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TINTAS

Professora: Noemy Cardoso Pugliesi


HISTÓRIA

Fonte: Tintas e vernizes, ciência e tecnologia


Jorge M.R.Fazenda
ABRAFATI
Edgard Blücher,2005
PRÉ-HISTÓRIA
 Os povos pré-históricos fabricavam
tintas moendo materiais coloridos
como plantas e argila em pó, e
adicionando água.

 Pinturas rupestres passaram a utilizar


óxidos naturais, presumivelmente
abundantes junto à superfície do solo
naquele tempo, como os ocres e
vermelhos.

 Para que fosse possível "pintar" era


necessário um ligante que pudesse
fixar os pigmentos à superfície
conferindo alguma durabilidade. A
solução foi misturá-los ao sebo ou
seiva vegetal.
ALTAMIRA (ESPANHA)
ANTERIOR A ERA GLACIAL
 Desenhos em cavernas
 Gravuras sobre rochas
Os desenhos eram feitos em monocromia (uma única cor),
utilizando materiais encontrados na natureza
 Óxidos metálicos – principalmente óxidos de ferro – amarelo e
vermelho
 Cal – branco
 Carvão – negro
 Terras coloridas – verde, vermelho
As cores eram preparadas com os próprios dedos ou
prensadas entre pedras
EGITO
Exemplo nas artes decorativas, utilizadas em pinturas, paredes, sarcófagos ou
em papiros manuscritos

As primeiras cores egípcias eram derivadas do solo natural.

Durante este período surgiram os primeiros pigmentos sintéticos,


obtidos pelo aquecimento de areia associada a outros produtos químicos
disponíveis na época.

Estes pigmentos eram derivados de compostos de cálcio, alumínio,


silício e cobre, razão pela qual são conhecidas uma grande variedade de azuis,
como o até hoje utilizado Azul do Egito.

Desenvolveram um pigmento orgânico verde, obtido de plantas da


região.

Empregavam como fixadores em suas tintas:

 Goma arábica
 Clara e gemas de ovos
 Gelatina
 Cera de abelha
GREGOS E ROMANOS
Materiais similares aos dos egípcios

 Óxidos metálicos – óxido de chumbo, de ferro, etc ...


 Pigmentos extraídos de plantas e madeira.

Desenvolveram grande variedade de pigmentos minerais, derivados de chumbo,


zinco, ferro e pigmentos orgânicos, derivados de ossos.

Muitas das pinturas de Pompéia foram preparadas com uma massa branca de
calcário (pó de pedra) e a maioria das paredes pintadas de uma só cor.

Por volta do século V a. C., os romanos utilizaram pela primeira vez na história o
alvaiade como pigmento.

A civilização bizantina usava albumina de ovo, o que acarretou o tradicional uso


deste ligante (resina) pelos italianos durante o século XIV

A técnica de adicionar pigmentos em água, com ou sem resina (ligante) era muito
comum desde os primórdios da Europa Renascentista
ORIENTE

No Oriente, o homem desenvolveu lápis coloridos com


propósitos decorativos por volta de 4000 AC

Tanto Chineses como Japoneses utilizavam uma série de


pigmentos para a preparação de suas cores, muitos extraídos da
natureza e outros preparados artificialmente.

Esses pigmentos misturados com ligantes adequados serviam


como pintura sobre finas porcelanas.

Os persas utilizavam goma arábica como ligante e os chineses,


uma cola fraca.

Na índia os lápis de cor eram feitos com arroz cozido.


ÍNDIOS AMERICANOS E CANADENSES

PIGMENTOS
 Carvão vegetal – pigmento preto

 Diatomita – pigmento branco

 Calcinação do ocre amarelo ou torrefação do fungo de pináceas –


pigmentos vermelhos e amarelos

 Carbonato de ocre e periza (material proveniente de um fungo que


cresce nos restos em decomposição de algumas madeiras) –
pigmentos verdes e azuis.

LIGANTES (RESINAS)

 Óleos de salmão ou de outros peixes

 Banha de carneiro para os cosméticos


IDADE MÉDIA
 O aspecto "proteção" começa a
ganhar importância.
 Os ingleses usavam as tintas,
principalmente, em igrejas e,
depois, em prédios públicos e
residências de pessoas
importantes.
 Durante os século XV e XVI, artistas
italianos fabricavam pigmentos e
veículos para tintas.
 Nessa época, a produção de tinta
era particularizada e altamente
sigilosa.
 Cada artista ou artesão desenvolvia
seu próprio processo de fabricação
de tinta. Tratadas como se fossem
um "segredo de Estado", as
fórmulas de tintas eram enterradas
com seu inventor.
IDADE MÉDIA
As principais fontes de informação sobre tintas e vernizes são os
manuscritos.

 Aetius (médico e escritor do século VI) – um dos primeiros a sugerir o


uso do óleo para vernizes.

 O manuscrito de Lucas, da Catedral de mesmo nome, escrito muitos


anos depois, indica que o uso de cera e cola era um bom ligante para
revestimentos.

 Theophilus, um monge do século XI, fez a primeira descrição sobre a


preparação de um verniz óleo-resinoso, com base no cozimento de
uma resina natural com óleo de linhaça.

 Albumina de ovo era ainda um ligante tradicional entre os principais


artista no século XIV
RENASCENÇA
 Após a renascença cresceu o interesse pela utilização de óleos.
 Vernizes à base de breu e óleo de linhaça foram descritos por
Cenninno Cenninni, por volta do século XV, e alguns manuscritos
estão preservados no Vaticano e Florença.
 Rembrandt e Cuyp, pintores no século XVII, usavam como ligantes,
vernizes óleo resinosos.
 Leonardo da Vinci, no século XVI, empregava veículo similar,
substituindo os vernizes naturais por óleos.
 Petitot de Genova sugeriu em 1644, que os secantes possuiam
valor prático nas tintas, acelerando sua cura, embora o efeito dos
secantes sobre óleos vegetais tenha sido mencionado por Galen,
no século II e por Marcellus, no século IV.
 Naquele período, os óleos eram purificados pelo cozimento com a
água, e os secantes usados como desidatrantes.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
 No ápice da Revolução Industrial, final do século XVIII e início do XIX,
os fabricantes de tintas começaram a usar equipamentos mecânicos.

 Os primeiros fabricantes, entretanto, apenas preparavam os materiais


para tinta, fornecendo-os para os pintores, que compunham suas
próprias misturas.

 O copal e o âmbar eram as resinas mais comumente utilizadas

 Em 1867, os fabricantes introduziram as primeiras tintas preparadas


no mercado.

 O desenvolvimento de novos equipamentos de moer e misturas tintas


no final do século XIX também facilitou a produção em larga escala.
SÉCULO XX
 Durante Primeira e Segunda Guerras Mundiais, período
considerado pelos historiadores bastante fértil para ciência,
químicos desenvolveram novos pigmentos e resinas sintéticas.

 Esses pigmentos e veículos substituíram ingredientes das


tintas, como óleo de linhaça, necessário para fins militares.

 Pesquisas desenvolvidas por químicos e engenheiros


tornaram-se atividade importante na fabricação de tinta.
DÉCADA DE 50
 No final da década de 50, químicos
criaram tintas especiais para pintura de
exteriores, novos tipos de esmaltes para
acabamento de automóveis e tintas à
prova de gotejamento para superfícies
externas e internas.
DÉCADA DE 60
 Nos anos 60, a pesquisa continuada com
resinas sintéticas conferiu às tintas maior
resistência contra substâncias químicas e
gases. Foi nessa época, que as tintas
fluorescentes se popularizaram.
DÉCADA DE 70
 Devido à descoberta de envenenamento
por chumbo de muitas crianças, após
terem comido lascas de tinta seca, na
década de 1970, os governos de alguns
países impuseram restrições ao conteúdo
de chumbo nas tintas de uso doméstico,
limitando-o a cerca de 0,5%.
INDÚSTRIA DE TINTAS
BRASILEIRA
 A história da indústria de tintas brasileira teve
início por volta do ano de 1900, quando os
pioneiros Paulo Hering, fundador das Tintas
Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da Usina
São Cristovão, ambos imigrantes alemães,
iniciaram suas atividades na nova pátria e lar.
Sucessivamente outras empresas, atraídas pelo
novo mercado potencial, começaram a se
instalar em nosso País e desenvolver
fortemente o setor.
SUVINIL
ORIGEM DA MARCA
 A partir de 1960 surge a marca SUVINIL através de um simples
jogo de palavras entre o fabricante SUPER + vinil.
 Em 1967, visando o desenvolvimento da sua empresa, Olócio
Bueno, criador da marca, associa-se ao Grupo BASF.
 O Grupo BASF, utilizando seu próprio know-how investiu em
pesquisa local, transformando sua fábrica de São Bernardo do
Campo no maior complexo industrial da América Latina.
 Em 1979, inaugurou uma nova fábrica em Jaboatão (PE) e nos
anos seguintes em Santa Cruz (RJ) e Sapucaia do Sul (RS).
 Hoje o Grupo BASF está estruturado a partir de divisões de
produtos que atendem aos seguintes setores básicos do mercado
de tintas: imobiliário, industrial automobilística, repintura de veículos
e industrial geral
TINTAS
DEFINIÇÃO

É uma composição líquida, geralmente viscosa,


constituída de um ou mais pigmentos dispersos em
um aglomerante líquido que, ao sofrer o processo de
cura quando estendida em película fina, forma um
filme opaco e aderente ao substrato.
COMPOSIÇÃO
 Resina – Componente líquido ou sólido responsável
pelas propriedades de aderência, impermeabilidade e
flexibilidade das tintas. É o ligante dos pigmentos.

 Pigmento – Partículas sólidas com dimensões entre 0,1


e 5 μm, responsáveis pela cor nos acabamentos.

