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Progresso em Revestimentos Orgânicos 83 (2015) 64–70

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Progresso em Revestimentos Orgânicos

página inicial da revista: www.elsevier.com/locate/porgcoat

Efeito das adições de carbonato de cálcio precipitado em tintas à

base de água em diferentes concentrações de volume de pigmento
Fÿrat Karakas¸ ÿ, Behzad Vaziri Hassas, Mehmet S. C¸ elik
Universidade Técnica de Istambul, Faculdade de Minas, Departamento de Engenharia de Processamento Mineral, 34469 Maslak, Istambul, Turquia

informações do artigo abstrato

Historia do artigo: O dióxido de titânio (TiO2) , devido ao seu alto índice de refração, é amplamente utilizado na indústria de tintas como
Recebido em 19 de novembro de 2014
pigmento branco. Para reduzir este alto custo do TiO2, uma parte do TiO2 é geralmente substituída por outras cargas
Recebido em formato revisado em 7 de janeiro de 2015
minerais industriais, como calcita e caulim calcinado; no entanto, esta substituição afeta a qualidade das tintas em termos
Aceito em 7 de fevereiro de 2015
de estabilidade, cobertura (opacidade), brilho (brilho), resistência à abrasão (resistência do filme), etc. No presente artigo,
o carbonato de cálcio precipitado (PCC) foi substituído por TiO2 na tinta mistura em três diferentes concentrações de
Palavras-chave:
Calcita
volume de pigmento (PVC). Observou-se que a substituição do TiO2 pelo PCC depende do valor de PVC no qual existe
TiO2 uma quantidade ótima de PCC. A qualidade das tintas produzidas pela PCC juntamente com suas propriedades reológicas
Tinta à base de água foram avaliadas com base em características padrão em tintas úmidas e secas, como viscosidade, densidade, opacidade
e valores de brilho. A adição de PCC aumenta a opacidade até certo ponto. Da mesma forma, a resistência à abrasão e a
viscosidade aumentam com a adição de PCC em todos os PVCs, no entanto, a viscosidade não é tão crítica para a
produção de tinta. Por outro lado, não existe qualquer efeito sistemático do PCC no valor de brilho da tinta. Este estudo
demonstra em geral que o PCC pode ser usado com sucesso para substituir o TiO2 apenas com um ajuste cuidadoso do
PVC e outros extensores usados na formulação da tinta.

© 2015 Elsevier BV Todos os direitos reservados.

