MATERIAL DE APOIO

Disciplina: Peças Criminais do MP

Professor: Luis Mileo
Aulas: 04 a 06| Data: 12/03/2016

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

PEÇAS CRIMINAIS DO MP

1. Denúncia (cont.)

 Twitter do Professor: @Luismileo

1. Denúncia (cont.)

Em nossa última aula demos início ao estudo da denúncia e falamos sobre endereçamento, titularidade, tipo
penal e começamos a analisar a manifestação em separado. Hoje daremos continuidade a nosso estudo.

Como dito na última aula, as peças que têm maior chance de ser cobradas em prova são:
*denúncia,
*memoriais,
*razões e
*contrarrazões
(principalmente denúncia e contrarrazões, já que memoriais e razões demandam que o problema traga muitas
informações).

Professor postará na área do aluno um documento com dicas para todas as peças. Além disso, serão postados
alguns probleminhas de denúncia e memoriais.

Na última aula fizemos uma denúncia. Hoje faremos mais alguns modelos da manifestação em separado, com
diferentes pedidos que podem ser feitos. Contra os pedidos feitos na manifestação em separado, normalmente, o
denunciado não se defende.

 Crime passível de suspensão condicional do processo

Nestes casos, o que importa é a quantidade de pena abstratamente prevista.

No oferecimento da denúncia é necessário se manifestar a respeito.

Se há manifestação de antecedentes do agente  propor.
Se há informação de que ele não preenche os requisitos do art. 89  não propor.
Se não há informação para definirmos se cabe ou não suspensão  propor.
Se o requisito objetivo está preenchido e o subjetivo não não propor.

Ex. Estelionato  é passível de suspensão condicional do processo. Há no problema a informação de que o

agente responde por mais 15 inquéritos pelo mesmo crime. Essa será a primeira denuncia, ou seja, nesta 1ª
denuncia ele tem direito. Na próxima denuncia, ele não terá mais o direito, pois ele já estará sendo processado.

Sentença cível, criminal e peças do MP

CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Além disso, o benefício previamente concedido será cassado. Neste caso, havendo essas informações, o que o
examinador busca é que você negue o pedido, já que o agente não preenche os requisitos.

Lei 9099/95 - Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada
for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o
Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a
suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado
não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro
crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão
condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do
Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo,
submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes
condições:
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II - proibição de freqüentar determinados lugares;
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem
autorização do Juiz;
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente,
para informar e justificar suas atividades.
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica
subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação
pessoal do acusado.
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário
vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo
justificado, a reparação do dano.
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir
qualquer outra condição imposta.
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a
punibilidade.
§ 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do
processo.
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o
processo prosseguirá em seus ulteriores termos.

Pedido de liberdade provisórioQuando o inquérito está pronto e fala-se que o agente está preso, presume-se
que esteja em preventiva, a não ser que ele esteja em temporária (mas neste caso haverá informação de que está
em temporária).

Pode ser que no momento do oferecimento da denúncia venha um pedido de liberdade provisória ao indiciado. A
manifestação sobre este ponto não deve ser feito na denúncia, mas sim em separado.
Vamos analisar algumas dessas hipóteses:

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 Suspensão condicional do processo

Meritíssimo Juiz,
Se houver pedido de laudo, faça no
1. Ofereço denúncia em separado;
ponto 3.
2. Requeiro a vinda de folha de antecedentes criminais, bem como
as certidões do que dela constar;
- se ele tiver direito ao benefício:
3. Tendo em vista que o denunciado preenche os requisitos previstos
Ao falar aqui do parágrafo 1º, não
no art. 89 da Lei 9099/95, proponho o benefício da suspensão
haverá necessidade de colocar as
condicional do processo devendo o denunciado, caso aceite, se
condições uma a uma.
submeter às condições estabelecidas no parágrafo 1º do referido
artigo.
- se ele não faz jus ao benefício,
basta colocar o mesmo descrito no
3. Tendo em vista que o denunciado não preenche os requisitos
número três acima, descrevendo que
previstos no art. 89 da Lei 9099/95, uma vez que responde a processo
ele NÃO preenche os requisitos do
(conforme certidão criminal), deixo de propor o benefício da
art. 89.
suspensão condicional do processo.
O que é importante na manifestação
é identificar que o fato é passível de
suspensão condicional do processo.

