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Matemática Financeira

Arthur Filgueiras

Curso Técnico em Administração


Educação a Distância
2018
EXPEDIENTE
Professor Autor
Arthur Filgueiras

Design Educacional
Deyvid Souza Nascimento
Renata Marques de Otero

Revisão de Conteúdo
Dayvson Ricardo Rufino da Silva

Revisão de Língua Portuguesa


Eliane Azevêdo

Diagramação
Fernanda Paiva Furtado da Silveira

Coordenação
Antônio Silva
Francisco Buarque

Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Terezinha Mônica Sinício Beltrão

Coordenação Geral
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação


Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação
(Rede e-Tec Brasil).

Janeiro, 2017
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB

F478m
Filgueiras, Arthur.
Matemática Financeira: Curso Técnico em Administração: Educação a distância / Arthur
Filgueiras. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, 2018.
70 p.: il. tab.

Inclui referências bibliográficas.


Material produzido em janeiro de 2017 através de convênio com o Ministério da Educação
(Rede e-Tec Brasil) e a Secretaria de Educação de Pernambuco.

1. Matemática. 2. Matemática. 3. Financeira. I. Filgueiras, Arthur. II. Título.


CDU – 536.21

Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129


Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 5

1.Competência 01 | Capital, Juros e Taxa de Juros ................................................................................ 6

1.1 Regime de Capitalização Simples ............................................................................................................... 7

1.2 Regime de Capitalização Composta ........................................................................................................... 8

1.3 Juros simples: taxas equivalentes ............................................................................................................ 10

1.4 Valor nominal e valor presente (ou atual) no regime de juros simples ................................................... 11

1.5 Juros Compostos ...................................................................................................................................... 14

1.5.1 Cálculo do Montante............................................................................................................................. 16

1.5.2 Cálculo de Juros Compostos ................................................................................................................. 16

1.5.3 Cálculo do Valor Atual (V) e do Valor Nominal (N) ............................................................................... 17

1.5.4 Calculando taxas equivalentes .............................................................................................................. 18

1.5.5 Cálculo do prazo de aplicação de Juros Compostos ............................................................................. 19

2.Competência 02 | Cálculo de Juros, Valor Futuro, Valor Presente e Prestação a Partir do Uso da
Calculadora Financeira HP12C.............................................................................................................. 22

2.1 Apresentação da HP 12 C ......................................................................................................................... 22

2.1.1 Funções básicas ..................................................................................................................................... 23

2.1.2 Troca de sinal e armazenamento de valores na Calculadora HP12C .................................................... 27

2.2 Cálculo de Juros Simples na HP12C .......................................................................................................... 28

2.3 Cálculo de Juros Compostos na HP12C, valor futuro e valor presente.................................................... 31

2.3.1 Cálculo do valor futuro e de juros compostos ...................................................................................... 31

2.3.2 Cálculo do Valor Presente ..................................................................................................................... 32

2.4 Prestações ................................................................................................................................................ 34

2.4.1 Pagamentos antecipados ...................................................................................................................... 35

2.4.2 Cálculo de prestações quando existe carência ..................................................................................... 36

3.Competência 03 | Sistemas de Amortização Price e Sistema de Amortização Constante (SAC) ..... 39

3
3.1 O estudo de empréstimos ........................................................................................................................ 39

3.2 Sistema de Amortização Constante (SAC)................................................................................................ 41

3.2.1 SAC com prazo de carência e prazo de utilização unitária ................................................................... 43

3.2.2 SAC com prazo de carência, juros capitalizados e prazo de utilização unitário ................................... 44

3.3 Sistemas de Amortização Price ................................................................................................................ 45

4.Competência 04 | Cálculo de Juros, Valor Futuro, Valor Presente e Prestação a Partir do Uso da
Planilha Eletrônica Excel ....................................................................................................................... 50

4.1 Noções gerais para o trabalho com a planilha Excel ................................................................................ 50

4.2 Cálculo do Montante e do capital em Juros compostos: procedimentos para construção da planilha no
Excel ............................................................................................................................................................... 53

4.3 Cálculo do Valor Futuro............................................................................................................................ 57

4.3.1 Função VF .............................................................................................................................................. 58

4.4 Cálculo do Valor Presente ........................................................................................................................ 62

4.5 Cálculo de Prestações .............................................................................................................................. 63

Conclusão ............................................................................................................................................. 68

Referências ........................................................................................................................................... 69

Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 70

4
Introdução
Prezado(a) aluno(a), primeiramente, queremos lhe dar as boas-vindas ao Módulo de
Matemática Financeira do nosso Curso Técnico em Administração e lhe parabenizar por ter chegado
até aqui.
Com certeza você já ouviu falar sobre uma Matemática que é voltada para o estudo e para
o cálculo de valores financeiros, descontos bancários, juros, dentre tantos outros conceitos que
ouvimos falar nos noticiários na TV, na internet, nas rodas de conversa e, principalmente, quando
vamos fazer compras no supermercado, nas lojas dos shoppings centers e ainda no momento em que
objetivamos atuar no mercado empresarial como empreendedores e donos do nosso próprio
negócio, tanto aplicando nosso dinheiro como também na administração dele para o pagamento de
eventuais empréstimos.
Com tantas expectativas e necessidades de nos aprofundarmos nesse conhecimento
financeiro que envolve a Matemática Financeira, convidamos você, durante esta disciplina, para
conhecer as noções de Juros simples e Compostos e de Capital já na primeira semana, bem como o
estudo e o cálculo de prestações através da calculadora financeira HP12C na segunda semana, para
os Sistemas de Amortização Constante e Price na terceira semana e, teremos ainda, em um último
momento, a oportunidade de utilizar a planilha eletrônica Excel para o cálculo de juros e prestações
já estudados na primeira semana.
A seguir, estudaremos as noções de Capital para uma posterior compreensão do Conceito
de Juro. A cada conceito trabalhado, iremos trazer exemplos dentro dos contextos em que você já
está acostumado no seu dia a dia como também aqueles em que você irá se deparar quando estiver
no exercício profissional como técnico em administração. Já no estudo dos conceitos de Juros Simples
e Compostos, você terá a oportunidade de conhecer suas aplicações práticas no cotidiano e no
mercado de consumo de bens e produtos, através de exemplos com aplicações das fórmulas como
também através de exercícios em que você terá a oportunidade de praticar os conceitos aqui
estudados. Vamos começar?

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Competência 01

1.Competência 01 | Capital, Juros e Taxa de Juros


O que você achou da atividade do fórum? Acreditamos que o debate e a exposição das
ideias sobre o material trabalhado tenham lhe deixado curioso para este momento em que
estudaremos as noções de Juros Simples e Compostos e de Capital.
Primeiramente, precisamos entender a noção de capital. Para Hazzan e Pompeo (2014),
este pode ser definido como:

Qualquer valor monetário que uma pessoa física ou jurídica empresta para outra num
determinado intervalo de tempo.

Dentro desse contexto, o que seriam juros? Para esses mesmos autores, podemos
conceituá-los como:

O custo de um empréstimo para o tomador (aquele que recebe o empréstimo) ou a


remuneração que o emprestador recebe por dispor de seu capital para uso de terceiros.

É importante destacar, com essas definições, que a cobrança de juros pelo emprestador
se deve, principalmente, ao fato de este se abster do valor emprestado por um determinado período,
como também por uma possível perda do valor emprestado por conta da inflação ou, ainda mesmo,
pelo risco que corre de não receber o dinheiro emprestado de volta se o tomador do empréstimo for
um mau pagador.
Na Matemática Financeira, o cálculo do Juro só é possível de ser efetuado mediante
cobrança por uma taxa, conhecida como taxa de juros, que é fixada no mercado de capitais a partir
da “interação entre as forças que regem a oferta e a procura de créditos” (GOMES e MATHIAS, 2014,
p.4). Dessa forma, podemos definir o caminho para o cálculo de juros simples através da seguinte
fórmula:

J = C.i.n

Onde: J corresponde ao Juro; C, ao capital; i, a taxa; e n, ao período em que esse capital


for disponibilizado.
Podemos, assim, entender o conceito de Juro como o custo que temos a pagar ao tomar
um valor emprestado de uma instituição financeira ou ainda como o valor que recebemos quando

6
Competência 01

emprestamos um dinheiro. Um exemplo bem prático é quando aplicamos valores em uma poupança
e dentro de um mês já podemos obter a remuneração pelo período em que o dinheiro esteve
aplicado.
Vale destacar ainda a noção de Montante (M) como sendo a soma do capital inicial (C)
com os juros (J) obtidos no período analisado:

M=C+J

Antes mesmo de iniciarmos os estudos de Juros Simples e Compostos, é importante que


você entenda as noções básicas dos regimes de capitalização simples e composta, como veremos a
seguir, com base em Hazzan e Pompeo (2014).

1.1 Regime de Capitalização Simples

Neste regime, o juro gerado em cada período é constante e igual ao produto do capital
pela taxa. Além disso, os juros são pagos somente no final da operação. Vejamos um exemplo:
Exemplo:
Um capital de R$ 1.000,00 foi aplicado durante três anos à taxa de 10% a.a. (equivalente
a 0,10 – fruto da divisão de 10 por 100), em regime de juros simples. Nesse caso, o valor dos juros
será obtido pela soma do valor do juro em cada período:
 Durante o 1º ano, o juro gerado foi de 1000 (0,10) = 100.
 Durante o 2º ano, o juro gerado foi de 1000 (0,10) = 100.
 Durante o 3º ano, o juro gerado foi de 1000 (0,10) = 100.
Dessa forma, somente o capital aplicado é que rende juros. O montante, após três anos,
foi de R$ 1.300,00. O valor foi obtido a partir da soma do capital inicial com os juros de cada um dos
períodos anteriormente calculados.
Vamos entender a seguir o regime de capitalização composta com base nos supracitados
autores.

7
Competência 01

1.2 Regime de Capitalização Composta

Quanto ao regime de Capitalização Composta observe que o juro do 1º período se agrega


ao capital, resultando no montante M1. O juro do 2º período, que é igual ao produto de M1 pela taxa,
agrega-se a M1, resultando no montante M2. Já o juro do 3º período, que é igual ao produto de M2
pela taxa, agrega-se a M2, resultando em um montante M3, e assim por diante. Vejamos um exemplo:
Exemplo resolvido: Um capital de R$ 1.000,00 foi aplicado durante três anos à taxa de
10% a.a. (equivalente a 0,10 – fruto da divisão de 10 por 100), em regime de juros compostos. Nesse
caso, o valor dos juros será obtido da seguinte forma:
 Durante o primeiro ano, o juro gerado foi de 1000.(0,10) = 100 e o montante após
um ano foi de R$ 1.100,00.
 Durante o 2º ano, o juro gerado foi de 1100.(0,10) = 110 e o montante após dois anos
foi de R$ 1.210,00.
 Durante o 3º ano, o juro gerado foi de 1210.(0,10) = 121 e o montante após três anos
foi de R$ 1.331,00.
Como você pôde perceber, em termos bem práticos, no regime de capitalização simples
teremos a incidência de juros apenas sobre o capital enquanto que no regime de capitalização
composta teremos o acréscimo de juros sobre o valor do montante do período anterior considerado.
Como exemplo para esse último caso, podemos analisar os problemas que são decorrentes da falta
de pagamento das faturas de cartão de crédito.
Vamos pensar juntos? Caso você tenha um cartão de crédito e não efetuou o pagamento
de sua fatura na data estabelecida, você terá uma nova dívida que corresponde aos juros cobrados
pelo período em que você passar sem quitá-la. Tal dívida será cobrada em regime de juros compostos,
pois ao valor que você devia na data do vencimento serão acrescidos, dentre outros encargos, os
juros referentes aquele dia de não pagamento e, passado mais um dia, haverá a cobrança de juros
sobre o total devido no período anterior, ou seja, serão cobrados juros sobre juros.
Gostaria de lhe convidar, nesse momento, a dar uma paradinha com os estudos em nosso
caderno, para assistir a uma videoaula sobre o conceito de Fluxo de Caixa e algumas de suas
aplicações para o estudo de Juros e Capitais.

8
Competência 01

O que você achou da nossa videoaula? Vamos praticar um pouco os conceitos até aqui
estudados a partir de alguns exemplos resolvidos e através de algumas atividades propostas que
estão disponíveis na obra “Matemática Financeira” de Hazzan e Pompeo (2014).

Exemplos resolvidos:
Exemplo 01: Um capital de R$ 8.000,00 é aplicado durante um ano à taxa de 22% a.a.
(Leia: 22% ao ano). Nessas condições, calcule o juro e o montante:
Resolução:
Para o cálculo do juro, basta aplicarmos a fórmula que já estudamos anteriormente:
J = C.i.n
J = 8.000(0,22).1 = 1.760
Se o juro no período de um ano é de R$ 1.760,00, o montante será igual a:
M = 8.000 + 1.760 = 9.760
Exemplo 02: Olívia aplicou R$ 12.000,00 a juros compostos à taxa de 1% ao mês. Dois
meses depois, fez um saque de R$ 5.000,00 e deixou o restante aplicado à mesma taxa. Qual seu
montante três meses após o saque?
Resolução:
 Montante após um mês:
12.000 + (0,01)12.000 = 12.120
 Montante após dois meses e antes do saque:
12.120 + (0,01)12.120 = 12.241,20
 Montante logo após o saque:
12.241,20 – 5.000 = 7.241,20
 Montante um mês após o saque:
7.241,20 + (0,01)7.241,20 = 7.313,61
 Montante dois meses após o saque:
7.386,75 + (0,01) 7.313,61 = 7.386,75
 Montante três meses após o saque:
7.386,75 + (0.01)7.386,75 = 7.460,62

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Competência 01

Agora que exploramos as noções dos regimes de capitalização simples e composta, que
tal praticarmos a partir dos seguintes exercícios?