1. Introdução
As tintas são geralmente utilizadas tanto para fins decorativos como para
proteção de diversas superfícies. Existem dois tipos de tintas em termos de tipo
de solvente utilizado; nomeadamente à base de água e de solventes orgânicos, dos
quais as tintas à base de água são mais desejadas por serem mais amigas do
ambiente.
Uma tinta à base de água típica consiste em 20% de água, 30% de aglutinante,
10% de agentes químicos (aditivos) e 40% de pigmentos e minerais.
Os polímeros aglutinantes usados em tintas à base de água, geralmente uma
variedade de emulsões de copolímero estireno acrílico, são geralmente compostos
de 30 a 50% de água, que deixa o filme seco, deixando 50 a 70% das fibras
poliméricas expostas à superfície. Essas fibras servem tanto para aderir as
partículas umas às outras quanto à superfície. Na superfície de um filme seco,
existem apenas partículas de pigmento e fibras poliméricas para manter a
integridade do filme. Enquanto todos os outros componentes secam, as fibras
poliméricas e os minerais mantêm a identidade da película de tinta. Como
consequência, os minerais utilizados numa receita de tinta afectam directa e
fortemente as características da tinta.
ÿ Autor correspondente. Tel.: +90 212 2856123; fax: +90 212 2856128.
Endereço de e-mail: karakasf@itu.edu.tr (F. Karakas¸).
O TiO2 é o principal pigmento utilizado em tintas à base de água devido ao seu
alto índice de refração e capacidade de cobertura. Inorgânicos como TiO2 e ZnO
são conhecidos por suas propriedades fotocatalíticas. É por isso que os fabricantes
de TiO2 aplicam alguns revestimentos inorgânicos como óxido de alumínio (Al2O3)
e dióxido de zircônio (ZrO2) para reduzir a fotorreatividade desses materiais. Este
processo é especialmente aplicado às partículas de TiO2 de grau ultrafino porque
elas são altamente reativas devido às suas maiores áreas superficiais, o que as
torna materiais de maior fluxo de energia [14]. Qualquer tratamento orgânico ou
mesmo inorgânico aplicado à superfície do TiO2 resulta numa redução significativa
da sua atividade fotocatalítica. As partículas industriais de TiO2 usadas em tintas
são revestidas por uma camada de 9 a 10 nm de espessura, composta por três
camadas: ZrO2, Al2O3 e uma camada orgânica que pode ser aminoalcanol,
trimetilolpropano ou pentaeritritol. O processo de purificação junto com este
processo de revestimento dá uma resposta sobre por que esse pigmento é mais
caro do que os outros enchimentos em quase 30 a 50 vezes. Seu alto preço
incentiva os pesquisadores da indústria de tintas a buscarem substituições mais
versáteis e baratas.
Em uma base de volume igual, 64 partículas de TiO2 de 0,2 m podem ser
substituídas por um único carbonato de cálcio moído (GCC) de 0,8 m como
extensor de espaçamento [28]. Outra razão para usar extensores é dispersar as
partículas de TiO2 através do sistema tanto quanto possível, porque uma boa
dispersão quebra os aglomerados de TiO2 e evita a floculação durante a secagem
e, assim, melhora a qualidade óptica.

http://dx.doi.org/10.1016/j.porgcoat.2015.02.003 0300-9440/©
2015 Elsevier BV Todos os direitos reservados.
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tabela 1 mesa 2
Propriedades dos minerais utilizados. Receita de tinta comercial.

Mineral Absorção de óleo (ml/100 g) Tamanho M) Material Quantidade (%)

d50 d90 PVC 40 PVC 55 PVC 80

TiO2 20 0,3 0,8 Anticongelante 0,8

CCG 17 1.1 1,9 Biocida (antimicrobiano) 0,3
Caulim Calcinado 21 1,0 2.1 Espessante 0,2
PCC 40 1,9 2.4 Agente dispersante e umectante 0,5
Ajustador de 0,35
pH antiespumante 0,15
eficiência do filme [32,12,8]. Além disso, um extensor apropriado pode Espessante 0,1
Água 20.1 24,5 31,5
melhorar o brilho do filme seco [35]. Como a proporção de pigmentos e extensores
Pigmento 36,6 44,2 52.2
numa receita de tinta pode variar entre 25% e 37 25 10
Pasta acrílica estireno
40% [37], um grande número de minerais como caulim calcinado, talco, Silicone 0,1
e GCC são usados para diminuir o custo e melhorar alguns aspectos físicos, Dispersante 0,8
Diluente sintético 1.6
propriedades ópticas e mecânicas de tintas [22,18]. Entre estes,
Antibacteriano 0,3
O GCC é bem aceito e amplamente utilizado. O PCC pode ser considerado um
Butilglicol 0,8
forma mais pura de GCC em termos de morfologia e distribuição de tamanho. Agente anti-sedimentação 0,3
Como a produção de PCC é como um processo de precipitação de cálcio
carbonato, seus parâmetros característicos, como tamanho de partícula e sua Total 100

distribuição, pureza e estrutura cristalina podem ser facilmente controladas.

PCC é um enchimento mais preferível e um extensor para tinta, papel e
uniformidade geralmente resulta em uma formação consistente de filme de tinta
indústrias de tintas devido à sua maior brancura em comparação com o GCC.
na superfície, o que afeta diretamente a opacidade, o brilho e a abrasão
Neste estudo, o efeito do PCC em uma arquitetura de base aquosa
resistência.
formulação de tinta é investigada em três níveis de PVC com o objetivo
de sua substituição pelo TiO2. A qualidade da tinta foi determinada em
diferentes valores de PVC e diferentes dosagens usando indicadores como 2.2. Propriedades eletrocinéticas de minerais

opacidade, brilho, resistência à abrasão e viscosidade.

