brometo de benzila

Cl

(Z)-2-fenilbut-2-eno
(Z)-2-fenilbut-2-eno 4-cloro-5-fenilex-1-ino
4-cloro-6-fenilex-1-ino

108
Nomenclatura - Derivados do Benzeno
DQOI - UFC Prof. Nunes

Bifenila é o nome IUPAC aceito para o composto no qual dois anéis


benzênicos estão ligados por uma única ligação.

1-cloro-4-fenilbenzeno
fenilbenzeno

109
Éteres - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Em contraste com álcoois e suas altas reatividades químicas,

éteres (compostos contendo uma unidade C-O-C)

sofrem, relativamente, poucas reações químicas.

As distâncias típicas entre as ligações C-O em éteres são semelhantes às


dos álcoois (142 pm) e

são mais curtas que as distâncias de ligação C-C nos alcanos


(153 pm).

água metanol dimetil éter Diterc-butil éter

110
Éteres - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

O oxigênio do éter

afeta muito a conformação de uma molécula, da mesma maneira


que uma unidade de CH2 faz
faz.

A conformação mais estável do éter etílico é a conformação anti.

Conformação anti do dietil éter Conformação cadeira do tetraidropirano

111
Éteres - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

A Incorporação de um átomo de oxigênio em um anel de três membros

requer que seu ângulo de ligação seja seriamente distorcido do


valor normal tetraédrico.

No óxido de etileno, por exemplo, o ângulo de ligação no


oxigênio é de 61,5°.

Assim epóxidos, como os ciclopropanos, são tensos, e tendem a sofrer


reações para abrir o anel de três membros através da clivagem das ligações
carbono-oxigênio.

ângulo C-O-C = 61,5o

ângulo C-C-O = 59,2o

112
Éteres - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Substitutiva::
Substitutiva

Éteres de fórmula geral R1-O-R


R2 e
são nomeados citando-se o grupo R1-O (R
R1-oxi
oxi),

seguido do nome do hidrocarboneto correspondente ao


grupo R2 (componente principal).

éter simétrico éteres assimétricos

etoxietano metoxietano 1-cloro-3-etoxipropano

113
Éteres - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Radicofuncional::
Radicofuncional

O nome é formado citando-se, em ordem alfabética,


alfabética

os nomes dos dois grupos ligados ao oxigênio,

seguido da palavra éter


éter.

éter simétrico éteres assimétricos

dietil éter
di etil metil éter 3-cloropropil etil éter

114
Éteres - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Éteres cíclicos têm seu oxigênio como parte de um anel e

são chamados de compostos heterocíclicos. Vários têm nomes


IUPAC específicos.

oxirano oxetano oxolano oxano


(óxido etileno) (tetraidrofurano) (tetraidropirano)

Em cada caso, o anel é numerado começando-


começando-se pelo oxigênio
oxigênio.

As regras também permitem IUPAC que o oxirano (sem substituintes)


também seja chamado de óxido de etileno.

Tetraidrofurano e tetraidropirano são sinônimos aceitáveis para oxolano e


oxano, respectivamente.
115
Éteres - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Muitas substâncias têm mais do que uma ligação éter.

Dois destes compostos, muitas vezes utilizados como solventes,

são os diéteres 1,2-dimetoxietano e 1,4-dioxano.

Diglima, que também é comumente usado solvente, é um triéter.

1,2-di
dimetoxietano 1,4-dioxano 1-etilenoglicol di
dimetil éter

116
Éteres – Nomenclatura - Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva a estrutura de cada um destes éteres.

(a) 2-(clorometil)oxirano (também conhecido com epiclorohidrina)

(b) 3,4-epoxi-1-buteno (2-viniloxirano)

(a)

(b)

117
Éteres-Coroa
DQOI - UFC Prof. Nunes

Charles J. Pedersen da Du Pont descreveu a preparação e


as propriedades de uma classe de poliéteres que formam
complexos mais estáveis com íons metálicos do que éteres
simples.