 Solvente – Componente líquido volátil com a finalidade


de dissolver a resina e ajustar a viscosidade da tinta.

 Aditivos – Componentes que entram em teores de 0,1 a


2 % e tem participação importante nas tintas. Alguns
aditivos são voláteis como solventes, outros são resinas
e outros sólidos e finos como pigmentos.
RESINAS
RESINA
 É a essência da tinta e estabelece a
maioria das propriedades químicas e
físicas da tinta.
 É a parte não volátil da tinta, que serve
para aglomerar as partículas de pigmento.
 Todas as tintas levam o nome da resina
básica que as compõe.
 São polímeros naturais ou sintéticos.
RESINA
 Antigamente
 Erama base de compostos naturais ,
vegetais ou animais

 Atualmente
 Obtidas através da industria química ou
petroquímica, originando polímeros que dão
as tintas propriedades de resistência e
durabilidade muito superior às antigas
RESINAS NATURAIS
 Aminoácidos
 ovo, a caseína e a cola animal
 no processo de polimerização geram polímeros polipeptídicos
denominados proteínas.

 Polissacarídeos
 goma vegetal, o amido e a dextrina

 Glicerídeos
 óleos vegetais
 ao reagiram com o oxigênio polimerizam formando polímeros de
consistência sólida.
POLIMERIZAÇÃO
POLÍMEROS E POLIMERIZAÇÃO
 POLÍMEROS
 Substâncias químicas de alto peso molecular obtidos pela
reação de polimerização.

 REAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO
 Compostos químicos de baixo peso molecular (monômeros)
reagem entre si para formar macromléculas.

 São essenciais à nossa vida e encontrados em:


 Alimentos – amido, proteínas
 Seres vivos – ácidos polinucléicos, proteínas
 Polímeros naturais – celulose do algodão,poliamida da seda,
borracha.
 Polímeros artificiais – poliésteres, poliamidas, acrílicos
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
 Monômero
 É o composto químico que origina as unidades repetitivas que
constituem a cadeia polimérica.

 Polimerização
 É a reação química através da qual os monômeros se
transformam em polímeros.

 Dímeros
 São moléculas formadas pela combinação de dois monômeros,
idênticos ou não.

 Oligômero
 Polímero de baixo peso molecular, constituído de um número
pequeno de unidades repetitivas
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

 Homopolimero
É um polímero resultante da polimerização de
uma única espécie monomérica.
 Sua cadeia é constituída por uma única
unidade estrutural repetitiva.
 Exemplos
 Polietileno, poli(cloreto de vinila)
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

 Copolimero
É um polímero resultante da polimerização de
duas ou mais espécies monoméricas.

 Exemplos
 Copolímero de acetato de vinila-acrilato de
etila.
 Copolímero de estireno-acrilato de butila.
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

 Terpolimero
É um polímero resultante da polimerização de
três espécies monoméricas.

 Exemplos
 Terpolímero de acetato de vinila-etileno-ácido acrílico.
 Terpolímero de metacrilato de metila-acrilato de butila-ácido
acrílico.
POLIMERIZAÇÃO POR CONDENSAÇÃO

 É uma polimerização por etapas

 A macromolécula vai se formando através da


reação de
 monômeros, dímeros, trímeros, tetrâmeros e
oligômeros.

 É freqüente a formação de produtos


secundários, que devem ser retirados à medida
que a reação se processa.
POLIMERIZAÇÃO POR CONDENSAÇÃO

 Dois monômeros reagem entre si para formar um


dímero.

 O dímero pode reagir com outro dímero para formar um


tetrâmero.

 O tetrâmero pode reagir com qualquer das unidades


presentes (tetrâmero, monômero, trímero, dímero,
etc...).

 O mesmo é valido para o trímero.


POLIMERIZAÇÃO POR CONDENSAÇÃO

POLÍMERO REAÇÃO
Poliésteres Poliácidos+poliálcoois
Poliamidas Poliácidos+poliaminas
Uréicas Uréia +formol
Melamínicas Melamina+formol
Policarbonatos Bisfenol A+fosgênio
Poliuretanos Poliisocianatos+polióis
Epóxi Bisfenol+epicloridrina
Fenólicas Fenóis +formol
POLIMEROS POR CONDENSAÇÃO
TIPO LIGAÇÃO QUÍMICA REAÇÃO DE POLIMERIZAÃO
CARACTERÍSTICA

POLIAMIDA -C-N- H2N-R-NH2 + HO2C-R’-CO2H

O H H(NH-R-NHCO-R’-CO)nOH + H2O

POLIÉSTER -C-O- HO-R-OH + HO2C-R’-CO2H

O HO(R-OCO-R’-COO)nH + H2O

POLI- -O-C-N- HO-R-OH + OCN-R’-NCO


URETANO
O H -(-O-R-OCO-NH-R’-NH-CO-)n-H2O
RETICULAÇÃO EM TINTAS E VERNIZES
 A tecnologia de tintas e vernizes demanda duas etapas
bem definidas de polimerização:
 Na preparação dos polímeros
 Durante a secagem

 Primeira etapa
 Devem ser obtidos polímeros com estrutura linear e com
capacidade de polimerização em uma segunda etapa, formando
macromoléculas em uma estrutura tridimensional.

 Segunda etapa
 Ocorre após a aplicação da tinta ou do verniz.
 Representa a secagem ou cura da tinta e deve ser efetuada de
forma controlada, para a obtenção de um revestimento com as
propriedades desejadas.
FORMAS DE SECAGEM
 Secagem oxidativa

 A reticulação polimérica é obtida através da ação do oxigênio do


ar sobre as duplas ligações dos ácidos graxos presentes na
estrutura do polímero.
 Ex: resinas alquídicas.

 Reação entre duas resinas a temperatura ambiente

 São sistemas de bicomponentes que, devido a sua reatividade


são fornecidos em embalagens separadas em quantidades
estequiométricas e que devem ser misturados no momento da
aplicação.
 Ex: sistemas epóxi-amina, epóxi-poliamida, poliuretânicos
FORMAS DE SECAGEM
 Sistemas termoconvertíveis

A reticulação é obtida através da reação entre


duas resinas (ou entre uma resina e um
agente reticulante) em condições adequadas
de temperatura (100-250oC) e tempo (1-30
minutos).
 Ex: sistemas alquídico-melamina, acrílico-
melamina, epóxi-fenólico, etc...
FORMAS DE SECAGEM
 Sistemas de cura por radiação

A reticulação ocorre devido a reação entre o polímero


básico e o solvente através de duplas ligações ativas
presentes em ambos.

É uma polimerização em cadeia iniciada geralmente


por radicais livres, que são formados através da ação
de uma energia radiante sobre os compostos
químicos adequados.
FORMAS DE SECAGEM
 Secagem sem reticulação

 As lacas e as tintas latex forma revestimento sem que ocorra


modificação de natureza química nos polímeros envolvidos.

 A secagem de lacas é obtida através da evaporação dos


solventes. O revestimento obtido é sensível aos solventes
originais.

 Na tinta látex, a secagem é irreversível, porque, com a


evaporação da água e outros componentes voláteis, ocorre a
coalescência entre as partículas do látex, dando ao
revestimento excelente resistência a água.
POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO

 Os polímeros obtidos por polimerização por


adição são muito importantes na indústria de
tintas, pois são adequados a uma grande
variedade de tintas.
 Tintas para a industria automotiva
 Tintas látex para produtos arquitetônicos.
 Repintura arquitetônica.
 Tintas para manutenção especializada.
 Eletrodomésticos
POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO

 Também é denominada reação em cadeia, sendo


caracterizada pela adição de um monômero a uma
espécie química ativada.
 Espécie química ativada  monômero ativado ou cadeia
polimérica em crescimento

 Necessita de um catalizador ou iniciador.

 Envolve mudança na natureza da ligação carbono-


carbono.
 Há a transformação de uma ligação do tipo sp2 em uma ligação
do tipo sp3
POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO

 Ocorre quando se polimerizam


monômeros com a seguinte fórmula
básica:

X X = H, -CH3, halogênio

H2C=C Y = H, -COOR, -COOH, C6H5, -C≡N,


Y -OR, -COCH3-OCOOR, halogênio
MECANISMO DE POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO

 Iniciação

X X
.
R + H2C=C R-CH -C
.
2
Y Y
MECANISMO DE POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO

 Propagação

X X X
X
.
R-CH -C + n H C=C R--H C-C—H C-C
.
2 2 2 2
Y Y Y n Y
MECANISMO DE POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO

 Terminação
 Combinação

X X X

2 POLÍMERO
-H C-C
. -H2C-C-C-CH2-POLÍMERO
POLÍMERO
2
Y Y Y
MECANISMO DE POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO

 Terminação
 Desproporcionamento

X X
X
2 POLÍMERO -H C-C
. -H2C-CH +
POLÍMERO -HC=C
POLÍMERO
2
Y Y
Y
Iniciadores
 Peroxidos

–O–O–

 Azo-compostos

–N=N–
Geração de radicais livres
 Ação do calor
 Processo de difícil controle
 Irradiação
 Radiação ultravioleta
 Decomposição térmica
 Forma mais comum de geração de radicais
 Processo Redox
 Formação de radicais em baixa temperatura
Geração de radicais livres
 Processo Redox

H2O2 + Fe2+
.
HO- + HO + Fe3+

ROOH + Co2+
.
HO- + RO + Co3+
POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO
TIPO MONÔMERO UNIDADE
(homopolímeros) REPETITIVA

Polietileno CH2=CH2 -CH2-CH2-

Poli(cloreto de vinila) CH2=CH-Cl -CH2-CH-


Cl
Poli(acetato de vinila) CH2=CH-OCOCH3 -CH2-CH-

OCOCH3
RESINAS
SINTÉTICAS
 ALQUÍDICA

 ACRÍLICA

 EMULSÕES VINÍLICA E ACRÍLICAS

 POLIURETÂNICA

 EPOXÍDICAS

 AMÍNICAS

 FENÓLICAS

 CELULOSICAS

 HIDROCARBÔNICAS

 BORRACHA CLORADA

 SILICONE
RESINAS
ALQUÍDICAS
 São poliésteres modificados por óleos e/ou
ácidos graxos.