Exercícios propostos
Considere o investimento de R$ 200,00 que retornou R$ 212,00 a seu investidor.
Identifique: a) o capital principal; b) o montante; c) os juros; d) a taxa de juros;
Se o prazo da aplicação do exercício 1 foi de 3 meses, qual a taxa trimestral de juros? Qual
o regime da aplicação (simples ou composto) considerado no cálculo destes juros?
Considerando ainda o exercício 1, qual a taxa de juros mensal simples da aplicação?
Um capital de R$ 10.000,00 é aplicado a juros simples, à taxa de 1,5% a.m. Obtenha o
montante para o prazo de 3 meses.
Michele aplicou R$ 10.000 a juros compostos e à taxa de 0,7% a.m. Três meses depois
sacou R$ 6.000 e deixou o restante aplicado à mesma taxa. Calcule seu saldo um mês após o saque e
dois meses após o saque.
A seguir, estudaremos as aplicações referentes ao tratamento de Juros Simples.

1.3 Juros simples: taxas equivalentes

Como você viu, o conceito de Juros Simples já foi trabalhado anteriormente quando
estudamos o Regime de Capitalização Simples. Vamos estudar agora uma particularidade dos Juros
Simples que envolve a Equivalência de Taxas. Nesse caso, você estará diante de situações em que
teremos a utilização de uma taxa de juros em uma unidade de tempo diferente do período em que é
dado para utilização de um determinado capital. Diante desse problema, precisamos trabalhar com
taxas de juros equivalentes. Mas o que são taxas equivalentes? Para Hazzan e Pompeo (2014), essas
taxas, a título de Juros Simples, quando aplicadas em um mesmo capital e durante um mesmo
período, deram juros iguais. Vejamos alguns exemplos:
Exemplo 01: Em juros simples, qual a taxa anual equivalente a 1% a.m.?
Resolução: Você deve, primeiramente, ter ciência de que as taxas equivalentes serão
sempre proporcionais aos prazos a que se referem. Dessa forma, fica bastante fácil resolver
problemas desse tipo e outros que seguem posteriormente em nosso caderno. Como o problema

1
0
Competência 01

está solicitando a taxa, em anos, equivalente a taxa de 1% ao mês, basta multiplicar a referida taxa
por 12. Logo, teremos: 12.1% = 12% a.a. (ao ano).
Exemplo 02: Nas mesmas condições da questão anterior, qual é a taxa mensal equivalente
a 9% a.t (ao trimestre)?
Resolução: Para esse problema, temos uma taxa em trimestre, sendo solicitada uma taxa
mensal. Para seu cálculo, basta dividir a taxa em trimestre por 3, já que um trimestre possui três
meses, e teremos a taxa mensal solicitada: 0,09 (9%): 3 = 3% a.m. (ao mês).
Na sequência, você estudará as noções de Valor Nominal e de Valor Atual no regime de
juros simples.

1.4 Valor nominal e valor presente (ou atual) no regime de juros simples

Os conceitos de Valor Atual e de Valor Nominal são bem elucidados e problematizados


por Hazzan e Pompeo (2014).
Vamos supor agora que você adquira uma dívida de R$ 11.000,00 a ser paga daqui a cinco
meses. Se você puder aplicar seu dinheiro hoje, a juros simples e à taxa de 2% a.m., quanto precisará
aplicar para poder pagar a dívida no seu vencimento? Em problemas desse tipo, a aplicação de um
capital, a uma determinada taxa de juros, e a um prazo anterior ao vencimento da dívida – aqui
chamada de Valor Nominal, terá como resultado um montante equivalente ao Valor Nominal que
aqui denominamos de Valor Atual ou Valor Presente. Para o seu cálculo, aplicaremos a seguinte
fórmula:

V + V.i.n = N

Onde:
N: Valor nominal
V: Valor atual
i: Taxa de Juros
n: Prazo de aplicação do capital até o vencimento.
Vejamos agora como poderemos resolver o problema anteriormente apresentado e, na
sequência, veja mais um exemplo resolvido por Hazzan e Pompeo (2014) para que você possa praticar
um pouco mais.

1
1
Competência 01

V + V.i.n = N
V + V.(0,02).5 = 11.000
1,1V = 11.000
11.000
𝑉= = 10.000
1,1

Exemplo resolvido: considere que um investidor tenha adquirido por R$ 17.000,00 um


título de uma empresa, cujo valor nominal seja de R$ 20.000,00. Se o prazo para vencimento for igual
a 12 meses, a operação dará ao investidor o direito de receber R$ 20.000,00 daqui a 12 meses. Nessas
condições:
a) Qual é a taxa de juros dessa aplicação, no período e ao mês, no regime de juros
simples?
b) Supondo que seis meses antes do vencimento do título, o investidor, precisando de
dinheiro, decida vender o título para outro investidor, supondo ainda que, nessa
data, a taxa de juros para esse tipo de aplicação tenha caído para 1,3% a.m., qual é o
preço de venda do título?

Resolução:
a) Primeiramente, precisamos encontrar a taxa de juros da aplicação. Para isso, basta
dividir o valor de resgate do título pelo valor que esse foi adquirido e depois subtrair o resultado de
um inteiro, que em Matemática Financeira, representa 100%:

20.000
i = 17.000 − 1 = 17,65% a. p. (leia ao período)

Por equivalência de taxas, você já pode concluir que a taxa, ao mês, pode ser calculada
através da divisão da supracitada taxa por 12:
17,65%
𝑖= = 1,47% a. m.
12

b) Para resolver esse problema, é interessante que você registre todos os dados que o
problema dispõe de modo a facilitar sua compreensão do que está sendo pedido.

1
2
Competência 01

Nesse caso, temos i = 1,3% a.m., n = 6 meses e N = 20.000:


V = V.(0,013).6 = 20.000
1,078V = 20.000
20.000
V= 1,078

V=18.552,88
Agora que você já estudou as noções básicas envolvendo Juros Simples, que tal praticar
mais um pouco com os seguintes exercícios propostos?

Exercícios propostos
1) Qual é a taxa de juros simples que transforma R$ 4.500,00 em um montante de R$ 8.100,00 em
um ano?
2) Um capital de R$ 5.000,00 rendeu R$ 1.200,00 em 180 dias. Qual é a taxa anual de juros simples
obtida?
3) Uma loja de eletrodomésticos anuncia que seus aparelhos são vendidos para se pagar após 60
dias sem juros. No entanto, concede um desconto de 10% para compras à vista. Qual a taxa de
juros bimestral cobrada, disfarçada pelo marketing financeiro da loja?
4) (Cespe/UnB – Chesf/2002) Uma pessoa recebeu R$ 6.000,00 de herança, sob a condição de
investir todo o dinheiro em dois tipos particulares de ações, X e Y. As ações do tipo X pagam 7%
a.a e as ações do tipo Y pagam 9% a.a. Qual é a maior quantia que a pessoa pode investir nas
ações x, de modo a obter R$ 500,00 de juros em um ano?
5) Se um capital de R$ 2.000,00 rendeu R$ 840,00 de juros em dois anos, qual é a taxa de juros
equivalente trimestral?
6) Qual é o valor de resgate de R$ 500,00 aplicados por 16 meses à taxa de juros simples de 12%
a.t.?
7) A escola Pontual pratica, para o quinto ano do ensino fundamental I, a mensalidade de R$ 615,00.
O título encontra-se “em aberto” desde o dia 10/01/2015. Quanto será cobrado pela
mensalidade se a mesma for quitada hoje?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Instruções (Texto de responsabilidade do Cedente):
DESCONTO DE R$ 10,00 ATÉ: 05/01/2015

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Competência 01

MULTA DE 2%
JUROS DE 0,03% AO DIA
NÃO RECEBER APÓS 30 DIAS DO VENCIMENTO
PAGUE PREFERENCIALMENTE NAS CASAS
LOTÉRICAS
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1) Um título de R$ 24.000,00 vence daqui a dez meses.
a) Qual seu valor atual hoje, se a taxa de juros simples para esse título for de 2,2% a.m.?
b) Qual seu valor atual três meses antes do vencimento, se, nesse momento, a taxa de juros
simples para aplicações neste título for de 2,6% a.m.?
c) Qual seu valor atual 65 dias antes do vencimento, se, nessa data, a taxa de juros simples para
aplicações neste título for de 2,1% a.m.?
Agora que você praticou os conceitos relacionados a Juros Simples, queremos lhe
convidar para assistir a uma videoaula onde iremos resolver mais alguns exercícios envolvendo esse
conceito. Na sequência, iremos iniciar os estudos de Juros Compostos e suas aplicações na
Matemática Financeira.

1.5 Juros Compostos

Assim como você já estudou em Juros Simples, vimos que sua estruturação se dá no
regime de capitalização simples. Do mesmo modo, você irá perceber, a partir de agora, que o estudo
dos Juros Compostos se dá nas condições do regime de capitalização composta em que os juros de
um período anterior são agregados ao montante, produzindo juros no período seguinte, ou seja, é o
acúmulo de juros sobre juros.
Esse caso é bastante comum em nosso dia a dia quando observamos o não pagamento
de dívidas oriundas de cartões de crédito e outros tipos de financiamento de crédito. As instituições
financeiras não estão aí no mercado para brincadeira, e sim, para lucrar. Como você já sabe, vivemos
num mundo globalizado capitalista cuja ordem maior é lucrar. Logo, ninguém vai perder tempo,
emprestando dinheiro ou crédito a terceiros a título de juros simples. Nesse acúmulo de juros sobre
juros, trazemos a seguir, a fórmula que servirá de base para que você possa aplicar aos problemas
envolvendo juros compostos:

1
4
Competência 01

M=C.(1+i)n

Onde:
M: Montante
C: Capital
i: Taxa de aplicação
n: Tempo – sempre expresso na mesma unidade de tempo em que é dada a taxa.
(1+i)n: Fator de capitalização.
Com base no gráfico a seguir, apresentado por Araújo (2013), você poderá observar e
comparar os montantes a título de Juros Simples e a título de Juros Compostos. Como em Juros
Compostos, há um acúmulo de juros sobre o montante, podemos visualizar que a formação do
montante ocorre de forma exponencial, enquanto que, a título de Juros Simples, essa formação
ocorre de forma linear:

Gráfico 1 - Montante a título de juros simples e compostos.


Fonte: Araújo, 2013, p.1
Descrição: Temos, no supracitado gráfico, a disposição do tempo no eixo das abscissas (linha horizontal), enquanto que
o Montante pode ser visualizado no eixo das ordenadas (linha vertical) do plano cartesiano. Observe que o tempo
marcado no eixo horizontal vale 1 e que, nesse momento, os montantes a Juros Simples (Ms) e a Juros Compostos (Mc)
são equivalentes. Observe também que, após o período de um ano, os Juros Compostos começam a se tornar maiores
que os Juros Simples sob a forma exponencial que é decorrente da fórmula de montante que já expomos anteriormente.

Que tal praticarmos um pouco para consolidar o que já estudamos? Na sequência, você
irá estudar exemplos resolvidos e propostos em que se pedirá o cálculo do Montante, dos Juros, do
Tempo e da Taxa de Juros.

1
5
Competência 01

1.5.1 Cálculo do Montante

Como você já estudou, a fórmula para se calcular o montante é a seguinte: M =C.(1+i)n.


Através dessa fórmula, é possível entender que a taxa de juros faz referência à mesma unidade de
tempo utilizada para n períodos e que o montante gerado será expresso como uma função
exponencial do capital inicial aplicado.

Exemplo Resolvido: Uma pessoa toma R$ 1.000,00 emprestado a juros de 3% a.m. (ao mês) no prazo
de 10 meses com capitalização composta. Qual é o montante a ser devolvido após esse período?
Resolução: C = 1.000
i = 3% a.m.
n = 10 meses

Temos: M = C.(1 + i )n
Logo: M10 = C.(1 + i )10
M10 = 1000.( 1+ 0,o3 )10
M10 = 1000.(1,3439163)
M10 = 1343,9163

Exercício proposto: Uma pessoa fez um empréstimo de R$ 2.000,00 a juros de 2% a.m. (ao mês) no
prazo de 20 meses com capitalização composta. Qual é o montante a ser devolvido após esse
período?

1.5.2 Cálculo de Juros Compostos

Para o cálculo de Juros Compostos (J), iremos utilizar a seguinte equação que pode ser
obtida através da diferença entre o montante e um dado capital inicial. Daí, teremos:

J = C0 [ ( 1 + I ) n - 1 ]

1
6
Competência 01

Como destacam Gomes e Mathias (2014), a obtenção do Juro Composto através da sua
separação entre o Montante e o Capital Inicial é extremamente relevante em abatimentos fiscais em
que os juros são produzidos para as pessoas física e jurídica. Observe, agora, sua aplicação em um
exemplo proposto pelos referidos autores:

Exemplo Resolvido: qual é o valor dos juros pagos em um empréstimo de R$ 1.000,00 a uma taxa de
juros compostos de 2% a. m e pelo prazo de 10 meses?
Resolução: São dados os seguintes valores:
C = 1.000
i = 2%
n = 10
Aplicando-os à equação de Juros Compostos, teremos:
J = C.[( 1 + I )n - 1]
J = 1000. [( 1 + 0,02 )10 - 1]
J = 1000. [1,21899 -1]
J = 1000. [0,21899] = R$ 218,99

Exercício proposto: qual é o valor do juro gerado por um capital aplicado às seguintes condições:
a) Taxa de 10% a.a. (ao ano) e prazo de 2 anos;
b) Taxa de 4% a.t. (ao trimestre) e prazo de 12 meses.