Pedersen preparou uma série de poliéteres macrocíclicos,


compostos cíclicos contendo quatro ou mais átomos de
oxigênio em um anel de 12 ou mais átomos
átomos.

Ele chamou a estes compostos éteres


éteres--coroa
coroa, porque os seus modelos
moleculares se assemelhavam a coroas.

118
Éteres-Coroa
DQOI - UFC Prof. Nunes

A nomenclatura sistemática dos éteres-coroa é um pouco pesada


pesada, mas
Pedersen

desenvolveu uma descrição abreviada em que a palavra "coroa"


é precedida pelo número total de átomos no anel e é seguido
pelo número de átomos de oxigênio.

12-coroa-4 18-coroa-6

12-coroa-4 e 18-coroa-6 são tetrâmeros e hexâmero cíclicos,


respectivamente, por repetir unidades [-OCH2CH2-].

Eles são poliéteres baseados no de etileno glicol


119
(HOCH2CH2OH) como o “álcool do pai.
Éteres-Coroa
DQOI - UFC Prof. Nunes

A propriedade complexante de íon de éteres-coroa são claramente vista

sobre a solubilidade e reatividade de compostos iônicos


em meios apolares.

O fluoreto de potássio (KF) é um composto iônico e praticamente insolúvel


em benzeno,

mas se dissolve quando éter 18-coroa-6 está presente.

120
Éteres-Coroa
DQOI - UFC Prof. Nunes

A razão para isso tem a ver com a distribuição eletrônica do éter 18-coroa-6
como mostrado na figura abaixo:

A superfície do potencial eletrostático consiste essencialmente de duas


regiões: uma interior rica em elétrons associada com os átomos de oxigênio
e uma exterior hidrocarbônica associada com os grupos CH2.

Quando KF é adicionado a uma solução de éter 18-coroa-6 em benzeno, o


íon potássio (K+) interage com os átomos de oxigênio do éter de coroa para
formar um complexo ácido-base de Lewis-Lewis.

+ KF K+

121
Éteres-Coroa
DQOI - UFC Prof. Nunes

O íon K+, com um raio iônico de 266 pm, se encaixa confortavelmente dentro
do da cavidade interna de 18-coroa-6 com diâmetro interno de cerca de 260–
320 pm.

Grupos CH2 apolares dominam a superfície exterior do complexo, mascara


seu interior polar, e permite que o complexo se dissolva em solventes
apolares.

Cada K+, que é levado para o benzeno traz uma bateria de íon fluoreto com
ele, resultando em uma solução contendo íons de potássio fortemente
complexado e íons de flúor relativamente não solvatados.

benzeno

KF
18-coroa-6

122
Aldeídos e Cetonas - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Aldeídos e cetonas contêm um grupo acila ligado a um hidrogênio e a um


carbono, respectivamente.
carbonila

aldeído cetona

Dois aspectos notáveis do grupo carbonila são:

geometria planar (ângulos de ligação próximos de 120º) e


polaridade (dipolo permanente).

Formaldeído Acetaldeído Acetona


123
Aldeídos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Identifique a maior cadeia contínua que contém a carbonia – esta fornecerá o


nome base da nomenclatura
nomenclatura.

A terminação –o do nome do alcano correspondente é substituído por


terminação –al; e substituintes são especificadas na forma habitual.

a cadeia deve ser numerada, iniciando a partir da carbonila (C1


(C1).

O sufixo-dial é adicionado ao nome do alcano adequado quando o composto


contém duas funções aldeído.

3 2 1

5 4 3 2 1
6 5 4 3 2 1

4,4-dimetilpentanal hex-5-enal 2-fenilpropanodial


124
Aldeídos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Quando outros grupos presentes na estrutura têm maior prioridade de


citação como grupo característico,

utiliza-se também o prefixo formil

para indicar a presença do grupo –CHO.