A fim de revelar o comportamento das partículas de PCC no sistema coloidal

2. Experimental de tinta, sua carga superficial foi examinada. Suspensões do PCC

de 10% em peso foram preparados para medições de potencial zeta.

2.1. Propriedades das matérias-primas Os valores de pH desejados foram obtidos usando HCl 0,1 M ou NaOH 0,1 M
soluções. “Zeta meter 3.0+” foi usado para medições de potencial zeta.

O caulim calcinado e a calcita utilizados neste estudo foram recebidos de

Empresas “Microns” e “Som Group” em Istambul, Turquia, respectivamente. O
dióxido de titânio é um produto comercial da Tronox (CR828).
É produzido pelo processo de cloreto e um pigmento rutilo tratado com zircônia/
alumina para uso em múltiplas aplicações. Estireno
o copolímero acrílico (PST 50A) utilizado como ligante foi obtido de
“Organic Chemical” e o restante dos componentes como dispersantes,
surfactantes e alguns solventes foram obtidos da “Ishakol
Paint Company” em Istambul, Turquia. PCC (B1) caracterizado por
cristais escalenoédricos com uma distribuição de tamanho estreita foram recebidos
2.3. Produção e caracterização de tintas
Uma receita de tinta comercial é mostrada na Tabela 2. Ela contém
três receitas de tintas industriais cujas concentrações de volume de pigmento
(PVC) variam com diferentes quantidades de água, pigmentos e
polímero aglutinante. O PVC é definido como a proporção volumétrica de pigmentos
ao copolímero total de pigmento e aglutinante; portanto, pode ser calculado
da seguinte equação como:

de “Adac¸ al Industrial Minerals AS¸.” em Afyon, Turquia. Este produto é produzido
especialmente para aplicações de pintura. Absorção de óleo, d50
e os tamanhos d90 dos minerais usados como pigmentos são apresentados na Tabela 1.
A absorção de óleo dos pigmentos na produção de tintas é importante
pois tem efeito direto na viscosidade e nas propriedades ópticas da tinta, bem como
bem como na resistência do filme. Este parâmetro foi avaliado
de acordo com o método de eliminação baseado na ref. [5].
Micrografias SEM de minerais são mostradas na Fig. 1a-c.Como aparente
a partir de imagens SEM, as partículas de TiO2 e PCC são mais uniformes que as
de calcita em termos de tamanho e formato de partícula. Esse
Vpigmento
%PVC = × 100
Vbinder + Vpigmento
Três tipos de tinta em termos de% de PVC, nomeadamente 40, 55 e 80
foram produzidos e examinados para identificar a interação do PCC
com outros pigmentos em uma série de quatro tintas considerando o
opacidade das tintas e sua capacidade de substituir o TiO2. As concentrações
críticas de volume de pigmento também foram calculadas com base no
absorções de óleo dos pigmentos [11]. Como uma combinação de sólido
partículas com diferentes quantidades e capacidades de absorção de óleo foi

Figura 1. Micrografias SEM de (a) TiO2, (b) GCC e (c) PCC.