 Surgiram da necessidade de se melhorar as


propriedades físico-químicas dos óleos
utilizados em tintas.

 Desvantagens dos óleos:


 Secagem lenta
 Baixa resistência a intempéries
 Amarelecimento
 Termoplasticidade acentuada
 Constituinte principal
 Óleos vegetais – 30 a 80% da sua composição.

 Glicérido ou glicerídeo
 90% de ácidos graxos e 10% de glicerina.

 Os óleos são classificados em três categorias:


 Secativos
 Semi-secativos
 Não secativos
Classificação dos óleos (triglicéridos)
Ácido graxo predominante
Óleo Tipo % Média Fórmula Secatividade
Tungue Eleosteárico 80 C18H30O2 Secativo

Oiticica Licânico 78 C18H28O3 Secativo

Mamona Linoléico 82 C18H32O2 Semi-secativo


desidratada
Soja Linoléico 54 C18H32O2 Semi-secativo
Oléico 28 C18H34O2
Girassol Linoléico 59 C18H32O2 Semi-secativo
Oléico 33 C18H34O2
Coco Láurico 48 C12H24O2 Não secativo
Mirístico 17 C14H28O2
Palmítico 9 C16H32O2
Mamona cru Ricinoléico 87 C18H34O3 Não secativo
 Preparação
 Reação de poliálcool + ácido

 Poliálcool
 monofuncionais, difuncionais, trifuncionais, tetrafuncionais e
hexafuncionais
 Glicerina – HOCH2CH(OH)CH2OH - trifuncional

 Ácidos
 monofuncionais, difuncionais, trifuncionais
 Óleo de linhaça: composto por 3 ácidos monofuncionais
 Ácido linolênico – 51%
CH3CH2CH=CHCH2CH=CHCH2CH=CH (CH2)7COOH
 Ácido oléico – 22%
CH3(CH2)7CH=CH(CH2)7COOH
 Ácido linoléico – 17%
CH3(CH2)4CH=CHCH2CH=CH(CH2)7COOH
MATÉRIA-PRIMA FÓRMULA
Ácidos monofuncionais
Ácido abiético C19H29COOH
Ácido benzóico C6H5COOH
Ácido láurico C11H23COOH
Ácido linolênico C17H29COOH
Ácido linoléico C17H31COOH
Ácido oléico C17H33COOH
MATÉRIA-PRIMA FÓRMULA
Ácidos difuncionais
Ácido adípico HOOC(CH2)4COOH
Ácido fumárico HOOCCH=CHCOOH
Anidrido maleico (CHCO)2O
Anidrido ftálico C6H4(CO)2O
Ácidos trifuncionais
HOOCCH2C(OH)(COOH)CH2COOH
Ácido acético
Anidrido trimetílico HOOCC6H3(CO)2O
Preparação

-(2n-1)H2O
nHO-CH2-CH2-OH + nHOOC(CH2)4COOH
etilenoglicol ácido adípico

[ ]
HO-CH2-CH2-O- CO-(CH2)4-COO-CH2-CH2-O CO-(CH2)4-COOH
n-1
Polimero linear
Glicerol (glicerina)

O
Anidrido ftálico

Polimero linear : hidroxilas secundárias não reagem

O O O
Polímero ramificado

O O O

O O

O O O

As ramificações dão maior dureza ao polímero em virtude de um


maior numero de ligações cruzadas
RESINAS
ACRÍLICAS
 Primeiros estudos: 1901
 Tese de doutorado de Rhöm na Alemanha

 Produção industrial:
 1927 – Alemanha – Rhöm & Haas
 1931 – Estados Unidos - Rhöm & Haas Corp.
PREPARAÇÃO DE ACRILATOS

 Ácido acrílico

Cat. básica -H2O


CH2-CH2 + HCN 55-60oC
H2C-CH2 H2C=CH-CN
O OH CN
óxido de etileno etileno-cianoidrina acrilo-nitrila

H2O
H2C=CH-COOH ácido acrílico
-NH3
PREPARAÇÃO DE ACRILATOS

 Acrilatos por esterificação direta

H2C=CH-COOH + ROH H2C=CH-COOR + H2O

ácido acrílico acrilato de metila


ou
acrilato de etila
PREPARAÇÃO DE METACRILATOS

 Ácido metacrílico
CH3

H2SO4
H3C-C-CH3 + HCN H3C-C-CN
O OH

CH3
O
H2O (90oC)
H2C=C-C H2C=C-COOH + (NH4)HSO4
NH3+HSO4-
Metacrilamida sulfato ácido metacrílico
Efeito dos monômeros nas
propriedades dos revestimentos
Propriedade Monômero
Durabilidade nas intempéries Acrilatos e metacrilatos
Dureza Metacrilato de metila
Estireno
Acrilamida e metacrilamida
Ácido acrílico e metacrílico
Brilho Estireno
Retenção de cor Acrilatos e metacrilatos
Flexibilidade Acrilato de etila
Acrilato de butila
Acrilato de 2-etil-hexila
Efeito dos monômeros nas
propriedades dos revestimentos
Propriedade Monômero
Resistência a solvente Acrilonitrila
Acrilamida e metacrilamida
Resistência a água Metacrilato de metila
Estireno

Resistência a água e névoa salina Estireno


Vinil-tolueno
Resistência a amarelecimento Acrilatos e metacrilatos de cadeia
curta
EMULSÕES
ACRÍLICAS E
VINILICAS
Vantagens
 Mesmas dos monômeros acrílicos e vinílicos:
 Baixo custo
 Grande variedade de espécies químicas
 Facilidade de polimerização

 Usode água em substituição aos solventes


orgânicos e portanto incorporando:
 Vantagens econômicas
 Segurança
 Menor capacidade poluidora
 Facilidade de aplicação
POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO
EM EMULSÃO
Componentes
 Monômeros
 Os mesmos usados nos outros processos de polimerização por adição.

 Meio dispersante
 Água

 Emulsionante ou surfactantes
 Substância química que contém, na sua molécula
 um lado lipofílico - apolar
 um lado oposto hidrofílico - polar

 Iniciador
 Substâncias química, solúveis em água, que podem formar radicais
livres, por decomposição térmica ou por processo ―redox‖
COMPOSIÇÃO DOS MONOMEROS

 Tipo vinílico
 Copolímeros de acetato de vinila com:
 Maleato de dibutila, fumarato de dibutila, acrilato de butila,
versatato de vinila, etileno, etc...

 Tipo estireno-acrílico
 Copolímeros de estireno com:
 Monômeros acrílicos (acrilato de butila, acrilato de 2-etil-hexila,
etc...).

 Acrílicas puras
 Metacrilato de metila copolimerizado com:
 Monômeros acrílicos (acrilato de etila e acrilato de butila).
EMULSIONANTE MAIS CONHECIDOS
Emulsionante CMC
 Obtidos pela reação de
um álcool ou fenol com (g/litro)
óxido de etileno. Álcool laurílico + 6OE 0,040
 Ex: Nonil-fenóis com n
moles de óxido de etileno
(OE). Nonil-fenol + 15 OE 0,041

 Concentração Micelar Lauril-sulfato de sódio 2,2


Crítica (CMC)
 concentração mínima do
emulsionante para formar a Álcool laurílico + 4OE 0,56
micela sulfato de sódio
Dodecil-benzeno- 0,40
sulfonato de sódio
INICIADORES
 São solúveis em água
 Persulfatos de sódio, de potássio ou de
amônio
 Peróxido de hidrogênio
 Peróxidos sóluveis em água:
 Hidroperóxido de p-t-butila
FORMAÇÃO DE RADICAIS LIVRES

 Persulfato:
-O S-O-O-SO - .
2 SO -
3 3 4

 Persulfato associado ao processo redox:


S2O8 + = Fe2+
.
2 SO4- + SO4= + Fe3+
S2O8= + S2O3=
.
S O = + 2 SO -
2 8 4

 Outras reações que fornecem radicais livres:


H2O2 + Fe2+
.
HO- + HO + Fe3+
S2O8 = + HSO3- SO4 = . -
+ SO + HSO
.
4 3
TIPOS DE EMULSÕES
 Emulsões termoplásticas
 Não ocorrem reações químicas durante a formação do filme
(secagem). Não há reticulação.
 A formação da película ocorre através da coalescência.

 Emulsões termoconvertíveis
 Embora menos comuns que as termoplásticas, vem adquirindo
importância cada vez maior com a utilização de água em
substituição aos solventes orgânicos.

 A reticulação é obtida através da reação entre duas resinas (ou


entre uma resina e um agente reticulante) em condições
adequadas de temperatura (100-250oC) e tempo (1-30 minutos).
FORMAÇÃO DO FILME POR COALESCÊNCIA
A coalescência ocorre devido à ação de forças
capilares e de tensão superficial, ocorrendo a saída
da água que está dentro das partículas poliméricas.

O processo é irreversível.

A medida que a água vai se evaporando, as


partículas se fundem (coalescem) formando uma
película contínua.