(E)-5-amino-2-propilpent-3-enal

ácido 2-formiloctanóico
125
Aldeídos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Quando um grupo formila (-CH=O) estiver ligado a um anel,


o nome do anel é seguido pelo sufixo –carbaldeído.

ciclopentanocarbaldeído 2-naftalenocarbaldeído

Alguns nomes comuns de aldeídos são aceitáveis. Alguns exemplos incluem

formaldeído acetaldeído benzaldeído


(metanal) (etanal) (benzeno carbaldeído)
126
Aldeídos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os nomes comuns e as fórmulas estruturais de alguns aldeídos são


mostrados a seguir. Forneça os nomes IUPAC.

(isobutiraldeído) (cinamaldeído)

2-metilpropanal 3-fenilprop-2-enal

(glutaraldeído)
(vanilina)
pentanodial 4-hidroxi-3-metoxibenzaldeído

127
Cetonas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nomenclatura Substitutiva
Substitutiva::
O nome de uma cetona acíclica é formado

substituindo-se a terminação -o do nome do hidrocarboneto


correspondente

pelo sufixo -ona

ou adicionando-se o sufixo diona


diona, triona
triona, etc, no caso
de mais de uma carbonila presente.

A posição da carbonila na cadeia é indicada por números, iniciando-se pela


extremidade mais próxima da carbonila. A posiçao 1 em um ciclo não
precisa ser expressa.

4 1
1 2 3 4 3 2 1

hexan-3-ona 4-metilpentan-2-ona 4-metilcicloexanona


128
Cetonas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nomenclatura Radicofuncional
Radicofuncional::

Os nomes de cetonas são formados

citando-se, em ordem alfabética,

os nomes dos grupos ligados à carbonila


carbonila,

seguidos pela palavra cetona


cetona.

etil propil cetona benzil etil cetona divinil cetona

129
Cetonas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Alguns dos nomes comuns aceitáveis para cetonas no sistema IUPAC são

acetona acetofenona benzofenona

O sufixo -fenona

indica que o grupo acila

está acoplado a um anel benzêni


benzênico.

130
Cetonas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Converta cada um dos seguintes nomes IUPAC da classe funcional em um


nome da classe substitutiva.
a)
(a) dibenzil cetona
(b) etil isopropil cetona
(c) metil 2,2-dimetilpropil cetona
(d) alil metil cetona
1,3-difenilpropan-2-ona

c) b) d)

4,4-dimetilpentan-2-ona 2-metilpentan-3-ona pent-4-en-2-ona

131
Ácidos Carboxílicos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os ácidos carboxílicos constituem uma das classes de compostos


orgânicos mais frequentemente encontradas na natureza.

Estes exemplos são responsáveis por odores e gosto muito conhecidos.

Ácido acético Ácido butanóico Ácido hexanóico Ácido lático


(cheiro de vinagre) (cheiro rançoso (cheiro de meias (sabor azedo
da manteiga) sujas) do leite)

132
Ácidos Carboxílicos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os ácidos carboxílicos também são encontrados numa ampla gama de


produtos farmacêuticos.

AAS Ácido 4-aminosalicílico Isotretinoina


(aspirina ®) (tratamento de (tratamento
tuberculose) da acne)

133
Ácidos Carboxílicos - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

As características estruturais do grupo carboxila são mais evidentes no


ácido fórmico.

O ácido fórmico é planar, com uma de suas ligações carbono-oxigênio


menor do que o outra, e com ângulos de ligação próximos a 120°.

Comp. das ligações Ângulos das ligações

Isto sugere hibridação sp2 no carbono, e

uma ligação dupla σ + π análogas


àquelas de aldeídos e cetonas.

134
Ácidos Carboxílicos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nomenclatura Substitutiva
Substitutiva::

Os nomes dos ácidos carboxílicos são obtidos

acrescentando-se o prefixo ácido ao nome do


hidrocarboneto correspondente, e

susbtituindo-se a terminação –o
pelo sufixo –óico ou –dióico
dióico.

O OH HO
OH

OH O O

ácido propanóico ácido butanóico ácido butanodióico

135
Ácidos Carboxílicos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Alternativamente, o nome pode ser formado

pelo uso da terminação carboxílico

para designar o grupo carboxila –COOH.