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utilizado em cada formulação de tinta, os valores de CPVC passaram de 77,7% para
85,4%; 76,7% a 85,6% e 76,1% a 83,9% para tintas com valores de PVC de 40%, 55%
e 80%, respectivamente. Os valores de PVC de 40% e 50% estão abaixo do valor de
CPVC calculado. O valor de PVC de 80% em que foram utilizados caulim calcinado
e calcita ficou acima do CPVC. Vale ressaltar que a única parte que varia nas
receitas de tintas com diferentes valores de PVC são as quantidades de pigmentos,
ligante e água. Em cada receita, a quantidade que representa o pigmento é composta
por diferentes quantidades de TiO2, caulim calcinado, GCC e PCC.
A produção de tintas arquitetônicas à base de água é explicada em outro
lugar [17]. Um aplicador automático de filme foi utilizado para aplicar tintas
úmidas em gráficos de opacidade usando painéis de vidro e gráficos de leneta
em diferentes espessuras de acordo com os padrões relacionados. O aplicador
de filme produz um filme úmido com a espessura necessária, imobilizando o
gráfico e o painel em sua superfície usando um sistema de vácuo e movendo o
aplicador a uma velocidade constante de 15 cm/s [17]. Essa velocidade foi
escolhida porque resultou em um filme úmido uniforme nas superfícies. A
viscosidade das tintas foi determinada pelo viscosímetro Krebs, que é um
método prático e comum para determinar a viscosidade das tintas [3]. A
velocidade de rotação neste método é constante e igual a 200 rpm. Como
mencionado anteriormente, filmes úmidos de 200 m de espessura foram
aplicados no gráfico de opacidade e secos em condições normais por 48 horas.
Os gráficos utilizados para esse fim exibiam duas partes, uma branca e outra
preta. A opacidade da tinta foi determinada com base na diferença de contraste
entre essas duas partes do gráfico. Quanto mais tinta cobrir as superfícies,
menor será a diferença entre os dois blocos. Este parâmetro é uma das
propriedades mais importantes da tinta que foi determinada usando um
refletômetro (Sheen) baseado no padrão [4] . Uma película úmida de 90 m de
espessura sobre o painel de vidro foi aplicada e seca da mesma maneira. As
medições de brilho foram realizadas em filmes de tinta seca nesses painéis
usando o medidor de brilho Sheen, que mede a luz refletida em três ângulos de
incidência de 20ÿ, 60ÿ e 85ÿ.
.A
,
norma [16] para caracterização de brilho especifica que se um valor obtido no
ângulo de incidência de 60ÿ for maior que 60, a tinta é chamada de brilho, se
for menor que 60, o valor de brilho obtido em 85ÿ é considerado . Se for igual
ou maior que 10, a tinta é chamada de semibrilhante, se for menor que 10 é
chamada de fosca. A resistência à força de esfrega também foi examinada para
tintas produzidas em filmes de 200 m de espessura úmida em tabelas Leneta
[17]. Os filmes foram curados por 7 dias antes do exame. Cada gráfico foi
submetido a esfregação por uma máquina automática que move um esfregão
para frente e para trás em filmes de tinta por 200 vezes na presença de dode-
cilbenzenossulfonato de sódio (C12H25C6H4 SO3Na). A quantidade desgastada
de cada tinta foi determinada calculando a perda de peso e a área esfregada
com base em g/m2 [15].
Três receitas originais de tintas industriais que consistem em 16,5% de TiO2
e 20% de GCC ou C.Kaolin, 16% de TiO2 e 28% de GCC ou C.Kaolin e 16% de
TiO2 e 36% de GCC ou C.Kaolin foram preparadas para 40% , 55% e 80% de PVC
como referência em branco para comparação e depois submetidos à análise de
rotina. GCC e C.Kaolin foram então substituídos passo a passo por PCC para
