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UNIDADE 1 muscular) e aparelho urogenital (sistema

- ANATOMIA HUMANA - urinário + genital).

ROTEIRO DE AULA
1.2- Variação anatômica
ATENÇÃO:
Este roteiro é um auxílio para seu estudo em aulas São diferenças existentes na
práticas e teóricas. Ele de modo algum é uma lista
de assuntos que possam ser cobrados em provas
morfologia do corpo, mas que, no entanto,
teóricas ou práticas. Desta forma, o aluno não não causam prejuízo funcional ao indivíduo
deve limitar seu estudo a este roteiro ou aos que possui. A variação anatômica pode ser
assuntos nele tratados. É indispensável consulta à interna ou externa.
bibliografia recomendada e a frequência às aulas.

1.1- Definições 1.3- Fatores gerais de variação

Existem vários fatores que determinam


Anatomia é a ciência que estuda,
à variação anatômica:
macroscopicamente e microscopicamente, a
→ idade
constituição e o desenvolvimento dos seres
→ sexo
organizados; é a ciência que estuda a
→ raça
estrutura do corpo. O vocábulo é derivado
→ biótipo → tipo médio
indiretamente do grego anatomé na qual
→tipos extremos =
ana = em partes e tome = cortar.
longilíneos e brevilíneos.
Do ponto de vista etimológico o termo
dissecação, na qual dis = separadamente e
secare = cortar, é o equivalente latino ao 1.4- Anomalia
grego anatomé.
A anatomia está para a fisiologia assim São diferenças morfológicas que, no
como a geografia está para a história, isto entanto, causarão perturbação funcional.
é, ela provê o local dos eventos. Embora o
interesse primordial da anatomia esteja na 1.5- Monstruosidade
estrutura, a estrutura e a função devem
ser consideradas simultaneamente. Com o É uma anomalia tão acentuada que
desenvolvimento da microscopia, interfere no desenvolvimento do corpo,
desenvolveu também ciências sendo incompatível com a vida.
especializadas que são ramos da anatomia
como a citologia, a histologia e a 1.6- Nomenclatura anatômica
embriologia (anatomia microscópica).
A anatomia macroscópica se preocupa
Em 1955 foi realizado em Paris um
em estudar os órgãos e os sistemas como,
congresso para discutir os novos caminhos
por exemplo, o sistema tegumentar,
a se seguir dentro da anatomia. Nesse
esquelético, muscular, nervoso,
evento vários assuntos foram abordados
cardiovascular, linfático, respiratório,
com o objetivo de facilitar o estudo da
digestório, urinário, genital, endócrino e
anatomia. O evento chamado de Paris
sensorial.
Nomina Anatômica, dentre muitos pontos,
Alguns sistemas podem ser agrupados
definiu:
formando os aparelhos como, por exemplo,
o aparelho locomotor (sistema esquelético +

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→ Foram abolidos os epônimos 1.8- Posição Anatômica
→ Os termos deveriam indicar:
 forma- músculo trapézio
Para se evitar o uso de nomes
 posição- nervo mediano
diferentes nas descrições anatômicas,
 trajeto- artéria circunflexa da
convencionou-se uma posição padrão
escápula
denominada posição de descrição
 função- músculo levantador da
anatômica ou posição anatômica, que
escápula
facilita o estudo em anatomia.
A posição anatômica apresenta o
1.7- Divisão do Corpo Humano indivíduo em pé (posição ortostática), pés
juntos direcionados anteriormente,
→ Cabeça braços ao longo do corpo com as palmas
→ Pescoço das mãos voltadas para frente e olhar
→ Tronco: distante ao horizonte.
 Tórax
 Abdome
 Pelve
→ Membros Superiores
 Raiz = Ombro
 Parte livre = Braço, Antebraço e
Mão.
→ Membros Inferiores
 Raiz = Quadril
 Parte livre = Coxa, Perna e Pé.

O corpo humano se divide em cabeça,


pescoço, tronco e membros. A cabeça
(extremidade superior do corpo) está unida
ao tronco através do pescoço (porção 1.9- Planos de delimitação
estreitada) e o tronco compreende o tórax
e o abdome com suas respectivas cavidades São planos tangentes a superfície
torácica e abdominal. A cavidade abdominal corpórea que delimitam o corpo. São eles:
se prolonga inferiormente na cavidade
pélvica. → plano ventral ou anterior
Dos membros, dois são superiores ou → plano dorsal ou posterior
torácicos e dois são inferiores ou pélvicos, → planos laterais direito e esquerdo
apresentando uma raiz ligada ao tronco e → plano cranial ou superior
uma parte livre. → plano podálico ou inferior
→ plano caudal **