ácido butanocarboxílico O

O OH HO
OH

OH O O

ácido propanocaroxílico ácido butanodicarboxílico

136
Ácidos Carboxílicos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Dê o nome IUPAC para os seguintes ácidos carboxílicos.

ácido 2-metilpropenóico
(ácido metacrílico)

(E)-ácido but-2-enóico

(ácido crotônico)

ácido etanodióico
(ácido oxálico)

ácido p-metilbenzóico
ou
(ácido p-tolúico) ácido 4-metilbenzóico

137
Derivados de Ác. Carboxílicos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Cloreto de acila Anidrido ácido Tioéster

138 Éster amida Nitrila ou Grupo ciano


Derivados de Ác. Carboxílicos
DQOI - UFC Prof. Nunes

Assim como os aldeídos e cetonas,


ac. carboxílico
cloretos de acila
cloretos de acila, anidrido ácido

anidridos,
éster
ésteres, e
amida
emidas

têm um arranjo planar de ligações.

Outra importante característica estrutural destes grupos funcionais

é que o átomo ligado ao grupo acila

tem um par de elétrons não compartilhado


que podem interagir com o sistema π
da carbonila
carbonila.
139
Haletos de Acila - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Haletos de acila são nomeados

pela citação do nome do haleto (cloreto, brometo, iodeto ou


fluoreto) acrescido da preposição de mais o nome do grupo acila
acila.

O nome do grupo acila é formado


eliminando-se a palavra ácido e
substituindo-se a terminação -ico
ico do nome do ácido
pela terminação -ila
ila.

cloreto de etanoíla cloreto de but-3-enoíla brometo de p-fluorobenzoíla

X
ácido etanóico X
ácido but-3-enóico
X
ácido p-fluorobenzóico
140
Anidridos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os nomes dos anidridos de ácido carboxílico em que ambos os grupos acila


são iguais,
são derivados dos nomes dos ácidos carboxilicos que lhe
deram origem.

Retiramos o nome “ácido” e


adicionamos a palavra "anidrido“ antes do nome
remanescente do ácido carboxílico

Quando os grupos acila são diferentes, eles são citados em ordem alfabética
alfabética.

anidrido acético anidrido benzóico anidrido benzóico heptanóico

141
X
ácido acético X
ácido benzóico X X
ácido benzóico + ácido heptanóico
Ésteres - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os ésteres são nomeados como alcanoatos de alquila.

O grupo alquila (R’) de é citado após a preposição de e o nome do


grupo acila.

A grupo acila é nomeado,


eliminando-se a palavra ácido do ácido correspondentes e
substituindo-se o sufixo -ico pela terminação -ato.
at

acetato de etila propanoato de metila benzoato de 2-cloroetila

X
ácido acético X
ácido propanóico X
ácido 2-cloroetilbenzóico

142
Aminas
DQOI - UFC Prof. Nunes

Compostos nitrogenados são essenciais para a vida.

Sua fonte principal é o nitrogênio atmosférico que, por um processo


conhecido como fixação de nitrogênio, é reduzido amônia, então convertido
em compostos orgânicos nitrogenados.

Alquilaminas têm o nitrogênio ligado ao carbono hibridizados sp3;

Arilaminas têm nitrogênio ligado a um carbono hibridizado sp2 de um


composto aromático.

alquilamina arilamina

143
Alquilaminas - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Alquilaminas, tal como a metilamina, assim como a amônia,

têm um arranjo piramidal das ligações para o nitrogênio.

Seus ângulos H-N-H (106°) são ligeiramente menores do que o


valor de tetraédricos (109,5°), enquanto o ângulo C-N-H (112°) é
ligeiramente maior.

O comprimento da ligação de C-N de 147 pm situa-se entre os


comprimentos típicos de ligação C-C dos alcanos (153 pm) e
comprimentos típicos de ligação C-O em álcoois (143 pm).