revelar o efeito do PCC nas propriedades da tinta e comparar GCC, C.Kaolin e
PCC como substituintes para TiO2.
3 Resultados e discussão
3.1. Eletrocinética de minerais
O potencial Zeta de vários minerais usados neste artigo em função do pH é
representado na Fig. 2. O iep do TiO2 revestido com alumina usado como
pigmento fica entre o iep do rutilo puro (pH 4,9) e o da alumina pura (pH 9,2). O
iep do TiO2 utilizado neste estudo foi de 7,2. Da mesma forma, o iep do TiO2 na
forma de pigmento foi relatado como 6,7 com base em estudos anteriores [24].
60
40
20
0
PCC
Potencial
-20
CCG
(mV)
Zeta
-40 TiO2
-60
C. Caulim
-80
4 6 8 10 12 14
pH
Figura 2. Potencial Zeta dos pigmentos versus pH.
A Figura 2 mostra claramente que tanto o caulim calcinado quanto as
partículas de TiO2 são carregados negativamente, enquanto os outros minerais
são carregados positivamente na faixa de pH de 8 a 8,5, que representa o da tinta.
A comparação das cargas superficiais desses minerais nesta faixa de pH indica
que o caulim calcinado tem os maiores potenciais zeta negativos, seguido
pelo TiO2, enquanto tanto o GCC quanto o PCC são aproximadamente iguais e
positivos. Esta diferença no iep resulta na adsorção eletrostática de partículas
de TiO2 carregadas negativamente em partículas de PCC ou GCC carregadas
positivamente; portanto, a superfície das partículas de PCC é revestida com
partículas de TiO2, levando a um aumento geral na opacidade, uma vez que as
partículas de PCC começam a se comportar como um espaçador para o TiO2.
Este comportamento específico do caulim calcinado e do GCC como carga foi
relatado por [20]. O pH natural do PCC e seu iep foram encontrados em 9,2 e
9,8, conforme ilustrado na Figura 2.
3.2. Substituição de TiO2 por PCC
Embora a substituição do TiO2 pelo GCC reduza os custos de produção, a
opacidade do filme não é relativamente bem-sucedida.
A aplicação do PCC no lugar do GCC parece superar esse resultado negativo
[21]. A fim de revelar o efeito da adição de PCC em diversas formulações de
tintas, tintas em três diferentes concentrações de volume de pigmento (PVC)
foram produzidas e submetidas a testes padrão.
Os resultados estão ilustrados na Figura 3. Conforme apresentado na Figura
3, a opacidade das tintas aumenta com a adição de PCC até certo ponto, após
o qual é observada uma ligeira diminuição no caso da combinação TiO2 +
calcita + PCC. Este comportamento é verdadeiro para todos os três valores de
PVC. A adição de 17,5% de PCC para 40% e 55% de PVC e 22,5% de PCC para
80% de PVC produz opacidades ideais para essas formulações.
A Fig. 3 mostra claramente que as tintas contendo apenas PCC como extensor
não apresentam uma opacidade tão elevada como aquelas que contêm pelo
menos uma pequena quantidade de GCC ou C. Caulino juntamente com PCC.
No caso da combinação TiO2 + C.Caulim + PCC, a opacidade diminui com a
adição de PCC, exceto em 55% de PVC, que mostra uma tendência crescente.
Este aumento, porém, é menor se comparado à formulação correspondente de
TiO2 + calcita + PCC. Além disso, pode-se observar que as opacidades das
tintas contendo GCC + PCC são maiores que aquelas com C. Caulim + PCC em
todos os níveis de PVC. Isso significa que o par GCC + PCC é muito mais
compatível que C.Kaolin + PCC. Uma possível explicação para isso pode ser
fornecida com base nas interações eletrostáticas. A carga superficial de PCC e
GCC na faixa de pH de
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Figura 3. Opacidade e brilho de tintas em três diferentes níveis de PVC com vários extensores.