1.5.3 Cálculo do Valor Atual (V) e do Valor Nominal (N)

Assim como você já estudou em Juros Simples, em Juros Compostos também são
presentes e importantes as aplicações das noções de valor atual e de valor nominal. Recapitulando
tais conceitos, entendemos que o valor atual corresponde ao valor da aplicação em uma data inferior
ao seu vencimento, já o valor nominal é o próprio valor do título na data em que está programado
para vencer. Seu conhecimento é de grande importância para que você possa, já no seu dia a dia,
aplicá-los para a quitação antecipada de bens financiados, tendo como consequência uma boa
economia de dinheiro em seu orçamento. Dessa forma, vejamos como estabelecer uma relação entre
o valor atual e o valor nominal a partir da equação do Montante:

1
7
Competência 01

M = C.(1 + i)n

Sejam V = valor atual na data zero (correspondente ao capital inicial) e N = valor nominal
na data n (correspondente ao próprio Montante), teremos a seguinte equação:

N = V.(1 + i)n

Com base nessa equação, podemos facilmente perceber que o valor atual é apenas o valor
inverso do montante, podendo ser obtido através da divisão do valor nominal pelo fator de
capitalização:

𝐍
V=
(𝟏 + 𝐢)𝐧

Exemplo resolvido: Por quanto devo comprar um título, vencível daqui a 5 meses com o valor nominal
de 1.131,40, se a taxa de juros compostos composto corrente for de 2,5% a.m. (ao mês)? (GOMES e
MATHIAS, 2014, p.86)

Resolução:
Dados: N = 1.131,40
i = 2.5% a.m.
n = 5 meses
𝐍
Substituindo esses valores na fórmula: V = (𝟏 + 𝐢)𝒏
𝟏.𝟏𝟑𝟏,𝟒𝟎
Teremos: V = (𝟏,𝟎𝟐𝟓)𝟓 = 𝑹$ 𝟏. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

1.5.4 Calculando taxas equivalentes

Há situações, assim como você já estudou no caso de juros simples, em que os problemas
apresentam uma taxa de aplicação de juros em um período diferente do tempo dado.
Diferentemente dos juros simples, em que o prazo e a taxa eram obtidos por proporcionalidade, em
juros compostos, precisaremos considerar uma nova regra para efeito de cálculo das taxas

1
8
Competência 01

equivalentes. Mas, o que são taxas equivalentes, em regime de juros compostos? Uma boa definição
pode ser encontrada em Gomes e Mathias (2014), quando afirmam que:

Duas taxas são ditas equivalentes se, considerados o mesmo prazo de aplicação e o mesmo
capital, não houver diferença em aplicar em uma ou em outra taxa. Ou ainda, ao aplicar-se um
mesmo capital por um mesmo intervalo de tempo a cada uma das taxas, ambas as taxas
produzirão o mesmo montante caso sejam equivalentes.

Para o cálculo de taxas equivalentes, a título de juros compostos, podemos fazer uso da
seguinte fórmula, onde “q” corresponde ao período de correspondência já dado num problema e i
corresponde à taxa dada:

𝐪
i q = ξ𝟏 + 𝐢 - 1

Exemplo resolvido: Dada a taxa de juros de 9.2727% ao trimestre, determine a taxa de juros
compostos equivalente mensal.

Resolução: São dados: q =3 meses e i = 9. 2727% a.t. De acordo com equação acima descrita, teremos:
𝟑
i3 = ξ𝟏 + 𝟎. 𝟎𝟗𝟐𝟕𝟐𝟕 − 𝟏
i3 = 𝟏, 𝟎𝟗𝟐𝟕𝟐𝟕 − 𝟏
i3 = 1,o3 -1
i3 = 0,03a.m. ou i3= 3% a.m. (ao mês)

1.5.5 Cálculo do prazo de aplicação de Juros Compostos

Pelo que você já estudou até aqui, já pôde perceber que as aplicações de juros compostos
ocorrem por via de leis exponenciais. Assim, o cálculo de prazos e taxas, através da equação que nos
permite encontrar o montante, será facilitado por meio do trabalho com logaritmos. Dessa forma,
você poderá utilizar a seguinte equação para o cálculo de prazos:

1
9
Competência 01

𝐥𝐨𝐠 𝑴 − 𝐥𝐨𝐠 𝑪
𝒏=
𝐥𝐨𝐠(𝟏 + 𝒊)

Onde: M = Montante; C = Capital; n = prazo da aplicação e i = Taxa de aplicação.


Esse trabalho será bastante facilitado, posteriormente, quando você estudar as
aplicações de Juros Simples e Compostos a partir da calculadora financeira HP 12-C.

Exemplo resolvido: Uma pessoa aplicou R$ 2.000 em um investimento, obtendo um montante de R$


3.456,00. Por quanto tempo se deu essa aplicação se a taxa de juros utilizada nessa operação foi de
20% a.m. (ao mês)?

Resolução: Nesse problema, temos C = 2.000; M = 3.456,00 e i = 0.2. Substituindo os valores na


equação, teremos:
log 3.456 − log 2.000
𝑛=
log(1 + 0,2)
n = 3 meses

Exercício proposto: Em que prazo uma aplicação de R$ 100.000 produzirá um montante de R$


146.853, à taxa de 3% a.m. (ao mês)?

Agora que você já estudou as noções básicas envolvendo Juros Compostos, que tal
praticar mais um pouco com os seguintes exercícios propostos? Antes de resolvê-los, queremos lhe
convidar para assistir a outra videoaula onde iremos resolver mais alguns problemas envolvendo
juros compostos.

1) Determine o valor de um capital que foi aplicado durante 2 anos a uma taxa de juros compostos
de 39,98% a.t., gerando um montante de R$ 11.750,00.
2) Quanto devo aplicar hoje para obter um rendimento de R$ 101,25 após 6 meses, a uma taxa de
juros compostos de 10% ao ano?

2
0
Competência 01

3) Quanto se deve depositar na data atual em uma aplicação financeira para ter acumulado R$
300.000,00 ao final de 1 ano e 6 meses, sabendo-se que a referida aplicação fornece uma taxa
de juros de 2% a.m.?
4) O capital de R$ 500,00 foi aplicado durante dois quadrimestres a uma taxa de 5% a.m. Qual o
valor dos juros produzidos?
5) Um capital foi aplicado a juros compostos, durante 9 meses, rendendo um montante igual ao
triplo do capital aplicado. Qual foi a taxa trimestral da aplicação?
6) Um investidor aplicou R$ 10.000,00 em uma instituição de crédito que paga 10% ao mês, no
regime de capitalização composta. Se o juro recebido foi de R$ 3.310, qual foi o período em que
o capital esteve aplicado?
7) Desejando comprar um carro novo, Julia aplica R$ 13.569,00 a uma taxa de juros compostos de
13% a.a. Sabendo-se que o carro custará, no momento da compra, R$ 25.000,00. Por quanto
tempo o dinheiro deverá ficar aplicado?

2
1
Competência 02

2.Competência 02 | Cálculo de Juros, Valor Futuro, Valor Presente e


Prestação a Partir do Uso da Calculadora Financeira HP12C
Seja bem-vindo a mais uma semana nos estudos da Matemática Financeira. Agora que
você estudou e praticou bastante, através dos exercícios, conceitos envolvendo Juros Simples e
Compostos e Capital, queremos lhe convidar para uma nova experiência envolvendo-os.
Que tal aplicar todos esses conceitos estudados e resolver problemas de uma forma bem
mais simples e prática? Para isso, você poderá fazer uso da calculadora financeira HP12C. Com ela, é
possível fazer cálculos de juros simples e compostos, de valor futuro, valor presente e de prestações,
além de muitas outras aplicações presentes no mundo dos negócios. Nesta semana, você terá a
oportunidade de conhecer as funções básicas da HP 12C, desde as operações mais elementares, como
a adição e a multiplicação, indo de encontro aos cálculos envolvendo os conceitos anteriormente
descritos de uma forma bastante simples e clara. Temos certeza de que você ficará entusiasmado (a)
com tantas funções que a calculadora é capaz de desempenhar. Que tal começarmos?

2.1 Apresentação da HP 12 C

Como futuro técnico em administração, é importante que você adquira a calculadora


HP12C, pois ela irá facilitar bastante o seu trabalho com cálculos das mais diversas funções da
Matemática Financeira. Caso você ainda não tenha a calculadora em mãos, sugerimos que faça o
download do aplicativo da HP 12C, em seu celular, de modo que possa iniciar seus estudos
imediatamente e sem restrições.
Na figura a seguir, você pode visualizar nossa calculadora em sua versão Gold (Figura 01).
Como destacam Hazzan e Pompeo (2014), podemos observar que a HP12C “possui quatro linhas
(contadas de cima para baixo) e dez colunas (contadas da esquerda para a direita, sendo a última, a
coluna zero). Então, cada tecla da HP12C pertence a uma linha e a uma coluna” (Op.Cit., p.259).
Observe ainda que nossa HP12C apresenta teclas na cor branca, funções acima de cada
tecla, na cor laranja, e abaixo de cada tecla, na cor azul. Cada uma dessas cores permite acesso à
funções diferentes:

22
Competência 02

Figura 1 - Calculadora HP12C.


Fonte: www.fazerfacil.com.br/calculadoras/hp12c.html
Descrição: A primeira linha (com cinco teclas) chamamos de linha financeira. Já a segunda linha, apresenta cinco teclas
que são presentes em calculadoras científicas. A tecla f, em laranja, está localizada na quarta linha, segunda coluna e
permite acessar as funções em laranja. Já a tecla g, em azul, localizada na quarta linha, terceira coluna, permite acessar
as funções em azul da calculadora. Já a terceira linha apresenta as teclas especiais.

Como você está percebendo, a HP12C é bastante diferente daquelas calculadoras que já
estamos acostumados a utilizar no nosso dia a dia. Você já deve ter notado que, diferentemente das
calculadoras tradicionais, ela não apresenta o sinal de [=], e isso é explicado pelo fato de termos que
inserir os valores e armazená-los através da tecla [ENTER]. A seguir, iremos estudar as funções básicas
da HP12C.

2.1.1 Funções básicas

Antes mesmo de iniciarmos os estudos envolvendo as mais diversas funções da HP12C, é


de suma importância que você saiba operar com o teclado e com as funções básicas em sua
calculadora:
 Tecla [ON] (situada na quarta linha e primeira coluna): liga e desliga a calculadora.

23
Competência 02

 Tecla [Enter]: entrada de valores na calculadora.


 Tecla [CLX] (situada na terceira linha e quinta coluna): utilizada para apagar valores
apresentados no visor da calculadora. Para apagar valores presentes na memória da
calculadora e em seus registradores – que você estudará mais adiante – você
precisará pressionar a tecla [f], para ativar as funções em laranja, seguida da tecla
[CLEAR REG].
 Tecla [.]: utilizada para indicar o uso de vírgula na escrita de números decimais.

Vejamos como proceder para trocar o [.] pela vírgula na HP12C:


 Desligue a calculadora e, em seguida, pressione as teclas [.] e [ON] ao mesmo tempo.
 Solte primeiramente a tecla [ON] e posteriormente a tecla [.].

Outra função muito importante que podemos atribuir à tecla [f] é a de sua utilização para
exibição da quantidade de casas decimais no visor da calculadora financeira. Todavia,
independentemente da quantidade de casas decimais que você possa observar em seu visor, a HP12C
sempre irá trabalhar com nove casas decimais e, como bem destaca Santos (2001), é recomendável
que você utilize duas casas decimais, durante os cálculos, em virtude dos centavos de nossa moeda.
Assim, basta pressionar a tecla [f] seguida de 2 para trabalharmos com duas casas decimais.
Falando sobre os registradores, você precisa entender que a HP12C apresenta quatro
registradores, que aqui chamaremos de X, Y, Z e W, e também possui a capacidade de
armazenamento de até vintes valores em sua memória. Isso se deve ao fato de essa calculadora
financeira trabalhar com o sistema de pilhas, também chamado de Notação Polonesa Reversa. Daí a
possibilidade de armazenamento de até quatro valores nos supracitados registradores. Mas como
podemos fazer esse armazenamento?
Primeiramente, você precisa entender que os valores digitados na calculadora e que
aparecem no visor estão no registrador X. Por exemplo: você digita o valor 27 – está no visor, logo no
registrador X. Para seu armazenamento no registrador Y, você deve pressionar o botão [ENTER] e,
em seguida, digitar outro valor que ocupará a posição no registrador X. Para que esse novo número
seja deslocado para o registrador Y, basta pressionar a tecla [ENTER]. Observe que o 27,
anteriormente posicionado no registrador Y, irá ser deslocado para o registrador Z, e assim

24
Competência 02

sucessivamente. Como afirma Santos (2011, p.22), esse processo é semelhante ao “de empilhar
objetos, como livros ou caixas, sendo que o último objeto empilhado corresponde ao registrador X,
o penúltimo ao Y, o antepenúltimo ao Z e o anterior a este ao W”. O referido autor ainda chama de
“lixo” qualquer valor anteriormente armazenado. Veja como é simples trabalhar com os
registradores:

Pressione Visor Registrador

5 5 X=5
Y = lixo
Z = lixo
W = lixo
ENTER 5,00 X = 5,00
Y = 5,00
Z = lixo
W = lixo
2 2,00 X=2
Y = 5,00
Z = lixo
W = lixo
ENTER 2,00 X = 2,00
Y = 2,00
Z = 5,0
W = lixo
7 7 X=7
Y = 2,00
Z = 5,00
W = lixo

Viu como é fácil? Que tal avançarmos rumo ao trabalho com algumas operações básicas?
Nesse momento, nós iremos operar no sentido inverso da introdução de valores ao apertar a tecla
[ENTER]. Isso porque, para efetuar operações como adição, multiplicação e divisão, nós iremos
operar com os valores que se encontram nos registradores X e Y e, nesse instante, os valores que por
ventura se encontrem nos registradores Z e W serão trazidos “para cima”, ocupando os registradores
acima. No caso, o valor obtido através de uma operação entre os presentes em X e Y ficará no
registrador X e os valores que estavam em Z e W serão deslocados, respectivamente, para Y e para Z.

