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2006
Pelos quatro cantos do mundo, todas as culturas já tentaram, de alguma forma,
explicar o início de tudo: a origem do Universo. Todos já se fizeram "a grande
pergunta": De onde viemos?
No vídeo:
O sítio arqueológico de Stonehenge
os druidas celtas
A tradição judaico-cristã
os babilônios e os egípcios.
os índios ianomâmi, do Brasil, e os maori, da Nova Zelândia.
taoísmo
O Big Bang
Poeira das estrelas, a nova série do Fantástico que vai em busca da origem do universo, desembarca hoje na Itália.
Seguindo os passos dos grandes cientistas, o físico Marcelo Gleiser esteve na famosa Torre de Pisa, para recriar uma
experiência histórica. Poeira das Estrelas, a nova série do Fantástico que vai em busca da origem do universo,
desembarca hoje na Itália. Seguindo os passos dos grandes cientistas, o físico Marcelo Gleiser esteve na famosa Torre
de Pisa, para recriar uma experiência histórica. Domingo passado, na estréia da série "Poeira das Estrelas", nós
aprendemos que tão antigo quanto a história da humanidade é o desejo de compreender as nossas origens. De onde
viemos? Como surgiu o universo? E o nosso planeta, como nasceu? Cada cultura, cada religião buscou suas próprias
respostas. Mas houve um momento na história da humanidade em que a curiosidade falou mais alto e os dogmas
religiosos passaram a ser questionados. O nascimento da ciência é o tema do capítulo de hoje. Os gregos antigos
foram os primeiros a tentar entender a origem do universo sem a ajuda ou interferência da religião. Em torno de 650
antes de Cristo, aquele que é apontado como o primeiro filósofo, Tales de Mileto, se perguntou: "Do que tudo é feito?".
Repare: a indagação de Tales não era sobre a 'criação', a origem, mas dizia respeito à 'composição' das coisas. Esse é
um questionamento essencialmente científico. Tales de Mileto talvez não soubesse, mas, para entender a origem do
mundo, cientificamente, é preciso antes desvendar a composição das coisas. Em torno do ano 400 antes de Cristo, dois
outros gregos, Leucipo e seu discípulo, Demócrito, disseram que tudo o que existe no mundo é feito de pequenas
partículas indivisíveis, batizadas de átomos. Em grego, átomo quer dizer "aquilo que não pode ser cortado". Para
Leucipo e Demócrito, os átomos eram infinitos em número e podiam combinar-se para formar a matéria do mundo. Hoje
sabemos que existem muitas partículas menores que o átomo, como prótons, nêutrons e elétrons, para ficar só nas
mais conhecidas. Sabemos também que os átomos não são infinitos. Na escola, você já deve ter ouvido falar na tabela
periódica dos elementos, que inclui os 92 tomos existentes naturalmente no universo. Mesmo assim, a noção de que a
matéria é composta por pequenos tijolos fundamentais foi uma sacada brilhante dos gregos, e essa idéia permanece
viva até hoje. O mais influente dos filósofos da antigüidade talvez tenha sido Aristóteles. Ele viveu em Atenas em torno
do ano 340 A.C: cerca de 100 anos após a construção do Parthenon, o mais famoso templo grego, que existe até hoje.
Para os gregos, simetria e beleza eram sinônimos. Pensando nisso, Aristóteles propôs um modelo de mundo simétrico e
perfeito. Um método elegante e intuitivo para explicar o universo.