a tinta (8–9) é positiva, enquanto a do TiO2 e C.Kaolin é negativa.
Embora este fenômeno tenha seu efeito positivo na dispersão de partículas
diluentes quando se utiliza GCC ou PCC, ele tem efeito negativo visível ao
dar origem à coagulação dessas partículas em receitas nas quais C.Kaolin
também está envolvido. Espera-se uma atração eletrostática bastante alta
entre partículas de C.Kaolin com potencial zeta superior a -60 mV e partículas
GCC ou PCC cujo potencial zeta é de cerca de +20 mV. Há uma tendência
decrescente no valor de brilho das formulações, exceto em 80% de PVC
tanto para TiO2 + calcita + PCC quanto para TiO2 + C.Caulim + PCC. Neste
estudo também foi observado que o valor de brilho para tintas com maior
PVC é governado principalmente pela dispersão e moagem das partículas
de pigmento. Observamos tal comportamento para PVC de 80. Além disso,
formulações com valor de PVC de 80% especialmente para aquelas contendo
C. Caulim e calcita estão muito próximas ou acima do valor de CPVC
mencionado na Seção 2. Portanto, é difícil obter resultados sistemáticos
para 80%.
A viscosidade das tintas está na faixa de 120–134, 110–127 e 97–121
Unidade Krebs (KU) para 40%, 55% e 80% de PVC, o que mostra tendência
crescente com diminuição do PVC. Não há alteração sistemática nas
viscosidades da tinta ao alterar o tipo e a quantidade de partículas sólidas e
todos os valores de viscosidade, exceto 80% do PVC, estão em uma faixa
aceitável.
Considerando estes dois conjuntos de valores de brilho, fica claro que
o PCC diminui o brilho das tintas produzidas. Embora este não seja um
resultado negativo para o PCC, pode restringir as áreas e formulações nas
quais o PCC pode ser utilizado, uma vez que altera a classe de brilho da tinta.
A avaliação de todos os resultados apresentados na Fig. 3 mostra
claramente que a interação entre as partículas do extensor também é crucial
para a qualidade da tinta. C. O caulim tem um efeito prejudicial para a adição
de PCC na tinta, especialmente no valor de opacidade, enquanto a calcita não temdo
efeito
TiO2adverso
carregada
muito menos se comporta como um promotor do PCC. É também evidente
que o PCC tem um impacto muito eficaz na diminuição da quantidade de
TiO2, considerando o aumento de 1,1% na opacidade após a adição de PCC
para TiO2 + calcita + PCC a 40% de PVC; um aumento de 1,1% na opacidade
significa uma redução de aproximadamente 8% em peso. TiO2 na
formulação conforme apoiado por nosso estudo anterior [33].
Nós, em estudo anterior, relatamos uma nova formulação contendo
35% de pigmento que substituiria 8% de TiO2 por extensores perfazendo
uma quantidade total de 23%(20%PCC + 3% GCC) sem causar qualquer
efeito adverso nos principais propriedades da tinta, conforme mostrado na Fig .
Esta substituição proporciona maior tenacidade do filme e uma receita
economicamente preferível com base nos resultados relatados. Curiosamente,
a opacidade diminuiu 1,3% após a substituição de 8% de TiO2 por GCC.
Economia de 8% de TiO2 com apenas 0,2% de redução na opacidade é
obtida usando 20% de PCC mais 3% de GCC (Fig. 4). No presente estudo,
estudos e resultados anteriores foram aprimorados e verificados através da
realização de outra série de tintas com diferentes formulações e valores variados de P
Os resultados relatados na Figura 3 estão de acordo com o estudo anterior
promovendo o efeito da adição de PCC na tinta, conforme mostrado na
Figura 4.
O comportamento de fluxo das suspensões de PCC foi definido como
pseudoplástico onde sua viscosidade aumentou com o aumento do pH
dentro da faixa de pH examinada. Assim, o PCC proporciona maior
viscosidade dentro da faixa de pH da tinta (cerca de 8,5) e a adição de mais
aditivos para aumentar a viscosidade da tinta pode ser diminuída. O PCC
rendeu viscosidades quase 10% maiores em comparação com os demais [33].
O ponto isoelétrico de (iep) para TiO2, GCC e PCC foi encontrado como
7,7, 9,2 e 9,8, respectivamente. Na faixa de pH da tinta, como a superfície
das partículas de GCC e PCC são levemente carregadas positivamente e a
ou negativamente, esse fenômeno leva a
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99