144
Alquilaminas - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os orbitais atômicos envolvidos na formação das ligações da metilamina são


mostrados mostrados abaixo:

O nitrogênio e carbono são hibridizados sp3,


e são unidos por uma ligação σ.

O par de elétrons não compartilhado sobre o nitrogênio ocupa um orbital sp3.

este par de elétrons está envolvido nas reações


em que as aminas agem como bases ou nucleófilos.
145
Arilaminas - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

A anilina, assim como as alquilaminas,

tem um arranjo piramidal das ligações em torno do nitrogênio,

mas a sua pirâmide é um pouco menor (mais baixa).

Uma medida da extensão deste achatamento


é dada pelo ângulo entre a ligação carbono-nitrogênio e a
bissetriz do ângulo H-N-H.

metilamina anilina formamida

146
Arilaminas - Estrutura
DQOI - UFC Prof. Nunes

A estrutura de anilina reflete um compromisso entre dois modos de ligação


do par de elétrons livres de nitrogênio.

metilamina anilina formamida

geometia não planar geometia planar


147
Aminas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Ao contrário de álcoois e haletos de alquila, que são classificados como


primário, secundário ou terciário de acordo com o grau de substituição no
carbono que carrega o grupo funcional,

As aminas são classificadas de acordo com seu grau de


substituição no nitrogênio. Podendo ser:

primária, secundária, ou terciária.

amina 1a amina 2a amina 3a

Os grupos ligados ao nitrogênio, podem ser em quaisquer combinações de


grupos alquila ou
148
grupos arila.
Aminas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

As aminas são nomeadas em duas formas principais, no sistema IUP como

1) Alquilaminas: Quando nomeadas como alcanaminas, o grupo alquila é


apontado como um alcano e a terminação -o é susbtituída pela terminação -
amina.

Etilamina Cicloexilamina 1-metilbutilamina

etanamina cicloexanamina 2-pentanamina

2) Alcanaminas: Quando aminas primárias são nomeadas como alquilaminas,


a terminação -amina é adicionada ao nome do grupo alquila que tem o
nitrogênio.

149
Aminas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Dê um nomes aceitáveis (alquilamina e alcanamina) para cada uma das


seguintes aminas:

2-feniletilamina 2-feniletanamina

1-feniletilamina 1-feniletanamina

alilamina prop-2-en-1-amina

150
Aminas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Dê o nome alcanamina das seguintes aminas:

a) N-metiletilamina

b) N,N-dimetlcicloeptilamina

a) b)

N-metiletanamina N,N-dimetilcicloeptanamina

151
Aminas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Anilina é o nome IUPAC base para os derivados amino-substituídos do


benzeno.

Derivados substituídos da anilina


são numerados começando no
carbono que leva o grupo amino.

Os substituintes são listados em ordem alfabética, e

a direção da numeração é regida pelo "primeiro ponto de


diferença" usual da regra.

p-fluoroanilina 5-bromo-2-etilanilina
152
Aminas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Compostos com dois grupos amino são nomeados

pela adição do sufixo -diamina

após o nome do alcano ou areno correspondente.

A terminação -o do alcano da cadeia principal é mantida.

1,2-propanodiamina 1,6-hexanodiamina

1,4-benzenodiamina
153
Aminas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Grupos hidroxila e carbonilas

têm prioridade sobre os grupos amino

na ocasião da construção do nome.

Nestes casos, o grupo amino é apontado


como um substituinte.

2-aminoetanol p-aminobenzaldeído

154
Aminas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Aminas secundárias e terciárias são nomeadas

como derivados aminas primárias N-substituídas.

A amina primária base é aquela com a maior cadeia de


carbono.

O prefixo N- é adicionado para localizador de substituintes nos nitrogênios


de grupos amino, conforme necessário.

N-metiletilamina

4-cloro-N-etil-3-nitroanilina N,N-dimetilcicloeptilamina
155
Aminas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Classifique a seguinte amina como primária, secundária ou terciária, e dê um


nome IUPAC aceitável.