E comum o uso de substância que auxiliam este


fenômeno:
 Etlenoglicol, propilenoglicol, hexametilenoglicol, éteres de
etilenoglicol e de propilenoglicol
RESINAS
POLIURETÂNICAS
 O grupo isocianato (-N=C=O) é muito reativo com o
hidrogênio, ligado a átomos que tenham um par de
elétrons disponível, como nitrogênio e o oxigênio.
 Esta reação só se processa se o hidrogênio for bastante reativo
como os presentes nos grupos –OH, -NH2, -COOH.

 A reação entre o grupo isocianato e o hidrogênio é a


seguinte:

R-N=C=O + R’XH R-N-C-X-R’


H O
Velocidade relativa das reações principais

 Aminas primárias
 Álcoois primários
 Água
 Uréia
 Álcoois secundários e terciários
 Uretano
 Ácidos carboxílicos
 Amidas
Reações Principais

Reação com álcoois

R-N=C=O + R’OH R-N-C-O-R’


H O
MAIS IMPORTANTE
uretano

Reação com aminas

R-N=C=O + R’NH2 R-HN-C-NH-R’


O
Uréia substituída
CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS POLIURETÂNICAS

 Tipo 1
 Monocomponente pré-reagido
 não posuem grupos isocianatos livres.
 São obtidos por policondensação do tipo alquídico, onde o
diisocianato substitui total ou parcialmente o di-ácido.

 Tipo 2
 Monocomponente de cura através da umidade
 presença de grupos isocianatos que promovem a cura da película
através da reação com a umidade do ar.

 Tipo 3
 Monocomponente de cura através do calor
 os grupos isocianatos estão bloqueados em uma forma termolábil,
de modo que nas condições de cura (tempo e temperatura) ocorre
sua liberação, reagindo com a resina doadora de hidrogênio.
CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS POLIURETÂNICAS

 Tipo 4
 Bicomponente catalisado
 um dos componentes é um polímero uretânico que tem
grupos isocianatos livres, capazes de reagir com um agente
reticulante, como polialcoóis e poliaminas monoméricas.

 Tipo 5
 Bicomponente, sendo um o poliol
 é um sistema formado por uma resina com hidrogênios
reativos, geralmente hidroxilada, capaz de reagir a
temperatura ambiente com outro componente que possui
grupos isocianatos livres, geralmente um aduto uretânico de
baixo peso molecular.
CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS POLIURETÂNICAS
SISTEMA SISTEMA
MONOCOMPONENTES BICOMPONENTES

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5


Secagem Oxidativa Umidade Calor Reação Reação
(O2) (H2O) NCO/OH NCO/OH
-NCO Ausente Presente Bloqueado Presente Presente
Resistência Boa Muito boa Excelente Excelente Excelente
Química
Usos Superior Vernizes Tintas em - Excelente
resistência para pisos pó aderência
água em sobre
metais,
relação as
plásticos,
alquídicas
madeira e
concreto
RESINAS
EPOXÍDICAS
 São caracterizadas pelo grupo glicidila (grupo epóxi).

O
-C-CH2
H

 A maioria das resinas epóxi são obtidas a partir do bisfenol A, entretanto


para algumas finalidades, são indicadas as denominadas ―novolac‖, obtidas
a partir do bisfenol F.

O O O
O-CH2-CH-CH2 O-CH2-CH-CH2 O-CH2-CH-CH2

CH2 CH2
n
PREPARAÇÃO DE RESINAS EPÓXI

 Epicloridrina (1-cloro-2,3-epóxi-propano)

Cl-CH2-CH-CH2
O

 Bisfenol A [2,2-bis(4’-hidroxi-fenil) propano]

CH3

HO C OH

CH3
 Os revestimentos à base de epóxi são conhecidos pelas
suas excelentes propriedades em geral.

 No entanto apresentam comportamento ruim diante das


intempéries, em especial à ação da radiação ultravioleta.

 Esta deficiência é devida a estrutura química, onde


predominam anéis benzênicos.
 Recentemente começaram a ser produzidas resinas epóxi, nas
quais o núcleos aromáticos são substituídos por núcleos de
ciclohexano.
 A combinação desta resinas saturadas com outros tipos de
polímeros geram revestimentos com bom desempenho frente ao
intemperismo
Ex: sistemas acrílico-epóxi, epóxi-poliuretano, poliesteres-epóxi
USOS
 Os sistemas epoxi bicomponentes são
usados na formulação de tintas de
proteção de alto desempenho para:
 Manutenção industrial
 Revestimentos
 De alta resistência química
 De alta aderência

 De excelente resistência a abrasão

 Importantes na formulação de tintas


marítimas
USOS
 Os sistemas epóxi de cura a temperaturas acima de 100oC são
usados em revestimentos pigmentados de embalagens metálicas
(tambores, latas, baldes, etc...).

 Os reticulantes mais usados para essas finalidades são as resinas


fenólicas, melamínicas e uréicas.

 Existe uma grande variedade de esmaltes termoconvertíveis


baseados na combinação de resinas epóxi com outras resinas:
 Acrílico-epóxi
 Alquídico-epóxi-melamina
 Poliester-epóxi

 Estes esmaltes são usados como revestimentos de autopeças,


eletrodomésticos, etc...

 Uma aplicação recente e muito importante é na obtenção de tintas


em pó.
RESINAS
AMÍNICAS
 São polímeros resultantes da reação de aminas,
amidas e iminas com formaldeido, seguida de
polimerização do grupo hidroxi-metila (metilol).

-CH2OH

 O processo é complexo e envolve 3 etapas:


 a) Hidróxi-metilação

H
R-NH2 + C=O R-NH2-CH2OH
H
 b) Polimerização por condensação
 Esta etapa conduz a estruturas química complicadas e não
totalmente determinadas

 c) Eterificação/condensação

R-NH2-CH2OH + C4H9OH R-NH-CH2OC4H9 + H2O

R-NH-CH2OH + R-NH-CH2OH R-NH-CH2-O-CH2-NH-R + H2O


PIGMENTOS
 Material sólido finamente dividido, insolúvel no
meio.

 Utilizado para conferir cor, opacidade,


características de resistência e outros efeitos.

 São divididos em dois grupos: ativos e inertes.

 São divididos também em inorgânicos e orgânicos


 Pigmentos ativos
 Conferem cor à tinta e poder de cobertura.

 Pigmentos inertes (ou cargas)


 Proporcionam dureza, consistência,
lixabilidade.
 Inorgânicos
Muitos são de origem mineral

 Orgânicos
Os constituintes principais são carbono e
hidrogênio.
PIGMENTOS
INORGÂNICOS
PIGMENTOS INORGÂNICOS – BRANCOS

Nome vulgar Nomenclatura Fórmula Utilização Observações

Barita Sulfato de bário BaSO4 A.C. até hoje Pequeno poder de


cobertura – carga
Crê Carbonato de cálcio CaCO3 A.C. até hoje Pequeno poder de
cobertura – carga
Gesso Sulfato de cálcio CaSO4..2H2O A.C. até hoje Pouco solúvel em água
hidratado – inerte
Branco de zinco Óxido de zinco ZnO 1834 até hoje Fluorescência sob luz
UV – sintético
Branco de titânio Dióxido de titânio TiO2 1918 até hoje Ótimo poder de
cobertura - sintético

Branco de Hidroxi-carbonato de 2PbCO3.Pb(OH)2 A.C. até hoje Reage com H2S do ar –


chumbo Chumbo forma PbS (negro)
Alumina Óxido de aluminio Al2O3 . H2O A.C. até hoje Base de preparação –
hidratada hidratado boa transparência
Litopônios Sulfeto de zinco e ZnS (30%) + 1874 até hoje Pigmento sintético
Sulfato de bário BaSO4(70%)
DIÓXIDO DE TITÂNEO – TiO2
Usos
 Tintas arquitetônicas, industriais e de
impressão.
 Plásticos
 Borrachas
 Papel
 Produtos têxteis
 Produtos alimentícios
 Fármacos
PRODUÇÃO DO TiO2
 Processo sulfato

FeOTiO2 + 2H2SO4 TiOSO4 + FeSO4 + H2O Digestão


Minério bruto Sulfato de titanila

TiOSO4 + 2 H2O TiO(OH)2 + H2SO4 Hidrólise

900oC
TiO(OH)2 TiO2 + H2O Calcinação
PRODUÇÃO DO TiO2
 Processo cloreto

TiO2 + 2Cl2 + C TiCl4 + CO2 Cloração


Minério refinado

TiCl4 + O2 TiO2 + Cl2 Oxidação


DIÓXIDO DE TITÂNEO – TiO2
Propriedades
 Sólido cristalino, incolor
 Anfótero
 Formas cristalinas
 Rutilo (I.R.= 2,71) – maior índice de refração que qualquer
pigmento branco conhecido, maior estabilidade e alta
densidade.
 O alto índice de refração leva a sua habilidade de tornar opaco e
branquear o meio em que é disperso
 Apresenta superior estabilidade.
 Anatase (I.R.= 2,55) – é usado apenas em algumas aplicações,
em que é selecionado por sua tonalidade azulada, sua
capacidade de agir como branqueador ótico ou sua baixa
abrasividade
PIGMENTOS
 O índice de refração (I.R.) está
diretamente relacionado ao poder de
cobertura

 Pigmentos coloridos – I.R. superior a 1,5


 Cargas – igual ou ligeiramente superior a
1,5 – transparentes ou quase
transparentes
REFLETIVIDADE DO FILME
 Equação de Fresnel:
F = (np – nr)2
(np + nr)2
F = Refletividade do filme
np = índice de refração do pigmento
nr = índice de refração do veículo (~ 1,5)
Rutilo = 8,26
Anatase = 6,72
ÍNDICE DE REFRAÇÃO E
REFLETIVIDADE
Pigmento I.R. F x 100 Opacidade
relativa
Dióxido de titâneo(rutilo) 2,71 8,26 100

Dióxido de titâneo (anatase) 2,55 6,72 81

Óxido de antimônio 2,20 3,58 43

Óxido de zinco 2,01 2,11 26

Carbonato básico de chumbo 2,00 2,04 25


INTERAÇÃO DA LUZ INCIDENTE COM
UM FILME PIGMENTADO

A – Luz refletida
B – Difusão Luz incidente
C – Parte refratada
A
D – Espalhamento ou absorção
B G1 G2
E – Absorvida pelo substrato
F – Refletida pelo substrato
G – Reemergida do filme
H – Reflexão interna C H

Filme
D F

E
Substrato

A maior parte da luz que penetra em um filme é refletida e refratada muitas vezes, antes de escapar
da superfície do filme como luz refletida ou ser absorvida pelo substrato
INTERAÇÃO DA LUZ INCIDENTE COM
UM FILME PIGMENTADO

 A combinação de todos estes efeitos leva ao fenômeno de


opacidade.