25
Competência 02

Vamos praticar as quatro operações básicas? Seguem dois exemplos com expressões numéricas para
que você possa visualizar o que dissemos anteriormente:
 Calcular 30 + 3 x 8
Pressione Visor Registrador

30 30 X = 30
Y = lixo
Z = lixo
W = lixo
ENTER 30,00 X = 30,00
Y = 30,00
Z = lixo
W = lixo
3 3 X = 3,00
Y = 30,00
Z = 30,00
W = lixo
8 8 X=8
Y = 3,00
Z = 30,0
W = lixo
x 24,00 X = 24,00
Y = 30,00
Z = lixo
W = lixo
+ 24,00 X = 54,00
Y = lixo
Z = lixo
W = lixo
 Calcular 30 + 100 ÷ 4
Pressione Visor Registrador

30 30 X = 30
Y = lixo
Z = lixo
W = lixo
ENTER 30,00 X = 30,00
Y = 30,00
Z = lixo
W = lixo
100 100 X = 100
Y = 30,00

26
Competência 02

Z = lixo
W = lixo
ENTER 100,00 X = 100,00
Y = 30,00
Z = 30,00
W = lixo
÷ 25,00 X = 25,00
Y = 30,00
Z = lixo
W = lixo
+ 55,00 X = 55,00
Y = lixo
Z = lixo
W = lixo

Não é fácil efetuar esses cálculos? Antes de iniciarmos o estudo de funções básicas da
Matemática Financeira, através da HP12C, queremos lhe convidar a dar uma paradinha na leitura do
nosso caderno para assistir a uma videoaula, aprofundando os estudos sobre cálculos envolvendo
operações matemáticas com o auxílio da HP12C.
O que você achou de nossa videoaula? Antes de lhe dar as orientações para execução da
atividade semanal, é importante que você ainda se aproprie de mais duas funções na HP12C: a troca
de sinal e o armazenamento de valores na memória da calculadora.

2.1.2 Troca de sinal e armazenamento de valores na Calculadora HP12C

Para a troca de sinal em sua HP12C, basta pressionar a tecla [CHS] – em inglês “change
sign” – que o valor presente no visor da calculadora irá ficar com o sinal diferente do que se
apresentava anteriormente. É importante você saber que não se trata apenas de tornar negativo um
número positivo, mas sim compreender que esse novo valor negativo, na Matemática Financeira, virá
carregado de significados como, por exemplo, um pagamento feito com certo período de atraso.
Como você já leu no comecinho desse caderno, a HP12C apresenta, além dos quatro
registradores, uma capacidade de armazenamento de até vinte valores em memórias. Para isso,
digite um valor e depois pressione a tecla [STO] – que significa “estocar” – seguida de uma tecla
numérica de [0] a [9], totalizando dez memórias. As outras dez memórias podem ser obtidas
pressionando a tecla [STO], seguida da tecla [.]e de uma tecla numérica de [0] a [9]. Feito esse

27
Competência 02

procedimento, você pode recuperar os valores salvos nessas memórias. Para isso, basta apenas
pressionar a tecla [RCL] – que significa “recuperar” – seguida das teclas numéricas de [0] a [9] ou [.]
seguida das teclas de [0] a [9].
A seguir, estudaremos as aplicações referentes ao tratamento de Juros Simples e
Compostos na calculadora financeira HP12C, bem como de cálculos envolvendo valor futuro, valor
presente e de prestações.

2.2 Cálculo de Juros Simples na HP12C

Para o trabalho com Juros Simples, tomaremos como base os exemplos apresentados por
Santos (2001), bem como pelos autores Faro e Lachtermacher (2012). De acordo com o primeiro
autor, a HP12C apresenta certa limitação para o trabalho com juros simples, uma vez que apenas faz,
de forma direta, o cálculo de juros. Além disso, ela irá trabalhar com a taxa de juros expressa em
unidade de anos e, o referido prazo, em dias.
Ao observar a calculadora HP12C (Figura 02), você poderá perceber a existência de cinco
teclas superiores, localizadas à esquerda da máquina. Essas teclas são chamadas de registradores
financeiros, como você pode observar na figura abaixo:

Figura 2 - HP12C – Registradores financeiros.


Fonte: www.fazerfacil.com.br/calculadoras/hp12c.html
Descrição: Calculadora HP12C com Ênfase sobre as cinco teclas superiores localizadas à esquerda que fazem referência
aos registradores financeiros.

28
Competência 02

Detalhando cada uma das teclas acima, teremos o seguinte:


n: Prazo.
i: Taxa percentual de juros.
PV: Valor Principal (capital).
PMT: Pagamento Periódico (utilizado para juros compostos).
FV: Valor Futuro (utilizado para juros compostos).

Que tal praticarmos um pouco? Veja, a seguir, um exemplo sobre o cálculo de juros
simples apresentado por Faro e Lachtermacher (2012) e, na sequência, resolva alguns exercícios
através da HP12C para praticar o que você estudou até aqui.

Exemplo resolvido:

A empresta a B R$ 1.000,00 a uma taxa de juros simples de 20% ao ano, pelo prazo de um
ano. Porém, antes do encerramento do prazo, digamos no fim de 8 meses, B resolve
saldar sua dívida. Qual é o valor dos juros nesse período? E do montante?

Resolução: para resolver esse problema, você deve estar atento (a) ao fato já descrito que devemos
utilizar o período expresso em dias e a taxa em anos. Vamos ao passo a passo:

Aparece Aparece
1000 [CHS]
[f] [REG] 240 [n] 20 [ i ] [PV]
[f] [INT] no visor: [+] no visor:
133,33 1133,333

Observe que, primeiramente, foram pressionadas as teclas [f] [REG] para que
pudéssemos limpar todos os valores salvos em registradores. É importante que você faça isso antes
de iniciar uma nova operação. Você também pode ter se questionado o porquê de ter que digitar o
valor 240 seguido da tecla [n]. Isso foi feito em virtude de o tempo estar expresso em meses e, como
você já leu anteriormente, o tempo para o cálculo de juros simples é trabalhado em dias e a referida
taxa em anos. Logo, como um mês, em juros comerciais, tem 30 dias, teremos o produto de 8 por 30,
que equivale a 240 dias.

29
Competência 02

Quanto à taxa, há que se destacar que ao pressionar a tecla [i], o valor de 20% descrito
no problema já será armazenado em valor percentual. O valor 1000 [CHS] [PV] faz referência ao
capital inicial, também chamado de principal ou ainda de valor presente. Daí o uso da tecla [PV] que
faz referência ao valor presente – do inglês presente value. Utilizamos também a tecla [CHS] para
trocar o sinal da operação como uma forma de sinalizar que houve um investimento, logo uma saída
de dinheiro do caixa. Caso não tivéssemos pressionado essa tecla, a resposta encontrada para os juros
iria ser exibida no visor com o sinal negativo.
Enfim, ao pressionar as teclas [f] [INT], conseguimos encontrar o valor dos juros simples
e, ao pressionar a tecla [+], encontramos o valor do montante, visto que o valor do principal já se
encontrava armazenado em registrador. Que tal praticarmos um pouco através dos seguintes
exercícios? Durante sua resolução, estaremos com um fórum aberto para que possamos debater os
valores encontrados bem como os procedimentos adotados.

Exercícios propostos:
1) Quais os juros pagos pelo uso de R$ 500,00 de uma conta especial, se a taxa cobrada pelo banco
é de 12% a.m. e o dinheiro foi usado por 11 dias?
2) Qual é o valor de resgate de R$ 500,00 aplicados por 16 meses a uma taxa de juros simples de
12% a.t.?
3) Um capital de R$ 8.000,00 é aplicado durante um ano a uma taxa de 22% a.a. Nessas condições,
calcule o juro simples e o montante, através da calculadora HP12C.
4) Qual o juro simples exato resultante de uma aplicação de R$ 500,00, a uma taxa de 18% a.a.,
empreendida no período de 04 de janeiro de 2006 a 25 de março de 2008?

Você já progrediu bastante com os estudos na nossa calculadora financeira HP12C. Vamos
dar uma paradinha agora? Após um merecido descanso, queremos lhe convidar a mergulhar nos
estudos de novas funções na HP12C, agora para o cálculo de juros compostos, valor futuro, valor
presente e prestações.

30
Competência 02

2.3 Cálculo de Juros Compostos na HP12C, valor futuro e valor presente

Anteriormente, você já estudou, através de fórmulas, os conceitos e procedimentos para


o cálculo de diversos valores em juros compostos como o capital, montante, prazos, taxas e o próprio
juro composto. Você verá que, através da HP12C, ganharemos bastante tempo para efetuar esses
cálculos. Todavia, foi importantíssimo que você tenha vivenciado os conceitos e procedimentos
trabalhados na semana anterior para que, na presente semana, possa se aprofundar nos estudos da
Matemática Financeira. Vamos começar?

2.3.1 Cálculo do valor futuro e de juros compostos

Antes de iniciarmos os procedimentos para que você aprenda a calcular o valor futuro,
através da HP12C, é importante você compreender que aquilo que chamados de valor futuro
corresponde ao montante, ou seja, à soma do capital inicial – valor presente – com os juros obtidos:

VALOR FUTURO [FV] = MONTANTE

Outra informação relevante é que, após o cálculo do valor futuro, a obtenção dos juros
compostos será bastante simples, como você poderá verificar a seguir. Nessas condições, vejamos
um exemplo de como calcular o valor futuro, fazendo uso da HP12C, já considerando que a tecla para
seu cálculo é a [FV]:

Um administrador aplicou R$15.000,00 por um ano a uma taxa de juros


compostos de 1,5% a.m. Quanto ele receberá ao fim do investimento?

15.000
15.000 [ FV ]
[-]
[f] Aparece no
[ ON ] [CHS] 12 [N] 1.5 [ i ] Aparece
[REG] visor:
[PV] 17.934,27 no visor
2.934,42

31
Competência 02

Pressionando a tecla [ON], ligamos a calculadora. Ao pressionar a tecla [f] [REG], você irá
limpar todos os registradores. Ao inserir o valor de 15.000, certifique-se de pressionar a tecla [CHS]
para indicar que esse valor representa um movimento de saída (investimento), seguida da tecla [PV]
– valor presente / capital. Como a taxa é apresentada em meses, inserimos o período de um ano
como 12 meses, seguido da tecla [N] que representa o período. Através da tecla [FV], você encontrará
o valor recebido ao término do investimento. No final do cálculo, ao inserir o valor de R$ 15.000,00,
basta pressionar a tecla [-] – que representa a subtração - para que você possa encontrar o valor dos
juros compostos gerados no referido período.
Que tal praticar o cálculo do valor futuro e de juros compostos através de alguns
exercícios?

Exercício 1: (BNDES - 2008 – CESGRANRIO - Adaptado) Um aplicador depositou, num determinado


fundo, um valor inicial de R$ 2.000,00. Qual é o valor acumulado, em reais, ao final de 24 meses,
considerando juros compostos de 1% ao mês? De quanto será o valor dos juros compostos gerados
nesse período?

Exercício 2: (ESAF - Adaptado) Quanto vale o montante e os juros gerados a partir da aplicação de um
capital de $ 10.000,00, no regime de juros compostos, pelo período de 3 meses, a uma taxa de 10%
ao mês, resulta, no final do terceiro mês?

2.3.2 Cálculo do Valor Presente

Quanto ao cálculo do valor presente, através da HP12C, é importante você compreender


que aquilo que chamamos de valor presente corresponde ao capital inicial, ou seja, ao valor aplicado
ou investido e que sua correspondente tecla na calculadora financeira é [PV]:

VALOR PRESENTE [PV] = CAPITAL INICIAL

Nessas condições, vejamos um exemplo de como calcular o valor presente, fazendo uso
da HP12C e, em seguida, serão apresentados alguns exercícios para que você praticar os seguintes
procedimentos:

32
Competência 02

Que capital aplicado a juros compostos a uma taxa de 2,5% a.m., produz um
montante de R$ 3.500,00 após um ano?

[ PV ]
3.500.000
[ ON ] [f] [REG] 12 [N] 2.5 [ i ] Aparece no
[CHS] [FV] visor: 2.602,42

Pressionando a tecla [ON], ligamos a calculadora. Ao pressionar a tecla [f] [REG], você irá
limpar todos os registradores. Ao inserir o valor de 3.500, você pode pressionar a tecla [CHS] para
que o valor presente a ser encontrado apareça com o sinal positivo. Caso você não pressione essa
tecla, o valor a ser encontrado será negativo. O que indicará, como já dissemos, um movimento de
saída (investimento). Seguida da tecla [CHS], você irá pressionar a tecla [FV] – valor futuro/ montante
para indicar que o valor de 3.500 representa o montante. Como a taxa é apresentada em meses,
inserimos o período de um ano como 12 meses, seguido da tecla [N] que representa o período.
Através da tecla [PV], você encontrará o capital investido. Agora que você já entendeu esse
procedimento, que tal praticar o cálculo do valor presente através de mais alguns exercícios extraídos
de provas de concursos públicos?

Exercício 1: (TCE/RO 2007 CESGRANRIO) A Empresa Silva & Filhos obteve um empréstimo pelo qual,
ao final de um ano, deverá pagar um montante de R$ 100.000,00, incluindo principal e juros
compostos de 2,5% ao mês. O valor atual desse empréstimo, em reais, é:
a) 70.000,00
b) 74.355,48
c) 75.000,00
d) 76.923,08

Exercício 2: (Escriturário Banco do Brasil – 2006 - FCC) Se uma empresa optar por um investimento,
na data de hoje, receberá no final de dois anos o valor de R$ 14.520,00. Considerando a taxa mínima
de atratividade de 10% ao ano (capitalização anual), o valor atual correspondente a esse investimento
é:

33
Competência 02

a) 13.200,00
b) 13.000,00
c) 12.500,00
d) 12.000,00

Convidamos você para dar uma paradinha na leitura do nosso caderno para assistir a mais
uma videoaula. Nela, você irá estudar mais algumas aplicações da calculadora financeira HP12C para
cálculos envolvendo prazos e taxas de aplicação. A seguir, iniciaremos o cálculo de prestações com o
uso da HP12C e tomaremos como base os exemplos desenvolvidos por Santos (2011), na obra
“Matemática Financeira I com a Calculadora HP12C”.