Amina terciária

N-etil-4-isopropil-N-metilanilina

156
Amidas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Os nomes das amidas primárias do tipo são derivados dos nomes de


ácidos carboxílicos:
eliminando-se a palavra ácido, e

substituindo-se o sufixo -óico (ou -ico)


pelo sufixo amida.

acetamida benzamida 3-metilbutanamida

ácido 3-metilbutanóico
X
ácido acético X
ácido benzóico X
157
Amidas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

As amidas secundárias e terciárias dos tipos e são


nomeadas
como derivados N-alquila e N,N-dialquila da amida.

N-metilacetamida N,N-dietilbenzamida N-isopropil-N-metilbutanamida

acetamida benzamida

158
Nitrilas - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nomes IUP substitutivos para nitrilas são formados


adicionando-se o sufixo nitrila ao nome da cadeia de
hidrocarbonetos
que inclui carbono que carrega o grupo ciano.

Nitrilas também pode ser nomeadas,


retirando-se a palavra ácido e
substituindo o sufixo –ico ou -óico (do correspondente ácido
carboxílico) pela palavra nitrila.

Alternativamente, a elas, às vezes, são dados nomes da classe funcional


IUPAC como cianetos de alquila.

etanonitrila benzonitrila 2-metilpropanonitrila

159 acetonitrila cianeto de isopropila


Derivados de Ác. Carboxílicos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva uma fórmula estrutural para cada um dos seguintes compostos:

(a) brometo de 2-fenilbutanoila a)


(b) anidrido 2-fenilbutanóico
(c) 2-fenilbutanoato de butila
(d) butanoato de 2-fenilbutila

b) c)

d)

160
Derivados de Ác. Carboxílicos - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva uma fórmula estrutural para cada um dos seguintes compostos:

(e) 2-Fenilbutanamida
(f) N-Etil-2-fenilbutanamida
(g) 2-Fenilbutanonitrila

e) f) g)

161
Sais de Amônio - Nomenclatura
DQOI - UFC Prof. Nunes

Em sais de amônio têm quatro grupos alquila ligados ao nitrogênio, e são


chamados de sais quaternários de amônio.

o nitrogênio é carregado positivamente.


prefixos “multiplicadores” e o “ciclo”
não são considerados na ordem
O nome é constituído da seguinte forma: alfabética

nome do ânion + de + grupos alquila e ordem alfabética + palavra amônio

cloreto de metilamônio trifluoracetato de N-etil-N-metilciclopentilamônio

iodeto de benziltrimetilamônio
162
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Para cada um dos seguintes compostos, identifique e nomeie todos os grupos que
seriam considerados substituintes.

163
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Para cada um dos seguintes compostos, identifique e nomeie todos os grupos que
seriam considerados substituintes.

164
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nomeie o seguinte composto segundo as normas da IUPAC.

9-(4-etilfenil)-3-fenil-6-(2-metilciclobutil)dodecano

165
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nomeie os seguintes compostos segundo as normas da IUPAC.

3,4,5-trimetiloctano sec-butilcicloexano 3-etil-2-metileptano 3-isopropil-2,4-dimetilpentano

3-etil-2,2-dimetilexano 2-cicloexil-4-etil-5,6- 3-etil-2,5-dimetil-4-


dimetiloctano propileptano
166
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Nomeie os seguintes compostos bicíclicos segundo as normas da IUPAC.

a) 4-etil-1-metilbiciclo[3.2.1]octano f) 2,7-dimetilbiciclo[3.3.0]octano

b) 2,2,5,7-tetrametilbiciclo[4.2.0]octano g) biciclo[1.1.0]butano

c) 2,7,7-trimetilbiciclo[4.2.2]decano h) 5,5-dimetilbiciclo[2.1.1]exano

d) 3-sec-butil-2-metilbiciclo[3.1.0]exano i) 3-(3-metilbutil)biciclo[4.4.0]decano

e) 2,2-dimetilbiciclo[2.2.2]octano

167
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Desenhe as estruturas em linha dos seguintes compostos bicíclicos.

a) 2,2,3,3-tetrametilbiciclo[2.2.1]eptano

b) 8,8-dietilbiciclo[3.2.1]octano

c) 3-Isopropilbiciclo[3.2.0]eptano

168
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

2,3,5-trimetil-2-epteno 3-etil-2-metil-2-epteno

3-isopropil-2,4-dimetil-1-penteno 4-terc-butil-1-epteno

169
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes substituintes.

vinil alil fenil metileno

170
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Defina a configuração de cada ligação dupla abaixo.