 Assim, tintas brancas opacificam por espalhamento de luz.

 Em tintas coloridas há um aumento da dependência do efeito de


absorção com o aumento da concentração de pigmentos coloridos.

 A maior parte da luz que penetra em um filme é refletida e refratada


muitas vezes, antes de escapar da superfície do filme como luz
refletida ou ser absorvida pelo substrato.
PIGMENTOS COLORIDOS
ÓXIDOS DE FERRO NATURAIS
Nome vulgar Nomenclatura Fórmula Utilização Observações

Ocre Óxido de ferro III Fe2O3.nH2O A.C. até hoje Pigmento mineral –
hidratado limonita – amarelo
Vermelho ocre Óxido de ferro III Fe2O3 A.C. até hoje Pigmento mineral –
hematita – vermelho a
amarelo
Umbria Óxido de ferro, Fe2O3.nH2O + Século XVI até marrom
carbono e óxido de C+ hoje
Manganês MnO2

 Colour Index
 Pigmentos Inorgânicos – 77.000-76.999
 Pigment Yellow 42, CI 77492
 Pigment Red 101, CI 77491
 Pigment Brown 6, CI 77499
ÓXIDOS DE FERRO NATURAIS AMARELOS

Natureza Tipos mais comuns Fonte (% Fe2O3) Observações

Limonita Óxido amarelo natural Africa do sul (54) Ocre africano


Fe2O3.nH2O (amarelo claro) India Ocre indiano

Ocre França (20) Alta qualidade


(amarelo claro a escuro) EUA – Georgia (54) Deposito recente

Siena Itália (51) Terra de Siena


(amarelo médio a escuro) EUA
ÓXIDOS DE FERRO NATURAIS VERMELHOS

Natureza Tipos mais comuns Fonte (% Fe2O3) Observações

Hematita Óxido vermelho natural Espanha (85) Óxido espanhol


Fe2O3 (vermelho claro a médio) EUA – N.Y. (56) É o mais brilhante
dos óxidos
vermelhos naturais

Limonita Siena queimada Itália (72)


calcinada (laranja avermelhado) EUA
ÓXIDOS DE FERRO NATURAIS MARRONS

Natureza Tipos mais comuns Fonte (% Fe2O3) Observações

Limonita, Umber bruto Chipre (50) 6-16% de MnO2


carbono e (marron esverdeado)
MnO2

Umber queimado Chipre (54)


(marron esverdeado)

Limonita ou Marrom metálico EUA


sidereta (avermelhado claro a Canadá
calcinada marron escuro) America do Sul
PROPRIEDADES DE PIGMENTOS DE
ÓXIDO DE FERRO AMARELO

Óxido Marrom Ocre Siena Siena Umber Umber


Vermelho metálico (amarelo) bruto queimado bruto queimado

Densidade
(g/cm3) 4,35 4,9 2,72 3,44 3,95 3,27 3,69

Absorção de
óleo (g/100g) 13 14 32 29 28 44 56

Poder de
cobertura 154 92 8 41 72 51 51
(m2/Kg)
Área superficial
especifica(m2/g 4,7 7,1 - 36,2 33,1 102 87
)
Conteudo de
Fe2O3(%) 74 98 19 60 70 50 52
MnO2(%) 10 10
ÓXIDO DE FERRO VERMELHO SINTÉTICO

Preparação
 A partir do sulfato ferroso (copperas)

 O processo envolve duas etapas de calcinação

 Desidratação
FeSO4.7H2O ∆ FeSO4.H2O + 6 H2O

 Decomposição

6FeSO4.7H2O + 3/2 O2 Fe2O3 + 2 Fe2(SO4)3 + 6H2O

2 Fe2(SO4)3 ∆ 2 Fe2O3 + 6SO3

6SO3 6SO2 + 3O2


Aplicação
 ÓXIDOS DE FERRO NATURAIS
 Pigmentos de cores primarias em tintas industriais, plásticos e
cerâmica.

 ÓXIDOS DE FERRO MARRONS METÁLICO


 Tintas para estruturas metálicas (cobertura de baixo custo)
 Pigmento que protege o veiculo orgânico da degradação da luz,
intemperismo ácido e básico

 ÓXIDOS DE FERRO VERMELHOS


 Plásticos, borrachas e cerâmica devido a sua resistência a ácidos e
bases, pureza e estabilidade ao calor
 Protege o veiculo orgânico da degradação da luz por absorverem luz
ultravioleta
ÓXIDO DE CROMO VERDE
 É utilizado como pigmento pela sua estabilidade química e a luz.
 Aplicação específica em tinta de camuflagem pela sua refletância na
região infravermelho.

Na2Cr2O7 + 2C Cr2O3 + Na2CO3 + CO ou

Na2Cr2O7 + S Cr2O3 + Na2SO4 ou

(NH4)2Cr2O7 Cr2O3 + N2 + 4H2O

Pigment Green 17,CI 77288


SULFETOS DE CÁDMIO
 São produtos da reação entre cádmio,enxofre, selênio e zinco.

 Combinações estequiométricas dos elementos e a escolha do


processo de produção leva a composições de:
 Sulfetos de cádmio (CdS) – amarelo médio e ouro
 Sulfoselenetos de cádmio Cd(S,Se) – laranja, vermelho e purpura
 Quanto maior a quantidade de selênio maior o deslocamento para o
vermelho
 Sufetos de cádmio e zinco (Cd, Zn)S – amarelos claros

 A adição de sulfato de bário produz um produto de menor custo


conhecido como litopônio
Pigment Yellow 37, CI 77199
Pigment Orange 20, CI 77119
Pigment Red 108, CI 77202
SULFETOS DE CÁDMIO
 Propriedades:
 Brilhante
 Estáveis a altas temperaturas
 Resistência a luz UV
 Durabilidade
 Resistência a álcalis e a ácidos diluídos
 Boa dispersibilidade e bom poder de tingimento
Aplicação
 PIGMENTOS DE CADMIO

 80% destina-se ao segmento de plásticos devido a sua alta estabilidade


térmica

 8% em cerâmicas vitrificadas, vidros coloridos, esmaltes e


componentes eletrônicos.

 Apresentam boa afinidade com resinas epóxi, silicones e melaminas,


usadas para pintura de superfícies industriais que necessitam de
resistência ao calor e a bases
AZUL ULTRAMAR
 São complexos de sulfosilicatos de sódio e alumínio.
 Apresenta dois tipos de tonalidade: azul e violeta.
 O tipo azul contem mais alumínio e menos enxofre

 Fórmula empírica:

Na6Al6Si6O24S4
AZUL ULTRAMAR
Natural
AZUL ULTRAMAR SINTETICO
 azul  violeta
PERCENTUAL DOS REAGENTES PARA
OBTENÇÃO DO AZUL ULTRAMAR

REAGENTES TIPO AZUL TIPO VIOLETA


Caolim calcinado 38,8 27,8

Carbonato de cálcio 12,5 30,0

Enxofre 12,5 30,0

Sílica - 8,9

Carvão ou piche 7,0 3,3

Sulfato de sódio 29,2 -


AZUL ULTRAMAR
 Propriedades:
 Resistência a luz
 Estabilidade térmica
 Resistência a solventes
 Resistência a álcalis
 Baixa resistência a ácidos
Aplicação
 AZUL ULTRAMAR

 Como alvejante em lavanderias

 Coloração de plástico devido a sua boa estabilidade ao calor (acima de


350oC

 Como produto atóxico e insolúvel em solventes, pode ser usado em


plásticos para embalagens alimentícias, cosméticos e brinquedos
AZUL DE FERRO
 Conhecido desde 1704 por diversos
nomes:
 Azul da Prússia – Pigmento original de
textura dura.
 Azul Chinese – Mais fino com subtom
esverdeado
 Azul Milori – Mais claro e com textura mais
macia
 Azul Bronze – Apresenta um bronzeamento
quando visto em certo ângulo.
AZUL DE FERRO
 Desde sua descoberta até a Primeira
Guerra Mundial, todos os azuis de ferro
eram produzidos a partir de ferrocianeto
de potássio, mas, em função da escassez
de potássio durante a guerra, um novo
método de produção foi desenvolvido,
utilizando-se ferrocianeto de amônio.
PRODUÇÃO
 Preparação do branco de Berlim:

Na4Fe(CN)6 + FeSO4 + (NH4)2SO4 Fe(NH4)2Fe(CN)6 + 2Na2SO4

 Oxidação do branco de Berlim a azul de ferro:

6Fe(NH4)2Fe(CN)6 + 3H2SO4 + NaClO3 6Fe(NH4)Fe(CN)6 + NaCl + 3(NH4)2SO4 + 3H2O


AZUL DE FERRO
 Propriedades:
 Boa resistência a ácidos
 Baixa resistência a álcalis