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1.10- Planos de secção → intermédia: estrutura que se situa
entre duas outras que são medial e lateral.
São planos que passam por sobre a
→ média: quando a estrutura situa-se
superfície corpórea, dividindo-o em
entre o plano superior e inferior ou entre
metades; são planos de corte. São eles:
o plano anterior e posterior.
→ plano mediano sagital: divide o corpo
→ ventral: estrutura que se situa mais
em metade direita e esquerda.
próxima do plano ventral ou anterior.
→ plano coronal ou frontal: divide o corpo
Ex: os dedos do pé são anteriores ou
em ventral e dorsal.
ventrais em relação ao tornozelo.
→ plano transversal: são horizontais;
planos paralelos ao cranial e ao podálico.
→ dorsal: estrutura que se situa mais
próxima do plano dorsal ou posterior.
Ex: inverso da anterior.
1.11- Eixos do corpo humano
→ cranial: estrutura que se situa mais
São linhas imaginárias traçadas no próxima do plano cranial ou superior.
indivíduo considerado. Os eixos seguem
três direções ortogonais: → caudal: estrutura que se situa mais
próxima do plano podálico ou inferior.
→ eixo sagital = ântero-posterior
→ eixo longitudinal = crânio-caudal → Interno ou externo
→ eixo transversal = látero-lateral → Proximal e distal (nos membros)
Ex: a mão é distal em relação ao
antebraço;
1.12-Termos de posição e direção o antebraço é proximal em relação a
mão.
(localização)

→ medial: estrutura que se situa mais


próxima do plano mediano.
Ex: o dedo mínimo é medial em relação ao
polegar.

→ lateral: estrutura que se situa mais


próxima do plano lateral (direito ou
esquerdo).
Ex: o polegar é lateral em relação ao
dedo mínimo.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
MOORE, Keith L.; AGUR, Anne M. R. Fundamentos de
ATENÇÃO: anatomia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004. 562 p.
O exercício de fixação é mais um instrumento de
estudo, não substituindo os livros didáticos e nem a NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana.
dedicação ao anatômico. Um acadêmico tem que se Tradução Jacques Vissoky. 2. ed. Porto Alegre:
dedicar à leitura de artigos científicos e outros ARTMED, 2000. 525 p.
títulos relevantes. As questões relacionadas abaixo
não serão necessariamente indicadas nas avaliações OLSON, Todd R. A.D.A.M.: atlas de anatomia.
regulares. Tradução Alexandre Lins Werneck. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, c1998. 489 p.
1- Qual a importância da posição
anatômica no estudo da anatomia? SCHUENKE et al. Atlas de Anatomia. Ed. Guanabara
Koogan, 50 – 55 e 274 - 275. 2008.
2- Defina o que é uma estrutura medial?
Dê exemplos. SNELL, Richard S. Anatomia clínica para estudantes
3- Diferencie variação anatômica de de medicina. Tradução Alexandre Werneck. Rio
anomalia. de Janeiro: Guanabara Koogan, c1999. 857 p.

4- Defina o que é monstruosidade.


SPENCE, Alexander P. Anatomia humana básica.
Tradução Mario de Francisco. São Paulo:
Manole, 1991. 713 p.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA SOBOTTA, Johannes. Atlas de anatomia humana.


Tradução Wilma Lins Werneck. Rio de Janeiro:
DÂNGELO, Jose Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Guanabara Koogan, 2000. 2 v.,
Anatomia humana sistêmica e segmentar: para
o estudante de medicina. 3ª ed. São Paulo: VAN DE GRAAFF. Anatomia Humana. 6ª ed. Barueri,
Atheneu, 2007. SP: Manole, 2003 (capítulos 2, 6, 8 e 9).

DI DIO. Tratado de Anatomia Sistêmica e Aplicada. YOKOCHI, Chihiro. Anatomia fotográfica do corpo
2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2002 (volume 1: humano. 3. ed. São Paulo: Manole, 1992. 140 p.
capítulos 2 e 4).
TORTORA, Gerard J. Corpo humano: fundamentos de
DRAKE, R.; VOEL, W.; MITCHELL, A. Gray’s Anatomia anatomia e fisiologia. Tradução Cláudia L.
para Estudantes. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, Zimmer. 4. ed. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
2005. 574 p.

GARDNER, Ernest Dean; GRAY, Donald J;


O'RAHILLY, Roman. Anatomia: estudo regional
do corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1988. 815 p.

JACOB, Stanley W.; FRANCONE, Clarice Ashworth;


LOSSOW, Walter J. Anatomia e fisiologia
humana. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1990.
569 p.

MCMINN, R. M. H; HUTCHINGS, R. T; LOGAN, B. M.


Atlas colorido de anatomia da cabeça e do
pescoço. Tradução Flavio Vellini Ferreira. [S.l.]:
ARTMED, 1991. 240 p.

MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia


orientada para a clínica. Tradução Alexandre
Lins Werneck. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2001. 1023 p.

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