2.4 Prestações

O cálculo de prestações pode ser feito de maneira bastante simples ao utilizarmos a


calculadora financeira HP12C. Para isso, vamos trabalhar com os registradores financeiros que, como
já vimos (Figura 02), correspondem às cinco teclas localizadas na parte superior à esquerda. Dessa
forma, teremos:
n: Prazo.
i: Taxa percentual de juros.
PV: Valor Principal (capital).
PMT: Valor de cada prestação em série uniforme - Pagamento Periódico
FV: Valor Futuro

Além desses registradores, iremos trabalhar com as teclas [g][BEG] e [g] [END] para
pagamento de prestações, respectivamente, no início do financiamento (por exemplo, do tipo 1+2) e
para pagamentos de prestações ao término do primeiro mês do financiamento. Veremos ainda como
proceder para calcular prestações quando houver o que chamamos de período de carência. Vamos
entender os modos [END] e [BEG]?
O modo [END] (fim, em inglês), como descrevemos anteriormente, é utilizado quando o
pagamento das prestações é iniciado ao final de um mês, havendo o cuidado de se observar, na
calculadora, de que o modo BEGIN (início, em inglês) esteja desativado, uma vez que se refere a um

34
Competência 02

pagamento antecipado. Caso contrário, basta pressionar as teclas [g][END]. Vejamos um exemplo em
que a primeira prestação será paga após o primeiro mês do financiamento:

Qual o valor das prestações de um financiamento de R$ 600,00 em 3 vezes iguais


sem entrada a juros de 10% a.m.?

Resolução:
Para a resolução dessa questão, observe que são dados os seguintes valores: PV = 600, n
= 3 meses e i = 10% a.m.

600[PV]
[f] [ PMT ]
Aparece
[ ON ] CLEAR 3 [N] 10 [ i ] Aparece no
no visor visor: -241,27
[FIN]
600,00

Observe que, ao pressionar as teclas [f] CLEAR [FIN], você irá limpar os registradores. Ao
pressionar a tecla [PMT], iremos encontrar o valor das prestações. Observe que, no visor, essas
aparecem com sinal negativo por se tratar de uma saída de dinheiro. Seguindo o caminho que já
havíamos percorrido anteriormente, poderíamos também digitar o valor do capital financiado com
sinal negativo.
Exercício: Um aparelho de som no valor R$ 574,00 foi financiado em 24 vezes iguais
mensais sem entrada, com juros de 8,4% a.m. Qual o valor das prestações?
Percebeu o quanto é simples efetuar o cálculo de prestações através da HP12C? Vamos
estudar, a seguir, como proceder com o pagamento de prestações quando há antecipação de
parcelas.

2.4.1 Pagamentos antecipados

Vejamos agora um exemplo para o cálculo de prestações quando há uma antecipação da


primeira parcela do valor a ser financiado. Atente para o fato de ativar a função que indica a
antecipação de pagamento através das teclas [g][BEG].

35
Competência 02

Qual o valor das prestações de um financiamento de R$ 600,00 em 3 vezes iguais


(1 + 2) a juros de 10% a.m.?

Resolução:

[g] [BEG] 600 [PV]


[f] [ PMT ]
CLEAR Aparece Aparece 3 [N] 10 [ i ] Aparece no
[FIN] no visor: no visor: visor: -219,342
BEGIN 600,00

Ao pressionar as teclas [g][BEG], já sinalizamos que haverá uma antecipação de parcelas.


Você deve estar se questionando o porquê de não termos digitado o prazo igual a dois, uma vez que
a primeira parcela foi antecipada. Atente para o fato que o “n” irá corresponder ao número de
parcelas a serem pagas e não ao tempo que levará para se quitar o financiamento. Quanto aos demais
valores e funções inseridas, você já tem exercitado nos exemplos anteriores. Com o resultado, você
pode perceber que encontramos as parcelas com o valor negativo por se tratar de uma saída de
dinheiro. Que tal exercitar o que acabamos de estudar através da seguinte atividade?
Exercício: Um equipamento eletrônico custa R$ 3.000,00 à vista e pode ser financiado em
12 vezes (1 + 11) a juros de 3,5% a.m. Qual o valor de cada prestação?
Agora que você já aprendeu a calcular prestações quando há uma antecipação de valores
do total financiado, que tal estudarmos o cálculo de prestações quando existe uma carência?

2.4.2 Cálculo de prestações quando existe carência

O que podemos entender por carência quando tratamos de financiamentos? Para Santos
(2001, p.104), a carência pode ser entendida como:

O prazo que decorre do ato do financiamento até o pagamento da primeira prestação.

A partir desse conceito e ainda de acordo com o supracitado autor, podemos afirmar que
o “modo de financiamento end apresenta carência de 30 dias, já que o tomador do empréstimo
começa a amortizá-lo depois de 30 dias. Podemos dizer também que no modo begin, não há carência
ou há carência nula” (Op.Cit, p. 104). Que tal praticarmos a partir de um exemplo? Antes de iniciar,

36
Competência 02

todavia, é fundamental que você coloque sua calculadora no modo BEGIN, pressionando as teclas [g]
[BEG].

Exemplo Resolvido:

Um magazine anuncia que uma cômoda no valor de R$ 560,00 pode ser financiada em
4 vezes sob juros de 3% a.m. com o primeiro pagamento para daqui a 60 dias. Calcule o
valor de tais prestações.
.

Solução: Além de colocar a calculadora no modo BEGIN, é importante que você atualize o valor
financiado de R$ 560,00 até a data em que será efetuado o primeiro pagamento, ou seja, após 60
dias, considerando a incidência de juros compostos no valor de 3% a.m.:

Pressione Visor

560 ENTER 560,00


3 % 16,80
+ 576,80
3 % 17,30
+ 594,10

Após a atualização do valor financiado, podemos avançar rumo ao cálculo das prestações
na HP12C, seguindo os mesmos comandos que utilizamos para o cálculo anterior:

594,10
[g] [BEG]
[f] [PV] [ PMT ]
CLEAR Aparece 4 [N] 3[i]
Aparece Aparece no
[FIN] no visor: visor: -115,17
no visor:
BEGIN
594,10

Não é fácil? Vamos praticar através do seguinte exercício como encontrar o valor das
prestações quando há carência.

37
Competência 02

Exercício: um estofado no valor à vista de R$ 800,00 é comprado em 4 vezes com o primeiro


pagamento para daqui a 90 dias. Se a taxa de juros considerada é de 3,7% a.m., qual o valor das
parcelas?
Agora que você já estudou o passo a passo para resolver os mais variados problemas
envolvendo juros compostos, valor futuro, valor presente e prestações, que tal praticarmos mais um
pouco através dos seguintes exercícios propostos? As questões que você irá resolver foram extraídas
da obra “Introdução à Matemática Financeira”, de Clovis de Faro e Gerson Lachtermacher, publicada
em 2012 e serão facilmente resolvidas através da HP12C. Vamos começar?

Exercícios propostos
1) Qual o juro devido a um capital de R$ 1.000,00, colocado a juros compostos à taxa de 5,5% a.a.
por um prazo de 10 anos?
2) Qual a taxa de juros, em regime de juros compostos, que torna um capital de R$ 1.000,00 em um
montante de R$ 1.708,14, num prazo de 10 anos?
3) Qual capital inicial que, aplicado à taxa de juros de 5,5% a.a., em regime de juros compostos, gera
um montante de R$ 1.708,14 num prazo de 5 anos?
4) Sendo a taxa de juros compostos de 1% a.m., quantos anos serão precisos para que o capital
aplicado multiplique por dez? (FARO & LACHTERMACHER, 2012, p.60).

38
Competência 03

3.Competência 03 | Sistemas de Amortização Price e Sistema de


Amortização Constante (SAC)
Seja bem-vindo a mais uma semana nos estudos da Matemática Financeira. Agora que
você estudou e praticou bastante, através dos exercícios e da calculadora financeira HP12C, conceitos
envolvendo Juros Simples e Compostos e o cálculo de prestações, queremos lhe convidar para o
estudo de dois sistemas de amortização que são fundamentais para o mundo dos negócios: o Sistema
de amortização Price e o Sistema de Amortização Constante (SAC).
Mas o que significa amortizar? Em que campo dos negócios você, como futuro técnico em
administração, irá aplicar esses sistemas de amortização? Em resposta à primeira pergunta podemos
entender a amortização como o processo de pagamento de uma dívida de forma periódica. Quanto
ao segundo questionamento, podemos lhe antecipar a presença e a necessidade destes, por exemplo,
para os cálculos de prestações em financiamentos de imóveis. Certamente, você conhece alguém que
já precisou financiar o valor de um veículo ou de um imóvel em determinadas condições estabelecidas
por instituições financeiras credenciadas a bancos. Nesses casos, são estipuladas condições para o
pagamento dos valores dos juros e das prestações dos valores a serem amortizados.
Que tal começarmos a explorar o que vem a ser um empréstimo para uma ampla
compreensão dessas situações?

3.1 O estudo de empréstimos

Ao trabalhar com empréstimos o que nos chama a atenção é o que dele decorre: uma
dívida. Esta, por sua vez, surge quando tomamos um dinheiro emprestado por certo período e a uma
dada taxa de juros. O que você deve tomar cuidado é com o prazo com que você negocia essa dívida,
pois, geralmente, quanto mais tempo você levar para pagar esse valor emprestado, maior será a taxa
de juro a ser negociada. Daí a classificação dos empréstimos em três modalidades: MÉDIO, CURTO E
LONGO PRAZOS. Os dois primeiros são saldados em até três anos. Já os de longo prazo possuem um
tratamento especial que será fruto de nossos estudos nesta semana. Em suma, os juros são
calculados sobre o saldo devedor e seu pagamento é previamente esquematizado entre as partes
interessadas (o credor e o devedor).

39
Competência 03

Mas o que significam esses termos em negrito? Como futuro técnico em administração é
importante que você se aproprie de conceitos como esses, que são bastante recorrentes em
operações financeiras envolvendo empréstimos e financiamentos de valores. Tais termos são
expostos em Gomes e Mathias (2014, p.284) de forma bastante clara:
 Mutuante ou credor: aquele que dá o empréstimo.
 Mutuário ou devedor: aquele que recebe o empréstimo.
 Taxa de juros: é aquela contratada entre as partes. A depender das condições adotadas, pode
fazer referência ao custo efetivo do empréstimo ou não.
 IOF: imposto sobre operações financeiras.
 Prazo de utilização: corresponde ao intervalo de tempo em que o empréstimo é transferido do
credor para o devedor. Quando o empréstimo é transferido em única parcela, dizemos que o
prazo é unitário.
 Prazo de carência: é o período compreendido entre o prazo de utilização e o pagamento da
primeira amortização. Durante esse período, o tomador do empréstimo paga apenas os juros.
Existe carência quando este prazo é superior a, pelo menos, o dobro, do menor período de
amortização das parcelas. É possível, também, que haja acordo entre as partes e os juros devidos
no prazo de carência sejam capitalizados e pagos posteriormente de modo que não haja
desembolso de juros durante a carência.
 Parcelas de amortização: são as parcelas de devolução do capital emprestado.
 Prazo de amortização: é o intervalo de tempo em que são pagas as amortizações.
 Prazo total do financiamento: é a soma do prazo de carência com o prazo de amortização.
 Saldo devedor: é o estado da dívida em um determinado instante de tempo.
 Período de amortização: é o intervalo de tempo existente entre duas amortizações.

Já os conceitos de prestação e de planilha são claramente descritos por Hazzan e Pompeo


(2014, p.235):

Prestação é o pagamento acrescido de impostos e outros encargos. Ao desconsiderar os


impostos e encargos, a prestação reduz-se ao pagamento da amortização acrescida do juro em
cada período.

40
Competência 03

Planilha é um quadro demonstrativo em que comparecem, em cada instante de tempo, dados


referentes ao tempo, ao juro, à amortização, ao saldo devedor, à prestação, aos impostos e a
outros encargos.

A construção de planilhas é fundamental para que você possa organizar os dados obtidos
em situações de empréstimo. Vale lembrar que sua construção, através do Excel, será alvo de nossos
estudos apenas na próxima semana. Logo, o que iremos tratar adiante ficará restrito ao trabalho com
representações em tabelas.
Antes de iniciarmos o estudo do sistema de amortização constante, queremos lhe
convidar a dar uma paradinha na leitura do nosso caderno para assistir a uma videoaula sobre a
construção de planilhas com base na exposição feita por Hazzan e Pompeo (2014), na obra
“Matemática Financeira”.

3.2 Sistema de Amortização Constante (SAC)

O que você achou de nossa videoaula? Agora que você já está familiarizado com a
construção de planilhas, podemos iniciar os estudos do SAC, aplicando o que você acabou de assistir.
Nesse sistema, é importante que você compreenda que o credor irá exigir a devolução do
valor tomado no empréstimo a partir de parcelas com amortização iguais. Os juros serão calculados
a cada período, fazendo-se a multiplicação da taxa de juros pelo saldo devedor remanescente do
período anterior. O que irá acarretar em prestações decrescentes até que a dívida seja totalmente
amortizada.
Os seguintes exemplos resolvidos e propostos, bem como os modelos de planilhas
apresentados, tomaram como referência o trabalho desenvolvido por Gomes e Mathias (2014).

Exemplo resolvido:

Para um projeto de expansão, a empresa Pesqueiros Ltda. obtém um financiamento de R$


5.000.000,00, nas seguintes condições:

a) Taxa de Juro Nominal: 8% a.a. – com pagamentos semestrais.


b) Amortização: SAC, com pagamentos semestrais.
c) Prazo de Amortização: 5 anos.

Construir a planilha de financiamento.

41
Competência 03

Resolução: Primeiramente, você deve estar atento ao fato de a taxa de juros ser nominal
e o pagamento ser semestral. O que nos indica que devemos fazer sua devida conversão de ano para
semestre do mesmo modo que procedemos para o cálculo de taxas equivalentes em regime de juros
simples:
i =8% a.a. = 4% a.s. = 0,04 a.s.

Analogamente, você deve estar atento para mais uma conversão: a do prazo de 5 anos
para semestre – equivalente a 10 semestres. Como a amortização é constante, basta dividir o valor
financiado por 10 para obter a equivalente em um semestre:

5.000.000
𝐴= = 𝑅$ 50.000,00
10

Após esse cálculo, a construção da planilha torna-se bastante simples. Observe que, ao
valor do saldo devedor, é subtraído semestralmente o valor de 500.000,00:

SALDO
SEMESTRE SAQUE AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO
DEVEDOR
0 5.000.000 5.000.000 - - -
1 4.500.000 500.000 200.000 700.000
2 4.000.000 500.000 180.000 680.000
3 3.500.000 500.000 160.000 660.000
4 3.000.000 500.000 140.000 640.000
5 2.500.000 500.000 120.000 620.000
6 2.000.000 500.000 100.000 600.000
7 1.500.000 500.000 80.000 580.000
8 1.000.000 500.000 60.000 560.000
9 500.000 500.000 40.000 540.000
10 - 500.000 20.000 520.000
Total - 1.100.000 6.100.000

Vejamos, a seguir, o SAC em duas distintas situações ainda com ancoragem em Gomes e
Mathias (2014, p.287-290).