98,5 Opacidade
98
Opacidade
Cobertura)
(%
97,5
123 4
Tinta (ID da formulação)
Figura 4. Substituição de TiO2 por GCC e PCC para diferentes receitas de tintas. [33].
interações eletrostáticas entre os extensores e o TiO2. Essa interação deve ser
dificultada ao máximo para evitar aglomeração que resulta em menor eficiência na
opacidade.
É bem conhecido que partículas de calcita com distribuição de tamanho ideal
contribuem para uma melhor distribuição de partículas de TiO2 no meio de tinta
através de interações eletrostáticas [17,34]. Por outro lado, com PVC constante, o
GCC oferece uma relação de contraste muito menor em comparação com o PCC.
Quanto maior o tamanho médio das partículas (d50), menor será o coeficiente de
dispersão e menor o poder de cobertura. Uma das principais funções dos pigmentos
extensores é atuar como espaçamento de partículas para otimizar a eficiência de
ocultação do pigmento branco principal (TiO2) e evitar o apinhamento dessas
partículas para produzir um filme mais homogêneo na superfície [26,28,6]. A
aglomeração de TiO2 nas tintas afeta a dispersão do feixe de luz recebido. Deve
haver alguns vazios ou outras partículas com diferentes índices de refração para
reter a luz dentro do filme. Quando a concentração do volume do pigmento excede
20%, a eficácia do pigmento branco (TiO2) começa a diminuir [12].
Esta é a razão pela qual outras partículas com índices de refração mais baixos são
necessárias.
A distribuição do tamanho das partículas dos pigmentos é outro parâmetro do
qual dependem a dispersão da luz e a opacidade. Sabe-se que quanto menor o
tamanho dos co-pigmentos ou extensores, mais dispersas as partículas de TiO2.
As partículas em tal situação fornecem o espaçamento máximo [9,28,32]. A faixa
otimizada para o espalhamento em si é de 0,2 m para TiO2 e 1,3–1,7 m para GCC
[23]. Usando GCC, no entanto, sabe-se que a melhor eficiência de espaçamento é
alcançada quando o diâmetro médio das partículas é de cerca de 0,8 m ou menos.
Este efeito desaparece quando o diâmetro da partícula ultrapassa 10 m [28]. Esta é
a principal razão pela qual e como a aglomeração de PCC ou GCC com C.Kaolin
causa uma perda de eficiência destes diluentes. A forma e a estrutura dos
pigmentos certamente desempenham um papel significativo no poder de cobertura
das tintas produzidas. Pigmentos com alta proporção de aspecto são mais
desejáveis em termos de estrutura de empacotamento para dispersão de luz.
Pigmentos estruturados, como argila calcinada ou pigmentos com cristal
escalenoédrico (alta proporção de aspecto), como PCC, melhoram a cobertura seca
através do aumento das interfaces com vazios de ar [25]. Para alto
50
PCC
20
TiO2
10
Quantidade
usada
CCG
(%)
0
opacidade e ocultação seca na tinta, a absorção de óleo do pigmento branco deve
ser alta para uma eficiência desejável [7,27,29]. Sabe-se que o PCC exibe alta
absorção de óleo entre outros co-pigmentos e extensores, o que por sua vez
resulta em maior opacidade na tinta. Este facto também foi confirmado no presente
inquérito.
Conforme descrito acima, partículas mais finas dão origem a um sistema de
pintura mais homogêneo e também a um maior poder de cobertura. Além disso, a
produção de PCC é um processo de recristalização de calcita sob condições bem
controladas; portanto, os produtos são mais puros com maior brancura de valor L.
Em termos de comportamento físico, quanto mais escuro (menor brancura com
valor L) for o pigmento, maior será a absorção de luz. Com base nesses fatos, o
caulim calcinado e o GCC oferecem menor refletância e valor L de brancura, em
comparação ao PCC [10,30].
Descobriu-se também que o PCC aumenta a resistência dos filmes de tinta
contra a abrasão, conforme apresentado na Fig. 5. Embora outros parâmetros,
como o tipo de polímero aglutinante, a formulação de PVC e a compatibilidade
entre os pigmentos no sistema sejam significativos para a tenacidade do filme, a
absorção de óleo parece ser o parâmetro mais importante. [25] relataram que a
resistência à esfrega diminuiu com o aumento da absorção de óleo dos pigmentos,
porém, essa diminuição começou após cerca de 45 g/100 g de acordo com o