 Para superar esta deficiência, desenvolveram-se


os azuis de ferro álcali-resistentes, obtidos pela
introdução de sais de níquel, manganês ou
cobalto na rede cristalina do produto
APLICAÇÕES
 Tintas de impressão
 Tintas litográficas
 Em tintas a base de água, seu uso é restrito
em função da baixa resistência a álcalis, mas,
em alguns casos, é utilizado o tipo álcali
resistente misturada com ftalocianinas
 Em tintas industriais vêm sendo substituído
pelas ftalocianinas
PIGMENTOS
ORGÂNICOS
Grupo
cromóforo Nome

-N=N- Azo
 Todos os pigmentos
orgânicos apresentam na -CH=N- Azometino
sua estrutura química
grupamentos C=O Carbonil
denominados
-N=NO- Azóxi
cromóforos, que são
responsáveis pelo Tiocarbonila
C=S
fenômeno cor
-N=O Nitroso

C=C Etenodilideno
Grupo
cromóforo Nome

 Apresentam também -OH Hidroxila


grupamentos chamados -NH2 Amino Primário
auxocromos, que são -NH-R Amino Secundário
aqueles que modificam
-N-R Amino Terciário
ou intensificam as
propriedades de cor, R
como: -OCH3 Metoxila
 Intensidade -CH3 Metila
 Tonalidade
-NO2 Nitro
 Limpeza
-Br Bromo
-Cl Cloro
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS

 Intensidade ou poder de tingimento


 Resistência a luz
 Resistência as intempéries
 Solubilidade em solventes
 Eflorescência ou migração
 Resistência ao sangramento
 Área superficial ou superfície especifica
 Poliformismo
Intensidade ou poder de tingimento
 Para avaliar esta capacidade,relaciona-se a quantidade
entre o pigmento colorido e o dióxido de titânio, com o
qual se atinge uma intensidade de cor padrão.

 Quanto maior o teor de titânio a ser misturado, maior


será a intensidade deste pigmento em relação a outro.

 Pigmentos orgânicos tem um poder de tingimento muito


maior que os pigmentos inorgânicos.
Resistência a luz
 Ao incidirem sobre as partículas do pigmento, os raios
ultravioleta causarão quebra nas ligações químicas,
principalmente nos grupos cromóforos insaturados do
pigmento, ocorrendo o desbotamento.

 Intensidade do desbotamento
 Quanto menor a proteção dos grupos cromóforos.
 Quanto menor a força das ligações dos átomos componentes
dos grupos cromóforos e auxocromos.
 Quanto mais desprotegido estiver o pigmento pelo veiculo na
camada de tinta.
 Quanto maior for a incidência de luz ultravioleta.
Escala de azuis ou escala de lã
Escala de azuis Luz Solar
 Tecido tingido com oito
diferentes corantes azuis 1 5 dias
expostos a luz do sol.
2 10 dias
 Os valores indicados nos 3 20 dias
catálogos dos fabricantes são
relacionados a escala de azuis 4 45 dias
e expostos a luz solar sob uma
placa de vidro em angulo de
5 3 meses
45o voltado para o sul, 6 6 meses
determinados conforme a
norma DIN54.003 7 1 ano
8 2 anos
Resistência as intempéries
 Avalia-se alem do efeito da luz solar, o efeito da
umidade e temperatura e de outros poluentes sobre o
pigmento.

 Sua avaliação é feita após um período de teste de 12


meses, conforme a norma DIN54.002

 Esta escala possui 5 graduações


 Grau 5 – nenhuma modificação
 Grau 1 – modificação muito intensa
Solubilidade em solventes
 Quando um pigmento se solubiliza ligeiramente em um
solvente certas alterações podem ocorrer:
 Brilho
 Viscosidade
 Intensidade de cor

 Para avaliação da solubilidade, utiliza-se 0,5g do


solvente acondicionado em um papel de filtro dobrado e
fechado, mergulhando em um tubo de ensaio contendo
20 ml do solvente.

 Após 24 horas a temperatura ambiente avalia-se o


tingimento do solvente conforme a norma DIN54002
Eflorescência ou migração
 É a recristalização do pigmento na
superfície do filme de tinta.

 O motivo fundamental se deve a


recristalização/solubilização do pigmento
no solvente ou no veículo da tinta.
Resistência ao sangramento
 É a passagem de um pigmento de um
filme de tinta para outro filme aplicado
sobre ele.

 É causado pela solubilização do pigmento


nos solventes e veículos da camada de
sobrepintura.
Área superficial ou superfície
especifica
 É a área em m2 relativa a 1 grama de pigmento

 Para pigmentos orgânicos ela varia de 10 a 130


m2/g

 Permite prever:
 As condições reológicas de aplicação do pigmento
 O poder de cobertura/transparência do pigmento
Poliformismo
 Um pigmento é polimorfo quando apresenta diversas formas cristalinas

 As diferentes formas cristalinas diferem em suas propriedades físicas, tais


como:
 Estabilidade de dispersão
 Tamanho da partícula
 Forma da partícula
 Absorção/reflexão de luz
 Densidade
 Ponto de fusão

 Destas propriedades derivam


 Tonalidade
 Intensidade de cor
 Propriedades reologicas
 Resistência ao calor, luz e intempéries
 Resistência a solventes
 Opacidade/transparência
Classificação Química dos
Pigmentos Orgânicos
 Pigmentos monoazóicos
 Pigmentos monoazóicos laqueados
 Pigmentos diazóicos
 Pigmentos azóicos-benzimidazolonas
 Pigmentos de diazocondensação
 Pigmentos policíclicos
 Pigmentos de tetracloroisoindolinona
 Pigmentos de antraquinona
 Pigmentos de tioindigo
 Pigmentos de quinacridona
 Pigmentos de perileno
 Pigmentos de ftalocianinas
 Pigmentos de dioxazina
 Pigmentos de dioxazina-benzimidazolona
 Pigmentos de dicetopirrolopirrol – DPP
 Pigmentos de azo-quinoxalinadiona
PIGMENTOS DE
QUINACRIDONA
Transquinacridona linear não substituída

 Violeta

 Pigment Red 19
Transquinacridona linear não substituída

 A diferença de cor deve-se:


A forma cristalina
 Violeta avermelhado - forma cristalina β
 Vermelho - forma cristalina γ

 Ao tamanho da partícula
 Vermelho amarelado – 0,11µ
 Vermelho azulado – 0,06µ
Transquinacridona lineares substituídas

 Vermelho

 Pigment Red 202


Transquinacridona lineares substituídas

 São os pigmentos vermelhos mais resistentes a


luz e a intempéries.

 São apropriados para todos tipos de tintas de


alta qualidade, inclusive tintas de acabamento
de automóveis lisas e metálicas.

 Quando misturadas com óxido de


ferro,fornecem tonalidades bordo de alta
cobertura.
PIGMENTOS DE
FTALOCIANINA
AZUIS DE FTALOCIANINAS

 Pigment Blue 15
AZUIS DE FTALOCIANINAS

 São os pigmentos orgânicos que possuem os mais elevados graus


de solidez, superando os pigmentos inorgânicos.

 Formas cristalinas: α, β, γ, δ, ε

 As comerciais são:
 Forma α – Azul avermelhada
 Forma β – Azul esverdeada

 Poder de tingimento:
 Forma α tem intensidade 20% maior que a forma β

 São utilizadas para todos os tipos de tintas, inclusive as de alta


qualidade, como as automobilísticas.
VERDES DE FTALOCIANINAS

 Pigment Green 7
VERDES DE FTALOCIANINAS

 Só apresentam uma forma cristalina.

 A diferença de tonalidade é devida a presença


de halogênios na estrutura da molécula.
 Verde azulado – 15 átomos de cloro por molécula
 Verde amarelado – 6 átomos de bromo e 10 átomos
de cloro
PIGMENTOS DE
PERILENO
Ácido perilenotetracarboxílico

 Pigmente Red 149


Ácido perilenotetracarboxílico
 Devido a resistência a luz e a intempéries são muito
utilizados em tintas de acabamento automobilístico
metálicas ou perolizadas.

 Possuem ótima resistência térmica a solventes e


resistência ao sangramento.

 São os mais utilizados para tintas automotivas lisas nas


composições com óxidos de ferro para obtenção de
tonalidades vermelhas muito vivas e de boa cobertura.
Ácido naftalenotetracarboxílico

 Pigment Orange 43
Aplicações de pigmentos orgânicos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Pigmentos Usos mais frequentes
Monoazóicos + + ± ± ± ± + ± - ± - ± Tintas imobiliárias e Tintas industriais em
geral e de manutenção

Diazóicos + + + + - ± + - - - - ± Tintas industriais especiais

Laqueados + + + ± - - - ± - - - ± Tintas imobiliárias e algumas Tintas


industriais

Azo-benzimidazolonas + + + + + + + ± ± ± ± + Tintas imobiliárias e Tintas industriais em


geral.Repintura e acabamento automotivo

Diazocondensação + + + + + + + + ± ± + + Tintas industriais com alto desempenho

Tetracloroisoindolinona + + + + + + + + + + + + Tintas industriais e automotivas

Quinacridona + + + + + + + + + + + + Tintas industriais de auto desempenho e


manutenção. Tintas automotivas

Perileno + + + + + + + + + + + + Tintas automotivas e industriais de alto


desempenho

Pirantrona + + + + + + + + + + + + Tintas automotivas e industriais de alto


desempenho

Tioindigo + + + + + + + + + + + + Tintas automotivas e industriais de alto


desempenho

Ftalocianinas + + + + + + + + + + + + Todas as tintas

Indantrona + + + + + + + + + + + + Tintas automotivas

Dioxazina + + + + + + + + + + + + Todas as tintas


Aplicações de pigmentos orgânicos
 1 – Esmaltes; secagem ao ar  + = Indicados
 2 – Lacas Nitrocelulose
 3 – Esmaltes; secagem estufa  ± = Adequados em
 4 – Poliuretanos alguns casos
 5 – Esmaltes Epóxi; estufa
 6 – Tintas epóxi catalisadas  - = Não adequados/
 7 – Tintas catalisadas por acido Não indicados
 8 – Repintura automotiva lisa
 9 – Repintura automotiva metálica
 10 – Acabamento automotivo liso
 11 – Acabamento automotivo metálico
 12 – Tintas em pó
SOLVENTES
 São utilizados para dissolver a resina e manter todos os
componentes em uma mistura homogênea.