42
Competência 03

3.2.1 SAC com prazo de carência e prazo de utilização unitária

Exemplo resolvido:

Uma empresa pede emprestado R$ 100.000,00 que o banco entrega no ato. Sabendo que o
Banco concedeu 3 anos de carência, que os juros serão pagos anualmente, que a taxa de juros é
de 10% ao ano e que o principal será amortizado em 4 parcelas anuais, construir a planilha.

Resolução: observe que há uma carência de três anos a contar da data zero. Logo, a amortização
somente terá início no fim do terceiro ano. E, assim como no exemplo anterior, os juros serão
calculados a partir do saldo devedor do período anterior – basta multiplicar a taxa pelo referido saldo;
já as prestações são calculadas somando-se a amortização com os juros. Para o cálculo da parcela de
amortização, basta dividir o valor emprestado pelo período restante após as carências:

100.000,00
𝐴= = 𝑅$ 25.000,00
4

A planilha de financiamento será a seguinte:

SALDO
ANO ANO SAQUE AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO
DEVEDOR
0 0 100.000,00 100.000,00 - - -
1 1 110.000,00 - - -
2 2 121.000,00 - - -
3 3 75.000,00 25.000,00 33.100,00 58.100,00
4 4 50.000,00 25.000,00 7.500,00 32.500,00
5 5 25.000,00 25.000,00 5.000,00 30.000,00
6 6 - 25.000,00 2.500,00 27.500,00
Total Total - 100.000,00 48.100,00 148.100,00

Vejamos, a seguir, mais um caso de SAC em que os juros são capitalizados durante a
carência.

43
Competência 03

3.2.2 SAC com prazo de carência, juros capitalizados e prazo de utilização unitário

Nesse caso, você irá perceber que os juros não serão pagos durante o período da carência.
Trata-se de uma espécie de financiamento extra que é concedido a quem irá pagar a dívida –
contemplando os juros. Gomes e Mathias (2014, p.288) afirmam que nessa modalidade de SAC:

As amortizações são calculadas em relação ao valor inicial emprestado mais os juros


capitalizados durante a carência.

Exemplo resolvido:

Uma empresa pede emprestado $ 100.000,00 que o banco entrega no ato. Sabendo que o Banco
concedeu 3 anos de carência, que os juros serão durante a carência, que a taxa de juros é de 10%
ao ano e que o principal será amortizado em 4 parcelas anuais, construir a planilha.

Resolução: Nesse exemplo, vale destacar que o saldo devedor nesse terceiro período de carência irá
corresponder ao valor do saldo devedor no 2º período acrescido dos juros de 10% (0,01):

Saldo devedor = 121.000 + 121.000 (0,01) = 133.100,00

Já para o cálculo da amortização anual, basta dividir o valor do saldo devedor do último
período da carência (3º ano) pelo período (total de anos) em que será pago o empréstimo:
133.100,00
𝐀𝐦𝐨𝐫𝐭𝐢𝐳𝐚çã𝐨 = = 33.275,00
4

Para o cálculo dos demais valores da planilha, basta você proceder do mesmo modo que
no exemplo anterior. Com a obtenção dos valores, teremos o seguinte resultado:
ANO SALDO DEVEDOR AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO
0 100.000,00 - - -
1 110.000,00 - - -
2 121.000,00 - - -
3 99.825,00 33.275,00 - 33.275,00
4 66.550,00 33.275,00 9.982,50 43.257,00
5 33.275,00 33.275,00 6.655,00 39.930,00
6 - 33.275,00 3.327,00 36.602,50
Total - 100.000,00 48.100,00 153.165,00

44
Competência 03

Que tal praticarmos um pouco através dos seguintes exercícios? Durante sua resolução,
estaremos com um fórum aberto para que possamos debater os valores encontrados bem como os
procedimentos adotados para a construção das planilhas.

Exercícios propostos:
1) (GOMES E MATHIAS, 2014, p.335) Um empréstimo de R$ 80.000,00 deve ser pago em 4
amortizações constantes anuais sem carência. A taxa de juro contratada é de 8% a.a. Nessas
condições, construa a planilha de financiamento.
2) (SANTOS, 2001, p.93) Complete a tabela a seguir, usando o sistema de amortização constante:

Principal R$ 5.000,00
Taxa de Juros 2% a.m.
Prazo 4 meses
Amortização Mensal
mês juros amortização prestação dívida atual
0
1
2
3
4 zero

Você já progrediu bastante com os estudos. Vamos dar uma paradinha agora? Após um
merecido descanso, queremos lhe convidar a assistir a mais uma videoaula sobre o Sistema de
Amortização Francês para que, em seguida, possamos iniciar os estudos do Sistema de Amortização
Price.

3.3 Sistemas de Amortização Price

Após assistir à videoaula e compreender as noções do Sistema Francês, queremos lhe


apresentar sua particularidade que é o Sistema de Amortização Price, também conhecido como

45
Competência 03

“tabela Price”. Vejamos abaixo suas principais características, como descritas por Gomes e Mathias
(2014) e por Hazzan e Pompeo (2014):
a) A taxa de juros contratada é dada em termos nominais. Em termos práticos, essa taxa é
trabalhada em termos anuais.
b) As prestações têm período menor que aquele a que se refere a taxa. De modo geral, as
amortizações são feitas mensalmente.
c) No cálculo, utiliza-se a taxa proporcional ao período a que se refere à prestação, calculada a partir
da taxa nominal, do mesmo modo como já procedemos para o cálculo de taxas equivalentes no
cálculo de juros simples.

Vejamos o exemplo resolvido a seguir para melhor compreender como trabalhar com o
Sistema Price de Amortização:

Um banco emprestou $ 100.000,00, entregues no ato, sem prazo de carência. Sabendo-se que a
taxa de juros cobrada pelo banco é de 12% a.a., tabela Price, e que a devolução deve ser feita em
8 meses, construir a planilha.

Resolução:
Como vimos anteriormente, o cálculo da taxa de juros é feito pela taxa proporcional
mensal:
0,12
𝑖= = 0,01 𝑎. 𝑚. = 1% 𝑎. 𝑚
12

Já o cálculo da prestação pode ser feito com o auxílio da calculadora financeira HP12C.
Conforme você aprendeu na semana passada, o caminho a ser seguido será o seguinte:

100.000 [CHS]
[ON] 8 [n] 1 [i] [PV] [PMT] Aparece no
visor:
13.069,03

O cálculo dos juros e da amortização seguirá os seguintes procedimentos:

46
Competência 03

 No primeiro semestre:
 A Prestação é de 13.069,03. Os juros serão obtidos pelo produto entre o saldo
devedor no período anterior e a respectiva taxa: 100.000 (0,01) = 1.000,00
 A amortização das parcelas será obtida pela subtração entre a prestação e o valor dos
juros: 13.069,03 – 1.000 = 12.069,03.
 Saldo devedor: é obtido pela diferença entre o saldo devedor anterior e a
amortização: 100.000 – 12.069,03 = 87.930,97

 No segundo semestre:
 A Prestação novamente será o valor de 13.069,03 (Valor fixo). Os juros serão obtidos
pelo produto entre o saldo devedor no período anterior e a respectiva taxa:
87.930,97 (0,01) = 879,31
 A amortização das parcelas será obtida pela subtração entre a prestação e o valor dos
juros: 13.069,03 – 879,31 = 12.189,72.
 Saldo devedor: é obtido pela diferença entre o saldo devedor anterior e a
amortização: 87.930,97 - 12.189,72 = 75.741,25.

Para os demais semestres basta seguir o mesmo caminho anteriormente desenvolvido


até completar a seguinte planilha:
ANO SALDO DEVEDOR AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO
0 100.000,00 - - -
1 87.930,97 12.069.03 1.000,00 13.069,03
2 75.741,25 12.189,72 879,31 13.069,03
3 63.429,63 12.311,62 757,41 13.069,03
4 50.994,90 12.434,73 634,30 13.069,03
5 38.435,82 12.559,08 509,95 13.069,03
6 25.751,15 12.684,67 384,36 13.069,03
7 12.939,63 12.811,52 257,51 13.069,03
8 - 12.939,63 129,40 13.069,03
Total - 100.000,00 4.552,24 104.552,24

Que tal exercitar o que acabamos de estudar através da seguinte atividade?

47
Competência 03

Exercício: Um empréstimo de R$ 800.000,00 foi obtido por uma empresa ao adquirir um terreno.
Sabendo que sua devolução será feita em cinco prestações semestrais pelo Sistema Price e a uma
taxa de 4% a.s., obtenha a planilha de financiamento.

Agora que você já estudou o passo a passo para resolver os mais variados problemas
envolvendo os sistemas de amortização constante e Price, que tal praticarmos mais um pouco através
dos seguintes exercícios propostos? Estaremos com um fórum aberto para eventuais dúvidas e para
discutirmos a solução de cada uma das questões.

Exercícios propostos
1) (GOMES & MATHIAS, 2014, p.306) Uma imobiliária, planejando a construção de um núcleo
residencial, toma emprestado R$ 2.000.000,00 de um banco a uma taxa de 15% a.a. Tendo feito
a previsão de receitas para a determinação da capacidade de pagamento, o gerente financeiro
propõe ao banco o seguinte esquema de Amortização anual:
1º ano: R$ 200.000,00
2º ano: R$ 300.000,00
3º ano: R$ 400.000,00
4º ano: R$ 500.000,00
5º ano: R$ 600.000,00

Nas condições acima expostas, qual é o desembolso que a imobiliária deverá fazer
anualmente?

2) (GOMES & MATHIAS, 2014, p.335) O banco L&S emprestou R$ 200.000,00 a uma taxa nominal
de 9% a.a. O prazo total para a amortização do financiamento é de 6 anos e meio, incluindo-se a
carência. O pagamento da primeira amortização ocorrerá no 4º semestre.

3) (SANTOS, 2001, p.94) Complete a tabela a seguir, usando o sistema de amortização constante:

48
Competência 03

Principal
Taxa de Juros
Prazo 4 meses
Amortização Mensal
mês juros amortização prestação dívida atual
0 4.000,00
1 200,00
2
3
4 zero

4) (HAZZAN & POMPEO, 2014, p.252) Um banco libera um crédito de R$ 60.000,00 a uma
empresa, para pagamento pelo Sistema Price em 20 trimestres, sendo a taxa de 6% a.t.
Obtenha a planilha até o terceiro trimestre.

5) (HAZZAN & POMPEO, 2014, p.252) O Sr. Pascoal comprou um apartamento cujo preço à vista
era R$ 700.000,00 pagando R$ 200.000,00 de entrada e financiando o restante em 180 meses
pelo Sistema Price a uma taxa de 1% a.m. Construa a planilha até o terceiro mês.

6) (GOMES & MATHIAS, 2014, p.336) Uma empresa recebe um financiamento de R$ 300.000,00,
em 31.12.X5, para ser pago em 6 prestações semestrais pelo Sistema Frances. Desejando-se
saber quais serão as parcelas de juros anuais, construir a planilha de financiamento,
considerando-se a taxa de juros efetiva de 30% a.a.

49
Competência 04

4.Competência 04 | Cálculo de Juros, Valor Futuro, Valor Presente e


Prestação a Partir do Uso da Planilha Eletrônica Excel
Seja bem-vindo (a) a última semana nos estudos da Matemática Financeira. Agora que
você estudou conceitos envolvendo juros simples e compostos e o cálculo de prestações através da
calculadora financeira HP12C, bem como os Sistemas de amortização Price e de Amortização
Constante (SAC), queremos lhe convidar para conhecer mais uma importante ferramenta para sua
futura atuação profissional como técnico em administração: trata-se do uso de planilhas eletrônicas
na matemática financeira.
As planilhas eletrônicas as quais nos referimos são as do programa Microsoft Excel e, com
certeza, você já as deve ter utilizado como ferramenta de trabalho, em aulas de informática, para
organizar dados de interesse pessoal ou, no mínimo, já deve ter tido contado com pessoas que as
utilizam para o exercício de tais atividades.
Nesta semana, você irá aprender a calcular juros, o valor futuro, o valor presente e
prestações a partir da planilha eletrônica Excel, que assim como a calculadora HP12C, apresenta-se
como um facilitador para cálculos feitos manualmente, incluindo aqueles envolvidos em operações
repetitivas, bem como permite uma ampla visualização dos dados que estão em discussão em
situações corriqueiras para o técnico em administração. Que tal começarmos a explorar sua utilização
e a entender como organizar, calcular e tirar conclusões com as mais diversas variáveis expostas em
planilhas? Vamos começar?

4.1 Noções gerais para o trabalho com a planilha Excel

Antes de iniciarmos os estudos com a Planilha Excel, é importante que você siga as
seguintes dicas:
 Durante o estudo e a construção das planilhas é importante que estas sejam salvas em seu
computador para eventuais utilizações.
 Por se tratar de uma inserção de dados, você pode treinar os procedimentos adotados a seguir,
mudando os dados das questões trabalhadas para praticar e se familiarizar com o uso da planilha
Excel nas funções desenvolvidas.

50
Competência 04

 Assim como você já estudou na primeira semana as noções de Fluxo de Caixa, esse conhecimento
sobre a movimentação do dinheiro será crucial para o posicionamento do sinal positivo ou
negativo nas fórmulas. Nos fluxos de caixa, você compreendeu que retirar um empréstimo de
um banco representa um fluxo de caixa negativo para a instituição que empresta o dinheiro; do
mesmo modo, se você faz um depósito em uma poupança, o fluxo de caixa será negativo para
você e positivo para o banco que recebeu o valor depositado. Vejamos como ocorre esse
comportamento na planilha eletrônica Excel na descrição de Stieler (2016):

Figura3 - Planilha do Excel para fluxo de caixa.