E Z

Z Z
171
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

trans-3,4,5,5-tetrametil-3-epteno 1-etilcicloexeno 2-metilbiciclo[2.2.2]oct-2-eno

172
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

3-hexino

2-metil-3-hexino

3-octino

3,3-dimetil-1-butino

173
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

5,5-dibromo-2-metilexan-2-ol

(2R,3S)-2,3,4-trimetilpentan-1-ol

2,2,5,5-tetrameilciclopentanol

2,6-dietilfenol

(S)-2,2,4,4-tetrametilcicloexanol

174
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

2-etoxipropano (S)-2-cloro-1-etoxipropano 2,4-dicloro-1-etoxibenzeno

(1R,2R)-2-etoxicicloexanol 1-etoxicicloexeno

175
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Desenhe as estruturas em linha dos seguintes compostos.

a) (R)-2-etoxi-1,1-dimetilciclobutano

b) Ciclopropil isopropil éter

176
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

(1S,2S)-1-etoxi-2metilcicloexano

(R)-2-etoxibutano

(E)-2-etoxi-3-metil-2-penteno

1,2-dimetoxibenzeno

177
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes comuns aceitos pela IUPAC dos seguintes compostos.

tolueno fenol anisol anilina

ácido benzaldeído acetofenona estireno


benzóico

178
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

3-isopropilbenzaldeído 2-bromotolueno 2,4-dinitrofenol


meta-isopropilbenzaldeído orto-bromotolueno

2-etil-1,4-diisopropilbenzeno 2,6-dibromo-4-cloro-3-etil-5-isopropilfenol

179
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

ácido 4-etilbenzóico
ácido m-etilbenzóico

2-bromofenol
o-bromofenol

2-cloro-4-nitrofenol

2-bromo-5-nitrobenzaldeído

1,4-diisopropil benzeno
p-diisopropil benzeno
180
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

5,5-dibromo-2,2-dimetilexanal (3R,4S)-3,4,5-trimetil-2-hexanona 2,2,5,5-tetrametilciclopentanona

2-propilpentanal ciclobutanocarbaldeído (1R,4R)biciclo[2.2.1]


eptan-2-ona

181
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Desenhe as estruturas dos seguintes compostos.

a) (S)-3,3-dibromo-4-etilcicloexanona

b) 2,4-dimetil-3-pentanona

c) (R)-3-bromobutanal

182
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

(2S,3R)-3-metil-2-propilciclopentanona cicloexanocarbaldeído

3-metil-2-butenalenal (S)-4-metil-3-hexanona

183
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

ác. ciclopentanocarboxílico ciclopentanocarboxamida

Cloreto de benzoíla acetato de etila

ácido hexanóico cloreto de pentanoíla

hexanamida
184
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes comuns dos seguintes compostos.

anidrido acético ácido benzóico

ácido fórmico ácido oxálico

185
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Escreva os nomes sistemáticos dos seguintes compostos.

3,3-dimetil-1-butanmina ciclopentilamina N,N-dimetilciclopentilamina

trietilamina (1R,3R)-3-isopropilcicloexanamina (1S,3S)-aminocicloexanol

186
Exercícios
DQOI - UFC Prof. Nunes

Desenhe as estruturas dos seguintes compostos.

(a) Cicloexilmetilamina
(b) Triciclobutilamine
(c) 2,4-Dietilanilina
(d) (1R,2S)-2-Metilcicloexanamina
(e) orto-Aminobenzaldeído

187

Você também pode gostar