 Os solventes vão promover a dispersão da resina por toda a


superfície, contribuir para o bom nivelamento, controlar a taxa de
evaporação e influenciar parâmetros de aparência final, tal como
brilho.

 Algumas tintas são classificadas de acordo com o solvente.

 As tintas de látex, por exemplo, são diluídas com água e são


chamadas tintas à base de água.

 Tintas insolúveis em água requerem solventes orgânicos, como


subprodutos de petróleo. Essas tintas são denominadas tintas à
base de solvente.

 A escolha da mistura adequada do solvente resultará na formação


da película de revestimento com propriedades ideais
 Conjunto de propriedades que caracterizam um
bom solvente

 Poder de solvência
 Taxa de evaporação
 Ponto de fulgor
 Estabilidade química
 Tensão superficial
 Cor
 Odor
 Toxidade
 Biodegradação
 Relação adequada entre custo e benefício
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLVENTES
 HIDROCARBONETO
 Alifático
 Aromático
 Terpênico

 SOLVENTES OXIGENADOS
 Álcool
 Éster
 Éter glicólico
 Cetona

 SOLVENTES CLORADOS

 OUTROS
 Éter
 Nitroparafina
HIDROCARBONETOS
 ALIFÁTICO
 Hexano – C6H14
 Heptano – C7H16
 Ciclohexano - C6H12
 Aguarrás - C10H22

 AROMÁTICO
 Xileno– C8H10
 Tolueno – C7H8

 TERPÊNICO
 Terebentina – C10H18
Benzeno (C6H6)
 Solvente orgânico aromático utilizado como
solvente de vernizes, óleos, gorduras e resinas
 Nome comercial: Benzina

 Ponto de fulgor: -110C

 Foi abolido devido a sua alta toxidez

 Substância reconhecidamente carcinogênica


para o homem
Tolueno
Usado como:
 Solvente de pintura e vernizes

 Ponto de fulgor: 70C


 NFPA
Toxicidade (azul): 2
Inflamabilidade (vermelho): 3
Reatividade (amarelo): 0

 O contato prolongado ou repetido causa ressecamento, rachadura


e dermatite
 A inalação pode causar irritação no trato respiratório, fadiga,
fraqueza, confusão mental, dor de cabeça, sonolência e vertigem.
 Concentrações muito altas causam inconsciência e morte.
SOLVENTES OXIGENADOS
 ALCOOIS (-OH)
 Metanol – CH3OH
 Etanol – C2H5OH
 Propanol – C3H7OH
 Isopropanol – (CH3)2CHOH
 n-Butanol – C4H9OH
 Isobutanol - (CH3)2CHCH2OH
 Álcool amílico primário – C5H11OH

Os produtos de baixo peso molecular, solúveis em água, são


solventes para a manufatura de revestimentos de proteção,
corantes e tintas
SOLVENTES OXIGENADOS
 ÉSTERES (-O-)
 Acetato de Metila – CH3OC(O)CH3
 Acetato de Etila – CH3C(O)OC2H5
 Acetato de Isopropila – (CH3)2CHOC(O)CH3
 Acetato de Isobutila – (CH3)2CHCH2OC(O)CH3

Os acetatos são os ésteres mais importantes usados para tintas, uma vez que
são ótimos solventes para resinas, tais como acrílicos, poliuretanos e celulose.

São comumente usados como solventes para laca, laca de madeira e outros
revestimentos.

 CETONAS (C=O)
 Acetona – CH3COCH3

São utilizadas como solventes para nitrocelulose, cloreto de vinila, acetato de


vinila e outras resinas.

São utilizadas para resinas que não são solúveis em hidrocarbonetos e álcoois
SOLVENTES CLORADOS
 Tem excelente poder de solvência para muitas
substâncias orgânicas, incluindo resinas, polímeros,
óleos, graxas, ceras, asfalto e ésteres de celulose.

 São miscíveis com muitos solventes orgânicos e


insolúveis em água.

 São usados principalmente na limpeza da superfície , o


que ocorre necessariamente antes de aplicar o
revestimento.
 Cloreto de metileno
 Tricloroetileno
 Percloroetileno
DICLOROMETANO
Usado como:
 Solvente de pintura e vernizes
 Solvente para óleos, gorduras, ceras.

 NFPA
Toxicidade (azul): 2
Inflamabilidade (vermelho): 1
Reatividade (amarelo): 0

 Vapor
Irritante para os olhos, nariz e garganta. Se inalado causará náusea e
tontura

 Líquido
Irritante para a pele e para os olhos. Prejudicial se ingerido

 Incompatível com oxidantes fortes, bases fortes, alumínio, magnésio,


sódio e potássio
TOXIDEZ DE SOLVENTES
 Quando se considera a toxidade dos solventes,
a rota de exposição é importante.

 Rotas prováveis de exposição


 Inalação
 Ingestão
 Contato com a pele
 Contato com os olhos
INALAÇÃO
 A inalação de vapor é a rota mais provável de exposição a
solventes.

 É essencial manter os níveis de ambiente de trabalho abaixo dos


padrões recomendados para exposição ocupacional.

 Exposição aguda (curto prazo) a solventes acima dos níveis


recomendados – efeitos no sistema nervoso (tontura,dores de
cabeça, vertigens).
 Os efeitos são reversíveis removendo-se o indivíduo afetado para local
com ar fresco

 Concentrações mais altas podem causar efeitos anestésicos ou


narcóticos.

 Exposição contínua a altas concentrações pode levar a perda de


consciência.

 Em circunstâncias extremas pode ser fatal.


INGESTÃO
 Pequenas quantidades de solventes,
ingeridas acidentalmente,provavelmente,
não causam danos.

 Quantidades maiores podem causar


danos sérios ou morte.
CONTATO COM A PELE
 Contato breve e ocasional da pele com
solventes não deverá causar danos
significativos.

 Os solventes podem destruir a gordura da pele,


podendo provocar infecção e dermatite.

 Os solventes podem causar irritação se a pele


afetada estiver propensa a friccionar-se contra
sapatos, roupas e luvas.
ADITIVOS
 Os aditivos melhoram ou aperfeiçoam
uma série de características das tintas,
sejam elas à base de água ou outro
solvente.

 Substância que, adicionada às tintas,


proporciona características especiais às
mesmas ou melhorias nas suas
propriedades.
 Existe uma variedade enorme de aditivos
usados na indústria de tintas e vernizes.

 Aditivos de Cinética
 Secantes
 Catalisadores
 Antipele

 Aditivos de Reologia
 Espessantes
 Trabalham a viscosidade na tinta e a espessura que o filme
da tinta vai ter depois de seca.
 Antiescorrimento
CONTATO COM OS OLHOS
 O alto nível de vapores dos solventes
líquidos podem ocasionar dores e irritação
dos olhos.
 Aditivos de Processo
 Surfactantes
 Umectantes e dispersantes
 Antiespumante
 Niveladores

 Aditivos de Preservação
 Biocidas
 Estabilizadores de ultravioleta
ADITIVOS DE CINÉTICA
 Secantes
 Promove ou acelera a secagem, cura ou endurecimento de resínas a
base de óleos vegetais
 São soluções de sais metálicos (cobalto, manganês, chumbo, zinco,
cálcio, ferro, zircônio, cério) de ácidos monocarboxílicos em
hidrocarbonetos.

 Fatores que afetam a secagem


 Temperatura
 Umidade relativa do ar
 Luz
 Ar
 Espessura da película
 Pigmentos
 Resinas
 Quantidade ideal de secante
FATORES QUE AFETAM A SECAGEM
 Pigmentos
 Os pigmentos podem alterar a secagem. Em tintas que contém negro
de fumo, dióxido de titâneo e azuis de ferro, o aumento do tempo de
secagem é mais acentuado devido ao fenômeno de adsorção do
secante pelo pigmento.

 Resinas
 Resinas mais saturadas (com menos ligações duplas) requerem mais
secantes que as insaturadas (com mais duplas ligações).

 Catalisadores
 A adição de catalisadores tem um efeito definitivo sobre a velocidade
da reação.
 Catálise homogênea
 Catalise heterogênea
ADITIVOS DE CINÉTICA
 Formação de peles
 Acontece quando a lata é aberta, em sua maior parte,
em tintas de secagem por oxidação e é causada pelo
mesmo processo que seca a película sobre uma
superfície.
 Evaporação do solvente.
 Espessamento do produto por oxipolimerização, até que se
transforme em uma película dura.

 Prevenção
 Manter os recipientes bem fechados.
 Adicionar uma pequena porção do diluente da tinta sobre a
superfície, formando uma camada protetora.
ADITIVOS DE CINÉTICA
 Adição de aditivos antipele
 São antioxidantes voláteis que retardam a formação
de pele e volatilizam quando a tinta é aplicada sobre
a superfície, permitindo que esta seque naturalmente.

 Oximas (metiletilcetoxima) e Fenóis (Guaiacol)

 São adicionados em pequenas proporções:


 0,1% do peso total da fórmula para tintas de secagem ao ar
 0,2% do peso total da fórmula para tintas de secagem ao ar
ADITIVOS DE PROCESSO
 São aqueles que durante a fase de preparação da tinta, facilita o processo
produtivo.
 Surfactantes, dispersantes, umectantes, agentes antiespumantes, agentes
penetrantes e nivelantes.