Fonte: o autor
Descrição: Na coluna A, apresentamos o valor financiado, já na B, apresentamos os devidos valores (A1: valor financiado;
B1: R$ 5.000,00; A2: Taxa mensal; B2: 2,50% e A3: Nper; B3: 36; A5: PGTO (x36); B5: R$212,26).

A partir da planilha acima, observe que tanto o valor financiado apresentado na célula B1
como o valor do pagamento presente na célula B5 são valores positivos. Todavia, isso não representa
o verdadeiro comportamento do fluxo de caixa que é claramente evidenciado pela utilização do sinal
negativo ( - ) na fórmula: -PGTO(B2;B3;B1).
Já na planilha a seguir, você pode observar o correto comportamento do valor financiado
sob o ponto de vista da Financeira e sob o ponto de vista de quem recebe o empréstimo. Vamos supor
que você seja a pessoa que tomou R$ 5.000,00 emprestado de uma instituição financeira (Célula B2).
Como podemos observar, sob o ponto de vista da Financeira, o valor financiado é
negativo, já para você, será positivo. Quanto ao pagamento, observe que será utilizado o sinal
negativo para você que está pagando o valor financiado (Célula B6). Para o caso da Financeira,
observe que o pagamento é representado com sinal positivo, visto que ela está recebendo o valor
emprestado.

51
Competência 04

Figura 4 - Planilha do Excel para fluxo de caixa.


Fonte: o autor
Descrição: Nas colunas A e B, temos o comportamento do fluxo de caixa sob o ponto de vista da financeira (A2: valor
financiado; B2: R$ - 5.000,00; A3: Taxa mensal; B3: 2,50% e A4: Nper; B4: 36); já nas colunas D e E, temos o
comportamento sob o ponto de vista do investidor (D2: valor financiado; E2: R$ 5.000,00; D3: Taxa mensal; E3: 2,50% e
D4: Nper; E4: 36).

 Ao inserir valores nas fórmulas, você não deve formatá-los: caso você queira inserir o valor R$
2.000,00, basta digitar o valor 2000.
 Para o caso da digitação de valores em porcentagem, tome o devido cuidado em digitar o símbolo
% após o valor ou, se for o caso, escreva o valor já sob a forma centesimal. Vejamos um exemplo:
ao inserir o valor de 7% em uma planilha, ou você digita 7% (célula A1) ou 0,07 (célula B1).

Figura5 - Planilha do Excel para digitação de porcentagem.


Fonte: o autor
Descrição: 7% (célula A1) ou 0,07 (célula B1).

 Atente ainda para os seguintes conceitos:


Nper: número total de pagamentos.
Pmt: significa pagamento. Para Stieler (2016): “refere-se aos fluxos de caixa de
investimento / empréstimo. Pmt ocorre a cada período de nper. Se nper é igual a 12, então, o valor
de pmt ocorrerá 12 vezes”.

 Em um nível comparativo, as funções presentes no Excel como NPER, TAXA, VP, PGTO e VF serão
análogas à da calculadora HP12C da seguinte forma:
NPER: n (prazo)

52
Competência 04

TAXA: i
VP: PV (valor presente)
PGTO: PMT (pagamento)
VF: FV (valor futuro)

Mas como fazer para ter acesso a cada uma dessas funções? De forma bastante simples,
basta clicar no botão INSERIR e selecionar a ferramenta Assistente de Função f(x) de modo que será
aberta uma caixa de diálogo. Escolha a função financeira para, posteriormente, trabalhar com
qualquer uma das funções acima.
Vejamos agora como proceder para o cálculo do montante e do capital no regime de Juros
Compostos, tal como descrito por Hazzan e Pompeo (2014), na obra “Matemática Financeira”. Assim
como nesse caso, traremos, ao longo desse caderno, os procedimentos passo a passo para que você
possa trabalhar com fórmulas no Excel e construir as mais diversas planilhas envolvendo os conceitos
alvo de nosso estudo.

4.2 Cálculo do Montante e do capital em Juros compostos: procedimentos para


construção da planilha no Excel

Primeiramente, vejamos como proceder para a construção de uma planilha para o cálculo
do Montante em Juros Compostos, dada a seguinte situação:

Um capital de R$1.000,00 é aplicado durante 3 meses no regime de Juros Compostos, a uma taxa
de 10% a.m. Sabendo que o montante gerado ao término da aplicação é de 1.331,00. Construa a
planilha no Excel.

Procedimento:
 Abra o Excel e selecione a Plan 1.
 Selecione a célula A1 e digite: Montante em Juros Compostos
 Selecione a célula A3 e digite: Capital. Já na célula B3, digite o valor do Capital: 1000.
 Selecione a célula A4 e digite: Prazo. Logo, na célula B4, basta digitar 3.
 Selecione a célula A5 e digite: Taxa. Logo, você irá digitar 10%.
 Selecione a célula A6 e digite: Montante.

53
Competência 04

 Na célula B6 você irá digitar a fórmula =B3*(1+B5)^B4, que corresponde àquela já estudada para
o cálculo do Montante na primeira semana do nosso curso. Observe que o símbolo * corresponde
à operação de multiplicação, que o símbolo ^ corresponde à operação de potenciação e houve
ainda a necessidade de digitar o sinal de = (igual) como parte integrante da fórmula.
 Pressione a tecla [ENTER] para que a fórmula do montante seja armazenada na célula B6.

Com tais procedimentos, a planilha obtida será a seguinte:

Figura 6 - Planilha para o cálculo do Montante.


Fonte: o autor
Descrição: Na coluna A temos os valores do capital, do prazo, da taxa e do montante. Já na B, temos respectivamente, os
valores 1000, 3, 10% e 1331.

Observe ainda que, para encontrar o montante, basta substituir os valores da situação já
descrita por outros descritos em novas situações. Daí a importância de você salvar todas as planilhas
trabalhadas em nosso curso para posterior utilização no exercício profissional como técnico em
administração.
Atente também para o fato de que o cálculo do montante é igual à soma do capital com
os referidos juros. Dessa forma, e com base na construção feita anteriormente, você poderá
encontrar facilmente o valor dos juros nessa situação, bem como em outros problemas em que sejam
dados o capital, o período de aplicação e sua respectiva taxa.
Nos exercícios a seguir, encontre o valor do Montante e dos Juros a partir da construção
da planilha eletrônica no Excel.

Exercícios propostos:
Exercício 01: Um capital de R$ 8.000,00 é aplicado durante um ano a uma taxa de 22% a.a. (Leia: 22%
ao ano). Nessas condições, encontre o valor dos juros e do montante.

54
Competência 04

Exercício 02: Um capital de R$ 1.000,00 foi aplicado durante três anos a uma taxa de 10% a.a., em
regime de juros compostos. Qual o valor de resgate e dos juros obtidos através da planilha Excel?

O que você achou das atividades acima? Vamos avançar com o cálculo do capital em Juros
Compostos na planilha Excel? Vejamos as orientações para o cálculo de capitais no regime de juros
compostos a partir do seguinte exemplo:

Construa a planilha no Excel e utilize a fórmula do capital em Juros


Compostos para encontrar o capital inicial investido no prazo de 6 meses e
a uma taxa de 2% a.m., que resulta em um valor de resgate de R$ 5.000,00.

Procedimento:
 Abra o Excel e selecione a Plan 1.
 Selecione a célula A1 e digite: Fórmula do capital em Juros Compostos
 Selecione a célula A3 e digite: Montante. Já na célula B3, digite o valor do montante: 5000.
 Selecione a célula A4 e digite: Prazo. Logo, na célula B4, basta digitar 6.
 Selecione a célula A5 e digite: Taxa. Logo, você irá digitar 2% na célula B5.
 Selecione a célula A6 e digite: Capital.
 Na célula B6 você irá digitar a fórmula =B3/(1+B5)^B4, que corresponde àquela já estudada para
o cálculo do Capital na primeira semana do nosso curso. Observe que o símbolo / corresponde à
operação de divisão e que houve ainda a necessidade de digitar o sinal de = (igual)como parte
integrante da fórmula.
 Pressione a tecla [ENTER] para que a fórmula do capital seja armazenada na célula B6.

Com tais procedimentos, a planilha obtida será a seguinte:

55
Competência 04

Figura 7 - Planilha para o cálculo do Capital.


Fonte: o autor
Descrição: Na coluna A temos a Fórmula do Capital em Juros Compostos, Montante, Prazo, Taxa e Capital. Já na B, temos
respectivamente, os valores 5000, 6, 2% e 4439,856911.

Observe ainda que, para encontrar o valor do capital, basta substituir os valores da
situação já descrita (montante, prazo e taxa) por outros descritos em novas situações.
Assim como no estudo anterior sobre o cálculo do montante, observe que, encontrado o
valor do capital, basta subtraí-lo do valor do montante para obtermos os referidos juros.
Com base na construção feita anteriormente, você poderá encontrar facilmente o valor
do capital e dos juros em qualquer situação em que forem dados o montante, o período de aplicação
e sua respectiva taxa.
Que tal exercitar o que acabamos de estudar através das seguintes atividades? Nos
exercícios propostos, encontre o valor do Capital a partir da construção da planilha eletrônica no
Excel. Tais questões tomam por base os exercícios propostos por Faro e Lachtermacher (2012).

Exercícios propostos
01 – Que capital inicial, aplicado a uma taxa de juros de 5,5% a.a., em regime de juros compostos,
gera um montante de R$ 1.708,14 num prazo de 10 anos?

02 – O valor futuro produzido por certo capital em regime de juros compostos, aplicado a uma taxa
de 5% a.a., durante 10 anos, produz um montante de R$ 1.629,00. Qual o valor do capital inicial
investido?

56
Competência 04

Você já progrediu bastante com os estudos na Planilha Excel envolvendo o cálculo do


Montante e do Capital. Vamos dar uma paradinha agora? Após um merecido descanso, queremos lhe
convidar a assistir a mais uma videoaula sobre o uso da planilha Excel para o trabalho com taxas
equivalentes no regime de Juros Compostos.

4.3 Cálculo do Valor Futuro

Antes de iniciarmos o trabalho com a planilha Excel, precisamos compreender o que vem
a ser o valor futuro, cientes de que sua compreensão é essencial para o estudo do valor do dinheiro
no tempo. Com essa noção, podemos fazer projeções sobre nossas posses em tempo presente e
quanto elas irão valer no futuro caso sejam investidas. Podemos tentar entender essas noções com
aquela velha história de que as pessoas mais antigas costumavam contar sobre esconder dinheiro
dentro de colchões. Caso elas optassem em depositá-lo em uma poupança, onde há uma cobrança
de juros ao longo do tempo pelo valor depositado, é claro que deixar os valores embaixo de um
colchão seria o menos viável.
Podemos assim definir o valor futuro:

O valor futuro corresponde à capitalização de um determinado bem financeiro como fruto de


um investimento seja em ações, em imóveis, em títulos, em poupança bancária dentre outros
que sejam atrativos ao investidor.

Stieler (2016) ainda afirma que o cálculo do valor futuro permite sabermos o valor de um
investimento ao longo do tempo. Como exemplo, temos a situação de uma pessoa que deseja
comprar um carro no valor de R$ 44.000,00. Caso o valor do carro permanecesse inalterado pelos
próximos doze meses e a pessoa tivesse a opção de deixar depositado o valor de R$ 40.000,00 (em
uma poupança que paga 10% a.a), seria mais viável esperar por um ano para efetuar a compra do
veículo, já que, após um ano, o valor de R$ 40.000,00 iria valer o mesmo que o do carro. Claro que
essa decisão só seria facilmente avaliada de ser tomada frente às reais necessidades em adquirir o
veículo ou se seria viável esperar para adquiri-lo.

57
Competência 04

4.3.1 Função VF

Para o cálculo do valor futuro, Stieler (2016, p.27) descreve os seguintes componentes
que são necessários para que possamos construir uma planilha eletrônica no Excel:
 Taxa: taxa de juros por período
 Nper: número total de períodos de pagamento em uma anuidade.
 Pgto: pagamento feito a cada período. Geralmente contém o capital e os juros. E caso seja
omitido, você deverá incluir o argumento Vp.
 Vp: corresponde ao valor presente ou à soma total correspondente ao valor presente de uma
série de pagamentos futuros. Caso seja omitido, deverá ser considerado como zero e a inclusão
do argumento Pgto será obrigatória.
 Tipo: é o número 0 ou 1 e indica as datas de vencimento dos pagamentos. Se for omitido, será
considerado 0. Usa-se o 0 (zero) para pagamentos no final do período, e 1 (um), para pagamentos
no início do período.

Vejamos agora como resolver alguns problemas envolvendo o valor futuro, através dos
seguintes exemplos desenvolvidos por Stieler (2016).

Exemplos resolvidos:

01 – Você efetua um investimento no valor de R$ 1.000,00, tendo o prazo de 5 anos para resgate,
taxa anual nominal no valor de 15% e juros capitalizados mensalmente, qual será o valor de
resgate após o referido prazo?

Resolução: como os juros são capitalizados mensalmente, devemos trabalhar com o valor da taxa em
0,15
mês: = 0,0125 e com o prazo também em meses: 12x5 = 60. Através da tradicional fórmula para
12

o cálculo de montante que já estudamos na primeira semana, poderemos desenvolver o seguinte


cálculo para inseri-lo no Excel:

= VF(0,15/12;12*5;0;-1000;0)

58
Competência 04

A construção da planilha seguirá o seguinte caminho através do uso da opção Fórmulas-


Inserir Função no Excel:

Figura 8 - Procedimento para inserir fórmulas.


Fonte: o autor
Descrição: Menu Fórmulas do Excel para inserir o valor futuro. Na coluna A, temos A1: parâmetros; A2: taxas; A3: Nper;
A4: Pmto; A5: VP; A6: Tipo; A7: VF. Na coluna B, temos os correspondentes B1: valores; B2: 1,25%; B3: 60; B4: 0; B5: -
1000; B6: 0. Na caixa menor, temos a opção inserir função onde é selecionado o valor futuro na célula B7.