E se não tenho informação sobre os

3. Tendo em vista a ausência de informações a respeito do
antecedentes, como avaliar o
denunciado, requeiro aguarde-se a vinda de certidões, para após
cabimento de suspensão
manifestar-me acerca da possibilidade de proposta de suspensão
condicional? E se o agente será
condicional do processo.
denunciado e há necessidade de
pedido de prisão preventiva. Como
ou
avaliar isso?
Nosso examinador, provavelmente,
3. Outrossim, com base nos artigos 311 e seguintes do CPP, requeiro
não dará essa dica. Ele deixará a
seja decretada a prisão preventiva do denunciado __X__.
cargo do candidato a análise de
Com efeito, praticou grave crime contra a vítima, utilizando grave
cabimento. Em crimes menos grave
ameaça e violência para amealhar patrimônio alheio, sendo certo que
pode até dar o norte. Em crimes
desta violência resultou a morte da vítima.
grave, peça!
Ex.: latrocínio, estupro...
Não possui ocupação lícita, tampouco residência fixa, pois sequer foi
Pede preventiva para garantia da
localizado para prestar depoimento.
persecução penal. Precisa ter bom
Ademais, a sua personalidade demonstra delinquência e está
senso. Avalie os requisitos da
divorciada dos valores médios da sociedade.
preventiva e avalie!
Dessa forma, se solto permanecer, frustrada estará a aplicação da lei
Note que neste caso, pode colocar
penal, bem como a instrução criminal.
um parágrafo com juízo de valor.
Assim sendo, preenchidos os requisitos da cautelaridade, requeiro
seja decretada a prisão preventiva do denunciado __X__, para ser
possível a tranquilidade da instrução criminal, a aplicação da lei penal
e assegurado a ordem e paz social.

Local, data
Nome-assinatura
Promotor de justiça

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Obs. Professor menciona que essa semana houve recente alteração do CPP pela lei 13.257/16. Ficar atento a
mudanças.
 Hipóteses de variantes da denúncia
Endereçamento, titularidade e
tipo penal. Ao final, no último
parágrafo, colocar o seguinte
pedido. Este é padrão a ser
utilizado!
Obs. Se houver rito especial (ex.
drogas) seguir o rito!
Se ele aceitar a suspensão,
haverá a possibilidade de
ressarcir o valor.
Art. 387 – ver os termos
Ante o exposto, denuncio a Vossa Excelência __X__ como incurso no
art. 171, caput do Código Penal, sendo a presente recebida e
autuada, seja o denunciado citado, para responder presente, até final
condenação observando-se o rito previsto no art. 394 e seguintes do
Código de Processo Penal, ouvindo-se as testemunhas abaixo
arroladas (___), bem como fixar valor mínimo para reparação de
danos causados pela infração considerando os prejuízos sofridos pelo
ofendido nos termos do artigo 387, IV do CPP, protestando pela
produção de todas as provas em direito admitidas.
CPP - Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº
11.719, de 2008)
I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas
no Código Penal, e cuja existência reconhecer;
II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que
deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o
disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - aplicará as penas de acordo com essas conclusões; (Redação dada
pela Lei nº 11.719, de 2008).
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela
infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação
dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos
e medidas de segurança, ao disposto no Título Xl deste Livro;
VI - determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em
resumo e designará o jornal em que será feita a publicação (art. 73, §
1o, do Código Penal).
§ 1o O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou,
se for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida
cautelar, sem prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser
interposta. (Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012)
§ 2o O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de
internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de
determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade.
(Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012)
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 Hipótese de participação
Como fazer a denúncia quanto ao partícipe?
1. Endereçamento
2. Titularidade
Qual a ordem da descrição?
1- descreve o autor
2. Descreve o partícipe
Análise da conduta do autor
É importante separar, pois o
partícipe se defende contra os
fatos contra ele alegados.
Note, ele não pratica a
elementar, mas participou
auxiliando.
Note que não muda muito de um
para o outro!
Descrever as condutas em
parágrafos diversos. O mesmo
deve ser feito na hora de
descrever o tipo.
 Crime tentado
1. Endereçamento
2. Titularidade
... oferecer denúncia contra “os dois “ (autor+coautor=participe)
Noticiam os inclusos autos de inquérito policial que, no dia 13 de
março de 2016, por volta das 8h30, na rua “X”, altura do número “Y”,
bairro Jardins, nesta cidades e comarca, João Jose, previamente
ajustado e com unidade de propósito com David João, mediante
violência e grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo,
subtraiu para si a importância de R$ 1000 de propriedade da vítima
Maria Eduardo.
Noticiam, ainda, os inclusos autos de inquérito policial que, nas
mesmas circunstâncias de tempo e espaço acima descritas, David
João concorreu de qualquer forma para a prática do delito acima
descrito.
Narrar a história criminosa.
O denunciado David João concorreu, de qualquer modo para a prática
do crime descrito, na medida em que ofereceu guarida e apoio moral,
bem como, fuga motorizada, visando o sucesso da empreitada
criminosa.
...José: no art. 157, parágrafo 2º , incisos I e II do CP.
...David: art. 157, parágrafo 2º, incisos I e II do CP, na forma do art.
29 do CP
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No 1º parágrafo narra o verbo do
tipo. A parte em negrito abaixo
serve para TUDO o que for
tentativa.
Noticiam os inclusos autos de inquérito policial, que, na data de 13 de
março de 2016, por volta das 8h30m, na Rua Paulista, altura do
número 100, bairro Jardins, nessa cidade e comarca, João José tentou
subtrair para si, mediante rompimento de obstáculo, o CD player que
estava instalado no veículo Volkswagen, placa BBB 001, pertencente
à vítima Maria iniciando, assim, a execução de um crime de furto,
que somente não se consumou por circunstâncias alheias à vontade
do agente.