método Rub-Out baseado na ref. [2].
Neste trabalho relatado é evidente um aumento na tenacidade do filme após a
adição de PCC. Verificou-se neste estudo que tintas com menor PVC apresentam
maior resistência à abrasão em comparação com aquelas com maior PVC. Este é
um resultado esperado, pois a proporção de aglutinante para pigmento em receitas
com baixo teor de PVC é alta o suficiente para permitir que o aglutinante mantenha
as partículas de pigmento fortes. Neste último grupo, entretanto, o uso de PCC
aumentou acentuadamente a tenacidade do filme em ambos os sistemas em que o
PCC foi usado juntamente com C.Kaolin e GCC. A maior tenacidade foi observada
com as tintas que continham maior quantidade de PCC como diluente. O PCC em
termos de tenacidade do filme também parece ser mais compatível com o GCC do
que o C.Kaolin, como mostrado na Fig. 5. Além dos resultados de opacidade
mostrados na parte anterior deste estudo, bem como em nosso estudo anterior, os
melhores resultados para resistência do filme foram encontradas para tintas nas
quais o PCC foi usado junto com o GCC. Usando apenas PCC, melhorou a
resistência à abrasão das tintas
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Figura 5. Efeito do PCC na resistência à abrasão de tintas em diferentes níveis de PVC.
embora não tanto quanto as combinações PCC + GCC. Para as tintas onde foi
utilizada a mistura PCC + C.Caulim, o último ponto que contém apenas PCC
apresentou o melhor desempenho em termos de tenacidade do filme. Este
estudo também validou as descobertas anteriores sobre o aumento da camada
esfregada de tintas, aumentando o PVC, ou seja, diminuindo a proporção de
ligante para pigmento [25].
A separação de fases e a facilidade de aplicação, bem como as alterações
de viscosidade foram verificadas após o armazenamento. Separações de fases
foram detectadas para todas as tintas; é menor em tintas contendo PCC. No
entanto, o bolo de pigmento foi facilmente reincorporado agitando manualmente
com a espátula e foram obtidas tintas homogêneas. Os valores de viscosidade
aumentaram 10 KU, o que é normal e está dentro de uma faixa aceitável para
valores de PVC de 40 e 55.
A aplicação da tinta também foi testada com aplicador de filme e pincel.
Facilidade de aplicação e filmes homogêneos foram obtidos para valores de
PVC de 40 e 55. Por outro lado, foi difícil aplicar e obter um filme liso para
valores de PVC de 80%. A formulação deste PVC consiste em uma quantidade
muito grande de partículas de pigmento e, portanto, muito próxima do CPVC.
Portanto, o PVC de 80% não é aplicável na prática.
4. Conclusões
As seguintes descobertas importantes foram derivadas desta investigação.
I As formulações ideais desenvolvidas para diferentes valores de PVC
mostram que é possível a redução do TiO2 com a adição de PCC sem causar
qualquer efeito adverso nas principais propriedades da tinta. Esta
substituição proporciona maior tenacidade do filme e uma receita
economicamente preferível.
II As alterações nos valores de opacidade e brilho são dramáticas após a
adição de PCC para 40% de PVC em comparação com 55% e 80% de PVC.
Isto é atribuído à eficácia dos micro e nano vazios de ar em valores mais
elevados de PVC.
III PCC apresentou resultados mais favoráveis que GCC e C.Kaolin em termos
de propriedades ópticas como opacidade e brilho. Embora o PCC possa ser
considerado um extensor de TiO2 indispensável, a contribuição de
partículas de GCC ou C.Kaolin para o poder de cobertura do filme de tinta é
parcialmente restrita.
69
IV A interação entre as partículas é crucial para a qualidade da tinta. C.O caulim
apresenta efeito prejudicial para a adição de PCC que causa o problema de
aglomeração regido pela atração eletrostática entre as partículas enquanto
a calcita não apresenta tal problema.
Isto se deve à atração eletrostática que é governada pela carga superficial
das partículas na faixa de pH do meio de pintura.
Reconhecimentos
Este trabalho foi apoiado pelo Programa de Pesquisa Científica da ITU
(Universidade Técnica de Istambul) com um número de projeto 36603.
Os autores reconhecem o apoio financeiro da UIT.
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