Ao clicar sobre VF, você será direcionado para a caixa Argumentos da função, onde
poderá inserir todos os valores dados no problema. Observe que a função ficará ativa na célula que
estiver selecionada no momento em que você escolher a função desejada para o cálculo. Dessa
forma, teremos o seguinte preenchimento:

59
Competência 04

Figura 9 - Procedimento para inserir fórmulas.


Fonte: o autor
Descrição: Menu Fórmulas do Excel para inserir o valor futuro. Na coluna A, temos A1: parâmetros; A2: taxas; A3: Nper;
A4: Pmto; A5: VP; A6: Tipo; A7: VF. Na coluna B, temos os correspondentes B1: valores; B2: 1,25%; B3: 60; B4: 0; B5: -
1000; B6: 0; B7: (25%;60;0;-1000;0). Na caixa menor, temos o argumento da função onde são detalhados esses valores já
descritos.

Ao pressionar OK, já teremos o VF:

Figura 10 - Planilha do valor futuro.


Fonte: o autor
Descrição: Na coluna A, temos A1: parâmetros; A2: taxas; A3: Nper; A4: Pmto; A5: VP; A6: Tipo; A7: VF. Na coluna B,
temos os correspondentes B1: valores; B2: 1,25%; B3: 60; B4: 0; B5: -1000; B6: 0; B7: R$ 2.107,18.

O Valor Futuro também poderia ser obtido utilizando os valores nas referidas células. Para
isso, basta indicar, na célula B7, a sequência de valores de B2 até B6 da seguinte forma:

60
Competência 04

Figura 11 - Planilha do valor futuro.


Fonte: o autor
Descrição: Na coluna A, temos A1: parâmetros; A2: taxas; A3: Nper; A4: Pmto; A5: VP; A6: Tipo; A7: VF. Na coluna B,
temos os correspondentes B1: valores; B2: 1,25%; B3: 60; B4: 0; B5: -1000; B6: 0; B7: =VF (B2;B3;B4;B5;B6)

Com esse procedimento, encontraríamos o mesmo valor futuro e também poderíamos


utilizar essa planilha para outros problemas:

Figura 12 - Planilha do valor futuro.


Fonte: o autor
Descrição: Na coluna A, temos A1: parâmetros; A2: taxas; A3: Nper; A4: Pmto; A5: VP; A6: Tipo; A7: VF. Na coluna B,
temos os correspondentes B1: valores; B2: 1,25%; B3: 60; B4: 0; B5: -1000; B6: 0; B7: R$ 2.107,18.

Que tal praticar através da seguinte atividade:

Exercício Proposto: calcule o valor futuro para pagamento no início do investimento.

Exemplo 2: Sabendo que a taxa cobrada para um empréstimo é de 6% ao mês, se o empréstimo


for pago após 45 dias, quanto deve ser pago se a retirada foi de R$ 500,00 e os juros aplicados
diariamente?

61
Competência 04

Resolução: Como os juros são capitalizados mensalmente e o referido prazo em dias, devemos
0,06
trabalhar com o valor da taxa em dias: = 0,002.
30

Figura 13 - Planilha do valor futuro.


Fonte: o autor
Descrição: Na coluna A, temos A1: parâmetros; A2: taxas; A3: Nper; A4: Pmto; A5: VP; A6: Tipo; A7: VF. Na coluna B,
temos os correspondentes B1: valores; B2: 0,20%; B3: 45; B4: 0; B5: -500; B6: 0; B7: R$ 547,04.

No final do nosso caderno, você irá encontrar alguns problemas envolvendo o valor futuro
para ser desenvolvido na planilha Excel. Vejamos agora como proceder para o cálculo do valor
presente.

4.4 Cálculo do Valor Presente

O valor presente trabalha no modo inverso do valor futuro. De acordo com o portal
Profinanceiro, podemos conceituá-lo da seguinte forma:

É o valor aplicado ou retirado, na data atual, por meio de alguma operação financeira, que ao
render juros a uma determinada taxa, o valor do montante de uma data futura será de igual
valor nominal na data atual.

A função utilizada no Excel para o cálculo do valor presente é VP e pode ser obtida a partir
da seguinte fórmula no Excel. Vale também destacar que, caso o valor presente seja retirado logo no
início, o argumento da função será 1.

VP: VP(taxa;nper;pgto;vf;tipo)

62
Competência 04

Vejamos agora um exemplo resolvido, apresentado por Stieler (2016, p.46) para
compreendermos como construir uma planilha financeira no Excel, envolvendo o cálculo do valor
presente:

Você deseja se aposentar, hoje, e efetuar retiradas mensais de R$ 2.000,00 por 20 anos. Quanto
você precisa depositar, hoje, se a taxa de juros sobre tal fundo é de 0,55% ao mês?

Resolução:

Figura 14 - Planilha do valor Presente.


Fonte: o autor
Descrição: Na coluna A, temos A1: parâmetros; A2: taxas; A3: Nper; A4: Pmto; A5: VF; A6: Tipo; A7: VP. Na coluna B,
temos os correspondentes B1: valores; B2: 0,55%; B3: 240; B4: 0; B5: -2000; B6: 0; B7: R$ 266.144,29.

Resolva agora o seguinte problema, apresentado por Stieler (2016, p.46) para praticar a
construção da planilha acima.

Exercício proposto: Se o valor presente de uma unidade é R$ 55.250,30; qual a retirada mensal
máxima que você pode fazer por 15 anos, sabendo que a taxa aplicada é de 0,95% ao mês?

4.5 Cálculo de Prestações

Você já estudou o cálculo de prestações na terceira semana de nossos estudos a partir


dos Sistemas de Amortização Constante e Price. Vejamos novamente a definição de prestação como
fora apresentada por Hazzan e Pompeo (2014, p.235) antes de iniciarmos o seu cálculo a partir da
construção de planilhas no Excel:

Prestação é o pagamento acrescido de impostos e outros encargos. Ao desconsiderar os


impostos e encargos, a prestação reduz-se ao pagamento da amortização acrescida do juro em
cada período.

63
Competência 04

Vamos iniciar a construção das planilhas? Para isso, tomaremos os exemplos e


orientações dadas pelos supracitados autores para a construção de planilhas eletrônicas no Excel para
os sistemas SAC e Price.
Antes de iniciarmos o cálculo de prestações no Sistema Price, queremos lhe convidar para
assistir a uma videoaula sobre construção de Planilhas no SAC.
O que você achou da nossa videoaula? Vejamos agora o passo a passo para construir uma
planilha no Sistema Price, envolvendo o cálculo de prestações como descrito por Hazzan e Pompeo
(2014, p.292-293):

Exemplo resolvido:

Construa uma planilha de financiamento pelo Sistema Price, considerando um principal de


R$15.000,00, a ser pago em 12 meses, a uma taxa de 1% a.m. Nessa construção, será necessário
encontrar o valor da prestação.
.

Resolução:
 Selecione a célula A1 e digite o título: Financiamento pelo Sistema Price
 Selecione a célula A3 e digite: Mês.
 Selecione a célula B3 e digite: Saldo Devedor.
 Selecione a célula C3 e digite: Amortização.
 Selecione a célula D3 e digite: Juro.
 Selecione a célula E3 e digite: Prestação.
 Selecione a célula A5 e digite: 0, a célula A6 e digite 1, e assim por diante, até a célula A17 com o
valor 12, já que são 12 meses de financiamento.
 Selecione a célula B5 e digite o valor 15000.
 Selecione a célula E5 e, usando o Assistente de Função fx, escolha a função PGTO. Você terá a
seguinte apresentação:

64
Competência 04

Figura 15 - Planilha para prestação em Sistema Price.


Fonte: o autor
Descrição: Há a apresentação, para posterior preenchimento, com os valores do financiamento pelo sistema Price. Na
linha três, temos: mês, saldo devedor, amortização, juro e prestação. Já na caixa menor, temos de inserir função, onde é
selecionada a função PGTO.

 Será aberta uma caixa de diálogo, onde devem ser inseridos os valores dados no problema.
Observe que o valor de 1332,73183 corresponde à prestação que estávamos procurando:

Figura 16 - Caixa de argumento da função.


Fonte: o autor
Descrição: Argumento da função PGTO com os valores da taxa – 1%, Nper – 12, Vp – (-15000) e VF (em branco). Tipo – 0.

65
Competência 04

 Selecione o valor da célula E6 até a célula E17 e preencha com 1332,73.


 Selecione a célula D6 e digite a fórmula: =0,01*B5.
 Selecione a célula C6 e digite a fórmula: =E6-D6 (para calcular a amortização pela diferença entre
a prestação e o juro).
 Selecione a célula B6 e digite a fórmula: =B5-C6 (para calcular o saldo devedor como diferença
do saldo anterior e a amortização).
 Selecione simultaneamente as células B6, C6 e D6 e, com a alça de preenchimento, preencha as
três colunas simultaneamente até o mês 12.
 Após o preenchimento, você terá a seguinte planilha:

Figura 17 - Planilha para o cálculo de prestações.


Fonte: o autor
Descrição: Há a apresentação dos valores do financiamento pelo sistema Price. Na linha 01 temos o financiamento pelo
sistema price. Na linha três, temos: mês, saldo devedor, amortização, juro e prestação. No intervalo das linhas 5 até 17,
temos os valores preenchidos a partir dos cálculos descritos.

Para praticar o que acabamos de estudar, que tal resolver o seguinte problema?

Exercício proposto: Um banco emprestou R$ 100.000,00, entregues no ato, sem prazo de carência.
Sabendo-se que a taxa de juros cobrada pelo banco é de 12% a.a., tabela Price, e que a devolução
deve ser feita em 8 meses, construa a planilha e obtenha o valor das prestações.

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Competência 04

Agora que você já estudou o passo a passo para resolver os mais variados problemas no
Excel, que tal praticarmos mais um pouco através dos seguintes exercícios propostos? Estaremos com
um fórum aberto para eventuais dúvidas e para discutirmos a solução de cada uma das questões a
partir da construção de suas planilhas.

Exercícios propostos
1) Quanto devo aplicar hoje, a juros compostos, para obter um rendimento de R$ 101,25 após 6
meses, a uma taxa de juros compostos de 10% ao ano?
2) Quanto se deve depositar na data atual em uma aplicação financeira para ter acumulado R$
300.000,00 ao final de 1 ano e 6 meses, sabendo-se que a referida aplicação fornece uma taxa
de juros de 2% a.m.?
3) Determine o valor de um capital que foi aplicado durante 2 anos a uma taxa de juros compostos
de 39,98% a.t., gerando um montante de R$ 11.750,00. Qual o valor dos Juros gerados?
4) (STIELER, 2016, p.28) Você faz um investimento que paga 0,055% ao dia de juros. Se o
investimento for resgatado em um ano, quanto você terá recebido por um investimento inicial
de R$ 3.000,00? Considere um ano de 252 dias úteis?
5) (STIELER, 2016, p.29) Sabendo que a taxa anual nominal é de 77% para empréstimos pessoais,
quanto você deverá pagar por um empréstimo de R$1.000,00 liquidado ao final de seis meses se
a aplicação é mensal?
6) (STIELER, 2016, p.30) Pelos próximos 5 anos você fará um depósito mensal de R$500 em um
fundo de investimento. Se a taxa paga pelo fundo é 1,05% ao mês, quanto você terá acumulado
neste período?
7) (GOMES & MATHIAS, 2014) Um banco emprestou R$ 100.000,00, entregues no ato, sem prazo
de carência. Sabendo-se que a taxa de juros cobrada pelo banco é de 12% a.a., tabela Price, e
que a devolução deve ser feita em 8 meses, obtenha o valor das prestações a partir da construção
da planilha no Excel.

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Conclusão
Acreditamos que o estudo da Matemática Financeira, através desse caderno, pôde lhe
proporcionar incríveis experiências com essa área da Matemática que é essencial na rotina do
profissional técnico em administração.
Através da apropriação das ferramentas apresentadas como a calculadora HP12C, as
tabelas e a Planilha eletrônica Excel, você se encontra apto a enfrentar as mais diversas situações em
que a matemática financeira se faça presente para a tomada de decisões estratégicas, o que é um
requisito para a sua inserção no mercado de trabalho de forma competitiva, acompanhando as mais
emergentes demandas no mundo dos negócios.

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Referências

ARAÚJO, 2013. Disponível em: <http://profmilton.blogspot.com.br/2013/12/pilulas-de-matematica-


financeira-2.html>. Acesso em: 27 set. 2018.

FARO, C. LACHTERMACHER, G. Introdução à Matemática Financeira. Rio de Janeiro: Editora FGV,


2012.

GOMES, J. M. MATHIAS, W. F. Matemática Financeira: com + de 600 exercícios resolvidos e


propostos. 6. ed. SÃO PAULO: Atlas, 2011.

HAZZAN, S. POMPEO, J. N. Matemática Financeira. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

SANTOS, J. C. Matemática Financeira com a calculadora HP12C. Série: Análise de Negócios. São
Paulo: Arte & Ciência, 2001.

STIELER, E. C. Matemática Financeira no Excel. Disponível em:


<www2.unemat.br/eugenio/arquivos/matematica_financeira_excel.pdf>. Acesso em: 27 Set. 2018.

Profinanceiro, 2010. Disponível em: <http://profinanceiro.com.br/biblioteca/vp.aspx>. Acesso em:


27 Set. 2018.

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Minicurrículo do Professor

Arthur Filgueiras
É doutorando em Ciências da Linguagem (Universidade Católica de Pernambuco). Mestre
em Linguística e Ensino com pesquisa voltada para o Discurso da Matemática (Universidade Federal
da Paraíba). Especialista em Matemática e Educação (FUNESO). Possui Graduação em Matemática
pela Universidade de Pernambuco (2008). Atuou como Tutor à distância do Curso de Licenciatura em
Matemática (UFPE) e atualmente é professor adjunto da Faculdade dos Guararapes na Escola de
Negócios e de Engenharia e Tecnologia; e professor de Matemática na Educação Básica na Prefeitura
do Recife.

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