(descrição de toda história criminosa...)

Antes de colocar o “ente o
exposto” faz-se necessário O denunciado deu início a execução de um crime de furto, que
descrever essas circunstâncias. somente não se consumou, em razão da pronta interferência da
polícia militar, no instante em que ainda estava no interior do veículo

... art. 155, parágrafo 4º, I, combinado com o artigo 14, II, ambos do
CP.

CP - Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de

11.7.1984)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa
com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a
dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é
cometido:
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou
destreza;

 Crime continuado

Se todos os crimes ocorreram no mesmo contexto, pode narrar a historia dento de um parágrafo. Agora na hora
de descrever, é importante colocar as circunstancias/data/modo como ocorreu cada um dos crimes.
Se os crimes se dão em locais diversos e em dias diversos, é necessário descrever tantos quantos “noticiam”
forem necessários.
- noticiam Furto 1
- noticiam, ainda, nos mesmos autos que ..(furto 2)

Apesar de ser crime único aumentado, será necessário narrar cada um.

...Art. 155, caput, na forma do art. 71, (por 4 vezes/ 5 vezes...colocar

o número de vezes) ambos do Código Penal.

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 CP - Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível
consumar-se o crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

 Erro na execução (art. 73, CP)

Ex.: agente dispara contra uma vítima e acaba atingindo 3ª pessoa.
Aqui como há uma só forma de execução, deve ser narrado tudo conjuntamente, não em parágrafos diferentes.
Ex.: homicídio

Noticiam os inclusos autos de inquérito policial, que, na data de 13 de

março de 2016, por volta das 8h30m, na Rua Rui Barbosa, altura do
número 1000, bairro Jardins, nessa cidade e comarca, o denunciado,
com evidente intenção homicida, munido de arma de fogo, mediante
recurso que dificultou defesa da vítima, efetuou disparos contra João,
causando-lhe os ferimentos descritos no laudo necroscópico, de
folhas __, que foram a causa efetiva da sua morte e por erro na
execução, atingiu David, causando-lhe os ferimentos descritos no
laudo de exame de corpo de delito.

(descrever história criminosa...)

Forma de tipificação? Ante o exposto.... art. 121, parágrafo 2º, inciso

IV, na forma do art. 73, ambos do Código Penal.

CP - Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de

execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia
ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o
crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20
deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente
pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
§ 2° Se o homicídio é cometido:
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro
recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;

 Concurso Material
- endereçamento
- titularidade

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Noticiam ...CRIME 1
Noticiam ...CRIME 2

Como tipificar
...Art. 157, parágrafo 2º, I, do CP e art. 33, da lei de tóxicos, ambos na
forma do art. 69, caput, do CP....
...art. 213, caput, (por duas vezes), na forma do art. 69, caput, do
CP....

CP - Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem,

mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la,
por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,
pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja
incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de
detenção, executa-se primeiro aquela. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada
pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para
os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste
Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o
condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis
entre si e sucessivamente as demais. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça,
a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a
vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)

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 Lei 11343/06 - Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar,
produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500
(quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à
venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo
ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima,
insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que
se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente
que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o
tráfico ilícito de drogas.
§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
(Vide ADI nº 4.274)
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a
300 (trezentos) dias-multa.
§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a
pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700
(setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das
penas previstas no art. 28.
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas
poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão
em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de
bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem
integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)

Na hora de narrar concurso formal/material, seja mais rígido. Lembrar que a denúncia é pro societate. Se der para
reconhecer o concurso material, coloque!

E se o segundo agente morre? Na denuncia descrever a conduta do morto também (na parte da descrição da
história), mas só denuncie o vivo.

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