 Surfactantes ou tensoativos
 São utilizados como dispersantes durante a moagem
 São estabilizantes para as tintas, impedindo que seus componentes se separem ou
que o produto fique impróprio para o uso de tão espesso.
 Eles são também 'condutores da cor', porque tornam os pigmentos compatíveis com o
produto, de forma que a cor criada seja a mesma na tinta envazada e também depois
de aplicada.

 Umectantes e dispersantes
 Aditivos umectantes aceleram a umectação de aglomerados de pigmentos pela
resina
 Aditivos dispersantes promovem a estabilização da dispersão do pigmento

 Antiespumante
 Estouram as bolhas formadas quando a tinta é misturada na fábrica, no agitador
ou quando é aplicada na parede com rolos.
ADITIVOS DE PRESERVAÇÃO
 Biocidas

 Contaminação biológica pode ocorrer tanto na tinta


seca como na tinta úmida

 Tintas aquosas são sujeitas a contaminações


biológicas causadas por microorganismos, como
bactérias, fungos e algas ou, ainda liquens (simbiose
entre algas e fungos).

 Tintas contem compostos orgânicos que servem de


nutrientes para esses microorganismos.
REQUISITOS PARA O CRESCIMENTO DE
MICROORGANISMOS
BACTÉRIAS FUNGOS ALGAS
Luz Solar Não* Não Sim
*Clorofiladas

Oxigênio Aeróbicas Sim Sim


Anaeróbicas Necessita CO2
pH 2 a 13 Meio ácido Alcalino
Nutrientes Orgânico Carbono orgânico CO2
Inorgânico Nitrogênio Nitrogênio
Minerais Minerais
Temperatura Larga faixa 20 a 50 oC Tropical
Água Sim Umidade Sim
BIOCIDAS
 Exemplos de alguns princípios ativos de biocidas utilizados
durante a armazenagem:
 Formaldeído*, organo-mercuriais*, cianobutano (TEKTAMER 38),
benzotiazolonas (PROXEL), isotiazolonas (KATHON LXE)

 Exemplos de alguns princípios ativos de biocidas utilizados para


proteção do filme seco:
 Mercúrio (acetato de fenilmercúrio) *
 Estanho (óxido de tributil estanho)
 Nitrogenados(amidas e nitrilas)
 Compostos sulfurados/nitrogenados (sulfamidas, sulfonamidas,
tiazóis,isotiazolonas, ...)
*Biocidas mercuriais e cujo princípio ativo é o formaldeído, devido a sua alta toxidez, tem
sido substituídos por biocidas de largo espectro
Formaldeido

 SUBSTÂNCIA PROVAVELMENTE CARCINOGÊNICA

 Em contato com os olhos causa irritação e queimadura.

 Em contato com a pele causa irritação pronunciada e alergia.

 O gás é altamente tóxico em contato com a pele.

 Irritante do trato respiratório, podendo causar inflamação dos


brônquios, edema pulmonar, seguido de pneumonia.

 Altamente tóxico para ingestão, podendo causar náusea,


vômito e perda de consciência.
ESTABILIZADORES DE ULTRAVIOLETA

 Todos os materiais poliméricos, naturais ou


sintéticos são sensíveis a fatores de
intempéries,tais como, luz do sol, oxigênio e
umidade.

 A luz do sol contém radiações na faixa do


ultravioleta, que possuem ação destrutiva sobre
os materiais poliméricos.

 Para amenizar seus efeitos, utilizam-se


estabilizantes de ultravioleta.
ESPECTRO DE ULTRAVIOLETA

 UV-A (315-400 NANÔMETROS)


 Causa algumas degradações poliméricas
 Causa bronzeamento, mas não queimaduras
 Janelas de vidro não conseguem barrar este comprimento de
onda.
 UV-B (280-315 NANÔMETROS)
 Responsável pela degradação de muitos polímeros
 Causa queimaduras
 Absorvido pelas janelas de vidro
 UV-C (abaixo de 280 NANÔMETROS)
 Encontrado no espectro solar apenas no espaço exterior
 Filtrado pela camada de ozônio
 Pode causar reações irregulares nos polímeros
 Germicida: mata microorganismos
TIPOS DE ESTABILIZADORES ULTRAVIOLETA
 Desativadores
 Moléculas estáveis que sob a ação de radiação ultravioleta se tornam
altamente reativas.
 Utilizados em plásticos

 Decompositores de hidroperóxidos
 Complexos metálicos de enxofre que decompõe hidroperóxidos.
 Utilizados em plásticos

 Absorvedores de ultravioleta
 Sua atuação é baseada na absorção de raios ultravioleta, na faixa de
280 a 580nm, e sua conversão em energia térmica.
 Os utilizados em tintas são: 2-hidroxibenzofenona, oxianilida, 2-(orto-
hidroxifenil) benzotriazóis

 Bloqueadores de radicais
 São capazes de neutralizar os radicais formados pela quebra das
ligações e oxidação destes por hidroperóxidos
PLASTIFICANTES
 As camadas formadas pelas tintas devem possuir boa
flexibilidade para suportar o trabalho mecânico
desenvolvido pelos diferentes substratos.

 O objetivo dos plastificantes adicionados as tintas são


aumentar a flexibilidade e a aderência.

 Propriedades
 Compatibilidade
 Efetividade
 Permanência
 Estabilidade
CARACTERIZAÇÃO DE TINTAS

 Ensaios na tinta líquida:


 Composição
 Teor de pigmentos
 Poder de cobertura
 Viscosidade
 Tempo de secagem ou de cura
 Ponto de fulgor
 Medidas de espessura do filme úmido
CARACTERIZAÇÃO DE TINTAS

 Ensaios na película de tinta seca:


 Dureza
 Abrasão
 Flexibilidade
 Impacto
 Brilho
 Cor
 Ensaio de exposição
ANÁLISE INSTRUMENTAL NA INDÚSTRIA DE TINTAS
Técnica Aplicação
Espectroscopia no Infravermelho (IV) Informações sobre os grupos funcionais e
estruturas de compostos orgânicos e inorgânicos
Espectroscopia no Ultravioleta e Visível (UV-Vis) Determinação quantitativa de alguns compostos
orgânicos e inorgânicos

Espectroscopia de Absorção Atômica (AA) Determinação quantitativa de elementos metálicos

Espectroscopia de Ressonância Magnética Elucidação da estrutura molecular de compostos


Nuclear (RMN) orgânicos
Cromatografia Gasosa (CG) Separação e quantificação de compostos voláteis

Cromatografia Líquida de Alta Resolução (HPLC) Separação e identificação de compostos de baixo


peso molecular (2000) não voláteis e semi-voláteis
Cromatografia de Permeação em Gel (GPC) Determinação do peso molecular e média dos
tamanhos das moléculas dos polímeros.Separação
de misturas complexas de polímeros e aditivos
Calorimetria Diferencial (DSC) Medidas das transformações físicas e químicas
que envolvem a absorção ou liberação de calor
Análise Termogravimétrica Medida da alteração de massa na amostra como
função da temperatura
PRINCIPAIS ASPECTOS AMBIENTAIS
RELACIONADOS A TINTAS
 Desde sua fabricação até sua utilização o uso
do produto acaba gerando emissões
atmosféricas inclusive no processo de secagem

 O produto que não é consumido totalmente


acaba se transformando em resíduo

 Mesmo quando todo o conteúdo é utilizado


ainda sobrará a embalagem contaminada
PRESENÇA DE METAIS PESADOS
 Embora o uso de pigmentos a base de metais
esteja cada vez mais em desuso, sabe-se que
diversos pigmentos favorecem propriedades
mecânicas, por serem a base de metais
pesados

 Alem disso aditivos podem conter metais


pesados

 E resinas podem ser fabricadas usando-se


catalisadores a base de metais pesados
COMPOSTO ORGÂNICOS VOLÁTEIS
COVs ou VOCs
 As tintas possuem uma série de compostos
orgânicos voláteis, mesmo aquelas a base de
água, que contém alguns solventes

 As tintas a base de solventes podem gerar


emissões significativas durante a aplicação, pois
os COVs são evaporados no processo de
secagem

 Solventes de limpeza também contribuem para


esses impactos
COMPOSTO ORGÂNICOS VOLÁTEIS
COVs ou VOCs

 Incovenientes relacionados aos COVs:

 Absorção através da respiração

 Porserem inflamáveis, exigem cuidados especiais no


manuseio, transporte e acondicionamento

 Podem contaminar o solo, necessitando de cuidados


para que isso não aconteça
RESÍDUO PÓS-CONSUMO (BORRAS)

 Borras de tintas

 Embalagens contaminadas
 Geralmente metálicas podem causar impactos devido
aos metais pesados e aos solventes orgânicos

 Material contaminado diverso


 Fitasprotetoras
 Equipamentos de proteção
BIBLIOGRAFIA
Fazenda, J.M.R. - - Tintas & Vernizes - Ciência & Tecnologia - 3ª
edição, Editora Edgard Blucher: Abrafati (Associação Brasileira
dos Fabricantes de Tintas) – 2005.

Garbelotto, P. – Solventes Industriais – Seleção, Formulação e


Aplicação. 1ª edição, Edgard Blucher: Rhodia – 2007.

Hare, C.H. – Protective Coatings, Fundamentals of Chemistry and


composition, Technology Publishing Company, USA, vol. 1 e 2,
1994

Patton, T.C. – Pigment Handbook – John & Wiley Sons Intercience


Publication, N.Y., Vol. 1 e 2, 1973

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